Água Quente
Água Quente
Água Quente
CENTRO TECNOLGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MATERIAIS UTILIZVEIS
A tubulao de gua quente pode ser feita com trs materiais, ou uma combinao destes:
cobre, ferro galvanizado, CPVC. A escolha depender de alguns fatores, como: custo, vida
til, coeficiente de dilatao, limite de temperatura, condutividade trmica, mo-de-obra.
O COBRE:
Apresenta custo bastante elevado. Vida til muito longa. Limite de temperatura acima do
mnimo normalmente exigido. Apresenta alta condutividade trmica, exigindo um bom
isolamento trmico. Seu coeficiente de dilatao tambm alto = 0,000017m/C. As juntas
so soldadas com solda de estanho e chumbo, exigindo mo-de-obra especializada.
O FERRO:
Apresenta custo bastante elevado, embora menor que o do cobre. Vida curta, se comparada
com a vida til da edificao, devido s incrustaes e corroso. . Limite de temperatura
acima do mnimo normalmente exigido. Apresenta alta condutividade trmica, exigindo um
bom isolamento trmico. Seu coeficiente de dilatao tambm alto = 0,000012m/C. As
juntas so rosqueadas, exigindo mo-de-obra especializada.
O CPVC
O Policloreto de Vinila Clorado um termoplstico semelhante ao PVC, porm com
percentual maior de cloro. o de menor custo. Apresenta vida til longa, baixo coeficiente de
dilatao, baixa condutividade trmica, dispensando inclusive o isolamento trmico. As juntas
so soldveis, exigindo mo-de-obra treinada, pois so necessrios alguns cuidados, como:
indispensvel o uso de primer antes do adesivo e no devem ser lixadas as superfcies a serem
soldadas. A principal limitao do CPVC o limite de temperatura, que de 80C. Este fato
exige a instalao de uma termo-vlvula. Esta termo-vlvula deve impedir que a gua quente
ultrapasse a temperatura de 80C, atravs da mistura com gua fria. Ela deve ser instalada
entre o aquecedor e a tubulao de gua quente. Sua vida til de aproximadamente 3 anos.
Sendo o CPVC um plstico, deve haver preocupao com a sustentao, para impedir
deformaes.
de referncia - pol. Espao entre suportes - m
15
1/2"
0,9
22
3/4"
1,0
28
1"
1,1
Na vertical: usar suporte de fixao a cada 2m ,
Espessura do isolamento - mm
20
30
40
50
DILATAO
- Deve-se evitar a aderncia da tubulao com a estrutura.
- A tubulao deve poder se expandir livremente.
- Em trechos longos e retilneos deve-se usar cavaletes, liras ou juntas de dilatao especiais
que permitem a dilatao.
PRUMADA
- A alimentao de gua dos aquecedores deve ser feita com uma prumada exclusiva. Golpes
de ariete so extremamente prejudiciais.
PRESSO
- A presso esttica no deve ultrapassar 40mca.
- Em edificaes de altura superior a 40m, devem ser previstos dispositivos para reduo de
presso.
- Nos pontos de consumo, aas presses da gua fria e gua quente devem estar praticamente
equilibradas.
1a classe
5,6
Consumo de gua Quente nos Edifcios, em funo do Nmero de Aparelhos , em litros por Hora, a 60C
Aparelhos
Aptos. Clubes Ginsios
Hospitais
Hotis
Fbricas
Escritrios
Lavatrio privado
2,6
2,6
2,6
2,6
2,6
2,6
2,6
Lavatrio pblico
5,2
7,8
10,4
7,8
10,4
15,6
7,8
Banheiras
26
26
39
26
26
39
xxx
Lavador de pratos
19,5
65
xxx
65
65
26
xxx
Lava-ps
3,9
3,9
15,6
3,9
3,9
15,6
xxx
Pia de cozinha
13
26
xxx
26
26
26
xxx
Tanque de lavagem
26
36,4
xxx
36,4
36,4
36,4
xxx
Pia de copa
6,5
13
xxx
13
13
xxx
xxx
Chuveiros
97,5
195
292
97,5
97,5
292
xxx
Consumo mximo
30
30
10
25
25
40
30
provvel ( % do CD)
Capacidade do reser125
90
100
60
80
100
200
vatrio ( % do CD)
Valores usuais de Capacidade de Reservatrios
Capacidade do
Reservatrio - litros
60
75
Consumo Dirio litros
115 - 230
230 - 380
Famlia mdia
Pequena famlia
Aplicaes
Um s banheiro
Casa pequena
115
175
Residncias
2,6
xxx
26
19,5
3,9
13
26
6,5
97,5
30
Escolas
2,6
19,5
xxx
26
3,9
13
70
100
13
292
40
230
380 - 760
Famlia mdia
760 - 1140
Famlia grande
1140 - 1710
Famlia grande
Dois banheiros
Loja pequena
Pequenos edifcios de
aptos
DIMENSIONAMENTO DA TUBULAO
Adota-se o critrio do CONSUMO MXIMO PROVVEL e o mtodo de dimensionamento
da SOMA DOS PESOS, tal qual no dimensionamento da tubulao de gua fria.
Aquecedor de passagem a gs
11
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AQUECIMENTO INDIRETO
Neste caso a fonte de calor aquece um fluido intermedirio. Este Fluido cede o calor para a
gua no intercambiador (trocador de calor). utilizado na modalidade de aquecimento
central coletivo.
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SISTEMAS DE DISTRIBUIO
A distribuio de gua quente pode ser feita de trs maneiras:
1 DISTRIBUIO ASCENDENTE: com, ou sem retorno; com, ou sem bombeamento.
2 DISTRIBUIO DESCENDENTE: com, ou sem retorno; com, ou sem bombeamento.
3 DISTRIBUIO MISTA: descendente e ascendente conjugadas. As colunas de
distribuio descendentes podem ser utilizadas para fazer o retorno.
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O Sol envia uma quantidade fabulosa de energia para a Terra. Anualmente chegam 1018 KWh
de energia enviados pelo Sol. Isto equivale a 1013 toneladas de carvo, que a reserva total de
carvo disponvel. A humanidade consome aproximadamente 1014 KWh por ano, ou seja,
1/10000 da energia que o Sol envia. O Sol envia por hora a energia que a humanidade
consome por ano.
EQUILIBRIO ENERGTICO TERRESTRE
Evidentemente deve haver uma troca de energia entre a Terra e o espao, e esta troca deve
satisfazer a seguinte equao, sob pena de haver um superaquecimento gradual da superfcie
terrestre:
ENERGIA RECEBIDA = ENERGIA CEDIDA
Energia recebida = energia enviada pelo Sol + energia gerada pela queima de combustveis
fsseis
Energia cedida = Energia devolvida ao espao + energia acumulada na formao de novos
fsseis.
A energia enviada pelo Sol, ao entrar na atmosfera terrestre se distribui da seguinte forma,
como mostra o grfico:
16
COLETOR
CONSTRUO:
18
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LIGAO:
H trs maneiras de interligar os coletores:
a) LIGAO EM PARALELO:
Nesta ligao a circulao natural funciona bem. Todos os coletores funcionam na mesma
temperatura e tm a mesma eficincia.
Sendo C1, C2, C3 os coletores, sendo T1, T2, T3 as temperaturas dos coletores C1, C2, C3, e sendo
E1, E2, E3 as eficincias de C1, C2, C3, se verifica que:
T1 = T2 = T3 e E1= E2 = E3
Usando mais coletores, aumenta o volume de gua quente, porm no aumenta a temperatura.
b) LIGAO EM SRIE:
c) LIGAO SRIE-PARALELO:
REA:
A rea necessria de coletores calculada pela frmula:
Q
I R
Onde:
S = rea dos coletores - m2
Q = calor necessrio - Kcal/dia
I = intensidade de radiao solar - KWh/m2x dia ou Kcalxh/m2
R = rendimento dos coletores - geralmente = 50%
Exemplo: Quantos m2 de placa coletora so necessrios para suprir uma famlia de 6 pessoas
com gua quente?
SOLUO:
Consumo dirio: CD = 6 pessoas x 45 litros = 270litros
Calor necessrio para elevar a gua de 20C para 60C:
Q = m x c x ( t2 - t1 ) = 270 x 1 x (60 - 20) = 10 800Kcal.
Insolao de 1 cal/cm2/min durante 7 horas por dia.
I = 1 x 10000 x 60 x 7 = 4200000 cal/m2/dia = 4200 Kcal/m2/dia.
10800 =
5,14 m2
4200 0,5
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VOLUME DO RESERVATRIO
No aquecimento solar adota-se um reservatrio com volume igual ao consumo dirio,
portanto maior que nos demais sistemas, devido intermitncia da insolao.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
MACINTYRE, Archibald Joseph. Manual de instalaes hidrulicas e sanitrias. Ed.
Guanabara. 1990.
CREDER, hlio. Instalaes hidrulicas e sanitrias. Ed. Livros Tcnicos e Cientficos.
1990.
TUBOS E CONEXES TIGRE SA. Manual tcnico de instalaes hidrulicas e
sanitrias. Ed. Pini Ltda. l987. 2 ed.
BORGES, Ruth Silveira e Wellington Luiz. Manual de instalaes prediais hidrulicosanitrias e de gs. Ed. Pini. 1992. 4. ed.
MELO, Vanderley de Oliveira e AZEVEDO, Jos M. Neto. Instalaes prediais
hidrulico-sanitrias. Ed. Edgard Blcher Ltda. S. Paulo 1990.
TANAKA, Takudy. Instalaes prediais hidrulicas e sanitrias. Livros Tcnicos e
Cientficos Editora S.A. 1986
NBR 7198 - Instalaes Prediais de gua Quente
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