IV Clafpl 2012 1 Ed PDF
IV Clafpl 2012 1 Ed PDF
IV Clafpl 2012 1 Ed PDF
IV Congresso Latino-Americano
de Formao de Professores
de Lnguas (CLAFPL)
Universidade de Braslia
27 de Fevereiro a 1 de Maro de 2013
Livro de Resumos
Realizao
Instituto de Letras da Universidade de Braslia
Programa de Ps-Graduao em Lingustica Aplicada
Programa de Ps-Graduao em Lingustica
Reitor
Prof. Dr. Ivan Marques Toledo Camargo
Vice-reitora
Profa. Dra. Sonia Bo
Decanato de Administrao
Prof. Dr. Lus Afonso Bermdez
Decanato de Assuntos Comunitrios
Profa. Dra. Denise Bomtempo
Decanato de Ensino de Graduao
Prof. Dr. Mauro Luiz Rabelo
Decanato de Extenso
Prof . Dr . Thrse Hofmann Gatti Rodrigues da Costa
a
ORGANIZAO
Monitores
Arte e Diagramao
Sabrina Lima de Souza Cerqueira
Vanessa Borges de Almeida
Fotografia de: Ren Gottlieb Strehler
Editorao
Sabrina Lima de Souza Cerqueira
Vanessa Borges de Almeida
Com a colaborao de:
Mara Lcia Mouro Silva
Mrcia Pereira de Almeida Mendes
Isadora da Silva Bernardes
REALIZAO E APOIO
NDICE GERAL
Prefcio .................................................................................................................................................. 11
Apresentao ......................................................................................................................................... 11
Programao .......................................................................................................................................... 15
Conferncias Plenrias........................................................................................................................... 17
Conferncia de Abertura ......................................................................................................................... 17
Painel Latino-Americano ......................................................................................................................... 17
Conferncia de Encerramento ................................................................................................................ 22
Psteres ................................................................................................................................................. 23
Comunicaes Individuais ...................................................................................................................... 51
Sesses Coordenadas ......................................................................................................................... 175
Simpsios ............................................................................................................................................. 313
ndice remissivo por nome do autor ...................................................................................................... 358
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PREFCIO
Estimados/as Colegas,
uma grande alegria dar as boas vindas a todas e todos ao IV Congresso Latino-Americano de
Formao de Professores de Lnguas, em nome do Grupo de Trabalho Formao de Educadores na
Lingustica Aplicada, vinculado Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Letras e
Lingustica (ANPOLL).
Em sua quarta edio, este encontro bienal j se constituiu como um importante evento no
calendrio de professores-pesquisadores no cone sul das Amricas, atraindo, desde sua primeira
edio em 2006, centenas de ns para um profcuo dilogo informado. Sublinhando a relevncia do
constante intercmbio de saberes, o CLAFPL exprime da maneira abrangente o propsito do GT que
o organiza, que proporcionar oportunidade real de interao colaborativa para e com pessoas
engajadas que incessantemente questionam, problematizam, refletem e apresentam inovaes nesta
antiga e sempre instigante rea profissional e cientfica.
Especialmente neste evento temos um importante feito a celebrar: passamos de sub-GT condio
de GT, um reconhecimento da ANPOLL s realizaes e produes acadmico-profissionais dos
integrantes do Grupo. A conquista espelha nossa disposio e empenho para nos comprometermos
com maiores desafios.
Celebrando, portanto, nosso novo status, lanamos uma proposta que envolve parcerias
interinstitucionais e focaliza diferentes abordagens do uso da lngua em contextos de formao inicial
e continuada. Propomo-nos, portanto, a fortalecer redes colaborativas de pesquisadores em LA,
incentivando estudos situados em prticas de formao, letramento e identidade profissional
docente, discutindo temas relativos responsabilidade social, tica e cidadania.
Em consonncia ao tema do evento - Fortalecendo Redes Colaborativas de Pesquisas em
Lingustica Aplicada e Formao de Professores de Lnguas -, ao mesmo tempo em que os
recebemos para o IV CLAFPL, convidamos vocs tambm a se envolverem ainda mais nessa rede
colaborativa de investigao desde j, aproveitando este Congresso para estabelecer mais contatos
dentro do Brasil e com nossos ilustres vizinhos latino-americanos, (in)formando-se, discutindo,
compartilhando, identificando oportunidades para a realizao de projetos conjuntos, difundindo
saberes do ser e constituir-se professorde lnguas.
11
Nossos agradecimentos a todas e todos os participantes das Comisses Local e Nacional que,
apesar das conhecidas dificuldades conjunturais, conseguiram realizar este fundamental foro de
discusso. E nosso especial agradecimento a todas e todos os Congressistas, que trazem seus
trabalhos, seus questionamentos, suas sugestes, suas curiosidades e sobretudo seu interesse para
alimentar nosso desenvolvimento comum.
timo CLAFPL, frteis interaes, entusiasmantes reflexes!
Tania Romero
Coordenadora do GT em exerccio (2011-2012)
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APRESENTAO
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PROGRAMAO GERAL
Quarta-feira
27.02
8:00 9:00
8h 9h
Credenciamento
9:00 10:00
9h 10:30
Abertura oficial e
conferncia de abertura
Quinta-feira
28.02
Sexta-feira
01.03
Mesa-redonda 1
Mesa-redonda 3
10:00 10:30
10:30 12:30
11:00-12:30
Simpsios
10:30-12:30
Simpsios
10:30-12:30
Comunicaes
coordenadas
e individuais
12:30 14:00
14:00 16:00
Comunicaes
coordenadas
e individuais
Comunicaes
coordenadas
e individuais
Comunicaes
coordenadas
e individuais
16:00 16:30
16:30 18:00
Painel LatinoAmericano
Mesa-redonda 2
16:30-18:30
18:00 19:00
Lanamento de Livros
e Coquetel
19h00 s 20:00
19:00
Sesso Interativa de
psteres
Apresentao
artstico-cultural
Comunicaes
coordenadas
e Individuais
Conferncia de
Encerramento
Hilrio Bohn (UCPEL)
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CONFERNCIAS PLENRIAS
CONFERNCIA DE ABERTURA
Have we been displaced? Or have we given up? The weakened role of teachers and teacher educators
in the design and implementation of English language education policies
Adriana Maria Gonzalez Moncada (Universidad de Antioquia)
The growth of English language teaching and learning has become an international phenomenon. It is has been
an important component of national agendas that seek competitiveness and productivity in the labor market.
This expansion is usually materialized in language education policies that shape classroom practices,
assessment models, teacher education and teachers professional development programs. A close look at the
implementation of language education policies for English in Latin America, reveals an increasing number of
initiatives where the private sector has taken control of teaching English and providing professional
development alternatives for EFL teachers. In this presentation, I will analyze critically how teachers and
teacher educator have experienced a serious loss of opportunities to participate and make decisions about
these policies. I will explore our situation as a consequence of being displaced by powerful non academic
organizations or as our own inability to negotiate our participation and take a more active role in education.
Some examples of educational initiatives will be discussed. As a conclusion, I propose that teachers and
teacher educators take a more critical stand and become involved directly, as we are informed citizens and
critical intellectuals, in the design and implementation of language education policies.
PAINEL LATINO-AMERICANO
O papel das pesquisas sobre formao de professores de lnguas:
perspectivas latino-americanas
Allen Quesada (Universidad de Costa Rica, Costa Rica)
Beatriz Gabiani (Universidad de la Repblica/Uruguai)
Deise Prina Dutra (Universidade Federal de Minas Gerais / Brasil)
Mediadora: Gloria Gil (Universidade Federal de Santa Catarina -UFSC/Brasil)
Dentre os objetivos mais importantes do Congresso Latinoamericano de Formao de Professores de Lnguas
CLAFPL- desde sua primeira edio, podemos destacar os seguintes: 1) incentivar o estudo e a pesquisa,
promovendo o debate na rea de formao de professores de lnguas entre pesquisadores docentes e
discentes e professores das universidades latino-americanas; e 2) propiciar a divulgao de conhecimentos
para a melhoria da rea de formao de professores no Brasil e nos demais pases da Amrica Latina. Com
base nesses objetivos, convidamos os representantes de quatro pases latino-americanos (Brasil, Costa Rica,
Mxico e Uruguai) para relatar e problematizar sobre qual o papel das pesquisas sobre formao de
professores de lnguas nos seus pases.
Seguindo o formato do primeiro painel, realizado em 2006, as seguintes perguntas nortearo os
relatrios crticos dos pesquisadores convidados:
- Quais instituies se dedicam a pesquisar a formao de professores de lnguas?Que tipos de
pesquisas so realizadas (quantitativas/qualitativas)?Quais os assuntos mais pesquisados
- Como essas pesquisas so divulgadas e ou veiculadas?
- Qual o impacto das pesquisas nas polticas pblicas?
- Existe apoio governamental para realizao de pesquisas?
- Existem pesquisas sendo realizadas por professores das escolas regulares?
- Como tem sido as relaes entre pesquisas, universidades/centros de pesquisa e as escolas
regulares?
- Existem redes de pesquisadores? Se sim, como elas so, se no, porque no acontece?
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Integrando formadores de professores da educao lingustica e alm: o caso do Programa das Letras
e dos nmeros para professores de pases africanos de lngua oficial portuguesa
Pedro M. Garcez (UFRGS/CNPq)
Examinando o caso de um programa de formao de professores com o qual tenho estado envolvido desde
2009, destaco a importncia de redes colaborativas em Lingustica Aplicada e formao de professores,
sobretudo no que diz respeito colaborao entre formadores que de outro modo estariam restritos a
segmentos especializados no ensino de Lngua Portuguesa, ou de Literatura, ou de lnguas adicionais
especficas. O Programa das Letras e dos Nmeros (PLLN), iniciativa apoiada por diferentes agncias
governamentais brasileiras para a formao presencial de professores da rede pblica de ensino bsico em
pases africanos de lngua oficial portuguesa, particularmente Cabo Verde e Guin-Bissau, rene formadores
brasileiros em educao lingustica e matemtica, acadmicos universitrios e docentes do ensino fundamental
e mdio em diferentes redes de ensino. Ao direcionar-se a um professorado da educao bsica que tem no
portugus a nica lngua escrita e oficial, sem ser essa a lngua corrente ou preferencial das comunidades que
atendem, o PLLN demanda formadores com experincia nos diversos quadrantes de formao em educao
lingustica. Nessa configurao, fica patente, por exemplo, que qualificar o portugus que objeto ou meio de
ensino como lngua materna ou lngua estrangeira tecnicamente impreciso e politicamente inadequado,
percepo que descortina reflexes inusitadas para quem se v como profissional do ensino de lngua materna
ou de lngua estrangeira. Com base na experincia de interlocuo entre os atores nas formaes do PLLN, e
ainda mais entre os formadores em educao lingustica e educao matemtica, discuto possibilidades e
desafios que podem ser contemplados para a concepo de polticas mais amplas de formao de professores
de lnguas em aes assim integradas.
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CONFERNCIA DE ENCERRAMENTO
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PSTERES
O USO DE VDEOS COMO AUXILIO NA EDUCAO BILNGUE
Aliciane Alves da Silva (Universidade Federal do Piau)
A importncia do domnio de lnguas estrangeiras vem crescendo aceleradamente, tanto que, quando possvel,
crianas com idade inferior a dois anos de idade comeam a vida escolar em dois idiomas (Portugus e Ingls),
ou seja, tm uma Educao Bilngue, processo que segundo Grosjean (1998), no se limita apenas aquisio
de mais uma lngua com domnio e estrutura iguais aos da Lngua materna; Segundo ele, bilngue no aquele
que possui competncia semelhante e perfeita nas lnguas, mas sim quem utiliza constantemente duas (ou
mais) lnguas (ou dialetos) com diferentes pessoas em diversas situaes do cotidiano e de acordo com seu
propsito. Neste modelo de Educao, a necessidade por materiais que ofeream amostras autnticas de
lngua estrangeira leva o professor a buscar diversos recursos para facilitar a aprendizagem, dentre eles
materiais audiovisuais. Com base nisso, o objetivo do seguinte trabalho apresentar um relato de experincia
de uso de vdeos e outros recursos audiovisuais como material didtico auxiliar na Educao Bilingue em uma
escola no estado do Piau cujas lnguas adotadas so simultaneamente ingls e portugus. A experincia
mostra que vdeos em lngua inglesa so uma importante ferramenta para a Educao formal em duas lnguas,
um vez que aumentam o contato lingustico dos alunos com a lngua estrangeira.
Palavras-chave: Educao Bilngue. Aprendizagem. Vdeos. Recursos audiovisuais.
PROMOVENDO PRTICAS INTERACIONAIS DE QUALIDADE NA SALA DE AULA DE LNGUAS
Ana Luiza Pires de Freitas (UFCSPA)
A anlise dos micro-momentos de interao em sala de aula luz da Anlise da Conversa Etnometodolgica
(Sacks, 1992) permite ao analista um entendimento detalhado dos mecanismos de interao que organizam o
que ocorre no contexto estudado. O objetivo deste estudo explorar os procedimentos atravs dos quais os
interlocutores se lanam na empreitada de aprender uma SL e uma LA em dois contextos interacionais
distintos, e analisar de que maneiras os interlocutores emprestam suas vivncias pessoais s tarefas de que
participam e, ao faz-lo, criam uma nova dimenso para a empreitada de aprender. Para esse fim,
contrastamos dados originrios de trs estudos distintos (Mondada e Doehler, 2004; Freitas, 2006; Salimen,
2006), explorando instncias de reformulao, reconfigurao e retomada de tarefas desenvolvidas nas duas
salas de aula enfocadas, nomeadamente, uma sala de aula de curso livre de ingls como lngua adicional no
Brasil (Freitas, 2006 e Salimen, 2006) e uma sala de aula de Francs como segunda lngua para alunos
imigrantes na Suia (Mondada e Doehler, 2004). As anlises dos micromomentos de interao evidenciam que
os modos de insero das aes dos professores tm influncias significativas na interao dos alunos,
forjando a realizao das tarefas de modos diferentes dos inicialmente divisados. Percebe-se que cada um
dos grupos em questo enriquece os recursos de participao que, por sua vez, contribuem para o
engajamento pleno dos interlocutores nas respectivas comunidades de aprendizagem.
O objetivo desta comunicao , portanto; estranhar micro-momentos de fala interacional (Sacks, 1984) de
sala da aula e traz-los luz analtica, a fim de promover reflexo acerca do que pode se entendido como
prticas de qualidade pela perspectiva de formadores de educadores lingusticos.
FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA ESPANHOLA:
RELAO ENTRE O ENSINO DA LNGUA E A DIVERSIDADE SOCIOCULTURAL
Andreia Sebastiana de Rezende (Universidade Federal de Alfenas - Minas Gerais)
O ensino de espanhol est consolidando-se no Brasil aps a aprovao da lei 11.161, de 2005, que determina
a oferta da lngua espanhola para o ensino mdio, obrigatoriamente, desde 2010. Observando que, at o
momento, em Minas Gerais a oferta do espanhol nas escolas ainda est em processo de implantao, o grupo
de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia - PIBID Letras/ Espanhol da UNIFALMG desenvolveu um estudo do captulo das OCNEM (Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio) que
apresenta orientaes para o ensino de espanhol no Brasil para observar os rumos que esse ensino deve
seguir (OCNEM, 2006, p.127). Neste estudo observou-se que um dos caminhos sinalizados nas OCNEM para
contribuir com a formao integral do aluno seria trabalhar o ensino da heterogeneidade da cultura espanhola
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como forma de ajudar o aprendiz a reconhecer-se como sujeito, tomar conscincia de sua identidade, por meio
do contato com a diversidade sociocultural do espanhol. A partir deste estudo surgiu a proposta de fazer uma
pesquisa bibliogrfica para analisar como acontece a formao de professores de espanhol no Brasil a fim de
observar como trabalhada, nesta formao, a relao entre o ensino de lngua espanhola e a sua diversidade
sociocultural. Este trabalho pretende, portanto, reunir informaes a respeito da formao de professores de
lngua espanhola no Brasil, visto que esta informao est disponvel de maneira fragmentada em diferentes
tipos de referenciais bibliogrficos e analisar, sempre que possvel, a forma como a lngua espanhola e sua
diversidade sociocultural so abordadas na formao docente.
Palavras-chave: Formao de professores, ensino de ELE, diversidade sociocultural
PRTICAS DE ESCRITA EM AMBIENTES ESCOLARES
Angela de Ftima Scremin (Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG)
Apresenta-se, neste trabalho, um recorte de uma pesquisa maior, em andamento, referente ao modo de se
trabalhar com a modalidade escrita em sala de aula. Nesse sentido, os objetivos consistem em apresentar o
modo como a escrita vem sendo trabalhada em quatro escolas estaduais no municpio de Ponta Grossa-Pr, em
particular, com os stimos, oitavos e nonos anos das ltimas sries do ensino fundamental. A metodologia
utilizada nesta pesquisa consiste numa abordagem de pesquisa qualitativa, de base etnogrfica e de pesquisaao. O embasamento terico consiste nos seguintes autores: Coracini (2003); Gnerre (1985); Olson (1997);
Picard (2008), entre outros. A construo da hiptese concentra-se no modo como os professores de lngua
portuguesa realizam o trabalho com a habilidade escrita, bem como, suas crenas em torno desta modalidade
de ensino. Alm disso, considera-se os envolvidos nesta pesquisa como seres heterogneos, estando ambos
envolvidos num processo de reconstruo identitria a partir das inmeras vozes que os rodeiam. Diante disso,
os resultados concentram-se em dialogar a escrita pelo vis da prtica social livre das crenas atribudas a esta
modalidade de ensino, alm de evidenciar o fato de que a construo de identidade se desenvolve nos
indivduos na e pela lngua como uma atividade em constante evoluo. Por fim, torna-se importante considerar
o sujeito como parte integrante do processo da aprendizagem, a fim de valorizar o seu conhecimento de mundo
e, agregar a este uma aproximao entre o conhecimento cientfico e o ambiente escolar, sempre em busca de
melhorias, de acordo com as necessidades contemporneas e as prticas sociais atuais.
Palavras-chave: escrita; crenas; prtica social
POLTICAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE PORTUGUS PARA ESTRANGEIROS: A
PERSPECTIVA GLOBAL E AS INFLUNCIAS NA LNGUA LOCAL
Brbara Terezinha Nascimento Cunha
Eduardo de Sousa Nunes,
Isabela Cristina Barros Cardoso
Isabella Siqueira Toguchi
Ivan Carlos Cruz
(Universidade de Braslia)
Passados cinquenta e dois anos da inaugurao da capital do pas, Braslia deixou de ser apenas uma cidade
de migrao interna e ganhou olhares internacionais. Fruto do processo de construo das pessoas que vieram
para o interior da regio central do Brasil, os Candangos, como eram chamados, ajudaram a concretizar o
sonho de Juscelino Kubitscheck na idealizao da cidade. A capital brasileira acolheu diversas culturas e
sotaques; o falar brasiliense foi construdo tanto pela miscigenao entre o falar de diversas regies
brasileiras, quanto pelas influncias de comunidades estrangeiras, e at hoje uma cidade com um grande
crescimento populacional. Entre os fatores que explicam esse fenmeno esto: a alta qualidade de vida e as
possibilidades de trabalho oferecidas, alm de fatores socioculturais. Esses quesitos reforam a necessidade
de se ensinar Portugus Segunda lngua para estrangeiros por diversos motivos, entre eles diplomticos, de
ensino e de comunicao espontnea com outras pessoas. A aprendizagem tanto do Portugus quanto de
qualquer outra Lngua Estrangeira deveria ter como finalidade a formao de cidados crticos e o
desenvolvimento de uma conscincia intercultural, mas a realidade da capital a falta de uma poltica de
insero do ensino de Portugus Lngua Estrangeira. Este trabalho, portanto, tem como objetivo analisar as
atuais polticas de ensino de portugus como Segunda Lngua/Lngua Adicional no DF. Baseado em pesquisas
qualitativas e quantitativas (dados parciais, obtidos at abril/2012), na coleta de dados na Universidade de
Braslia, nos documentos formulados pelo Ministrio da Educao, investigamos tambm as potencialidades e
as debilidades na (trans)formao dos futuros professores de portugus, alm da viso do Portugus no
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cenrio internacional e o mercado de trabalho. Diante da atual situao, que medidas so necessrias para
que o Distrito Federal seja includo nas novas fronteiras de ensino do Portugus Segunda Lngua e se torne um
modelo para o pas, e at mesmo para o mundo? Uma resposta necessria, pois mesmo sendo a nica
cidade de representao diplomtica dos pases dos cinco continentes, Braslia ainda engatinha em uma
poltica do Portugus Segunda Lngua.
Palavras-chave: Portugus. Braslia. Lngua. Lingustica. Polticas. Insero. Segunda Lngua
UTILIZAO DE UMA SEQUNCIA DIDTICA NO ENSINO DE INGLS NUMA ABORDAGEM
REFLEXIVA:PRINCIPAIS CONSIDERAES
Cataline Holanda Leo Otilio (Aluna especial de Mestrado em Lingstica Aplicada UFAL)
Srgio Ifa (Doutor em Lingustica Aplicada e estudos da linguagem PUC-SP)
Esta comunicao tem como objetivo geral apresentar e analisar a utilizao de uma sequncia didtica em
colaborao com os alunos do 9 ano de lngua inglesa de uma escola pblica de ensino fundamental em um
municpio do estado de Alagoas. Como objetivo especfico utilizar uma sequencia didtica atravs de uma
msica. Para fundamentar esse trabalho, buscamos apoio em estudos sobre sequncias didticas para o
ensino de lnguas (Cristovo, 2009; Petreche, 2008), em pesquisas sobre como produzir materiais para o
ensino de lnguas (Leffa, 2003), e na abordagem reflexiva (Schn, 1983, 1987; Gimenez, 1999; Zeichner e
Liston 1986). Nesse momento nos colocamos como professores-pesquisadores que estamos produzindo
sequncias didticas no contexto de ensino em que atuamos a escola pblica. Este trabalho tem se mostrado
tambm, uma forma de agirmos em benefcio de nosso prprio desenvolvimento, conforme teoria de Schn
atravs da reflexo-ao. Elencamos, para este estudo, como recorte, um dos primeiros temas trabalhados
neste primeiro semestre de 2012: msica Black or White (Michael Jackson). Foi aplicado o mtodo da pesquisa
qualitativa, os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: o plano de aula, os registros anedticos,
os comentrios dos alunos sobre essas aulas. Para isso foi realizada uma pesquisa-ao com alunos do 9 ano
de ingls utilizando uma sequncia didtica que pudesse fazer com que os discentes refletissem sobre
questes como o racismo, desenvolvendo o senso crtico atravs da biografia do cantor e da letra da msica.
Os resultados preliminares nos mostraram a possibilidade de se utilizar a sequncia didtica, os alunos se
envolveram em realizar as atividades, participaram, demonstraram entusiasmo pois tratava-se de uma msica,
fato que despertou o interesse, refletiram sobre as questes do racismo, entenderam a importncia de respeitar
os outros, independente da cor, raa, etnia, no importa se preto ou branco. Podemos concluir que foi
possvel utilizar a sequencia didtica, despertar e desenvolver o senso crtico do aluno.
Palavras-chave: Sequncia didtica, Ensino de Ingls, Abordagem Reflexiva
O LDICO NO ENSINO DE FRANCS LNGUA ESTRANGEIRA: A MSICA
COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DO ALUNO
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de Oficinas de Aprendizagem divididas em trs momentos: Motivao, levamos vdeos, documentrios, textos
jornalsticos, literrios ligados ao contedo ministrado na estruturao; Estruturao, ministramos o contedo
de literatura , falando de um autor, e o contedo de gramtica dentro dos textos desse mesmo autor;
Contextualizao, trabalhamos com os Objetos de Avaliao do PAS. O Projeto prope aos alunos uma
redao mensal. O texto construdo numa orientao de multissistemas, envolvendo aspectos lingusticos e
no lingusticos , tornando-o multimodal (MARCUSCHI,A,2011). Tomamos como base terica: TACCAA, 2004;
DAVIS, 1989; KHOURP, 1989; MIRANDA, 1985 apud ABREU, 2006; OLIVEIRA, 1997; VYGOSTSKY, 1993
apud 2006. Contribuibumos para que o aluno tenha uma formao que lhe permita ir alm da mdia; Nossos
resultados foram positivos, muitos alunos do projeto obtiveram notas altas em avaliaes para insero no
ensino superior brasileiro; nossa expectativa que esse nmero aumente e que o projeto ganhe visibilidade .
A palavra que eu digo sai do mundo que estou lendo, mas a palavra que sai do mundo que eu estou lendo vai
alm dele (FREIRE,P, 1981). ensinar e aprender!
A FORMAO DAS COMPETNCIAS DO DISCENTE ATRAVS DE UMA CULTURA DE PAZ
SUSTENTAVELMENTE TICA
Cristina Dias de Souza Figueira (Universidade Salgado de Oliveira)
A educao brasileira passa por uma grande transformao neste incio de sculo com grandes desafios e
resgates de cidadania e valores humanos. De acordo com a LDB 9.394/96, a instituio de ensino superior
deve exercer um papel humanizador e socializador, alm de desenvolver habilidades e competncias que
possibilitem a construo do conhecimento e dos valores ticos necessrios conquista da cidadania plena.
Considerando esse cenrio, esta comunicao tem como objetivo apresentar os resultados de um projeto
transdisciplinar, intitulado Shakespeare no Cerrado Construindo a Paz Sustentvel, desenvolvido com os
discentes do quinto perodo do Curso de Letras da Universidade Salgado de Oliveira. O presente estudo tem
como postulados tericos as contribuies de Almeida Filho (2009), Anastasiou (2004), Mansetto (1994), Gil
(2005), Vasconcelos (1996) Delors (1999), Nicolescu (1999), Boal (1999), Diniz (1996), Enst-Slavit (1998),
Wilhelm (1988), Carvalho (2003), Rondon e os pilares da UNESCO. Os instrumentos de pesquisa foram
entrevistas e questionrios aplicados aos discentes. Este projeto permitiu ao aluno que a conduo do seu
processo de formao fosse empreendedora de forma responsvel, disciplinada e autnoma. Apontam-se,
ainda, que esta atividade promoveu em cada educando o desenvolvimento das competncias interpessoal,
intrapessoal, relacional, cognitiva e produtiva, e tambm das competncias bsicas para a atuao profissional
do professor de lnguas como a implcita, a lingustico-comunicativa, a terica, a aplicada e a profissional.
Conclui-se, portanto, que importante que os professores na educao superior trabalhe com contextos
mltiplos e diferenciados, colocando os alunos na condio de sujeitos da ao educativa. Para que isso
ocorra, essa educao dever impulsionar aes que despertem a unicidade do ser humano, resgatando os
valores humanos que preservam e contribuem na gerao da vida planetria pacfica sustentvel e tica.
Palavras-chave: competncias, cultura de paz, tica
O ENSINO DE MARCADORES DISCURSIVOS AFETIVOS NAS LNGUAS ALEM E PORTUGUESA
Daniela de Souza Garcia (Universidade de So Paulo)
Este trabalho tem como objetivo principal analisar contrastivamente as ocorrncias de marcadores discursivos
(MDs) afetivos presentes em portugus brasileiro e alemo, na lngua escrita, em obras de literatura
infantojuvenil. Pretende-se tambm verificar a importncia da aprendizagem de MDs em alemo como lngua
estrangeira. Foram utilizadas teorias gerais sobre os MDs, como Castilho (2002), e sobre as Partikeln, como
Simes (1997) e Helbig & Buscha (2005), e pde-se delimitar as caractersticas gerais inerentes aos MDs.
Considerarmos que os MDs so mecanismos utilizados no enunciado que estabelecem relaes entre os
interlocutores e denota o posicionamento do falante. Aps a reviso da leitura, foram coletadas todas as
ocorrncias dos MDs afetivos presentes em sessenta obras da literatura infantojuvenil alem e brasileira. A
classificao dos MDs afetivos e as especificidades de suas funes foi feita a partir da teoria proposta por
Castilho (2002), que os divide entre subjetivos e intersubjetivos. Com a anlise do corpus, obtivemos no total
83 ocorrncias, sendo 59 em alemo e 24 em portugus brasileiro. Dentre os MDs afetivos mais utilizados em
alemo, encontramos: leider, schrecklich e hoffentlich. Em portugus o mais utilizado foi infelizmente. Os MDs
afetivos denotam a postura emotiva de um interlocutor diante do enunciado proposto. A disparidade entre o
nmero de ocorrncias demonstra que em alemo existe a categoria de MDs afetivos, isso retoma ao perodo
de gramaticalizao dos MDs, que em alemo muito anterior. A categorizao dos MDs em geral no
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eficiente para todas as lnguas. A partir disso, vemos que o ensino dos MDs geralmente deixado de lado em
cursos de lngua estrangeira, o que pode acarretar em uma deficincia futura do aprendiz.
Palavras-chave: lngua alem; marcadores discursivos; lingustica contrastiva
A PRTICA DE ENSINO DE LNGUAS PARA ALUNOS DEFICIENTES
Danuse Pereira Vieira (Colgio Estadual Prefeito Mendes de Moraes e Escola Municipal Rodrigo Otvio)
Este trabalho foi desenvolvido no primeiro semestre letivo de 2010, sob a orientao da Prof. Dr Dilma Maria
de Mello, com o objetivo principal de analisar e descrever as prticas de ensino dos professores de Lngua
Inglesa em salas com alunos portadores de algum grau de deficincia visual. A metodologia utilizada para a
sua realizao foi um questionrio aplicado a uma professora de Ensino Fundamental da rede pblica de
ensino em comparao com os autores Dorziat (2004); e Francelim e Motti (2001). As respostas dadas pela
professora apontavam para um processo de incluso dos alunos portadores de alguma deficincia auditiva,
enquanto os textos encontrados indicavam o contrrio. Sendo assim, a concluso qual pude chegar aps
criteriosa anlise do material documentado foi, no mnimo, divergente. Os dados que foram obtidos atravs do
questionrio aplicado professora de Ensino Fundamental apontam para uma completa incluso dos alunos
com deficincia visual nas aulas de lngua estrangeira. Segundo ela, as prticas adotadas aumentam tanto as
relaes interpessoais entre colegas e professor quanto possibilidade de aprendizagem dos deficientes, sem
comprometer o andamento do resto da sala, porm os dados retirados dos textos indicam o contrrio. Segundo
eles, as prticas adotadas pelos professores so cada vez mais segregacionistas. A insero dos alunos
portadores de deficincia visual no ensino regular s aumenta a excluso desses alunos.
Palavras-chave: prtica de ensino, deficientes visuais, incluso
ENSINO DE LNGUA INGLESA E LETRAMENTO CRTICO
NO PROJETO CASAS DE CULTURA NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
rika Fernanda de Vasconcelos Lima(UFAL)
Nesta apresentao tenho em vista como objetivo descrever, analisar e tambm refletir sobre as minhas
primeiras aproximaes como aluna-professora no dilogo entre Letramento Crtico e o Ensino de Lngua
Inglesa com base em aulas ministradas por mim. Mais especificamente, esse dilogo acontece em uma turma
de bsico um do Projeto de Extenso Casas de Cultura no Campus (FALE/PROEX/PROEST/UFAL) da
Universidade Federal de Alagoas no. O foco para esta apresentao se concentra em analisar as aulas cujo
objetivo foi ler, ouvir e discutir sobre situaes e experincias de cimes em excesso quando esse
sentimento passa a ser apenas prejudicial? , suas causas e conseqncias a partir da anlise do vdeo clipe
da msica Wake Up Call da banda norte-americana Maroon5 e relatos de indivduos que j passaram por
experincias ruins envolvendo os cimes. Foram utilizados, para a coleta de dados, os instrumentos que se
seguem: o plano de aula, o dirio reflexivo feito, por mim, a partir das aulas e os comentrios dos alunos sobre
as aulas em questo.
Palavras-chave: Ensino de ingls;Letramento crtico; Projeto Casas de Cultura no Campus, reflexo.
O USO DE VDEOS COMO AUXILIO NA EDUCAO BILNGUE
Ftima Maria Ribeiro de Carvalho(Universidade Federal do Piau)
A importncia do domnio de lnguas estrangeiras vem crescendo aceleradamente, tanto que, quando possvel,
crianas com idade inferior a dois anos de idade comeam a vida escolar em dois idiomas (Portugus e Ingls),
ou seja, tm uma Educao Bilngue, processo que segundo Grosjean (1998), no se limita apenas aquisio
de mais uma lngua com domnio e estrutura iguais aos da Lngua materna; Segundo ele, bilngue no aquele
que possui competncia semelhante e perfeita nas lnguas, mas sim quem utiliza constantemente duas (ou
mais) lnguas (ou dialetos) com diferentes pessoas em diversas situaes do cotidiano e de acordo com seu
propsito. Neste modelo de Educao, a necessidade por materiais que ofeream amostras autnticas de
lngua estrangeira leva o professor a buscar diversos recursos para facilitar a aprendizagem, dentre eles
materiais audiovisuais. Com base nisso, o objetivo do seguinte trabalho apresentar um relato de experincia
de uso de vdeos e outros recursos audiovisuais como material didtico auxiliar na Educao Bilingue em uma
escola no estado do Piau cujas lnguas adotadas so simultaneamente ingls e portugus. A experincia
mostra que vdeos em lngua inglesa so uma importante ferramenta para a Educao formal em duas lnguas,
um vez que aumentam o contato lingustico dos alunos com a lngua estrangeira.
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marcadores conversacionais que ocorreram no processo da organizao da fala no corpus em anlise, tais
como: hesitao, participao ou busca de apoio, elementos que poderiam no ser levado em considerao,
ganham papel de fundamental importncia para entender e acompanhar o processo de aprendizagem, por
conseguinte, o ensino do E/LE. Recorremos a Marcuschi (1997, 2002), Pereira (2008) e Koch (2006) para
fundamentar a importncia da AC nesse processo de ensino de lngua estrangeira. Com a anlise dos dados,
percebeu-se a importncia do conhecimento da referida teoria para aperfeioar o E/LE, logo o professor deve
ter a capacidade de ouvir, interpretar e utilizar-se do aparato terico da AC para aproximar o aluno de situaes
reais de uso da lngua espanhola.
Palavras-chave: Espanhol, Anlise da Conversao, Discurso, Marcadores, Ensino-Aprendizagem
O USO DO LDICO NO ENSINO DE FRANCS LNGUA ESTRANGEIRA
Gabriele Costa Pereira (UFRN)
Alessandra Bastos da Silva Padilha (UFRN)
Anderson Pires de Souza (UFRN)
Christian Silva de Avila (UFRN)
Atuamos como bolsistas no subprojeto de francs do Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia
da Universidade Federal do Rio Grande (PIBID/FURG), e pretendemos, neste pster, apresentar algumas de
nossas aes. Estamos desenvolvendo, desde julho de 2011, data do incio do programa, a criao de um
acervo de jogos pedaggicos, cujo objetivo auxiliar no processo de ensino-aprendizagem de Francs Lngua
Estrangeira nas duas escolas parceiras do programa, de Ensino Fundamental e de Ensino Mdio. Acreditamos
que jogar fundamental para o desenvolvimento integral da criana cognitivo, afetivo e psicomotor , e que o
uso de materiais ldicos desenvolve o gosto e o prazer pelo aprender. No caso especfico das lnguas
estrangeiras, e do francs em particular, a aprendizagem de uma nova lngua permite, ainda, que o aluno entre
em contato com outras culturas, perceba semelhanas e diferenas com relao ao seu prprio universo e,
assim, desenvolva-se como pessoa, como cidado brasileiro. Nosso trabalho est fundamentado na
Abordagem Acional proposta pelo Quadro Europeu Comum de Referncia para as Lnguas (CONSEIL DE
LEUROPE, 2000), o qual considera o aprendente como um ator social. Tambm procuramos levar em
considerao a motivao do aluno, elemento essencial para o processo de ensino-aprendizagem (VANTHIER,
2009), sobretudo quando a disciplina ofertada como atividade extracurricular nas escolas parceiras. Apesar
do pouco tempo de atuao do projeto nas escolas, j podemos perceber que, ao trabalhar com jogos, o aluno
participa das atividades de forma mais efetiva. Cada vez mais, ele quer mostrar o que aprendeu. Ele ainda
acaba por instigar os colegas, que tambm passam a se interessar mais e prestar mais ateno. Com isso, o
aluno participa da construo do seu saber, tornando-se mais autnomo no processo de aprendizagem.
Palavras-chave: Ensino; Francs Lngua Estrangeira; Jogos Pedaggicos
A ESCRITA DE SI NA CONSTRUO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DO DOCENTE DE LNGUAS
Geraldo Generoso Ferreira (Escola Estadual Emlio Jardim)
Muito se tem estudado sobre os aspectos da escrita de si na contemporaneidade, trabalhos variados, sob
diferentes enfoques, buscam suscitar questes relativas viso do sujeito de si como processo de
(re)construo e reflexo do seu agir profissional. Neste sentido, observar tais processos implica voltar-se
subjetividade como um labirinto a ser (per) corrido ao longo da histria social de cada sujeito. Entretanto, o
mapeamento deste trajeto necessariamente de ordem dialtica, filosfica e psicolgica uma vez que tal
exerccio exige um deslocamento da posio identitria em busca do resgate da memria sobre, aes, fatos e
acontecimentos que constituem o sujeito que por esses fala. Assim, ao falar de si o sujeito no apenas relata
os fatos por ele vivenciados, mas, sobretudo, os fatos caracterizam o sujeito enquanto falante. A escrita de
memoriais, neste sentido, principalmente na academia, tem sido um dos instrumentos de coleta de dados em
pesquisas que buscam analisar a construo da identidade profissional de docentes em diferentes nveis de
atuao, problematizando e refletindo, sobre o seu agir neste lugar social. O presente trabalho tem como
objetivo analisar memoriais de alunos de um curso de mestrado em Lingustica Aplicada, observando como tais
discentes foram construindo sua relao profissional-identitria com o campo das cincias da linguagem at a
culminncia dessa etapa de formao. Como fundamentao terica, utilizamos autores da anlise do discurso
de linha francesa, sobretudo os que abordam temas como a escrita de si, memria e identidade. Os resultados
mostram como o processo de subjetivao dos profissionais de lnguas importante para a compreenso da
formao da identidade profissional, bem como na construo de deslocamentos entre o ensinar e o aprender
lnguas.
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Com esse trabalho temos o objetivo de apresentar os resultados preliminares da pesquisa sobre diversidade
cultural. O estudo tem sido fomentado pela Bolsa de Iniciao Cientfica Jnior (BIC-Jr)- CNPq. Pretendemos
analisar as possibilidades de debate sobre a temtica da pesquisa a partir dos estudos de como a questo da
diversidade trabalhada em escolas canadenses. Por meio de questionrios de pesquisa quantitativa e
qualitativa, fizemos o levantamento de como a mesma temtica est presente no currculo de algumas escolas
da cidade de Ituiutaba e como alguns professores de lngua desenvolvem aes afirmativas de cidadania, tica
e incluso social em sala de aula. Com o apoio da secretaria de educao, proporcionamos uma roda de
conversa com alguns professores sobre o assunto para troca de experincias e sugestes de atividades e
projetos que viabilizam e consolidam a tica e cidadania durante a prtica pedaggica.
Palavras-chave: Diversidade cultural; Sala de Aula; Canad-Brasil
O USO DE TEXTOS COMO SUPORTE PARA O DESENVOLVIMENTO DA COMPREENSO
E EXPRESSO ESCRITAS NO ENSINO DE FRANCS LNGUA ESTRANGEIRA
Helena Mendona
Rafael Troina
Jennifer Blaas
(Universidade Federal do Rio Grande)
O presente trabalho apresenta uma amostra das atividades que os acadmicos do curso de Letras Francs
da Universidade Federal de Rio Grande/FURG esto desenvolvendo no Programa Institucional de Bolsa de
Iniciao Docncia PIBID, iniciado em julho de 2011. Os integrantes desse trabalho, bolsistas PIBID,
pretendem relatar as atividades elaboradas a fim de complementar as aulas de francs criadas pelo subprojeto
em duas escolas do municpio, de ensino fundamental e de ensino mdio, e ministradas pelas professoras
supervisoras do programa. Pretende-se, igualmente, exemplificar tais aes atravs das intervenes didticopedaggicas realizadas em sala de aula. Entre as atividades que os bolsistas desenvolvem como a
Elaborao de Jogos Pedaggicos, a Compreenso da lngua francesa atravs de msicas e de filmes
destaca-se aqui O uso de textos como suporte para o desenvolvimento da compreenso e expresso escritas
no ensino de Francs Lngua Estrangeira (FLE). O trabalho est fundamentado na abordagem acional proposta
pelo Quadro Europeu Comum de Referncia para as Lnguas, o qual considera o aprendente como um ator
social (CONSEIL DEUROPE, 2000). Reconhece-se, igualmente, que aprender uma Lngua Estrangeira (LE)
exige esforo e interesse e, por essa razo, a motivao dos alunos sempre deve ser levada em conta
(VANTHIER, 2009). O fato de o trabalho estar centrado nas competncias de compreenso e expresso
escritas no implica desconsiderar as competncias ligadas oralidade. A separao, aqui, unicamente
didtica (CUQ; GRUCA, 2002). O PIBID Francs aposta, assim, em aulas de FLE mais dinmicas e
interessantes, fazendo com que o aluno se sinta atrado pela lngua. Busca-se, sempre, elaborar atividades
significativas para a aprendizagem do aluno, levando-se em conta as suas competncias lingusticas, alm do
seu conhecimento textual e de mundo. Sendo assim, esse trabalho alm de auxiliar o conhecimento de
diferentes gneros e tipologias textuais do aluno, nos faz refletir enquanto futuros professores.
Palavras-chave: PIBID; Francs Lngua Estrangeira; Compreenso e Expresso Escritas.
A CONTRIBUIO DO CENEX-FALE DA UFMG NA FORMAO DE PROFESSORES DE FRANCS
Igns de Freitas Lara
Las Zampol Dell Antonia
Luana Marinho Duarte
(Universidade Federal de Minas Gerais)
A Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais possui um Centro de Extenso (Cenex) que
oferece cursos de lngua estrangeira abertos ao pblico em geral. O Cenex um espao tambm para a
formao de professores, visto que os docentes so todos estagirios ligados UFMG. Este trabalho tem o
objetivo de analisar o papel do Centro de Extenso na experincia prtica de professores em graduao e
recm-formados. Por meio de situaes de ensino e aprendizagem [CUQ,Jean Pierre e GRUCA, Isabelle
(2003)] possvel refletir sobre a importncia de um programa como esse na construo de conhecimentos
didticos de professores em incio de formao. Pretendemos, portanto, analisar prticas significativas para os
docentes da rea do francs. Esse trabalho avalia e discute as experincias desses estagirios vividas no
curso de lnguas em questo; desde prticas experimentais em sala de aula at aquelas j conhecidas e
consagradas. Assim inclui-se as metodologias Nouveau Taxi nos primeiros nveis e Champion nos nveis
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seguintes, intercalando atividades como msicas, filmes e outras artes para divulgar a cultura francfona. A
partir de uma reflexo sobre essas aulas de francs possvel obter um resultado mais qualitativo e
abrangente na formao de novos professores, sendo de grande valia a contribuio do Cenex nos nveis
pessoal e profissional.
IMAGENS DE PROFESSOR DE LNGUA NO DISCURSO DE AGENTES E FORMADORES DA SEDUC E DE
BOLSISTAS CAPES/FULBRIGHT
Janete Silva dos Santos (Universidade Federal do Tocantins)
Atuamos e pesquisamos em um estado brasileiro que vive uma fase em que se busca a construo de um
perfil identitrio que o distinga na regio. Evidentemente que nesse contexto destaca-se a configurao
identitria educacional, focando-se, no debate, identidades profissionais. Assim, objetivando analisar
identidades de professor de lngua materna e estrangeira (construdas a partir do discurso de agentes e de
formadores da secretaria estadual de educao, de um dos estados da regio Norte, bem como do discurso de
bolsistas do convnio CAPES/FULBRIGHT, firmado por nossa universidade), a presente investigao tomou,
como dados de anlise, recortes de entrevistas (em udio) semiesruturadas, concedidas pelos bolsistas e por
agentes da secretaria e por formadores de professor do ensino bsico, que atuam em cursos e encontros da
FC no estado onde a pesquisa ocorreu. Outrossim, analisamos perfis de professores de lngua tangidos por
documentos oficiais como os PNC, atravs das referncias feitas em relao s competncias atribudas aos
docentes. Os pressupostos terico-metodolgicos so balizados primordialmente pela Anlise do Discurso
francesa na linha de Pcheux. Dada a complexidade da questo abordada, a investigao se deu tambm por
parmetros da Lingustica Aplicada, que transdisciplinar, razo pela qual alguns estudos antropolgicos e
sociolgicos sobre identidades foram trazidos para a problematizao do tema. A anlise aponta que ser
professor de lngua pode ter o sentido de aderir a uma imagem que escapa ao mbito da competncia do
sujeito: sempre social, sempre apontando para o que historicamente compartilhado pelos sujeitos, numa
dada localidade, o que no escapa ideia de que os sujeitos se signifiquem como particulares, dado o modo
como sentem a realidade.
Palavras-chave: discurso e identidade; formao docente; professores de lngua
A DESCRIO DO HUMOR E DE ETHOS EM CRNICAS DE STANISLAW PONTE PRETA: ESTRATGIA
RELEVANTE NO INCENTIVO LEITURA
Joo Paulo Feliciano Magalhes (Universidade Cruzeiro do Sul)
Este trabalho consiste em uma anlise de como a construo do ethos de personagens e alguns mecanismos
lingusticos possibilitam a constituio do humor, bem como podem ser usados no desenvolvimento da leitura,
em crnicas de Stanislaw Ponte Preta. Essas crnicas esto presentes na trilogia publicada pelo autor, na
dcada de 1960: Tia Zulmira e eu, Primo Altamirando e elas e Rosamundo e os outros. Os estudos do
humor na linguagem tm despertado interesses desde a Grcia Antiga, com as reflexes de Aristteles, at os
dias atuais, com os estudos de piadas promovidos por Possenti, por exemplo. Observando essa ampla
reflexo, optamos por basear nossa anlise nas definies e categorizaes do humor proposta pelo filsofo
Bergson. J no que se refere ethos, pautamo-nos nas observaes de Maingueneau, que afirma que
possvel verificar que a movimentao subjetiva no discurso nos permite estabelecer imagens (ethos). Assim,
tornam-se relevantes na construo de sentido, em especial, do humor, nesse ou naquele texto literrio.
Tambm, por meio de elementos lingusticos, podemos observar efeitos discursivos, tais como a
intertextualidade e a ironia, ambas comuns no contexto da crnica. Considerando essas proposies e, em
consonncia com os estudos de memria e discurso em textos literrios, pretendemos mostrar, nas crnicas de
Ponte Preta, como esses elementos lingusticos, o ethos e o humor se caracterizam a partir da materialiade
lingustica apresentada pelo autor, e como a exposio dos mesmos podem servir de motivadores leitura na
sala de aula.
Palavras-chave: ethos; humor; discurso; textos literrios, leitura
O ENSINO DE ILE MEDIADO PELAS NTICS: O CONTEXTO DA FLORESTA
Jos Mauro Souza Ucha (Universidade Federal do Acre)
Nesse estudo, apresento o contexto de ensino de ILE da regio do Alto Juru, situada na floresta Amaznica,
no estado do Acre, para o qual pesquiso estratgias de ensino de compreenso e produo oral em lngua
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inglesa (NUNAN, 1999; RICHARDSON, 2008) para os graduandos do curso de Letras/Ingls da Universidade
Federal do Acre, Campus Floresta, apropriada ao contexto local (HOLLIDAY, 1994) e em consonncia como as
necessidades dos graduandos (RICHARD e WATERS, 1987) e as demandas de fluncia oral (PAIVA, 2006).
Este estudo parte da tese de doutorado que se prope a entender quais so os saberes necessrios para
didatizao (ZABALA, 1998; DOLZ e SCHNEUWLY, 2004) de uma prtica discursiva oriunda das NTICs
denominada de podcast educacional (STANLEY, 2006 e 2006, CARVALHO, 2008) e caracterizada como
gnero do discurso das ambincias digitais (UCHOA, 2010, 2011). Esta pesquisa compreende a linguagem
como prtica social (HALLIDAY, 1979) e faz uso das noes de contexto de cultura e de contexto de situao
da Lingustica Sistmico-funcional (HALLIDAY e HASAN, 1989; HALLIDAY e MATHIESSEN, 2004)
contemplando o conceito de gnero e de registro, com suas variveis de campo, relaes e modo (EGGINS,
2004, MARTIN e ROSE, 2008). Ela se inscreve como alternativa ao paradigma didtico-metodolgico imposto
pelo imperialismo cultural (PHILLIPSON, 1992, 2010; TOMLINSON, 2008; SAID, 1994) to difundido pelo
mercado editorial nacional e internacional e concebe o ensino de ILE (ELLIS, 1995, 1997) como sendo uma
atividade social mediada pela linguagem (BERNSTEIN, 2000 e 2003), e construda na interao com o outro
(VYGOTSKY, 1993, 1994).
Palavras-chave: Ensino de ILE; contexto; podcast
PESQUISA-AO: CONSTRUO DE CONHECIMENTO DE ALUNOS- PROFESSORES DE INGLS
Josimayre Novelli Coradim (Fecilcam/Unespar)
A presente comunicao tem por objetivo apresentar parte de uma pesquisa de doutorado com alunosprofessores de Lngua Inglesa durante o estgio supervisionado do curso de Letras Portugus/Ingls de uma
instituio pblica do norte do Paran. Ao se configurar uma pesquisa-ao, de base interpretativista e
etnogrfica, pretendo analisar a construo de conhecimento desses alunos-professores no contexto em
questo, olhando-se para o processo de como eles elaboram seus planos de aula, colocam-nos em prtica,
avaliam suas prprias prticas e refletem sobre esse processo durante a realizao do estgio. Para guiar essa
anlise, proponho as seguintes perguntas: 1) Que conhecimentos os alunos produzem por meio da pesquisaao?; 2) Quais so os recursos que do suporte a construo desse conhecimento?; 3) Como o aluno se
posiciona em relao ao conhecimento produzido pela pesquisa-ao?. Como pressupostos tericos, adoto a
pesquisa-ao e a cognio situada. Quanto ao corpus de anlise dessa comunicao, apresentarei uma
anlise inicial dos grupos de reunies realizadas antes e aps a orientao para a elaborao dos planos de
aulas, dos encontros, tambm em grupos, realizados antes e aps a aplicao dos planos, bem como as
observaes-participantes da pesquisadora e as anotaes feitas pelos alunos-professores aps cada aula
ministrada. Como resultados, espero que a anlise realizada nessa pesquisa possa contribuir para que o
processo de formao de alunos-professores seja visto e compreendido como momento de produo, anlise,
avaliao e reflexo de suas prticas, amenizando as lacunas existentes na formao de professores.
Palavras-chave: Pesquisa-ao; Cognio situada; Formao de professores.
EXPERIMENTAO EM TICS: REFLEXES SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE NO ENSINO
DE L.E EM DIMENSO VIRTUAL DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Karina Fernandes dos Santos (Universidade de Braslia)
No contexto em que a comunicao torna-se cada vez mais dinmica, no mbito do ensino de lnguas, a
compreenso do conceito de competncia comunicativa destaca-se, pois, a lngua no mais considerada
como um conjunto de cdigos combinados, mas, como construo de enunciados aplicveis em determinadas
situaes e contextos. A presente pesquisa de mestrado, denominada Experimentao em TICs: Reflexes
sobre o desenvolvimento da oralidade no ensino de L.E em dimenso virtual de ensino-aprendizagem, pautase no desenvolvimento de processos pedaggicos para construo de um ambiente virtual de aprendizagem,
no intuito de motivar, desenvolver e aprimorar a oralidade em lngua estrangeira. A pesquisa, realizada pela
metodologia da pesquisa-ao, considera seus participantes como agentes ativos no processo de construo
do ambiente virtual de aprendizagem. Esse, por sua vez, caracteriza-se como ambiente colaborativo ao
interconectar o ambiente virtual ao ambiente presencial de ensino, ampliando assim o espao para a
aprendizagem. A fundamentao terica dessa pesquisa organiza-se em uma literatura que contempla autores
da Lingstica Aplicada como Jos Almeida Filho, Maria Luiza Ortiz, Vera Lucia Teixeira da Silva, bem como
autores da rea de tecnologia e ensino de lnguas estrangeira como, Vera Menezes de Oliveira e Paiva, Vilson
J. Leffa, Jos Manuel Moram, Romero Tori, entre outros. Por meio da elaborao e reflexes sobre atividades
orais realizveis em contexto virtual e aplicveis nessa dimenso construda, objetiva-se tecer uma discusso
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metodolgica sobre o uso de ferramentas virtuais e elaborao de sequncias pedaggicas que trabalhem a
oralidade sob a tica da lngua como prtica social e da oralidade cujo desenvolvimento se d, forma
potencializada quando trabalhada de modo processual. Assim, as discusses metodolgicas, incitadas pelas
observaes dessa pesquisa, concernentes ambientes virtuais de aprendizagem e atividades pedaggicas
para o desenvolvimento oralidade, aliam-se ao intuito do uso da tecnologia para o aprimoramento do ensino e
da aprendizagem.
Palavras- chave: Oralidade, ensino de lnguas estrangeiras, tecnologia
CURSO DE PORTUGUS PARA FALANTES DE OUTRAS LNGUAS: I
MPLICAES DIDTICO-PEDAGGICAS
Autor/Orientador:Karin Adriane Henschel Pobbe Ramos (Docente FCL/Assis/UNESP)
Coautor/Relator: Amable Daiane Custdio Ribeiro (Graduao FCL/Assis/UNESP)
Coautor: Elizabeth Madureira Toledo (Graduao FCL/Assis/UNESP)
Oferecer cursos de idiomas como projetos de extenso j comum em vrias universidades. Essa
preocupao resultante da importncia que se atribui atualmente ao domnio de uma lngua estrangeira. No
projeto em questo a lngua ensinada como estrangeira o portugus, que tem ganhado lugar destaque no
cenrio internacional, principalmente devido estabilidade econmica que o Brasil tem demonstrado diante das
crises mundiais. Trata-se de um curso de Portugus para Falantes de Outras Lnguas (PFOL) ministrado no
Centro de Lnguas e Desenvolvimento de Professores da Faculdade de Cincias e Letras de Assis UNESP,
um projeto de extenso financiado pela PROEX/UNESP. O curso coordenado e supervisionado por uma
docente da Instituio e as aulas so ministradas por alunos do curso de Letras da unidade. Os beneficirios
so estrangeiros que residem em Assis e regio, provenientes de intercmbios acadmicos e culturais.
Entretanto, vrios fatores, de ordem interna ou externa, esto correlacionados com o desempenho tanto dos
alunos quanto dos professores do curso, influenciando diretamente os resultados. O presente estudo tem como
objetivo discutir as experincias de alunos do curso e professores-estagirios em formao, envolvidos no
projeto, a fim de avaliar, a partir dessas reflexes, as implicaes didtico-pedaggicas que esto refletidas no
processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, foram gravados depoimentos de alunos e professores do curso
de PFOL, durante o primeiro semestre de 2012. Os dados coletados foram discutidos nas reunies
pedaggicas, que ocorrem quinzenalmente, entre o corpo docente e a supervisora do projeto. A discusso foi
fundamentada em uma perspectiva da Anlise Crtica do Discurso, que considera as dimenses textuais,
discursivas e sociais para o uso da linguagem, com vistas transformao da sociedade. Os resultados
mostraram que essas dimenses, refletidas nos depoimentos, tm implicaes diretas na pedagogia que
adotam os professores do cursinho e no desempenho dos alunos.
Palavras-chave: Portugus para Falantes de Outras Lnguas. Centro de Lnguas. Anlise Crtica do Discurso.
CONSTRUINDO CIDADANIA POR MEIO DA LNGUA
E DIMINUINDO A DISTNCIA ENTRE TEORIA E PRTICA
Kyria Finardi (UFES)
O objetivo deste trabalho apresentar uma ao para diminuir a lacuna entre a teoria (nas universidades) e a
prtica (nas escolas). Um projeto de extenso cujo objetivo aproximar professores da educao bsica a
professores universitrios ser descrito. O projeto foi motivado pela observao de que os professores da
educao bsica da regio metropolitana de Vitria-ES hesitavam em abrir suas salas de aula para os
estagirios de letras. Quando questionados sobre a razo da recusa, os professores da educao bsica
alegaram que as universidades s se aproximavam das escolas para usar seus espaos para o estgio
obrigatrio, raramente oferecendo um retorno para a escola. A fim de dar um retorno a esses professores e
abrir um canal de dilogo entre universidades e escolas, um curso de extenso intitulado CONSTRUINDO
CIDADANIA POR MEIO DA LNGUA foi oferecido pela Universidade Federal do Esprito Santo. O curso contou
com a participao de 40 professores de lngua da educao bsica da regio metropolitana de Vitria e
discutiu temas como: autonomia, pensamento crtico, metodologias de ensino de lngua, interdisciplinaridade,
ensino de contedos diversos atravs da lngua, lnguas minoritrias, traduo, gneros do discurso, literatura
na educao, tecnologia na educao e formao de cidado. O objetivo do curso descrito foi pensar em
formas de educar cidados por meio da lngua e do multiletramento crtico. O curso terminou com a reflexo
dos participantes num frum com a apresentao dos respectivos projetos de ensino baseados em contedos
discutidos no curso. A anlise da reflexo feita pelos participantes do curso sugere que houve aproximao
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entre escolas e universidade e que aes como a descrita neste trabalho podem beneficiar a educao em
geral e a educao de lnguas especificamente.
Palavras-chave: teoria e prtica; universidade e escolas; cidadania
CONSTRUES IDENTITRIAS DE ESTUDANTE DE LETRAS
EM PROJETO DE EDUCAO CONTINUADA
Lays Guedes Pereira de Medeiros
Maria da Conceio Aparecida Pereira Zolnier
(Universidade Federal de Viosa)
O objetivo deste poster apresentar um trabalho desenvolvido por uma estudante de Letras, inserida em um
projeto de educao continuada para professores de Ingls (PECPLI). Nessa apresentao sero discutidos
dados relativos participao da primeira autora nesse projeto e a forma como as experincias ali vivenciadas
influenciam suas construes identitrias como professora em pr-servio. O estudo se apoia nas contribuies
de autores nas reas de (a) formao reflexiva de professores (Barcelos & Coelho, 2010; Celani, 2001;
Gimenez, 2003; Magalhes, 2004 e Mateus, 2002); (b) formao de professores em pr-servio (Pellim, 2010 e
Rodrigues, 2010) e (c) identidade de professores e estudantes (Moita Lopes, 2003a e 2003b; Silva, 2000;
Telles, 2004). Como metodologia de pesquisa foi adotada uma abordagem qualitativa, de base etnogrfica,
para anlise e apresentao dos resultados. Os dados coletados por meio de anotaes de campo revelam
que, mesmo sem ter experincias de ensino, o contato com professores j experientes pode contribuir para a
construo de identidades de uma profissional mais reflexiva. Isso devido ao fato de a estudante poder, desde
cedo, se questionar sobre a forma como agiria se tivesse que enfrentar problemas similares aos apresentados
pelos professores. Ao participar das discusses sobre as crenas dos professores, a estudante tem
oportunidades de questionar as prprias e ressignific-las. Ao construir diferentes vises sobre o que seja ser
professor, a estudante pode se preparar melhor no curso de Letras, buscando uma formao mais real e
autnoma. Um dos resultados mais relevantes o fato de a participante comear a se ver como professora e
desejar a prtica de sala de aula, de forma a associ-la com a teoria adquirida no curso.
Palavras-chave: educao continuada; experincias de aprendizagem e ensino de lngua inglesa; identidades
de professoras
O NOVO NO ENEM: UM ESTUDO CONTRASTIVO DE QUESTES DE LNGUA PORTUGUESA
Lvia Letcia Zanier Gomes (UFU / IFTM)
Este estudo justifica-se como parte de uma pesquisa de mestrado em que buscamos observar a presena ou
ausncia de efeito retroativo no processo de ensino-aprendizagem de Lngua Portuguesa (doravante LP) em
trs escolas de Ensino Mdio de Uberaba-MG. Entendemos que, para um exame ser capaz de provocar efeitos
como esse, ele deve, minimamente, possuir qualidades tcnicas e pedaggicas. Destarte, nosso objetivo o
de estudar questes de LP de alguns exames anteriores chamada reformulao do Exame e contrast-las
s questes de Linguagens, Cdigos e Suas Tecnologias, mas mais especificamente as relacionadas LP,
propostas a partir de 2009. Esse contraste busca responder s nossas seguintes perguntas de pesquisa: As
questes passaram por mudanas que justificam o uso do adjetivo novo nas provas realizadas a partir de
2009? Em caso afirmativo, que mudanas foram essas? As questes anteriores reformulao privilegiavam
que tipo de conhecimento (portanto, de aprendizagem) da LP? E as atuais (ps-reformulao)? Dando suporte
terico anlise formal das questes de mltipla escolha esto os trabalhos de Vianna (1982) e Medeiros
(1975). Ainda ser necessria a leitura dos Relatrios Pedaggicos realizados pelo Inep e disponibilizados no
site do MEC (os relatrios disponveis referem-se aos exames de 2001 a 2007), bem como o estudo da Matriz
de Referncia para o Enem 2009.
Palavras-chave: Novo Enem; Lngua Portuguesa; Questes de Mltipla Escolha.
MORFOSSINTAXE APINAY
Loureane Rocha de Souza (Fundao Universidade Federal do Tocantins)
Na perspectiva da Educao Escolar Indgena, a interdisciplinaridade no tem a pretenso de criar novas
disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de vrias disciplinas ou de diferentes culturas
(interculturalidade), para contribuir com as prticas pedaggicas. Devemos levar em considerao os aspectos
gramaticais Apinay, reconhecendo lngua e cultura, indgena, incentivando a valorizao, na manuteno da
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lngua na escola como forma de fortalecimento das polticas lingsticas desses povos. A pesquisa est sendo
realizada atravs de estudos bibliogrficos e, para isso, foram selecionadas duas gramticas com datas de
publicao diferentes para estudo e anlise. Ademais, a pesquisa est totalmente voltada para os Aspectos
Morfossintticos da Lngua Apinay. A investigao objetiva, ainda, contribuir para desenvolver prticas
pedaggicas mais eficazes no contexto das escolas indgenas. Tendo como meta a organizao de um
material didtico mais eficiente, permitindo aos Apinay uma maior discusso sobre os usos e funes da
lngua escrita nas escolas de suas aldeias. Para tanto, com o objetivo de analisar os aspectos morfossintticos
da lngua Apinay, pensando nas caractersticas prprias dessa lngua. Partindo dessa premissa, os
professores indgenas Apinay podero usufruir de um material pedaggico, que leva em considerao os
aspectos morfossintticos de sua lngua materna, como forma, uso dos aspectos gramaticais Apinay, uma vez
que os materiais didticos utilizados nas escolas desse povo, leva em considerao apenas os conhecimentos
e saberes da sociedade no-indgena. Dessa forma nosso trabalho ter uma contribuio significativa para as
escolas desse povo.
Palavras-chave: lngua Apinay, Morfossintaxe, educao escolar indgena
CURSOS DE INCLUSO LINGUSTICA COMO CAMPO
PARA A FORMAO INICIAL DO PROFESSOR DE INGLS
Marcele Garbin Dagios (Instituto Federal do Paran)
Como forma de oportunizar espaos de formao de professores de ingls, este trabalho apresenta a
experincia feita no curso de Letras do IFPR cmpus Palmas que, por meio de um projeto de extenso para
incluso lingustica e do trabalho de bolsistas do curso de Letras, ofertou aulas de ingls gratuitas para a
comunidade. O objetivo desse trabalho era propiciar um espao para os acadmicos bolsistas aplicarem
os conhecimentos adquiridos nas disciplinas de lngua inglesa do currculo do Curso de Letras, por
meio de discusses sobre o trabalho do professor na escola, as concepes de lngua/cultura e as relaes
interculturais em sala de aula. Tambm se esperava propiciar experincias pedaggicas prticas aos seus
estudos curriculares, relacionando-os ao futuro mercado de trabalho destes estudantes, sob a
superviso e acompanhamento dos docentes do IFPR. Para o desenvolvimento do trabalho foram
utilizadas as teorias sociolgicas de linguagem e a viso de lngua como discurso, baseadas nas ideias de
BAKHTIN (1993) e VOLOCHINOV (2004). Os conceitos de cultura e o processo de alteridade apresentados por
EAGLETON (2005) e TODOROV (1991) tambm norteiam o trabalho, juntamente com o conceito de
interculturalidade no ensino de lnguas, por JANZEN (2005). O projeto teve a participao efetiva dos
acadmicos bolsistas, que participaram no processo de pesquisa, organizao, elaborao de material
didtico e aplicao dos contedos em sala de aula. Esse envolvimento ativo dos acadmicos bol sistas
se apresentou como uma importante oportunidade para a melhoria do processo ensino -aprendizagem,
da formao inicial do professor de ingls e da interao entre docentes, discentes e a comunidade
interna e externa. Assim, o curso de Letras do IFPR cmpus Palmas e seus acadmicos puderam ser
um polo irradiador de informaes e foram tambm capazes de contribuir para a melhoria da formao
inicial e do desenvolvimento acadmico e profissional do futuro professor de ingls.
Palavras-chave: Projetos de extenso; formao inicial; ensino de lngua inglesa
AS SUTILEZAS DA LNGUA: COMO OS FUTUROS PROFESSORES DE E/LE PERCEBEM
OS ELEMENTOS PRAGMTICO-DISCURSIVOS EM ORAES CONDICIONAIS EM ESPANHOL
Maria de Los Angeles de Castro Ballesteros (Universidade Federal de Alfenas-MG)
Os aspectos pragmtico-discursivos que subjazem s estruturas gramaticais constituem um problema a ser
enfrentado no processo de ensino-aprendizagem de lnguas estrangeiras, devido s diferentes formas como
diferentes lnguas codificam o conhecimento de mundo do falante em suas construes lingusticas. A partir
dessa problemtica, este trabalho prope evidenciar de que maneira licenciandos de um curso de
Letras/Espanhol percebem os elementos pragmtico-discursivos presentes nas oraes condicionais em
espanhol e como se utilizam deles para expressar suas intenes de comunicao. Apesar da mesma origem,
o latim, o espanhol e o portugus apresentam um universo cultural distinto e distante que no pode ser
apreendido quando o processo de aprendizagem est focalizado nas estruturas gramaticais e morfossintticas.
Trata-se de marcas culturais, reflexo do modo de ser, pensar e agir de um falante estrangeiro que,
normalmente, ficam sob o texto e fora do currculo e das gramticas. Assim, esta pesquisa pretende, por meio
de um estudo contrastivo das oraes condicionais, em espanhol e portugus, relacionar e categorizar as
diferenas entre as estruturas morfossintticas e possibilidades modo-temporais que agregam informaes
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pragmticas ao discurso, nas duas lnguas. Com o apoio de questionrios e testes elaborados de forma a
possibilitar o estudo do processamento e do processo de produo, nos termos de Vygotsky (1987), de
rascunho mental e apreenso do subtexto presente nos enunciados apresentados, observar a percepo
que os licenciandos tm acerca das estruturas em questo. Dessa forma, busca-se identificar estratgias
discursivas intencionais em contraste com as efetivamente utilizadas para a construo de sentidos na lngua
espanhola. Espera-se com esse trabalho, reconhecer as dificuldades de apreenso das estruturas condicionais
pelos sujeitos da pesquisa, uma vez que a partir de sua percepo ser possvel verificar at que ponto eles
conseguem compreender as semelhanas e diferenas dessas estruturas, no que se refere a aspectos
pragmtico-discursivos, nas duas lnguas.
Palavras-chave: E/LE Pragmtica Oraes condicionais
IDENTIDADE E REPRESENTAO DOCENTE EM HISTRIAS DE VIDA DE PROFESSORES DE INGLS
Maria Elaine Mendes (Universidade Federal do Tocantins)
Este estudo se justifica pela necessidade de pesquisas voltadas para a rea de formao de professores de
Lngua Estrangeira, especialmente com relao formao da identidade e representao social. Vrios
autores apontam para a importncia dos estudos da identidade e representao docente (Stuart Hall, Serge
Moscovici, Tomaz Tadeu da Silva), assim como o crescente uso do mtodo histria oral tem levado
professores a lanar um olhar mais detido sobre seu passado, em busca da reflexo sobre as experincias que
marcaram a prtica pedaggica do professor de Lngua Inglesa no mbito profissional e pessoal, como
pontuam alguns autores (Antnio Nvoa, Elizeu Clementino de Souza, Moita Lopes). Objetiva-se com este
estudo investigar a representao docente e formao de professores de Lngua Inglesa no sul do Tocantins,
assim como analisar a relao identidade e prtica profissional. Qual a imagem dos professores de Lngua
Inglesa a respeito de sua categoria? Qual o perfil de um bom professor de Lngua Estrangeira na viso dos
professores? Como a trajetria de vida e formao pode desempenhar um papel ativo na construo da
identidade profissional do professor de Lngua Estrangeira? A gerao dos dados dar-se- durante o perodo
de agosto a dezembro de 2012 e ter como participantes 5 professores com formao em Letras que atuam na
rea de Lngua Inglesa em escolas pblicas e 5 professores de cursos de ingls. Sero focados os sujeitos e
sua trajetria de vida como famlia, lazer, local de trabalho e os valores que os levaram a tomar certas decises
no decorrer de sua vida profissional. Esta pesquisa de natureza qualitativa e tomar como referncia tanto a
pessoa do professor quanto sua profisso com suas prticas proferidas e relatadas em seus discursos.
Palavras-chave: identidade; representao docente; lngua inglesa.
AS PRTICAS DE LETRAMENTOS EM LNGUA INGLESA NO AMBIENTE SOLAR
Meire Celednio (UFC)
Dieb-Souza, Eryck (UFC)
Os estudos acerca da contribuio das tecnologias de comunicao e informaes (TIC) confirmam a
necessria ampliao de acesso dos indivduos s inovadoras formas de comunicar-se, fato observado no que
se refere ao ensino e ao perfil dos indivduos pertencentes s instituies de ensino a distancia (EaD). O
presente artigo objetiva investigar como no ambiente virtual de aprendizagem Solar, criado pela UFC Virtual
com parceria com a UAB se relaciona com os letramentos digitais voltados para o ensino e aprendizagem da
lngua inglesa. Para tanto, fundamentamos nossas reflexes nos estudos de letramentos digitais na plataforma
de EaD com base nas teorias de LEMKE (2010), que segundo ele cada letramento subjaz que conheamos o
contexto de produo de prticas sociais especficas. Corroborando com esse sentido ROJO (2009) nos diz
que atravs da tecnologia, os vrios sujeitos de uma determinada cultura interagem de maneira coordenada.
Os ambientes virtuais no apagam manifestaes culturais, mas as englobam. Para dar conta dessa proposta,
analisamos o ambiente virtual Solar e o seu uso por dois meses para identificarmos os tipos de letramento
existentes no local. Em um segundo momento, estudamos detalhadamente cada categoria encontrada e
entrevistamos 15 alunos e 15 tutores que utilizaram o ambiente para fins de ensino e de aprendizagem, para
com isso obtermos respostas mais teis da sua utilizao para a construo do letramento. Da anlise dos
dados emergiram nove categorias, que na plataforma so chamadas de ferramentas de ensino-aprendizagem:
frum, chat, portflio individual, portflio em grupo, portflio do professor, aula (contedo), webconferncia,
mensagem e material de apoio, onde nesses referidos podemos encontrar locais que servem de uso para o
desenvolvimento dos letramentos na plataforma. Os resultados alcanados evidenciaram que na plataforma
virtual de avaliao, conhecida como Solar tantos os alunos como os tutores possuem um grau de intimidade
com as ferramentas do ambiente construindo os mltiplos letramentos em lngua inglesa.
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formao do mesmo no ambiente escolar, e tambm como cidado. Portanto investir no processo de formao
deste profissional bsico para que a educao disponvel sociedade seja satisfatria. Sabemos que o
processo de formao de professores uma ao contnua, na maioria das vezes, tendo seu incio no
momento em que o sujeito ingressa no curso de graduao. E a formao continuada vista como, artifcio
para que o professor se mantenha atual, como parte integrante da sua formao, alm de ser uma forma de
superar as dificuldades enfrentadas no decorrer da sua prtica. O objetivo dessa pesquisa foi identificar as
razes que impulsionam uma professora de Lngua Inglesa da rede pblica a fazer parte de um projeto de
formao continuada. Pesquisas a respeito da crena de professores (BARCELOS, 2006; COELHO, 2006;
FERREIRA, 2011), discusses em torno da formao inicial e continuada do professor de lnguas (LEFFA,
2011; BARCELOS, 2011; SCHMITZ, 2011; MICCOLI, 2011) e a respeito do ensino de lnguas em escolas
pblicas (LEFFA,2011; COELHO,2005) serviram de base para as discusses propostas. Para o
desenvolvimento da pesquisa foi feito um estudo de caso a partir da aplicao de questionrio, entrevista e
observao de aulas da professora participante, com o intuito de conhecer a sua formao, sua prtica e suas
crenas. Atravs da anlise dos dados obtidos espero verificar o que de fato leva uma professora a dar
continuidade a sua formao e at que ponto suas crenas e a formao inicial que ela teve influenciam em
sua deciso.
Palavras-chave: Formao Continuada, Crenas, Escola Pblica
ESTRUTURA DE PARTICIPAO EM UM GRUPO EM ATIVIDADE DE ESCRITA COLABORATIVA
Nathalie Letouz Moreira (Unicamp)
O presente estudo um recorte de uma pesquisa-ao mais ampla que envolveu a participao de sete
adolescentes e uma professora de lngua portuguesa, a pesquisadora, em 13 aulas de um minicurso oferecido
pela escola cujo propsito era a escrita colaborativa de um livro de fico. Cada estudante era responsvel
pela escrita de uma parte do texto, escolhida por eles mesmos, e os encontros eram voltados para a deciso,
em grupo, do cerne da narrativa e dos rumos dessa narrativa e para a leitura e apreciao pelos demais dos
textos escritos pelos estudantes. O objetivo da comunicao descrever a evoluo da estrutura de
participao dos alunos pela anlise das mudanas de footing em dois encontros do grupo, verificando se os
dois integrantes recm chegados ao grupo conseguiram ter sua participao igualmente aceita pelo grupo em
relao aos estudantes que j se conheciam de uma disciplina anterior. O estudo se baseia nas contribuies
da sociolingustica interacional e os dados foram registrados em vdeo e udio e submetidos a uma anlise
multimodal interpretativa das interaes entre alunos e entre professora e alunos. Conforme se pretende
mostrar, a anlise comparativa mostra que os integrantes mais antigos mantiveram maior domnio de sua
participao nas discusses em relao aos recm-chegados e que o estudante com dificuldades de fala, um
dos recm chegados, teve maior dificuldade em ratificar a sua participao no grupo. Desse modo, concluiu-se
que os integrantes recm chegados ao grupo no conseguiram ter o mesmo status de participao que os
estudantes que j se conheciam.
Palavras-chave: estrutura de participao, escrita colaborativa, interao em sala de aula
CURADORIA DIGITAL: AS POTENCIALIDADES DE UM NOVO CONCEITO PARA A FORMAO DE
PROFESSORES E PARA A SUA ATUAO EM SALA DE AULA
Nayara Natalia de Barros (Universidade Estadual de Campinas)
Considerando o panorama dos novos letramentos exigidos pela contemporaneidade e os novos objetos que
tm surgido como resultado do desenvolvimento de certas prticas letradas dentro e tambm fora da internet,
preciso mobilizar os professores a fim de que desenvolvam a capacidade de motivar os seus alunos a
conhecer e operacionalizar tais objetos. Nesse contexto, uma nova capacidade a ser adquirida surge: a
curadoria digital. preciso propiciar aos alunos a aptido para identificar, selecionar e organizar informao
dentro da web de forma individual, mas tambm de forma colaborativa. A partir desse contexto, e inserido no
campo da Lingstica Aplicada, este trabalho pretende analisar a plataforma Storify, uma plataforma aberta na
web que permite construir histrias por meio do recolhimento (automtico) de informaes de diferentes mdias
sociais como o Twitter, Facebook, Flickr Photos ou Youtube e averiguar as potencialidades desse modelo para
a formao e atuao de professores em sala de aula. Por meio de uma reviso bibliogrfica que contempla as
discusses atuais sobre os novos letramentos, e de um levantamento terico sobre as discusses acerca da
curadoria digital, iro se averiguar as potencialidades da plataforma para a construo de textos jornalsticos
multimodais produzidos pelos alunos. Dessa forma, esperamos que o trabalho possa fomentar discusses com
os participantes da apresentao sobre as potencialidades do conceito de curadoria e da prpria ferramenta
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Storify na formao de professores de lnguas e, em um segundo plano, provocar a reflexo desses docentes
sobre o desenvolvimento de prticas que contemplem objetos semelhantes e que propiciem a capacidade dos
alunos de se tornarem mais do que usurios da internet e de suas ferramentas, mas tambm produtores de
conhecimento dentro e fora da sala de aula, por meio do aproveitamento de objetos com os quais j tenham
certo grau de familiaridade.
Palavras-chave: curadoria digital, novos letramentos, formao/atuao de professores.
REPRESENTAES SOBRE LNGUA DE PROFESSORES EM UM CURSO DE FORMAO CONTINUADA
Natlia Costa Leite (UFMG)
A Anlise do Discurso Francesa (ADF) atravessada pela psicanlise ancora o presente trabalho por possibilitar
o imbricamento das noes de sujeito, lngua e histria. Essas dobraduras conformam um espao indefinido e
instvel onde cada constituio inevitavelmente alterada a partir do movimento de cada uma delas. Tal
perspectiva permite, portanto considerarmos a linguagem enquanto campo da incompletude, do no todo. A
linguagem uma construo que ao mesmo tempo que sustenta a rede, comporta o furo. Este trabalho busca
considerar a ordem do imaginrio que emerge nos processos de ensino/aprendizagem, e que configuram o
modo de ser professor (ANDRADE, 2008). Proponho neste trabalho problematizar o conceito de lngua e seus
possveis desdobramentos no ensino de lnguas estrangeiras. A anlise do corpus se deu no sentido de se
investigar quais so as representaes sobre a lngua e o trabalho didtico com essa lngua (neste caso a
lngua inglesa) por professores do projeto de Educao de Jovens e Adultos (EJA). O exerccio de anlise
apresentado um recorte de anlises realizadas no ano de 2011 e 2012 com trs professores de EJA
participantes de um projeto de formao continuada. Esses professores atuam nas redes federal, estadual e
municipal de ensino no municpio de Belo Horizonte/MG. O corpus foi formado a partir de entrevistas semiestruturadas, posteriormente transcritas e analisadas. Utilizei como categoria de anlise os conceitos de
interpretao em AD, as ressonncias discursivas e as formas mostradas de heterogeneidade. Os
acontecimentos discursivos sinalizaram para um entendimento de como se configura o imaginrio dos
professores atravs da localizao de construes lingusticas (uso de discurso indireto, aspas, glosas). Os
professores pesquisados percebem a lngua enquanto sistema fechado e seu ensino a partir da
sistematizaes de sua estrutura. Tal concepo desconsidera a lngua enquanto espao de alteridade e
(re)elaborao , alm da manifestao de embates ideolgicos.
Palavras-chave: Educao de Jovens e Adultos, lngua, representao
O PROCESSO DE AQUISIO DO ALEMO COMO SEGUNDA LNGUA ESTRANGEIRA: UM ESTUDO DE
CASO
Nathaly Amanda Soares Silva (Departamento de Letras Modernas FFLCH - Universidade de So Paulo)
Este trabalho de Iniciao Cientfica visou analisar, atravs de um estudo de caso com alunos da rede pblica
de ensino, de qual forma o conhecimento prvio da lngua inglesa influencia na aprendizagem do alemo como
segunda lngua estrangeira. O estudo procurou identificar maneiras de facilitar a aquisio do idioma, usando
as provveis associaes e transferncias de vocabulrio e estruturas feitas pelos alunos como maneira de
auxlio. Foi implantado um curso introdutrio de lngua alem na Escola Estadual Francisco Emygdio Pereira
Neto, em So Bernardo do Campo. Ele foi oferecido aos alunos de stimas e oitavas sries. O material didtico
usado incluiu o livro Planet, filmes alemes e msicas com verses em alemo e ingls. Tais atividades
procuraram trabalhar a relao estabelecida pelos alunos entre as duas lnguas: associao de palavras,
estruturas e a pronncia. Procurou-se observar se o prvio conhecimento da lngua inglesa atuou como
problema no processo de aprendizagem - atravs de observaes feitas em sala de aula, das produes
textuais e orais dos alunos -, alm de quais estratgias foram usadas para compensar a falta de conhecimento
na lngua alem. Foram usadas teorias de aquisio de linguagem que abordam questes da Interlngua (Larry
Selinker, 1972) e do multilinguismo (Teoria Cognitiva de Reao em Cadeia na Aprendizagem de Lnguas
Estrangeiras (ou CCR Cognitive Chain Reaction), apresentada por Mrcia Helena Bochat Fernandes, 1995).
Notou-se forte tendncia em transferir a pronuncia inglesa para a alem, alm da aquisio de vocabulrio
ocorrer, em sua maioria, com associaes entre os idiomas. A influncia interlingustica tambm se mostrou
presente.
Palavras-chave: Multilinguismo, Ensino, Aprendizagem
REPRESENTAES SOBRE CULTURA NAS AULAS DE INGLS
DE ALUNOS DA GRADUAO EM LETRAS INGLS DA UFSC
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da educao bsica, quando da abordagem do texto literrio? Que necessidades de mudana essas
demandas impem formao inicial e contnua dos professores de lngua portuguesa? nesse contexto que
so aproximados e discutidos textos oficiais e acadmicos como os veiculados em Brasil (1999, 2001, 2006);
Soares (in.: MARTINS, BRANDO, MACHADO, 1999), Paulino (1998, 1999), Paulino e Cosson (2004), Cosson
(2007); Mello (1998, 1999), Cardoso Bernardes (2005a, 2005b). Neste sentido, em um primeiro caso, d-se
visibilidade anlise dos Parmetros Curriculares do Ensino Mdio Componente Curricular Lngua
Portuguesa (1999), aos PCN+ (2001) e s Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio (2006). J em um
segundo, discutem-se relevantes conceitos que constituem, hoje, suportes tericos imprescindveis ao
professor de lngua portuguesa em exerccio: letramentos literrio e digital, formao de leitores crticos de
textos literrios, jovem empreendedor... atravs de uma aproximao de autores brasileiros e portugueses que
vm se detendo sobre a questo da leitura e da formao de leitores nos anos finais da educao bsica. Ao
final da reflexo aqui empreendida, so delineados perfis de professores em exerccio e de egressos dos
cursos de formao de professores de lngua portuguesa para o trabalho com a leitura literria demandados
pelos novos contextos delineados nesse sculo XXI. Tambm so sugeridas pequenas (e possveis) mudanas
no modo como vem sendo conduzida a formao de professores de lngua portuguesa no Brasil, de modo a
adequ-las s exigncias atuais para o formador de leitores jovens.
Palavras-chave: formao de professores, literaturas de lngua portuguesa, ensino mdio.
CRENAS SOBRE O BOM PROFESSOR DE LE: UM ESTUDO A PARTIR DAS METFORAS
NO DISCURSO DE PROFESSORES EM FORMAO
Rosemeire Parada Granada Milhomens da Costa (Universidade Federal do Tocantins)
O presente projeto que traz como tema crenas e o perfil ideal do professor de LE tem como objetivo analisar
o sentido metafrico que aparece na fala dos professores em pr-servio concernentes s suas crenas acerca
do bom professor de LE a fim de entender quais crenas permeiam essa formao e qual o perfil ideal de um
professor de LE delineado por estes indivduos. Nesse contexto as crenas sero abordadas assumindo o
conceito de Barcelos (2006) o qual define que as crenas alm de conceitos cognitivos, so tambm
construes sociais, e sero analisadas por meio das metforas na fala desses professores em pr-servio
uma vez que as metforas do conta de verbalizar o que desconhecido e difcil de descrever em outros
termos Reilly (1997 apud OXFORD ET AL., 1998: 3) e ainda porque a metfora , no somente uma questo
de linguagem, mas de pensamento e razo Lakoff ( 1993; 2002). Desse modo na busca em atender aos
objetivos traados para esta investigao, ainda em andamento, procurou-se um trabalho do tipo exploratrio,
dentro de um enfoque de investigao qualitativa e vem sendo conduzido no curso de Letras do Centro
Universitrio Unirg situado na cidade de Gurupi-TO, tendo como colaboradores um grupo de alunos
matriculados na disciplina de Prtica de Ensino I. Os dados tem sido gerados a partir de questionrios que
descrevem o perfil scio-cultural desses colaboradores bem como suas experincias com a LE, prvias ao
curso de Letras, e seguidos de observaes de aulas tericas de Prtica de Ensino nas quais so discutidos
temas relevantes sobre a formao do professor pr-servio e suas crenas acerca do bom professor de LE.
Palavras-chave: crenas, o bom professor de LE, metforas
A FORMAO DO PROFESSOR DE LNGUA INGLESA DA ESCOLA PBLICA:
UMA EXPERINCIA NO PROGRAMA DE CAPACITAO DA CAPES
COM O INSTITUTO DE EDUCAO (IOE) DA UNIVERSIDADE DE LONDRES
Sabrina Hax Duro Rosa (IFRS - Cmpus Rio Grande)
Wellington Sales da Rocha (Fundaao Educacional de Alm Paraba)
Kelly Cristina Oliveira da Silva
Karoline Lobo de Almeida Baracho (Escola de Lajes - Municpio de Pira RJ)
Jssica Rezende Diniz Brando (Escola Municipal Alvaro Lopes)
Especialistas e profissionais da rea de educao so unnimes em afirmar que o processo de decadncia da
educao pblica no Brasil vem da metade do sc. XX, num perodo que comeou nos anos 50 e teve o pice
nos anos 70 (RIBEIRO, M.L.S, 1982; PALMA FILHO, J.C., 1998; SILVA, J. C., 2007). Em vista de um ensino
pblico precrio como um todo com falta de estrutura fsica, de materiais bsicos, de livros, de professores
etc. o ensino de LI tambm sofreu em termos de qualidade, o que no poderia ser diferente j que est
inserido nesse sistema educacional pblico que depende, principalmente, da boa vontade dos nossos
governantes para mudar esse quadro. Com este trabalho, pretendemos trazer luz uma iniciativa da CAPES
em prol de uma qualificao de professores de Lngua Inglesa (LI) que veio para mudar, mesmo que de forma
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sutil, essa situao em vrias partes do Pas, pois 13 Estados foram contemplados. Muitas vezes, a crena
dos prprios professores de LI que leva adiante a cultura de que no se aprende ingls na escola; eles tm em
seu discurso as famosas frases: Eles [estudantes] no aprendem portugus quanto mais ingls (MOITA
LOPES, 1996, p. 63) e [...] ensinar ingls em escolas pblicas no funciona (LIMA, 2011, p.14). Por meio de
relatos da experincia, pretendemos socializar as prticas desenvolvidas no Curso de Capacitao para
Professores de Ingls das Escolas Pblicas e motivar outros profissionais para buscarem sua formao
continuada, atuando na promoo desse processo de mudana.
Palavras-chave: Professor de LI; formao continuada, CAPES/IOE
LNGUAS, SOCIOLINGUSTICA E FORMAO DE TRADUTORES
Sandra Mara Prez Lpez (Universidade de Braslia)
Os fantasmas que assombram o mundo da traduo representam espaos de tenso e desconforto em que
com frequncia se fez residir a impossibilidade da traduo. Dentro deste mundo de fantasmas, so
apresentados nesta comunicao indicativos da forma um tanto andina como as lnguas so tratadas nos
estudos da traduo e na formao de tradutores. Para isso, recorre-se a concepes sociolinguisticas que,
sobre as lnguas de trabalho dos tradutores, se inferem em trs olhares diversos da Competncia Tradutria
(CT): um mais socioconstrutivista (HURTADO ALBIR, 1999), outro mais cognitivo (GONALVES, 2006 apud
CINTRO, 2006) e um terceiro, mais holstico (ROBINSON, 2002 [1997]). Todos trs aparecem referidos como
mais por no se considerarem excludentes entre si. Embora seja reconhecida sua instabilidade interna, seu
carter imaginado quase equivalente ao das relaes de parentesco ou s idias religiosas (SCHWARCZ in
ANDERSON, 2008 [1983, 1991]:12), nos trs casos as lnguas tendem a ser totemizadas, reificadas,
especialmente quando colocadas uma frente a outra na traduo. As lnguas so vistas, nos trs olhares da
CT, como objetos terminados, estticos e apreensveis em sua totalidade. Consideraes sobre diferenas
quanto situao de padronizao so relevadas, esquecendo que as comunidades no se imaginam todas
da mesma forma; o que as distingue o estilo como so imaginadas e os recursos de que lanam mo
nesse processo (SCHWARCZ in ANDERSON, 2008 [1983, 1991]:12). Assim, uma vez colocadas concepes
sociolingusticas presentes nas trs abordagens delimitadas da CT, apontada a necessidade de um
embasamento local da formao, que no afeta unicamente os aprendizes de tradutores enquanto indivduos,
nem sua CT enquanto abstrao, mas tambm a competncia dos formadores de tradutores, resumida com
frequncia a mais algumas obviedades que tambm precisam ser repensadas.
Palavras-chave: lnguas, formao de tradutores, Sociolingustica
REPRESENTAES DE PROFESSORES SOBRE A LNGUA INGLESA EM SANTARM, PAR
Silvia Cristina Barros de Souza (UFSC)
A lngua nunca neutra, pois est diretamente ligada a movimentos de carter social, econmico e cultural
(Carboni & Maestri (2003). Nos dias de hoje, a Lngua Inglesa, por ser a lngua da globalizao, da
comunicao internacional, dos negcios e da tecnologia, assumiu o status de lngua franca e Lngua
Internacional e com essa expanso, questes sobre como ensin-la surgiram ao longo dos anos, sendo uma
das maiores preocupaes a fluncia e formao adequada dos professores e a reflexo que eles mesmos
fazem sobre suas prticas docentes, seus valores, representaes, crenas e o processo contnuo de
formao de suas identidades profissionais. Esse trabalho tem como objetivo discutir as possveis
representaes de um grupo de professores de Ingls como lngua estrangeira de Santarm, Par com relao
ao ensino e aprendizagem da lngua inglesa e com relao a eles mesmos enquanto falantes e suas possveis
relaes com as prticas dentro de sala de aula. A noo de representao usada neste estudo baseada nas
idias de Celani e Magalhes (2002), que procura contemplar os contextos social, histrico e cultural dos
quais as representaes emergem, sem negligenciar questes polticas, ideolgicas e tericas. Uma vez que
as percepes que os professores tm da lngua em geral podem influenciar diretamente suas prticas
pedaggicas, neste estudo as experincias educacionais, profissionais e pessoais dos participantes foram
consideradas relevantes na construo dessas representaes.
Palavras-chave: representaes, lngua inglesa, identidade profissional
O ENSINO CRTICO NA SALA DE AULA DE LNGUAS COM MSICA
Simone Lima Gomes (Universidade de Braslia)
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O ensino crtico contemporneo abarca uma variedade de tendncias, tais como educao crtica, pedagogia
crtica, letramento crtico, lingustica aplicada crtica, dentre outros. Um dos objetivos das Orientaes
Curriculares do Ensino Mdio (BRASIL, 2006) que o educando utilize a lngua que est aprendendo em
situaes significativas e relevantes. E assim aprimorar a percepo dos alunos como agentes de nossa
sociedade e cidados do mundo, desde que os mesmos sejam estimulados a analisar e criticar reflexivamente.
Partindo dessa compreenso e da necessidade de se pensar no ensino de lngua contemplando a perspectiva
crtica com Cox & Assis-Peterson (2001), Rajagopalan (2006), Moita Lopes (2006), Paulo Freire (1982) e
Pennycook (1994; 2001), vislumbro um processo de aprendizagem que atenda s necessidades formativas de
um cidado crtico, para a vivncia de uma cidadania crtica local e global. Nesse sentido, este estudo investiga
quais os aspectos imbricados no fazer pedaggico crtico de lnguas e como o uso de canes tem o potencial
de proporcionar a aprendizagem de lnguas numa perspectiva crtica. A presente pesquisa se caracteriza como
de reflexo, natureza qualitativa e carter interpretativista. O dados foram coletados por meio de observaes
de aulas, notas de campo, momento de reflexo, entrevistas semiestruturadas, planejamentos de aulas e as
aulas implementadas. Os resultados revelam a existncia de trs aspectos envolvidos no desenvolvimento do
trabalho crtico, sendo eles: as crenas, as questes relativas ao fazer pedaggico e as relaes de poder. E
por meio de tcnicas, estratgias e recursos que o uso de canes pode contemplar e oportunizar uma
cidadania crtica. Portanto, se faz necessrio considerar o contexto, a realidade dos participantes envolvidos,
as estratgias e os recursos existentes, entre outros.
Palavras-chave: Ensino crtico de lnguas; Canes
SENTIDOS DE LETRAMENTOS EM BIOGRAFIAS DE LEITORES: COGNIO E DISCURSO EM
COMPOSIES IDENTITRIAS
Simone Reis (Universidade Estadual de Londrina)
Rafael Leonardo da Silva (UEL-G)
A pesquisa sobre aprender a ensinar leitura em lngua estrangeira nos informa sobre influncias
(des)favorveis formao de leitores, (inter)relao de aspectos biogrficos, cognies e ao pedaggica
(REIS, 2005). Dentre influncias redutoras sobre o professor-aprendiz figura a prpria instituio educacional:
na educao bsica, a escola. Efeitos dos cursos de preparao formal para professores sobre sua prtica tm
sido estudados com foco analtico exclusivo ou compartilhado entre biografia, educao formal, cognies e
aes. Tambm tm sido particularmente estudados cognies e discursos de professores de ingls em
formao inicial diante de objetivos de aprendizagem e justificativas pedaggicas institucionalmente dados.
Sabe-se, assim, que alunos professores verbalizam acatamento de idealizaes institudas no campo de seu
trabalho, ao mesmo tempo em que as avaliam como de difcil operacionalizao, em geral por supresses com
respeito a preparo formal e ou pelas condies estruturais do local de trabalho (CAMARGO, 2011; CAMPOS;
MANTOVANI, 2011; REIS, 2011a-d). A presente comunicao faz parte de uma pesquisa atualmente em
desenvolvimento na Universidade Estadual de Londrina, tendo como contexto de coleta de dados uma
disciplina integrante da segunda srie do curso de Letras Estrangeiras Modernas (ingls), intitulada Leitura em
Lngua Inglesa Aspectos tericos (REIS, 2012). Os dados, coletados por meio de produo textual individual,
em lngua inglesa, solicitada como tarefa, enfocam aspectos biogrficos pessoais de cada discente, contadas
por eles com respeito a como se tornaram os leitores que so. Tendo como unidades de anlise, por um lado,
cognio (BORG, 2003) e, por outro, discurso (FAIRCLOUGH, 1989/2001; 1992; 2003), examinam-se atores,
processos, objetivos, circunstncias e escopos, especificamente quando os discentes contam sobre sua
relao com a leitura, seus objetos e objetivos de leitura, (des)prazeres, (des)motivaes, e ento nos
permitem interpretar, sob epistemologia construcionista social (SCHWANDT, 2003), fragmentos de seus
mundos vividos, de seus mundos mentais, de suas leituras do mundo social; em suma, nos permitem ler
sentidos de letramento (STREET, 1995; LANKSHEAR; 1993; MCLAREN, 1992; KRESS, 2003; 2010;
CORADIM, 2008; REIS, 2010) em suas biografias de leitores, como partes integrantes de suas identidades
profissionais (BEIJAARD et al, 2010) em construo.
A PRTICA CRTICO-REFLEXIVA NA FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUAS
Solanielly da Cruz Aguiar (Universidade Federal de Campina Grande)
O papel do pesquisador encontrar esses caminhos e decifr-los, no intuito de conhecer melhor o seu objeto e
tornar a pesquisa um ato constante de transformao. Com isso, as pesquisas relacionadas formao de
professores vm ganhando uma nova dimenso, e com isso novas perspectivas e olhares. Ao longo das duas
ltimas dcadas, o cenrio de pesquisa direcionava seu foco principalmente para a instituio formadora, que
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acreditava que apenas a formao em Letras era suficiente, no entanto, a quebra de paradigmas que ocorreu
na rea educacional obrigou a universidade a reconhecer o seu papel e a redefinir o seu papel na sociedade. .
Quando falamos sobre a prtica crtico-reflexiva, em um primeiro momento surge a pergunta: h diferena
entre refletir e pensar? Ao fazermos essa pergunta, dvida colocada em questo, e em seguida vem o
interesse para tentar responde-la. Pensando nisso, podemos aferir que a prtica crtico-reflexiva poder auxiliar
o professor em sala de aula, fazendo com que o mesmo conduza o processo de ensino-aprendizagem de
forma dinmica e construtiva. A prtica reflexiva refletir diretamente na formao de professores, e tem o
intuito de auxili-lo a refletir sobre a sua ao, para que posteriormente ele produza uma nova ao obtendo
um resultado construtivo. Como aporte terico, utilizamos os pressupostos de Kuhn (2009), para entendermos
as mudanas de paradigmas, Zeichner (1993) e Schn (2000) ao que tange a prtica crtico-reflexiva e Freire
(1970) para mostrarmos um panorama sobre as correntes educacionais. Para tanto, utilizamos o relatrio de
estgio supervisionado que foi o objeto resultante das aulas de Prtica de Ensino de Lngua Inglesa I a fim de
coletarmos os dados que compe a pesquisa. Logo, podemos dizer que a prtica crtico-reflexiva um
caminho que deve ser seguido por aqueles que fazem parte do processo de ensino aprendizagem.
Palavras-chave: Formao de professores; Prtica crtico-reflexiva; Ensino de Lnguas
PROFESSORES DE LNGUA INGLESA E AS TICs
Tayane Kizze dos Santos Pereira (Universidade Federal de Sergipe)
Diante do processo globalizante que aproxima os povos atravs das novas tecnologias, a educao precisa se
reinventar, acompanhando as mudanas. Hoje em dia preciso que as pessoas tenham acesso s
informaes e conhecimento acerca das novas tecnologias para ter um bom desempenho, tanto no mercado
de trabalho quanto na sociedade. No entanto, muitos ainda no conseguem transitar em tais meios eletrnicos,
ou por no deter o conhecimento tcnico ou por no saber tirar o melhor proveito do que eles oferecem. As
escolas, como parte de uma sociedade globalizada e responsvel pela formao de cidados, devem preparar
os aprendizes para viver nesses novos contextos digitais. Como bem proposto pelas Orientaes Curriculares
para o Ensino Mdio (OCEM): O projeto de letramento pode coadunar-se com a proposta de incluso digital e
social e atender a um propsito educacional, pois possibilita o desenvolvimento do senso de cidadania
(BRASIL, 2006, p. 98). Este trabalho tomando como base pesquisa feita com docentes da rede pblica de
Sergipe - tem, portanto, por objetivo, mostrar como professores de ingls tm utilizado as tecnologias da
informao e comunicao (TIC) ao ensinar. Para tanto, foram observadas aulas e feitas entrevistas com os
mesmos, atravs das quais foi possvel perceber que as tecnologias muitas vezes so utilizadas apenas com
objetivos tcnicos e mecnicos, deixando de lado a preocupao com a formao de conscincias crticas e o
senso de cidadania proposto pelas OCEM. Tais observaes confirmam que ainda h muito que ser mudado
no s na prtica dos professores, como tambm na formao deles, nas polticas educacionais e na estrutura
fsica dos ambientes escolares.
Palavras-chave: Ingls; Professores; Novas Tecnologias
O AUTOESTUDO NA FORMAO DE PROFESSORES: UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE A PRTICA
Thalita Cunha de Rezende (Universidade Federal de Viosa)
De acordo com Samaras e Freese (2009), o autoestudo uma rea recente de pesquisa, sobretudo na
formao de professores. Contudo, um campo promissor que est crescendo rapidamente por ser uma forma
eficaz de se pesquisar e refletir sobre a prtica profissional e, dessa forma, transformar professores em
pesquisadores crticos de suas prticas. Segundo essas autoras, a pesquisa sobre prtica reflexiva influenciou
fortemente o autoestudo. Para Libneo (2002), a reflexo deve ser uma prtica constante no processo de
formao dos professores, uma vez que, como apontam Richards e Lockhart (1996), a base para o
crescimento profissional. Reconhecendo o importante papel do autoestudo para o desenvolvimento
profissional, lano um olhar retrospectivo e crtico sobre os resultados de uma pesquisa que desenvolvi ao final
do curso de Letras da Universidade Federal de Viosa sobre crenas e emoes de alunos sobre a produo
oral em lngua inglesa. O objetivo do presente estudo foi refletir sobre as consequncias e contribuies dos
resultados dessa pesquisa em minha prtica e desenvolvimento profissional. Esta foi uma pesquisa qualitativa
e teve como instrumento de coleta de dados a narrativa (BARCELOS,2006). Para a sua elaborao, foram
consideradas minhas impresses sobre as crenas e emoes dos alunos, suas consequncias para minha
prtica e meu papel no ensino da produo oral. Uma vez que o autoestudo uma pesquisa introspectiva que
envolve a colaborao, a narrativa foi analisada por um amigo crtico (SAMARAS e FREESE, 2009) e em
seguida houve uma discusso e compartilhamento de ideias e experincias que validaram este estudo. Os
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resultados mostram a eficcia do autoestudo para o crescimento profissional, visto que a prtica profissional
pde ser analisada e reconsiderada, pois foram verificadas atitudes que se revelaram incoerentes com as
crenas e emoes dos alunos, sendo, at mesmo inibidoras do desenvolvimento da oralidade dos
participantes.
A IDENTIDADE DO PROFESSOR EM PR-SERVIO DE LNGUA INGLESA
E A INCLUSO DO ALUNO SURDO NO CONTEXTO REGULAR
Vanessa Oliveira Silva (Universidade Estadual de Montes Claros)
O propsito deste estudo problematizar a construo identitria do professor de Lngua Inglesa em prservio acerca do aluno surdo, analisando suas representaes sobre a incluso do surdo em escolas
regulares e as possveis representaes acerca do ensino de Lngua Inglesa para com este alunado. O objeto
de pesquisa foi o discurso do professor em formao do 7 perodo do curso de Letras/ Ingls de uma
Universidade do Norte de Minas, para o tratamento dos dados utilizou-se da anlise do discurso que nos
possibilitou atribuir significado aos discursos dos acadmicos considerando as suas condies scio-histricas.
Atravs da abordagem qualitativa foi-nos possvel discutir resultados relacionados aos comportamentos,
sentimentos, posicionamentos do ser humano. Flagramos, nas anlises, a representao da descrena do
ensino eficaz proposto pela educao inclusiva ao aluno surdo. Podemos perceber tambm, a representao
da impossibilidade de ensinar a Lngua Inglesa para o aluno surdo, uma vez que, os acadmicos dizem ser
despreparados para atuarem na escola inclusiva. Por fim, os acadmicos que j presenciaram esta prtica,
revelam sentimentos de frustraes, mal-estar por no alcanarem imagem do professor ideal em sala de
aula. Portanto, o resultado trar benefcios a toda comunidade surda e tambm ao ensino oferecido nos cursos
superiores em licenciatura, haja vista que compreender a identidade do professor em formao importante
para as famlias que agregam seus filhos surdos em escolas regulares acreditando na formao inclusiva deste
profissional. No que diz respeito ao ensino, promover uma reflexo sobre a formao inicial dos professores de
Lngua Inglesa acerca do contexto inclusivo.
Palavras-chave: Formao. Identidade. Surdos.
POLTICAS DE (TRANS)FORMAES DAS PRTICAS DE PROFESSORES
DE PORTUGUS COMO SEGUNDA LNGUA
Victor Araujo
Tatiany Carvalho
Bruna Chacon
Amanda Roch
Daniella Soares
(Universidade de Braslia)
O ensino de portugus como segunda lngua est crescendo muito nos ltimos anos, porm, necessria uma
mudana nas polticas nacionais para que haja uma excelente (trans)formao de professores. O cenrio
universitrio atual, no permite uma formao ampla e abrangente, focando na habilidade do professor em lidar
com diferentes culturas em um contexto scio-cultural totalmente diferente do que esto acostumadas, e muito
menos permitindo uma formao especfica para o Ensino de Portugus Segunda Lngua. O referido trabalho
se respaldar nos seguintes estudos empricos desenvolvidos no mbito da Lingustica Aplicada, embasados
pelas polticas de ensino formuladas pelo Ministrio da Educao, para ressaltar a importncia da formao
transdisciplinar do profissional de Letras, principalmente se este for lidar muito mais com aspectos culturais do
que estruturais dentro da lngua, como o caso do ensino de Portugus como Segunda Lngua dentro e fora
do Brasil. A metodologia foi embasada em pesquisa e coleta de dados, tanto quantitativos quanto qualitativos,
dentro da Universidade de Braslia. O foco foram os alunos do curso de Licenciatura em Letras Portugus do
Brasil como Segunda Lngua. Tal curso tem como objetivo o ensino de portugus para Estrangeiros, Surdos e
Indgenas e, apesar de trabalhar com uma formao contrastiva a respeito do ensino de Portugus como L1 e
L2, o curso apresenta certa dificuldade na formao de profissionais que estejam aptos a realizar tais tarefas,
de maneira dinmica e abrangente. Sendo assim, investigamos os pontos fracos e fortes do currculo, alm de
analisar o cenrio (inter)nacional, e as demandas do mercado de trabalho, propondo assim inseres, retiradas
e modificaes de disciplinas, resultando em uma proposta de reforma curricular para o curso. Vale ressaltar
que uma anlise minuciosa do Projeto Poltico Pedaggico do curso foi realizada, e constatou-se a
necessidade de incluso de disciplinas que ajudem na formao de um profissional que trabalhe no apenas o
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Portugus como L2, mas tambm com as demais categorias de Lnguas Adicionais (Herana, Estrangeira,
etc.).
AVALIAO EM IMAGENS: COMO O ESTUDANTE DE ENSINO MDIO PENSA
E CONSTRI SEU PROCESSO AVALIATIVO DE LNGUA INGLESA
Vitria Maria Avelino da Silva Paiva (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Este trabalho apresenta uma investigao a respeito das prticas avaliativas de lngua inglesa de uma
professora de ensino mdio, atravs dos instrumentos avaliativos utilizados antes e depois das sugestes
feitas pelos estudantes e aceitas pela educadora e seus efeitos no processo de ensino- aprendizagem de
ingls desses estudantes. Trata-se de uma pesquisa ao desenvolvida no ensino mdio, etapa final da
educao bsica que ainda encontra-se com sua identidade em construo, sendo portanto, um contexto novo
de pesquisas na rea. Ao trabalharmos com a opinio dos discentes a respeito das avaliaes a que so
submetidos, fizemos uso de imagens produzidas por eles, assim identificando as representaes que atribuem
s avaliaes de ingls. A contribuio da nossa pesquisa d-se pelo fato de que a mesma trata o estudante
como o verdadeiro agente construtor da sua avaliao, no apenas como um participante passivo, que apenas
executa a avaliao escolhida pelo seu professor, caractersticas da avaliao tradicionalmente unilateral que
desenvolvemos em nossas instituies de ensino, onde s o professor rotula, caracteriza e determina o grau de
aprendizagem do educando, deixando-o isento da responsabilidade pelos resultados que obtm. Buscamos,
nesta pesquisa, a (re)construo do processo avaliativo de lngua inglesa atravs da participao estudantil, na
consolidao do que entendemos ser uma avaliao qualitativa, onde professores e estudantes so agentes
ativos e iguais no desenvolvimento desse processo dinmico.
Palavras-chave: Avaliao qualitativa, imagens, participao estudantil.
LETRAMENTO E FORMAO CONTINUADA: IMPLICAES PARA A CONSTRUO IDENTITRIA
DO PROFESSOR E PARA O ENSINO DE LNGUA MATERNA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Wellington Barbosa Silva
(Instituto Federal de Alagoas IFAL/ Universidade Federal de Alagoas UFAL)
Entender as prticas discursivas que emergem tanto no contexto da sala de aula quanto nos espaos de
formao continuada, como prticas de letramento, significa compreender esses diferentes locais como
responsveis pela construo social dos significados produzidos no ambiente escolar. Alm disso, preciso
que se reconhea que os discursos produzidos nesses espaos so determinantes constituio da identidade
do professor e passam a desvelar as diferentes posies ideolgicas que esses sujeitos assumem nos mais
variados contextos socioculturais. Nesse movimento de produo e reproduo de discursos, a presena e o
uso de textos orais e escritos nos possibilitam refletir sobre as mais distintas prticas escolares de produo e
disseminao de conhecimentos e entender sua relevncia para se pensar a formao inicial e continuada dos
profissionais da educao, assim como a organizao curricular da escola. Desse modo, o presente trabalho
buscou discutir a importncia dos Cursos de Formao Continuada na constituio identitria de duas
professoras de Lngua Portuguesa da rede pblica do municpio de Arapiraca-AL e, a partir dessas discusses,
tentar entender de que forma os discursos sociais a que as professores so submetidos e os conhecimentos
adquiridos nessas formaes podem ressignificar a prtica diria desses profissionais em sala de aula. A
metodologia utilizada neste trabalho foi a da pesquisa qualitativa de cunho etnogrfico e apresentou-se ainda
com uma abordagem multidisciplinar amparada nas possibilidades de se trabalhar dentro da pesquisa
interpretativa. O referencial terico adotado articulou conceitos da teoria discursivo-enunciativa e dos novos
estudos sobre letramento e formao profissional e identitria dos professores.
Palavras-chave: letramento; identidade; formao continuada
REFLEXES SOBRE O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LEITURA
EM AULAS DE LNGUA INGLESA EM ESCOLAS PBLICAS DE TERESINA:
POSSVEL FORMAR LEITORES OU CONTINUAMOS NA GRAMMAR-TRANSLATION?
Yolanda Franco Pacheco Sampaio (Universidade Federal do Piau)
O presente trabalho trata de dados obtidos em um Projeto de Iniciao Cientfica realizado na UFPI,
relacionado formao contnua dos professores de lngua inglesa, visando conhecer mais sobre o ensino
desta lngua estrangeira nas escolas pblicas de Teresina (PI), com nfase na prtica de leitura. Para
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Aebersold e Field (1997), a leitura acontece quando o leitor e o texto interagem. A leitura em uma segunda
lngua influenciada por vrios fatores, como: o desenvolvimento cognitivo do leitor, a competncia na lngua
materna, a proficincia na segunda lngua e orientao cultural. Em nosso projeto, objetivamos, alm de
conhecer mais sobre a situao investigada, auxiliar professores e estudantes a desenvolver estratgias e
habilidades a serem utilizadas durante o processo de leitura, em um processo ensino-aprendizagem voltado
para as necessidades do aluno. Durante o desenvolvimento do trabalho, foram feitas visitas e observaes
durante aulas de ingls em escolas pblicas no nvel fundamental e mdio, enfatizando a metodologia de
leitura, incentivando tambm o uso de materiais autnticos por parte do professor. A partir da coleta de dados,
foram feitas anlises das reflexes produzidas pelos estudantes e professores de ingls concernentes s
atividades realizadas e sua relevncia no processo ensino-aprendizagem. Fundamentamos esta pesquisa nas
concepes de leitura de Aebersold e Field (1997), Sol (1998), Christine Nuttall (1982) e Leffa (1996).
Esperamos que esta pesquisa contribua para continuarmos questionando, investigando e incentivando o
desenvolvimento e aperfeioamento do ensino-aprendizagem de leitura nas aulas de lngua inglesa em nossas
escolas pblicas.
Palavras-chave: Leitura em aulas de lnguas estrangeiras, Processo ensino-aprendizagem de lnguas; Escolas
pblicas
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COMUNICAES INDIVIDUAIS
AS POLITICAS PUBLICAS PARA O ENSINO DE INGLS: BRINCANDO DE FAZ DE CONTA
Adelaide Oliveira (UNEB/UFBA)
A frase no se aprende ingls na escola tornou-se um bordo, repetido por professores e alunos de ingls.
Enquanto os professores culpam o Estado e os alunos pelo seu fracasso profissional, os alunos culpam os
professores e a escola pelo no aprendizado da lngua (LEFFA, 2011). Cabe perguntar, ento, qual o papel do
professor do curso de Letras? Onde o ensinar a ensinar no est dando certo? Como os pilares para a
educao estabelecidos no Relatrio da UNESCO para o sculo XXI (DELORS, 1996) podem guiar novos
currculos para resolver a situao do ensino de ingls nas escolas pblicas? Na busca por respostas,
examinaram-se os documentos pblicos para o ensino de lnguas estrangeiras, as leis que determinaram as
reformas dos currculos dos cursos de Letras, o Relatrio da UNESCO e o currculo do curso de Letras de uma
universidade pblica. A anlise revelou, entre outras coisas, que (a) os PCNs para o ensino fundamental
admitem que o ensino de ingls est deslocado da escola; (b) as condies em sala de aula na maioria das
escolas brasileiras inviabilizam o ensino das quatro habilidades; (c) que a legislao do curso de Letras no
deixa claro que nvel de proficincia lingustica necessrio para a formao do professor de ingls.
Palavras-chave: Politicas pblicas. Ensino de Lngua Inglesa. Leis.
STIS: SEMINRIOS INTERDISCIPLINARES NA WEB
Adelma L. O. S. Arajo
Elizabeth Guzzo de Almeida
Ana Cristina Fricke Matte
(UFMG)
A internet tem sido cada vez mais utilizada para diversas atividades didticas, mas o nico espao de fato
explorado pela academia cientfica foi o da publicao de peridicos. O STIS Seminrios Tericos
Interdisciplinares do SEMIOTEC uma atividade pioneira nesse sentido, promovida por um grupo que, desde
2007, promove eventos totalmente online, dentre outras atividades. O grupo Texto Livre, originalmente definido
como grupo de apoio documentao em software livre, em 2010 foi registrado no Diretrio de Grupos do
CNPq, e est sediado no Laboratrio de Semitica e Tecnologia, da Faculdade de Letras da UFMG. O Texto
Livre identifica-se como um projeto polvo por abrigar vrios subprojetos integradores de tecnologias livres ao
ensino na graduao, na pesquisa e na formao de professores. Dentre os projetos desenvolvidos no Texto
Livre, destacamos a revista cientfica Texto Livre, o Portugus Livre, o Espaol Libre, o congresso internacional
EVIDOSOL/CILTEC-online e o seminrio STIS, dentre outros. O STIS, locado em http://stis.lingtec.org, um
seminrio mensal, on-line, sncrono e realizado por meio de chat escrito. Seu principal objetivo discorrer
sobre tpicos tericos especficos e fomentar a discusso transdisciplinar, forte caracterstica do grupo, entre
alunos, professores e pesquisadores de diversas reas, divulgando pesquisas realizadas no pas e alm
fronteiras. Neste trabalho, apresentamos o STIS, sua metodologia de trabalho, as metas j alcanadas e as
metas ainda por alcanar. Snyder (2004, 2009, 2010), Buzato (2006), Coscarelli (2006), Moran et al (2010),
Arajo (2011), dentre outros, compem a base terica que fundamentar nossa exposio. do STIS como
palco do conhecimento aberto e como parte do processo de formao de professores e pesquisadores,
especialmente em ambiente digital, que trata o presente trabalho.
Palavras-chave: tecnologia, digital, ensino, formao, professores, pesquisadores.
ESCOLA ESTADUAL INDGENA AMURE OMPAN RAKTER DE EDUCAO BSICA CENTRAL IKPENG
E FORMAO CONTINUADA NA REA DE CINCIA DA NATUREZA, MATEMTICA
E SUAS TECNOLOGIAS: POSSIBILIDADES E LIMITES
Adenilse Silva de Jesus (SEDUC/CEFAPRO)
Este texto objetivo socializar os resultados prvios da formao continuada realizada na Escola Estadual
Indgena Amure Ompan Rakter de educao bsica de Central Ikpeng na rea de Cincia da Natureza,
Matemtica e suas Tecnologias, de acordo com os parmetros adotados pela Secretaria de Educao
(SEDUC) do Estado de Mato Grosso, visando a implantao e implementao do Projeto Sala de Educador na
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instituio. A fim de realizar esta pesquisa buscamos aporte terico no Projeto Poltico Pedaggico da EE
Indgena, 2010; no Referencial Curricular Nacional para as escolas indgenas, 1998; nas Orientaes
Curriculares para a Educao Bsica do Estado de Mato Grosso, 2010; no Almanaque Socioambiental, 2011 e
em Chassot, 1995. Adotamos a metodologia do Estudo de Caso, utilizando observao, anlise de documentos
e questionrios. Trabalhamos com os profissionais da unidade escolar provendo suporte terico/metodolgico
para atuarem junto aos alunos de acordo o contexto da comunidade indgena do Povo Ikepeng. Percebemos
dificuldades manifestas quanto linguagem e utilizao de conceitos matemticos. Em contrapartida pde-se
perceber domnio acentuado da ecologia existente em seu meio ambiente, da fauna e da flora, dos tempos de
plantio e colheita essenciais aos povos indgenas, bem como a passagem da cultura do povo de uma gerao
a outra, perpetuando, dessa forma, os costumes e a tradio do povo ikpeng.
O MULTILETRAMENTO COMO PRTICA PEDAGGICA NA PRODUO TEXTUAL:
ESTRATGIAS E DESAFIOS
Adilsomar de Oliveira Leite(UNEB)
Este artigo descreve aspectos do projeto A Construo do Conhecimento na Produo Textual, desenvolvido
com alunos do ensino mdio de uma escola pblica do estado da Bahia, no sentido de imergi-los na cultura do
multiletramento. Baseando-se em tericos como Kepes (1995), Krees e Van Leeuwen (1996) e Soares (2010),
a proposta est subdivida em trs etapas, a saber: apresentao de textos com abordagens variadas,
exposio de falas sobre o comportamento dos educandos diante da internet e apresentao e explanao de
imagens trabalhadas ao longo do curso. O objetivo dessa forma de trabalho observar o desenvolvimento das
construes dos textos dos educandos, bem como evidenciar as suas reflexes feitas aps a leitura das
imagens. Trata-se de um projeto ainda em curso, cujos resultados esto sendo aferidos, devido mobilidade
dos sujeitos participantes, em que h constante entrada e sada de alunos por ocasio do fim do ano letivo,
contudo, os resultados demonstra haver dificuldades dos alunos quanto ao inter-relacionamento entre texto
iconogrfico (imagens) e sua produo textual, apontando para a necessidade de maior ateno e
direcionamento docente quanto s pesquisas feitas atravs de mdias digitais.
Palavras-chave: Multiletramento. Produo textual. Internet.
A AVALIAO NA FORMAO DE PROFESSORES: UM ESTUDO DA CO-AVALIO
Adriana Clia Alves ( UFU/ Ileel)
No mbito da Lingustica Aplicada, vemos muitas pesquisas e a constante busca de diferentes metodologias de
ensino. Da mesma forma, temos tambm a necessidade de pesquisar e buscar diferentes maneiras de
compreender o processo avaliativo. Percebe-se, ao analisar temas de pesquisa da Lingustica Aplicada, que
este assunto ainda pouco discutido, merecendo, contudo, ateno no atual cenrio. Deste modo, este estudo
visa a refletir sobre e problematizar o papel da avaliao. Partindo de uma concepo de avaliao formativa,
que visa ao processo de aprendizagem e no ao produto final (nota), estudaremos a avaliao dos pares ou
co-avaliao: trata-se de um tipo de avaliao formativa por meio da qual os alunos atribuem notas aos
colegas. Investigamos, assim, as representaes dos discentes sobre esse tipo de atividade e seus possveis
efeitos no processo de ensino-aprendizagem. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa de cunho
etnogrfico, nos campos do ensino mdio e do ensino superior, por meio da qual, procuramos responder s
seguintes perguntas: Quais as representaes dos alunos frente a essa atividade? Qual o papel do professor
nessa atividade avaliativa? Qual a melhor forma de desenvolver a avaliao dos pares? Apoiada em alguns
estudiosos (FELICE, 2006; VIEIRA, 1993; HADJI, 2001; HOFFMANN, 2001; PERRENOUD, 1999) sobre o
assunto, discutimos uma proposta formativa da co-avaliao, com o intuito de desenvolver a autonomia e ainda
desmistificar algumas concepes que desviam a co-avaliao do seu ato formador, tornando-a excludente.
Palavras chave: avaliao, co-avaliao, ensino-aprendizagem
A DOCNCIA NA EDUCAO SUPERIOR: TRAJETRIAS FORMATIVAS DE PROFESSORES DE
CURSOS DE LICENCIATURA EM LNGUA INGLESA
Adriana Claudia Martins Fighera (Universidade Federal de Santa Maria)
Este trabalho insere-se na Linha de Pesquisa Formao, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa
de Ps-graduao em Educao da Universidade Federal de Santa Maria/RS. Nesta investigao buscamos
compreender como a docncia construda pelo docente formador de professores de Lngua Inglesa. Para
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tanto, ao conhecermos a trajetria formativa desses professores, identificamos qual a compreenso que esses
docentes tm de seu papel como formadores de professores de Lngua Inglesa, reconhecendo as concepes
terico-prticas relativas a essa docncia, explicitadas em suas narrativas. Este estudo direciona-se aos
princpios da pesquisa qualitativa a partir da abordagem sociocultural, em que as narrativas dos professores
participantes constituem-se em categorias exploradas e trabalhadas a fim de alcanar o objetivo da pesquisa.
Os processos implicados nas relaes interpessoais e intrapessoais mobilizam os professores formadores a
organizarem o seu espao formativo. Os docentes ainda so influenciados pelo espao sociocultural onde
esto inseridos (VYGOTSKI; LRIA; LEONTIEV, 2006; ZABALZA, 2004; BAKHTIN, 2010). Os resultados
preliminares permitem-nos dizer que os docentes formadores se reconhecem como sujeitos capazes de
experienciar a construo da profisso e de questionar a prpria formao. Entendemos que este trabalho
contribui para o campo da formao de professores medida que auxilia na produo de um conhecimento
especializado sobre formao de professores do Ensino Superior. Assim, para que possamos melhorar a
formao inicial de professores de Lngua Inglesa, precisamos promover a construo de saberes e de atitudes
durante o processo educativo, em um lugar onde todos estejam comprometidos, inclusive os formadores
desses professores.
Palavras-chave: Formao docente. Ensino Superior. Lngua Inglesa.
TEXTO, CONTEXTO E PRTICA PEDAGGICA: RELAES IMPLICACIONAIS
Adriana Kuerten Dellagnelo (LLE-PPGI/UFSC)
Maria Ester Moritz (LLE-PPGI/UFSC)
Estudos socioculturais concebem a existncia de uma relao implicacional entre a linguagem e seu contexto
de uso e a representao do pensamento, tanto quanto tomam a materialidade textual como atividade
socialmente situada (Johnson & Golombek, 2011; Johnson, 2009; Lantolf & Thorne, 2006). Decorre dessa
relao o entendimento de que o texto constitui somente a parte visvel de um processo complexo de produo
e de compreenso, que interativo por natureza, e que ocorre em uma situao concreta, em uma sociedade e
em uma cultura, sendo, portanto, mediado por esses fatores. Desse modo, texto e contexto no podem ser
tomados de forma dissociada. O presente estudo tematiza essas relaes que se estabelecem entre texto e
contexto, focalizando configuraes lingusticas historicamente cristalizadas de um gnero textual especfico, o
plano de aula, em sobreposio a intencionalidades e concepes do autor do prprio plano de aula. Assim,
confrontamos planos de aula produzidos por futuros professores de Ingls como lngua estrangeira por ocasio
de sua participao na disciplina de Prtica de Ensino e confrontamos com seus prprios comportamentos
didtico-metodolgicos e lingusticos ao longo do perodo de execuo dessas aulas de modo a verificar em
que medida a prtica pedaggica que se efetiva em situaes reais de ensino-aprendizagem reflete os planos
e/ou as concepes terico-didtico-metodolgicas que os futuros professores alegam ter. Os resultados
parecem sinalizar que marcas desse gnero tanto podem suscitar uma textualizao prototpica quanto podem
neutralizar posturas e intencionalidades dos participantes por ocasio do ato de dar aulas. Dentre as
implicaes pedaggicas que se eliciam a partir desses resultados, apontamos para o cuidado e para a
necessidade de mudana quanto prototipia lingustica que caracteriza o gnero plano de aula.
Palavras-chave: texto, plano de aula, contexto, prtica pedaggica.
REFLEXES SOBRE AS PRTICAS COMUNICATIVAS E A (RE) CONSTRUO DE IDENTIDADES
PROFISSIONAIS EM UMA INSTITUIO DE ENSINO DE INGLS
Adriana Lcia de Escobar Chaves de Barros (UEMS Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul)
Esta pesquisa tem como objetivo investigar as prticas comunicativas e a (re) construo de identidades
profissionais no processo de implementao do Plano Pedaggico, em uma instituio de ensino de ingls.
Baseio-me na observao das vozes dos participantes desse processo comunicativo-organizacional, as quais
enunciam profundas transformaes naquele ambiente de ensino, causadas pelos efeitos da
contemporaneidade, cujos impactos vm-se refletindo em vrios aspectos das prticas sociais e exigindo a (re)
configurao das identidades dos seus profissionais. Inserida no contexto competitivo contemporneo, a
instituio em estudo vem buscando meios para adaptar-se a um novo mercado, atravs da oferta de servios
de alta qualidade, com vistas maior produtividade. As transformaes causadas tm alterado os padres
sociais de interao nesse contexto de trabalho, estabelecendo novas metas educacionais descritas nos
Planos Pedaggicos e exigindo dos professores o desempenho de mltiplos papis identitrios com
caractersticas mercantilizadas. Isso gera ressentimento por parte dos professores, que sentem sua funo de
educador desvalorizada. Nesse contexto de conflito de valores, surge a necessidade de um olhar exploratrio,
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investigativo e reflexivo, a fim de se entender o que est acontecendo, enquanto est acontecendo, para
melhorar a qualidade de vida dos profissionais e alunos. Para tal, com o apoio de conceitos de
contemporaneidade, problematizo o mundo do trabalho e as organizaes destacando as instituies de ensino
de ingls. Construo um arcabouo terico com as noes scio-construtivistas de identidade; e a atuao da
Lingustica Aplicada nos contextos profissionais, com base na Sociolingustica Interaciona, apresentando os
estudos de alguns principais sociolinguistas, tais como: Gumperz, Bateson e Goffman e nos conceitos
bakhtinianos de linguagem.
Palavras-Chave Contemporaneidade; Identidade Profissional; Perspectiva Bakhtiniana; Sociolingustica
Interacional
LETRAMENTO E INCLUSO SOCIAL: A METFORA GRAMATICAL NA ESCRITA DO ENSINO MDIO
Adriana Nogueira Accioly Nbrega (PUC-Rio)
Esta pesquisa, que se insere na rea de Lingustica Aplicada (Moita Lopes, 2006), toma como base a teoria
sistmico-funcional (Halliday, 1994) para a discusso da questo do letramento no Ensino Mdio, tendo com
foco a anlise da produo textual de alunos de escolas pblicas do Estado do Rio de Janeiro. Tomando por
base a viso de letramento como conjunto de prticas voltadas ao uso, funo e impacto social da escrita
(Soares, 1998; Di Nucci, 2002), proponho, neste estudo, a investigao da possvel relao entre o domnio da
escrita e incluso social. Estando vinculado ao projeto de pesquisa Escrita e incluso social: anlise de corpus
e a metfora gramatical no Ensino Mdio (FAPERJ N26/2008) do Programa de Ps-Graduao da PUC-Rio, o
presente trabalho analisa o uso de um recurso fundamental para a elaborao de textos produzidos em
contextos pedaggicos - a metfora gramatical - que implica, dentre outros aspectos, a transformao de ideias
mais concretas em mais abstratas, atravs do uso de nominalizaes em lugar de processos verbais (Halliday,
1994; Heyvaert, 2003). Assim sendo, so objetivos desta pesquisa: 1) identificar e verificar a incidncia da
metfora gramatical em textos argumentativos; 2) analisar com que frequncia os processos verbais e as
nominalizaes so usados; 3) observar o desempenho do aluno no que diz respeito ao emprego dessa forma
de expresso. A metodologia utilizada insere-se em um paradigma qualitativo e interpretativo de pesquisa e
conta com ferramentas computacionais para anlise da produo textual do grupo investigado. Resultados
parciais revelam o pouco uso de metforas gramaticais, o que pode justificar a possvel no incluso do aluno
no universo da escrita, dificultando seu acesso como cidado a diferentes prticas sociais, bem como indicam
a relevncia de um estudo desta natureza para formao de professores dessa rea.
LETRAMENTO VISUAL E FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA PORTUGUESA:
CONTRIBUIES E DESAFIOS POSSVEIS
Adriana Rodrigues de Abreu (PUC - Rio)
A sociedade moderna, caracterizada pelo efeito da globalizao e das novas tecnologias digitais, tem
experimentado uma nova forma de conceber a leitura de textos. Viver em sociedade equivale a dar conta das
diferentes formas de linguagem que perpassam o meio social. Sendo assim, necessrio que o aluno
desenvolva uma aprendizagem multimodal, isto , que ele seja capaz de aprender a ler palavras e imagens ao
mesmo tempo. Portanto, o presente estudo surge com os seguintes objetivos: 1- analisar como as imagens,
mais especificamente as histrias em quadrinhos, esto sendo trabalhadas por dois livros didticos de lngua
portuguesa; 2- investigar como se d o processo de construo do letramento visual nos livros analisados; 3discutir a relevncia da formao docente para o tratamento das imagens em sala de aula e,
consequentemente, para a construo do letramento visual; 4- trazer contribuies para a formao continuada
do professor. Sero examinados os enunciados dos exerccios propostos com o intuito de observar quais
elementos dos quadrinhos esto relacionados com a atividade e quais aspectos visuais precisam ser
compreendidos pelos alunos para poderem realizar o exerccio. Para tal, este trabalho contar com estudos
sobre multimodalidade desenvolvidos por Kress e van Leuween (1996/2006), que entendem os textos
multimodais como sendo aqueles cujos significados so realizados atravs de mais de um cdigo semitico.
Alm de pesquisas acerca do letramento visual (Dionsio, 2005 e Braga, 2004), que abordam a importncia do
visual em sala de aula. Os resultados mostram que o espao dedicado a linguagem no verbal reduz-se a
apresentao e explorao de aspectos gramaticais, no havendo um trabalho crtico de leitura e compreenso
das imagens. Desse modo, o visual ainda precisa ser encarado de forma mais consciente e o professor,
principalmente o de lngua portuguesa, pode contribuir desenvolvendo estratgias diferenciadas para o
tratamento das imagens, apesar dos desafios.
Palavras-chave: letramento visual, multimodalidade e formao docente.
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na prtica de ensino. Ademais, amplamente aceito que a reflexo sobre seu prprio conhecimento
caracterstica dos estudos sobre cognio auxilia na escolha de estratgias que consideram mais eficientes.
O foco est, portanto, no processo do fenmeno, diferentemente de muitos trabalhos sobre aquisio de
vocabulrio, cujo foco est no produto, i.e., anlise dos resultados dos diferentes mtodos e estratgias.
Encontramos na Metodologia Q a ferramenta diferencial para esta investigao, pois permite entender e
comparar os pontos de vista dos participantes. A metodologia consiste nos seguintes passos: (1) levantamento
do universo de ideias, que so opinies diversas sobre o assunto em questo; (2) seleo de algumas
assertivas que abrangem a diversidade dessas ideias; (3) apresentao das assertivas aos participantes, que
as distribuem num tabuleiro de acordo com seu grau de concordncia ou discordncia (-5 a +5). Nesta etapa,
os participantes foram 29 professores do ensino mdio e superior, rede pblica e privada; (4) anlise estatstica
fatorial, que agrupa esses 29 participantes de acordo com os pontos de vista que compartilham em relao ao
vocabulrio, revelando os perfis existentes; (5) interpretao dos perfis revelados e, por fim, descrio e anlise
qualitativa dos perfis. O estudo revelou quatro perfis distintos: os mais formais, os mais descontrados, os que
no do muita importncia gramtica no processo em questo e os que valorizam a exatido no uso das
palavras. Implicaes para o ensino/aprendizado de vocabulrio sero consideradas, apostando na influncia
das percepes dos professores em sua prtica pedaggica.
Palavras-chave: Metodologia Q; vocabulrio; Ingls Lngua Estrangeira
A IDENTIDADE DISCURSIVA DO PROFESSOR NAS TIRINHAS DE CALVIN E HAROLDO
EM E FOI ASSIM QUE TUDO COMEOU
Alex Caldas Simes (UFV)
As recentes pesquisas na rea da linguagem tem indicado que novas identidades sociais tem se formando.
Esse novo cenrio estrutural tem levado a formao de um sujeito diferente, fragmentado composto por vrias
identidades discursivas, algumas delas contraditrias ou no resolvidas (HALL, 2004). Estas identidades,
portanto, no so fixas ou permanentes e alteram-se de acordo com os diferentes momentos histrico-sociais
vividos por cada indivduo ou sociedade. Diante dessa constatao que novas identidades o professor de
lnguas tem construdo nesse novo contexto? Que implicaes essas identidades divulgadas pela mdia
provocam no ensino e na rea de formao de professores como um todo? Tendo em vista essas questes de
pesquisa, procuraremos em nossa exposio identificar a identidade discursiva do professor nas tirinhas de
Calvin e Haroldo, contidas no livro E foi assim que tudo comeou. A fim de depreender essa identidade,
utilizaremos o conceito de ethos e cena enunciativa (MAINGUENEAU, 2005, 2008; AMOSSY, 2005), uma vez
que por meio desse referencial terico-metodolgico possvel construir as imagens de si formadas pelo
discurso. De nossa anlise constatamos que o professor nas tirinhas de Calvin e Haroldo se apresenta
discursivamente com um ethos de rigor, velhice, monotonia, inabilidade com tecnologias e de isolamento ou
distncia do aluno. Essa identidade discursiva, portanto, no corresponde a identidade atual dos professores.
Esse imaginrio retrata caractersticas do professor do sculo passado (CASTRO, 2007). Compreendemos que
perpetuar tais identidades na mdia em nada colabora para construo de identidades profissionais engajadas
com a atual realidade educativa e cultural. Nesse sentido, surge que para o campo de formao de professores
a necessidade de refletir criticamente sobre a divulgao e cristalizao dessas identidades, pois a partir
dessa iniciativa que os professores podem construir e/ou fortalecer suas identidades profissionais, ou seja,
aquelas preparadas para o enfrentamento de conflitos educacionais especficos.
Palavras-chave: Formao de Professores. Identidade. Tirinhas.
O LETRAMENTO DIGITAL DO PROFESSOR E O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LNGUA INGLESA
PARA ALUNOS SURDOS, LUZ DA TEORIA DA ATIVIDADE
Alexandra Aparecida de Oliveira (UFLA)
Patricia Vasconcelos Almeida(UFLA)
O presente trabalho se prope a refletir sobre a insero da tecnologia como fonte de material didtico no que
perpassa o ensino-aprendizagem de lngua inglesa, tendo como embasamento a Teoria da Atividade
(Engestrm, 1999). Tem-se, portanto, como objetivo geral analisar como o uso das ferramentas tecnolgicas
modifica a prxis do professor de Lngua Inglesa em contexto de ensino-aprendizagem para surdos em sala de
aula mista, tendo em vista o seu letramento digital. Como objetivos especficos analisar as contradies que
ocorrem nos elementos do sistema de atividade com a mudana do artefato didtico, para o qual adotamos
como suporte terico o princpio da contradio, proposto por Engestm (1999), e, ainda, analisar a influncia
que o intrprete de libras exerce no processo de ensino-aprendizagem de Lngua Inglesa para alunos surdos,
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tendo como base o sistema de atividade. A anlise dos dados provenientes de uma abordagem qualitativa,
tratando-se de um estudo de caso, a qual se utilizou questionrio, gravao em udio e vdeo e
observao/registo das aulas de ingls mostrou que o professor desenvolveu prticas diferentes de acordo
com o artefato utilizado; ou seja, o seu letramento digital reflete na sua prxis. Alm disso, podemos afirmar
que o intrprete de libras tem papel primordial no processo de ensino-aprendizagem para o surdo, sendo que
sua proficincia em lngua inglesa insere-se com tamanha relevncia e o situa como co-docente dos alunos
surdos e que o papel do mesmo se altera de acordo com o artefato utilizado. Quanto s contradies
encontradas nos sistemas de atividade, podemos afirmar que elas acontecem em seus quatro nveis assim
como proposto por Engestrm (1999) e se configuram de acordo com a mudana do artefato de ensino.
Conclui-se, portanto, que a alterao do artefato didtico pode causar tenses no sistema e alterar os
elementos que o constitui.
Palavras-chave: tecnologia; prxis docente; lngua estrangeira.
CONCURSO ESTUDANTE FAZ ARTE: FENAMILHO:
CONSIDERAES SOBRE A FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA PORTUGUESA
Alexandre Pereira Magalhes (Centro Universitrio de Patos de Minas - UNIPAM)
Criado em 2006, o concurso Estudante faz Arte: Fenamilho prope publicao anual de um livro a partir de
textos de autoria dos estudantes do ensino bsico da cidade de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. Com
carter trans(inter)disciplinar (Bunzen, 2006; Neves, 2003), o projeto busca envolver esses estudantes com a
histria e com a cultura do municpio, propiciando a produo de textos em diferentes gneros, modalidades e
cdigos (Marcuschi, 2003). Desde o incio do projeto, os professores de Lngua Portuguesa tm representado
papel significativo, uma vez ser sua disciplina a que focaliza a produo textual e suas nuanas. Contudo,
observou-se que tais professores pareciam no conseguir orientar seus alunos para uma produo mais
sustentada: grande parte dos textos recebidos apresentavam distores e superficialidade. Em face disso, foi
proposto, em 2012, um curso de aperfeioamento, em linguagem acessvel e menos tcnica, para os
professores inscritos no projeto, visando aprimorar seu conhecimento de gneros textuais (Marcuschi, 2003),
de avaliao (Perrenoud, 1999) e de procedimentos para o encaminhamento da produo textual em aula. Esta
comunicao, por sua vez, mostra que o curso oferecido influenciou positivamente o trabalho dos professores
de Lngua Portuguesa quanto ao ensino da produo textual para o livro de 2012. Foram-lhes oferecidas bases
tericas e prticas para o trabalho com textos em sala de aula, repercutindo na segurana ao orientar seus
alunos na produo dos textos e na motivao ao perceberem melhorias significativas da produo dos alunos
nos trabalhos submetidos ao concurso em 2012. Os dados foram coletados por meio de questionrios e
entrevistas com dez professores de Lngua Portuguesa cujos alunos foram selecionados para a ltima
publicao. A comunicao mostra, enfim, que cursos de aperfeioamento, com linguagem mais prxima
prtica do professor de lngua, podem contribuir consideravelmente para a melhoria da produo textual de
seus alunos.
Palavras-chave: Formao de professores de Lngua Portuguesa; produo de texto; avaliao
PROFESSORES DE LNGUA INGLESA EM FORMAO INICIAL:
UM ESTUDO SOBRE FATORES QUE INFLUENCIAM NESSA PRTICA
Alidiane Mirian Oliveira Universidade Federal de Uberlndia
A motivao do professor um assunto que merece destaque, visto que o professor precisa estar motivado
para ensinar com entusiasmo e competncia. A partir dessa premissa, realizamos a pesquisa A motivao dos
professores de Ingls em formao inicial em sua prtica docente. Buscamos analisar as preocupaes dos
professores de Lngua Inglesa em formao inicial no decorrer do desenvolvimento dos estgios de docncia
da disciplina Prtica de Ensino de Lngua Inglesa I, e de que forma essas preocupaes podem afetar a
motivao e o desempenho desses professores antes e durante a prtica de ensino. Com intuito de abordar
essas e outras questes que dizem respeito ao processo de formao de professores de Lngua Estrangeira,
buscamos um dilogo com autores que pesquisaram esse universo e desenvolveram estratgias para
identificao de fatores que interferem na motivao de professores em formao inicial. Dentre os autores
selecionados, citamos: Kyriacou e Stephens (1999) e Sinclair e Barnes (1983). A pesquisa foi realizada com 10
professores em formao inicial do 8 perodo do Curso de Graduao em Letras da Universidade Federal de
Uberlndia. A coleta de dados se deu por meio de uma entrevista semi-estruturada realizada com os
professores, anlise dos dirios reflexivos elaborados pelos professores e aplicao de um questionrio,
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composto por perguntas abertas. Ao analisar a motivao do professor de Lngua Estrangeira, importante
perceber e distinguir as influncias negativas das positivas, quais so os fatores motivadores e/ou
desmotivadores, e de que forma a motivao do professor pode influenciar na motivao do aluno. Dessa
forma, com a pesquisa, percebemos que as preocupaes sentidas pelos professores podem contribuir para o
aumento da ansiedade dos mesmos, mas no necessariamente os desmotivam a ensinar.
Palavras-chave: Motivao. Professores em formao. Prtica docente.
NOVAS PERSPECTIVAS NO ENSINO DE LNGUA INGLESA NO BRASIL:
A SITUAO PLURILNGUE DOS SURDOS
Aline Nunes de Sousa (Universidade Federal de Santa Catarina)
A oficializao da lngua de sinais brasileira (Libras) em 2002 instaurou uma nova realidade para os
professores de lnguas do Brasil. Alm do ensino de Libras em si, preciso pensar no ensino de portugus e
lnguas estrangeiras para os surdos usurios de Libras. O objetivo geral deste trabalho refletir sobre as
implicaes de um contexto plurilngue de ensino de ingls para surdos brasileiros. As perguntas norteadoras
deste trabalho so: (a) qual o papel da Libras no desenvolvimento da escrita de surdos em ingls?; (b) qual o
papel do portugus nesse contexto?; (c) qual o papel do ingls no desenvolvimento da escrita desses sujeitos
em portugus? Pensando nos questionamentos (a) e (b), no mestrado, ministramos um curso de ingls de
120h/a, em Libras. Essa pesquisa se caracterizou como um estudo de caso do tipo pesquisao. Participaram
nove surdos com nvel de ensino mdio. Os instrumentos de coleta utilizados foram questionrios, entrevista,
atividades de produo textual e notas de campo. A anlise dos dados indicou que a LIBRAS foi usada pelos
sujeitos como lngua de conforto nas interaes em sala de aula e, nas produes escritas em ingls, como
fonte de transferncia interlingustica (Faerch e Kasper, 1983). O portugus, por sua vez, foi usado nas
interaes em sala como uma lngua de apoio e, nas produes escritas em ingls, como fonte de
"transferncia lingustica", alternncia de lnguas e criao de palavras (Faerch e Kasper, op. cit.). Agora,
em nossa pesquisa de doutorado, estamos ministrando um novo curso de ingls, com vinte sujeitos surdos
estudantes do ensino superior. Provocados pela hiptese da interdependncia lingustica de Cummins (2008),
de nosso interesse investigar, dessa vez, como os surdos desenvolvem no s a escrita em ingls, mas
tambm em portugus, a partir desse ambiente plurilngue de ensino de ingls.
Palavras-chave: ensino de ingls, plurilinguismo, surdos.
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Este trabalho justifica-se pela escassez de estudos que abordem a formao de professores de sala
multisseriada, tendo em vista a especificidade da ao pedaggica. A sala multisseriada compreendida como
espao escolar constitudo por educando de diferentes nveis de escolaridades, de faixas etrias e sexos. Esta
constitui-se uma sala heterognea, por excelncia. Pretende-se, neste trabalho, refletir acerca da formao
inicial de professores de sala multisseriada especialmente, no que concernem as propostas sugeridas para o
trabalho com o ensino de linguagem. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semi-estruturadas com
08 professores da rede pblica de ensino municipal no interior do Estado do Cear, bem como de observao
de encontros de formao docente. Os dados foram analisados a partir dos referenciais tericos de Morin
(2009, 2011), no que concerne a fundamentao na rea da educao e, nos referenciais de Bakthin (1992) e
demais pesquisadores (BRAIT, 2009, 2010; MARCUSCHI, 2008; ROJO, 2007, 2009) referente concepo de
linguagem como ao e interao que se desenvolvem em um contexto scio-cultural. Os resultados da
pesquisa apontam fragilidades tericas que induzem impasses na sala de aula. Isto , nessas formaes
abordam apenas questes normativas e administrativas. Desse modo, os formadores deixam de trabalhar
concepes tericas aliadas as prticas que possam subsidiar a proposta pedaggica e, assim, contribuir para
a formao do cidado-leitor e escritor crtico e consciente de seu papel social. Os sujeitos da pesquisa
informam que as formaes no contribuem para a prtica pedaggica, pois lidam com realidades bem
diferentes. A pesquisa aponta a necessidade de desenvolver propostas de letramentos mltiplos nas salas
multisseriadas. Diante da heterogeneidade da sala multisseriada, urge desenvolver uma formao docente
compatvel com as necessidades de professores e educandos, tendo em vista atender as especificidades de
aprendizagem. As fragilidades tericas e metodolgicas apresentam-se como negligncia, por parte do rgo
competente pela formao. As salas multisseriadas cumprem o seu papel quando h uma formao e apoio
pedaggico capaz de oferecer subsdios aos professores para desenvolver uma prtica pedaggica condizente
com a formao crtica e reflexiva.
Palavras-chave: sala multisseriada; formao de professores; prticas de letramentos; linguagem e ensino.
IDENTIDADES E REPRESETAES DE DOCENTES DE LNGUA FRANCESA :
OS EFEITOS DA GLOBALIZAO
Ana Cludia Barbosa Giraud (Universidade Federal do Cear)
O estatuto da lngua francesa como lngua estrangeira tem sofrido mudanas significativas ao longo do sculo
XX. Nesse sentido, faz-se necessrio uma reflexo acerca da perda de prestgio da lngua francesa no cenrio
ps-moderno global e suas influncias sobre as identidades de professores/professoras de Francs Lngua
Estrangeira (FLE). Esse estudo tem como objetivo maior a anlise do discurso de docentes de lngua francesa
de duas instituies de Ensino Superior, a partir dos aportes terico-metodolgicos da Anlise de Discurso
Crtica (ADC). O quadro de referncia composto, sobretudo, pelos estudos de Fairclough (2001, 2003, 2010),
Chouliaraki & Fairclough (1999), Rajagopalan (2003, 2004, 2008) e Moita Lopes (2006, 2008), em uma
perspectiva de apreenso transdisciplinar das prticas discursivas, cuja premissa que a linguagem uma
prtica social. Assim, as estruturas lingusticas se configuram como modos de ao sobre as pessoas e sobre
o mundo, e o discurso constitui um espao de luta hegemnica, de modo que o texto traz marcas dessa luta
pela hegemonia dos sentidos. A metodologia utilizada nesse estudo constitui um dilogo entre a ADC e a
pesquisa qualitativa (FLICK, 2009; ANGROSINO, 2009). Os dados coletados e gerados entrevistas
individuais e grupo focal so examinados em seus aspectos lingusticos e ideolgicos focalizando, sobretudo,
questes ligadas s identidades dos/das docentes e s suas representaes sobre a lngua e a cultura
francesa. Os resultados preliminares apontam, dentre outros, para uma identidade de resistncia (CASTELLS,
1999) dos/das docentes, bem como para o carter afetivo da relao que esses/essas profissionais mantm
com a lngua e com a cultura francesa.
Palavras-chave : Anlise de Discurso Crtica; Identidade; Globalizao.
AMPLIANDO OS HORIZONTES DE APRENDIZES DE INGLS DA ESCOLA PBLICA: A INICIAO
CIENTFICA E DOCENTE NA FORMAO DO PROFESSOR DE LNGUAS
Ana Claudia Peters Salgado
Alexandre Diniz da Costa
Brbara Andrade de Sousa
Bernardino Guedes Neto
Camilla Figueiredo Barbosa
Juliana Benevides Dornas
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Esta pesquisa, situada teoricamente na interface entre as reas de Lingustica Aplicada e Educao, traduz-se
em uma investigao qualitativo-interpretativista cujo escopo abarca questes pertinentes s temticas
crenas, identidade e formao docente. Mais especificamente, tem-se como objetivo identificar as crenas de
um universo amostral de professores de ingls como Lngua Estrangeira (LE) de escolas pblicas de um
municpio do interior da metade sul do Rio Grande do Sul acerca do significado de ser professor, seu perfil e
formao, em termos ideacionais e reais, bem como suas concepes sobre o processo de ensino e
aprendizagem de lnguas em contexto escolar, tendo como pressuposio o atrelamento de tais crenas
constituio identitria profissional. Os dados coletados mediante a aplicao de entrevistas semiestruturadas
gravadas em udio e transcritas, e a partir dos quais emergiram as categorias de anlise desta pesquisa, tm
sido analisados luz de teoria veiculada, principalmente, nos estudos sobre crenas e aquisio de LE
desenvolvidos por Barcelos (2004), Barcelos e Vieira-Abraho (2006) e Kalaja & Barcelos (2003). Tambm se
configuraram como suporte terico estudos que abordam o tema identidade na contemporaneidade, dos quais
se sublinham Bauman (2005), Hall (2000) e Giddens (2002). At o momento, foram apontados pelos sujeitos
informantes alguns traos comuns considerados indispensveis prxis docente, tais como proficincia
lingustica, vocao e motivao pelo ensinar, apesar das adversidades que se apresentam no cotidiano
escolar. Ademais, os dados corroboram a ideia de que as crenas so capazes de influenciar a prtica
pedaggica do professor, sendo construdas e, por vezes, desconstrudas no decorrer de sua trajetria
formativa acadmica e profissional.
RELATOS DE UM PROGRAMA DE FORMAO CONTINUADA
DE PROFESSORES DE LNGUA PORTUGUESA DA REDE PBLICA
Ana Paula de Lima (Universidade Federal de So Carlos)
Esta apresentao tem como objetivo apresentar alguns dados relativos ao Programa Gesto da
Aprendizagem Escolar (GESTAR II), que oferece formao continuada, na modalidade semipresencial, na rea
de Lngua Portuguesa e Matemtica aos professores do Ensino Fundamental II da rede pblica. Desenvolvido
pelo Ministrio da Educao (MEC), este ano o programa est sendo realizado na Universidade Estadual
Paulista Jlio de Mesquita Filho Campus de Rio Claro, contando com 120 horas presenciais e 180 horas de
atividades a distncia para cada rea temtica. Na rea de Lngua Portuguesa, h 17 professores tutores, de
diversas regies do Estado de So Paulo, participando do programa. Durante a formao, so discutidas
questes prtico-tericas que so, posteriormente, trabalhadas pelos tutores com os professores cursistas de
suas cidades. Dentre os vrios aspectos estudados, destacamos o trabalho sobre questes sociolingusticas
(POSSENTI, 2000; BERTONI-RICARDO, 2004), letramentos (MARCUSCHI, 2001; ROJO, 2009) e gneros
textuais (MARCUSCHI, 2001; KOCH; ELIAS, 2011; ANTUNES, 2009). Os cursistas so responsveis por
desenvolver as atividades propostas com seus alunos e relatar ao professor tutor os resultados obtidos. O
programa ainda esta em andamento, sendo assim, vamos nos limitar a contextualizao do programa e
apresentar algumas das atividades propostas aos tutores sobre variantes lingusticas, bem como
planejamentos por eles elaborados.
Palavras-chave: formao continuada lngua portuguesa variantes lingusticas
CONTRIBUIES DO PIBID NA FORMAO DO ALUNO DE PEDAGOGIA:
UMA EXPERINCIA COM A ENGENHARIA DIDTICA NO ENSINO DE LNGUA MATERNA
Ana Slvia Moo Aparcio
Maria de Ftima Ramos de Andrade
(Universidade Municipal de So Caetano do Sul)
Neste trabalho, apresentamos resultados parciais de uma investigao sobre as contribuies do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia (PIBID) para a formao de alunos de Pedagogia participantes
do projeto PIBID/USCS (Universidade Municipal de So Caetano do Sul), iniciado no segundo semestre de
2011. Esse projeto, em andamento, tem como eixo principal a realizao de aes/intervenes, orientadas
pela metodologia da Engenharia Didtica (Artigue, 2006), que prev quatro fases essenciais para a realizao
de um projeto de interveno didtica: anlise preliminar, elaborao de um sequncia didtica e anlise a
priori, desenvolvimento da sequncia didtica e uma anlise a posteriori, seguida de uma possvel validao da
sequncia didtica. O projeto PIBID/USCS/Pedagogia prev a realizao dessas etapas focalizando o ensino
da Lngua Portuguesa, seguindo a abordagem do trabalho com gneros textuais na perspectiva do grupo de
Genebra (Scheuwly & Dolz, 2004).
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Inseridos nesse processo, os alunos bolsistas so orientados a produzir registros e relatos reflexivos sobre as
prticas observadas e/ou realizadas nas classes em que atuam junto ao professor regente. So essas
produes escritas os dados de anlise deste trabalho. A metodologia utilizada para esta pesquisa de base
qualitativo-interpretativista, orientada pelos princpios da pesquisa-ao. Os resultados iniciais apontam que o
fato de o licenciando participar do cotidiano da escola, interagindo com o professor regente e os alunos, fator
determinante para a construo de seu fazer docente, aliando teoria e prtica. Alm disso, destaca-se o papel
importante das reflexes realizadas nos encontros de formao dos bolsistas na Universidade, sob a
orientao dos professores coordenadores. A oportunidade que os bolsistas tm nesse espao de interao e
discusso contribui para a transformao de suas crenas, hbitos, atitudes, habilidades, o que certamente os
torna melhor preparados para a docncia e para lidar com as diferentes situaes de ensino e aprendizagem
na comunidade escolar.
Palavras-chave: PIBID; Engenharia Didtica; Formao de professores.
O LIVRO E A ESCOLA PBLICA NOTURNA (RJ): LETRAMENTO E CONTEXTO SOCIAL
Anderson Ribeiro (UERJ / UNISUAM)
Desde que iniciei a ps-graduao em 2004 (UERJ), debruo-me sobre a poltica de formao de leitores,
partindo da lngua como elemento mediador. Para suprir as lacunas de analfabetismo funcional apresentadas
pela escola bsica, desenvolvo atualmente, com um grupo de professores, o projeto Orientao de
letramento(s) e construo de percursos de leitura de jovens e adultos nos Ensinos Fundamental e Mdio: o
protagonismo do sujeito-leitor na constituio dos sentidos, sob a coordenao da Prof. Dr. Maria da Graa
Cassano e a chancela CAPES. O objetivo apresentar condies pedaggicas para que os participantes se
tornem, com a orientao do professor-pesquisador, agentes letradores, ou seja, um multiplicador da leitura
literria no s no ambiente escolar mas tambm em outros espaos sociais por onde transita. Na presente
comunicao, dentro de uma perspectiva etnogrfica (ANDR, 2008), pretendo, a partir do que se esboou,
apresentar as primeiras experincias registradas a respeito dos percursos de leitura realizados por meus
alunos no Colgio Estadual Maria de Lourdes de Oliveira Lavr Tia Lavr, na Ilha do Governador (RJ), onde
atuo diretamente com o projeto. Dessa maneira, poderei encontrar e repensar o meu papel e o meu fazer dirio
que deve acampar o trinmio ao reflexo ao. Como destaca Cassano (2011), tais aes podem
representar uma dinmica de trabalho que leve em conta a construo de stios de significncia por parte dos
alunos, tornando possveis gestos de interpretao com base em sua historicidade (Idem). Quanto base
terica, sirvo-me de um amplo aparato que trata de leitura (RIBEIRO, 2011), construo de sentido (KOCH,
2003), interao (BAKHTIN, 2003; 2004), dialogismo (BAKHTIN, 2008) e letramento (COSSON, 2006;
KLEIMAN, 1995).
Palavras-chave: letramento; prtica de ensino; formao de leitores.
AVALIAO ESCOLAR, LEITURA E LITERATURA
Andr Lus Batista Martins (Universidade Federal de Uberlndia)
Neste artigo, abordo elementos do processo de avaliao escolar a partir do contexto especfico da formao
de leitores, focando a leitura literria. Trago a perspectiva diagnstica e dialgica da avaliao, fundamentada
em Luckesi (2004) que entende a avaliao como um processo de subsidiar a construo do melhor resultado
possvel e no apenas aprovar ou reprovar. Discuto a ideia da necessidade de uma abrangncia maior do
processo avaliativo. Do mesmo modo, os professores teriam a avaliao como parte do dia a dia de suas
aulas. Parto do pressuposto de que a ao avaliativa deve constituir-se em um reflexo do trabalho em termos
produtivos. Para que, assim, alunos possam ser avaliados a partir da construo de um processo
qualitativo/quantitativo de exposio e envolvimento com os contedos formais, principalmente no que diz
respeito leitura reflexiva. A avaliao no deve se pautar apenas pelo aspecto quantitativo de questes que
esperam do aluno o julgamento certo ou errado, reguladas por parmetros de apreciao exclusivos do
professor. No meu entendimento, o processo avaliativo deve valorizar os diferentes olhares que o aluno possui
sobre o objeto estudado. Principalmente, quando se trata de leitura. De tal modo, entendo que tratar as
habilidades de leitura implica promover aes pedaggicas que encaminhem o aluno para uma relao de
identificao e pertencimento com o prprio ato de ler e com a obra literria. E, concluo que devemos sustentar
o papel, eminentemente, poltico da avaliao como forma de julgar a qualidade do ensino oferecido, bem
como apontar as responsabilidades adequadamente.
Palavras-chave: Avaliao escolar. Leitura. Literatura
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texto A morte da tartaruga, de Millr Fernandes (ALP Anlise, Linguagem e Pensamento, FTD,v. 5, 1998).
Viu-se que a explorao do texto aplicada ao grupo 1 lacunar, ficando os alunos limitados simples
compreenso textual, sem explorao da implicitude da linguagem. No 2, trabalhou-se o mesmo texto,
apresentando-se questes objetivas e inferenciais, evidenciando-se que essa prtica pedaggica possibilita os
leitores a perceberem as mltiplas compreenses do texto, influenciadas pelo conhecimentos de outros
contextos socioculturais. Conclui-se serem necessrios professores detentores de uma educao lingustica
que os habilitem a exercerem prticas pedaggicas reflexivas, entendendo o ler e o compreender textos como
processos ativos, inovadores e de reconstruo, propiciando aos alunos perceberem como e por que suas
leituras so determinadas por seus conhecimentos prvios, por suas histrias de vida e por processos
inferenciais. preciso cuidado com o processo de desenvolvimento de estratgias de leitura e compreenso
textual, propondo-se atividades significativas de leitura, compreenso e interpretao crtica. Faz-se necessrio
repensar as prticas pedaggicas de leitura, advindo da desenvolvimento nas competncias lingusticas dos
alunos, tornando-os leitores proficientes.
Palavras-chave: Ensino. Leitura. Inferncia.
ESTUDO DESCRITIVO SOBRE O ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA
NA FRONTEIRA TABATINGA (BRASIL)-LETCIA (COLMBIA).
Antnia Marins Goes Alves (IFAM - Campus Tabatinga)
Este trabalho busca mostrar o cenrio do ensino de lngua espanhola (L.E) e, por conseguinte da atuao
docente na fronteira Tabatinga (Brasil)-Letcia (Colmbia). Embora a (L.E) faa parte do cotidiano da populao
destas cidades, observa-se uma distoro no papel da disciplina e do professor de L.E. A Lei 11.161/2005, que
sinaliza a obrigatoriedade do ensino de lngua estrangeira no Brasil. O estudo esteve direcionado a
profissionais que atuam na disciplina de L.E, formados em Letras lngua espanhola ou em outras reas.
Aplicaram-se questionrios acerca da formao e descrio do cotidiano de sala de aula, acerca da postura do
aluno frente ao ensino, alm do uso de ferramentas e estratgias motivacionais voltadas para o ensino de L.E.
O referencial terico tem os autores Bakhtin, Escandell, Duranti, Appel y Muysken, Bagno, entre outros, que
contriburam de forma relevante para esse estudo. Foi possvel perceber o alto nmero de profissionais que
atuam na disciplina apenas por afinidade ou por falta de opo, alm da necessidade de conhecimento de
alternativas metodolgicas e conceituais que direcionem o processo de ensino-aprendizagem. Observa-se
assim que necessrio repensar o ensino de L.E. na fronteira Tabatinga-Letcia. Torna-se impossvel pensar o
ensino fora de uma perspectiva que englobe a vivncia e a cultura da L.E. E sob esse aspecto a metodologia
enunciativa discursiva se mostra como a mais propcia devido sua abrangncia e alcance.
Palavras-chave: Ensino; lngua espanhola; fronteira Tabatinga-Letcia.
VARIAO LINGUSTICA: UMA PERSPECTIVA COMPARATIVA ENTRE OS DIZERES DOS PCNS
E AS CONCEPES DOS FUTUROS PROFESSORES DE LNGUA PORTUGUESA
Ariana de Carvalho (UFV)
Mara Ferreira Sant'Ana(UFV)
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a concepo que futuros professores de Lngua Portuguesa
de uma Universidade Pblica do interior de Minas Gerais tm do fenmeno da variao lingustica em
comparao com os apontamentos sobre variao trazidos pelos PCNs de Lngua Portuguesa. Para isto, foi
realizada uma pesquisa com vinte alunos do curso de Letras do oitavo perodo da mesma universidade por
meio de um questionrio aberto composto por seis perguntas. Os Parmetros Curriculares Nacionais de
Lngua Portuguesa (PCNs) correspondem a um documento oficial relevante e socialmente legitimado quanto
ao objetivo de orientar os professores para sua prtica. Segundo esse documento, a finalidade da educao
escolar deve ser formar cidados crticos, para tanto, preconiza um ensino voltado para a valorizao do
patrimnio social brasileiro. Ademais, desenvolve uma orientao direcionada para o fenmeno da variao
lingustica, pois considera que o estudo desse fenmeno essencial para formao da conscincia lingustica
e desenvolvimento da competncia discursiva do estudante, j que este se encontra em um meio social
marcado pela diversidade. Concepo semelhante defende Marcos Bagno, segundo o qual deve ser objetivo
da aula de portugus fazer com que os alunos alcancem o processo de reflexo lingustica, cabendo ao
professor mostrar a eles os valores sociais conferidos por cada variedade. Em consonncia a tais explanaes,
Adail Sobral afirma que menosprezar o ensino das variedades lingusticas em sala de aula um ato
empobrecedor da lngua e demonstra um desconhecimento da realidade da mesma, o que pode acarretar o
desenvolvimento de um ensino pouco significativo. Os resultados sugerem que h uma certa incompatibilidade
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entre o depoimento dos professores em formao e o que se encontra nos PCNs, o que demonstra que,
apesar de conhecerem a teoria destes documentos, estes professores no aplicam este conhecimento em
suas prticas.
Palavras-chave: variao lingustica, futuros professores, PCNs de Lngua Portuguesa
A FORMAO DO PROFESSOR E O PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM
DA LNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DAS ESCOLAS DO CAMPO
Arlete Tavares Buchardt (SEDUC/CEFAPRO)
Este trabalho tem por objetivo socializar os resultados do acompanhamento formao continuada realizada
no Estado de Mato Grosso na perspectiva do Projeto Sala de Educador s Escolas do Campo do CEFAPRO
(Centro de Formao e Atualizao dos Profissionais da Educao Bsica) de Sinop. A Secretaria de Estado
de Educao de Mato Grosso orienta a utilizao de uma matriz curricular para as Escolas do Campo centrada
nas Cincias Agrrias e projetos interdisciplinares que considere o contexto da Escola do Campo e a
identidade da comunidade escolar campesina.
Sendo que o currculo da Escola do Campo
predominantemente urbano objetivamos trabalhar aes norteadas pelo contexto campesino provendo suporte
terico e metodolgico para possveis alteraes curriculares na rea de Linguagem, especialmente na
disciplina de Lngua Portuguesa. Trabalhamos com os gneros textuais memrias e poesias objetivando
resgatar a identidade do campons. Adotamos a metodologia do Estudo de Caso com entrevistas
semiestruturadas, anlise de documentos e observaes de campo, pautando-nos sobre o aporte terico dos
profissionais que discutem a formao continuada e formao do professor de Linguagem (Imbernn, 2010;
Magalhes e Fidalgo, 2011), bem como dos estudiosos da Educao do Campo (Molina 2006; Reck 2007;
Souza 2006; Therrien e Damasceno 1993; Arroyo, Caldart e Molina 2008) e dos lingustas que tratam dos
gneros textuais e da linguagem em uso (Bakhtin, 2010; Marcuschi, 2008; Moita Lopes, 2006). Constatamos
que as inovaes e contextualizaes foram significativas, gerando produes textuais que apresentam e
ressaltam a realidade do entorno da comunidade escolar campesina e que os professores, a partir dessa
formao e dessas orientaes, perceberam novas possibilidades curriculares contextualizadas para o
desenvolvimento das atividades de Lngua portuguesa nas Escolas do Campo.
Palavras-chave: Formao continuada; Escolas do Campo; Gneros textuais.
EXPERINCIAS DE PROFESSORES EM FORMAO: O PAPEL DO CELIN
NA CONSTRUO IDENTITRIA DE UMA PROFESSORA
Brbara Cotta Padula (Universidade Federal de Viosa)
Sabe-se que para se tornar um professor de idiomas competente, lingustica e pedagogicamente, requer-se
uma boa formao. Vrios pesquisadores (VIEIRA-ABRAHO, 2002; CRISTOVO, 2002; MICCOLI, 2011;
CASTRO, 2009; GIMENEZ ET AL., 2002; CELANI, 2002) apontam para a necessidade de se estudar afundo
este tema a fim de auxiliar os profissionais empenhados na formao de novos professores e ajudar, tambm,
os prprios estudantes que se interessam pelo assunto. Assim, este trabalho tem o objetivo de identificar como
a experincia de acompanhamento em um centro de extenso em Lngua Inglesa (LI), em uma universidade
federal, auxilia na formao de uma professora em pr-servio, observando a construo de sua identidade
como profissional durante aquela experincia. Segundo Miccoli (2010) atravs da investigao de experincias
pode-se compreender partes importantes do processo de ensino e aprendizagem, pois esta traz tona
relaes e acontecimentos vivenciados ao longo das interaes entre professor e estudante. Parmar (1990)
entende que as identidades no so fixas, mas diferenciadas e podem ser reposicionadas constantemente.
Nesta pesquisa, para a coleta de dados, primeiramente foi solicitada uma narrativa na qual a participante teve a
oportunidade de fazer uma reflexo sobre o incio de sua prtica docente naquele centro de extenso,
considerando, tambm, suas experincias anteriores. Durante o desenvolvimento da pesquisa reunies
quinzenais foram gravadas e, posteriormente, transcritas, nas quais foram discutidos assuntos relacionados
atuao daquela professora. Alm disso, observaes e filmagens de aulas foram feitas. Ao final do primeiro
semestre letivo, foi solicitada outra narrativa na qual a professora em formao relatou como essa experincia
contribuiu para sua formao identitria. Neste trabalho, sero apresentados os resultados da anlise dos
dados e a contribuio verificada do acompanhamento pedaggico na formao dessa professora e na
construo de sua identidade.
AFINAL, COMO FOI A AULA, PROFESSORA? ALGUNS MODELOS DE FEEDBACK
DURANTE O PROCESSO DE SUPERVISO DE PROFESSORES EM FORMAO
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pura reproduo, nem pura descoberta de alhures, sempre um jogo de similitudes e de afastamentos,
problematizamos a relao do sujeito com as lnguas, no caso, a lngua nacional e a lngua de imigrao, como
formas de produzir reflexes a partir do vivido, do experimentado pelo sujeito entre-lnguas, em contextos de
imigrao. Com base nos pressupostos da Anlise de Discurso, em aliana com fios da Psicanlise,
compreendemos o sujeito cindido e clivado e a linguagem como o lugar do equvoco. O corpus constitudo a
partir de dois relatos: um, de entrevistas semidirigidas com descendentes de imigrantes, coletadas no sul do
Brasil; outro, de cartas escritas por imigrantes alemes e seus descendentes, datadas a partir da segunda
dcada do sculo XIX at a primeira metade do sculo XX, coletadas em arquivos pblicos e privados, na
Alemanha. Os primeiros gestos de interpretao nos mostram que nas travessias dos sujeitos, das lnguas,
das culturas, das naes, que se mostram errncias e inscries de do sujeito na(s) e da(s) lnguas(s), ao
longo da histria de imigrao. Queremos, com este estudo, provocar deslocamentos no campo da Lingustica
Aplicada e da Anlise do Discurso, no que tange s polticas lingusticas, que permitam olhar para os espaos
em que a lngua no (aparentemente) controlada, mas age em contextos especficos, para promover formas
de incluso no/pelo simblico que no suponham o silenciamento na(s), da(s) e pela(s) lngua(s).
Palavras-chave: sujeito, lnguas, imigrao
A ABORDAGEM INTERCULTURAL PARA O ENSINO DE INGLS NO ENSINO MDIO
Breno Dias Oliveira (Mestrando/UFAL)
As discusses acerca do que cultura tm sido travadas h muito tempo e em diversas reas do
conhecimento humano, inclusive no campo de ensino e aprendizagem de ingls como lngua estrangeira (LE).
Muito se fala da importncia das questes culturais para o ensino de LE e dos desafios no de ensinar lngua e
cultura, mas lngua como cultura (KATRA, 2008), em que os aspectos culturais no devem constituir um
currculo turstico (SANTOM, 1995), pois no interferem na formao crtica e distorcem a autenticidade de
prticas sociais. Apesar de o ingls estar sendo difundido e ensinado em todos os lugares do mundo, as
questes culturais, intrnsecas lngua, no parecem receber o mesmo tratamento nas salas de aula. O
pensamento tradicional do ensino enfatiza muito mais - seno exclusivamente - os aspectos estritamente
lingustico-estruturais do que culturais. Diante disso, importante compreender que alternativas e contribuies
uma abordagem intercultural para o ensino de ingls pode oferecer para o desenvolvimento da conscincia
cultural crtica por meio de oportunidades de construo de atitudes (relativizao de si e valorizao do outro),
conhecimento (de si e do outro), habilidades (de descobrir, interagir, interpretar e relacionar aspectos entre
duas ou mais culturas) permeados por uma educao poltica (BYRAM, 1997). Em busca dessa compreenso,
realizou-se uma pesquisa qualitativa, de base metodolgica narrativa e reflexiva, em que se interpretaram
aulas, questionrios e entrevistas com estudantes de ensino mdio envolvidos no processo de ensino e
aprendizagem. A pesquisa revelou que, apesar de limitaes e restries, (a) o processo de conscientizao foi
desencadeado, (b) a experincia vivida permitiu o desenvolvimento parcial da conscincia cultural crtica dos
participantes e (c) a necessidade de desenvolver uma pedagogia que contemple as relaes interculturais de
forma sistemtica e consciente.
Palavras-chave: Cultura. Ensino de Lngua Inglesa. Abordagem Intercultural. Conscincia Cultural Crtica.
PROFESSORES PR-SERVIO DE INGLS: SUAS CRENAS, IDENTIDADES, MOTIVAES
E EXPERINCIAS EM RELAO INFLUNCIA DO ESTGIO SUPERVISIONADO
Bruna Martins de Oliveira (Universidade Federal de Viosa)
Este trabalho apresenta resultados parciais de uma pesquisa longitudinal que investiga identidade, motivao,
crenas e experincias de uma turma do curso de Letras durante o sexto e o stimo perodos de sua
graduao. O objetivo geral foi investigar se e como o estgio supervisionado influencia os tipos de crenas
que alunos de Letras (professores pr-servio), em seu sexto e stimo perodos do curso, possuem a respeito
do processo de ensino e aprendizagem de ingls, bem como a relao dessas crenas com suas experincias
de aprendizagem e ensino de lnguas, motivao para ensinar e construo de suas identidades de
professores de lnguas. O referencial terico utilizou-se de estudos de crenas (ARAJO, 2006; BASSO, 2006;
BARCELOS, 2004, 2004b, 2007; MORAES, 2006; PASCHOAL, 2009; SILVA, 2006; identidades (BOHN, 2005;
DRNYEI, 2005; MOITA LOPES, 2007; PIMENTA, 2004; TELLES, 2004, 2009), motivao (DORNYEI, 2005;
MARQUES & KAWACHI, 2010; SUSLU, 2006; JESUS e SANTOS, 2004;) e experincias (MICCOLI, 2007;
ARAGO 2008). Esta uma pesquisa qualitativa, de cunho exploratrio e descritivo, realizada com alunos de
Letras ingressantes de 2009 (durante os 6 e 7 perodos do curso, 2011-2 e 2012-1). A metodologia consistiu
de um grupo focal, um questionrio semi-aberto, uma narrativa e uma entrevista. Os resultados apontam que o
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engajamento dos alunos de Letras em experincias de ensino desde o incio do curso pode contribuir para uma
identificao maior com a profisso, embora outros fatores como experincias e professores anteriores podem
influenciar essa complexa relao. Uma das concluses deste estudo que essa experincia fundamental
para a identidade desses futuros professores. Apesar disso, muitos apresentam a construo de uma
identidade fragmentada em relao a ser professor. De um modo geral, eles no se identificam com a
profisso, apresentando o no desejo inicial de ser professor basicamente devido incerteza em relao ao
futuro e a falta de recompensas materiais na carreira. Os resultados fornecem subsdios para os cursos de
formao de professores de lnguas ao procurar compreender como os alunos de Letras (professores em
formao) se mostram motivados ou no para serem professores, quais crenas possuem e quais experincias
e identidades profissionais constroem durante sua trajetria no curso de Letras.
Palavras-chave: Identidade; crenas; estgio supervisionado.
CRENAS E IDEOLOGIAS NA CONSTRUO DE IDENTIDADES DE PROFESSORES E CRIANAS POR
MEIO DO ENSINO DE LE
Camila Andrade (PG/UnB)
Marcelo Santos (PG/UnB)
Norma Hamilton (PG/UnB)
Nos ltimos anos, o ensino de lnguas estrangeiras para crianas (LEC) tem assumido uma posio de
destaque no somente para os progenitores que almejam ver seus filhos proficientes no idioma (SANTOS,
2005; ORTIZ, 1994), mas, tambm, para pesquisadores da Lingustica Aplicada (ROCHA, TONELLI e SILVA,
2010) e aqui se situa o presente estudo na tentativa de prover teorias referentes a LEC que maximizem as
chances de obteno de xito nessa rea. Assim, orientados por uma concepo de lngua(gem) como prtica
social, dialgica e, tambm, cultural (BAKHTIN, 1999; KRAMSCH, 1998 ), entendemos que a prpria
lngua(gem) carrega em si crenas (BARCELOS, 2000) e ideologias (FAIRCLOUGH, 2001; PHILLIPSON,
1992), que influiro na (trans)formao da identidade (HALL, 2000; WOODWARD, 2000) de professores e
alunos (crianas). Para ilustrar o que dissemos, aplicamos questionrios a professores de LE que, aps
analisados sob a perspectiva interpretativista e terica da anlise do discurso crtica, nos levaram concluso
de que o discurso docente est entrecortado por crenas que dizem respeito idade apropriada para se
aprender uma LE, por exemplo, e por ideologias, entre as quais se destaca a posio imperialista da lngua
estrangeira, em nosso caso, o ingls. Tais crenas e ideologias (re) moldam a identidade de professores e, por
extenso, de seus alunos, conforme os discursos analisados sobre a viso de ensino-aprendizagem que eles
tm. Assim sendo, crucial a compreenso de que os discursos na sala de aula so permeados por crenas e
ideologias para que o professor, uma vez consciente disso, se posicione criticamente diante delas e venha a
ser um formador de cidados crticos. Por fim, propomos o uso da pedagogia crtica/radical (SILVA, 2000;
GIROUX, 1987) para a conscientizao do professor sobre a questo em foco e seu posicionamento crtico.
Palavras-chave: Identidades, Crenas, Ideologias.
PROFICINCIA ORAL DE (FUTUROS) PROFESSORES DE INGLS COMO LNGUA ESTRANGEIRA: UMA
ANLISE DA QUALIDADE LEXICAL NAS VERSES PRESENCIAL E ELETRNICA DO TESTE ORAL DO
EPPLE
Camila Stphanie Colombo (PPGLE-UNESP/So Jos do Rio Preto)
Exames de proficincia so, como o prprio nome indica, instrumentos de avaliao das competncias
apresentadas por um candidato em determinada lngua-alvo de modo a determinar seu nvel de proficincia no
idioma. Para que um teste de proficincia seja considerado confivel, segundo Consolo (2008), sua elaborao
deve atender a trs conceitos bsicos o da validade, o da confiabilidade e o da praticidade , de modo que
seu construto e suas tarefas sejam compatveis. A pesquisa aqui desenvolvida, de um modo geral, analisa o
lxico oral produzido por alunos-formandos submetidos ao exame EPPLE (Exame de Proficincia para
Professores de Lnguas Estrangeiras) nos anos de 2009 (verso eletrnica) e de 2010 (verso presencial e
eletrnica), investigando, por meio do programa RANGE, a qualidade lexical encontrada em cada aplicao do
teste oral do EPPLE e comparando os resultados de ambas as verses do exame realizado no ano de 2010.
Diante dos dados analisados, foi possvel levantar um questionamento acerca da necessidade de a linguagem
de um professor apresentar (ou no) alta complexidade; verificar que, no contexto analisado, o exame EPPLE,
tanto em sua verso presencial quanto em sua verso eletrnica, apresentou-se como um instrumento de
avaliao confivel para medir a proficincia oral de (futuros-) professores de lngua inglesa; e, por fim, refletir
acerca do papel destinado interao na verso eletrnica, uma vez que, em tal verso, o aluno deixa de
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interagir com outro candidato ou com o examinador, o que leva ao questionamento da presena de tal
elemento comunicativo na referida situao de teste e, em caso afirmativo, do tipo de interao ocorrido nesse
contexto visto que, em termos avaliativos, ambos os contextos mostraram-se equivalentemente confiveis.
Palavras-chave: lxico, avaliao, meio eletrnico.
MULTILETRAMENTOS NAS AULAS DE LNGUA PORTUGUESA:
(RE) CONSTRUO DE IDENTIDADES TICAS E EMANCIPAO SOCIAL.
Carla Cristina Braga dos Santos (Universidade de Braslia)
As identidades so construes sociais e, nesse sentido, somos construdos nos encontros interacionais,
como a sala de aula. Desse modo, identidades so constantemente construdas, remodeladas e transformadas
a partir dos sentidos que damos s nossas experincias (cf. Mastrella-de-Andrade, 2012). Ao atribuir sentidos
s relaes sociais e s prticas imbricadas nelas, construmos caractersticas do eu pessoal e
consequentemente do eu social. Todavia, h uma grande problemtica envolvida: do mesmo modo que as
relaes sociais constroem o eu, esse processo limitado socialmente. Essa limitao ocorre, pois as prticas
sociais do letramento, aqui entendido como prticas socioculturais associadas leitura e a escrita em
diferentes contextos (KLEIMAN 1995), esto relacionadas a estruturas de poder da sociedade. Desse modo, se
faz necessrio possuir nveis de letramentos desejveis para ler as situaes do cotidiano, refletir e se
apropriar dos conhecimentos e informaes disponveis para que atravs da leitura do mundo materializada na
escrita, a identidade e a emancipao sociocultural se construam. Nesse contexto, a aula de lngua materna
um espao privilegiado para os mltiplos letramentos necessrios para a emancipao e a agncia social e,
para tanto, o professor deve ser um agente de conscincia lingustica (FAIRCLOUGH, 1992), uma vez que a
linguagem constri significados contextualizados para agir na vida social, e, alm disso, ser um intelectual,
como postula GIROUX, 1997. Dentro dessa perspectiva, esta pesquisa de mestrado, ainda em andamento,
busca gerar dados, por meio de anlises documentais (redaes de alunos do final do ensino fundamental II) e
entrevistas com alunos e professores, numa fase posterior. As anlises tero como o foco o trinmio
multiletramentos-identidade-poder e os resultados sero norteadores para mudanas na metodologia de ensino
de lngua portuguesa (enfatizando a produo de textos), na elaborao de materiais didticos e na formao
inicial e contnua de professores de lnguas.
RESSIGNIFICANDO O ESTGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DE LNGUA INGLESA
ATRAVS DE PRTICAS COLABORATIVAS.
Carla Renata Natalli Machado (Instituto Federal Esprito Santo IFES)
Neste artigo apresentamos a parceria colaborativa informal iniciada em 2007 entre o Ifes e a UFES, seus
objetivos, perspectivas, pontos positivos e negativos, segundo a percepo das professoras de ambas as
instituies. Mostraremos ainda como esta parceria tem colaborado para a formao crtico reflexiva dos
sujeitos envolvidos, segundo Liberali (2008) e para a construo de um currculo centrado nas necessidades
dos alunos dos cursos de ensino mdio integrados aos cursos tcnicos do Ifes. Para a construo desse
currculo so utilizados os pressupostos do ESP (Ingls para Fins Especficos) defendidos por Hutchinson e
Waters (2005) e a construo do currculo apresentado por Nunan (1992) e Richards (2009). Este trabalho se
caracteriza como um estudo de caso de carter qualitativo. Foram utilizados questionrios e entrevistas semiestruturadas com as 04 professoras participantes do projeto de parceria. Os resultados indicam que a parceria
colaborativa mantida entre as duas instituies tem sido essencial para a construo de um currculo centrado
nas necessidades de cada grupo, proporcionando uma ressignificao da disciplina estgio supervisionado,
bem como uma maior integrao entre a academia e a escola. Conclumos que o modelo de parceria aqui
apresentado colabora para a formao inicial e continuada de professores reflexivos e possibilita o pensar de
novas concepes de ensino e de propostas curriculares voltadas para as reais necessidades dos alunos.
Palavras-chave: parceria colaborativa; currculo; professor reflexivo
POLTICAS LINGUSTICAS E IDENTIDADE CULTURAL
Carine Kelly da Costa (bolsista IC)
Angela Derlise Stbe (orientadora)
(Universidade Federal da Fronteira Sul - Chapec/SC/Brasil)
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Esta pesquisa busca apresentar relevncia para as reflexes acerca do processo ensino/aprendizagem e para
a formao de professores, e possibilitar, ainda, a interlocuo entre pesquisadores da Instituio de Ensino
Superior (IES), as escolas e os profissionais da educao no ensino bsico. Este estudo visa a analisar
representaes de lngua(s) que emergem em narrativas de professores da rede pblica de ensino na regio
de abrangncia da UFFS Chapec/SC, para, ento, discutir consequncias formao dos sujeitos. Para
isso, trabalhamos com narrativas de professores, coletadas por meio de entrevistas gravadas em udio, que
lhes possibilitam narrar suas experincias com lngua(s), a fim de, a partir dessa discursividade, podermos
depreender possveis representaes de lngua(s) calcadas no imaginrio scio-histrico. Para apreender e
interpretar o imaginrio sobre lngua, os discursos sobre as polticas lingusticas - tais como documentos
oficiais e textos que circulam na mdia regional e estadual - mostram-se relevantes e so objeto de descrio e
anlise. Do ponto de vista terico, situamo-nos na interface da anlise do discurso com teorias que abordam o
sujeito em sua constituio lingustica, histrica e social. Em decorrncia disso, buscamos uma concepo de
sujeito que contemple a heterogeneidade e a contradio que lhe inerente, como tambm as determinaes
histrico-sociais permeadas pelo desejo e pelo inconsciente que lhe so prprias. Nas anlises dos
corpora, inquieta-nos a recorrncia de uma viso de lngua materna e de identidade sustentada por referenciais
logocntricos, com pouca insero em prticas e concepes aliceradas em um processo scio-histrico e
ideolgico. (Apoio: Edital MCT/CNPq 14/2010 Universal, processo nmero 470175/2010-9)
Palavras-chave: Formao de professores, identidade, sujeito, lngua
CRENAS NA FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUAS: RESSIGNIFICAO OU MUDANA?
Carlos A. G. Pavan (Secretaria Municipal de Educao - Barretos/SP)
Os estudos sobre crenas na Lingustica Aplicada tm aumentado significativamente nos ltimos anos.
Muitos pesquisadores j evidenciaram a importncia do estudo das crenas nos processos de ensino e
aprendizagem de lnguas (BARCELOS, 2006, 2004, 2000; VELOSO, 2007; SILVA, 2010; CONCEIO, 2011;
dentre outros), bem como na formao de professores de lnguas (BARCELOS, 2010; SILVA, 2005; VIEIRAABRAHO, 2004, 2002; dentre outros). Muitos estudos, no entanto, deixaram de identificar as crenas
apenas e passaram a investigar sua interface com outros construtos, tais como a experincia (MICCOLI,
2010), cognies e emoes (BARCELOS, 2010; ARAGO, 2010), identidade (MASTRELLA-DE-ANDRADE,
2011), autonomia (NICOLAIDES, 2010), dentre outros. Outra questo que tem norteado tais pesquisas a
maneira como tais crenas se comportam no decorrer desses processos. Recorte de uma pesquisa
longitudinal de base etnogrfica com pesquisador participante (SANDN ESTEBAN, 2010; LDKE & ANDR,
1996), no decorrer da qual todo um processo de (trans)formao inicial de professores de lnguas foi
observado, este estudo almeja (re)discutir e (re) definir alguns aspectos acerca deste tema to relevante e
apresentar seus resultados. Os resultados sugerem que as crenas podem ser modificadas, mesmo que em
pequenas propores, embora a maneira como esse fenmeno se apresenta deve ser observado de
maneira cuidadosa.
Palavras-chave: crenas, resignificao, mudanas.
RICHARDS & LOCKHART, 1996;), e da teoria de currculos (SACRISTN, 2000; APPLE, 2006). E o
segundo pilar se apoia em estudiosos da questo e na legislao vigente, e na perspectiva global-local
(CANAGARAJAH, 2005; BRYDON, MONTE MOR & SOUZA, 2010). Ao desenvolver um trabalho de
pesquisa com o profissional local, preocupando-se com o seu fazer, e identificar quais suas
carncias e, desafios, h uma base slida para a proposio de um plano de educao continuada
consistente a ser desenvolvido com esses profissionais, baseado em suas reais necessidades. Este
trabalho um Estudo de Caso (NUNAN, 1992; JOHNSON, 1992) composto por trs fases, que so
marcadas por instrumentos de coleta de dados delas caractersticos. A primeira fase, levantamento
de dados e anlise de necessidades, tem o questionrio (FOWLER, 1990) GILLHAM, 2000) como seu
instrumento principal. A segunda fase caracterizada pelas entrevistas com professores e gestores
da Formao Continuada da rede de ensino em questo, e a terceira fase, redao da Proposta de
Educao Continuada, contar com anotaes de campo durante os encontros para redao e
avaliao da Proposta. A trajetria j percorrida, os instrumentos de coleta de dados j
desenvolvidos, os dados j colhidos e os desafios que esto na iminncia de surgir sero os aspectos
a serem expostos e discutidos durante a apresentao.
Palavras-chave: formao de professores; educao continuada; professores de ingls da rede
pblica.
A TRANSFORMAO PROFISSIONAL-IDENTITRIA DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA
EM UM CONTEXTO DE FORMAO COLABORATIVA
Claudia Christian Silva Valk (Universidade Estadual de Londrina)
Estudos revelam que a identidade construda e constituda sociohistoricamente e est em constante
reconstruo. Assim, entendemos que a ponte criada entre a teoria e a prtica, que proporcionda pelo ensino
colaborativo (ROTH e TOBIN, 2002), auxilia na construo de possibilidades de aprendizagem do alunoprofessor e, sobretudo, constribui grandemente para sua formao identitria. Igualmente, compartilhamos da
noo de que a formao profissional-identitria constitue-se pelas e nas prticas sociais. Dessa forma, o
objetivo deste trabalho investigar a transformao profissional-identitria de um grupo de professores de
lngua inglesa, inseridos em um contexto de formao colaborativa. O grupo pesquisado composto por
professores de lngua inglesa em seus diversos nveis de formao, a saber, uma professora-formadora, uma
professora-colaboradora e trs professores novatos. Para tanto, utilizaremos transcries de udio e vdeo de
uma conversa reflexiva sobre um momento em que a professora-formadora denominou conflito. A partir dos
dados, fizemos anlises de contedo das vozes dos professores participantes deste contexto de formao
colaborativa, na tentativa de identificar os diferentes papis exercidos por cada um dos participantes. O aporte
terico do presente estudo situa-se no campo da identidade profissional de professores (HALL, 2006;
BAUMAN, 2005; BEIJAAR; MEIJER; VERLOOP, 2011), bem como na rea de formao colaborativa sob a
perspectiva scio-histrico-cultural (PHELAN at al, 1996; ROTH at al, 1999; JOHN-STEINER, 2000; MATEUS,
2009). Por meio da anlise feita pudemos perceber que o momento de reflexo sobre o conflito contribuiu para
o desenvolvimento de aprendizagem dos participantes desse grupo de ensino colaborativo que foi oportunizado
pela professora formadora aos envolvidos, na relao eu-outro, j que foi um espao de reflexo e constituio
identitria do outro e de si prprio.
Palavras-chave: Conflitos. Transformao profissional-identitria. Formao colaborativa.
BASES DE CONHECIMENTO NO CURSO DE LETRAS:
UMA INVESTIGAO SOBRE A IDENTIDADE DO PROFESSOR EGRESSO DE LNGUA INGLESA
Celia Carrio (Universidade Estadual de Londrina-UEL)
Este trabalho tem como objetivo apresentar estudos da pesquisa de mestrado em andamento, que versa sobre
a identidade do professor egresso de lngua inglesa e as bases de conhecimento adquiridas e idealizadas que
julga necessrio para sua atuao profissional. A partir de subsdios da Anlise Crtica do Discurso, focamos a
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anlise no modo como os participantes percebem suas bases de conhecimento e se constituem como
professores de lngua inglesa. Para isto, utilizamo-nos de um questionrio semiestruturado, contendo quadros
informativos, mapeamento e cinco perguntas abertas, tendo como participantes professores egressos do Curso
de Letras de uma instituio do interior do Paran. As justificativas para o presente estudo tm origem na
constatao de que as pesquisas que tratam da identidade do professor elencam frequentemente dificuldades
do meio em que esse profissional atua, como formao inicial deficitria, professor que no acredita em seu
prprio trabalho e desvalorizao da disciplina, que parecem ser unnimes em muitos contextos escolares.
Assim, para explorar o modo como a identidade do professor de lngua inglesa vem sendo construda, mantida
ou modificada no meio em que atua, apoiamos nossa pesquisa nos pressupostos tericos subjacentes
anlise realizada, retomando as definies tanto de identidade (FAIRCLOUGH, 2003a; HALL, 2009;
BAULMAN, 2005), das bases de conhecimento do professor (SHULMAN, 1986) e os procedimentos de anlise
textual, postulados primordialmente pela Anlise Crtica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2003a; 1995; 1992). Os
resultados iniciais apontam para uma representao negativa e um descontentamento quanto a sua formao
inicial, sobretudo pela ineficcia no ensino da lngua em que atuariam como professores, bem como o desejo
de alcanar a mais elevada competncia lingustica conforme descrita por padres oficiais estrangeiros.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade. Bases de Conhecimento. Anlise Crtica do Discurso.
A PERCEPO DOCENTE SOBRE O INGLS COMO LNGUA FRANCA
Claudia Christian Silva Valk(UEL)
Francine Poliseli Percinoto Corra(UEL)
No cenrio em que vivemos, a lngua inglesa deixa de ser um privilgio para poucos e passa a ser de uso
primordial, especialmente, no mundo acadmico e dos negcios. Contudo, nos deparamos com tantos
ingleses, que mal podemos diferenci-los, quanto mais entend-los. Alm disto, o falante nativo j no mais o
nosso modelo a ser seguido. Mas como professores de ingls tm visto esta questo? Nesse sentido,
realizamos um levantamento bibliogrfico (PHILLIPSON 1992; PENNYCOOK 1994; CAMERON, 2002), pois,
sentimos a necessidade de entendermos um pouco mais sobre esse novo status da lngua inglesa. Para tanto,
apresentamos, a seguir, algumas dessas variedades de ingls, bem como suas implicaes para o ensino.
Trazemos, tambm, os resultados de uma pesquisa realizada com professores de ingls de oito cidades do
norte do Paran. A finalidade do questionrio foi diagnosticar se os professores de ingls tm conscincia das
transformaes que o idioma vem sofrendo e se essas transformaes da lngua afetam sua prtica em sala de
aula. Por meio dos dados coletados no que concerne variedade do ingls ensinada e suas justificativas foi
possvel detectar, que os professores, de forma geral, consideram o assunto do ingls como lngua franca algo
ainda muito abstrato e complexo. Consequentemente, o posicionamento com relao ao assunto em pauta
demonstra inconsistncia por parte dos professores participantes em diversos momentos. No entanto, foi
possvel detectar que h propenso do ensino do ingls padro, preferencialmente o americano seguido do
britnico, embora, de forma geral, os docentes revelem uma flexibilidade no que concerne ao ensino da lngua
falada.
Palavras-chave: Ensino de ingls. Diferentes ingleses. Lngua Franca.
NARRATIVAS DE ALUNOS DE LETRAS/INGLS SOBRE SUAS APRENDIZAGENS
Cleiton Constantino Oliveira (UERN)
Considerando pesquisas recentes que se preocupam com o estudo do indivduo, este estudo apresenta um
recorte de uma investigao biogrfica realizada com oito alunos universitrios de Ingls do estado do Rio
Grande do Norte/Brasil. O estudo objetiva capturar as especificidades e complexidades nos processos
desenvolvimentais de dois grupos de alunos de Ingls como lngua estrangeira: quatro alunos de graduao e
quatro de especializao. Assim, a pesquisa tem o intuito de compreender (a) como esses alunos concebem
suas prprias aprendizagens de Ingls e (b) como eles veem a si prprios enquanto alunos de Ingls. Os dois
grupos de alunos verbalizaram, por meio de entrevistas semi-estruturadas, suas experincias passadas com a
aprendizagem de Ingls em diferentes contextos. A biografia dos alunos foi organizada em histrias de
aprendizagem e analisadas sob uma abordagem narrativa. Essas biografias revelaram que as abordagens de
aprendizagem adotadas pelos alunos so particularmente influenciadas pelo impacto dos diferentes contextos
de aprendizagem sob os quais eles estiveram expostos durante o processo educacional. Os resultados da
pesquisa indicam que os dois grupos de abordagens parecem estar altamente vinculados ao (a) professortransmissor e (b) orientao para cursos de Ingls no grupo da graduao; e (c) auto-esforo e (d) passividade
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no grupo da especializao. Os resultados tambm sugerem que essas abordagens so flexveis, fluidas e
sujeitas a mudanas constantes, e que, portanto, so capazes de se entrelaarem uma com as outras.
Palavras-chave: Abordagem, narrativa, identidade.
PRTICA REFLEXIVA NO CAMPO DE ESTGIO SUPERVISIONADO: EXPECTATIVAS, CRENAS E
VIVNCIAS DE ALUNOS-PROFESSORES DE LNGUA INGLESA NA ESCOLA DE APLICAO DA UFPA
Cleuma de Almeida Matos do Nascimento (Escola de Aplicao da UFPA)
A prtica reflexiva tem sido frequentemente apontada como eficaz na compreenso do contexto escolar
(JORGE, 2001; VIEIRA-ABRAHO, 1996; JOHNSON, 1994; SCHN, 1983, 1987) uma vez que oportuniza o
professor a conscientizar-se de suas crenas e expectativas, bem como a reconstruo de suas abordagens de
ensinar. Na perspectiva do Estgio Supervisionado, essa prtica, quando efetivada, orientada pelo professor
da disciplina da graduao, sem nenhuma participao do professor orientador no campo de estgio. A Escola
de Aplicao da Universidade Federal do Par (EAUFPA) funciona como campo de estgio para os cursos de
graduao e, em especial, as licenciaturas, e o professor da EAUFPA responsvel por orientar o estgio
curricular supervisionado, levando o estagirio a desenvolver habilidades e competncias bsicas assim como
atitudes condizentes com o seu futuro exerccio profissional. Neste contexto, este estudo tem como objetivo
principal descrever a experincia de sucesso da professora-orientadora da referida escola pblica ao assumir o
compromisso de no apenas unir os conhecimentos cientficos acadmicos com o exerccio das competncias
profissionais, mas principalmente permitir aos professores-estagirios seu relacionamento concreto com o
mundo de trabalho atravs da prtica reflexiva envolvendo planejamento de atividades, anlise crtica de
situaes especficas das turmas por eles acompanhadas e sugerir novas abordagens e metodologias que
melhor se adequem s diversas especificidades por eles observadas. Os dados foram coletados atravs de
questionrio aberto, narrativas, dirio e notas de campo. Os resultados apontam que as crenas e expectativas
dos professores-estagirios podem ser resignificadas atravs das vivncias no campo de estgio. A anlise
dos dados de cunho interpretativo a fim de alcanar um nvel detalhado de compreenso das crenas,
vivncias e expectativas dos participantes da pesquisa no contexto apresentado.
Palavras-chave: Prtica reflexiva, crenas, estgio supervisionado.
AUTONOMIA E CRIATIVIDADE NA FALA - UM PROCESSO INTERATIVO
Christiane Jaroski Barbosa
(Faculdade Cenecista de Osrio- FACOS/CNEC- Osrio-RS)
A lngua falada, com suas variaes e marcas de identidade, no tem sido alvo de estudo nas aulas de Lngua
Portuguesa tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Mdio. No entanto, percebe-se que ainda, em
muitos contextos escolares, a relevncia dos estudos atribuda para a lngua escrita. Pensando nessa
questo de interatividade discursiva que professores e acadmicos que participam do PIBID, do curso de
Letras/CNEC no Litoral Norte - RS, no sub-projeto A Lngua falada como objeto de estudo em cursos de
formao de professores vm desenvolvendo estudos sobre oralidade, desde setembro de 2011. Os bolsistas
atuam em quatro escolas da rede municipal, ministrando oficinas de teatro, produes de diferentes gneros
textuais, declamaes, msicas, construo de programas de televiso, alm de resgatar diferentes aspectos
da cultura local. Dessa forma, todos so desafiados a desenvolverem habilidades e construrem competncias
para interagirem oralmente em situaes diversas, incluindo as situaes de escolaridade. No decorrer das
oficinas, realizada a avaliao do processo, ou seja, os prprios participantes se autoavaliam, analisando em
que momentos houve progresso no desempenho oral e, em que momentos, poderia haver melhoras. Percebese, ento, sinal de autonomia, resgate da autoestima, criatividade no desempenho das atividades e a
iniciativa/deciso/espontaneidade para falar em pblico. No Grupo de Estudo entre acadmicos e professores
analisado o domnio discursivo escolar, apoiado em teorias e pesquisas de BAKHTIN/VOLOCHINOV
(1992/outros), BRONCKART, J-P.(2005, 2008); SCHNEUWLY, B (2003), DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. (2004),
MARCUSCHI (2008, 2010), VAN DIJK, A.T (2010), GERALDI (2010, 2011).
Palavras-chave: autonomia, criatividade, iniciativa
O TRABALHO COM GNEROS A PARTIR DE SEQUNCIAS DIDTICAS:
POTENCIALIDADES DE UMA METODOLOGIA
Cristiane Nordi (Universidade Federal de So Carlos)
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Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma proposta de interveno na realidade escolar, especificamente
no sexto ano do Ensino Fundamental, por observar nesse nvel alto contingente de alunos egressos da quarta
srie (quinto ano) com enormes dificuldades para dar continuidade ao trabalho de proficincia lingstica.O
referencial terico est pautado nos estudos do interacionismo social (BAKTHIN, 1992, 1997; VYGOTSKY,
1988) e especificamente nos estudos advindos do interacionismo scio-discursivo, em sua vertente mais
didtica sobre a utilizao dos gneros discursivos em sala de aula (Dolz, Noverraz e Schnewly ,2004). A fim
de desenvolver um trabalho que integrasse as prticas lingsticas, que favorecesse o uso situado da lngua e
que contribusse com o desenvolvimento efetivo dos alunos, optei pelo desenvolvimento de uma seqncia
didtica (SD), instrumento bastante utilizado nas escolas francfonas e ainda recente no Brasil. Os resultados
demonstraram que a SD foi, sem dvida, um instrumento que promoveu o desenvolvimento da escrita dos
alunos, alm de colaborar com a vivncia de um ensino de lngua contextualizado e situado nas necessidades
reais dos aprendizes. Tambm fez refletir a importncia de se comear o aprendizado dos gneros do
agrupamento do argumentar desde cedo, para que as crianas possam desenvolver todas as complexas
habilidades relativas a este gnero discursivo, e, assim, garantir um aprendizado que busque a consistente
insero dos alunos nas prticas das atividades comunicativas. Por fim, a elaborao do modelo didtico e da
prpria SD fez com que me apropriasse de teorias importantes para a minha formao e de alguns
instrumentos que agora posso utilizar com outros gneros textuais, o que me fez perceber que s mudamos a
prtica quando entendemos e nos apropriamos de teorias adequadas natureza da linguagem.
Palavras-chave: Interacionismo scio-discursivo. Gneros textuais. Seqncia didtica.
AUTOBIOGRAFIAS NA FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA ESTRANGEIRA:
UMA ANLISE DE TRANSITIVIDADE
Cristiane Rosa Lopes (Universidade Estadual de Gois)
Como orientadora de estgio supervisionado de lngua inglesa numa universidade pblica no estado de Gois,
tenho constatado que muitos/as alunos/as-professores/as tm dificuldade no desenvolvimento de reflexes
crticas durante atividades propostas por esse componente curricular. Falta-lhes uma compreenso mais ampla
de conceitos tericos que fundamentam o processo de ensino-aprendizagem de uma LE. Segundo Vieira
Abraho (2004), muitos/as alunos/as interpretam esses conceitos luz de crenas sobre o ensinoaprendizagem de LE, algumas vezes equivocadas, que trouxeram para a licenciatura em Letras. Essas
crenas operam como filtros de insumo, que influenciam a construo da prtica docente. Neste contexto, este
trabalho teve por objetivo analisar o uso da transitividade de narrativas autobiogrficas como uma estratgia
para ajudar os/as alunos/as-professores/as na identificao de suas prprias crenas. Para o embasamento,
so utilizados os seguintes suportes tericos: pesquisa narrativa no ensino-aprendizagem e na formao do/a
professor/a de LE (PAIVA, 2007; BARCELOS e PAIVA, 2008; ROMERO, 2010; SILVA, 2010 etc); crenas
sobre aprendizagem de lnguas de alunos/as e professores/as de LE (BARCELOS, 2004; 2006; VIEIRA
ABRAHO, 2006 etc); o sistema de transitividade da Lingustica Sistmico-Funcional (HALLIDAY, 1994;
EGGINS, 2004; HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2004 etc). um relato de uma experincia, que foi realizada
com 17 alunos/as-professores/as, que consistiu na anlise lingustica de suas prprias autobiografias, e
tambm de atividades e discusses realizadas nas aulas de orientao para o estgio de lngua inglesa. A
anlise da transitividade possibilitou o mapeamento do modo como os/as alunos/as-professores/as
representaram discursivamente suas experincias de aprendizagem de LE. Ou seja, quais foram os/as
participantes e os papis atribudos a eles/elas, quais processos foram escolhidos para representar os
acontecimentos da sala de aula de LE e quais circunstncias foram vinculadas a esses processos. Os
resultados indicam que a anlise da transitividade de autobiografias pode ajudar alunos/as-professores/as na
identificao de suas prprias crenas, o que favorece o desenvolvimento de reflexes crticas.
Palavras-chave: transitividade; autobiografias; crenas
REFLEXES SOBRE APRENDER INGLS DISTNCIA: CRENAS DE PROFESSORES EM FORMAO
Cristiane Manzan Perine
Universidade Federal de Uberlndia (UFU)
Neste trabalho discutimos as crenas e expectativas de professores em formao sobre a aprendizagem de
ingls distncia, o papel do aluno nesse contexto e suas crenas a respeito do uso do computador na
aprendizagem de lnguas. Segundo Richards e Lockhart (1996), as crenas de professores e alunos so
suposies sobre como aprender melhor a lngua e abordagens e atividades que eles acreditam ser
necessrias para melhor aprend-la. Essas ideias ou suposies so formadas a partir das experincias de
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professores ensinam/praticam pronncia na sala de aula e como se sentem em relao a esse ensino; e a
importncia que o conhecimento terico de fonologia do ingls tem para os professores. Para acessar tais
questes, um questionrio com perguntas abertas foi respondido por 40 professores brasileiros de ingls da
rede pblica do Paran. De forma geral, a anlise das respostas revelou que a grande maioria dos professores
deste estudo afirma no ter cursado matria especfica de pronncia da lngua inglesa na graduao e que o
ensino de pronncia que teve durante sua formao foi deficiente. Eles parecem ter conscincia da importncia
do ensino da pronncia e tentam ensin-la em suas aulas, normalmente a partir de atividades de leitura e
repetio. Entretanto, muitos se sentem receosos de praticar a pronncia por considerarem que possuem
conhecimento insuficiente sobre o assunto.
Palavras-chave: formao de professores de ingls, ensino de ingls, ensino de pronncia
A CIBERARQUITETURA DA SALA DE AULA
E SUAS IMPLICAES NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM.
Denise de Mesquita Corra (UFSC/SENAI-SC)
Em nossa sociedade contempornea, onde as questes relativas ao tempo e ao espao esto a todo o
momento sendo rearticuladas devido s inovaes tecnolgicas, faz-se necessrio lanar um olhar mais
acurado sobre as possibilidades de ensino considerando as novas concepes de salas de aula. Entende-se
aqui uma proposta de ciberarquitetura cujas dimenses espacial e temporal evocam uma reconfigurao tanto
no papel do professor quanto do aluno, considerando que recai sobre ambos uma participao mais ativa
dentro do processo ensino/aprendizagem. Esse histrico da ciberarquitetura est intimamente ligado ao
trabalho do filsofo Pierre Lvy (Cibercultura, 1999, p: 127) que salienta em seu livro Cibercultura trs
princpios fundamentais: a interconexo, as comunidades virtuais e a inteligncia coletiva. Dentro desse
contexto, Lvy aborda, entre outras questes, a interao entre cibercultura e educao ressaltando a
necessidade premente de acesso s ferramentas tecnolgicas por parte das instituies de ensino no processo
educativo. Este estudo visa avaliar a ciberarquitetura das salas virtuais e suas implicaes no processo
ensino/aprendizagem a partir de duas perspectivas distintas: a viso do professor e do aluno em cursos a
distncia. Dentro desse contexto surgem duas ponderaes: 1) o trabalho do professor est em consonncia
com as tecnologias digitais disponveis? 2) os alunos esto cientes de toda a dinmica envolvida em cursos a
distncia? Vale ressaltar que os resultados indicam um bom desempenho dentro do ambiente virtual na medida
em que o professor esteja alinhado com uma linguagem apropriada para cursos em EAD e os alunos estejam
cientes das complexidades das tarefas. Ao final, consolida-se a ideia de que a despeito dos diversos
dispositivos tecnolgicos, a ferramenta mais importante dentro desse contexto ainda o professor na medida
em que ele arquiteta o trabalho da disciplina norteando a forma como o conhecimento chega at o aluno.
Palavras-chave: EAD, ciberarquitetura, cibercultura.
O PROFESSOR DE LNGUA INGLESA: H INTERFERNCIAS NA SUA IDENTIDADE
QUANDO AS ESTAGIRIAS ESTO EM SALA?
Denize Dinamarque da Silva (UFV)
Muitos estudos tm discutido a questo da identidade do professor em servio. Paiva (1997) discute os vrios
aspectos que interferem na formao da identidade do profissional docente desde as lacunas dos cursos
superiores at o descaso e alienao de uma parte da sociedade em relao lngua estrangeira. Lawn (2001)
por sua vez discorre sobre a importncia de se compreender a identidade dos professores para que possamos
entender como ela interfere no sistema educativo como um todo. Fernandes e Borges (2010) sugerem que um
grupo de Educao Continuada tambm busca refletir sobre as questes identitrias e sobre as prticas
adotadas pelos professores em sala, uma vez que estas so afetadas por aquelas. Sendo assim, o presente
trabalho se configura como um estudo de caso e objetiva investigar os fatores que influenciam a identidade da
professora do ensino pblico regular no momento em que as estagirias do PIBID esto presentes. Para tanto,
utilizamos uma entrevista gravada em udio e uma sequncia de imagens que, segundo Arago (2008),
contribuem para que haja reflexo sobre a identidade atual que essa professora assume, a fim de que
reflitamos melhor enquanto futuros professores sobre nossas prticas adotadas em sala de aula.
Palavras-chaves: Identidade, prtica docente, professor em servio.
O VOO DA ASA BRANCA: UMA REFLEXO SOBRE A LINGUSTICA
E O ENSINO DE LNGUA PORTUGUESA
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Espaol del Nordeste de Brasil, na tentativa de agrup-los e identific-los, independentemente do fato de terem
ou no formao em Letras ou do nvel de ensino em que atuam. Contando com aproximadamente setecentos
sujeitos, o trabalho se estruturar em etapas que vo desde a reunio e identificao deles, recolhimento dos
dados em questionrios fechados e formao do corpus atravs da metodologia de relatos, seguidos de
anlise dos relatos e dados, levando em considerao a sua noo de pertencimento ao Nordeste. Para tanto
faremos uso de referencial terico sobre identidade, identidade cultural e profissional e de professor de lngua
estrangeira e representaes de professores de LE e redefinio de identidades, utilizando Rajagopalan (2002,
2003), Moita Lopes (2002) e Grigoletto (2003); de Hall (2006) aspectos da identidade cultural do professor de
LE como pertencimento ao NE, impregnando dos genes dos nordestinos. Pesquisa em andamento.
Palavras-chave: Identidade. Professor no Nordeste. Lngua Espanhola.
MIXAGEM DE PRTICAS DE ESCRITA NA ESCOLA
Edilaine Buin-Barbosa (USP/FAPESP)
Algumas ocorrncias da escrita de alunos de turmas de 7 ano do Ensino Fundamental, de uma escola
particular de Campinas-SP, chamam a ateno para a heterogeneidade constitutiva da escrita, para o
hibridismo de origem, inerente a toda a escrita (CORRA, 2004, 2001; SIGNORINI, 2001). Partindo de uma
anlise qualitativa dos dados, percebe-se que o efeito de incoerncia perceptvel aos professores parece ter
origem no grau de heterogeneidade dos elementos mixados (STREET, 1994). A conjuno de formas
provenientes de diferentes gneros textuais, ao invs de ser entendida como erro ou transposio imperfeita
de um determinado modelo, reveladora de um conflito entre os conhecimentos que os alunos j trazem,
aqueles relacionados escrita no mundo digital, e os conhecimentos valorizados culturalmente, referentes
construo de uma carta pessoal/narrativa epistolar. As discusses apresentadas consideram o fato de as
diretrizes curriculares nacionais orientarem que o gnero deva ser o eixo do trabalho em Lngua Portuguesa, a
fim de que os textos produzidos/ensinados na escola tenham funo social e sejam importantes na vida futura
dos alunos. Mas sem a criao de uma situao da qual o gnero textual emerge, voltar o trabalho em sala de
aula para os gneros e no mais para tipos de textos (SCHNEUWLY, B. & J. DOLZ, 2004), pode significar
apenas uma troca de nomenclatura. Muitos gneros no surgem naturalmente na escola e precisam ser
aprendidos. Nesses casos, a ficcionalizao pode ser uma aliada do processo de ensino-aprendizagem. A
mixagem de diferentes prticas de letramento, que propiciam aos professores o efeito de incoerncia textual,
vem possivelmente do fato de os alunos terem se projetado na situao proposta pelo exerccio de escrita, ao
invs de se distanciarem e simularem uma situao diferente de suas prticas cotidianas de letramento.
Palavras-chaves: letramento, aquisio da escrita, escrita digital, gneros textuais.
O PROCESSO DE TRANSFORMAO DE UMA PROFESSORA DE INGLS EM UM PROJETO
COLABORATIVO DE ENSINO COM NARRATIVAS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Eliana Pinto
Este trabalho analisa o processo de transformao de uma professora de ingls em um projeto colaborativo de
ensino a partir de narrativas em uma escola de Ensino Fundamental da rede municipal de uma cidade do Vale
do Paraba, no estado So Paulo. O conceito de colaborao envolve a participao em um processo de
discusso no qual todos os participantes tm voz para externar posies, questionar, pedir clarificaes, enfim,
se envolver ativamente no planejamento, na avaliao e no replanejamento das aulas. Nesse processo, as
produes (escritas, neste caso) constituem objeto de reflexo e anlise pela professora, que os avalia luz
das oportunidades de aprendizagem construdas para os alunos em sala de aula. Participaram do projeto
crianas entre 9 e 11 anos, que escreveram suas prprias verses de Os Trs Porquinhos, em dois momentos
distintos: uma primeira verso em portugus e uma segunda verso em portugus e ingls. Essas produes,
bem como a narrativa (em ingls) utilizada nas aulas, foram analisadas pelos preceitos da Gramtica
Sistmico-Funcional, como discutidos por Christie (2005) e Gouveia (2008 e 2009), em discusses com a
coordenadora do projeto. Da mesma forma, nessas discusses, foram discutidas e analisadas as aulas
ministradas, com base nas observaes da professora e no exame dos planos de aula e procedimentos e
recursos de ensino utilizados. Os resultados da anlise dessas discusses revelaram primordialmente o papel
desempenhado pela tomada de conscincia (Vygotsky 1934/2001) da professora sobre sua abordagem de
ensino, na transformao de suas aes e escolhas instrucionais posteriores. Por exemplo, um importante
aspecto observado pela professora, foram os efeitos de sua abordagem da histria, ao cont-la para as
crianas. Essa abordagem envolveu, principalmente, enfatizar, com clareza, a organizao do texto sua
progresso temtica: Once upon a time...; The first pig...; etc.
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estrangeira, que oferece diferentes possibilidades de comunicao e colaborao via web. Uma vez que para
Pierre Lvy, em Cibercultura, as pessoas que se comunicam virtualmente, aprendem e produzem
conhecimentos de maneira colaborativa. Isso impede que o aprendiz se mova de forma passiva pelo programa
e por isso, esse software possui as interatividades: refletida e a contextual no-imersiva, caracterizada por
Roderick Sims. Podem ser usados tambm, muitos recursos de colaborao como Power Point, Exibio de
Vdeos, entre outros. Assim, Thierry Lancien em Le multimdia Cl International cita justamente esse carter
multicanal que o ADSUM oferece. Dentro de todas essas possibilidades, que Jos Armando Valente no livro
Educao a distncia fala do estar junto virtual em que a construo do conhecimento se d pelas duas
relaes dialgicas entre professor/aluno e aluno/aluno. Na primeira virtualmente depois da reflexo do
professor ele reporta suas ideias dentro da plataforma e aluno descreve as indagaes e assim se constroem o
conhecimento a relao aluno/aluno que depois de tanto um quanto outro refletirem a indagao do professor
em conjunto os dois criam um plano de ao no espao virtual da plataforma. Adsum possui permite que
educadores dispersos no mundo, se aproximem virtualmente, eliminando distncias.
Palavras-chave: Ensino a distncia; professores; tecnologia.
A MULTIMODALIDADE E O LETRAMENTO CRTICO NO ENSINO DE INGLS:
O QUE H PARA AS CRIANAS?
rika Amncio Caetano Soares
Gasperim Ramalho De Souza
(Universidade Federal de Minas Gerais - FALE/UFMG)
As mudanas advindas das novas tecnologias e da globalizao, como pontuam Anstey e Bull (2006), tiveram
impacto considervel em diversas reas, inclusive na educao. Ainda segundo os referidos autores, as formas
como as pessoas praticam o letramento esto mudando, e como consequncia desse fato, prticas
pedaggicas tm sido revisitadas, no intuito de oferecer aos alunos um aprendizado relevante e condizente
com sua realidade. Este trabalho pretende promover uma viso geral da forma como a multimodalidade e o
letramento crtico so apresentados s crianas no ensino de lngua inglesa. Uma coleo de livros didticos
voltada para as sries iniciais do ensino fundamental ser analisada dentro das perspectivas multimodal e
crtica. Como aporte terico subjacente a essa anlise, partimos de uma abordagem multimodal de
aprendizagem que focaliza as diversas formas de construo de significado atravs de modos semiticos
variados (Jewitt e Kress, 2003). No que tange ao letramento crtico, entendemos que ele ideologicamente
situado e permeado por inmeros valores que enaltecem a conscincia poltica e a transformao social
(Freebody e Luke, 1990; Freire e Macedo, 1987). Sendo assim, atravs da anlise da coleo didtica
anteriormente mencionada, procura-se responder, dentre outras, s seguintes perguntas: 1. Existem, na
coleo analisada, atividades que apresentam a presena da multimodalidade? Se houver, como essa
multimodalidade apresentada? 2. Existem oportunidades para o desenvolvimento do letramento crtico dos
alunos? Nesse caso, que oportunidades seriam essas? Baseados nos resultados das anlises, buscamos
apresentar algumas reflexes sobre a necessidade de se formar professores que priorizem a aplicao e
extenso da aprendizagem multimodal e crtica s prticas sociais dos alunos nas sries iniciais do ensino
fundamental; em outras palavras, educadores que possam contribuir para a preparao desses alunos visando
a desenvolver sua capacidade crtica e a habilit-los para interagir com a multimodalidade, principalmente
mediada pelo uso de livros didticos.
Palavras-chave: Multimodalidade Letramento Crtico Ingls para crianas
SUJEITO-OUVINTE E SUJEITO-FALANTE DA LNGUA ESTRANGEIRA:
O LUGAR DO (DES)CONFORTO E DA (IN)QUIETAO
Ester Dias de Barros dos Santos (UFF)
O presente trabalho consiste em tecer reflexes sobre o que pode significar para o sujeito-aluno se colocar na
posio de sujeito falante e/ou de sujeito ouvinte da lngua estrangeira. No que tange ao campo terico, foram
mobilizadas a teoria da Anlise do Discurso de orientao pecheutiana e a Psicanlise, como teoria da
compreenso do sujeito do inconsciente. Para efeito, foram utilizados como objeto de anlise registros escritos
dos discursos de alunos ingressantes e concluintes do curso de Licenciatura em Letras, a fim de verificar se a
suposta inquietao e desconforto se fazem presentes quando o aluno assume a posio de sujeito falante
e/ou ouvinte de outra lngua. Para efeito, utilizo como corpus anotaes que foram realizadas a partir de
observaes de aulas de Lngua Espanhola em uma Instituio Federal de Ensino Superior localizada no
municpio de Bag/RS, cidade em que a zona urbana est h 60 km do Uruguai e a zona rural localiza-se na
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linha de fronteira. O objetivo das observaes consistia em registrar os discursos dos sujeitos-alunos
ingressante e concluintes do curso de Licenciatura em Letras com habilitao em Lngua Espanhola quando
assumiam a posio de sujeito-falante e/ou ouvinte da lngua estrangeira. Nessa perspectiva, foi possvel
perceber no decorrer das anlises que o desconforto e a inquietao se fazem presente tanto no grupo dos
alunos ingressantes quanto no grupo dos alunos concluintes do curso de licenciatura em Letras
A ESCRITA AUTO REFLEXIVA: MEMORIAIS DE FORMAO DOCENTE
Ester Maria de Figueiredo Souza (UESB)
A comunicao aborda o processo de construo da identidade profissional de licenciandos de Letras que
participam do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia PIBID, do projeto institucional
Microrrede de ensino e formao, do subprojeto Releituras do Trabalho docente: saberes e fazeres com a
linguagem no ensino fundamental. O subprojeto orienta-se pela formao do profissional de Letras, a partir do
domnio conceitual da linguagem como trabalho e processo de interao verbal, adotando o uso e aplicao de
gneros discursivos nos processos de investigao da cultura escolar, do planejamento de ensino e da
reelaborao de materiais didticos. Suporta-se na pesquisa etnogrfica, orientando-se pelas dimenses de a)
diagnstico das condies de ensino; b) ambiente educativo; c) formao e condies de trabalho dos
profissionais da escola; d) planejamento do ensino e avaliao e) prtica pedaggica. O estudo dessas
dimenses foi sistematizado por relatos no formato gnero discursivo memorial de formao docente, em que
os licenciandos, bolsistas do PIBID, expuseram suas implicaes, questionamentos e possibilidades de
apropriao conceituais sobre o objeto de pesquisa formao docente. Esses representam subsdios para a
construo da identidade docente, sendo reintroduzidos nos encontros de formao como material de leitura e
reavaliao de horizontes de formao. Participam do estudo 15 bolsistas dos terceiros ao stimo semestre.
Foram produzidos relatos individuas de prticas docentes de ensino de lngua portuguesa e essas ilustram os
memoriais dos licenciados, quando da exposio de mtodos de ensino. Os resultados revelam que os
espaos discursivos da escrita e de socializao dos memoriais so recriao da memria de aula, enquanto
estudantes, e perspectivam cenrios para a ao docente, quando professores, focalizando a
profissionalizao. Para tanto, extraem-se depoimentos e excertos que corroboram para essa constatao, na
perspectiva de que essas relaes venham a contribuir para a pesquisa e as prticas de formao docente.
Palavras chaves: Ensino. Formao docente. Linguagem.
O AGIR DOCENTE EM SALA DE AULA DE LNGUA PORTUGUESA
EM SITUAO DE FORMAO INICIAL
Eulalia Vera Lcia Fraga Leurquin (Universidade Federal do Cear)
O momento da formao inicial do professor muito importante e bastante complexo porque o professor em
formao precisa acionar seu repertrio (CICUREL, 2011) para melhor articular teoria e prtica; para assumir,
na maioria das vezes pela primeira vez, a sala de aula; e para gerenciar os conflitos de muitas ordens.
tambm complexo porque esse profissional em formao precisa representar seu agir em um relatrio entregue
ao seu professor. justamente nesse contexto que me situo para, atravs deste trabalho, refletir sobre a
formao inicial do professor de lngua portuguesa. Neste trabalho, apresento resultados de uma pesquisa em
andamento na Universidade Federal do Cear. A pesquisa acontece no mbito das disciplinas Estgio de
ensino de Leitura e Estgio de ensino de lngua portuguesa. Durante o desenvolvimento da investigao, foram
analisados duzentos relatrios e observadas aulas de regncia durante dois anos letivos. Pontuo cenas do agir
do professor em sala de aula, por mim observadas, e tambm cenas descritas nos relatrios a mim entregues
ao final das referidas disciplinas. Nosso objetivo , justamente, analisar os posicionamentos dos professores
diante das cenas descritas, considerando que eles so profissionais em formao e no leigos e por assumir
tal papel na sociedade possuem conhecimento empricos e tericos que lhes do condies de perceber e
analisar a situao do ensino e aprendizagem de maneira diferenciada. Para a anlise dos dados, ancoro-me
nos estudos de Francine Cicurel (2011) sobre os tipos de repertrio do professor mobilizados em sala de aula e
tambm nos estudos de Bronckar (1999, 2008) sobre os mecanismos enunciativos e sobre o agir no discurso.
Palavras-chave: formao de professores, Interacionismo sociodiscursivo, Estgio de portugus lngua materna
O DISCURSO DE PROFESSORES DE PORTUGUS LNGUA ESTRANGEIRA
SOBRE O SEU AGIR EM SITUAO DE FORMAO: O REPERTRIO E AS FIGURAS DE AO
Eulalia Vera Lcia Fraga Leurquin (Universidade Federal do Cear)
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Analisar o discurso do professor possibilita-nos avanar nas questes relacionadas formao do professor
porque nos d acesso a informaes sobre atitudes, decises tomadas em sala de aula. Isso nos coloca diante
de possibilidades de entender situaes no observveis. Nesse trabalho apresento resultados de uma
pesquisa em andamento sobre a formao do professor de portugus lngua estrangeira. Em particular,
focalizo o agir de trs professores, dois experientes e um debutante no ensino e aprendizagem de portugus
lngua estrangeira. Todos atuam no Curso de Portugus Lngua Estrangeira: lngua e cultura brasileiras, nos
nveis I, II e III, ofertado pelo Departamento de Letras Vernculas. O Curso rene sessenta alunos estrangeiros
de diferentes pases e diversos cursos da Universidade Federal do Cear, que vieram por intermdio da
mobilidade acadmica. No mbito da formao de professores, esse trabalho mobiliza trs alunos da
graduao e trs da ps-graduao. Os alunos da graduao fazem as gravaes das aulas, participam das
reunies de preparao do material e tambm das sesses de autoconfrontao. Os alunos da ps-graduao
do as aulas, preparam o material didtico comigo e so alvo das sesses de autoconfrontao. Analiso o
discurso dos alunos-professores quando eles, em situao de autoconfrontao, falam sobre seu agir em
determinadas situaes de sala de aula. Para isso, ancoro-me nas figuras de ao interna (BULEA, 2010,
PEIXOTO e LEURQUIN, 2011) e relaciono-as ao repertrio (CICUREL, 2011) do aluno-professor mobilizado
em sala de aula para entender determinadas atitudes docentes e seus posteriores desdobramentos para a
formao do professor de protugus lngua estrangeira.
UMA INTERFACE ENTRE DESIGN E PEDAGOGIA NA CRIAO DE MATERIAIS EDUCACIONAIS
DIGITAIS VOLTADOS PARA O ENSINO DE LNGUAS ESTRANGEIRAS
Evania Alves Netto (Casa Thomas Jefferson)
O uso crescente de ferramentas de tecnologia e da internet em salas de aulas presenciais e em cursos
totalmente mediados por computador requer que o professor tenha em sua formao no somente
conhecimentos pedaggicos, mas tambm conhecimentos de design de materiais, que possam auxili-lo na
seleo e/ou na criao de materiais educacionais digitais que atendam as necessidades do novo aprendiz da
gerao digital (Behar; Torrezan, 2009). Norton (2006) ressalta que o design pedaggico traduz os objetivos do
projeto, direciona as escolhas das ferramentas de tecnologia e das mdias a serem utilizadas e define a
maneira como o contedo ser desenvolvido, beneficiando, assim, o aprendizado. Menezes (2010) tambm
salienta que o design de um curso o que determina se este enfatiza a transmisso ou o armazenamento de
informao ou privilegia a construo do conhecimento por meio de experincias colaborativas. O objetivo
desta apresentao demonstrar como quatro materiais educacionais digitais, usados em diferentes nveis de
um curso de ingls presencial e em um curso de ingls ministrado na modalidade a distncia, refletem as
concepes pedaggicas de diferentes abordagens do ensino de lnguas, e, ainda, incorporam alguns
elementos tcnicos e grficos do design pedaggico, sugerido por Behar; Torrezan (2009). Para isso, foi
conduzida uma anlise qualitativa dos referidos materiais com o objetivo de verificar se eles possuem um
equilbrio entre os fatores tcnicos, grficos e pedaggicos. Os resultados deste estudo indicam que a partir de
conhecimentos do design pedaggico abordado possvel construir materiais educacionais digitais que
integram esses trs fatores, atendendo, assim, o perfil do aprendiz do sculo 21.
Palavras chaves: design pedaggico; materiais educacionais digitais; formao digital do professor.
PIBID LETRAS E SUAS ESFERAS DE ATUAO: INTEGRAO ESCOLA-UNIVERSIDADE,
INICIAO DOCNCIA E FORMAO CONTINUADA
Fabiana Giovani
Isaphi Marlene Jardim Alvarez
(Universidade Federal do Pampa)
A presente comunicao ter por objetivo refletir sobre a experincia advinda do Programa de iniciao
docncia (PIBID), na rea de Letras da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). O subprojeto em
questo - com incio em 2009 - teve sua prorrogao at 2013, tempo em que continua a contribuir para o
principal desafio no s do Rio Grande do Sul, mas de todo o Brasil, que melhorar a qualidade da educao
dos alunos da educao bsica. O trabalho desenvolvido est pautado nos estudos bakhtinanos,
principalmente, no que se refere dialogia e nos estudos referentes formao do professor. A metodologia se
volta para trs esferas de atuao: i) integrao escola-universidade; ii) iniciao docncia; e iii) formao
continuada.
Os resultados parciais evidenciam que a integrao escola-universidade tem, de fato,
proporcionado a construo da pesquisa colaborativa oriunda da interlocuo entre os alunos em formao
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crtica no desenvolvimento profissional do professor (Pimenta e Ghedin, 2002; Zeichner e Liston, 1996) e a
prtica ps-mtodo (Kumaradivelu, 2001,2003), em contexto de ensino de lngua inglesa em um mundo
globalizado (Canagarajah, 1999; Moita Lopes, 2008). Os instrumentos de gerao dados so observao em
sala de aula, entrevista, dirio de campo, narrativa, gravao de aulas.
Palavras-chave: conhecimento-base, lngua inglesa, formao de professores de lnguas.
CONTRIBUIES DA FERRAMENTA WIKI PARA O ENSINO DE PRODUO ESCRITA EM LNGUA
INGLESA
Francicl Fortaleza Bento (EEFM Ansio Teixeira)
O professor, no contexto da educao atual, busca nas ferramentas da Internet elementos que possam
contribuir para a sua formao. Dentre as ferramentas existentes destacam-se aquelas que viabilizam a
aprendizagem colaborativa, como a wiki (CUNNINGHAM, 2008; LIMA, 2008), que possui um potencial
inovador, permitindo a criao e edio de pginas em ambiente virtual. O objetivo deste trabalho descrever
os passos para a criao de um ambiente wiki para a produo textual em lngua inglesa e destacar o potencial
pedaggico desta ferramenta para o trabalho do professor. Nesse sentido, noes de retextualizao (DELL
ISOLA, 2007), de escrita nas abordagens como processo (FLOWER e HAYES 1980 apud KATO, 1987;
SERAFINI, 1995; MATSUDA, 2003; VIEIRA, 2005), por imitao (SERAFINI, 1985; VIEIRA, 2005) e escrita
colaborativa (LANDOW, 2006; WARD, 2006) foram visitadas, assim como contribuies para a produo e a
avaliao de um projeto wiki (ARAUJO JR, 2008; WEST & WEST, 2009). As atividades de produo escrita
propostas no ambiente foram fruto de retextualizaes de gneros textuais (anncio publicitrio e resenha de
filme) presentes em livro didtico, o que lhes conferiu um carter hipermodal. O resultado foi a criao de um
ambiente virtual voltado para a produo escrita em lngua inglesa. Com isso, a ferramenta em questo:
permite que o professor se configure como produtor de mdia, elaborando seu prprio material didtico;
possibilita a criao de um cenrio para a realizao de projetos; como tambm auxilia o professor no
acompanhamento do desenvolvimento da escrita de seus alunos, uma vez que o processo de construo das
pginas fica salvo, permitindo a comparao de verses, a percepo de problemas e a criao de
intervenes para san-los ou minimiz-los.
Palavras-chave: Wiki. Gneros Textuais. Produo Escrita.
FATORES AFETIVOS E APRENDIZAGEM DE LNGUA INGLESA:
FOCO NA ESCRITA E NA CORREO DE ERROS
Francisco Jos Quaresma de Figueiredo (UFG)
Este estudo tem por objetivo promover algumas reflexes sobre a forma como os fatores afetivos podem
influenciar a aprendizagem de uma lngua estrangeira (LE), ou de uma segunda lngua (L2), especialmente no
campo da produo textual e da correo. Como bem observa Cheng (2002), escrever uma atividade
emocional e cognitiva; ou seja, ns pensamos e sentimos enquanto escrevemos. Dessa forma, sero
apresentados os fatores afetivos que podem influenciar os processos da escrita e da correo de erros, bem
como percepes de aprendizes sobre esses processos, para que professores, alunos e demais pessoas
envolvidas no ensino e aprendizagem de lnguas possam refletir sobre como tornar tais processos mais
humanizados.
NARRATIVAS SOBRE A PESQUISA EM/SOBRE A SALA DE AULA DE LNGUA ESTRANGEIRA
Fernanda Landucci Ortale Universidade de So Paulo
Na rea de educao de professores de lnguas, h um consenso sobre a importncia de estimular uma
perspectiva reflexiva sobre a sala de aula, que fornea aos professores os meios de um pensamento autnomo
e facilite as dinmicas de formao continuada (NVOA, 1997; SCHN, 2000; RICHARDS, 2002; VIEIRA
ABRAHO, 2006). Da mesma forma, a pesquisa acadmica ligada aos processos de aquisio de linguagem
desenvolvida nas ltimas dcadas (ELLIS 2003,2008; DRNYE 2005; GASS e SELINKER, 2008) tem
mostrado como importante relacionar achados das pesquisas de campo reflexo sobre os processos de
ensinar e aprender lnguas. Nessa perspectiva, ter a sala de aula como contexto para coleta de registros tornase de suma importncia para a pesquisa aplicada na rea de ensino/aquisio de lnguas estrangeiras e
tambm para pesquisas que procuram compreender como tais fenmenos podem contribuir para a formao
do professor de lnguas. Mas como se d o trabalho de entrada em campo? Quais os cuidados que os
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pesquisadores devem ter em relao a aspectos burocrticos, polticos, operacionais e ticos? O objetivo deste
trabalho , portanto, contribuir para a reflexo sobre as principais dificuldades encontradas por pesquisadores
em diferentes fases da investigao aplicada: a elaborao do desenho da pesquisa em sala de aula, a coleta,
a transcrio, a anlise e, enfim, a publicao dos dados. Para tanto, sero apresentadas as concluses de um
breve estudo que teve como objetivo identificar, por meio de narrativas orais, as dificuldades que estudantes de
Mestrado e Doutorado de uma Universidade Pblica do Estado de So Paulo encontraram ao longo de suas
trajetrias como pesquisadores.
A SNDROME DO PATINHO FEIO: A RELAO ENTRE O SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO
E A APRENDIZAGEM DE LNGUAS
Fernanda Santana Godoy (Universidade Federal de Viosa)
Os estudos sobre a aprendizagem colaborativa j alertavam sobre os benefcio de um grupo coeso para a
aprendizagem de ingls como lngua estrangeira (FIGUEIREDO, 2004; FIGUEIREDO, 2005; FIGUEIREDO,
2006; JACOBS, 2006; CNDIDO JNIOR; 2006; SILVA, 2010). Dentre os benefcios, destaco a diminuio da
ansiedade e timidez, fazendo com que o aluno se arrisque mais e tenha menos medo de errar. Em se tratando
da aprendizagem de uma lngua estrangeira, um bom relacionamento entre os colegas de classe influencia no
aprendiz principalmente a habilidade comunicativa usando a lngua alvo. Baseada num estudo de Murphey,
Prober e Gonzales (2010), este trabalho ter como objetivo analisar como era o sentimento de pertencimento
de duas professoras em servio durante a graduao e como isso influenciou na aprendizagem de ingls e na
formao de suas identidades como professoras e em suas prticas atuai. Baseados em estudos da psicologia
social, Murphey, Prober e Gonzales (2010) afirmam que a sensao de pertencimento emocional a um
determinado grupo precede a aprendizagem. Projetando esta idia pra sala de aula, isso quer dizer que o
aluno se sentir acolhido pelo resto da turma importante no seu processo de aprendizagem. Estudos mostram
que, quando rejeitados, eles tendem a usar a agressividade como um mecanismo de autodefesa, ou, como em
muitos casos, adotar um comportamento antissocial de isolamento. Os autores tambm ressaltam o papel do
professor no diagnstico e amenizao da excluso. Para esta anlise, lanarei mo de dois mtodos de coleta
de dados qualitativos, a narrativa e a entrevista semi-estruturada. A anlise dos mesmos ainda ser feita, o que
me impede traar concluses no presente estgio do estudo.
Palavras-chave: Aprendizagem de ingls; noo de pertencimento; emoes
CONSIDERAES ACERCA DO AGIR DOCENTE NUMA PERSPECTIVA SOCIOINTERACIONISTA
Fernando Antonio Fragoso dos Santos (UFPB)
O presente trabalho acadmico se insere no contexto de pesquisas em Lingstica Aplicada com foco nas
representaes do agir docente em situao de trabalho. A pesquisa em questo contempla o ensino de lngua
inglesa amparado pelo Mtodo udiolingual (AL). O referido mtodo, ao mesmo tempo em que pode delimitar o
trabalho do professor, tambm pode faz-lo(a) repensar sua prtica dando margem a posicionamentos e
mudanas. A perspectiva terica abordada a dos estudos realizados no mbito do Interacionismo
ScioDiscursivo (ISD) desenvolvido por Bronckart (1997) e demais colaboradores e pesquisadores. O foco de
anlise volta-se identificao da relao entre linguagem e trabalho educacional em textos produzidos sobre
o trabalho e em situao de trabalho e, diante disso, o objetivo principal o de verificar como tais textos
refletem as possveis representaes, interpretaes e avaliaes sociais da atividade docente. Foi utilizado,
como procedimento analtico, numa perspectiva qualitativa, elementos lingustico-estruturais com base nas
categorias de uma Semntica do Agir propostas por Bronckart e Machado (2004) e Bulea (2010). Em um
primeiro instante, foram identificadas as categorias mencionadas em um documento prescritivo diretamente
implicado no trabalho de ensino e anterior a este, considerando-se, tambm, os papis atribudos aos
professores. Posteriormente, observaram-se as aes mobilizadas pelos professores em suas entrevistas e os
papis que eles mesmos se atribuem. Conclui-se que a prtica de sala de aula fator importante para
retomadas de posicionamento. As vozes dos professores indicam uma atitude avaliativa frente ao que
determina a prescrio. As capacidades guiadas, cerne do texto prescritivo analisado, no impedem aes
concretas dos professores na busca de sua identidade pessoal e profissional.
Palavras-chave TRABALHO DOCENTE; ISD; AUDIOLINGUAL
CRENAS, EXPERINCIAS E EMOES EM NARRATIVAS DE ESTUDANTES DE LNGUA INGLESA
EM UM CURSO DE LETRAS
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desta pesquisa, esse procedimento foi utilizado com dois professores em formao inicial, concluintes do Curso
de Letras habilitao em Lngua Inglesa, que tiveram uma aula gravada em vdeo e, posteriormente,
assistiram a essas imagens, analisando seu agir. Os resultados parciais da anlise desses textos contribuem
para a compreenso do papel que o contexto escolar ocupa na (re)formulao das representaes sobre o
trabalho docente durante os processos formativos iniciais. Eles apontam para as possibilidades de integrao
entre universidade e escola, medida que as especificidades e as demandas dessa ltima so tematizadas
durante o perodo de estgio supervisionado.
Palavras-chave: formao de professores de lngua inglesa; agir docente; vozes.
REFLEXO CRTICA EM ESCOLAS DE IDIOMAS: O QUE POSSVEL?
Francisco Carlos Fogaa (UFPR)
Este artigo tem por objetivo apresentar um recorte em uma pesquisa de mestrado realizada entre 2003 e 2005,
tendo como sujeitos dois orientadores pedaggicos (OPs) de dois institutos de idiomas (que fazem parte de
uma rede de escolas franqueadas) em duas cidades do interior do estado de So Paulo. Os dados foram
gerados em trocas de mensagens eletrnicas entre os pesquisadores e os sujeitos da pesquisa. O foco da
anlise recaiu sobre a interao entre os pesquisadores e os OPs, num processo que teve como referncia as
aes da reflexo crtica propostas por Smyth (1992), com base em Paulo Freire (descrever, informar,
confrontar e reconstruir). A pesquisa procurou investigar: a) que mudanas puderam ser observadas (ou no)
na conduo de sesses de feedback? b) qual a percepo dos OPs sobre o processo reflexivo deflagrado? A
noo de reflexo que embasou a pesquisa teve como referncias, sobretudo, Schn (1983, 1992, 2000), e
Rodgers (2002), com base em Dewey alm de diversos autores que adotam a noo de reflexo crtica
(KINCHELOE, 2004; BROOKFIELD, 1995; SMYTH, 1992 e 2004). A pesquisa se valeu ainda das ideias de
Gebhard (1994), para modelos de superviso pedaggica, e Gimenez (1999; 2002), Liberali (1999; 2000;
2004), entre outros. A anlise dos dados mostrou que um dos orientadores, que exercia tambm a funo de
diretor da escola, tendeu a ser mais receptiva abordagem reflexiva que a do outro, contratado para a funo.
Isso nos permite lanar a hiptese de que as presses que um OP de uma escola de idiomas sofre por
resultados que se traduzam em lucros para o negcio sejam grandes, e de que um processo reflexivo de
superviso pedaggica precise ser percebido pela direo da escola atravs dos benefcios que tais prticas
possam trazer ao negcio.
Palavras-chave: reflexo crtica, formao continuada, escolas de idiomas, superviso pedaggica
LETRAMENTO DIGITAL: CONSIDERAES SOBRE O AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOLAR
NA FORMAO DE PROFESSORES DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA
Germana da Cruz Pereira (Universidade Federal do Cear)
Com o presente artigo objetivamos discorrer e refletir sobre o potencial didtico do ambiente virtual de
aprendizagem para a aquisio do espanhol como lngua estrangeira por alunos da educao superior,
relatando o trabalho desenvolvido no curso Letras Espanhol (noturno) da Universidade Federal do Cear
utilizando o espao virtual SOLAR - como apoio para a realizao de atividades e como espao para a prtica
da lngua meta, assim como para debate de questes relacionadas formao de professores. Para tanto,
analisamos luz dos estudos crticos do discurso trechos de fruns e chats realizados com a turma sobre
temas gramaticais, socioculturais e referentes docncia a fim de observar a relevncia da utilizao do
mencionado espao virtual para o meio acadmico, o aprendizado de lnguas e formao de futuros docentes,
assim como tomamos por base terica os estudos sobre ambientes virtuais de aprendizagem e letramento
digital de Coscarelli (1998), Leite (2008), Cestreros (2008) e Soares (1998), e da anlise crtica do discurso de
Van Dijk (2008). Ao final das anlises percebemos como esse sistema pode ser uma importante ferramenta
para facilitar o aprendizado da lngua e cultura espanholas, visto que proporciona a interao dos alunos e o
uso da lngua em situaes reais de comunicao. Alm disso, essa prtica de letramento digital possibilita
avanos no que concerne ao uso e conhecimento cultural da lngua estudada por parte dos aprendizes iniciais
e uma reflexo sobre a formao docente, bem como a contribuio de um ambiente virtual de aprendizagem
nesse processo.
FORMAO DO PROFESSOR DAS SRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA O TRABALHO
COM A LNGUA MATERNA: UMA DISCUSSO SOBRE ESSE PROCESSO EM UM CONTEXTO DE
ESTGIO REMUNERADO
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da gramtica reflexiva, pois o aluno capaz de ir alm do conhecimento que o seu professor trabalha (Ellis,
1997). Com base nesta premissa, alisamos, qualitativamente, um questionrio aplicado a 15 professores de LE
a fim de identificarmos as concepes dos sujeitos com relao reflexo metalingustica. Os participantes
desta pesquisa foram 15 professores, que so alunos nos programas de ps-graduao em Lingustica e
Lingustica Aplicada de uma universidade pblica. Atravs da anlise dos questionrios, podemos averiguar
que os resultados apontaram a uma necessidade de desenvolver um conjunto de aes e que estas propiciem
a tomada de conscincia do professor mais efetiva para a sua prtica pedaggica em aulas de LE. Por fim, os
resultados mostraram que a reflexo dos professores sobre a importncia desta conscincia no processo
ensino/aprendizagem demonstrou como possvel auxiliar os alunos a se tornarem aprendizes perceptivoreflexivos, capazes de ter conscincia de sua prpria aprendizagem.
Palavras-chave: Tomada de conscincia; gramtica reflexiva; processo ensino/aprendizagem de LE.
A DIDTICA DE USO DO TEXTO LITERRIO NO ENSINO DE FRANCS/ LNGUA ESTRANGEIRA: UMA
EXPERINCIA DE PRTICAS DE LEITURAS LITERRIAS COM PROFESSORES EM FORMAO NA
UECE.
Gisleuda de Arajo Gabriel (UECE)
Cleudene de Oliveira Arago (UECE)
Embora o texto literrio tenha desempenhado as mais variadas funes no ensino de lnguas, visto que
contribuiu para formao moral e ampliao de conhecimentos sobre valores culturais de diversificados povos,
em nenhum momento apresentou-se como instrumento eficaz, adequado capacidade do aluno, mas como
um simples transmissor de contedo em detrimento da linguagem literria. Segundo Mendoza (2007) A
formulao de objetivos de aprendizagem comunicativa (...) levou os textos literrios para um espao impreciso
e inesperado no currculo. Desse modo, ao mesmo tempo que se marginalizaram as produes literrias, foilhes dado um espao indeterminado e sem funo especfica entre as atividades de sala de aula projetadas no
mbito lingustico-comunicativo. E, mesmo conscientes da importncia do TL como um valioso instrumento
formador e multiplicador de diversificados saberes (lingusticos, culturais, discursivos, sociais, entre outros),
temos nos confrontado com inmeras dificuldades sobre como se trabalhar o texto literrio em sala de aula.
Portanto, esta pesquisa ser realizada no mbito da Universidade Estadual do Cear UECE, com
professores em formao no curso de licenciatura em Letras Francs/LE. Temos por objetivo comprovar a
eficcia do uso do texto literrio a partir de prticas de leituras literrias no ensino do FLE. Utilizaremos como
suporte terico os estudos de WIDDOWSON (1991), ALMEIDA FILHO (2005), MENDOZA (2003, 2004, 2007),
BARCELOS (2010, 2006), VIEIRA-ABRAHO (2008), SILVA (2010), COSSON (2011), KLEIMAN (2008),
ROJO (2009), MARCUSCHI (2011), SCHENEUWLY, B. & DOLZ (2004), dentre outros. Nota-se a necessidade
de desenvolver em contextos de formao de professores, as competncias indispensveis utilizao do
texto literrio em prticas leitoras, no intuito de estimular negociaes que conduzem ultrapassagem das
impresses iniciais individuais e configuram o coletivo da comunidade de leitores (COSSON, 2011), e formar,
em nossas Universidades profissionais capacitados e aptos a utilizar o texto literrio como recurso didtico em
suas prticas de ensino.
Palavras-chave: Texto literrio. Leituras Literrias. Formao de professores de FLE.
POLTICAS LINGUSTICAS E EDUCAO BILNGUE PARA SURDOS:
UMA ANLISE DO PERFIL E DA FORMAO DE PROFESSORES DE PORTUGUS
Giselli Mara da Silva (UFMG -Faculdade de Letras)
Josiane Marques da Costa (EE Educ. Esp. Francisco Sales/CAS-BH)
Nesta apresentao, analisam-se as polticas voltadas para a formao de professores de portugus como
segunda lngua (PL2) para surdos e o perfil desses professores. Desde a aprovao da Lei da Libras, vm-se
implementando polticas lingusticas voltadas aos usurios da Libras, dentre as quais encontram-se aquelas
destinadas implementao da Educao Bilngue, proposta na qual se reconhece que a primeira lngua dos
surdos brasileiros a Libras e que esses tm direito de terem acesso ao ensino de PL2 (FERREIRA-BRITO,
1993). No entanto, o acesso desse grupo ao ensino de portugus ainda enfrenta inmeros desafios, que se
tornam mais complexos no processo de incluso educacional (SILVA, 2008). Nesse contexto, discutem-se
algumas questes: qual o perfil dos professores de PL2 para surdos; que tipo de formao tem sido oferecida a
esses profissionais?; que competncias esse trabalho exige desses professores? Para refletir sobre essas
questes, recorreu-se a estudos que abordam: (i) as polticas lingusticas na rea (QUADROS, 2006; SILVA,
2008); (ii) o ensino de PL2 e de PL2 para surdos e a formao de professores (QUADROS, 1997;
SVARTHOLM, 1999; GRANNIER, 2001; SALLES et al., 2004; SILVA, 2005; entre outros). Adotou-se como
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metodologia a anlise de contedo de leis e textos normativos da rede estadual de ensino de Minas Gerais e
da rede municipal de Betim e a realizao de questionrios e entrevistas com professores que atuam nessas
redes. A anlise dos dados evidenciou que, apesar dos documentos oficiais reconhecerem a educao bilngue
para surdos, a formao dos professores de PL2 ainda enfrenta vrios desafios no que diz respeito: (i)
formao para o uso da Libras como lngua de instruo; (ii) formao para o ensino de portugus como L2
para surdos.
Palavras-chave: formao de professor; educao bilngue; ensino de portugus para surdos
PRTICA EXTENSIONISTA E A FORMAO DO PROFESSOR: UM AUTOESTUDO ACERCA DAS
CONTRIBUIES DESSA PARCERIA
Glauber Heitor Sampaio (UFV)
Mateus et al (2002) afirmam a existncia considervel de trabalhos que abordam a influncia da prtica de
ensino na formao inicial. Contudo, baseados no nosso levantamento bibliogrfico, no encontramos
pesquisas substanciais que abordassem os estgios de ensino no obrigatrios. Dessa forma, o objetivo de
nossa proposta para esta comunicao se pauta na discusso das experincias e consequentemente das
emoes, motivao e formao de identidade profissional garantidas por estgios no obrigatrios em um
curso de extenso que se caracteriza por apresentar caractersticas distintas s atividades desenvolvidas
geralmente no ltimo ano da graduao, direcionadas observao supervisionada. Deste modo, trazemos as
nossas vozes e reflexes enquanto egressos do curso de Letras e atuantes nesse curso de extenso por mais
de quatro anos. Este um autoestudo, de perspectiva metodolgica autobiogrfica (BULLOUGH e PINNEGAR,
2001), que busca retratar, atravs da anlise de narrativas escritas, uma viso em profundidade das nossas
vivncias e experincias de formao e prtica de ensino. Para a elaborao da narrativa, foi considerada
como tema central a histria de formao acadmica, com nfase na experincia obtida tanto com o currculo
do curso, quanto com atividades externas, de cunho extensionista. Para a anlise, seguimos os procedimentos
de (a) reduo dos dados em frases curtas, ideias-chave e conceitos, focalizando as palavras usadas pelo
participante (CRESWELL, 1998; PATTON, 1990) e (b) codificao dos dados atravs da classificao das
unidades significantes (LINCOLN e GUBA, 1985). Salientamos que cada um dos pesquisadores analisou a
narrativa um do outro como um amigo crtico (SAMARAS e FREESE, 2009). Os resultados mostraram que a
prtica no curso de extenso foi um dos componentes fundamentais para o desenvolvimento profissional dos
professores, o que nos permite sugerir que oportunidades sejam criadas para que atividades docentes como
estas possam ser desenvolvidas ao longo da formao inicial e previamente aos estgios curriculares.
Palavras-chave: estgio de ensino; formao de professores; prtica extensionista.
A FORMAO (INICIAL E CONTNUA) DOS PROFESSORES DE ESPANHOL NO DF
E A (INTER)AO ENTRE UNIVERSIDADE-ESCOLA: O REAL, O IDEAL E O URGENTE.
Gleiton Malta Magalhes (Universidade de Braslia)
O contexto da comunicao aqui proposta abrange a formao inicial e contnua do professor de espanhol no
Distrito Federal e sua atuao no ensino bsico na capital do pas, representada aqui pelas escolas da
Secretaria de Educao do Distrito Federal. A pesquisa faz parte de um projeto de extenso do Departamento
de Lnguas Estrangeiras e Traduo da UnB, intitulado Gesto escolar/educacional e ensino de lnguas: uma
forma contempornea de se (re)pensar educao realizado em 2010 e 2011 em parceria com oo Centro
Interescolares de Lnguas de DF e com a Associao de Professores de Esapnhol do DF. Objetiva ilustrar
como se d o contato da universidade com o ensino bsico durante a formao inicial e contnua do professor
de Espanhol (E/LE). Fundamenta-se nas teorias de ensino, aprendizagem e aquisio de lnguas (BROWN,
1994; ELLIS, 1998), nas competncias do professor de Lngua estrangeira (LE) (ALMEIDA FILHO, 2005;
LOBATO, J. S. & GARGALLO. I. S., 2004) e nas teorias sobre as polticas pblicas para educao
(DOURADO, 2007; VIEIRA, 2009). Os resultados apontaram para uma ausncia de interao real entre a
Universidade e as escolas; para a falta de tratamento equnime entre os professores de E/LE na rede pblica
de ensino do DF que atuam nos CILs e nas escolas regulares. Concluiu-se a que Universidade tem se omitido
no que diz respeito formao real dos futuros professores de E/LE e que o(s) modelo(s) de estgio
supervisionado implantado(s) no contempla(m) a realidade da maioria dos docentes que atuam na rede de
ensino do DF.
Palavras- chave: Formao inicial e contnua, E/LE, interao universidade-escola
IDENTIDADES EM CURSO DE FORMAO CONTINUADA PARA PROFESSORES
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idioma durante el primer semestre del curso en una escuela de lenguas (EL) y la posible relacin entre ese
cambio y el contexto de aprendizaje (la prctica docente, el material didctico y la orientacin pedaggica
institucional). Esta investigacin abord las creencias desde una perspectiva filosfica (Dewey, 1933) y otra
psicosocial (Rokeach, 1968; Fishbein Ajzen, 1975; Ajzen, 1991; Ajzen y Fishbein, 2000) y se apoy en las
investigaciones ms recientes sobre cambio de creencias de enseanza y aprendizaje de lenguas y acerca de
la escritura en lengua extranjera. Los datos se recogieron mediante dos cuestionarios hbridos y dos entrevistas
al inicio y al final del semestre, tres redacciones, la observacin de clases, notas de campo y una sesin de
reflexin. El anlisis de los datos corrobor que (i) los alumnos llevan al aula un caudal de creencias que de
algn modo influyen en sus actitudes y acciones a lo largo del proceso de enseanza/aprendizaje; (ii) esas
creencias se forman a partir de las ms variadas experiencias de aprendizaje y (iii) c) su cambio o evolucin se
produce de forma gradual bajo el influjo de nuevas experiencias y de reflexin. Los resultados mostraron que
los sistemas de creencias de todos los participantes sobre el papel de la EE se haban modificado en alguna
medida presumiblemente bajo la influencia del nuevo contexto de aprendizaje.
Palabras claves: creencias, aprendizaje, escritura, lengua extranjera.
PRTICAS SUBVERSIVAS: AGNCIA, RESISTNCIA E ACOMODAO
DENTRO E FORA DA AULA DE INGLS
Igor Gadioli Cavalcante (UFSC)
As prticas e os papis identitrios escolares tradicionais (CAZDEN, 2001) so rgidos, com pouco escopo para
performances identitrias alternativas: nesse modelo de escola fcil diferenciar as condutas boas e ms
de alunos. Na realidade ps-moderna, alunos constroem identidades hbridas e complexas que extrapolam
essas diretrizes, ressignificando prticas escolares. Eles constroem identidades alternativas por meio da
agncia (FREIRE, 1970) de suas performatividades (BUTLER, 1990), subvertendo e resistindo a prticas via
linguagem (CANAGARAJAH, 1997; GARCEZ, 2012; PENNYCOOK, 2010). Essa resistncia se manifesta de
forma evidente ou secreta, em Casas Seguras, para evitar sanes de figuras de poder (CANAGARAJAH,
1997) e podem ocorrer por modalidades diversas, dentre elas a reapropriao de discursos e smbolos
culturais (RABY, 2005) dominantes, imperialistas e/ou transnacionais. Apresento neste trabalho uma pesquisa
de mestrado homnima, de carter etnogrfico, que vem a contribuir com trabalhos anteriores (CLEMENTE &
HIGGINS, 2008; LONGARAY, 2005; 2009; RAMPTON, 2006), em que investiguei como alunos resistiam e/ou
se acomodavam a prticas em ingls dentro e fora de sala de aula, bem como as implicaes identitrias
dessas prticas (no) subversivas. Conduzi a pesquisa com trs turmas de ensino mdio de uma escola
pblica de Florianpolis/SC durante um ano (2012012), gerando dados em observaes de aula, notas de
campo, entrevistas semiestruturadas gravadas em udio e corpus da internet. Demonstro como alunos
modificavam suas experincias em (aulas de) ingls, dentro e fora da escola, para adequ-las a suas
expectativas e necessidades; aponto prejuzos de acomodaes quase irrefletidas dos alunos ao discurso e
prticas escolares; discuto, por fim, a necessidade de um olhar culturalmente sensvel para manifestaes
subversivas, problematizando-as e empoderando alunos e professores, no mais relegando a resistncia
marginalidade ou periferia, mas integrando-a legitimamente prtica escolar.
Prticas subversivas; lnguas adicionais; ps-colonialidade.
POSTURA PEDAGGICA DO PROFESSOR DE LNGUA PORTUGUESA
ANTE AS VARIAES LINGUSTICAS
Irenilda Francisca de Oliveira e Silva (Universidade Federal de Pernambuco)
A variao lingustica uma realidade da qual a escola no se pode esquivar, visto que, com a facilitao ao
acesso escolar, a realidade discente, no tocante linguagem, apresenta-se diferenciada. Algumas instituies
de ensino ainda perpetuam prticas pedaggicas que sedimentam a propagao de uma modalidade de lngua
nica, atrelada s prescries normativas da gramtica, esquecendo que o uso da lngua, por vezes, as
contradiz. Este trabalho buscou desenvolver uma abordagem didtica que enfocasse a evoluo dos
fenmenos transformacionais e sucessivos da lngua, considerando esse conhecimento importante para o
docente de Lngua Portuguesa se posicionar, cientificamente, sobre as variaes lingusticas, no tocante a
aspectos como a flexo lexical, as diferenas fontico-fonolgicas e morfossintticas. Como embasamento
terico, buscaram-se as ideias de Cmara Jnior e Coutinho, sobre a evoluo histrica da lngua. Tambm
foram significativas as consideraes tecidas por Bagno, Antunes, Castilho, Bechara, Geraldi e Moura Neves,
dentre outros, sobre a relao lngua e usurio, linguagem e ensino. Para concreo deste trabalho, foram
feitos estudos comparativos entre textos de Lngua Portuguesa de pocas distintas e diferentes gneros,
destacando aspectos lexicais, com diferenciaes fonogrficas e semnticas, com reflexo na sintaxe, que
comprovam a evoluo natural de toda lngua viva. Essa prtica docente propiciou aos discentes momentos de
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reflexo sobre aspectos histricos que explicam determinados fenmenos lingusticos hodiernos, rotulados
como erros, e viabilizou um entendimento sobre a variao, como fenmeno comum a toda lngua em uso.
Foi gerado maior respeito s diferenas lingusticas, passando a ser valorizada uma postura de maior
cientificidade a respeito das formas variantes. Pelo positivo resultado da proposta desenvolvida, v-se que os
educadores, comprometidos com a proficincia lingustica dos seus alunos, devem buscar estratgias
cientificamente fundamentadas, visando aprofundar sua educao lingustica.
Palavras-chaves: Lngua Portuguesa. Ensino. Variao Lingustica
DILOGOS ENTRE CONTEXTOS PRESENCIAL E VIRTUAL
DE ENSINO/APRENDIZAGEM DE LNGUAS PRXIMAS
Isabela Ab de Jesus (Ibilce/Unesp - Cmpus de So Jos do Rio Preto)
Esta apresentao tem como focoo recorte de uma pesquisa de Iniciao Cientfica (PIBIC-Reitoria/CNPq)
desenvolvida no ano de 2010, na qual foram estudadas as possveis contribuies mtuas entre um ambiente
virtual de ensino/aprendizagem de lnguas e um contexto presencial de sala de aula de lngua espanhola. O
ambiente virtual a que nos referimos o teletandem, modalidade de ensino/aprendizagem mediada pelo
computador, na qual pares de falantes nativos atuam, ora como tutor de sua lngua materna, ora como
aprendiz da lngua de seu parceiro, numa comunicao em tempo real, por meio de aplicativos de mensageria
instantnea (TELLES, 2006). O contexto presencial de ensino de espanhol uma sala de aula de um centro de
estudos de lnguas, projeto dirigido a alunos da rede pblica de ensino do estado de So Paulo, em que a
pesquisadora desenvolveu estgio curricular de regncia de aulas. A pesquisa desenvolvida caracteriza-se
como qualitativa de tipo etnogrfico (ANDR, 2000; RICHARDS, 2003), cuja metodologia seguiu uma
perspectiva interpretativista de anlise do corpus, no intuito de se realizar um trabalho de triangulao de
dados (BURNS, 1999). O corpus analisado neste recorte compe-se de questionrios respondidos pelos
alunos sobre aprendizagem de lnguas mediada pelo computador e da gravao em udio/vdeo de uma aula,
na qual os alunos do centro de lnguas entraram em contato com falantes nativos de espanhol, por meio do
teletandem. Os resultados revelam que h possibilidades de contribuio de um contexto para o outro, no
sentido de que a pesquisadora busca desenvolver estratgias em um contexto que a auxiliam em sua atuao
no outro. Verificou-se, tambm, que h possibilidade de dilogo entre o contexto virtual e o presencial, de modo
que tanto alunos quanto professor possam tirar proveito da aprendizagem mediada pelo computador, em sala
de aula.
Palavras-chave: formao inicial; ensino/aprendizagem de lnguas prximas; contextos presencial e virtual.
FORMANDO PROFESSORES PARA O ENSINO DE PRODUO TEXTUAL COMO UM PROCESSO
Isabela de Freitas Villas Boas (Casa Thomas Jefferson)
O ensino de produo textual com foco no processo amplamente preconizado pelos acadmicos da rea,
nacional e internacionalmente (BOSCOLO, 2008; CALKINS, 1994; CASANAVE, 2004; GERALDI, 1991, 1997;
FERRIS & HEDGCOCK, 2005;GRABE & KAPLAN, 1996; KROLL, 1991; NATION, 2009). Entre as
caractersticas principais dessa abordagem ressaltam-se o enfoque em diversos gneros textuais (DOLZ, &
SCHNEUWLY, 2004), a anlise das caractersticas textuais de modelos no mesmo gnero da proposta de
redao (GRABE, 2001), a gerao e o planejamento de ideias (CAMPBELL, 1998), a reviso por pares e
reescrita (FERRIS, 2002) e a avaliao dos textos por meio de descritores de desempenho. No entanto, em
sua pesquisa de doutorado intitulada A Contribuio do Processo de Ensino-Aprendizagem de Produo
Textual em Lngua Inglesa Para o Letramento do Aluno, esta pesquisadora constatou que ainda h fortes
traos do ensino de produo textual com foco no produto no ensino regular e nos cursos de Letras
frequentados pelos professores pesquisados, resultando na replicao desse modelo em seu prprio ensino.
Por outro lado, experincias de ensino de produo textual com foco no processo tm se mostrado frutferas no
Brasil (GARCEZ, 1998; FIGUEIREDO,2001 ). Esta comunicao visa: a) apresentar os resultados da pesquisa
supramencionada um estudo de caso que mostra os efeitos positivos da abordagem processual no ensino de
produo textual em ingls para adolescentes e a possvel transferncia das estratgias desenvolvidas para a
produo textual em lngua materna; b) apresentar uma proposta de ensino de produo textual significativo,
com foco no processo e utilizando novas tecnologias (BLOCH, 2008), para atuais e/ou futuros professores de
ingls, de forma que sua aprendizagem com base na experincia (Experiential Learning) os leve a uma prxis
mais condizente com princpios scio interacionais de ensino-aprendizagem com foco no aprendiz, bem como
com a abordagem comunicativa para o ensino de lnguas (ALMEIDA FILHO, 2007).
Palavras-chave: ensino de produo textual; formao de professores; processo da escrita
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de) formao oferecida pelos cursos de Letras. Desta forma, o objetivo desta comunicao apresentar os
resultados de uma pesquisa que visou verificar quais saberes e habilidades so considerados necessrios do
ponto de vista de professores, coordenadores de escolas e pais de alunos da educao infantil em diferentes
instituies de ensino em Porto Alegre. Os dados da investigao foram gerados atravs de entrevistas
semiestruturadas em sete instituies de ensino na cidade de Porto Alegre no ano de 2010: duas escolas de
educao infantil, duas escolas de educao bsica e trs escolas de idiomas. Pode-se concluir que
esperado dos professores de lngua adicional para alunos da educao infantil que tenham habilidades
especficas para o trato com os jovens alunos de dois a cinco anos, bem como que possuam saberes
concernentes no s relacionados lngua que esto se propondo a ensinar, mas tambm a conhecimentos
especficos do desenvolvimento infantil. Desta forma, torna-se importante proporcionar formao inicial e
continuada especfica para esses professores de forma a suprir as expectativas com relao a sua atuao
profissional e, consequentemente, com relao aprendizagem dos jovens alunos.
Palavras-chave: ensino de lngua inglesa; educao infantil; formao de professores.
RECURSOS DIDTICOS E SUAS CONTRIBUIES PARA O ENSINO DE LNGUA PORTUGUESA
Janayna Bertollo Cozer Casotti (Universidade Federal do Esprito Santo)
Durante muito tempo, ensinar Lngua Portuguesa se restringia a dar uma aula em que o professor, numa
sequncia metdica, expunha um determinado contedo, orientava algumas atividades, corrigia essas tarefas
e, depois, aplicava uma avaliao para verificar a aprendizagem dos alunos. Essa metodologia foi, de fato,
disciplinando professor e aluno, ao longo do tempo. No entanto, hoje, no ensino de lngua, no podemos
negligenciar os inmeros recursos que podem auxiliar tanto o professor, na dinamizao de sua prtica
pedaggica, quanto o educando em sua relao com o conhecimento. Segundo Rangel (2005), o
conhecimento construdo pelas cincias da aprendizagem sobre o que aprender nos leva a questionar as
concepes e prticas estabelecidas. nesse sentido que nos propomos, nesta comunicao, a apresentar o
caminho que temos feito na coordenao do projeto de extenso Recursos didticos e suas contribuies para
o ensino de gramtica, na Universidade Federal do Esprito Santo. Para tanto, partiremos das discusses
empreendidas nas reunies do projeto para chegar apresentao do material didtico produzido (jogos, por
exemplo), para o ensino de gramtica, priorizando o texto como unidade de ensino, de acordo com o que
postulam os Parmetros Curriculares Nacionais (1998). Esse trabalho tem-nos permitido, portanto, verificar
quo necessria a reflexo fundamentada na concepo de linguagem que o professor de Lngua
Portuguesa assume em suas aulas, uma vez constatado que o docente capaz de compreender a linguagem
como interao procurar fazer um trabalho para alm do livro didtico, uma vez que entende o uso de
recursos didticos variados como parte de uma prtica pedaggica diferenciada, em que os educandos
participam do processo de aprendizagem.
Palavras-chave: Ensino de Lngua Portuguesa. Recursos didticos. Interao verbal.
FORMAO DOCENTE: UM CONTEXTO DE REFLEXES CRTICAS
Jane Beatriz Vilarinho Pereira (IFB)
Pensar sobre ensino-aprendizagem sempre um desafio, pois nessa reflexo estamos analisando, na
verdade, o papel de todos os agentes envolvidos no contexto educacional, ou seja, o papel dos alunos, dos
professores, dos coordenadores, da escola e da sociedade. E, como destaca Freire (2007, p. 14, grifos no
original), formar muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas. Ensinar
consiste, assim, em um grande desafio para todos os seus agentes, pois exige pesquisa, tica, reflexo crtica
sobre a prtica e o entendimento de que a educao ideolgica (FREIRE, 2007). Assim, tendo em vista a
proposta dos estudos crticos na formao docente e seus desafios, neste trabalho apresentaremos algumas
reflexes realizadas por trs professoras de lngua inglesa acerca de elementos pertinentes ao contexto de
ensino-aprendizagem, tais como: a sala de aula, a pesquisa, o professor, etc., e destacaremos o papel dessa
reflexo na formao docente. As reflexes e dados que sero apresentados foram coletados em uma
pesquisa colaborativa (MAGALHES, 2002) que investigou o uso da reflexo crtica (SMYTH, 1991) como
instrumento para a formao e para a reconstruo da ao docente. No perodo de coleta de dados dessa
pesquisa, todas as professoras participantes lecionavam em um centro de idiomas, situado em um bairro de
classe mdia, da cidade de Goinia.
BAKHTIN E AUTHIER-REVUZ: CONTRIBUIES PARA A FORMAO DE PROFESSORES CRTICOS
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proporcionar a todos os alunos o ensino de outro idioma. A realizao deste estudo possibilitar aos
licenciandos em lnguas estrangeiras uma reflexo sobre a educao inclusiva e sobre a importncia da sua
formao para atuar nesse contexto educacional.
Palavras-chave: Ensino de lngua estrangeira. Educao Inclusiva. Anlise do Discurso. Representaes.
PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM COLABORATIVOS
E A FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA
Jssica Ramos de Oliveira (Universidade do Estado da Bahia)
O presente trabalho parte de um projeto de pesquisa de Iniciao Cientfica e tem como objetivo apresentar
um levantamento bibliogrfico, por meio de ferramentas eletrnicas, de estudos que abordam os processos de
ensino/aprendizagem colaborativos na formao de professores de lngua inglesa tanto no contexto nacional
quanto internacional, contribuindo assim para um registro de trabalhos voltados para o ensino colaborativo e a
formao de professores de lngua inglesa. Como metodologia de anlise, fizemos uma busca eletrnica no
Portal da Capes e no Google Scholar concentrando nossa pesquisa nas publicaes realizadas no perodo de
2008 a 2011, utilizando como critrio de busca a presena dos termos: ensino colaborativo, formao de
professores e lngua inglesa. Na sequncia criamos uma tabela com dados como autor/ttulo/ano, objetivo do
trabalho, fundamentao terica, definio de ensino colaborativo e resultados, para melhor visualizar o
panorama geral. Foi encontrado um nmero substancial de trabalhos que atendiam aos critrios de busca
estabelecidos, o que ratifica a importncia deste referencial terico para a formao de professores de Lngua
Inglesa. As anlises preliminares demonstram que na atualidade muitos pesquisadores tem se fundamentado
nos pressupostos de Vygotsky (1984/2003), cujo postulado apresenta a aprendizagem como fruto da interao
social entre o indivduo e o meio, de maneira que o ensino colaborativo tem oportunizado prticas de ensino
aprendizagem dialticas, nas quais quem ensina aprende e quem aprende ensina, acenando para uma nova
perspectiva na formao de professores.
Palavras chave: Ensino Colaborativo; Formao de Professores; Lngua Inglesa.
UM OLHAR PARA OS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM COLABORATIVOS
NA FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA
Jssica Ramos de Oliveira1
BrunaNogueira Salomo Cunha1
Luciana Cristina da Costa Audi2
(Universidade do Estado da Bahia UNEB)
O presente trabalho parte de um projeto de pesquisa de Iniciao Cientfica e tem como objetivo apresentar
um levantamento bibliogrfico, por meio de ferramentas eletrnicas, de estudos que abordam os processos de
ensino/aprendizagem colaborativos na formao de professores de lngua inglesa tanto no contexto nacional
quanto internacional, contribuindo assim para um registro de trabalhos voltados para o ensino colaborativo e a
formao de professores de lngua inglesa. Como metodologia de anlise, fizemos uma busca eletrnica no
Portal da Capes e no Google Scholar concentrando nossa pesquisa nas publicaes realizadas no perodo de
2008 a 2011, utilizando como critrio de busca a presena dos termos: ensino colaborativo, formao de
professores e lngua inglesa. Na sequncia criamos uma tabela com dados como autor/ttulo/ano, objetivo do
trabalho, fundamentao terica, definio de ensino colaborativo e resultados, para melhor visualizar o
panorama geral. Foi encontrado um nmero substancial de trabalhos que atendiam aos critrios de busca
estabelecidos, o que ratifica a importncia deste referencial terico para a formao de professores de Lngua
Inglesa. As anlises preliminares demonstram que na atualidade muitos pesquisadores tem se fundamentado
nos pressupostos de Vygotsky, cujo postulado apresenta a aprendizagem como fruto da interao social entre
o indivduo e o meio, de maneira que o ensino colaborativo tem oportunizado prticas de ensino-aprendizagem
dialticas, nas quais quem ensina aprende e quem aprende ensina, acenando para uma nova perspectiva na
formao de professores.
Palavras chave: Ensino Colaborativo; Formao de Professores; Lngua Inglesa.
A HETEROGENEIDADE LINGUSTICO-CULTURAL DOS ALUNOS:
UM DESAFIO PARA OS PROFESSORES DE LNGUA ESTRANGEIRA
Jos Carlos Chaves da Cunha (Universidade Federal do Par)
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Em nosso pas, o ensino de Lngua Estrangeira (LE) tem sido quase sempre realizado em turmas homogneas
do ponto de vista da lngua-cultura materna dos alunos. Nos ltimos anos, no entanto, principalmente com a
multiplicao das turmas de Portugus para estrangeiros, do Oiapoque ao Chu, tem aumentado
substancialmente o nmero de turmas heterogneas do ponto de vista da LM dos alunos sem que se tenha
refletido o suficiente sobre essa realidade complexa e preparado os professores para enfrent-la. Na pesquisa
Prticas de ensino, metalinguagem e uso de material didtico nas aulas de lngua estrangeira em turmas
heterogneas do ponto de vista lingustico e cultural que comeamos a desenvolver este ano, visamos
analisar as prticas de ensino-aprendizagem de LE com esse tipo de pblico. Nosso trabalho est assentado
em uma concepo pragmtica do funcionamento lingustico (SPERBER e WILSON; MOESCHLER e
REBOUL), em uma concepo cognitiva da metalinguagem (GOMBERT) e em uma concepo acional das
prticas de sala de aula (CONSELHO DA EUROPA, COSTE, BACCO, PUREN). Procuramos, em um primeiro
momento, estudar o modo como os professores de LE tm lidado com a heterogeneidade lingustico-cultural
em sala de aula. Para isso, observamos e analisamos aulas de Portugus e Francs destinadas a pblicos de
lnguas-culturas diferentes (em Belm, no Oiapoque e em Saint-Georges na Guiana Francesa) e entrevistamos
tanto professores quanto alunos para identificar em que medida este contexto heterogneo tem favorecido ou
dificultado o ensino-aprendizagem de PLE. Nesta comunicao apresentamos os primeiros resultados dessa
pesquisa.
Palavras-chave: heterogeneidade lingustico-cultural, prticas de ensino, formao de professores.
LOS CURRCULOS DE LAS LICENCIATURAS MEXICANAS
EN ENSEANZA DE LAS LENGUAS EXTRANJERAS
Jos Luis Ramrez Romero
Ftima Encinas
Gicela Cuatlapantzi
(Universidad de Sonora)
En la actualidad existen en Mxico aproximadamente 100 programas de licenciatura o maestra orientados a la
formacin de futuros profesores de lenguas extranjeras (Cfr. ANUIES, 2006, 2007). Sin embargo, existe poca
bibliografa especializada sobre estudios donde se hayan analizado de manera sistemtica los currculos
utilizados en tales procesos formativos, entre los cuales destacan los de De la Lama, 1987; Encinas y
Busseniers, 2003; y Encinas, Busseniers y Ramrez, 2007. El objetivo de la ponencia es presentar el diseo
metodolgico y los resultados centrales de un estudio que pretendi analizar los planes de estudios de
licenciatura relacionados con la enseanza de las lenguas extranjeras de diversas instituciones de educacin
superior mexicanas. La estrategia metodolgica utilizada se bas en los planteamientos de diversos autores del
campo del currculo como Daz Barriga (1984), White (1997), y Casarini (1997). A partir de las propuestas
tericas de los autores anteriores, se decidi revisar los siguientes aspectos: orientacin de los planes y la
relacin teora-prctica; elementos que contienen; fundamentacin en que se sustentan; tipo de orientacin y
de profesionista que se quiere formar; contenidos y enfoques metodolgicos privilegiados; tipo de diseo
curricular utilizado; perfil de ingreso deseado; y modalidad y vigencia de los planes, entre otros. Entre los
resultados centrales destacan los siguientes: se detect una gran diversidad de nombres y orientaciones; si
bien la mayora de los planes se orientan a formar docentes, algunos combinan la docencia con otras opciones;
la gran mayora se enfoca en la formacin de profesores de ingls y emplean diseos centrados en materias
aunque empiezan a emerger otras opciones; la modalidad ms utilizada es la presencial; y la mayora de los
planes de estudios se reporta en proceso de revisin o reestructuracin.
Palabras clave: currculo, licenciaturas, lenguas extranjeras
O ENSINO DE ILE MEDIADO PELAS NTICS: O CONTEXTO DA FLORESTA
Jos Mauro Souza Ucha (Universidade Federal do Acre)
Nesse estudo, apresento o contexto de ensino de ILE da regio do Alto Juru, situada na floresta Amaznica,
no estado do Acre, para o qual pesquiso estratgias de ensino de compreenso e produo oral em lngua
inglesa (NUNAN, 1999; RICHARDSON, 2008) para os graduandos do curso de Letras/Ingls da Universidade
Federal do Acre, Campus Floresta, apropriada ao contexto local (HOLLIDAY, 1994) e em consonncia como as
necessidades dos graduandos (RICHARD e WATERS, 1987) e as demandas de fluncia oral (PAIVA, 2006).
Este estudo parte da tese de doutorado que se prope a entender quais so os saberes necessrios para
didatizao (ZABALA, 1998; DOLZ e SCHNEUWLY, 2004) de uma prtica discursiva oriunda das NTICs
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denominada de podcast educacional (STANLEY, 2006 e 2006, CARVALHO, 2008) e caracterizada como
gnero do discurso das ambincias digitais (UCHOA, 2010, 2011). Esta pesquisa compreende a linguagem
como prtica social (HALLIDAY, 1979) e faz uso das noes de contexto de cultura e de contexto de situao
da Lingustica Sistmico-funcional (HALLIDAY e HASAN, 1989; HALLIDAY e MATHIESSEN, 2004)
contemplando o conceito de gnero e de registro, com suas variveis de campo, relaes e modo (EGGINS,
2004, MARTIN e ROSE, 2008). Ela se inscreve como alternativa ao paradigma didtico-metodolgico imposto
pelo imperialismo cultural (PHILLIPSON, 1992, 2010; TOMLINSON, 2008; SAID, 1994) to difundido pelo
mercado editorial nacional e internacional e concebe o ensino de ILE (ELLIS, 1995, 1997) como sendo uma
atividade social mediada pela linguagem (BERNSTEIN, 2000 e 2003), e construda na interao com o outro
(VYGOTSKY, 1993, 1994).
Palavras-chaves: Ensino de ILE; contexto; podcast
PESQUISA-AO: CONSTRUO DE CONHECIMENTO DE ALUNOS- PROFESSORES DE INGLS
Josimayre Novelli Coradim - PG(UEL)/UNESPAR-FECILCAM/FA
A presente comunicao tem por objetivo apresentar parte de uma pesquisa de doutorado com alunosprofessores de Lngua Inglesa durante o estgio supervisionado do curso de Letras Portugus/Ingls de uma
instituio pblica do norte do Paran. Ao se configurar uma pesquisa-ao, de base interpretativista e
etnogrfica, pretendo analisar a construo de conhecimento desses alunos-professores no contexto em
questo, olhando-se para o processo de como eles elaboram seus planos de aula, colocam-nos em prtica,
avaliam suas prprias prticas e refletem sobre esse processo durante a realizao do estgio. Para guiar essa
anlise, proponho as seguintes perguntas: 1) Que conhecimentos os alunos produzem por meio da pesquisaao?; 2) Quais so os recursos que do suporte a construo desse conhecimento?; 3) Como o aluno se
posiciona em relao ao conhecimento produzido pela pesquisa-ao?. Como pressupostos tericos, adoto a
pesquisa-ao e a cognio situada. Quanto ao corpus de anlise dessa comunicao, apresentarei uma
anlise inicial dos grupos de reunies realizadas antes e aps a orientao para a elaborao dos planos de
aulas, dos encontros, tambm em grupos, realizados antes e aps a aplicao dos planos, bem como as
observaes-participantes da pesquisadora e as anotaes feitas pelos alunos-professores aps cada aula
ministrada. Como resultados, espero que a anlise realizada nessa pesquisa possa contribuir para que o
processo de formao de alunos-professores seja visto e compreendido como momento de produo, anlise,
avaliao e reflexo de suas prticas, amenizando as lacunas existentes na formao de professores.
Palavras-chave: Pesquisa-ao; Cognio situada; Formao de professores.
O ENSINO DE LNGUA INGLESA E ARGUMENTAO ATRAVS DA CRIAO DE DOCUMENTRIOS
Julia Maria Raposo Gonalves de Melo Larr (Letras UFPE/ DO Letras PPGL UFPE)
O presente trabalho consiste em exibir ao pblico as anlises e os resultados de uma experincia didtica no
aprendizado de lngua inglesa instrumental na turma do primeiro perodo de Jornalismo de uma universidade
federal relacionada produo de documentrios semi-espontneos na referida lngua. O projeto 'Making a
Documentary', elaborado especificamente para o referido curso, tem como principais funes: trabalho prtico
com lngua inglesa em ambiente universitrio; conscientizao e prtica efetiva da argumentao para o
aprendizado de lngua inglesa; elaborao de documentrios diversos na referida lngua; problematizao e
encontro de solues para os problemas enfrentados pela sociedade como um todo a partir da discusso e
produo dos documentrios. A comunicao oral a ser apresentada resulta, portanto, de um trabalho inserido
no mbito da Pesquisa Crtico-Colaborativa (Fuga & Magalhes, 2010) e demonstraremos anlises de carter
parcial sobre a organizao argumentativa (Leito, 2011; Damianovic, 2011) de dois dos filmes produzidos
pelos discentes do curso supracitado. No contexto do ensino-aprendizagem de lngua estrangeira, a
investigao sobre a argumentao torna-se fundamental, pois, alm de estar trabalhando as competncias
lingusticas e discursivas, o indivduo passa a utilizar a lngua-alvo para efetivar aes transformadoras e
relevantes, passando a compreender que possui, verdadeiramente, um papel social como ser humano e como
falante de uma lngua estrangeira em sua rea de atuao (Larr, 2012). Isso significa que na prpria
linguagem e no uso que os indivduos fazem dela que estes conseguem definir suas prprias aes e,
consequentemente, definir seu prprio papel no mundo social.
Palavras-chave: Argumentao, Lngua Inglesa, Documentrios
PROFESSOR DE INGLS E LIVRO DIDTICO: DISCURSO E MEMRIAS
EM CONSTITUIES IDENTITRIAS
Juliana Orsini da Silva (UEL)
104
A presente comunicao tem como objetivo apresentar resultados preliminares de uma tese de doutoramento
que visa o estudo de identidades de professores de lngua inglesa em sua relao com o livro didtico. A base
terica que orienta essa pesquisa a Anlise do Discurso de linha francesa. Por identidade, entendemos-a no
como algo fixo, imutvel, que j nasce com o sujeito, mas como algo que est em constante transformao,
que se constri pelos gestos, pelas palavras e pelo olhar do outro. Nesse sentido, acreditamos que a
identidade do professor tambm se constri na voz das instituies que se expressam nos discursos poltico
pedaggicos, nos documentos oficiais e, consequentemente, na relao com o livro didtico. Dessa forma,
nosso intuito apresentar a anlise de sequncias discursivas provenientes de uma das questes do
questionrio que compe a coleta dos dados. Tal instrumento foi aplicado, no ano de 2011, a sete professores
de lngua inglesa de escolas pblicas do noroeste do Paran. Procuramos identificar quais so as memrias
dos professores relativas ao livro didtico, bem como os discursos que so produzidos e como esses
constituem suas identidades. De acordo com os dados, percebemos que as memrias acerca do livro didtico
esto dentro de um contexto histrico e institucional, que, por meio dos discursos, perpetuam-se nas prticas
discursivas escolares.
Palavras-chave: Professor de lngua inglesa. Identidades. Discurso.
FORMAO EM LNGUAS ESTRANGEIRAS PARA FINS ACADMICOS:
UMA EXPERINCIA COM PROFESSORES EM FORMAO NA PRTICA DE ENSINO EM INGLS
Juliana Zeggio Martinez (UFPR e PG-USP)
Este projeto se insere nas aes da Pr-Reitoria de Assuntos Estudantis, e sua idealizao surgiu da
constatao de que alunos com fragilidade socioeconmica tm dificuldade de aprofundar seus estudos em
lnguas estrangeiras durante a graduao, no s pelos preos cobrados pelas escolas e centros de lnguas,
mas tambm pelo perfil dos cursos oferecidos por estas instituies, normalmente muito inespecficos quanto
aos seus objetivos. Assim, os cursos de formao em lnguas estrangeiras para fins acadmicos (alemo,
francs, ingls e espanhol) possuem como objetivos principais: 1) oportunizar a formao lingustica para
estudantes de graduao com fragilidade socioeconmica que estejam projetando uma futura participao em
cursos de ps-graduao e/ou programas de mobilidade estudantil e outras aes em que o domnio de uma
lngua estrangeira pr-requisito ou condio para sua participao; e, 2) aprimorar a formao docente no
Curso de Letras, oferecendo um espao alternativo de vivncia/experincia em sala de aula, que privilegia o
trabalho em equipe e o aprofundamento em questes terico-metodolgicas, numa perspectiva
sociointeracionista e intercultural. Para tanto, os cursos possuem um programa especfico que, assim como o
material didtico, elaborado e discutido pelo coordenador com sua equipe. Os quatro mdulos, de 44
horas/aula, so ministrados por bolsistas e por alunos das disciplinas de Metodologia e Prtica de Ensino. O
fato de produzirem todo o material didtico, com documentos autnticos, de diferentes gneros textuais,
constituindo unidades ou sequncias didticas, permite a estes professores em formao exercer a docncia
em condies capazes de promover inovaes metodolgicas e reflexo sobre a prtica docente. O trabalho
apresentado aqui aborda aspectos da formao docente na prtica de ensino em ingls e a dimenso da
pesquisa na formao do professos de lnguas estrangeiras.
A RELEVNCIA DA PARCERIA UNIVERSIDADE-ESCOLA PARA FORMAO
DO PROFESSOR DE LNGUAS
Jlio Ferreira Neto (G-UFPA)
Mrcia Cristina Greco Ohuschi (UFPA)
A Faculdade de Letras da UFPA - Campus Universitrio de Castanhal tem desenvolvido, desde 2010,
projetos de pesquisa e de extenso que visam estabelecer uma parceria entre Universidade-Escola, buscando,
sobretudo, a formao do professor de Lngua Portuguesa. A partir desta temtica, este trabalho, vinculado ao
Projeto de Pesquisa Diagnstico do trabalho com os gneros discursivos na escola (processo 022581/2010),
tem como objetivo geral suscitar reflexes acerca da importncia desta parceria para o desenvolvimento da
formao continuada de professores de Lngua Portuguesa, uma vez que o desenvolvimento da competncia
do profissional um dos requisitos para a melhoria da qualidade de ensino. Como objetivos especficos,
propomo-nos a: a) diagnosticar os resultados da parceria na constituio de saberes sobre as concepes de
linguagem e as prticas lingusticas; b) diagnosticar os resultados da parceria na constituio de saberes sobre
o trabalho com os gneros discursivos. Desse modo, luz da Lingustica Aplicada, com base nos pressupostos
tericos de Bakhtin/Volochinov (1992), Bakhtin (2003), Vygotsky (1988) e Tardif (2000), elaboramos um
questionrio para aplicarmos a dez professores que participaram do Projeto de Extenso O ensino e a
105
106
Docentes das reas de lingustica, retrica e literatura em lngua inglesa, espanhola e portuguesa repensam
multilinguismo atravs de proposta de curso de lnguas adicionais. Este grupo de docentes reinventa seus
conceitos de linguagem e currculo contestando percepes de monolinguismo. Assim, os docentes reavaliam
conceitos de linguagem atravs da criao de grade curricular e da escritura colaborativa do projeto
pedaggico do curso. A grade curricular e o projeto pedaggico so um reflexo do processo de repensar
multilinguismo e translinguismo como demonstram as entrevistas dos professores j que mudanas
substanciais no entendimento sobre linguagem e currculo ocorreram no processo de criao da proposta.
Objetiva-se apresentar este estudo qualitativo para arguir que tambm no trabalho coletivo e colaborativo de
docentes em questes administrativas que h criao de conhecimento acadmico. Este estudo permeado
107
pelo entendimento do modelo translingual de Horner, NeCamp e Donahue que prevem que possvel
multilinguismo em contextos percebidos como monolngues se o trabalho acadmico perpassar reas de
estudo, culturas e lnguas. (HORNER, NeCAMP e DONAHUE, Toward a Multilingual Composition
Scholarship, 2011). Estes autores promovem uma mudana de paradigma em como docentes podem ensinar,
pesquisar e escrever. Neste estudo qualitativo, apresenta-se resultados parciais das anlises de entrevistas
com docentes, do processo de criao de grades curriculares e do projeto pedaggico do curso. Houve
mudana significativa de entendimento de linguagem e currculo num perodo de um ano de trabalho por parte
dos docentes das reas acima mencionadas, sendo este um resultado propulsionado pelo mtodo de trabalho
coletivo e colaborativo. Translinguismo e multilinguismo podem e devem ser fomentados no somente nas
salas de aula e projetos de pesquisa e extenso, mas tambm nos currculos dos cursos de Letras.
PRTICAS EM CONSTANTE FORMU(L)AO:
ESCRITA, LEITURA, DESENVOLVIMENTO DO VOCABULRIO
Kely Cristina Silva
(Escola Estadual Deniz Vale, Escola Municipal Matha Drummond Fonseca, Fale UFMG)
O TRATAMENTO DA VARIEDADE LINGUSTICA: ATIVIDADES PRTICAS
PARA O TRABALHO DO PROFESSOR EM SALA DE AULA DE ESPANHOL/LE
Kelly Cristiane Henschel Pobbe de Carvalho (UNESP Assis)
Jssyca Camargo da Cruz (IC-FAPESP/UNESP Assis)
O ensino do espanhol como lngua estrangeira vive um momento significativo em sua histria, em nosso pas.
Alm de questes geogrficas de proximidade entre o Brasil e os pases hispnicos, questes polticas tm nos
unido aos nossos vizinhos. O ponto de partida foi o Tratado do Mercosul (em 1991) e atingiu seu apogeu com a
Lei n 11.161/2005, que torna obrigatria a oferta do ensino do espanhol no Ensino Mdio das escolas
brasileiras. Por conseguinte, essa ascenso tem despertado nos linguistas a necessidade de reflexo sobre
essa lngua to rica e heterognea, bem como sobre seu ensino, no Brasil. Em 2006, foi publicado, nas
Orientaes Curriculares para o Ensino Mdio (BRASIL, 2006), um captulo dedicado lngua espanhola, com
o intuito de nortear o seu ensino, em nosso contexto. De acordo com as autoras, esse documento deve ser
visto como um gesto poltico, um gesto de poltica lingustica que exige uma reflexo sobre o lugar que essa
lngua pode e deve ocupar no processo educativo. Tendo em vista tal contexto, o objetivo deste trabalho
propor e compartilhar algumas atividades didticas para a aula de espanhol que tratam das variedades
lingusticas, com a inteno de promover sua compreenso, no apenas como repertrio de particularidades,
mas como parte integrante de usos lingusticos, definidos histrica y socialmente, de maneira a evitar vises
preconceituosas a respeito da lngua e suas culturas. Essas atividades constituem encaminhamentos
decorrentes da experincia que iniciamos no Centro de Lnguas e Desenvolvimento de Professores, projeto de
extenso desenvolvido pelos Departamentos de Educao e de Letras Modernas da FCL UNESP/Assis. Tais
atividades esto em processo de elaborao e aplicao e integram tambm os resultados previstos para o
projeto de Iniciao Cientfica (FAPESP): Variedade lingustica no ensino de espanhol a brasileiros: formas
pronominais de tratamento, ainda em fase de desenvolvimento.
Palavras-chave: ensino do espanhol; variedade lingustica, atividades didticas
AN INVESTIGATION OF THE METACOGNITIVE STRATEGIES
USED IN HYPERTEXTUAL READING IN THE ENGLISH LANGUAGE
Keyla Maria Frota Lemos (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte)
The hypertext is increasingly becoming a source of information for the distance learning student as well as
students in face to face classes. Keeping this in mind, the present study aimed at analyzing hypertextual
reading of English texts regarding the use of metacognitive strategies. It also intended to observe readers
behavior face to the hypertextual resources, such as links and research tools. This qualitative research did not
intend to build generalizations, but to explore and describe an event, as we believe in the contributions that
findings made here can bring to future research. The theoretical background of this research include, among
others, the works of Goodman (1987), Smith (1971), Leffa (1996), Rumelhart (1980), Carrell (2004), Coscarelli
(2005), Xavier (2005), Lobo-Sousa (2009), Lvy (1993), Lapuente (2006) and Sabadini (2007). In order to
identify the strategies used by the subjects, the instruments for data collection were the verbal protocols, that is,
we recorded the verbalizations made by the subjects regarding their thoughts during reading, and the images of
108
the computer screen, so we could notice the strategies used to surf on the internet and how they interacted with
the hypertext and its resources. The results of the data analysis showed that the subjects were able to use a
variety of strategies, monitoring and evaluating not only their reading comprehension, but also the reading
material regarding its content and organization. However, we could also perceive that readers underuse the
hypertext and the resources it offers. Results also point that subjects are more likely to use the resources
intrinsic to the hypertext, as links and research tools, in websites they are already familiar with, such as the
Wikipedia. We believe that this work contributed to research already done in order to achieve a greater
understanding of what hypertextual reading is.
Key-words: Reading. Strategies. Hypertext.
FORMAO DE PROFESSORES DE FRANCS LNGUA ESTRANGEIRA:
MOBILIZAO DE CAPACIDADES DE LINGUAGEM EM ATIVIDADES DE TRADUO
109
110
aulas em uma turma de nvel pr-intermedirio, enfatizando o desenvolvimento da formao crtica atravs de
atividades de produo oral. Essas atividades tem como foco a melhoria da fluncia oral dos alunos enquanto
promove a reflexo acerca de tpicos diversos. Para tal finalidade, sero utilizadas as definies e conceitos
que envolvem ensino de produo oral conforme discutidos por Ur (1996) e Scrivener (1994), e os conceitos de
letramento crtico tratados por Brydon (2010) e Cervetti, Pardales e Damico (2001). Tambm sero trabalhados
os conceitos de motivao e de motivao para aprendizagem de lngua estrangeira de Dornyei (1998) e
Morgan (1996). Trata-se de uma pesquisa-ao em que foram utilizados dirios de aula, gravaes em vdeo e
udio e comentrios dos prprios alunos. Os resultados dessa pesquisa apontam que possvel trabalhar
esses dois aspectos, habilidade oral e formao crtica, de forma simultnea. Finalmente, minha apresentao
refora a importncia de desenvolver a formao crtica dos alunos paralelamente ao desenvolvimento das
habilidades lingusticas, a fim de torn-los cidados mais crticos e reflexivos.
Palavras-chave: letramento crtico; lngua inglesa, habilidade oral
ENSINO DE LNGUA INGLESA NA MODALIDADE A DISTNCIA:
ANLISE DA PARTICIPAO DE TUTORES EM FRUNS EDUCACIONAIS DE LNGUA INGLESA
Lorena Lima Barbosa(UFC)
Vldia Maria Cabral Borges(UFC)
A educao a distncia tornou-se mais interativa e dinmica com o advento e popularizao da internet.
Ferramentas que aproximam os usurios foram transpostas para os cursos on-line visando promover uma
maior interao entre os alunos. Entre as ferramentas, podemos citar o frum. Contudo, tem-se verificado
lamentos de tutores em relao baixa participao dos alunos em fruns. Essas reclamaes nos levaram a
refletir se a origem do problema (a baixa participao dos alunos no frum) est de fato no aluno, ou se o
problema origina-se no tutor. Partindo da reflexo surgida, esta pesquisa objetiva analisar a participao de
tutores em fruns educacionais de lngua inglesa, verificando se sua participao afeta a dos alunos e que
tipos de comentrios do tutor motivam a participao dos alunos. A anlise pautou-se nos conceitos de
mediao pedaggica em EaD, de frum online e de aprendizagem colaborativa. O contexto de realizao da
pesquisa foi a disciplina Lngua Inglesa III B Compreenso e Produo Escrita, ministrada na Licenciatura
Semipresencial de Letras (Ingls) da UFC/UAB. A coleta dos dados se processou em trs fruns de trs
tutores, totalizando nove fruns analisados. Esta pesquisa classifica-se como qualitativa, porm para facilitar a
anlise alguns procedimentos quantitativos foram utilizados. Os resultados apontam que a participao do tutor
no frum afeta a participao do aluno. No entanto, mais importante do que a frequncia de participao a
qualidade dessa participao. No basta apenas entrar no frum para elogiar o aluno, preciso fornecer
comentrios que visem o prolongamento do debate e o desenvolvimento do pensamento crtico do aluno. Alm
disso, o tutor precisa estabelecer relaes entre os comentrios dos alunos, visando promover a interao
entre os alunos e no apenas entre o tutor e alunos.
Palavras-chave: Frum. Ensino a distncia. Mediao pedaggica.
LOS PROFESORES-TUTORES EN LA PRCTICA DOCENTE ENTRE SOMBRAS Y DESTELLOS
Ligia Corts Crdenas( Universidad Nacional de Colombia)
La segunda presentacin tiene como punto de partida y anclaje la investigacin mencionada en el estudio
anterior. Fue en realidad llevando a cabo esta investigacin que emergi la inquietud que se plantea en esta
presentacin y que explora otra de las mltiples identidades del docente de lenguas extranjeras cual es la de
tutor. Figura que aunque conocida y explorada como forma de enseanza a lo largo de la historia (Menchen,
F., 1999) no deja de transformarse segn las tendencias pedaggicas y didcticas. Esto se nota en especial en
el practicum porque es all donde la tutora como recurso encaminado a orientar el proceso formativo del
tutorando, adquirira su mximo valor y, diramos nosotras, tomara su ms amplia gama de matices. No ser
novedoso,
quizs, afirmar que sin tutora la prctica est altamente comprometida: sin tutora no hay
Practicum (Martinez Figueira F. y Raposo Rivas M., 2011). Sin embargo, dentro del proceso dialgico,
continuo, reflexivo, cooperativo y dinmico (categoras que recubren algunas de caractersticas de la tutora en
la prctica docente, segn nuestro estudio), la figura del tutor es de lo ms ambiguo y complejo. Se declina en
rasgos que tocan muchos tipos de tutora y que hacen presentir que la figura del tutor contiene rasgos del tutor
acadmico pero tambin del tutor disciplinario, del tutor apoyo, del tutor gua etc. (Ver para los tipos de tutoras
a Beltrn Casanova J., y Surez Domnguez J., 2003) De all que es difcil de asumir y la llevan a
i
contradictorias profundas de tipo: fais ce que je dis et ne fais pas ce que je fais*. La ponencia en cuestin
mostrar estas observaciones a partir de las preguntas que para el particular se realizaron mediante un
111
X y unas encuestas
112
pesquisa tem por objetivos especficos analisar como pares e formadores respondem s reclamaes que lhes
so dirigidas pelos professores-alunos e qual a percepo que formadores e professores-alunos tm das
reclamaes no contexto do projeto. O estudo das reclamaes nesse contexto se justifica pela ocorrncia
frequente desse tipo de interao durante diferentes atividades do projeto. A pesquisa gera suas reflexes a
partir de dados coletados em duas aulas de metodologia e de quatro encontros de um grupo de pesquisa-ao.
Para a anlise da percepo das reclamaes pelos professores-alunos e formadores, a pesquisa utiliza dados
coletados em entrevistas semi-estruturadas feitas com trs representantes dos professores-alunos e duas
representantes da equipe de formadores. Os resultados apontam para uma clara diferena entre as respostas
dadas por formadores e as respostas dadas pelos pares. Em relao percepo das reclamaes por parte
dos os professores-alunos e formadores, os dados demonstram que as reclamaes so percebidas como
tendo, simultaneamente, um valor positivo e negativo. Espera-se que um melhor entendimento das
reclamaes no contexto do projeto proporcione, no somente uma forma de compreender melhor seus
participantes, mas tambm uma possibilidade de melhor entendimento entre professores-alunos e formadores
envolvidos em projetos de educao continuada.
Palavras-chave: Reclamaes. Formao de professores. Ingls
CERTIFICADO DE PROFICINCIA EM LNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS: VOZES QUE
ECOAM EM SEU CONSTRUTO
Luciana Aparecida Silva de Azeredo
(Faculdade de Roseira e Faculdade de Pindamonhangaba)
O tema proficincia tem sido bastante discutido em estudos na rea de Lingustica Aplicada, em funo do
poder que os exames internacionais exercem na sociedade, servindo como instrumento que atesta um
saber legitimado sobre o conhecimento do examinado e, consequentemente, como mecanismo de incluso e
excluso na sociedade globalizada. Esta pesquisa objetiva refletir sobre alguns aspectos e caractersticas que
constituem o Certificado de Proficincia em Lngua Portuguesa para Estrangeiros (CELPE-BRAS) luz da
perspectiva discursiva, na interface com conceitos foucaultianos. Como material de pesquisa, analisamos o
Manual do Candidato para tal prova e tambm as grades de correo. A anlise empreendida no corpus
aponta para um entre-lugar no construto do exame que, embora de natureza comunicativa/discursiva, ainda
ecoa vozes advindas da concepo estruturalista de ensino e aprendizagem de lngua, tanto na importncia
dada gramtica e ao lxico, como pela presena, ainda que implcita, de pares dicotmicos (adequado X
inadequado). Conclumos que, embora seja uma proposta de exame de proficincia inovadora com alguns
deslocamentos em relao s propostas avaliativas mais tradicionais, ainda apresenta resqucios de uma
prtica mais estruturalista de avaliar, o que no poderia deixar de ser, pois no temos, enquanto sujeitos de
linguagem, meios de silenciar nossa memria discursiva evocada nas prticas discursivas. Cabe ressaltar que
a relao poder-saber no/pelo CELPE-BRAS incide nas prticas discursivo-pedaggicas e possibilita
posicionamentos contraditrios dos professores e de suas prticas em relao ao exame abordado, como
observado em outros estudos.
Palavras-chave: CELPE-BRAS, relao poder-saber, entre-lugar
COMUNIDADE DE PRTICA DE FORMADORAS DE PROFESSORES DE INGLS:
ACOLHIMENTO E EMOES NO PROCESSO DE FORMAO CONTINUADA DAS PARTICIPANTES
Luciana Cabrini Simes Calvo
Maria Adelaide de Freitas
Jussara Olivo Rosa Perin
Recentemente, na rea de formao dos profissionais de lngua estrangeira, alm das questes sobre
cognio, tm-se retomado a discusso sobre a afetividade, mais precisamente sobre o papel das emoes na
formao dos alunos-professores e do respectivo formador, vinculando-as s crenas, reflexes e construo
de uma identidade profissional (BARCELOS; COELHO, 2010). Argumenta-se que as emoes so concebidas
como disposies corporais dinmicas (MATURAMA, 2005), as quais, em consonncia com o ser biolgico,
coordenam as aes dos sujeitos e definem os sistemas e o meio nos quais eles existem, de forma que elas
sempre se encontram subjacentes a todo sistema racional. Constituem, portanto, estados que compreendem
sentimentos, mudanas fisiolgicas, comportamento expressivo e inclinaes para agir (FRIJDA; MANSTEAD;
BEM, 2000). Contrapondo-as s crenas, entende-se que se essas orientam as aes, as emoes
conseguem inici-las. Salienta-se, ento, o papel do pertencimento aos grupos dos quais os sujeitos participam
como elemento propulsor da participao, elemento esse que, associado ao acolhimento, visto como
113
primordial, j que se pressupe que a participao precede a aprendizagem. Como lcus alternativo para o
desenvolvimento profissional, comunidades de prtica (CPs) so precursoras de uma cultura de
apoio/acolhimento e confiana, o que constitui um de seus atributos (HARA, 2009). Por conta de tal atributo, o
propsito aqui apresentar como as emoes das participantes de uma CP de formadores de professores de
ingls se manifestam em suas interaes durante as diversas atividades de seus encontros de formao
continuada. Como os dados ainda se encontram em processo de anlise, vislumbra-se que os resultados
provavelmente apontaro (i) os tipos de emoo que sero detectados, (ii) como as participantes da CP os
demonstram, (iii) como falam sobre eles e (iv) como reconhecem sua relevncia para a participao na CP de
que fazem parte. Acredita-se que a relevncia do papel das emoes ser, assim, confirmada.
Palavras-chave: Comunidades de Prtica. Formao continuada. Emoes.
A FORMAO INTERCULTURAL DOS PROFESSORES DE E/LE
NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Luciana Vieira Mariano (Universidade do Estado da Bahia)
As atuais abordagens relacionadas ao ensino/aprendizagem de Espanhol como Lngua Estrangeira (E/LE)
indicam que os currculos dos cursos de Letras com habilitao em Lngua Espanhola devem contemplar
questes relacionadas s culturas dos povos de Lngua Alvo (LA) e proporcionar aos seus estudantes uma
formao intercultural. Destas consideraes nasce a pergunta de partida deste estudo: Os professores de
E/LE em formao da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) esto sendo preparados para trabalhar com
temas relacionados aos povos de LA e para construir um dilogo intercultural em suas aulas? Os objetivos
desta pesquisa foram investigar os conhecimentos interculturais destes professores acerca dos povos de
lngua-alvo e registrar a recepo crtica destes futuros professores em referncia s representaes das
identidades latino-americanas. Para tanto foi realizado um Grupo Focal que teve como populao amostra dez
estudantes do curso de Lngua Espanhola e Literaturas da UNEB. Para a anlise dos dados foi adotado o
mtodo quanti-qualitativo e a anlise de contedo. O resultado desta investigao, que se fundamentou em
Morin (2007), Mota (2004), Canclini (2007), Paraquett (2006), Mendes (2008) e nos documentos que norteiam
a educao em nosso pas, demonstrou que os referidos professores mantm uma postura etnocntrica frente
a maior parte das culturas hispnicas e no se sentem preparados para promover a conscincia intercultural de
seus alunos.
Palavras-chave: Ensino/aprendizagem de E/LE. Interculturalidade. Formao de professores.
EU? PROFESSOR DE INGLS? A IDENTIDADE NO DISCURSO DE PROFESSORES DE INGLS
EM FORMAO DA REDE PBLICA DE ENSINO
Luciane Cristina Eneas Lira (Universidade de Braslia)
Este trabalho pretende analisar as identidades no discurso de professores de ingls da rede pblica de ensino
do interior do Piau, participantes de Programa Nacional de Formao de Professores da Educao Bsica
PARFOR. Foram analisadas narrativas de alunos-professores que, em grande parte, enfrentam a realidade de
ensino de lngua estrangeira, sem qualquer tipo de formao ou conhecimento do idioma. A pesquisa apoiouse no aparato terico-metodolgico da Anlise de Discurso Crtica (ADC), com as contribuies de Chouliaraki
e Fairclough (1999) e Fairclough (2001 e 2003). Resultados apontam a frustrao que os professores de ingls
em formao sentem diante do contexto de ensino sem formao docente. A anlise das narrativas demonstra
que os alunos-professores se sentem inferiorizados em relao aos demais professores e diante de seus
alunos, por no possurem o domnio desejado do idioma que ensinam. Algumas crenas em relao ao
conhecimento e ao ensino da lngua inglesa so reveladas em um discurso que reproduz e dissemina velhas
ideologias. Enquanto professores em formao, os profissionais reconhecem que possuem uma oportunidade
mpar de aquisio de conhecimento e restabelecimento de sua autoestima diante de seus pares e de seu
alunado. Ao terem a oportunidade de realizar sua primeira graduao, a frustrao d lugar sensao de
sonho realizado, e consequentemente de sucesso.
Palavras-chaves: Identidade; Anlise de Discurso Crtica; Ensino de Lngua Inglesa.
O PROCESSO DE FORMAO E DE CRISE DE IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PROFESSOR
Luciane Guimares de Paula (UFG)
114
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma discusso terica a respeito do conceito de identidade
profissional do professor tomando como aporte terico as produes cientficas de autores como Moita Lopes
(1996), Woodward (2000), Hall (2000, 2006), Silva (2000), Gomes (2008) dentre outros, bem como abordar
algumas questes relacionadas imagem e sentimento de realizao deste profissional em relao sua
profisso. Dentre as questes abordadas, est a discusso sobre o conceito da formao da identidade do
indivduo como um construto que est em processo de constante transformao e algumas consideraes a
respeito das causas do que se convencionou denominar a crise da identidade do professor (GOMES, 2008).
Este estudo trabalho trata-se de uma pesquisa bibliogrfica de um projeto de pesquisa em andamento, em uma
Universidade Federal. Dentre os resultados evidenciados durante o levantamento bibliogrfico evidenciam-se
dois dados interessantes, a saber: a) a constante tranformao identitria do professor o que caracteriza a
viso no-essencialista deste profissional/indivduo e b) um processo de ruptura ou crise de identidade devido
a uma srie de fatores como excesso de trabalho, falta de reconhecimento profissional e financeiro que
contribuem para quadros clnicos preocupantes como evidenciam os altos ndices de afastamento mdico
dentre os profissionais do ensino (DE PAULA, 2011).
Palavras-chave: Professor; Identidade Profissional; Crise Identitria.
LETRAMENTO NO PROCESSO DE FORMAO CONTINUADA:
UM NOVO OLHAR SOBRE O ENSINO-APRENDIZAGEM DO EDUCADOR DO III CICLO
Lucineide da Silva (Universidade Federal de Sergipe)
O foco desta comunicao descrever e refletir sobre a proposta do Projeto (Re) significando as prticas
pedaggicas em Lngua Portuguesa atravs da formao continuada que foi pensada a partir da avaliao do
Programa Gesto da Aprendizagem Escolar GESTAR II, uma parceria MEC/SEDUC, desencadeado pelo
CEFAPRO - Centro de Formao e Atualizao dos Profissionais da Educao Bsica no ano letivo 2010
abrangendo os quinze municpios do polo de Sinop/MT. A pesquisa destinou-se aos educadores que trabalham
com o terceiro ciclo (7, 8 e 9 anos) do ensino fundamental e objetivou criar possibilidades de aes docentes
significativas que visem o desenvolvimento do educando da leitura e da escrita na perspectiva do letramento,
considerando-a como prticas sociais, base para todo ensino por meio de textos. A base terica que subsidiou
a proposta foram estudos de Schn (1992), Nvoa (1993) na formao continuada; Bakthin (1996) aborda a
concepo de linguagem, Freire (1996), Zabala (1998), Sol (1992) e Kleiman (1995) tratam dos
procedimentos necessrios ao letramento. A metodologia da pesquisa qualitativa e os instrumentos utilizados
para a coleta de dados foram a observao participante, a avaliao formativa e registros em dirio de campo.
Ficou em evidncia, ao final da pesquisa, que o educador de Lngua Portuguesa do III ciclo, em geral, tem
trabalhado a leitura do texto de maneira superficial e fragmentada, desconsiderando a relao existente entre
as caractersticas do texto e o conhecimento prvio do leitor. As produes realizadas pelos alunos apresentam
que eles possuem grandes dificuldades na escrita. possvel encontrar narraes que no contam histrias,
cartas que no parecem cartas, textos expositivos que no expem ideias, textos argumentativos que no
defendem nenhum ponto de vista, alm da enorme dificuldade de identificao de um texto a partir de sua
estrutura.
Palavras-Chave: Linguagem; Letramento; Formao Continuada em servio.
O BILNGUE PROFESSOR DE INGLS: AS IDENTIDADES QUE O (TRANS)FORMAM
Luiza Machado da Silva (Universidade Catlica de Pelotas)
Este trabalho pretende desvendar os deslocamentos que sofre um professor de lngua estrangeira ingls, que
sai de uma situao bilngue (fronteira Brasil-Uruguai) para estudar uma lngua estrangeira, distinta daquelas
que fala, na universidade at o momento em que se forma e ingressa no mestrado em Lingustica. Ademais de
mostrar os deslocamentos identitrios que ocorrem ao longo da formao profissional de um professor de
lnguas, pretende-se analisar como o contato com uma lngua estrangeira constitui a identidade do professor e
verificar quais as representaes que um professor de ingls, falante nativo de portugus e espanhol, faz de si
como falante de lnguas e como educador lingstico. Esta pesquisa baseiase em tericos dos Estudos
Culturais como Zygmunt Bauman, Stuart Hall, Toms Tadeu da Silva, entre outros, e nas concepes de
linguagem de Mikhail Bakhtin. Este estudo de carter qualitativo cujo corpus de anlise conta com dois textos
escritos pelo sujeito da pesquisa, na poca em que estava na graduao, e uma entrevista dirigida, no
momento em que ele j cursa o Mestrado em Letras. Sabe-se que ocorre uma srie de mudanas nas
identidades de um aprendiz de lngua estrangeira, o resultado aqui obtido visa a mostrar essas transformaes
115
e conclui que tais mudanas so deveras significativas e constitutivas no processo de formao docente e no
reflexo em sua vida como professor de lngua estrangeira.
Palavras-chave: lngua estrangeira, professor, identidade.
O GNERO PROPAGANDA DE ROTEIRO TURSTICO NO PIBID:
IMPLICAES PARA A FORMAO DE UM NOVO PERFIL DE PROFESSORES
Mara Ferreira Sant'Ana (UFV)
Josiane Costa Leite (UFV)
Este trabalho foi desenvolvido no 8 ano do Ensino Fundamental, em uma sala de aula de Lngua Inglesa
composta por trinta alunos de treze a quatorze anos, em um Colgio Pblico de Viosa-MG, como parte do
projeto pibid/ingles 2010. Neste, trabalhamos com o gnero propaganda de roteiro turstico. Os Parmetros
Curriculares Nacionais (PCNs) afirmam que o ensino de lnguas atravs de gneros relevante porque expe
os alunos a situaes concretas, as quais esto presentes nos contextos comunicativos. Alm disso, os PCNs
ressaltam que os professores devem fazer uso em sala de aula de gneros que os alunos tm mais contato.
Polato e Menegueo (2008) revelam que devido globalizao, os alunos tm acesso a vrios gneros,
surgindo a necessidade do professor adaptar as aulas a esta interatividade, de forma que os estudantes se
interessem mais pela matria e sintam vontade de aprend-la. O gnero propaganda de roteiro turstico foi
escolhido por estar presente no dia a dia e ser de fcil reconhecimento pelos alunos. A metodologia de ensino
est de acordo com a teoria proposta pelos PCNs e com a Metodologia da Mediao Dialtica proposta por
Arnoni (2003), na qual realiza-se a converso do saber cientfico em contedo de ensino. Nosso objetivo
apresentar como foi trabalhado este gnero em sala de aula e refletir respeito da mudana do perfil do
professor aps o trabalho com gnero. Os resultados sugerem que os alunos demonstraram-se motivados,
compreenderam o gnero propaganda de roteiro turstico, assim como conceito de gnero, e perceberam que o
gnero faz parte da vida deles, reconhecendo sua utilidade. A professora supervisora pde repensar sua
prtica pedaggica a partir do ensino de gneros, percebendo como motivador, assim como construtivo para
os alunos, trabalhar nesta perspectiva. As bolsistas (alunas-professoras) puderam vivenciar na prtica o ensino
de gneros.
Palavras-chave: gnero, propaganda de roteiro turstico, PCNs.
FORMAO DE PROFESSORES SENSVEIS PERSPECTIVA DA INCLUSO SOCIAL
POR MEIO DA PRODUO DE FILMES DE CURTAMETRAGEM
Mara Cleusa Peixoto Assis-Rister (UFT Araguana)
No Estado do Tocantins, a cultura do povo eminentemente marcada pela influncia de sua constituio
populacional majoritria. Festejos religiosos, competies e danas folclricas, so o registro cultural das
tradies dos mais de 25 remanescentes de quilombos, bem como dos cerca de sete povos indgenas
residentes naquele Estado. Com apenas 24 anos de existncia, o Tocantins atrai cidados do Norte, Nordeste
e Sul do Brasil, em busca de melhorias profissionais. Com esses migrantes vem a sua carga cultural. Isso
implica uma variedade imensa na maneira como as manifestaes tradicionais so exteriorizadas atualmente.
Cotidianamente so produzidos eventos culturalmente importantes que identificam e consagram historicamente
a estrutura social, econmica e afetiva da realidade local. Esses eventos, se vistos como veculos qualificados
de propagao da cultura produzida nos espaos pblicos e privados, podem ser utilizados como ferramenta
pedaggica para o incentivo formao de professores. Nessa perspectiva, este projeto incentiva a produo
de filmes de curta-metragem realizados por graduandos de licenciatura. Os cenrios so as ruas, escolas,
asilos, hospitais, feiras, domiclios de trabalho e em vivncias em grupos sociais em aes historicamente
legadas opacidade, negligenciados por investigaes cientficas. A produo de curtas, tanto no Ensino
Bsico como em cursos de Graduao, inscreveo como instrumento de registro, validao e valorizao da
cultura popular. Essas produes podero tornar-se elemento importante para a incluso social das pessoas
em seu meio e nos diversos lcus de ao. As produes, em temas apresentados com humor, drama, terror,
ou um documentrio, dentre outros, podem contribuir para suscitar discusses, clarificar, difundir, desmistificar
e validar a comunicao e as prticas sociais adotadas pelo cidado comum. A concluso mostra que o
projeto, alm da formao da cidadania e compromisso tico com as classes trabalhadoras, propiciou
importante contribuio para com o ensino da Lngua Portuguesa, pela riqueza de interaes propiciadas aos
alunos.
Palavras-chave: Educao, Diversidade, Formao de Professores, Incluso Social,Produo de CurtaMetragem.
116
117
repertrio terico que deve ser articulado prtica na formao profissional dos licenciandos. O desafio dessa
formao inicial, que se desenvolve em um curto espao de tempo, torna-se muito mais complexo ao
considerarmos que a competncia leitora apresentada pelos ingressantes est, muitas vezes, aqum da
necessria compreenso do conjunto de textos que compem a bibliografia do curso. Comparar os
resultados da pesquisa de campo realizada com o perfil do egresso previsto nas Diretrizes Curriculares para os
cursos de Letras. O trabalho empregou pesquisa bibliogrfica associada coleta de dados por meio da
aplicao de um Teste de Competncia Leitora. Consoante o marco terico definido para a pesquisa,
abordamos a leitura como uma competncia complexa que exige a mobilizao de diferentes capacidades. A
anlise dos resultados revelou que as principais dificuldades dos estudantes se encontram nas reas de
semntica lxica, estrutura sinttica, coeso textual e hierarquia do texto, todas fundamentais para a
compreenso de textos. Considerando-se o perfil do egresso dos cursos de Letras definido nas diretrizes
curriculares nacionais, faz-se necessrio refletir sobre estratgias pedaggicas que estimulem o
aprimoramento da competncia leitora dos alunos iniciantes, de modo a garantir-lhes no s a possibilidade de
permanecer no curso com aproveitamento, mas tambm uma formao profissional de qualidade.
Palavras-chave: Competncia leitora; Letras; diretrizes curriculares
PRTICAS DE FORMAO INICIAL DE PROFESSORES DE INGLS:
REFLETINDO SOBRE A AUTOAVALIAO
Marcus de Souza Arajo (UFPA)
As pesquisas sobre formao inicial e continuada de educadores tm merecido discusses tericametodolgicas como base de um processo de reflexo crtica no campo da Lingustica Aplicada. Entende-se
reflexo como fora potencializadora que direciona o educador a indagar, analisar, buscar respostas para suas
perguntas, a tomar decises sobre escolhas que precisam ser feitas e que tenham como base seu prprio agir
pedaggico e teorias consistentes, buscando a transformao para o seu fazer (RAMOS, 2010). Nessa
perspectiva, a presente comunicao tem por objetivo apresentar reflexes sobre o papel da autoavaliao
como instrumento intrnseco no processo de ensino e aprendizagem de ingls. A pesquisa foi realizada com
um grupo de vinte e seis alunos-calouros do curso de Letras (Habilitao Plena em Lngua Inglesa) no primeiro
semestre de 2012 na disciplina Lngua Inglesa I da UFPA. O instrumento para coleta dos dados constitui-se
de fichas de autoavaliao elaboradas pelo professor-pesquisador da disciplina e atravs de dirios de
investigao. O estudo se desenvolve por meio de referenciais tericos da perspectiva reflexiva na formao
de professores de lnguas (CELANI, 2004; LIBERALI, 2010; RAMOS, 2010; entre outros), acerca das
contribuies da autoavaliao no ensino de lnguas (BROWN, 2004) e dos dirios como instrumento de
investigao do pensamento do professor (ZABALZA, 1994). A pesquisa encontra-se em andamento e os
resultados preliminares sugerem que os alunos esto mais conscientes sobre sua aprendizagem, mais
motivados em aprender a lngua e a buscar por conta prpria seu conhecimento, ou seja, observamos que
esse grupo de alunos est mais responsvel por sua aprendizagem. Assim, as autoavaliaes apontam para o
estmulo da autonomia na aprendizagem de ingls pelos alunos da pesquisa. Espera-se, dessa forma, com
esse estudo, contribuir para a conscientizao e utilizao da autoavaliao na formao inicial de educadores
de lngua inglesa para o campo da Lingustica Aplicada.
Palavras-chave: formao de educador; autoavaliao; ingls.
PRTICAS COLABORATIVAS NA ESCOLA:
COACHING E MENTORING NA (TRANS) FORMAO DO PROFESSOR DE LNGUAS
Margarete de Oliveira Santos Nogueira
O presente estudo tem o objetivo de investigar a prtica de duas aes colaborativas, o coaching e o
mentoring, em um curso de lngua inglesa e a contribuio dessas prticas na formao e no desenvolvimento
profissional do professor de lngua estrangeira. Com professores novios ou recm-contratados, essas
abordagens so formas de acolh-los, pois envolve a relao de um profissional mais experiente que
compartilha seu conhecimento e suas habilidades. Esta pesquisa apoia-se teoricamente em autores (BAILEY,
CURTIS E NUNAN, 2001; BARKLEY, 2005; KNIGHT, 2007, 2009, 2011; PORTNER, 2008) que discorrem
sobre o coaching e o mentoring no mbito da educao e do ensino e aprendizagem de lnguas e sua relao
com a formao continuada do professor. Este estudo configura-se como uma pesquisa de natureza qualitativa
(DENZIN e LINCOLN, 2006) com fundamentos metodolgicos do estudo de caso descritivo-interpretativista
(STAKE, 1994; DUFF, 2008). As participantes do estudo so uma coach/mentora e uma professora recmcontratada por uma escola de ingles. Os resultados apontam que as prticas investigadas promovem uma
118
cultura de colaborao no contexto escolar conduzindo os nela envolvidos reflexo sobre os seus fazeres e
tambm ao debate e discusso do que interessante e significativo para a comunidade escolar. Verificou-se
tambm a necessidade de sedimentar e aprofundar tais prticas para que assim alcancem todo o seu
potencial.
Palavras-chave: formao do professor, coaching e mentoring, ensino de lnguas.
A PESQUISA NO MBITO DA ESCOLA PBLICA RESULTADOS DA PARCERIA
UNIVERSIDADE E ESCOLA NO ENSINO/APRE NDIZAGEM DE INGLS
Maria Amlia Sousa Lima Silva (UESB)
Digenes Cndido de Lima (orientador) (UESB)
Pensar a prtica pedaggica, do ponto de vista de quem aprende, exige que antes lembremos que o aprendiz
um ser criador ativo, que desenvolve ele mesmo suas estratgias de aprendizagem em ritmo e tempo prprios.
Como afirma Moita Lopes (1996), ao refletir sobre as informaes passadas pelos alunos atravs da
observao atenta do ambiente de sala de aula, o professor de lngua estrangeira contribui para o engajamento
deles na construo de suas identidades sociais. Assim, surgiu esta pesquisa, pensada nos encontros com
professores dos ensinos fundamental e mdio, num projeto de extenso para a formao continuada de
professores de Ingls, desenvolvido pela parceria universidade e secretaria municipal de educao. Apresentar
e analisar os pontos de vista de alunos, em relao forma como eles percebem o ensino/aprendizagem de
Ingls so objetivos da pesquisa, que toma por base as questes de cunho terico-metodolgicas refletidas em
autores como Moita Lopes (1996), Almeida Filho (1998), Rajagopalan (2003), Paiva (2001), Jorge (2000) e
Lima (2004; 2009; 2010 e 2011). O universo de anlise foi composto por noventa (90) alunos da rede pblica
estadual, distribudos entre quatro escolas de uma cidade do interior da Bahia. Na coleta de dados foram
utilizados questionrio e entrevistas, com alunos de idades, turnos e sries variadas, nos ensinos fundamental
e mdio. Os resultados parciais revelam maturidade dos alunos ao falarem de suas impresses sobre os
processos de ensino e aprendizagem de Ingls na escola. A concluso aponta para o reconhecimento da
necessidade de aes conjuntas entre universidade e escola; dos benefcios desta parceria na prtica
pedaggica e formao terico-crtica do professor-pesquisador, que v no aluno um importante aliado na
construo desses processos.
Palavras-chave: Universidade Escola Parceria
CRIANAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL: O PAPEL DA FORMAO DO PROFESSOR DE PLE
NA MEDIAO DE INTERAES CULTURAIS
Maria Antonia Germano dos Santos Maia (UnB)
O ensino de portugus como lngua estrangeira (doravante PLE) para crianas alfabetizadas desperta o
interesse de muitos profissionais na atualidade. Alguns estudos empricos desenvolvidos no bojeto da
Lingustica Aplicada brasileira (Rocha & Silva, 2011; Rocha, Tonelli & Silva, 2010; Rocha, 2010, 2006; Santos,
2010, 2005; Ramos, 2007) trouxeram significativas contribuies tericas, prticas e/ou metodolgicas para
que o professor de lngua estrangeira para crianas possa desenvolver um olhar mais cuidadoso para esse tipo
de ensino. O fato de expor uma criana ao aprendizado de uma segunda lngua requer muito profissionalismo
de quem vai ensinar. Dos diversos contextos de ensino de PLE, um dos mais intrigantes o dos filhos de
militares estrangeiros que so transferidos para o Brasil e que vivenciam situaes bilngues e/ou multilngues,
pois tendem a ser envolvidos no processo de aprendizagem do PLE. Essa situao levanta alguns
questionamentos de como o professor-reflexivo pode amenizar o impacto de ensino-aprendizagem e como
expor uma criana no contexto de aprender o portugus como segunda lngua (PL2) sem que a traumatize ou a
subestime. Santos & Alvarez (2010) apontam que para esse tipo de situao de ensino o professor pode
estimular a reflexo a respeito dos "contedos culturais", favorecer a autonomia do aprendiz, possibilitando o
desenvolvimento de uma competncia intercultural (Mendes, 2011, 2007). O professor-profissional e reflexivo,
ao apontar a cultura alvo para a criana, poder, segundo Vygotsky (1978), inseri-la no contexto sociocultural.
Sendo assim, a referida comunicao objetiva discutir e refletir como o professor-profissional e reflexivo
examina sua prtica, reconhece os valores agregados ao ensino de PLE para criana, considerando os
contextos culturais e institucionais nos quais se d sua prtica.
Palavras-chave: Professor- profissional e reflexivo; Ensino de PLE para crianas, papel do professor; interao
cultural.
CARACTERSTICAS ACADMICAS QUE DEBE TENER UN PROFESOR TUTOR EN UN PROGRAMA
119
120
Trata-se de marcas culturais, reflexo do modo de ser, pensar e agir de um falante estrangeiro que,
normalmente, ficam sob o texto e fora do currculo e das gramticas. Assim, esta pesquisa pretende, por meio
de um estudo contrastivo das oraes condicionais, em espanhol e portugus, relacionar e categorizar as
diferenas entre as estruturas morfossintticas e possibilidades modo-temporais que agregam informaes
pragmticas ao discurso, nas duas lnguas. Com o apoio de questionrios e testes elaborados de forma a
possibilitar o estudo do processamento e do processo de produo, nos termos de Vygotsky (1987), de
rascunho mental e apreenso do subtexto presente nos enunciados apresentados, observar a percepo
que os licenciandos tm acerca das estruturas em questo. Dessa forma, busca-se identificar estratgias
discursivas intencionais em contraste com as efetivamente utilizadas para a construo de sentidos na lngua
espanhola. Espera-se com esse trabalho, reconhecer as dificuldades de apreenso das estruturas condicionais
pelos sujeitos da pesquisa, uma vez que a partir de sua percepo ser possvel verificar at que ponto eles
conseguem compreender as semelhanas e diferenas dessas estruturas, no que se refere a aspectos
pragmtico-discursivos, nas duas lnguas.
Palavras-chave: E/LE Pragmtica Oraes condicionais
INTERAO ORAL ONLINE NA AULA DE LNGUA ESTRANGEIRA E ESTRATGIAS DE MEDIAO
Maria del Carmen de la Torre Aranda (UnB/IL/LET)
A interao por meio da lngua falada constitui um espao privilegiado de compartilhamento de experincias de
vida entre as pessoas, de sua compreenso dos fatos, de construo de conhecimentos e de formas de
trabalho em conjunto. Para o/a estudante de uma lngua estrangeira, a interao oral desde a simples
conversao cotidiana argumentao elaborada , alm disso, a maneira mais imediata e gratificante de
entrar em contato com a lngua e a cultura do falante nativo. Mas como trazer para a aula de lnguas uma
interao oral real que permita aos estudantes exprimir plenamente suas ideias, construir textos conjuntamente
e, ao mesmo tempo, regular suas habilidades textuais-discursivas na lngua de aprendizagem? Esse foi o
objetivo do Projeto Cefradis (Cours pilote de franais avanc distance, 2010), curso a distncia e online
oferecido a estudantes do 3 ano de Letras da Universidade de So Paulo como parte de pesquisa de
doutoramento realizada pelo Programa de Ps-Graduao em Estudos Lingusticos, Literrios e Tradutolgicos
em Francs da Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas dessa universidade. Baseado nas
perspectivas tericas sociointeracionistas e da Anlise da Conversao, e apoiado na metodologia da
pesquisa-ao, o projeto Cefradis organizou a prtica da produo oral em torno de trs eixos: produo de
textos orais individuais, interao oral online aos pares, e feedback proposto aos estudantes. Os discursos
destes ao final do projeto destacaram o efeito da postura da mediao humana nas interaes online e nos
feedback para uma tomada de conscincia sobre o modo como se expressam na lngua de aprendizagem.
das estratgias de mediao do professor de lngua estrangeira nas aprendizagens instrumentadas que tratar
esta comunicao.
Palavras-chave: interao verbal oral, mediao humana, feedback.
ENSINO DE INGLS NO ENSINO FUNDAMENTAL 1 EM ESCOLAS PBLICAS: REPRESENTAO
DA PRTICA PEDAGGICA E SUAS IMPLICAES PARA A FORMAO DO PROFESSOR
Maria Eugenia Batista (SME-SP)
Este trabalho tem como objetivo apresentar a representao da prtica pedaggica presente no discurso de
cinco professoras de ingls que atuam no Ensino Fundamental 1da rede pblica de um municpio da Grande
So Paulo e discutir as implicaes socioeducacionais dessa representao para a formao de professores. O
estudo da representao contida no discurso das professoras encontra-se embasado na Lingustica SistmicoFuncional (HALLIDAY, 1994 & HALLIDAY & MATHIESSEN, 2004) e na Anlise Crtica do Discurso (VAN
LEEUWEN, 2008) no que diz respeito representao e legitimao de aes sociais. Os tpicos que
emergem do discurso e constituem a representao, assim como suas implicaes, so discutidos luz da
teoria de Bernstein (1990) a respeito das Prticas Pedaggicas, da Abordagem Sociointeracionista de Vygostky
(1978) e da Pedagogia Ps-Mtodo e os parmetros de Particularidade, Praticidade e Possibilidade propostos
por Kumaravadivelu (2003). Foram coletadas cinco entrevistas, gravadas em udio e transcritas para anlise. A
Lingustica Sistmico-Funcional tambm integra o aporte metodolgico juntamente com a ferramenta
computacional WordSmith Tools (SCOTT, 2010). Os resultados indicam uma Prtica Pedaggica em direo
transmisso cujos procedimentos e contedos no apontam prticas que possam levar os aprendizes a
desenvolver competncias. A Formao Inicial tambm se encontra representada no discurso das professoras
e deslegitimada no que tange a relao entre teoria e prtica para o ensino-aprendizagem de ingls no
121
Ensino Fundamental 1. Portanto, conclui-se que a representao da prtica pedaggica sinaliza a necessidade
de se promover transformao na formao inicial de professores de ingls bem como formao continuada
para aqueles que atuam nesse ciclo escolar de modo empoder-los por meio de uma prtica informada que
possa criar melhores condies para o real desenvolvimento dos aprendizes.
Palavras-chave: ensino de ingls, prtica pedaggica, representao
EXPLORING FEEDBACK IN TEACHER SUPERVISION: A STUDY OF COOPERATING TEACHERS POSTOBSERVATION CONFERENCES IN AN ARGENTINEAN TEFL UNDERGRADUATE PROGRAM
Mara Gimena (Facultad de Lenguas, Universidad Nacional de Crdoba)
A major component in pre-service teacher training is the support offered to the student- teachers by cooperating
teachers or by mentors in the learning-to-teach process through constructive feedback. The communication of
formative feedback is of paramount importance to aid trainees in improving their teaching practices and
enhance teacher professional development. This paper seeks to examine which dimensions of the Practicum
(i.e. lesson planning, classroom management, L2 use, among others) cooperating teachers focus on when
providing feedback in the post-observation conferences to fourth-year student-teachers of the Teaching English
as a Foreign Language (TEFL) Program at the Faculty of Languages, National University of Crdoba,
Argentina. Zeichner and Liston (1985) found that post-observation conferences were concerned with goals,
curriculum materials, pupils, the lesson and the context. Drawing on Arthur, Davison and Mosss (1997)
framework for the study of the content of mentor student-teachers conversations, Tang (2002) reported that
the focus of the conference was on immediate classroom practice rather than on broader educational issues.
On a study on difficult topics dealt with between supervisors and student-teachers, Lopez-Real, Stimpson and
Bunton (2001) identified personal topics such as attitude, commitment, enthusiasm and presence as frequent in
their conversations. Tang and Chow (2007) analyzed feedback items for three key domains: teaching and
learning, involvement in education community and professional attributes and found issues regarding teaching
and learning to be core contents in teacher supervision. A total of 7 feedback sessions were recorded and
transcribed for coding, and were then qualitatively analyzed through a content analysis approach for emerging
trends. The findings describe the patterns of similarities and differences of the cooperating teachers feedback
content as well as its adequacy in relation to the program aims and objectives. The implications for program
development and evaluation are discussed.
NOVOS TALENTOS. SABERES TRADICIONAIS E A CONCEPO DE CINCIA E PESQUISA
NA ROTINA ESCOLAR EM ALDEIAS PARESI DE TANGAR DA SERRA-MT
Maria Helena Rodrigues Paes (CAPES/NEED/UNEMAT)
Tnia Vasslli Damasceno (CAPES/NEED/SEMEC-Tangar da Serra)
O trabalho apresenta resultado parcial de atividade de extenso do Projeto NOVOS TALENTOS, do Campus
de Tangar da Serra da UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso, em parceria com a Secretaria
Municipal de Educao e Cultura. Trata-se, especificamente, do sub-projeto Lngua Materna: limites e
possibilidades da pesquisa cientfica, que conta com financiamento da CAPES e tem por objetivo discutir
questes sobre Cincia e pesquisa j na educao bsica buscando a construo da curiosidade cientfica e
construir os passos iniciais da pesquisa fora dos limites das universidades, cujas aes so empreendidas
junto a escolas indgenas do municpio de Tangar da Serra-MT. A rea indgena Paresi do municpio conta
com 15 escolas, ofertando desde a educao infantil at o Ensino Mdio. Ao se tratar de Cincia preciso
considerar que na cosmologia Paresi no h nada que no se explique pelos mitos, assim, necessrio apontar
a questo do hibridismo cultural, quando se toma os Estudos Culturais como ferramenta para anlise e
compreenso das atividades e processos no decorrer do Projeto, o qual se caracteriza por reunies com as
comunidades das aldeias e cursos de formao em cincia e pesquisa, dirigidos a professores e alunos. Os
cursos buscam o desenvolvimento do olhar, da curiosidade e do estranhamento, em especial, aos fenmenos
da lngua materna e da comunicao. Para tal, so imprescindveis as contribuies tericas de autores como
Nstor Garcia Canclini, Stuart Hall, Alfredo Veiga Neto, Marisa Vorraber Costa, Jorge Larossa, entre outros.
Considerando-se que as comunidades Paresi vivem em vigorosa relao com a sociedade ocidental e que os
Paresi manifestam ultimamente sobre a necessidade de pesquisas realizadas por eles mesmos, o que aqui se
apresenta torna-se de vital importncia para o estabelecimento de relaes mais autnomas e produtivas para
aquelas comunidades.
Palavras-chave: Cultura, Escola, Cincia.
122
123
particularmente no discurso sobre a avaliao, uma vez que nesse as condutas, os posicionamentos e as
atitudes preconizadas podem ser tomados como vetores da construo identitria do ser professor. Importanos, ainda, refletir sobre as implicaes da representao construda na formao do professor de lngua,
tendo em vista a configurao do trabalho docente. Como fundamentao terica enfocamos: o conceito de
representao social (Moscovici, 1976, 2009; Jodelet, 2001); o conceito de identidade (Moita Lopes, 2002;
Rajagopalan, 1998; Signorini, 2002) e o papel do professor como avaliador (Almeida Filho, 1993; Bordn, 2004;
Pastor Cesteros, 2003, entre outros). Para levar a cabo o proposto, realizamos entrevistas semiestruturadas
com professores que atuam no Curso de Letras/Espanhol da Universidade Federal do Cear, com o fim de
acessarmos a representao construda pelos sujeitos sobre o papel do professor enquanto avaliador. As
entrevistas evidenciaram que os sujeitos se percebem como os nicos responsveis pelo processo de
avaliao, cabendo-lhe tomar decises sobre a produo dos instrumentos de avaliao, sobre como e quando
avaliar. Consideramos que tal compreenso demonstra aspectos importantes que caracterizam a construo
da identidade docente.
Palavras-chave: representao; identidade; espanhol.
CRENAS DE ALUNOS-PROFESSORES DE LETRAS/LNGUA INGLESA
SOBRE A UTILIZAO DOS GNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA
Maria Zenaide Valdivino da Silva
Antonia Dilamar Arajo (Universidade Estadual do Cear UECE)
O estudo das crenas recente no Brasil e so muitas as perspectivas de investigao nesse campo. As
pesquisas tm enfatizado aspectos mais especficos do ensino-aprendizagem de lnguas, como neste trabalho,
em que objetivamos descrever, analisar e discutir as crenas de alunos-professores de Letras acerca da
utilizao dos gneros textuais no ensino de lngua inglesa. Dessa forma, este estudo norteado pelas
temticas de Crenas e de Gneros Textuais. Para tratar de crenas, tomamos por base os estudos de
Barcelos (2010, 2008, 2006, 2003), Silva (2010, 2007) Freudenberger e Rottava (2004), Kudiess (2004),
Pajares (1992), dentre outros. Para tratar de gneros textuais, nos reportamos a Bakhtin (2000), Bazerman
(2005, 2006), Dolz e Schnewuly (2004), Miller (1984), Swales (1990). Trata-se de uma pesquisa descritiva e
interpretativista, cujos dados so analisados quali-quantitativamente. Como instrumentos de pesquisa, foram
utilizados um questionrio, com perguntas abertas e fechadas, uma entrevista e um inventrio. O contexto da
pesquisa a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte UERN, com alunos informantes do sexto e do
oitavo perodos do curso Letras/Lngua Inglesa, totalizando quinze participantes. Os resultados revelam que os
alunos-professores tm tido conhecimento de algumas teorias que conceituam gnero numa perspectiva
funcional, social e interacional, no entanto, apresentam lacunas como, por exemplo, a nfase dada aos
gneros escritos em detrimento aos orais, dificuldade em entender texto numa perspectiva ampla, dificuldade
de pensar em uma prtica de sala de aula que siga as perspectivas mais recentes de gneros. Os resultados
mostram crenas que j diferem de algumas concepes tradicionais, mas tambm revelam aspectos que
precisam ser melhor enfatizados. Portanto, algumas crenas desses professores em formao, no levam em
conta aspectos que, a nosso ver, so cruciais para o ensino a partir dos gneros textuais.
Palavras-Chave: Crenas. Gneros textuais. Alunos-professores.
PORTIFLIO E PRODUO DE TEXTO: ORGANIZAR E AVALIAR
Mariana Batista do Nascimento
Neste trabalho, visa-se promover uma reflexo sobre o ato de avaliar na escola e prope-se o uso de portflio
como instrumento de avaliao e organizao no processo de ensino da escrita: a produo de textos, bem
como formas de avaliar produes de textos em lngua portuguesa. Ainda hoje, no ambiente escolar, a
avaliao deixa de ser aplicada formativamente e valorizam-se resultados sem repensar os processos; na
produo de textos, nem sempre a avaliao/correo do texto do aluno feita pelo professor serve como meio
de reflexo sobre o desenvolvimento da habilidade de produo do aluno. Entende-se que, depois de
produzido e corrigido o texto, necessrio que o aluno repense e reflita sobre sua prpria escrita. Ler o que
escreveu, ser capaz de avaliar o seu prprio texto e de compreender as correes feitas pelo professor so
aes importantes no processo de aprendizagem. Assim, uma forma de promover o xito do trabalho nesta
disciplina e propiciar a reflexo sobre ele organizar um portflio de aprendizagem em que professores e
alunos possam dialogar sobre o processo de ensino-aprendizagem. O que deve compor o portflio e a
dinmica de avaliao deste deve ser discutida em grupo. Textos motivadores, pesquisas sobre temas,
linguagem, gneros e tipos textuais, alm das produes dos alunos, podem ser elementos do portflio de
124
cada aluno. Entre os autores que fundamentam teoricamente este trabalho esto: Albertino (2010) e Boas
(2007) para discutir do conceito de portflio; Hadji (2001), Freitas (2003), Alvarez Mendez (2002) e
Vasconcelos (2002) nos estudos sobre avaliao; Therezo (2008), Bahktin (2001) e Marcushi (2008) para
embasamento sobre produo textual, gnero e discurso.
Palavras-chave: portflio, avaliao, produo de texto.
CONCEPES DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA DA REDE PBLICA
DE ENSINO NO MATO GROSSO: O (DES) USO DO LIVRO DIDTICO
Marli Cichelero (SEDUC/CEFAPRO)
Esta comunicao visa apresentar resultados de dois fruns de discusso que teve como tpico Livro Didtico
na escola pblica, sendo o primeiro um resultado de pequenos grupos de discusso e socializados em
plenria no XIV Encontro de Professores de Ingls (2011) promovido pela APLIEMT e o segundo frum foi
desenvolvido no curso Telespyres, sendo uma das atividades proposta no ambiente virtual e-ProInfo pelo
CEFAPRO/Sinop. A ideia inicial destes fruns de discusso dos professores de escolas pblicas foi criar um
espao para ouvir as inquietaes dos professores, das vivncias e experincias relacionadas ao (des) uso do
livro didtico na sala de aula e consistiu em vrias perguntas para que os professores pudessem opinar e
dialogar com seus pares, cujas bases tericas encontram-se dispostas nos documentos oficiais nacionais
(Brasil, 1998) e tambm nas Orientaes Curriculares para a Educao Bsica de Mato Grosso (OCMT, 2011).
Os documentos oficiais apresentam as concepes da natureza da linguagem como prtica social e como a
aprendizagem concebida como processo sociointeracional com base em Vygotsky (2003). As OCMT retratam
o uso do livro didtico como material organizador que oferece suporte, sendo um recurso auxiliar do professor
tendo em vista a reorganizao do ensino. Diante dos dados coletados observou-se que para muitos
professores o LD no contempla tudo, que serve como apoio para o professor e foi possvel visualizar que o
to esperado material de ingls na escola est causando angstias e inquietaes. Algumas concepes de
professores foram identificadas, tais como: o livro didtico se consolida como um material didtico, serve de
apoio para realizar atividades e muitos professores acreditam que o professor bem preparado e com
experincias no precisa de material para guiar seu trabalho. Estas concepes subsidiaro possveis
intervenes e inferncias junto aos professores com o objetivo de contribuir para a formao profissional
docente.
Palavras-chave: lngua inglesa; livro didtico; rede pblica de ensino; frum.
FORMANDO PROFESSORES DE LNGUAS ADICIONAIS SOB A TICA DA INVESTIGAO
Marimar da Silva (UFSC)
Vera Lucia Bazzo (UFSC)
A rea de estudos sobre a formao de professores, por conseguinte tambm os de lnguas adicionais prope
a formao do professor reflexivo e crtico. A implantao do currculo do Curso de Licenciatura em
Letras/Ingls/EaD/UFSC desafiou-nos a pensar em como seria um projeto de formao inicial que
contemplasse no apenas uma formao reflexiva e crtica, mas tambm o desenvolvimento contnuo do
profissional egresso deste curso. Nesse sentido, esta comunicao tem por objetivo apresentar um modelo de
formao inicial que visa formao do professor como pesquisador. O modelo apoia-se no modelo de
formao reflexiva de Wallace (1991), no conceito de educao problematizadora e de reflexo sobre a ao
de Freire (1970) e Schn (1983), nas aes reflexivas e crticas propostas por Smyth (1992) e, mais
recentemente, nas ideias de Nvoa (2009) sobre a necessidade de passar a formao de professores para
dentro da profisso. O foco deste estudo investigar se o modelo idealizado desenvolve o olhar investigativo
crtico do futuro professor. Relatos de observao e projetos de pesquisa que emergiram desses relatos foram
coletados e analisados a partir de uma perspectiva qualitativa interpretativa. A anlise revelou que o modelo
abre a possibilidade de formao de um professor pesquisador, mas expos a complexidade da rede de
relaes que o prprio modelo demanda. Os resultados sugerem um alargamento do dilogo entre as
disciplinas do contexto estudado, assim como uma discusso sobre a carga horria das ltimas fases do
currculo do curso.
Palavras-chave: Formao de professores de lnguas adicionais. Pesquisa no contexto de ensino superior.
Reflexo sobre a experincia docente
A CONSTITUIO DA IDENTIDADE DE PROFESSORES-ALUNOS DE INGLS DA EDUCAO BSICA:
UM ESTUDO NO PARFOR/AMAZONAS
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126
127
as marcas da mudana e a preocupao com quem so os alunos que esto nas salas de aula, ainda
descobre-se, mesmo que nas entrelinhas, prticas viciadas e ranosas, que supervalorizam determinados
aspectos da lngua em detrimento de outros, que incutem falsos valores de verdades e apregoam preconceitos,
j to ultrapassados. Ao analisar as falas observam-se dois discursos: o conservador e o inovador. O primeiro
usa de respostas que falam que se deve ensinar a gramtica para ler e escrever corretamente. O discurso
inovador revela que o ensino da lngua portuguesa no pode se pautar somente no ensino gramatical e, sim,
em um ensino crtico, utilizando textos que interessam os alunos, debatendo os temas para que este
compreenda e no apenas decodifique. Assim, nesse embate entre o novo e o arcaico, verifica-se que est nas
mos dos professores a deciso, mas o acerto no depende exclusivamente de sua vontade, uma vez que sua
atuao estar fortemente marcada por elementos que fundamentam sua formao profissional e a entra a
Universidade. Cabe a ela garantir na formao dos docentes condies mnimas para que suas escolhas sejam
providas de discernimento e clareza terica
Palavras-chave: ensino; lngua, discursos.
CAN SILENT FILMS HELP ENGLISH LANGUAGE LEARNERS IMPROVE THEIR SPEAKING SKILLS?
Mateus da Rosa Pereira (Universidade Federal do Recncavo da Bahia)
Cinema is one of the most powerful English Language Teaching resources. It provides learners with language in
context and instills motivation among students. The type of interaction between viewers and films, based on
identification and projection, enables learners to grasp the meaning of words, phrases and structures in a much
deeper and long-lasting way (Araujo & Voss, 2009). However, one notices a lack of variety in the activities
proposed by English Language Teachers, as most professionals insist on merely playing a film followed by a
couple of general comprehension questions. Even more alarming is a general tendency to consider cinema as a
way to escape from pedagogical objectives, as many activities involving films lack sound teaching objectives
and a clear methodology. Within this context, this paper outlines a set of activities developed within an ELT
program at a federal university aiming to address such issues. As part of an ongoing research project, this is the
first outcome aiming to present and debate a number of interlinked activities using films as a springboard for
promoting reading, writing, listening, and even speaking skills. The paper provides background information on
the history of cinema, based on Sigfried Kracauer (2004) and Tom Gunning (1990), and describes the
objectives of the activities, as well as some of their theoretical foundations, the activities themselves, and the
results achieved based on the goals set. The results suggest that there is much more teachers can do with
films, even silent ones, as long as they count on clearly defined goals and methodologies. The conclusion is that
ELT can benefit from using cinema in general, and silent films specifically, thus generating engagement among
students and producing positive learning results.
Key-words: English Language Teaching; Silent Films; Cinema.
SUBPROJETO PIBID NO CODAP/UFS: UMA ALTERNATIVA PARA OTIMIZAR O ENSINO DO FRANCS
Mateus Vilanova Ribeiro (UFS)
O estudo desenvolvido apresenta resultados parciais de um subprojeto de iniciao docncia
PIBID/2011/CAPES/UFS, na rea de Letras: francs, sendo uma oportunidade para aprimorar a formao de
graduandos da Universidade Federal de Sergipe. O subprojeto est sendo realizado em todas as sries do
ensino fundamental do Colgio de Aplicao/CODAP/UFS, onde vivenciamos a prtica do ensino do francs.
Temos como objetivos aprender e aplicar novas prticas e procedimentos, visando motivao dos discentes
para que alcancem um aprendizado efetivo da lngua estrangeira, analisar e entender as razes pelas quais a
aprendizagem de uma LE no ensino pblico to deficiente, bem como levantar ideias e sugestes para esse
quadro. Organizamos reunies onde discutamos obras de Claude Germain, Christian Puren, Jean-Claude
Beacco, entre outras obras como os PCNs de Lngua Estrangeira e O CECR, que nos deram o aporte terico
necessrio. Utilizamos como ferramentas as inmeras observaes das aulas de francs da professora regente
no referido colgio e apontamos caractersticas que poderiam ser modificadas rumo ao melhor aproveitamento
da turma. Pesquisamos tticas e materiais didticos apropriados s faixas-etrias do pblico estudantil e
trabalhamos bastante a motivao, com a criao de um clube de estudos de lngua e cultura francfonas.
Diante das novas prticas que o subprojeto props professora regente e das interferncias do clube de
francs, os alunos, que eram apticos e desinteressados pela lngua, passaram a valorizar mais os estudos e
demonstraram maior aproveitamento na disciplina. Conclumos que uma reflexo coletiva sobre prticas
docentes extremamente necessria diante dos desafios do ser professor de lnguas e que essa reflexo
128
poder produzir uma nova orientao metodolgica ao ensino de lnguas para diferentes pblicos e situaesproblema.
Palavras-chave: PIBID; lngua estrangeira; reflexo.
THROUGH THE LOOKING GLASS: NOVICE TEACHER IDENTITY FORMATION
Meghan Cavanaugh (The Pennsylvania State University)
This study focuses on the formation of a novice teachers professional identity as she engages in online
exchanges by creating an online blog during her initial 20-week teaching experience. These blog exchanges
created a virtual space where she was able to make tacit thoughts, beliefs, fears, and hopes explicit, to create
cohesion out of what was experienced during her teacher. She was able to self-asses different situations he
encountered in the classroom and determine how her roles formed. Her blog entries also showed evidence of
outside influences, i.e.; teacher training courses, daily preparations, and outside guidance on professional
identity formation. She expressed concerns about her lack of knowledge with classroom management. One
blog entry contained a cartoon showing an unruly classroom with a novice teacher speaking to another teacher
stating: This was not taught in my education classes. Similar blog entries suggested she entered teacher with
little experience and/or expertise managing classroom language learning. Many of the exchanges indicated her
realization that much of what she was learning cannot be taught in teacher education programs but must be
experience first-hand through actually teaching. The findings suggest that engagement in the dialogic blogs
enabled her to reflect on the roles she took on as she encountered different culture and educational situations.
The findings of this study suggest that in order to prepare novice teachers for the real world of teaching, they
much be given opportunities for classroom teaching while under the supervision of a mentor. This will allow
them to form a better understanding of the roles English language teachers must assume in an increasingly
globalized world. Overall, this study demonstrates the meditational role online blogging can play in assisting
novice teachers as they lessen the gap between learning about teaching in education programs and learning to
teacher through hands-on experience.
YOU GOT PUBLISHED IN AN ELT JOURNAL WHAT WAS YOUR EXPERIENCE AS AN AUTHOR LIKE?
Melba Libia Crdenas Beltrn (Universidad Nacional de Colombia Bogot)
In the past few years, there has been an increase in the publication of ELT journals. This is closely related to the
growing interest of practitioners and research communities as well as of institutional policies that demand
visibility of the work done by their staff through publications in highly ranked journals. Nonetheless, a common
concern remains: publications are often associated with core communities and countries, which makes it difficult
to recognise or include voices from the periphery (Rainey, 2005; Pageau, 2010; Johnson & Golombek, 2011). In
this presentation I wish to share the results of a survey answered by some authors who published their articles
in an ELT journal edited in a Colombian public university. I will start by presenting the origins, mission and
evolution of the journal. Then, I will summarise the results of the survey. They deal with the reasons the authors
had to submit their articles to the journal, the experiences lived along the process of publication (submission,
evaluation, adjustments), and what the publication of the articles in the journal has meant to them. The findings
of the survey and the experiences as editor of the journal show that despite the difficulties faced due to stratified
and standardized policies that we have been required to follow, there are achievements and lessons learned.
Finally, we will pinpoint the challenges ahead in our attempt to maintain an initiative that seeks to empower
teachers to make their work more visible through publishing (Noffke y Somekh, 2009; Zeichner, 2010).
Key words: Publishing teachers works
PRTICAS DE LEITURA EM SALA DE AULA: O PAPEL DAS CRENAS DE PROFESSORES E ALUNOS
Michele Duarte de Almeida
Alessandra Baldo
(Universidade Federal de Pelotas)
A didtica do professor influenciada, em grande medida, pelo conjunto de experincias e convices que
possui sobre o processo de ensino-aprendizagem, ainda que isso acontea inconscientemente (ALMEIDA
FILHO, 1993). Levando isso em considerao, realizamos um estudo com o objetivo de avaliar o papel
exercido pelas crenas pessoais de professores, como tambm pelas crenas de alunos, em atividades de
leitura desenvolvidas nas aulas de lngua materna (L1) e de lngua estrangeira (L2) em uma turma de ensino
129
mdio de uma escola pblica do estado do Rio Grande do Sul durante o segundo bimestre de 2010.
Observaes de aulas e aplicaes de questionrios semi-estruturados para os participantes voluntrios
constituram a base metodolgica do trabalho. A partir da anlise dos dados, encontramos dois resultados
principais: com relao aos educadores, foi possvel verificar que o trabalho desenvolvido estava baseado
primeiramente nas suas crenas pessoais, e no no conhecimento terico; com relao aos educandos,
identificamos que eles compartilhavam das mesmas crenas dos professores quanto ao modo de desenvolver
atividades de leitura, na medida em que aceitavam o modelo de trabalho oferecido como o mais produtivo
possvel. Os resultados so avaliados a partir da noo de crenas como instrumentos que podem promover
ou dificultar o ensino-aprendizagem de lnguas (BARCELOS, 2006, 2009).
Palavras-chave: prticas de leitura; crenas de alunos e professores; ensino-aprendizagem de L1 e L2.
COMPREENSO ORAL EM LNGUA INGLESA:
RELAES ENTRE A PRTICA E A FORMAO DO PROFESSOR
Mirelly Karolinny de Melo Meireles (Posle/ UFCG/ Reuni)
A compreenso oral (CO) um processo complexo e ativo, em que o aprendiz diferencia sons, entende
vocabulrio e estruturas gramaticais, interpreta entonao, e por fim, retm os itens citados e os interpreta,
alm de levar em considerao o amplo contexto scio-cultural (VANDERGRIFT, 1999). Assim, o aprendiz
precisa coordenar todas essas aes, envolvendo assim, uma grande atividade mental. A CO ganhou mais
espao no ensino de lngua inglesa (L2), porm sua prtica de ensino revela todo um carter tradicional, visto
que os professores esto interessados se est certo ou errado o que foi ouvido; e no na CO em si, ou seja,
eles se focam no produto e no no processo (FIELD, 1998). A CO em L2 representa um desafio a um nmero
significativo de professores, visto que estes muitas vezes consideram difcil trabalh-la (CONSOLO, 2000).
Desse modo, os objetivos do presente trabalho so: i) Identificar se o foco de ensino da CO por um professor,
de um curso de formao de professores de L2, o produto ou o processo; e ii) verificar se a formao deste
influencia na maneira como ele trabalha a CO em suas aulas. A presente pesquisa caracteriza-se como sendo
interpretativista, de base etnogrfica. Esta foi realizada em um curso de Letras/ habilitao Lngua Inglesa, no
municpio de Campina Grande/PB. Os dados foram coletados atravs de observaes das aulas e gravaes
em udio durante um semestre, no ano de 2011. Ao final do semestre, foi realizada uma entrevista com o
professor. Atravs da anlise dos dados, verificamos que o foco de ensino da CO pelo docente o processo.
Tambm constatamos atravs da entrevista, que a formao do referido professor no influencia sua prtica.
Conclumos que, apesar das lacunas existentes na formao de tal professor, ele se foca no processo ao
abordar a CO.
Palavras-chave: Compreenso Oral; Formao do Professor; Foco no produto e no processo
LETRAMENTO: A LEITURA DA LINGUAGEM VERBO-VISUAL COMO SUBSDIO AO ENSINO DE LNGUA
Miriam Bauab Puzzo (Universidade de Taubat)
Os gneros discursivos muitas vezes so tratados de modo muito superficial em sala de aula. Sendo assim, a
proposta desta sesso coordenada propor a leitura da linguagem verbo-visual de gneros discursivos da
mdia impressa com o intuito de promover a leitura crtico-reflexiva. Serve de apoio terico a teoria dialgica da
linguagem na perspectiva de Bakhtin (2003) e do Crculo,tomando como categorias de anlise os conceitos de
enunciado concreto, leitor presumido, contexto scio-histrico e tom valorativo. Tambm servem de apoio
autores que tratam da linguagem visual (DONDIS, 2003) e da linguagem fotogrfica (KOSSOY, 2002). Para
cumprir tal proposta a comunicao intitulada A importncia da linguagem verbo-visual em aulas de leitura
discute a questo dos gneros discursivos nas diversas linguagens da mdia impressa como subsdio s
atividades de leitura, toma como referncia os princpios tericos e as categorias de anlise de Bakhtin e do
Crculo. Como aplicao prtica a comunicao Anlise de capas de revista como subsdio ao ensino de
lngua materna objetiva investigar mecanismos e estratgias lingustico-discursivas e visuais das capas das
revistas Isto de 11 de maio de 2011 e poca Edio Especial de 09 de maio de 2011 e suas respectivas
reportagens que tratam da morte de Osama Bin Laden. Num outro enfoque, a comunicao A charge e os
sentidos implcitos no discurso miditico, trata da charge veiculada na Folha de S. Paulo de 11 de agosto de
2010. Para concluir observa-se que as relaes entre imagens visuais e linguagem escrita possibilitam a leitura
mais completa e suscitam questes que conduzem reflexo. Espera-se com essas anlises contribuir para a
leitura crtica de enunciados miditicos.
Palavras-chave: letramento; leitura; linguagem verbo-visual; gneros discursivos.
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131
denominamos competncia comunicativa. No entanto, faz-se necessrio entender que para mobilizar esses
saberes a competncia fnica assume um papel primordial dentro da competncia comunicativa.
Cantero (2002) afirma que ao falarmos estruturamos o discurso seguindo uma hierarquia fnica. Por isso os
fenmenos entonativos (sotaque, ritmo e entonao) cumprem um papel determinante no processo de
aquisio de uma competncia, tanto na produo fnica como na percepo da lngua oral. E essa percepo
oral depende diretamente de fatores interculturais presentes nos fenmenos entonativos.Logo, o ensino da
pronncia de uma lngua e seus elementos gramaticais no se bastam por si s.
Neste artigo, apresentaremos a relevncia da competncia fnica e sua percepo intercultural na formao
dos professores de Lnguas Estrangeiras. Temos por objetivo demonstrar que a entonao contribui de forma
decisiva para o processamento de uma mensagem, conforme diz Corts Moreno (2002), e que fundamental
consider-la no ensino de lnguas.
Palavras-chave: Competncia Comunicativa, Competncia Discursiva, Competncia Fnica, Interculturalidade,
Ensino de Lnguas.
O IMPACTO DA DISCIPLINA APRENDER A APRENDER LNGUAS ESTRANGEIRAS NA FORMAO
DO PROFESSOR: AS ESTRATGIAS METACOGNITIVAS EM ANLISE
Myriam Crestian Chaves da Cunha (Universidade Federal do Par)
Walkyria Magno e Silva (Universidade Federal do Par)
A disciplina Aprender a Aprender Lnguas Estrangeiras foi includa h trs anos no Projeto Pedaggico do
Curso de Letras Estrangeiras Modernas da nossa IES e vem sendo ministrada no semestre de ingresso no
Curso, com o objetivo de contribuir para a formao do falante da lngua, ajudando os aprendentes a
desenvolverem novas estratgias de aprendizagem e a se tornarem mais autnomos. Essa experincia vem
permitindo aos docentes da disciplina investigar diversos aspectos da formao, por meio de uma pesquisaao. Um dos objetivos de pesquisa definidos mais recentemente foi o de avaliar o impacto da disciplina, no
que diz respeito s estratgias metacognitivas dos professores em formao (isto , as estratgias que
implicam uma reflexo sobre o processo de aprendizagem e controle das atividades de aprendizagem
OXFORD, 1990; CYR, 1998), no s no momento em que os alunos cursam a disciplina, mas ao longo dos
semestres subsequentes. A pesquisa valeu-se da grande quantidade de dados gerados mediante os
instrumentos de trabalho prprios da disciplina, bem como os obtidos com a aplicao de um questionrio aos
estudantes que j passaram pela disciplina. Os resultados preliminares indicam que os processos de
regulao, principalmente de autorregulao (ALLAL, 2007), so particularmente favorecidos. Tambm so
identificados obstculos que surgem no desenvolvimento das atividades didtico-pedaggicas, o que demanda
uma reorientao a ser dada disciplina na continuao de experincia. Conclui-se mostrando que o esforo
exigido dos professores em formao, no sentido de objetivarem sua aprendizagem, tanto do ponto de vista de
sua organizao, quanto do ponto de vista dos contedos da aprendizagem, repercute no desenvolvimento de
competncias em trs planos complementares: na formao do falante da lngua, na do professor da lngua e
na do pesquisador na rea do ensino/aprendizagem de lnguas.
Palavras-chave: Aprender a Aprender Estratgias metacognitivas Regulao da aprendizagem
DISCURSOS E MARCAS TERRITORIAIS NA CONSTITUIO DO IDIOMA
E DA IDENTIDADE DO PROFESSOR DE PORTUGUS (BRASILEIRO)
Ndia Dolores Fernandes Biavati (Universidade Vale do Rio Doce)
Este texto tem como objetivo discutir as tenses que envolvem a territorializao do Portugus brasileiro e
seus reflexos na constituio da identidade do professor de Portugus Brasileiro. Metodologia: A partir de
estudo interdisciplinar e bibliogrfico, com conceitos da Geografia Crtica, como territrio e territorialidade,
articula-se a compreenso de identidades fragmentadas e a relao entre Lingustica Aplicada e orientaes
estatais para o ensino. Reviso de Leitura: A historicidade que envolve a implantao do Portugus no espao
Brasileiro, bem como as tenses que vislumbraram as polticas Lingusticas sobre o idioma se do desde o
incio da colonizao. Desse modo, a articulao espao-tempo tornou-se imensamente importante para se
compreender que o idioma Portugus no espao brasileiro passou por ressignificaes (ORLANDI, 2002) e no
houve simplesmente o transporte de idioma como queria a coroa portuguesa, antes da independncia do
territrio. Resultados: Observando os discursos educacionais e o modo como os professores manifestam o
ser e o fazer sobre a profisso, aparecem as tenses: a ideia de que o ensino do lado de c do Atlntico deve
obedecer s orientaes de um padro culto de origem lusitana e a ideia de que a articulao espao e tempo
provocam um olhar diferente ao idioma que se reinventa aqui. Concluso: importante a compreender que as
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relaes territoriais que envolvem o ensino da lngua portuguesa brasileira so marcadas por orientaes que
levam em conta tanto as regularidades lingusticas quanto os regramentos sobre a norma padro, afetando de
modo significativo, o modo de ver e de ser professor de Lngua materna, provocando tenses e fragmentaes
nas identidades envolvidas no ensinar.
EL PARALENGUAJE: UN APORTE A LA ENSEANZA DE ELE.
Nancy Gmez Torres (Universidad Pontificia Bolivariana Seccional Montera)
La investigacin se centra en un factor muy relacionado con la lengua y la cultura: la importancia de lo no
verbal, especficamente el paralenguaje en la interaccin comunicativa y la inclusin de tareas funcionales, que
contribuyan a que los estudiantes de espaol como lengua extranjera sean conscientes de la relevancia de
esta clase de comunicacin en el aprendizaje de la lengua meta. Para el desarrollo del trabajo se consider
como objetivo general determinar el grado de influencia del lenguaje no verbal ( paralenguaje) en la
enseanza- aprendizaje del espaol como lengua extranjera, para ello se trabaj con estudiantes
norteamericanos que estaban matriculados en los cursos de verano de una universidad colombiana. Para ello,
se aplic el mtodo descriptivo a travs de las siguientes etapas: recoleccin de informacin, anlisis de
datos, resultados y conclusiones, siguiendo una metodologa a partir de observaciones sobre una serie de
prcticas de aula de espaol como segunda lengua, entrevistas y trabajos de campo. Como fundamento
terico se tomaron los aportes de autores como Poyatos, Cestero, Arzamendi, quienes coinciden en
reconocer la gran importancia del manejo del cdigo paralingstico en el aprendizaje y enseanza de una
lengua extranjera. En cuanto a los resultados se not que los estudiantes en la medida que interactuaban con
el profesor y con estudiantes cordobeses fueron incorporando en sus interacciones comunicativas diferentes
tipos de paralenguaje de acuerdo con las situaciones presentadas. Para concluir se puede afirmar que La
Comunicacin no verbal de una lengua extranjera no debe ensearse de una manera aislada, sino de forma
integrada y contextualizada, as que en la programacin de un curso de ELE se requiere que se propicie el
aprendizaje de las formas no verbales junto con las verbales propios del espaol y ofreciendo posibilidades de
interaccin en contextos reales y situaciones de la vida cotidiana.
Palavras-chave: Paralenguaje, ELE, Comunicacin no verbal.
PROJETO FLELIMM: ELABORAO DE SEQUNCIAS PEDAGGICAS PARA O ENSINO DO FRANCS
LNGUA ESTRANGEIRA COM O USO DE TECNOLOGIAS
Nathalie Lacelle
Cristina Casadei Pietraria
Heloisa Albuquerque-Costa
(USP)
O projeto FLELIMM (Enseigner le FLE avec les nouvelles technologies pour favoriser la littratie mdiatique
multimodale - Qubec, UQAM, UQTR, Brasil, USP) foi elaborado para responder a uma demanda concreta de
formao de professores de francs do Estado de So Paulo no que se refere elaborao de material
didtico com o uso de tecnologias, em particular, no que se refere ao desenvolvimento do conceito de
letramento miditico multimodal. O uso de tecnologias no ensino/aprendizagem de lnguas uma das diretrizes
dos documentos oficiais brasileiros (Albuquerque-Costa, 2009). No entanto, no mbito do ensino do Francs
como Lngua Estrangeira (FLE), observamos uma ausncia de formao contnua, tecnolgica e metodolgica,
para capacitar os professores ao uso adequado das tecnologias aplicadas ao ensino. Como utilizar um recurso
disponvel na internet ou um aplicativo de um I-pad na sala de aula? Quais competncias o professor deve
desenvolver para elaborar sequncias didticas que levem em considerao o uso de Tecnologias da
Informao e da Comunicao para a Ensino (TICE) ? Como elaborar um scnario pdagogique (Mangenot e
Louveau, 2006) que integre documentos impressos, de udio, de vdeo e aplicativos disponveis em I-pads?
Essas so algumas das questes que orientam o projeto FLELIMM cujo objetivo geral desenvolver
competncias multimodais nos professores visando o uso de diferentes recursos tecnolgicos para a
elaborao de sequncias pedaggicas adequadas a diferentes contextos de ensino/aprendizagem do
francs. Segundo Livingstone (2004) e Hobbs e Frost (2003) o letramento miditico a capacidade de
compreender, analisar, avaliar e, posteriormente criar documentos multimodais, para diversos contextos de
ensino/aprendizagem por meio da utilizao de recursos miditicos (imagem, textos/audio e iPad,smartphones
e computadores). Nesta comunicao, apresentaremos num primeiro momento os fundamentos tericos que
orientam o projeto e a formao de professores em didtica do ensino do francs no que se refere ao conceito
de letramento multimodal. Num segundo momento, apresentaremos as sequncias pedaggicas elaboradas
133
para contextos de ensino fundamental pblico e privado e para alunos de francs da Universidade de So
Paulo e os resultados obtidos durante as fases de elaborao, com os professores de francs e de aplicao
das sequncias pedaggicas, com professores e alunos. A partir da anlise e dos resultados obtidos
apontaremos as diretrizes que podem vir a orientar a formao de professores em didtica do ensino do FLE
com o uso de tecnologias.
O ENSINO DE INGLS NA ESCOLA PBLICA E A ANOMIA: UM ESTADO DE EXCEO DE (d)DIREITO
Neiva Cristina da Silva Rego Ravagnoli (PUC-SP)
Nas representaes da realidade que o indivduo proclama est impressa sua identidade. Existe um
relacionamento entre as representaes e a identidade que imbricados afloram em manifestaes individuais
de posicionamento do indivduo perante a realidade que vive. Esse posicionamento/resposta individual que
nasce da confluncia entre representaes e identidade, denomino aqui, anomia. Patologia social que surge
quando as normas sociais so obscuras ou inexistentes, resultando no enfraquecimento da coeso das
representaes coletivas, a anomia (DURKHEIM, 1982) leva os indivduos em conflito e moralmente isolados a
formas de adaptao e condicionamento que manifestam seus estados de descontentamento e frustrao. As
transformaes socio-polticas e econmicas ocorridas no Brasil nas ltimas dcadas, no se implementaram
segundo estratgias uniformes e pr-estabelecidas, resultando numa instabilidade que, a partir de fatores como
o descrdito nacional resultante do enfraquecimento contnuo dos valores morais tais como a impunidade e a
diminuio da eficcia das normas ticas e sociais, favoreceu a manifestao da anomia. Na Educao, eese
estado resulta da incapacidade da estrutura social em disponibilizar meios institucionais para que os fins
culturais sejam atingidos proporcionalmente por todos os membros da sociedade. Representaes como nao
se aprende ingls na escola publica; o ings a lngua do poder ou superior favorecem os estados de nopertencimento, inferioridade ou conformismo que caracterizam a anomia, influenciando o ensinoaprendizagem de ingls pela (re)produo de suas convices. Assim, numa metodologia qualitativainterpretativista (MOITA LOPES, 1994) busco identificar a anomia nas representaes dos professores e
alunos de ingls da escola pblica e sua influncia/consequncias no ensino-aprendizagem. Ancorada em
estudos sobre identidade (Hall, 1992), representaes (Moscovici, 1961; Jodelet, 1989); formao social
brasileira (BASTOS, 1986) e expanso do ingls (CELANI, 1996; PENNYCOOK, 1998; PHILLIPSON, 1992;
MOITA LOPES, 1996; RAJAGOPALAN, 2003) aponto os espaos que favoreceram a manifestao da anomia
no Brasil um estado de exceo de (d)Direito. (AGAMBEN, 2000).
A LINGUAGEM E A CONSTITUIO DA SUBJETIVIDADE DO PROFESSOR DE LNGUAS
Newton Freire Murce Filho (UFG)
Este trabalho efeito de uma recente experincia como professor em um curso de Especializao em
Lingustica Aplicada, de uma universidade federal. No curso ministrei a disciplina Linguagem e Subjetividade,
cujo objetivo principal consiste em oferecer ao estudante-professor uma introduo aos estudos da linguagem
em sua referncia constituio do sujeito, luz de uma perspectiva psicanaltica. O contedo estudado girou
em torno de leituras e discusses referentes aos seguintes temas: linguagem, corpo, constituio do sujeito; o
processo ensino/aprendizagem, linguagem, subjetividade; lngua materna/lngua estrangeira; linguagem, arte,
constituio do sujeito. Ao final do curso, lendo as avaliaes dos estudantes-professores a respeito da
disciplina e do professor, fiquei surpreso, preocupado e decepcionado com determinadas tomadas de posies
que alguns estudantes tomavam diante de questes que, a meu ver, so fundamentais para a constituio das
subjetividades de professores de lnguas. Dentre elas, destaco principalmente o problema da dicotomia teoria e
prtica e da supervalorizao desta em detrimento da outra, e tambm o problema da no considerao da
importncia da linguagem na constituio do sujeito, especialmente do sujeito que estuda ou que ensina
lnguas. So, pois, essas questes destacadas o que venho propor para discusso neste Congresso de
formao de professores de lnguas, considerando que so urgentes para pensar no papel destes como
formadores de alunos. A metodologia da apresentao segue os procedimentos de uma pesquisa bibliogrfica,
com um breve relato de trabalhos j publicados que do suporte discusso que ser realizada, tais como, por
exemplo, Revuz (1998), Lemos (2007), Freire & Murce (2009). Dentre os resultados esperados, que so
tambm algumas concluses, pretendese chegar a entender um pouco melhor o problema do lugar dos
estudos da linguagem que levam em conta a psicanlise na universidade, na formao de professores e o
certo mal-estar que esse problema pode provocar.
Palavras-chave: professor, linguagem, subjetividade
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multiplicao como tnica de novas e futuras aes no campo. Inserido nessa realidade, este trabalho tem por
objetivo discutir a relevncia da educao lingustica do profissional de lngua inglesa e o papel dessa
educao no embasamento de sua prtica, assim como a relevncia de uma teoria de linguagem, no caso a
sistmico-funcional de Halliday (1978, 1985, 1994), para a compreenso da materialidade lingustica na
construo de suas representaes sobre si mesmos, sobre suas identidades profissionais e sobre sua prpria
educao lingustica e seu conhecimento sobre a lngua(gem). Para atingir tal objetivo, utilizamos como corpus
de pesquisa textos de dirios reflexivos produzidos em dois contextos distintos: na formao inicial, a partir de
uma disciplina de gramtica da lngua inglesa no segundo ano de um curso de graduao em Letras/Ingls, e
na formao continuada, em uma disciplina da mesma natureza para professores em servio em um curso de
especializao em ensino-aprendizagem de ingls como lngua estrangeira. Tais textos funcionam como fonte
para a discusso de questes relativas s realizaes lxico-gramaticais nos textos, especificamente em
relao sua transitividade (Halliday, 1994; Eggins, 1994; Thompson, 1996) e como os processos utilizados
por professores em sua produo textual revelam aspectos relacionados s suas representaes. Os
resultados das anlises com base na gramtica sistmico-funcional fornecem elementos relevantes para a
compreenso dos discursos de professores e podem contribuir para elaborao de futuras aes que possam
fomentar cursos de formao inicial e continuada no contexto em que ambos os cursos so desenvolvidos.
Palvras-chave: formao inicial e continuada, reflexo, gramtica sistmico-funcional
ESTRATGIAS DE APRENDIZAGEM E O ENSINO DE LNGUA INGLESA VIA INTERNET
COM OS RECURSOS DO AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO E APRENDIZAGEM - APRENDER
Pamela Aparecida Melo (UFLA)
Patricia Vasconcelos Almeida(UFLA)
Estratgias de aprendizagem so segundo Paiva (1996), recursos dos quais os alunos fazem uso no momento
da aprendizagem de uma lngua estrangeira para solucionar problemas que surgem durante a aprendizagem,
como por exemplo, quando o aluno deseja aumentar o seu vocabulrio, melhorar sua pronncia, ou ainda
dominar uma estrutura gramatical, dentre outros. Durante o aprendizado presencial de uma Lngua Estrangeira,
espera-se que os alunos desenvolvam estratgias para que melhorem seu desempenho no curso e no seria
estranho esperar que isto tambm acontea em um ambiente virtual. Este trabalho tem como objetivo observar
e identificar quais as estratgias de aprendizagem que os alunos de lngua inglesa, do primeiro perodo do
curso de letras de uma universidade federal, utilizam no momento em que esto participando das aulas em que
a lngua alvo ensinada tendo o computador e a Internet, mais especificamente o Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA) como meio de aprendizagem. Analisando as atividades direcionadas a esses alunos no
AVA procuramos quantific-las e para tal foram feitos questionrios a serem respondidos online. No primeiro os
alunos respondessem de forma aberta questes sobre o uso de estratgias, e o segundo onde eles deveriam
indicar se utilizavam ou no as estratgias sugeridas. Com destaque, pde-se observar que os estudantes,
perante alguma limitao, se sentem mais a vontade em tirar suas dvidas com os colegas, alm de
consultarem a internet por meio de sites de busca e, tambm, consultam o material de aula presencial com
frequncia. Uma estratgia que os estudantes indicaram utilizar e que, segundo eles, os ajudaram a aprender
melhor o idioma atravs de filmes, msicas e jogos.
Palavras chave: estratgias de aprendizagem, lngua inglesa, formao de professor
NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAO E COMUNICAO NO PROCESSO DE FORMAO
DO PROFESSOR DE LNGUA INGLESA A LUZ DA TEORIA DA ATIVIDADE
Patricia Vasconcelos Almeida (UFLA)
Durante dcadas o ensino de lnguas estrangeiras vem sofrendo modificaes devido aos estudos tericos
realizados nesta rea, em prol de uma melhoria tanto no aprendizado, quanto no ensino. A grande novidade
desta poca consiste em usar as novas tecnologias da informao e comunicao para ensinar e aprender
uma lngua estrangeira. Alguns mitos, como o computador substituir o professor, o ensino por meio do
computador ser o melhor de todos at hoje, j foram quebrados. Neste momento, preciso desenvolver nos
professores e alunos, o letramento digital, apropriado para utilizar o computador e todos os seus recursos
pedaggicos, como ferramentas que auxiliam e facilitam o processo de ensino e aprendizagem. No caso das
lnguas estrangeiras, pesquisadores como Warschauer e Healey (1998) e Nardi (1996) vem desenvolvendo
estudos que investigam a insero dos computadores e da Internet no processo de ensino e aprendizagem de
lnguas estrangeiras, com resultados bastante promissores. Nosso trabalho aqui um recorte de uma tese de
doutorado e tem como objetivo demonstrar algumas possibilidades de utilizao do computador e da Internet,
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dentro e/ou fora da sala de aula tradicional, como recurso de material didtico (apoio) e/ou ferramenta ou fonte
de ensino (meio) tendo como base terica o princpio da contradio encontrado na Teoria da Atividade
Engestrm (1987) que nos permite entender as alteraes no sistema de atividade a partir dos diferentes
artefatos utilizados pelos sujeitos. Tendo como contexto de pesquisa o curso de letras de uma universidade
federal cursando a disciplina de metodologia de ensino de lngua estrangeira, os dados foram coletados por
meio de observaes das aulas de metodologia. A anlise dos dados proveniente de uma abordagem
metodolgica exploratria mostrou que na tentativa de se criar tarefas pedaggicas, utilizando diferentes
artefatos de ensino, o professor pr-servio desenvolveu prticas diferentes de acordo com o artefato utilizado.
Palavra chave: tecnologias digitais/ formao de professores/teoria da atividade
A OLIMPADA DE LNGUA PORTUGUESA PROMOVE A EDUCAO LINGUSTICA NA ESCOLA?
Paula Barreto Silva(UESB)
Ester Maria de Figueiredo Souza (orientadora) (UESB)
Autores como Bagno e Rangel (2005) e Vasconcelos (2009) defendem que h necessidade da educao
lingustica na escola brasileira. Faz-se necessrio, portanto, promover reflexes sobre aes e medidas
pblicas de ensino de lngua portuguesa em desenvolvimento no pas, no sentido de se observar se essas, ao
menos, objetivam atender s demandas sociais por uma educao lingustica. A educao lingustica acontece
durante toda a vida, e isso no diferente para o professor de portugus, que precisa se atualizar
constantemente, para ter acesso ao conhecimento cientfico sobre linguagem e compreender as dimenses
polticas do uso da lngua. Para ilustrar essas constataes, seleciona-se a Olimpada de Lngua Portuguesa
Escrevendo o Futuro, programa promovido nacionalmente pelo Ministrio da Educao desde 2008, e
atualmente na sua terceira edio, para analis-la sob a vertente de uma ao demandadora de educao
lingustica. Com o tema O lugar onde vivo, o programa prope aos alunos o resgate das histrias de sua
comunidade para, a partir delas, exercitar a escrita de produo de textos. A implementao da Olimpada
requer a formao continuada dos professores da educao bsica que dela participa. A anlise dessa
iniciativa revela que a proposta didtica da Olimpada seleciona os gneros do discurso como objeto de ensinoaprendizagem e, embasada numa concepo interacionista da linguagem (GERALDI, 1984), assume que as
diversas esferas da atividade humana esto necessariamente relacionadas a determinados usos da linguagem
(BAKHTIN, 1997). Constata-se que a Olimpada busca atender demanda por educao lingustica de sujeitos
escolares e se consolida, sobretudo, por mobilizar esses sujeitos para a apropriao do conhecimento sobre a
lngua (TRAVAGLIA, 1998), nas dimenses de competncia linguistica, discursiva e poltica.Palavras-chave:
educao lingustica; formao de professores; ensino-aprendizagem de lngua portuguesa.
A RELAO TEORIA E PRTICA NA FORMAO DO PROFESSOR DE INGLS
Paulo Roberto Boa Sorte Silva (PUC-SP)
Os conhecimentos acerca das abordagens, mtodos e tcnicas de ensino de ingls, formulados e difundidos
por especialistas so tidos, por muitos professores em formao inicial e continuada, como distantes da
realidade ou impossveis de serem aplicados. Para melhor compreender esse problema e repensar as
questes que envolvem a profissionalizao de professores de ingls, faz-se necessrio lanar um olhar sobre
trs ideias: teoria, saberes e prtica. Esta pesquisa, em andamento, colabora com a compreenso dos motivos
pelos quais os professores de ingls ainda tm dificuldade em associar os contedos dos cursos de formao
aos acontecimentos que se do em seus contextos de ensino. O objetivo investigar como professores de
ingls em formao inicial e formao continuada entendem a relao teoria e prtica, a partir dos sentidos e
significados, na perspectiva vygotskyana, conferidos a esses termos. Os pressupostos tericos que
fundamentam esta pesquisa so: Thomas (1997), Rajagopalan (1984; 1998), Vygotsky (2001), Tardif (2002),
Canagarajah (2005), Charlot (2005), Kumaravadivelu (2006) e Pennycook (2010). Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, caracterizada como estudo de caso, de cunho analtico-interpretativo. Os dados so coletados por
meio de observao e gravao em udio das aulas dos professores participantes atuando nas escolas
regulares, notas de campo, dirios reflexivos dos alunos-professores e do pesquisador e entrevistas. Para o
desenvolvimento da anlise, adota-se uma perspectiva dialgico-enunciativa, discutida por Brait (2006). Os
resultados mostram a viso dos professores de ingls em formao acerca dos termos teoria e prtica e a
possvel relao existente entre eles.
Palavras-chave: teoria; prtica; formao do professor de ingls.
PARTICIPAO POLTICA NA INTERNET:
137
138
be tested. Bearing this in mind, this study focuses on the reflective practice of an English teacher in a TBA class
at the Extra Curricular Course, at Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, who observed her students
needs and learning context to develop a Task-Test, that is, a written test which contains elements of a task
according to Ellis (2003) criteria. In this SLA context, teachers are expected to assess students by using, at
least, one written test. However, during the classes, the teacher observed the need for a communicative
assessment since that was the main scopus in which the classroom activities were based on. Therefore, the test
was developed as an attempt to combine the topics which were being studied by the students in their book
lessons to the TBA approach main aspects, which was being used by teacher during the classes. Later on,
students answered a questionnaire about their perspective on the Task-Test which was then used for research
purposes in the teachers TCC. Taking into account the aforementioned, this study reports the actions
undertaken by this teacher in the attempt to construct the Task-Test and also how this pedagogical action
turned out to be the focus of her TCC. All in all, this study also shows the possibility of theorizing upon teachers
pedagogical practice.
Key-words: Task Based Approach, Task-Test, Reflective Practice
O PROFESSOR, A PESQUISA LINGSTICA E SUA APLICAO AO ENSINO DE LNGUAS: O EXEMPLO
DA RELAO ENTRE OS CONSTITUINTES PROSDICOS E O ENSINO DO USO DA VRGULA
Priscilla da Silva Santos (UnB /UniCEUB)
Daniele Marcelle Grannier ( UnB)
Neste trabalho propomo-nos a demonstrar que o conhecimento dos resultados das pesquisas lingusticas e de
sua aplicao ao ensino de lnguas so fundamentais na formao do professor. Para isso, utilizaremos os
resultados de um estudo fonolgico dos constituintes prosdicos da fala em lngua portuguesa aplicados ao
ensino da pontuao e, em especial, ao uso da vrgula em textos escritos em portugus. Baseamos-nos no
pressuposto de que a transposio da prosdia interfere na produo textual dos alunos de lngua portuguesa,
de nvel superior, sobretudo na pontuao, que foi identificada como um dos principais geradores de problemas
na construo de sentidos em nvel oracional na redao desses alunos. comum os alunos utilizarem a
vrgula entre os constituintes sintticos Sujeito/Verbo e Verbo/Objeto que, segundo as regras ortogrficas, no
devem ser separados, acarretando problemas coesivos em suas produes textuais. Nossa anlise evidencia
que isso se deve transposio das pausas da fala como vrgulas no texto escrito, sem levar em conta quando
h ou no correspondncia entre os constituintes prosdicos e os sintticos. Considerando esses
pressupostos, propomos uma metodologia de ensino da lngua portuguesa que se baseia na leitura de textos
autnticos e, em determinados momentos, enfoca a questo da pontuao, desenvolvendo atividades
indutivas, conduzindo o aprendiz produo de textos. Na anlise fonolgica dos constituintes prosdicos da
fala, contemplamos o quadro terico da Fonologia Prosdica de Nespor e Vogel (1986) e na aplicao ao
ensino trazemos para o ensino da lngua materna as diretrizes da abordagem interacional de Ellis (1999) e do
recurso ao foco na forma (Long, 1988, entre outros), utilizadas no ensino de segundas lnguas. A associao
de atividades indutivas ao recurso do foco na forma no ensino de lnguas segue Grannier (2006). Utilizando
uma amostra de material instrucional para um pblico alvo universitrio, examinaremos como o professor
formado para ser um especialista em lngua portuguesa, capaz de lidar com a aplicao dos resultados de
pesquisas lingsticas, est preparado para conduzir atividades de natureza reflexiva que levem seus alunos a
produzir textos com segurana.
REFLEXES DE UMA EQUIPE PEDAGGICA: NOVOS FAZERES NA EAD
Rafael Matielo
Este trabalho visa relatar as reflexes de uma equipe pedaggica (uma professora e dois professores-tutores)
em relao ao processo de tomada de deciso ao construir tarefas de produo e compreenso oral. O curso
em questo consistia em um curso de ingls como lngua estrangeira para propsitos especficos na
modalidade a distncia, oferecido para a Secretaria de Portos do Governo Federal. As reunies didticopedaggicas aconteciam semanalmente a distncia por meio de sesses de Skype e trocas de e-mails. Os
processos de deciso envolviam (i) a formatao e estruturao do curso (1 mdulo de ambientao, 3
mdulos temticos e 1 mdulo de reviso), (ii) a escolha das temticas e estruturas gramaticais e lexicais a
serem trabalhadas, (iii) a elaborao de tarefas com foco na forma (Long, 1991) e (iv) a implementao das
tarefas (atividades obrigatrias e complementares no AVEA, videoconferncias semanais e chats semanais via
Skype), priorizando momentos de planejamento pr-tarefa (Foster & Skehan, 1996) e repetio (Bygate, 2001;
DEly, 2006). Atravs das sesses de skype e e-mails trocados possvel perceber que todo o processo de
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tomada de deciso pontuado pela colaborao e participao mtua entre professor e professores-tutores, o
que denota uma descentralizao de poder, enfatizando o papel do professor coletivo na EAD (Belloni, 2006).
Alm disso, vale ressaltar a importncia de a equipe comungar de uma mesma viso de ensinar e aprender, o
que parece ter tido um impacto positivo tanto no planejamento das atividades quanto na implementao delas.
Palavras-chave: Ensino a distancia; tomada de deciso; colaborao
MULTILETRAMENTOS E PRTICAS LETRADAS:
INFLUNCIAS NA FORMAO DE PROFESSORES DE ESPANHOL
Raimundo Nonato Moura Furtado
(Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia)
As concepes de letramento conforme os Novos Estudos do Letramento orientam a investigao das diversas
prticas letradas e sua influncia na formao docente, universo deste trabalho. Seu objetivo principal
analisar que prticas letradas (dominantes e vernaculares) um grupo de professores em formao, aprendizes
de Espanhol como Lngua Estrangeira - E/LE, tiveram contato ao longo de suas vidas e as possveis
implicaes desse fenmeno para a aquisio dos mltiplos letramentos com nfase no digital e no crtico.
Trata-se de uma pesquisa explicativa de carter diagnstico (GIL, 2002) situada no paradigma qualitativointerpretativista (BORTONI-RICARDO, 2008). A amostra foi construda por duas fontes: dois questionrios e a
anlise das atividades de um ambiente virtual de aprendizagem (SOLAR). Os resultados mostram a ocorrncia
de prticas letradas heterogneas vinculadas s diferentes agncias de letramento s quais estes participantes
estiveram e esto relacionados com predominncia de prticas vernaculares. A pesquisa tambm aponta para
a predominncia de prticas letradas vernaculares que aparecem ao longo de toda a trajetria dos
participantes e que, em geral, no so valorizadas pela escola. Conclui-se que muitas questes sociais esto
diretamente relacionadas incluso ou excluso dos participantes em determinadas prticas letradas e que
estas influenciam diretamente no momento atual da formao de sua formao.
Palavras-chave: letramento(s), prticas letradas e formao de professores.
LETRAMENTO CRTICO E ESCRITA EM LNGUA INGLESA EM AULAS DE NVEL BSICO
DO PROJETO CASAS DE CULTURA NO CAMPUS
Raphaela Priscylla Barros Silva Universidade Federal de Alagoas
O Projeto de Extenso Casas de Cultura no Campus da Universidade Federal de Alagoas tem por objetivo
inserir seus alunos do curso de Letras na prtica docente e permitir que alunos de outras graduaes tenham
acesso ao ensino-aprendizagem de lngua inglesa. O objetivo como professores do projeto formar cidados
crticos por meio do trabalho com a lngua inglesa. Observando tanto o interesse quanto a dificuldade dos meus
alunos em relao produo escrita, decidi investigar por meio de uma pesquisa-ao (Thiollent, 1982) o
desenvolvimento da produo escrita em lngua inglesa. Nesta comunicao pretendo, portanto, compartilhar e
discutir os resultados deste estudo. As teorias que norteiam a pesquisa so de Cervetti et. al. (2001), Mattos &
Valrio (2010) e Brydon (2010), que tratam de questes como leitura crtica, diversidade e as teorias dos novos
letramentos no mundo global. Para conduzir o trabalho em relao escrita, a abordagem escolhida foi o
process writing (SEOW, 2002; HARMER, 2007). Os instrumentos que utilizei para a coleta de dados foram os
dirios de aula escritos pela professora-pesquisadora, as produes escritas, os questionrios e comentrios
dos alunos. As aulas foram preparadas e ministradas de maneira a promover o pensamento crtico por meio de
debates e discusses. O resultado mostra que o trabalho realizado permitiu aos alunos utilizarem estratgias
de ensino-aprendizagem satisfatoriamente e se sentissem mais confiantes para expressar suas opinies na
escrita. Sendo assim, apesar de o nvel dos alunos ser elementar e eles ainda produzirem textos com falhas
gramaticais, possvel que eles argumentem utilizando a lngua alvo.
Palavras-chave: letramento crtico, ensino-aprendizagem de lngua inglesa, process writing
IDENTIDADES: IMAGENS PROJETADAS DE PROFESSORAS EM FORMAO INICIAL
Raquel Gamero (UEL)
A formao de professores de Lngua Inglesa em nvel inicial tem sido alvo de pesquisas e publicaes nas
ltimas dcadas e os estudos de identidades de professor tem sido um rico campo de investigao tanto na
formao inicial quanto continuada. Convergente com esses focos de pesquisa, nesta comunicao objetivo
responder se o perfil identitrio de professor-pesquisador desenhado pelas participantes como imagem de si
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para o outro por meio das representaes construdas ao longo da pesquisa. Com este questionamento discuto
o perfil identitrio desenhado pelas participantes como imagem de si para o outro. Para tratar do conceito de
linguagem opto pelo construto terico-metodolgico do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999;
2006; 2008) e para tratar dos conceitos de identidade adoto autores que consideram o indivduo como um ser
socialmente constitudo (MOITA LOPES, 1996; BEIJAARD, et al., 2004; BUCHOLTZ; HALL, 2005). Os corpora
desta pesquisa so compostos por quatro conjuntos de dados, formados por textos escritos (atividades de
anlise e interpretao da linguagem utilizada em sala de aula de lngua inglesa e relatos autobiogrficos) e
orais (grupo focal). O procedimento de anlise aplicado no tratamento dos dados partiu de uma leitura
cautelosa em busca do contedo temtico referente a, p imagens de professor e em seguida, analisados
linguisticamente pelo referencial do ISD. Os resultados revelam a contradio como parte integrante da
identidade fragmentada, desencadeada pelas mudanas caractersticas de seu momento scio-histrico e, por
mudanas sociais, estruturais e institucionais. Percebo que as imagens projetadas remetem a um agir docente
genrico e a no filiao ao grupo profissional. Portanto, compreendo que essas imagens constituem as
representaes que as AP tm sobre a profisso e j sofrem influncias do discurso social recorrente (e
negativo), advindo de outras esferas sociais.
Palavras-chave: educao inicial professores, identidade profissional, imagens.
TEACHER IDENTITY AS PEDAGOGY IN THE INTERNET ERA:
REFLECTIONS ON LANGUAGE TEACHING, DISCOURSE, IDENTITY, AND TEACHER EDUCATION
Regina Celia Halu (Universidade Federal do Paran)
My aim in this paper is to establish a dialogue with Morgans (2004) discussion of how a teachers identity can
be performed through discourse, being taken as a strategic pedagogical resource in the contingent and
relational processes in which teachers and students engage in their ESL classes. Bringing the discussion to the
context of initial language teacher education in a Brazilian public university, I use post-structural notions of
discourse, identity and performativity as a basis to consider the space offered by virtual social networks for
identity performances which may involve teacher(s) and students. Being actually the unfolding of my doctoral
research on the different concepts of language teacher education, I reflect on the ethical impact of these
performances on our English teaching/learning practices. I try to explore the possibility of moments of nonviolence in the relationality with the other, moments in which students and teacher(s) learn from each other
(TODD, 2003) in this specific Brazilian context of English learning and teacher education. Like Morgan, I bring
examples of my own teaching/learning practice to discuss if and how teacher(s) and students may really build a
safe space in the classroom (ANDREOTTI, 2005; JORDO, 2007), where they are able to engage in
conversations in which one is open to learn from other, listening to the other and reading the other as texts that
are continually performed in ways that challenge group assumptions around language, education, gender, and
power relations.
O INTRPRETE DE LNGUA DE SINAIS NOS DOCUMENTOS OFICIAIS: IMAGEM E IDENTIDADE
Rejane Cristina de Carvalho Brito (Universidade Estadual De Montes Claros)
O foco da nossa pesquisa o intrprete de lngua de sinais (ILS) que est inserido no cenrio do ensino de
lnguas na escola regular. O objetivo deste estudo analisar, pela via discursiva, documentos oficiais e textos
que orientam a profisso do ILS na educao dos surdos brasileiros para, atravs das representaes acerca
do intrprete, problematizar a formao e a atuao do profissional. Para a anlise discursiva nos baseamos
nos estudos discursivos foucaultianos e tambm contamos com algumas noes da psicanlise freudolacaniana. A profisso do ILS foi recentemente regulamentada no Brasil, mas a funo do intrprete na
educao dos surdos no algo recente. H registros da atuao de intrpretes desde que a lngua de sinais
iniciou o seu processo de reconhecimento em diversas partes do mundo, mas antes do reconhecimento,
parentes e amigos de surdos j usavam os sinais domsticos (familiares) para ajudar na interao do surdo na
sociedade. Neste estudo, a relao entre os discursos e a memria/histria permite ver a identidade do
intrprete de lngua de sinais como no acabada, deslocada e (trans)formada na vrias prticas de
subjetivao , nos significados scio-histrico-culturais materializados nos dizeres sobre o que ser intrprete,
o que interpretar, nos discursos inclusivos, educacionais e sociais que norteiam e documentam a profisso.
Em todo o pas, crescente o nmero de cursos da lngua de sinais brasileira (Libras) e h um considervel
aumento na procura de cursos formadores de intrpretes. Essa ascenso da profisso pode ser justificada pela
obrigatoriedade da presena do intrprete em todos os contextos educacionais em que houver estudantes
surdos, o que aumenta a demanda pelo profissional. Sendo assim, justificamos a necessidade de problematizar
141
os textos que orientam e documentam a profisso do intrprete de lngua de sinais no Brasil abordando a
construo de sua identidade.
Palavras-chave: Intrprete, discurso, identidade
APRENDER A ENSINAR INGLS EM ESCOLAS PBLICAS DO INTERIOR:
O ACONSELHAMENTO LINGUAGEIRO COMO FORMA DE INTERVENO E FORMAO DOCENTE
Rejane Santos Nonato (UFPA)
Orientadora: Walkyria A. G. Passos Magno E Silva (UFPA)
Ensinar Lngua Estrangeira (LE) em escolas pblicas do interior uma tarefa muito difcil, uma vez que as
condies de trabalho ofertadas so extremamente precrias: escolas sucateadas, turmas superlotadas, falta
de material didtico de recursos tecnolgicos, tempo reduzido etc. Por outro lado, segundo Paiva (1997), o
ideal seria que o professor de LE tivesse bom domnio do idioma, slida formao pedaggica com
aprofundamento em lingustica aplicada, alm claro de uma aguada conscincia poltica. Mas no isso
que se v, principalmente nas escolas pblicas. O que existe uma dicotomia entre escolas pblicas e cursos
de idiomas. Nesses ltimos, os profissionais mais proficientes seguem o caminho dos cursos livres, restando
escola pblica os menos qualificados. Dessa forma, entendendo a necessidade de qualificao profissional dos
professores de LE e as remotas condies de oferta de formao continuada para professores de LE de
escolas pblicas de cidades do interior, que pensamos uma forma de interveno e formao que visa
conhecer melhor esse profissional tantas vezes desvalorizado e incentiv-lo a buscar sua autonomizao e
consequentemente a melhoria de sua prtica docente. Para tanto, nos utilizaremos do aconselhamento
linguageiro que um novo campo de pesquisa, mas que pode exercer grande influncia no processo de
ensino-aprendizagem, apoiando as aes desenvolvidas em sala de aula (GARDNER; MILLER, 1999;
MOZZON-McPHERSON, 2007; RILEY, 1997; VIEIRA, 2007). A metodologia de pesquisa adotada enquadra-se
no mtodo de pesquisa qualitativa. A sequncia de procedimentos apia-se no projeto coordenado por
MAGNO E SILVA que est sendo desenvolvido na UFPA, no qual primeiramente, analisa-se a experincia
pessoal de aprendizagem de LE do aconselhado e identifica-se uma rea de preocupao pessoal; em
seguida, planeja-se pr-ativamente, visando a rea de preocupao pessoal; o terceiro passo exercer uma
interveno monitorada, agindo e refletindo, coletando e analisando informaes por meio de observao,
notas de campo, narrativas, checklists de avaliao, questionrios etc.; por fim, como ltima etapa, d-se a
avaliao e o replanejamento, levantando os pontos positivos e negativos da interveno, planejando uma
nova interveno para o mesmo problema ou, se ele estiver resolvido, procura-se identificar um novo problema
e recomear o ciclo.
PALAVRAS-CHAVE: aconselhamento linguageiro, autonomia, escolas pblicas, ensino de LE.
FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUAS, EDUCAO A DISTNCIA E TECNOLOGIAS DE
INFORMAO E COMUNICAO NO I, II E III CLAFPL
Renata Costa de S Bonotto (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Essa comunicao apresenta uma reflexo sobre as relaes entre formao de professores de lnguas,
Educao a Distncia (EAD) e Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs). A partir dos materiais do I, II
e III Congresso Latino-Americano de Formao de Professores de Lnguas (CLAFPL) que abordam essas
temticas, realiza-se um levantamento e sistematizao dessas produes por temas e sub-temas buscando
apontar as inter-relaes entre EAD, TICs e formao de professores de lnguas. Seis temas emergem da
anlise do I CLAFPL: aspectos da organizao e implantao de projetos e cursos de formao inicial e
continuada a distncia; aspectos da conduo; aprendizagem de lnguas com suporte das TICs na formao
inicial; desenvolvimento de professores atravs das TICs; formao de professores para atuar em contextos
mediados pelas TICs; e TICs enquanto ferramentas de suporte pesquisa sobre formao de professores de
lnguas. Os resultados das anlises dos materiais do II e III CLAFPL esto em fase de elaborao. Os
resultados at aqui salientam a integrao dessas temticas com outras j estabelecidas no mbito da
Lingstica Aplicada, como a reflexo, a construo da identidade atravs de narrativas e gneros textuais bem
como do letramento crtico. Dado que a EAD na formao inicial e continuada e a insero das TICs no
contexto escolar constituem polticas pblicas visando melhoria da qualidade do sistema de ensino brasileiro,
destaca-se a necessidade de pesquisas que busquem um conhecimento maior sobre como os projetos de
formao via EAD tm se organizado e desenvolvido, bem como, as decorrncias dessa formao no entorno
escolar, na aprendizagem de lnguas e nas prticas pedaggicas. Ainda, a sistematizao de conhecimentos
142
atravs de revises e elaborao de estados da arte torna-se importante para criar uma massa crtica de
informaes relevantes que possam ser usadas para revisar e informar essas polticas.
Palavras-chave: Formao de Professores de lnguas. Educao a Distncia. Tecnologias de Comunicao e
Informao.
REPRESENTAES SOBRE CULTURA NAS AULAS DE INGLS
DE ALUNOS DA GRADUAO EM LETRAS INGLS DA UFSC
Renata Gomes Luis (UFSC)
Diversos pesquisadores em diferentes reas (Byram, 1989; Hall, 1997; Kramsch, 1998) j enfatizaram a
relao intrnseca existente entre lngua e cultura. Neste aspecto, a principal discusso no campo da lingustica
aplicada parece ser a identificao de como esses conceitos lngua e cultura deveriam estar conectados na
sala de aula de lngua (Kramsch, 1998; Risager, 2006). Dessa forma, este estudo tenta entender a relao
entre lngua e cultura na sala de aula de lngua estrangeira (LE) atravs das representaes sobre cultura e
aprendizado de cultura nas aulas de ingls de alunos da graduao em Letras Ingls da Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC). A coleta de dados consistiu-se de um questionrio aberto, entrevistas semiestruturadas e troca de emails entre os participantes e a pesquisadora. Uma anlise temtica dos dados
demonstrou que os participantes representavam cultura principalmente de duas formas como produtos ou
prticas. Da mesma forma, eles consideravam aprendizado de cultura como aprendizado sobre contedos dos
pases falantes de ingls ou como aprendizado em relao como usar funes pragmticas da lngua de
forma apropriada, dependendo do contexto. A relao entre lngua e cultura foi mais facilmente percebida
quando cultura era vista como prticas e o aprendizado de cultura como aprendizado das formas de usar a
lngua em diversos contextos. Talvez o primeiro passo em direo construo de um ambiente de
aprendizagem de ingls como lngua estrangeira no qual todas as culturas so discutidas e valorizadas, no
apenas as culturas nacionais dos pases da lngua-alvo ou a cultura nacional dos alunos (Risager, 2006)
comear a olhar culturas como prticas que, acima de tudo, podem sempre estar em processo de mudana.
Palavras-chave: representaes, cultura, aulas de ingls.
DISCIPLINAS DE LNGUA, LITERATURA E FORMAO DOCENTE: UMA INTEGRAO POSSVEL
Renata Philippov (Universidade Federal de So Paulo)
A educao bsica tem sido h bastante tempo criticada por se manter isolada da realidade fora de seus
muros, com contedo que no reflete as reais necessidades do mundo fora da sala de aula. Tal fenmeno,
conhecido como encapsulao escolar (Engestrm, 1991), cobe qualquer tentativa de se trabalhar de forma
integrada e colaborativa, buscando aliar os contedos curriculares ao mundo real, causando no aluno
sensao de desinteresse e alienao e, portanto, impedindo uma aprendizagem efetiva. Apesar de algumas
iniciativas visando romper tal encapsulao, o caminho ainda longo e no se restringe educao bsica.
Cursos superiores em Letras no Brasil h muito contemplam aulas de lngua e literatura estrangeiras e
formao docente de forma igualmente fragmentada, com disciplinas sem integrao nem interdisciplinaridade,
assim encapsulando a aprendizagem. Alunos no conseguem perceber ligao entre os contedos das
disciplinas pensadas de forma estanque e sem continuidade ou planejamento conjunto dentro da grade
curricular. O isolamento dentro da grade reflete tambm ruptura com relao realidade fora da escola. Se
algumas instituies de ensino superior contemplam a aprendizagem de lngua estrangeira atravs das teorias
dos gneros, visando trabalhar com contextos de uso da lngua, mesmo assim o trabalho interdisciplinar tende
a no ocorrer. Perde-se, portanto, uma rica oportunidade de se fazer uma gesto curricular integrada em
disciplinas de lngua, literatura e formao docente. Os egressos de cursos de Letras acabam perpetuando a
encapsulao em sala de aula por mero desconhecimento da riqueza que tal integrao pode trazer. Esta
comunicao tem por objetivo relatar uma experincia de integrao entre lngua, literatura e formao docente
dentro de uma disciplina de um curso de Letras Ingls em uma universidade pblica no estado de So Paulo,
sob as perspectivas da Teoria da atividade scio-histrico-cultural (Liberali, 2009) e da Aprendizagem
colaborativa (Magalhes e Fidalgo, 2011).
ENTRE O INSTRUTOR DE LNGUAS E O EDUCADOR LINGUSTICO:
CRENAS DE LICENCIANDOS NA FORMAO INICIAL DO PROFESSOR DE INGLS
Ricardo Luiz Teixeira de Almeida (Universidade Federal Fluminense)
143
Esta pesquisa qualitativa em andamento parte de uma reflexo sobre as crenas de alunos e professores
quanto inadequao da escola regular como locus de ensino eficaz de lngua inglesa (crena que se
estabelece pela oposio entre escolas regulares e cursos livres), para, ento, traar o perfil de um grupo de
licenciandos em lngua inglesa numa universidade pblica no Rio de Janeiro, enfocando suas trajetrias e
crenas como (futuros) professores de ingls. Acreditamos, como Pedro Garcez, que o papel do professor de
ingls nos cursos livres no o mesmo que o daqueles que atuam nas escolas regulares, j que nos cursos
sua funo primordial a de instrutor, enquanto nas escolas, seu papel deveria ser o de educador lingustico
(ASSIS-PETERSON, 2003). Considerando a hiptese de que a maioria dos licenciandos de ingls frequenta ou
frequentou algum curso de ingls durante muitos anos, de se esperar que crenas prprias desse contexto
embasem boa parte de sua viso quanto ao que significa ensinar ingls no Brasil. O que buscamos, portanto,
ao analisar os dados gerados pela aplicao de questionrio aberto, delinear esse perfil e sugerir algumas de
suas implicaes para o trabalho do formador de professores de ingls, especialmente, daquele comprometido
com a formao de educadores lingusticos e com o contexto das escolas regulares. Esperamos, ainda,
atravs do dilogo com pesquisas de cunho semelhante em outras universidades do pas, contribuir com
nossos resultados, necessariamente parciais e no generalizveis, para uma melhor compreenso das crenas
e do perfil daqueles que buscam, nas grandes metrpoles brasileiras, os cursos de licenciatura em lngua
inglesa.
Palavras-chave: Crenas em Ensino-Aprendizagem, Ensino de Ingls como Lngua Estrangeira, Formao de
Professores.
UMA ANALSE DA CULTURA NA FORMAO DE PROFESSORES DE E/LE NA MODALIDADE EAD.
Ricardo Paulo Costa Dos Anjos
(Universidade Do Estado Da Bahia)
Na atualidade indispensvel que o professor de Lngua Estrangeira (LE) conhea e faa conhecer a
diversidade cultural dos povos de Lngua Alvo (LA) em suas aulas. Esta observao e o aumento da oferta de
cursos de formao de professores de Espanhol como Lngua Estrangeira (E/LE) na modalidade Educao a
Distncia (EAD) me levou seguinte pergunta de partida: Que espao destinado cultura na formao de
professores de Espanhol na modalidade EAD? O objetivo geral desta pesquisa foi observar qual espao
destinado s culturas dos povos de LA nesses cursos. Para tanto se fez necessrio realizar uma pesquisa
bibliogrfica, selecionar a populao amostra e realizar a analise dos currculos. Esta investigao
fundamentou-se em Almeida Filho (1999), Paraquet (2009), Giolo (2009) e Mota (2004). Aps a seleo da
populao amostra o curso de Letras Portugus/Espanhol e respectivas literaturas da Universidade do
Tocantins e o curso de Letras Portugus/Espanhol da Universidade Metodista foi realizada uma anlise
quanti-qualitativa da grade curricular dos cursos. O resultado deste estudo demonstrou que a cultura no
possui um espao privilegiado na formao dos professores de E/LE dessas universidades.
Palavras-chave: Cultura. Formao. Educao distncia. Currculo.
OS/AS DOCENTES POR ELES/AS MESMOS/AS: DISCURSOS E REPRESENTAES
Risalva Bernardino Neves (Universidade de Braslia)
O presente trabalho parte dos resultados iniciais de minha pesquisa de mestrado Representaes de
docentes da educao bsica da escola pblica em documentos legais e em matrias jornalsticas: uma
questo discursiva, em desenvolvimento no Programa de Ps-Graduao da Universidade de Braslia. O
corpus principal da pesquisa predominantemente documental, composto pela Lei Lei N 11.738, de 16 de
julho de 2008 e por reportagens coletadas no jornal Correio Braziliense no perodo de maro a maio de 2012 e
textos coletados no site do Sindicato de Professores, divulgados no mesmo perodo, mas tambm se apoia em
um corpus ampliado de entrevistas com professores/as que atuam na educao bsica em uma escola pblica
no Plano Piloto do Distrito Federal. O objetivo geral investigar aspectos identitrios e ideolgicos no discurso
dos/das docentes e sobre os/as docentes da educao bsica da escola pblica no Distrito Federal a respeito
das investidas governamentais de valorizao da educao e do/a profissional de educao. Em documentos,
analiso a Lei N 11.738, de 16 de julho de 2008, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os
profissionais do magistrio pblico da educao bsica, e reportagens do jornal Correio Braziliense sobre a
greve dos/as profissionais de educao deste ano. Na parte etnogrfica, que o foco desta comunicao,
investigo como esses profissionais se representam, com que vozes seus discursos se alinham e se h
indcios de representaes criativas ou disciplinadoras em seus discursos no que diz respeito s polticas de
valorizao da educao. Para isso, lano mo de entrevistas semiestruturadas com docentes de uma escola
pblica do DF, entendendo que o discurso uma forma de ao, de interao, de representao e de
144
identificao nas prticas sociais, portanto uma prtica que se relaciona com questes de identidade e poder. A
anlise das entrevistas feita luz do arcabouo terico-metodolgico da Anlise de Discurso Crtica (ADC)
(Chouliaraki & Fairclough, 1999; Fairclough, 2003; Resende & Ramalho, 2006; Ramalho & Resende, 2011), de
vertente britnica e latino-americana. Tal abordagem baseia-se em uma concepo de linguagem como parte
irredutvel da vida social, concebendo, assim, que linguagem e sociedade esto interconectadas
dialeticamente. Uma anlise preliminar/parcial das entrevistas aponta para representaes mais criativas do
que disciplinadoras nos discursos das docentes em relao aos discursos veiculados pela mdia.
Palavras-chave: ADC; representaes; professores/as.
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA COMPETNCIA LINGSTICA EM INGLS
COMO SISTEMA COMPLEXO
Rita de Cssia Augusto (UFMG)
Nesta comunicao, apresento parte de uma pesquisa de doutorado que teve como objetivo investigar o
desenvolvimento da competncia lingustica de um professor de ingls participante de um curso de formao
continuada. Neste trabalho, discuto e analiso a influncia do contexto no processo de desenvolvimento da
competncia lingustica desse professor. Tradicionalmente, a rea da Lingustica Aplicada que trata de ensino
e aprendizagem de lngua adicional tem adotado uma perspectiva de causa e efeito para explicar como se d a
aprendizagem/aquisio dessa lngua. Nos ltimos anos, diversos estudiosos (LARSEN-FREEMAN, 1997;
PAIVA, 2011) tm defendido a ideia de que o processo de aprendizagem de uma lngua adicional seja visto
como um sistema complexo. Um sistema complexo formado de outros subsistemas que se conectam em
forma de rede. Esses subsistemas agem e interagem modificando o comportamento do sistema como um todo.
Assim sendo, o estudo do comportamento de um sistema complexo demanda ver o contexto como sendo um
dos seus subsistemas. Este estudo se constitui como um estudo de caso e se insere no paradigma da
pesquisa narrativa. Os dados foram coletados atravs de narrativas, entrevistas e questionrios. A anlise do
processo de desenvolvimento da competncia lingustica do participante da pesquisa, enquanto sistema
complexo, evidencia que os fatores contextuais tornaram-se parmetros de controle que alteraram a trajetria
feita por esse sistema. Portanto, nesse caso, o contexto no foi apenas um pano de fundo para os
acontecimentos, mas sim parte de um todo que modifica e modificado por esse todo atravs de um processo
que dinmico e no linear.
ELABORAO E USO DE SITUAES-PROBLEMA PARA A FORMAO DOCENTE INICIAL
DE LNGUA INGLESA: PROPOSTAS DE PROFESSORES EM UMA COMUNIDADE DE PRTICA
Rita Cssia Conejo (UEM)
Aline Cantarotti (UEM)
A universidade constitui um lcus privilegiado para a formao docente. Porm, de acordo com Perrenoud
(2002), o simples fato de se ter acesso a ela no garante uma formao de qualidade, j que preciso saber
como tal formao concebida e realizada. Isto implica considerar aes realizadas, decises tomadas e
prticas desenvolvidas nesse processo. Como integrantes de uma Comunidade de Prtica (CP), formada por
professores de ingls da Universidade Estadual de Maring (Grupo de Estudos Formao continuada de
professores de lngua inglesa- UEM), enfocamos aqui a elaborao e a relevncia do uso de situaesproblema em salas de aula de formao docente inicial de profissionais do ensino de ingls, que atuaro
futuramente em contextos variados tais como escolas de educao bsica ou de idiomas, entre outros. Ao
estudarmos o Parecer CNE/CP 009/2001 que institui as diretrizes curriculares nacionais para a formao de
professores da educao bsica, em nvel superior, curso de licenciatura e graduao plena, bem como
referencial bibliogrfico a respeito do desenvolvimento de competncias, e do uso de situaes-problema no
ensino superior, vistas como uma das estratgias didticas privilegiadas, percebemos a relevncia do
aprofundamento das discusses sobre tais temticas. Esta comunicao, no entanto, se ocupar apenas das
situaes-problema, as quais so entendidas como uma das possveis pontes para a transposio didtica dos
diversos nveis de conhecimento, visando prtica docente. Seu objetivo , portanto, apresentar e discutir a
situao-problema concreta proposta por uma das formadoras do grupo a fim de exemplificar de que forma o
trabalho com esse recurso pode ser desenvolvido. Os resultados enfocaro a reao das formadoras
participantes diante da descrio da referida situao-problema e da sugesto de seu uso futuro. Conclui-se
pela validade do uso de situaes-problema para a incluso do componente prtico em quaisquer disciplinas
dos cursos de formao docente inicial.
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146
Neste trabalho, apresento alguns dados alcanados em minha pesquisa de mestrado e que uma amostra da
relao afetiva construda em um grupo de mestrandos em Lingustica Aplicada, inseridos em um contexto de
ensino a distncia. A pesquisa se desenvolveu em uma turma de treze mestrandos de uma universidade
pblica do centro-oeste. Tais dados s agora foram trabalhados de maneira aprofundada, uma vez que no
constituam o objetivo principal da minha pesquisa de mestrado, mas que se revelaram como importantes
dados a serem analisados, a fim de perceber como a relao afetiva construda neste grupo facilitou a
interao dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem e, desta forma, desencadeou a formao de
novas atitudes. O embasamento terico se firmou, especialmente, nos trabalhos de Arago (2005, 2008),
Maturana (1991, 1998) e Vygotsky (1961, 1996), entre outros pesquisadores. Trata-se de um estudo de caso
de natureza qualitaitvo-interpretativista. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram observao dos
fruns, questionrio e entrevista de grupo. Os resultados sugerem que as relaes afetivas foram se
construindo ao longo do curso a partir das falas postadas nos fruns; que os desafios impostos pelo uso do
ambiente online utilizado para a realizao do curso no serviram como obstculo para o bom andamento das
discusses e interaes desencadeadas nos fruns e, que a experincia atual vivenciada pelos participantes
deste grupo, influenciou mais no estabelecimento das relaes afetivas construdas no grupo, do que as
anteriores, bem como as experincias prvias negativas do que as positivas. Concluindo, o estudo oferece
contribuies para a ampliao de pesquisas relacionadas ao contexto virtual de ensino e aprendizagem,
especialmente na ps-graduao e para programas de ps-graduao que oferecem aulas a distncia e que
necessitam considerar as particularidades inerentes a esse contexto.
Palavras-chave: relao afetiva, interaes, ensino a distncia, formao de novas atitudes
A pesquisa-ao na formao continuada de professores de Lngua Inglesa: tecendo novas prticas de
ensino sob o olhar da abordagem crtico-reflexiva
Rodolfo Rodrigues Pereira dos Santos (UFAL)
O ensino de lngua Inglesa no contexto escolar tem motivado cada vez mais o desenvolvimento de pesquisas
na rea da Lingustica Aplicada com o objetivo de redefinir algumas prticas e criar novas metodologias de
ensino que possam tornar a aprendizagem deste idioma significativo para o aluno. No mbito destas
pesquisas, a pesquisa-ao tem se demonstrado uma das correntes metodolgicas fundamentais ao
desenvolvimento de novas prticas de ensino. Tudo isto porque ao se trabalhar com a pesquisa-ao na
formao continuada do professor, possvel perceber as problemticas que dificultam o ensinoaprendizagem da lngua Inglesa e desenvolver, a partir destas problemticas, aes que possam intervir na
prtica de ensino dos professores. Em relao ao desenvolvimento destas aes, adotamos a abordagem
crtico-reflexiva, pois acreditamos que ao refletir sobre sua prtica de maneira crtica, o professor torna-se
capaz de criar novas situaes de ensino. Portanto, este trabalho parte da proposta de um projeto de
mestrado com foco na formao continuada de professores de lngua Inglesa, que objetiva refletir sobre a
pesquisa-ao na formao continuada do professor da escola pblica e o uso da abordagem crtico-reflexiva
como referencial terico que possibilita ao professor reflexes sobre sua prtica para o desenvolvimento de
novas propostas de ensino. Nossa investigao e aes esto pautadas em correntes tericas ento
desenvolvidas sobre processos de formao de professores, FREITAS (2002); CELANI (2001); abordagem
crtico-reflexiva, LEFFA (2001); PAIVA (2005); SILVA & ARAJO (2005); CORACINI (2003), na teoria da
atividade de LEONTIEV (2001) e outros.
Palavras chaves: formao de professores, abordagem crtico-reflexiva, teoria da atividade.
CRENAS E SENTIMENTOS DE TUTORES DE LETRAS/EAD SOBRE SUA PRTICA
Rodrigo Camargo Arago (UESC/IAT)
No mbito do projeto FORTE Formao, Reflexo e Tecnologias na Ensino de Lnguas, esta comunicao
apresenta resultados parciais de uma pesquisa realizada com tutores de um curso de Letras a distncia.
Buscou-se com este estudo, investigar como o tutor do curso de Letras representa sua prtica pedaggica e
como ele concebe esta prtica em contraste com sua atividade docente na educao bsica. A partir da
pesquisa narrativa (Clandinin e Connely, 2000), da pesquisa sobre crenas (Barcelos, 2006; Arago, 2011), de
imagens que representam sua prtica pedaggica (Arago, 2008), foram analisados documentos de pesquisa
que retratam a trajetria pessoal e profissional de oito tutores, bem como a maneira como estes representam
sua prtica no contexto do uso intensificado das novas tecnologias da informao e comunicao. Durante a
investigao, buscou-se responder perguntas como: O que significa ser tutor? Como voc se sente durante as
atividades de tutoria? Como voc compara sua atividade de tutor da atividade de professor do ensino mdio?
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Qual sua relao com as novas tecnologias na tutoria e na escola? Questes sobre as crenas e os
sentimentos desta nova figura da educao superior so comparadas com outros momentos do ensino de
lnguas em que a identidade da profisso se via em processo de construo (Leffa, 1999, 2000).
IMPLEMENTAO DO QUADRO DIGITAL INTERATIVO: UMA EXPERINCIA NO ENSINO DE FRANCS
COMO LNGUA ESTRANGEIRA.
Rosana de Arajo Correia
Tatiana Nardy Pimentel (UnB)
O quadro digital interativo (QDI), amplamente utilizado em pases desenvolvidos, aparece como uma
ferramenta mediadora de prticas pedaggicas inovadoras que motivam tanto os aprendentes quanto os
professores. considerado, por estudiosos dessa ferramenta, como um ambiente de aprendizagem multimdia
dinmico e interativo (Gallego et al, 2009). Este trabalho tem por objetivo apresentar o relato de uma
experincia de implantao de quadros digitais interativos (QDI) em um curso livre de idiomas, cujo projetopiloto uma das vertentes de um projeto institucional de implementao de ferramentas multimdia iniciado em
janeiro de 2010. No intuito de permitir uma aproximao mais fcil do QDI, foi formado um grupo de trabalho
para refletir sobre os limites e potencialidades dessa ferramenta e conceber atividades pedaggicas mediadas
por esse recurso. Os demais professores da instituio receberam formao para a utilizao do QDI e das
atividades produzidas pelo grupo de trabalho. Ao final daquele ano de experincia, os limites do QDI
mostraram-se ligados no somente ao conhecimento tcnico do recurso, mas tambm utilizao de
estratgias de ensino que permitam seu uso de maneira interativa e inovadora. Essa noo de interatividade
construda a partir das contribuies de Mikhail Bakhtin ([1929] 2009), de Mangenot (2001), e de Correia Dias e
Chaves Filho (2003) dentro de uma abordagem do ensino de lnguas centrada na ao. Alm disso, os
resultados desse estudo preliminar apontam que o engajamento do conjunto de professores e o sucesso desse
tipo de projeto dependem dos processos formativos tcnico-pedaggicos, assim como de mecanismos
facilitadores do acesso a essa tecnologia institucionalmente viabilizados.
POLTICAS LINGUSTICAS NA EDUCAO INDGENA: O PAPEL DA ESCOLA YVY POR
Rosana Hass Kondo (Universidade Estadual De Ponta Grossa UEPG)
Considerando que [a] interveno humana na lngua ou nas situaes lingusticas no novidade: sempre
houve indivduos tentando legislar, ditar o uso correto ou intervir na forma da lngua (CALVET, 2007, p.11),
pretendemos por meio deste trabalho investigar a relao que se estabelece entre crenas e atitudes
lingusticas em relao lngua Guarani e portuguesa e a (re)construo da identidade dos Guarani da Aldeia
do Pinhalzinho Tomazina, Paran e a relevncia do estabelecimento de polticas lingusticas que envolvam
toda comunidade indgena para a realizao de uma educao de fato especfica, que atenda as necessidades
e desejos desta comunidade. Para tanto, nos apoiamos teoricamente nos estudos de Cavalcanti (1999), Maher
(2007, 2010, 2011), para discutir polticas lingusticas e formao de professores em contextos linguisticamente
complexos. Utilizamos tambm a Constituio Federal (1988), LDB (1996), RCNEI (1998), para verificar o que
estes documentos apregoam sobre a Educao (escolar) indgena. Em termos metodolgicos, salientamos que
este recorte de uma pesquisa maior, em andamento, que se utiliza da pesquisa qualitativa de carter
etnogrfico cujo objetivo compreender o processo de construo da identidade dos Guarani da Aldeia do
Pinhalzinho, Tomazina - PR, comunidade que foi praticamente suplantada pela cultura dominante, por meio da
investigao da(s) lngua(s) utilizada(s) na comunidade. Junto com as teorias subjacentes sero apresentados
anlises, parciais, de entrevistas e observaes j realizadas na aldeia citada com o intuito de explicitar o modo
como vem sendo construda a Educao destinada para essa comunidade. At o momento, percebemos que a
inadequao de polticas lingusticas e de direcionamento das aes educativas tem contribudo para falta de
resultados mais significativos.
Palavras-chave: polticas lngusticas; formao de professores indgenas; educao (escolar) indgena
CONSCIENTIZAO POLTICA E INSERO NO MERCADO DE TRABALHO
Rosane de Souza Rangel (CEFET)
Katia Celeste Dias Henriques (CEFET/RJ)
O presente trabalho visa apresentar o projeto desenvolvido para a disciplina de Prticas de Letramento e
Educao, do Curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Ensino de Lnguas Estrangeiras, realizado no Centro
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Federal de Educao Tecnolgica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ). Seu objetivo propiciar ao aluno a
inicializao de um processo de autoconhecimento poltico e conscientizao de suas atitudes, relacionando o
tema a sua insero no mercado de trabalho, bem como a mudana de pensamento e atitudes com relao a
sua atuao poltica na sociedade, mais especificamente, em sua cidade. O projeto ser desenvolvido na turma
o
2004, do 2 ano do ensino mdio do CIEP Brizolo 415 Miguel de Cervantes, instituio localizada no
municpio de Itabora-RJ. Sua elaborao teve como base documental as recomendaes do Currculo Mnimo
de Lngua Estrangeira da Secretaria de Educao do Estado do Rio de Janeiro - SEEDUC (documento oficial
norteador da elaborao do planejamento anual de aulas dos professores da Rede Estadual de Ensino). A
inteno do trabalho despertar no aluno um novo olhar sobre a sociedade em que est inserido a fim de que,
tendo conscincia e refletindo sobre suas atitudes e as possibilidades de mudana, possa sentir-se capaz de
pensar diferente e, consequentemente, agir diferente, produzindo resultados importantes para seu
desenvolvimento, no s como aluno, mas, principalmente, como cidado e futuro profissional. Fundamentam
este estudo a perspectiva dialgica e ps-estruturalista de linguagem e o ensino de lnguas estrangeiras a
partir das teorias de letramento crtico.
OS SABERES DO PROFESSOR: LETRAMENTO ESCOLAR
E PRTICAS DE REFACO DE TEXTOS NA SALA DE AULA
Rosangela Alves de Oliveira Santos (PGCEL/UESB)
Ester Maria de Figueiredo Souza (orientadora) (UESB)
Nesta comunicao tematiza-se a docncia focalizando prticas de letramento no ensino fundamental e as
relaes discursivas que os professores estabelecem e indiciam sobre o objeto do discurso docncia (Coelho &
Souza, 2012) no mbito de formao continuada e intervenes pedaggicas referentes pesquisa em
desenvolvimento. A pesquisa integra estudos do grupo de pesquisa Linguagem e Educao GPLED do
Programa de Ps-graduao em Letras da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. O trabalho instanciase na abordagem dialgica da linguagem com problematizaes relativas s proposies tericometodolgicas de elaborao e aplicao de usos de diversos gneros textuais Bronckart (1999, 2006, 2008)
para a realizao atividade da escrita e refaco textual, o que se faz para refletir sobre a linguagem como
trabalho e a linguagem sobre o trabalho (Bronckart & Machado, 2004). Os dados organizados em episdios de
aula so gravados e transcritos e expem uma anlise discursiva que contemple o estabelecimento das
relaes entre linguagem, educao e currculo chegando a problematizaes sobre o letramento escolar e o
letramento do professor (Kleiman e Matencio, 2005). Dados gerados pelos episdios, bem como em relatrios
de encontros formativos e observao de aulas, acenam para a importncia da superao dos paradigmas
tecnicistas e das abordagens instrumentais do trabalho com a escrita na escola e indicam a necessidade de
desenvolvimento da autonomia docente e do dilogo profcuo entre teoria e prtica. O estudo sustenta-se
terica e metodologicamente na abordagem sociointeracionista da linguagem e do trabalho docente, revelando
o componente da pesquisa e suas interfaces com a profissionalizao de professores licenciados.
Palavras-chave: formao do professor; linguagem escrita; letramento
A TEORIA E A PRTICA NA FORMAO INICIAL DO PROFESSOR DE LNGUA ESTRANGEIRA
Rosangela Sanches da Silveira Gileno (UNESP)
A presente comunicao tem por objetivo a reflexo sobre as articulaes e desarticulaes entre teoria e
prtica na formao inicial dos futuros professores de lngua estrangeira de um curso de Letras de uma
instituio pblica de ensino superior do Estado de So Paulo, bem como identificar as suas implicaes para o
desenho e execuo de projetos de estgio nas disciplinas de Prtica de Ensino de Lngua Estrangeira e
Estgio Supervisionado de Prtica de Ensino de Lngua Estrangeira. Pensando a formao do professor dentro
do paradigma do profissional reflexivo e com base nos trabalhos j realizados, dentro da rea da Lingustica
Aplicada, sobre a relao entre teoria e prtica na formao inicial ou continuada de professores de lngua
inglesa e lngua espanhola como segunda lngua ou lngua estrangeira, fundamentou-se teoricamente a
pesquisa As (des) articulaes entre teoria e prtica na formao inicial do professor de Lngua Estrangeira. E
na tentativa de responder em que medida os conhecimentos adquiridos nos cursos de formao inicial
embasam os projetos de estgio dos licenciandos, e materializam-se nas prticas de sala de aula durante o
estgio supervisionado, foram analisados projetos e relatos presentes nos referidos projetos, assim como
relatos presentes nos dirios reflexivos e nos relatrios de estgio. Verificou-se nestes trabalhos a forte
influncia das experincias de aprender e ensinar nas escolhas no s dos temas e dos contedos dos
149
projetos de estgio como tambm dos materiais e dos procedimentos metodolgicos. Tambm se observou
que quando colocados em prtica, os projetos revelam abordagens de ensino eclticas, passando pelas
abordagens mais tradicionais, estruturalistas at as comunicativas. Assim concluiu-se que de extrema
importncia criar espaos de reflexo-crtica sobre questes tericas e prticas durante toda a formao inicial
para que o professor de Lngua Estrangeira em pr-servio consiga ensinar a lngua-alvo de maneira coesa,
coerente e eficiente.
Palavras-chave: Formao de professores. Lngua Estrangeira. Teoria e Prtica.
PRTICAS DE ELABORAO DE UNIDADES DIDTICAS NAS LINGUAS ESTRANGEIRAS
Rosemary Hohlenwerger Schettini (ULS PUC LAEL)
Mona Mohamad Hawi (FFLCH- USP)
O objetivo desta apresentao discutir prticas de planejamento e implementaco de unidades didticas de
Ingls na perspectiva da Teoria da Atividade Scio- Histrico- Cultural(Leontiev, 1959/1998, 1978; Vygotsky,
1930/1998 e Engestrm, 1999), considerando que o planejamento dessas unidades se d em forma de Cadeia
Criativa de Atividade (Liberali 2010). Ao entender Atividade de Planejamento e implementao como
instrumento possibilitador de reconstruo de significados, pela cadeia criativa, busca-se tambm o
entendimento de uma concepo mais crtica de material didtico e no como material que ora visto como
livro didtico, ora como material escolar, ou ainda como metodologia de ensino (Damianovic, 2007). nesse
sentido, portanto, que a Teoria da Atividade tambm, considerada nessa apresentao, uma teoria
metodolgica, pois contribui para a para a descrio e anlise dos c omponentes da Atividade, na discusso
sobre a lngua estrangeira vista como instrumento e objeto (Hozmann, 2002). A anlise lingustica realizada
com base em Bronckart, 1999 que concebe a linguagem como uma atividade de interao orientada para uma
finalidade especfica, que leva em conta a esfera de produo, esfera de circulao e esfera de recepo para
a anlise e a interpretao dos discursos implcitos nas unidades didticas. A opo de usar esse arcabouo
terico-metodolgico permite elaborar e analisar as unidades didticas de forma crtico-reflexiva, auxiliando os
professores obteno de um melhor desempenho em sua prtica de sala de aula, principalmente quando se
fala de ensino de lnguas para fins especficos.
Palavras-chaves: Atividade, Unidade didtica, Prticas de planejamento
OFICINAS DE LNGUA INGLESA PARA CRIANAS EM TRATAMENTO DE CNCER,
NA AMO, RIO GRANDE DO SUL
Rosi Ana Grgis (Universidade Feevale)
Os projetos de extenso na rea de Letras, da Universidade Feevale, localizada na cidade de Novo Hamburgo
- RS, buscam a aplicao das polticas e dos princpios extensionistas, a partir de projetos continuados,
vinculados a programas especficos, diretamente relacionados ao ensino e pesquisa, propiciando aos
acadmicos a possibilidade de atuarem em ambientes de ensino-aprendizagem variados, em projetos sociais
ou no, mas que necessariamente sejam complementares sua formao acadmica e ao desenvolvimento
da regio. Esta comunicao tem o objetivo de mostrar um pouco do trabalho realizado na Associao
Assistncia ao Menor em Oncologia (AMO www.amocrianca.com.br), por acadmicos do Curso de Letras da
Feevale, em 2012. Essa associao oferece atendimento gratuito e multidisciplinar s crianas portadoras de
cncer e tambm a seus familiares. Vrias oficinas so realizadas na instituio e, dentre elas, h uma oficina
de lngua inglesa para crianas, a partir dos 10 anos de idade. Discusses sobre como ensinar lngua
estrangeira de maneira mais criativa vm sendo o foco de muitos estudos sobre Aprendizagem de Lngua
Estrangeira (ALE). Autores com Martinez (2009) e Marques (2011) concordam que no existe mais a
possibilidade de o ensino de ingls estar limitado a atividades de gramtica e interpretao de textos. preciso
que os estudantes de Letras tenham essa prerrogativa como algo necessrio em seu ofcio de professores de
lngua. O objetivo da oficina de ingls na AMO fazer com que as crianas possam recuperar um pouco de
sua autoestima, atravs de atividades ldicas que so realizadas com o auxlio de filmes, contao de estrias,
msica, jogos e brincadeiras. Embora este projeto esteja em andamento, j percebemos que as crianas se
sentem mais alegres e dispostas antes e depois das aulas. Alm disso, sem dvida alguma, aprendem ingls
de forma prazerosa e produtiva.
Palavras-chave: atividades de extenso; aprendizagem de lngua inglesa.
INTERAO EM SALA DE AULA: A SOBREPOSIO DE VOZES NA CONVERSA
150
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enseanza del ingls por parte de los profesores universitarios; y los libros de texto como elementos
motivadores en el aprendizaje del ingls.
Finalmente se mostraran dos propuestas alternativas y/o complementarias al uso de los libros de texto desde la
didctica no parametral.
CRENAS DOS PROFESSORES-ESTAGIRIOS DOS CURSOS LIVRES DE LNGUAS DA UFPA
SOBRE O ENSINO E APRENDIZAGEM DA LNGUA INGLESA
Samilla Socorro dos Praseres Lira (UFPA)
As crenas sobre o ensino e aprendizagem de uma lngua estrangeira exercem grande influncia na aquisio
de novos conhecimentos por parte dos alunos e principalmente nas atitudes dos professores em sala de aula.
Este presente trabalho apresenta resultados preliminares de uma pesquisa desenvolvida nos Cursos Livres de
lnguas na Universidade Federal do Par. Participaram da pesquisa os professores-estagirios ainda em
formao na graduao no curso de letras lngua inglesa. O objetivo da pesquisa foi descrever e interpretar as
possveis crenas sobre o ensino e aprendizagem de lnguas que esses professores acreditam. Segundo
Barcellos: as crenas (...) nascem de nossas experincias e problemas, de nossa interao com o contexto e
da nossa capacidade de refletir e pensar sobre o que nos cerca (BARCELLOS, 2004, p. 132), o que nos faz
entender que as crenas esto presentes no cotidiano do professor de lnguas. A pesquisa adotou a mtodo
qualitativo e buscou coletar as crenas dos professores-estagirios que j estavam no segundo ano de atuao
nos Cursos Livres, atravs de narrativas pessoais escritas e questionrios (Escala Likert). Aps esta primeira
fase, extramos as crenas dos participantes e realizamos uma anlise segundo o modelo de classificao e
organizao de tipos de anlise de narrativas sugeridos por Lieblich (LIEBLICH et al., 1998, p.12-14). Nossos
resultados so preliminares, pois a pesquisa ainda est em andamento, contudo verificamos que as crenas
dos professores-estagirios influenciam nas prticas docentes revelando problemticas adquiridas ao decorrer
do curso de graduao e a influencia das crenas dos professores para o aluno.
Palavras-chave: Crenas, ensino-aprendizagem de lnguas e professores.
FORMAO DOCENTE PARA O ENSINO DE LNGUAS PARA CRIANAS:
PARMETROS CURRICULARES
Sandra Jardim de Menezes Ferreira (UEG)
As lnguas estrangeiras (ingls/espanhol) vm sendo ensinadas para crianas diante de um desafio, com a
anlise de um currculo de Letras e um currculo de Pedagogia veremos que nenhum desses cursos tem
disciplinas voltadas para o preparo de docentes que ensinem lngua estrangeira para crianas (LEC). A
necessidade de uma formao inicial adequada e especfica para docentes que trabalham com LEC, cresce
medida que aumenta a oferta de ensino dessa lngua tanto em escolas privadas como escolas pblicas.
Porm, sabemos que existem lacunas a serem preenchidas a respeito do assunto e questes a serem
discutidas como, por exemplo, a formao dos docentes que trabalham com crianas. Na graduao parece
no existir ainda a preocupao em formar professores capacitados em ensinar lngua estrangeira para
crianas, e isso pressupe um novo desafio, a uma nova demanda para o currculo da Licenciatura em Letras
ou Pedagogia. A importncia de se discutir e repensar a formao de professores pode ter como consequncia
responsabilidade com a qual o profissional leva sua carreira. Averiguar se os currculos de Letras e
Pedagogia propem uma formao necessria ao docente para atuao no ensino de lnguas estrangeiras
para crianas. Problematizar a questo de se iniciar a aprendizagem de lngua estrangeira na infncia. Todavia,
para que haja qualidade no ensino superior, preciso buscar (des)envolver o discurso com a prtica e tornar
real e possvel uma formao inicial que prepare o profissional da educao para ensinar LE para crianas,
como afirma Gimenez (2005). Conclui-se que o ensino superior tem o compromisso social em formar
professores crticos-reflexivos capazes de unir teoria e prtica no exerccio da sua docncia, e em se tratando
de ensino para crianas, repensar e despertar o interesse da universidade em se adaptar com o mercado de
trabalho.
Palavras-chave: FORMAO INICIAL; ENSINO DE LNGUAS PARA CRIANAS; CURRCULO.
O TRABALHO DOCENTE: O REALIZADO E A DISTNCIA DO PRESCRITO
Sandra Memari Trava (USF)
Luzia Bueno ( USF)
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Este artigo visa discutir sobre o trabalho docente frente as prticas de leituras adotadas por uma professora do
ensino fundamental , ciclo I, da Rede Estadual de ensino. Os dados para anlise fazem parte de uma pesquisa
maior de Doutorado em Educao. Acreditamos na necessidade se observar o professor no seu contexto real
de trabalho, pois como todo trabalhador, o professor tambm tem seu trabalho marcado por um conjunto de
prescries estabelecidas pelos documentos como: Leis de Diretrizes e Bases, Parmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), Propostas Pedaggicas, Projetos, cursos de formao continuada como: letra e vida, Ler
escrever, livro didtico, etc.. Mas entre o trabalho realizado pelo professor e as prescries existe uma
distncia, conforme Amigues e outros pesquisadores das Cincias do trabalho, como Ergonomia e Clnica da
Atividade, j que existe um processo de reconceptualizao dessas no coletivo do trabalho, isto , a
organizao do trabalho efetuado pelos professores , assim, uma resposta s prescries (MACHADO,
2004). Tomaremos tambm como referencial terico a perspectiva scio-histrica que busca superar o
reducionismo das concepes empiristas e idealista, Freitas (2002). No que tange leitura, estudos de autores
como KLeiman (2000), Geraldi (2006), Dionsio (2011). Com relao ao trabalho docente nos pautamos nos
autores Tardif e Lessard (2011). No baseamos tambm em alguns estudos sobre a ergonomia e clnica da
Atividade em autores como: Yves Clot (2010), Fata, Machado (2004).
Palavras chave: trabalho docente, formao de professores, prticas de leitura
AMURE OMPAN RAKTER EE INDGENA DE EDUCAO BSICA CENTRAL IKPENG:
FORMAO CONTINUADA EM ALFABETIZAO E LINGUAGEM NO POSTO PAVURU.
Sandra Regina Braz Ayres (SEDUC/CEFAPRO)
Arlete Tavares Buchardt(SEDUC/CEFAPRO
Ktia de Oliveira Carvalho SEDUC/CEFAPRO
Este texto tem por objetivo socializar os resultados prvios da formao continuada na perspectiva do Projeto
Sala de Educador, realizada no Posto Pavuru com os profissionais da educao da AMURE OMPAN RAKTER
- EE Indgena de Educao Bsica Central Ikpeng na rea de Alfabetizao e Linguagem, especificamente em
Lngua Portuguesa, priorizando o trabalho com os gneros textuais lendas e fbulas em Lngua Portuguesa e
listas na alfabetizao, sendo a mesma tratada do ponto de vista do letramento. A fim de alcanar esses
objetivos buscamos aporte terico em Ferreiro e Teberosky, 1999; Soares, 2004; Sol, 1998; Marcuschi ,2008;
Bakhtin, 2010; Siqueira, 2010 e Moita Lopes, 2006; no Projeto Poltico Pedaggico da EE Indgena, 2010; no
Referencial Curricular Nacional para as escolas indgenas, 1998; nas Orientaes Curriculares para a
Educao Bsica do Estado de Mato Grosso, 2010 e no Almanaque Socioambiental, 2011. Adotamos a
metodologia do Estudo de Caso e fizemos uso da observao, anlise de documentos e questionrio no
processo de coleta de dados. Os professores manifestaram dificuldades em planejar e trabalhar na perspectiva
do letramento bilngue, centrado na realidade da comunidade indgena, assim como dificuldades em trabalhar
com os gneros textuais listas, fbulas e lendas. O trabalho terico/metodolgico possibilitou contextualizar o
processo de alfabetizao e letramento, mediante a epistemologia scio-interacionista e de acordo com os
parmetros adotados atualmente pelas linhas educacionais da alfabetizao e do letramento. Oportunizou
ainda a construo e aprofundamento de conhecimentos sobre os gneros textuais listas, lendas e fbulas.
ESTUDO DOS CRITRIOS DE AVALIAO PROPOSTOS PELO PNLD PARA AS ATIVIDADES
DE LEITURA DOS LIVROS DIDTICOS DE LNGUA PORTUGUESA DO ENSINO MDIO
Sebastio Carlcio Alves Filho (Universidade Federal de Uberlndia)
O professor , sem dvida alguma, o grande responsvel pela formao do aluno em sala de aula, mas o
material didtico que utilizado por esse aluno exerce forte influncia sobre o processo de
ensino/aprendizagem. Pensando nisso, fiz uma investigao acerca do que propem as rubricas de avaliao
do Programa Nacional do Livro Didtico (PNLD) presentes na seo que trata de leitura e interpretao de
textos escritos. As rubricas escolhidas para anlise so as que servem de parmetro para a avaliao dos
materiais didticos distribudos pelo Governo Federal, por meio do Ministrio da Educao (MEC), s escolas
de Ensino Mdio. Com isso, busquei conhecer quais as concepes de linguagem, avaliao e leitura esto
presentes no processo de avaliao dos livros. Isto porque, considera-se que as concepes adotadas neste
processo influenciam diretamente no material que chega s escolas. Como fundamentao terica para a
anlise dos dados, servi-me de alguns estudos acerca das concepes de linguagem, avaliao e leitura.
Recorremos a autores como Hadji (2001), Luckesi (2002), Rojo (2006), Kleiman (2006), entre outros. No
desenvolvimento da pesquisa, foram utilizadas as perspectivas metodolgicas da Lingustica Aplicada para se
fazer um estudo de caso de base interpretativista. Ao final deste trabalho, foi possvel conhecer quais as
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concepes de linguagem, avaliao e leitura esto presentes no processo de avaliao de materiais didticos
feito pelo MEC.
POLTICAS DE INCENTIVO EDUCAO DE ALUNOS SURDOS NO ENSINO REGULAR
Sebastio Luiz Gonalves (Prefeitura Municipal de Uberaba)
A grande preocupao com relao educao inclusiva, creio, seja a falsa sensao de que esto todos
includos, quando na realidade, apenas compartilham o mesmo espao. Na educao de surdos h esta
preocupao, principalmente, por causa da sua condio lingustica e cultural to peculiar. De acordo com
Sader (2010. p. 15 e 16), se no pr-capitalismo a desigualdade era explicita e assumida, no capitalismo a
sociedade mais desigual de toda a histria aquela que aceita que todos so iguais diante da lei. Neste ponto
que focamos, em pensar que o professor precisaria conhecer ao menos um pouco sobre a cultura surda, sobre
a lngua de sinais, j que o mesmo que avalia o aluno e que domina a didtica de ensinar seu contedo,
quem tem que conhecer mtodos de esclarecer as dvidas. Alm de que, necessrio o convvio e a interao
professor-aluno e que a presena do intrprete se justifica apenas quando o professor fala com todos os
alunos. A LIBRAS no apenas um mero recurso para uma pessoa deficiente, o reconhecimento de que as
pessoas podem ser diferentes, a surdez no pode ser encarada como um problema durante uma vida inteira.
fundamental que todos na escola consigam se comunicar com o aluno surdo, que compartilhem vivncias
prprias da escolarizao. A incluso escolar e social acontece quando o aluno no mais um estranho dentro
da escola, quando as pessoas podem estabelecer uma comunicao mnima, de maneira independente. Este
trabalho se refere necessidade de que o professor se relacione bem com o aluno surdo, que existam polticas
pblicas capazes de nutrir os docentes para vivenciarem de maneira satisfatria a diversidade em sala de aula,
utilizando recursos que verdadeiramente favoream e fortaleam a educao, onde todos tm direito de serem
diferentes.
Palavras-chave: Incluso, formao docente, alunos surdos.
A INFLUNCIA DA ESCRITA VIRTUAL EM TEXTOS ESCOLARES:
IMPLICAES PEDAGGICAS NO ENSINO DE LNGUA PORTUGUESA
Sebastio Silva Soares (Faculdades Santo Agostinho)
perceptvel que a internet tem proporcionado novas oportunidades de leitura e de escrita a seus usurios
Chartier (2001), liberando as pessoas a reinventar o uso da linguagem falada e escrita no ambiente virtual
Marcuschi (2004), que vo alm das redues de palavras, consolidam um estilo informal e efetivo da
comunicao on-line. Paralelamente, existe uma crescente preocupao entre pais e professores sobre a
influncia da escrita virtual produzida pelos adolescentes no ensino/aprendizagem da norma culta da lngua.
Em torno desse contexto, realizamos a presente pesquisa situada no campo de estudos sobre os Letramentos
e Formao de Professores de Lnguas, e que teve por objetivo analisar se a escrita virtual das salas de batepapo (Orkut, MSN Messenger, Chats) estaria prejudicando a escrita escolar dos alunos do 7 Ano do ensino
fundamental de uma escola particular na cidade de Montes Claros/MG. Para concretizao do estudo,
realizamos uma investigao qualitativa e quantitativa, alicerada na reviso da literatura e na pesquisa de
campo, sendo utilizados questionrios e anlises das produes escritas dos alunos. A fundamentao terica
englobou os estudos de Castellis (2006), Lvy (1999), que discutem as novas tecnologias na sociedade; Moran
(2008), Litwin (2000), Belloni (1999) que abordam o uso das novas tecnologias na educao e seus impactos; e
de Bakhtin (2000), Geraldi (1985), Marcuschi (2004), Soares (2005), Xavier (2008), Chartier (2001), Coscarelli
(2005) que analisam o contexto de produo e recepo da ao comunicativa. Os resultados nos permitiram
perceber que o nmero de textos que apresentaram os elementos caractersticos do discurso eletrnico foi
pequeno. Os dados da pesquisa apontam para a necessidade de (re)pensar a prtica dos gneros
textuais/discursivos, particularmente, os que emergem em domnios virtuais, na formao de leitores e
escritores.
Palavras-chave: Internet, escrita, gneros textuais
A (RE)CONSTRUO DE IDENTIDADES NA FORMAO INICIAL DE PROFESSORES DE INGLS
Selma Maria Abdalla Dias Barbosa (UFT)
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Esta comunicao se prope a mostrar os resultados parciais de uma pesquisa de doutoramento de base
etnogrfica e longitudinal, a qual traz como tema: A Formao Pr-Servio de Professores de Ingls como
Espao para a (Re)construo de Identidades. A pesquisa tem como objetivo investigar e analisar o processo
de (re)construo das identidades culturais, profissionais e sociais de alunos do curso de Letras de uma
Universidade Federal do extremo norte do Tocantins. A investigao realizada por meio da anlise qualitativa
dos relatos reflexivos realizados pelos professores em formao inicial ao longo de quatro semestres da
disciplina de estgio supervisionado de ensino de lngua estrangeira (Ingls), como tambm de relatos e
interaes postados numa Comunidade de Prtica-CdP (WENGER, 1998; CLARKE, 2008) e de sesses
temticas realizadas durante o processo de investigao. O gnero narrativo denominado relato-reflexivo, so
estrias de vida e experincias desses alunos-professores com a regncia, que em momentos pontuais so
dialogadas com o leitor-pesquisador. No intuito de mapear a (re)construo das identidades profissionais,
sociais e culturais, nos propusemos a analisar, concomitantemente, os aspectos cognitivos (BORG, 2006;
ZEICHNER, 2005; ZEMBYLAS, 2005) como, por exemplo, crenas e emoes (VIEIRA ABRAHO,1992, 1996,
2004, 2006; BARCELOS, 2007, 2010; ARAGO, 2005; COELHO, 2010) que subjazem o processo de formao
de professores de lngua estrangeira. Os resultados parciais da anlise mostram uma interligao dos fatores
scio-cognitivos de (re)construo identitria recorrentes tanto no contexto virtual como presencial. Por outro
lado, nas narrativas podemos visualizar sincronicamente o complexo processo de (re)construo e o fluxo
dessas identidades. Enfatizamos que o termo identidade (MOITA LOPES,2003, 2006, 2010) proposto neste
estudo assume uma natureza multifacetada, provisria, fragmentada e mestia, o qual ser analisado dentro
dos construtos vigentes da Lingustica Aplicada.
Palavras-chave: identidade(s); formao inicial; comunidade de prtica
COMPREENDENDO O FENMENO DA ESCRITA COLABORATIVA ONLINE
Srgio Gartner (LAEL/ PUCSP)
Nesta comunicao vimos apresentar uma experincia pedaggica desenvolvida numa sala de aula virtual de
ingls como L2 que teve como intuito desenvolver a escrita atravs da colaborao entre pares e pequenos
grupos entre adolescentes. As tecnologias da informao e comunicao (TIC) criaram novos espaos para a
construo do conhecimento. O ciberespao rompeu a idia de tempo prprio para aprendizagem. O espao
para a aprendizagem est mais flexvel ao tempo, aberto a mltiplas possibilidades e altamente interativo.
Nesta perspectiva abordaremos a web social ou Web 2.0 que abrange uma crescente coleo de novas
ferramentas disponveis na Internet onde o usurio pode criar uma rede social (social networking), utilizar
ferramentas de escrita colaborativa, ferramentas de comunicao como o Google Docs. Pretendeu-se entender
e interpretar as experincias vividas durante a execuo da tarefa e suas percepes a respeito do projeto de
escrita colaborativa. A um nvel mais especfico e terico, buscou-se fazer uma reflexo dialogando com os
princpios do paradigma da complexidade, baseado em Morin (1999, 2003, 2004, e 2007) e Moraes (2008).
Percebe-se que a produo da escrita colaborativa dos alunos imbuda de aspectos de dinamicidade,
sensibilidade ao feedback, interatividade e dinamismo comuns s propriedades dos sistemas complexos.
Assim, pensamos que tal projeto em contextos de ensino-aprendizagem de lnguas vai ao encontro dos
princpios que compem esse paradigma emergente, ou seja, o princpio dialgico, hologramtico e o da
recursividade. Adotou-se ainda a abordagem HermenuticoFenomenolgica segundo Freire (1998, 2010)
para descrevermos o fenmeno sob investigao.
Palavras-chave: Escrita online, Web 2.0, Teoria da Complexidade
EXPERINCIAS EDUCATIVAS EM ESTGIO SUPERVISIONADO DE LNGUA INGLESA:
UMA FORMAO POSSVEL?
Srgio Ifa (UFAL)
Nesta comunicao, objetivo descrever e interpretar experincias educativas vividas por mim, professorpesquisador-formador, e pelos/as alunos/as na disciplina Estgio Supervisionado de Lngua Inglesa. Busco, a
partir do relatrio individual de estgio redigido por cada aluno/a, analisar as etapas da formao de
professores pelas quais eles/as passaram: primeiramente, contactaram uma escola da rede pblica para (1)
examinar e entender o contexto social, histrico e econmico e (2) para identificar as percepes dos alunos
sobre necessidades e preferncias em relao ao ensino-aprendizagem da lngua inglesa. Em seguida, de
posse dessas informaes, os alunos/as elaboraram planos de aulas especficos ao contexto. As prximas
experincias registraram como ministraram as aulas. Como ltima experincia do Estgio, socializaram com os
colegas de turma as reflexes, as lies aprendidas e as reinterpretaes sobre o processo pelo qual
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passaram no estgio. Os resultados apontam para uma mudana de postura: do desinteresse pelo que
acontece na escola pblica para a postura pr-ativa de buscar solues para a realidade analisada. Percebo
ainda uma compreenso macro do papel poltico do professor, da escola e do estagirio. Entendo a formao
de professores como um dilogo entre: a Lingstica Aplicada Crtica (Pennycook, 2001), a teoria do ensino
reflexivo (Schn, 1983,1987; Zeichner, 1993; Zeicher & Liston, 1996; Gmez, 1997) e a perspectiva crtica de
formao de professores (Freire, 1970; Kincheloe, 1993; Pimenta, 1999; e Celani, 2001).
Palavras-chave: Estgio Supervisionado de Ingls; relatrio de estgio; formao de professores
EXPERINCIAS EDUCATIVAS E INVESTIMENTO EM FORMAO DE PROFESSORES DE INGLS:
PROJETO DE EXTENSO CASAS DE CULTURA NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALAGOAS
Srgio Ifa (UFAL)
O objetivo desta comunicao descrever e interpretar experincias educativas (Dewey, 1938) da formao de
professores que proporciono aos alunos licenciandos de Lngua Inglesa da Faculdade de Letras que participam
como professores no Projeto de Extenso Casas de Cultura no Campus por mim coordenado. O Projeto, em
parceria entre a Faculdade de Letras, a Pr-reitoria de Extenso e a Pr-reitoria Estudantil, visa oferecer
cursos de lnguas para a comunidade estudantil carente da Universidade Federal de Alagoas. Com o objetivo
de oferecer uma formao de professores crtica e reflexiva, os aportes tericos que utilizo so principalmente
da Lingstica Aplicada Crtica (Pennycook, 2001); da teoria do ensino reflexivo (Schn, 1983,1987; Zeichner,
1993; Zeicher & Liston, 1996; Gmez, 1997) e da perspectiva crtica de formao de professores (Freire, 1970;
Kincheloe, 1993; Pimenta, 1999; e Celani, 2001). Os dados, para esta comunicao, foram coletados no
primeiro semestre de 2012 durante: (1) os encontros semanais que os alunos-professores e eu tivemos para
elaborar e preparar aulas bem como para entender e refletir criticamente sobre esse processo de formao, (2)
as aulas que os alunos-professores ministraram ariticulando o ensino-aprendizagem do ingls com as teorias
dos Multiletramentos e dos Novos Letramentos (Cope & Kalantzis, 2000; Lankshear & Knobel 2003, 2008),
entre outros. Ao conceber a formao do professor como um continuum, apresento, tambm, como
resultado,nesta comunicao, dados que revelam e exemplificam as diferentes posies dos alunosprofessores nesse continuum bem como o investimento (Norton, 1995) que fazem em sua formao.
Palavras-chave: formao de professores de ingls; novos letramentos; projeto de extenso
INTERCULTURALIDADE, DESENVOLVIMENTO DE COMPETNCIAS E FORMAO:
UMA EXPERINCIA COM ASSISTENTES DE ENSINO AMERICANAS EM MUNICPIOS DO PAR
Silvia Helena Benchimol Barros (UFPA)
Edwiges Conceio de Souza Fernandes (UEPA)
A experincia tema desta comunicao decorrente de uma parceria entre a Comisso Fulbright Brasil, a
CAPES e duas Universidades Pblicas do estado do Par: Universidade do Estado do Par UEPA, e
Universidade Federal do Par - UFPA, respectivamente em seus campi localizados nos municpios de Belm e
Bragana, no desenvolvimento do programa English Teaching Assistantship (ETA) patrocinado e gerenciado
pelo Bureau of Educational and Cultural Affairs (ECA) do Departamento de Estado Americano, no intuito de
promover entendimento e crescimento mtuos dos agentes participantes e a valorizao da interculturalidade,
alm de robustecer o pressuposto de que ensinar no transferir, construir conhecimento junto com o outro
(FREIRE, 1996, P.25). Aos objetivos gerais do programa, entre os quais destacamos contribuir para a
elevao da qualidade dos cursos de licenciatura em Letras, Lngua Inglesa, na perspectiva de valorizar a
formao e a relevncia social dos profissionais do magistrio da educao bsica, somaram-se as demandas
locais por desenvolvimento das competncias comunicativas, autonomizao da aprendizagem e ensino
colaborativo (FREEMAN, 1992; LITTLE, 1990; JOHNSON E JOHNSON, 1986). O trabalho com as ETAs,
durante o perodo de nove meses, contempla um espectro diversificado de atividades contextualizadas e
vinculadas aos projetos institucionais, com foco prioritrio no desenvolvimento de habilidades de compreenso
e produo oral, nas modalidades oficina e ensino em equipe. Os resultados obtidos atravs de relatos dos
docentes, discentes, coordenadores ETAs e tcnicos envolvidos no programa revelam crescimento qualitativo
da comunidade acadmica como um todo e evoluo da competncia comunicativa dos segmentos discente e
docente.
Palavraschave: Interculturalidade. Ensino colaborativo. Competncia Comunicativa.
A FORMAO CONTNUA E ARTICULADA
PRTICA DOS FUTUROS PROFESSORES DE LNGUA ESPANHOLA
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assim como sua importncia no processo de ensino-aprendizagem. As primeiras anlises revelam que h
alunos universitrios que apresentam vises contraditrias sobre o tema em questo e que sero detalhadas
na apresentao.
Palavras-chave: Ensino de ingls; novos letramentos; Projeto Casas de Cultura no Campus
OS MULTILETRAMENTOS NA PRTICA PEDAGGICA DOS PROFESSORES DE PORTUGUS
LNGUA ESTRANGEIRA: A IMPORTNCIA DOS GNEROS TEXTUAIS DIGITAIS
Simone Garofalo ,
Mnica Carvalho Brum
Monique Longordo
(Universidade Federal de Minas Gerais)
O desenvolvimento econmico e social do Brasil propicia uma maior procura de estrangeiros pelo pas em
busca de trabalho e estudo. Alm disso, vrios convnios foram firmados como utros pases para a oferta de
cursos de graduao e ps-graduao para os estrangeiros. Paralelamente, com o advento da globalizao
surgem novas tecnologias que dinamizam as relaes entre os interlocutores na rede mundial de
computadores. Tais relaes propiciam o acesso dos alunos estrangeiros aos materiais autnticos, produzidos
em contexto de uso do portugus. Para que tais materiais sejam utilizados de forma significativa pelos alunos,
necessrio que esses tenham habilidades para o trabalho com os novos gneros textuais e as novas formas
de comunicao e acesso aos materiais na era digital. necessrio, portanto, que o professor, sob a
perspectiva dos Multiletramentos, desenvolva um trabalho para estimular os diversos letramentos que so
necessrios para uma melhor e mais rpida aprendizagem de lngua. O trabalho pretende verificar como
realizada a abordagem dos
Multiletramentos por parte dos professores do Programa Estudantes-Convnio
Graduao (PEC-G), a partir do uso dos gneros textuais digitais. O aporte terico deste trabalho est baseado
no conceito de Multiletramentos (ROWSELL & WALSH, 2011; ANSTEY & BULL, 2006; COPE & KALANTZIS,
1996) e a concepo interacional da linguagem conforme propem Bakhtin (2003). O mtodo de pesquisa
escolhido o estudo de caso. Verificamos junto aos professores de PLE do curso PEC-G da UFMG o uso de
gneros textuais digitais, a fim de verificar como os Mutliletramentos so aplicados na prxis desses
professores. Observamos a importncia do uso de gneros digitais, tendo em vista o acesso por parte dos
alunos a materiais autnticos produzidos em Lngua Portuguesa e obteno do Certificado de Proficincia em
Lngua Portuguesa - Brasil (CELPE-BRAS) que vem cobrando, nos ltimos anos, a produo de gneros
textuais digitais.
Palavras-chave: Multiletramentos. Gneros textuais digitais. Ensino de Portugus com Lngua Estrangeira.
A RECONFIGURAO DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDTICO PELOS ATORES SOCIAIS
Simone Sarmento
Larissa goulart da Silva
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
O presente trabalho apresenta resultados parciais da pesquisa O Programa Nacional do Livro Didtico no
Cotidiano Escolar na Educao Lingustica desenvolvido no Departamento de Lnguas Modernas do Instituto
de Letras da UFRGS. Essa pesquisa visa descrever o processo de adoo e implementao dos livros
didticos (LD) aprovados pelo PNLD/2011 de Lngua Estrangeira nas escolas pblicas de Porto Alegre e como
os atores sociais, neste caso, professores, supervisores, bibliotecrios, entre outros, reconfiguram a poltica
educacional em seus cenrios. O objetivo desse projeto vai alm de uma perspectiva que identifica as
possveis dificuldades encontradas pelos professores e depois de uma forma hierrquica e descendente,
aponta caminhos para que essas dificuldades possam ser resolvidas. Consoante a projetos em Lingustica
Aplicada comprometidos com o empoderamento da escola, propomos um trabalho de co-autoria e colaborao
com os educadores participantes da pesquisa. Dessa forma, pesquisa prope-se a disseminar prticas de
sucesso de uso do LD encontradas pelas pesquisadoras. A coleta de dados se deu por meio de questionrios e
entrevistas realizadas com os professores das escolas pblicas municipais de Porto Alegre e por observaes
das aulas de uma professora de Ingls. A partir dessa observao surgiram as perguntas de pesquisa que
sero respondidas nessa apresentao: Quais as principais dificuldades encontradas pelos professores com
relao ao LD? O que os professores esto fazendo para contornar essas dificuldades e usar o LD em sala de
aula? Verificamos que apesar das dificuldades encontradas pelos professores. Estes criaram novas formas de
por em prtica o PNLD que no estavam previstas.
Palavras Chave: Programa Nacional do Livro Didtico, Livro Didtico, Lngua Estrangeira.
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A lngua nunca neutra, pois est diretamente ligada a movimentos de carter social, econmico e cultural
(Carboni & Maestri (2003). Nos dias de hoje, a Lngua Inglesa, por ser a lngua da globalizao, da
comunicao internacional, dos negcios e da tecnologia assumiu o status de lngua franca e Lngua
Internacional e com essa expanso, questes sobre como ensin-la surgiram ao longo dos anos, sendo uma
das maiores preocupaes a fluncia e formao adequada dos professores e a reflexo que eles mesmos
fazem sobre suas prticas docentes, seus valores, representaes, crenas e o processo contnuo de
formao de suas identidades profissionais. Esse trabalho tem como objetivo discutir as possveis
representaes de um grupo de professores de Ingls como lngua estrangeira de Santarm, Par com relao
ao ensino e aprendizagem da lngua inglesa e com relao a eles mesmos enquanto falantes e suas possveis
relaes com as prticas dentro de sala de aula. A noo de representao usada neste estudo baseada nas
idias de Celani e Magalhes (2002), que procura contemplar os contextos social, histrico e cultural dos
quais as representaes emergem, sem negligenciar questes polticas, ideolgicas e tericas. Uma vez que
as percepes que os professores tm da lngua em geral podem influenciar diretamente suas prticas
pedaggicas, neste estudo as experincias educacionais, profissionais e pessoais dos participantes foram
consideradas relevantes na construo dessas representaes.
Palavras chave: representaes, lngua inglesa, identidade profissional.
NUEVAS NECESIDADES FORMATIVAS
PARA EL MAESTRO DE INGLS EN EDUCACIN BSICA EN MXICO
Sofia Cota G,
Nora Pampln I.
Jos Luis Ramirez R
(Universidad De Sonora)
En las ltimas dcadas se ha dado una tendencia en muchos pases del mundo de implementar programas de
enseanza del ingls como lengua extranjera a nivel de educacin primaria (Cameron, 2003; Moon & Nikolov,
2000; Pinter, 2006). Esto ha sido en parte debido a que organismos internacionales como la UNESCO (2003),
la Unin Europea (2004) y la OCDE (2008) han impulsado polticas lingsticas sobre la enseanza de las
lenguas extranjeras a edad temprana. En Mxico se han realizado diversos esfuerzos en diferentes estados del
pas para ofrecer programas de ingls en la educacin primaria, y a partir del 2009 se implement un Programa
Nacional de Ingls en Educacin Bsica. Con el objetivo de identificar y analizar los principales problemas
relacionados con la enseanza del ingls en este contexto, en el 2010 se inici un proyecto de investigacin de
corte cualitativo a nivel nacional donde participan investigadores de diversas universidades del pas. Para el
levantamiento se llevaron a cabo entrevistas con los directores, profesores de ingls, alumnos y padres de
familia, as como observaciones en las aulas de ingls y una revisin documental. En esta ponencia se
presentaran una serie de hallazgos relacionados con la formacin de los profesores de ingls, identificndose
diferentes perfiles y necesidades formativas, as como el uso de variadas metodologas y prcticas docentes.
As mismo, se presenta la visin del docente ante su trabajo y contexto, las diferentes limitaciones en su
quehacer diario, y el papel que juegan en la enseanza del ingls como lengua extranjera. Este trabajo
concluye con la latente necesidad de formar profesores de ingls calificados que puedan aplicar metodologas
de enseanza de ingls enfocadas a nios que respondan ms a las caractersticas especficas del contexto
educativo y sociocultural de la educacin bsica en nuestro pas.
Palabras clave: formacin, polticas, enseanza
LA FRASEOLOGA Y LA FORMACIN LINGSTICA DEL DOCENTE DE ESPAOL
COMO LENGUA EXTRANJERA: ENTRE EL IMAGINARIO Y LA REALIDAD TERICO-PRCTICA
Solange Ivone Santana (Universidade de So Paulo)
En los estudios acerca de la didctica de las unidades fraseolgicas, los investigadores y profesores se dividen:
algunos defienden su enseanza desde los niveles iniciales de adquisicin de espaol como lengua extranjera
(Penads Martnez, 1999; Fernndez et alii, 2005), otros, su enseanza solo a partir de la exposicin a ms de
100h/clase, debido a las peculiaridades morfosintcticas, histricas y pragmticas de tales unidades
(Santamara, 1998, apud Gurillo, 1999; Forment Fernndez, 2004). Este panorama discordante nos llev a
reflexionar sobre dos aspectos, el primero relativo a por qu ocuparse didcticamente sobre tal contenido y el
segundo relacionado con la formacin del profesor. Nuestra investigacin sobre el primer aspecto nos lleva a
creer que la presente preocupacin por su enseanza tiene que ver con el estudio de Matsunobu (1981, apud
160
Larsen- Freeman y Long, 1994: 147-148), que le concede al aprendiz estatus de hablante nativo al que emplea
expresiones idiomticas. En cuanto a la formacin lingstica que recibe el profesor respecto a esas unidades
complejas, se recogieron datos de los planes de curso de la carrera de Letras/Espaol de cuatro universidades
brasileas, para que se pudiera discutir la relevancia de tal contenido en su formacin y qu es necesario para
que las ensee consciente y didcticamente. Los resultados nos muestran que el contenido unidades
fraseolgicas no aparece, aunque se valora, en general, la enseanza de aspectos culturales relativos a la
lengua espaola. Se puede deducir que se cre un imaginario sobre la enseanza de las expresiones
idiomticas sin que hubiera la preocupacin por la real formacin lingstica terico-prctica del futuro docente,
lo que nos lleva a reflexionar sobre la necesidad de una posible sistematizacin del contenido (Fernndez,
2004 y Fernndez et alii, 2005), incluso en una disciplina especfica, que parece estar ausente en los currculos
de la carrera de Letras/Espaol en Brasil.
Palabras claves: imaginario de la enseanza de EI's; formacin del docente de espaol/LE; didctica de las
EI's.
PRINCPIOS, CRENAS, PRTICAS E AUTONOMIA NA SALA DE AULA
Sueid Fauaze Moreira (UESB)
De acordo com a literatura (PENNYCOOK, 1997), alcanar autonomia um objetivo desejvel e
inquestionvel. Nenhum educador deveria se opor a propiciar aos alunos o apoio e os subsdios necessrios
para que estes se tornem aprendizes autnomos, uma vez que junto a essa ideia esto os conceitos de
democracia na sala de aula e pedagogia centrada no aprendiz. Explicitamente descritos na Lei de Diretrizes e
Bases - LBD e nos Parmetros Curriculares Nacionais PCNs, encontram-se princpios que preconizam a
questo da importncia do desenvolvimento da autonomia. Partindo do pressuposto de que seria atravs das
crenas de professores que se pode introduzir e/ou implementar uma pedagogia da autonomia, este trabalho
objetiva verificar at que ponto professores agem de acordo com essas orientaes do Ministrio da Educao
de Cultura - MEC, buscando proporcionar atividades que ajudem a desenvolver a autonomia dos seus alunos.
A metodologia utilizada de natureza qualitativa, uma vez que procura entender e interpretar fenmenos
sociais inseridos em um contexto, bem como saber como os atores sociais envolvidos em um determinado
processo o percebem (BORTONI-RICARDO, 2008). Para a gerao dos dados, foram aplicados questionrios
a dez professores de uma universidade estadual no estado da Bahia, visando a elencar as crenas que estes
professores detm a respeito da temtica autonomia, bem como se eles encorajam atitudes autnomas AOS
seus alunos.
Palavras-chave: Autonomia, Aprendiz, Professor de Licenciatura, LDB/PCNs
LETRAMENTO CRTICO NO ENSINO DE INGLS NA ESCOLA PBLICA:
TRANSPONDO OS MUROS DA ESCOLA
Suely Ana Ribeiro (UFG)
Muitos professores de ingls tm mostrado preocupao com a articulao de suas prticas pedaggicas com
questes mais amplas da sociedade classe, raa, gnero e tm buscado fazer de suas aulas um espao
onde o uso da lngua seja compreendido como parte de um processo de conscientizao de que nossas
experincias so historicamente construdas e perpassadas por relaes de poder. Neste estudo, busco
discutir como o ensino de ingls ancorado numa perspectiva de letramento crtico desenvolvido em uma escola
pblica de Goinia tem repercutido na vida dos alunos. Para tanto, busco suporte na Pedagogia Crtica
(FREIRE, 2005, GIROUX, 1997), que concebe o ensino como atividade essencialmente poltica comprometida
com a construo de um dilogo crtico e afirmativo e com prticas sociais voltadas para o bem estar comum.
O estudo tambm se fundamenta na Lingustica Aplicada Crtica (MOITA LOPES, 2006; PENNYCOOK, 1998,
2006; RAJAGOPALAN, 2006), que preconiza uma ao docente anti-hegemnica, alm de estar atenta para o
carter poltico das prticas de linguagem. Ainda, os estudos de Letramento Crtico (SHOR & FREIRE, 1987;
SHOR, 1999), que primam pelo desenvolvimento da habilidade de compreender os usos da lngua de forma
ativa e reflexiva para entender melhor as relaes de poder, desigualdade e injustia nas relaes humanas,
do suporte a essa pesquisa. Os dados deste estudo qualitativo-interpretativo (DENZIN & LINCOLN, 2003),
coletados por meio de entrevistas, questionrios e entrevista com alunos, pais e a professora, evidenciam uma
percepo mais aguada dos alunos sobre seus atos e conceitos, alm de mudanas de comportamentos que
podem ser relacionadas s reflexes realizadas em sala. Revelam, ainda, que a problematizao de questes
da vida em sociedade pode no apenas ser via de desenvolvimento da lngua como tambm transpor o espao
escolar e tornar-se um aporte social capaz de contribuir para o fortalecimento e emancipao dos sujeitos.
161
162
discutir-se-, ainda que brevemente, sobre educao bilngue Portugus/ Libras, Portugus/ Ingls e Libras/
Ingls por entendermos que ela melhor fundamenta os procedimentos metodolgicos do professor em
formao. Parte deste trabalho foi resultado das reflexes do ensino com alunos surdos do 6 ao 9 ano do
Ensino Fundamental no Ensino Regular da rede pblica de Belm e objetivou colocar aos alunos do curso de
Letras habilitaes portugus-ingls da disciplina Prtica de Estudos Intermedirios de Lngua Inglesa,
situaes reais de aprendizagem, posto que a Educao Inclusiva vem ganhando espao cada vez maior em
nossa sociedade e os futuros professores precisam estar preparados para esta demanda. luz de alguns
estudiosos tais como Cavalcanti (1998), Marcuschi (2004), Freeman (1998) dentre outros, trabalhamos com o
uso de vdeos do youtube, da plataforma moodle, mensagens de texto do tipo e-mail e SMS devido a grande
utilizao e aceitao dessas ferramentas pelos alunos surdos. Tais atividades mostraram-se significativas nas
discusses com os licenciandos, pois eles puderam refletir suas prprias prticas, uma vez que alguns j so
professores de lnguas.
Palavras-chave: Tecnologias Digitais. Lngua Inglesa. Educao Especial
FORMAO CONTINUADA E GRUPOS DE ESTUDOS:
UMA POSSIBILIDADE PARA PROFESSORES DE LNGUA INGLESA?
Thaisa de Andrade Jamoussi (UEPG)
Esta comunicao tem por objetivo compartilhar reflexes sobre a formao continuada sob a forma de um
grupo de estudos para professores de lngua inglesa da rede pblica estadual. O grupo de estudos que teve
sua ltima edio em 2010 foi desenvolvido na forma de um projeto de extenso em uma universidade
estadual do sul do pas. O grupo de estudos possibilitou o desenvolvimento de uma pesquisa com o objetivo de
compreender a organizao, a dinmica e o funcionamento do grupo de estudos, bem como conhecer a
percepo dos professores sobre as contribuies dessa forma de formao continuada a partir da avaliao
das atividades desenvolvidas, das leituras e discusses realizadas. O grupo de estudos foi estabelecido com
base nos estudos desenvolvidos por Hammerman (1997), Jones (1997), Arbaugh (2000), Gitlin (2000), Britt,
Irwin e Ritchie (2001), Nieto e Yearwood (2002), e Unda (2002) que demonstraram que grupos de estudo
podem ser formas adequadas para o desenvolvimento profissional de professores. A coleta de dados incluiu
um questionrio inicial, os registros das reunies e uma entrevista final. A anlise parcial dos dados da
pesquisa inclui: a compreenso da dinmica orgnica do grupo de estudo, os diferentes papis que os
professores assumem bem como o papel do facilitador externo. Ao contrrio do que afirmam alguns estudos, o
grupo de estudos no pde ser definido como um espao livre de julgamento, uma vez que as relaes de
poder/saber entre os membros do grupo foram observados ao longo do trabalho com o grupo de professores. A
pesquisa tambm sugere que grupos de estudo so adequados para professores com um determinado perfil
podendo atender apenas determinadas necessidades.
Palavras-chave: professores de lngua inglesa, formao continuada, grupos de estudos.
FORMAO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA:
PRIMEIRAS REFLEXES SOBRE O PIBID
Thaisa de Andrade Jamoussi (UEPG)
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia (PIBID) visa o incentivo a formao de professores
para atuarem na Educao Bsica e a valorizao do magistrio nas escolas pblicas. O presente trabalho
apresenta algumas das aes desenvolvidas no primeiro semestre de atividades do subprojeto da rea de
Ingls do PIBID da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) bem como as contribuies, experincias
e reflexes que tal subprojeto tem proporcionado aos envolvidos. O subprojeto de Ingls da UEPG
desenvolvido em parceria com o Colgio Estadual Professor Jlio Teodorico e conta com a participao de 2
professoras de ingls que atuam como supervisoras do projeto, 12 acadmicos bolsistas e uma professora
coordenadora. Alm dos objetivos gerais do PIBID, o subprojeto pretende atingir os seguintes objetivos:
conhecer os conceitos de lngua, linguagem, sujeito, ensino/aprendizagem que suporta a prtica de
professores de lngua inglesa; analisar criticamente objetivos, teorias, abordagens, tcnicas e materiais
referentes ao ensino/aprendizagem da lngua inglesa e propiciar observaes colaborativas/participativas na
escola pblica com a finalidade de propiciar a articulao entre as discusses realizadas no grupo de estudos.
Para atingir os objetivos o subprojeto adota uma metodologia qualitativa que inclui a investigao do contexto
escolar, entrevistas com as professoras supervisoras e com os alunos das turmas atendidas pelo subprojeto,
observaes participativas, elaborao e implementao de unidades didticas, oficinas bem como a anlise e
reflexo dos dados obtidos tendo como suporte teorias colaborativas de formao de professores. A anlise
163
parcial de alguns dos dados coletados indica que a formao de professores por meio da colaborao e de
parceiras entre a formao inicial e continuada de professores tem um grande potencial que deve ser
explorado.
Palavras-chave: Lngua Inglesa, Escola Pblica, PIBID.
O ESTGIO SUPERVISIONADO EM LNGUA INGLESA:
INSTRUMENTO DE REFLEXO E COLABORAO
Thaisa de Andrade Jamoussi (UEPG)
Alessandra da Silva Quadors Zamboni (Faculdade de Filosofia e Letras de Paranagu FAFIPAR)
O objetivo deste trabalho apresentar e discutir sobre experincias de aprendizagem e reflexo que os futuros
professores de lngua inglesa desenvolvem durante o estgio curricular supervisionado em duas instituies
formadoras de professores em diferentes regies paranaenses. Concebendo as atividades de orientao,
planejamento e superviso de estgio como uma parceria colaborativa entre a universidade e a escola pblica,
apresentaremos tambm algumas contribuies que os estgios proporcionam para os professores que
recebem estagirios em suas salas de aula. As escolas da rede pblica estadual, alm de serem um dos
principais campos para os estgios caracterizam-se como riqussimo campo de pesquisa, anlise e reflexo
sobre a formao inicial e continuada de professores de lngua inglesa. nesse contexto de aprendizado e
pesquisa que buscamos articular as experincias vivenciadas nos Ensinos Fundamental e Mdio pelos alunos
das disciplinas de Estgio Curricular Supervisionado em Lngua Inglesa com as demais disciplinas dos cursos
de Letras das instituies estudadas. Por meio desse intercmbio reflexivo, pesquisamos subsdios que
possibilitem desenvolver parcerias que impactem diretamente no s na formao inicial e continuada, mas
tambm na qualidade do ensino-aprendizagem de lngua inglesa nas escolas de Educao Bsica.
Palavras-chave: lngua inglesa; formao inicial estgio curricular supervisionado.
O AUTOESTUDO NA FORMAO DE PROFESSORES: UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE A PRTICA
Thalita Cunha de Rezende (UFV)
De acordo com Samaras e Freese (2009), o autoestudo uma rea recente de pesquisa, sobretudo na
formao de professores. Contudo, um campo promissor que est crescendo rapidamente por ser uma forma
eficaz de se pesquisar e refletir sobre a prtica profissional e, dessa forma, transformar professores em
pesquisadores crticos de suas prticas. Segundo essas autoras, a pesquisa sobre prtica reflexiva influenciou
fortemente o autoestudo. Para Libneo (2002), a reflexo deve ser uma prtica constante no processo de
formao dos professores, uma vez que, como apontam Richards e Lockhart (1996), a base para o
crescimento profissional. Reconhecendo o importante papel do autoestudo para o desenvolvimento
profissional, lano um olhar retrospectivo e crtico sobre os resultados de uma pesquisa que desenvolvi ao final
do curso de Letras da Universidade Federal de Viosa sobre crenas e emoes de alunos sobre a produo
oral em lngua inglesa. O objetivo do presente estudo foi refletir sobre as consequncias e contribuies dos
resultados dessa pesquisa em minha prtica e desenvolvimento profissional. Esta foi uma pesquisa qualitativa
e teve como instrumento de coleta de dados a narrativa (BARCELOS,2006). Para a sua elaborao, foram
consideradas minhas impresses sobre as crenas e emoes dos alunos, suas consequncias para minha
prtica e meu papel no ensino da produo oral. Uma vez que o autoestudo uma pesquisa introspectiva que
envolve a colaborao, a narrativa foi analisada por um amigo crtico (SAMARAS e FREESE, 2009) e em
seguida houve uma discusso e compartilhamento de ideias e experincias que validaram este estudo. Os
resultados mostram a eficcia do autoestudo para o crescimento profissional, visto que a prtica profissional
pde ser analisada e reconsiderada, pois foram verificadas atitudes que se revelaram incoerentes com as
crenas e emoes dos alunos, sendo, at mesmo inibidoras do desenvolvimento da oralidade dos
participantes.
Palavras-chave: autoestudo; reflexo; formao de professores.
A RELEVNCIA DA GESTO DEMOCRTICA
PARA A FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES: RELATO DE UMA EXPERINCIA
VIVENCIADA EM UMA ESCOLA PBLICA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
Tnia Beatriz Trindade Natel (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
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Partindo das consideraes de Silva (1997), que ressalta o fato de a qualidade de vida estar diretamente
relacionada com o bom ambiente de trabalho - fazendo o que se gosta, enfrentando questes srias e lutando
por direitos e deveres -, assumimos a postura de que a gesto democrtica envolve uma srie de fatores. Entre
esses fatores, destacamos a consulta a toda a comunidade escolar (professores, funcionrios, pais e alunos)
para tomar as decises internas; a abertura de espaos na escola para a participao da comunidade; e a
promoo da flexibilizao do currculo. Este trabalho tem a finalidade de relatar boas prticas em termos de
gesto pblica comprometida com a formao continuada de professores, em uma escola pblica municipal de
Porto Alegre. Cabe ressaltar que sempre valorizamos a formao docente, porque pensamos que qualquer
mudana no ensino passa pela formao de professores e, por isso, se quisermos professores que valorizem
um ensino de qualidade, temos de investir fortemente em sua formao continuada. Para concretizar esse
propsito, na instituio em que somos gestora, a equipe diretiva, em determinados momentos, assume as
turmas dos professores a fim de que eles possam sair da escola para participar de cursos de qualificao.
Tambm instigamos os profissionais a participarem das discusses relacionadas ao seu trabalho e a sua
carreira profissional. Isso implica levar em conta as sugestes, a colaborao e a participao dos professores
nas tomadas de deciso sobre as questes referentes escola. Destaca-se, por fim, que, para fazer uma
gesto democrtica de qualidade, preciso que os diretores desenvolvam algumas competncias, tais como
saber ouvir e levar em considerao ideias, opinies e posicionamentos divergentes. Alm disso, fazer
parcerias com outras instituies fundamental, para objetivar melhorias na rea pedaggica e no aspecto
fsico da escola. Dessa forma, toda a comunidade escolar ganha quando a gesto democrtica, embora esse
tipo de gesto d mais trabalho.
Palavras-chave: Gesto democrtica; formao continuada de professores, escola pblica.
AS COMPETNCIAS DO PROFESSOR DE LNGUA ESTRANGEIRA:
PANORAMA DAS PESQUISAS NO BRASIL
Tnia de Souza Lima
Liz Sandra Souza e Souza
(Universidade de Brasilia/ Instituto Federal da Bahia)
No mbito da Lingustica Aplicada no Brasil, alguns pesquisadores tm evidenciado diversas discusses no
que se refere formao do professor de lnguas estrangeiras, tais como (ALMEIDA FILHO, 1993, 2005,2006);
(BASSO, 2008), (ALVARENGA, 1999) de forma que estes estudos seguem motivando o dilogo com
perspectivas tericas impulsionadas pelas demandas contemporneas. Dentre elas, podemos destacar, por
exemplo, as questes que envolvem o currculo dos cursos de Letras, crenas e experincias de professores
formadores e em formao inicial, a construo de identidades, e o desenvolvimento das competncias do
profissional de LE, entre outros temas. Neste contexto, pretendemos enfatizar a produo cientfica relacionada
ao construto das competncias do professor de LE. Portanto, trata-se este trabalho de uma pesquisa
documental que tem como objetivo analisar o desenvolvimento de pesquisas sobre as competncias do
professor de lnguas estrangeiras a partir das dissertaes produzidas dentro de programas de ps-graduao
em Lingustica Aplicada de universidades brasileiras, compreendendo o perodo de 2000 a 2012, no sentido de
observar os diferentes focos das investigaes. Desta forma, esperamos identificar os trabalhos sobre as
competncias especficas do professor de LE, bem como compreender a evoluo do quadro conceitual deste
construto dentro da Lingustica Aplicada a fim de contribuir para o aperfeioamento da formao docente
oferecendo subsidios para se (re)pensar questes relacionadas formao desse profissional.
Palavras-chave: professores de lngua inglesa, formao continuada, grupos de estudos.
O CONTEXTO DE PRODUO DE UM DIRIO REFLEXIVO:
O (NO) DITO NAS PRTICAS LETRADAS DE UMA ESTAGIRIA DE LETRAS
Tatiana Fernandes SantAna (Universidade Estadual da Paraba)
Ancorados na Lingustica Aplicada, no difcil nos deparar com uma diversidade de pesquisas que abordam
sobre os letramentos escolar, acadmico e profissional (MATENCIO, 2006; BAZARIM, 2009; TINOCO, 2009,
dentre outros), que focalizam a reflexo do docente ao estimular reais prticas letradas em seus alunos e nele
mesmo. Pensando nisso, nosso estudo tem um interesse particular pelas prticas letradas
acadmicas/profissionais, centradas no contexto de produo de um dirio reflexivo de uma aluna que cursou a
disciplina Estgio Supervisionado IV, no semestre de 2011.2, no curso de Letras/UEPB/Campus VI. Aps
ministrar sua primeira aula em uma turma de 2 ano, no Ensino Mdio, a estagiria refletiu por escrito sobre
suas escolhas, acontecimentos e sentimentos. Para tanto, delimitamos como objetivo de pesquisa analisar o
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contexto de produo do mundo scio-subjetivo (BRONCKART, 1999) em que o referido gnero foi produzido,
o que, consequentemente, nos permitir identificar as prticas letradas (KLEIMAN, 2001; MATENCIO, 2006)
reveladas por esta estagiria no momento da produo diarista. Os resultados apontam para o fato de que o
sujeito, ao refletir sobre sua atuao, revela diferentes posies sociais, escreve pensando em mais de um
leitor especfico e, ao mesmo tempo que privilegia lugares sociais, revela seus objetivos de comunicao em
aes situadas letradas. Aps a anlise, algumas constataes so pertinentes: do ponto de vista do
letramento profissional, percebemos um sujeito disposto a questionar, a discordar, a revelar suas insatisfaes
e seus medos. Porm, do ponto de vista letramento acadmico, encontramos um sujeito ainda pouco
proficiente no que se refere escrita. No sabemos se isso justifica a insegurana no momento de ministrar a
aula ou mesmo o fato de ter no ter havido reescrita, contudo, no podemos esquecer que ele consegue ser
bastante autnomo no que diz respeito descrio, reflexo e ao relato das aes.
Palavras-chave: Prticas letradas. Contexto de produo. Dirio reflexivo.
OS PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS
E A FORMAO SOCIOLINGUSTICA DO PROFESSOR DE LNGUA MATERNA
Tatiane Malheiros Alves (Universidade do Sudoeste da Bahia)
Por questes scio-histrico-ideolgicas, a gramtica prescritiva norteou o ensino de Lngua Portuguesa e a
formao dos docentes de lngua materna durante muitos anos. So recentes as discusses que contemplam a
heterogeneidade intrnseca e complexa da sociedade brasileira e, como reflexo, as polticas pblicas
educacionais que evidenciam as marcas lingusticas realizadas na interao verbal e justificadas pelas crenas
e valores dos seus falantes, bem como pela sua relao com o meio ambiente. Para respaldar teoricamente
esse estudo, utilizou-se de Rojo (2000), Pimenta (1999), Bagno (2008), Bortoni-Ricardo (2008), Cunha (1985),
Marcucshi (2010). Nesse contexto, Os PCNs (Parmetros Curriculares Nacionais) surgem como uma
ferramenta politicoeducacional que auxilia e orienta as prticas pedaggicas. Dessa forma, objetiva-se com
essa pesquisa analisar: qual a contribuio dos PCNs para a formao sociolingustica inicial e continuada
do professor de lngua materna? Para tanto, os Parmetros - delimitados na rea de Linguagens, Cdigos e
suas Tecnologias, dentro da proposta para o Ensino Mdio - foi o objeto terico essencial dessa pesquisa, que
percorre o papel que este documento desempenha e a formao (scio)lingustica do professor de lngua
materna diante dos preceitos pedaggicos propostos. Apesar de direcionar para um respeito e preservao das
diferentes manifestaes de linguagem, verifica-se que os PCNs deixam lacunas que no atendem
heterogeneidade sociocultural presente no contexto educacional, o que incita a uma desvinculao entre os
contedos e a realidade escolar. Assim, os documentos oficiais no devem ser vistos como um modelo nico e
que tem como um fim em si mesmo, tornando-se um entrave adequao das diferentes realidades. A
formao sociolingustica do professor deve ser repensada alm desses preceitos normativos, para que possa
ser refletida e traduzida efetivamente na prtica cotidiana em sala de aula.
Palavras-chave: Formao docente, Sociolingustica e PCNs
PROFESSORES DE LNGUA INGLESA E AS TICs
Tayane Kizze dos Santos Pereira (Universidade Federal de Sergipe)
Diante do processo globalizante que aproxima os povos atravs das novas tecnologias, a educao precisa se
reinventar, acompanhando as mudanas. Hoje em dia preciso que as pessoas tenham acesso s
informaes e conhecimento acerca das novas tecnologias para ter um bom desempenho, tanto no mercado
de trabalho quanto na sociedade. No entanto, muitos ainda no conseguem transitar em tais meios eletrnicos,
ou por no deter o conhecimento tcnico ou por no saber tirar o melhor proveito do que eles oferecem. As
escolas, como parte de uma sociedade globalizada e responsvel pela formao de cidados, devem preparar
os aprendizes para viver nesses novos contextos digitais. Como bem proposto pelas Orientaes Curriculares
para o Ensino Mdio (OCEM): O projeto de letramento pode coadunar-se com a proposta de incluso digital e
social e atender a um propsito educacional, pois possibilita o desenvolvimento do senso de cidadania
(BRASIL, 2006, p. 98). Este trabalho tomando como base pesquisa feita com docentes da rede pblica de
Sergipe - tem, portanto, por objetivo, mostrar como professores de ingls tm utilizado as tecnologias da
informao e comunicao (TIC) ao ensinar. Para tanto, foram observadas aulas e feitas entrevistas com os
mesmos, atravs das quais foi possvel perceber que as tecnologias muitas vezes so utilizadas apenas com
objetivos tcnicos e mecnicos, deixando de lado a preocupao com a formao de conscincias crticas e o
senso de cidadania proposto pelas OCEM. Tais observaes confirmam que ainda h muito que ser mudado
166
no s na prtica dos professores, como tambm na formao deles, nas polticas educacionais e na estrutura
fsica dos ambientes escolares.
Palavras-chave: Ingls; Professores; Novas Tecnologias
IDENTIFICAO E TRAJETRIAS EM UMA COMUNIDADE DE PRTICA EDUCACIONAL
Telma Nunes Gimenez(UEL)
O interesse despertado pelo conceito de comunidades de prtica (Wenger, 1998) no meio educacional revela
que este tem um potencial para gerar compreenses sobre como profissionais atuantes e novatos aprendem e
desenvolvem suas prticas profissionais. Na esteira das teorias socioculturais, a aprendizagem tem sido
compreendida como um fenmeno social, no qual tm um importante papel as trajetrias que os indivduos
traam no interior de comunidades s quais pertencem ou querem pertencer. Essas trajetrias esto atreladas
a processos de identificao (senso de pertencimento) possibilitados pela negociao de sentidos, construo
de repertrio compartilhado e engajamento em empreendimento comum. Este estudo tem como foco as
transcries de audiogravaes de reunies geradas em um projeto de extenso universitria que rene
professores universitrios, estudantes de graduao em Letras-Ingls, mestrandos, professores da rede
pblica de ensino e coordenadores pedaggicos das instncias municipal e estadual. As reunies quinzenais
do projeto incluem discusses sobre o ensino de lngua inglesa na rede pblica de ensino, configurando-se
como um grupo de estudos que tem por meta a elaborao de um guia curricular coletivamente produzido. O
estudo busca analisar o estilo dos interlocutores (Fairclough, 2003; Ramalho, Resende, 2011), com vistas a
compreender aspectos de sua identificao como membros de uma comunidade de prtica. Anlises
preliminares indicam que os participantes empreendem trajetrias de marginalidade, periferia e centralidade,
alternando-se nesses movimentos em funo dos temas e das percepes sobre o direito fala.
FORMAO CONTINUADA E GRUPOS DE ESTUDOS:
UMA POSSIBILIDADE PARA PROFESSORES DE LNGUA INGLESA?
Thaisa de Andrade Jamoussi (Universidade Estadual de Ponta Grossa)
Esta comunicao tem por objetivo compartilhar reflexes sobre a formao continuada sob a forma de um
grupo de estudos para professores de lngua inglesa da rede pblica estadual. O grupo de estudos que teve
sua ltima edio em 2010 foi desenvolvido na forma de um projeto de extenso em uma universidade
estadual do sul do pas. O grupo de estudos possibilitou o desenvolvimento de uma pesquisa com o objetivo de
compreender a organizao, a dinmica e o funcionamento do grupo de estudos, bem como conhecer a
percepo dos professores sobre as contribuies dessa forma de formao continuada a partir da avaliao
das atividades desenvolvidas, das leituras e discusses realizadas. O grupo de estudos foi estabelecido com
base nos estudos desenvolvidos por Hammerman (1997), Jones (1997), Arbaugh (2000), Gitlin (2000), Britt,
Irwin e Ritchie (2001), Nieto e Yearwood (2002), e Unda (2002) que demonstraram que grupos de estudo
podem ser formas adequadas para o desenvolvimento profissional de professores. A coleta de dados incluiu
um questionrio inicial, os registros das reunies e uma entrevista final. A anlise parcial dos dados da
pesquisa inclui: a compreenso da dinmica orgnica do grupo de estudo, os diferentes papis que os
professores assumem bem como o papel do facilitador externo. Ao contrrio do que afirmam alguns estudos, o
grupo de estudos no pde ser definido como um espao livre de julgamento, uma vez que as relaes de
poder/saber entre os membros do grupo foram observados ao longo do trabalho com o grupo de professores. A
pesquisa tambm sugere que grupos de estudo so adequados para professores com um determinado perfil
podendo atender apenas determinadas necessidades.
ANLISE DE ERROS NA PRODUO ESCRITA DO GNERO RELATRIO EM LNGUA ESPANHOLA
Triciane Rabelo dos Santos (Universidade Federal do Cear)
Considerando as dificuldades na produo escrita em lngua estrangeira, bem como a produo de gneros
textuais/ discursivos em espanhol/LE, esse estudo busca investigar os erros lingusticos na produo escrita do
gnero relatrio de professores em formao, tendo em vista parmetros lingusticos-discursivos. Ademais
analisar a frequncia e a tipologia mais recorrente desses erros e quais suas possveis implicaes para a
textualizao na lngua estrangeira. Como um estudo sistemtico dos erros precisa ser realizado, optamos por
desenvolver investigaes que visam compreender tais problemas luz da Lingustica Contrastiva, centrandonos no modelo da Anlise de Erros, alm de recorrermos s teorias discursivas e textuais. Nesta pesquisa, em
167
andamento, trabalharemos com a produo escrita dos relatrios de estgio de nove professores em formao
final de um Curso de Licenciatura em Letras/Espanhol de uma universidade pblica, onde os erros sero
analisados a partir do plano da observao, da descrio e da explicao (Corder, 1967), salientamos que os
erros cometidos na produo escrita do gnero relatrio podem estar relacionados natureza lingustica e a
especificidade genrica. Observamos ainda que grande parte dos professores de lnguas inicia, de modo geral,
sua aprendizagem da lngua estrangeira, no caso o espanhol, na prpria Licenciatura e deve concluir como
ensinante. Ou seja, preciso investigar o processo de formao dos professores e, em especial, como ele
produz seus textos (orais e escritos) nesse contexto.
Palavras-chave: Anlise de erros; Espanhol; Gnero relatrio.
PERCEPES POSITIVAS SOBRE O ESTGIO SUPERVISIONADO EM LNGUA INGLESA
Valeria Septimio Alvs Fadini (IFES e UFES)
De acordo com o Projeto Poltico Pedaggico da licenciatura em Lngua e Literatura Inglesa da Universidade
Federal do Esprito Santo (UFES), o Estgio Supervisionado (ES) constitui-se numa situao real de vivncia
do futuro professor no contexto em que a prtica escolar se realiza. Dessa forma, foi criada a parceria
institucional com o IFES, para a realizao do ES no ensino mdio (ES-EM), com os objetivos de incentivar
prticas colaborativas entre os envolvidos nesse processo, bem como promover a articulao da teoria com a
prtica na formao do professor pesquisador. Nessa perspectiva, o ES realizado no IFES desenvolvido com
base na reflexo terico-prtica, observao, co-participao e regncia. Este estudo teve como base a
formao crtico reflexiva do professor (PIMENTA, 2003; CONTRERAS, 2003; LIBERALI, 2008), com o objetivo
de descrever os relatos dos alunos de um curso de licenciatura em Lngua Inglesa sobre o estgio
supervisionado e identificar a contribuio dessa experincia para a formao do profissional docente. Trata-se
de um estudo exploratrio de carter qualitativo, com a anlise documental dos relatrios de estgio
desenvolvidos por 19 alunos, ao longo da disciplina de ES-EM. Os resultados indicam que o trabalho
colaborativo foi essencial para o bom desempenho dos estagirios durante a regncia e que a formao inicial
guiada pelo mtodo investigativo promove habilidades e postura de pesquisador nos futuros professores.
Conclumos que as experincias reflexivas e investigativas desenvolvidas durante o perodo do ES contribuem
significativamente para essa formao, incentivando, de forma mpar, um comprometimento maior com a
realidade educacional na qual o aluno est inserido.
Palavras-chave: Estgio Supervisionado. Formao Inicial. Relatrios de estgio.
FORMAO CONTINUADA COOPERATIVA EM AMBIENTE DIGITAL DE APRENDIZAGEM
Vanessa de Oliveira Dagostim Pires (UNISINOS)
O presente trabalho foca a questo do letramento digital de professores da Educao Bsica. O projeto Por
uma formao continuada cooperativa para o desenvolvimento do processo educativo de leitura e produo
textual escrita no Ensino Fundamental, desenvolvido junto ao PPG em Lingustica Aplicada da Unisinos, com
apoio do Programa Observatrio da Educao da CAPES, tem parte de suas atividades desenvolvidas em
ambiente virtual, em vrios mdulos consecutivos, ao longo de 3 anos, que fazem parte do curso Gneros
textuais e prticas sociais: construindo projetos didticos de gneros. Tais mdulos so intercalados por
reunies presenciais. O projeto objetiva promover a interao entre o letramento acadmico dos formadores
com a prtica social dos professores de lngua materna e de seus alunos, na rede de um municpio localizado
no Vale do Rio dos Sinos (RS), desenvolvendo propostas didticopedaggicas que possibilitem formar um
novo educador capaz de estar frente dos desafios educacionais do terceiro milnio. Dessa forma, pretendese, em um movimento cooperativo, ajudar a alavancar o desempenho dos alunos no tocante leitura e escrita
como prticas sociais. Para fins desta apresentao, destacou-se o mdulo em que os professores
desenvolvem projetos didticos de gnero (KERSH e GUIMARES, 2011) com o domnio do argumentar. As
interaes ocorridas no ambiente digital de aprendizagem foram analisadas a partir de Ventromille-Castro
(2007) e Polonia (2004). J possvel concluir que o ambiente digital de aprendizagem tem sido um timo
aliado para a formao continuada de professores de Lngua Portuguesa, visto que promove a interao entre
os pares e entre o docente e a academia. Alm disso, o docente desenvolve seu letramento digital, o que se
reflete em sua prtica pedaggica atravs do uso mais frequente e reflexivo de tecnologias em sala de aula.
Palavras-chave: letramento digital; EAD; formao continuada.
A IDENTIDADE DO PROFESSOR EM PR-SERVIO DE LNGUA INGLESA
E A INCLUSO DO ALUNO SURDO NO CONTEXTO REGULAR
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documental crtica, como as diretrizes orientam a prtica pedaggica em relao aos eixos letramento e
formao continuada e em que medida as orientaes didticas favorecem (ou no) a formao continuada
do professor de lngua materna e suas prticas de letramento. Os aportes sobre os quais ancoramos as
discusses e anlises apresentam a perspectiva terico-metodolgica da Anlise de Discurso Crtica
CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2003; RESENDE & RAMALHO, 2006; RAMALHO &
RESENDE, 2011) em interlocuo com a Teoria Social do Letramento (BARTON & HAMILTON, 1998;
BARTON, 1994; STREET, 1984;1995). As anlises evidenciam a importncia das reflexes acerca de
documentos oficiais que a princpio, norteiam a prtica pedaggica do professor de lngua materna.
Palavras-chave: letramento; formao continuada
PRTICA DE LETRAMENTO NA EDUCAO BSICA ATRAVS DA CRIAO DE CLUBES DE LEITURA
Vilma Nunes da Silva Fonseca (Universidade Federal do Tocantins)
Esta comunicao apresenta resultados parciais e discusses do Projeto de Extenso A leitura na escola: do
leitor guia ao leitor autnomo, submetido ao EDITAL UFT/PROEX 001/2011 (SIGProj
63506.362.58783.21042011). Esta atividade extensionista foi projetada visando incentivar a formao de
leitores atravs da criao de Clubes de Leitura em escolas da rede estadual de ensino na cidade de
Araguana, sob a mediao de alunos do Curso de Letras Universidade Federal do Tocantins Campus de
Araguana, durante a realizao do Estgio Curricular Obrigatrio. Parte-se do pressuposto de que ler uma
atividade extremamente complexa e exige do sujeito/leitor competncia comunicativa e a ativao dos
conhecimentos: sistmico da lngua (conhecimento lingustico), enciclopdico (de mundo) e interacional
(KOCH, 2006). Comunga-se com a ideia de que a leitura se estabelece na relao autor-texto-leitor, onde o
sentido no est apenas no texto ou na decodificao do pensamento do autor, mas na interao textosujeitos, agentes sociais e interlocutores ativos no processo de construo de significados. O percurso terico
aponta, inicialmente, o estudo dos gneros textuais/discursivos na observncia da produo cientfica
relacionada temtica, nos trabalhos j publicados em Bakhtin (2003) e Marcuschi (2008). Para a execuo do
projeto, os acadmicos selecionaram, dentre as instituies de ensino conveniadas com a UFT, quatro escolas,
sendo duas de EF e duas de EM, para atuao. Atravs da criao de Clubes de Leitura nas escolas, assim
proposta de trabalho mencionada, tornou-se possvel perceber nos discentes uma mudana de comportamento
diante das atividades de leitura, como tambm, no desenvolvimento da habilidade de escrita. Os acadmicos
do Curso de Letras, comprometidos com essa ao interventiva, puderam auxiliar o professor de LP, na
promoo do ensino e aprendizagem da produo e compreenso leitora dos alunos da Educao Bsica.
Palavras-chave: Letramento Ensino de Leitura Clube de Leitura
APRENDENDO A ENSINAR COM FILMES:
O CINEMA COMO RECURSO DIDTICO PARA UMA ABORDAGEM INTERCULTURAL
Viviane C. Garcia de Stefani (doutoranda PPGL/UFSCar)
No mbito educacional, estamos vivendo em uma era em que a escola j no considerada o principal local
onde ocorre a aprendizagem (GEE, 2004) fato que leva professores e pesquisadores a refletir sobre novas
maneiras de construir e lidar com o conhecimento. preciso que o ambiente da sala de aula traduza as
transformaes da sociedade, de forma que possa configurar-se, efetivamente, como comunidade de prtica,
lugar de construo do saber. O papel que a escola deve assumir, juntamente com o professor, o de
promover oportunidades para a construo de novos saberes, para o conhecimento e aproximao de culturas.
Ao refletirmos sobre procedimentos que viabilizem a implementao de um ensino significativo de lngua
estrangeira, de acordo com as novas exigncias da sociedade moderna, de forma que promova oportunidades
para a construo do conhecimento por meio da interao e que, ao mesmo tempo, possa contemplar a
abordagem de mltiplas variedades lingusticas e culturais da lngua-alvo, parece-nos oportuna a insero do
cinema como recurso didtico para este fim. Percebemos que h vontade por parte dos professores em utilizar
o cinema, porm, seu uso limitado devido falta de informaes sobre como desenvolver atividades a partir
de filmes (CIPOLINI, 2008). Considerando essa lacuna, a proposta de nossa investigao, caracterizada como
interpretativista, de base etnogrfica (MOITA LOPES, 1994), contribuir para a integrao do cinema prtica
pedaggica de professores de lngua estrangeira, de forma que este recurso possa favorecer a sensibilizao
para aspectos (inter)culturais no processo de ensino-aprendizagem do idioma, alm de criar condies para o
desenvolvimento de (inter)aes comunicativas.
Palavras-chave: cultura, cinema, formao de professores.
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planos de ensino, e para a elaborao de teorias de aprendizado de modo geral. Entre as questes levantadas
por esses tericos dos Novos Letramentos, que considero de extrema importncia para os programas de
formao de professores, destaco as noes de multimodalidade (KRESS, 2009), colaborao (KNOBEL &
LANKSHEAR, 2006), pluralismo cvico (COPE & KALANTZIS, 2000), e aprendizagem situada (GEE, 2004).
Concluo apontando como essas noes podem ajudar o professor de lnguas a refletir criticamente sobre seu
papel no processo instrucional e sobre a funo da escola em um mundo marcado por rpidas e sucessivas
mudanas desencadeadas por novas tecnologias de informao e de comunicao; um mundo onde a
incerteza, a indeterminao e a fragmentao do conhecimento nos obriga a repensar a relao entre
professores e alunos, e a imaginar um currculo pautado pelo estudo crtico e interdisciplinar das linguagens, e
pelo respeito diferena (SNYDER, 2002).
Palavras-chave: letramento crtico; multimodalidade; aprendizagem situada.
O ESTGIO SUPERVISIONADO COMO ELEMENTO CONSTITUTIVO
DE UMA IDENTIDADE REFLEXIVA DO PROFESOR DE LNGUAS
William Teixeira Alves (Universidade Severino Sombra)
de suma relevncia promover uma discusso acerca do Estgio Supervisionado como um ambiente que
possibilite ao aluno-professor uma reflexividade sobre a sua prtica aliada aos conhecimentos apreendidos ao
longo de sua formao no curso de Licenciatura em Letras, o que contribuir consistentemente construo de
sua identidade profissional e construo de saberes necessrios prtica docente. Diante dessa realidade
cabe-nos questionar de que forma o Estgio Supervisionado pode favorecer uma reflexo crtica sobre a
formao do futuro professor de lnguas? , pois, o estgio um espao de construo de identidade docente
profissional? O Estgio Supervisionado constitui-se em um local de produo de saberes prticos para
ensinar? A fim de buscar respostas para tais questionamentos, adotamos a perspectiva crtico-reflexiva sobre
formao de professores, por considerarmos que sobre esta formao h necessidade de discutir dimenses
poltico-educacionais tanto a partir da anlise das legislaes, como de uma concepo que considera os
professores sujeitos de sua formao. Tomamos como base as teorias de Pimenta (2009); Freire (1996),
Schon (1992); Tardiff (2002); Alarco (2002); Nvoa (1992) dentre outros. Assim, compreendendo que se trata
de um momento de uma articulao entre a teoria e a prtica, o estgio deixa de ser um espao meramente
burocrtico e passa a contribuir para a constituio de uma identidade reflexiva do professor de lnguas.
Palavras-chave: identidade docente, formao de professores, Estgio Supervisionado,
VARIAO LINGUSTICA E O PROCESSO DE FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUAS
Yana Liss Soares Gomes (UFMG)
Estamos vivendo um momento ps-moderno marcado por mudanas sociais, culturais, histricas e polticas,
sobretudo, decorrentes do desenvolvimento tecnolgico e do mundo cada vez mais globalizado. Essas
transformaes tm provocado uma releitura acerca das formas de produzir conhecimento e de pensar as
polticas lingusticas que norteiam o processo de formao de professor de lnguas. Nesse cenrio, a temtica
da variao/diversidade lingustica tem se constitudo uma questo bastante discutida no mbito educacional.
Contudo, no espao escolar brasileiro ela tem sido por muitas vezes ignorada, especialmente por professores
de lngua materna. Diante dessas constataes, sentimo-nos motivados a investigar o processo de formao
docente de lnguas (materna e estrangeira). O objetivo deste estudo analisar as crenas de alunos/formandos
acerca do fenmeno da variao lingustica na interface de dois cursos de formao de professores
(Letras/Portugus e Letras/Espanhol) da Universidade Estadual do Piau-UESPI. A pesquisa etnogrfica d-se
na perspectiva da Complexidade e, em virtude da abrangncia do estudo perfilhamos a construo de um
arcabouo terico interdisciplinar entre as Teorias do Caos, Teoria da Complexidade e a Sociolingustica. A
respeito do processo de formao de professores, algumas consideraes parciais podem ser feitas: os
formandos de Letras Portugus e Espanhol parecem no terem se apropriados adequadamente dos
conhecimentos a respeito da variao/diversidade lingustica; 2) os futuros docentes de lngua materna e
estrangeira no esto preparados para trabalhar em sala de aula com todo um conjunto de teorias e prticas
que valorizam a heterogeneidade lingustica. Essas constataes sugerem a existncia de falhas no processo
de formao docente de lngua e apontam um descompasso entre as polticas lingusticas e o conhecimento
terico produzido na academia nos cursos de Letras.
Palavras-chave: Variao Lingustica. Formao de professor. Complexidade.
A RECEPTIVIDADE DA LINGUAGEM DIGITAL NO AMBIENTE ESCOLAR
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SESSES COORDENADAS
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professores para o ensino da Lngua Portuguesa: disciplinas e prticas de ensino, desenvolvido por
pesquisadores desta IFES. A primeira comunicao faz uma anlise da organizao curricular desta
licenciatura, considerando-se: as disciplinas especficas oferecidas, o perfil formativo e profissional dos
professores destas disciplinas e as prticas de ensino veiculadas em aulas que abordam a Metodologia do
Ensino da Lngua Portuguesa (MELP) no curso de Letras. A segunda comunicao discute as prticas de
ensino da disciplina Lngua Portuguesa: Estgio Supervisionado, com o objetivo de compreender como as
atividades desta disciplina procuram ser articuladas de modo a estabelecer um projeto coeso de formao de
professores de Lngua Portuguesa. A terceira e ltima comunicao analisa as contribuies formativas de uma
das prticas de ensino da disciplina Lngua Portuguesa: Estgio Supervisionado, a Aula Simulada,
desenvolvida na oficina extenso Tpicos do ENEM durante o primeiro semestre de 2012. Espera-se que os
dados discutidos nesta sesso coordenada possam contribuir com outras investigaes que tomam a formao
de professores para o ensino da lngua portuguesa como objeto de pesquisa.
Palavras-chave: Formao de Professores; Estgio de Licenciatura; Ensino de Lngua Portuguesa.
Anlise curricular da Licenciatura em Lngua Portuguesa da UFOP
Janana Mayra Nascimento (IC/PIP-UFOP)
Andressa Cristina Coutinho Barboza (DELET-UFOP)
A LDB 9394/96 responsabiliza a universidade pela formao dos futuros professores de Educao Bsica.
Aps quinze anos desta deliberao e no esteio de pesquisas anteriores, que tomam a formao do professor
de Lngua Portuguesa na universidade como objeto de pesquisa (BARZOTTO, SOUSA et al, 2008; RIOLFI,
EUFRSIO et al, 2009), esta investigao prope o estudo de caso da formao de professores na licenciatura
em Lngua Portuguesa da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Em um primeiro momento, buscou-se
analisar a organizao curricular desta licenciatura, a partir da identificao das disciplinas oferecidos pelo
curso. Nesta etapa, procurou-se perceber quais disciplinas seriam responsveis pela formao especfica dos
professores de Lngua Portuguesa e discriminar suas diferentes designaes (NASCIMENTO e BARBOZA,
2011). Diante das vrias nomenclaturas utilizadas para disciplinas voltadas Metodologia da Lngua
Portuguesa (MELP), lanaram-se duas hipteses: 1) a diversidade de designaes pode expressar uma
especificidade, ou seja, as diferentes disciplinas responsveis pela MELP formam um projeto coerente e
articulado de formao de professores; 2) a diversidade de nomenclaturas expressa generalidade e as
diferentes disciplinas responsveis pela MELP repetem-se ou dispersam-se no currculo da licenciatura em
Lngua Portuguesa da UFOP. Para a discusso dessas hipteses, so feitas consideraes a partir da anlise
conjugada de trs dados: a) as ementas das disciplinas de MELP; b) o perfil formativo e profissional dos
professores responsveis por estas disciplinas no curso de Letras; c) a anlise de registros de aulas de MELP
ministradas no segundo semestre de 2011. At o momento, acredita-se que essa aparente disperso no
impossibilita a preparao necessria dos futuros professores de Lngua Portuguesa formados por esta IFES,
mas demanda uma articulao cuidadosa deste projeto formativo.
Palavras-chave: Formao de professores; Currculo; Ensino de Lngua Portuguesa.
Formao de professores para o ensino da lngua portuguesa no estgio supervisionado da UFOP
Mara Jnia de Assis (Monitora PROGRAD-UFOP)
Giseli Ferreira Barros (DELET-UFOP)
Andressa Cristina Coutinho Barboza (DELET-UFOP)
O estgio uma disciplina que prope a reflexo da prtica pedaggica, tendo em vista a formao do futuro
professor. De acordo com Pimenta e Lima (2006; 2011), o estgio deve oportunizar uma aproximao do aluno
a sua realidade profissional e o conhecimento e a interpretao da realidade educativa deve ser o ponto de
partida para a formao do futuro professor. Neste sentido, o estagirio deve desenvolver atividades que
possibilitem o conhecimento, a anlise, a reflexo do trabalho docente, das aes docentes, nas instituies,
de modo a compreend-las em sua historicidade, identificar seus resultados, os impasses que apresenta, a
dificuldades. (PIMENTA e LIMA, 2006, p. 20). Diante do exposto, este trabalho tem a proposta de analisar as
diferentes atividades realizadas pela disciplina Lngua Portuguesa: Estgio Supervisionado, oferecida no curso
de Letras da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Parte-se da hiptese de que as atividades de
estgio so organizadas no constante trabalho ressignificao formativa, planejamento de aes, anlise de
situaes e avaliao formativa (BARBOZA, 2012). Sero analisadas as atividades de: orientao individual;
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orientao coletiva; uso da sala virtual; aula simulada; elaborao de planos, anlises e relatrio; atuao em
campo de estgio; participao dos alunos em eventos formativos promovidos pela disciplina. Este estudo d a
ver como as diferentes atividades desenvolvidas pela disciplina Lngua Portuguesa: Estgio Supervisionado
denotam um design instrucional (FILATRO e PICONEZ, 2004) coerente com o projeto formativo para os alunos
desta habilitao, que tem procurado preparar os futuros professores para os desafios da docncia.
Palavras-chave: Estgio de Licenciatura; Design instrucional; Formao de professores.
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disciplinas de lngua e literatura no apresentam em seus programas, de modo geral, preocupao com esses
aspectos. Alm disso, importantes crenas foram reveladas tanto pelos professores formadores quanto pelos
professores em formao, as quais nos permitiram perceber que h uma grande lacuna na formao de
professores de espanhol daquele contexto, haja vista a falta de espao para o TL enquanto recurso para o
ensino, inclusive no que tange transculturalidade. Desse modo, lanamos algumas propostas que vislumbram
a modificao dessas crenas, perpassando por mudanas na prpria estrutura do curso e de suas disciplinas.
Palavras-chave: Texto literrio. Transculturalidade. Crenas/formao de professores de espanhol.
O lugar do texto literrio nos programas de disciplinas de Metodologia do Espanhol da UERN e as
crenas dos professores
Regiane Santos Cabral de Paiva (UERN)
Observando por meio de outras pesquisas a ausncia do texto literrio nas aulas de espanhol do ensino mdio,
decidimos investigar de que modo os Programas das Disciplinas (PGDs) de Metodologia I e II do Espanhol da
UERN contemplam esse texto no seu plano de ao. Em virtude da anlise dos PGDs e do estudo sobre
saberes e competncias docente, nos orientamos em Haydt (2006), Libneo (2008), Paulo Freire (1998), Tardif
(2008) e Pimenta (2002); para tratar do papel do TL nos dedicamos aos estudos de Tenorio & Reyzbal (1992),
Mendoza Fillola (2002, 2004, 2007) e Albadalejo (2007); sobre crenas e ensino de lnguas: Barcelos (2001,
2004, 2006, 2007), Barcelos e Kalaja (2003), Silva (2010). O contexto escolhido para a nossa investigao foi a
UERN, tendo como corpus os programas das referidas disciplinas e, a fim de verificar como se materializava
esses PGDs, tambm adotamos como segundo corpus entrevistas semiestruturadas com os trs professores
que as ministraram. Finalmente, percebemos que os resultados da nossa anlise apontaram que os PGDs de
Metodologia de Lngua Espanhola I e II da UERN no oportunizam o TL como contedo a ser explorado numa
disciplina de formao em lngua estrangeira; que apesar de os professores destas disciplinas assumirem a
crena de que este texto contribui para a aquisio dos aspectos culturais e para o desenvolvimento das
habilidades, no contemplam este tema nas aulas de metodologia porque os objetivos do programa no
direcionam para este fim. Dessa maneira, entendemos que se no ensino superior no h espao para essas
discusses, supostamente o aluno (futuro professor) no ter o manejo necessrio para lidar com esse tipo de
texto em aulas de lngua espanhola.
Palavras-chave: Texto literrio. Formao de professores. Crenas.
Desenvolvimento de saberes e competncias de professores em formao em relao ao uso de textos
literrios como recurso para o ensino: do projeto pedaggico ao estgio
Isabela David de Lima Damasceno (UECE)
A presente pesquisa est vinculada ao Programa de Ps-Graduao em Lingustica Aplicada da Universidade
Estadual do Cear e encontra-se em andamento. Sua temtica est relacionada formao inicial de
professores e o uso de textos literrios no ensino de ingls como lngua estrangeira (ILE). O objetivo principal
conhecer os saberes e as competncias desenvolvidas ao longo do curso de graduao em Letras/Ingls da
Universidade Federal do Cear no que diz respeito capacitao dos alunos em formao para a utilizao do
texto literrio no ensino. Para isso, foram realizadas anlises de documentos que orientam essa formao e
sero conduzidas observao de aulas. Para a realizao do estudo nos apoiamos nas idias de Tardif (2000;
2002), que trata dos saberes profissionais dos professores, Mendoza (2002; 2004; 2007), que lana um modelo
de tratamento didtico do texto literrio e Giroux (1988), no que diz respeito ao currculo, entre outros. Na
primeira fase da pesquisa, foram analisados o Projeto Poltico Pedaggico do curso de Letras Portugus/Ingls
Diurno da Universidade Federal do Cear, as ementas e programas de disciplinas do curso. Em seguida, os
demais dados sero coletados a partir de observaes de aulas e de aplicao de questionrios a professores
e alunos das disciplinas que sero observadas. Os resultados das anlises documentais apontam que a
literatura, no contexto pesquisado, recebe um tratamento tradicional, distante de ser trabalhada como um
recurso didtico no ensino de ILE. Com esse estudo esperamos traar um perfil de uma realidade especfica da
formao de professores de ingls em relao ao uso de textos literrios no ensino para que, diante do
encontrado, lancemos novos olhares e novas propostas que possam contribuir com uma etapa to importante
do desenvolvimento profissional: a formao inicial.
Palavras-chave: Texto literrio, Formao de professores, Currculo.
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em formao inicial? Quais so as mudanas sofridas por esses futuros professores ao longo da sua formao
acadmica / profissional? Alm dos autores citados, este trabalho contou com o suporte terico de Ialago e
Duran (2008), Moita Lopes (2002) e Rajagopalan (1998) entre outros. Os resultados mostram que metade dos
futuros professores no comeou o curso de Letras com o intuito de ser professor de Lngua Inglesa. Outro
aspecto importante que 71% dos entrevistados tm orgulho da deciso de se tornarem professores de Ingls,
enquanto 29% no se sentem confortveis com essa possibilidade. Outros resultados apontam as dificuldades
enfrentadas, principalmente nos estgios, e destacam a importncia do curso na formao de professores bem
preparados para o exerccio da profisso.
Palavras-chave: formao inicial; identidade do professor de Lngua Inglesa.
A reconstruo da identidade de professoras de lnguas
Helivane de Azevedo Evangelista (Centro Universitrio UNA)
Apesar da reconhecida importncia do domnio da Lngua Inglesa tanto no mundo acadmico quanto no mundo
dos negcios, disciplinas como Ingls, Ingls para Negcios e Ingls Instrumental tm sido eliminadas dos
currculos de diferentes cursos de bacharelado: Administrao de Empresas; Comrcio Exterior; Gesto
Hoteleira, Turismo e Lazer; e Sistemas de Informao, para citar apenas alguns exemplos. Essa mudana
curricular tem um impacto na identidade de professores de ingls, uma vez que hoje, no Brasil, as
oportunidades de atuao profissional desses professores no ensino superior se restringem basicamente ao
curso de Letras, seja na modalidade licenciatura, seja na modalidade bacharelado. Este estudo ancora-se
teoricamente nas ideias de Meurer (2000), Moita Lopes (2002) e Fino e Souza (2003) sobre questes
identitrias e faz uso da pesquisa narrativa para investigar as implicaes da retirada das disciplinas dos
currculos na reconstruo das identidades de trs professoras de lngua inglesa de uma instituio de ensino
superior localizada em Belo Horizonte - MG. Duas dessas professoras permaneceram na instituio, porm
passaram a lecionar apenas lngua portuguesa. Uma delas, posteriormente, passou em um concurso pblico
de uma universidade federal e voltou a ser professora de ingls. A terceira professora, por sua vez, foi
desligada da instituio. Os dados coletados foram distribudos em cinco categorias de anlise: (1)
representaes de si como professora de ingls; (2) representaes de si como professora de portugus; (3)
representaes de si voltando a ser professora de ingls; (4) representaes da empregabilidade; e (5)
representaes da perspectiva de no empregabilidade. Os resultados revelam que a crise identitria das
participantes deve-se sobretudo impossibilidade de permanecerem no ensino superior como professoras de
lnguas, no importa se de lngua inglesa ou de lngua portuguesa.
Palavras-chave: identidade do professor de lnguas, pesquisa narrativa, representaes.
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do professor de E/LE e lao entre formao acadmica e prtica profissional. Observando que dentre os muitos
estudos nesse mbito, todavia grande parte prioriza a dificuldade de articulao entre teoria e prtica, temos
como objetivo propor discusso sobre a relevncia do papel do professor supervisor de campo de estgio na
formao docente. Pouco se tem explorado os saberes e atribuies que constituem o trabalho desse
professor, que , a nosso ver, mais do que o regente de disciplina, do que o professor da escola; um
profissional que compartilha com o professor da licenciatura, o professor da universidade, a orientao dos
estagirios em vrios nveis, contribuindo, assim, para a construo de conhecimento terico-prtico
necessrio ao metier do professor. O enfoque terico centra-se em um possvel dilogo entre estudos do
trabalho (Schwartz, 1997, Amigues 2004, e a Anlise do discurso de orientao enunciativa (Maingueneau,
2005), alm de propostas de Foucault relativas a poder e saber (1987, 1996). Desse modo, por meio de uma
perspectiva discursiva, pretendemos dar visibilidade importncia do papel do professor de campo na
formao do futuro docente de E/LE, que por estar em situao real de trabalho, pode e deve oferecer
contribuies valiosas para o entendimento da atividade como debate de normas, em que o trabalhador, a
partir de suas experincias, valores e contatos com o coletivo, institui sua prpria maneira de realizar a sua
prtica, nesse caso, docente.
Palavras-chave: formao docente; orientador de campo; lngua estrangeira
Pontes/dilogos entre universidades e instituies de ensino: estgios supervisionados em lngua
estrangeira
Ana Elizabeth Dreon (UERJ)
Marina Vallim (UERJ)
O Conselho Nacional de Educao (CNE) estabeleceu, em 2002, atravs da Resoluo CNE/CP 2, de 19 de
fevereiro, modificaes quanto carga horria dos cursos de Formao de Professores da Educao Bsica,
em nvel superior, em curso de licenciatura, de graduao plena, o que determinou o aumento de disciplinas
relacionadas s licenciaturas nas Instituies de Ensino Superior (IES). Essa Resoluo foi regulamentada pela
Deliberao UERJ 21/2005 que, por sua vez, estabeleceu a instalao de necessrias relaes entre as IES e
os estabelecimentos de ensino campos de estgio. Nesse movimento, as IES passaram a dispor de um espao
de observao e participao, entre outros, no ensino bsico das esferas municipal, estadual e federal, de
acordo com os nveis contemplados por essas e oferecidos aos habitantes do Rio de Janeiro. Em decorrncia,
o espao novo propicia a nossos licenciandos de graduao do curso de Portugus-Espanhol a oportunidade
de vivenciar outras experincias, fora dos muros da universidade. A atuao nesses outros campos estabelece
trocas que envolvem os futuros professores, licenciandos da IES, os docentes dos estabelecimentos pblicos,
orientadores do estgio de campo, e os professores orientadores de estgio da IES. O grupo constitudo
planeja estratgias de atuao implementadas e reavaliadas em fluxo contnuo, destinadas s prticas
docentes. Instaura-se um cenrio de reflexo sobre o fazer pedaggico, tomando LIMA e AROEIRA (2011) e
FREIRE (1997), visando a que os alunos da graduao em lngua espanhola estabeleam parmetros crticos
e construam sua prpria identidade profissional, que se materializar em seu trabalho como professores.
Nesse sentido, a proposta se destina a apresentar como se organiza e posto em prtica um trabalho
integrado e integrador entre IES e escolas conveniadas, com base em espaos efetivamente reflexivos sobre a
atuao docente dos licenciandos.
Palavras-chave: estgios orientados; lngua estrangeira; instituies pblicas
A diversidade na elaborao de materiais didticos: uma forma de avaliao de estagirios
Angela Marina Ferreira (UERJ)
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2006 passou por modificaes curriculares, que
imprimiram novas disciplinas voltadas para diferentes tipos de estgios aos futuros professores de espanhol.
Dentre essas disciplinas, duas de estgio bsico de espanhol (I e II) e uma terica de Produo de Material
Didtico ficaram a cargo do Instituto de Aplicao (CAp/UERJ). Uma vez que a carga de estgio foi ampliada,
buscamos no CAp focar o nosso trabalho na produo de material didtico diversificado, j que boa parte das
discusses tericas era motivo de debates em disciplinas anteriores. Essa escolha se deveu ao fato de
percebermos que, apesar do extenso currculo e do bom nvel de discusso terica, a maioria dos alunos
demonstrava despreparo quanto elaborao de material didtico, principalmente no que dizia respeito
preparao de aulas que pudessem vir a fugir de um esquema por eles considerado padro. Atravs da
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elaborao de material didtico diferenciado, levantamento das dificuldades encontradas e reelaborao desse
material preparado pelos alunos a partir das consideraes feitas pelo professor orientador, foi possvel
verificar um melhoria no padro de qualidade desse material que visaria o respeito liberdade, o apreo
tolerncia, o pluralismo de ideias em busca de um mundo mais equnime - em que as diferenas venham a
somar. Tomamos como base para nosso trabalho BRASIL (1988 e 1996), GIOVANNINI, Arno et alii (1996),
KATUTA (2003), KOCH (2010), OLIVERAS (2000), SCHNEIDER (2003) e SEVERINO (2000).
Palavras-chave: produo de material didtico; prtica de Ensino; estgio
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(Hall, 2000). Em um segundo momento a mesma, visa apresentar o caminho que est sendo percorrido por
uma profissional de ensino de lngua estrangeira, detalhando as suas opes pedaggicas, que procuram
contemplar a interdisciplinaridade, dentro de uma realidade disciplinar. A sala de aula de lngua estrangeira foi
o cenrio inicial onde as pontes foram construdas com outras reas do saber, e novas prticas foram
inauguradas e que vem se fortalecendo com a criao de um grupo de estudo intitulado GTin. Este GT
formado por docentes do seu contexto de pesquisa e se afilia ao projeto pedaggico institucional do CEFET/RJ
que visa discutir, refletir, estimular e vivenciar prticas pedaggicas dialgicas no vis Vygotskiano. Porm,
durante os encontros do mencionado GT observou-se a necessidade de um aprofundamento terico, mas
amplo que contemplasse a interdisciplinaridade, para que em um segundo a perspectiva interdisciplinar fizesse
mais sentido para os docentes envolvidos no processo de aprendizagem. Desta forma, esta comunicao seria
mais um passo para que novas discusses sejam inauguradas e que as prticas interdisciplinares tenham base
mais slidas refletindo no fazer pedaggico. Como fio condutor, a comunicao visa historicizar a questo da
formao disciplinar, problematizando-a e a levando a reflexo a partir do momento contemporneo. Para isto,
alguns autores como Foucault, Zygmund Bauman, Hall e Ivani Fazenda sero abordados. Alm da teoria
apresentada no primeiro momento, alguns projetos implementados e outros que ainda esto sendo
desenvolvidos no contexto de pesquisa que contemplam a perspectiva interdisciplinar sero
apresentados. Todos com o objetivo de dar um carter interdisciplina a educao tecnolgica e ampliar as
discusses nas diversas reas do saber que permeiam o contexto de pesquisa.
Concurso pblico para professor de lngua espanhola dos institutos federais
Antonio Ferreira da Silva Jnior (CEFET/RJ, PUCSP)
Nos ltimos anos, em consequncia da lei 11.161/2005, que dispe sobre a oferta obrigatria da lngua
espanhola, temos acompanhado a abertura de vagas de concurso pblico para professores de espanhol nas
escolas que compem a Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica. Porm, nem sempre, o edital e
a prova de seleo condizem com os documentos normativos norteadores da atuao do professor da
Educao Bsica brasileira. A evoluo metodolgica do ensino de lnguas implica tambm um repensar dos
concursos pblicos de seleo docente ao magistrio, independente do mbito, seja estadual, municipal ou
federal. No entanto, nem sempre o programa do concurso e a prova de seleo (objetiva ou discursiva) ao
cargo de professor de lnguas estrangeiras, em nosso caso o de espanhol, correspondem s discusses mais
recentes da rea do ponto de vista lingustico e/ou pedaggico. Muitos concursos ainda se limitam a restringir a
avaliao docente a uma mera prova escrita cujos conhecimentos gramaticais da lngua estrangeira ocupam o
centro das atenes. Esses exames acabam por definir o perfil do professor de lngua estrangeira da escola
pblica brasileira. No queremos dizer que no seja necessrio conhecer a gramtica de uma lngua para ser
professor da mesma, mas acreditamos que exigir somente esse conhecimento no possibilita que o professor/
candidato demonstre conhecimento de outras competncias to importantes para uma prtica docente
reflexiva. A partir disso, pretendemos neste estudo, apresentar uma reflexo a partir do gnero prova de
seleo escrita para o cargo efetivo de professor de espanhol dos Institutos Federais, em particular do Estado
do Rio de Janeiro (selees de 2009 e 2011). Esperamos problematizar a discrepncia entre a teoria e a
prtica e a atuao docente em diferentes nveis de ensino. Como forma de alcanar nossos objetivos,
recorremos aos estudos tericos de Daher (2006) e Paraquett (2009).
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professores de lnguas, indagando como os professores formadores podem contribuir para a construo de
identidades autnomas. Partindo da anlise crtica de uma unidade de livro didtico destinado ao ensino de
portugus como lngua adicional, o terceiro trabalho discute a importncia de se preparar os futuros
professores de lnguas para lidar criticamente com materiais didticos. O pressuposto que fundamenta esse
trabalho de que o desenvolvimento de habilidades de produo, anlise e avaliao desses instrumentos
pedaggicos deve ser parte essencial da formao da identidade profissional dos trabalhadores da educao
lingustica.
Futuros professores de LEs integrando novas identidades: o desafio das novas diretrizes para a
formao do professor da educao bsica
Eliane Carolina de Oliveira (UFG)
Autores como Nvoa (1995), Pimenta (2002) e Pimenta e Anastasiou (2002) afirmam que a identidade no
um dado imutvel nem externo, nem tampouco um produto pronto e acabado que possa ser adquirido, mas um
processo de construo contnuo que se d nas dimenses sociais, histricas e culturais. Isso significa que, por
influncia das circunstncias existentes num dado momento histrico e social e das necessidades postas pela
sociedade, algumas profisses surgem e se transformam; outras praticamente deixam de existir. Nvoa (1995)
afirma que mais adequado falar em processo identitrio, uma vez que a construo de identidades passa
sempre por um processo complexo graas ao qual cada um se apropria do sentido da sua histria pessoal e
profissional. um processo que necessita de tempo. Um tempo para refazer identidades, para acomodar
inovaes, para assimilar mudanas. (NVOA, ibid, p. 16, grifo do autor). Partindo do pressuposto que a
identidade de professor uma sntese constituda pela soma das vrias relaes estabelecidas pela pessoa do
professor e pelo profissional professor ao longo da sua vida, sendo, dessa forma, um processo em constante
mutao, pretendo apresentar nesta comunicao algumas aes implementadas no novo projeto de formao
universitria de professores de lnguas estrangeiras da Faculdade de Letras da UFG e seus respectivos
resultados. A questo da mudana de identidades dos discentes enfocada, uma vez que eles esto
adicionando s suas identidades de alunos a identidade de professor e de pesquisador da sua prpria prtica.
Ser dada nfase ao aspecto da formao do futuro professor para a utilizao das novas TICs (Tecnologias
de Informao e Comunicao) (BRASIL, 2002; PAIVA, 2001; RAMOS; FREIRE, 2000).
Palavras-chave: identidade docente; formao de professores de lnguas estrangeiras; TICs.
Afinal, como foi a aula, professora? Alguns modelos de feedback durante o processo de superviso de
professores em formao
Barbra do Rosrio Sabota Silva (UFG/UEG)
Este trabalho um recorte de um estudo bibliogrfico sobre a interao na formao universitria do professor
de lnguas estrangeiras, desenvolvido em nossa instituio. A pergunta do incio do ttulo se interpe com muita
frequncia no cenrio de formao de professores de LE. comum que estagirios busquem na fala do
professor-supervisor um relato que valide sua prtica ou alguma considerao sobre o que ainda falta
aprimorar para que ele termine seu estgio. Mas como podemos, como professores formadores, agir neste
momento to importante de modo a contribuir para a construo de uma identidade profissional autnoma
deste futuro professor? Nosso objetivo/foco central aqui , portanto, no feedback que ocorre aps as
observaes de aula na escola-campo e, em decorrncia disso, a) no evento de observao de aulas, que
pode ser um momento de gerao de estresse e comprometimento das relaes interpessoais (RICHARDS,
1998), que pretendemos discutir e b) na observao e moderao da linguagem utilizada durante as
discusses, quando apresentamos e analisamos alguns modelos de crticas observadas comumente nestes
momentos, classificando-as em: colaborativa, construtiva e desconstrutiva. Para tal caracterizao, foram
observados critrios lingusticos e paralingusticos. Considerando que o momento de feedback pode favorecer
o aprimoramento de conhecimentos especficos (como melhorar a acuidade gramatical ou fluncia em uma
lngua, por exemplo), propiciar a reflexo e o desenvolvimento da criticidade sobre a sua atuao como
docentes (MAGALHES, 1996; LIBERALI, 1996; SABOTA, 2005; BORELLI, 2006) e, ainda, atuar como
suporte no modo como o estagirio comea a definir sua identidade profissional (MARSHALL, 2008), este
estudo se pauta pela possibilidade de que a interao colaborativa pode acontecer na formao universitria
de professores de lnguas e favorecer tal autonomia, contribuindo, assim, para a constituio da identidade do
futuro professor de lnguas.
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bons alunos-leitores. Por sua vez, a formao do profissional do ensino da leitura vai requerer que ele tenha
claramente estabelecido o perfil de leitor proficiente o qual, indiscutivelmente, dever convergir para os
propsitos que considera indispensveis nas aulas de leitura. objetivo deste trabalho verificar, na fala dos
formandos de Letras, os caminhos que se cruzam entre: i) o que consideram ser um leitor proficiente; ii) quais
devem ser os principais propsitos dos professores nas aulas de leitura, para que sejam formados leitores
proficientes. Participaram desse trabalho trinta e seis formandos do curso de Letras da Universidade Federal
do Cear a quem solicitamos: a) descrever um leitor proficiente; e b) apresentar os propsitos que deve ter um
professor em aulas de leitura. Do discurso dos participantes, com base em Fulgncio e Liberato (1992),
Kleiman (1992), Bakhtin (1997), Cardoso e Teberosky (2000), Pietri (2007), dentre outros, inferimos que nossos
alunos caracterizaram bem o leitor proficiente e que alguns demonstram saber, teoricamente, como proceder
para formar bons leitores.
Palavras-chave: Leitor proficiente. Formao de professor. Aula de leitura.
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Entre as vrias aes que buscam consolidar a parceria firmada com escolas da educao bsica de
Guarulhos para a realizao dos estgios supervisionados dos licenciandos de Letras da Universidade Federal
de So Paulo (UNIFESP), podemos citar o oferecimento de oficinas pedaggicas e cursos de formao
continuada aos alunos estagirios e aos professores da rede pblica. nesse mbito que no primeiro semestre
de 2012 foram organizados trs minicursos, com durao de quatro horas, ministrados por docentes da
UNIFESP e de outras instituies. Nesta comunicao relataremos a experincia de um desses minicursos,
com o objetivo de avaliar de forma crtico-reflexiva essa prtica e (re)pensar o planejamento de aes futuras.
Como base para nossa anlise, utilizaremos as pesquisas que investigam o trabalho docente e a formao de
professores (Bueno, 2007; Lousada, 2006; Magalhes, 2006; Cristvo, 2004; Gimenez, Arruda & Luvuzari,
2004; Castellotti & De Carlo, 1995). Os resultados a serem apresentados sero obtidos atravs de um
questionrio de avaliao do minicurso, dos relatrios de estgios dos alunos da UNIFESP e de entrevistas
com professores-orientadores das escolas conveniadas. Duas questes orientaro a nossa investigao: (i)
em que medida o formato adotado deste gnero (a oficina) favoreceu ou no uma atitude reflexiva sobre o agir
docente? (ii) de que forma os contedos apresentados contriburam para o desenvolvimento da prtica dos
(futuros) professores? Esperamos assim colaborar com as pesquisas no campo de formao de professores de
lnguas, principalmente no que se refere s modalidades de formao.
Palavras-Chave: oficinas pedaggicas formao de professores parceria escola-universidade
Estereotipia e instrumentalismo: representaes sobre ensino de lnguas estrangeiras na escola
pblica
Ivan Martin (UNIFESP)
Neide Elias (UNIFESP)
A despeito do intenso debate sobre o lugar e o papel das lnguas estrangeiras no ensino regular, observa-se a
prevalncia da ideia de que o ensino e a aprendizagem de uma lngua estrangeira respondem
fundamentalmente a necessidades instrumentais e, quando h alguma referncia a aspectos culturais, esta se
assenta, principalmente, em esteretipos. A partir da anlise de alguns anncios publicitrios produzidos em
uma atividade proposta aos estudantes do curso de Letras da UNIFESP, no mbito da disciplina Prticas de
Formao Docente, buscaremos observar de que modo as representaes das lnguas estrangeiras (espanhol,
francs e ingls) geram um discurso que reafirma lugares comuns e, ao mesmo tempo, atribui valor econmico
e social a elas. De que maneira, estes estudantes, futuros professores, se apropriam, compartilham, elaboram
o que aprender lnguas estrangeiras no ensino regular? Que representaes tm sobre as lnguas
estrangeiras? Como as heranas de sua experincia escolar pregressa impactam na sua viso de lngua e
cultura estrangeiras? Estas so algumas das questes que pretendemos problematizar, com o objetivo de
contribuir com as reflexes que temos promovido na nossa instituio sobre a parceria escola pblica e
universidade. Para fundamentar nossas anlises tomaremos como referencial terico o conceito de
representao social postulado por Moscovici (1978) e Jodelet (1989).
Palavras-Chave: esteretipos representaes - lngua estrangeira
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anlise feita junto aos docentes observados, nosso trabalho trilhou o caminho terico de Donald Schn, Jos
Contreras, Selma Pimenta, Maurice Tardif, dentre outros. As aulas das trs lnguas enfocadas foram
observadas e filmadas, mas com a inteno de promover um trabalho com o professor e no sobre ele,
caracterizando, assim, um processo de reflexo crtica dos professores sobre suas prprias aulas. Dessa
forma, a Pesquisa-ao crtico colaborativa foi a metodologia adotada para a obteno dos dados. Estudos
sobre a formao de professores e sua prtica sempre apresentar-se-o incompletos, pois dependem muito da
realidade focalizada e do olhar do pesquisador sobre a problematizao do tema. Entretanto, os resultados a
serem revelados na apresentao se pautaram nas respostas dadas ao objetivo da pesquisa. Nossa pesquisa
possibilitou a constatao da tendncia de formao atual que poder aperfeioar a prtica docente. Porm,
no se trata de prescrever o que se deve fazer em seu trabalho didtico-pedaggico, mas descobrir estratgias
para assegurar a prtica reflexiva entre os professores de lnguas.
Palavras-chave: prtica, docente, francs
A dicotomia teoria/prtica na formao de formadores de Francs Lngua Estrangeira
Christianne Rochebois (UFV)
o meio-ambiente como um todo famlia, escola, bairro, mdias que assegura a apropriao dos valores
comuns a uma comunidade no tempo e no espao. Nesse conjunto, a formao de professores uma carta
coringa para identificar e buscar solues aos problemas sociais que surgem num cotidiano cada vez mais
denso e onde ela a formao fator principal nas consequncias efetivas na rea (geogrfica ou
profissional) qual ela destinada. A formao do futuro professor de FLE, no nosso caso especfico, o
bolsista-estagirio do Curso de Extenso em Lngua Francesa (CELIF) da UFV nos permite avaliar a
insuficincia de uma formao inicial e dinamizar essa formao inicial em um fluxo contnuo. Ns, enquanto
formadores de futuros formadores, entendemos que quando se trata de formao contnua , um
planejamento a longo prazo deve ser efetuado, visando uma melhoria tambm contnua na qualidade de ensino
da lngua/cultura estrangeira. A qualidade dos formadores que trabalham ento a formao contnua deve, por
todas essas razes, ser especfica e em constante desenvolvimento. Eles devem demonstrar, atravs de suas
prticas e escuta, que eles compreendem e participam das exigncias dos professores em formao.
Baseamos-nos em trabalhos de Courtillon (2004), Porcher (1995 e 2004) e Tagliante (2006) sobre a graduao
das formaes dos futuros professores, objetivando demonstrar que elas devem permitir aos estagirios de
FLE desmistificar o discurso abstrato dos tericos, diminuindo a distncia entre a teoria e a prtica, para
elaborar atividades contextualizadas, no se restringindo a receitas j pr-determinadas.
Palavras-chave: formao inicial e continuada de professores; ensino da lngua francesa.
(Re)colocar as lnguas estrangeiras no sistema educacional
Drio Pagel (UFS)
A presente comunicao visa continuar o debate sobre a presena de vrias lnguas estrangeiras no sistema
educacional brasileiro, tendo em vista que, para a didtica brasileira atual, o estudo sobre o ensino
diversificado de lnguas, ou seja, o ensino plurilngue ocupa at agora um lugar muito modesto entre as
pesquisas realizadas. Nosso objetivo maior, nesta apresentao, refletir sobre uma questo mais ampla, ou
seja: tera o professor a certeza de que, no meio escolar e fora dele, se tem uma concepo de lngua
estrangeira que justifique a prioridade que os especialistas pretendem lhe atribuir? As abordagens
comunicativa e ps-comunicativa pretendem que a aprendizagem de uma lngua tem sempre uma ou vrias
finalidades. Observa-se com frequncia a definio redutora e utilitria de lngua como sendo instrumento de
comunicao. Porm, na formao de nossos professores, seria pertinente instru-los sobre a questo se os
alunos das escolas tm algo a comunicar ou se pretendem fazer uso da comunicao oral ou escrita. Estariam
as resistncias, os freios e os bloqueios que enfrenta o ensino diversificado de lnguas estrangeiras nas
escolas brasileiras, ligados poltica educacional? Sabe-se que hoje, uma poltica lingustica no apenas
constituda pelo ensino de lnguas (Porcher & Faro-Hanoun, 2000; Castelotti & Moore, 2001). A anlise de
diferentes situaes de ensino, a partir de experincias vividas ou estudadas, permite afirmar o quanto
importante oferecer aos alunos do ensino fundamental e mdio da escola de hoje uma poltica plurilngue,
multicultural e interdisciplinar (Goulier, 2006), todavia oferecendo reais condies estrutura educacional e, em
especial, aos professores, para a aplicao da referida poltica, assegurando dessa forma a insero dos
alunos brasileiros no mundo globalizado de hoje.
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tambm a anlise dos elementos lingusticos (morfossintticos, semnticos e fonolgicos) que os organizam.
Palavras-chave: estgio supervisionado, ensino de portugus e educao bsica.
A literatura no programa de portugus: desafio ao estagirio de Letras
Maria de Ftima Cruvinel (CEPAE/UFG)
indiscutvel a importncia da leitura no processo de insero do indivduo numa sociedade de cultura letrada,
da, no mbito das prticas pedaggicas de ensino bsico, a nfase dos programas curriculares de Lngua
Portuguesa na atividade leitora. Contudo, no obstante os esforos institucionais para a democratizao do ato
de ler, as prticas escolares so determinadas, sobretudo, pela compreenso que o professor tem da leitura. O
presente trabalho prope-se a refletir sobre a prtica escolar de leitura, especialmente do gnero literrio,
abordada na interface com a formao do futuro professor de lngua materna na educao bsica. Para
sustentar essa reflexo, toma-se um projeto de orientao do estgio curricular do curso de Letras
desenvolvido no Cepae/UFG, campo de estgio por excelncia dos cursos de graduao desta instituio
superior de ensino. Orientado pela concepo de leitura como processo de construo de sentidos, e neste
como fator constitutivo do letramento do sujeito escolar, o referido projeto de estgio foi idealizado e executado
com a pretenso de reafirmar a funo esttica e humanizadora do letramento literrio no mbito da
escolarizao bsica, precisamente numa turma de 8 ano do Cepae. A proposta pedaggica desenvolvida por
estagirios abordou o dilogo entre o cnone representado na obra literria Romeu e Julieta, de
Shakespeare e diferentes gneros (HQ, mang) e linguagem (filmes), que retomam a pea, numa ao cujos
resultados apontaram tanto a ampliao da compreenso leitora do texto dramtico shakespeariano pelos
adolescentes, quanto a percepo, pelos estagirios, de que a leitura literria nas aulas de lngua materna
pode ser uma prtica profcua, especialmente quando faz sentido para os sujeitos envolvidos no processo.
Palavras-chave: estgio, educao bsica e letramento literrio.
Poesia na sala de aula: desafios e possibilidades na formao de professor e do aluno
Clia Sebastiana da Silva (CEPAE/UFG)
A literatura , conforme afirma Candido, um instrumento poderoso de instruo e de educao. com o seu
ensino que se busca cumprir o inciso III da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, no que se refere
ao aprimoramento do educando como pessoa humana, sua formao tica e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crtico. Isso ratifica a importncia da leitura do texto literrio nas aulas de Lngua
Portuguesa. Ocorre que, nem sempre, o modo como se trabalha a literatura nas escolas cumpre o papel bsico
de formar leitores competentes de textos literrios, bem como de consolidar a prtica da leitura. Relativamente
ao texto potico, em especfico, tal dificuldade mais significativa e preocupante. O presente trabalho pretende
problematizar o papel da poesia na formao do leitor literrio sob trs perspectivas: a do professor como leitor
e mediador da leitura do texto potico, observando em que medida uma precariedade na formao do
professor como leitor especializado do texto potico interfere na mediao do trabalho com poesia na sala de
aula; a do aluno na recepo do texto potico, avaliando como a poesia pode ativar a autonomia do aluno leitor
e estimul-lo para o exerccio crtico, criativo e expressivo da linguagem e a do texto potico em si como objeto
esttico capaz no s de despertar a sensibilidade do aluno leitor, mas tambm de potencializar-lhe o
letramento literrio. Para tal, sero apresentadas tambm algumas experincias com leitura de poesia na sala
de aula que colocam o professor em formao (o estagirio) e o aluno leitor em um papel ativo no usufruto do
poema em todas as suas potencialidades.
Palavras-chave: poesia, ensino e letramento literrio.
Estgio de lngua portuguesa e ensino de gramtica na escolarizao bsica
Deise Nanci de Castro Mesquita (CEPAE/UFG)
O aprendizado de uma lngua pela via do ensino formal de sua gramtica tem sido objeto de estudo de
linguistas e professores que viveram at mesmo em pocas anteriores do pai da lingustica moderna,
Ferdinand de Saussure (*1913). Porm, no Brasil, somente nas quatro ou cinco ltimas dcadas sua limitao
explicao sobre categorias gramaticais e funes sintticas vem sendo sistematicamente questionada e
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investigada, motivada principalmente pela aparente dificuldade que algumas pessoas (inclusive as
consideradas letradas) demonstram para ler, entender, interpretar e escrever textos. Desde ento, os estudos
que eram basicamente pautados em um projeto formalista multifacetado e plural sustentado no trip Saussure,
Bloomfield e Chomsky vm sendo paulatinamente substitudos pelo que se pode designar, segundo Marcuschi
(2008, p. 39), a guinada pragmtica, motivada em parte pela filosofia analtica da linguagem impulsionada
tanto por Wittgenstein (1889-1951) como por Austin. Assim, originaram-se as diferentes vertentes da
lingustica de texto e dos diversos funcionalismos que, de forma geral, baseiam-se nos princpios de que a
linguagem tem funes que so externas ao sistema como tal; e que as funes externas influenciam a
organizao interna do sistema lingustico (MARCUSCHI, 2008). E so estas concepes que norteiam o
ensino de portugus na educao bsica do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada Educao da
Universidade Federal de Gois (CEPAE/UFG), quando adota obras literrias clssicas e modernas como
exemplares de gneros discursivos que estruturam o discurso e suscitam a fruio esttica dos leitores; e
desenvolve o seu estudo lingustico sem restringi-lo explorao de normas gramaticais, mas priorizando a
investigao de sua arquitetura, de suas construes que do sustentao estrutura dos textos, identificando,
assim, o servio que cada elemento gramatical presta ao gnero literrio. Para exemplificar esta compreenso,
nesta comunicao sero apresentadas e analisadas algumas atividades de leitura e escrita de contos e
crnicas elaboradas pelos estagirios de Letras durante as reunies semanais de estudo e planejamento
orientados pelo professor de portugus da escola campo, com o objetivo de desenvolver o letramento literrio
de alunos dos 6os anos do ensino fundamental.
Palavras-chave: gramtica discursiva, escolarizao bsica e estgio supervisionado.
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a lngua inglesa em uso. Os resultados apontam que a) o ambiente reflexivo-colaborativo visto pelos
professores como de grande valia, b) h uma grande preocupao dos participantes em abordar questes
estruturais do ingls e isso reavaliado; c) o trabalho colaborativo permite o desenvolvimento de habilidades
lingsticas dos prprios professores. Conclumos que o desenvolvimento do ingls dos professores os
empodera tanto quanto saber usar a linguagem para analisar e refletir sobre sua prtica e saber novos
mtodos e tcnicas pedaggicas.
Palavras-chave: Concientizao lingustica, professor, ingls, empoderamento
De alunas de um projeto de extenso a multiplicadoras: como possvel integrar habilidades na escola
pblica
Thatiane Rosa de Oliveira Braz (Secretaria de Educao do Estado de Minas Gerais)
Selma Aparecida Miranda Alves (Secretaria de Educao do Estado de Minas Gerais)
Esse trabalho tem o objetivo de refletir como o conhecimento adquirido no mdulo de Habilidades Integradas
em um projeto de formao continuada de professores de ingls da rede pblica de uma universidade tem
influenciado a prtica de duas professoras as quais tm atuado como Analistas Educacionais em um Programa
de Interveno Pedaggica (PIP) dos anos finais do Ensino Fundamental da Secretaria Estadual de Ensino de
seu estado. O referido programa (PIP) tem a finalidade de implementar o CBC (Contedo Bsico Comum) de
todas disciplinas. Como Analistas de Ensino, as professoras capacitam outros professores, contribuindo com a
sua formao continuada e agindo como multiplicadoras do que aprenderam no projeto de formao citado.
Neste trabalho as professoras, primeiramente, refletem sobre o projeto de formao (leitura e discusso crtica
de textos tericos atrelados preparao e implementao de atividades em sala de aula e mdulo
lingustico para seu aprimoramento da lngua inglesa). Segundo, apresentam suas aes como Analistas
Educacionais que envolveram atividades com integrao de habilidades e enfatizaram a lngua inglesa em uso.
Terceiro, analisam as avaliaes escritas pelos professores participantes do PIP. Quarto, refletem sobre como
experincias de sucesso, como a integrao de habilidades, podem ser resignificadas por outros professores.
Os resultados apontam que a experincia no projeto de extenso lhes conferiu embasamento terico e
segurana sobre como agir em sala de aula e como avaliar as consequncias de certas implementaes. As
avaliaes escritas pelos participantes do PIP revelam que, em sua maioria, os professores saram satisfeitos e
receptivos quanto ao rompimento de paradigmas de um ensino fragmentado das habilidades. Novas prticas
podem ser incorporadas por professores quando a capacitao tem componentes terico-reflexivocolaborativos e valoriza o desenvolvimento profissional do professor de lngua, inclusive o seu conhecimento
da lngua inglesa em uso.
Palavras-chaves: ingls, integrao de habilidades, multiplicadoras
Repensando a prtica e o prprio aprendizado de lngua inglesa: Experincias em programas de
capacitao no Brasil e no exterior
Marilane de Abreu Lima Miranda (E. E. Professor Cndido Gomes)
Lucienne de Castro Silva (Escola Estadual So Sebastio)
Muitos professores de lngua inglesa no dominam satisfatoriamente a lngua que ensinam, tornando o ensino
dessa lngua no satisfatrio em escolas regulares. Este trabalho relata as experincias de duas professoras
de ingls que buscaram formao em um programa de extenso de uma universidade pblica e foram
selecionadas, posteriormente, a participar de programas da CAPES de capacitao no exterior. Os objetivos de
ambos os programas coincidem, tanto na importncia dadas ao aprimoramento dos conhecimentos lingustico
e acadmico-metodolgicos, quanto na valorizao do professor da escola pblica. Com base nas atividades
dos programas: a) aulas de lngua, b) reflexes metodolgicas, c) atividades que promoviam a reflexocolaborativa, as professoras apresentam seus resultados. A nova perspectiva da lngua trouxe a realidade tanto
para seu prprio aprendizado de ingls quanto para seus alunos, tornado-as mais seguras para ministrarem
ingls. As duas professoras relatam que passaram a questionar suas atuaes em sala de aula como
professoras e a recorrer s teorias para embasar a prtica. Nesse sentido, a prtica passou a incorporar a
anlise de problemas e busca de solues para uma ao renovada, quando necessrio. Ambos os programas
incentivaram aes colaborativas entre seus participantes, esse exerccio trouxe benefcios, a princpio no
esperados, tais como o conhecimento sobre a realidade do ensino de ingls em outras regies do Brasil
quando da participao das atividades no exterior e a segurana para trabalhar com grupos de professores de
200
outras disciplinas ao retornar escola de origem. As professoras concluem que adquiriram conhecimentos
lingusticos, culturais e metodolgicos que as enriqueceram pessoal e profissionalmente.
Palavras-chave: programas de capacitao, ingls, reflexo
201
durao de 120 (cento e vinte) horas. A estrutura curricular dos mdulos foi construda a partir de temas
ligados ao ensino de Lngua Portuguesa, indicados pela Secretaria de Educao e que visavam a formao de
docentes do Ensino Fundamental I e II a qual, acreditamos, deva ser contnua e progressiva, o que se
apresenta como uma iniciativa extremamente vlida e profcua no sentido de contribuir efetivamente para a
melhoria da qualidade do ensino bsico. O projeto desenvolveu uma metodologia de trabalho variada com
aulas expositivas, dinmicas de Grupo, debates, atividades de reflexo e uso da linguagem a partir do contato
com diferentes tipos de textos (filmes, textos literrios, msicas, pinturas, peas publicitrias etc.) e oficinas. A
inteno era promover um ambiente de reflexo mesclado a atividades prticas, que possibilitem ao professor
condies satisfatrias para ampliao de seus conhecimentos bem como uma avaliao sobre sua conduta,
com vistas melhoria e ao aperfeioamento de suas atividades docentes. A experincia proporcionada pelo
trabalho no programa Teia do Saber durante estes anos corroborou muitas das nossas expectativas,
reforando a necessidade de desenvolvimento de aes que promovam o contato contnuo entre os diferentes
nveis de ensino, para benefcio de todos.
Palavras- chave: formao continuada lngua portuguesa Teia do Saber
Relatos de um programa de formao continuada de professores de lngua portuguesa da rede pblica
Ana Paula de Lima
Esta apresentao tem como objetivo apresentar alguns dados relativos ao Programa Gesto da
Aprendizagem Escolar (GESTAR II), que oferece formao continuada, na modalidade semipresencial, na rea
de Lngua Portuguesa e Matemtica aos professores do Ensino Fundamental II da rede pblica. Desenvolvido
pelo Ministrio da Educao (MEC), este ano o programa est sendo realizado na Universidade Estadual
Paulista Jlio de Mesquita Filho Campus de Rio Claro, contando com 120 horas presenciais e 180 horas de
atividades a distncia para cada rea temtica. Na rea de Lngua Portuguesa, h 17 professores tutores, de
diversas regies do Estado de So Paulo, participando do programa. Durante a formao, so discutidas
questes prtico-tericas que so, posteriormente, trabalhadas pelos tutores com os professores cursistas de
suas cidades. Dentre os vrios aspectos estudados, destacamos o trabalho sobre questes sociolingusticas
(POSSENTI, 2000; BERTONI-RICARDO, 2004), letramentos (MARCUSCHI, 2001; ROJO, 2009) e gneros
textuais (MARCUSCHI, 2001; KOCH; ELIAS, 2011; ANTUNES, 2009). Os cursistas so responsveis por
desenvolver as atividades propostas com seus alunos e relatar ao professor tutor os resultados obtidos. O
programa ainda esta em andamento, sendo assim, vamos nos limitar a contextualizao do programa e
apresentar algumas das atividades propostas aos tutores sobre variantes lingusticas, bem como
planejamentos por eles elaborados.
Palavras-chave: formao continuada lngua portuguesa variantes lingusticas
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O presente trabalho se prope a mostrar brevemente a experincia que vem sendo realizada na E.M.E.F.
Cidade do Rio Grande, atravs do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia, Subprojeto de
Francs, com o ensino de francs lngua estrangeira (FLE). O projeto iniciou em julho de 2011 em duas
escolas da rede pblica do municpio de Rio Grande e, diferentemente dos demais subprojetos, o de francs
no possui turmas regulares para o desenvolvimento das aes, visto que o ensino de FLE no consta da
grade curricular das escolas das redes municipal e estadual. O planejamento, realizado juntamente com a
coordenadora do projeto, as professoras supervisoras e os bolsistas, tem por objetivo fazer com que o aluno
conhea a si mesmo, o outro e o mundo ao seu redor atravs da lngua francesa. A proposta, fundamentada no
Quadro Europeu Comum de Referncia (CONSEIL DEUROPE, 2000), parte da Perspectiva Acional, para a
qual o aluno no um mero aprendente de situaes preestabelecidas, mas sim um ator social capaz de
interagir em diferentes contextos, pensar e refletir sobre a aprendizagem de uma lngua e cultura estrangeiras
para, assim, poder valorizar e construir sua prpria identidade. O trabalho desenvolvido no subprojeto de
Francs resgata o ensino da lngua em instituies pblicas no municpio de Rio Grande. Alm disso, a
participao direta dos bolsistas em todas as etapas do processo pesquisa, planejamento, observao, bem
como a produo de material didtico, tem um papel fundamental na sua formao inicial. Para as professoras
supervisoras, a participao neste projeto proporciona uma reflexo sobre a sua prpria prtica, o que contribui
para a formao continuada, na medida em que se percebe a necessidade de buscar e discutir novos saberes
e prticas.
Palavras-chave: PIBID; FLE; formao inicial e continuada.
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temas; uma vez confirmada essa hiptese, verificar se, depois das leituras e discusses realizadas durante o
curso, h alteraes significativas na forma como os professores concebem a abordagem da gramtica nas
aulas de espanhol, por meio das unidades didticas que re (elaboram).
Palavras-chave: Formao continuada; Material didtico; Gramtica
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observao das aulas pelos alunos, o que propiciou a eles um espao de reflexo individualizada que transitou
entre a sala de aula na universidade, continuou no estgio e voltou sala de aula para socializao das
observaes e realimentao crtica das teorias estudadas. Nesse cenrio, questionou-se a teoria, a prtica e a
extenso da validade de ambas frente s realidades concretas vivenciadas no estgio, o qual passou, ento,
por um processo de ressignificao: no mais um estgio para observaes assistemticas, mas sim um
estgio em que a ateno era orientada a um objetivo pr-estabelecido em funo do que foi estudado. Ao
mesmo tempo, os alunos entenderam que a teoria na prtica pode ser aplicada de formas diferentes,
dependendo dos alunos, do professor, da escola, da disciplina... Os relatrios finais comprovam que a
experincia teve impacto positivo na formao desses jovens professores de lnguas, que passaram a ser mais
crticos no s para com sua formao e suas observaes do entorno, mas tambm mais maleveis e
acolhedores de diferenas. Essa nova perspectiva agregou um significado inovador s aulas de Prtica de
Ensino e Didtica Especfica e, como efeito inesperado, tambm ajudou na (re)construo das professoras
formadoras.
Palavras-chave: formao inicial; estgio; identidade
PIBID e a formao inicial e continuada de professores de Lngua Portuguesa: parrhesia, ethos e tekhn
Elzira Yoko Uyeno (UNITAU/SP)
Do temor da inexperincia pelo licenciando em lnguas, por um lado, e da preocupao da ineficcia da
experincia acumulada pelo professor formado de lnguas, por outro, constituiu-se o problema da pesquisa a se
relatar. Mais precisamente, o temor do desconhecimento de como aplicar todo o conhecimento adquirido pelo
licenciando em lnguas, por um lado, e da ansiedade em conseguir a adeso dos alunos s atividades de
ensino do professor de lnguas experiente constituiu o problema. A hiptese para essas preocupaes foi:
licenciandos e formados tm uma viso teleolgica, isto , de um lugar aonde se chegar, da docncia, quando
se trata de um processo e, como tal, contnuo. Analisar o discurso de licenciandos e de formados em Letras e
nele encontrar essa viso teleolgica e analisar suas subjetivaes em suas atividades como participantes do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia PIBID constituram os objetivos, fundamentando-se
na Anlise do Discurso de linha francesa e na psicanlise lacaniana. Resultados da pesquisa revelaram que as
funes atribudas aos licenciandos e aos professores supervisores das unidades escolares pelo PIBID tm o
potencial de produzir um efeito parrsico postulado por Foucault: exigindo daqueles encontrar a palavra precisa
que promova a melhoria do aluno do nvel de ensino fundamental sob sua responsabilidade e, destes, a
palavra que promova a melhoria daquele, o PIBID se realiza como processo de formao inicial e continuada,
atenuando suas vises teleolgicas da formao do professor de lnguas. Para alm da parrhesa que
comporta, anlise de Foucault (2004), de um lado, o procedimento moral ou o ethos e, de outro, o
procedimento tcnico ou a tekhn do mestre em relao a seu discpulo que se fizeram perceber e revelaramse responsveis pela construo da identidade do professor de lngua materna, os resultados revelaram
aspectos relativos a identificaes de ordem psicanaltica.
Palavras-chave: formao continuada; identidade; psicanlise
SESSO COORDENADA
Coordenador: Fbio Luiz Villani (Secretaria Municipal de Educao de So Paulo)
Ensino de ingls para crianas e formao de professores:
resultados preliminares de parceria entre universidade e sistema municipal de educao
Lvia de Arajo Donnini Rodrigues
Em 2012, face implantao do Programa Lngua Inglesa no Ciclo I nas escolas vinculadas Secretaria
Municipal de Educao de So Paulo (SMESP), estabeleceu-se a parceria entre a SMESP e a Fundao de
Apoio Faculdade de Educao da USP (FAFE) para oferta de Formao Continuada dos professores de
lngua inglesa da rede municipal e acompanhamento das aes de implantao do Programa. Para a
apresentao e discusso dos resultados obtidos nessa parceria SMESP/FAFE, parte-se da compreenso de
que o Programa Lngua Inglesa no Ciclo I representa a introduo de uma inovao curricular, e que uma
inovao no necessariamente implica em mudana direta das prticas escolares (MARKEE, 1997). Para
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situar essa discusso, sero tambm apresentados os objetivos e o desenho curricular da Formao
Continuada, incluindo aspectos relacionados modalidade de formao adotada (RODRIGUES, 2005), a
relao entre conhecimento lingustico e pedaggico (FREEMAN, 2012), e a organizao e sequenciamento
das etapas de formao e acompanhamento. Alm disso, temas como a interao entre L1 e L2 no ensino para
crianas e a relao entre os ndices de proficincia almejados e a antecipao-quantidade-qualidade da
exposio L2 sero problematizados tendo como referncia os resultados parciais do projeto ELLiE [Early
Language Learning in Europe] (LOPRIORI, 2009; MIHALJEVI DJIGUNOVID, 2012) e os resultados
preliminares do Programa Lngua Inglesa no Ciclo I a fim de contribuir para implantao ou reviso de polticas
lingusticas voltadas para a Educao Bsica no pas.
Palavras-chave: Formao Continuada, Parceria Universidade-Rede, Ensino de Lnguas para Crianas
Multiletramentos em aulas de LI no Ensino Fundamental I:
resultados de um trabalho colaborativo entre a universidade e a rede pblica
Renata Quirino de Sousa
Janice Gonalves
O ensino de lngua inglesa nas sries iniciais do ensino fundamental 1 ao 5 ano foi implementado em
2012 nas escolas municipais da cidade de So Paulo e, com o intuito de facilitar tal implementao, a
Secretaria Municipal de Educao (SME) props um trabalho de formao e de colaborao entre a
Universidade de So Paulo (USP) e professores que passaram a atuar neste ensino, cujo foco est na
oralidade, uma vez que por meio da lngua falada que primeiro se constroem maneiras de ser e estar no
mundo (BAKHTIN / VOLOSHINOV (1981 [1929]). A proposta dessa implementao, intermediada pelo trabalho
colaborativo entre professoras-formadoras contratadas pela FAFE (USP) e professores da rede, de
proporcionar aos aprendizes vivncias na lngua inglesa por meio de imagens, sons e gestos, presentes em
histrias e msicas infantis, em vdeos e brincadeiras, trazendo para dentro do contexto da aula as
multimodalidades (LANKSHEAR, SNYDER e GREEN, 2000; KRESS, 2003; GEE, 2006). Entre as questes
que emergem dessa colaborao, est o papel da lngua materna e da lngua alvo, j que os alunos, nesse
momento, encontram-se em fase de construo da linguagem escrita em lngua materna (SOARES, 2004).
Outra questo preponderante o quanto, sob o impacto das novas tecnologias e da grande diversidade cultural
e lingustica provocada por tempos de globalizao, as necessidades desses estudantes com relao aos seus
processos de letramento ou seja, de construo dos usos sociais das linguagens oral e escrita tm mudado
fortemente o foco dos objetivos pedaggicos no ensino de lnguas. Por meio de dados coletados durante o
trabalho colaborativo, pretende-se abordar estas e outras questes que se mostrem pertinentes durante o
processo.
Palavras-chave: escola pblica, trabalho colaborativo, ensino fundamental I
Ingls no Ensino Fundamental I:
relatos de uma professora da rede pblica em processo de pesquisa colaborativa
Gisele Silvrio
Rosana Machado Piuvezam
Como professoras de ingls da Rede Municipal e tendo participado da implantao do Ensino de Ingls nos
Anos Iniciais do Fundamental I pretendemos descrever e analisar influncias do trabalho de formao e
colaborao proposto pela SME em parceria com a FAFE USP em nosso cotidiano escolar. Nesses relatos,
destacaremos o papel da formao em servio para o trabalho em sala de aula com crianas de seis a dez
anos. Partindo da conjetura de que a noo sociointeracional da linguagem parte do pressuposto de que a
construo do significado social, de modo que a comunicao se d medida que os interlocutores
constroem um campo de conhecimento comum, ocorrendo inmeras negociaes de sentido durante a
interao e que cada interlocutor traz seus conhecimentos e os testa, a fim de perceber se o que conhece
garante o sucesso da interao, haver autonomia e adequao para a efetiva comunicao entre os pares.
Assim, afirmamos que, ao seguirmos ideias de autores como Vygotsky, teremos, consideravelmente o
protagonismo de nossos alunos durante as aulas de lngua estrangeira e estes percebero que a lngua ser
apenas um objeto de mediao na comunicao com o outro. Com todas as sugestes propostas durante o
trabalho colaborativo, tem havido maior envolvimento por parte dos alunos nas atividades desenvolvidas e,
assim, a maioria destes atingiu as expectativas nas aulas de lngua inglesa: por diversas aulas, isso resultou
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em participao espontnea (cantar, ordenar, perguntar em ingls, participar dos momentos de contao de
estrias, de jogos e de brincadeiras), propostas de novas atividades vindas deles, aumento no repertrio, e
comunicao mais eficaz na lngua materna.
Palavras-chave: LI, ensino fundamental I, pesquisa colaborativa.
Esta comunicao tem como objetivo apresentar uma anlise dos registros escritos dos participantes de foruns
de discusso online em uma disciplina de Lingua Inglesa no curso de Letras. Nesses fruns, foram discutidos
textos sobre a formao do professor de ingls. Para tanto, o presente estudo utiliza-se dos pressupostos
tericos e metodolgicos que embasam a comunicao mediada pelo computador, bem como o modelo de
Comunidade de Investigao (Community of Inquiry model) proposto por Garrison, et al (2000); Garrison et al ,
Rourke et al (2001), Anderson et al (2001), bem como os estudos que fundamentam a utilizao de foruns no
ambiente educacional (Anderson & Kanuka, 1997; Collins & Berge, 1995; Paiva, 2010). Nesta parte sero
apresentadas as caractersticas gerais das Presenas (Social, Cognitiva e de Ensino), porm, o enfoque ser
na Presena Social nos fruns. Para a analise dos elementos avaliativos que evidenciam as presenas, este
estudo ter como suporte os fundamentos da Gramtica Sistmico-Funcional (Halliday, 1994);
Avaliatividade/Appraisal: Martin (2003); Hunston & Thompson (2000); Eggins & Slade (1997).Os dados foram
coletados a partir do discurso escrito dos participantes ao expressarem suas opinies em dois fruns
realizados na disciplina de Lngua Inglesa VIII. As anlises indicaram que as escolhas lxico-gramaticais de
atitude no discurso dos alunos refletiram os tipos de resposta de solidariedade que os alunos esperam obter de
seus interlocutores, mais ainda, a ansiedade de ser um futuro professor de ingls no mundo globalizado, o que
coaduna com os tipos de presena evidenciados nos fruns. Assim, pode-se observar que os alunos utilizaramse das categorias de atitude para se referir ao prprio desenvolvimento profissional abrangendo suas
carncias, suas aspiraes e seus sonhos no desejo de uma melhoria na sua vida enquanto profissional da
educao.
Palavras-chave: Comunicao mediada pelo Computador, atitude, formao docente.
O uso das novas tecnologias na formao docente: prtica emergente no cenrio acadmico?
Este estudo uma pesquisa em desenvolvimento que tem como objetivo apresentar uma anlise do discurso
docente e discente de uma universidade do centro- oeste brasileiro, sobre o uso das novas tecnologias no
cenrio acadmico. Discutir acerca do uso/funcionalidade da ferramenta tecnolgica na formao docente
torna-se fundamental nos dias atuais. Nesse sentido, partimos do pressuposto de que a tecnologia se faz
presente na maior parte das atividades dirias fazendo com que a comunicao seja mediada pelo
computador. Em consequncia desse cenrio, um ambiente lingustico recriado artificialmente, em que o
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professor e o material didtico so forados a se integrarem nesse mundo digital (Paiva, 1995). Este estudo
prope, ento, verificar se h uma consonncia na utilizao da tecnologia como ferramenta pedaggica na
formao docente, na opinio de professores e alunos do curso de letras/ingls. Para tanto, utilizamos os
construtos tericos da Lingustica Sistmico-Funcional com base nos estudos de Halliday (1994) Halliday e
Mathiessen (2004), Eggins (1994) e a formao de professor de lngua estrangeira (Celani, 2003; Paiva, 1996;
Moita-Lopes, 2006; Assis-Peterson e Cox, 2007). Os dados foram coletados por meio de observao e
gravao de aulas e entrevistas com os professores e universitrios, transcritos, organizados e categorizados
pela ferramenta computacional WordSmith tools (Scott, 1997). Sero destacados os elementos lxicogramaticais presentes no discurso dos participantes relacionados ao uso da tecnologia na sala de aula. Esperase, portanto, que esta proposta reflexiva contribua com pesquisas futuras na rea da Lingustica Aplicada (LA)
com foco na formao docente e, sobretudo, instigue prticas tecnolgicas no contexto ensino/aprendizagem
de lnguas na contemporaneidade.
Palavras-chave: Formao do professor de LE; Tecnologia; Lingustica Sistmico-Funcional.
Ensino do espanhol na escola pblica: uma anlise do discurso docente sob a perspectiva da
gramtica sistmico- funcional
A necessidade de se pensar em polticas de lnguas uma realidade que abrange vrios aspectos, tais como,
o fortalecimento de inter-relaes, sejam elas afetivas, sociais e culturais, formando assim, um espao
multicultural e multilngue, favorecendo o indivduo em todo o seu contexto social. Nesse contexto, este
trabalho tem como objetivo apresentar uma anlise do discurso docente de professores de Lngua estrangeira
Espanhol no que se refere s dificuldades enfrentadas no contexto de sala de aula da escola pblica, que
vo desde o ensino de estrutura lingustica do espanhol at a falta de proficincia lingustica do professor.
Abordaremos essa problemtica considerando os estudos desenvolvidos na rea da Lingustica Aplicada com
o foco na formao do professor, autores como Celani (2003), Moita-Lopes (2006), Leffa (2009), Paiva (1996)
dentre outros; e para a anlise lingustica sero utilizados os pressupostos da Gramtica sistmico-funcional
(Halliday 1994) com o foco no sistema de avaliatividade (Martin 2000, Martin e White 2005). Os dados foram
coletados por meio de entrevistas com professores de espanhol de uma escola pblica, organizados e
categorizados utilizando o programa computacional WordSmith Tools Scott (1997). A anlise dos elementos
avaliativos presentes no discurso docente aponta para uma necessidade de se discutir a criao de polticas de
ensino de lnguas conforme preveem as orientaes curriculares para o ensino pblico.
Palavras-chave: Ensino do espanhol; Discurso; Gramtica Sistmico-Funcional
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Pretende-se com essa apresentao apresentar resultados parciais de um projeto de pesquisa em andamento
no que diz respeito s crenas que aprendizes de Lngua Inglesa possuem a respeito do povo norte-americano,
sua cultura e sua lngua. O projeto visa ainda investigar uma possvel relao dessas crenas com o fenmeno
da motivao para aprendizagem de lngua estrangeira, relao essa que tambm ser discutida neste
trabalho. Partimos do pressuposto de que as crenas que os alunos constroem podem sofrer influncia
principalmente das sries e filmes produzidos pela mdia norte-americana e ainda que a construo dessas
crenas possa interferir na relao de aprendizagem. Tendo em vista a popularizao das TVs por assinatura e
o fenmeno de downloads na rede mundial de computadores, no se pode negar que o aprendiz de lngua
inglesa tenha, em funo da tecnologia, um maior acesso a fontes de produo da lngua, tais como sries e
filmes de lngua inglesa, especialmente estadunidenses. Esse acesso coloca o aluno em contato com valores,
modos de agir, falar e pensar da cultura norte-americana que podem levar a um conjunto de crenas sobre o
pas, seu povo e sua cultura. Questionamos se essas crenas podem auxiliar ou inibir a aprendizagem dos
alunos. A referida pesquisa est sendo realizada por mim, professora em formao inicial, em uma de minhas
turmas de nvel intermedirio, composta de 20 alunos, de uma Central de Lnguas de uma universidade de
Minas Gerais como parte de um projeto de extenso. Os dados que sero apresentados foram coletados por
meio de entrevista semi-estruturada com os alunos e dirios reflexivos sobre as aulas ministradas. O estudo
tem como base os trabalhos de Barcelos (2004) e Mendes (2009) sobre crenas, bem como Gardner e
Lambert (1972), Williams e Burden (1997), Brown (2000) e Drnyei (2001) sobre motivao.
Palavras-chave: crenas de alunos; motivao; aprendizagem de lngua inglesa
211
Esse trabalho parte da nossa pesquisa realizada no perodo de 2009 a 2011, durante o mestrado em
lingustica aplicada, na qual investigamos as crenas de dezoito professores egressos do curso de letras
Espanhol da Universidade Estadual do Cear (UECE) sobre o uso ou no do texto literrio como ferramenta
para o ensino e aprendizagem de Espanhol no Ensino Mdio de Escolas Pblicas de Fortaleza e a relao
entre essas crenas e sua prtica docente. Como base terica, recorremos aos estudos de autores como
Widdowson (1984), Cosson (2006), Mendoza (2004, 2007), Arago (2006), Souza (2008), Santos (2007),
Barcelos (2004, 2006, 2007), Leffa (1988, 1991), Almeida Filho (1993), Pajares (1992), Alvarez (2007), Celani
(2002, 2009), Miccoli (2007, 2010), Moita Lopes (1996), dentre outros. Os resultados mostram que embora os
professores reconheam a importncia do uso do TL nas suas aulas; nem sempre suas crenas correspondem
s suas aes na prtica docente. Diante dos resultados, reconhecemos a necessidade de projetos que
auxiliem o professor na sua prtica docente no somente com relao ao uso do texto literrio, mas tambm
com relao ao que fazer dentro da sala de aula do Ensino Mdio. Percebemos que so necessrias iniciativas
que ajudem o professor com sua prtica docente e com a construo e desconstruo de crenas que facilitem
o seu trabalho. Com isso, ao final da nossa pesquisa, alm de apresentarmos algumas propostas didticas
para a utilizao do TL no ensino de E/LE nesse contexto de ensino, apresentamos tambm um projeto de
formao continuada para a preparao do professor (egresso ou no da UECE) no somente com relao ao
uso do TL, mas para a melhoria da sua prtica docente como um todo.
Palavras-chave: Professor de Espanhol. Uso do texto literrio. Formao Continuada.
Crenas sobre o uso do texto literrio no ensino de francs/lngua estrangeira: uma experincia de
letramento literrio com professores em formao na UECE
Gisleuda de Arajo Gabriel (UECE- GPLEER)
Entre os recursos utilizados na formao e a aprendizagem de lngua estrangeira (LE), as obras literrias
permanecem um tanto relegadas porque tem-se considerado com frequncia que o texto literrio uma
modalidade do discurso linguisticamente complexa e muito elaborada que tem pouca influncia na
aprendizagem comunicativa (MENDOZA, 2007). Atualmente, entre as pesquisas referentes ao ensino e
aprendizagem de lnguas, os estudos sobre crenas apontam para a grande relevncia na formao de
professores. Segundo os estudiosos da rea, o desvelamento das crenas, dentro de cada contexto da prtica
de ensino dos professores, permite ao professor uma melhor adequao de objetivos, contedos, abordagem e
de procedimentos metodolgicos no processo de ensino e aprendizagem. Portanto, esta pesquisa tem por
objetivo averiguar a mudana (ou no) das crenas de professores em formao do curso de Letras Francs
da UECE, sobre o uso do texto literrio a partir de prticas de leituras literrias no ensino do FLE. Utilizaremos
como suporte terico os estudos de WIDDOWSON (1991), ALMEIDA FILHO (2005), MENDOZA (2003, 2004,
2007), BARCELOS (2010, 2006), VIEIRA-ABRAHO (2008), SILVA (2010), COSSON (2011), KLEIMAN
(2008), ROJO (2009), MARCUSCHI (2011), SCHENEUWLY, B. & DOLZ (2004), dentre outros. Este trabalho
de pesquisa, em andamento, se efetivar no mbito do curso de Letras da UECE, com professores de francs
em formao que, em contato com reflexes tericas e metodolgicas sobre o uso do texto literrio no ensino
da lngua francesa, adequaro sua realidade os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formao
acadmica. Diante do resultado de algumas pesquisas, nota-se a necessidade de desenvolver em contextos de
formao de professores, as competncias indispensveis utilizao do texto literrio em prticas leitoras, no
intuito de formar, em nossas Universidades profissionais capacitados e aptos a utilizar o texto literrio como
recurso didtico em suas prticas de ensino.
Palavras-chave: Crenas sobre o uso do Texto literrio. Ensino da Lngua Francesa. Formao de professores.
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questo das parcerias entre universidade e escolas de educao bsica a partir de proposies e de
experincias que reforam o sentido, a pertinncia e a relevncia de aes integradas de ambas as instituies
na formao de professores.
Relaes colaborativas na formao de professores em parcerias entre universidade e escola:
reflexes e proposies
Partindo do tema geral da sesso coordenada, a proposta neste trabalho tratar da relao entre universidade
e escola na formao de professores em termos de arranjos curriculares e administrativos que favoream a
construo de relaes colaborativas entre ambas instituies. Para tanto, ser feito um breve percurso por
experincias de parcerias dessa natureza em diferentes contextos dentro e fora do Brasil. Com base neste
mapeamento, a exposio far um recorte sobre duas questes que de algum modo so recorrentes nos
currculos das licenciaturas de universidades brasileiras: o isolamento e a fragmentao. Feita esta
problematizao, o trabalho assume um tom propositivo, enfatizando referenciais pautados na colaborao, no
compromisso mtuo e na possibilidade de impactos positivos para a ao formativa tanto inicial, quanto
continuada em ambas as instituies.
Parceria escola-universidade: discutindo a importncia de polticas conjuntas na formao de
professores
Discutirei nessa interveno minhas percepes, como professora de Ingls, acerca do estgio curricular no
contexto da Educao Bsica no Colgio de Aplicao (CA/UFSC). Essa escola tem um papel crucial na
formao dos estagirios dos cursos de licenciatura na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Dada
a sua natureza experimental e sua orientao pedaggica, creditado a essa instituio o fato de ter uma
atmosfera apropriada para a prtica dos estagirios de diferentes cursos de licenciatura. A discusso, guiada
pela prtica de auto-reflexo e de reflexo conjunta, focar nas prticas interpessoais entre professora da casa
(escola), estagirios e professores do Estgio supervisionado. Para tanto, apresentarei a definio de formao
de professores, introduzindo a teoria pedaggica que embasa o ensino de Ingls e a formao de professores
no contexto do Colgio de Aplicao. Para concluir, luz de nossas representaes sobre o ensino de Ingls e
de experincias conjuntas com estagirios e professores da disciplina de estgio supervisionado, discuto aes
e conexes que temos procurado desenvolver no sentido de "romper a persistente dicotomia teoria/prtica em
relao ao conhecimento necessrio das questes educacionais na formao de professores" (Lucena &
Bazzo, 2009).
Universidade e escola bsica: relaes de parceria co-laborativa
A literatura na rea de formao de professores de lnguas estrangeiras vem apontando, desde a dcada de
90, para a necessidade de a universidade estabelecer redes de colaborao mais simtricas e menos
hierrquicas com a escola de educao bsica no que tange formao do docente reflexivo e crtico. A
implantao do novo currculo do Curso de Licenciatura em Letras/Ingls da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) instigou-nos a pensar sobre como seria um projeto de formao inicial que contemplasse
relaes dessa natureza, considerando que a disciplina de Estgio agora existente desdobra-se num contnuo
de dois semestres. Neste trabalho, ser feito um relato da experincia de parceria co-laborativa entre os
professores da disciplina de Estgio Supervisionado e os professores de ingls do Colgio de Aplicao,
colaboradores no processo de formao do professor de lngua estrangeira-ingls reflexivo e crtico,
enfatizando o impacto dessa relao na formao e desenvolvimento profissional dos envolvidos e a
complexidade da rede estabelecida.
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O principal intuito desta comunicao coordenada observar e discutir sobre como as lnguas materna
(portugus) e estrangeira (ingls) podem conduzir a abordagem do professor construo da tica, do respeito
s diferenas, de preceitos de cidadania to necessrios em se tratando de vida em sociedade, de
problematizao das preocupaes sociais como um todo. Nesse sentido, a lngua torna-se, para o professor,
um instrumento que pode provocar, ao mesmo tempo, o insumo necessrio e foco principal dos professores, se
considerarmos as relaes tcnicas e pedaggicas corriqueiras. E, principalmente, contribuir para a promoo
da construo de um mundo mais justo e menos desigual.
Com que gramtica eu vou?!
dilemas na formao e no ensino de lngua materna
La Francisca dos Santos Silva (UEG)
Hlvio Frank de Oliveira (UFG/UEG)
Este trabalho tem por objetivo de estudo averiguar o que os formandos em Letras da rea de
Lingustica/Lngua Portuguesa compreendem por gramtica e como eles trabalham e/ou pretendem trabalh-la.
Para tanto, foram utilizados os pressupostos tericos de profissionais da rea de Lingustica Aplicada, tais
como: Pezatti (2007) e Cunha (2008), Holliday (1967), Jakobson (1969) (2001), Labov (1987) e Dik (1989).
Neves (2008), entre outros. Trata-se de um estudo de caso (STAKE, 1994) pautado pelo paradigma qualitativo,
foram utilizados, tambm, dados numricos, no intuito de contribuir para a compreenso do leitor. (NUNAN,
1992). Esta investigao foi conduzida com uma turma de alunos do quarto ano do curso de Letras de uma
universidade pblica estadual de Gois. Os instrumentos utilizados foram questionrio nos formandos, fechado
e aberto, bem como observaes de aulas de LP com registro de notas de campo (VIEIRA-ABRAHO, 2006) e
narrativas visuais (KALAJA et al, 2008). Os resultados indicam a recorrncia da escolha do professor em
formao sobre o tipo de prtica adotada ancorada sua concepo terica, sempre em confronto com suas
abordagens pedaggicas de ensino. O que significa dizer que o professor em formao est em processo de
aquisio e apreenso do atual/terico na Universidade e a aplicao deste em situao/prtica e real de
ensino. Incluindo as abordagens da(s) gramtica(s) vinculada prtica de ensino para a reflexo e
compreenso do sistema formal e funcional da LP.
Palavras-chave: Abordagem de ensino. Lngua Portuguesa. Professores em Formao.
A importncia da alfabetizao e do letramento na prtica docente
Adriana Gomez Bezerra (SEDUC-GO/UEG)
A proposta que este estudo desenvolveu esteve orientada na importncia de se discutir os processos de
letramento e alfabetizao como processos complexos que, embora distintos, so interdependentes, caminham
juntos, indissociveis, no podendo, assim, haver uma dicotomia entre ambos. A finalidade primeira desse
trabalho ressaltar a relevncia de ambos serem abordados no ensino aprendizagem da lngua materna, tanto
do ensino fundamental quanto mdio de uma escola da rede pblica estadual da cidade de Gois. O mtodo
de pesquisa utilizado pelos alunos da disciplina de Estgio Supervisionado de Portugus de um Curso de
Letras foi a de coletas de dados a partir de visitas feitas nas etapas de observao e participao da referida
disciplina, utilizando a abordagem qualitativa e os princpios metodolgicos da pesquisa etnogrfica. A anlise
dos dados e o resultado das atividades realizadas nessas visitas foram apresentadas destacando a
transposio didtica alicerada em uma prtica docente que privilegia a prtica do letramento aliada
alfabetizao. Para tanto, a coleta de dados lanou mo dos instrumentos de roteiro de entrevista, roteiro de
observao e questionrio. As tcnicas utilizadas foram a entrevistas com as professoras regentes e a
observao no participante em sala de aula. A anlise dos dados se procedeu levando em considerao a
formao dos docentes e suas concepes acerca da alfabetizao e letramento, o planejamento das aulas, a
elaborao do material didtico, a contextualizao, a interdisciplinaridade e a transposio didtica utilizadas.
Os dados levantados e os resultados obtidos com essa pesquisa serviro para orientar na formao dos novos
docentes.
Palavras-chave: Alfabetizao. Letramento. Formao docente.
O uso de msicas internacionais como combate homofobia no ambiente escolar
214
215
parceria entre o ContinuAO Colaborativa (ConCol) UFMG e professores interessados. Essa parceria tem
o objetivo de colaborar com a formao de cada professor, tornando cada um responsvel e implicadona sua
prtica pedaggica, alm de mais capacitados linguisticamente. Quanto metodologia e estruturao do
Projeto, vm ocorrendo grupos de discusses (pedagogical rounds), aulas de lngua inglesa com ETAs
(bolsistas CAPES/FULBRIGHT vindas dos Estados Unidos, bolsistas da Fulbright) e formao tecnolgica
atravs das aulas de TABA Eletrnica.O ConCol possui um formato especial, pois no h tempo delimitado
para terminar. Algumas das discusses que j ocorreram se relacionam ao ensino de escrita, ao uso de
dicionrios e forma como cada profissional vem atuando. Dois co-autores do presente resumo apresentaro
um dos temas abordados nas discusses do grupo: motivao, vocabulrio e leitura. Eles abordaro a questo
motivacional entre professor e aluno e a importncia desse aspecto no aprendizado da lngua inglesa, assim
como os aspectos motivacionais relacionados leitura. Apresentaro, tambm, relatos de atividades
desenvolvidas pelos alunos. As duas outras co-autoras abordaro uma prtica que desenvolveram, em
conjunto com outras professoras, qual seja, um intercmbio entre os alunos por meio de cartes postais. Esse
trabalho deu vivacidade s aulas, facilitando a contextualizao do ingls no dia a dia dos estudantes.
Palavras-chave: formao, motivao, habilidades
Prticas em constante formu(l)AO: a prtica pedaggica em sua complexidade e os desafios da
tecnologia
Rosilene SilvaValle (Escola Estadual Deputado Renato Azeredo/FALE/UFMG)
Edvaldo Carvalho Santos (Colgio Tiradentes/FALE/UFMG)
Bernadete Lourdes Diniz rabe (Escola Estadual Caetano Azeredo (aposentada)/FALE/UFMG)
Mrcia Cristina Ferreira Silva (Escola Estadual Laice Aguiar/FALE/UFMG)
O presente trabalho apresenta problematizaes acerca dos resultados obtidos por quatro professores de
Lngua Inglesa que participam do Projeto Continuao Colaborativa (ConCol) da UFMG. Esse projeto
possibilita aos seus participantes a continuidade da formao e a oportunidade de compartilhamento de
experincias com outros professores. Os educadores envolvidos frequentam aulas de lngua inglesa com duas
ETA s (English Teaching Assistants vindas dos Estados Unidos, bolsistas da Fulbright) e so orientados
quanto ao uso da tecnologia no laboratrio de informtica da UFMG no Projeto Taba Eletrnica. Nele, alm de
ampliarem seus conhecimentos, os professores tm a oportunidade de desenvolver habilidades relacionadas
ao uso dos recursos digitais. No ConCol so tambm proporcionadas discusses pedaggicas (pedagogical
rounds) que abordam um tema selecionado pelos participantes e deste muitos outros emergem. De acordo
com a sua relevncia, alguns so indicados para discusso posterior. Os quatro co-autores desta Comunicao
membros do corpo docente de Escola Pblica focalizaro a importncia do (re)conhecimento da
complexidade da prtica pedaggica. Inserem-se nessa escolha vrios aspectos, entre eles a tecnologia na
sala de aula. A seleo desse tema deve-se s efetivas transformaes que a proposta e a dinmica do
ConCol tm causado no fazer pedaggico de cada um dos educadores do grupo. Inicialmente, pode-se dizer
que fundamental conhecer e compreender os diversos aspectos que circundam ocotidiano dos professores e
alunos quando envolvidos no complexo processo de ensino eaprendizagem. Sero apresentados exemplos de
materiais, observaes e implicaes relacionadas ao tema.
Palavras-chave: (re)formulao, prtica pedaggica, tecnologias
SESSO COORDENADA
Coordenador: Iara Francisca Arajo Cavalcanti (PROLING/UFPB)
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veem obrigadas a criar programas com o intuito de minimizar essas defasagens. Nesse sentido, h a
necessidade dessas instituies desenvolverem mtodos que proporcionem a apropriao de capacidades de
linguagem para que o educando possa sentir-se inserido nesse espao. Considerando que o Trabalho de
Concluso de Curso um dos gneros legitimados nessas instituies, o presente trabalho tem por objetivo
analisar uma monografia de cada uma das grandes reas do conhecimento: humanas, biolgicas e exatas e
verificar as especificidades e caractersticas desses textos. Pautamo-nos, para isso, nas consideraes tericometodolgicas do Interacionismo Sociodiscursivo, em especial, no modelo de anlise proposto por Bronckart
(2006; 2007). Os resultados de nossas anlises contribuem para uma reflexo acerca de como esses gneros
so trabalhados em nossas universidades, da necessidade de produo de materiais de metodologia mais
adequados que proporcionem o desenvolvimento de capacidades de ao e de linguagem dos alunos, bem
como para a formao de professores que mediam e orientam tais trabalhos, considerando que, no levando
em considerao essas especificidades, muitos desconsideram aspectos relevantes que poderiam melhorar a
produo e o desenvolvimento dos educandos.
Palavras-chave: Linguagem acadmica. Trabalho de Concluso de Curso. Gneros acadmicos.
Interacionismo Sociodiscursivo
A sequncia didtica no relatrio de estgio: um enfoque nas capacidades de linguagem
Iara Francisca Arajo Cavalcanti (PROLING/UFPB)
Regina Celi Mendes Pereira (PROLING/UFPB/CNPq)
O presente artigo situa-se no quadro das pesquisas voltadas para a investigao do trabalho do professor que
tem por foco as reflexes que ele faz quando da elaborao e aplicao de sequncias didticas, para o
desenvolvimento das capacidades de linguagem, durante o ensino de lnguas. Para tanto, analisaremos o
trabalho desenvolvido por uma professora estagiria de lngua materna, por ocasio do Estgio
Supervisionado, em uma instituio pblica no estado da Paraba, objetivando contribuir para a reflexo acerca
da formao inicial de professores de portugus. Assim, tomamos como objetos de anlise a sequncia
didtica (SD) elaborada para o desenvolvimento das atividades, durante a regncia de ensino, e o relatrio da
experincia vivenciada. Atravs desses textos, buscaremos observar que capacidades de linguagem, a saber:
capacidade de ao, capacidade discursiva e capacidade lingustico-discursiva so contempladas na
sequncia de atividades prescrita pela professora e como ela reflete sobre o trabalho realizado no relatrio de
estgio. Para esta investigao, tomamos por base o aparato terico-metodolgico do Interacionismo
Sociodiscursivo, evidenciado nos estudos de Bronckart (1999, 2006, 2008); de Schneuwly e Dolz (2001, 2004);
de Cristovo (2009, 2011), entre outros, que defendem um ensino de lnguas pautado em gneros textuais de
circulao na sociedade, organizado em sequncias didticas. As anlises indicam que o professor em
formao inicial j est contemplando nas sequncias didticas s capacidades lingustico-discursivas e
apresentando reflexes nos relatrios de estgio sobre o trabalho realizado.
Palavras-chave: formao, capacidade de linguagem, sequncia didtica e relatrio.
Anlise da representao do trabalho docente a partir das figuras de ao
Alessandra Preussler de Almeida (UNISINOS)
O presente trabalho apresenta uma anlise parcial da pesquisa a respeito da atuao profissional de
professores de lngua portuguesa no ensino fundamental de escolas pblicas de uma cidade do Vale do Rio
dos Sinos, RS, o qual faz parte de um projeto bem mais amplo de formao continuada e cooperativa para
professores de lngua materna. Nosso estudo est amparado pelo Interacionismo Sociodiscursivo, uma vez
que este aporte terico-metodolgico lana o olhar cientfico para as questes pertinentes ao agir vinculadas
situao de trabalho. Sob essa perspectiva, entendemos que o trabalho de ensinar requer a incorporao, por
parte dos trabalhadores da educao, dos atributos, do preparo e do esforo necessrios para a execuo do
agir nas relaes de sala de aula, o que os torna atores no contexto em questo. O termo ator (Bronckart,
2008) indica aquele que possui capacidades, motivos e intenes, enquanto o termo agente se refere quele
que desprovido de tais atributos. Abordamos a terceira dimenso do plano geral de pesquisa bronckartiano, o
trabalho representado pelos actantes, que a avaliao do trabalho feita pelos prprios profissionais, atravs
de uma entrevista respondida antes e aps a aplicao do projeto pedaggico nas suas salas de aula. A
entrevista faz com que os professores reflitam e comentem sobre concepo de lngua e de ensino de lngua
materna, currculo escolar, metodologia de ensino, avaliao discente, entre outras questes implicadas no
217
cotidiano da escola. Ao analisar os dados levantados, identificamos quais as figuras de ao interna (Bulea,
2007) esto presentes no discurso dos professores e o que elas revelam a respeito do seu agir.
Palavras-chave: trabalho docente, figuras de ao, interacionismo sociodiscursivo
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capazes de promover no s a integrao entre educao a distancia e educao presencial, mas a busca por
solues na articulao entre ensino, pesquisa e extenso.
Palavras-chave: Educao a distncia. Ensino de lngua estrangeira. Formao de professores
Educao distncia e trabalho docente: perspectivas de atuao na Licenciatura em Espanhol
Girlene Moreira da Silva (IFRN)
Com a Lei N 11.161, de 05 de agosto de 2005, que tornou obrigatria a oferta da lngua espanhola nos
currculos de ensino mdio e facultativa no ensino fundamental, evidenciou-se a situao de carncia de
profissionais habilitados para ministrar essa disciplina nas escolas do pas. Nesse contexto, o Instituto Federal
de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte IFRN, visando atender a essa nova demanda,
implementou o curso de Licenciatura em Letras Espanhol primeiro na modalidade presencial, depois
distncia, com o objetivo de dar acesso educao pblica e de qualidade queles que esto no estado do Rio
Grande do Norte. Nossa experincia docente na referida instituio motivou o interesse na produo deste
trabalho que tem como objetivo discutir o papel do professor nas duas modalidades de ensino, evidenciando as
convergncias e divergncias na atuao docente e sua implicao na aprendizagem. Como pressupostos
tericos, utilizaremos as contribuies de Castillejo (1980), Villar (1990) Sarramona (2000) e Garca Aretio
(1994 e 2001), dentre outros. A educao a distncia aqui vista como um meio de ensino onde h um
distanciamento fsico e/ou temporal entre professor e aprendiz sim, mas que pressupe uma relao mediada
por meios de comunicao, representaes de mdias e conhecimentos mtuos que vo determinar as
necessidades desse processo, do aprender. (Lima, 2000). Percebemos que o perfil do docente frente s novas
tecnologias tem apresentado mudanas significativas que esto relacionadas com os avanos em torno da
educao e o uso das novas tecnologias.
Palavras-chave: Educao a distncia. Professor. Lngua espanhola.
Educao distncia: o material didtico em foco
Carla Aguiar Falco (IFRN)
As novas tecnologias invadiram nossas vidas e foram responsveis por mudanas significativas em nossa
forma de perceber e de lidar com o mundo. No cenrio educacional, mais especificamente, impulsionaram uma
importante e crescente modalidade de ensino: a educao a distancia (EaD). Entretanto, este impetuoso
desenvolvimento dessa modalidade de ensino nem sempre vem acompanhado de condies adequadas para
o enfrentamento crtico de suas metodologias e ferramentas. O verdadeiro desafio da educao a distncia
program-la segundo as caractersticas e objetivos dos alunos e tambm conforme os materiais disponveis.
Na Ead, os recursos so fundamentais, pois mediam todo o processo educativo, sendo um importante
instrumento de aprendizagem para os alunos. Nesse sentido, nosso propsito aportar informaes sobre
materiais didticos que possam contribuir para um ensino mais eficaz, principalmente em cursos no
presenciais, fomentando a reflexo sobre a seleo do material instrucional e seu uso neste novo contexto
educacional. Para isto, nos apoiamos nos estudos de Marcuschi (2005), Bosch (1996) e Duart y Sangr (2000).
Nossa metodologia se pauta em leituras bibliogrficas e na anlise de um material instrucional para o ensino de
lngua espanhola de nvel inicial do curso de Letras espanhol do Instituto Federal de Educao, Cincia e
Tecnologia do Rio Grande do Norte IFRN. Constatamos com este trabalho que h uma recorrente
transposio da concepo de trabalho da educao presencial para a virtual, sem considerar as
especificidades de cada modalidade.
Palavras-chave: educao distncia, material instrucional, lngua espanhola.
SESSO COORDENADA
Coordenador: Ingrid Sturm (UFRGS)
A experincia PIBID/Letras/UFRGS: formao de professores em lngua portuguesa
Ingrid Sturm (UFRGS)
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Uma crtica bastante recorrente aos cursos de Licenciatura a do predomnio dos contedos em relao
formao pedaggica: o contedo ainda tem mais importncia na formao do professor do que a prtica. Essa
conjuntura somente tende a valorizar aquilo que deveria ser superado: a dicotomia teoria/prtica. Com a
supervalorizao da rea do conhecimento especfico, as questes relativas ao trabalho em sala de aula
aparecem como naturais no processo, frequentemente desprovidas da complexidade que lhes inerente.
Nesse sentido, esta comunicao tem o objetivo de compartilhar uma experincia docente singular que nos
permite, professoras de prtica de ensino e graduandos da Licenciatura em Letras, o contato mais efetivo com
a sala de aula. Nesse sentido, o projeto PIBID (Programa de Incentivo a Bolsas para Iniciao Docncia
MEC/CAPES/UFRGS) se constitui num importante meio para a articulao entre universidade e escola pblica,
na educao bsica. Com ele, tem-se a oportunidade de vivenciar a realidade escolar e pode-se perceber o
quanto ainda se est distante de uma mudana real naquilo que diz respeito ao ensino-aprendizagem de lngua
portuguesa. Essa experincia denota que, inicialmente, preciso vencer as resistncias da escola para aceitar
a presena da universidade como um elemento que traz o novo a quem j faz o trabalho real dicotomia
teoria/prtica. Superada essa condio, tem-se um espao crucial para incrementar a formao dos alunos de
graduao, um espao para fazer o reconhecimento explcito daquilo que tiveram oportunidade de conhecer
apenas teoricamente, at ento.
Palavras-chave: ensino; teoria/prtica; lngua portuguesa.
Constituio do leitor em perspectiva enunciativa: teoria e prtica
Jane Naujorks (UFRGS)
A reflexo acerca da leitura abarca diferentes perspectivas tericas e metodolgicas. Por isso, , sem dvida,
importante, para quem entende que o processo no pode ser normatizado, e que o ensino e a formao de
leitores dependem de implicaes das teorias adotadas, o esclarecimento da viso terica que deve ser
assumida para abordar o processo de ensino com vistas leitura. No que tange ao ensino, a constituio de
leitores se d a partir de experincias, na Graduao, que priorizam a formao do professor (PIBID). O
objetivo apresentar a leitura na perspectiva da Lingustica da Enunciao, com base nos pressupostos
tericos de mile Benveniste, considerando que a mesma, na viso adotada, uma prtica efetiva que supe o
envolvimento do sujeito-leitor em um processo que altamente subjetivo, pois, cada leitor, fixa sua
singularidade no ato de leitura. Considera-se, portanto, a leitura como ato de produo de sentido determinado
por um locutor que instaurado, por meio deste ato, como sujeito. Isso nos leva a reconhecer que o leitor ,
desse ponto de vista, um locutor que, no ato/processo de leitura, coloca-se como sujeito, que enuncia e
enuncia-se; que o texto um intricado jogo de relaes entre formas e sentidos; e que a leitura se processa
por um ato enunciativo de utilizao da lngua.
Palavras-chave: leitura; enunciao; ensino.
A formao de docentes de lngua francesa na UFRGS
Rosa Maria de Oliveira Graa (UFRGS)
Os licenciandos em Lngua Francesa tm, primeiramente, na formao didtica oferecida pelas disciplinas de
Didtica de Lngua Francesa e Estgios de Docncia de Lngua Francesa I e II, a oportunidade de iniciarem
sua formao profissional. Ao longo dos ltimos anos, a essa formao vm sendo acrescidas as experincias
como monitores de lngua francesa tanto no Colgio de Aplicao da UFRGS (CAP), onde tambm realizam
seus estgios regulamentares, quanto no Ncleo de Ensino de Lnguas Estrangeiras da UFRGS (NELE). Tanto
o CAP como o NELE contam com professores tutores que orientam os seus monitores no sentido de
aprofundar suas reflexes sobre a prtica docente em lngua francesa. Ainda no NELE, por tratar-se de um
Ncleo de Extenso, os licenciandos em final de formao e licenciados em formao de ps-graduao
podem se tornar regentes de turma, assumindo a responsabilidade de planejar e executar um projeto de
ensino-aprendizagem tanto com turmas de adultos como de crianas e adolescentes. Para 2012, est prevista
a incluso de um subprojeto em Lngua Francesa no PIBIB, o que abrir mais uma opo de monitorias em
uma escola de ensino mdio de Porto Alegre. Trata-se, sem dvida, de atividades que vm contribuindo para a
qualificao de nossos professores de francs, licenciados pela UFRGS, que se inserem cada vez mais
precocemente no mercado de trabalho sem superviso pedaggica, sendo muitas vezes o nico profissional da
rea na instituio onde atuam. Este trabalho relata dados que demonstram a qualificao e os resultados
positivos das aes acima descritas na formao inicial de licenciandos de lngua francesa da UFRGS.
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Como projeto de extenso da UFPR, as aes do Centro de Lnguas e Interculturalidade ocorrem mediante
projetos que se articulam entre si pela perspectiva da interculturalidade, pressupondo ampliao de
conhecimento de mundo e possibilitando a reflexo de cada indivduo sobre a relao entre lngua, cultura e
identidade, e, portanto, um melhor conhecimento de si mesmo. Para o desenvolvimento de tais aes a
necessidade de reflexo sobre um componente de formao, a relao entre lngua e cultura, para o
desenvolvimento profissional de professores de lnguas tanto em formao inicial quanto em formao
continuada, em contextos diversos, basilar. Abordando concepes de lngua levando em conta discusses
de autores como Bakhtin (1995), Faraco (2009) e Jordo (2005, 2006, 2007) e da viso social da cultura a
partir de estudiosos como Stuart Hall (1997, 2003, 2005), Pennycook (1994, 2006, 2007), Corbett (2003),
Thurlow (2001) e Tedeschi (2008), possvel obter subsdios para o despertar de uma competncia
intercultural que possa se refletir no entendimento entre professores e formadores do que seria uma
abordagem intercultural e seu uso em sala de aula. Nesta viso, o professor passa a atuar tambm como
mediador e pesquisador, num processo em que o aprender pode ser feito a partir da troca de expertise
especfico de cada lngua e na troca de experincias e pressupostos tericos que se aplicam a qualquer lngua.
Tambm o aprendiz assume novos papis, passando a ser um colaborador e pesquisador, j que a construo
de sentidos, ou de interpretaes possveis, ocorre na multiplicidade de olhares que assumem voz e vez.
Todos estes aspectos acabam se refletindo nas escolhas feitas para o trabalho em sala de aula e para as
relaes estabelecidas, numa viso intercultural em que, ao conhecer o outro, cada um amplia sua viso de
mundo e reflete sobre suas prprias crenas sem esquecer sua prpria identidade.
Palavras-chaves: formao abordagem intercultural competncia intercultural.
SESSO COORDENADA
Coordenador: Joo Antonio Telles (UNESP Assis)
Teletandem e ensino de lnguas: reflexes de professores em processo de formao inicial
Joo Antonio Telles (UNESP Assis)
Rozana Ap. Lopes Messias (UNESP Assis)
No contexto do projeto Teletandem: Transculturalidade na Comunicao On-line em Lnguas Estrangeiras por
Webcam tm sido desenvolvidas inmeras pesquisas. Dentre elas, desenvolvemos uma investigao
enfocando as parcerias entre a UNESP/Assis e duas universidades estrangeiras (uma mexicana e uma
americana). Nossa pesquisa tem como foco as sesses de mediao ocorridas aps cada uma das interaes,
quando mediadores (professores de lngua, metodologia de ensino, alunos de ps-graduao) acompanham,
de maneira sistemtica, as sesses de teletandem com horrios previamente estabelecidos. Sendo assim,
nesses espaos ocorrem observaes in loco, por meio de dirios, anotaes das ocorrncias durante as
sesses, gravaes em udio durante conversas reflexivas, aps as sesses de teletandem. Este trabalho, em
execuo, tem como objetivo central a observao sobre a maneira como alguns alunos/estagirios brasileiros
do curso de Letras, mais especificamente alunos de Lngua Espanhola e de Lngua Inglesa, organizam e
implementam o ensino de portugus para seus parceiros estrangeiros. A inteno, pois, compreender (a)
como e/ou se se planejam os contedos de LP ; (b) como e/ou se so utilizados os recursos disponveis na
web, via Skype, e, por fim, (c) qual o impacto dessa prtica para sua formao como professor de lnguas
(portuguesa e estrangeira). Os pressupostos metodolgicos que sustentam essa investigao esto ancorados
no arcabouo da pesquisa qualitativa, mais especificamente da pesquisa narrativa, e fundamentados nos
estudos de J. Clandinin e Michael Connelly (1996). Assim, a anlise fica centrada nas histrias de teletandem
contadas por esses estudantes, ou seja, suas histrias da prtica. Os dados coletados at o momento mostram
significativo avano no processo reflexivo sobre questes culturais e estruturais, recorrentes nas indagaes
dos estrangeiros.
Palavras-chave: Teletandem, Ensino de Lnguas, Formao de Professores.
As novas tecnologias no ensino/aprendizagem de lnguas estrangeiras no Centro de Lnguas e
Desenvolvimento de Professores
Daniela Nogueira de Moraes Garcia (UNESP Assis)
O cenrio mundial tem sido impactado pela propagao das tecnologias de informao e comunicao.
Identifica-se, a partir da, um dilogo entre o uso dos computadores e a internet com o ensino/aprendizagem de
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lnguas estrangeiras com vistas novas conjunturas e um contexto profcuo a ser explorado. Abordaremos aqui
um projeto do Ncleo de Ensino da UNESP apoiado pela Pr-Reitoria de Graduao que enfoca (a) a
observao do uso das TICs nas prticas pedaggicas dos professores do Centro de Lnguas e
Desenvolvimento de Professores da FCL- UNESP/ Assis que so alunos do Curso de Letras em formao e (b)
a realizao de oficinas no Centro de Lnguas da escola pblica como retorno da pesquisa realizada,
enfocando os contedos escolares, metodologias de ensino e a explorao de materiais didtico-pedaggicos
com as TICs nas aulas de lnguas estrangeiras, Nosso embasamento terico concentra-se nos estudos sobre o
uso da TICs no ensino/aprendizagem de lnguas (CELANI & COLLINS, 2005; PAIVA, 2005, 2010; GARCIA,
2003; 2010; LEFFA, 2006; MORAN, 2004) e a formao de professores (BUZATO, 2001, GERALDINI, 2003;
CRISTVO et al, 2006; GARCIA, 2011; SIMES e LIMA, 2009; TELLES, 2009). A investigao conduzida
utiliza a metodologia qualitativa de cunho etnogrfico para enfocar as TICs e os professores do Centro de
Lnguas e Desenvolvimento de Professores da FCL- UNESP, os professores de lnguas estrangeiras da escola
pblica e de seu Centro de Lnguas. A partir dos dados coletados e resultados preliminares, observa-se que as
TICs podem trazer grandes contribuies para o ensino de lnguas estrangeiras nos Centros de Lnguas e,
tambm, para aprendizes e para a prtica docente de alunos em formao.
Palavras-chave: ensino/aprendizagem de lnguas estrangeiras, novas tecnologias, Centro de Lnguas.
O contexto virtual do teletandem e a formao de professores de portugus para falantes de outras
lnguas
Karin Adriane Henschel Pobbe Ramos (UNESP Assis)
SESSO COORDENADA
Coordenador: Joo Gomes da Silva Neto (UFRN)
As sequncias textuais no ensino de lngua portuguesa: encaminhamentos para sequncias didticas
Joo Gomes da Silva Neto (UFRN)
Nesta comunicao, objetivamos apresentar o estudo das sequncias textuais no ensino da lngua portuguesa,
tendo em vista encaminhamentos tericos e metodolgicos para a elaborao de sequncias didticas. Em sua
feio mais ampla, nosso trabalho situa-se numa problemtica que envolve o papel dos estudos lingusticos
nas polticas pblicas brasileiras para a educao, na formao docente e no ensino da lngua materna, diante
da imperativa necessidade de melhoria dos atuais nveis de alfabetizao e letramento de crianas, jovens e
adultos. Nesse contexto, repensamos aportes tericos e metodolgicos pertinentes para a escolarizao do
portugus, em que se considere uma gramtica descritiva e reflexiva, mediada pela anlise lingustica, com
base nos usos da lngua, naquilo de que ela dispe para os aprendizes leitores/escritores no trato com o texto.
Partimos do pressuposto de que os estudos lingusticos e, mais particularmente, a lingustica textual ,
conforme vm sendo conduzidas no mbito das discusses sobre gramtica, texto e discurso na educao,
apresentam sistematizaes pertinentes que podem propiciar respostas adequadas aos questionamentos
sobre os atuais nveis de desempenho escolar, particularmente aqueles envolvendo leitura e produo de
textos orais e escritos. A pesquisa restringe-se ao nvel das sequncias textuais, cujo domnio, pressupomos,
quando adequadamente transposto pela escolarizao, deve propiciar uma abordagem produtiva da lngua, em
funo da leitura (compreenso) e da produo de textos orais e escritos. A metodologia adota aportes da
lingustica textual (KOCH, 2004, entre outros) e da anlise textual dos discursos (ADAM, 2008), sem perder de
vista fundamentaes pertinentes voltadas para o ensino da lngua materna. Nos resultados, sero
apresentadas linhas gerais de uma proposta de sequncia didtica para o ensino da lngua portuguesa, cujos
contedos de ensino baseiam-se nas sequncias textuais.
Palavras-chave: Formao docente. Sequncia textual. Ensino de lngua portuguesa.
Da formao do professor sala de aula de lngua portuguesa
Josilete Alves Moreira de Azevedo (UFRN)
A reflexo crtica sobre a escola e os fazeres docentes tem favorecido a produo e a sistematizao de novos
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atividades ldicas no processo de ensino/aprendizagem de francs como lngua estrangeira para crianas,
tem como objetivo analisar o carter motivante, formativo e transformador do ensino/aprendizagem de francs
para essa faixa etria, com atividades ldicas, em um contexto regional, na Universidade Federal de Viosa.
Na terceira comunicao, Da formao de novos professores de lngua francesa para crianas: em busca de
caminhos tericos e metodolgicos, discutem-se possibilidades que proporcionam o encontro entre a teoria e
a prtica no ensino do FLE para o pblico infantil, no mbito da Universidade Federal de Campina Grande.
Nossos resultados apontam para uma necessria formao de professores mais centrada no ensino de lnguas
estrangeiras para crianas.
Palavras-chave: FLE; Crianas; Ldico; Teoria; Prtica; Formao de professores.
Um olhar terico sobre os primeiros passos do ensino/aprendizagem da Lngua Francesa para crianas
Livia Cristina Eccard Pinto (USP)
O ensino de lngua estrangeira s crianas uma tendncia no mundo moderno que atinge um pblico cada
vez mais jovem. Porm no Brasil, este ensino de LE e principalmente do Francs Lngua Estrangeira ainda
tratado de maneira perifrica pelas escolas de educao infantil ou at mesmo cursos privados de idiomas.
Desta maneira, desejamos aumentar a compreenso e importncia deste ensino-aprendizagem assim como
disseminar a lngua francesa no pas. O presente trabalho visa, ento, discutir e apresentar aos docentes e
futuros docentes de Francs Lngua Estrangeira, assim como aos professores dos nveis escolares iniciais,
maiores subsdios sobre este processo. Sabendo que para melhor assimilar a LE s crianas devem estar
expostas a um ambiente culturalmente rico e denso a fim de evitar o empobrecimento das situaes de
aprendizagem, propomos neste trabalho uma reflexo sobre a importncia de atividades ldicas e a variedade
de gneros textuais na sala de aula. No que se refere utilizao de gneros textuais, h tempo os Parmetros
Curriculares Nacionais sugerem a incluso de uma variedade de textos verbais e no verbais no programa de
trabalho das disciplinas, uma vez que o convvio com a diversidade de gneros favorece e valoriza a interao
e as situaes reais de comunicao vividas pelas crianas. J a introduo do ldico neste processo de
extrema importncia, pois a criana aprende de modo intuitivo, logo o brinquedo, ou o brincar,
desempenha um papel importante em seu desenvolvimento afetivo, motor e cognitivo. A introduo do
ldico neste processo d prazer e motiva a aprendizagem, visto que ele no apenas uma recreao ou
momento de descontrao e que muitas vezes as crianas aprendem mais por meio de jogos do que de
exerccios e lies.
O uso de atividades ldicas no processo de ensino/aprendizagem de francs lngua estrangeira para
crianas
Christianne Benatti Rochebois (UFV)
Aps algumas dcadas de experincias s cegas e inovadoras, e mesmo frustrantes em relao implantao
do ensino de lnguas s crianas em escolas primarias europeias nos anos 60, o mesmo conhece agora um
perodo de intenso revigoramento e um real desenvolvimento no mundo da formao cultural. Tem sido,
portanto, crescente e mundial o interesse no ensino/aprendizagem de lnguas estrangeiras para crianas nos
mais variados contextos. No Brasil, mais precisamente para os professores de Francs Lngua Estrangeira,
trata-se de um contexto de ensino e de um novo pblico de aprendizes ainda pouco conhecidos. Nosso
trabalho de pesquisa tem como objetivo geral analisar o carter motivante, formativo e transformador do
ensino-aprendizagem de francs para crianas, atravs de atividades ldicas, em contexto regional (criao e
desenvolvimento, a partir de maro de 2010, de cursos de lngua francesa para crianas de 4 a 7 anos, nos
Laboratrio de Desenvolvimento Infantil e Laboratrio de Desenvolvimento Humano, da Universidade
Federal de Viosa). Apoiamos-nos nas ideias de Vanthier (2010), Porcher (1998) e Bablon (2004) relacionadas
motivao e idade crtica no processo de ensino/aprendizagem de uma lngua estrangeira; nas de Dabne
(1991) e Clo (2000) para o desenvolvimento da conscincia metalingustica; Weiss (1991) e Mallet (1991)
para as pedagogias da tarefa, e nas de Bahktin (2000), Marcuschi (2005), Rocha (2008) e Lousada (2010) em
relao aos estudos dos gneros do discurso, utilizados nas atividades da sala de aula. Apresentaremos
nossas anlises e consideraes iniciais atravs de nossa coleta de dados realizada por meio de questionrios,
entrevistas e filmagens de algumas atividades ldicas selecionadas pelo grupo de estudantes da licenciatura
portugus-francs da UFV envolvidos nesse projeto de pesquisa.
226
O ensino da lngua francesa para crianas: entre a teoria e as prticas na formao de novos
professores
Josilene Pinheiro-Mariz (UFCG)
Estudar uma lngua estrangeira (LE) na infncia uma necessidade que se confirma a cada dia, sobretudo, por
seus evidentes benefcios. Assim, intentamos apresentar e discutir procedimentos e resultados de um projeto
de ensino de lngua francesa para crianas. Para alcanar esse objetivo, nos apoiamos em Rocha; Tonelli;
Silva, (2010) e Rajagopalan, (2010), quanto ao ensino de LE para crianas. Ressaltando o ensino da lngua
francesa para esse pblico, nos embasamos em ponderaes de Vanthier, (2009), Gaonach, (2006) e,
pensando em um letramento literrio na infncia, nos apoiamos em Poslaniec, (2002). Identificamos tambm o
ensino dessa lngua como um caminho peculiar para se desenvolver noes de tolerncia e respeito ao
prximo; logo, uma educao intercultural (ABDALLAH-PRETCEILLE; PORCHER, 2002). Participam do projeto
crianas, com idade entre trs e cinco anos, inscritas na Unidade de Educao infantil (UEI-UFCG), bem como
estudantes de Letras em fase de formao inicial - licenciatura em lngua portuguesa e lngua francesa- dessa
Universidade. Na realizao do projeto, reunies semanais proporcionam o encontro com a teoria para a
elaborao de atividades como sequncias didticas, a partir dos contedos concernentes ao trabalho
desenvolvido na Escola, favorecendo, assim, a relao com a prtica. Os principais resultados nos permitem
perceber a importncia de projetos desse tipo na formao inicial de professores, considerando-se que a grade
curricular do curso de Letras, no seu novo Projeto Poltico Pedaggico, embora focalize um contato maior com
a sala de aula desde o incio da formao, ainda no prev disciplinas com ementas voltadas para o ensino de
LE para o pblico infantil. Assim, considerando o fato de termos o apoio de rgos gestores, neste caso, o da
Pr-reitoria de Ensino da UFCG, concedendo bolsas aos estudantes, logo apoiando a formao inicial de
professores, enfatizamos o quanto a LE incita a criana na sua educao integral.
Palavras - chaves: Lngua estrangeira; Criana; Ensino; Prtica docente; Professor de francs.
SESSO COORDENADA
Coordenador: Judith Mara de Souza Almeida (UFU)
Discutindo a avalio a partir da anlise de um instrumento tradicional: a prova
Judith Mara de Souza Almeida (UFU)
Este trabalho tem como objetivo analisar um instrumento utilizado por um professor de Lngua Portuguesa e
Literatura do Ensino Mdio de uma escola pblica para avaliar a aprendizagem de seus alunos. A pesquisa foi
desenvolvida a partir de uma leitura crtica das atividades propostas no instrumento, tomando como base as
teorias sobre avaliao discutidas por autores como Hadji (2001), lvarez Mndez (2002) e Luckesi (2002). Os
resultados da anlise apontam que o instrumento utilizado para esta pesquisa est longe de ser formativo e
condiz mais com a pedagogia do exame, que conforme lvarez Mndez, colocada em prtica a partir de
crenas e, muitas vezes, encontra-se distante das concepes educacionais das quais est a servio. Se
esperamos a formao de um cidado crtico e participativo, capaz de realizar mudanas, transformaes
sociais, no com a pedagogia do exame que vamos alcanar tal objetivo, pois a mesma tem gerado muitos
fracassos, medos e inseguranas, alm de sujeitos passivos, incapazes de mudar qualquer estrutura prdeterminada. Assim como os autores estudados para este trabalho, considero que o valor da avaliao no
est no instrumento em si, mas no uso que se faa dele. Nesse sentido, o feedback ao aluno fundamental,
pois ele precisa ser informado sobre a qualidade de sua resposta, elaborao da mesma, suas falhas, seus
erros, o processo de compreenso e elaborao do pensamento. fundamental tambm destacar o valor da
formao reflexiva do professor, alm da assuno da reflexo em seu dia a dia para a prtica da avaliao
significativa que possa apoiar alunos e professores nos processos de ensino e aprendizagem.
Palavras-chave: avaliao, instrumento, formao reflexiva.
Avaliao escolar, leitura e literatura
Andr Lus Batista Martins (UFU)
227
Nesta comunicao, abordo elementos do processo de avaliao escolar a partir do contexto especfico da
formao de leitores, focando a leitura literria. Trago a perspectiva diagnstica e dialgica da avaliao,
fundamentada em Luckesi (2004), Hadji (2001), Alvarez Mendez (2002), que entendem a avaliao como um
processo de subsidiar a construo do melhor resultado possvel e no apenas aprovar ou reprovar. Discuto a
ideia da necessidade de uma abrangncia maior do processo avaliativo. Do mesmo modo, os professores
teriam a avaliao como parte do dia a dia de suas aulas. Parto do pressuposto de que a ao avaliativa deve
constituir-se em um reflexo do trabalho em termos produtivos. Para que, assim, alunos possam ser avaliados a
partir da construo de um processo qualitativo/quantitativo de exposio e envolvimento com os contedos
formais, principalmente no que diz respeito leitura reflexiva. A avaliao no deve se pautar apenas pelo
aspecto quantitativo de questes que esperam do aluno o julgamento certo ou errado, reguladas por
parmetros de apreciao exclusivos do professor. No meu entendimento, o processo avaliativo deve valorizar
os diferentes olhares que o aluno possui sobre o objeto estudado. Principalmente, quando se trata de leitura.
De tal modo, entendo que tratar as habilidades de leitura implica promover aes pedaggicas que
encaminhem o aluno para uma relao de identificao e pertencimento com o prprio ato de ler e com a obra
literria. E, concluo que devemos sustentar o papel, eminentemente, poltico da avaliao como forma de
julgar a qualidade do ensino oferecido, bem como apontar as responsabilidades adequadamente.
Palavras-chave: Avaliao escolar, Leitura, Literatura
Estudo dos critrios de avaliao propostos pelo PNLD para as atividades de leitura dos livros
didticos de lngua portuguesa do Ensino Mdio
Sebastio Carlcio Alves Filho (UFU)
O professor, sem dvida alguma, o grande responsvel pela formao do aluno em sala de aula, mas o
material didtico que utilizado por esse aluno exerce forte influncia sobre o processo de
ensino/aprendizagem. Pensando nisso, fiz uma investigao acerca do que propem as rubricas de avaliao
do Programa Nacional do Livro Didtico (PNLD), presentes na seo que trata de leitura e interpretao de
textos escritos dos materiais didticos distribudos pelo Governo Federal, por meio do Ministrio da Educao
(MEC), s escolas de Ensino Mdio, buscando conhecer quais as concepes de linguagem, avaliao e
leitura esto presentes no processo de anlise dos livros. Isto porque, considero que as concepes adotadas
no processo de avaliao influenciam diretamente no material que chega s escolas. Como fundamentao
terica para a anlise dos dados, servi-me de alguns estudos acerca das concepes de linguagem, avaliao
e leitura. Recorri a autores como Hadji (2001), Luckesi (2002), Rojo (2006), Kleiman (2006), entre outros. No
desenvolvimento da pesquisa, utilizei as perspectivas metodolgicas da Lingustica Aplicada para realizar um
estudo de caso de base interpretativista. Ao final deste trabalho, foi possvel conhecer quais as concepes de
linguagem, avaliao e leitura esto presentes no processo de avaliao de materiais didticos feito pelo MEC.
Palavras-chave: avaliao, livro didtico, leitura.
228
Distncia.
Dirio reflexivo: ferramenta virtual de compartilhamento de superviso do processo de ensinar a
ensinar
Marimar da Silva (UFSC)
Juliana C.F. Bergmann (UFSC)
Esta comunicao tem por objetivo analisar o uso de dirios reflexivos como ferramenta virtual de
compartilhamento de superviso do processo de ensinar a ensinar durante o estgio de docncia plena, na
disciplina de estgio supervisionado. Diferentemente da modalidade presencial, a modalidade a distncia no
pressupe a presena fsica do professor da disciplina durante e aps o perodo de docncia plena do
estagirio, pois este supervisionado pelo tutor presencial, representante do professor. Existe, portanto, nesta
modalidade, um compartilhamento de atribuies entre o professor e o tutor presencial durante o perodo de
docncia. Com o intuito de melhor compreender esse processo, propusemos a esses tutores e aos estagirios
a escritura de dirios reflexivos sobre a docncia, como atividade pedaggica compulsria da disciplina, a ser
desenvolvida de forma virtual por meio da plataforma Moodle. Os dirios reflexivos de quatro desses tutores
presenciais produzidos durante o momento de docncia dos estagirios foram qualitativamente analisados e os
resultados sugerem que a ferramenta virtual mostrou-se um campo frtil para o acesso, mediao e
interveno sobre crenas, concepes e conhecimentos implcitos e tericos, revelando a complexidade do
compartilhamento de papis entre professor e tutor na formao a distncia e sugerindo um potencial muito
mais amplo para ferramenta do que inicialmente supnhamos. Tais resultados podem contribuir para
discusses j existentes sobre ensino-aprendizagem de lngua(gens) adicionais e para ampliar as aes
formativas inicial e contnua.
Palavras-chave: Ensino Superior a Distncia. Dirios Reflexivos. Ferramenta Virtual de Ensino-aprendizagem.
Dirio reflexivo: ferramenta virtual de acompanhamento e interveno do/no processo de ensinar a
aprender
Sila Marisa Oliveira (UFSC)
Juliana C.F. Bergmann (UFSC)
Marimar da Silva (UFSC)
O objetivo desta comunicao apresentar a perspectiva do tutor a distncia acerca da utilizao do dirio
reflexivo, escrito por alunos-estagirios imediatamente aps a implantao de suas aulas. O dirio reflexivo foi
mais uma entre tantas ferramentas pensadas para que se tornasse eficaz a superviso de estgio, uma vez
que, aps a leitura dos mesmos e o consecutivo dilogo entre estagirios e tutor a distncia, era possvel que
ambos refletissem sobre as prticas pedaggicas. No sentido de entender melhor o papel atribudo a essa
ferramenta na formao inicial do professor de espanhol na modalidade a distncia, os dilogos trocados entre
o tutor a distncia e os estagirios foram coletados e qualitativamente analisados. A anlise revelou que os
dilogos diziam respeito tanto anlise sobre o alcance dos objetivos especficos de aprendizagem e sua
estreita relao com a metodologia da aula e avaliao, quanto se configuraram em um meio para que os
estagirios expusessem seus sentimentos em relao s aulas e aos alunos. O tutor a distncia, assim, no
desempenhou apenas a tarefa que comumente lhe atribuda na educao a distncia, qual seja, a de ler e
corrigir atividades, mas sim de orientar futuras aes pedaggicas a partir do conhecimento do que estava
acontecendo na sala de aula, por meio da narrao feita nos dirios reflexivos. Dessa forma, acreditamos que
o uso de dirios reflexivos na educao a distncia constitui-se em uma ferramenta de suma importncia tanto
para que o estagirio se sinta seguro de suas escolhas, quanto para que o tutor e o professor supervisor se
sintam coparticipantes do processo de aprender a ensinar, intervindo no processo durante o mesmo e no
apenas no produto final: a leitura do relatrio de estgio.
Palavras-chave: Dirio Reflexivo. Tutor a Distncia. Estgio Supervisionado a Distncia.
Dirio reflexivo: ferramenta virtual de compartilhamento de registro de aprender a ensinar
Raquel Dotta Correa (UFSC)
Marimar da Silva (UFSC)
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230
epistemolgicas, como efeito dos letramentos digitais Snyder (2007), as caractersticas de uma sociedade
multimodal (COPE E KALANTZIS, 2000) e a viso crtica para o ensino de Lnguas Estrangeiras (MONTE
MR, 2009). Essas questes tm apontado perspectivas tericas para a formao de professores, sobretudo
nas disciplinas especficas de formao no curso de Letras. Nesse sentido, o presente trabalho visa a discutir a
formao inicial de professores na disciplina de estgio supervisionado com base na teoria dos novos
letramentos. Parte integrante do projeto de novos letramentos da USP, em colaborao com a UFMS, a
pesquisa faz um levantamento das prticas adotadas nas escolas pblicas, coletadas por acadmicos do curso
de Letras da UEMS, problematizadas nas aulas de estgio supervisionado. Com base nesses dados e
reinterpretados localmente, os alunos propem alternativas para a transposio entre teoria e prtica, fazendo
uso das tecnologias digitais.
Palavras-chave: lngua inglesa, novos letramentos, estgio supervisionado.
O ensino de lngua inglesa numa perspectiva de letramento crtico: relato de uma experincia
Roseli Peixoto Grubert Martinez (PG-USP)
O fenmeno da globalizao e os avanos tecnolgicos so responsveis pelas constantes mudanas na
sociedade, que tm gerado novas necessidades de aprendizado em face das transformaes nas formas de
comunicao e interao (COPE & KALANTZIZ, 2000). A formao de indivduos capazes de interagir neste
contexto aponta para o uso de novas epistemologias e uma reflexo sobre o papel da escola e mais
especificamente, no contexto desta pesquisa, das aulas de ingls neste processo. Assim, o principal objetivo
desta com comunicao relatar a experincia de uma investigao sobre a construo sentidos e ampliao
de perspectivas por meio de uma atividade desenvolvida em quatro aulas de lngua inglesa tendo por base as
teorias dos novos letramentos, multiletramentos e letramento crtico. A pesquisa, resultado de trabalho final de
concluso de curso, teve metodologia qualitativa interpretativa de carter etnogrfico. Durante o processo foi
possvel observar a eficincia dessas novas propostas de ensino para o desenvolvimento da conscincia
crtica, ou seja, levar os alunos alm do pensamento ingnuo e do senso comum (MENEZES DE SOUZA,
2010). Ao longo das aulas os alunos ampliaram perspectivas fazendo conexes entre o tema discutido e a
realidade vivenciada por eles, o que os levou a repensar algumas atitudes e comportamentos.
Palavras-chave: ensino de ingls, letramento crtico, construo de sentidos.
231
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o impacto das tecnologias da informao e da comunicao na
educao em geral e na formao do professor de lnguas especificamente descrevendo um curso de extenso
e formao continuada de professores para o uso dessas tecnologias. Para tanto, um curso de extenso e
formao continuada de professores para utilizao das tecnologias da informao e da comunicao no
ensino presencial ser descrito e utilizado para as discusses sobre esse tipo de iniciativa na formao
docente. O referido curso prev carga horria de 160 horas e ser ofertado a 800 professores e 250 servidores
tcnico-administrativos da Universidade Federal do Esprito Santo perfazendo um total de 1050 vagas
distribudas em duas turmas. O objetivo principal do curso oferecer meios para que professores possam
integrar diferentes linguagens permitidas pelo uso das tecnologias da informao e da comunicao ao ensino
presencial. O curso ser ofertado na modalidade EaD e a estrutura curricular compreende as seguintes
disciplinas: Ambientao da Plataforma MOODLE e Conferncia WEB, Recursos de Mediao em Educao a
Distncia, Integrao de Mdias na Educao I e II e Fundamentos em Educao Distncia. Espera-se que o
curso capacite professores a trabalhar com a plataforma MOODLE e com ferramentas da WEB 2.0 tanto para
os cursos presenciais quanto para os cursos distncia.
Palavras-chave: Curso de extenso e formao de professores; EaD; tecnologias da informao e
comunicao
Ensino de italiano na modalidade EAD
Mariza Silva de Moraes (FES/ABEHTE)
A presente comunicao um recorte do projeto pedaggico do curso de LETRAS ITALIANO, na modalidade
EaD, que se pretende implementar na Universidade Federal do Esprito Santo atravs do Ncleo de Ensino a
Distncia (Ne@ad). Este trabalho busca contextualizar as dificuldades operacionais advindas do ensino a
distncia em geral e mais particularmente no mbito de uma lngua estrangeira. Dentre os desafios de ensinar
uma lngua estrangeira na modalidade distncia, citamos: o gerenciamento das disciplinas por meio da
tutoria, a elaborao do material didtico, a formao de professores e a avaliao das quatro habilidades
inerentes ao ensino de lngua estrangeira (fala, leitura, escrita e audio) alm do desenvolvimento de uma
quinta habilidade necessria incluso social e formao de cidados preparados para atuar no mundo
globalizado - multiletramento e letramento digital. O projeto de ensino distncia de Italiano caracteriza-se
como peculiar, visto que no Esprito Santo existe expressivo contingente de descendentes de italianos, que
colonizaram o estado, mas que no utilizam a lngua em casa e que no tm oportunidade de aprend-la na
escola uma vez a mesma no oferecida nos ciclos regulares. O projeto de tem como objetivo principal formar
professores de italiano e como objetivo secundrio formar cidados preparados lidar com sua cultura e origem
de forma crtica.
Palavras-chave: Letras Italiano e EAD; operacionalidade; tutoria
Arquitetura pedaggica virtual e o ensino de portugus como lngua estrangeira
Santinho de Souza (UFES/ABEHTE)
As novas tecnologias e suas linguagens tm sido assunto recorrente nas reunies de trabalho das escolas
brasileiras tanto em nvel de ensino fundamental e mdio quanto em nvel universitrio. Dados recentes do uso
de tecnologias nas escolas brasileiras (por exemplo http://www.cgi.br/) mostram que, apesar do aumento
gradual de laboratrios de informtica e TICs em espaos escolares, os nveis de qualidade da educao ainda
deixam a desejar, sugerindo que, alm de incluir novas tecnologias em espaos escolares, necessrio pensar
na formao e qualificao de professores para atuar nesse cenrio. Outro fator que deve ser considerado na
equao tecnologia x educao, a possvel distoro conceitual na formao de docentes e no uso dos
ambientes digitais tanto por professores quanto por discentes, no sentido de acalentarem a crena de que a
soluo para problemas educacionais e para uma educao de qualidade reside no uso de
computadores, softwares e outras TICs. Nesse cenrio, esta pesquisa pretende socializar dados e convidar
reflexo sobre o uso da tecnologia na educao em geral e na educao de portugus como lngua estrangeira
em particular, apresentando resultados a fim de contribuir com estudos pertinentes rea, especialmente na
proposio de um modelo de arquitetura pedaggica multimdia como estrutura auxiliar do processo de ensinoaprendizagem de portugus, lngua estrangeira, na graduao em Letras da Ufes e nos nveis de ensino
ofertados pelo Centro de Lnguas/DLL/UFEs.
Palavras-chave: Tecnologia e ensino; arquitetura pedaggica virtual; portugus como lngua estrangeira
232
233
contexto busco investigar, atravs das teorias da Abordagem Comunicativa, o uso do livro didtico "Daichi" por
parte do professor do curso mencionado, observando a maneira como o livro includo no trabalho do
professor em sala de aula e levantar percepes da sua relevncia para o professor e a promoo de
atividades comunicativas em sala, examinando tambm as concepes pessoais do professor sobre o livro
didtico e a abordagem comunicativa.
234
1998).
Palavras-chave: Lngua Inglesa; Programa mais Educao; oficinas.
Reflexes acerca das crenas dos alunos de um curso de especializao lato-sensu
sobre a oferta de ensino de lngua inglesa para crianas
Joseane Santos da Silva (UNEMAT/SINOP)
O foco deste estudo analisar e discutir possveis crenas evidenciadas em alunos cursistas do Curso de
Especializao em Lingustica Aplicada ao Ensino de Lnguas Portuguesa e Inglesa, ofertada pela
Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitrio de Sinop. Tambm se faz uma reflexo sobre a
formao dos profissionais de lngua inglesa (LI), formados no curso de Letras e atuantes na rea de ensino
nas sries iniciais, pois, a sbita globalizao do mundo tem feito com que a LI se transformasse em um idioma
oficial do mundo dos negcios e as crianas esto sendo inseridas cada vez mais cedo neste processo de
aprendizagem, seja em escolas pblicas ou privadas, portanto, detecta-se uma falta na graduao dos
professores de lnguas que impede os mesmos de ter habilitao para lecionarem LI para crianas, visto que
os pedagogos tambm no possuem tal qualificao. Analisamos as crenas dos cursistas a partir de suas
experincias adquiridas antes e depois da graduao. O aporte terico teve por base os trabalhos de Santos
(2005), Rocha, Tonelli e Silva (2011), Barcelos e Abraho (2006), dentre outros. Atravs das crenas dos
cursistas pode se perceber que a LI uma lngua difcil de ensinar para crianas quando no se tem a
formao adequada, pois, o professor usa a didtica que aprendeu na graduao e utiliza prticas relacionadas
as suas crenas que foram adquiridas durante toda a vida escolar. Foi evidente a constatao de que
diferente ensinar alunos do ensino fundamental 2 e alunos do ensino fundamental 1. Neste sentido,
importante que a grade do curso de Letras contemple a formao de LI para crianas, para que os profissionais
de LI possam ser autossuficientes numa didtica mais especfica para ensinar crianas.
Palavras-chave: Crenas; Lngua Inglesa para crianas; formao docente.
Projeto de aprendizagem de LIC: uma proposta em ao
Vera Lucia de Oliveira Pereira Buose (Redes Estadual e Municipal de Ensino Pblico de Sinop/MT)
O presente texto se prope a refletir sobre o trabalho pedaggico potencializado pelo Projeto de
Aprendizagem: Lngua Inglesa para Criana (LIC) e o teatro em ao. Este fruto de uma pesquisa-ao
proporcionada pelo curso de especializao em Lingustica Aplicada ao Ensino de Lngua Portuguesa e Lngua
Inglesa pela Universidade Estadual de Mato (UNEMAT), campus universitrio de Sinop. Como pesquisadoras e
participantes da proposta construmos um referencial terico acerca do trabalho pedaggico organizado por
Projetos de Aprendizagem em LIC por meio do teatro e, ao mesmo tempo, vivenci-lo em situaes
pedaggicas com os alunos em de sala de aula. Este trabalho foi desenvolvido com alunos do quinto ano do
Ensino Fundamental matutino e vespertino, entre os meses de outubro a dezembro de 2011 na Escola
Municipal Basiliano do Carmo de Jesus, situada na cidade de Sinop, Mato Grosso. O aporte terico teve por
base os trabalhos de Santos (2010 e 2011), Tonelli e Ramos (2007), Rocha (2007 e 2008), Ferreira (2006),
Thiollent (2007), Fagundes, Sato e Maada (1999), dentre outros. No decorrer deste trabalho foi possvel
observar o quanto o Projeto de Aprendizagem mediado pela dramatizao na sala de aula auxilia na
aprendizagem de LIC e os resultados mostraram que os alunos desenvolveram com maior eficcia as
habilidades orais na lngua foco, pois os mesmos fizeram relaes entre esta e a lngua materna, dialogaram,
interagiram entre os pares e com a comunidade escolar em lngua inglesa e suas reaes entusiasmadas e de
grandes interesses durante a efetivao deste trabalho nos leva a refletir sobre o quanto um ensino ofertado de
forma significativa pode consolidar aprendizagens em diversas reas, assim como no desenvolvimento
consciente da lngua.
Palavras-chave: Lngua Inglesa para Criana; Projeto de aprendizagem; Teatro na escola
235
Esta sesso rene trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Formao e Atualizao dos Profissionais da
Educao Bsica (CEFAPRO/Sinop/MT) com vistas reflexo sobre as diversas materialidades do processo
de formao continuada nesse contexto. As pesquisas aqui apresentadas discutem o papel desempenhado
pelo Centro a partir da proposio de diferentes cursos e acompanhamento sistemtico nas escolas sob a
responsabilidade do polo de Sinop. Uma das aes o acompanhamento do Programa Gestar II - Programa
Gesto da Aprendizagem Escolar, uma parceria MEC/SEDUC, apresentado e discutido pelo primeiro trabalho
que evidencia que todo docente necessita estar em constante formao para compreender e acompanhar a
evoluo dos saberes no mundo contemporneo e refazer sua prtica pedaggica. O programa trabalhou com
os docentes de Lngua Portuguesa com diferentes gneros textuais considerando a necessidade de interao
entre o conhecimento prvio e o conhecimento alfabeletrado de mundo e que a lngua um sistema que se
estrutura no uso e para o uso, escrito e falado sempre contextualizado. O letramento foi trabalhado a partir de
sequncias didticas construtivas, proposta por Zaballa (1998). O segundo trabalho apresenta resultados se a
linguagem mediada por computador tem influenciado o processo ensino e aprendizagem de Lngua Portuguesa
e se os professores tem conseguido fazer uso das oportunidades oferecidas pela comunicao eletrnica para
trabalhar de maneira mais atrativa e contextualizada. O terceiro trabalho relata os resultados de um estudo
realizado a partir do desenvolvimento de um curso na plataforma e-ProInfo ofertado para professores de
Lngua Inglesa da rede estadual de ensino e retrata avanos e limitaes para o uso do letramento digital e os
desafios que esto postos para a rea de ensino de Lngua Inglesa e formao docente.
Palavras-chave: Formao Continuada; Letramentos; ensino-aprendizagem.
Letramento: um desafio para a formao continuada em servio
Eliane Carvalho de Oliveira (CEFAPRO/SINOP)
Lucineide da Silva (CEFAPRO/SINOP)
Esta comunicao visa apresentar resultados de formao de professores de Lngua Portuguesa por meio do
Programa Gestar II - Programa Gesto da Aprendizagem Escolar, uma parceria MEC/SEDUC, desenvolvido no
municpio de Tapurah/MT, um dos municpios que compem o polo de CEFAPRO/Sinop/MT - Centro de
Formao e Atualizao dos Profissionais da Educao Bsica. A pesquisa teve como objetivo provocar
reflexes acerca do letramento dentro de uma perspectiva de formao continuada. O estudo partiu das teorias
apresentadas por Soares (1998), Matencio (1994), Kleiman (1995) e Tfouni(1997) de que todo docente
necessita estar em constante formao para compreender e acompanhar a evoluo dos saberes no mundo
contemporneo e refazer sua prtica pedaggica. O programa trabalhou com os docentes de Lngua
Portuguesa com diferentes gneros textuais considerando a necessidade de interao entre o conhecimento
prvio e o conhecimento alfabeletrado de mundo e que a lngua um sistema que se estrutura no uso e para o
uso, escrito e falado sempre contextualizado. O letramento foi trabalhado a partir de sequncias didticas
construtivas, proposta por Zaballa (1998). O instrumento utilizado para a coleta de dados foi observao
participante e registro em dirio de campo. Embora a formao continuada seja proposta por um Programa do
MEC, como o trabalho foi desenvolvido pelo CEFAPRO, houve um planejamento e replanejamento das aes
formativas com o objetivo de interveno pedaggica que possibilitou a mudana de comportamento na prtica
do professor em sala de aula. Estes por sua vez perceberam a necessidade da leitura e da escrita como
processo bsico da produo textual, alm de que o ato de ler, interpretar, compreender e produzir pressupe
um exerccio dirio na sala de aula. Outro ponto relevante foi o fato de que os professores das demais
disciplinas perceberam que no s o professor de Lngua Portuguesa dever trabalhar o letramento, mas que
esse compromisso de todos, numa perspectiva interdisciplinar.
Palavras-chave: Formao Continuada; Letramento; Gneros Textuais.
A linguagem utilizada pelos adolescentes e jovens na comunicao eletrnica: possibilidades, limites e
implicaes para o ensino e aprendizagem de lngua portuguesa
Arlete Tavares Buchardt (CEFAPRO/SINOP)
lidi Preciliana Pavanelli Zubler (CEFAPRO/SINOP)
Esta comunicao tem por objetivo socializar os resultados prvios de uma pesquisa que estamos realizando
no Ensino Mdio da Rede Pblica de Ensino da Educao Bsica no municpio de Sinop, Estado de Mato
Grosso. A pesquisa prev observarmos se a linguagem mediada por computador tem influenciado de alguma
forma o processo ensino e aprendizagem de Lngua Portuguesa e se os professores tem conseguido fazer uso
236
das oportunidades oferecidas pela comunicao eletrnica to utilizada pelos adolescentes e jovens para
trabalhar de maneira mais atrativa e contextualizada. Neste sentido, atravs desse estudo pretendemos
analisar a linguagem utilizada por adolescentes e jovens nas redes sociais de comunicao eletrnica, a partir
da verificao de como essa linguagem se manifesta na produo textual do aluno, como o professor de
Lngua Portuguesa lida com isso e como ele pode fazer uso dessas redes no processo ensino e aprendizagem
de Lngua Portuguesa. Outro ponto em observao consiste em averiguar se o discurso eletrnico trouxe
algum diferencial ao estudo dos gneros discursivos, se o vocabulrio ciberntico gerou algum novo gnero
textual ou alterou a estrutura de um gnero j existente. A metodologia adotada para este trabalho foi o Estudo
de Caso com a utilizao de entrevistas semiestruturadas e anlise documentos, buscando aporte terico em
Marcuschi (2008), Murano (2009) Marconato (2006) Fischer, 2007; Recuero, 2010; Bakhtin, 2010; Siqueira,
2010 e Moita Lopes, 2006, para citar alguns. At o momento o ponto mais relevante que pudemos constatar
que h discordncias entre os professores de Lngua Portuguesa quanto aos benefcios da comunicao
eletrnica para o ensino da Lngua Portuguesa, sendo que um percentual dos professores diz que a linguagem
utilizada na comunicao eletrnica no interfere na produo dos alunos e que estes so capazes de fazer
uso da linguagem de acordo com cada contexto de comunicao; enquanto outros argumentam que s no
ocorre interferncia quando e se o aluno j tem construdas suas competncias lingusticas.
Palavras-chave: letramento digital; gneros textuais; ensino e aprendizagem de Lngua Portuguesa.
Formao continuada de docentes de lngua inglesa a distncia:
uma experincia na plataforma E-PROINFO
Marli Cichelero (CEFAPRO/SINOP)
O estudo apresenta uma experincia de Formao Continuada a distncia realizada para ouvir e dialogar sobre
as inquietaes dos professores da rede pblica de ensino que v nesta modalidade uma das nicas
alternativas de ter acesso a sua formao profissional. O estudo teve por base os pressupostos tericos de
Libneo (2006), Nvoa (2009) e (BRASIL, 2005) que alertam para as novas exigncias do professor na
contemporaneidade e sinalizam para a necessidade em se repensar a formao de docentes, assim, diante de
tantas experincias e saberes docentes, oportunizou-se aos professores um (ciber)espao para dialogar com
seus pares. Lvy (2000) afirma que o ciberespao favorece a criao de novas ecologias cognitivas,
surge novas formas de pensar, de agir e de comunicar em torno do aprendizado nas prticas educativas.
O objetivo deste trabalho apresentar e discutir a proposta desenvolvida mediante uso das novas tecnologias
da informao e comunicao, idealizada pelo Centro de Formao e Atualizao dos profissionais da
Educao Bsica do Estado de Mato Grosso e desenvolvida com um grupo de professores de Lngua Inglesa
da rede estadual de ensino, com a participao efetiva de oito municpios da regio, por meio da plataforma eProinfo, como forma de expanso e utilizao dos letramentos digitais na formao do docente e possveis
impactos da linguagem digital na educao lingustico-terico-metodolgica do grupo pesquisado. Com esta
proposta de curso surgiram novas discusses relacionadas ao uso de letramento digital na Formao
Continuada. Os dados foram coletados mediante a utilizao da ferramenta Dirio de Bordo, uma das
ferramentas usadas para desenvolver o curso. A anlise dos dados e o relatrio elaborado pela professora
formadora registram os avanos obtidos a partir da realizao do curso, as limitaes para o uso da plataforma
e os desafios que esto postos para a rea de ensino de Lngua Inglesa e formao docente.
Palavras-chave: Formao continuada de docentes; letramentos digitais; lngua inglesa; curso a distncia.
237
localizada na regio sul do Rio Grande do Sul/Brasil. Tomando como base a ampliao do conceito de
pedagogia efetuado no campo educacional nas ltimas dcadas (SILVEIRA, 2002), tais experincias partem de
uma concepo que tambm considera a docncia e a formao de professores em sentido mais amplo,
facultando ao acadmico uma gama de possibilidades para o desenvolvimento do perodo do estgio. Nesse
sentido, alm da forma mais tradicional de se efetuar o estgio, como a regncia em uma turma regular de
alguma escola, exigida em pelo menos um dos quatro semestres de estgio no referido curso, o graduando
pode desenvolver projetos especficos de acordo com o seu interesse, nos mais variados locais muitas vezes
em espaos no-convencionais de educao (GADOTTI, 2005; GOHN, 2001). O artigo debrua-se sobre
alguns desses projetos os quais envolvem tanto atividades mais diretamente voltadas para o ensino de
Lngua Portuguesa em uma perspectiva sociointeracionista (BAKHTIN, 2006, 1992; BRONCKART, 1999)
quanto relacionados com o ensino de Literatura sob uma perspectiva de formao cultural (ADORNO, 1996;
CANDIDO, 2006, 1995) - caracterizando-os de forma breve, porm abrangente, com o intuito de contribuir com
as discusses a respeito da formao de professores. Nessa perspectiva, esse debate, alm de possibilitar um
redimensionamento sobre as possibilidades de realizao dos estgios, poder, consequentemente, tambm
ampliar o prprio conceito de docncia.
Palavras chave: Formao de Professores. Lngua Portuguesa. Literatura.
PIBID: insero na escola e aperfeioamento na formao inicial do licenciando
Cleide Ins Wittke (UFPel)
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia (PIBID), financiado pela CAPES/DEB, cria
condies para que o licenciando seja inserido no ambiente escolar, tendo contato direto com professores,
alunos, funcionrios e direo. Nesse contexto, o Programa concretiza o desejo antigo, h dcadas defendido
pelos linguistas Geraldi e Possenti (2006), por exemplo, de estabelecer parceria entre a Universidade e a
Escola. Alm de aperfeioar a prtica didtico-pedaggica, o PIBID consiste em uma excelente oportunidade
para que se desenvolvam projetos interdisciplinares nas escolas, conforme orientam e sugerem os PCNEM
(1999). Os dois anos de estudo e de trabalho com e no PIBID possibilitaram a realizao de projetos
especficos de Letras, previstos no Subprojeto da rea, e de aes interdisciplinares (POMBO, 1993),
construdas e realizadas no decorrer do Programa. Considerando que a estrutura educacional e o jeito de
pensar esto organizados e funcionam disciplinarmente (MOITA LOPES, 2004), podemos dizer que o trabalho
interdisciplinar foi o maior desafio encontrado pelo grupo. Com o Projeto surgiram vrias questes: Como
administrar o tempo de modo que os professores em servio e os pibidianos pudessem reunir-se para estudar,
projetar e efetuar atividades interdisciplinares, tanto em horrio regular como em turno oposto? Como dar conta
da carga horria, do contedo e da avaliao (KLEIMAN e MORAES, 1999) previstos no Programa Curricular?
Nossa esperana a de que os futuros professores que vivenciam essa experincia sejam profissionais
autnomos em suas prticas docentes e trabalhem com saberes significativos vida dos alunos, tornando suas
aulas interessantes e produtivas, aperfeioando a qualidade do ensino brasileiro. Em sntese, so muitas e
diversificadas experincias que precisam ser socializadas.
Palavras-chave: Formao Docente. Insero. Interdisciplinaridade.
Projeto de extenso Vizinhana aplicado ao ensino de ingls: conquistas e desafios
Alessandra Baldo (UFPel)
Esta comunicao apresenta o projeto de extenso Ingls para a Comunidade do Anglo, vinculado ao
Programa de Integrao e Desenvolvimento Social Sustentvel (PIDS) institudo pela Pr-Reitoria de Extenso
e Cultura da Universidade Federal de Pelotas em 2009 e efetivado pelo Programa Vizinhana. A motivao
para ambos os programas pode ser creditada a um fato circunstancial: a mudana da reitoria e de unidades
acadmicas para o novo campus, localizado em uma das reas mais pobres da cidade, impulsionou a
Universidade a pensar aes visando melhoria da qualidade de vida daquela populao. Nesse contexto, o
projeto de extenso de ingls como lngua estrangeira (L2), iniciado em 2010 e atualmente em sua quarta
edio, direcionado aos alunos de escolas pblicas do entorno do campus e tem como objetivos, alm do
resgate da cultura no ensino de L2 atravs da noo de interculturalidade (KRAMSCH, 1998; BANELL, 2003;
PARAN e ALMEIDA, 2005), o desenvolvimento da autonomia e da auto-estima das crianas e dos
adolescentes participantes (FREIRE, 2000; HARMER, 2007). Relatos de alunos sobre os aspectos positivos e
negativos do curso tm servido de norte para a identificao dos objetivos que j foram alcanados, por um
238
SESSO COORDENADA
Coordenador: Letcia Fraga (UEPG),
Polticas lingusticas no curso de Licenciatura em Letras:
a necessidade de discusso da noo de lngua
Letcia Fraga (UEPG)
Este trabalho defende da incluso da temtica das polticas lingusticas formalmente no currculo dos cursos de
Licenciatura em Letras, considerando que o senso comum relaciona o conceito de lngua ideia de
homogeneidade (CORREIA, 2011) e que o acadmico, quando chega ao curso, dispe basicamente do senso
comum, mais especificamente de suas crenas (VIEIRA-ABRAHO, 1996; BARCELOS, 2004) sobre o que
seja lngua(gem), gramtica, norma etc. Essas crenas em geral no so postas prova em um currculo
conteudista, pois este no exige que os alunos desenvolvam a capacidade de lidar com a enorme gama de
informaes que recebem (MARCUSCHI, 2009). Metodologicamente, este trabalho insere-se na perspectiva da
pesquisa-ao (BARBIER, 2002), a partir do momento em que considera a trajetria de uma dcada de
trabalho da proponente com a disciplina de Introduo aos Estudos Lingusticos, presente no currculo da
Licenciatura em Letras da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Esse envolvimento permitiu algumas
revises no somente dos contedos tratados na disciplina, como tambm a incluso do trabalho voltado para
o desenvolvimento de habilidades que permitam que o acadmico no somente se aproprie de saberes, como
exproprie certezas, construindo-se como sujeito crtico (MARCUSCHI, 2009). Como resultados iniciais,
consideramos necessrio: a) que o escopo da disciplina se amplie; b) no insistir em equvocos to comuns,
presentes, por exemplo, nos chamados documentos oficiais, que mantm uma viso de sociedade que
desconsidera as diferenas que constituem o tecido social e cultural (MARCUSCHI, 2009, p. 16); c) incluir
determinados contedos tidos como pressupostos, como a discusso sobre a ambiguidade do conceito de
lngua. As concluses a que chegamos at agora ratificam resultados de Correa (2012), especialmente o que
aponta que a discusso sobre polticas lingusticas e situaes sociolinguisticamente complexas proporciona
mais maturidade [terica pelo menos] e autonomia em relao capacidade de discutir conhecimentos sobre
lngua(gem).
Agradecemos Fundao Araucria o apoio financeiro que permitiu a realizao desse trabalho.
Polticas lingusticas e polticas de escrita:
alguns desdobramentos para prticas escolares contemporneas
Djane Antonucci Correa (UEPG)
Este trabalho tem como objetivo geral estudar algumas inter-relaes que se estabelecem entre polticas
lingusticas (RAJAGOPALAN, 2003, 2004, 2008, 2009; PENNYKOOK, 2006; MAKONI, MEINHOF, 2006;
MAKONY & PENNYCOOK, 2005) e a linguagem escrita (OLSON, 1997; DERRIDA, 1999; HARRIS, 2000;
HIGONET, 2003; BRITTO, 2008; CORREA, 2009a). Para tanto, busco conexes com a Pragmtica lingustica
(AUSTIN, 1962; RAJAGOPALAN, 2003, 2010; MEY, 1985, 2001) de modo que possa investigar contextos de
uso da linguagem escrita. Como objetivos especficos, proponho discutir: a) as conexes tericas entre poltica
lingustica e escrita; b) as configuraes das identidades contextualizadas nas prticas lingusticas; c) a
necessidade de entender melhor como se criam os ambientes lingusticos; d) as implicaes de tais aes para
a qualificao do ensino. A metodologia adotada de base qualitativa e etnogrfica e concerne observao
das aulas em um primeiro ano de Licenciatura em Letras seguida de entrevistas e discusses realizadas com
os participantes. Os resultados apontam que a maioria dos professores em formao reconhece as diferenas
lingusticas, socioculturais e histricas, entretanto no se sentem preparados para discutir tais diferenas em
sala de aula. Conclui-se que necessrio investir esforos na melhor compreenso dos elementos
constitutivos da linguagem humana, tanto os constituintes quanto os constitudos.
239
240
de provas de espanhol como lngua estrangeira (ELE) inseridas neste contexto. Cumpre ressaltar que as
propostas de letramento(s) associadas vertente sociocultural da leitura so concebidas como abordagens
pedaggicas de ensino que produzem impactos na construo de conhecimentos por parte dos sujeitos
aprendizes ao se utilizarem da leitura e da escrita. Neste sentido, entende-se que se exige dos profissionais
capacitao no entendimento das propostas para que se evitem distores dos objetivos centrais da leitura
como elo de formao cidad (ABREU, IRINEU, 2010). Assim sendo, baseados de igual modo em documentos
governamentais (PCN, 1998; PCN em debate, 2004; OCNEM, 2004) que defendem a necessidade de levar ao
engajamento discursivo do aluno aprendiz de lngua estrangeira (LE) por meio da atividade de leitura, e pela
abordagem sociocultural proposta por Cassany (2006) em torno de trs concepes de leitura: lingustica
(leitura das linhas), psicolingustica (leitura entrelinhas) e sociocultural (leitura por detrs das linhas), a
discusso deste estudo se pauta em relacionar tais perspectivas aos desafios que os docentes de LE
enfrentam ao formular provas segundo tal orientao. Logo, questionamentos: como avaliar a leitura em LE?
Como construir uma avaliao segundo a perspectiva sociocultural da leitura? Norteiam esta investigao ao
retomar exemplos de questes que adotam uma perspectiva tradicional, interacionista e sociocultural da leitura
(ABREU, 2011). Tem-se, deste modo, como objetivo reformular orientaes terico-metodolgicas que ainda
encontram-se nas prticas escolares enfatizando e pautando-se por questes metalingusticas, mas que
possam exigir dos alunos uma conscincia lingustica que possibilite perceber os sentidos na leitura em ELE.
Palavras-chave: Letramento(s); Leitura; Avaliao.
O ensino da escrita nos cursos de Letras/Lngua Portuguesa
Elinaldo Soares Silva (PPGL-UFC)
Neste estudo, buscamos diagnosticar de que maneira os conhecimentos tericos proporcionados na
Licenciatura em Letras ajudam a capacitar o professor em formao a ensinar a produo escrita em
consonncia com o que preconizam os Parmetros Curriculares Nacionais do Ensino Mdio. Como
fundamentao terica, enfatizamos o ensino da produo escrita e consideramos trs abordagens: i) o ensino
da produo escrita com nfase nas tipologias tradicionais (SOARES 1991; DOLZ & SCHENEULY 1995;
NEVES 2002; TRAVAGLIA 2002; SANTOS 2004); ii) abordagem da diversidade textual no ensino da produo
escrita (GERALDI 1996; MARINHO 1998; SCHENEULY & DOLZ 1999; BONINI 2002; SANTOS 2004) e iii) a
abordagem dos gneros textuais no ensino do texto escrito (BAKTHIN 1997; GERALDI 1996, 1997;
SCHENEULY & DOLZ
2004; SANTOS 2004; MARCHUSCHI 2005). Como metodologia, aplicamos
questionrios e observamos aulas de 19 sujeitos do curso de Letras/Portugus da Universidade Federal do
Cear. Os resultados apontam que h timidamente influncia das teorias do ensino de lngua e da produo do
texto escrito sobre o processo observado, visto que no Estgio em Regncia, as atividades propostas pelos
professores em formao, em suas prticas de sala de aula, serviram apenas como pretexto e no como
suporte para a escrita, embora os sujeitos apontem o estudo dessas teorias no questionrio. Assim, o estudo
mostrou a concepo de escrita tradicional, prevalecendo o seu ensino nos pressupostos tambm tradicionais,
embora percebamos alguns indcios da abordagem dos gneros textuais. Ademais, observamos que os
professores em formao tentam apresentar mudanas, trabalhando com outros gneros do discurso, numa
tentativa de abandono das tipologias tradicionais, o que evidencia uma possvel alterao entre as concepes
de escrita diagnosticadas e seu ensino, no entanto no conseguem dar continuidade ao processo, visto que os
textos servem apenas como pretexto para se escrever e as atividades de escrita no fogem s tipologias
tradicionais.
Palavras-chave: ensino; escrita; formao de professores.
241
discutido prticas de ensino colaborativo nas salas de aula de lngua inglesa na Educao Bsica. Nessa
sesso de comunicao coordenada, sero apresentadas as experincias vivenciadas no PIBID de lngua
inglesa da Universidade do Estado da Bahia. Tratam-se de aes em que os professores coordenadores,
supervisores e bolsistas de iniciao docncia implementam colaborativamente, nas aulas, as questes
discutidas nos grupos de estudos, a fim de desafiar as relaes de poder que tradicionalmente so
estabelecidas nas atividades de formao de professores. O primeiro trabalho, intitulado PIBID de Lngua
Inglesa: o uso do idioma em sala de aula, aborda o uso da lngua inglesa em sala de aula da Educao Bsica
pelos bolsistas de iniciao docncia; o segundo, As contribuies da participao no subprojeto PIBID
Ingls na formao do aluno-professor na UNEB Campus X, visa levantar as mudanas percebidas pelos
bolsistas de iniciao docncia ao verem-se como docentes; e o terceiro, Relatos sobre o Lao de uma
Parceria: A unio entre universidade e a escola, apresenta um olhar investigativo sobre o subprojeto PIBID
com um elo de aproximao entre a Universidade e a Escola de Educao Bsica.
Palavras-chave: PIBID; Lngua Inglesa; Formao de Professores.
PIBID de Lngua Inglesa: o uso do idioma em sala de aula
Marcos Sousa Silva
Lvia Souza Mascarenhas
(PIBID/CAPES/UNEB)
O presente trabalho tem por objetivo discutir o uso da lngua inglesa em sala de aula pelos bolsistas do
subprojeto PIBID de lngua inglesa, intitulado Inovao curricular e formao de professores de lngua
estrangeira, desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia- UNEB/CAMPUS X, em Teixeira de Freitas. O
subprojeto se direciona a partir de princpios advindos da perspectiva Scio-Histrico-Cultural, com origem nos
estudos de Vygotsky (1998 e 2000), envolvendo comunidades de aprendizagem que atuam em parceria
colaborativa (Engestrm, 1987 e 1999). A partir de discusses nos momentos das reunies, que ocorrem
semanalmente e envolvem todos os participantes do subprojeto PIBID-UNEB de lngua inglesa, tivemos o
anseio de investigar como o ingls est sendo usado em sala de aula por ns bolsistas. Para isso, elaboramos,
inicialmente, um questionrio composto por 10 questes a ser respondido por todos os bolsistas,
posteriormente selecionamos as 3 que respondiam mais pontualmente ao uso/no uso do idioma em sala de
aula. Os resultados apontam para o uso da lngua inglesa limitada a poucos momentos, muitas vezes devido
ansiedade/inibio (Horwitz, 1996) Por outro lado, o subprojeto em questo, tambm parece estar contribudo
para o engajamento dos bolsistas no aprendizado da lngua em sua formao enquanto docente.
Palavras-chave: PIBID, Lngua Inglesa, Ansiedade/ Inibio.
As contribuies da participao no subprojeto PIBID Ingls na formao do aluno-professor na
UNEB campus X
Lanna Pereira Nogueira
Liliana dos Santos Lopes
(PIBID/CAPES/UNEB)
Este trabalho objetiva lanar um olhar para o processo de formao de alunos-professores de Lngua Inglesa
que participam do Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia PIBID, no subprojeto Inovao
Curricular e Formao de Professores de Lngua Estrangeira, da Universidade do Estado da Bahia, UNEB
Campus X. O subprojeto em questo fundamentado nos estudos de Vygotsky (1998 e 2000), na perspectiva
scio-histrico-cultural de formao de professores, possibilitando uma troca de conhecimento entre os
participantes que visa ser igualitria, questionando as tradicionais hierarquias que distanciam professores j
graduados e professores em formao inicial. Desta forma, proporciona-se aos alunos da graduao maior
confiana e abertura para execuo de atividades relacionadas docncia, o que possibilita que todos os
envolvidos sejam agentes da produo do conhecimento, participando efetivamente no projeto, vivenciando e
dividindo experincias com todos os participantes. A partir das aes desta proposta, podemos perceber que a
experincia proporcionada pelo PIBID configura-se num abrir de janelas e reas do conhecimento que outrora
eram inexploradas, o que pode direcionar os sujeitos envolvidos a perceber a necessidade de um avano na
qualidade do ensino no que tange ao uso da lngua inglesa, alm da dedicao para desenvolver um nvel de
proficincia cada vez maior. Tivemos como base para nossas anlises um questionrio respondido pelos
alunos professores sobre a mudana proporcionada ao verem-se como docentes. Notamos que a grande
242
maioria percebeu a necessidade de rever seu nvel de desempenho com a lngua inglesa, alm de um novo
olhar para a docncia quando em sala de aula.
Relatos sobre o lao de uma parceria: a unio entre universidade e a escola
Igor Jos Souza Mascarenhas
Mnica Alves Fernandes
Sidnei Nascimento de Oliveira
(PIBID/CAPES/UNEB)
Duas grandes entidades so responsveis na formao da pessoa, no que tange ao contexto educacional e
profissional. A escola e a universidade, ambas dialogam com o indvido, seja aluno ou professor. Porm um
outro dilogo se faz importante nesta relao, o dilogo entre escola e a universidade e este relacionamento
que iremos abordar neste texto. O presente artigo tem como objetivo apresentar possibilidades de aproximao
entre as duas entidades em questo atravs do sub-projeto: Inovao curricular e formao de professores de
lngua estrangeira, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia PIBID UNEB. Para tanto foi
elaborado um questionrio dirigido aos professores e direo da escola envolvida no sub-projeto afim de
coletar dados e traar um perfil deste relacionamento, na sequncia foi feita uma reviso bibliogrfica dos
objetivos do documentos prescritivos do PIBID de lngua inglesa UNEB Campus X, para ento construir um
quadro comparativo sobre a parceria entre as duas entidades. Outro objetivo deste trabalho iniciar uma
pequena reflexo sobre a formao processual ou contnua atravs das convergncias ou divergncias do
dilago entre estas duas entidades, o qual analisamos aqui. Por fim, apresentamos nossas breves concluses
a respeito de todos os laos coletados afim de mostrar os resultados desta relao.
Palavras-chave: Ensino de lngua inglesa, relao universidade e escola, formao inicial e contnua de
professores.
243
no carter sociocultural e situado das prticas de letramento. Sendo assim, fica claro que a utilizao de
diferentes lnguas ou da linguagem nas suas diversas formas facilita a aquisio do conhecimento das diversas
reas do saber. O projeto atual pretende acompanhar propostas interdisciplinares de trabalho, montadas pelos
professores do Ensino Bsico, baseadas em temas geradores definidos por cada grupo. Os trabalhos sero
acompanhados durante o ano letivo atravs de visitas dos formadores s escolas participantes. Est prevista
uma avaliao permanente do processo com base em observaes feitas pelos formadores e pelos
professores participantes. Sero colhidas informaes dos alunos-alvo do projeto por meio da anlise de
alguns trabalhos produzidos por eles e por meio de opinies emitidas durante o processo.
Palavras-chave: educao continuada; interdisciplinaridade; letramento.
Novas perspectivas para a formao de professores de ingls de escolas pblicas no ES:
o projeto ECOPLI
O Projeto de Educao Continuada para Professores de Ingls da Rede Pblica do ES (ECOPLI) tem como
principal objetivo auxiliar professores a aprimorarem sua prtica de sala de aula e sua formao profissional em
tempos onde o idioma ingls assume funes mais do que meramente disciplinares no currculo escolar do
mundo globalizado e tecnologicamente conectado, em que nossas relaes com pessoas, conhecimento,
culturas, identidades podem se dar por meio do uso e da aprendizagem dessa lngua. Sendo assim, a
aprendizagem e o uso da lngua inglesa precisam se tornar prticas sociais e conscientes do potencial
transformador e educador que esse idioma carrega (SOARES, 1998; ROJO, 2009; COPE & KALANTZIS,
2000). Sendo assim, so objetivos especficos do Projeto trabalhar e refletir sobre questes relacionadas ao
uso da lngua inglesa por parte de alunos e professores da escola pblica, bem como questes didticas e
tericas subjacentes prtica docente de seus participantes, sob a luz das Teorias dos Novos Letramentos e
do Letramento Crtico (CERVETTI, PARDALES & DAMICO, 2001; SNYDER, 2008; MONTEMOR, 2007, 2009;
KRESS, 2003; COPE & KALANTZIZ, 2000). Pretende-se com essa apresentao apresentar o Projeto
ECOPLI, coordenado e desenvolvido por docentes do Departamento de Lnguas e Letras da UFES, com a
colaborao de uma professora Mestre pela FALE/UFMG, contribuindo assim para seu reconhecimento como
instncia formadora e para o estreitamento da Universidade e da academia com a escola pblica brasileira.
Palavras-chave: educao continuada; novos letramentos; letramento crtico.
www.ecopli.wikispaces.com: uma experincia de colaborao na educao continuada
A partir da difuso do uso de tecnologias digitais no ensino, as possibilidades educacionais proporcionadas
pelas variadas ferramentas e aplicativos da web contriburam para mudanas significativas na rea de ensino e
aprendizagem de lnguas estrangeiras (Paiva, 2010). No projeto Ecopli, a escolha de uma Wiki como ambiente
virtual de aprendizagem deu-se por essa funcionar como um espao de comunicao assncrona, onde os
professores encontram orientaes, compartilham e colaboram atravs de tarefas, onde o meio assume um
papel significativo no processo de aprendizagem. Alm disso, a Wiki uma ferramenta on-line grtis, de
acesso ilimitado de qualquer lugar e a qualquer momento, e que no exige alto grau de letramento digital de
seus participantes (West & West, 2009). Na linha do pensamento crtico, as tarefas postadas na Wiki so
elaboradas com o objetivo de promover reflexo e interao sobre os contedos discutidos nos encontros
presenciais. Todos os professores participantes do projeto devem colaborar via Wiki e, para a grande maioria,
essa foi a primeira experincia com uma ferramenta da Web 2.0. Ao longo do desenvolvimento das tarefas
colaborativas, observamos que as habilidades tecnolgicas dos professores influenciam sua atuao na Wiki.
Este trabalho, assim, tem por objetivo relatar e apresentar reflexes sobre as experincias de colaborao
construdas por meio da Wiki. As narrativas dos participantes relevam que, apesar dos obstculos iniciais, a
experincia no AVA, transformou como os professores lidam com o uso da tecnologia como parte de sua
prtica pedaggica.
Palavras-chave: educao continuada; EaD; ambiente virtual de aprendizagem.
244
ensino e de aprendizagem de lnguas a distncia, sncrona, em que pares de nacionalidades distintas ora se
posicionam como especialistas em um idioma, e ora se posicionam como aprendizes da lngua estrangeira na
qual o parceiro proficiente. No primeiro estudo a ser exposto sero abordados dados de uma parceria firmada
entre duas instituies universitrias, uma brasileira e a outra estadunidense. O objetivo dessa primeira
apresentao expor uma interpretao prvia dos indcios que deflagram as representaes culturais que
emergiram durante as interaes segundo uma perspectiva discursiva, ou seja, trata-se de um estudo que
aborda dados de pares interagentes de pases distintos, cujas parcerias foram firmadas atravs de instituies
de ensino superior. A prtica de teletandem pressupe o acompanhamento de um mediador, normalmente um
especialista em ensino/ aprendizagem de lnguas (mestrandos ou doutorandos tambm participam desse
processo). O segundo estudo focaliza dados de gravaes em udio feitas em sesses de mediao de
teletandem e tem como participantes de pesquisa brasileiros graduandos em Licenciatura em Letras que
praticaram teletandem portugus/ espanhol com parceiros de uma universidade mexicana. O objetivo desse
segundo trabalho compartilhar interpretao de indcios sobre como as representaes das identidades
nacionais e culturais emergem nessas sesses e como a mediao lida com tais representaes. O terceiro
estudo, por sua vez, compartilha a interpretao qualitativa de relatos de experincia de alunos de Licenciatura
em Letras, vinculados a uma universidade pblica brasileira, colaboradores do projeto Teletandem Brasil
Lnguas Estrangeiras para Todos. Tais graduandos (ou professores em formao) tambm interagiram em
regime de Teletandem com pares interagentes de outras nacionalidades, o que lhes proporcionou uma singular
reflexo sobre o ensino de portugus enquanto lngua estrangeira (PLE) por meio de ferramentas de interao
em meio virtual.
Palavras-chave: Teletandem, ensino/ aprendizagem de lnguas, cultura.
Teletandem: um olhar sobre mediao e representaes de culturas
Ludmila Belotti Andreu Funo (PPGEL-UNESP-So Jos do Rio Preto)
O presente trabalho est vinculado ao projeto Teletandem: Transculturalidade na comunicao on-line em
lnguas estrangeiras por webcam (TELLES, 2011). O Teletandem pode ser definido como uma prtica de
ensino e aprendizagem de lnguas em ambiente virtual, na qual pares interagentes fazem uso simultneo da
produo e compreenso oral, escrita e de imagens segundo procedimentos decididos em comum acordo e em
consonncia com princpios de autonomia e de reciprocidade. O presente trabalho, ainda em andamento,
investiga dados referentes a uma parceria instituda em maro de 2012 entre uma universidade brasileira do
sudoeste do estado de So Paulo, na qual alunos de graduao brasileiros, cuja lngua materna o portugus,
interagiram em sesses de teletandem com alunos de uma universidade do sudeste estadunidense,
proficientes em e dispostos a ensinar ingls. Sero abordados dados gravados em sesses de mediao feitas
aos alunos paulistas que participaram dessa parceria. Esta apresentao visa compartilhara interpretao de
indcios, coletados em sesses de mediao, sobre a) como as representaes das identidades nacionais e
culturais dos colaboradores deste estudo emergem nas sesses de mediao e; b) como o processo de
mediao em teletandem lida com tais representaes. Cabe ressaltar que os colaboradores deste estudo so
graduando brasileiros de Licenciatura em Letras, portando, professores em formao. Ademais, trata-se de um
estudo de caso, de natureza qualitativa, embasada, principalmente, nos conceitos de representaes sociais
(MOSCOVICI, 2007), transculturalidade (WELSCH, 1994) e identidade e diferena (SILVA, 2000), cuja
metodologia baseia-se na teoria fundamentada (ou grounded theory), conforme proposto por Charmaz (2009).
Palavras-chave: teletandem, identidade cultural, mediao.
Teletandem e cultura: uma anlise de um frum virtual entre alunos brasileiros e estrangeiros
Maisa de Alcntara Zakir (UNESP-So Jos do Rio Preto)
O projeto Teletandem: Transculturalidade na Comunicao On-line em Lnguas Estrangeiras por Webcam
investiga parcerias entre alunos de universidades brasileiras e estrangeiras em um contexto virtual sncrono de
aprendizagem telecolaborativa. Nas interaes de teletandem, os alunos trabalham em duplas para que um
ajude o outro na aprendizagem da lngua em que mais proficiente. Em uma dinmica que se diferencia de
uma aula tradicional, as interaes seguem os princpios de autonomia, reciprocidade e uso separado das
lnguas (Vassallo & Telles, 2006). Pela natureza mesma da troca interativa entre pessoas de nacionalidades
diferentes (Levy, 2007), o teletandem um contexto no qual emergem discursos que evidenciam
representaes sobre a prpria cultura e a cultura do parceiro. Como atividade complementar s interaes, os
245
alunos envolvidos realizam atividades em uma plataforma virtual de aprendizagem (Teleduc), nas quais fazem
reflexes sobre os conhecimentos construdos ao longo do processo de teletandem. Este trabalho visa a
analisar que aspectos de sua prpria cultura os interagentes destacam para os parceiros estrangeiros e que
representaes da cultura do parceiro so (des)contrudas nas interaes de teletandem. Os participantes da
pesquisa so alunos de diferentes cursos em uma universidade americana e professores de lnguas em
formao em uma universidade brasileira, que ficaram em contato em parte do primeiro semestre de 2012, em
dez sesses de teletandem, com durao mdia de 45 minutos. Os dados, analisados com base na teoria
fundamentada (Charmaz, 2009), so provenientes de um frum de discusso aberto no Teleduc, no qual os
alunos fizeram postagens a partir de duas perguntas formuladas pelos pesquisadores mediadores das
interaes. O estudo indica que as interaes em teletandem podem tanto reforar quanto desconstruir
esteretipos relacionados a cultura(s). Desse modo, os resultados evidenciam a importncia de se fazer
discusses mediadas com os interagentes aps as sesses, sobretudo em um contexto de formao de
professores de lnguas, que certamente lidaro com as diversidades lingusticas e culturais de seus futuros
alunos.
Palavras-chave: teletandem; cultura; frum virtual de discusso.
Professores em formao, tecnologia e Portugus Lngua Estrangeira:
perspectivas do projeto Teletandem Brasil: Lnguas Estrangeiras para Todos
Christiane Moiss Martins (UNESP-So Jos do Rio Preto)
O objetivo desta comunicao relatar a experincia de alunos de Letras de uma universidade pblica no
Brasil inseridos no projeto Teletandem Lnguas Estrangeiras para Todos, na rea de ensino/aprendizagem
de Portugus Lngua Estrangeira (PLE) atravs da abordagem foco na(s) forma(s). As possibilidades
oferecidas pela tecnologia da informao no ensino de lnguas estrangeiras e a viabilidade da utilizao destas
ferramentas no ambiente investigativo- pedaggico em nvel acadmico permite analisar os atos/decises
como professores em formao negociam a competncia miditica, o multiculturalismo, e a compreenso de
Portugus como Lngua Estrangeira (PLE) com seus parceiros estrangeiros atravs dos aplicativos de suporte
utilizados nas interaes sncronas de Teletandem especificamente. Essa apresentao norteia-se a partir das
premissas bsicas do projeto Teletandem que considera que a aquisio de um LE ocorre dentro de um
contexto mais amplo de prtica social, considerando os aspectos scio-histrico-culturais de um sistema de
neociao e tece algumas implicaes geradas a partir dessa modalidade de prtica em contexto educacional.
Palavras-chave: tecnologia, PLE, foco na(s) forma(s), formao de professores, teletandem
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247
Paulo, e em empresas da regio metropolitana de Campinas, na rea de Logstica para, com base nas
necessidades e interesses levantados, dentro de uma perspectiva do Ensino de Lnguas para Fins Especficos
(RAMOS, 2005, CELANI, 2005, AUGUSTO-NAVARRO, 2008) buscarmos elaborar materiais didticos
significativos.
Palavras-chave: ELFE, Lingustica Aplicada, Ensino Superior Tecnolgico.
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249
O objetivo desta sesso apresentar uma prtica de letramento (Street, 1983,2003) para a formao de
leitores de textos literrios e de outros gneros. Essa prtica o Pensar Alto em Grupo (Zanotto, 1995), que foi
construda (e est em permanente construo) a partir do Protocolo Verbal ou Pensar Alto (Ericsson & Simon,
1984). Ela est afinada com o letramento crtico de inspirao freireana, cujo pressuposto essencial dar
espao para a voz e subjetividade dos leitores, possibilitando a eles serem protagonistas na construo das
leituras. Se o aluno deixa de ser passivo, o professor, por sua vez, precisa abrir mo de seu poder de
autoridade interpretativa e ter escuta sensvel para as mltiplas leituras que podem surgir e que precisam ser
negociadas pelo grupo de leitores num processo de intersubjetividade. Em suma essa prtica leva o
pesquisador/professor a se confrontar com dois problemas para construir seu perfil identitrio de agente de
letramento (Kleiman, 2006): a) rever seus saberes e suas aes para coordenar os eventos de letramento em
que se pretende aplicar a prtica do PAG; b) compreender os processos de construo das mltiplas leituras
para poder mediar sua construo pelo grupo e possibilitar que os alunos sejam mediadores entre si,
propiciando que ocorra o desejvel: o raciocnio coletivo (Pontecorvo, 2005; Zanotto, 2010). Devido sua
complexidade, o PAG tem sido objeto de investigao nesses dois aspectos por participantes do grupo de
pesquisa GEIM Grupo de Estudos da Indeterminao e da Metfora, que desenvolvem pesquisa-ao sobre
a prpria prtica com o objetivo de transform-la. As apresentaes seguintes desta sesso coordenada sero
exemplos desse tipo de pesquisa.
Palavras-chave: prtica de letramento, evento de letramento, agente de letramento.
Pensar Alto em Grupo: novos olhares sobre a prtica do professor de leitura
Ariane Mieco Sugayama (PUC-SP)
Este trabalho est inserido na rea da Lingustica Aplicada contempornea (Moita Lopes, 2006), na linha de
pesquisa Educao e Linguagem, do Programa de Lingustica Aplicada e Estudos da Linguagem da PUC-SP, e
tem como objetivo apresentar os dados gerados da prtica social de leitura (Street, 1993; Bloome, 1993): o
Pensar Alto em Grupo (Zanotto, 1995, 2008), objeto de minha pesquisa no Mestrado. O Pensar Alto em Grupo
vem sendo utilizado pelo grupo GEIM (Grupo de Estudos da Indeterminao e da Metfora), tanto como
instrumento de gerao de dados, quanto como prtica pedaggica de leitura inovadora que busca criar um
contexto que propicia tanto o protagonismo dos alunos, quanto a reformulao identitria do professor,
questionando seus modos tradicionais de agir para, gradativamente, tornar-se agente de letramento. Esta
pesquisa est inserida em um paradigma qualitativo. Sua metodologia interpretativista, pois o que se buscou
foi o entendimento de como os significados foram construdos pelos sujeitos. A anlise da minha atuao teve
como categoria principal as perguntas, verificando seus efeitos na interao. O acesso aos significados se deu
atravs da utilizao de instrumentos de pesquisa introspectivos, ou seja, houve a juno com outra vertente
de pesquisa de base interpretativista: a introspectiva (Moita Lopes, 1994). Para investigar essa prtica de
leitura, apoiei-me em teorias de letramento, leitura, ensino-aprendizagem, literatura, metfora e perguntas. O
texto lido foi Rosa, de Ceclia Meireles. Os sujeitos da pesquisa foram alunas do Ensino Fundamental e eu, no
papel de mediadora e pesquisadora da minha prtica (Kincheloe, 1997). Os resultados revelaram que 1) a
prtica favorece o protagonismo dos alunos; 2) a utilizao de perguntas que estimulem a reflexo importante
na construo de uma nova identidade para o professor; 3) o gnero literrio pode ser fonte de reflexo crtica,
fruio esttica e sensibilizao devido o seu carter humanizador.
Palavras-chaves: leitura; agente de letramento; literatura
A formao do leitor crtico e do professor como agente de letramento
Marivan Tavares do Santos (PUC-SP)
Este trabalho tem como objetivo apresentar contribuies do mtodo do Pensar Alto em Grupo (PAG) para a
formao de leitor crtico, envolvendo uma professora e um grupo de alunos universitrios do curso de
Administrao de uma instituio de Ensino Privado na cidade de Manaus/Am. Para tanto, parte-se da macroquesto: Quais so as contribuies da prtica do letramento do PAG para a formao de leitor crtico e para a
formao da professora como agente de letramento?. Esta pesquisa se insere na abordagem qualitativa, mais
especificamente a do paradigma interpretativista (Moita Lopes, 1994), porque prima pela perspectiva dos
participantes da pesquisa. Utiliza como mtodos a entrevista, o dirio reflexivo, a histria de vida e o Pensar
Alto em Grupo. Esse mtodo permite aos leitores a co-construo de leituras em um processo interativo, em
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que tm a possibilidade de desempenharem o papel de mediadores entre si. Tal mtodo se consolida a partir
de estudos realizados por Zanotto (1995, 1998, 2003, 2007) e pelo Grupo GEIM-LA. Para discutir a prtica da
leitura no ensino superior, fundamento-me nos eixos tericos: letramento, leitura e pensar alto em grupo. Os
dados foram gerados atravs do mtodo do Pensar Alto em Grupo a partir da leitura do texto Em cada pas um
tipo de lder, de Eliza Tozzi. Os resultados mostram que essa prtica exige mudanas das aes do professor
para: 1. permitir mais liberdade ao leitor para expressar seus pensamentos com mais fluidez; 2. facilitar a
construo coletiva de significao do texto; 3. possibilitar que os alunos desenvolvam a reflexo e,
consequentemente, se tornem leitores crticos; 4. contribuir para renovao da prtica pedaggica do ensino da
leitura. Isto posto, a vivncia do PAG focalizada nesta apresentao revelou contribuies significativas para a
prtica do professor referente ao ensino da leitura que intenciona a formao do leitor crtico.
Palavras chave: Leitura, agente de letramento, Pensar Alto em Grupo.
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analisados sob a perspectiva interpretativista e terica da anlise do discurso crtica, nos levaram concluso
de que o discurso docente est entrecortado por crenas que dizem respeito idade apropriada para se
aprender uma LE, por exemplo, e por ideologias, entre as quais se destaca a posio imperialista da lngua
estrangeira, em nosso caso, o ingls. Tais crenas e ideologias (re) moldam a identidade de professores e, por
extenso, de seus alunos, conforme os discursos analisados sobre a viso de ensino-aprendizagem que eles
tm. Assim sendo, crucial a compreenso de que os discursos na sala de aula so permeados por crenas e
ideologias para que o professor, uma vez consciente disso, se posicione criticamente diante delas e venha a
ser um formador de cidados crticos. Por fim, propomos o uso da pedagogia crtica/radical (SILVA, 2000;
GIROUX, 1987) para a conscientizao do professor sobre a questo em foco e seu posicionamento crtico.
Palavras-chave: Identidades, Crenas, Ideologias.
Ensino-aprendizagem de ingls como L2/LE: a (re)construo de identidades
sob o foco da Pedagogia Crtica e Dialgica da Apropriao
Pensar em uma pedagogia crtica para o ensino-aprendizagem de lnguas estrangeiras (LEs) no
necessariamente algo novo. Contudo, sua concretizao no dia-a-dia da sala de aula de ingls como L2/LE
no deixa de ser um desafio, principalmente se acrescentarmos a ela um carter dialgico de apropriao
dessa lngua-alvo. Pretendo, nesse sentido, com base no tema proposto por essa sesso coordenada, discutir
os pressupostos da pedagogia crtica da apropriao, os quais so amplamente defendidos por autores como
Pennycook (1997), Canagarajah (1999), Kramsch (2001b) e outros, bem como sugerira ampliao desse
conceito a ponto de explorarmos na prtica de nossa funo de educadores os processos dialgicos que
permeiam as prticas discursivas construdas nas interaes em sala de aula de L2/LE (Figueredo, 2007).
Paraisso, me fundamentarei nas premissas bakhtinianas do dialogismo e da polifonia (Bakhtin,1997). De modo
a no restringir as discusses sobre o tema a uma mera apresentao dos conceitos propriamente ditos,
procurarei relacionaras diretrizes da pedagogia crtica e dialgica da apropriao comas percepes de um
professor e de seus aprendizes de ingls como L2/LE acercado processo ensino-aprendizagem em que
estiveram inseridos. Por meio de seus relatos, poderemos refletir sobre suas experincias de deslocamento por
entre as diferentes fronteiras das lnguas e culturas com as quais eles interagem e dialogam e, ao mesmo
tempo, discutir o modo como suas identidades socioculturais, marcadas por sua fluidez e contradio,
so(re)construdas dentro dos contextos de uso da lngua inglesa em sala de aula.
Palavras-chave: ensino-aprendizagemde ingls como L2/LE; apropriao de uma L2/LE;dialogismo;
identidades
Reflexes sobre teorias sociais de identidade e afetividade no ensino/aprendizagem de lnguas com
foco na formao de professores
Este trabalho tem o objetivo de enfocar diferentes perspectivas a respeito de afetividade na aprendizagem de
lngua estrangeira (LE), tendo como foco especialmente revisitar essa temtica a partir de um vis crtico, o
qual se baseia em uma concepo de identidade fluida e plural, construda pela lngua(gem). Trabalhos sobre
fatores afetivos presentes no processo de aprender uma LE no so incomuns no Brasil (Mastrella-deAndrade, 2011), uma vez que das salas de aula de lnguas estrangeiras so constantemente trazidos relatos
sobre a maneira como os aprendizes se sentem em relao nova lngua e efeitos diversos, mas por vezes
negativos, desse sentir sobre o desenvolvimento do processo de aprendizagem, tornando necessrias mais
investigaes sobre questes como ansiedade, motivao e autoestima. Neste trabalho, essas questes so
ento discutidas a partir de um dilogo com teorias sobre identidades (Weedon, 1997; Norton, 2000; Moita
Lopes, 2002) e tambm a partir de uma viso crtica, segundo a qual a sala de aula lugar de assimetrias,
lngua(gem) no representao ou expresso de realidades prvias, mas sim performatividade, e as
interaes entre os sujeitos da comunidade da sala de aula so baseadas em relaes desiguais de poder.
Nesse sentido, importante considerar que os professores em formao, uma vez que tambm aprendem nos
cursos de Letras a lngua que vo
futuramente ensinar, ou seja, vivenciam ali processos de ensino e de aprendizagem, podem e devem ter essas
temticas discutidas e exploradas durante o curso de formao. Os dados analisados trazem indcios que
permitem revisitar conceitos tradicionais da rea de aquisio de segunda lngua, possibilitando a rediscusso
de teorias tradicionalmente aceitas na Lingustica Aplicada, apontando para a importncia de que as questes
afetivas sejam consideradas e exploradas no processo de formao de professores, o qual tambm espao
de construo identitria.
Palavras-chave: Identidade; Afetividade; Lngua Estrangeira
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descrio de fatos, coisas ou aes, mas algo que possui o poder de transformar algo no momento em que se
proferem as palavras. Destarte, tomando como pressuposto de que as identidades so classificadas pelo
simblico e pela diferena que este mesmo simblico representa, apresentamos uma reflexo terica com base
em autores que discorrem sobre o tema, acerca das performances do alunado aprendiz de lnguas, acreditando
que o trabalho possa contribuir para a expanso do escopo dos estudos em Lingustica Aplicada.
Palavras-chave: identidade; lngua estrangeira; subjetividade
Oralidade no conto japons Mukashi Banashi
Kimiko Uchigasaki (UnB)
Este trabalho apresenta uma pesquisa de mestrado em andamento do Programa de Ps-graduao em
Lingustica Aplicada da Universidade de Braslia, o qual est ligado ao projeto: Questo da oralidade no ensino
de lngua estrangeira. Um projeto de pesquisa da professora doutora, Maria da Glria Magalhes dos Reis
(2008). A pesquisa fundamenta-se a lngua a partir da perspectiva Bakhitiniana (2010) sendo o discurso
formado com enunciados em constantes processos de interao social. E que essa interao pode ser
realizada atravs da oralizao de um gnero oral, o conto japons mukashi banashi (NAMEKATA, 1999),
dando voz ao texto (BAJARD, 2007) aliado prticas teatrais de Viola Spolin(2000). Sobre os sons, os ritmos e
as entonaes que solicitam as dimenses do sujeito, a subjetividade (REVUZ, 1998) na aprendizagem de LE.
A pesquisa ser realizada com a metodologia de pesquisa-ao dentro da perspectiva de Ren Barbier(2007)
com o objetivo de transformao na sala de aula de japons como lngua estrangeira. A aprendizagem de uma
LE mobiliza o sujeito e a sua interao da subjetividade, o trabalho com o corpo, e a dimenso cognitiva
(REVUZ, 1998).
Palavras-chave: subjetividade; interao; identidades.
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como mais um espao para divulgao desse trabalho que ora se encontra em andamento. (CAPES/Inep Observatrio da Educao -Ed. 38/2010. UFRN: PPGEd-PPGEL-PPGECNM)
Palavras-chave: Observatrio de educao leitura escrita ensino de Lngua Portuguesa
O texto verbo-visual no livro didtico de Lngua Portuguesa
Nossa inteno, neste texto, discutir o lugar de determinados gneros discursivos, marcados pelo hibridismo
de sistemas de linguagem, e sua leitura no livro didtico de Lngua Portuguesa. Nossa hiptese que esses
gneros (anncios, tiras, charges, quadrinhos) no so considerados em sua especificidade no tocante a um
dilogo intersemitico em que o verbal e o no verbal so complementares, no se excluem, antes, se interrelacionam na construo do texto. Para construir nossa reflexo, nos fundamentamos nas concepes de
gneros discursivos, de forma arquitetnica, de enunciado concreto advindos das reflexes de Bakhtin (1992,
2003). Este trabalho se alinha com as orientaes da ADD (Anlise Dialgica do Discurso) que se fundamenta
no conjunto da obra de Bakhtin e do crculo e compreende a linguagem como constitutivamente dialgica,
histrica e em construo por um sujeito de linguagem tambm ele histrico e inacabado. Ademais, o trabalho
se insere na rea de Lingustica Aplicada, notadamente, aquela de perfil scio-histrico que considera a
linguagem em perspectiva histrica e situada. (CAPES/Inep - Observatrio da Educao -Ed. 38/2010. UFRN:
PPGEd-PPGEL-PPGECNM).
Palavras-chave: Livro didtico gneros discursivos verbo-visual
Livros didticos de lngua portuguesa do ensino fundamental a ausncia do gerenciamento das vozes
e seus efeitos de sentido
Este trabalho decorre de uma investigao no mbito de um grande projeto de pesquisa coordenado pela
Professora Tatyana Mabel Nobre Barbosa da UFRN, intitulado Leitura e escrita: recortes inter e
multidisciplinares no ensino de matemtica e portugus, e subsidiado pela CAPES/INEP no contexto do
Observatrio da Educao. Ressaltamos que o projeto rene professores pesquisadores do Programa de Psgraduao em Educao, Programa de Ps-graduao em Estudo da Linguagem e o Programa de Psgraduao em Cincias Naturais e Matemtica, Professores da rede municipal de Natal, alunos da graduao
em Pedagogia, em Letras, em Matemtica, mestrandos e doutorandos dos programas referidos. Nesta
comunicao, estabelecemos como objetivos descrever, analisar e interpretar em Livros Didticos (LDs) de
Lngua Portuguesa possveis relaes semnticas entre a sequncia/tipo textual injuntivo e o gerenciamento
das vozes.Para tanto, seguimos a abordagem qualitativa de natureza intrepretativista, pautando-nos nos
postulados concernentes a uma pesquisa documental. Nossa ancoragem terica segue a Anlise Textual dos
Discursos, Lingustica Textual, Teorias Lingusticas da Enunciao e a Teoria dos Atos de Fala.O conjunto
desse quadro terico subsidiou-nos no sentido de observar que os LDs no focalizam diferenas de valor
semntico decorrentes dos efeitos dos atos de fala ilocucionaisdiretivos, como, por exemplo, em gneros
discursivos/textuais constitudos com a presena da sequncia/tipo textual injuntivo. Podemos, por exemplo, ter
um locutor orientando procedimentos e outro fazendo promessas. Apesar de ambos enunciarem aes que
ainda iro acontecer, os resultadosevidenciam efeitos de sentido diferentes. No primeiro caso, no
necessariamente, o locutor enunciador, enquanto, no segundo caso, o locutor enunciador, uma vez que ele
no deve prometer por outrem, mas engajar-se discursivamente. Em suma, os LDs de Lngua Portuguesa
deveriam explorar possveis relaes semnticas entre a sequncia/tipo textual injuntivo e o gerenciamento das
vozes no que concerne a efeitos de sentido subjacentes superfcie lingustica dos enunciados. (CAPES/Inep Observatrio da Educao -Ed. 38/2010. UFRN: PPGEd-PPGEL-PPGECNM).
Palavras-chave: Livros didticos de lngua portuguesa; sequncia/tipo textual injuntivo; efeitos de sentido
As atividades de planejamento da escrita no livro didtico de portugus
Tatyana Mabel Nobre Barbosa (UFRN/Centro de Educao/ PPGEd/ CAPES/INEP)
Nosso trabalho focalizar as atividades de planejamento da escrita presentes nos livros didticos de lngua
portuguesa destinados ao 4o e 5o anos do Ensino Fundamental. Nosso objetivo identificar quais as
estratgias de planejamento so adotadas pelos LD para orientao da produo textual pelo aluno. E nesse
sentido, analisamos as sees direcionadas escrita em seis colees e os critrios oficiais de seleo dos
livros didticos. As anlises apontam a existncia da fragmentao do processo de produo textual, a falta de
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Objetiva-se com este estudo analisar concepes tericas e crenas sobre ensino mediado por tecnologias de
professores de lngua inglesa e verificar como as mesmas interagem na reconstruo da prtica docente a
partir das orientaes dos cursos vinculados ao Programa Proinfo Integrado. O arcabouo terico utilizado est
centrado nos estudos sobre concepes de linguagem e abordagens de ensino de lnguas
(KUMARAVADIVELU, 2006); crenas de ensino de lnguas (BARCELOS, 2006, 2007); formao e atuao do
professor de lnguas na era digital (SANCHO, 2001; JOHNSON, 2009) e ferramentas de mediao integradas
educao (VYGOTSKY, 1986, 1998; BAX, 2003). Adota-se como metodologia de investigao abordagem
qualitativa e interpretativa, de natureza etnogrfica. Os instrumentos de coleta de dados foram: questionrio
aberto e dialogado, entrevista semiestruturada, ferramentas do e-proinfo e portflio online. Ao longo da coleta
de dados, os mesmos foram categorizados, de forma a ser possvel triangular as informaes para responder
as perguntas de pesquisa luz das teorias subjacentes. A anlise permitiu-nos perceber que, ao ser instigado
a integrar diferentes tecnologias em suas atividades pedaggicas, o professor de lngua inglesa adota
diferentes abordagens de ensino, sendo ora de apropriao, complementao, produo e/ou interao. Sendo
assim, o programa possibilitou ao professor a percepo de outras maneiras de abordar o contedo lingustico,
mediante integrao de inmeras tecnologias que variam conforme o objetivo do professor. A prtica do
professor de lngua inglesa foi ressignificada, no entanto, concepes tericas e crenas sofreram poucas
alteraes na maioria dos professores de lngua inglesa, participantes da pesquisa, uma vez que so aspectos
intrapessoais e necessitam de um maior tempo de reconstruo.
Palavras-chave: Formao em servio. Programa Proinfo Integrado. Ensino de Lngua Inglesa.
O Moodle e a formao continuada de professores de ingls como lngua estrangeira
Livia Maria Ortega
Com o avano das Tecnologias de Informao e Comunicao, a informao e o conhecimento esto cada vez
mais acessveis no mundo digital e a prtica docente necessita estar em constante renovao no mbito
tecnolgico bem como em constante reflexo acerca da prtica de ensino no dia-a-dia levando em
considerao, tambm, o contexto de ensino. O objetivo geral do projeto contribuir para o desenvolvimento
profissional dos professores no que tange ao uso dessas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem.
O objetivo da pesquisa investigar a interao de professores com as prticas digitais e a possvel aplicao
dos recursos aprendidos em seus contextos de ensino. A literatura que baseia essa pesquisa est relacionada,
principalmente, com a formao de professores, a teoria sociocultural e o letramento digital, e traz tericos
como Richard & Burns (2009), Johnson (2009), Vygotsky (1998), Vieira-Abraho (2004), Tfouni (2009), entre
outros. A pesquisa qualitativa de natureza etnogrfica (ERICKSON, 1986; BOGDAN & BIKLEN, 1998;
STARFIELD, 2010), uma vez que privilegia a observao direta do comportamento humano e busca
compreender uma realidade social. Os resultados mostram que os professores ainda no se integram, de fato,
cibercultura e o que ocorre um no aproveitamento do computador e da internet, principalmente quanto
prtica pedaggica. Esse fator, aliado a outrosmi fatores como a falta de equipamentos suficientes e em bom
estado de uso, falta de apoios tcnico e pedaggico, entre outros, dificulta a aplicao das novas tecnologias
em seus contextos. Uma ao conjunta envolvendo capacitao dos professores, apoio tcnico constante e
equipamentos adequados e suficientes nas escolas o primeiro passo para que todos os envolvidos na escola
aproveitem, com sucesso, das potencialidades das novas tecnologias na educao.
Palavras-chave: Moodle, formao continuada, professores de ingls.
A reflexo dos professores de espanhol sobre a utilizao das ferramentas tecnolgicas em um curso
hbrido de formao de professores
Carla Mayumi Meneghini
A participao de professores de espanhol de Centros de Estudos de Lnguas (CELs) do interior do Estado de
So Paulo em um curso hbrido de formao de professores intitulado A Formao do Professor para o
Ensino/Aprendizagem de Lnguas Estrangeiras em Tandem o cenrio desta pesquisa, de natureza
etnogrfica que, nesta apresentao, procura trazer a reflexo de tais professores sobre os recursos
tecnolgicos com os quais se depararam durante a realizao do curso ministrado. Partiu-se do pressuposto de
que por meio da interao com os recursos tecnolgicos do curso, os professores de lngua espanhola
poderiam refletir sobre sua utilizao, podendo inclusive favorecer o seu uso em sala de aula, estando isso de
acordo com ODowd (2007a; 2007b) e Bax (2011), ao sugerirem a importncia da conscincia diante do uso
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das ferramentas tecnolgicas em sala de aula de lnguas estrangeiras. Segundo ODowd (op. cit.b),
necessrio que as atividades e as ferramentas reflitam as necessidades do aluno, e ao se referir
especificamente telecolaborao, aponta para a relevncia de no se olhar para a internet como algo mgico
para mudar esteretipos, mas sim como uma ferramenta para o contato intercultural e para o enfrentamento.
Por meio da anlise dos dados registrados na plataforma virtual Teleduc (bate-papos, fruns e portflios),
busca-se, portanto, apresentar as recorrncias que revelam as reflexes dos professores participantes da
investigao ao interagirem com tais recursos. Considera-se, dessa forma, que a participao no curso
fomentou a reflexo sobre a utilizao da tecnologia, entretanto, no se pode afirmar ainda que essa
participao promoveu importantes reflexes em torno dos esteretipos relacionados s variedades lingusticas
do espanhol, o que era desejvel.
Palavras-chave: tecnologia, formao de professores, lngua espanhola
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WENGER E SNYDER, 2000) e formao tecnolgica do professor (FRANCO, 2008; LVY, 1998; THORNE E
PAYNE, 2005). Para realizar essa pesquisa qualitativa de cunho etnogrfico contamos com a participao de
seis brasileiros professores-aprendizes de italiano como LE, um professor-mediador, formador de professores,
e uma pesquisadora-colaboradora. Os resultados obtidos a partir da triangulao dos dados e perspectivas
mostraram que os ambientes e recursos tecnolgicos (chat, oovoo, wiki) configuraram-se como um verdadeiro
habitat tecnolgico, os quais serviram de base para o desenvolvimento da CdP em meio virtual,, em busca de
uma prtica reflexiva que denominamos de prtica-terico-colaborativa. Estes recursos, bem como a prtica
reflexiva, sofreram influncia entre si e no apenas configuraram e influenciaram a formao da CdP, mas
tambm foram influenciados por ela. Os resultados permitem visualizar a relao entre tecnologia e educao e
nos fazem repensar a formao do professor neste meio e para atuar futuramente neste e outros contextos.
Palavras-chave: Comunidade de Prtica, formao inicial, ensino e aprendizagem de lnguas
A oralidade na sala de aula de lngua inglesa e a formao do professor
Mariana Cassemiro
O trabalho intitulado A oralidade na sala de aula de lngua inglesa de alunos ingressantes no curso de Letras:
contribuies para a formao do professor de lnguas, cujos resultados parciais apresento nesta comunicao,
tem como objetivo geral investigar como a oralidade construda na sala de aula de lngua inglesa de alunos
ingressantes no curso de Letras e as implicaes para a formao desse aluno enquanto futuro professor de
ingls. Considerando a importncia da proficincia oral do professor de lnguas para o exerccio de sua
profisso, necessrio que o estudante de Letras tenha oportunidades de utilizar a lngua-alvo na sala de aula,
interagindo com o professor e com os colegas, a fim de desenvolver sua proficincia oral e as competncias
essenciais para o exerccio da profisso docente. Para fundamentar teoricamente a investigao, que
qualitativa de base etnogrfica, recorremos a publicaes nas reas de formao de professores, oralidade no
ensino de lnguas e teoria sociocultural. No que se refere metodologia da pesquisa, foram utilizados os
seguintes instrumentos para a coleta dos dados: gravaes em udio de aulas de ingls no segundo semestre
de 2011; questionrios, entrevistas e anotaes de campo realizados ao longo do perodo. O contexto do
estudo uma sala de aula de lngua inglesa de alunos ingressantes em 2011 no curso de Letras de uma
universidade pblica do interior do Estado de So Paulo e os participantes da pesquisa so o professor
universitrio e os professores em formao. Em uma anlise inicial dos dados, obtidos por meio da gravao
das aulas, foi possvel identificar que, nas interaes centradas no professor, sua mediao estratgica, a
solicitao de mediao requerida pelos alunos e o uso de perguntas pelo professor a fim de motivar a
participao dos alunos nas interaes so categorias recorrentes nos dados. Em se tratando de interaes em
pares ou em grupos, ocorridas com menor frequncia, so recorrentes a solicitao e o oferecimento de
mediao por um par mais competente e tambm pelo professor.
Palavras-chave: teoria sociocultural, oralidade, formao do professor de lnguas
262
contextualizar as duas outras comunicaes dessa sesso coordenada: uma que trata da avaliao dos pares
e outra que discute o papel do dirio reflexivo na autorregulao da aprendizagem.
Palavras-chave: Avaliao formativa; autoavaliao; coavaliao.
Dirio reflexivo e avaliao: algumas narrativas
Adriana Clia Alves (UFU)
Com o presente trabalho, tenciono refletir sobre a experincia com o uso de dirios reflexivos como ferramenta
de autoavaliao, em salas de aula do ensino fundamental de escolas da rede pblica, mais especificamente,
em turmas do nono ano. De modo geral, o dirio utilizado com mais frequncia por alunos do ensino mdio,
de graduao, ou mesmo por professores para registrarem suas experincias. Tendo em vista a proficuidade
desse instrumento, seria pertinente observar como esse pblico de alunos (ensino fundamental) ao utilizar essa
ferramenta, reflete a respeito de seu prprio processo de aprendizagem de uma lngua estrangeira, no caso, a
lngua inglesa. Apostando nessa perspectiva, aproprio-me do seguinte questionamento motivador deste
trabalho: Como a escrita do dirio reflexivo em sala contribui para que o aluno reflita sobre sua aprendizagem?
Meu objetivo analisar o modo pelo qual a escrita dos dirios em sala contribui para que o aluno reflita sobre o
que est aprendendo. Os dirios reflexivos, como ferramentas de autoavaliao, se aproximariam da avaliao
formativa nos moldes de Felice (2006, 2011) e Hadji (2001), pois ocorreriam durante o processo permitindo ao
aluno e ao professor avaliarem o modo como esto lidando com as questes relativas aprendizagem. Sobre
a questo da escrita dos dirios reflexivos, embasarei meu trabalho na obra de Zabalza (2004), dentre outros,
os quais abordam a escrita como possibilidade de reflexo a respeito das prticas em sala de aula. A
metodologia utilizada nesse trabalho ser a Pesquisa Narrativa com base em Mello (2004), Connelly e
Clandinin (2011). Com o resultado desse trabalho, a partir dos dirios que os alunos produziro, espero
contribuir com as discusses que so realizadas atualmente acerca da avaliao em sala de aula, para que a
aprendizagem de uma lngua estrangeira se d de forma mais significativa.
Palavras-chave: Avaliao; ensino de lnguas; pesquisa narrativa.
A avaliao na formao de professores: um estudo da co-avalio
Marcia Aparecida Silva (UFU)
No mbito da Lingustica Aplicada, vemos muitas pesquisas e a constante busca de diferentes metodologias de
ensino. Da mesma forma, temos tambm a necessidade de pesquisar e buscar diferentes maneiras de
compreender o processo avaliativo. Percebe-se, ao analisar temas de pesquisa da Lingustica Aplicada, que
este assunto ainda pouco discutido, merecendo, contudo, ateno no atual cenrio. Deste modo, este estudo
visa a refletir sobre e problematizar o papel da avaliao. Partindo de uma concepo de avaliao formativa,
que visa ao processo de aprendizagem e no ao produto final (nota), estudaremos a avaliao dos pares ou
co-avaliao: trata-se de um tipo de avaliao formativa por meio da qual os alunos atribuem notas aos
colegas. Investigamos, assim, as representaes dos discentes sobre esse tipo de atividade e seus possveis
efeitos no processo de ensino-aprendizagem. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa de cunho
etnogrfico, nos campos do ensino mdio e do ensino superior, por meio da qual, procuramos responder s
seguintes perguntas: Quais as representaes dos alunos frente a essa atividade? Qual o papel do professor
nessa forma atividade avaliativa? Qual a melhor forma de desenvolver a avaliao dos pares? Apoiada em
alguns estudiosos sobre o assunto, tais como Alderson (1986), Barlow (2006), Perrenoud (1999), Alvarez
Mendes (2002), entre outros, discutimos uma proposta formativa da co-avaliao, com o intuito de desenvolver
a autonomia e ainda desmistificar algumas concepes que desviam a co-avaliao do seu ato formador,
tornando-a excludente.
Palavras chave: avaliao, coavaliao, formao de professores
Nosso trabalho, nesta sesso coordenada, pretende abrir espao para reflexes sobre a importante funo
formativa que a avaliao desempenha no processo de aprendizagem de lnguas e na formao do professor.
Fundamentada nas noes do interacionismo sociodiscursivo (Bronckart, 1997/1999), e apoiada em Vygotsky
(1930/1993, 1934/1998) e Habermas (1983/1989, 1985/2000, 1987), a avaliao ser entendida aqui como
prtica que tem por funo ser parte essencial do processo de ensino-aprendizagem, tendo o objetivo maior de
auxiliar o aluno a se constituir como um agente crtico (Felice, 2006), desde que exercida como uma atividade a
servio do conhecimento (Alvarez Mndez, 2002). Entendemos que o princpio da educao superior,
263
sobretudo na modalidade licenciatura, deve ser a aprendizagem crtico-reflexiva . Tal princpio levar,
forosamente, a superar a concepo tradicional de avaliao, compreendendo-a como elemento integrador
entre aprendizagem e ensino, como parte integrante e intrnseca do processo educacional. Levando-se em
conta que o discente deve participar ativamente do seu processo de aprendizagem, necessrio despertar os
saberes que ele j traz para a sala de aula, tais como suas estratgias de aprendizagem, tornando-o mais
consciente de seus prprios mtodos de pensar, de perceber como aprende melhor, de forma a desenvolver a
capacidade de autorregular suas aprendizagens e de perceber como isso ocorre tambm com seus pares. Esta
comunicao tem como objetivo situar as avaliaes alternativas dentro desse contexto de modo a
contextualizar as duas outras comunicaes dessa sesso coordenada: uma que trata da avaliao dos pares
e outra que discute o papel do dirio reflexivo na autorregulao da aprendizagem.
Palavras-chave: Avaliao formativa; autoavaliao; coavaliao.
Dirio reflexivo e avaliao: algumas narrativas
Adriana Clia Alves (UFU)
Com o presente trabalho, tenciono refletir sobre a experincia com o uso de dirios reflexivos como ferramenta
de autoavaliao, em salas de aula do ensino fundamental de escolas da rede pblica, mais especificamente,
em turmas do nono ano. De modo geral, o dirio utilizado com mais frequncia por alunos do ensino mdio,
de graduao, ou mesmo por professores para registrarem suas experincias. Tendo em vista a proficuidade
desse instrumento, seria pertinente observar como esse pblico de alunos (ensino fundamental) ao utilizar essa
ferramenta, reflete a respeito de seu prprio processo de aprendizagem de uma lngua estrangeira, no caso, a
lngua inglesa. Apostando nessa perspectiva, aproprio-me do seguinte questionamento motivador deste
trabalho: Como a escrita do dirio reflexivo em sala contribui para que o aluno reflita sobre sua aprendizagem?
Meu objetivo analisar o modo pelo qual a escrita dos dirios em sala contribui para que o aluno reflita sobre o
que est aprendendo. Os dirios reflexivos, como ferramentas de autoavaliao, se aproximariam da avaliao
formativa nos moldes de Felice (2006, 2011) e Hadji (2001), pois ocorreriam durante o processo permitindo ao
aluno e ao professor avaliarem o modo como esto lidando com as questes relativas aprendizagem. Sobre
a questo da escrita dos dirios reflexivos, embasarei meu trabalho na obra de Zabalza (2004), dentre outros,
os quais abordam a escrita como possibilidade de reflexo a respeito das prticas em sala de aula. A
metodologia utilizada nesse trabalho ser a Pesquisa Narrativa com base em Mello (2004), Connelly e
Clandinin (2011). Com o resultado desse trabalho, a partir dos dirios que os alunos produziro, espero
contribuir com as discusses que so realizadas atualmente acerca da avaliao em sala de aula, para que a
aprendizagem de uma lngua estrangeira se d de forma mais significativa.
Palavras-chave: Avaliao; ensino de lnguas; pesquisa narrativa.
A avaliao na formao de professores: um estudo da co-avalio
Marcia Aparecida Silva (UFU)
No mbito da Lingustica Aplicada, vemos muitas pesquisas e a constante busca de diferentes metodologias de
ensino. Da mesma forma, temos tambm a necessidade de pesquisar e buscar diferentes maneiras de
compreender o processo avaliativo. Percebe-se, ao analisar temas de pesquisa da Lingustica Aplicada, que
este assunto ainda pouco discutido, merecendo, contudo, ateno no atual cenrio. Deste modo, este estudo
visa a refletir sobre e problematizar o papel da avaliao. Partindo de uma concepo de avaliao formativa,
que visa ao processo de aprendizagem e no ao produto final (nota), estudaremos a avaliao dos pares ou
co-avaliao: trata-se de um tipo de avaliao formativa por meio da qual os alunos atribuem notas aos
colegas. Investigamos, assim, as representaes dos discentes sobre esse tipo de atividade e seus possveis
efeitos no processo de ensino-aprendizagem. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa de cunho
etnogrfico, nos campos do ensino mdio e do ensino superior, por meio da qual, procuramos responder s
seguintes perguntas: Quais as representaes dos alunos frente a essa atividade? Qual o papel do professor
nessa forma atividade avaliativa? Qual a melhor forma de desenvolver a avaliao dos pares? Apoiada em
alguns estudiosos sobre o assunto, tais como Alderson (1986), Barlow (2006), Perrenoud (1999), Alvarez
Mendes (2002), entre outros, discutimos uma proposta formativa da co-avaliao, com o intuito de desenvolver
a autonomia e ainda desmistificar algumas concepes que desviam a co-avaliao do seu ato formador,
tornando-a excludente.
Palavras chave: avaliao, coavaliao, formao de professores
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265
reflexo a cerca dos resultados esperados so feitos em sala de aula com os alunos. Essa discusso, ao longo
do processo, no caso da avaliao de grupo, permite despertar a criticidade dos alunos, tornando-os parceiros
nessa prtica, alm de focar a aprendizagem de modo individual e coletivo. A anlise deste material produzido
em sala de aula nos permite concluir que estes tipos de instrumentos propiciam ao aluno a possibilidade de
refletir criticamente sobre o que ele est aprendendo, uma vez que assim lembram de detalhes muitas vezes
no considerados como parte de sua aprendizagem. Temos percebido que tanto os dirios de aprendizagem
como a avaliao em grupo, tm despertado nos alunos o senso de justia, e principalmente, tem permitido
que eles entendam quais aspectos so, de fato, avaliados em seus trabalhos. Concluimos, portanto, que
instrumentos alternativos de avaliao so aliados importantes no ensino-aprendizado e que eles possibilitam
aos alunos compreender melhor seu desempenho em aulas de lnguas estrangeiras.
Palavras-chave: dirio de aprendizagem, avaliao em grupo, formao de professores lngua estrangeira
Portflio como instrumento de avaliao da aprendizagem na sala de aula de lnguas estrangeiras
Clarissa Mombach CA/UFSC
Parte do projeto de extenso Avaliao da aprendizagem em Lngua Estrangeira: reflexes e elaborao de
instrumentos, este trabalho tem como objetivo apresentar um dos instrumentos de avaliao elaborado a partir
das discusses realizadas pelos integrantes do projeto. O instrumento em questo um portflio, que pode
ser, alm de uma coleo de trabalhos que demonstram o progresso e esforos do aluno no processo de
aprendizagem, um espao de reflexo do aluno sobre o seu aprendizado e sobre a sua relao com a nova
lngua e cultura. Sero mostrados todos os passos considerados necessrios para a elaborao desse
instrumento e as reflexes que foram feitas com os alunos a partir do seu desenvolvimento na sala de aula de
lnguas estrangeiras. Com base no que foi produzido, consideramos que a sua principal vantagem fazer com
que o aluno se envolva ativamente no processo de aprendizagem e de avaliao. Alm disso, o portflio
fortalece a autoconfiana, a autonomia, a autocrtica tanto do aluno como do professor, tornando o aprendizado
mais visvel e auxiliando na questo da organizao e responsabilidade em relao ao material escolar. Os
alunos demonstram mais envolvimento com a disciplina e uma preocupao maior com o seu aprendizado.
Sendo assim, concluimos que o portflio pode ser uma importante ferramenta na avaliao do aprendizado no
s de lngua estrangeira, mas da formao do indivduo como um todo, pois oportuniza outros tipos de
aprendizado, tais como autonomia, autocrtica, organizao e responsabilidade.
Palavras-chave: avaliao educacional, elaborao de instrumentos, portflio
FORMAO INICIAL E CONTINUADA DO PROFESSOR DE LNGUAS PELA PARCERIA UNIVERSIDADEESCOLA: (RE)CONFIGURAES DE UM AGIR DOCENTE EM DESENVOLVIMENTO
Coordenador: Maria Izabel Rodrigues Tognato (UNESPAR/FECILCAM - Campo Mouro)
Esta comunicao coordenada visa a apresentar resultados de pesquisas realizadas por duas universidades de
regies diferentes na regio Sul do Brasil sobre trabalhos desenvolvidos na formao inicial e continuada de
professores de Lngua Materna e de Lngua Inglesa, no sentido de propor uma discusso sobre o
desenvolvimento do trabalhador professor seja em situao de pr-servio ou em servio, ou ainda na
interao e inter-relao entre essas duas esferas por meio de um agir coletivo. Nossos trabalhos
fundamentam-se nos aportes terico-metodolgicos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) (BRONCKART,
1999/2003/2007/2009, 2006, 2008), bem como do ensino de gneros, das capacidades de linguagem
(BAKTHIN, 2003; SCHNEUWLY E DOLZ, 2004; MACHADO E CRISTOVO, 2006; CRISTOVO, 2007, 2009;
ABREU-TARDELLI E CRISTOVO, 2009; MACHADO E LOUSADA, 2010), alm do procedimento da
sequncia didtica (SCHNEUWLY, DOLZ E NOVERRAZ, 2004). Alm disso, nossos estudos ancoram-se em
aportes tericos relacionados ao trabalho docente (PIMENTA; LIMA, 2008; MACHADO, 2008) sob a tica dos
pressupostos do materialismo histrico e dialtico (KOSIK, 1976; MARX & ENGELS, 1989; MARX, 1988;
RIBEIRO, 1991; FREITAS, 1996; FRIGOTTO, 1977; GADOTTI, 2001), bem como nos aportes tericos da
Ergonomia da Atividade Francesa (AMIGUES, 2002, 2003; FATA, 1997, 2002), da Clnica da Atividade que se
fundamenta na Psicologia do Trabalho (CLOT, 1999/2006). Assim, considerando-se o trabalho como um
elemento potencializador de desenvolvimento (CRISTOVO E FOGAA, 2008), entendemos a formao inicial
e continuada como espaos possibilitares para um processo de desenvolvimento do profissional de lnguas por
meio de um trabalho de parceria entre Universidade e Escola. Os resultados gerais destes trabalhos apontam
para (re)configuraes de um agir docente em diferentes contextos de formao e desenvolvimento por meio
de projetos de extenso a partir de uma parceria Universidade-Escola no sentido de revisitar e ressignificar
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PRETENDO FAZER COM ELES O QUE ELE FAZIA COMIGO?: (RE)CONFIGURAO DE PRTICAS
DOCENTES EM CONTEXTOS DE FORMAO E ENSINO-APRENDIZAGEM DE LNGUA ESTRANGEIRA
Coordenador: Mariana Prez (UFPB)
270
esses sujeitos constroem com essa lngua (motivaes e interesses) que objetiva o crescimento pessoal, social
e profissional.Este estudo contempla linguagem como constitutiva do sujeito (NORTON, 2000, 2006,
PAVLENKO, 2004; RAJAGOPALAN, 2002, 2004, 2006). Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa
(DENZIN & LINCOLN, 2006; CHIZZOTTI, 2006) que tem por mtodo a histria oral ou o mtodo autobiogrfico
(BUENO, 2002; DOMINIC, 1988). A anlise dos dados de carter interpretativista (MOITA LOPES, 1994;
ERICKSON, 1991). Apesar das dificuldades sociais (falta de recursos materiais, falta de oportunidades para
praticar ingls, marginalizao, etc.), esses alunos procuram superar tais problemas, ao buscar, a todo
instante, maneiras de aumentar o seu conhecimento lingustico-comunicativo na lngua estrangeira. Eles
desenvolvem e testam estratgias de aprendizagem, criam situaes concretas e reais que lhes permitem
interagir em ingls, forando a sociedade a mudar o seu olhar sobre esses sujeitos.
Palavras-chave: Lngua estrangeira. Aprendizagem. Processo. Construo. Identidade.
A desconstruo de identidades de gnero em aulas de LE: por uma proposta pedaggica radical
Marcelo Sousa (PG/UnB)
Jaqueline Barros (PG/UnB)
A ps-modernidade tem trazido rearranjos para a sociedade e seus setores, incluindo aqui o ensinoaprendizagem de lnguas. Nesse mbito, estudos j realizados mostram que uma concepo fixa e cristalizada
de identidades abordada nos livros didticos e nas aulas de lngua estrangeira (Coracini, 1999; Santos &
Barros, 2012; Tilio, 2006). A esse respeito entendemos que o professor, inserido na mesma ps-modernidade,
deve conceber identidade como fluida, fragmentada e contraditria (Hall, 2000; Silva, 2000; Woodward, 2000;
Moita Lopes. 2002). Cabe a ele o papel de orientar sua prtica pedaggica para este fim, isto , desenvolver
atividades que contemplem identidade aos modos dos estudos culturais e da perspectiva ps-estruturalista.
Diante do que dissemos, uma questo nos apresentada: como desconstruir as identidades cristalizadas que
os livros apresentam? Neste trabalho, acreditamos nessa possibilidade e consideramos importante a busca
pela promoo de prticas dialgicas que visem conscincia crtica da linguagem, o desenvolvimento do
discurso emancipatrio e a leitura opositiva ou resistente para abolio de esteretipos. A pesquisa realizada
mostra uma proposta de aula desenhada pelo enfoque identitrio concernente aos gneros (Butler, 2003), que
por meio de anlise dos textos escritos resultantes da transcrio das respostas dos alunos a uma entrevista
focalizada subsequente aula, pela qual nos ancoramos no aporte terico da Anlise Crtica do Discurso
(Fairclough&Chouliaraki, 1999; Ramalho & Rezende, 2011; Dias, 2011), nos possibilitou apreender a
concepo de identidade que os aprendentes trazem consigo. Conclumos, pois, que necessrio que o
docente invista em prticas pedaggicas radicais (Giroux, 1999) para o reposicionamento das identidades em
questo.
271
por sua vez, envolve a experincia com a formao lingustica. Considerando que, como destacam Paiva
(2006) e Leffa (2006), as dificuldades lingustico-comunicativas parecem circundar a realidade dos professores
de lngua inglesa em nosso pas, o trabalho apresenta os resultados da experincia com a formao com vistas
ao desenvolvimento das quatro habilidades, com foco no significado, no uso e na forma.
Palavras-chaves: educao de professores; prtica reflexiva; formao lingustica.
Ps-graduao e insero social: uma experincia de criao de um ncleo de educao de
professores e aprendizes de lnguas
Mariney Pereira Conceio (UnB)
Considerando a importncia da insero social dos Programas de Ps-graduao por meio da participao na
formao e educao continuada de professores, este trabalho tem como objetivo apresentar um projeto de
formao de professores de lnguas estrangeiras, desenvolvido no mbito de um Programa de Ps-graduao
em Lingustica Aplicada em uma universidade pblica do Distrito Federal. O projeto integra ensino, extenso e
pesquisa, constituindo locus para o debate, a prtica reflexiva de professores de lnguas, a renovao da
prtica educativa e a formao continuada dos agentes envolvidos na educao, bem como espao para coleta
de dados para investigaes que busquem uma melhor compreenso dos processos de aprender e ensinar
lnguas, com vistas ao aprimoramento da prtica dos professores participantes. As propostas de formao
continuada includas no projeto envolvem duas grandes reas de concentrao: (1) Formao Continuada de
Professores de Lnguas e (2) Formao de Aprendizes de Lnguas. A primeira rea composta de trs linhas,
dentro das quais os cursos so propostos: (1.1) Reflexo sobre a Prtica, (1.2) Aula em Foco, e (1.3)
Desenvolvimento da Proficincia para Professores de Lnguas. Assim, as duas primeiras linhas apresentam
primordialmente propostas que no priorizam uma lngua estrangeira sobre as outras, mas que, ao contrrio,
envolvam professores de diversas lnguas. A terceira linha, por sua vez, apresenta cursos separados para cada
lngua estrangeira, os quais constituem um ponto de contato com a rea de Formao de Aprendizes, uma vez
que envolvem alunos de Licenciaturas em LEs. Nesta comunicao, sero tambm apresentados alguns dos
cursos oferecidos pelo projeto, entre os quais os cursos En classe et en scne, Refletir e Language
Development for Teachers, realizados por meio de um convnio com a Secretaria de Educao do Distrito
Federal.
Palavras-chave: ensino e aprendizagem de lngua estrangeira; formao de professores; prtica reflexiva;
Refletir: a formao reflexiva de professores de lngua inglesa
Vanessa Borges de Almeida (UnB)
Nos ltimos anos, vrios autores (Neves, 1996; Paiva, 2006) tm buscado analisar a situao do ensino
aprendizagem de lnguas estrangeiras no Brasil, destacando que, ainda nos dias de hoje, mitos de abordagens
tradicionais e estruturais interferem de forma significativa na prtica dos professores em sala de aula. Os
estudos apontam uma necessidade crescente de iniciativas que busquem incentivar uma prtica mais reflexiva,
por meio da educao continuada de professores. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho que integra a
Sesso Coordenada A educao continuada de professores de lnguas: uma experincia de criao de um
ncleo de formao de professores com foco na prtica reflexiva e na competncia lingustica apresentar um
projeto de educao continuada de professores de lnguas desenvolvido em uma universidade pblica da
Regio Centro-oeste do Brasil no ano de 2011. O Projeto REFLETIR teve como objetivo reunir professores do
Ensino Fundamental e Mdio das redes pblica e particular do Distrito Federal, assim como alunos da
graduao e ps-graduao para discusses a respeito dos fatores que influenciam a aprendizagem de
lnguas, bem como reflexes acerca da realidade atual no contexto escolar brasileiro, buscando promover uma
interao entre a universidade e setores de ensino de primeiro e segundo graus. As discusses propostas
abordaram temas como as competncias do professor de lnguas, ensino de gramtica, leitura, lngua e cultura,
avaliao e dramatizaes no ensino de lnguas. O projeto Refletir contou com a participao de sessenta
professores de lngua inglesa, atuando nas redes pblica e particular do Distrito Federal e apresenta
contribuies no apenas tericas, mas tambm prticas para o ensino de lnguas estrangeiras, na busca de
um processo contnuo de formao do professor de lnguas.
Palavras-chave: ensino e aprendizagem de lngua estrangeira; formao de professores; prtica reflexiva.
272
SESSO COORDENADA
Coordenador: Marlete Sandra Diedrich (UPF)
O PIBID e a formao do professor de lngua portuguesa
Tratamos neste trabalho da formao inicial do professor de Lngua Portuguesa a partir da experincia
construda no Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia PIBID no subprojeto da rea de
Letras da Universidade de Passo Fundo. Trata-se de um Programa subsidiado pela Capes- Coordenao de
Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior - desenvolvido no intuito de aproximar os licenciandos bolsistas
dos cursos de Licenciatura da realidade escolar, com vistas a promover uma interao entre a instituio
formadora, a universidade, e as escolas de educao bsica, no intuito de proporcionar experincias
pedaggicas inovadoras a todos os envolvidos. No caso do subprojeto em questo, so quatro escolas
pblicas conveniadas, nas quais os vinte licenciandos participantes do programa tm a sua experincia
pedaggica ampliada por meio da promoo de aes que exploram quatro eixos: contextualizao da
realidade escolar, investigao das prticas de ensino-aprendizagem, preparao e execuo de oficinas,
preparao e divulgao de material didtico para os professores das escolas envolvidas e acompanhamento e
orientao da aplicao deste material. Detectamos, neste subprojeto, luz do funcionalismo, aspectos
fundamentais na formao do professor de Lngua Portuguesa, destacando-se: fundamentao terica, clareza
dos objetivos pretendidos e domnio da metodologia, resultados de um investimento do Programa na relao
teoria-prtica, trabalho em equipe, alm da avaliao constante do processo, revelando-se um caminho
possvel na formao inicial dos professores de Lngua Portuguesa em geral.
Palavras-chave: PIBID formao de professores
273
teorias e tradies que circundam o aprender e ensinar lnguas no que tange ao aprendiz e ao ensinante,
obervando ainda que o aprendiz que deseja se tornar professor vivencia no percurso de sua formao
universitria os dois lados dessa construo (ensinar e aprender). Discutiremos ento a questo da tica na
formao do professor de lnguas e na sua atuao profissional. Percebemos que para aquele aprendiz que
deseja ser professor necessrio desenvolver outras competncias que no s as de aprendiz de lnguas, no
intuito de alcanar no somente a lngua, mas tambm as competncias para se tornar professor dessa lngua.
Observamos o importante papel da universidade nessa (trans)formao do professor de lnguas, de aprendiz a
ensinante. Ao levantarmos essas discusses buscamos ressaltar a importncia de (re)pensar as prticas de
formao inicial e continuada, de modo a permitir uma reflexo acerca dos 'ingredientes' necessrios na
formao profissional em contexto universitrio, e assim instigar questionamentos sobre a efetividade dos
currculos existentes visando a qualidade do ensino/aprendizagem de lnguas no Brasil e a necessidade de
reflexo e transformao nos mesmos.
Palavras-chave: ensino, aprendizagem, formao.
Ensino de lnguas no Brasil: do papel ao computador
Lilian Vieira da Rocha Ribeiro (UnB)
A histria nos possibilita conhecer o passado para compreender o presente e projetar melhor o futuro. Nessa
perspectiva percorremos a recente histria do ensino de lnguas no Brasil, buscando situar o descompasso
existente entre formao e atuao docente. Em 1931 o decreto n. 20.833 institui o ensino de lnguas
estrangeiras vivas no Brasil, com a metodologia de ensino do Mtodo Direto Intuitivo. Reformas se seguiram
em todo o percurso, mas desde ento a profisso de Professor de Lnguas se instalou. Hoje so mais de 80
anos de vida profissional com espectativa de certificao universitria. Entretanto, observa-se que a
preparao universitria visando a atuao em salas de aula ainda apresenta srias lacunas. necessrio que
os profissionais envolvidos com o ensino de lnguas conhecam a prpria histria, no que tange s conquistas e
polticas de ensino de lnguas. Nesse percuso de mais de 80 anos o Brasil contou com estudiosos como Jos
Carlos Paes de Almeida Filho, Valnir Chagas, Vilson Leffa, Nelson Viana, Maria Junqueira Schimidt, Vera Lcia
Menezes de Oliveira e Paiva, entre outros. Nesse perodo foram vivenciados diferentes momentos histricos,
metodologias, abordagens e materiais de apoio para o ensino, aquisio e aprendizagem. A tecnologia da
informao hoje faz parte do cotidiano, os cursos a distncia foram inseridos no contexto nacional, levantando
novos questionamentos e discusses. Procuramos refazer esse percurso histrico no intuito de observar e
discutir as prticas pedaggicas utilizadas nos cursos de Letras (presenciais e a distncia) visando alcanar
melhores resultados, atentando s especificidades inerentes ao ensino de lnguas.
Palavras-chave: formao, histria, lngua estrangeira.
Teorias e tradies: de aprendiz a professor
Paolla Cabral Silva-Brasil (IFG/UnB)
Mirelle da Silva Freitas (UnB)
Dewey (1994) afirma que o aprender cabe ao aluno, portanto s ele pode impulsionar sua aprendizagem, a
funo do professor gui-lo neste caminho. Prabhu (2003) acrescenta ainda que a atividade de ensinar
passvel de planejamento, conduo e controle, podendo ser observada e avaliada durante no seu percurso. A
aprendizagem por sua vez, pode ocorrer intencionalmente ou no, alm de no ser passvel de ser iniciada,
interrompida ou acelerada. A partir dessas consideraes, acreditamos que o aprendiz, estudante universitrio,
durante sua formao vivencia estes dois lados simultaneamente. Urge ento observar os objetivos do perodo
de formao do professor de lnguas na universidade, no Curso de Letras, onde o currculo constitui o ncleo
atravs do qual o estudante universitrio interagir com os formadores e colegas buscando sua
profissionalizao. Propomos uma reflexo acerca do papel do Curso de Letras na formao do professor de
lnguas em nvel universitrio. Atualmente, no podemos conceber uma formao profissional puramente
tcnica. Por outro lado, h que se considerar tambm que fatores alheios s teorias, identificados aqui como
tradio, tambm interferem nesse processo, como por exemplo as crenas, afetividate, motivao, valores.
Abordamos autores como Almeida Filho, Alvarez, Basso, Moita Lopes, Alvarez e Paiva, eles evidenciam que o
profissional que necessitamos deve ser reflexivo, capaz de transitar entre teoria e prtica, e tambm
compreender as tradies envolvidadas, e refletir nesse processo, preocupados com a produo do
conhecimento em sala de aula, no apenas um profissional centrado em compreender mtodos e tcnicas
274
mecanizadas. Durante a formao universitria deve haver espao para discusso do corpo terico a fim de
levantar novos questionamentos para investigao, novas propostas e soluo para a prtica em sala de aula.
Palavras-chave: formao; teoria; ensino.
tica na formao do professor de lnguas
Elizabeth Mello Barbosa (UnB)
A tica tem sido estudada a mais de 25 sculos por diversos filsofos, como por exemplo Hegel (1770-1831),
que contriburam na construo dos conceitos que adotamos hoje. Um cdigo de tica profissional serve para
orientar as aes de seus partcipes e explicitar a postura, a conduta social e moral que um profissional deve
ter frente ao pblico com o qual interage. O educador no cumprimento de seu dever, para definir sua tica, sua
forma de atuar na escola, precisa saber qual o seu papel na sociedade, o que deseja fazer e o que espera de
cada um dos envolvidos no processo de ensino, aquisio aprendizagem de lnguas (AELin). As escolas, assim
como as pessoas tm caractersticas prprias e singulares. Lopes (2009) destaca que a conduta tica de uma
organizao, com efeito, o reflexo da conduta de seus profissionais, tal conduta no se limita ao mero
cumprimento da legislao, sendo outrossim o resultado da soma dos princpios morais de cada um de seus
integrantes. Portanto, a conduta tica que se espera dos profissionais vai muito alm do simples cumprimento
da lei, mesmo porque, podem haver leis que sejam antiticas ou imorais. O cerne da questo est na formao
pessoal/profissional e no no engessamento de comportamentos e conduta. A formao tica de educadores e
pesquisadores tem sido levantada por estudiosos como Menezes Paiva (2005), Celani (2005) e Pennycook
(1994). Discutiremos na presente comunicao a preocupao latente que existe no que tange a como os
educadores saem das universidades e faculdades e a formao tica que deveria estar envolvida no percurso
de sua formao profissional em mbito universitrio.
Palavras-chave: tica, formao, conduta.
275
processos indicam encontros constantes com diferentes pressupostos histricos e culturais, o que torna a
noo de dissenso inerente ao processo de ensino e aprendizagem. A perspectiva inclui o saber no como
contedo e substncia, pois ele requer processos performativos entre os interlocutores inseridos em espaos
scio-culturais distintos. Estes, por sua vez, so agentes de transformao de saberes adaptando-os para
suas necessidades. Assim sendo, uma das concluses deste trabalho assinala a emergncia de novas
possibilidades de dilogos em que a tica pelo dissenso sempre socialmente reconstruda.
Palavras chave: dissenso; lnguas estrangeiras; construo de sentido.
tica na formao de professores e pesquisadores de lnguas
Nara Hiroko Takaki, (UFMS)
As lutas contra as formas hegemnicas de globalizao incluem, paradoxalmente, alternativas interessantes e
relevantes em pases como o Brasil. Dessa forma, o encontro conflituoso de epistemologias e a crescente
heterogeneidade de aspectos complexos interligados vm desafiando os chamados cosmopolitas deste sculo.
Um deles poder ser o professor-pesquisador de lnguas. A partir dessa premissa, o objetivo deste trabalho
apresentar a perspectiva sociocultural do cosmopolitismo do Sul (Bhabha, 1994; Santos, 2008) e a atitude tica
(Caputo, 1993; Freire, 2005; Gandhi, 1999; Levinas, 2008) que vm propiciando a construo de saberes com
vistas ampliao do ensino, formao de professores e pesquisadores de lnguas. Trata-se do resultado de
uma pesquisa de ps-doutorado sobre tica no ensino e pesquisa em lnguas A metodologia de pesquisa
adotada foi de natureza bibliogrfica e interpretativa. O resultado aponta para o reconhecimento do hibridismo
no somente na viso hegemnica, mas tambm na traduo transcultural, nos dilogos de responsabilidade,
na relao agonstica entre Eu e Outro e na agncia que tal relao pode deflagrar. A concluso abre
perspectivas epistemolgicas ticas a partir do contexto de comunidades cientficas que convivem em meio aos
conflitos emancipatrios. Essa abertura pressupe repensar nas constantes reconstrues das relaes entre
linguagem, cultura e sociedade e formao de professores e pesquisadores de lnguas.
Palavras chave: tica; traduo transcultural; ensino de lnguas.
A lgica da emancipao em formao de professores
Ruberval Franco Maciel (UEMS)
A cincia moderna tem sido criticada por ps-colonialistas por priorizar critrios de cientificidade na definio
de conhecimentos vlidos, categorias e metodologias para atender as sociedades modernas do norte com suas
caractersticas histricas distintas de outras do sul que ficam margem destas (Souza e Santos, Menezes e
Nunes, 2007; Pereira e Carvalho, 2008; Menezes de Souza, 2007; Canagarajah, 2005). Um dos projetos da
modernidade est relacionado emancipao. Assim, a palavra emancipao ocupa posio central nas
teorias e prticas modernas, bem como em diversos enfoques na formao dos professores. Nesta tica, partese da premissa de tornar os indivduos independentes e autnomos, pensar por si mesmos, fazer seus prprios
julgamentos e chegar a suas prprias concluses (Rancire, 2010). No entanto, algumas abordagens para a
formao de professores com enfoque intervencionista podem apresentar incoerncias com a lgica do projeto
emancipatrio por apresentar aspectos de dependncia, desigualdade e suspeita. Este trabalho tem por
objetivo discutir algumas implicaes relacionadas tica da pesquisa em formao de professores no
processo crtico emancipatrio. Apresentar, ainda, por meio de narrativas coletadas de professores, as
rupturas em relao s filosofias educacionais que embasam as suas prticas por meio de um trabalho com
caracterstica da etnografia crtica colaborativa (McCarty, 2010) em um contexto de escola pblica de ensino
mdio. Neste processo de deslocamento de teorias e prticas, pesquisador e professores assumem papis em
direo de uma lgica de igualdade e de construo de agncia, dando incio a um processo de sujetificao
que redefine o conceito de emancipao (Biesta 2009, 2010).
Palavras-chave: tica; emancipao; formao de professores.
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recebem apoio nas publicaes de Vygotsky (1962, 1999); (Framson e Holliday (2009); Johnson(2009); Cross
(2010). A interface experincia docente e teorias discutida nos trabalho apresentados. A viso que alia a
teoria com a prtica de ensino de lngua inglesa de suma importncia nas decises que sero tomadas em
relao ao ensino/aprendizagem pelo futuro professor.
Livro didtico e escola pblica: us-lo ou no?
Daiane Freitas Costa (PIBID-LI/UNEMAT-SINOP)
Esta pesquisa tem como objetivo trazer reflexes sobre o uso do livro didtico destinado docncia de lngua
inglesa para o ensino fundamental de uma escola pblica localizada no Norte de Mato Grosso. Neste sentido,
busca-se evidenciar os motivos pelos quais alguns professores e alunos o utilizam e outros no. Para tanto,
utiliza-se da abordagem qualitativa, de cunho etnogrfico em relao aos dados obtidos de professores e
alunos e anlise documental do livro didtico. O problema emergiu do fato de observar-se que h professores
que preferem adotar outros materiais e recursos para suas aulas de lngua inglesa, mesmo que esteja o livro
didtico disponibilizado para uso. Alm da opinio do professor, entende-se ser relevante ouvir a voz dos
alunos sobre o assunto tambm com o fim de verificar o que pensam sobre a utilizao deste meio de
ensino/aprendizagem e sua (in)eficincia no processo e o seu ponto de vista converge com o do professor. Os
discursos so analisados em consonncia com as caractersticas presentes no livro didtico quando
necessrio. Para a pesquisa, foram eleitas trs turmas do nono ano (o ltimo do ensino fundamental) por
entender que os alunos j possuem uma certa maturidade em relao ao seu uso ou no em sala de aula,
considerando que j tiveram mais oportunidades de experimentar aulas desenvolvidas com ou sem a utilizao
do livro didtico. Para Nicolaides e Tlio (2011, 2010), preciso ser dada mais importncia ao livro seja em
relao sua funo simblica ou ao seu uso, levando em conta o seu grau de legitimidade e a sua autoridade.
Dias e Cristvo (2009) entendem que o livro didtico influencia muito na escolha dos contedos e das
metodologias, assim merece um olhar avaliativo criterioso e sistemtico ao ser adotado. Desta maneira, as
discusses em torno deste suporte de ensino podem auxiliar a melhor entender as polticas governamentais
em relao adoo do livro didtico e seu real dilogo com o espao sociocultural do cenrio escolar.
Ensino mdio profissionalizante e uso de multimeios para o ensino/aprendizagem de lngua inglesa
Tiller Barbosa (PIBID-LI/UNEMAT-SINOP)
A utilizao do computador como forma de mediador no ensino/aprendizagem de lngua inglesa no algo
habitual considerando especialmente o cenrio das escolas pblicas de educao bsica. Por outro lado, a
tecnologia, sobretudo pelo uso da internet, uma constante na vida dos alunos ao transporem os muros
escolares. Assim, neste trabalho, fao uma anlise sobre a utilizao de atividades mediadas pelo computador
com o objetivo de ensinar e aprender a lngua inglesa. Com esta perspectiva, recorro a Leffa (2008, 2006) e
Menezes (2009, 2010) que discutem o ensino de lngua estrangeira mediado por computador. Para tanto, foi
eleito o Ensino Mdio Profissionalizante de uma escola pblica para um trabalho inicial pois, o fato da
formao ser de tcnico em informtica e j possurem uma base relativa no conhecimento acerca do uso do
computador, oportuniza-se otimizar o curto espao de tempo para dar uma ateno especial lngua inglesa
prioritariamente. Desta maneira, pode-se evidenciar como o uso de softwares e sites que fornecem materiais
para o ensino do ingls atuam no ensino/aprendizagem como coadjuvante s atividades desenvolvidas em sala
de aula. Sob as lentes de uma perspectiva cognitiva e sociocultural, parte-se das necessidades de formao
do futuro tcnico em informtica em relao lngua inglesa que se soma ao seu conhecimento de mundo para
selecionar as atividades desenvolvidas com o pblico com base nos moldes da pesquisa qualitativa e
pesquisa-ao.
Gneros textuais e livro didtico: convergncias e divergncias com as necessidades do ensino mdio
Mnica Aparecida Teixeira da Fonseca (PIBID-LI/UNEMAT-SINOP)
Este estudo analisa os gneros textuais presentes no livro didtico de lngua inglesa adotado no ensino mdio
de uma escola pblica e seu papel face s reais necessidades dos alunos. Analisa o material didtico e como
os gneros textuais so apresentados nele. Alm disso, recorre opinio de professores para averiguar a
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peculiaridade de cada gnero presente no livro e sua eficcia para atender a um ensino/aprendizagem de
qualidade do qual resulte o desenvolvimento dos saberes que a formao de ensino mdio demanda. O
problema foi evidenciado pelo fato dos gneros presentes no livro didtico se configurarem num desnvel em
relao ao conhecimento prvio do aluno e a linguagem pertinente aos gneros presentes no livro didtico.
Alm disso, os gneros em si no evidenciam exatamente os necessrios para um aluno que est prestes a
concluir a educao bsica e ingressar no ensino superior. Ademais, em alguns casos, so gneros destinados
ao ensino da lngua inglesa esto distantes do cotidiano do aluno at mesmo se compararmos sua utilizao
na lngua portuguesa, o que implica num distanciamento maior ainda sobre a compreenso da lngua. Assim,
recorro Doltz e Schneuwly(2004) ao afirmarem que o gnero fundamental na escola e utilizado como meio
de articulao entre as prticas sociais e os objetos escolares, mais particularmente no domnio da produo
de textos orais e escritos. Entrevistas abertas com professores possibilitam a percepo de como so
trabalhados os gneros e se suprem a necessidade dos alunos. Neste sentido, a partir da anlise de um livro
didtico sob o prisma da autonomia, Nicolaides e Tlio (2011) concluem que a conscientizao do professor
sobre questes presentes no livro didtico e suas limitaes podem contribuir para que o professor possa
utiliz-lo de maneira consciente e crtica. neste aspecto que tambm se busca respostas.
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passo em que auxiliaram a professora a entender, por meio de sua experincia, como o processo de reflexo
proposto por Schn (1983) crucial para fazer bom uso dos saberes/teorias implcitos que todos os
professores possuem. Os resultados mostraram que a reflexo sobre a prpria prtica pode apresentar-se
como um processo bastante conflituoso para o profissional de ensino em seu comeo. No entanto, ao entender
os benefcios oriundos desse processo o professor convidado a repensar seu verdadeiro papel em sala de
aula, tornando sua prtica e consequentemente seu ensino, mais significativos para os aprendizes.
Palavras-chave: formao de professores, prtica de ensino e reflexo.
Elaborao de material didtico a partir de gneros: uma anlise da cognio de professores em
formao
Cristiane Oliveira Campos-Gonella
Nesta comunicao, apresentaremos dados de uma pesquisa de doutorado sobre cognio de professores em
formao acerca da utilizao de gneros discursivos especficos (especialmente selecionados e
considerados) na produo de material didtico para o ensino de ingls. Adotamos a noo de gnero de
Swales (1990) e os estudos de Paltridge (2001) que atestam que os gneros textuais podem auxiliar
aprendizes de lngua em situaes comunicativas recorrentes, permitindo que ele interprete e se oriente em
eventos comunicativos e que esteja preparado para se comunicar eficientemente nas comunidades discursivas
de que participa. A pesquisa, realizada em um terceiro ano de Letras de uma universidade pblica, investigou a
cognio de futuros professores sobre a produo de material didtico para o ensino de lngua a partir de
gneros, bem como o impacto da formao na mesma. Por meio de questionrios, entrevistas
semiestruturadas e sesses de visionamento, os participantes refletiram sobre: fatores que devem ser
considerados na produo do material (tema, objetivos, alunos), vantagens da produo (conformidade com a
abordagem do professor, adequao ao contexto e aos alunos), desvantagens da produo (tempo, falta de
respaldo de experts), o papel dos gneros no material (suporte, veculo), potencialidades do gnero
(contextualizao da lngua, dinamizao das aulas) e suas limitaes (compartimentalizao do ensino,
distanciamento da prtica de outros professores). Alm da cognio informada, analisamos, por meio da
produo de uma unidade didtica, a cognio representada na prtica (BORG, 2006), a qual revelou grande
empenho por parte dos participantes no sentido de integrar o conhecimento terico atividade prtica
(JOHNSON, 2006). Desse modo, verificamos que quando o foco da formao deixa de ser o que os futuros
professores devem saber para recair sobre quem so eles e como eles aprendem a ensinar (GRAVES, 2009),
a formao se estabelece como um processo de desenvolvimento, com impactos mais significativos e melhor
compreendidos.
Palavras-chave: formao de professores, ensino de gneros, material didtico.
Ensino-aprendizagem de gramtica: relaes entre formao de professores, cognio informada e
prtica pedaggica
Claudia Jotto Kawachi-Furlan
O objetivo deste trabalho apresentar e discutir os dados obtidos em pesquisa de ps-graduao que buscou
investigar como a formao do professor de lngua inglesa (LI) acerca das teorias de ensino-aprendizagem de
gramtica refletida na prtica docente. Para tanto, nosso estudo fundamenta-se em teorias de formao de
professores de LI em contexto de lngua estrangeira, ensino-aprendizagem de gramtica como habilidade e
cognio do professor. Na viso de Borg (2006), a prtica de professores influenciada por uma gama de
cognies pr-ativas, interativas e ps-ativas. Nesse sentido, o ensino de lnguas pode ser visto como um
processo que definido por interaes dinmicas entre cognio, contexto e experincia. Interessou-nos
investigar a cognio do professor recm formado com relao ao ensino-aprendizagem de gramtica, tendo
em vista que a formao terica desses participantes foi pautada nos estudos de Batstone (1994) e LarsenFreeman (2003) que defendem a viso de gramtica fundamentada na possibilidade de desenvolv-la como
habilidade (grammar as a skill / grammaring). Com o intuito de apresentar e discutir possveis relaes entre
formao terica, cognio informada, cognio representada na prtica docente e eventuais influncias do
contexto de atuao profissional, utilizamos os seguintes procedimentos de coleta de dados: entrevistas
semiestruturadas, questionrio, observao e gravao de aulas e sesses de visionamento. Com base na
anlise dos dados, foi possvel classificar os participantes do estudo em trs grupos: participantes que
ensinavam gramtica como habilidade em (1) todas aulas, (2) na maioria das aulas e (3) participantes que no
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ensinavam gramtica como habilidade. Os resultados sugerem que as oportunidades de prtica assistida
durante a formao docente contriburam para a articulao teoria e prtica na ao docente. No entanto, dada
a influncia que fatores contextuais (Borg, 2006) podem exercer, preciso que programas de formao de
professores redimensionem a reflexo acerca da dimenso contextual.
Palavras-chave: formao de professores, cognio de professores, ensino de gramtica
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SESSO COORDENADA
Coordenador: Rafaela Scaransi (PG-USF)
O professor e seu trabalho: relatos da experincia de elaborao de livro didtico no estado do Paran
Flavia Fazion (PG-FFLCH-USP - Grupo de Pesquisa ALTER-AGE/CNPq)
Esta comunicao tem como objetivo apresentar as primeiras anlises da pesquisa de mestrado que visa a
compreender e analisar textos em que os professores refletem sobre seu agir e seu desenvolvimento
profissional, bem como sobre seu posicionamento diante das orientaes para seu trabalho, as quais
determinam o ensino de lnguas atravs de gneros textuais. Para tanto, vamos estudar o processo de
elaborao de livros didticos pblicos (LDP) a serem utilizados nos centros de lnguas estrangeiras modernas
no estado do Paran do ponto de vista dos professores elaboradores (PE). As questes que norteiam esta
pesquisa so: i) Quais so as orientaes que os documentos prescritivos fornecem para a elaborao do
LDP? ii) Como os professores veem a elaborao deste material e como se sentem enquanto elaboradores?
Para responder essas questes, analisaremos, primeiramente, as orientaes oficiais para a elaborao do
referido material. Em seguida analisaremos os relatos de experincia de elaborao e as entrevistas com os
PE aps a utilizao de uma unidade do LDP, com o objetivo de identificar as mltiplas reflexes do professor
sobre sua atividade profissional (Clot 2001, 2007, 2010; Fata 2002, 2004; Lousada 2004, 2006; Amigues 2002)
bem como o papel do ensino a partir de gneros textuais sobre sua atividade docente (Bronckart 2005, 2006;
Machado e Lousada 2010; Schneuwly 2004; Machado 2005, 2010, Lousada 2010). Para essas anlises,
seguiremos o modelo de anlise textual do Interacionismo Sociodiscursivo (Bronckart 2008): levantamento do
contexto de produo em seus aspectos sociossubjetivos e fsicos bem como estudo da infraestrutura do texto
(plano global dos contedos temticos, tipos de discurso e sequncias textuais), mecanismos de textualizao
(coerncia e coeso) e de enunciao (vozes e modalizaes). Inicialmente apresentaremos o contexto onde
esta pesquisa desenvolvida, em seguida os referenciais tericos que a embasam e finalmente, as anlises
realizadas at o momento.
Palavras-chave: trabalho do professor, interacionismo sociodiscursivo, elaborao de livro didtico.
O livro didtico e as capacidades de linguagem: um olhar sobre a cultura da lngua estrangeira.
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Tendo em vista as mudanas sociais, culturais e econmicas advindas da presena das tecnologias digitais
como meios de interao, mltiplos letramentos so necessrios ao professor de ingls para assumir aes
pedaggicas em consonncia com os compromissos de uma educao transformadora cujos efeitos sejam
sentidos no ambiente escolar em que atua. No basta a ele, participante da era das novas mdias, saber
comunicar apenas pela leitura e escrita. Tem ainda de ser capaz de lidar com outros modos semiticos dos
textos multimodais. Ademais, sua capacidade crtica precisa se fortalecer para estar aberto crescente
diversidade cultural e lingustica, respeitar a pluralidade tnica e saber conviver on-line. Precisa ainda assumir
um papel agentivo no meio digital para compartilhar, avaliar, criticar, criar e transformar conhecimento em rede.
Assim, a ubiquidade destes aspectos no espao educacional requer a necessria formao do professor de
ingls para os desafios exigidos na era das novas mdias. Esta comunicao pretende refletir sobre a
incorporao de prticas consoantes era atual ao processo de formao do professor de ingls e a
implementao delas s suas aes pessoais e profissionais, tendo em vista seu papel de agente de
mudanas. Discute os resultados de pesquisas de natureza documental, tendo por foco os conceitos de
multimodalidade (KRESS; VAN LUEEWEN, 2006), multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2000), agncia
(BAZERMAN, 2006); educao transformadora (FREIRE, 1987) para, ento, propor algumas diretrizes relativas
ao uso de blogs e podcasts num processo de formao crtico-reflexiva. Parte da premissa de que tais gneros
podem se transformar em ferramentas de agncia envolventes para empoderar o professor de ingls para
aprender e agir, a fim de fazer uso dos espaos sociais da internet de maneira crtica e produtiva.
Palavras-chave: multiletramentos; multimodalidade, formao do professor.
Gneros discursivos e multiletramentos no ensino de ingls no Fundamental I:
em busca da formao plurilngue
Cludia Hilsdorf Rocha (UNICAMP)
Frente importncia do ingls em uma sociedade globalizada, a aprendizagem dessa lngua tende hoje a ser
compreendida como primordial para ascenso social e profissional do indivduo. Propsitos formativos,
basilares para a ao tica e crtica no mundo contemporneo, marcado pelos impactos do surgimento das
novas tecnologias de comunicao e informao e, ainda, por desigualdades profundas, tendem a ser
desconsiderados nos mais variados contextos de ensino. Diante do exposto, a presente comunicao traz
reflexes sobre a lngua inglesa no Ensino Fundamental I, sob uma perspectiva crtica. So aqui discutidos
aspectos e conceitos basilares para a elaborao de orientaes para o ensino de ingls no referido contexto,
focalizando-se a formao cidad, em que aspectos identitrios e culturais, sob um enfoque glocal
(CANAGARAJAH, 1999, 2005), mostram-se centrais. Nesse sentido, esse trabalho busca mais
especificamente retratar resultados de uma pesquisa doutoral de natureza documental e propositiva e
apresentar reflexes acerca de possveis diretrizes terico-prticas para o ensino da lngua inglesa,
principalmente no que diz respeito escola regular pblica, sob perspectivas transformadoras e transculturais.
Com o apoio das teorizaes bakhtinianas, que aferem linguagem uma natureza dialgica, discursiva e
situada, e tomando-se os gneros discursivos como potentes mediadores do ensino e da aprendizagem, so
aqui brevemente reportadas as especificidades de um ensino de bases plurilngues e formativas (ROCHA,
2010; 2012), voltado construo de multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2000) e noo de cidadania
ativa e crtica (MONTE MR, 2009) na atualidade.
Palavras-chave: multiletramentos, ensino-aprendizagem de ingls; formao plurilngue.
A formao crtico-reflexiva de professores: gneros textuais,
tipos de atividades de leitura e o material didtico de ingls
Marcus de Souza Arajo (UFPA)
O livro didtico (doravante LD) usualmente considerado um instrumento pedaggico relevante para o ensino
de lnguas, podendo se constituir tambm em um recurso importante para a formao do professor. Na maioria
das vezes, ele a nica fonte de conhecimentos explorada na sala aula e no planejamento de cursos,
determinando o que se ensina e como se ensina (DIAS, 2009). Alm disso, a ordem do contedo nele
apresentada usualmente seguida linearmente com pouco ou nenhum questionamento por quem o utiliza.
Porm, o professor com uma adequada formao crtico-reflexiva capaz de us-lo de uma maneira criativa e
mais autnoma, complementando, substituindo ou adaptando as atividades de ensino propostas, tendo em
vista seus objetivos de ensino e as necessidades de seus alunos. Nesse sentido, a presente comunicao
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pretende discutir uma investigao sobre o LD de ingls com foco no trabalho realizado com os gneros
textuais (RAMOS, 2004) e nos tipos de atividades de compreenso escrita (DAY; PARK, 2004). Para tanto, os
gneros textuais e os tipos de atividades propostos foram identificados e utilizados para investigar como o
processo de leitura foi conduzido ao longo do material didtico. Os resultados mostram que o LD apresenta
atividades para a compreenso em que o aluno simplesmente transcreve as informaes solicitadas ou as
localiza, sem se ater a uma leitura significativa que promova uma plurissignificao do gnero textual.
Acreditamos que nosso trabalho de investigao possa ser relevante a profissionais e pesquisadores
preocupados com o LD de lngua estrangeira e com a formao continuada de professores de ingls, pois
precisamos pensar neste instrumento como uma ferramenta de transformao do ensino, com impactos
positivos na aprendizagem, e em um professor mais crtico, autnomo e reflexivo em sua atuao profissional.
Palavras-chave: formao de professores; livro didtico; gneros textuais.
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relacionamento de professores/as e alunos/as com o livro didtico (CAVALLARI, 2003; HALL, 2000;
NAVARRO, 2008; SANTOS, 2007); o sistema de valores, ideias e saberes que tal material veicula
(CARVALHO, 2009; FOUCAULT, 2004); os efeitos deste sistema sobre seus usurios (BRITZMAN, 2000;
PESSOA, 2009); algumas vantagens de resistir a ele (PANIAGO, 2005; PESSOA, 2009). Os resultados
mostraram que, no caso da professora, o livro didtico, quase sempre, seu nico guia, sendo tambm o
principal responsvel pelo processo de ensino e aprendizagem. J o professor recusa-se a utilizar o
instrumento, alegando que ele poda sua imaginao e no atende ao nvel ou s necessidades de seus/suas
alunos/as. Desta forma, ele prprio confecciona materiais que acredita que possam suprir estas necessidades,
embora entenda que tais materiais no sejam crticos. As principais consequncias do uso do livro didtico so:
a perda de autonomia dos/as professores/as, a tentativa de disciplinamento dos/as alunos/as e o desinteresse
destes/as, que no se veem representados neste material didtico, j que apresenta corpos e subjetividades
que correspondem ao padro ocidental (homem branco, heterossexual, cristo e de classe mdia). Diante
disso, conclui-se que preciso questionar a necessidade do uso do livro didtico, selecionar materiais didticos
mais crticos e refletir sobre formas de trabalh-los que abarquem diferenas e necessidades reais.
Palavras-chave: livro didtico, lngua inglesa, escola pblica.
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Ergonomia da Atividade e nas noes de tarefa, prescrio e atividade (AMIGUES, 2003 e 2004; CLOT e
FATA, 2000; LEPLAT e HOC, 1983; SAUJAT, 2004; SAUJAT e FATA, 2010; SOUZA-E-SILVA, 2004 e 2007).
Verificamos que as estagirias trabalham em meio a prescries fluidas. A nica prescrio mais marcante o
livro didtico que, contudo, informa apenas o que fazer e no o como fazer. Frente escassez de explicitaes
sobre os procedimentos de ao, as estagirias recorrem a diferentes recursos para realizar o trabalho
docente. Os resultados nos levam a concluir que uma abordagem ergonmica da atividade docente dos
estagirios poderia contribuir para um enfoque mais incisivo do estgio em termos de formao e
desenvolvimento profissional.
Palavras-chave: estgio; trabalho docente; prescries.
Repensando as disciplinas de estgio de futuros professores de francs lngua estrangeira pelo vis da
autoconfrontao e da instruo ao ssia
Elisandra Maria Magalhes (mestranda/UECE)
Este trabalho originou-se de uma reflexo sobre o atual contexto de formao de professores de Francs
Lngua Estrangeira em uma universidade pblica do Cear. Vislumbramos a possibilidade de ressignificar o
perodo da prtica de ensino e repensar as observaes pedaggicas em disciplinas de Estgio, com apoio na
ergonomia da atividade. Desenvolvemos uma anlise a fim de escolher um possvel quadro metodolgico para
uma pesquisa em andamento. Nossa anlise contemplou a instruo ao ssia e a autoconfrontao: proposta,
procedimentos e particularidades desses dois dispositivos. Nessa perspectiva, nosso estudo mobiliza, dentro
da universidade, um espao no-cotidiano (VIGAS, 2007) para observao, discusso e anlise do real do
trabalho (CLOT, 1999) docente para que os licenciandos compreendam a singularidade das situaes de
trabalho e as dimenses subjetivas (AMIGUES, 2003) que lhes so prprias. A instruo ao ssia uma forma
mais simples e direta de ter acesso atividade docente, uma vez que dispensa os recursos das filmagens e as
observaes prvias presentes na autoconfrontao simples (ACS). Esta ltima permite ao(s) sujeito(s)
revisitar(em) os dados (BORTONI-RICARDO, 2009), por meio da filmagem texto visualizvel (VIEIRA e
FATA, 2003), podendo estabelecer uma relao entre o observvel e o dedutvel da atividade. Por essa razo,
a ACS foi o quadro metodolgico escolhido para realizarmos a pesquisa em curso. Na anlise observamos que
a ACS proporcionaria aos licenciandos o acesso reflexo do profissional sobre sua atividade docente,
permitindo-lhes refletir tambm sobre suas futuras aes pedaggicas e sobre o invisvel porm no indizvel
destas.
Palavras-chave: estgio; autoconfrontao; instruo ao ssia.
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escolares, concretizam uma convivncia rotineira entre o corpo tcnico da escola, professores e alunos.
Aprender a ser professor no decorrer do estgio supe estar atento s particularidades e s interfaces da
realidade escolar em sua contextualizao. As atividades desenvolvidas com o estagirio no Estgio
Supervisionado I so para que ele reflita sobre o espao escolar , indo do todo para s partes e destas ao todo
para que a interveno na prtica pedaggica, antes restrita sala de aula, possa ampliar para outros
espaos pedaggicos e compreender o porqu certos fatos ocorrem naquela escola. Observar a escola e seu
espao fsico, entrevistar professores, diretores, coordenadores pedaggicos, merendeiras etc... so atividades
que contribuem para maior entendimento de sua profisso e o prepara para atuar como professor. Os dados
analisados at o momento indicam a fora dessas atividades no processo de reflexo dos estagirios e sua
atitude nos estgios futuros. Esta comunicao tem como objetivo apresentar e discutir a importncia dessas
atividades para o Estgio Supervisionado I e II. Os dados mostram os resultados que estamos obtendo at o
momento.
Palavras-chave: Estgio I; espao escolar; atividades reflexivas.
Estgio Supervisionado II: espao de investigao de prticas pedaggicas
Carmen Ilma Belincanta Borghi (UEM/PR)
O Estgio Curricular Supervisionado II, que se destina, ao perodo de observao do espao de sala de aula,
caracteriza-se no somente como um momento de observao, mas tambm de colaborao e,
principalmente, de investigao dos elementos que constituem a aula propriamente dita. O contato direto com
o processo ensino-aprendizagem de lngua inglesa propicia ao estagirio condies para o desenvolvimento de
uma prtica investigativa, dimenso esta essencial para a conduo de possveis aes pedaggicas eficazes
e adequadas para a realidade escolar. Desta forma, o Estgio II dividido em trs etapas: coleta de dados no
momento da observao da prtica pedaggica, auxlio ao professor em atividades didtico-pedaggicas e
atividades de reflexo sobre os aspectos observados. Durante a observao o estagirio preenche formulrios
acerca do perfil dos professores, onde constam tambm questionamentos norteadores para a organizao do
registro dos dados elaborados com base na proposta de Liberali; Magalhes; Romero (2003). Para o momento
de reflexo so previstas duas fases: as sesses reflexivas e um relatrio reflexivo. Assim, esta comunicao
tem como objetivo apresentar e discutir o uso de atividades reflexivas desenvolvidas a partir dos dados
coletados pelos estagirios, assim como tambm dos relatrios reflexivos. Os resultados deste trabalho
apontam para a necessidade de uma prtica que no s detecte o problema na sala de aula, mas que tambm
busque solues.
Palavras-chave: Prtica Investigativa. Reflexo. Aes Pedaggicas.
Estgio Curricular Supervisionado III: a vivncia de diferentes facetas do processo de ensinoaprendizagem da lngua inglesa em contextos reais diversificados
Rosngela Aparecida Alves Basso (UEM/PR)
O Estgio Curricular Supervisionado III no curso de Letras, habilitao nica em Lngua Inglesa, da
Universidade Estadual de Maring composto por sete atividades: observao das aulas e das atividades na
turma em que ir atuar; colaborao (atividades diversas de auxlio ao professor); elaborao do projeto de
docncia; prtica de docncia; sesses reflexivas compartilhadas, artigo e apresentao no evento cientfico
criado para os estagirios e profissionais da rea, com uma carga horria de 204 horas anuais. Esta
comunicao tem por objetivo apresentar uma das atividades desenvolvidas durante o estgio III, a aplicao
do projeto de extenso, feito por alunos da primeira turma de Letras- Ingls do ano de 2010, para a
comunidade externa. Neste momento, o trabalho proposto para o estagirio coaduna as atividades
desenvolvidas nos Estgios anteriores, que proporcionaram o amadurecimento dos conhecimentos terico e
prtico referentes formao do futuro professor com base nos estudos de Tardiff (2002), Schn (2000) entre
outros. O curso de extenso intitulado Curso de Ingls para Viagem foi ofertado em duas turmas de 20 alunos
com carga horria de 60 horas. Durante o processo de preparao do curso foi ntido o entusiasmo e o
comprometimento dos estagirios com cada etapa, contrariando a expectativas dos mesmos, comparado aos
estgios anteriores.
Palavras-chave: Curso Letras, Estgio Supervisionado, Contextos Diversificados.
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diversificadas, no que se refere identidade profissional muitos estudos apontam para uma forte relao entre
identidade e conhecimento lingustico, em que ainda se parece acreditar que ser bom professor saber bem a
lngua (EL KADRI, 2010). Nos estudos mencionados pela autora, outros conhecimentos, alm do lingustico,
que so tambm constituintes da identidade do professor, so pouco mencionados e recebem pouca ateno.
Este trabalho pretende debater se e como, dentre esses outros conhecimentos constituintes da identidade
profissional do professor, estaria includo algum conhecimento sobre tica. Para tanto, faz-se necessrio refletir
acerca do que viria a ser um professor profissional, o significado de tica na docncia e o espao ocupado (ou
no) por ela na formao de docentes. O contexto que motiva a realizao dessas discusses um programa
de extenso de uma universidade pblica brasileira, em que alunos do curso de Licenciatura em Letras
Lngua Inglesa (bolsistas) ministram aulas de ingls em turmas formadas por pessoas tanto da comunidade
universitria quanto da comunidade externa universidade. Comportamentos adotados por grande parte dos
bolsistas no que diz respeito s tarefas a serem desenvolvidas por eles no programa evidenciam suas
dificuldades em relacionar a si prprios, durante seu processo de formao e perodo de transio de alunos a
professores, com as novas funes que surgem ao longo de seu fazer/aprender docente. Consequentemente,
pouca ateno tambm dada s implicaes de suas aes ou da falta delas. Tais comportamentos
corroboram, ainda, o pensamento de Freire (2001), segundo o qual, no que se refere formao de
professores, nfase dada ao treinamento tcnico-cientfico em detrimento de uma formao em que se exija
uma compreenso crtica do papel de cada um no mundo.
Palavras-chave: tica, identidade profissional do professor, formao inicial de professores de lnguas.
296
particular de uma instituio com regras e polticas internas, que apesar de irem de encontro s leis as quais
est submetida, possui uma viso singular do ensino oferecido e do papel desempenhado pelos profissionais
que fazem parte de seu quadro profissional. Tendo em vista o objetivo da Fonoaudiologia Educacional de
pensar nas questes da aprendizagem das crianas e adolescentes dentro do espao escolar e criar subsdios
de trabalho tanto para o aluno quanto para o professor, foi desenvolvido um trabalho no qual o fonoaudilogo
pudesse pensar, juntamente com os demais profissionais que compunham a equipe pedaggica, as
possibilidades para que os alunos pudessem caminhar na leitura e na escrita, tornando-se cidados leitores e
escritores com autonomia para circular nos diferentes gneros de escrita.
Portugus como segunda lngua para o surdo: sentidos e significados docentes
Rosangela V. Cassola (PG- PUC/SP)
Partimos da problemtica de que a aprendizagem do Portugus como segunda lngua para o Surdo pode
impactar em seu processo inclusivo escolar e tambm social e para analisar e transformar os sentidos e
significados atribudos pelos professores sobre a lngua e o ensino de lnguas, atravs de uma pesquisa crtica
de colaborao, realizamos primeiramente entrevistas semiestruturadas e em seguida seis sesses reflexivas
de estudo com a professora regente da turma e com a intrprete de um estudante Surdo, sendo que a cada
duas aulas filmadas em sala de aula, realizamos uma sesso reflexiva. Os dados foram registrados atravs de
gravaes em udio e vdeo e no momento contamos com mais dez horas de filmagens das sesses
reflexivas. Estamos realizando a transcrio, a anlise lingustica do material coletado e paralelamente
construindo nosso o referencial terico, o qual perpassa principalmente pela TSHC - Teoria Scio-HistricoCultural de Lev Semenovich Vygotsky (1997, 2007, 2009), e ainda em trabalhos acerca da incluso e da
surdez. Os resultados apontam para a necessidade de modificaes nos currculos, nas prticas pedaggicas,
nas polticas de incluso de alunos com necessidades educacionais especiais e em particular do aluno Surdo e
ainda, na formao dos docentes sobre o ensino de lnguas, neste caso de Lngua Portuguesa como segunda
lngua (na modalidade escrita) e de Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como primeira e ainda, a necessidade
de equilbrio emocional para receber um aluno surdo em sala de aula. Consideramos que o desenvolvimento
dessa pesquisa possua uma grande importncia na compreenso das questes sociais, polticas e
educacionais que tem como objeto de estudo as lnguas, a incluso e a concepo dos docentes sobre as
lnguas.
Prticas de letramento no contexto de ensino de portugus para surdos
Angela Cavenaghi Lessa (LAEL/PUC-SP)
Foi um grande avano para a educao de Surdos o reconhecimento de LIBRAS como sua primeira lngua e
Portugus na modalidade escrita como segunda. A legislao assegura a todos o direito de ingresso na rede
regular de ensino, mas a permanncia e o ensino de qualidade ainda se constituem como questes
fundamentais a serem enfrentadas. nesse contexto que se ancora a pesquisa que ser descrita e discutida
nesta apresentao. A teoria Scio Histrica e Cultural de Vygotsky (1934) e, mais especificamente, a
Defectologia do mesmo autor (1931) sero os pilares tericos fundantes deste estudo e Soares, (2008),
Jolibert & Sraiki (2011) e Rojo (2010) sero as referncias para a anlise dos dados coletados. Foram
realizadas duas entrevistas semi estruturadas com professores que trabalham com o ensino de Portugus em
escolas regulares que tm alunos Surdos inclusos. As gravaes foram ento transcritas e analisadas.
Tambm foram objeto de estudo deste trabalho algumas produes escritas dos alunos Surdos dos
professores entrevistados. Resultados preliminares apontam que ainda h uma grande lacuna entre (a) os
objetivos propostos quanto ao desenvolvimento de competncias e habilidades nas prticas de leitura e escrita
dos alunos em questo, (b) os sentidos-e-significados (Lessa 2010) que os docentes tm sobre suas prticas
pedaggicas e (c) a aprendizagem do Portugus como segunda lngua de forma a capacitar alunos a
participarem das prticas sociais letradas do contexto brasileiro, exercendo assim, sua cidadania.
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298
acima. Este trabalho baseia-se em estudos relativos formao de professores, enfocando fundamentalmente
a questo do ensino-aprendizagem do ingls e da construo da cidadania. Esses temas so baseados na
teoria scio-histrico-cultural vigotskiana, que centrada em uma perspectiva crtica com enfoque no processo
de desenvolvimento dos sujeitos. A pesquisa ser interpretativista que, segundo Trivinos (2008:48), possibilita
esclarecer alguns elementos culturais, como neste caso, os sentidos-e-significados que caracterizam o mundo
vivido dos sujeitos. O macro contexto da pesquisa formado por escolas pblicas da cidade de So Paulo. Os
participantes so professores de ingls da rede que fazem um curso de especializao oferecido na COGEAE
da PUC/SP denominado Prticas Reflexivas e Ensino-aprendizagem de Ingls na Escola Pblica. Os dados
esto sendo coletados por meio da gravao de entrevistas semi-estruturadas realizadas com os participantes.
Estes dados sero transcritos e analisados de acordo com os sentidos-e-significados que deles emergirem.
Espera-se que a principal questo levantada e estudada seja a falta de formao crtica por parte dos
professores que garanta o uso eficaz dos materiais por eles recebidos. Essa questo impossibilita o docente a
compreender, interpretar e analisar o material empregado para que ele possa estabelecer as relaes
necessrias para desenvolver o letramento crtico nos alunos.
Palavras-chave: ensino-aprendizagem de ingls, letramento crtico, formao de professores.
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Palavras-chave: Anlise dialgica do discurso; tom valorativo, alteridade, postura axiolgica, leitura.dialogismo
constitutivo para levantar a alteridade desse sujeito professor de hoje no Brasil.
Ensino de ingls para crianas e formao de professores
Laura Marisa Carnielo Calejon (UNICSUL/ FACCAMP)
Os mecanismos de globalizao e de internacionalizao tornam mais frgeis as fronteiras que dividem
territrios, conhecimentos, estimulando o acesso a novos conhecimentos e novas linguagens. Os recursos
produzidos pela tecnologia criam novos contextos e novas possibilidades de comunicao. A escola, em todos
os segmentos do processo de escolarizao, v-se obrigada a repensar seu papel e sua funo frente aos
desafios do sculo XX. O domnio de uma segunda ou terceira lngua, no caso do ingls, constitui-se um
diferencial para o acesso e manuteno no mercado de trabalho. Em um mundo competitivo, como a
sociedade capitalista esta possibilidade de empregabilidade torna-se muito atraente, ampliando a oferta do
ensino de uma segunda lngua nas grades de ensino fundamental e na educao infantil. Nestas
circunstncias, a formao de professores, assim como a identidade dos diferentes segmentos educacionais
precisa ser repensada. Esta comunicao procura analisar a compreenso do docente sobre a importncia de
dominar o ingls como segunda lngua, a percepo do mesmo sobre a identidade dos diferentes segmentos
de escolarizao, os conceitos de aprendizagem e desenvolvimento humano como variveis relevantes para
compreender a ao pedaggica e as estratgias usadas por professores de ingls tanto no ensino
fundamental ou mdio quanto na educao infantil.
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letramento, o trabalho se embasa nos estudos de Magda Soares (2003). Metodologicamente, este trabalho
segue a concepo de interpretativismo crtico buscando nas relaes humanas as respostas construdas a
cada passo do trabalho. (FIDALGO, 2006)
Palavras-chave: Necessidades educativas especiais; formao de professores de lnguas em/pr-servio;
sndrome de Down.
Formao contnua de professores na perspectiva scio-histrico-cultural
Helosa Mateo (UNIFESP)
Nesta apresentao busco discutir como a formao contnua de professores de lnguas pode levar a uma
superao dos limites da prtica cotidiana e do senso comum. No h reformas educativas, nem inovaes
pedaggicas que substituam uma adequada formao de professores. Esta temtica relevante no quadro
poltico e educacional do Brasil, medida que se verificou uma pedagogia dominante, voltada para as classes
dominantes, ou seja, uma prtica que parece no enxergar o contexto existencial do aluno, a sua plena e
constante interao com o meio e com outros indivduos, crenas, culturas, costumes, condies scio
econmicas, etc. O estudo no qual a apresentao se embasa tem por objetivo maior compreender a
indissocivel relao da formao continuada de professores com aprendizagem do aluno como processo
ativo. O trabalho est fundamentado na educao reflexiva, dialgica do educador Paulo Freire (1921-1997),
na psicologia scio-histrico-cultural de Vygotsky (1930, 1934) e nos estudos da linguagem do filsofo Mikhail
Bakhtin. (1895 - 1975). Em termos metodolgicos, esta pesquisa de cunho crtico, tendo a aes
colaborativas (Magalhes, 2011; Magalhes e Fidalgo, 2010) por norte uma vez que, nessa concepo
metodolgica, todos os envolvidos aprendem e se desenvolvem. Dessa forma, pesquisadores, alunospesquisadores, professores e alunos, juntos constroem o conhecimento no espao de conflito e busca de
consensos que a zona de desenvolvimento proximal.
Palavras-chave: formao contnua de professores de lnguas; perspectiva scio-histrico-cultural; dialogismo
Questes de linguagem e formao de professores: onde anda a incluso?
Sueli Salles Fidalgo (UNIFESP)
Inserido em um paradigma crtico (Freire, 1970; 1996); em uma viso de ensino-aprendizagem que tem como
foco a trade conflito-negociao-transformao (Vygotsky, 1930; 1934; Bakhtin, 1929); em uma viso de
linguagem como arena de conflito (Bakhtin, 1929) e em uma metodologia que v a colaborao (Magalhes,
2011) que ocorre na zpd como um instrumento por excelncia para a modificao dos sentidos e significados
que todos trazem para a sala de aula, este trabalho enfoca o questionamento de aes inclusivas na formao
docente e discente. Foi desenvolvido em dois espaos: (1) em um projeto de extenso desenvolvido em uma
parceria entre a Universidade e uma escola pblica da Grande So Paulo com o foco na formao lingusticodidtica de professores de lnguas e (2) em um grupo de estudos intitulado Formao do professor para o
trabalho com incluso desenvolvido ao longo do ano de 2012. Enfocando os pressupostos da pesquisa crtica
de colaborao (Magalhes, 2011), esses espaos de formao so tambm momentos para elaborao de
material para alunos com NEE e momentos de discusso terico-prtica acerca das aes escolares. Alm da
pesquisadora-formadora, participam do trabalho professores de lnguas; alunos de Letras desenvolvendo suas
pesquisas ou projetos de extenso, assim como alunos com necessidades especiais. Em ltima instncia, os
espaos de formao aqui citados buscam promover loci em que os alunos ditos includos no fiquem isolados
desenhando ou simplesmente olhando para o que acontece na escola, sem que tenham qualquer participao
na atividade social que est sendo realizada na sala de aula. Encontrar uma ao que possa ser realizada pelo
aluno com necessidade especial como membro participante da atividade social realizada permitir que esse
aluno seja tambm agente de seu desenvolvimento porque permite que ele crie quem ele ao ser quem ele
no (Vygotsky, 1934; Holzman, 1997).
Palavras-chaves: incluso social-escolar; formao crtica de professores; incluso pela linguagem
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esse recorte: 1) a configurao da literatura como arte da linguagem que tem uma natureza esttica e uma
funo social; 2) a leitura do texto literrio como ao emancipatria. Segundo Gadotti (2005, p.3), Toda
educao , de certa forma, educao formal, mas [...] A educao no-formal tambm uma atividade
educacional organizada e sistemtica, mas levada a efeito fora do sistema formal. Assim sendo o ensino da
literatura visto pela tica da no-formalidade trouxe como primeiros resultados uma nova alternativa para a
formao de leitores no que concerne fruio do prazer esttico e, ainda,
na provocao do
autoconhecimento como elemento desencadeador de uma necessidade de conhecimento. Em segundo lugar,
relevante a implicao que essa postura pedaggica faz na sala de aula da educao formal, produzindo
novas intervenes nas abordagens metodolgicas tanto na leitura do texto literrio como no ensino de
literatura.A pesquisa, de carter qualitativo-interpretativo, se desenvolveu por meio da anlise das avaliaes
realizadas nos portflios organizados pelos alunos estagirios ( entre o segundo semestre de 2009 e o primeiro
semestre de 2012) e tambm pela coleta de depoimentos dos alunos participantes da oficinas propostas.Dessa
forma, os resultados referendam a educao no-formal como mais uma possibilidade de incluso e de
cidadania.
Palavras-chave: educao no-formal, literatura, leitura, cidadania.
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CONTINUAR COLABORANDO:
LNGUA E TECNOLOGIA NO PROJETO CONTINUAO COLABORATIVA (CONCOL)
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participants of ConCol. The ETAs wrote a narrative about their experiences in which they state their perception
about themselves in relation to ConCol participants , the work that they have been doing, what they notice in the
teachers process of learning and in their own process as teachers who are learning to teach. The use of
material anchored in Critical Literacy (in OCEM) is acknowledged by the ETAs as they define their classes as
having a content-based approach in which texts and videos about topics that may be significant in the lives of
the teachers and their students are chosen, such as stereotypes, bullying, new teaching paradigms, among
others. The planning of classes happens under collaborative and exploratory supervision which evolves
naturally during conversations with two English professors at UFMG. Both ETAs see themselves as
inexperienced teachers who know how to use the English language giving classes to experienced teachers who
are inexperienced in speaking English because they havent had enough opportunities to use the target
language. The ETAs notice their role as native speakers in the eyes of the teachers as paramount: the teachers
are able to validate their knowledge of the English language when they understand native speakers and are
understood by them. Similarly, the ETAs conclude that their class planning and their actions during the class
have been validated by the teachers. In that perspective of mutual partnership, both ETAs acknowledge the
environment of sharing and collaboration during the classes rather than that of traditional classes dominated by
a clear teacher-student division.
Key-words: Teaching-Learning process; lesson plan; Validation
O princpio de responsabilidade na lngua que ensino/aprendo: anlise da relao do professor com as
aulas de ingls no CONCOL
Valdeni da Silva Reis (UFMG)
Dentre os inmeros desafios vivenciados por professores de Ingls como Lngua Estrangeira no Brasil, est o
fato de tais profissionais se verem, muitas vezes, no lugar daqueles que devem ensinar uma lngua que ainda
lhes estranha. A educao continuada, alm de abrir possibilidades terico-metodolgicas a seus
participantes, possibilita tambm o aprimoramento lingustico necessrio para que o professor assuma
definitivamente sua posio. Nesse sentido, a presente comunicao objetiva investigar, sob a perspectiva
discursiva, os efeitos de sentido mobilizados pelos professores de lngua inglesa, participantes do projeto
CONCOL, a partir de seu contato com aulas de lngua ministradas por duas americanas bolsistas
Capes/Fulbright em um dos mdulos do projeto. Principalmente apoiados no conceito de responsabilizao e
nos conceitos referentes produo de efeitos de sentido, discurso, sujeito e interdiscurso, sero analisados
enunciados de professores, no intuito de explorar o modo como eles significam essa experincia,
ressignificando sua prtica e seu modo de a se inscreverem. A metodologia utilizada a anlise discursiva
ancorada, sobretudo, no dispositivo analtico das Ressonncias Discursivas (SERRANI-INFANTI, 2001). A
anlise nos aponta que a aula de lngua inglesa ocupa o espao central dentro do projeto, mobilizando o fazer
do professor, deslocando suas limitaes e a forma de se constituir como professor de LI em sua prpria sala
de aula. Tal experincia , ento, significada pelos professores como enriquecedora, como oportunidade de
prtica e de contato com outra cultura, e, de modo instigante, como elemento que valida sua prtica, uma vez
que lhe garante o desenvolvimento de sua confiana e sua segurana ao enunciar na LI. Por fim, observamos
a constituio de um espao no qual o professor se enxerga a partir da prtica do outro, estabelecendo uma
rede de apoio em que angstias, desafios, limitaes, mas tambm sucessos so compartilhados e servem de
alimento para novas investidas.
Palavras-chave: Responsabilizao, aulas de ingls, formao continuada.
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SIMPSIOS
REPRESENTAES SOBRE O TRABALHO COM LNGUAS PARA FINS ESPECFICOS
Coordenador: Ana Paula Marques Beato-Canato (UFRJ)
As disciplinas dos cursos de Letras comumente no tm incorporado discusses sobre a formao de
professores e tm se preocupado exclusivamente com contedos sobre lngua e literatura sem estabelecer
articulaes entre tais contedos e a atividade a ser desempenhada pelos futuros profissionais (DAHER;
SANTANNA, 2009). Nesses contextos, comumente, o trabalho com lnguas para fins especficos tm sido
ignorado, embora seja atribuio de muitos professores em servio e seja disciplina obrigatria ou optativa em
muitos cursos de ensino mdio-tcnico profissionalizante (caso dos Institutos Federais, por exemplo) ou de
graduao. Inseridos nesse contexto, em nosso simpsio, temos a inteno de problematizar tal situao. Para
isso, as comunicaes que o compem versaro sobre os seguintes objetivos especficos: a) analisar ementas
de cursos de Letras de diferentes instituies a fim de identificar as representaes sobre a formao de
professores para o trabalho com lnguas para fins especficos; b) apresentar desafios do trabalho com lnguas
para fins especficos e implicaes para a formao de professores; c) expor (res)significaes de alguns
programas de lnguas para fins especficos, a partir de nossas experincias. Com esses trabalhos, esperamos
colaborar para as reflexes sobre o processo de formao de professores no que concerne sua atuao como
docente de lnguas para fins especficos.
Palavras-chave: lnguas para fins especficos; formao de professores; (res)significaes
Desafios do trabalho com ingls para fins especficos:
algumas implicaes para formao de professores.
Lucas dos Anjos Santos (UEL)
Os currculos dos cursos de Letras, de modo geral, no contemplam questes voltadas para formao de
professores para atuar em contextos de ensino de lngua inglesa com fins especficos. Muitos dos profissionais
que se enveredam para essa rea de atuao enfrentam grandes dificuldades e desafios no que concerne s
caractersticas singulares desse contexto profissional. Monteiro (2009) aponta a existncia de uma grande
demanda de profissionais para o ensino de ingls para fins especficos e a necessidade de investigar prticas
de formao continuada que se voltem para tal nicho. Levando isso em considerao, o objetivo deste trabalho
discutir desafios, dificuldades e potencialidades do trabalho do professor de ingls para fins especficos bem
como implicaes para formao de professores. Baseado no quadro terico-metodolgico do Interacionismo
Sociodiscursivo (BRONCKART, 2006; 2008), defendemos que compreender as mltiplas facetas do trabalho
do professor e suas (re)configuraes pode engendrar prticas profissionais mais condizentes e adequadas
(MACHADO, 2009; MACHADO, 2004). Os dados coletados so compostos de relatos de experincia
produzidos por professores em servio sobre sua prtica profissional com lngua inglesa para fins especficos e
os principais desafios enfrentados. As anlises se baseiam nos procedimentos textuais e discursivos do
Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2003). Esperamos contribuir para a formao de professores de
lngua inglesa para fins especficos e para fomentar a discusso sobre os desafios desse nicho profissional em
tempos contemporneos.
Palavras-chave: ingls para fins especficos; formao de professores.
Anlise de programas de ensino de ingls para fins especficos
Raquel Gamero (UEL/ PPGEL)
O ensino de ingls para fins especficos tem sido muito bem aceito tanto nacional quanto internacionalmente.
No Brasil, teve sua porta de entrada na dcada de 70, com o Projeto Nacional de Ingls Instrumental,
coordenado pela professora Dra. Celani, que coordenava o programa de Lingustica Aplicada da PUC no
momento. A partir de sua insero no ensino de lnguas de nosso pas, muitos tm sido os desdobramentos
dessa perspectiva de ensino. Nesta comunicao, delimito meu escopo a anlise dos programas de Ensino de
Ingls para Fins Especficos, vigentes nos anos de 2011 e 2012, em meu contexto de atuao profissional,
313
uma universidade estadual do norte do Paran, a fim de identificar as representaes desse coletivo de
trabalho a respeito do escopo das disciplinas em questo. Dessa forma, por meio de uma anlise documental,
foi possvel levantar contedos privilegiados, metodologias de ensino e formas de avaliao predominantes
nesses programas. A anlise desenvolvida foi o levantamento de contedo e a interpretao desses
contedos a luz da anlise do contexto de produo de tais programas. Os resultados dessa investigao
apontam, ainda preliminarmente, para a forte presena do ensino de leitura instrumental e de contedos
bastante amplos. Consideramos que os resultados obtidos nos do um panorama da compreenso de todo um
coletivo a respeito do assunto, uma vez que nessa instituio os professores determinam seus prprios
programas, mas passam pela aprovao do seu coletivo, por outro lado, percebe-se tambm um movimento de
mudanas de concepo desse ensino nos programas mais recentes.
Palavras-chave: lngua para fins especficos; programas de ensino; representaes
Representaes sobre a formao de professores: lnguas para fins especficos
em ementrios de cursos de Letras
Ana Paula Marques Beato-Canato (UFRJ)
Eliane Segatti Rios-Registro (UENP)
Daher e SantAnna (2009) alertam que os cursos de Letras frequentemente no tm incorporado discusses
sobre a formao de professores, o que tem ficado a cargo das faculdades de Educao. Nesses contextos, as
disciplinas que compem o curso de Letras focam exclusivamente contedos sobre a lngua e a literatura, sem
que sejam estabelecidas relaes com questes pedaggicas. Sabendo que os textos prescritivos exercem
uma funo determinante no trabalho do professor e nas suas representaes e, consequentemente, tornamse componente integrante da atividade docente (AMIGUES, 2004), decidimos investigar como nossos cursos
esto organizados. Nossa comunicao constitui-se um recorte de nossos estudos e se prope a apresentar as
representaes sobre a formao de professores para o trabalho com lnguas para fins especficos. Para
alcanarmos nossos objetivos, analisamos os ementrios das instituies em que atuamos e contrapomos tais
documentos a textos prescritivos de mbito nacional, que se preocupam- com a formao de professores.
Assim, a pesquisa, de cunho qualitativo descritivo, tem como corpus documentos prescritivos e utiliza a anlise
documental como tcnica de abordagem dos dados. Por meio de tais investigaes, identificamos informaes
factuais, que contribuem para a compreenso das representaes em estudo e para o entendimento do
sistema organizacional de nossas instituies, dos objetivos dos cursos e das formas de interagir. Ensejamos,
assim, fornecer subsdios para mudanas e para reflexes em nossa rea de maneira mais ampla.
Palavras-chave: formao de professores; lnguas para fins especficos; ementrios
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Assistir filmes, ler, ouvir msicas, estudar bastante em casa e falar o quanto puder: crenas de uma
professora de lngua inglesa em formao sobre ensino/aprendizagem de ingls
Aurelia Emilia de Paula Fernandes (FDV)
Este trabalho apresenta resultados parciais do projeto de pesquisa Desvendando as crenas sobre
ensino/aprendizagem de lngua inglesa de alunos, ingressantes e concluintes, de Letras (Ingls): um estudo
comparativo, realizado na Universidade Federal de Gois, Campus Jata. O objetivo geral foi analisar algumas
crenas de uma professora de lngua inglesa em formao concluinte do curso de Letras (Ingls) e os
especficos foram: 1) fazer um levantamento de algumas das crenas da referida participante; 2) categorizar
essas crenas em classes relativas ao processo em questo; e (3) verificar as semelhanas e diferenas entre
a crena da acadmica e as tradicionalmente encontradas na literatura especfica. O referencial terico apoiouse em pesquisas no campo de ensino/aprendizagem de lnguas estrangeiras que tm como foco de
investigao o construto crenas. O trabalho realizado foi de cunho qualitativo, optando-se pelo estudo de
caso, uma das vrias modalidades da pesquisa qualitativa. Questionrio do tipo semi-aberto, narrativa e
entrevista semi-estruturada foram os instrumentos utilizados. Os resultados indicam que a formanda parece
possuir as seguintes crenas, dentre outras: (a) a parte mais importante no ensino/aprendizagem de lngua
inglesa a gramtica porque ela fez com que meu ingls tivesse um desenvolvimento. Foi a partir da
aprendizagem da gramtica que eu consegui evoluir nas outras habilidades tambm, (b) o bom professor de
ingls dinmico e tenta, ao mximo, levar o contedo de uma forma fcil pros alunos assimilarem com a
realidade deles, (c) o bom aprendiz de lngua inglesa esforado, investigador, autnomo, (d) o lugar mais
apropriado para se aprender ingls o curso livre porque eu acho que o ensino mais focado nas quatro
habilidades e elas so cobradas e (e) o curso de Letras (Ingls) no fcil e importante ter uma noo boa
sobre a lngua para facilitar aprendizagem e no sofrer tanto.
Palavras-chave: Ensino/aprendizagem de ingls; Crenas; Formao de professores.
Crenas dos gestores e a situao paradoxal
em que se contra o ensino de Lngua Inglesa na Escola Pblica.
Tatiana Diello Borges (FDV)
Neste trabalho, recorte de minha dissertao, defendida em 2011, apresento primeiramente, o arcabouo
terico, o qual se apia em estudos sobre o ensino de Lngua Inglesa nas escolas pblicas e o conceito de
crenas dentro da Lingustica Aplicada. Em segundo lugar, a metodologia utilizada, ou seja, pesquisa
qualitativa de base etnogrfica e posteriormente discuto os dados, relacionando as crenas identificadas, a
saber: a) as crenas dos gestores sobre ensino e aprendizagem de LI no ensino fundamental e mdio; b)
crenas dos gestores sobre o ensino de LI na escola pblica e c) crenas dos gestores sobre o professor de LI.
Os resultados sugerem que os gestores consideram a aprendizagem de Ingls muito importante e acreditam
que o ensino de LI nas escolas deveria comear mais cedo. Com relao s crenas sobre aprender Ingls na
escola pblica, os gestores acreditam que, ao contrrio da escola particular, as condies vivenciadas na
pblica (carga horria reduzida, falta de material pedaggico e discriminao da LI) so desfavorveis. Em
relao s crenas dos gestores sobre o professor de LI, as supervisoras acreditam que h despreparo para
ensinar de forma efetiva. Porm os gestores, em nenhum momento, apresentam disposio para auxiliar os
professores que desejam se preparar de forma mais eficaz. Diante da complexidade do problema e
considerando que a aprendizagem no acontece somente entre alunos e professores em uma sala de aula,
procuramos neste trabalho contribuir para uma reflexo sobre as crenas dos gestores, e o impacto que elas
podem exercer sobre o corpo docente de um modo geral, j que estes assumem uma posio de poder.
Ademais, sugerimos que mais pesquisas sobre crenas no contexto institucional incluam tambm diretores,
supervisores, orientadores e coordenadores.
Palavras-chave: Crenas; Ensino de Lngua Inglesa, Gestores.
Crenas de professores de espanhol de escolas regulares em relao ao uso das novas tecnologias
Vnia Aparecida Lopes Leal (FDV)
O objetivo deste trabalho investigar crenas relacionadas ao uso das TICs (tecnologias da informao e
comunicao) de professores de lngua espanhola nas escolas regulares de uma cidade do interior do estado
de Minas Gerais e de uma cidade do interior do estado do Rio de Janeiro. O estudo busca tambm pesquisar
em que medida essas crenas configuram o uso e o no uso das TICs, relatadas pelos professores
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pesquisados, nas aulas de lngua espanhola. A pesquisa foi realizada com quatro professores de lngua
espanhola da rede particular de ensino, sendo que dois deles no tm formao acadmica na rea de Letras
e os outros dois so professores formados em licenciatura em Letras com habilitao em espanhol/portugus.
Os dois ltimos esto em vias de terminar um curso de ps-graduao lato sensu em ensino de lngua
espanhola. Os dados foram obtidos atravs de um questionrio semiestruturado e de uma entrevista realizada
aps a aplicao dos questionrios. Os resultados revelam que os professores reconhecem a importncia das
TICs no processo de ensino/aprendizagem de Espanhol como lngua estrangeira, enfatizam usar vrios
recursos, mas, no entanto, apresentam crenas que desfavorecem o uso mais eficientes das TICs em salas de
aula. O trabalho traz como contribuio uma ampliao dos estudos sobre crenas de forma a proporcionar
reflexo sobre concepes que possam impedir avanos nos processos de ensino e aprendizagem coerentes
com novas tecnologias.
Palavras-chave: Crenas, TICs, Lngua Espanhola.
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revelar o percurso profissional. Nesse sentido, segundo S-Chaves (2004), a sistematizao das prticas, em
formato de portiflio, possibilita ao professor tomar conscincia daquilo que emerge do cotidiano, ampliando
seu quadro de referncias e favorecendo a compreenso contextualizada dos eventos, em um movimento de
recriao da teoria na prtica e da prtica na teoria (SCHN, 1993).Tendo em vista as diversas
potencialidades pedaggicas de uso de portiflios na formao docente (ALARCO, 2001, 2003; S-CHAVES,
2004), o objetivo deste trabalho discutir de que forma o processo da escrita dialogada dos portiflios tem
contribudo para a construo e (re) construo de sentidos sobre e para a prxis docente. A discusso parte
de anlises de portiflios da rea de Letras, produzidos entre 2010 e 2012, que buscaram compreender: a) os
processos interpretativos sobre a prtica docente e b) os sentidos relacionados profissionalidade docente. Os
resultados iniciais sinalizam que a formao de futuros professores, construda dentro da profisso (NVOA,
1992), propicia processos interpretativos sobre a prpria prtica. Nesse sentido, o portiflio tem sido um dos
instrumentos que favorece processos mais reflexivos de construo e (re) construo de sentidos sobre a
docncia.
Palavras-chave: docncia; reflexo; portiflio.
Circulando entre espaos de atuao docente: o processo de implementao do PIBID
em uma escola municipal pela perspectiva da interculturalidade
Cibele Cecilio de Faria Rozenfeld
Paula Ferraz Pacheco
(UFSCAR)
O PIBID, Programa Institucional Brasileiro de Iniciao Docncia, vem sendo implementado por diferentes
universidades e departamentos em escolas pblicas, em uma tentativa de aproximar licenciandos dessa
realidade educacional e das prticas de sala de aula e de obter uma melhoria do ensino nas escolas e uma
formao inicial articulada prtica docente. Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir as fases de
implementao do PIBID por um grupo de bolsistas em uma escola municipal, tendo em vista a constituio
dos espaos de atuao docente disponibilizados pelos professores/licenciandos e analisar algumas
dificuldades encontradas nesse processo por uma perspectiva intercultural. A escolha pelo referencial terico
da interculturalidade, amplamente utilizado em trabalhos do campo do ensino de lngua estrangeira, se deu
pelo fato de verificarmos, no processo de implementao do programa, a presena de tenses no confronto de
duas culturas institucionais distintas: a cultura escolar e a acadmica. A fim de compreendermos melhor tais
tenses, buscamos nos apoiar em estudos que discutem questes da interculturalidade e que apontam para a
importncia da compreenso da alteridade (WEIER, 2002; BAUSINGER, 1998), com o intuito de desconstruir
possveis preconceitos e imagens depreciativas da cultura do outro. Alm disso, apoiamo-nos em estudos que
advogam a importncia de uma formao crtico-reflexiva de professores (SCHN, 1983, 1987; PIMENTA,
2002; PERRENOUD, 1999) e em Dewey (1959), que postula o valor da experincia na construo do
conhecimento e nos d indcios da importncia do PIBID na formao inicial dos professores. Apoiado nos
estudos tericos mencionados, analisamos os portiflios de licenciandos bolsistas, buscando caracterizar seus
espaos de atuao e discutir as reflexes e os conflitos interculturais representados em seus relatos. Os
resultados apontam para um estranhamento inicial entre as culturas envolvidas e um processo subsequente
de desestranhamento mtuo (cf. ROZENFELD e VIANA, 2011), que culminou na ampliao da atuao dos
bolsistas na escola.
Palavras-chave: prtica docente; formao inicial de professores; interculturalidade
319
do PIBID. O primeiro trabalho analisa o discurso que vem sendo produzido sobre a escola e na escola em
prticas discursivas das quais participam os estudantes da licenciatura em Letras/Ingls, o professor
colaborador da escola e a formadora de professores. O segundo trabalho aborda as possibilidades de
constituio de um espao de formao continuada de professores no subprojeto da UNEB Campus X.
Assim, por meio de anlises de cartas de duas professoras da Educao Bsica manifestando interesse nas
vagas de superviso e em registros das reunies semanais do grupo, evidencia-se a correlao entre a
colaborao e a formao continuada, de modo a oportunizar tambm a aproximao da universidade e da
escola. O terceiro trabalho discute a mudana no processo de produo de textos avaliativos quando dela
participam no apenas os professores em formao e o professor colaborador, mas tambm o aluno da
educao bsica. A discusso desses trs trabalhos pretende contribuir para estabelecer relaes entre a
linguagem que se estabelece nas prticas de formao e de ensino de lnguas e os processos de mudana nas
polticas educacionais.
Debriefings e dirios reflexivos: instrumentos potencializadores
da prxis transformadora
Adriana Grade Fiori Souza (UEL)
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma anlise sobre como se caracterizam e se transformam os
espaos de formao constitudos pelo PIBID, no subprojeto de Letras-ingls iniciado em junho de 2011, em
uma Universidade Estadual do Paran. Para tanto, duas atividades foram privilegiadas: debriefings sobre a
experincia de ensino colaborativo na disciplina de lngua inglesa, realizada no 3 ano do Ensino Mdio, e
dirios reflexivos sobre os grupos de estudo conduzidos pelos integrantes do referido subprojeto. Tais
atividades se inserem na prxis de ensino-aprendizagem colaborativa adotada e so aqui entendidas como
potencializadoras de aprendizagem expansiva, segundo a definio proposta por Engestrm (1987; 1999).
Pretende-se, a partir da anlise crtica do discurso como uma recontextualizao da prtica social (Fairclough,
2003; van Leeuwen, 2008), tecer reflexes sobre o discurso produzido sobre/na/com a escola, e suas
implicaes. Espera-se que os resultados permitam compreender as relaes entre os processos
sociocognitivos, as mudanas discursivas e a natureza das prticas sociais investigadas, de forma a contribuir
para a construo de conhecimento compartilhado sobre as possibilidades e os limites do ensinoaprendizagem de ingls na escola pblica, bem como para o desenvolvimento profissional dos professores
formadores, colaboradores e novatos, alm de sinalizar a urgncia do estreitamento da relao universidadeescolas no setor educacional.
Palavras-chave: prxis; discurso; transformao.
O subproejto PIBID de lngua inglesa da UNEB campus Teixeira de Freitas: possibilidades de criao
um espao para formao continuada de professores
Cleber Vanusa Santos do Vale
Luciana Cristina da Costa Audi
Shirley Martins dos Santos
Taisa Pinetti Passoni
Tendo em vista a importncia da Lngua Inglesa no contexto atual, o professor da Educao Bsica v a
necessidade de assumir e se comprometer com a melhoria dos seus conhecimentos e sua atuao na sala de
aula, o que demonstra a relevncia de uma formao continuada. Nesse cenrio surge a parceria entre a
UNEB ( Universidade Estadual da Bahia) Campus / Teixeira de Freitas BA, e as professoras de Lngua
Inglesa do Ensino Fundamental II e do Ensino Mdio do Colgio Estadual Democrtico Ruy Barbosa por meio
da participao no projeto PIBID. Nessa perspectiva, este trabalho apresenta um olhar sobre a contribuio do
PIBID na formao continuada do professor bolsista de superviso no subprojeto Inovao Curricular e
Formao de Professores de Lngua Estrangeira o qual pauta-se na aprendizagem por meio da colaborao.
Para tanto, inicialmente, nossas anlises tm como base as cartas enviadas por duas professoras da
Educao Bsica externando o desejo de participar como professoras bolsistas de superviso. Alm disso, so
analisados excertos de algumas transcries das reunies que acontecem semanalmente, as quais
apresentam as falas das professoras j no papel de supervisoras no subprojeto. Utilizamos como base terica
os autores que abordam o referencial da aprendizagem colaborativa de professores e estudos que tratam da
formao continuada. Os resultados apontam que nessa iniciativa formao e colaborao caminham em uma
320
via de mo dupla.
Palavras-chave: Formao Continuada; Trabalho Colaborativo; PIBID.
Mudanas nas prticas discursivas do ensino de lnguas na educao bsica
e da formao de professores de ingls situada na escola pblica
Camila Cristiane Clivati Sodr (CEEP Maria do Rosrio Castaldi)
Denise I. B. Grassano Ortenzi (UEL)
Estudos realizados sobre o de ensino de lnguas na educao bsica pblica tm contribudo para representar
esse contexto como um lugar que no apresenta condies adequadas para a aprendizagem da lngua
(ASSIS-PETERSON & SILVA, 2011; GASPARINI, 2005; LIMA, 2011). Outros estudos sinalizam para crenas
dos prprios alunos que reforam essa representao (DIAS & ASSIS-PETERSON, 2005; LEFFA. 2007;
MIRANDA, 2005). Mesmo assim, milhes de alunos brasileiros, a cada ano, so promovidos para a srie
subsequente com notas que atestam aproveitamento suficiente para prosseguir em seu percurso escolar.
Parece haver um descompasso entre a avaliao realizada pelos professores e aquela realizada pelos alunos.
Essa constatao levou um grupo de bolsistas de iniciao docncia do PIBID da rea de Ingls, do qual
fazem parte uma formadora de professores, uma professora de ingls do ensino mdio, e oito professores em
formao inicial, a investigar formas inovadoras de se avaliar em que tambm o aluno da educao bsica
passasse a atuar como produtor dos textos de avaliao. O objetivo deste trabalho apresentar resultados de
intervenes realizadas nessa direo em que foram analisados os textos produzidos na atividade de ensino,
bem como os instrumentos empregados para medi-la. Os dados advm de aulas de lngua inglesa em turmas
de ensino mdio, gravadas e transcritas. Pretende-se evidenciar mudanas nas prticas discursivas do ensino
de lnguas na educao bsica e da formao de professores situada na escola pblica e, para tanto, o estudo
se fundamenta no referencial terico da Anlise Crtica do Discurso conforme proposta por Fairclough (1992)
que oferece ferramentas para se discutir processos de produo, distribuio e consumo de textos em sua
relao com prticas sociais. Os resultados apontam que a participao dos alunos como co-produtores de
sua avaliao contribui para minimizar padres de dominncia e subordinao que a escola tradicionalmente
reproduz.
Palavras-chave: colaborao; inovao; ensino de lngua inglesa.
321
322
significativo e emancipatrio (ROCHA, 2012, 2010; SILVA, ROCHA & TONELLI, 2010; FREIRE, 2004).
Protagonismo docente e o Programa de Incentivo Docncia PIBID:
um olhar para as relaes entre discurso e poder
Elaine Mateus (UEL/ Fundao Araucria)
Michele Salles El Kadre (UEL / CAPES)
A educao de professores de lnguas no contexto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia
PIBID uma das iniciativas pblicas de fomento ao magistrio que se realiza por meio de projetos
instanciados na interface universidades/escolas. Neste cenrio, as representaes sobre atores sociais e
projees de aes e papis sociais (FAIRCLOUGH, 2003, 2005, PARDO ABRIL, 2007, VAN LEEUWEN,
2008), texturizadas em sub-projetos escritos por professores universitrios, configuram-se como prticas
discursivas de relevncia para anlise e compreenso das relaes entre conhecimento, poder, tica
(FOUCAULT, 1994). Com isso em mente, este trabalho visa a apresentar e discutir uma anlise de 8 subprojetos PIBID- licenciatura ingls de 6 universidades brasileiras com o intuito de refletir sobre as projees de
trabalho com/para/na/escola/professores e problematizar as relaes ali presentes. A anlise dos subprojetos
deu-se a partir de relaes semntico-lexicais, com maior nfase sobre a categoria analtica nominalizao. Os
resultados apontam para a necessidade de se refletir sobre as relaes entre mudanas sociais potencialmente
originadas/constrangidas nos/pelos discursos projetivos e as (in)coerncias com prticas democrticas e
emancipatrias de desenvolvimento de professores.
323
de uma maneira quase natural, diferentemente do que observado, quando trabalhamos com alunos mais
velhos. O homogneo e o calculvel so da ordem da lngua enquanto sistema estratificado. J a trajetria do
inesperado no mensurvel, singular, de cada sujeito. Aprender a escutar (no sentido psicanaltico) os
aprendizes, seus desejos, seu gozo ao adentrar uma nova discursividade uma perspectiva diferente de tentar
entender o complexo processo de aprendizagem de lnguas e evitar a excluso daquele que foge
homogeneidade.
Palavras-chave: Psicanlise; lngua materna; alngua; ensino e aprendizagem de lnguas.
Indisciplina e excluso: o embate entre surdos
Jennifer Galvo Cezar (UNITAU/SP)
Uma questo bastante polmica no contexto educacional a indisciplina dos estudantes que frequentam as
salas de aula que so objetos de excluso. Tem sido comum nas diversas mdias a divulgao das constantes
queixas dos professores acerca da quase impossibilidade de realizao de seu trabalho devido a esse embate
que vem permeando a relao professor-aluno. A nossa hiptese a de que a indisciplina se instaura no por
problemas de ordem meramente pedaggica, mas tambm por questes de ordem psicanaltica.
Especificamente, esta pesquisa trata do desejo, de que fala Lacan, como um dos componentes para existir a
aprendizagem: desejo daquele a quem o conhecimento falta e desejo do professor que ensina. Nesse nterim,
acredita-se na implicao do professor em seu ofcio de ensinar, revelando-se um sujeito faltante e atentandose para a relao de transferncia. Alm dos conceitos de psicanlise lacaniana, esse estudo ancora-se na
anlise do discurso de linha francesa para compreender esse universo ps-moderno, estruturado em relaes
horizontais, nas quais so formados os estudantes, visto existir uma relao dissonante e por vezes conflituosa
com os professores, geralmente, afeitos a uma estrutura verticalizante de sociedade. Assim, o objetivo desse
trabalho foi o de investigar possveis pontos geradores do enfrentamento na relao professor-aluno. Para
tanto, procedeu-se a uma pesquisa de campo numa unidade escolar onde se coletaram e analisaram os
discursos de diretores, professores, estagirios e alunos. O resultado traduz-se num processo de escuta quase
inexistente; ambos falam, mas no se escutam. Nessa relao de resistncia, no h espao para ocorrer a
necessria transferncia. O aluno no v o professor como suporte de investimento de afeto, no lhe
outorgando o lcus de autoridade. Disso decorre o no desejo de aprender, visto o aluno no tomar o professor
como sujeito de todo saber sobre si, logo, nada h que se saber daquele que no se supe saber.
Palavras-chave: professor-aluno Anlise do Discurso Psicanlise transferncia
Incluso Escolar: o professor e a subjetividade
Letcia Elaine Cornlio Rosa (UNITAU/SP)
Embora o discurso da incluso venha sendo amplamente discutido, segundo os estudiosos do assunto, sua
adoo de fato no tem sido percebida. Se nas empresas a incluso se faa por meio das cotas obrigatrias,
no universo escolar, a incluso se faz por meio e um discurso de ordem da tica e da cidadania. A percepo
de que, embora os professores afirmem a positividade e a necessidade da adoo da incluso, no deixam de
mencionar a incapacidade/despreparo para ensinar os alunos de incluso constituiu o problema de pesquisa. A
nossa hiptese para essa contradio que repetem um discurso de um ideal de homogeneizao prprio do
processo educacional e dificuldade em aceitar o diferente de si. Fundamentando-se na Anlise de Discurso
Francesa (ADF) e em conceitos de psicanlise, analisou-se um corpus de pesquisa constitudo a partir de
respostas a um questionrio e entrevistas com professores acerca da experincia com alunos de incluso.
Resultados da pesquisa confirmaram a regularidade discursiva da repetio de um discurso da falta de preparo
em sua formao como professor de lnguas. Submetido a uma escuta em sua especificidade lacaniana, a
anlise revelou que o encontro com o diferente de si suscita a deflagrao de um no saber sobre si que por
sua vez produz um estranhamento de si mesmo.
Palavras-chave: Anlise do Discurso; psicanlise; incluso
Excluso de Nelson Rodrigues da sala de aula: o temor da singularidade
Lus Felipe Figueiredo (UNITAU/SP)
324
de inegvel saber a enorme contribuio de Nelson Rodrigues para a literatura brasileira. anlise de
Magaldi (2004), Nelson Rodrigues o mais importante dramaturgo do teatro moderno brasileiro. No entanto
esse escritor no imaginrio coletivo marcado pela alcunha de abominvel, sendo pouco ou quase nunca
usado em sala de aula. Assim, da excluso de um escritor to singular da dramaturgia contempornea dos
planejamentos escolares se estabeleceu o problema desta pesquisa. A hiptese para sua excluso da sala de
aula que, embora se sustente em um discurso moralista, o professor tocado em aspectos de sua
singularidade e tem a sensao de lidar com uma leitura desagradvel (para usar um vocbulo parelho a ideia
do Teatro Desagradvel de NR). O objetivo da pesquisa analisar o discurso de professores de lngua materna
frente pea lbum de Famlia, primeira obra do ciclo de peas constitutivas do Teatro Desagradvel
rodriguiano e nele encontrar indcios de efeitos da leitura desagradvel e de aspectos de sua singularidade o
que os leva a excluir o autor de seu planejamento. Baliza a anlise a perspectiva discursiva da anlise do
discurso e conceitos da psicanlise lacaniana. Resultados, ainda que preliminares, levaram concluso de que
o discurso moralista imbricado com discurso protecionista (na relao professor-aluno) se apresentou como
regularidade discursiva. Alm dessa regularidade, fizeram-se perceber lapsos que denunciam um saber que
no se sabe e requerem do professor formador uma escuta em sua especificidade lacaniana.
325
identidade social e de motivao cedem espao aos conceitos de identidade e investimento como defendidos
por Norton (1995, 2006, 2010). Com o passar do tempo, somadas s noes de identidade e investimento,
questes como a de globalizao (Block e Cameron, 2002; Block, 2004) e de anti-imperialismo passam a fazer
parte das pesquisas realizadas pelo Projeto EAISA (Ensino e Aprendizagem de Ingls em Sala de Aula)
coordenado pela autora do trabalho aqui apresentado. Conduzido junto aos professores de ingls em formao
em uma universidade federal localizada no extremo sul do pas, o Projeto EAISA revela identidades, desejos e
aspiraes profissionais expressas no discurso de seus participantes. Para tanto, a pesquisadora lana mo de
entrevistas, da aplicao de questionrios online e da elaborao de dirios reflexivos produzidos em lngua
inglesa. De acordo com resultados parciais, esta pesquisa aponta para a existncia de ambivalncia no
investimento dos participantes no que se refere aprendizagem de ingls como LA em sala de aula.
Palavras-chave: identidade; investimento; aprendizagem de Ingls
A construo discursiva da identidade de futuros professores de ingls:
um estudo em Mato Grosso do Sul
Joo Fbio Sanches Silva (UEMS/FUNDECT/UFSC-PG)
Gloria Gil (UFSC)
Identidade, investimento, resistncia e comunidades imaginadas so construtos que recebem cada vez mais
ateno no campo de investigao da Lingustica Aplicada, enfatizando seu carter dinmico e fluido. Dentro
deste contexto ps-estruturalista, este trabalho apresenta um estudo qualitativo que parte dos conceitos
mencionados, baseando-se nos trabalhos de Anderson (1991), Norton Peirce (1995), Norton (2000, 2010) e
Wenger (1998), para entender como futuros professores de ingls tm discursivamente construdo sua
identidade ao longo de suas experincias de aprendizagem de ingls. Mais especificamente, este trabalho
busca verificar: at que ponto os alunos-professores investem nas prticas de lngua inglesa em seu curso de
graduao; o investimento (se algum) dos alunos-professores nas prticas da lngua alvo; as relaes de poder
inerentes aos contextos destes alunos-professores (se alguma); e por fim, se os participantes querem ser
reconhecidos como aprendizes de L2 ou como professores de LE. Os dados foram coletados com um grupo de
alunos-professores de um curso de Letras Portugus-Ingls de uma universidade pblica no centro-oeste
brasileiro no ano de 2011, por meio de questionrios, narrativas e entrevistas. A anlise foi conduzida de forma
qualitativa, e neste trabalho sero apresentados os dados de dois dos participantes da pesquisa. Os resultados
sugerem que os participantes so altamente investidos nas prticas de lngua inglesa e nas prticas do curso
de Letras; embora a identificao como professores de ingls esteja relacionada ao desenvolvimento de
melhores prticas na lngua alvo. Os participantes tambm construram safe houses para desenvolver
contextos educacionais mais seguros em relao lngua inglesa. Eles ainda se apropriaram de comunidades
imaginadas como fonte de agncia e investimento na aprendizagem da lngua alvo. possvel afirmar que
estes participantes esto construindo suas identidades no encontro de mltiplas condies, como diferentes
ambientes escolares, experincias de aprendizagem, e investimentos nas prticas da lngua alvo.
Palavras-chave: identidade; investimento; comunidades imaginadas.
Identidade, investimento e comunidades imaginadas de alunos-professores de ingls-LE
Marcia Regina Pawlas Carazzai (UNICENTRO/UFSC-PG/CAPES)
Gloria Gil (UFSC)
Estudos atuais na rea de Lingustica Aplicada mostram que aspectos culturais e identitrios se fazem
presentes na formao de alunos e professores de lnguas estrangeiras (LEs). Com base nessa premissa, este
trabalho apresenta resultados preliminares de um estudo etnogrfico sobre a identidade um grupo de
graduandos em Letras-Ingls da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) enquanto aprendizes de
ingls. Parte-se de noes ps-estruturalistas de lngua, cultura e identidade, utilizando, sobretudo, os
conceitos de investimento e comunidades imaginadas (Norton Peirce, 1995; Norton, 2006, dentre outros). Mais
especificamente, procura-se verificar: as experincias mais memorveis dos participantes em relao
aprendizagem de ingls-LE ao longo de suas vidas; que comunidades imaginadas foram significativas nas
experincias de aprendizagem de ingls-LE dos participantes; e os investimentos dos participantes na
aprendizagem de Ingls-LE. A coleta dos dados ocorreu durante o ano de 2011, com alunos do terceiro
semestre do curso de Letras-Ingls da UFSC; utilizando observao de aulas, notas de campo, ficha do aluno,
narrativas orais e escritas, um questionrio, entrevistas, e avaliaes realizadas pelos alunos. A anlise foi
326
conduzida de forma qualitativa e neste trabalho enfoca-se em dois dos participantes da pesquisa. Os
resultados preliminares indicam que os participantes investiram muito em sua aprendizagem de ingls-LE em
contextos no instrucionais, principalmente ligados ao mundo virtual, na esperana de adquirirem recursos
simblicos e materiais capazes de incrementar seu capital cultural (Bourdieu, 1977; 1991). Com isso, os
participantes parecem vislumbrar comunidades imaginadas globais, que se estendem alm do espao e tempo
fsicos. Pode-se ento concluir que existem aspectos sobre a construo da identidade dos participantes que
parecem ocultos em um primeiro olhar, mas que emergem medida que suas identidades multifacetadas so
desveladas.
Palavras-chave: identidade; investimento; comunidades imaginadas
327
dinmicas associadas s situaes vividas. Tendo como aporte as teorias do caos e da complexidade, bem
como o construto agncia humana, entendida como a capacidade socioculturalmente mediada para agir
(AHEARN, 2001, p. 112), este trabalho apresenta uma anlise das experincias de ensino de ingls de duas
professoras de escola pblica e duas professoras de escola particular. O framework de experincias de
professores de Miccoli (2007c, 2010) foi utilizado na anlise das experincias das professoras, buscando uma
compreenso contextualizada da ao docente. A anlise preliminar dos dados, obtidos por meio de
entrevistas realizadas aps sesses de visionamento, indica que as decises e escolhas das professoras so
moduladas, no plano micro, por sua histria de vida e profissional, por suas crenas e habilidade lingustica, e,
no macro, por recursos materiais, polticas educacionais, alm do prprio status da lngua inglesa na
instituio.
Projeto Ingls Lngua Viva: experincias do uso de blogues
no ensino comunicativo de ingls na escola pblica
Alex Garcia da Cunha (Doutorando PosLin/UFMG)
O projeto Ingls Lngua Viva vem sendo desenvolvido no municpio de Patos de Minas, interior de Minas
Gerais, desde maio de 2010. O objetivo principal propiciar formao continuada aos professores de ingls da
rede municipal, visando ao ensino do idioma por meio da abordagem comunicativa (cf. Richards, 2006). Nessa
perspectiva, os encontros, realizados mensalmente na Secretaria Municipal de Educao, buscam refletir como
tal abordagem pode ser levada para as aulas de modo a fazer com que a lngua inglesa se desestrangeirize (cf.
Almeida Filho, 1993) ao longo do processo de ensino/aprendizagem. No decorrer do projeto, um dos temas
abordados foi a utilizao de blogues como ferramenta de ensino. Esta comunicao prope-se a apresentar
as experincias que uma das professoras participantes e seus alunos tm vivenciado desde que ela optou pela
implantao efetiva do blogue em seu processo de ensino. Os dados foram coletados por meio de
questionrios e narrativas. Foram ento categorizados (cf. Bogdan & Biklen, 1998) e analisados na perspectiva
qualitativa (cf. Denzin & Lincoln, 2006). Os resultados mostram benefcios significativos no que se refere
utilizao do blogue no ensino/aprendizagem de ingls: mais envolvimento dos alunos com a disciplina; mais
utilizao do idioma pelos alunos, principalmente no que se refere comunicao propositada; mais
valorizao da disciplina pela comunidade escolar; mais satisfao da professora com o processo de
ensino/aprendizagem. A investigao das experincias mostra, sobretudo, a importncia dos cursos de
formao continuada: podem oferecer subsdios para que o professor implemente a abordagem comunicativa e
utilize-se de ferramentas da Internet, como o blogue, a fim de que a lngua inglesa seja, de fato, utilizada como
veculo de comunicao e de aprendizagem no ambiente escolar.
328
se integra vida dos seus autores e dos membros do grupo de trabalho. O terceiro trabalho analisa a conversa
reflexiva com potencial exploratrio construda por trs professores da rede municipal do Rio de Janeiro,
enquanto relacionam um filme com a suas experincias vividas nas escolas. Nessa APPE emergem narrativas
de insatisfao e de lamentao, que apontam para a construo identitria desses professores que, apesar
de tudo e todos, insistem em realizar um bom trabalho.
Palavras-chave: Prtica Exploratria; atividades pedaggicas com potencial exploratrio; entendimento.
A anlise do discurso da Prtica Exploratria: um continuum de entendimento?
Sabine Mendes Lima Moura (Universidade Veiga de Almeida - UVA/RJ)
Este trabalho pretende analisar puzzles exploratrios ou questes instigantes (Moura, 2007), propostos no
incio do primeiro semestre de 2012, em turmas da Licenciatura em Letras Portugus/Ingls e
Portugus/Literatura da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, na disciplina Prtica de Sala de
Aula de Lngua Inglesa. A partir dos princpios da Prtica Exploratria (Bezerra, 2003; Allwright & Hanks, 2009)
e da viso tridica do discurso proposta por Fairclough (2001), analisamos notas em dirio de campo da
professora proponente e psteres construdos ao longo da disciplina como Atividades Pedaggicas com
Potencial Exploratrio (APPE). Evidenciando os aspectos de produo, consumo e distribuio como prtica
discursiva, bem como a construo da ideologia hegemnica e de resistncia (Resende & Ramalho, 2004:188),
percebemos que os princpios de priorizao da qualidade de vida, do trabalho para o entendimento e da
integrao desse trabalho com as prticas de sala de aula (Miller et al, 2008:147) oferecem subsdios para
construir um continuum de entendimento exploratrio e de identidades discursivas dinmicas e fragmentadas
(Bastos & Moita Lopes, 2010).
Palavras-chave: Prtica Exploratria; continuum de entendimento exploratrio; Anlise crtica do discurso.
329
330
entendimentos luz dos princpios da Prtica Exploratria (Allwright, 2001-2009). Com base na anlise do
discurso, em conformidade com Sociolingustica Interacional (Ribeiro & Garcez, 2002), analiso como a
participante coconstri suas histrias, bem como se representa no que tange aos seus papis sociais. Enfoco a
anlise das avaliaes que emergem nas narrativas (Labov 1972, Labov e Waletzky, 1967; Mishler, 1986,
1999; Linde, 1993) da professora e a complexidade da organizao temtica das narrativas no discurso
(Schiffrin, 1996; Pontecorvo, Ajello e Zucchermaglio, 2005) como componentes de grande importncia na
enunciao de sua autocaracterizao em suas elaboraes identitrias contidas nessas avaliaes. Abordo,
tambm, como as construes identitrias revelam as configuraes de valores da professora por meio do
discurso pedaggico constitudo com base nas concepes de indivduo/pessoa e do sujeito ps-moderno
(Hall, 2003). O estudo nos permite observar a alternncia de papis e prticas discursivas como coconstruo
identitria apresentadas em um dos encontros.
Palavras-chave: narrativas, identidade, formao continuada.
A construo afetivo-crtica de professores de ingls: foco na interao e no discurso
Renata Lopes de Almeida Rodrigues (UERJ)
A constante discusso sobre a necessidade de se pensar a formao dos profissionais envolvidos com o
ensino nessa era da modernidade vem sendo motivadora desta pesquisa. Por estar em constante atuao
nesse ambiente de formao de professores, meu desejo de contribuir para que a reflexo e a viso crtica
sejam mais presentes na vida desse profissional se intensifica, uma vez que me alinho a uma viso inclusiva e
tica sobre a sala de aula e seus participantes a Prtica Exploratria (Allwright, 2002, Allwright e Hanks,
2009, Moraes Bezerra, 2007 e Miller, 2010). Inspirada nos princpios da PE, tenho conduzido um olhar
investigativo s aes que ocorrem entre os participantes de um projeto de iniciao docncia do qual fao
parte como uma das coordenadoras. Meu objetivo buscar entendimentos acerca da construo de
conhecimento e do desenvolvimento acadmico-profissional de todos os participantes, incluindo professores e
alunos-bolsistas. A partir dos construtos da Sociolingustica Interacional e dos princpios norteadores da PE,
conduzo a anlise das interaes que ocorreram durante os encontros do grupo. A nfase na interao e no
discurso est, principalmente, fundamentada na teoria sociohistrica cultural (Vygotsky, 1987; Wertsch, 1991),
que considera a interao entre os pares uma forma de desenvolver o aprendizado com um par mais
competente, em um contexto social, histrico e cultural especficos. Essa abordagem valoriza o ser humano
capaz de construir conhecimento a partir da linguagem. Assim, como seres humanos em interao, a questo
afetiva no pode ser ignorada, como apontam estudos mais recentes sobre ensino/aprendizagem de lnguas
(Barcelos e Moraes, 2011; Rosiek, 2003). A anlise das interaes tem sido reveladora de como questes
afetivas podem contribuir para a construo de andaimes emocionais (Rosiek, 2003) para os futuros
professores na construo de suas vises crticas e reflexivas sobre o fazer pedaggico.
Palavras-chave: Reflexo, afetividade, interao.
Formao tico-inclusiva de pesquisadores em Lingustica Aplicada:
narrativas, afeto e reflexo
Isabel Cristina Rangel Moraes Bezerra (UERJ)
Pesquisas em contextos institucionais pouco apontam para investigaes com foco na formao para pesquisa
de alunos-bolsistas de iniciao cientfica. Neste nicho, proponho este estudo, pois, alm de atuar como
formadora de professores de ingls, tenho desenvolvido outra faceta de minha atuao profissional, agregada
prtica de pesquisadora: a de orientadora de bolsistas PIBIC. Ao monitorar as prticas formativas
vivenciadas e construdas discursivamente por meus orientandos e por mim, percebo o potencial da Prtica
Exploratria [PE] (Allwright, 2005; Allwright e Hanks, 2009; Miller, 2010) como vis para a formao ticoinclusiva de novos pesquisadores, respondendo aos imperativos da ps-modernidade no que diz respeito a
reconsiderar modos de produzir conhecimento e de refletir a quem servem os conhecimentos gerados (Moita
Lopes, 2006). Por isto, baseada na vida vivida por ns neste espao scio-discursivo de formao, trabalho
para entender: [a] por que as questes de afeto scio-discursivamente construdo so relevantes para a
construo de conhecimentos e para a qualidade de vida deste grupo; [b] como nossas prticas discursivas e
de pesquisa se configuram e por que influenciam o processo de construo de entendimentos sobre ser
pesquisador e sobre pesquisa na contemporaneidade; [c] por que as narrativas mapeadas nas sesses de
orientao parecem contribuir para a conduo da reflexo sobre o fazer docente/do pesquisador. Assim,
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Este simpsio rene trabalhos voltados educao inclusiva e formao de professores de ingls
contemplando reflexes acerca de identidades sociais de raa, alunos com baixa viso e dificuldades de
aprendizagem na leitura e escrita, mais especificamente a dislexia aprendizes daquela lngua. As pesquisas
arroladas nesta seo apresentam as representaes nos livros didticos de lngua inglesa envolvendo a
questo de materiais didticos e formao de professores em uma proposta de letramento crtico, novos
letramentos e multiletramentos. Alm disto, abordam o desempenho escolar de alunos com baixa viso e o
papel que a tecnologia pode ocupar na vida pessoal e escolar daqueles alunos. Por fim, discute-se o papel da
atividade de desenho no processo de ensino-aprendizagem de ingls a um aluno diagnosticado dislxico.
Identidades sociais de raa nos livros didticos do PNLD:
possibilidades de multiletramentos
Aparecida de Jesus Ferreira (UEPG)
Este trabalho tem como tema identidades sociais que tem a inteno de fazer reflexes e entender como as
identidades sociais de raa esto sendo representados nos livros didticos de lngua inglesa LINKS e KEEP IN
MIND, esses livros so utilizados nas escolas pblicas do Paran e foram aprovados no Programa Nacional do
Livro Didtico em 2010 (PNLD). Aps essa verificao pretende-se investigar se as atividades propostas nos
livros didticos abordem as questes de identidades sociais de raa e se utilizam do letramento crtico nas
atividades propostas (PENNYCOOK, 2001 e LANKSHEAR, 2002). Essa pesquisa est em consonncia com as
pesquisas que esto ocorrendo no Brasil e no exterior e esto voltados s questes de materiais didticos e
formao de professores de lngua inglesa e a interseco entre letramento crtico (KNOBEL E LANKSHEAR,
2007; PENNYCOOK, 2001), novos letramentos e multiletramentos (STREET, 2003, 2005; MOITA LOPES,
2010). Reflexes sobre letramento crtico, novos letramentos e multiletramentos envolvendo a questo de
materiais didticos e formao de professores esto relacionados e mostram-se relevantes, uma vez que so
os professores que ao trabalhar com seus alunos em sala de aula que levaro em considerao as prticas
sociais, os contextos sociais e as identidades dos alunos existentes no ambiente escolar e que so mediados
pelos livros didticos (FERREIRA, 2006; MOITA LOPES, 2003; BAUMAN, 2005). A metodologia utilizada para
anlise dos livros didticos a analise documental e a anlise de contedo. Os referenciais tericos utilizados
para anlise foram os tericos da anlise crtica do discurso (FAIRCLOUGH, 1995; VAN DIJK, 2008). A
pesquisa trouxe reflexes sobre possibilidades de utilizao de letramento crtico e multiletramentos no
processo de ensino e aprendizagem de lngua inglesa, mediado pelo livro didtico, e que considere as
identidades sociais de raa. Concluo que pesquisa tambm traz desdobramentos para a formao de
professores de lngua inglesa.
Palavras-chave: Identidade social de raa, livro didtico, multiletramentos
Educao inclusiva, novos letramentos e identidade:
a histria de Horton, um menino que v diferente...
Dilma Maria de Mello (UFU)
Voc sabe o que baixa viso? Como esto indo na escola os alunos com baixa viso? Qual o papel que a
tecnologia pode ocupar na vida pessoal e escolar de alunos com baixa viso? Com essas questes em mente,
compartilho algumas experincias de pesquisa vividas nas quais a baixa viso e o processo de aprendizagem
de Horton, um aluno que v diferente, foram abordadas. O debate sobre essas experincias podem criar
oportunidades para (re)pensarmos sobre possveis diferentes caminhos para a paisagem inclusiva em nossas
escolas e por que no dizer tambm em nossas vidas pessoais. As experincias a serem compartilhadas e
debatidas foram (e ainda so que continuo aprofundando essa investigao) parte de um estudo realizado com
base na metodologia pesquisa narrativa, na qual as narrativas so ao mesmo tempo objeto de estudo e mtodo
de pesquisa, conforme afirmam os autores canadenses Clandinin e Connelly (2000; 2004) e Clandinin (2007).
Foram base terica para o desenvolvimento do estudo realizado os pressupostos sobre letramentos, conforme
Brydon (2011) e identidade, como discutido a partir das leituras de Hall (1987, 1996), Norton (2000), Silva
(2000), alm de Baddeley e Singer (2007). Os resultados do estudo realizado contribuem para um olhar
diferente sobre a forma como em geral nos posicionamos em relao ao outro o qual decidimos denominar de
especial e ou deficiente. Pensando nesse contexto e sobre os resultados obtidos, esta apresentao pode,
ainda, trazer alguma contribuio sobre as possibilidades que as novas tecnologias podem oferecer para o
desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem de lnguas materna e ingls, como lngua adicional,
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professoras-formadoras que se mostram mais conscientes quanto ao papel que desenvolvem mediante melhor
compreenso de suas prticas, sistematizao e divulgao dos conhecimentos construdos a partir da
reflexo das teorias estudadas e das prticas realizadas e/ou acompanhadas nas escolas.
Palavras-chave: Linguagem; teoria e prtica; formao docente.
Os ciclos de formao humana em Mato Grosso
e as orientaes curriculares para a rea de linguagens
Sara Cristina Gomes Pereira
Ketheley Leite Freire Rey (Cefapro/Sinop)
Com este trabalho contextualizaremos a Escola Organizada por Ciclos de Formao Humana em harmonia
com as Orientaes Curriculares para a Educao Bsica do Estado de Mato Grosso e as aes formativas
desenvolvidas na rea de Linguagens neste contexto, mediante o anlise documental e bibliogrfica.
Considerando que a educao tem como papel preponderante a Formao Humana e objetiva atender s
novas necessidades sociais, as polticas e prticas educacionais tm empenhado esforos no sentido de
prioriz-la, incorporando de forma definitiva a Organizao por Ciclos, condio que se avalia mais inclusiva e
voltada para a promoo humana acompanhada da qualidade necessria para a vida cidad (PARENTE,
2010). Neste sentido as Orientaes Curriculares para o Estado apontaro as estratgias e os recursos
necessrios destinados a estas aes pedaggicas. Nessa perspectiva, esta organizao escolar pensada e
proposta contextualizando a rea de Conhecimento e seus respectivos componentes curriculares,
considerando as caractersticas inerentes a cada ciclo vital humano como infncia, pr-adolescncia e
adolescncia. Surge, portanto, a necessidade de repensar a prxis pedaggica, de modo que os
conhecimentos especficos de cada componente curricular possibilite a construo e/ou a ressignificao sciohistrico-cultural que favoream aos sujeitos envolvidos, a ampliao da viso de si, de sua famlia, da escola,
do bairro onde mora, da sociedade e cultura em que vive, e busquem transformaes. Na rea de Linguagens,
as disciplinas compartilham objetos comuns de estudo que podem, articuladamente, convergir para
a construo, desenvolvimento e compreenso do uso particular das linguagens. Dentre estes objetos esto o
cdigo, o texto e a leitura. O conceito de Linguagem aqui citado possibilita reafirmar que as prticas sociais
so constitudas pela/na inter e transdicisplinaridade (ORIENTAES CURRICULARES DE MATO GROSSO,
2010). O estudo da reviso bibliogrfica mostra que a humanizao proposta por esta organizao escolar
redesenha o trabalho dos profissionais da rea de linguagens.
Palavras-chave: Linguagem; Orientaes Curriculares; Ciclo de Formao Humana.
O currculo da escola organizada em ciclos de formao humana:
concepes terico-metodolgicas dos educadores da rea da linguagem
Lucineide Da Silva
Jos Tarcsio Grunennvaldt (Cefapro/Sinop; Ufmt)
O presente trabalho resultado do acompanhamento do Projeto Sala de Educador 2010 da Escola Estadual
Manoel Soares Campos do municpio de Cludia/MT. O Projeto objetivou fortalecer a escola como lcus de
formao continuada em servio. Tal opo nos possibilita a buscarmos melhorias na qualidade de ensino e
aprendizagem dos alunos da rede pblica estadual. Nesse contexto, o Centro de Formao e Atualizao dos
Profissionais da Educao Bsica de Sinop/MT (CEFAPRO), assume o papel de implantao e implementao
do Projeto Sala de Educador com a funo de orientar, aprovar, intervir e avaliar os projetos elaborados pelas
unidades escolares, bem como estimular reflexes sobre a prtica pedaggica, propiciando condies para que
os educadores, atravs de estudos, realizem estudos e pesquisas acerca do trabalho pedaggico. O objetivo
do trabalho apresentar uma experincia de formao continuada de educadores em servio da escola
organizada em ciclos. O referencial terico teve por base os trabalhos de Nvoa (1993), Shn (1992) e Libneo
(2002) que discutem a processo de formao e reflexo dos educadores, e Arroyo (1999) e Krug (2001) com a
abordagem sobre os ciclos de formao humana. Os instrumentos para a coleta de dados da pesquisa foram
questionrio e observao. As respostas obtidas foram agrupadas por temas como Legislao, Concepo,
Organizao Curricular, Metodologia e Avaliao com o objetivo de formar grupos de estudo. Aps as sesses
de estudo os grupos fizeram suas exposies e refletiram sobre essa organizao curricular. Considerando os
estudos realizados, ainda possvel identificar resistncia de certos educadores quanto implementao do
currculo em ciclos em decorrncia das dificuldades de compreenso dos pressupostos tericos metodolgicos
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AS RESSIGNIFICAES DE SABERES
NA EDUCAO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES DE LNGUAS
Coordenador: Lidia Stutz (DELET/UNICENTRO)
Este simpsio apresenta o resultado de trs pesquisas desenvolvidas no campo da formao (inicial e
continuada) de professores de Lngua Portuguesa e Lngua Inglesa. Os referenciais tericos que regem as trs
pesquisas centram-se nas proposies da transposio didtica, didatizao e modelizao didtica, sequncia
didtica, saberes docentes, conceitos bakhtinianos e dos pressupostos do Interacionismo Sociodiscursico. Dois
dos estudos (Vieira-Silva; Tognato e Miquelante) lanam um olhar sobre a educao continuada atrelada ao
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Educao do Estado do Paran. VieiraSilva investiga a contribuio da produo de material didtico (MD) para a formao de professores de Lngua
Portuguesa e destaca que esta ao, alm de promover a mobilizao dos saberes docentes, coopera para
a(re)organizao e a (re)significao dos saberes para ensinar e a ensinar, co-operando para o fortalecimento
dos instrumentos de trabalho dos professores. A pesquisa de Tognato e Miquelante, ao analisar os resultados
de um trabalho de formao que trata da discusso de metodologias no e para o ensino de Lngua Inglesa,
aponta, para ressignificaes conceituais dos referenciais tericos e metodolgicos que regem os documentos
oficiais e para reflexes sobre as prticas profissionais e pedaggicas construdas pelos professores em
formao. O trabalho de Oliveira e Stutz investiga a formao inicial de professores de Lngua Inglesa no
contexto do estgio supervisionado. O objetivo dessas pesquisadoras analisar os saberes e as capacidades
docentes mobilizados por alunos-professores de lngua inglesa (APLIS) que se engajam na construo de
sequncias didticas (SDs). As anlises das SDs evidenciam que as APLIS mobilizam saberes e capacidades
docentes sobre o contexto, metodologia, recursos e planificao dos contedos. De modo geral, os trabalhos
aqui reunidos apontam que os professores, ao produzir MD/SD ou ao discutir metodologias de ensino,
mobilizam, re-organizam e ressignificaes os saberes docentes, fortalecendo seus instrumentos de trabalho.
Produo de material didtico e formao continuada: processos de mobilizao, (re)organizao e
(re)siginificao de saberes docentes
Claudiomiro Vieira-Silva (UNICAMP)
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Este trabalho, orientado pelas discusses tericas dos conceitos de transposio didtica, didatizao e
modelizao didtica (CHEVALLARD, 1985, 2004[1991], SCHNEUWLY, (2005[1995], 2009, ROJO, 2001) e
dos conceitos bakhtinianos de apreciao valorativa, vozes, ideologia (BAKHTIN, 1993[1979], 1988 [19341935], BAKHTIN/VOLOCHNOV, 1995[1929]), tem por objetivo discutir a contribuio da produo de material
didtico para a formao continuada dos professores de Lngua Portuguesa, uma das aes do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Educao do Estado do Paran. Essas discusses,
situadas na perspectiva transdisciplinar da Lingustica Aplicada, analisa um corpus (gerado na abordagem
qualitativo-interpretativista) composto pelo discurso - entrevistas, relatos de experincia e material didtico - de
duas professoras de Lngua Portuguesa que participaram do PDE 2007/2008. Nossas discusses partiram da
ideia de que, ao produzirem material didtico, os professores estariam no s recepcionando conhecimentos
produzidos por instncias acadmicas e governamentais, mas tambm produzindo conhecimentos medida
que relacionassem seus saberes da experincia com os saberes tericos sobre ensino e aprendizagem e os
saberes especficos de sua disciplina, alm de estarem exercitando aspectos didticos para a implementao
das teorias na prtica escolar. As anlises nos mostram que as professoras, ao organizar seu material didtico,
mobilizam, (re)organizam e (re)significam seus saberes: os para ensinar (ferramentas discursivas que fazem
parte da formao - como o conhecimento curricular, didtico e pedaggico construdas ao longo da carreira)
e os a ensinar (ferramentas especficas dos contedos gerais e especficos da disciplina de atuao)
(HOFSTETTER e SCHNEUWLY, 2009) e, assim, fortalecem, discursivamente, seus instrumentos (dispositivos
centrais na criao de mecanismos de ensino) de trabalho.
Palavras Chave: Saberes docentes, formao continuada, PDE, produo de material didtico, Lngua
Portuguesa.
Formao continuada no ensino de lngua inglesa: ressignificaes de um agir docente por um ensino
com base em gneros textuais
Maria Izabel Rodrigues Tognato (UEL/UNESPAR/FECILCAM Campo Mouro)
Marileuza Ascencio Miquelante (SEED/PR/ UNESPAR/FECILCAM Campo Mouro)
Este trabalho tem por objetivo apresentar resultados de um trabalho de formao continuada realizado junto a
professores da Educao Bsica pelo Programa de Desenvolvimento Educacional PDE, oferecido pela
Secretaria de Educao do Estado do Paran SEED sobre metodologias de ensino de Lngua Inglesa,
considerando-se o Documento das Diretrizes para o Ensino de Lnguas Estrangeiras Modernas DCE, o
contexto das prticas pedaggicas em salas de aula com foco no ensino de gneros, bem como a
intertextualidade e a interdisciplinaridade. Para isto, coletamos dados sobre a compreenso de conceitos
oriundos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) e do Ensino de Gneros Textuais por meio de alguns
questionrios. Nosso trabalho ancora-se em pressupostos terico-metodolgicos do Interacionismo
Sociodiscursivo (ISD) (BRONCKART, 1999/2009; 2006, 2008; GUIMARES, MACHADO E COUTINHO, 2007;
MACHADO, 2009; MACHADO E LOUSADA, 2010), do Ensino de Gneros Textuais, das capacidades de
linguagem e da proposta de sequncia didtica (SCHNEUWLY E DOLZ, 2004; NOUVERRAZ, SCHNEUWLY E
DOLZ, 2004; MACHADO E CRISTOVO, 2006; CRISTOVO, 2009; 2011; MACHADO, 2009;), bem como em
aspectos da formao docente (LEFFA, 2001; CELANI, 2006). Algumas ressignificaes sobre os conceitos
estudados so apontadas como principais descobertas. Alm disso, reflexes sobre as prticas profissionais e
pedaggicas so desenvolvidas como contribuies ao desenvolvimento do agir docente em processo de
formao continuada. Os resultados apontam para maiores possibilidades de compreenso dos conceitos e
abordagens metodolgicas estudados ao longo do curso.
Palavras-chave: Formao Docente; Ensino de Lngua Inglesa; Ensino de Gneros Textuais.
Sequncias didticas como instrumento para mobilizao de saberes
na educao inicial de professores de ingls
Francieli de Oliveira (PPGEL/UEL)
Lidia Stutz (DELET/UNICENTRO)
Consideramos que o instrumento sequncias didticas (SDs) na educao inicial docente viabiliza a realizao
de propostas que partam de necessidades conjuntas entre a escola e a universidade. Esta apresentao
objetiva analisar saberes e capacidades docentes mobilizados por alunos-professores de lngua inglesa
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(APLIS) ao se engajarem na construo de duas sequncias didticas em uma universidade pblica do interior
do Paran. A ancoragem terica desta pesquisa est aliada aos estudos de transposio didtica considerando
a didatizao dos gneros textuais (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004; SCHNEUWLY, 2009; CRISTOVO, 2002,
2005, 2011), as propostas do Portflio Europeu de Formao de Professores de Lnguas (2007) e os saberes a
ensinar e para ensinar (HOFSTETTER; SCHNEUWLY, 2009). As SDs foram construdas por duas duplas de
APLIs na disciplina de estgio supervisionado em 2008, tendo como pblico-alvo alunos de terceiro ano do
ensino mdio de uma escola pblica da regio. A anlise das SDs revela que as APLIs mobilizam saberes
docentes diversos entre os quais citamos saberes sobre (i) o contexto contemplando capacidades de
compreenso de prescries, identificao de problemas e anlise de recursos, objetivos e necessidades; (ii)
recursos voltados capacidades de selecionar textos e produzir tarefas; (iii) a metodologia nas capacidades de
desenvolver tarefas de vocabulrio, compreenso oral e escrita; e (iv) a planificao nas capacidades de
identificar objetivos, planificar contedos. Constatamos que o estabelecimento de relaes entre a SD e os
saberes e capacidades docentes torna-se uma alternativa para observar a (trans)formao dos saberes dos
APLIs.
Palavras-chave: sequncias didticas, saberes e capacidades docentes, alunos-professores de lngua inglesa
339
lngua estrangeira. A pesquisa est caracterizada como uma pesquisa-ao, pois ocorre uma interveno
durante o processo investigativo. Tambm ser orientada por princpios qualitativos e quantitativos na escolha
dos traos de sala de aula a serem focalizados e nos procedimentos para a coleta e anlise dos dados.
Durante a anlise dos resultados possvel perceber a ideia de que o professor deve corrigir os erros
cometidos pelos alunos, e que o educador deve primar por atividades que visem a interao, o apoio/suporte
por parte de colegas e do professor, o que mais uma vez desperta o olhar para atividades propostas atravs de
tarefas colaborativas.
Palavras-chave: lnguas espanhola - foco na forma - feedback corretivo - tarefas colaborativas
Elaborao de sequncias didticas para o ensino da lngua inglesa
Luciane Sturm
Contemporaneamente, o ensino de lngua inglesa centra-se na perspectiva da educao lingustica,
fundamentada na concepo de lngua/linguagem como uma forma de ao social. A lngua deve ser ensinada
para a comunicao, para a interao, pois, vista como um conjunto de recursos que so convencionalmente
usados na vida social (CLARK, 2000). O Referencial Curricular Lies do Rio Grande (vol. 1, 2009) destaca
que o ensino da lngua adicional (ou lngua estrangeira) na escola deve levar ao letramento do aluno/aprendiz;
deve desafi-lo participao em diferentes prticas sociais que envolvam a leitura e a escrita, como forma de
agir criticamente no mundo social. De acordo com Roth (2002, p.78), a estabilidade lingustica e a capacidade
de se evidenciar em eventos comunicativos recorrentes, fazem com que o gnero seja reconhecido, levando-o
a uma convencionalidade de uso, ficando evidente a necessidade do uso de diferentes gneros do discurso na
sala de aula. Para que isso se concretize, fundamental que o professor proporcione ao aluno/aprendiz
interaes significativas com tais gneros (BAKHTIN, 2003), criando oportunidades de se usar a lngua em
contextos relevantes, quando esse aluno/aprendiz poder alcanar sua insero em diferentes grupos e
prticas sociais. Nesse contexto, este trabalho apresentar uma investigao de cunho qualitativo,
desenvolvida junto a acadmicos de Letras, durante o processo de criao de sequncias didticas para o
estgio de Lngua Inglesa. O objetivo descrever e compreender como se d a seleo da temtica, dos
gneros textuais, bem como o planejamento das tarefas de leitura. Apesar de demonstrarem domnio do
suporte terico que apoia a proposta, os acadmicos evidenciam dificuldades na transposio didtica ao longo
do processo.
Palavras chave: formao de professores - sequncias didticas ensino - ingls
340
estticos. Pode oferecer tambm oportunidades para conhecimento e discusso sobre questes inerentes aos
seres humanos como, por exemplo, as emoes contedo atualmente negligenciado pelo ensino pragmatista
que busca instruir para o fazer e o pensar, desconsiderando o sentir. Essa concepo de ensino destoa de
Maturana (2005) e Morin (1999) que defendem uma educao sustentada por trs pilares: pensar, sentir e agir.
Dessa forma, este trabalho pretende discorrer sobre as experincias identificadas em um estudo de caso que
investigou um ambiente de aulas individuais. A pesquisa teve por objetivo investigar o uso de textos literrios,
originais ou adaptados, em sala de aula de Ingls. Tendo como fundamentao terica as experincias de
aprendizagem de estudantes (Miccoli, 2007), ser demonstrado como textos literrios, principalmente os
adaptados, podem proporcionar, ao ensino e aprendizagem de ingls, benefcios como empatia com a cultura
da L2, aprendizagem ldica e significativa (experincias afetivas), interao efetiva entre aprendizes e entre
aprendizes e professora (experincias sociais), alm de diversas oportunidades de aprendizagem lingustica e
cultural (experincias cognitivas). Uma das principais contribuies do trabalho a reflexo sobre a importncia
do uso de textos literrios na sala de aula de lnguas, uma vez que podem propiciar aprendizagem lingustica e
cultural de forma agradvel e significativa.
Palavras-chave: textos literrios; experincias de aprendizagem; lngua inglesa
Percepes de estudantes sobre a aprendizagem de ingls no contexto digital
Daniela Elisa Duarte Ferreira (UFMG/CAPES)
Ao vislumbrar a aquisio de lnguas como um processo e no um produto, o pesquisador deve dar ao
aprendiz e a suas histrias um lugar especial, j que esses podem evidenciar importantes aspectos do
processo ainda despercebidos. Para os estudos lingusticos aplicados aquisio de lnguas, escutar e buscar
compreender as observaes e percepes dos aprendizes acerca das experincias vivenciadas em sala e do
processo de aquisio so importantes passos para o desenvolvimento de melhores prticas de ensino
(Miccoli, 1997; Arago, 2003). Dessa forma, luz do construto de experincias de Miccoli (2010), muitos
estudos foram realizados visando compreender as experincias de estudantes e professores (Conceio, 2004;
2006; Arago, 2007; Bambirra, 2009; Lima, 2009, Zolnier, 2011, entre outros). Apesar da diversidade desses
trabalhos, os mesmos foram restritos sala de aula presencial e no abordaram o contexto on-line. Sendo
assim, este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi o de documentar as
experincias de aprendizagem no contexto digital em duas disciplinas de Ingls Instrumental, que compem o
Projeto IngRede na UFMG. O estudo foi realizado no ambiente virtual de aprendizagem que serviu de meio
para 83 estudantes voluntrios compartilharem suas histrias e percepes ao longo do primeiro semestre de
2011. Os dados coletados por narrativas evidenciam que as experincias de aprendizagem catalogadas no
framework de Miccoli (2010) tambm so vivenciadas nos processos que ocorrem no contexto digital. Porm o
contexto digital propicia ao estudante novas experincias a partir da interao com o ambiente, suas
ferramentas e diferentes possibilidades de uso (Paiva, 2010). O trabalho traz como contribuio uma maior
compreenso das experincias vivenciadas por estudantes em ambientes que ultrapassam os limites das salas
de aulas convencionais.
Palavras-chave: experincias de aprendizagem; educao on-line; ambiente virtual de aprendizagem
Formao continuada: interaes em uma comunidade de aprendizagem
levando a transformaes
Maria da Conceio Aparecida Pereira Zolnier
Universidade Federal de Viosa (UFV)
O objetivo deste trabalho apresentar um recorte de uma pesquisa de doutorado desenvolvida com oito
professoras de ingls de escolas pblicas, participantes de um projeto de educao continuada (PECPLI).
Nesta apresentao sero discutidos dados relativos a uma participante (Brbara) no que se refere a sua
trajetria vivida no projeto, ou seja, as experincias pessoais anteriores que influenciam e moldam a
participao, as que vivencia no projeto e como essas experincias de participao facilitam transformaes no
contexto de trabalho e em suas identidades. O estudo tem seu marco terico no framework de experincias de
aprendizagem e ensino (Miccoli, 1997, 2007e e 2010) e se apoia nas contribuies de autores nas reas de (a)
formao reflexiva de professores (Barcelos & Coelho, 2010; Celani, 2001; (b) aprendizagem transformadora
(Mezirow et al. 2000) e (c) identidade de professores e estudantes (Hall, 2003; Moita Lopes, 2003a e 2003b;
Pierce, 1995; Silva, 2000). Como metodologia de pesquisa, estudo de caso, foi adotada uma abordagem
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quantitativa e qualitativa para anlise e apresentao dos resultados. Os dados coletados por meio de
gravaes em vdeo, entrevistas e anotaes de campo, em contexto de observao participante revelam que
a docente que se sentia sozinha na escola e sem oportunidades de estudo, no projeto encontra um grupo com
o qual se identifica e onde se constri como parte do grupo. Ali adquire conhecimento em Ingls e sobre teorias
de ensino que lhe ajudam a melhorar seu trabalho na escola. As relaes sociais de apoio, troca e identificao
produzem sensaes de bem-estar, conforto e disposio para mudanas. Como resultado da participao e
aprendizagem contnuas, a professora relata maior segurana, motivao e prazer com o trabalho.
Palavras-chave: experincias de aprendizagem e ensino de lngua inglesa; identidades; educao continuada.
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especialmente a educao e o ensino de ingls como lngua estrangeira. Tambm sero discutidas questes
ligadas ao ensino de ingls na escola pblica e influncia de processos ligados ao embate entre o global e
aquilo que considerado local. Por fim, sero apresentados e analisados dados referentes participao de
professores de escola pblica num curso de educao continuada para professores de ingls em uma grande
universidade brasileira, atravs da anlise de atividades elaboradas durante o curso e aplicadas em seus
vrios contextos de ensino. Os professores participantes utilizaram muitas vezes prticas globalizantes, mas
tambm utilizaram procedimentos didtico-pedaggicos que valorizam os saberes locais de seus alunos,
segundo a concepo de Canagarajah (1999, 2005 e 2006). H exemplos, porm, do enfrentamento de
conflitos pelos participantes - um embate entre o desejo de abraar valores globais e a realidade possvel de
seus prprios valores locais e de seus alunos (Canagarajah, 1999).
Palavras-chave: formao continuada de professores; globalizao; conflitos
Desafios da relao universidade-escola na formao
de professores de lngua inglesa: relatos de uma experincia colaborativa
Leina Juc (UFOP)
Nayara Barbosa (UFOP-PG)
Considerando as mudanas econmicas, socioculturais, polticas e tecnolgicas do mundo contemporneo,
muito se tem discutido acerca dos espaos hoje ocupados pela Lngua Inglesa (LI), usada por pessoas
localizadas nos mais diversos espaos e cujo status mudou de lngua franca com fins estritamente
comunicativos [...] [a] ferramenta crtica e participativa (DUBOC; FERRAZ, 2011). Consequentemente, discutese acerca da necessidade de se repensar a formao de professores sob uma perspectiva educacional mais
crtica, significativa e poltica (BRASIL, 2006; BRASIL, 2011; MATTOS, 2011). Baseado nessas propostas, o
trabalho em desenvolvimento no estgio supervisionado (ES) de licenciatura em LI de uma universidade
pblica brasileira tem procurado apontar nessa direo. No campo da formao de professores de LI,
considera-se que o ES possa constituir um espao importante tanto para a formao inicial quanto continuada
do professor, visto facilitar o estabelecimento de relaes entre professor em formao inicial (estagirio) e
professor em exerccio nas escolas em que esses estgios so realizados (supervisor de estgio),
evidenciando, simultaneamente, seus saberes, fazeres e crenas. Nesse contexto, este estudo objetiva
analisar como se caracteriza a relao estagirios-supervisores. A metodologia utilizada qualitativa
(ARAJO-OLIVEIRA, 2010) com o uso da pesquisa documental (ZUIN; ZUIN, 2010). Os dados utilizados para
anlise so as legislaes brasileiras que regulamentam o ES nos cursos de licenciatura (CNE/CP 9/2001 BRASIL, 2001; CNE/CP 1/2002 - BRASIL, 2002a; CNE/CP 2/2002 - BRASIL, 2002b), e os relatrios finais das
disciplinas de estgio coletados no segundo semestre de 2011. A anlise dos dados evidencia dificuldades no
estabelecimento da relao estagirio-supervisor, visto que a maioria dos supervisores no participa dos
trabalhos realizados pelos estagirios no campo. Finalmente, evidencia-se a ausncia de um trabalho
colaborativo entre estagirios e professores supervisores, que se d, dentre outras razes, pela fragilidade das
relaes estabelecidas entre universidade e escola no que diz respeito aos estgios.
Palavras-chave: formao de professor, estgio supervisionado, trabalho colaborativo.
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professor deve ter para conceber, mediar e interagir em um curso desenvolvido num ambiente virtual ? Qual
relao de ensino e aprendizagem se estabelece entre professor e aluno nesse espao ? O objetivo desta
comunicao apresentar e refletir sobre a forma como essas questes orientam a formao do futuro
professor de francs, no mbito da disciplina Atividades de Estgio do Curso de Letras Francs/Portugus,
formao de professores, licenciatura da Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas da Universidade
de So Paulo.
Palavras-chave: formao de professores, ensino de lngua frances
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quando um garoto tomou um soco de uma menina. Ao segur-la, ele marcou seu brao, logo seu namorado
veio e bateu no garoto). Os dados falam por si: na totalidade das cenas evocadas, 63% tematizam violncia,
baguna, fuga, furto, acidentes; 7% evocam o frame Relacionamento_ Pessoal e apenas 30% fazem emergir o
frame Ensino-Educao. Nos dois estudos, contudo, o frame de Avaliao_Moral que emerge nos discursos
faz brotar um ponto de luz: os alunos no naturalizam as cenas de violncia por eles protagonizadas,
exprimindo sobre elas uma avaliao negativa.
Ensino de lngua portuguesa a formao docente
Fernanda Raquel Oliveira Lima
O investimento na formao de professores , sem dvida, um dos caminhos fundamentais para a superao
dos indicadores da crise vivenciada nas salas de aula (Projeto Prticas de Oralidade e Cidadania). A equao
parece simples: professores mais qualificados, ensino de melhor qualidade. Questo menos simples, contudo,
pensar o que se entende por qualidade na profissionalizao docente. Neste enquadre, o presente estudo
recorta como questo a perspectiva instaurada pelo discurso dos graduandos em Letras (FALE-UFJF) sobre
seu prprio processo de formao. O corpus de pesquisa /ser constitudo por uma mostra intencional
formada por narrativas de experincia (THORNBORROW e COATES, 2005; COUPLAND et al, 2005; DIAS
PEREIRA et al, 2009; BAUMAN, 1986) no perodo de 2011 a 2013. Os dados so submetidos a uma anlise
semntica que toma o frame como principal categoria (FILLMORE, 1975, 1977, 1982, 1985). Resultados
parciais apresentam o frame Relato_Experincia em uma relao hierrquica com trs subframes que perfilam
sua estrutura temporal: Historia_Pregressa, Vivncias_no_Curso e Perspectiva_Futura. O frame
Historia_Pregressa, em anlise nesta etapa, constitudo por eventos que tematizam a escolha do curso. Os
relatos respondem, implicitamente, a duas questes: (i) Por que escolhi o curso de Letras? (ii) O que espero
deste
curso?.
Para
justificar
desta
escolha
os
alunos
evocam
trs
frames
(https://framenet.icsi.berkeley.edu/fndrupal/): (i) um sentimento positivo em relao aos objetos de ensino do
curso (frame Experiencer_focus); (ii) uma habilidade para desenvolver atividades do curso (frame Capability); e
(iii) uma influncia de alguma situao vivida ou de alguma pessoa (frame Influence_of_event_on_cognizer) .
Na resposta segunda questo, os alunos evocam desejos, sonhos, expectativas que os mobilizaram (frame
Desiring). O exerccio hermenutico pretendido implica considerar as redes de frames evocadas de modo a se
obterem os indicadores da experincia discente e confront-la com as diferentes ordens discursivas presentes
do Estado, das Instituies de Ensino, da cincia.
348
349
linguagem como prtica social e no arcabouo geral da teoria da atividade baseado em trabalhos de Leontiev
(1978), Engestrm (1987), Daniels (2001; 2003), entre outros autores, nossa insero no projeto Prticas de
linguagem em diferentes reas do conhecimento na escola pblica (PLIEP) est estreitamente relacionada
com nossa trajetria como mestrandas no Programa Interdisciplinar em Lingustica Aplicada da UFRJ. Durante
tal trajetria ambas tivemos como contexto de investigao a escola pblica e como elo a inquietao com
prticas pedaggicas em que no se estabelecem colaboraes significativas entre as diferentes disciplinas. A
constatao de que necessrio transpor barreiras disciplinares para a construo de processos de ensinoaprendizagem e formao que se relacionem mais estreitamente com as prticas de linguagem do mundo
social foi, portanto, a motivao de desenvolvermos pesquisas pautadas na interdisciplinaridade: uma
buscando laos com a leitura e escrita em aulas de Histria e outra a formao de professores para o uso das
NTICs na implementao de projetos interdisciplinares. Apoiadas no escopo terico mencionado,
compartilhamos a viso de que a compreenso e transformao dos problemas que vivenciamos em nossos
contextos de trabalho demandam formas de atuao interdisciplinar. Fomentar a implementao de aes
interdisciplinares constitui um dos focos do PLIEP, em que atuamos como coordenadors em trs escolas
pblicas: duas do municpio e uma do estado do Rio de Janeiro. Esta atuao inclui tecer e intensificar os elos
entre os professores regentes dessas escolas e os professores que ministram os cursos do PLIEP; buscar
parceiros para gerar trabalhos interdisciplinares e orientar alunos de pr-iniciao cientfica do ensino mdio. O
foco desta apresentao apontar os resultados esperados para essas atividades e dividir as experincias
construdas com os professores das escolas pblicas envolvidas no PLIEP e com os alunos de pr-iniciao
cientfica.
Palavras-chave: linguagem; interdisciplinaridade; novas tecnologias
350
como objetivo analisar mudanas ocorridas na vida de pessoas que se engajaram na perspectiva crtica de
ensino de lnguas estrangeiras como discentes ou docentes pesquisadoras/es. Os resultados evidenciam que a
educao lingustica crtica se apresenta como um engajamento com as identidades das/os participantes,
mesmo no sendo esse um caminho fcil e sem falhas.
Palavras-chave: educao lingustica crtica, identidade, lngua estrangeira.
Identidades sociais de raa/etnia na sala de aula de lngua inglesa
Aparecida de Jesus Ferreira (UEPG)
Neste trabalho, examino trs exemplos de aulas de professores/as ensinando sobre identidades de raa/etnia
nas aulas de lngua inglesa. bell hooks afirma que [] racismo, sexismo e elitismo modelam a estrutura de
sala de aula, criando uma realidade viva de quem est dentro contra os que esto fora, que predeterminada,
frequentemente antes que qualquer discusso em sala de aula se inicie (hooks, 1994, p. 83, ver tambm
PENNYCOOK, 2001). Sendo assim, para analisar as aulas dos/as professores/as, utilizo o referencial terico
da Teoria Racial Crtica (Critical Race Theory CRT) e educao antirracista (GILLBORN, 2005), referenciais
que colaboram na anlise das histrias de cada professor/a ensinando a questo da raa/etnia (LADSONBILLINGS, 1998, BELL, 2003). Uso o termo histria, porque, no mbito da Teoria Racial Crtica, histrias,
parbolas, crnicas e narrativas so meios de colaborar para que se possam desconstruir formas de pensar.
Para que essa pesquisa fosse possvel observei de trs professores/as ministrando aulas sobre o tema
raa/etnia em aulas de lngua inglesa. Ao examinar as aulas que os/as professores/as ensinam sobre
identidade de raa/etnia, pode-se demonstrar ou contar histrias sobre a maneira como eles lidam com o
tema de raa/etnia. Os resultados da pesquisa demonstraram que os/as alunos/as precisam ser desafiados
sobre as opinies que eles/as aprendem na escola. J com relao aos/s professores/as, a pesquisa revelou
que a prtica pedaggica da maioria deles/as mostra que precisam de um longo prazo de discusso sobre a
questo da raa/etnia para que possam refletir sobre suas prprias prticas de forma crtica e sobre a forma
como podem reproduzir o seu contexto cultural e social
atravs de suas aulas. Concluo que essa pesquisa possibilitou refletir que o ensino de lngua inglesa necessita
ir alm do contedo especfico da disciplina, e assim, seja possvel considerar temas como raa e etnia que
esto latentes nas prticas sociais dos alunos e alunas na sociedade brasileira.
Palavras-chave: identidades sociais de raa, prticas pedaggicas, lngua inglesa.
Pode o ensino de lnguas estrangeiras ser sexuado?
Marco Tlio de Urzda-Freitas (UFG)
No texto Sexualidade, Curiosidade e Currculo, Britzman (2007) denuncia o fato de a cultura escolar ater-se
exclusivamente ao ensino de fatos e habilidades, evitando explorar temas relacionados intimidade dos corpos
que a constituem. Nessa cultura, os modos autoritrios de interao social no estimulam o desenvolvimento
de uma curiosidade que possa levar professores e estudantes a direes que poderiam se mostrar
surpreendentes. A discusso da autora parte da seguinte pergunta: O que acontece quando os/as
professores/as comeam a explorar os significados mltiplos da sexualidade? Mais adiante, tendo como
referncia as dificuldades que se impem abordagem desse tema no ambiente escolar, ela questiona: Pode a
educao ser sexuada? Em linhas gerais, Britzman (2007, p. 110) aposta em um modelo de educao que
estimule a curiosidade sobre a construo e a intimidade dos corpos, possibilitando a formulao de questes
que possam desestabilizar a docilidade da educao (p. 110). Nesta apresentao, parto da segunda pergunta
da autora para discutir os aspectos, entraves e consequncias da abordagem do tema sexualidade em aulas
de lnguas estrangeiras. Afinal, pode o ensino de lnguas estrangeiras ser sexuado? Para responder a essa
pergunta, concentro-me na experincia de um professor homossexual com o ensino crtico de lnguas
estrangeiras/ingls, uma abordagem que, segundo Pennycook (1999), tem por objetivo relacionar o ensino de
lnguas a questes mais amplas de poder, acesso, desigualdade e resistncia. Desenvolvida no Centro de
Lnguas da Universidade Federal de Gois, esta pesquisa caracteriza-se como um estudo colaborativo-crtico,
e os instrumentos utilizados na coleta de dados foram: dois questionrios, oito sesses reflexivas e um trabalho
de concluso de curso. Os resultados mostram que o ensino de lnguas estrangeiras pode, sim, ser sexuado,
desde que se traga o corpo, a subjetividade, o conflito e a incerteza para o centro das prticas pedaggicas.
Palavras-chave: corpo e sexualidade, educao, lnguas estrangeiras.
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352
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mobilizados pelos alunos em formao ao serem convocados a vislumbrar a possibilidade do ensino do ILE em
contexto encarcerado. Para tanto, os trabalhos aqui apresentados analisam o discurso do professor ou do
aluno em formao, dentro da perspectiva terico-metodolgica discursiva, com base no mtodo arqueogenealgico foucaultiano, ou a partir de conceitos da Anlise do Discurso de linha francesa. Os resultados
apresentados indicam movimentos subjetivos importantes a serem considerados no mbito da formao e
atuao de professores de LM ou LE contextos de privao de liberdade.
Palavras-chave: Ensino de Lngua Materna/LE; Representaes; Contexto Encarcerado de Ensino.
O lugar da lngua materna na constituio identitria de professores
de unidades educacionais internas do MS: entre o tradicional e o desejo do ideal
Celina Aparecida Garcia de Souza Nascimento (UFMS)
Objetivamos descrever representaes que o professor de Lngua Portuguesa faz de si e do ensino de lngua
em Unidades Educacionais de Internao-UNEI do Mato Grosso do Sul, a fim de compreendermos a relao
desse sujeito com as aulas de leitura e com a produo textual. Trata-se de uma pesquisa que se insere na
perspectiva terico-metodolgica discursiva, com base no mtodo arqueo-genealgico foucaultiano.
importante ressaltar que nossa escolha terica no se restringe ao lingustico no sentido estrito, mas inscrevese no vis discursivo, em que se trabalha no entremeio, mostrando que no h separao dicotmica entre a
linguagem e sua exterioridade constitutiva. Alm disso, ao introduzir a noo de sujeito e de situao, a Anlise
do Discurso trabalha com o descentramento do sujeito (como origem). E esse sujeito, segundo Authier-Revuz
(1998, p. 171), barrado, descentrado pelo inconsciente em uma relao de no-coincidncia consigo
mesmo, da alteridade ou da heterogeneidade [...]. Ainda como suporte terico, trazemos alguns autores da
Lingustica Aplicada, uma vez que abordamos a questo do ensino-aprendizagem da leitura e da escrita.
Segundo Coracini (2003), identidade um produto de interesse de poca, assim como Woodward (2000, p. 910) aponta que essa marcada pela diferena. Segundo ela, essa diferena sustentada pela excluso,
pois no confronto com o outro que o sujeito se v obrigado a reafirmar sua identidade social (WOODWARD,
2000, p. 31), sendo que no h discurso sem sujeito e, tampouco, sujeito sem ideologia. Os resultados indicam
que a constituio identitria desse professor, s vezes se mostra incompleta, sua prtica desmorona, se v
fragilizado ao sentir-se incapaz de ensinar os alunos pelas suas dificuldades e, embora tenha o saber, sente-se
impotente. Mostram-se ideologicamente constitudos pela formao discursiva do ensino tradicional, observado
no fio do dizer, apesar de dizerem que no so tradicionais.
Palavras-chave: Identidade; Professor; Representao.
A relao do professor com o saber: subjetividade, singularidade
e o princpio responsabilidade em um centro scio-educativo
Ernesto Srgio Bertoldo (UFU)
As sociedades globalizadas contribuem para acirrar uma disperso do sujeito que sofre os efeitos do
desamparo, apresentando-se a necessidade de se reinventar, produzindo respostas que possibilitem a
emergncia de sua singularidade. mediante essas demandas que o sujeito pode fazer frente s formataes
que lhe so impostas, resistindo. Essas resistncias, ligadas ao desejo do sujeito, abrem a possibilidade de
outros modos de subjetivao. O professor e sua formao no esto isentos de sofrer as implicaes do que
acabamos de postular. Analisamos a relao entre o professor, o saber e sua produo, implicadas a as
noes de linguagem, subjetividade-singularidade e o princpio responsabilidade. Em decorrncia dessa
abordagem, objetivamos, ainda, estabelecer relaes entre os conhecimentos produzidos no espao
acadmico-universitrio e nas instituies sociais que se configuram como lugares de prtica efetiva de ensino
e de aprendizagem. Para isso, analisamos o discurso do professor, observando como os seus possveis
deslocamentos possibilitam produes discursivas outras no fazer pedaggico que se sustentam pelo princpio
responsabilidade. Teoricamente, apoiamo-nos na teoria da responsabilidade, elaborada por Hans Jonas que
apregoa que no possvel, para o homem moderno, viver em uma era tecnolgica, sem levar em conta uma tica
que fosse com ela compatvel. Alm disso, sustentam nossa anlise conceitos da Anlise do Discurso de linha
francesa: sujeito, discurso e interdiscurso. De forma particular, analisamos dizeres de professores coletados em
um centro scio-educativo sobre sua relao com o saber. Esse centro acolhe adolescentes infratores,
caracterizando-se por manter uma escola regular de ensino. Os depoimentos referem-se a momentos em
professores sobre suas experincias e sua formao. Os resultados da anlise indicam movimentos subjetivos
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B
Brbara Cotta Padula, 65
Brbara Terezinha Nascimento Cunha, 24
Barbra do Rosrio Sabota Silva, 187
Barbra Sabota, 66
Beatriz de Castro Barreto, 329
Beatriz de Souza Andrade Maciel, 160
Beatriz Furtado Alencar Lima, 332
Beatriz Gabiani, 17
Beatriz Gama Rodrigues, 66
Beatriz Maria Eckert-Hoff, 67
Bernadete Lourdes Diniz rabe, 215
359
C
Camila Andrade, 68
Camila Cristiane Clivati Sodr, 320
Camila de Souza Santos, 306
Camila Stphanie Colombo, 68
Carine Kelly da Costa, 70
Carla Aguiar Falco, 219
Carla Cristina Braga dos Santos, 69
Carla Maria dos Santos Ferraz Orr, 323
Carla Mayumi Meneghini, 259
Carla Renata Natalli Machado, 69
Carla Richter, 322
Carlos A. G. Pavan, 70
Carmen Ilma Belincanta Borghi, 293
Carolina de Bertoli Macagna, 218
Carolina Vianini A. Lima, 327
Cassia Aparecida Do Vale, 336
Cataline Holanda Leo Otilio, 25
Celia Carrio, 72
Clia Maria Medeiros Barbosa da Silva, 224
Clia Sebastiana da Silva, 197
Celina Aparecida Garcia de Souza Nascimento, 354
Ch
Charlene S. M. Meneses de Paula, 289
Christian Silva de Avila, 25, 30
Christiane Jaroski Barbosa, 73
Christiane Moiss Martins, 244
Christianne Benatti Rochebois, 225
Christianne Rochebois, 195
Christine Rodrigues Lage, 297
Christine SantAnna de Almeida, 70
C
Cibele Cecilio de Faria Rozenfeld, 317, 318
Cntia Silva de Moura, 191
Clara Vianna Prado, 297
Clarice Moreira Braga Soares, 305
Clarissa Mombach, 265
Claudia Beatriz Monte Jorge Martins, 25
Claudia Christian Silva Valk, 26, 71, 72, 192
Claudia Christian Silva VALK, 192
Cludia Cristina Mendes Giesel, 292
360
D
Daiane Freitas Costa, 278
Dasa Teixeira, 231
Daisy Rodrigues do Vale, 308
Daniela Akie Hirakawa, 194
Daniela de Oliveira Matos, 75
Daniela de Souza Garcia, 27
Daniela dos Santos Silva, 270
Daniela Elisa Duarte Ferreira, 341
Daniela Nogueira de Moraes Garcia, 223
Daniela Norci Schroeder, 339
Daniele de Oliveira Bomfim, 352
Daniele Marcelle Grannier, 139
Daniella de Souza Bezerra, 76
Daniella Soares, 48
Danielle Oliveira Lelis Gonring, 305
Danuse Pereira Vieira, 28, 349
Dario Pagel, 195
Drio Pagel, 195
Dbora Secolim Coser, 76
Debora Soares Pessoa, 77
Dedilene Alves de Jesus, 77
Deise Cristina de Lima Picano, 197
Deise Nanci de Castro Mesquita, 197
Deise Prina Dutra, 17, 199
Demtrius Faria dos Santos, 178
Denise Cristina Kluge, 77
Denise de Mesquita Corra, 78
Denise I. B. Grassano Ortenzi, 320
361
E
Edilaine Buin-Barbosa, 80
Eduardo de Sousa Nunes,, 24
Edvaldo Carvalho Santos, 215
Edwiges Conceio de Souza Fernandes, 157
Elaine Cristina da Silva, 163
Elaine Mateus, 321, 322, 350
Eliana Pinto, 80
Eliane Carolina de Oliveira, 187
ELIANE CARVALHO DE OLIVEIRA, 235
Eliane Lousada, 283
Eliane Misiak, 202
Eliane Segatti Rios-Registro, 313
lidi Preciliana Pavanelli Zubler, 235
Elinaldo Soares Silva, 240
Elisa Maria Campos Cordeiro, 178
Elisa Pires Leo, 179
Elisa Sob Neves, 81
Elisabete Andrade Longaray, 325
Elisabeth Ramos da Silva, 81
Elisandra Maria Magalhes, 291
Elizabeth Guzzo de Almeida, 51
Elizabeth Madureira Toledo, 35
Elizabeth Mello Barbosa, 273
Elzimar Goettenauer Marins Costa, 204
Elzira Yoko Uyeno, 205, 323
Emanuele Bitencourt Neves Camani, 82
Emily Caroline da Silva, 283
Emmanuela Vitorino Carvalho de Souza Blumer, 82, 282
Ericah Flvia, 83
rika Amncio Caetano Soares, 83
rika Fernanda de Vasconcelos Lima, 28
Ernesto Srgio Bertoldo, 354
Ester Dias de Barros dos Santos, 84
Ester Maria de Figueiredo Souza, 84, 137, 149
Eulalia Vera Lcia Fraga Leurquin, 84, 85
Eullia Vera Lcia Fraga Leurquin, 109
Evania Alves Netto, 85
Eveline Mattos Tpias-Oliveira, 205
362
F
Fabiana Giovani, 86
Fbio Delano Vidal Carneiro, 86
Fbio Luiz Villani, 87, 206, 299
Fabola Aparecida Sartin Dutra Parreira Almeida, 208
Fabola Teixeira Ferreira, 265
Fabrcia Cavichioli Braida, 86
Fabrcio Tetsuya Parreira Ono, 87
Fatima Aparecida Cezarim dos Santos, 88
Ftima Encinas, 103
Ftima Maria Ribeiro de Carvalho, 28
Fernanda Coelho Liberali, 19, 20
Fernanda Costa Ribas, 209, 308
Fernanda de Oliveira Fernandes, 29
Fernanda Landucci Ortale, 89
Fernanda Liberali, 321
Fernanda Raquel Oliveira Lima, 347
Fernanda Rodrigues, 277
Fernanda Santana Godoy, 89
Fernandda Pinheiro de Souza e Silva, 29
Fernando Antonio Fragoso dos Santos, 89
Fga. Ana Elisa de B. e N. Baptista, 296
Flvia Dutra, 349
Flavia Fazion, 285
Flvia Marina Moreira Ferreira, 90
Flaviane Montes Miranda Lemes, 90
Francicl Fortaleza Bento, 88
Francieli de Oliveira, 338
Francieli Freudenberger Martiny, 90
Francine Poliseli Percinoto Corra, 72
Francis Arago Melo, 254
Francisco Carlos Fogaa, 91
Francisco Jos Quaresma de Figueiredo, 88
Francisco Leilson da Silva, 30
G
Gabriele Costa Pereira, 30
Gasperim Ramalho De Souza, 83
Geraldo Generoso Ferreira, 30
Germana da Cruz Pereira, 91
Gervsio Martins Bandeira, 31
Gicela Cuatlapantzi, 103
Giovana Azzi de Camargo, 92
Giovana Marinho Ferreira, 93
Girlene Moreira da Silva, 211, 219
Gisele Benck de Moraes, 339
Gisele Fernandes Loures Domith, 251
Gisele Luz Cardoso, 92
Gisele Silvrio, 206
Giseli Ferreira Barros, 179
Giselli Mara da Silva, 94
Gisleuda de Arajo Gabrie, 93
363
H
Hamilton de Godoy Wielewicki, 212
Helena Mendona, 32
Helena Vitalina Selbach, 99
Heliana Mello, 199
Helivane de Azevedo Evangelista, 183
Heloisa Albuquerque Costa, 95
Heloisa Albuquerque-Costa, 134
Helosa Brito de Albuquerque Costa, 346
Helosa Mateo, 300, 301
Helosa Scofield Oliveira, 178
Hlvio Frank de Oliveira, 213
Herzila Maria de Lima Bastos, 215
Hilrio I. Bohn, 22
Hilda Simone Henriques Coelho, 327
I
Iara Francisca Arajo, 216
Iara Francisca Arajo Cavalcanti, 216
Iara Maria Bruz, 218
Idelso Espinosa Taset, 96
Igns de Freitas Lara, 32
Igor Gadioli Cavalcante, 96
Igor Jos Souza Mascarenhas, 241
Ilane Ferreira, 219
Ilane Ferreira Cavalcante, 219
Ins Kayon de Miller, 328, 329
Ingrid Sturm, 220
Irenilda Francisca de Oliveira e Silva, 97
Isabel Cristina Rangel Moraes Bezerra, 328, 330, 331
Isabela Ab de Jesus, 97
Isabela Cristina Barros Cardoso, 24
Isabela David de Lima Damasceno, 181
Isabela de Freitas Villas Boas, 97
Isabella Siqueira Toguchi, 24
Isadora V. Gregolin, 318
Isaphi Marlene Jardim Alvarez, 86
Ivan Carlos Cruz, 24
Ivan Martin, 194
364
J
Jaci Brasil Tonelli, 285
Jairo de Araujo Souza, 191
Janana Aguiar Mendes Galvo, 98
Janana da Silva Forte, 99
Janana Mayra Nascimento, 179
Janara Barbosa Baptista, 98
Janayna Bertollo Cozer Casotti, 99
Jane Beatriz Vilarinho Pereira, 100
Jane Naujorks, 220
Janete Silva dos Santos, 33
Janice Gonalves, 206
Janice Ins Nodari, 222
Jaqueline Barros, 270
Jaqueline Lima Fontes, 100
Jean Marcelo Barbosa de Oliveira, 100
Jeane Antonio Pedrozo, 101
Jennifer Blaas, 32
Jennifer Galvo Cezar, 324
Jesiel Soares Silva, 101
Jessica Aparecida de Lima, 285
Jssica Lidiane Andrade Freitas, 102
Jssica Ramos de Oliveira, 102
Jssica Rezende Diniz Brando, 44
Jssyca Camargo da Cruz, 108
Joo Antonio Telles, 223
Joo Bsco Cabral dos Santos, 258
Joo Fbio Sanches Silva, 326
Joo Gomes da Silva Neto, 224
Joo Luis Pereira Ourique, 237
Joo Paulo Feliciano Magalhes, 33
Jos Carlos Chaves da Cunha, 103
Jos Carlos Paes de Almeida Filho, 273
Jos Luis Ramirez R, 161
Jos Luis Ramrez Romero, 103
Jos Mauro Souza Ucha, 34, 104
Jos Ribamar Lopes Batista Jnior, 332
Jos Srgio Farias Sobral, 135
Jos Tarcsio Grunennvaldt, 336
Jos Wanderley Souza Oliveira, 288
Joseane Santos da Silva, 234
Josiane Costa Leite, 116
Josiane Marques da Costa, 94
Josilene Pinheiro Mariz, 79
Josilene Pinheiro-Mariz, 225
Josilete Alves Moreira de Azevedo, 224
Josimayre Novelli Coradim, 34, 104
Judith Mara de Souza Almeida, 227
Julia Maria Raposo Gonalves de Melo Larr, 104
Juliana Bonsi Corra, 318
Juliana C.F. Bergmann, 228
365
K
Kaciana Fernandes Alonso, 341
Karin Adriane Henschel Pobbe Ramos, 35, 223
Karina Fernandes dos Santos, 34
Karina Mendes Nunes Viana, 106
Karine Dourado Silva, 107
Karla Daniele Arajo, 322
Karla Ferreira da Costa, 230
Karoline Lobo de Almeida Baracho, 44
Katia Aparecida da Silva Oliveira, 107
Ktia Eliane Muck, 175
Katia Vieira Morais, 108
Kelly Cristiane Henschel Pobbe de Carvalho, 108
Kelly Cristina Oliveira da Silva, 44
Kelly Pereira de Carvalho, 63
Kelvya Freitas Abreu, 240
Kely Cristina Silva, 108, 215
Ketheley Leite Freire Rey, 336
Keyla Maria Frota Lemos, 109
Kimberly Bolch, 306
Kimiko Uchigasaki, 254
Kleber Aparecido da Silva, 322, 330
Kyria Finardi, 35, 231
L
Las Zampol Dell Antonia, 32
Lanna Pereira Nogueira, 241
Larissa goulart da Silva, 159
Larissa Maria Ferreira da Silva Rodrigues, 109
Laura Janaina Dias Amato, 110
Laura Marisa Carnielo Calejon, 299
Laura S. Miccoli, 327
Laura Stella Miccoli, 340, 343
Laura Tey Iwakami, 232
Lauro Take Tomo Veloso, 110
Lays Guedes Pereira de Medeiros, 36
La Francisca dos Santos Silva, 213
Leandra Ines Seganfredo Santos, 234, 235, 335
Lia de Melo Loiola, 268
Leina Juc, 248, 294, 344
Leonor Nora Fabian Brez, 110
Letcia Elaine Cornlio Rosa, 324
366
367
M
Magali Barante, 246
Magali Barante, 246
Mara Ferreira Sant'Ana, 64, 116
Maisa de Alcntara Zakir, 244
Malia Spofford Xavier, 248
Manoela Oliveira de Souza Santana, 288
Mara Cleusa Peixoto Assis-Rister, 116
Mara Jnia de Assis, 179
Mara Sophia Zanotto, 249
Maralice de Souza Neves, 251, 353
Marcele Garbin Dagios, 37, 218
Marcelle Santos Rosa Donato, 352
Marcelo Gonalves Maciel, 117
Marcelo Santos, 68
Marcelo Sousa, 270
Marcelo Sousa Santos, 252
Marcia Aparecida Silva, 262, 263
Mrcia Cristina Ferreira Silva, 215
Mrcia Cristina Greco Ohuschi, 106
Mrcia de S.Thiago Rosa, 175
Mrcia Ione Surdi, 117
Marcia Lisba Costa de Oliveira, 118
Marcia Regina Pawlas Carazzai, 326
Mrcia Weber, 336
Mrcio Evaristo Beltro, 213
Marco Tlio de Urzda-Freitas, 289, 350
Marcus de Souza Arajo, 118, 286
Margarete de Oliveira Santos Nogueira, 119
Margarida Maria Calafate dos Santos, 349
Maria Adelaide de Freitas, 114
Maria Amlia Sousa Lima Silva, 119
Maria Antonia Germano dos Santos Maia, 119
Maria Clara Carelli Magalhes Barata, 308
Mara Claudia Del Socorro Nieto Cruz, 120
Maria Cristina Damianovic, 322
Maria Cristina G. de Ges Monteiro, 329
Maria Cristina Giorgi, 184
Maria Cristina Reckziegel Guedes Evangelista, 318
Maria da Conceio Aparecida Pereira Zolnier, 36, 340, 341
Maria da Glria Magalhes dos Reis, 176, 254
Maria da Graca Carvalho do Amaral, 255
Maria da Penha Casado Alves, 256
Maria de Ftima Cruvinel, 197
Maria de Ftima F. Guilherme, 258
Maria de Ftima Fonseca Guilherme, 258
Maria de Ftima Ramos de Andrade, 61
Mara de las Mercedes Pagano Fernndez, 120
Maria de Los Angeles de Castro Ballesteros, 38, 121
368
369
N
Ndia Dolores Fernandes Biavati, 133
Nadia Karina Ruhmke Ramos, 175, 265
Naiara Silva Paula, 40
Nancy Gmez Torres, 133
Nara Hiroko Takaki, 275
Natlia Costa Leite, 41
Natlia Moreira Tosatti, 310
Nathalie Lacelle, 133
Nathalie Letouz Moreira, 40
Nathaly Amanda Soares Silva, 41
Nayara Barbosa, 344
Nayara Natalia de Barros, 41
Neide Elias, 194
Neidiane S. Gomes, 352
Neiva Cristina da Silva Rego Ravagnoli, 134
Neusa Almeida de Oliveira Vioso, 276
Neusa Salim Miranda, 347
Newton Freire Murce Filho, 135
Nibbya Karlla Pereira de Albuquerque, 135
Nildicia Aparecida Rocha, 317, 318
Nvia Maria A. Costa, 93
Nora Pampln I., 160
Norma Hamilton, 68
Nukcia M. S. Arajo, 277
Nukcia Meyre Silva Arajo, 277
370
O
Olandina Della Justina, 278
Olvia Maria Santos de Lima, 209
Onilda Sanches Nincao, 136
Orlando Vian Jr., 136
Ormezinda Ribeiro, 280
P
Pamela Aparecida Melo, 136
Paolla Cabral Silva-Brasi, 268
Paolla Cabral Silva-Brasil, 273
Patrcia Carla da Silva, 135
Patrcia de Oliveira Lucas, 280
Patricia Fabiana Bedran, 261
Patrcia Silva de Moura, 204
Patricia Vasconcelos Almeida, 56, 136, 137, 282
Patrcia Vieira da Costa, 292
PatrciaVasconcelos Almeida, 82
Paula Baracat de Grande, 283
Paula Barreto Silva, 137
Paula Ferraz Pacheco, 318
Paula Tatianne Carrra Szundy, 348, 349
Paulo Roberto Boa Sorte Silva, 138
Paulo Rogrio Stella, 346
Pedro M. Garcez, 18, 19
Petrilson Alan Pinheiro, 138
Priscila A. da Fonseca Lanferdini, 138
Priscila Aguiar Melo, 283
Priscila Fabiane Farias, 139
Priscila Patrcia Paiva Mesquita, 268
Priscilla da Silva Santos, 139
R
Rafael Leonardo da Silva, 45
Rafael Matielo, 140
Rafael Troina, 32
Rafaela Scaransi, 285
Raimundo Nonato Moura Furtado, 140, 240
Raphaela Priscylla Barros Silva, 141
Raquel Cristina Mendes de Carvalho, 175
Raquel Dotta Correa, 228
Raquel Gamero, 141, 313
Raymundo da Costa Olioni, 255
Regiane Santos Cabral de Paiva, 181
Regina Celi Mendes Pereira, 216
Regina Celia Halu, 141
Reinildes Dias, 286
Rejane Cristina de Carvalho Brito, 142
Rejane Santos Nonato, 142
Renan Arajo Gomes, 126
Renata Costa de S Bonotto, 143
371
S
Sabine Mendes Lima Moura, 292, 329
Sabrina Hax Duro Rosa, 44
Samilla Socorro dos Praseres Lira, 152
Sandra Jardim de Menezes Ferreira, 153
372
T
Taciana Ramalho, 306
Taisa Pinetti Passoni, 320, 352
Tasa Pinetti Passoni, 352
Tnia Beatriz Trindade Natel, 165
Tnia de Souza Lima, 166
373
V
Valdelice Oliveira Santos, 352
Valdeni da Silva Reis, 306, 354
Valdeni da Silva REIS, 353
Valeria Septimio Alvs Fadini, 168
Valeska Virgnia Soares Souza, 308
Vanderlei J. Zacchi, 355
Vanderlice dos Santos Andrade Sl, 251
Vanessa Borges de Almeida, 271
Vanessa de Oliveira Dagostim Pires, 169
Vanessa Oliveira Silva, 47, 169
Vanessa Pintanel Dantas da Silva, 202
Vanessa Wendhausen Lima, 170
Vangela do Carmo Oliveira Vasconcelos, 170
Vnia Aparecida Lopes Leal, 315
Vera Lcia Batalha de Siqueira Renda, 205
Vera Lucia Bazzo, 126
Vera Lucia de Oliveira Pereira Buose, 234
Vera Lcia Lopes Cristovo, 138
Victor Araujo, 47
Vilma Nunes da Silva Fonseca, 170
Vitria Garcia Rocha, 171
Vitria Maria Avelino da Silva Paiva, 48
Vivian Bernardes Margutti, 306, 310
Viviane C. Garcia de Stefani, 171
Viviane Pires Viana Silvestre, 172
Vldia Maria Cabral Borges, 111
374
W
Waldenor Barros Moraes Filho, 308
Walkyria Alydia Grahl Passos Magno E Silva, 142
Walkyria Magno e Silva, 132
Walkyria Magno-e-Silva, 21, 22
Walkyria Monte Mr, 19
Walkyria Monte-Mor, 19
Wellington Barbosa Silva, 48
Wellington Sales da Rocha, 44
William Mineo Tagata, 172
William Teixeira Alves, 172
Y
Yana Liss Soares Gomes, 173
Yoko Uyeno, 205
Yolanda Franco Pacheco Sampaio, 49
Z
Zuleica Aparecida Cabral, 173
375