Apostila 4 - Ensino Da Matemática

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 58

PS-GRADUAO LATO SENSU

ENSINO DA MATEMTICA

DISCIPLINA: NOVAS TENDNCIAS DO ENSINO DA MATEMTICA

NOVAS TENDNCIAS DO ENSINO DA MATEMTICA.

Prof. Fabiana Regina de Souza*

_____________
*Graduada em Administrao de Empresas pela Faculdades Integradas Mdulo (2001).
Licenciada em Matemtica pela Uniban (2003). Ps Graduanda em Logstica Empresarial
pela ESAB (2014) e Ps Graduanda em Docncia do Ensino Superior pela FCE
Faculdade Campos Elseos (2015). J atuou como docente na rede particular (Poliedro); foi
professora de 2003 a 2012 na rede estadual de Caraguatatuba/SP. Atualmente professora
e coordenadora do Curso Tcnico de Logstica no Colgio Tcnico Dom Bosco em
Caraguatatuba/SP.

SUMRIO
MDULO I INFORMTICA EDUCATIVA NO BRASIL
CONSIDERAES DO MDULO

05
13

MDULO II TENDNCIAS EM INFORMTICA EDUCATIVA


CONSIDERAES DO MDULO

14
22

MDULO III ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMTICA COM USO DA


TECNOLOGIA
CONSIDERAES DO MDULO

23
31

MDULO IV SOFTWARES EDUCATIVOS E SEU USO EM SALA DE AULA


CONSIDERAES DO MDULO

33
43

MDULO V AVALIAO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS E SEU ENSINO


CONSIDERAES DO MDULO

44
54

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

55

Apresentao

Prezado aluno,

Ao receber a apostila Tecnologias de Comunicao Aplicadas Educao Matemtica, voc


estar entrando em contato com o histrico da informtica educativa no Brasil, tendncias da
informtica educativa no contexto atual, o ensino aprendizagem da matemtica com o apoio
das tecnologias, a disponibilidade de softwares educativos assim com a importncia na
escolha dessa ferramenta para o ensino e aprendizagem se valer significativo.
A nossa inteno com este trabalho conhecer, refletir e repensar tambm as polticas
educacionais existentes, a fim de usarmos nos ambientes escolares atitudes educativas que
favorea um aprender prazeroso tanto do discente quanto do docente e que ambos
compreendam o grande profissional que voc por conhecer sobre os diversos assuntos sobre
as estratgias do ensino da matemtica.
A leitura e os estudos contnuos desta apostila, a participao nos encontros presenciais o
levar a aprender mais, a repensar prticas pedaggicas e o preparar para melhor entender o
seu aluno, bem como ser capaz de realizar um trabalho educacional a altura.
Aproveite os conhecimentos aqui apresentados, discuta com seus colegas e seja muito bem
vindo a nossa disciplina.

Um bom trabalho,

Prof Fabiana Regina de Souza

MDULO I

INFORMTICA EDUCATIVA NO BRASIL

1. HISTRIA DA INFORMTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

No Brasil, as primeiras iniciativas datam no incio da dcada de 70 do sculo XX,


quando as universidades de So Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul,
mobilizaram aes e projetos para pensar o uso do computador na educao. A
implantao do programa de informtica na educao iniciou-se oficialmente na
dcada de 80, atravs do I e II Seminrio Nacional de Informtica na Educao
1981 e 1982, respectivamente. (ANDRADE e TERUYA, 2008)

NASCIMENTO (2007) afirma que a Universidade Federal do Rio de Janeiro foi a


primeira a utilizar o computador como ferramenta acadmica. Segundo consta nos registros, o
equipamento era utilizado como objeto de estudo e pesquisa, propiciando uma disciplina
voltada para o ensino da informtica.
A partir da dcada de 70 o Brasil, buscando garantir segurana e desenvolvimento
da nao, firmou polticas pblicas que garantissem uma produo prpria. O governo criou a
CAPRE Comisso Coordenadora das Atividades de processamento Eletrnico, a
DIGIBRS Empresa Digital Brasileira e a SEI Secretaria Especial de Informtica.
(MORAES, 1997)
Com a criao da SEI, como rgo responsvel pela coordenao e execuo da
Poltica Nacional de Informtica, buscava-se fomentar e estimular a informatizao
da sociedade brasileira, voltada para a capacitao cientfica e tecnolgica capaz de
promover a autonomia nacional, baseada em princpios e diretrizes fundamentados
na realidade brasileira e decorrentes das atividades de pesquisas e da consolidao
da indstria nacional. Entretanto, para o alcance de seus objetivos seria preciso
estender as aplicaes da informtica aos diversos setores e atividades da sociedade,
no sentido de examinar as diversas possibilidades de parceria e soluo aos
problemas nas diversas reas intersetoriais, dentre elas educao, energia, sade,
agricultura, cultura e defesa nacional. (MORAES, 1997)

NASCIMENTO (2007) relata que com o intuito de criar propostas que


possibilitassem o uso da tecnologia na educao e que garantisse o devido respeito cultura,
5

valores e interesses da populao brasileira, criou-se uma equipe composta por representantes
da SEI, do MEC, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
(CNPq) e da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). Esse grupo ficou com a
responsabilidade de planejar as primeiras aes para o estudo na rea.
Naquele mesmo ano, foram elaboradas as primeiras diretrizes ministeriais para o
setor, estabelecidas no III Plano Setorial de Educao e Cultura - III PSEC, referente
ao perodo de 1980/1985. Essas diretrizes apontavam e davam o devido respaldo ao
uso das tecnologias educacionais e dos sistemas de computao, enfatizando as
possibilidades desses recursos colaborarem para a melhoria da qualidade do
processo educacional, ratificando a importncia da atualizao de conhecimentos
tcnico-cientficos, cujas necessidades tinham sido anteriormente expressas no II
Plano Nacional de Desenvolvimento - II PND, referente ao perodo de1975-1979.
(MORAES, 1997)

MORAES (1997) destaca que, para que a equipe pudesse discutir e planejar
estratgias que viessem de interesse as necessidades da comunidade nacional, eles teriam de
estar em contato permanente com a rea tcnico-cientfica. Desta forma, no perodo de 25 a
27 de agosto de 1981 realizou-se o I Seminrio Nacional de Informtica na Educao, na
Universidade de Braslia. O seminrio contou com a presena de especialistas nacionais e
internacionais que visavam defender a importncia de se pesquisar o uso da tecnologia como
uma ferramenta auxiliar do processo de ensino-aprendizagem.
No seminrio o computador foi reconhecido como um meio de ampliao das
funes do professor e jamais como ferramenta para substitu-lo. (MORAES, 1997)
MORAES (2002) apud BADELI e SOUSA (2008) relata que foi nessa primeira
edio do Seminrio Nacional de Informtica na Educao que o EDUCOM (Projeto
Brasileiro de Informtica na Educao) foi idealizado e movimentado por outros projetos de
pesquisas de universidades brasileiras. As ideias estavam voltadas a discusso da
possibilidade de informatizar o ensino pblico brasileiro, conhecer outras linguagens de
computador e ainda ajustar informtica as necessidades da sociedade nacional.
No projeto o computador teria um papel complementar s atividades educativas
com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento de habilidades intelectuais especficas
requeridas pelos diferentes contedos. (MORAES, 1997 apud BADELI e SOUSA, 2008)
Em 1997 foi lanado o PROINFO que deu sequncia s atividades na rea de
informtica na educao. O projeto foi idealizado pela SEED Secretaria de Educao
6

Distncia e patrocinado pelo BIRD, e teve como objetivo disseminar o uso pedaggico das
tecnologias de informtica e telecomunicaes nas escolas pblicas de ensino fundamental e
mdio pertencentes s redes estadual e municipal. (BRASIL, 1997 apud BADELI e SOUSA,
2008)
Segundo BRASIL (1997) apud BADELI e SOUSA (2008) o objetivo do projeto
era estruturar um sistema de formao continuada de professores no uso das novas
tecnologias da informao, visando o mximo de qualidade e eficincia.
BRASIL (1997) apud BADELI e SOUSA (2008) ressalta que para se alcanar os
objetivos previstos tanto os recursos humanos quanto os professores, alm de serem
capacitados quanto aos equipamentos, deveriam tambm ser inseridos em uma nova cultura
de informao e comunicao.
Seleo e capacitao de professores oriundos de instituies d e ensino superior e
tcnico-profissionalizante, destinados a ministrar a formao dos professores
multiplicadores; seleo e formao de professores multiplicadores, oriundos da
rede pblica de ensino de 1 e 2 graus e de instituies de ensino superior e tcnicoprofissionalizante [...] (BRASIL,1997 apud BADELI e SOUSA, 2008).

De acordo com BADELI e SOUSA (2008) o MEC, atravs da Secretaria de


Educao Distncia SEED, divulga em 2002 um primeiro relatrio Preliminar de Avaliao
do PROINFO, realizada por representantes da Universidade de Braslia no final de 2001.
Mesmo os dados coletados indicando satisfao do projeto por parte dos docentes, a
realidade da maioria dos professores da rede pblica no pas revela a precariedade das
condies de trabalho, falta de material de apoio e salas superlotadas o que dificulta
atividades pedaggicas com o auxlio do computador.
Contudo, no cenrio de uma sociedade em que a informao e o conhecimento
esto em evidncia, o professor depara-se com novos desafios dentre eles o acesso
aos recursos da tecnologia da informao, manuseio do computador e o
desenvolvimento de uma prtica crtica desses recursos modernos. (BADELI e
SOUSA, 2008)

NASCIMENTO (2007) apresenta o PRONINFE Programa Nacional de


Informtica Educativa aprovado em 1989 sob a Portaria Ministerial de n 549/GM, programa
que tinha como objetivo o desenvolvimento da informtica educativa no Brasil sob o formato
de projetos e atividades integrados apoiados em fundamentao pedaggica slida e

atualizada de modo a assegurar a unidade poltica, tcnica e cientfica imprescindvel ao xito


dos esforos e investimentos envolvidos.
Simultaneamente criao do PRONINFE, cuja coordenao passou a ser exercida
por uma Comisso Geral de Coordenao subordinada Secretaria-Geral do MEC,
foram iniciadas gestes junto Secretaria Especial de Informtica (SEI) do
Ministrio de Cincia e Tecnologia (MCT), visando incluso de metas e objetivos
do programa como parte integrante do II PLANIN, Plano Nacional de Informtica e
Automao, para o perodo de 1991 a 1993. O PLANIN foi aprovado pelo Conselho
Nacional de Informtica e Automao (CONIN), um colegiado que era constitudo
pelos ministros de Estado das diferentes reas setoriais e representantes da indstria
nacional e posteriormente transformado em lei. (MORAES, 1997)

A autora relata que a incluso das aes do PRONINFE foi muito relevante para
facilitar o financiamento de diferentes bolsas de estudos e outros benefcios decorrentes. A
rea de Informtica Educativa passou ento a ser um dos destaques do Programa de
Capacitao de Recursos Humanos em reas Estratgicas - RHAE, do Ministrio de Cincia e
Tecnologia.
Uma das aes que mais se destacou foram s atividades relacionadas com a
capacitao dos professores e representantes do sistema de ensino, o desenvolvimento de
pesquisa bsica e aplicada, a criao de centros de informtica educativa, produo,
aquisio, adaptao e avaliao de softwares educativos. (MORAES, 1997)
O PLANINFE, assim como o PRONINFE, destacava, como no poderia deixar de
ser, a necessidade de um forte programa de formao de professores, acreditando
que as mudanas s ocorrem se estiverem amparadas, em profundidade, por um
intensivo e competente programa de capacitao de recursos humanos, envolvendo
universidades, secretarias, escolas tcnicas e empresas como o SENAI e SENAC.
(MORAES, 1997)

De acordo com a autora, aps 1992 foi criada uma assinatura especfica no
Oramento da Unio para financiamentos das atividades dessa rea.

CRONOLOGIA
DATAS
Agosto/81
Dezembro/81
Agosto/82

FATOS
Realizao do I Seminrio de Informtica na Educao, Braslia/DF,
UNB. Promoo MEC/SEI/CNPq.
Aprovao do documento: Subsdios para a implantao do programa
de Informtica na Educao - MEC/SEI/CNPq/FINEP.
Realizao do II Seminrio Nacional de Informtica na Educao,
UFBa/Salvador/Bahia.
8

Janeiro/83
Julho/83

Agosto/83
Maro/84
Julho/84

Julho/84
Agosto/85
Setembro/85
Fevereiro/86
Abril/86
Maio/86
Julho/86
Abril/86
Junho/87
Julho/87
Novembro/87
Novembro/87
Setembro/88
Janeiro/89
Maio/89

Outubro/89
Maro/90
Junho/90

Criao da Comisso Especial N 11/83- Informtica na Educao,


Portaria SEI/CSN/PR N 001 de 12/01/83.
Publicao do documento: Diretrizes para o estabelecimento da
Poltica de Informtica no Setor de Educao, Cultura e Desporto,
aprovado pela Comisso de Coordenao Geral do MEC, em 26/10/82
Publicao do Comunicado SEI solicitando a apresentao de projetos
para a implantao de centros-piloto junto as universidades.
Aprovao do Regimento Interno do Centro de Informtica Educativa
CENIFOR/FUNTEV_, Portaria n 27, de 29/03/84.
Assinatura do Protocolo de Intenes MEC/SEI/CNPq/FINEP/
FUNTEV_ para a implantao dos centros-piloto e delegao de
competncia ao CENIFOR.
Expedio do Comunicado SEI/SS n 19, informando subprojetos
selecionados: UFRGS, UFRJ, UFMG, UFPe e UNICAMP.
Aprovao do novo Regimento Interno do CENIFOR , Portaria
FUNTEV_ n246, de 14/08/85.
Aprovao Plano Setorial: Educao e Informtica pelo CONIN/PR.
Criao do Comit Assessor de Informtica na Educao de 1 e 2
graus - CAIE/SEPS.
Aprovao do Programa de Ao Imediata em Informtica na
Educao.
Coordenao e Superviso Tcnica do Projeto EDUCOM transferida
para a SEINF/MEC.
Instituio do I Concurso Nacional de "Software" Educacional e da
Comisso de Avaliao do Projeto EDUCOM:
Extino do CAIE/SEPS e criao do CAIE/MEC.
Implementao do Projeto FORMAR I, Curso de Especializao em
Informtica na Educao, realizado na UNICAMP.
Lanamento do II Concurso Nacional de Software Educacional.
Realizao da Jornada de Trabalho de Informtica na Educao:
Subsdios para polticas, UFSC, Florianpolis/SC.
Incio da Implantao dos CIEd.
Realizao do III Concurso Nacional de Software Educacional.
Realizao do II Curso de Especializao em Informtica na
Educao - FORMAR II
Realizao da Jornada de Trabalho Luso Latino-Americana de
Informtica na Educao, promovida pela OEA e INEP/MEC,
PUC/Petrpolis/RJ.
Instituio do Programa Nacional de Informtica Educativa
PRONINFE na Secretaria-Geral do MEC.
Aprovao do Regimento Interno do PRONINFE.
Reestruturao ministerial e transferncia do PRONINFE para a
SENETE/MEC.
9

Agosto/90
Setembro/90
Fevereiro/92
Abril/97

Aprovao do Plano Trienal de Ao Integrada - 1990/1993.


Integrao de Metas e objetivos do PRONINFE/MEC no
PLANIN/MCT.
Criao de rubrica especfica para aes de informtica educativa no
oramento da Unio.
Lanamento do Programa Nacional de Informtica na Educao
PROINFO.

Tabela 1. Cronologia das polticas pblicas na rea da informtica na educao


Fonte: https://ead.ufrgs.br/rooda/biblioteca/abrirArquivo.php/turmas/5130/materiais/7059.pdf

2. POSSIBILIDADES E CONTRADIES DA INFORMTICA NA


EDUCAO

De acordo com ANDRADE e TERUYA (2008) tecnologias como o computador e


a internet infelizmente ainda so ferramentas de uma sociedade capitalista, nem todos tem
acesso. Dessa forma, possibilitar a informtica na educao, principalmente em escolas
pblicas, contribuir com o processo de democratizao, diminuindo com a desigualdade e
proporcionando oportunidade educacional para todos. Neste sentido, o uso das tecnologias
pode contribuir para a incluso digital dos alunos de ensino bsico da rede pblica.

Figura 1. Incluso digital nas escolas


Fonte: http://ntecastanhal.blogspot.com.br/2009/03/curso-tecnologia-na-educacao-ensinando.html

importante que as escolas pblicas possibilitem aos alunos o uso dos recursos
tecnolgicos necessrios e tambm, disponibilizem professores capacitados ao uso dessas
10

tecnologias para que o desenvolvimento e aprimoramento dos conhecimentos sejam


significativos. (ANDRADE e TERUYA, 2008)
As autoras ressaltam que:
Atualmente, quem no est familiarizado com as tecnologias de informao e
comunicao considerado um analfabeto tecnolgico. Inmeras publicaes em
jornais e em revistas especializadas tratam o computador como ferramenta
indispensvel ao processo de ensino e de aprendizagem.

LIBNEO (1999) apud ANDRADE e TERUYA (2008) ressalta a importncia da


formao do professor que deve abranger uma vasta linguagem miditica para que o mesmo
proporcione aos alunos aulas coerentes com o contedo, diversificadas e motivadoras.
Para inovar a metodologia do professor e superar o analfabetismo tecnolgico,
preciso investir na formao de educadores para assumir uma postura tica na
sociedade e na vida profissional. A participao no processo de construo de uma
nova sociedade, na qual todos possam usufruir os benefcios das conquistas
cientficas, no mbito da escola, deve ser uma reivindicao da comunidade
escolar. (ANDRADE e TERUYA, 2008)

Segundo as autoras, o uso da tecnologia na educao requer um grande


conhecimento do educando. Ele tem que saber quais objetivos quer atingir com a proposta e
uso do recurso. O educando deve lembrar que s o acesso informao no significa acesso
ao conhecimento. Deve existir uma integrao entre professor e aluno para a construo desse
conhecimento articulado com o uso correto do recurso tecnolgico. Usufruir de forma correta
das tecnologias na educao trs benefcios tanto ao educador quanto ao educando.
ANDRADE e TERUYA (2008) citam uma srie de possibilidades que o uso dos
computadores pode proporcionar na aquisio do conhecimento:

A interao com uma grande quantidade de informaes, de maneira


atrativa e motivadora, que favorece a aprendizagem ativa e cooperativa;

Possibilidades de problematizar situaes, simular reaes de alguns


contedos, por meio de programas especficos;

A reflexo sobre o resultado das aes desenvolvidas, aprendendo a criar


novas

solues,

provocando

desenvolvimento

de

processos

metacognitivos;

11

A realizao de clculos complexos e recursos que permitem a construo


de objetos virtuais, imagens digitalizadas, que favorecem a leitura e
construo de representaes espaciais;

Mltiplas revises e correes no texto, com insero de objetos novos e


recursos variados em um hipertexto.

Se a informtica uma tecnologia que pode contribuir para ampliar o acesso


informao, a tarefa dos professores conhecer essa ferramenta e utiliz-la para desenvolver
no aluno as percepes da realidade social. (ANDRADE e TERUYA, 2008)
Na viso de ANDRADE e TERUYA (2008) o docente deve planejar
adequadamente o uso do recurso tecnolgico nas aulas para que a incluso digital nas escolas
seja significativa e auxilie na melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem. A formao de
cidados crticos, capazes de compreender as implicaes positivas e negativas das
tecnologias de informao e comunicao deve ser uma meta de todos os profissionais da
educao.

12

CONSIDERAES FINAIS

Este captulo tinha como objetivo discorrer sobre a histria da informtica


educacional no Brasil e as possibilidades e contradies do seu uso educacional.
A informtica educativa brasileira hoje se encontra em um nvel de consistncia
adquirido atravs das atividades e aes que nela se desenvolvem. importante ressaltar que
grande parte dos resultados obtidos foram decorridos dos Projetos EDUCOM e PROINFO, e
tambm dos esforos oriundos dos representantes tcnicos das secretarias de educao, que
junto com os educadores se dedicaram na implementao das atividades junto as escolas
pblicas.
Viu-se que para que as estratgias fossem implantadas a fim de desenvolver a
informtica educativa no Brasil foram necessrios a participao da comunidade acadmicocientfica nacional definindo os caminhos necessrios para a execuo dos projetos; a
construo de modelos informatizados para educao partindo-se de pesquisa aplicada; e, por
ltimo, do Ministrio da Educao e de especialistas brasileiros de renome que auxiliaram
colaborando com suas anlises e discusses para se definir as estratgias mais relevantes.
Alm de polticas educacionais, a formao de professores para a atuao junto as
novas tecnologias um assunto de grande importncia. Sendo o ambiente escolar um local de
formao humana onde, para muitas pessoas, o nico lugar de acesso ao conhecimento, o
uso do computador e internet de forma crtica e consciente exige um certo preparo do docente.
Para que ele atue positivamente na construo do conhecimento deve desenvolver uma prtica
crtica e problematizadora buscando a integrao da realidade com a tecnologia em questo.

13

MDULO II

TENDNCIAS EM INFORMTICA EDUCATIVA

1. PRTICA PEDAGGICA NA ATUALIDADE

O processo educacional tem sido o foco de debates na educao, o que contribuiu


plenamente para a sua evoluo sob vrios ngulos, pode-se citar, por exemplo, os
procedimentos metodolgicos utilizados pelos docentes e o reconhecimento da
formao educacional dos alunos, como pontos-chaves dessa discusso. (SILVA,
2011)

Segundo GADOTTI (2000) apud SILVA (2011) o declnio da educao


tradicional se deu incio no movimento renascentista e a educao nova que surgiu a partir da
obra de Rousseau, teve seu pice de desenvolvimento nos ltimos dois sculos adquirindo
muitas conquistas na rea das cincias da educao e junto s metodologias de ensino.
O ensino tradicional representa a educao centrada no professor que tem a
funo de vigiar os alunos, ensinar e corrigir a matria. Esse tipo de metodologia tem como
objetivo a transmisso de conhecimento de forma expositiva e sequencial com o destaque na
repetio de exerccios para a fixao e memorizao dos contedos. (ZACHARIAS, 2007
apud GRZESIUK, 2008)
Segundo GRZESIUK (2008) o aprendizado segue uma sequncia esttica: o
professor fala, o aluno ouve e aprende. Assim sendo, o aluno no tem um papel ativo na
aprendizagem e construo de seu conhecimento. O professor visto como detentor de
conhecimento transmite os conhecimentos para a formao do aluno atravs de uma prtica
pedaggica conservadora sobrecarregada de informao.

14

Figura 2. Esquema simplificado do ensino tradicional.


Fonte: http://www.cempem.fe.unicamp.br/lapemmec/coordenacao/logo/texto-tesedoutorado-educa-matema.pdf

Na viso de ALENCAR (1996) apud GRZESIUK (2008) o ensino tradicional esta


desatualizado e longe de atender as necessidades da sociedade moderna. O autor ainda cita
algumas caractersticas do ensino tradicional que atrapalham o desenvolvimento dos alunos:

destacada a incompetncia, a ignorncia e a incapacidade do aluno,


inibindo o surgimento de talentos e habilidades de cada um;

Um ensino onde se valoriza a repetio e memorizao do conhecimento;

Desprestigia a imaginao e a fantasia como desenvolvimentos


importantes da mente;

Exerccios com resposta nica onde no se trabalha e analisa o erro e sim


cultua o fracasso e o medo;

Descaso em cultivar uma viso otimista do futuro;

As habilidades cognitivas so desenvolvidas de forma precria e limitadas.

SILVA (2011) afirma:


A escola contempornea apresenta dificuldades em acompanhar o desenvolvimento
acelerado que a cerca, as informaes so captadas e atualizadas em questo de
segundos, trazendo um desconforto e at um comprometimento prtica educativa.
Isso desencadeia um pssimo sentimento de ineficincia para a sala de aula, que se
transforma em um ambiente irrelevante para o fortalecimento do conhecimento.

15

Para a autora, a escola deve rever suas prticas pedaggicas com o objetivo de se
adequar a situaes atuais considerando posio social e o aperfeioamento do saber.
O professor da atualidade, que contm uma viso mais aguada e que almeja um
ensino de qualidade, j incorpora em suas prticas pedaggicas, itens como a televiso e a
internet, contudo, muitos ainda trabalham com recursos tradicionais. (SILVA, 2011)
Os que defendem a informatizao da educao sustentam que preciso mudar
profundamente os mtodos de ensino para reservar ao crebro humano o que lhe
peculiar, a capacidade de pensar, em vez de desenvolver a memria. Para ele, a
funo da escola ser, cada vez mais, a de ensinar a pensar criticamente. Para isso
preciso dominar mais metodologias e linguagens, inclusive a linguagem eletrnica.
(GADOTTI, 2000 apud SILVA, 2011)

Para LIBNEO (2004) apud SILVA (2011), a forma de aprender est ligada a for
ma de ensinar, portanto o resultado positivo ou negativo da construo do conhecimento do
aluno dever ser resultado da formao do prprio professor.
[...] o educador um mediador do conhecimento, diante do aluno que o sujeito da
sua prpria formao. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, para
isso, tambm precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos
sentidos para o que fazer dos seus alunos. (GADOTTI, 2000 apud SILVA, 2011)

O professor a ponte de ligao entre o aluno e o conhecimento e este deve


proporcionar ao educando subsdios para que ele desenvolva suas competncias e habilidades
de maneira significativa, ou seja, estimular a sua capacidade cognitiva conforme os quatro
pilares do conhecimento: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e
aprender a ser. (SILVA, 2011)
Para a autora, os tempos modernos pedem que o desenvolvimento educacional
seja direcionado aquisio de competncias, objetivando a reflexo do aluno sobre a
realidade. Sendo assim, o educador deve buscar novas prtica pedaggicas, procurar
desenvolver aulas atrativas e estimulantes sempre se levando em considerao o respeito pelas
diferenas para melhor atender a essas necessidades e proporcionar ao aluno um ensino de
qualidade.
SILVA (2011) indaga que os projetos pedaggicos da escola contempornea j
incluem o uso das novas tecnologias como fonte de apoio a construo do conhecimento.

16

2.

TECNOLOGIAS

DE

INFORMAO

COMUNICAO

NA

EDUCAO (TIC)

Segundo SILVA (2011) Tecnologia de Informao e Comunicao um


conjunto de recursos tecnolgicos que facilitam a comunicao de vrios tipos de processos
existentes nas atividades profissionais, ou seja, so tecnologias usadas para reunir, distribuir e
compartilhar informaes.
Para BARBOSA, MOURA e BARBOSA (2004) para compreender o significado
e a abrangncia da TIC, deve-se analisar as diversas formas de apresentao da informao e
as funes que podem ser aplicadas sobre as elas . As tecnologias da informao podem ser
vistas como os recursos tecnolgicos para se aplicar s funes da informao em suas
diversas formas.

Quadro 1. A convergncia da Tecnologia da Informao


Fonte: http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/arts/inclus%C3%A3o%20das%20tecnologias.pdf
A incorporao das TICs s aulas est sujeita a questes de ordem econmico
poltica. Por isso, conhecer a finalidade de cada uma delas, avaliando suas virtudes e
limitaes e as intenes que verdadeiramente esto por detrs de propostas
pedaggicas que as sustentam, pode ser um dos melhores caminhos para se evitar, de
um lado, uma maior explorao do trabalho docente e, de outro, uma maior perda de
qualidade da educao. (OLIVEIRA, 2007 apud SILVA, 2011)

GRAA (2007) apud SILVA (2011) expe os pontos positivos de se incorporar a


TIC na educao:

Novos objetivos para a educao que emergem uma sociedade de


informao e da necessidade de exercer uma cidadania participativa,
crtica e interveniente;
17

Novas concepes acerca da natureza dos saberes, valorizando o trabalho


cooperativo;

Novas vivncias e prticas escolares, atravs do desenvolvimento de


interfaces entre escolas e instituies, tais como bibliotecas, museus,
associaes de apoio juventude, entre outros;

Novas investigaes cientficas em desenvolvimento no ensino superior,


entre outros.

SILVA (2011) acredita que a TIC capaz de proporcionar uma melhor integrao
entre professor e aluno atravs dos recursos tecnolgicos.
GEAQUINTO (2008) apud SILVA (2011) define recursos tecnolgicos: [...]
instrumentos que funcionam como mediadores na transmisso e/ou troca de dados entre todos
os membros da comunidade acadmica e demais envolvidos e podem ser mais ou menos
sofisticados. atravs desses recursos que o professor vai motivar e estimular a construo
do conhecimento da aluno.
Segundo POCHO, AGUIAR e SAMPAIO (2003) apud SILVA (2011) os recursos
tecnolgicos podem ser classificados em independentes que no precisam de aparelhos
eletrnicos para o seu acontecimento (exemplo giz, quadro-negro, cartaz, livro etc) e
dependentes mais propriamente as TICs, que instigam a aprendizagem, pois so modernos e
interativos (exemplo retroprojetor, TV, projetor de slides, DVD, computadores, software entre
outros).
Seguindo essa classificao, v-se que a tecnologia no se relaciona s com
computadores e internet, mas tambm com toda tcnica que permite o professor estabelecer
uma relao entre o contedo e a vida real. (SILVA, 2011)
Com a propagao da internet, a educao passa a ter mais possibilidades de
ampliao do processo de aprendizagem. Vrias so as ferramentas que podem
auxiliar nesse contexto: world wide web (www), chats, videoconferncias, enquetes
fruns, correio eletrnico (e-mail) e softwares educacionais.
Ferramentas como os blogs, mensageiros instantneos e sites de relacionamento
(orkut, my space, facebook,etc) tambm constituem-se em TICs que se utilizadas a
favor do processo de ensino-aprendizagem, facilitam a interao professor-aluno,
contudo, esses instrumentos no traro nenhum tipo de contribuio para o processo
se usados de maneira descompromissada com a educao. (SILVA, 2011)

18

Para a autora, computadores e internet hoje so os instrumentos mais utilizados


nas prticas pedaggicas atravs de laboratrios de informtica, que muitas vezes faz parte do
projeto, mas no so utilizados pelos docentes.
BRIGNOL (2004) apud SILVA (2011) relata que o uso do computador conectado
a internet representa uma poderosa ferramenta que auxilia significativamente na prtica
pedaggica apoiando o processo de ensino e aprendizagem e proporcionando ao aluno
chances de formar seus conhecimentos de uma maneira integrada, participativa e
cooperativa.
SILVA (2011) destaca a importncia de o profissional rever suas prticas e
analisar qual o recurso tecnolgico mais adequado ao alcance dos seus objetivos.

3. APERFEIOAMENTO DO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM


ATRAVS DO USO DAS TECNOLOGIAS

O aprimoramento da prtica pedaggica por meio de recursos tecnolgicos, exige


dedicao do professor, aumentando-se as horas de trabalho e a busca por materiais
inovadores, com a finalidade de organizar e planejar aulas mais atrativas e criativas.
(SILVA, 2011)
DEBALD (2007) apud SILVA (2011) relata que o uso das tecnologias em sala de
aula acontece de forma lenta e gradual. Para que ocorra o uso adequadamente das tecnologias,
o professor alm do domnio dos recursos tecnolgicos deve tambm ter o conhecimento de
como usar esses recursos para reforar o processo de ensino e aprendizagem.
O professor deve estruturar o seu planejamento de aula inserindo os novos
recursos, aperfeioando o ensino e aprendizagem e estimulando a construo do
conhecimento e capacidade de reflexo do aluno. (SILVA, 2011)
RRIG e BACKES (2011) apud SILVA (2011) afirmam que:

19

Ao estruturar sua proposta pedaggica, utilizando tecnologia digital, o professor


precisa estabelecer vnculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que o
aluno j sabe, o que o aluno no sabe e o que ele gostaria de saber. Motivar o aluno a
fazer parte da proposta pedaggica, colocando-o a par sobre o que ser abordado e
convidando-o a contribuir.

O emprego das tecnologias de informao e comunicao no sistema escolar


instiga a curiosidade do educando, desperta seu interesse, vontade de conhecer diferentes
fenmenos, aumentando sua percepo espacial. (SILVA, 2011)
Para a autora, o docente deve ser capaz de despertar no aluno interesse e participao
trazendo para o aluno, inserido nas tecnologias, uma integrao de entre contedos e sua realidade
social.
ARAJO e YOSHIDA (2010) apud SILVA (2011) afirmam que o professor dever ser um
profissional criativo buscando planejar sua prtica pedaggica visando uma aprendizagem satisfatria
e significativa. Assim sendo, ele deve buscar novos caminhos, investir em novos projetos e
transformar a realidade escolar utilizando a tecnologia como ferramenta para melhorar e motivar a
busca pelo conhecimento.

SILVA (2011) relata que:


O aprimoramento das tcnicas de ensino atravs das tecnologias de informao e
comunicao uma meta a ser alcanada por estes profissionais, o esmero algo
que se consegue com a prtica, com o saber fazer, a capacitao precisa ser contnua,
tendo em vista novas experincias sempre estarem surgindo, originando fatos
interessantes a serem examinados no mbito educacional.

20

Figura 3. Significado da informtica aplicada na educao


Fonte: http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-informatica-aplicada-na-educacao.htm

Para MORAES (1997) apud BARBOSA, MOURA e BARBOSA (2004) a


populao escolar precisa ter oportunidades de acesso a esses instrumentos e adquirir
capacidade para produzir e desenvolver conhecimentos utilizando a TIC.
Uma reforma e ampliao do sistema de produo e difuso do conhecimento
possibilita o acesso tecnologia. Mas somente o acesso tecnologia no o aspecto to
importante e sim uma forma de criar novos ambientes de aprendizagem e de novas dinmicas
sociais a partir do uso dessas novas ferramentas (MORAES, 1997).

21

CONSIDERAES FINAIS

Viu-se neste captulo a grande importncia que se tem a incorporao de


tecnologia na prtica pedaggica.
Muitos profissionais ainda aplicam tcnicas tradicionais e sentem com isso uma
maior dificuldade de se aproximar dos alunos. Mesmo diante da modernizao na rea
educacional, professores ainda persistem em trabalhar com a Pedagogia Tradicional por
muitas vezes no conseguir fazer a integrao entre contedo e tecnologia.
O computador como ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem
proporciona ao educando e educador uma reflexo crtica sobre as situaes do seu cotidiano.
O docente para proporcionar um ensino significativo com o uso da tecnologia
deve ter domnio no s do contedo e sim tambm da ferramenta e principalmente saber
fazer a integrao entre ambos para que a aula no perca o seu objetivo final.
Profissionais devem ter uma capacitao contnua para estar sempre atualizando
seus conhecimentos e prticas a fim de atender as novas necessidades sociais. Fazer um bom
planejamento das aulas tambm se faz necessrio para que o docente possa ter uma ideia dos
pontos crticos da atividade, onde seus alunos possam a vir ter dificuldades.
O apoio de toda comunidade escolar tambm de grande importncia para que a
nova prtica tenha resultados positivos.
Enfim, a incluso de tecnologias na educao surgiu para modificar positivamente
o perfil do educador que deixa de ser o detentor maior do conhecimento e passa a explorar
junto dos alunos o que a tecnologia tem a oferecer. Com isso mostra ao aluno que como
professor tambm pode aprender. Isso contribui para uma melhor integrao entre professor e
aluno que passa a ser maior e mais real.
Assim sendo, as novas tecnologias trouxeram para educao uma maior qualidade
ao processo de ensino e aprendizagem aumentando as potencialidades de informao e
integrao.

22

MDULO III

ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMTICA COM O USO DA TECNOLOGIA

1. INTRODUO

A relao de ensino entre a matemtica e a informtica requer uma reflexo para


ser compreendida. Em muitos anos, o ensino da matemtica segue mtodos tradicionais,
centrados no docente, em uma transmisso de conhecimentos e memorizao onde o aluno se
resume a um papel passivo. (COTTA JNIOR, 2002)
A substituio de um ensino tradicional por novas tecnologias o que se espera
para rea educacional. Deve ser feita de modo gradativo por consequncia de uma srie de
obstculos que devero ser enfrentados tanto pelos docentes como pelos alunos e at mesmo a
instituio. Problemas estes que vo desde a falta de recursos materiais adequados at a
resistncia do corpo docente com a incluso na prtica pedaggica. A orientao pedaggica
se faz presente para que docentes possam escolher softwares a adequados podendo assim
alcanar os objetivos finais proporcionando uma melhoria significativa ao aprendizado do
aluno. (COTTA JNIOR, 2002)
GRAVINA e SANTAROSA (1998) apud COTTA JNIOR (2002) acreditam que
ambientes informatizados proporcionam ao docente a oportunidade de trabalhar contedos em
uma viso construtivista onde o conhecimento construdo a partir de percepes e aes do
sujeito aluno constantemente mediado pelo docente.
Para as autoras, a aprendizagem da Matemtica sob a tica construtivista:
[...] depende de aes que caracterizam o fazer Matemtica: experimentar,
interpretar, visualizar, induzir, conjecturar, abstrair, generalizar e enfim demonstrar.
o aluno agindo, diferentemente de seu papel passivo frente a uma apresentao
formal do conhecimento, baseada essencialmente na transmisso ordenada de fatos,
geralmente na forma de definies e propriedades. Numa tal apresentao formal e
discursiva, os alunos no se engajam em aes que desafiem suas capacidades

23

cognitivas, sendo-lhes exigido no mximo memorizao e repetio, e no so


autores das construes que do sentido ao conhecimento matemtico.

2. A EDUCAO MATEMTICA E A INFORMATIZAO

DAMBROSIO (1990) apud MISKULIN (2000) ressalta a importncia do uso de


tecnologias no contexto educacional independente da classe social. Para o autor, a escola tem
obrigao de expor a aluno ao contato com a tecnologia, seja ela atravs de computadores,
calculadoras entre outros. Para o aluno, a oportunidade dessa vivncia ser um incentivo no
s para a construo do seu conhecimento como tambm para seu carter como cidado. O
manuseio de tecnologias garante ao aluno a oportunidade de concorrer a melhores
oportunidades de trabalho e a Educao Matemtica no pode ignorar o fato de participar
dessa construo.
Segundo MISKULIN (2000) a matemtica deve ser conduzida por metodologias
que contribuam para formao do educando. Ele deve vivenciar processos educacionais que
faam sentido ao seu cotidiano e a sua integrao na sociedade. Sem uma educao
matemtica, com qualidade, a criana ou o jovem talvez no tenham oportunidades de
crescerem no saber matemtico, saber esse importante para sua qualificao em qualquer
rea. Dessa forma, v se a importncia da construo do saber matemtico integrado ao
contexto tecnolgico.
Explorar as possibilidades tecnolgicas, no mbito do contexto
ensino/aprendizagem deveria constituir necessariamente uma obrigao para a
poltica educacional, um desafio para os professores e, por conseguinte, um
incentivo para os alunos descobrirem, seno todo o universo que permeia a
Educao, pelo menos o necessrio, nesse processo, para sua formao bsica, como
ser integrante de uma sociedade que se transforma a cada dia. (MISKULIN, 2000)

O professor de matemtica deve procurar trabalhar contextos favorveis a


criatividade do educando. Com isso, possibilitar novas formas de conhecimento e
compreenso ao indivduo que lhe serviro futuramente como ferramenta positiva na
integrao do mercado de trabalho competitivo. (MISKULIN, 2000)
24

Para MISKULIN (2000) a abordagem da Educao Matemtica em um contexto


tecnolgico requer muita reflexo e estudo. Com a disponibilidade das tecnologias,
inaceitvel que a matemtica seja ensinada de forma tradicional com contedos desvinculados
e fora da realidade do aluno. Os recursos tecnolgicos disponveis como apoio ao ensino e
aprendizagem da matemtica faz com que o currculo tradicional se torne obsoleto e
ultrapassado.
Na viso de COTTA JNIOR (2002) a incluso da tecnologia deve estar
acompanhada de mudanas adequadas na orientao pedaggica da educao para que o
uso das mesmas no seja apenas vista como uma sofisticao da instituio. a oportunidade
para que mudanas pedaggicas aconteam favorecendo o ensino e aprendizagem do aluno.
Vale ressaltar que as mudanas devem ocorrer a nvel institucional e principalmente em nvel
de docncia. S a introduo da tecnologia, do computador, por exemplo, no significa
qualidade no ensino, precisa existir todo um contexto que isso ocorra.
O autor ressalta que importante o planejamento do uso da tecnologia para que a
aprendizagem tenha um significado positivo. O computador uma mquina que obedece a
um programa. Esse programa deve ser adequado aos objetivos que se quer alcanar com o uso
da mquina. Assim, de fundamental importncia, no uso do computador, a escolha do
software adequado.
Para funcionar, o computador necessita de softwares especficos. O computador,
sozinho, nada faz. O software que faz a diferena. Um software adequado torna o
computador um instrumento precioso para o aprendizado. Assim, a introduo do
computador, na escola, precisa vir acompanhada de mudanas pedaggicas
adequadas, e, junto com a mquina, necessrio pesquisar tipos mais adequados de
software a serem usados. , talvez, importante salientar este ponto: o computador
sem o software adequado de nada serve para a qualidade da educao. (COTTA
JNIOR, 2002)

O autor destaca que o uso de softwares nas aulas de matemtica deve proporcionar
tanto ao professor quanto ao aluno a oportunidade de vivenciar situaes relacionadas com a
prtica da matemtica, propiciando o uso de tcnicas e estratgias a fim de se alcanar
resultados e estimulando o raciocnio lgico. Mas para que isso ocorra tanto a escolha quanto
o uso do software devem ser adequados. Isso requer grande conhecimento por parte do
docente para que se tenha uma melhor interao entre aluno-professor-software-professor,

25

ou seja, o mnimo para que o ensino e aprendizagem da Matemtica, com o uso da


tecnologia, tragam resultados favorveis para a escola.

2.1. A INFORMTICA EDUCATIVA

De acordo com MERLO e ASSIS (2010)


O trabalho com softwares educativos, produzidos especialmente ou no para as
atividades de ensino pode ser uma alternativa para o uso da informtica na educao.
Um dos pontos mais importantes dessa questo diz respeito aos softwares
educativos, uma alternativa da informtica que vem sendo muito utilizado pelas
escolas como ferramenta de auxilio ao professor.

Para os autores, o computador hoje usado como ferramenta educacional que


auxilia no desenvolvimento do aprendizado do aluno. A diversidade de programas
educacionais de diferentes modalidades mostra que a tecnologia hoje se faz como um
instrumento muito importante no processo de ensino e aprendizado.
MERLO e ASSIS (2010) relatam que a conceituao de informtica educativa
teve muitos sentidos, alguns voltados para temas especficos do currculo, outros para
exerccios de fixao que mais representavam pginas de livros no monitor, outros ainda se
apresentavam em exerccios como treinamento criando hbitos repetitivos que pouco
contribua para o desenvolvimento do conhecimento.
Os softwares de simulao envolvem a criao de modelos dinmicos e
simplificados do mundo real permitindo a explorao de progressos reais ou fictcios e os
conduzindo a uma situao real de aprendizagem. (MERLO e ASSIS, 2010)
Para os autores a maior vantagem das simulaes o fato do aluno poder alterar
dados, acrescentar informaes e variveis intervindo na experincia. A simulao uma
forma de estimular a busca por respostas analisando os resultados e refinando os conceitos.
Mas ainda assim, o professor no pode pensar que a informtica vai substituir 100% com uma
experincia o que o aluno pode vivenciar no real.

26

2.2. A INTERNET EDUCATIVA

Os diversos recursos disponveis na Internet podem ser usados como forma de


complementao ao ensino convencional como, por exemplo, o intercmbio de
professores com professores, de alunos com alunos, de professores com alunos
atravs da participao em listas de discusso, correio eletrnico ou em chat, mas
no podemos esperar da grande rede a soluo mgica para modificar a relao
pedaggica com a matemtica. (MERLO e ASSIS, 2010)

Para MERLO e ASSIS (2010) a utilizao da internet como ferramenta


pedaggica desperta nova mtodos e estratgias de ensino e aprendizagem renovando
processos que j esto ultrapassados. A aula poder se converter num espao real de
interao, de troca de resultados, de comparao de fontes, de enriquecimento de
perspectivas, de discusso das contradies, de adaptao dos dados realidade dos alunos.
O professor deixa de ser o detentor de informao e passa a ser um coordenador do novo
processo de ensino-aprendizagem.

Figura 4. Internet educativa


Fonte: http://franciscosisimit.blogspot.com.br/

A Internet, alm de um vasto repositrio de informaes sobre os mais variados


temas, cada vez mais um espao virtual para a aprendizagem. Nela, encontram-se diferentes
sistemas, sites, listas de discusso, fruns, bibliotecas virtuais, direcionadas para o apoio ao
processo educativo. (MERLO e ASSIS, 2010)
27

Os autores explicam que o estudo da matemtica pode se tornar mais significativo


quando o aluno aprende atravs da manipulao de variveis. Os sons, imagens, textos e
animaes entre outros elementos, auxiliam tambm na qualidade do ensino porque so
recursos essenciais para alguns contedos da matemtica.
O processo de aprendizagem um processo ativo e interno ao sujeito, com vista
a favorecer o surgimento do pensamento autnomo e crtico em relao ao objeto de estudo
aos outros sujeitos. (MERLO e ASSIS, 2010)
Baseando se na viso dos autores, tem se que a educao escolar deve ser
mediada e coordenada pelo professor. Desta forma, muitos sites tm sido desenvolvidos para
fornecer suporte, primeiramente, aos professores. (MERLO e ASSIS, 2010)

3. O PROFESSOR DE MATEMTICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Para desenvolver um trabalho usando a informtica no processo educativo, o


docente deve ter em mente a real importncia daquela ao para que a aprendizagem se torne
clara, eficaz e significativa, principalmente se for destacado o ensino da matemtica usando o
computador como ferramenta ldica e favorvel aprendizagem do aluno. (MERLO e ASSIS,
2010)
MERLO e ASSIS (2010) alegam que a formao dos educadores muitas vezes
no satisfazem as necessidades que a nova forma de ensinar exige e assim sendo, professores
em alguns momentos tentam ensinar algo que nem ele sabem como fazer. Muitos esquecem
ou simplesmente desconhecem conceitos bsicos da matemtica, que deveriam ensinar aos
alunos no ensino fundamental e mdio.
O domnio do contedo, pedaggico e tcnico est muito ligado ao ensino da
aprendizagem da matemtica. Haja vista a necessidade do professor de matemtica
refletir sobre a concepo de escola como instituio que transmite o conhecimento
e como local que ajuda o aluno a desenvolver seu potencial, que o ensina a pensar,
que ajuda a descobrir caminhos para transformar a sociedade em que vive.
(MERLO e ASSIS, 2010)

28

4. O IMPACTO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEDO DO


CURRCULO DE MATEMTICA.

produo

de

novas

tecnologias

como

calculadoras

eletrnicas,

microcomputadores e sistemas de vdeos interativos tem causado um impacto muito grande


no currculo de matemtica tanto no contedo quanto na forma de se ensinar. (ERNEST, 1991
apud MISKULIN, 2000)
O impacto de novas tecnologias no contedo do currculo de Matemtica, atravs
da adoo universal de novos produtos, especialmente da calculadora eletrnica e do
computador, faz com que a Educao dos tempos modernos exija uma nova
dimenso do conhecimento e da competncia dos alunos na utilizao desses
recursos, especialmente nas aulas de Matemtica. As funes desses novos recursos
tornam o currculo tradicional de Matemtica obsoleto e ultrapassado. Com
calculadoras eletrnicas e softwares computacionais, nmeros inteiros, fraes e
clculos decimais no precisam ser tratados mo. (MISKULIN, 2000)

Segundo MISKULIN (2000) as novas tecnologias requerem uma nova nfase no


currculo. O currculo deve ser capaz de oferecer subsdios para que os alunos possam
interpretar e analisar resultados numricos, verificar grficos e tabelas, de pensarem de forma
processual e saber depurar programas.
Outro aspecto a ser considerado a forma de ensinar e aprender matemtica. Com
o uso das novas tecnologias em sala de aula, o professor transforma-se em mediador do
processo educativo. Esses novos recursos so motivacionais a uma abordagem exploratria
para a aprendizagem matemtica. Softwares e vdeos interativos so desenvolvidos para
trabalhar a criatividade e o raciocnio, programas do tipo BASIC, LOGO, PROLOG ou outra
linguagem computacional, foram idealizados para que o aluno crie diferentes estratgias para
resoluo de problemas. (MISKULIN, 2000)
De acordo com ERNEST (1991) apud MISKULIN (2000) a escola, em particular
a sala de aula de Matemtica, o lugar no qual as crianas precisam ser preparadas para o
mundo de amanh, especialmente nos aspectos tecnolgicos.
Acompanhando a viso do autor acima, v se que muitas escolas esto deixando
de cumprir o seu papel quando ao preparo dos alunos para a realidade social. As escolas
deveriam preparar o aluno para um mundo tecnolgico que hoje a realidade em que eles
29

vivem. Deveriam estar reformulando a forma de ensinar a matemtica para que esta se
adequasse s exigncias de um mundo informatizado. importante que se criem ambientes de
aprendizado com recursos tecnolgicos adequados e com uma proposta pedaggica que seja
coerente com a realidade do aluno e que venha de encontro positivamente com o uso e avano
das novas tecnologias. Dessa forma, o papel do professor passa a ter extrema importncia
como mediador no processo de ensino e aprendizagem dentro de um contexto tecnolgico e
mais prximo a realidade do aluno. (MISKULIN, 2000)
O educador deve atuar como antroplogo. E, como tal, sua tarefa trabalhar para
entender que materiais dentre os disponveis so relevantes para o desenvolvimento
intelectual. Assim, ele deve identificar que tendncias esto ocorrendo no meio em
que vivemos. Uma interveno significativa s acontece quando se trabalha de
acordo com essas tendncias. Em meu papel de educador-antroplogo eu vejo novas
necessidades sendo geradas pela penetrao dos computadores na vida das pessoas.
(PAPERT, 1985 apud MISKULIN, 2000)

O autor ressalta que sem os computadores, poucos eram os pontos envolventes da


matemtica com a vida cotidiana. A incluso da tecnologia nas aulas traz a tona a realidade do
aluno e a ligao da sua vida cotidiana com a matemtica. O desafio educao descobrir
meios de explor-los. O uso de computadores no ensino da matemtica altera
fundamentalmente a cultura sobre conhecimento e aprendizagem matemtica.

30

CONSIDERAES FINAIS

O presente captulo abordou o uso da tecnologia no ensino e aprendizagem da


matemtica. importante lembrar que o uso do computador, assim como os softwares no
ensino da matemtica, da a oportunidade ao aluno de sair de uma zona de conforto em um
papel passivo e se transferir ao papel ativo contribuindo de uma forma mais significativa a
construo de seu prprio conhecimento.
Viu-se que ambientes informatizados auxiliam o professor no ensino de contedos
em uma viso mais construtivista. Alm de mediador o professor ser coordenador da
situao de aprendizagem.
O ensino da matemtica atravs de tecnologias deve ser planejado e visar uma
metodologia que contribua para a formao do educando como cidado.
Os softwares utilizados nas aulas de matemtica devem proporcionar a integrao
entre professor, aluno e tecnologia e deve propiciar o desenvolvimento de tcnicas e
estratgias por parte dos alunos.
A informtica educativa precisou ser revista por ter vrios sentidos e concepes.
Ela no somente exerccios de repetio em uma tela de computador, os softwares de
simulaes desenvolvidos para o ensino e aprendizagem permitem que professor e aluno
explorem os conceitos sob diversos ngulos.
A internet outra ferramenta hoje muito utilizada entre os professores. Ela tanto
auxilia no intercmbio das informaes entre os diversos docentes da rea, como tambm
transforma uma aula em algo muito mais real que um problema exposto em um livro didtico.
O docente para trabalhar as diversas ferramentas disponveis deve ter domnio do
contedo, do computador e do processo de integrao contedo e tecnologia para que sua aula
seja significativa.
Enfim, a tecnologia se faz cada vez mais presente na vida particular das pessoas e
no ambiente escolar no podia ser diferente. O que deve ser repensado o currculo escolar
para que todo esse recurso disponvel possa ser utilizado de forma correta e que traga

31

benefcios a construo do conhecimento do indivduo durante todo o seu processo de ensino


e aprendizagem.

32

MDULO IV

SOFTWARES EDUCATIVOS E SEU USO EM SALA DE AULA

1. O USO DE SOFTWARE NO PROCESSO DE ENSINO

De acordo com SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) os softwares


educacionais disponveis no mercado so considerados muito eficientes no processo de ensino
e aprendizagem. A interao entre alunos e mquina acontece de forma harmoniosa e facilita
a troca de informaes, as discusses e questionamentos, estimulando para que acontea a
resoluo de problemas. O aluno se sente mais confiante para criar estratgias e resolver as
situaes propostas.
Segundo SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) a utilizao do computador
no processo de ensino e aprendizagem justificado por duas abordagens:

Instrucionista Essa abordagem tenta reproduzir o ensino tradicional


atravs do computador, os contedos so transmitidos ao aluno, cabendo
ao computador ensinar o aluno.

Construcionista Nessa abordagem o aluno passa a interagir com o


software, criando situaes e tomando decises. O aluno constri o seu
conhecimento a partir da elaborao de seus interesses e as
experimentaes so realizadas no computador.

GRZESIUK (2008) afirma que a escolha baseada no paradigma instrucionista


para o processo de ensino e aprendizado pode levar o aluno a ficar preso ao computador no
desenvolvendo o conhecimento adequado.

33

Figura 5. Diagrama do Instrucionismo segundo Valente


Fonte: http://edealcia.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html

J o construcionista, necessrio que tenha um mediador auxiliando no ensino


para a construo do conhecimento e o papel do aluno executar uma atividade atravs da
mquina. No paradigma construcionista o aluno reproduz a soluo do problema para o
computador que executa e retorna a soluo obtida ao aluno que analisa e altera caso seja
necessrio. Ou seja, todo o processo transcreve uma atividade realizada por alunos no
computador. (VALENTE, 1993 apud GRZESIUK, 2008)

34

Figura 6. Diagrama do Construtivismo


Fonte: http://edealcia.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html

SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) acredita que no seja possvel o


aluno seguir esse ciclo a risca e neste caso, a presena do professor como mediador
fundamental estimulando atravs de questionamentos e reflexes.
O paradigma do instrucionismo deve ser substitudo pelo construcionismo
propiciando uma nova proposta educacional. O papel do professor deve ser o de mediador e o
mesmo deve enfrentar os obstculos que surgiro com o uso das novas tecnologias para que
exista uma pratica significativa em sala de aula. (GRZESIUK, 2008)

2. TIPOS DE SOFTWARES USADOS NA EDUCAO

BARANAUSKAS (1999) apud GRZESIUK (2008) afirma que a aprendizagem de


duas formas: ou a informao memorizada ou processada atravs de esquemas mentais. No
caso do processamento, o computador pode ser um instrumento facilitador do processo de
35

construo do conhecimento. Mas deve-se ter conscincia de que o aprender no deve estar
restrito somente ao uso do software pelo aluno.
De acordo com NASCIMENTO (2007) na educao esto disponveis diversos
tipos de softwares que so utilizados como apoio ao processo de ensino e aprendizagem e no
mercado tambm existe diversos softwares que podem ser utilizados na educao.

2.1. TUTORIAIS

Segundo NASCIMENTO (2007) os tutoriais so softwares que apresentam


conceitos e instrues para que seja realizada as tarefas especficas. um programa
geralmente de baixa interatividade.
GRZESIUK (2008) informa que a desvantagem do programa no ter como saber
se a informao foi processada pelo aluno porque geralmente os tutoriais possuem apenas
uma soluo para o problema limitando a explorao e compreenso do aluno.

Figura 7. Aprendizagem mediada por softwares tutoriais


Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

36

2.2. PROGRAMAO

A programao tem como objetivo a resoluo de problemas onde o aluno


processa a informao e a transforma em conhecimento. Nesta atividade identifica se uma
grande importncia na aquisio de conhecimentos como a descrio, execuo, reflexo e
depurao. (GRZESIUK, 2008)
De acordo com o autor, este um ciclo que necessita de um mediador que
conhea o processo de desenvolvimento do conhecimento e que possa contribuir
positivamente ao processo.

Figura 8. Aprendizagem mediada por softwares de programao


Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

O aluno se torna consciente de seu conhecimento, transformando seus esquemas


mentais em interpretaes mais complexas, refletindo sobre os resultados de suas ideias e
aes. (GRZESIUK, 2008)

37

2.3. PROCESSADOR DE TEXTOS

Segundo GRZESIUK (2008) esse tipo de software colabora de forma simples com
o aprendizado do aluno atravs de expresses escritas. As aes do aluno fazem parte do ciclo
de descrio, execuo, reflexo e depurao onde os dois ltimos itens no so facilitados
pela execuo do computador.

Figura 9. Aprendizagem mediada por software de processamento de texto


Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

Nesse contexto o computador no libera toda informao para o aluno entender o


seu nvel de conhecimento, somente a reflexo e depurao so possveis. O processador no
dispe de informao para compreenso da construo do conhecimento. (GRZESIUK, 2008)

38

2.4. MULTIMDIA

BARANAUSKAS (1999) apud GRZESIUK (2008) classifica software de


multimdia aqueles que possuem textos, imagens, animaes e sons e que possuem recursos
que facilitam a expresso da ideia. Nesse contexto o aluno no descreve nada, apenas decide
sua ao baseado nos fatos j apresentados.

Figura 10. Aprendizagem mediada por softwares de multimdia


Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

GRZESIUK (2008) afirma que esse tipo de programa ajuda o aluno a adquirir a
informao, mas no d subsdios para compreender ou construir o conhecimento com a
informao obtida. A vem o papel do professor como remediador para constuo do
conhecimento.

39

2.5. SIMULAO

Para NASCIMENTO (2007) esses softwares so considerados significativos por


apresentarem situaes que simulam a realidade. Ajudam a estabelecer a comunicao entre
teoria e prtica. Exemplos desse tipo de software so os simuladores de voo, gerenciamento
de cidades entre outros.
VALENTE (1993) apud GRZESIUK (2008) observa:
[...] a simulao ou modelagem no cria a melhor situao de aprendizado. Para
que a aprendizagem ocorra necessrio criar condies para que o aprendiz se
envolva com o fenmeno e essa experincia seja complementada com elaborao de
hipteses, leituras, discusses e uso do computador para validar essa compreenso
do fenmeno. Nesse caso, o professor tem o papel de auxiliar o aprendiz a no
formar uma viso distorcida a respeito do mundo [...] e criar condies para o
aprendiz fazer a transio entre a simulao e o fenmeno no mundo real.

2.6. JOGOS

So conhecidos como programas de entretenimento e apresentam elevada


interatividade e recursos. Podem ser utilizados em aulas para que as mesmas fiquem mais
divertidas e atraentes. Os jogos podem ser utilizados de forma educativa com muita eficincia
pois trabalham leitura, escrita, raciocnio lgico de forma ldica. Dessa forma auxiliam no
processo de ensino e aprendizagem. (NASCIMENTO, 2007)
Para GRZESIUK (2008) os jogos tm caractersticas de competio e trabalham o
ciclo de descrio, execuo, reflexo e depurao.

40

2.7. AUTORIA

Software que permite que o aluno construa sua animao multimdia selecionando
informaes, refletindo sobre a situao e resultados obtidos, depurando-os em termo de
qualidade, profundidade e do significado da informao apresentada. (GRZESIUK, 2008)
NASCIMENTO (2007) descreve de forma resumida como deve ser a anlise
lgica de apresentao do software:

Escolha um tema para a produo da aula.

Monte a sequncia de apresentaes que pode conter fotos, animaes,


textos, desenhos, sons etc.

Elabore perguntas e possveis respostas sobre o assunto da aula.

Selecione gravaes sonoras que podem ser obtidas a partir de sons


previamente gravados em softwares musicais e/ou gravaes com as vozes
dos alunos e de outras pessoas.

Efetue as produes antes citadas: desenhos, textos, animaes, capturas


de imagens e sons a partir de aplicativos.

Utilize o software de autoria para aglutinar todas as suas produes


conforme a sequncia pre-definida.

Insira as atividades de exercitao.

Exiba a aula.

41

Figura 11. Aprendizagem mediada por softwares de autoria


Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

2.8. EXERCCIO E PRTICA

Segundo GRZESIUK (2008) os programas de exerccio e prtica so muito


utilizados para reviso de contedos que envolvem a repetio e memorizao. feita atravs
de uma lista de exerccios onde o software coleta os dados do desempenho dos alunos
possibilitando o professor a analisar o quanto o contedo ensinado foi absorvido pelos alunos.

42

CONSIDERAES FINAIS

Neste captulo viu-se a importncia de se abordar o uso da tecnologia educacional


sob a tica tanto construtivista como interacionista. Vale ressaltar que a tecnologia deve ser
usada como ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem onde o aluno passa a
ser ativo na construo do seu conhecimento.
Pesquisas revelam que os alunos apresentam mais rendimento e absorvem melhor
os contedos quando estudam sob prticas de ensino que envolva o uso da informtica.
Muitos so os softwares disponveis para a prtica educativa que resultam em um
melhor rendimento escolar, ajudam no desenvolvimento cognitivo, de relacionamento e
proporciona uma maior autonomia no educando.

43

MDULO IV

AVALIAO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS E SEU ENSINO

1. AVALIAO DOS PROGRAMAS

De acordo com SILVA (1998) apud GRZESIUK (2008) a eficincia de um


software educacional est relacionada a configurao didtico-pedaggica do produto. Para se
garantir a qualidade, muitos estudos so realizados a fim de que tenha coerncia com o
assunto abordado, seja realizvel e garanta a produtividade dos alunos no apoio ao ensino e
aprendizagem.
O autor afirma que para se avaliar esse tipo de programa necessrio considerar
questes como: padronizaes e tcnicas, elementos de natureza pedaggica de mltiplas
dimenses, aspectos ideolgicos e psicolgicos, complexidade, multidimensionalidade.
GRZESIUK (2008) relata que para se escolher um software educacional deve
levar se em conta quais objetivos o docente quer alcanar. Cabe ao professor fazer a escolha
baseado nos fundamentos educativos:

Paradigma instrucional este formato assume que o ensino uma


transmisso de contedos atravs de um conjunto de metodologias, onde o
programa o centro da ateno e o aluno visto como somente um
receptor de mensagens.

Paradigma da descoberta este assume formato de que a aprendizagem


uma descoberta. Proporciona ao aluno subsdios para desenvolver sua
intuio, onde o centro da ateno so os prprios alunos e o programa
procura criar ambientes onde possam ser explorados e descobertas as
informaes.
44

Paradigma de hipteses construtivas formato que assume uma posio


onde o saber essencialmente uma construo. Os alunos tem a
oportunidade de evoluir na aprendizagem construindo seus saberes atravs
da manipulao de ideias e conceitos.

Paradigma utilitarista formato que assume a viso de utilizao da


mquina como ferramenta e no como mtodo repetitivo.

VALENTE (1998) apud NASCIMENTO (2007) discorre sobre a importncia do


uso do computador como recurso educacional no apoio a passagem de informao ao aluno. E
ainda ressalta que a escolha do software para ser usado no processo de ensino e aprendizagem
deve ser feita pelo professor e que este programa no deve estar restrito somente ao uso dele,
mas deve proporcionar uma interao entre professor-aluno e software.
O autor ainda afirma que muitos softwares apresentam caractersticas que
beneficiam a atuao do professor e outros que possuem caractersticas restritas e que para o
aluno poder alcanar os objetivos propostos, o professor deve ter um maior envolvimento no
processo.
NASCIMENTO (2007) apresenta algumas fichas de avaliao dos softwares que
auxiliam na identificao do software e avaliao qualitativa do mesmo:

1 modelo ficha de avaliao desenvolvida por TJARA (2000)


juntamente com as professoras Miriam Melamed e Lcia Chibante.

45

Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

46

Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

47

2 modelo ficha de avaliao desenvolvida por NIQUINI (1996)

Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

48

Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

2. AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO COM O USO DA


INFORMTICA EDUCATIVA

De acordo com NASCIMENTO (2007) a implementao ou reformulao de um


projeto pedaggico com o uso da informtica educativa deve ser feito sob um planejamento
levando se em considerao alguns elementos importantes que garantem um melhor resultado
na execuo do projeto.
O autor descreve abaixo algumas etapas a serem seguidas:

49

Diagnstico do aluno o primeiro passo para elaborao do projeto fazer


um diagnstico do contato do aluno com o computador.

Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

Plano de ao depois da coleta de dados do diagnstico, fazer um plano


de ao definindo as atividades que sero desenvolvidas, os responsveis
pelo projeto, prazo de execuo, e custos envolvidos.

Capacitao dos profissionais da educao funcionrios e professores


envolvidos no projeto devem estar devidamente capacitados antes do
incio da execuo do projeto.

50

Conhecimento e pesquisa em software- definio do software a ser


utilizado conforme a modalidade de utilizao da informtica escolhida
pela instituio. Profissionais devem optar pelo software que melhor
atender as necessidades.

Elaborao do projeto pedaggico com o uso da informtica educativa


deve ser definida a linha mestra da informtica educativa e deve ser
discutida por todos os interessados. A informtica poder ser utilizada
como fim (baseado no estudo das ferramentas disponveis nos programas,
sem nenhuma relao com os assuntos e temas estudados na escola); como
apoio para as atuais disciplinas (se limita, em muitos casos, utilizao
dos softwares educacionais de forma isolada para as produes especficas
de cada disciplina) ou para os projetos educacionais (prevalecem as vises
integradas e sistmicas).

Implementao a execuo das atividades previamente planejadas,


momento no qual os alunos e professores colocaro em prtica as
atividades propostas com o uso do computador e das ferramentas de
informtica.

Avaliao - reunio dos alunos, professores, orientadores educacionais,


coordenadores e todos os envolvidos no projeto para avaliar os resultados
das aes da informtica educativa.

51

Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

52

Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

53

Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

Replanejamento de acordo com a demanda da realidade da escola eito o


replanejamento onde devem ser feitas sugestes de aes que possam ser postas em
prtica e que beneficiaro o processo de ensino e aprendizagem.

54

CONSIDERAES FINAIS

Viu-se no decorrer do captulo que o uso da informtica educativa no processo de


ensino e aprendizagem juntamente com os objetivos pedaggicos visa contribuir tanto com a
prtica docente como tambm com a construo do conhecimento do aluno.
A escolha do software deve ser feita pelo profissional a fim de se ter a melhor
ferramenta no processo de ensino. O professor deve ter conhecimento no s do contedo mas
tambm da ferramenta tecnolgica para que o programa escolhido realmente atenda as
necessidades pr estabelecidas.
Vale lembrar tambm que a avaliao sobre o planejamento pedaggico com o
uso da informtica educativa deve ser constantemente revisto para que se possa dar
oportunidade de novas aes pedaggicas.

55

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ANDRADE, Mariluci Stelmaki de; TERUYA, Teresa Kazuko. Informtica na Educao:


um desafio para a ao docente. Gesto Escolar dia-a-dia. Paran. 2008. Disponvel em
<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_mariluci_ste
lmaki_andrade.pdf> Acessado em 16 de ago de 2014.
BALADELI, Ana Paula Domingos; SOUSA, Joceli de Ftima Arruda. Educao e
Informtica: o papel do professor no contexto de uma sociedade em constante
transformao. 1 Simpsio Nacional de educao XX Semana da Pedagogia. Unioeste
Cascavel

PR,
2008.
Disponvel
em
<http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2008/1/Artigo%2001.pdf>
Acessado em 17 de ago de 2014.
BARBOSA, Eduardo Fernandes; MOURA, Dcio Guimares de; BARBOSA, Alexandre
Fernandes. Incluso das tecnologias de informao e comunicao na educao atravs
de projetos. Trabalho apresentado no Congresso Anual de Tecnologia da Informao - CATI,
2004, So Paulo - SP. Anais do Congresso Anual de Tecnologia da Informao, 2004. v. 1. p.
1-13.
Disponvel
em
<
http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/arts/inclus%C3%A3o%20das%20tecnologias.pdf>
Acessado em 21 de ago de 2014.
BOVO, Audria Alessandra. Formao de professores de matemtica em informtica
educativa: um olhar para as atuais polticas pblicas do estado de So Paulo. 2009.
Disponvel em <http://ciaem-iacme.org/memorias/xi_ciaem/221_formacao_professores.pdf>
Acessado em 16 de ago de 2014.
COTTA JNIOR, Alceu. Novas tecnologias educacionais no ensino de Matemtica:
Estudo de caso - LOGO e do Cabri-Gomtre. Dissertao de Mestrado, Universidade
Federal de Santa Catarina - Programa de Ps-graduao em Engenharia de Produo.
Florianpolis,
2002.
Disponvel
em
<
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/82401/188428.pdf?sequence=1>
Acessado em 22 de ago de 2014.
GRZESIUK, Diorgenes Felipe. O uso da informtica na sala de aula como ferramenta de
auxilio no processo ensino-aprendizagem. Monografia apresentada como requisito parcial
obteno do ttulo de Especialista na Ps Graduao em Mtodos e Tcnicas de Ensino,
Modalidade de Ensino a Distncia. UTFR, Medianeira PR, 2008. Disponvel em <
http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf> Acessado em
20 de ago de 2014.

56

MERLO, Clinton Andr; ASSIS, Raquel Trindade de. O uso da informtica no ensino da
matemtica. Reuni Revista Unilajes. Ed 4, n 04, ano V, 2010. Disponvel em <
http://reuni.unijales.edu.br/unijales/arquivos/20120507213912_242.pdf> Acessado em 22 de
ago de 2014.
MISKULIN, Rosana Giaretta Sguerra. Reflexes sobre as tendncias atuais da educao
matemtica e da informtica. Cempem Centro de Estudos Memrias e Pesquisas em
Educao
Matemtica.
Campinas

SP.
2000.
Disponvel
em
<
http://www.cempem.fe.unicamp.br/lapemmec/coordenacao/logo/texto-tesedoutorado-educamatema.pdf> Acessado em 20 de ago de 2014.
MORAES, Maria Cndida. Informtica Educativa no Brasil: uma histria vivida,
algumas lies aprendidas. Revista Brasileira de Informtica na Educao. n 01. 1997.
Disponvel
em
<https://ead.ufrgs.br/rooda/biblioteca/abrirArquivo.php/turmas/5130/materiais/7059.pdf>
Acessado em 15 de ago de 2014.
NASCIMENTO, Joo Kerginaldo Firmino do. Informtica aplicada educao. Braslia:
Universidade
de
Braslia,
2007.
Disponvel
em
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf> Acessado em 15 de
ago de 2014.
REZENDE, Flvia. As novas tecnologias na prtica pedaggica sob a perspectiva
construtivista. ENSAIO Pesquisa em Educao em Cincias. Rio de Janeiro, Vol 2, n 01,
2002.
Disponvel
em
<
http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewFile/13/45> Acessado em 20
de ago de 2014.
SANTOS, Suzana Lima. Informtica educativa: uma atualizao do plano educao.
Dissertao apresentada ao Programa de Ps Graduao em Educao da UFRS para
obteno do ttulo de mestre em Educao. Porto Alegre, 2005. Disponvel em
<http://lab.lelic.ufrgs.br/portal/images/stories/dmsuzanalima.pdf> Acessado em 15 de ago de
2014.
SILVA, Adriana Santos da. A tecnologia como nova prtica pedaggica. Monografia
apresentada ao Curso de Ps-Graduao em Superviso Escolar da Escola Superior Aberta do
Brasil como requisito para obteno do ttulo de Especialista em Superviso Escolar. Vila
Velha ES. 2011. Disponvel em < http://www.esab.edu.br/arquivos/monografias/adrianasantos-da-silva.pdf> Acessado em 20 de ago de 2014.
SIMON, Andrei Feltrin. O uso das tecnologias no ensino da matemtica em uma Escola
de ensino fundamental da rede municipal de Cocal do Sul SC. Monografia apresentada
Diretoria de Ps Graduao da Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC para
obteno do ttulo de Especialista em Educao Matemtica. Cricima. 2013. Disponvel em
<
57

http://repositorio.unesc.net/bitstream/handle/1/1460/Andrei%20Feltrin%20Simon.pdf?sequen
ce=1> Acessado em 22 de ago.

58

Você também pode gostar