UNIVERSIDADE PAULISTA

ALICE LEME DAL B

ELOARA MARTINS DE ALCNTARA
JANE CAETANO DE OLIVEIRA
NADINE APARECIDA PALUDETO

ANALISE DO LIVRO PINQUIO S AVESSAS DE ACORDO COM AS

ABORDAGENS EDUCACIONAIS

SOROCABA-SP
2015

ALICE LEME DAL B - C39IJE-7

ELOARA MARTINS DE ALCNTARA - C396IG-0
JANE CAETANO DE OLIVEIRA - C64314-9
NADINE APARECIDA PALUDETO - C41CBD-3

ANALISE DO LIVRO PINQUIO S AVESSAS DE ACORDO COM AS

ABORDAGENS EDUCACIONAIS

Analise do livro Pinquio s avessas por

Rubem Alves de acordo com as
abordagens educacionais, sendo elas
abordagem
tradicional,
abordagem
comportamental e abordagem humanista,
referente a disciplina de Psicologia do
desenvolvimento
e
teorias
de
aprendizagens do curso de bacharelado
em Psicologia da Universidade Paulista.
Orientador (a): Prof. Kelly Pedroso

SOROCABA-SP
2015
2

Sumrio
Introduo ................................................................................................................... 4
1. Desenvolvimento .................................................................................................. 5
1.1.

Abordagem tradicional ................................................................................... 5

1.2.

Abordagem comportamental .......................................................................... 8

1.3.

Abordagem humanista ................................................................................. 10

Concluso ................................................................................................................. 14
Referncias bibliogrficas ......................................................................................... 16

Introduo
Este trabalho tem como principal intuito realizar uma introspeco com a obra
Pinquio s Avessas do autor Rubem Alves, com o auxlio da abordagem
tradicional,

comportamental

humanista

estudadas

em

Processos

do

Desenvolvimento e as Teorias de Aprendizagem.

O livro faz uma releitura da trajetria de Pinquio, conhecido dos contos
infantis, que um boneco de pau que para se tornar menino de verdade precisa ir
escola aprender as regras. Rubem Alves procura ao longo de todo o texto,
destacar um pensamento equivocado que vem impregnado h anos pela sociedade.
Com ilustraes de Mauricio de Souza, se remete ao um pblico infantil, porm sua
temtica pode atrair o pblico adulto, pois uma estria interessante para que se
possam analisar as diversas metodologias de ensino, de maneira mais crtica e
menos alienada.

1. Desenvolvimento
1.1.

Abordagem tradicional

A abordagem tradicional de ensino possui uma viso rgida, e est bastante presente
nas escolas brasileiras. Segue uma pedagogia Diretiva, onde a palavra monoplio do
professor, Snyder considera tal abordagem como a que pode ensinar de verdade e o
professor como elemento imprescindvel na transmisso de contedos, capaz de ensinar
tudo que for necessrio para o aluno que apenas executa as prescries que lhe so
fixadas. O aluno considerado como uma tabula rasa, ou seja, desprovido de todo e
qualquer saber, o qual s ir adquirir conforme for aprendendo o que lhe ensinam na sala de
aula. Nesse ponto nos deparamos com o empirismo de John Locke, que desconsidera a
histria de vida daquele indivduo, alegando que o conhecimento depende exclusivamente
da experincia, nada inato.
Esse conhecimento, na abordagem tradicionalista, nada mais que a capacidade de
armazenar e acumular o que deve ser aprendido, desprezando a criatividade e habilidades
especiais do educando.
Baseia-se no depsito de conhecimento no aluno, Paulo Freire critica essa
abordagem, dizendo que se trata de uma educao bancria, em que o professor deposita o
conhecimento em um aluno desprovido de seus prprios pensamentos.
Na estria do livro Pinquio s avessas, Rubem Alves traz uma viso de como o
ensino e aprendizagem dos alunos que frequentam escolas tpicas desta abordagem.
Felipe, personagem principal do livro, amava pssaros, era uma criana muito sonhadora,
sempre teve curiosidade sobre tudo, e seus pais, muitas vezes, no sabiam as respostas,
ento diziam que quando ele fosse para a escola ele aprenderia.
[..] A escola deve ser um lugar maravilhoso! L os professores
respondero minhas perguntas... (Alves, 2005, p.16)

mile Chartier, defensor desta abordagem, defende que necessrio que a escola
possua um ambiente austero, para impedir que o aluno se distraia como acontece com
Felipe durante a aula de estria, ele se depara com um pssaro pela janela, seu professor
v e o encaminha para a sala da psicloga que o ajudou, diagnosticando distrbio de
ateno.

Numa escola tradicional h tambm todo um conjunto de regras, com o intuito de

disciplinar os alunos.
[...] Mas de repente soou uma campainha. As crianas pararam de
brincar. Os professores e as professoras as separaram em pequenos
grupos e organizaram em filas. Havia a fila dos pequenos, na qual
ele foi colocado, a fila dos um pouco maiores, a fila dos maiores
ainda e a fila dos grandes. Ai os professores conduziram as filas para
dentro da escola. (Alves, 2005, p.26)

Os pais de Felipe sempre deixaram bem claro ao menino que ele precisava ir
escola para conseguir um emprego no futuro, a razo de entrar na escola que ela
transforma crianas que brincam em adultos que trabalham.
O mtodo de ensino se da a partir de aulas expositivas, onde o aluno apenas
absorve toda a informao, sem questionar, contestar. Independente da vontade do aluno, o
professor visa repassar informaes que so pr-estabelecidas por um plano de ensino, a
qual o aluno no interfere nem determina o que ser aprendido. Durante a primeira aula de
Portugus de Felipe, ele questiona a professora sobre o nome de um pssaro azul, ela
responde que no hora de pensar em pssaros, pois, os nomes dos pssaros no esto
no plano de ensino. Felipe continua a questionando sobre quem faz o plano de ensino e
como sabem o que ele gostaria de aprender. Ento a professora responde:
- A escola no para voc aprender aquilo que quer disse a
professora. A escola para voc aprender aquilo que deve aprender.
O que voc deve aprender aquilo que disseram os homens
inteligentes do governo. Tudo na ordem certa. Uma coisa de cada
vez. Todas as crianas ao mesmo tempo. Na mesma
velocidade...(Alves, 2005, p.30)

A forma de avaliao um ponto importante que esclarece o quo exclusiva

pode ser essa abordagem, mede-se pela quantidade de exatido de informaes que se
consegue reproduzir, o aluno analisado atravs de exames, provas orais, exerccios

entre outros mtodos. Alunos com suas diferenas so avaliados de uma mesma
forma, sem considerar a subjetividade de cada um, alm de apontar atravs disso
quem pode ser julgado como inteligente ou burro (figura muito bem usada no livro
para ilustrar o sentimento de inferioridade das crianas diante de uma nota baixa ou
reprovada).
6

Felipe, com o tempo foi se adaptando a abordagem tradicional, e no pensava mais

em nome de pssaros, aprisionou suas ideias e desvalorizou suas dvidas, pois estas no
estavam inseridas no plano de ensino. Ele cresceu se formou e foi inserido com sucesso na
vida profissional, em seu currculo escolar obteve notas excelentes, conseguiu o diploma,
to sonhado pelos seus pais e obtendo xito financeiro, entretanto, no era feliz.

Ensinar no transferir conhecimento, mas criar as

possibilidades para a sua prpria educao ou sua
construo. (Paulo Freire).

1.2.

Abordagem comportamental

A abordagem comportamental possui uma pedagogia diretiva, onde os alunos

so passiveis e os professores e pais so os Donos do saber. Nesta abordagem o
foco do Sistema Educacional modificar o indivduo para que seja produtivo para
sociedade. Os comportamentalistas ou behavioristas consideram a experimentao
planejada como a base do conhecimento.
Para o melhoramento da aprendizagem, a relao da Abordagem
Comportamentalista com a educao pode ser percebida na modificao do
comportamento tanto do professor quanto do aluno.
Para essa corrente de pensamento, segundo Skinner, a inteligncia
atribuda como capacidade do organismo responder aos estmulos do ambiente,
depende da resposta que a pessoa dar ao condicionamento. O ensino composto
por padres de comportamento que podem ser mudados atravs de treinamento.
Uma forma de aprendizagem nesta abordagem o Condicionamento
Clssico, onde um estmulo neutro, quando pareado a um estmulo eficaz, produz
uma resposta nova, ocorrendo ento um processo de associao.
O meio pode ser manipulado. O comportamento, por sua vez, pode
ser mudado modificando-se as condies das quais ele uma
funo, ou seja, alterando-se os elementos ambientais. O meio
seleciona. (Mizukami, 2001,p.23)

No livro Pinquio as avessas, podemos observar dois tipos de reforos, o

negativo, que se da pela remoo de algo desfavorvel, um comportamental
indesejvel, como no trecho em que Felipe se distrai durante a aula de estria e seu
professor chama sua ateno mandando-o para a sala da psicloga, que
diagnosticou distrbio de ateno, ele precisava se concentrar no que o professor
mandava. A psicloga conversou com os pais do Felipe que ficaram muito bravos, e
conversaram com o menino, reprimindo-o:

Se voc continuar a pensar em passarinhos, vai ficar burro! Grandes

orelhas e um rabo vo crescer em voc! Voc no leu a estria do
Pinquio? Se voc no concentrar a ateno nos pensamentos que
devem ser pensados, no aprendera o que esta no programa. Se
no aprender o que esta no programa, tirara notas baixas nas
provas. Tirando notas baixas, no passar de ano. E no passar no
vestibular. No entrar na universidade. No tirar diploma. No ser
ningum na vida! (Alves, 2005, p.38)

Felipe viu que se no prestasse ateno naquilo que eles queriam que ele
aprendesse, no teria boas notas, dessa forma, ele sofreria uma punio caso, suas
notas (reforo), no fossem boas. Portanto, ele teria que ter seu comportamento
modelado at atingir o comportamento desejado pelos seus professores e pais.
Existem tambm reforos positivos, quando ocorre um comportamento
desejvel, como quando Felipe passou a se comportar e prestar ateno nas aulas,
obteve as melhores notas da classe e mais tarde, no vestibular, foi o primeiro
colocado e se tornou especialista em frangos de corte.
Felipe se tornou um profissional respeitado. Fez doutorado em
universidade americana e colocou Ph.D. depois do nome. Ficou rico.
(Alves, 2005, p.44)

Nesta abordagem, nota-se que os alunos no possuem autonomia, e so

abscindidos em seu aprendizado, impossibilitados de questionar sobre suas prprias
reflexes, para aumentar o aprendizado seria interessante que o aluno pudesse
interagir e discutir junto com o professor. Felipe foi barrado pelo sistema, o
comportamento dele era inadequado e j estava tudo programado para o objetivo de
torn-lo gente.
Felipe aprendeu apenas o que lhe ensinaram, para que ele se tornasse aquilo
que queriam que ele fosse.

1.3.

Abordagem humanista

Sobre o Humanismo no livro O Pinquio s avessas, encontra-se presente de

uma forma idealizada. A estria faz uma crtica a abordagem tradicional e apresenta
o humanista como um meio de aprendizagem sugestivo. Compreendemos que, o
estilo tradicional apesar de ser um mtodo de ensino mais utilizado no Brasil, precisa
sofrer uma reavaliao em suas concepes.
Rubem Alves transmite a mensagem de que a tarefa corrente do educador
desafiar o educando a produzir sua prpria compreenso do que vem a ser
comunicado. A aprendizagem, portanto, torna-se incompatvel com o treinamento
pragmtico e com o saber articulado. Cada aluno precisa aprimorar, com a
orientao de um facilitador, a prpria habilidade pessoal de analisar e interpretar as
informaes que lhe so transmitidas. Dessa forma, com a participao dos
educadores, elas podero estimular cada vez mais esta habilidade.
A Abordagem derivada de Carl Rogers. Uma das ideias mais importantes na obra
de Rogers a que a pessoa capaz de controlar seu prprio desenvolvimento e
isso ningum pode fazer por ela. V o sujeito como uma totalidade, d nfase s
relaes interpessoais e ao crescimento que ela contribui (prope a sensibilizao, a
afetividade e a motivao como fatores atuantes na construo do conhecimento),
tendo como seu foco o desenvolvimento da personalidade, em seus processos de
construo e organizao pessoal da realidade e, na capacidade de atuar como uma
pessoa integrada. O prprio aluno o gerador de seu conhecimento, afirma que o
ser humano no uma tabula rasa, pois, o mesmo j possui uma curiosidade inata
para o conhecimento.
Na teoria humanista, o ensino-aprendizagem atravs do mtodo no-diretivo,
que seria um conjunto de tcnicas que consiste em formas pessoas nicas na base
da confiana e do

respeito. Pois acredita-se que a constante interveno dos

adultos limita a capacidade da escolha das crianas, atrasa o amadurecimento e

pode causar outros problemas psicolgicos. Uma cena que evidencia o quo pode
ser prejudicial um mtodo de ensino que aprisiona a criatividade e os interesses
subjetivos da criana, quando Felipe decide que precisa deixar de lado as suas
curiosidades sobre os pssaros seno ficar burro e ir decepcionar os pais.
10

Rogers propunha que esse mtodo de gradativo para o individuo como um

todo. A educao deveria se perpetuar no homem em sua totalidade, no apenas da
pessoa no mbito escolar. O objetivo que aborde conceitos e experincias da
vivencia do sujeito, que respeite a criana oferecendo condies para que a mesma
possa desenvolver-se em seu processo de aprendizagem (vir e ser).
- Eu sei tantas coisas! Sei o nome dos passarinhos, sei jogar gude,
sei nadar, sei empinar pipa, sei fazer limonada, sei subir em rvore,
sei montar quebra-cabea, sei descascar laranja, sei dar lao no meu
tnis, sei contar estrias, sei regar o jardim... Acho que vou ter boas
notas no meu boletim. (ALVES,2005,p.22)

A escola tem que notar que, todo aluno j tem certo conhecimento amplo
adquirido desde seu processo de crescimento. Porm na escola de Felipe, segue
uma abordagem tradicional e no se leva em considerao a bagagem trazida pelo
personagem. Carl Rogers propunha que o facilitador dirija o estudante s suas
prprias experincias, para que, a partir delas, o aluno se autodirija. D nfase
vida psicolgica e emocional do indivduo e a preocupao com a orientao interna,
com o auto conceito, com o desenvolvimento de uma viso autntica de si mesmo,
orientada para a realidade individual e grupal.
Felipe, voc no est prestando ateno. Voc no est pensando
naquilo que deve pensar nesta hora... (ALVES, 2005, p.28 )

Nesta cena, ilustra o personagem distrado e sendo reprendido por no

prestar ateno.
Todos os jovens so intrinsecamente motivados. So curiosos, tem
nsia de conhecer o novo. Mas depois de anos passados na escola,
isso acaba diminuindo, ele acabam acomodando-se e essa
motivao intrnseca acaba amortecendo. E o papel dos
facilitadores de aprendizagem fazer com que essa motivao volte,
eles precisam descobrir quais os desafios reais para esses jovens,
para transform-los em algo que os mesmos tenham anseio de
conhecer (Rogers, 1972, p.131).

Rogers prope que haja situaes que estimulem no aluno a curiosidade, a

escolha de seus prprios interesses, autodisciplina, critica e adaptao a futuras
situaes problemticas. necessrio que o facilitador possua as principais ideias,
que so: considerao positiva incondicional (aceitar a pessoa com sua totalidade),
possuir empatia (sempre compreender o aluno, sendo assim criando um vnculo
emocional com seus alunos, que favorece para o aprendizado de ambos) e a
11

congruncia (seria a coerncia interna do prprio terapeuta/facilitador, precisa

compreender-se, ser verdadeiro consigo mesmo). O conhecimento advm das
prprias experincias dos alunos e as atividades so consideradas um processo
natural que se realiza atravs da interao com o meio.
[...] Felipe no entendeu nem o que eram notas nem o que era
boletim. Ele no entendia como que um nmero podia dizer quanto
uma pessoa sabe. Ele sabia tantas coisas, e para saber no
precisava que lhe dessem nmeros. Sabia porque sabia...
(ALVES,2005,p. 22)

Segundo Niell, no pode haver uma padronizao na forma de aprendizagem

e competncias do professor. Prmios, exames e notas so sistemas que desviam o
desenvolvimento adequado da personalidade. Mas o mtodo de auto avaliao era
defendida por Rogers, pois nenhuma prova ou algum outro mtodo pode ser capaz
de avaliar o nvel de conhecimento do aluno. Porm, segundo o humanismo, no se
deve restringir apenas a pessoa no mbito escolar, mas na educao do sujeito em
si, com crescimento pessoal, interpessoal e intergrupal (um processo de
aprendizagem introspectiva e subjetiva).
Felipe dormiu e teve um lindo sonho. Sonhou com a escola. Sonhou
que os professores eram pssaros que ensinavam a voar. Cada
pssaro-professor ensinava a voar de um jeito. H muitos jeitos de
voar: o jeito dos beija-flores, o jeito dos urubus, os jeitos das
pombinhas o jeito dos sabis... Havia pssaros-professores que
ensinavam a cantar como pssaros. Eles e os amigos eram
aprendizes de pssaros... (ALVES, 2005, p.25)

Quase no final da estria, onde Felipe se gradua e adquire o diploma de

Especialista em linguias, a fada amarela lhe diz que agora quando perguntarem
quem ele , no ir responder mais apenas Felipe, mas sim, pelo o que ele faz. O
sujeito no valorizado pelo seu subjetivo, mas pelo seu papel social. O autor Niell
crtica essa atitude capitalista, em sua concepo o intuito era favorecer a educao
para o aluno de uma maneira que os mesmos fossem seres humanos felizes, onde
seus valores no fossem embasados no consumo, nas propriedades, mas no ser,
onde o sujeito pudesse desenvolver uma autenticidade. E que os indivduos
assumissem as suas respectivas responsabilidades das decises pessoais. O que
tambm no acontece com Felipe, j que mesmo obtendo xito profissional,
encontra-se confuso e infeliz consigo mesmo, tanto que vai procura de terapia
psicanalista. Segundo Rogers, coloca-se que o indivduo se torna auto responsvel,
12

apresenta progressos em direo sua prpria realizao. E ao optar pelo

psicanalista vemos em Felipe uma busca exasperada pela auto realizao e, aps
algumas terapias constata-se que ele enfatiza a unicidade e a busca progressiva.
Sendo assim, assume sua existncia e acaba se sentindo mais leve e livre como
quando era criana.

13

Concluso

Logo de incio, Rubem Alves introduz uma frase de Fernando Pessoa:

Sou intervalo entre meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim.
O que nos remete bem a proposta crtica e social em que ele transpassa no
livro. Rubem Alves nos leva refletir a necessidade de mudanas urgentes no mtodo
de ensino do nosso pas e prope uma educao verdadeira, onde a criana
desenvolva sua capacidade de criar, de sonhar, de realizar e de transformar. O autor
mostra que muitos indivduos podem estudas em escolas renomadas, obter
excelente notas e ter uma vida profissional conceituada, mas mesmo assim, no ter
a realizao pessoal. Portanto, ele deixa bem explicito, que mesmo frequentando a
escola isso no sinnimo de um futuro feliz.
A escola ensina apenas os contedos pr-estabelecidos pelo ministrio da
educao. Sendo assim, muitos alunos que vivem em realidade social diversa ficam
prejudicados, muitos conceito e dvidas que no se refere aos contedos pautados,
no so trabalhados pelos educadores.
Rubem Alves nos apresenta uma viso reducionista do processo educacional,
que isso poderia abafar a criatividade e curiosidade, que so caractersticas
predominantes de toda criana no incio de vida escolar. Mostra esse sistema
educacional equivocado que tem o objetivo de moldar as crianas com o intelecto
curioso e ativo a serem seres mecnicos, alienados e por consequncia se tornando
muitas vezes profissionais frustrados e pessoas infelizes.
Atravs das abordagens estudadas, como tradicional, comportamentalista e
humanista e com base na estria contada s avessas do autor que podemos buscar
mudanas. Uma participao mais complacente dos pais na educao informal para
transformao da criana para a vida; E que o educador possa conduzir o
conhecimento de seus alunos com base em experincias que caminhem a uma
aprendizagem significativa e tornem esses indivduos, cidados crticos e lhe
instiguem a vontade de aprender sempre mais.
14

... perguntas que realmente faam [os alunos] pensar, que

estimulem a curiosidade, que avivem o pensamento, que
ativem a imaginao, que provoquem o risco reflexivo de
buscar respostas no previsveis.. (Juan Mendes)

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Referncias bibliogrficas
ALVES, R. Pinquio s Avessas - Uma Histria Sobre Crianas e Escolas para
Pais e Professores. So Paulo. Verus, 2005.
MIZUKAMI, Maria da G Nicoletti. Ensino: as Abordagens do Processo. 12 edio.
So Paulo. EPU. 2001
LOPES, Luiz. PAULO FREIRE E A EDUCAO BANCRIA IDEOLOGIZADA .
Escola sem partido. Disponivel em: < http://www.escolasempartido.org/artigos/382-paulofreire-e-a-educacao-bancaria-ideologizada > Acesso em 09 de setembro de 2015.
SIMOKA, Thays. ABORDAGEM TRADICIONAL. Pedagogia ao P da
Letra Disponvel em: <http://pedagogiaaopedaletra.com/abordagem-tradicional/>
Acessado em 09 de setembro de 2015

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