Hidrodinamica PDF
Hidrodinamica PDF
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O tnel de vento cria linhas do fluxo de ar, que contornam o carro, e as torna visveis por meio de sofisticados
recursos pticos.
fluxo. A configurao dessas linhas forma, continuidade, linearidade, separao e paralelismo permite
aos engenheiros uma avaliao imediata da intensidade
da resistncia do ar para cada velocidade.
A aerodinmica e o tnel de vento talvez sejam a
face mais moderna do estudo da Hidrodinmica (veja o
boxe Gramtica da Fsica: Hidrodinmica ou Fluidodinmica), mas a sua origem vem desde a pr-histria
(veja o boxe Histria da Hidrodinmica).
GRAMTICA DA FSICA:
HIDRODINMICA OU
FLUIDODINMICA
Assim como para hidrosttica, palavra de origem grega que significa gua em equilbrio, mas o
seu estudo se aplica a outros fluidos em equilbrio,
hidrodinmica significa gua em movimento e o
seu estudo tambm se destina a todos os fluidos
em movimento. No entanto, ao contrrio da
hidrosttica, em que essa a denominao predominante, na hidrodinmica cada vez mais ntida a
preferncia pelo termo fluidodinmica.
bem provvel que a razo para essa preferncia venha da aerodinmica, um dos seus objetos de estudo cuja importncia tecnolgica cada
vez maior embora a aerodinmica possa ser
aplicada tambm ao movimento de veculos na
gua, o estudo dos veculos que se movem no ar
muito mais relevante.
1
HISTRIA DA
HIDRODINMICA
culao sangunea. Merecem destaque ainda o italiano Giovanni Battista Venturi (1746-1822), o alemo Gotthilf Ludwig Hagen (1797-1884) e o ingls
George Gabriel Stokes (1819-1903).
As bases da moderna mecnica dos fluidos
foram estabelecidas pelo engenheiro mecnico
alemo Ludwig Prandtl (1875-1953), que, com
alguns dos seus muitos alunos, formulou os princpios bsicos dos aeroflios e da propulso a jato.
fluxo laminar
fluxo turbulento
PETER WIENERROITHER
FLUIDOS IDEAIS
Fluidos incompressveis tm tambm densidade constante acrescida a condio de viscosidade nula (o estudo da viscosidade est no tpico
4), eles so chamados de ideais.
Os gases tm baixa viscosidade, mas alta compressibilidade e, por isso, densidade varivel.
Nos lquidos a viscosidade um pouco maior,
mas a sua compressibilidade baixssima (veja a
figura a seguir). Por isso a sua densidade praticamente constante. Assim, ao considerar um lquido
fluido ideal, estamos mais prximos da realidade, o
que no acontece com os gases.
http://serve.me.nus.edu.sg
100 kg
2. Equao de Continuidade
A trajetria de uma partcula de um fluido em escoamento laminar constitui uma linha de corrente. Essas
linhas nunca se cruzam, por isso um feixe delas forma
um tubo de corrente. Sees normais s linhas do tubo de
corrente so figuras planas. Veja a figura a seguir.
S1
S2
Vamos supor que todas as partculas do fluido atravessem a seo de rea S1 com velocidade de mdulo v1
e a seo de rea S2 com velocidade de mdulo v2. Veja a
figura abaixo.
Rua de vrtices (do ingls, vortex street), nome dado a essa configurao criada
experimentalmente pelo movimento relativo de um fluido atravs do obstculo
cilndrico girante ( esquerda).
v=1
S1
v=2
S2
2 Com base na Equao de Continuidade, um colega seu pensa em fazer a experincia descrita na
figura a seguir. Ele argumenta que basta apertar a
boca da mangueira o suficiente para que isso
ocorra. Voc acha que vai dar certo? Justifique.
Observao: Por enquanto voc pode argumentar apenas se baseando no Princpio da Conservao da Energia. Mais adiante ter condies para
dar uma resposta mais detalhada (nesse momento esta questo ser reapresentada).
esguicho
de gua
boca da
mangueirinha
espremida
Vazo () de um fluido em um tubo de corrente a razo entre o volume (V) desse fluido que
atravessa uma seo normal do tubo e o correspondente intervalo de tempo (t):
V
=
t
mangueirinha
A gua que sai da garrafa sobe e cai novamente dentro da garrafa o sistema vai funcionar continua e eternamente...
Exerccio resolvido
A Equao de Continuidade implica vazo constante. Assim, em um tubo de corrente, onde a rea da
seo normal maior, a velocidade menor, e vice-versa. Por isso apertar a extremidade de uma mangueira,
diminuindo a rea de sada da gua, faz a velocidade do
esguicho aumentar.
Soluo
1 Enquanto o escoamento da gua de uma torneira laminar, observa-se que o filete de gua
afina ao cair (veja a foto a seguir). Por qu?
EDUARDO SANTALIESTRA
T =
V
10
T =
T = 0,25 L/s
t
40
e x2 com velocidade v2= ao nvel h2, no mesmo intervalo de tempo t. Podemos demonstrar que vlida a
equao:
p1 p2 = 1 d(v22 v12) + dg(h2 h1)
2
(veja a segunda deduo na pgina 20)
Observaes:
I. Utilizamos para o valor 3,1 porque trabalhamos com
dois algarismos significativos.
II. A resposta ao item c pode ser obtida diretamente por consideraes de proporcionalidade. Assim, da Equao de
Continuidade conclui-se que a velocidade da gua inversamente proporcional rea da seo de vazo. Como a
rea de um crculo diretamente proporcional ao quadrado do raio, a velocidade da gua ser inversamente proporcional ao quadrado do raio. Logo, se o raio da boca do
esguicho 5 vezes menor que o raio da boca da torneira, a
velocidade da gua que o atravessa ser 25 (52) vezes maior.
Ento, podemos escrever:
vE = 52vT vE = 25 0,81 vE = 20 m/s
A diferena entre os valores obtidos deve-se s aproximaes decorrentes do uso de dois algarismos significativos.
x2
v=2
p2
S1
x1
h2
p1
v=1
II
h1
h1
h1 = h2
h2
h2
h1
II. Podemos supor que a sada S2 est aberta presso atmosfrica (p0). Nesse caso, p2 = p0. Sendo p0 = 1,0 105 Pa
(presso atmosfrica normal), a presso em 1 :
p1 = p0 + p p1 = 1,0 105 + 4,9 104 p1 = 1,5 105 Pa
Exerccio resolvido
2 Suponha que a tubulao representada na figura a seguir
atravessada por gua com vazo constante. No nvel 2, altura h2 = 1,8 m, a rea da seo normal S2 = 1,2 103 m2 e o
mdulo da velocidade da gua v2 = 8,0 m/s. Em 1 (h1 = 0), a
rea da seo normal S1 = 6,0 103 m2.
S2
h = 3,2 m
h2 = 1,8 m
h1 = 0
v=2
p2
S1
p1
h2
v=1
2 A tubulao mostrada na figura a seguir atravessada por gua vazo constante = 5,0 L/s.
Em 1 (h1 = 0), a rea da seo normal do tubo
S1 = 1,2 102 m2; em 2, na altura h2 = 3,0 m, a
boca do tubo, aberta atmosfera, tem rea
S2 = 2,0 103 m2.
h1 = 0
S2
v=2
p2
S1
h2
Soluo
a) Sendo v2 = 8,0 m/s, da definio de vazo:
p1
v=1
h1 = 0
Equao de Torricelli
Suponha que um lquido escoe pelo orifcio de um tanque a uma profundidade h, como mostra a figura ao lado.
Observaes:
I. As duas parcelas antes da soma final mostram as duas interpretaes fsicas das consequncias da diferena de
presso p: a) a parcela 3,1 104 Pa possibilita o movimen6
v0 = 0
h
v=
Determine:
a) os mdulos vA, vB e vC da velocidade de sada da gua em cada
orifcio;
b) a que distncia do recipiente o jato de gua atinge o nvel
da sua base de apoio.
Despreze a resistncia do ar e adote g = 10 m/s2.
Soluo
a) Nas condies dadas, vlida a Equao de Torricelli
(v =
2
gh), em que h a profundidade de cada furo:
para o furo A, profundidade hA = 0,050 m:
vA =
2g
hA vA =
2
10 0,050 vA = 1,0 m/s
para
o
furo
B,
profundidade
hB = 0,10 m:
vB =
2g
hB vB =
2
10 0,10 vB = 1,4 m/s
para o furo C, profundidade hC = 0,15 m:
2g
hC vC =
2
10 0,15 vC = 1,7 m/s
vC =
b) Um jato de gua um agregado de gotas que, neste caso, se
comportam como pequeninos projteis lanados horizontalmente das alturas yA = 0,15 m, yB = 0,10 m e yC = 0,050 m.
Para um referencial em que a origem das alturas est fixada no nvel da base de apoio do recipiente (figura a seguir),
temos:
y (m)
0,20
0,15
0,10
0,050
x (m)
0
0,050 0,10
0,15
0,20
O tempo de queda das gotas que saem de A, obtido da funo da posio y (altura) em relao ao tempo t da queda
livre, :
Exerccio resolvido
3 A figura a seguir representa um recipiente com gua vazando por trs furos: A, B e C. Os furos so suficientemente
pequenos para que a velocidade de abaixamento do nvel da
superfcie possa ser considerada desprezvel.
5,0 cm
A
5,0 cm
B
5,0 cm
C
5,0 cm
Observaes:
I. Ao contrrio do que se costuma afirmar, embora saia com
velocidade maior, o jato do orifcio mais baixo nem sempre
tem o maior alcance, pois o seu tempo de queda sempre
menor que o dos jatos dos orifcios superiores. Para que
tenha alcance maior, preciso que ele caia abaixo da base
do recipiente. Veja a figura a seguir.
Se em uma canalizao houver um estrangulamento, nele a rea da seo normal menor. Da Equao de
Continuidade (v1S1 = v2S2), obtemos:
S2 S1 v2 v1 (II)
De I e II conclumos que:
S2 S1 p2 p1
Portanto, para um fluido ideal em escoamento
laminar, a presso menor onde a rea da seo normal
tambm menor, e maior onde a rea da seo normal
maior o Efeito Venturi, assim chamado em
decorrncia dos trabalhos realizados em 1791 pelo fsico italiano Giovanni Battista Venturi. Tubos com um ou
mais estrangulamentos, como os das figuras a seguir,
so conhecidos como tubos de Venturi.
8,0 cm
A
8,0 cm
B
8,0 cm
C
www.phys.vt.edu
8,0 cm
Dispositivo de demonstrao
do Efeito Venturi: pela mangueirinha amarela injeta-se
um fluxo de ar no tubo horizontal com seo normal varivel. Observa-se que o nvel
da gua (coluna lquido lils)
sobe mais no tubo vertical
ligado regio do tubo horizontal em que a rea de seo
normal menor, mostrando
que a presso do ar nessa
regio tambm menor.
v=2
p2
p1
h
Tubo de Venturi
Uma consequncia imediata da Equao de Bernoulli a relao inversa entre velocidade e presso no
interior de um fluido em escoamento laminar. Se h no
varia, a Equao de Bernoulli assume a forma:
p1 + 1 dv 21 = p2 + 1 dv 22
2
2
v2 v1 p2 p1 (I)
8
regies das quais se conhece as reas das sees normais. O uso do tubo em U para fazer a medida dessa diferena, da forma como est representado na figura anterior, s possvel em tubos com gs. Com lquidos,
utilizam-se manmetros, instrumentos de medida direta da presso que no so afetados pela passagem do
lquido. Podem-se usar manmetros localizados em diferentes setores da tubulao (figura a seguir) ou manmetros para medir a diferena de presso entre dois pontos nos quais as reas das sees normais so conhecidas
(foto abaixo).
EDUARDO SANTALIESTRA
EDUARDO SANTALIESTRA
www.french-home.com
Exerccio resolvido
4 Suponha que o manmetro do tubo de Venturi mostrado na
foto anterior, instalado em uma canalizao de gua, mea a
diferena de presso p = 1,5 104 Pa. As reas das sees normais desse tubo, correspondentes s presses p1 (ramo
esquerdo do manmetro) e p2 (ramo direito do manmetro),
so, respectivamente, S1 = 2,0 102 m2 e S2 = 5,0 103 m2.
Sendo dgua = 1,0 103 kg/m3 e adotando g = 10 m/s2, determine:
a) a vazo () da gua;
b) os mdulos v1 e v2 da velocidade do fluido ao passar por
S1 e S2.
EDUARDO SANTALIESTRA
Atomizador bsico.
Soluo
= S1S2 2(p1 p2)
d(S21 S22)
2 1,5 104
(5,0 103 )2 ]
EDUARDO SANTALIESTRA
EDUARDO SANTALIESTRA
APROFUNDAMENTO:
A NATUREZA ELTRICA
DA MATRIA
Embora as molculas dos lquidos e dos gases
sejam eletricamente neutras por causa da soma
das cargas de suas partculas, elas podem apresentar uma espcie de ao eltrica decorrente da
assimetria na distribuio dessas partculas eltricas nessas molculas, o que implica + H
uma assimetria na distribuio das
O
cargas eltricas. O exemplo mais
O mel escorre
sem formar gotas.
v=
GRAMTICA DA FSICA:
RGIDO OU SLIDO?
F=
Suponha que o fluido representado na figura esteja entre duas placas paralelas separadas pela distncia y.
Quando a placa superior de rea S puxada para a
direita com a fora F=, ela (e a pelcula fluida a ela aderida) adquire a velocidade v = constante (veja o boxe Aprofundamento: A velocidade de um fluido em um tubo).
Nessas condies, define-se o coeficiente de viscosidade (letra grega eta) desse fluido pela expresso:
= Fy
Sv
GRAMTICA DA FSICA:
VISCOSIDADE OU
COEFICIENTE DE
VISCOSIDADE
muito raro encontrar tabelas com o ttulo
Coeficientes de viscosidade de fluidos. Em geral,
elas se intitulam apenas Viscosidade de fluidos, o
que, a rigor, no adequado.
Viscosidade caracterstica fsica, no uma
grandeza ou constante que possa ser medida e
tabelada. Por isso, assim como no estudo do atrito
distinguimos o fenmeno (atrito) dos seus coeficientes, aqui tambm vamos nos referir sempre a
coeficiente de viscosidade, em vez de viscosidade.
Lquidos
Coeficiente de
viscosidade
(Pa s)*
Gases
Coeficiente de
viscosidade
(Pa s)*
acetona
gua
0,00032
ar
0,000018
0,0010
argnio
0,000021
lcool etlico
0,0012
dixido de
carbono
0,00015
gasolina
0,00060
hidrognio
0,0000089
glicerina anidra
1,4
hlio
0,000019
mercrio
0,0016
metano
0,000020
leo fino
0,11
monxido
de carbono
0,00017
leo grosso
0,66
nitrognio
0,000018
plasma sanguneo
0,0015
0,000020
sangue
0,0040
oxignio
vapor de
gua
0,000013
* Os coeficientes foram medidos a 20 C, exceto o do sangue e o do plasma sanguneo, medidos a 37 C, e o do vapor de gua, medido a 100 C.
APROFUNDAMENTO:
A VELOCIDADE DE UM
FLUIDO EM UM TUBO
Se os fluidos aderem s superfcies rgidas,
junto s suas paredes todos os fluidos tm velocidade nula. Assim, conclui-se que a velocidade dos
velocidade
nula
velocidade
mxima
( 103Pa s)
1,0
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
v = C(r d )
0,30
0,20
0,10
t (C)
0
UNIDADE DE VISCOSIDADE
40
60
80
100
A unidade de viscosidade do SI pode ser obtida da sua definio. Se o mdulo da fora (F)
medido em newtons (N), a distncia (y) em metros
(m), a rea (S) em metros quadrados (m2), a velocidade (v) em metros por segundo (m/s) e a presso
N
em pascal [Pa = m2 ], temos:
=
20
[N m]
Fy
= 2 m
5m
6
Sv
s
v=
Ns
= 5 m2 6 = [Pa s]
F =
F=
1 poise = 0,1 Pa s
12
S
Sendo o fator y constante, essa expresso pode
Exerccios resolvidos
5 A figura a seguir representa uma placa metlica plana de
rea 0,020 m2, que desliza sobre um plano horizontal rgido,
apoiada em uma pelcula de leo de espessura contnua e uniforme de 0,25 mm, com velocidade constante de 0,010 m/s. O
bloco B, de massa mB = 40 g, traciona a placa por meio de um
fio inextensvel. O atrito na roldana e a massa do fio e a da roldana so desprezveis. Determine a viscosidade do leo. Adote
g = 10 m/s2.
F = 6rv
Essa expresso conhecida como Lei de Stokes,
em homenagem a George Stokes, que a formulou pela
primeira vez.
Embora todas as gotas em movimento retilneo uniforme tenham forma praticamente esfrica (veja o boxe
Discusso: A forma de uma gota), s as gotas de dimenses microscpicas tm velocidades pequenas, e o estudo
do seu movimento pode ser feito com a Lei de Stokes. Em
lquidos de alta viscosidade, como a glicerina ou leos
automotivos, ela pode ser aplicada a esferas de dimenses
um pouco maiores (veja o exerccio resolvido 7).
DISCUSSO: A FORMA
DE UMA GOTA
Soluo
Como a velocidade constante, a acelerao nula, e o mdulo da trao T= exercida pelo fio sobre a placa igual ao mdulo PB do peso do bloco B, pendurado. Ento, sendo mB = 0,040 kg:
T = PB T = mBg T = 0,040 10 T = 0,40 N
Esse tambm o mdulo F da fora viscosa que atua sobre a
placa. Veja a figura a seguir.
F=
T=
PB=
DEUTSCHE PHYSIKALISCHE
GESELLSCHAFT/INSTITUTE
OF PHYSICS
A espessura da pelcula de leo equivale distncia y entre as placas (reveja a figura da pgina 11): y = 0,25 mm = 2,5 104 m. Da
definio de viscosidade:
0,40 2,5 104
Fy
=
= 0,020 0,010 = 0,50 Pa s
Sv
Observaes:
I. Em uma situao real, no incio a placa acelera at atingir a
velocidade em que a fora viscosa e a trao no fio se equilibram. Nesse incio, a massa da placa deve ser considerada,
o que no foi necessrio aqui, pois j consideramos o con-
4
r3, r = 1,0 mm = 1,0 103 m, uti3
lizando = 3,1, temos:
4
Vesfera =
3,1(1,0 103)3 Vesfera = 4,1 109 m3
3
Substituindo o valor de Vesfera em IV, obtemos o mdulo F
da fora de resistncia viscosa:
F = (7 800 800)4,1 109 10 F = 2,9 104 N (V)
Para determinar o coeficiente de viscosidade do leo aplicando a Lei de Stokes, precisamos saber qual a velocidade de queda da esfera. Como ela constante, x = 30 cm
= 0,30 m e t = 10 s:
x
0,30
v=
v=
v = 0,030 m/s
t
10
Ento:
F = 6rv 2,9 104 = 6 3,1 1,0 103 0,030
= 0,52 Pa s
Observaes:
I. Este exerccio descreve uma atividade experimental relativamente simples para determinar a viscosidade de um
lquido. A validade dessa determinao pode ser verificada comparando o resultado obtido com valores tabelados
(veja a tabela da pgina 11). Para analisar corretamente os
resultados, trs fatores devem ser considerados: a) os estreitos limites de validade da Lei de Stokes; por isso devem
ser utilizados lquidos de alto coeficiente de viscosidade
para que a queda da esfera ocorra a baixa velocidade (no
encontramos esses dados em relao velocidade-limite
no leo; estamos admitindo que o valor obtido aqui vivel por analogia ao da gua); b) a largura do tubo deve ser
bem maior que o dimetro da esfera; se o tubo for estreito, as suas paredes vo interferir na resistncia viscosa do
lquido, o que pode causar turbilhonamento e invalidar os
resultados; c) a temperatura do lquido deve ser anotada,
pois, como mostra o grfico da pgina 12, o coeficiente de
viscosidade de um lquido varia significativamente com a
temperatura.
Sendo Vesfera =
II. Note que no nos referimos ao atrito entre a placa e o lquido, pois no existe atrito entre uma superfcie rgida e um
fluido. A trao exercida na placa rgida, mas a fora de
reao viscosa do fluido exercida na placa por intermdio da pelcula de fluido que a reveste e com ela se move
solidariamente.
III. Essa uma situao experimental muito difcil de realizar,
principalmente pela impossibilidade de manter uniforme
a espessura da pelcula de leo. Por isso, apesar de seu formato, este um exerccio terico. Uma situao experimental de fcil realizao apresentada no exerccio
resolvido a seguir.
6 Uma esfera macia de ao de 1,0 mm de raio cai verticalmente com velocidade constante dentro de um tubo largo com leo.
Verifica-se que ela desce 30 cm em 10 s. Dadas a densidade do
ao, dao = 7 800 kg/m3, e a do leo, dleo = 800 kg/m3, determine o coeficiente de viscosidade do leo. Admita g = 10 m/s2.
Soluo
Na figura a seguir esto representadas as foras que atuam
sobre a esfera: o peso P=, o empuxo E= exercido pelo leo sobre
a esfera e a fora F= de resistncia viscosa do leo:
E=
F=
P=
III. Assim como se pode determinar a viscosidade de um fluido conhecendo a velocidade-limite do corpo que o atravessa, possvel determinar a velocidade-limite de um corpo
movendo-se atravs de um fluido conhecendo o coeficiente de viscosidade desse fluido. Foi a partir da que o fsico
experimental norte-americano Robert Millikan (1868-1953) pde, em 1909, determinar a carga eltrica elementar e ganhar o prmio Nobel de Fsica de 1923. O exerccio
resolvido a seguir mostra uma etapa dessa experincia.
14
7 Uma gota microscpica de leo, de raio rgota = 4,0 m, abandonada no interior de uma cmara onde o ar est em repouso.
Sabendo que esse leo tem densidade dleo = 800 kg/m3 e que o
coeficiente de viscosidade do ar ar = 1,8 105 Pa s, determine a velocidade-limite atingida por essa gota. Despreze o
empuxo do ar e admita g = 10 m/s2.
Soluo
F=
Se o ar est em repouso e o empuxo por ele exercido sobre a gota desprezvel, podemos afirmar que
sobre ela atuam duas foras: o seu peso P= e a fora
de resistncia viscosa F= exercida pelo ar.
Quando a velocidade-limite atingida, essas duas
foras se equilibram, e a gota passa a cair com movimento retilneo uniforme. Ento, da Segunda Lei
de Newton em mdulo, podemos escrever:
P=
P F = 0 F = P (I)
Se a gota esfrica e no h turbulncia, podemos aplicar a Lei
de Stokes:
F = 6arrgotav (II)
De I e II:
Observaes:
I. O valor obtido est dentro do limite para o movimento de
uma esfera sem turbulncia no ar: v = 2 m/s. Se o resultado
ultrapassa esse valor, h turbulncia e no podemos aplicar
a Lei de Stokes. Seria o caso de uma gota de leo de 1,0 mm
de raio; obteramos v = 100 m/s, valor que extrapola em
muito o limite de validade da Lei de Stokes para o ar.
II. Na experincia de Millikan borrifa-se leo com um vaporizador em uma cmara limitada por duas placas eletrizadas e onde o ar est em repouso. Veja a figura a seguir.
borrifo de pequenas
gotas de leo
(+)
orifcio
raios X para
produzir carga
na gota de leo
placas
eletrizadas
ocular
()
gota de leo
carregada
sob anlise
15
A natureza do escoamento determina a velocidade-limite de um corpo atravessando um fluido. Se o escoamento laminar, a velocidade-limite do corpo
maior, condio do estudo feito at aqui. Quando o escoamento turbulento, essa velocidade se reduz, e a
teoria aqui apresentada deixa de ter validade. Veja a
figura a seguir:
toda sua parede lateral , a sua importncia s foi explicitada em 1932 pelo engenheiro aeronutico romeno
Henri-Marie Coanda (1885-1972). Desde ento, esse
fenmeno passou a denominar-se Efeito Coanda e na ltima dcada do sculo XX adquiriu maior importncia
quando passou a substituir a Equao de Bernoulli na
maior parte das explicaes de fenmenos de sustentao
de corpos em movimento atravs de fluidos, provocando
uma pequena revoluo no estudo da aerodinmica.
5. Efeito Coanda
Veja as fotos a seguir:
EDUARDO SANTALIESTRA
EDUARDO SANTALIESTRA
v=1
v=2
Para o mesmo chute (impulso inicial), a velocidade v 1= da bola de cima ser sempre maior que a velocidade v 2= da segunda bola, pois o escoamento laminar na
primeira e turbulento na segunda.
www.sfondideldesktop.com
escoamento
turbulento
escoamento
laminar
Na regio frontal do submarino, o escoamento laminar. Logo
atrs, torna-se turbulento.
Como ocorre a adeso do fluido superfcie rgida de um corpo quando eles (fluido e corpo) se atravessam muito complexo e pode ter consequncias extraordinrias.
Embora a adeso dos fluidos aos corpos rgidos esteja muito presente em nossa vida cotidiana a gua
que transborda de um copo no cai sem antes percorrer
F= (ao da
gua sobre
a colher)
16
F=
(reao da colher
sobre a gua)
EDUARDO SANTALIESTRA
EDUARDO SANTALIESTRA
F=cp
=
Fcp
filete
de gua
tira de
papel
EDUARDO SANTALIESTRA
fluxo
de ar
tira de
papel
fluxo
de ar
DISCUSSO: A NOVA
EXPLICAO DO EFEITO
DA ASA DE UM AVIO
A histria da cincia apresenta momentos marcantes em que a interpretao de alguns fenmenos se modifica em razo da mudana de uma fundamentao terica as hipteses para explicar a
natureza da luz so um exemplo dessa mudana.
Mas o que se observa agora diferente. No
se trata de reviso terica; tampouco as equaes
de Continuidade e de Bernoulli perderam a validade. Elas continuam aceitas e corretas. O que
mudou foi a percepo de que elas no podem ser
aplicadas explicao da sustentao da asa do
avio nem de alguns experimentos criados at
explicitamente para ilustr-las.
difcil saber por que um equvoco como esse
aparece e sobrevive durante tanto tempo. Uma
explicao bvia a dificuldade inerente interpretao fsica dos fenmenos da natureza ou
mesmo das prprias criaes humanas nada,
nenhuma explicao, trivial.
Uma das ideias hoje comprovadamente errada,
mas ainda apresentada como certa em muitas enciclopdias, sites e textos didticos, que, como
consequncia da Equao de Continuidade, as partculas do ar levam o mesmo tempo para percorrer
a parte inferior e a superior da asa de um avio. Por
isso, se o perfil curvo superior da asa maior que o
inferior, o ar passa em cima da asa com velocidade
maior do que embaixo. Veja a figura a seguir.
tira de
papel
foras viscosas
atuando sobre
partculas de ar
tira de
papel
maior velocidade
menor velocidade
menor presso
fora resultante
maior presso
F B=
Essa uma explicao relativamente nova desse fenmeno e vem sendo mais bem aceita do que a antiga
baseada nas equaes de Continuidade e de Bernoulli
(veja o boxe Discusso: A nova explicao do efeito da
asa de um avio).
18
F =C
D
FC=
Esta ltima observao valida o uso da Equao de Bernoulli como origem de uma fora de
sustentao, mas no causa dela, como se explica nas duas primeiras figuras da pgina anterior.
Alm disso, a fora resultante para cima, decorrente dessa diferena de presses, no suficiente
para a sustentao da asa e muito menos do avio.
Para aqueles que (como este autor) por muito
tempo acreditaram e difundiram essa explicao,
talvez sirva de consolo saber que Einstein, durante
a Primeira Guerra Mundial, sugeriu que se construsse uma asa com perfil orientado pelas equaes de Continuidade e de Bernoulli e, como hoje
seria de esperar, sua sugesto foi um retumbante
fracasso. Veja na figura abaixo o perfil da asa proposto por Einstein.
Um avio em voo est sob a ao de quatro foras: A: fora resultante de sustentao exercida pela asa (uma pequena parcela deve-se ao Efeito Coanda);
B: fora de trao exercida pela hlice ou turbina; C: peso, exercido pela Terra;
D: fora viscosa exercida pelo ar.
19
Dedues
1a) Equao de Continuidade
Reveja a ltima figura da pgina 3. Os trechos hachurados correspondem ao deslocamento de um fluido
ideal no mesmo intervalo de tempo t. Se o fluxo ()
constante e esse intervalo suficientemente pequeno,
esses trechos podem ser considerados cilindros de reas
S1 e S2. Nessas condies, vamos aplicar a esses dois
cilindros as definies de fluxo ( = vS) e de
x ]
velocidade mdia [v =
, nesse caso tambm const
1 dv
2
2
1tS1(v2 v1 ) + dv1tS1g(h2 h1)
2
1
dv1tS1(v22 v12) +
(p1 p2)S1v1t =
2
dv1tS1g(h2 h1) p1 p2 =
= 1 d(v22 v12) + dg(h2 h1)
2
3a) Equao de Torricelli
Reveja a primeira figura da pgina 7. Vamos supor
que a rea S do orifcio seja muito menor que a rea S0 da
superfcie do tanque. Nesse caso, da Equao de Continuidade, podemos escrever:
v0S0 = vS v0 = v S
S0
E concluir que v 0= tambm muito menor que v,= ou
seja, que, em relao ao mdulo de v ,= podemos supor
v0 = 0.
Vamos admitir ainda que a presso atmosfrica, p0,
a mesma na superfcie do lquido e no orifcio de sada
e que por ele o escoamento seja laminar. Nessas condies, aplicando a Equao de Bernoulli superfcie
(nvel 1) e ao orifcio (nvel 2) e colocando o referencial
para as alturas no nvel do orifcio, temos:
1
1
dv12 + dgh1 = p2 +
dv22 + dgh2
p1 +
2
2
1
1
dv02 + dgh0 = p0 +
dv2 + dgh
p0 +
2
2
1
1
d(0)2 + dgh = p0 +
dv2 + dg(0)
p0 +
2
2
1
dgh =
dv2 v = 2gh
2
(I) e v2 =
(II)
S1
S2
Atividades experimentais
A Fluidodinmica riqussima em atividades
experimentais.
Uma atividade simples e muito rica em contedo,
sobretudo pela reviso que permite da Cinemtica,
descrita na primeira figura do exerccio resolvido 3*
(pgina 7).
As atividades mostradas nas duas ltimas figuras
da pgina 17 e na quarta figura e foto da pgina 19 tambm so muito fceis e sugerimos ao professor que as
faa. Na experincia da vela atrs da garrafa, o professor
deve colocar gua na garrafa pelo menos at a metade,
para que ela no caia sobre a vela. A experincia da bolinha flutuante mais fcil de ser feita adaptando a um
secador de cabelos uma boca fina e circular e usando
uma bolinha de isopor de 2 cm a 3 cm de dimetro, no
mximo. Bolinhas de pingue-pongue so muito pesadas
e exigem jatos de ar muito fortes, que nem todos os
secadores de cabelo produzem.
Com o advento das novas explicaes, importante que o professor tambm faa atividades que mostrem
= v1S1 = v2S2 v1 =
* Essa atividade est descrita em detalhes nas pginas 82-84 do livro Experincias de cincias para o ensino fundamental, deste mesmo autor (So Paulo: tica, 2005).
21
a) m1 s1.
b) m s1.
c) m2 s.
d) m3 s.
e) m3 s1.
2 (Unifra-RS) Para fazer chegar gua a uma populao cada vez maior das cidades grandes, preciso,
alm de outras coisas, aumentar a vazo de gua nas
tubulaes. Sendo v a velocidade da gua na tubulao e A a rea de seo reta do tubo, possvel concluir que:
a) A vazo diretamente proporcional a v e inversamente proporcional a A.
b) A vazo inversamente proporcional a v e diretamente proporcional a A.
c) A vazo inversamente proporcional a v e inversamente proporcional a A.
d) A vazo diretamente proporcional a v e diretamente proporcional a A.
e) A vazo no depende de A ou v.
9 (PUC-RS) A fora de atrito viscoso sobre um determinado barco diretamente proporcional sua velocidade em relao gua. Sob outro aspecto, a potncia desenvolvida pela fora motriz para deslocar o
barco numa dada velocidade e em movimento retilneo pode ser calculada pelo produto entre os mdulos da fora e da velocidade. Verifica-se que, para
deslocar o barco com velocidade constante de mdulo 12 km/h, necessria potncia motriz de
6,0 kwatts (kW). Para deslocar o mesmo barco com
velocidade constante de mdulo 24 km/h, ser necessria potncia motriz de:
a) 24 kW.
d) 14 kW.
b) 18 kW.
e) 10 kW.
c) 16 kW.
Questo discursiva
10 (PUC-RS) Numa experincia de laboratrio de Fsica, abandona-se uma esfera metlica no topo de um
tubo de vidro cheio de gua, na vertical. A esfera cai
inicialmente em movimento acelerado, mas, aps
alguns centmetros, atinge velocidade constante, por
isso chamada velocidade terminal ou velocidade-limite. Considerando a esfera com massa especfica
duas vezes a da gua e sabendo que os mdulos das
nicas foras que agem sobre ela so o seu peso P, o
empuxo E e a fora de atrito viscoso A (tambm chamada fora de arrasto), pode-se concluir que, quando
atingida a velocidade-limite:
a) P = E.
d) P = 2A.
b) E = 2A.
e) P = A.
c) A = 2E.
2 cm
11 (UFPA) No era novidade para ningum que a velocidade de escoamento do rio mudava ao longo de
seu curso. Para projetar uma ponte sobre determina-
23
Comentrios e sugestes
Este assunto apresenta uma rara novidade: a reviso da
explicao clssica que a maioria dos fsicos e engenheiros
ainda d em relao sustentao da asa de um avio.
importante, em primeiro lugar, que o professor se
convena de que ela est de fato errada e deve ser revista.
Para isso, sugerimos a leitura de alguns textos. O primeiro o
artigo pioneiro, em portugus, que alerta para esse equvoco
e apresenta o Efeito Coanda: A dinmica dos fluidos complementada e a sustentao da asa, de Klaus Weltner, Antonio
Sergio Esperidio e Paulo Miranda, professores do Instituto
de Fsica da Universidade Federal da Bahia, e Martin Ingelman-Sundberg, da Sucia. Foi publicado na Revista Brasileira
de Ensino de Fsica, volume 23, nmero 4, de dezembro de
2001, e pode ser acessado diretamente pela Internet na pgina www.sbfisica.org.br/rbef/Vol23/Num4/.
H muitos outros, todos em ingls. Indicamos dois:
Model airplanes, the Bernoulli Equation, and the Coanda
Effect, de Jef Raskin, que pode ser acessado em http://jef.
raskincenter.org/main/published/coanda_effect.html. O
autor foi professor da Universidade da Califrnia, em San
Diego, e se tornou muito conhecido por ter criado o computador Macintosh. O outro uma pgina do excelente material educativo produzido pela Nasa para explicar o voo do
avio um texto curto, claro e objetivo, que pode ser
encontrado em www.grc.nasa.gov/WWW/K-12/airplane/
wrong1.html. Se o professor se interessar, h na Internet farto
material de boa qualidade a respeito, mas quase todo em
ingls.
Essas leituras e a realizao das experincias descritas
nas atividades propostas certamente vo convencer o professor da necessidade dessa reviso. Quanto ao aluno,
quase certo que a maioria no conhece a explicao anterior, mas nos parece importante que saibam dessa reviso,
por dois motivos pelo menos. O primeiro, para mostrar o
carter humano da fsica e que as verdades nela, como em
qualquer cincia, no so definitivas e podem ser revistas
essa , alis, uma das recomendaes dos PCNs. O segundo, para mostrar ao aluno que a fsica no mesmo fcil,
no s na sua construo conceitual, mas tambm na forma
como ela empregada para explicar os fenmenos tecnolgicos ou do dia-a-dia. Alguns professores gostam de dizer
que fsica fcil, que tudo se resume a aplicar as frmulas
certas, uma falcia que s angustia e desestimula os alunos.
muito melhor para o aluno saber que no est sozinho
nas dificuldades de compreenso e nos erros que comete,
pois, como vimos, at Einstein os cometeu.
Investigao e compreenso
Contextualizao sociocultural
Competncias
Representao e comunicao
Atividades interdisciplinares e de
contextualizao
5. Como mostra a equao de Torricelli, a velocidade de sada da gua no depende da abertura do orifcio, ou seja,
nesse caso apertar a sada da mangueirinha no aumenta
a velocidade de sada da gua, o que invalida a ideia inicial do aluno. Esse resultado no contraria a Equao de
Continuidade (v1S1 = v2S2), pois ela no se aplica a essa
situao porque a velocidade de abaixamento da superfcie do recipiente foi considerada nula (desprezvel).
Assim, cinematicamente, a altura mxima da gua ser
sempre igual profundidade h do recipiente.
6. No faz sentido falar em coeficiente de viscosidade esttico porque a viscosidade depende da existncia do movimento relativo entre as diferentes camadas de um fluido. No havendo esse movimento (v = 0), no existe visFy
cosidade e a expresso do coeficiente [ = Sv ] perde o
seu significado.
7. A adeso viscosa do lquido ao bico do recipiente dirige
o lquido e o afina, tornando-o um filete laminar, o que
facilita o seu derramamento.
3. a) Em I, sendo h1 = h2:
1
1
p1 +
dv12 = p2 +
dv22
2
2
1
1
1
p1 p2 = dv22 dv12 p1 p2 = d(v22 v12)
2
2
2
5. Ao atingir a velocidade-limite, o sistema passa a se mover com velocidade constante. Logo, sendo mB = 0,060 kg
(reveja as figuras da bola na pgina 16):
T = PB T = mBg T = 0,060 10 T = 0,60 N
Esse o mdulo da fora viscosa. Ento, sendo
y = 0,30 mm = 3,0 104 m, da expresso dessa fora:
0,75 0,040
S
F=
v 0,60 =
v
3,0 104
y
F+E=PF=PE
F = dAlVesferag dglicerinaVesferag F = (dAl dglicerina)Vesferag
2gh ):
2ghA
Vesfera =
4 3,1(2,0 103)3
3
Para um referencial em que a origem das alturas est fixada no nvel do solo, de acordo com a figura do item b,
exerccio 3 da pgina 7:
para as gotas que saem de A:
yA = 0,24 + 0,72 = 0,96 m
tempo de queda: y = y0 + v0yt + 1 gt2
2
1
2
0 = yA + 0 tA + (g)tA 0 = 0,96 5,0tA2
2
tA = 0,44 s
Sendo d =
m
4
e Vesfera =
r3:
V
3
4 r3 (IV)
gota
3
Substituindo IV em III, sendo v = 2,0 m/s a velocidade-
2d(S12 S22)
2(p
1 p2)
p1 p2 =
= S1S2
2(S1S2)2
d(S12 S22)
(2,0 102)2 1,0 103[(2,5 102)2 (1,0 102)2]
p =
dleo
4 2
r gotag = 6arv
3
p = 1,7 103 Pa
27
8. Resposta: alternativa c.
9. Da expresso da fora viscosa (F = cv), lembrando a relao entre a potncia (P) e velocidade (v) de um mvel em MRU (P = Fv), conclumos que P = cv2. Logo, nas
condies dadas, a potncia do barco diretamente
28
F
.
S