039 Prpgi Reit
039 Prpgi Reit
039 Prpgi Reit
03 a 06 de novembro de 2014
Anais
9a Edio, Srie 7
So Lus - Maranho
2014
Reitor:
Apoio Tcnico:
Comunicao e Cultura:
Infraestrutura e Finanas:
Tecnologia da Informao:
Realizao:
Patrocnio:
Apoio:
Engenharias
Engenharia Civil
Apresentao
Esta publicao compreende os Anais do IX CONNEPI - Congresso
Norte Nordeste de Pesquisa e Inovao. O material aqui reunido
composto por resumos expandidos de trabalhos apresentados por
pesquisadores de todo o Brasil no evento realizado em So Lus-MA,
entre os dias 3 e 6 de novembro de 2014, sob organizao do Instituto
Federal do Maranho.
Os resumos expandidos desta edio do CONNEPI so produes
cientficas de alta qualidade e apresentam as pesquisas em quaisquer
das fases em desenvolvimento. Os trabalhos publicados nestes Anais
so disponibilizados a fim de promover a circulao da informao
e constituir um objeto de consulta para nortear o desenvolvimento
futuro de novas produes.
com este propsito que trazemos ao pblico uma publicao cientfica
e pluralista que, seguramente, contribuir para que os cientistas de
todo o Brasil reflitam e aprimorem suas prticas de pesquisa.
ESTUDOSOBREOGERENCIAMENTODOSRESIDUOSDACONSTRUOCIVILGERADOSPOR
CONSTRUTORASNOMUNICIPIODELAGARTOSE
InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusAracaju
Email:adrianeoliveirafraga@hotmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
NoBrasil,osetordaconstruocivilrepresenta consideravelmenteosimpactossociaiseprincipalmente
aproximadamente14%doProdutoInternoBruto(PIB)e os ambientais. Nessa perspectiva, considerando que o
responsvel por cerca de 60% da formao bruta de municpio de Lagarto, em Sergipe, apresenta tal
capital, bem como, pela gerao de aproximadamente situao, este artigo objetiva analisar o gerenciamento
15 milhes de empregos. Por outro lado, toda essa dos RCC gerados por construtoras atuantes no
importncia vem refletindo realidade cada vez mais municpio. Onde diante das observaes podese
presentenoscentrosurbanos,afaltadegerenciamento perceber a falta do Plano Integrado de Gerenciamento
dos resduos de construo civil (RCC). Os descartes dos RCC, de responsabilidade da prefeitura,
irregulares desses resduos podem resultar em srios contribuindoparaqueosgrandesgeradoresdescartem
problemas sociais, ambientais e econmicos. Dessa osRCCembotaforasirregulareseemreadestinadaa
forma,acreditasequeaadoodepolticasvoltadasao deposioderesduosdomiciliares.
correto gerenciamento
dos
RCC,
minimize
PALAVRASCHAVE:Construocivil,Gerenciamento,Meioambiente,Resduos.
STUDYONTHEMANAGEMENTOFCONSTRUCTIONWASTEGENERATEDBYTHEMUNICIPAL
CONSTRUCTIONOFLAGARTOSE
ABSTRACT
KEYWORDS:Construction,Management,Environment,Waste.
ESTUDOSOBREOGERENCIAMENTODOSRESIDUOSDACONSTRUOCIVILGERADOSPOR
CONSTRUTORASNOMUNICIPIODELAGARTOSE
INTRODUO
Atualmente,anecessidadedeconduzirediscutirapreservaodomeioambienteuma
questo mundial. Os fortes impactos causados pelo desenvolvimento dos centros urbanos tm
trazido irreparveis problemas socioambientais. Tal desenvolvimento demanda na necessidade
decrescimentodesetoresdediversosseguimentos,aexemplodaconstruocivil.
Apartirdociclodecrescimentoedesenvolvimentoeconmicodopas,iniciadonadcada
de50,aconstruocivilganhouimportnciaecomeouasedestacarcomoatividadeindustrial,
conduzindoosetorainevitvelbuscapelasuaorganizaoemtornodeumaentidadenacional
que o representasse, defendesse seus interesses e proporcionasse a sua participao ativa no
desenvolvimentodoBrasil.Hoje,aindstriadaconstruociviltotalizamaisde205milempresas
em todo o pas desde grandes indstrias da engenharia mundial at milhares de pequenas
empresasquepromovemainteriorizaododesenvolvimento,proporcionandoosmaisdiversos
epreciososbenefciosasociedade.(FIESP,2005).
Poroutrolado,todaessaimportncianaeconomiavemrefletindoemgrandesproblemas
sociaiseambientais.SegundoPinto(2005),aconstruocivilreconhecidacomoumadasmais
importantes atividades para o desenvolvimento econmico e social, porm comportase ainda
comograndegeradordeimpactosambientais,quersejapeloconsumoderecursosnaturais,pela
modificao da paisagem ou pela gerao de resduos. Estimase que a construo civil utiliza
algoentre15%a50%dototalderecursosnaturaisconsumidopelasociedade(JOHN2004,apud
MARCONDES,2007).
Vrias alteraes ambientais ocorrem na fase de implantao da obra e execuo dos
servios, quando gerada uma grande quantidade de resduos, proveniente do processo
construtivoadotado,dodesperdciodemateriaisdeconstruonoscanteirosdeobras,durante
a confeco de artefatos, bem como a limpeza da obra, dentre outros. As demolies e as
reformas tambm promovem a eliminao de diversos componentes durante a realizao ou
apsotrminodoservio(CASSAetal.,2001).
De acordo com Daltro (2005), os resduos gerados pela cadeia produtiva da construo
civil constituem um dos maiores problemas para a administrao pblica, uma vez que seu
gerenciamentoadequadoimplicaemcustoselevados.Aquantidadederesduosgeradoseafalta
dereasdedeposioadequadas,prximasedisponveis,soalgunsdosaspectosoperacionais
envolvidosnessaquesto.
SegundoBarreto(2005),dototaldamassadosresduosurbanosestimaseque40%a70%so
gerados pelo processo construtivo, dos quais 50% so dispostos irregularmente sem qualquer
formadesegregao.
No Brasil, a Resoluo n 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
(BRASIL,2002),emvigordesdejaneirode2003,umadasprimeirasmedidasemmbitofederal
comamissodedisciplinaradestinaodosresduosdeconstruocivil(RCC).Essaresoluo
estabeleceuprazode18mesesparaqueosmunicpiosdeixassemdedisporosRCCemreasde
aterros de resduos domiciliares e em reas de bota foras. Aos grandes geradores, foi
estabelecidoprazode24mesesparaqueinclussemprojetosdegerenciamentodeRCCemseus
projetosdeobrasquedeveroobterlicenciamentonosrgoscompetentes.
Apesar das diversas diretrizes, critrios e procedimentos estabelecidos pela resoluo
supracitada, observase que grande parte dos municpios brasileiros ainda no conseguiu
elaborar e implantar o plano integrado de gerenciamento de resduos de construo civil
(PIGRCC),aexemplodomunicpiodeLagarto,emSergipe.OacmulodeRCCprincipalmentenas
margensderodoviasqueatravessamareaurbana,almdeimpactaromeioambiente,causar
danos sade pblica, passa a imagem de cidade desordenada e antiesttica, principalmente
paraostranseuntesdeoutrascidades.
Nessaperspectiva,opresenteartigovisaapresentarumaanlisedogerenciamentodos
RCCgeradosporconstrutorasatuantesnomunicpiodeLagarto.Destaforma,sercaracterizado
de forma qualitativa os principais aspectos envolvidos na gerao e destinao final dos RCC
geradosnoscanteirosporconstrutorasatuantesnomunicpioemestudo.
MATERIAISEMETODOS
Paraalcanaroobjetivotraado,realizousepesquisabibliogrficasobreomunicpiode
LagartoesobreagestodosRCC,seguidaporpesquisadecampoeentrevistas.Naprefeitura,
informaes foram coletadas, a fim de conhecer as obras atualmente em andamento no
municpio.Destaforma,identificouseostiposdeobras,bemcomoasconstrutorasenvolvidas.
Assim,visitasforamrealizadasnosmesesdemaioejunhode2012,agostoesetembrode2013e
abril de 2014, a canteiros de obras, com vistas a conhecer o gerenciamento dos RCC. Nas
entrevistas,tcnicosdasconstrutorasedaprefeiturarelataramsobreageraoedestinaodos
RCCnomunicpiodeLagarto.
RESULTADOSEDISCURSES
OmunicpiodeLagarto,localizadonaregiocentrosuldoEstadodeSergipe,possuiuma
rea de 969,23km onde, alm dasede municipal, h mais de 100 povoados. Segundo o censo
2010doInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatstica(IBGE,2010),apopulaode94.861,00
habitantescomperspectivadealcanar100.330,00habitantesem2013.Aindadeacordocomo
IBGE,amaiorpartedapopulao,equivalentea51,54%,concentrasenazonaurbanae48,46%
nazonarural(IBGE,2010).
Hoje, com o crescente desenvolvimento da cidade, impulsionado pela implantao de
novos empreendimentos e, principalmente, pela implantao de um Campus da Universidade
FederaldeSergipe(UFS)voltadoespecificamenteparaareadesade,inclusivemedicina,vem
atraindovriosinvestidores.Todosessesacontecimentosimplicamdiretamentenanecessidade
dereformar,ampliarouconstruirnovasedificaesnacidade.
Duranteoperododepesquisa,foramentrevistadas25(vintee cinco)construtorasque
atuaram ou atuam no municpio de Lagarto. Destas, apenas 07 (sete) tem sede registrada no
municpio. De acordo a PML, so construtoras de pequeno, mdio e grande porte executando
obrasdainiciativapblicaeprivada.
Asvisitasrealizadas,nos25canteirosdeobras,ematividade no municpio nos meses de
pesquisa, revelaram uma situao bastante preocupante, a inexistncia do Plano de Gerenciamento
dos RCC (PGRCC). Duas das construtoras justificaram que o PGRCC estava em fase de
elaborao, porm as obras estavam em pleno andamento, apenas uma possui o PGRCC. J as
demais construtoras informaram que no tinham elaborado os PGRCC, uma vez que nenhuma
cobrana por parte dos rgos competentes, fiscalizadores havia ocorrido. A falta de conhecimento
da resoluo n 307 do CONAMA (BRASIL, 2002), por parte de tcnicos e administradores de
algumas das empresas visitadas, um outro fator que contribui negativamente no gerenciamento
dos RCC.
A tabela 1 revela algumas caractersticas identificadas nos canteiros de obras das
construtorasatuantesnomunicpio.
Tabela1ResumodasituaodogerenciamentodosRCCnoscanteirosdeobrasdediversas
construtorasatuantesnomunicpiodeLagarto
Construtoras/
Obras
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
k
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
FasedaObra
Acabamento
FundaoeAlvenaria
FundaoeAlvenaria
Acabamento
FundaoeEstrutura
Pavimentao
Acabamento
Acabamento
Acabamento
Drenagem
Acabamento
Pavimentao
Pintura
Alvenaria
Acabamento
Alvenaria
Alvenaria
Acabamento
Pintura
AlvenariaeEstrutura
Pavimentao
Fundao
Alvenaria
Acabamento
Alvenaria
DestinaodosRCC
FoiIdentificadono
CanteirodeObras
PGRCC
Triagem
Reciclagem
Bota
Fora
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
Sim
No
No
Sim
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
Sim
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
No
Sim
No
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
No
Sim
TotaldeObras/ConstrutorasPesquisadas:25
Aterrode
Resduos
Domiciliares
Sim
Sim
Figura1LocalizaodasreasdebotaforasusadasparadescartedosRCC.Fonte:Mapaurbanoda
PML(2012)adaptadopeloautor.
Umadasreasdebotaforasestlocalizadaasmargensdeumarodoviaestadual,bairro
Pratas,queligaomunicpiodeLagartoaomunicpiodeRiachodoDantas.Aoutrareadebota
foralocalizasenobairroNovoHorizonte,nasimediaesdocemitrio.Valesalientar,segundo
informaes da PML, que alm dos resduos gerados pelos grandes geradores, construtoras,
estas reas recebem boa parte dos RCC gerado em toda zona urbana do municpio,
Figura2ResduosdepositadosclandestinamenteembotaforadobairroPratas
Fonte:Prata(maio2012)
O amontoado de RCC, figura 2, alm de poluir o meio ambiente, acaba atraindo a
deposio de outros tipos de resduos, a exemplo dos domiciliares, agravando ainda mais a
poluiodomeioambiente.
Alm dos problemas ambientais, a proliferao de diversos tipos de vetores tende a
prejudicar a sade pblica, principalmente quando estas reas esto localizadas em locais de
grandecirculaodepedestres,aexemplodobotaforadobairroPratas,figura2.
CONCLUSO
Osresultadosdapesquisarevelamqueumdosgrandesproblemasrelacionadosagesto
dosRCC,nomunicpiodeLagartoainexistnciadoPIGRCC,deresponsabilidadedaprefeitura.
Os grandes geradores, construtoras, mesmo elaborando PGRCC para cada novo
empreendimento, ficam impossibilitados de colocar estes planos em prtica. A falta de reas
regulamentadas no municpio, destinadas a deposio regular dos RCC, implica no surgimento
dos pontos de deposies irregulares, a exemplo das reas de bota foras, figura 1. A prpria
prefeitura transporta diariamente toneladas de RCC para as reas de bota fora. Desta forma,
comocobrarresponsabilidadedosgeradoresseaPMLquemmaisdescartaRCCemreasde
botafora?
REFERENCIAS
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resduos de construo civil. Conselho Nacional do Meio Ambiente: Braslia, DF, 2002.
Disponvel em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307>.
Acessoem:10maio2011.
2. CASSA,JosClodoaldodaSilva,BRUM,IrineuAntnioSchadachde,CARNEIRO,AlexPires.
Reciclagem de entulho para a produo de materiais de materiais de construo.
Salvador:EDUFBA;CaixaEconmicaFederal,2001.
3. DALTRO FILHO, J. et al. Problemtica dos resduos slidos da Construo Civil em
Aracaju: diagnstico. Aracaju: SINDUSCON/SE; SENAI/SE; SEBRAE/SE; COMPETIR;
EMSURB;SEMA;UFS,2005.
4. FIESP. Construbusiness 10 anos Uma dcada construindo solues. 2005. Disponvel
em:<http://www.fiesp.com.br/agenda/10oconstrubusiness2012/>.Acessoem22abril
2011.
5. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Censo demogrfico 2010. Dados
referentes
ao
municpio
de
Lagarto/SE.
Disponvel
em
<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=280350&search=sergipe|lag
arto>Acessoem26demaiode2012.
6. MARCONDES, Fbia Cristina Segatto. Sistemas logsticos reversos na indstria da
construo civil estudo da cadeia produtiva de chapas de gesso acartonado. 2007.
Dissertao(Mestrado)EscolaPolitcnica,UniversidadedeSoPaulo,SoPaulo,2007.
7. PINTO, T. P.; GONZLES, J. L. R.. Manejo e gesto de resduos da Construo Civil:
manual de orientao: Procedimentos para Solicitao de Financiamentos. Vol. 2.
Braslia,2005.
8. PML. Prefeitura Municipal de Lagarto. Mapa urbano municipal: Material de acesso
restrito.PML:Lagarto,2012.
CENRIODAQUALIDADEDAGUAPARAABASTECIMENTOHUMANOEUSONACONSTRUO
CIVIL:ANLISEDORESERVATRIOPOES
R.A.Santos(IC);W. O.Brito (PQ);K.D.Santos(QC)
UnidadeAcadmicadeTecnologiaemConstruodeEdifcios,InstitutoFederaldeEducaoCinciae
TecnologiadaParaba,CampusMonteiroPB.
Email:b4lboa313@hotmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
(QC)QumicaColaboradora
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Qualidadedagua;GerenciamentoAmbiental;ConstruoCivil.
SCENARIOOFWATERQUALITYFORHUMANSUPPLYANDFORUSEINCONSTRUCTION:
ANALYSISOFTHEPOESRESERVOIR
chemicalandphysicalparametersofwaterqualityofthe
Poesreservoir,basedonCONAMAlegislationNo.357,
March 17, 2005, and through planning scenarios based
on estimates of population growth, define the viability
of water over the years for human supply and civil
construction. With this, it will be possible to mount a
database that will serve as a support to define actions
and methodologies for quality control of the spring
water.
KEYWORDS:WaterQuality;EnvironmentalManagement;CivilConstruction
CENRIODEQUALIDADEDAGUAPARAABASTECIMENTOHUMANOEUSONACONSTRUO
CIVIL:ANLISEDORESERVATRIOPOES
1.0INTRODUO
Aguadoce,quejexistenonossoplanetaemproporesreduzidas,estaficandoescassa.
Com o aumento da populao mundial e da expectativa de vida o consumo de gua doce
tambm cresce, e j estimase uma crise mundial de gua doce a partir dos anos 2050.
Apenas 8% da gua usada na Terra so distribudas ao pblico pelos governos em todo o
mundoenemtodasaspessoastemsorteosuficienteparaterabastecimentodeguanasua
casa.
Tirandooconsumodeguadomstico(beber,cozinhar,tomarbanho,usossanitrioselavar)
temhavidoumamudananoconsumodeguapelaindstriadesdeaRevoluoIndustrial.A
atividade industrial consome atualmente 25% da gua utilizada no mundo, e a agricultura
consome67%aproximadamente(Chandrappa&Das,2014).Porissooracionamentodagua
doce, e a preservao da qualidade dessa gua so de extrema importncia para o nosso
planeta.Aescassezdeguadoceaindapioremcertasregiesdomundo,comoocasodo
Nordeste brasileiro, onde os nveis de precipitaes so reduzidos e se faz necessrio a
construodereservatriosartificiais.
AconstruodeaudesnoNordestebrasileiroteveincionotempodoBrasilImprio.Estes
ecossistemas so de fundamental importnciasocioeconmica na Regio Nordeste. Atravs
de sua construo possvel o armazenamento dagua para fornecimento a populao
humana e de animais, regularizao de cursos dgua, irrigao e o aumento da produo
proteicadaregio,atravsdapiscicultura(Esteves,2011).
Dentrodestecontexto,esteprojetopretendecombasenalegislaoCONAMAN.357de17
de maro de 2005, analisar os parmetros qumicos e fsicos da qualidade da gua do
reservatrio Poes e atravs de um cenrio de planejamento com base em estimativas de
crescimento populacional, definir sua viabilidade ao longo dos anos para o abastecimento
humanoeparaseuusonaconstruocivil.Comissoserpossvelmontarumbancodedados
que servir de apoio para definir aes e metodologias de controle da qualidade da gua
dessemanancial.
2.0READEESTUDO
O reservatrio Poes est situado no municpio de Monteiro, estado da Paraba, seu
barramento forma um lago que cobre uma rea com 773,41 ha e acumula um volume de
29.861.562 m. Sua bacia hidrogrfica tem 656 Km e a regio apresenta uma precipitao
mdia de 588 mm. A finalidade principal do reservatrio o aproveitamento do potencial
hdricoparairrigao,cujousoexcessivodefertilizantesvemcontribuindoparaaeutrofizao
docorpohdrico.Dentreoutrosusos,destacaseadessedentaoderebanhos,pescaelazer,
alm da retirada da mata ciliar margem do aude, processo esse que causa eroso. No
entanto, ele ser o receptor das guas do canal de transposio do eixo leste do rio So
Francisco para o Estado da Paraba. De acordo com dados da AESA (Dezembro de 2013), o
reservatrioPoesestcomapenas11,58%deguadasuacapacidadetotal.
3.0METODOLOGIADEESTUDO
Emmeionecessidadedepreservaodasfonteshdricasedomonitoramentosistemticode
qualidade da gua, entre os meses de fevereiro julho de 2012 e de janeiro a junho de 2013,
foramrealizadasanalisesdaguadoReservatrioPoes.Asamostrasforamretiradasdedois
pontosespecficos,sendoumdelesprximocaptaodeguaparaabastecimentodacidade
deMonteiroeumsegundoprximoasmargens,comrespectivasprofundidadesde20e30cm.
As coletas de amostra seguiram os padres sugeridos pela CETESB (1987) e foram realizadas
quinzenalmente.
As anlises foram realizadas nos laboratrios da Estao de Tratamento Biolgico de Esgotos
(EXTRABES) e do Programa de Pesquisa em Saneamento Bsico (PROSAB), em parceria com as
universidadesUFCGUniversidadeFederaldeCampinaGrandeeUEPBUniversidadeEstadual
da Paraba, aplicando as normas do Standard Methods for the Examination of Water and
Wastewater(APHAetal.,2005),comexceodoparmetroDBO5quefoideterminadoatravs
domtododeWinklermodificadopelaazidasdica.
4.0RESULTADOS
Com base nos dados das Tabelas 01 e 02, nos perodos analisados, para ambos os pontos de
coleta, a DBO5 mantevese acima do limite estabelecido pela Resoluo CONAMA N. 357/05,
indicandoelevadaconcentraodematriaorgnicanoreservatrio.ADemandaBioqumicade
Oxignio(DBO)determinaaquantidadedecargaorgnicaqueexisteeaquantidadedeoxignio
necessrio para a total decomposio da matria orgnica e sua posterior transformao em
matriainorgnica,sendoassimessamedidaumaferramentaimportanteparaavaliarafora
depoluiodeumresduo.
No perodo de abril a maio de 2012, um fator marcante apresentado foi uma elevada
alcalinidade, indicando grande concentrao de sais dissolvidos, caracterizada pela escassez de
chuvaseforteinsolaonoreservatrio,oquevemacausarumapequenareduodopH(78)
mesmo nos casos de altas taxas fotossintticas, fazendo com que o consumo de CO2 seja
compensadopeladissociaodobicarbonatodeclcio.Assimemfunodoefeitotamponante
destes ecossistemas, as variaes do pH so reduzidas, excetuandose no caso de florao de
algasoucrescimentodedensascomunidadesmacrfitasaquticassubmersas.
Tabela01AnlisedosParmetrosdeQualidadedaguadoReservatrioPoes,de
FevereiroaJulhode2012.
OD(mg/L DBO5(mg/L Alcalinidade
Coliformes
Parmetros
pH
O2)
O2)
(mg/L)
Termotolerantes
Perodo
P1
8,3
6,6
5,7
27
1650
Fevereiro
P2
8,9
6,6
5,7
29
1630
P1
8,4
5,9
6,6
29
2540
Maro
P2
8,0
5,6
6,1
29
2200
P1
8,9
5,4
7,5
30
2800
Abril
P2
8,9
5,9
7,8
32
2200
P1
8,0
5,2
6,5
30
2350
Maio
P2
8,2
5,4
6,7
31
1520
Junho
P1
7,9
5,1
6,7
28
2720
Junho
P2
8,0
5,4
6,9
28
1200
P1
7,5
6,0
6,5
29
1500
Julho
P2
7,4
6,1
6,5
30
1800
Conama
6,09,0
>5
<5
<1000
Tabela02AnlisedosParmetrosdeQualidadedaguadoReservatrioPoes,deJaneiro
aJunhode2013.
pH
OD(mg/L
O2)
P1
P2
P1
P2
P1
P2
P1
P2
P1
P2
P1
P2
6,5
7,0
6,3
6,9
6,2
6,9
6,3
6,7
6,6
6,9
6,5
6,9
4,5
4,6
4,3
4,6
4,4
4,9
4,2
4,8
3,5
4,4
4,0
4,1
6,09,0
>5
Parmetros
Perodo
Janeiro
Fevereiro
Maro
Abril
Maio
Junho
Conama
Coliformes
DBO5(mg/L Alcalinidade
O2)
(mg/L)
Termotolerantes
15,9
2500
22,4
2789
34,6
2786
46,1
2000
47,5
2810
57,8
2200
43,5
2530
47,6
2510
49,3
2807
50,1
2230
49,9
2780
50,5
2820
<5
<1000
Nestanfaseametodologiaconcentraseemavaliarainfluenciadasmedidasdegerenciamento
com a situao atual da qualidade da gua e o seu comportamento ao longo de quinze anos,
tendoocrescimentopopulacionalcomofatorpreponderantedaqualidadedagua.Comobase
de dados segura para o cenrio de medidas de gerenciamento, obtevese a partir do censo
demogrfico de 2010 o numero de habitantes do municpio de Monteiro, onde a partir dai foi
possvelestimaratravsdaEquao01apopulaodomunicpiodeMonteiroateoano2027,
devidamenteapresentadonaTabela03.
r =
Eq.:01
Fonte:IBGE
Onde:
raTaxaGeomtricadeCrescimentoAnual;
nonmerodeanosnoperododado;
P(t)apopulaoinicialdoperododado;
P(t+n)apopulaodofimdoperodo;
Tabela03EstimativadeCrescimentodaPopulaodeMonteiroPB
EstimativadeCrescimentodaPopulaodeMonteiroPB(20102027)
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
Pormeiodessaestimativa,serpossvelanalisaraevoluodapoluioeoseucomportamento
combasenocrescimentopopulacionalatravsdosdadosobtidos naEquao02,ondeacarga
percapitadepoluioadmitidafoide0,054gDBO/habxdia.
Eq.(2.0)Fonte:Von
Sperling,1996.
Tabela04CargadeDBO5DevidoaEstimativadeCrescimentoPopulacional.
Ano
2010
Populao(hab) 30.852
DBO5(Kg/Dia)
1666
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
31.185
31.522
31.862
32.206
32.554
32.906
33.261
33.620
1684
1702
1721
1739
1758
1777
1796
1816
DBO5(Kg/Ano) 608.093 614.660 621.299 628.009 634.791 641.647 648.577 655.581 662.662
Ano
2019
Populao(hab) 33.983
DBO5(Kg/Dia)
1835
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
34.350
34.721
35.096
35.475
35.858
36.245
36.636
37.032
1855
1875
1895
1916
1936
1957
1978
2000
DBO5(Kg/Ano) 669.818 677.052 684.365 691.756 699.227 706.778 714.412 722.127 729.926
Fonte:Prpria(2012).
OsdadosdaTabela04reforamanecessidadedeaumentaremigualproporoacapacidadede
coleta e tratamento sanitrio, pois mesmo o reservatrio Poes no recebendo efluentes da
zonaurbanaqueficaamontantedoseubarramento,ndicesdequalidadedaguacomoaDBO5
e coliformes termotolerantes esto fora do padro para guas de classe II estabelecido pela
resoluoCONAMAN.357/2005,oqueatornaimprpriaparaconsumohumano.Entretanto,os
seusrecursosnosousadosparaestafinalidade,salvoemcondiesdeestiagemprolongada,
sendousadoscomfrequnciaparairrigaodeplantaesprximas,dessedentaodeanimaise
recepodeefluentesdazonarural.
Quantoasuaviabilidadeparausoseconmicos,como ocasodaconstruocivil,olimitede
usoumaclassedeguadenominadaguadereuso,sendoquequalquerclassedeguaacima
dessaclasseseriavivelparaconstruocivil.Deacordocomomanualdeguaemedificaes,
asguasdenominadasdeguasdereusoclasseII,teriamoseguinteusonaconstruocivil:
gua para preparao de argamassas, concreto, controle de poeira e compactao de
solo:
I. Nodeveapresentarmaucheiro;
II. Nodevealterarascaractersticasderesistnciadosmateriais;
III. Nodevefavoreceroaparecimentodeeflorescnciasdesais;
IV. Nodevepropiciarinfecesouacontaminaoporvrusoubactriasprejudiciais
sadehumana.
Osparmetrosdequalidadeparaessaclassedeguasopoucoexigentesumavezquenoser
destinada a consumo humano, porm, no deve apresentar nem odor nem aparncia
desagradveis. Atravs da anlise feita em laboratrio, o nico parmetro em que a gua do
reservatrioPoesnoseenquadranoscoliformestermotolerantes,ondesepede1000/ml.
Os coliformes termotolerantes no causam doenas, pelo contrrio vivem no intestino dos
animaiseajudamnanossadigesto,mas,indicamquealiexisteapresenadeesgotodomstico.
Por isso, a rigor, a gua do reservatrio Poes estaria imprpria para uso na construo civil.
Mas, com o devido cuidado pode ser usada na composio de argamassas e concretos, sendo
quenopodertercontatohumanodiretoporconsequnciadeumapossvelcontaminao.
Nanfasedeusohumanoeconstruocivil,asmedidasdegerenciamentoservirocomouma
formasimplesediretademelhoramentodaqualidadedaguaacurto,mdioelongoprazo,por
agiremdiretamentenosagentescausadoresdapoluiohdrica.
5.0CONCLUSES
Ocrescimentopopulacionalcontribuidiretamentecomoaumentonaemissodeguasservidas
e na concentrao da demanda biolgica de oxignio, entretanto o reservatrio Poes no
recebeosefluentesurbanosdacidadedeMonteiro,mas,existenessemanancialumaltograude
contaminao que inviabiliza seuuso para consumo humano. Essa situao pode se dar graas
aos depsitos de agrotxicos agrcolas e/ou contaminao do solo por aterros sanitrios
incorretos executados de forma errada, onde na realidade esses aterros sanitrios so lixes
localizados em terrenos baldios situados, a maioria das vezes, prximos a cursos dgua ou as
margens de estradas. Encontrase nessa situao 88,9%, ou seja, a maioria dos municpios
integrantes da Regio do Alto Curso do Rio Paraba, viabilizando a necessidade de medidas de
gerenciamentoparatentarsanarosproblemas,egarantiraqualidadedaguaparaasdemandas
atuaisefuturas.
REFERNCIAS
1. ANA,SINDUSCON,COMASP,&AMBIENTE,M.D.;ConservaoeResodaguaemEdificaes.
SoPaulo:GovernoFederal,2005.
2. CAMPOS,N.,STUDART,T.;Gestodasguas,princpioseprticas.ABRH.Fortaleza,2001.
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(PQ) Pesquisador (PB) Pesquisador Bolsista do PFRH (Programa Petrobrs Formao de Recursos Humanos)
RESUMO
Defronte as vantagens decorrentes da
utilizao de garrafas PET como um material auxiliar no
campo da Construo Civil, constata-se que possvel
minimizar os custos de uma obra por meio de
alternativas versteis que englobem esse material e que
ao mesmo tempo contribuam de forma efetiva para que
fatores como o lixo urbano, a crescente industrializao,
e a escassez da aplicao de alternativas reciclveis
sejam
melhorados.
Constata-se
ainda
que
especialmente a quantidade de garrafas PET descartadas
ser reduzida, de forma que a aplicao desse material
no contexto dos projetos de edificaes resulte tanto na
reduo de tal dficit habitacional que assola a
ANALYSIS FROM BLOCKS OF MORTAR AND PET BOTTLE UNDER CIVIL ENGINEERING
ABSTRACT
Face to the benefits of using PET bottles as an auxiliary
material in the field of construction, it appears that it is
possible to minimize the costs of the work by means of
versatile alternative covering this material and at the
same time contributing effectively to improve factors
such as urban waste, growing industrialization,
unbridled consumption and lack of application of
recyclable alternatives. It is also expected that especially
the amount of discarded PET bottles is reduced, so that
the application of this material in the context of building
projects would reduce such a housing shortage that
Um dos maiores desafios enfrentados nos dias atuais exatamente diminuir a quantidade
de impactos negativos que so gerados por tais fatores, aplicando mtodos de reciclagem
convencionais, adotando uma postura crtica e buscando reutilizar o produto descartado no meio
ambiente de forma que o mesmo passe a ser parte integrante da fabricao de outro material.
Estas seriam as solues mais notrias ligadas ao desenvolvimento do critrio de
sustentabilidade aplicado Construo Civil, uma vez que o objetivo central atrelar os materiais
que so considerados lixo com produtos necessrios para a construo, de forma que haja
benefcios econmicos na obra e diminuio dos impactos socioambientais gerados pelo acmulo
desses produtos no ambiente. Outros fatores fundamentais e decisivos no momento da escolha
de determinado material para um projeto so a sua utilidade e funcionalidade aplicadas
edificao, objetivando as caractersticas que iro proporcionar mais conforto aos seus
ocupantes de acordo com suas respectivas necessidades.
Sob esse aspecto, nos ramos da Construo Civil buscam-se alternativas para tais
materiais descartados, de forma que venham a ser sustentveis na obra e propiciem uma
diminuio significativa no custo do projeto. Porm, muitas reas ainda encontram empecilhos
relacionados utilizao desses recursos sustentveis nos projetos, entre eles pode-se destacar
os hbitos da populao, que geralmente est acostumada com determinado mtodo e prefere
no optar por outros no muito usuais, o custo elevado de determinadas tcnicas sustentveis, a
falta de informao ou pouco interesse de alguns profissionais para estud-las, a escassez de
recursos e mo de obra qualificada para coloc-las em prtica, entre outros. Entretanto, esse
artigo oferece uma nova viso a partir de tais fatores que costumam impedir a implantao de
produtos ecolgicos e funcionais nas obras. Com esse intuito, foi aplicado um mtodo que
integra as garrafas PET (polietileno tereftalato de etila) ao interior de blocos de argamassa, tendo
em vista a reciclagem do plstico, a reduo de custos na construo de edificaes, j que o
tijolo mais usado o cermico e custa mais caro, e a economia do petrleo, que para cada 100
toneladas de plstico reutilizado, poupam-se uma tonelada desse recurso no renovvel. Outra
caracterstica que favorece o uso desses blocos consiste na ausncia de emisso de gases poluentes
na atmosfera durante a produo, pois sua fabricao no requer fornos ou qualquer outro tipo
de equipamento para cozinh-lo, sendo preciso apenas frmas de madeira para realiz-la.
Dessa forma, este artigo prope uma nova viso sobre os aspectos sustentveis focados na
utilizao das garrafas PET nos blocos de argamassa, tanto como alternativa para os profissionais
da rea, como para conhecimento do pblico em geral, ressaltando que a economia pode sim
estar aliada funcionalidade, qualidade e sustentabilidade dos materiais na obra.
MATERIAIS E MTODOS
Na elaborao desse artigo foram utilizados os conhecimentos provenientes das
pesquisas do Programa Petrobrs de Formao de Recursos Humanos (PFRH), que est sendo
desenvolvido a partir das especificaes de materiais de construo e tambm do curso de nvel
tcnico mdio e integrado em Edificaes, mais precisamente dos conhecimentos prvios da
matria Materiais de Construo. Tambm foram utilizados mecanismos de pesquisa
convencionais, consultas em artigos cientficos e livros da biblioteca do IFRN Campus Mossor.
Para elaborao da frma, foram utilizadas peas de madeira de alta densidade a fim de
evitar vazamentos e deformaes excessivas. A pea foi desenvolvida com o objetivo de
promover perfeito encaixe. As partes so acopladas e fixadas com o auxlio de uma barra
longitudinal. O molde apresenta as seguintes dimenses: 37 altura x 47 comprimento x 10
largura. Figura 1 e Figura 2;
Figura 1 Pea de madeira em vista frontal com uma tbua acoplada e outra abaixada
Figura 3 Equipamento unindo as duas tbuas, regulado pelo parafuso no lado esquerdo
Quatro unidades de garrafas PET (2 litros) vazias e devidamente fechadas foram
posicionadas no interior do molde. Dessa forma, o mesmo fica devidamente pronto para que
posteriormente venha-se a fech-lo e terminar o processo com o depsito da argamassa. Figura
4;
consideravelmente com a utilizao desses blocos, pois alm de serem maiores que os tijolos
cermicos convencionais, medindo 47cm de largura por 37cm de comprimento e no
necessitarem de muito material para serem produzidos, a mo de obra ter um menor custo
devido maior rapidez e praticidade para montar os blocos. Para exemplificar a economia do
bloco de argamassa comparada ao tijolo cermico, foi elaborada uma tabela com os custos de
cada um e a quantia de material utilizado na rea de 1 metro quadrado. Tabela 1;
Tabela 1 Parmetros comparativos entre o bloco de argamassa e o tijolo cermico em um
metro quadrado. Mossor, Maro/2014.
Bloco de argamassa
Tijolo cermico
5,5 blocos/m
25 tijolos/m
Material e
preo
Custo total
R$ 7,7/m
R$ 8,75/m
Quantidade
A partir da anlise dos dados da tabela 1, constatamos que o bloco de argamassa, quando
comparado ao tijolo cermico, apresenta uma economia de aproximadamente R$ 1,05 na rea
de 1 metro quadrado. Aparentemente essa economia pode no ser significativa, porm, quando
aplicada uma rea maior, como uma casa familiar, e multiplicada pelo total de metros
quadrados existentes, poder resultar numa diminuio considervel no custo final da obra.
Outro fator relevante e benfico resultante da utilizao desses blocos o carter
sustentvel e ecolgico que lhes so assegurados. Com a utilizao desse material em 1 metro
quadrado, so necessrias aproximadamente 22 garrafas PET, produto que se encontra
descartado em locais inapropriados, poluindo o ambiente e que facilmente encontrado, devido
o consumo em larga escala na sociedade. Ocupando o interior do bloco e possuindo espaos
vazios internos, as garrafas PET conferem o isolamento acstico pretendido para o ambiente,
evitando assim, a necessidade do uso de equipamentos elevados e custos energticos adicionais.
Alm disso, estudos afirmam que o PET uma barreira trmica, o que permite que as
construes com esse material implantado apresentem retardaes na passagem do calor do
exterior para o interior do ambiente, tornando o cmodo mais confortvel climaticamente aos
ocupantes. Seu processo de fabricao tambm ecologicamente correto, pois no faz uso de
fornos ou equipamentos que venham a poluir o ambiente, estando ausente da utilizao
excessiva da madeira e da degradao de reas cultivveis pela extrao da argila, diferenciando-
o assim, de outros tipos de tijolos convencionais. O bloco finalizado foi pesado no laboratrio de
Construo Civil do IFRN Campus Mossor e resultou num peso de 17,305kg. O bloco pronto
est exibido na Figura 5 e na Figura 6.
CONCLUSO
O estudo das especificaes do bloco de argamassa e seu desenvolvimento, possibilitou
uma compreenso mais ampla da tcnica aplicada para que fosse possvel relatar os benefcios
gerados por esse tipo de material e os motivos pelos quais ele pode ser efetivado na Construo
Civil.
A partir disso, pode ser constatada a existncia de vrios fatores que contribuem para que
esse bloco venha a ser um forte concorrente no campo dos materiais de construo, bem como
um grande aliado para o meio ambiente, pois por meio da reutilizao das garrafas PET possvel
incorpor-las na fabricao de um produto novo e utiliz-lo numa edificao. Entretanto, a
pesquisa para a implantao desta tcnica na produo de blocos de vedao deve ser ampliada
de forma que o seu uso possa adquirir resultados mais acentuados nas mais diversas
modalidades. Os materiais ecolgicos ainda no tm grande aceitao no mercado, pois muitos
ainda hesitam em escolh-los, principalmente por duvidar de sua eficincia e acreditar que o
custo da obra aumentar, fazendo esses produtos serem descartados no planejamento do
projeto.
Por meio de mtodos e tcnicas que provam a funcionalidade, segurana e
sustentabilidade do material, bem como pela disseminao dos seus benefcios, pode-se oferecer
uma nova viso dos materiais ecolgicos e uma oportunidade de conhec-los e cogitar sua
utilizao na obra. Compreendendo sua constituio, suas caractersticas favorveis e os fatores
que os levam a serem considerados na hora do planejamento, permite-se que eles conquistem
seu espao nos projetos de edificaes e confiram propriedades sustentveis obra.
Dessa forma, conclui-se que com tcnicas e mtodos adequados possvel desenvolver
produtos que podem ser aplicados uma edificao e usufruir de seus benefcios, como foi
exemplificado sobre o material em questo e onde, por meio desse estudo, procurou-se expandir
os olhares aos produtos ecolgicos, de modo que o pblico em geral compreenda que possvel
construir de forma sustentvel e barata, sem ter que abrir mo do conforto e da funcionalidade
do produto.
REFERNCIAS
1.
2.
FERREIRA, E. M.; PENIDO, H. S.; SILVA, S. H.; ALVES, E.; GOMES, C. A. Estudo de garrafas PET
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5.
6.
7.
8.
VELOCIDADEDEFORMAODEEFLORESCNCIASEMCONCRETOSCOLORIDOSEOEFEITODE
BARREIRA
M.SallesNeto (PQ);N.L.S./Gama (IC)2
InstitutoFederaldoTocantins(IFTO)CampusPalmasemail:moacyr@ifto.edu.br,2InstitutoFederaldo
Tocantins(IFTO)CampusPalmas
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Apesar da melhor compreenso das tcnicas
construtivas e da disponibilidade de novos materiais,
comumapresenadedepsitoscristalinosnasuperfcie
e no interior de painis de alvenaria e concreto por
evaporao de solues salinas, normalmente em
presena da umidade. Este fenmeno, frequente e
complexo, conhecido por florescncia, sendo
denominadas
eflorescncias
as
florescncias
superficiais.
Oconcretocoloridoobtidopelaadiodepigmentos
na formulao de um concreto convencional. Sua
aplicaoencontraseemfrancaexpanso,podendoser
empregadoempisosindustriais,quadraspoliesportivas,
pisos intertravados, mobilirio urbano e em peas de
concreto estrutural, onde proporcionam um melhor
efeito arquitetnico. Possibilita um ganho esttico
estrutura, sem a necessidade de aplicao de um
PALAVRASCHAVE:EFLORESCNCIA,CONCRETOCOLORIDO,PIGMENTOS.
RATEFORMATIONOFEFFLORESCENCEINCOLOREDCONCRETEANDEFFECTOFBARRIER
ABSTRACT
Despitebetterunderstandingofconstructiontechniques
and the increasing availability of new materials, it is
common the presence of crystalline deposits on the
surface and inside of masonry and concrete by
evaporationofsalinesolutions,typicallyinthepresence
of moisture panels. This phenomenon, frequent and
complex, is known by florescence, being called
efflorescencesthesurfaceflorescences.
Thecoloredconcreteisobtainedbyaddingpigmentsin
theformulationofconventionalconcrete.Itsindustryis
booming and can be used in industrial floors, sports
courts,interlockingfloors,streetfurnitureandpiecesof
structuralconcrete,whichprovideabetterarchitectural
KEYWORDS:EFFLORESCENCE,COLOREDCONCRETE,PIGMENTS.
VELOCIDADEDEFORMAODEEFLORESCNCIASEMCONCRETOSCOLORIDOSEOEFEITODE
BARREIRA
1.INTRODUO
O uso de pigmentos uma alternativa economicamente vivel que agrega valor esttico e
arquitetnico.Almdeserdurvel,ampliaapossibilidadedeexpressodacriatividadepormeio
daarquiteturacomoelementoculturaleartstico.Opigmentoutilizadoparacoloriroconcreto
deveserresistentealcalinidadedocimento,exposioaosraiossolaresesintempries.Os
pigmentosinorgnicossatisfazemessesrequisitosesoosmaisrecomendadosporassociarem
estabilidade de cor e durabilidade (ISAA, 2011). O concreto colorido obtido pela adio de
pigmentos na formulao de um concreto convencional. Sua aplicao encontrase em franca
expanso, podendo ser empregado em pisos industriais, quadras poliesportivas, pisos
intertravados, mobilirio urbano e em peas de concreto estrutural, onde proporcionam um
melhor efeito arquitetnico. Em grandes obras, j foi empregado para associar uma cor a uma
pea que est sendo concretada (pilar vermelho, bloco verde, etc.), eliminando o risco da
aplicao do concreto fora do local determinado. No Brasil, seu uso mais difundido na
confecodepavimentosdeblocosintertravadosepisoscontnuos.
Aobservaodasfachadasdosdiversostiposdeedifcioslevaconclusodequeaformaode
depsitos cristalinos, na superfcie e no interior de painis de alvenaria, por evaporao de
solues salinas, uma das manifestaes patolgicas de maior incidncia, geralmente
acompanhandoapresenadeumidade.Estefenmeno,frequenteecomplexo,conhecidopor
florescncia,sendodenominadaseflorescnciasquandososuperficiais.(SALLESNETO,2010).
Observaseaindaque,almdefrequente,ofenmenocomplexo,umavezqueossaispodem
seroriginadosemdiferentesetapasdafabricaodosmateriaisenvolvidos;pelainteraoentre
os diversos componentes do sistema de fechamento e mesmo de produtos das reaes
secundriasentreestescomponenteseosoloouomeioatmosfricopodendo,almdoprejuzo
esttico, influenciar na durabilidade do sistema de revestimento (VERDUCH e SOLANA, 1999),
sendoofenmenoreconhecidocomoumdosprincipaismecanismosdedegradaodemateriais
deconstruoporososcomopedras,argamassasemateriaiscermicos(SCHERER,2006).Aao
daeflorescnciapotencialmentedanosa,soboaspectoesttico,empeasdecunhohistrico,
comoafrescosemurais,bemcomoempeaspigmentadas,comoasdeconcretocolorido.
2.METODOLOGIA
Oprogramaexperimentalbuscouabordarosprincipaisfatoresintervenientesnadeterminao
davelocidadedeformaodeeflorescnciasemconcretoscoloridos.Foramparatantodefinidas
ascondiesfixas(Figura1),asvariveisindependenteseseuscamposdevariao(Figura3)e,
emseguida,asvariveisdependentesnecessriasaoestudo(Figura4).
Figura1Condiesfixasdoprogramaexperimental
Influenciounaescolhadosalo fatodequeagrandepartedaseflorescnciasemedificaes
compostaporsulfatos,sobretudodemetaisalcalinos.Assimsendo,buscouseconciliarelevada
frequncia com alta solubilidade e presso de cristalizao. A cor vermelha do pigmento foi
escolhida por potencializar um maior contraste com as eflorescncias de tonalidade
esbranquiada. Pretendeuse, na escolha da pelcula de impermeabilizao, um produto que
conciliassefcilaquisio,previsodeelevadodesempenhoelargoempregonomercado.
Na determinao da forma dos CPs buscouse maximizar as superfcies de exposio e
evaporao.Aconduodofluxofoireforadapelaexecuodeumrevestimentoepoxdiconas
lateraisdoscorposdeprova.Olayoutempregadoencontraseilustrado,emdetalhe,naFigura2.
Figura2Corposdeprovasubmetidosaosciclosdeexposiosoluosalinaesecagemem
estufa
Asvariveisindependentes,relacionadasaotraodosconcretosepresenaounodepelcula
debarreira,encontramserelacionadasnaFigura3.
Figura3Variveisindependentes
Asvariveisdependentes,relacionadasresistnciacompresso,aoperfildeabsorodegua
evelocidadedemanifestaodapatologiaemanlise,encontramserelacionadasnaFigura4.
Figura4Variveisdependentes
2.2.DOSAGEM
NaconfecodostraosfoiempregadoomtododedosagemrecomendadopeloACI211.191,
sendorealizadosajustesexperimentaisparacorreodoteordeargamassaetrabalhabilidade,
sendo o teor de pigmento empregado o recomendado pelo fabricante (6% de pigmento em
relaomassadecimento).ATabela1relacionaostraosempregados.
Tabela1Traosdeconcretoempregados
Trao Relao a/c
1
2
3
0,50
0,55
0,60
Especificao
1 : 1,44 : 2,33 (cimento : areia : brita); teor de pigmento = 0,6%; slump = 70mm
1 : 1,67 : 2,56 (cimento : areia : brita); teor de pigmento = 0,6%; slump = 70mm
1 : 1,91 : 2,78 (cimento : areia : brita); teor de pigmento = 0,6%; slump = 70mm
2.3.CICLOSDEEXPOSIO
Aps a moldagem, os corposdeprova foram mantidos sob cura mida por 14 dias, sendo
registradaaconfiguraodasuperfcie,apsesteperodo,atravsdoregistrodaimagem.Aps
completarem28diasdeidade,foiaplicadaumacamadaderesinaepxinaslateraisdosCPspara
viabilizaraconduodasoluosalinanosmesmos.Aps72horas,oscorposdeprovadasrie
CB (com pelcula de barreira) receberam a aplicao da membrana acrlica, seguindo as
recomendaesdofabricante.Decorridas72horasdestaaplicao,foinovamenteregistradaa
configuraodasuperfciedosCPs.
Aps 60 dias da moldagem dos corposdeprova, foram iniciados os ciclos de
molhagem/secagem: as amostras foram submetidas a 20 ciclos de exposio de sua superfcie
inferior soluo saturada de Na2SO4 (24 horas de exposio), sendo posteriormente
encaminhados secagem em estufa a 55C at constancia de massa aps cada ciclo. Aps a
retiradadaestufa,asamostrastiveramaconfiguraodasuperfcieregistradaassimqueatingida
atemperaturaambiente.AidentificaodasamostrasmoldadasencontrasenaTabela2.
Tabela2Relaodoscorposdeprova
Corpodeprova Relao a/c
SBT1A
SBT1B
SBT1C
CBT1A
CBT1B
CBT1C
SBT2A
SBT2B
SBT2C
CBT2A
CBT2B
CBT2C
SBT3A
SBT3B
SBT3C
CBT3A
CBT3B
CBT3C
0,50
0,50
0,50
0,50
0,50
0,50
0,55
0,55
0,55
0,55
0,55
0,55
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
Aconfiguraodasuperfcieapscadaciclofoiregistradapormeiodefotografiadigital.Apso
processamento digital das imagens, foi calculada a velocidade de formao das eflorescncias,
conformemetodologiaapresentadaporSALLESNETO(2010).
3.RESULTADOSEDISCUSSO
3.1.CARACTERIZAODOSMATERIAISEMPREGADOS
As Tabelas 3 e 4 relacionam a caracterizao fsica dos agregados empregados. O perfil
granulomtricodosmesmos,porsuavez,encontraseilustradonaFigura5enaFigura6.
Tabela3Caracterizaofsicadoagregadomido
Caracterstica determinada
Mtodo de ensaio
Referncia de
norma
Resultado
obtido
Mdulo de finura
Dimenso mxima
caracterstica
Massa unitria
Massa especfica
Torres de argila e materiais
friveis
2,66
4,8 mm
NBR NM 45 (2006)
NBR NM 52 (2002)
1,63 kg/dm
2,63 kg/dm
NBR 7218(2010)
< 3 %
0,03 %
NBR NM 46 (2003)
< 3 %
< 5 %
2,30 %
Tabela4Caracterizaofsicadoagregadogrado
Caracterstica
determinada
Mdulo de finura
Dimenso mxima
caracterstica
Massa unitria
Massa especfica
Mtodo de ensaio
NBR NM 248
(2003)
NBR NM 248
(2003)
NBR NM 45 (2006)
NBR NM 52 (2002)
Resultado
obtido
5,73
12,5 mm
1,57 kg/dm
2,61 kg/dm
Figura5Composiogranulomtricadoagregadomido
Figura6Composiogranulomtricadoagregadogrado
3.2.ABSORODEGUA
Foramdeterminadosaabsorodeguaporimerso,segundoaNBR9778(2005),aabsorode
guaporcapilaridade,segundoaNBR9779(2012)eaabsortividadedostraos,esteltimopela
tangente do trecho linear da curva de absoro de gua por capilaridade. Como esperado, o
ndice de absoro de gua foi tanto maior, quanto maior a relao gua/cimento do trao
ensaiado, tendncia que no foi acompanhada pela absortividade. A Tabela 5 relaciona a
absorodeguaeabsortividadedostraos.
Tabela5CaractersticasdeabsorodeguadostraosNBR9778(2005)
Trao Relao a/c
T1
T2
T3
Absortividade S
5,40%
5,81%
6,12%
0,219 mm/min1/2
0,407 mm/min1/2
0,404 mm/min1/2
0,50
0,55
0,60
3.3.RESISTNCIACOMPRESSO
Aos 28 dias procedeuse o ensaio compresso dos corposdeprova cilndricos de concreto,
conforme recomendado pela NBR 5739 (2007), cujos resultados encontramse relacionados na
Tabela6.Comoesperado,asmaioresresistnciascompressocorresponderamaostraoscom
menorrelaogua/cimentoe,consequentemente,menorporosidade.
Tabela6ResistnciacompressodoconcretoNBR5739(2007)
Trao Relao a/c
T1
T2
T3
0,50
0,55
0,60
fcmdio
Desvio padro
Coeficiente de variao
41,1 MPa
37,9 MPa
33,7 MPa
3,4 MPa
2,5 MPa
2,2 MPa
8,3%
6,7%
6,5%
3.4.VELOCIDADEDEFORMAODEEFLORESCNCIAS
Pdeseconstatarque,independentedarelaoa/cadotadanotrao,foramdemandados,em
mdia, 12 ciclos de exposio soluo salina para que a patologia estudada apresentasse
marcante continuidade em sua evoluo. Observouse tambm, como esperado, uma maior
incidncia quanto maior a relao gua/cimento do trao em estudo, uma vez que a
manifestao encontrase diretamente relacionada mobilidade da soluo no interior do
concreto. A srie CB apresentou menor amplitude da superfcie eflorescida que a srie SB,
independentementedotrao.
Apsaelaboraodarepresentaogrficadaevoluodareaeflorescidaduranteosciclosde
exposio,foideterminadaavelocidadedeformaodaseflorescnciaspelainclinaodareta
ajustadaentreareaeflorescidaeotempodecorrido,umavezqueacurvadecaracterizaoda
superfcie eflorescida no apresentou tendncia estabilidade durante o perodo de
monitoramento. A Tabela 7 contm a mdia das sries confeccionadas, as quais encontramse
ilustradasnaFigura7,juntamentecomosrespectivosdesviospadro.
Observouse, como mais uma vez esperado, que as maiores velocidades de formao de
eflorescncias corresponderam aos traos elaborados com maior relao gua/cimento,
independentementedaadoodapelculaacrlicadebarreira.
Tabela7Velocidadedeformaodaseflorescnciasmdiadassries
Srie
Relao a/c
Pelcula de
barreira
SBT1
CBT1
SBT2
CBT2
SBT3
CBT3
0,50
0,50
0,55
0,55
0,60
0,60
NO
SIM
NO
SIM
NO
SIM
0,281 %/ciclo
0,213 %/ciclo
0,872 %/ciclo
0,395 %/ciclo
1,279 %/ciclo
0,430 %/ciclo
Figura7VelocidadedeformaodaseflorescnciasMdiadasSries
Contatouse que a adoo da pelcula acrlica de proteo proporcionou uma reduo da
velocidade de formao de eflorescncias em todos os traos estudados, com uma mdia de
reduode34,47%.
Foi conduzida a anlise de correlao entre a velocidade de formao de eflorescncias, a
resistnciacompressodostraosdeconcreto,aos28dias,ondicedeabsorodeguaea
absortividadedosdiferentestraosensaiados.Dentreoutrasconcluses,salientamse:
Foi observada uma correlao positiva forte entre a velocidade de formao de
eflorescnciaseondicedeabsorodeguaparaostraosestudados,tantonasrieSB
quantonasrieCB.
Nofoiobservadaumagrandecorrelao,paraostraosemestudo,entreavelocidade
deformaodeeflorescnciaseaabsortividadedoconcreto.
Foi observada uma correlao negativa forte entre a velocidade de formao de
eflorescncias e a resistncia mdia compresso do concreto dos traos estudados,
tantonasrieSBquantonasrieCB.
4.CONSIDERAESFINAIS
Dentreasprincipaisconclusesdoestudo,salientamse:
O estudo do fenmeno de formao de eflorescncias em concreto colorido demandou
grande nmero de ciclos de exposio para caracterizao da evoluo, no sendo
observadatendnciadeestabilidadeduranteoperododeestudo(20ciclos).Aadoode
uma soluo salina de sulfato de sdio, em detrimento da gua deionizada, viabilizou a
incidnciapatolgicadoperododeestudo.
A porosidade do concreto, associada sua relao gua/cimento, fator decisivo na
incidnciadamanifestaoemestudo,sendoofenmenomaisagressivo,quantomaiora
relao a/c do trao. Salientase, portanto, a necessidade de traos com menor relao
gua/cimento, independentemente da menor demanda mecnica, visando maior
estabilidadedecordoconcretocoloridoestruturalouno.
A adoo da pelcula acrlica de proteo, apesar de no impedir a manifestao
patolgica, foi capaz de reduzir sua velocidade de formao em torno de 34,47%,
tornandoclaraaimportnciadesuaadooemconcretocolorido.
A anlise da correlao das variveis tornou possvel afirmar que a durabilidade de
concretos coloridos, frente incidncia de eflorescncias, pode ser avaliada pelo ndice
deabsorodeguaepelaresistnciacompressodoconcretoconfeccionado.
5.REFERNCIAS
AMERICAN CONCRETE INSTITUTE. ACI 211.1: Standard Practice for Selecting Proportions for
Normal,Heavyweight,andMassConcrete.UnitedStates,1991.
ISAIA,GeraldoCechella(Editor).Concreto:CinciaeTecnologia.SoPaulo:IBRACON,2011.1901
p.
SALLES NETO, Moacyr. Estudo domecanismode formaode florescnciasem revestimentos
de argamassa aplicados a substrato cermico e o efeito de barreira. Tese (Doutorado em
Estruturas e Construo Civil), 2010. Universidade de Braslia. Faculdade de Tecnologia
DepartamentodeEngenhariaCivil.UniversidadedeBraslia,Braslia.237p.
SCHERER,GeorgeW.Internalstressandcrackinginstoneandmasonry.In:KONSTAGDOUTOS,
Maria S. (Ed.). Measuring, Monitoring and Modeling Concrete Properties. Berlin: Springer
Netherlands,2006.p.633641.
VERDUCH,AntonioGarca;SOLANA,VicenteSanz.Velos,FlorescenciasyManchasenObrasde
Ladrillo.Castelln:FaenzaEditriceIbrica,1999.301p.
INFLUNCIADAABSORODEGUAINICIALDEBLOCOSCERMICOSNAANCORAGEMDE
ARGAMASSASDEREVESTIMENTO
M.SallesNeto (PQ);J.S.Painkow (IC)2
1
InstitutoFederaldoTocantins(IFTO)CampusPalmasemail:moacyr@ifto.edu.br,2InstitutoFederaldo
Tocantins(IFTO)CampusPalmas
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:ANCORAGEM,AAI,RESISTNCIADEADERNCIA.
INFLUENCEOFBRICKSINITIALRATEOFABSORPTIONINMORTARANCHORAGE
ABSTRACT
KEYWORDS:ANCHOR,IRA,BONDSTRENGTH.
INFLUNCIADAABSORODEGUAINICIALDEBLOCOSCERMICOSNAANCORAGEMDE
ARGAMASSASDEREVESTIMENTO
1.INTRODUO
SegundoScartezini(2002)aresistnciadeadernciatraoderevestimentosdeargamassa
essencialmente mecnica e influenciada pelo processo de execuo, pelas caractersticas das
argamassas, dos substratos e pelas trocas de umidade. Diversos pesquisadores buscaram
relacionar os fatores intervenientes do processo de aderncia bloco/argamassa, destacandose
os trabalhos de Carasek (1996), a qual relacionou e quantificou os fatores intervenientes do
processo de ancoragem e Leal (2003), que estudou dentre outros, a contribuio da correta
preparao do substrato no desempenho final da resistncia de aderncia de argamassas de
revestimento.
Deformageral,aresistnciadeadernciadasargamassasderevestimentoinfluenciadapela
absorodeguainicial(AAI)dosubstrato,bemcomopelacapacidadederetenodeguada
argamassa empregada. Estudos j desenvolvidos na caracterizao de materiais cermicos do
Tocantins identificaram uma elevada absoro de gua inicial em blocos cermicos
comercializadosnaregiodePalmas(SALLESNETO,2010;SALLESNETO,LELISeHOJUARA,2004).
Este fato, aliado adoo de traos inadequados de argamassas, com retenes de gua
inferiores a 80%, bem como de tcnicas construtivas questionveis tem aumentado,
sobremaneira,aincidnciademanifestaespatolgicasempainisdealvenaria.
Estetrabalhoaborda,demodoexperimental,ocomprometimentodaresistnciadeaderncia
trao do revestimento de argamassa executado sobre blocos cermicos comercializadas na
cidade de Palmas TO, os quais dispunham de diferentes faixas de absoro de gua inicial e
total,bemcomodiferentesteoresdeumidadedosubstrato,quantodorevestimento.
2.PROCEDIMENTOEXPERIMENTAL
2.1.ASPECTOSGERAIS
Foi inicialmente realizado um levantamento das marcas e famlias de blocos cermicos
comercializados na regio de Palmas TO, determinandose como objeto de estudo, a famlia
quepossuaomaiornmerodemarcasdisponveisnomercadolocal.Destaformatrabalhouse
comafamlia9x19x24cmaqualerafabricadaporquatromarcasdistintas.
O trao adotado para a confeco da argamassa no estudo experimental foi o mesmo trao
utilizadoporLEAL(2003),1:1:6(cimento:calhidratada:areia)emvolume.Nofoiempregadoo
chapisco no revestimento, a fim de reduzir o nmero de variveis que poderiam interferir nos
resultados.
No revestimento dos blocos foi empregada a espessura de 3 cm, correspondente ao limite
definidopelaNBR13749(ABNT,1996)pararevestimentosexternosejempregadaporSALLES
NETO(2010).Buscandosepadronizaraenergiadeaplicao,foifixadaaalturadelanamento
daargamassaem1,20m.Acuramidadorevestimentofoiconduzidapor7dias,permanecendo
oscorposdeprova,apartirdeento,dentrodolaboratrioatcompletarem28diasdeidade,
quanto ento foram conduzidos os ensaios para determinao da resistncia de aderncia
traodosistema.
Osblocosdecadafabricanteforamseparadosemtrsgrupos,osquais,quandodaexecuodo
revestimento, apresentavam diferentes teores de umidade, sendo revestidos blocos secos em
estufa,comasuperfcieumedecidaporpinceleblocosesaturados.
2.2.CARACTERIZAODOSMATERIAIS
Os blocos cermicos empregados foram caracterizados para determinao de suas principais
caractersticas geomtricas e fsicas, sendo conduzidos os ensaios para determinao das
dimenses efetivas, do desvio em relao ao esquadro, da planeza das faces, do ndice de
absorodegua(AA)edondicedeabsorodeguainicial(AAI).
Comoagregado,foiempregadonacomposiodaargamassaumaareianatural,provenientesdo
Rio Tocantins, sendo adquirida no comrcio local da cidade de Palmas TO. Os ensaios
conduzidos para caracterizao do agregado foram: distribuio granulomtrica, massa
especfica, massa unitria, teor de materiais pulverulentos e teor de argila em torres. As
argamassas foram caracterizadas para determinao do ndice de consistncia, da reteno de
guaedaresistnciacompresso.
3.RESULTADOSEDISCUSSES
Foiinicialmenteconduzidaacaracterizaogeomtricadosblocosensaiados,ilustradaaseguir.
NaFigura1relacionadaaverificaodasdimensesefetivas,naFigura2averificaododesvio
emrelaoaoesquadroe,naFigura3,averificaodaplanezadasfaces.Comojobservadoem
estudos anteriores (Salles Neto e Almeida, 2013), nenhuma das marcas teve sua famlia
completamenteaprovada.
Figura1Verificaodasdimensesefetivasdosblocoscermicosempregados
Figura2Verificaododesvioemrelaoaoesquadrodosblocoscermicosempregados
Figura3Verificaodaplanezadasfacesdosblocoscermicosempregados
A Figura 4 ilustra as caractersticas fsicas determinadas. Observouse, um elevado ndice de
absorodeguaeumaconsidervelabsortividade,emboraosvaloresmensuradosdeAAIno
sejam suficientes para demandarem umedecimento prvio dos substratos para aplicao da
argamassa,conformeNBR152703(ABNT,2005).
Figura4Determinaodascaractersticasdeabsorodeguadosblocoscermicos
empregados
AFigura5ilustraacomposiogranulomtricadoagregadoempregado.ATabela1apresentaos
demais ensaios de caracterizao realizados. As referncias encontramse de acordo com as
prescriesdaNBR7211(2005).
Figura5Granulometriadoagregadoempregadonaconfecodaargamassa
Tabela1Caracterizaodoagregadoempregado
Caracterstica determinada
Mtodo de ensaio
Referncia de
norma
Resultado
obtido
Mdulo de finura
Massa unitria
Massa especfica
Torres de argila e materiais
friveis
1,70
1,47 kg/m
2,65 kg/m
< 3 %
0,32 %
NBR NM 46 (2003)
< 3 %1
<5 %2
1,08 %
Caracterstica determinada
Mtodo de ensaio
Resultado obtido
ndice de consistncia
Reteno de gua
Fator gua/argamassa fresca
Resistncia compresso
280 mm
91 %
0,17
1,7 MPa
AFigura6ilustraarelaoentrearesistnciadeadernciatrao(valoresmdiosedesvios
padro)eoteordeumidadedosubstratocermicoquandodaexecuodorevestimento,paraa
idade de 28 dias, nesta foram desconsiderados os pontos de desprendimento. Foi possvel
constatarquequantomaioroteordeumidadedosubstrato,quandodaaplicaodaargamassa,
menoraresistnciadeadernciatraodorevestimento.Oumedecimentodasuperfciecom
auxlio de um pincel acarretou em uma reduo mdia de 24% da resistncia de aderncia
trao. J a saturao do substrato provocou uma reduo de 94% em relao mdia da
resistnciadeadernciatraodasuperfcieseca.
Figura6Resistnciadeadernciatraoxteordeumidadenasuperfciedosblocos
Durante a conduo dos ensaios foi tambm observada uma relao direta entre o teor de
umidade do substrato e o ndice de desprendimento revestimento/substrato, quando da
execuodosfurosdeprospeco,conformeilustradonaFigura7.
Figura7Desprendimentodorevestimentoxteordeumidadenasuperfciedosblocos
Figura8Resistnciadeadernciatraoxndicedeabsorodegua
AFigura9ilustraocomportamentoentrearesistnciadeadernciatraodorevestimentoea
absorodeguainicialdosubstratocermico.Nofoiconstatadatendnciadecomportamento
entreaspropriedades,independentementedatcnicadepreparaodasuperfcie.
Figura9Resistnciadeadernciatraoxabsorodeguainicial(AAI)
4.CONCLUSES
A falta de compreenso do mecanismo de aderncia, aliada formao tcnica por vezes
deficientedecolaboradores,engenheirosearquitetos,osquaistmtrabalhadocomprazoscada
vezmaisexguos,frenteelevadademandadomercado,acarretanonmerocadavezmaiorde
manifestaes patolgicas decorrentes do desprendimento de revestimentos de argamassa, o
quepodeserconstatadopelasimplesobservaodasedificaesexistentesnaregiodePalmas.
Apesardotrabalhoemquestonoapresentar,paratodasassries,osmaioresresultadosde
resistnciadeadernciatraoparaasuperfcieseca,comoapontamosestudosdeCARASEK
(1996),podeseafirmarqueasuperfciesecaapresentou,dentretodasastcnicasdepreparao
desuperfcie,omelhordesempenho,quandoassociadaaresistnciadeadernciatraoeo
ndicededesprendimentodorevestimento,constatandoseumareduododesempenhocomo
aumento do teor de umidade do substrato. A saturao do substrato comprometeu
substancialmente o desempenho do sistema de revestimento, por vezes desprendendoo sem
quehouvesseoincrementodecarga.
Osresultadosobtidosconduziramindicaodeumarelaodireta,paraasuperfcieseca,entre
a resistncia de aderncia trao do revestimento e o ndice de absoro de gua, at o
mximo de 17%. J a absoro de gua inicial do substrato no apresentou tendncia de
comportamento.
MereceespecialatenoaqualidadedosblocoscermicoscomercializadosnaregiodePalmas.
Quandodacaracterizaodosmesmos,observouseanecessidadeprementedequalificaodas
indstriascermicasqueabastecemaregio,umavezquenenhumadasmarcastevesuafamlia
completamenteaprovada,conformeaNBR152701(2005).
5.REFERNCIAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 7211: Agregados para concreto
Especificao.RiodeJaneiro:ABNT,2005.
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR7218:AgregadosDeterminaodoteor
deargilaemtorresemateriaisfriveis.RiodeJaneiro,2010.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 13276: Argamassa para assentamento e
revestimentodeparedesetetospreparodamisturaedeterminaodondicedeconsistncia.
RiodeJaneiro:ABNT,2005.
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR13277:Argamassaparaassentamentode
paredeserevestimentodeparedesetetosdeterminaodaretenodegua.RiodeJaneiro:
ABNT,1995.
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR13279:Argamassaparaassentamentode
paredeserevestimentodeparedesetetosDeterminaodaresistnciacompresso.Riode
Janeiro:ABNT,1995.
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR152701:ComponentescermicosParte
1:BlocoscermicosparaalvenariadevedaoTerminologiaerequisitos.RiodeJaneiro,2005.
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR152703:ComponentescermicosParte3:
Blocos cermicos para alvenaria estrutural e de vedao Mtodo de ensaio. Rio de Janeiro:
ABNT,2005.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR NM 45: Agregados Determinao da
massaunitriaedovolumedevazios.RiodeJaneiro,2006.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR NM 46: Agregados Determinao do
materialfinoquepassaatravsdapeneira75m,porlavagem.RiodeJaneiro,2003.
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBRNM52:AgregadomidoDeterminao
demassaespecficaemassaespecficaaparente.RiodeJaneiro,2002.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR NM 248: Agregados Determinao da
composiogranulomtrica.RiodeJaneiro:ABNT,2003.
CARASEK,Helena.AdernciadeargamassabasedecimentoPortlandasubstratosporosos
Avaliaodosfatoresintervenientesecontribuioaoestudodomecanismodaligao.Tese
(Doutorado em Engenharia), 1996. Escola Politcnica da Universidade de So Paulo.
DepartamentodeEngenhariadeConstruoCivil.UniversidadedeSoPaulo,SoPaulo.
LEAL, FranzEduardo Castelo Branco. Estudo do desempenho do chapisco comoprocedimento
de preparao de base em sistemas de revestimento. Dissertao (Mestrado em Estruturas e
ConstruoCivil),2003.DepartamentodeEngenhariaCivileAmbiental.UniversidadedeBraslia,
Braslia.101p.
SALLES NETO, Moacyr. Estudo domecanismode formaode florescnciasem revestimentos
de argamassa aplicados a substrato cermico e o efeito de barreira. Tese (Doutorado), 2010.
DepartamentodeEngenhariaCivileAmbiental.UniversidadedeBraslia,Braslia.237p.
SALLESNETO,M.;LELIS,F.R.C.;HOJUARA,J.R.Desempenhodeelementoscermicosdaregio
dePalmas.In:IVJornadadeIniciaoCientficadoCEULP/ULBRA,2004, Palmas.IVJornadade
IniciaoCientficadoCEULP/ULBRA,2004.p.110112.
SALLES NETO, Moacyr; ALMEIDA, Sulem Caroline Ferreira de. Arranjo produtivo da indstria
cermicavermelhanoestadodoTocantins:certificaocomoestratgiaparacomercializao
de produtos e reduo de resduos gerados Estudo de caso. In: 4a Jornada de Iniciao
CientficaeExtensodoInstitutoFederaldoTocantins,2013,ParasodoTocantins.
SCARTEZINI,L.M.B.Influnciadotipoepreparodosubstratonaadernciadosrevestimentos
deargamassa:estudodaevoluoaolongodotempo,influnciadacuraeavaliaodaperda
de gua da argamassa fresca. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil), 2002. Escola de
EngenhariaCivil,UniversidadeFederaldeGois,Goinia.262f.
ASFALTOBORRACHA:UMCAMINHOECOLOGICAMENTECORRETOPARAPNEUSINSERVVEIS
A. T.F.Oliveira1
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSoGonalodoAmarante
Email:oliveira6thiago@gmail.com;
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Asfaltoborracha,Pavimento,Sustentabilidade,IFRN
ASPHALTRUBBER:ANENVIRONMENTALLYCORRECTWAYTOWASTETIRES
ABSTRACT
KEYWORDS:AsphaltRubber,Flooring,Sustainability,IFRN
ASFALTOBORRACHA,UMCAMINHOECOLOGICAMENTECORRETOPARAPNEUSINSERVVEIS
INTRODUO
OtransporterodoviriooquetemmaisexpressonoBrasileligapraticamentequase
todooterritriodopas.ComachegadadasindstriasAutomobilsticanoBrasilnadcadade
50,opasteveumgrandeexpansodesuasrodovias.
Emrazodascaractersticasdoterritriobrasileiroedanecessidadedesolidificaode
seu desenvolvimento econmico, de fundamental importncia o pas conservar sua malha
rodoviria,demodoquegarantaaumentodonveldoserviodotransporteereduodendices
deacidentese,consequentementereduziroscustos.
Afrotadeveculosvemcrescendocadavezmais,ecomisso,umaumentononmerode
peasparareposio.Entreelasestopneu,queaofinaldasuavidatilacabasendodescartado
emlocaisinadequadocomolixes,riosemargensdeestradas,criandoseumlixoproblemtico
podendoocasionarsriosproblemasambientais,comoporexemplo,epidemiasdedengue.
Aspesquisasrelacionadasreciclagemdopneuevolurammuitoatacriaodoasfalto
borracha.Essaspesquisasvisavamnosomenteasmelhoriasdaspropriedadesdoasfalto,mas
tambm pela sustentabilidade ambiental, visando diminuir os impactos ambientais que o
descarteincorretodomesmopodegerar.
METODOLOGIA
Para a realizao desse estudo foram feitas pesquisas em livros didticos, artigos
eletrnicosentreoutros,comotambmanalisadoestudodecasosatravsdeoutraspesquisasj
efetivadasabordandoosbenefciosdoasfaltoborrachaemrelaoaoconvencional,deformaa
obterdiferenasentreeles.
RESULTADOSEDISCUSSO
1. Pavimento
O pavimento uma estrutura com diversas camadas que tem como funo principal
resistir aos esforos provenientes do trfego e transmitilos s camadas inferiores,
proporcionandoaosusuriosmelhoriasnascondiesderolamento,comconfortoesegurana.
UmmateriallargamenteutilizadonoBrasilparaaexecuodepavimentosrodoviriosoasfalto
Oestadodeconservaodasuperfciedeumarodoviaaprincipal
caractersticaparaqualidadedotrfego.Defeitosnopavimento,tais
como, buracos, afundamentos e ondulaes, comprometem a
segurana do usurio e aumenta o tempo e custo das viagens. Os
Osdefeitosnopavimentoocasionamumaumentonotempoecustodasviagens.Sendo
assim, resulta em um aumento com custos operacionais com transportes, os quais so
repassados aos produtos e, consequentemente, ao consumidor final, tornando os produtos
menoscompetitivonomercado.
De acordo com Bianchi, Brito e Castro (2008) o pavimento est classificado em duas
classessendoelesosflexveiseosrgidos:
PavimentoFlexvel
opavimentoemquetodasascamadassofremdeformaoelsticasobocarregamento
aplicadoe,portanto,acargasedistribuiemparcelasquasequeequivalentesentreascamadas.
Osprincipaismateriaisqueconstituisoomaterialasfltico,agregadomidoeagregado
grado.Afigura1mostraascamadasqueformamopavimentoflexvel
Figura1Pavimentoflexvel.
PavimentoRgido
Consiste no revestimento que possui uma elevada rigidez em relao s camadas
inferiores, portanto, absorve praticamente todas as tenses provenientes do carregamento
aplicado.
Osmateriaisconstituintesdopavimentorgidosoocimentoportland,agregadogrado,
agregadomido,gua,aditivosqumicosefibras.
Figura2pavimentorgido
2. OProblemadosPneusInservveis
Oproblemadospneusinservveisemtodomundoeaestimativadepneusdescartados
superiora2bilhesporanoedestevolume,menosde20%reciclado.Quandodescartados
em locais inadequados, os pneus servem como local de procriao de mosquitos e outros
transmissores de doenas e representam um risco constante de incndio que contamina o ar
comumafumaaaltamentetxicaedeixaumleoqueinfiltranosporrosdosoloecontaminao
lenolfretico.
Umpneunovodeautomveldepasseioconstitudode85%deborracha,12%deaoe
3% de lona, pesando em mdia 10 kg. Quando este pneu precisa ser substitudo sua carcaa
aindaestpesandocercade9kg.Ouseja,perdeuapenas1kgdesuaborracha,jqueoaoea
lonacontinuamcomamesmaquantidade.Apesardeserintilparaoveculo,opneuaindase
mantmquaseintacto,eassimsebuscaalternativaparasuareutilizao.
3ReciclagemdePneus
A reciclagem de pneus um desafio, faltam incentivos por parte do governo. O pneu
demoraemmdia600anosparasedecompusernanatureza,porserummaterialquetemum
grandevolumeepeso,ficadifcillheproporcionarumanovadestinaoecologicamentecorreta
eeconomicamentevivel.
OBrasilproduzcercade45milhesdepneusporanoerecicla10%.Apesardoaltondice
de recauchutagem no pas, que prolonga a vida dos pneus em 40%, grande parte deles, j
desgastadopelouso,acabaparandonoslixes,nabeiraderioseestradas,ondeacumula,gua
queatraiinsetostransmissoresdedoenas.Areciclagemdessematerialcapazdedevolverao
processoprodutivouminsumoregeneradoporumbaixocusto.
A verdadeira reciclagem consiste em reaproveitar determinados rejeito de forma til
sociedade e que esta reutilizao seja economicamente vivel. No caso do pneu ele pode ser
reutilizadonoasfaltoborrachamelhorandoaspropriedadesdosmateriaisbetuminosos.
4Asfaltoborracha
Oasfaltoborrachaumprodutoobtidoapartirdaadiodaborrachamodaaocimento
asflticocomteoresquevariamde15%a25%.Almdeserumaalternativaecologicamentede
dardestinoaospneusinservveis,resolveumgrandeproblemaambientaleeconmico.Ousoda
borrachamodanoasfaltomelhoraemmuitoaspropriedadeseodesempenhodopavimento
Em 1969, um americano chamado Charles H. Macdonald adicionou borracha moda de
pneusmisturaasfltica,quedeuorigemaoasfaltoborracha.Opavimentocervade40%mais
resistente do que o asfalto convencional e mais confortvel para os usurios, porque provoca
menos rudo; tem maior aderncia, o que evita derrapagens; e reduz o spray causado pelos
pneus dos em dias de chuvas. Devido o asfaltoborracha conter um ndice considervel de
borracha, ele acaba adquirindo propriedades da borracha como, por exemplo; uma maior
elasticidade.
4ReaproveitamentodosPneusInservveisnoAsfaltoborracha
Aaplicaodeborrachadepneusinservveisempavimentoasflticotemsidoempregada
halgumasdcadasnoexterior.SoencontradasessasaplicaesnoCanad,Portugal,Austrlia
eprincipalmentenosEstadosUnidos.
Existemdoistiposdeprocessodefabricaodoasfaltoborracha,soeles:
Viaseco:aborrachaintroduzidadiretamentenomisturadordausinadeasfalto.Neste
casoatransfernciadepropriedadesimportantesdaborrachaprejudicada.
Figura3Duasplacasdepavimentoapsseremsubmetidosaosimuladordetrfego
Avidatildeumrecapeamentoemasfaltoborracha(AB)eacomparaocomavidatil
em um recapeamento em asfalto convencional (AC) foi realizada e foi possvel observar, j na
primeira fase da pesquisa, que o recapeamento em AC estava completamente trincado aps
98.000ciclosdecargadeeixode10tf,enquantoqueorecapeamentocomAB,oaparecimento
detrincascomeouaps123.000ciclosdamesmacargadeeixo. Oexperimentofoiencerrado
aos 523.000 ciclos de carga, e o grau de trincaduras da pista com AB era muito baixo e muito
inferioraograudetrincaduradoAC.
CONSIDERAESFINAIS
Com base nessa pesquisa podese constatar que o asfaltoborracha uma alternativa
para diminuir o lixo oriundo de pneus inservveis. Tambm se pode observar que o asfalto
borracha tem melhor resistncia a oxidao, devido ao Negro de Fuma em sua composio,
tornandomaisresistentesaosraiosultravioletas,assimcomooaumentodasuavidatil.
OBrasilumpasdependentedotransporterodovirio,porisso,necessitadeumaboa
infraestruturaparaquepossamelhoraroseundicedeprodutividade.Entretanto,atecnologia
do asfaltoborracha bastante satisfatria, na qual existe melhoramento na qualidade do
pavimento.
Alm dos benficos ecolgicos e sociais, a adio de borracha no asfalto contribui para
amenizarcomosbilhesdepneusdescartadoseproporcionanovasoportunidadesdeempregos.
Oasfaltoborrachatambmapresentaummelhorcustobenefcioquandocomparadoaoligante
convencional, cerca de 30 % mais caro que o mesmo, porm, apresenta maior resistncia
reduzindocustoscommanuteno,sendoassimemumpequenoespaodetemposetemuma
maiorvantagemeconmica.
REFERNCIAS
BIANCHI,F.R;BRITO,I.R.T;CASTRO,V.A.B.Estudocomparativoentrepavimentorgidoe
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RACIONALIZAONOCANTEIRODEOBRAS:UMESTUDODECASONAINDSTRIADA
CONSTRUOCIVILNOMUNICPIODEESTNCIA/SE
K.A.Azevedo(IC);J.A.A.Santos(IC);H.A.Oliveira(PQ)1; V.G.O.Almeida(PQ)1;A.A.Bandeira(PQ)1
1
InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusEstncia,email:arilmara.bandeira@ifs.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RACIONALIZAONOCANTEIRODEOBRAS:UMESTUDODECASONAINDSTRIADA
CONSTRUOCIVILNOMUNICPIODEESTNCIA/SE
RESUMO
A presente pesquisa explanou a racionalizao de
processos na indstria da construo civil, com o
objetivo de realizar um estudo de caso para a
implantaodomtododeracionalizaonocanteiro
de obras proposto por Gehbauer (2004) em um
processo
construtivo
selecionado
no
desenvolvimento da pesquisa. Foram observadas
oportunidades de melhoria para que os tempos de
esperaedeociosidadedasequipessejamsuprimidos,
evitem o retrabalho e o consumo excessivo de
materiais e de mo de obra, proporcionando a
construtora uma reduo significativa dos tempos e
custos das tarefas e o consequente aumento da
PALAVRASCHAVE:racionalizao,canteirodeobras,processoconstrutivo.
RATIONALONCONSTRUCTIONSITE:ACASESTUDYINTHECONSTRUCTIONINDUSTRYINTHE
MUNICIPALITYOFESTNCIA/SE
ABSTRACT
The present study expanded on streamlining
processes in the construction industry, with the aim
of realizing a case study for the implementation of
the method of streamlining the construction site
proposed by Gehbauer (2004) in a constructive
process selected in the research. Opportunities for
improvement were observed for waiting times and
idle teams are deleted and avoid rework and
excessive consumption of materials and labor,
providingasignificantreductioninconstructiontime
KEYWORDS:rationalization, constructionsite,constructionprocess.
INTRODUO
O setor da construo civil evoluiu muito nas ltimas dcadas, tanto no escopo da engenharia
propriamentedita,comonomodelodecomercializaoefinanciamentodestetipodenegcio.
Mas, o segmento de edificaes ainda rotulado como atrasado, quando comparado a outros
setores industriais, devido sua baixa produtividade, em funo, principalmente, de seu baixo
nvel de industrializao, elevado desperdcio de materiais e reduzida qualificao de seus
profissionais, o que resulta, tambm, na baixa qualidade do seu produto final. Para isto,
considerando a necessidade de superar estes aspectos, tendo em vista que, no mercado de
dinamismointensoecompetitivo,aumentamasexignciasanteosprodutoseosprocessos,as
empresastmbuscadonovosmtodos.
Portanto as prticas de produo ainda hoje adotadas pelas empresas da construo civil
necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente para o
desenvolvimentosustentveldopas.
NoBrasil,incipienteaquantidadedeempresasquefazemaracionalizaoemcanteirodeobra
(produtoseprocessos)edesenvolvemaesplanejadasparareduodageraoderesduos.
Aracionalizaonaindstriadaconstruocivilpossuitrspassos,sendoeles:averificaodos
pontosfalhosdaempresa,anlisedapossibilidadedemelhoriase,porfim,implantaodestas,e
cadaumdessespassostmmtodosdesetrabalhar.Paraumamelhoreficciadosistema,so
estabelecidostrstiposderacionalizao,adotipoR1,tipoR2etipoR3propostoporGehrbauer
(2004).
AracionalizaodoTipoR1compreendeparticularmenteaorganizaodotrabalho,indomais
detalhadamentenaorganizaodasatividadesinloco,sejanaetapadeproduointermediria
ounoprodutofinal.Odetalhamentodasatividadespropiciaamelhoriadasinergiadetodosos
fatoresdaproduonaorganizaodoprocesso,tendocomoobjetivoimediatooaumentoda
produtividade(GUIMARESJR;GIROLDOeKRUGER,2006).
Nessaconjuntura,opresenteestudovisaimplementarametodologiaR1emumaconstrutorada
cidadedeEstncia/Se,especificamentenoprocessodeproduo,visandoareduodamode
obra, do tempo gasto e do material conforme tcnicas de melhoria da produo da
racionalizaonaconstruocivil.Oestudodecasofoirealizadoemumaconstrutorademdio
porte e foi analisada a etapa de concretagem do reservatrio inferior da obra do cadeio da
cidadedeEstncia,comcapacidadeparacomportar196detentos.
Finalizaseotrabalhocomsugestesdemelhoriasaseremimplementadasnoreferidoprocesso
quefoianalisado.
MATERIAISEMTODOS
O empreendimento objeto de estudo foi escolhido aps a identificao dos canteiros de obras
existentes no Municpio de Estncia. Foi observado que, no momento do incio da pesquisa e
duranteoseudesenvolvimento,existiampoucoscanteirosdeobrasdisponveisnaregio.
Dos canteiros de obras visitados verificouse que aquele que apresentava melhores condies
pararealizaodosestudos,devidoaosprocessosqueestavamsendoexecutadosnapoca,foio
daLAConstruesLtda.,ondeestsendoconstrudaaCadeiadoMunicpiodeEstncia.
ATabela1apresentaascaractersticasdoempreendimentoescolhido.
Tabela1Caractersticasdoempreendimento.
CAPACIDADECADEIAPADRO
MduloColetivo
Triagem
P.N.E.eIdoso
Permanncia
MduloIndividual
Individual
Visitantima
PostodeEnfermagem
CAPACIDADETOTAL
FonteLAConstruesLtda.
04Celas
03Celas
24Celas
24Presos
18Presos
144Presos
10Celas
02Sutes
02Macas
10Detentos
196Presos
Aseguirforampreenchidososformulrios:
Ficha de atividades individuais, onde registrada a cronologia das atividades que cada
operrioexecutaparaumciclodaproduo.
Diagramadebarras,quepermiteumamelhorvisualizaodafichadeatividadesindividuais.
Aps anlise dos dados, quando foram levadas em considerao as questes referentes
organizao do canteiro, movimentao de materiais e deslocamentos internos, foram
apresentadaspossibilidadesdemelhoriadoprocesso.
RESULTADOSEDISCUSSO
Descriodolayoutdocanteirodeobraseposiodosmateriaisbsicos
AFigura1representaocroquidasinstalaesdocanteirodeobrasemestudoeaindicaoda
posiodabetoneiraedosinsumosutilizadosnaproduodoconcreto,assimcomoasdistncias
percorridasdesdeaproduoatoseulanamento.
Figura1CroquidoCanteirodeObras
Os insumos utilizados (cimento Portland CP32F, areia e brita 01) e a betoneira esto
posicionadosemlocaisestratgicosquefacilitamaproduodoconcreto(Figura2eFigura3).
Figura2Localizaodosinsumosnocanteirodeobras
Figura3Oconcretoproduzidonabetoneiraelanadonopisoprximoamesma
Descriodoprocessodetransporte,lanamentoeadensamentodoconcreto
Oconcretoproduzidoembetoneiraedescarregadonochoporqueaquantidadedeoperrios
responsveis pelo transporte e enchimento de carrinhos de mo no era suficiente para o
transporte total da betonada. Os operrios carregam os carrinhos de mo com o concreto e
transportamatopondodelanamento(Figura4eFigura5).
Figura4Operrioencheocarrinhocomamassa(OP1eOP2)
Figura5Operriotransportaocarrinhocheiodemassaatopontodeaplicao(OP1eOP2)
Enquantoisso,umoperrio(OP3)aguardaprximoaopontodeaplicaoparalanaramassa
dentrodolocalondeestsendofeitaaconcretagem.
Oconcreto,depoisdocarregamentodoscarrinhosdemotransportadoedescarregadodentro
doreservatriodeguainferiorporoutrooperrio(OP3)(Figura6).
Figura6Operriolanaamassadentrodolocalondeestsendofeitaaconcretagemcomo
auxliodeumap(OP3)
Enquantoisso,outros2(dois)operriosaguardam(OP4eOP5)(Figura7).
Figura7Operriosesperamparados
Figura8Operriosespalhamamassadentrodolocaldaconcretagemcomumaenxadaecolher
depedreiro(OP4eOP5)
Coletadedadoseanlisesdasmedies
A partir das medies realizadas no canteiro de obras foi possvel estruturar as atividades dos
colaboradores envolvidos. So apresentados os tempos mdios de trabalho observados nas
etapasedescriodasprincipaisatividades.
OresultadodestasobservaesfoiregistradonoFormulriodeAtividadesIndividuais(Tabela2).
Tabela2FormulriodeAtividadesIndividuais.
Tempo
OP1
035 Enche o
carro de
mo
35 Transporta
1
o carro de
mo
1 2 ESPERA
12
212
233
Tempo
OP2
ESPERA
Tempo
35 Enche o
113
carro de
mo
113 Transporta 1
139
ocarrode 235
mo
Voltapara 139
enchero
251
2carrinho
ESPERA
235
341
Voltapara 341
458
enchero
2carrinho
Enche o 458
carro de 617
mo (2
carrinho)
Transporta
o carro de
mo (2
carrinho)
ESPERA
350
416
OP3
Tempo
ESPERA
OP4
ESPERA
ESPERA
ESPERA
ESPERA
ESPERA
Despeja
o
concreto
do OP 1
(1
carrinho)
Despeja
o
concreto
do OP 2
(1
carrinho)
Despeja
o
concreto
do OP 1
(2
carrinho)
Despeja
o
concreto
do OP 2
(2
carrinho)
ESPERA
ESPERA
ESPERA
ESPERA
ESPERA
ESPERA
ESPERA
ESPERA
Espalha
o
concreto
Espalha
o
concreto
617
651
OP5
FonteDadosdapesquisa.
Apsaanotaodasatividadesindividuais,osresultadosforamtransferidosparaoDiagramade
BalanodasEquipesouDiagramadeBarrasondeoeixoverticalindicaosperodosdetempodo
processoeohorizontalosdiversosoperriosobservados(Figura9).
Carregarocarrinhodemo
Transportarocarrinhodemo
Esperar
Despejaroconcretonoreservatrio
Espalhareadensaroconcreto.
Figura9DiagramadeBalanodasEquipes
Alm dos registros das observaes de campo, foi realizada tambm uma anlise comparativa
entre o custo do concreto produzido na obra e o custo da aplicao de concreto usinado,
considerandoovolumeconcretadoduranteociclo,0,24m.
Segundolevantamentodedadosrealizadosnapocadapesquisa,aproduoeaplicaode0,24
m de concreto fabricado na obra custaria R$ 81,60 (oitenta e um reais e sessenta centavos),
enquantoqueaaplicaodeconcretousinado,includaamodeobraparaaplicao,custaria
R$74,00(setentaequatroreais)(Fonte:ConcreteiraRedimixAracajuSe).
Analisandoolayoutdocanteiro,verificasequeadistnciapercorridadesdeabetoneira,onde
despejadooconcreto,atolocaldeaplicaoconsideravelmentelonga.
Analisando o Diagrama de Balano das Equipes, percebese que nas colunas referentes aos
operriosOP1,OP2eOP3otempodeesperaestnafaixanormaldeprocessamento.Porm,
nascolunasreferentesaosOP4eOP5ficaevidentequeotempodeesperadestesbastante
significativa.
Apsasobservaes,registroseanlisessofeitasasseguintesconsideraes:
a) Podese afirmar que ocorre estoque de concreto no cho prximo a betoneira, aguardando
carregamentodoscarrinhosdemo;
b) Comrelaoaolayoutdocanteiro,agrandedistnciaentreocarregamentodoscarrinhosde
moelocaldeaplicaocontribuiparaoaumentodostemposdeespera;
c) Oempregodecincooperriosnesteciclotemcomoconseqnciaodesperdciodemode
obra,poisoOP4eOP5passampraticamentetodoocicloemespera.
CONCLUSO
Opresentetrabalho,quantoasuanatureza,tratasedeumapesquisaaplicada,umavezqueos
conhecimentos adquiridos sero utilizados para aplicao prtica, voltada para a soluo de
problemasconcretosdavidamoderna.
De acordo com os estudos realizados podese dizer que alguns problemas encontrados so
bastantecomunsemcanteirodeobrascomissoas sugestesdemelhoriaspropostaspodero
servir de base para o desenvolvimento de futuros trabalhos: redimensionamento da mo de
obra; reorganizao do layout do canteiro; reduo nos tempos de espera dos trabalhadores;
utilizaodeoutrastecnologias;treinamentocomopessoalenvolvidoemtodoprocesso.
REFERNCIAS
_____________.Planejamentoegestodeobras:umresultadoprticodacooperaotcnica
BrasilAlemanha.Curitiba:CEFETPR,2002.
AVALIAODAAPLICAODANR18EMCANTEIRODEOBRASNOMUNICPIODEITABUNABA
R.M.Teixeira (TST);M.L.S.dosSantos (PQ)
InstitutoFederaldaBahia(IFBA)CampusIlhusemail:agroleandra@yahoo.com.br
1,2
(TST)TcnicoemSeguranadoTrabalho
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:acidentesdetrabalho,construocivil,preveno.
THEAPPLICATIONOFNR18ATCONSTRUCTIONSITEINTHEMUNICIPALITYOFITABUNABA
ABSTRACT
KEYWORDS:accidents,construction,prevention.
AVALIAODAAPLICAODANR18EMCANTEIRODEOBRASNOMUNICPIODEITABUNABA
INTRODUO
A expanso da indstria da Construo Civil tem contribudo para a modernizao da
forma de construir. Cada vez mais inovase em relao aos materiais e ferramentas utilizadas
nessesetor,pormquandoserefereSeguranaeSadedoTrabalhoaindahanecessidadede
muitos avanos, tornandose um grande desafio, especialmente no que se refere ao
cumprimentodasNormasRegulamentadorasdeSade,HigieneeSeguranadoTrabalho.
O setor da construo civil tem importante papel social e econmico para o pas, e ao
mesmo tempo em que ele reconhecido por essa importncia, contrapese por ser um dos
setoresqueoferecemmaisriscosparaavidadotrabalhador,sendooriscodeacidentesoque
mais contribui para os elevados ndices de acidentalidade do setor, fazendoo ocupar as
primeirasposiesemnmerodeacidentesdetrabalho.
O acidente de trabalho no Brasil constituise em um problema que envolve os mais
diversos campos produtivos. De acordo com o Art. 19 da Lei n 8.213/1991, Acidente do
trabalhoaquelequeocorrerpeloexercciodotrabalhoaserviodaempresa,provocandoleso
corporal ou perturbao funcional que cause a morte, ou perda, ou reduo, permanente ou
temporria,dacapacidadeparaotrabalho.
Em2011,onmerodepessoasocupadaspelaindstriadaconstruocresceu7,7%,ou
seja, 190 mil a mais em relao a 2010 e 69,4% (1,1 milho) em relao a 2007. No total, as
empresasdosetorempregaram2,7milhesdepessoas.Em2011,osetordaconstruopossua
7,8milhesdetrabalhadores,conformeaPesquisaNacionalporAmostradeDomiclios(PNAD)
realizadapeloInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatstica(IBGE,2011).Aindadeacordocoma
mesma fonte, a informalidade predominante neste setor, uma vez que a participao de
trabalhadores que realizam essa atividade por conta prpria alcanou o contingente de 3,2
milhes, correspondente a cerca de 42,0% do total de ocupados que, somado ao efetivo de
trabalhadores sem carteira de trabalho assinada, 1,7 milho, com participao de 22,0% no
conjunto do setor, totalizam uma participao superior a 60% dos ocupados na construo. A
despeitodaelevadainformalidade,convmdestacaroavanodacontrataoprotegida.
O que diferencia o trabalhador por conta prpria do trabalhador assalariado que o
primeirodetmapossedosinstrumentoslegaisdetrabalho,almdascompetnciasnecessrias
paraoexercciodaatividade.EstudorealizadopeloDIEESEeFundaoSeade/SP,em2011,com
base nas informaes da Pesquisa de Emprego e Desemprego PED levantou algumas
caractersticas do trabalhador por conta prpria no setor da construo, tais como baixa
escolaridade,rendimentosmenoresemrelaoaotrabalhadorprotegidoeextensasjornadasde
trabalho.Almdessas,foramobservadasoutraspeculiaridadesdotrabalhadorporcontaprpria
nosetor,comoaidademdiamaisavanada,almdeseremapontados,namaioriadasvezes,
como a pessoa de referncia da famlia. Outra caracterstica marcante dos trabalhadores por
conta prpria, a baixa adeso ao sistema previdencirio, uma vez que apenas 15,8%
contribuem para a Previdncia Social, enquanto outros 84,2% esto margem de qualquer
benefcioprevidencirio,confirmandomaisumavezaaltainformalidadeexistentenosetor.Vale
destacarainda,queotrabalhoporcontaprpriamaisutilizadonaConstruocivilleve,uma
vez que na construo pesada, alm do trabalho ser mais especializado, os instrumentos
necessriosexecuosodedifcilaquisio.
Dados da Previdncia Social de 2009, apontam que de todos os acidentes de trabalho
registradosno pas, 7,6% afetaramtrabalhadores da indstria da Construo. Em 2010 e 2011,
houveleveaumentonopercentual,comndicesde7,9%e8,4%,respectivamente.Osacidentes
mais recorrentes so os denominados tpicos, ou seja, acidentes caractersticos da atividade
profissional.Daanlisenosetorespecficodaindstria,aConstruoCivil,noanode2010,ficou
emsegundolugardentreoscommaiornmeroabsolutodeacidentesdetrabalho,com54.664
registros.
ANormaRegulamentadora18(MTE,2013),queabordaasCondieseMeioAmbientedo
TrabalhonaIndstriadaConstruoanormadirecionadaparaaConstruoCivilquedeveser
cumprida por todo empregador desse setor. Essa norma estabelece diretrizes de ordem
administrativa,deplanejamentoedeorganizao,queobjetivamaimplementaodemedidas
de controle e sistemas preventivos de segurana nos processos, nas condies e no meio
ambiente de trabalho na Indstria da Construo. Por ser uma norma considerada muito
abrangente, encontramse muitas dificuldades para a aplicao da mesma, uma vez que os
empregadores e empregados ainda no se conscientizaram da necessidade de trabalhar com
segurana, sendo um fator preocupante e, portanto necessitando de comprometimento mais
rgidoeeficaznessesentido.
A NR 18 visa, dessa forma, estabelecer medidas de proteo durante as obras de
construo,demolio,reparo,pintura,limpezaemanutenodeedifciosemgeral,dequalquer
nmerodepavimentosoutipodeconstruo.AsmedidasdeproteoprevistasnareferidaNR
devem ser aplicadas tambm s obras de construo, tais como: pontes, viadutos, barragens,
terraplenagens,tneis,caisacostveis,saneamento,construoepavimentaodeviasurbanas,
estradaseoutrasobrasdeconstruocivil.
MATERIAISEMTODOS
Para a realizao do presente trabalho foi necessria realizao de levantamentos
bibliogrficosepesquisadecampo,comvisitasrealizadasemcanteirodeobradaconstruode
umedifciolocalizadonomunicpiodeItabunaBA.Aobratemporfinalidadeaconstruodeum
edifciode11andaressendo2apartamentosporandar,comconstruoiniciadanoanode2012
e previso de trmino no ano de 2015. A pesquisa de campo consistiu na coleta de dados,
realizada em julho de 2013, e para tal foram utilizados questionrio, checklist e registros
fotogrficos.
O questionrio continha 12 questes, sendo maioria de mltipla escolha e tinha por
objetivo identificar o perfil do trabalhador (sexo, escolaridade, idade, horas de trabalho), os
agravossade(acidentesdetrabalho,adoecimentos,afastamentosporacidentesedoenas).
Foramaplicadosdezquestionrios,deumtotaldedezoitotrabalhadores,representando55,55%
dostrabalhadoresamostrados.
O checklist com os pontos a serem observados serviu como um direcionamento para
checar no momento da visita, os riscos aos quais os trabalhadores estavam expostos,
consequncias e tambm as caractersticas do ambiente de trabalho, bem como as no
conformidadesdeacordocomaNR18.Essaferramentaserviuparafacilitarasanotaesdeno
conformidadesidentificadasdurantevisitarealizadanocanteirodeobras.
Essas ferramentas apresentadas forneceram informaes sobre as diversas situaes de
riscosquepoderiamprejudicarasadebemcomoodesempenhodostrabalhadoresnocanteiro
deobras,observandoasinconformidadesemrelaoNRemestudo.Autilizaodediferentes
ferramentas metodolgicas teve o intuito de compreender o objeto de estudo de forma
multidimensional, coletando dados a partir de diferentes pontos de vista, desde o tcnico em
seguranadotrabalhoaostrabalhadores.
RESULTADOSEDISCUSSO
Meneghetti(2010)consideraqueapercepodosriscosumelementoimportantepara
acompreensodosaspectosrelacionadosprevenodosacidentesdetrabalho.Aindstriada
construocivilabsorveumgrandenmerodetrabalhadores,osquaisemsuamaioriapossuem
baixosnveisdeescolaridade,dificultandoportanto,apercepodessesriscos.Obaixograude
escolaridade uma barreira para a implantao de programas de qualificao profissional
(CordeiroeMachado,2002).
FoiverificadoocumprimentodediversositensdaNR18,poroutroladotambmforam
identificadosoutrosqueseencontravamemdesconformidade,edefcilcumprimento.Dentre
osproblemasidentificadosdestacamseafaltadeproteonaspontasdosvergalhes,aberturas
nopisosemfechamentoousinalizao,usodeescadassemfixao,faltadetelasdeproteo
contra quedas, alm de problemas de organizao que dificultavam o trnsito de pessoas no
canteiroque,posteriormenteaopresenteestudo,vieramaserobjetodepenalidadesimputadas
aoempregadorpelodescumprimento.
OprimeiropontoobservadonopresentetrabalhofoiaexistnciadoPCMAT(Programa
deCondieseMeioAmbientedeTrabalhonaIndstriadeConstruo),previstonoitem18.3,
quesobrigatrionosestabelecimentosacimade20trabalhadores.Portanto,estePrograma
no foi confeccionando para esse canteiro de obra, mas o PPRA (Programa de Preveno de
Riscos Ambientais). O PPRA estabelece a obrigatoriedade da elaborao e implementao, por
parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados,
visando a preservao da sade e da integridade fsica dos trabalhadores, atravs da
antecipao, reconhecimento, avaliao e consequente controle da ocorrncia de riscos
ambientaisexistentesouquevenhamaexistirnoambientedetrabalho,tendoemconsiderao
aproteodomeioambienteedosrecursosnaturais.
Instalaessanitrias
Vestirio
Deacordocomosubitem18.4.2.9.3ovesturiodeve:i)terbancosemnmerosuficiente
para atender aos usurios, com largura mnima de 0,30m (trinta centmetros). O vesturio,
portanto,nopossuabancosparaatenderostrabalhadores.
Localderefeies
Olocalparaaquecimentodasrefeiesestavainadequadopois,anormaestabeleceno
subitem18.4.2.11.3que:Independentementedonmerodetrabalhadoresedaexistnciaouno
decozinha,emtodocanteirodeobradevehaverlocalexclusivoparaoaquecimentoderefeies,
dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento. O equipamento para
aquecimento das refeies (Figura 1) era improvisado, dotado de caixa em madeira e lmpada
acoplada abaixo desta e situado em local inadequado (vestirio), podendo provocar incndio
peloaquecimentodomaterialcombustvelqueacondicionavaasrefeies(plstico)bemcomo
emfunodasinstalaeseltricasimprovisadas.
Figura1Localparaaquecimentoderefeiesemcanteirodeobranomunicpiode
ItabunaBA.
Figura2VergalhesdesprotegidosemcanteirodeobranomunicpiodeItabunaBA.
Observandooitem18.13Medidasdeproteocontraquedasdealtura,foiobservado
emalgunspontos daobra,odescumprimentodosubitem 18.13.1quedizque'obrigatriaa
instalao de proteo coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeo e
materiais',tendosidoobservadosvos(Figura3)comriscodequedatotalmentedesprovidosde
proteocoletiva,aexemplodetelas,guardacorpoousinalizao.Ademais,oitem18.13.2que
preconizaque'Asaberturasnopisodevemterfechamentoprovisrioresistente'.Nolocal,foram
identificadasaberturasnopiso(Figura4)suscetveisdecausaracidentesaostrabalhadores.
Figura3Voabertocomriscodequedaemaltura,emcanteirodeobra
nomunicpiodeItabunaBA.
Figura4AberturasnopisoemcanteirodeobranomunicpiodeItabunaBA.
compregosexpostos,estacas,blocosquebradosesacosdecimentoatmesmoequipamentos
deproteoindividual.
CONCLUSO
Apartirdosresultadosapresentados,perceptvelqueaNR18nocumpridadeforma
satisfatriapelaempresaobjetodeestudo,nopelafaltadeconhecimentodeseucontedoem
si, haja visto existir profissional de segurana e sade na mesma, mas pela no priorizao de
aesvoltadasparaasegurana.
As condies de trabalho no canteiro de obras estudado so precrias, trazendo
consequncias negativas aos trabalhadores e acarretando desperdcio de materiais e de horas
trabalhadas.Emboraaatividadesejaperigosa,existeumbaixoenvolvimentodostrabalhadores,
que ignoram os riscos o que implica na dificuldade em implantao de medidas que visem as
questesdeSeguranaeSadedoTrabalho.
Dessa forma, necessrio criar mecanismos que incentivem os empregadores e
empregadosacumpriremoqueestnanorma,afimdeevitaracidentesdetrabalhoedoenas
ocupacionais, gerando benefcios para ambos, uma vez que o empregador oferece as
ferramentas necessrias e um ambiente de trabalho saudvel e o empregado passa a ter
conscinciadeconservaresseambienteeutilizarasferramentasfornecidasdeformaadequada.
Comopropostaparapromoodetaismelhoriassugereseaimplantaodeprogramas
degestodesegurananoapenasfocadanaexecuodasnormasdesegurana,mastambm
no planejamento e gerenciamento das atividades com o objetivo de prevenir, atravs da
sensibilizaodosempregadosbemcomoarealizaodetreinamentos.Pois,aeducaofator
crucialparaamudanadehbitos.Eaopoderpblico,cabeoaumentodafiscalizaonasobras,
fazendooempregadorcumprircomosrequisitosdesegurana.
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http://portal.mte.gov.br/legislacao/normaregulamentadoran181.htm Acesso em 15
demarode2014.
PROPOSTADECONFORTOAMBIENTALNOCENTRODEENSINOPROFESSORANEUSADE
CARVALHOBASTOS
J.AglailtondosS.Monteiro (PQ);JeffersonHeitor (OR)2
1
InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusSantaIns,2InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)
DepartamentodeTecnologiaCampusSantaInsemail:geoagla@yahoo.com.br
(PQ)Pesquisador(OR)Orientador
RESUMO
Conforto Ambiental um tema cada vez mais presente
nas discusses dentro e fora das universidades que
estudam os ambientes construdos, principalmente, a
construo civil e sua relao com a sociedade
procurando melhorias para a vida das pessoas. O
confortoambientalnoambienteconstrudoentendido
comoaconformidadedousodohomem,respeitandoas
condies trmicas, de ventilao, de insolao, de
acstica e visual, capazes de alterar o desempenho da
edificao e seu contexto urbano. A partir da pesquisa
realizada no Centro de Ensino Professora Neusa de
Carvalho Bastos, constataramse alguns problemas que
levam esse estabelecimento de ensino a ter pouco
conforto, o que interferem no bem estar dos alunos. A
metodologia utilizada foi reviso de literatura,
utilizaramseaindamediesdetemperaturasinternas
PALAVRASCHAVE:Brises,ConfortoAmbiental,ConfortoTrmico,Saladeaula
MOTIONFORCOMFORTINENVIRONMENTALEDUCATIONCENTERTEACHERNEUSAOAK
BASTOS
ABSTRACT
Environmental Comfort increasingly present in
discussions within and outside universities studying the
built environment , especially the construction and its
relationship with society seeking improvements to
people'slivesmatter.Theenvironmentalcomfortinthe
built environment is understood as the conformity of
the use of man , respecting the thermal conditions ,
ventilation,heatstroke,audioandvisual,canalterthe
performance of the building and its urban context .
FromtheresearchconductedattheCenterforTeaching
ProfessorOakNeusaBastos,foundoutsomeproblems
that lead this school to have a little comfort, which
interfere with the welfare of students . The
methodology was further literature review , we used
measurementsofinternalandexternaltemperaturesof
KEYWORDS:Louvers,EnvironmentalComfort,ThermalComfort,classroom
1.1 Histricodaescola
O atual Centro de Ensino Professora Neusa de Carvalho Bastos (CEPNCB) teve como
origemumprogramaintituladoEscolaNova.Napoca,1975,olocaldefuncionamentosituava
senaRuadoFlamengoondehojefuncionaoCentrodeEnsinoPadreChagas.Convmressaltar
queomesmoeraconhecidocomoBandeirante.
Em07desetembrode1975,comoobjetivodeatendercomunidadedeSantaIns,o
entoprefeitoSr.OtvioRodriguesdeFariasinaugurouareferidaescola,queemhomenagema
umailustreprofessorarecebeuonomedeUnidadeIntegradaNeusadeCarvalhoBastos,tendo
como primeira diretora a professora Maria Graa Bastos Lobato que permaneceu no cargo at
marode1981.
EmabrildomesmoanoassumeafunodeDiretoraGeral,RaimundaNonataPinheiro
Costa,tendocomovice,aprofessoraTeresaCristinaCoelhoVieira.Nesseperodofuncionavao
primrionosturnosmatutinoevespertino,oantigoginsiosfuncionavanoturnonoturno.
Em 14 de setembro de 1995, foi reconhecido o Ensino Fundamental (1 a 8 srie)
atravsdaResoluo117/95CEE,(ConselhoEstadualdeEducao).
A partir de 2003, a escola passou a oferecer vagas ao Ensino Fundamental e Mdio
(diurnoenoturno).
Atualmente,funcionaapenasonvelmdioemtrsturnos,atendendonomatutino:120
alunos, vespertino: 240 alunos e noturno: 270 alunos. A escola possui 6 seis salas de aula, 1
auditrio,1secretaria,1saladeprofessores,1diretoria,1biblioteca,1cantina,2depsitos,1
laboratriodeinformtica,9banheiros,1quadradeesportes,1ptiointernoe1externo.
1.2 Caracterizaodaescola
OCentrodeEnsinoProfessoraNeusadeCarvalhoBastostemumareatotalconstruda
de5.158,72m,sendocompostapor6salasdeaulas,1umasaladeprofessorescom1banheiro,
1saladedireo,1laboratriodeinformtica,1auditrio,1biblioteca,1saladelibras,1ptio
naentradadaescola,1cozinha,1ptioprximocozinha,1almoxarifado,1depsitodelivros,4
banheirosfemininos,4banheirosmasculinos,1quadradeesporte.
Abaixoalgumasvistasdedentrodaescola,comobanheiroseptioexterno.
O Centro de Ensino Professora Neusa de Carvalho Bastos possui atualmente 1 direo
geral, 1 vice direo, 2 secretrios escolares, 3 vigias, 3 servios gerais, e 35 professores.
Atualmente,aescolapossuioprojetodeaulasdemusicas,aossbados,juntamentecomoutro
projetodeoficinasdeleiturasquedevedurartodooanode2013.
Aescolapossuitodasassalasdeauladeummesmolado,sendoeste,oladoquerecebe
amaiorpartedainsolao,causandodessaformaummaiordesconfortotrmiconoambiente
escolar, as salas ficam na direo noroeste. notria tambm a ausncia de vegetao mais
abundantenoentornodaescola,quepoderiaamenizarumpoucoessedesconforto.
Observase que pela poca da construo da escola, no havia um conhecimento e
planejamento to difundido das prticas construtivas, observando a questo da insolao, a
direodosventosparaummelhoraproveitamentodosmesmos.Destamaneira,assalasdeaula
foram construdas em local inapropriado, no lado mais ensolarado, pois no perodo da tarde a
insolao maior.Dessa forma, poderia ter se buscado uma implantao dos ambientes para
amenizar os impactos de insolao e ausncia de ventilao dos ambientes ali implantados, o
mais adequado seria as salas da parte administrativa da escola terem ficados na rea de
insolao,sendoqueessassalassoclimatizadas,eaparteondefazsombra,deveriamterficado
assalasdeaulas.
1.3Oconfortoambientalearquiteturarelacionadosteoriaspedaggicas
Ribeiro (2004) afirma que a noo de espao foi reconstruda ao longo do tempo,
passando a assumir no s uma dimenso geomtrica como tambm social. Ele alega que o
ambientenoneutro,possuisignificaesafetivaseculturais,poisestimpregnadodesignos,
smbolosemarcasdequemoproduz,organizaeneleconvive.
Segundo Piaget ([s.d.], apud SANTANA, 2003) os espaos de vivncia, como a casa, a
escola e o bairro, representam uma experincia decisiva na aprendizagem e na formao das
primeiras estruturas cognitivas, alm de proporcionarem experincias espaciais determinantes
dodesenvolvimentosensorialemotor.
2GRFICOSDETEMPERATURAINTERNAEEXTERNA
Segueabaixoaapresentaodosgrficosreferentesstemperaturasdasmediesdas
salaspesquisadas,ondeforammensuradasastemperaturasinternaeexternadasmesmas.
Nodia27demaiode2013,foifeitoamediodetemperaturainternaeexternadasala
1 no turno vespertino, sendo observado a diferena entre o comportamento das duas
temperaturas.
Temperatura
35
34
33
TEMPERATURA
INTERNA
32
31
TEMPERATURA
EXTERNA
30
29
h
01:30 02:00 02:30 03:00
3.30
04:00 04:30
Grfico2Sala1(1E)TurnoVespertinoFonte:ObservaodeDatalenger,Mai/2013
Temperatura
36
35
34
TEMPERATURA
INTERNA
33
32
TEMPERATURA
EXTERNA
31
30
01:30 02:00 02:30 03:00
3.30
04:00 04:30
Grfico3Sala3(2C)TurnoVespertinoFonte:ObservaodeDatalenger,Mai/2013
Grfico4Sala6(3B)TurnoVespertinoFonte:ObservaodeDatalenger,Mai/2013
Astemperaturasinternaeexternadasala6comeampraticamenteiguais,masapartir
de1hdepoiscomeaaseveradiferena,poisatemperaturainternasemantmconstanteindo
de31,6ca33,1c,enquantoatemperaturaexternacomeacom33,5cchegandoa51c.
O que se percebe na sala 6, que essa, a sala mais quente da escola e alguns itens
contribuempara isso, como entrada de ar pela lateral e pelo fundo da sala, no havendo uma
ventilaocruzada,quepoderiaamenizarbastanteocalor,ooutromotivoinsolaoqueest
presenteemtodaalateraldaescolaondeestoassalasdeaulasdoCEPNCB.
Foifeitoumsegundodiademediesagoracomparandoatemperaturadamesmasala
nosturnomatutinoevespertino.Asmediesforamfeitasnapartedamanhnohorriodas9h
ats10h30e,napartedatardede1h15ats2h30noperodode26a27dejunhode2013.
Asmediesdasala6foramfeitanodia26dejunhode2013.
Temperatura
31
30
29
TEMPERATURAINTERNA
28
TEMPERATURAEXTERNA
27
26
09:00
09:15
09:30
09:45
10.00
10:30
Grfico5Sala6(2B)TurnoMatutinoFonte:ObservaodeDatalenger,Mai/2013
Temperatura
60
40
TEMPERATURAINTERNA
TEMPERATURAEXTERNA
20
0
01:15
01:30
01:45
02:00
02:15
02:30
Grfico6Sala6(3B)TurnoVespertinoFonte:ObservaodeDatalenger,Mai/2013
Noturnovespertino,asala6japresentatemperaturasmaiselevadascomopodeser
vistonogrfico38,comoatemperaturainternasemantmconstante,comeandocom33cat
terminar em 31,4c no perodo observado. No entanto, a temperatura externa comea com
33,9ceoscilaparacimapassandopor40cat46,4cnofinaldoperodoobservado.
Entre os dois grficos observados acima, podemos perceber que ainda pela manh as
temperaturas so mais agradveis e a medidas que as horas passam a tendncia as
temperaturasiremsubindo,eofatoquechamaatenoasala6aqueapresentaasmaiores
temperaturas.
Asmediesdasala2foramfeitonodia27dejunhode2013.
Grfico7Sala2(1B)TurnoMatutinoFonte:ObservaodeDatalenger,Mai/2013
Consegueseobservarnasala2,queatemperaturamaisaltaatemperaturaexterna
quechega30,5cnoperodofinaldaobservao,jatemperaturamaisbaixaainternacom
27,9cs9h15damanh.
Grfico8Sala2(1F)TurnoVespertinoFonte:ObservaodeDatalenger,Mai/2013
Nitidamentepercebeseadiferenadetemperaturatantointernacomoexternanasala
2,nosturnomatutinoevespertino,ondenapartedatarde,astrmicasdetemperaturainterna
seguemumaconstantede32,2c,enquanto,atemperaturaexternacomeacom51c,passando
para42c,voltandoasubira52ceterminandoem44,4c.
Novamente, percebemos que as diferenas de temperatura entre os dois turnos
matutinoevespertinobemperceptvel,oquenoslevaaconstatarqueoperododatardetem
as temperaturas mais elevadas, sendo este o turno mais desagradvel e, o mais sacrificado na
faltadoconfortoambiental.
3SUGESTESDECONFORTOAMBIENTALPARAOCENTRODEENSINOPROFESSORANEUSADE
CARVALHOBASTOS
FrenteaosproblemasdetectadosnapesquisarealizadanoCentrodeEnsinoProfessora
NeusadeCarvalhoBastosnacidadedeSantaInsMA,relacionadofaltadeconfortoambiental,
elaboramosalgumassugestesdeimplantaesparaseremfeitasnaescola,poisacreditamose
esperamosqueissocontribuaparamelhoraroconfortoambientalnaedificaoescolar.
As sugestes aqui apresentadas foram baseadas nas observaes e medies de
temperatura feita na escola, onde ressaltamos que essas sugestes so possveis e esto de
acordocomafinalidadedapesquisaereferenciadas.
Abaixo segue as sugestes de melhorias no conforto ambiental do Centro de Ensino
ProfessoraNeusadeCarvalhoBastos.
3.1 BriseMistonaFachadaNoroeste
DeacordocomLamberts(1997),estemodelodebrisenadamaisdoqueacombinao
dos tipos de brises verticais e horizontais, mostrando um ganho no controle da insolao e
iluminao.
Para uma eficiente proteo desta fachada, recomendase utilizar o protetor do tipo
misto,sendoumelementohorizontaleoutrovertical,comojmencionado.Esteprotetordever
sombrearofinaldamanhetodooperododatarde,vistoqueomomentoquemaisnecessita
ocontroledainsolao.
3.2 CriaodeJardimnoPtioExternocomomoderadordeTemperatura
IzardeGuyot(1980)afirmamqueavegetaofixamuitomaismaterialparticuladoque
outrosmateriais(umarvorefixasessentavezesmaispoeiraqueoasfalto).
Neste caso, a utilidade da vegetao, novamente se faz necessrio reafirmar sua
importncia no que se refere ao conforto ambiental e sua eficcia em combater as grandes
temperaturas trmicas. Por isso, justificase a criao de um jardim com pequenos canteiros
verdes no entorno do ptio externo da escola o que favorecer o resfriamento evaporativo da
edificao, amenizando dessa forma as altas temperaturas internas no Centro de Ensino
ProfessoraNeusadeCarvalhosBastos.
CONCLUSO
ApartirdapesquisarealizadanoCentrodeEnsinoProfessoraNeusadeCarvalhoBastos
sobreconfortoambiental,constataramsealgunsproblemasquelevamesseestabelecimentode
ensinoaterpoucoconforto,oqueintervmnobemestardosalunos.
O fato primeiro que a implantao do prdio da escola no est de acordo com as
normasarquitetnicasegeogrficas,pois,comoaescolafoiconstrudanadcadade1970,no
se levava em considerao a direo dos ventos e a insolao, por exemplo, por isso, da m
implantaodaedificaoescolar,oquevemocasionaressedesconforto.
Ressaltamos que, quanto ao conforto lumnico e acstico, a escola est adequada nos
padres mnimos exigidos, pois a quantidade de iluminao suficiente dentro das salas de
aulas,equantoaosrudossonorosquepoderiamincomodarnosoregistradospelosalunos,a
noseroprpriobarulhogeradopelosmesmosemsuasconversas.
Omaiorproblemaencontradodafaltadeconfortoambientalfoiodesconfortotrmico
dassalasdeaulas,afaltadeumamaiorventilaoeausnciadevegetaoquevenhaainibiras
altastemperaturasefavoreceraumidificaodoambiente.
Almdisso,afaltadeventilaonaescola,aqualimpedidadevidoimplantaoda
edificaoembarraraentradadosventos,comoporexemplo,asaladosprofessoresesecretaria
que ficam bem na entrada, sendo que essa impede quase que totalmente a circulao de ar e
entradadeventilaonatural.
REFERNCIAS
IZARD,JeanLouiseGUYOT,Alain,ArchiBio,Parenthses,Roquevaire,1979.
OLIVEIRA, Tadeu Almeida de, e RIBAS, Otto Toledo. Sistemas de Controle das Condies
Ambientais de Conforto. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Assistncia Sade. Srie
Sade&TecnologiaTextosdeApoioProgramaoFsicadosEstabelecimentosAssistenciais
deSade,Braslia,1995.
RIBEIRO, Solange Lucas. Espao escolar um elemento (in)visvel no currculo. 2004. Disponvel
em: <http://www.uefs.br/sitientibus/pdf/31/espaco_escolar.pdf>. Acesso em: 11 de junho de
2010.
SANTANA,TatianeMenezes.Arelaodaarquiteturaescolarcomaaprendizagem.IVColquio
InternacionalEducaoeContemporaneidade,LaranjerasSE,22a24set2004.
ESTUDOPARARECICLAGEMDERESDUOSDOPROCESSODEPRODUODEPEASEM
MRMOREEGRANITONAPRODUODEREVESTIMENTODEPAREDE
L.S.Macedo(IC);P.J.Almeida(IC);A.V.A.Neto (IC); V.G.O.Almeida(PQ);A.A.Bandeira(PQ)H.A.Oliveira
(PQ)
InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusEstncia,email:herbetalves@hotmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
OBrasilumdosmaioresprodutoreseexportadores
de rochas ornamentais do mundo. Este segmento
forneceplacasdediversasdimensesparaatenderao
mercadodeconstruocivilnaproduoderodaps,
soleiraseoutros.Noentanto,estesegmentogerauma
quantidade significativa de resduos tanto finos com
britados ambos provenientes do processo de corte e
polimento. O processo produtivo de rochas
ornamentais no Brasil feita a partir da serragem da
rocha em placas, em seguida so cortados nas
dimenses desejadas e polidos. No Brasil, a
quantidadeestimadadageraoderesduodecorte
PALAVRASCHAVE:granito,reciclagem,revestimentodeparede
STUDYFORWASTERECYCLINGPROCESSFORTHEPRODUCTIONOFPARTSINMARBLEAND
GRANITEINTHEPRODUCTIONOFWALLTILE
ABSTRACT
Brazilisoneofthelargestproducersandexportersof
ornamental stones in the world. This segment
provides various sizes of plates to serve the
constructionmarketintheproductionofbaseboards,
sills and others. However , this segment generates a
significant amount of both fine with crushed waste
from both the cutting and polishing process. The
production process of ornamental stones in Brazil is
made from sawdust rock on plates then are cut and
polished into the desired dimensions . In Brazil , the
estimated amount of waste generation cutting
marble and granite reach 240,000 tons / year,
KEYWORDS:Granite,recycling,ceramictile
INTRODUO
Praticamentetodososprocessosprodutivosexistentesgeramresduo.Noentanto,dependendo
do segmento e da produo da empresa o resduo gerado pode ser tornar um problema,
sobretudo se no existe um procedimento de reciclagem continuado. O processo produtivo de
mrmores e granitos no diferente. A partir da serragem de rochas, seguido de corte e
polimento,estesprodutosabastecemaindstriadaconstruocivilnaproduodepeaspara
peitoril,rodapsouaindanaproduodepeasdeadornocomomesas.Muitospesquisadores
tem se esforado na busca de alternativas para reaproveitamento de resduos de mrmore e
granito como Calmon, (1997) que estudou o reaproveitamento em argamassas, Vieira (2003)
estudou o reaproveitamento em tijolos cermicos e ainda Tenrio (2003) que estudou a
possibilidade de reaproveitamento em concretos. Segundo Moura (2002) e Lisboa (2004) este
resduopodeserreaproveitadoproduzindoselajotasparapisoapartirdamisturacomcimento
eaindaAlves(2002)queavaliouapossibilidadedeusocomoescorias.Noentanto,quasetodas
as pesquisas no sarem do papel. Neste trabalho foi produzido peas para revestimento de
paredeapartirdeumamisturadecimento,agregadomidoeresina,utilizandocomomatrizos
resduos de mrmore e granito. Os resduos foram coletados em marmorarias da cidade de
Aracaju, secos em estufa e caracterizados quando aos ensaios fsicos de: distribuio
granulomtrica segundo NBR 7181, massa especifica real mtodo a ser definido. Foram
caracterizados qumica e microestruturas por difratometria de raios DRX. A partir dai, foram
elaboradasformulaesmediantemisturadecimento,agregadomidoeresinajuntamentecom
osresduos.Osmesmosforamconformadosmanualmenteemfrmasdeplsticos.Apscura,as
formulaes que apresentaram peas com melhor esttica, foram caracterizados pelos ensaios
deresistnciamecnicaacompressoemassaespecifica.
MATERIAISEMTODOS
Coletadeamostras
Foram realizadas visitas em marmorarias da cidade de Aracaju com o fim de quantificar a
quantidade de resduo gerado, e colher amostras para testes. Os resduos foram levados para
laboratriosecosemestufaemtemperaturade1005oCatpesoconstante.Osmesmosforam
recebidosempedaosdevariamde5a20cmdecomprimento.Emseguidaforammodosem
almofarizepassadosnapeneiraABNTno4.Emseguidafoicaracterizadoquantoaquantidadede
fasesformadasporDifratometriaderaiosXDRX.
Preparaodasmisturas
Paraavaliarmosapossibilidadedeutilizaodoresduofoiproposta,umaformulaopadrode
argamassas para produo de lajotas de piso a partir do cimento comum e outra a partir da
resinapolister.Conhecendoseaquantidadederesduogeradomensalmentenaregio,pode
Tabela1:Formulaesdecimentoempartes
MatriaPrima
Cimento
Agregadomido
Mrmorebranco
Granitopreto
1
1
3
x
1/2
2
1
3
1/2
x
Fonte:dadosdapesquisa
Tabela2:FormulaesemResinadePolisterempartes
MatriaPrima
Resinabranca
Resinaescura
Catalisador(%)
Talco
Mrmorebranco
Granitopreto
3
1
x
1
1
x
1/2
4
1
x
1
x
1/2
x
5
x
1
1
x
x
1/2
6
x
1
1
1
x
1/2
7
x
1
1
1
1/4
1/4
Fonte:dadosdapesquisa
Procedimentodeensaio
O cimento e o agregado mido foram dosados em partes e misturados em um
misturador planetrio com quantidade de gua na razo de 0,48 a/c. A mistura foi vertida em
cpsulasdeplsticosdedimenses(10x10)cmeogranitoemrmorebrancocolocadoporcima.
Jnasformulaesderesinatantoogranitoquantoomrmoresforammisturadoscomapasta
prpreparadaderesinaetalco.Todasaspeasforamproduzidascomespessuramdiade1cm.
RESULTADOSEDISCUSO
Caracterizaodoresduo
Os resduos foram caracterizados quanto a DRX. Os resultados mostraram que o granito cinza
apresenta a presena de feldspato albitico, ortoclsio e microclinico. J o mrmore uma
misturadecalcitaedolomitacujomaterialmaismalevel,videFigura1e2.
Marmore Cinza
20
30
40
50
60
70
80
Intensidade (u.a)
20
30
40
50
60
20
30
40
50
60
70
80
70
80
20
30
40
50
60
70
80
K (Al Si3 O8)- Orthoclase/ ICSD Padro - Griffen, D.T. et al. (1984)
20
30
40
50
60
70
80
Figura1:DRXdogranito
Mamore Branco Estncia
(%) - Calcite
(#) - Dolomite
20
30
%
40
50
##
60
#
70
80
2
Dolomite (Ca (Ca0.13 Mg0.87) (C O3)2)
ICSD Padro- Drits, V.A. et al. (2005)
20
30
40
50
60
70
80
2
Calcite ((Mg.064 Ca.936) (C O3))
ICSD Padro- Paquette, J.; Reeder, R.J. (1990)
20
30
40
50
60
70
80
Figura2DRXdomrmore
CaracterizaodaResina
Foi utilizada uma resina de polister insaturada da marca POLICROM 20.312 fornecida pela
CROMITEC que possui as seguintes caractersticas descritas na Tabela 3. De acordo com os
resultados,aresinapossuielevadaviscosidadeedecartercidavideTabela3.
Tabela3:PropriedadesdaResina
Propriedades
ViscosidadeBrookfield(25C)
NoVolteis(105C)
ndicedeAcidez
CorVisual
Fonte:dadosdapesquisa
Unidade
Especificao
Cp
%
mgKOH/g
300350
Mnimo57
Mximo30
Verde
DeterminaodopH
OsresultadosobtidosnaverificaodopH,mostramqueopHdogessobsicoprximoaodo
talcodeacordocomaTabela4abaixo.
Tabela4:DeterminaodopH
Substncias
Analisadas
Talco
pH
Temp (C)
8,30
25,4
Cimento
11,0
Resina
4,00
Fonte:dadosdapesquisa
25,0
25,0
Formulaes
TodasasformulaesforamavaliadasquantoaoaspectovisualdeacordocomaTabela5,as
formulaesdecimentoapresentaramaspectoirregular,nohomogneoesemesttica.Jas
formulaesderesinabrancaapresentaramviscosidadeelevada,impedindoamisturadecargas
comotalco.Jasformulaesproduzidascomresinaverdeapresentarambomaspecto.
Tabela5:Aspectovisualdaspeasproduzidas
Formulaes
1
2
3
4
5
6
7
Aspectovisual
Trabalhabilidade
Ruim
Ruim
Ruim
Ruim
Ruim
Ruim
Ruim
Ruim
Bom
Bom
Bom
Bom
Bom
Bom
Fonte:dadosdapesquisa
DeacordocomaFigura3aspeasproduzidascomgranitoapresentaramcorescura,com
mrmoresbrancocorbrancaeamisturacreme.
Figura3Corposdeprovaproduzidoscomresina
22,0
21,0
23,0
Fonte:dadosdapesquisa
1,95
x
x
x
1,90
x
x
x
1,93
Anlisedaviabilidadeeconmicadoprocesso
Foi ento avaliado o custo da produo de peas aprovadas da formulao nmero 5 de resina de
polister verde. Cada corpo de prova pesava cerca de (23 2)g. Na tabela 9 consta os resultados
referente a produo de 4 peas de dimenses (2x2) cm.
Tabela9Custodematriasprimasparaconfecodepeas
Formulaes/Densidade
Mrmore(g)
100
Custounitrio
R$/Kg
0
Resinadepolister(g)
35
10
Catalisador(g)
30
Total
Total
0,35
0
0,06
0,41
Fonte:dadosdapesquisa
Oscorposdeprovapodemserproduzidosemplacascontentoemmdia20peasaumcustode
R$2,00.
CONCLUSOES
Oprocessodeproduodemrmoresegranitosantigoegeraemtornode240milton/anode
resduos no Brasil. Este tipo de resduo pouco reciclado sendo que somente no processo de
produodepisosdealtaresistnciaqueomesmoestaconsolidado.Noentanto,oconsumo
muito baixo e notria a disposio incorreta deste resduo em nossas cidades. O projeto
proposto inovador e poder ser uma fonte alternativa de reaproveitamento, uma fonte de
renda,almdeumapreocupaoamenoscomomeioambiente.
As pesquisas para reaproveitamento dos resduos de mrmore e granito ainda que avanadas,
notemmuitaaplicabilidade.Nesteprojeto,foipossvelproduzirumprodutocombaixocusto
de investimento j que os resduos podero ser uma fonte de matria prima e produzir um
produto alternativo para embelezar salas, cozinhas e banheiros contribuindo para reduzir o
impactoambientaldecorrentedesteprocessoprodutivo.
REFERNCIAS
ABIROCHASAssociaoBrasileiradaIndstriadeRochasOrnamentais.SituaoAtuale
PerspectivasBrasileirasnoSetordeRochasOrnamentais,2012,Informen2.
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.
____NBR7181:Determinaodadistribuiogranulomtrica.RiodeJaneiro,1984.
____NBR9776:Agregados:determinaodamassaespecificadeagregadosmidospormeiodo
frascodeChapman.RiodeJaneiro,1987.
____NBR9779:Argamassaseconcretoendurecidos:determinaodaabsorodeguapor
capilaridade,RiodeJaneiro,1987.
____NBR1379.Argamassadeassentamentodeparedeserevestimentodeparedesetetos
Determinaodaresistnciaacompresso.Riodejaneiro,1985.
CAMON,R.Estudodautilizaoderesduodecortedemrmoreegranitosparaproduode
lajotas.SoPaulo1977.Disponvelemww.cbic.org.br//baixar2.php?..ESTUDO%20DA%2
0UTILIZAO...acessadoem20.04.2013
LISBA,E.M.ObtenodoConcretoAutoAdensvelUtilizandoResduodoBeneficiamentodo
MrmoreeGranitoeEstudodePropriedadesMecnicas.2004.Dissertao(Mestradoem
EngenhariaCivil)UniversidadeFederaldeAlagoas.Macei(Brasil).
MOURA,A.Washingtonetall.Utilizaodoresduodecortedemrmoreegranitosem
argamassasderevestimentoeconfecesdelajotasparapiso.Disponvel:Sitientibus,Feirade
Santana,no26,p.4961,2002.Disponvelem:http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/26/
utilizacao_do_residuo_de_corte_de_marmore.pdf.Acessadoem10.04.2013.
TENORIO, J. A. S.; ARAJO, F. G. da S.; PEREIRA, S. S. R.; FERREIRA, A. V.; ESPINOSA, D. C. R.;
BARROS,A.DecomposiodaFaseMajoritriadoCimentoPortlandParteII:AlitacomAdies
deFeeAl.Rem:Rev.Esc.Minas[online].2003,vol.56,n.2,p.113117.ISSN03704467.
RESISTNCIACORROSODECONCRETOGEOPOLIMRICODEULTRAALTODESEMPENHO
(PQ)Pesquisador
(DQ)DoutoremQumica
(DG)DoutoremGeoqumica
RESUMO
A literatura mostra que um concreto convencional
base de cimento Portland fortemente atacado por
cidoesedecomperapidamenteempH<3.Materiais
geopolimricos,emgeral,soconhecidosporteremum
desempenho significativamente melhor quando
expostosacidos,sugerindosuautilizaoemsistemas
de esgoto e de guas residuais industriais. O objetivo
deste projeto medir a resistncia corroso de um
concreto de ultraalto desempenho (CUAD), utilizando
uma soluo contendo 10% de cido sulfrico
temperatura ambiente. Efeitos das mudanas de
composio do CUAD no tempo de pega, e na
resistnciacompresso(150MPaa200MPa)tambm
sero descritos. Os resultados do experimento
mostraramquenohouvenenhumdesprendimentode
PALAVRASCHAVE:Geopolmero,Concretodeultraaltodesempenho,Resistnciaacidez.
CORROSIONRESISTANCEOFULTRAHIGHPERFORMANCEGEOPOLYMERCONCRETE
ABSTRACT
TheliteratureshowsthatconventionalPortlandcement
based concrete is heavily attacked in acid media, and
decomposes fairly rapidly at pH < 3. Geopolymer
materials, in general, are known for significantly better
performance in acid media, suggesting their use in
sewage and industrial waste water systems. The
objective of our work was to measure the corrosion
resistance of the new UHPC material in a 10% sulguric
acid solution. Effects of UHPC composition changes on
setting time and on compressive strength (150 MPa to
KEYWORDS:Geopolymer,UltraHighResistanceconcrete,Acidresistance.
RESISTNCIACORROSODECONCRETOGEOPOLIMRICODEULTRAALTODESEMPENHO
1
INTRODUO
1.1
AQUMICADOGEOPOLMERO
PROCEDIMENTOS
Nesta seo relatada a preparao das amostras CUAD geopolimrico e as condies dos
experimentosdecorrosodescritosnanormaASTMC26701:2012.
2.1 AMOSTRASDOGEOPOLMERO
O concreto geopolimrico de ultraalto desempenho desenvolvido na Catholic University of
America possui em composio cerca de 35% de resduos (cinzas volantes, escria de alto
forno), e cerca de 10% de outros materiais. Misturados, esses componentes constituem o
materialligante.Afaselquidaumasoluoativadoraalcalinacompostadesilicatodesdio
(oupotssio)cujacomposiodependedacomposioqumicadomaterialligante.Aproporo
deguaparaslidotipicamente0,35oumenos.Amisturadomaterialligantecomasoluo
ativadora combinada com areia em uma quantidade maior ou igual a 50% da massa total,
produzindo um concreto de ultraalta resistncia compresso. Metal, carbono, ou fibras de
vidro(1a6%damassatotal)podemseradicionadosparaaumentararesistnciaflexo.
As amostras deste estudo foram preparadas misturandose o material ligante, a soluo
ativadoraeareiaemummisturadorplanetrioKLabLancaster5gales(20L)durantecercade5
minutos,semaadiodefibras.Apastafoitransferidapararecipientesdeplsticocom5,08cm
de dimetro e 10,16 centmetros de altura (2x4 polegadas), os quais foram vibrados durante 5
minutosparaliberarasbolhasdearotantoquantopossvel.Asuperfciefoientoseladacom
umatampadeplstico.Oscilindrosforamcuradostemperaturaambientedurante28diase,
apsesteperodo,aalturaedimetrodecadaamostraforammedidosemvriasposiesafim
deobterseumamdia.Opesodecadaamostrafoiregistrado.Umtotalde18amostrasforam
preparadas a partir de um mesmo trao. Quinze amostras foram necessrias para realizar os
testesdecorrosodeat28dias,eoutrastrsforamutilizadasparamediraresistnciainicial
compresso.
Ostemposdepegainiciaisefinaisforammedidoscomumpenetrmetrodeproctordamarca
VICAT segundo a ASTM C191 (ANO). Os tempos de pega para cimentos geopolimricos so
tipicamente entre 20 e 90 minutos (pega inicial) e 30 a 120 minutos (pega final), os quais
conferemcomosobtidosnesteestudo.Aresistnciacompressofoimedidacomumaprensa
calibradadamarcaHumboldt.
2.2 TESTESCOMCIDO
Os ensaios de corroso foram realizados seguindo ao norma ASTM C26701 (ANO). O
procedimentoexigequeasamostraspreparadasnaseo2.1fossemtestadasaps28diasde
cura, e deveriam ser submersas em soluo cida. Foi escolhido o cido sulfrico em uma
concentraode10%dopesototal,Ouseja,1molar.Asamostrasnoforammantidasemum
forno, como requisitado, mas simplesmente mantidas temperatura ambiente do laboratrio,
queporsuavezeraconstante(emtornode21C).Cadaamostrafoitotalmentesubmersaem
cido. O recipiente com a soluo cida foi fechado com uma tampa. Os tempos de exposio
foram de 1, 4, 7, 14, e 28 dias. Perodos mais longos so permitidos, mas no foram aplicadas
nesteestudo.Asamostrasforamtestadasemtriosafimdesefazerumamdiadosresultados.
Quandoumaamostraeraretiradadasoluocida,asuperfcieeralavadacomguaesecacom
papel toalha. O cido de todas as outras amostras restantes era renovado sempre que uma
amostra era retirada no final do seu tempo previsto de exposio. Todas as amostras foram
pesadasesuasmedidasaferidasantesdaexposioaocido.
Seguindo a norma ASTM C26701, as amostras foram pesadas e as suas alturas e dimetros
medidos(asmediesforamrealizadasnasmesmasposiesutilizadasanteriormenteaoteste).
Finalmente, a resistncia compresso foi determinada. Depois de rompidos, os pedaos
quebrados dos corpos de prova foram coletados e usados para preparar amostras para o
microscpioeletrnicodevarredura(MEV)eparaaanlisedaspartescorrodasenocorrodas
no difratmetro de raiosX. As amostras para o MEV foram colocadas em fita condutora e
revestidascomcarbono.
3
RESULTADOS
A resistncia compresso mdia das trs amostras no submetidas ao cido foi de (186 5)
MPa (27000 700) psi), aps 28 dias de cura. A norma ASTM C26701 prescreve que as
propriedadesdasamostrasdevemserregistradasapsacorrosoequetodasasalteraesdo
slidoedasoluolquida(cido)devemserrelatadas.Osrespectivosdadoseasobservaes
foramcompiladosnaTabela1.
Antes da soluo de cido sulfrico as amostras de CUAD geopolimrico eram cinza claro.
Durante o primeiro dia expostas a soluo elas se tornaram mais escuras, fato que pode ter
acontecidodevidoacumulaodepartculasdecarbononasuperfcie,umavezqueascinzas
utilizadas continham carbono no queimado. Observouse cheiro de H2S no momento da
abertura do recipiente, o que se deve presena de pequenas quantidades de sulfuretos na
escriadealtofornoenascinzasvolantes.OcidoforteformadodesassociouH2S,quevoltil.
Aps 14 dias, uma quantidade insignificante de pequenas partculas slidas foi encontrada na
parte inferior do recipiente onde se encontrava a soluo cida. Os mesmos podem ter se
soltadodasuperfciecorrodadasamostrasdogeopolmero,massuamassaerapequenademais
para ser considerada. Em todas as situaes a soluo estava cristalina, e no houve mudana
perceptvelnacor.OCUADummaterialcomumaporosidadedefinidaentrepequenaemdia.
medida que o tempo progredia, a porosidade da superfcie aumentava visivelmente, e as
amostras corrodas possuam uma textura menos macia do que as no corrodas. No entanto,
noseformaramfissurasetambmnofoiobservadonenhumafraturanomaterial.
Medies antes e depois da corroso mostraram que o tamanho da amostra aumentou com o
tempo. Os dados apresentados so as mdias de medies de trs corpos de prova de CUAD
geopolimrico corrodos. Os resultados, mostrados na Figura 1, sugerem que a taxa de
inchamento diminuiu durante o perodo de estudo de 28 dias. Uma curva de tendncia foi
calculada.
Tabela 1 PropriedadesdoCUADgeopolimricocorrodoreportadasdeacordocomaASTMC26701
Caractersticas
Tempo(Dias1ao28)
Mudanaseobservaes(Faselquida)
Cheiro
H2S
Mudananacor
Nenhuma
Sedimentos
Pequenaspartculas
depoisde14e28dias
Turbidez
Nenhuma
Mudanaseobservaes(geopolmero)
Fissuras
Nenhuma
Porosidade
Aumentou
Fraturas
Nenhuma
Aparncia
Superfciemais
escura
Irregularidadesna
superfcie
Aumentou
Mudanade
tamanho
Sim(Figura1)
Mudanadepeso
Sim(Figura2)
Mudanada
resistncia
compresso
Sim(Figura3)
A figura 2 mostra a mudana de peso das amostras em funo do tempo depois da corroso.
Houve uma perda de massa relativamente pequena durante o primeiro dia, o que pode ser
resultadodeumprocessodelixiviaodohidrxidoalcalinonoreagidoeumatrocadeonsem
queNa+eK+sosubstitudosporH+,oqualmaisleve.Talprocessosermelhorexplicadona
discusso. Depois do primeiro dia, o peso aumentou durante todo o perodo do experimento
numataxadecercade0,06%aodia.TalcomonaFigura1,cadadadonaFigura2amdiade
trs amostras do geopolmero. A linha de tendncia no linear obteve um nvel de confiana
ligeiramentemaior(R=0,993)emcomparaocomalinhadetendncialinear(R=0,98).No
entanto,mediesemlongoprazo,eemumnmeromaiordeamostras,seriamnecessriaspara
determinarqualmodeloestcorreto.
Figura1inchamentodasamostrasdeCUADgeopolimricoduranteacorroso.
Figura2MudanademassadasamostrasdeCUADgeopolimricoduranteacorroso.
AFigura3mostraaresistnciacompressoemfunodotempo.Todasasidadesdasamostras
obtiveramresultados,comexceodos28dias,queforamdescartadospornorefletiremareal
resistncia compresso da amostra. Em relao resistncia inicial, apenas dois dados so
mostrados, uma vez que a terceira amostra foi danificada durante o manuseio, o que ser
discutidonaseo4.Aps14diasaresistnciacompressodiminuiu19%,fatoquerefletea
foradomaterialnocorrodopordebaixodacamadadesuperfcie,caractersticaquetambm
ser explicada na seo 4. O nvel de confiana associado linha de tendncia indica que no
existeumafortecorrelaoentrearesistnciacompressoeoaumentodacorroso.
Figura3Mudanadaresistnciacompressoduranteacorroso
Os resultados de cada amostra se apresentam bastante dispersos na Figura 3. A diferena dos
dados pode ter uma variedade de causas. Considerandose que, com base na experincia com
outras amostras, a resistncia compresso varia pouco entre as amostras no afetadas pelo
cido,todososcorposdeprovaforamfabricadosjuntosecuradossobasmesmascondieseo
erroassociadoresistnciacompressomenorque5%.Oquepodeteracontecidoqueo
aumentodacamadacorrodatenhaafetadoareprodutibilidadedasamostras,umavezque,ao
se atribuir a resistncia compresso de um corpo de prova, subentendese que o mesmo
homogneo,oquenoocorrenestecaso.
DISCUSSO
primeiros5dias,eapartirdeentofoimedidoumpequenoaumentoacimadamassaoriginalda
amostra.
NoconcretobasedecimentoPortland,ocidosulfricodissolveosilicatodeclciohidratado,
ocarbonatoeohidrxidodeclciodomaterialligante,formandogipsitaemtodasestasreaes
qumicas.Ettringitapodesergeradanumareaoentrecidosulfricoealuminatosdeclciona
matrizdoconcreto.Emambasasfases,ettringitaegipsitasobastantevolumosaseexigemmais
espao dentro do concreto corrodo disponvel. Estas fases exercem uma fora destrutiva na
camada da superfcie, o que leva fissuras e novos caminhos pelos quais o cido alcana o
materialaindanoafetadomaisrapidamente,acelerando,portanto,oprocessodecorroso.
discutidonaliteraturaqueaprecipitaodegipsitaconstituiumabarreiradedifuso(OCABEet
al., 2007, MELCHERS e WELLS, 2010), o que tambm parece ser o caso em geopolmeros
(ALLAHVERDIeKVRA,2005).Asfissuras,noentanto,mitigariamesteefeitodeproteo.Tais
fissuras no so observadas nas camadas de corroso do CUAD aqui estudado. ROSTAMI e
BRENDLEY(2003)conduziramtestesdecorrosocomogeopolmeroMCAduranteoperodode
umano,enoreportaramoaparecimentodefissuras.Aausnciadessasfissuraspodeseruma
importante, se no a mais importante, diferena explicando a durabilidade qumica em cido
sulfricobemmaiselevadadegeopolmerosemgeral,etambmdoCUADgeopolimricodeste
estudoemparticular.
CONCLUSES
AGRADECIMENTOS
MoniqueVogadoeFelipeCostaagradecemaoVitreousStateLaboratoryportodoosuportena
execuo deste trabalho, assim como pelo auxlio durante a conduo dos experimentos no
laboratrio.
REFERNCIAS
ALLAHVERDI, A., KVRA, F.. Sulfuric acid attack on hardened paste of geopolymer cements,
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BARBOSA, V.F.F., MACKENZIE, AND C. THAUMATURGO,. Synthesis and characterization of
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(2011)
QUANTIFICAOECARACTERIZAODERESDUOSGERADOSPELACONSTRUOCIVILNA
CIDADEDEMONTEIROPB
G.F.Belo(TCE;E);A.M.L.Silva(TCE)2;H.L. W. Vieira (TCE)3;I.S.Nascimento(TCE)4;K.D.Santos(PQ;D)5
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusMonteiroemail:gabryela_1@hotmail.com;
angellasilva@yahoo.com.br;hyagowvx@hotmail.com;kelianads@hotmail.com.
(E)EstudantedoIFPB
(D)DocentedoIFPB
(TCE)TecnlogosemConstruodeEdifcios
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Resduos,construocivil,quantificao,MonteiroPB.
QUANTIFICATIONANDCHARACTERIZATIONOFWASTEGENERATEDBYTHECONSTRUCTIONIN
THECITYOFMONTEIROPB
ABSTRACT
inthecityofMonteiro,inwhichtheyweremadeweekly
visits were surveyed, noting that were considered
different construction stages: structure, masonry,
covered, lining the ceiling and ceramic coating. The
resultscanserveasabasisforfuturestudiesonproper
management of construction waste from the city of
MonteiroPB.
KEYWORDS:Waste,construction,quantification,MonteiroPB.
QUANTIFICAOECARACTERIZAODERESDUOSGERADOSPELACONSTRUOCIVIL
NACIDADEDEMONTEIROPB
INTRODUO
REFERENCIALTERICO
Devidosprticasutilizadasnaconstruocivil,humgrandevolumederesduoseisto
podeserobservadodesdeaproduodeinsumos,oquecaracterizageraoanterioraprpria
etapaconstrutiva.
SegundoDemajorovic(1995), osresduospossuemvaloreconmicoagregado,podendo
ser reaproveitados. O mesmo autor afirma que: ... em contraposio aos antigos sistemas de
tratamentodesses resduos, que tinham comoprioridade a disposio destes, os atuais devem
ter como prioridade um ecological cycle management, o que significa a montagem de um
sistema circular, onde a quantidade de resduos a serem reaproveitados dentro do sistema
produtivosejacadavezmaioreaquantidadedisposta,menor.
Soprevistosnoart.225daConstituioFederal,aseguirtranscrito:
Todostmdireitoaomeioambienteecologicamenteequilibrado,bemdeuso
comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondose ao Poder
Pblico e coletividade o dever de defendlo e preservlo para presentese
futurasgeraes.
Assim, para assegurar esse direito em lei foram criadas legislaes ambientais que
estimulam as empresas que as adotam e punem as que se beneficiam de custos de produo
maisbaixos,pornoinvestiremnaproteoambiental(BARBOZAFILHO,2011apudValle,1995).
OConselhoNacionaldoMeioAmbienteCONAMAatravsdaresoluon307de2002,
propediretrizes,critrioseprocedimentosparaaadequaoaonovopanoramadegestode
resduosslidosparaaconstruocivil.Aresoluoclassificaosresduosdaseguinteforma:
IClasseAsoosresduosreutilizveisoureciclveiscomoagregados,taiscomo:
a) de construo, demolio, reformas e reparos de pavimentao e de outras obras de infra
estrutura,inclusivesolosprovenientesdeterraplanagem;
b)deconstruo,demolio,reformasereparosdeedificaes:componentescermicos(tijolos,
blocos,telhas,placasderevestimentoetc.),argamassaeconcreto;
c)deprocessodefabricaoe/oudemoliodepeasprmoldadasemconcreto(blocos,tubos,
meiosfiosetc.)produzidasnoscanteirosdeobras;
II Classe B so os resduos reciclveis para outras destinaes, tais como: plsticos,
papel/papelo,metais,vidros,madeiras,gessoeoutros;
IIIClasseCsoosresduosparaosquaisnoforamdesenvolvidastecnologiasouaplicaes
economicamenteviveisquepermitamasuareciclagem/recuperao.
IVClasseDsoosresduosperigososoriundosdoprocessodeconstruo,taiscomo:tintas,
solventes,leoseoutros,ouaquelescontaminadosoriundosdedemolies,reformasereparos
declnicasradiolgicas,instalaesindustriaiseoutros.
A partir dessa classificao dos resduos da construo civil, foi possvel identificar,
caracterizar e quantificar o volume de resduos das construes pesquisadas para o presente
trabalho.
METODOLOGIA
Tabela1Informaesdasobrasvisitadas
ResidnciaUnifamiliar(3unidades)
reaconstruda:78,25mLicena
CREA:S/NFuncionrios:12
Fases:Forraodoteto;
revestimentocermico;e
execuodotelhado.
Datadeincio:16/09/2013
Datadetrmino:Previstopara
marode2014.
Tiposderesduos:Gessohidratado;placascermicas,embalagensplsticasedepapelo;madeiraerestosde
telhacermica.
Edifciocomercial
reaconstruda:245mLicena
CREA:S/NFuncionrios:8
Fases:EstruturaeAlvenaria
Datadeincio:15/04/2013
Datadetrmino:Previstopara
dezembrode2014.
Tiposderesduos:Embalagensdecimento(papelo)erestosdeblocoscermicos
Astrsresidnciassoobrasdeummesmoproprietrio,assim,tmemcomumoprojeto
arquitetnico, a localidade e os mesmos trabalhadores e o mesmo responsvel. J o edifcio
comercialdeoutroproprietrioeestemoutralocalidadenacidade.Osmateriaisencontrados
emdescartenasobrasforamcoletadosmanualmentecomutilizaodeEPIEquipamentosde
ProteoIndividuais(luvas),utilizandocomomedidaparaclculodovolumeumalatade18litros
(0,018m)associadaafrmuladadensidade:
d=m/v30% Frmula(1)
Os resduos foram separados e medidos seus volumes com o auxlio da lata, e com a
quantidadedelatasportipoderesduoforamefetuadososclculosparaaobtenodamassa
Tabela2Materiaisedensidadesespecficas
Material
Densidade(Kg/m)
Papelo
1500,0
IsoporP2
20,0
BlocoCermico
1250,0
GessoHidratado
1800,0
Cermica
2000,0
Madeira
600,0
SacoPlstico
10,4
TelhaColonial
1100,0
RESULTADOSEDISCUSSES
Tabela3Dadosdasobrasvisitadas
Tipodeobra
reaconstruda
Fasedeexecuo
Resduosgerados
Edifciocomercial
245m
EstruturaeAlvenaria
Papel/Papelo;Isopor
P2;Blocoscermicos.
Residncia1
78,25m
ForraodoTeto
Gesso.
Residncia2
78,25m
Cobertura
Madeiraetelha
cermica.
Residncia3
78,25m
Revestimentocermico
Placascermicase
embalagensplsticase
papelo.
Realizandoaseparaodostiposderesduosencontradosesuasquantidadesrespectivas,
elaborouse a Tabela 4, que contm os valores das massas aparentes calculadas, alm da
classificaosegundoaresoluo307doCONAMA.
Tabela4Massaespecficaaparenteeclassedecadamaterial.
Material
Massaespecficaaparente(kg)
Classe
Papel/Papelo
1.030,9
Blococermico
766,7
GessoHidratado
748,4
Placascermicas
302,4
Telhacermica
300,0
Madeira
22,7
IsoporP2
0,90
SacoPlstico
0,5
TOTAL:3.172,7
A partir da tabela 4 foi possvel criar o Grfico 1 que contm o percentual das massas
aparentesdecadamaterialemrelaoamassatotal.
Grfico1Percentualdemassaaparentepormaterial
1%
0%0% 0%
0%0%
9%
Papelo
10%
32%
BlocoCerm
GessoHidrat
PlacasCerm
TelhasCerm
Madeira
24%
IsoporP2
SacoPlstico
24%
RelacionandoosdadosdasTabelas3e4,pdeseelaboraraTabela5quedemonstraa
quantidadeunitriaetotaldaclassificaoderesduosporfasedeexecuo.
Tabela5Classificaoequantificaoderesduosporfasedeexecuo
Fase
Classes
Massaporclasse(kg)
Massatotal(kg)
Estrutura
590,1
590,1
Alvenaria
AeB
Coberta
AeB
Forraodoteto
Revestimentocermico
AeB
A:766,8
B:404,00
A:300
B:22,7
748,4
A:302,4
B:38,3
1170,8
322,7
748,4
340,7
Massatotalderesduos:3.172,7kg
Dado o valor da massa total de resduos coletados (3.172,60 kg) foram encontrados os
percentuais das massas dos resduos por fase de execuo, assim o grfico 2 apresenta os
resultadosdessesclculos.
Grfico2Percentualdamassaderesduosporfaseexecutiva
Revestimento
cermico
11% Forraodo
Estrutura
19%
teto
23%
Coberta
10%
Alvenaria
37%
Observase que os resduos gerados nas fases de Alvenaria e Estrutura foram os mais
representativos (56% do total), isso devido rea construda que abrange essas duas fases ser
aproximadamentetrsvezesmaiorqueadooutrotipodeobravisitado.Diantedosresultados
apresentados na tabela 4, os resduos encontrados nas obras visitadas esto distribudos nas
classes A e B, segundo a resoluo 307 do CONAMA. Assim podese, atravs do grfico 2,
demonstrar o percentual da classe por fase de obra, para isso sero utilizadas as massas
calculadasdosresduos.
Grfico3Percentualdasclassesderesduosporfasedeexecuo
Paraconheceropercentualdeclassificaoportotaldosresduos,elaborouseoGrfico
4contendoessainformao,evidenciandoqueambasasclassesderesduostemrepresentaes
emquantidadessimilares.
Grfico4Percentualdasclassespormassaaparentetotal
ClasseB
57%
ClasseA
43%
CONCLUSO
Foiconstatadoqueaquantidadedeentulhovariadetipoevolumedeacordocomafase
emqueseencontraaobra.Nopresentetrabalhoverificousequeafasedealvenariaeforrao
dotetoobteveumgrandepercentualderesduos,emrelaoasoutrasfasesanalisadas.
REFERNCIAS
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DESIGNINDUSTRIALDAVESTIMENTADATRABALHADORANACONSTRUOCIVIL
(PROFSEGTRAB)ProfessoradeSegurana
(E.SEGTRAB)EstudantedeSeguranadoTrabalho
(T.EDIF)Tcnico(a)emEdificaes
RESUMO
Alguns fatores determinantes como segurana,
durabilidade, praticidade, conforto e bem estar, so
parmetros significativos para se concluir que os
uniformesutilizadosnaconstruocivilnososimples
roupasprofissionais,masimportanteitemdeproteo
individual ao trabalhador, alm de um fator essencial
para manter a estima e a motivao elevada. A
crescentepresenadafigurafemininanoscanteirosde
obrasjustificadapelointeressedemelhoressalriose
de libertao social. Essas duas abordagens
apresentadas anteriormente, uma, em relao ao
uniformeprofissional,eaoutra,ainvasofemininanos
canteirosdeobralevaramaoestudomaisaprofundado,
aanliseepesquisasobreaindumentriadamulherna
construo civil, visando adequar a vestimenta
profissional utilizada nesse tipo de ambiente de
PALAVRASCHAVE:Indumentria,Mulheres,Modelagem.
ABSTRACT
INDUSTRIALDESIGNDRESSOFWORKINGINCONSTRUCTION
environment,complementedbytheergonomicaspects
, security, usability and comfort of the collaborators .
The objective of this paper is to apply the knowledge
gained through laboratory and in situ research ,
developing a design for professional uniforms to be
used by women working in various functions of the
existing building . The creation of this dress discusses
aspectsofthematerialusedinitsmaking,fabricsand
their properties and safety in accordance with current
national and international standards , its practicality ,
appropriatetrims,thetypeofmodelingused,soitcan
provide comfort and well being women and viability
cost for businesses , bringing improvements to the
company
and
its
workers
.
KEYWORDS:Clothing,Women,Modeling
IXCongressoNorteNordestedePesquisaeInovao,2014
INTRODUO
Nos canteiros de obras das construtoras de obra civil cada vez mais notvel a participao das
mulheres nas tarefas de pintura, carpintaria, rejunte de piso e revestimento cermico, pedreiro
(levantamentodealvenariadevedao)dentreoutrasfunesdoramo.Acrescentepresenadafigura
femininanaconstruocivilpodeserjustificadapelointeressedemelhoressalriosedelibertaosocial.
Esta mo de obra s vem a somar nesse tipo de atividade pelos seus diferenciais oferecidos, como,
organizao,determinao,persistnciaedetalhe.
No entanto de suma importncia preocupao pelo fator humano presente em todo processo
produtivo.Considerandoqueparaobterumbomdesempenhoemqualqueratividade,necessrioque
seofereaumambientedetrabalhocompatvelcomasnecessidadesfsicaseoperacionais.
H algum tempo os uniformes profissionais no recebiam as atenes devidas por parte do
empregador; eles eram utilizados apenas para padronizar; dessa forma era constante a falta de
preocupao com a esttica e a utilizao de tecidos de baixa qualidade que causavam desconforto.
Consequentementeagrandemaioriadosempregadosnoviaaprticadousodessasvestimentascom
bonsolhoserepudiavamasuautilizao.
Com essa imagem negativa deixada para trs, empresas pblicas e privadas j tornaram o uso do
uniforme pelos seus colaboradores, algo imprescindvel na execuo de suas tarefas. A conscientizao
sobre a importncia da sua aplicao comeou a partir do momento em que se tornou perceptvel os
benefcios gerados pelo mesmo, sendo visto como uma forma favorvel de comunicao, organizao,
seriedadeemodernidade,almdemaisumdiferencialimportantepararefletiraimagemqueaempresa
quertransmitiraomercado.
Por outro lado, os funcionrios v o uniforme profissional como sinnimo de conforto, praticidade,
reduo de despesas, bemestar, segurana, durabilidade, alm de um fator essencial para manter a
autoestima e a motivao dos usurios que iro divulgar a imagem e literalmente vestir a camisa da
empresa.
No aspecto ambiental relacionado com o comportamental, tornase de suma importncia qualquer
estudoepesquisaquevenhaentenderasnecessidadesdosusurios,visandocontribuircomaadequao
dos ambientes. Nesse mbito, BINS ELY (2003) considera que a influncia do ambiente construdo no
comportamento est relacionada tanto s exigncias da tarefa a ser realizada no ambiente, como s
caractersticasenecessidadesdousurio.Tambm,aautoracolocaque,todaatividadehumanaexigeum
determinadoambientefsicoparasuarealizao.Ento,considerandotantoadiversidadedeatividades
quanto a diversidade humana diferenas nas habilidades, por exemplo podemos entender que as
caractersticasdoambientepodemdificultaroufacilitararealizaodasatividades.
Portanto, quando um ambiente fsico responde s necessidades dos usurios tanto em termos
funcionais (fsicocognitivos) quanto formais (psicolgicos), certamente ter um impacto positivo na
realizaodasatividades.
SegundoPOZZEBONERODRIGUES(2009),asroupassoaproteomaiseficazcontraoSolparaos
trabalhadores da construo civil. A melhor forma de proteo usar calas compridas e camisas de
mangas longas associadas aos protetores solares. Os raios UV (ultravioleta) atravessam o tecido,
conformeaespessuraeatrama.Almdessesfatores,existeacomposiodotecido,quetambmde
grandeimportnciaparasaberqualacapacidadedeproteodaRadiaoUltravioleta(RUV)solar.
Dentreas35(trintaecinco)NormasRegulamentadorasdeSegurananoTrabalho,aNR18,Condies
e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo, estabelece no item 18.37.3 (GONALVES,
2011),destanormaoseguinte:obrigatrioofornecimentogratuitopeloempregadordevestimentade
trabalhoesuareposio,quandodanificada.
Noprocessodeconfecodaindumentriafemininaparaconstruocivil,necessriosomartodasas
informaesobtidasempesquisaseestudosfeitosnaliteratura.Portantodefundamentalimportncia,
observar e planejar as especificaes do uniforme, relacionandoas com as funes existentes nos
canteiros de obra e sugerir a insero de uma vestimenta feminina adequada s funcionalidades
necessriasaodesempenhoprofissionaldasmulheres.
Porconseguinte,estosendofeitoscadavezmaisEPIsespeciaisparaotamanhodasmulheres,sendo
observadaasuaanatomia,ouasatividadesligadasdiretamenteaelas.Este,porsuavez,geralmentena
corrosa,poisavaidadecaractersticaevidentetrabalhadorasdaconstruocivil(MEDEIROS,2012).
Para se concretizar qualquer idealizao de desenho industrial, so necessrias diversas avaliaes,
principalmentedosproblemasedasnecessidadesexistenteseapartirdelastrazersolueseinovaes
que venham possibilitar um diferencial do produto. Segundo (PLATCHECK, 2012 e MANU,1995),
redefinemoDesignIndustrialcomoumconjuntodeatributos,sejam:Qualidade,ValorparaoUsurio,
Valor para a Empresa, Integrao de Equipe, Ecologia, Diferenciao, Venda, Inveno/Inovao,
Estratgia,Prosperidade,Identidade,ComunicaoeSatisfaodosConsumidores.
Entretanto, para desenvolver um novo Design Industrial, de fundamental importncia ser
insistentemente criativo. Assim como diz (KAMINSKI, 2000 apud PLATCHECK, 2012), a criatividade
necessria em todas as fases de desenvolvimento de um produto. Assim, necessrio quebrar os
preconceitosdalgicaafimdebuscarsoluesparaosproblemas/necessidadesquegeramoprojetoem
questo.
O objetivo principal desse projeto desenvolver uma peapiloto da vestimenta feminina para
aperfeioaroprocessodetrabalhonaindstriadaconstruocivil,levandoemconsideraoaproteo,
valorizao, conforto trmico, bem estar e uma confeco vivel, em busca de benefcios para os
trabalhadoreseempresa.Especificamente,pretendesedefinirosmateriaistxteisesuaspropriedadesa
serem aplicadas na modelagem desenvolvida; Desenvolver uma peapiloto que resulte na escolha da
modelagem adaptandoo as medidas femininas; Realizar a confeco da vestimenta realizada
relacionandoacosturaeacabamento;Identificarasnecessidadesespecficasparaoencaixedemoldesna
indstriadovesturio;eRealizartestescomparativosentreamodelagemutilizadahojeeapeapiloto.
METODOLOGIA
A pesquisa foi do tipo exploratria, pois exige uma preocupao em proporcionar maiores
informaes sobre o assunto; e do tipo descritiva, pois conter registros, anlises, classificaes e
interpretaesdosfatosobservados,estabelecendorelaesentreeles.
Oprojetofoidesenvolvidocombasenosdadosobtidosempesquisaanteriordesenvolvidapelogrupo,
ondeprimeiramentedefinirotecido,suaspropriedades,eaviamentosquesoadequadoscombasenas
pesquisas de campo j desenvolvidas nos canteiros de obras de prdios residenciais de 06 empresas
construtorassediadasemAracajuSE.
Neste projeto foi realizada a confeco do uniforme feminino, onde se visualizou os seguintes itens:
modelagem, corte, costura, aviamento, acabamento; controle de qualidade, teste do produto, a fim de
obterodesempenhoemcondiesreaisdeusoeporfimasuafinalizao.
Duranteoprocessodecriaodavestimenta,foramanalisadosedeterminadososmateriaisutilizados
naconfeco,como,acomposiodotecido,levandoemcontaassuaspropriedades,densidadedatrama
e cores, a sua segurana de acordo com as normas vigentes, sua praticidade, o tipo de modelagem e
corte, para que possa atingir o objetivo pretendido que conforto e bemestar as mulheres. Por fim,
complementada com viabilidade de custo, para que possa trazer melhorias tanto para as trabalhadoras
comoparaaempresa.
A fase seguinte do projeto foi complementada com auxlio de estilista especializado para desenhar e
modelarapeapilotodavestimenta,objetivandointegrlaasfuncionalidadesnecessrias.
Diversos tecidos, moldes, cores, entre outros fatores foram analisados, quanto questo
conforto/desconforto. Alguns profissionais, como estilistas e costureiras, auxiliaram nas etapas do
processodecriaoeconfecodaindumentria.
A partir dessa ideia adquirida, foram relacionados os conhecimentos tericos com a experincia dos
profissionaisdareadecosturaparainiciarentooprocessodeconfecodaspeas.
Nessastrsetapasdoprojetofoinecessriotercomometaprincipalaadequaodecadaprocessode
confeco ao objetivo geral. Aps a confeco de algumas peasamostras, essas foram entregues as
mulheresnocanteirodeobraparaobteramelhoradequaodasatividadeseseremanalisadasassuas
respostascomaplicaodequestionrios.
Apesquisadecampofoirealizadacomastrabalhadoras,atravsdaaplicaodequestionrios,com
perguntasfechadas,osquaisforamelaboradoscomumalinguagemsimples,claraeobjetiva,nointuito
debuscarinformaessobreapeaamostraparaalcanarosobjetivospretendidos.
Paraumamelhorinteraodomtododepesquisautilizado,GIL(1987,p.124132)afirmaqueO
questionrioconstituihojeumadasmaisimportantestcnicasdisponveisparaaobtenodedadosnas
pesquisassociais...Eleaindacita,Podesedefinirquestionriocomoatcnicadeinvestigaocomposta
por um nmero mais ou menos elevado de questes apresentadas por escrito s pessoas, tendo por
objetivo o conhecimento de opinies, crenas, sentimentos, interesses, expectativas, situaes
vivenciadasetc..
Aescolhadaaplicaodeumquestionriofechadodeuse,peloobjetivodechegararespostasclarase
especficasquepossibilitaramumamelhorcompreensoeestruturaodasinformaes.Ocontextodas
perguntasdoquestionriofoiclaramentebaseadonosobjetivosespecficosdesteprojeto,comointuito
principal de verificar, se o produto realizado est de acordo com o idealizado, alm de identificar
imperfeies,ouatmesmopossveismelhoriasaserempensadas.
Foiutilizadaapeapilotoconfeccionadaparaastrabalhadoras,narelaode2modelagensdiferentes
da vestimenta para cada canteiro de obra visitado, no universo de 3 construtoras de mdio a grande
porte.
O processo produtivo do projeto envolveu vrios momentos de anlise, reflexo, planejamento,
avaliao, crticas e definies a respeito da produo do uniforme feminino, objetivando sempre os
benefcios humanos para as trabalhadoras da construo civil e a viabilidade econmica para as
construtoras.
RESULTADOSEDISCUSSES
Nas construtoras que foram aplicadas o teste do prottipo das vestimentas, as operrias
utilizaram as vestimentas e opinaram sobre o modelo confeccionado. Foram utilizados os
questionrios de perguntas fechadas para obter detalhes e resultados mais prximos dos
objetivospretendidos.
Mesmocomacrescenteinserodasmulheresnoscanteirosdeobra,pesquisasmostramque
aconstruocivilcontinuasendoaatividadeeconmicanaqualosexofemininotemamenor
participaonoBrasil.Podeseassociarestendiceadoisimportantesfatores,oprimeiroseriaa
existnciadeesteretiposdasprofissesmasculinasefemininaseosegundoasmscondies
detrabalhoofertadaspelaconstruocivil.OMinistriodoTrabalhoafirmaqueonmerodas
operriaspassoude83mil,noano2000,para138mil,em2008eessaestatsticasfazcrescer.
Atualmente ultrapassa o nmero de 200 mil operrias atuando nos canteiros de obras
espalhadospelopas(PRANGE,2013).
Omercadodaconstruocivilestaaquecidoeocrescimentodademandaconstantepormo
deobraqualificada.Tambmconsidervelonmerodemulheresquesedestacamnessemeio
por alguns diferenciais de qualidades, como organizao, determinao e obstinao. No
entanto, aps observar os dados coletados, obtevese a pergunta: As mulheres recebem uma
vestimenta adequada, para que possam desempenhar com eficincia as suas funes nos
canteirosdeobra?No.
Ento, conforme levantamento junto s empresas de confeco de uniforme profissional
verificousequeostecidosmaisutilizadosnaconstruocivilpelosseuscolaboradoresforamo
brim,com100%algodoeobrim,com100%Uniforte,fabricadospelasempresasCedro,Santista
e Santanense. Dentre estes apresentados, o tecido da empresa Cedro ou Santista possui uma
qualidadesuperioraosdemaisexistentenomercadonacional.Otecidoeconomicamentevivel
foioBrimLeve,oCedroLeve,oGrafileoCedrofi.
Visualizandoadurabilidadedavestimenta,ascosturasreforadaseautilizaodefioselinhas
maisresistentes,garantemqualidade,proteoeconforto.Nessecasoaaplicaonasblusase
batas em tecido com Elastano na sua composio favorece essa qualidade pretendida (ADISSI,
2006).
NocasodoFatordeProteoUltravioleta(FPU)otecidobrimSantanenseUnifortecomFPU
50, alcana maior resistncia e proteo pele. No entanto, para garantir conforto trmico,
recomendase utilizar tecidos que possuam uma maior quantidade de algodo para garantir a
transpirao da pele. Com isso, a densidade da trama est relacionada ao FPU (ADISSI, 2006).
Ento,conformeaempresapesquisadainformouquedentreasempresaspresentesnomercado
txtil nacional, a que favorece tecidos com uma densidade de trama ajustada, com um menor
espaoentreasfibrasdotecidoresultandoemummaiorFPUaempresaSantista.
Com relao s cores, as mais utilizadas pela trabalhadora em canteiro de obra so o Azul
Royal,CinzaeLaranja.Entretanto,ajunodotecidoversuscor,umfatormuitoimportante,
quando se considera a exposio do trabalhador em um ambiente de trabalho que possua
elementos qumicos, exposio ao sol e sujeira, gerando um alto ndice de manchas, lavagens
frequentesededesbotamento.Diantedoexposto,estarelaoresultanaescolhadacorBrim
AzulRoyal,porterumndicemenordedesbotamento,comotambm,aderemenossujidade.
Visando segurana e o bemestar da mulher na construo civil, o tipo de uniforme
consideradomaisadequado,dentreoutros,foramacamisacommangascurtas,semabertura,e
com 1 bolso chapado 5 cantos e a camisa com mangas curtas, sem abertura e com 3 bolsos
chapados,sendo1emcimade5cantose2embaixocomportinholas.
Diantedetodoumestudoaprofundado,embuscaderespostasconcretasebeneficentespara
aconcretizaodaspropostasiniciais,muitasoutrasperguntasequestessurgirameforamde
acordocomaspossibilidadesrespondidas.Noentantoamaiordvidanopoderiaseroutra,se
no,aeficciaemgeraldoprodutofinaldesteprojeto.Antesmesmodecriaretestaroprottipo
da indumentria buscouse as caractersticas fundamentais para vestimentas, propriedades
importantesparaobomfuncionamentodoproduto,recomendaestcnicas,levandoemconta
dados tericos e prticos obtidos e por fim as diversas necessidades femininas, este ltimo o
grandediferencialdestapesquisa.
Apsacoleo,seleoetransformaodosdadoseminformaesmuitoimportantespara
concluir o esboo do desenho da vestimenta, iniciouse a confeco da PeaPiloto por
profissionais capacitados e habilitados, consequentemente oferecendo uma indumentria de
qualidadeecombonsacabamentos.
Figura01Atividadedecosturaeacabamento
Figuras02e03Atividadedecosturaeacabamento
A partir da, levouse para o canteiro de obra a PeaPiloto para mulheres que executassem
atividades como exemplo, rejunte, alvenaria, ferragem e outros. Essas colaboradoras deveriam
utilizar a vestimenta confeccionada por trs dias, executando normalmente as suas funes
dirias e no quarto dia a profissional devolveria a indumentria. Sendo complementado com a
aplicaodoquestionrio,aqualdeveriainformarassuasopinieseanlisesdouniforme.
Seformoscompararasindumentriasjexistentesequesejamrelacionadasaessapesquisa,
podese conferir que o grande diferencial deste projeto no foi s especificaes tcnicas do
produto,atmesmoporqueaslimitaesparatestes,desenvolvimentoefornecimentodeuma
matriaprimadiferenciadasomuitograndes.Portantooobjetivoprincipaldestaatividadeera
avaliar teoricamente e se possvel na prtica, as caractersticas e especificaes fundamentais
para suprir as necessidades do cliente/usurio e da comparar com a matria prima oferecida
pelomercado.Emseguidaavaliarqualtecidodisposto,atendemelhorasatribuiespropostas.
Selecionado a matria prima principal do produto a ser desenvolvido, dse incio ao grande
diferencial do projeto, o design da vestimenta. Nesta fase buscouse apresentar inovaes, se
tratandodeumavestimentaparaasmulheresoperriasdaconstruocivil.
Novosconceitosetendnciasforamidealizados,afimdeatenderasnecessidadesfemininas,
como exemplo, funcionalidade, esttica, valorizao, diferenciao, identidade, comunicao,
segurana,confiabilidade,antropometriaeaergonomia.Pensouseagregartodosessesdetalhes
em um nico produto, verificando atentamente cada detalhe, requisitos, restries e
acabamentos. Apesar da escassez de contedo literrio especfico, que aborde esta temtica e
dos demais inconvenientes que interferem no bom desenvolvimento do projeto e por este
motivopensasseemdarcontinuidadespesquisasetestesparaprocederacorrees,ajustes,
adequaesesenecessrionovaspeaspiloto,atatingirosparmetrosdesejadoseaceitveis.
Sobretudo,essaatividadechegouadoisprottipososquaisforamapresentadosesubmetidos
atestespelasprofissionaisdarea.Apropostaerapossibilitarqueausuriaverificassequaisdos
produtosconfeccionadosdispemdascaractersticasquelhesomaisconvenientes.Deacordo
com PLATCHECK (2012, p.109), Nesta etapa, no existem respostas, normas ou literatura
disponvel, e provavelmente no existe algum ao alcance que tenha resolvido o mesmo
problema.
Atravsdoquestionrioobtivemosaopiniodasoperriasdaconstruocivilqueutilizouas
vestimentas. A voluntria tinha 35 anos, exercia a funo de servente e as suas principais
atividadeseramderejunteelimpezageral.Amesmaachoumuitoimportanteumavestimenta
que atenda as necessidades femininas e que atenda os requisitos de proteo, conforto e
valorizao da mulher da construo civil, beneficiando at mesmo o desempenho nas
atividades.
Aentrevistadarelataqueosseuscolegasdetrabalhoaovlautilizandoanovavestimenta,
elogiaram ou at mesmo desejaram o novo uniforme, confirmando a valorizao e motivao
diferenciada representada pelo vesturio. Questionouse tambm sobre a qualidade do tecido,
no entanto a voluntria afirma que o mesmo adequouse de acordo com a sua ocupao e
formao de uso, com uma caracterstica resistente, flexvel e ergonmica, oferecendolhe
segurana e bemestar nas atividades executadas, porm no foi perceptvel diferena em
relao ao uniforme padro da construtora, em relao ao conforto trmico e o fator de
proteosolar(FPS).
Foidescritopelavoluntriaqueapesardanecessidadeestabelecidapelaempresadeutilizar
umacorpadro,acordapeapilotoutilizada(verde),semostroufavorveltantoesteticamente,
como pelo FPS. Alm de todas essas observaes, houve alguns pontos negativos a serem
revistos, como, as previses de bolsos e botes, decote inapropriado, e necessidade em
acrescentar cordes na cintura e abertura com botes na camisa. Vrios pontos positivos
tambm foram vistos, como, secagem rpida, o tecido no desbotou, as manchas saram
facilmente,propsidentidadepessoaledefuno,transpiraodapeleeficienteevalorizao
dousurioedaempresa.
CONCLUSES
Omercadodaconstruocivilestaaquecidoeocrescimentodademandaconstantepor
modeobraqualificada.Tambmconsidervelonmerodemulheresquesedestacamnesse
meio por alguns diferenciais de qualidades, como organizao, determinao e obstinao. No
entanto, aps observar os dados coletados, obtevese a pergunta: As mulheres recebem uma
vestimenta adequada, para que possam desempenhar com eficincia as suas funes nos
canteirosdeobra?No.
Com isso, este projeto vem a contribuir com a melhoria da qualidade de vida das
trabalhadoras da construo civil por meio da reformulao da sua indumentria, levando em
conta alguns fatores fundamentais que so: o conforto, que fundamental para o trabalhador
desempenhar bem a sua funo e atingir o seu melhor aproveitamento; a autoestima,
determinanteparaotrabalhadorsesentirvalorizadoemotivadoaproduzirmaisemelhor;epor
fimasegurana,queadependerdaatividadeexercidapelocolaboradornecessriautilizao
deumaroupacomalgumasespecificaes,paragarantiraproteoeaconfianadofuncionrio
naexecuodassuastarefasdirias.
Apartirdealgumasanlisesrealizadas,surgiramanecessidadedeconhecerosprocessosde
identificao do cliente/usurio, definio do trabalho, reconhecimento das necessidades,
objetivao da pesquisa, montagem do programa de trabalho, cronograma de execuo e
clculoseavaliaodoscustosdaPeaPiloto.
Seguiusenessecaminhoanalticooprojetoeodesenvolvimento.Essespilaresnadamais
que,olevantamentodosdadoscolecionadosnasfasesanterioresdoprojeto,anliseeavaliao
dessas informaes, projeo desses registros em um design (esboo), incluindo suas diversas
caractersticas visuais e tcnicas, e por fim, desenvolvimento de uma PeaPiloto, a qual foi
testadaeavaliadapeloprpriocliente/usurio.
Seguindoessecaminho,oresultadodesejadofoialcanarpadresnecessriosecompetentes
para as mulheres trabalhadoras da construo civil, considerando a valorizao, conforto,
proteo, bem estar, aprimorando o desempenho nas atividades desenvolvidas por esse novo
profissionalqueomercadoabsorve.
REFERNCIAS
1ADISSI,JoanaOliveiraetal.Vestimentadetrabalhoparaaconstruocivil.In:XXVIENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO. Anais... Fortaleza, 2006. Disponvel em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR500330_8363.pdf.Acesso em 08 mar.
2013.
2BINSELY,V.Ergonomia+Arquitetura:buscandoummelhordesempenhodoambientefsico.
Anaisdo 3Ergodesign3CongressoInternacionaldeErgonomiae UsabilidadedeInterfaces
3GIL,AntnioCarlos.MtodoseTcnicasdePesquisaSocial.6ed.SoPaulo:Atlas,1987.
METALDIM:SOFTWAREEDUCATIVOPARADIMENSIONAMENTODEESTRUTURASMETLICAS
D.P.B.daRocha(IC);J.V.M.deOliveira(IC)1 ; M.F.C.Andrade(IC)1;Y.A.Barbosa(IC);M.Varela(PQ);
1
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentral
email:metaldimifrn@gmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:estruturasmetlicas,ao,ensino,mtodocomputacional.
METALDIM:EDUCATIONALSOFTWAREFORSTRUCTURALDESIGNOFSTEELSTRUCTURES
ABSTRACT
structuralelementsinsteel,suchthatuserswillbeable
to follow and compare results, step by step, with a
possible previous dimensioning made by themselves.
Theprogramcontemplateslaminatedandsolderedsteel
profiles liable to tractions, compressions, flexion and
flexioncompressioninaccordingtotheNBR8800:2008.
Beyond facilitating the understanding of the process to
dimensioning metallic structures, the software aims to
stimulate student's interest in the usage of
computational methods in the resolution of problems
applied to different topics in the field of civil
construction,mechanicsandcomputing.
KEYWORDS:steelstructures,steel,teaching,computationalmethods.
METALDIM:SOFTWAREEDUCATIVOPARADIMENSIONAMENTODEESTRUTURASMETLICAS
INTRODUO
Ouso desoftwareseducacionaisumaexcelentealternativa,aindapoucoaproveitada,
para o aprimoramento do ensino de estruturas metlicas. Por meio deles possvel contribuir
paraoentendimentodocomportamentodeestruturaserealizarasverificaesnecessrias,de
ummodoprtico,paraodesenvolvimentodeprojetosporpartedosestudantes.Nessesentido,
este trabalho apresenta um programa didtico e intuitivo que permitir aos usurios
acompanhar,passoapasso,osprocedimentosrelacionadoscomodimensionamentoeavaliao
daresistnciadeelementosestruturaisemao.
Atravsdaunioentrediferentescursosereas,surgiuoMETALDIM,umsoftwareque,
aocontrriodoqueencontradoatualmentenomercado,gratuito,possuifinsacadmicose
uma interface grfica de fcil compreenso para anlise e dimensionamento de elementos
metlicos.
Oprincipalobjetivodaideiafacilitaroaprendizadonadisciplinadeestruturasmetlicas
epromoverumainexploradainterdisciplinaridadeentreoscursosdeConstruocivil,Mecnica
e Informtica do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte/
Campus Natal Central IFRN. Os estudantes frequentemente defrontam com dificuldades na
disponibilidade de programas de fcil compreenso. Em geral, a utilizao de programas
comerciaisdemandaaltocusto,quedificultamaindamaisoensinodeestruturas.
Figura1TelainicialdoprogramaMETALDIM.
MATERIAISEMTODOS
RESULTADOSEDISCUSSO
Apsacriaodosalgoritmosparaosclculosdoselementosmetlicossobasforasde
trao,compresso,flexosimpleseflexocompresso,foramfeitostestesprticosereaispara
validar essas formulaes, chegandose aos resultados desejados pela equipe. Alguns desafios
foram encontrados sendo avaliados e estudados com preciso para se obter um programa
confiveledeacordocomositensprevistospelaNorma8800/2008.Nafigura2observaseum
desses processos de validao de exemplos sendo realizado na tela destinada para pr
dimensionamentodeestruturasdeaosujeitasaesforodecompresso.
Figura2Teladomdulocompresso.
Cada tela do METALDIM criada tendo como base algoritmos tipo fluxograma, que
indicam o passo a passo de criao de cada mdulo. a partir desses fluxogramas que ocorre
uma das maiores interdisciplinaridades, entre os cursos de Construo Civil e Informtica,
proporcionadanoprocessodecriaoepesquisadosoftware.Osfluxogramassoestudadose
interpretados, para que assim a interface grfica possa ser criada atravs do Microsoft Visual
Studioe,comoconsequncia,cadatelacriadaseguindoospadresdesequncia,passoapasso
(Figura 3), orientados pelo fluxograma. Assim obtmse como resultado um software didtico
direcionadoaoaprimoramentodoensinoaprendizagemdocorpodocenteediscente.
Figura3Passoapasso.
CONCLUSO
AGRADECIMENTOS
REFERNCIAS
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR8800/2008Projetodeestruturasdeao
edeestruturasmistasdeaoeconcretodeedifcios.
BELLEI,ILDONYH.;PINHO,FERNANDOO.;PINHO,MAUROO.Edifciosdemltiplosandaresem
ao.SoPaulo:EditoraPini,2008.
FERRAMENTAS
e
linguagens
para
programadores.
Disponvel
<http://msdn.microsoft.com/ptbr/library/vstudio/>.Acessoem:3mai.2014.
em:
RESUMO
dasfibrasdecoconafabricaodechapasdepartculas
que podero ser usadas nas indstrias da construo
civil, embalagem e mveis. Estes materiais foram
caracterizados utilizando os ensaios de densidade,
flexo esttica, teor de umidade, absoro de gua e
inchamento seguindo as recomendaes da norma
14810 da ABNT [2] e a norma 1036 da American
StandartforTestingMaterial(ASTM).[1]
PALAVRASCHAVE:particleboard,resinasintticaefibras.
PANELMANUFACTURING(PARTICLEBOARD)USINGFIBERCOCOBEACH(Cocosnucifera)MIXED
WITH PARTICULATEWOODPIQUI(Caryocarbrasiliense) GLUEDWITHPOLYMERRESINBASED
ONUREAFORMALDEHYDE
ABSTRACT
KEYWORDS:particleboard,syntheticresinandfibers.
particlesthatcanbeusedinconstruction,furnitureand
packaging industries. These materials were
characterized using assays density, bending strength,
moisture content, water absorption and swelling
followingtherecommendationsofthestandardandthe
norm ABNT 14810 1036 American Standart for Testing
Material (ASTM).norm ABNT 14810 1036 American
StandartforTestingMaterial(ASTM).
INTRODUO
Aproduobrasileiradeaglomeradotemcrescidoconsideravelmentenosltimosanos.
Estecrescimentosedeveavriosfatores:necessidadedesubstituiodamadeiranaturaldevido
a escassez, evoluo tecnolgica deste tipo de material, modernizao dos ptios de produo
industrial, alm da aceitao do consumidor final sobre a melhoria da qualidade deste tipo de
produto.
O Brasil ocupa o nono lugar na produo de painis aglomerados com 2% do total da
produo mundial estimada em 84 milhes de m, movimentando cerca de US$ 6 bilhes
(JUVENALeMATOS,2003).[3]
De acordo com Malloney (MALONEY, 1977), [8] painis aglomerados so fabricados a
partirdemateriaislignocelulsicos,naformadepartculasoufibrasmisturadascomumaresina
sinttica ou outro aglomerante, coladas entre si sob ao de calor e presso no qual a ligao
entreaspartculasrealizadapeloaglomeranteadicionado.
Na produo de painis aglomerados importante levar em considerao vrios
parmetrosquevoafetaraspropriedadesfinaisdoprodutocomoaespciedamadeira,tipode
partcula,otipodeaglomerante(KOCH,1987)[6]utilizadoesuaquantidade(KOLLMANNetal.,
1975).[3]
Outra forma de diminuir o corte indiscriminado de rvores seria a utilizao das fibras
naturaisnafabricaodechapasdepartculas,poissabemosqueoBrasilmuitoricoemmuito
dessasfibrascomoosisal,opineapple,luffa,coco,buriti,canadeacar,etc.BLEDZKIeGASSAN
[3]descrevemqueousodefibrasvegetaiscomoreforoemcompsitos,temosseususos,de
certa forma, limitados, justamente pela natureza polar e pela alta hidrofilicidade relativas
presenadegruposhidroxilas(OH)dasmolculasdecelulose,omaiorconstituintedessasfibras.
Essecarterpolartornaasfibrasvegetaisincompatveiscomospolmeros,quenasuamaioria,
possuemcarterpredominantementeapolar.
ROSAETal,2009[9]realizaramaconfecodecompsitosreforadoscomfibradecoco
submetendoasfibrasemtrstratamentoseobtiveramasmelhorespropriedadesmecnicasdos
compsitosqueforamtratadospelooprocessodemercerizao.
FLORENTINO ET al,[4] estudaram o efeito da modificao qumica das fibras de coco
verde atravs do tratamento alcalino (NaOH) no desenvolvimento de biocompsitos de
poliuretanoavaliandoapropriedadesmecnicasdoscompsitoseasmodificaesdasfibraspor
Microscopiaeletrnicadevarredura.
Os adesivos mais empregados na fabricao de painis de madeira so os adesivos
sintticos,destacandoseofenolformaldedo,oresorcinolformaldedo,auriaformaldedoea
melaminaformaldedoquecorrespondema90%detodasasresinasadesivasquesoutilizadas
na fabricao de painis de madeira, sendo todas elas derivados de combustveis fsseis e
apresentamcomoprincipaispropriedadessuaresistnciaumidadeeimunidadeaoataquede
microrganismos.KOCHetal,1987.[6]
Oobjetivodestetrabalhofoioaproveitarasfibrasdecocodapraia(Cocosnucifera)que
sodescartadosdapraiadeSoLuisMaranhoparafabricaodechapasdepartculascomo
formadediminuirocortedervoreseoimpactoambiental.
MATERIAISEMTODOS
Neste trabalho foram utilizadas as fibras de coco da praia (Cocos nucifera) que foram
recolhidosnapraiadeSoLusMaranhoquesodescartadosdepontosdevendadestefruto.
Aparteutilizadanocompsitofoiacascadofrutoqueprimeiramenteapscortadasempores
aproximadamentede3a4cmforamsecadasaoarlivrecomaperdademais200%deumidade.
Os resduos foram triturados em um liquidificador industrial e peneirados sendo utilizada a
frao retida nas peneiras tyller n 06 e 16. Outro componente utilizado no processo foi s
partculasdamadeirapiquiqueforamrecolhidasnoestaleiroescolacujamadeirautilizadana
fabricaodebarcos.
ab
Figura1Cavacosutilizadosnaprensagemdaschapas:a)fibradecocoeb)resduoda
madeirapiqui
A Resina utilizada no processo foi ureia formol conhecida comercialmente pelo nome
Colamitequeusacomoendurecedorosulfatodeamnia.Foramobtidaschapasdepartculas
com espessura mdia de 16 mm por 300 mm de comprimento e largura. Em sua composio
foram utilizados 250g de fibras de coco mais 250g da madeira piqui e 125g de resina que
correspondea25%dasfibrase20%docompsito.Aresinafoiadicionadaasfibrascomousode
um borrifador pulverizador que depois de condicionada em um molde de 30x30cm foram
conformadasemumaprensamanualaumapressodeaproximadamente1MPaporumtempo
de08horasnatemperaturaambiente.
Tabela1Quantidadedemateriaisparaconfecodaschapas
Chapasdepartculas
Composio
Materiais
Quantidade
Fibrasdecoco +Resduoda
madeirapqui
500g
ResinaUreia formol
25%pesodaspartculas
Aps o tempo de 48 horas foram retirados os corpos de prova das 08 chapas para
realizao dos testes fsicos de Densidade, Absoro de gua, Inchamento, Teor de Umidadee
mecnicosdeFlexoestticadeacordocomanormaNBR14810daABNTeASTM1037.
RESULTADOSEDISCUSSO
Osresultadosobtidosforamcomparadoscomanorma14810daABNTquerelacionaos
valoresmnimosparaaspropriedadesmecnicasemximasparainchamentoemespessura.
Figura2Painisobtidosapsoperaodecortedasarestas.
Tabela2Estoapresentadososvaloresmdiosdosresultadosparadensidade,mdulode
ruptura(MOR),mdulodeelasticidade(MOE),teordeumidade,absorodeguaeinchamento.
Propriedades
Densidade
(Kg/M)
MOR
(MPa)
MOE
(MPa)
Teorde
Umidade
(%)
Absorodegua Inchamento
(%)
(%)
2h
24h
2h
24h
Mdia
787
2,02
163
16,6
28%
50%
3,9%
6,8%
SD(%)
43,7
0,47
41,64
0,44
7,5
2,60
2,9
NCP
12
SDDesviopadroNCPNmerodecorposdeprovaparacadapropriedadeanalisada
Densidade
A densidade mdia do painel ficou em torno de 787 kg/m, com nmeros muito pouco
acimadaclassificaodemdiadensidadesegundoanorma14810daABNT.
Flexoesttica
NesteensaiocalculadooMduloderupturaeoMdulodeelasticidadedaschapasque
ficaramentornode2,02e163Mpaparaambasaspropriedadesfsicas.
Figura3Ensaiodeflexodeumcorpodeprova.
Teordeumidade
O teor de umidade dos painis ficou em torne de 16,6%. A norma estabelece que os
painis fiquem com o teor de umidade variando entorno de 5 a 11% estes valores podem ter
acontecido devido o processo de prensagem ser a frio e a resina ureia formol usar em sua
composioumaquantidadesignificativadeguaemsuacomposio.
Absorodegua
Os valores mdios de absoro de gua variaram de 28 a 50% para 2 e 24 horas de
imersoemguarespectivamente.Estasvariveissoumadasmaisimportantesnestestiposde
materiais devido a madeira ser higroscpica e aps absoro da umidade sofrer variao
dimensionalprincipalmentenaespessuraprovocandoadeterioraodospainis.Anormano
estabeleceumvalormximoparaabsorodegua.
Inchamentoemespessura
Osvaloresmdiosdeinchamentoemespessuravariaramde3,9a6,8%parainchamento
aps02e24horasdeimersorespectivamente.Osresultadosficaramdentrodafaixadoquea
normaNBR14810estabelececomovalormximodeinchamentoaps02horasdeimersoem
gua.
CONCLUSO
Devido esta experincia ainda estar em estgio preliminar e que ainda esto em testes
outrosensaiosenovascomposiesosresultadospodemserconsideradosbons,porquemostra
aviabilidadedoreaproveitamentodasfibrasdecocodapraia(Cocosnucifera)parafabricaode
chapasdepartculasquepodemserutilizadasemambientesinternoseexternos.Osresultados
dostestesdeabsorodeguaeinchamentoforamsatisfatrios,comparadoscomoresultado
daNormaNBR14810daABNT,devidoestaremabaixodovalorestipuladopelareferidanorma.
Osensaiosmecnicospodemsermelhoradoscomotratamentodasfibraseousodaprensagem
aquentequediminuiotempodecuradaresinaporminfluenciaemcustosenossopropsito
seria a possibilidade de fazer um painel com baixo custo de produo. Os resduos da madeira
piqui(caryocarbrasiliense) foramadicionadosaocompsitocomoformademelhoranaadeso
docompsitoentreasfasesmatrizereforo.
AGRADECIMENTOS
OsautoresagradecemaoIFMAeaFAPEMApeloapoioeajudafinanceiraaoprojeto.
REFERNCIASBIBLIOGRFICAS
1. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. Standard methods of evalutating the
properties of woodbase fiber and particle panel materials. In: Annual Book of ASTM
Standards,ASTMD103778.Philadelphia.1982.
2. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 14810 Chapas de Madeira
aglomerada.ABNT.RiodeJaneiro,2002.
3.BLEDZKI,A.K.;GASSAN,J.CompositesReiforcedWithCelluloseBasedFibers.Prog.Polym,
Elsevier,v.24,p.221272,KasselGermany,1999.
4. FLORENTINO, W.M, ET. al. Biocompsitos de Poliuretano reforados com Fibras de Coco
Verde.CadernosUnifoa,VoltaRedonda,2011.
ESTUDODAREOLOGIAROTACIONALEDINMICANACONFECODEPASTASDECIMENTO
PARACIMENTAOEMPOOSPETROLFEROS
D.S.Diniz(IC);S.N.Melo(IC)2;F.F.D.A.Meira(PQ)3
1
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusCampinaGrande;2InstitutoFederaldaParaba(IFPB)Campus
CampinaGrande;3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusCampinaGrandeCoordenaodeConstruo
deEdifciosemail:frankslale.meira@ifpb.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(TC)TcnicoemQumica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Comagrandevalorizaodasempresasextrativistasde
petrleo no cenrio mundial e sua busca por melhores
resultados em suas exploraes. Fazemse necessrias
pesquisas relacionadas reologia, pois permite
caracterizar a pasta de cimento e seus principais
aspectos. Logo, poder aprimorar novas tcnicas,
materiais com melhores desempenhos e que se
adaptem s necessidades do atual mercado. Trazendo
assim, a relevncia dos estudos reolgicos. Portanto,
PALAVRASCHAVE:Pastadecimento,Reologia,Poospetrolferos.
RHEOLOGYSTUDYOFROTATIONALANDDYNAMICSINMAKINGPULPOFCONCRETE
FOUNDATIONFORINOILWELLS
ABSTRACT
KEYWORDS:Putty,Rheology,petroleumwells.
rheologicalstudies,whichthisessayhastheobjectiveof
evaluating more specifically the studies of the dynamic
and rotational rheology on cementation process of
petroleum wells. Through searches and joints in
academic collections taking as reference the analysis
and rheological studies about cement the research for
improved observation mechanisms capable to identify
the main rheological behavior with the use of
rheometersthatenableustosuchunderstandings.
ESTUDODAREOLOGIAROTACIONALEDINMICANACONFECODEPASTASDE
CIMENTOPARACIMENTAOEMPOOSPETROLFEROS
INTRODUO
Este trabalho tem por objetivo identificar os modelos e estudos voltados aos
parmetros reolgicos encontrados na pasta de cimentcia para poos petrolferos e
constatarosmaisadequadosparaque,detenhamresultadosmaisprecisos.
Com a grande exigncia das empresas extrativista de petrleo, acerca de
melhoriasnassuasoperaes.Temgerado,cadavezmais,anecessidadedepesquisas
relacionada reologia, com intuito de maximizar a extrao e evitar maiores danos
ambientais. A reologia de fundamental importncia, pois permite saber as
propriedades do fluido e como este vai se comportar durante o bombeio da pasta.
(SOUZA et al., 2011). Ento importante estudar alternativas que visem, alm de
contribuir para a diminuio do desperdcio e a melhoria das tcnicas, o
aproveitamento dos recursos ambientais disponveis, possibilitando o
desenvolvimentodeumambientesaudvel,economicamenteviveleecologicamente
correto.
Logooestudoreolgicoqualificarapasta.Jque,deacordocomSOUZAet
al.(2011)possvelidentificaracaracterizaodeumdeterminadofluido.Umfluido
como uma substncia que se deforma continuamente quando submetido um
esforo constante, sem se importar quo pequeno seja este esforo. De todas as
propriedadesdosfluidos,aviscosidaderequerumamaioratenonoestudodofluxo
deumfluido(LOPES,2010).
Outra propriedade dos fluidos pode ser descritas por campos envolvendo
velocidade, matematicamente definese velocidade num fludo como a taxa de
deslocamento mdio das molculas contidas num volume elementar ao quadrado
(PORDEUS,2011).
(PORDEUS,2011)
Onde:
V=Velocidade
Dx=Deslocamento
DT=Tempo
Equao(1)
Equao(2)
OndeFaforaaplicadanadireodoescoamentoeSadasuperfcieexpostaao
cisalhamento(MACHADO,2002).
A fora dividida pela rea na qual ela age chamada tenso. O vetor fora
dividida pela rea o vetor de tenso, a componente normal da fora dividida pela
rea a tenso normal e a fora tangencial dividida pela rea a tenso de
cisalhamento(PORDEUS,2011).
(PORDEUS,2011)
Equao(3)
Onde:
=Tensodecisalhamento
Ft=Componentetangencial
A=rea
Ataxadecisalhamento,definidacomoodeslocamentorelativodaspartculas
ouplanosdefluido,estrelacionadacomadistnciaentreeles.Ataxacisalhamento
tambm denominada de grau de deformao ou gradiente de velocidade e pode
tambmserdefinidaatravsdeumexpressomatemticaquerelacioneadiferena
das velocidades entre duas partculas ou planos vizinhos como a distncia entre
eles(MACHADO,2002),comoaseguir:
Equao(4)
Onde adiferenadevelocidadeentreduascamadasdefluidoadjacentes
adistnciaentreelas(MACHADO,2002).
OLIVEIRA(2014)estabelecequeaviscosidadetratasedapropriedadepelaqual
umfluidoofereceresistnciaaocorte,comotambm,sendoamedidadaresistncia
dofluidoflunciaquandosobreeleatuaumaforaexteriorcomo,porexemplo,um
diferencial de presso ou gravidade. Destaca que as maiorias dos lquidos viscosos
fluemfacilmentequandoassuastemperaturasaumentamequeocomportamentode
umfluidodependedavariaodetemperatura,pressooudetensoquandovariaa
temperatura, presso ou tenso dependendo do tipo de fluido. Segue abaixo a
equaodaleideviscosidadedeNewton:
Equao(5)
(OLIVEIRA,2014)
Onde:
F,TensodecortedofluidoA.
Taxadedeformao,taxadecorte,gradientedevelocidade,taxadedeformao
emcorte.
Tendo em vista, os diversos comportamentos apresentados pelos fluidos,
segundoMACHADO(2002)osfluidospodemserclassificadospeloseucomportamento
de fluxo ou reolgico, que deve observar a relao em tenso de cisalhamento e o
gradientedevelocidadeassimcomoexperimentalmente.
Figura 1 Curvas de fluxo de alguns tipos de fluidos: (A) newtoniano; (B) binghamiano ou
plstico ideal; (C) pseudoplstico; (D) dilatante; e (E) pseudoplstico com limite de
escoamento.(MACHADO,2002).
Fluidosnosquaisatensodecisalhamentonodiretamenteproporcional
taxadedeformaosononewtonianos.(FOXetal.,2006).
Estes fluidos so classificados conforme o aspecto da curva de fluxo e
correlao com alguma equao ou modelo matemtico (MACHADO, 2002). E de
acordo com MIRANDA (2008), os modelos so: Newtoniano, Bingham, Potncia,
HerschelBulkley.
De acordo com o Acervo da Universidade de Santa Catarina, nas aplicaes
destes fluidos podemse ser adequadas ao modelo exponencial que escoamento
unidimensionalescritoabaixo:
Equao(6)
Onde:
k=ndicedeconsistncia;
n=ndicedecomportamentodoescoamento;
Figura2Representaodofluidodilatante.
Equao(7)
Onde:
K=ndicedeconsistnciadofluido;
n=declividadedacurva;
Noqual,podeserencontradaamesmaequao,masdaformaemque:
.
Segundo FOX et al. (2006), os que dependem de uma tenso inicial de
cisalhamentosoosPlsticosdeBinghamquepossuemumarelaolineardatenso
,para
Equao(8)
Onde:
=tensodecisalhamentoinicial;
=constanteanlogaviscosidadedefluidonewtoniano;
+/=Quandoatensofornegativaosinaldatensoinicialdecisalhamento
tambmser,omesmoocorrequandopositivo.
Caracterizaodocimentoparapoospetrolferos
A cimentao de poos de petrleo consiste de uma etapa crtica durante a
fase de perfurao de um poo, pois problemas durante a operao de bombeio da
pasta e um preenchimento incompleto do espao anular, entre o revestimento e a
parededopoo,podemcausaraperdadopoo(MIRANDA,2008).
De acordo com LIMA (2006) uma pasta de cimento eficiente deve apresentar
viscosidade(gua/cimento)baixa,dessaformafacilitasuapenetraonosanularesou
nos canais, oferecendo boas condies de bombeamento. Para isso, esto sendo
utilizadas novas tecnologias na formulao de pastas de cimento com o objetivo de
otimizaraspropriedadesmecnicasearesistnciaqumica.Essatecnologiautilizada
paraaumentaracompacidadedepartculasslidasdapasta.Fazendoissoosvaziosda
pastaseropreenchidoscomslidosdegranulomtricaadequada.
Conforme LOPES (2010) os instrumentos comuns capazes de medir as
propriedades reolgicas podem ser divididos em dois grupos, os tipos rotacionais ou
tubo. Sendo os rotacionais: Placa Paralela ou placa/placa, Cone e Placa, Cilindro
Concntrico,Agitador.Eostubos:Capilardevidro,CapilardeAltaPressoeTubo.
RESULTADOEDISCUSSO
Com base nas referncias, notouse a relevncia do estudo rotacional e
dinmico nas pastas de cimentos para os poos petrolferos. J que, o fluido
determinadoparafinsamplamentearriscados,poiscomoafirmouCOSTAetal.(2000)
deficinciasnacimentaoprimriaemumpoopodegerardiversospontosnegativos
emcustos.
Tendo o conhecimento reolgico do fluido, podese identificar o nmero de
Reynolds,resistnciasedimentao.Mas,paraoscasosdosfluidosnonewtonianos
necessrio as modelagens matemticas para as concluses dos parmetros
reolgicos.
A ver, que os viscosmetros, em alguns casos, so instrumentos que limitam
melhores estudos, pois no so precisos comparados aos remetros e no permite
varias modelagens durante a anlise. Todavia, podese notar que no se deve usar
qualquerremetroparafinsdeumdeterminadoestudo,necessriooconhecimento
doremetroideal,dageometriaparaofluido,acessrioscomplementaresnecessrios
aoequipamentoedosensaiosmaisadequados.Porm,essesequipamentospossuem
umcustocaro,oquelevaspesquisasaalgunsgrausdedificuldades.
CONCLUSO
Para se desenvolver modelos de estudos capazes de caracterizar as
propriedades reolgicas encontradas na pasta de cimento para poos petrolferos e
constatar o mais adequado e que apresente maiores resultados, ser necessrias as
anlises a partir de equipamentos laboratoriais como o remetro. Como existe
atualmente um vasto amplo de diversos remetros e acessrios complementares,
precisoquetenhaumconhecimentoprviodofluidoparautilizaroequipamentomais
adequado, pois desta maneira obter resultados ainda mais precisos. At porque, as
variaes de presses, proporcionados pelas as diferentes foras aplicadas, e as
mudanas de temperaturasacarretam caractersticas reolgicas diferentes para o
fluido.Assimcomo,devesesimularensaiosqueencaminhemparaosresultadosque
pretendemobter,comoporexemplo,casoopretendidosejaencontraraviscosidade
ouatensomnimaparainiciaroescoamentodeveseraplicadooensaiodefluxo.
AGRADECIMENTOS
OsautoresagradecemoapoiofinanceirodisponibilizadopeloCNPqeoIFPB
CampusCampinaGrandeporpossibilitarodesenvolvimentodapesquisa.
REFERNCIAS
COSTA,Andr;etal.CompletaodePoos.UFRJ,2000.(Apostila).
ARGAMASSASDEALTARESISTNCIA
P.J.Bisneto(IC);F.L.Medeiro(IC);L.Y.Otaviano(IC) ;V.L.Falcomer(IC)
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentral,DepartamentodeConstruoCivl
email:pedrojoao1997@hotmail.com;felipelucas_m@hotmail.com;yasmin_leticiaP@hotmail.com;
valleria.leite@yahoo.com.br
RESUMO
comoglenium51,microsslicaemateriaiscomoopde
brita, ajudando atingir uma alta resistncia de forma
rpida, accelerando assim, toda a obra. Afim de fazer
essa observao foram considerados diferentes traos
de argamassas e variadas pastas. Sendo todas elas
padronizadas na moldagem e cura, para terse uma
melhor avaliao dos resultados obtidos. A resistncia
foiobtidaatravsdosmtodosemdulosdaResistncia
deCompressoAxial.
PALAVRASCHAVE:Argamassa,resistncia,cimento,microsslica,glenium.
HIGHSTRENGTHMORTAR
ABSTRACT
KEYWORDS:Mortar,strength,cement,microsilica,Glenium
ARGAMASSASDEALTARESISTNCIA
INTRODUO
Atualmenteoramodaconstruociviltemcrescidocadavezmais,ecomissooconsumo
de cimentotem aumentado significativamente, passando este a ser asegunda substncia mais
utilizadanomundo.(MEHTA&MONTEIRO,1994)
Autilizaodocimentoparaaevoluodasociedadehumanainegvel.Deimportncia
indispensvelparaaevoluo,ocimentotemumainfinidadedetiposevariedades.Todoscom
alguma diferena entre si. Podem ser a resistncia, a cor (cimento branco), o material ao qual
forammisturados(Pozolana,escriagranuladadealtoforno)eporfim,suasvariaesdetipoe
finalidade(altaresistnciainicial).
Porcausadessavariedadedetiposdecimento,econsequentemente,avariaodesua
resistncia,ocorrealgumasvezes,docimentoadquiridonoterresistnciasuficienteparasuprir
a necessidade requerida pela obra. Por ter sido comprado antes do calculo estrutural ou por
estar faltando no mercado a resistncia pedida pelo engenheiro estrutural. Sendo assim, esse
cimentotornasedescartvelparatalconstruo,poisseuusocolocariatodaaobraemrisco.Ou
at,fazsenecessrioatingiressaresistnciaemumcurtoespaodetempo,nopodendoassim,
esperaros28dias
Diantedocenrioapresentado,entendesequeexisteanecessidadedodesenvolvimento
de uma forma do aumento da resistncia de qualquer tipo de cimento, no importando sua
resistncia, nem seu tipo. Dentro desse contexto, foi buscado no somente uma maneira de
aumentarresistncia,masfoibuscadoumtraoidealparaargamassasparaatingirdeterminadas
resistncias, acelerando assim o tempo de produo da argamassa e o tempo de execuo da
obra.Tendoainda,anecessidadedaobtenodessaresistnciaaos7dias,ouseja,atingindosua
resistncia desejada o mais rpido possvel para a acelerao da obra ser feita de forma mais
segura.
Porfim,esseartigoobjetivaencontrarumtraoidealparadeterminadasresistnciasde
argamassas usadas em alvenaria estrutural, a frmula do aumento da resistncia de variados
tiposdecimentos,noimportandoseutipoeaaceleraodaobtenodessaresistncia.
MATERIAISEMTODOS
2.1Materiaisdepartida
Paraarealizaodosexperimentosemestudoforamutilizadososseguintesmateriais:
Cimento:CPIBRANCO(25Mpa)
Microsslicatipo1
Glenium51
Pdebrita(Dimetroigualaoagregadomido)
guapotvelgelada
Figura1Materiaisutilizados
2.1.1Microsslica
Amicrosslicaodixidodesilcio(SiO2)condensadoqueseapresentacomopartculas
esfricas, extremamente pequenas. A formao da microsslica se d atravs de um
subprodutoresultantedoprocessodeobtenodoferrosilcioedosilciometlico.
2.1.2Glenium51
GLENIUM um superplastificante base de ter policarboxlico. Atravs de sua ao
qumicadiferenciada,consegueresultadosbastantesuperioresaossuperplastificantesbase
demelaminaeabasenaftalenosulfonato.Comsuaqumicadiferenciada,opolicarboxilatose
torna o produto ideal para certos tipos de aplicaes, como o mercado de prmoldados e
permitefazerconcretosautoadensveis.
2.2Mtodos
Paraoalcancedosobjetivosdesteartigoforamdesenvolvidasduasetapasdeestudos
experimentais. A primeira consistiu na caracterizao dos materiais que compem as
argamassasnormatizadas,asegunda,naelaboraodadosagemdosmateriaisparaproduo
deumnovotraocomcimentoconvencionalmenteusadopelogrupoeasadies.Oestudo
foifinalizadocomaobservaodasresistnciasatingidas.
Para atingir os objetivos da primeira etapa, foram realizados diversos testes com a
variaodetraosconhecidosenormatizadoseadosagemdosmateriaisusados.
Comobaseparaadosagemdotodosostraoscriados,foiutilizadoanbr7215,servindo
dealicerceparatodooestudo.
2.2.1Traos
Foi estudada uma quantidade relativamente grande de variados traos, para assim
obter uma observao mais apurada e poder tambm, definir um trao fixo para
determinadasresistncias.
Tabela1Detalhamentodostraostestadoseaspastasproduzidasapartirdeles.
T
R
A
Descriodostraos
Trao1 Aprimeiraargamassaaserobservadofoiotraodanorma7215,sendoseu
traodadopor1:624:0,48(otraomassaestapresentadoemgramas).
Trao2 Asegundaargamassafoitrabalhadacomamesmaquantidadedotrao1,coma
nicadiferenasendoaadiode3%demicrosslica
Trao3 Aterceiraargamassaproduzida,foicompletamentediferentedosquejtinham
feitos,sendoelecalculadoapartirdetraosjexistenteseutilizados.Sendo
utilizadaparaconcretos,noentanto,usamosomesmotrao,emformade
argamassaadicionando,aoinvsdoagregadogrado,opdebrita.Sendoele,
1:4:0,45,adicionando3%degleniume3,3%depdebrita.
Trao4 Aqui,retornouousodotraoinicial(danorma)porterapresentadobons
resultados:noentanto,foiadicionadoaoprimeirotrao3%deglenium51.
Trao5 Porfim,comvistanosbonsresultadosobtidosnotraoinicialecomsuasadies,
resolveuseusarasduasadiesemumaspasta.Acrescentandoaotraoda
norma,3%deglenium51e4%demicrosslica.
Apstodosostesteseensaiosrealizados,todasaspastasproduzidasobtiveramamesma
aparncia,amesmaviscosidadeeconsistncia.Superficialmenteparecianoterdiferenaentre
elas.
Figura2Consistnciaobtidaemtodosostraosemestudo
RESULTADOSEDISCUSSES:
Para a anlise das pastas fezse necessrio execuo dos ensaios de mdulo de
resistnciacompressoaxial,semprerompendo2corposdeprovaparaassim,poderhaver
coerncia nos resultados. Durante a obteno dos resultados de resistncia a compresso
axialaostimodia,observousequeapastaproduzidacomMicrosslicajuntocomGlenium51
ultrapassou a resistncia do Cimento CPI BRANCO e de todas as outras pastas produzidas.
(Figura3).
Esse resultados atingiram ainda a finalidade de determinar traos especficos para
determinadasresistnciadesejadas,acelerandoaproduodasargamassasparaaalvenaria
estrutural(Tabela2).
Resistnciaacompressoaxial(Mpa)
Resistnciaaos7dias
40
35
30
25
20
15
Resistnciaaos7dias
10
5
0
Trao1
Trao2
Trao3
Trao4
Trao5
Pastas
Figura3Resistnciacompressoaxialaos7diasdecura
Traos
Resistnciacompressoaos7dias
Trao1
1:624:0,48
17Mpa
Trao2
1:624:0,48:0,03(microsslica)
30Mpa
Trao3
1:4:0,45:3,3(pdebrita):0,03(Glenium51)
31Mpa
Trao4
1:624:0,48:0,03(Glenium51)
33Mpa
Trao5
1:624:0,48:0,03(Glenium51):0,04(microsslica) 34Mpa
Tabela2Traosdeterminadosesuasresistnciaspadro
CONCLUSO
De acordo com o exposto, pode ser observado que todas as argamassas obtiveram um
aumentoquantoresistnciadeterminadapelocimentoaosvinteeoitodias(25Mpa),sendo
quetodoesseaumentofoiatingidoaossetedias,ouseja,suaresistnciafoiatingidadeforma
acelerada. Podendo, dessa forma, obter uma acelerao no canteiro de obras, j que a
resistncia necessria ser atingida mais rapidamente e at mesmo de com uma resistncia
superioradesejada.Apesardotraodenmerocincotersidoocomresistnciasuperioraos
outros, todos os traos com adies foram superiores e com resistncia compresso axial
AGRADECIMENTOS
REFERNCIAS
1. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR NM 23:2001 Cimento
PortlandeoutrosmateriaisempDeterminaodaMassaEspecfica,RiodeJaneiro2001.
2. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR 7215 Cimento Portland
Determinaodaresistnciacompresso,RiodeJaneiro1997.
3. BAUER,L.A.F.MateriaisdeConstruo.Volume1.LTC.RiodeJaneiro,2013.
AVALIAODOCOMPORTAMENTODOMATERIALTETRAPAKCOMOIMPERMEABILIZANTE
SUSTENTVEL
B.V.C.Silva,J.L.Brito2 eM.G.F.M.Oliveira3
InstitutoFederaldeAlagoasCampusPalmeiradosndios;email:ninha_vilela@hotmail.com;2Instituto
FederaldeAlagoasCampusPalmeiradosndios;email:julianaifal@hotmail.com;3InstitutoFederaldeAlagoas
CampusPalmeiradosndios;email:marilia_gabri@hotmail.com
RESUMO
lajes.Destaforma,elaborouseumnovosistemaatravs
da reutilizao do material Tetra Pak em formato de
mantacomointuitodeimpermeabilizar,adicionandose
a esta uma tela plstica em ambos os lados, para que
houvesse a aderncia com a argamassa. Para avalilo
aplicoulhe em uma laje plana sem trnsito, com o
adicionamento de gua para observarse o nvel de
absoro, constatandoqueno houve infiltrao e que
h um grande xito na aplicao desse material como
impermeabilizante.
PALAVRASCHAVE:impermeabilizao,infiltrao,inovao,reutilizao.
EVALUATIONOFTHEMATERIALASTETRAPAKWATERPROOFSUSTAINABLE
ABSTRACT
Infiltrationinbuildingshasalwaysbeenoneof
the biggest problems in construction, often causing
disease by excess moisture and bacteria buildup,
creating aesthetic discomfort, reducing service life of
the building, among others. However, there are
preventive solutions called "waterproofing systems",
which possess toxic and harmful elements, and both
high costs in material and application, therefore, being
repeatedly dismissed. Considering these facts,
innovationsthatmettheconventionalproperties,were
KEYWORDS:waterproofing,infiltration,innovation,reuse.
lessharmfulandlowcost,beingprimarilyapplicableon
slabs. In this pursuit a new system was elaborated by
reusing Tetra Pak material in blanket shape in order to
waterproof,towhichaplasticscreenwasaddedonboth
sides,sothattherewasadherencewithmortar.Inorder
to be evaluated it was applied on a flat slab without
traffic, with the addition of water to observe the
absorption level, noting that there was no infiltration
and that there is a great success in the application of
thismaterialasawaterproofingagent.
INTRODUO
Aguaresponsvelpor85%daspatologiasencontradasnasedificaes,podendoestar
noestadoslido,liquidoougasoso.AmaiorpartedoBrasilpossuiguanoestadogasoso,oque
ainda mais prejudicial por possuir uma grande capacidade de penetrao. Apesar de sua
importnciaelaoagentecanalizadorqueprovocaacorrosocausandooenvelhecimentoda
obra,assimtodoequalqueredifciodeveconterasproteesadequadasparaqueassuperfcies
daedificaotenhamumaumentonaqualidadedesuavidatileconforto.
Nosistemadeimpermeabilizaotradicional,hpresenadevriascamadasqueformam
oconjuntodeelementosessenciaisaobomfuncionamentodosistema.Sendoestegeralmente
compostodeelementosqumicos,txicoseagressivosaomeioambiente,queporvezgeroua
ideiaemutilizaromaterialTetraPak,formandoopontodepartidaparabuscarainovaoea
ousadiaemnovossistemasdeimpermeabilizao,utilizandoacriatividadeeobaixocustocomo
ndicesprincipaisdeadaptao.
Acarretandoetapasasquaissesubmetemdiversostiposdeensaios,oseguintetrabalho
constituise de um estudo geral sobre impermeabilizantes, variaes de interpretaes para o
bomfuncionamentoetecnologiaafavordepossibilidadesdeuso,mostrandoquenemsempreo
inusitado fcil de ser desenvolvido, e a possibilidade de algumas aplicaes se submete a
diversosfatoresaoqualotradicionalnoimpe.
MATERIAISEMTODOS
Otrabalhofoidenaturezaexperimentalatravsdarealizaodevriostiposdeensaios
como,adernciaeestanqueidadesobreamostrasdecamadasdosistemadeimpermeabilizao
proposto a partir do material no convencional Tetra Pak, que foi obtido diretamente por
fbricasdasproximidadesdePalmeiradosndios.
Comointuitodefazerumamantaecolgica,cujoprincipalmaterialaTretaPak,achou
sevivelcolocarascaixasparcialmenteumasobreaoutraeadicionarcola,paramelhorfixao.
Destarte,elasforamabertaselimpasparaquesepudessemcomearosensaioscomascolasat
encontrarse a que no deixasse nenhum requisito proposto em falha, (Ver Figura 1). Com a
variaodetestes,observousequeoadesivo demantaasfltica,foiaquemaisseaproximou
dosobjetivosesperadosparasuafinalidade,conseguindoformarumamantaimpermevel.
Figura1Testesrealizadosparaencontraracolaadequada.
Fizeramsealgunstestesutilizandoomaterialpropostoparaquesepudessemavaliarsuas
propriedades. O ensaio de aderncia do material Tetra Pak argamassa foi realizado
experimentalmente baseado na NBR 12171: Aderncia aplicvel em sistema de
impermeabilizao composto por cimento impermeabilizante e polmeros mtodo de ensaio.
1992ondefoicolocadaumadeterminadacarganocentrodocorpodeprovaeaumentousede
formalentaeprogressiva,semintervalos,atqueocorresseodeslocamentolateraldacamada
superioradeimpermeabilizao,entoseobservouqueoTetraPaknoteriaaderncia.Desta
forma, acrescentouse uma tela plstica preta no polietileno da caixa, anexada a abraadeiras
(Ver Figura 2). De acordo com suas finalidades pode ser chamada de primer, por promover a
adernciadosmateriais.Apsaadiodestacamadafezsenovamenteoensaiodeadernciade
acordocomaNBR12171,obtendosedestavezxitonaadernciaeaplicao.
Figura2Mantaecolgicacomteladepolietileno.
O sistema impermeabilizante ecolgico foi aplicado em uma pequena laje sem trnsito,
(Ver Figura 3) com as dimenses de 1,40m x 0,90m executado de acordo com a NBR 9574:
ExecuodaimpermeabilizaoProcedimento.2008,nasproximidadesdainstituio,tambm
recomendadoporWalidYaziginolivroTcnicadeEdificar,p.10,emquedevedeixarasuperfcie
com1%deinclinaoeaadiodeumalminadegua,comduraomnimade72h,paraa
verificaodaaplicaodosistemaempregadopodendoconstatarseuxito.
Figura3Lajedeaplicaodesistemaimpermeabilizanteecolgicoparacomprovarsua
eficcia.
RESULTADOSEDISCUSSO
A partir da execuo e anlise dos ensaios especificados foram obtidos os seguintes
resultados:
NosensaiosexperimentaisdeadernciabaseadonaNBR12171:Adernciaaplicvelem
sistema de impermeabilizao composto por cimento impermeabilizante e polmeros Mtodo
de ensaio. 1992 observouse que no primeiro no foram obtidos resultados positivos
constatandose que o motivo da falta de aderncia decorreuse da superfcie bastante lisa do
materialtetrapak,oquesemostrounecessrioaaplicaodatelaparaseobtiverxito.
Asprimeirasobservaesrelacionadasestanqueidadedomaterialforamsefeitaslogo
quehouveadificuldadedeaderncia,poiscomohaviasidoadicionadaguaargamassa,houve
aobservaodomaterialtetrapakcomoimpermeabilizanteeviusequeeleimpediuaguade
passar para o outro lado provando parcialmente sua eficcia. Mas, para que fossem obtidos
resultados mais exatos realizouse um ensaio de estanqueidade de acordo com a NBR 9574:
ExecuodaimpermeabilizaoProcedimento.2008talqueapsaaplicaoconstatousea
eficciadoimpermeabilizante.
De acordo com os ensaios realizados podese observar que foram coletados resultados
positivos,poisatagoraosistemaapresentaobterpropriedadesqueatendemosrequisitosdas
normas brasileiras, onde este se torna conveniente j que seus materiais provaram ser viveis
paracontinuaremsendoutilizadosnosistemadeimpermeabilizao,eatravsdestesfoipossvel
possuirumamatriaprimaquenoafetaomeioambienteeabiodiversidade.
O procedimento de ensaios e testes continuar sendo executado, para que se possam
coletarmaisresultadoscomprovandoaindamaisautilidadeeeficciadoproduto.
CONCLUSO
Otrabalhorealizadopossibilitouumconhecimentomaisaprofundadosobremateriaisque
podemserreutilizadoscominovaoeousadianareadaconstruocivil.Sendoestesutilizados
nafabricaodeumnovoimpermeabilizantesustentvel,conseguiuseatravsdestaunioedo
perododeensaiosetestespercebersequeosistemaobtevesucessoatendendoamaioriados
requisitosesperadosdeacordocomaAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas(ABNT),tendose
como principal objetivo a praticidade quanto a sua aplicao e o baixo custo, sem perder as
propriedadesoriginaisdeumsistemadeimpermeabilizaoconvencional.
AGRADECIMENTOS
Somos gratas a Deus pela imensa oportunidade como tambm a instituio de ensino.
Nodeixandodeladonossosqueridosorientadores:JeanLuiseJooGilberto.
REFERNCIAS
1. ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICASABNT.NBR12171:Adernciaaplicvelem
impermeabilizaoProcedimento.2008.
Azeredo,HliodeAlves,1921Oedifcioatasuacobertura.SoPauloSP.Ed.1997.
3.
4.
5. Yazigi,WalidATcnicadeEdificar,10.Rev.eAtual.Pag.501a520.SoPauloSP.Ed.2009.
Estudodaviabilidadetcnicaparaaproveitamentodeguaspluviaisparausosnopotveisno
IFPEcampusRecife
A.C.Santana(IC);T.L.Cruz(IC)2;A.H.A.Vasconcelos(IC); V.S.Carvalho(PQ)1;I.M.B.R.BARBOSA(PQ)1
InstitutoFederaldePernambuco(IFPE)CampusRecife,2InstitutoFederaldePernambuco(IFPE)CampusRecife,
1
InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadePernambuco(IFPE)DepartamentoAcadmicodeInfra
estruturaeConstruoCivilCampusRecife,email:adda.santa@gmail.com
RESUMO
Aguaumrecursonaturalessencialvidaecadavez
mais limitado no planeta. Em funo disso, as
alternativas para o uso racional da gua devem ser
estimuladas em todas as esferas: individual, pblica e
privada. O aproveitamento de guas pluviais para usos
no potveis uma das alternativas que pode ser
utilizada em locais que possuem grandes reas de
captao. A gua captada nestas superfcies pode ser
utilizada para irrigao de jardins, lavagem de pisos e
descargas de bacias sanitrias, diminuindo o custo
mensal de consumo e indiretamente auxilia na
drenagem urbana, evitando alagamentos. O presente
trabalho avaliou a viabilidade do aproveitamento de
gua pluvial para usos no potveis no IFPE,campus
Recife. A metodologia utilizada envolveu o
levantamentodosdadospluviomtricosdolocal,quefoi
feito junto a Agncia Pernambucana de guas e Clima
(APAC), observandose uma srie histrica dos ltimos
PALAVRASCHAVE:sustentabilidade,reaproveitamentodegua,guaPluvial.
StudythetechnicalfeasibilityofrainwaterharvestingfornonpotableusesinIFPEcampus
Recife
ABSTRACT
Waterisessentialtolifeandincreasinglylimitednatural
resource on the planet. As a result, alternatives to the
rationaluseofwatershouldbeencouraged.Theuseof
rainwaterfornonpotableusesisoneofthealternatives
that can be used in areas that have large catchments.
This study will evaluate the feasibility of utilizing
rainwater for nonpotable uses in OPSI, Recife campus.
Themethodologyinvolvedasurveyoflocalrainfalldata,
whichwasdonealongthePernambucoStateAgencyfor
Water and Climate (APAC). The determination of the
volumeofthereservoircatchmentforrainwaterwillbe
performed through the survey data cover. The ideal
reservoir volume and their respective potential for
potable water savings will be achieved through the
Neptune
software,
version
3.0.1.
KEYWORDS:sustainability,waterreuse,waterRainwater.
Estudodaviabilidadetcnicaparaaproveitamentodeguaspluviaisparausosnopotveisno
IFPEcampusRecife
INTRODUO
A gua um recurso natural essencial para vida no planeta, tanto por ser componente
pertencenteabioqumicadosseresvivos,comoporseritemindispensvelnaproduodevrios
bensdeconsumo.Almdisso,fontedevidadediversasespciesvegetaiseanimaisepodeat
serumelementoquerepresentevaloressociaiseculturaisdeumadeterminadaregio.
De acordo com levantamentos geoambientais, cerca de 70% da superfcie terrestre
coberta por gua, desse percentual, s 2,8% de gua doce, que se encontra distribudo da
seguinte forma: 2,15% est retida nos glaciares, 0,63% gua subterrnea, 0,005% est sob
formadevapornaatmosferaeapenas0,01%vaiparaosrioselagos(REIS,2003).Concluindose
queaparceladisponvelparaoconsumohumanoumapequenaporodahidrosfera.
AquantidadedeguanaTerrapraticamenteamesmahdoisbilhesdeanos,oque
vemmudandosuaqualidade,ficandocadavezpior,tornandoseuusocadavezmaislimitado
noplaneta.Comoaumentodapopulaoedoconsumodesenfreadodasfontesdeguahouve
uma diminuio da disponibilidade tornando a gua um recurso escasso e de elevada
importnciapolticaeeconmica.Inmerascrisestemsedadoemmuitoslocaisdevidofaltade
gerenciamento do recurso, interferncias climticas, como perodos longos de estiagem, e
crescente industrializao. A oferta e demanda de gua est desequilibrada, no s
geograficamente,comoeconomicamentetambm.Umexemploclarodissoaregiosudestedo
Brasil, que s possui cerca de 6% da gua do pas quando detm cerca de 43% da populao,
enquantoaregionortetem60%deguaparaapenas8%dapopulaonacional(NIEVA,2007)
Asformasdeusoracionaldaguadevemserestimulasemtodas as esferas:individual,
pblica e privada. Ento, uma das solues para toda essa problemtica buscar fontes
alternativas de aproveitamento de gua. Uma delas, que visa suprir a demanda de gua para
usos no potveis, a utilizao de gua pluvial, que seria um recurso natural e amplamente
distribudoemalgumasregiesdoBrasil.umaprticaantiga,jempregadaemvriospasesdo
mundo, e apresenta bons resultados economicos. A gua coletada poder ser utilizada em
descargasdebaciassanitrias,torneirasdejardins,elavangensdecaladasemgeral.
Tomaz (2003) enfatiza que, o aproveitamento de gua pluvial uma prtica milenar,
empregadanomundotodo.Dependendodaregio,apresentabonsresultadosdeeconomiade
gua potvel e so vrias as vantagens de um sistema de captao de gua pluvial. Alm de
reduzir o consumo de gua potvel, auxilia na distribuio da chuva no sistema de drenagem
urbana do lugar em questo, diminuindo o risco de cheias naquele local ou minimizando as
possveis enchentes. Tambm diminue o problema com a falta de gua e preserva o meio
ambiente diminuindo a utilizao dos recursos naturais. Porm necessrio que se realizem
estudos de viabilidade e dimensionamento do sistema, no local onde ser implantado, para
impedirqueocorramprojetosinadequadosquecausemprejuzo.
Edifciosescolaressoestruturascomgrandepotencialparaaimplantaodesistemasde
aproveitamentodasguaspluviaisparausosnopotveis,poiscomumenteapresentamgrandes
reas de captao. Para a implantao desses sistemas, so necessrios estudos de viabilidade
tcnicaeeconmica,poiselesverificamopotencialdeeconomiadeguapotveledeterminem
arelaoentrecustobenefciodolocal(SCHERER,2003).
MATERIAISEMTODOS
OperfildeconsumodapopulaodoIFPEfoifeitaatravsdeconsultaascontasdegua
dos dois ltimos anos, que foram obtidas junto ao setor administrativo do instituto. Para o
clculo do consumo per capita foi utilizada a seguinte frmula disponvel no manual de
gerenciamentoparacontroladoresdeconsumodeguadaSABESP:
CP (Consumo per capita) = Vm x 1000
(equao1)
P x NDm
Onde:
NDm=Nmerodediasdoms
Vm=Volumemensalconsumido(emm)
P=Totaldepessoas
Deacordocomoquefoicalculadoforamobtidososseguintesvalores:
Percapitapara2012:9,11l/hab/dia
Percapitapara2013:6,94l/hab/dia
Mdiadosdoisanos:8,025l/hab/dia
potencialdeeconomiadeguapotvelseroobtidospormeiodoprogramaNetuno(GHISI;TRS,
2004) verso 3.0.1. Este programa foi desenvolvido para verificar o potencial de economia de
gua potvel que pode ser substituda por gua pluvial. Os dados necessrios foram: rea de
coberturadaedificao,consumopercapita,precipitaopluviomtricadaregio,coeficientede
perdasepercentualdeguapotvelquepodesersubstitudo.
RESULTADOSEDISCUSSO
Oestudododimensionamentovariadelocal,emfunodondicepluviomtrico,assim
comodareadecaptaodapluviometria,edopercentualdeguapotvelasersubstitudapor
gua pluvial do lugar a ser implantado o sistema que est relacionado com a demanda da
populao.Odimensionamentodoreservatriopodeinformarotempoqueademandapodeser
atendida,sedias,algunsmesesouoperododeumano.Normalmente,oclculodoreservatrio
feitonatentativadeatenderamaiorquantidadededemandapossvel.
apresenta um clima litorneo mido influenciado por massas tropicais martimas. Essa
mesorregio tem uma mdia de precipitao com variaes acima de 2.200 mm nas reas
litorneasecercade1.200nasreasmaisafastadasdolitoral.
Operodomaischuvoso,conformepodeservistonaFigura1,compreendeosmesesde
maio,junhoejulho,concentrando47%dototaldechuvaanual.Operodomaissecoocorrenos
meses de outubro, novembro e dezembro, que representam apenas 7,5% dos totais anuais.
perceptvelqueorecolhimentodasguasnosmeseschuvososseriadegrandeajudaparaevitar
racionamentos nos meses mais secos. A figura 2 ainda esclarece mais sobre os ndices
pluviomtricos,mostrandoumasequncialineardechuvasduranteosltimos10anos.
meses a captao de gua da chuva deve ser alta, garantindo assim que nos meses de baixa
precipitao, a gua guardada nos reservatrios seria suficiente para suprir a demanda da
populaodoIFPE.
consideraoumasriehistricadeprecipitao,asuperfciecobertadotelhado,eaquantidade
deguaconsumidapeloInstituto.
AsuperfcietotaldecobertadoIFPEcampusrecifede16.167,05m2.Divididaentreos6
blocos, quadra, guarita, coodenao de educao fsica, vestirios e passarela. uma rea
grande,equepodeserbemaproveitadaparacaptaodeguadachuva.
entreanosde2012eatoutubrode2013,levantoemcontaosmesesdoanoevolumedegua
consumido.Essedadofoiobtidoutilizandosedovolumedeguaconsumidoapresentadopelo
demostrativodacontadaCompanhiaPernambucanadeSaneamento,aCOMPESA.
4000
3500
3000
2500
2012
2000
2013
1500
1000
500
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
OsdadosdeentradanoNETUNOnecessriosparadimensionaropotencialdeeconomia
Tabela1DadosdeentradautilizadosnoprogramaNetuno
DadosdeEntrada
Perododeprecipitaopluviomtricadiria
readecaptaodotelhado(m)
2003a2013
(4018dias)
16.167,06
Consumodiriopercapitadeguapotvel(litros/dia/pessoa)
8,025
Nmerodemoradores
6375
Coeficientedeaproveitamento
0,8
FonteLaboratriodeGeoprocessamentoIFPECampusRecife.
Ovolumedeprecipitaoestrelacionadodiretamentecomovolumequeoreservatrio
devepossuir.Ovaloradotadodoreservatrioinferiordevesermaiorouigualademandadiria
de gua pluvial, para que seja suprida a necessidade diria e ento manter uma reserva para
perodos de baixa precipitao. Adotando um AP de 45% ou 0,45, o volume do reservatrio
inferiordevesermaiorque23.021,71l.
As simulaes se iniciaram com o primeiro valor mnimo imediato aps Dp, 24.000, e
seguiramaumentandode20000em20000litrosdevolumeparaoreservatrioinferior,variando
assimovolumedoreservatrioinferior.Quandoavariaodovolumeencontrouumaumento
menorouiguala0,5%nopotencialdeeconomiadeguapotvel,foiescolhidoovolumeanterior
como ideal para o reservatrio inferior. O potencial de economia de gua potvel foi
automaticamente determinado para o mesmo percentual que poder ser substitudo por gua
pluvial. E no houve determinao de reservatrio superior. Abaixo, a tabela evidencia os
resultadosencontrados.
Tabela2Resultadododimensionamentodo volumeidealdoreservatrioinferiorlevando
emconsideraoopercentualfixodesubstituiodeguapotvelporpluvialepotencialde
economiadeguapotvel.
Volume ideal do
reservatrio
inferior (litros)
Potencial de economia
de
gua potvel (%)
24.000
19,35%
45%
44.000
24,51%
45%
64.000
27,64%
Usos finais
para
fins no
potveis
(%)
45 %
45%
84.000
29,81%
45%
104.000
31,4%
45%
124.000
32,62%
45%
144.000
33,59%
45%
164.000
34,37%
45%
184.000
35,04%
45%
204.000
35,64%
45%
224.000
36,2%
Tendo como base os resultados do Netuno 3.01, o volume ideal para o reservatrio
indicadode224.000L,quepodeserumacisternadeconcretoaserestudadasuaimplantao.
Aumentandoessevalor,opotencialdeeconomiavariaemvaloresiguaisoumenoresque0,5%e
que foi o referencial adotado (GUISE, MARINOSKI, 2008). A porcentagem de dias de demanda
completamenteatendida,noperodoanalisado,chegaa78,3%,aparcialmenteatendida3,91%e
apenas17,79%noatendida.
CONCLUSO
Aguadachuvatempotencialparaserutilizadanairrigaodejardins,estacionamentos,
lavagemdecaladas,descargas,lavaboselimpezasemgeral,diminuindoassimanecessidadede
guapotvelparaessasatividades.Elaseriaexclusivaparaconsumonopotvel.
Deacordocomosndicespluviomtricosdiriosdosltimos11anos,nareadecoberta
noplanoinclinadodoIFPEcampusRecifeeoconsumopercapita,estimouseovolumeidealdo
reservatrio inferior por meio do uso do programa Netuno 3.01. Foi dimensionado um
reservatrio de 224.000 L suficiente para substituir 45% do consumo de gua potvel do
instituto.Dessaforma,opotencialdeeconomiade36,2%emmdia.
REFERNCIAS
REIS,M.C.Distribuiodaguananatureza.SoPaulo,2003.
ROCHA, V.L. Validao do algoritmo do programa Netuno para Avaliao do potencial de
economia de gua potvel e dimensionamento de reservatrios de sistemas de
aproveitamento de gua pluvial em edificaes. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil)
UniversidadeFederaldeSantaCatarina,SantaCatarina,Florianpolis,2009.
SCHERER, F. A. Uso racional da gua em escolas pblicas: diretrizes para secretarias de
educao. Dissertao (Mestrado em Engenharia) Escola Politcnica, Universidade de So
Paulo,SoPaulo,2003.
TOMAZ, P. Aproveitamento de gua de Chuva: para reas urbanas e fins no potveis. So
Paulo,SP,2003.
CAPACIDADEPOZOLNICADERESDUOSORIUNDOSDACONSTRUOCIVIL
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Construocivil,Resduosslidos,Capacidadepozolnica,Reutilizao,Resduoincorporado.
POZZOLANICCAPACITYOFWASTEARISINGFROMTHECIVILCONSTRUCTION
ABSTRACT
KEYWORDS:Civilconstruction,Solidwaste,Pozzolaniccapacity,Reuse,Incorporatedresidue.
CAPACIDADEPOZOLNICADERESDUOSORIUNDOSDACONSTRUOCIVIL
INTRODUO
POZOLONASECAPACIDADEPOZOLNICA
Pozolonassorochasquecontmaltoteordeslicareativa(SiO2)entreoutrosxidosem
suacomposio.Estaslica,aoreagircomoxidodeclcio(CaO)dorigemsilicatosamorfos,
que tm carter cimentante. As pozolonas, misturadas com gua e cal hidratada compem o
cimentoutilizadonapreparaodeargamassascomcaractersticastcnicascomodurabilidadee
resistncia a intempries, formando materiais de construo. Os materiais pozolnicos mais
comuns so: a pozolana original (pumicita), as calcednias e as opalas, terras diatomceas
calcinadaseascinzasvolantes.
Oseguintetrabalhotemcomofocodeinvestigaoacapacidadepozolnicaderesduos
dedemolies(RD),pondoemquestosuacapacidadedeserreaproveitadocomoaglomerante
na formao de materiais de construo alternativos que visem diminuir custos como tambm
impactosambientaisprovenientesdodescartesemcritriosnomeioambientedessesresduos.
Entendese por capacidade pozolnica a habilidade de se combinar com a cal livre do
cimento e tornlo mais durvel e resistente. Ocorre que o cimento, ao receber gua, libera
hidrxidodeclcio(Ca(OH)2),quefacilmentedissolvidopelagua,tornandoseporoso,oque
diminuisuaresistnciaedurabilidade.
Aslicacontidanapozolonareagerapidamentecomaguanesseprocesso,eosdemais
xidos reagem com a cal livre formando compostos com propriedades aglomerantes mais
estveis e resistentes aos meios agressivos. Resumindo, a pozolona elimina o composto
vulnerveleformaoutrosmaisestveiseresistentes1.
RESDUOSSLIDOSCONCEITOSINICIAISEAPLICABILIDADE
SegundaanormaNBR10004/2004,resduosslidossodefinidoscomo:
Podese entender resduos slidos provenientes da construo civil como todo descarte
oriundodessaatividade,destacandose:
Solos;
Cermicos: rochas; concreto; argamassa de cimento e cal endurecida; cacos de
cermica vermelha; fragmentos de tijolos e telhas, azulejose cermicabranca, placas
degesso;vidro;
Metlicos:pontasdevergalhesdeaoearameparaconcreto,retalhosdechapasde
ao,latoealumnio,pregoseparafusos;
Orgnicos: cavacos de madeira, natural e madeirit; plsticos; materiais betuminosos;
papeloepapeldeembalagem;sacaria;tintas,vernizeseadesivos;razeserestosde
vegetaisdalimpezadoterreno.(MORAES,2008)
Vale salientar que alm de ser utilizado na produo de materiais de construo
alternativos, o RD tambm pode ter outros usos, como enchimento, nivelamento, drenos de
floreiraselastrosparaassentamentosdetubulaes.Comoditoanteriormente,nossainteno
avaliarocarterpozolnicodessesresduos.
Os pases europeus, desde o sculo XX, j fazem o remanejamento de resduos slidos
oriundos da construo civil. Um exemplo disso a Holanda, onde estimase que a frao
reciclada pode atingir cerca de 90% (MORAES, 2008). No Brasil, no entanto, onde h carncia
http://www.pozofly.com.br/produto,acessadoemAbril/2014.
cadavezmaiordeagregados,esteumassuntoaindaemdiscusso,ondeinmeraspesquisas
em diversas universidades estudam meios de reaproveitamento de RD. Porm, visivelmente,
materiaisdeconstruoalternativos,tendoemseuscomponentesresduosdaconstruocivil,
sovistoscomdesconfianaepreconceito,tendopoucarelevncianaproduodemateriaisde
construoquevoparaomercado.
Parte dessa desconfiana devese ao fato de que, apesar das pesquisas apontarem a
viabilidade tcnica desses materiais, ainda preciso comprovar que as caractersticas que os
tornam viveis mantm o padro de eficcia ao longo da vida til de uma edificao que os
utilize.
Levando em conta que praticamente quase todos os RD podem ser reciclados, segundo
MORAES2, a reciclagem pode representar no apenas um ganho ambiental, minimizando
impactos,mastambmeconmicos,reduzindocustos.DestacaMORAES:
(i) Afraocermica,aquelaemquepredominaoconcretoerochas,emsuatotalidade:
como agregados para concreto estrutural e as fraes compostas de argamassas e
cermicosparaconcretosdemenorresistnciaemblocos,contrapisosouargamassas
para revestimento. Essa reciclagem pode ser operada em central ou no prprio
canteiro,nessecaso,utilizandoequipamentosmveisdepequenoporteebaixocusto;
(ii) Afraocompostadesolomisturadoacermicoserecicladaparausoemsubbasede
pavimentos.
NaFigura1,podemosvisualizaressesdanos:
Figura1EntulhosnareaurbanadeSalvado/BA(Fonte:http://www.solucoesconsultoria.com.br)
ValesalientardequeetapasdoprocessoconstrutivoesseresduovemequetipodeRD
obtidogeralmente.Comumenteasetapasquemaisproduzemdescarteso:
(i) quebraouavariademateriaisdurantesuaestocageme/oumanuseio;
(ii) retrabalho em funo de erros e/ou modificaes de projetos ou m execuo de
servios;e
(iii) faltadesupervisoe/outreinamentodamodeobra.(MORAES,2008).
Sem a reutilizao, esse material descartado no ambiente, em meio urbano ou rural,
acumulandoseegerandoimpactossociaiseambientaisgradativamentemaiores.
COMPOSIODOSRESDUOSDACONSTRUOCIVIL
Noquadroadiantepodemosterumavisodoquemaisdescartadonaconstruocivil.
Porm, para facilitar a compreenso da capacidade pozolnica dos resduos, analisamos uma
amostradeRDoriundasdedemoliesdoLaboratriodeSolosIdaUFCG/CampusI,emCampina
Grande3.
Quadro1Constituintestpicosdeentulhodeobras4
FraesPrimriasInertes
Fraespredominantementeorgnicas
Materiaiscompsitos
Estessoosresduosslidosmaiscomunsnaconstruocivil.Algunsdeles,comotijolo,
bloco de concreto com cinza e telha cermica (para utilizar os citados), quando finamente
modos,podemapresentarpropriedadescimentantes.
NademoliodoLaboratriodeSolosIdaUFCG/CampusI,foidadaprioridadeaessetipo
deentulhoparaanlise.Nelapodemosobservar,atravsdoQuadro2,acomposioqumicados
resduosescolhidos.
3
4
ApudFIGUEIREDO,Durabilidadedetijolossolocalincorporadoscomresduosdedemoliodaconstruocivil.
MORAES,Op.cit.,p.45.
Quadro2ComposioQumicadoRD5(%)
Amostra
SiO2
Al2O3
K2O
MgO
Fe2O3
CaO
SO3
TiO2
Outrosxidos
RD
52,45
20,96
2,85
2,35
6,51
12,68
0,65
1,00
0,55
OexperimentorealizadoporpesquisadoresdaUniversidadeFederaldeCampinaGrande
consiste em analisar o comportamento quanto resistncia compresso simples de blocos
solocalresduoaopassarporciclosemqueeramsubmersosemguapor5horas,emseguida
expostosaoarpor30minutos,logoapscolocadosemestufacom100%deumidaderelativapor
42horaseporfimexpostosaoarnovamentepor30minutos.Aps90diasdecura,seusblocos
de teste apresentam um aumento maior da RCS devido ao consumo de portlandita (Ca(OH),).
Apscertotempo,haviaumadiminuiodoRCS,provavelmenteporcausadacarbonatao,que
consistenaformaodocarbonatodeclcio.
Nessa pesquisa, o resduo de demolio apresenta composio qumica favorvel
atividadepozolnica,sendoqueosblocoscomacrscimode25%deRDapresentamresultados
mais satisfatrios quanto resistncia do que o prprio bloco de solocal. Em compensao, a
pesquisatambmconcluique,acimade25%deRDincorporado,quantomaioroteorderesduo,
maisrpidoocorreaoblocoofenmenodoenvelhecimento.
Noquadroaseguir,podemosobservaroaumentodaResistnciaSimplesCompresso
comopassardosdiasdecuraedeacordocomosciclosqueaosquaisoscorposdeprovaforam
submetidos.
Quadro3AumentodeRCSdosCorposdeProvadeacordocomdiasdecuraeciclos6
Dias
Aps28diasdecura
Aps60diasdecura
Aps90diasdecura
Amostra
Ciclos
AumentodaRCS
Blocosolocal
1ao8
127,73%
Blocosolocal25%resduo
1ao4
52,77%
Blocosolocal
1ao3
54,08%
Blocosolocal25%resduo
1ao11
54,08%
Blocosolocal
1ao12
50,64%
Blocosolocal25%resduo
1ao8
52,90%
Observaseque,aps60diasdecura,oblococomadioderesduosmostraamesma
resistnciaporumperodomaiordeexposiosintempries.
SegundoLevy(2002),apudANGULO,asubstituiode20%dosagregadosutilizadosno
mercadoporagregadosoriundosderesduosrecicladosnoafetamaresistnciaeadurabilidade
5
6
ApudFIGUEIREDO,Op.cit..
ApudFIGUEIREDO,Op.cit..
CONCLUSO
Apartirdapesquisabibliogrficafoipossvelobservarqueodescartedaconstruocivil
ocorre em grandes propores, mas que muitos dos seus resduos possuem capacidade
pozolnica por serem ricos em slica. Pesquisas apontam a viabilidade tcnica de materiais
alternativos formados com a adio de resduos slidos como aglomerantes substitutos dos
convencionais,sendoaqualidadedomaterialcomresduoincorporadoemalgumasocasiesat
superiorquelaencontradanosmateriaisdisponveisnomercado.Porm,ousodetaismateriais
alternativos precisa passar por uma maturao atravs de mais pesquisas e testes. Isso
necessrioparaqueessesmateriaisseadaptemsnormasvigentesesexignciasdomercado,
assegurando no somente sua durabilidade e resistncia, como tambm o conhecimento das
modificaes desses dois fatores com o decorrer da vida til do material. Em alguns casos
especficos, como no de concreto estrutural, essas pesquisas precisam amadurecer ainda mais,
devidomaiorexignciapelaqualomaterialsubmetidoparaserutilizado.
REFERNCIAS
ABNTAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas.NBR10004:ResduosSlidosClassificao.
RiodeJaneiro,2004.
ANGULO, S. C. Variabilidade de agregados grados de resduos de construo e demolio
reciclados.SoPaulo:EscolaPolitcnica,UniversidadedeSoPaulo(DissertaodeMestrado),
2000.
LEVY,Salomon;HELENE,Paulo.Durabilidadedeconcretosproduzidoscomresduosmineraisde
construo civil. In: IBRACON, ANAIS III SEMINRIO Desenvolvimento Sustentvel e a
ReciclagemnaConstruoCivil,ComitTcnicoCT206MeioAmbiente,2000.
JOHN, Vanderley M. Desenvolvimento Sustentvel, Construo Civil, Reciclagem e Trabalho
Multidisciplinar.Disponvelem:http://www.reciclagem.pcc.usp.br.AcessoemAbril/2014.
FIGUEIREDO,S.S.;SILVA,C.G.;NEVES,G.A.Durabilidadedetijolossolocalincorporadoscom
resduosdedemoliodaconstruocivil.REM:R.Esc.Minas,OuroPreto,64(3),000000,jul.
set.2011.pp.277283.
PATRCIO, S. M. R.; FIGUEIREDO, S. S.; BEZERRA, I. M. T.; NEVES, G. A.; FERREIRA, H. C. Blocos
solocalutilizandoresduodaconstruocivil.Cermica59(2013)2733.
SITESVISITADOS
<http://www.solucoesconsultoria.com.br>acessadoemAbril/2014.
<http://www.pozofly.com.br/produto>acessadoemAbril/2014.
PROPOSTADEVAZODEPRDESENVOLVIMENTOPARACONTROLEDEDRENAGEMEMLOTES
E/OULOTEAMENTOSEMMICROBACIADOTIRADENTES/NOVOJUAZEIRO,CEAR
D.W.M.Pereira (IC);J.R.F.Almeida(PQ)2
1
InstitutoFederaldoCear(IFCE)CampusJuazeirodoNorte,email:diegobass7@hotmail.com;2Instituto
FederaldoCear(IFCE)CampusJuazeirodoNorte,email:jr_ufc@yahoo.com.br
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Drenagemurbana,urbanizao,planejamento.
PROPOSALOFFLOWPREDEVELOPMENTLOTSTODRAINAGECONTROLINLOTSAND/OR
ALLOTMENTINWATERSHEDOFTIRADENTES/NOVOJUAZEIRO,CEAR
ABSTRACT
KEYWORDS:Urbandrainage,urbanization,planning.
PROPOSTADEVAZODEPRDESENVOLVIMENTOPARACONTROLEDEDRENAGEMEMLOTES
E/OULOTEAMENTOSEMMICROBACIADOTIRADENTES/NOVOJUAZEIRO,CEAR
INTRODUO
Os centros urbanos tem sido cada vez mais ampliados sobre uma perspectiva de
urbanizaoaceleradaedesordenada.Acarnciadeplanejamentonasunidadesmunicipais,nas
reas desenvolvidas em termos urbansticos ou em processo de urbanizao, remete a
problemticastaiscomoalagamentospontuaisapschuvasintensasemreasdefavorecimento
topogrfico, eroso por deflvios superficiais, especulao imobiliria em rea centrais/de
importnciaepressodemogrfica.
Emsetratandodosproblemashidrolgicos,citadoporBastos(2009)queaausnciade
planejamento urbano faz com que a concepo do sistema de drenagem urbana esteja,
sobretudo, condicionada ao parcelamento, ocupao e usos do solo, assim como ao sistema
virio.
Para resolver problemas hidrolgicos urbanos como alagamentos, o poder pblico tem
investidosomasconsiderveisderecursosemobrasdecanalizao[Tucci,200?].Porm,paraa
efetividade de obras de microdrenagem urbana (galerias de guas pluviais, reservatrios de
deteno ou reteno, entre outros), se faz necessrio que a impermeabilizao tenha nveis
especficosdecontrole,asquaisdevemestarassociadasaadoodecertasmedidas.
Se utilizando do raciocnio do DEP (2005), para que a magnitude das vazes no sejam
aumentadasdeformaaocorrerconsiderveisdanossociaiseeconmicosdeumdadolocal,as
medidasaseremtomadasdevemcontemplaroplanejamentodasreasaseremdesenvolvidase
adensificaodasreasatualmenteloteadas.Vistoestanecessidade,degrandeimportnciaa
interveno preventiva do municpio atravs do gerenciamento por medidas de zoneamento,
pois ser muito difcil ao poder pblico responsabilizar aqueles que estiverem ampliando o
escoamento superficial se a microbacia (unidade de rea de contribuio) j se encontrar com
ocupaoinadequadadereas.
Assim,combasenaideologiadeTuccieGenz(1995),buscousedesenvolverpadresde
controle tais que os novos empreendimentos nos lotes (ou novos loteamentos)mantenham as
condiesnaturaisprexistentesdevazoparaumdadoriscoemumamicrobaciadeJuazeiro
do Norte, a qual integra parte dos bairros Novo Juazeiro e Tiradentes (de coordenadas
geogrficasaproximadasentreaslatitudes71321Se71454Selongitudeentre3917
13Oe391803O).Umavezqueestamicrobaciacontempleumazonadeurbanizaoem
desenvolvimento,agestosistemticaeaaplicaodemedidaslegaisdecontrolepodemvira
sereficazes.
MATERIAISEMTODOS
Avazomximapodeserquantificadaseutilizandodomtodoracional,comodescritona
equao1:
Q = 0,278 C i A
equao(1)
DemodoqueQavazomxima(m3/s),Cocoeficientederunnoff(adimensional),ia
intensidadedachuva(mm/h)eAareadecontribuiodabacia(km2).
qn = Q / A = 2,78 C i
equao(2)
Ondeqndadoemlitrosporsegundoporhectare,ouL/(s.ha).
Para Juazeiro do Norte, a intensidade mdia da chuva pode ser ponderada por uma
equao IDF (intensidadeduraofrequncia) de chuvas intensas desenvolvida por Sobrinho
(2011),queutilizouomtododeisozonasemumestudoestatsticodedadospluviomtricosde
umaestaodaFUNCEMEdeJuazeirodoNorte:
OvalordeTRequivaleaotempoderetornodachuvaintensa(anos),tequivaleadurao
dachuva(min)ei,aintensidademdiadachuvaintensaemquesto(mm/min).
Porhiptesedomtodo,admitesequeotempodeduraodachuvaigualaotempo
de concentrao para se obter a estimativa de vazo de pico do deflvio. Assim, o tempo de
concentrao para propor a durao terica da chuva foi obtido atravs do modelo de Onda
cinemticaManning(DEP,2005):
Naequaoacima,tcotempodeconcentrao(min),nocoeficientederugosidade
de Manning (s m1/3), L o comprimento do talvegue de escoamento (m), P24 a precipitao
com 24 horas de durao, determinada pela IDF caracterstica (mm) e S a declividade mdia
(m/m).
Uma vez que a maior parte da microbacia de estudo recoberta por pavimentao do
tipo alvenaria polidrica (pedras de dimenses diversas rejuntadas com material arenoso ou
betume),aequaodeOndacinemticaManningsefezamaisadequadaaseradotadauma
vez que esta considere a fora de arraste sobre a superfcie e a eroso/transporte de solo ou
sedimentosnaestimativa.
Ocoeficientederunnoff(escoamento)dadocombasenascaractersticasdecobertura
dosolo(sendotambmfunodadeclividademdiadareaedamagnitudedoevento),oqual
aproxima bem uma constante para estimar a quantidade mxima de precipitao que
efetivamente convertida em vazo. Tucci [200?] cita que tendo em considerao uma bacia
urbana,aqualpossuidoistiposdesuperfciepermeveleimpermevel,podeseestabelecer
arelaodescritapelaequao5:
DeformaqueCPocoeficientedeescoamentodareapermeveldamicrobacia,Cio
coeficiente de escoamento da rea impermevel e AI a parcela da microbacia com rea
impermevel.
conveniente,parafinsdeanlise,quesejaadotadoumcoeficientemdioderunnoff
sendoqueTucci[200?]relataserpossvelexpressaresteporumarelaolinearcomastaxasde
reas impermeveis, de modo que os coeficientes sejam representativos dos valores das reas
permeveleimpermevel.
C = 0,05 + 0,9 AI
equao(6)
ConsiderandooBrasil,inexistenteamostrasrepresentativasdatodaareaabrangente
doterritrio.Porm,Tucci(2000)propsumarelaocombaseemumaamostracom11bacias
brasileirasdoSuleSudeste,comR2=0,92:
C = 0,047 + 0,947 AI
equao(5)
Figura1Coeficientederunnoffemfunodapercentagemdereaimpermevelparabacias
urbanasbrasileiras(Tucci,2000).
[200?]),ouseja,buscouseresultadosrepresentativosparatodaamicrobacia.
Areamximaestipuladaparaosvaloresdevazoemquestofoiadotadaem100ha,
queequivaleaolimitedeusoparaomtodoracional.Otempoderetornoadotadoparaprojeto
foi de 10 anos, conforme proposto por DAEE/CETESB (1980) com base no tipo de
empreendimento(microdrenagem).
Paraadelimitaodaregiodamicrobaciaedasreasimpermeveisdamesma,utilizou
seosoftwareGoogleEarthPro.
RESULTADOSEDISCUSSO
UtilizandooGoogleEarthPro,foramdelimitadasregiesrespectivas:
readecontribuiodamicrobacia;
reasdepermeabilidadeconsidervelealtainterceptaovegetal.
Alm destas, para a estimativa de um tempo de concentrao representativo para
quantificaravazodeprdesenvolvimento,delimitouseumareacom997734m2comrelao
entre largura e comprimento de aproximadamente 1:3. vlido ressaltar que o limite de rea
escolhidofoiinferiora1km2emrazodautilizaodomtodoracional.
Na figura 2, representado a delimitao efetuada pelo Google Earth Pro da rea de
contribuio (em vermelho), das reas de permeabilidade considervel e/ou alta interceptao
vegetal(emazul),daregiodelimitadaparaestimarotempodeconcentrao(empreto)edo
percursoreferenteaotalveguedoescoamentosuperficial(emverde,compontosvermelhosnas
mudanasdedireo).
Inicialmente,paraaponderaodaintensidademdiarequeridaparaoclculodavazo
de prdesenvolvimento, foi necessrio o clculo do tempo de concentrao. O tempo de
concentrao foi quantificado utilizando a equao 4, cujas variveis utilizadas se encontram
abaixo:
Tabela1Variveisparaaestimativadotempodeconcentrao.
P24
0,013sm1/3
2109m
139,97mm
0,01m/m
precipitao (no caso, 1440 minutos). O comprimento de talvegue foram estimados pelo
software Google Earth Pro , com base de dados de satlites oriundos do Shuttle Radar
TopographyMission(NASAeNGA,2000).Adeclividademdiaobservadanotalvegueporsatlite
foide0,02m/m,sendopormadotadaumadeclividademdiade0,01m/memdecorrnciade
que as obras predominantes na rea possuam como peculiaridade baixas declividades,
implementadasatravsdoprocessodeterraplenagem.
Assim,otempodeconcentraofoiestimadoem41,48minutos.
Utilizando a equao 3, utilizouse um tempo de retorno de 10 anos e um tempo de
duraoigualaotempodeconcentrao.Destaforma,obteveseumaintensidademdiade1,39
mm/minou83,63mm/h,aqualserutilizadaparaaobtenodavazodeprdesenvolvimento
pelaequao2.
Paraaponderaodeumcoeficientemdio,foinecessrioquantificarapercentagemde
rea impermevel da rea de contribuio. Com base em uma amostra de rea considerada
representativaretiradadareadecontribuio(representadanafigura3),pdeseverificarque
asreasdealtapermeabilidadecorrespondemaaproximadamente30%.
Uma vez que a grande maioria das vias da microbacia so pavimentadas com alvenaria
polidrica (o qual no caracteriza uma cobertura tida por impermevel), adotouse uma
percentagemdereapermevelde50%paraoclculodeumcoeficientemdioderunnoff.
Utilizandosedaequao5,ocoeficientemdioderunnofffoiestimadoem0,521.
Figura2Delimitaodareadecontribuio,reasdealtapermeabilidade,regiopara
estimativadotempodeconcentraoepercursodotalvegueparaoclculodavazodepr
desenvolvimento(GoogleEarth,2014).
Figura3reaamostralrepresentativa(emroxo)paraestimativadareaimpermevel(Google
Earth,2014).
Apartirdosdadosacimacitados,avazodeprdesenvolvimentoresultouemumvalor
demagnitudetalqueQn=121,1L/(s.ha)paraamicrobaciadobairroNovoJuazeiro/Tiradentes,
JuazeirodoNorte,Cear.
CONCLUSES
Apartirdosestudosrealizados,chegouseaumapropostademedidalegalparacontrole
dos efeitos referentes ao processo de urbanizao: uma vazo de prdesenvolvimento
equivalente121,1L/(s.ha).
Com base nesta, visouse obter atravs de uma medida noestrutural um limite de
impermeabilizao da cobertura de uma microbacia situada no Juazeiro do Norte, Cear, com
intuitodequeaurbanizaonovenhaaprejudicaraeficinciademecanismosdecontrolede
alagamentosnareapeloaumentoconsiderveldamagnitudedosdeflvios.
Alm da vazo de prdesenvolvimento, se prope que como trabalho complementar o
prdimensionamentodereservatriosdepequenoportecomvolumededetenoequivalente
para que a vazo em questo seja mantida estes para serem implementados em pequenos
lotesdalocalidadeouloteamentosdepequenasreas(Tucci,[200?]).
vlidolembrarqueoelementoencontradonopresentetrabalhoalgoaserdiscutidoe
aprimorado,oqualnecessitadeumavisointerdisciplinarparaverificaodeaplicabilidadee/ou
possveismodificaesparamelhoreficinciadamesma,comocitadoporTucci[200?].
AGRADECIMENTOS
REFERNCIAS
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SOBRINHO, V. F. Aplicao do mtodo de isozonas na obteno das equaes IDF de chuvas
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HandbookofHydrology,DavidMaidment(ed.)McGrawHillBookCo.1992.
PRINCIPAISNORMASEVERIFICAESPARATIJOLOSDECERMICAVERMELHA
K.S.deAlmeida(PQ);I.J.P.S.Lima (IC)1 ; R.A.L.SOARES(PQ)2
1
InstitutoFederaldoPiau(IFPI)CampusFloriano
2
InstitutoFederaldoPiau(IFPI)CampusTeresinaCentral
Email:eng.kelson@ifpi.edu.br
(IC)IniciaoCientfica(voluntrio)
(PQ)ProfessorPesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:cermicavermelha,normas,ensaios,normatizao.
MAINFINDINGSANDSTANDARDSFORBRICKSOFREDCERAMIC
ABSTRACT
KEYWORDS:redceramic,standards,testing,standardization.
PRINCIPAISNORMASEVERIFICAESPARATIJOLOSDECERMICAVERMELHA
INTRODUO
AtualmenteosetordecermicanoBrasiltemumagrandeimportnciaeconmica,com
umaparticipaonoPIBdequase1,0%,almdeapresentarcaractersticasimportantescomoo
aumentonosseuspadresnocenriodaeconomianacional,distinguindoodetodososoutros
setores, envolvendo micros, pequenas, mdias e grandes empresas em todos os estados, no
interior e nas regies metropolitanas e em boa parte dos municpios do pas, envolvendo
produtos derivados de minerais no metlicos para a construo civil, como elementos
estruturais e para revestimento, louas domsticas, sanitrias e de decorao, assim como de
uso especfico, como isoladores eltricos, tijolos refratrios, tubulaes sanitrias, abrasivos,
biocermicaeisolantestrmicos.
OsetordeCermicaVermelhadevidoasuaimportnciaempregaumagrandequantidade
de trabalhadores, mas, assim como em mbito nacional, a indstria de cermica piauiense e
brasileiraaindaapresentaalgunsproblemascomo:faltadequalificaotcnicadetrabalhadores
eprofissionais,desconhecimentodaspropriedadesdosprodutos,faltapadronizaodoproduto
etecnologia.
Campos (2011) apontou em seu que o conhecimento dos materiais empregados na
construo de vital importncia para o projeto e a construo na Engenharia Civil; tanto os
materiaisdaestruturadaedificaocomoaquelesusadosparaoseufechamentoeacabamento.
A melhoria da qualidade dos materiais de construo civil permite assegurar um bom
desempenho,durabilidadee,principalmente,contribuirparaaseguranadasedificaes.
Asempresasfornecedorasdestesmateriaisdevem,paraisso,desenvolverumcontroleda
qualidadeafimdegarantiraqualidadedestesprodutos,ondeoajustedaqualidadenacadeia
produtiva das empresas se faz necessrio e este pode ser realizado em todas as partes do
processo, desde a chegada da matriaprima, a partir do fornecedor, fase de entrada,
preparao,industrializao,sadadoprodutoeassistnciaaocliente.
Devido a isso, inmeras medidas vm sendo tomadas de forma a sanar os problemas
apresentados pela indstria de cermica vermelha e assim melhorar a qualidade do produto e
racionalizarosrecursosnaturais,entreelasesto:
Aimplantao,implementaoemanutenodoSistemadeGestodeQualidade
(SGQ); o Governo Federal criou o Programa Nacional de Tecnologia de Habitao
PRONATH,integrantedoProgramaBrasileirodeQualidadeeProdutividadedoHabitat
PBQPH,quevisamelhoriadaqualidadeeprodutividadedosmateriaisempregadosna
construodehabitaespopulares;
Entidades governamentais no Brasil como o INMETRO (Instituto Nacional de
Metrologia,NormalizaoeQualidadeIndustrial);
ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) que tambm apresenta
normatizaesemtodasasreas,inclusiveparaprodutosdecermicavermelha.
Opresentetrabalhoapresentaosprincipaisensaios,normaseverificaesaserem
utilizados no setor de cermica vermelha visando a melhoria constante da qualidade do
produtofinal,eassimasseguraraconfiabilidade,respeitoesatisfaodosconsumidorese
fornecedores.
BLOCOCERMICO
NECESSIDADEDENORMATIZAO
SegundoaAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas(ABNT),normatizaoaatividade
que estabelece, em relao a problemas existentes ou potenciais, prescries destinadas
utilizao comum e repetitiva com vistas obteno do grau timo de ordem em um dado
contexto.Naprtica,aNormatizaoestpresentenafabricaodosprodutos,natransferncia
detecnologia,namelhoriadaqualidadedevidaatravsdenormasrelativassade,segurana
epreservaodomeioambiente.
Osproblemasenfrentadospelosetorcermicobrasileiroeoseureflexonaqualidadedos
produtos disponveis para o consumidor, principalmente em funo da existncia da no
conformidadetcnicaintencional.
De acordo com dados da Secretaria Executiva do Comit Nacional de Desenvolvimento
PRINCIPAISNORMAS
Paraosblocoscermicosasnormasquedevemserseguidasparaseobterprodutosde
qualidadeso:
NBR152701Blocoscermicosparaalvenariadevedao;
NBR152702Blocoscermicosparaalvenariaestrutural;
NBR152703BlocoscermicosparaalvenariaestruturaledevedaoMtodos
deEnsaio;
NBR7.171,denovembrode1992:BlocoCermicoparaAlvenaria:Especificao;
NBR 6.461, de junho de 1983: Bloco Cermico para Alvenaria Verificao da
ResistnciaCompresso:MtododeEnsaio;
PortariaInmetron152,de08desetembrode1998:estabeleceascondiespara
comercializao dos blocos cermicos para alvenaria (dimenses e marcaes) e a
metodologiaparaexecuodoexamedeverificaodaconformidademetrolgicados
mesmos.
PADRESESTABELECIDOSEMCERMICAVERMELHA
empregonafunoespecificada.
FormaeTolernciasDimensionaisMdias:Oblocodevedaodevepossuiraformade
umprismareto.Emrelaosgrandezaslargura(L),altura(H)ecomprimento(C)atolerncia
dimensionalrelacionadamdiadasdimensesefetivasserde3mm.
Espessuradosseptoseparedesexternas:Aespessuradosseptosdosblocoscermicosde
vedaodevesernomnimo6mmeadasparedesexternasnomnimo7mm.
Desvio em relao ao esquadro e Planeza das faces ou flecha: O desvio em relao ao
esquadrodevesernomximo3mm.Aflechadevesernomximo3mm.
Resistnciacompresso:Aresistnciacompressodosblocoscermicosdevedao,
calculadanareabruta,deveatenderaosvaloresmnimosindicadosnatabela1.
Tabela1ResistnciaaCompresso
FonteABNTNBR152703:2005
ndicedeAbsorodgua(AA):Ondicedeabsorodguanodeveserinferiora8%
nemsuperiora22%.
ConstituiodoslotesdefornecimentoeInspeesporensaios:Olotedefabricaodeve
ter no mximo 100 000 blocos. Todo lote de fabricao pode ser dividido em lotes de
fornecimentodeat100000blocosoufrao.Naexecuodainspeoporensaios,adotase
amostragemsimples.
CorposdeProva:Paraoensaiodedeterminaodascaractersticasgeomtricas(largura,
altura, comprimento, espessura das paredes externas e septos, planeza das faces e desvio em
relaoaoesquadro)eparaoensaiodedeterminaodaresistnciacompresso,asamostras
so constitudas de 13 corposdeprova. Para o ensaio de determinao do ndice de absoro
dgua,aamostraconstitudadeseiscorposdeprova.
CONCLUSO
Diante dos dados e normas apresentadas, podese dizer que no Piau e no Brasil as
atividades de metrologia, normatizao e da qualidade industrial em sua maioria no so
desenvolvidaspelasempresasprodutorasdeblocosdecermicavermelha.Notaseque,sema
busca pela qualidade por parte das empresas, os produtos gerados so utilizados sem que o
consumidor saiba se est (ou no) em conformidade com o que padronizado pelas normas
vigentes.
O Inmetro e programas como o PBQPH devem intensificar a busca pela melhoria da
qualidadeedaprodutividadedosmateriaisempregadosnaconstruodehabitaespopulares,
sabesequeummaterialdemqualidadepodercomprometeracredibilidadedofabricante,e
assimdiminuirasuaaquisioporpartedosconsumidores,jqueoslojistaseosprofissionaisdo
setordeconstruocivil,normalmente,orientamaescolhadocliente,informandoosmelhores
materiais.
As universidades e escolas tcnicas so essenciais na formao de profissionais
devidamentequalificadosnesteramodaconstruocivil,afimdenoficarrefmdaexperincia
detrabalhadoresdoramoquenotiveramoconhecimentotcnico,eassimbuscarocadavez
maisamelhoriadaqualidade,utilizandoseparaissoasdeterminaespresentesnasnormas.
O mercado atual se apresenta cada vez mais competitivo e assim necessrio que as
empresasefornecedoresdematriasprimasseadequemaestenovopanoramadaindstriade
cermica vermelhae com isso visar a adequao dos produtos aos Regulamentos e s Normas
Tcnicas, contribuindo para que o consumidor possa fazer escolhas melhor fundamentadas, e
comissomelhorarosetorcomoumtodo,unindoqualidade,seguranaeeconomia.
AGRADECIMENTOS
OsautoresagradecemaoIFPICampusFlorianopeloapoioparaarealizaodapesquisa.
REFERNCIAS
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 15270 1(2005) Componentes
cermicosBlocoscermicosparaalvenariadevedaoTerminologiaerequisitos,Braslia,
2005
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 15270 2(2005) Componentes
cermicos Blocos cermicos para alvenaria estrutural Terminologia e requisitos, Braslia,
2005
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 15270 3(2005) Componentes
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RESUMO
A contextualizao primordial da pesquisa in loco,
especificamente, na Rua do Comrcio, na cidade de
Santa Ins - MA, delineada ao sistema preventivo de
combate a incndio pela aplicao de aparelhos
extintores nas edificaes comerciais, firmado em
normas ministerial do trabalho e emprego (NR),
Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e
Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico (COSCIP).
Este presente trabalho tem como objetivo investigar in
loco sobre o sistema de proteo por meio de aparelhos
extintores nas edificaes comerciais, centradas na Rua
do Comrcio, no municpio de Santa Ins MA, com
relao s exigncias previstas em norma e legislao
nacional. Durante as inspees nas edificaes, aplicou-
Descrio da conformidade
Aparelho extintor porttil em perfeito estado conservao; agente
extintor gua pressurizada para Classe de A; presente ficha individual de
controle; altura de 1.600 mm, sinalizao vertical e horizontal de acordo
com a NBR 12.963 e NR 23. Desta maneira, apresenta-se em boa condio
de uso para em caso de combate a principio de incndio.
notvel que este aparelho um dos poucos que esto dentro dos
padres da ABNT, NR 23 e COSCIP
Continuao do Quadro 1.
IMAGEM
Descrio da no conformidade
CONCLUSO
Com base nos dados coletados e analisados das edificaes comerciais, da Rua do
Comrcio, do municpio de Santa Ins - MA, pode-se comprovar que as mesmas se encontram
com algumas irregularidades em seus sistemas de preventivos de combate a incndio. De acordo
com as normas da ABNT citadas no desenvolvimento do trabalho, as falhas relevantes
encontradas foram: falta de extintores em grande parte das edificaes inspecionadas, ausncia
de sinalizao e localizao adequadas, extintores com validades vencidas, deficincia de
fiscalizao dos rgos pblicos competentes diante as edificaes e capital humano
despreparado para em caso de uma emergncia (incndio).
A carncia dos extintores um fator que coloca em risco a segurana das pessoas em
situaes emergenciais, pois de acordo com a NR 23 e a NBR 12.693 sistemas de proteo por
extintores de incndio (1993), estes equipamentos so obrigatrios e extremamente necessrios
para combater o fogo ainda em sua fase inicial.
Com relao deficincia de sinalizao, evidente que sua ausncia atrapalha a
orientao das pessoas em situaes de emergncia, desse modo dever ser includo nas
edificaes encontradas com falhas ou ausncia das simbologias adequadas, projetos de
sinalizao que atenda as exigncias impostas pela NBR 13.434-2 (Sinalizao de segurana
contra incndio e pnico).
A localizao dos aparelhos extintores deve ser dimensionada de modo que fique
desobstruda de materiais e equipamentos ou objetos, com fcil visualizao, fcil acesso e onde
haja menos probabilidade do fogo bloquear o seu acesso para a facilitao do manuseio do
extintor.
De acordo com a NR 23 todas as empresas devem possuir pessoas habilitadas no uso
correto de extintores de incndios. Portanto, a carncia de trabalhadores despreparados nas
edificaes comerciais deve ser ajustada por meio de cursos e treinamento aos funcionrios das
edificaes, a respeito do tema preveno e combate a incndio, sendo os mesmos ministrados
por profissionais habilitados: engenheiros de segurana do trabalho, tcnicos de segurana do
trabalho, bombeiros militares, bombeiros civis.
Observou-se durante o estudo que existe uma grande carncia da fiscalizao nas
edificaes comerciais, facilitando assim, que ocorram numerosas falhas e desconformidades de
normas e leis vigentes referentes a combate a incndio.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais pelo amor, compreenso e incentivo.
A Fundao de Amparo Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico do
Maranho FAPEMA, pela concesso da bolsa de pesquisa de iniciao cientifica.
Ao meu orientador, Lindemberg Alex Pereira Trindade pela pacincia, amizade, e confiana
em mim depositados.
REFERNCIAS
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ANLISEERGONMICADASCONDIESDETRABALHONOCANTEIRODEOBRASDAEMPRESA
ESSEENGENHARIAPB
R.P.Ibiapino ;A.G.G.Alves2;T.R. T.Nogueira 3
InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiro,2InstitutoFederalde
Educao,CinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiro;3InstitutoFederaldeEducao,Cinciae
TecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiroemail:kelzinha_priscila@hotmail.com
RESUMO
Nos ltimos anos no Brasil, vem crescendo a
preocupaodogovernocomascondiesdetrabalho,
asquaisostrabalhadoresestoexpostos.Nessadireo,
o governo brasileiro editou a Norma Regulamentadora
(NR) 17 Ergonomia, que visa estabelecer parmetros
quepermitamadaptaodascondiesdetrabalhoas
caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores. O
presentetrabalhotemcomoescopoavaliarascondies
de trabalho em um dos canteiros de obra da empresa
ESSE Engenharia, e observar se est conforme o
estabelecido na NR17. A constante utilizao das
mquinas, postura em p, repetio de movimentos
inerentes atividade fabril so algumas das
caractersticas encontradas no canteiro de obras da
PALAVRASCHAVE:Ergonomia.NormaRegulamentadora17Ergonomia,condiesdetrabalho.
ERGONOMICANALYSISOFWORKINGCONDITIONSONCONSTRUCTIONSITECOMPANYESSE
ENGENHARIAPB
ABSTRACT
In recent years in Brazil, has increased the
government's concern with the working conditions to
which workers are exposed. In this sense, the Brazilian
government issuedNorm ( NR )17 Ergonomics, which
aimstoestablishparametersthatallowtheadaptationof
workingconditionspsychophysiologicalcharacteristicsof
workers. The present work has the objective to assess
the working conditions at one of construction company
ESSE Engineering, and observe if it is as established in
NR17. The constant use of the machines, standing
posture, repetition of movements involved in
manufacturingactivityaresomeofthefeaturesfoundon
KEYWORDS:Ergonomics.Norm17Ergonomics,workconditions.
ANLISEERGONMICADASCONDIESDETRABALHONOCANTEIRODEOBRASDAEMPRESA
ESSEENGENHARIAPB
1.
Introduo
DeacordocomaNormaRegulamentadora17(NR17),emseuitem17.1,aErgonomiavisa
estabelecer parmetros que permitam a adaptao das condies de trabalho s caractersticas
psicofisiolgicasdostrabalhadores,demodoaproporcionarummximodeconforto,seguranae
desempenhoeficiente.
Apartirdanossurgiuointeresseemfazermosumaanliseergonmicadascondiesde
trabalhonaempresaESSEEngenharia.Da,comeamosapesquisarsobretalassunto,ecombase
naNR17,naConsolidaodasLeisdoTrabalho(CLT)eemalgunstextosprovenientesdainternet,
como ergonomia: Um estudo sobre sua influncia na produtividade. Elaboramos dois
questionriosaseremaplicadosaostrabalhadoresdaempresaESSE,almdefazermosumestudo
bibliogrficosobretaisaspectos.
A anlise ergonmica ser feita apenas no canteiro de obras de uma das filiais da Esse
Engenharia,queestlocalizadanaPB240,trechoqueligaSoSebastiodoUmbuzeiroSoJoo
do Tigre, onde est sendo executado a terraplanagem desse trecho. importante frisar que o
nossoestudodascondiesdetrabalhonofazoaprofundamentosobreLER(Lesesporesforos
repetitivos)eDORT(Distrbiososteomuscularesrelacionadosaotrabalho),abrangendoapenaso
queapresentaremosemnossaliteratura,relacionadoNormaRegulamentadora17(NR17)ea
CLT(ConsolidaodasLeisdoTrabalho).
A preocupao com as condies de trabalho deve estar presente em todas as aes da
empresa, sob pena de perderse na competitividade. Ento, necessrio que a empresa tenha
organizao, planejando o posto de trabalho e seus aspectos ergonmicos. Pois, como afirma
(ABRAHO;SZNELWAR...[etal.],2009),importanteanalisarascaractersticasdapopulaode
trabalhadores, o contexto nos quais eles desempenham as atividades, e elaborar um
planejamentoqueconsidereestesfatores.Paratal,devemserdefinidasasmetasdeproduo,de
modo que se incorporem os conceitos de variabilidade e de imprevisibilidade, para que no
ocorramprejuzosaobemestar,comriscossade,aseguranadostrabalhadoresetambmaos
resultadosdaproduo.
Nessecenrio,aempresaESSEEngenhariabuscafirmarsecomorefernciaparaosetorda
construocivil,procurandoaumentaraseguranadostrabalhadores,demodoquediminuaos
gastos adicionais com reparaes de danos causados a funcionrios que no trabalham em
consonncia com as normas de segurana. Verificandose as condies de trabalho dos
trabalhadoresdaempresaanalisada,apresentouseaseguintequestodepesquisa:ascondies
detrabalhooferecidaspelaempresaESSEEngenhariaaostrabalhadoresestodeacordocomos
parmetrospropostospelaergonomia?
Comoobjetivoderesponderaestequestionamento,buscamosanalisarascondiesde
trabalho desta empresa, particularmente, observando o canteiro de obras. Especificamente,
procuramos:
a)
Identificarafunodealgunstrabalhadores;
b)
Conhecerosseuspostosdetrabalhoeseusconhecimentossobreergonomia;
c)
Analisarocanteirodeobrassobseusaspectosergonmicos,combasenoqueser
apresentadonaliteratura,comotambmnasnormasregulamentadoras;
d)
naNR17.
2.
Proporsoluesoualternativasparaadequaoaoquepropostonaliteraturae
Revisodaliteratura
Cumprirefazercumprirasnormasdeseguranaemedicinadotrabalho;
II.
Instruir os empregados, atravs de ordens de servio, quanto s precaues a
tomarnosentidodeevitaracidentesdetrabalhooudoenasocupacionais;
III.
Adotarasmedidasquelhesejamdeterminadaspelorgoregionalcompetente;
IV.
Facilitaroexercciodafiscalizaopelaautoridadecompetente.
NoBrasil,cadavezmaisseobservaointeresseepreocupaodogovernocomosaspectos
relacionados segurana e a sade do trabalhador, devido aos altos prejuzos econmicos
decorrentesdedanificaesintegridadefsicaementaldosempregados.
Segundo Cartaxo (1997) a ergonomia visa diminuio de doenas relacionadas ao
trabalho,danosmuscularesdevidofadiga,situaesemqueotrabalhadorpossaestarexposto
ao risco de acidentes devido a sua postura, reduo de perdas, danos e custos as empresas,
melhorianoconfortoeaumentonaprodutividadeedesempenhodotrabalhador.
O objetivo da NR 17 caracterizar a ergonomia como um importante instrumento para
garantir a segurana e a sade dos trabalhadores, e ela representa um timo avano na
estruturao das condies dos postos de trabalho nas empresas brasileiras. Segundo (SILVA;
SOUZA...[etal.],2009),atento,aorganizaodotrabalhoeraconsideradaintocvelepassvel
de ser modificada apenas por iniciativa da empresa, muitoembora os estudos comprovassem o
papel decisivo desempenhado por ela na gnese de numerosos comprometimentos sade do
trabalhador.
Segundo (GONALVES; DEUS, p. 2) um canteiro de obras bem organizado um dos
pontosbsicosparaoinciodaanliseergonmicadeumaobradeconstruo,porisso,acadadia
que passa se torna mais importante a definio dos elementos que o compem. Ele deve
apresentarse organizado, limpo e com as vias de circulao liberadas, tentandose evitar ao
mximo poeira excessiva e eventuais riscos, pois a falta de preparao do posto de trabalho
sempreacarretafalhasnoplanejamentoeprogramaodaobra.Ento,paraqueambasocorram
de forma correta, devese preparar o posto de trabalho, de tal forma que atenda a requisitos
essenciais limpeza do local, a eliminao de interferncias, o fornecimento de ferramentas,
materiaiseequipamentosnaquantidadeadequadaenotempocorreto.
ANR17,noseuitem17.4,estatuiquetodososequipamentosquecompemumpostode
trabalhodevemseradequadosscaractersticaspsicofisiolgicasdostrabalhadoresenatureza
do trabalho a ser executado. Tambm afirma que as condies de trabalho devem estar
adequadas s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho a ser
executado. Nos locais de trabalho onde as atividades devem ser executadas so recomendadas
pelaNBRnoseuitem17.5.2,asseguintescondiesdeconforto:
a)
Nveis de rudo de acordo com o estabelecido na NBR 10152; norma brasileira
registradanoINMETRO;
b)
ndicedetemperaturaentre20Ce23C;
c)
Velocidadedoarnosuperiora0,75m/s;
d)
Umidaderelativadoarnoinferiora40%.
Relacionado iluminao a NR no seu item 17.5.3, todos os locais de trabalho deve ter
iluminao adequada natural ou artificial, geral ou suplementar apropriada a natureza da
atividade. Ainda no artigo 176 da CLT, os locais de trabalho devero ter ventilao natural,
compatvelcomoserviorealizado.
O artigo 184 da CLT, estatui que as mquinas e os equipamentosdevem ser dotados de
dispositivos de partida e parada, e outros que se fizerem necessrios para a preveno de
acidentesdetrabalho,especialmentequantoaoriscodeacionamentoacidental.
De acordo (SILVA; SOUZA... [et al.], 2009, p.67), para que o desempenho dos
trabalhadores seja considerado eficiente necessrio que o trabalhador possa permanecer no
processoprodutivodurantetodootempoqueaprpriasociedadeestipulacomosendoseudever
permanecer trabalhando. Para tal, preciso que suas condies permitam a execuo das
tarefasatumaidademaisavanada(SILVA;SOUZA...[etal.],2009,p.67).
3.
Metodologia
Osprocedimentosmetodolgicosinclurampesquisabibliogrfica,descritiva,pesquisade
campo,metodolgicaeestudodecaso.Segundo(SILVA;SOUZA...[etal.],2009,p.68),apesquisa
classificase como bibliogrfica, pois tem como base a teoria encontrada em publicaes, como
livros, inclusive em sites na internet. tambm descritiva pelo fato de que evidencia
caractersticasdedeterminadapopulaooudeumfenmeno
Aindadeacordocom(SILVA;SOUZA...[etal.],2009,p.68),classificasecomodecampo,
devido ao fato do fenmeno ter sido observado no local onde os fatos acontecem. tambm
Apresentaodapesquisa
O estudo foi realizado na empresa ESSE Engenharia, que voltada para a construo e
sinalizao horizontais e verticais de pistas de rolamento. Esta empresa possui 150 funcionrios
neste canteiro pesquisado (Figura 1), mas para esta pesquisa entrevistamos apenas 12
trabalhadores que so os que se encontram fixos no canteiro, pois os outros trabalhadores
encontramsenocampo.
Figura1LocalizaodoCanteirodeobrasondefoirealizadaapesquisa
Foiverificadoduranteapesquisaqueaequipedeproduo,bemcomoocorpotcnicodo
escritrio,emsuamaioriatrabalhadoresdosexomasculino,tendoapenascomoexceoduas
faxineiras do escritrio e do canteiro. Tambm se constatou que grande parte dos funcionrios
nopossuiconhecimentosobreergonomiaenemsobreassuascontribuiesparaamelhoriadas
condiesdetrabalho,perfazendoumtotalde99%dosentrevistados.Cremosqueestefatose
deveaobaixonveldeescolaridadedosfuncionrios.Tomaramseporbaseosdadoscoletados
pormeiodequestionrios(Figura2).
O grupo de pessoas entrevistadas constitudo por: um soldador, um borracheiro, um
ajudantedeborracheiro,ummotoristadecaamba,umencarregadodemecnica,umauxiliarde
mecnica,umoperadordemquinapesada(patrol),umservente,umconstrutordeestaca,um
batedordeestaca,umeletricistademquinaeumtcnicoemseguranadotrabalho.
Figura2Aplicaodosquestionriosaostrabalhadores
Emrelaoaonveldeescolaridade,verificamosque:umapessoanopossuinenhumgrau
deescolaridade,umapossuiensinotcnico,umatemensinofundamentalcompletoetrsensino
fundamentalincompleto,umatemensinomdioincompletoecincoensinomdiocompleto.J
relacionado faixa etria observamos que dois possuem idade entre 18 e 25 anos, um possui
idade entre 20 e 30 anos e nove possuem idade superior a 30 anos. No que diz respeito
remunerao, dois funcionrios (16,66%), recebem entre 1 e 1,5 salrios mnimos, cinco
funcionrios (41,66%) recebem entre 1,5 e 2 salrios mnimos, cinco funcionrios (41,66%)
recebemacimade2salriosmnimos.Quantoaotempodeservio,umfuncionrio(8,33%)est
comeandonaempresanodiadaentrevista,umfuncionrio(8,33%)esthummsnaempresa,
oitofuncionrios(66,6%)estonaempresanointervalodetempoquevariade2a6meses,dois
funcionrios (26,6%) esto na empresa h aproximadamente 2 anos, caracterizando a alta
rotatividadedefuncionrios.
Tambmobservamosqueaconteceuapenasumacidentedetrabalho,infelizmentefatal,
no qual o trabalhador foi atropelado por uma mquina patrol, que o esmagou. Os demais
trabalhadoresnosofreramnenhumacidente.Relacionadoocorrnciadedoresprovocadaspela
realizao de atividades laborais, apenas um trabalhador (8,33%) apresenta dores por esforo
repetitivo, os demais 11 trabalhadores (91,67%) no sentem nenhum tipo de dor. Vale a pena
ressaltar que os intervalos de descanso, propostos pela NR 17 so atendidos, pois todos os
entrevistados possuem um tempo disponvel para o descanso todos os dias. O funcionrio que
afirmou sentir dores foi o servente, devido ao fato dele passar o dia todo pegando muito peso,
abaixandoseelevantandose.
Quandotomadososfatoresquecompemoambientedetrabalho(mquinas,iluminao,
rudo,ventilao,etc.),indagasesesuamelhoradequaoresultariaemmelhorianascondies
de trabalho, os resultados indicam a seguinte ordem de prioridade: iluminao (58,33%);
mquinas (55%); rudo (25%); ventilao (0%); espao fsico (10%). Os itens iluminao e
equipamentos (Figura 3), na maioria dos respondentes (83%), se melhor adequados no
contribuiriamparaamelhoriadascondiesdetrabalho.Nenhumdosentrevistadosconsiderama
ventilao como fator importante nas suas condies de trabalho, pois trabalham em espao
aberto ao ar livre. Considerando agora os rudos, a maioria dos trabalhadores utilizam os
equipamentos de proteo auricular, no necessitando de melhorias. Esses dados demonstram
que os trabalhadores esto atentos as suas condies de trabalho e percebem pelo contato
cotidianoquaisdessesitensinfluenciampotencialmentesuascondies.
Figura3Algunsequipamentosutilizadosnaobra
Quandoquestionadossobreaadequaodesuascondiesdetrabalhoaoqueproposto
pelaNR17,relacionadoamelhoriadesuascondiesergonmicas,afirmaramqueestefatoseria
irrelevanteparaosmesmos.Grandepartedostrabalhadores,ouseja,setefuncionrios(58,33%)
afirmam que as suas atividades oferecem riscos a sua integridade fsica e cinco funcionrios
(41,67%)afirmamquenotrarianenhumprejuzoassuascondiesdetrabalho.
5.
Anlisedosresultados
AempresaESSEEngenhariastemumfuncionrioafastado,quenocasoomotoristada
mquina patrol (que atropelou o trabalhador, que acabou em bito, como j citado
Propostadeinterveno
Osagentesparticipantesdoprocessoprodutivoforamidentificados.Ainfraestruturafsica
disponibilizada pela organizao para que esses agentes executem suas atividades tambm foi
objeto de identificao. As condies de trabalho dos postos de trabalho da empresa ESSE
Engenharia foram analisados tomandose sempre como referncia o que foi identificado na
literaturaconsultadaenanormaregulamentadora17,principalreferncialegalsobreergonomia.
Da identificao, anlise e confrontao das condies de trabalho, segundo uma viso
ergonmica dos postos de trabalho (canteiro de obras), resultou a propositura de solues e
alternativas que objetivam adequaes dessas condies ao que foi encontrado na literatura e
impostapelaNR17ergonomia.
Diante da impossibilidade de alternncia da postura do mecnico e do eletricista (que
desempenham seu trabalho, por muitas vezes agachados), pode ser adquirido uma espcie de
carrinhocomrodas(tipoumamaca),ondeotrabalhadorpossaseacomodarmelhor,favorecendo
assimsuamobilidadeepodendodiminuirodesconfortocausadopeloagachamentooucurvatura
porperodoslongos.
Joproblemaqueencontradopeloserventeeofabricantedeestacaserosolucionados
colocando a betoneira em um lugar coberto, evitando assim a exposio da betoneira ao sol e,
consequentementedostrabalhadores,podendoassimmelhorarodesempenhodafunoesuas
condies de trabalho. Tambm a aquisio de padiolas para dosar com maior preciso o
concreto,deixandoassimotrabalhomenosonerosoemaisprtico.
Sabemos que nos postos de trabalho no so levados em considerao o conforto dos
trabalhadores,massimasnecessidadesdaempresa.Ainvarincianaposturadosmesmos,como
passar do tempo pode causar problemas (a mdio ou longo prazo), tanto fsicos como
psicolgicos,quenocasopodertercomoconsequnciagastosextrasparaaempresa,almde
noserumacondiodetrabalhoquefavoreceaseguranaesadedotrabalhador.
Aempresajdispedesistemasdepausasparadescanso.ANR17tambmexigequeos
equipamentossejamadaptadosnosascaractersticasantropomtricasdostrabalhadores,mas
tambm as exigncias da tarefa. Logo, salutar que a empresa providencie os equipamentos
requeridos, como forma de melhoria das condies de trabalho e estmulo no desempenho de
suas atividades. Sendo importante enfatizar, que segundo os trabalhadores esta mudana, de
acordocomosparmetrosergonmicos,melhorariasuascondiesdetrabalho,masnoafetaria
seudesempenho.
7.
Consideraesfinais
Ficoudemonstradoqueaergonomiaassuntoalheiopelamaioriadosfuncionrios,eque
afaltadeconhecimentosobreestetemapodesercombatidopormeiodainformao,queadvm
depalestrasecapacitaesrealizadascomperiodicidade,queinstruaostrabalhadoressobresuas
condiesergonmicasdetrabalho,detalformaqueosconscientizemainformaraoresponsvel
pelaobra,sobrequalquerdesconforto,afimdeevitarproblemasfuturos.
O objetivo geral que guiou este trabalho foi anlise ergonmica das condies de
trabalho existentes no canteiro de obras da ESSE Engenharia, de forma a se observar, se as
condiesdetrabalhooferecidasestodeacordocomopropostonaNR17ealiteraturautilizada.
Os objetivos propostos pelo trabalho foram alcanados. Foram identificadas as
caractersticasmaisimportantesdosagentesquetrabalhamnaempresa,aestruturafsicaposta
sua disposio. Verificouse que dadas s caractersticas da atividade laboral, em sua grande
maioriasorealizadasnaposioemp,observasequeasreclamaessobreasdores,emgeral
muito nfima, no sabemos se por receio a punies por parte da empresa, ou porque no
existemdoresdefato,poisapenasumtrabalhadorreclamou.Tambmobservamosqueospostos
de trabalho necessitam de investimentos, para a melhoria das condies de trabalho, como
exemplo,oconforto.
Ficoudemonstradoqueamaioriadascondiesergonmicasdospostosdetrabalhoest
de acordo com o que prope a norma regulamentadora e a consolidao das leis do trabalho,
precisando apenas ser adaptado o posto de trabalho do mecnico, eletricista, servente e
fabricantedeestaca.
Outrofatorlimitadorrefereseaoreceiodosentrevistadosememitircomveracidadeseus
conceitos sobre a qualidade (ou falta dela) dos instrumentos colocados sua disposio para
trabalhar, bem como sobre a infraestrutura fsica do ambiente de trabalho, por temerem sofrer
sanes futuras em seus empregos. Assim, a entrevista realizada apresenta alguns vieses
referentesaessasinformaes.
8.
Referncias
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SILVA, Carlos Rodrigues; SILVA, Marco A. Costa... [et al.]. Ergonomia: Um estudo sobre a sua
influncianaprodutividade.V.16.n.4.SoPaulo:RevistadeGestoUSP,2009.
PLOSEXTRATIVISTASDEAGREGADOSMINERAISDECONSTRUOCIVILDE
FERREIRAGOMES
T.J.C.Bezerra (TM);L.D.A.S.Meira(PO)2;
InstitutoFederaldoAmap(IFAP)CampusMacap,2InstitutoFederaldoAmap(IFAP)Campus
Macap;email:joannycat@yahoo.com.br/lidia.meira@ifap.edu.br
1
(TM)TcnicoemMinerao
(PO)ProfessoraOrientadora
RESUMO
NoBrasilareaquemaistemcrescidoematividadesemaiornmerodeempregosaconstruocivil,
chegandoa0,88%nasatividades.Osetordeconstruovemrealizandoprogramas,juntamentecomo
GovernoFederal,voltandoqualificaoemelhoriadefamliascarentescomoainclusodemulheres
na construo de obras no pas. As matriasprimas utilizadas na construo civil so obtidas por
tcnicasdeminerao,apartirdobeneficiamentodeagregadosminerais,granulares,inertes,utilizados
principalmente em obras de infraestrutura e edificaes (Residenciais, Comerciais, Industriais e
Institucionais),osmaiscomunssopedrabritada,areiaecascalho,esoassubstnciasmineraismais
consumidas no Brasil e no mundo. O mercado brasileiro destes produtos atende a cerca de 3.100
empresas: 600 de produo de brita e 2500 de extrao de areia, com um total de 75.000 empregos
diretos e 250.000 indiretos. Os agregados para a construo civil so obtidos de materiais rochosos
variados,consolidadosougranulares,fragmentadosnaturalmenteouporprocessoindustrial.Deforma
geral, o setor de minerao de agregados de construo civil, de extrao de seixo e areia, tem um
desempenho econmico, social e ambiental bastante questionvel, de contribuio financeira pouco
expressiva.
PALAVRASCHAVE:Construocivil,Agregados,BritaeAreia.
EXTRACTIVEMINERALAGGREGATESPOLESOFCONSTRUCTIONOFFERREIRAGOMES
ABSTRACT
In Brazil the area that has grown more in activities and a higher number of jobs is the construction,
peakingat0.88intheactivities.Theconstructionsectorhasbeenperformingprogramsalongwiththe
FederalGovernment,returningtothequalificationandimprovementofneedyfamiliesastheinclusion
of women in the construction of works in the country. The raw materials used in construction are
obtained by mining techniques, from the processing of mineral granular aggregates, aggregates, used
mainly in infrastructure works and buildings (residential, commercial, industrial and institutional), the
mostcommonarecrushedstone,sandandgravel,andmineralsubstancesaremoreconsumedinBrazil
and in the world. The Brazilian market of these products serves around 3,100 businesses: 600
productionofgravelandsandextraction2500,withatotalof75,000directjobsand250,000indirect
jobs. The aggregates for civil construction are obtained from Rocky materials varied, consolidated or
granular, fragmented naturally or by industrial process. Overall, the mining industry of construction
aggregates,Pebbleandsandextraction,hasaneconomic,socialandenvironmentalperformancequite
questionable,financialcontributionlittleexpressive.
KEYWORDS:Construction,aggregates,gravelandSand.
PLOSEXTRATIVISTASDEAGREGADOSMINERAISDECONSTRUOCIVILDE
FERREIRAGOMES
INTRODUO
Aconstruocivilosetordemaiorcrescimentonopas,tambmresponsvelpelo
maiornmerodeempregosnasregiesmetropolitanasdopas.
Apolticadesenvolvidapelogovernofederal,atravsdeprojetoscomooMinhaCasa
Minha Vida, foi uma das responsveis pelo aquecimento de grandes nmeros de
empregadosnarea,eapresenadeinmeroseventoscomoaCopadoMundoeos
JogosOlmpicosfazemsurgirumagrandeoportunidadeparaqueopoderpblicoea
iniciativa privada invistam (e lucrem) ainda mais com a Construo Civil no Brasil.
(Cardoso,2013)
O Estado do Amap (figura 1) est localizado no extremo Norte do Brasil, por suas
caractersticas geofsicas, sociais, polticas e econmicas, faz parte da vasta regio
Amaznica.AlinhadoEquadorpassaaosuldoestado,nacidadedeMacap,sendoa
capitaldoEstado,ficalocalizadaaosulebanhadapelobraonortedorioAmazonas.
Oseulitoralcom242kmdeextenso,vaidoCaboOrangeaoCaboNorte,isto,dafoz
dorioOiapoqueafozdorioAmazonas.EmumaestimativafeitapeloIBGE,nocenso
de 2010 a populao do estado est estimada em 668.689 habitantes, dos quais
499.116 residem em Macap e Santana, contabilizando aproximadamente 4,68
habitantesporquilmetrosquadrados.
Figura1LocalizaodoEstadodoAmap
necessrio realizar pesquisas de custo para viabilizar o acesso aos materiais e assim
pordiante.
Figura2ResidencialMacapaba
Figura3ResidencialOscarSantos
MATERIAISEMTODOS
OmtodoutilizadoparaessapesquisafoiatravsdeartigossobreoSetormineralde
agregados de construo civil do Amap e referncias virtuais, procurando obter as
informaesmaiseficazespossveiseaimportnciadamineraonaconstruocivil.
ComaintenodemostrarosprincipaispolosexistentesnoAmap:FerreiraGomese
Porto Grande. Houve pesquisas e discusses para enfatizarmos no tema crucial de
nossoprojeto:setordeagregadosdeconstruocivil.
RESULTADOSEDISCUSSO
As matriasprimas utilizadas na construo civil so obtidas por tcnicas de
minerao, a partir do beneficiamento de agregados minerais, granulares, inertes,
utilizados principalmente em obras de infraestrutura e edificaes (Residenciais,
Comerciais, Industriais e Institucionais), os mais comuns so pedra britada, areia e
cascalho,esoassubstnciasmineraismaisconsumidasnoBrasilenomundo,(figura
4).
Figura4AreiaeSeixo
NoestadodoAmapexistemplosprodutordeareia,britaecascalho,nosmuncipios
deFerreiraGomesePortoGrande.Entre4a6kmaosuldePortoGrande,possuindo
camadasdeat9metrosdeespessura.Demineralogiaquartzosa,grosngulosasub
ngulos. O material lavrado consiste em rochas granticas a granodiorticas, ocorrida
noleitoeprximodorioAraguari.(Oliveira,2010)
NaEmpresaSouzaeFerreiraLtda.(figura5),apedreiraestlocalizadaemumareade
46,3hectaresdestinadosexploraoparaproduodebrita.Amineraodeareia
pouco intensiva em mo de obra, com falta de segurana e jornada excessiva. De
produoestimadaem3.000a5.000m,estipuladoem144mil/ano.
Figura5FrentedelavraeplantadebeneficiamentodebritadaEmpresaSouzae
FerreiraLtda.PortoGrande
Osetordemineraodeagregadosdeconstruocivil,deextraodeseixoeareia,
tem um desempenho econmico, social e ambiental bastante questionvel, de
contribuiofinanceirapoucoexpressiva.
AREIA:
CASCALHO:
Ocascalhoadenominaogenticadeseixos,originriosdefragmentosderochas
preexistenteseseenquadramnumafaixagranulomtrica,varivelde2a256mmde
dimetro.umagregadodeorigemnaturaletamanhogrado.Ocascalhopertence
aogrupodosAgregadosparaconstruocivil(areia,britaecascalho)queocupam1
lugaremquantidadee2emvalornomundo.Ocascalhodestinadoparasetorda
construo civil em aplicaes na fabricao de concreto, revestimento de leito de
estradasdeterra,concretociclpico,ornamentaodejardins,etc.
BRITA:
osetordaconstruocivilcomaplicaesnafabricaodeconcreto,revestimentode
leitodeestradasdeterra,deferrovias,barramentos,etc.
Nos municpios ocorrem tambm a explorao de ouro e outros minerais de
importnciaeconmicacomoacassiteritaeacromita,representandoforteelemento
deinfluncianosfluxosmigratrios.
CONCLUSO
REFERNCIAS
Construo
Civil
no
Brasil.
Disponvel
www.engenhariae.com.br/colunas/construcaocivilnobrasil
em:
em:
ALTERNATIVAEFICIENTEPARACONSTRUOCVIL:BLOCOSECOLGICOS
M.G.C.ROCHA(PQ);E.J.C.SANTOS(PF);J.C.C.DAMASCENO(PC)
InstitutoFederaldeEducaoCinciaseTecnologiasdoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSoGonalo
doAmarante
Email:mariadasgracas.mdg@outlook.com
(PQ)Pesquisador
(PF)ProfessordeFsica
(PC)ProfessordeConstruo
RESUMO
Buscandoalternativasparaminimizarpoluioambiental
causadapeloprocessodefabricaodotijolocermico,
oqualbastanteutilizadonaconstruocivil,oblocode
solo cimento surge como uma possvel alternativa para
reduo de tal situao. Tendo em vista seu lado
ecolgico, o bloco de solo cimento permite adies de
resduosdeconcreto,poliestirenoexpandidoegessoem
seu processo de fabricao. O mtodo de utilizao
desses resduos que seriam descartados no meio
ambiente proporciona ao bloco ecolgico maiores
benefcioscomo:melhoresndicesdesuaspropriedades,
PALAVRASCHAVE:BlocoEcolgico,Resduos,Ambiente,Sustentabilidade.
EFFICIENTALTERNATIVEFORCONSTRUCTION:GREENBLOCKS
ABSTRACT
Seekingalternativestominimizeenvironmentalpollution
caused by the manufacturing process of ceramic brick,
which is widely used in construction, the soil cement
block emerges as a possible alternative to reduce this
situation. Given its ecological side, the block of soil
cementallowsadditionsofwasteconcrete,polystyrene
andplasterintheirmanufacturingprocess.Themethod
of using these waste that would be disposed of in the
environmentprovidesthelargestblocecologicalbenefits
KEYWORDS:Greenblock,Waste,Environment,Sustainability.
ALTERNATIVAEFICIENTEPARACONSTRUOCVIL:BLOCOSECOLGICOS
INTRODUO
Ostijoloscermicossolargamenteempregadosnaconstruocivil.Porm,oprocessodesua
fabricao inclui desmatamento, liberao de CO2 e elevados custos. Uma alternativa que
proporcionaminimizartaisdanos,permitindoconstrueslimpas,maisrpidaseeconmicaso
usodoblocoecolgico[REBOUAS,2008].Oblocoecolgicoconsisteemblocosdesolocimento
comsalinciasedoisfurosnaestruturaquepermiteoencaixeentreosblocosegaranteseualto
alinhamento [PICORIELLO, 2003]. Esse material caracterizado pela prensagem mecnica ou
manualdesolocimentoeeventuaisadies,comumteoradequadodegua.Estudosmostram
queosblocosecolgicosapresentamtimaresistncia,bomisolamentotrmicoeacstico,alm
daproteocontraincndiosat700C[JERNIMO,2011].Almdedispensarousodaargamassa
no processo construtivo, os blocos ecolgicos apresentam facilidade para instalao da rede
eltricaehidrulicaproporcionandomenortempoevalordaobra.Portratarsedeumatecnologia
poucoconhecida[REBOUAS,2008].Estetrabalhotemporobjetivodisseminarousodobloco
ecolgiconaconstruocivil.
MATERIAISEMTODOS
Realizouseumarevisobibliogrficaatravsdaleituradeartigoscientficosbuscandoalternativas
parareduzirproblemasambientaisproduzidospelafabricaodotijolocermico.Posteriormente
foi realizada uma visita empresa Green Blocos localizada em Cabedelo/PB, para conhecer o
processodefabricaoeobtenodealgunsblocosecolgicos,conformemostraafigura1.
Figura1Blocosdesolocimento
FonteDadosdaPequisa
Natabela1podeseobservarosvaloreslimitesparaosblocos ecolgicosdeacordocomNBR
10834.
Tabela1:valoreslimitesparablocosdesolocimento
Valoreslimite(aos28dias)
Mdia
Individual
Resistnciacompresso(MPa)
2,0
1,7
Absorodegua(%)
20
22
FonteNBR10834
RESULTADOSEDISCUSSO
Atravsdasleiturasacercadeartigoscientficos,podeseconcluirquenoprocessodefabricao
dos blocos ecolgicos no utiliza o mtodo da queima conforme utilizado para fabricao dos
tijolos convencionais, diminuindo a emisso de CO2 e evitando desmatamento. Com isso
apresentambaixaagressoaomeioambiente,quandocomparadosaoprocessodefabricaodo
tijolocermico.Almdisso,elesproporcionammaiorfacilidadenasinstalaesdasredeseltricas
ehidrulicas,almdereduzirotempodaconstruoedispensarousodaargamassa,necessitando
apenasdeumfiledesolocimento.
A tabela 2 mostra a comparao das propriedades fsicas dos tijolos convencionais e os blocos
ecolgicos.
Tabela2:ComparaodosndicesfsicosdoblocoecolgicocomoTijoloconvencional
Propriedades
TijoloConvencional
BlocoEcolgico
Porosidade
40%
25%
LimitedeLiquidez
71,60%
45%
LimitedePlasticidade
47,70%
18%
FonteSOUZAetal.,2007
Afigura2apresentaosdadosderesistnciamecnica.Observasequeoblocoecolgicotemuma
maiorresistnciaemrelaoaotijoloconvencional.
Figura2:Resistnciacompreenso
Fonte:NBR152703;NBR10834
Outravantagemdoblocoecolgicoemrelaoaotijoloconvencionalestnondicedeabsoro
degua,comomostraafigura3.
Figura3:Absorodegua
Fonte:NBR152703;NBR10834
Os orifcios nas extremidades dos blocos ecolgicos proporcionam maior rapidez no processo
construtivo,almdegarantiroautoalinhamentodaparedeefacilitarasinstalaeseltricase
hidrulicas.
CONCLUSO
Conformemostradonopresentetrabalho,podeseconcluirqueoblocoecolgicotemmaiores
vantagens em relao ao tijolo convencional, alm de proporcionar a utilizao do resduo de
concreto que traz ao bloco ecolgico maior resistncia e menor utilizao do teor de areia e
cimento,proporcionandomaioreconomia,confortotrmicoeacstico.
A partir dos pontos abordados neste trabalho apresentarse uma alternativa para reduo de
custosetempodoprocessoconstrutivo,propiciandoassim,menoreconomia,maiorrapidezda
obraesustentabilidade.
AGRADECIMENTOS
REFERNCIAS
ABNT, NBR10834 Bloco Vazado de solocimento sem funo estrutural. Rio de Janeiro: Associao
BrasileiradeNormasTcnicas,1994.3p.
ABNT,NBR152703Blocoscermicosparaalvenariaestruturaledevedao.RiodeJaneiro:Associao
BrasileiradeNormasTcnicas,2005.27p.
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demateriais.Dissertao(Mestradoemengenhariamecnica)Natal:UniversidadefederaldoRioGrande
doNorte,Natal2011.
PECORIELLO,L.A.Recomendaesprticasparaousodotijolofuradodesolocimentonaproduode
alvenaria.Dissertao(MestradoProfissionalemHabitao)SoPaulo:InstitutodePesquisasTecnolgicas,
SoPaulo,200375p.
REBOUAS,Paulo.Alvenariadeblocodeterracomprimida:avaliaodatecnologiafocadanagestodos
processos.(Trabalhodeconclusodecurso)Bahia:UniversidadeEstadualdefeiradeSantanadeSantana,
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SOUZAM.I.B.,SEGANTINIA.A.S.,PEREIRAJ.A.Tijolosprensadosdesolocimentoconfeccionadoscom
resduosdeconcreto.(RevistaBrasileiradeEngenhariaAgrcolaeAmbiental)Paraba:UniversidadeFeder
aldeCampinaGrande,Paraba,20078p.
ESTUDODECASODEREUTILIZAODOSRESDUOSSLIDOSDEBLOCOSCERMICOSNA
CIDADEDESANTAINS/MA
RESUMO
ummtododereutilizaodosresduosslidosgerados
na fabricao dos blocos cermicos, minimizando o
volumederesduosdestinadosaaterrossanitriose/ou
lixes e ainda um mtodo rentvel de reutilizao dos
materiais.
PALAVRASCHAVE:Blocoscermicos,resduosslidos,reutilizao.
CASESTUDYOFSOLIDWASTEREUSEOFBLOCKSINTHECITYOFCERAMICSANTAINES/MA
ABSTRACT
Withthewarmingoftheconstructionsectorin
Brazil, it is necessary to keep the attention on the
materials,suchasceramicplates,whichareavailableon
the market and promote the maintenance of the
environment,afactthatbecomesmoreimportantevery
day. The objective of this paper is to present for the
KEYWORDS:Ceramicblocks,solidwaste,reuse.
ESTUDODECASODEREUTILIZAODOSRESDUOSSLIDOSDEBLOCOSCERMICOSNA
CIDADEDESANTAINS/MA
INTRODUO
Oempregodosprodutoscermicos,obtidosporcozimentodeargilas,primeiroaosole
depois em fornos, iniciouse naqueles lugares onde escasseava a pedra e eram abundantes os
materiais argilosos (PETRUCCI, 1973). Sua utilizao data de 4.000 AC e tornouse destaque
devidoargila,apscozimento,apresentargrandedurao.
Na atualidade apesar dos avanos feitos com concreto armado e metais, o emprego do
tijolocermicoaindaocupaumaposioimportante.Defato,umdoscomponentesbsicosde
qualquer construo de alvenaria, seja ela de vedao ou estrutural, possuindo dimenses e
formatos variados. Os tijolos so assim, blocos de construo antigos a servio do homem
moderno(SILVA,2007).
Os blocos de vedao so aqueles destinados execuo de paredes que suportaro o
peso prprio e pequenas cargas de ocupao (armrios, pias, lavatrios) e geralmente so
utilizados com os furos na posio horizontal. Os blocos estruturais ou portantes, alm de
exerceremafunodavedao,tambmsodestinadosexecuodeparedesqueconstituiro
aestruturaresistentedaedificao,podendosubstituirpilaresevigasdeconcreto.Essesblocos
soutilizadoscomosfurossemprenavertical(INMETRO,2000).
OsetordaconstruocivilnoBrasilestaquecidorefletindoasfacilidadesoferecidaspelo
governofederalparafinanciamentosimobilirioseatravsdeprojetoscomoMinhaCasaMinha
Vida, alm de grandes eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olmpicos. Segundo dados
disponibilizados no Boletim Estatstico CBIC (Cmara Brasileira da Indstria da Construo
novembro/ 2013, ano IX, n 11) no ms de novembro foram realizados 32.431 mil
financiamentos imobilirios com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Servio),
tendocomoacumuladototaldoanode2013onumerode470.129milunidadesfinanciadas.
Oinvestimentonosetordeconstruocivilnoselimitaapenasacapitais,acidadede
Santa Ins MA, como exemplo, j apresenta lanamentos de vrios empreendimentos
imobilirios.Aconsequnciadistoseraextraodemaismatriaprimadomeioambientepela
indstria da construo civil e que um volume grande de resduos ser gerado dentro dos
canteirosdeobras,sendoestesresduoscompostosprincipalmenteporcomponentescermicos.
AResoluoCONAMAN448/2012defineoquesocomponentescermicoseatribuia
responsabilidadedodescarteadequadodestesresduosaosseusgeradores,deformaqueestes
devem ter como objetivo prioritrio, a no gerao de resduos e reduo, a reutilizao, a
reciclagem,otratamentodosresduosslidoseadisposiofinalambientalmenteadequadados
rejeitos.
APolticaNacionaldeResduosSlidosLein12.305,de2deagostode2010define
quedisposiofinalambientalmenteadequadaadistribuioordenadaderejeitosematerros,
observandonormasoperacionaisespecficas,demodoaevitardanosouriscossadepblicae
aseguranaeminimizarosimpactosambientaisadversos.PodendoosRCDdeclasseA(resduos
de construo, demolio, reformas e reparos de pavimentao, reformas e reparos de
MATERIAISEMTODOS
FoirealizadaumapesquisadecamponacidadedeSantaInsMA,nosmaioresemais
conhecidoscomrciosrevendedoresdemateriasdeconstruo,paraidentificarqualafabricante
maispopulardostijoloscermicos.Almdisto,fezseolevantamentobibliogrficosobreotema
emestudoeparaidentificaroutraspesquisasjrealizadascomresultadossatisfatrios.
RESULTADOSEDISCUSSO
ComapesquisadecamponacidadedeSantaIns/MAfoipossvelidentificarqueblocos
de duas indstrias cermicas so as mais procuradas pelos consumidores da regio, porm
devidoaumadasindstrias,identificadacomoPor,estlocalizadanasproximidadesdacidade,
foiselecionadaparareceberaspropostasdesteestudo.
Foram recolhidas 13 amostras (quantidade estabelecida pela ABNT NBR 152701) dos
blocoscermicosdacermicaPorpararetiradasdesuasdimenses,comoobjetivodeanalisar
se os blocos atendiam a padres normativos. As dimenses dos blocos estavam dentro do
intervalopermitidopelanorma,sendoL(9,0)xH(14,0)xC(9,0).
No levantamento bibliogrfico foi possvel identificar um estudo realizado por Junior e
Rondon(2009)queanalisaramareatividadedepcermicoobtidopelamoagemderesduosde
blocos de indstrias de cermica vermelha para verificar a possibilidade da sua utilizao em
argamassas e concretos. Nesta pesquisa foram realizados testes mecnicos e os ensaios que
apresentarammaioresresistnciascompressoforamosquetinhamnamisturaentre70%e
80%devolumedopdamoagemderesduosdeblocoscermicos,demonstrandoquepossvel
autilizaodestematerialemargamassaseconcretos.Atabelaabaixoapresentaaspropores
utilizadas:
Tabela1Proporodematerias
%dopemvolumena
mistura
Volume(cm)
Massa(g)
%dopemmassana
mistura
Cal
Cal
80
105,7
26,42
83
297,0
297,0
70
92,48
39,64
74
259,0
259,0
Fonte:JunioreRondon,2009(adaptadopelosautores).
ApropostaparaestetrabalhoserutilizarabasedapesquisadesenvolvidaporJuniore
Rondon, a moagem dos resduos cermicos, mas com granulometria entre 0,5 cm a 1 cm para
CONCLUSO
REFERNCIAS
ASSOCIAOBRASILEIRAPARARECICLAGEMDERESDUOSDACONSTRUOCIVILEDEMOLIO
(2014).Disponvelem:<http://www.abrecon.org.br/Conteudo/5/Oquee.aspx>Acesso:14mar.
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INSTITUTONACIONALDEMETROLOGIA,QUALIDADEETECNOLOGIAINMETRO.BlocoCermico
(Tijolo).
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em:
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Braslia:CmaradosDeputados,EdiesCmara,2012;
PETRUCCI,E.G.R.Materiaisdeconstruo.PortoAlegre:Globo,1973.p1;
EDIFIC&AO
R.C.Santos(TC);P.W. L.A.Jnior (TC)2;L.F. O.Jnior (PR)3
InstitutoFederaldeAlagoas(IFAL)CampusPalmeiradosndios,2InstitutoFederaldeAlagoas(IFAL)Campus
Palmeiradosndios,3InstitutoFederaldeAlagoas(IFAL)DepartamentodeInfraestruturaCampusPalmeira
dosndiosemail:extenso@ifalpalmeira.edu.br
1
(TC)TcnicoemEdificaes
(PR)Professor
RESUMO
pormeiodatransfernciadeconhecimento.Apartir
de uma metodologia engajada e sistmica, foise
levantado os medos, anseios e aspiraes desse
profissional (in)capacitado de trabalhar no
Construo Civil, e os resultados obtidos sendo
utilizados para uma maior contribuio no
desenvolvimento da sociedade, de forma inclusiva e
(trans)formadora.
PALAVRASCHAVE:Construo,Profissional,Capacitao,Sociedade.
EDIFIC&ACTION
ABSTRACT
KEYWORDS:Construction,Professional,Training,Society.
EDIFIC&AO
INTRODUO:
Recentemente,vemsendoobservadoumaumentovertiginosonombitodaindstriada
construocivilemtodoopas,comenormesinvestimentostantonaesferahabitacionalquanto
eminfraestrutura.Diantedisso,precisoconsideraraqualidadedamodeobra,umavezque
nem sempre o conhecimento empregado baseado em conhecimento cientfico, mas no
conhecimentoempricotransmitidoentreosprofissionais.
Uma vez que a qualidade do processo construtivo compromete diretamente a
durabilidade e vida til dos materiais nas edificaes, a capacitao profissional tornase um
processoindispensvelparaevitarpatologiaeaaumentaradurabilidadedasedificaes.
DeacordocomoPlanodeDesenvolvimentoInstitucional(PDI)doIFALemseucapitulo2,
item 2.3.3 A reduo das desigualdade Sociais: preciso comprometerse com projeto de
desenvolvimento justo, igualitrio e sustentvel. To necessrio promoo do
desenvolvimentosustentveletransformaodasociedade,noitem2.6PolticasdePesquisae
Extenso: importante ressaltar, tambm, que as possibilidades de alavancar a pesquisa e a
extensopassampelacapacidadedearticulaodoIFALcomoutrasorganizaes,instituies
de ensino e empresas, para que, em parceria, somemse esforos e sejam relevadas novas
potencialidades. Dessa maneira tornase imperativo: Atrelar as atividades de pesquisa e
extenso as necessidade da comunidade em todos os domnios sociais para os quais o IFAL
tenha potencial de atuao, quer seja o mbito: Tecnolgico, cultural, poltico e educacional;
Ampliarolequedeaesdoinstitutovisando,especialmente,atendercarnciasemtermosde
qualificaoprofissional.
Aindstriadaconstruociviltemumimportantepapel,tantoeconmicoquantosocial,
paraodesenvolvimentodopas.Estesetorresponsvelporabsorvermilharesdepessoascom
baixo nvel de instruo e capacitao, permitindo o acesso de trabalhadores com pouca ou
nenhumaqualificaoaomercadodetrabalho.Observaseumagranderotatividadedestamo
deobra,sendoumdosprincipaismotivosafaltadequalificaoprofissional,motivoquefazque
essaindstriatambmsejaumadascampesemacidentesnotrabalho.
Aotrminodoprojeto,esperasecontribuircomacapacitaodosprofissionaisqueatua
na construo civil, objetivando melhorar a qualidade do servio ofertado comunidade;
estimulando a capacitao continuada dos profissionais com base em conhecimento de
aplicabilidade prtica imediata. Desta forma, transformar os profissionais capacitados em
multiplicadores de conhecimento, repassando as informaes obtidas no curso para os
diferentes setores da construo civil. Portanto, estimulando docentes e discentes realizao
denovosprojetosdepesquisaeextensoatravsdadiscussodosresultadosobtidos.
MATERIAISEMTODOS:
Opresentetrabalhotevecomoetapainicialarealizaodeumarevisoliterriacomo
intuito de obter o embasamento terico necessrio, bem como as atuais tendncias na
construo civil. De posse desta fundamentao, foram definidas estratgias de ao para
execuodasatividadespropostascomaparticipaodedocentesediscentesdoIFAL.Apsos
estabelecimentos das diretrizes, o cronograma de atividades praticas foram definidas e
subdivididas em quatro mdulos, estes com realizao semanal, definidos da seguinte forma:
Mdulo I: Tcnicas e processos construtivos; Mdulo II: Inovaes tecnolgicas na construo;
MduloIII:leituradeprojetosarquitetnicos;MduloIV:SeguranaeergonomianoTrabalho.
O curso ser ofertado durante 4 (quatro) meses,com encontros semanais aos sbados
com 2 horas de durao, das 8:30 s 10:30 horas da manh. Sendo os mdulos repetitivos
mensalmente, j que a cada ms, uma turma ser capacitada, permitindo assim a cada
capacitao de turmas com menos nmero de participantes (mximo de 30 alunos por turma)
comoobjetivodemelhorarorendimento.
Ocursodecapacitaoserconstrudocomaparticipaodiretadosdiscentes,combase
em aulas tericoprticas, expositivas e dialogadas, levantado questionamentos acerca das
principaisvciosobservadosnaprticadaconstruocivil.Paraavaliaroimpactodocursode
capacitaosobreosprofissionais,foiutilizadoumbrevequestionriodecoletadedados,aser
aplicado conjuntamente (porm com respostas individuais em dois momentos do curso: no
primeirodiadecapacitaoenoltimodiadesta).
Ametodologiaaplicadaparaoestudoserdotipodescritivoexploratrio,edenatureza
qualitativa, pois lida mais com palavras ao invs de nmeros, o que no significa que ela seja
destituda de mensurao ou que no possa ser utilizada para explicar fenmenos sociais. De
acordocomMinayo(2007)qualitativaporutilizar(...)uma relaodinmicaentreomundo
real e o sujeito, isto , um vnculo indissocivel entre o mundo objetivo e a subjetividade do
sujeitoquenopodesertraduzidoemnmeros.Sendoassim,oquestionriosemiestruturado,
englobar preceitos, anseios e medos do capacitando, desse sujeito emprico para que seja
posteriormentetraadooperfiltrabalhsticodoprofissionaldaconstruocivil.
Os dados sero coletivamente comprovados, e os resultados obtidos, apresentados a
docentes,discenteseprofissionaisenvolvidosnocursoemumeventoprogramadoparaestefim,
ondeserodiscutidasasrepercussesdaatividadeproposta.
RESULTADOSEDISCUSSES:
O presente projeto de pesquisa apresentase com resultados iniciais, ainda hipotticos,
visto que encontrase no inicio de seu cronograma de execuo. Todavia, j foram analisados
diversosinscritoscientficosdarea,depesquisadores,aprofessores.Encontramosfatordecisivo
na incluso desse profissional na construo civil a falta de expectativa e/ou opo em outras
reas, que por conseqncia gera dficit qualitativo na construo proposta. Portanto h
necessidadeurgentedesecriareofertarcursosdequalificaoafimdemelhorarodesempenho
e a produtividade da modeobra, bem como analisar a viso de mundo desse profissional.
Destarte, ao analisar o problema da falta de capacitao do profissional emprico, devese
considerar fatores extrnsecos a ele, as condies concretas de suas experincias, de labuta e
praxis,comotambmocontextosocial.
CONCLUSO:
Mesmo o projeto de pesquisa encontrandose no incio de sua execuo,
hipoteticamente,podemostirarconclusesparciais,taiscomo:Oprincipalbenefcioseralertar
paraaumaaovoltadaparaaformaodessesprofissionaisempricos,queatendamdeforma
efetivasuassingularidades,bemcomoaadoodeumaprticapedaggicamoderna,visandoo
alcance dos conhecimentos cientficos de forma igualitria, com respeito s individualidades,
formaointegral,formaocidadeaformaodeprofissionaiscompetentesehabilidosos.
Sendo assim, proporcionaremos uma formao profissional plena, voltada para a cidadania e
paraomercadodetrabalho.
Esperase ainda no final dessa pesquisa uma possvel reflexo sobre o perfil do
profissionaldaconstruocivil,informarsobreanecessidadedecompreenderaimportnciade
conceitos tericos para a qualidade e durabilidade das edificaes; Permitir momentos
dialogados de atualizao tcnicas baseado em novas praticas construtivas objetivando a
prestao de servio de qualidade; Relatar, atravs dos dados obtidos, o impacto do curso de
capacitaosobreosparticipantes;Promovernomeioacadmico,adiscussoentredocentese
discentessobreanecessidadedeintegraodeconhecimentosentreosdiferentesprofissionais
dosetordaconstruocivil.
REFERNCIAS:
1. AZEVEDO,FranciscaVeraMartinsde.Causaseconsequnciasdaevasoescolarnoensinode
jovens e adultos na escola municipal Expedito Alves. Disponvel em:
http://webserver.falnatal.com.br/revista_nova/a4_v2/...Acessoem:02/01/2014.
2. BIZINOTO, A.L. Instalaes e Equipamentos para Pecuria de Corte. Viosa, MG:CPT,
2004.
3. BOURDIEU, P; PASSERON, J. C. A reproduo: elementos para uma teoria do sistema de
ensino.RiodeJaneiro:FranciscoAlves,1975.
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Anped,20.,1997,Caxambu.(Mimeo).
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MG:AprendaFcil,2005.
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MARTINS,G.A.EstudodeCaso:umaestratgiadepesquisa.SoPaulo:Atlas,2006.
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PEREIRA,M.F.ConstruesRurais.SoPaulo,SP:Nobel,2004.
EDIFICAESBIOCLIMTICASCOMOALTERNATIVAPARAAECONOMIADEENERGIAELTRICA
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)ProfessoraArquiteta
RESUMO
Abuscapelaeconomiadeenergiaeltricatemsidoum
dos principais focos da sociedade mundial. A
comunidade da engenharia civil surge nesse contexto
com alternativas que visam essa economia, atravs da
introduo de tcnicas arquitetnicas que se adaptam
ao clima o qual a edificao est inserida. Essa a
chamada Arquitetura Bioclimtica. A economia de
energia numa residncia pode se dar de vrias formas,
dentre elas destacamse: a utilizao de elementos
PALAVRASCHAVE:Energia,Economia,Arquitetura,clima.
BIOCLIMATICBUILDINGSASANALTERNATIVETOTHEECONOMYOFELECTRICITY
ABSTRACT
actuponclimateneed,dispensingelectronicequipment
cooling or heating; the correct positioning of openings,
whichinfluencestheventilation;useofvegetationasa
way to bring moisture and greening the environment
when necessary; and even human behavior with the
rationalization measures, which consists in the use of
equipmentinacostconsciousmanner.
KEYWORDS:Power,Economics,Architecture,Climate.
EDIFICAESBIOCLIMTICASCOMOALTERNATIVAPARAAECONOMIADEENERGIA
ELTRICA
INTRODUO
Aconstruocivilseencontranumnveltecnolgicoelevado,permitindoumaarquitetura
bastante inovadora. Apesar disso, no do conhecimento geral que a maior parte das
construesdenossopasnoestadaptadascaractersticasdesuaregio.justamentenesse
contexto que a Arquitetura Bioclimtica avana, projetando casas que promovam alm do
confortoesperado,aconscinciasustentvelecoletiva.
LevandoemconsideraoosdiferentesclimaspresentesnosdistintosEstadosdoBrasil,
podese fazer uma topicalizao sobre as estratgias bioclimticas a serem utilizadas em cada
regiobrasileira.
1.1. NORTE
Apresentaumclimaquenteemido,comtemperaturasmdiasanuaisde24Ca26Ceas
chuvasresultamnumaprecipitaoanualde2000a3000mm.Percebesequeoclimabastante
mido com chuvas muito fortes ao longo do ano. Levando esses dados em considerao, uma
edificaobioclimticanessaregioprecisariade:
I. Maiorcirculaodoareaumentarapassagemdosventosmesmosobchuvaintensaeusode
ventilaocruzada;
II. Utilizao do resfriamento evaporativo que pode ser obtida atravs da renovao do ar
internopeloarexterno,diminuindoaumidadedoarparamelhorarasensaotrmicados
ambientes;
III. Sombreamentodasaberturas,poiselasdevemestarsempreprotegidaspeloladoexterno;
IV. Uso de materiais isolantes em sua cobertura, que deve ser mais inclinada para facilitar o
escoamentodaguadachuva;
V. Pisoelevadoparaevitaraumidadedosoloouatmesmoalagamentos.
Aimagemaseguirmostracomoseriaumaconstruoidealpara aregioNorte(Figura
01).possvelnotarapresenadeelementosqueproporcionammaisfrioaoambienteinterno
atravsdaventilao,comotambmdeoutroscomotetosinclinadosepisoelevado,quetrazem
umaproteomaioremrelaochuva.
Figura1edificaoadequadaparaoNorte.
1.2. CENTROOESTE:
EstaregioapresentaprincipalmenteoclimaTropical,quenteechuvoso,commdiasde
temperaturaentre18C25Caolongodoano.AprecipitaomaiornoMatoGrossoonde
atinge2500mmanuais,sendoqueosoutrosEstadosnoalcanammuitomaisque1200mm.De
acordo com esses dados, possvel deduzir que uma construo bioclimtica nessa regio
necessitariade:
I. Sombreamento das paredes, coberturas e principalmente das aberturas para locais mais
quentes;
II. Utilizao de ventilao cruzada que so os ventos que entram por um vo numa parede e
saem por um vo em outra parede (mtodo no recomendado nos perodos em que a
temperaturaexternasuperaainterna);
III. Usodemassatrmicanacoberturaeparedescausandoatrasoemrelaoaocalorexterno;
Arepresentaoaseguir,mostraumaresidnciaadequadaparaessaregio,poiscomose
pode ver, existe um isolamento da radiao solar e utilizao de rvores para o resfriamento
evaporativo.Aberturasparaaventilaotambmpodemseraderidasaconstruo,jqueesse
tambmumelementoderesfriamentointerno(figura2).
RadiaoSolar
Dissipaodocalorpelosolo
Esfriamentopelosolo
Figura02residnciaadequadaparaocentrooeste.
1.3. NORDESTE:
Serolevadosemconsideraoapenasostrsprincipaisclimasdonordeste:oSemirido
do serto nordestino, o Tropical dos Estados do MA, PI, CE e BA e o Litoral mido que est
presentedolitoraldaBAaolitoraldoRN.Atemperaturamdiaanualdessaregiovariaentre20
e 28C e com precipitao mdia de chuvas de 300 mm por ano; portanto a regio apresenta
climasbastantequentesesecos.
Noclimasemirido,notase:arsecomuitoaquecidoqueresultanumagrandevariaode
temperaturaaolongododia;radiaointensaeumidadebaixa;duasestaesdiferentes,uma
secaeumachuvosa;precipitaesmnimaseescassacoberturavegetalquefacilitaotransporte
de partculas de p em suspenso durante o perodo seco. Portanto, as principais solues
bioclimticasseriam:
I. Proteger as edificaes contra os ventos quentes e a isolao excessiva, mantendo um
ambientearejado;
OclimaLitorneomidoouTropicalAtlnticoapresentachuvasmaisbemdistribudasao
longo do ano, mais mido, portanto no necessita de algumas medidas usadas em locais de
climaSemirido.JoclimaTropicaltemtemperaturamaisbaixa,dispensandoastcnicaspara
manteroambientemaisfrio,citadasanteriormente.
ArepresentaoaseguirmostraOSELEMENTOSideaisaseremutilizadosnumacasado
Nordeste situada num clima Semirido. Notase a presena de elementos voltados
principalmenteparaoisolamentodocalor,comoTetoVerde,paredesgrossas,coresclaras,etc.
(figura3).
Figura3residnciaadequadaparaclimaNordeste.
1.4. SUDESTE:
A imagem a seguir mostra uma residncia onde existe um bom grau de ventilao e
tambmdeiluminaoeaquecimento(figura4).Durantepocasmaisquentes,aexposioao
solpodeserreduzida,isolandooscmodosdaradiaodireta,trazendoassimmaisisolamento
docalor.
Figura4casaadaptadaaoclimaSudeste.
1.5. SUL:
Apresentaumclimabastantefrioemrelaoaosoutrosclimasbrasileiros,oSubtropical,
com mdias anuais de 16C a 20C, chegando a gear e at nevar em algumas reas durante o
inverno.Aschuvassobemdistribudasdurantetodooano.
Percebese que o frio em algumas pocas do ano o principal problema dessa regio,
portantoasprincipaissoluesparaummaioraquecimentodaedificaoseriam:
I. Manuteno do calor produzido dentro dos ambientes e a excluso do clima externo em
perodosmaisfrios;
II. Proteo contra ventos, lembrando que as aberturas devem existir apenas para o acesso e
renovaodoar,esermuitobemprotegidasdadireodosventos;
III. Paredesdealtainrciaquetransmitemparaointerior,noite,ocalorarmazenadoduranteo
dia.
IV. Nas reas onde o frio realmente intenso, o ideal seria paredes com pedras, madeira e
painisdeterraecomumainclinaomaiornotetodevidonevequepossaocorrer.
V. Utilizaodaradiaosolarparaaqueceracasaduranteodia.
Aimagemaseguirdemonstraumexemplodeaproveitamentoderadiaosolarpara o
aquecimento da construo, ideal para regio Sul, onde as temperaturas so baixas durante
maiorpartedoano(figura5).
Dissipaodocalorpelosolo
RadiaoSolar
Figura5edificaoparaRegioSul.
AGRADECIMENTOS
ALTAIR SANTOS. Arquitetura Bioclimtica vira referncia para construes. Disponvel em:
<http://www.cimentoitambe.com.br/massacinzenta/arquiteturabioclimaticavirareferencia
paraconstrucoes/>.Acessoem31/10/2012.
TREINAMENTO:UMADASFERRAMENTASPARAALCANARONVELDESEGURANA
DESEJADOEMCANTEIRODEOBRAS
A.C.A.J.Cruz(PQ);A.A.Bandeira(PQ)1;F.M.C.Melo(PQ)1 ;F.P.M.Lemos(PQ)1 ;L.Melo(PQ)1;V.G.O.
Almeida(PQ)1
1
InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusEstncia
PraaJacksondeFigueiredo,49CentroEstncia/SECEP:49.200000
email:annacjesus@bol.com.br;arilmara@ig.com.br;fernanda.melo.ifs@gmail.com;
franklene.arq@hotmail.com;lucianomelo.se@gmail.com;vanessa.gentil@hotmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
A Construo Civil um dos setores onde acontece o
maiornmerodeacidentesdetrabalho.Devidoaisto,
esteestudofoirealizadocomoobjetivodeapresentaro
nvel de influncia que treinamentos podem surtir, na
reduo de acidentes em um canteiro de obras,
utilizando como amostragem o Canteiro de Obras da
Construtora J.J. Ltda., localizada na cidade de Aracaju
SE. Tratase de uma pesquisadecampo,comaplicao
dequestionrios,realizaodetreinamentosemedio
PALAVRASCHAVE:Segurana,treinamento,construocivil.
TRAINING:ONEOFTHETOOLSTOACHIEVETHEDESIREDLEVELOFSAFETYIN
CONSTRUCTIONSITE
ABSTRACT
The Civil Construction is one of the sectors where
happens the largest number of working accidents. Due
to this, this study was accomplished with the goal of
presentingtheinfluenciallevelthattrainingcancausein
theaccidentsreductioninaworksflowerbed,usingas
samplingJJ`sbuilderworksflowerbed,locatedinthecity
ofAracajuSe.Itisafieldresearchwithquestionnaires
application, training accomplishment and results
mensuration,whichindicatestheevolutiongoal.Despite
KEYWORDS:Safety,training,civilconstruction.
TREINAMENTO:UMADASFERRAMENTASPARAALCANARONVELDESEGURANA
DESEJADOEMCANTEIRODEOBRAS
INTRODUO
Atualmente, a segurana do trabalho tem se tornado um alvo a ser alcanado pelas
organizaes.Aconstruocivilumdosramosmaisantigosdomundoetambmumdosque
o ndice de acidentes bastante elevado, o que causou e vem causando a morte ou o
afastamento definitivo de milhares de pessoas que trabalham nesta rea, resultante,
principalmentepelafaltadecontroledomeioambientedetrabalho,doprocessoprodutivo,do
usodeEPIedotreinamentodosoperrios.
Muitos destes acidentes no ocorreriam se as empresas tivessem desenvolvido e
implantado programas de segurana e sade no trabalho, alm de dar uma maior ateno
educao e treinamento de seus operrios. H uma exigncia, por parte das empresas, de se
obteremfuncionriosmaisqualificadoseprodutivos,paraobteremprodutosdemaiorqualidade
em um espao de tempo reduzido, s que para isso, o colaborador exposto a riscos fsicos,
qumicoseergonmicos.
Muitosinvestimentossofeitosemtecnologiasavanadas,emequipamentosmodernos,
emmtodosexecutivosinovadores,masnosevestemesmoinvestimentoemtreinamentos
de seus funcionrios. O treinamento de mo de obra deve ser visto como um dos principais
fatores para a implantao do sistema de gesto em segurana nas empresas. Aqueles que
realmente compreendem o objetivo de uma gesto em segurana do trabalho devem ver o
treinamento da mo de obra operria como um dos principais fatores para o sucesso da
implantaodaseguranadotrabalhoemcanteirodeobras.Estetrabalhotemafinalidadede
apresentarjustamenteestaimportncia.
Para isto foi feito uma pesquisa em um pequeno Canteiro de Obras da Construtora J.J.
Ltda., situado no Bairro Aruana, em AracajuSE, em um perodo de 3 meses, onde foram
realizados treinamentos, pesquisas com os funcionrios, e avaliao de seus comportamentos
apsostreinamentosrealizados.
A escolha deste tema, tambm se deu, a ele estar diretamente relacionado s pessoas
comoofocofundamentalparaoestabelecimentodasegurana,poisosrecursoshumanossoos
principaisrecursosdeumaempresa.
FUNDAMENTAOTEORICA
ACIDENTESNOTRABALHONACONSTRUOCIVIL
Acidentedotrabalhoqualqueracidentequeocorrepeloexercciodotrabalhoaservio
daempresa,comoseguradoempregado,trabalhadoravulso,mdicoresidente,bemcomocom
oseguradoespecial,noexercciodesuasatividades,provocandolesocorporalouperturbao
funcional que cause a morte, a perda ou reduo, temporria ou permanente, da capacidade
paraotrabalho.
Os problemas relacionados com a sade intensificaramse a partir da Revoluo
Industrial.Asdoenasdotrabalhoaumentaramemproporoevoluoeapotencializaodos
meiosdeproduo,comasdeplorveiscondiesdetrabalhoedavidadascidades
A exposio dos seres humanos aos riscos do trabalho aumentou desde ento. E
atualmente, em plena poca da globalizao, embora algumas empresas tenham implantado
com sucesso as normas de segurana e medicina do trabalho, o ndice de acidentes ainda
altssimoeaviltante1.
DeacordocomaLei8.213/91,artigo19,dizque:Acidentedotrabalhooqueocorre
pelo exerccio do trabalho a servio da empresa ou pelo exerccio do trabalho dos segurados
referidosnoincisoVIIdoart.11destalei,provocandolesocorporalouperturbaofuncional
que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o
trabalho(BRASIL,1991)
NoBrasil,onmerodeacidentesdetrabalhoemtodoopascresceuentre2007e2009,
passandode659.523para723.452.Apresentouumaquedade2008para2009de32.528,pois
foi registrado em 2008, 755.980 acidentes de trabalho, segundo o Anurio Estatstico da
Previdncia Social. Os registros referentes construo civil ficaram em 2007, 2008 e 2009
respectivamente37.394,52.839e54.142acidentes,tendoumaumentode44,79%entre2007e
2009, o que um valor muito elevado. Em 2007, dos acidentes ocorridos, a construo civil
representou5,67%dototalregistrado,eem2009estepercentualsubiupara7,48%.Em2007,a
construocivilocupouo6olugarnorankingdoscausadoresdeacidente,eem2009passoua
ocuparo4olugar.
Segundo o engenheiro e consultor do Ministrio Pblico do Trabalho (MPT), Antonio
(2008), embora a anlise das estatsticas deva levar em conta o crescimento da atividade
produtiva,osetordeconstruoumareaque"necessitadebastanteateno".
Oacidentedetrabalhodeveseprincipalmenteaduascausas:
I. Ato inseguro: o ato praticado pelo homem, em geral consciente que est fazendo,
queestcontraasnormasdesegurana;
II.CondioInsegura:acondiodoambientedetrabalhoqueofereceperigoeourisco
aotrabalhador.
Um dos motivos dos atos inseguros tomados pelo homem tem como origem a falta de
conhecimento e treinamento, e por este motivo, fundamental a utilizao desta ferramenta
comoumdositensprimordiaisparaoestabelecimentodagestoemsegurana.
Quandoocorremacidentesdetrabalhoofocoprincipalavidahumana,noentanto,os
investimentos na funo exercida pelo colaborador devem ser analisados, pois so vrios os
fatores que causam prejuzos s empresas, como, falta de investimento em capacitao e
maquinrio(RIBEIRO,2009).
http://jus.uol.com.br/revista/texto/5815/acidentesdotrabalho
TREINAMENTO
Oconceitodetreinamentoapresentavriossignificados,dentreelespodeseapresentar
odeChiavenato:
Treinamentooprocessoaducativodecurtoprazo,aplicadodemaneirasistemticae
organizada, atravs do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em
funodeobjetivosdefinidos(CHIAVENATO,1999)
O capital humano passou a ser visto como a principal ferramenta para o sucesso, em
qualquerrea,deumaempresa.Noimplantaodosistemadeseguranadetrabalho,tambm
nodiferente.
Outroconceitodetreinamentotambmdeclaraoseguinte2:
Treinamentooatointencionaldefornecerosmeiosparapossibilitaraaprendizagem.
umfenmenoquesurgecomoresultadodosesforosdecadaindivduo.Aaprendizagemuma
mudananocomportamentoeocorrenodiaadiaeemtodososindivduos.Otreinamentodeve
tentar orientar essas experincias de aprendizagem num sentido positivo e benfico e
suplementalas e reforlas com atividade planejada, a fim de que os indivduos em todos os
nveisdaempresapossamdesenvolvermaisrapidamenteseusconhecimentoseaquelasatitudes
e habilidades que beneficiaro a eles mesmos e empresa. Assim, o treinamento cobre um
procedimentocontnuocujocicloserenovaacadavezqueserepete.
Osprincipaiscomponentesdoprocessodetreinamentoso:
I.Entradas recursos organizacionais, informao, habilidades e etc.
II.Processamento ou operao como aprendizagem individual, e o programa de
treinamento.
III.Sadas como pessoal habilitado, sucesso ou eficcia organizacional, e etc.
IV.Retroao como avaliao dos procedimentos e resultados de treinamento atravs
demeiosdepesquisasistemticas.
Portanto, o treinamento pode ser visto como uma atividade que visa integrar os novos
funcionrios,forneceraelesnovosconhecimentos,desenvolverumcomportamentoidealparao
bomandamentodostrabalhoseconscientizlosdaimportnciadeseautodesenvolvernabusca
doaperfeioamentocontnuo.Otreinamentoobjetivamudaratitudesreativaseconservadoras
daspessoas,que,atravsdeumplanocontnuo,somoldadassnovasinformaesquelheso
passadas.
LEGISLAOENORMASREGULAMENTADORAS
ASeguranadoTrabalhodefinidaporNormaseLeis,queestabelecemregrasaserem
cumpridasepuniesparaaquelesquenoascumprem.Dentreestasregras,umadelascom
relaoaostreinamentos,comoumaformadelevaraotrabalhadorconhecimentosparaqueos
http://pt.shvoong.com/internetandtechnologies/universitiesresearchinstitutions/1704007conceito
treinamentoespecifico/
ANR18CondieseMeioAmbientedeTrabalhonaIndstriadaConstruo,determina
que os colaboradores devam receber treinamento admissional e peridico com objetivo de
executarsuasatividadesdemodoseguro.
As NRs 19 e 20 Explosivos, e Lquidos Combustveis e Inflamveis, respectivamente,
tambmsugeretreinamento,pelascaractersticasdassuassubstncias.
QuantoaNR20,jseencontraemdiscussoalteraesquedevemtransformarestaNR
em programa, semelhante ao PPRA, com nfase no treinamento dos colaboradores envolvidos
nestasatividades.
ANR23ProteocontraIncndios,determinaquetodososcolaboradoresdevamser
orientados sobre preveno e utilizao dos recursos para combate a incndios, alm das
equipesdebrigadistas,comconhecimentoaprimoradoparacontroledeemergncias.
ANR31SeguranaeSadenoTrabalho,Agricultura,Pecuria,Silvicultura,Explorao
FlorestaleAqicultura,determinaotreinamentonosvriossegmentos,taiscomo:agrotxicos,
transportedepessoaledecargas,operaodemquinaseequipamentos,CIPATR.
A NR 33 Segurana e Sade nos Trabalhos em Espaos Confinados, determina a
proibio de envolvimento de trabalhador no treinado em qualquer fase deste tipo de
atividade.
MATERIAISEMTODOS
Para esta pesquisa, foi utilizado como campo exploratrio, o Canteiro de Obras da
Construtora J.J. Ltda., localizado na Aruana. Para isto foram realizados as seguintes etapas:
treinamentos,verificaoemcampodocomprometimentodosfuncionriosantesedepoisdos
treinamentos realizados, e aplicado um questionrio individual a fim de medir o seus
conhecimentoseconscientizaoquantoseguranaeanlisedosresultados.
A Construtora J.J. Ltda. uma empresa com atuao na rea da Construo Civil de
Incorporao Imobilirio e construo de obras para clientes particulares e pblicos. Possui
certificao ISO 9001, v.2008, Sistema de Gesto da Qualidade, cujo escopo Construo de
EdificaesResidenciaiseComerciais.
OObjetivoprincipaldestetrabalho,atravsdeumestudoespecfico,apontaroquanto
treinamentos so importantes tanto para ensinar, quanto para desenvolver uma maior
conscientizao aos trabalhadores da Construo Civil visando a adoo de prticas seguras
dentrodoscanteiros.
DEFINIODOPROBLEMADEPESQUISA
ParaestapesquisafoiescolhidooramodaConstruoCivilporserumsetorcujosndices
deacidentessoelevadssimosetambmporserumsetorondeoanalfabetismo,aterceirizao
e a rotatividade do quadro de funcionrios so altos. Estes fatos acabam sendo um bloqueio
para o investimento que deve ser aplicado em treinamentos, pois tornam os custos muito
elevados.
CARACTERSTICASDAOBRA
Aobraconsistenaconstruode6unidadesresidenciaisdealtopadro,dasquais3esto
totalmenteconcludase,2nafasedeconstruoe1aindanafasedeprojeto.Oquadroefetivo
na obra de 21 funcionrios, sendo 3 do setor administrativo e equipe tcnica, e 18 da parte
operria.
AobrapossuiumProgramadePrevenodeRiscoAmbientais(PPRA),cujostreinamentos
so previstos dentro deste controle. A agenda de treinamentos feita apenas para cumprir o
programadonoPPRA.Paraestetrabalho,foramfeitos3treinamentos,aplicadoumquestionrio
ao funcionrios operrios e verificado em campo o comportamento dos mesmos, quanto
segurana.Noperodode2010,foiregistrado,nestaobra,umacidentedetrabalho,quefoium
pedreiroquefurouopemumprego,mesmocomautilizaodoEPI(equipamentodeproteo
individual),nestecaso,bota.Esseacidentefoicausadooupeladesorganizaodocanteirode
obras, que no poderia haver material deste tipo jogado no cho, ou empiricamente, algum
funcionrioquepossaterdeixadocair,oupossatervistoopregocho,nosehabilitouapeglo
evitandoassim,queoacidenteocorresse.OfuncionriofoiencaminhadoparaohospitalJoo
AlvesFilho,ondefoiafastadopor5diasdesuasatividades.
Com isto, fica evidenciado que, os funcionrios devem receber treinamentos de
capacitao,conscientizaoeorientaoparagarantirumcanteirodeobrasmaisseguropara
osprprioscolaboradores.
ETAPASDAPESQUISA
VERIFICAOEMCAMPO
Nestaetapa,foiverificadoemcampo,qualocomprometimentodecadacolaboradorcom
aseguranadotrabalhoquantoautilizaodosEPIseEPCs,antesedepoisdostreinamentos
efetuados.
APLICAODAENTREVISTA
Foi aplicado um questionrio entre todos os operrios da obra, de forma que pudesse
extrairdosmesmos,osseusconhecimentoseopiniessobreseguranadotrabalhonocanteiro
deobra.Verquestionrioemanexo(I).
O questionrio foi aplicado antes dos treinamentos realizados e foram entrevistados 19
funcionrios.
TREINAMENTOS
RESULTADOSEDISCUSSO
A verificao em Campos foi feita durante a pesquisa, onde foi observado se todos os
funcionrios estavam utilizando os EPIs necessrios para a realizao dos servios. Nesta
verificao,constatouseque:
Grfico1MediodosfuncionriosdaobraqueestavamutilizandoosEPIs
necessriosparaarealizaodasatividades
Fonte:Dadosdapesquisa(2010)realizadanoCanteirodeObrasdaConstrutoraJJ
Observando este grfico, podese perceber que h uma necessidade muito grande de
mudana de quadro, pois o percentual para aqueles que no estavam utilizando os EPIs foi
elevado.Todoshaviamrecebidodaconstrutoraosequipamentosdeproteoindividual,porm
no estavam utilizando acharem desnecessria a utilizao de alguns EPIs para a execuo
daquelaatividadeespecfica.Oequipamentodeproteoqueamaioriadelesestavamdeixando
deutilizar,eramasluvasdeproteo.Poroutrolado,aprpriaadministraodaobratambm
nocobravaasuautilizao.
Do total de 19 funcionrios (sendo 2 da equipe tcnica), 11 funcionrios da classe
operriaestavamsemutilizartodososEPIssendo,destesque 10estavamsemautilizaode
luvasdeproteoe1semautilizaodemscaracontrapoeira,apesardetodosteremrecebido
daconstrutora.
Daentrevistarealizada,chegousetabulaoabaixo:
Tabela1PesquisarealizadanocanteirodeobrasdaJJ
Concluso
Sim
No
1TinhamconhecimentosobreautilizaodoEPI
100%
0,00%
2SabiamdaimportnciadeutilizaroEPI
100%
0,00%
3AchamqueaempresaforneceEpicontinuamente
78,95%
21,05%
4Achamqueaempresaprecisamelhorar
78,95%
21,05%
5SabemutilizarosEPI's
94,74%
5,26%
73,68%
26,32%
7Tiveramalgumasugestodemelhora
57,89%
42,11%
8Achambomorelacionamentocomaadministrao
100,00%
0,00%
9Jtomoualgumaatitudeparaevitaracidentes
78,95%
21,05%
10EstavamutilizandotodososEpi's
44,44%
55,56%
11PossuamtodososEpi's
94,74%
5,26%
6JdeixoudeutilizaralgumEPI
Fonte:Dadosdapesquisa(2010)realizadanoCanteirodeObrasdaConstrutoraJJ
Doitem4databelaacima,comosugestodemelhora,tiveramositensabaixoedentre
elesestavaoitemtreinamento:
Grfico2Sugestesdemelhoriadosfuncionrios
Qualidade
dos
materiais
7%
Atrasona
entrega
13%
Treinamen
to
33%
Qualidade
doEPI
40%
Tempode
distribui
odosepis
7%
Fonte:Dadosdapesquisa(2010)realizadanoCanteirodeObrasdaConstrutoraJJ
Ao final da pesquisa, aps os treinamentos foi feito uma nova verificao em campo, e
observouse que o nmero de funcionrios que estavam utilizando todos os EPIs subiu para
53,50%,umnmeroqueaindaprecisasermelhorado,masquejapresentoualgumamelhora.
Apsapesquisanohouvenenhumacidentedetrabalho.
CONSIDERAEFINAIS
Aps a anlise de dados apresentada, podese observar que treinamentos so sim,
importantes para trazer uma conscincia ao trabalhador, da importncia de estarem sempre
utilizandoEPIsdurantessatividades,edesempreterematitudessegurasduranteoperodode
permanncia no local de trabalho, porm este um alvo que deve ser tomado como meta e
compor um plano de preveno mais ampliado dentro da empresa, pois o processo de
aprendizagemparaamudanacomportamentallenta.
Porm, tambm pode ser observado que esta conscientizao deve partir da
administrao e do corpo tcnico da obra, para que medidas seguras sejam tomadas tanto no
coletivoquantonoindividual,atravsdeumamaiorcobranaefiscalizaoquantoutilizao
deEpiseaadoodecomportamentossegurosdentrodocanteirodeobras..Peloquestionrio
podeseanalisarquenestaconstrutora,todososfuncionrioshaviamrecebidodealgumaforma,
treinamentossobrecomotrabalharemumambienteseguroeamaioriatinhamrecebidostodos
osEPIs,porm,nemtodosutilizavamosequipamentoscompletoseadequadosacadaatividade.
Por outro lado, o mestre da obra, tambm no exigia tanto dos trabalhadores. Esta cobrana
deveexistirsempre,poisresponsabilidadedaempresaexigirousodoEPI.
O funcionrio que passa por um bom treinamento adquire novas habilidades no campo
profissional,conhecimentos,atitudesecomportamentos.
O investimento em treinamentos devese existir sempre, e a empresa deve utilizar esta
ferramenta para alcanar o nvel de segurana desejado pela organizao, por meio de um
desenvolvimentocontnuodotrabalhadorefazlopassarporumamudanacultural.
REFERNCIAS
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Http://www.segurancanotrabalho.eng.br/artigos/acid_trab_perd_mat.html>.Acessadoem:30jan.2011.
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ANLISEDAINCORPORAODEFIBRASDECOCOEMBLOCOSDECONCRETO
(PQ)Pesquisador
(TC)TcnicoemEdificaes
RESUMO
ummeiodeelementoestruturalquedevagarantiruma
maior resistncia ao bloco. Nesse contexto podese
verificar a reciclagem de um material orgnico que de
outra maneira estaria exposto no meio, contribuindo
para um desenvolvimento sustentvel da construo
civil. Desta maneira o estudo averiguou o desempenho
atuante das fibras quando empregadas no material,
tendo em vista a alternncia na porcentagem de fibras
presentesnosblocos,sendopossvelobterosresultados
de desempenhos mecnicos do material por meio de
ensaiosdecompresso.
PALAVRASCHAVE:Fibrasdecoco,blocos,reciclagem,construocivil.
ANALYSISOFTHEINCORPORATIONOFCOCONUTFIBERSTOCONCRETEBLOCKS
ABSTRACT
ANLISEDAINCORPORAODEFIBRASDECOCOEMBLOCOSDEARGAMASSA
INTRODUO
O aquecimento da construo civil no Brasil tem levado a muitos investimentos, e
diversos segmentos como o da rea de blocos de concreto j comearam a responder com o
aumento da produo. Mas, o ritmo de expanso do nmero de obras e da cadeia de
fornecimento de insumos no andam lado a lado, persistindo o risco de falta de materiais ou
reduodaqualidadedosmesmos(BLANCO,2008).
Os blocos de concreto so empregados no Brasil desde aproximadamente 1940, e nos
dias de hoje vem expandindo seu uso, sendo necessrio atender todas as exigncias
determinadas nas normas tcnicas NBR 6136/2006 e NBR 12118/2006, agregado a isso fazse
necessrio novas formas de produo para que se tenha resultados cada vez melhores com o
determinadomaterial,entocomopensamentosustentvelpdeseunirmatriaorgnica(fibra
decoco)aoblocodeconcreto.
essastensesdevemserdistribudasportodooelementopormeiodasfibrasempregadascomo
umnovoagregadoaomaterial.
Quanto ao uso, os blocos de concreto podem ser classificados, segundo a NBR 6136
(2006):
ClasseA:comfunoestrutural,parausoemelementosdealvenariaacimaouabaixodo
nveldosolo;
ClasseB:comfunoestrutural,parausoemelementosdealvenariaacimadonveldo
solo;
ClasseC:comfunoestrutural,parausoemelementosdealvenariaacimadonveldo
solo;
ClasseD:semfunoestrutural,parausodeelementoacimadonveldosolo;
Tabela1RequisitospararesistnciacaractersticacompressoNBR6136(2006).
CLASSE
RESISTNCIA
CARACTERSTICA MPa
6,0
4,0
3,0
2,0
MATERIAIS
Cimento
Paraconfecodaargamassaconstituintedobloco,foiutilizadocimentoCimpor,CPIIF
32enapastaparacapeamentofoiutilizadoocimentoPoty.
Tabela2PropriedadesfsicasdoCPIIF32.
Ensaio
Mtodo
Unidade
Resultados
Especificaoda
NBR11578/1991
reaespecfica
NBR7224/96
m/kg
3.996
260
Massaespecfica
NBRNM23/00
g/cm
3,10
Noaplicvel
Massaunitria
NBRNM45/06
g/cm
1,40
Noaplicvel
Finuraretidona
peneirade0,075
mm(#200)
NBR11579/91
4,8
12,0
Expansibilidade
quente
NBR11582/91
Mm
0,21
5,0
Inciodepega
NBR11581/91
h:min
2:25
Fimdepega
NBR11581/91
h:min
3:45
10
Fonte relatriodeensaiofornecidopelofabricante,perodomaro/2011.
Agregados
Osagregadosparaafabricaodosblocosdeargamassasosomenteclassificadoscomo
midos,nocasocitadosendoasareias,todoessematerialutilizadofoifornecidopelaempresa
quenosconcebeuparamoldagem.
Fibrasdecoco
AsfibrasdecocoforamobtidasjuntoprodutoresruraisdomunicpiodePiaabu,no
litoralsuldeAlagoas.Estasseencontravamsecas,pormaindacomresquciosdecascaemuito
juntasumassoutras,logo,foinecessriodesfiarasfibras,tirandoasdestaparaqueatingissem
a finura e dimetro necessrio, garantindo mais de 1kg do material, para ser agregado ao
restantedosmateriaisduranteoprocessodemisturanaprensavibratria.
As fibras passaram pelo ensaio de densidade e absoro de gua, para se obter suas
caractersticasfsicas,paraambososcasos,ficandosubmersaemgua.
Para melhor anlise da ao das fibras de coco sobre o bloco, foi pressuposto uma
variao na porcentagem de fibras (1%, 1,5% e 2%) a ser acrescentado ao trao, sendo este
empregapelaempresaPREMOLnaconfecodamassaaserusadaneles.
Figura1Fibrasdecocodesfiadas
METODOLOGIA
Ametodologiaempregadanestetrabalhoconsisteemtrsetapasdistintas:metodologia
experimental,consistindomoestudobibliogrficoparaaexecuodeensaioseaprticadestes,
metodologiaprticaexecutandoostestesmecnicosquevoavaliaraspropriedadesdosblocos.
MetodologiaExperimental
Foram realizados estudos necessrios que vo guiar os ensaios realizados em um
laboratrioespecializado,queofereceequipamentoeaparelhagemnecessriapesquisa.Foram
executados,apartirdessesuporte,aobtenodasfibras,ensaiosmecnicos,entreoutros.
OsensaiosrealizadoscomosblocosseguemasdiretrizesdaNBR12118/2010,afimde
que os resultados pudessem fornecer subsdios aceitveis para produo acadmica. Todos os
procedimentos adotados seguiram as recomendaes da norma, desde a anlise dimensional,
ataanlisedosresultadosobtidos.
MetodologiaPrtica
Apartirdestafase,forammoldadososblocosdeargamassaemprensa,fornecidospela
empresaPREMOL,tendoosmateriaiscomfibrasjmoldadosepassadoseutempodecura,foi
iniciado o processo de capeamento do material para uniformizar as superfcies do bloco, para
issofazendoousodeplacasdevidroenveldebolhaqueirgarantiraformaodongulode
90,queentrarecontatocomocalodaprensaparaarealizaodoensaiodecompresso.
Figura2Prensavibratria,utilizadaparaamoldagemdosblocos
Paradarincioaosensaios,foramfeitasvriasanlisesdeconformidadedaspeas,para
avaliarseessesestavamseguindoanormaNBR6136(2006),quevisagarantiraboaqualidade
dosblocos,paraissoforammedidasasdimenses,ensaiodeabsorodegua,queverificaoa
quantidade de gua absorvida pela amostra, o valor sendo expresso em porcentagem, e a
resistnciacompresso.
Paraavaliarasdimensesqueosblocosapresentameseestodeacordocomanorma
j citada, foi feito o uso da trena, tirando suas medidas largura, altura e comprimento,
observando suas variaes, no devendo ultrapassar 2 milmetros entre si, para mais ou para
menos,estandotodosdeacordocomanorma.
Adeterminaodeabsorodosblocosfoirealizadaimergindonaguaumblocoapso
outropelotempodeumminuto,atqueaamostraestivessetotalmentesaturada,apsissoo
bloco retirado da submerso, so secos com um pano e pesados, tendo assim seu peso
saturado, ou seja, com os vazios preenchidos por gua, j possuindo o pese do bloco seco
possveldeterminaraporcentagemdeabsoropelaseguintefrmula:
Equao(1)
Onde:
m1=massadaamostraseca;
m2=massasaturada;
Orompimentodosblocossedeunaclulade300KNdaprensahidrulica,devidamente
adaptadacomcalosparataltarefa.Ocapeamentodoblocomantmassuasduassuperfciesde
contatoplanas,comissotemseumadistribuioporigualdastensesporele,oquegaranteum
resultadomaisconfiveldoensaio.
Apsacolocaodosdoiscalos,dseinicioaorompimentodoblocoemquesto,aps
orompimentopodeseverificarumalinhacontinuaehorizontalnasuperfciedele,oqueindica
queocapeamentocumpriucomoprometidoeoensaiofoirealizadodemodocorreto,umavez
que,astensesforamdistribudasuniformementeportodaextensodobloco.
RESULTADOS
Osensaiosdesaturaoeresistnciacompressoforamrealizadossegundonormae
nosforneceramosresultadosapresentadosnastabelasaseguir:
Tabela3Blocoscom1%defibra
Identificao
1
2
3
4
5
6
7
Dimenses
Peso
Resistnciacompresso(Mpa)
Comprimento(cm) Largura(cm) Altura(cm) Seco(g) Saturado(g)
39,1
9,2
19
7210,1
8316
1,11
39,2
9,2
19
7180
8185,2
1,89
39,2
9,1
19
7271,3
8171,1
1,99
39,2
9,2
19,2
7389,3
8407,2
2,43
39,2
9,2
19
7190,5
8274,8
2,88
39,2
9,1
18,9
7256,2
8255
3,34
39,2
9,2
19
7034,7
8039,1
3,99
Tabela4Blocoscom1,5%defibra
Identificao
1
2
3
4
5
6
7
Dimenses
Peso
Resistnciacompresso(Mpa)
Comprimento(cm) Largura(cm) Altura(cm) Seco(g) Saturado(g)
39,1
9,2
19
7424,8
8390
0,86
39,1
9,2
19
7288,5
8236
1,33
39,2
9,2
19
7219,8
8158
1,28
39,2
9,2
19
7108,5
8033
1,25
39,2
9,2
19,2
7219,7
8158
1,06
39,2
9,2
18,8
7283,5
8230
1,16
39,2
9,2
18,9
7282,5
8229
1,21
Tabela5Blocoscom2%defibra
Identificao
1
2
3
4
5
6
7
Dimenses
Peso
Resistnciacompresso(Mpa)
Comprimento(cm) Largura(cm) Altura(cm) Seco(g) Saturado(g)
1,1
39,2
9,2
19,2
7875
8930
0,75
39,2
9,1
19,2
7925
8900
0,82
39,2
9,1
19
7675
8670
1,11
39,2
9
19,2
7765
8760
1,6
39,1
9,1
19,2
7420
8430
39,2
9,2
19,2
7740
8800
1,76
39,2
9,2
19,2
7605
8615
0,78
Com a incluso das fibras nos blocos, foi possvel perceber que houve uma resistncia
esperada e at acima do estabelecido por norma nos blocos de 1%, j com o aumento de sua
quantidadeobservousequesuaresistnciacomeouaficarabaixodoesperado,suasdimenses
correspondem exatamente ao que deveriam no ultrapassando o limite estabelecido de
2milmetros, j o ensaio de absoro no apresentou o resultado esperado, variando sua
porcentagemdeabsoroentre12%e17%,esteresultadopodeserderivadodeproblemasna
prensanahoradamoldagem,jquenoestavavibrandocomodeveria,assimnocompactando
corretamenteosmateriais.
CONCLUSES
Alm de trazer um novo mtodo construtivo para a construo civil o uso de fibras
vegetais abrange o pensamento sustentvel no qual estamos emersos, atendendo as
necessidades de preservao ao meio ambiente, pois o coco agrega grandes volumes em
entulhos,queacabamportrazestranstornosapopulao,sejaporatrapalharotransitoemvias
publicas,quantoportornalasmaissujas.
Aincorporaodefibrasdecocoablocosdealvenariadevedaoviveledeveser
vista com bons olhos ao mesmo passo que deve ser melhor explorada por pesquisadores e
empresriosdoramodemateriais
REFERNCIAS
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estrutural.NBR6136(2007).RiodeJaneiro.
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atravsdeensaioslaboratoriais.XXVIIENPRiodeJaneiro,2008
<http://pt.scribd.com/doc/71833231/21/Utilizacaodafibradecoconaengenhariacivilede
materiais>
Acessados14:23dodia13/03/2014
OCONFORTOTRMICOEMEDIFICAES
A.P.N.Sallaberry(IC)1;.A.G.Salustino(IC)1 ;C.G. Martins (IC)1 ;E.F.S.Azevedo(IC)1;J.F.Firmino(IC)1
1
InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentral
email:maranho@ifma.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(TC)TcnicoemQumica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
melhorada
das
edificaes,
determinando
primeiramente todos os prrequisitos e pr
determinandoosfatoresambientaisecomportamentais
decadaambiente.
PALAVRASCHAVE:Confortotrmico,construo,ambiente.
THETHERMALCOMFORTINBUILDING
ABSTRACT
KEYWORDS:THERMALCOMFORT,BUILDING,ENVIRONMENT.
OCONFORTOTRMICOEMEDIFICAES
INTRODUO
Esteartigofoielaboradovisandoapresentarosconhecimentoscientficosadquiridosao
longodapesquisarealizada,pondoemprticaeexemplificandoasinformaestericasobtidas.
Todos os dados levantados, aplicaes e os desenvolvimentos possveis sociedade adquiridos
pormeiodapesquisaestoaquicontidos.
CONFORTOTRMICO
PROCESSOSFSICOSDETROCADECALOR
O calor que se produz no corpo determinado pela atividade que a pessoa exerce e
varia,tambm,comidadeecomosexo.Essecalorinteragecomoambienteexterior,ouseja,ele
transferidoatravsdequatroprocessosfsicos:conduo,conveco,radiaoeevaporao.
Ostrsprimeirosprocessossodenominadosdetrocassecas,enquantooltimoclassificado
comotrocamida.Ocalorperdidoparaoambienteatravsdetrocasecachamadodecalor
sensveleaqueleperdidoportrocamidadenominasecalorlatente.
PARMETROSDOCONFORTOTRMICO
Ometabolismooconjuntodetransformaesqumicasnointeriordeumorganismo
quefazcomqueeleadquiraenergia.Entretanto,apenas20%detodaaenergiaproduzidapelo
serhumanotransformadaemtrabalho.Os80%querestamsotransformadosemcaloraser
dissipadoparaqueatemperaturainternasemantenharegulada,queficaemtornodos37Ce
se mantm quase constante. Quando no h condies trmicas adequadas para que essa
temperaturainternapermaneaconstante,osistematermoreguladordocorpoentraemao,
ativando mecanismos que controlam a temperatura. Quando o organismo perde calor para o
ambientesemajudadenenhummecanismotermoregulador,quecompatvelcomaatividade
feita,asensaoquesetemdeconfortotrmico.
Avestimenta(roupa)umisolantetrmicoquesemantmjuntoaocorpoecriauma
camada de ar aquecido, dependendo do material, do espao que cobre e seu ajuste.
Dependendodecomoest,podeatrapalharastrocasdecalorporconveco.Suaresistncia
variaodetemperaturamedidaatravsdastrocassecasrelativasaquemestusando.
Asensaodeconfortoseembasanatrocadecalordocorpopeladiferenaexistente
entre a temperatura da pele e a temperatura do ar, com auxlio ou no dos mecanismos de
regulao corporal. Quando a temperatura est baixa, as perdas de calor so maiores, e,
analogamente,somenoresquandoatemperaturaaumenta.
Umidadeaquantidadedevapordeguaquecontmoar.Ovaporseformapor
evaporao sem mudana de temperatura, processo em quem a gua se desprende
naturalmente de seu estado lquido para o estado gasoso. O ar quando est em uma certa
temperatura s pode conter uma determinado quantidade de vapor de gua. Quando esse
quantidadechegaaoseuvalormximo,atingidoumestadodearsaturado.Quandopassaesse
valor,ocorreacondensaodagua.Aumidadedoaratuandoconjuntamentecomavelocidade
do ar intervm na perda de calor por evaporao. Quando a temperatura do meio se eleva,
dificultando as perdaspor conveco, o organismo aumenta aeliminao por evaporao. Isso
mostracomoaventilaoeobalanceamentodaumidadedoarimportante:casooaresteja
saturado, a evaporao no ser possvel, fazendo com que a pessoa comece a ganhar calor
assimqueatemperaturadoarficarsuperiordapele.
CONDUTIVIDADETRMICA
Condutividade trmica a capacidade que cada material tem de conduzir calor
atravs do processo de conduo trmica. A condutividade trmica depende do material e da
temperatura no qual ele se encontra. Materiais de alta condutividade trmica conduzem calor
maisrpidodoquemateriaisequivalentesdebaixacondutividade.Sendoassim,materiaisdealta
condutividade so usados em dissipadores trmicos e os de baixa condutividade em isolantes
trmicos,comoexemploCobertores.Noentanto,acondutividade trmicaumacaracterstica
domaterialenodaformadoobjeto.
VotoMdioPredito
Consisteemumvalornumricoquetraduzasensibilidadehumanaaofrioeaocalor
efoicriadoparacalcularacombinaodasvariveisdoambiente.OmtodoutilizadonaISO
7730 e foi criado por Fanger, onde avaliouse, atravs de experimentos, pessoas de diferentes
nacionalidades, idades e sexo, obtendo o Voto Mdio Predito para determinadas condies
ambientais.Hrelaodas6unidadescomovotomdiopreditodestecomaporcentagemde
pessoasinsatisfeitas.
Estendicedeveserusadoapenasparavaloresentre2e+2,poisacimadestes
limites teramos aproximadamente mais de 80% das pessoas insatisfeitas. Como existem
diferenas individuais, difcil especificar um ambiente trmico que agrade a todos e sempre
haverpessoasinsatisfeitas.
Aplicaes
A transferncia de calor na construo civil s ganhou importncia no decurso
do sculo XX com o aumento do preo da energia e a conscincia da limitao dos recursos
energticos. A procura cada vez maior do conforto trmico levou implementao de cdigos
que especificam nveis mnimos de isolamento trmico em paredes, telhados, janelas, etc.
Anteriormenteascasaseramconstrudasapenasparaproteodomeio.
Na construo civil, a condutividade trmica est intimamente relacionada ao
conforto trmico e so abordadas questes relativas a propriedades trmicas dos materiais e
aindaaspectosassociadosaoclima.Acondutividadetrmicadeimportnciafundamentalpara
a seleo de materiais para a construo civil. Em muitas aplicaes so necessrios materiais
isolantes, isto , com baixa condutividade trmica, enquanto que em outras aplicaes so
necessrios materiais com elevada condutividade trmica. Por exemplo, os materiais de
convectoresparaaquecimentodevempossuirelevadacondutividadetrmica.Deigualmodo,a
condutividade trmica de alguns materiais para aplicaes eltricas ou eletrnicas essencial
paradissiparocalorqueliberadoporefeitodeJoule.
Paraquenogereumdesconfortotrmiconaconstruofundamentalfazer
um estudo das condies climticas antes de iniciar uma construo ou reforma. Esse estudo
indicar o melhor posicionamento dos cmodos de acordo com a a insolao e os ventos que
predominamnolote.
O isolamento trmico em habitaes deve ser tratado com critrio e levar em
consideraovriosaspectos.Porexemplo,asjanelas,segundoSerway(1992),sooselementos
deumedifcioqueoferecemmenosresistnciaaofluxodecalor.Numacasatpica,cercadeum
terodocalortotalperdidoduranteoinvernoocorreatravsdasjanelas,osoutrosdoisteros
soperdidosporportas,paredes,etc.Poroutrolado,noveroofluxoderadiaosolarparao
interioraqueceindesejavelmenteascasas.
Os materiais como as cermicas tambm funcionam como bons isolantes
trmicos, sendo estes materiais um dos principais revestimentos de edificaes assim como os
materiaisrochosos(piso,parede,etc.).Quandosefalaemusarmateriaisrochososoucermicos,
so preferencialmente utilizados os rochosos devido a esttica, apesar dos cermicos
apresentaremmaisisolamentotrmico.Oidealtentarunirparmetrosimportantes,taiscomo
resistnciaaabraso,belezaesttica,ndicesfsicos,dentreoutros,comacondutividadetrmica
esugerirparmetrosparaasmelhoresaplicaespossveisculminandonumamelhoraplicaoe
confortotrmico.
A condutividade trmica aplicada ao conforto trmico deve ser levada em
consideraoquandosetemoobjetivodeavaliarofluxodecalor,porexemplo,entreaparte
externa e parte interna de uma parede, neste caso tentando diminuir ao mximo o efeito do
calorsobreoambientedesejado,externoouinterno.Jaradiaotrmicadeveserlevadaem
considerao principalmente em ambientes externos (pisos ou paredes) que recebem alta
incidnciasolarduranteodiacomoobjetivodediminuiroefeitodatemperaturasobreocorpo
humanooumesmosobreambientesexternoscomoterraos,varandas,etc.
A associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) divide o pas em oito zonas
bioclimticasetrazrecomendaesespecificasparacadaumadelas,daspropriedadestrmicas
sdimensesdeaberturasparaventilao.
Oconfortotrmicoemambientescomode trabalhoeemescolasdefatomuito
importantepoisatuadiretaeindiretamentenaqualidadedevidadaspessoasenosresultados
do seu trabalho/estudo. O ambiente tem que ser sadio e agradvel, para que haja condies
capazesdelheproporcionaromximodeproteoe,aomesmotempo,satisfao.Ouseja,seo
Asmediesforamfeitaspelamanh,emdoisdiasensolarados,duasvezesemcadasala,
cadamediocomduraode10minutos:aprimeiramediofoifeitacomoarcondicionado
desligadoeasjanelasabertas.Jaoutramedioteveasalatotalmentefechadaeoar
condicionadofoiligadonoincio,comatemperaturanominalde21C.Estavamnassalas,dois
medidoresdetemperaturaemdoislugaresdiferentes:umpertodaparedequerecebiamaissol,
eoutroimediatamentenaparedeinversa.
Umadaspesquisadorasmediuatemperaturadoambienteforadasaladeaulae,nosdois
diasescolhidos,tiveramcondiesclimticasbemparecidas:
Temperatura:27C
Umidaderelativa:64%
Resultadodapesquisa:80%dosvoluntriossesentirammaisconfortveisnaprimeira
sala.15%dosvoluntriosacharamasegundasalamaisconfortvel.E5%nosentiramdiferena
entreastemperaturasinternasdassalas.
Chegamosentoconclusodequeaprimeirasalatemummaiorconfortotrmicoquea
segunda,eissofacilmenteexplicado:AprimeiraSalafeitadeummaterialquedeixa
transmitirmenoscalorqueasegundasala,comoex:aparededePVCdaprimeira,comparadaa
parededealvenariacomumdasegunda,alajedaprimeira,comparadaatelhadefibrocimento
dasegunda.Outroaspectoquefezaprimeirasalasetornarmaisconfortvelqueasegunda,foia
diferenadealtura,vistoquequandomaisalto,maioraumidadedoambiente.
CONSIDERAESFINAIS
Com a pesquisa sobre conforto trmico, foi grande o conhecimento adquirido deste
assuntodegrandeimportnciaparaedificaes,reaqueoscomponentesdestegrupoestudam.
Comessetrabalhofoiaprendidoosmeiospossveisparamediodeconfortoambiental,alm
desaberquaismateriaistrazemaohomemmaisoumenosconforto.Esseestudoaindaestem
andamento, e pretendese fazer experimentos relativos ao conforto trmico, para obter maior
conhecimentoprticoacercadoassunto,podendoassimotrabalhoserlevadoafeiraseeventos
cientficos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemostodosquecolaboraramnolevantamentodedadosparaseefetuarapesquisa
eaoProfessorDr.CalistratoCmarapelaorientaoededicaocomosorientandos.
REFERNCIAS
http://dec.ufms.br/lade/docs/cft/aplabeee.pdf
http://hyperphysics.phyastr.gsu.edu/hbase/thermo/thercond.html
http://pt.scribd.com/.../7869.../ISO7730eConfortoTermico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Condutividade_t%C3%A9rmica
http://www.infopedia.pt/$condutividadetermica;jsessionid=alGeCcMe0mos+zAdtuCWeQ
http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/147.pdf
http://www.netzschthermalanalysis.com/pt/landingpages/determinacaodadifusividade
termicaedacondutividadetermica/definicaodecondutividadetermica.html
http://www.protolab.com.br/Condutividade_Termica.htm
http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_20091/Aula5_PMV_PPD.pdf
ANLISECOMPARATIVADOCUSTOFINANCEIRODELAJESNERVURADAS:BIDIRECIONAL,
TRIDIRECIONALELAJEMACIA.
E.R.Souza(PQ) 1;B.D. A.Diniz(PQ)1;W.O.Brito (OR)2
1
GraduandodoCursodeTecnologiaemConstruodeEdifciosInstitutoFederaldeEducao,Cinciae
TecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiro;2ProfessoreorientadorInstitutoFederaldeEducao,
CinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiro.Email:medsonrangel@hotmail.com.
RESUMO
PALAVRASCHAVE:lajenervuradabidirecional,lajenervuradatridirecional,lajemacia,custo.
COMPARATIVEANALYSISOFTHEFINANCIALCOSTOFRIBBEDSLABS:TWOWAY,THREE
DIMENSIONALANDSOLIDSLAB.
ABSTRACT
performed,tryingtofindthebestcostbenefit,having
as a starting point the basic constituent materials of
eachtypeofslab.Forthis,amarketresearchaboutthe
priceofeachitemwasdone,soitwaspossibletoverify
through comparative tables which slab system is more
efficientfinancially,bringingbenefitsfortheenterprise.
KEYWORDS:twowayribbedslab,threewayribbedslab,solidslab,cost.
ANLISECOMPARATIVADOCUSTOFINANCEIRODELAJESNERVURADAS:BIDIRECIONAL,
TRIDIRECIONALELAJEMACIA.
INTRODUO
Comaconstanteevoluonaengenhariacivil,eocustofinanceirointensificandosecomo
umdositensmaisimportantesdeumempreendimento,fazeroestudodeviabilidadeeconmica
setornafundamentalparaobterseguranaemdominarasfinanas,umavezqueaconstruo
civilumaatividadeindustrialcaracterizadaporumgrauelevadodecomplexidadeequeprecisa
ser bem caracterizado quanto aos seus materiais, modeobra, recursos financeiros e
equipamentos(SERRAetal.,2004).
Dentrodeumempreendimento,comoparteessencial,asestruturasdeconcretoarmado
representamanecessidadedeprecisonoprojeto,execuo,comprademateriaiseestocagem,
oquecarecedeanliseeconmica.Eumdositensdesumaimportncia,soaslajes.Emmeio
aosvriostipos,aslajesprfabricadas,elementosquevemsendoutilizadosnoBrasildesdeas
primeiras construes, por oferecem uma soluo econmica e verstil para pavimentos em
qualquertipodeestrutura,ganhamdestaquenomercado(IGLESIA,2006).
Ao redor do mundo aproximadamente metade dos pavimentos usados em edificaes
comerciaisedomsticassoprfabricadasdeconcreto.Emdestaqueestoslajesnervuradas
que inicialmente, na sua confeco, eram utilizadas formas de madeiras para moldagem. Em
seguida,evoluramparainerteseformasdefibradevidro,oqueexpandiuousodessesistema
como uma das solues construtivas mais populares entre as construtoras, uma vez que as
evoluesarquitetnicas,queforaramoaumentodosvos,eoaltocustodasformastornaram
aslajesmaciasdesfavorveiseconomicamente,namaioriadoscasos.
Nanfasedaeconomia,estetrabalhoanalisaatravsdepesquisadepreodoselementos
constituintes,ocustofinalparaaproduodelajesnervuradasemacias,mostrandoassimum
comparativoentreambos.
LAJESNERVURADASBIDIRECIONAIS
As lajes nervuradas bidirecionais so utilizadas em larga escala no setor da construo
civil,apresentandoboaspropriedadesmecnicasnoquesedizarespeito,aresistnciatrao
queconcentradanasnervuras.
Nesse sistema ocorre tambm uma reduo do peso prprio da estrutura e um melhor
aproveitamento do ao e do concreto. Esse tipo de laje nervurada tende a proporcionar uma
reduo de custo de materiais e modeobra e tambm seus moldes suportam o peso do
concretofresco,dasarmaduras,dosoperriosemaquinrio.
LAJESNERVURADASTRIDIRECIONAIS
Para Barreto et al (2012), no sistema tridirecional, os moldes para as nervuradas so
rotacionados a 45 da direo principal, onde a armadura passa a ser na diagonal. J as vigas
continuamnaformaconvencional,masdeixamdeseremtotalmentemaciasparaseremvigas
nervuradas, ou seja, os moldes se estendem at o local onde seriam as vigas convencionais,
porm, no alinhamento dos apoios, os moldes so diferentes. Portanto nas lajes nervuradas
tridirecionaishaveracolocaodeumaterceiranervuraaonovosistemaquefarumamelhor
distribuiodacarga,poisterinseridasarmaduraspassivascomafunodedistribuiressepeso
alm de diminuir a espessura do ao em 30%. O sistema construtivo da laje tridirecional
anlogo laje convencional. Unindo todos estes fatores podemos ressaltar que haver uma
economiaconsidervelnaexecuodaobraeresultarnobeneficiofinalparaocidado.
LAJESMACIAS
Aslajesmaciassoestruturasplanasdeconcretoarmadocomespessuravariandoentre
7cm a 15cm, contendo armaduras longitudinais de flexo e eventualmente armaduras
transversais, apoiadas em paredes ou vigas. Esta laje so geralmente construdas em obras de
mltiplos pavimentos como podemos citar prdios residenciais, reservatrios e construes de
grandeporte,asindstriasehospitais.
As lajes macias tem como desvantagens o consuma elevado de concreto que de
aproximadamentede50%dototaleseupesoprprioquedecerdade2500Kg/m.Estetipode
lajeofereceumaboaresistnciamecnica,isolamentoacsticoetrmico,almdesermoldada
totalmenteinloco.Suaarmaoprincipalpodeserdistribudadeduasmaneirasdependendode
suadimensoquepodeserarmadaemumadireoouemduasdireesondenoprimeirocaso
suaarmaduraprincipalarmadanomenorvojnosegundocasoarmadanasduasdirees.
MATERIAISEMTODOS
RESULTADOSEDISCURSSO
Tabela1CustodaLajeTreliadaBidirecionalporm2comTrao1:2:3.
Insumos
Und.
Quant.
(R$) Unit.
Total (R$)
Ao CA50
7,94mm
Kg
7,30
4,41
32,19
Cimento
Portland
Kg
128,00
0,46
58,88
Areia
m3
0,160
50,00
8,00
Pedra britada
N 3
m3
0,231
69,70
16,10
Cuba Plstica
(60x60x21)cm
m2
1,00
25,50
25,50
Total (R$)
140,67
FontePrpria(2014).
Tabela2CustodaLajeTreliadaTridirecionalporm2comTrao1:2:3.
Insumos
Und.
Quant.
(R$) Unit.
Total (R$)
Ao CA50
7,94mm
Kg
8,80
4,41
38,81
Cimento
Portland
Kg
128,00
0,46
Areia
m3
0,160
50,00
8,00
Pedra britada
N 3
m3
0,231
69,70
16,10
Cuba Plstica
(60x60x21)cm
m2
1,00
25,50
25,50
Total (R$)
147,28
FontePrpria(2014).
58,88
Tabela3CustodaLajeMaciaporm2comTrao1:2:3.
Insumos
Und.
Quant.
(R$) Unit.
Total (R$)
Ao CA50
7,94mm
Kg
5,46
4,41
24,08
Cimento
Portland
Kg
150,00
0,46
Areia
m3
0,214
50,00
10,70
69,00
Pedra britada
N 3
m3
0,321
69,70
22,34
Chapa de
Madeira
Compensada
Und.
1,00
34,00
34,00
Total (R$)
160,12
FontePrpria(2014).
Aslajesnervuradasbidirecionaisetridirecionaisestoemumamesmafaixadepreospor
metroquadrado,respectivamente12,15%e7,78%maisbaratasqueaslajesmacias,oqueem
termoscomparativos,supondoumaedificaocomumareatotaldelajede150m2,aeconomia
serrespectivamentedeR$2.917,95eR$1.926,00paraumcustototaldeR$24.018,00paraalaje
macia.
Por meio dessa anlise comparativa, simples e direta, as lajes nervuradas mostraram o
porqudocrescimentodoseuusonaconstruocivil.Aliadasavantagenscomoapossibilidade
devencergrandesvossemanecessidadedevigaseareduonoconsumodeformas,quando
comparadasslajesmacias,ocustodeproduoinferiortambminferioraodaslajesmacias,
oferecemaoconstrutorumgrandeeconomianocustofinaldaobra.
CONCLUSO
Pela pesquisa realizada, concluise que pelo aspecto econmico, aliado boa
caracterstica de resistncia e durabilidade, as lajes nervuradas so bem vantajosas como
elemento estrutural para estruturas de concreto armado, em substituio ao sistema de laje
macia,queapresentaelevadopesoprprio,maiorconsumodeinsumoseconsequentemente,
maiorcustofinanceiroemrelaoaosistemadelajenervurada.
REFERNCIAS
1. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6118 Projeto de Estruturas de
ConcretoProcedimento.RiodeJaneiro,2007.
2. BARRETO, L. A.; DIOGENES, A. G.; FILHO, V. O. B.; FILHO, C. A. I. S.; NOGUEIRA, J. A. C.
SistemaConstrutivoTridirecionalparaConstruodeLajesNervuradas.Ibracon,2012.
3. BOTELHO, M. H. C., MARCHETTI, O. Concreto Armado Eu Te Amo. 6 edio. So Paulo:
EdgardBlucher,2010.
4. GIONGO, J. S. Concreto Armado: Projeto Estrutural de Edifcios. So Carlos: EESC
UniversidadedeSoPaulo,2003.
5.IGLESIA,T.B.SistemasConstrutivosemConcretoPrmoldado.TrabalhodeConclusode
CursodeEngenhariaCivildaUniversidadeAnhembiMorumbi,2006.
6.SERRA,S.M.B.;FERREIRA,M.A.;PIGOSSO,B.N.A.AEvoluodaIndstriadaConstruo
CivilemFunodoUsodePrfabricadosemConcreto,2004.
ESTUDODASCARACTERSTICASEPROPRIEDADESDOSAGREGADOSMIDOSDACIDADEDE
ESTNCIAEREGIONAFABRICAODEARGAMASSASPARAREBOCO
M.D.S.Silva(IC);L.I.C.Silva(IC);L.Melo (PQ)1; H.A.Oliveira(PQ)1; A.A.Bandeira(PQ)1;V.G.O.Almeida
(PQ)1
1
InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusEstncia,email:vanessa.gentil@hotmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Na cidadedeEstncia e regio existem vrias fontes
deagregadomidoquenecessitamavaliaodesua
qualidade em funo de problemas que so
observados em obras fiscalizadas pela prefeitura.
Assim, definiuse como principal objetivo desta
pesquisa,avaliaraspropriedadesecaractersticasdas
areias que esto sendo utilizadas na fabricao de
argamassas para revestimento de paredes. Foi
realizadaacaracterizaofsicadosagregados:massa
especifica
aparente
e
real,
distribuio
granulomtrica e caracterizao da microestrutura
DRX.Foramentoconfeccionadoscorposdeprova
PALAVRASCHAVE:Argamassa,agregado,reboco.
STUDYOFCHARACTERISTICSANDPROPERTIESOFAGGREGATESKIDSTOWNOFFICEREGION
ANDMORTARFORTHEMANUFACTUREOFPLASTER
ABSTRACT
In the town of Estancia and region there are several
sources of fine aggregate that require evaluation of
its quality due to problems that are seen in works
inspected by the city . Thus, it was defined as the
main objective of this research was to evaluate the
properties and characteristics of sand being used in
the manufacture of mortars for walls. Real and
apparentspecificgravity,particlesizedistributionand
XRD characterization of the microstructure: the
physical characterization of the aggregates was
performed. Were then prepared specimens with
traces1:3and1:4foreachtypeofsand(finematerial
collected in the city of Cristinpolis and
KEYWORDS:Mortar,aggregate,plaster.
ESTUDODASCARACTERSTICASEPROPRIEDADESDOSAGREGADOSMIDOSDACIDADEDE
ESTNCIAEREGIONAFABRICAODEARGAMASSASPARAREBOCO
INTRODUO
A construo civil um dos setores que mais consume recursos minerais no Brasil. Segundo
John(2000),consomeentre14e50%dosrecursosnaturaisquesoextradosdaterraqueso
destinados a produo de concreto e argamassas. A NBR7200 define argamassas como a
mistura de aglomerantes e agregados com gua, possuindo capacidade de endurecimento e
aderncia. As argamassas utilizadas em obras so comumente compostas de areia natural
lavada,eosaglomerantessoemgeralodecimentoPortlandeacalhidratada.Assim,temos
argamassas s de cimento, cal ou ainda mista. Para produo de argamassas so utilizadas
areias extradas normalmente de eleitos de rios (ALMEIDA, 2003). Segundo Fioritto (2008), a
destinaodasargamassasdeterminaotipodeaglomeranteouamisturadetiposdiferentes
de aglomerantes. Por exemplo: as argamassas de cimento so utilizadas em alvenaria de
alicerce devido resistncia exigida e, sobretudo pelas condies favorveis de
endurecimento. Podem ainda serem utilizadas em chapisco devido a sua resistncia a curto
prazo. J as argamassas de reboco so a base de cal devido a sua plasticidade, condies
favorveis de endurecimento, elasticidade e porque apresentam bom acabamento. As
argamassasdecimentosomaisresistentes,pormmaisdifceisdeobteratrabalhabilidade,
assim, adicionase a cal para conferir a propriedade necessria. Este tipo de argamassa
utilizado no preparo de paredes e pisos para receberem revestimentos cermicos, aplicados
comargamassascolantes;e,especialmente,nosemboosdeforroseparedes.Asargamassas
soresponsveisporprotegerasparedeseaestruturadaedificao,eseubomdesempenho
est diretamente ligado aos seus componentes e a um conjunto de fatores utilizados na sua
formulao tais como: propores de seus constituintes, procedimentos de aplicao,
condiesdecura,entreoutros.Porisso,necessriotercuidadonahoradesuaformulao,
respeitando as dosagens de cada constituinte e o processo de cura, para que assim evite
diversas patologias (manchas de infiltrao, fissuras, fungos, entre outras). Silva (2006),
estudouainflunciadacomposiogranulomtricadaareiaemdiferentesespecificaes,nas
propriedades da argamassa de revestimento, cujos resultados foram obtidos atravs da
utilizao do mdulo de finura. De acordo com Carneiro (1999), a areia muito uniforme
independentedoformatodosgros,comprometeatrabalhabilidadedaargamassa.Segundo
Cincotto(1995)aspropriedadesfsicasequmicasdosagregadosedasargamassas,tantode
assentamentoquandoderevestimentodealvenarias,soessenciaisparaavidatildasobras
em que so utilizadas. So inmeros os exemplos de defeitos causados devido falta de
controle dos agregados. A substituio da areia natural pela areia artificial na indstria da
construocivilfoiasoluoencontradaparaminimizaodainconstnciadaqualidadedos
agregados. No entanto, o uso indiscriminado de agregados sem prvio estudo laboratorial,
pode produzir argamassas de elevado custo, de qualidade duvidosa o que poder
comprometeralmdoprocessodeexecuoadurabilidade.
NestapesquisaforamidentificadosostiposdeagregadomidosexistentesnacidadedeEstancia
eregio.Osmesmosforamcaracterizadosdeformafsicaemicroestrutural.Emseguidaforam
produzidas argamassas as quais foram caracterizadas quanto consistncia e resistncia
mecnica,comofimdeseencontrarasmelhoresmisturasparaaplicaoemrebocodeparede.
MATERIAISEMTODOS
AsmatriasprimasutilizadasnoestudoforamcomoaglomeranteocimentoPortlandecomo
agregadomidoaareia.Osagregadosapsquarteadosesecosemestufa,foramsubmetidos
aos seguintes ensaios de caracterizao: mesa de consistncia padro NBR 13276, massa
unitriaconformeNBR7251,massaespecificarealpormeiodofrascodeChapman:NBR9776,
distribuio granulomtrica conforme NBR 7217, difrao de raiosX e resistncia
compressoNBR13279.
Trao
Foramutilizadosostraos1:3e1:4paracadatipodeareia(materialfino,coletadonacidade
de Cristinpolis e material arenoso, coletado na cidade de Estncia). Foi tambm preparada
uma mistura de 50% de cada material para os traos 1:3 e 1:4. Foram produzidos quatro
corposdeprovacilndricosconfeccionadosdeacordocomaformulaodecadatipodeareia
coletada.Apsadesforma,oscilndricosficaramimersosemguaesubmetidosaosensaiosde
resistncia mecnica a compresso aos 28 dias segundo NBR 13279. Os ensaios foram
realizadosnoLaboratriodeConstruoCivildoInstitutoFederaldeSergipeCampusAracaju
que possui toda infraestrutura para realizao do projeto. Para a realizao do ensaio de
resistnciaacompresso,forampesadososseguintesmateriaisTabela1.
Tabela1Pesagensdecadamistura.
Trao
1:3
1
1:4
3
AreiaFina
1500
750
1600
800
Arenoso
1500
750
1600
800
Cimento
500
500
500
400
400
400
gua
290
290
290
232
232
232
FonteLaboratriodeMateriaisdeConstruo(IFS)CampusAracaju
RESULTADOSEDISCUSSO
EnsaiosdeCaracterizaoFsica
EnsaiodeConsistnciaPadroConformerealizadooensaiodemesadeconsistnciapadro,
foram obtidos os seguintes resultados: Mistura com o trao 1:3: material com areia fina
apresentouumespalhamentodaargamassade20,5cm(verfigura1);
Figura1Ensaiodemesadeconsistnciapadromaterialcomareiafina.
Misturacomotrao1:3:materialarenosoapresentouumespalhamentodaargamassade20,0
cm(verfigura2);
Figura2Ensaiodemesadeconsistnciapadromaterialarenoso.
Notrao1:4nofoipossvelrealizaroensaiodemesadeconsistnciapadro,poisomaterial
apresentou baixa trabalhabilidade, assim como tambm o material com as misturas (50%) de
cadatipodeareia.
EnsaiodeMassaUnitria
Osresultadosdoensaiodemassaunitriaestoapresentadosnatabela2.
Tabela2Resultadodoensaiodemassaunitria.
Areiafina
Areiaarenosa
Mdia(g/cm)
1,51
1,48
0,004
0,007
Desviopadro
FonteDadosdapesquisa
Conformeatabela2,asdensidadesdamassaunitriaapresentaramresultadosmuitoprximos,
nosendoobservadasdiferenassignificativas.Verresultadodeensaionafigura3.
Figura3Areiafinaearenosa,pesagemeregularizaocomrgua.
EnsaiodeMassaEspecficaReal
Osresultadosdoensaiodemassaespecficarealestoapresentadosnatabela3.
Tabela3Resultadodoensaiodemassaespecificareal.
Mdia(g/cm)
Areiafina
Areiaarenosa
2,66
2,68
FonteDadosdapesquisa
Conformeatabela3,amassaespecficarealdasareiasapresentouresultadosmuitoprximos,
nosendoobservadasdiferenassignificativas.Vernafigura4osresultadosdosensaios.
Figura4AreiaFina(areiavindadeCristinpolis).
EnsaiodeAnliseGranulomtrica
A distribuio granulomtrica foi realizada de acordo com a NBR 7217, e obteve os seguintes
resultados:Videtabela4:
Tabela4Resultadodoensaiodeanlisegranulomtrica.
PENEIRAABNT
AREIAFINA
ARENOSO
0,405
1,66
10
0,61
2,18
16
1,98
4,63
30
7,60
12,32
50
31,61
35,88
100
39,26
27,02
18,5
16,29
TOTAL
99,99
99,99
M.F.
2,38
2,75
FonteDadosdapesquisa
Conformenatabela4,oresultadodomdulodefinuradomaterialarenosoapresentouse25%
maiordoqueodaareiafinaoquecomprovaseumenorempacotamento.
Quanto menor o mdulo de finura mais fina a areia, logo maior a quantidade de gro por
unidade de volume e conseqentemente maior o consumo de gua para corrigir a
trabalhabilidade.
Figura5Resultadodadistribuiogranulomtrica.
EnsaiodeDRX
Verresultadodoensaionafigura6.
&
Areia Cristinapolis
(&) - SiO2
&
Intensidade (u.a)
20
&
30
&
40
50
60
70
80
2
Areia Estncia
(&) - SiO2
&
20
&
&
&
30
40
50
60
70
80
30
40
50
60
70
80
Figura6DrxTubodefilamentodeCu1,7903A.(outubro/2013)
EnsaiodeResistnciaCompresso
Osresultadosdosensaiosderesistnciacompressoseguemnastabelas(4e5).
Tabela4Resultadosderesistnciaacompressotrao1:3aos28dias.
Areiafina
Areiaarenosa
Mistura
Mdia(MPa)
13,3
26,8
23,70
Desviopadro
2,4
5,0
3,1
Fonte:Dadosdapesquisa
Tabela5Resultadosderesistnciaacompressotrao1:4aos28dias.
Areiafina
Areiaarenosa
Mistura
Mdia(MPa)
16,04
11,24
15,18
Desviopadro
1,04
0,91
1,51
Fonte:Dadosdapesquisa
Deacordocomosresultadosdatabela4,podesenotarquenamistura1:3omaterialarenoso
obteveumaresistnciaduasvezesmaiorqueomaterialfino.Joresultadodamisturacomesse
mesmotraoapresentouumvalorintermedirioentreelas.
Osresultadosapresentadosnatabela5mostramquearesistnciadomaterialfinofoi42%maior
que a resistncia do material arenoso. A mistura apresentou um resultado intermedirio de
resistnciaentreosmateriais.
O melhor resultado emtermos deresistncia foi no trao 1:3 do material arenoso (26,8 MPa).
Almdisso,essetraoapresentouboatrabalhabilidadeoquefacilitarsuaaplicaoemreboco.
Verprocedimentodeensaionafigura7.
Figura7Confecodoscorposdeprovaparaensaioderesistnciacompresso.
CONCLUSO
REFERNCIAS
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.
NBR9776:AgregadosDeterminaodamassaespecficadeagregadosmidospormeiodo
frascodeChapman.RiodeJaneiro1988.
NBR7251:AgregadoemestadosoltoDeterminaodamassaunitria.RiodeJaneiro1982.
NBR13279:ArgamassaparaassentamentoerevestimentodeparedesetetosDeterminao
daresistnciatraonaflexoecompresso.RiodeJaneiro2005.
NBR13276:Argamassaparaassentamentoerevestimento.RiodeJaneiro2002.
NBR7217:Determinaodecomposiogranulomtricadosagregados.RiodeJaneiro,1982.
ALMEIDA,S.L.M.;BISPO,L.H.O. Obtenodeareiaartificialapartirdefinosdepedreiras
anlises de ensaios. Rio de Janeiro: Centro de Tecnologia Mineral Ministrio da Cincia e
Tecnologia,2003.BoletimTcnico.
CINCOTTO,M.A.;SILVA,M.A.C.;CASCUDO,H.C.Argamassasderevestimento:caractersticas,
propriedades e mtodos de ensaio. So Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnolgicas, 1995.
BoletimTcnicon.68.
SILVA,NarcisoG.Argamassaderevestimentodecimento,caleareiabritadaderochacalcria.
DissertaodeMestrado.UFPR,2006.
______________________________________________________________________________________
ANLISEDOSRISCOSDEACIDENTES:ESTUDODECASOREALIZADONOSSERVIOSDE
REVESTIMENTO
A.S.Silva(IC),H.L.W.Vieira(IC),M.R.Carvalho (IC),C.M.S.Santos(PQ).
AndressaSoaresdaSilva,CampusMonteiroInstitutoFederaldaParaba,IFPB.Email:
andressasoares73@hotmail.com;HyagodeLenWanderleyVieira,CampusMonteiroInstitutoFederalda
Paraba,IFPB.Email:hyagowvx@hotmail.com;MarianeRodriguesdeCarvalho,CampusMonteiroInstituto
FederaldaParaba,IFPB.Email:marianekrvalho@hotmail.com;CceroMarcianodaSilvaSantos,Campus
MonteiroInstitutoFederaldaParaba,IFPB.Email:cicero_marciano@yahoo.com.br.
RESUMO
realizadoumestudodescritivo,sobreaidentificaodos
riscosdeacidentesdetrabalhoexistentesnoscanteiros
de obras, seguindo com uma anlise dos riscos atravs
dos mtodos APR e AMFE, que serviu para identificar
agentes agravantes como a negligncia das empresas
comrelaosegurananotrabalho.
PALAVRASCHAVE:riscosdeacidentes,APR,AMFE,revestimento,segurananotrabalho.
ANALYSISOFRISKSOFACCIDENTS:CASESTUDYPERFORMEDINCOATINGSERVICES
ABSTRACT
studyontheidentificationofrisksofaccidentsatwork
inexistingconstructionsites,accordingtoariskanalysis
bythemethodsAMFEandAPR,whichservedtoidentify
agentsasaggravatingthenegligenceofcompanieswith
safety.
KEYWORDS:riskofaccidents,APR,AMFE,coatingstage,safety.
ANLISEDOSRISCOSDEACIDENTES:ESTUDODECASOREALIZADONOSSERVIOSDE
REVESTIMENTO
INTRODUO
OsetordaconstruocivilnoBrasilresponsvelporocuparoterceirolugarnoranking
de acidentes de trabalho, segundo a CBIC (Cmara Brasileira da Indstria da Construo),
especificamente em 2010 o Ministrio da Previdncia Social registrou 54.664 acidentes neste
setor,tornandoalarmanteasituaodaindstriadaconstruonoBrasil,exigindomaisateno
e cuidados na preveno de acidentes nos canteiros de obras. Dentre as principais causas de
acidente, a negligncia, a falta de conhecimento tcnico e os atos inseguros so os principais
responsveisporessacarnciadesegurananoscanteirosdeobrasaliadosfaltadeestrutura
das empresas de pequeno porte e de construtores independentes. Com isso, o objetivo deste
artigo foi analisar, por meio de um estudo de caso, utilizando as ferramentas APR e AMFE, os
riscosdeacidentesespecficosdaetapaderevestimentonasobrasemandamentonacidadede
MonteiroPB.
DeacordocomosManuais(2006),osriscospodemserclassificadosdeacordocomseus
agentes:qumicos,fsicos,biolgicos,ergonmicosedeacidentes.Osriscosqumicossoaqueles
causadores de danos sade do trabalhador atravs do contato com substncias txicas e
compostos qumicos, dispersos em partculas lquidas, slidas ou gasosas, podese identificar o
contato com poeiras (minerais e substncias alcalinas), nvoas (pintura com uso de revlver),
gases txicos e contato direto com substncias que contenham alto ndice de compostos
qumicos. Os riscos fsicos chegam a afetar a sade do trabalhador por meio de mquinas,
aparelhosecondiesfsicasdoambiente,comorudos,vibraeseincidnciasolar.Assimcomo
osqumicos,osriscosfsicospodemagravarosdanosdeacordocomotempodeexposioao
agente. Aquelescausados por microrganismos, como fungos, bactrias, vrus e outros esto na
classedosriscosbiolgicos,elespodemdesencadeardoenaspormeiodecontaminaooupela
natureza do trabalho. Mais perceptveis e comuns na construo civil, os riscos ergonmicos
geramproblemasmusculares,sseos,cansaofsicoediminuiodacapacidadedetrabalho.So
provenientesdaminteraoentreambienteetrabalhador,comoposturas,manuseamentode
ferramentas, esforo fsico e levantamento de carga. Entre os riscos de acidentes, podese
identificar o risco de queda tanto de objetos como de pessoas, ocorrem devido s condies
fsicasdoambiente.
Existemmtodosaseremutilizadosnaidentificaoeanlisedosriscos,entreeles,esto
o APR (Anlise Preliminar de Riscos) e AMFE (Anlise dosModos de Falhas e Efeitos). Segundo
Arajo (2009), o mtodo APR consiste na identificao de eventos perigosos, causas e
consequncias, estabelecendo medidas preventivas e/ou de controle, sua aplicao
sequenciadapeladescriodoobjetodeestudo;seleodeumelementodoobjeto;seleode
umeventoperigoso/indesejvel;identificaodascausaspossveisdoevento;identificaodas
consequncias do evento; estabelecimento de medidas de controle de risco e de emergncias;
repetiodoprocessoparaoutroseventoseseleodeoutroelementodoobjetorepetindoo
processo.EnquantooAMFEconsisteemidentificarosmodosdefalhasdoscomponentesdeum
sistema, os efeitos dessas falhas para o sistema, para o meio ambiente e para o prprio
componente, sua aplicao consiste em selecionar um sistema; dividir o sistema em
componentes; descrever as funes dos componentes; aplicar a lista de modos de falhas aos
componentes,verificandoasfalhas;verificarosefeitosdasfalhasparaosistema,oambienteeo
prpriocomponente;verificarsehmeiosdetomarconhecimentodequeafalhaestocorrendo
outenhaocorrido;estabelecermedidasdecontrolederiscoedecontroledeemergncia.
Segundo Baxendale eJones (2000), j se temconvico de que a maioria dos acidentes
no causada por trabalhadores descuidados, mas por falha de controle de segurana do
trabalho,oqueresponsabilidadedaadministraoedosetorgerencialdaempresa.
Cruz e Oliveira (1997) afirmam que somente ver as normas de segurana como uma
imposiolegalacarretaemprejuzosefetividadedosprogramasdemelhoria,tantodaprpria
seguranacomodaqualidadeeprodutividadenaconstruocivil.Oreconhecimentodequeas
falhas ligadas segurana tm sua origem na m administrao um bom comeo para uma
abordagemmaisrealistadoproblema.
Essa problemtica temmaior agravante emempresas de pequeno porte, sobretudo, no
interiordosestados,ondeosrgoscompetentestematuaoinsuficienteparaimposiodas
normas deseguranae o desconhecimento dessas normas, dos riscos eminentesde acidentes,
dasmedidasdepreveno,aumentaonmerodeacidentesereduzemaprodutividadedamo
deobranoscanteirosdeobras.SegundoMassera(2005),aexcelnciaemseguranaesadedo
trabalho no pode ser alcanada apenas com programas, mas com mudanas contnuas de
comportamento. Todavia, para empresas de pequeno porte do interior dos estados, o
reconhecimento dos riscos eminentes de acidente, bemcomo, das normas de segurana e das
medidas de proteo, se afirmam, como ponto de partida para alcanar essa excelncia, que
aindaestlongedeseralcanadaatmesmoporempresasdegrandeportesituadasemgrandes
centrosurbanos.
METODOLOGIA
Omtodoutilizadoparaarealizaodestapesquisafoioestudodecaso,portercomo
objetivo a identificao dos riscos de acidentes de trabalho existentes nos canteiros de obras,
seguindo com uma anlise dos riscos atravs dos mtodos APR e AMFE. Foram realizados
estudos sistematizados da literatura corrente sobre o tema, alm de visitas aos canteiros de
obras durante a fase de revestimento, para identificao dos principais riscos aos quais os
trabalhadores estavam expostos. As variveis de investigao desse estudo foram: escolha das
obras, porte das obras e riscos eminentes de acidentes no servio de revestimento. As
ferramentasutilizadasnapesquisaauxiliaramnaescolhadasobras,ataidentificaodosriscos
deacidentesdetrabalho.Foramutilizados:roteirodeobservao,listasdeverificao,checklist,
mtodosAPReAMFE.Acoletadedadosseestabeleceuemtrsetapas:aprimeirafoipesquisa
bibliogrfica; a segunda tratouse de uma pesquisa de campo realizada em canteiros de obras
com objetivo de acompanhar o processo produtivo e identificar os riscos de acidentes dos
serviosderevestimento;porfim,aterceiraetapa,seresumenaanlisedetalhadapormeiodas
ferramentasAPReAMFEdosriscosidentificadosnapesquisadecampo.
RESULTADOSDAPESQUISA
Tabela1AnlisedosriscossegundoomtodoAPR
MTODOAPR
OBJETODEANLISE:REVESTIMENTODEOBRAS
ELEMENTODOOBJETO:RISCOSDEACIDENTES
CAUSA
CONSEQUNCIAS
MEDIDASDEPREVENOE
CONTROLE
Quedade
alturaede
materiais
Faltade
planejamentodo
canteirodeobrae
Mauusodo
equipamentode
servio
Morte
Lesesefraturas
Usodecapacetes,cintosde
segurana,guardacorpoe
transporteadequado.
Insolao
Trabalhoacu
aberto
Fadigafsica
Desidratao
Queimadurascutneas
Usodeprotetorsolar,bonrabe,
beberbastanteguaereduziro
tempodeexposio.
Rudointenso
Usodabetoneira
Danosaoaparelho
auditivoenosistema
nervoso
Usodeprotetoresauricularestipo
conchaereduzirotempode
exposio.
Inalaode
poeira
Usodelixasde
acabamentoe
Ambientesem
ventilao
Danosnosistema
respiratrio
Usodemscarasdeproteo.
Manuseiode
materiais
txicos
Mauusodo
material
Intoxicao
Alergias
Usodeluvas,botasemscarasde
proteo.
Excessodecarga
Sobrepesono
transportede
materiais
Lesesosteomusculares
Fadigafsica
Controlaracarganotransportede
materiaiseadequar
equipamentosparatransportes
verticaisehorizontais.
Mpostura
Faltade
conhecimento
ergonmico
Lesesosteomusculares
Fadigafsica
Ginsticalaboraletreinamento
sobreposturas.
ERGONMICOS
EXTERNO
EXTERNO
RISCO
INTERNO
QUMICOS
FSICOS
ACIDENTES
TIPO
AidentificaoeasmedidaspreventivasdosriscosencontradosforamembasadasnaNR
9 (Norma Regulamentadora N 9), as causas e consequncias estabelecidas so resultados da
observaoeestudodoscanteirosdeobras.
ATabela2apresentaasdecorrnciasdaanlisederiscosatravsdomtodoAMFE,que,
semelhanteaomtodoAPRidentifica,analisaepropemedidaspreventivas.
Tabela2AnlisedosriscossegundoomtodoAMFE
MTODOAMFE
SISTEMA:RISCOSDEACIDENTESDETRABALHONOSERVIODEREVESTIMENTO
COMPONENTE
MODODEFALHA
EFEITOS
MTODODE
DETECO
MEDIDASDE
CONTROLE/PREVENO
Mpostura
Leses
osteomusculares
FadigaFsica
Visual,observao
dasposturasde
trabalho
GinsticaLaborale
treinamentosobreposturas.
Excessodecarga
Leses
osteomusculares
FadigaFsica
Visual,observao
dotransportede
materiais
Controlaracargano
transportedemateriaise
adequarequipamentospara
transportesverticaise
horizontais.
Quedade
alturaede
materiais
Morte
Lesesefraturas
Visual,observao
dafaltade
planejamentodo
canteirodeobrase
malusode
equipamentode
servio
Usodecapacetes,cintode
segurana,guardacorpoe
transportevertical
adequado.
Insolao
Fadigafsica
Desidratao
Queimaduras
cutneas
Visual,observao
daexposio
constanteaofator
derisco
Usodeprotetorsolar,bon
rabe,consumirbastante
guaereduzirotempode
exposio.
Rudo
Intenso
Danosaoaparelho
auditivoenosistema
nervoso
Visualeauditiva,
trabalhoprximo
aoequipamento
betoneira
Usodeprotetores
auricularestipoconchae
reduzirotempode
exposio.
Inalao
depoeira
Danosnosistema
respiratrio
Manuseio
de
materiais
txicos
Intoxicao;
Alergias
RiscoQumico
EXTERNO
RiscoFsico
INTERNO
Riscode
Acidentes
EXTERNO
Risco
Ergonmico
Visualenasal;
excessodepoeira
Usodemscaradeproteo.
emambientessem
ventilao
Visualettil,m
utilizaodo
material
Usodeluvas,botase
mscarasdeproteo.
Diante do estudo realizado foi possvel analisar atravs do mtodo AMFE, Tabela 2, as
falhasdoscomponentesqueintegramosistemaderiscosdeacidentesdetrabalho,descrevendo
aindaomododedetecodasfalhas,seusefeitoseasdevidasmedidasdecontrole/preveno.
Avaliando os resultados dos mtodos utilizados, podese observar que os riscos
encontrados na rea externa da obra tm uma periculosidade mais acentuada, devido
displicnciadosoperriosemrelaoaousodeequipamentosdesegurana.AFigura1mostra
claramenteoperigoencontradoemrelaoaousodeandaimessimples.
Figura1Usodeandaimessimplesefaltadeequipamentosdesegurana
CONCLUSO
A construo civil est inserida em um dos setores industriais que apresentam maior
exposio aos riscos de acidentes, os quais esto distribudos em suas diversas etapas
construtivas.
PormeiodevisitasrealizadasemobrasnacidadedeMonteiroPB,foipossvelapontaros
principaisriscosqueaetapaderevestimentoofereceaosencarregadosduranteaexecuode
talservio,destacandoseoriscodequeda,inalaodepoeiraemanuseiodemateriaistxicos,
porseremoscausadoresdemaioresdanossadeeseguranadostrabalhadores.Portratarse
de empresas de pequeno porte e construtores independentes, esses riscos de acidentes so
agravados,considerandoanodisponibilidadedeEPIseEPCseafaltadefiscalizaoedeapoio
tcnicoemrelaosegurananotrabalho.Combasenosdadoscoletadosemcampo,tornouse
vivel a anlise dos riscos atravs dos mtodos APR e AMFE que consistem basicamente em
identificar,analisareestabelecermedidaspreventivas.
Notasequeambososmtodosdeanlise(APReAMFE)sosemelhantesemrelao
identificao e medidas de preveno, diferenciamse apenas na maneira de organizar as
informaes,noestabelecimentodecausas(sistemaAPR)enomododefalhasdoscomponentes
emtododedetecodasfalhas(sistemaAMFE).
Conforme a literatura pesquisada, verificouse, por parte dos construtores, o
desconhecimentotantodosriscoseminentesdeacidente,comodasnormasdeseguranasedas
medidas de proteo. Por fim, o emprego dessas tcnicas nos canteiros de obras, apresentou
tantoosriscoseminentesdeacidente,comoasrespectivasmedidasdeproteo,quepodero
proporcionarmaisseguranaebemestaraoscolaboradores,nessescanteirosdeobras.
REFERNCIAS
1.
ARAJO, N.M.C., MEIRA, G.C. Notas de Aula Segurana nas Organizaes. PPGEP
GernciadeRiscos.JooPessoa,2009.
2.
BAXENDALE,T.;JONES,O.Constructiondesignandmanagementsafetyregulationsin
practice progress on implementation. International Journal of Project Management,
Buckinghamshire,2000.
3.
CRUZ,S.M.S.,OLIVEIRA,J.H.R.DificuldadesencontradasnaAdequaoNR18Pelas
EmpresasdeConstruoCivildeSantaMaria.In:XVIIEncontroNacionaldeEngenhariada
Produo.Anais.Gramado,1997.
4.
MANUAIS DE LEGISLAO ATLAS. Segurana e medicina do trabalho. 59. ed. So
Paulo:Atlas,2006.
MASSERA, C. Solues em comportamento, preveno de acidentes e ergonomia.
RevistoProteo,NovoHamburgo,RS,2005.
5.
EFICINCIAENERGTICAEHDRICAAPLICADASHABITAO
A.A.Nascimento(IC)1;A.T.B.Freitas(IC)2;Y.C. C.Pessoa (IC)3;F.F.D.A.Meira(PQ)4
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusCampinaGrande;2InstitutoFederaldaParaba(IFPB)Campus
CampinaGrande;3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusCampinaGrande;4InstitutoFederaldaParaba
(IFPB)CampusCampinaGrandeCoordenaodeConstruodeEdifciosemail:frankslale.meira@ifpb.edu.br
1
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Deparamonos,naatualconjuntura,comanecessidade
degerenciar,deformasustentveleeficiente,osnossos
recursos naturais, em razo da forte influncia das
alteraes climticas provocadas no planeta, pelas
consequncias do efeito estufa. A eficincia energtica
de um pas determina seu nvel de desenvolvimento e
capacidade de crescimento. A premncia de construir
edificaes dentro de normas e padres para a nossa
realidadederestriesenergticasehdricas,cadavez
mais urgente. O uso consciente da gua, seja para
consumo humano, como matriaprima na construo
civil e indstria ou na gerao de energia, deve ser
tratado de forma sistemtica. De vez que nossa matriz
PALAVRASCHAVE:sustentabilidade,eficinciaenergtica,eficinciahdrica,confortotrmico,habitabilidade.
ENERGYANDWATEREFFICIENCYAPPLIEDFORHOUSING
ABSTRACT
KEYWORDS:sustainability,energyefficiency,waterefficiency,thermalcomfort,habitability.
EFICINCIAENERGTICAEHDRICAAPLICADASHABITAO
INTRODUO
ClubdiRomapublicou,em1972,oRapportosuilimitidellosviluppo(Relatriodoslimites
do crescimento) no qual se dizia que o crescimento econmico no poderia continuar
indefinidamentedevidolimitadadisponibilidadederecursosnaturais.Autilizaosemlimites
desses recursos e a produo desenfreada de poluentes por parte da humanidade esto
acelerando o processo de aquecimento global provocando degradao de grandes reas, que
influenciamdiretamentenaqualidadedevidadapopulao.
A busca pelo desenvolvimento sustentvel nos remete a uma definio de
sustentabilidade do Relatrio Bruntland (1987): Desenvolvimento sustentvel aquele que
permite,asgeraespresentes,suprirassuasnecessidadessemcomprometeracapacidadedas
geraesfuturas.
O crescimento desordenado da sociedade e as altas taxas de poluio geradas pela
industrializaosofatoresdeterminantesnosimpactoscausadospelaconstruocivil.Comas
inovaes tecnolgicas e as facilidades da modernidade, passouse a utilizar os recursos de
iluminao e climatizao artificiais em detrimento de projetos que utilizam as tcnicas da
arquiteturavernculaquetm,comoprincipalcaracterstica,autilizaodemateriaisetcnica
naturalaoambienteondevaiserfeitaaobra,talcomautilizaodaarquiteturabioclimticaque
seutilizadascoordenadasgeogrficas,dasvariveisclimticasedaspropriedadestrmicasdos
materiais que sero utilizados na construo com a finalidade de se obter aquecimento e/ou
arrefecimentoeiluminaonatural,minimizandogastoscomenergiaeltrica.
Comumente, associamos o consumo energtico de um pas ao seu desenvolvimento. A
relaodoconsumoenergticocomoPIB(ProdutoInternoBruto)demonstraocrescimentodo
poder aquisitivo da populao e fator determinante para a elaborao de um planejamento
eficiente e sustentvel, desde a gerao at o consumo final dessa energia. A fragilidade do
nossosistemadegeraoededistribuiodeenergia,omaiorentraveparaodesenvolvimento
ecrescimentodoBrasil.
Quando so abordados os conceitos de sustentabilidade e aplicados os mtodos e
processos construtivos adequados buscando conforto trmico, lumnico e antropodinmico
agregamse valores que, aliados s normatizaes e padres, proporcionam uma eficincia
energtica maior das edificaes e diminuem os custos, colaborando para uma habitabilidade
melhor.
Alm do aspecto da sustentabilidade outro fator crescente na construo civil o
desempenho da habitao quanto sua habitabilidade fator este que, aps longos estudos e
discusses,deuorigemABNTNBR15575/2013DesempenhodeEdificaesHabitacionaisde
at 5 pavimentos; esta norma vem para estabelecer requisitos mnimos de desempenho nas
construeshabitacionaisepromoverodesenvolvimentodenovastecnologiasvisandomelhorar
ascondiesdehabitabilidadedasconstruesesuasustentabilidade.
Em relao ao uso eficiente dos recursos hdricos visando reduo do impacto
ambiental,devesepensarnautilizaodaguadechuvaparafinsnopotveis,como:mquina
delavarroupas,vasosanitrio,tanquesetorneirasexternas,talcomoumsistemaderesode
guas cinza, cujos efluentes possam receber tratamento biolgico atravs de jardins filtrantes
parausonairrigaoeasguasnegraspossamsertratadasporbiodigestoraproveitandoogs
geradoparautilizaonofogoeabiomassadoprocessoutilizadacomofertilizantenosjardins.
A utilizao de aquecimento de gua atravs de coletores solares planos para uso em
chuveirosepiadacozinha,colaboraparaareduodoconsumodeenergiaeltricaetem,como
consequncia,oaumentodaeficinciaenergtica.
Oaquecimentosolarparageraodeenergiaatravsdautilizaodeplacasfotovoltaicas
de grande importncia para elevar a eficincia energtica de uma habitao. Em virtude do
nossomodeloenergticoedoaltocustodestatecnologiaeemborapoucoutilizadaemesmoo
aproveitamentodessageraosemautilizaodebancosdearmazenamentoparaautilizao
duranteoperododanoite,mostrouseeficientequandoaplicadacorretamente,deacordocom
a necessidade e utilizada de forma racional pelas pessoas que habitam a edificao; alm de
geraraenergiaconsumidapelahabitaotambmgeraumexcedentepassveldeserutilizado
posteriormenteparaabaterosvaloresconsumidosduranteoperododanoitenoqualelano
geramasapenasconsomedosetorenergtico.
Aincorporaodediretrizesdeprojetoquetrazemmaioreficincianaedificaovoltada
para sua adequao Legislao de eficincia energtica (LAMBERTS, 1997), buscando, assim,
solues e inovaes que possibilitem, atravs de metodologias de avaliao, favorecer uma
etiquetagem de eficincia e contribua para a melhoria dessa edificao e consequentemente
paraaqualidadedevidadaspessoasqueiramhabitaramesma.
MATERIAISEMTODOS
FazendoarevisobibliogrficaparaverificaroestadodaartedaEficinciaEnergticae
Hdrica Aplicada Habitao e com base em um anteprojeto, foi possvel definir as primeiras
etapasdoprojeto,escolhadetcnicasealternativasqueonortearo.
Com base na arquitetura verncula e visando sustentabilidade, priorizouse o uso de
materiaislocais,oquefoideterminantenaescolhadatcnicaconstrutivasolocimentoumavez
queamesmaapresentaaspectosdesustentabilidadeepodeseravaliadadentrodasnormasda
ABNT.Estatcnicaconsideradademenorimpactoambientalpoisnasuafabricaopoderser
utilizadomaterialprovenientedasetapasdeescavaoenivelamentodoterreno,assimcomoa
mesmautilizaatcnicadeprensagemecuraporcimento,evitandoaemissodeCO2geradono
processo de queima detijolos cermicos e nautilizao de transporte de materiais ata obra,
por exemplo; ela serutilizada tanto para a fundao emsacaria de solocimento quanto para
alvenariaestruturalcomtijolosprensadosdedoisfuros.
Paramelhoraproveitamentodoprojetoarquitetnicoereduodoconsumoenergtico,
sero utilizados os conceitos da arquitetura bioclimtica para aprofundar os estudos dos
condicionantesclimticoslocaisprocurandooseumelhoraproveitamento.
Comaanlisedosdadosreferentessvelocidadesefrequnciadosventosaolongodo
ano e seu comportamento durante o dia, possvel projetar as aberturas privilegiando a
ventilao cruzada em todos os ambientes de maior permanncia na edificao, alm de
estratgiasdecirculaoetrocadecalordocolchodeardacobertura(MASCRO,1991)uma
vez que se trata de um elemento de grande influncia nos ganhos e perdas trmicas de uma
RESULTADOSEDISCUSSO
Comosresultadosqueseroobtidoscomosestudosclimticos serpossvelidentificar
vriastcnicasparautilizaonaexecuodoprojetoasquaisserosubmetidasanlisequanto
aodesempenhoefunonoprojeto.
Com a ajuda do programa SolAr, desenvolvido pelo LabEEE (Laboratrio de Eficincia
Energtica em Edificaes) da UFSC, ser possvel obter a carta solar da latitude do projeto e
projetarasproteessolaresatravsdavisualizaogrficadosngulosdeprojeodesejados
sobretransferidordengulos,osquaispodemserplotadasparaqualquerngulodeorientao;
alm disto, o programa tambm permite a visualizao de intervalos de temperatura anuais
correspondentes s trajetrias solares ao longo do ano e do dia. O programa oferece a
possibilidadedeobtenodarosadosventosparafrequnciadeocorrnciadosventosearosa
dos ventos das velocidades mdias do ar predominantes para cada estao do ano em oito
orientaes(N,NE,L,SE,S,SO,O,NO).
Quando da concluso do projeto arquitetnico e da montagem da maquete em escala,
ser possvel a anlise do comportamento da insolao atravs de um equipamento chamado
Heliodon, simulando aaparente trajetria dosol ao colocar a maquete da edificao sobreele
podendo,ainda,simularocomportamentodaprojeodassombrasdasedificaesdoentorno
damesma.
Durantetodosessesprocessosserodiscutidosastcnicasemateriaisaseremutilizados
efeitososensaiosdelaboratrio,amontagemdeminiestaesdetratamentodeguascinza,as
minilajes para testes de impermeabilizao para uso do telhado verde e teste de iluminao
direta solar alm da anlise da substituio do granilite por vidro na fabricao de placas para
pisoebancadas.
A edificao ter monitorada sua temperatura interna e externa, ventilao e umidade
paraavaliarasvariveisambientaiseobterumdiagramadocomportamentotrmicodamesma.
Essesdadosseroadquiridospordataloggeremintervalosdetempode10minutosduranteum
ano para levantamento de perfil das caractersticas ambientais. Finalmente, esses dados sero
analisadoseascondiesdoambienteseroavaliadasquantoscondiesdeconfortotrmico
idealparaoshumanos.
Parapossibilitaraavaliaodaeficinciahdricasugerimosmonitoraroconsumodegua
atravsdeumsistemadeaquisiodedadosquepermiteamedioindividualizadadoconsumo
deguapotvel,deguadechuva,deguaderesoedeguaquente.
Osresultadosdomonitoramentotermoenergticoedeconsumoeareutilizaodegua
realizados na edificao sero disponibilizados aps publicao no s para a comunidade
acadmica mas tambm para os profissionais que atuam no mercado da construo civil e
empresasquequeiramounecessitemdautilizaodastcnicasaplicadas.
CONCLUSO
Buscando,noPensarglobalmente,agirlocalmente(Dubos,1972)aspremissasparaeste
projeto focando na necessidade de realinhar as prticas construtivas com a sustentabilidade e
habitabilidadefazendousodeconceitosbsicosdaarquiteturaeaplicandoasinovaesdentro
dasprticasdereutilizaoparacontribuirmoscomapreservaodonossoplaneta.
Combasenoprincpiodequetodatcnicae/oumaterialutilizadonaconstruodeuma
edificaolheconfiracondiesdepsocupaonasquaisautilizaodeartifciosmecnicosde
condicionamentodearsejaminimizadaoueliminadaproporcionando,mesma,baixoconsumo
deenergia,elevandoseudesempenhoenergticoetornandoamaissustentvelebaseadosnos
conceitos da arquitetura verncula e arquitetura bioclimtica, podese entender a importncia
do estudo do conforto trmico e sua influncia na orientao da edificao para determinar
melhor aproveitamento das condies climticas e contribuir na escolha de materiais que
apresentem caractersticas as quais venham a colaborar para o melhor desempenho quanto
habitabilidadeesustentabilidadedaedificao.
com base nesses conceitos e buscando desenvolver novas linhas de pesquisa que
possam contribuir para o desenvolvimento sustentvel, que estamos executando o projeto de
construodeumahabitaodeinteressesocialcommateriaisnoconvencionaissendoesteo
pontodepartidaparaviabilizarnovosprojetoscombaseemmtodosconstrutivosdiversosea
partir deles fomentar pesquisas nas reas de sustentabilidade, eficincia energtica, eficincia
hdricaeautomaodehabitaes,noCampusCampinaGrandedoIFPB.
AGRADECIMENTOS
OsautoresagradecemoapoiofinanceirodisponibilizadopeloCNPqeaoIFPBCampus
CampinaGrande,porpossibilitarodesenvolvimentodapesquisa.
REFERNCIAS
INCLUSOEADEQUAODOAMBIENTEIFPBPARADEFICIENTESCOMBAIXAVISONO
CAMPUSCAMPINAGRANDEPB
F.S.Araujo(IC);P.S.N.Pereira(IC)2;F.F.D.A.Meira(PQ)3
1,2
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusCampinaGrande;3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)
CoordenaodeConstruodeEdifciosCampusCampinaGrandeemail:frankslale.meira@ifpb.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
sairdecasaporpossuiralgumtipodelimitao,poisa
questo da acessibilidade em algumas instituies tem
dificultado o seu desenvolvimento. Dessa forma, as
propostas iniciais parte para implementao dos
projetos de incluso, adequao das instalaes e
metodologias, a serem realizados no Instituto Federal
IFPB campus Campina Grande. A partir dos resultados,
serpossveldirecionardeformamaiseficienteoferta
futuradeserviossociaiseamelhoriadascondiesde
desenvolvimento.
PALAVRASCHAVE:inclusosocial,deficientevisual,acessibilidade,adequao.
INCLUSIONANDENVIRONMENTALADEQUACYIFPBFORDISABLEDWITHLOWVISIONON
CAMPUSCAMPINAGRANDEPB
ABSTRACT
Thisarticleispartofaresearchthatisbeingdeveloped,
to recent form, the Federal Institute of Paraiba IFPB
Campina Grande campus, this research proposes
improvements to the reality experienced by millions of
Brazilians, who fight for social inclusion and strive to
overcome any kind of physical disability, as well as any
bearer of special need. In this case, the research is to
study the theme of inclusion of the visually impaired
withlowvision(partial),whichareunabletodevelop
KEYWORDS:socialinclusion,visuallyimpaired,accessibility,appropriateness.
INCLUSOEADEQUAODOAMBIENTEIFPBPARADEFICIENTESCOMBAIXAVISONO
CAMPUSCAMPINAGRANDEPB
INTRODUO
Aexecuodaspropostasdeinclusoparaosalunoscomdeficinciasqueingressamna
redeFederaldeEnsino,temprovocadomudanasnacompreensodosproblemasemobilizando
paraorganizarseadequadamente.
Este estudo tem por objetivo proporcionar a incluso de estudantes portadores de
deficincia visual parcial, no ambiente institucional, com a implementao de projetos de
acessibilidade fsica com intervenes arquitetnicas, acessibilidade digital, pesquisas sobre
tcnicas e prticas alternativas de sensibilizao e capacitao, adaptao e reformulao do
IFPB Campus Campina Grande, preparandoo para melhor absorver e desenvolver sua
metodologiadeensinojuntoaosalunosPortadoresdeNecessidadesEspeciaisPNE.
E ao voltar o olhar para a histria, percebese que a cegueira sempre preocupou a
humanidade. De acordo com HUGONNIER CLAYETTE (1989) os sentimentos que movem os
homens no tratamento da pessoa cega se diferem e os sentimentos misturamse atravs dos
tempos.
A Sria, Jerusalm e a Frana, nos sculos V, VII, X, XI e XII, foram precursores em
providenciar assistncia e alojamento aos cegos, com a fundao de asilos e lares. A ideia de
ensinarlhesumofcioereintegrlossociedadefoidesenvolvidaporValentinHauy,em1784,
comafundaodoInstitutoNacionaldosJovensCegos,emParis(MIRANDA,2011).
Assim,severificaqueatemticanecessitadeumapreocupaoexplcita,sabendoqueos
direitoshumanosquantoconstituiobrasileirareconhecemtalfato.Adeficinciavisualemsi,
no impossibilita aos alunos frequentarem as instituies de ensino, e sim, as adaptaes e
instalaes,quantoacessibilidadesejaelafsica,digitaloudesensibilizaoecapacitao.
De acordo com I. SOCIAL (2009) do total de 41,2 milhes de vnculos empregatcios
formais,288.593foramdeclaradoscomotrabalhadorescomdeficincia,oquerepresentouem
torno de 0,7% do contingente de empregos formais no Brasil. Desse total de vnculos de
trabalhadores com deficincia, a maioria possui deficincia fsica (54,68%), seguido dos
deficientes auditivos (22,74%), visuais (4,99%), intelectuais (4,55%) e deficincias mltiplas
(1,21%).possvelnotarqueoBrasilvemapresentandoumconsidervelavanocomrelao
empregabilidadedepessoascomdeficincia,masaindahumenormecaminhoapercorrer.
Pensandonisso,buscamosnaincluso,associadadeterminao,afundamentaopara
esteprojeto,focandonamendicidadedoenvolvimentodadocnciajuntoaoaluno,realinhando
as prticas construtivas com a necessidade de acessibilidade e democratizao, fazendo o uso
dos conceitos bsicos da arquitetura e aplicando as inovaes dentro das prticas garantindo
assim uma escolarizao de qualidade para todos, implicando na aceitao e valorizao da
diversidadedasclassessociaisascondiesconcretaseoestilodecadaindivduoparaaprender.
A democratizao do ensino pressupe garantir a todos o direito de participar do processo de
escolarizao. Para melhorar a educao, h que se democratizar a estruturas de ensino
atendendo diversidade das demandas populares, inclusive as pessoas com deficincia.
PROBLEMTICA
ConformeocensodoIBGEde2010,adeficinciavisualatingia35,7milhesdepessoas,
noshomens(16,0%)enasmulheres(21,4%)destevalor.Issosignificadizerqueumaparcelada
populaoestmarginalizadaquandopoderiaestaratuandoemcondiesdeigualdadedentro
do meio social. Entre as pessoas que declararam ter deficincia visual, mais de 6,5 milhes
disseram ter a dificuldade de forma severa e 6 milhes afirmaram que tinham dificuldade de
enxergar.Maisde506milinformaramseremcegas.OCensomostroutambmqueapopulao
nordestina aparece no topo do ranking de todas as deficincias investigadas, sendo 21,2% da
populao,comdeficinciavisual.
Diante do relato de professores, funcionrios, tcnicos e colegas de estudo, que fazem
parte da instituio IFPB, observouse a dificuldade em lidar com o desenvolvimento da
metodologia,didtica,assimcomotambmaproblemticadoespaofsicoadequado,aplicado
aos deficientes visuais. Nosso objetivo identificar procedimentos utilizados na sala de aula,
juntamente com o levantamento da acessibilidade das instalaes do instituto, que podem
causarproblemasdeaprendizagememalunoscomdeficinciavisualeverificarcomominimizar
essesproblemas.Pensandonisso,estamosanalisandocomoaprticadoprofessorecolegasde
classenasaladeaula,podemdiminuirasdificuldadesdosalunosnaaprendizagemdoreferente
aluno.
preciso respeitar, compreender e adequar o direito daqueles portadores de
necessidades especiais. Muitas pessoas com deficincia poderiam ir ao cinema, prestar
vestibular,assistirajogos,trabalhareviajarsefossemeliminadososobstculosconstrudosno
meio urbano, os quais impedem e dificultam a circulao das pessoas que sofrem de alguma
incapacidade.Umadasformasdepromoverainserosocialconscientizarosprofissionaisda
construo civil e os gestores pblicos paraconstruir ou adequar para a diversidade, buscando
assimauniversalidade.
Voltando a discusso para a rea da educao, fica evidente que sem instalaes
adequadasnopodehavertrabalhoeducativo.Oprdio,abasefsicaepreliminarparaqualquer
programa educacional, tornase indispensvel para a realizao de um plano de ensino
propriamentedito.SegundoREBELO(2004)alunosmatriculadosemescolasbemprojetadastm,
em mdia, rendimento significantemente melhor que seus colegas matriculados em escolas de
pobrearquitetura.
SegundoLIMA(2002)noa"deficincia"queimpedeoseducadoreseaspessoascom
necessidades especiais de utilizarem as tecnologias de informao e comunicao, mas sim, a
faltadeconhecimentodosbenefciospotenciaisededisponibilidadedatecnologiaadequada,de
formaoedeapoio,quelhespermitamutilizartaisrecursospedaggicosetecnolgicos.Essa
a questo, mas, como salienta BACHELARD (1996), o homem movido pelo esprito cientfico
desejasaberparamelhorquestionar,provavelmente,nodecorrerdessetrabalho,teremosnovas
questesaseremrespondidas.
JUSTIFICATIVA
DeacordoSASSAKI(1997)emseulivro,Incluso:ConstruindoumaSociedadeparaTodos,
noqualsediziaqueainclusosocialconstitui,ento,umprocessobilateralnoqualaspessoas
ainda excludas, e a sociedade buscam em parceria, equacionar problemas, decidir sobre
solueseefetivaraequiparaodeoportunidadesparatodos.
Nestesprocedimentosserfeitaaverificaodosmtodosutilizadosnainclusodestes
alunos e levantamento de dados referente s necessidades que ainda persistem. A abordagem
qualitativa, atravs da sistematizao e anlise, dos resultados obtidos, para que, numa etapa
seguintesirvadesubsdiosnaconstruodeumapropostadetrabalhoinclusiva,possibilitando
ao aluno deficiente visual ter o mesmo acesso tecnologia que seus colegas, porm com as
adaptaesnecessriasreferentetrabalhotemsuanaturezaoriginal.
Afimdefacilitaroplanejamentoeaexecuodastarefas,estaroincludostrsprojetos,
intrinsecamentevinculados,osquaistratarodostemasabaixo:Quelogoapsolevantamento
de dados, sero trabalhados os projetos quanto interveno arquitetnica, sensibilizao e
capacitao,assimcomotambmaacessibilidadedigital,combasenaNBR9050/2004,paraque
osmesmospermitamarestauraoeaadequaodaestruturainstitucionaldocampusCampina
Grande.
MATERIAISEMTODOS
NecessidadeEspeciaisPNE,combaseemumaseleodedadoseinformaesquedirecionem
a pesquisa para o objetivo a ser alcanado. A pesquisa ir reunir e articular os conceitos e
ferramentas relevantes ao desenvolvimento de um arqutipo obtido atravs desse sistema, e
todo o seu benefcio para, demostrar atravs de dados e pontos apresentados neste projeto
viabilidadedeobtenodexitonaformaoecapacitaodoPNE.
RESULTADOSEDISCUSSO
Opresenteartigofazpartedeumtrabalhoqueestsendodesenvolvidodeformarecente
no Instituto Federal IFPB campus Campina Grande e aqui apresenta aspectos preliminares
importantesdeanlisedaimplementaodeumprojetodeincluso,adequaodasinstalaes
e metodologias. Ademais, a partir dos resultados obtidos posteriores, ser tambm possvel
direcionar de forma mais vivel e eficiente oferta futura de servios sociais e a melhoria das
condiesdedesenvolvimentodainstituiofederalparaibana.Tomandocomoexemplooaluno
E.,combaixaviso,34anosalunodocursodeTecnologiaemConstruodeEdifciosnocampus
Campina Grande IFPB. Segundo ele apesar de muitas melhoras e apoio ao PNE, ainda so
muitos os empecilhos, no s na estrutura fsica da instituio, em especial. Uma das maiores
dificuldadesenfrentadasnainstituio,elesalientaqueafaltadepisottil,faltadeformaoe
apoio adequado para realizao das aulas presenciais, pois, para alguns professores uma
torturaterqueenfrentaressasituaoaqualnosabemuitasvezescomoterquefazerpara
que o aluno obtenha xito e acompanhe as aulas de maneira construtiva, no culpa do
professorochoquecomestarealidade,mas,doestadoqueimplantaasleisedeterminaesque
so impostas pelo MEC, mas no prepara o docente. E com a efetivao deste projeto na
instituio, ser de grande ajuda e facilitar a locomoo e acessibilidade do PNE por todo
campus, dessa maneira dando uma maior liberdade e independncia, para que o estudante
tambmsesintamaissociabilizadonoambientequeeleescolheuparasuaformao.Comobem
coloca MACIEL (2000), a ignorncia social colabora para a valorizao das limitaes que a
deficincia acarreta. Assim, esta passa a ser um fardo pesado para a sociedade. O preconceito
ainda se faz muito intenso e leva a pessoa portadora de qualquer tipo de deficincia a ser
rotuladadeincapaz,indefesae/ousemdireitos.
CONCLUSO
Estetrabalhotrarcontribuiesaoestudodaacessibilidadeeinclusodaspessoascom
deficincianoIFPB,quantoaosambientesescolares,atravsdainvestigaodosconceitossobre
o portador de deficincia visual, incluso social e acessibilidade. Constatase que o Instituto
bem equipado para atender aos portadores de necessidades: auditiva e fsica, entretanto a
estrutura arquitetnica para atender aos deficientes visuais, no atende a este tipo de
deficincia,abibliotecatambmnoestequipadacomsoftwareseaindamaisnosetemuma
equipededocentespreparadosparareceberestetipodedeficientes,sendoassimfundamental
ultrapassarmos a fronteira das discusses e implementarmos aes efetivas que envolvam a
famliaeacomunidade,juntamentecomoGoverno,paraquesepossaatenderasnecessidades
bsicasdoscidados.importantequeaacessibilidadenosejasomentedeordemfsica,mas
tambm priorize a sociabilidade e o convvio dentro do ambiente escolar. De acordo com
MANTOAN(2006)aconstruodacompetnciadoprofessorpararespondercomqualidades
necessidades educacionais especiais de seus alunos em uma escola inclusiva, pela mediao e
tica, responde necessidade social e histrica de superao de prticas pedaggicas que
discriminam,segregameexcluem,e,aomesmotempo,configura,naaoeducativa,ovetorde
transformaosocialparaaequidade,asolidariedadeeacidadania.
REFERNCIAS
ABNT, Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR9050Acessibilidade a edificaes,
mobilirio,espaoseequipamentosurbanos.Junho2004.
BACHELARD, Gaston. A formao do esprito cientfico: contribuio para uma psicanlise do
conhecimento.TraduodeEsteladosSantosAbreu,RiodeJaneiro:Contraponto,1996,316p.
BLANCO, R. Aprendiendo en la Diversidad: implicaciones educativas, In: Anais do III
CongressoIberoAmericanodeEducaoEspecial.Vol.1FozdoIguau:Paran,1998.
FONSECA,MariaSimoneSilveira.OprocessodeinclusodosalunoscomDeficinciaVisualtotal
nos laboratrios de informtica das Escolas Municipais de Canoas, 2002. Disponvel em:
http://msimonef.wikispaces.com/PROJETO+DE+PESQUISA,Acessoem03demaiode2014
HUGONNIER CLAYETTE, S. P. As deficincias visuais: deficincias e readaptaes. Traduo de
MariaJosP.Isaac.SoPaulo:Monole,1989.
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e
<http://censo2010.ibge.gov.br/>.Acessoem:20mar.2014.
Estatstica.
Disponvel
em:
ESTUDOEANLISEDASAREIASDASJAZIDASDESOLUSPARAAFABRICAODEPEASPR
MOLDADAS
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
estudo,ecoletouseamostrasdeareiagrossa,mdiae
fina. A partir das amostras foram realizadas ensaios de
granulometrias de cada tipo de areia, testes de
densidade, de material pulverulento e inchamento de
areia. Foram utilizadas as seguintes normas para o
estudo:NBRNM248,NBR9776,NBR7219everificou
seatravsdaanalisedosensaiosqueasjazidasdeareia
deSoLusnoapresentamcaractersticassatisfatrias
paraaproduodeprmoldadosparaseremutilizados
em grandes obras tais como pontes, viadutos e obras
semelhantes.
PALAVRASCHAVE:Areias,jazidas,peasprmoldadas.
DESIGNANDANALYSISOFTHESANDSOFQUARRYOFSOLUSTOMANUFACTUREPARTSPRE
SHAPED
ABSTRACT
collectedsampleswerecoarse,mediumandfinesand.
From the test samples of each type of particle sizes of
sand,measurementsofdensity,powderymaterial,and
swelling of sand were performed. The following
standardswereusedforthestudy:NBRNM248,NBR
9776 , NBR 7219 and was found by an analysis of the
tests that the deposits of sand of St. Louis in
unsatisfactory for the production of precast
characteristics for use in major works such as bridges ,
flyovers
and
similar
works
.
ESTUDOEANLISEDASAREIASDASJAZIDASDESOLUSPARAAFABRICAODEPEASPR
MOLDADAS
1INTRODUO
Ahistriadaindustrializaoestdiretamenteassociadahistriadamecanizao,coma
evoluodasferramentasemquinasparaproduodebens.Deformagradativa,asatividades
exercidas pelo homem com o auxlio de mquinas foram sendo substitudas por mecanismos,
como aparelhos mecnicos ou eletrnicos, ou genericamente por sistemas automatizados
(SERRA,2004).
Na construo civil, podemos observar a industrializao atravs do uso de peas de
concreto prmoldadas (SERRA, 2004). As peas prmoldadas possibilitaram um aumento
significativo da rapidez do processo produtivo na construo civil, ao mesmo tempo em que,
atravs de componentes industrializados com alto controle ao longo de sua produo, com
materiais de boa qualidade, fornecedores selecionados e mo de obra treinada e qualificada
tornaram as obras mais seguras e organizadas. Basicamente pea prmoldada uma pea de
concretoquemoldadaforadesuaposiodefinitivaaserutilizadanaconstruo.Oinciodo
uso das peas prmoldadas datam do pssegunda guerra mundial quando a Europa precisou
serreconstruda.ConformeORDONZ(1974)foinesteperodo,quecomeou,verdadeiramente,
comomanifestaomaissignificativadaindustrializaonaconstruoautilizaodessetipo
depea,equeousointensivodoprmoldadoemconcretodeuseemfunodanecessidadede
seconstruiremlargaescala.
Dentro desse contexto areia entra como um dos principais materiais utilizados para
fabricaodaspeasprmoldadas.Aareiaummaterialnatural,provenientedadesagregao
de rochas, sua granulometria variante e pode estar entre 0,05 e 5 milmetros, segundo as
normasdaABNTasareiassoconstitudasprincipalmenteporquartzo,ummineraldefrmula
geralSiO2,existindoemenormequantidadeemnossacrostaterrestre,sendoaproximadamente
12% dela. As areias tm empregos diferentes dependendo do seu grau de pureza e da sua
granulometria,sendoqueasareiasmaisgrosseirasecommaiorteordeimpurezassoutilizadas
na construo civil (as mais puras tem valor maior e so utilizadas em outras indstrias), mas
mesmo dentro da construo civil o seu emprego pode variar. Os agregados utilizados no
concretobritaeareiadesempenhamumafunoprimordial,poisrepresentamde75%a85%
do volume do concreto (material constituinte das peas). Tambm requerem ateno no
momento da dosagem, j que suas caractersticas nem sempre so uniformes. Esta
particularidade impe cuidados especiais no momento de receber os materiais nas unidades
produtoras, caso contrrio o concreto pode ter desempenho totalmente diferente daquele
calculado previamente nos estudos dos traos. Basicamente a funo da areia no concreto
utilizado para a fabricao de prmoldados impedir que o cimento fissure no seu
endurecimento,eporessemotivoqueaareiatemserformadaporpartculasduraseresistentes,
isentas de produtos deletrios, tais como: argila, mica, silte, sais, matria orgnica. Ou seja, a
qualidade da areia e as caractersticas dela tem forte influncia na qualidade final das peas,
podendo ser percebida pela resistncia das peas. E isso muito importante, pois fator de
segurananaconstruocivilenodiaadiadosusuriosdasconstrues.
Tendo em vista essa problemtica a Cidade de So Lus ainda esta muito aqum na
produodepeasprmoldadas,vistoque,boapartedasuaproduoaindafeitadeforma
simplria e artesanal devida falta de tecnologia e falta de conhecimento dos insumos deste,
principalmenteasempresasqueatendemapopulaodemdiaebaixarendadacidade.Nessa
problemticabuscandoumaformadeaprimoraroprodutolocaltantoparaofabricantequanto
paraoconsumidor,quetentamosformularumabasedeconhecimentoacercadeuminsumo
local,nocasoaareia,ecomoesteinsumovariaemtodasaslocalidades,que,sefaznecessrio
umestudoemnossacidadesobresuasareiasparaobtermosresultadosmelhoresnaquestode
resistnciaeseguranadasnossaspeasdeconcretoprmoldadas.
2MATERIAISEMETODOS
2.1MapeamentodejazidasemSoLus
Otrabalhodemapeandofoirealizadoemumasregiovistoqueamaioriadasjazidasde
So Lus regulamentadas pelo IBAMA se encontram numa zona muito prxima (zona distrito
industrial, nos bairros Rio dos Cachorros e Porto Grande), e desta forma foram encontradas
funcionandoregularmentequatrojazidas,ecomasquaismontamosocampodepesquisadeste
projeto.Paratodososefeitosusamosdenominaesgenricas:JazidaA,JazidaB,JazidaCeD.
importanteressaltarquealocalizaodelasmuitoprximanotornandopossvelmontarum
mapadecaractersticasdasareiasdeSoLuscomopensadonoinciodoprojeto.
2.2Coletadeamostras
ApsissoforamcoletadasasamostrasdetodasasjazidassegundoanormaNBR7216
Amostragem de agregados, das quais foram coletadas amostras das areias segundo a
classificao das prprias jazidas como sendo fina, mdia e grossa feita nas jazidas. Foram
retiradastrsamostrasdecadaparapreparaodaamostra,deformaatermosumamdiade
cadaareia,sendoassimaporexemploparatermosaamostradaareiagrossadajazidaAforam
coletadastrsamostrasdediferentespontosdomesmomonteparaqueaamostrafosseuma
mdiadaareiadasdiferenasdeumamesmaamostra.
2.3Ensaiosutilizadosparaanalisedasamostras
Aps a analise das amostras coletadas foram realizados ensaios especficos para areias
baseados em parmetros para concretos que podem ser utilizados para a fabricao de peas
prmoldadas. Ensaios tais como: teor de material pulverulento, determinao de massa
especificapormeiodefrascoChapmanegranulometrias.
3RESULTADOSEDISCUSSO
Assimasrotinasanalticasforaminiciadas,obtendoseosseguintesresultadoseanalises.
3.1 Teordematerialpulverulento
Materiais pulverulentos so partculas minerais com dimenso inferior a 0,075 mm
presentesnosagregados.Emsumaaexistnciadessesmateriaisnodesejadanoconcreto,e
consequentemente nas peas prmoldadas. Pois um agregado com alto teor de materiais
pulverulentosdiminuiaadernciadoagregadocompastaouargamassa,prejudicandodeforma
direta a resistncia e a estabilidade dimensional do concreto, observando as normas para
confeco de concreto verificase que a mesma estabelece para o agregado mido um teor
mximode3,0%paraconcretosujeitoaodesgastesuperficial,e5,0%paraoutrosconcretos.Os
dadosdoseguinteensaiopodemserverificadossegundoaTabela1.
Tabela1Ensaiodematerialpulverulentonasamostrascoletadas
JazidaA
A.Mdia
A.Grossa
A1
A2
A1
A2
4,700 4,530 4,770 4,780
Teor
Teor
6,00% 9,40% 4,60% 4,40%
M.Teor
M.Teor
7,70%
4,50%
JazidaC
A.Fina
A.Mdia
A.Grossa
A1
A2
A1
A2
A1
A2
4,466
4,493
4,76
4,81
4,86
4,8
Teor
Teor
Teor
10,68% 10,14% 4,84% 3,88% 2,78% 4,08%
M..Teor
M.Teor
M.Teor
10,41%
4,36%
3,43%
A.Fina
A1
A2
4,878
4,776
Teor
2,44% 4,48%
M.Teor
3,46%
A.Fina
A1
A2
4,701
4,698
Teor
5,98% 6,04%
M.Teor
6,01%
A.Fina
A1
A2
4,85
4,403
Teor
2,98% 11,94%
M..Teor
7,46%
JazidaB
A.Mdia
A.Grossa
A1
A2
A1
A2
4,800 4,790 4,916 4,953
Teor
Teor
4,00% 4,20% 1,68% 0,94%
M.Teor
M.Teor
4,10%
1,31%
JazidaD
A.Mdia
A.Grossa
A1
A2
A1
A2
4,77
4,72
4,491
4,59
Teor
Teor
4,68% 5,54% 10,18% 8,24%
M.Teor
M.Teor
5,11%
9,21%
visadefinirparadeterminadasfaixasprestabelecidasdetamanhodegrosapercentagemem
peso que cada frao possui em relao massatotal da amostra em anlise. O tamanho da
areia, determinado segundo a NBR 7211/83, e so classificadas quanto ao mdulo de finura,
issoporqueasareiassoumamisturadegrosdediversostamanhos.Utilizouseessemtodo
declassificaotendoemvistaserrelativamentemaisfcilparaservisualizado.Essaclassificao
achamadadeClassificaodeDuffAbramsesuasfaixassodelimitadasdaseguintemaneira:
AreiagrossaoM.F.maiorque3,90;AreiamdiaoM.F.menorque3,90emaiorque2,40;e
areiafinatemoMFmenorque2,40.Comestaclassificaoconstruiuseatabela3eosgrficos
1,2,3e4queretratamcomparativosentreasamostras.
Tabela2EnsaioGranulomtriconasamostrascoletadas
4
(4,75
mm)
8
(2,36
mm)
16
(1,18
mm)
30
(600
m)
50
(300m)
100
(150m)
Fundo
Mod.
De
Finura
Classificao
p/MF
A
Grossa
0,45
1,22
3,50
18,10
76,61
95,15
100,00
2,95
AreiaMdia
A
Mdia
0,3
0,71
1,22
8,02
62,23
94,41
100,00
2,67
AreiaMdia
AFina
0,03
0,51
1,98
13,86
72,41
92,41
100,00
2,81
AreiaMdia
B
Grossa
0,00
0,40
2,41
22,81
83,62
95,88
100,00
3,05
AreiaMdia
B
Mdia
0,20
0,80
2,50
14,80
63,59
85,30
100,00
2,67
AreiaMdia
BFina
0,00
0,20
0,40
1,65
19,74
79,46
100,00
2,01
AreiaSuper
Fina
C
Grossa
0,00
0,30
1,72
12,15
73,55
96,25
100,00
2,84
AreiaMdia
C
Mdia
0,30
0,71
1,21
7,95
62,01
93,87
100,00
2,66
AreiaMdia
CFina
0,00
0,20
0,40
1,00
9,31
78,98
100,00
1,90
AreiaSuper
Fina
D
Grossa
0,02
0,53
1,55
9,81
62,88
87,68
100,00
2,62
AreiaMdia
D
Mdia
0,05
0,25
0,87
5,34
56,23
88,33
100,00
2,51
AreiaMdia
DFina
0,00
0,17
0,80
5,39
31,85
73,49
100,00
2,12
AreiaSuper
Fina
Figura1Analisecomparativadascurvasgranulometricadasamostras
Figura2Analisecomparativadascurvasgranulometricadasamostrasdeareiasgrossas
Figura3Analisecomparativadascurvasgranulometricadasamostrasdeareiasmdias
Figura4Analisecomparativadascurvasgranulometricadasamostrasdeareiasfinas
Podese afirmar com seguridade que as areia das jazidas se tratam de areias finas no
geral,pois,noatingeemnenhumadasamostrasagranulometriagrossa.Esseproblemaparaa
produo de prmoldados um consideravelmente agravante para a qualidade das peas
fabricadasnomunicpio,poisafaltadeareiagrossanopermitequeexistaaproduotraosde
concreto de primeirssima qualidade, quanto resistncia esse problema impede que existam
grandesproduesindustriais,porexemplo,equeapeasfabricadasemgeralnopossuamuma
resistncia alta. Um dos fatores que levam a diminuio da resistncia que o agregado mais
finostemumareasuperficialbemmaiorexigindoumaquantidadedeguamaiorpararecobrir
ogrosnoprocessoqumicodoaglomerante,essaquantidademaiordeguaacabapordiminuir
aresistnciafinaldosconcretoseconsequentementedaspeas.
3.2.
DeterminaodemassaespecficapormeiodefrascoChapman
Basicamenteadensidadeespecficaamassadeumslidoporseuvolumeeessamedida
deextremaimportncianocampodeestudodaengenhariacivil.Talndiceutilizadocomo,
critrio para escolha de materiais e estudo sobre pureza e resistncia. Dentro desse contexto
usouse essa medida para compararmos a densidade real do quartzo (principal elemento
constituinte da areia) que 2,65g/cm com as medidas obtidas nos ensaios que podem ser
verificadossegundoaTabela2.
Tabela2Ensaiodemassaespecificanasamostrascoletadas
JazidaA
JazidaB
AreiaFina
AreiaMdia
AreiaGrossa
AreiaFina
AreiaMdia
AreiaGrossa
A.1
A.2
A.1
A.2
A.1
A.2
A.1
A.2
A.1
A.2
A.1
A.2
388
389
391
388
391
390
390
390
390
389
389
391
Res1
Res2
Res1
Res2
Res1
Res2
Res1
Res2
Res1
Res2
Res1
Res2
2,660
2,646
2,618
2,660
2,618
2,632
2,632
2,632
2,632
2,646
2,646
2,618
Dif.Deres.
Dif.Deres.
Dif.Deres.
Dif.Deres.
Dif.Deres.
Dif.Deres.
0,014
0,042
0,014
0,000
0,014
0,028
JazidaC
JazidaD
AreiaFina
AreiaMdia
AreiaGrossa
AreiaFina
AreiaMdia
AreiaGrossa
A.1
A.2
A.1
A.2
A.1
A.2
A.1
A.2
A.1
A.2
A.1
A.2
384
385
389
389
390
389
389
389
390
389
390
391
Res1
Res2
Res1
Res2
Res1
Res2
Res1
Res2
Res1
Res2
Res1
Res2
2,717
2,703
2,646
2,646
2,632
2,646
2,646
2,646
2,632
2,646
2,632
2,618
Dif.Deres.
Dif.Deres.
Dif.Deres.
Dif.Deres.
Dif.Deres.
Dif.Deres.
0,015
0,000
0,014
0,000
0,014
0,014
Comosresultadosobtidosobservasequehalgumasalteraesnomuitosignificativas
eissoacontecepoisareianopuramentecompostaporquartzoepodehaveralgumamistura
com argila, o agravante na cidade So lus que temos um solos composto por rochas
sedimentarestendoumamisturamaiorcommatriaorgnicaeargila.Observandoatentamente
podese notar que a um nico resultado discrepante (Areia fina C), traando uma comparao
comagranulometriajadiantamosqueestaaareiamaisfinaencontradasegundoFigura4e
que somando a resultado do material pulverulento podemos indicar que h nelas grande
quantidade de material pulverulento tornando a imprpria para a confeco de peas pr
moldadasdequalidadedequalquernatureza.
4CONCLUSO
Os parmetros analisados nesse trabalho (Teor de material pulverulento, Determinao
de massa especfica por meio de frasco Chapman, Granulometrias,) indicam que as areias em
geralatendemasnecessidadesdaproduolocal,queaindacaracterizadaporumafabricao
de peas de pequeno porte em geral para construo de casas para moradia e sendo muito
empregada em lajes. Entretanto no suportaria a produo de peas de altssima resistncia
como peas prmoldadas de pontes, elevados e viadutos que so peas industriais, isso por
conta da granulometria. Quanto aos outros parmetros somente a areia fina da jazida C
segundoTabelas1e3,fugiuasleiturasoquepodetersidocausadoporcontaminaodolote
extrado da areia na prpria jazida (pode acontecer de uma remessa ter sim mais argila por
condies do local de extrao momentaneamente), tendo em vista que foi uma exceo e
devidoaestajazidapossuirumatecnologiadelimpezadoagregadoregular.Outraconsiderao
importanteaconstataodequeemSoLusnoexisteareiaextradaemjazidacaracterizada
pelagranulometriaconsideradagrossasegundaasnormasvigenteseverificadasegundoaTabela
2.Vale salientar tambm que o estudo apenas analisou as jazidas regulamentadas junto ao
IBAMA,pormexistemoutrasjazidasnagrandeSoLusqueexecutamaextraodeareiaque
talvezestejamexecutandooprocessodeformaprejudicialaomeioambientedevidoqueao
deretiradadeareiadosriosummecanismoprejudicialparavidatildosleitosdagua.
4REFERENCIAS
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pulverulentos
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7. Norma Brasileira (NBR) 9776 Agregados - Determinao da massa especfica de
agregados midos por meio do frasco chapman - Mtodo de ensaio Norma Tcnica. Disponvel
em:http://docentes.anchieta.br/~mramos/Materiais%20de%20Constru%E7%E3o%20Civil%20
- 20I/4a%20aula-agregados2.pdf> Acesso em 10 de out. 2012
W. Ferreira (IC); J. S. A. dos Santos (IC) ; F. R. H. Cavalcante (IC) ; E. W. F. Santos (PE) ; A. V. S. Melo (PE) ; M.
6
N. B. S. Freitas (PE)
1
2
Instituto Federal de Sergipe(IFS) - Campus Aracaju, Instituto Federal de Sergipe(IFS) - Campus Aracaju;
3
4
Instituto Federal de Sergipe(IFS) - Campus Aracaju, Instituto Federal de Sergipe(IFS) Departamento de
5
Engenharia Civil- Campus- Aracaju; Instituto Federal de Sergipe(IFS) Departamento de Engenharia Civil6
Campus- Aracaju; Universidade Federal de Sergipe(UFS) Departamento de Arquitetura- Campus- So
Cristovo; e-mail: euler.wagner@ifs.edu.br
RESUMO
O presente trabalho teve como intudo avaliar a eficcia
da utilizao de equipamentos para ensaios no
destrutivos de materiais na investigao do estado de
conservao de estruturas em concreto armado de
edificaes localizadas nos campi do Instituto Federal de
Educao, Cincia e Tecnologia de Sergipe (IFS).
O emprego de equipamentos, que possibilitem uma
anlise mais precisa e menos invasiva das propriedades
e do estado de deteriorao dos elementos estruturais
atualmente relevante. Antecedendo-se as inspees in
loco, foi feita anamnese das edificaes investigadas.
Foram utilizados aparelhos com os seguintes recursos:
localizar barras de ao embutidas no concreto (inclusive
estimando o dimetro das barras e a espessura do
Introduo
ensaios so feitos atravs de equipamentos capazes de usar princpios fsicos definidos para
buscar falhas em estruturas de concreto armado, sem alterar suas caractersticas sendo
comumente usados antes dos ensaios destrutivos. Atravs dos ENDs pode-se investigar ainda a
localizao de barras de ao em estruturas de concreto (inclusive estimando o dimetro, o
espaamento entre barras e a espessura do cobrimento de concreto que as reveste), o grau de
compactao, a porosidade e a resistncia compresso do concreto, tudo isso sem a
necessidade inicial da extrao de materiais dos elementos estruturais.
No entanto, esses ensaios ainda so relativamente pouco utilizados no processo de diagnstico
de problemas patolgicos em estruturas de concreto armado no Brasil, especialmente pelo alto
custo de cada equipamento e pela necessidade de utilizao conjunta dos equipamentos para
obteno de dados mais precisos, particularmente, em situaes como identificao de corroso
de armaduras e resistncia do concreto em elementos estruturais.
Por fim, ressalta-se que o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficcia de equipamentos para
ensaios no destrutivos de materiais na investigao do estado de conservao de estruturas em
concreto armado de edificaes situadas nos campus Aracaju, So Cristovo e Itabaiana do
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Sergipe (IFS). Aliado a isso, este estudo
visou ainda detectar particularidades relativas ao manuseio dos equipamentos de ensaios no
destrutivos utilizados no estudo, observando desse modo suas funcionalidades e limitaes.
Nesse estudo foram utilizados trs equipamentos de ENDs em conjunto: o Profometer 5+ que
tem como funo localizar barras de ao, estimar seu dimetro e indicar o cobrimento de
concreto, o Canin+, que mede o potencial de corroso das armaduras, e o Pundit Lab, utilizado
em testes ultrassnicos para identificar o grau de compacidade do concreto e sua qualidade. A
maioria desses equipamentos so aparelhos leves, de fcil movimentao que no requerem
muita mo de obra.
2
Materiais e Mtodos
Probabilidade de Corroso
90%
Incerta
10%
Destaca-se que esse campus possui um elevado nmero de elementos estruturais com armadura
exposta.O Profometer 5+ foi usado nos pilares da oficina, e em um pilar e nas vigas do ptio
externo da agroindstria, onde as vigas esto escoradas devido a deformaes excessivas. O
Canin+ foi usado apenas nos pilares da oficina que estavam com a armadura exposta, para que
no fosse necessrio remover a camada de concreto de outros pilares.Em algumas vigas e pilares
foi analisada a velocidade de propagao de ondas ultrassnicas (UPV), com o uso do Pundit Lab.
Com essa velocidade pde-se estimar a qualidade do concreto. A qualidade em decorrncia da
UPV estimada pela ASTM C876 (2009) conforme mostrado na Tabela 2.
Tabela 2 Qualidade do concreto em relao UPV
.UPV (m/s)
Qualidade do Concreto
V > 4500
EXCELENTE
TIMO
BOM
REGULAR
V < 2000
RUIM
No campus Itabaiana do IFS utilizou-se o Profometer 5+, o Pundit Lab e o Canin+ em algumas
vigas e pilares escolhidos estrategicamente devido ao estado de deteriorao previamente
verificado nesses elementos. Com o Pundit Lab foi possvel verificar a qualidade do concreto, com
o Profameter 5+ pode-se localizar as armaduras e verificar o cobrimento de concreto e com o
Canin+ definiu-se o potencial de corroso instalado nas barras de ao das peas estudadas.
3
Resultados e discusso
3.1 Prottipos
Com a utilizao do profometer 5+ nos prototipos foi possvel localizar corretamente a disposio
das barras de ao dentro do concreto, medir o recobrimento de concreto e estimar o dimetro
das armaes.
Na figura 3 observa-se a relao entre os valores de velocidade de propagao de ondas (ensaio
com o PUNDIT LAB) e os valores de resistncia (ensaio normal de ruptura), obtidos dos ensaios
nos corpos de prova de concreto dos prottipos. Percebe-se que os valores de resistncia so
diretamente proporcionais aos valores de velocidade, dessa forma medida que o concreto
adquire resistncia o seu grau de compactao tambm se eleva possibilitando o aumento da
velocidade de propagao de ondas. No entanto a elevao da resistncia em relao ao
aumento da velocidade desproporcional, o que sugere a existncia de fatores que permanecem
constantes ao longo do tempo e que influenciam diretamente na velocidade de propagao de
ondas.
Pontos analisados
nas lajes
A1 e A2
B1 e B2
C1 e C2
D1 e D2
E1 e E2
F1 e F2
G1
H1 e H2
I1 e I2
J1, J2, J3 e J4
L1, L2, L3 e L4
marquise do estacionamento
marquise que inicia na biblioteca e termina na Agncia Bancria
marquise que inicia no jardim central e finaliza na Agncia Bancria
marquise do bloco da administrao do campus
bloco de Eletrotcnica
marquise do bloco de Construo Civil
bloco de Eletrnica
localizados em juntas.-marquise do bloco de Qumica
marquise do bloco do setor mdico
marquise central, que finaliza na quadra de esportes
marquise central, que culmina no pavilho Leyda Rgis
seixo rolado, porm foi o nico ponto em que o cobrimento de concreto foi mais espesso.
3.3 Campus So Cristovo
No campus So Cristovo foram analisadas duas reas distintas, a oficina e a agroindstria. A
oficina possua pontos com armadura exposta, devido a provveis choques mecnicos, isso
possibilitou o uso do Canin+ sem a necessidade de remoo do cobrimento. J a agroindstria foi
o local ideal para verificar o uso do Pundit Lab em vigas com micro fissuras.
Na oficina foram analisados os pilares que ficam logo na entrada da edificao. Inicialmente foi
usado o Profometer 5+ para verificar o espaamento entre barras, cobrimento e dimetro de
barras. Nos trabalhos de campo observou-se que a camada de reboco era muito espessa em uma
ou mais faces de alguns pilares, impedindo em alguns casos que o equipamento fizesse a leitura
do cobrimento, essa dificuldade foi contornada medindo-se os valores na face do pilar que
apresentava uma menor espessura de reboco. Ainda quanto ao uso do Profometer 5+ nos pilares
da oficina, percebeu-se que o Pilar H ou tinha seo circular ou tinha girado dentro da forma
durante a concretagem. Como dito anteriormente, o Canin + foi usado apenas nos pilares com
armadura exposta, porm nesses havia uma espessa camada de vrias demos da mesma tinta
usada na superfcie do pilar, aplicadas ao longo do tempo de exposio da armadura e que
acabaram falseando os valores iniciais do potencial de corroso. Percebendo-se isso, lixou-se a
superfcie do ao no ponto em que a garra foi colocada e mediu-se novamente, conseguindo-se
resultados mais prximos do que era esperado. Porm, com o lixamento da superfcie os
resultados do potencial de corroso passaram a ser cada vez mais positivos, isso foi tomado
como um indcio de que foi removida a parte oxidada do ao. Com o Pundit Lab partiu-se para a
anlise da qualidade do concreto, comparando-se os valores de UPV medidos antes e depois da
saturao, observou-se uma variao muito pequena, que foi mais devido heterogeneidade do
concreto, do que pela presena da gua nos vazios. Quanto aos vazios, observou-se que
interferem diretamente na operao do equipamento, pois enquanto que em locais pouco ou
no fissurados o nvel de sinal recebido pelo equipamento chegou facilmente aos 100%, em
locais com muitas fissuras pode ser at impossvel essa ocorrncia.
Na agroindstria usou-se o Profometer 5+ e o Pundit Lab. Nessa edificao no foi usado o
Canin+, pois se optou por no interferir nos cobrimentos dos elementos estruturais. Com o
Profometer 5+ o trabalho transcorreu normalmente, analisaram-se o cobrimento, o espaamento
e o dimetro de barras. No uso do Pundit Lab encontrou-se muita dificuldade em chegar ao nvel
de sinal de 100% nas vigas, uma possvel causa pode ter sido a presena de fissuras criando
vazios no concreto. O concreto no geral foi classificado como Regular.
3.4 Campus Itabaiana
Na viga estudada o local das armaduras, determinado pelo emprego do Profometer 5+, esto
coincidindo com a existncia de fissuras o que sugere que elas foram originadas pela expanso
das barras com corroso. Os resultados do Pundit lab no foram conclusivos. No pilar analisado
foi possvel determinar que o cobrimento de concreto est varivel entre 3,9 a 2,1cm. Na viga
analisada com o auxilio do Canin+ foi possvel observar pelas medies a probabilidade de 90%
em relao a ocorrncia de processo de corroso instalado.
Concluso
A utilizao dos equipamentos de END de forma conjunta tornou possvel uma melhor
compreenso em relao intensidade e causas de alguns problemas patolgicos observados.
Com os ensaios realizados no campus Aracaju percebeu-se que as manifestaes patolgicas
existentes resultam de um processo construtivo falho e da falta de manuteno do sistema de
impermeabilizao. Os cobrimentos de concreto estavam pequenos, tomando-se como
referncia a NBR 6118/2007, o que pode justificar a predominncia de 90% de potencial de
corroso na maioria das lajes estudadas.
No campus So Cristovo as regies analisadas tambm apresentaram problemas de
metodologia construtiva e de manuteno, j que muito provavelmente os pilares da oficina
tiveram seu cobrimento de concreto removido em decorrncia de choques mecnicos, que
causaram exposio das armaduras, essas recebendo vrias demos de tintas ltex PVA
imprprias para essa recuperao.
Dos resultados obtidos no campus Itabaiana, pode-se concluir que nos pilares estudados durante
a concretagem os espaadores que deveriam garantir o cobrimento mnimo estabelecido pela
norma no foram utilizados adequadamente.
A respeito dos equipamentos notou-se que o Profometer 5+ sofre interferncias que faz com que
localize erroneamente a posio da armadura, essa interferncia pode ter sido ocasionada, no
caso do Campus Aracaju, pela interao eletromagntica com os evaporadores dos ar
condicionados localizados em cima das lajes. O Canin + pode apresentar resultados no
confiveis se a garra do equipamento no estiver em contato direto com a armadura ou se o
concreto no estiver suficientemente saturado. No que diz respeito ao Pundit Lab ele no
funciona adequadamente em elementos estruturais muito fissurados, onde pode ser difcil de
chegar a nveis de sinais acima de 75%.
Portanto, os equipamentos utilizados mostraram-se eficazes na verificao de manifestaes
patolgicas em estruturas de concreto armado. Desde que, sejam utilizados de forma adequada
e por profissionais devidamente capacitados. Ressalta-se ainda, que embora os resultados
obtidos tenham sido satisfatrios, considera-se necessrio despender um maior tempo para
assegurar o domnio adequado quanto ao manuseio dos equipamentos utilizados.
5
Referncias Bibliogrficas
SUSTENTABILIDADENACONSTRUOCIVILESEUPAPELNAFORMAOTCNICAECIENTFICA
DOTCNICODEEDIFICAES
J.A.deAbreu (IC);E.G.daSilva(PQ)2
1
AlunodoensinomdiointegradodocursodeEdificaes,InstitutoFederaldoSertoPernambucano(IF
SertoPE)CampusSalgueiro,2DocentedoInstitutoFederaldoSertoPernambucano(IFSertoPE)Campus
Salgueiro.email:ednaldo.gomes@ifsertaope.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Osmateriaisutilizadosnaconstruocivilesuacorreta
utilizao so necessrios para preservao do
ambiente.Operfildotcnicoemedificaesrecomenda
que esse profissional incorpore sua formao
habilidadesderelevnciaambientalecientfica,visando
suamelhoratuaonomundoprodutivo.Nessesentido,
este trabalho objetivou o auxlio formao tcnico
cientfica do tcnico em edificaes a partir da
consolidao de suas competncias tcnica, cientfica e
ambiental. Para esse fim, foram projetadas duas
PALAVRASCHAVE:tcnicoemedificaes,sustentabilidade,construessustentveis
SUSTAINABILITYINCONSTRUCTIONANDTHEIRROLEINSCIENTIFICANDTECHNICALTRAINING
OFTHETECHNICIANINBUILDINGS
ABSTRACT
Thematerialsusedinconstructionandtheirproperuse
are necessaryto preserve the environment. The profile
of the technician in buildings recommends the
incorporation of skills directed to environmental and
scientific relevance, aiming his best performance in the
productive world. Thus, this study aimed to aid the
technical and scientific training to the technician in
buildings aiming the consolidation of its technical,
scientificandenvironmentalexpertise.Tothisend,two
houses 80m, foreseeing the use of conventional or
sustainable materials and technologies were designed.
The final cost of the sustainable construction was less
than that of conventional construction, showing that
financial viability can also be obtained without losing
sightoftheenvironmentalcostofthebuildings.
KEYWORDS:technicianinbuildings,sustainability,sustainablebuildings.
SUSTENTABILIDADENACONSTRUOCIVILESEUPAPELNAFORMAOTCNICAECIENTFICA
DOPROFISSIONALDEEDIFICAES
INTRODUO
As questes que geram preocupao com o meio ambiente, embora tenham ganhado
maiorexpressoapartirdadcadade1960,so,aocontrriodoquesugereosensocomum,um
desafio que acompanha a humanidade ao longo de sua Histria. De forma objetiva, o homem
sempre usou a natureza enxergandoa como um repositrio de bens infinito, consagrando,
dentreoutras,expressescomorecursosnaturais(Pearson,2011)
Miller (1985) compara o planeta Terra a uma espaonave transitando pelo espao, sem
possibilidade de paradas para reabastecimento. Contudo este sistema possui, atualmente, ar e
alimentoparaosseustripulantes,bemcomoumeficientesistemadeaproveitamentodeenergia
solarereciclagemdematriaeenergia.Atentandoparaoaumentoexponencialdonmerode
tripulantes, nestas condies, constatase que sua manuteno pode ficar, em perspectiva,
comprometida.
Braga et al. (2009) destacam que a tendncia de qualquer sistema, mediante a
inexorabilidadedasleisdatermodinmica,desedesorganizar,medianteousodaenergiaem
suas mais variadas formas, gerando assim algum tipo de poluio. Nesse sentido, os resduos
energticos e materiais, oriundos das atividades humanas, alteram a dinmica e os ciclos de
renovaodoambiente,deformaqueonveldaqualidadedevidaemnossoplanetadepender
doequilbrioentreapopulao,apoluioeosrecursosnaturais.
A construo civil, embora no gere resduos nocivos que ameacem a vida humana,
responsvel pelo consumo de 75% dos recursos naturais do planeta. Aliado a esse fator, ainda
existe a necessidade de planejamento e investimento em projetos que diminuam gastos e
consumoderecursosnosetor(PortalVGV,2011).
Barboza(2011),aoestudarocomportamentoecolgicoecrenassociaisdaspessoasque
compram materiais ecolgicos, observou que os consumidores que compram materiais
ecolgicosofazemcomconhecimento,almdeapresentaremcomportamentomoderadamente
ecolgico. Esta tendncia, apontada por Barbieri et al. (2010), est relacionada Teoria
Institucional,ondevaloresabsorvidospelasociedadegeramumapressonasorganizaespara
adoodeprticasligadasataisvalores.
O documento final da Rio + 20 (MMA, 2012), incentiva a formao de um plano de
desenvolvimentoparaqueahumanidadepossasedesenvolvergarantindoaqualidadedevida
detodasaspessoas,administrandoosrecursosnaturaisdemodoanoprejudicarasgeraes
futuras. As metas de desenvolvimento sustentvel nas reas de atuao humana tiveram sua
criaoprevistaparaoanode2015.
Areadeconstruosustentvel,dessemodo,temganhadodestaquenoatualcontexto.
Programas de incentivo a esta iniciativa tem sido amplamente divulgados pelo Governo, tais
como Habitao mais sustentvel (FINEP, 2007), Programa de Construo Sustentvel (CBIC,
2010),eo GuiaCaixadeSustentabilidadeAmbiental(CEF,2010).No EstadodePernambuco,o
sindicato das indstrias da construo civil lanou a cartilha Construo Sustentvel no ano de
2008.
MATERIAISEMTODOS
RESULTADOSEDISCUSSO
1.
OsprojetosdearquiteturaforamdesenvolvidosconformemostradonaFigura1eTabela
(a)
(b)
Figura1.Plantasbaixasdosprojetosderesidnciaunifamiliarconvencional(a)esustentvel(b).
Tabela1.Dimensesdosambientesidealizadosparaosprojetos1e2
Ambiente
Largura(m)
Comprimento(m)
rea(m)
Garagem
4,52
3,00
13,55
Saladeestarejantar
3,66
3,95
14,48
Quartosolteiro
2,70
3,52
9,52
Cozinhaereade
servio
4,56
1,87
8,52
Banheiro
2,50
1,5
3,75
Quartocasal
3,20
3,95
12,64
Circulao
1,91
1,50
2,87
Emalusoparteeltrica,forampensadasmelhoriasdearquiteturavisandoaumentara
eficincia da circulao de ar entre os ambientes, uma vez que a adoo melhorias que
Oprojetoconvencional,quefezusoapenasdemateriaiscomuns,teveseuvalororado
emR$52.082,82.Joprojetosustentvel,desenvolvidocommateriaissustentveisencontrados
nomercadoetecnologiasadaptadasaoprojeto,teveseuvalororadoemR$49.625,41(ambos
geradosapartirdatabelaSINAPICFmar/2014).
Umadasjustificativasatpoucotempoutilizadasnomercadoeraadequeaadoode
prticassustentveisonerariamocusto,nestecasodasedificaes,emfunodaincorporao
das externalidades no inclusas nos preos da construo civil. Contudo, este projeto mostra
que, dependendo da concepo e materiais adotados, os resultados podem ser bastante
significativosnoapenasemtermosdeganhoambiental,mastambmfinanceiro.
A incorporao de valores relacionados sustentabilidade por parte da populao
brasileira tem levado as organizaes a repensarem a cadeia produtiva, gerando assim uma
presso positiva (BARBIERI ET AL, 2010), que deve ser trabalhada e incorporada, tambm,
realidadedosprofissionaisqueterocontatodiretocomomundoprodutivo,emespecial,neste
caso,odaconstruocivil.
CONCLUSO
AGRADECIMENTOS
OsautoresdestetrabalhoagradecemaoprogramadeiniciaocientficadoIFSertoPE
pelaconcessodabolsaPIBICJr.paraodesenvolvimentodapesquisa.
REFERNCIASBIBLIOGRFICAS
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INFLUNCIADAADIODEELEVADOSTEORESDERESIDUODABIOMASSADACANADE
ACAREMETACAULIMCOMOFINOSEMARGAMASASAUTONIVELANTES
A.S.F.Siqueira(IC)1;T.F.Arajo(IC);K.A.MOURA(IC)1;E.C.FARIAS (TC)1;M.A.S.ANJOS(PQ)1
InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentral
email:line_7494@hotmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(TC)TecnlogoemConstruodeEdifcios
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Argamassas;concretoautoadensvel;adiesminerais;cinzadacanadeacar.
INFLUENCEOFTHEADDITIONOFHIGHLEVELSOFBIOMASSRESIDUEOFSUGARCANEAND
METAKAOLINASFINESINSELLEVELINGMORTARS
ABSTRACT
performanceofdosageswillevaluatedbytestsofslump
flow, V funnel, tensile strength, compression strength
andelasticmodulus,theresultsshowedthatbothdoses
studied had high resistances and obtained appropriate
consistency and fluidity to the parameters mortar for
APCs.
KEYWORDS:Mortars;selfcompactingconcrete;mineraladmixture;sugarcaneash.
INFLUNCIADAADIODEELEVADOSTEORESDERESIDUODABIOMASSADACANADE
ACAREMETACAULIMCOMOFINOSEMARGAMASASAUTONIVELANTES
1INTRODUO
Aindstriadeconcretoumagrandeconsumidoraderecursosnaturais,sejaparaaproduode
agregados (areias e pedras britadas), ou para a produo de cimento Portland, onde grandes
quantidades de calcrio so extradas. Alm disso, a indstria do cimento tem uma grande
contribuio na emisso de gases responsveis pelo efeito estufa, portanto iniciativas que
busquem reduzir o consumo de recursos naturais e de cimento nos concretos so importantes
paraasustentabilidadedasconstrues.
Oconcretocomelevadasconcentraesdeadiesmineraissurgecomoumpromissortipode
concreto, que minimiza drasticamente o uso de cimento sem perder as propriedades dos
concretos convencionais, no entanto os estudos sobre este tipo de concreto so recentes e
necessitamdemaioresinformaesacercadesuasresistnciasabaixasidadesedurabilidade,
estudosessesquedevemseracompanhadosdaavaliaodoprocessodehidrataodamistura
cimentciautilizada.
O concreto de cimento Portland um dos principais materiais utilizados na indstria da
construo civil, sendo responsvel pelo consumo de grandes quantidades de matriasprimas
seja para produo de cimento ou para a confeco do concreto. A indstria do concreto
consome atualmente cerca de 1,5 bilho de toneladas de cimento, 9 bilhes de toneladas de
areiaerochae1bilhodetoneladasdeguadeamassamento,portantonotriaaimportncia
dessematerialdeconstruoparaasustentabilidadedasconstrues(MehtaeMonteiro,2008).
Aproduodeconcretotempapelimportanteparaasustentabilidadedasconstruesumavez
que mais de 10 bilhes de toneladas so produzidas a cada ano, sendo a indstria de cimento
responsvelpelaemissodecercade7%dasemissesdedixidodecarbonoparaaatmosfera
(Meyer,2009).
Recentesestudosavaliaramadurabilidadeeresistnciamecnicadeconcretoscomaltosteores
de adies minerais. CAMES (2006) verificou ser possvel confeccionar concretos com
resistnciascompressodaordemde30MPaa50MPaaos28dias,utilizando60%decinzas
volantes,oqueproporcionouumareduode40%nousodecimentoPortland.
ISAIAeGASTALDINI(2009)atingiureduesdaordemde50%a90%noteordecimento,atravs
da substituio do cimento Portland por cinzas volantes e escria de alto forno, e ainda assim
conseguiram resistncias da ordem de 20 MPa a 60 MPa aos 91 dias, enquanto o concreto de
referencia desse estudo apresentou resistncia da ordem de 70 MPa, no entanto os concretos
comaltosteoresdeadiesapresentarammelhorcomportamentonosestudosdedurabilidade.
Anjosetal(2014)desenvolveramconcretosautoadensveiscomconsumoscimentode60a70%
a menos que concretos convencionais (500 kg/m3) utilizando nessa reduo cinzas volantes e
metacaulim originrias de Portugal, esses concretos apresentaram exelentes resistncias
compressodaordemde27a41MPaaos28dias,resistnciasestasqueatigiram35a63MPa
aos90dias,mesmocomconsumosdecimentodaordemde150a200kg/m3.
Dessaforma,esteestudoprocuraadicionarelevadosteoresderesduodabiomassadacanade
acar e metacaulim na formulao de argamassas autonivelantes. Essas argamassas sero
utilizadas para produzir concretos autoadensveis com baixos teores de cimento atravs da
utilizaodomtododedosagemdeOkamuraeOuchi(2003).
2MATERIAISEMTODOS
Visandoodesenvolvimentodeconcretosautoadensveiscomelevadosteoresdeadiesapartir
de formulaes argamassas autonivelantes, foram realizadas inicialmente em duas dosagens
expostas na tabela 1. Elas apresentam uma reduo de cimento de aproximadamente 40% a
partirdeumtraocom460kgdefinosporm3deconcreto,querepresentarnoCAAconsumo
decimentodaordemde280kg/m3.Aindatemsequenessestraosoresduodebiomassada
canadeacar (RBC) representou 35% (35RBC) e de 30% (30RBC) do consumo de cimento e o
metacaulimvarioude5%a10%damassanessassubstituies.
Tabela1Consumodosmateriaisnostraosemkg/m.
Materiais
Cimento
MK
RBC
Areia
gua
Aditivos
35RBC
30RBC
Emquilogramas(kg)
403,1
33,46
235,01
1194,38
302,32
6,85
403,4
67,37
201,7
1195,37
302,57
6,85
2.1 Materiais
Paraaconfecodetaisdosagensforamutilizados:
Cimento:CimentoPortlanddealtaresistnciainicialCPVARIRScommassaespecfica
de3,03g/cm(NBRNM23,2001),definurade0,38.
Agregado mido: Areia natural quartzosa. Possuindo massa especfica de 2,61 g/cm,
massaunitria1,516,mdulodefinurade2,37edimetromximode4,8mm.
Metacaulimdealtareatividaderosa:commassaespecifica2,55gm/cm,obtidoatravsde
umaempresadebeneficiamentodecaulimemPernambuco.
Resduo da biomassa da canadeacar (RBC): Material adquirido numa usina de
beneficiamento de canadeacar em AresRN. Com massa especifica de 2,38
g/cm.Utilizouse material passante na peneira 200 (# 0,075), aps ser modo durante
quatrohorasnomoinhodebolas.
Aditivoqumico:Umsuperplastificantedeterceirageraobasedeterpolicarboxlico
modificado.
2.2 Mistura
Aprincpioomaterial,aindaseco,foihomogeneizadocuidadosamenteemumamasseira,sendo
posteriormentedespejadonabetoneiracomcapacidadepara150L.Aospoucoseadicionougua
mistura,eapsalgunsminutosacrescentouseoaditivo.
3APRESENTAODOSRESULTADOS
Ascaractersticasreolgicasdasdosagensefetuadasforamanalisadasapartirdedoisensaios,a
mesadeespalhamento(1a)eoFunilV(1b).Utilizouseparaoensaiodamesadeconsistncia:
uma placa quadrada de acrlico de lado 70cm, rgua de 50cm e tronco de cone com abertura
superiorde70mmeaberturainferiorde110mm.JparaofunilV,utilizouseumfunildeacrlico
noformatoVcomaberturasuperiorretangularmedindo260mmpor25mmeinferiorquadrada
delado25mm.Comosresultadosapresentadosnatabela2.
(a)
(b)
Figuras1Ensaiosdeespalhamento(a)eFunilV(b)comargamassa40CIM.
Percebese que o dimetro de espalhamento de 30RBC foi 13mm menor que o de 35RBC, isso
ocorre devido ao primeira consumir cerca de 30 kg/m3 de metacaulim a mais que a segunda.
Essadiferenapoucorepresentativa,sendopossvelafirmarqueambasasargamassasatingem
umespalhamentoqueseencontradentrodosadequados.
Tabela2Resultadosobtidosnosensaiosdeespalhamentoefunilv.
Ensaios
35RBC
30RBC
Mesadeespalhamento
(mm)
375
362
FunilV(s)
Apartirdessesvalorespossveldefinirosparmetrosdefluidezeviscosidadedasargamassas.
O primeiro dado pela equao (1), j o segundo obtido pela equao (2). Quanto maior o
valordeGmmaiorserdeformabilidade,equantomenorovalordeRmmaiorseraviscosidade
(NEPUMOCENO,2012).SegundoDomoneeJin(1999)osvaloresdeGmdevemsersuperioresa8
eosdeRmdevemestarentre1e5.
Gm=(dm/d)1equao(1)
Rm=10/tequao(2)
Tabela3ResultadosdosparmetrosGmeRmdasargamassas.
Parmetros
35RBC
30RBC
Gm
10,6
9,8
Rm
1,67
1,43
Figura2Resistenciaacompressoaxialeatraonaflexo
maior resistncia em idades mais avanadas, como tambm se mostrou capaz de desenvolver
essaresistnciamaisrapidamente.
Alm disso, constatouse que 30RBC apresenta menor fragilidade trao em relao
compresso nas primeiras idades do que o 35RBC. No entanto em idades mais avanadas as
dosagens apresentaram o fator (fct/fc) mais prximo (Figura 3) devido a influncia das adies
pozolnicas que agem proporcionalmente ao aumento dos teores de produtos hidratados
elevandoaresistnciatraoemidadesmaisavanadas(NEPOMUCENO,2012).
Figura3Relaoentretraonaflexoecompressoaxial
O aumento de produtos hidratados leva uma reduo de vazios aumentando a velocidade de
propagao do pulso ultrassnico, que foi obtida a partir do ensaio de ultrassom (ABNT NBR
8802). Com os resultados desse ensaio tambm calculase o mdulo de elasticidade dinmico
segundoaABNTNBR15630(figura4).
Figura4Resistnciaacompressopelomdulodeelasticidade
A partir do grfico exposto observase que aquele com maior resistncia, no caso 30RBC,
apresenta maior modulo de elasticidade dinmico aos 28 dias. Alm disso ainda preciso
considerar que essa propriedade das argamassas em funo do comportamento de seus
elementos constituintes, portanto quanto maior o mdulo mais homognea a argamassa
(BORJA, 2011; UYSAL, 2011; SILVA, 2008), por isso tambm possvel inferir que a dosagem
30RBCencontrasemaishomognea.
4CONCLUSO
A partir dos resultados referentes ao estado endurecido as argamassas apresentaram elevada
resistncia compresso nas duas dosagens, ambas acima de 45 MPa aos 28 dias. Alm dese
apresentaremhomogneasecomaltomodulodeelasticidade,acimade25GPaaos7dias.
No estado fluido as argamassas atenderam as exigncias de fluidez e viscosidade para serem
consideradas autonivelantes, ainda estando com os parmetros de Gm e Rm dentro dos
adequados para posteriormente serem utilizadas em dosagens de concretos autoadensveis,
sendooprimeiroacimade8eosegundoentre1e2.
Dessa forma ficou evidente que possvel reduzir o consumo de cimento em 40% sendo
substitudoprincipalmentepeloresduodabiomassadacanadeacarepequenopercentualde
metacaulim, afim de diminuir o consumo de cimento dos CAA para ordem de 280 kg/m3 em
ambasasdosagens,reduzindodeformasignificativaosimpactosambientais.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Natal Central pela disponibilidade de infraestrutura e de equipamentos para realizao da
pesquisa.AoCNPqpelaconcessodasbolsasdeiniciaocientfica.
REFERNCIAS
ANJOS,M.A.S.,CAMES,A.JESUS,C.Betoautocompactvelecoeficientedereduzidoteorem
cimento com incorporao de elevado volume de cinzas volantes e metacaulino, 1 Congresso
LusoBrasileirodeMateriaisdeConstruoSustentveis,Guimares,Portugal,2014.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT) NBR 8802 Concreto endurecido
Determinaodavelocidadedepropagaodeondaultrassnica.RiodeJaneiro,2013.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR 13279 Argamassa para
assentamento e revestimento de paredes e tetos Determinao da resistncia trao na
flexoecompresso.RiodeJaneiro,2005.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR 23 Cimento portland e outros
materiaisempDeterminaodamassaespecfica.RiodeJaneiro,2001.
ANLISEDEPATOLOGIASEM13PONTESDARODOVIABR412
J.M.deSousa(IC);Y.L.Diniz(IC)2;I.R. Albuquerque(IC);J.I.L.deSousa(IC)4;I.J.C.Ribeiro(IC)5.
InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiro;email:
yago.l@hotmail.com
(IC)IniciaoCientfica
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Ponte,Patologia,Rodovia,ConcretoArmado.
ANALYSISOFPATHOLOGIESINTHIRTEENBRIDGESHIGHWAYBR412
ABSTRACT
KEYWORDS:Bridge;pathology;reinforcedconcrete;highway.
ANLISEDEPATOLOGIASEM13PONTESDARODOVIABR412
INTRODUO
Aspontesrodoviriassurgiramcomafinalidadedeviabilizardamelhorformapossvela
ligao contnua da rodovia, que diferentemente dos aterros que so executados para este
mesmoobjetivo,novedamporcompletoasecodetravessia,possuemmelhorestabilidadee
emalgunscasosapresentammenorcusto.Essasobrasdearte,emsuagrandemaioriaelaborada
pelo governo, so projetadas a fim de atender os critrios de funcionalidade, segurana,
economia e esttica. Este trabalho dedicase exclusivamente a verificar a incidncia de
manifestaes patolgicas das mesmas, relevando assim principalmente os critrios de
seguranaefuncionalidade.
PatologiapodeserdefinidacomoapartedaEngenhariaqueestudaossintomas,osmecanismos,
as causas e as origens dos danos das obras civis, visando o diagnstico do problema (HELENE,
2003).
NoBrasilcomumencontrarpontescomdiversosproblemaspatolgicos,issosedevea
diversosfatores,desdeumaculturaqueinsisteemexcederotempodevidatildasmesmasa
faltadeumapolticadevistoriaemanutenodasobras,essasestruturasemgeralnorecebem
aesprevistaseimprevistasdemanutenooureparo,surgindodegradaesecomopassardo
tempo,devidoaexposioemmeioaagentesagressivosessasmanifestaestendemaagravar
se. O que acontece em boa parte dos casos um quase ou total abandono dessas estruturas
chegandoaatingirumaltograudedeterioraoesentoelassorecuperadas,gerandoassim
umcustoaltosecomparandoamanutenespreventivasepequenosreparos(LEMOS,2005).
A mesma ainda ressalta que, vistoria cadastaral tratase de uma vistoria de referncia
quandosoanotadososprimeiroselementosrelacionadosseguranaedurabilidadedaobra.
Esse tipo de vistoria complementada com o levantamento dos principais documentos e
informaesconstrutivasdaobravistoriada.
Partindodopressupostodoquefoicitadoemrelaoimportnciadasobrasdearteassim
comoadevidaefetivaodevistoriasemanutenespreventivasecorretivas,estetrabalhotem
como objetivo relatar as manifestaes patolgicas observadas em treze pontes rodovirias
localizadas entre os municpios de Monteiro e Serra Branca no estado da Paraba. Nessas
estruturasforamdetectadosdiversostiposdepatologias,comodanosnosdrenos,manchasde
carbonatao,fissurasetrincas,juntasdanificadas,agentesbiolgicos,corrosodearmadurase
manchasdeumidade.
READEESTUDO
Figura1LocalizaodaspontescomcoordenadasdotrechodaBR412
MATERIAISEMTODOS
ForamrealizadasvisitasnasrespectivaspontesdaBR412,entreascidadesdeMonteiroe
SerraBranca/PBnodia6deFevereirode2014.Ocritrioadotadoparaavaliarasmanifestaes
patolgicas,foiatravsdeumavistoriaporexamevisualegeorreferenciamento,quetinhacomo
intuito verificar as patologias nessas estruturas, seus devidos problemas e o que poderia ter
acarretado os mesmos. Para a anlise das patologias, foram utilizados registros fotogrficos e
anotaes. Assim, com os dados coletados foi gerado um mapa, levando em considerao as
orientaes geogrficas obtidas a partir de GPS com auxilio do aplicativo para Android, Turbo
GPS,comotambmasferramentasMicrosoftOfficeExceleoGoogleMaps.
RESULTADOSEDISCUSSO
AprimeiraobravistoriadatratasedapontesituadasobreoRioParaba,prximaacidade
deMonteiroParaba,amesmaapresentadiversosproblemaspatolgicos.Oprimeiroincidente
encontradoforamosdrenosdanificadososquaisseencontravamdeterioradosemuitocurtoso
queporsuaveznoestavamevitandoqueaguafossedrenadadamaneiracorreta,acarretando
oaparecimentodemanchasdeumidadeeoescoamentodiretodaguapluvialsobreoconcreto
dapontecomoperceptvelnafigura2.
Figura2Manchasdeumidadeprovenientededrenagemirregular
Alm dos drenos, a ponte exibe diversas manchas que indicam a presena da
carbonatao por uma grande parte de sua extenso, bem como a exposio da ferragem
estruturalaqualgerouacorrosodasarmaduras.Fissurasetrincastambmeramperceptveis,o
quepodeindicarfadigadaestruturaouexpansodaferragem,devidoaoprocessocorrosivo.As
juntasdedilataoestavamemsuagrandepartedanificadasapresentandolacunasqueabarcava
todaespessuradaponte.
PONTE2
A segunda ponte est localizada no KM 138 da BR 412, com coordenadas 75128.3S
370448.4W. As principais deficincias patolgicas encontradas tratamse das manchas de
umidade e os drenos defeituosos como pode ser visto no ponto 2 da figura 3, esta ainda
apresentaarmaduraexpostacomindciosdecorroso,visualizadanoponto1.
Figura3Manchasdeumidade,drenosdanificadoseferragemexposta
PONTE3
Na vistoria da ponte 3, situada no KM 137 da BR 412 coordenadas 75055.2S
0416.0Waprincipalmanifestaoencontradaforamaspatologiasdeorigembiolgica,onde
foiaveriguadoapresenadecupinsempartedaestruturacomopodeserobservadonafigura4.
Figura4Presenadecupimnaestrutura
PONTE4
Nainspeorealizadanaponte4foramencontradasmanchasqueindicamapresenade
carbonatao em sua estrutura, porem o principal problema encontrado tratase da exposio
dasarmadurasestruturaisondepossvelperceberoiniciodacorrosoeaquebradoconcreto
devido a expanso dessa ferragem, outra caracterstica dessa ponte o excesso de ao, como
podeserobervadonavigafigura5.
Figura5Corrosoemarmaduras
PONTE5
Figura6Presenadepatologiabiolgica
PONTE6
Figura7Exposioeoxidaodaferragem
PONTE7
NaPonte7,verificouapresenadeagentesbiolgicosconsideradobastantesignificativo,
haviaumagrandequantidadedecupinsnaestrutura,juntamentecomincidnciassemelhantesa
ponteanterior,pormausnciadecorrosodasarmaduras.OAEesta,localizadanokm116,0,
comcoordenadas74303.6S365614.7W.
Figura8Manifestaodecupinsnaestrutura
PONTE8
Localizadanokm114,0daBR412,coordenadas74215.3S365517.5Wapresentava
manifestaes semelhantes ponte 7, acima citada. Podese observar que a incidncia dessas
patologiasfoibastantefrequentenamaioriadaspontesvistoriadas.
Figura9Incidnciadasprincipaispatologias
PONTE9
NaPonteRioSucurulocalizadanokm108,0daBR412,decoordenadas74027.5S36
5254.6W podese observar a presena de todas as manifestaes patolgicas discutidas no
decorrer deste, a nica OAE que foi detectada a presena de dreno danificado, carbonatao,
fissuras e trincas verticais e horizontais no tabuleiro, juntamente com juntas de dilatao em
estadodedegradao;agentesbiolgicospresentesnaestrutura;deterioraodasarmadurasno
tabuleirodaponteepresenasignificativasdeinfiltraesnaestruturaanalisada.
Figura10Juntadedilataodanificada
PONTE10
Situada no KM 98,0 da BR 412 coordenadas 736415S 364925.5W, esta ponte
apresentava patologias comumente encontradas nas demais pontes que eram alguns drenos
danificados, pilar com armadura oxidando juntamente com a presena de cupins e diversas
manchas de umidade. O problema de maior gravidade a sapata da fundao escavada e
perdendoreadecontatocomosolodeacordocomafigura11.
Figura11Fundaocomabaseescavada
PONTE11
Aponte11pertenceaoKM96daBR412coordenadas73600.9S364840.2W,esta
foianicaponteondeseidentificoualgumtipodemanutenodelimpezaporemeravisvela
faltademanutenoestrutural,identificadapelacorrosopresenteemarmaduras,manchasde
umidade, morcegos e cupins tambm habitavam o local, os drenos desta se encontravam
totalmentedestrudoscomdimetrosuperioraoideal,tornandosepropicioaacidentestantode
animaiscomodepessoas,vistonafigura12.
Figura12Sistemadedrenagemmaldimensionadoedeteriorado
PONTE12
Aponte12estnokm95daBR412coordenadas73532.9S364813.4W,portadora
de diversas anomalias patolgicas, esta estrutura tem como principal destaque as diversas
manchasoriundasdacarbonataoedaumidade,queseestendemporgrandepartedamesma,
tambmencontradafissurasetrincasprximasaarmadurasoxidadas,aindapossuijuntasde
dilataodeterioradasediversosinsetoscomoformigasecupinsemsuaproximidade.
Figura13Manchasdeumidadeecarbonatao
PONTE13
Figura14Passareladepedestresdeteriorado
CONCLUSO
Diantedoquefoidescrito,observaseafaltadeumamanutenoperidicanaspontes
averiguadas,tornandoseevidenteototalouparcialabandonodasobrasdeartesvisitadas,nas
quaissoperceptveispatologiasdediversasnaturezascomo,errodeprojeto,falhanaexecuo
epatologiasbiolgicas.
Algumas das patologias constatadas encontramse em fase inicial podendo assim ser
reversveis com pequenas aes corretivas e de baixo custo, caso as obras no recebam os
devidoscuidadosereparososproblemastendemasedesenvolveremateatingirempatamares
de alta degradao necessitando assim de medidas corretivas de maior dificuldade e
consequentementecomelevadoscustos.
REFERNCIAS
1. ABNT. NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto: procedimentos. Rio de Janeiro,
2003.170p.
2. ABNT.NBR9452VistoriasdePonteseViadutosdeCoreto1986.
3. CRUZ,PauloJ.S.Inspeco,diagnstico,conservaoemonitorizaodepontes,2006.
UniversidadedoMinho.
4. FREITAS,Moacyrde.PONTESIntroduogeralDefinies.EPUSPPREF/401,1978.
7. LOURENO,L.C.Anlisedacorrosoemestruturasdepontesmetlicaseemconcreto
armado.DissertaodeMestrado.UFF.(2007).
8. NORMADNIT 083/2006.TratamentodetrincasefissurasEspecificaodeservio.ES.
RiodeJaneiro,2006.
9. TEJEDOR,CristinaMayn.Patologias,recuperaoereforocomprotensoexternaem
estruturas de pontes / Cristina Mayn Tejedor Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola
Politcnica,2013.
ANLISEDETCNICASDEMELHORAMENTODOSOLOCOMUSODERESDUOSDEDEMOLIO
E.S.R.Guedes(PQ);A.V. S. Melo (PQ)2;L.S. Dorna (IC)3
InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CoordenadoriadeEngenhariaCivilCampusAracaju;2InstitutoFederalde
Sergipe(IFS)CoordenadoriadeEngenhariaCivilCampusAracaju;3InstitutoFederaldeSergipe(IFS)Campus
Aracajuemail:emilianarezende@hotmail.com;avsmelo@yahoo.com.br;laradorna@hotmail.com
1
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Aexecuodeobrassobresoloscompressveis,devidoa
escassez de reas com subsolo de melhor qualidade,
um desafio cada vez mais freqente na engenharia.
Patologias podem ocorrer, quando do mau
dimensionamento das estruturas de fundao. Isto foi
observadonoInstitutoFederaldeSergipeCampusSo
Cristvo, tendo como alternativa a demolio dos
mesmos. Com a inteno de proporcionar um destino
ecologicamente correto aos resduos de construo e
analisaromelhoramentodosololocal,foramrealizadas
misturas entre o solo natural e agregado reciclado de
concreto em diferentes propores, como tcnica de
melhoramentodesolo.
PALAVRASCHAVE:Soloscompressveis,Fundaes,ResduosdeConstruo.
ANALYSISTECHNIQUESTOIMPROVESOILUSINGWASTEOFDEMOLITION
ABSTRACT
KEYWORDS:Compressiblesoils,Foundations,ConstructionWaste.
ANLISEDETCNICASDEMELHORAMENTODOSOLOCOMUSODERESDUOSDEDEMOLIO
1. INTRODUO
Para a construo sobre solos compressveis, duas condies devem ser atendidas: garantiada
estabilidade (evitando a ruptura das fundaes) e manuteno das deformaes (dentro dos
limitesadequadoscomotipodeobra).Emdiversasocasiestornasenecessrioarealizaode
tcnicas de melhoramento do solo quando este, em seu estado natural, no possibilita o
assentamento de fundaes diretas de forma que atendam as condies prestabelecidas em
norma.
NoestadodeSergipetambmcomumaocorrnciadessetipodesolo.Entreasreaspropcias
emseencontraressetipodematerial,destacaseosubsolodomunicpiodeSoCristvo,onde
nestesituaseumdosCampidoInstitutoFederaldeSergipe.
UmdosmaioresproblemassofridospelasantigasenovasedificaesdoCampusSoCristvo
a ocorrncia de patologias diversas, como foi estudado por SALVATI et al. (2012), provocadas
tambmporrecalquesdiferenciaisdafundao,ocasionandocomomedidasparamelhoramento
daestruturafsicadoCampusademoliodosprdioscomprometidos,gerandocomissouma
quantidadesignificativaderesduosslidospossivelmentelanadosaomeioambiente,
No intuito de evitar prticas de demolies de construes devido ocorrncia de patologias
geradasporproblemascomasfundaesdeedificaestantonoCampusSoCristvo,quanto
em regies circunvizinhas, de extrema necessidade o conhecimento das caractersticas de
compressibilidadedosololocal.Almdisso,defundamentalimportnciabuscarumfimparaos
resduos gerados na demolio dos prdios que j foram afetados pela deformao do solo
atravsdoestudodousodestesmateriaisemtcnicasdemelhoramentodosolodefundao.
2. MATERIAISEMTODOS
ParaoestudodocomportamentodosoloencontradonoInstitutoFederaldeSergipeCampus
So Cristvo foram coletadas amostras de material deformado e indeformado do solo de
fundao.AFigura1apresentaumesquemadecoletadeamostrasindeformadas,utilizandoo
cilindrodecravao.
Os resduos de concreto utilizados para anlise foram de corpos de prova de concreto
provenientesdeoutrosestudosrealizadosnocampusAracaju,queforamtrituradosatravsde
britadordemandbulaparaposterioremprego.
Duasdiferentesproporesdemisturasforamadotadas,combasenosestudosdeCavalcanteet
al.(2006,apudFujii,2012),entreosolonaturaleoagregadodeconcretoreciclado(ARC).Assim,
realizouseumacampanhadeensaiosparaascondiesseguintes:
a) Semmistura:100%desolonatural;
b) Mistura1:37%desolonatural+63%deARC;
c) Mistura2:50%desolonaturale50%deARC.
Figura1ColetadaamostraindeformadanocampusSoCristvo.
Para cada condio do material (Sem mistura, Mistura 1 e Mistura 2), procurouse realizar os
ensaios bsicos de caracterizao dos solos, bem como a determinao da umidade tima dos
materiaiseanlisedocomportamentodecompressibilidade.OQuadro1apresentaacampanha
deensaiosrealizadanestetrabalho.
Quadro1Relaoenmerodeensaiosrealizadoscomasmisturas.
ENSAIO
SOLO
DensidadeRealdosGros
MISTURAS
63%RESDUO
50%RESDUO
AnliseGranulomtrica
LimitesdeAtterberg
Compactao
Adensamento
Quadro2Resultadosdosensaiosdecaracterizao.
ENSAIO
SOLO
DensidadeReal
dosGros(g/cm)
Anlise
Granulomtrica
Limites
de
Atterberg
MISTURAS
63%RESDUO
50%RESDUO
2.720
2.680
2.520
Cu=2.5
Cu=12.86
Cu=22.86
LL
68%
45%
38%
LP
28%
23%
21%
LC
18%
14%
19%
IP
41%
22%
17%
3. RESULTADOSEDISCUSSES
Com todos os dados foi feita a comparao entre as caractersticas e comportamento do solo
natural e deste solo com adio de 37 % e 50 % de agregado reciclado de concreto, e assim
avaliadaaeficciadestatcnica.
Os ensaios de compactao das amostras que sofreram adio do agregado reciclado de
concreto apresentaram dificuldade na execuo e obteno dos seus resultados, sendo
necessriasrepetidascompactaes.Comaadiodoagregadorecicladodeconcreto,oteorde
umidade foi reduzido e a densidade aparente seca aumentou, como mostra a Figura 2, onde
quanto mais agregado reciclado de concreto foi adicionado, maior alterao nas propriedades
sofreu.
Figura2Comparativoentreascurvasdecompactao(Dorna,2014).
Apartirdoensaiodeadensamentoobservousemelhoranosurgimentoderecalquedosoloem
relaoaotempodeaplicaodecargaaoadicionar37%deagregadorecicladoaosolonatural,
o que pode ser visualizado na Figura 3 (Mtodo de Taylor), onde a amostra referente ao solo
naturallevaumperododetempoelevadoparaestabilizaodosrecalques,enquantoaamostra
composta de 37 % de ARC e 63 % de solo natural tem seus recalques estabilizados mais
rapidamente. No entanto a amostra com o ARC apresenta recalque superior em relao ao
sofridonoadensamentodaamostrade100%desolo.
Figura3Comparativoentreascurvasdeadensamento(Dorna,2014).
Nos outros ensaios realizados tambm foi observada melhora nas caractersticas e
comportamento da amostra com adio de concreto reciclado, obtendo melhores resultados
comadiode50%deagregadodeconcretoreciclado.
Assim, o melhoramento do solo de fundao com a adio de agregado reciclado mostrouse
vlida,ondeatravsdessesdadospossvelcomprovaramelhoriadaspropriedadesdosolocom
a utilizao desta tcnica, que deve ser estudada do ponto de vista do custobenefcio de sua
implantao,almdeseestudardeformamaisprofundaamelhorrelaodeproporoentreo
soloeoagregadorecicladoutilizado.
4. CONCLUSES
Atravs deste projeto foi possvel propor uma nova tcnica de melhoramento do solo a ser
utilizadoparafundaoemostrarqueelavlida,almderecomendarumanovadisposiodos
resduosdeconstruooudemoliodeformasustentvel.
Comoformadetrazermaisbenefciosaomeioambiente,sugereseumnovoestudocomusode
outros tipos de agregados reciclados, como exemplo o agregado reciclado misto, composto
basicamentedeblocoscermicos,almdeavaliarnovasproporesentresoloeagregado.Um
estudoespecficodocomportamentodasamostrasdesolocomadiodeagregadorecicladode
concreto nos ensaios de compactao tambm sugerido, assim como a realizao de mais
ensaiosdeadensamento,principalmentecomaproporode50%desoloe50%deagregado
recicladodeconcreto,quenofoipossvelrealizardevidoaocurtotempo.
A caracterstica de fluncia do solo no ensaio de adensamento tambm poder ser analisada
maisafundo,poisocomportamentodosoloemrespostaaocarregamentoaplicadonoensaio
apresentafortescaractersticasdefluncia.
REFERNCIAS
SALVATI,M.E.P.;FERREIRA,W.;SANTOS,J.S.A.;SANTOS,E.W.F.;MELO,A.V.S.Estudosobreo
estado de conservao das edificaes em concreto armado do campus So Cristvo IFS:
Levantamento de manifestaes patolgicas. Artigo publicado no CONNEPI2012. Instituto
FederaldeSergipe,Aracaju,SE,2012.
FUJII, L. M. T. Estudo de misturas de solo, RCD e cal virgem e hidratada para uso em obras
rodovirias.DissertaodeMestradoUniversidadeFederaldeBraslia,Braslia,DF,2012.
DORNA,L.S.Anlisedomelhoramentodesoloargilosocomadioderesduodedemolio.
TrabalhodeConclusodeCursoInstitutoFederaldeSergipe,Aracaju,SE,2014.
VANTAGENSDAAPLICAODOSISTEMACONSTRUTIVOLIGHTWOODFRAMENOPROGRAMA
MINHACASA,MINHAVIDAPMCMV
AlessandroFerreiradaSilva(IC);riclesFerreiradaSilvaOliveira (IC)2;WanderleydeLimaPereira (IC) 3;
VernerMaxLigerdeMelloMonteiro(PQ)4
123
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSoGonalodoAmarante4ProfessordeDesenho
eCAD,MsC.ArquitetoeUrbanista,InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSoGonalodo
Amarante.email:1alessandro.ferreira10@outlook.com2ericles.ferreira@outlook.com3
wanderley.dlp@hotmail.com4verner.monteiro@ifrn.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Comosurgimentodenovastecnologiasasconstrues
necessitam cada vez mais da utilizao de sistemas
construtivos que aliem resistncia e rapidez, com
diferencialcompetitivo,mercadolgicoeprincipalmente
que no cause tantos danos ao meio ambiente. Um
sistemaconstrutivoqueatendeaestasnecessidadeso
light wood frame, que vemganhando espao no Brasil,
por ser um sistema leve, estruturado em perfis de
madeirareflorestadatratada,quealmdepossibilitara
construo de casas de at cinco pavimentos, permite
umamontagemrpidae controledoscustos jna fase
doprojeto,porserumprodutoindustrializado.Devidoa
PALAVRASCHAVE:WoodLightFrame,Alvenaria,PMCMV
THEADVANTAGESOFLIGHTWOODFRAMEBUILDINGSYSTEMINTHEMINHACASA,MINHA
VIDAPROGRAM.
ABSTRACT
KEYWORDS:WoodLightFrame,brickwork,PMCMV
VANTAGENSDAAPLICAODOSISTEMACONSTRUTIVOLIGHTWOODFRAMENOPROGRAMA
MINHACASA,MINHAVIDAPMCMV
INTRODUO
Atualmente uma casa para ser considerada ideal, de acordo com POWELL, TILOTTA E
MARTISON (2008), deve ser confortvel, segura, resistente a desastres, durvel, eficiente e,
sobretudo,sustentvel,assumindoassimumpapelderelevncianodiaadiadoproprietrioeda
sociedade. Apesar das vrias tecnologias existentes para propiciar uma residncia que tenha
comocaractersticasositenscitados,noBrasilaindaseutilizaomesmoprocessoconstrutivode
suacolonizao,afirmaMolina(2010).
OPrograma MinhaCasa,Minha Vida PMCMV, foi desenvolvido pelogovernofederalem
parceriacomaCaixaEconmicaFederal,comafinalidadedeminimizarodficithabitacionaldo
pas.E,paraamelhorresoluodoprograma,foraminvestidos328,1bilhesdereaisnessesetor
entre os anos de 2011 e 2013. Como resultado foram entregues cerca de 1,51 milhes de
moradias por todo o territrio. Porm esse nmero ainda no o suficiente, em virtude da
aplicao de mtodos construtivos arcaicos, que geram maior despesa. Fonte:
http://www.feiraodacaixa2013br.com.br/cadastrominhacasaminhavida2013
Este trabalho objetiva a elaborao de uma anlise comparativa entre as aplicaes,
vantagens e desvantagens do sistema construtivo Light Wood Frame, em relao ao sistema
construtivo em alvenaria tradicional, utilizadono Programa Minha Casa, Minha Vida. Paraisso,
foiconstrudaumatabeladeformaaestabeleceroscritriosquemaisinterferemnaexecuo
de sistemas tradicionais de construo e do sistema Light Wood Frame LWF, levandose em
conta a atualizao dos valores monetrios de base do ano de 2008 e a sua atualizao.
Considerouse,ainda,atabeladoINCCdaFGV,paraqueseobtivesseumequilbriodasvariveis
monetriasdecomparao.
PROCEDIMENTOSMETODOLGICOS
Esteprojetodecunhoprescritivo,noqualfoiutilizadorevisodeliteraturaemteses,
dissertaes, monografias, sites especializados e artigos cientficos, a fim de proporcionar
comparativosentreasaplicaes,vantagensedesvantagensdosistemaconstrutivoLightWood
Frame, em relao aos sistemas construtivos em alvenaria de blocos cermicos. Como
metodologiadetrabalho,foielaboradoumquadrocomparativoentredoisprojetos:otipoA,que
tratase de um projeto genrico e considera a sua execuo em sistemas tradicionais de
construo,eotipoB,ondepartiudomesmoprojetodotipoanterior,comadiferenaparaa
aplicaodosistemaconstrutivo,queconsideraoLightWoodFrame.
ProjetoTipoA
OprojetodotipoAconsisteemumaresidnciadedoisdormitrios,conformeexpostona
Figura1,queseutilizadomtodoconstrutivoemalvenariatradicional.Esteprojetofoiextrado
do estudo realizado por SOUZA (2013), e de acordo com MARTINS (2009) o sistema utilizado
neste projeto consiste na construo de paredes e muros, ou obras semelhantes, executadas
com pedras naturais, tijolos ou blocos unidos entre si com ou sem argamassa da ligao em
fiadas horizontais ou sem camadas parecidas, que se repetem sobrepondose sobre as outras
formandoumconjuntorgidoecoeso.ComoexemplodessetipodeconstruotemosaFigura2
quedemostraolevantamentodeparedesdeumaedificao.
Figura1PlantabaixadaedificaoTipoA
a)
b)
Figura2Alvenariatradicional:a)baixaqualidadedaexecuoedosmateriais,b)
Deficinciadepadronizao
Esteprojetoconsistenaconstruoporalvenariatradicional,comoexpostonasfiguras2
e3,sendocaracterizadopelodficitdafiscalizao,queacarretaprejuzosaosistemacomo:o
desperdcio de matrias e falta de planejamento, onde paredes so seccionadas planejamento
prvio para a passagem de instalaes. Outro fator a quebra de tijolos no transporte ou na
execuo.Umaprovadissosoosaltosnmerosdeentulhosgeradosporestasobras,emque
aceitvelousodeumamodeobrapoucoqualificada,quemuitasvezesexecutaserviosque
demandam qualificao tcnica profissional. Isso traz como resultado geral problemas na
qualidadeobra,proporcionandoumadificuldadenapadronizaodascasas.
ProjetoTipoB
OprojetodotipoBtemamesmasoluoespacialdeprojetodotipoA(Figura1),porm
com a aplicao da tecnologia construtiva do Light Wood Frame. Esse tipo de construo tem
incionaindstriaondeamadeirarecebeotratamentonecessrioparaquepossaserutilizada
paraaconstruo,emseguidasoformadasasparedesdeacordocomosolicitadopeloprojeto
etransportadasparaolocaldaobra,ondeoprocessodeconstruoiniciasecomamarcao,e
levantamentodasparedesemLightWoodFrame,emseguidafeitoumreforometlicopara
obter uma melhor durabilidade, resistncia e qualidade, logo so colocadas chapas de
compensadonasparedesexternas,tambmpodemserusadasplacasOSBHOME,porseremalto
clavadasaprximaetapaconsistenaaplicaodeprotetoresmetlicosparainstalaeseltricas
e hidrulicas em seguida sobreposto um revestimento com manta asfltica, que tem como
funoisolaraumidadeeacondensaodocontatocomamadeira,depoisrevestesecomEPS,
entretantoexisteminmerosoutrosrevestimento,temcomofinalidadeoisolamentotrmicoe
acstico,apsaplicadoumatelaeoacabamentocomcimentodandoovisualdealvenaria,na
penltima etapa a residncia pintada e ao final aplicado o Dry Wall para o acabamento
interno,possibilitandoaotimizaodoespao.NaFigura3possvelvisualizaracolocaoda
lajedeumaresidnciaemLightWoodFrame.
Figura3FotodafasedemontagemdecasaemLightWoodFrame.
O sistema construtivo Light Wood Frame consiste em uma forma mais eficiente,
industrializada,rpidaesustentveldeconstruo.Todasasparedes,lajesecobertura
podem ser produzidas em fbrica, com controle industrial de produo. Dentro da
parede fica a estrutura em madeira auto clavada para proteo total contra cupim e
umidade. Nas duas faces so fixadas chapas estruturais de OSB. Na face externa so
fixadas chapas de cimento e sobre elas qualquer tipo de revestimento. As lajes e
coberturas tambm so produzidas em fbrica. Todos estes elementos recebem
isolamentotrmicoeacsticointegral.
Disponvel em: http://www.brasilengenharia.com/portal/construcao/5666woodframe
recebeconcessodacaixaeconomicafederalvisandooestimuloanovastecnologias.
Emanlisedosdoistiposapresentados,observamseasdiferenasexistentesentresostipos,
principalmentenotocanteaosdiferentesnveisderacionalizaodaconstruo,jqueotipoA
considera tcnica construtiva de alto desperdcio de material, enquanto que o tipo B j nasce
com o propsito de utilizao de elementos que resulta em um canteiro de obras limpo, sem
desperdciodeelementosconstrutivos.
RESULTADOSEDISCUSSO
Atravs da apresentao dos dois sistemas construtivos dos projetos tipo A e B, foram
analisados os seguintes parmetros individualmente em cada caso: custo da obra; tempo de
durao dos processos construtivos, para demonstrando a diferena financeira; e o tempo de
execuoentreossistemas.Valesalientarqueosdadosdecustosforamextradosdoestudode
Martins(2009),eseusvaloresatualizadosaoanocorrente,combasenosndicesfornecidospelo
INCCeCUBdoestadodoRioGrandedoNorte.
Quadro1Comparativodoscritriosestudados
Sistema
Construtivo
Custode
Mode
Custode
Material
Custo
Total
Tempo
de
Obra
EdificaoTipoA
Execuo
AlvenariaTradicional
R$
15.300,00
R$
38.015,00
R$9.180,00
R$
34.388,00
R$
58.820,00
(Total/mR$
1.153,33)
30a40
Dias
EdificaoTipoB
LightWoodFrame
R$
49.073,00
(Total/mR$
962,22)
22a30
Dias
para2anose3meses.Assim,podeseconstatarqueaaplicaodolightwoodframe,possibilita
ummaiornmeroderesidnciasconstrudas,comtempodeexecuomaisrpido.Emaiscasas
construdas devido ao melhor aproveitamento financeiro, que acarreta o maior nmero de
pessoastendocasasprpriasemummenortempo,diminuindoodficithabitacionaldopas.
REFERNCIAS
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unifamiliarnossistemasconstrutivosdealvenariamadeiradeleiewoodframe> Acesso em: 13 maio.
2014.
ESTUDODOTRATAMENTODAGUADEAMASSAMENTODOCONCRETOUTILIZANDOACAL
HIDRATADA
(PQ)Pesquisador
(EC)EngenheiroCivil
(TC)TecnlogoemConstruodeEdifcios
RESUMO
PALAVRASCHAVE:tratamento,gua,calhidratada,concreto.
TREATMENTSTUDYOFTHEMIXINGWATEROFCONCRETEUSINGHYDRATEDWHITEWASH
ABSTRACT
KEYWORDS:treatment,water,hydratedwhitewash,concrete.
ESTUDODOTRATAMENTODAGUADEAMASSAMENTODOCONCRETOUTILIZANDOACAL
HIDRATADA
INTRODUO
A escassez de gua tem se tornado algo alarmante para todas as pessoas em todo o
mundo,poisapesardenossoplanetaserconhecidocomoplanetagua,97,5%delaseencontra
em oceanos e mares, restando somente 2,5% de gua doce. Segundo a Agncia Nacional de
guas ANA (2011), 26% de gua potvel so de consumo urbano, sendo que o setor de
infraestruturaeconstruocivilresponsvelpeloconsumode16%desta.
A gua essencial para a construo civil, visto que impossvel misturar os materiais
semagua.Segundoengenheirosciviseconstrutoresosserviosdealvenaria,revestimentoe
concreto so responsveis pelo alto consumo de gua. Este insumo responsvel pela
homogeneizao e trabalhabilidade do concreto, alm das reaes de endurecimento,
resistncia,aparecimentodeeflorescnciaecorrosodaarmadura.
Umaconstruoquedureumanodeobraconsomeaproximadamente1500mdegua,
sendo cerca de 160m destinados para o consumo no canteiro de obras, o que resultaria num
gastodequaseR$18500,00comaguafornecidapelacompanhiadeabastecimento.Estimase
queaguacorrespondea0.16%docustototaldaobra.
A norma da ABNT NBR 15900:2009 classifica as guas como: Potvel de abastecimento
pblico, Recuperada da fabricao de concreto, Oriunda de fontes subterrneas, Natural de
superfcie, Captada de escoamento pluvial, Residual industrial, Salobra, Oriunda de esgoto e
estaodetratamentodeesgoto.
ATabela1define,deacordocomamesmanorma,critriospreliminaresparaqueagua
sejaaceitaparaaconstruocivil:
Tabela1Condiesfsicaspreliminaresdeaceitaodagua
ESPECIFICAO
CONDIO
cidos
Deveserinodoraenoapresentarodordesulfeto
dehidrognioapsadiodecidoclordrico
Detergentes
leosegorduras
Semtraosvisveis
Resduoorgnico
Acordaamostradevesermaisclaraouigualaps
adiodehidrxidodesdio
Resduoslido
Mximode50000mg/L
FonteABNTNBR15900:2009
Tabela2Concentraomximadecompostosqumicos
ESPECIFICAESQUMICAS
TEORESMXIMOS
cidosulfdrico(H2S)
15p.p.m.
Aucares
5mg/dm3
lcalis
1500mg/L
Cloretos(Cl2)
500mg/dm3
Sulfatos(SO4)
300mg/dm3
Dixidodecarbono(CO2)
10p.p.m.
FonteABNTNBR15900:2009
Tendo em vista a escassez deste recurso hdrico to precioso para nossa sobrevivncia,
surge a necessidade de se criar mtodos para tentar solucionar o problema. importante
salientarquejexistemmuitasformasdetratamentoereusodagua,maspoucasseaplicam
construocivil.
Naconstruocivilacalhidratadautilizadaemargamassasporapresentaraumentoda
resistnciamecnica,diminuiodacompacidade(volumedevazios),facilidadedemanuseioe
aoimpermeabilizante.
METODOLOGIA
Foram coletadas amostras de reservatrios naturais de gua de cidades do agreste
alagoano.EmQuebranguloacoletafoifeitaemaude,aFigura1mostraacoloraodessagua;
emIgaciaamostrafoicoletadaembarragem,nafigura2notaseaturbidezdaamostra.
Figura1Amostradegua
deQuebrangulo(Acervodo
grupo)
Figura2Amostrade
guadeIgaci(Acervo
dogrupo)
Para os testes qumicos foram utilizados 100mL de gua de cada amostra. Foram feitos
testes de pH, pOH e floculao realizados no Laboratrio de Qumica do Instituto Federal de
Educao, Cincia e Tecnologia de Alagoas (IFAL) Campus Palmeira dos ndios. Para efeito de
comparaoforamrealizadostestesdepHantesedepoisdaadiodediferentesquantidades
dohidrxidodeclcio.ParaestestestesfoiutilizadotantoumpHmetrodigitalquantofitasde
pH.Aturbidezfoideterminadaapartirdeestudostericosbaseadoscomcomparaoemoutros
estudos.OstestesdepOHforamdeterminadospormeiodaseguinteequao:
equao(1)
Depoisdeobtidaacalesteprodutohidratado,conformemostraaequao3:
equao(3)
Adeterminaodapresenadecloretosfeitaapartirdacalhidratadaqueproduzida
por meio da reao qumica mostrada na equao 3. A referida determinao de cloretos na
dissociaodohidrxidodeclciorepresentadanaequao4.
equao(4)
Ondenaequao4podeservistoquenohformaodesais,elementoestequetem
potencialagressivoasarmadurasquecompemasestruturasdeconcretoarmado.
Apsostesteseestudosqumicos,foidadoincioaotestederesistnciadoconcreto.
RESULTADOSEDISCUSSES
Aps a realizao dos testes e resoluo das equaes foi possvel traar um perfil de
variaodopH,comomostradonogrficoaseguir:
Grfico1VariaodepH
Figura3Amostra1comresduoslidodecantado
(Acervodogrupo)
Amostra02:InicialmenteopHeraiguala7.12,decarterneutro,com3gdecalopHficouiguala
12.47ecom1,5g12.65.Estaamostraapresentougrandediminuiodaturbidez,comopodeser
vistonafoto4:
Figura4Amostra2comresduoslidodecantado
(Acervodogrupo)
Aalcalinidadedagua(pHbsico)formaumapelculaprotetoranasarmadurasqueage
contra carbonatao. Esta pelcula formada a partir da reao de hidratao do silicato de
clcioquepreencheporosdoconcreto,tendoapassivaodoao.
Natabela3podemservistososresultadosdosensaiosderupturadoscorposdeprova:
Tabela3Resultadosdoensaioderupturadoscorposdeprovacomresistnciasexpressasem
MegaPascal(MPa)
CORPODEPROVA
RESISTNCIA
MDIA(fcm)
gua
de Semtratamento 26,36
Quebrangulo Comtratamento 29,08
gua
Igaci
de Semtratamento 26,8
Comtratamento 27,22
guadeabastecimentopblico
43,89
DESVIOPADRO(Sd)
RESISTNCIA
CARACTERSTICA(fck)
1,93
23,2
2,4
25,15
1,72
23,98
2,65
22,87
2,29
40,14
FonteLaboratriodeMateriaisdeConstruoeSolosdoIFALCampusPalmeiradosndios
CONCLUSO
Aguatratadaapresentougrandereduodaspartculasemsuspenso,assimcomopH
bsico,favorvelaproteodearmadurasdoconcreto.
REFERNCIASBIBLIOGRFICAS
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<http://www.cimentoitambe.com.br/guatornaseestrategicanaconstrucaocivil/>.
CAPACITAODACOMUNIDADEEMINSTALAESHIDROSANITRIASPARAODIAADIA
N.M.deSousa(IC);I.R.Albuquerque(IC);W.L.B.Ribeiro(PQ);W.O.Brito(PQ);B.J.S.Silva(PQ)2
1
InstitutoFederaldaParaiba(IFPB)CampusMonteiro,2InstitutoFederaldaParaiba(IFPB)Campus
Cajazeirasemail:nilberte.muniz@gmail.com;walter.ribeiro@ifpb.edu.br;
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Capacitao,Instalaeshidrosanitrias,MonteiroPB,Extenso.
COMMUNITYCAPACITATIONINHYDROSANITARYSYSTEMSFORDAILY
ABSTRACT
projectors,audio/visualresources,printedmaterialsand
classroom practices, carried out in the laboratory of
hydrosanitarysystemsoftheIFPB.Duringtherealization
of the course the materials were presented and
characterized as well as how to use them for better
understanding and knowledge of the participants. The
qualification provided the exchange of knowledge,
information and experiences between the community
and the students, showing that it is possible to acquire
new knowledge even in different social contexts. Also
providedtothestudentsinvolvedintheprogram'sfirst
contact with the teaching and to use methodologies to
leadthethemes.
KEYWORDS:Training,hydrosanitary,MonteiroPB,Extension.
CAPACITAODACOMUNIDADEEMINSTALAESHIDROSANITRIASPARAODIAADIA
Este trabalho teve como ponto de partida um de extenso pertencente ao Programa de
Prestao de Servio comunidade que objetiva com a participao de discentes bolsistas e
voluntriosdoIFPBsobacoordenaodeumservidor,promovercapacitaesparabenefcio
socialdacomunidadequecercaoIFPB,naexpectativadedemocratizaroacessoinformaoe
promover a qualificao profissional e a cidadania. Atravs deste Programa, o IFPB vem
contribuindo com a integrao social dos que ainda so afastadas do direito de acesso s
informaes,qualificaoprofissionalecidadania.
O projeto tinha como pblico alvo as comunidades internas (alunos e servidores) e externas
(moradores e trabalhadores do Municpio) e foi intitulado "Capacitao da comunidade em
instalaeshidrossanitriasparaodiaadia"oqualconsistiuemapresentartemasrelacionados
utilizao e manuteno em instalaes hidrossanitrias para os participantes. Este projeto
teve como objetivo orientar as comunidades de como instalar e corrigir pequenos problemas
nestas instalaes atravs de aulas tericas e prticas, atentando para o reaproveitamento da
gua,usodemateriaisalternativoseminimizaodedesperdcios.
As atividades feitas neste programa serviram para a compreenso terica e prtica dos
participantes,umavezquepoderodispensaroauxliodeterceirospararealizarmanutenoe
fazer pequenos reparos nas instalaes hidrulicas e sanitrias, estimulando assim, novas
habilidadesaosparticipantes.Almdisso,podercontribuirparaempregabilidadedosmesmosao
despertarinteressesparaoaprofundamentonoassunto.
Destaforma,estetrabalhoobjetivaapresentarasexperinciasvivenciadasnesteprojeto,onde
serabordadoaquestometodolgicaeosresultadosalcanadostantonoplanejamentoquanto
naaplicaodocurso.
REFERNCIALTERICO
AConstituiodaRepblicaFederativadoBrasilde1988dizqueaeducaodefinidacomoum
direitodetodosedeverdoEstadoedafamlia,objetivandooplenodesenvolvimentodapessoa,
seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o trabalho. Ainda na
Constituio, o artigo 207 determina que as universidades gozem de autonomia didtico
cientfica,administrativaedegestofinanceiraepatrimonial,equedevemobedeceraoprincpio
daindissociabilidadeentreensino,pesquisaeextenso.
Atualmente,deacordocomosdadosdaTratabrasil,49,4%dosbrasileirosnotemacessorede
geraldeesgoto.AscidadesparaibanasCampinaGrandeeJooPessoatemndicede69%e
50%deatendimentototaldeesgotos,respectivamente.Issonospermiteafirmarqueapesarde
terevoludo muitos nos ltimos anos, o Brasilainda tem srio problemas de sade pblica em
virtude da falta de saneamento. Muitas pessoas morrem, ou so hospitalizadas com doenas
ocasionadaspelafaltadesserecurso.Aquestodosaneamentobsicoumproblemaurbanoe
ambiental,esemdvidasumdospioresserviospblicosdopas.
DeacordocomPrado(2000)existemalgumascompanhiasdeguacomoaSABESP(Serviode
guas do Estado de So Paulo) que esto preocupadas com a questo ambiental e adotaram
como poltica que para confrontar o crescimento do consumo no bastava proliferao
indiscriminadadenovascaptaes,masqueerafundamentalatacarosdesperdcios,oquevem
se mostrando economicamente mais vivel em diversos projetos de iniciativas desta empresa.
Almdasredesurbanas,outroraconsideradasanicafontededesperdcio,percebeusequeas
tubulaeseequipamentosdosedifcios,apesardeconduziremguajpagapelousuriofinal,
soresponsveisporperdassignificativas.
Instalaohidrossanitriarepresentadacomoumconjuntodeinstalaescomafinalidadede
fornecer gua na quantidade e qualidade necessria para atender as necessidades de uma
populao(Neto,2007apudTANAKA,1986eCREDER,1991)Essasinstalaeshidrulicasesto
compreendidasem:
Instalaeshidrulicasdeguafria:consisteemtubulaeseconexesquerecebemas
guasvindasdasconcessionrias,afimdeabastecerresidncias;
Instalaeshidrulicasdeguaquente:soinstalaesdesenvolvidaspararecebergua
emtemperaturaelevadas,suautilizaosedemlocaisfrios,ouindstriasquetrabalhamcom
guaquente.
Instalaesdeguaspluviais:sosistemasquecaptamedirecionamguasderivadasde
precipitaespluviomtricas(chuva);
METODOLOGIA
Acapacitaofoidivididaemduaspartes:tericaeprtica.Asaulastericasforamministradas
com auxlio de data show, recursos audiovisuais e materiais impressos. As aulas foram
expositivas e dialogadas para contribuir com o conhecimento do cotidiano dos participantes e
estimularadiscussonasaladeaula.
As aulas prticas tiveram o uso dos materiais utilizados nas instalaes para demonstrao
prtica de como utilizlos, desta forma pdese observar uma melhor aprendizagem dos
participantes.AsaulasforamministradasnasdependnciasdoIFPBCampusMonteiro.
Foramabordadososseguintestemas:Saneamentobsico,instalaeshidrulicasdeguafria,de
guaquente,deguaspluviaisedeesgotamentosanitrio.Aofinaldecadaaulaforamaplicados
avaliaes de aprendizagem em forma de exerccios e discusses, que tiveram como objetivo
analisaraaprendizagemdosparticipantes.
RESULTADOSEDISCUSSO
Iniciouseacapacitaocomsaneamentobsico.Osparticipantesforamestimuladosafalarem
sobre o que compreendiam sobre o saneamento bsico, entretanto no conseguiam definir o
conceito,destaformafoiapresentadoocontedoprogramticoeemseguidadialogadoemsala.
Foi mostrado na aula para os participantes alguns dados alarmantes sobre a situao do
saneamentobsiconoBrasil:quantidadedeesgotoproduzidos,quantidadesdeesgotorecolhido
e tratado, qualidade das guas que abastecemas residncias, dados sobre mortalidade infantil
devido doenas que so provenientes da falta de saneamento bsico, enfim, todos os dados
queinfluenciamobemestardaspessoaseambientesemquevivem.
Comentouse tambm a lei n 11.445/07, para mostrar que existe legislao vigente, mas que
ainda existem grandes problemas com a abrangncia e disponibilidade desse servio. Assim,
julgase fundamental que sejam executadas um conjunto de aes das prprias pessoas com a
finalidade de proteo da populao, como ferver ou filtrar a gua antes do consumo e lavar
legumesnoscomgua,masadicionarvinagre,entreoutrasatitudes.
Na segunda aula foram apresentados os componentes do sistema de gua fria e os tipos de
abastecimentos onde os participantes do curso comentaram as formas de abastecimentos de
suas residncias, observandose que o abastecimento desta casa era um sistema misto. Foram
explicados os materiais mais utilizados na produo de tubos e conexes e reservatrios, e a
formacorretadefazerasexecuesdasjuntasbemcomoosreparosemvazamentos.
Noterceiroencontrofoiabordadooassuntorelacionadoautilizaodaguaquenteabordando
asmodalidadesdasinstalaes,ostiposdetuboseconexesondefoiapresentadoostiposde
matrias mais utilizados e os novos produtos desenvolvidos para esse tipo de servio, o que
levouumadiscussoentreosparticipantessobrequalmaterialeprodutoseriamaisvantajoso.
Ao abordar os tipos de sistemas de aquecimento de gua os participantes apresentaram
exemplosdesuasresidnciaspararepresentaroseuconhecimentosobreoassunto.
Emoutraaulaotemafoisobreasinstalaesdeesgotosanitrioondeforamvistososprincipais
objetivosdeumesgotosanitrioadequado,ostiposdesistemasoquegeroucontroversasentre
os participantes sobre a qualidade da rede pblica de esgoto. A termologia e a funo dos
componentes foi compreendida com mais facilidade entre os participantes por j terem tido
contatocomessetipodeinformao.Asdiferenasecaractersticasdascaixasdeinspeoede
gordura foram apresentadas bem como sua funcionalidade e necessidade de limpeza. As
caractersticas tcnicas dos tubos e conexes foram abordadas de acordo com a compreenso
dosparticipantesporteremapresentadoumacuriosidademaiorpeloassunto.
Para finalizar as aulas tericas, foi demonstrado as instalaes de guas pluviais onde os
participantestiverammaiorinteressenossistemasdedrenagemdasguaspluviaiseformasde
armazenamentoereutilizaodaguapluvial,fazendocomquetodosdemonstreminteressee
curiosidadessobreotema.AlmdaexposiodaNBR10844(1989)quefalasobreinstalaes
prediaisdeguaspluviaistambmfoidebatidosobrepavimentospermeveisondeestimuloua
curiosidadedealgunsparticipantesparaoassunto.
Por fim, na aula prtica realizada em laboratrio de instalaes hidrossanitrias, foi realizada
umaoficinaondehouveaexposiodoscomponentesdasinstalaodeguafriaedeesgotose
a forma correta de como realizar as juntas com procedimentos de acordo com o estabelecido
pelos fabricantes dos materiais e normas atravs da solda fria e junta elstica. Assim , os
participantesforamdivididosemgruposondecadagruporecebeuumprojetoquefoiexecutado
deacordocomoproposto.
Naavaliaodaoficinafoiverificado:
1)Interessenoassuntoemuitosquestionamentosparaesclarecimentodotema;
2)Aceitamentodaaulaplanejadasemanecessidadedeajustesdeltimahora;
3) Aproximadamente 70% dos participantes tinham conhecimento prvio da parte introdutria
doassunto,masdesconheciamostermostcnicos;
4)Osparticipantesdemonstraramempenhoparacolocaremprticaoconhecimentoadquirido;
5)Aulaadequadaaonveldosparticipantes;
6)Verificouseaansiedadedosparticipantesempremprticaosconhecimentosadquiridos.
CONSIDERAESFINAIS
Acapacitaofoiumaoportunidadedeestreitaroslaosentreauniversidadeeasociedade,j
que permitiu a comunidade acadmica aplicar os conhecimentos at ento construdos para o
benefciodasociedade.
Quanto aos objetivos do projeto, ao se apresentar de forma prtica os conceitos bsicos e a
utilizao de tcnicas, especificaes de materiais e dimensionamento de alguns elementos
segundo as normas tcnicas vigentes, adotouse de linguagem clara, simples e adequada ao
ambiente dos participantes, mostrandose satisfatrio, uma vez que as respostas obtidas nas
atividades em aula mostraram que eles captaram com bastante significncia os assuntos
abordados.
A capacitao proporcionou a troca de informaes e experincias entre a comunidade e os
alunosbolsistasevoluntrios,mostrandoquepossveladquirirnovosconhecimentosmesmo
em contextos sociais diferentes. Proporcionou tambm aos alunos envolvidos a experincia
docenteaoplanejaremaulas,seleodasmetodologiasparaconduzirosassuntosdeformatal
queomesmopudessesercompreendidopelosparticipantes.
REFERNCIAS
DISPOSIOINADEQUADADERESDUOSSLIDOSNOMUNICIPIODESANTAINSMA:Estudo
decasodosBairrosVilaParenteeJardimBraslia
FONTENELE,ELIS.R.R.eSANTOS,LORAINE.deO.L.dos2
ElisReginaRibeiroFontenele,CampusSantaInsInstitutoFederaldoMaranho,IFMA.
email:elisreginaexl@hotmail.com;2LorainedeOliveiraLaurisdosSantos,CampusMaracan
InstitutoFederaldoMaranho,IFMA.email:lorainelauris@ifma.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
O aumento acelerado da gerao de resduos slidos,
resultantedasatividadeshumanas,daconcentraode
pessoas e do aumento da produo individual de
rejeitosprovenientedoconsumodasociedade,justifica
a preocupao cada vez maior com o meio ambiente,
com a sade pblica e com a qualidade de vida da
populao.Nessecontexto,noMunicpiodeSantaIns
MA, , sem dvida, um dos grandes desafios a ser
enfrentadopelopoderpblico,principalmenteemnvel
municipal, uma vez que so de sua inteira
responsabilidadeagestoegerenciamentodosresduos
PALAVRASCHAVE:Disposioinadequada,ResduosSlidos.
IMPROPERDISPOSALOFSOLIDWASTEINTHEMUNICIPALITYOFSANTAINESMA:Thecaseof
JardimBrasliaandVilaParente.
ABSTRACT
The acceleration of solid waste generation, resulting
diagnosis of disposal sites inadequate solid waste
fromhumanactivities,theconcentrationofpeopleand
(MSW)intheneighborhoodsofJardimBrasliaandVila
increased individual production tailings from the
Parente of said municipality. The methodology
consumersociety,justifytheincreasingconcernforthe
consisted of field research in certain streets of the
environment, public health and the quality of life.
neighborhoods to identify points of irregular disposal
Inthiscontext,inthemunicipalityofSantaInesMA,is
wasaccountedforandthefrequencyofappearanceof
undoubtedlyoneofthegreatchallengestobefacedby
each type of waste ( as classified according to NBR
thepublicsector,especiallyatthemunicipallevel,since
1000/04).
they are your responsibility and the management of
solid waste management. This work to make the
KEYWORDS:PNRS,Filth,SolidWaste,Population,Lace.
DISPOSIOINADEQUADADERESDUOSSLIDOSNOMUNICIPIODESANTAINSMA:Estudo
decasodosBairrosVilaParenteeJardimBraslia
INTRODUO
Oaumentoaceleradodageraoderesduosslidos,resultantedasatividadeshumanas,
da concentrao de pessoas e do aumento da produo individual de rejeitos proveniente do
consumo da sociedade, justifica a preocupao cada vez maior com o meio ambiente, com a
sadepblicaecomaqualidadedevidadapopulao.
Nesse contexto, no Municpio de Santa Ins MA a problemtica dos resduos slidos
urbanos , sem dvida, um dos grandes desafios a ser enfrentado pelo poder pblico,
principalmenteemnvelmunicipal,umavezquesodesuainteiraresponsabilidadeagestoe
gerenciamento dos resduos slidos domiciliares. Sabese que o cenrio desejvel para essa
problemticaageraodelixocontrolada,areduodedesperdcios,amximareutilizaoe
reciclagemdosresduosslidoseauniversalizaodosserviosdelimpezaurbana.
MATERIALEMTODOS
OBJETODEESTUDO
Figura01:ImagemdesatlitedoNcleoUrbanodeSantaIns,2009.
LevantamentoeCaracterizaodosResduosSlidosUrbanos(RSU)
O levantamento dos Resduos Slidos Urbanos (RSU) dispostos inadequadamente foi
realizado no bairro do Jardim Braslia (o mais populoso) e no bairro Vila Parente (o menos
populoso), onde foram percorridas as ruas dos bairros para identificar os locais que possuam
resduos dispostos inadequadamente. No Bairro do Jardim Braslia foi analisada todas as ruas:
Rua Amazonas, Rua Cear, Rua Bahia, Rua Esprito Santo, Avenida Braslia, Rua Rio de Janeiro,
RuaSoPaulo,RuaParan,AvenidaGois,RuaSergipeeRuaRioGrandedoNorte.
NobairroVilaParente,tambmforamobservadastodasasruas:RuadaLiberdade,Rua
doCampo,RuadaChcara,RuaDoisIrmos,RuaAlamedaTelbloma,RuadaAlamedaeTravessa
Alameda.
OstiposderesduosforamclassificadosdeacordocomNBR10004/04(Aclassificaode
resduos envolve a identificao do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus
constituintes e caractersticas e acomparaodestes constituintes com listagensde resduose
substncias cujo impacto sade e ao meio ambiente conhecido. A identificao dos
constituintesaseremavaliadosnacaracterizaodoresduodevesercriteriosaeestabelecidade
acordo com as matriasprimas, os insumos e o processo que lhe deu origem). Os RSU foram
divididos em: Papel/papelo, Metal (alumnio e ao), Plstico, Matria orgnica, Volumosos
(mveis,eletrodomsticos)eResduodeConstruoeDemolio(RCD).
RESULTADOSEDISCUSSO
LevantamentoecaracterizaodeRSUnoBairroJardimBraslia(Maispopuloso)
Durante o levantamento de campo, observouse mais de 150 locais de disposio
inadequadadeRSUnosdoisbairrose95%doslogradourospossuampelomenosumpontode
disposioinadequadadeRSU,comomostraaFigura02.
DISPOSIODERESDUOSSLIDOS
COMRSU
SEMRSU
5%
95%
Figura02:RSUencontradosnoslogradourosdoBairroJardimBraslia,SantaInsMA,2014.
(a)
(c)
(b)
Figura03:DisposioinadequadadeRCD;(a)plsticoe(b)matriaorgnica;(c)papelo.
BairroJardimBraslia,SantaInsMA.
Apresenadematerialplsticopodeserentendidapelasmudanasnascaractersticasdos
resduosslidosquevemocorrendodesdeadcadadesessenta,pocaemquehouvesensvel
aumento de sua gerao, principalmente do lixo domstico, devido substituio de inmeros
produtos,quepassaram,apsoprimeirouso,dedurveisadescartveis(BANDEIRA,2010).
Um fato que chamou bastante ateno foi a quantidade exorbitante de Resduos de
ConstruoeDemolio,emumdosbairrospesquisados.
Sabese que a produo de resduos da construo de responsabilidade da fonte
produtora. No entanto, em Santa Ins, peculiar, pessoas realizarem construes por conta
prpria,semnenhumtipodeacompanhamento,logo,oresduoproduzidoporessasconstrues
ficageralmente,naportadesuasresidncias,(caladas),quealmdeimpossibilitarotrfegode
pessoasnascaladas,(muitasvezes,comprometeatumapartedarua),causapoluiovisual,
conformemostranasFiguras04(aeb).
(a)
(b)
Figura04(a,b):DisposioInadequadadeRSUdaConstruoCivil.BairroJardimBraslia,
SantaInsMA.
Dentre os logradouros que continham disposio inadequada de resduos slidos
observouse que o plstico foi encontrado numa frequncia de 100% das ruas pesquisadas,
seguido pela matria orgnica 90% (estabelecimentos comerciais e residncias), papel/papelo
83%eRCDqueobtiveram81%cadaum;josvolumosos52,5evidro20%,conformemostraa
figura05.
Figura05:FrequnciadostiposdeRSUdispostosinadequadamentenoslogradourosdoBairro
JardimBraslia,SantaInsMA,2011.
LevantamentoecaracterizaodeRSUnoBairroVilaParente(Menospopuloso)
Durante o levantamento de campo, observouse mais de 70 locais de disposio
inadequadadeRSUnosdoisbairrose95%doslogradourospossuampelomenosumpontode
disposioinadequadadeRSU,comomostraaFigura06.
Figura06:RSUencontradosnoslogradourosdoBairroVilaParente,SantaInsMA,2014.
(a)
(b)
Figura07:SituaodeDisposioInadequadadeRSU:(a)materialdeconstruoe(b)
Volumosos,plsticoepapeloVilaParenteSantaInsMA.
O bairro Vila Parente, apesar de ser o menos populoso, composto quase que
inteiramenteporresidnciasfamiliares.Essefatoexplicaograndeacmulodematriaorgnica
dispostairregularmentepeloslogradouros.
ParaValle(2006,p.4950)soprovenientesdasresidncias,constitudo,sobretudopor
restos de alimentos e embalagens, pode conter alguns produtos aps consumo com
caractersticasperigosas,vulgarmentechamadasdelixodomstico.
O mesmo autor tambm considera os resduos uma viso expressiva dos riscos
ambientais,poisquandodispostosdemaneirainadequadanomeioambiente.
OutrofatorbastanteperceptvelmostraagrandequantidadedeResduodaConstruo.
Isso pode ser explicado, pelo fato de Santa Ins, estar crescendo, uma vez que esse bairro de
localiza na periferia de Santa Ins. A maioria das pessoas que moram neste bairro de baixa
renda.Noentanto,mostraquehumcrescimentosignificativo,jqueosresduosdaconstruo
comprovam a priori, que pessoas esto adquirindo algum aquisitivo para construo de suas
casas.
[...], a composio e a taxa de gerao dos resduos slidos funo de uma srie de
variveis, dentre elas, a condio scioeconmica da populao, o grau de industrializao da
regio,asualocalizaogeogrfica,asfontesdeenergiaeoclima.
Geralmente, quanto maior o poder econmico e maior a porcentagem urbana da populao,
maioraquantidadederesduosslidosproduzidosequantomenorarendadapopulao,maior
opercentualdematriaorgnicanacomposiodosresduos.(HOORNWEG,2000).
Figura08:FrequnciadostiposdeRSUdispostosinadequadamentenoslogradourosdoBairro
VilaParente,SantaInsMA,2011.
CONSIDERAESFINAIS
CombasenosdadoscoletadoscomprovousequenaCidadedeSantaIns,adisposio
deresduosslidosindubitavelmente,inadequada.
Oquepodeperceber,queadensidadedemogrficadeumlocal,dizmuitoarespeito
da sua produo de lixo. Uma cidade populosa, consequentemente produzir mais lixo, j que
exigecadavezmaisaproduodealimentos,industrializaodematriaprima,etc.
Todasasruaslevantadaspossuampelomenosumpontodedisposioinadequadade
resduoslido.Eosresduosplsticosforamencontradosemtodososlogradourospesquisados.
A composio dos RSU bastante diversificada, compreendendo desde restos de alimentos,
papis,plsticos,metaisatresduosdedemolio,podendoserprejudiciaisaomeioambientee
sadepblica.
tornandoostambmumproblemadesadepblica,e,comotal,devemsertratados.
O gerenciamento adequado de resduos slidos urbanos e a adoo de um consumo
sustentvel atravs de um consumo com padres equilibrados podem reduzir de maneira
significativa os impactos ao meio ambiente, a sade e qualidade de vida da populao desses
bairroseemgeral.
REFERNCIAS
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR10004:resduosslidos:classificao.
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BANDEIRA,M.daS.Avaliaodosplanos,programaseprojetosderesduosslidosdoPlanode
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IMESC.IndicadoresAmbientaisdoEstadodoMaranho.InstitutoMaranhensedeEstudos
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MUCELIN,C.A.;BELLINI,M.Lixoeimpactosambientaisperceptveisnoecossistemaurbano.In:
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BARROS,R.T.V.etal.Manualdesaneamentoeproteoambientalparaosmunicpios.Escola
deEngenhariadaUFMG,BeloHorizonteMG,2003,221p.Disponvel:
<http://rdigital.univille.rctsc.br/index.php/RSA/article/viewFile/91/146>;
FONSECA,IniciaoaoEstudodosResduosSlidosedaLimpezaUrbana:AUnio.1999.122p;
IDENTIFICAO,ANLISEEDISSEMINAODEINFORMAESSOBREQUASEACIDENTESNA
GESTODASEGURANADECANTEIROSDEOBRASNOMUNICPIODEPICUPB
I.P. S.Oliveira(TC);C.C.G.Fam (PQ)2;M.H.O.Dantas (PQ)3
CursoTcnicodeEdificaes,CampusdePicuInstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaParaba,
IFPB.Email:priscilaborllonny@gmail.com;2CursoTcnicodeEdificaesCampusPicuIFPB.Email:
camilafama@yahoo.com.br;3CursoTcnicodeEdificaesCampusPicuIFPB.Email:
marcio.dantas@ifpb.edu.br
RESUMO
Nosltimosanos,osetordaconstruovemse
destacando na economia nacional brasileira e trazendo
benefcios para o desenvolvimento econmico e social
do pas. Em contrapartida, esta evoluo no inclui
melhorias nas prticas de Sade e Segurana no
Trabalho, onde ainda verificamse condies precrias
para os trabalhadores. Neste sentido, a pesquisa tem
comoobjetivoaidentificao,anliseedisseminaode
informaes sobre quase acidentes na gesto da
seguranadecanteirosdeobrasnomunicpiodePicu
PB.Destaforma,realizouseumestudodecasoemduas
obrasqueseencontravamemandamentoaplicandoum
questionrioonde31trabalhadoresrelataramumtotal
de63quaseacidentes.Osresultadosmostraramqueos
quase acidentes indicam o tipo de acidente que o
trabalhador est predisposto a sofrer, visto que o
principal quase acidentes para os canteiros analisados
foi iminncia de queda de andaimes e escada com
trabalhadorescomumpercentualde37%.
PALAVRASCHAVE:Seguranaesadedotrabalho,construocivil,quaseacidentes.
IDENTIFICATION,ANALYSISANDDISSEMINATIONOFINFORMATIONONNEARMISSESIN
SAFETYMANAGEMENTOFCONSTRUCTIONSITESINTHEMUNICIPALITYOFPICUPB
ABSTRACT
KEYWORDS:occupationalsafetyandhealth,building,nearmisses.
IDENTIFICAO,ANLISEEDISSEMINAODEINFORMAESSOBREQUASEACIDENTESNA
GESTODASEGURANADECANTEIROSDEOBRASNOMUNICPIODEPICUPB
INTRODUO
AIndstriadaConstruoCivil(ICC)possuigrandeimportnciaparaaeconomianacional
brasileira, gerando inmeras oportunidades de negcios e favorecendo os processos de
desenvolvimento econmico e social do pas (COSTA, ARAJO, 2013). Porm, conforme os
referidos autores, o setor tambm se destaca, negativamente, pela sobreposio de prticas
precriasdetrabalhoepelaausnciae/oufaltadeeficinciadosplanosdeSadeeSeguranano
Trabalho(SST).
Embora a melhoria das condies de segurana do trabalho na construo venha
envolvendo esforos no sentido de acompanhar o progresso das tecnologias utilizadas na
construocivilatravsdecampanhasdepreveno,aumentodasaesfiscalizadoraseestudos
acadmicos, verificase que as polticas de segurana da construo civil no acompanham os
investimentoseopoderrepresentadopelosetor,queaindavistocomoumdossegmentoscom
maiorriscodeacidentes,apresentandoelevadastaxasdefrequnciadesteseventos(COSTELLA,
2008;ETGES,2009;DIASetal.,2013).Demaneirageral,constatasequeasprticasdesegurana
adotadasnamaioriadoscanteirosdeobrasnoBrasilsobastanteinfluenciadaspelalegislao
vigente, destacandose a necessidade de rigorosa fiscalizao. A falta de exigncia legal de
mtodoseficazesdegestodaSSTtambmcontribuiparaagravarosproblemasdeseguranada
construocivilbrasileira(ETGES,2009).
Diante deste contexto, Etges (2009) ressalta a importncia do desenvolvimento de um
sistemadegestodeSSTqueenfatizeaidentificaoderiscosdeacidentesdotrabalhoemsua
fonte.Destaformaserpossvelatuarsobreestesfatoresprativamente,obtendoinformaes
degrandeutilidadeparaprevenodeacidentes.
DeacordocomBridi(2012),osestudosmaisrecentesacercadasprticasdegestoda
SST,apresentaramoconceitodequaseacidente,comoumindicadorquepodeserutilizadona
identificao e preveno de potenciais ocorrncias de acidente. Tal fato pode ser justificado
visto que os quase acidentes so eventos muito mais frequentes que os acidentes, indicando
reascrticasparamelhoriasnagestodasegurana(HINZE,1997;JONESetal.,1999;REASON,
1997;SCHAAF,1995).
Assim, o estudo de quase acidentes representa uma possibilidade de antecipao
ocorrnciadeeventosdemaiorgravidade.Atravsdaobservao,relato,anliseeidentificao
de suas causas, passando para um estgio de tomada de aes preventivas e corretivas e
controle das mesmas, possvel adotar um carter prativo na gesto de segurana dos
canteirosdeobra(ETGES,2009).
Schaaf(1992)citaasseguintesvantagensnorelatodequaseacidentes:a)estessomais
numerososqueosacidentesreais;b)possueminformaesvaliosasacercadofuncionamentodo
sistema demonstrando porque as coisas no chegaram a dar errado e, assim, melhoram o
processo de controle; c) o relatrio dos quaseacidentes, frequentemente, contm as muitas
razes para se ter as regras de segurana, programas de treinamento e equipamentos de
segurana redundantes, os quais demonstram essas defesas em ao, parando uma possvel
sequnciadeacidentes.
Na construo civil, o uso de quase acidentes uma prtica recentemente relatada nas
pesquisas (ETGES, 2009; CAMBRAIA et al., 2010; BRIDI, 2012). Percebese uma lacuna na
literaturaquantoaousodequaseacidentesnagestodeSST,emespecialsobreoprocessode
identificao,priorizao,respostaemonitoramentodasrespostasdesteseventosnaconstruo
civileautilidadedestainformaonaprevenodefuturosacidentes(ETGES,2009;CAMBRAIA
etal.,2010).
Nestecontexto,opresentetrabalhotemcomoobjetivoprincipalaidentificao,anlisee
disseminao de informaes sobre quase acidentes na gesto da segurana de canteiros de
obras no municpio de Picu PB. Alm disso, a pesquisa tem como objetivos secundrios a
anlisedadistribuiodosquaseacidentesemrelaosuanatureza,acomparaodosdados
dequaseacidentesadadosdisponveissobreaincidnciadeacidentesdotrabalhonacidadeem
estudo e a proposio de alternativas para evitar que acidentes relacionados aos fatores
encontradoscomoosprincipaisproblemasdaSSTnoscanteirosvenhamacontecer.
MATERIAISEMTODOS
A estratgia de pesquisa adotada neste trabalho foi o estudo de caso. Tal estratgia foi
escolhidadevidoaofatodequeosdadoscoletadospelospesquisadoresforamobtidosapartir
do acompanhamento de eventos contemporneos advindos de relatos de quase acidentes
fornecidospelosprofissionaisdoscanteirosdeobraacompanhadasnoestudo.
A pesquisa foi realizada no municpio de Picu que est localizado na Mesorregio
Geogrfica da Borborema e Microrregio do Serid Oriental Paraibano, fazendo divisa com a
Microrregio do Curimata Ocidental. A cidade possui populao de 18.222 habitantes,
densidadedemogrficade27,54habitantes/km2,taxadeurbanizaode66,5%(IBGE,2010)e,
conformePNUD(2003),umndicedeDesenvolvimentoHumanode0,606noano2000.
AcidadequeinterligaosestadosdaParabaeoRioGrandedoNorte,atravsdaBR151,
caracterizadacomoplodedesenvolvimentodasmicrorregiesdoSeridOrientalParaibanoe
CurimataOcidental,pordarsuportea16municpiosdessasmicrorregies,quecompreendem
umareade5.196,020kmeumapopulaode135.149habitantes(IFPB,2010).
ConformeFameSantos(2013),nomunicpiodePicu,aconstruocivildestacasepelo
desenvolvimentodeobrasdepequenoportecomocasasepequenasedificaes,almdeobras
de maior porte como a quadra poliesportiva do Parque Ecolgico Cultural Fausto Germano, a
reformaeampliaodoHospitalRegionaldePicu,aampliaodoInstitutoFederaldeEducao,
Cincia e Tecnologia da Paraba IFPB, a construo da biblioteca municipal, pequenas
construesverticaisdeatquatropavimentos,reformaeampliaodepousadalocaleobras
pblicasdepavimentao.
Paraapesquisa,foramrealizadasquestionrioscomtrabalhadoresdeduasobrasquese
encontravam em andamento na cidade de Picu. Ao todo 31 funcionrios de um total de 40
funcionriospresentesnoscanteirosestudadosrelataramquaseacidentessofridosduranteoseu
diadetrabalho.Asobrasvisitadasforamumaedificaocomercialdeumclubequeestavasendo
construdo no municpio em questo e uma obra residencial e encontramse nas etapas de
execuo de pilares, levantamento de alvenaria e execuo de telhado. As entrevistas foram
realizadas de forma semiestruturada onde o relato de quase acidentes continha dados como a
data, o local onde o mesmo ocorreu, bem como o dia da semana do evento e a profisso do
relator.Osdadosforamcoletadosnoperodode17a25dejunhode2013,duranteohorriode
expedientedostrabalhadores.Oquestionamentoaconteceuduranteohorriodeintervalopara
olanchedosfuncionriosdasobras,queacontecias15horas,comduraoaproximadade20
minutos, ou tambm em momentos antes do final de seus expedientes, como uma forma de
estratgicaparateromelhoraproveitamentodedescriesaolongododiatrabalhado.
As categorias e variveis de classificao dos quase acidentes foram estabelecidas com
basenaliteraturaeapartirdasanlisesdasinformaescontidasnosrelatosobtidos.Apsesta
diviso,osrelatosselecionadosforamanalisadossobaperspectivadeduascategoriasreferidas
por Cambraia et al. (2010): natureza e agente causador. Alm destas categorias, os quase
acidentes foram analisados sob os critrios mencionados por Costella (1999): profisso do
trabalhadorediadasemana.DeacordocomEtges(2009),odiadasemanaumainformao
importantevistoqueanalisaraexistnciadeumaconcentraodequaseacidentesdeterminado
dia,ouperododasemanarelevanteparacompreenderaspectoscomportamentaisdamode
obra,defadigaemotivao.Javarivelfunodecadaprofissionalfoiadotava,poisdeacordo
com Costella (1999), o tipo de acidente encontrase diretamente relacionado com o tipo de
atividade exercida e pode ser determinada a partir da profisso do acidentado. Desta forma,
pressupssequeascaractersticasdoquaseacidentesofridotambmestavamrelacionadasao
entrevistado.
AnaturezadoquaseacidentefoiclassificadadeacordocomopropostopelaNBR14280
(ABNT, 2001) e, de acordo com Cambraia et al. (2010), pressupe que os caminhos causais de
quaseacidenteseacidentessosimilares.
A avaliao quanto ao agente causador geralmente possui uma relao com a natureza
dos quase acidentes e se refere ao objeto causador da potencial leso relacionada ao evento
ocorrido.
RESULTADOSEDISCUSSO
Nesta etapa so apresentados os resultados dos questionrios aplicados, com uma
descrio da sua forma de coleta, alm da organizao dos dados obtidos. Posteriormente,
realizaseumaanlisequalitativaequantitativadosmesmos.
Dos 31 trabalhadores entrevistados nas obras acompanhadas pelos pesquisadores, ao
todo foram coletados 63 relatos de quase acidentes atravs do acompanhamento dirio do
pesquisadornoscanteirosdoestudo.
A distribuio dos quase acidentes totais, relativo aos canteiros de obras estudados,
dentrodascategoriasadotadasapresentadanaTabela1,juntamentecomexemplosdecomo
estes quase acidentes foram descritos pelos trabalhadores. Os resultados mostram onde a
realizaodeaespreventivasaosacidentesdetrabalhodeveserprioritria.
A Tabela 1 indica que a principal categoria de ocorrncia de quase acidentes foi a
iminnciadequedadeandaimeseescadacomtrabalhadores,totalizando22das63ocorrncias.
DeacordocomapesquisaFameSantos(2013),umdosprincipaistiposdeacidentesrelatados
portrabalhadoresdomunicpiodePicuPBfoiaquedacomdiferenadenvel,principalmente
deandaimes.Portanto,estainformaocorroboraahiptesedequeosquaseacidentesindicam
otipodeacidentequeotrabalhadorestpredispostoasofrer.
Outroaspectobastantecitadopelostrabalhadoresnosrelatosfoiopercursoedesordem
do canteiro de obra, com um total de 13 dos 63 casos descritos. Este fato mostra a falta de
compromisso dos empregadores com a organizao e limpeza dos canteiros de obra no
municpioemanlise.
Apesardaanlisenoserconsideradaconclusivadevidoaopequenotamanhodaamostra
deobras,almdopoucotempodecoletaeobservaodosquaseacidentes,hindicaesquea
naturezadosquaseacidentesvariadeacordocomotipodeobraecomafaseemqueestase
encontra. Tal fato pode ser justificado atravs de uma comparao com os estudos de Etges
(2009) e Cambraia et al. (2010), onde a principal natureza dos quase acidentes coletados foi a
queda de materiais, ferramentas e equipamentos com diferena de nvel, que na presente
pesquisa teve uma representao pequena, visto que as obras visitadas no eram edificaes
verticais.
Tabela1Distribuiodosquaseacidentesconformesuanatureza.
NATUREZADOSQUASEACIDENTES
TOTAL
EXEMPLOS
Iminnciadaquedadeandaimeseescadascom
trabalhadores
22
Otrabalhadordesequilibrousenoandaimeequase
caiu.
Percursoedesordemdocanteirodeobra
13
Otrabalhadorsedesequilibrouequasecaiuemcima
deumaferragemdeixadanocanteiro.
Quedademateriais,ferramentase
equipamentosnomesmonvel
Ocavaleteescorregouequasecaiuemcimado
trabalhador.
Problemanomanuseiodeferramentas
Colherdepedreiroquasecortouodedodo
trabalhadorenquantoomesmocortavaotijolo.
Problemanaoperaodeequipamentos
Otrabalhadorquasecortouodedousandoa
maquita.
Desequilbriodotrabalhadorpordeficincias
nosacessos
Otrabalhadorquasecaiudotelhado.
Arremessodemateriaiseferramentas
Aolanarumtijoloparaopedreiro,estequase
atingiuooutrotrabalhador.
Quedademateriais,ferramentase
equipamentoscomdiferenadenvel
Tijoloscaramdeumaalturaconsidervelatingindo
otrabalhador.
Impactosofridopelotrabalhador
Ostapumesquasemachucaramotrabalhador
quandocaramsobreele.
Tabela2Distribuiodosquaseacidentescomrelaoaoagentecausador.
AGENTECAUSADOR
TOTAL
Andaimeousimilar
Andaime,cavalete
37%
Tijoloousimilar
Tijolos
16%
Ferramentasmanuaissemforamotriz
Colherdepedreiro
11%
Peametlicaouvergalho
Ferragem,arame,peasdeandaime
10%
Carrodemoousimilar
Carrinhodemo
5%
Serrasemgeral
Maquita
5%
Madeira(peasolta)
Madeirassoltas,tapumes
3%
Telhado
Telhas
3%
Materiaiscimentcios
Poadecimento
2%
10
Noidentificado
___
3%
Avarivelprofissodescritanoestudoestrelacionadaprofissodotrabalhadorque
sofreuoquaseacidenteeencontrasedispostanaTabela3.
De acordo com a Tabela 3, verificamos que somente pedreiros e serventes realizaram
relatosdequaseacidentes.Talresultadopodeserjustificadopelaetapaemqueseencontravam
asobras,ondeesteseramosprofissionaismaisnecessriosaoandamentodasatividades.Alm
do elevado nmero de operrios destas categorias de trabalhadores presentes nas obras em
geral,oqueresultaemmaiortempodeexposioariscosdeacidentes.Noestudo,constatase
queosserventesrealizaramamaiorpartedosrelatos(com62%doscasos).
Tabela3Relatodequaseacidentesquantoprofisso.
PROFISSO
QUANTIDADEDEQUASEACIDENTES
Pedreiro
24
38%
Servente
39
62%
AFigura1apresentaadistribuiodosquaseacidentesaolongodasemana:variadesde
29% nas segundasfeiras at 19% nas sextasfeiras. No foram registrados dados de quase
acidentes nos finais de semana visto que as obras visitadas no funcionavam neste perodo.
Observamos que a distribuio dos quase acidentes possui uma concentrao maior durante o
inciodasemana.Porm,devidoaoespaodetempodecoletadosquaseacidentesserreduzido
napesquisa,oresultadonopodeserconsideradocomoconclusivo.
Figura1Distribuiodosquaseacidentesquantoaodiadasemana
Tabela4Distribuiodosquaseacidentesquantoaodiadasemanacomparadoscomosresultados
obtidosporEtges(2009)eporCostella(1999).
DIADASEMANA
QUASEACIDENTES
ETGES(2009)
COSTELLA(1999)
Segundafeira
29%
21,6%
21,7%
Terafeira
17%
20,0%
20,0%
Quartafeira
33%
18,4%
19,0%
Quintafeira
2%
16,7%
18,0%
Sextafeira
19%
16,7%
15,7%
CONCLUSO
A partir da presente pesquisa concluiuse que a principal causa de ocorrncia de quase
acidentes para os canteiros de obra analisados foram a iminncia de queda de andaimes e
escadas com trabalhadores, com um total de 22 dos 63 (35%) dos casos relatados. Esta
informao confirmou a hiptese de que os quase acidentes indicam o tipo de acidente que o
trabalhadorestpredispostoasofrer,vistoqueotrabalhodeFameSantos(2013)mostrou,a
partirderelatosdetrabalhadoresdaconstruo,queumadasprincipaiscausasdeacidentesno
municpiodePicuPBeraaquedacomdiferenadenvel,principalmentedeandaimes.Alm
disso,verificousetambmque asegundafeirafoiosegundomaiordiadasemanacomincidnciade
quase acidentes 29%, enquanto que a quarta feira foi o dia de maior incidncia com 33% dos casos
relatados. Estudos anteriores (ETGES, 2009; Costella, 1999) demostrarem que o inicio da semana
(segundafeira)operodoondeocorreamaiorincidnciadequaseacidentesdetrabalho.Porm,esta
anlisenopodeserconsideradaconclusivadevidoaopequenotamanhodaamostradeobras
utilizadanestetrabalho.
Porfim,otrabalhotambmdeunfasedisseminaodeinformaessobreasegurana
dotrabalhoparaosfuncionriosdosetordaconstruocivilnacidadeestudada.
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zezezefilho@gmail.com;
abners77@hotmail.com;
renatofernando.tec@hotmail.com;
marcus.assuncao@ifrn.edu.br.
(TE)DiscentedocursoTcnicoemEdificaes
(TL)DiscentesdocursoTcnicoemLogstica
(DC)DocentedocursoTcnicoemLogstica
ESTUDODECASONACONSTRUODEUMAGARAGEMNOIFRNCAMPUSSOGONALODO
AMARANTE:AVALIAODAUTILIZAODAFERRAMENTA5SNOCANTEIRODEOBRA
RESUMO
PALAVRASCHAVE:5S,CanteirodeObra,Conceitos,Utilizao,Avaliao
ABSTRACT
KEYWORDS:5S,ConstructionSiteWork,Concepts,Utilization,Evaluation
ESTUDODECASONACONSTRUODEUMAGARAGEMNOIFRNCAMPUSSOGONALODO
AMARANTE:AVALIAODAUTILIZAODAFERRAMENTA5SNOCANTEIRODEOBRA
INTRODUO
Diante do crescimento do mercado da construo civil provocado pela expanso
imobiliria,asmdias/grandesempresastentamsemodernizarparasemantercompetitivasno
cenrio atual do mercado. Contudo, estas tm convivido, h tempos, com a crtica de
pertenceremaumsetordesperdiadorderecursos.Emparticular,quantoaousodosmateriais,
ageraodeentulhoalgosempredebatidonosmeiosdecomunicao.
Farah (1992) diz que os mtodos construtivos utilizados na construo civil no
acompanhamodesenvolvimentotecnolgicodarea,principalmente,porhaver,noscanteiros
deobra,umantidaegrandediferenaentreosaberfazereosabercientfico.
Segundo o Subcomit da Indstria da Construo Civil (SINDUSCON, 2009), a rea de
recursoshumanosdestesetorcaracterizaseporpoucoinvestimentoemformaoprofissional,
insuficincia de programas de treinamento institucionalizado nas empresas, baixo grau de
qualificao dos trabalhadores, elevada rotatividade da mo de obra e falta de programas de
formao em nvel operrio. Observase, assim, o pouco investimento do setor na formao e
manutenodeseustrabalhadoresejustificaoporqudaConstruoCivilserumdosramosde
atividademaisconhecidopelaprecariedadedamodeobra.
Ao longo dos anos, a maior preocupao dos gestores esteve relacionada aos aspectos
tcnicos, no dando a devida importncia aos desperdcios, prazos e retrabalhos. Os
investimentos sempre foram aplicados na rea tcnica e esquecendose de outras frentes que
aparentemente no impulsionavam a produo, a Logstica, por exemplo, que segundo Novaes
(2001), o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a
armazenagemdeprodutos,bemcomoosservioseinformaesassociados,cobrindodesdeo
ponto de origem at o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do
consumidor. Dessa forma, a utilizao da logstica de maneira correta nos canteiros de obras
poderiareduzirsignificativamenteodesperdciodosmateriaisutilizadosnaconstruo,almde
aumentaraprodutividadedessesetore,consequentemente,aumentaronveldeservio.
Ballou(2001)defineNveldeServioLogsticocomoaqualidadecomqueofluxodebens
eserviosgerenciado.Eainda,segundooautor,otempoprecisoparaseentregarumpedido
aocliente.
Saurin(1997)defineumcanteirodeobrascomooplanejamentodolayoutedalogstica
das instalaes provisrias, instalaes de movimentao e armazenamento de materiais e
instalaes de segurana. E ainda, segundo o autor, a otimizao de um canteiro de obras
significasetorizareorganizar,espacialmente,amaneiradedisporosmateriais,osfuncionrios,
equipamentoseinstalaesnecessriasaoprocessodeproduo,objetivandoarealizaodas
tarefas dirias, segundo um cronograma de execuo, no menor tempo possvel, com a
racionalizao dos recursos disponveis, ou seja, recursos materiais (insumos, equipamentos, e
ferramentas), recursos humanos (mo de obra) e financeiros. Em outras palavras a boa
formataodelayoutdocanteirodeobrasfazcomqueomaterialestejapertodolocalondevai
ser utilizado evitando transporte e minimizando as perdas. Alm disso, o bom gerenciamento
logstico dos materiais nas obras e de seus resduos reflete uma preocupao ambiental da
empresa.
Dessaforma,oobjetivogeraldestapesquisaanalisarousodosconceitosdaferramenta
degesto5SemumcanteirodeobradagaragemdoIFRNcampusSoGonaloDoAmarante.
REFERENCIALTERICO
Convm inicialmente notar que a perda de materiais na construo civil se d devido a
trsaspectoscomomostradonoQuadro1:ideia,execuo,euso.
Quadro1Tiposdeperdademateriaisnaconstruocivil
Tipo
Conceito
Fimdestematerial
Ideia
Diferenadaquantidade
dematerialnecessrioem
umprojetoesuareal
necessidade.
Execuo
Solicitar maismaterialque
anecessidadedeser
consumida.
incorporadoaorestante
domaterial
Incorporadoaoentulho
Uso
Diferenadequantidade
dematerialpra
manutenoeo
consumidoduranteo
tempo.
Incorporadoaoentulho
Fonte:Dadosdapesquisa,2014.
Desperdciodemodeobra
Segundo Serpell (1993), desperdcio de modeobra referese ao tempo empregado
pelos trabalhadores em atividades que no incorporam valor ao produto final e que podem,
facilmente,serreduzidosoueliminadossemcausarnenhumprejuzo.Estesenglobamotempo
deespera,deretrabalhoedetransporte.
NaExecuodasobrasdaConstruoCivil,osfatoresqueinfluenciamaprodutividadeeque,
consequentemente,acarretamdesperdcios,soidentificadosporSerpell(1993)como:
a) Deficinciasdeprojetoeplanejamentoquedificultamaconstrutibilidadedaobraeque,
normalmente,socausadospelafaltadedetalhamentonoprojeto;
b) Ineficinciadagestoadministrativaqueenfatizaacorreodosproblemasaoinvsda
prevenodosmesmos.Istoocorredevidoaopoucoenvolvimento dosadministradores
comoprocessoprodutivo;
c) Mtodosultrapassadose/ouinadequadosdetrabalhoquenoobservamasexperincias
advindasdeprojetosanteriores,oqueocasionaarepetiodoserros;
METODOLOGIA
ApesquisafoirealizadanaobradagaragemdocentrodeeducaodistncianoIFRN
campusSoGonalodoAmarante,comointuitodeanalisarousodalogsticanainstalaodo
canteiro de obras e comparlo com o que est definido pelos principais autores da rea da
ConstruoCiviledaLogstica.
Ametodologiaadotadaparaarealizaodestetrabalhofoiessencialmenteexploratria
nosentidodebuscarconhecercommaiorprofundidadeoassunto,demodoatornlomaisclaro
e a construir questes importantes para a pesquisa. E qualitativa, diante das anlises dos
resultados, que foram feitas conforme a teoria. Visando investigar quais os fatores que mais
influenciaramnosndicesdedesperdcioeprodutividadedocanteirodeobraestudado.
Segundo Neves (1996), o mtodo de pesquisa qualitativa estabelece ligaes entre
descobertas obtidas por diferentes fontes, ilustrandoas e tornandoas mais compreensveis,
possibilitando a reafirmao da validade e confiabilidade das descobertas pelo emprego de
tcnicas diferenciadas, podendo tambm conduzir a novas direes aos problemas a serem
pesquisados, j que a anlise dos dados se d ao longo da execuo de estudo, o que
eventualmentepodeprovocarseuredirecionamento.
Os 5S so derivados de palavras japonesas, iniciadas pela letra s e que exprimem
princpiosfundamentaisdaorganizao(Quadro2).Inicialmenteintegravamomtodo9esses:
Objetivoparticular
Conceito
Aplicaonocanteirodeobras
Definiodeautores
Autor
Utilizao
O senso de utilizao
Consisteemeliminardoespaodo
Separar o necessrio
consisteemdeixarnareade
trabalho aquilo que no
dodesnecessrio
trabalho somente o que
utilizado.
extremamentenecessrio.
Ordenao
materiais, armazenamento e
armazenado ao local que ser
fluxodeinformaes.Ouseja,
utilizado
fazer com que as coisas
necessrias sejam utilizadas
com rapidez e segurana, a
qualquermomento
Limpeza
GOMES
(1998)
depeasemateriais,etc.
Sade
Autodisciplina
Rotinizar e padronizar
Incentivar
esforos
a
aplicao
aprimoramento
dosSsanteriores
GOMES
(1998)
Busca
corrigir
o
comportamento inadequado
de das pessoas e consiste em
LAPA(1998)
uma nova fase, onde todos
devero
moldar
seus
hbitos.
Fonte:Dadosdapesquisa2014
DeacordocomaanlisedaTabela1percebesequeestaferramentabastanteeficiente
eeficaznabuscadasempresasporumaqualidadetotalvisandopossuiromnimodedesperdcio
possvel, pois ela se aplica em atividades rotineiras da empresa e para alcanarse o xito
necessrioquehajaumaintegraodossetoresdaorganizao.
RESULTADOSOBTIDOS
PormeiodosdadosobtidosapartirdoQuadro3,foramextradasalgumasrespostasem
relao ao uso do conceito dos 5Ss na obra em questo. Quando o mestre de obras foi
questionadosobreoconceitodeutilizaodessaferramenta(5S)nolocalfoipossvelperceber
queaobraseencontravaconcordnciacomaquiloqueestnaliteratura,vistoqueosmateriais
seencontravamnolocaladequadoparaasuaproduo.
Quadro3Aplicaodaferramenta5Snasobrasdagaragemdocentrodeeducaodistncia
noIFRNcampusSoGonaloDoAmarante
Denominao
Utilizao
Conceito
Separarnecessrio
doDesnecessrio
Opiniodomestredoobras
OMestredeobrasdeclaroucomoboaa
disposiodomaterialnocanteirode
obraspoisconsideraqueosmateriais
estoprximasassuasnecessidadeseisto
otimizaaproduo.
Anlisedopesquisador
O canteiro de obras
distante do escritrio, das
centrais de ferro, madeira,
concreto e armazenagem.
Isto faz com que se perca
materiais e tempo para
entrega da mesma gerando
prejuzoparaocontratadoe
ocontratante.
Ordenao
Colocarascoisas
emseudevido
lugar
Areadevivenciadistante
do canteiro, dessa forma os
funcionrios
acabam
colocando os materiais em
Avalia como boa e considera que os
qualquer lugar, gerando,
operrios esto cientes da organizao do
assim, desorganizao do
materialdetrabalho.
localdetrabalho.
Limpeza
Limparecuidardo
Ambientede
trabalho
Notemsetorresponsvelexclusivamente
para a realizao da limpeza. So os
operrios da obra que so responsveis
por fazer a limpeza do espao onde esto
trabalhando.
Sade
Tornarsaudvelo
ambientede
trabalho
Autodisciplina
Rotinizare
padronizara
aplicaodos5
Ssanteriores
Fonte:Dadosdapesquisa,2014.
Em seguida foi perguntado ao mestre de obras sobre a ordenao desta obra e ele
respondeu que ela boa, porm foi observado que mesmo que todos os operrios estejam
cientessobreaorganizaocorretadosmateriais,existeumerro,poisareadeconvivnciase
encontraemlugardistantedolocaldaobrafazendocomqueosoperriosdeixemosmateriais
emqualquerlugar,gerando,assim,desorganizaodolocaldetrabalho.
Desta forma observase que assim como a maioria das Obras possuem diversos
erros a situao desta construo no diferente divergindo assim com alguns conceitos de
SAURIN(1997);FARAH(1992)quandoafirmamqueprecisoterumlayoutadequadoafimdese
obterumamaioreficincianodecorrerdaobra.
Apartirdaprximaanalisepercebesequeaobrapossuiassuasdificuldadesnareade
limpeza,vistoquenohnenhumtipodesetordestinadoparaestafuno,pormvalesalientar
que o ambiente de trabalho bastante limpo tendo como exceo apenas o centro de
carpintaria.
Verificase,apartirdaanlisedarespostadomestredeobrassobreasadenoambiente
de trabalho e foi observado que todos os funcionrios so obrigados a usar diariamente os
equipamentos de segurana assim como as ferramentas de trabalho se encontram em locais
seguros,fatoqueconvergecomasdefiniesdadasporSERPELL(1993)quandoesseafirmaser
essencialasadenotrabalho.Jquandoomestredeobrasfoiperguntadosobreaautodisciplina
eleafirmouque:
CONCLUSO
Diantedosobjetivosdeanalisarousodos5SsdentrodaconstruonagaragemdoIFRN
So Gonalo do Amaranteeobservar seosconceitosdo 5Sesto sendo utilizados de maneira
correta,foram encontradosresultados que permitiramconcluir que a obraanalisadano est
totalmentede acordo com o que recomendam os autores da Construo Civil, visto que
encontraramsefalhasnasreadeordenao,utilizaoelimpeza.Porm,foipossvelconstatar
que as suas operaes so feitas de forma correta, levando em considerao as condies de
trabalhoapresentadasnoQuadro3.
Portanto, podese dizer que h umbom uso da metodologia5S na obra visitada, porm
aindanooideal,emboratenhasidoconstatadoqueotrabalhoprestadosegue,empartes,os
conceitosdosautores,levandoseemconsideraoqueolayoutnoestavabemplanejado,pois
observousequeexisteperdadeeficinciadevidoformacomoosmateriaisestavamdispostos
dentrodoarranjofsico.
Assim, observouse que a pesquisa resultou em dados relevantes para a melhoria da
qualidadedoservioprestadopelaobraestudada.
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Disciplinas
Arquivos/Produtividade/Perdas
Revista
Qualidade.pdf>.Acessoem:25maio2014
ANLISEMETODOLOGICADAGESTODERESDUOSSLIDOSDACONSTRUOCIVILNA
CIDADEDEMONTEIRO/PB
SILVA,A.C.N1.;BELO,G.F1.;MARTINS,N.A1.;BRITO,W.O2.;PEREIRAK.K.M
AlunosdeGraduaodoCursodeTecnologiaemConstruodeEdifcios,InstitutoFederaldaParaba,IFPB,
CampusMonteiro.Email:annaflorjp@gmail.com.;2ProfessoresdoCursodeGraduaoemTecnologiade
ConstruodeEdifcios,InstitutoFederaldaParaba,IFPB,CampusMonteiro.Email:wbrito1313@gmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(TC)TcnicoemQumica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:AnliseMetodolgica,GestodeResduosdaConstruoCivil,ImpactosAmbientais.
METODOLOGICALANALYSISOFSOLIDWASTEMANAGEMENTOFCONSTRUCTIONINTHECITY
OFMONTEIRO/PB
ABSTRACT
The construction generates solid waste in the
cities, but in the last two decades it has received
increased attentiondue to the large quantity produced
andtheincreaseinthevarietyofbuildingtechnologies.
Theenvironmentandqualityoflifemaybeaffecteddue
to irregular waste disposal. This article is divided into
three parts: planning, implementation and monitoring.
Besides having approached the qualification of agents
and management at the construction site. The disposal
ofwasteinthemunicipalityofMonteiroisresponsibility
of the municipality that actsas palliative, as in most of
thecountieswherethereisnolaworitisnotcomplied
with the standards and existing laws. Thus the aim of
thisworkistoanalyzetheproceduresthatconstruction
companies operating in the municipality of Monteiro
providetowastegeneratedintheworks,aswellasthe
role of the city as monitoring officer, from thepoint of
view
of
the
National
Solid
Waste.
KEYWORDS:MethodologicalAnalysis,WasteManagementofConstruction,EnvironmentalImpacts.
ANLISEMETODOLOGICADAGESTODERESDUOSSLIDOSDACONSTRUOCIVILNA
CIDADEDEMONTEIRO/PB
1.0INTRODUO
estimulaaprticajexistentedoacondicionamentoirregulardaszonasatendidaspelalimpeza
publicadaadministraomunicipal.Nessecontexto,estetrabalhoanalisaosprocedimentosque
asempresasdeconstruocivilatuantesnomunicpiodeMonteiro,disponibilizamaosresduos
geradosnasobras,bemcomoopapeldaprefeituracomoagentedefiscalizao,sobopontode
vistadaPolticaNacionaldeResduosSlidos.
2.0MATERIAISEMTODOS
Ametodologiadepesquisaseapresentacomodocumental,ondeforamanalisadasleise
normasvigentessobreadestinaoderesduosslidosdaconstruocivil.Apesquisatambm
seconstituicomobibliogrficaparaaelaboraodegerenciamentoderesduos.
Paraobomempregodagestodosresduosdaconstruodividiremosestetrabalhoem
trspartes:
Planejamento;
Implantao;
Monitoramento.
Na medida em que elaborado este sistema, devese simultaneamente qualificar os
agentes que esto relacionados como: as empresas, os funcionrios, rgos pblicos. Devese
tambm dar nfase a gesto no prprio canteiro de obras para que o processo seja o mais
eficientepossveldesdeorecolhimentodosresduos.Assimsurgemostpicos:qualificaodos
agenteseGestonocanteirodeobras.
Figura1LixodeMonteiroPB.Fonte:Prpria.
3.0RESULTADOSEDISCUSSO
3.1AmbientedeEstudo
Tabela01ClassificaodosResduosdaConstruoCivil
Resduosreutilizveisoureciclveiscomoagregados:
ClasseA
ClasseB
ClasseC
ClasseD
Resduos reciclveis para outras destinaes, tais como plsticos, papel, papelo,
metais,vidros,madeiraseoutros.
Resduos para os quais no foram desenvolvidas tecnologias ou aplicaes
economicamenteviveisquepermitamasuareciclagemerecuperao,taiscomo
osprodutosoriundosdogesso.
Resduos perigosos oriundos do processo de construo, tais como tintas,
solventes, leos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolies,
reformasereparosdeclnicasradiolgicas,instalaesindustriaiseoutros.
FonteJUNIOR.Acessoem:24/06/2013
Conforme classificao da Resoluo CONAMA n307/2002, os resduos devem ser
encaminhados aos aterros, que so reas onde so empregadas tcnicas de disposio de
resduos da construo civil classe A, e resduos inertes no solo, visando acumulao de
materiaissegregados,deformaapossibilitarousofuturodosmateriaise/oufuturautilizaoda
rea,conformeprincpiosdeengenhariaparaconfinlosaomenorvolumepossvel,semcausar
danossadepblicaeaomeioambiente.
OlocalutilizadoparaaimplantaodeaterrosderesduosdaconstruocivilclasseAe
resduosinertesdevesertalque:
a)oimpactoambientalasercausadopelainstalaodoaterrosejaminimizado;
b)aaceitaodainstalaopelapopulaosejamaximizada;
c)estejadeacordocomalegislaodeusodosoloecomalegislaoambiental.
APolticaNacionaldeResduosSlidos(2012)reneoconjuntodeprincpios,objetivos,
instrumentos, diretrizes, metas e aes adotadas pelo governo federal, isoladamente ou em
regimedecooperaocomestados,municpiosouparticulares,comvistasgestointegradae
ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resduos slidos. Compete ao poder pblico
subsidiar, monitorar, fiscalizar e atuar a qualquer momento logo que tome conhecimento de
eventosnocivosaomeioambienteesadepblicarelacionadaaogerenciamentoderesduos.
NomunicpiodeMonteironoexisteumaestruturarelacionadaaomanejoderesduos
slidos,desdeacriaodeleismunicipaisatumsimplesmonitoramentocapazderegularizaras
empresas de construo civil que atuam na cidade, uma vez que em sua grande maioria, as
empresasnopossuemumsistemaprpriodegerenciarresduos,porvincularemumsistemade
gerenciamento a mais um custo na obra, no entanto, ao implantar a gesto de resduos, as
construtoraspodemterconsequnciaspositivascomo:atendimentoaosrequisitoslegaisedos
programas de certificao (selos); melhora nas condies de limpeza do canteiro, contribuindo
paramaiororganizaodaobra,diminuiodosacidentesdetrabalho,reduodoconsumodos
recursos naturais e a consequente reduo de resduos. A empresa tambm inicia uma
conscientizaoambientalquevisemodesenvolvimentodeaessustentveisquenumaviso
estratgicadenegcios,venhamacontribuirparavalorizareimagemdaempresaeeconomia.
3.2ProcedimentosdeGestodeResduos
Planejamento
O deve ser realizado a partir dos canteiros de obras sempre visando os impactos
ambientaisprovocadospelafaltadegerenciamentonosdosresduos,comoasdemoliesnas
cidades,mostraremumnovoprocessodeorganizaodearranjofsicodocanteirodeobrastais
comoadistribuiodoespaodomesmo,fluxoderesduosetransportesdisponveis.Almde
gerenciar a contratao de uma empresa responsvel pela remoo dos entulhos, locais de
depsitos apropriados, qualificaes dos coletores, verificao de reciclagem eaproveitamento
dosresduos,principalmenteosdealvenaria,concretoecermico.
Implantao
Essa etapa iniciada aps a distribuio dos instrumentos de coleta, por meio do
treinamentodetodososoperriosnocanteiro,visandocoletaetriagemdoresduo.Envolve
tambm a implantao de controles administrativos, com treinamento dos responsveis pelo
controledadocumentaorelativaaoregistrodadestinaodosresduos.
Monitoramento
3.3QualificaodosAgentes
3.4GestonoCanteirodeObras
nocanteirodeobrasondeodesperdciodematriasteminicioouagestoeficiente
iniciada.
Aboaorganizaoevitadesperdciosnautilizaoenaaquisiodosmateriais,poisem
algunscasososmateriaisnovospermanecemespalhadospelaobraeacabamsendodescartados
como resduos. No canteiro h uma profunda correlao entre os fluxos e os estoques de
materiais e o evento da gerao de resduos. Por conta disso importante observar a correta
estocagemdosdiversosmateriais,obedecendoacritriosbsicoscomoclassificao,frequncia
deutilizao,empilhamentoedistanciamentodosolo.
Nombitodaelaboraodosprojetosdecanteiro,deveserequacionadaadisposiodos
resduos,considerandoosaspectosrelativosaoacondicionamentodiferenciadoeadefiniode
fluxoseficientes.Umasimplesatividadecomoalimpezadocanteiro,precedidadeumprojeto,
umavezqueessaetapacontribuiparaatriagemdosmateriaiseavarriodosambientes.
CONCLUSO
AtravsdaanalisemetodolgicabaseadanaPolticaNacionaldeResduosSlidos,ficou
evidente a falta de comprometimento das empresas atuantes no municpio e da prpria
prefeitura,emregulamentarumagestoparaatriagemedestinodosresduos,fazendosepor
necessrioacriaodeumapolticamunicipalcapazderegulamentaredirecionarasempresasa
umagestoqualitativa,visandoasustentabilidadeeevitandoimpactosambientais,umavezque
osresduosatuaisnopossuemumaformaadequadadedestinoepossvelreciclagem.
REFERNCIAS
1.
BRASIL. Lei 12305/2010 Poltica Nacional de Resduos slidos. Srie Legislao. Edies
Cmara.2Ed.2012.
2.
3.
4.
5.
Resoluon307,de5dejulhode2002.CONAMAConselhoNacionaldoMeioAmbiente.
ESTUDODASMANIFESTAESPATOLGICASORIGINADASPORVIBRAESEMEDIFICAO
NACIDADEDEMONTEIROPB
J.R.P.Leite(IC) ; A.M.L.Silva(IC)2 ;I.J. C. Ribeiro (PQ)3
1
InstitutoFederadeEducao,CinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiro,2InstitutoFederal
deEducao,CinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiro;3InstitutoFederaldeEducao,Cincia
eTecnologiadaParaba(IFPB)email:rodrigo17_leite@hotmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(TC)TcnicoemQumica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
O projeto de extenso Prestao de Servios de
Orientao Manuteno de Obras com Patologias na
CidadedeMonteiroPBvemdesenvolvendoatividades
de vistorias em edificaes e ser apresentado neste
artigo o resultado de uma edificao visitada pela
equipe de extenso no dia 14 de junho de 2013. A
edificao com aproximadamente 3,5 anos de
construo,temtrspavimentos,sendooprimeiroeo
segundo para fins comerciais, onde funciona uma
fbricadesorveteeoterceiroparamoradiascontendo
trs apartamentos residenciais. No terceiro
apartamento do terceiro pavimento h microfissuras,
PALAVRASCHAVE:Patologia,vistoria,fissuras,vibrao.
STUDYOFPATHOLOGICALMANIFESTATIONSCAUSEDBYVIBRATIONSIN
THEBUILDINGINTHETOWNOFMONTEIROPB
ABSTRACT
The extension project "Providing Mentoring Services to the Maintenance of works with Pathologies in the city of
MonteiroPB"hasbeendevelopingbuildingsurveysandactivitieswillbepresentedinthisarticleistheresultofa
building visited by extension 14th on June 2013. Building with approximately 3.5 years of construction, has three
floors,beingthefirstandthesecondforcommercialpurposes,whereanicecreamfactoryandthethirdforhouses
containing three residential apartments. In the third apartment on the third floor there are microcracks, fissures
and detachment of ceramic parts. To monitor the cracks, masking tape and measured the opening thereof. On
August21th2013,washeldagainthesurveylabeledfissuresanditwasfoundthatnewpathologicalmanifestations
wereencountered.Theaimofthisworkistopresenttheresultsofthesevisitsandtechnicalrecommendationsto
solvetheproblem.
KEYWORDS:Pathology,Survey,Cracks,andVibration.
ESTUDODASMANIFESTAESPATOLGICASORIGINADASPORVIBRAESEMEDIFICAO
NACIDADEDEMONTEIROPB
INTRODUO
As patologias surgem quando a construo deixa de apresentar desempenho previsto pelos
construtoresenormalmentetemsuaorigemnafasedeprojetoe/ouduranteaexecuocomo
tambm pelo mau uso da edificao, portanto, o conhecimento sobre esse assunto
indispensvel em maior ou menor grau, para todos que trabalham na construo (VEROZA,
1991).
Asfissurasetrincas,emgeral,soocorrnciasmuitocomunsemedificaes,sendoconsideradas
comonocivasquelasquesovisveisaolhonu,quandoobservadasaumadistnciamaiorque
um metro, ou aquelas que, independentemente da sua abertura, estejam provocando
penetraodeumidadeparadentrodasedificaesegeralmenteocorrememalvenariaseem
peas estruturais de diferentes formas e direo (Taguchi, 2008). Segundo a norma de
impermeabilizao, NBR 9575:2010, as microfissuras tm abertura inferior a 0,05 mm. As
aberturascomat0,5mmsochamadasdefissurase,porfim,asmaioresde0,5mmemenores
de1,0mmsochamadasdetrincas.Essanomenclaturapodeseraplicadastrincaspassivas,que
novariamaolongodotempo,emfunodavariaodatemperatura.
Essasmanifestaespatolgicasocorremcomfrequnciaemconstruesquenotemcontrole
adequado da execuo da fundao e de peas estruturais de concreto, como tambm o mau
uso e vibraes oriundas de trfego intenso e atividades industriais. O diagnstico da origem
dessapatologiapodeserdefinidopelaconfiguraodafissura,daabertura,doespaamentoe,
se possvel, pela poca de ocorrncia (aps anos, semanas, ou mesmo algumas horas da
execuo), considerando as diferentes propriedades mecnicas e elsticas dos constituintes da
alvenariaeemfunodassolicitaesatuantes(PEREIRA,2012).Afissura,deumaformageral,
um tipo de falha patolgica importante devido a trs aspectos, o aviso de um eventual estado
perigoso para a estrutura; o comprometimento do desempenho da obra em servio
(estanqueidade gua, durabilidade, isolamento acstico, entre outros) e o constrangimento
psicolgicoqueafissuraodoedifcioexercesobreosusurios.Nuncademaisrepetirqueas
alvenarias so os componentes da obra, mais suscetveis fissurao, alm do que so as que
maisrealamaosolhosdosusuriosdoedifcio.Assimsendo,poraspectosestticos,psicolgicos
e mesmo de desempenho, as recuperaes de alvenarias so as que mais frequentemente se
verificamnasobras(THOMAZ,1989).
Outra forma usual de acompanhamento de manifestaes patolgicas o controle sistemtico
de abertura e extenso de trincas, como forma de caracterizar a gravidade do problema e seu
aspectoativoouestabilizado.importanteacompanharaprogressodastrincasesuadimenso
utilizandovriaspropostasdedescriodesuaseveridade.Aanlisedagravidadeouorigemde
fissurasemedificaesnotrivial,pelausualcomplexidadequeenvolveocomportamentodos
materiais e sua conectividade e possveis origens e causas. Dessa forma o trincamento e sua
progresso em elementos portantes so indicadores de risco e devem ter tratamento
emergencial,comparticipaodeespecialista(MILITITSKY,CONSOLIESCHNAID,2008).
MATERIAISEMTODOS
A edificao com aproximadamente 3,5 anos de construo, possui trs pavimentos, sendo o
primeiro (trreo) e o segundo para fins comerciais, onde funciona uma fbrica de sorvete e o
terceiro para moradias contendo trs apartamentos residenciais. O prdio est localizado em
esquinacomfachadafrontalnadireosulefachadalateralnadireolesteedemaislaterais
conjugadas s edificaes vizinhas. As fachadas frontal e lateral so revestidas com pastilhas
cermicas. Numa escavao na base da fundao constatouse que a fundao corrida e de
pedra racho argamassada, com aproximadamente um metro de profundidade e o sistema
construtivo estrutural no foi informado e no obtevese acesso aos projetos. O apartamento
utilizado para o estudo apresenta microfissuras, fissuras e deslocamentos de cermicas em
alguns cmodos e, aps a vistoria, realizouse o monitoramento durante sete meses para
observar o desenvolvimento dessas patologias e a partir disso, apresentar os resultados das
observaes que foram analisadas na edificao, como tambm as recomendaes necessrias
paraasmanifestaesnotadas.
Este trabalho apresenta um estudo de caso em uma edificao com trs pavimentos, onde foi
feito exame visual no dia 04 de julho de 2013 e ao vistoriar os problemas, verificouse que as
manifestaesocorremnoterceiroapartamentodoterceiropavimento,queconstamdefissuras
e descolamento de peas cermicas. Foram colocadas etiquetas para monitorar as fissuras
durante algum tempo e analisar se os problemas seriam ativos ou passivos. Ento se fixou fita
crepe de 5,0 cm de largura, transversalmente, com o dia e a hora para facilitar a observao
durante sete meses e analisar o movimento das fissuras, como visto na figura 1. Foram
fotografadostodososcmodoscomproblemaseverificadasasdimensesdasfissurascomtrena
metlica,fissurmetroepaqumetro.
Figura1Fissuranaparedelestedoquarto1
RESULTADOSEDISCUSSO
Figura2Fissuranaparedeoestedavaranda
Observousequeopisodacozinhaapresentaumafundamentonomeiodocmodo,resultando
emumapeacermicadescoladaedemaiscomsomcavoepequenasfraturas,comomostrado
nafigura3.
Figura3Descolamentodecermicanopisodacozinha
Apsdoismesesfoirealizadoumnovoenxamevisual,observousequeasfissurasetiquetadas
continuavamdamesmaforma,vistasaolhonu.Mas,novasmanifestaestinhamsurgidoscomo
microfissurasnaparededoquartodois,comaproximadamente0,07mmdeabertura,extenso
de 63,0 cm e se apresentavam horizontalmente a uma altura aproximada de 2,11 cm do piso,
comomostradonafigura4.Tambmhouvedescolamentodecincopeascermicasnopisoda
sala.
Figura4Microfissuranaparedelestedoquarto2
Esses problemas so originados das vibraes das mquinas usadas na fbrica de sorvete.
Chegouse a essa concluso depois de observar a parte trrea, onde no foram detectadas
fissurasquepudessemremeteraumrecalqueououtrasorigens,entooproblemaseconcentra
nolocalondehmaiorvibrao,vistoqueomaquinrioestabaixodoapartamentovistoriado.
As recomendaes para esses problemas a retirada imediata das mquinas, pois as fissuras
tendem a aumentar. Em seguida fazer a amarrao e calafetao dessas fissuras. A amarrao
deveserfeitacomgramposdeaodedimetro5.0mmengastadostransversalmentesfissuras
e embutidos no reboco, como ilustrado na figura 5. A calafetao ou fechamento das fissuras
deve ser feito com argamassa polimrica aps a escarificao das mesmas, deixandoas com
aberturaemformadeV.
Figura5Amarraodasfissuras
CONCLUSO
REFERNCIAS
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS(ABNT).NBR9575.ImpermeabilizaoSeleo
eProjeto.RiodeJaneiro,2010.
BRITO,L.A.;SOARES,A.M.S.;NAZARI,B.Vibrao:fontedeincmodopopulaoededanos
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Arquitetura - Universidade de Taubat, 2013.
MARTINS, A. P.; PIZOLATO JUNIOR, J. C. e BELINI, V. L. Mtodo com base em imagem para o
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MILITITSKY, J. CONSOLI, N. C. e SCHNAID, F. Patologia das fundaes. So Paulo: Oficina de
textos,2008.
PEREIRA, L. M. Avaliao das patologias e da biodeteriorao na biblioteca central da UFSM,
Dissertao(Mestrado),UniversidadeFederaldeSantaMaria(UFSM),SantaMaria,RS,2012.
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THOMAZ,E.Trincasemedifcios:causas,prevenoerecuperao.SoPaulo:Pini,1989.
VEROZA,E.J.PatologiadasEdificaes.EditoraSagra,PortoAlegre,1991.
LEVANTAMENTODASMANIFESTAESPATOLGICASEMEDIFICAOPBLICADACIDADEDE
MONTEIROPB
M.R.Carvalho(PQ);J.B.O.Jnior(PQ)1 ;I. G.N.Bezerra (PQ)1 ;I.S.Arajo(PQ)1;I.J.C.Ribeiro(PQ)2
1
DiscentenoInstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusMonteiro,2ProfessoradoInstituoFederaldaParaba
(IFPB)CampusMonteiroemail:marianekrvalho@hotmail.com
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Construocivil,manifestaespatolgicas,escola.
LISTOFPATHOLOGICALMANIFESTATIONSTHEPUBLICBUILDINGOFTHECITYOFMONTEIRO
PB
ABSTRACT
KEYWORDS:Building,pathologicalmanifestations,school.
LEVANTAMENTODASMANIFESTAESPATOLGICASEMEDIFICAOPBLICADACIDADEDE
MONTEIROPB
INTRODUO
AconstruocivilumdossetoresindustriaisquemaiscrescemnoBrasil,atreladoaesse
crescimento esto os problemas crnicos pertinentes a esse setor, como por exemplo, a baixa
qualidadenoprocessoenoprodutofinalasedificaes,ondeapresentamdiversaspatologias.
O termo patologia composto pelas palavras gregas pathos (doena) e logia (cincia,
estudo). Por tanto, segundo os dicionrios, a parte da Medicina que estuda as doenas.
ConformeodicionrioMICHAELIS,significa:
MedCinciaqueestudaaorigem,ossintomaseanaturezadasdoenas.
P.descritivaouP.especial:histriaparticulardecadadoena.P.externa:
a que se ocupa das doenas externas. P. geral: a que define os termos,
fixalhes as significaes, determina as leis dos fenmenos mrbidos,
investigaeclassificaascausas,osprocessos,ossintomasetc.P.interna:a
queseocupadasdoenasinternas.
Aspatologiassoalteraesnaestruturaoufuncionalidadedosorganismos,causadaspor
doena,ouseja,tudoquepromoveadegradaodomaterialoudesuaspropriedadesfsicase
ouestruturaisoqualestejasendosolicitado(IANTAS,2010).Naconstruocivilpodeseatribuir
essetermoaosestudosdosdanosocorridosemedificaes.
De acordo com Veroza (1991), as caractersticas construtivas modernas beneficiam
muito o aparecimento de patologias nas edificaes. Sendo assim, tornase indispensvel o
conhecimentodessasmanifestaes,aindaparaesseautor,quandoseconheceosproblemasou
defeitosqueumaconstruopodeviraapresentaresuascausas,achancedesecometererros
reduzmuito.
Sovriososagentescausadoresdepatologias,osmaiscomunsso:cargas,variaode
umidade, variaes trmicas intrnsecas e extrnsecas, alm de agentes biolgicos, como as
formigas,incompatibilidadedemateriais,agentesatmosfricos(IANTAS,2010).
Segundo Souza e Ripper (1998) os sintomas patolgicos tambm podem desenvolverse
em estruturas bem projetadas, bem executadas e perfeitamente utilizadas, pois se deterioram
comopassardotempo.Essaspatologias"problemas"podemmanifestarsedediversasformas
mas,principalmente,comoinfiltraesedanoscausadosporumidadeexcessivanaestrutura,ou
comotrincastambmconhecidascomofissurasourachaduras,comosendoamesmacoisa.No
entanto,existemautoresquediferenciamtaistermosquantoaotamanhodaabertura.
De acordo com a Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, em sua norma NBR
155752:2013 "Edificaes habitacionais Desempenho Parte 2: Requisitos para os sistemas
estruturais" a fissura de componente estrutural o seccionamento na superfcie ou em toda
seotransversaldeumcomponente,comaberturacapilar,provocadoportensesnormaisou
MATERIAISEMTODOS
O levantamento das manifestaes patolgicas foi realizado em uma escola pblica da
cidadedeMonteiroPB.
Inicialmente,foifeitaumapesquisadecampo,naqualhouveumlevantamento,atravs
de observaes visuais, das manifestaes patologias existentes no ptio, salas de aula,
corredores,banheiros,refeitrioetodaparteexternadainstituio.
Paratal,foramrealizadosestudossistematizadosdaliteraturacorrentesobreotemaem
livros, artigos e revistas. Tambm foram efetivadas medies com o auxlio do fissurmetro e
paqumetro instrumentos de verificao de abertura das trincas e fissuras, alm de registros
fotogrficos que proporcionam uma maior veracidade e visualizao das manifestaes
patolgicas.
RESULTADOSEDISCUSSO
Avisitaainstituioteveincionaparteexterna,seguidapelaobservaodoptio,das
salasdeaula,refeitrioebanheiros,posteriormentefoianalisadoumanexo,quefuncionacomo
miniteatrodaescola.
Naparteexternadainstituioforamidentificadasnabasedassalasdeaulasapresena
de patologias resultantes de aspectos biolgicos, formigas, que podem formar uma rede de
tneis subterrnea, capaz de vir a determinar recalques nas fundaes ou afundamento nos
pisos. Alm disso, podese identificar nas paredes de alvenaria a presena de trincas com
aberturadeat1,6mm,decorrentesdasobrecargaqueacobertaexecutadaemtelhacermica,
provocanasmesmas.
J em relao ao ptio da instituio verificamos no piso ao lado de um auditrio a
presena de uma rachadura com abertura de at 13,5 mm, como mostra na Figura 1 (a),
decorrente de recalque da fundao, devido a sobrecarga e presena de formigueiro no local,
causaestatambmquecaracterizaasrachadurasde11,9mmpresentesnaFigura1(b).
Figura1(a)e(b)pisocompresenaderachaduras.
Aindanoptio,encontraseapresenadeoxidaoemgradesdejanelasenosuportedo
arcondicionado, este por sua vez no apresenta nenhum elemento de canalizao da gua,
sendo escoada no piso j danificado, prejudicandoo ainda mais. Uma outra patologia
consideradaalarmanterefereseaoreservatriodeguadainstituiocomoverificasenaFigura
2, que apresenta trincas na viga com abertura de 3,1mm e rachadura no pilar com 15,9 mm,
ferragens expostas j prejudicadas pela corroso, o que compromete ainda mais a estrutura,
alm de muita umidade no local, decorrente da presena da gua e da falta de uma
impermeabilizaoadequada.
Figura2Trincaserachadurasemvigasepilaresdoreservatriodegua.
Figura3Recalquedepisoemsaladeaula.
Norefeitriodainstituioacobertafoirealizadaemestruturametlicaetelhacermica,
onde, das cinco vigas metlicas, apenas duas estavam devidamente apoiadas em pilares, as
demaisestavamapoiadasemparedesdealvenaria,nosuportandoascargasaelassolicitadas.
Emconsequnciadistosurgiramfissurasnoslocaisdeapoiodaestrutura,mostradonaFigura4
(a),assimcomonasparedesdosbanheirosqueseparamessesdoisambientes,Figura4(b).
Figura4(a)cobertaemestruturametlicadorefeitrio,(b)fissurasemparedesinternas
dobanheiro.
Emrelaoaominiteatro,comopossvelobservarnaFigura5,constatouseapresena
de uma fissura com abertura de 1,8 mm, em uma das paredes, decorrente do recalque da
fundao,executadaempedraargamassada.
Figura5Detalhelateraldafissuranominiteatro.
CONCLUSO
Aolongodeseus42anos,aescoladegestopblicadacidadedeMonteiroPB,passou
por vrias reparaes e uma ampliao. No entanto, essas reparaes serviram apenas para
tornar o ambiente erguido, pois mediante os fatos expostos no presente trabalho, observase
queolocaljdeveriaestarinterditado.
A maior parte das manifestaes patologias identificadas oferecem um nvel de
periculosidade alto, o que difere do esperado, tendo em vista que a edificao funciona,
normalmente, como sede de uma instituio escolar. Em alguns setores do prdio medidas
corretivasdevemsertomadasdeimediato,comonacobertadeestruturametlicadorefeitrio,
onde deveria ser realizado um escoramento e executados novos pilares para todas as vigas
metlicas, outro dos setores de maior preocupao o reservatrio de gua, onde deveria ser
efetuado,oquantoantes,umencamisamentodospilaresevigas.Quantoaopisodanificadopela
REFERNCIAS
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ASSOSSIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR 15.5752. Edificaes
habitacionaisDesempenhoparte2:Requisitosparaossistemasestruturais.RiodeJaneiro,
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VEROZA,E.J.PatologiadasEdificaes.PortoAlegre,EditoraSagra,1991.172p.
CONCRETODEPSREATIVOSECOEFICIENTES
F.L.Costa1;M.A.Medeiros2;T.N.Almeida (IC)3 ;L.F.S.Soares4 ;C.M.P.Correia(PQ)5
InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusMonteCastelo,2InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)
CampusMonteCastelo,3InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusMonteCastelo,4InstitutoFederaldo
Maranho(IFMA)DepartamentodeConstruoCivilCampusMonteCastelo,5InstitutoFederaldoMaranho
(IFMA)DepartamentodeConstruoCivlCampusMonteCastelo
email:pcorreia@ifma.edu.br
1
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:concretodepsreativos,impactoambiental,ecoeficientes.
ECOEFFICIENTREACTIVEPOWDERCONCRETE
ABSTRACT
KEYWORDS:reactivepowderconcrete,environmentalimpact,ecofriendly.
INTRODUO
A elevada produo de resduos slidos um problema mundial. Encontrar solues
adequadasparaadisposiofinaldosresduosprovenientesdasdiversasindstriasrepresenta
um grande desafio para o meio cientfico e tecnolgico, tendo em vista os graves problemas
ambientaisquepodemsergeradosporumadisposioinadequada.
Dentro da indstria da construo civil, a produo de concreto surge como um celeiro
potencial para absorver alguns tipos de resduos. O uso de outros materiais no concreto, na
forma de agregados fino ou grosseiro j foi estudado por vrios pesquisadores. Alguns desses
materiaissoadicionadoscomointuitodemelhorarascaractersticasmecnicasdosconcretos
como a slica, misturas de materiais pozolnicos, cinzas, p de basalto, escrias, etc, segundo
BABUePRAKASH(1995).
Ousodevidrojfoiestudadoeatualmenteexistempasesutilizandoestematerialcomo
agregado fino no concreto, como os estudos de POLLEY et al. (1998), de SHAO et al.(2000) e
BABUePRAKASH(1995).Osprimeirospesquisaramousodevidrorecicladocomosubstitutodo
agregado fino (areia) no concreto chegando a resultados satisfatrios, j os segundos
pesquisaram o uso de slica, vidro finamente modo e cinzas volantes, mas em substituio ao
cimentoadicionadosemproporesdeat30%empesocomtamanhodepartculaabaixode
0,15mm.Essesautoresverificaramqueoconcretoproduzidocomaadiodevidrofinamente
modotinhasuaspropriedadesmecnicasmelhoradasemfunodereaespozolnicas.
BABU e PRAKASH (1995) constataram que o vidro pode influenciar a qualidade do
concretoporoutrosefeitosquenoopozolnicoeodareao lcali/slica.Verificousequeo
benefciodaadiodovidroestavarelacionadoaopreenchimentodevaziosentreosgrosdo
agregado fino (melhora do empacotamento das partculas). J o efeito pozolnico aconteceria
com vidros de granulometria fina uma vez que as partculas finas favorecem uma rpida e
benficareaopozolnica.
Nosltimosanos,muitaspesquisastmsidodesenvolvidaseabuscapormateriaiscom
desempenhomecnicoededurabilidadecadavezmaiorestemsidooalvodospesquisadoresda
tecnologiadosconcretos.Osconcretosdepsreativossocompsitosconstitudosdepartculas
com granulometria fina (tamanho mximo 2000 m) e uma baixa relao gua/cimento. No
entanto, para alcanar a resistncia adequada, necessria uma considervel quantidade de
cimento, que, dentre os materiais constituintes do concreto, o que demanda maior custo e
consumodeenergiaparasuaproduo.Sendoassim,asoluoparaoproblemaseriaareduo
doconsumodeaglomerantesatravsdousointensivodeadies,aditivossuperplastificantesea
otimizao da distribuio granulomtrica dos agregados propiciando assim uma maior
compacidadeaomaterial.
MATERIAISEMETODOLOGIA
CARACTERIZAODOSMATERIAIS
OcimentoPortlandutilizadofoioCPVARIRS,fabricadopelogrupoHoldercim.
Aslicaativa(SA)utilizadafoianodensificadadaempresaTecnosil,queindicoucomo
massaespecficadomaterialovalorde2.220kg/m,superfcieespecficaaproximadamenteigual
a19.000cm/gedimetromdiodapartculaiguala0,20m.
OpdequartzoutilizadofoifornecidopelaempresaBMRC(BeneficiamentodeMinrios
RioClaroLtda.)comumagranulometriade500Mesh(25mm)[0;3]%dereteno.
FoiadotadaareiafornecidaporjazidasdevidamenteregulamentadasjuntoaoIBAMAna
cidadedeSoLus.Odimetromdiodosgros0,28mm,classificadacomomuitofina.
Oagregadoartificialparaesteestudofoiproduzidoapartirderesduoinorgnicovtreo
provenientedoprocessodecoletaseletivaderesduosdeconstruocivil,coletadoemSoLus
do Maranho. O vidro foi submetido triturao at obterse granulometria prxima do
agregadomido(areia),segundoaNBR:7211(2005)queespecificaosagregadosparaconcreto.
FoiutilizadoosuperplastificanteSikaViscoCrete20HEqueumaditivolquidodepega
normaldeterceirageraoparaindstriadeprmoldados,concretosdealtaresistnciainicial,
concretodealtodesempenho(CAD)econcretoautoadensvel(CAA).
METODOLOGIAUTILIZADA
A tabela 1 abaixo mostra os consumos em kg/m trao de concreto de ps reativos
originaldeRICHARDeCHEYREZY(1995)eassubstituiesdeareiaporpdevidroproveniente
deresduodeconstruocivilnasproporesde0%(traoA),5%(traoB),12,5%(traoC),20%
(traoD),almdadiminuiodaquantidadedeaglomerantesparaolimitede300Kg/m.
Tabela1Relaodosconsumosdemateriaisemkg/mdostraosproduzidos.
Materiais
Cimento
Slica
Pdequartzo
Areia
Pdevidro
Superplastificante
gua
Sempdevidro
Original
TraoA
854
210
201
939
17
184
240.79
59.21
455.67
1448.33
17
184
Compdevidro
TraoB
240.79
59.21
455.67
1375.91
72.42
17
184
TraoC
240.79
59.21
455.67
1267.29
181.04
17
209
TraoD
240.79
59.21
455.67
1158.66
289.67
17
234
Oprocedimentodemisturaparaasdosagensfoi:
misturouseprimeiramentetodoomaterialsecoatocorrerhomogeneizao;
ResistnciaCompresso(MPa)
7dias
14dias
21dias
28dias
C1
52,98
57,35
62,79
73,88
C2
53,23
62,12
68,54
81,56
C3
56,09
63,41
75,5
86,86
Mdia
54,1
60,96
68,94
80,77
Tabela3ResultadosdosensaiosdecompressoreferentesaotraoA.
TraoA
Corpode
Prova
ResistnciaCompresso(MPa)
7dias
14dias
21dias
28dias
C1
35,11
39,81
49,76
61,95
C2
35,37
45,26
53,98
64,01
C3
39,92
46,85
55,12
67,23
Mdia
36,8
43,97
52,95
64,4
ResistnciaCompresso(MPa)
7dias
14dias
21dias
28dias
29,42
34,66
45,25
53,14
35,98
46,21
57,82
40,57
47,91
58,43
37,07
46,46
56,46
33,06
34,39
32,29
ResistnciaCompresso(MPa)
7dias
14dias
21dias
28dias
29,69
34,06
40
49,74
34,12
43,83
51,37
38,51
45,46
56,98
35,56
43,1
52,7
31,43
31,85
30,99
Tabela6ResultadosdosensaiosdecompressoreferentesaotraoD.
TraoD
Corpode
Prova
ResistnciaCompresso(MPa)
7dias
14dias
21dias
28dias
C1
23,73
29,66
34,29
42,96
C2
23,76
30,54
37,18
47,4
C3
27,31
33,64
39,87
48,98
31,28
37,11
46,45
Mdia
24,93
Para o clculo das densidades de cada corpo de prova foram medidas suas dimenses
com um paqumetro digital e tiradas as suas medias para devido clculo de seu volume e
posteriormenteforampesadosemumabalanadigital.Suadensidadefoicalculadadividindoa
suamassapeloseuvolumecomoapresentadonatabela7.
Tabela7Densidadedoscorposdeprova.
TRAO
Densidade
mdia(kg/m)
Original
2543,98
TraoA
2339,45
TraoB
2266,37
TraoC
2167,23
TraoD
2032,98
DISCUSSO
Com a adio de gua ao concreto ocorre a hidratao do cimento, que ocorre com o
decorrerdotempo,porissoaresistnciacompressodoaumentacomasuaidade.Paraconcretos
de ps reativos ocorre o mesmo, mesmo com a substituio parcial da areia o comportamento
semelhante.
Nos ensaios com corpos de prova cilndrico de 50mm x 100mm, analisou a resistncia
compresso do concreto com idades de 7 a 28 dias, essa analise foi feita com 5 traos diferente,
sendo um deles o concreto com 854kg/m de consume de cimento e os ostro quatro com a sua
reduopara240kg/mdecimentoesubstituioparcialdaareiapelomaterialinorgnicovtreoem
porcentagensde0%,5%,12,5%e20%,sendoessescorposdeprovacuradosemcmaratrmica
90Cdurante48h.
Observaseumaumentodeconsumodegua,comoapresentadonatabela1,nostraos
quehouveasubstituiodaareiapelopdevidro,notraoB,ondehouveasubstituiode5%
pelopdevidro,nofoiprecisoacrscimodegua,contudootemponomisturadorparaquea
misturativesseaconsistncianecessriafoimaior,notraoC,substituiode12,5%,houveuma
aumentode13,6%daguaenotraoD,umaumentode27,2%dela.
Areduodoconsumodeaglomerantesparaaproximadamente300kg/mcontribuipara
que o trao C tornese uma alternativa ecolgica ao trao de ps reativos comum pois este
requisitaumaconsidervelquantidadedecimentoparaquesejaobtidaaresistnciaesperada,
resultandoemumgrandeimpactoambiental,umavezqueseuprocessodeproduoagrideo
meioambiente.
Analisandoosresultadosderesistnciaacompresso(figura1)parafazeroconcretode
ps reativos com baixo consumo de aglomerantes, tornandoo ecoeficiente, o melhor
desempenho do trao que substitui 12,5% da areia por p de vidro (trao C), pois possui o
melhordesempenhoemresistnciacompresso,comparandocomosdemaistraos,almde
teradensidademdiareduzidaemquase15%quandocomparadoaotraodeconcretodeps
reativos original, o CPR apresenta uma alta densidade devido ao grau de compactao acentuado
dosmateriaisconstituintes,contudo otraoCpropostonestetrabalhodiminuiestadensidadede
2543.98kg/m,verificadadotraooriginal,para2167.23kg/m,conformeapresentadonatabela
7.
Figura1Resultadoscomparativosderesistnciacompresso(MPa)xIdade(dias).
CONCLUSES
Comoesperado,osresultadosobtidosparaasubstituioparcialforaminferioresaosdo
concretoderefernciadotraooriginal(tabela2)eaotraoecoeficientecom0%(tabela3)de
substituio do p de vidro, isso ocorreu pelo fato de que a quantidade de aglomerantes foi
consideravelmentediminudapassandopara300kg/m,antesemtornode1000kg/m,almdo
fatodequeasubstituiodaareiapelopdevidrofazcomqueotraodoconcretonecessitede
maisgua,aumentandoassimofatorgua/cimentoediminuindoportantosuaresistncia.
Entretanto,apossibilidadedeutilizaoparafinsestruturaisnodescartadavistoqueo
traocomsubstituiode12,5%(traoC)daareiapelopdevidroconseguiuresultadosde52,7
MPaaos28dias.Almdisso,osresultadosrelativosresistnciaaos7diasobtiverammdiade
30,99MPatornandovivelasuautilizaoempeasprmoldadas,poisalmdeaindateruma
resistnciarazovel,adensidadedesseconcretodiminui,consideravelmente,emcomparaoao
traooriginalpropostoporRICHARDeCHEYREZY(1995),chegandoaaproximadamente15%de
perdadepeso.Osresultadosobtidoscomasubstituiode20%,emboraapresenteumamaior
diminuioemsuadensidade,obtiveramumaquedamuitograndedesuaresistnciapreferindo
seassimautilizaodotraode12,5%desubstituio.
O trao C, com substituio parcial da areia por p de vidro em 12,5%, tornese uma
alternativa ecolgica ao trao de ps reativos comum pois este requisita uma considervel
quantidade de cimento para que seja obtida a resistncia esperada, resulta em um grande
impacto ambiental. Uma vez que o desempenho mecnico apenas um dos fatores a serem
considerados no estudo comparativo destes traos, pois garante apenas a utilizao para fins
estruturais, devese considerar, no processo, que os resultados de sua densidade implicam em
uma diminuio do peso da pea final, diminuindo a resistncia necessria da estrutura para
suportarseuprpriopeso,ocorrendoassimumadiminuiodoscustosdaobracomaestrutura,
alm da diminuio de gastos na produo do concreto, pois com a diminuio do teor de
cimento e com a utilizao de materiais reciclveis o valor gasto na produo do concreto
diminui,consideravelmente.
REFERNCIAS
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR05739:EnsaiodeCompressodeCorpos
deProvaCilndricosdeConcreto.RiodeJaneiro,1994.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5738: Moldagem e cura de corposde
provacilndricosouprismticosdeconcreto.RiodeJaneiro,2003.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 7211/2005: Agregados para concreto
Especificao.RiodeJaneiro,2005.
BABU,K.G,PRAKASH,P.V..CementandConcreteResearch.25,6.1995.
POLLEY,C;CRAMER,S.M;DELACRUZ,R.V;MATER,J.CivilEngineering.ASCE10,1998.
SHAO,Y.;LEFORT,T.;MORAS,S.;RODRIGUES,D.CementandConcreteResearch.30,2000.
RICHARD,P.;CHEYREZY,M..Compositionofreactivepowderconcretes.CementandConcrete
Research.v.25,n.7,p.15011511,Oct.1995.
.
ESTRUTURATEMPORRIANOCANTEIRODEOBRAUMAALTERNATIVAPARAOTRATAMENTO
DOESGOTAMENTODOMSTICOGERADO.
CHAGAS,Alysson(Eng./A.S.);SANTOS,Rogrio (MsC.Eng)2;CHAGAS,Danielle(Arq/Msc.DM)3
1
FaculdadePioDcimo(079)33030772,alyssonchagas@gmail.com;2FaculdadePioDcimo,
rogeriojsantos@gmail.com;3IFS,arq.danicosta@gmail.comCampusAracaju
(Eng/C.C.)EngenheiroCivil/CientistadaComputao
(MSc.Eng)MestreemEngenhariaCivileAmbiental
(Arq/MSc.DM)Arquiteta/MestraemDesenvolvimentoeMeioAmbiente
RESUMO
umarevisobibliogrfica.Chegouseaaplicaodouso
da estrutura do container, devido a sua flexibilidade e
mobilidade, aliado a uma estao de tratamento de
esgoto, compacta, fabricada em PRFV (Polmero
ReforadocomFibradeVidro),permitindoaoconjunto
uma maior flexibilidade em uma soluo temporria e
segura, seja pela falta de espaos ofertados nesses
canteiros e ou para atender s legislaes ambientais
vigentes, na falta das redes de coleta de esgoto como
destino
final.
PALAVRASCHAVE: CanteirodeObra,EstruturaFlexvel,ETEMvel,Container.
TEMPORARYSTRUCTUREONTHESITEOFWORKANALTERNATIVEFORTREATMENTOF
DOMESTICSEWAGEFLOW
KEYWORDS:ConstructionWork,FlexibleStructure,MobileETEContainer
ESTRUTURATEMPORRIANOCANTEIRODEOBRAUMAALTERNATIVAPARAOTRATAMENTO
DOESGOTAMENTODOMSTICOGERADO
1. INTRODUO
Nos ltimos anos temos acompanhado uma melhoria nas condies de trabalho e nos
procedimentos adotados pelas construtoras em seus canteiros de obra, seja pelas Normas
Regulamentadorasoupelalegislaovigentequecobramdasempresasdoramodaconstruo
civilmaisqualidadeeresponsabilidadenoquedizrespeitosquestessocioambientais.
EmAracaju,omercadodaconstruociviltemcrescidobastantenosltimosanoseissopode
ser facilmente observado com a construo verticalizada em vrios pontos da cidade. Outra
forma de construo que cresce muito a de condomnios fechados de casas. Em cada um
dessescasosverificamosanecessidadedeadaptarodesenhodocanteirodeobradeacordocom
asNormasRegulamentadoraseasLegislaesAmbientaisvigentes.
Noscanteirosdeobraspodemosnosdepararcomalgumassituaescomo,porexemplo,afalta
deespaoparapoderalocartudoquenecessrioparaestardeacordocomasnormas,almda
necessidade de constantes modificaes desses espaos para acompanhar as diversas fases da
obra.Situaoquedemandaperdasedemolies,desperdciosdetempo,materialerecursos.O
canteiro de obra um ambiente dinmico. Portanto fazse necessrio que o planejamento do
canteiroprevejapossibilidadesderearranjosnasmaisdiversasfasesdaobra,ouseja,autilizao
de construes temporrias que permitam certa flexibilidade e ainda uma mobilidade nos
elementosquecompemessescanteiros.
Asedificaesqueutilizamtecnologiasflexveissocadavezmaispresentesnocotidianodeuma
cidade.Atodotemposocriadosespaosquedeformatemporriaoferecemdiferentesservios
para a sociedade. Verificase no uso dos containers uma forma mais gil para organizar uma
estruturaquepodeserutilizadaparaosmaisdiversosfins,sejameles,lojasderoupas,postosde
atendimentopolicialoumesmoescritriosemcanteirosdeobra,poisessaestruturaproporciona
umaflexibilidadenoseuusocomcertamobilidade.
SegundoBirbojm(2002)asconstruestemporriasnosoelementosdocanteirodeobras,e
sim, ambientes provisrios ou definitivos utilizado para abrigar, temporariamente, alguns
elementoscomoescritrio,guarita,almoxarifado,esanitrios.
QuandootipodeobrarequerumnmeromaiordefuncionriosissosignificapelaNR18noitem
18.4.2quedevemosterinstalaessanitriasdevidamenteequipadasparaasnecessidadesdos
funcionrios, e isso gera uma demanda do esgotamento domstico que por sua vez deve ser
tratado antes de ser descartado, atendendo as exigncias das Diretrizes Normativas da
AdministraoEstadualdoMeioAmbiente(ADEMA)eobedecendoasNormasNBRalmdeestar
emconformidadecomoMinistriodoMeioAmbiente.
Tantonocasodeobrasemprdiosnazonaadensadacomoodecasasemcondomniosnazona
de expanso podemos constatar a falta de uma rede coletora para o descarte do esgoto
domstico gerado, ento surge a necessidade da utilizao de uma Estao de Tratamento de
EsgotoE.T.E.,pormnamaioriadasvezessoutilizadasfossasspticasquealmdenoterem
amesmaeficinciadeumaE.T.E.,sonormalmenteesquecidasembaixodaterra.
Considerando o exposto, este estudo tem por objetivo propor uma soluo temporria e
reutilizvel,paratratamentodeefluentesemcanteirosdeobra.
2. REVISOBIBLIOGRFICA
2.1 CANTEIRODEOBRA
Na rea da Engenharia Civil quando iniciado o processo para uma construo, surge de
imediatonecessidadedesecriarumespaodetrabalho,querelesejafixooutemporrio,onde
voserdesenvolvidasasatividadesdetrabalhoparaaexecuodeumaobraesuasoperaes
deapoio,esseespaooquedefinimoscomo"CanteirodeObra.
Naliteratura,segundoIllingworth(1993,p19),encontramostrstiposdecanteirosdeobras:
1. CanteirosRestritosquandoaobraocupatodooterrenoougrandepartedele.
2. CanteirosAmplosaobraocupaumapartedoterreno.
3. CanteirosLongoseEstreitosCanteirosgeralmentedeferroviaserodoviascompoucos
pontosdeacesso.
DeacordocomAlves(2012)cadapartequecompeumcanteirodenominadaelemento
docanteiro.Algunspodemnoserobrigatrios,dependendodotipodeobra,outrospodemser
acrescentadosemsituaesparticulares.Esseselementosseclassificamassim:
reasoperacionais:estoligadasdiretamentecomaproduo;
reasdeapoioproduo:localparaoarmazenamentodemateriais;
SistemasdeTransportes:equipamentosparaotransportedemateriais;
readeapoiotcnico/administrativo:localdesignadoparaainstalaodoescritrio.
Durante o perodo de execuo de uma obra existe a possibilidade que o canteiro sofra
algumasmodificaesnoseulayoutemfunodotipodeservioquevaisendoexecutado,e
isso exige que em determinados casos o canteiro tenha uma flexibilidade para se adaptar aos
estgiosemqueaobraseencontra.
ParaSaurin(1997)aflexibilidadedelayoutdeterminadapelograudereaproveitamentoe
de adaptao das instalaes depois de ocorrerem mudanas significativas no arranjo fsico.
Geralmente nessas situaes alm dos transtornos causados pelas mudanas, vo sendo
perdidos muitos materiais como madeiras, tijolos, telhados dentre outros, acarretando num
desperdciodemateriais.
Na construo, as instalaes so chamadas provisrias e possuem durabilidade muitas
vezes bem inferior ao tempo de execuo da obra, uma vez que o escritrio, alojamento,
almoxarifado, entre outros, precisam ser transferidos, to logo haja pavimento construdo
suficiente para abriglos. Esta caracterstica leva o empresrio da construo a no querer
investir uma quantia mais significativa com estas instalaes, que normalmente so feitas de
madeira,emcarterrealmentetemporrio,muitasvezesdeimproviso.(Oliveira,1997)
No que diz respeito a canteiro de obas, o setor da construo civil foi se adaptando s
legislaesambientaisquecomearamaregulamentartodooprocessonoqueserefereauma
construo sustentvel. Para a Agenda21 , uma construo sustentvel definida como: "um
processoholsticoqueaspiraarestauraoemanutenodaharmoniaentreoambientenatural
e construdo, e a criao de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a
equidadeeconmica".(Fonte:MinistrioMeioAmbiente2014).
Apesardageraoderesduosemumcanteirodeobrasserinevitvel,aResoluoConama
307 de 2002 (CONAMA, 2002) preconiza, em primeiro lugar, a no gerao de resduos e,
secundariamente, a reduo, reutilizao, reciclagem e cuidados na destinao final.
(Arajo,2009;p50)
Arajo (2009) caracteriza a indstria da construo civil como a atividade humana mais
impactantesobreomeioambiente.Todasasetapasdeumempreendimentoconstruo,uso,
manutenoedemoliosorelevantesnoquedizrespeitoaoconsumoderecursosegerao
deresduos.
Umadasformasdereduziroimpactodeambientaldeumcanteiroatravsdocumprimento
da Norma Regulamentadora NR 18 Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da
Construo, que trata das questes relacionadas s diretrizes que normatizam um canteiro de
obra. No item 18.4.2 da NR18 que trata da instalao sanitria da rea de vivncia de um
canteiro, observamos que como consequncia dessa instalao gerada uma demanda de
efluentenocanteirodeobras.Parasedestinaradequadamenteesseefluentenecessitamosde
umaEstaodeTratamentodeEsgoto(E.T.E.).
2.2 SISTEMADETRATAMENTODEESGOTO
TodaobradeveofereceremseucanteirodeobraumacondiomnimaexigidapelaNR18
no que se refere s instalaes sanitrias para uma higiene adequada dos trabalhadores dessa
obra.Essasinstalaesdevemserconstitudasdevasossanitrios,lavatrios,chuveiroseparaos
banheiros masculinos os mictrios. A cada 20 trabalhadores ou frao, temos um conjunto de
vasosanitrio,mictrioelavatrio.Jcomrelaoaochuveirodevemoster1(um)acadagrupo
de10(dez)trabalhadores.
O uso de sistemas de tratamento de esgoto ajuda na despoluio da gua presente no
efluente contaminado, eliminando os poluentes presentes nessa gua e assim podendo ser
lanadanoscorposreceptores.EssessistemassoconhecidoscomoEstaesdeTratamentode
Esgoto(E.T.E.).Essetratamentopodeseranaerbioouaerbio,ondeoprimeironoprecisada
presenadooxignioeosegundonecessitadooxignioparaodevidotratamentobiolgico.
Para uma estao de tratamento de esgoto a Demanda Bioqumica de Oxignio D.B.O.
quemdefineapoluioorgnicadeumefluenteeaDemandaQumicadeOxignioD.Q.Oa
quantidade de oxignio necessria para oxidao da matria orgnica. Geralmente so os
parmetrosmaisutilizadosnaavaliaodaeficinciadasestaesdetratamentoeobservao
dabiodegradabilidadededespejos(Cetesb,2014).
Ofluxoparaotratamentodeesgotoenvolveasseguintesetapas:
TratamentoPreliminarcomgradeamentoparaeliminarmateriaiscomopapis,plsticos;
TratamentoPrimrio(DBOalcana30%);
TratamentoSecundrio(DBOalcana90%);
TratamentoTercirio(eliminaodepoluentestxicos);
Desinfeco(natural:solouartificial:luzultravioletaoucloro).
Figura21EsquemadeumaEstaodetratamentodeEsgotoemFibradeVidroArea.
Fonte:SitedaFibrasil,2014.
At certo tempo atrs, as estaes de tratamento eram executadas em concreto estrutural
(Figura21),oquelevavaumtempomaiorparasuaexecuoalmdeterumcustoelevadoem
comparaocomasestaesdetratamentoemfibradevidroquesetornarammaiscomunsnos
ltimostempos.Outracaractersticadasestaesemfibradevidroqueelassobastanteleves
ecompactassecomparadascomasdeconcretoeporessemotivosomuitomaisatraentesno
pontodevistadaflexibilidade,tornandoseumanuseiomaisfcil.AsE.T.E.semPRFVpodemser
fabricadasforadaobraetransportadasparaolocalondevaiserinstalado,oquenopossvel
serfeitocomaestaodeconcretoquespodemserexecutadasnaobra.
Comoavanodastecnologiasnosmateriaisaplicadosnaconstruocivilpassouseautilizar
estaes em fibra de vidro laminadas com resinas apropriadas para suportar as intempries
advindasdosprodutosqumicosquecompemoesgotodomstico.Asestaesdetratamento
podemserinstaladasdasseguintesformas:Areas;Semienterradas;Enterradas.
2.3 CONSTRUESFLEXVEISusodeconteiners
Adaptarumaconstruoaumnovouso,semanecessidadedegrandesperdasmateriais
edetemporefleteumanecessidadedasociedadeatual,viabilizada,dentreoutrascoisas,pelos
avanostecnolgicosdossistemasconstrutivos.
Se em construes que so feita para durar, como por exemplo, as moradias e prdios
administrativos, a flexibilidade j se torna uma realidade, dada as frequentes adequaes dos
espaos a novos usos, no se pode mais imaginar edifcios com tempo de uso definido, ditos
temporrios, no incorporando princpios de uma arquitetura onde essas mudanas j sejam
vislumbradasaindanafasedeprojetoeplanejamento.
Edificaesflexveis,segundoKronenburg(2007),soaquelaspensadospararespondera
umusooulocalizaoquesemodificam.
"Esunaarquitecturaqueseadaptaenlugardeestancarse:Esmvil
em lugar de esttica e interacta con los usurios en lugar de
inhibirlos. Se tracta de una forma de deseo que es, en su propia
esencia, interdisciplinaria y multifuncional..." (Kronenburg, 2007,
pag11)
consensoqueaflexibilizaodaedificaopodecontribuirnamanutenodaqualidade
ambientaldolugaresegundoPereira(2012)deveserconsideradacomoumnovocritrioaser
incorporado nos processos de certificao ambiental. A flexibilidade est diretamente ligada
sustentabilidade.SegundoKronenburg(2007),anecessidadedeflexibilidadenosprodutodo
desejoedapossibilidade,mastambmdaeconomiaedanecessidade.
SegundoJodidio(2011),emboraumacaixadeaopossanoseraestrutura,maisbviapara
umahabitao,oscontineresISOcomearamaserutilizadoscomestefimnoinciodosanos
80.
Asmotivaesparaousodoscontainersparaahabitaorelacionamseprincipalmenteao
carterflexvelqueessetipodeestruturapropicia,tantonoquedizrespeitospossibilidadesde
arranjo espacial, quanto na facilidade de transporte. O que responde a, pelo menos, dois dos
conceitosdefinidosporKronemburg(2007)quecaracterizamaarquiteturaflexvel:adaptaoe
deslocamento.
Almdessaspodemosenumeraroutrasvantagensquefazemdocontainerumaestruturaem
potencialparaseradaptadanacriaodeambienteshabitveis,dentreelas:
Resistncia e durabilidade. Possui estrutura forte de longa durabilidade, j que foi feito
parasuportardiversosclimasecarga.
Reuso. Alm dos aspectos relacionados economia, o reuso do container para a
construo civil, diminui uma grande quantidade de entulho gerado no descarte dessa
estruturadecarga,oquecontribuicomodesenvolvimentosustentvel.
Apesar das vantagens enumeradas, o uso do container exige na maioria dos casos, uma
adaptao,principalmenteparaatenderasexignciasdeconfortoebemestarhumano.Porse
tratar de uma estrutura em ao, pssimo isolante trmico e acstico e um bom condutor de
calor.Apesardissotmsevriosempreendimentoscomousodecontainers,inclusivenonortee
nordeste do pas, onde se utilizaram estratgias de projeto e matrias de revestimentos
adequados,qualificandooambiente.
A fim de obter uma maior produtividade as empresas construtoras tm usado containers
adaptadosparaousoemcanteirosdeobraproporcionandodiversaspossibilidadesdentrodesse
ambiente de trabalho por ter bastante mobilidade e se adaptar facilmente em vrios tipos de
ambiente.Comoexemplopodemoscitarosescritrios,almoxarifados,vestiriosetc.
O uso de container em obras contribui com as questes relacionadas ao reuso dessas
estruturas, j que, com o fim de uma obra, esse mesmo container pode ser reaproveitado em
uma nova obra obtendo assim uma economia alm de atender s exigncias das normas e
diretrizesambientais.
3 MATERIAISEMTODOS
Esseestudoiniciouseemoutubrode2013,nocanteirodeobasdoempreendimentoJardins
da Frana, da construtora Norcon Rossi, situado rua Acrsio Moreira Siqueira, na cidade de
Aracaju Sergipe. Quando em uma reunio do engenheiro juntamente com sua equipe, para
tratar do assunto sobre a transferncia do canteiro de obras de um terreno adjacente para
dentrodaobra,observouadificuldadeemtransferirosbanheirosevestiriosdoscolaboradores.
Durante a reunio foi constatado que para essa mudana teria que resolver o problema dos
vestiriosewc'sdoscolaboradoresemvirtudedaobraaindanoterumaformadedestinaro
esgotamentodomsticogeradonesseambiente.
Ametodologiaaplicadanesteestudotemcarterexploratrio.Suaabordagemqualitativae
partedeumarevisobibliogrficadoassuntoestudado.Foramfeitaspesquisasatravsdelivros,
boletins tcnicos, artigos, normas e atravs de repositrios de instituies pela internet,
buscandorefernciascomprioridadesindexadasentreA1eB4(WebqualisCAPES).
Entocomeouumapesquisaparaprocurarqualseriaamelhorsoluodiantedasquestes
que envolviam a dificuldade para transferncia do canteiro. A princpio foram feitas pesquisas
com outras obras para verificar quais as solues que j teriam sido aplicadas com sucesso ou
aindapossveissoluesaindanoaplicadas.
Foi levada emconta uma soluo que pudesse atender de formamais genrica possvelos
vriostiposdecanteirosdeobras,querelessejamnareaurbanaounazonadeexpanso,que
estejamdeacordocomasnormasbrasileirasconcomitantementecomtodaalegislaovigente
equepossautilizartodatecnologiadisponvelnaregioparaquenovenhaaaumentarocusto
dessasoluo.
4 RESULTADOSEDISCUSSO
A empresa Norcon Rossi foi anunciada no ano de 2011, por meio da unio entre a
Construtora Norcon, lder do segmento na regio Nordeste com a Rossi, uma das principais
incorporadoraseconstrutorasdoBrasil.(www.norconrossi.com.bracessadoemmaro2014).A
NorconRossiatuanosestadosdeSergipe,AlagoasePernambuco.
O estudo foi desenvolvido no canteiro de obras do empreendimento Jardins da Frana
ConstrutoraNorconRossiemAracaju/SE,representadonaFigura28,inicialmentefoiconstrudo
com alvenaria convencional em um terreno ao lado da obra. Porm, o canteiro precisou ser
transferido para dentro da obra porque no local onde estava instalado foi programada a
construodeumapraa.
Diantedoproblema,foiverificadoquenaobranoexistiaaindaumaestaodetratamentode
esgotoaptapararecebertodoefluentegeradopelostrabalhadoreseissogerouumimpassena
obra. O que fazer com esse esgoto? A soluo seria dar um tratamento adequado e
consequentementedestinaraumcorporeceptorsejaeleumaredecoletoradeguaspluviaisou
mesmoumaredecoletoradeesgotoadependerdotratamentorealizado.
Figura29LocalizaodaObraJardinsdaFranaNorconRossi
Fonte:GoogleMaps,2014.
Figura30ObradosPrdiosdoResidencialNorconRossi
Fonte:Chagas,AlyssonTvora,2014.
Por ser uma sada rpida e pela fcil adaptao, foi dado como soluo para os sanitrios e
vestiriosoalugueldecontainersquesubstituramosconvencionaisdealvenaria,jqueteriam
que ser demolidos por estarem no local destinado execuo da praa. Mas com relao ao
esgotodomsticogeradonoexistiunenhumasoluoqueviesseaestardeacordocomtodasas
normasambientais.
Todo esgoto gerado continuou sendo despejado numa fossa sumidouro que j existia no local,
precisando apenas ser refeita uma ligao dos containers at essas fossas. Contudo, no fim da
obra essas instalaes sanitrias no sero reaproveitadas e acabaro esquecidas embaixo da
terra, gerando no s um desperdcio financeiro e material, mas tambm gerando um resduo
desnecessrioquedescartadonomeioambiente.
Vistoisso,estetrabalhopropeousodeumaestaodetratamentodeesgotoquetemcomo
caractersticas o fato de ser compacta, reaproveitvel, mvel e de fcil fabricao einstalao.
Outro ponto importante dessa estao que ser feito um tratamento adequado ao esgoto
geradoeserdadaumadestinaoadequada.Omaterialdefabricaomaisapropriadoafibra
devidroporserleveeresistentealmdeserdefcilmanutenonocasodereparos.
Essaestaodeveestarmontadadentrodeumcontainerfacilitandoseudeslocamentoquando
necessrio e evitando desmontar e montar em outro local evitando assim possveis danos na
estruturadoequipamento.OsistemaviabilizaaintegraodeumaE.T.E.aumcanteirodeobra
comamobilidadedesejadaeprincipalmentepodendoserreutilizadoemoutrocanteiroapso
trminodaobra,osistemadetratamentodemvel.
Figura32EsquemadeumaE.T.E.dentrodeumContainervistadetopo.
Fonte:Chagas,AlyssonChagas,2014.
Figura33EsquemadeumaE.T.E.dentrodeumContainercortelongitudinal.
Fonte:Chagas,AlyssonChagas,2014.
Aconstrutoratantopodeadquirirumaestaodessasjfabricadaemontadacomotambm
podeteremsuaplanilhaoramentriacomomaisuminsumo,oalugueldesseequipamentoe
evitando assim a preocupao com a manuteno do equipamento que no faz parte das
atividadesdeumaconstrutora.
Atravsdousodeumcontainer,ondedentrodelepodemosfacilmenteinstalarumaestao
detratamentodeesgoto,fabricadadePRFV(PolmeroReforadocomFibradeVidro),deforma
horizontalouvertical,adependerdoprojetodimensionado.
A estao pode ser de maneira simples, estacionada em um ambiente prximo da gerao
desseefluenteecomumaestaoelevatrialevaroefluenteataestaoemquesto.Abaixo
segueumesquemadessaestaodentrodeumcontainer:
Essa soluo alm das vantagens j apresentadas possui tambm outra caracterstica de poder
armazenarqualquerequipamento,comomotoreseltricosoudispositivosdecontrole,naparte
internadocontainerprevenindopossveisroubosdeequipamentosouatmesmoadepredao
daestaodetratamentodeesgoto.
5 CONSIDERASFINAIS
Observouse que na cidade de Aracaju, o nvel do lenol fretico alto e por tanto a soluo
apresentadaparaoproblemaatendeutantonasobrasemqueexisteafaltadeespao,comoas
obrasnaregiodezonaadensada,bemcomonasregiesdazonadeexpansoondeaindano
existeumainfraestruturaqueabsorvaqualquertipodeesgotamentogerado.
Atendendoaindaaoobjetivodeestardeacordocomtodalegislao,poisapsotratamentodo
esgotamento, seu descarte pode ser feito tanto em sistemas de guas pluviais, que j uma
caractersticadazonaurbana,bemcomoemvalasdeinfiltraonazonadeexpanso.
AE.T.E.compactaocupaumpequenoespaoepodeserremovidaparaoutrolocalcomofimda
obra e no gera o desperdcio antes observado com as fossas convencionais no obstante a
vantagemdeoempresrioestarreaproveitandoumsistemaemvriasobrasecomtecnologias
aoseualcance.
ParaquenumfuturonodistantepossamosnosdepararnacidadedeAracajucomessasoluo
deixo como proposta de trabalhos futuros um estudo mais planejado que venham a
complementaresseestudoatravsdeumprojetomaisdetalhadodessaestaodetratamento
de esgoto compacta e mvel dentro de um container, atravs de um levantamento de custos
desseprojeto,dimensionamentoparaadequaoavriostiposdecanteirodeobraseasvrias
formasdeseimplantaremumaempresaessacultura.
6 REFERNCIAS
ALVES, Andr Luis Lins, ORGANIZAO DO CANTEIRO DE OBRAS: um estudo aplicativo na
ConstruodoCentrodeConvenesdeJooPessoaPB,UFPB,2012.
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OLIVEIRA, Sonia V. W. Borges de. Modelo para Tomada de deciso na escolha de sistema de
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SAURIN,TarcisioAbreu.MtodoparadiagnsticoeDiretrizesparaplanejamentodecanteiros
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Seguranadotrabalhoemparqueselicos
R.R.A.Silva(IC);R.A.Gomes(IC)2 ;M.G.Carvalho (IC)3 M.F.Meyer(PQ)4
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentral,2InstitutoFederaldoRioGrandedo
Norte(IFRN)CampusNatalCentral;3InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentral;
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusDiretoriaAcadmicadeRecursosNaturaisCampus
NatalCentralemail:rrenato.antunes@gmail.comemail2:raniereagomes@hotmail.comemail3:
matheus_cefetrn@yahoo.com.bremail4:mauro.meyer@ifrn.edu.br
1
(IC)IniciaoCientfica
(TC)TcnicoemQumica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Omundoviveummomentonoqualousodefontesde
energia fssil no consciente com o ecossistema,
sociedade e o planeta como um todo. Assim, uma das
alternativasdeenergiarenovvelelimpaseriaaenergia
elica.Apostandonoseupotencialeprincipalmenteno
potencial do estado do Rio Grande do Norte, o Brasil
estinvestindomuitonessarea,masporserumarea
nova da engenharia, ainda no h muitos estudos em
portugus quanto ao risco causado aos trabalhadores
dessa rea. Visto isso, procuramos acompanhar o
processo de fabricao das peas at a montagem da
turbinaelica,afimdeincluirtodososriscosiminentese
PALAVRASCHAVE:seguranadotrabalho,parqueelico,risco,trabalhador.
Worksafetyinwindfarms
ABSTRACT
possibleandimminentriskstoworkerhealth.Basedon
studies conducted in other countries, we assessed the
technical aspects of workplace safety starting with the
manufacture of parts and following with the transport,
assembly and maintenance of the wind turbine. We
intendtowishtoconductastudyfocusedonanalyzing
aspects of this area of work safety throughout the
processofbuildingawindfarm
Seguranadotrabalhoemparqueselicos
INTRODUO
Estamosvivendoemumapocanaqualcomeamosatomarconscinciaacercadousodos
recursosnaturaisequesecontinuarassim,corremosoriscodaescassezdessesrecursos;mas
nospelousodeles.Maspelapoluiocausadapormuitasformasdeproduodemateriaise
essesmateriaisnecessitamdeumafontedeenergiaparaserfabricada,eessafontedeenergia
umdosmaiorespoluidoresdomeioambienteutilizandoseemsuamaioriadecombustveis
fsseis.Nessecenriosurgiramasenergiasrenovveis,naqualestincludaaenergiaelica.
Sendoaenergiaelicaumramonovodaengenharia,aindatemosmuitodesenvolvimentopela
frenteetambmadaptaressenovocenriodessanovaengenhariaaosestudosespecficosde
seguranadotrabalhonessarea.Assim,podeseobterumpadronaconstruodeparques
elicosnoaspectodeseguranadotrabalho.
MateriaiseMtodos
Nesteitemserdescritoosprincipaisprocedimentosemetodologiasadotados
nestapesquisa.Todapartedecamposerfeitaatravsdelevantamentoemlocodosprincipais
aspectosdeseguranadotrabalhoeseusrespectivosriscosdoambientedetrabalhogerados
peloparqueelicodeumaempresaespecifica,ouseja,porcontatodiretodosbolsistascoma
empresaquetrabalhacomenergiaelicaquepodesera(IBERDROLARNOUNEOENERGIA
RN),poisdependerdaempresaquetivermosmaisacesso.Asequnciametodolgicado
trabalhoser:
Pesquisabibliogrficasobreoassunto;
ColetadedadosdasempresasquetrabalhamcomenergiaelicanoRN;
Levantamentodecampo;
Anliseeinterpretaodosresultadoscoletadosnocampo;
Confecodorelatriopreliminar
Atividadesdeacompanhamento/financeiro
Publicaodeartigostcnicosemrevistas,peridicosecongressos;
Entregadorelatriofinal
Resultadosediscusso
Analisandoosvriosaspectosquetangemareadeseguranadotrabalho,foianalisadoosmais
relevantesequeprecisamdeatenoredobradanoqueserefereasadedotrabalhador.Como
objetivos gerais pretendemos acompanhar as alteraes das normas regulamentadoras de
segurana e fazla vigorar na empresa. Emitir registro de ocorrncia em caso de acidentes,
organizarSIPATefazercumpriroProgramadePrevenodeRiscosAmbientais(PPRA).Controlar
o estoque de EPIs e uniformes dos colaboradores. Elaborar relatrios seguranado trabalho,
efetuarainspeoerecargadetodososextintores.Requeriroboletimdeocorrnciaemcasos
de acidentes e encaminhar para matriz. Emitir relatrios mensais para a matriz e clientes.
Supervisionaraorganizaoelimpezadasdependncias,visandoaseguranadaoperao.
Estabelecer,implementareacompanharasituaodasaescorretivas/preventivanecessrias.
Providenciar a sinalizao interna e canteiro de obras referente aos aspectos de segurana.
Intercederemtrabalhosquepossamprovocarriscosdeacidentesaoscolaboradoresedanosao
patrimnio.Exercerasuaatividadeprofissionalcomoestritocumprimentodetodasasnormas
do sistema de gesto de qualidade, meio ambiente, sade e segurana. Atendimento aos
requisitoslegaisdesadeeseguranadasunidades,instalaeseobrasdosparqueselicos.
ResponderpelaequipedeSadeeSeguranadaempresa.Procederorientaotcnicaquanto
ao cumprimento do disposto nas Normas Regulamentadoras NRs e Cdigos Sanitrios
aplicveiss atividades funcionaisexecutadasna Instituio, no que diz respeito seguranae
sade do trabalho. Elaborar, implantar, fiscalizar e monitorar os procedimentos de sade e
seguranaparaosparques.Estecrescimentorepresentaumasriededesafiosparaosetorde
seguranadotrabalho,sejaduranteaconstruodeumatorre,durantesuamanutenoouat
mesmo no eventual resgate de um trabalhador que oferece solues de segurana em altura
paraosetorElico,semperderdevistaaspectoscomoconfortoeprodutividadeepossuium
amploportfliodeprodutosparaestesegmento,dentreeles,sistemasderesgate,Equipamentos
deProteoIndividual(EPI)esoluesdeengenhariaparaacessovertical,comolinhasdevida
flexveisergidas.
Os principais aspectos que esse relatrio contm so uma anlise sobre: queda de pessoas no
trabalho em altura (figura 1), no qual geralmente decorrente de desequilbrio durante a
manuteno ou montagem de algum equipamento; queda de objetos (figura 2), resultado de
algumacircunstnciaanormalemqueocorreaquedadeumequipamentooudesprendimento
deumapartedesteoupermaneciadetrabalhadoremreaisolada;proteodefragmentosou
partculas, resultante da execuo de diversas atividades em que ocorre o despendimento de
partculas,asvezesincandescentes,quepossuemtrajetriavarivelepodemocasionarleses;
risco de pisar em objetos cortantes ou perfurantes (figura 3), acontece quando material,
ferramentas ou outros objetos perigosos esto dispostos em local inadequado; ferramentas
(figura 4), resultante do manejo inadequado de ferramentas que podem gerar leses;
aprisionamentoemequipamentos, ocorrequandoapessoatemumapartedocorpopresaem
um equipamento; sobreesforo, decorrente de transporte manual de material com peso
excessivooufeitoemposturainadequadaeriscoeltrico,decorrentededescargaseltricaspor
meiodecontatodiretoouindiretocomafontedetenso.
Concluso
Diantedessecenrio,podemosobservaraimportnciadaseguranadotrabalhotantoemreas
novas,quantoaoriscoqueenvolveeasvriasetapasqueprecisamseranalisadas.Esseestudo
sumaintroduodadiscussosobreesseassunto,tendoemvistaqueaindaprecisoanalisar
todas as etapas do processo de construo do parque elico. Esse estudo tambm tornase
necessriopelofatodenohaverpublicaesemportugusreferenteaseguranadotrabalho
em parques elicos, e como j foi dito, a rea de energia elica ainda tem muito a crescer no
Brasil e no Rio Grande do Norte. Outro ponto importante o fato de que h sim tcnicos em
segurana trabalhando na construo das usinas elicas, mas fazse necessrio um estudo de
aprimoramentodetodasessasprticas.
Figura1Trabalhoemaltura
Figura2Elevaodepeasujeitaaqueda.
Figura3Inciodafundaoparasustentaodaturbinaelica
Figura4Fabricaodepeas
AGRADECIMENTOS
Deuspornosconcedervida.Aosnossospaispelaeducaoeincentivos.AoprofessorMauroFroesMeyer
por ter nos guiado na sequncia do trabalho. E a todos que contriburam direta ou indiretamente para a
elaboraodestetrabalho.
REFERNCIAS
Aenergiaelicaeomeioambiente.Disponvelem:
<http://www.feagri.unicamp.br/energia/agre2002/pdf/0085.pdf>.Acessoem:22/08/2013.
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3D>Acessoem26/09/13
Contracolisodeaves,parqueelicousaradar.Disponvelem:
<http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC16997271641,00.html.>
ENERGIA ELICA. Wikipdia. Disponvel em <Wikipdia: Energia Elica.>. Acesso em 09 set. 2011;
ENERGIA RENOVVEL NO BRASIL. Wikipdia. Disponvel em <wikipdia: Energia Renovvel no Brasil.>. Acesso em 09 set. 2011;
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ENERGIA ELICA NO BRASIL. Inovao Tecnolgica. Disponvel em <Inovao Tecnolgica: Energia Elica no Brasil.>. Acesso
em 09 set. 2011;
USOEADAPTAODECONTAINERSEDIFICAES:UMBREVEESTUDOINDIRETOE
COMPARATIVODECASOS
ThalesThaynanLemosSaldanhadeArajo (IC); ArthurHenriquedeArajoMacdo (IC);VernerMaxLigerde
MelloMonteiro(PQ)
1,2
AlunosdocursotcnicoemEdificaes,InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSo
GonalodoAmarante;ProfessordeAutoCADdoInstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSo
GonalodoAmarante.Email:thales.lemos@outlook.com;henrique.arauujo@hotmail.com;
verner.monteiro@ifrn.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Contineres,Prfabricado,Adaptaes,ConfortoAcstico,ConfortoTrmico.
USEANDADAPTATIONOFCONTAINERSTOBUILDINGS:ASHORTINDIRECTSTUDYAND
COMPARISONOFCASES
ABSTRACT
KEYWORDS:Containers,Prefabricated,Adaptations,AcousticComfort,ThermalComfort.
USOEADAPTAODECONTAINERSEDIFICAES:UMBREVEESTUDOINDIRETOE
COMPARATIVODECASOS
INTRODUO
Esteartigoapresentaumlevantamentodereferenciaisindiretosdeobrasqueutilizaram
containers na construo civil, como recorte de uma pesquisa maior, realizada no mbito do
Programa de Formao de Recursos Humanos, PFRH, Campus So Gonalo do Amarante, no
IFRN.Olevantamentorealizadoeapresentadonesteartigomostraumrecortedepesquisamais
abrangente, que buscar apresentar um projeto arquitetnico em nvel de estudo preliminar
paraedificaesmveisdesuporteaSondasdeexploraodepetrleoemterraparaoestado
doRioGrandedoNorte.Essetipodeprocedimentodepesquisaamplamenteutilizadoquando
setratadainvestigaodeelementosprprojetuaisemarquitetura.
Na pesquisa realizada, so apresentadas as principais vantagens e desvantagens da
utilizao deste elemento de transporte martimo na construo civil atravs de um quadro
analtico onde esto dispostos todos os projetos analisados referenciais indiretos e os
parmetros de comparao utilizados, exaltando as principais questes envolvidas na adoo
deste sistema de construo e seus possveis rebatimentos a um possvel projeto a ser
desenvolvidopelogrupodepesquisadores.
USODECONTINERESNACONSTRUOCIVIL
O continer uma caixa de metal feita com padres modulares, ou seja, se encaixam
ocupando espaos de forma racional, seja no proposito de armazenagem, transporte ou at
mesmocasas,elespodemserclassificadosdeacordocomasuafuno:opentop(umcontiner
aberto em cima, especialmente usado para o transporte de mercadorias que s podem ser
acomodadas pela parte de cima), tank (construdo para o transporte de granel, especialmente
liquido), collapsible (continer desmontvel, para facilitar o transporte quando vazio), livestock
(continerparaotransportedeanimaisvivos),ventilated(continerventilado,paraotransporte
demercadoriasquenecessitamdeventilao)eoreefer(continerrefrigerado,paratransporte
decargasrefrigeradas).
Figura1Continerpadrode20psdecomprimento.
Osprimeiroscontineresutilizadosnaconstruocivildatadadcadade50e60,devido
aumarevoluoverdeocorridanapoca,dandoorigemaumanovaformademoradia:ascasas
contineres. Os contineres so basicamente ligas de ao que se encaixam, formando espaos
vaziosde12m(2x6).Naatualidadeessascaixasdeferrovmganhandoespaonaarquitetura
residencial, mas no Brasil esse tipo de residncia sofre alguns entraves, devido falta de
explorao no que se refere mecanizao e prfabricao, sem contar que para haver uma
construocombasenessetipodematerialnecessriaumalicena,quenoBrasilumpouco
complicado de se conseguir devido alguns municpios no terem contato com esse tipo de
habitao, e por o ao no ser amplamente usada para estruturas residenciais. (MET@LICA,
2014).
Autilizaodessamatriaprimacomoformadeconstruoconsideradaverde, porque
hareutilizaodemateriaisnobresqueseriamdescartados,eissoacabagerandoeconomiade
recursosnaturaiscomoareia,tijolo,cimento,guaeoutrosmateriais.Issosignificaqueaobra
ser considerada limpa, pois haver a reduo de entulhos, h a reciclagem do continer, os
materiaissodefcilmodulao,aplicaoesoeconomicamenteviveisemlongoprazo.
Asconstruesmodularessoedificadasapartirdemdulosprfabricadosde100mm
(milmetros),definidospelaNBR158732010(Coordenaomodularparaedificaes),ondeso
montados no local, formando componentes bsicos da edificao. Na Coordenao Modular
existemvriosbenefcios,sejadecartereconmicoousustentvel.
No que diz respeito ao carter econmico podemos citar a economia significativa no
consumo de energia e gua, pois podemos encontrar um melhor aproveitamento dos
componentes construtivos e do consumo energtico para a produo dos mesmos, podemos
citar a reduo de custos em diferentes etapas do processo construtivo, atravs do
aprimoramentodousodamatriaprima,normalizaodoscomponentesconstrutivos,controle
eficientedecustos,etc.Jemrelaosustentabilidade,temoIDEMA(InstitutodeDefesado
MeioAmbiente)papelfundamentalnessetipoderegulamentao,evitandoosimpactosaomeio
ambiente. A desvantagem da Coordenao Modular que ela pode limitar a variedade de
projetos e induzir a uma padronizao das solues e necessidades de uma mo de obra
especializada.
Figura2MoradiaestudantildaFaculdadedeMedicinadaUniversidadedeLouvain(Blgica).
Oscontineres,porseremfeitosdeao,criamestruturasmaisforteseresistentesdoque
omtodoconvencionaldeconstruocivil,podendosuportaratduasvezesoumaisoseupeso,
poressarazoapreparaodolocaleafabricaodomdulopodemocorrersimultaneamente,
reduzindoassimotempodeconstruo.
Quando levada em considerao a finalidade construtiva dos contineres existem
fatoresqueacabamsendoprejudiciais:oconfortoacsticoetrmico.Porm,estespodemser
facilmenteresolvidosatravsdaaplicaodeumavariedadedemateriaisquetrazemumcarter
inovadorvisandosustentabilidadeeoconfortodousurio,podendoservistocomoadaptaes
ao formato original do container, como por exemplo o uso da madeira plstica e da tinta
ecolgica,outintaslivresdecompostosorgnicos(COVs),quenoliberamtoxinasnoar.
Uma vez que essa caixa metlica potencializa a temperatura ambiente, acaba
prejudicandooconfortotrmicodaedificao,aumentandoassensaesdecalorefrio.Como
estratgia arquitetnica para tal problema pode ser citada as telhas do tipo sanduche de
poliuretano,querefletemosraiossolares,amenizandoascondiesclimticasdolocal.
Devido utilizao do ao como material componente do container, o isolamento
acsticoficaineficiente,devidoaltareflexodassuperfcies,fazendocomqueoprojetistada
edificao que utiliza container tenha que buscar novos mtodos para tornar o isolamento
acstico agradvel para o usurio. Uma das formas que podem contribuir para aumentar a
sensaodeconfortoautilizaodeummaterialchamadoldePET,ummaterialfeitobase
degarrafaPETqueprovocapoucasreaesalrgicas,quandolevadoemconsideraoasade
do usurio, e so 100% reciclveis. A eficincia energtica nesse tipo de construo pode ser
minimizada atravs do aquecimento solar, ventilao cruzada, utilizao de lmpadas
fluorescentesouLEDs,etc.
Figura3Telhadepoliuretano.
Figura4LPET.
Foi feito um estudo especfico para a regio do Rio Grande do Norte, devido localizao dos
pesquisadores, estando o referido estado inserido na zona bioclimtica 8, chamada de quente
mida,devidoincidnciaderaiossolaresperpendicularesna superfcieterrestreaomeiodia
duranteoanotodo,devidoasualatitudeelongitude.Paraessasregies,anormapreconizaque
devaserutilizadacomoestratgiadeprojetooquedeterminaatabela01,aseguir:
Figura5TabelasrecomendadaspelanormaparaaZonaBioclimtica8.
Osdadosqueforamutilizadosparaaconstruodoquadro,assimcomoparaosclculos
docustototaldaobraecusto/mforamobtidosnositedoPortalMet@lica,endereoeletrnico
referncia em contedo tcnico, nas reas da Construo Civil Industrializada, Engenharia e
Arquitetura no Brasil, e no site do Sindicato da Indstria da Construo Civil, tomando como
referncia os Custos Unitrios Bsicos de Construo (CUB/m), que so calculados de acordo
com a Norma Tcnica (NBR) 12.721:2006 da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT),
correspondentesaomsdeAbril/2014.
Quadro1Analisecomparativaentreprojetosarquitetnicosqueutilizamcontainerse
construesconvencionais.
Tipode
Construo
reatotal
construda
Materialda
envoltria
Custototal
doMdulo
Vantagens
Cobertura:
Porserpr
fabricado,j
chegaaolocal
deusopronto,
proporcionand
oeconomiade
execuo.
Telhade
poliuretano
TipoA
12m
Paredes:
Casa
Container
(01container
de20ps=12
m)
Economia
(R$406,
00/m)
Cobertura:
R$
significativano
4.872,00 custototale
Por ser um material cujo
Container20ps
Desvantagens
pormda
obra.
Tipode
construo
verde,por
diminuiros
resduosde
entulhosda
obra.
Telhade
poliuretano
Emgrandepartegera
muitoentulhose
desperdciodematria
prima.
TipoB
Construo
Convencional
Paredes:
Porserumtipo
deconstruo
convencional,
nonecessita
demode
obra
especializada.
12m
R$
6.704,16
(R$558,68/
m)
mais
difundidae
culturalmente
melhoraceita.
economicamentemais
caraqueumaconstruo
doTipoA.
Acargamximadepeso
suportadapelasua
estruturainferior
construodoTipoA.
Alvenaria
moldadainloco
Fonte:Met@licaeSindicatodaIndstriadaConstruoCivil.
Apartirdaanlisecriticadatabela,podeseestabelecerqueomtodoconvencionalde
construo custa cerca de 37,6% a mais quando comparada com a utilizao do container. No
Jemrelaosvantagensedesvantagensdeambososmtodosconstrutivos,podemos
observarqueoTipoA,CasaContainer,levacertasvantagensemrelaoaotempototalpara
entregadaobra,queconsideravelmentemaisrpidaqueoTipoBConstruoConvencional,
no deixando de analisar que o mtodo construtivo A considerado verde, por diminuir os
resduos e entulhos da obra. Levando em considerao essas peculiaridades, temse que o
container um bom condutor de calor consequentemente tornase um pssimo isolante
trmico, fato que exige do projetista a elaborao de um projeto que conte com materiais e
requisitosdesoluoespacialespecficoparaadequaodocontainer.
ESTUDOCOMPARATIVODEPROJETOSREFERENCIAISINDIRETOS
Comoformadesubsidiarofuturoprojetodeadaptaodecontainersaplicadosasondas
terrestresnoRN,queseroprodutofinaldapesquisarealizadanoprogramadoPFRH,dosquais
ospesquisadoresresponsveisporesteartigosobolsistas,buscaentendermelhoraprticada
adaptaodecontainersnaconstruocivilcomoformaderebatimentodassoluesaplicadas
nosprojetospesquisadosaoprojetoqueserrealizadopelospesquisadores.
Os critrios utilizados para a escolha dos projetos foram: trazerem caractersticas e
propostasarquitetnicasinovadoras;Aligaodoprojetoarquitetnicocomasustentabilidade;
projetoseconomicamenteviveis;tempogastoparaaconclusodosprojetos.
Quadro2Analisedeprojetosarquitetnicosqueutilizamcontainers.
Projetos
Fotosdosprojetos
Projetoconcludo:
CASAFOZ
Adaptaesdocontainer:
Projetoconcludo:
CONTAINER
CITYI
Adaptaesdocontainer:
Projetoconcludo:
Adaptaesdocontainere
VISSERSHOK
disposiodosmveis:
CONTAINER
Adaptaesutilizadas
Vantagens
Agilidade
na
construo,
leva
geralmente entre 60 a
90 dias para ficar
pronta.
Economia
de
aproximadamente 35%
no custo total da
residncia, desde a
fundaodacasaato
revestimentoexterno.
Otempoecustoparaafinalizao
doprojetoforamreduzidosmaisda
metade em relao sconstrues
tradicionais, e 80% do prdio foi
criado a partir de material
reciclado.
A estrutura muito
forte, pois projetada
pararesistirsdiversas
intempries e suportar
grandes cargas, sua
vida
til
em
construes
pode
durarat90anos.
O Vissershok Container um
projeto de sala de aula de 12m
para alunos de 5 e 6 anos. Foi
construdo com recursos limitados
e o produto final maximizou o
espao.
Reutilizao
de
materiais
nobre
descartvel
(containers) o que
proporciona economia
de recursos naturais
que
no
foram
utilizados
na
construo da casa:
areia, tijolo, cimento,
gua,ferroetc.
Fonte:ElaboraodosautoresapartirdedadoscoletadosdeArchdaily,Met@licaeCasaFoz.
Atravsdaanalisevisualdoquadro02,pdeseobservarqueaadaptaodoscontainers
na CASAFOZ utilizouse de: o vidro como material especifico para a decorao de sua fachada,
contribuindo de forma esttica para a obra, tambm houve o acoplamento de dois containers
fazendo com que a rea total da residncia dobre. Outra adaptao muito importante foi a
colocao de um container em cima do outro, de forma a gerar um sombreamento, estratgia
essaqueserebateemreduodetemperaturaproporcionadapelagrandereasombreadada
cobertura.
JnosegundoprojetointituladoCONTAINERCITYIobservouseaadaptaodocontainer
atravsderecortesquecriaramvolumesrepresentadosporvarandas,favorecendonamelhoria
dacirculaodeardosmoradores,tendotambmumatributoestticoembutidosobretodoo
conjuntodaobra.Tambmpodemserobservadasasjanelascirculares,quelembramjanelasde
navios, fazendo com que o container tenha uma de suas caractersticas contempladas com o
fator esttico, gerando maior permeabilidade visual em sua fachada e favorecendo a sua
iluminao.Outrotipodeadaptaoquedemonstraumadascaractersticasdoscontainersa
suaresistncia,quepodeservistaatravsdoempilhamentode4(quatro)containersformando
um pequeno edifcio vertical, fato que se rebate na possvel construo de prdios em altura
fazendo com que os containers desempenhem o papel estrutural e de vedao para essas
construesmaiores.
NoprojetoVISSERSHOKCONTAINERpdeseobservaraadaptaodeumcontainercom
afinalidadedesaladeaula,essaadaptaoconsistiuemcortesquecriaramumaportaevarias
janelas que contriburam para a ventilao do local e com valores estticos, houve tambm
adaptao do teto atravs do acoplamento de uma estrutura que tem como intuito adquirir
conforto trmico atravs da reduo da absoro do calor e proporcionando grandes reas
sombreadas nas adjacncias do edifcio. Esse fator de fundamental importncia se
considerarmosqueaNBR15.220/2005recomendaque,devehaversombreamentodeaberturas
para que se tenha uma edificao com ndices recomendados de conforto trmico. Outra
adaptaoquepodeserobservadaoprolongamentodaestruturadocontainerqueservecomo
suporteparaareadelazerdascrianas.
CONSIDERAESFINAIS
Apartirdoaprofundamentobibliogrficoatravsdeartigos,revistasesitesespecializados
emconstruescomcontainers,podemosanalisardeformamaisdetalhadaascontribuiese
vantagensqueumcontainerpodegerar,sejadecartereconmicoousustentvel,fatoesseque
pode ser visto no quadro 1, onde houve uma comparao de uma construo a partir de
containereoutrafeitacommateriaisconvencionais,demonstrandoasvantagensedesvantagens
deambososmtodosconstrutivos.Podeservistoatravsdatabela2quepormaisqueocarter
esttico no seja um ponto forte na justificativa pelo uso do container, esse tipo de material
pode sofrer varias adaptaes que trazem benefcios gerais para a edificao, seja atravs da
ventilao, iluminao ou fatores estticos. Esse artigo foi produto de projeto do Programa de
Formao de Recursos Humanos (PFRH), dos bolsistas, que tem como ttulo Edificaes
ModularesdeApoioSondasTerrestres,sendootemaabordadoporesteartigo,umdosramos
da pesquisa do projeto, que est em processo de aprofundamento. Por isso, este artigo foi de
granderelevnciaparaapesquisadosbolsistas,poispossibilitouoaprofundamentodasquestes
relacionadasaosprocessosdeadaptaodoscontainersnaconstruocivil.
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Acesso
em:
07
maio
2014.
ENTRAVESDAGESTOPARTICIPATIVADOSRECURSOSHIDRICOSNOESTADODAPARABA
C.R.M Cunha (PQ);M. L.MCosta(P)2
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa;email:camyllarebeca@gmail.com;2InstitutoFederal
daParaba(IFPB)DepartamentodeMeioAmbienteCampusJooPessoa;email:mirellamotta@yahoo.com.br
(IC)Pesquisadora
(PQ)Professora
RESUMO
O fortalecimento dos espaos pblicos de extrema
importncia para a democracia e participao em
relao a recursos hdricos. No Brasil, a gesto
participativaedescentralizadaadotadacomoprincpio
fundamentaldaPolticaNacionaldeRecursosHdricos
institudapelaLei9.433/1997envolvendoaSociedade
Civil, os Usurios da gua e o Poder Pblico. Desta
forma,osComitsdeBaciasHidrogrficas(CBHs)foram
criados, com o objetivo de motivar o debate das
questesrelacionadasaosrecursoshdricoseassociara
PALAVRASCHAVE:comitsdebaciahidrogrfica,recursoshdricos,gestoparticipativa.
BARRIERSOFPARTICIPATORYMANAGEMENTOFWATERRESOURCESINTHEPARABASTATE
ABSTRACT
KEYWORDS:RiverBasinCommittees,waterresources,participatorymanagement.
ENTRAVESDAGESTOPARTICIPATIVADOSRECURSOSHIDRICOSNOESTADODAPARABA
INTRODUO
No Brasil, a luta pela conquista de espaos para aumentar a participao social sem
dvida um dos aspectos mais desafiadores para a anlise sobre os alcances da democracia. A
constituiodecidadosconsubstanciaseapartirdamudanadasprticassociaisexistentese
nasuasubstituiopornovasformasdereferncias,quetmnaparticipaoumcomponente
essencial.Istoocorre,namedidaemqueoimpactodessasprticasnaconstituiodeumaarena
societria em expanso permite, aos sujeitos sociais ativos, perceber que a multiplicao de
prticasdemocratizantespodegerarmudanasnassuasvidascotidianas(JACOBI,2000).
Por meio da presena gradativa de uma pluralidade de atores e da ativao da sua
potencialidadedeparticipaopossvelavanarparaumaatuaoefetivaesemdependncia
nos processos decisivos de interesse pblico, garantindo canais abertos para a integrao de
todos.
A participao pblica surgiu como uma maneira de garantir prticas mais igualitrias,
envolvendo diversos atores com igualdade de condies de negociao, em um processo de
dilogo aberto, no qual os interesses so to importantes quanto as posies, na construo
colaborativadesolues(VASCONCELOSetal.,2005).
Entendendo a importncia dessa participao e da diversidade de usos e demandas
hdricas, foram criados, atravs da Poltica Nacional de Recursos Hdricos (Lei Federal n
9.433/1997), os Comits de Bacias Hidrogrficas (CBH). So rgos colegiados de formao
tripartite, compostos por trs segmentos da sociedade: poder pblico, usurios das guas, e
organizaes da sociedade civil que possuem interesse em recursos hdricos. O nmero de
representantes de cada segmento e os processos para sua indicao so estabelecidos nos
regimentosinternosdosprprioscomits.
NoEstadodaParaba,agestodasguasfoiiniciadaem1996,comapromulgaodaLei
Estadual n 6.308/96, que estabelece a Poltica Estadual de Recursos Hdricos, cujo objetivo
garantirousoracionaleintegradodosrecursos,paraobemestardapopulao.Essaleitambm
adotaagestoparticipativacomobase,pormosCBHssforaminstaladosnoanode2007.
Este artigo tem por objetivo abordar a fragilidade, limitao e entraves da gesto
participativa dos recursos hdricos no estado da Paraba, bem como a criao e atuao dos
ComitsdeBaciasHidrogrficasesuasdificuldadesdeoperao.
MATRIALEMETDOS
A metodologia utilizada foi baseada em dois mtodos: hipotticodedutivo e o
comparativo,poisnosconduzaumareflexoeanlisedosproblemasencontradosbaseadosna
retrospectivadedadoseaes,comotambmnaexperinciaemreunieseestudosoquenos
permiteavaliarepropormedidasparaamelhoriaereduodosproblemasencontrados.
Areadeestudodestaanlisesoaquelasreferentessreasdeabrangnciadoscomits
debaciadoestadodaParaba(Figura1).
Figura1readeabrangnciadosCBHsnoestadodaParaba.
SerorealizadasanlisesdainteraodosCHBscomoarcabouoinstitucionaldoSistema
Integrado de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hdricos (SIGERH) do Estado da
Paraba,considerandoaindaaspectosdeordemtcnicaefinanceira.
BREVEHISTRICODEFORMAODOSCOMITSDEBACIASNAPARABA
ApartirdainstituiodaPolticaEstadualdeRecursosHdricosnoanode1996eratificao
de seus fundamentos de descentralizao e participao pela Poltica Nacional de Recursos
Hdricos em 1997, o estado da Paraba se cercou de mecanismos legais para dar incio a uma
gestoparticipativaderecursoshdricos.
O processo de mobilizao para a criao dos comits das bacias estaduais na Paraba
comeouem2000,quandoforaminiciadosostrabalhosnasbaciashidrogrficasdosriosParaba;
GramameeAbia;Camaratuba,MamanguapeeMiriri.Noentantoapenasnoanode2003que
o Conselho Estadual de Recursos Hdricos (CERH) editou a Resoluo CERH n 01 na qual
estabeleciadiretrizesparaaformao,instalaoefuncionamentodeComitsdeBacias.
Ametodologiaadotadanoprocessodemobilizaodoscomitsfoibaseadanaevidncia
dequeoprocessoeducativoeacooperaoentreosusuriostmsidomaiseficazesquandoa
mobilizaosocialutilizadacomopontodepartida(SEMARH,2004).
Partindo do pressuposto de que outros CBHs no pas surgiram antes ou logo aps a
instituiodaLei9.433/1997,perceptvelamobilizaotardiaparaaimplantaodoscomits
paraibanos,vistoqueapenasnoanode2007foraminstaladososdedomnioestadualeem2009
foi instalado o CBHPPA, de domnio da Unio. Este fato promoveu um considervel atraso na
estruturaoeformaodestaorganizao,oquenospermiteanalisarumasriedeevidncias
que comprovam as limitaes e dificuldades de operacionalizao dos comits no estado da
Paraba.
Todavia,possvelperceberumanotvelevoluopositivadoscomitsdebaciasdesdea
sua instalao, porm ainda h muito que melhorar em comparao a outros CBHs no Brasil,
sendoesseestudoimportanteparadetectaroquecomumediferenteemambossebaseando
pela Poltica Nacional de Recursos Hdricos, tornando assim vivel a construo de melhorias
paraocrescimentoedesenvolvimentodessaimportanteorganizaonoestadodaParaba.
Essas organizaes desempenham um papel estratgico na gesto de recursos hdricos.
Por um lado, compreendem os princpios da lei: so os rgos que concretizam a
descentralizaodagesto,porquecontacomaparticipaodostrssetoresdasociedadeetem
a bacia hidrogrfica como unidade de gesto. Assim, o sucesso para que funcione em certa
medida significa o xito da prpria poltica das guas. Sua legalidade tem sido conferida no
apenaspelaprprialeiepelaspolticasnacionaiseestaduais,masporpolticassemelhantesque
tm sido implementadas tanto no mbito nacional como no estadual, assim sendo de
fundamentalimportnciaosrgogestoresesuaatuaoparaqueessalegitimidadesejavistae
compreendida.
RESULTADOSEDISCUSSO
AseguirsoexpostosalgunsentravesedesafiosidentificadosnombitodosCBHsparaibanos.
Aspectoinstitucional
Setti (2001) argumenta com clareza que o modelo sistmico de integrao participativa
reportase ao modelo mais moderno de gerenciamento das guas, objetivo estratgico de
qualquer reformulao institucional e legal bem conduzida. Ele se caracteriza pela criao de
uma estrutura sistmica, na forma de matriz institucional de gerenciamento, responsvel pela
execuo de funes gerenciais especficas e pela adoo de trs instrumentos: planejamento
estratgico por bacias hidrogrficas; tomada de deciso atravs de deliberaes multilaterais e
descentralizadas; e estabelecimento de instrumentos legais e financeiros. O sistema de
integraoparticipativaemvigornoBrasildenominado,anvelFederaldeSistemaNacionalde
Gerenciamento de Recursos Hdricos (SINGREH) e a nvel estadual de Sistema Integrado de
Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hdricos (SIGERH), e podem ser visualizados na
Figura2.
Figura2SistemaNacionaleEstadualdeRecursosHdricos.
notrio o destaque da gesto participativa para o processo de tomada de deciso no
quesereferegestoderecursoshdricos.Noentanto,essaprticanotemsidobemrealizada
no estado da Paraba devido ao que afirma Moreira (2010): as maiores dificuldades na
implementaodagestodeguasdescentralizada(eparticipativa)noBrasil,sematerializamna
falta de instituies governamentais dispostas a compartilhar seu poder e/ou realizar debates
pblicos,enafaltadecapacidadedasociedadeedosprofissionaisemdiscutirquestespblicas.
Esta afirmao pode ser confirmada ao analisar a postura dos rgos constituintes do
SIGERH ao retirar poder dos CBHs de domnio do estado da Paraba, quando fora excluda da
PolticaEstadualdeRecursosHdricosParaibanaapossibilidadedecriaodaAgnciadeBacia,
entidadeindependentedoestado,quefuncionariacomobraoexecutivodoscomits,noque
compete celebrao de contratos e execuo de aes. Como consequncia, todas as
competnciasdaAgnciadeBaciapassaramautomaticamenteparaopoderdorgogestorde
recursos hdricos do estado a Agncia Executiva de Gesto das guas do estado da Paraba
(AESA) rgo ligado ao Governo Estadual, gerando grande dependncia tcnica e financeira.
Diantedestasituaocabenoscolocaroquestionamento:ficamprejudicadasadescentralizao
e a participao quando o rgo gestor de recursos hdricos a prpria agncia de bacia dos
comits?
Aps esse questionamento indiscutvel observar a relao de subordinao e
dependnciaqueosCBHstmcomaAESA,vistoqueaausnciadeumaagnciadebacialigada
aoCBHfazcomqueorgogestorestadualatuecomosecretariaexecutivadetodososCBHS,
sendo tambm responsvel pelos processos eleitorais dos comits e pelo desenvolvimento de
aespelalimitadaequipetcnicasobreeducao,capacitaoemobilizaosocial,provocando
assim de certo modo um sobrecarregamento de atribuies, sendo esse um dos motivos que
contribuiparaamorosidadenodesenvolvimentodagestodosrecursoshdricosnoestado.
Analisandose a relao entre CERH e CBHS no estado, percebese que h pouca
Tabela1InstrumentosinstitudosnaLeiFederaln.9.433/97enaLeiEstadualn.6.308/96.
Emrelaocobranapelousodagua,sabesequeamesmafoiregulamentadaatravs
do Decreto Estadual n 33.613/2013, todavia a AESA ainda no iniciou a emisso de boletos.
Cercade6milhesdereaisanuaisestodeixandodeserarrecadadosereinvestidosemmedidas
de conservao e proteo das guas, nas bacias hidrogrficas onde foram gerados (Figura 2).
Ademais,cercade7,5%destemontanteestodeixandodeseraplicadosnocusteiodosrgos
doSIGERH,oquefomentariaaparticipaopblicadosCBHs.Noentanto,estanoarrecadao
provocainrciaporpartedosCBHsnaesperanaqueaAESA,enquantosecretariaexecutivados
CBHs,arquecomestecusteio,oquenoocorredevido,principalmente,limitaofinanceirae
tcnicadestaagncia.
Figura3Potencialarrecadatriodacobranapelousodaguadedomniodoestadoda
Paraba.Fonte:COSTA&RIBEIRO(2011).
Como j foram apresentados, os comits de bacia concretizam a descentralizao da
gestopossuindorepresentantesdevriossegmentosdasociedade,essapluralidadedeatoreso
torna uma organizao estratgica na gesto de recursos hdricos, assim surge outro
questionamento que perpassa essa discusso: Porque projetos de grande impacto no uso dos
recursoshdricosnoestadodaParabanosodebatidospelosCBHs?Aguaumbeminerente
a todos, e os comits so organizaes que se baseiam na participao social visando o
desenvolvimento sustentvel do uso deste recurso. sabido que uma administrao que no
utiliza os diversos olhares (econmico, social e ambiental) susceptvel a erros, e a gesto de
recursoshdricosparaserbemsucedidadevetercomobaseestesolhares,assegurandoqueos
projetos de grande impacto sejam esclarecidos e/ou modificados para que sejam aceitos pelos
agenteseconmicosesociais.
AfragilidadedaAESAafetadiretamenteaparticipaosocialnosCBHs.Arotatividadede
tcnicosefuncionriosnotrianaAESA,bemcomodoscargosdedireo.Desdeasuacriao
em 2005, o cargo de presidente da AESA foi ocupado por nove pessoas, a maioria delas sem
formaoprofissionalnombitodagestoderecursoshdricos.Notocanteaoscargostcnicos,
h constante evaso, pois os tcnicos tendem a procurar maiores salrios e estabilidade
financeiraemrgosfederaisouemoutrosestados.
Aexiguidadedetcnicosqualificadosemqualquersegmentodanossasociedaderefora
aconstataodesetoresfrgeiselimitadosemsuasreasdeatuao,eemgestoderecursos
hdricosnodiferente,acarnciadeumaequipemaiorecomprofissionaiscapacitadospara
suprirademandadaprpriaadministraodesseimportantesetornoestadosconstataafalta
deumaseleomaiscriteriosa,livrejogodeinteresses,sendoimperiosaacriaodeconcursos
pblicosatcomoferramentaparaoestabelecimentodademocraciaeparticipaopublica.
CONCLUSO
notriaafragilidadeelimitaoenfrentadaspelosComitsdeBaciasHidrogrficasno
estado da Paraba pelas discusses apresentadas. Deste modo importante ressaltar que a
gestoderecursoshdricosdeveserumprocessodinmicoedevesebuscaracompatibilizao
dasleis,pormconsiderandoqueasdiretrizesgeraispodemserquestionados.
Enfatizase, a criao das Agncias de Bacia, como modo de dar aos Comits de Bacia
Hidrogrfica de rios de domnio do estado a autonomia tcnica e financeira que ir permitir a
realizaodadescentralizaodagestohdricaparaibana.Muitasdasdificuldadesencontradas
refletem a falta de iniciativa do estado, como tambm de sua viso poltica, pois a gesto
consciente,participativaedescentralizadadosrecursoshdricosummecanismodeestratgia
paraodesenvolvimentodoestado.
Pelo o que foi exposto possvel perceber que a muitos desafios a enfrentar
principalmente em relao participao publica, ao fortalecimento das bases locais e
independncia dos espaos pblicos. Houve avanos nos conflitos institucionais, porm
necessrio garantir uma gesto de forma mais justa e igualitria no sentido de tornar
efetivamenteagestoderecursoshdricosnoestadodaParabadescentralizadaeparticipativa.
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CORRELAOENTRERESISTNCIAMECNICAEAVELOCIDADEULTRASSONORADOSBLOCOS
CERMICOSESTRUTURAISPRODUZIDOSDOMUNICPIODEITABAIANINHA/SE
M.L.Batista1(IC);D.S.dosSantos(IC)2; P. A.G. Rocha (IC)3;A. S.Melo (PQ)4;I. N.R.Prudente5(IC);
1
InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusAracaju;2InstitutoFederaldeSergipe(IFS)3InstitutoFederalde
Sergipe(IFS)CampusAracaju;4InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CoordenadoriadeEngenhariaCivil
CampusAracajuemail:avsmelo@yahoo.com.br5InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusAracaju;
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:construocivil,blocoscermicosestruturais,velocidadedeondadeultrassom,ensaiono
destrutivo
CORRELATIONBETWEENMECHANICALSTRENGTHANDTHESPEEDOFANUNTRASOUNDWAVE
INSIDECERAMICSTRUCTURALBLOCKSPRODUCEDINTHECITYOFITABAIANINHA/SE
ABSTRACT
Themanufactureofbuildingmaterialshavenot
meet the expected performance generates negative
impacts and took on aspects of waste and waste
generation. In this particular ceramic blocks for the
construction,producedbytheBrazilianceramicindustry
still require regular performance indicators. The
objective of this research is to establish parameters of
correlation between tests of mechanical compressive
KEYWORDS:civilconstruction,structuralceramicblocks,ultrasoundspeed,nondestructivetesting
CORRELATIONBETWEENMECHANICALSTRENGTHANDTHESPEEDOFANULTRASOUNDWAVE
INSIDECERAMICSTRUCTURALBLOCKSPRODUCEDINTHECITYOFITABAIANINHA/SE
INTRODUO
A necessidade de adoo de prticas sustentveis para anlise da resistncia de produtos
cermicos desencadeou o interesse pela correlao entre essa propriedade fsica nos blocos
estruturais e as caractersticas ultrassnicas correspondentes. Para tanto, foi feito uso do
PunditLab, que possibilita a verificao da resistncia das cermicas a partir de ensaios no
destrutivos.
O aparelho PunditLab Plus mede a velocidade ultrassnica pela emisso de ondas por
transdutores. Alm da velocidade, esse equipamento informa o quo estvel essa onda se
apresentanotrechoondeocorreaanlise.Porm,oPunditLaboferecelimitaesparaprodutos
cermicos,jqueacurvabaseSONREBparaadeterminaodavelocidadecorrespondeao
concreto,necessitandoantesmesmodoinciodasatividadesadeterminaodeumacurvaque
correlacione a velocidade do ultrassom e a resistncia dos blocos cermicos, forando o
reconhecimentodacermicaeumamaiorprecisoquandodesejaseobteravelocidade.
As principais caractersticas requeridas de blocos cermicos estruturais so: uniformidade,
homogeneidade,resistnciaabrasoecompresso(ABNT,2005).Essascaractersticasadvm
deseusprocessosdeproduo,desdeetapasdentrodasempresasseleodascomponentes
argilosas, moldagem dos produtos, surgimento de reaes de vitrificao do material ainda
argiloso, quando esse calcinado at etapas externas a manipulaes laboratoriais, no
transporteearmazenagemdessesprodutosnoscanteirosdeobra.Paraanlisedaresistnciao
ensaio correlaciona a quantidade de vazios presente na cermica e a velocidade do ultrassom,
portanto quanto menor a quantidade de poros e/ou fissuras, maior ser a velocidade
ultrassnicanessematerial,poisosomsepropagaemmaiorvelocidadeemslidos.
A cidade de Itabaianinha, em Sergipe, responsvel por considervel parte da produo de
cermicasnoestado,sendobeneficiadapelasmaioresempresasnesseramo.Comisso,fezse
necessrio a seleo de empresas que fabricassem blocos estruturais que atendessem a
NBR15720 2 (ABNT), para que os parmetros formados na determinao dessa curva inicial
possamtrazerexatidoeconfiabilidade.
Asargilaspossuemcaractersticaspeculiaresquandonapresenadeguaounaausnciada
mesma.Humafacilidadeemencontrardiferentestiposdeargilaedevidoaessasvariaesem
seuscomponentesqumicos,dentrodeumamesmajazida,oestudodeseuscomponentestorna
seindispensvelparaaprediodocomportamentofinalapresentadopeloprodutocermico.
ANBR152702(ABNT)aindafalasobrediversosoutrosensaiosaplicadosablocoscermicos,
paratanto,pareceuimportantearealizaodestesparafuturasreferncias.
MATERIALEMTODOS
Pararealizaodapesquisafoiutilizadoumaamostrade1000blocoscermicoscedidospela
Cermica So Jos, o que foi de vital importncia. O trabalho foi dividido em etapas: (a)
LevantamentoBibliogrfico;(b)DeterminaodacurvaSONREB;(c)Realizaodosensaios;e(d)
Anlisederesultados.
A primeira etapa foi demarcada pela reunio de todo material que retratasse velocidade
ultrassnicaemmateriaiscermicos.Foipercebidaumagrandecarncianaliteratura,trabalhos
acadmicosenormatizaessobreonossoobjetodeestudo;nopercebidanoentantoparao
concreto,sendoassimoptouseportomaresteporreferncia.AprpriacurvaSONREBparao
clculodavelocidadeultrassomdoPunditLabPlusfeitaparaconcreto.
Com necessidade de adaptao dos dados do aparelho PunditLab Plus para produtos
cermicos, fezse necessrio a utilizao de outro equipamento de avaliao no destrutiva, o
Silver Schimdt, o qual opera com o clculo do rebote, que expressa a resposta do material ao
impacto.
Oestudoparaadeterminaodacurvafoidivididoemtrsetapasprincipais,aprimeiradelas
foi demarcada pela reviso bibliogrfica sobre a relao velocidade ultrassnica e blocos
cermicos,assimcomo,sobreosprincpiosdefuncionamentodosequipamentosutilizados.
AsegundaetapainiciousecomaseleodasempresasdecermicanacidadedeItabaianinha
Sergipe,quepossuamblocoscermicosdotipoestruturais.Essaetapatambmfoidemarcada
porcaracterizaodaproduo,quantopressodeextrusoutilizada,temperaturadequeima,
componentes da argila, entre outras caractersticas da microestrutura da cermica que podem
interferirnavelocidadeultrassnica.
Dentre os blocos recebidos foram utilizados apenas 60 blocos para esta etapa, sendo que
destes,os40primeirosblocosforamdescartados,poisestesforamsaturadosantesdoensaioe,
durante a primeira tentativa de obteno da curva conclumos que no possvel obter a
velocidade ultrassnica com a cermica saturada. Por fim houve a determinao da curva
SONREB para anlise da velocidade ultrassnica e estabilidade da onda, quando essa percorre
cermicas.
Concluda a curva SONREB que alimentava o aparelho PunditLab Plus, chegouse terceira
partedotrabalho:arealizaodosensaiosparacaracterizaodosblocoscermicos.Forameles:
geometria,absoroeclarooobjetivoprincipaldoestudo:ultrassomearesistnciamecnica
(atravsdarupturadoscorposdeprova).
Osensaiosdegeometriaconsistiamemmediodaaltura,comprimento,largura,espessura
dosseptos,desvioeplaneza.Foramtodosmedidoscompaqumetrosanalgicosecomamaior
preciso possvel. Para a determinao de absoro dos blocos cermicos foi preciso medir a
massaseca,massasaturadaemassaaparente;conservandooqueanormarecomendanoquese
tratade24hemestufaparaserconsideradoseco,e24hemimersoparaseconsiderarsaturado.
Figura1Mediodiretadeondaultrassonoraemblococermicoestrutural
ultrassnicasnosblocoscermicosocorreunadireoverticalparalelaaosfurosqueomaterial
apresenta,ecomoaanlisedaresistnciaacompressofeitanessamesmadireohavendo
necessidade de anlise da homogeneidade e da presena de fissuras. Sempre que possvel foi
registradoovaloremqueoaparelhomostrasse100%deconfiananamedio;eemcadabloco
foi escolhido apenas um ponto de leitura. Para obtenode uma maior faixa deconfiabilidade
nosdadosgeradospeloPundtLabnecessrioqueosblocosestejamemtemperaturaambiente
eogelutilizadonainterfacedotransdutoreoblocodeveserresfriadopreviamente.Oensaiode
mediodaresistnciamecnicafoifeitoatravsdarupturadoscorposcomaprensauniversal
EMICMUE100,vejaafigura2.
Figura2 Blocoapsrupturacompresso
O objetivo inicial era de realizar os ensaios descritos em todos os mil blocos doados pela
empresaceramista.Porm,nodecorrerdotrabalhosepercebeuqueseriainvivel.Sendoassim
foramrealizadosem31lotes,comcadalotecontendo13blocos,numtotalde403blocos.
Defatoomaiortempoconsumidopelotrabalhofoiarealizaodestesensaios,poisosfatores
limitanteseramevidentes.Entreelespodesecitaralimitadaquantidadedealunosvoluntriose
alimitaesdeinfraestruturadoslaboratriosutilizados.
RESULTADOSEDISCUSSO
Velocidade ultrassnica do
pulso do Pundit Lab
(V) (m/s or ft/s)
2213
2186
2505
2139
2397
2159
2334
2147
Valor de rebote do
Silver/Original
Schmidt (s)
2,1
7,8
5,1
4,5
3,1
0,5
0,6
4,8
17
17
14,5
13
14,5
11,5
13
14
2403
2385
2163
2197
2390
2100
2188
2496
5,3
1,3
2,8
1,5
4,4
2
4
3,1
FonteLaboratriodeMateriaisdeConstruoIFSCampusAracaju.
TendocomoresultadoasconstantespresentesnaTabela2.
Tabela2TabelasdasconstantesobtidasnoExcel
Constantea
Constanteb
Constantec
ValorRquadrado
1,03959E05
1,834804104
0,081212357
0,43157077
FonteLaboratriodeMateriaisdeConstruoIFSCampusAracaju.
Poraproximaolinear,podemosencontrarumgrficofckvelocidadeultrassonora,quemais
seaproximedosresultadosencontradosnospontos.Ascurvaspodemserdotipopolinomialou
exponencial. A formulao dessa curva deve levar em considerao outras variveis e envolve,
consequentemente,outrosensaioscomoodegeometriaeodeabsoro.
A seguir na Figura 3, temos a curva SONREB obtida pela anlise das 10 amostras de blocos
cermicosestruturais:
Figura3CurvaSONREDparaanlisedevelocidadedeultrassomemblocoscermicos
%AA
Velocidade (m/s)
Resistencia a
Compresso (MPa)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
12,3
12,93
12,93
12,99
14,42
12,77
12,47
12,08
11,41
12,54
12,61
12,8
13,01
23,97
22,07
22,83
21,92
22,56
22,83
24,43
25,91
22,04
21,08
22,97
21,17
23,75
9,07
7,51
11,05
8,81
15,82
6,58
11,1
12,4
7,27
10,62
11,47
10,55
12,36
O grfico da figura 4 mostra os resultados da tabela acima. Com esse grfico podemos ver a grande
independnciaentreosvaloresestudados.
Figura4Valoresdeabsoro,velocidadedeultrassomeresistnciados13blocosdoloteU1
CONCLUSO
Apartirdacurvadecorrelaoentreresistnciaevelocidadedepropagaodosomnobloco
cermico(curvaSONREB),esperouseestabelecerindicadoresquepossibilitassemacontinuidade
dapesquisaedesenvolverumarelaoentreosdadosfornecidospeloPunditLabearesistncia
encontradautilizandoaprensa,permitindo,destemodo,utilizaressametodologiaemoposio
aosensaiosnodestrutivos.Porm,arelaonopodeserobtidacomousodessacurva.
AofazerseoestudodeconformidadediantedaNBR152701;152702;152703(ABNT,2005)
quetratadosensaios destrutivos foipossvelconcluirqueos blocosanalisadosnoatendema
geometria,planezaedesvioprevistos.
Emtodososlotesseobservouadequaoqueolimitedeabsorodeumidadesempreficou
dentro dos limites de aceitao previstos em norma, o mesmo tendo sido constatado para o
ensaio de resistncia a compresso. Cabe observar que para os limites de resistncia a
compresso foi possvel constatar que as amostras superaram em at 3 vezes os limites
referenciadosnanorma.
Com relao a discrepncia dos resultados entre os ensaios de geometria, absoro e
resistnciaacompressopossvelindicarqueoprodutoblococermicoestruturalapresenta
intensainterfernciarelativasaretraoeexpansoquedecorremdamatriaprima.Demodo
acentuado ainda foi possvel contatar presena de fissuras que decorrem do processo de
aquecimentoeresfriamentodoprodutoduranteoprocessodepreaquecimentoeapsqueima.
Dessaforma,caberecomendarquesepudesseavaliarcomofavorvelaproduoumaateno
maior aos componentes da matria prima (mistura entre argilas), ao tempo que possvel
relacionar que a elevada resistncia a compresso, acima dos parmetros determinados em
norma,decorramdapressodeextrusosignificativamentesuperiorasnecessidadesdecampo,
oquerepercuteemumademandamaiordeenergiaparafabricaodosblocosqueestsendo
direcionadaapenasaumdosindicadoresdequalidadedoprodutofinal.Ofatodaindstriade
blocos cermicos atender aos indicadores de geometria, desvio e planeza d ao consumidor a
confiabilidade de que possvel economizar nas etapas posteriores ao emprego dos blocos,
assimcomoreduodoconsumodeargamassa,energia,tempo,servioderegularizao,entre
outros.
Com os resultados obtidos no foi possvel estabelecer correlao entre velocidade de
transmissodopulsosonoroearesistnciamedidaapartirdoensaiodecompressonaprensa
EMICMUE100,noentantofoipossvelconstatarquenosblocosensaiadosavelocidadeobtida
foi superior a 2000 m/s e inferior a 2300 m/s, podendo indicar que essa seja a velocidade do
blococermicoproduzidopelaEmpresaCermicaSoJosparaalinha19deblocoestrutural.
Outro dado a ser consolidado em pesquisas posteriores o que diz respeito a mediana da
resistncia a compresso que claramente teve limite inferior de 6 Mpa e no superior a 16,5
Mpa. Com esses valores possvel apontar que exista relao entre a porosidade do bloco
cermico,avelocidadedoultrassomearesistnciaacompresso.
Comorecomendaesparatrabalhosfuturospodeseapresentar:mediravelocidadedaonda
emmaisdeumpontonoobjetoestudado;observaremquelocaldoblocoaconteceuaruptura,
poisopontoestudadopodenotersidopreviamenteanalisado;eummaiornmerodecorpos
deprovaparaanlise.
REFERNCIAS
APLICAODOLASTPLANNERSYSTEMEFILOSOFIALEANPARAMITIGARASDIFICULDADESDE
GESTODOSPROFISSIONAISNAEXECUODEOBRASRESIDENCIAISEMPALMAS/TO.
V.L.Souza (PQ);M.T.M.Carvalho (PQ)2
1
InstitutoFederaldoTocantins(IFTO)CampusPalmas,2UniversidadeFederaldeBraslia(UnB)CampusDarci
Ribeiroemail:virley@ifto.edu.br
RESUMO
Nosltimosanosfoipossvelpresenciargrandepujana,
estagnao, queda e dvidas na economia brasileira,
esta intermitncia econmica impacta diretamente na
indstria da construo, pois o setor precisa de
economia forte e confiana para manter aquecido.
Eventos esportivos e aes do governo como os
programas Minha Casa Minha Vida, Acelerao do
Crescimento,assimcomoafacilidadeemobtercredito,
contriburam para agitar a indstria, mas com a alta,
algumas fraquezas apareceram. Destacase a falta de
habilidade em planejar e gerenciar os projetos. Os
profissionais no esto preparados para gerenciar as
aesdentrodocanteiro.Nestesentidooartigobusca,
por meio do Last Planner System e da Filosofia Lean
mitigar as dificuldades de gesto encontradas pelos
profissionais na execuo de obras. Para isso, a
metodologia utilizada constituise de pesquisa
qualitativaexploratria, por ter o ambiente natural
como fonte direta de dados e envolver levantamento
bibliogrfico e de dados. Como resultado observouse
que grande parte das dificuldades dos profissionais, se
deveafaltadeconhecimentodemecanismos,tcnicase
ferramentas de gesto assim como qual a mais
adequadaparautilizar.
PALAVRASCHAVE:Dificuldades;Gesto;Processos;Enxuta,LastPlannerSystem
APPLICATIONOFLASTPLANNERSYSTEMPHILOSOPHYANDLEANTOMITIGATETHE
DIFFICULTIESOFMANAGEMENTPROFESSIONALSINWORKSRESIDENTIALINPALMAS/TO.
ABSTRACT
constructionsite.Inthissense,thearticleseeks,through
the Last Planner System and Lean Philosophy mitigate
the difficulties encountered by management in the
execution of works. For this, the methodology consists
of qualitative and exploratory research, by having the
natural environment as a direct source of data and
involvebibliographicdataandsurvey.Asaresultitwas
observedthatmostofthedifficultiesofprofessionals,is
due to lack of knowledge of mechanisms, techniques
andmanagementtoolsaswellasthemostappropriate
touse.
KEYWORDS:Difficulties,Management,Processes,Lean,LastPlannerSystem
APLICAODOLASTPLANNERSYSTEMEFILOSOFIALEANPARAMITIGARASDIFICULDADESDE
GESTODOSPROFISSIONAISNAEXECUODEOBRASRESIDENCIAISEMPALMAS/TO.
INTRODUO
Diante dos acontecimentos ocorridos no Brasil nos ltimos anos e os que ainda
ocorreram, inquietaes no setor so observados. A partir da metade do ano de 2013 at o
momento o cenrio econmico tem se mostrado irresoluto, oscilando entre o otimismo e
pessimismo,ocasionandodesconfianaeinseguranaparanovasaplicaesdosempresariados
dosetorparaaconstruocivilemmbitonacional,ocenrionosemostramaisdesfavorvel
emfavordosaportesgovernamentaisvoltadosaosseusprogramas.
Com esta inquietao, desconfiana e queda na lucratividade da cadeia produtiva no
contexto da construo civil, destacase as empresas mais preparadas para se manter em
momentos conflituosos, levando assim aqueles profissionais e empresas a se capacitarem e
manterematualizadasascondiesimpostaspelomercado.
Nessecontexto,osprofissionaisdaengenhariatmdevencersuaslimitaeseromper
comseusparadigmasadequandosenovarealidadedosetor.Hoje,paraatuarcomeficciana
engenharia, as exigncias mudaram no que tange ao perfil do profissional responsvel pelas
obras. Este novo profissional deixa de desempenhar funes essencialmente tecnicistas para
atuar tambm na administrao da produo do canteiro de obras, no mais na condio de
tocadordeobra,esimcomogestor.
Ao observar a pesquisa realizada por de Lemos de Souza (2012) notase que 86% dos
profissionais improvisam nas obras sob sua gesto, 24% no se consideram capacitados para
gerenciarem projetos e 52% considera ruim ou muito ruim a ocorrncia do planejamento do
processonalinhadeproduo.Issomostraafragilidadedoprofissional,consequentementeda
gesto,juntolinhadeproduodosempreendimentosnacidadedePalmas/TO.
Neste sentido, por meio do Last Planner System e da Filosofia Lean buscase mitigar
dificuldades de gesto encontradas pelos profissionais na execuo de obras residenciais na
cidadedePalmas/TO.
REVISOBIBLIOGRFICA
LeanConstruction
Em1950umjovemengenheirojapons,EijiToyoda,foiatafbricaRougedaFord,em
Detroit.Eijinoeraumengenheiroqualquer,nashabilidadeseambies(WOMACKetal,2004).
Apsestudominiciosodecadaplanodafabricavisitada,sendoesteomaiseficientecomplexo
fabril do mundo, Eiji observou que era possvel melhorar o sistema de produo em sua
companhiacomalgumasadaptaes,juntamenteOhno,deformaexperimental,implementamo
SistemadeProduoToyotaeposteriormenteconcretizaocomosendoaproduoLean1.
Oobjetivoprincipaldaproduo Leanproporcionaracondiodevalorparatodasas
Leansignificaconseguirascoisascertasparaolugarcerto,nahoracertaenaquantidadecerta,minimizandoo
desperdcioemantendoabertoeflexvelamudanas(WOMACKeJONES,2004).
Figura1Nveisdeplanejamento
Planejamento inicial: realizase a produo do oramento do projeto e cronograma, e o
fornecimentodeummapadecoordenaoquepuxaparaasconcluseseserviosdoprojeto.
Figura1Ciclodevidadoprojeto
Apresentao
Este estudo a continuidade da pesquisa de Lemos de Souza (2012). Tal pesquisador
observouquemuitospontosmerecematenoquantogestodosprofissionaisenvolvidosna
construocivilemPalmas,verFigura2.
Figura2Dificuldadesencontradasnocanteirodeobrasporpartedosprofissionais
Figura3Percentualqueconsideramruimoumuitoruimaocorrncianaproduo
Observase que os itens de maior peso so: falta de novas tecnologias nos processos,
planejamento do processo, envolvimento dos profissionais no processo dentre outros.
cristalinoqueadeficincianagesto(Figura2)refletenaproduo.
Mantendo o mesmo contexto, a pesquisa converge sua anlise par as necessidades de
melhoria,sentidaspelosprofissionais,juntolinhadeproduo,comomostraaFigura4.
Figura4Percentualreferentesmelhoriasquedevemocorrernaproduo
Destacaseagora,almdanecessidadedousodenovastecnologias(76%),aeliminao
dedesperdcioseenvolvimentodosprofissionaisnoprocesso,amboscom62%,qualidade(57%)
eplanejamentodoprocesso,cumprimentodemetaseprazosecontrole,com38%.
Com base nos dados expostos notrio que muito ainda deve ser feito, mas para a
mudanaocorrerdefatoeladevepartirdecadaprofissional.
BuscandovalidarasaesadotadascomaaplicaodoLPSefilosofiaLeanparamitigaras
dificuldades de gesto dos profissionais na execuo de obras residenciais em Palmas/TO,
EmpresaA
2007
ConstruoeIncorporao
457
71
Obraspblicas,residenciaisecomerciais.
Nestecontexto,evidenciamseosassuntosqueserotrabalhadosnessapesquisa,junto
empresa A: Planejamento do processo; Uso de novas tecnologias; Clareza nas sequencias do
processo;Montagemdeequipes;Envolvimentodosprofissionais;Desperdcios/perdas.
Aescolhadestesitensfrutodadialticaentrepesquisadoreempresa.Esteprocessode
dilogo teve como objetivo reduzir os itens elencados por parte da empresa, balizando suas
necessidades com o objetivo da pesquisa, assim como obter resultados teis concernentes a
melhoriadasaesintrnsecasaosprocessosprodutivosnocanteiro.
Tabela2Planilharesumodapesquisa
Montagemdeequipes
Envolvimentodos
profissionais
Desperdcios/perdas
Problemaidentificado
pelopesquisador
Aosugeridapelo
pesquisador
Faltadepadresna
contratao.
Realizaodeentrevista
comosresponsveispela
produo,testeprticoe
capacitao.
Muitasperdasna
produo.
Focarocontroleno
processoglobal3;
Introduzirmelhoria
contnuanoprocesso4.
Reaoporparteda
empresa
Insegurana
Resultadoesperado
Profissionalizao
Resultadoobtido
Entrevistacomos
responsveispela
produo.
Equipedesmotivadae
desorientada.
Valorizaraequipe;
Aumentaratransparncia
doprocesso;Aumentaro
valordoprodutoatravs
daconsideraodas
necessidadesdosclientes2.
Desconhecimentode
formasdevalorizao
excetoasfinanceiras,
dvidaemcomovalorizar
oproduto.
Maiormotivaoda
equipeemaior
envolvimento.
Poucamudanacom
relaoempresae
profissionais.
Resistnciaporpartedos
lideresnaproduo
Reduonasperdasem
50%.
Reduodasperdasabaixo
doesperado.
2 princpio considerado por Koskela (1992) para a Lean Construction, sendo cliente todos os envolvido
internamenteeexternamente.
3
8princpioconsideradoporKoskela(1992)paraaLeanConstruction.
4
9princpioconsideradoporKoskela(1992)paraaLeanConstruction.
Continuao.
Planejamentodosprocessos
Usodenovastecnologias
Clarezanassequencias
doprocesso
Comportamento
daempresa
Conformemetasdemedio
estabelecidasjuntoaorgo
financiador.
Asatividadessodefinidaspelo
mestredeobras,conformesua
experincia.
Conservador
Centralizaonos
responsveislideresda
produo.
Desorientaodamo
deobra.
Aumentara
transparnciado
processo9.
Problema
identificadopelo
pesquisador
Faltadeinteresseporparte
daequipedeproduo.
Aosugeridapelo UtlizaroLastPlannerSystem(LPS),
pesquisador
assimcomotrabalharo
benchmarking5.
Reaoporparte
daempresa
Resultado
esperado
Resultadoobtido
Reduziraparcelade
atividadesquenoagregam
valor6;Reduzirotempode
Ciclos7;Simplificar,
reduzindoonmerode
passos/partes8;trabalharo
Benchmarking(visitarfeiras
econgressos).
ResistnciaporpartedoMestrede Preocupaoemquanto
Dvidaemcomo
obras,emborainicialmentea
custariaoinvestimentopara realizaraaoecomo
gestotambmnotivesseuma
seobterumbomresultado. amodeobrareagiria
aceitaomuitoboa.
(aspectofinanceiro).
Melhoraraprodutividade.
Obtermaisclarezanasaescom
Reduzirasdvidascom
planejamentosdelongoprazo,de
relaosfrentesde
mdioprazoedecurtoprazo.
trabalhodasequipes
nocanteiro.
Longoprazo:criaodedatas
Melhorianaproduo,
Reduonotempo
marcosparaverificaoemedio emboraalgumasatividades paraasequipes
dosservios.
tenhamficadocomvalores inciaremstarefas
acimadoesperado,porm
dirias.
Mdioprazo:reduodonmero
deinconformidadesdospacotesde houvereduodetempona
execuodeforma
servio.
Curtoprazo:cronogramadasaes relevante.
aseremrealizadasporsemana.
Anlisedosresultados
EstapesquisarevelouapotencialidadedaaplicaodoLPSefilosofiaLeanparamitigaras
dificuldadesdegestodosprofissionaisnaexecuodeobrasresidenciaisemPalmas/TO.
Planejamentodosprocessos
Autilizaodo Benchmarkingtevecomofocomostrarasboasaesquevinhamsendo
realizadas em empresas conceituadas do setor da construo. Aps a realizao das visitas a
11princpioconsideradoporKoskela(1992)paraaLeanConstruction.
1princpioconsideradoporKoskela(1992)paraaLeanConstruction.
7
4princpioconsideradoporKoskela(1992)paraaLeanConstruction.
8
5princpioconsideradoporKoskela(1992)paraaLeanConstruction.
9
7princpioconsideradoporKoskela(1992)paraaLeanConstruction.
6
resistncia por parte dos gestores foi minimizada. Este princpio tem sido utilizado por vrios
pesquisadores em seus estudos (Heineck e Machado (1998), Gauri, D. (2012); Tokos, H. et al
(2013);Antoov,M.(2013)),obtendoresultadossatisfatrioscomrelaoaoseusobjetivos.
Com a aceitao, sugeriuse a utilizao do Last Planner System para melhorias no
planejamento dos processos, pois este desempenha um papel importante na gesto da
variabilidadeatravsdecontroledeproduo(BALLARD,2000).
Ele possibilita uma anlise das vrias restries, em diferentes nveis hierrquicos do
projeto,podendoassimfiltrarastarefasquemereceateno(BRODETSKAIA,2013).
ParaaimplantaodoLPSfoiseguidoumaordemcronolgica,planodelongoprazoou
inicial,planodemdioprazoouLookanheadeplanodecurtoprazooudecomprometimento.
Planodelongoprazoouinicial:pelofatodaobrajestaremandamentoeaansiedade
porpartedagestoemobterresultados,apartirdocronograma,foicriadoplanilhas,destacando
datas marcos de verificao dos servios e medio. Buscouse relacionar tambm as
atividadesmaiscriticasdaobraparaqueestaspudessempuxarasdecisesaseremtomadas.
Plano de mdio prazo ou Lookanhead: Com base no plano de longo prazo foram
estabelecidasaesportrimestreemumaplanilhaExcel,tendocomobaseaestruturaanaltica
do projeto (EAP), nesta planilha estabeleciase as equipes responsveis pela atividade, os
insumosnecessrioseoresponsvelpelocontrole.
Comestasdefiniesbuscousecomoprocessodeplanejamentolookahead,formatara
sequnciadofluxodetrabalho,combinarofluxodetrabalhocomasuacapacidade,decomporas
atividades do cronograma mestre em pacotes de trabalho e operaes, desenvolver mtodos
detalhadosparaaexecuodotrabalho;manterprontastarefasreservas,atualizarerevisaras
programaesdenvelsuperior,conformenecessrio.
Poisnesteprocessoacondioprincipalestabelecidaparausodoplanofoiretirartodas
asrestriesexistentesdecadaservio,proporcionandoofluxocontinuodoprocesso,mantendo
assim,produtividadedaequipeempatamaresestabelecidos.
Planodecurtoprazooudecomprometimento:nestemomento,combasenaplanilhado
plano de mdio prazo, cabia ao engenheiro responsvel reunirse com o mestre de obra e
encarregadosparadefinirasaesdasemana,estareunioocorriatodasassextasfeirasdepois
doexpediente,consistindoemelaborarnovaplanilhacomasatividadesdefinidasparaaprxima
semana, nela constavam as definies das atividades que seriam executadas, nmero de
funcionrios e suas qualificaes, insumos, tempo estimado para realizao e responsvel pela
equipe, este responsvel deveria verificar se ainda existia alguma restrio para realizao das
atividades,assimcomoefetuavaocontrole.
Clarezanassequenciasdoprocesso
Adotouse uma nova postura junto equipe de produo, aes sensoriais, como a
utilizao de dispositivos visuais passaram a fazer parte de vrios pontos da obra, oferecendo
acessofcilasinformaesnecessriasparaidentificarpadresdeprocessos,quedeveriamser
seguidos.
Desperdcios/perdas
Buscandomitigaresteitem,buscousetrabalharocontroleemelhoriacontnua.Quanto
aocontrole,comaintroduodeoutrasaes,citadasnocorpodestetextoeimplantadasem
momentos adequados, foi possvel melhorar de forma substancial, embora o foco da empresa
aindapermanecessenoprodutofinal,independentedasperdas.
Diantedistoamelhoriacontnuasefeznecessrio,buscandoajustaraproduo,fazendo
comqueestaminimizasseasperdasedirecionassesuasaespara"enxugar"aobradetodasas
atividadesquenogerassemvaloreresultassememdesperdciosderecursos.
Concluso
Com a pesquisa foi possvel concluir que pelo fato de estar arraigado a empresa uma
cultura conservadora muitas dificuldades derivavam da para os canteiros, mas para minimizar
esta situao utilizouse o Benchmarking, possibilitando uma nova condio aos gestores.
Juntamente a este fato, outro condicionante foi constatado. Partes das dificuldades, dos
profissionais, ocorriam pela falta de conhecimento das tcnicas e ferramentas de gesto que
poderiam ser empregadas na linha de produo, dificultando suas decises, porm pela
sobrecargadestesprofissionaisnoscanteiros,suasaesjuntoproduoficavamprejudicadas
nopodendoagircomogestoresesimcomotocadoresdeobra.
MascomautilizaodoLastPlannerSystemedosprincpiosLeanpossibilitoumudanas
positivasnaproduo,comomelhorianacapacidadedeproduo,organizao,maioraceitao
quantosmudanasatuaisefuturas,melhorianacapacidadederespostaasinconsistncianas
atividades,maiorinteraodosprofissionaiscomaatividadesobsuaresponsabilidade.
Porm mudanas ainda devem ocorrer para que a melhoria acontea continuamente
elevando a condio produtiva a patamares mais competitivos. Com base na pesquisa e pelas
condiesaindapresentesnaempresa,sugereseparapesquisasfuturas,focarnareduodas
perdas,algoincipientenasaesdamesma,poiscomistopodesemelhorandolucratividadeea
condioambientalesocial.
REFERNCIAS
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ANLISEDAINFLUNCIADATENSOCONFINANTEEDADENSIDADEDOSOLOEMRESULTADOS
DEENSAIOSDERAMPA
(PQ)Pesquisador
RESUMO
influnciadatensoconfinanteedadensidaderelativa
do solo na resistncia da interface. Os resultados dos
ensaios mostraram que o aumento da densidade
relativa do solo acarreta um acrscimo no ngulo de
atrito da interface, sendo o comportamento inverso
para o efeito da tenso confinante. Outras
conseqncias tambm foram observadas com o
aumentodadensificaodosolo,comoa elevaodos
valores de ngulo de rampa e reduo dos
deslocamentosnaruptura.
PALAVRASCHAVE:geossintticos,resistnciadeinterface,ensaiosderampa,fatoresdeinfluncia.
ANALYSISOFINFLUENCEOFCONFININGSTRESSANDDENSITYOFSOILINRAMPTESTRESULTS
ABSTRACT
Inenvironmentalbuildingsforprotectionofslopeswith
geosynthetics is extremely important to obtain the
strengthparameters(adhesionandfrictionangleofthe
interface) at the soilgeosynthetic interface. The
laboratory test most appropriate for obtaining these
parameters is the ramp test , as it allows to simulate
fieldconditionswhereshearoccursonaninclinedplane
at low stresses. An important factor in these types of
works, is the effect ofconfining stress ofsoil on top of
the slope and the relative density. Thus, this work
KEYWORDS:geosynthetics;interfaceresistance;ramptest;influencefactors.
ANLISEDAINFLUNCIADATENSOCONFINANTEEDADENSIDADEDOSOLOEMRESULTADOS
DEENSAIOSDERAMPA
1. INTRODUO
Autilizaodegeossintticosumaboasoluoparaarecuperaodetaludes,devendoapenas
ser feita uma anlise e recomendao prvia da inclinao ideal do solo, para que haja uma
melhorinteraocomogeossinttico.
Paraodimensionamentodessasestruturasnecessrioconhecerosparmetrosderesistncia
da interface sologeossinttico, atravs da realizao de ensaios de cisalhamento direto e
arrancamento. Em alguns casos, os ensaios de cisalhamento direto e arrancamento no
conseguemrepresentarcorretamenteomecanismodeinteraocomo,porexemplo,emobras
deproteooucoberturadetaludesdebarragensderejeitos,ondeamobilizaodaresistncia
da interface ocorre em um plano inclinado, em geral, sob baixas tenses de confinamento.
Segundo Palmeira (1999) os ensaios de cisalhamento a baixos nveis de tenses podem gerar
erros grosseiros, sendo necessrios equipamentos e tcnicas de ensaio cuidadosas e especiais
para que forneam resultados confiveis. J os ensaios de arrancamento no conseguem
representar corretamente o mecanismo de interao entre o solo e o geossinttico nestas
situaes. Desta forma, os ensaios de rampa so mais representativos, sendo a resistncia
mobilizada pelo deslocamento da massa superior de solo em relao ao geossinttico, que
permanecefixoemumplanoinclinado.
2. MECNICADOENSAIODERAMPA
Oensaioderampacaracterizaseporserumensaiorpidoede fcilexecuo,sendopossvel
determinarocomportamentoaocisalhamentosobtensesnormaismuitobaixas.Basicamente,
consiste em confinar uma amostra de solo em uma caixa rgida e apoila sobre a face do
geossinttico fixa a uma base rgida que est inicialmente na horizontal. Aumentase
gradativamente a inclinao do plano at ocorrer o deslizamento ao longo da interface solo
geossinttico.AFigura1apresentaumesquematpicodeumequipamentoderampa,baseado
nanormaeuropiaISO129572.
Abaseondeapoiaseogeossintticopodeserformadaporumacaixapreenchidacomsolo,ou
ainda por uma base rgida, por exemplo, placa de madeira (ver Figura2). As restries feitas
base rgida ocorrem quando so ensaiadas interfaces sologeogrelhas, em virtude da no
reproduodaparceladeatritosolosolonasaberturasdageogrelha.
(a)(b)
Figura2Configuraesdoensaioderampa.(a)Geossintticoentrecaixasinferioresuperior
preenchidascomsolo,(b)Geossintticopresobasergida(Rezende,2005).
Podem existir tambm outros arranjos especiais, como a aplicao de sobrecargas sobre a
camadadesoloouaindaoutrostiposdeinterfaces(geossintticogeossinttico).Existemvrios
mtodosparaaplicaodastensesnormais,entreelespodesecitarautilizaodeamostrasde
solocomdiferentesalturas,comotambmaaplicaodesobrecargasatravsdacolocaode
placasdeconcreto,colchesdear,entreoutros.
Como o objetivo do ensaio a obteno dos parmetros de resistncia de interface solo
geossinttico,devemserexecutados,nomnimo,trsensaiossobtensesnormaisdiferentesa
fimdeseobteraenvoltriaderesistnciadainterface.
OsprocedimentosdoensaiodecisalhamentoemplanoinclinadoencontramsedescritosnaISO
129572.
Mesmo de fcil execuo, o ensaio possui limitaes, de acordo com estudos realizados por
diversosautores,entreeles,Palmeiraetal.(2002),Melloetal.(2003),Aguiar(2003)eRezende
(2005). Uma delas est relacionada variao da tenso normal com a inclinao da rampa. A
outra limitao seria a forma de distribuio da tenso normal. Geralmente, admitese que a
distribuiodatensonormaluniformeaolongodasuperfciedecontato.Noentanto,verifica
sequeanouniformidadevaiaumentandomedidaqueainclinaodoplanodecisalhamento
aumenta.
3. PROGRAMAEXPERIMENTAL
Osensaiosderampaapresentadosnopresentetrabalhofazempartedeumadetalhadapesquisa
experimental utilizando um equipamento de rampa de grande porte (ver Figura 3). Nesta
pesquisa,procurouseanalisarainflunciadealgunsfatoresnosresultadosdeensaiosderampa,
taiscomootipodesolo,adensidaderelativadosolo,otipogeossintticoeatensoconfinante
aplicada(Rezende,2005).Estetrabalhoreportaosresultadosdeensaiosemgeogrelhacomsolo
arenosoemduasdensidadesrelativasdistintas(35%e100%),ouseja,analisaseainflunciada
densidaderelativadosoloeminterfacessologeogrelha.
Sistema de Fixao
da Talha
Talha
Diviso do
Prtico
Medidor
de
ngulo
2,53m
Medidor de
Deslocamentos
Horizontais
2,50m
Placas de
Concreto para
Confinamento
Caixa
Superior
Caixa
Inferior
Figura3Equipamentoderampa(Aguiar,2003).
3.1.
MateriaisUtilizados
Nos ensaios reportados neste trabalho, utilizouse uma areia uniforme, composta basicamente
porquartzo,compartculasdedimensesquevariamentre0,074e4,76mm.Osvaloresdepeso
especfico mnimo e mximo so de 16,06 e 18,04 kN/m, respectivamente. Na Tabela 1 esto
listadasasprincipaispropriedadesfsicasdosolo.
Tabela1Propriedadesdossolos
Solo
Areia
0,57
Dr=35%
Dr=100
(kN/m3)
()
()
2,66
31,4
38,0
Obs.:e=ndicedevaziosdosolo,s=pesoespecficodosgros,=ngulodeatrito.
Tabela2Propriedadesdageogrelha
Caracterstica
Valor
Abertura
20mmx30mm
ResistnciaTraoLongitudinal
35kN/m
ResistnciaTraoTransversal
25kN/m
AlongamentonaRuptura(Longitudinal)
5%
3.2.
PreparaodosCorposdeProva
A seqncia de preparao dos corpos de prova iniciavase pela deposio do solo na caixa
inferior, com o volume necessrio para a obteno do peso especfico desejado. No caso dos
ensaios com areia densa, vibravase a camada de solo at atingir a altura de 5cm (Figura 4b).
Logo aps, instalavase o geossinttico nessa superfcie, esticandoo e ancorando uma das
extremidadesnagarrametlica.Emseguida,instalavaseacaixasuperiordeensaio,densificando
osoloeregularizandoasuperfciedamesmaformaqueainferior.
(a)(b)
Figura1Esquemadedensificaodosolo:(a)lanamentodosolo,(b)vibrao(Rezende,
2005).
3.3.
ProgramadeEnsaios
Nestacampanha,fezseadivisodosensaiosdeacordocomadensidaderelativadosolo(Dr)e
tambm datenso confinante (n) aplicada, como mostra a Tabela 3. Cada um dos ensaios foi
realizado sobre dois corpos de prova do mesmo geossinttico, com exceo das tenses
confinantesmaiores(5,1kPa).Nestas,foirealizadosomenteumensaioparacadainterface.
Osresultadosdosensaiossoexpressosatravsdascurvasdenguloderampavsdeslocamento
dacaixaerazodetenses()vsdeslocamentodacaixa.
Tabela3Programadeensaios
Interface
Simbologiadoensaio
Dr(%)
n(kPa)
2,1
ARGG35
35
3,2
5,1
AreiaGeogrelha
2,1
ARGG100
100
3,2
5,1
Obs.:ARGG35(interfaceareiageogrelhacomdensidaderelativade35%)eARGG100(interfaceareia
geogrelhacomdensidaderelativade100%).
Avaliouseaeficinciadecadainterfacedeacordocomasseguintesexpresses:
tan
sg
E
equao(1)
tan
a
E
c c
equao (2)
Onde:
E,c=eficinciadainterfaceemfunodengulodeatritoeadeso;
=ngulodeatritodosolo;
sg=ngulodeatritodainterfacesologeossinttico;
a=adesodainterfacesologeossinttico;
c=coesodosolo.
4. ANLISEDOSRESULTADOS
A Tabela 4 resume os resultados dos ensaios da interface areiageogrelha, nas densidades
relativasde35%e100%,emfunodastrstensesdeconfinamento.
Deacordocomosresultadosdosensaios,medidaqueaumentaadensidaderelativadosolo,
verificase,naruptura,umareduonosvaloresdosdeslocamentoseumacrscimonongulo
derampanainterfaceareiageogrelha.
Paraoefeitodoaumentodatensoconfinante,ocomportamentoinverso.Observaseque,na
interfaceensaiada,oaumentodatensoconfinantetemcomorespostaareduodongulode
rampa na ruptura. Percebese que a interface Dr=35% sofre uma maior influncia no efeito da
tensoconfinante,comumareduode5nonguloderampa,umaporcentagemdereduo
correspondentea15,6%.
Tabela4ResultadosdosensaiosnainterfaceARGR.
n
Corpode
2,1
CP1
CP2
CP1
CP2
CP1
3,2
5,1
lmx
Dr=35%
7,25
32
7,50
32
7,00
30
14,0
30
3,25
27
Dr=100%
1,50
33
6,50
33
2,00
33
1,00
33
2,00
30
CP1
CP2
CP1
CP2
CP1
2,2
3,2
5,1
1,8
1,8
2,8
2,8
4,6
1,2
1,2
1,8
1,8
2,4
0,70
0,70
0,62
0,62
0,53
1,8
1,8
2,8
2,8
4,5
1,3
1,3
1,9
1,9
2,7
0,72
0,72
0,70
0,70
0,60
AFigura5apresentaascurvasdenguloderampaerazodetenses()vsdeslocamentoda
caixasuperiornastrstensesdeconfinamento,paraasduasdensidadesrelativas(35%e100%)
nainterfaceareiageogrelha.
40
0.8
0.7
0.6
0.5
20
10
Dr = 35%
Dr = 100%
0.4
2,1 kPa
0.3
3,2 kPa
0.2
5,1 kPa
0.1
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
(graus)
30
0.0
100
l (mm)
Figura2ResultadosdeensaiosderampanasinterfacesARGR35eARGR100.
2.5
(KPa)
2
1.5
Dr = 35%
a = 0,5 kPa
sg = 23,1
1
0.5
0
0
0.5
1.5
2.5
3.5
4.5
n (KPa)
Figura3EnvoltriasderesistnciadasinterfacesARGR35eARGR100.
Comosparmetrosderesistnciaobtidosapartirdosensaios,obteveseaeficinciadainterface
areiageogrelha nas densidades de 35% e 100%, atravs das equaes (1) e (2), como
apresentadonaTabela5.
DeacordocomaTabela5,observasequeaelevaodadensidaderelativadosolode35%para
100%acarretaoacrscimodaeficinciadainterfaceemfunodongulodeatrito(E)de0,84
para0,96eodecrscimodaeficinciadainterfaceemfunodaadeso(Ec)de2,94para1,05.
Tabela5ParmetrosderesistnciaeeficinciadeinteraoparaainterfaceARGR.
Interface
Dr
(%)
(kPa)
()
35
0,5
100
0,4
Ec
23,1
2,94
0,84
27,4
1,05
0,96
ARGR
5. ANLISEDOSRESULTADOS
Osresultadosdosensaiosmostraramqueoaumentodadensidaderelativadosolode35%para
100% acarreta um acrscimo de 18,6% no ngulo de atrito da interface, tendo como
conseqncia maior o aumento da eficincia da interface em funo do ngulo de atrito (E.
Outrasconseqnciastambmforamobservadascomoaumentodadensificaodosolo,como
exemplo,aelevaodosvaloresdenguloderampaereduodosdeslocamentosnaruptura.
Em relao influncia da tenso confinante, percebese que o aumento desta implica em
reduo do ngulo de rampa na ruptura, sendo o efeito mais evidenciado na interface com
Dr=35%.
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UniversidadeCatlicadoRiodeJaneiro,RiodeJaneiro,RJ,2005.
PROPOSTADEUMMTODODECONFECODECORPOSDEPROVAEMESCALAREDUZIDADE
ASFALTOCOMPOSTODEMADEIRATIPOJATOB
J.G.M.Coelho(PQ);J.G.M.deSousa (PQ);C.G.B.T.Dias(PQ);J.A. S.Souza(PQ)
UniversidadeFederaldoPar(UFPA)RuaAugustoCorra,01email:johnny@ufpa.br
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Cimentoasflticodepetrleo,Jatob,CBUQ.
PROPOSALOFAMETHODOFMAKINGSPECIMENSINSMALLSCALEOFWOODTYPEJATOBA
COMPOSITEINASPHALT
ABSTRACT
KEYWORDS:Asphaltbinder,Jatoba,HMA.
INTRODUO
Para ensino em engenharia, a melhor forma de trabalhar com corposdeprova de asfalto
facilitandoeacelerandoaobtenodosmesmosemlaboratrio.Assimcomohcadavezmaisa
necessidade da conscientizao ambiental e da economia de materiais de jazida, por
consequncia,diminuindooscustos.
Materiais ecologicamente corretos ou ditos materiais ecolgicos, que so destinados para a
indstria da construo civil e para a indstria moveleira vem sendo amplamente pesquisados
por vrias vertentes. possvel encontrar uma verso reciclada de praticamente qualquer
material de construo. Arquitetos e engenheiros esto cada vez mais insistindo em materiais
queoferecemmaiorvidatilemenorescustosdereparaoemanuteno.Almdisso,huma
presso para utilizar materiais que podem ser reciclados e, produzidos numa base sustentvel
(EVANS,etal.2005).
A viabilidade econmica da reciclagem depende muito da aplicao. Em geral, os materiais
virgens tm uma vantagem sobre o controle de qualidade de materiais reciclados. Mas a
viabilidade econmica da reciclagem aumenta com o tempo, matriasprimas virgens se
tornaram cada vez mais escassas e os custos de eliminao de restos de construo e outros
resduoscontinuamaaumentar.Nosltimosanos,houveumaproliferaodaGreenBuildinge
princpiosdedesenvolvimentodesustentabilidade,quemodificamoquadroeconmicoemfavor
da preservao do meio ambiente. Basicamente, s autoridades governamentais tero que
nivelar a produo e os produtos lanados no mercado, mantendo os produtores responsveis
pelos custos associados com a disposio de seus produtos, e se estes esto associados a
reutilizao, reciclagem ou aterro. Em muitos pases europeus, j lei os fabricantes projetar
seusprodutoscomoscustosdoreaproveitamentoemmente.Emoutraspalavras,todoaquele
quepolui,pagapelalimpezadolocal(MEYER,2005).
Quandofalamosdeaproveitamentoderesduos,atendnciareaproveitarmateriaisquelevam
anosparadeteriorar.Assim,aaplicaodessetipodemateriaisutilizadosemmisturaasfltica,
por exemplo, com outros materiais tipo seixo, areia, materiais ptreos, cimentos, so comuns
(ALHADIDY, 2009a). Entre eles temos alguns termoplsticos psconsumo, elastmeros e
entulhosdeobras,utilizadosnasubstituiooucomposiodosmateriaisdepavimentao(AL
HADIDY,2009b).
Para as indstrias madeireiras conveniente e necessrio o aproveitamento dos resduos de
madeira,poisestescontribuemparamenorescustosdemovimentao,reduonoscustosde
produo,maioreficincianautilizaodamatriaprimaereduodereasdeestocagem.Em
mdia a produo de uma madeireira chega a ser 15.000 m de madeira ao ano, e 30% dessa
madeiraestocadaemarmazns(GOMESeSAMPAIO,2004).
Apossibilidadedeutilizaoderesduosslidosprovenientedamadeira,naformadeserragem,
que so comumente descartados em lixes, aterros sanitrios, rios, ptios de indstrias entre
outros,ocasionandodanoqualidadeambiental,foioquemotivouestetrabalho.Assimcomo
grande demanda de veculos nas grandes cidades, a necessidade das camadas asflticas
suportarem maiores tenses cada vez mais necessria. A adio de fibras naturais para
modificarasfaltosedarsuporteaopavimentoasflticovemsetornandocadavezmaiscomum.
O objetivo desse trabalho desenvolvimento de corposdeprova de asfalto com resduo de
madeiranaqualseaplicaumnovomtododeconfecodecorposdeprovautilizandomateriais
ecolgicos em asfaltos atravs de trabalhos feitos no laboratrio de ecocompositos da
engenhariamecnica(UFPA).
MATERIAISEMTODOS
O ligante asfltico utilizado foi o CAP 50/70 (A) produzido pela PETROBRAS em sua refinaria
localizadaemFortaleza,Cear(LUBNOR)foisubmetidoaosensaiosdeviscosidadeSayboltFurol,
densidade,pontodeamolecimento,penetraoepontodefulgor(verTabela1).
Tabela1CaractersticasfsicasdoCAP50/70.
Mtodos
Mtodos
Penetrao(0,1mm)
DNERME003/93
ViscosidadeSaybolta160C(seg.) DNERME004/94
MassaEspecfica(g/cm)
DNERME193/96
Pontodeamolecimento(C)
ABNTNBR6560/85
Pontodefulgor(C)
DNERME148/94
Resultados
58
92
1,03
52
<340
FonteCoelho,2009.
Os agregados, seixo e areia branca de cava, foram extrados de uma jazida localizada no
municpio de Ourm no Estado do Par, Brasil. O seixo (S) que passa na peneira de malha
quadradan04eaareiabranca(Ab)decavaquepassanapeneiran40.
A madeira, do tipo jatob (Hymenaea sp.) (J), foram cominudas atravs do moinho com
almofariz/pistilo motorizado, modelo MA590, em uma frequncia de 6 Hz e tempo de 71
minutos. As madeiras apresentaram granulometria passante na peneira de malha quadrada n
100.
Misturas betuminosas foram feitas em moldes metlico confeccionado a partir de clculo da
reduo do dimetro do molde de corposdeprova convencional Marshall, convencionouse
chamardeminiMarshallparaesteartigo,devidoasemelhanadosmesmoscomoscorposde
prova confeccionados segundo a norma DNERME 043/95, misturas betuminosas a quente,
ensaioMarshall.EmFigura1,osmoldesmetlicosdecorposdeprova.
Figura1MiniMarshal,Compactador(A)eMoldes(B)
Foram obtidas as seguintes dosagens (D) equivalentes a 20g de amostra total dividido em
percentagens de material, como mostra a Tabela 2. A mistura betuminosa foi feita seguindo a
normaDNERME043/95,atemperaturade180C.PrmisturasforaminseridasaoCAP50/70via
mida.
Tabela2DosagemminiMarshallcom3%,4,5%e6%deprmisturascomjatob.
D(%)
S
Ab
A
J
3C
48,00
42,00
7,00
3,00
4,5C
47,75
40,75
7
4,50
6C
47,00
40,00
7,00
6,00
3C
7,5
47,50
41,50
7,50
3,00
4,5C
7,5
47,50
40,50
7,50
4,50
6C
7,5
46,75
39,75
7,50
6,00
3C
48,00
41,00
8,00
3,00
4,5C
47,25
40,25
8,00
4,50
6C
46,50
39,50
8,00
6,00
FonteLaboratriodeEcocompositosEngenhariaMecnicadaUFPA.
Figura2MiniMarshall,moldeacompressoradial
Avelocidadedeensaiofoide50mm/min.,parafinalizaodoensaiofoicomputadoumlimitede
forade1.226Nelimitededeslocamentode18mm.
RESULTADOSEDISCUSSO
Os agregados constituintes da mistura asfltica ficaram bem envolvidos pelo ligante, devido a
diminuiodagranulometria,umamaiorpercentagemdefinosfoiabsorvidaaprincpiopeloCAP
50/70. A amostra teve que ser submetida ao calor de 177C para mistura e confeco das
amostrasminiMarshall.
Os resultados dos parmetros de estabilidade mini Marshall, resistncia mxima compresso
radial, referente aos corposdeprova de jatob (Figura 3); e fluncia dos corposdeprova, que
corresponde deformao total apresentada pelo corpodeprova desde a aplicao da carga
inicialnulaataaplicaodacargamxima,dejatob(Figura4).
Figura3EstabilidadeMiniMarshalldemadeirajatob
Nos grficos da Figura 3, quanto menor a porcentagem de CAP 50/70 nas porcentagens de
madeirajatobnamistura,maiormaiorresistncia.
Figura4FlunciaMiniMarshalldemadeirajatob
EmcorposdeprovaminiMarshall,aflunciacorrespondedeformaototaldocorpodeprova
atosvaloresderesistnciamximaacompresso,pormosvaloresdefluncianopossuem
algumarelaoaosvaloresderesistnciamxima,podeseobservarnaFigura4,dependemuito
maisdamisturaligante/agregadosedocontroledacompactao.
CONSIDERAESFINAIS
O composto de madeiras inseridas no ligante asfltico CAP 50/70 auxilia no acrscimo de
resistnciaacompressoentreoscorposdeprovaanalisados.
O mtodo de confeco de corposdeprova em escala reduzida prtico, facilita e acelera a
obtenodosmesmosemlaboratrio;emcomparaoaomtodoMarshallconvencional(DNER
ME 043/95); desta forma, obtmse resultados de resistncia compresso de forma mais
rpida.
A utilizao do resduo de madeira jatob importante para mitigar impactos ocasionados ao
ambienteeumaalternativadeaplicaodemateriaispsconsumoemasfaltos.
AGRADECIMENTOS
OsautoresagradecemoapoiodosquetrabalhamnolaboratriodesoloseasfaltoSecretariade
EstadodeTransportesSetranPA.
REFERNCIAS
ALHADIDY, A.I.; QIU, T.Y. Mechanistic analysis of ST and SBSmodified flexible pavements.
ConstructionandBuildingMaterials,v.23,n.8,p.29412950,2009a.
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MEYER,C.ConcreteasaGreenBuildingMaterial.ColumbiaUniversity.NewYork:NY,2005.
ESTUDODOCOMPORTAMENTODECONCRETOSCOMSUBSTITUIODECIMENTOPOR
RESDUOCERMICOVERMELHO
D.C.B.D.Barbosa ;P.R.R.Ferreira2; G.R. Meira3
1
GraduandaemTecnologiaemConstruodeEdifciospeloInstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologia
daParaba(IFPB)CampusJooPessoaemail:debora.dias92@gmail.com,2MestrandoemEngenhariaCivil
pelaUFPEemail:pablo.r06@hotmail.com;3ProfessorDoutordoDepartamentodeConstruoCivildoInstituto
FederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)CampusJooPessoaemail:
gibsonmeira@yahoo.com
RESUMO
RTMnasproporesde0%a30%,porsubstituioem
massa de cimento. Resultados mostram que absoro
total dos corpos aumenta gradativamente com a
substituiodamassadecimentoporRTM.Aresistncia
mecnicaaumentacomaidade,contudodiminuicoma
substituio.OpHtambmmostraseinfluenciadopela
adio de RTM, visto que diminui a alcalinidade com a
idadedoconcreto.
PALAVRASCHAVE:Concreto,resduocermico.
CONCRETEBEHAVIORSTUDYWITHREPLACEMENTOFCEMENTFORREDCERAMICWASTES.
ABSTRACT
Thebehaviorofconcretestructuresdependsintrinsically
of atmospheric and the environment which theyre
inserted. This article aims to analyze parameters of
resistance,absorptionandpHofconcretewithaddition
ofceramicwastesgroundbrick(RTM).Tothatend,the
manufacture of the body of proof (CP) was up
considered only coeficiente waterbinder, to better
analyzetheinfluenceofRTMonconcrete.Areincluded
on CP proportion of RTM from 0% to 30% by
KEYWORDS:Concrete,claybricks.
COMPORTAMENTODECONCRETOSCOMSUBSTITUIODECIMENTOPORRESDUO
CERMICOVERMELHO
1. INTRODUO
Ocomportamentodoconcretocomadioderesduosdaconstruocivil(RCD)dependedo
ambienteaoqualestinserido,danaturezadosRCD,edaquantidadeemqueosmesmosso
adicionadosdentrodamisturaedanaturezadosresduos.
AinserodeRCDparaafabricaodeconcretojbastantedifundidaempaseseuropeus
e vem ganhando cada vez mais espao em territrio nacional. O comportamento do concreto
comadiodeRCDvemsidoestudadodesdeadcadadequarenta.Pesquisasquerelacionem
resduoscermicosvermelhos(RCV)produodeconcretotmsedesenvolvido,comdestaque
para suas propriedades pozolnicas (PARCHECOTORGAL e JALALI,2011). O Resduo Cermico
Vermelho (RCV) aqui considerado, ou seja, aquele proveniente de tijolo modo (RTM) entra na
classificao de RCD pela resoluo CONAMA 307/02 visto que a mesma define os resduos da
construociviltambmcomoosresultantesdapreparaoedaescavaodeterrenoscomoos
tijoloseblocoscermicos.
Estudoscomasubstituiodealgumcomponentedoconcretopor RCDvmsidorealizado
objetivandoanalisaraspropriedadesmecnicasconferidasaonovoproduto(LEITE,2001),assim
como o que toca a durabilidade (VIEIRA, 2004). Em tais pesquisas podemse observar tambm
fatores como alcalinidade, absoro, porosidade entre outros parmetros. Tais estudos
contribuem significativamente como uma comparao dos parmetros encontrados, com os
parmetrosusualmenteutilizadosnafabricaodepeasdeconcreto.
Dentro da pesquisa de CABRAL (2007) encontramos que dos resduos urbanos gerados nas
cidades brasileiras, cerca de 50% so RCD. Desse total, mais da metade so originrios de
concreto,argamassaecermicavermelha.TentarinseriraprticadareutilizaodeRCDdentro
dociclodeproduodosmateriaisparaconstruocivil,nosumdesafiocomotambmum
processo que certamente levar mudanas na explorao dos recursos e no direcionamento
dos investimentos, na orientao dos desenvolvimentos tecnolgicos e nas mudanas
institucionais(NGULO,2000).
Nos resultados de pesquisas podemos observar que com adio de resduos cermicos
vermelhos (RCV) a trabalhabilidade do concreto reduz conforme a absoro aumenta,
proporcionada pela presena dos resduos (PARCHECOTORGAL e JALALI, 2011; LEITE, 2001).
Segundo VEJMELKOV et. al.(2014), a resistncia mecnica tende a aumentar com baixas
percentuais de substituio, e a diminuir com altos teores de substituio, sendo que a
alcalinidade reduz conforme aumenta os teores de substituio. O calor de hidratao
notoriamentereduz,dadasaspropriedadespozolnicasdosresduosdeorigemargilosa.
Caractersticascomoresistncia,absoroepHdoporoconstituemimportantesparmetros
para a vida til do concreto. Visto que a resistncia do concreto fator imprescindvel para a
2. METODOLOGIA
2.1Materiaisecaractersticasdosagregados.
Oscorposdeprovaforamconfeccionadoscomosseguintesagregados:areiamedialava
de cava e brita grantica, detalhadas na tabela 1. Empregouse como aglomerante o Cimento
Portland V ARI, cujas propriedades qumicas esto na Tabela 2. Os ensaios de caracterizao
dosagregadosecimentosforamrealizadosdeacordocomosprocedimentosnormatizadospela
ABNT, de modo que foram obtidas as caractersticas fsicas e qumicas do mesmo. As
caractersticasdosagregadosseguemnatabelaabaixo:
Tabela1:Propriedadesfsicasdosagregadosmidosegradosutilizados.
CaractersticasAnalisadas
Ag.Mido
Ag.Grado
Massaespecificareal(g/cm) NBR9776/87
2,64
2,72
Massaespecificaemestadosolto(g/cm) NBR
7251/82
1,76
1,45
Coeficientedeinchamento(%) NBR6467/09
1,29
Dimensomximacaracterstica(mm) NBRNM
248/03
4,8
9,5
Modulodefinura(%)NBRNM248/03
3,06
6,87
Figura1:Curvagranulomtricadosagregadosutilizados.
Tabela2:Caractersticasqumicasdocimento
Item
SO3
SiO2
Al2O3
Fe2O3
CaO
MgO
PPC
Outros
(%)
0,96
18,56
5,06
2,27
60,59
2,58
3,25
6,73
2.2 Dosagensempregadas
Osconcretosutilizadosnaconfecodoscorposdeprova(CP)foramcompostosporum
nicofatorgua/aglomerante,asaber,0,55.Poisassim,podeseavaliarmelhorodesempenho
do material. Aos CP foram incorporados percentagens de um resduo cermico de tijolo nas
propores de 0%, 10% e 30% por substituio em massa de cimento. Os CP tinham a forma
cilndrica nas dimenses 10 x 20 cm, foram adensados de forma manual em duas camadas de
quinzegolpescada,foramdesmoldadoscom24horasecuradospor7diasemimersototalde
guasaturadaemcal.Depoisdefinalizadootempodecura,oscorposficaramemambientede
laboratrioatoinciodasanlises.
Para a anlise de absoro total do concreto, ndice de vazios, massa especfica da
amostrasecaesaturadaemassaespecficareal,foramrealizadosensaiosconformeABNTNRB
9778:2005.Paraissofoiutilizadaumaestufaquemanteveatemperaturadoscorposa105Cpor
umperodode72horas.Passadoessetempo,osCPforampesadosatobteremumadiferena
de massa superior a 0,5% da massa do corpo de prova. Logo em seguida, os CP foram
mergulhadosemguaatemperaturaambienteporumperodode72horas.Posteriormenteos
CPforamenxutosepesados.Osclculosdosparmetrosanalisadosseguiramasespecificaes
damesmanorma.
2.3 Ensaiosrealizados
Os ensaios de resistncia compresso foram realizados de acordo com a NBR 5739
(ABNT, 2003), obedecendose idades de ensaio de 7, 14 e 28 dias. Para ensaio de absoro,
seguiramseasorientaesdaNBR9778(ABNT,2005),empregandosetrscorposdeprovapara
cadacondioanalisadanotrabalho.AidadedosCPsfoianlogasdoensaioderesistncia.
Para a anlise do pH, foram moldados pastas referncia de cimento, e pastas com
substituiodepartedamassadecimentoporRTMnasproporesde10,20e30%.Passados
umperodode24horas,foramdesmoldadosepermaneceramemcmeramida(URde952%e
Tde255C)porumperodode7diasparadevidacura.Finalizadooperododecura,aspastas
endurecidas e curadas foram imersas em gua deionizada com pH de 7,75. As leituras foram
realizadas pelo menos 5 horas aps imerso em pHmetro digital com erro de 0,05. Depois
foramrealizadasleiturascom7,14eat28dias,ouataestabilizaodasleituras.
Figura1:LeiturasdaguadeequilbriocompHmetrodigital.
3. RESULTADOS
Atabela2mostraosresultadosmdiosobtidosparaosensaiosdeSlumpTest,resistncia
compresso e absoro total. Os resultados de abatimento mostram uma reduo gradativa
com a substituio de cimento por resduo cermico devido a absoro de gua pelo resduo,
fatoesseconstatadoporoutrospesquisadores(PACHECOTORGALetal.,2011;LEITE,2011).
Tabela2:Caractersticasfsicasdadosagem
CaractersticasAnalisadas
0,9:0,1:1,86:2,25:0,55 0,7:0,3:1,86:2,25:0,55
220
210
190
Consumodecimento(kg/m)
414,3
372,9
290,0
M.esp.(g/cm)
2,58
2,58
2,57
Ind.devazios
(%)
15,10
15,35
15,39
Absoro(%)
6,87
7,01
7,07
M.esp.(g/cm)
2,58
2,59
2,57
Ind.devazios
(%)
15,05
15,30
15,39
Absoro(%)
6,87
6,98
7,07
14dias
41,0
33,1
29,4
28dias
47,1
35,9
32,9
90dias
52,2
47,2
44,6
Absorototal*
NBR9778/05
90
dias
Resistncia
Mecnica*#(MPa)
NBR5738/03
1:0:1,86:2,25:0,55
SlumpTest(mm)NBRNM67/98
28
dias
Traos(C:RTM:AR:BR:AG)
Os resultados obtidos das anlises de pH, vse na tabela que segue. Os resultados
mostram a alcalinidade do poro do concreto. Percebese que a idade e a adio de resduos
influenciamnoresultado,demodoquequantomenoraadioemaioraidade,maioropHdo
porodoconcreto.
Tabela3:ResultadosdasanlisesdepH.
Idade
PastadeReferncia
Pastacom10%de
Substituio
Pastacom20%de
Substituio
Pastacom30%de
Substituio
7Dias
14Dias
28Dias
11,44
13,14
14,17
11,48
13,22
14,06
11,35
13,24
14,06
11,49
13,03
14,02
4. CONCLUSES
AresistnciamecnicadomaterialfabricadocomsubstituiodamassadeconcretoporRTM
claramenteafetada,vistoquediminuiconformeaumentaaporcentagemdeRTMnoconcreto.Contudo,
aolongodotempoecomoavanodasreaespozolnicasadvindascomdapresenadoRTM,fazcom
queessareduosejaminimizada.
A absoro e o ndice de vazios aumentam gradativamente com a substituio. Tal
comportamentorepercutenaresistnciadomaterialenavelocidadedetransportedeonsagressivosem
seuinterior.
Porfim,aalcalinidadedosconcretosreduznodecorrerdetempoquandocomparadapastade
referncia,conformeaumentaaquantidadedasubstituio.
Estudos que possam caracterizar melhor comportamento de concretos com adies de RTM
frente corroso esto sendo desenvolvidos com o objetivo de verificar sua possvel utilizao em
concretosarmados.Ento,comospresentesdadosaindanosepodeverificarautilizaodessetipode
concretocomsubstituiodemassadecimentoporRTMempeasestruturaisquecontenhamapresena
dearmaduras.
AGRADECIMENTOS
AoInstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaParaba,CampusJooPessoa,quealm
desempremeproporcionarumaeducaodequalidadedesdeoensinomdioatagora,ensinosuperior,
disponibilizouasferramentasnecessriasparaessetrabalho.
REFERNCIAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TNICAS. NBR 5738: Concretos: procedimentos para
moldagemecuradecorposdeprova.RiodeJaneiro,2002
______. NBR 9776: Agregados Determinao da massa especfica de agregados midos por
meiodofrascoChapman.RiodeJaneiro,1987.
______.NBR7251AgregadoemestadosoltoDeterminaodamassaunitria.RiodeJaneiro,
1982.
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2009.
VIEIRA,G.L.;DalMolin,D.C.C.Viabilidadetcnicadautilizaodeconcretoscomagregados
recicladosderesduosdeconstruoedemolio.AmbienteConstrudo,PortoAlegre,v.4,n.4,
p.4763,out./dez.2004
DIAGNSTICODOSDESPERDCIOSEIMPACTOSAMBIENTAISCAUSADOSNASETAPAS
CONSTRUTIVASDEUMEMPREENDIMENTOCOMERCIALNOMUNICPIODESIMODIASSE.
P.A.B.A.SILVA(EP);E.A.MODESTO(TA)2;D.A.NERI (TE)3 ;C.B.S.LEAL(TC)4;A.M.J.FONSECA(TC)5
1,3,4,5
InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusLagarto;2UniversidadeFederaldeSergipe
1
email: pabavila@oi.com.br;2danielaalvesneri@hotmail.com;3ericaandrademodesto@hotmail.com;
4cheldo_brendo@hotmail.com;5lana_mayra@hotmail.com
(TC)TcnicodeEdificaes
(TE)TcnicodeEdificaeseGraduandaemEngenhariaCivil
(TA)TcnicodeEdificaeseGraduandaemArquiteturaeUrbanismo
(EP)EngenheiroCivileProfessorEfetivoMSc.
RESUMO
PALAVRASCHAVE:prtica,profissional,construo,desperdcios,impactos.
DIAGNOSISOFWASTEANDENVIRONMENTALIMPACTSCAUSEDTHESTEPSOFTHE
CONSTRUCTIONOFACOMMERCIALBUILDINGINTHESIMODIASSECITY.
ABSTRACT
KEYWORDS:practice,professional,construction,waste,impacts.
DIAGNSTICODOSDESPERDCIOSEIMPACTOSAMBIENTAISCAUSADOSNASETAPAS
CONSTRUTIVASDEUMEMPREENDIMENTOCOMERCIALNOMUNICPIODESIMODIASSE
INTRODUO
METODOLOGIA
Oprojetoconsistiunumapesquisadecampo,identificadacomoestudodecaso,realizada
duranteoacompanhamentodeumaconstruodeumaedificaocomercialnacidadedeSimo
DiasSE,noperodode07deoutubrode201324dejaneirode2014,pelosalunosdoquarto
ano do curso tcnico em Edificaes: Alana Mayra de Jesus Fonseca, Cheldon Breendon Silva
Leal,DanielaAlvesNeriericaAndradeModesto,soborientaodoProfessorMsc.PauloAndr
BarbosavilaSilva,desenvolvidoduranteadisciplinaprticaprofissional.
Duranteesseperodoforamrealizadaspesquisasbibliogrficasevisitassemanais,como
intuito de observar os impactos ambientais em cada etapa construtiva. Foram aplicados
questionrios, realizadas entrevistas, feitos registros fotogrficos e anotaes sobre o
andamentodaobraapartirdaobservaodaexecuodosprocessosconstrutivos.
RESULTADOSEDISCURSO
Duranteoacompanhamentodaobrapercebeuseaausnciadoresponsveltcnicopela
execuo (engenheiro civil ou arquiteto) ou at mesmo de um tcnico de edificaes ou de
segurananotrabalho,sendoaobraexecutadasobaorientaoapenasdomestredaobra.
Os servios preliminares so importantes, pois neles so focalizados aspectos sociais,
tcnicoseeconmicos,comoalocalizaoecaractersticasdolote,aspossveisopesdeusoe
asrelaesdecustoeprazo(AZEREDO,1977).
Duranteaexecuodosserviospreliminaresobservousequeosmateriaisschegavam
de acordo com a necessidade, evitando muito tempo de armazenamento e desperdcios; no
haviam centrais de armazenamento temporrio quando chegavam os materiais, podendo
prejudiclos, principalmente a areia e brita, que por no ser separados por baias poderia
misturareseremcarreadospelachuva,causandoperdadematerialepodendocomprometero
traodoconcreto.
Segundo Brito (1987) Fundao o elemento estrutural que tem por finalidade
transmitir as cargas de uma edificao para uma camada resistente do solo. Fundaes bem
projetadas correspondem de 3% a 10% do custo total do edifcio; porm, se forem mal
concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a 10 vezeso custo da fundao mais apropriada
para o caso. As fundaes utilizadas nessa obra eram do tipo prmoldadas que agilizaram a
execuo da obra, evitando desperdcio de material, entretanto prmoldados no permite
alteraesemsuasdimenses,nemquebras.
Quanto ao que foi observado no campo, houve desperdcio de material uma vez que
houvequebradoradierdevidofalhaemsuaexecuo,trazendoprejuzosfinanceiros.
Segundo Sabbatini (1984), A alvenaria um componente complexo utilizado na
construoeconformadoemobra,constitudoportijolosoublocosunidosentresiporjuntasde
argamassa, formando um conjunto rgido e coeso. Na alvenaria tambm foram observados
muitos desperdcios como quebra de blocos, pois no havia o meio bloco e no havia um
controle da espessura da argamassa de assentamento. Tais problemas poderia ser evitado se
houvesse um projeto de alvenaria e um controle mais rgido da espessura da argamassa de
assentamento.
Foinecessrioderrubarafachadadoedifcio,poisafaceseencontravadoladoerrado,
tambmfoiprecisoquebrarpartedaalvenarialateralparaacolocaodecombogs,essenciais
para a ventilao interna e que estavam previstas no projeto, porm por uma distrao do
mestredaobraessapassoudespercebida.Eaofinaldetodaexecuodaalvenariaquebraram
parte desta com a finalidade de facilitar a passagem de materiais para o calamento interno.
Problemasdestetipo(erronaleituradeprojetos)poderiamserevitadoscomapresenadeum
tcniconaobra.
Superestruturaa partesuperiordaestruturadeumedifcioquesuportaascargasdosdiversospavimentoseas
transmiteinfraestrutura.(BASTOS,2011.p51)
2
O revestimento de argamassa pode ser entendido como a proteo de uma superfcie porosa com uma ou mais
camadas superpostas, com espessura normalmente uniforme, resultando em uma superfcie apta a receber de
maneira adequada uma decorao final. (FONTE: Associao Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Manual de
revestimentosdeargamassa;p.11;[s.d.])
3
A pavimentao uma superestrutura constituda por um sistema de camadas de espessuras finitas, construda
aps terraplenagem com o objetivo de resistir e distribuir ao solo os esforos verticais; melhorar as condies de
deslocamentoquantocomodidadeesegurana;resistiraosesforos horizontaisquenelaatuam,tornandomais
durvelasuperfciededeslocamento.(CLARO,2001,p.2)
CONCLUSES
Atravs dos resultados obtidos acima podese concluir que a maioria dos impactos
ambientaisedesperdciosforamporfaltaoumplanejamento.Oquemostraaimportnciade
seanalisar,preveprogramarasfasesdaobra,ocasionandoassimumaeconomiafinanceira,por
permitiraracionalizaoapartirdacompatibilizaodosdiversosprojetos(eltrico,hidrulico,
estrutural e arquitetnico), a coordenao entre o que foi planejado e o que est sendo
executadonaobraeconsequentementeummaiorcontroledequalidade.
necessrio tambm reduzir os impactos ambientais causados pela m disposio dos
entulhos gerados no empreendimento, sendo interessante a implantao de um sistema de
gestoambiental,contribuindodestaformaparaaconstruosustentvel.
Considerando o porte mdio da obra e o seu valor (aproximadamente dois milhes)
seriam de extrema importncia a presena de profissionais como engenheiro civil, arquiteto,
tcnico de edificaes e tcnico de segurana que poderiam minimizar os problemas
encontrados,evitandoassimqueomestredaobraassumatodasasresponsabilidades.
O desenvolvimento do projeto possibilitou aos alunos envolvidos um maior
amadurecimentoprofissionalumavezquefoipossvelacompanharodesenvolvimentodeuma
obrae,combasenoconhecimentoobtidoduranteocurso,apontarsoluespossveisparasuas
principaisfalhasrelacionadasaosdesperdcioseimpactosambientais.
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SoPaulo:USP,1984.298p.Dissertao(MestradoemEngenhariaCivil)EscolaPolitcnica
daUniversidadeSoPaulo,1984.
EDIFICIOSVERDESESUAIMPLEMENTAONACIDADEDEFORTALEZACEAR
M.G.ABREU(IC)
InstitutoFederaldoCear(IFCE)CampusMaracanaemail:melgurgel@gmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(TC)TcnicoemQumica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:construo,edifciosverdes,FortalezaCE,sustentabilidade.
GREENBUILDINGSANDITSIMPLEMENTATIONINTHECITYOFFORTALEZACEAR
ABSTRACT
The objective of this study was study of the
principlesandpurposesofbuildingsGreensandtheir
implementation in the city of FortalezaCE. The
elaborationofthisarticlewasbasedondissertations,
journals, articles, newspapers and books seeking
greater knowledge about the construction of Green
buildings and encouraging the implementation of
theseinthecityofFortalezaCE.Showingtheefficient
useofresourcessuchasenergy,water,materialsand
waste management. Seeking to educate society to
sustainability, exemplifying the benefits of building
KEYWORDS:construction,greenbuildings,FortalezaCE,sustainability.
INTRODUO
Apreocupaoambientalestacadavezmaisempautanomundo.Umaformadedespertar
na sociedade uma conscincia para tentar minimizar os danos causados ao meio ambiente e
adoo de prticas positivas voltadas para a preservao do meio ambiente o movimento
Verde.Estemovimentobuscaumconsumoeficientedosrecursoseumaformademinimizaros
impactoscausadosaomeio.
ApartirdomovimentoVerde,surgiuaideiadaconstruodeedifciosVerdes,umnovotipo
de imvel. Tratase dos green buildings (traduzindo, prdios verdes). Edifcios verdes so
ento, edifcios que buscam maximizar aeficincia operacional e minimizaros impactos
ambientais.
Para a certificao desses edifcios Verdes em 1999 foi criado o LEED (Leadership in
Energy and Environmental Design) um sistema internacional de certificao mais procurado
paraavaliaodeedifciosnomundoeorientaoambientalparaedificaes,utilizadoem143
pases, e possui o intuito de incentivar a transformao dos projetos, obra e operao das
edificaes,semprecomfoconasustentabilidadedesuasatuaes.
A certificao LEED possui 7 critrios a serem avaliados nas edificaes. Tais critrios
utilizadosparaavaliaraempresaquantoasuacertificaoso:
1. UsoracionaldaguaPromoveinovaesparaousoracionaldagua,comfocona
reduodoconsumodeguapotvelealternativasdetratamentoereusodosrecursos;
2. EficinciaenergticaPromoveeficinciaenergticanasedificaespormeiode
estratgiassimpleseinovadoras;
3. Reduo,reutilizaoereciclagemdemateriaiserecursosEncorajaousodemateriais
debaixoimpactoambiental(reciclados,regionais,reciclveis,dereuso,etc.)ereduza
geraoderesduos,almdepromoverodescarteconsciente,desviandoovolumede
resduosgeradosdosaterrossanitrios
4. QualidadeambientalinternaPromoveaqualidadeambientalinternadoar,essencial
paraambientescomaltapermannciadepessoas,comfoconaescolhademateriaiscom
baixaemissodecompostosorgnicosvolteis,controlabilidadedesistemas,conforto
trmicoepriorizaodeespaoscomvistaexternaeluznatural;
5. EspaosustentvelEncorajaestratgiasqueminimizamoimpactonoecossistema
duranteaimplantaodaedificaoeabordaquestesfundamentaisdegrandescentros
urbanos;
6. InovaoetecnologiaIncentivaabuscadeconhecimentosobreGreenBuildings,assim
como,acriaodemedidasprojetuaisnodescritasnascategoriasdoLEED;e
7. CrditosdePrioridadeRegionalAtendimentoanecessidadeslocais,definidaspelos
prpriosprofissionaisdaGBC,quevariamdeempreendimentoparaempreendimento.De
acordocomasdiferenasambientais,sociaiseeconmicasexistentesemcadalocal.
OsprdiosjconstrudosqueconquistamoLEEDpassampornovasavaliaesdequatroem
quatroanos,paraverificarseoedifcioaindacumpreasnormasquetambmpodempassarpor
ajusteseinserirnovoscritrios,acadanovaversodacertificao.
A partir disso, no segundo semestre de 2007, foi criado o GBC Brasil (Green Building
CouncilBrasil)queadaptouosparmetrosdoLEEDnorteamericanorealidadebrasileiraeque
busca promover a certificao LEED em territrio nacional. Incentivando a construo e o
mercadodeedifciosverdesnopas.
AcertificaodeEdifcioVerdedadaaprdiosquebuscamaeficinciaoperacionaleo
baixo custo de manuteno enquanto minimizam o impacto ambiental causado por sua
construoefuncionamento.Assim,umEdifcioVerdetambmumedifcioreconhecidamente
sustentvel. O selo Verde garante que um empreendimento adota medidas sustentveis e
ecologicamentecorretastantonaobracomonodiaadia.
Apesar de ainda ser um programa voluntrio, tanto nos EUA como no Brasil, dentro de
poucosanos,acertificaodeumprdiocomoEdifcioVerdeserobrigatria,jquecadavez
maissernecessriaapreservaodoambienteemquevivemos.
EmFortalezaCE,oconhecimentoeaconstruodeprdiosVerdesestoocorrendode
formalentaelocalizada.NoCearexistem18empreendimentosregistradosparaaobtenodo
selo.Atofimde2013s3receberamoselo,masjumcomeo.
NacidadedeFortalezaCE,jvistoapreocupaocomapreservaodomeioambienteea
presena de prticas ecologicamente corretas dentro das empresas da construo civil. Tais
medidas indicam o comeo de uma mudana, nos modos construtivos tradicionais, que tanto
prejudicamomeioambientedacidade.notriaabuscaporumplanejamentosustentvel.
Esseartigobuscamostraraconstruodeedifciosverdescomoumasadaparasustentabilidade
ambiental;ConscientizarparaasustentabilidadeasociedadedacidadedeFortalezaCear,
exemplificandoosbenefciosdaconstruoVerde;Visandocontribuirpositivamenteparaa
sustentabilidadenacidadedeFortalezaCe.
METODOLOGIA
RESULTADOSEDISCUSSO
AexpressoGreenBuildingouEdifciosVerdesdenominadaparaconstruesquepossuem
preocupaes ambientais e visam a eficincia energtica. A difuso das idias dos conceitos
projetuaisdoGreenBuildingsurgiucomorespostageneralizaodaconscientizaoambiental
nadcadade90(SILVA,2007).
Prdiosverdescaracterizamseporseremdesenvolvidosharmonizadoscomomeioambientee
com a comunidade de sua influncia, proporcionando melhor retorno aos investidores e
proprietrios, menores custos operacionais e melhor sade, conforto e produtividade aos
ocupantes.
Nesses edifcios, desde a fase projetual, so pensadas solues para haver um maior
aproveitamento da iluminao natural e uma maior economia de energia, fazendose uso de
energias limpas. H tambm uma preocupao com a seleo de materiais cujo ciclo de vida
interfira o mnimo possvel no meio ambiente. Na fase de execuo, so importantes
principalmenteaorganizaodocanteirodeobras,areciclagemdosresduosdaconstruoea
utilizaodemateriaisrecicladosecertificados.OsEdifciosVerdesprezamsemprepeloconforto
ambientaldousurio,aliadospreocupaesambientais(SILVA,2007).
Comacrisedopetrleonadcadade70,mecanismoslegaisdereduodoconsumodeenergia
comearam a ser implantados nos pases desenvolvidos. Como forma de analisar os impactos
ambientais e classificar os edifcios em green building ou edifcios Verdes , foram criados os
sistemasdecertificao(SILVA,2007).
Osprdiosverdesso,normalmente,projetadoslevandoseemcontacincovertentes:
1.Energia:Otimizaoenergtica,ousodeenergiarenovvel,coberturapredialerevestimento
interno.
2.Gerenciamentodolixo:Origem,usoereciclagemdolixo.
3.gua:Origem,racionalizaodoseuusoeminimizaoderesduos.
4.EspaoSustentvel:Preservaoerestauraodabiodiversidade,reduodapoluio
luminosaeconectividadecomaComunidade.
5.AmbienteInterno:GerenciamentodaqualidadedoAreconforto,usodemateriaisdebaixa
emisso,iluminaonaturaleviso.
O Brasil o quarto pas com mais empreendimentos certificados pelo Leadership in
EnergyandEnvironmentalDesignouLideranaemEnergiaeDesignAmbientalnoBrasil(LEED),
ficando atrs apenas dos Estados Unidos, dos Emirados rabes e da China. Ao todo, so 219
edificaescertificadaspeloGreenBuildingCouncilBrasil(GBC)Todasreceberamacertificao
LEED que premia iniciativas mais ecologicamente responsveis e serve como atestado de
consonnciacomosideaisverdes.OnumerodecertificaesnoBrasilcrescente(mostradona
figura01).
FelipeFaria,DiretordoGBCBrasil,destacaque:
OLEEDauxiliaasedificaescombenefciosdiversos,colaboracom
polticaspblicaseelevaopadrotcnicodaconstruocivil.Almdosresultadosdiretoscom
osquesitosavaliados,osprdioscertificadoscontamcomumdiferencialcompetitivono
mercadoimobilirio.
Figura01RegistroseCertificaesLEEDnoBrasil
Figura02RegistrosdeprdiosVerdesporEstado
AconstruocivilnoBrasil,queduranteanosvemmantendoosmtodosconstrutivos
tradicionaisjuntocommodeobranoespecializada,estrevendoseusconceitoseest
comeandoaseguirospassosjpercorridospelospasesdesenvolvidos(BARBOSA,NAYANA,
2009,p.4).
Apesardoatraso,em2010Fortalezaentrounaeradasconstruessustentveis.Foi
inauguradooprimeiroedifciocomercialverdenacidade,oLCCorporateGreenTower.O
edifciofoicertificadocomoseloVerdeepossuirevagaspreferenciaisparaveculoscom
combustvel alternativo; seus pisos e fachadas tero cores claras para maior conforto
trmico e paisagismo privilegiando biodiversidade e espcies locais; haver reduo do
consumo de gua potvel em irrigao e descargas atravs de mecanismos eficientes;
reduo do consumo de energia atravs de vidros que permitem iluminao natural e
reduzemocalor;amadeirautilizadatevemanejocorretoecertificao;houvepreferncias
porprodutoslocaisemateriaisrecicladosedebaixatoxicidade;ainfraestruturafacilitara
separao e envio dos resduos do edifcio para reciclagem; a iluminao ser otimizadae
ataobratevecuidadoscomoentorno,quantogeraodepoeiraedetritosdeobra.
O apelo de ser sustentvel aumenta o interesse do comprador. Isto influencia na
horadecompraroimvel.Portanto,ocompradorinteressadonoimvelsustentvelprecisa
estar disposto a pagar um pouco mais que o valor de um empreendimento comum. Os
custos de uma obra Verde aumentam em 10%, no entanto, esse valor mais elevado ser
compensadomaisnafrentenamanutenoenoscustosoperacionais.
DeacordocomareportagemdojornalOESTADOogerentetcnicodoGBCBrasil,Marcos
Casadoafirmou
Asconstruesverdespossuemeconomiade8a9%noscustos
operacionaisedemanuteno.Clculoresultadodareduoapresentada
decercade30%noconsumodeenergia,de30a50%noconsumode
gua,50a70%nageraoderesduose50%napoluio.Nessequadro,o
investimentoamaisnacompra(oriundodaaltanocusto)compensado
emcincoanospelobarateamentonoscustosoperacionais.Bomnegcio
paraempresriose,principalmente,paratodaasociedade,naformada
preservaodoplaneta.
FortalezajacapitaldoNordestecommaisconstruescertificadascomoLEED.
Em 2008, apenas 13% do setor da construo civil estava engajado na construo
sustentvel,enquantoaprevisopara2012que50%dosetorestejamatentoscomesse
tipodeconceitoimplantadoemseusprdios.
J notria a procura por um planejamento sustentvel em Fortaleza, as construtoras
estobuscandopraticascomo:reduodoconsumodegua,reduodoconsumodeenergia,
uso de materiais certificados e renovveis, tratamento adequado dos resduos, reciclagem de
matrias,confortoambientalinterno,especializaodemodeobra.Amaioriadasconstrutoras
j tem conhecimento do elevado lucro e do marketing positivo que a adoo dessas medidas
pode proporcionar. Entretanto, existem construtoras que no aplicam nenhum tipo de prtica
sustentvel.
.
A construo de prdios Verdes proporciona reduo no custo de operao do imvel,
aumentodoslucros,adequaoaomercadopromissordaconstruosustentvel,conservao
domeioambiente,reduodosimpactosgeradoseajudanomarketingdaconstrutora.
CONCLUSO
Foi concluda neste estudo que a construo de prdios Verdes ainda uma ao
bastantepontual,masemcrescimento.Contudooquedevesercomemoradoofatodeque,
mesmodeformalocalizadaeemquantidadebemreduzida,jexistemconstrutorasempenhadas
eminiciarumanovaformadeprojetaredeconstruiremFortaleza.
Forammostradosvriosconceitoserequisitosquesonecessriosparaaconstruode
umedifcioVerde.Oplanejamentosustentvelpensadodesdeconstruodoprdioatasua
ocupao. Buscando uma a eficincia operacional, baixo custo de manuteno, reduo do
impactoambientalcausadopelaconstruoemelhoraproveitamentodosrecursos.
A implementao de prdios Verdes em Fortaleza trouxe benefcios sociais, ambientais e
econmicos. Foi observado que a aplicao de prticas ecologicamente corretas movida
principalmente pelo marketing positivo. Somente em casos pontuais verificouse tambm um
empenhoeminiciar,nacidade,umaculturaconstrutivapreocupadaemminimizarosimpactos
causadosaomeioambiente.
REFERNCIAS
BARBOSA,NAYANA.ONveldeConhecimentodaConstruoCivilCearenseacercada
CertificaodeEdifciosVerdes,Fortaleza,2009,p.04.Disponvelem:<
http://www.elecs2013.ufpr.br/wpcontent/uploads/anais/2009/2009_artigo_143.PDF>
SILVA,VANESSAGOMESDA;SILVA,MARISTELAGOMESDA;AGOPYAN,VAHAN.Avaliaode
edifciosnoBrasil:daavaliaoambientalparaavaliaodesustentabilidade.
SILVA,VANESSAGOMESDA;Metodologiadeavaliaodedesempenhoambientaldeedifcios:
estadoatualediscussometodolgica.ProjetoFinep2386/04:Tecnologiasparaconstruo
habitacionalmaissustentvel.
SILVA,VANESSAGOMESDA;SILVA,MARISTELAGOMESDA;AGOPYAN,VAHAN.Avaliaode
edifciosnoBrasil:daavaliaoambientalparaavaliaodesustentabilidade.Ambiente
Construdo,PortoAlegre,v.3,n.3,p.718,Jul./Set2003.
PREDIOSVERDES.OEstado,Fortaleza,29nov.2010.Noticias.Disponvelem:
<http://www.oestadoce.com.br/noticia/prediosverdes>
RegistrosdecertificaoLEEDnopas.Dsponivelem:<
http://www.gbcbrasil.org.br/?p=empreendimentosleed>
ESTUDODASUBSTITUIOPARCIALDOCIMENTOPELACALNAFABRICAODE
TIJOLOSMACIOSSOLOCIMENTO
(OR)Orientador
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Solocimento,Cal,Ensaiostecnolgicos
STUDYOFTHEREPLACEMENTOFTHELIMEINMANUFACTURINGCEMENT
SOILCEMENTBRICKSMASSIVEABSTRACT
KEYWORDS:Soilcement,lime,technologicaltests
ESTUDODASUBSTITUIOPARCIALDOCIMENTOPELACALNAFABRICAODE
TIJOLOSMACIOSSOLOCIMENTO
INTRODUO
AgarantiamoradiaumdireitohumanoprotegidopelaConstituioBrasileiraepelos
Instrumentos Internacionais. O "dficit habitacional" reflete a necessidade de construo de
novashabitaesemfunodadeficinciadosetoreprecariedadeconstrutivaoudesgasteda
estruturafsicaou,ainda,portercoabitaofamiliar.evidentequenovasprticasesistemas
devemsurgirconcedendopopulaomarginalizadaeexcludenteaabonaodeumamoradia
digna, porm com um retorno rpido e rentvel. Na construo de casas populares, o uso de
tijolos de solocimento, chamados tambm de tijolos ecolgicos, bastante difundido pela
vantagem da sua rpida fabricao, a mo de obra que no precisa de uma qualificao
especializadaeconfecoemregimedemutiropelacomunidade,proporcionandoumretorno
socialeeconmicosatisfatrio.
Analisandoaesferaecolgica,notasequeaconstruocivilresponsvelpeloconsumo
de uma expressiva parcela dos recursos naturais extrados. Diante de um cenrio de
sustentabilidade, marcado pela problemtica dos recursos naturais finitos, o tijolo de solo
cimento ganhou uma grande participao no mercado, principalmente pelo seu mtodo de
fabricao ecologicamente correto. Pela facilidade na produo e ausncia de queima, o tijolo
macio solocimento minimiza os problemas causados pela extrao descontrolada de matria
primaeemissodegasespoluentesocasionandomenosimpactosambientais.(GRANDE,2003)
ressalta as vantagens dos tijolos de solocimento representando uma alternativa em plena
sintonia com as diretrizes do desenvolvimento sustentvel, pois requerem baixo consumo de
energia na extrao da matriaprima, dispensam o processo de queima e reduzem a
necessidade de transporte uma vez que os tijolos podem ser produzidos com solo do prprio
localdaobra.
De acordo com (FIQUEROLA, 2004) sistemas de construo de solocimento podem
minimizar danos ambientais, baratear a fabricao e darmais agilidade s obras. A tcnica o
resultado da mistura homognea de solo, cimento e gua em propores previamente
determinadas, depois compactadas na forma de tijolos, blocos ou paredes monolticas. Desde
quebemexecutado,ocomponenteapresentaboadurabilidadeeresistnciacompresso.Na
composio do solocimento, o solo o material que entra em maior proporo, devendo ser
selecionado de modo que permita o menor consumo possvel de cimento. Segundo (PINTO,
1980)osoloidealdeveconter15%desiltemaisargila,20%deareiafina,30%deareiagrossae
35%depedregulho,sendoqueossolosarenososbemgraduadosecomrazovelquantidadede
siltemaisargila,soosmaisindicados,devezqueexigembaixoconsumodecimento.
Acalumaglomeranteareo,ouseja,temseuendurecimentoapartirdareaocomo
dixidodecarbono(CO2)presentenaatmosfera.Sendoassim,decidimosutilizlaemdosagem
esubstituiodocimento,noapenaspelasuapropriedadeliganteevidenciadanasargamassas
desde a antiguidade, mas tambm pela sua capacidade de reteno de gua, evitando
destacamentosnaalvenariaeminimizandoaretraonacura.
Objetivouse,nestapesquisa,umasubstituioparcialoutotaldoCimentoPortlandpela
Cal hidratada. Pretendeuse, com isso, ponderar a possibilidade tcnica de sua aplicao bem
comosuainfluncianaqualidadedostijoloseconsumodecimento.
MATERIAISEMTODOS
A metodologia de trabalho consistiu na caracterizao dos materiais em estudo e
determinaodosparmetrosdeperdademassaeabsorodegua.
Solo
Aescolhadosolotemgrandeimportnciaporqueocomponentedemaiorquantidade
namistura,influenciandodiretamentenaqualidadeenocustofinaldotijoloproduzido.Ossolos
arenosos so os mais adequados, tendo uma quantidade em torno de 70% de areia e 30% de
argila. A NBR 10832 que especifica a fabricao do tijolo macio de solocimento aponta ainda
queosolodeveatenderlimitedeliquidezinferiorouiguala45%endicedeplasticidadeabaixo
de18%.
A possibilidade de utilizao de solo do prprio local constituise numa das grandes
vantagensdosolocimento,sendoque,namisturasolocimento,osolooelementoqueentra
emmaiorproporo(ROLIMetal.1999,p.94).Osoloqueestsendoempregadonapesquisafoi
coletadonasimediaesdoInstitutoFederaldeAlagoasCmpusPalmeiradosndios,sendoesse
solo proveniente de movimentaes de terras para a construo de novas instalaes da
Instituio.
Cimento
Cimento Portland o produto obtido pela pulverizao do clinquer constitudo
essencialmente de silicatos hidrulicos de clcio, com certa proporo de sulfato de clcio
natural, contendo, eventualmente, adies de certas substncias que modificam suas
propriedadesoufacilitamseuemprego.(BAUER,2005,p.35)
Para a confeco dos corposdeprova, foi usado o cimento Portland CP IIZ 32 RS,
pozolnico,devendacomumefcilaquisiodevidoasuapopularidade.
Calhidratada
OprocessodeobtenodaCalteminciocomaextraoderochascarbonatadas.
A utilizao de Cal hidratada em argamassas uma prtica milenar, com comprovao
reconhecidadepropriedadesedurabilidade,seuempregonostijolosdesolocimentosemostra
vivel ao passo que pode aumentar ainda mais a plasticidade e vida til do tijolo. Por ser um
produto alcalino, a cal hidratada impede a oxidao das ferragens e, tambm por essa
caracterstica, atua como bactericida e fungicida. Alm disso, evita que se formem manchas e
apodrecimentoprecocedaalvenaria.
NodecorrerdotrabalhoutilizamosaCalhidratadaCHI,vendidaemsacosde20kg.
Dosagens
Segundo a ABCP (1980), a dosagem do solocimento consiste em uma sequncia de
ensaiosseguidadeumainterpretaopormeiodecritriosestabelecidosnaexperincia,coma
finalidade de buscar uma mistura tima e definir o teor de cimento e cal empregados para tal
formulao.
Atabelaaseguirretrataas05(cinco)composiesemandamento:
Tabela1Dosagensemcadacomposioamostral
Amostra
TeordeCimento(%)
TeordeCal(%)
Teordesolo(%)
01
02
03
04
05
14,0
12,0
8,0
4,0
0
0
2,0
6,0
10,0
14,0
86,0
86,0
86,0
86,0
86,0
Metodologiaaplicada
O esquema a seguir detalha o trabalho de natureza experimental atravs da realizao de
diversosensaiossobreamostrasdetijolospreparadasemlaboratrio.DestacamosqueassiglasRM,
PMIeAAremetemaosensaiosdeResistnciamecnica,PerdadeMassaporImersoeAbsorode
guarespectivamente.
Figura1Esquemadoprocedimentoexperimental
Modelagemdoscorposdeprova
Os constituintes secos para fabricao dos tijolos solocimento e a cal hidratada foram
pesadoseposteriormentemisturadosmanualmente,afimdeseobterumamassadetonalidade
uniforme,emseguidafoiadicionadaguapotvelrealizandoumanovahomogeneizao.Usando
um procedimento simples de observao da consistncia e plasticidade do trao, fezse a
averiguaodaumidadedamistura.
Afigura2mostraotijolomaciodesolocimentoduranteoprocessodecura:
Figura2Tijolosmaciosdesolocimento
Afigura3mostraaprensamanualutilizadaparacompactarostijolosmacios.
Figura3Prensamanual
Deacordocomanormaespecficainiciouseumciclodemolhagemdoscorposdeprova
aps as seis primeiras horas. Com o auxlio de um borrifador os corpos de prova foram sendo
umedecidosatcompletarseutempodecura,estabelecidoem14dias.
Absorodegua
TomandocomobaseaNBR8492(ABNT,1984)ostijolosforamsecosemestufaatser
eliminada toda a umidade presente nos corposdeprova, e aps 24 horas, foi feita a pesagem
paraobtenodopesoseco.Logoapsforamimersosemumtanquecomguaparaaquisio
dopesomido.Paraarealizaodosclculosdeabsorodegua,segueaseguinteequao(3):
equao(1)
Onde:
M1=massadotijolosecoemestufa;
M2=massadotijolosaturado;
AA=absorodegua,emporcentagem.
PerdadeMassaporImerso
ParatalensaioseguiuseoME61(MtodosdeEnsaioDeterminaodaPerdadeMassa
porImersodeSolosCompactadoscomEquipamentoMiniatura).Paraadeterminaodaperda
demassaporimersoutilizaseaequao(4):
equao(2)
Onde:
M0=massadosolodesprendidodotijolo;
M1=massadotijoloseco;
PM=perdademassaporimerso,emporcentagem.
RESULTADOSEDISCUSSES
Anlisegranulomtrica
Realizaramse ensaios de anlise granulomtrica do solo seguindo a NBR 7181, os
resultadossomostradosnaFigura4:
80
60
40
20
0,010
0,100
1,000
PorcentagemPassante
100
0
100,000
10,000
DimetrodosGros(mm)
Figura4Grficodeanlisegranulomtrica
Comomostraafigura,osoloapresentasebemgraduadoecomcaractersticassuficientes
paraafabricaodotijolosolocimento.
ndicedePlasticidade
OlimitedeliquidezseguiuaNBR6459,bemcomosuasespecificidades.
NmerodeGolpes
25
15
25
27
29
31
33
35
TeordeUmidade%
Figura5limitedeliquidezepontopadrocom25golpes
As05amostrastestadasconferiramaosoloumamdiade22%delimitedeplasticidade.
Sabendoqueondicedeplasticidadesedpeladiferenadolimitedeliquidezpelolimite
deplasticidadechegamosaumpercentualde8%,atendendosatisfatoriamenteanormaque
exigeumndiceabaixode18%.
Absorodegua.
Comosepodevernafigura6,otestedeabsorodegua,tantoaos07quantoaos14
diasdeidade,exemplificaumaexpressivareduonaabsorodeguadotijolo,aumentando
suaimpermeabilidade.AsformulaesI,II,IIIeIVatenderamnormavistoqueseusresultados
estoabaixodos20%especificados,jacomposioV,com14%deCalemsubstituiototaldo
cimento, se mostrou totalmente inutilizvel, visto que seus corpos de prova conferiram perca
total em contato com a gua
ABSORODEGUA TIJOLOMACIO
PORCENTAGEM (%)
20
15
10
7dias
14dias
0
0%Cal
2%Cal
COMPOSIO
Figura6:Resultadosdeabsorodegua(%)
Perdademassaporimerso
No ensaio de perda de massa por imerso, exposto atravs do grfico na Figura 4, foi
observado que as porcentagens de massa seca desprendida dos corposdeprova, com ndices
consideravelmente favorveis, no ultrapassaram os 5% limitados pelo ME61 em todas as
formulaes,excetonaformulaocom14%deCal,queapresentoupercatotalnoteste.
PERDADEMASSA TIJOLOMACIO
PORCENTAGEM(%)
0,175
0,15
0,125
0,1
0,075
7dias
0,05
14dias
0,025
0
0%Cal 2%Cal 6%Cal 10%Cal 14%Cal
COMPOSIO
Figura7:Resultadosdeperdademassaporimerso(%)
ResistnciaMecnica
Evidenciouse nos resultados que, ao diminuir a porcentagem de cimento e aumentar a
quantidade de Cal nas formulaes, at a formulao IV, os corpos de prova continuaram
obtendoumaresistnciaacimade2MPa,atendendoassimsexignciasdaNBR8492.
RESISTNCIA (MPa)
14 dias
1
0
0%Cal
2%Cal
COMPOSIO
CONCLUSO
Diantedosresultadosexperimentais,verificasequeostijolosecolgicosdesolocimento
comesemaincorporaodacalhidratadaestosemostrandoumaalternativavivel.Verificou
setambmqueafabricaodeumtijolocomumacomposiobinriadeapenasCal(14%)no
deu resultados favorveis tanto de absoro e perda, quanto de resistncia. Dentre as demais
formulaes destacamos aquelas com 2% e 6% de Cal, que mostraram uma boa resistncia e
aindaconferemaotijoloumadiminuioconsidervelnaabsorodegua.Tendoemvistaque
opreodaCalemmdiaestemR$0,45porkilograma(Kg)eopreodocimentooscilaemR$
0,44porKg,notemosdiferenadecustovariandonasformulaes,pormotijolosolocimento
dentretantosbenefcioseemregimedemutirosedemonstranotoriamentemaisbaratoqueo
convencional.
REFERNCIAS
FIQUEROLA,V.Alvenariasolocimento,RevistaTchne,nmero85,2004.
GRANDE, F. M. Fabricao de tijolos modulares de solocimento por prensagem manual com
adio de slica ativa. So Carlos: EESCUSP, 2003. 165p. Dissertao Mestrado Escola de
EngenhariadeSoCarlos,UniversidadedeSoPaulo.
MTODOS DE ENSAIO DETERMINAO DA PERDA DE MASSA POR IMERSO DE SOLOS COMPACTADOS
COMEQUIPAMENTOMINIATURA.Recife,2003.Vol12/ME61.
ESTUDOCOMPARATIVODOSBLOCOSCERMICOSUTILIZADOSEMMONTEIRO/PB
1,2,3,4
D.T.R.ARAJO(IC);R.M.S.COSTA(IC)2;W.O.BRITO(PQ)3;W.L.B.RIBEIRO(PQ)4
InstitutoFederaldeEducaoCinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)CampusMonteiroDepartamento
deTecnologiaemConstruodeEdifciosemail:campus_monteiro@ifpb.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Estetrabalhorealizadoentreosmesesdeabrilemaiol
de 2014 tem como objetivo uma investigao da
qualidade dos blocos cermicos de vedao utilizados
em obras na cidade de Monteiro, estado da Paraba,
independente da empresa fornecedora do material. Na
pesquisa,foramrealizadasvisitasemcincoobras,onde
se coletou treze amostras em cada obra, para uma
posterior analise geomtrica e visual de cada amostra,
no intuito de identificar algumas deformidades. Alem
desses dois pontos avaliados, foi possvel tambm
identificaraformadearmazenamentodomaterialeseu
tempo de estocagem na obra. Toda a pesquisa teve
como principal base, identificar a conformidade dos
blocos com a NBR 15270/2005. No final, os blocos
cermicos mostraramse de boa qualidade, quanto aos
requisitosinvestigados.
PALAVRASCHAVE:QualidadenaConstruo,MaterialCermico,Normatizao.
COMPARATIVESTUDYOFCERAMICBRICKSUSEDINMONTEIRO/PB
ABSTRACT
KEYWORDS:QualityinConstruction,CeramicMaterial,Standardization.
ESTUDOCOMPARATIVODOSBLOCOSCERMICOSUTILIZADOSEMMONTEIRO/PB
INTRODUO
AconstruocivilnoBrasilestpassandoporumsignificativocrescimentotrazendocomo
conseqnciaoaumentodousodosmateriaisdeconstruoparaaconfecodoseuproduto
final. Diante disso, nos ltimos anos o setor cermico tem sido muito importante para a
construocivil(HERCULANO,2010).
Dentre os muitos produtos dessa indstria, o bloco cermico, derivado da cermica
vermelha,destacaseemmeioaoseubomdesempenhotrmico,boaresistnciamecnicaeo
custobaixo,tantona produoquantonaaquisionaobra.Esteelementoproduzido soba
forma de paraleleppedo, possue colorao avermelhada e apresenta canais/furos ao longo de
seucomprimento.
As etapas de produo envolve a extrao do barro, preparo da matria prima,
moldagem, secagem, cozimento e esfriamento (BAEUR, 1994). O cozimento a parte mais
importantenafabricao,poisduranteessaetapaocorremtransformaesestruturaisdaargila,
oqueobrigaumamarchadeaquecimentoeesfriamentoprpriaparacadaproduto(PETRUCCI,
1979).
Contudo, nem sempre os blocos so confeccionados da maneira correta, e a falta de
padronizao pode gerar prejuzos devido ao seu desperdcio (BARCHET, 2013). Para evitar
constrangimentosepadronizarosblocoscermicosasempresasdevemseguiraNormaBrasileira
15270/2005quefixaosrequisitosdimensionais,fsicosemecnicosexigveisnorecebimentode
blocoscermicosdevedaoaseremutilizadosemobrasdealvenariadevedao,comousem
revestimento,umavezquesoinmerososprejuzosdecorrentesdafaltadepadronizaodos
tijolosmacios.Comisso,essetrabalhotemcomoobjetivofazerumaanlisegeomtricaevisual
daqualidadedosblocoscermicosdevedaousadosnasobrasdacidadedeMonteiro.
ANBR15270/2005
Quadro1DimenseseTolernciasDimensionaisparaBlocosCermicosdeVedao
Caracterstica
Largura (L)
Altura (H)
Comprimento (C)
19
TolernciaIndividual(mm)
19(Blocoprincipal
9(meiobloco)
5
TolernciaporMdia(13blocos)(mm)
08furos(cm)
FonteNBR15270/2005
Quadro2TolernciaFrenteaoEsquadro,PlanezaeEspessuradasParedes
Caracterstica
Requisitos
DesvioemRelaoaoEsquadro(D)
3mm
PlanezadasFaces/Flecha(F)
3mm
EspessuradasParedesExternas
7mm
FonteNBR15270/2005
Alemdessascaractersticas,cadablocodevetergravadoemumadassuasfacesexternas,
aidentificaodofabricanteeasdimensesdefabricaonaseqncia:largura(L),altura(H)e
comprimento(C),naforma(LxHxC),podendosersuprimidaainscriodaunidadedemedida
emcentmetros.
METODOLOGIADEESTUDO
Apesquisarealizadaentreabrilemaiode2014,consistiuemvisitarcincoobrasderea
superiora100m2nazonaurbanadeMonteiro,estadodaParaba.Emcadaobraforamanalisadas
trezeamostras(blocoscermicos),ondenoapenasasmedidasdecadablocoforamavaliadas
combasenaNBR15270/2005,mastambmaformadearmazenamentoeaqualificaodamo
deobraexistenteemcadaumadasobras.Valendoressaltarquenoserapresentadanenhuma
diferenciaoentreamostrasdefabricantesdiferentes,umavezqueointuitodapesquisauma
analise geral do material utilizado na cidade e no uma qualificao quanto aos melhores e
pioresfabricantes.
RESULTADOSEDISCUSSES
Noquesereferegeometriadosblocosemrelaoavaliaodimensional,comparando
osresultadoscomasespecificaespresentesnoQuadro1,temseosseguintesresultados:
O valor mdio da largura, altura e comprimento no atingiu o valor normatizado em
nenhumadasobras;
NosdemaisitensapresentadosnoQuadro3,apenasaplanezadasfaceseodesvioem
relaoaoesquadro,estodentrodasespecificaesdanorma.
Quadro3DimensesdosBlocosCermicosdeCincoObras
Caracterstica
Obra 01
Obra 02
Obra 03
Obra 04
Obra 05
Largura(cm)
Comprimento(cm)
8,83
18,85
8,91
18,80
8,81
18,90
8,94
18,96
8,84
18,84
Altura(cm)
18,90
18,90
18,91
18,93
18,80
EspessuradasParedesExternas(mm)
9,30
9,20
9,70
9,50
8,70
PlanezadasFaces(mm)
2,20
2,60
2,70
3,00
2,90
DesvioemRelaoaoEsquadro(mm)
1,80
2,0
2,70
2,50
2,70
FontePrpria
CONCLUSES
REFERNCIAS
ABNT,AssociaoBrasileiradeNormasTcnicas.NBR15.270:Blocoscermicosparaalvenaria:
Especificao.RiodeJaneiro,2005.
ABNT NBR 15270 1(2005) Componentes cermicos Blocos cermicos para alvenaria de
vedaoTerminologiaerequisitos.
ABNT NBR 15270 2(2005) Componentes cermicos Blocos cermicos para alvenaria
estruturalTerminologiaerequisitos.
ABNT NBR 15270 3(2005) Componentes cermicos Blocos cermicos para alvenaria
estruturaledevedaoMtodosdeensaio.
BARCHET,M.C.M.EstudoComparativoentreaUtilizaodeBlocosCermicosedeConcreto
naConstruoCivil.Monografia.UniversidadeFederaldeSantaMaria.SantaMaria,2013.
BAUER,L.A.F.MateriaisdeConstruo.5.ed.RiodeJaneiro:LTC,1994.V.2.
HERCULANO, M. T. Produtividade em Alvenaria de Vedao de Blocos Cermicos: Anlise
Comparativa.MonografiadeConclusodoCursodeEngenhariaCivilUFCE,Fortaleza,2010.
PETRUCCI,E.G.R.MateriaisdeConstruo.7.ed.PortoAlegre:Globo,1979.
HISTRICODOSTRANSPORTESTERRESTRESEMSOLUS
E.M.C.Barbosa(IC);I. J.B. Franco (IC);S.S.Ferreira(PQ)3
1
InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusSoLusMonteCastelo,InstitutoFederaldoMaranho
(IFMA)CampusSoLusMonteCastelo;3InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)DepartamentodeConstruo
CivilCampusMonteCasteloemail:elaine.m.c.barbosa@hotmail.com
(IC)IniciaoCientfica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
AHistriadosTransportesTerrestresemSoLusanda,
comsuaspeculiaridades,demosdadascomahistria
dos transportes no Brasil e a histria da cidade, capital
do Estado do Maranho e Patrimnio Cultural da
Humanidade.Observasequecomopassardosanos,o
desenvolvimento andou entrelaadoaos seus meios de
transportes,evoluindoosdeacordocomanecessidade,
comobondesdetraoanimal/vapor/eltrico,nibuse
automveisemgeral,causandotantobenefciosquanto
prejuzos aos usurios que utilizavam o transporte,
notandosequesemprehouveumamdistribuiodos
servios,almdesempreteremexcludoasclassesmais
desfavorecidasdacidade.Taleventoocorreatosdias
atuais na cidade de So Lus. Este trabalho levanta
conhecimento bibliogrfico, mapas e fotografias da
cidade de So Lus atravs de sua histria e de seu
desenvolvimento urbano. Conectando a dependncia
dostransportesaodesenvolvimentoeconmicoesocial
da cidade de So Lus, a histria nos permite refletir e
questionar nosso papel nas medidas polticas e sociais
paracomotransportepblicoeindividual.
PALAVRASCHAVE:TransportesTerrestres,SoLus,Usurios.
HISTORICOFGROUNDTRANSPORTATIONINSOLUS
ABSTRACT
TheHistoryofGroundTransportationinSoLus,walks,
with particularits, together with the history of
transportation in Brazil andthe citys history, capital of
Maranho State and Cultural Heritage of Humanity. It
can be observed that through the years, the citys
developmentwalkedtogetherwithcitystransportation,
evolving with it needs, like trams by animal
traction/steam/electricty , buses and automobiles in
general, causing benefits as much drawbacks to users,
noticing there always has a poor service distribution,
KEYWORDS:GroundTransportation,SoLus,Users.
besidesalwayshaingexcludedthepoorerclassesofthe
city.Sucheventoccursuntilactualdays.Thisworkraises
bibliographic knowledge, maps and photographs of the
city of So Lus through its history and urban
development.Conectingthetransportationdependency
totheeconomicandsocialdevelopmentofSoLus,the
history allow us to reflect and question our role in the
political and social measures towards the public and
individualtransport.
HISTRICODOSTRANSPORTESTERRESTRESEMSOLUS
INTRODUO
SoLus,capitaldoMaranho,umacidadecomumdosmelhoresacervosdearquitetura
colonial portuguesa, e por isso recebeu o ttulo da UNESCO de Patrimnio Cultural da
Humanidadeem1997.Talttulofoidadocidadedevidoasuahistria,desdeasuafundaoat
os dias atuais. A capital foi fundada por franceses em 1612, conquistada por portugueses trs
anosdepois,invadidaporholandesesem1641enovamenteporportuguesesem1845,tevesua
histria repleta de dominaes externas que formaram a estrutura fsica que vemos hoje. O
engenheiromorFranciscoFriasdeMesquitafoioresponsvel portornaresteterritriomais
defensivo aos ataques de outros pases. Dentre seus principais trabalhos est o plano de
urbanizaoquepropiciouodesenvolvimentoeosentidodecrescimentodacidade(nortesul).
Oncleomaisantigodaexpansourbanahojeocentrohistrico.Este,quefoioprimeiro
pontodedesenvolvimentodetransportesterrestresnacidadecomousodecarroas,bondesde
trao animal e outros, hoje tm seu trfego de veculos proibido, onde suas ruas e caladas
permanecemiguaisaodotempodoImprio.
Apartirdosc.XX,acidadeestagnou,passandoporumlongoperodosemgrandesobrase
incentivos ao crescimento e consequente no estruturao dos transportes terrestres. Tal
situao levou a cidade ao atual cenrio de um catico trnsito, com bairros e avenidas
congestionadas. Outrora, essa j foi uma cidade calma que gozava de um plano para seu
crescimentourbanoondeaspessoasdividiamasruascombondesetrens.
Atravs da histria iremos conhecer os vrios transportes usados pelos ludovicenses e
comoodesenvolvimentoeconmicoeaspolticaspblicasmudaramsubstancialmenteaforma
dosludovicensesselocomoverem.
MATERIASEMTODOS
EsteartigofoibaseadonumhistricodaCidadedeSoLusentrelaadaaoseutransporte
terrestre.Otextotratasedeumarevisohistricaemformaderesumodosprincipaismeiosde
transportedacidade.Paratalpesquisa,foinecessriaavisitaaoarquivopblicodacidade,alm
deumapesquisabibliogrficadelivros,revistas,textosestiosquetratavamdotema.
Houveareuniodedadosedatas,almdeumacervodefotografiasdapocaqueajudam
aentendermelhorocontextohistricoeodesenvolverdoartigo.
RESULTADOSEDISCUSSO
AssimqueacidadeSoLusfoiconquistadaporportuguesesnaBatalhadeGuaxendubaem
1615,odomnioportugussobrearegioprecisavaserestabelecido.Oprimeirogovernadordo
Maranho, Jernimo de Albuquerque, determinou a organizao administrativa de So Lus ao
engenheiromor Francisco Frias de Mesquita, que executou para o desenvolvimento da futura
cidade um plano de arruamento que deveria orientar o seu crescimento. Frias de Mesquita
adotou para o traado de So Lus as Ordenanzas de Descumbrimiento, Nueva Poblacin y
Pacificacin de las Indias, este mapa pode ser visto na Figura 1. O desenvolvimento da cidade
manteveestemodelourbanonossculosXVIIIeXIX,medidaqueseexpandiuemdireoao
interiordailha.
Figura1MapadotraadodeSoLusem1642.Fonte:PatrimnioMundialnoBrasil.
UNESCO&CEF,2002apudGasparini,2003
NesseprimeiromomentohistricodacidadedeSoLus,osprincipaistransportessoos
de trao animal, basicamente, os colonos no precisavam percorrer grandes distncias, e
quandonecessriousavamanimais.
BondesdeSoLus
Osprimeirosbondesdacidadeforampuxadosporcavalos,verfigura2,quandoogoverno
aprovouaconstruodeumaferroviaderuaem1870,queoperavacombondesAnimlicos,
dentrodacidade.
Figura2Bondemovidoatraoanimal.Fonte:http://www.tramz.com
Figura3BondedaCompanhiaFerroCarrildoMaranho.Fonte:http://www.tramz.com
A partir de1893, o transporte de passageiros por trao animal foi criticado pelo povo e
pela imprensa por seus servios insuficientes. Com a ajuda do governo, a companhia iniciou o
transporte de bondes com trao a vapor operando na linha ESTAO CENTRAL / ANIL, com
parada no bairro da Jordoa, ver figura 4. No mesmo ano, a Companhia Fabril Maranhense
manteve em So Lus, veculos puxados por trao animal, semelhantes a bondes, que
transportavam os operrios da cidade, carros de correio, carros de bagagem, gndolas e
carruagemdepassageiros.Acreditasequeoservioavaporfoiextintoentreosanosde1907a
1911.
Figura4Doisoperadoresdedoisbondesavapor.Fonte:http://www.tramz.com
Vriosforamosproprietriosdacompanhia.Porvoltade1896hregistrosdequeelafoi
inicialmente privada, passando por vrios donos, e posteriormente pblica, pertencente ao
GovernodoEstadodoMaranho,entreosanosde1923a1924quandofoiextinta,devidotanto
aomauservioprestadopelacompanhia,quantocomoadventodobondeeltrico.Apesarde
So Lus ter sido uma das primeiras cidades a usar o bonde a trao animal, ela foi uma das
ltimasainiciarousodobondeeltrico,vistonafigura5naPraaJooLisboa.
Figura5BondeeltriconaPraaJooLisboa.Fonte:http://www.tramz.com
O primeiro projeto dos bondes surgiu em 1911, com o engenheiro Antnio Lavendevra,
masfoisomenteem1922queforamconstrudasasprimeiraslinhasmovidaseletricidade,pela
empresa americana Ulen e Companhia. A inaugurao do bonde eltrico ocorreu em 30 de
novembrode1942,comquatrocarrosdeoitobancoscadaecapacidadepara40passageiros.
Inicialmente, a BRIGHTMAN & COMPANY INCORPORATION (empresa com sede em New
York,EUA)foicontratadapelogovernodoMaranhoparaefetuarserviospblicoseltricose
sanitrios, de trao (bonde) e fora, por vinte anos. Porm, as incapacidades da empresa em
prestarbonsserviospopulao,almdastarifaselevadas,ocasionaramarescisodocontrato
em1926,passandoaassumirocontratoaULEN&COMPANY.
AEstatalSAELTPAassumiuelogoemseguidaperdeuocontroledaslinhasparaoDTUSL
DepartamentodeTransportesUrbanosdeSoLus,queoperouoserviodebondeseltricosda
capitalmaranhense,entre1959a1966,atqueocrescimentopopulacionaldacidadetornouo
servio invivel no ano de 1966, quando o servio do ltimo bonde eltrico foi extinto, abaixo
vemos a figura 6 do bonde da DTUSL. A rota do sistema de bondes permaneceu praticamente
inalterada at sua extino, sendo que as primeiras ruas que cessaram o trfego de bondes
foramaAv.GetulioVargas,RuaRioBrancoeaRuaGrande.
Figura6BondedaDTUSLentreaRuaGrandeeaRuadoPasseio.Fonte:http://www.tramz.com
Natabela1encontramseasprincipaislinhasfrreasurbanasdeSoLus.
Tabela1PrincipaislinhasfrreasurbanasdeSoLus
18791886
Indeterminado
18861924
20bondes
19261946
4bondeseltricos
19591966
Indeterminado
LargodePalcio/
Cutim
LargodePalcio/
EstaoCentral
LargodePalcio/
JooPaulo.
LargodePalcio/
LargoRemdios
LargodePalcio/So
Pantaleo
EstaoCentral/Anil
(ViaJordoa).
LargodePalcio/
EstaoCentral.
LargodePalcio/
LargoRemdios.
LargodePalcio/So
Pantaleo
Anil/JooLisboa.
EstradadeFerro
(LinhaCircular).
GonalvesDias/
AvenidaPedroII
SoPantaleo/Joo
Lisboa
Anil/JooLisboa.
EstradadeFerro
(LinhaCircular).
GonalvesDias/
AvenidaPedroII
SoPantaleo/Joo
Lisboa
nibusdeSoLus
O que se sabe da histria dos nibus na cidade de que antes do fim da utilizao dos
bondeseltricosemSoLus,estesjdisputavamespaonasestreitasruasdocentro,comoum
novomeiodetransportecoletivodepassageiros.Assim,ousodosbondestornouseantiquado
paraatenderaosinteressesdaindstriaautomobilstica,empresriosdoramodetransporteeda
populao que sofria com as altas taxas cobradas e condies precrias dos servios. Alm de
que, o nibus deslocavase com maior flexibilidade, circulando por novas rotas e servindo a
moradores antes no atendidos, j que no estava preso h um itinerrio e h trilhos, tal o
bonde.
Carlos Pindobuu dos Santos, em 1933, tinha um nico nibus e foi o primeiro a uslo
como transporte coletivo de passageiros em So Lus. J o Sr. Vicente Serejo Dias
Alemozinho, criou linhas urbanas e rodovirias (So LusPedreiras), usando um nibus,
apelidadodeGigante,entre1945a1962,vistonafigura7.Apartirdeento,vriasempresas
denibusprestaramserviosacidade.Abaixoestodescritasalgumas:
a) EmpresaSantoAntonioltdaLinhasrodovirias,noanode1956comapenas3nibus;
b) TransbrasilianaTransporteseTurismoLtda.Interestadual,anode1958,com8nibus;
c) EmpresaEstrelaDalvaLtda.Interestadual,anode1955;
d) ExpressodeLuxoouExpressoGuanabaraS.A.(1992)interestadual,entre1950a1992,
frotade22nibus(1955);
e) EmpresaTranstilIntermunicipal,entreosanosde1975a1992;
f) EmpresaGonalvesintermunicipal,entreosanosde1959a2002;Comeouaatuarcom
01nibusem1959,conhecidocomoRoquetinha,quefaziaopercursosaindodoJooPaulo,
seguindo pelo Monte Castelo, Ginsio Costa Rodrigues, Av. Magalhes de Almeida, Cajazeiras,
CaminhodaBoiada,SenadorJooPedro,CantodaFabril,MonteCastelodevoltaaoJooPaulo.
Fundadaoficialmenteem31.12.1968possua03nibus
g) Empresa So Benedito Ltda. intermunicipal, entre 1953 a 2002. A empresa comeou
como firma individual. A partir de 1969, com a estruturao da Secretaria de Transportes da
cidadedeSoLus,aSoBeneditoconfigurousecomosociedadeporquotasderesponsabilidade
limitada,ampliouseuraiodeaoepassouaoperaremdiversosbairrosdacapital.
Figura7OGigante(esquerda)eumnibusdapoca(direita).Fonte:
http://www.tramz.com
AutomveisemSoLus
O advento dos veculos automotores ocorreu gradativamente, tanto na modalidade
coletiva (nibus urbanos) quanto particular, com os carros de passeio, trafegando no mesmo
espao dos bondes, ver figura 07 que apresenta tal situao. A partir da, foi se afirmando o
transporte de veculos automotores, que significava uma nova era, um progresso material
alcanadoenocasodosveculosparticulares,umstatussocial.
Figura8Trfegodecarrosebondes.Fonte:http://www.tramz.com
A princpio (e ainda hoje) os carros de passeio eram um luxo que possibilitavam ao seu
dononomaislocomoverseemtransportescoletivos,possibilitandoomaiormobilidade.
To positiva foi a aceitao dos veculos, que logo eles se tornaram a preferncia dos
moradoresedogoverno,exigindoepromovendomudanasqueatuavamdiretamentenaslinhas
urbanas, ampliando o espao percorrido e consequentemente, expandindo a localizao
urbanstica para a atual. O centro foi um dos mais afetados, pois suas ruas estreitas
impossibilitavamafluidezdoscarros,istomotivouademoliodealgunscasaresdapoca.
Em1970,ocorreuumcrescimentopopulacionalemSoLusgeradopelamigraoentreos
anos80e90,ocasionandoaexpansodosistemavirionoacompanhadodeumplanejamento
urbano capaz de fazer uma integrao entre a crescente frota de automveis e usurios do
sistema de transporte, observado at hoje pela falta de planejamento urbano e uma boa
engenharia.Oqueantesdeveriaserumtransportedefcillocomooparaseususurios,como
tempo tornouse lento e estressante, afetando normalmente das classes sociais menos
favorecidas.Oconstanteacrscimodafrotadeautomveiseafaltadepolticasdeplanejamento
urbanoedetransporteeficientescausamumadisputaentreveculosepessoas,queatofimdo
sculopassadoestavaestimadaem870milpessoas.Paratransitarpelasruas,osproprietriosde
carros, carruagens, carroas ou carretes, tiveram que obedecer aos planos de planejamento
urbano de trnsito e transporte criados. O primeiro plano criado foi o Cdigo de Posturas em
1842, para uma populao de em mdia 33 mil habitantes. As regras de trnsito dessa poca
priorizavam o deslocamento livre nas caladas e veculos de trao animal. Dentre as normas
gerais, uma dizia que os cocheiros de aluguel necessitavam estar devidamente registrados no
rgopolicial,almdeestabelecerempadresdeconstruodosveculoscirculantes.
Outroscdigosforamcriados,atqueem1936,oCdigodePosturaspassouadiferenciar
tambm os tipos de veculos: passageiros e carga; trao automtica (automveis, caminhes,
nibus, motocicletas e bondes) e trao animada (bicicletas, carroas, carroes, carrocinhas e
charretes);oficiais(pertencentessrepartiespblicas),particulares(usoexclusivododono)e
aluguel(destinadosaoserviodetransportepblico).Estaclassificaoauxiliavanafiscalizao,
poisosveculosmatriculadoscomoparticularesnopoderiamprestarseatransportepblicoe
nemodepassageirosandarememtransportedecarga.
Desdeosurgimentodoscarros,opoderpblicopriorizaotransporteparticulareindividual
(da minoria), esquecendose do transporte pblico coletivo (que conta com a maioria dos
usurios),almdosbondes,bicicletaseandarap.Istoobservadonosgrandesinvestimentos
deobrasviriasqueatendempreferencialmenteoautomvel,ocupandomaiorpartedoespao
pblicodecirculao.
CONCLUSO
A histria nos faz entender como e quando ocorreram certos eventos que hoje esto
presenteseinfluenciamonossodiaadia.ParacompreendermosaatualsituaourbanadeSo
Lus, que de uma cidade crescendo desordenadamente, com um trnsito catico e uma
inseroexacerbadadeveculosparticulares,ondeaspolticaspblicasatendemespecialmentea
essesveculos,nosremetemosaopassadoeverificamosaorigemdostransportesterrestresda
cidadeecomochegamosaoestgioatual.
Aprincpio,oprincipalmeiodelocomooeramosdetraoanimal,poisnoprecisavam
percorrergrandesdistncias.JnapocaentreoImprioearepblica,osbondesanimlicos,
avapor,surgiramparafazerotransportedepassageirosedecargas.Atento,otraadodas
linhas do bonde percorriam o atual Centro Histrico, a av. Getlio Vargas, Filipinho e Anil,
apresentandonosoqueseriae,otraadodecrescimentodacidade.
ApesardeatrasadoemrelaoaosoutrosestadosdoBrasil,talcomooRiodeJaneiro,So
Lus revolucionou com a presena dos bondes eltricos, que indicavam o progresso no
transporte. Entretanto as ms administraes, que em sua maioria eram de empresas
internacionais, fizeram que o servio fosse decaindo e desatualizandose, por conta das tarifas
elevadas,serviosmalprestadoseprincipalmente,ocrescimentodapopulaoqueimigroudo
interiorparaacapital.Ousodonibuscoletivofoientocomeandoaatuarepredominarno
transporte, alm dos carros que comearam a aparecer em 1950. Os veculos particulares na
pocaeramparapoucoserepresentavamobjetosdeluxo,oquelogodestacouasclassessociais
mais elevadas. Desde ento, a cidade comeou a voltarse para os carros, fazendo vias largas,
demolindo casares e desmatando a floresta nativa para a abertura de avenidas e vias. Um
programadeplanejamentoprecisousercriadoafimdeorganizarosveculosdacidade.
Portanto, percebese que os transportes terrestres hoje utilizados, so frutos de uma
poltica de crescimento econmico e social, imposto pelo avano da cidade. Este estado atual
tambmrefletiremnossofuturoeemquaisseroosprximosmeiosdetransportedeSoLus.
REFERNCIAS
ALCANTARAJR,JosO.;SELBACH,JefersonFrancisco(orgs).MobilidadeUrbanaemSoLuis.So
Luis/MA:EDUFMA,2009.
LOPES,JosAntonioViana.(Org).SoLusIlhadoMaranhoeAlcntara:guiadearquiteturae
paisagem. Ed. Bilnge. Sevilha: Consejara de Obras Pblicas y Transportes, Direccin de
ArquitecturayVivienda,2008.
LusFernandoBaima.(memria).RevistaMaranhoIndustrial.Impressoespecial.FIEMA.Ano5,
n16,maro/abril,2008.
MORRISON, Alen. Transporte eltrico na Amrica Latina; passado e presente. Disponvel em:
http://www.tramz.com.Acessadoem:01/05/2014.
CORPOSDEPROVAEMESCALAREDUZIDADEASFALTOCOMPOSTODEMADEIRATIPO
TATAJUBA
J.G.M.Coelho(PQ);J.G.M.deSousa (PQ);C.G.B.T.Dias(PQ);J.A. S.Souza(PQ)
UniversidadeFederaldoPar(UFPA)RuaAugustoCorra,01email:johnny@ufpa.br
(PQ)Pesquisador
RESUMO
PALAVRASCHAVE:Cimentoasflticodepetroleo,Tatajuba,CBUQ.
SMALLSCALESPECIMENSOFWOODTYPETATAJUBACOMPOSITEASPHALT
ABSTRACT
KEYWORDS:Asphaltbinder,Tatajuba,HMA.
INTRODUO
Para ensino em engenharia, a melhor forma de trabalhar com corposdeprova de asfalto
facilitandoeacelerandoaobtenodosmesmosemlaboratrio.Assimcomohcadavezmaisa
necessidade da conscientizao ambiental e da economia de materiais de jazida, por
consequncia,diminuindooscustos.
Materiais ecologicamente corretos ou ditos materiais ecolgicos, que so destinados para a
indstria da construo civil e para a indstria moveleira vem sendo amplamente pesquisados
por vrias vertentes. possvel encontrar uma verso reciclada de praticamente qualquer
material de construo. Arquitetos e engenheiros esto cada vez mais insistindo em materiais
queoferecemmaiorvidatilemenorescustosdereparaoemanuteno.Almdisso,huma
presso para utilizar materiais que podem ser reciclados e, produzidos numa base sustentvel
(EVANS,etal.2005).
A viabilidade econmica da reciclagem depende muito da aplicao. Em geral, os materiais
virgens tm uma vantagem sobre o controle de qualidade de materiais reciclados. Mas a
viabilidade econmica da reciclagem aumenta com o tempo, matriasprimas virgens se
tornaram cada vez mais escassas e os custos de eliminao de restos de construo e outros
resduoscontinuamaaumentar.Nosltimosanos,houveumaproliferaodaGreenBuildinge
princpiosdedesenvolvimentodesustentabilidade,quemodificamoquadroeconmicoemfavor
da preservao do meio ambiente. Basicamente, s autoridades governamentais tero que
nivelar a produo e os produtos lanados no mercado, mantendo os produtores responsveis
pelos custos associados com a disposio de seus produtos, e se estes esto associados a
reutilizao, reciclagem ou aterro. Em muitos pases europeus, j lei os fabricantes projetar
seusprodutoscomoscustosdoreaproveitamentoemmente.Emoutraspalavras,todoaquele
quepolui,pagapelalimpezadolocal(MEYER,2005).
Quandofalamosdeaproveitamentoderesduos,atendnciareaproveitarmateriaisquelevam
anosparadeteriorar.Assim,aaplicaodessetipodemateriaisutilizadosemmisturaasfltica,
por exemplo, com outros materiais tipo seixo, areia, materiais ptreos, cimentos, so comuns
(ALHADIDY, 2009a). Entre eles temos alguns termoplsticos psconsumo, elastmeros e
entulhosdeobras,utilizadosnasubstituiooucomposiodosmateriaisdepavimentao(AL
HADIDY,2009b).
Para as indstrias madeireiras conveniente e necessrio o aproveitamento dos resduos de
madeira,poisestescontribuemparamenorescustosdemovimentao,reduonoscustosde
produo,maioreficincianautilizaodamatriaprimaereduodereasdeestocagem.Em
mdia a produo de uma madeireira chega a ser 15.000 m de madeira ao ano, e 30% dessa
madeiraestocadaemarmazns(GOMESeSAMPAIO,2004).
Apossibilidadedeutilizaoderesduosslidosprovenientedamadeira,naformadeserragem,
que so comumente descartados em lixes, aterros sanitrios, rios, ptios de indstrias entre
outros,ocasionandodanoqualidadeambiental,foioquemotivouestetrabalho.Assimcomo
grande demanda de veculos nas grandes cidades, a necessidade das camadas asflticas
suportarem maiores tenses cada vez mais necessria. A adio de fibras naturais para
modificarasfaltosedarsuporteaopavimentoasflticovemsetornandocadavezmaiscomum.
O objetivo desse trabalho desenvolvimento de corposdeprova de asfalto com resduo de
madeiranaqualseaplicaumnovomtododeconfecodecorposdeprovautilizandomateriais
ecolgicos em asfaltos atravs de trabalhos feitos no laboratrio de ecocompositos da
engenhariamecnica(UFPA).
MATERIAISEMTODOS
O ligante asfltico utilizado foi o CAP 50/70 (A) produzido pela PETROBRAS em sua refinaria
localizadaemFortaleza,Cear(LUBNOR)foisubmetidoaosensaiosdeviscosidadeSayboltFurol,
densidade,pontodeamolecimento,penetraoepontodefulgor(verTabela1).
Tabela1CaractersticasfsicasdoCAP50/70.
Mtodos
Mtodos
Penetrao(0,1mm)
DNERME003/93
ViscosidadeSaybolta160C(seg.) DNERME004/94
MassaEspecfica(g/cm)
DNERME193/96
Pontodeamolecimento(C)
ABNTNBR6560/85
Pontodefulgor(C)
DNERME148/94
Resultados
58
92
1,03
52
<340
FonteCoelho,2009.
Os agregados, seixo e areia branca de cava, foram extrados de uma jazida localizada no
municpio de Ourm no Estado do Par, Brasil. O seixo (S) que passa na peneira de malha
quadradan04eaareiabranca(Ab)decavaquepassanapeneiran40.
A madeira, do tipo tatajuba (B. guianensis) (T), foram cominudas atravs do moinho com
almofariz/pistilo motorizado, modelo MA590, em uma frequncia de 6 Hz e tempo de 71
minutos. As madeiras apresentaram granulometria passante na peneira de malha quadrada n
100.
Misturas betuminosas foram feitas em moldes metlico confeccionado a partir de clculo da
reduo do dimetro do molde de corposdeprova convencional Marshall, convencionouse
chamardeminiMarshallparaesteartigo,devidoasemelhanadosmesmoscomoscorposde
prova confeccionados segundo a norma DNERME 043/95, misturas betuminosas a quente,
ensaioMarshall.EmFigura1,osmoldesmetlicosdecorposdeprova.
Figura1MiniMarshal,Compactador(A)eMoldes(B)
Foram obtidas as seguintes dosagens (D) equivalentes a 20g de amostra total dividido em
percentagens de material, como mostra a Tabela 2. A mistura betuminosa foi feita seguindo a
normaDNERME043/95,atemperaturade180C.PrmisturasforaminseridasaoCAP50/70via
mida.
Tabela2DosagemminiMarshallcom3%,4,5%e6%deprmisturascomtatajuba.
D(%)
S
Ab
A
T
3C
48,00
42,00
7,00
3,00
4,5C
47,75
40,75
7
4,50
6C
47,00
40,00
7,00
6,00
3C
7,5
47,50
41,50
7,50
3,00
4,5C
7,5
47,50
40,50
7,50
4,50
6C
7,5
46,75
39,75
7,50
6,00
3C
48,00
41,00
8,00
3,00
4,5C
47,25
40,25
8,00
4,50
6C
46,50
39,50
8,00
6,00
FonteLaboratriodeEcocompositosEngenhariaMecnicadaUFPA.
Figura2MiniMarshall,moldeacompressoradial
Avelocidadedeensaiofoide50mm/min.,parafinalizaodoensaiofoicomputadoumlimitede
forade1.226Nelimitededeslocamentode18mm.
RESULTADOSEDISCUSSO
Os agregados constituintes da mistura asfltica ficaram bem envolvidos pelo ligante, devido a
diminuiodagranulometria,umamaiorpercentagemdefinosfoiabsorvidaaprincpiopeloCAP
50/70. A amostra teve que ser submetida ao calor de 177C para mistura e confeco das
amostrasminiMarshall.
Os resultados dos parmetros de estabilidade mini Marshall, resistncia mxima compresso
radial,referenteaoscorposdeprovadetatajuba(Figura3);eflunciadoscorposdeprova,que
corresponde deformao total apresentada pelo corpodeprova desde a aplicao da carga
inicialnulaataaplicaodacargamxima,detatajuba(Figura4).
Figura3EstabilidadeMiniMarshalldemadeiratatajuba
Nos grficos da Figura 3, quanto menor a porcentagem de CAP 50/70 nas porcentagens de
madeiratatajubanamistura,maiormaiorresistncia.
Figura4FlunciaMiniMarshalldemadeiratatajuba
EmcorposdeprovaminiMarshall,aflunciacorrespondedeformaototaldocorpodeprova
atosvaloresderesistnciamximaacompresso,pormosvaloresdefluncianopossuem
algumarelaoaosvaloresderesistnciamxima,podeseobservarnaFigura4,dependemuito
maisdamisturaligante/agregadosedocontroledacompactao.
CONSIDERAESFINAIS
O composto de madeiras inseridas no ligante asfltico CAP 50/70 auxilia no acrscimo de
resistnciaacompressoentreoscorposdeprovaanalisados.
O mtodo de confeco de corposdeprova em escala reduzida prtico, facilita e acelera a
obtenodosmesmosemlaboratrio;emcomparaoaomtodoMarshallconvencional(DNER
ME 043/95); desta forma, obtmse resultados de resistncia compresso de forma mais
rpida.
Autilizaodoresduodemadeiratatajubaimportanteparamitigarimpactosocasionadosao
ambienteeumaalternativadeaplicaodemateriaispsconsumoemasfaltos.
AGRADECIMENTOS
OsautoresagradecemoapoiodosquetrabalhamnolaboratriodesoloseasfaltoSecretariade
EstadodeTransportesSetranPA.
REFERNCIAS
ALHADIDY, A.I.; QIU, T.Y. Mechanistic analysis of ST and SBSmodified flexible pavements.
ConstructionandBuildingMaterials,v.23,n.8,p.29412950,2009a.
ALHADIDY,A.I.;QIU,T.Y.Effectofpolyethyleneonlifeofflexiblepavements.Constructionand
BuildingMaterials,v.23,n.3,p.14561464,2009b.
COELHO, J.G.M. Estudo da Mistura Betuminosa para a Pavimentao do Aeroporto de
ConceiodoAraguaianoEstadodoPar.Anais:IVCongressodePesquisaeInovaodarede
NorteeNordestedeEducaotecnolgica,Belm,IFPA:2009.
EVANS,P.;CHOWDHURY,M.J.;MATHEWS,B.;SCHMALZL,K.;AYER,S.;KIGUCHI,M.;KATAOKA,Y.
Chapter 14 Weathering and surface protection of wood. Handbook of Environmental
DegradationofMaterials,p.277297,2005.
GOMES, J.I.; SAMPAIO, S.S. Aproveitamento de Resduos de Madeira em Trs Empresas
MadeireirasdoEstadodoPar.EmbrapaComunicadoTcnico102,2004.
MEYER,C.ConcreteasaGreenBuildingMaterial.ColumbiaUniversity.NewYork:NY,2005.
CONCRETODEALTARESISTNCIA
(IC)IniciaoCientfica
RESUMO
dias de cura, os corpos de provas (CPs) fabricados a
partirdomaterialobtidoforamsubmetidosaoteste
compresso axial. Como resultado foi constatado
umadiferenaentreosresultadosdoCPaossetedias
de cura do primeiro e segundo ensaio aqui
explanados, diferena essa de 22,89 Mpa. Outro
importante resultadoestassociadomicrosslica,a
qualpropiciouumanotvelmelhoranodesempenho
de tais concretos, o aditivo plastificante tambm
obteve um resultado positivo, melhorando a
consistnciadoconcreto.
PALAVRASCHAVE:Concreto,Altaresistncia,Microsslica,Glenium218.
HIGHRESISTENCECONCRETE
ABSTRACT
KEYWORDS:Concrete,HighResistence,Microsilica,Glenium218.
INTRODUO
Naconstruocivilhgrandenecessidadecomrelaoaoestudodosmateriaisqueso
utilizados na obra. Em todo o mundo, pesquisadores se dedicam ao estudo para desenvolver
novastcnicascomointuitodemelhoraraqualidadedosmateriaisutilizados.Omaterialmais
utilizado nas construes o concreto. Ele responsvel por grande parte das estruturas das
edificaes. de suma importncia que este concreto resista a altas cargas. por este motivo
quetrabalhoscomoestessodesenvolvidos,ondepesquisassorealizadaseexperimentosafim
dequehajaumaprimoramentonodesempenhonaspropriedadesmecnicasdoconcreto.
FUNDAMENTAOTERICA
MATERIAISEMTODOS
Materiais
Pararealizaodestetrabalhoforamutilizadososseguintesmateriais:CimentoPortland
CPIVZ32,brita1,areiamdia,plastificanteGlenium218emicrosslica.Foram estudados dois
traos de concreto objetivando a comparao da influncia do percentual de microsslica e a
utilizao de plastificante na composio do concreto, os traos estudados esto apresentados
natabelaaseguir.
Tabela1Traosdeconcretoestudado.
Traosdeconcretoestudado
1Ensaio
2Ensaio
Material
Quantidade
Material
Quantidade
Brita 1
6258 g
Brita 1
6258 g
Areia Seca
3460 g
Areia Seca
3460 g
Cimento
3329 g
Cimento
3329 g
gua
1298 g
gua
1298 g
Microsslica
180 g
Microsslica
450 g
0,39
Glenium218
70g
0,39
Fator a/c
Fator a/c
Mtodos
Ostraosaseremestudadosforamconfeccionadospormisturamecnicaembetoneira
basculante.Apsasuaconfecofoirealizadaamoldagemdeseiscorposdeprovacilndricosde
acordocomaNBR5738/2003ConcretoProcedimentoparamoldagemecuradecorposde
prova, para cada trao. Vinte e quatro horas depois, os corpos de prova foram desmoldados e
colocados em cura, tambm segundo a NBR 5738/2003 Concreto Procedimento para
moldagemecuradecorposdeprova,afimdesefazerorompimentopormeiodacompresso
aps sete e vinte e oito dias de cura, segundo a NBR 5739/1984 Concreto Ensaio de
compressodecorposdeprovacilndricosparaverificaodasuaresistnciaacompresso.
RESULTADOSEDISCUSSES
Apresentaodosresultados
Atabelaaseguirserutilizadacomorefernciaparaavaliaradiferenaentrearesistncia
obtidapeloconcretoconvencionaleoconcretocomadiodamicrosslicaedeGlenium218.
Tabela2Comparativoentreoconcretoconvencionaleocomaditivos.
Comparativoentreoconcretoconvencionaleocomaditivos
Tempode
cura
Concreto
convencional
Concretocom
microsslica(primeiro
ensaio)
Concretocom
microsslicae
Glenium218
7dias
20,25Mpa
29,8Mpa
52,69Mpa
28dias
45Mpa
53,52Mpa
65,24
Aos sete dias de cura normal, seguindo a NBR 5739/1984, romperamse os primeiros
corposdeprova(CP)decadaensaioafimdeavaliarseosmesmosalcanaramaresistnciaque
era esperada de 20,25 MPa neste perodo. Observouse que estes CPs superaram o esperado,
alcanandoemseusprimeirosdiasdecuraaresistnciade29,8Mpa,odoprimeiroensaioque
possua em sua composio a adio de microsslica, e 52,69 MPa o do segundo ensaio com
adiodemicrosslicaedoaditivosuperplastificanteGlenium218.Noprimeiroensaio,aadio
de microsslicaequivaleu a 5%emrelao massa decimento utilizada no trao. No corpo de
provadosegundoensaio,apsobservarseoresultadodaadionoprimeiroCP,aporcentagem
demicrosslicafoiaumentadapara13,5%etambmsefezusodoaditivoplastificanteGlenium
218.Estasmodificaesobtiverammelhoresresultados.Valeressaltarquetraoomesmopara
ambosCPs.
Os grficos apresentados a seguir possibilitam a percepo das diferenas de
desempenhoentreostraosanalisados.
Figura1GrficodocomparativoentreosCPscom7diasdecura
Figura2GrficodocomparativoentreosCPscom28diasdecura
Discussodosresultados
Primeiramente,percebesequeaadiespermitemmelhordesempenhoparaconcretosse
comparadascomconcretosconvencionais,aquelesqueutilizamagregados,cimentoegua.De
acordo
com
ALVES
(1994),
amicrosslicaexerce
influnciatanto
naspropriedadesdoconcretofrescoquantodoconcretoendurecido,devidoaosseus
efeitos
fsicosequmicos.
Isso posto, percebese que nos concretos convencionais existem muitos vazios. Eles so
percebidosapartirdomomentoemqueconcretoscomadiodemicrosslicaadquiremmaiores
rendimentos,umavezqueelaspossuemgranulometriacercadecemvezesmaioresqueosgros
decimento,fazendocomqueelaentrepelosespaosvaziosdoreferido.
notveladiferenaentreosresultadosdodesempenhodoconcretoconvencionaleo
concretocomresduoseaditivos.Quantoaosresduos,issosedpeladistribuiodotamanho
das partculas da microsslica, que preenche os vazios entre os agregados, aumentando assim,
alm da fluidez do concreto, a sua resistncia mecnica. Em relao ao aditivo, no caso deste
estudooplastificanteGlenium218,esteatuanadiminuiodaquantidadedeguaafimdeque
como consequncia, ocorra o aumento da resistncia, uma vez que o plastificante diminui a
tensosuperficialdaguaeaderespartculasdecimento,tornandoohidrfilo.
Entretanto,outropontoaserdiscutidovemaserosdesviosnotraoocorridosduranteo
primeiroensaiocommicrosslica,desviosessesquecertamenteinterferiramnodesempenhodo
concretojquehouveumaelevaonofatora/c.Comoestesdeslizesnoforamcometidosno
segundoensaiocomamicrosslica,mantendoassim,atofinaldoensaio,ofatora/cem0,39,
issotambmexplicaoaltorendimentodoltimocorpodeprova.
importantesalientar,noquedizrespeitoaosprocedimentosexecutivosdeproduode
concretos, que a maior parte da queda de rendimento em peas de concreto produzidas tem
seus erros encontrados na parte de execuo da mistura e preparo deste material. De acordo
comEASTIMAN(2011),osgastosacrescidoseinesperadospelasconstrutorasnasobrassedo
comerrosdeexecuo.
Issofoioqueocorreuemumdosensaiosrealizados(oprimeiro)pelogrupo.Nele,houve
mistura desordenada dos materiais, o que causou perda destes, alterao no trao final e,
consequentemente, queda na resistncia do concreto produzido. No segundo ensaio, todas as
misturasforamfeitasdeformacorreta,noquedizrespeitoordemdecolocaodemateriaisna
estufa,oqueproporcionouumaumentosignificativonaresistncia.
CONCLUSO
Com base nos resultados apresentados, podese concluir que o objetivo de desenvolver
concretoslevesdealtaresistnciaparaareadaconstruocivilvemsendoalcanadoatravs
depesquisascomoesta.
Consideraseumconcretodealtodesempenhoaquelequeapresentaresistnciasuperior
a50MPaeomenorpesoespecficopossvel.Osresultadosexplanadosnesteartigodemonstram
que a pesquisa feita acerca da utilizao da microsslica e do Glenium 218 para melhorar a
resistnciadoconcretolevequandosubmetidocompressoaxial,temobtidoxito.
Almdisso,oacrscimodemicrosslicatrazconsequnciasmuitoboasparaoconcreto.A
utilizao dessa adio importantssima para a indstria da construo em termos de custo
benefcio.Prticascomoessaauxiliamnodesenvolvimentoregionalenacional.
Apartirdestasconcluses,apesquisaencaminhaseparaoestudoeaexperimentaode
novosaditivoseresduosque,emconjuntocomamicrosslicaeoGlenium218,possammelhorar
aindamaisaspropriedadesmecnicasdoconcreto.
AGRADECIMENTOS
REFERNCIAS
ALVES,CludiaHelenaNery;CAMPOS,F.GuimaresVazde;NETTO,PedroArantes.Concretose
argamassas com microsslica. 1994. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) Universidade
FederaldeGois,GO,1994.
ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.NBR5738/2003:ConcretoProcedimentopara
moldagemecuradecorposdeprova.2003.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5739/1984: Concreto Ensaio de
compressodecorposdeprovacilndricos.1984.
EASTIMAN,Charles;TEICHOLZ,Paul;SACKS,Rafael;LISTON,Kathleen.BIMHandbook,aguideto
BuildingInformationModelingforOwners,Managers,Designers,Engineers,andContractors.2
ed.NewJersey,USA,2011.
STUDART, A. R.; PANDOLFELLI, V. C.; RODRIGUES, J. A.; VENDRASCO, S. L.; Efeito das
caractersticas da Microsslica no Processamento e Propriedades Finais de Concretos
RefratriosAutoEscoantesdeUltraBaixoTeordeCimento.UniversidadeFederaldeSoCarlos,
SoCarlos,SP,1998.
ANLISEEXPERIMENTALDELAJESALVEOLARESCONSTRUDASAPARTIRDEGARRAFASPET
R.M. O.S.Gomes(PQ);J.R.A.V.Tavares(PQ)2;J.G.T.Silva(PF)3;
InstitutoFederaldeAlagoas(IFAL)CampusPalmeiradosndios,2UniversidadeFederaldoRioGrandedo
Norte(UFRN)Natal;3InstitutoFederaldeAlagoas(IFAL)CampusPalmeiradosndiosDepartamentode
EngenhariaCivilCampusPalmeiradosndiosemail:ronald.muryellison@gmail.com
(PQ)Pesquisador
(PF)Professor
RESUMO
desempenhomecnicodessaslajesexperimentalmente,
pormeiodoensaiodecargadeflexo.
PALAVRASCHAVE:Concreto,lajes,garrasPET,sustentabilidade.
EXPERIMENTALANALYSISOFHOLLOWCORESLABSBUILTFROMPETBOTTLES
ABSTRACT
KEYWORDS:Concrete,slabs,PETbottles,sustentability.
ANLISEEXPERIMENTALDELAJESALVEOLARESCONSTRUDASCOMGARRAFASPET
1.INTRODUO
SegundoMigliore(2008)lajesconvencionaispodemsermaciasounervuradas.Asmacias
so mais tradicionais, vencem vos de cerca de cinco metros, so mais pesadas e funcionam
melhor como diafragmas rgidos, porm hmaior utilizao de formase escoramento. As lajes
nervuradas,entreelasaalveolar,umaboaopoparavencergrandesvos.Apesardepossuir
maior espessura, h menor consumo de concreto por conta dos vazios (Figura 1) entre as
nervurasquepodemseraparentesoupreenchidoscommateriaisinertes,comotijoloscermicos
e EPS, resultando em um conjunto mais leve. O consumo de ao tambm menor, pois a
espessuramaioraumentaaeficinciadalaje.
Figura1:Seotransversaldeumalajealveolar.
AslajesalveolaressurgiramnaAlemanha,segundoElDebs(2000),erepresentamumdos
mais populares elementos prfabricados no mundo, em especial na Amrica do Norte e na
EuropaOcidental,ondesopeasdegrandeversatilidade,quepodemseraplicadasemqualquer
tipodesistemaconstrutivo(convencional,prfabricado,metlico,alvenariaestruturaleoutros),
para fim habitacional, comercial, industrial e de estacionamento, empregados tanto para
execuodepisos,sendoomaiscomum,ecomonaformadefechamentosoupainis.
NoquedizrespeitoimportnciadeseutilizargarrafasPetnaconcepodessaslajes,a
construo sustentvel em conjunto aos sistemas construtivos j existentes tende a promover
intervenescomomeioambiente,adaptandosesnecessidadesdeuso,produoeconsumo
humano, sem esgotar os recursos naturais, preservandoos para as geraes futuras. (Silvrio,
2009)
AindasegundoSilvrio(2009),grandesprojetosdentrodaconstruocivilsoviabilizados
por aliarem as necessidades de crescimento e consumo no perdendo as iniciativas de um
mercadocompetitivoeexigentequantoproduo,consumoeculturasexigentescomsolues
quegarantemasustentabilidadedoplaneta.
Oprocessodeevoluorpidaecontnuadeprofissionaisdareaeprojetosquevisama
reutilizao de resduos slidos, dentro da construo civil, garante cada vez mais queles que
no possuem capacidade econmica, acesso a novos sistemas, de uma maneira simples,
economicamenteacessvel.(Silvrio,2009)
2.MATERIAISEMTODOS
2.1.MetodologiaExperimental
A metodologia empregada nesse trabalho pode ser vista de forma simplificada no
fluxogramaabaixo:
Figura2:Esquemadoprocedimentoexperimental.
2.2.EnsaioExperimentaldasLajes
Foram moldados dois prottipos com diferentes formas de dispor as garrafas em seu
interior, o primeiro possua alvolos simples e o segundo, alvolos duplos, uma vez que se faz
necessrioconhecerqualatendemelhorasexignciasprticasdaobra,comofacilidadeetempo
deexecuo(vermedidasnasFiguras3e4).
Figura3:DimensesdalajeAlvolossimples.
Figura4:DimensesdalajeAlvolosduplos.
Os ensaios flexo das lajes forem realizados no canteiro de obras do IFAL Campus
Palmeiradosndios.Ocarregamentofoiaplicadosestruturaspormeiodeumreservatriode
gua com capacidade de 3000 l, que recebia gua atravs de 2 bombas hidrulicas com
rendimentode30l/mincadauma,equivalenteaumacargamdiade0,6kN/min.Dessaforma,a
mediodocarregamentofeitamultiplicandootempodecorrido,desdeoinciodoensaio,pelo
somatrio da vazo referente s bombas. Essas lajes foram submetidas ao de duas foras
concentrados, aplicadas aproximadamente nos teros do vo, de acordo com o esquema de
carregamentomostradoaFigura5.
Figura5:Esquemadecarregamentodaslajes.
Figura6:Extensmetroempregadoparamediodadeflexo.
3.RESULTADOSEDISCUSSO
3.1.AnlisedaViabilidadeConstrutivaeEconmica
Durante a execuo da primeira laje (alvolos simples) houve o aprimoramento de uma
tcnica construtiva, onde algumas dificuldades de execuo foram suplantadas quando da
concepodasegundalaje(alvolosduplos).
Aps a construo das duas estruturas, chegouse seguinte sequncia de execuo:
Inicialmente executase um sistema de formas e escoramentos similar ao que feito nas lajes
macias moldadas in loco, do qual onera e encarece a estrutura, j que elas tm um consumo
considervel de madeira para execuo das formas, enquanto que nas lajes nervuradas com
vigotasprfabricadas(utilizadaslargamenteemconstruesdepadropopular)esseconsumo
bemmenor.
Emseguida,depositasenofundodaformaaarmadurapositiva,emformademalha,cujo
espaamento e dimetro das barras de ao so definidos atravs de clculo estrutural. Dando
sequncia,concretasealajeatonveldaarmadurapositiva,arranjandoseentoascolunasde
garrafas,quesoposicionadascorretamenteduranteaconcretagempormeiodeespaadores,
como por exemplo, tijolos cermicos colocados entre as garrafas, garantindo assim a largura
desejadadasnervurasqueseroformadas(verFiguras7e8).
Figura7:Disposiodasgarrafas(alvolossimples).
Figura8Disposiodasgarrafas(alvoloduplo).
Depoisdefixarascolunas,oconcretolanadoentreelas,tomandoocuidadoderetirar
ostijolos,preenchendoseseusespaos,e,logoaps,colocaseaarmaduranegativaecompleta
seaconcretagematonveldabordadaforma.
Aps constatar a viabilidade de execuo dessas lajes, realizouse um levantamento de
custos por m, visando comparlas com as nervuradas convencionais. A Tabela 1 a seguir,
mostra detalhadamente a quantidade de insumos utilizados na confeco das duas lajes, bem
comoseuscustos.
Tabela1:PlanilhadecustodaslajescomPET
Amostra(01)
rea(m2)
2,755
MadeiraCompensada(esp.9mm)
Pregos
GarrafasPET
FitaType
AoCA605mm
ArameRecozido
Concreto
Peso
Unidade
m2
kg
unid.
Unid.
kg
kg
m3
kg
Quant.
Total
4
0,25
96
2,5
8,88
0,25
0,42
553,97
Quant.
(m2)
1,45
0,09
34,85
0,91
3,22
0,09
0,152
Custo
(unit.)
23,2
1,92
4,8
5,625
35,34
1,85
66,03
Total(R$/m2)
Custo
(m2)
8,42
0,7
1,74
2,05
12,81
0,67
23,97
50,36
Como no foi executada uma laje nervurada com lajota cermica, para que se pudesse
realizaradevidacomparaodecustos,utilizouseaplanilhafeitaporSilvrio(2009)mostrada
naTabela2,logoabaixo.
Tabela2:Planilhadecustodeumalajenervurada(Silvrio,2009).
Amostra(02)
rea(m2)
2,58
Unidade
m3
kg
m
m
Unid.
m
kg
m3
kg
Tabuas
Pregos
BarrotedeTravamento
VigotasPrMoldadas
MateriaisdeEnchimento
Ao4.2
ArameRecozido
Concreto
Peso
Quant.
Total
0,03
0,10
11,20
9,00
28,00
23,60
0,15
0,19
595,00
Quant.
(m2)
0,01
0,04
4,34
3,16
10,85
9,15
0,06
0,07
Custo
(unit.)
390,00
7,52
1,20
5,50
0,65
0,50
6,80
290,00
Total(R$/m2)
Custo
(m2)
4,31
0,29
5,21
17,38
7,05
4,57
0,40
20,79
60,01
3.2.AnlisedoComportamentoEstrutural
ATabela3,logoadiante,mostraoresultadodoensaiodaprimeiralaje,ondeosresultados
apresentadas na ltima coluna dessa tabela correspondem carga de gua do reservatrio,
devendoacrescentaraestevaloropesoprpriodaestrutura,opesodoreservatriovazio(42
Kgf)eopesodoestradodemadeira(10Kgf)oqualacaixadguaestapoiado.
Tabela3:Parmetrosobtidosduranteoensaio(alvolossimples).
Ti
(min.)
Tf
(min.)
Li
x0,01mm
Lf
x0,01mm
Q
(L/min)
Deflexo
(mm)
Paplic
(kN)
0
5
10
15
20
25
30
35
5
10
15
20
25
30
35
40
57
78
98
120
150
638
663
858
78
98
120
150
638
663
858
1419
60
60
60
60
60
30
30
30
0,21
0,41
0,63
0,93
5,81
6,06
8,01
13,62
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
16,5
18,0
19,5
OmesmopodeservistonaTabela4adiante,paraalajecomalvolosduplos:
Tabela4:Parmetrosobtidosduranteoensaio(alvolosduplos).
Ti
(min.)
Tf
(min.)
Li
x0,01mm
Lf
x0,01mm
Q
(L/min)
Deflexo
(mm)
Paplic
(kN)
0
5
10
15
20
24:36s
29:36s
35
5
10
15
20
25
29:36s
35
38
175
194
223
261
575
119
502
670
194
223
261
575
995
502
670
812
60
60
60
60
60
60
30
30
0,19
0,48
0,86
4,00
8,20
12,03
13,71
15,13
3,00
6,00
9,00
12,00
14,80
17,80
19,4
20,3
Silvrio (2009) ensaiou experimentalmente uma laje nervurada, tipo trilho, com lajotas
cermicas utilizando uma metodologia de ensaio experimental similar ao que foi usada no
presenteestudo,porm,paraumvode2,9m.Comoadiferenadevodeapenas10cm,
aceitvelacomparaoentreodesempenhodasduasmodalidadesdelajes,conformepodeser
vistonaFigura9.
Figura9:ComparaodadeflexoLajesalveolaresxLajesnervuradas.
4.CONCLUSO
Nestetrabalho,ofatorprodutividadenofoiconsideradonacomposiodopreoporm
delaje.Noentanto,observasequeocustocommodeobradiretamenterelacionadoaoseu
tempo de execuo, evidenciando que as lajes nervuradas convencionais, tenham sua
produtividadeprejudicadadevidonecessidadedeiarelementospesadoscomoasvigotaseat
mesmoosprpriosblocoscermicos,quesoemmuitasobras,arremessadosumaumparao
alto da laje. Em compensao, as que so obtidas com PET, demandam formas de fundo, ao
passoqueessaoutramodalidadenopossui.
Ambasasformasdedisposiodasgarrafasnoafetaramocomportamentoestruturaldas
referidas lajes. Porm, constatase que sua confeco com alvolos duplos a mais simples e
rpida, admitindo que em situaes prticas (obra), essa forma de dispor as garrafas mais
adequada.
Outrofatorconsidervel,queousodelajesnervuradascomblocoscermicosemvos
superiores a 5 metros requer aplicao de vigas transversais, elevando significativamente, o
custo da estrutura. Nesse sentido, as alveolares com PET proporcionam ainda mais economia,
poisapresentamumamaiorinrcia,dispensandoutilizaodefaixasatravessadas.
TambmfoipossvelaveriguarumelevadoconsumodegarrafasPETnaconcepodessas
lajes, cerca de 40 garrafas por m, efetivando uma excelente alternativa de reciclagem desse
resduo,contribuindoparaumaengenhariasustentvel.
5.REFERNCIAS
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