Revestimento Cerâmico de Fachada
Revestimento Cerâmico de Fachada
Revestimento Cerâmico de Fachada
CAMPO MOURO
2013
CAMPO MOURO
2013
Dedicatria:
Dedico este trabalho minha famlia, que o princpio e a razo de
tudo em minha vida.
Meus pais que incansavelmente lutaram ao meu lado para que eu
atingisse minhas metas e tambm me apoiaram nos momentos de
infelicidade.
Em especial, pelo exemplo de valor e conduta.
Minha av que se prestou a tudo que eu precisasse em minha casa.
Meu irmo, que sempre me alegrou e me incentivou.
Dedico tambm minha orientadora que transmitiu o seu
conhecimento e confiana a mim.
Aos meus amigos da universidade e de moradia, pelas gentilezas e
extensos perodos de estudos em grupo.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
Production Design.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMRIO
1 INTRODUO ....................................................................................................... 11
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 13
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 13
2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ............................................................................... 13
3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 14
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 16
5 CARACTERIZAO DO REVESTIMENTO CERMICO...................................... 17
5.1 CONCEITOS DO REVESTIMENTO CERMICO ............................................... 17
5.2 PLACAS CERMICAS ........................................................................................ 20
5.2.1 Composio das Placas Cermicas ................................................................. 21
5.2.2 Classificao das Placas Cermicas segundo a Indstria ............................... 22
5.2.3 Propriedades das Placas Cermicas ............................................................... 23
5.3 ARGAMASSAS ................................................................................................... 28
5.3.1 Argamassas para a regularizao de superfcies ............................................. 28
5.3.2 Argamassas Colantes ...................................................................................... 30
5.3.3 Argamassas de Rejuntamento ......................................................................... 31
5.4 JUNTAS .............................................................................................................. 33
6 PROJETO DE REVESTIMENTO CERMICO DE FACHADA ............................. 36
6.1 A IMPORTNCIA DO PROJETO ........................................................................ 36
6.2 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ................................................................ 39
6.2.1 Parmetros de Projeto...................................................................................... 40
6.2.2 Discriminao e Detalhamento ......................................................................... 42
6.2.3 Especificaes ................................................................................................. 44
6.2.4 Diretrizes para a escolha de materiais ............................................................. 46
6.2.5 Parmetros de Execuo ................................................................................. 47
6.2.6 Controle e Inspeo ......................................................................................... 48
6.2.7 Contedo do Projeto......................................................................................... 48
6.2.8 Atribuies de Responsabilidades na fase de projeto ...................................... 52
7 PLANEJAMENTO DA PRODUO ...................................................................... 53
7.1 ESCOLHA E CONTRATAO DOS RECURSOS ............................................. 54
7.1.1 Mo de obra ..................................................................................................... 54
7.1.2 Escolha do Revestimento Cermico ................................................................ 55
7.1.3 Escolha das Argamassas ................................................................................. 56
7.1.4 Equipamentos e Ferramentas .......................................................................... 57
7.1.5 Componentes especiais ................................................................................... 60
7.2 PROCEDIMENTOS DE PRODUO ................................................................. 60
7.2.1 Plano de Ao .................................................................................................. 61
7.3 CRONOGRAMA .................................................................................................. 62
8 EXECUO DO REVESTIMENTO CERMICO DE FACHADA .......................... 64
8.1 TREINAMENTO DAS EQUIPES ......................................................................... 65
8.2 LOGSTICA DO SISTEMA .................................................................................. 66
8.3 RASTREABILIDADE ........................................................................................... 67
8.4 PREPARO DA BASE .......................................................................................... 68
8.4.1 Chapisco .......................................................................................................... 69
8.5 CAMADA DE REGULARIZAO DAS SUPERFCIES ...................................... 70
8.6 APLICAO DA ARGAMASSA COLANTE ........................................................ 72
11
1 INTRODUO
12
13
2 OBJETIVOS
14
3 JUSTIFICATIVA
visualmente,
integridade
do
revestimento
pode
estar
15
16
4 METODOLOGIA
17
18
19
20
21
Filitos: rocha muito fina que, devido sua natureza qumica minerolgica,
pode compor at 50% de massas cermicas;
22
Carbonatos.
23
24
25
Mtodos de fabricao
Absoro de gua (%)
Extrudado (A)
0 a 0,5
Prensado (B)
Outros (C)
BIa
AI
0,5 a 3
CI
BIb
3a6
AIIa
BIIa
CIIa
6 a 10
AIIb
BIIb
CIIb
> 10
AIII
BIII
CIII
Classe (PEI)
Resistncia
Baixa
Mdia
Mdia Alta
Alta
Altssima
26
Bia
175
BIb
175
BIIa
345
BIIb
540
reversvel
ocorre
principalmente
em
locais
sujeitos
27
Mdulo de
Tipo de placa Denominao
Absoro de
resistncia
Carga de
gua (%)
flexo
ruptura (N)
(N/mm)
Porcelanato e
BIa
0 a 0,5
35
1300
Grs
BIb
0,5 a 3
30
1100
Semigrs
BIIa
3a6
22
1000
Semiporoso
BIIb
6 a 10
18
800
Poroso
BIII
> 10
15
600
Revestimento
Porcelanizado
28
Mdulo de
Tipo de placa
Denominao
Absoro de
resistncia
Carga de
gua (%)
flexo
ruptura (N)
(N/mm)
Extrudada
AIa
0a3
23
1100
Extrudada
AIIa
3a6
20
950
Extrudada
AIIb
6 a 10
17,5
900
Extrudada
AIII
> 10
600
5.3 ARGAMASSAS
29
30
esmerado,
plano
regular.
Encontram
tambm
aplicao
no
como
os
produtos
cermicos,
as
argamassas
utilizadas
no
31
32
Propriedade
Unidade
Tipo I
Tipo II
mm
75
65
mm/m
2,00
2,00
Resistncia compresso
MPa
8,0
10,0
MPa
2,0
3,0
g/cm
0,60
0,30
cm
2,0
1,0
Reteno de gua
Variao dimensional
33
5.4 JUNTAS
34
35
36
dos
materiais,
geometria,
juntas,
reforos,
acabamentos,
procedimento de execuo e controle. Porm, para que este objetivo seja realmente
alcanado, necessrio que o projeto de revestimento externo apresente um
conjunto de informaes relativas s caractersticas do revestimento e da sua forma
de produo (COMUNIDADE DA CONSTRUO, 2006).
37
38
39
sejam
necessrias
posteriormente
na
execuo
do
revestimento.
40
41
42
43
outros
elementos
decorativos,
definidos
no
projeto
arquitetnico;
Fixao dos elementos decorativos (pr-moldados), que dever ser
compatibilizada e aprovada pelo projetista, fazendo parte do projeto;
Localizao de pontos de gua, luz, gs, etc.;
Indicao das regies que devero ser reforadas com telas ou outro material
(planta e elevao);
Posicionamento dos balancins fachadeiros e dos demais equipamentos de
transporte e mistura.
Campante e Baa (2003) recomendam algumas aes que ajudam a prevenir
o aparecimento de patologias:
Peitoris avanando nas janelas, com projeo mnima de 25 mm;
Lajes com ressaltos nas fachadas, proporcionando a diviso dos painis de
revestimentos cermicos e permitindo, portanto, maior capacidade de
absorver deformaes;
Utilizao de revestimentos cermicos diferentes sobre os componentes
estruturais, permitindo a construo de juntas entre eles e vedao;
Verga e contravergas salientes que funcionem como pingadeiras, o que
permite diminuir as dimenses dos painis de revestimento;
Definir os arremates no topo do edifcio, revestindo totalmente as platibandas;
Prover beirais revestidos com cermica de sistemas de calhas para captao
de guas pluviais;
44
6.2.3 Especificaes
chapiscos
industrializados:
desempenhos
mnimos
de
aplicao
45
As
telas
de
reforo:
telas
plsticas,
telas
metlicas
galvanizadas
46
47
48
49
50
51
52
Compete ao projetista:
Solicitar todas as informaes tcnicas necessrias ( administrao da obra
e aos fornecedores de insumos) para execuo de um projeto que atenda s
expectativas do cliente;
Fazer o projeto dentro das diretrizes fixadas pela construtora e pelos demais
projetistas (estrutura, vedao, etc.);
Definir atravs de indicao clara os intervalos aceitveis para os parmetros
especificados no projeto.
Compete administrao da obra/construtora:
Fornecer ao projetista todas as informaes tcnicas relevantes sobre os
procedimentos e controles normalmente utilizados pela construtora, bem
como todos os projetos (estrutura, arquitetura, vedaes, etc.) necessrios;
Definir o sistema de produo: produo no canteiro ou argamassa
industrializada, fornecimentos em silos ou em sacos, central de produo ou
argamassadeiras nos andares;
Efetuar anlise crtica do projeto, discutir e apontar necessidade de
modificaes ou adequaes em funo, entre outras coisas, do sistema de
produo.
Compete ao fabricante de argamassa e/ou aos fornecedores de insumos:
Fornecer as informaes tcnicas sobre o desempenho e caractersticas
tecnolgicas de seus produtos.
Compete mo-de-obra:
Por intermdio da equipe tcnica da obra fornecer informaes ao projetista
que contribuam com a construtibilidade e produtividade da obra.
53
7 PLANEJAMENTO DA PRODUO
54
os
servios
de
revestimento
externo
sero
executados.
7.1.1 Mo de obra
55
depender grande parte do resultado final. Por isso, empregar mo de obra treinada
e habilidosa a chave para um revestimento cermico bem feito.
A formao das equipes deve ser calcada no perfil de capacitao tcnica
requerida dos encarregados, pedreiros, operadores de bombas e argamassadeiras,
assentadores de placas; assim como no treinamento para servios especiais,
argamassa projetada, fixao de reforos, acabamento de juntas com selantes
flexveis, aplicao de pr-moldados com insertes metlicos ou colas especiais; e
no menos importante, na definio do nmero necessrio de profissionais/equipes,
considerando a produtividade mdia do processo, o cronograma da obra e o plano
de ataque anteriormente definido (CEOTTO et al., 2005).
Barros e Sabbatini (2001) mencionam que, buscando-se obter produtos de
melhor qualidade possvel, com os materiais adequadamente utilizados e com uma
produo satisfatria, deve-se alocar operrios cujo trabalho seja reconhecidamente
de qualidade, procurando sempre aprimorar suas habilidades atravs do treinamento
especfico, competio, integrao entre equipes, estmulo econmico a partir da
produtividade e qualidade obtidos, entre outros.
Para Sabbatini e Barros (2003), as escolha do revestimento cermico, devese basear nas solicitaes de uso o qual ele ser empregado, dando ateno s
propriedades: resistncias mecnicas (trao; choque; abraso; puncionamento),
resistncia qumica, resistncia ao manchamento, estabilidade dimensional, conforto
ttil, facilidade de limpeza, resistncia ao escorregamento, impermeabilidade,
durabilidade, etc. Requisitos construtivos como salincias no tardoz, absoro e
porosidade, tolerncias de fabricao, espessura, assim como exigncias estticas e
econmicas tambm so relevantes na escolha.
O mercado nacional possui ampla gama de placas cermicas, ou seja, h
uma variedade de formatos, cores, tonalidade e caractersticas, porm o mais
56
57
58
de
limpeza
das
alvenarias
concretos:
bomba
de
59
60
61
7.2.1 Plano de Ao
62
7.3 CRONOGRAMA
63
64
65
equipe
corretamente
treinada
capacitada
poder
controlar
66
argamassas pelos apartamentos, pois permite que passe at por uma porta de 70
cm, dispe de um sistema de apoio que facilita o despejo da argamassa na
masseira. interessante estudar a possibilidade de bombeamento de argamassa.
Esta soluo otimiza o transporte, reduzindo o fluxo de cargas no elevador da obra
67
8.3 RASTREABILIDADE
68
69
8.4.1 Chapisco
Segundo Maciel et al. (1998), o chapisco deve ser sempre aplicado nas
fachadas e nas superfcies de concreto, de acordo com as especificaes do projeto.
Ele serve para regularizar a absoro da base e melhorar a aderncia. Existe
diferentes tipos de chapisco: o tradicional; o industrializado; e o rolado. As
caractersticas de cada um deles so apresentadas a seguir:
Chapisco Tradicional: argamassa de cimento, areia e gua, adequadamente
dosada que resulta em uma pelcula rugosa, aderente e resistente, apresenta
um elevado ndice de desperdcio, em funo da reflexo do material pode ser
aplicado sobre alvenaria e estrutura.
Chapisco Industrializado: argamassa industrializada semelhante argamassa
colante, s necessrio acrescentar a gua no momento da mistura na
proporo definida, aplicado com desempenadeira dentada somente sobre a
estrutura de concreto apresenta uma elevada produtividade e rendimento.
Chapisco Rolado: obtido da mistura de cimento e areia, com adio de gua e
resina acrlica argamassa bastante plstica, aplicada com um rolo para
textura acrlica em demos pode ser aplicado na fachada, tanto na estrutura
como na alvenaria proporciona uma elevada produtividade e um maior
rendimento do material, necessita do controle rigoroso da produo da
argamassa e da sua aplicao sobre a base.
Projetados todos os tipos de juntas, o primeiro passo a preparao da base
com o chapisco. O tipo e o trao devem ser definidos em projeto, ou no caso de
produtos industrializados, orienta-se pelas instrues do fabricante. Molha-se
razoavelmente toda a superfcie do parmetro da alvenaria, qualquer que seja a
natureza dos materiais que a constituem. Chapa-se a argamassa do chapisco com
energia cobrindo todo o paramento, quando ainda mido, com fina camada desta
argamassa de cerca de 5mm. A inteno obter uma superfcie o mais irregular
possvel e com ancoragens mecnicas suficientes para perfeita aderncia da
camada seguinte (FIORITO, 2005).
70
71
72
73
74
75
das
placas
cermicas:
usando
argamassa
colante
no
76
77
78
79
8.9 REJUNTAMENTO
80
81
O mesmo raciocnio vale para o emboo, que deve passar por testes de
aderncia sobre a base (concreto e alvenaria) e principalmente por ensaios de
resistncia superficial, fundamentais para a definio do tipo de argamassa colante a
ser utilizada. Ainda mais: a paginao das placas deve estar definida, todos as
interferncias de fachada devem estar resolvidas e os materiais, ferramentas e
equipamentos devem estar disponveis e em bom estado de conservao. Aps a
liberao do assentamento das placas, de maneira geral os panos de cermica so
aceitos levando em considerao:
Alinhamento, acabamento;
Nivelamento e prumo, planicidade.
82
83
84
85
86
87
de
detalhes
construtivos
(contravergas,
juntas
de
dessodolidarizao);
Utilizao da argamassa colante com um tempo em aberto vencido;
assentamento sobre superfcie contaminada.
Impercia ou negligncia da mo-de-obra na execuo e/ou controle dos
servios (assentadores, mestres e engenheiros).
88
Isto, muito mais do que uma diviso terica, importante porque as tcnicas de
correo dos problemas so diferenciadas para cada caso.
Campante e Baa (2003) consideram que as trincas so rupturas no corpo
da placa cermica provocadas por esforos mecnicos, que causam a separao
das placas em partes, com aberturas superiores a 1mm. As fissuras so
rompimentos nas placas cermicas, com aberturas inferiores a 1mm e que no
causam ruptura total das placas. O gretamento uma srie de aberturas inferiores a
1mm e que ocorrem na superfcie esmaltada das placas, dando a ela uma aparncia
de teia de aranha. Estas patologias aparecem por causa da perda de integridade da
superfcie da placa cermica, que pode ficar limitada a um defeito esttico (no caso
de gretamento), ou pode evoluir para um destacamento (no caso de trincas).
As trincas, fissuras e gretagem do sistema de revestimento cermico so
manifestaes patolgicas que podem induzir s outras patologias. As trincas, por
exemplo, podem abrir espaos para a penetrao de gua e surgimento da
eflorescncia, que por sua vez podem enfraquecer as camadas do sistema e ocorrer
o descolamento de placas cermicas (LUZ, 2004).
89
de
detalhes
construtivos:
A falta
de
alguns detalhes
90
Figura 17 - Gretamento
Fonte: Junginger (2007)
91
Figura 18 - Eflorescncia
Fonte: Junginger (2007)
92
93
10 CONSIDERAES FINAIS
O Brasil passa por uma fase tima na construo civil. Existem muitas obras
nas metrpoles e tambm em pequenas cidades do interior. A evoluo geral no
Pas. Com isso, vem o aprimoramento das tcnicas construtivas, novos materiais,
novos procedimentos, e o fator projeto significa o primeiro passo para qualquer
ao, qualquer construo, qualquer empreendimento.
A vantagem da elaborao de um projeto que ele torna-se o referencial de
orientao durante o processo executivo. E para o projeto de revestimento cermico
de fachada no diferente. necessrio por razes tcnicas e econmicas. Alm
de definir os meios para que o planejamento e a programao da produo sejam
eficientes, ele permite exercer o controle de qualidade do processo dos materiais e
da execuo, porque oferece os principais subsdios para isso, e ainda, evita
improvisaes, que certamente poderiam resultar em patologias. Significa a soma de
um projeto de produto com um projeto de produo.
Assim, fica claro que, o objetivo de um projeto de revestimento de um edifcio
a definio completa e precisa do subsistema revestimentos de um edifcio,
fazendo com que a sua produo em obra seja realizada integralmente com base
exclusivamente nele.
Vale algumas recomendaes na elaborao do projeto do produto e da
produo de revestimento cermico de fachadas:
Ter como parmetros as de condies ambientais (regime de chuvas,
umidade relativa do ar, temperatura, ventos predominantes, poluentes na
atmosfera); o projeto arquitetnico com as cores, detalhes de frisos e
elementos decorativos para paginao da fachada; a estrutura pela
geometria, rigidez e deformaes previstas, para a definio de juntas,
detalhes construtivos das ligaes das alvenarias com pilares, vigas ou lajes,
preparao da base, definio da ponte de aderncia (chapisco), entre outros;
instalaes que interferem nas fachadas, como rasgos e aberturas; a
vedao; os processos construtivos (estrutura, alvenaria, equipamentos, mode-obra para as definies geomtricas do projeto, especificao dos
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REFERNCIAS
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