052 Prpgi Reit

Anais
03 a 06 de novembro de 2014
Anais
9a Edio, Srie 5
So Lus - Maranho
2014
Reitor:
Francisco Roberto Brando Ferreira

Coordenao Geral:
Natilene Mesquita Brito

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Cincias Sociais Aplicadas

Administrao
Apresentao
Esta publicao compreende os Anais do IX CONNEPI - Congresso
Norte Nordeste de Pesquisa e Inovao. O material aqui reunido
composto por resumos expandidos de trabalhos apresentados por
pesquisadores de todo o Brasil no evento realizado em So Lus-MA,
entre os dias 3 e 6 de novembro de 2014, sob organizao do Instituto
Federal do Maranho.
Os resumos expandidos desta edio do CONNEPI so produes
cientficas de alta qualidade e apresentam as pesquisas em quaisquer
das fases em desenvolvimento. Os trabalhos publicados nestes Anais
so disponibilizados a fim de promover a circulao da informao
e constituir um objeto de consulta para nortear o desenvolvimento
futuro de novas produes.
com este propsito que trazemos ao pblico uma publicao cientfica
e pluralista que, seguramente, contribuir para que os cientistas de
todo o Brasil reflitam e aprimorem suas prticas de pesquisa.
ASESTRATGIASDEMARKETINGEMESTUDODEEMPRESASDOSETORDEMOTOPEAS
R.F.Mesquita(PQ);M.C.daSilva(PQ)2;S. T. Rechene (PQ)3;M.G.O.Carlos (PQ)4;A.K.L.deMedeiros(PQ)5
1
InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusBacabal;2UniversidadedeFortaleza(UNIFOR);
3
UniversidadeFederaldoPiau(UFPI);4UniversidadedeFortaleza(UNIFOR);5UniversidadedeFortaleza
(UNIFOR)DepartamentodeEducaoProfissionalCampusBacabalemail:rafael.mesquita@ifma.edu.br
RESUMO
Mercados cada vez mais globalizados esto
impulsionando as empresas a se tornarem mais
competitivas,oqueaceleraadisputaecompetiomais
acirrada pelo seu espao, forandoas a buscarem de
forma contnua o aperfeioamento e os diferenciais
competitivosqueestimulamacriaodealgonovopara
ofereceraosseusclientes.Devidoaessasmudanas,as
organizaes esto ficando mais criteriosas nas suas
decises, na realizao de suas atividades, na
elaborao e na execuo de suas estratgias. Este
trabalhotevecomoobjetivoidentificarasestratgiasde
marketingdosetordemotopeasapartirdapercepo
dosempresrios.Paratanto,caracterizouseosetorde
motopeaslocalizadonocentrocomercialdeFortaleza,
alm da identificao das principais estratgias de
marketing e estratgias funcionais utilizadas pelos
empreendedores do setor pesquisado. O estudo de
abordagem qualitativa, cunho descritivo e faz um

levantamento junto aos empresrios do setor. A
pesquisa est fundamentada nos conceitos definidos
por Harrison (2005) sobre estratgias funcionais de
marketing.A coleta de dados foi realizadapor meio de
entrevistas junto aos gestores. Os resultados da
pesquisarevelaramqueosempreendedoresdosetorde
motopeasconsideramsebemsucedidosepercebemo
desenvolvimento crescente de suas empresas.
Constatouse que h uso prtico de ferramentas
mercadolgicas, mesmo que forma ainda incipiente,
necessitandodeumaprimoramentoedesenvolvimento,
bem como a incluso de novas tticas, o que pode
contribuir para que as organizaes deste segmento
possam melhorar as suas estratgias de marketing e
alavancarassuasvendas.
PALAVRASCHAVE:Estratgia,Marketing,MotoPeas.
MARKETINGSTRATEGIESINTHESTUDYOFBUSINESSSECTOROFMOTORCYCLEPARTS
ABSTRACT
Increasinglyglobalizedmarketsaredrivingcompaniesto
become more competitive , which accelerates the
dispute and tougher competition for space , forcing
them to continuously seek improvement and
competitive advantages that encourage the creation of
something new to offer their customers . Due to these
changes , organizations are becoming more thoughtful
in their decisions , in conducting its activities , the
preparationandimplementationoftheirstrategies.This
study aimed to identify the marketing strategies of
motorcycle parts industry from the perception of
entrepreneurs.Tothisend,characterizedthesectorof
motorcycle parts located in the commercial center of
Fortaleza , in addition to identifying the key marketing
strategies and functional strategies used by
entrepreneurs researched sector. The study has a

qualitativeapproachanddescriptiveresearchisasurvey
of the business sector. The research is based on the
concepts defined by Harrison ( 2005) on functional
marketing strategies . Data collection was conducted
through interviews with the managers . The results of
the survey revealed that entrepreneurs of motorcycle
parts industry consider themselves successful and
realizethegrowingdevelopmentoftheircompanies.It
wasfoundthatthereispracticaluseofmarketingtools,
though still incipient , requiring improvement and
development as well as the inclusion of new tactics ,
which may contribute to the organizations in this
segment to improve their marketing strategies and
leveragetheirsales.thisvocationrequires.
KEYWORDS:Strategy.Marketing.MotorcycleParts.
IXCongressoNorteNordestedePesquisaeInovao,2014
ASESTRATGIASDEMARKETINGEMESTUDODEEMPRESASDOSETORDEMOTOPEAS
INTRODUO
Osmercadoscadavezmaisglobalizadosestoimpulsionandoasempresasasetornarem
maiscompetitivas.Essefatolevaaumaaceleradadisputaeumacompetiomaisacirradapelo
seu espao, forandoas a buscarem de forma contnua o aperfeioamento e os diferenciais
competitivos que estimulam a criao de algo novo para oferecer aos seus clientes. Devido a
essasmudanas,asempresasestoficandomaiscriteriosasnassuasdecises,narealizaode
suasatividades,naelaboraoenaexecuodesuasestratgias.Nonovoambienteempresarial,
aconcorrnciadenovosprodutos,asalianasfeitasentreempresasnosomaisumaescolha,
massimumplanejamento,umasadaestratgica.
Diante desse cenrio, as organizaes que desejam continuar competitivas no mercado
devemdesenvolverestratgiasdemarketingqueagreguemvaloraosseusprodutosouservios.
Aestratgiademarketingtemsidoumaferramentabastanteeficientenosresultadosalcanados
pelas organizaes. Tomase como referncia esse novo cenrio organizacional e as diferentes
formas de percepes de gestores que percebem a real importncia dessas relaes dos
diferentestiposemodelosdeestratgiasadotadosacercadavisodecadagestor,levandoem
consideraoonegcioesuasatividades.
OtrabalhofoidesenvolvidonosetordemotopeasemFortaleza,oqualsecompepor
comrciosvarejistasdemicroempresaseempresasdepequenoporte.Asmudanasnessesetor
ocorrem com muita rapidez, pois fcil o acesso aos fornecedores dos produtos, havendo a
necessidadedeestarsempreatualizadonoquedizrespeitoaoatendimento,oferta,criatividade
e diferencial. Nesse contexto, o estudo se concentra nas principais prticas de mercado desse
setor. Desse modo, a pesquisa tem como objetivo geral identificar as principais estratgias de
marketingutilizadasnosetordemotopeasemFortalezaapartirdapercepodosempresrios
presentes no setor. Para operacionalizar o objetivo geral, propemse tambm os seguintes
objetivos especficos: caracterizar o setor de moto peas localizado no centro comercial de
Fortaleza;edescreverasprincipaisestratgiasfuncionaisdemarketingutilizadasnosetor.
Como pressuposto de pesquisa, acreditase que o setor adota, essencialmente,
estratgiasfuncionaisdecustos,comfacilidadesdepreoemodosdepagamentofacilitados.A
pesquisajustificasecomocontribuioparadiscutirestratgiasparaosetor,naregio,quetem
crescido, mas no possui estudos setoriais ou trabalhos sobre seu perfil ou sua estrutura de
funcionamento.Oprincipalpapeldomarketingfazercomqueissoacontea,criarinmeras
possibilidadesdevendacomosatisfao,despertarodesejonocliente,conhecereentender
to bem o consumidor para que o produto ou servio se adapte a ele e se venda sozinho. A
pesquisaclassificadacomoexploratriaedescritiva.Utilizousecomoinstrumentodecoletade
dados a entrevista aos empreendedores do setor de moto peas instalada em Fortaleza no
centrodacidade.
BREVEREVISOSOBREESTRATGIASDEMARKETING
Otermoestratgiavemdogregostrategos,quesignificaaartedogeneral.Asempresas,
como os exrcitos, articulam objetivos, planos e traam metas que consideram o ambiente
empresarialdemaneiraparecidaaosetormilitaremrelaoaoambientedebatalha,ouseja,o
ambiente de concorrncia. Os comandantes analisam e estudam os pontos fortes e fracos dos
adversrioseprocuramagirnosespaosidentificados,aproveitandoaspossveisoportunidades
edefendendosedasameaas.SegundoPorter(1998,p.5),estratgiaabuscadeliberadade
um plano de ao para desenvolver e ajustar a vantagem competitiva de uma empresa. Para
qualquer empresa, a busca um processo interativo que comea com o reconhecimento de
quemsomosedoquetemosnessemomento.
Kotler (2000) corrobora a ideia de Porter no momento em que enfatiza que uma
organizaoestrategicamenteposicionadarealizaatividadesdiferentesdeseusrivaisourealiza
atividadessimilaresdemaneirasdiferentes.Noentanto,Oliveira(1999)afirmaqueestratgia
umconjuntodedecisesformuladascomoobjetivodeorientaroposicionamentodaempresa
no ambiente. Podese falar que estratgia definida como um caminho, ou maneira, ou ao,
estabelecida e adequada paraalcanar os resultados das organizaes, representados por seus
objetivos,desafiosemetasaseremalcanadas.
De uma maneira mais genrica Thompson (2003) caracteriza que a estratgia, em
verdade, o planejamento do jogo da gerncia para reforar a posio da organizao no
mercado,promoverasatisfaodosclienteseatingirosobjetivosdedesempenho.Aestratgia
corrente indicada pelo padro predominante de mudanas competitivas e abordagens
comerciais; quaisquer mudanas e abordagens novas so sinais de como a estratgia corrente
podeseraprimoradaouremodelada.
Porter(1998)afirmaqueoselementosprimordiaisparacompetioentreasindstrias
so: capacidade de entender o comportamento competitivo de vrios elementos no qual
concorrentes,clientes,dinheiro,pessoaserecursosseincorporamcontinuamentedeformaque
a interao acontea; a capacidade de utilizar essa compreenso para supor como um dado
movimentoestratgicovaialteraroequilbrioeambientecompetitivo;recursosquepossamser
permanentementeaplicadosemnovosusosmesmoseosbenefciosconsequentessaparecem
a longo prazo; a capacidade de prever riscos e lucros e certeza suficientes para justificar o
investimento;disposiodeagir.
A estratgia envolve tudo e requer comprometimento e dedicao por parte de toda
organizao. A incapacidade de qualquer competidor em reagir, reorganizar e alocar seus
prpriosrecursoscontraummovimentoestratgicodeumrivalpodevirartodorelacionamento
competitivodepernasparaoar.Eporissoqueacompetioestratgicacomprimeotempo.A
competio natural no tem nenhuma dessas caractersticas. Segundo Las Casas (2009, p. 2),
antesdeanalisaroassunto,convmesclarecerotermoemingls,noBrasilporvoltade1954,o
marketing foi traduzido como mercadologia, quando sugiram os primeiros movimentos para
implantaodecursoespecficoemestabelecimentodeensinosuperior,desdeentotemsido
adotadaessaexpresso.
De acordo com a definio da Associao Americana de Marketing, podese entender
que marketing consiste no planejamento das quatro variveis do composto mercadolgico, j
discutidas.Estadefiniosugere,entretanto,queomarketingsemprefoipraticado,umavezque
emqualquerpocadacomercializaoasvariveissempreforamutilizadas,variandoapenaseu
graudeutilizao,muitasvezesimpostopelodesenvolvimentotecnolgicodoperodo.
Antigamente, alguns produtos, por exemplo, eram comercializados, sem muita
preocupao, com a embalagem, pois sua importncia cresceu com o desenvolvimento do
autosservio.Apromoopoderiaserfeitaprincipalmenteatravsdavendapessoal,oumesmo
deumanncioemjornal,devidoinexistnciadeoutrosveculosemcertosperodosequehoje
permitemamassificao.Otransporteerageralmentemaislento,poisnoexistiamnopassado
veculosrpidoseseguroscomohoje.
O marketing uma disciplina desenvolvida em pocas recentes, que, embora inclua
todas essas atividades, estas so bastante diferenciadas de pocas anteriores. A evoluo do
conceitodemarketingpassouaconsiderarorelacionamentocomoformadeseobtervantagem
competitiva em um ambiente comercial cada vez mais concorrido. A satisfao dos desejos e
necessidades dos consumidores evoluiu para a oferta de valor para clientela, ou seja, os
benefcios que os clientes recebem na oferta comercial e o valor que pagam por eles. A
Associao Americana de Marketing (2004) redefiniu marketing como: O marketing uma
funo organizacional e um conjunto de processos que evolvem a criao, a comunicao e a
entrega de valor para o cliente, bem como a administrao do relacionamento com eles, de
modoquebeneficieaorganizaoeoseupblicointeressado.(LASCASAS,2009,p.7)
Muitas pessoas pensam em marketing apenas como vendas e propaganda. Isso no
causa nenhuma surpresa; afinal todos os dias somos informados com comerciais de televiso,
campanhas de mala direta de telemarketing e ofertas na Internet. De acordo com o guru da
administrao,PeterDruckerexplica:Oobjetivodomarketingtornaravendadesnecessria.
Vendasepropagandasoapenaspeasdeummixdemarketingumconjuntodeferramentas
de marketing que operam juntas para satisfazer as necessidades dos clientes e construir
relacionamentoscomeles.(Kotler,2007,p.4)
Assim,umaorganizaodevetentaroferecerprodutosquesatisfaamasnecessidades
dos clientes por meio de um conjunto coordenado de atividades que tambm permita que a
organizao alcance as suas metas. A satisfao do cliente o foco principal do conceito de
marketing,ouseja,asuaessnciadesenvolvertrocassatisfatriasnasquaistantoosclientes
quanto as empresas se beneficiem. O processo de marketing consiste em analisar as
oportunidades de marketing, pesquisando e definindo mercadosalvos, delineando estratgias,
planejando programas e organizando, implementando e controlando o esforo de marketing
(Kotler2000).DeacordocomospensamentosdePerreault(1997),umaestratgiademarketing
especificaummercadoalvoeumcompostodemarketingrelacionado.Tratasedeumasituao
amplaquerepresentaoqueumaempresafaremdeterminadomercado.
Para Cobra (1992), o plano de marketing ajuda a identificar as oportunidades mais
promissorasnonegcioparaaempresa.Mostracomopenetrarcomsucesso,obteremanteras
posiesdesejadasnosmercadosidentificados.Efetivamente,oplanodemarketingabasena
qual os outros planos da empresa devem ser montados; define as metas, princpios,
procedimentos e mtodos que determinam o futuro; efetivo, desde que envolva um
compromissoporpartedetodososquecontribuemparaosucesso,dopresidenteaofuncionrio
da expedio da embalagem, e a medida tambm que ele esteja atualizado com o sempre
mutvelmeioambientemercadolgico.Ousodamatrizdeplanejamentodemarketingajudaa
organizaroplanejamentodeobjetivosespecficosdemercadoeasestratgiaseprogramaspara
atingilos. A matriz compreende quatro colunas: a) Metas e Objetivos da empresa: o que a
empresaquerrealizar;b)ObjetivosdeMarketing:oqueomarketingfarparaajudaraconseguir
os objetivos da empresa; c) Estratgias de Marketing: as maneiras especficas nas quais o
marketingsepropeaalcanarseusobjetivosed)ProgramasdeMarketing:especificaroqu,
quem,quando,onde,como,eporqueimplementarasestratgiaspararealizarosobjetivosde
marketing.
PrideeFerrel(2001)acreditaqueumaestratgiademarketingarticulaomelhorusodos
recursos e tticas da empresa para atingir seus objetivos de marketing, quando implementada
apropriadamente, tambm possibilita que a empresa atinja seus objetivos corporativos e de
unidadedenegcio.Oprocessocomeacomumaanlisesetorialdetalhadadospontosfortese
fracosdaorganizaoecomaidentificaodeoportunidadeseameaasdentrodoambientede
marketing,sendoassimaempresapoderestabelecerourevisarsuamissoemetase,ento,
desenvolver estratgias corporativas para alcanar essas metas. Cada rea funcional da
organizao (marketing, produo, finanas, recursos humanos) estabelece seus prprios
objetivos e desenvolve estratgias para atingilos. Para atingir os objetivos de marketing, uma
organizaoprecisadesenvolverumaestratgiademarketing,oqueincluiidentificareanalisar
um mercadoalvo e desenvolver um mix de marketing para satisfazer os indivduos desse
mercado.
Harrison (2005) explica que a estratgia de marketing surge a partir do modelo
cumulativodedecisestomadaspelosfuncionriosqueinteragemcomclientesedesempenham
atividades de marketing. Para dar apoio s estratgias de crescimento, o departamento de
marketing identifica oportunidades de novos clientes, sugere oportunidades de produtos, cria
programasdepropagandaepromoo,organizacanaisdedistribuioecriapolticadepreose
deserviosaclientesqueajudamaposicionarosprodutosdacompanhianosgruposapropriados
de clientes. O autor considera a Estratgia de Marketing como um plano para coletar
informaessobreclientesoupotenciaisclienteseuslasparaprojetardemandafutura,prever
aes dos concorrentes, identificar novas oportunidades de negcios, criar novos produtos e
servios e vender produtos e servios. A Liderana de custos exige canais de distribuio e
atividades de desenvolvimento de produto e mercado de baixo custo; a diferenciao exige
conhecimento de atributos valorizados pelo cliente (HARRISON, 2005). O autor aponta
refernciasimportantesquedevemserobservadasepermitemavaliarasescolhasdaempresa
quantoaosaspectosfuncionaisdemarketing.
Parnell (2007) acredita que, na formulao das estratgias funcionais, as estratgias
buscadaspelasreasfuncionaisdeumaunidadedenegcioos administradoresdevemestar
cientes de que essas funes so interrelacionadas. Cada rea funcional, para realizar o seu
propsito,obrigadaamesclarassuasatividadescomasdeoutrosdepartamentosfuncionais.O
sucesso estratgico, em geral, exige que todas as atividades funcionais estejam intimamente
integradasdemodoquesuasoperaesmesclemseumascomasoutrasdeformahomognea,
SegundoWrigth,KrolleParnell(2007).
ASPECTOSMETODOLGICOSDAPESQUISA
Gil(2002)definepesquisacomooprocedimentoracionalesistemticoquetemcomo
objetivo proporcionar respostas aos problemas que so propostos. A pesquisa requerida
quandonosedispedeinformaosuficientepararesponderaoproblema,ouentoquandoa
informao disponvel se encontra em tal estado de desordem que no possa ser
adequadamente relacionada ao problema. A pesquisa exploratria busca levantar informaes
sobre um determinado objeto, delimitando, assim, um campo de trabalho, mapeando as
condiesdemanifestaesdesseobjeto,Severino(2007).ParaAndrade(2003),pesquisaum
conjunto de procedimentos sistemticos, baseado no raciocnio lgico, que tem por objetivo
encontrarsoluesparaproblemaspropostos,medianteautilizaodemtodoscientficos.
Estetrabalhotratasedeumapesquisaexploratriaedescritiva,sendodivididaemduas
etapas, pesquisa exploratria em que faz parte o referencial terico, e a pesquisa descritiva
acercadaentrevistadecampoquantosestratgiasdemarketingutilizadasnosetordemoto
peas em Fortaleza, no polo comercial. Para Gil (2002), toda e qualquer classificao se faz
mediante algum critrio. Com relao s pesquisas, usual a classificao com base em seus
objetivos gerais. De acordo com o estudo, tem como objetivo geral analisar as estratgias de
marketingdosetordemotopeadeFortalezaapartirdapercepodosempresriospresentes
nosetor.
Apesquisaexploratriaconsideradaoprimeiropassodetodotrabalhocientfico.So
finalidadesdeumapesquisaexploratria,sobretudoquantobibliografia,proporcionarmaiores
informaes sobre determinado assunto, facilitar a delimitao de um tema de um trabalho,
definirosobjetivosouformularashiptesesdeumapesquisaoudescobrirnovotipodeenfoque
paraotrabalhoquesetememmente.Atravsdapesquisaexploratria,avaliaseapossibilidade
dedesenvolverumaboapesquisasobredeterminadoassunto.
Entretanto, ainda segundo Gil (2002), as pesquisas descritivas tm como objetivo
primordial a descrio das caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou, ento o
estabelecimento de relaes entre variveis. Para Andrade (1997), as fontes primrias so
constitudas por obras ou textos originais, material ainda no trabalhado, sobre determinado
assunto.Asfontesprimrias,pelasuarelevncia,doorigemaoutrasobras,quevoformaruma
literaturaamplasobreaqueledeterminadoassunto.Asfontesprimriasenglobamasobrasque
aindanoforamanalisadasouinterpretadaseconstituemosubsdiodaspesquisasdocumentais.
A anlise dos dados ser feita de modo qualitativo atravs do posicionamento das
empresaseter um aporte quantitativo para verificar as estratgias de marketing e funcionais
apontados pelos respondentes. Segundo Gil (2002), muitos estudos de campo possibilitam a
anlise estatstica de dados, sobretudo quando se valem de questionrios ou formulrios para
coletadedados.Noentanto,diferentementedoslevantamentos,osestudosdecampotendema
utilizarvriastcnicasdecoletasdedados.
DISCUSSOERESULTADOS
Segundo a Assomotos (2012) Associao Cearense das Empresas Revendedoras,

Distribuidoras e Prestadoras de Servios de Moto peas, Fortaleza est reconhecida como a
capitalregionaldosetordemotopeas.OpolocomercialsituadonaRuaClarindodeQueiroza
provaqueomercadodevarejoestemalta.Ainstituiosurgiunomercadocearensenoanode
2004eexisteaoitoanos,tendocomoprincipalobjetivopromoverosegmentodemotocicletas
defendendo e fortalecendo os associados e, assim, ser reconhecida pela sociedade como a
legtima representante do setor de moto peas no estado do Cear. De acordo com os dados
divulgados no site da associao Assomotos, esto cadastradas, atualmente, 59 empresas
varejistas, considerando que a concentrao dessas empresas est situada no polo da Rua
ClarindodeQueiroznocentrodacidade.
Paraodesenvolvimentodestapesquisa,foirealizadaumaentrevistaindividualcomum
colaboradordecadaempresaentrevistadadentre15empresasselecionadasdopolocomercial
da Rua General Clarindo de Queiroz, no centro de Fortaleza. Os resultados dessa entrevista
permitiram levantar dados sobre a empresa quanto a sua caracterstica de regime jurdico,
segmento,tempodeexistncianomercado,porteelocaldeexistncia.Sobreosentrevistados,
podese apurar, quanto ao perfil, incluindo informaes de idade, tempo de empresa, grau de
escolaridade, o seu papel na empresa e tempo de atuao na mesma. A pesquisa de campo
aconteceu no polo comercial do setor de moto peas onde seencontra amaiorrepresentao
dessesetor.
Aentrevistafoirealizadaemquinzeempresasnocentrocomercial,etodasasquestes
formuladasforamfechadaseobjetivas.Quantoaoregimejurdicodasempresas,dezdelasso
firmas individuais e apenas cinco so sociedades limitadas. Sete das quinze empresas vendem
somente produtos peas e acessrios e oito se caracterizam como comrcio e servios. Todas
elas so genuinamente cearenses, e, com relao ao tempo de existncia, a mais nova no
mercado tem um ano e a mais antiga no mercado possui trinta e seis anos. A empresa mais
antiga,comtrintaeseisanosnomercado,vemmudandoasualinhadeprodutoseservios,a
mesmatemprocuradoacompanharastendnciasdemercado,poiselaseencontranomercado
desdequeamotoeraumalambreta.Oportedasempresasdividesedaseguinteforma:nove
estcaracterizadacomomicroempresaeseiscomoempresadepequenoportedeacordocom
asexignciasdefaturamentoanual.
Operfildosentrevistadosestnafaixaetriade22(vinteedois)a46(quarentaeseis
anos), com o nvel de escolaridade entre primeiro e segundo grau do ensino mdio. Foram
entrevistados seis proprietrios, cinco gerentes, dois vendedores e dois caixas. Apesar de os
quatro entrevistados serem do nvel operacional, assim mesmo eles apresentaram bastante
clarezaemrelaosperguntasdirecionadassestratgiasdemarketing,aplicadasnaempresa
emestudo.Porsetratardeempresaspequenas,ocontatodoscolaboradorescomosprocessos,
estratgias e polticas de gesto totalmente direto, tornando mais fcil o entendimento e o
envolvimentocomaorganizao.
As estratgias de marketing de uma empresa esto relacionadas com preo, produto,
servio e promoo. Porm, antes de analisar as informaes pertinentes pesquisa, vale
ressaltar que o relacionamento das empresas versus cliente dse atravs do relacionamento
diretocomosclientes.Asempresaspesquisadaspreocupamsecomasatisfaodoclientecom
osprodutosvendidoseosserviosrealizados.Procuramatenderemdomiclioasnecessidades
dosclientesatravsdeserviosmecnicos.Oagendamentodehorriocommecnicostambm
um diferencial competitivo, pois nem todas as empresas oferecem esse mesmo servio. Em
relao ao banco de dados com nome, telefone, endereo, email, algumas empresas se
preocupamemfazermesmoquesejadeformamanual.
No que se refere s estratgias de marketing do setor de moto peas em lojas

localizadasnocentrocomercialdeFortaleza,osdadospermitiramidentificarqueopblicoalvo
so motociclistas; de um modo geral, moto taxistas, empresas que prestam servios
terceirizados, motoqueiros profissionais que fazem trilhas, e pessoas que adquirem o produto
parabeneficioeconsumopessoal.Quantoaoposicionamentodoproduto,esteespecficopara
cadamodelo.Sopeasfeitasemfbricasnacionaiseimportadas.Algunsprodutosprecisamde
manuteno peridica e os mesmos no podem sofrer alterao para o modelo. Frente ao
mercado,estcaracterizadootipodeprodutocomocommodityatravsdainformaocoletada
dosquinzerespondentes.
O mix de produtos ofertados pelas empresas est entre muito variado e variado,
evidenciandoqueasmesmastmcertapreocupaoparaasnecessidadesedesejosdosclientes.
O grau de variedade est classificado como forte a alto, apenas trs como regulares. O mix de
produtosmuitoextenso,poisessasempresastrabalhamcomvriasmarcasdeprodutospara
diferentesmodeloseanosdemotocicletas.Portanto,oferecemdesdeapeamaissimples,como
umalmpada,atoacessriomaisatual,paraosmodelosestilodetrilha.
Noquedizrespeitoqualidadedosprodutos,vaidependerdaescolhadoclienteeda
linha do produto. Existem produtos paralelos que atendem necessidade e que no possuem
garantia pelo fornecedor, como tambm tem produtos originais de fbrica, que so
diferenciados e mais caros, pois proporcionam ao cliente mais segurana, qualidade e garantia
paratrocaseosmesmosapresentaremproblemas.
Aestratgiadepreosconsisteempreosbaixoscomdescontos,poisseacreditaque,
com a concorrncia elevada, no se pode ter um preo bastante elevado, pois provocar a
diminuiodevendas.Emrelaoaosbenefcios,paraoclienteadquiriroproduto,opagamento
facilitadoatravsdepagamentovistacomdesconto,cartoechequecomparcelamentoede
acordocomovalordacompra.
O setor de moto peas bastante popular e, devido a isso, os lojistas quase no
investem recursos com divulgao de seus produtos, a maior parte deles acredita que o seu
marketingcomavendadireta,bocaaboca,quereforaaimagemdaempresa.Apropaganda
em mdia impressa feita em algumas empresas. Somente dois lojistas tm suas empresas
divulgadasnaInternetatravsdesite,edoisparticipamdeeventoscomexposiodosprodutos.
Quanto aos canais de distribuio, fcil o acesso a todos os lojistas entrevistados, tanto de
origem local como os de outros estados. Com esta facilidade, no existe barreira com o
fornecedor. Nenhum dos entrevistados possui algum contrato de exclusividade com os
fornecedoresparaavendadosprodutos.
Apreocupaodoslojistasevidentepornoteremumaoficinamecnica.Osservios
oferecidos so realizados na prpria calada da empresa. Alguns casos so levados para as
retificasondesorealizadosostrabalhosmaiselaborados.Apolticadeserviosparaosclientes
mantidos existe com muita flexibilidade e qualidade. Acreditase que o cliente tem que ser
prioridade e que, sendo bem tratado atravs de um bom relacionamento, continue mantendo
umaboaparceria,eassimseobtmafidelizaodeseusclientes.Apesquisademercadoest
relacionadaaocuidadoefrequncia,eomaiornmerodoslojistasdemonstraapreocupao
comseusconcorrentes.
Osresultadosobtidoscomarealizaodapesquisaapontamqueascaractersticasea
formadeatuaodasempresassomuitoparecidas,ouseja,seguemamesmalinhadetrabalho.
Existe um grau bastante elevado quanto concorrncia dos comrcios varejistas, e um ponto
bastanteimportanteafaltadetecnologiaemrelaoformadetrabalho,eemgrandeparte
dasempresasentrevistadasocontroledeprodutos,estoqueevendasaoclientefeitodeforma
manual.Verificasegrandehomogeneidadenasestratgiasdemarketingutilizadasporpartedas
empresasdosetor,inclusivequantoaosprodutoseserviosquerepresentamumalinhaestvel
cujavariedademostrase,deformafrequenteesistemtica,disposiodoconsumidor.
CONSIDERAESFINAIS
Combasenaanlisedosresultados,podeseconcluirqueasempresasdosetordemoto
peas vendem commodities, seu mix de produtos muito variado e extenso. A estratgia de
preos adotada consiste em preos baixos com descontos e a abordagem de marketing
predominantecomavendadireta,nocanalinformaldobocaaboca.Oscanaisdedistribuio
so locais de fcil acesso, e o fornecimento de produtos independente, pois nenhum dos
lojistaspossuicontratodeexclusividadecomosfornecedoresparaavendadosprodutos.
Percebeuse que as empresas tm conseguido se manter e podese afirmar que as
empresas inseridas no polo comercial da Rua Clarindo de Queiroz, em Fortaleza CE tm
conseguido atrair clientes dos diferentes bairros de Fortaleza. Alguns pontos fortes foram
identificados: preocupao com a satisfao do cliente; interesse de fidelizao; definio de
preos justos com polticas de descontos; oferecimento de produtos de qualidade e com
garantia.
Porm, atravs dos resultados da pesquisa, percebese que existem algumas aes de
marketing que poderiam ser tomadas e inseridas na gesto para se tornar um mercado mais
competitivo,comoaquisiodeclientejurdico,parceriacomosfornecedoresdeexclusividade
delinhadeproduto,desenvolvimentodeumprogramaespecificodegesto,serviosdemala
direta, programa de fidelizao, oferecimento de mais promoes, divulgao em mdia,
pesquisademercado,desenvolvimentodeumplanodemarketing.Novosestudosdirecionados
reapodemabordaraformadefidelizaodosclienteseverificarosaspectosderelacionamento
adotadospelosetor.
REFERNCIAS
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10
ECOEFICINCIAEMUMBANCOPBLICO:UMAINVESTIGAOSOBREOPRONAFNAPARABA.
P.S.A.Carvalho(PO)1;A.K.Moraes(PQ )2;A.N.Santana(PQ)3;
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa,2InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJoo
Pessoa;3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa,email:xandinhakelly@hotmail.com
1
(PQ)Pesquisador
(PO)ProfessorOrientador
RESUMO
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura

Familiar uma poltica pblica que tem por objetivo
fortalecer a agricultura familiar, mediante a concesso
decrditoparaatividadesruraiscomoempregodireto
daforadetrabalhodoprodutorruraledesuafamlia,
objetivando a gerao de ocupao e manuteno do
homem e da mulher no campo. Neste contexto, esta
pesquisabuscainvestigarasaesdeEcoeficinciaque
umdosBancosPblicosestincentivandonaconcesso
de crditos do PRONAF no estado da Paraba. Para
alcanar os objetivos propostos neste artigo utilizouse
como metodologia a aplicao de questionrio aos

gerentes responsveis pela concesso do crdito do
PRONAF. A pesquisa identificou que o Banco pblico
analisado orienta aes ecoeficientes na concesso de
crditoafimdeestimularostomaresdecrditodalinha
do PRONAF a adotarem e praticarem aes
socioambientaisemseusnegcios.
PALAVRASCHAVE:ResponsabilidadeSocioambiental,Ecoeficincia,PRONAF.
ECOEFFICIENCYINAPUBLICBANK:ANINVESTIGATIONONTHEPRONAFPARABA.
TheNationalProgramforStrengtheningFamily
Agriculture is a public policy that aims to strengthen
family agriculture by lending to rural activities with
directemploymentofthelaborforceofthefarmerand
hisfamily,aimingatgeneratingjobsandmaintenanceof
man and woman in the field. In this context, this
research aims to investigate the actions of an Eco
efficiency of public banks is encouraging lending in the
PRONAFinthestateofParaba.Toachievetheproposed
objectives of this article was used as methodology the
use of questionnaire to the managers responsible for
grantingcreditthePRONAF.Theresearchidentifiedthat
the public Bank analyzed guides ecofriendly actions in
granting credit to stimulate thou shalt take the credit
lineofthePRONAFtoadoptandpracticeenvironmental
initiatives
in
their
business.
KEYWORDS:EnvironmentalResponsibility,Ecoefficiency,PRONAF.
ECOEFICIENCIAEMUMBANCOPBLICO:UMAINVESTIGAOSOBREOPRONAFNAPARABA.
1. INTRODUO
Baseadonaideiadagratuidadedanaturezaedalivredisposioderesduoserejeitos,omodelo
de crescimento econmico vigente at a dcada de 1960 ignorava as interrelaes entre a
sociedade,economiaeomeioambiente.Estecenriomodificouseapartirdefinsdadcadade
60 e incio da dcada de 70 quando comeam a surgir anlises do impacto de restries
ambientaissobreocrescimentoeconmico,edestesobreomeioambiente.Entreessasanlises
podemos citar o Relatrio do Clube de Roma, que prope o crescimento econmico zero e
influenciou,demaneiradecisiva,odebatenaconfernciadeEstocolmo.Odebatesobreasinter
relaesentreosistemaeconmicoeoecossistemaestimulouvriasorganizaesinternacionais
a montarem uma estrutura institucional para debater o meio ambiente. Em 1983 as Naes
UnidasinstituramaComissoMundialparaomeioAmbienteeDesenvolvimento(CMMD),onde
apsumasriedeaudinciascomlideresdegovernoeasociedadeouvidosemtodoomundo
sobre questes relacionadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento, em 1987 publicou o
RelatriodeBrundtland.
O Relatrio de Brundtland inova ao propor um novo conceito de desenvolvimento que busque
conciliarodesenvolvimentoeconmicocomapreservaoambientale,ainda,ofimdapobreza
nomundo.EssenovoconceitoficouconhecidocomoDesenvolvimentoSustentvel,tendocomo
definioaquelequeatendasnecessidadesdopresentesemcomprometerapossibilidadede
asgeraesfuturasatenderemssuas(NOSSOFUTUROCOMUM,1991,p.9).
NumatentativadedelinearadiscussodoDesenvolvimentoSustentvelnainiciativaprivada,o
WorldBusinessCouncilforSustainableDevelopment (WBCSD)ConselhoMundialdeNegcios
paraoDesenvolvimentoSustentvelintroduz,em1992,oconceitodeecoeficincia.Deacordo
comMunk,CelladeOliveira&Bansi(2011,p.5),aecoeficinciapodeserentendidacomoum
elemento da sustentabilidade organizacional que descreve a combinao ideal do
desenvolvimentoambientalcomodesenvolvimentoeconmico,aopassoqueabordaareduo
dosimpactosambientaiseapromoodautilizaoracionaldosrecursosnaturaisehumanos.
Nestesentido,percebesequeoprincipiodaecoeficinciaincentivaaprosperidadeeconmica
comautilizaoeficientedosinsumosdeproduoeassimreduzindooscustoseconmicoseos
impactos ambientais causados pela atividade produtiva. Considerando que os bancos podem
cumprir um papel de orientadores para que os tomadores de crdito adotem prticas
sustentveis de produo e de consumo consciente, as instituies financeiras pblicas e o
Ministrio do Meio Ambiente assinaram, em 1995, o Protocolo de Responsabilidade
Socioambiental. Este Protocolo tem por objetivo definir polticas e prticas bancrias
precursoras,multiplicadoraseexemplaresemharmoniacomaresponsabilidadesocioambiental
ecomodesenvolvimentosustentvel(MMA,2008).
Sendo signatrio do Protocolo de Intenes pela Responsabilidade Socioambiental, os Bancos
Pblicos do Brasil operacionaliza vrios programas de cunho social, entre eles o Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF. neste cenrio, que se faz
importante conhecer as aes desenvolvidas pelos Bancos a fim de disponibilizar linhas de
crdito para setores que pautam pela sustentabilidade ambiental. A partir desta problemtica
surgeaquestocentraldesteestudo:QuaisasaesdeEcoeficinciaqueoBancoPblicoest
incentivandonaconcessodecrditosdoPRONAFnoestadodaParaba?
OPRONAFumapolticapblicaquetemporobjetivofortaleceraagriculturafamiliar,mediante
a concesso de crdito para atividades rurais com o emprego direto da fora de trabalho do
produtorruraledesuafamlia,objetivandoageraodeocupaoemanutenodohomeme
da mulher no campo. Sendo assim, percebese que o PRONAF, buscando a sobrevivncia da

agricultura familiar, colaborou diretamente para as incluses bancria e social do agricultor
familiareindiretamenteparaageraodeempregoerendanocampo(LEAL,2010,p.70).
Nestecontexto,tomandocomopontodepartidaaanlisedasconcessesdecrditodoPRONAF,
o presente estudo pretende analisar as prticas de Ecoeficincia em um dos Bancos Pblicos
brasileironaconcessodecrditodoPRONAFnoestadodaParaba.
Alm desta introduo, este trabalho est organizado em mais quatro sees.A segunda traz
uma reviso bibliogrfica sobre os temas Responsabilidade socioambiental, Ecoeficincia,
ProtocoloVerde,MicrocrditoePRONAF.Aterceiraapresentaosprocedimentosmetodolgicos.
Aquartaseorevelaosresultadosencontrados.Porfim,naltimaseosoapresentadasas
consideraesfinais.
2. REVISOBIBLIOGRFICA
2. EcoeficinciaeresponsabilidadesocioambientalemBancosPblicos
Paraumamelhorcompreensoacercadaresponsabilidadesocioambientaldosetorbancriono
queserefereconcessodecrditosparaofinanciamentodaagriculturafamiliar,estetpico
versar,emlinhasgerais,sobreconceitosdeEcoeficinciaeResponsabilidadeSocioambientalno
setor bancrio e sobre a importncia do PRONAF como crdito fundamental de apoio
agriculturafamiliar.
2.1Ecoeficincia
A massificao das atividades econmicas veio acompanhada de transformaes ambientais,
como o aumento na utilizao de fontes de energia no renovava. A preocupao com os
problemas socioambientais decorrente desta massificao envolveu a sociedade na busca de
solues para conter este fenmeno, incluindo nestas indagaes o questionamento sobre o
papel desempenhado pelas empresas e a postura do setor bancrio na concesso de crditos
para o setor produtivo. Na busca por respostas para esse novo contexto as empresas veem
adotando prticas de Ecoeficincia em suas atividades. De acordo com Vilela Jr e Demajorovic
(2006) e Salgado (2004), a primeira proposta de Ecoeficincia aconteceu em 1990, na Sucia,
durante o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentvel (CEBDS), pelos
pesquisadoresSchalteggereSturm.Em1992,noRiodeJaneiro,porocasiodaConfernciadas
Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento(CNUMAD), tambm conhecida
comoECO92, estes dois pesquisadores defenderam o conceito da Ecoeficincia que
rapidamentesepopularizouentreosexecutivosdetodoomundocomoumaferramentavoltada
responsabilidade social e ambiental no mbito empresarial, tais como produo limpa,
produomaislimpa,eaprevenopoluio,conceitosestesessenciaisparaoentendimento
de que o crescimento econmico pode ser conciliado com o desempenho ambiental. A
Ecoeficincia a ao que reduz o impacto ao meio ambiente e aumenta a rentabilidade da
empresa,devidoempresaproduzircommenosrecursosnaturaiseotimizarousodeenergia.
Diante da importncia do setor bancrio para financiamento das empresas, especialmente dos
bancos de desenvolvimento, em 1995 foi lanado o Protocolo Verde, sendo este relanado em
2008,intituladocomoNovoProtocoloVerde,oqualcontemplacritriossocioambientaisparao
financiamento de projetos e aplica os conceitos de Ecoeficincia rumo ao Desenvolvimento
Sustentvel.
2.2ResponsabilidadeSocioambiental(RSA)nosetorbancrio
Demaneirasimplista,aRSApodeserentendidacomoumconjuntodeaesqueexpressamo
compromisso permanente que a organizao deve ter para com a sociedade e com o meio
ambiente. A RSA atende crescente conscientizao da sociedade no que diz respeito
necessidade de conciliar as atividades econmicas com a minimizao de impactos sociais e

ambientaisdecorrentesdoprocessoprodutivodasempresas.
As empresas assumem o compromisso de aes sustentveis perante a sociedade, ao se
adaptarem aos modelos desenvolvimento sustentveis sugeridos no Relatrio Brundtland, que
enfatizouaincompatibilidadeentreodesenvolvimentosustentveleospadresdeproduoe
consumo adotado pela sociedade, a fim de diminuir os riscos do uso excessivo dos recursos
naturais, desta forma propem um desenvolvimento socioambiental de modo que a empresa
atendatodasassuasexpectativasemsinergiacomseusstakeholders1,demaneiraqueconcilie
seudesenvolvimentoeconmicocomatitudessustentveis(BARBIERI&CAJAZEIRA,2009).
A preocupao com as questes socioambientais chegou s instituies financeiras, sendo
iniciada,segundoSantosJr.(2008),emNovaIorque(1992)quando32instituiesfinanceiras,de
23pasesdiferentes,assinaramaDeclaraoInternacionaldosBancosparaoMeioAmbienteeo
Desenvolvimento Sustentvel, comprometendo a observar em suas operaes financeiras a
questoambientalnaanliseenaconcessodecrditos.NoBrasilomarcohistricoocorreuem
1995 com a criao do Protocolo Verde. O Ministrio do Meio Ambiente e Instituies
Financeiras Pblicas controladas pelo Governo Federal (Banco do Brasil, Banco do Nordeste,
Banco da Amaznia, BNDES, Caixa Econmica Federal e Banco Central do Brasil), assinaram a
CartadePrincpiosparaoDesenvolvimentoSustentvelem5deNovembrode1995,conhecida
comoProtocoloVerdedoqualtemcomoobjetivodefinireproporpolticaseprticasbancrias,
comametadepromoverodesenvolvimentosocioambientaldemodoquenocomprometaas
necessidadesdegeraesfuturas.SegundoSouza(2005,p.274)parasubmeteressedocumento
apreciao do presidente da Repblica, o grupo de trabalho elaborou um relatrio, com
ponderaes relevantes sobre o papel do Estado e das instituies financeiras na rea
ambiental. Em 2008 o Protocolo Verde foi revisado sendo denominado de Protocolo de
Intenes pela Responsabilidade Socioambiental (Novo Protocolo Verde) onde os bancos
pblicosatualizaramocompromissocomoProtocoloVerdeesecomprometeramaempreender
polticas e prticas bancrias de RSA para a promoo do desenvolvimento sustentvel (MMA,
2008).Emsntese,osprincpiosnorteadorespresentesnoNovoProtocoloVerdeso:
Financiarodesenvolvimentocomsustentabilidade;
Considerarosimpactosecustossocioambientaisnagestodeativosenasanlisesderiscodeclientesede
projetosdeinvestimento;
Promoveroconsumosustentvelderecursosemateriaisnosprocessosinternos;
Informar,sensibilizareengajarospblicosdeinteresse;
Harmonizarprocedimentoseintegraresforosentreossignatriosnaimplementaodessesprincpios.
Cada um dos princpios acima se desdobra em diretrizes com orientaes para alcanar os
objetivos propostos.De acordo com Almeida (2007), a RSA e a Ecoeficincia so instrumentos
complementares de gesto no processo de internalizao do desenvolvimento sustentvel.
Conforme destacado por Leal (2010), a Ecoeficincia estabeleceuse no sistema financeiro em
2000, por meio do Projeto Ecobanking2. Segundo este projeto, as instituies financeiras
acreditam que melhorando seu desempenho ambiental elas podem melhorar a eficincia e
satisfazermelhorasnecessidadesdosseusacionistasedasociedade.Oprincipalinstrumentode
apoiodoProjetoEcobankingoguiadeEcoeficinciaparaosistemafinanceirolanadoem2008
o qual tem por objetivo fornecer s Instituies Financeiras da Amrica Latina critrios de
Stakeholdersrefereseatodososenvolvidosemumprocesso,isto,aspartesinteressadaquedealgumamaneira,soinfluenciadas
pelasaesdeumaorganizao.
2
O Projeto Ecobanking tem por objetivo melhorar a competitividade do Setor Financeiro LatinoAmericano atravs de uma melhor
administraoambiental,reduoderiscosambientaisesociais,edesenhodeprodutosfinanceirosinovadores.Fonte:ECOBANKING,2013.
anliseseferramentasdeimplementaoparaummanejomaiseficazdoambienteeosriscos
sociais nas operaes internas de suas organizaes, assim como em seus produtos, servios e
relaes externas (ECOBANKING, 2013). Leal (2010, p.16) analisando a responsabilidade
socioambiental de uma instituio financeira verificou que enquanto banco oficial possui o
compromisso de inserir critrios ambientais na avaliao de suas operaes de crdito para
direcionaraalocaoderecursospblicosaprojetoscommaiorcapacidadedeautossustentao
ambiental e que no acarretassem danos significativos ao meio ambiente, assegurando que
fossemdirigidosatalfim.
2.3PRONAF:microcrditoparaofortalecimentodaAgriculturaFamiliar
Em 1960, numa Conferncia em Washington, surgiu o termo Revoluo Verde defendido por
William Gown, o qual defende a modernizao\mecanizao na agricultura, para solucionar o
problemadafomepormeiodeinovaestecnolgicas.ParaAndradeeGanimi(2007,p.4353)
arevoluoverde,modelobaseadonousointensivodeagrotxicosefertilizantessintticosna
agricultura,hojeumfatocorrentenocampoeestpresentenavidademuitosprodutoresem
diversasreasdomundo.Esseavanotecnolgicoproporcionouumaumentonaprodutividade
agrcola atravs de desenvolvimento de pesquisas e modernizao\mecanizao na agricultura
familiardemodoquecontribuireconomicamenteparaosetoragrrio.
Para Mazoyer e Roudart (2007) a revoluo verde beneficiou a agricultura da seguinte
forma:
Baseadanaseleodevariedadescombomrendimentopotencialdearroz,milho,trigo,
soja e outras grandes culturas de exportao, baseada tambm numa ampla utilizao
de fertilizante qumicos, dos produtos de tratamento e, eventualmente, em um eficaz
controle da gua de irrigao e da drenagem, a revoluo verde foi adotada pelos
agricultoresqueeramcapazesdeadquiriressesnovosmeiosdeproduoenasregies
favorecidas,ondeerapossvelderentabilizlos(MAZOYER;ROUDART,2007,p.28).
Nestecontexto,percebesequearevoluoverdebeneficioualgunsagricultores,entretantoos
pequenos agricultores no conseguiram se adaptar s novas tcnicas de produo, pois no
tinhamcapitalsuficienteparamodernizarseuprocessoprodutivo.
Nosepodenegarqueamodernizaonaagriculturainstauradaatoiniciodadcadade90do
sculo XX possibilitou um incremento na produtividade agrcola, no entanto, junto a este
incrementovieramosdesequilbriossociais,econmicoseambientais.
Numatentativadereversodosdesequilbriosapresentadoscomamodernizaodaagricultura,
conforme assinalou Leal (2010), a Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e a
Alimentao(FAO)eoInstitutoNacionaldeColonizaoeReformaAgrria(INCRA)concluram
umestudoquesinalizaparaopotencialeconmicodaagriculturafamiliarcomoformadegerar
empregoerendaereduzirapobrezanocampo.
A partir da dcada de 90 vrias aes governamentais foram direcionadas para a agricultura
familiarnoBrasil,masfoiem2006queosetorpdedesfrutardeumaregulamentaoprpria,a
Lei n 11.326 de 25 de julho de 2006. Esta Lei estabelece as diretrizes para a formulao da
PolticaNacionaldaAgriculturaFamiliareEmpreendimentosFamiliaresRuraiseemseuartigo3
defineagricultorfamiliareempreendedorfamiliarruralcomoaquelequepraticaatividadesno
meiorural,atendendo,simultaneamente,aosseguintesrequisitos:
Inodetenha,aqualquerttulo,reamaiordoque4(quatro)mdulosfiscais;
IIutilizepredominantementemodeobradaprpriafamlianasatividadeseconmicas
doseuestabelecimentoouempreendimento;
III tenha percentual mnimo da renda familiar originada de atividades econmicas do
seuestabelecimentoouempreendimento,naformadefinidapeloPoderExecutivo;
IVdirijaseuestabelecimentoouempreendimentocomsuafamlia.
A Lei n 11.326 tambm inclui como beneficirios da agricultura familiar silvicultores,

quilombolas,aquicultores,extrativistasepescadores.
Entre as aes governamentais estabelecidas no Brasil na dcada de 90 est o Programa de
FortalecimentodaAgriculturaFamiliarPRONAF,criadoapartirdoDecreton1.946de28de
junho de 1996. De acordo com Rodrigues (2013, p. 88) a instituio do PRONAF surgiu pela
constatao de que uma parcela considervel de produtores rurais poderia ficar excluda dos
novos mecanismos de financiamento que naquele momento estavam sendo criados. Neste
sentido, contanto com linhas de crditos especiais, o programa beneficia um pblico que no
teriaacessoaosetorbancrioeassimpromoverdesenvolvimentorural.Desdequefoicriadoem
1996, o PRONAF sofreu vrias modificaes e aperfeioamento em suas regras de
operacionalizao3. Na sua constituio inicial, o crdito era concedido ao produtor que
possussepropriedaderuralcomat4(quatro)mdulosfiscais,utilizassemodeobrafamiliar,
tivesse no mnimo 80% da renda oriunda da atividade agropecuria e residisse na propriedade
ruralouemlocalprximo.Nosanosde1997e1998oPRONAFsofreualteraesnamodalidade
custeio e em 1999 foi fragmentando em grupos de letras A, B, C e D, sendo o Grupo A
direcionado para os assentados de reforma agrria e os demais Grupos para agricultores
familiaresenquadradosnasdiversasfaixasderenda:ogrupoBparafamliasdemenorrenda,
GrupoCrendaintermediriaeGrupoDmaiorrenda(RODRIGUES,2013,p91).
importantedestacarquecabeaoPoderExecutivo,pormeiodoMinistriodoDesenvolvimento
Agrrio MDA, em conjunto com vrias entidades parceiras, entre elas o BNB, a
responsabilidade de implementar a Poltica Nacional da Agricultura Familiar.De acordo com o
MDA,apsdecidiroquefinanciar,oagricultordeveprocurarosindicatoruralouaEmaterpara
obteno da Declarao de Aptido ao PRONAF (DAP)4. Em seguida ele deve se dirigir at a
empresa de ATER do municpio para elaborar o Projeto Tcnico de Financiamento. Aps a
elaborao do projeto tcnico h anlise do crdito e aprovao do agente financeiro. Com a
aprovaodoprojetooagricultorestaptoaacessarosrecursosecomearaimplementaodo
projeto.
3. METODOLOGIA
A metodologia adotada neste artigo de natureza aplicada e descritiva, do ponto de vista dos
procedimentosdeinvestigaoestapesquisa consideradacomo bibliogrfica,documental,de
levantamentodedadoseestudodecaso,jqueabordadeformaaprofundadaaconcessode
crditodoPRONAFnoestadodaParaba.
Como instrumento de pesquisa realizouse uma entrevista estruturada junto autoridade
responsvel pelo PRONAF no estado da Paraba a fim de diagnosticar o acompanhamento do
BancoPblicoanalisadonaconcessodecrditosparaprojetosdoPRONAF;emseguidaocorreu
a aplicao questionrio aos gerentes responsveis pela concesso do crdito do PRONAF, por
meiodeservioeletrnico,buscandoseaverificaodaprticadeEcoeficinciaqueestosendo
desenvolvidas pelos tomadores de crdito e acompanhadas pelo banco. Este questionrio foi
elaboradopreviamenteapartirdeadaptaesfeitasaoquestionrioutilizadoporLeal(2010).
Osmtodosdepesquisautilizadossodenaturezaqualiquantitativoeindutivo,sendousados
para a coleta e anlise dos dados, e a apresentao dos resultados, que permite a gerao de
umavastagamadeinformaessobreumaamostrapequena,proporcionandoacompreenso
A cada ano, ao termino de um Plano Safra e inicio um outro, no meses de junho e julho, o PRONAF atualizado. As regras de
operacionalizao do Microcrdito rural so registradas pelo Manual de Crdito Rural (MCR) do Banco Central (BACEN). Para um melhor
entendimentosobreaevoluohistricadoPRONAFverRodrigues(2013).
4
EmalgunscasosespeciaisaDAPpodeserfornecidaporoutrasentidades,comoporexemplo,osassentadosdereformaagrriaque
obtiveramaparceladeterrapeloprocessodedesapropriaoestatal.ParaestecasoodocumentoseremitidopeloInstitutodeColonizaoe
ReformaAgrria(INCRA).
dos fatos da realidade social a partir de seu contexto (RIBEIRO, SOUZA e CAMPOS, 2010). A
tabulaoeanlisedosdadosforamutilizandomtodosestatsticoscomauxiliodoExcel.
4. ANLISEDEDADOS
Neste estudo o foco foi compreender como um dos bancos pblicos brasileiro estimula a
ecoeficinciaaotomadordecrditosdoPRONAFnoestadodaParaba.Paraanlisedopresente
estudo, foram selecionadas algumas questes aplicadas aos gerentes de negcio do PRONAF,
quepoderoserobservadaaseguir.
A primeira questo referese a(s) principal(s) linhas(s) do PRONAF, concedida pela agncia ao
agricultorfamiliarnoanode2012.OPRONAFpossuidiversasmodalidadeselinhasdecrditos
para diferentes grupos5. De acordo com os Gerentes de Negcio que responderam os
questionrios,osprincipaisgruposquesedestacaramem2012foramoPRONAFEstiagem(30%)
e o PRONAF B (30%). Outro questionamento importante desta pesquisa diz respeito s
dificuldadesencontradaspeloagricultorfamiliarnaconcessodecrditoPRONAF.
De acordo com os gerentes de negcio do PRONAF, a dificuldade encontrada na concesso de
crditoaoagricultorfamiliarsoasseguintes:71,43%doclientePRONAFtmdificuldadescom
adequao s regras das diretrizes da Poltica Nacional da Agricultura Familiar e
Empreendimentos Familiares Rurais na elaborao do Projeto Tcnico de Financiamento,
Regularidadefinanceira(SPC,SERASA,CADIN),e42,87%dosclientestmdificuldadesemobter
as licenas socioambientais, e enquadramento da Declarao de Aptido ao PRONAF (DAP).
DiantedestadificuldadeoclientePRONAFnotemoprojetoaprovado,pornoatingirocritrio
jnaelaboraodoprojeto.
Noquesereferemaosprodutoseserviosqueapresentamadicionalidadesocioambientalque
sooferecidospelobancopblicoparaosclientesdoPRONAFverificousequeobancoanalisado
oferece adicionalidades socioambientais atravs de produtos e/os servios que so
disponibilizados aos clientes. A tabela a seguir demonstra quais produtos e servios
socioambientaissoofertadospelainstituiofinanceiraanalisadaaoclientePRONAF.
Tabela1:ProdutoseserviossocioambientaisofertadospeloBanco
Produtoeserviosocioambiental
SIM
NO
Produtoseserviosquefomentemainclusobancriadapopulaodebaixarenda.
18,75%
Microcrditoprodutivoorientado.
18.75%
12,50%
33,33%
18,75%
Linhas de financiamento ou produtos com foco socioambiental concedidos em condies

diferenciadasdeacordocomoriscosocioambientaldocliente.
15,63%
16,67%
Produtos que contribuam especificamente para a conservao da biodiversidade, gesto

dosrecursoshdricos,gestodeflorestas,recuperaodereasdegradadas/contaminadas
e/ouparamitigaodosefeitosdasmudanas.climticas.
15,63%
16,67%
Produtos e servios financeiros adequados s demandas e necessidades socioambientais

dascomunidades(ouassociaes)locaise/ouentidadesrepresentativas.
Programadefinanciamentoquefomentemoempreendedorismo
Para conhecer os Grupos e Linhas de Crdito do PRONAF (Posio: Julho \ 2013) acessar a home Page do BNB. Disponvel em <
https://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/PRONAF/grupos_e_linhas/docs/tabela_dos_grupos
Acessoem26dejan.2014.
_07_2013.pdf>.

Seguroambiental.
33,33%
Fonte:Pesquisadoeelaboradopelasautoras,2014.
A instituio desenvolve e aprimora produtos e servios que apresentam adicionalidades

socioambientais para os clientes do PRONAF, dos quais 15,63% adere o servio de Linhas de
financiamentoouprodutoscomfocosocioambientalconcedidoem condiesdiferenciadasde
acordocomoriscosocioambientaldoclienteeosdeprodutosquecontribuamespecificamente
para a conservao da biodiversidade, gesto dos recursos hdricos, gesto de florestas,
recuperaodereasdegradadas/contaminadase/ouparamitigaodosefeitosdasmudanas
climticas, a fim de estimular responsabilidade socioambiental atravs do incentivo de
desenvolvimento sustentvel, atravs do produto e servio ofertado no banco. Os gerentes do
PRONAF,afirmaqueainstituioincentivaseusclientesaadotaremprogramaseampliaodo
usodeaessocioambientais.
Deacordocomosgerentesqueresponderamaoquestionrio,osclientesdoPRONAFsinalizaram
paraobancoaincorporao,dentreasalternativaspropostas,aessustentveis,sendoaao
maisrepresentativaoresodagua(28,57%).
NoquedizrespeitosprticasdesenvolvidaspelosclientesdoPRONAFemrelaoreduodo
uso/descarteadequadoderesduosslidos,osgestoresdenegciodoPRONAFafirmaramqueos
clientes adotam as seguintes prticas sustentveis: 50% de executam o monitoramento
sistemtico e regular do consumo de gua; 33,33% o monitoramento sistemtico e regular do
consumodeenergia.
Diante do resultado encontrado podese verificar que as aes de Ecoeficincia um tema de
conhecimentoedifusoporpartedosgestoresdomicrocrditoPRONAFnoestadodaParaba.
As orientaes dadas aos tomadores de crdito so de enquadramento do projeto as normas
ambientais vigentes no Brasil. Alm disso, percebese que a instituio bancria analisada vem
desenvolvendo aes para que seus clientes adotem prticas sustentveis de produo e de
consumoconsciente,afimdereduziroimpactoambientalaoexerceroprincpiodaEcoeficincia
queincentivaprosperidadeeconmicacomautilizaoeficientedosinsumosdeproduo,
aomesmotempoemquereduzoscustoseconmicoseosimpactosambientaiscausadospela
atividadeprodutivapeloagricultorfamiliar.
5. CONSIDERAESFINAIS
OpresentetrabalhoprocurouverificarasprticasdeEcoeficinciaemumdosbancospblicos
doBrasilnaconcessodecrditodoPRONAFnoestadodaParaba.Inicialmenterealizouseuma
pesquisabibliogrficasobreosseguintestemas:Ecoeficincia,Responsabilidadesocioambiental
e microcrdito. Em seguida, atravs da aplicao de questionrios, buscouse verificar as
orientaes dadas pelos gerentes do PRONAF no estado da Paraba aos tomadores de crdito
paraqueestesadotemprticassustentveisdeproduoedeconsumoconsciente.
Analisandoosresultadosdaaplicaodosquestionriospodeseidentificarnoquedizrespeito
sprincipaislinhasdecrditoqueforamconcedidosem2013,asseguinteslinhasconcedidasna
instituio pelo grau de prioridade so: PRONAF Estiagem 2013, PRONAF Semirido, PRONAF
ComumeoPRONAFMaisAlimento.Almdestesresultadostambmfoipossvelverificaode
algumas dificuldades sentidas pelo agricultor na obteno de crdito, tais como: adequao s
regrasdasdiretrizesdaPolticaNacionaldaAgriculturaFamiliareEmpreendimentosFamiliares
Rurais na elaborao do Projeto Tcnico de Financiamento, Regularidade financeira (SPC,
SERASA, CADIN), em licenas socioambientais, e enquadramento da Declarao de Aptido ao
PRONAF(DAP).
DeacordocomosgerentesresponsveispelaconcessodocrditoPRONAFnaParaba,obanco
oferece adicionalidades socioambientais aos demandantes deste tipo crdito. Para estes
gestores, os clientes do PRONAF sinalizam para o banco a sua incorporao de princpios
sustentveis atravs de aes como o reso da gua, o monitoramento e a regularizao do
consumodeenergiaedegua.
Nestesentido,podeseverificarqueainstituiofinanceiraanalisadaorientaaesecoeficientes
na concesso de crdito a fim de estimular os tomares de crdito da linha do PRONAF a
adotaremepraticaremaessustentveisemseusnegcios.
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OTRANSPORTEESCOLARCONTRIBUINDOPARAAREDUODAEVASOESCOLAR:UMA
COMPARAODOSNDICESNACIONAISCOMOSNDICESDORIOGRANDEDONORTE
1,3,4
A.U.Carvalho (IC);R.F.C.Gentil(PQ)2;E.H. A.Fonsca (PQ)3;A.P.F.Andrade(IC)4

InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNovaCruz,2InstitutoFederaldoRioGrandedo
Norte(IFRN)DepartamentodeLogsticaCampusSoGonalodoAmarante;email:
carvalhouemerson5@gmail.com;rafaelli.freire@ifrn.edu.br;ed_eloisa@hotmail.com;
paulaanndrade@hotmail.com;
RESUMO
A educao um direito social garantido pela
ConstituioFederalereforadopelaLDBeECA.Porm,
para o exerccio pleno desse direito, necessria, por
parte do Estado, a viabilizao da entrada e
permanncia destes indivduos dentro do ambiente
escolar, feito atravs dos programas suplementares
educao, outro direito constitucional que consiste no
deverdopoderpblicoemforneceramparoaosalunos
comrecursos,naformadematerialdidtico,transporte,
alimentao e sade. Socialmente, este direito do
cidado contribui para a formao de uma populao
mais consciente de seus atos, podendo exercer mais
fortementesuacidadaniaemtodososaspectos.Sendo
o transporte escolar um importante aliado ao acesso
educao, este trabalho objetiva apresentar seu papel
social e a importncia para a diminuio da evaso

escolar,comparandoosndicesnacionaiscomosndices
do Rio Grande do Norte. Para isso, utilizouse como
mtodo a pesquisa bibliogrfica e documental,
buscando informaes na legislao e fazendo uma
comparao entre as polticas pblicas do governo
federal para fornecimento do transporte escolar e
pesquisas sobre a evaso escolar no mesmo perodo.
Buscase como resultado desta pesquisa levar
sociedade
como
contribuio,
informaes
esclarecedoras sobre o direito ao transporte escolar e
sobre a importncia do fornecimento deste servio
comovetorparaacessoepermannciadoeducandona
escola.
PALAVRASCHAVE:Transporteescolar,evasoescolar,direitosocial,educao,PolticasPblicas.
SCHOOLTRANSPORTATIONCONTRIBUTINGTOTHEREDUCTIONOFEVASIONSCHOOL:A
COMPARISONOFNATIONALSINDEXESWITHTHERIOGRANDEDONORTEINDEX
ABSTRACT
Education is a social right guaranteed by the education, this study presents its social role and
Constitution and reinforced by the LDB and ACE. importance for the reduction in truancy comparing
However,forthefullexerciseofthisrightisrequiredby nationalsindexeswiththeRioGrandedoNorteindexes.
the state , the viability of entry and residence of these For this , we used as a method to literature and
individuals within the school environment , made documents,searchingforinformationonlegislationand
through supplementary education programs , another makingacomparisonbetweenthepoliciesofthefederal
constitutionalrightisthedutyofgovernmenttoprovide government for providing transport and research on
support to students with resources in the form of schooldropoutratesinthesameperiod.Theaimisto
textbooks, transportation, food , and health. Socially, take because of this research as a contribution to
thisrightofthecitizencontributestotheformationofa society, enlightening information on the right to school
moreconsciousoftheiractspopulationandcanexercise transportandtheimportanceofprovidingthisserviceas
their citizenship more strongly in all aspects. Being the avectortoaccessandretentionofthestudentinschool.
school transport an important ally to access to
KEYWORDS:Schooltransport.Truancy.SocialLaw.Education.PublicPolicy.
OTRANSPORTEESCOLARCONTRIBUINDOPARAAREDUODAEVASOESCOLAR:UMA
COMPARAODOSNDICESNACIONAISCOMOSNDICESDORIOGRANDEDONORTE
INTRODUO
OBrasilmarcadopeladesigualdade,corrupoeproblemassociaisapopulaoainda
no dispe de segurana, sade e educao de qualidade em todas as regies do pas, o que
comprometeaqualidadedevidaeaqualificaoprofissionaldapopulaoedocapitalhumano
queconsequentementedispedemenorrendaecondiesfinanceiras.
Afimdereduzirasdesigualdadessociaissodesenvolvidasaespblicasqueauxiliam
nocumprimentodosdireitossociaisdandomaisqualidadedevidapopulao.
O direito educao garantido por lei para todos os brasileiros e isto fica claro ao
observaroCaptuloIIIdaConstituioFederaldaRepblicaFederativadoBrasilde1988,art.205
que diz: A educao, direito de todos e dever do Estado e da famlia, ser promovida e
incentivadacomacolaboraodasociedade,visandoaoplenodesenvolvimentodapessoa,seu
preparoparaoexercciodacidadaniaesuaqualificaoparaotrabalho.
Mas, para que esse direito seja plenamente atingido, fazse de grande importncia que
existamserviosqueforneamcondiesasuagarantia,auxiliandonapermannciadosalunos
em sala de aula e na locomoo dos mesmos de suas casas at a escola, para que, assim, a
educaopossaseramparadadentroeforadeclasse.Osresponsveisporissosoosservios
suplementares educao, sendo eles a merenda escolar, assistncia sade, o material
didticoeotransporteescolar,almdeprogramascomoobolsafamlia.Estesatuamfacilitando
ainserodoalunonoambienteescolar.
Todos os programas suplementares apresentam sua importncia para a reteno do
aluno na escola, porm o transporte escolar mostrase como um recurso inclusivo
essencialmenteparaascrianasquemoramemzonasruraisdistantesdoscentrosurbanosede
difcilacesso.
O transporte escolar o servio destinado locomoo do aluno de sua casa para a
escolaedaprpriaescolaparaasuacasa,garantindoaoeducandoacessoinstituioescolar,
direito do aluno devidamente matriculado em uma escola pblica em qualquer etapa da
educaobsica,configurandosecomoumelementoinclusivosociedadeamedidaquequanto
maioronveldeescolaridadedeumapopulaomelhorescondiesdevidasopossibilitadas.
Sob esta perspectiva, surge o questionamento: o transporte escolar contribui para a
reduo do ndice de evaso escolar?. Assim, esta pesquisa teve como objetivo verificar a
relaodofornecimentoregulardetransporteescolarcomaretenodoalunonaescola.
Comoobjetivossecundrios,procurouseapresentaropapelsocialdotransporteescolar
pblico, tendo em vista sua importncia para a coletividade, auxiliando a educao e o
desenvolvimento social; apresentar o que assegurado por lei quanto ao transporte escolar,
quemdeveprovlo,compreendendoaimportnciadesteservioparaasfamliaseaeducao
brasileiro.
Paraoalcancedosobjetivos,utilizouseapesquisabibliogrficaedocumental,buscando
nas produes cientficas e em documentos legislativos subsdios para responder ao
questionamentosupracitado.
DIANTEDASLEIS
Como uma forma de auxiliar o direito educao, garantido constitucionalmente, o
transportepblicoescolartemporfinalidadelocomoveroalunonopercursodeidaedevoltade
sua casa para a escola (EGAMI, 2006, p.3) ou atividade de campo. Tendo em vista sua
importnciasociedade,estedireitogarantidopelaCartaMagnabrasileiraeregulamentado
porlegislaoespecfica.Aeducao,merendaescolar,materialdidtico,sadeeotransporte
escolar dever a ser assegurado e zelado pelo Estado. Esses so os denominados programas
suplementaresaeducao.
Deacordocomoart.10eart.208daConstituioFederalde1988,eoart.54doEstatuto
daCrianaedoAdolescente(ECA/1990),funodoEstadooferecercrianaeaoadolescente
educao do ensino infantil ao mdio, atendendo s necessidades desses alunos viabilizando a
aprendizagem.Issosereferedisposiodeestruturaparaalunoscomnecessidadesespeciais,
disponibilizaodematerialescolar,alimentao,sadee,oquedeinteressedesteestudo,o
transporteescolar,que,porsuavez,temqueacompanharoalunodurantetodasuaeducao
comoummeiodeevitaraevasoescolaregarantirumserviodemaiorqualidadeaocidado
queusufruidele.
OsMunicpiossoresponsabilizadosdiretamentenoart.11daCF/1988,queotrazcoma
responsabilidade de zelar pelo direito coletivo, a educao de qualidade e a plena execuo
desteservioedosdemaisqueocercam.
Sendo assim, pode ser observado que o transporte escolar um meio de assegurar o
direito educao. Alm disso, por se tratar de uma obrigao do Estado, no deve ser visto
comoumfavorsociedade,mascomoumdireitoassegurado,coletivoepblicoqueseconstitui
emumaformademanterosjovensnumambienteapropriadoondepossamsetornarcidados.
OTRANSPORTENAPRTICA
AsPolticasPblicaspodemsercaracterizadascomoosconjuntosdeprogramas,aese
atividades desenvolvidas pelo Estado de forma direta ou indireta com a participao de
entidades pblicas ou privadas que buscam assegurar determinados direitos a cidadania e aos
direitos constitucionais (BRASIL, 2013). Dentre as polticas pblicas, temos as educacionais que
visoagarantiadodireitoconstitucionalaeducao,estessedoporumaseriedeprestaes
deservioscomoomaterialdidtico,amerendaeotransporteescolar(temadesteartigo).
O transporte pblico escolar, como servio, possui uma certa complexidade e envolve
outrasreas.EstadoseMunicpiossoauxiliadospelaUnioatravsdeprogramasdeapoioque
preveemconvniosetransfernciasderecursosparaaviabilizaodestetransporte,quepode
serrealizadotantopelaesferapblicaquantopelainiciativaprivada,deformaterceirizadapelos
EstadosouMunicpios.
Como j dito a cima, o transporte escolar dever e responsabilidade do Estado. E para
operacionalizar este servio foram implementadas Polticas Pblicas e Programas como por
exemplos o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) que tem como
objetivo atender alunos residentes em zona rural garantindo o transporte de qualidade; e o
Caminho da escola, desenvolvido em 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento da
Educao (PDE) e tem como objetivo garantir a plena qualidade do transporte escolar pblico
comarenovaodasfrotaseamelhoriadaqualidadedoservio.
DeacordocomoFNDE(2014):
O programa consiste na transferncia automtica de recursos financeiros, sem
necessidade de convnio ou outro instrumento congnere, para custear despesas com
reforma, seguros, licenciamento, impostos e taxas, pneus, cmaras, servios de
mecnica em freio, suspenso, cmbio, motor, eltrica e funilaria, recuperao de
assentos, combustvel e lubrificantes do veculo ou, no que couber, da embarcao
utilizada para o transporte de alunos da educao bsica pblica residentes em rea
rural.Serve,tambm,paraopagamentodeservioscontratadosjuntoaterceirosparao
transporteescolar.
Assim, o programa uma ao complementar agindo como um auxiliar financeiro do

servio.
Aprestaodesteserviopodeserdetrsnaturezas,conformeCRUZ(2009):
1.
2.
Privadoquandopaispagamparaquelevemseusfilhosescola,porexemplo;
Privado prprio quando realizado diretamente pelo rgo pblico com sua prpria
estruturaefrota;
3. Pblico com frota terceirizada quando se contrata uma empresa privada para
desempenharatarefapblica.
Aps definirse como o transporte pode ser efetuado relevante tratar onde ser feito
esse transporte, que pode ser tanto em rea urbana como rural. O primeiro no exige grande
articulao, pois alm de contarem com o auxlio de servios privados como linhas ferrovias e
linhasprivadasdenibus,quepodemauxiliarotransporteescolarcomoumaoutraopo,alm
de em geral realizarem curtos percursos por rotas devidamente sinalizadas e asfaltadas, a
segundaasreasruraisjprecisoavaliaroutrosfatorescomoamaiordistnciaentreoaluno
eaescolaouatmesmoaotransporte,aqualidadedoterrenopercorridoquepodeserdebarro
ouumapistaesburacada,podendoprejudicaraestruturadotransporteescolaretambmafalta
de outros meios de locomoo, que aumenta a inacessibilidade do aluno tendo em relao a
maisintensafrequnciadasreasurbanasassimemcomparaoarearuralexigeummaior
preparoearticulaoparacumprircomoseudever.
Eassimotransporteacontece,deumavisosimplista,eledisponibilizadopeloestadoe
municpioauxiliadoporprogramasespecficosquebuscamamelhoriadaqualidadedoservioe
essestransportesvosruasrealizandoafunodelevaroalunoatasescolas,podendoser
emumazonaurbanaauxiliadaportodoumsistemadetransporteouemrearuralqueexigeum
maior preparo sistemtico e de logstica do servio. Garantidos por lei por sua importncia
fundamental ao cidado, o transporte escolar pblico exige uma complexa articulao que
envolveumasriedefunes.
MTODODEPESQUISA
As caractersticas deste trabalho permitem definilo como uma pesquisa pura,
bibliogrfica e documental, pois busca recolher informaes de fontes como livros, peridicos,
leis e outras produes cientficas, que serviro de arca bolso terico da pesquisa,
fundamentando as informaes referentes ao transporte escolar, desta forma temos como
intuito trazer a unio de diversas informaes ligadas ao tema proposto, gerando uma
informao segura do tema em discusso. A pesquisa dos principais trabalhos acadmicos
utilizados foi feita no google acadmico (http://scholar.google.com.br/) e no peridicos
(http://wwwperiodicoscapesgovbr.ez139.periodicos.capes.gov.br/), para o trabalho tambm
foramutilizadosdadospresentesnaconstituiofederaleemsitespblicos.
RESULTADOSEDISCUSSOAIMPORTNCIADOTRANSPORTEESCOLARPARAASOCIEDADE
Diantedoexpostopodeservistoqueotransporteescolarcumprecomumpapelsocial,o
detransportaralunos.Suafunobeneficianoapenasoseducandos,mastrazvriasmelhorias,
tantoeconmicasquantosociais.
Aprincpio,otransporteescolargaranteaempregabilidadenoapenasdomotoristaque
conduz os veculos, mas tambm de todos os que se beneficiam direta e indiretamente do
transporteescolar,aproduoeamanutenodonibus,porexemplogeraumacirculao
de renda que ser despejada dentro do prprio estado ou municpio, um retorno que acaba
auxiliando no desenvolvimento de diversos servios dentro dessa localidade. Todo um sistema
econmicooquegarantebenefciosatodapopulaoenoapenasaosqueestodiretamente
ligados a ele, em outras palavras o transporte escolar pblico pode ser visto como uma
ferramentadeauxlioeconmicopoisgeraempregoseconsequentementerenda,almdeque
ao estar transportando o aluno gratuitamente evita o desgaste econmico das famlias que
dispemdesteservio.
Ao se observar o papel social deste, ele tambm de grande importncia maior que
econmicapoiscumprecomoumserviosuplementaraeducao.Otransporteescolarfacilita
o acesso do aluno na escola e evita a evaso escolar tornando o ambiente educacional mais
eficienteefuncional.
Existe uma relao muito intima entre a evaso escolar e o no fornecimento do
transporte, muitas famlias so hoje dependentes desse servio principalmente as residentes
nosinterioresdacidadeumapolticaquandonofornecidaaspessoasquenecessitamdelagera
num logico prejuzo social, no caso do transporte escolar o prejuzo a curto prazo e a evaso,
seguidologodepoisdebaixosndiceseducacionais.
Apartirdeanlisebibliogrficafeita(LEON,MENEZESFILHO,2001)aevasoescolarpode
serdefinidacomoadesistnciaesadadoalunodainstituioescolarondeestuda.Deacordo
com informaes de pesquisa realizada em 2012 em 100 pases pelo Programa das Naes
UnidasparaoDesenvolvimento(PNUD),oBrasilopascomoterceiropiorndicedeevaso.
Assim,podemosverqueopasviveumaproblemticanocontextoeducacionalqueprecisaser
extinguido.
AutorescomoNeri(2009),Haddadet.al.(2011)eMouraeCruz(2013)apontamdentre
os motivos que causam a evaso escolar dos alunos a dificuldade de acesso a escola e
dificuldade de locomoo tais deficincias so todas resolvidas atravs do fornecimento do
transporte escolar. Em seu papel social, o transporte escolar objetiva transportar o aluno no
percursocasaescolacasa,consequentementesosanadosumdosprincipaismotivosquegeram
a evaso escolar apresentado pelos autores. Assim este transporte pode agir positivamente
dentrodestecontexto.
DeacordocomoInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatstica(IBGE),aevasoescolarno
Brasiltemdiminudogradativamentenosltimosanos,conformedemonstradonaTabela1que
apresenta o ndice de evaso nacional e do estado do Rio Grande do Norte no ensino
fundamentalemdio.
Figura1ndicedeevasonacionalenorteriograndensemunicipaleestadualnosanosde2007
2010
FonteBGE,(2014)
Como apresentado pela Figura 1, a partir dos anos de 2008 e 2009 houve uma maior
queda da taxa de evaso, aproximadamente um ano depois da criao de programas de
assistnciaaoalunodentreelesoCaminhodaEscola,quetemcomoobjetivorenovarafrotade
veculos escolares trazendo uma maior qualidade e segurana no servio disponibilizado aos
alunos.
Observase que a taxa de abandono escolar no estado do Rio Grande do Norte
consideravelmentemaiorqueataxanacionaltantonoensinofundamentalquantomdiosendo
aproximadamente quase o dobro em ambas as taxas. No estado do Rio Grande do Norte a
reduodessenmeronotoacentuadaquantonastabelasgerais,maspodeseidentificar
umagradativaqueda.
A quantidade de alunos evadidos no ensino mdio, tanto nacionalmente quanto no Rio
GrandedoNortebemmaiselevadasecomparadacomataxadepermannciadosalunosda
educao infantil e do ensino fundamental. certo que esta realidade mora na desigualdade
social do pas, uma vez que, as famlias, ao observarem que o adolescente atingiu idade para
trabalhar,tiraodaescolaparaajudarnoprprioprovimentoedafamlia.
Verificase,tambm,queaevasoescolarnoensinomdiodoRNpossuiumadiferena
bem mais elevada que nas mdias nacionais. Essa realidade pautase na afirmao feita no
pargrafoanterior,pormadesigualdadenoNordestepossuindicesmaisaltosqueemoutras
regiesdopas,favorecendooincioaotrabalhoprematuramenteaosjovensnordestinos.
AantigaPolticaPblicaparaaeducaocertamentetevesuacontribuioparaamaior
quantidade de alunos evadidos no ensino mdio, quando apenas o ensino fundamental era
obrigatrio.Verificaseaimportnciadosprogramassuplementareseducao,vistosnoinciso
stimodoartigo208daCF/88,quandodeixabemclaroqueoEstadodevergarantiroacesso
gratuitoeducaonoatendimentoaoeducando,emtodasasetapasdaeducaobsicapor
meio de programas suplementares de material didticoescolar, transporte, alimentao e
assistncia sade (BRASIL, 1988). Destacase que a redao deste inciso foi atualizada pela
Emenda Constitucional n 59 de 2009, ao substituir a previso dessas garantias de apenas do
ensino fundamental (como constava na redao anterior) para todo o ensino bsico (GENTIL;
SILVA,2013).
O objetivo dos Constituintes de 1988 ao instituir essa garantia apenas ao ensino
fundamentaleraodegarantirpelomenosomnimoparaaquelapoca.SegundoArelaro(2010,
p.1),umcensorealizadoem1872acusavaaexistnciade82%deanalfabetosnoBrasil.Coma
Proclamao da Repblica, em 1889, e os ideais liberalpositivistas (Repblica, cidadania e
educao), observase a necessidade de ampliar a educao j que a forma de exercer a
cidadaniaatravsdovoto,eparavotaraspessoasprecisavamsaberlereescrever.Assim,aps
alguns manifestos e a Constituio de 1946, surge o 1 Plano Nacional de Educao, em 1963,
quepropscomometaprincipal,pelaprimeiraveznahistriadoBrasil,amatrculade100%das
crianasdeseteatonzeanosdeidade,at1970,naescolaprimria,naquelapocadedurao
dequatroanos.
Foi neste contexto que a antiga redao do inciso discutido foi escrita em 1988, porm
comamerecidaalteraoparatodooensinobsicoem2009.Essaatualizaosedevetambma
certaevoluodaeducaonoBrasil,poisnofinaldadcadade90foiatingidoopercentualde
97% das crianas entre 7 e 14 anos de idade (o ento ensino fundamental j tinha 8 anos de
durao) matriculadas na escola. Atingida a meta, em 2006 nova legislao amplia o ensino
fundamentalde8para9anosdedurao(Lein11.274de2006)eem2009oensinomdio
incorporado expresso de acesso educao que antes era garantido apenas ao ensino
fundamental. Tudo isso fruto de uma evoluo estatstica da educao nacional e at 2016
previstoqueestagarantiasejacumpridalevandopopulaoodireitoatodaaeducaobsica,
traduzidanoseuacessopblico,gratuitoeobrigatrio.
Emlongoprazo,oauxlioeducaoprestadopelotransporteescolarpblicocomo
tambm por outros servios como a merenda e o material escolar tem um papel de maior
importncia pois com esse auxlio permitese a formao de cidados que tenham recebido
educaoepossamter,comisso,ummaiorsensocrticoerealizaratividadesnasmaisdiversas
reasdeatuao.DeacordocomFreire(1996,p.61),aeducaoumaformadeinterveno
no mundo que ultrapassa o simples conhecimento dos contedos implicando tambm numa
reproduoideolgica,aformaocrticaeodesenvolvimentotecnolgicoesocial.Aeducao
tempapelimprescindvelparaqualquersociedade.
O Brasil encontrase num abismo quando se fala em educao com escolas
desestruturadas,semcontedodidticoediversosoutrosempecilhosquedificultamaentradae
permannciadoalunodentrodesaladeaula.Otransportecomotambmosdemaisprogramas
suplementaresaeducaogarantidospelaCFde1988,podeamenizarcomotambmcorrigirtais
carncias,quebrandofronteirastornadomaisacessvelaescolaparaoaluno.
CONCLUSO
Este artigo teve como objetivo apresentar o valor do transporte escolar pblico para a
sociedade, tendo em vista seu grande papel como auxiliar na formao cidad, a princpio
apresentando algumas das leis que asseguram o direito a esse transporte, seguindo da
apresentao breve de detalhes que existem na prtica deste servio e por fim, dissertando
comoesteservioedefundamentalimportnciaparaacoletividade,porserumaferramentade
grandeimportnciaparaagarantiaeducaoeassimaformaocrticaecidaddapopulao
quedispedela.
Devidosuaimportncianocenriosocialotransporteescolarumdireitogarantidopor
lei e, segundo as mesmas, dever dos Estados e Municpios disponibilizar esse recurso a
comunidade garantindo assim maiores benefcios populao, existindo tambm programas
auxiliaresetodaumalogsticaqueauxiliamesocomponentesdefundamentalimportnciapara
a melhoria deste servio. Podese notar que o transporte escolar exige todo um sistema de
componentesquegarantemadisponibilidadedesteservio,tendoemvistasuaimportnciapara
asociedade.
Elegaranteempregabilidade,rendaetrazinmerosbenefciossociaiscolaborandoparaa
diminuiodaevasoescolar,efortalecendoassimabasedaeducaoauxiliandonaformao
de alunos e de uma sociedade consciente, que por sua vez, formaram uma fora de trabalho
melhor qualificada, acarretando em desenvolvimento social onde o transporte escolar
efetivamentefunciona.Assim,elesetornaumaferramentademudanaacurtoprazopelarenda
e os servios que o transporte escolar gera e movimenta e a longo prazo pelos futuros
empregadosqueesseservioauxiliaaformar,garantindoocrescimentoeconmicoesocialonde
otransporteescolarfornecido.
Observando os dados fornecidos pelo IBGE que tratam da evaso escolar temos que a
partirde2007essataxainiciaumaqueda.AtribuiseessaquedaevolutivadevidoaosProgramas
relacionados ao transporte escolar dentre outros projetos implementados pelo FNDE que
buscaramarenovaodasfrotaseamelhoriadoserviochegandoalugaresmaisdistantes(a
regio norte particularmente muito beneficiada pelo fornecimento de barcos escolares para
deslocarosalunos).
Por fim, podemos constatar que o transporte escolar pblico de fundamental
importnciacomopapelsocial,porauxiliarnagarantiadoprocessoeducacionalquedformao
aalunos,evitandoproblemascomoevasoescolareaproximandooalunodesuaescola,almde
garantir empregos e movimentar servios econmicos (a manuteno do transporte por
exemplo) e auxiliar famlias que no arcam com os gastos do transporte, o servio apresenta
influncia econmica gerando renda e evitando o desgaste econmico familiar , conclumos
assim que o transporte escolar age como ferramenta transformadora do contexto social e
econmicotrazendodiversosbenefciosasociedade,essapesquisaaindaprope,parapesquisas
futuras, um aprofundamento no tema abordando caractersticas no citadas nesta pesquisa e
gerandomaisdadosquantoaosbenefciosdoserviodetransporteescolarpblico.
REFERNCIAS
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3aoart.76doAtodasDisposiesConstitucionaisTransitriasparareduzir,anualmente,a
partir do exerccio de 2009, o percentual da desvinculao das receitas da Unio incidente
sobre os recursos destinados a manuteno e desenvolvimento do ensino de que trata o
artigo212daConstituioFederal,danovaredaoaosincisosieviidoArtigo208,deforma
apreveraobrigatoriedadedoensinodequatroadezesseteanoseampliaraabrangnciados
programas suplementares para todas as etapas da educao bsica, e da nova redao ao
pargrafo do 4 Artigo 211 e ao pargrafo 3 do artigo 212 e ao caput do artigo 214, com a
inseronestedispositivodeincisovi.DirioOficialdaUnio,Braslia,12nov.2009.
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em:
<http://www.senado.gov.br/publicacoes/estudoslegislativos>.Acessoem:14jan.2014.
10
AECONOMIASOLIDRIACOMOESTRATGIADEDESENVOLVIMENTOTERRITORIALDAREGIO
DOMATOGRANDE
CasosdaAssociaodeSantaTerezinha(JooCmara)edaAssociaodeProdutoresRurais
doProjetodeAssentamentoGes(JardimdeAngicos).
A. P.deL.Silva(PQ);E.deL.Alves(PQ)2;I.P.deMelo (PQ)3;W.S.P.Flix4(Orientador)
1
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorteCampusJooCmara
,2InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte)CampusJooCmara
;3InstitutoFederaldoRioGranedoNorte(IFRN)CampusJooCmara;InstitutoFederaldeEducaoCinciae
TecnologiadoRioGrandedoNorteCampusJooCmaragabin.jc@ifrn.edu.br.
RESUMO
OpresenteartigotemporobjetivodiscutiraEconomia
Solidria como estratgia de desenvolvimento
territorial,analisandosuasarticulaesnoTerritriodo
Matogrande.aindaobjetivodeestapesquisamostrar
a dificuldade de algumas associaes em manter seus
empreendimentos funcionando devido a diversos
problemas de ordem econmica e social. Para a
construo das anlises foram utilizados dois
questionrios do Mapeamento da Economia Solidria
(MTE) aplicados em 2010/2011 na Associao de Santa
Terezinha de Joo Cmara/RN e na Associao dos
ProdutoresRuraisdoProjetodeAssentamentoGis,do
municpiodeJardimdeAngicos/RN.Oestudorevelaque
ambas as associaes esto longe de sustentarem um
modelo econmico solidrio, mostrando a realidade de
tantos outros empreendimentos da regio. Assim,
concluiusequenecessrioinvestiremestratgiasque
possam viabilizar a construo de uma economia em
que no haja excludos ou marginalizados, no entanto
para isso necessrio investir na divulgao de
informaessobreEconomiaSolidriaenaabsorode
seus princpios pelas associaes, grupos informais e
outrasformasdeorganizaocoletiva.
PALAVRASCHAVE:EconomiaSolidria,TerritriodoMatoGrande,desenvolvimento.
THESOLIDARITYECONOMYASASTRATEGYFORTERRITORIALDEVELOPMENTOFTHEREGION
OFTHEGREATKILL
CasesoftheAssociationofSantaTherese(JohnHall)andtheAssociationofRuralProducers
ProjectSettlementGoes(GardenAngicos).
ABSTRACT
ThisarticleaimstodiscusstheSolidarityEconomyas
a territorial development strategy, analyzing your
jointsintheTerritoryofthegreatMato.It'sstillgoal
of this research show the difficulty of some
associations to keep their businesses running due to
various problems of economic and social order. For
the construction of two questionnaires Mapping
analyzes of Solidarity Economy (MTE) applied in the
2010/2011 Association of St. Therese of John Hall /
RNandtheAssociationofRuralProducersSettlement
Project Gois, the city of GardenAngicos were used/
RN. The study reveals that both associations are far

from sustaining a supportive economic model,
showing the reality of so many other projects in the
region.Thus,itwasconcludedthatitisnecessaryto
invest in strategies that make possible the
construction of an economy in which there is no
excluded or marginalized, however it is necessary to
invest in the dissemination of information on
Solidarity Economy and the absorption of its
principlesby associations, informal groupsandother
forms
of
collective
organization.
KEYWORDS:SolidarityEconomy,TerritoryofMatoGrandedevelopment.
AECONOMIASOLIDRIACOMOESTRATGIADEDESENVOLVIMENTOTERRITORIALDAREGIO
DOMATOGRANDE
CasosdaAssociaodeSantaTerezinha(JooCmara)edaAssociaodeProdutoresRurais
doProjetodeAssentamentoGes(JardimdeAngicos).
INTRODUO
A Economia Solidria um modo de organizao socioeconmico, que busca maneiras

diferentesdecompreenderaautogestoeacooperaoemempreendimentoscoletivos,soba
formadecooperativas,associaes,entreoutrasmodalidadesdeatuaogrupal.Outropontoa
favordestaconcepoeconmicaqueamesmasemostraumaalternativaaodesempregoto
presenteemtantoslugaresdopasedomundo.
NoBrasil,notaseque aEconomiaSolidriatemsetransformadoemumiderioenum
mtododeatuaosobaformadeempreendimentoscoletivosdetrabalhadoresquesesentem
marginalizadospeloatualsistemaeconmicoesocialdo pas,movidosporseus valoresesuas
convices. Esses empreendimentos se organizam das mais variadas formas, em associaes
informaisougruposcomunitriosdeproduo,cooperativasepequenasempresas.AEconomia
Solidriatemsetransformadoemumnovoestilodevidaedeaonomeioemqueaspessoas
vivem.
OMinistriodotrabalhoeEmprego(MTE)realizaemmdiadequatroemquatroanoso
mapeamento dos estabelecimentos coletivos para verificar a atuao da Economia Solidria
comoformadeorganizaoeconmicaesocialdesseslocais.Oltimomapeamentorealizado
foientremeadosde2005e2007eidentificou21.859EmpreendimentosEconmicosSolidrios
em2.934municpiosdoBrasil(oquecorrespondea52%dosmunicpiosbrasileiros).Essesdados
mostram que est em construo uma importante ferramenta para a aquisio de trabalho e
renda,noentanto,sefazimportantemencionarqueagrandemaioriadessesempreendimentos
apresentamsriasfragilidadestantonoquedizrespeitocontinuaodasiniciativassolidrias
comotambmnoseumododegesto.
O Territrio do Mato Grande no faz parte da diviso administrativa estabelecida pelo
Governo do estado do Rio Grande do Norte. Na verdade, esse espao se configura como uma
identidaderegionalreconhecidapeloshabitantesdosdezesseismunicpiosquefazepartedesta
regioseconstituindocomoumexemplodeterritrio.LocalizadoaNoroestedacapitalNatal,o
Territrio do Mato Grande composto por dezesseis municpios: Joo Cmara, Pureza, Bento
Fernandes, Poo Branco, Taipu, Jardim de Angicos, CearMirim, Maxaranguape, Rio do Fogo,
Touros,SoMigueldoGostoso,PedraGrande,SoBentodoNorte,CaiaradoNorte,Jandara,e
Parazinho.
A Regio do Mato Grande ocupa uma rea de 5.758,60 km2, com rea mdia por
municpiode382,1km2;possuicercade100milhectaresdesolosfrteiseriquezaderecursos
hdricos.Apresentaumapopulaototalde226.540habitantes,comdensidadedemogrficade
35,5habitantes/km2,dosquaisdosquais109.921residemnazonaurbanae116.420nazona
rural.OndicedeDesenvolvimentoHumanodoterritriode0,625constituindosenumaregio
comIDHmaisbaixodoRioGrandedoNorte.ArendapercapitadeR$76,15/ms.Ataxade
analfabetos acima de 15 anos de 35,9% da populao e 66,8% das pessoas responsveis por
domiclios tm menos de quatro anos de estudo. Neste sentido o presente artigo tem por
finalidade discutir a Economia Solidria como ferramenta de desenvolvimento social e
econmico para o Territrio do Mato Grande com foco na anlise da Associao de Santa
TerezinhalocalizadanacidadedeJooCmaraedaAssociaodeProdutoresRuraisdoProjeto
de Assentamento Ges inserida no municpio de Jardim de Angicos, ambas de implantadas no
contextoruraldessesespaos.
ECONOMIASOLIDRIA:oque?
As reivindicaes da Economia Solidria porta em si uma espcie de ressurreio de
valores que fazem parte da cultura do movimento operrio: solidariedade, autogesto,
autonomia, mutualismo, economia moral, etc. Desta maneira, esse movimento traz tona
classessociaisqueaindatemmuitosdeseusdireitosnegadospelasociedadeatualcomoocaso
dosgruposinseridosnaszonasruraisdopas.
A Economia Solidria pode ser traduzida como uma nova maneira de produzir, vender,
comprar ou trocar o que necessrio para a sobrevivncia de todos que fazem parte desta
coletividade articulada, sem abusar dos outros, sem querer levar vantagem e conviver
harmoniosamentecomomeioambiente.Cooperandoparaofortalecimentodogruponabusca
dobemcomum.Nessesentido,OrtizRocca(inTauile,2001)defendeque:
A economia solidria recobre diferentes formas de organizao onde os cidados e
cidadsseincumbemsejaparacriarsuaprpriafontedetrabalho,sejaparateracessoa
benseserviosdequalidadeaomaisbaixocustopossvel,numadinmicasolidriaede
reciprocidade que articula os interesses individuais aos coletivos (Ortiz Roca,2001 in
Tauile,2001,p.3).
Destamaneira,aEconomiaSolidriaassumeopapeldealinharosobjetivosindividuasdas
pessoasaoscoletivosdogrupo,ouseja,abuscaporumespaodeconvviosemconflitos,oua
conduoadequadadascontradiesvivenciadaspelaspessoas.
Frana Filho e Laville (2004) ao analisar a emergncia de laos sociais de solidariedade,
especialmentefrentecrisegeneralizadadeocupaoconsideramquea
[...]economiasolidriamergulhasuasrazesnasrelaesdepertencimentovividasque
podem ser tradicionais. Entretanto, ela no se confunde com a economia tradicional,
poisvaialmdodomnioprivado,exprimindonoespaopblicoareivindicaodeum
poderagir na economia, isto , a demanda de uma legitimao da iniciativa,
independentedadetenodeumcapital.Elafunda,assim,umempreendedorismoque
nomovidopelarentabilidadedocapitalinvestidoenodistingueoquedaordem
da produo e da distribuio, combinando associao para exercer uma profisso em
comumeajudamtua.
O fato que Economia Solidria tem tecido novos caminhos e saberes para que os
trabalhadores possam se inserir na sociedade, pela confirmao de sua identidade enquanto
trabalhadorenomercadoporpoderarticularseeconomicamente.Tambmrealidadequenos
ltimos anos est crescendo os movimentos sociais e os empreendimentos econmicos

populares e de redes associativas, o que demonstra que h um novo pensamento quanto aos
princpiosdaEconomiasolidria.
AEXPRESSODAECONOMIASOLIDRIAEMEMPREENDIMENTOSCOLETIVOSNOTERRITRIO
DOMATOGRANDE
Com intuito de analisar de que maneiras os princpios da Economia Solidria tem se

articulado no Territrio do Mato Grande, que atualmente compe um dos 120 (cento e vinte)
Territrios da Cidadania do Brasil, programa lanado pelo Governo Federal em 2008, que se
apresentadaseguintemaneira:
Os Territrios da Cidadania tem como objetivos promover o desenvolvimento
econmicoeuniversalizarprogramasbsicosdecidadaniapormeiodeumaestratgia
dedesenvolvimentoterritorialsustentvel.Aparticipaosocialeaintegraodeaes
entreGovernoFederal,estadosemunicpiossofundamentaisparaaconstruodessa
estratgia.
Comaintenodeanalisarsarticulaesdestaformadefazereconomiairemosavaliar
doisempreendimentoseconmicoscoletivosqueseencontramarticuladosdentrodoTerritrio
doMatoGrande,atravsdoquestionriodoMapeamentodaEconomiaSolidriade2010/2011
que abordou as seguintes questes que englobaram as caractersticas gerais do
empreendimento, como o acesso tecnologia, aspectos da Agricultura Familiar, acesso aos
benefcios do Governo Federal, produo, meio ambiente e gesto do empreendimento, como
mostraatabelaabaixo.AprimeiraAssociaovisitadafoiadeSantaTerezinhafundadade1993,
situadanointeriordomunicpiodeJooCmara/RN,ooutroempreendimentofoiaAssociao
dosProdutoresRuraisdoProjetodeAssentamentoGis,constitudanoanode1993,localizada
nazonaruraldomunicpiodeJardimdeAngicos/RN.
TENSANALISADOS
ASSOCIAODESANTATEREZINHA
ASSOCIAODOSPRODUTORES
RURAISDOP.A.GES
Acessotecnologia
Notemacesso
Notemacesso
Enquadramento
na Todosossciosestoenquadrados
Todos
os
scios
esto
AgriculturaFamiliar
enquadrados
Acesso a auxlios do Bolsa Famlia, Salrio Maternidade e Bolsa
Famlia,
Salrio
GovernoFederal
aposentadosdaPrevidnciaSocial.
Maternidade e aposentados da
PrevidnciaSocial
Produo
Castanha
e
mandioca
para Milho, feijo e mandioca para
comercializao.
consumoprprio.
MeioAmbiente
Nohtratamentoadequadoparaos No h tratamento adequado
resduosslidos
paraosresduosslidos.
Gesto
do Existeassembleiamensal.
Existeassembleiamensal.
Empreendimento
Tabela01:itensabordadosnoquestionriodoMapeamentodaEconomiaSolidriade2010/2011
Umdosprimeirospontosabordadospeloquestionrio,comomostranatabelaacima,foi
oacessotecnologia,maisespecificamenteaocomputadoreainternet.Nessequesitoambasas
associaesnotmacessoacomputadoresouainternet,oqueacabadificultandooacessoa
informaesimprescindveisparaamanutenodoempreendimento,comoeditaisdefomentoa
associaeseaprpriapolticadaeconomiasolidria.
Oproblemalevantadoacimademonstraapontadeumicebergmuitomaior,adificuldade
que esses empreendimentos apresentam de se articularem com as demais categorias
econmicas, impossibilitando o dilogo com outras iniciativas, se perdendo naquilo que nunca
conquistaram.ParaCastro(2003):
Aprincipalrazoapontadaparaestesproblemasafaltadecompetnciasadequadas
destes empreendedores para lidar com conhecimentos e tecnologias na maioria das
vezesinacessveisaeles.Aquestoseriaensinloscomolidarcomtcnicasgerenciais,
tecnologiasdeproduo,emtodosdedesenvolvimentodeprodutos,comercializaoe
marketing.
Oquedemonstraqueprecisoinvestirnacapacitaodestaspessoasparaquepossam
conduzirsuasiniciativasdamelhorformapossvel,comacessoainformaoemanejodasnovas
tecnologias,sejamelasruraisouno.
Com relao ao enquadramento na Agricultura Familiar, todos os indivduos que esto

nesses referidos espaos associativos esto enquadrados nessa poltica, como mostra a tabela
01. Todos so portadores da DAP (Declarao de Aptido ao PRONAF) se caracterizando e se
identificandoenquantoagricultoresfamiliares,inclusiveamaioriajacessaramalgumalinhade
crditodoPRONAF(ProgramaNacionaldaAgriculturaFamiliar).
Dos associados da Associao de Santa Terezinha e da Associao do Ges (tabela 01)
praticamente todos recebem algum benefcio do governo federal como Bolsa Famlia, auxlio
maternidadeeaposentadoriadaPrevidnciaSocial,demonstrandoqueosempreendimentospor
sisnogarantemarentabilidadeeconmicaparaseusscios.Essaumarealidadeaindamuito
presente no Brasil, e mais especificamente no Territrio do Mato Grande, pois ao se analisar
outrosespaoscoletivosdessecunhoessefatonodiferente.
QuantoaproduodosempreendimentosaAssociaodeSantaTerezinhamantmuma
pequena produo individual de castanha e mandioca que so disponibilizados para a
comercializao,oquedemonstraumacertaautonomianoconduzirenogerirdaassociao.Na
associaodoAssentamentoGisnohproduoparaacomercializao,existeplantaode
alimentos como feijo, milho e mandioca, mas para consumo prprio. Essas afirmaes
demonstram mais uma vez que as associaes existem mais no funcionam adequadamente
como articulao de pessoas que buscam melhores condies de vida. Para Maria Odete Alves
(2002,p.07)
Umfatorqueinterferenodesenvolvimentodeassociaesdeagricultoresfamiliaresdiz
respeitodiretamenteaosconceitosessenciaisparaaaocooperativaemgeral.queas
associaeseoprocessodecomercializaotornamobrigatriasrelaesseguidascom
o mercado formal. Entretanto, tm estrutura e circuitos de comercializao ainda mal
adaptadosehcertodesconhecimentodasregrasecondiesdemercado.
Destamaneira,aconjunturademercadoformal,quesecomportadiferenciadamentede
umarededeEconomiaSolidria,porexemplo,acabapordificultaraadequadacomercializao
dos agricultores, que muitas vezes acabam por vender a preos baixos seus produtos a
atravessadores ou mesmo no encontram escoamento de sua produo ou ainda no tem
condiesfinanceirasdeirembuscademercadosconsumidores.
Quantoquestoambiental,umdospilaresdaEconomiaSolidria,ambasasassociaes
(tabela 01) produzem resduos, mas no h lugar apropriado para o tratamento dos mesmos,
ento o lixo queimado ou enterrado, formas de tratamento que agridem o solo, o lenol
fretico,entretantosoutrosdanos.
O ltimo ponto observado e de interesse desta anlise diz respeito gesto do

empreendimento (tabela 01), em funo dos princpios autogestionrios delegados pela
EconomiaSolidria.Ambasasassociaestmassembleiadesciosqueserenempelomenos
uma vez por ms, segundo o que consta nos questionrios metade dos scios comparece as
reuniesmensais.OatualpresidentedaassociaodeSantaTerezinhaestnagestoamenos
deumano,enquantodaAssociaodoAssentamentodeGisestnoexercciodesuasfunes
a mais de seis anos. Diante desses dados h uma certa divergncia entre os princpios da
EconomiaSolidriaecomoasassociaessogestionadas,principalmentequantoaAssociao
doGes,poisopresidenteestaratuandohseisanos,eoqueconstanosdadosdoquestionrio
nohouveeleiesnessesltimosanos.
A Economia Solidria tem como um dos pilares de efetivao econmica e social a

autogesto,quepodeserdefinidacomoaprticaeconmicaem queostrabalhadoressoos
donos das ferramentas, e equipamentos de produo. Autogesto o modo de organizar o
trabalhosempatres,tendoadeciso,oplanejamentoeaexecuosobcontroledosprprios
trabalhadores. No entanto, o que muitas vezes se nota o gerenciamento patronal destas
associaes, ou seja, o exerccio do poder pelos presidentes, para manter seus privilgios e
outros adereos a mais. A prpria falta de uma educao voltada para o ensinamento de tais
princpiosdificultaaorganizaoadequadadestesempreendimentos.
CONCLUSO
A Economia Solidria se traduz como outra maneira de organizar a produo, a

comercializao e a gesto de um empreendimento, em que todos so responsveis pela sua
manuteno. Assim, esta articulao econmica pode ser utilizada como instrumento de
desenvolvimentosocialdequalquerregiooucidade,sendonecessrioaassunodaidentidade
destesprincpiossolidrios.
DiantedospontosanalisadosnotasequeaAssociaodeSantaTerezinhaeaAssociao
dos Produtores Rurais do Projeto de Assentamento Ges apresentam muitas dificuldades na
conduodeseusempreendimentos.Ealgunspontoselasexistemapenasnopapel.Oquenos
levaeaquestionarqualarealfinalidadedestasassociaesparaseusmembros?Serquetodos
conhecem quais os seus princpios filosficos, sociais e jurdicos? E Economia Solidria fica em
quallugar?Oquesepodevermuitasvezesqueaspessoasapenasouvemfalar,masdefato
nosabemoqueaEconomiaSolidria.
Por fim concluise que a Economia Solidria pode ser uma ferramenta de articulao e
desenvolvimentoparaoTerritriodoMatoGrande,contribuindoparaadiminuiodapobreza,
oferecendodignidadeasujeitosportantasvezesexcludosdoprocessodesercidado.Porm
necessrio educar as pessoas para que elas mesmas decidam de que maneiras utilizlas, ou
mesmosequeremaderiraosseusfundamentos.
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ProfessoradoIFPB,CampusCampinaGrande.Email:francicleidesousa@yahoo.com.br. 2DiscentedocursoIntegradoemPetrleoeGs,IFPB,
CampusCampinaGrande.Email:gugatavarescg@gmail.com. 3DiscentedocursoIntegradoemPetrleoeGs,IFPB,CampusCampinaGrande.E
mail: nataliaqueiroga@hotmail.com. 4Discente do curso Integrado em Petrleo e Gs, IFPB, Campus Campina Grande. Email:
ruth.queiroz14@hotmail.com. 5Discente do curso Integrado em Petrleo e Gs, IFPB, Campus Campina Grande. Email:
thayle_duarte@hotmail.com
RESUMO
A observao e compreenso sobre a atuao de vendedores autnomos, que desenvolvem uma atividade
comercial,dentrodeumaperspectivaempreendedora,tornamseimprescindveisemumcenriomercadolgicode
constantes mudanas. Este artigo fruto de um estudo realizado com 50 comerciantes, aqui tratados como
empreendedoresindividuais,quedesempenhamumaatividadecomercialfixanoShoppingPopularEdsonDiniz,na
cidade de Campina GrandePB. Buscouse diagnosticar o perfil desses sujeitos por meio da aplicao de um
questionriocompostode14questescompossibilidadedeescolhanicapararesposta.Tratasedeumapesquisa
do tipo qualitativa com uma amostra de 15,15%, de um universo de 330 vendedores autnomos.Os resultados
apontaramqueoscomerciantesapresentamumperfilempreendedorpredominantementevoltadoparaaprticado
empreendedorismopornecessidadeetambmodeoportunidade.Concluisequeospesquisadosconsideramque
assuasprticascomerciaisestoalinhadascomasdemandasdo mercadolocalequeascaractersticasestudadas
soimprescindveisparaaaberturaemanutenodeumempreendimento.
PALAVRASCHAVE:PerfilEmpreendedor,Negcio,Comrciopopular.
IENTREPRENEURYESANDI'MLIVING,PEOPLEWHOHAVENOUNDERTAKESANDISDYING:
LIFTINGTHEENTREPRENEURPROFILEOFTRADERSOFPOPULARSHOPPINGEDSONDINIZ
ABSTRACT
The observation and understanding about the role of independent vendors , who develop commercial
activity within an entrepreneurial perspective , become essential in a market scenario of constant change . This
articleisbasedonastudyof50traders,heretreatedasindividualentrepreneurs,whichplayafixedcommercial
activityinPopularShoppingEdsonDiniz,inthecityofCampinaGrandePB.Weattemptedtodiagnosetheprofile
of these subjects by administering a questionnaire composed of 14 questions with the possibility of choice for
answer.Thisisaqualitativestudywithasampleof15.15%,fromauniverseof330vendorsautnomos.Osresults
showedthattradershaveanentrepreneurialprofilepredominantlyfocusedonthepracticeofentrepreneurshipby
necessityandalsotheopportunity.Weconcludethatrespondentsconsiderthattheirbusinesspracticesarealigned
withthedemandsofthelocalmarketandthatthesetraitsareessentialfortheestablishmentandmaintenanceof
anenterprise.
KEYWORDS:EntrepreneurProfile,Business,Commercepopular.
EMPREENDOSIMEESTOUVIVENDO,TEMGENTEQUENOEMPREENDEEESTMORRENDO:
PERFILEMPREENDEDORDOSCOMERCIANTESDOSHOPPINGPOPULAREDSONDINIZ.
INTRODUO
No Brasil, o empreendedorismo comea a se popularizar na dcada de 1990,

concomitantementeaoprocessodeprivatizaodeempresasestataiseaberturadomercado
nacional a concorrncia externa, o que promoveu a gerao de inmeros empreendimentos,
gerandotrabalho,renda,investimentoseinovaes.
Na Paraba, o fomento de aes que se propem a disseminar e desenvolver a cultura
empreendedoranoEstado,comoOProgramaEmpreenderParaba,OEmpreendedorIndividual,
a Feira do Empreendedor, iniciativas tanto do Governo do Estado quanto do SEBRAE PB; tm
atrado um nmero crescente de empreendedores e tambm pessoas com um potencial
empreendedoraserdesenvolvido.
As atividades comerciais desenvolvidas no Shopping Popular Edson Diniz, conhecido na
cidade de Campina Grande, PB, como Shopping Camel, tiveram inicio no ano de 2002 e foi
criado pelo Poder Pblico Municipal, com o intuito de transferir os antigos vendedores
ambulantesqueseespalhavampelasruasdocentrodacidade,paraumespaofixoecomuma
localizaoestratgica.Hoje,oShoppingEdsonDinizcontacom330comerciantes,instaladosem
unidades do tipo Box, que comercializam diariamente produtos e artigos populares,
configurandose como um espao para a atuao de empreendedores informais (EI) e micro
empreendedoresindividuais(MEI).
Ocenrioatualemqueasmudanastecnolgicas,mercadolgicas,econmicasesociais
acontecemdeformacadavezmaisrpida,indicaanecessidadecadavezmaiordosprofissionais
advindos de atividades comerciais ambulantes, prepararse para aplicar os conhecimentos,
habilidadeseatitudesemumformatodenegciocadavezmaisprofissionalizado,quegerevalor
paraclientes,fornecedores,parceirosergosdefomento,assimcomosociedade.
O empreendedorismo soa como um fenmeno contemporneo, mas j na Idade Mdia
francesaotermoempresrioerausadoparadesignarumapessoacorajosa,quecumpriauma
tarefaeestavaaptaaassumirriscosfinanceiros(MENDES,2009).
SegundoAlves(2012:8)aaoempreendedoraseconfigurana:
capacidade voltada para a inovao, investimento, expanso de novos mercados,
utilizandose de tcnicas, produtos e servios promissores e diferenciais no mercado,
desdequesejamaproveitadasasoportunidadesequeapresentemascaractersticasde
inovar,planejar,arriscar,empenhar,serperseverante,acreditarnaidiaetransformla
em realidade. Este ato se aplica em qualquer rea, seja um novo negcio, um novo
processo,umnovoprodutoouumnovomtodoutilizado.
Assim como as empresas so criadas para gerar lucro, por meio da produo e
comercializaodeprodutoseservios,elastambmtmamissodeagregarvaloreconmicoe
social.Ejustamentenessemercadoqueexigeumamudananaformadasempresasatuareme
serelacionaremcomoambienteinstitucional,queseenxergaaimportnciadaatuaodeum
empreendedorcomoumagentedetransformao.
Acompreensodoqueoempreendedorismo,suscitainmerosconceitosedefinies,
mas h um consenso entre a maioria dos especialistas sobre o fato de que o empreendedor
algumdotadodeumconjuntodeconhecimentos,habilidadeseatitudesnecessrioscriao,
desenvolvimentoetransformaodeumnegcio.
O termo empreender, derivado da palavra francesa entrepreneur, surge
aproximadamente no sculo XIV, sendo utilizado para explicar os estudos focados no
empreendedor,seuperfilesuasorigens.
OseconomistasCantilloneJeanBaptisteSay,nossculosXVIIeXVIIIemseusestudos,j
vislumbravamessecenrioedescreviamesseagentedemobilizaoqueatuavadentrodeuma
perspectiva de gerao de lucro por meio de uma atividade empreendedora, sendo capaz de
transformar os recursos econmicos de baixa produtividade em meios de produo que
suprissemasnecessidadesdeconsumo.
Os novos profissionais que atuam frente de micro negcios, devero desenvolver
alternativas para a atividade comercial, atuando em consonncia com as novas tendncias do
mercado,sejadeformaautnomaouorganizadaemempresas,massemprecomapreocupao
de oferecer servios de alta importncia e relevncia comunidade. Assim sendo, o
empreendedorismo oferece orientao e ferramental necessrios ao direcionamento desses
profissionais.
O conhecimento sobre as prticas desenvolvidas por empreendedores que atuam de
forma autnoma, em micro e pequenos negcios, tornase imprescindvel para a criao e
desenvolvimentodeumaculturavoltadaparaainteraosistmicaemumambientecomplexo,
dinmico,mutveleimprevisvel.
Dentro ento desta perspectiva, de novas demandas para a identificao de quem so?
que renda obtm com o seu negcio? Qual seu grau de escolaridade? Que atividades
desenvolvem?Porquetornaramseempreendedores?Quaissosuasdificuldadesparamantere
desenvolveroempreendimento?.Taisquestionamentosvodeencontroaolevantamentoanual
que realizado pelo Global Entrepreneuship Monitor (GEM), instituio criada para mapear e
monitorarasaeseatividadesempreendedorasem152pases,incluindooBrasilequeprocura
diagnosticarquaisaeseprticasempreendedorastmsidodesenvolvidasemtaispases.
Portes (2009) ainda afirma que o empreendedorismo um processoque fundamenta o

desenvolvimentohumanoequesefaznecessrioverificarexperinciasdiversasquecontribuam
paraquefloresaumaaoempreendedora.
Feitas estas consideraes e levando em conta a importncia do contexto do
empreendedorismo,arealizaodestainvestigaopretendeurespondersseguintesquestes:
Qual o perfil do micro e pequeno empreendedor que atua, de forma autnoma no Shopping
popularEdsonDiniz,nacidadedecampinaGrandePB?Esseperfilcondizentecomoquerevela
operfilempreendedorbrasileiro,apontadopeloGEM?Qualapercepodessessujeitosdentro
daperspectivaempreendedora?Quaisascaractersticaspercebidasnestesempreendedores?A
realizaodesteestudobuscoutambmlevarosalunosparticipantescomopesquisadores,aum
contato com a atividade cientfica, empresarial e privilegiar o espao urbano onde esto
inseridos.
MTODO
Arealizaodesteestudoobedeceuacincofasesdeinvestigaocomplementares,que
possibilitaramumamaioracuidadedasinformaesrelativasaouniversopesquisado.
Utilizouseapesquisabibliogrficaparaembasamentoacercadascorrentesepensadores
quetratamdotemaempreendedorismo,pormeiodarealizaodeencontrosparadiscussoe
anlisedetextosespecficos.
Aestratgiautilizadafoidotiposinttica,deestudodecasosmltiploscomumsnvel
deanlisepelofatodapesquisatersidodesenvolvidacomossujeitosquesequeriainvestigar,
que so os comerciantes que atuam no Shopping Popular Edson Diniz, na cidade de Campina
GrandePB para levantamento e diagnstico de seu perfil empreendedor (nvel de anlise
nico).
De uma populao de 330 comerciantes, 50 contriburam para os resultados obtidos,
representando assim uma amostra de 15,15%, escolhida pelo critrio de acessibilidade e de
forma intencional, ou de seleo racional, em que os elementos que a compe esto
relacionadosconformecertascaractersticasestabelecidasnoplanoenashiptesesformuladas
pelopesquisador(RICHARDSON,2009).
Oinstrumentodepesquisautilizadooquestionrioaplicado,constitudode14questes
fechadas, com possibilidade nica de resposta, para levantamento das variveis referentes ao
perfil scioeconmico e empreendedor dos sujeitos pesquisados. O instrumento foi aplicado
entreosdias28a30deabrilde2014,pelosdiscentespesquisadores,dandolhesaoportunidade
de,duranteaaplicao,investigarpormeiodeentrevista,outrasinformaesquecontriburam
paraumamelhorcompreensoeacuidadedosdados.
Para anlise das variveis estabelecidas no estudo, utilizouse os resultados das tabelas
(com mdia percentual) e estabeleceuse grficos com ndices que auxiliassem no cruzamento
dasvariveis,comosperfilquesequeriaavaliar.
RESULTADOS
TABELA01:Perfilsocioeconmicodoscomerciantes
Varivel
Opesderesultados
Gnero
Feminino
70%
FaixaEtria
Entre27 e 40 anos
42%
Estadocivil
Casados
50%
Cidadeonderesidem
CampinaGrande PB
96%
Renda obtida com o EntreR$750,00aR$2.400,00

negcio
58%
NveldeEscolaridade
52%
EnsinoMdioCompleto
Tempo de negcio no De4a12anos

ShoppingEdsonDiniz
60%
Fonte:PesquisadeCampoShoppingPopularEdsonDiniz,CampinaGrandePB,abrilde2014
Combasenosdadosdapesquisa,foinotadoqueaproximadamente70%dosentrevistados
so mulheres e em sua maioria trabalham com confeces, o que pode ser justificado por
questes mercadolgicas, uma vez que a cidade de campina grande fica a 140Km de centros
produtoresdeconfecescomoCaruaru,santaCruzeToritama,noestadodePernambuco.Jo
percentual de 30% do gnero masculino, comercializam artigos eletrnicos e acessrios. Tal
constataoreforaosdadosdorelatriodoGEM(2013)queindicaumcrescimentonaatividade
empreendedoradesenvolvidapormulheres.
Navarivelfaixaetria,42%tmentre27e40anosecomparandocomotempoquetm
oempreendimento(60%),de4a12anos,mostraqueamaiorpartecomeouatrabalharainda
quando jovens, ratificando os achados do GEM que indicam o crescimento contnuo do
empreendedorismopraticadoporjovensnestafaixaetria.Dentreosmesmos,50%socasados
eestedadoindicaqueosustentodafamliaprovmdonegocio.Apesquisatambmrevelouque
umaquantidadesignificativacompostaporsolteiros(30%),emuitosabriramonegcioprprio
paraterindependncia,sejaelafinanceiraougerencial.
Navarivelnveldeescolaridade,podeseconstatarque52%dosentrevistadospossuio
ensino mdio completo, justificando dessa forma o fato de 58% dos mesmos, possurem uma
renda mensal concentrada entre R$ 750,00 e R$ 2.400,00; revelandose assim que a maior
concentrao e obteno de renda esto para aqueles que possuem um maior nvel de
escolaridade.
Os resultados a seguir indicam como os comerciantes que atuam no Shopping Popular

EdsonDiniz,seposicionamquandoindagadossobresuasintenesempreendedoras,ratificando
comopercebemamaneiracomodesenvolvemseunegcio.
TABELA02:Estruturafuncionaldonegcio
Varivel
Opesderesultados
Formasocietria
NegcioIndividual(semscios)
94%
Produtos
comercializados
Confeces,eletrnicos,celulares 68%
esimilares
Quandoindagadossobreaformacomodesenvolveseunegcio,94%respondeuqueatua
de forma individual, sem ter sociedade, o que refora uma modalidade crescente de fazer
empreendedorismo,queoMicroEmpreendedorIndividual(MEI)e68%revendeprodutosque
vo de confeces a produtos de tecnologia, que so produtos onde se percebe um consumo
crescentenomercadotambmnacional.
TABELA03:Percepodoqueserempreendedor
Varivel
Opesderesultados
Terumnegcio
8%
Tersucesso
20%
Definio do que ser

empreendedor
Terumbomemprego
4%
Ganhardinheiro
28%
Desenvolverseprofissionale
pessoalmente
40%
O posicionamento dos pesquisados se diversifica quando perguntados como definem o

que ser empreendedor, mas a resposta que aponta um maior percentual (40%) revela que,
mesmodesenvolvendoonegciodeformaaobterrendaparasustentodafamlia,elestambm
consideram que ser empreendedor realizar uma atividade remunerada que leva a um
desenvolvimentoprofissionalepessoal.
TABELA04:Dificuldadesenfrentadasparamanteredesenvolveronegcio
Varivel
Opesderesultados
Capitalfinanceiro
50%
Dificuldadesenfrentadas
para
manter
e
desenvolveronegcio
Incentivopblico:
8%
Concorrncia
26%
Estoquedemercadorias
Fornecedores
(Infraestrutura)
6%
2%
2%
Quantoaosmotivosqueapontamcomodificultadoresparadesenvolveronegcio,58%
aponta queas questes financeiras, sejamelasde capital prprio ou recursos governamentais,
acabam por impedir que sejam feitos mais investimentos, sendo que a concorrncia, em um
percentual de 28% tambm apontado como uma varivel limitante, ratificando o que diz a
literatura sobre os anseios de empreendedores brasileiros, de poderem praticar uma atividade
deformamaisdesenvolvida,porlimitaesdeordemerria.
TABELA05:Intenessobreodesenvolvimentodonegcio
Varivel
Opesderesultados
Inteno
em
desenvolveronegcio
Sim
88%
No
12%
Mesmo diante das dificuldades financeiras, os sujeitos pesquisados apontam para uma
perspectivaotimistaquantoaodesenvolvimentodeseunegcio,umavezque88%seposiciona
favoravelmente em procurar mecanismos que colaborem para o desenvolvimento de seu
comrcio.
TABELA06:Fatoresqueajudariamnodesenvolvimentodonegcio
Varivel
Opesderesultados
Propaganda
16%
Fazercursosdecapacitao
emgesto
18%
Conseguirmaiscapital
45%
Fatoresparaimpulsionar
onegcio
Abriropontoemoutrolugar 16%
Para o delineamento do perfil empreendedor, de acordo com os sujeitos pesquisados,

levantouseumasriedeaesquesoconsideradasimprescindveisparaodesenvolvimentode
atividadesempreendedoras.Paraestaanlise,buscousedeacordocomomodelotrabalhadono
estudo,mensuraraquelasaesqueindicassemestratgiasquepudessemcolaborarnoprocesso
dedesenvolvimentosepotencialcrescimentodonegcio.
CONCLUSO
Concluise que os comerciantes instalados no Shopping Popular Edson Diniz, conhecido
pelo mercado consumidor da cidade de Campina Grande PB como Shopping Camel,
reconhecemse como Micro Empreendedores Individuais (MEI) e percebem a atividade
empreendedoracomoimprescindvelparaquehajaseudesenvolvimentopessoaleprofissional.
So negcios que contribuem para o desenvolvimento de economias de outros Estados, a
exemplodePernambuco,queservecomomercadofornecedordemercadoriascomoconfeces
e tambm se inserem dentro do contexto da globalizao, por tambm interagirem com
mercados externos, quando da aquisio e comercializao de produtos tecnolgicos
importados.
Tais empreendedores analisam de forma crtica as limitaes de atuao de seus
negcios, percebendo e elencando as estratgias necessrias para alavancar o negcio, mas
tambm afirmam que tais aes no dependem exclusivamente de aes individuais, mas que
devemserestabelecidasemparceriacomopoderpblicomunicipal.
Os resultados apontam que os sujeitos, objetos da pesquisa, se enquadram dentro do
perfil nacional de empreendedores, delineado pelo GEM, quando indicam possuir as variveis
idade,nveldeescolaridadeedefiniodoqueserempreendedor;imprescindveisparaquese
percebaediferencieosempreendedoresdosqueapenasdetmapropriedadedeumnegcio.
REFERENCIAS
ALVES,MarcosAurlio.Apostiladocursodeempreendedorismoeestratgiasempreendedoras.
61p.Marode2012.
PORTES, MRCIO. O processo visionrio e o desenvolvimento de caractersticas e habilidades
empreendedoras: O caso Lapidart Ltda. Belo Horizonte: Faculdades Integradas de Pedro
Leopoldo,2009.(DissertaoMestrado).
RICHARDSON,RobertoJarryetal.Pesquisasocial:mtodosetcnicas.3.ed.10.reimpr.So
Paulo:Atlas,2009.
ProjetoCasulo:desenvolvendoashabilidadesempreendedoras
A.A.R.Oliveira(PO)1;A.K.Moraes(PQ); A.A.A.Xavier(PQ);V.S.S.Vasconcelos(PQ)4;V.S.Peixoto(PQ)5;
A.N.Santana(PQ)6
1
Pessoa;3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa,4InstitutoFederaldaParabaCampusJoo
Pessoa,5InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa,6InstitutoFederaldaParaba(IFPB)Campus
JooPessoaemail:aretha.santanahotmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
O
desenvolvimento
de
habilidades
empreendedoras
dentro
da
filosofia
do
empreendedorismosocialesolidrioumaalternativa,
que congrega diversas experincias sociais para o
desenvolvimento econmico. O objetivo central do
projeto foi desenvolver um diagnstico organizacional
envolvendoasprincipaisreasdagestoatravsdeum
processodeaointegradaeformaocontinuadaafim
de viabilizar a construo das principais habilidades
empreendedoras bem como a promoo do
desenvolvimento integrado e sustentvel do grupo. As
indicaes metodolgicas pautaramse pelos princpios
daaprendizagemcomautonomiaedodesenvolvimento
de competncias profissionais. Os procedimentos a
serem utilizados centraramse na atividade reflexiva e
interativa dos participantes, resgatando suas

concepes (saberes, representaes, vivncias,
experincias) sobre o objetivo do conhecimento.
Mtodo dialgico da autonomia/dependncia e de
insero do sujeito que conhece no conhecimento.
Podese apontar como sntese das atividades
desenvolvidasnoGrupodeProduoMulheresdaBeira
daLinha,nacomunidadeAltodoMateus:(a)oficinasde
reflexes
sobre
as
principais
habilidades
empreendedoras; (b) diagnstico organizacional que
ajudarnafuturaelaboraodoPlanodeNegcios.Tais
resultados mostramse satisfatrios e tm alimentado
outras possibilidades de projetos futuros para
continuidade ao processo organizacional do arranjo
produtivo.
PALAVRASCHAVE:Diagnsticoorganizacional,GrupodeProduo,Desenvolvimentodehabilidades.
ABSTRACT
CocoonProject:Developingentrepreneurialskills
The development of entrepreneurial skills

within the philosophy of social entrepreneurship and
solidarity is an alternative that brings together diverse
social experiences for economic development The
central objective of the project was to develop an
organizational diagnosis involving the main areas of
management through an integrated process of action
and continuing education in order to facilitate the
construction of major entrepreneurial skills as well as
promoting integrated and sustainable development of
the group . The methodological indications guided by
the principles of learning with autonomy and the
development of professional skills . The procedures to
beusedfocusedonreflectiveandinteractiveactivityof
participants , rescuing their conceptions ( knowledge ,

representations , experiences , experiences ) for the
purposeofknowledge.Dialogicalmethodofautonomy/
dependence and insertion of the knowing subject
knowledge.Onecanpointtoassynthesisofactivitiesin
GroupProductionLineWomen'sborder,intheUpper
Matthew's community : ( a) workshops
empreendedoradas reflections on key skills ; ( b )
organizationaldiagnosis(BusinessPlan)thatwillhelpin
the future development of the Business Plan . These
resultsprovetobesatisfactoryandhavefueledfurther
possibilities for future projects to continue the
organizationalarrangementof theproduction process .
KEYWORDS:Organizationaldiagnosis,GroupProduction,Developmentofskills.
ProjetoCasulo:desenvolvendoashabilidadesempreendedoras
1. INTRODUO
Este diagnstico tem como objetivo apresentar uma anlise das habilidades
empreendedoras de um grupo de produo, promovendo o desenvolvimento integrado e
sustentveldeeconomiasolidrianobairrodoAltodoMateusnacidadedeJooPessoaPB.
O grupo de produo conhecido como Mulheres da Beira de Linha, do qual utiliza
umespaonaUIPUNIDADEDEINCLUSOPRODUTIVAEVESTURIOdisponibilizadopelaa
prefeitura.Ogrupodemulheresestdivididoemdoistiposdeatividades:odemanufatura
prpriaeaprestaodeservios.
OGrupodeMulheresdaBeiradeLinhatemaparticipaode13mulheres,dasquais
possuem habilidades suficientes para produzir e gerir oportunidades de servios, devido
experincia profissional de cada uma delas, adquiridas por meio de capacitao atravs de
cursos profissionalizantes de corte, costura e modelagem de confeco, cursos esses que
foramoferecidospeloProjetoBeiradaLinhaPBLparaasmesdosalunosquefrequentam
oprojeto.
OGrupodeProduoMulheresdaBeiradaLinhaofereceaindaserviosdeproduo
personalizadossempresas.Ogrupodeproduofoifundadopelaidealizaodeeconomia
solidria,comointuitodeproporcionarrendafamiliarparaasmulheresdaBeiradaLinha.
Ogrupodemulheresmerecedestaqueespecial,porconquistarseusclientesatravs
da divulgao de seus servios e peas prprias, atravs da participao nas feiras de
artesanatos voltada para grupos de produo da cidade, assim adquirindo uma maior
visibilidadedeseutrabalho.
ApartirdestediagnsticopossvelfazerumaleituradocenrioatualdoGrupode
MulheresdaBeiradaLinha.
2. METODOLOGIA
Dopontodevistadosmeiosdeinvestigaoedeacordocomseusobjetivospropostosno
ProjetoCasulo,aexecuodessediagnsticoutilizaessedoispontos:
1.
Observao in loco: obtevese a percepo da infraestrutura (ambientes,
equipamentoseoutrosrecursos)eacapacidadeprodutiva,doqualoGrupodemulheres
desempenhaparaatingirobjetivos.
2.
ReuniescomasparticipantesdoGrupodeProduo:apartirdasreuniespode
secoletarinformaesatravsdo dilogocomasparticipantes,doqualrelatoucomo
geridoogrupodeproduo,ondefoipossveldividirnasseguintesetapas:
PrdiagnticodasituaoatualdoGrupodeMulheresdaBeiradaLinha;
SensibilizaoidentificaranecessidadedesedesenvolverumPlanodeNegcios,
eexplicarparatodasasintegrantesdoGrupodeProduoaimportnciadePNequaisos
ganhosquesepodealcanar;
RealizarumaanlisesituacionaldoGrupodeProduo,atravsdereuniescom
todas as participantes, onde as mesmas relataram a contribuio de ambas para o
desempenhodogrupo;
Realizarumaanliseparaidentificarquaisasdiretrizesestratgicasadotadaspara
oGrupodeProduo;
SugeriraimplementaodePlanodeNegcios,atravsdeumrelatriodetalhado
doGrupodeProduo.
3. ANLISEDEDADOS
A partir deste diagnstico possvel fazer uma leitura do cenrio atual do Grupo de
MulheresdaBeiradaLinha,ondesepodeidentificaraausnciadediversospontosessenciaisno
desenvolvimentodasreasabordadasnoPlanodeNegcios.
Emumalinguagemmodesta,emumprocessoinicialdeaprendizagemecompreenso
parainserodeumPlanodeNegciosnoGrupodeProduo,quevisafortaleceronegciodo
GrupodeMulheresdaBeiradaLinha,criandovaloremseunegcio,aseguirveremosasrease
asdeterminadasaes:
3.1 reaEstratgicaPlanodeAo
AelaboraodoplanodeaoparaoGrupodeProduoMulheresdaBeiradaLinha
envolveraspectostcnicoseadministrativos,visandoumequilbrioentrearesponsabilidade
individualeocompromissocoletivodogrupo.Entretanto,esseconjuntodemedidaspodeser
organizadoemumplanodeao,doqualserodesenvolvidasasseguintesaes,paratornar
oGrupodeProduoMulheresdeProduodaBeiradaLinhamaiscompetitivonomercado:
Desenvolvermisso,viso,valoreseprincpiosparaogrupodeproduo:Essasetapa
soessenciaisnaimplementaodagestoestratgicacompetitivadoGrupodeproduo,a
construo de uma viso de futuro da organizao em objetivos tangveis que auxiliam o
estado desejado em longo prazo e assegurar a execuo da misso, garantindo a
sobrevivncianopresente.Osvaloressoasnormasdecondutaparaogrupodeproduo
nocumprimentodeseusobjetivos.
Identificar o posicionamento estratgico do grupo de produo: O posicionamento
estratgicopoderdefinirumlugaremqueoGrupodeproduoocupanomercado,um
processodeseleodeclienteporpartedogrupo.Ouseja,apartirdomomentoemqueas
mulheres determinam seu seguimento de produo/ servio, inicia seu processo de
Posicionamento dentro do ramo em que atua, esta escolhe atender desejos e/ou
necessidadesdedeterminadoperfildecliente.
Identificar a cadeia de valores e competncia essencial no seu processo produtivo: a

competnciaessencialdogrupodemulheresparaproporcionarumconjuntodehabilidades
emqueogrupodispeequelheservedebaseparagerarbenefciosaosseusclientes,ea
cadeia de valor procura entender a empresa como um amplo conjunto de atividades inter
relacionadasquevisamadicionarumvalorespecficoaocliente;
Realizarumaanliseambiental(internoeexterno)dogrupodeproduo:arealizao
deumaanliseexterna(oportunidadeeameaa)einterna(foraefraqueza)proporcionar
umaclarezadasituaodoGrupo,sendoassimfontedebaseparaocumprimentodeaes
queneutralizemasameaasefraquezasepotencializemasoportunidadeseforas.
Desenvolver uma matriz SWOT: o cruzamento da Swot proporcionar ao grupo de
produoestratgiadecompetitividade,desenvolvendoobjetivosemetas,afimqueogrupo
setornemaiscompetitivonomercado.
Desenvolverumsegmentoestratgico(Portflio):realizaromapeamentodesegmento
estratgico,possibilitandoaogrupodeproduoumavisosistmicadonegcio.
Desenvolver alianas estratgicas: Para o grupo desenvolver alianas estratgicas, com
algumas empresas (parcerias), poder auxiliar no crescimento no mercado que se est
inserido.
Desenvolvercapacitaoestratgica:proporpossibilidadedecapacitaoparaogrupo,
dentrodavisodenegcioqueexercem,paratornlamaiscompetitivanomercado.
Desenvolverformulaodasestratgias(estratgiacompetitiva;diversificao,alianas
eparcerias):ogrupodeproduopoderdesenvolverestratgiasquedevemserplanejadas
apartirdesituaesqueatendamplenamenteaopropsito,aoambienteeacapacitaodo
grupo.
3.2 reaProdutoeServioPlanodeAo
DiantedodiagnsticoobtidonareadeprodutoseserviosdoGrupodeMulheresda
Beira da Linha observouse a necessidade da implantao de intervenes na rea de
produtos /servios. No intuito de abranger e concretizar o processo produtivo do grupo, a
seguirconstartrsaes:
1.
Descriodoprodutoeservio
Estrutura:descriodoprodutoeservio;
Especificaestcnicas:descreverastcnicasutilizadasnoprocessoprodutivo;
Requisitostcnicos:descreverosrequisitosutilizadosnoprodutoe/ouservio;
Padres de conformidade e qualidade: definir e descrever padres de qualidade e

conformidadedeprodutoseservios;
Processos:descreverosprocessosutilizados;
2.
EstgioTecnolgico
Doproduto:descreverfatorestecnolgicosrelacionadosaoprodutoeservios;
Dasespecificaes:descreverasespecificaesadotadasnoproduto;
Dosprocessos:descrevereredesenharosprocessosprodutivos.
3.
Outros
Catlogodeproduto:criarumcatlogodeprodutos;
Conhecimentos tcnicos: incentivar a participao em cursos de capacitao em

produo,vesturioeetc.
3.3 PesquisadeMercadoePlanodeMarketing
De acordo com Ambrsio (2009), o consumidor o ponto central do Marketing,
inciodetodooprocessodeplanejamento.Dessaforma,iniciamosasestratgiasafimde
atingirosobjetivosacimacitadoscommetasrelacionadasaestapeatoimportanteque
oconsumidor:
Conheceroperfildoclientequesepretendeconquistare/oumanter;
Compreenderseoclienteatualestsatisfeito;
Identificaroquemaisseaprecianoproduto;
J no que concerne ao mercado e s estratgias que por ele so impostas,
podemosdestacarasseguintesmetas:
Conhecer o mercado onde o grupo atua e onde querem atuar e suas
oportunidades;
Quaisosprincipaisgrandesconcorrenteseaspossveisestratgiasqueusam;
Identificaremquepocadoanoasvendasaumentam;
Definirsepretendemexpandirmercado;
Definirodiferencialnaelaboraoe/ouvendadoproduto;
Sabendose que para o cumprimento dessas metas e assim, dos objetivos aqui
propostos necessrio que primeiramente haja uma conceituao para o Grupo
demonstrando o que o marketing, qual a sua importncia e como pequenos detalhes
podemfazergrandediferenaaquisepropetaisaes:
Minicursosepalestrasacercadotema;
Definiodasegmentaodemercado;
CursosdeeducaoemTcnicasdeVendaseQualidadeemAtendimento.
3.4 PlanodePessoasPlanodeAo
Conforme o que foi obtido ao longo da realizao do projeto, propemse as
seguintesferramentasdegestodepessoas,afimdeoportunizarodilogoecapacidade
gestoradascomponentes:
Cursosdeaperfeioamentoedesenvolvimentodecompetnciasehabilidades;
Motivaoparaotrabalho;
Relaesinterpessoaisediversidadecomunitria;
Formaodegruposeequipes;
Planocolaborativodetrabalho,aeseresponsabilidadesindividuais.
3.5 PlanoOperacionalPlanodeAo
Tendoemvistatodososaspectosobservadosdurantearealizaododiagnstico,
propemsecomomelhoriaasseguintescontribuies:
Aesdemelhoriasdosprocessosprodutivos,queviseeliminarointil,maximizar
osresultadoseaperfeioarosrecursos;
MapearedescreverosprocessosprincipaisdacosturautilizadospeloGrupo,com
ointuitodefacilitarorepassedeinformaesentreasintegrantes;
Desenvolver uma Anlise da Distribuio do Trabalho (QDT) do setor de costura,
envolvendotodooGrupo,comointuitodeanalisarcargahorriaindividual,funes
exercidasporcadaparticipante;
Elaborao de um Manual, com a finalidade de reunir informaes de forma
sistematizada,criteriosaesegmentada;
Realizar um treinamento sobre Qualidade enfatizando a importncia dos 5S

(limpeza,arrumao,utilizao,disciplinaebemestar).
3.6 PlanoFinanceiroPlanodeAo
Diante do apresentado durante o diagnstico indicamos a necessidade de
elaborao de um Plano de Ao, onde constaro aes tcnicas, administrativa e
financeira buscando principalmente atender as necessidades detectadas. Com isso no
PlanodeAoconstarsetegruposdeaes:
1. Anlisesituacional
Diagnosticarasituaofinanceiraatual.
2. Projeesdefluxodecaixa
Criarummecanismodefluxodecaixa,quevenhafacilitarseupreenchimentoevisandoa
obtenodeinformaodemaneiramaisadequadaerpida.
3. Anlisederetornoeviabilidade
Estabelecerparmetrosdeanliseparasabersedeterminadoinvestimentooucriaode
novoprodutoevivel.
4. Anlisederiscos
Estabelecer parmetros de risco, at onde se deve ariscar financeiramente sem que
comprometaoGrupo.
5. Anlisedefontedecapitalefinanciamentos
Esclarecerasfontesqueexistemparabuscardinheironomercado.
6. Preo
Ensinaromecanismoparasaberestabelecerpreo.
7. Outros
Curso: treinar a colaboradora responsvel pela rea financeira, passando lhe

informaesetcnicascontbeis;
Criarumlivrocaixamaisdetalhado;
Criarumplanejamentopararecursosasereminvestidos;
CONSIDERAESFINAIS
A atuao de pessoas e de grupos de produo embutidos na filosofia do

empreendedorismosocialesolidriovemcrescendodeformasignificativa,comistode
seesperarquecomtamanhodesenvolvimento,osprocessosinternosdevamestarcada
vez mais arrojados de forma a contribuir na sustentabilidade da comunidade. O
desenvolvimento de habilidades empreendedoras dentro da filosofia do
empreendedorismo social e solidrio uma alternativa, que congrega diversas
experinciasemodelossociaisparaodesenvolvimentoeconmicocomorespostaparao
desafio de se manter um elevado padro de desenvolvimento econmico e, ao mesmo
tempo,melhoraraqualidadedevidadaspessoas.
O objetivo central do projeto foi atingido com o desenvolvimento de um
diagnstico organizacional envolvendo as principais reas da gesto atravs de um
processo de ao integrada e formao continuada. As indicaes metodolgicas
pautaramsepelosprincpiosdaaprendizagemcomautonomiaedodesenvolvimentode
competncias profissionais. Tais instncias so entendidas como a capacidade de
mobilizar, articular e colocar em ao valores, conhecimentos e habilidades necessrios
paraodesempenhoeficienteeeficazdeatividadesrequeridaspelanaturezadotrabalho.
Os procedimentos a serem utilizados centraramse na atividade reflexiva e
interativa dos participantes, resgatando suas concepes (saberes, representaes,
vivncias, experincias) sobre o objetivo do conhecimento. Mtodo dialgico da
autonomia/dependnciaedeinserodosujeitoqueconhecenoconhecimento.
PodeseapontarcomosntesedasatividadesdesenvolvidasnoGrupodeProduo
Mulheres da Beira da Linha, na comunidade Alto do Mateus: (a) oficinas de reflexes
sobre as principais habilidades empreendedoras; (b) diagnostico organizacional
(estratgico, produtos e servios, mercado, marketing, operacional, desenvolvimento
humano e financeiro) que ajudar na futura elaborao do Plano de Negcios. Tais
resultados mostramse totalmente satisfatrios e tm alimentado outras possibilidades
deprojetosfuturosparacontinuidadeaoprocessoorganizacionaldoarranjoprodutivo.
REFERNCIAS
AMBROSIO,V.PlanodeMarketing:umroteiroparaaao.SoPaulo:PrenticeHall,2009
FISHMANN,A.M.,ALMEIDA,M.I.R.de.PlanejamentoEstratgiconapratica.SoPaulo:Atlas
1995.
LASCASAS,A.L.PlanodeMarketingparaMicroePequenasEmpresas.5.Ed.SoPaulo:2009
LOBATO,D.M.,et.al.Estratgiadeempresas.4.Ed.RiodeJaneiro:EditoraFGV,2005.
OLIVEIRA,D.P.R.PlanejamentoEstratgico:conceitosmetodolgicoeprtico.SoPaulo:Atlas,
2002.
KOTLER, P. Administrao de Marketing, analise, planejamento, implementao e
controle/Philip Kotler; traduo Ailton Bonfim Brando 5 ed. 7 reimpr. So Paulo: Atlas,
2008.
KOTLER,P.Administraodemarketing.12.ed.SoPaulo:PrenticeHall,2009
Sitespesquisados:
http://www.ashoka.org.br/visao/empreendedorismosocial/Acessoem:29Nov.2013
http://www.assesc.edu.br/download/3_jornada_cientifica/gestao_competencias_organizacoes.p
df
ANEXO
EssasfotosforamtiradasdurantealgumasatividadesrealizadaspeloProjeto.
10
11
ARELAOENTREONVELDEENDIVIDAMENTOEAEDUCAOFINANCEIRADAPOPULAO
DENATAL/RN.
F.F.S.Soares(IC);A.R.A.Neta(IC)2;BRAGA,PaulodeTarso Silva(PQ)3
1
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalZonaNorte;2InstitutoFederaldoRioGrandedo
Norte(IFRN)CampusNatalZonaNorte;3InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)Departamentode
GestoeNegciosCampusNatalZonaNorte.Email:felippe.fernando@hotmail.com.
RESUMO
O projeto de pesquisa teve como objetivo identificar a

relao existente entre o nvel de endividamento e o
conhecimentoemeducaofinanceiradapopulaode
Natal/RN, uma vez que o endividamento pessoal est
ligado forma como as receitas e despesas so
gerenciadasenocomonvelderendadosindivduos.
Deste modo, atravs da aplicao de um questionrio,
foramobservadososfatoresmotivacionaisquelevamos
entrevistadosaoendividamentoe,consequentemente,o
conhecimento em educao financeira que os sujeitos
possuem.
Os resultados indicaram que o nvel de educao

financeiradapopulaoinsuficienteequeasprincipais
deficincias nesta rea so: planejamento financeiro,
investimentoeousoinconscientedocartodecrdito.
Apesar da deficincia em educao financeira, a
populao entrevistada no se considera endividada.
Portanto, concluise que o maior conhecimento de
educaofinanceirainfluencianacondiodemenores
nveisdeendividamento,pormesseconhecimentono
excluiapossibilidadedecontrairdvidasderisco.
PALAVRASCHAVE:Educaofinanceira,finanaspessoais,endividamentopessoal.
THERELATIONSHIPBETWEENTHELEVELOFINDEBTEDNESSANDFINANCIALEDUCATIONOF
THEPOPULATIONOFNATAL/RN.
ABSTRACT
The research project aimed to identify the relationship

existingbetweentheindebtednesslevelandthefinancial
educationofthepopulationofNatalRN,asthepersonal
indebtednessislinkedtohowrevenuesandexpensesare
managedandnotwiththelevelincomeindividuals.Thus,
by applying a questionnaire, have been observed the
motivational factors that lead respondents to
indebtedness and, consequently, the knowledge on
financial education that subjects have. The results
indicated that the level of financial education of the

populationisinsufficientandthatthemainshortcomings
in this area are: financial planning, investment and
unconscioususeofcreditcard.Despitethedeficiencyin
financial education, the population not if considers
indebted. Therefore, it is concluded that the greater
knowledge of financial education influences the
conditionofreduceddebtlevels,butthisknowledgedoes
notexcludethepossibilityofacquiringriskdebt.
KEYWORDS:Financialeducation,personalfinance,personaldebt.
ARELAOENTREONVELDEENDIVIDAMENTOEAEDUCAOFINANCEIRADAPOPULAO
DENATAL/RN.
INTRODUO
Asociedadecontemporneacaracterizadapeloconsumoejunteseaissoapolticade
acessoaocrditodisseminadonosltimosanosnoBrasil.Serquesetemcomoconsequncia
dessacombinaoumcrescenteendividamento?
Para se entender o endividamento necessrio compreender a cultura de consumo da
sociedadecontempornea.Consumoumaformaderelaosocial,intrinsecamentevinculada
comosmodosdeproduoereproduosocialdamodernidadeavanada(TADEU,2005).
Oendividamentopodeserumaconsequnciadoconsumodebenseserviosetornase
crnico quando compromete a renda do devedor de uma forma que esse j no tenha mais
condiesdequitarodbito.
SegundoTolotti(2007,p.31)existemdoistiposdeendividamento:endividamentopassivo
eendividamentoativo.Oendividamentopassivoocorrequandohumaumentodedvidaspor
consequncia de alguma situao alheia vontade do indivduo: doena, morte, acidente. So
circunstnciasimprevistaseespordicas.Oendividamentoativosecaracterizaporummontante
dedvidasadvindasdeescolhasequivocadas,ouseja,mgestofinanceira.
O controle daquilo que se ganha e do que se gasta fundamental para o equilbrio
financeiro.Cerbassi(2004,p.5)afirmaqueariquezanodependedoqueseganha,massimda
formacomosegasta.Comumarendabaixapossveldignamenteconstruirumpadrodevida
confortvel,edeformaconscienteeinteligentemanteressepadronofuturo.Damesmaforma
grandesrendaspodemnogarantirasustentabilidadedeumpadrodevidacomconforto,devido
ineficinciadagestododinheiroqueserecebe.
Dentroaindadaeducaofinanceiraseencontraumimportanteitem:osinvestimentos.
DeacordocomCerbassi(2004,p.6),investirocaminhodagarantiaoumelhoradofuturoem
relaoaoqueseconstruiuathoje.Aofalardeinvestimentooautorenfticoemdizerqueas
decisesnessareadevemserembasadasnoconhecimentosobreoassunto,oquesignificadizer
queoinvestidordevetomarsuasdecisesmedianteoconhecimentosobreotipodaaplicao
escolhida, os riscos que ela oferece, situaesque geram ganhos e perdas e principalmente as
alternativasmaisrentveisdomercado.
Nessecontexto,ondeosindivduosprecisamdominarumamploconjuntodeinformaes,
destacase a importncia da educao financeira, que compreende a inteligncia de ler e
interpretar nmeros e assim transformlos em informao para elaborar um planejamento

financeiroquegarantaumconsumosaudveleofuturoequilibradonasfinanaspessoais.Quando
essaeducaoadquiridaeaprimorada,aspessoasplanejamseufuturoparaacumularemativos
eparateremumnveladequadoderenda,almdeelaboraremoramentoscompatveisassuas
capacidadesfinanceiras.
Diantedarealidadedescrita,surgiuoseguintequestionamento:existerelaoentreonvel
deendividamentoeaeducaofinanceiradapopulaodeNatal/RN?Arespostaaessaquesto
podecontribuirparaummelhorentendimentodarelaodeendividamentoeconsumo.
MATERIAISEMTODOS
Foi elaborado um questionrio online contendo perguntas objetivas de forma que

qualificaramafaixaetria,ognero,estadocivil,arendapessoalefamiliar,ocomprometimento
darenda,oinadimplemento,entreoutrosnecessriosparasesabersobreasituaoeconmica,
financeiraepatrimonialdasfamliasenvolvidasnapesquisa.Assimcomoperguntassobreonvel
deconhecimentosobreeducaofinanceira,comoexemplo:conhecerarelaodejurosetempo,
consumoconsciente,quandoestsecomprandoaprazosabeseoquantoestsepagandode
juros, quando a opo de crdito no mercado vivel, quando e como renegociar dvidas ou
mesmotrocarumadvidaporoutramenosdispendiosa.
Optouse pela coleta dos dados atravs de questionrio, pois o seu objetivo principal
levantar[...]opinies,crenas,sentimentos,interesses,expectativas,situaesvivenciadasetc.
(GIL,1999).
Oquestionriofoiaplicadonasredessociais,noperododemaroaabrilde2014;onde
totalizou150(centoecinquenta)respondentes.Apsaaplicaodoquestionrio,asrespostas
obtidasforamconsolidadasnoprpriosistemaonlineeapresentadasemformatodegrficose
percentagenssimples.
RESULTADOSEDISCUSSO
Na anlise dos dados so utilizados grficos que foram elaborados no Microsoft Excel e
demonstradosempercentuaisdeformacomparativa.
Deacordocomocruzamentodosdados,obtiveramseosseguintesresultados:
1%
3%
Faixaetria.
3% 3%
Entre18e23anos
Entre24e29anos
Entre30e35anos
24%
Entre36e41anos
Entre42e47anos
66%
48oumais
Figura1FaixaEtria
Do total de 151 (cento e cinquenta e um) respondentes, retirouse uma amostra de 99
(noventaenove)respostas,quecorrespondeufaixaetriapredominante,conformeindicadona
figura1,queserorecorteprincipaldapesquisa.
Sexo
48%
52%
Masculino
Feminino
Figura2FaixaEtriade18a23anosporSexo
Quantoaognero,obteveseoseguintepercentual:52%dosentrevistadossodosexo
feminino e 48% do sexo masculino o que implica que h um equilbrio na distribuio dos
responsveis,conformeindicaafigura2.
Nveldeescolaridade.
2%
14%
19%
58%
7%
EnsinoMdio(2grau)
Completo
EnsinoMdio(2grau)
Incompleto
SuperiorCompleto
SuperiorIncompleto
(Cursando)
MestradoouDoutorado
Figura3Nveldeescolaridade
Afigura3mostraonveldeescolaridade,verificaseque58%dosentrevistadospossuemo
nvelsuperiorincompleto,ouseja,estocursando.DadosdoIBGE(2010)mostramque41%dos
jovenscomidadede18a20anostmoEnsinoMdioCompleto.
ApesquisaemquestoindicaqueessesjovensingressamnoEnsinoSuperior.
Indiqueasuarendamensallquida.
1%
At1salriomnimo
7%
14%
De1a3salrios
mnimos
De3a6salrios
mnimos
78%
De6a9salrios
mnimos
Figura4Rendapessoalmensal
Nestesentido,observousequearendapessoalmensalpredominantefoideatumsalrio
mnimo(R$724,00),correspondenteaumpercentualde78%dototalconformeapontaafigura4,
oquesepodeinferirqueosjovensnoentraramnomercadodetrabalhodeformaefetiva.
Comovoccostumarealizarsuas
comprasaprazo?
1%
1%
svezes,masprefiro
comprarvista.
svezes,principalmente
nascomprasacimade150.
Cartodecrdito.
39%
58%
Credirio.
1%
Nunca.Scomprovista.
Figura5Formaderealizaodecomprasaprazo
A figura 5 destaca que o carto de crdito a forma mais comum de pagamento das
comprasaprazo.58%dosentrevistadoscostumamrealizarsuascomprasatravsdele.
Emgeral,comovoccostumapagar
assuasprestaes/dvidasmensais?
11%
18%
Adiantado
Emdia
Atrasado
71%
Figura6Comoosentrevistadoscostumampagarsuasprestaes/dvidasmensais
Aosereminterrogadosdecomocostumampagarassuasprestaes/dvidasmensais,71%
dosentrevistadosresponderamquepagamemdia,18%pagamadiantadoe11%pagamatrasado,
conformefigura6.Destemodo,foiperceptvelointeressedapopulaoemsempremantersuas
prestaes/dvidaspagasemdias.
Vocjrenegociou
prestaes/dvidasalgumavez?
28%
Sim
No
72%
Figura7Seosrespondentesjrenegociaranprestaes/dvidasalgumavez
Observase,nafigura7,que72%dosentrevistadosnuncarenegociaramprestaese/ou
dvidasalgumavez.
Vocfazinvestimentos?(poupana,
rendafixa,rendavarivel,etc.).
Sim
42%
No
58%
Figura8Seosentrevistadosfazeminvestimentos
Nafigura8analisaseaprioridadedadadestinaodarendaearealizaoeatualizao
do planejamento financeiro, podese inferir que apenas 42% dos entrevistados prioriza a
destinao da renda para poupana e investimento, ou seja, a minoria est preparada
financeiramenteparaasincertezasfuturas.
Vocseconsideraendividado?
28%
Sim
No
72%
Figura9Seosrespondentesseconsideramendividados
Apartirdosdadosapurados,72%dapopulaoentrevistadanoseconsideraendividada.
Oresultadoconstadonafigura9apontaquemaisdametadedaamostraestemumbomnvel
deendividamento,ouseja,estocapazesdelidarplenamentecomovalordadvidaeatsaud
la.
CONCLUSO
Conforme proposto neste estudo, foi analisado o nvel de endividamento e a educao

financeiradapopulaodeNatal/RN.
Os resultados indicaram que boa parte da populao entrevistada no se considera
endividada.Entretanto,obteveseumapartedosentrevistadosqueseconsideramendividados.
Nessecenriorelevantequehajaumaatenoparaesseresultado,poisamadministraodas
dvidas pode acarretar a drstica reduo da liberdade financeira, perda de qualidade de vida,
perdadeemprego,delaossociaisedacapacidadedeconsumo(BRUSKYeMAGALHES,2006).
A renda e a escolaridade esto inversamente relacionadas ao endividamento, ou seja,
quantomaiorarenda,menoroendividamentoequantomaioronveldeescolaridademenoro
nvel de dvidas. Estes resultados indicam que o maior conhecimento de educao financeira
influencianacondiodemenoresnveisdeendividamento,pormhexceesquemostramque,
mesmooindivduosabendolidarcomodinheiro,noh exclusodapossibilidadedecontrair
dvidas de risco, uma vez que inmeros fatores, alm do conhecimento financeiro, podem
influenciaroendividamento.
O fato da populao natalense ter acesso fcil a vrias formas de crdito, inclusive aos
cartes,afaltadealfabetizaofinanceiratornasecadavezmaispreocupante,umavezqueo
cartodecrdito,porsis,tendeainduziroconsumidoramaioresgastos,dadoquemuitoso
veem como algo mais abstrato do que o dinheiro vivo, dificultando o entendimento das
consequnciasqueousodocartopodeternadeterioraodasfinanaspessoaisenograude
endividamento.
Portanto,devidoaobaixoconhecimentoemeducaofinanceiradapopulaonatalense,
tornasenecessrioqueasinstituiesdeensinopromovamcursosdefinanaspessoais,ouat
mesmo, inclua na matriz curricular do ensino mdio, uma disciplina que aborde os assuntos
supracitados, visto que, a educao financeira est atrelada na vida de qualquer sujeito. Os
indivduos com educao financeira oneram menos o Estado e so benficos para a economia,
dessaformaentendesequeosresultadosquepodemseralcanadoscomacapacitaofinanceira
so de grande valia, no apenas para a qualidade de vida da populao, mas tambm para a
economialocal.
REFERNCIAS
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Anurio 2010. Disponvel em:

www.ibge.gov.br.Acessadoem:24demaiode2014.
BRUSKY, B.; MAGALHES, R. Assessing Indebtedness: results from pilot survey among
steelworkers.InSaoPaulo.Geneva:InternationalLabourOfficeGeneva,2006.
CERBASSI,G.Casaisinteligentesenriquecemjuntos.SoPaulo:Gente,2004.
GALHARDO, M. Finanas pessoais: uma questo de qualidade de vida. So Paulo: Totalidade,
2008.
GIL,AntonioCarlos.Questionrio.In:______.Mtodosetcnicasdepesquisasocial.5.ed.So
Paulo:Atlas,1999.p.128138.
KIYOSAKI,RobertT.Pairico,paipobre.35Edio.EditoraCampus.2013.
ROSSETTI,JosPaschoal.IntroduoEconomia.EditoraAtlas.SoPaulo,1990.
SOUSA,A.F.de;TORRALVO,C.F.Aprendaaadministraroprpriodinheiro:coloqueemprticao
planejamentofinanceiropessoalevivacommaisliberdade.SoPaulo:Saraiva,2008.
TADEU,SilneyAlves.Asdimensesdoconsumo:reflexesparaumateoriacompreensiva.So
Paulo:RT,n.56,p.203,out./dez.2005.
TOLOTTI,Mrcia.Asarmadilhasdoconsumo.SoPaulo:Campus,2005.
VOLPE,R.;CHEN,H.;LIU,S.Ananalysisoftheimportanceofpersonalfinancetopicsandthelevel
ofknowledgepossessedbyworkingadults.FinancialServicesReview,v.15,p.8198,2006.
10
DivergnciasentreOperrioseGestores:AAvaliaodeDesempenhoHumanoemuma
EmpresaCaladista.
A.C.A.Braz;R.A.Dias2 ;R.M.Brito 3 ;G.T.Anjos 4.
1
Prof.Msc.Administrao,InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaParaba(IFPB)Campus
CampinaGrandeDepartamentodeHumanas.Email:agnescampello@yahoo.com.br
2
Discentes,InstitutoFederaldeEducao,CinciaseTecnologiadaParaba(IFPB)CampusCampinaGrande
CursoTcnicoIntegradoemPetrleoeGs.rafael_agradias@hotmail.com;romario_dogalo@hotmail.com;
gugatavarescg@gmail.com;
RESUMO
Os avanos tecnolgicos e organizacionais

estodiretamenteinterligadosaaltacompetitividade
do mercado em todos os setores. Devido a isto,
priorizase a gesto tima do desempenho
organizacional; abrangendo: todo o processo de
transformaodeinsumoseaaplicaodosrecursos
transformadores do processo, incluindo diretamente
o fator humano, cuja participao tende a ser mais
significativa quanto mais intensivos so os
processos. O principal objetivo deste trabalho

mostrar as divergncias entre operrios e gestores
sobre a conformidade da avaliao do desempenho

humano em uma empresa caladista no Estado da
Paraba Brasil. Para tanto, foi realizada uma
adaptao da Escala Likert. Uma dimenso e
indicadores que abordam os requisitos essenciais do
objetivoforampropostos,bemcomoquestionriose
observao no participativa como instrumentos de
coleta de dados. As anlises dos resultados
demonstramqueoperriosegestorestmdiferenas
expressivasdepensamentos.
PalavrasChave:AvaliaodeDesempenhoHumano, DivergnciasentreOperrioseGestores,Indstria
Caladista.
DifferencesBetweenWorkersandManagers:TheHumanPerformanceInAFootwearCompany
ABSTRACT
Technologicalandorganizationaladvances
aredirectlylinkedtothehighcompetitivenessofthe
market in all sectors . Because of this priority is the
optimalmanagementoforganizationalperformance;
covering : the process of transforming inputs and
applicationoftheprocessoftransformingresources,
directly including the human factor , whose
participation tends to be more significant are the
moreintensiveprocesses.Themainobjectiveofthis
workistoshowthedifferencesbetweenworkersand
managers on whether the assessment of human

performance in a shoe company in the State of
ParaibaBrazil.Forthat,anadaptationofLikertScale
was performed . One dimension and indicators that
addresstheessentialrequirementsoftheorderhave
been proposed , as well as questionnaires and non
participant observation as the data collection
instruments . Analyses of the results show that
workersandmanagershavesignificantdifferencesin
thoughts.
KEYWORDS:HumanPerformance,DifferencesBetweenWorkersAndManagers,FootwearCompany.
Introduo
De acordo com RafaeIi e Muller (2007), A competitividade inerente ao mercado exige que as
corporaes assumam continuamente novas posturas e estratgias organizacionais para
manteremseatuantesesupriremasnecessidadesdoseupblico alvo.Podeseafirmarquea
sobrevivnciadasempresasnomercadoestintrinsecamenteatreladaacriaodeumvnculo
estreito entre seus objetivos organizacionais e os meios utilizados para operacionalizlos. Esta
conexo contempla a anlise direta dos interesses financeiros e econmicos, como tambm
fatorestidoscomointangveis,porexemplo,oconhecimento,aqualidadedosprodutos/servios
edosseusprocessosdeproduo.
Obviamente,paraqueodesempenhoorganizacionalsejamximoimprescindvelaboaatuao
doscolaboradoresdaorganizao;oqueconfereumaposiodedestaqueaodesempenhono
trabalho.Emsntese,odesempenhonotrabalhodemonstradoatravsdosresultadosobtidos
pelosfuncionriosdeumaorganizaoeporseucomportamento(GROTE,2003;DELPO,2007).
Conforme, Kehrle e Moutinho (2005), no setor caladista h uso exaustivo da mo de obra e
tornao completamente dependente do fator humano em seu processo produtivo, seja para
gerenciareoperarequipamentos,ouparainspecionaroprodutodesdeoinciodeseuprocesso
defabricao.Apesardasrecentesinovaestecnolgicasvoltadasparaosetor,elasnoforam
efetivas para minimizar a grande intensidade de mo de obra, pois ainda h processos e
operaesemqueohomemtemsuperioridadesobreamquinaemsuasexecues.
Pormaiorquesejaamodernizaodasmquinasprecisoqueooperriosaibacomoutilizlas,
quaiscomandosfazem oque,quandodevemseracionadosequais osprocedimentosa serem
realizados; todas estas atribuies inerentes mo de obra esto diretamente ligadas
capacitaoprofissional,pormeiodetreinamentosoupelaexperinciaanteriordotrabalhador.
A sintonia de objetivos estabelecidos pela gerncia e o comportamento dos operrios pode
denotar uma boa relao entre gestores e trabalhadores, que, por conseguinte, uma boa
avaliao de desempenho, segundo Delpo (2007). Neste sentido, o presente trabalho visou
encontrar o grau de harmonia entre os agentes do setor caladista com a finalidade de

demonstraraadequaoounodadimensoDesempenhoHumano.
DIVERGNCIASENTREOPERRIOSEGESTORES:ADEQUAODAAVALIAODE
DESEMPENHOHUMANOEMUMAEMPRESACALADISTA
1.
Desempenho
De modo geral, podese definir desempenho como ao ou efeito de desempenhar, ou ainda,

modo de atuao ou comportamento de algum ou algo, avaliada em termos de eficincia e
rendimento.Nocarteradministrativo,odesempenhocaracterizadopelaatuaodesejadaou
observada de um indivduo ou grupo na execuo de uma tarefa, cujos resultados so
posteriormente analisados para avaliar a necessidade de modificao ou melhoria (HOUAISS,
2001,p.978)
Amedidadotrabalho,segundoSlacketal(2002),consistenoempregodetcnicasidealizadas
paradefinirotempoqueumoperrioqualificadorequerparaexecutarumtrabalhoespecificado
(aspectosgeraisdaatividadeaserrealizada),comcertonveldedesempenho.Odesempenhodo
trabalhadorconsideradocomopadrodadoatravsdataxadesadaquealcanadaporele
sem esforo excessivo na mdia do dia de trabalho, que pode ser traduzido por meio de sua
produtividade.
Caminhando no sentido de medir o desempenho humano, Grote (2003, 2002) prope alguns
indicadores gerais para aferir o desempenho do trabalhador que no se restringem ao tempo
padro, pois se baseiam em resultados obtidos: qualidade do produto final, quantidade de
unidades produzidas, custo de produo (correta utilizao de recursos, sem desperdcios) e, a
tempo,queimplicaematenderprazosdeterminadospelocronograma,enocronologicamente.
Contudo,essencialqueoavaliadordedesempenhoeofuncionrioemanlisedeterminemas
competncias, metas e responsabilidades principais do cargo, e como o desempenho ser
mensurado. Isto deve envolver dados quantitativos e descritivos, de modo que a qualidade do
desempenho seja descrita detalhadamente, isto pode ser efetivado com base em modelos de
excelnciaestabelecidospelagernciabemcomotreinamentos.
2. AvaliaodeDesempenhoHumanonoTrabalho
Resumidamente,oconceitodeavaliardefinidocomoacomparaoderesultadosalcanados
comaquelesqueeramesperados,destemodo,oobjetodaavaliaodedesempenhosomente
otrabalhoqueforaanteriormenteplanejado(DEJOURS,2008a;IIDA,2005;GUIMARES,1998).
Com o passar dos anos, as organizaes desenvolveram vrias tcnicas e mecanismos para
efetuaraavaliaododesempenhohumanonotrabalho,cadaumabuscandometodologiasmais
adequadasssuasnecessidades,amaioriadelasdispondoseacapacitarrecursoshumanosea
melhorar a performance no trabalho (SOUZA, 2007; GOODALE, 1992; LUCENA, 1977). Muito
embora haja empresas em que o modelo formal permanece vigente como instrumento de
controle sobre trabalhadores, baseandose no registro das atividades desempenhadas e como
cadapessoaasefetua(PAGSetal,1993).
DeacordocomGrote(2003,p.1),aavaliaodedesempenhoumsistemadegestoformal
para avaliar a qualidade do desempenho de algum em uma organizao. Essencialmente, a
avaliao trata de verificar se o operador trabalhou eficientemente, sendo levada a efeito por
meio do preenchimento de um formulrio adequado. Seus principais objetivos organizacionais
so: prover um feedback aos funcionrios sobre seus desempenhos; determinar promoes;
incentivareorientarmelhoriasdodesempenho;estabelecermudanasnaremunerao;auxiliar
oplanejamentoderecursoshumanosoudesucesso;determinarnecessidadesorganizacionaise
individuaisdedesenvolvimentoetreinamento;estabeleceremensurarmetasdequalidadeede
produtividade;emelhorarodesempenhoorganizacional.
3. MateriaiseMtodos
Esse trabalho pode ser caracterizado como um estudo exploratrio e descritivo. A escassez de
materiais relativos pesquisa em questo faz com que a mesma seja caracterizada como uma
investigaoexploratria,podendoserconceituadacomoaquelaque(...),realizadaemrea
na qual h pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem,
comporta hipteses que, toda via, podero surgir durante ou ao final da pesquisa (VERGARA,
2004,p.47).
Omtodoutilizadofoioestudodecaso,queevidenciaaanlisedeumobjetoouumgrupode
objetos, com certa profundidade, os quais podem ser organizaes ou indivduos. Segundo Gil
(1996), este tipo de estudo objetiva conhecer a ocorrncia de um dado fato ou evento de
interesse em um ou alguns indivduos, corporaes ou acontecimentos, podendo ento,
pressuporcomoomesmoocorregeralmente.
Para esta pesquisa foram utilizados dados primrios, coletados por meio de observao direta
no participativa do setor produtivo e de questionrios estruturados, aplicados nos nveis
gerenciais e operacional da empresa, por estarem envolvidos diretamente na elaborao das
estratgiasestruturaiseseremconhecedoresdetodososprocessoseoperaesrequeridasna
fabricaodocalado.
Dois modelos de questionrios foram trabalhados, um direcionado aos gestores e outro aos
operriosdaorganizao,econtinhamquestessubjetivasouobjetivas,comointuitodecoletar
amaiorquantidadepossveldeinformaesdosrespondentes.Aexistnciadetiposdistintosde
questionrios se deve a necessidade de viabilizar o entendimento adequado dos trabalhadores
emgeralsobreasmesmasquestesqueseriamcompreendidasfacilmentepelosgerentes.Isto,
oarqutipodirigidoaosoperrioscaracterizadoporsualinguagemsimplificada.
Os questionamentos objetivos foram definidos essencialmente por uma adaptao da escala
Likert,jquereconhecidamenteelapermiteaferiraopiniodospesquisados,variandodoponto
1 discordo totalmente ao ponto 5 concordo totalmente de acordo com o grau de
concordnciaoudiscordnciadoindagado.AescalaLikertfoimodificadademodoquesuaescala
tradicional foi alterada para respostas equivalentes, que obedecem mesma ordem de
importncia. Assim, as questes objetivas presentes nos instrumentos podem ser respondidas
por uma de cinco assertivas disponveis (variando de a at e), que correspondem a: a o
mesmoquesituaoalarmantesobrealgoanalisado;bindicasituaopreocupantesobrealgo
analisado;cequivaleaumasituaorazovelouregularsobrealgoanalisado;dcorresponde
boasituaosobrealgoanalisado;etraduzexcelentesituaosobrealgoanalisado
4. Resultadosediscusses
4.1AmbienteEstudado
Aindstriacaladistaanalisadanesteestudodecasofoiumaunidadedenegciopertencentea
um grupo empresarial, situado em So Paulo, conhecida nacional e internacionalmente pela
fabricaoeexportaodecaladoscomsoladosbasedeborrachamicroporosa,fundadaem
1907.
A referida sucursal foi inaugurada na dcada de 80, situada no municpio de Campina Grande,
Paraba; conta atualmente com cerca de 5.000 colaboradores em duas clulas fabris e produz
artigosesportivos,caladosetxteisindustriais.Temcomomissodesenvolverecomercializar
produtos inovadores, de alto valor percebido, com qualidade e rentabilidade classe mundial e
criao de valor para os acionistas, funcionrios, fornecedores e clientes, atuando com
responsabilidadesocialeambiental.
4.2AnliseGlobaldaDimenso:DesempenhoHumanoOperrios
Analisandoonmerodeocorrnciasdasassertivasdisponveisnosquestionrioseefetuandoa
mdia para a Dimenso Desempenho Humano, obtevese o grau 3,83. Esse valor global, se
aplicadonaadaptaodaEscalaLikert,indicaqueestaseencontramaisprximodeumestado
bomquedaneutralidade.EstesdadosconstamnoQuadro1.
Variveis
A
B
C
D
E
Total
Dimenso DesempenhoHumano
Frequncia Peso
F*P
26
1
26
17
2
34
48
3
144
59
4
236
114
5
570
264
1010
MdiaGlobal
3,83
Quadro1:DimensoDesempenhoHumanoOperrios
Fonte:ElaboraoPrpria,2010.
Comointentodepromoveracompreensodacircunstncia,estarmaisprximadebomparaa
Dimenso Desempenho Humano, a mdia global dos indicadores pertinentes a esta foram
efetuadas: gerenciamento do desempenho humano; mensurao do desempenho humano;

melhoria da capacitao profissional; discusso dos critrios de avaliao com operrios;
feedbackeimportnciadagestododesempenhoaosfuncionrios;demonstrandoassim,como
se encontra o grau de cada um. No Biograma 1 estes ndices de adequao so avistados
graficamente,bemcomo,opanoramageraldadimensoexaminada.
Biograma1ndicesdeAdequaodaDimensoDesempenhoHumano:Operrios
Fonte:Elaboraoprpria,2010.
Diantedoselementosexpostosnodecorrerdestaseo,podeseafirmarqueosoperriosno
esto plenamente cientes do funcionamento da gesto de desempenho humano fixada pela
organizao. Isto indica a necessidade de melhor entrosamento entre o setor operacional e a
gerncia no que tange as polticas de administrao de pessoas e de suas performances;
mitigando as possveis limitaes por ele imputadas, como perda do significado do trabalho,
sofrimento do trabalhador para atingir suas metas, desqualificao profissional, queda de
produtividadeequalidade.
4.3AnliseGlobaldaDimenso:DesempenhoHumanoGestores
Analisandoonmerodeocorrnciasdasassertivasdisponveisnosquestionrioseefetuandoa
mdia para a Dimenso Desempenho Humano, obtevese o grau 4,67. Esse valor global, se
aplicado na adaptao da Escala de Likert, indica que esta se encontra mais prximo de um
estadotimodoquebom.VisualmenteestesdadosestonoQuadro2.
Dimenso DesempenhoHumano
Variveis Frequncia Peso
F*P
A
0
1
0
B
0
2
0
C
1
3
3
D
2
4
8
E
9
5
45
Total
12
56
MdiaGlobal
4,67
Quadro2:DimensoDesempenhoHumanoGestores
ComafinalidadedefacilitaracompreensodacircunstnciatimaapresentadapelaDimenso
Desempenho Humano e de expor os nveis de adequao, empregouse a mdia global para
todososindicadoresrelacionadosmesma:gestododesempenhohumano,valordaavaliao
de desempenho, discusso dos critrios de avaliao, feedback e capacitao profissional. No
Biograma2estesndicesdeadequaosoavistadosgraficamente.
Biograma2ndicesdeAdequaodaDimensoDesempenhoHumano:Gestores
Baseandose no grau timo de adequao de Desempenho Humano, podese afirmar que os

gestorestmumentendimentosignificativamenteotimistadestadimenso,ouseja,paraambos
a gesto humana de performance mais que satisfatria, alcanando todos os objetivos
estabelecidosparaela.
5.Concluses
As discordncias entre operrios e gestores sobre os nveis de conformidade da dimenso
Desempenho Humano demonstram claramente a desarmonia das percepes de ambos.
Segundo Dejours (2008b) e Lida (2005), isto pode acarretar em consequncias negativas
organizao, como: clima organizacional desagradvel, constrangimento ou sofrimento no
trabalho,perdasdeprazos,metasnoalcanadas,quedanaprodutividade,sabotagens,reduo
daqualidadedosprodutos,desperdcios,retrabalhosecustosprodutivosnoprogramados.
Almdaconstataodasdivergnciasentreoperriosegestores,verificouseaexistnciadeum
sistema formal de avaliao do desempenho humano, entretanto, no foi explicitado pelos
gestores ou funcionrios da empresa. importante salientar, de acordo com os respondentes,
quenossetoresdeproduoedequalidadetodososcritriosdaavaliaosodiscutidoscomos
operadoresaseremexaminados,querecebemalgumfeedbacksobresuasperformances.
Aconstanteprocuradasempresasporvantagenscompetitivastransferequalidadeostatusde
elemento bsico para a garantia da lucratividade. Para o alcance da qualidade, o bom
funcionamentodetodosossetoresdeumaorganizaoessencialeofatorhumanotornase
decisivo, pois ele pode influir negativa ou positivamente sobre a caracterstica do produto. O
alinhamento da fora de trabalho com as necessidades da organizao a qual est inserida
crucialparaofuncionamentoexcelenteesobrevivnciadasegunda.
REFERNCIAS
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10
ALUNOS DE ADMINISTRAO E SUA RELAO COM OS FATORES

INTRINSECOS E EXTRINSECOS DE SALA DE AULA SOB A TICA DA TEORIA
DE HERZBERG.
Andrea Lima Gonzaga*
Cleiton Fernando Viana Eugnio*
Jef Ezequiel Veras Rocha*
Tchallyson Matias da Costa*
RESUMO
Este artigo busca apresentar um estudo sobre motivao dentro do curso noturno
de Administrao de uma instituio de ensino superior, pautando as anlises das informaes
obtidas sob a tica da teoria de Herzberg. Ao analisar os fatores intrnsecos e extrnsecos da
instituio, buscar-se- atuar como fonte de dados para que possam ser usados durante a
elaborao dos futuros projetos de reforma das polticas de motivao dos alunos. O texto
tratar do tema motivao, apresentar a teoria dos dois fatores de Herzberg e tambm uma
pesquisa realizada com as turmas de Administrao que entraram no ano de 2010, 2011, 2012
e 2013. O mtodo de coleta de dados foi a aplicao de questionrios para os discentes, com
foco na percepo dos alunos em relao s aes motivadoras da Instituio e sobre o
impacto das prprias perspectivas futuras e subjetivas de salrio e status, alm de questionar
sobre elementos que aprimoram a motivao e que compe o ambiente de sala de aula.
Palavras-chave: motivao, insatisfao, Herzberg, alunos.
1.
INTRODUO
Este artigo busca enfatizar as caractersticas e importncia do processo de
motivao entre os alunos do Instituto Federal do Maranho Campus Santa Ins, analisando
os fatores influenciadores do rendimento estudantil desses alunos, tendo como alicerce a
teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg.
Procurar-se- descrever, luz da teoria de Frederick Herzberg, os fatores de
satisfao e motivao encontrados dentro do ambiente estudado e seu impacto na
insatisfao e na criao de motivao dos alunos. Buscar-se- tambm oferecer suporte,
*Graduandos do Curso de Bacharel em Administrao pelo IFMA campus Santa Ins
como fonte de dados, com objetivo de auxiliar possveis melhoramentos institucionais no que
tange motivao dos alunos ou combate desmotivao.
Este artigo foi elaborado mediante a inquietao dos participantes em relao ao
clima organizacional da instituio estudada, o IFMA Campus Santa Ins. Os realizadores
deste projeto, por fazerem parte do objeto de estudo apresentado na categoria de discentes
da Instituio sentiram-se instigados a buscar respostas para suas indagaes sobre o
assunto.
2.
REVISO DA LITERATURA
Na atual conjuntura de mercado tm-se como pilar fundamental a informao e
como elemento-chave, as pessoas. Esses dois elementos conjuntamente contribuem para o

alcance dos objetivos de qualquer organizao. No existem empresas sem pessoas, e estas
contribuem para que as organizaes possam atingir seus objetivos de maneira eficiente e
eficaz, ou seja, alcanando a excelncia.
Segundo Chiavenato (2003, p. 3) as empresas so organizaes com fins
lucrativos, e, de forma genrica, toda organizao composta de pessoas com objetivos em
comum. Todos os ambientes de trabalho se inserem em organizaes, sejam elas com ou sem
fins lucrativos. Pode-se dizer que vivemos em uma sociedade totalmente institucionalizada,
ou seja, vivemos como participantes diretamente de organizaes ou indiretamente quando
essas dirigem o grupo social em que estamos inseridos.
As instituies de ensino so organizaes, de tal forma pode-se abstrair uma
analogia entre a aplicabilidade da Teoria dos Dois Fatores de Herzberg nas empresas com sua
aplicabilidade nas escolas.
O termo motivao fonte de muitas indagaes e estudos dentro da
administrao, tratado como uma importante ferramenta de trabalho nas organizaes sociais
ou mercadolgicas e que nos inspira a buscar por meio dele melhorias na Instituio de ensino
superior, IFMA de Santa Ins.
2.1
TERORIAS DA MOTIVAO
Para Barbosa. et al (2005, p. 21) a palavra motivao vem do Latin motivus,
referindo-se a movimento, algo mvel. Quem motiva uma pessoa, provoca nela um novo
nimo, e ela comea a agir em busca de novos horizontes, de novas conquistas. Por tanto,
sair da inrcia, ou seja, deixar a zona de conforto para uma busca de metas.
J para Felippe (2001, p. 5), a motivao depende da intensidade dos seus
motivos e estes podem ser definidos como necessidade, desejo, ou impulsos oriundos e
dirigidos para objetivos, e que podem ser diferenciados ainda em consciente ou inconsciente.
Considera ainda que a pessoa no consegue ir em frente se no for movida, ou seja, motivada,
e que isso o impulsiona para um determinado comportamento, sendo que este motivo pode ser
externo ou interno.
Elaine Dias Gomes e Murillo Michael no artigo A motivao de pessoas nas
organizaes e suas aplicaes para obteno de resultados afirmam que a motivao de
uma pessoa depende da fora de seus motivos (motivos aqui entendidos como desejos ou
impulsos que ocorrem no interior dos indivduos) (2007, p.2).
Observa-se que ocorre uma pluralidade nas definies de motivao,
caracterizando a complexidade do tema proposto. Muitos estudiosos desenvolveram teorias
explorando o conceito da motivao e suas diversas origens assim como suas varias
aplicabilidades.
Existem vrios conceitos que podem definir motivao, no entanto todos
permeiam uma essncia semelhante com caractersticas muito prximas. Poderamos dizer
que motivao um desejo de esforar-se para o alcance de determinados objetivos,
condicionado pela necessidade de satisfao individual. Por tanto, temos como caractersticas
desse conceito bsico o seguinte: um processo individual e intencional.
3.
TEORIA DE HERZBERG
Assim como no prprio conceito de motivao, h uma diversidade de vises
percebidas nas teorias que tratam do tema motivao. Entre essas, apontaremos a Teoria dos
dois Fatores de Herzberg, que prope uma diviso no fenmeno da motivao;
desmembrando-a em fatores intrnsecos e extrnsecos. Como explica Chiavenato (2003),
Frederick Herzberg formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento das
pessoas em situao de trabalho.
Chiavenato (2003) argumenta que os fatores extrnsecos so os que rodeiam o
individuo que est exercendo uma determinada funo, por tanto, so condies que esto
fora do controle dessas pessoas, como, por exemplo, o ambiente de trabalho, as polticas e
diretrizes da organizao ou repartio, o relacionamento entre empresa e funcionrios, o

regulamento interno, benefcios e servios sociais etc.
Os fatores intrnsecos esto relacionados com o cargo e com a funo que a
pessoa executa, esses esto sob controle do individuo, j que se inserem no que se faz ou
desempenha. Por tanto, o desafio e a criatividade representam enorme significado
psicolgicos para os indivduos.
As empresas esto cada vez mais cientes da importncia em manter uma
qualidade de vida no trabalho para seus colaboradores. Atualmente os administradores
percebem que a qualidade dos produtos ou servios prestados est relacionada diretamente
com esse aspecto, como enfatiza Alves et al. (2012, p. 81). Essa qualidade de vida est
associada motivao no trabalho realizado.
Para Herzberg, a motivao depende do trabalho em si e no s dos incentivos
que possam ser dados aos indivduos, no so todas as necessidades que motivam, pois
algumas apenas evitam a no-satisfao.
Em suas inferncias, Herzberg indicou que fatores relacionados ao contedo do
cargo ou com a natureza das tarefas desenvolvidas pelo indivduo so fatores de satisfao
(motivadores); porquanto determinados pelo ambiente que permeiam o indivduo e ligados a
condies dentro das quais desempenha seu trabalho so fatores que apenas previnem a
insatisfao (manuteno ou higinicos). (PILLATI, 2012, p. 20)
Para seguir este raciocnio proposto por Herzberg preciso ter claro que, dentro
de sua linha de pensamento e com perspectiva do comportamento humano, o antnimo de
insatisfao no necessariamente satisfao. O inverso de insatisfao pode ser nenhuma
insatisfao. O mesmo vlido para a satisfao que pode ter como oposto nenhuma
satisfao. (PILLATI, 2012, p. 20). Herzberg considerava que existiam os fatores instintivos
ou de manuteno, ou seja, aqueles que apenas mantm a satisfao quando presentes ou
causam insatisfao quando ausentes, mas no geram nenhum aumento de motivao. Esses
fatores so extrnsecos ao trabalho. E os fatores vinculados s necessidades humanas
individualizadas compondo as condies intrnsecas, tais como a realizao, o desafio, a
responsabilidade, o progresso etc. Herzberg acreditava que esses fatores eram os reais
causadores de satisfao ou motivadores.
4.
METODOLOGIA
Para anlise dos dados pesquisados nas turmas noturnas de Administrao do
IFMA campus Santa Ins, cujo universo compreende 50 alunos atualmente efetivos na
universidade e uma amostra de 26 entrevistados aleatrios do 3, 5, 7 e 9 perodo,
convencionou-se uma numerao que correspondesse s respostas dos questionadas. Onde CT
(concordo totalmente) corresponde a 5, lembrando que essa a nota mais positiva em relao
s afirmaes. Progressivamente as notas vo diminuindo para 4 (C), 3 (IND), 2 (D), at
atingirem 1, a qual corresponde a DT (discordo totalmente), tendo sempre em vista que essa
a nota mais negativa em relao s afirmativas.
5.
ANALISES E DISCUSSO DOS REULTADOS
A tabela 1 abaixo mostra a motivao acarretada pela concepo individual sobre

o possvel salrio futuro como Bacharel em Administrao. A ideia de que um diploma
corresponde a uma ferramenta que eleva o nvel salarial do indivduo somada com os
conhecimentos e habilidades adquiridas pelo curso e com a relevncia profissional
relacionada a tudo isso leva 7,70% dos questionados a dar a maior nota possvel para essa
afirmativa e 46,15% darem nota 4, enquanto 30,75% discordam dessa relao entre motivao
e salrio futuro, dando apenas nota 2.
Mesmo assim, percebe-se um equilbrio quase preciso entre as respostas de carter
positivo e negativo, apresentando a pluralidade de efeitos produzidos pela ideia subjetiva de
possvel salrio futuro. Diferentemente do preceito de Homo Economicus de Taylor (1990),
onde o homem possua como sua maior e nica fonte de motivao o salrio.
NOTAS DESCRIO
DA NOTA
CT
5
C
4
IND
3
D
2
DT
1
TOTAL
Pesquisa realizada em 2014.
FREQUENCIA
ABSOLUTA
2
12
2
8
2
26
TABELA 1
FREQUENCIA
RELATIVA
7,70%
46,15%
7,70%
30,75%
7,70%
100%
5.1.
Motivao e ascenso profissional/social
A segunda questo no enfatiza o salrio, porm a expectativa de ascenso

profissional/social futura como ferramenta de motivao; se comparada pirmide de
Maslow, esse elemento estaria no patamar status, correspondendo aos fatores motivacionais
de Herzberg.
Observando a tabela 2, nota-se que 42,30% dos entrevistados marcaram a maior
nota para essa alternativa e 53,85% a segunda maior, retratando fielmente os estudos de
Herzberg, o qual enfatiza que fatores higinicos como o salrio apresentado na questo 1
no tm tanto peso para motivar quanto fatores motivacionais aqui relacionados ao
reconhecimento e status da profisso.
NOTAS DESCRIO
DA NOTA
CT
5
C
4
IND
3
D
2
DT
1
TOTAL
FREQUENCIA
ABSOLUTA
11
14
0
0
1
26
TABELA 2
FREQUENCIA
RELATIVA
42,30%
53,85%
0%
0%
3,85%
100%
5.2.
Felicidade associada a tarefas desafiadoras

Focando mais uma vez na motivao, perguntou-se, na questo 3, se os
entrevistados ficavam felizes quando concluam uma tarefa desafiadora. H uma relao
intrnseca entre a superao de tarefas desafiadoras e felicidade pessoal.
Alm disso, apresenta-se, no grfico 1 abaixo, a relao entre as respostas da 3 e
14 pergunta, analisando se as atividades dos professores so condizentes com a necessidade
de estmulo dos alunos oriundo de desafios propostos pelos seus docentes.
Nota-se que a felicidade por concluir uma tarefa desafiadora , em essncia, um
sentimento positivo cujos valores atingem um total de 113 pontos de 1301. Mesmo assim,
somente 3,85% dos entrevistados concordam totalmente (CT) com a afirmativa de que os
CT igual 5; logo 13 pessoas marcando essa opo geram 65 pontos. Semelhantemente, D igual 4 pontos;
assim 12 pessoas marcando essa opo provocam 48 pontos. A soma de ambos totaliza 113. Seguindo esse
raciocnio, 26 pessoas o total de entrevistados marcando CT provocariam 130 pontos, valor mximo.
professores apresentam propostas desafiadoras e 38,50% apenas concordam (C). O resultado

de 42,35% de respostas positivas parece muito, mas ao ser comparado com os 96,15% (50%
de CT e 46,15% de C) de respostas positivas no que tange a necessidade dos alunos de serem
cobrados desafiadoramente, surge a certeza de que pode-se melhorar nesse ponto.
Cobrar o domnio do contedo que foi ministrado pode ser um choque para os
alunos habituados com a falta de comprometimento de muitos professores passados por sua
histria, contudo gera reflexos positivos que logo faro a rispidez oriunda da mudana de
paradigma desaparecer.
Relao:felicidadepelasuperaoxdesafiospropostos
14
13
12
quantidadedevotos
12
felicidadepela
conclusode
tarefas
desafiadoras
10
10
8
6
4
4
2
2
1
0
atividades
desafiadoras
apresentadas
pelosdocentes
0
CT(5)
C(4)
IND(3)
D(2)
valordasrespostasdosentrevistados
DT(1)
Grfico 1. Pesquisado realizada em 2014.
5.3.
Elogios recebidos, presso por melhores resultados e avaliao dos superiores

Ainda relacionado s prticas dos professores, as respostas dos alunos sobre os
elogios recebidos pelo domnio do contedo e/ou desenvoltura em sala de aula foram
intermedirias, onde por volta de 46,15% concordam que recebem, 26,90% indiferente e
15,40% discordam.
Deve-se ressaltar que uma boa parcela acredita que estudar sob a presso de um
professor rgido ajuda a melhorar o desempenho estudantil, segundo a pesquisa.
Por ltimo, os entrevistados responderam se consideram suas notas/avaliaes, em
sua opinio, compatveis com o nvel de seu desempenho estudantil. 73,05% deles afirmam
que concordam e 11,55% que concordam totalmente, enquanto nenhum discorda totalmente
da assertiva.
Elogiosrecebidos,pressopormelhoresresultadoseavaliaodossuperiores
19
20
18
Elogiosrecebidospordomniode
contedo
Quantidadedevotos
16
14
12
12
pressodeprofessorajudaa
melhorar
10
7
8
6
4
4
2
Minhanota/avaliaocompatvel
commeudesempenhoestudantil.
4 4
2
0
CT
IND
DT
Grfico 2. Pesquisado realizada em 2014
5.4.
Reao ao ambiente fsico da sala de aula

Analisando o grfico 2, percebemos que 50% dos questionados afirmam que
concordam totalmente com a sentena de que as condies ambientais so boas e 25% que
apenas concordam com essa afirmativa, gerando um valor de 75% de respostas positivas
pergunta 10. J a porcentagem de indivduos motivados a estudar em sala de aula de apenas
37,5% (12,5% concordam totalmente e 25% apenas concordam).
Como se percebe, no h relao direta entre essas caractersticas do ambiente de
sala de aula e a motivao desses alunos em estarem l. As carteiras, os mveis, o nvel de
rudos e a temperatura so confortveis, porm no servem para garantir uma dedicao dos
alunos entrevistados, pois a motivao inelstica em relao s condies ambientais.
A teoria de Herzberg exata ao afirmar que a melhoria do ambiente
organizacional quer seja de empresas, quer seja de Instituies de ensino apenas combate
a insatisfao, no servindo para gerar motivao; lembrando que uma no essencialmente
contrria a outra. Pode-se no estar totalmente motivado, porm tambm no estar
insatisfeito; h uma espcie de limbo existente entre esses extremos, uma rea neutra.
reaoaoambientefsicodasala
14
13
quantidadedevotos
12
Ndealunos
motivadosa
estudaremsala
deaula
10
8
8
7
5
Qualidadedas
condies
ambientaisdasala
4
2
2
1
0
CT(5)
C(4)
IND(3)
D(2)
DT(1)
valordasrespostasdosentrevistados
Grfico 3. Pesquisado realizada em 2014.
5.5.
Como os alunos percebem a iniciativa da Instituio no mbito da motivao

A questo 11 trs uma pergunta a respeito da iniciava da Instituio em oferecer
projetos, palestras e cursos, direcionados aos alunos de Administrao. Como mostra a tabela,
apenas 15,4% dos entrevistados afirmaram concordar que o instituto tem projetos nesse
sentido, e 3,85% concorda tolamente. A maioria discorda, ou seja, segundo os alunos, o
Instituto poderia aumentar a quantidade de eventos. No se pretende aqui levar em conta a
disponibilidade de recursos para promover tais eventos por parte da Instituio, apenas
aponta-se que os alunos consideram insatisfatria a quantidade oferecida atualmente.
NOTAS DESCRIO
DA NOTA
CT
5
C
4
IND
3
D
2
DT
1
TOTAL
Pesquisa realizada em 2014
FREQUENCIA
ABSOLUTA
1
4
9
9
3
26
TABELA 3
FREQUENCIA
RELATIVA
3,85%
15,4%
34,60%
34,60%
11,55%
100%
A questo 12 discute a posio do Instituto em entender as necessidades do aluno;

muitos dos alunos se acham ignorados nesse quesito. Apenas 11,55% dos entrevistados se
sentem amparados pelo instituto. No afirma-se aqui que o Instituo no busca conhecer as
10
necessidades dos alunos, apenas enfatiza-se que os prprios alunos no observam essa
sensibilidade por conhec-los, mesmo que ela exista.
NOTAS DESCRIO
DA NOTA
CT
5
C
4
IND
3
D
2
DT
1
TOTAL
Pesquisa realizada em 2014
5.6.
FREQUENCIA
ABSOLUTA
0
3
8
10
5
26
TABELA 4
FREQUENCIA
RELATIVA
0%
11,55%
30,75%
38,45%
19,25%
100%
Clima organizacional
A questo 16 procura identificar o clima entre os alunos do curso e professores. O
resultado positivo, 7,7% discordam, nota 2, que o relacionamento seja bom; em contra
partida, 65,40% concorda que o relacionamento positivo, nota 4, e 11,55% concorda
totalmente que o relacionamento amistoso. Ver tabelas 5.
NOTAS DESCRIO
DA NOTA
CT
5
C
4
IND
3
D
2
DT
1
TOTAL
5.7.
FREQUENCIA
ABSOLUTA
3
17
4
2
0
26
TABELA 5
FREQUENCIA
RELATIVA
11,55%
65,40%
15,40%
7,70%
0,00%
100%
Oscilao na motivao
Com o estudo das respostas da 8 questo, observou-se algo esperado: o nvel de
motivao da maioria dos alunos oscilou durante o perodo compreendido entre o ltimo
semestre at este.
Na verdade, a motivao poderia oscilar muito durante uma nica semana ou um
nico dia; a mente humana complexa e cheia de segredos. A mnima mudana poderia gerar
11
nveis diversos de motivao ou de insatisfao; por exemplo, a prpria passagem do primeiro

para o segundo horrio de aula, onde h a mudana de um professor da matria X por outro
professor, agora da matria Y. Devido n fatores, algum aluno em particular, ou mesmo toda
uma turma, poderia no manter o mesmo nvel de motivao com o novo professor, quer seja
pelo tratamento rspido que ele utiliza ou pela matria que ele ensina. No pretende-se entrar
nesse mrito, apenas mostrar que a motivao fluida e no esttica.
Ainda pautado na pesquisa realizada na Instituio (especificamente a 7 questo),
percebe-se que 38,45% os alunos se considera pouco motivado, dando nota 2 para sua
motivao (D). Outros 15,4% se consideram muito motivados, nota 5, enquanto 42,3% se
considera apenas motivado, nota 4.
6.
CONCLUSO
A motivao extremamente pessoal e muito diferente de pessoa para pessoa, por
isso dificilmente cincias que estudam a mente humana e, consequentemente a motivao,

chegaro a concluses exatas e quantitativas.
Segundo todo o exposto, pde-se perceber que a qualidade do ambiente de sala de
aula da referida Instituio, como Herzberg argumentou em sua teoria, evita a insatisfao dos
referidos questionados, todavia no pode ser o nico foco dos gestores.
No entrando no mrito de como ministrar contedo em sala de aula, os
pesquisadores sugerem uma constante aplicao de atividades desafiadoras sempre pautadas
em assuntos j estudados e/ou apresentados pelo professor com o intuito de deixar os alunos
alertas e sempre preparados, assim como motivados a melhorarem seus conhecimentos e
habilidades para a superao dos desafios.
Chiavenato (2003) diz que Herzberg prope o enriquecimento de tarefas ou
enriquecimento do cargo com o foco de oferecer um ambiente propcio para contnua
motivao no trabalho. Os professores podem fazer o mesmo com os alunos.
Tito, o general romano, encarregado de construir o Coliseu, sentia orgulho
porque o exrcito romano era o nico que se preparava para a guerra em tempos de paz, que
treinava seus soldados durante todo o ano. Era o mais eficiente. (CURY, Augusto. 2008.
Pg. 13)
Que os educadores faam como Tito! No permitam que seus soldados (alunos)
esperem a guerra (provas e testes) para comearem a se preparar, isso acarretar derrotas
12
enormes. Faam com que treinem periodicamente, no importando os gemidos. Muitos alunos
iro reclamar, contudo certamente tero um bom motivo para a ao de estudar.
Tm-se percebido, por meio da anlise emprica do cotidiano, que boa parte da
sociedade brasileira no sabe lidar com a liberdade, principalmente durante o trabalho ou o
estudo, sendo muitas vezes necessrio que uma fora repressora obrigue essa sociedade
para que haja engajamento na tarefa a ser executada, seja ela qual for.
Elogios e outras bonificaes so essenciais para criar um ambiente propcio
motivao; qualquer estudioso do comportamento humano em organizaes concordar com
essa afirmao, enfatizando sempre o termo propcio, pois no possvel motivar um
indivduo, apenas criar um ambiente propcio para que a motivao surja.
Em 76,9% dos entrevistados afirmaram positivamente (CT e C) que sentem-se
motivados estudando Administrao, logo a averso ao curso escolhido no um empecilho
prosseguirem estudando Administrao apresentado por eles, como poderia ter sido proposto
em hipteses anteriores pesquisa.
Pouco mais da metade dos entrevistados tambm disseram que sentiram-se
importantes por responder uma pesquisa que busca entender sua motivao, cerca de 73,05%
deles. Esse nmero poderia ser maior se um rgo mais importante na concepo dos
alunos2 , ou com mais poder para transformar os dados adquiridos em aes prticas,
houvesse realizado essa pesquisa.
Dados adquiridos com a pesquisa mostram algumas caractersticas que os alunos
consideram pertencentes a uma boa didtica:
Domnio do contedo por parte do professor que o ministra.
Material visual para apoiar a explanao.
Objetividade do assunto, no fugindo para temas sem muita relevncia em
relao ao apresentado.
Didtica participativa, onde os alunos podem opinar e fazer observaes. O
professor deve tomar cuidado para no intimidar os alunos.
Clareza na fala.
Dinmica durante a apresentao.
Apresentar o porqu de dada informao, no s impondo um conceito prdefinido.
Deve-se lembrar que a motivao interna. A concepo do mundo ao seu redor que os alunos tm a nica
forma do ambiente externo influenci-la; o objeto que oferece influencia externa pode ser qualquer coisa, porm
o que mais vai contar para o nvel do impacto que ele propicia o que ele parece ser ao aluno.
13
Comparando a escola com uma empresa e os alunos com seus colaboradores,

chega-se a concluso de que, assim como os colaboradores bem motivados tendem a realizar
seus trabalhos com maior empenho e dedicao visto que a motivao o motivo em si para
que promovam aes/atividades/tarefas , os alunos do curso de Administrao tambm tero
uma inclinao a melhores resultados caso estejam motivados durante o processo de
aprendizagem.
No pretende-se aqui ensinar os professores a ministrarem suas aulas ou,
Instituio, como gerir as suas polticas motivacionais. Contudo orienta-se com toda a
humildade que os profissionais desse ramo analisem, a todo instante, melhores formas de
suprirem seus clientes, os alunos, levando em conta as fontes de dados disponveis (esse
singelo artigo um bom exemplo).
Sabe-se que essa pesquisa no conseguiu abarcar o assunto em sua totalidade e
que muitas brechas para outras pesquisas esto aparentes; pode-se pesquisar as aes e
polticas motivacionais da Instituio, aprofundar-se nas tcnicas dos docentes, analisar esse
assunto sob a luz de outras teorias, etc.
H muito que pesquisar e aprender, pois entender a motivao de alunos constituise em tarefa desafiadora para professores, pais e gestores de instituies de ensino, alm de o
ser para os prprios alunos. Mesmo respaldados por milnios de desenvolvimento humano e
cientfico em todas as reas e amparados por teorias e hipteses, pode-se afirmar que a
motivao se encontra to desafiadora e mutvel quanto antes, impossibilitando uma
tabulao precisa e/ou exata.
Isso ocorre principalmente porque as interpretaes sobre o desenvolvimento do
comportamento motivacional divergem, pois ele decorre de um processo psquico bsico e
altamente complexo que depende do indivduo em ltima instncia, porm sofre influncia do
ambiente.
14
REFERNCIAS:
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de caso em uma instituio de ensino superior. RAI Revista de Administrao e Inovao,
So Paulo, v. 9, n. 2, p.79-97, abr. /jun. 2012. Disponvel em:
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BARBOSA, Daniel Freitas. et al. Motivao no trabalho. Maringa Management: Revista de
Cincias Empresariais, v. 2, n.1, p. 20-25, jan./jun. 2005. Disponivel em:
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BONAFIN, Tabatha Caroline; BRANDALISE, Loreni Teresinha. Incentivos
organizacionais
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dos
funcionrios.
Disponvel
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20Comunica%E7%F5es/ART%2013%20%20Incentivos%20Organizacionais%20versus%20s
atisfa%E7%E3o%20dos%20funcionarios.pdf >. Acesso em: 22 jul.2013.
CHIAVENATO, Idalberto. Introduo teoria geral da administrao: uma viso
abrangente da moderna administrao das organizaes. 7. ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro:
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CHIAVENATO, Idalberto. Administrao de recursos humanos: fundamentos bsicos. So
Paulo: Atlas, 2003.
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excelncia emocional e profissional. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil/Ediouro, 2008.
FELIPPE, Maria Ins. Os desafios da motivao. Revista Gesto Plus. n. 18. pg 18 e 19.
Janeiro/fevereiro,
2001.
Disponvel
em:
http://xa.yimg.com/kq/groups/24137146/1338692722/name/Texto_6__Motivacao%5B1%5D.
pdf. Acesso em: 25 jul.2013.
FREDERICK, Herzberg et. al. Motivao para trabalhar. Ttulo Original: The motivation
to work. Traduo e reviso por Orlando Nogueira. Disponvel em: http://www.crarj.org.br/site/leitura/textos_class/traduzidos/motivacao_para_trabalhar/publicacao/index.html.
Acesso em: 20 mar. 2014.
*Graduandos do Curso de Bacharel em Administrao pelo IFMA campus Santa Ins
15
GOMES, Elaine Dias. MICHEL, Murillo. A motivao de pessoas nas organizaes e suas
aplicaes para obteno de resultados. REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE
ADMINISTRAO. Gara/SP. Ano VII Nmero 13 Dezembro de 2007. Disponvel em:
< http://www.revista.inf.br/adm13/pages/artigos/adm-edic13-anovii-art05.pdf>. Acesso em:
28 jul.2013.
PILATTI, Luiz Alberto. Qualidade de vida no trabalho e a teoria dos dois fatores de
Herzberg: Possibilidades-Limite das Organizaes. Unicamp. cap. 6. Disponvel em:
<http://www.fef.unicamp.br/fef/qvaf/livros/foruns_interdisciplinares_saude/ambiente/ambient
e_cap6.pdf.> Acesso em: 28 jul.2013.
TAYLOR, Frederick Winslow. Princpios de administrao cientfica. Traduo de Arlindo
Vieira Ramos. 8. Ed. So Paulo: Atlas, 1990.
16
APNDICE
ROTEIRO DE QUESTIONRIO APLICADO AOS ALUNOS
Caro aluno,
Essa pesquisa faz parte de um estudo de caso feito nessa Instituio, como parte
da elaborao de um artigo. Os dados aqui adquiridos so exclusivamente de uso acadmico e
a identidade dos pesquisados ser preservada.
Perodo do Curso______________
Sexo:
masculino ( ) feminino ( )
PERGUNTAS
Com base na minha concepo do salrio de um administrador, a

possibilidade de salrio futuro serve como estmulo para estudar
Administrao.
A expectativa de ascenso profissional/social futura me motiva a

estudar.
Fico feliz quando concluo uma tarefa desafiadora.
Sinto-me realizado estudando administrao.
Minha nota/avaliao compatvel, na minha viso, com meu

desempenho estudantil.
Minha turma realiza grupos de estudos para aprimorar o

conhecimento.
Eu me considero motivado.
A minha motivao em relao ao curso oscilou durante o ultimo

semestre de curso at este.
Sinto-me mais motivado a estudar dentro de sala de aula do que

fora dela.
10
As condies ambientais fsicas (temperatura ambiente, disposio

das carteiras, nvel de rudo, limpeza, mobilirio, etc.) so boas.
11
A Instituio trs cursos e/ou palestras para aprimorar o currculo

dos alunos com regularidade.
CT
(5)
C
(4)
IND
(3)
D
(2)
DT
(1)
17
12
A Instituio procura conhecer as minhas necessidades.
13
Recebo elogios por um domnio do contedo estudado e/ou

desenvoltura em sala de aula.
14
As atividades apresentadas pelos docentes so desafiadoras; eles

procuram sempre me motivar.
15
Estudar sob a presso de professores rgidos ajuda a melhorar meu

desempenho estudantil.
16
Existe um bom clima entre alunos e professores.
17
Existe um bom clima entre alunos e alunos.
Legenda da Tabela:
CT Concordo Totalmente
D Discordo
C Concordo
DT Discordo Totalmente
IND Indiferente
18 - Quantos professores, no semestre atual, tm uma didtica que facilita a absoro do
contedo? Como voc descreve uma boa didtica?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
19 - Voc utiliza o psiclogo, que atua como conselheiro, da Instituio? Se sim, com que
frequncia?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
18
20 - Voc se sentiu importante ao responder a uma pesquisa que buscam entender sua
motivao e, consequentemente, servir de base para a tomada de deciso dos responsveis
pela gesto da sua Instituio?
Sim ( )
No ( )
Desde j agradecemos sua participao.

Atenciosamente.
PANORAMADASPOLTICASPBLICASECONVNIOSRELACIONADOSAOTRANSPORTEESCOLARNO
BRASIL
E.H.A.daFonsca (IC);R.F.C.Gentil(PQ)2;A.P.E.deAndrade(IC)3 ;A.U.deCarvalho(IC)4

Norte(IFRN)DepartamentodeLogsticaCampusSoGonalodoAmarante;email:ed_eloisa@hotmail.com;
rafaelli.freire@ifrn.edu.br;paulaanndrade@hotmail.com;carvalhouemerson5@gmail.com
1,3,4
RESUMO
Pela sua inegvel relevncia, o transporte escolar
gratuito no pas um tema que vem ganhando maior
importncia nas discusses e pesquisas nos ltimos
anos. Segundo dados do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da EducaoFNDE (BRASIL, 2014) os
estudantes passam cerca de quatro horas dirias neste
transporte,oquedemonstraaimportnciadeestudose
desenvolvimento de polticas pblicas e convnios que
contribuam para a reduo e melhor aproveitamento
dostemposdetrajeto,assimcomoparaamelhoriadas
condiesdeviagemdessesestudantes,justificandose,
assim, esta pesquisa. Pelo apresentado, o objetivo
principal deste trabalho apresentar as polticas

pblicas e os convnios celebrados em relao ao
transporte escolar para garantir o direito constitucional
a educao. Como objetivo secundrio identificar a
forma de distribuio de recursos entre as esferas
federal, estadual e municipal para o transporte escolar.
Para isso, utilizouse como mtodo a pesquisa
bibliogrfica e documental. Como resultado, buscouse
apresentar a importncia destas polticas pblicas e
convniosquecontribuamcomosusuriosdesteservio
quanto a seus direitos prestabelecidos em lei.
PALAVRASCHAVE:Transporteescolar,Polticaspblicas,Convnios,Governofederal,Distribuioderecursos.
OVERVIEWOFPUBLICPOLICIESANDAGREEMENTSRELATEDTOSCHOOLBUSESINBRAZIL
ABSTRACT
Foritsundeniablerelevance,freeschoolbuses
in the country is a topic that has been gaining more
importanceindiscussionsandresearchinrecentyears.
According to data from the Fundo Nacional de
Desenvolvimento da EducaoFNDE (BRASIL, 2014)
students spend about four hours a day for this
transport, which demonstrates the importance of
research and development of public policies and
agreementsthatcontributetothereductionandbetter
use of trip times, as well as to improve the travel
conditionsofthesestudents,thusjustifyingthissearch.
At presented, the main objective of this paper is to
present public policies and agreements entered into in

relationtoschooltransporttoensuretheconstitutional
right to education. As a secondary objective way to
identify the distribution of resources among federal,
stateandmunicipallevelsforschooltransportation.For
this,weusedasamethodtoliteratureanddocuments.
As a result, we sought to present the importance of
these policies and agreements that contribute to the
users of this service in their own right established by
law.
KEYWORDS:Schoolbuses,PublicPolicies,Agreements,FederalGovernment,Resourceallocation.
PANORAMADASPOLTICASPBLICASECONVNIOSRELACIONADOSAOTRANSPORTEESCOLARNO
BRASIL
INTRODUO
Atualmente o transporte escolar configurase como uma necessidade bsica dos
estudantesdeescolaspblicas,principalmentedaquelesqueresidememzonasruraisededifcil
acesso educao. Desta forma a Unio, pessoa jurdica representante do Governo Federal,
juntamenteaosdemaisentesfederados,vemdesenvolvendoaolongodosanosdiferentestipos
dePolticasPblicaseformalizandoConvniosqueasseguremoacessodesseestudanteescola.
Segundo dados retirados do Manual da Legislao Federal sobre Convnio da Unio
(BRASIL, 2009) os Convnios so ajustes administrativos, celebrados por pessoas jurdicas de
DireitoPblicodequalquerespcieourealizadoentreestaseoutrasdenaturezaprivada,paraa
aquisiodoobjetivocomumdosconvenentes.Destaforma,possuemafinalidadedeconstruir
um resultado final que atenda aos deveres compartilhados pelos partcipes, permitindo auxlio
aoscustosapartirdosrecursosfinanceirosrecebidosparaaexecuodeservios.OConvnio
um dispositivo do qual o poder pblico se beneficia para associarse a outra entidade, seja ela
pblicaouprivada,eestconceituadonaLeiFederalN8.666,de21dejunhode1993.
J as Polticas Pblicas so conjuntos de programas, aes e atividades que so
desenvolvidaspeloEstadodeformadiretaouindiretacomaparticipaodeentidadespblicas
ou privadas que buscam assegurar determinados direitos a cidadania e direitos constitucionais
(BRASIL, 2013). Destacamse para esta pesquisa os programas voltados para a educao de
qualidadenopas,viabilizandocondiesdeacessoepermannciadosestudantesnasescolas.
Dentre estes, na esfera federal, podemos citar o Programa Nacional de Alimentao Escolar
(PNAE),ProgramaNacionaldoLivroDidtico(PNLD),ProgramaNacionaldeApoioaoTransporte
doEscolar(PNATE),ProgramaDinheiroDiretonaEscola(PDDE),ProgramadeApoioEducao
Especial(PAEE),dentreoutros.
Sobestepanorama,oobjetivodestetrabalhoapresentarasPolticasPblicasFederaise
osConvnioscelebradosemrelaoaotransporteescolarsegundoostermosdefinidosnoartigo
211 da Constituio Federal, com o intuito de expor a importncia destes programas para os
alunosdasescolaspblicasqueresidemnazonarural,emquemuitasvezesnousufruemdeste
servio, ou se possuem, o meio de transporte desconfortvel, inapropriado, lotado ou sofre
comausnciademanuteno.
Esteumestudotericofeitoatravsdeumaanlisequalitativa.Omtodoutilizadofoio
depesquisabibliogrficaedocumental.
Como resultados buscouse fornecer um documento que traga uma sntese da
operacionalizao e importncia dessas Polticas Pblicas para os estudantes, assim como
apresentarlhesumpanoramadasPolticasPblicaseConvniosexistentes.Almdeservircomo
uma ferramenta que auxilie no exerccio da cidadania ao promover a compreenso do
mecanismodeatuaodopoderpblicoafimdebuscaremseusdireitosprestabelecidospela
legislao,viabilizandoumamelhorcondiodevida.
MATERIASEMTODOS
PolticasPblicas,Convnioseotransporteescolar
A evaso escolar uma permanente preocupao do governo brasileiro, visto que em
2012, conforme dados de pesquisa do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud),atingiuondicede24,3%,oqueapontaqueoBrasiltematerceiramaiortaxadeevaso
escolarentreos100pasescommaiorndicedeDesenvolvimentoHumanoIDH(PNUD,2012).
Segundoamesmapesquisa,ospasesvizinhosapresentamndicesbemmenorescomoocaso
doChile(2,6%deevaso),Argentina(6,2%)eUruguai(4,8%).
O Governo Federal juntamente com os demais entes governamentais, observando a
importnciadasPolticasPblicasedosConvniosparaaeducao,buscadesenvolverpormeio
deacordosedoFundoNacionaldeDesenvolvimentodaEducao(FNDE)polticaseprogramas
que possam amenizar ou combater esses altos ndices de evaso escolar e de desigualdades
existentesentrecidades,municpios,estadoseregiesbrasileiras,oqual,omesmolevamuitas
vezesaodesgastefsicoepsicolgicodoaluno.
[...] o estabelecimento de polticas, programas e aes visando superar o

fracasso escolar deve considerar as diferentes dimenses e a necessidade de
busca de maior articulao delas sem secundarizar, no campo das polticas
educacionais,anecessidadedepriorizaoestratgicadealgumasdessasaes
comonortepolticoaserefetivadonaspolticasegestoparaaeducaobsica.
[...](DOURADO,2005,p.2)
Desta forma se torna indispensvel que a Unio na execuo de suas polticas pblicas,
programaseconvnios,consideremosindicadoresscioeconmicosdecadaregioparaassim
identificarasprincipaisnecessidadesdapopulaolocalparamelhordirecionarosesforoseos
recursosembuscadasmetasgovernamentais.
A evaso escolar um dos diversos problemas que o Governo Federal vem buscando
resolvercomoauxliodestaspolticas,queforneceassistnciadediversasformasaestesalunos.
Um dos principais motivos desta evaso a dificuldade de acesso a estas escolas, quando em
diversos casos os educandos chegam a passar at quatro horas dentro de um transporte para
chegaraescola,desmotivandooalunoapermanecernessajornada.
SegundoMouraeCruz(2013)eGentileSilva(2013)otransporteescolarconsisteemum
direitoestabelecidonaConstituiode1988,emseuartigo208,naLeideDiretrizeseBasesda
EducaoNacional(LDB),noartigo4,epeloEstatutodaCrianaedoAdolescente(ECA),emseu
artigo54,comointuitodepromovermelhorescondiesdeensinoeeducaoaosalunos.
Mtododepesquisa
Esteumestudotericofeitoatravsdeumaanlisequalitativa.Omtodoutilizadofoio
de pesquisa bibliogrfica em outros artigos que dissertam sobre o tema para o melhor
embasamento das discusses, e o mtodo da pesquisa documental que, segundo Gil (2010),
realizada a partir de materiais que no receberam tratamento analtico. So exemplos desses

materiaisatas,registros,dirios,leiseprojetosdelei,registrosestatsticos,fotosfilmesevdeos.
Destaforma,paraatingirseoobjetivodestapesquisa,fezse usodedocumentoslegais
para embasamento da anlise, gerando uma discusso atravs da investigao detalhada dos
dispositivos selecionados, sendo: Constituio Federal da Repblica Federativa doBrasil; Lei de
Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB); Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA);
ResoluesdoFNDEqueregulamentamoPNATE;DocumentosdoPortaldaTransparncia.
RESULTADOSEDISCUSSO
Segundo Gentil e Silva (2013), a educao no Brasil um direito social garantido pela
ConstituioFederalereforadopeloEstatutodaCrianaedoAdolescente(ECA)epelaLeide
DiretrizeseBasesdaEducaoNacional(LDB)e(...)temporfinalidadeoplenodesenvolvimento
do educando, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o trabalho
(BRASIL,1996).
Porm, para o exerccio pleno do direito social educao, necessria, por parte do
Estado,aviabilizaodaentradaepermannciadestesindivduosdentrodoambienteescolar.
Para isso existem os chamados programas suplementares ao ensino, que consistem no
dever do poder pblico em fornecer amparo aos alunos com recursos, na forma de material
didtico,transporte,alimentaoesade.Ressalvandoseque,tudoissosemdestituirdafamlia
seupapeldeextremarelevncianesteprocesso(GENTIL;SILVA,2013).
AfimdeviabilizaressesprogramasoMinistriodaEducaoatravsdoFundoNacional
de Desenvolvimento da Educao (FNDE) vem criando polticas pblicas operadas atravs de
programascomooCaminhodaescola,relacionadoaofornecimentodetransporteescolar.
Osrecursosdestinadosaessesprogramasdevemserrepassadosaosentesresponsveis
atravsdacelebraodeconvniosentreospartcipes,conformeprevistonaLein8.666/1993.
AtualmentesnoBrasilexistemmaisde446.430convnioslistadosnapginadoPortal
daTransparncia,emquecercade368.832estoregistradosnaSecretariadoTesouroNacional
STN (SIAFI) e 77.598 registrados no Sistema de Convnios (SICONV) todos esses convnios
geram um valor total de aproximadamente R$ 379.913.617.042,25. Apenas no Ministrio da
Educao existem aproximadamente 97.343, em que o valor conveniado de R$
3.345.153.684.318,72,entretantoovalorliberadodeR$28.448.578.009,23(BRASIL,2014).
As transferncias dos recursos ocorrem por meio de procedimentos prvios que resulta
em acordo formal, que normalmente celebrado entre a entidade repassadora e a entidade
receptora.Contudoacelebraodoconvniodependedeumaprviaaprovaodecompetente
planodetrabalhopropostopelaorganizaointeressada,oqualdeveconteraidentificaodo
objetivoaserexecutado,asmetasqueseroatingidas,asetapasefasesdeexecuo,oplanode
aplicao dos recursos financeiros, o cronograma de desembolso, a previso de incio e fim da
execuoassimcomoaconclusodasetapasoufasesprogramadas.Asparcelasdosconvnios
seroliberadasemestritaconformidadecomoplanodeaplicaorecebido.
OsconvniosfeitosentreaUnio,EstadoseMunicpiostemporfinalidadeimplementaro
sistema de ensino. Segundo Abreu (2007) os convnios criados pelas trs esferas vo alm da
definio de cotas de arrecadao e contribuio, consolidandose como uma frmula de
colaboraoentreospodereseomodocomodeveriamseraplicadososrecursosrecolhidosno
desenvolvimentodeumsistemaeducativoanvelnacional.Assimosconvniosapresentamum
considervel resultado em escala nacional, acima de tudo nos acordos estabelecidos entre a
UnioeoEstado.
Os programas instalados pelo Ministrio da Educao (MEC) para favorecer a
disponibilizao do transporte escolar aos educandos da rede pblica de ensino foram o
ProgramaNacionaldeTransporteEscolar(PNTE),oProgramaNacionaldeApoioaoTransporte
doEscolar(PNATE)eoProgramaCaminhodaEscola.Seguedetalhamentodestesprogramas.
ProgramaNacionaldeTransporteEscolar(PNTE)
SegundoMouraeCruz(2013)oprimeiroprogramainstitudofoioProgramaNacionalde
TransporteEscolar(PNTE)emqueapolticadotransporteescolarfoirealizadapelaFundaode
Assistncia ao Estudante (FAE), no ano de 1993, em carter experimental, com o objetivo de
contribuir financeiramente com os municpios para a compra de veculos automotores zero
quilmetro, responsvel em transportar os alunos diariamente das escolas pblicas de ensino
fundamentalmoradoresdarearural.
OPNTEeraumamodalidadedeassistnciafinanceiravoluntriadestaformadependiada
elaboraodePlanosdeTrabalhoAnuaisentreaUnio,EstadoseMunicpios.Em1997coma
extino do FAE o rgo que assumiu a gesto do PNTE foi o FNDE. Este constatou que os
critrios de atendimento vinham variando com o passar dos anos tais como o ndice de
DesenvolvimentoHumano(IDH)dentreoutros.
Os intervenientes polticopartidrios foram determinantes para a distribuio

dos recursos do PNTE, pois, conforme Castro (1997), em anlise da poltica de
transferncia voluntria nos anos de 1980, embora houvesse critrios
tcnicos/burocrticos do FNDE divulgados, prevaleceu o pragmatismo poltico
naseleofinaldosprojetos,emqueomaiorpesoeradadoaopatrocniodos
pleitos efetuados por parlamentares, altos burocratas e dos dirigentes locais e
regionais.(MOURA;CRUZ,2013,p.04)
No ano de 2004, o PNTE passou a ser destinado apenas a Organizaes No

Governamentais (ONGs) sem fins lucrativos, destinados a escolas de ensino fundamental que
abranjam alunos com necessidades especiais tanto da zona rural quanto urbana, e no ano de
2007oPNTEfoitotalmenteextintodaspolticaspblicas.
ProgramaCaminhodaEscola
Este programa disponibiliza recursos para os estados e municpios, para a obteno de
nibusemicronibus,amboszeroquilmetros,edeembarcaes,pormeiodocontratocomo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES). O Programa Caminho da
Escola, uma modalidade de assistncia financeira criada pela Resoluo n 3, do Conselho

Deliberativo do FNDE, de 28 de maro de 2007 e os recursos so repassados atravs da
celebraodeConvnioentreosentesparticipantes.
ProgramaNacionaldeApoioaoTransportedoEscolar(PNATE)
Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) foi institudo pelo
MinistriodaEducao,emqueoFNDEoprincipalresponsvelpormeiodaMedidaProvisria
n173,de16demarode2004,referendadopelaLein10.880,de9dejunhodomesmoano,
que tem por objetivo oferecer transporte escolar gratuito para os estudantes de ensino
fundamental,pormeiodeassistnciafinanceiradecartersuplementaraosEstados,aoDistrito
Federal,eaosMunicpios.
AtentooPNATEapenasbeneficiavaosestudantesdeensinofundamental.Contudo,a
Lei n 11.947, estabelecida em 16 de junho de 2004, possibilitou que o programa beneficiasse
todososestudantesdaeducaobsica(EducaoInfantil,EnsinoFundamentaleEnsinoMdio),
porm,apenasosresidentesnazonarural.
O montante se divide em nove parcelas, onde as mesmas so disponibilizadas entre os
meses de janeiro a novembro, de acordo com o nmero de alunos que se encontram em
determinada localidade. Desde que o programa foi estabelecido o clculo do montante foi
sofrendomodificaes,em2004ovalordocustoalunofoiestipuladoemR$76,00aoano,em
2005,emR$80,00,eatualmenteestevalorjaumentou,elevariaentreR$120,73eR$172,24
percapita/ano,segundadadosdoFNDE(BRASIL,2014),deacordocomarearuraldomunicpio,
apopulaosituadanaquelalocalidadeeaposiodomunicpionalinhadepobreza.
Porm,paraqueessesrecursosfossemdisponibilizadosdemaneirajusta,foiinstitudoo
Fator de Necessidade de Recursos de Municpio (FNRM) que por meio da multiplicao das
variveisdescritasaseguirdistribuirecursosparaotransporteescolar(dadosretiradosdositedo
FNDEdaResoluo/CD/FNDEn12,de5deabrilde2006)(BRASIL,2014):
Percentualdapopulaoruraldomunicpio(IBGE);
readomunicpio(IBGE);
PercentualdapopulaoabaixodalinhadepobrezadeR$75,00(IPEADATA).
FoiinstitudaumatabelacomosEstadoseoDistritoFederal.Considerandoasvariveis,
foramdivididosemquatrofaixasqueapresentaanecessidadederecursos:muitobaixa;baixa;
mdia;alta.DestamaneiraosestadosformaclassificadosconformeTabela1.
Tabela1DistribuiodosEstadosporFaixadeNecessidade.
Faixas
Necessidadesde
Recurso
Estados
Faixa1
Faixa2
Faixa3
Faixa4
MuitoBaixa
Baixa
Mdia
Alta
RJ,SC,RS,PR,SPeDF
SE,ES,RN,GO,AL,PB,PEeMG
TO,MS,RO,MT,MA,PI,CEeBA
RR,AP,AC,AMePA
FonteFNDEResoluo/CD/FNDEn12,de5deabrilde2006.
Paraoclculodosrecursosaserematribudosacadaumadasfaixas,considerouseuma
situao hipottica de um diferencial de 5% entre faixas, partindose da situao verificada do
Programaem2005(FNDEResoluo/CD/FNDEn12,de5deabrilde2006).
Dentro de cada faixa, os estados [...] foram novamente organizados em grupos de
municpios por tipo de necessidade (muito baixa, baixa, mdia e alta), gerando uma
diferenciao(MOURA;CRUZ,2013,p.6),conformeTabela2.
Tabela2Valorespercapitadosmunicpiosem2008.
UF
Faixa1
MuitoBaixa
Faixa2
Baixa
Faixa3
Mdia
Faixa4
Alta
Variao%
EntreFaixa1
eFaixa4
DF
RJ
SC
RS
PR
SP
SE
ES
RN
GO
AL
PB
PE
MG
TO
MS
RO
MT
MA
PI
CE
BA
RR
AP
AC
AM
PA
84,54
81,89
81,71
81,63
81,56
81,72
82,91
83,02
83,10
83,19
83,14
83,34
83,23
83,26
85,28
85,06
85,24
84,97
85,01
85,43
84,78
85,02
86,44
89,09
86,96
88,75
86,54
83,79
83,42
83,27
83,13
83,43
85,82
86,05
86,19
86,38
86,28
86,67
86,45
86,53
90,55
90,11
90,48
89,93
90,01
90,86
89,56
90,05
92,88
98,18
93,91
97,49
93,09
85,68
85,13
84,90
84,69
85,15
88,73
89,07
89,29
89,58
89,42
90,01
89,68
89,79
95,83
95,17
95,71
94,90
95,02
96,29
94,34
95,07
99,33
107,27
100,87
106,24
99,63
87,58
86,84
86,53
86,26
86,87
91,64
92,09
92,38
92,77
92,56
93,35
92,91
93,06
101,10
100,23
100,95
99,87
100,03
101,72
99,11
100,09
105,77
116,36
107,82
114,98
106,17
6,90%
6,30%
6,00%
5,80%
6,30%
10,50%
10,90%
11,20%
11,50%
11,30%
12,00%
11,60%
11,80%
18,60%
17,80%
18,40%
17,50%
17,70%
19,10%
16,90%
17,70%
22,40%
30,60%
24,00%
29,60%
22,70%
FonteFNDEResoluo/CD/FNDEn12,de5deabrilde2006.
Contudo o clculo do PNATE continuou sofrendo modificao no ano de 2010, segundo

dados do FNDE foi instituda a Resoluo n 69, de 29 de dezembro de 2009 que apresenta a
distribuio per capita Art. 1 Alterar o valor per capita por aluno/ano a ser transferido aos
estados, ao Distrito Federal e aos municpios conta do Programa Nacional de Apoio ao

TransportedoEscolar(PNATE)no anode2010,nostermosconstantesdatabeladereferncia
anexa a esta Resoluo. (FNDE Resoluo/CD/FNDE n 69, de 29 de dezembro de 2009),
conformeTabela3.
Tabela3ValorpercapitaanoTabeladereferncia2010.
ValorPerCapita(R$1,00)
UF
Menor
Maior
UF
Menor
Maior
AC
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
149,31
123,07
133,27
143,90
125,85
125,49
128,51
122,89
123,14
125,83
123,24
127,19
127,61
128,10
162,62
137,23
170,20
172,24
149,23
147,81
128,51
136,32
142,07
148,56
142,95
148,36
150,33
159,02
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
124,18
123,20
127,79
120,73
121,21
124,83
129,28
141,30
120,84
120,95
123,59
120,96
127,79
139,62
143,64
150,57
128,73
132,31
136,75
149,43
156,56
128,28
128,54
137,44
134,31
149,65
FonteFNDEResoluo/CD/FNDEn69,de29dedezembrode2009.
importante investigar se a liberao de tais valores pautase na disponibilidade

financeira do FNDE ou em um estudo que defina o quantitativo necessrio para oferecer
transporte escolar de qualidade, assunto este que no abordado neste artigo, pois foge do
objetivodapesquisa.
O recurso liberado pelo FNDE por meio do programa PNATE se faz necessrio para
responderumadasprincipaisnecessidadesdoeducando,noentantoafiscalizaonecessria
no apenas dos rgos pblicos, mas tambm da sociedade em geral. Assim necessrio que
todosconheamestaspolticasparaquepossamintervirnestasfiscalizaes,sendoumaforma
defiscalizaodosinvestimentosestatais.
CONCLUSO
Como podemos observas nas tabelas apresentadas, todos os municpios tm direito a
auxlio financeiro disponibilizado pelo FNDE, desde que os alunos estejam freqentando
regularmenteoestabelecimentodeensino.
Entretanto, caso o Distrito Federal, o Estado e o Municpio que recebem este recurso
financeiroomitamaprestaodecontasconformedefinidopelo seuConselhoDeliberativo,ou
ocorra a rejeio da prestao decontas ou ainda utilizem dos recursos em desacordo com os
crditos estabelecidos para a execuo dos Programas, conforme constatado por anlise
documental ou de auditoria (redao dada pela Lei n 11.947, de 2009 e Includo pela Lei n
11.947,de2009)poderperderoauxiliofinanceiro,decretoinstitudonaLeiN10.880,de9de
junhode2004descritoemseuartigo5pargrafo1.
Assim como nas polticas pblicas, caso as entidades que receberam os convnios no
forneam a comprovao regular da aplicao da parcela anterior, quando verificar desvio da
finalidade na aplicao dos recursos ou quando o executor deixar de adotar as medidas
saneadorasapontadaspelopartcipe(RedaodadapelaLein8.666,de1993eIncludopelaLei
n8.666,de1993)orecursofinanceiroficarretidoatsaneamentodasimpropriedades.
Assim importante que os municpios que recebem este auxlio prestem contas
adequadamente,caso contrrio tero seus auxlios cortados, o que no o desresponsabiliza do
fornecimentodotransporteescolar.importantequeapopulaotenhacinciadequecomou
sem o recurso da Unio, o municpio tem o dever de fornecer este servio com todas as
especificaesequalidadeexigidaspeloMEC.
REFERNCIAS
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doProgramaBrasilAlfabetizado,alteraoart.4daLein9.424,de24dedezembrode1996,
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http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio2007/252.pdf> Acesso em: 17 mar.
2014.
10
LOGSTICADOAGRONEGCIO:UMESTUDODOSCUSTOSDETRANSPORTEEARMAZENAGEM
NOBRASIL
Y.R.Torres(PQ);V.L.Souza(PQ)2 ;A. L.O.Coelho (PQ);I.J.Pessoa(PQ)4
1
InstitutoFederaldeeducao,CinciaeTecnologiadoAcre(IFAC)CampusRioBranco,2InstitutoFederalde
Educao,CinciaeTecnologiadoAcre(IFAC)CampusRioBranco;3InstitutoFederaldeEducao,Cinciae
TecnologiadoAcre(IFAC)CampusRioBranco;4InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadoAcre
(IFAC)CampusRioBrancoemail:campusriobranco@ifac.edu.br
(IC)IniciaoCientfica
(TC)TcnicoemQumica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Este estudo objetivou discutir os problemas

enfrentados pela logstica do agronegcio que afetam
diretamente aos produtores e empresas, a economia
brasileira e o desenvolvimento do pas, mostrando o
desbalanceamento da matriz brasileira, os gargalo
enfrentados pela infraestrutura do pas e o dficit da
armazenagembrasileira.Poroutrolado,evidenciamoso
direcionamento dos programas e projetos de
investimentos que esto sendo tomadas pelos rgos
governamentais no sentido de minimizar os problemas

enfrentados na economia. Dessa forma, a pesquisa
contemplou o estudo de transporte, distribuio e
armazenagem. Essas trs questes delineando a
formao desses custos logsticos e traando
comparativos sempre que possvel com outras
realidades de modo a esclarecer que pontos so mais
crticoseondeaeconomiabrasileiramaisprejudicada.
PALAVRASCHAVE:Logsticadoagronegcio,matrizdetransportes,custosdearmazenagem.
LOGISTICSAGRIBUSINESS:ASTUDYOFTRANSPORTCOSTSANDSTORAGEINBRAZIL
ABSTRACT
Thisstudydiscussestheproblemsfacedbythe
agribusiness logistics that directly affect producers and
corporations, the Brazilian economy and the
development of the country, showing the imbalance of
Brazil's array, the bottleneck faced by the country's
infrastructure deficit and the Brazilian storage.
Moreover, we observed the targeting of programs and
investmentprojectsthatarebeingtakenbygovernment
agenciestominimizetheproblemsfacingtheeconomy.
Thus, the research included the study of transport,
distribution and storage. These three issues outlining
the formation of these logistical costs and comparative
mappingwherepossiblewithotherrealitiesinorderto
clarify points that are most critical and where the
Brazilianeconomyismoreimpaired.
KEYWORDS:Logisticsagribusiness,transportmatrix,storagecosts.
LOGSTICADOAGRONEGCIO:UMESTUDODOSCUSTOSDETRANSPORTEEARMAZENAGEM
NOBRASIL
INTRODUO
Ocrescimentodoagronegciobrasileironosltimosanosvisvel,quebrandorecordes
deproduo,produtividadeeexportao.Sendoassim,vemocupandoposiodedestaqueno
mbitomundial,temimportnciacrescentenoprocessodedesenvolvimentoeconmico,porser
um setor dinmico da economia, alm de impulsionar os demais setores na competitividade
nacionalecomoumsetordegrandeempregabilidadeegeraoderendanopas.
A participao e a capacidade de se manter em um mercado internacional assim como
elevaronveldevidadesuapopulaoadefinioconhecidaeaceitadecompetitividade.Para
tanto, conforme Batalha (1997) contar somente com um setor agropecurio eficiente e eficaz
no suficiente para garantir adequadamente o abastecimento do mercado interno e a
produo de excedentes para exportao. Os alimentos devem ser produzidos dentro dos
padresdecompetitividade.
Destemodo,osempreendedoresdoagronegcioprecisamumcontnuoaprimoramento
de prticas que objetivam reduzir custos, reduzir os prazos de entrega, analisar e otimizar os
fluxosoperacionais,melhorarofluxodoscomponentesdacadeiaprodutiva,melhorandoassim,
acompetitividadecomaconcorrnciainternacional.
Neste estudo possvel compreender que nas ltimas dcadas o agronegcio foram
ocupando reas de fronteira como o norte e o centro oeste, alm disso diversas reas do
nordeste.Estesfatoressogeradoresdeempecilhos,considerandoasdimensescontinentaisdo
territrio brasileiro, principalmente em se tratando do amortecimento dos custos logsticos de
transporteearmazenagem.Assim,agestodecustosumaoportunidadeclaradautilizaode
ferramenta de apoio na tomada de decises, visando a maximizao dos resultados. Por outro
lado, o presente estudo mostra o desbalanceamento da matriz brasileira, o gargalo na
infraestruturadopaseodficitdaarmazenagembrasileira.
O presente estudo propese a discutir os problemas enfrentados pela logstica do
agronegcio que afetam diretamente aos produtores e empresas, a economia brasileira e o
desenvolvimento do pas. Por outro lado, evidenciamos o direcionamento dos programas e
projetos de investimentos que sero tomadas pelos rgos governamentais no sentido de
minimizarosproblemasenfrentadosnaeconomia.
Dessaforma,oestudoaseguirfoielaboradoapartirdequequestesquesodegrande
relevnciaparaaeconomia.Noprimeirotrataremosdaquestodetransporteedistribuio.No
segundomomentosobreaquestodaarmazenagem.Afinal,delinearemoscomparativossobre
oscustoslogsticosdemodoaesclarecerosproblemaseprejuzosincidentesnaeconomia.
MATERIAISEMTODOS
Opresenteestudofoielaboradoapartirdepesquisasbibliogrficas,envolvendodiversas
obras de logstica e agronegcios. Alm disso, outras fontes tambm foram utilizadas, como
artigoscientficos,revistasespecializadas,reportagenspublicadasnainterneteperidicos,oque
ampliou de maneira substancial, a quantidade de dados e informaes, fornecendo material
suficienteparaesclarecersobreopresenteassuntodelogsticadoagronegcioeseuscustosde
transportearmazenagem.
Diversosrgosgovernamentais,comooMAPA,CONAB,ILOSePNLTforamconsultados,
em busca de dados atuais. Do cruzamento dos dados e da anlise criteriosa de todas as
informaesdisponveisresultaestetrabalho.
RESULTADOSEDISCUSSO
A logstica o processo de gerenciar estrategicamente a aquisio, movimentao e
armazenagem de materiais, peas e produtos acabados (e os fluxos de informao correlatos),
pela organizao e pelos seus canais de marketing, de modo a maximizar as lucratividades
presentes e futuras por meio do atendimento dos pedidos a baixo custo (GOMES; RIBEIRO,
2004).
Denominase custos logsticos todos os custos com as operaes logsticas de uma
organizao,dentreosquaissedestacamoscustoscomtransporte,armazenagemedistribuio.
Os custos logsticos so to relevantes quanto o prprio custo do produto, e para garantir a
sobrevivnciadaempresafundamentalsabergerirosmesmos(Ricarte,2002).Atravsdopr
clculooudoplanejamentodecustos,possveldeterminarospadresdecustosdeproduoe
deprodutos(CHIAVENATO,1991).
O transporte e a armazenagem representam um elemento fundamental nos custos
logsticos. Principalmente, considerando todo o fluxo de matriasprimas, especialmente nos
agronegcios,quesolocalizadasemreasdistantesdoscentrosurbanos.
Segundo Batalha (1997) o termo de agronegcio, pode ser considerado como um
conjunto de atividades que concorrem para a elaborao de produtos agroindustriais, desde a
produo de insumos (sementes, adubos, mquinas agrcolas, etc.) at a chegada do produto
final (queijo, biscoito, massas etc.) ao consumidor, no estando associada a nenhuma matria
primaagropecuriaouprodutofinalespecfico.
A participao e a capacidade de se manter em um mercado internacional assim, como
elevaronveldevidadesuapopulaoadefinioconhecidaeaceitadecompetitividade.Para
tanto, conforme Batalha (1997) contar somente com um setor agropecurio eficiente e eficaz
no suficiente para garantir adequadamente o abastecimento do mercado interno e a
produo de excedentes para exportao. Os alimentos devem ser produzidos dentro dos
padresdecompetitividade.
Fatores marcantes podem ser observados na economia agrcola, principalmente, nas
ltimasdcadasedeformamaisaceleradanosanosmaisrecentes.Osnegciosagropecurios
foram ocupando reas de fronteira como o norte e o centrooeste, alm de vastas reas do
nordeste.Estesavanos,emgeral,sodadospeloavanodastecnologiasquesoaplicadasna
produo. Alm disso, indstrias de processamento so instaladas nas zonas de produo,
paralelamente, armazenadores e fornecedores vose aglomerando, visando principalmente
minimizao dos custos de transporte e armazenagem envolvidos. possvel ver na Figura 1,
considerandoasdimensesdopas,aexpansodoagronegcionoBrasil.
Figura1AexpansodoagronegcionoBrasil.
Vale, entretanto ressaltar que a busca da otimizao a necessidade de incrementar
produtos nacionais com uma motivao de carter fundamental para a competitividade
internacional. Isto, em face da concorrncia externa resultante da abertura econmica, o que
implicaareduodecustosreferentessoperaesdeexportao,mastambmadiminuio
dastentativasdeavanodosprodutosimportados.
Nestesentido,defundamentalimportnciaanlisedachamadamatrizdetransporte
de cargas no Brasil. A matriz brasileira quando comparada a de outros pases de dimenses
continentais muito desbalanceada. Os Estados Unidos transportam 28,7% da sua carga por
caminhes,comamaiorparteviajandoportrem(38%).JnaChinapriorizaacabotagem(48%),
enviando apenas 11,2% da produo por rodovia. A Unio Europeia tambm faz uso da
cabotagem (37%), apesar de os europeus utilizarem bastante os caminhes (46%) para
deslocarem seus produtos (Frum Internacional de Logstica ILOS, 2011; CSCMP, 2011;
EUROSTAT,2011;NBSC,2011).Estesfatosficamevidentesnaseguintetabela1.
Tabela1Comparativodasmatrizesdetransporteemdiversasregies,considerandoospases
comdimensescontinentais.
Modal
Brasil(2010)
EUA(2010)
UE(2008)
China(2007)
Rodovirio
65,6%
28,7%
46%
11,2%
Ferrovirio
19,5%
38%
11%
23,5%
Hidrovirio
1,77%
6,8%
4%
15,4%
Cabotagem
9,59%
4,6%
37%
48,0%
Duto
3,8%
21,5%
3%
1,8%
Areo
0,05%
0,3%
0%
0,1%
Fonte:(ILOS,2011;CSCMP,2011;EUROSTAT,2011;NBSC,2011).
Umdosreflexosdessedesequilbrionotransportedecargaoelevadocustologstico
10,6%doPIBnacional,contra7,7%doPIBdosEUA.Emboraospreosdefreterodoviriosejam
artificialmentebaixosnoBrasil,devidoestruturadesordenadadosetorebaixaregulaoe
fiscalizao,ocustodetransporterodoviriomaisdoqueodobrodohidrovirioe66%maior
que o ferrovirio. Enquanto 1 trem (77 vages) ou 1 comboio (6 barcaas) carrega 5.400
toneladas,sonecessrias216carretasparatransportaramesmaquantidade(ILOS,2011).
Ao contrrio do transporte, que ocorre em diversos locais e tempos diferentes, a
armazenagemeomanuseiodemateriaisacontecem,nagrandemaioriadasvezes,emalgumas
localidades fixadas. Portanto, Ballou (2012) afirma que a armazenagem e manuseio de
mercadorias so componentes essenciais do conjunto de atividades logsticas. Os seus custos
podemabsorverde12a40%dasdespesaslogsticadafirma.Isto,devidoaqueoscustosdessas
atividadesestointimamenteassociadosseleodesseslocais.
Ainda,segundoBallou(2012)osarmaznsoucentraisdedistribuioexecutamumpapel
chaveparaaumentaraeficinciadamovimentaodemercadorias.Jqueosmesmospermitem
a compensao eficaz dos custos de estocagem commenores custos de transporte, ao mesmo
tempoemquemantmoumelhoramonveldeservio.
Segundo dados do Ministrio da Agricultura (MAPA), os silos espalhados pelos campos
brasileiros tm uma capacidade esttica para armazenar pouco mais de 146,3 milhes de
toneladas de gros. Mas, de acordo com a Fundao das Naes Unidas para a Agricultura e
Alimentao (FAO), o ideal que os pases tenham capacidade para armazenar 120% do que
produzem.
A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2011) admite que pelo menos 40
milhes de toneladas ficam fora dos armazns todos os anos, porque falta espao. O dficit
maiornaregioCentroSul,passandode35,3milhesdetoneladas.DepoisoNorteeNordeste,
com5,6milhesdetoneladas.
Segundolevantamentode2013,86,44%dacapacidadeestticadosarmaznsbrasileiros
estoforadaporteira.Dos17.384milsilos,13.850milsodeempresasprivadas,astradings.As
cooperativas tm 3029 armazns, o que representa 20,57% da capacidade nacional de
armazenagemeinsuficienteparaabsorvertodaaproduodoscooperados.NaseguinteFigura
2,podemosveraproduobrasileiradegrospormilhesdetoneladas.
Figura2Aproduobrasileiradegros.
Com o crescimento da produtividade e pelo prprio crescimento da agricultura tm
acarretadoafaltadearmazns.Isto,levandoemconsideraoqueoagronegcioresponsvel
por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Segundo dados da Secretaria de Relaes
Internacionais do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (SRI/Mapa) em 2013 as
exportaesdoagronegcioalcanaramacifradeUS$99,97bilhes,subindo4,3%emrelao
aosUS$95,81exportadosem2012.
Nesse sentido, o Programa para Ampliao e Construo de Armazns (PCA) tem por
objetivo ampliar a capacidade de armazenagem da produo agrcola no pas, incentivando a
expanso da capacidade de armazenagem na fazenda e reduzindo os problemas logsticos de
escoamentodaproduoempicodesafra.Esteprogramapermitetambmofinanciamentode
unidades armazenadoras localizadas em reas urbanas, caso as condies de logstica e
transportesejamfavorveisessalocalizao.
Poroutrolado,oPlanoNacionaldeLogsticaeTransportes(PNLT,2012)temporobjetivo
oplanodedesenvolvimentodainfraestruturadetransportesbrasileira,assimcomoredirecionar
as polticas, programas e projetos de investimento, dentre eles o aspecto da racionalizao da
atividade logstica nas diversas regies brasileiras, com ordenamento do territrio a partir das
potencialidadesdeproduoeconsumoe,ofomentomultimodalidade,comaproveitamento
maximizadodasvantagensdecadamodaldetransporte,valorizandoasestruturaseredesatuais.
CONCLUSO
Oagronegciopotencializouaeconomiabrasileira,pormobservouseumgrandedficit
na infraestrutura nos setores de transportes e armazenagem da produo agrcola. Embora o
governo j apresente um Plano Nacional de Armazenagem (PNA) com verbas destinadas as

melhoriastantodetransportesquantodearmazenagememtornode20milhesdereais.Ainda
assim, precisa de polticas mais concretas no intuito de continuarmos em um crescimento
moderado,mantendonosdiaapsdiamaiscompetitivosnocenriomundial,umavezque,por
faltadeinfraestruturaaindaimpliqueprejuzosnaeconomia.Mesmoassim,aindaatingimosum
grandepatamarnaquestodeposicionamentoanvelmundial.
fundamentaleimprescindvelqueaesferagovernamentalfaainvestimentospesados
nainfraestruturaparaminimizarosgargalosenfrentadosnaeconomia,jqueestudoomostrao
desbalanceamentodamatrizbrasileira.Paratal,necessrioautilizaodamultimodalidadede
modo a diminuir os altos custos logsticos enfrentados no transporte brasileiro. Alm disso, o
setorprivado,juntamentecomaesferapblicadevemtrabalharjuntasparaminimizarprejuzos
egargalosnaeconomiaeodesenvolvimentodossetoresdetransportesearmazenagem.
Outro fator fundamental direcionamento das polticas pblicas para o melhoramento
das condies de armazenamento e escoamento das safras, pois, os mesmos sofrem dficits
significativosnaproduo.Jqueasegmentaodeprodutoseserviosjuntamentecomaalta
proporo de custos indiretos impe grande dificuldade no custeio das atividades logsticas no
Brasil.
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ANLISEDOGRAUDECONHECIMENTODOSDIREITOSTRABALHISTASDOSTRABALHADORES
RESIDENTESNACIDADEDENOVACRUZRN
T.O.Lima(IC);E.H. A.daFonsca(IC)2;R.F. C. Gentil (PQ)3
1,2,
Norte(IFRN)DepartamentodeLogsticaCampusSoGonalodoAmarante;email:
thainacunha2009@hotmail.com;ed_eloisa@hotmail.com;rafaelli.freire@ifrn.edu.br
RESUMO
A palavra trabalho originase do latim tripalium,
instrumentodetorturaromano,ondeeramamarradose
supliciados os escravos e animais difceis de ferrar.
Trabalhartemorigememtripaliareoumartirizarcomo
tripalium(BASTOSetal.,1995).
Porm, apesar do significado punitivo da palavra, este
pode ter uma conotao positiva, trazendo dignidade
para o indivduo, onde pode mostrar suas habilidades,
obter bons resultados de seu esforo e
consequentemente satisfao pelo bom trabalho
desempenhado.
Porm, para que isso seja possvel, necessrio que o
ambienteeascondiesoferecidasparaoexercciodo
trabalhosejamadequadasaoserhumano.
Neste sentido houveram evolues importantes nas

relaes empregatcias formalizadas nos dispositivos
legais existentes. Mas para que a legislao seja
cumprida,necessrioqueaspartesenvolvidastenham
conhecimentodeseusdireitosedeveres.
Sob esta perspectiva, objetivase com esta pesquisa
analisar o grau de conhecimento da legislao
trabalhista vigente dos trabalhadores empregados na
cidadedeNovaCruzRN.
A partir dos resultados deste estudo, esperase
contribuir para futuras aes que busquem o
esclarecimento desses direitos e deveres junto a
populao.
PALAVRASCHAVE:Trabalho,Emprego,Legislaotrabalhista.
ANALYSISOFLEVELOFKNOWLEDGEOFLABORRIGHTSOFEMPLOYEESRESIDENTINNOVA
CRUZRN
The word originates from the work tripalium Latin,
Roman instrument oftorture, where theywere tied up
andtorturedslavesandanimalsfuckhard."Workcomes
from tripaliare or martyr with tripalium" (Bastos et al.,
1995).
However,despitethepunitivemeaningoftheword,this
canhaveapositiveconnotation,bringingdignitytothe
individual,whereyoucanshowoffyourskills,getgood
resultsfromyoureffortandconsequentlysatisfactionat
"work"played.
However,forthistobepossible,itisnecessarythatthe
environment and conditions offered for the
performanceofworkareappropriatetohumans.
In this sense there have been important developments
in employment relationships formalized the existing
legalprovisions.Butforthatthelawiscompliedwith,it
isnecessarythatthepartiesinvolvedareawareoftheir
rightsandduties.
Fromthisperspective,theobjectiveofthisresearchwas
to analyze the degree of knowledge of current labor
lawsforworkersemployedinthecityofNovaCruzRN.
Fromtheresultsofthisstudyareexpectedtocontribute
to future actions that seek clarification of these rights
and duties with the population delineated by the
findings and conclusions of this research, as it is
intended to contribute to the academy in order to add
to the theoretical framework of references for the
developmentoffutureresearchonthetopic.
KEYWORDS:Labor,Employment,Laborrigts.
ANLISEDOGRAUDECONHECIMENTODOSDIREITOSTRABALHISTASDOSTRABALHADORES
RESIDENTESNACIDADEDENOVACRUZRN
INTRODUO
Apalavratrabalhooriginasedolatimtripalium,instrumentodetorturaromanoformado
portrsestacasfincadasnochocomoumtrip,ondeeramamarradosesupliciadososescravos
e animais difceis de ferrar. Segundo Bastos, Pinho e Costa (1995), trabalhar tem origem em
tripaliareoumartirizarcomotripalium.
Osignificadodapalavratrabalhoacumuladoiseixosantagnicosclaros.Oprimeirotrazo
sentido de punio do termo em latim que originou a palavra, algo esgotante para quem o
realiza,sacrifcio,esforo,carga,fardo.OAntigoTestamentotrazotrabalhocomopuniopelo
pecado original (BASTOS; PINHO; COSTA, 1995). E o eixo antagnico traz o significado de
valorizao positiva, aplicao das capacidades humanas, empenho, esforo para atingir
determinadoobjetivo.
Emprego, termo bem mais recente que trabalho, originouse no perodo que rodeia a
RevoluoIndustrial,eumarelaoestvelentrehomensquevendemsuaforadetrabalho
poralgumvalor,ehomensquecompramessaforadetrabalhopagandoalgoemtroca,como
umsalrio(USP,2014).
Comopassardotempoessarelaoentreempregado,quevendesuaforadetrabalho,
e empregador, proprietrio do capital, vem sendo aprimorada e formalizada atravs de
dispositivoslegaisquegarantemosdireitosedeveresdeambasaspartes.
NoBrasilaConstituiode1891jtraziaalgunsdispositivos,masfoinaConstituiode
1934queosdireitosdostrabalhadoresganhoumaiorimportnciacomainevitvelconstruoda
ConsolidaodasLeisdoTrabalho(CLT)em1943.
Desdeento,vemsofrendoalteraesparaadaptaesnecessriassmudanassociais
mundiais.
Porm,pelobaixonveldeescolaridadedapopulaobrasileiraedificuldadedeacessoe
compreenso da legislao supracitada, tornase evidente que considervel percentual dos
trabalhadores desconhecem todos os direitos e deveres legais garantidos nas relaes
empregatciasnoBrasil,dificultandooadequadoexercciodacidadania,direitosedeveres.
Sob esta perspectiva, esta pesquisa objetiva analisar o grau de conhecimento da
populao empregada nas microempresas da cidade de Nova Cruz, localizada no Agreste do
estadodoRioGrandedoNorte.
A partir dos resultados deste estudo, esperase contribuir para futuras aes que
busquemoesclarecimentodessesdireitosedeveresjuntoapopulaopautadonosresultadose
concluses deste trabalho, assim como pretendese contribuir para a academia no sentido de
somaraoarcabouotericoderefernciasparaodesenvolvimentodefuturaspesquisassobreo
tema.
MATERIAISEMTODOS
Referencial
Segundo Paulo e Alexandrino (2013, p. 8), o Direito do Trabalho pode ser conceituado
como
[...]oramodoDireitoquetemporobjetoasnormas,asinstituiesjurdicase
os princpios que disciplinam as relaes de trabalho, determinam os seus
sujeitos e as organizaes destinadas proteo desse trabalho em sua
estruturaeatividade.
Diante deste conceito, percebese que as relaes de trabalho existente nas

microempresas so diversos, sendo praticados pelos funcionrios diferentemente do conceito
estabelecidos por lei, em que segundo a CLT, em seu Art. 3 Considerase empregado toda
pessoa fsica que prestar servios de natureza no eventual a empregador, sob a dependncia
desteemediantesalrio.
Otrabalhosemprefoialgosignificativoparaohomem,apesardasdistintasfasesqueo
trabalhopassouevempassandoelesempreprocurouserepresentalodeformadigna,justae
necessria.
No perodo da colonizao do Brasil, observase a admisso de regime de escravido,
caracterizado pela submisso do trabalho, onde o mesmo era omitido de reconhecimento, de
seus direitos e liberdade, mas, ainda assim, sendo algo correto e essencial, com isso,
impossibilitouaelaboraolegislativatrabalhista.
Contudo, o trabalho continuou a evoluir, passando assim pela servido, onde o homem
deixa de ser escravo e passa a ser servo do seu senhor, prestando servio, obedecendoo, e o
auxiliando,recebendoemtrocasuaproteoindividualefamiliar.Noeramescravos,masna
prtica tambm no eram livres, pois tinham que trabalhar nas terras do senhor feudal e
entregar a ele praticamente toda sua produo, em troca da tal proteo! (PAULO;
ALEXANDRINO,2013,p.02).
Surgem em seguida s corporaes de ofcio, caracterizadas pela sua hierarquizao,
quando passouse a possibilitar alguma proteo ao homem. Os participantes das corporaes
dividamseemtrsclasses:osmestres,oscompanheirosoujornaleiroseosaprendizes,sendoos
mestres os proprietrios das oficinas e do saber. Os aprendizes na maioria das vezes eram
menoresquejcomeavamatrabalharapartirdos12anos.
Aps determinado perodo, que dependia do ofcio, o aprendiz adquiria a formao
necessria para a execuo daquele ofcio e passava a ser considerado um
companheiro/jornaleiro, que recebiam pagamentos dos mestres pelo seu trabalho. Esses
continuavamtrabalhandocomseusmestrespelafaltaderecursosfinanceirosparamontarsua
prpriaoficinaetornarseummestredeofcio.
Com o advento da Revoluo Industrial e posteriormente da Revoluo Francesa as
corporaes de ofcio extinguiramse naturalmente pelas novas relaes de trabalho
estabelecidas, novas tecnologias e modos de produo. A produo artesanal passou a ser

extremamente desvantajosa em relao a produo industrial, o que levou os artesos,
jornaleiroseaprendizesparaochodefbrica.
Graa a Revoluo Francesa o trabalho passou a ser livre ao passo que a Revoluo
Francesa forneceu as bases ideolgicas e jurdicas para o surgimento do trabalho livre, a
Revoluo Industrial apontada como causa econmica direta do surgimento do Direto do
Trabalho.(PAULO;ALEXANDRINO,2013,p.03).
Com o desenvolvimento da indstria surgem as modificaes tcnicas, sociais e
econmicas, sendo marcada pela substituio do homem pela mquina, causando assim um
acentuadonmerodetrabalhadoresdesempregadosaindamaiorqueosdocampo.
Sendo assim a etapa que determinou o surgimento dos Direitos do Trabalhador [...] o
Direto do Trabalho, o contrato de trabalho, e o salrio tiveram seu marco inicial de
desenvolvimento na Revoluo Industrial (PAULO; ALEXANDRINO, 2013, p. 03), pois alm de
surgirotrabalhoassalariadosurgiutambmexploraodessetrabalho,emquesuascondies
eramdesumanaschegandoajornadasdetrabalhodiriasdeat16horasalmdenoexistirum
limite mnimo de idade de trabalho, tampouco regras que os protegessem de acidentes de
trabalho com isso o homem foi em busca de uma proteo com a finalidade de estabelecer
regulamentos acerca de segurana, limite de jornada, o trabalho da mulher, o trabalho do
menor,dentreoutros.
[...]TaisfatoslevamoEstadoaperceberquearelaoentreoempregadoreo
trabalhador no igualitria, necessitando de uma interveno estatal para a
proteodotrabalhadorhipossuficiente(surgimentodoprincpioprotetor),com
a edio de leis garantindo, naquele momento, principalmente, salrio e
limitao de jornada de trabalho, o que acaba por resultar na formao do
DireitodoTrabalho,comramodestacadodoDireitoCivil.(NETO;CAVALCANTE,
2011,p.05)
Perceptvel que nesta etapa o Estado percebe a necessidade do homem, em seu

reconhecimento, sua liberdade, e principalmente, seus direitos, que antes eram omitidos.
Contudo,comojapresentado,apenasseiniciaestagarantia,daemdiante,estabuscatornase
presentetodososdiasnavidademilharesdetrabalhadorespelomundoatosdiasatuais.
No Brasil, o Direito doTrabalho foi trazido pela primeira vez pelaConstituio de 1934.
Destacandose assim os principais direitos assegurados para o trabalhador, dentre os quais, o
salriomnimo,ajornadadetrabalhode8horaseasfriasanuaisremuneradas.Emseguida,os
legisladoresinstituramapartirdoDecretoLein5.452,de1demaioe1943,aConsolidao
dasLeisdoTrabalho(CLT),comointuitodeorganizaremumnicodocumentoasdiversasleis
existentes.
Mtodo
Para Marconi e Lakatos (2010, p.139) a pesquisa um procedimento formal, com
mtododepensamentoreflexivo,querequerumtratamentocientficoeseconstituinocaminho
paraconhecerarealidadeouparadescobrirverdadesparciais.
Apresentepesquisafoirealizadacomointuitodelevantarograudeconhecimentodos
trabalhadores novacruzensses em relao s leis trabalhistas, sem interferir na realidade
identificada.Assimtratasedeumapesquisaaplicadaedescritiva.
Possui uma abordagem quantitativa e quanto ao mtodo tratase de uma pesquisa do
tipoestatstico,vistoqueparaMarconieLakatos(2010,p.93),opapeldomtodoestatstico,
antes de tudo, fornecer uma descrio quantitativa da sociedade, considerada como um todo
organizado.
Os dados produzidos nos resultados deste artigo so essencialmente primrios, pois,
conformeMalhotra,etal.(2005,p.7172), quandoosdadossocoletadosparasolucionarum
problema especfico [...], nos referimos a eles como dados primrios e os dados secundrios
representamquaisquerdadosquejforamcoletadosparaoutrospropsitosalmdoproblema
emquesto.
Para esta pesquisa os dados primrios foram coletados no dia 19 de abril de 2014,
aplicandose um questionrio contendo apenas trs questes diretas, sendo duas fechadas e
umaaberta.
A populao da pesquisa composta por 2.173 trabalhadores com carteira assinada
(IBGE,210).Aamostrade20,escolhidadeformaaleatria,correspondenteaaproximadamente
1% da populao, caracterizando assim uma amostra representativa, o que valida os dados
coletados.
Foi utilizado o software Microsoft Excel 2010 para a tabulao desses dados e para
apresentaooptouseporgrficos,paramelhoranliseecompreensodosresultadosobtidos.
O questionrio avaliou o grau de conhecimento a respeito dos direitos trabalhistas e
tambm os motivos que levam o trabalhador a no reivindiclos (caso no cumpridos).
Produziuse, portanto, dados que trouxeram os devidos questionamentos apresentados nos
resultadosediscussesdesteartigo.
Os dados secundrios foram obtidos atravs de pesquisa bibliogrfica na literatura
pertinenteepesquisadocumentalrealizadanosdispositivoslegaisatuaisquetratamdoassunto.
RESULTADOSEDISCUSSO
Numa pesquisa realizada na cidade de Nova Cruz, RN, foram traado os conhecimentos
dosfuncionriosdealgumasmicroempresasemrelaoaalgumconhecimentosobreasleisque
regem os direitos dos mesmos, observase assim, que cerca de 95% desses funcionrios
conhecemalgunsdessesdireitos,porm,nemtodos osdireitos, einfelizmente,aindacercade
5%dessesfuncionriosnotemomnimodeconhecimento,dificultandodiretamenteseumodo
de vida, porm no muito diferente dos que tem algum conhecimento, j que os mesmos no
possuam interesse em busclos. Na Figura 1est apresentado o quantitativo de entrevistados
quepossuemeosquenopossuemconhecimentosobreasleistrabalhistas.
Figura1Quantitativodosentrevistadosqueconhecemenoconhecemasleistrabalhistas
Segundo a Constituio Federal (BRASIL, 1988) em seu, Art. 7 So direitos dos

trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:
DentreosdireitoslistadosnaConstituioforamselecionadososseguintes,osquaisapopulao
temmaiorconhecimento.
Segurodesemprego,emcasodedesempregoinvoluntrio;
Fundodegarantiadotempodeservio;
Salrio mnimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais bsicas e s de sua famlia com moradia, alimentao, educao,
sade,lazer,vesturio,higiene,transporteeprevidnciasocial,comreajustesperidicos
quelhepreservemopoderaquisitivo,sendovedadasuavinculaoparaqualquerfim;
Pisosalarialproporcionalextensoecomplexidadedotrabalho;
Dcimoterceirosalriocombasenaremuneraointegralounovalordaaposentadoria;
Remuneraodotrabalhonoturnosuperiordodiurno;
Participao nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunerao, e,
excepcionalmente,participaonagestodaempresa,conformedefinidoemlei;
Salriofamliapagoemrazododependentedotrabalhadordebaixarendanostermos
dalei;
Durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro
semanais,facultadaacompensaodehorrioseareduodajornada,medianteacordo
ouconvenocoletivadetrabalho
Repousosemanalremunerado,preferencialmenteaosdomingos;
Gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o salrio
normal;
Licenagestante,semprejuzodoempregoedosalrio,comaduraodecentoevinte
dias;
Licenapaternidade,nostermosfixadosemlei;
Aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos
termosdalei;
Aposentadoria;
Segurocontraacidentesdetrabalho,acargodoempregador,semexcluiraindenizaoa
queesteestobrigado,quandoincorreremdoloouculpa;
Em relao aos direitos disponibilizados aos trabalhadores percebese que 50% dos
trabalhadores recebem salrio mnimo, enquanto 50% deles no recebem, o que significa um
acentuado nmero, at por que o salrio corresponde ao valor econmico pago diretamente
pelo empregador ao empregado em funo da prestao de servios do ltimo.( PAULO;
ALEXANDRINO, 2013, p. 219). O que contrape ao FGTS, pois cerca de 75% recebem, o que
significa uma contradio em relao ao salrio, j que o mesmo no se disponibilizaria sem o
salrio. Podese concluir, consequentemente que, ou 25% dos entrevistados no possuem
carteiraassinada,ou osempregadoresdessesmesmos25%noestofazendocorretamenteo
depsitodoFGTS.
OFundodeGarantiadoTempodeServio(FGTS)umacontabancriaformada
por depsitos efetuados pelo empregador, que o trabalhador pode utilizar nas
ocasies previstas em lei. Tratase de uma reserva de numerrio em favor do
empregado, para que este efetue o saque no momento de sua dispensa na
empresa,oudiantedeoutrassituaesexcepcionais,previstasemlei.(PAULO;
ALEXANDRINO,2013,p.257)
Outro ndice importante a aposentadoria. Cerca de 15% apenas dos funcionrios

recebem. O seguro desemprego tambm agravante, pois, 65% no possuem este direito,
ocasionandoassimumapssimaqualidadedevidaaotrabalhador.
Quantoaosegurodesempregoumbenefcioquetemporfinalidadeproverassistncia
financeira temporria ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa
[...](PAULO;ALEXANDRINO,2013,p.267).
Aviso prvio proporcional ao tempo de servio [...] o empregado tem direito a uma
reduo em sua jornada de trabalho, ou a ausentarse, a fim de que possa procurar novo
emprego [...] (PAULO; ALEXANDRINO, 2013, p. 147). E gozo de frias anuais remuneradas,
observase que 40% dos empregados no desfrutam dos mesmos, podendo trazer assim, um
desinteressepelotrabalho.
O 13salrio a tradicional gratificao de Natal, transformada em lei de carter
obrigatrio.devidaatodoempregado.(NETO;CAVALCANTE,2011,p.154).Cercade65%dos
entrevistadosrecebe,noentantonemtodosrecebemovalorintegral,jqueapenasametade
dosentrevistadosrecebesalriomnimo.
Opisosalarialovalormnimoquepodeserpagoaumacategoriaprofissional.Difere
do salrio profissional, pois a categoria profissional pode ser formada por empregados de
diversas profisses [...] (PAULO; ALEXANDRINO, 2013, p. 236). Cerca de 30% dos funcionrios
responderamquerecebemopisosalarial,dadosignificativamentepequeno.
AConstituioFederalde1988concedeosalriofamliaaotrabalhadorurbano,
ao trabalhador avulso e ao trabalhador rural, ao afirmar que direito do
trabalhadororecebimentodosalriofamliapagoemrazododependentedo
trabalhador de baixa renda nos termos da lei (art. 7., XII) (PAULO;
ALEXANDRINO,2013,p.287).
Um dado relevante para nossa pesquisa vem a ser a licena maternidade, at por que
todos os funcionrios entrevistados foram mulheres e cerca de 75% delas responderam que
recebem possuem o direito a licena maternidade. Segundo a jurisprudncia do Tribunal
SuperiordoTrabalho,essagarantiadeempregoasseguradaempregadagestantemesmona
hiptesedeadmissomediantecontratoportempodeterminado[...](PAULO;ALEXANDRINO,
2013,p.367).
Na Figura 2, podese observar todos os itens pesquisados com seus respectivos
percentuais.
Figura2Percentualdetrabalhadoresqueconhecemosdireitosdescritos
A Figura 3 apresenta os motivos que levam os trabalhadores a no reivindicarem seus

direitos estabelecidos por lei, com isso observase, que 30% preferiram no responder, um
acentuadonmero,quepodesignificarmedoeinsegurana.
Noentanto,10%,entreosquais,faltadeopo,nohmotivo,noadiantadenada,por
ser da famlia, e medo de represlia pelo patro correspondido de maneira insuficiente,
contentvel,intil,pelaconvivnciafamiliaretambmporReceiopelopatro,formandoassim
cidadosdespreocupadospelosseusprpriosinteresses.Porfim,fatoresdistintoscom5%cada,
entre eles, pessoas satisfeitas, que nunca precisaram, a grande sobrecarga da populao que
ocasionanafaltadetempo,poracharemqueasmicroempresasnopodemoferecertaisdireitos
aostrabalhadores,talvezporprpriasexperincias,noentanto,tornariaumfaltadeorganizao
internadasmicroempresasetambmporserumacidadelocalizadanointeriordoAgrestepor
faltadeoportunidadesdeempregoparaestapopulao.
Figura3Motivosquelevamosfuncionriosanobuscaremseusdiretos
CONCLUSO
O trabalho no precisa ter a conotao de algo punitivo para as pessoas, assim como
remonta a origem do significado de sua palavra. Ao contrrio disso, ele pode trazer imensa
satisfaoerealizaopessoalemuitasvezesconfigurasecomoferramentaindispensvelpara
viver em harmonia com a sociedade, alm de ser o mecanismo de ganho remuneratrio para
manutenodavidapessoalefamiliarnaformaemqueviveseatualmente.
Mas para isso necessrio que este trabalho seja executado em condies salubres e
justas, obedecendo as leis que regem a relao empregatcia do Brasil. Mas para que isso seja
efetivamente respeitado, importante que as partes envolvidas conheam seus direitos e
deveres,paraqueassimpossamfazerecobrar.
Oqueconstatousecomosresultadosdestapesquisafoiqueonveldeconhecimentoda
legislao trabalhista dos trabalhadores da cidade de Nova CruzRN, parece ser satisfatrio,
segundorespostascedidasduranteaaplicaodoquestionrio.Oquenoquerdizerqueestes
realmentepossuamainformaoequeestaestejacorreta.
O que constatase que por se tratar de uma cidade do interior do estado, onde a
disponibilidade de empregos formais bem restrita se observarmos que apenas 2.173 pessoas
possuem emprego com carteira assinada de uma populao total de 35.490 habitantes (IBGE,
2010), os indivduos acabam por aceitar as condies oferecidas pelo empregador sem
questionlocomreceiodeperderoemprego.Submetemseajornadasdetrabalhosuperioresa
44 horas semanais, sem os benefcios garantidos pela legislao, muitas vezes sem carteira
assinadaouquandopossui,norecebeosalrionatotalidade.
Muitos desses funcionrios temem perder seus empregos, pois o mesmo a principal
fontederendadesuasfamlias.Outrofatorrelevantequemuitasdessasempresasporserem
de parentes os funcionrios acham que no se faz necessrio o pagamento desses direitos,
contudooindivduoumfuncionriocomooutroqualqueredevereceberomesmotratamento.
Constatase que a utilizao do mtodo proposto foi adequado, pois permitiu oalcance
dosobjetivosaquipropostos.E,conformeesperadocomoresultadodestapesquisa,gerouseum
banco de dados que pode nortear outras pesquisas e aes que busquem o esclarecimento e
nivelamento das partes envolvidas numa relao de trabalho, a fim de trazer melhoria para a
economialocaleparaaqualidadedevidadosempregadoseempregadoresdacidadedeNova
Cruz/RN.
REFERNCIAS
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empregoEtrabalho.htm>.Acessoem:04mai.2014.
10
ANLISE DA UTILIZAO DO MARKETING NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO MUNICIPIO

DE QUIXAD - CE
2
C. E. S. Ferreira (IC) ; M. G. F. de Lima (IC) ; A. Gomes (PQ)

Graduanda em Tecnologia em Agronegcio - Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Cear (IFCE)
2
- Campus Quixad e-mail: chandra_ferreira@hotmail.com; Graduanda em Tecnologia em Agronegcio Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Cear (IFCE) - Campus Quixad e-mail:
3
jessicafernandesqx@gmail.com; Administradora de Empresas Docente da Universidade Estadual Vale do
Acara - UVA e-mail: antunizia.gomes@yahoo.com.br
RESUMO
O trabalho a seguir faz uma abordagem sobre a
utilizao das tcnicas de marketing para as micro e
pequenas empresas de Quixad no serto central do
Cear, por meio de uma anlise das MPEs da cidade
realizada atravs da aplicao de questionrios em uma
amostra; o objetivo da pesquisa fazer a anlise dessa
utilizao evidenciando as tcnicas utilizadas, as
principais deficincias, os resultados obtidos para as
organizaes e outras informaes relevantes para uma
visualizao sistemtica do cenrio atual da regio, o
que possibilita uma possvel mudana no conceito dos
empreendedores quixadaenses a respeito da

funcionalidade da gesto do marketing, j que essas
empresas so maioria na cidade e tambm no pas onde
o marketing configurado como um processo gerencial e
ou social pode possibilitar vantagens competitivas e
estratgias diferenciadas.
PALAVRAS-CHAVE: Marketing, Empresas, Quixad, Mercado, Consumidor.
ANALYSIS OF THE USE OF MARKETING IN MICRO AND SMALL ENTERPRISES OF THE

MUNICIPALITY OF QUIXAD - CE
ABSTRACT
The following work presents an approach on
the use of marketing techniques for micro and small
enterprises Quixad the central hinterland of Cear,
through an analysis of MSE city accomplished through
the use of questionnaires in a sample; the goal of
research is to use this analysis showing the techniques
used, the main shortcomings, the results for the
organizations and other relevant for a systematic view
of the current scenario of the region information, which
enables a possible change in the concept of

quixadaenses entrepreneurs regarding the functionality
of the management of marketing, since most of these
companies are in the city and also the country where
marketing and configured as a management or social
process can enable competitive advantages and
differentiated strategies.
KEY-WORDS: Marketing, Business, Quixad, Market, Consumer.
ANLISE DA UTILIZAO DO MARKETING NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO MUNICIPIO

DE QUIXAD - CE
INTRODUO:
Aps a Segunda Guerra Mundial, o marketing se consolidou. Com o aumento da populao e
a exploso do consumo, os estudos de marketing direcionaram-se para os focos gerenciais e as
segmentaes do mercado. (DONAS, 2009, P. 14). No Brasil, a introduo do marketing, ocorreu
com a chegada da primeira Escola de Administrao de Empresas, a Fundao Getlio Vargas, na
dcada de 50. O marketing se tornou conhecido e muito utilizado pelas empresas e empresrios,
mas nem sempre da maneira correta. (DONAS, 2009, P. 14)
Para Silveira (1987) apud Filho, et al. (2009, P. 5), Marketing configura-se como um processo
gerencial, com uma srie de aes programadas pela organizao, que se desdobram no sentido de:
a) voltar-se para o mercado; b) estabelecer trocas voluntrias de valores com esse mercado por
meio de um atendimento eficiente e eficaz, no qual o delineamento da oferta da organizao, em
termos de produtos, preo, promoo e distribuio, correspondam s necessidades e interesses
dos consumidores; c) ajudar a organizao a garantir sua sobrevivncia e desenvolvimento em longo
prazo.
Kotler (2000) apud Donas (2009, P. 15), afirma que Marketing um processo social por
meio do qual, pessoas e grupos de pessoas obtm aquilo de que necessitam e o que desejam com a
criao, oferta e livre negociao de produtos e servios de valor com os outros.. O conceito da
AMA (AMERICAN MARKETING ASSOCIATION, 2007) para o termo : atividade, conjunto de
instituies e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para
consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral. (RESENDE, et al; 2014, P. 3).
Leito, et al. (2010, P. 3), explica que por intermdio do uso dos instrumentos de marketing,
as organizaes podem desenvolver vantagens competitivas e estratgias diferenciadas para se
destacarem no mercado. Alm disso, em muitos casos, o marketing tem o poder de influenciar o
consumidor no seu processo de compra, persuadindo-o a consumir um produto especifico.. O
marketing das micro e pequenas empresas , em geral, informal, casual e simples. Isso decorre
diretamente do pequeno tamanho das empresas, sua informalidade e da forte influncia do
empreendedor em suas decises (JONES, 2011 apud RESENDE, et al; 2014, P. 1).
As tcnicas do marketing tradicional, geralmente, no se adaptam s suas realidades, pois
requer recursos que a Micro e Pequena Empresa MPE - no possui (SOL, 2013 apud RESENDE, et
al; 2014, P. 2). Por isso, o marketing implementado pelas MPEs diferente do utilizado pelas
grandes empresas (SOL, 2013 apud RESENDE, et al; 2014, P. 2).
No municpio de Quixad na regio do serto central do Cear, h uma predominncia de

MPEs, que em sua maioria no fazem o uso do marketing, ou fazem de forma inadequada no
otimizando seus benefcios; aplicar corretamente seus conceitos e embasamentos poderia modificar
o quadro dessas empresas na cidade. Esse trabalho teve como objetivo analisar a utilizao do
marketing nas MPES do municpio de Quixad, identificando ainda seu conceito por parte das
empresas, as ferramentas mais usadas e valorizadas e as principais deficincias relacionadas ao
tema; alm de proporcionar uma viso ampla e sistemtica das caractersticas empresariais da
regio.
MATERIAIS E MTODOS:
A pesquisa foi do tipo, exploratria onde em um primeiro momento foi realizado um
levantamento bibliogrfico com pesquisas que davam a dimenso do desempenho de micro e
pequenas empresas aps a aplicao das tcnicas de marketing em seu negcio, no segundo
momento, para o desenvolvimento da pesquisa, foram realizadas entrevistas com aplicao de
questionrios para as empresas; 40 MPEs distintas entre si ligadas ao ramo de comrcio da cidade
de Quixad CE; onde o assunto principal era marketing, conceitos, ferramentas do marketing,
buscando ainda identificar as principais deficincias, e os resultados obtidos atravs da utilizao ou
no das tcnicas de marketing.
O questionrio conteve 11 questes, das quais uma era discursiva e as demais de mltipla
escolha, essas questes continham opes diferenciadas em sentido e quantidade com o intuito de
obter o maior conhecimento possvel da viso do negcio em relao ao marketing. Em relao aos
entrevistados, o perfil mais comum foi o de mulheres com idades entre 20 e 40 anos, apesar de essa
caracterstica no ser restrita a esse perfil especificamente; a preferncia pela aplicao dos
questionrios foi para com os colaboradores e no os gestores ou proprietrios, pois o intuito era
obter informaes fidedignas, o fato de esses funcionrios conviverem diariamente com os
consumidores, confere a eles maior conhecimento sobre a opinio dos clientes.
Os questionrios obtidos j respondidos foram organizados depois analisados e ordenados
com base na quantidade e na caracterizao das respostas, para posteriormente serem lanados
para formulao dos grficos e das tabelas.
RESULTADOS E DISCUSSO:
Os colaboradores entrevistados classificam-se na faixa etria entre 20 e 40 anos, a pesquisa
mostra que 22,5% dos entrevistados tem de 31 a 40 anos e 77,5% de 20 a 30 anos. Observou-se que
o nvel escolar dos entrevistados na sua grande maioria mdio, encontrando-se entre o 1 e o 3
anos do ensino mdio, dos quarenta entrevistados, trinta e um enquadraram-se nessa escala.
77,5% dos entrevistados tem escolaridade de 1 a 3 ano do nvel mdio, j 20% dos
entrevistados possuem nvel superior e 2,5% cursaram do 5 ao 9 ano do ensino fundamental. Os
dados seguintes, fazem referncia a finalidade da pesquisa, demonstram a real utilizao e aplicao
dos conceitos de marketing, quais os resultados gerados e quais as principais deficincias. Na figura
abaixo observa-se a conceituao do termo marketing por parte dos entrevistados, quando
questionados se eles saberiam definir o termo.
Figura 03: Percepo do Termo Marketing Pelo Entrevistado.

Dos entrevistados, 40% afirmam talvez saberem definir a palavra marketing, 37,5%
responderam sim, sabem conceituar a palavra, 10% disseram no e 12,5% no responderam. A
questo seguinte buscou dar entendimento a questo citada a cima, o entrevistaddo aps ser
questionado a respeito de saber definir o termo, posteriormente contribuiria com a sua prpria
definio do conceito.
Tabela 01: Definio do termo Marketing dada pelos entrevistados.
N
DEFINIES PARA O TERMO MARKETING

RESPOSTAS
QUANTIDADE
01
Divulgao atravs de propagandas e promoes.
30
75%
02
Divulgao com o objetivo de aumentar as vendas, valorizar a

empresa e fidelizar clientes.
10%
2,5%
2,5%
3
1
40
7,5%
2,5%
100%
03
Aes da empresa com objetivo de satisfazer o consumidor.

Forma de Gerenciamento que busca atender as necessidades dos
04 clientes e gerar lucros.
Processo que determina o interesse do consumidor por produtos e
05 servios.
06 No souberam Responder.
TOTAL
Fonte: FERREIRA, C. E. S Pesquisa realizada junto as MPEs da cidade de Quixad CE, 2014.
Os entrevistados tambm foram questionados a respeito do tempo de investimento em

ferramentas de marketing, possivel perceber que a grande maioria faz uso desses recursos a mais
de dois anos (vinte e nove respostas) 72,5%, no entanto, o investimento no gera o resultado
esperado ou no satifaz o empreendedor da forma que deveria; 10% dos entrevistados investem a
seis meses ou um ano, 2,5% a dois anos e 5% no investem.
Figura 04: Periodo de Investimento em Marketing.

As MPEs estudadas utilizam meios variados para promoo de seus produtos, essa
afirmao ficou clara com o auxilio da sexta questo do questionrio, onde algumas ferramentas
foram dispostas para posterior escolha do entrevistado. 35% afirmam utilizar dois meios diferentes
entre os quatro citados: redes socias, propagandas volante, folders e promoes; 17,5% fazem uso
de promoes, 15% utilizam propagandas volante, 10% usam at trs alternativas diferentes, as
redes sociais so responsveis por 5%, os folders por 2,5% e 15% das empresas afirmam usar as
quatro formas para promoo de seus produtos.
Figura 05: Ferramentas de Marketing mais Usadas.
A maioria das empresas pesquisadas da regio no dispe de departamentos especficos

para a funo de marketing, as decises so tomadas de acordo com os critrios empregados pelo
gestor, proprietrio ou administrador, de forma muitas vezes aleatria. 55% das empresas,
responderam que no possuem o departamento, 27,5% disseram que possuem, 12,5% afirmam que
j possuiram e 5% dizem no ter interesse em implantar.
Figura 06: Presena de Departamentos de Marketing nas MPEs de Quixad CE.

O mix do marketing bastante representado, 37,5% dizem valorizar principalmente o
produto, 25% valorizam at dois pilares, 12,5% afirmam ser o preo o pilar mais valorizado, para
10% a promoo o mais importante, 5% valorizam a praa ou at trs dos pilares e 2,5% volorizam
todas e/ou nenhuma. Apesar de envolver principalmente o pilar produto, dentre os 4Ps tambm
notvel o fato de mais de um ser valorizado pelas empresas quixadaenses, como podemos
visualizar no grfico seguinte.
Figura 07: Mix do Marqueting, Pilar Mais Valorizado.

A falta de pessoas capacitadas para implementao das ferramentas de marketing dentro
das MPEs se destaca com 55%, e dita como a principal vil contra a boa gesto do marketing,
fator esse ocasionador da utilizao inadequada das tcnicas inseridas nessas mesmas
organizaes: alm ainda da falta de conhecimento com 25%, 5% para as duas j citadas juntas e
2,5% da escassez de recursos financeiros, que tambm contribuem para uma gesto deficiente,
12,5% das empresas no responderam.
Figura 08: Principais Deficincias das MPEs Relacionadas ao Marketing.

De acordo com a pesquisa 72,5% das empresas investem em marketing em perodos
diversos, 25% em dezembro e 2,5% em janeiro e dezembro. As empresas fazem investimentos em
marketing em todas as pocas do ano mais h perodos de maior aplicabilidade de acordo com o
produto ofertado, perodos esses em que os consumidores esto mais propensos a compra, no caso
especifico das MPEs da cidade estudada, os colaboradores entrevistados deram predominncia a
perodos diversos com vinte e nove respostas, de certa forma esse resultado diverge do comum na
maioria dos casos estudados, no entanto, o ms de dezembro tambm se destaca nesse quadro.
Figura 09: Perodos do Ano de Maior Investimento em Marketing.

Para concluir, perguntou-se as empresas quais foram os resultados obtidos atravs do
marketing utilizado nas organizaes, com opo de alternativa entre aumento de vendas,
fidelizao de clientes, aumento da carteira de clientes e valorizao da marca da empresa,
podendo ser escolhida mais de uma alternativa, o trabalho obteve 25% dos entrevistados afirmando
que o aumento nas vendas foi o resultado das utilizao das ferramentas de marketing, 25% com
valorizao da marca, 20% para duas das quatro opes, 12,5% para trs, 7,5% para valorizao de
clientes, 5% para aumento na carteira de clientes e 7,5% marcaram todas as alternativas; a resposta
obtida evidenciada no grfico a seguir.
Figura 10: Resultados Obtidos Atravs da Utilizao do Marketing nas Empresas.

O aumento nas vendas a mudana de maior destaque, seguido pela valorizao da marca
com, apesar do no uso, ou do uso limitado das ferramentas de marketing, que no consegue
otimizar os resultados nas MPEs pesquisadas, nenhuma empresa deixou de marcar algum resultado
positivo atravs da aplicao das tcnicas de marketing, ou marcou resultados negativos; ainda que
de forma gradativa, o Marketing consegue agregar valor por menor que parea ser a essas
entidades fsicas.
Por meio do Marketing, a empresa pode divulgar a qualidade de seu portflio para ser algo
marcante aos consumidores, pois assim que sentirem a necessidade do produto, relacionam a
marca qualidade dos produtos que empresa oferece atravs de variedade, qualidade e bom
atendimento buscando fidelizao contnua. (GODOI, et al; 2009, P. 13).
Para Neto et al, (2013, P. 241), as capacidades de marketing so importantes fontes de estratgias
para manter vantagem perante os concorrentes da empresa, consequentemente, proporcionando
aumento no desempenho financeiro do negcio.
A orientao empreendedora e a capacidade de Marketing so prognosticadoras do desempenho
empresarial das micro e pequenas empresas varejistas. (NETO, et al; 2013, P. 244).
CONCLUSO:
As micro e pequenas empresa so maioria na regio de Quixad, onde a pesquisa foi

realizada, e no ramo varejista uma boa gesto das tcnicas de marketing pode fortalecer os setores,
influenciar positivamente nas vendas e na viso que o consumidor tem da marca, da empresa alm
de fidelizar clientes.
Dentre os 40 entrevistados foi possvel perceber que a maioria dos colaboradores est na
faixa de jovens e cursam ou concluram o ensino mdio; 10% no souberam definir o termo
marketing e 40% afirmaram que talvez soubessem o que mostra a fragilidade da gesto desse
sistema nas empresas da cidade. Para a grande maioria marketing se reduz a divulgao para
promoo e propaganda, deixando de perceber que ele deve estar presente em todos os processos
e etapas da empresa, pois atravs dessa insero na organizao como um todo possvel obter
muitos ganhos tanto financeiros quanto sociais; o marketing se bem administrado consegue
conduzir o cliente a ter uma viso positiva da marca, empresa ou produto, e a dar preferncia a este
do que ao concorrente.
As promoes so as ferramentas de marketing mais utilizadas pelo comrcio quixadaense,
muitas dessas empresas j utilizam algum mtodo de marketing a mais de dois anos e no veem
esses mtodos como algo primordial ou de grande importncia, mais apenas como consequncia da
comercializao, alguns acreditam ainda que o no uso das tcnicas adequadas no interfere nas
vendas, pois o mercado j estaria estabelecido e estvel para esse empreendedor. O fato de a
maioria das empresas no possuir um departamento especifico para o marketing, de certa forma
justificvel por essas empresas se enquadrarem no carter de MPE; o produto o que de fato
mais valorizado e a falta de pessoas capacitadas para implantar as ferramentas de forma correta a
principal deficincia dessas organizaes, elas investem em marketing em perodos diversos e o
principal resultado obtido com esse investimento o aumento das vendas.
A deficincia da utilizao do marketing nas empresas estudadas fica clara com esta
pesquisa, mas tambm percebemos que o uso das tcnicas de marketing, gera efeitos positivos,
portanto, implant-las e aplic-las adequadamente pode ter um grande impacto no comrcio da
regio.
AGRADECIMENTOS:
Gostaria de agradecer ao senhor Deus, e tambm dedicar essa realizao a minha famlia e
amigos pela compreenso e grande ajuda que recebi para concluso desse trabalho; especialmente
a Maria Gessicleide Fernandes de Lima, coautora e grande amiga que contribuiu com seu tempo,
ajuda e incentivo, profa. Antunizia Gomes minha orientadora pela oportunidade de trabalharmos
em conjunto, e a todas as empresas colaboradoras.
REFERNCIAS:
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LEVANTAMENTODASNECESSIDADESDETREINAMENTODETCNICOADMINISTRATIVOSDO
IFAMCAMPUSPARINTINS/AM.
1
K.R.deSouza (IC);G.T.CardosoFilho (PQ)2

InstitutoFederaldoAmazonas(IFAM)CampusParintins,2InstitutoFederaldoAmazonas(IFAM)
DepartamentodeEnsinoCampusParintinsemail:gerson_teixeira@ifam.edu.br
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Este artigo tem como finalidade descrever como foi

realizadooprojetodepesquisaPIBIC/IFAM,realizado
em Parintins/AM no ano de 2012 cuja finalidade era
realizar o Levantamento das Necessidades de
TreinamentodosServidoresTcnicoAdministrativosem
Educao, lotados no Instituto Federal de Educao,
Cincia e Tecnologia do Amazonas IFAM Campus
Parintins/AM, e apresentar um diagnstico de
Treinamentocomvistaaserutilizadocomoferramenta
gerencial para a construo de um Plano Anual de
Treinamento na referida instituio, visando suprir as
necessidades dos cargos e funes, de acordo com os
objetivos e metas organizacionais. Com este projeto
esperase contribuir com a identificao das
necessidades de treinamento dos servidores

supracitados, para que estes, aps o processo de
treinamento, munidos de novas competncias e
habilidades advindas desse processo, possam realizar
suasatividadesfuncionaiscommelhorpresteza,visando
melhoriadaqualidadenoserviopblico,situaoto
desejadapeloscidadosusurioscomrelaoaoservio
pblico.
PALAVRASCHAVE:TreinamentodePessoas;ServidoresPblicos;QualidadenoServioPblico.
SURVEYOFTRAININGNEEDSOFTECHNICALANDADMINISTRATIVESERVERSATTHEFEDERALINSTITUTE
OFEDUCATION,SCIENCEANDTECHNOLOGYOFAMAZONASIFAMCAMPUSPARINTINS/AM
ABSTRACT
This article aims to describe how we carried out the

researchprojectPIBIC/IFAMheldinParintins/AMin
2012 whose purpose was to conduct the Survey of
Training Needs of Technical and Administrative Servers
in Education, crowded at the Federal Institute of
education,ScienceandTechnologyofAmazonasIFAM
Campus Parintins / AM, and present a diagnostic
training in order to be used as a management tool for
theconstructionofanAnnualTrainingatthatinstitution
in order to meet the needs of offices and functions in
accordancewiththeobjectivesandorganizationalgoals.
With this project we hope to contribute to the
identificationoftrainingneedsoftheserversmentioned
above, so that, after the training process, armed with
new skills and abilities resulting from this process, to
carryouttheiractivitieswithbetterfunctionalreadiness
in order to quality improvement in public service
situation as desired by users citizens regarding public
service.
KEYWORDS:TrainingPeople;PublicServants;QualityinPublicService.
INTRODUO
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Amazonas Campus Parintins
encontrase recmimplantado, iniciando suas atividades neste municpio no ano de 2010. Em
decorrncia dessa recente implantao que acontece de forma gradual no servio pblico
brasileiro,osservidoresTcnicoAdministrativosemEducaodoreferidocampus,denominados
TAEs,aindanoparticiparamdenenhumprogramadetreinamentoinstitucionalatapresente
data.
Chiavenato (2004) entende treinamento como um processo em que o funcionrio
preparado para exercer de maneira excelente as tarefas especficas do cargo ou funo o qual
ocupa. Treinamento considerado ainda, pelo mesmo autor, como um meio de desenvolver
competnciasnosservidoresparaquesetornemmaisprodutivos,criativoseinovadores,coma
finalidade de contriburem melhor para o alcance dos objetivos organizacionais, tornandose
cadavezmaisvaliosos.
Dessa forma, com o intuito de melhorar a qualidade do servio pblico prestado pelos
servidoresTAEsdoIFAMCampusParintinssociedadeparintinense,fazsetreinarosreferidos
servidores,paraqueexeramsuasatividadescommelhorprestezafuncional,tornandooscada
vez mais produtivos, criativos e inovadores caractersticas de servidores desejadas pelos
usuriosdoserviopblicobrasileiro.
Esta pesquisa tem como objetivo diagnosticar as necessidades de treinamento dos
Servidores TcnicoAdministrativos em Educao do IFAM Campus Parintins. Para isso, foi
realizadaumapesquisabibliogrficaeentrevistacommaisdecinquentaporcentodosservidores
TAEscomaplicaodeumquestionrioparaprocedercomacoletadedados.Valeregistrarque
alguns dos servidores se abstiveram de nos dar informaes sobre a realizao das atividades
relativas a seus cargos ou funes e isso foi respeitado. Registrase ainda que o servidor ao
preencher o formulrio era informado que no precisava identificar o seu nome, este poderia
apenas responder o formulrio, para posterior anlise documental que foi realizada de forma
impessoal,buscandoresguardaraintegridadedasinformaesdecadaservidor.
1.DESENVOLVIMENTODEPESSOASCOMOFATORDESUCESSOEMPRESARIAL
O Processo de Desenvolver Pessoas faz parte de um subsistema da grande e complexa

tarefadegerirpessoas.
ParaChiavenato(2004),aspessoasapresentamumaincrvelcapacidadeparaaprenderese
desenvolver,estandoeducaonocernedessacapacidade.Diantedisso,podesedizerqueos
processos de desenvolvimento de pessoas esto relacionados com a educao e com todo
modelo de formao, capacitao, educao, treinamento e desenvolvimento, e sendo assim,
devese assegurar as pessoas a oportunidade de ser aquilo que podem ser a partir de suas
prpriaspotencialidades,sejamelasinatasouadquiridas.
Desenvolver Pessoas no apenas darlhes informao para que aprendam novos
conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. ,
sobretudo, darlhes formao bsica para que aprendam novas atitudes, solues, ideias,
conceitosequemodifiquemseushbitosecomportamentosesetornemmaiseficientesnaquilo
quefazem(CHIAVENATO,2004).
ParaChiavenato(2004),osprocessosdedesenvolvimentodepessoaspodemreceberuma
abordagem tradicional ou uma abordagem moderna, as duas abordagens se mostram
antagnicasnaformadeencararoprocessodedesenvolvimentodepessoas.Aseguir,destacam
seasprincipaisdiferenas:
Tabela1AbordagemTradicionalxAbordagemModerna
AbordagemTradicional
AbordagemModerna
Modelocasual
Esquemarandmico
Atitudereativa
Visodecurtoprazo
Baseadonaimposio
Estabilidade
Conservao
Permanenteedefinitivo
Modeloplanejado
Esquemaintencional
Atitudeproativa
Visodelongoprazo
Baseadonoconsenso
Instabilidadeemudana
Inovaoecriatividade
Provisrioemutvel
Fonte:(CHIAVENATO,2004.)
Deacordocomasdiferenasentreasabordagensmostradasnatabela1,sugeresequenosdias
de hoje, as empresas procurem seguir o modelo moderno de desenvolvimento de pessoas,
mantendosemprevivodentrodaorganizaoosprincpioselencadoscomoprticadesejadade
desenvolvimentodepessoas.
2.TREINAMENTOCOMOFORMADEEDUCAONOTRABALHO.
Segundo Chiavenato (2010), no passado, alguns especialistas de RH entendiam o

treinamento como um meio para adequar cada pessoa a seu cargo, de forma a desenvolver a
foradetrabalhodaempresaapartirdopreenchimentodocargo.Recentemente,oconceitofoi
ampliado, considerado para alavancar o desempenho no cargo. Quase sempre o treinamento
tem sido entendido como o processo pelo qual a pessoa preparada para realizar de maneira
eficienteasatividadesespecficasdocargoquedeveocupar.
ParaChiavenato(2010),Modernamente,otreinamentoconsideradocomoummeiode
desenvolver competncias nas pessoas para que se tornem mais produtivas, criativas e
inovadoras, contribuindo ainda mais para o alcance dos objetivos globais. De acordo com essa
perspectiva, o treinamento uma forma de obter lucratividade, uma vez que permite que as
pessoascontribuamcomosresultadosdonegcio.
Para Dessler apud Chiavenato (2010) Treinamento o processo de ensinar aos novos
colaboradoresashabilidadesbsicasqueelesnecessitamparadesempenharseuscargos.
ParaDruckerapudChiavenato(2004,p.67)OConhecimentobomquandotil,sendo
assim, ele somente ser produtivo se for aplicado para criar uma diferena sensvel: produzir
resultados,melhorarprocessos,adicionarvaloregerarriquezas.
Chiavenato(2004)apregoaqueoTreinamentonodeveserconfundidocomumasimples
questo de realizar cursos e proporcionar informao e sim, deve ser incentivado atravs do
desenvolvimentocontnuodaspessoasquenelatrabalham.Paraissoacontea,devesecriare
desenvolverumaculturainternafavorvelaoaprendizadoecomprometidacomasmudanasna
organizao.
Diante do exposto, o treinamento no deve ser visto como despesa, mas sim,
investimentopreciosocujoretornoaltamentecompensadorparaaorganizao.
3.OLEVANTAMENTODENECESSIDADESDETREINAMENTOLNT
Segundo Gil (1994, p. 39) costumase definir levantamento de necessidades de

treinamento,comooprocessoquetemcomoobjetivoidentificarascarnciasdeindivduose
gruposparaexecuodastarefasnecessriasparaoalcancedosobjetivosdaorganizao.
ParaGil(1994),oLNTconcebidocomoumapesquisaquesedesenvolveemtrsnveis:
AnliseOrganizacional:consistenaidentificaodosnveisdeeficinciaeeficciada
organizao, a fim de determinar as formas de treinamento que podero contribuir para sua
elevao.
AnlisedasTarefas:consistenaidentificaodasatividadesquecompemastarefas
bemcomodosrequisitospessoaisnecessriosparaseudesempenhoeficaz.
AnlisedosRecursosHumanos:consistenaidentificao,juntoaosempregados,dos
nveis de conhecimento, habilidades e atitudes requeridas para a execuo das tarefas que
executam.
Para Chiavenato (2004), a primeira etapa do processo de treinamento a qual feito o
levantamento das necessidades que a organizao necessita, pois nem sempre so claras e
precisamserdiagnosticadasapartirdelevantamentosepesquisasinternascapazesdelocaliz
lasedescobrilas.
Para Chiavenato (2003) alm da organizao e das pessoas, o treinamento deve tambm
consideraroscargosparaosquaisaspessoasdevemsertreinadas.Defendeaindaqueaanlise
dos cargos serve, entre duas coisas, para determinar os tipos de habilidades, conhecimentos,
atitudesecomportamentos,eascaractersticasdepersonalidaderequeridasparaodesempenho
eficaz dos cargos. Em suma, uma necessidade de treinamento no nvel das tarefas uma
discrepnciaentreosrequisitosexigidospelocargoeashabilidadesatuaisdoocupantedocargo,
conformefigura1.
Figura1:Conceitodenecessidadesdetreinamentononveldastarefas
Fonte:(CHIAVENATO,2003).
Mcgeheedistingueduasgrandesclassesdeobjetivosdetreinamento:
Anlisedaspessoaseanlisedastarefas,afirmamqueadeterminaodasnecessidadesde
treinamentodeveserfeitapormeiodaanlisedaforadetrabalhoedaanlisedastarefas.A
anlise das pessoas, em contraste com anlise das tarefas, focaliza o desempenho dos
empregadosdentrodeseuspapisespecficos(MCGEHEEapudCHIAVENATO:2003,p.46).
A inteno verificar se os empregados esto ou no desempenhando suas tarefas
designadase,seno,seotreinamentopodeelevarsuaeficciae,especificamente,qualotipo
detreinamentorequerido.
Vieira apud Carvalho (2001) ilustra claramente o conceito de levantamento de
necessidades de treinamento por meio de avaliao do desempenho no nvel das tarefas,
conformefigura2.
Figura2Relaoentredescriodocargoenecessidadesdeformao
Fonte:(CARVALHO,2001)
Como terceiro nvel de pesquisa de necessidade de treinamento, anlise dos recursos

humanos,segundoCarvalho(2001)procuraresponderquestoquemdevesertreinado?.a
fase final da pesquisa de necessidades de formao, concentrandose essencialmente no
empregadoasertreinado.
Olevantamentodenecessidadesdetreinamentoumaformadediagnsticoecomotal,
deve basearse em informaes relevantes. Muitas dessas informaes devem ser
cuidadosamente corrigidas sistematicamente, enquanto outras esto disponveis s mos de
certosadministradoresdelinha.
4.MTODO
Quanto ao universo estudado, tmse os vinte e trs Tcnicoadministrativos em

Educao(TAEs)doInstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadoAmazonasIFAM
Campus Parintins e quanto amostragem, foram entrevistados treze servidores TAEs, os quais
correspondema56,52%desseuniverso.
Paraabuscadacoletadedadosforamutilizadasasseguintestcnicas:entrevistascomos
referidos servidores e o preenchimento de um formulrio referente busca de informaes
sobreoscargosoufunesdosTAEs.
Quantolimitaodapesquisa,podesedizerqueoprincipalentravefoiquantocoleta
deinformaescomalgunsservidores,pois,muitosnoquiseramparticipardessapesquisanos
dando informaes sobre seus cargos ou funes. Alguns alegavam que no podiam dispor de
seu tempo de trabalho para conceder uma entrevista de no mximo dez minutos com o
preenchimento do formulrio porque estavam muito ocupados no setor e sempre que
retornvamos ao setor era dada a mesma justificativa por parte dos mesmos servidores. Os
demaisservidores,osquaisparticiparamdaentrevistaedopreenchimentodoformulrio,foram
bastante solcitos e entenderam que a pesquisa era uma oportunidade de se realizar um
diagnstico da situao de treinamento do IFAM Campus Parintins o qual realizavam suas
atividadeslaborais.
Paraarealizaodestapesquisa,utilizouseaabordagemquantiqualitativa,umavezque
segundo Minayo (2010) a diferena entre quantitativo e qualitativo quanto natureza, pois,
utilizandose a abordagem quantitativa os cientistas sociais que trabalham com estatsticas
apreendem dos fenmenos apenas a regio visvel, ecolgica, morfolgica e concreta,
entretanto,aabordagemqualitativaaprofundasenomundodosignificadodasaeserelaes
humanas, um lado no perceptvel e no captvel em equaes mdias e estatsticas, o que
pressupe que a pesquisa qualitativa permite o aprofundamento das anlises dos dados
levantadosnapesquisaquantitativa.
5.RESULTADOSEDISCUSSES
ApsarealizaodasentrevistasedopreenchimentodoformulriodeLevantamentodas
NecessidadesdeTreinamentode12ServidoresTcnicoAdministrativosemEducaodoIFAM
Campus Parintins/AM e da funo Administrativa de Diretor Geral do Instituto, adquiriuse as
informaesnecessriasparaumaanliseemformadediagnsticorelativoaotreinamentono
referidocampus.
Fezse o levantamento das necessidades de treinamento de cargos dos TAEs e funes

relativassatividadestcnicoadministrativas.Descriminamsenatabela1,oscargosoufunes
queobtivemosinformaescomastcnicasdecoletadedadosutilizadas.
Tabela2PerfildosTcnicosAdministrativosemEducao(TAE)IFAMCampusParintins.
CARGO
NVEL
ESCOLARIDADE
QUALIFICAO
FUNO
LOTAO
Auxiliarde
Biblioteca
Assistentede
Alunos
Assistentede
Alunos
Superior
Completo
Superior
Completo
Superior
Completo
Licenciaturaem
Letras
Licenciaturaem
NormalSuperior
Cursono
informado
Semfuno
Biblioteca
Semfuno
Superior
Completo
Superior
Completo
Superior
Incompleto
Cursono
informado
Especializaoem
Turismo
CursoTcnicoem
Agroindstria
Coordenadorde
Registro
Acadmico
Semfuno
Coordenao
GeraldeEnsino
Coordenao
deRegistro
Acadmico
CGTI
Semfuno
Biblioteca
Semfuno
Superior
Completo
Superior
Completo
Licenciaturaem
Letras
Licenciaturaem
Letras
Coordenao
deGestode
Pessoas
Protocolo
C
C
Tcnicoem
Informtica
Assistenteem
Administrao
Assistenteem
Administrao
Assistenteem
Administrao
Assistenteem
Administrao
Tcnicoem
Agropecuria
Superior
Completo
Bacharelem
Zootecnia
Tcnicoem
Agropecuria
Superior
Completo
Especializaono
informada
Coordenadorde
Agropecuria
Engenheirode
Pesca
Superior
Completo
Mestradono
informado
Coordenadorde
Comprase
Licitao
Tcnicoem
Assuntos
Educacionais
Superior
Completo
Especializaono
informada
Semfuno
Professor
CD02
Superior
Completo
Mestradono
informado
DiretorGeral
D
D
Semfuno
Chefede
Gabineteda
DireoGeral
Semfuno
DireoGeral
Coordenao
de
Agropecuria
Coordenao
de
Agropecuria
Departamento
de
Administrao
ePlanejamento
Departamento
deEnsino,
Pesquisae
Extenso.
DireoGeral
Apsavisualizaodatabelaacima,verificasenacomparaodocargocomaformao
tcnicoprofissionaldosservidorestcnicoadministrativos,queestesesto,quantoaoseunvel
de escolaridade, aptos a exercerem suas atividades laborais. Destacase que Cargos de Nvel
FundamentalNvelC,CargosdeNvelMdioNvelDeCargosdeNvelSuperiorNvelE,a
maioria de seus ocupantes possuem mais que a exigncia mnima de escolaridade,

demonstrando que estes servidores pblicos esto buscando obter cada vez mais qualificao
profissionalpararealizarsuastarefasfuncionais,oquepermiteemtese,melhoratendimentoas
demandaspeloserviorealizado.
AservidoraAuxiliardeBibliotecainformounoformulrioquemuitasvezestemdvidas
aorealizaroseutrabalhoequemuitasdesuasatividadesexercidassoatribuiesdocargode
Bibliotecria,vistoquecomatransfernciadaBibliotecriadainstituio,nohouvereposio
desse cargo ao instituto, prejudicando o bom andamento das atividades do setor. Com isso,
recomendaseacontrataodeum(a)Bibliotecrio(a)urgentementeaesseinstituto.
Verificousecomaanlisedoformulrioquealgunsservidoresnoestosatisfeitoscom
os seus setores de trabalho e com as atividades que vem desempenhando. No o objetivo
desse trabalho fazer uma anlise sobre clima organizacional, mas verificase na leitura dos
formulrios a insatisfao com seus setores e atividades atualmente realizadas. Aconselhase
haver rodzio de setores em cargos genricos como o de Assistente em Administrao, dando
oportunidades de aprendizado para os servidores, buscando at mesmo, melhorar o clima
organizacional, uma vez que se verifica que todos os servidores TcnicoAdministrativos
Assistentes em Administrao, so capacitados para fazer uma permuta nos setores que se
encontramlotados.
Apsaanlisedoformulriodelevantamentodenecessidadesdetreinamento,verificou
se que os servidores tm interesse em realizar cursos de capacitao a serem oferecidos pela
instituio e at mesmo esto dispostos a pagar para se capacitarem a realizar suas atividades
diriasdeformacadavezmaiseficientes.
Listasenatabelaabaixooscursos detreinamentoosquaisessesservidoresdetentores
dessescargosdesejamparaexecutaremsuasatividadesdeformamaiseficaz.
Tabela3CursosdeCapacitaodesejadospelosTAEsIFAMCampusParintins.
CARGO
Auxiliarde
Biblioteca
Assistentede
Alunos
Assistentede
Alunos
Tcnicoem
Informtica
Assistenteem
Administrao
Assistenteem
Administrao
Assistenteem
Administrao
Assistenteem
Administrao
Tcnicoem
Agropecuria
FUNO
Semfuno
Semfuno
Coordenadorde
RegistroAcadmico
Semfuno
Semfuno/
Biblioteca
Semfuno/
Protocolo
Semfuno
ChefedeGabinete
daDireoGeral
Semfuno
CURSOSDECAPACITAOETREINAMENTODESEJADOS
TreinamentoemBiblioteconomia;CursodeRedaoOficialeCursobsico
deIngls;
TreinamentoemutilizaodeMesasdeudioeVdeo;NoesdePrimeiros
SocorroseNoesdeSegurananoTrabalho.
TreinamentoemSistemadeGerenciamentodeEnsino.
TreinamentoparaGerenciamentodeServidorLinuxeGerenciamentode
RedesdeComputadores.
Noinformouoscursosdesejadospararealizartreinamento.
Lei8.112/1990;RedaoOficial;InformticaBsica.CursodeAtendimento
aoPblico.
CursodeFiscaldeContrato;CursodeSCDP;CursosobreFolhade
Pagamento;CursosobreLegislaoSIASS;CursodeAtendimentoao
Pblico.
CursodeCerimonial,ProtocoloeEventos.CursodeRedaoOficial.
CursodeAUTOCAD;ManutenodeMquinas;CursodeIrrigaoe
ProcessamentodeAlimentos.
Tcnicoem
Agropecuria
Engenheirode
Pesca
Tcnicoem
Assuntos
Educacionais
Professor
Coordenadorde
Agropecuria
Coordenadorde
CompraseLicitao
Semfuno
DiretorGeral
CursodeIrrigaoeCursodeConstruoRural.
CursodeOperaodeSIASG;CursodeOperaesdoCompranet.
CursodeFormaoContinuadanareadaEducao.
Lei8.666/93;TreinamentonareadeSistemasFinanceirosdoGoverno
Federal.
Oscursosetreinamentossolicitadosnosformulriosanalisadossorelativosaoscargos
oufunesasquaisosservidoresexercemsuasatividades.
Do ponto de vista da anlise da formao profissional, do cargo exercido com a funo
realizada,acreditasehavercertadiscrepncianocargodeEngenheirodePescacomafunode
Coordenador de Compras e Licitao. Com toda certeza, o servidor que est lotado nessa
coordenao deve ter certo conhecimento em Direito ou Administrao Pblica para exercera
respectivafuno,porm,semnenhumadvida,dopontodevistainstitucional,acreditaseque
eleseriamelhoraproveitadoemumafunocorrelataaseucargoeformaoprofissional.Este
poderiasersubstitudoporumdosAssistentesemAdministraoquePedagogo,queestno
ltimoperododocursodeAdministraoequeespecialistaemTurismoeDesenvolvimento
Local ou o ideal, ou devese contratar atravs de concurso pblico, um administrador ou um
advogadocomconhecimentosslidosnareaparaarealizaodasatividadessupracitadas.
CONSIDERAESFINAIS
A partir desse estudo pretendeuse contribuir com a identificao das Necessidades de

TreinamentodeServidoresTAEsIFAMCampusParintins/AM.
Durante o perodo relativo aos meses de maro a dezembro de 2012 foi realizado o
Projeto de Pesquisa intitulado: Levantamento das Necessidades de Treinamento de Servidores
TcnicoAdministrativos em Educao do IFAM Campus Parintins/AM que culminou com a
escritadesteartigo.
Apsacoletadedadosrealizadapelastcnicasdeentrevistaeaplicaodequestionrio,
chegouse ao objetivo deste artigo que era realizar um levantamento das necessidades de
treinamento dos servidores TAEs do IFAM Campus Parintins e consequentemente, um
diagnsticorelativoaestaatividade.
Identificousecomestapesquisaqueamaiorpartedosservidoresentrevistadostemmais
escolaridade que a exigncia do seu cargo, ficando assim, visualizada a necessidade de
treinamento apenas para aperfeioar as atividades inerentes ao seu cargo ou funo atual,
visandodarumamelhorrespostasdemandassociaisrelativasaosserviospblicosprestados.
Verificouseainda,queumservidorseencontraemumafunoquenocorrelataaseu
cargo,nessecaso,sugeresealocaroservidoremumafunoqueestejavoltadaaseucargoe
formaoprofissional.
Valedestacarainda,quefoiidentificado,parapesquisasfuturas,quehinsatisfaopor
parte de alguns servidores, com os setores e atividades hoje por eles realizadas, e sugerese a
rotatividadedessesservidorespelossetoresadministrativosdainstituio.
Com isso, esperase que este diagnstico seja til para uma reflexo institucional da
necessidadedetreinamentodosreferidostcnicosparaquecadavezmaisestesrealizemsuas
tarefaseatividadesdeformaexcelente.
AGRADECIMENTOS
Aos servidores TcnicoAdministrativos em Educao do Instituto Federal de Educao,

CinciaeTecnologiadoAmazonasCampusParintinsqueproporcionaraminformaesrelativas
aosseuscargosoufunesparaquefosserealizadaestapesquisaacadmica.
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10
COMPORTAMENTOORGANIZACIONAL:ACULTURACOMOINTEGRAOESOCIALIZAODE
COLABORADORESEMTEMPOSATUAIS
A.V.M.Silva(PPG);M.V.M.Andrade(PO);G.R.Freitas(PCO)
1
FormadoemBacharelemAdministraodeEmpresaspelaFaculdadedeCinciaseTecnologiasdoMaranho
FACEMA,eemconclusonaPsgraduaoLatuSensuemDiversidadeCulturalemEducaopeloInstituto
FederaldoMaranho(IFMA)CampusCaxias.Email:viniciosrrr@gmail.com
(PPG)DiscentedoProgramadePsGraduaoemDiversidadeCulturalemEducaopeloInstitutoFederaldo
Maranho(IFMA)CampusCaxias;
(PO)ProfessoraOrientadora,Doutora,veronicameira@ifma.edu.br;
(PCO);ProfessorCoOrientador,EspecialistaemfasedeconclusoemDiversidadeCulturalemEducaopelo
InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusCaxias.
RESUMO
Oartigopropeumadiscussoacercadaculturaesua
participao dentro de uma empresa, e tem como
objetivo denotar uma anlise sobre o uso correto da
socializao de um novo colaborador dentro de um
ambiente organizacional, que se encontra em
movimento. Dever salientar que as organizaes tm
como intuito nato em divulgar sua individualidade
cultural por meio de processos de socializao, dessa
forma mostrando ao novo colaborador a maneira pela
qual ele dever adequarse no comportamento interno
da instituio. A pesquisa evidenciou que deve manter

um nvel de socializao mediano para manterse um
bom incio de relacionamento entre organizao e
indivduo, reforando dessa maneira a grande
importnciadaintegraodosmeios.
PALAVRASCHAVE:socializao;ambienteorganizacional;individualidade;colaborador.
ORGANIZATIONALBEHAVIOR:CULTUREASINTEGRATIONANDSOCIALIZATION
COLLABORATORSINMODERNTIMES
ABSTRACT
This article proposes a discussion to about culture and

his post within an organization, and aims to denote an
analysis on the correct use of socialization of a new
collaboratorinsideanorganizationalenvironmentthatis
moving. Ought to should emphasize that organizations
have the intention to disclose their born order cultural
identity through socialization processes, that way
showing the new collaborator the way that it should

match the internal behavior of the institution. The
research showed that to maintain a level of median
socializingtokeepagoodbusinessrelationshipbetween
organization and individual, that way reinforcing the
importance
of
integrating
media.
KEYWORDS:socialization;organizationalenvironment;individuality;collaborator.
COMPORTAMENTOORGANIZACIONAL:ACULTURACOMOINTEGRAOESOCIALIZAODE
COLABORADORESEMTEMPOSATUAIS
INTRODUO
Asempresascaptamnovosrecursosprodutivosquandosentemanecessidadeparaque
possam conseguir realizar atividades rotineiras na produo, com isso, so recrutados novos
colaboradores para essas tarefas. O estudo feito a partir desse momento, do recrutamento
cativodessaspessoasatasocializaodoindivduocomaorganizao,oscaminhoseoslimites
quesotratados.Comoaempresaagediantedeproblemaseasdificuldadesquesurgempara
queofuncionrioemquestonoconsigainteragircomosfuturoscolegasdetrabalho.Ecomoo
ambiente recebe esse novo indivduo e como posto para o novo funcionrio a cultura da
empresa.
Tornase tambm muito importante avaliar as principais dificuldades encontradas para
aplicao dos instrumentos de socializao e como efetuado o treinamento, ou seja, quando
ocorreaintegralizaodocolaboradornaempresa,poisnessemomentoasdificuldadesreais
tornamseevidentes.
SegundoDubrin(2008,p.45):Culturaorganizacionalumsistemadevaloresecrenas
compartilhadosqueinfluenciamocomportamentodotrabalhador.
A cultura organizacional dentro da empresa aparece como uma ferramenta de grande
importncia que integra os colaboradores, e os recm chegados, com os princpios e valores
implantados na organizao. A partir desta atividade de integrao, a empresa tende a formar
aes que aprimoram a socializao do indivduo dentro do ambiente de trabalho, sendo de
grande importncia participao dos gestores na disseminao da cultura organizacional,
transmitida aos colaboradores no s como uma maneira de ditar o estilo da empresa, mas
principalmente,deintegrarosfuncionrioscomosvaloreseobjetivosorganizacionais.
A empresa se torna um refgio de opinies, conceitos e bases que denotam a sua
diferenciao pela dificuldade de envolvimento entre todas as partes. comum um novo
colaboradorpermanecerperdidodiantedetantaslimitaes,dessaformaopresenteestudovai
analisar o que deve ser realizado pelos gestores nas tomadas de decises, para que esse novo
funcionriosintasepresente,eunidocomogrupo,visandoobtenodosobjetivosgerais.
Umaempresatemdiversostiposdepessoas,comdiferenasemaniasquesedistanciam,
uns dos outros, mas que se cruzam diariamente com facilidade e motiva diversos estudiosos a
pesquisar sobre isso. Com isso a entrada de novos colaboradores traz inmeras perguntas em
relaoaocomportamentodasempresassobreaquesto.
Deste modo, a forma de tratamento dos colaboradores e das relaes entre os grupos
pertencentesaoambientegeraldaorganizaodevesercompreendidademonstrandosedeque
maneiraessetratamentoafetaaformaodoconceitoculturaldaempresa.
O artigo tem como proposta discutir a temtica cultura organizacional e os enfoques
sobreintegraoecomportamentodentrodoambientedetrabalho.Amotivaoparatratardo
decorrido tema surgiu a partir da minha primeira experincia profissional. Com isto, pude
observaradificuldadequeumnovocolaborartemnomomentodesuaentradanumaempresa,
queseencontraemmovimento.Comissovianecessidadedesediscutirestetema,investigare
compreender como um novo colaborador aceito dentro de uma organizao, e quais

caractersticassorealizadasparaimplementaodomesmocomogrupoemquesto.
Analisarcomo uma empresa trataa chegada de um novo colaborador para arealizao
dos objetivos internos, tendo como empecilho a cultura organizacional que j se encontra em
plena formao. Dessa forma, o que a empresa dever fazer para solucionar ou simplesmente
montarestratgiasparadiminuiodessabarreira.
O objetivo principal desta pesquisa o de identificar as estratgias utilizadas por uma
organizao para socializar seus integrantes, incluindoos em seu ambiente, bem como os
resultadosobtidoscomoempregodestasestratgias,dopontodevistadosgestoresenvolvidos
no processo. Explorao de estudos j realizados sobre a formao da cultura dentro de uma
empresa,tendoemvista,asdificuldades,oambienteeaspessoas;Voltadaparaaqualidadeda
GestodePessoas.
Neste texto procuraremos tambm fazer uma pesquisa de campo, de abordagem
quantitativaequalitativa.Deincioserocoletadosdadosacercadoconhecimentodoconceito
de integrao e cultura organizacional, entre outras anlises diretas sobre o tema, que se
caracterizem como assunto para essa discusso. Os dados aps o arrolar, estaro colocados
diantedomtodoqualitativo.
REVISODELITERATURA
COMPORTAMENTOORGANIZACIONAL
Aolongodosanos,osantroplogostentamelaborarinmerosconceitossobreacultura.
Sendo um tema que, desde os anos oitenta do sculo XX, despertou a curiosidade da
administraoedeoutrasreasafins,poisaidiadequeosgruposcompartilhemdeprincpios
comuns, tais como valores, crenas e normas, tem se revelado interessante para entender o
funcionamentoedesempenhodasempresas,trazendoassimmelhoresresultadosnomomento
datomadadedecisesquepodemfazeradiferenaemummercadotocompetitivo,comoo
quecaracterizaasociedadeglobal.
A histria do comportamento organizacional vem da estruturao das atividades
rotineirasedaabordagemcomportamentalqueseviumuitonoinciodaTeoriadaFbricaese
enraizou aps o fim da Revoluo Industrial momento crucial da administrao, e as teorias
sociaisquemotivaramostrabalhadoresnapoca.Outromotivoparaosurgimentodessaanlise
foi necessidade que os funcionrios criaram para se manter a satisfao do mesmo, como
tambmasuaprodutividade.
AocontrriodanfaseimpostanaadministraocientificacriadaporTaylor,quetinhao
intuitodegarantiromelhorcusto/benefcioaossistemasprodutivos.Ademais,Taylorprocurava
uma forma de elevar o nvel de produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais
em menos tempo sem elevar os custos de produo. Assim, ele observou que os sistemas
administrativos da poca eram falhos. A falta de padronizao dos mtodos de trabalho, o
desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operrios e a forma de
remuneraoutilizadaforamsprincipaisfalhasestudadasporTaylor.
Aadministraocientficanodesvalorizouaspessoas,enemmuitoasignorou.Emviade
fatoelaenfatizoudemodogrosseiroosincentivosfinanceirosparaoaumentodaprodutividade,
noentanto,issogerouumempuxoemtornododesempenho,assimdandoaberturaparaoincio
dasanlisessobreocomportamentoeaintegraodaspessoasnoambientedetrabalho.
O comportamento organizacional tambm fortemente influenciado pela sociologia e
reas afins em seu estudo sobre comportamento de grupos, estrutura organizacional,
diversidade,integraoecultura.Aspercepesdeantroplogosculturaistambmcontribuem
paraumacompreensodaculturaorganizacional(osvaloresecostumesdeumaempresa).
SegundoRobbins:
Comportamento organizacional um campo de estudos que investiga o impacto que
indivduos,gruposeaestruturatmsobreocomportamentodentrodasorganizaes,
com o propsito de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficcia
organizacional.(ROBBINS,1998)
Trsdesenvolvimentosimportantesnahistriadocomportamentoorganizacionalsoos
estudosdeHawthorne,omovimentodasrelaeshumanaseaabordagemadministraoe
liderana.
CULTURAORGANIZACIONAL
Com um grupo seleto de pesquisadores, a maioria assim por falar, sobre o enfoque da
cultura organizacional, dispe que a cultura para avaliar e identificar os padres de
comportamento, das crenas, dos valores espirituais e materiais, que so repassados entre
gruposdeumasociedadeedeumaorganizao.
OautorFreitas(1991,p.167)ditaqueaculturaorganizacionalumsistemadecrenase
valores,tradiesehbitos,quesetraduzememumaformaaceitaerelativamenteestvelde
interaes e de relacionamentos sociais tpicos da cada organizao. A cultura de uma
organizao sofre alteraes ao passar do tempo, podendo ocorrer variaes de acordo com o
estilodetrabalhodasnovasgeraes,sendopossvelintegralizaralgumprocessoculturalmente
mantidoafimdeatenderanecessidadesdomercado,comoosanseiosdosconsumidoresouat
mesmoaoestilodetrabalhodosfuncionrios.
De acordo com Johan (2006, p. 223), o estudo da cultura organizacional importante
porque tem relao direta com os resultados da organizao. Quando a cultura de uma
organizao conhecida, tornase muito mais fcil trabalhar com as mudanas que podem
prejudicaroupotencializarosobjetivosemetasaserematingidas.Sobretudonosprocessosde
mudana em que pode haver rupturas no relacionamento entre a organizao e os
colaboradores, fundamental conhecer a cultura da organizao para evitar barreiras e
aproveitaroportunidades.
DentreosvriosconceitosdeculturaorganizacionalapresentadoporFreitas(1991,p.42)
oqueparecesermaisricoeconsequentementeomaisabrangente,trazaexatidoexpostapelo
oautor:
A cultura organizacional o modelo de pressupostos bsicos, que determinado grupo
tem inventado, descoberto ou desenvolvido no processo de aprendizagem para lidar
com os problemas de adaptao externa e adaptao interna. Uma vez que os
pressupostostenhamfuncionadobemosuficienteparaseremconsideradosvlidos,so
ensinadosaosdemaismembroscomoamaneiracorretaparaseperceber,sepensare
sentirseemrelaoquelesproblemas(SCHEIN,apudFREITAS,1991,p.42).
DIMENSESDACULTURAORGANIZACIONAL
Asdimensesouelementosdeculturaajudamaexplicaranaturezadasforassutisque
influenciam as aes dos empregados. Por exemplo, uma cultura que valoriza assumir riscos
encoraja os funcionrios a tentar descobrir novas maneiras de fazer as coisas. Os funcionrios
faroissosemsepreocuparseseropunidospelaidiasquenoderemcerto.Alistaaseguir
descreveoitodimensesqueinfluenciamacultura.
1.
Valores. Os valores so base de qualquer cultura organizacional. A filosofia de
umaempresaexpressapormeiodevalores,eestesguiamocomportamentodirio.Umestudo
demonstrou, por exemplo, que quando a gerncia executiva tem uma atitude negligente em
relaohonestidade,onmeroderouboscometidosporempregadosultrapassaemgeral30%.
(Dois estudos revelaram que aproximadamente 30% dos entrevistados admitiram ter roubado
algodaempresa.)
2.
Histrias organizacionais com significados subjacentes. Em muitas organizaes
ocorreaprticadecirculaodehistriasparareforarosprincpiosqueosgestoresconsideram
importantes. Tais como empresas que dizem que certo grupo tem se mostrado mais eficiente
queooutro.Assimocorrecertamotivao.
3.
Mitos.Osmitossonarrativasdramticasoueventosimaginadossobreahistria
daempresa.Elescontribuemparaacriaodelendasdentrodaempresa,ajudamaunificaros
gruposepodemgerarvantagenscompetitivas.
4.
Graudeestabilidade.Umaempresadinmica,queoperaemritmoacelerado,tem
umaculturadiferentedeumaempresaestvel,queoperaemritmolento.Osgerentesdealto
nvelsinalizamoritmodaempresamedianteseuprpriocomportamentodinmicoouletrgico,
emrelaoaomodocomoreagemsinovaes.
5.
Alocao de recursos e recompensas. O modo como o dinheiro e os outros
recursos so alocados exerce uma influncia fundamental sobre a cultura. O investimento de
recursotransmiteamensagemsobreosvaloresdaempresa.
6.
Ritoserituais.Umapartedaculturadeumaempresaformadaporsuastradies
ouritoserituais.Poucasempresasacreditamquetmritoserituais,masumobservadorastuto
consegue identificlos. Os exemplos de tais ritos e rituais incluem as reunies regulares da
equipe, banquetes de celebrao da aposentadoria (mesmo para executivos que foram
dispensados)erecepesparavisitantesilustres.
7.
Sensodepropriedade.Omovimentoemdireopropriedadedeaesparaum
nmerocrescentedefuncionriostemcriadoumaculturadepropriedadeemvriascompanhias
em que os empregados so encorajados a agir e pensar como donos. Uma cultura de
propriedadeincluiocrescimentodalealdade,amelhoriadoesforodetrabalhoeoalinhamento
dosinteressesdofuncionriocomosdaempresa.Umaculturadepropriedadepodeserrefletida
em aes dirias, como, por exemplo, economizar energia, fazer progressos graduais e no
tolerararealizaodeumtrabalhomalfeitoporpartedoscolegas.Entretanto,essaculturapode
agircontraaempresaseopoderaquisitivodoempregadopermanecerestveloudiminuircomo
resultadodapropriedadedasaes.
8.
Espiritualismo corporativo e espiritualidade organizacional. As organizaes
diferenciamse substancialmente em dois conceitos, intimamente ligados, que influenciam a
cultura.Oespiritualismocorporativoocorrequandoagernciaigualmentepreocupadacomo
bemestar dos funcionrios e com o lucro. Muitas prticas, como, por exemplo, programas de
trabalho/vida, contribuem para esse estilo de espiritualismo. A espiritualidade organizacional
refereseaofatodeostrabalhadores,emtodososnveis,acreditarememalgomaiorqueeles
mesmos,almdareligiotradicional.
Alm da cultura dominante de uma empresa, a subcultura tambm influencia o
comportamento.Umasubculturaumsegmentonoqualaculturaorganizacionaldiferenciase
dos outros segmentos e da cultura dominante. Em um banco, por exemplo, a diviso de
emprstimos ao consumidor pode ter uma cultura distinta da diviso de hipoteca, porque a
equipequetrabalhacomemprstimosaoconsumidortemdeoperaremumperododetempo
muitomaiscurtoparaprocessarosemprstimos.
SOCIALIZAO
Oatodesocializaraassimilaodehbitoscaractersticos doambientesocial,todo e
qualquerprocessoatravsdoqualumindivduosetornamembrofuncionaldeumacomunidade,
dessa forma, assimilando a cultura que lhe prpria. um processo contnuo e que nunca se
encerra,poisnoacabaegradual,realizandoseatravsdacomunicao,sendoinicialmente
pela "imitao" para se tornar mais socivel, ou aceito pelo meio. O processo de socializao,
paraalgunsautores,iniciase,contudo,apsonascimento,eatravs,primeiramente,dafamlia
ou outros agentes prximos, da escola, dos meios de comunicao demassas e dos grupos de
referncia que so compostos pelas nossas bandas favoritas, atores, atletas, superheris, etc.
Socializar o processo atravs do qual o indivduo se integra no grupo em que nasceu, ou de
certo modo comeou a fazer parte, adquirindo os seus hbitos e valores caractersticos. So
atravsdasocializaoqueoindivduopodedesenvolverasuapersonalidadeeseradmitidona
sociedade.
Aolongodavidaumindivduoparticipadediversosgrupossociais.Essasocializaofaz
comqueapessoavenhaadquirirasnormasdefinidorasdoscritriosmoraiseticos,conforme
ospadresdasociedadeemqueestinserido,easqueelaaceita,politicamentefalando.Com
essa ligao desde o nascimento, o indivduo interage com o meio, fazendo com ele vai
internalizandocrenasevalores,eaprendendoaconstruirpadresdecomportamentoprprios
parainteraoemcadagrupo.Taisvaloresvoseconsolidandoedeterminandosuasescolhas,
dentreelas,asescolhasprofissionais.ofiocondutordasuaformao,eestemesmoprocesso
revelase crucial no contexto de uma organizao. Ao ingressarem em um novo grupo, os
funcionrios precisam ser apresentados, formalmente e direto, os valores, crenas, normas e
prticasdaorganizao,passandoporumprocessodesocializao,quelhespermitirarticular
secomosprocessosdecomunicaoedeintegraoquepermeiamofazercoletivo.
COMOOSFUNCIONRIOSAPRENDEMACULTURA
Asocializao,portanto,ummtododedoutrinarosempregadossobreaorganizao,
demodoqueelesperpetuemacultura.Oprocessodesocializaoocorre,principalmente,por
meiodaaprendizagemporimitaoeobservao.
Outro modo importante pelo qual os trabalhadores aprendem a cultura por meio dos
ensinamentos dos lderes, como implcito na dimenso cultural da alocao de recursos e
recompensas.Osmembrosdaorganizaoaprendemacultura,atcertoponto,observandoos
elementosaosquaisoslderesprestamateno,aferemecontrolam.Suponhaqueumcolegade
trabalhosejaelogiadopublicamenteporrealizarumtrabalhocomunitrio.Vocconcluirquea
ajudaspessoasdeforadaempresa,umaparteimportantedaculturadaorganizao.
INTEGRAOESOCIALIZAO
ComoapontaChiavenato(1999,p.44),amisso,avisoosobjetivosorganizacionaisea
culturaconstituemomodelonoqualaspessoastrabalhameserelacionamnasorganizaes.As
caractersticas so fundamentadas a todos os colaboradores, porm so bastante focadas nos
funcionriosqueestoingressandonaorganizao.Aformadeintegraoesocializaosed
para o aculturamento social do novo funcionrio, alm de banir antigos hbitos do recm
funcionrio. Somados a isto existem os paradigmas que os novos funcionrios podem possuir
decorrentesdeoutrosempregosanterioresequeasempresasnoapiam.
Dse o nome de socializao organizacional a maneira como a organizao recebe os
novosfuncionrioseosintegraasuacultura,aoseucontextoeaoseusistemaparaque
eles possam comportarse de maneira adequada as expectativas da organizao
(CHIAVENATO,1999,p.44).
Robbins(1998,p.122)trataasocializaocomoumprocessonecessrioeimportantena
empresacujoobjetivoajudarosnovoscontratadosaseadaptaremasuanovacultura.Ainda
segundooautor,socializaoutilizasedetrspassosprimordiais:aprchegada,oencontroea
metamorfose.
Assimesseestudoevidenciaospassosdonovocolaboradorrecmchegado,doincioat
a sua socializao com todos os outros empregados no ambiente de trabalho. A prchegada
abrange os aprendizados ocorridos anteriormente chegada de um funcionrio na empresa.
Apsachegadadomesmo,daroencontroqueosegundopassodasocializao.Apartirdo
momento em que o novo funcionrio aceita a realidade da organizao e a exerce no seu
cotidiano empresarial, ele ir aperfeioar suas maneiras de acordo com a poltica da empresa.
Dessaformatrarumamudanapositiva,melhorandoseudesempenhonasatividadesexigidas
pelocargo.Nessemomentoocorreterceirafase,ametamorfose.
A diversidade cultural a mistura de raas, costume, religies e classes sociais, idade e
vrios outros fatores que contribuir para o desenvolvimento pessoal e organizacional. um
misto de sociedade, aonde o ponto correto a juno de todo esse grupo em prol de certos
objetivos. Ocorrero conflitos, sim, mas de certo modo tentar acreditar que as empresas
tenhampulsosparaamenizaressadiferenacultural.
MATERIALEMETDOS
O presente estudo utilizou de diversas entrevistas formais e informais, depoimentos e
contedobibliogrficoqueauxiliounaobtenodoquestionrio.Demodogeral,esseartigotem
comoprincipalobjetivogerarconhecimentoacercadessaanalisetopoucopautadodentrodas
instituiesdeensino,eclaroparaoentendimentodosgestoresoufuturosempresriossobreo
assunto.
Richardson(1999,p. 15)apontaquenapesquisaexploratriaospressupostostericos
noestoclaros,ousodifceisdeencontrar.Nessasituao,fazseumapesquisanoapenas
para conhecer o tipo de relao existente, mas, sobretudo para determinar a existncia de
relao.
medida que discutimos socializao tenha em mente que o estgio mais crtico desse
mecanismo o momento de ingresso na organizao, no importa quo bom trabalho da
empresaem recrutare selecionar novos empregados, pois a familiarizao dos mesmos com a
cultura da organizao um processo lento, difcil e gradativo, e depende diretamente da
empresaedoprocessocorreto.
Oestudodoartigofoicaracterizadodemodoqualitativoeacoletadedadosfoiatravs
deumquestionrioaplicadoemcolaboradoresdemicro,grandes epequenasempresas,como
tambmgestores,psiclogos,acadmicosdereasafins.Apartebibliogrficadotrabalhosedeu
atravsdelivros,internet,artigosetextosqueserefereaoassuntoemquesto.
A pesquisa de campo foi feita baseada em um questionrio exploratrio que trazia
perguntas pertinentes na opinio e no comportamento da empresa na chegada de novos
colaboradores.OquestionriofoiaplicadonoinciodomsdeAbrilemlocaisdiversos:empresas
dosetorcomercialdaregiodeCaxias,noestadodoMaranho,ecomacadmicosdocursode
administrao e psicologia, em horrio diurno. A amostragem da pesquisa contou com a
participaode42pessoas,todascomconhecimentosprviossobreoassunto.
Na pesquisa foi avaliado com os participantes sobre o que eles achavam sobre o
envolvimentodaculturaorganizacionaledaempresa,seocorreessaligaoouquenoexiste
nenhumvnculodiretoentreambas.Viuque88%daspessoas(37dosentrevistados)acreditam
queaorganizaotemessaligaocomacultura,equedependediretamentedamesmapara
terumtimoambientedetrabalho.Enquantoque12%(nototalde05pessoas)afirmamquea
empresa independe dessa anlise setorial, e que existem mecanismos mais interesses a ser
analisados pelos gestores, quanto como tentar entender o nvel de cultura que o ambiente se
encontra.
Apesquisasobreoassuntodecorreudaseguinteforma:Aculturaorganizacional(valores,
crenas, prticas e costumes adotados dentro da empresa em que no esto previstos em
nenhumaregra)adotadaemumaempresafavoreceaexecuodasatividades,ouvocacredita
queno,queaempresaeaculturanoseinterligamnodesenvolvimentodasatividades?
A maioria dos entrevistados acredita que a empresa deve se preocupar com o
desenvolvimento da cultura da empresa, pois acreditam que a diversidade cultural um fator
chaveparaexecuodasatividades.Emboraaminoriadefendaatesequenonecessrioum
aportedosgestoresparaocomprimentododesenvolvimentodacultura,equeissonointerfere
diretamentenocontroledasatividades,umfatorisolado.
Quandooquestionriopartiuparaasanlisessubjetivas,contestamossobreaintegrao
dosnovosfuncionrios,comoosentrevistadosveemesseaportequeasempresas,emtempos
atuais, utilizam para o desenvolvimento pessoal do novo membro. A indagao era: A sua
empresatemumtrabalhoefetivonasquestesdeintegraodosnovoscolaboradores?Evimos
que,amaioriaconfirmouatesedeChiavenato,quandoelecita:
O programa de integrao tem como vantagens a reduo da ansiedade das pessoas,
reduo da rotatividade, economia de tempo e ajustamento das expectativas.
(CHIAVENATO,1999,p.76)
Deacordocomosentrevistados,asempresasestoemumprocessodeinvasodosetor
de recursos humanos, ou seja, para elas o capital humano est sendo mais bem valorizado,
tanto quanto os setores monetrios. Para elas os gestores viram que as pessoas so o fio
condutor na formao da economia da empresa, e que so as responsveis diretamente no
processodeproduo,vendasegesto.Comissoodesenvolvimentoemcimadessareacresceu
nosltimosanos.Sobreapergunta,segueumdosdepoimentosavaliadosduranteoprocessode
pesquisa:
Com o tempo as empresas viram que o simples aperto de mo, e um singelo boas
vindasnointegravaorecmmembroaociclodaempresa.Equeissoiriamuito,alm
disso.Elasepreocupaagoracomtudo,comavisodapessoa,oplanodecarreiraquea
mesma pensa em ter, se o desenvolvimento pessoal dela dentro do grupo est
satisfatrioouatmesmoseosalrioestsendobempago.Osgestoresestoligados
que agora, as pessoas querem se sentir em casa, como se aquele lugar fosse o quarto
aondeelasdormem,equeoalmooquelhessoservidos,soolanchedesuasglrias.
Aspessoassetornarammaisinstigadas,enquantoasempresasmaispreocupadas.
A pergunta: Voc, ao chegar a uma empresa, como queria ser recepcionada?; Teve
diferentesrespostas,maisemumapanhadogeral,podemosconstatarqueamaioriadaspessoas
gostariaqueosensorintegralizadodaorganizaoasmotivassemdeimediato,queavisoeos
objetivos fossem passados de modo simples e cauteloso, e que a cultura, que presente
cotidianamentesejaapresentadaemummistodecalmaesemapreenso,poisparaamaioria,
trabalhar com pessoas ainda um grande mistrio. Um participante resumiu tudo em sua
respostaquandofalou:
Gostariadeserrecebidacomumasboasvindas,equetodoomaterialdaempresafosse
repassado para mim, que eu pudesse visualizar a misso, os objetivos, e, que eu seja
apresentado para os meus colegas de trabalho, e que aminha integrao seja precisa,
sempressaecautelosa.
Em um contexto direto vimos que a integralizao de um novo servidor de suma

importncia,poisassim,setornamaisfcilasuaadequao,eoslimitesqueeledevertomar
nocontatocomasoutraspessoas.
O questionrio aplicado demonstrou que em um total de 42 entrevistados, 92% (39
pessoasnototal)aceitamaideiadequeoambientedetrabalhotemdiversostiposdepessoas,e
que so as mesmas que criam a cultura em si. E que dependem delas para o mecanismo da
diversidadeculturalpossaexistir.Porm,8%(04participantes)aindaacreditamqueaculturada
empresaaindaenvolveaculturamjoritria,ouseja,quetodaaempresadependediretamente
dos seus gestores, eles que formulam as regras e comprimento dos deveres, e que os outros
funcionriosdeverodeveriamseguireles.
RESULTADOSEDISCUSSO
10
Com o intuito de responder a problematizao: Uma empresa tem diversos tipos de

pessoas, com diferenas e manias que se distanciam, uns dos outros, mas que se cruzam
diariamente com facilidade e motiva diversos estudiosos a isso. Com isso a entrada de novos
colaboradores traz inmeras perguntas em relao ao comportamento das empresas sobre a
questo. Concluise, atravs dos questionrios que foi colocado para 42 participantes
(acadmicos, funcionrios, colaboradores recm chegados e gestores) e das perguntas nelas
contidasque,aspessoashojeesto,emsuamaioria,tendoumavisoholsticadoprocessode
integralizaodentrodeumaempresaaculturaparaomaiorgrupo,ofiocondutor,equesem
eleoambientedetrabalhonoexiste,equenodependediretamente,apenas,dosgestores,e
simdetodosquetrabalhamnele.
Oquestionrioaplicadodemonstrouqueosparticipantesapiamodesenvolvimentodos
estudossobreosRecursosHumanos,equeacreditamqueessesetorofiocondutordentrode
uma empresa, e que o capital humano, est sendo mais bem respeitado tanto quanto outros
setoresdaempresa.Osresultadosforamfavorveis,enoultrapassouoesperadodesdeoincio
dacoletadedados.Econtribuiuparaoentendimentosobreaintegraodosindivduosdentro
dasorganizaesatuais.
CONSIDERAESFINAIS
Osresultadossetornarambastantesproveitososparaanlisesfuturas,eaindamostrou
que o assunto um divisor de guas em tempos atuais, e que ainda se encontra em
desenvolvimentorduodentrodasempresas.
Porfim,nopretendo,definitivamente,esgotarousequerencerraroassuntoenemseus
abrangentes,massimdapontapinicialnessareaqueextensa,equepossamosviabilizar
aosfuturosempreendedores.Equemotivemaindamaisapesquisasobreaspessoas,aculturae
asorganizaes,poisumpratocheio,esemsombradedvidas,emocionanteeempolgante.
REFERNCIAS
CHIAVENATO,I.GestodePessoas:onovopapeldosrecursoshumanosnasorganizaes.Riode
Janeiro:Campus,1999.
DUBRIN, A. J. Fundamentos do comportamento organizacional. So Paulo: Pioneira Thomson

Learning,2008.
FREITAS, M. E. Cultural organizacional: formao, tipologias e impactos. So Paulo; Makron,

McGrawHill,1991.
JOHANN, S. L. Gesto da cultura corporativa: como as organizaes de alto desempenho

gerenciamsuaculturaorganizacional.SoPaulo:Saraiva,2006.
RICHARDSON,R.J.etall.PesquisaSocial;MtodoseTcnicas.3ed.SoPaulo:Atlas,1999.
ROBBINS,S..Comportamentoorganizacional.8ed.RiodeJaneiro:LTCeditora,1998.
11
SCHEIN,E.H.Organizationalcultureandleadership.SanFrancisco:JosseyBass,1992.
12
PLANEJAMENTO:UMAFERRAMENTAPARAASADEPBLICA
E.E.C.Silva(IC);J.L.Arajo(IC)2;V.S.Pinto(IC);J.P.Medeiros(PQ)
1
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentralemail:
erikaelainecs@gmail.com2InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatal
Centralemail:joseaneifrn@gmail.comInstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)
CampusNatalCentralemail:vdspvanessa@gmail.comInstitutoFederaldoRioGrandedo
Norte(IFRN)CampusNatalCentralemail:jassio.pereira@ifrn.edu.br
(IC)IniciaoCientfica(PQ)Pesquisador
RESUMO
Este artigo caracterizase como um projeto de
interveno no mbito da Gesto Pblica, propondo a
execuo de aes na rea de Saneamento ambiental,
tendoemvistaasnecessidadesdehigienizaoesade
pblica. Contemplando as aes de conservao de
logradouros pblicos e manuteno das feiras livre,
recuperao ambiental da rea de destino final de
resduosslidosdoaterrodeCidadeNovaereativao
doprogramadecoletaseletivademateriaisreciclveis,
dentreoutros.OProgramadeSaneamentoAmbiental
resultado de uma pesquisa aplicada, por ser resultante
doprocessodecisrio,afimdesolucionarumproblema
pblico. Tendo como objetivo garantir, no processo de

urbanizaoedeexpansodasatividadesprodutivasdo
municpio, os direitos fundamentais vida saudvel,
mediante a universalizao do saneamento ambiental.
Sendo de abordagem qualiquantitativa, de natureza
descritiva, tem o levantamento de dados feito atravs
de uma pesquisa bibliogrfica e documental. Alm de
buscar dados coletados em visitas presenciais aos
proponentes do presente projeto, no perodo entre
JulhoaAgostodoanode2013.
PALAVRASCHAVE:GestoPblica,SaneamentoAmbiental,Programa.
PLANNING:ATOOLFORPUBLICHEALTH
ABSTRACT
This article is characterized as an intervention
project in Public Management, proposing the
implementationofactionsintheareaofenvironmental
sanitation in view the needs of hygiene and public
health. Contemplating the actions of conservation and
maintenanceofpublicspacesfreetrade,environmental
restorationoftheareaoffinaldestinationofsolidwaste
in New Town Landfill and reactivation of the selective
collection program for recyclable materials, among
others. The Environmental Sanitation Program is the

result of an applied research, to be resulting from the
decision making process in order to address a public
problem.BeingQualiquantitativeapproach,descriptive,
survey data is done through a literature and document
search. Besides pursuing attendance listed visits to
proponentsofthisproject,betweenJulyandAugustof
theyear2013data.
KEYWORDS:PublicManagement,EnvironmentalSanitation,Program.
PLANEJAMENTO:UMAFERRAMENTAPARAASADEPBLICA
1INTRODUO
OprogramaaquiexpostoseconfiguracomumprojetodeintervenonombitodaGesto
Pblica,especificamentenareadeSaneamentoAmbiental.
Dentro deste contexto, sabese que O saneamento ambiental pode ser compreendido
como o conjunto de aes que visam melhorar a salubridade ambiental contemplando o
abastecimento de gua em quantidade e qualidade, a coleta, tratamento e disposio final
adequadadosresduoslquidos,slidosegasosos,aprevenoeocontroledoexcessoderudos,a
drenagem das guas pluviais, promoo da disciplina sanitria do uso e ocupao do solo, o
controleambientaldevetoresdedoenastransmissveisedemaisservioseobrasespecializados,
buscando contribuir para prevenir doenas e promover a sade, o bemestar e a cidadania.
(MORAES,1997).
Consoante Tinoco (2006), o Estado o Rio Grande do Norte, assim como todos os demais
estados da federao, no dispe de uma poltica de gesto de resduos slidos, para agravar a
situao os municpios da regio metropolitana de Natal no possuem planos de gerenciamento
atualizados. Os instrumentos normativos voltados para os resduos slidos apenas aparecem
institudosnomunicpiodoNatal,atravsdaLeino4.748de30deabrilde1996,quecriouoseu
regulamentodelimpezaurbanaenomunicpiodeCearaMirim,atravsdaLeino1.319,de12de
junhode1999.Prevaleceaadministraodiretanaexecuodosserviosdelimpezaurbanados
municpios, ocorrendo uma crescente terceirizao, principalmente nas atividades de coleta
domiciliar,varrioerecolhimentodeentulhos.
Esteprogramapropostoparaatenderasnecessidadesurgentesdomunicpiotendocomo
objetivo garantir, no processo de urbanizao e de expanso das atividades produtivas do
municpio, os direitos fundamentais vida saudvel, mediante a universalizao do saneamento
ambiental, visando ser executado de forma democrtica, e que considere os princpios de
universalidade,equidade,integralidade,sustentabilidade,gestopblicaeparticipaoecontrole
social, tendo em vista garantir, no processo de urbanizao e de expanso das atividades
produtivasdomunicpio,osdireitosfundamentaisvidasaudvel,medianteauniversalizaodo
saneamentoambiental.
2CONTEXTO
Conforme definio da Organizao Mundial de Sade (PHILIPPI, 2004), saneamento o

controle de todos os fatores do meio fsico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos
nocivos sobre o bemestar fsico, mental e social. O servio de saneamento, item elementar da
infraestrutura de um local, consiste em um conjunto de atividades composto pela coleta e
tratamentodeesgoto,fornecimentodeguaencanada,limpezadasviaspblicasecoletadelixo.
sabido que o municpio de Natal gera, aproximadamente, 1300 toneladas de resduos
slidospordia(TINOCO,2006).EssesresduosvmsendodepositadosnoAterrodaCidadeNova,h
20anos,emumareade30hectares,ondejseencontramaterradoscercadequatromilhesde
toneladas de lixo. H ainda outras reas que foram utilizadas como disposio de resduos por
perodos curtos de tempo, como algumas reas na Favela do Alemo, bairro Felipe Camaro,
Guajiru e bairro Nova Natal. Com a proximidade do limite da capacidade de assimilao
deresduos,oaterrodaCidadeNovaestpassandoporumprocessoderemediaoerecuperao
da rea, transformando a rea de lixo em aterro controlado epreparandoa para se tornar: um
horto florestal, uma unidade de triagem ecompostagem de lixo e um centro de treinamento e
capacitao para os catadores de resduos slidos. Dentre os impactosambientais mais crticos
desse aterro, destacase a contaminao do lenol fretico, que utilizado como principal
manancialdeabastecimentodacidade.
Conforme Bidone e Povinelli (1999) podese classificar os resduos slidos, quanto fonte
geradora,emtrscategorias:resduosurbanos,resduosslidosindustriaiseresduosespeciais.
Osresduosslidosurbanosimplicamemresduosresultantesdasresidncias(domiciliarou
domstico),resduosdeserviosdesade,resduosdeconstruocivil,resduosdepodaecapina,
resduosdeportos,aeroportos,terminaisrodovirioseferrovirioseosresduosdeservios,que
abrangem os resduos comerciais, os resduos de limpeza de bocas de lobo e os resduos de
varrio,defeiraseoutros.Aseguirtemseumabrevedefiniodecadatipo.
O grfico 1.0 ilustra a estimativa da produo de resduos domiciliares ao longo dos
prximos15anos,diferenciandoporcoresaperiodicidadedequatroanosemquatroanos,tempo
determinadoparaatualizaodoPlanodeGestoIntegradadeResduosSlidosdoMunicpiodo
Natal(ECOSAN,2012).Notasequenosprimeirosquatroanos,atendnciaumaaproximaoda
quantidadeproduzidaem2010informadopelaCompanhiadeLimpezaUrbanadomunicpio.Jnos
quatroanosseguintes,aproduoultrapassaras267miltoneladasanuais,chegandoaofinal,ano
de 2019, prximo a 300 mil toneladas. J nos oitos anos restantes, continuar havendo um
crescimentolinear,emqueageraoderesduospoderatingirumacifrade350miltoneladasno
ultimoano,ouseja,sepoderestarcoletandocercade83miltoneladas/anoamaisemrelaoao
anode2010(ECOSAN,2012)
Grfico1.0ProjeodageraodeResduosSlidosDomiciliaresparamunicpiodeNatal/RN
entreosanosde2012e2027.
Os resduos da construo civil (RCC), por sua vez, esto quantificados junto aos demais
resduose,emalgumasocasiestambmcompemosentulhos,sendoimportanteressaltarquea
quantidade(massaemtoneladas)deRCCbemsuperiorqueosdemaisresduos.ParaMoraisal
(1997) em termos quantitativos, o RCC corresponde a algo em torno de 50% da quantidade em
peso de resduos slidos urbanos coletados em cidades com mais de 500 mil habitantes de
diferentes pases, inclusive o Brasil. J segundo Silva (2002), a gerao per capita desse tipo de
materialvariaentre230e700kg/hab.ano,ouseja,emtornode0,64a1,94kg/hab.dia.
Fonte- Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Natal, 2012.
Grfico2.0ProjeodageraoEntulhoseResduosdaConstruoCivil(RCC)paramunicpiode
Natal/RNentreosanosde2012e2027.
Fonte- Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Natal, 2012.
Segundo Machado (2005), notrio que as condies gerais do sistema de coleta e de

disposiodosresduosslidosnosmunicpios,descritasanteriormente,deummodogeral,podem
serobservadasnomunicpiodeNatal,sendocaracterizadaspelosseguintesfatos:
Coletadomiciliarehospitalarineficientes;
Lanamentos clandestinos tanto no solo, em reas isoladas, quanto nas margens de

crregos,estradasoumangues;
Disposio final inadequada dos resduos, normalmente feita em reas isoladas ou em

lixes, onde no h impermeabilizao do solo, sistemas de tratamento de chorume, e nem
coberturadiriadosresduos;
Ocorrncia de catadores de lixo e de suas famlias em lixes, sobrevivendo em situaes

precriasdehigiene,sadeeeducao.
Estruturaadministrativa,financeiraetcnicadeficitriaparagerenciamentodosresduos.
Dentre as aes deste programa temse tambm a manuteno de logradouros e feiras
livre, uma vez que o acmulo de resduos provoca cheiro desagradvel e atrai insetos, ou seja,
ocasionando a proliferao de vetores de doenas, significando risco populao e ao meio
ambiente, pelo contato direto e contaminao do solo, alm do odor e poluio visual. Segundo
Santos el al (2010), diante desse cenrio, pdese observar que a no aplicao da legislao
sanitria e ambiental em vigor, a falta de infraestrutura e a falta de educao ambiental so os
principais motivos dos problemas identificados nas feiras do municpio do Natal aos feirantes.
urgente,portanto,acriaoe/ouaplicaodasnormasexistentesdegerenciamentoderesduosna
feira,sendocompetenteaopoderpblicolocaloserviodelimpezapblica,incluindoacoletae
destinao dos resduos. Por isso, o programa de conservao de logradouros e feiras livre da
cidadetemcontribuindocomapadronizaodasfeiras.Desdeo anode2010investimentostm
sidodestinadosanualmenteparasuaexecuo.Oprojetoprevarenovaodastendas,instalao
de banheiros qumicos, melhoria de iluminao, a segurana, padronizao de lixeiras e
uniformizaodosfeirantes.
Outra ao desenvolvida pelo programa trata da Coleta seletiva. Essa referese ao
reaproveitamentoderesduosquenormalmentechamamosdelixoedevesemprefazerpartede
umsistemadegerenciamentointegradodelixo.Nascidades,acoletaseletivauminstrumento
concreto de incentivo a reduo, a reutilizao e a separao do material para a reciclagem,
buscandoumamudanadecomportamento,principalmenteemrelaoaosdesperdciosinerentes
sociedade de consumo. Dessa forma, compreendese que preciso minimizar a produo de
rejeitosemaximizarareutilizao,almdediminuirosimpactosambientaisnegativosdecorrentes
dageraoderesduosslidos(RIBEIRO,2000).
Diante de algumas dificuldades, a coleta seletiva implantada em Natal, ainda tem
caminhado com passos lentos. Atualmente, cerca de apenas 5% de todo material com potencial
reciclvel gerado no municpio tem sido desviado do aterro sanitrio pela coleta seletiva. Essa
percentagem ainda pequena em relao meta estipulada pelo Plano de Gesto Integrada de
Resduos Slidos do Municpio de Natal (PGIRSNatal, 2012). Esta prev que at 2027 se esteja
recolhendopormeiodacoletaseletiva,cercade70%dosresduossecos,passveisdereciclagem
oureaproveitamento.
Grfico3.0ProjeodaquantidaderecolhidaderesduospelaColetaSeletivaparamunicpiode
Natal/RNentreosanosde2012e2027
Fonte- Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Natal, 2012. 5
OprogramadeColetaSeletivadesde2010temtidocomoaspectosbenficos:
AinserosocialdoscatadoresatravsdasuaparticipaonoProgramadeColetaSeletiva
da Cidade do Natal, pois gerou uma atividade digna a pessoas anteriormente a margem da
sociedade. Alm dos valores quantitativos da coleta seletiva, verificase a sustentabilidade do
Programa com base no crescimento do Programa de Coleta Seletiva da Cidade do Natal,
concluindose que por isso, importante a continuidade e a ampliao do Programa de Coleta
SeletivadaCidadedoNatalcomoformadepreservaoambiental,geraoderenda,diminuio
dosvolumesaterradoseaumentaravidatildoaterrosanitrio.
3MATERIAISEMTODOS
SegundoKauark,ManheseMedeiros(2010),dopontodevistadanaturezadaspesquisas,
estaspodemser:
Pesquisa Bsica: objetiva gerar conhecimentos novos teis para o avano da cincia sem
aplicaoprticaprevista.Envolveverdadeseinteressesuniversais.
Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicao prtica, dirigida soluo de
problemasespecficos.Envolveverdadeseinteresseslocais.
Dopontodevistadosprocedimentostcnicos(DEMO,2006)podemser:
Pesquisa Bibliogrfica: quando elaborada a partir de material j publicado, constitudo
principalmentedelivros,artigosdeperidicose,atualmente,materialdisponibilizadona
Internet.
Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que no receberam tratamento
analtico.
AssimoProgramadeSaneamentoAmbientalresultadodeumapesquisaaplicada,porser
resultantedoprocessodecisrio,afimdesolucionarumproblemapblico.Sendodeabordagem
Qualiquantitativa, de natureza descritiva. Tendo como levantamento de dados a Pesquisa
Bibliogrfica,Documental.Almdebuscardadoscoletadosemvisitaspresenciaisaosproponentes
dopresenteprojetonoperodoentreJulhoaAgostodoanode2013.
Contudo para execuo das aes propostas tiveram etapas desenvolvidas, as quais so
apresentadasaseguir:
Paraexecuodaconservaodelogradouros pblicosemanutenodasfeiraslivreser
necessria a elaborao de um plano diretor de conservao de logradouros e manuteno de
Feiraslivre.Porconseguinte,temseumprocessolicitatrioparaexecutardasaespropostasno
planodiretor.
EmvirtudedarecuperaoambientaldareadedestinofinalderesduosslidosdoLixo
de Cidade Nova, necessria a realizao de estudos visando o estabelecimento de critrios de
priorizao das aes destinadas recuperao ambiental do aterro da Cidade Nova; o
estabelecimento de programa de monitoramento do processo de recuperao em curso; a
elaborao de material tcnico e realizao de aes de capacitao gerencial e tcnica dos
gestores pblicos envolvidos com o tema; a articulao junto aos rgos estaduais de meio
ambientevisandouniformizaodosprocedimentosreferentesaoprocessodelicenciamento;o
processolicitatrioeaimplantaodoProjetodeRecuperaoAmbientalelaboradoem2004.Por
fim, realizase ainda a queima pontual de gases, a coleta de chorume, a drenagem pluvial,
compactaodamassaecoberturavegetal.
Para a criao de um novo Plano Diretor de gerenciamento de resduos slidos
fundamentalaaberturadeumprocessolicitatrioe,porconseguinte,aprpriaelaboraodeum
novoplanodiretordegerenciamentoderesduosslidos.Dentrodessecontextooutraaotrata
daimplantaodelixeirasnacidade.
Alm disso, trabalhase mais uma ao no sentido da reativao do programa de
informao, informatizao e comunicao do rgo responsvel pela gesto do saneamento
ambiental. Entendese, ento, que imprescindvel a implantao de programa de mobilizao e
comunicaosocialdeformaintegradaecontnua.
OutraaodesenvolvidaoProgramadeColetaSeletivademateriaisreciclveissendoque,
parasuaefetivao,primordialaelaboraodeumplanodiretorparareativaodoprogramade
coletaseletiva,acoletaportaaportaeatransfernciadosresduoscoletadosparaasestaesde
transferncias desses resduos, conhecidos como EcoPontos. Alm do processo de reciclagem
porpartedascooperativas.
4RESULTADOSEDISCUSO
Tendoemvistaqueesseprojetoseconfiguracomoumplanejamento,tendosuarelevncia
por se tratar de um fator higinico preventivo, o Saneamento Ambiental, que deve est
condicionadopresenadecondiesmnimasdeinfraestrutura,investimentos,polticaspblicas
de regulamentao, e principalmente, proporciona benefcio qualidade de vida dacomunidade
localreceptora,alcanouosseguintesresultados:
Recuperao ambiental da rea de destino final de resduos slidos do Lixo de

Cidade Nova h 20 anos os resduos slidos vm sendo depositado nesse aterro, devido a o
grandedesastreambientalesselocalestpassandoporumarecuperao.
Conservaodelogradourospblicosemanutenodasfeiraslivreoacmulode
resduosprovocacheirodesagradveleatraiinsetos.
CriaodeumnovoPlanoDiretordegerenciamentoderesduosslidosesseplano
institui diretrizes que norteiam o arranjo ea distribuio dos lotes no processo de urbanizao e
drenagemurbana.
Implantao de lixeiras na rea urbana h necessidade de descarte adequado do

lixoprximosasescolasecentroscomerciais.
Reativao do programa de informao, informatizao e comunicao, a fim de

prestartransparnciapopulaoedeprestartransparnciadasaesdesenvolvidaspelorgo
pblicopopulao.
ReativaodoprogramadeColetaSeletivademateriaisreciclveis.
A administrao municipal, dentro desse contexto, enfatiza a qualificao gerencial e
tcnicadosdirigenteseservidoresmunicipaiscomotambmamodernizaodaadministraode
programas sociais, o planejamento e a gesto sanitria. As aes propostas neste planejamento
minimizaram as dificuldades encontradas para a implementao efetiva das obras, como
manuteno de logradouros e feiras livres, coleta seletiva, recuperao ambiental do aterro de
CidadeNova,dentreoutras.precisorepensaroplanejamentodesaneamentoambiental,levando
emconsideraoosgastoseosbenefciosacurtoelongoprazo,reduzindo,tantoquantopossvel,
os seus efeitos negativos e reforando os positivos, no sentido de acompanhar adinmica que o
crescimentourbanoeindustrialexigeaatualconjuntura.
Na rea da sade o Saneamento Ambiental permite a preveno de doenas, como a
hepatite A, febre tifoide, febre amarela, diarreia, clera, amebase e malria, visto que essas
enfermidades podem ser provocadas pelo contato com o esgoto (parasitas presentes em dejetos
humanos), consumo de alimentos ou gua contaminada. No aspecto ambiental, a ausncia de
saneamentointensificaapoluiohdrica,almdecausarfortesodores.Estimasequecercade6%
detodasasdoenasnomundosejamcausadaspelafaltadesaneamento,oqueprovocaamorte
demaisde15milhesdepessoasanualmentepordoenasinfecciosas.
No mbito acadmico o projeto estimulou a capacidade de aprendizagem cooperativa e
melhorouodesempenhoescolar.Almdecontribuirparaqueospesquisadoresagregassemmais
responsabilidadequantoaoseuaprendizado,cabendoaelesodeverdepremprticaosassuntos
abordadosemsaladeaula.
5CONCLUSO
Criado para atender o propsito das necessidades do municpio, este programa visa ser
executado de forma democrtica, e que considere os princpios de universalidade, equidade,
integralidade, sustentabilidade, gesto pblica e participao e controle social, tendo em vista
garantir, no processo de urbanizao e de expanso das atividades produtivas do municpio, os
direitosfundamentaisvidasaudvel,medianteauniversalizaodosaneamentoambiental.
Assim,oprogramadeSaneamentoAmbiental,dentrodosparmetrosdeumplanejamento
busca tratar de um fator higinico preventivo, o Saneamento Ambiental, que deve estar
condicionadopresenadecondiesmnimasdeinfraestrutura,investimentos,polticaspblicas
de regulamentao, e principalmente, deve trazer benefcio qualidade de vida dacomunidade
local receptora. Levando em considerao os benefcios que o saneamento ambiental traz,
importante ressaltar que os gastos com o mesmo so extremamente vantajosos, pois este
proporcionaareduodecasosdedoenasinfecciosasedataxademortalidadeinfantil,diminuios
impactosambientais,almdeoferecerambientessaudveisparaapopulao,garantindo,assim,
maiorqualidadedevida.
Tendo como objetivo maior garantir, no processo de urbanizao e de expanso das
atividades produtivas do municpio, os direitos fundamentais vida saudvel, mediante a
universalizao do saneamento ambiental o programa de Saneamento Ambiental trar, tanto no
aspecto social, como tambm no que diz respeito ao meio ambiente, uma visvel mudana na
situao atual gerando assim uma maior qualidade de vida para toda a populao. Sendo assim,
tomandocomobaseasinformaesobtidas,recomendaseacontinuaodascoletasdedadosem
futuraspesquisas,afimdemostrarodesenvolvimentodasatividadesplanejadasnodecorrerdos
anos.
REFERNCIAS
BIDONE,F.R.A;POVINELLI,J.Conceitosbsicosderesduosslidos.SoCarlos;EESC/USP,1999.
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2020.Recife/pe:Fade,2006.
AADMINISTRAODEVENDASEMEMPRESASCOOPERADASDOSEGMENTOFARMACUTICO
NACIDADEDONATAL/RN
C.A.Moura(IC),J.I.A.Silva(IC),T.P.F.Brito(IC),E.A. TacconiNeto(PQ)4, A.S.Sousa(PQ)5
BasedeEstudosePesquisaemEstratgiaeDesenvolvimentoRegional,CampusZonaNorteInstitutoFederalde
Educao,CinciaeTecnologiadoRioGrandedoNorte.IFRN.Email:cinbox@hotmail.com;E
mail2:julianeingridy_19@hotmail.com;Email3:tacy_rn@hotmail.com;Email4:ernesto.tacconi@ifrn.edu.br;E
mail5:andreza.sousa@ifrn.edu.br
RESUMO
O mercado tem exigido das organizaes, prticas
administrativas cada vez mais eficientes. Nesse
contexto, as necessidades dos consumidores somente
sero satisfeitas por meio das organizaes, sejam elas
pblicasouprivadas.Entreasorganizaesprivadas,as
cooperativas
merecem
destaque
por
suas
especificidades.Opapeldessascooperativasseroelo
entreoscooperadoseomercado,comercializandoseus
produtos, seja na prestao de servios ou a partir de
seus processos produtivos. Algumas organizaes
cooperativas,
por
desconhecimento
e/ou
distanciamento das tcnicas com base terica,
apresentamdificuldadesemsuagesto,emespecialno
tocanteorganizaodosetordevendas.Essapesquisa
teve como objetivo de identificar quais so as prticas

de vendas utilizadas pelas empresas cooperadas do
segmento farmacutico dacidadedo Natal/RN. Para a
coleta dos dados foi realizada uma entrevista semi
estruturada junto aos gerentes das seis empresas
cooperadas. Essa pesquisa tem por mtodo de
investigao a pesquisa descritiva e uma abordagem
quantitativa. Os resultados revelaram que todas
possuem um sistema informatizado de vendas;
apresentam dificuldades para aplicao das tcnicas de
planejamento; nenhuma possui em seu processo de
vendas a etapa do psvenda e no realizam
treinamento e desenvolvimento dos funcionrios.
PALAVRASCHAVE:cooperativas,organizaes,vendas.
SALESMANAGEMENTCOMPANIESINTHEFOLLOWCOOPERATIVEFARMACEUTICOINTHECITY
NATAL/RN
ABSTRACT
The market has required organizations increasingly
efficient administrative practices. In this context,
consumer needs will only be met by means of
organizations,betheypublicorprivate.Amongprivate
organizations, cooperatives are noteworthy for their
specificities.Theroleofthesecooperativesistobethe
linkbetweenthecooperativeandthemarket,sellingits
products, whether in services or from their production
processes. Some cooperative organizations, through
ignoranceand/ordistancingtechniqueswiththeoretical
background, present difficulties in management, in
particular regarding the organization of the sales
industry. This research aimed to identify what are the

sales practices used by companies in the
pharmaceutical cooperative tracking of Natal/RN. For
data collection a semistructured interview was
conducted with the managers of the six cooperative
companies. This research is a descriptive research
method and a quantitative research approach. The
results revealed that all have a computerized sales
system; present difficulties for the application of
planning techniques; Have any in your sales process
step of aftermarket and do not conduct training and
developmentofemployees.
KEYWORDS:cooperative,organizations,market.
AADMINISTRAODEVENDASEMEMPRESASCOOPERADASDOSEGMENTOFARMACUTICO
NACIDADEDONATAL/RN
1INTRODUO
Nocenrioatual,omercadotemexigidodasorganizaes,prticasadministrativascada
vez mais eficientes. E considerando a tendncia ao maior consumo e o aumento crescente de
empresasofertandoosmesmosprodutos,essesfenmenosfavorecemaoclientetornarsecada
vez mais exigente com seus fornecedores. Nesse contexto, as necessidades dos consumidores
somente sero satisfeitas por meio das organizaes, sejam elas pblicas ou privadas. Entre as
organizaes privadas, as cooperativas merecem destaque pelas suas especificidades, em
destaque o fato de no possuir fins lucrativos e por se fundamentar em valores e princpios
prpriosparaodesenvolvimentodesuasatividades.
Cooperativismo um movimento que visa unio, o desenvolvimento econmico e o
bemestar social. O foco desse modelo no exatamente o lucro, mas o atendimento s
necessidades de um determinado grupo. As cooperativas so associaes de pessoas com
interesses comuns, economicamente organizadas de forma democrtica. O ingresso nas
cooperativas livre, desde que atendam as propostas sociais e preencham as condies
estabelecidasemseuestatuto(WAACK;MACHADOFILHO,1999).
O papel das cooperativas ser o elo entre os cooperados e o mercado, promovendo
desenvolvimentolocalecomercializandoseusprodutos,sejanaprestaodeserviosouapartir
de seus processos produtivos. Conforme Las Casas (2008), esses processos geram custos,
oriundosdealuguisdeescritrios,instalaes,salriosdefuncionriosevriasoutrasdespesas
que constituiro os custos fixos e passar a existir independente do faturamento dessas
organizaes.nomercadoqueasorganizaesbuscamnosobterrecursosparaarcarcom
todasessasdespesas,comotambmalcanaroutrosobjetivosfinanceiros,pormeiodasvendas.
Aatividadedecadaempresaproduziralgumacoisaeofereceraomercadooresultado
dessaproduo,enessecontextoqueseencontramasvendas,umavezqueproduzirevender
representaasatividadesimediatasbsicasdequasetodosostiposdeorganizaes.Nocontexto
empresarial,aatividadedevendastemumpapeldevitalimportnciaparaasustentabilidadede
qualquer empresa, e apesar disso, muitas instituies no percebem que ao investir nelas,
estaroinvestindotambmnalongevidadeempresarial.
Como oportunidade de contribuir para melhoria dos processos de gesto,
especificamentenosetordevendas,queesseartigofoielaboradocomobjetivodeidentificar
quaissoasprticasdevendasutilizadaspelasempresascooperadasdosegmentofarmacutico
da cidade do Natal/RN. Os objetivos especficos so: verificar qual o tipo de sistema
informatizadodevendasutilizadopelasempresascooperadasestudadas;conhecerasformasde
planejamento de vendas adotadas por essas organizaes; compreender o processo de vendas
desenvolvido pelas empresas cooperadas; e examinar as estratgias de treinamento e
desenvolvimentoparaaequipedevendas.
2AADMINISTRAODEVENDAS
Segundo Kotler (1998), vendas a comunicao verbal direta concebida para explicar
comobens,serviosouideiasdeumapessoaouorganizaoservemsnecessidadesdeumou
mais clientes potenciais. Estas se referem a uma condio sine qua non para as organizaes,
umavezquesemvender,estasnoserocapazesdemanterseuquadrodefuncionrios,nem
topoucocobrirasdespesasoperacionais.
Para Meinberg et al. (2011) possvel identificar sete funes bsicas de vendas e trs
atividades de apoio. De acordo com Sandroni (1988), a primeira funo de vendas tratase da
propriedade,queodireitoexclusivoqueumapessoafsicaoujurdicatemsobredeterminado
bem, podendo consumilo, alienlo ou transformlo. A propriedade vem acompanhada da
possefsica,queasegundafunodevendas,ecaracterizasecomoopodermaterialqueuma
pessoa possui sobre determinado bem, dandolhe o direito de utilizlo economicamente.
A informao a terceira funo da venda e quem mantm contato direto com o mercado,
estandomaisexpostaqueasoutrasreasdaempresadevidosuadinmica.Ainformaovem
domercadoparaaempresa,eacomunicaovaidaempresaparaomercado,estaaquarta
funo da venda, e engloba todas as atividades de comunicao realizadas por vendas para
promoverumaofertaaocomprador.
O mesmo autor argumenta que, geralmente, uma negociao iniciase baseada em
informaes levantadas e em argumentos utilizados, quinta funo de vendas, que trata do
processodealcanarobjetivospormeiodeumacordonassituaesemqueexistaminteresses
comuns, complementares e opostos. O bom resultado de uma negociao de vendas a
aceitaodavenda,queconcretizadacomopedido,asextafunodevendas,quetemcomo
importncia ser quem dar incio ao processo de troca de propriedade entre vendedores e
compradores. O risco, a stima funo de vendas, o grau de dvida existente na execuo
completadociclodavenda,poisvenderumaatividadequerepresentariscoparaaempresae
deveseravaliadoemduasdimenses:operacionalefinanceiro.Oriscofinanceirodizrespeitoao
crditofinanceirodadoparaacompradobem,enquantooriscooperacionalaqueleexistente
pelomauusodoprodutopelocomprador,prejudicandoasuaavaliaodevalor.
Existem,almdessas,maistrsfunesconsideradasindiretasnoprocessodavenda,que
ofinanciamento,ereferesedisponibilizaoderecursosparacriarcondiesdecomprapor
parte do consumidor final; o transporte, que a busca da melhor forma de transportar a
mercadoriaparaocliente;eopagamento,quemaisconhecidocomocobranaeexecutado,
na maioria das vezes, por meio de agentes financeiros, tratase do fechamento do ciclo de
vendas e busca os meios mais eficazes para a transferncia de fundos do comprador para o
vendedor.
Dessaforma,odepartamentodevendasumimportanteinstrumentodecomunicao
com o mercado, ocupando uma posio de destaque nas empresas, porque o setor que a
empresacontaparageraoderecursos.Nessecontextoasvendasemcooperativas,respeitada
suaformao,valores,princpioseatuao,tambmpossuemlugardedestaque,poispreciso
gerar recursos para garantir sua sustentabilidade efetivando uma eficiente administrao de
vendas(LASCASAS,2008).
Chiavenato(2005,p.17)explicita,conceitualmente,noqueconsisteaadministraode
vendasdeumaorganizao:
AAdministraodeVendas(AV)envolveoplanejamento,organizao,direoe
controle das atividades de vendas, incluindo recrutamento, seleo,
treinamento, remunerao, previso de vendas, definio de cotas e zonas de
vendas,namedidaemqueessasatividadesseaplicamdiretamenteaopessoal
devendas.
Afigura1apresentaoprocessodevendas.
Figura1Oprocessodevendas
Fonte:Chiavenato(2005)
O processo de vendas dividese em seis fases, como est representado na figura 1. A

primeira fase chamada de prabordagem, e uma fase de organizao e planejamento em
que o seu principal objetivo coletar e organizar informaes sobre o cliente (O que ele est
buscando? O que ele quer? Do que ele precisa?). A segunda fase tratase da abordagem,
considerada uma das fases mais importante da venda, uma vez que ser
momentoemquehaveraaproximaocomoclienteeoestabelecimentodeumasintoniao
entreambos.Aterceirafasedoprocessodevendasolevantamentodasnecessidades,esseo
momento crtico do processo de negociao com o cliente, onde o vendedor ao entrar em
contato com o consumidor coletar as informaes das suas necessidades para assim, poder
vender seu produto de um modo que se encaixe nas necessidades buscadas pelo comprador.
Apsisso,ovendedorvaiapresentaroseuprodutodemodoque satisfaaasnecessidadesdo
consumidor,eestaaquartafase.Depoisdeapresentaroprodutoouservioeverificarqueele
atendesnecessidadesdoseucomprador,estnahoradefecharavenda.
Ofechamentodavendaaprximafasedesseprocessoeomomentoculminante,em
que a eficcia da venda medida. A ltima fase do processo de vendas a psvenda. A ps
venda nada mais do que um acompanhamento feito aps a realizao da venda, onde o
vendedortentaassegurardequeoclienteestrecebendotratamentoadequadoecompleto.
O universo das vendas infinito e dinmico e assim, possuir um domnio sobre ele
demonstra a superioridade e a capacidade de chegar a exercer poderosas e sustentveis
vantagens no que se refere competitividade. Como aumentar a participao de mercado
prioridade de todas as organizaes de vendas e potencializar suas capacidades um objetivo
dosprofissionaisdemarketingedevendas,ummeiodeconseguirissodesenvolverestratgias
de marketing e vendas baseadas em informaes estratgicas ou tticas. As principais
tecnologias disponveis para o desenvolvimento de solues de gerenciamento de informaes

so a internet, a telefonia fixa e a telefonia mvel. Dessa forma, quanto mais prximo o
fornecedorestiverdocomprador,maiorserapossibilidadedefazervendasbemsucedidas.
LasCasas(2008)destaca:
Na sua essncia, o planejamento na rea de vendas consiste, a partir dos
objetivos empresariais, em analisar as situaes interna e externa; fazer uma
previso do que pode acontecer, prepararse para atender e executar essa
previsoecontrolarotrabalhoparaquetaisobjetivossejamalcanados.
Planejamentodecidircomantecipaooquedeveserfeitonofuturo.Paraplanejar,so
necessrias algumas etapas, comeando pela anlise situacional do ambiente, seguido pela
percepodosestudosdosfatoresquepossamreduziraeficinciaeocrescimentodaempresa,
ouseja,acomparaodasinformaesdaanliseambientalcomosrecursosdaempresapara
salientaroportunidadesexistentesparaamelhoriadaeficinciadasvendas.atravsdosdados
compiladosquepossveldeterminarospontosfracosefortesnaempresaeasoportunidadese
ameaasnoambienteexterno.
Como no h uma forma de revelar o que acontecer no futuro de uma empresa os
administradoresprecisamtrabalharcomsuposiesquesobaseadasemdadosfundamentados.
A partir de opinies, julgamentos, dados estatsticos, a empresa pode fazer sua previso de
vendas, e, assim, o oramento. Os objetivos formam a base do planejamento. Dessa forma,
crucial a determinao de objetivos e metas para a empresa, alm de servirem como
instrumentodecontroleeparmetrosparaaescorretivas.
Paraotrabalhodevendasatingirosobjetivosestabelecidos,necessriodeterminaras
atividadesqueprecisamserexercidasparaalcanlos.Paradescobrirmosparaquemvender,
necessriofazerasegmentaodomercadoparasepararosclientesvisadosecompreendlos
melhor. Estabelecido o pblicoalvo, preciso saber o que vai ser vendido para o pblico
especfico.Finalmente,comessavisodomercadoeadeterminaodoproduto,podesedefinir
qual o mtodo de vendas que ser utilizado. A resposta para cada um desses itens favorece a
seleodaforadevendas,poisotipodeclientevisadopodedefinirotipodevendedor.
Altimaetapadoplanejamentodevendasopreparodeumcronogramadasatividades
citadas anteriormente. Podemse ser estabelecidas quotas de vendas, frequncia de visitas e
objetivosdecadavisitaaosdiferentesclientes.
3METODOLOGIA
Essa pesquisa tem por mtodo de investigao a pesquisa descritiva e uma abordagem
quantitativa, onde os dados coletados foram selecionados por meio de um instrumento de
pesquisa semiestruturado, o questionrio. Tendo em vista que se busca descrever as prticas
existentesdevendasemcooperativasluzdateoriadevendaspesquisada.
No tocante, abordagem quantitativa, primeiramente, observamos o entendimento de
LIMA (2001, p.12), que afirma que a pesquisa quantitativa se trata de uma pesquisa com
finalidade especfica, que culmina na obteno de resultados que devem ser verificados e
reverificadosquantoasuaconfiabilidade.Logo,seuobjetivoconsisteemexplicarumproblema
combaseemrefernciastericas,atravsdolevantamento,discussoeanlisesobreoquefoi
produzidoacercadesseassunto.
Marconi e Lakatos (2007, p.155) afirmam que a pesquisa um procedimento formal,
como mtodo de pensamento reflexivo, que requer tratamento cientfico e se constitui no
caminhoparaseconhecerarealidadeouparaconhecerrealidadesparciais.
Odesenvolvimentodopresenteestudoocorreudaseguinteforma:revisodaliteratura
compesquisasbibliogrficareferenteaosconceitosdecooperativasevendas,paracompreenso
doscontedosdoreferidotema.Paraisso,procedeuseumaanlisecombaseemlivroseartigos
cientficosconjuntamentecomaanlisedosdadosobtidospormeiodequestionrios.
O estudo restrito as empresas cooperadas, atuantes do segmento de vendas de
medicamentos, sediadas na regio administrativa norte da cidade do Natal/RN, comumente
conhecidaporZonaNorte.AdelimitaodessaregiofoidefinidaemvirtudedocampusdoIFRN
estarsediadonestarea.
A populao, objeto deste estudo constituise de 9 (nove) farmcias cooperadas com
atuao na Zona Norte, conforme informado pela sede da cooperativa. No entanto, durante o
decorrerdapesquisa3(trs)farmciastiveramsuasatividadesparalisadas,sendoassim,nofoi
possveladicionlasaopresenteestudo.Dessaformaforamentrevistadososgerentesde6(seis)
farmcias.Nasequenciaestoapresentadososresultadosediscusses.
4RESULTADOSEDISCUSSES
pertinenteressaltarumabrevecaracterizaodalocalizaogeogrficadapesquisa.O
recorte geogrfico selecionado tratase da regio que mais cresce economicamente em
Natal/RN:aZonaNorte(maiorregioadministrativadeNatal/RN,tantoemextensoterritorial,
quanto em populao). No entanto, muito carente do acesso aos servios pblicos, tais como:
sade,segurana,infraestrutura,habitao,saneamento,outros.
Como podemos observar esta regio possui traos urbanos distintos, de um lado,
conjuntos regulamentados que possuem infraestrutura bsica, por outro lado, h habitaes
no regulamentadas e padecem com a desordenao urbana. Seus moradores em sua maioria
sodeclassemdiabaixaeclassebaixa,conformedadosdaSEMURBSecretariaMunicipalde
MeioAmbienteeUrbanismoem2012,aregiopossui313.166habitantes,sendoemmdia47%
(homens) e53% (mulheres) eauferem uma renda mdiamensal de aproximadamente de 2,50
salriosmnimos,queclassificadacomoaterceiramaiordacidade.
Percebendoorpidocrescimentoeconmiconosegmentodevendasdemedicamentos,
algumasfarmciasinstaladasnessaregiooptarampelosistemacooperativoparaprestarmelhor
aessapopulaopotencialdaregioadministrativadeNatal.
Ressaltamosoperfildosrespondentes:amaioriadaspessoas que responderam ao
questionriosoproprietriasdaempresa,sendoemsumagrandepartedosexomasculino,ese
encontram na faixa etria entre 31 e 40 anos. Possuem a escolaridade de 2 grau completo,
trabalham no ramo de vendas h mais de 16 anos e o tempo de trabalho na empresa atual
maiorque20anos.Asempresasquefizerempartedapesquisaestofuncionandohmaisde13
anos.
4.1Tipodesistemainformatizadodevendasutilizadospelasempresascooperadas
A pesquisa revelou que todas as farmcias cooperativadas dispem de um sistema

informatizadodevendas,masnointegrado,cadafarmciaadotaoquemelhorlhesconvm.
Os sistemas evidenciados foram: o Syspat, o Sintec, o Sigma, a Computa, o Computador, e a
Informa. A escolha por estes programas foi definida pelos respondentes por possurem as
seguintescaractersticas,respectivamente:possuirumdiferencial:ligaodiretacomosivgpc,o
sistema de Braslia, devido ao controle de antibiticos; a impresso de nota fiscal, sada de
mercadoria e relatrio de caixa; a abrangncia de recursos, facilidade; agilidade e por fim o
controledeestoqueeprevisodevendas.Essesistemapoderiaserunificadoparapromovero
aumentodaintegraoentreasfarmcias.Mas,foidetectadoqueasfarmciascooperativadas
noparticipamativamentedasreunieseassembliasdacooperativaoquefragilizasuaatuao
naprpriacooperativaenomercadotendoemvistaqueesteestcadadiamaisexigente.
As farmcias cooperativadas precisam participar ativamente da vida da cooperativa e
assimbuscarimpetrarsucessonocomrcio.Elencamosalgunsfatoresquecontribuemparaeste
sucesso: ponto de venda com um fluxo de pessoas constantes, manter excelncia no
atendimento,ofertarprodutosdiversificadosedealtaqualidade.
As farmcias cooperativadas quando questionadas acerca das estratgias de vendas
adotadaspelaempresadesdesuafundao,elencaram:bomatendimentoepreoacessvel,disk
entrega sem cobrar taxa; propaganda boca a boca, aprofundamento no conhecimento do
medicamento; vendas de produto pela farmcia popular (preo baixo); contato com o cliente;
propaganda (rdio, panfleto, carro de som) e promoo de produtos. No entanto, no
reconhecemosistemainformatizadodevendascomoummecanismoestratgicoquepossibilita
planejardeformaeficienteasazonalidadedeprodutos,bemcomosesubsidiardeinformaes
sobreastendnciasdomercadocommaioragilidade.
Portanto, um sistema informatizado de vendas auxiliar uma empresa a se tornar mais
dinmicas com estoques mnimos mdios de medicamentos e assim reduzir a preocupao do
empresrionoaspectocomercialcomresultadosfinanceirosmaissatisfatrios.
Por outro lado, a presidenta da cooperativa tem buscado bons negcios para seus
cooperados(farmciascooperativadas),eafirma:todaadiretoriatemobjetivodetrabalharem
prol do crescimento dos cooperados e da solidez da cooperativa. Precisamos ter atitudes
coletivas.Nastransformaesdosnegciosnomundodehoje,oindividualismonolevaalugar
algumeprecisoajunodasgrandesempresasparaofortalecimentodomercado.
4.2Asformasdeplanejamentodevendasadotadaspelasempresascooperadas
Quando questionados acerca do impacto nas vendas aps sua adeso ao sistema
cooperativo,osrespondentesconcentraramseusesforosemafirmaque:ocorreuumaumento
nadivulgao,nofaturamentoenaqualidadenoatendimento.
J quando questionados se a empresa cooperativada possua planejamento de vendas,
estasunnimes,aoafirmaremquepossuem.Entretanto,percebidoquenohaplicaodas
tcnicas de planejamento, ou seja, o planejamento feito de forma emprica e apresenta as
seguintesfundamentaes:terpreoacessvelapopulao;realizadoacada3meses,atravsdo
sistema; a partir da exibio de produtos sem receita;com promoes; feito diariamente,com

abordagem ao cliente; por metas, mensalmente, verificase em qual ms o produto sai mais e
contratasemaisgenteespecializadanoproduto.
Quando questionados acerca de qual ferramenta de planejamento utilizada pela
cooperativa? De forma unnime afirmam que no utilizam nenhuma ferramenta de
planejamentoestratgico.
4.3Oprocessodevendasdesenvolvidopelaempresascooperadas
Comaausnciadeumsistemaintegradoentreasfarmciascooperativadas,observase
que os processos de vendas tambm possuem caractersticas distintas, em que 50% das
empresasiniciamesseprocessopelaabordagemdocliente,aoutrametadepermanecepassiva
aoconsumidorchegaraoestabelecimentoefazerseupedido.Porm,daquelesqueabordamo
cliente,hsomenteumaempresaquesepreocupaemsondarassuasnecessidadeseapresentar
avariedadedeopesdisponvelemsualojaparaacompra.Foidetectadoquenenhumadessas
empresasdesenvolveoprocessodevendacomodescritonafigura1,umavezqueoprocesso
seencerranofechamentodavendaqueomomentoemqueavendarealmenteefetuada,
sendoumpontoemcomumentreasempresascooperadasanoexistnciadeumpsvenda.
O processo de vendas e o marketing esto intrinsecamente relacionados. Neste item,
surge como destaque a promoo como um importante elemento do marketing, sendo
percebido pelos respondentes como um fator impulsionador das vendas, apenas 50% das
empresascooperativadasapresentaramalgumtipodeferramentaparapromoverosprodutosda
empresa,asdemaisassociaramapromooaumpreobaixo,ouaempresanorealiza.
4.4Asestratgiasdetreinamentoedesenvolvimentoparaaequipedevendasdasempresas
cooperadas
Quando o assunto equipe de vendas e seu desenvolvimento, percebese que a Zona

Norte devido aos fatores ocasionados pela realidade socioeconmica da regio, no h uma
equipe efetiva de vendedores, pois as farmcias cooperadas, em sua maioria, so de pequeno
porteefamiliares.Apesquisaidentificouquehfarmciasqueestocomfuncionrioshvrios
anos, muitas vezes desde a fundao do estabelecimento, sem oferecer qualificao ou
treinamento.Afigura2apresentaqueagrandemaioriadasempresasentrevistadaspossuiat5
funcionrios.
Figura2Nmerodefuncionriosregularesnaempresa
Fonte:Dadosdapesquisa(2014)
Logo,semumagestoprofissionalizadaobservamosque50%dasfarmciascooperadas,
optampelacontrataodepessoasdaprpriafamliaequandoestaocorreforadombitoda
farmciacooperativadahaperenidadedosfuncionriosemseuscargos.
As demais farmcias realizam um simples processo de seleo, por meio da anlise de
currculoseentrevistas.Emltimaoporealizamsuascontrataesporindicao.
Osresultadosrevelaramqueapenas16%dasfarmciasrealizaramotreinamentocoma
cooperativa, enquanto 50% dessas farmcias fizeram simples treinamentos atravs de
instituies parceiras e 34% no realizaram quaisquer tipos de treinamento. Principal fator do
no investimento a alegao de que gera custo. Os proprietrios no percebem que o
treinamentoinvestimentonocapitalhumanoexistentenafarmciacooperativada.
possvel ressaltar que a cooperativa ainda tem muito trabalho a realizar juntamente
comasfarmciascooperativadas,nopodeserestringirapenasacompraemgrandeescalade
medicamentos e suprimentos, alm das fragilidades administrativas que a Cooperativa
apresentou.precisocapacitar,treinaredesenvolver.Umaopoparaasempresas,semcustos
adicionais, o sistema cooperativo que dispe do Sistema S para realizar as referidas
atividades,conhecidoporServioNacionaldeAprendizagemdoCooperativismoSESCOOP/RN
queatuadeacordocomasdemandasencaminhadaspelascooperativas.
5CONSIDERAESFINAIS
Devido s prticas empricas adotadas pela cooperativa, estas se vem, muitas vezes,
diante de conflitos internos de difcil resoluo. Algumas organizaes cooperativistas, por

desconhecimento e/ou distanciamento das tcnicas combase terica, apresentam dificuldades
emsuagesto,emespecialnotocanteasuaorganizaoeseusplanejamentos.
As prticas de vendas so de suma importncia para qualquer tipo de organizao, e
importante que as organizaes invistam nesse setor, uma vez que conseguir administrar com
perfeiopodefazercomqueaempresasaianafrentequandosetratadacompetitividade.Por
essarazo,foinotado queasetapasdoplanejamentodevendas tambmdevemseraplicadas
emorganizaescooperativas.
Asempresascooperadasdevemseapropriarmaisdossistemasdeinformaodevendas,
poispodetrazeraotimizaodoseuservio,aumentandoasuaparticipaonomercadoatravs
das tecnologias disponveis para desenvolver solues de gerenciamento de informaes,
principalmentenoqueserefereaocontatocomoconsumidor.
Ainda tratando do sistema informatizado de vendas, seria de suma importncia que
houvesseumamaioraproximaoentreasempresascooperadas,umavezquepromoveriauma
integraoentreelaseassim,tornariaesseramocooperativomaisfortefrenteconcorrncia.
Com relao ao treinamento, recrutamento e seleo, as empresas deveriam dar um
enfoque nos cursos de capacitao de seus funcionrios. Isso seria facilitado se esses cursos
fossem ofertados pela cooperativa, bem como nos processos de recrutamento e seleo que
necessitadeumtratamentomaisadequado.
A pesquisa demonstrou, de forma geral, que as empresas cooperativas devem dar uma
grandeimportnciaaosetordevendas,vistoqueessesetoroprincipaleloentreaempresae
osconsumidores,sejanaapresentao,nadivulgaoenademonstraodevalordosprodutos
e/ou servios, alm do levantamento de informaes sobre os clientes. O setor de vendas
tambm responsvel em trazer recursos para a empresa e, consequentemente, contribui de

maneiraconsidervelparaoalcanodosobjetivosorganizacionaiseseudesenvolvimento.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecemos a Deus, pelo dom da vida! Em seguida a todos que
contriburamparaarealizaoeosucessodoIXCONNEPI,emespecial,aComissoOrganizadora
queestempenhadaemconsolidaresteimportanteeventodosIFsNorteeNordeste.Porfim,
agradecemosaPrreitoriadePesquisaeinovao,poisestetrabalhofrutodoEdital07/2013e
ao IFRN Cmpus Zona Norte, no mbito do grupo de pesquisa: Estratgias Organizacionais e
DesenvolvimentoRegional,aoqualapesquisaestvinculada.
REFERNCIAS
1. CHIAVENATO,I.AdministraodeVendas:umaabordagemintrodutria.ed.RiodeJaneiro:
EditoraElsevierCampus,2005.
2. KOTLER,P.Administraodemarketing.SoPaulo:Atlas,1998.
3. LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia cientfica. 5 ed. So Paulo:
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4. LASCASAS,A.L.Administraodevendas.8ed.SoPaulo:EditoraAtlas,2008.
5. LIMA,P.G.,Tendnciasparadigmticasnapesquisaeducacional.2001.302f.Dissertaode
mestradoEscoladeeducao,UniversidadeEstadualdeCampinas,Campinas.2001.
6. MEINBERG, J.L.; TOMANINI, C.; TEIXEIRA, E.; PEIXOTO, L.C. Gesto de vendas. 5. ed. Rio de
Janeiro:FGVManagement,2011.
7. SANDRONI,Paulo.Novodicionriodeeconomia.SoPaulo:BestSeller,1988.
8. WAACK, R. S.; MACHADO FILHO, C. P. Administrao Estratgica em Cooperativas
Agroindustriais.RibeiroPreto:PENSA/FEA/USP,1999.
10
PRTICAPROFISSIONAL:PROPOSTADEINTERVENONOMUNICPIODEEXTREMOZRN
E.E.C.Silva(IC);J.L.Arajo(IC)2;M.F.F.S.Tacconi(PQ)
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentralemail:
erikaelainecs@gmail.com2InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatal
Centralemail:joseaneifrn@gmail.comInstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)
CampusNatalCentralemail:marli.tacconi@ifrn.edu.br;
1
(IC)IniciaoCientfica(PQ)Pesquisador
RESUMO
No atual cenrio, com a elevao no nvel de exigncia
da sociedade por servios pblicos de qualidade, os
gestorespblicosprecisamdesenvolverestratgiasque
contribuam para o alcance de benefcios para a
coletividade. Seguindo esse alinhamento, este trabalho
de prtica profissional tem como objetivo geral criar
uma proposta de interveno para a Prefeitura
Municipal de Extremoz, localizada no Rio Grande do
Norte. De forma especfica, este trabalho identifica os
problemas em um diagnstico organizacional; pesquisa
na literatura as possveis solues para minimizar ou
eliminar os problemas encontrados e desenvolver uma
proposta de interveno para uma prefeitura. Este
trabalho se enquadra como pesquisa aplicada, do tipo
estudo de caso, com uma abordagem qualitativa, na
qual o Secretrio de Secretrio de Planejamento do
Municpio de ExtremozRN, em outubro de 2013. Com
resultados observouse que os principais problemas

diagnosticados na entrevista foram falta de adequao
de planejamento estratgico, dificuldade de se obter
recursos junto ao Governo Federal e inexistncia de
coleta seletiva. Este trabalho permitiu concluir que o
desenvolvimento de atividades de treinamento, tais
comocursodecapacitaoparacaptaoderecursose
seminrio de gerenciamento de projetos e
planejamento estratgico tendem a melhorar o
desempenho dos servidores em suas tomadas de
decises, e associado a aplicao do projeto de
gerenciamento ambiental promovendo grande
notoriedadeagestomunicipal,poisalmdecontribuir
com o desenvolvimento sustentvel, melhora a
qualidadedevidadapopulao.
PALAVRASCHAVE:GestoPblica,DiagnsticoOrganizacional,PrticaProfissional.
PROFESSIONALPRACTICE:MOTIONFORINTERVENTIONINTHEMUNICIPALITYOFEXTREMOZ
RN
ABSTRACT
In the present scenario , with the rise in the level of
demandfromsocietyforqualitypublicservices,public
managersneedtodevelopstrategiesthatcontributeto
the achievement of benefits to the community .
Following this alignment , this work of professional
practicegeneralaimtocreateaninterventionproposal
for the Town of Extremoz , located in Rio Grande do
Norte.Specifically,thispaperidentifiestheproblemsin
anorganizationaldiagnosis;literatureresearchpossible
solutions to minimize or eliminate the problems
encountered and develop an intervention proposal to
cityhall.Thisworkfitsasappliedtoacasestudywitha
qualitative approach , in which the Secretary of
Secretary of Planning of the City of Extremoz RN , in
October 2013 survey . With results showed that the

main problems diagnosed in interview were the lack of
adequate strategic planning , difficulty in obtaining
funds from the Federal Government and absence of
selective collection . This study revealed that the
development of training activities , such as training
courseforfundraisingseminarandprojectmanagement
andstrategicplanningtendtoimprovetheperformance
ofserversintheirdecisionmaking,andimplementation
associatedwiththeprojectenvironmentalmanagement
by promoting high profile municipal management , as
well as contributing to sustainable development ,
improvethequalityoflife.
KEYWORDS:PublicManagement,OrganizationalDiagnosis,ProfessionalPractice.
PRTICAPROFISSIONAL:PROPOSTADEINTERVENONOMUNICPIODEEXTREMOZRN
1INTRODUO
Noatualcenrio,comaelevaononveldeexignciadasociedadeporserviospblicos
de qualidade, os gestores pblicos precisam desenvolver estratgias que contribuam para o
alcance de benefcios para a coletividade. Uma boa gesto pblica se baseia na excelncia de
valores e resultados, com isso gera um bom desenvolvimento urbano e econmico em uma
cidade. No entanto para que haja eficincia na gesto correspondente administrao de um
municpio,hqueseestabeleceraorganizaonosprocessos,criarmissescorrespondentesao
desenvolvimentoquesealmejaalcanarpara,enfim,realizaragestodeformaeficiente,eficaz
ecomefetividade.
Nessaperspectiva,oCursoSuperiordeTecnologiaemGestoPblicadoInstitutoFederal
de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte desenvolve experincias de prtica
profissional no qual os discentes aplicam em uma instituio pblica os conhecimentos
adquiridosemsaladeaula,promovendoainteraoalunoeinstituiopblica,emelhorandoo
processodeensinoaprendizagem.
EssaprticatemcomoobjetivogeralcriarumapropostadeintervenoparaaPrefeitura
Municipal de Extremoz, localizada no Rio Grande do Norte. De forma especfica, este trabalho
identifica os problemas em um diagnstico organizacional; pesquisa na literatura as possveis
soluesparaminimizaroueliminarosproblemasencontradosedesenvolverumapropostade
intervenoparaumaprefeitura.
Afinalidadegerarumprocessointerativoatravsdeumagentedemudanasexterno,
no qual assume aresponsabilidades de auxiliar nas referidas tomadas de decises, procurando
suplantarasexpectativasenecessidadesdainstituiocliente.Comissotornandoseumgrande
eloentreasinstituiespblicaseosalunos,permitindoodesenvolvimentodenovasprticase
aperfeioamentodemetodologiasjconsolidadasemoutrasinstituies.
2REFERENCIALTERICO
2.1Gestopblicaeplanejamentogovernamental
Para Caulliraux e Yuki (2004), h alguns anos o termo gesto vem se difundindo no
Brasil como um sinnimo da palavra administrao. Esse termo utilizado para nortear o
processo de gerenciamento nas organizaes, contemplando o cuidado do desempenho da
organizaoeseuaperfeioamentodirio,sendoumfatorrelevantenoserviopblico.
Agestopblicareferesesfunesdecontrolar,planejar,dirigireorganizarosnegcios
dogoverno,emproldobemestarcomumdacoletividade.Assim,aadministraocomfocono
cidado assume um papel no resgate da legitimidade das organizaes governamentais,
construindoumagestopblicaeficienteequepreservaosvaloresdemocrticos.Paraperceber
arealidade,avaliaroscaminhos,construirumreferencialfuturoaadministraopblicautiliza
sedoplanejamento.(CAULLIRAUXEYUKI2004).
Este planejamento costumase figurar como a primeira funo administrativa,

extremamente por ser aquela que serve de base para as demais. Ela determina,
antecipadamente, o que se deve fazer, quais os objetivos a serem atingidos, quais controles
sero adotados e que tipo de gerenciamento ser pertinente para alcanar resultados
satisfatrios.(SALDANHA,2006).
O planejar foi uma realidade que sempre acompanhou a trajetria histrica da
humanidade. O homem sempre pensou suas aes, embora no soubesse que deste modo
estariaplanejando.Elepensasobreoquefez,oquedeixoudefazer,sobreoqueestfazendoe
oquepretendefazernofuturo.Eleusasuarazo,sempreimaginaoquepretendefazer,ouseja,
suasaes.Oatodeimaginar,pensar,nodeixadeserumaformadeplanejamento.(OLIVEIRA,
2001).
OPlanejamentopensadoemtrsdimenseshierrquicas,apresentandosedomicroparao
macroorganizacional(OLIVEIRA,2001).
Planejamentooperacional:omaisespecficoetambmodecurtoprazo,voltadoparaa
execuodasoperaesquotidianasdaorganizaoreferemsegeralmenteacadatarefa
ouoperaoespecificamente.
Planejamento ttico: planeja a mdio prazo e abrange cada unidade especfica da
organizao.Traz,geralmente,objetivosdivisionaisoudepartamentaisrelacionadoscom
asreasdeproduo,finanas,marketingederecursoshumanosdaorganizao.
Planejamentoestratgico:tratamdeobjetivosglobaiseamplos,daorganizaocomoum
todo, e definidos no longo prazo, isto , entre dois a cinco ou mais anos pela frente.
TendocomoexemplooPlanoPlurianual(PPA).
Sendoassim,oPlanejamentoEstratgicoumaferramentaessencialparaumaorganizao
namedidaemquepermeiaosprocessosdegesto,comunicaoedeciso,comomelhorforma
para alcanar os resultados desejados. Muito mais que aes, o planejamento composto por
vises,previses,estratgias,controles,definiesemotivao,comvistasaumnicoobjetivo.
2.2Gestodeprojetos
AGestodeProjetosestsetornandoumanecessidadecadavezmaiornasorganizaes,
comprojetoscadavezmaiscomplexosecrticos.ApolticadeFazermaiscommenos,nolimiar
do possvel o grande desafio. Nos dias atuais percebese uma tendncia de busca pela
formao de equipes de alta performance para atuao em projetos organizacionais. Visto a
importnciadestaequipenarealizaobemsucedidadasmetasdaorganizao,tornasecada
vez mais comum a busca por pessoas capazes de trabalhar com prazos determinados para
entrega de servios. Na prtica, estamos buscando o profissional que consiga ser contratado e
absorva demandas de projetos, executando com eficincia e com sucesso, qualquer ao
delegada.
Para Clements e Gido (2007), um projeto nada mais que o esforo para se obter um
resultadopormeiodeumconjuntodetarefaseautilizaoadequadadosrecursos.Sendoassim,
o desafio de um gestor de projetos evitar, prever e ou superar as adversidades, a fim de
concluiroescopodoprojetodentrodoprazo,dooramento,almdesatisfazerasnecessidades
dos clientes. Ele precisa ser produtivo no planejamento e na comunicao, alm de agir como
lderparamotivarsuaequipe,afimdeatingiraEFICCIA,EFICINCIAeaEFETIVIDADE.
Comadesignaoealocaoderecursosnohregrasrgidas,padresouprrequisitos
paraaformaodaequipequeirtrabalharnoprojeto.Aogerentedoprojetocabeaescolhade
recursoseumaequipedeprojetosdedicadaaapresentarresultadosnoprazoprevisto,dentrodo
oramento e com especificaes tcnicas predeterminadas e com a concepo de metas e
objetivosdoprojeto,aelaboraodeumplano,aexecuodoplanoearevisoecontroledo
projeto. Por fim oferece uma grande variedade de princpios, procedimentos, habilidades,
ferramentasetcnicasquesonecessriasparaquesepossaatingirosobjetivosplanejados.
3METODOLOGIA
A pesquisa visa a conhecer um ou mais aspectos de determinado assunto. Para tanto,
devesersistemtica,metdicaecrtica.Oprodutodapesquisadevecontribuirparaoavanodo
conhecimentohumano.Navidaacadmica,aabordagemumexerccioquepermitedespertaro
esprito de investigao diante dos trabalhos e problemas sugeridos ou propostos pelos
professoreseorientadores.(ANDRADE,2006)
Dito isso, necessrio acrescentar que nenhum tipo de pesquisa autossuficiente. Na
prtica,mesclatodos,acentuandoumououtrotipo.SegundoDemo(2000,p.22),
[...] todas as pesquisas so ideolgicas, pelo menos no sentido de que

implicam posicionamento implcito por trs de conceitos e nmeros; a
pesquisaprticafazissoexplicitamente.Todasaspesquisascarecemde
fundamentotericoemetodolgicoestmaganharsepuderem,alm
da estringncia categorial, apontar possibilidades de interveno ou
localizaoconcreta.
Existem vrias formas de classificar as pesquisas, sendo que a presente pesquisa se

enquadra como pesquisa aplicada. As formas clssicas de classificao sero apresentadas na
figura1.
Figura1TiposdePesquisaCientifica.
FonteDEMO,Pedro.Pesquisaeconstruodeconhecimento,2006,24p.
SegundoKauark,ManheseMedeiros(2010),dopontodevistadanaturezadapesquisa,
apropostadeprticaprofissionaldeconsultoriaresultadodeumaavaliao,porserobjetivae
gerar conhecimentos para aplicao prtica, dirigida soluo de problemas especficos.
Envolvendoverdadeseinteresseslocaisdeumestudodecaso.Essetrabalhoseconfiguraemum
estudodecasoporqueestudaumaunidadequeagestomunicipaldeExtremoz.
Sendodeabordagemqualitativa,denaturezadescritivaumavezquepesquisadorprocura
explicarosporqusdascoisasesuascausas,pormeiodoregistro,daanlise,daclassificaoe
da interpretao dos fenmenos observados. Visa a identificar os fatores que determinam ou
contribuemparaaocorrnciadosfenmenos;aprofundaoconhecimentodarealidadeporque
explicaarazo,oporqudascoisas.(GIL,2010,p.28).
importante ressaltar que o levantamento de dados foi realizado atravs de uma
entrevistaeaplicaodeumroteirodeperguntasestruturadasaoSecretriodePlanejamentodo
Municpio de ExtremozRN, o Sr. Antnio Lisboa Gameleira, no perodo de outubro de 2013,
buscandodadoscoletadosemvisitaspresenciaisaoproponentedopresenteestudonoperodo
entrejaneiroemarodoanoemcurso.
4PRTICAPROFISSIONALREALIZADANOMUNICPIODEEXTREMOZ
4.1Caracterizaodomunicpio
As terras que hoje pertencem ao municpio de Extremoz foram inicialmente habitadas

pelosndiosTupisePaiacs,queviviamsmargensdaLagoadeGuajir.Em1607umapartede
terra foi concedida a jesutas pelo CapitoMor do Rio Grande do Norte, Jernimo de
Albuquerque,tendocomoprincipalobjetivocatequizarosindgenas.Osjesutastambmforam
osprincipaisresponsvelpelaconstruodaIgrejadeSoMiguelArcanjoepeloestabelecimento
daMissodoGuajir.Taisiniciativasfizeramcomqueasociedadetribalfossesendoinfluenciada
peladoutrinacrist(COSTA,2014).
Em 1757, durante a invaso holandesa no RN, os jesutas foram expulsos e a povoao
tornouse a primeira da Capitania do Rio Grande do Norte com a categoria de vila (segundo o
historiadorLusdaCmaraCascudo).Em03demaiode1760passaasechamar"VilaNovade
Extremoz do Norte". Nesse tempo a vila tinha 1.429 habitantes e era um importante centro
econmico,voltadoparaapecuria.(COSTA,2014).
Extremoz,conformefigura2,quehojefazpartedaregiometropolitanadeNatal,foia
primeira Vila da Capitania do Rio Grande do Norte a partir de 1758. Em agosto de 1885, por
causadeumaLeiProvincial,passouafazerpartedomunicpiodeCearMirim,retomandosua
emancipaoem04deabrilde 1963,tornandosemunicpiodoRio GrandedoNorte.(COSTA,
2014).
De vilarejo municpio, antes Extremoz era conhecido apenas pelo trecho que hoje
denominado centro da cidade, entre a estao ferroviria a as runas da antiga igreja catlica.
Com o passar dos anos, o municpio se desenvolveu econstitudo de vinte e nove distritose
seisbairros.(COSTA,2014).
Figura2LocalizaodomunicpiodeExtremozRN
FonteWikipdia,acessoem:26.maio.2014
Atualmente, o municpio tem uma populao de cerca de 23 mil habitantes e

consideradoumgeradordeturismo,principalmenteporcausadapraiadeGenipab,conhecida
mundialmente por causa de sua beleza, dunas e equipamentos tursticos. Alm de Genipab,
Extremoz detentor de cinco grandes praias conhecidas nacionalmente, so elas Pitangu,
Graand,BarradoRio,SantaRitaeRedinhaNova.(COSTA,2014).
4.2 DiagnsticoorganizacionaldoMunicpiodeExtremozRN
Todososmunicpiossedeparamcomgrandesdesafiosenecessitamdetransformaes,
poisregistramcrescimentoexpressivoemdiversasnovasdemandasdapopulao.
Sendo assim, foi desenvolvida uma entrevista com o secretrio de Planejamento da
Prefeitura de Extremoz, o qual relata que as gestes passadas no procuravam melhorar a
localizao do Municpio. A cidade no tinha praas, assim como sade e educao eram de
pssima qualidade. Foi assim que o prefeito Klauss Rgo encontrou a situao do municpio,
tendomuitosdesafiosnodecorrerdeseumandato.
Hoje, conforme o secretrio, Extremoz o municpio que mais cresce, nos quais os
recursos para serem investidos na sade e educao aumentaram consideravelmente. So
aplicadas no municpio as leis sustentveis, os programas de infraestrutura, gesto do asfalto,
acessibilidadeelazer.
Aatualgestoinvestiuempoliciamento,contemplandomaisde50policiaisnasruas,com
armamento pesado e carros a disposio. Alm de apoio logstico segurana. O ndice de
desenvolvimentohumanocresceusignificavelmente,16praasnovasforamconstrudasvisando
olazerdacomunidade.
Contase que houve um incremento no turismo, capacitando mais de 2.000 pessoas. A
orla de Genipab passar por obras, para melhor recebimento de seus turistas. O atual Gestor
recebeu nota 9 por oferecer coleta de lixo assistida, projetos para ornamentao das praias e
peloinvestimentonosserviosbsicoscomosadeeeducao.Muitosprojetossoelaborados,
contudoafaltaderecursospermitequemuitosnosejampostosemprtica.
O secretrio declara que ser investido 25 milhes em novos projetos, como no
saneamento, alm de gerar emprego e renda. A poltica de sade de Extremoz, colocada em
prtica pelo prefeito Klauss Rgo, ampliou o Programa de Sade da Famlia (PSF), implantando
umanovametodologiadeatendimentopopulaoereabriuoHospitalPresidenteCafFilho,
por conseguinte diminuindo a procuras de pacientes por hospitais da capital. Ademais, com a
ampliaodospostosde3para15,contribuiucomadiminuiodondicedemortalidade.
Existe um projeto chamado Poeira Zero que prev a pavimentao e calamento de
todas as ruas de Extremoz, mas por estarem esperando o saneamento ser efetuado, o projeto
encontrase parado. O transporte pblico intermunicipal de competncia do Estado. Foram
abertos dois aditivos, mas ningum aceitou a proposta para municipalizao, por isso as linhas
so feitas pelo DER. Na educao, ter 3 novas creches, para receber as crianas em tempo
integral.
A comunicao entre as secretarias ocorre por meio do dirio oficial e setor de
comunicao,havendoreuniesperiodicamenteemotivaodeseusfuncionrios.Aprefeitura
tambmdisponibilizamanuaisdenormasadministrativas.
Contudo,osecretrioressalvaqueaindaenfrentamdesafioscomoofertasdeimveisque
so poucas. Dificuldade de se obter profissionais qualificados, adequao de planejamento
estratgicoeausnciadeseoadquirirrecursosjuntoaopoderFederal,poisasverbasquevem
paraomunicpiosoinsuficienteseinexistnciadecoletaseltiva.
4.3 PropostadeintervenonaPrefeituraMunicipaldeExtremoz
O desenvolvimento da prtica profissional realizado estudou o municpio, identificou os

problemas existentes, na percepo do Secretrio entrevistado e com base em estudos e
pesquisas na literatura sobre gesto pblica foi possvel desenvolver uma proposta de
intervenonaPrefeituraMunicipaldeExtremoz,conformesesegue:
4.3.1Cursodecapacitaoparacaptaoderecursos(CCCAPRECURSOS)
Este curso propese a capacitar gestores e agentes pblicos, os quais atuem no
departamento financeiro e contbil, quanto a apresentao de propostas e elaborao de
projetos para o acesso a recursos pblicos ensinandoos a realizar um plano de elaborao de
projetosedotrabalho.Almdecapacitaroprofissionalamobilizarecaptarrecursoshumanos,
financeiros e materiais, com base em anlises de cenrios e identificao de oportunidades,
utilizando tcnicas e ferramentas de captao, a fim de contribuir com a sustentabilidade da
organizaoeocumprimentodesuamisso.
Esse curso foi projetado com a perspectiva de 68 horas aula, sempre realizados nas
sextasfeiras, o melhor dia para o desenvolvimento da atividade junto aos servidores do
municpio,nohorrio vespertinoenoprpriomunicpiodeExtremoz,afimdequeaspessoas
noprecisemselocomoverparalongasdistnciasafimdesecapacitar.
Comrelaoaosobjetivosdocurso,esperase:
Capacitar os servidores do Municpio para elaborao dos projetos necessrios

consecuodosseusobjetivosecaptaodeajudatcnicaefinanceira,sobaformaprevista;
Propiciar o conhecimento em profundidade a realidade local e dialogar com as

outras esferas de Governo, evitando que venham a ser localizados projetos indesejveis aos
interesses locais. Chamase a ateno especialmente para as ocorrncias que prejudiquem
recursosutilizadospelaeconomiaeapopulaolocaleregionalouquevenhamaseconstituir
emameaasaosseusrecursosambientais;
Desenvolver esquemas de aproximao dos Municpios para a soluo de

problemas de interesse comum da regio. Como mencionado, a constituio de consrcios
intermunicipais estratgia importante para que Municpios articulados horizontalmente
resolvamseusproblemasdeofertadeserviospblicos,taiscomosaneamentobsico,coletae
destinaofinalderesduosslidos,entreoutros;
Buscar pelo processo de definio clara das responsabilidades de cada esfera da

Federao, bem como dos recursos correspondentes no que tange prestao de servios
pblicos, em acordo com as regras estabelecidas nas Leis Orgnicas setoriais (de sade, de
educao,deassistnciasocial,deproteocrianaeaoadolescenteetc).
4.3.2SeminriodeGerenciamentodeProjetosePlanejamentoEstratgico
OSeminriodeGerenciamentodeProjetosumadasaesdoescopodeestratgiasda
propostadeintervenocomafinalidadededisseminaredesenvolverasmelhoresprticasem
gerenciamentodeprojetosecontribuirparaummelhordesenvolvimentodoMunicpio.
Esteseminrio,trazumavisopedaggicadetcnicas,teoriaseorientaesdivididasem
trsprincipaisatividades:OficinadePlanejamentoTcnicoeAlinhamentodeProjetos,Workshop
em Gerenciamento de Projetos e a Fiscalizao de Obras Pblicas e Tomada de deciso sobre
investimentosestratgicos.
Sendo de total utilidade na orientao de rgos e entidades na Administrao Pblica,
essaaotraroapoionecessrioparamelhorpresidirosprocedimentosnoquedizrespeitoao
planejamento e gerenciamento de projetos e na fiscalizao de Obras Pblicas que viram a
melhorarodesempenhodosgestoresefuncionriosdetaisrgosalmdeassegurarefetivae
regulargestodosrecursosembeneficiodapopulao.
4.3.3ProjetodeGerenciamentoAmbiental
Aquestodaproduodolixoumarealidadeexistenteeumasituaopelaqualpassa
todaasociedade.Estefatolevaacrerquedetodoolixoproduzidosefaznecessriopensarna
sua reutilizao nos seus mais variados aspectos. Mesmo assim, se observa que uma grande
quantidade do lixo domstico desperdiada, possivelmente pela falta da implantao de
prticas de coleta seletiva, bem como de um trabalho de conscientizao por parte de alguns
rgosquedesenvolvampolticasrelacionadasaomeioambiente.
EsteprojetodeGerenciamentoAmbiental,quandoimplementado,poderserummarco
domandato,doatualprefeito,promovendograndenotoriedade,poisalmdecontribuircomo
desenvolvimentosustentvel,melhoraaqualidadedevidadapopulao.
Oobjetivodestapropostadeintervenovisapromoveraconscinciaemrelao
aomeioambientenomuncipioemrelaoformaodeumaconscintizaoambiental.Por
isso,elaborouseaescomo:
Avaliaodaviabilidadeeestudodeprojetodeutilizaodetcnicasdecaptao
deguaspluviaisqueserviroparafazerairrigaodahortaealimpezadepisos,umavezque
comumsistemadecaptaodeguadechuvapossvelreduziroconsumodeguapotvele
consequentemente os gastos, minimizar alagamentos, enchentes, racionamentos de gua e

aindapreservaromeioambientereduzindoaescassezdosrecursoshdricos,almdeminimizar
oarrastedelixoseresduosdeautomveisparaoscorposhdricosatravsdasguaspluviais.
Construo dos canteiros, plantio e manejo das hortas escolares. Pois a Horta
EscolartemsidorefernciaparadifundiraEducaoAmbientalnosistemadeensinoefortalecer
a relao escolacomunidade estimulando assim o protagonismo juvenil e a organizao social;
conhecerosciclosnaturais;aprenderamanejarasferramentasutilizadasnaproduovegetal;
aprenderconceitosecolgicosessenciaisparaavidadocidado;produodealimentos,ervase
materiais no ambienteescolar; uso do alimento produzido na merenda escolar ea reutilizao
dosrestosalimentaresparacompostagem.
5 CONSIDERAESFINAIS
Nas organizaes, atualmente, os gestores buscam novas estratgias para solucionar os

problemas, com o intuito de alcanar os benefcios para a coletividade, elaborando assim,
projetosquesobemmaisfceisdeseremgeridos,poissoatrativosparaacooperaoentrea
reapblica,privadaeocidado.Htambmumareduonosgastoscomrelaopartedos
executores,comaparceriadasociedadelocal,quesenteprazeremajudarsuacomunidadepara
melhordesenvolveremsuacapacidadeeducacional,socialeprofissional.
Analisandose algumas caractersticas do muncio de Extremoz e alguns dos principais
problemas diagnosticados na entrevista tais como falta de adequao de planejamento
estratgico, dificuldadede se obter recursos junto ao Governo Federal e inexistncia decoleta
seletivafoipossveldesenvolverumapropostadeintervenoqueviseaplicarosconhecimentos
adquiridosnocursoeamelhoriadagestomunicipaldoestadodoRioGrandedoNorte.
Nessaperspectiva,concluisequeodesenvolvimentodeatividadesdetreinamento,tais
comocursodecapacitaoparacaptaoderecursoseseminriodegerenciamentodeprojetos
eplanejamentoestratgicotendemamelhorarodesempenhodosservidoresemsuastomadas
dedecises,eassociadoaaplicaodoprojetodegerenciamentoambientalpromovendogrande
notoriedade a gesto municipal, pois alm de contribuir com o desenvolvimento sustentvel,
melhoraaqualidadedevidadapopulao.
Comissoestapropostadeintervenotemopropsitodeajudarasinstituiespblicas
atransformaremresultadostangveisosobjetivosdasuaatualgesto,ultrapassandoafronteira
do aconselhamento e tornandonos participantes das suas metas, seguindo os princpios de
eficincia, eficcia, assertividade e efetividade da gesto pblica, associandoexcelncia e
resultadoscomooprincipalobjetivodetodasasnossascolaboraesprofissionais.
REFERNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introduo Metodologia do Trabalho Cientfico. 7. ed. So

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SALDANHA,Clezio.IntroduoGestoPblica.SoPaulo:Saraiva,2006
10
DOCENTES DE CURSOS DE NEGCIOS

F. Allin (IC) ; M.M. S. Barros (PQ)2 ; J. Moreira (PQ) 3
D.T. Fachinello (PQ)4
1
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Acre (IFAC) - Campus Rio Branco, 2Instituto Federal
de Educao, Cincia e Tecnologia do Acre (IFAC) - Campus Rio Branco; 3 Universidade Federal de
Rondnia (UNIR);
4
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Acre (IFAC) - Campus Rio Branco;
dirlei.fachinello@ifac.edu.br
RESUMO
A finalidade deste trabalho consiste em avaliar o
status quo sobre os aspectos crticos de
sustentabilidade
e
meio
ambiente
nas
organizaes, cuja reflexo est fundamentada nos
conceitos de Peter Senge expostos no livro A
Revoluo Decisiva, atravs da busca da
percepo de discentes e docentes de cursos de
negcios de trs Faculdades Particulares no estado
de Acre compreendendo assim o grau de formao
de opinio de docentes e discentes e como a
participao desses na elite intelectual do pas
pode resultar em um maior engajamento para a
conscientizao da preocupao com o meio
ambiente. O resultado da pesquisa mostrou que

embora as pessoas conheam os impactos
ambientais causados por suas aes e sinalizados
pelo planeta e estejam dispostas a mudar atitudes
para sua preservao, no ambiente institucional,
lamentavelmente, os achados de pesquisa deram
conta de que o assunto sustentabilidade no
tema recorrente das discusses organizacionais.
PALAVRAS-CHAVE: Sustentabilidade, Revoluo Decisiva
DECISIVE REVOLUTION AND SUSTAINABILITY: PERCEPTIONS OF STUDENTS AND TEACHERS OF

BUSINESS COURSES
ABSTRACT
The purpose of this task is to assess the
actual status on critical aspects of sustainability
and environment in organizations, whose reflection
is based on the concepts of Peter Senge exposed
in the book A Revoluo Decisiva, through of
the perception search of students and teachers
of business course of three Private Colleges in Acre
state comprising thus the degree of opinion
formation of teachers and students and how the
both participation in the intellectual elite of the
KEY-WORDS: Sustainability revolution decisive
country can result in a bigger engagement for

the awareness of concern for the environment. The
search results show that although people know the
environmental impacts caused of their actions
and flagged by the planet and are willing to change
their attitudes for it preservation, in the
institutional surroundings, lamentably, research
findings realized that the sustainability issue is not
recurring theme of organizational discussions.
REVOLUO DECISIVA E SUSTENTABILIDADE: A PERCEPO DE DISCENTES E

DOCENTES DE CURSOS DE NEGCIOS
INTRODUO
O crescimento econmico iniciado sculo XVIII com a revoluo industrial
melhorou a qualidade de vida das pessoas com a oferta cada vez maior de produtos que
atendam as suas necessidades. No entanto, a extrao cada vez maior de recursos
naturais e a gerao de resduos pelas empresas industriais e comerciais tm provocado
malefcios na sade e no bem estar da populao.
A poluio ambiental, o esgotamento dos recursos renovveis, aquecimento
global e a pobreza esto sendo focos de discusses mundiais entre os congressos para
se tomar medidas cabveis a fim de direcionar o desenvolvimento sustentvel. Empresas
podem ser consideradas uma das principais responsveis pelos problemas ambientais,
sendo que para estas, o conceito Sustentabilidade estava estritamente relacionado com
a perenidade de um negcio. (TINOCO, 2006).
A conscientizao ambiental originou vrias normas e regulamentos
internacionais, rgos fiscalizadores, organizaes no governamentais de proteo
ambiental que pressionam as empresas e governo visando o desenvolvimento
sustentvel.
Adequar as atividades da empresa ao conceito de desenvolvimento sustentvel
uma questo de sobrevivncia e de competitividade. A durao de uma empresa
depende de vrios fatores que vo muito alm de lucro. Pois, necessrio ter lucro, mas
sem prejudicar o que est ao redor. Quanto mais a organizao se negar a agir de forma
sustentvel, mais presso sofrer por parte da comunidade, maiores sero seus
desperdcios e prejuzos com multas, por isso, a empresa moderna est mais atenta
questo ambiental e a gesto ambiental far parte de seu negcio. A implantao de um
Sistema de Gesto Ambiental deve ser uma das prioridades estratgicas de qualquer
organizao que queira garantir sua competitividade e sobrevivncia no mundo
globalizado. (ROSINI, 2008)
Diante do contexto apresentado, o objetivo do artigo compreender a percepo de
discentes e docentes de cursos de negcios de uma Universidade Federal e de uma
Faculdade Particular no estado de Acre com vistas a compreender o nvel de
conhecimento e preocupao com a questo ambiental e o desenvolvimento sustentvel
e seu engajamento em atividades com esse foco, partindo do pressuposto que
professores e alunos do nvel superior, fazem parte de uma elite intelectual com um
poder grande de formao de opinio, podendo assim, agregar um nmero cada vez
maior de pessoas em torno da causa da sustentabilidade.
Como metodologia para atingir o objetivo do artigo foram aplicados questionrios
fechados construdos com base na escala Likert e foram aplicados tanto para discentes
quanto para docentes do curso de administrao de uma Universidade Federal e uma

Faculdade Particular no estado do Acre.
1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL
A conceituao do desenvolvimento sustentvel tem como marco o ano de 1987,
quando a ento presidente da Comisso Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, Gro Harlem Brundtland, apresentou para a Assemblia Geral da ONU,
o documento "Nosso Futuro Comum", que ficou conhecido como Relatrio Brundtland
(VEIGA, 2005, p.191). Nesse Relatrio o desenvolvimento sustentvel foi conceituado
como sendo "aquele que atende s necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as geraes futuras atenderem a suas prprias necessidades"
(COMISSO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991, p.46).
A conferncia das Naes Unidas (ONU) de Estocolmo (1972) avanou no
desenvolvimento do conceito de desenvolvimento sustentvel quando declarou que o
desenvolvimento econmico deferia ser alterado. Na mesma poca, um grupo de
especialistas e cidados se rene em Roma (Grupo conhecido como Clube de Roma)
para analisar a crise ambiental, produzindo um relatrio enfatizando que a sociedade
industrial caminhava na direo de exceder os limites ecolgicos, mantido o crescimento
econmico das dcadas de 1960 e 1970. (SIENA, 2008).
Existem diversos posicionamentos quando se fala em sustentabilidade. Para
elucidar este assunto, Siena (2008) elaborou um demonstrativo, conforme quadro 1,
baseado nas discusses de Sachs (1994; 2002; 2004), Guimares (1997) e Bellen
(2005), onde aborda a sustentabilidade em sete dimenses com seus critrios e
objetivos individuais e afirma que as dimenses econmica, social e ambiental se
relacionam de forma complexa e que o equilbrio entre elas dinmico.
QUADRO 1 DIMENSES E CRITRIOS DE SUSTENTABILIDADE.

AS DIMENSES DA SUSTENTABILIDADE
DIMENSO
CRITRIOS
OBJETIVOS
Sustentabilidade
Social
Emprego com qualidade de vida; produo de bens

dirigida prioritariamente s necessidades bsicas
sociais; igualdade de acesso aos servios sociais; e,
justa distribuio de renda.
Reduo das desigualdades

sociais
Sustentabilidade
Econmica
Implementao de gesto eficiente a fim de reduzir as

diferenas regionais; garantia de segurana alimentar;
modernizao dos instrumentos de produo;
autonomia na pesquisa cientfica e tecnolgica; fluxo
de investimentos pblicos e privados; absoro dos
custos ambientais.
Aumento da produo e da
riqueza social com
autonomia
Sustentabilidade
Ambiental
Respeito capacidade de carga dos ecossistemas e

a capacidade da natureza para absorver e recuperarse das agresses.
Melhoria
ambiental
Sustentabilidade
Ecolgica
Produzir respeitando os ciclos ecolgicos dos

ecossistemas; prudncia no uso de recursos naturais
no renovveis; reduo da intensidade energtica e
aumento da conservao de energia; e, processos.
Preservao do potencial
do capital natural na sua
produo de recursos.
Sustentabilidade
Territorial
(ou
Espacial)
Respeito capacidade de suporte da natureza,

cotejamento entre crescimento econmico, taxas de
aumento
de
produtividade
e
crescimento
populacional, sua composio etria e outras
variveis demogrficas; desconcentrao espacial (de
atividades; de populao) e relao cidade/campo
equilibrada (benefcios centrpetos).
Melhoria
do
ambiente
urbano e rural e superao
das disparidades, evitando
o
excesso
de
aglomeraes.
Sustentabilidade
Poltica
Construo da cidadania.
Incorporao plena dos

indivduos ao processo de
desenvolvimento.
Sustentabilidade
Cultural
Visa a manuteno da diversidade e integrao

nacional ao longo do tempo; respeito aos direitos das
minorias; solues adaptadas a cada ecossistema; e,
respeito formao cultural comunitria.
Equilbrio entre respeito

tradio
e
inovao,
autonomia e autoconfiana
aliada com abertura para o
mundo.
da
qualidade
Fonte: Siena (2006, p.13, elaborado com base em Sachs (1994; 2002; 2004) e Guimares (1997).
Senge, (2008) explica o cenrio em que se encontra o desenvolvimento

sustentvel: destaque para a emisso mundial de oito bilhes de toneladas de carbono
por ano ou o aumento de 400% dos resduos slidos compostos por embalagens nos
ltimos 20 anos. Das cerca de 500 mil mortes anuais - s na ndia - decorrentes de
doenas respiratrias ocorridas por conta de emisses de partculas industriais e a
estimativa de que 30 milhes de automveis saem de circulao no mundo, tambm
todo ano. O autor afirma tambm, que apesar desses dados alarmantes, possvel
vislumbrar solues e entender melhor aspectos e mudanas de hbito que contemplam
a busca de atividade econmica e meio de vida geradora de zero impacto ambiental com
pequenas mudanas de comportamento e boas ideias que daro conta da transio do
modelo civilizatrio vigente para um que contemple valores socioambientais e
econmicos.
Neste sentido, a Revoluo Ambiental caracterizada por algumas sries de
crises ambientais e sociais cada vez mais frequentes. O meio ambiente tem dado sinais
dessas crises, como por exemplo, o racionamento de gua na Austrlia e EUA, ondas de
calor para grande parte da Europa, grandes enchentes, amadurecimento de safra com
at um ms antes do prazo, epidemias provocadas por mosquitos, mudanas das
polticas de energia e altos nveis de CO2 na atmosfera.
As crises sociais podem ser percebidas em fatos como a riqueza das 200
pessoas mais ricas do mundo superarem a renda anual conjunta das 2,5 bilhes de
pessoas mais pobres do planeta ou que a metade da populao mundial vive com
menos de US$2,00 por dia enquanto que os americanos ganham em mdia, US$130,00
por dia, ou ainda, que os esforos para satisfazer o progresso material esto
empurrando pases em desenvolvimento rumo a taxas sem precedentes de combustveis
fsseis. necessrio repensar o futuro e o cenrio que ele apresenta, para isso, vital a
conscientizao de que nenhum caminho para o futuro ignora as necessidades das
geraes futuras.
Segundo Senge (2008) o sucesso teve um custo elevado para o meio ambiente:
Resduos Industriais - EUA produz 1 tonelada de resduo por pessoa por dia; 70% dos
resduos industriais so lanados em rios, lagos, oceanos e solo, sem qualquer
tratamento; Poluentes gasosos e particulados se espalham na atmosfera; A Nuvem
Parda Asitica tem sido responsvel por 500 mil mortes anuais decorrentes de doenas
respiratrias na ndia, entre outros:
a. Resduos e txicos gerados pelos consumidores e pelo comrcio A queima
de combustveis fsseis para transporte, eletricidade, aquecimento, etc. gera 8
bilhes de toneladas de carbono por ano (Atmosfera absorve 3
aproximadamente bilhes de toneladas; Mais de 90 % de produtos eletrnicos
acabam em aterros sanitrios; Os resduos de embalagens aumentaram
400% nos ltimos 20 anos;
b. Reduo dos Recursos Naturais No Renovveis A oferta mundial de
petrleo e gs ser insuficiente para atender a demanda global crescente nos

prximos 25 anos; O carvo abundante (suficiente para os prximos 100
anos), porm a maior fonte isolada de poluio atmosfrica; Mais de um
quinto da populao no tem acesso gua potvel.
Imperativo entender que esses problemas de grandes propores so fato, por
conta de um estilo de vida considerado bom e que gerou progresso, mas que em
pequenas aes de muitas pessoas, traz efeitos colaterais nocivos ao bem coletivo.
Savitz (2007) defende que a sustentabilidade traz benefcios financeiros para a empresa,
afirmando que a forma como uma empresa administra as questes sociais, ambientais e
econmicas est relacionado prpria qualidade gerencial necessria sua
competitividade no mercado. Uma empresa sustentvel proporciona um maior valor para
seus acionistas e contribuem para o desenvolvimento sustentvel da sociedade, alm de
garantir uma boa imagem no que concerne sua reputao e marca.
Hoje, os lderes mais inovadores esto reconhecendo que, por amor s prprias
empresas e ao mundo, precisamos implementar mudanas revolucionrias - no apenas
incrementais - em nossos estilos de vida e de trabalho. O caminho a percorrer longo,
mas a era do comportamento de avestruz acabou. A Revoluo Decisiva proposta por
Senge (2008) oferece um leque de estratgias a que podem recorrer indivduos e
organizaes - ferramentas especficas e maneiras de pensar - como ajuda no
desenvolvimento da confiana e das competncias necessrias para enfrentar com
eficcia o maior desafio de nossa poca
Para mudar a mentalidade preciso ver e compreender os trs grandes desafios
impostos pelo sistema global: Alimentos e gua; Energia e transportes e materiais,
resduos e toxidade. Buscar colaborao alm-fronteiras, compreender como os
diferentes problemas se relacionam uns com os outros, como eles surgiram e de que
maneira foras diferentes contribuem para seu status quo. Para lidar com esses desafios
algumas questes so importantes: O que nossas aes esto impingindo ao planeta
como um todo e como isso afeta todos ns? Como as organizaes esto agindo para
criar um mundo sustentvel?
Senge (2008) afirma que as pessoas so o principal meio de alavancagem de
qualquer processo de mudana e parte desta premissa para tratar de ferramentas que
visam estimular o trabalho em equipe, a criatividade, a habilidade em encarar desafios e
adaptar-se continuamente s mudanas.
Na anlise de Senge (2008), o medo assusta e imobiliza. Mas no
necessariamente induz mudana. Para mudar, os indivduos precisam se sentir
emocionalmente parte do processo. E a conexo ser to mais forte quanto mais
intensos e claros forem os sentimentos positivos envolvidos. Parece retrico, mas no .
A mudana para um modelo mental sustentvel no advm da racionalizao provocada
pelo medo. As pessoas devem senti-la e vivenci-la, fazendo emergir as solues novas
- processos, produtos, hbitos e estilos de vida -, no a partir da anlise dos elementos
do passado, mas da ousadia de criar o futuro, algo que s pode nascer de mentes
abertas e livres de condicionamentos. Savitz (2007) defende que a sustentabilidade traz
benefcios financeiros para a empresa, afirmando que a forma como uma empresa
administra as questes sociais, ambientais e econmicas est relacionado prpria
qualidade gerencial necessria sua competitividade no mercado.
Segundo Senge (2008) H pouco mais de uma dcada, as empresas reagiam s
questes socioambientais como se elas no fizessem parte do seu mundo. Era normal
pensar e agir assim. Ningum se sentia constrangido por tratar como externalidades os
impactos provocados no meio ambiente e nas comunidades. Nos ltimos anos, no
entanto, essa posio conveniente teve de ser revista ante a maior presso da
sociedade por novos compromissos e responsabilidades, mas principalmente, diante da
constatao de que o esgotamento dos sistemas social e ambiental pode impor limites
severos ao desempenho do sistema econmico.
necessrio rever o passado e analisar como as coisas chegaram ao ponto
limite ambiental, qual foi o preo pago pelo sucesso industrial e econmico. Como os
resduos industriais lanados em rios, lagos, oceanos e solo, sem qualquer tratamento;
poluentes gasosos e particulados que se espalham na atmosfera; resduos txicos
gerados pelos consumidores e pelo comrcio; queima de combustveis fsseis para
transporte, eletricidade, aquecimento. O uso indiscriminado dos recursos naturais tem
causado degradao constante em rios, lagos e lenis freticos, inclusive pela
agricultura. preciso pensar alm da bolha, ou seja, mudar a mentalidade que a energia
sempre finita, que as atividades humanas so insuficientes para alterar o meio
ambiente e encarar o futuro como um emprstimo que ter que ser devolvido.
Para mudar a mentalidade preciso ver e compreender os trs grandes desafios
impostos pelo sistema global: Alimentos e gua; Energia e transportes e Materiais,
resduos e toxidade. Buscar colaborao alm-fronteiras, compreender como os
diferentes problemas se relacionam uns com os outros, como eles surgiram e de que
maneira foras diferentes contribuem para seu status quo. Para lidar com esses desafios
algumas questes so importantes: O que nossas aes esto impingindo ao planeta

como um todo e como isso afeta todos ns? E tambm, como as organizaes esto
agindo para criar um mundo sustentvel? (SENGE, 2008). O mesmo autor afirma
tambm que nenhum caminho para ao futuro ignora as necessidades das geraes
futuras e que as instituies so agentes importantes no processo de mudanas reais
que se fundamentam em novas maneiras de pensar e perceber o entorno.
Senge (2008) afirma que as organizaes podem economizar muito dinheiro
com a reduo da gerao de resduos e economia do consumo de energia, e tambm
podem ganhar muito dinheiro transformando resduos em produtos e com o mercado da
sustentabilidade. Para isso necessrio o engajamento das pessoas. Cabe aos gestores
ajudar as pessoas a refletir sobre seus pensamentos sustentveis.
Como soluo para as organizaes, Senge (2008) apresenta algumas
alternativas, como eliminao dos aterros, isso significa reduo at a eliminao da
emisso de resduos com o desenvolvimento de modelos de negcios dos sistemas
vivos, onde afirma que as organizaes so responsveis pelos produtos, inclusive
depois de sua vida til, o que ele chama de vida depois da vida. Outra alternativa
apresentada projetar produtos para serem refabricveis e desenvolver mtodos e
meios para facilitar a coleta.
Por fim, a mudana de mentalidade, a viso positiva em substituio da viso
negativa do cenrio. Em vez de promover campanhas e condenar aquilo que no
sustentvel, seria melhor criar uma empresa que tentasse mudar a natureza do
consumo, trabalhando diretamente com os clientes, para ajudar a todos a compreender o
cim-acto potencial da criao de um mundo mais sustentvel.
2. RESULTADOS DA PESQUISA
Na pesquisa com os discentes, foram entrevistados somente os alunos que j
haviam cursado pelo menos um tero do curso, ou seja a partir do quarto perodo para
que tivessem subsdios para as repostas. Foram entrevistados 152 estudantes.
Na pesquisa com os docentes os questionrios foram aplicados queles com
mais de 2 anos de trabalho na instituio, num total de 17 docentes dos cursos de
Administrao.
Apesar da alterao na porcentagem de alguns itens, a nvel geral, o resultado
da pesquisa se apresentou semelhante no que diz respeito s respostas dos
pesquisados.
Em uma viso geral, todos os docentes afirmam utilizar suas aulas para
conscientizar os alunos das preocupaes com a sustentabilidade, ainda mais por
participarem de uma rea aonde o foco na sustentabilidade muito forte, a Amaznia
Legal. Alm disso, 76% dos docentes entrevistados afirmaram que tem conhecimento de
que os alunos aplicam esses conhecimentos em sua vida pessoal e profissional.
Quanto aos alunos, 91% dos entrevistados afirmaram que os professores

abordam o tema em sala de aula enfatizando sua importncia e a maioria (88%) afirma
que utiliza os ensinamentos em sua vida pessoal e profissional, corroborando as
informaes dos docentes.
Na figura 1, buscou-se conhecer quais eram os sinais ambientais que mais
impactam na vida cotidiana dos entrevistados
Figura 1 Impacto dos sinais ambientais
Fonte:
Pesquisa autores
Nos dados apresentados na figura 1, podemos observar que as maiores

preocupaes dos entrevistados esto relacionadas ao aquecimento global e das
racionamento de gua, com 29 e 21% respectivamente. Isso mostra que a preocupao
dos entrevistados no esta apenas em um pensamento local, j que as grandes o
racionamento de gua tm afetado, primordialmente, a regio nordeste e sudeste, no
sendo o caso do local estudado.
Na figura 2, apresentam-se os dados obtidos aos pesquisados quando
questionados se existem, dentro de seu ambiente de trabalho, reflexes sobre
sustentabilidade e meio ambiente
Figura 2 Reflexo sobre sustentabilidade no ambiente de trabalho
Fonte: Pesquisa Autores
Nesse ponto, observa-se que apesar de existir uma preocupao individual, a

grande maioria das empresas no apresenta nenhuma ao clara sobre sustentabilidade
e meio ambiente.
Apesar disso, os entrevistados afirmam que j participaram de campanhas como
coleta seletiva de lixo, economia de energia eltrica e utilizao consciente de copos
plsticos, porm, nenhuma dessas campanhas teve a continuidade necessria para ser
criado um hbito consciente de preocupao ambiental.
Os pesquisados ainda afirmaram que a descontinuidade dos trabalhos foi
motivado pela falta de tempo, desanimo com a participao do grupo e a no
observncia de resultados expressivos.
Procurou-se conhecer quais as maiores preocupaes em relao a uma
mudana de hbitos para promover a preservao do meio ambiente e a
sustentabilidade. Dentre os hbitos que os entrevistados esto dispostos a adotar, seis
deles merecem destaque por ser mais recorrente: economizar energia, fazer coleta
seletiva de materiais, usar carro eltrico/bicicleta para diminuir a emisso de poluentes,
preservao do meio ambiente, economizar gua e consumir mais produtos
ecologicamente corretos.
Ainda durante a pesquisa foi evidente a tendncia dos entrevistados em voltar a
participar ou participar pela primeira vez de atividades relacionadas a preservao
ambiental e a sustentabilidade. Alm disso, enxergam a necessidade de suas empresas
apoiarem alguma ao que venha a trazer benefcios socioambientais apesar das
mesmas no terem em sua cultura.
3. CONCLUSO
Ao pesquisar sobre a preocupao ambiental e a sustentabilidade junto a alunos

e professores de um curso de negcios de trs faculdades particulares do estado do
Acre, buscou-se conhecer o nvel de preocupao que essas pessoas, pertencentes a
um grupo formador de opinio, tem em relao a esse tema, e principalmente, como
esto aplicando isso em uma regio to fortemente influenciada por esse pensamento
sustentvel, a Amaznia Legal.
Fica claro durante a pesquisa, a existncia de uma conscincia de preservao,
porm o envolvimento em atividades e a participao efetiva em aes ainda so
pequenos e no demonstram sinais de serem aes duradouras e que venham a trazer
resultados relevantes. possvel observar tambm uma mudana no comportamento
passivo em esperar que o poder pblico cumpra com suas obrigaes, sendo esse, o
nico responsvel pela manuteno do meio ambiente para um comportamento mais
atuante em atividades de preservao e proteo ambiental.
A preocupao com princpios ticos tambm se mostrou presente durante a
pesquisa, sendo essa, tratada como a conscincia necessria para englobar tudo que o
planeta precisa para sobreviver.
A conscincia de preservao ambiental, tica e sustentabilidade existem de fato
no grupo pesquisado, que ainda tenta socializar as informaes e o conhecimento que
detm sobre o assunto nos grupos sociais a que pertencem, por mais diversos que
esses sejam. Porm, observa-se tambm que existe muito discurso e pouca prtica. Os
cursos de negcios so formadores dos profissionais que iro comandar as empresas
num futuro prximo e este fato os torna responsveis pelo modo de como as
organizaes sero dirigidas e em que valores sero aliceradas. Uma alternativa seria a
incluso, nos currculos acadmicos, de disciplinas que abordem com mais nfase a
perspectiva da sustentabilidade ambiental como uma realidade para a sobrevivncia no
mercado. H ainda um caminho longo a ser percorrido para que a conscientizao leve a
prtica e como consequncia, a criao de uma efetiva cultura de sustentabilidade que
proporcionar a base de para um desenvolvimento prspero e longevo.
4. BIBLIOGRAFIA
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.
11
MELHORIADASESTRATGIASDEUTILIZAODAMARCAPRPRIADEUMAEMPRESADO
SEGMENTOCASAECONSTRUO.
M.V.D.Assuno(MA);N.G.Silva(BA);K.R.Costa(BA);J.M.O.Silva(TL);D.K.A.Santos(TL);R.
K.M.Silva
1
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSoGonalodoAmarante:Cursode
Logstica.marcus.assuncao@ifrn.edu;FaculdadeEstciodeNatal:camposCmaraCascudo.Cursode
Administrao.
(MA)MestreemAdministrao
(TL)TcnicoemLogstica
(BA)BacharelemAdministrao
RESUMO
O presente estudo tem a pretenso de evidenciar e
sugerir as melhores estratgias a serem usadas para
divulgao da marca prpria em uma empresa do
segmento de casa e construo visando contribuir
para otimizao do atendimento aos desejos e
necessidadesdosconsumidores.Paralelamente,oxito
dalinhademarcaprpria,sejapelopreoouqualidade
trazendo benefcios imagem da empresa supracitada.
Competioapalavrachavedosnegciosemediante
tal situao toda estratgia de divulgao ser de
grande valia para acelerar o crescimento de vendas e

adentraromercadodeformaimpactante.Apesquisafoi
realizada com 50 funcionrios da rea de vendas da
empresa a fim de se verificar qual o grau de
conhecimento e motivao para a realizao da venda
da marca. Outro meio de pesquisa foi a descritiva que
temcomoobjetivoaobservaopermitindoabuscade
melhoriasdasprticasrealizadaspelaempresaemprol
dadivulgaodamarca.
PALAVRASCHAVE:marketing,marcaprpria,estratgias.
STRATEGIESUSINGTHEOWMMARKOFABUSINESSSEGMENTANDCONSTRUCTIONHOUSE.
ABSTRACT
This study intend to highlight and suggest the best

strategiestobeusedtopublicizethelabelonacompany
in the area of building and construction to contribute
to the optimization of service to the desires and needs
of consumers. Meanwhile, the success of own brand
line, either price or quality by bringing benefits to the
company'simageabove.Competitionisthekeywordof
the business, and through this whole situation
dissemination strategy will be of great value to
accelerate sales growth and to enter the market so

impactful.Thesurveywasconductedwith50employees
from the sales of the company in order to verify the
degreeofknowledgeandmotivationtomakethesaleof
the brand. Another means of research was the
descriptive aims observation allowing the search for
improvements of the activities undertaken by the
companyinfavorofbrandawareness.
KEYWORDS:marketing,ownbrand,strategies.
MELHORIADASESTRATGIASDEUTILIZAODAMARCAUMAEMPRESADOSEGMENTO
CASAECONSTRUO.
INTRODUO
Uma boa marca transmite eficazmente um determinado conjunto de informaes,
atrai o consumidor para o seu produto ou servio e o retm enquanto a engrenagem
estiver funcionando com equilbrio e eficincia. Consequentemente, ela leva os
consumidores a experimentla, e, se gostarem, a repetirem o ato de consumo e a
recomendlapositivamenteaoutraspessoas.
A marca prpria no mercado do varejo vem se tornando um fenmeno entre os
consumidores e esse acontecimento crescente em quase todos os mercados, inclusive o
brasileiro.
A sustentao, qualidade e continuidade das relaes que sejam estabelecidas
acabamporconsolidaramarcacomoamelhorrefernciadeidentificao.Asempresasque
comercializamprodutosdemarcaprpriasoaquelasquepossuemmaiordestaquenoseu
segmento.
Na disputa entre as grandes redes de varejo os produtos de marca prpria tm
obtidodestaqueentreosconsumidoresquehalgunsanosnodispunhamtantaatenoe
credibilidadeaoassunto.
Marca prpria caracterizase por ser um produto fabricado, beneficiado,
processado,embaladooudistribudoexclusivamentepelaorganizaoquedetmocontrole
damarca.(ACNIELSEN,2001,p.7).Estapodelevaronomedaempresaqueadistribuiou
utilizaroutronomequenoestejaassociadomarcadaorganizao.
Buscando respostas consistentes e abrangentes sobre quais foram as estratgias
utilizadas pela empresa estudada na implantao e divulgao da marca dentre os
colaboradoresdaempresaesuasparceriascomerciais,opresenteartigotemaintenode
evidenciar e sugerir as melhores estratgias a serem usadas para divulgao da marca
prpriajexistentenaorganizao.
APORTETERICO
EstratgiaeDiferencialCompetitivo.
Quandoaempresatemumaboagestoestratgica,issosetornaumdiferencialou
vantagemcompetitivaperanteseusconcorrentes.Essediferencialouvantagemcompetitiva
nadamaisdoquecaractersticasouaspectosquediferemdeformapositivaumaempresa
daoutra,comoqualidadedoproduto,qualidadedoatendimento,entreoutros.
SegundoKotlereArmstrong,(2008,p.63):Vantagemcompetitivaahabilidadede
umaempresatrabalhardeumaoumaismaneirasqueosconcorrentesnopodemouno
iroacompanhar.Ouseja,umaqualidadequeumaempresaouumprodutopossuiqueo
concorrentenotem.
Odiferencialcompetitivoqueasempresasdevemalmejaravantagemcompetitiva
sustentvel, que aquela em longo prazo, visto que ela jamais ser copiada pela
concorrncia.
Marketing
Atualmenteosetordemarketingpossuiomaiorpoderdeinfluenciasobreosdemais
setoresdaempresa,poisapartirdasestratgiaslanadaspelosprofissionaisdarea,no
qual obtendo xito, resultar no aumento da receita, alm de conquistar mercados nunca
antes explorados. A partir da, as empresas tm investido em profissionais cada vez mais
especializados e em tecnologias avanadas, proporcionando produtos e servios
personalizados.
NavisodeKotler(1995),apudLasCasaseGarcia(2007,p.131),apontaqueachave
para se atingirem as metas organizacionais consiste em determinar as necessidades e
desejos dos mercadosalvo e oferecer as satisfaes desejadas de forma mais eficaz e
eficientedoqueosconcorrentes.
Ele entende que o conceito de marketing exige que as organizaes adotem o
marketinginternoantesdoexterno.Navisodesseautornofazsentidoprometerservio
excelenteantesdeosfuncionriosdaempresaseencontraremaptosparaofereclo.
Vendas
importantequeoprofissionaldevendascompreendaosfatoresquepodemestar
envolvidosnatomadadedecisodecompradeseucliente.(MOREIRA,2008).
Os consumidores j possuem um conhecimento sobre o produto almejado na sua
mente, adquiridos por opinies ou reforados pelas diversas formas de propagao do
produto utilizadas pela empresa. Entre as principais fontes de influncias, as que mais se
destacamsoassociais,pessoaisedemarketing,comomostraremosnafiguraaseguir:
Influnciaspessoais
Influnciassociais
Cultura
1.
Subcultura
Classes,papiseposiessociais
2.
Gruposdereferncia
Processode
compra
Influnciasdemarketing
Idade
Estgiodociclodevida
Ocupao
Condieseconmicas
Estilodevida
Personalidade
Autoconceito
Motivao
Percepo
Aprendizagem
d
Produto
Preo
Promoo
/
Figura1Influnciasnoprocessodecompradoconsumidor.
Fonte:Moreira,2008.
Conformeobservadonafiguradapginaacima,osgostosehbitosdosclientesede
sua posio social so importantssimos para uma venda ser concluda com sucesso. Essas
questesestosendolevadascadavezmaisasrio,principalmenteseoclienteobtiveruma
alta carta de crdito. Cabe ao profissional de vendas saber avaliar o cliente em questo a
partir das caractersticas diretas ou indiretas expostas por ele, agindo de forma clara e
transparente,mostrandodomniosobreosprodutosoferecidosparaqueoseuclientepossa
executaracompracommaiorsegurana.
Esse esforo tem grande importncia, pois normalmente so eles que recebem
diretamente as opinies expressadas pelos clientes, devendo repassar as impresses para
queareaadministrativadaempresatomeasdecises,ouseja,osetordevendastemuma
forteinfluncianasmudanasquedevemserincorporadasparaqueaempresacontinuena
suabatalhadiriaediretacomseusconcorrentes.
Normalmente, o desempenho desejado do servio ao cliente modificase com o
passardotempo:omodelodeciclodevidafrequenteutilizadonoplanejamentodeuma
estratgia de marketing dentro de um contexto dinmico. A estrutura do ciclo de vida do
produto mostra a dinmica do planejamento das necessidades de servio ao cliente
(BOWERSOXeCLOSS,2008).
Grfico01:Estruturadociclodevidadoproduto
Fonte:Ballou,2006.
01 Introduo: Lanamento do produto no mercado. Os consumidores esto
desconfiados.
02Crescimento:Momentoemqueoprodutoestsendoaceitopelosconsumidores
easvendasestocrescentes.
03 Maturidade: Os consumidores j esto adaptados ao produto, valorizandoo de
formaefetiva.Momentodefidelidade.Vendasemalta.
04 Declnio: Os consumidores j no esto mais entusiasmados e procuram por
alternativas.Nestemomentoasvendassofremumaquedabrusca.
MarcasPrprias
Para determinar a marca do seu produto, o fabricante pode utilizar o seu nome
(marca de fabricante ou marca industrial), o nome de terceiros, tais como
distribuidores,atacadistaseinstituiesvarejistas(marcadedistribuidores)ouat
mesmo decidir por uma combinao dos dois (marca mista). Os fabricantes
impuseramporlongotempoopredomniodesuasmarcasnomercado.Entretanto,
o recente fenmeno de formao e consolidao das grandes redes de
estabelecimentos atacadistas e varejo favoreceu o surgimento das marcas
prprias,querepresentamumaameaaefetivasmarcasdosfabricantes.(PINHO,
2000)
Temsemodificadoocomportamentodasfamliasquevodesdeossupermercadosat
as lojas de material de construo. Notase frequentemente nos carrinhos e cestas dos
consumidoresumacertaquantiadeprodutosdemarcaprpria,oquecomprovaacrescente
adesodosbrasileirosaessesprodutos,queganhamcadavezmaisespaonasgndolase
prateleirasdosestabelecimentos.
Atualmente, os produtos de marca prpria tm evoludo, mostrando aos seus clientes
caractersticas consistentes e esclarecendo o quanto importante o posicionamento
evidente no Ponto de Venda, o quanto pode ser lucrativo a comercializao de seus
produtos e o verdadeiro valor que a marca agrega ao seu negcio. Para o consumidor, a
marcaprpriavaialmdeumsimplesproduto,seigualaaumservio,proporcionandoao
clienteadquirirprodutoshonestos,dequalidadeeporumpreomaisjusto.
O preo justo deriva de uma escolha feita por parte dos fabricantes em disponibilizar
produtos sem marcas definidas, assim o termo Postponement que traduzido como
postergao,adiamento,demoraetc.Tornaseeficienteeredutordecustos,umavezquea
etiquetagem,ouseja,amarcaexpostanoprodutoadocliente/varejistaquefazopedido
final.
Opostponementde etiquetagem potencialmente eficaz... Os produtos so
armazenadossemqualquerrtuloouetiquetaqueidentifiquesuamarca.Estess
so afixadosmediante a chegada deumpedidodecliente especificando a marca
desejada. Um exemplo de produto em que h possibilidade de se usar
opostponementde etiquetagem a massa de tomate em lata. Fabricantes
frequentementevendemesseprodutosobdiferentesmarcas,como,porexemplo,
marcasdeclientesvarejistas,almdemarcaprpria.(ZINN,1990)
Com isso, a marca prpria tornouse uma maneira mais vantajosa de oferecer aos
clientes,umprodutodequalidadecompreosjustos.Dando,noentantopossibilidadesas
empresasdediversificarseuportfliodeservios.
METODOLOGIA
Ser realizada uma pesquisa descritiva, na qual buscar os problemas de uma
determinada situao, e por meio da observao permitir a busca de melhorias das
prticas, analisando e descrevendo de maneira objetiva, atravs de entrevista. A pesquisa
descritivatemoobjetivodeobservareanalisarosfenmenosemformaderegistro,noqual
o perceber, com cuidado, no ter interferncia do pesquisador, e analisar com que
frequncia o fenmeno acontece. importante que se faa uma anlise completa desse
questionrioparachegaraumaconcluso.(LAKATOSEMARCONI,2000).
Outrapesquisautilizadaaqualitativa,quandosebuscapercepeseentendimento
sobre a natureza geral de uma questo, abrindo espao para a interpretao. uma
pesquisa indutiva, isto , o pesquisador desenvolve ideias e entendimentos a partir de
padresencontradosnosdados.(BEUREN,2003;MALHOTRA,2001)
Eporfim,apesquisaquantitativa,queapuraopinieseatitudesdoentrevistado,na
qual utilizar questionrio como instrumento de pesquisa. Ser representativa de um
determinado universo de modo que os dados possam ser generalizados e projetados para
aqueleuniverso.
A pesquisa foi realizada com 50 funcionrios da rea de vendas da empresa
utilizandose de questionrio como instrumento de pesquisa com perguntas fechadas e
abertas.
ANLISEDOSRESULTADOS
Deacordocomosquestionriosquandocolocadoemperguntasabertas,seamarca
prpria da empresa est compatvel com suas concorrentes (marcas lderes de mercados)
em relao s estratgias utilizadas, em mdia 40% dos entrevistados julgaram a marca
como sendo inovadora e compatvel com os concorrentes supracitados, mantendo um
design arrojado e impactante ao cliente no momento da compra. J 57% avaliaram que a
marcanopossuicampanhademarketingadequadanamdia,almdenoobterparmetro
decomparaocomasmarcasconcorrentes.J3%noopinaram.
Comisso,observousequequantoaoproduto,depoisqueoclientetemumcontato
direto com ele, pode ocorrer que esse venha a adquirilo, pois v o produto como muito
semelhante aos das marcas famosas. J o esforo de marketing na viso dos vendedores
deixaadesejar.
Em outra questo pediuse sugestes aos vendedores quanto possibilidade de
melhorar as vendas dos produtos da marca prpria e no geral. Grande parte dos
entrevistados97%dosqueopinaram,explanaramasseguintessugestesinternas:aumento
de comisso dos vendedores para 1% e aumento da garantia estendida dos produtos.
Sugestesexternas:divulgaomaisacentuadanamdia,dentre outros.Enquanto3%no
responderamapergunta.
Noquesereferesperguntasfechadas,segueaanliseapartirdosgrficosaseguir:
foiquestionadoaocorpodevendedoresseelesjhaviamfeitotreinamentosobreamarca
comrespostasdesimeno.Eparaogrupoqueobteveotreinamentofoiquestionadosobre
onveldeclarezanasinformaesdessetreinamento.Resultadosnogrficoaseguir:
Grfico02:Treinamentodosprofissionaisdevendassobreamarcaprpriae
clarezanamensagemdotreinamento.
Fonte:Autores(2013)
Diantedoexpostonogrfico02,constataseque54%dosentrevistadosreceberam
treinamentosobreosprodutosdareferidamarcae46%notiveramnenhumaorientao.
Sendo esse um percentual muito alto de profissionais da rea de vendas que no tiveram
contatocominstruesadequadassobreosprodutos,dificultandoassimasvendasdetais
produtos.Dosquereceberamtreinamento,percebeseque15%julgamnoteremabsolvido
deformaclaraasinformaestransmitidas,emcontrapartida,85%entenderamcomclareza
asmesmasinformaes.
Foi abordada tambm a questo da exposio dos produtos no ponto de vendas,
conformegrficoabaixo.
Grfico03:Avaliaodaexposiodosprodutosnopontodevenda(PDV).
Fonte:Autores(2013)
Nogrfico03,notasequeosentrevistadosjulgamqueaexposiodoprodutoesta
adequadaeatrativa,edefcilvisualizaooquepodeserconstatadoapartirdosseguintes
dados:48%dosvendedoresentrevistadosdizemserboa,12%tima,8%ruim,4%pssimae
30%regular.Essesresultadosconcordamcomosobjetivosdomarketing,quedispordos
produtos,tornandoosacessveisaosclientes.
Outropontoimportantenamemorizaodemarcasologotipo.Oprximogrfico
avaliaologotipodamarcaprpriadaempresanavisodosvendedores.
Grfico04:Anlisedologotipodamarca.
Fonte:Autores(2013)
Deacordocomogrfico04,48%dosvendedoresavaliamcomoatrativoologotipo
damarca,enquantoamaioriadosentrevistadosachampoucoatrativoouestoindiferentes
ao logotipo do produto. Lembrando que os respondentes so os clientes internos da
organizao, devese levar em considerao que pode estar faltando um maior esforo de
marketing, em relao a querer vender os produtos da marca prpria, uma vez que, se a
marcanoconsegueserbemmemorizadaporpartedosvendedores,dificilmenteserpelos
clientesexternos.
Grfico05:Anlisedaembalagemdosprodutos.
Fonte:Autores(2013)
O grfico 05, aponta que 50% dos entrevistados avaliaram como atrativa a
embalagem dos produtos, enquanto 32% afirmaram ser pouco atrativas e 18% esto
indiferentesaotipodeembalagemdoproduto. luzdePinho,2000, Asembalagenstm

porfinalidade:vender,identificaramercadoria,atrairoconsumidor,criarconfianaeajudar
notransporteparagarantiraqualidadedoproduto.
A embalagem um dispositivo tambm de comunicao, alm de ajudar na
conservao e no transporte. Por isso que quanto mais atrativa e eficaz, mais aumenta a
possibilidade de seus produtos serem adquiridos. Neste quesito necessria uma
reformulaoouestratgia,poisaembalagememdeterminadosprodutosextremamente
importante, sobretudo que esteja na memria das pessoas, ainda mais quando essas
pessoassoosvendedoresesmetadeadmitiuqueasembalagenssoatrativas.
CONCLUSO
Orecomendvelparaacriaodeumamarcabemsucedidaqueaidentidadede
um negcio seja construda e sustentada sobre as caractersticas, qualidades, promessas e
entregadeprodutosouservios.Almdisso,amarcaprpriatemqueestardeacordocom
ospadresdomercado,paraqueoprodutosobrevivafrentecompetioacirrada.
Porm,duranteapesquisafoipossvelconstatartambmaimportnciadealimentar
amotivaodosvendedores,poisessaseapresentacomoferramentaprincipalparaqueo
produto possa se destacar no mercado mediante s informaes transmitidas aos clientes
nomomentocrucialentreescolherecomprar.
Baseadonosresultadosobtidoscomapesquisa,detectousequeaequipedevendas
no esta instruda para realizao dessas, necessitando de treinamentos de incluso e
reciclagemsobreamarcaeseusprodutos,paraqueestesadquiramconfianaesegurana
pararepassarasinformaesadequadasaosclientes.necessrioainda,aimplantaode
uma equipe de promotores exclusivos da marca para ampliao da mesma no ponto de
vendas.
Verificousetambmqueaempresaemquestoprecisainvestirdemaneiraarrojada
nadivulgaodeseusprodutos,tornandoosumamarcaforteecompetitivadiantedeseus
concorrentes,fazendocomqueosclientespossamcoloclosemparalelocomsuasmarcas
tradicionais.
Parafazercomqueoprodutoouoserviosejavendido,preciso,emprimeirolugar,
que ele atraia e retenha a ateno. Por isso extremamente importante a aparncia da
embalagemedamarca,considerandotodososaspectosvisuais.Aimagemdeveconvencer
oconsumidordequedeterminadoprodutooufornecedordeserviosarespostaexataas
suasnecessidades.
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5901990000400006&script=sci_arttext&tlng=en
10
PERCEPESEIMPRESSESDONVELDESERVIOLOGSTICODOSCANAISDEDISTRIBUIO
DEUMAEMPRESASUPERMERCADISTADORIOGRANDEDONORTE
M.V.D.Assuno(MA);J.M. O. Silva (TL);D.K. A.Santos (TL)

InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSoGonalodoAmarante:CursodeLogstica.
marcus.assuncao@ifrn.edu
(IC)MestreemAdministrao
(TL)TcnicoemLogstica
RESUMO
Umnveldeserviodeexcelnciatemsidooobjetivode
muitas organizaes, pois garante um diferencial
competitivo diante de seus concorrentes. Mas para
atingirumnveldeserviodeexcelncia,precisoqueo
nvel de servio logstico dentro dos canais de
distribuio seja eficiente. Com base no exposto, o
presente artigo tem por finalidade conhecer a
percepo gerencial do nvel de servio logstico
existente entre os canais de distribuio de uma
empresa supermercadista do Rio Grande do Norte. A

pesquisa foi realizada atravs de uma abordagem
qualitativa, de carter exploratrio. A coleta de dados
foi realizada atravs de entrevistas estruturadas e
semiestruturadas com um gerente de logstica da rede
supermercadista. Atravs da pesquisa foi possvel
identificar que h gargalos existentes dentro do
processo logstico e o impacto que eles causam na
prestao
de
servio
ao
cliente
final.
PALAVRASCHAVE:Canaisdedistribuio,nveldeserviologstico,distribuiofsica.
PERCEPTIONSANDIMPRESSIONSOFLOGISTICSSERVICELEVELOFDISTRIBUTIONCHANNELSOF
ACOMPANYSUPERMARKETRIOGRANDEDONORTE
ABSTRACT
Alevelofserviceexcellencehasbeenthegoalofmany
organizationsbecauseitensuresacompetitiveedgeon
their competitors. But to achieve a level of service
excellence, we need the level of logistics service within
the distribution channels is efficient. Based on the
foregoing, this article aims to meet the managerial
perception of the level of existing logistics services
between the channels of distribution of a supermarket
company in Rio Grande do Norte. The survey was

conducted through a qualitative approach, exploratory.
Data collection was done through structured and
semistructured interviews with a manager of logistics
hypermarkets. Through research we found that there
exist bottlenecks within the logistics process and the
impacttheyhaveontheprovisionofservicetotheend
customer.
KEYWORDS:Distributionchannels,leveloflogisticsservice,physicaldistribution.
PERCEPESEIMPRESSESDONVELDESERVIOLOGSTICODOSCANAISDEDISTRIBUIO
DEUMAEMPRESASUPERMERCADISTADORIOGRANDEDONORTE
INTRODUO
Oaumento dacompetitividadeeummercadocomclientescadavezmaisexigentesfez
com que houvesse uma necessidade das empresas estarem sempre buscando vantagens
competitivas. Nesse contexto, um nvel de servio de excelncia tem se tornado um grande
diferencialquandosequeratendersexignciasdomercado.Umdosfatoresfundamentaispara
se garantir o sucesso de uma organizao atender e se possvel, exceder as necessidades e
expectativasdosclientes.
Masparagarantirumnveldeservioadequadoparaoconsumidorfinal,necessrioque
o nvel de servio logstico dentro das organizaes seja eficiente. O bom gerenciamento da
cadeiadeabastecimentopoderepresentarumavantagemcompetitiva,umavezquetodoofluxo
deinformaoeprodutospassapeloscanaisdedistribuioantesdechegaraoconsumidorfinal.
Porissodesumaimportnciaqueonveldoscanaisdedistribuiosejaeficazparagarantirao
consumidorfinalqueosprodutoscheguemslojasnaquantidadecerta,comomenorndicede
perdaseconsiderandoomenorcustopossvel.
Como o nvel de servio logstico est diretamente ligado satisfao dos clientes,
necessrio que a empresa tenha um bom monitoramento de todo o seu processo logstico. E
paraisso,necessrioentenderonveldeserviologsticoprestadopeloscanaisdedistribuio
da organizao, permeando e buscando conhecer quais as caractersticas dos processos
logsticos, suas estratgias e o que a empresa deseja atingir com elas, alm de avaliar as
necessidadesdosclientesinternos.
APORTETERICO
DISTRIBUIOFSICA
Adistribuioumaatividademuitoimportanteparaalogstica,poisoseguimentoque
desloca os produtos desde a sua origem at o consumidor final. Por isso, ela tem recebido
bastante ateno dentro das organizaes, porque ela responsvel por criar uma vantagem
competitivaparaasempresas.
DeacordocomNovaes(2007),distribuiofsicaoprocessooperacionaledecontrole
que permite transferir os produtos desde o ponto de fabricao at o ponto em que a
mercadoriafinalmenteentregueaoconsumidor.
Corroborando assim com Novaes (2007) e Bertaglia (2009), que diz ser o processo de
distribuio movimentao fsica de materiais, normalmente de um fornecedor para um
cliente, e esse processo pode ser dividido em funes mais nucleares como recebimento e
armazenagem, controle de estoque, administrao de frotas e fretes, separao de produtos
cargadeveculos,transporte,devoluesdematriaseprodutos,entreoutros.
De acordo com Novaes (2007), a distribuio fsica de produtos realizada com a

participaodealgunscomponentesfsicosoufuncionais,tipo:
Instalaes fixas (centros de distribuio, armazm); estoque de produtos;

veculos;informaesdiversas;hardwareesoftwarediversos;custosepessoal.
AindaparaBertaglia(2009),adistribuiofsicaconsistebasicamenteemtrselementos
globaisqueso:
Recebimento;Armazenagem;Expedio.
Figura1
RECEBIMENTO
ARMAZENAGEMDE
PRODUTOS
EXPEDIO
Detalhandooprocedimentodadistribuiofsica
Afunorecebimentoseiniciaquandooveculoliberadoparadescarregarum
produto ou material que est destinado ao armazenamento. Os recebimentos, quanto a sua
origem, podem ser classificados em importao, transferncia entre fbricas e armazns ou
centrosdedistribuio,transfernciasprovenientesdeterceirosedevoluodeclientes;
Afunodoarmazenamentoqueapsorecebimento,ositenssoarmazenados
emlocaisespecficosnoarmazmoucentrodedistribuio;
A expedio corresponde ao processo de separar os itens armazenados em um

determinadolocal,movimentandoosparaoutrolugarcomobjetivodeatenderaumademanda
especifica.
Aindadeacordocomseusconceitos,precisoquehajaumplanejamentodeaesque
orientaroosrecursosdadistribuioemrelaosnecessidadesdedistribuioespecificadas
pelademanda,seguindooprocessodeprticasdenegcionoplanejamentodadistribuio:
Para isso, necessrio promover a interao consistente entre as organizaes do
processo para identificar disfunes e oportunidades, a fim de obter respostas rpidas e
eficientesparaasnecessidadesdadistribuio,comotambmavaliaralternativasqueviabilizem
oatendimentonoplanodedistribuio;construirrelacionamentoscomclientesparaestabelecer
e nivelar expectativas quanto ao prazo de entrega e a disponibilidade de produto; reduzir
retornos de produtos com a eliminao de condies especiais de negociao promovidas por
vendas; elaborar previses em conjunto com os clientes para reduzir incertezas; estabelecer
regrasclarasparaospedidosurgentesenoplanejados,quesomentedevemseraceitosapartir
domomentoquenosignifiquemumimpactonoatendimentoaosdemaisclientesexistentesno
processo,obedecendoaumaclassificaodeprioridadesestabelecidaspelaorganizao.
Temse que tentar utilizar a tecnologia de informao para trocar dados e avaliar
inovaestecnolgicasquepossamagregarvaloraoprocesso,comocontroleslgicospormeio
de cdigos de barras ou radiofrequncia; otimizar a demanda e recursos, visando o servio ao
cliente; estabelecer prioridades de entrega baseadas no relacionamento com clientes; alocar
produtos considerando mtodos de entrada e sada do produto terminado no armazm, por
exemplo,omtodoFIFOqueoprimeiroqueentraoprimeiroquesai.
Almdisso,fazerusodossistemasintegradosquepossamajudaraequilibrarademanda
em relao aos recursos da cadeia de abastecimento; colaborar com os departamentos e as
organizaesque,dealgumaforma,afetamasatividadesdacadeiadeabastecimento,taiscomo
clientes, fornecedores, produo, vendas, marketing, distribuio e compras; sincronizar os
sistemas de planejamento e sistemas transacionais, como por exemplo: Enterprise Resource
Planning (ERP), que so sistemas de informao que agrupam todos os dados e processos de uma
organizao em um nico sistema..
Paraquesepossaatingiroobjetivogeraldadistribuiofsica,queconsisteemlevaro
produto certo para os lugares certos e no momento certo com um nvel de servio desejado e
pelomenorcusto,precisoqueasempresaselaboremumplanodedistribuio.justamente
esse plano que vai definir as aes que sero tomadas para que os recursos de distribuio
possamsuportarosrequerimentosdeentrega.
Segundo Novaes (2007), h um certo paralelismo e uma correlao estreita entre as
atividadesqueconstituemadistribuiofsicadeprodutoseoscanaisdedistribuio,conforme
podemosvernafigura2aseguir:
Figura2,paralelismosegundooautor,p.125.Novaes(2007).
CANAISDEDISTRIBUIO
Ocanaldedistribuioomeiodetransferiraspropriedadesdoprodutodofornecedor
inicial ao consumidor final. Os canais so formados atravs de diversas formas de
comercializaodosprodutos.DeacordocomNovaes(2007),asprincipaissituaesdeformao
doscanaisso:
O fabricante abastece diretamente as lojas de varejo; o fabricante possui seus prprios

depsitos ou centro de distribuio e, a partir desses pontos, abastecem as lojas de varejo; o
fabricanteabasteceoscentrosdedistribuiodosvarejistas,queporsuavezabastecemaslojas;
ofabricantedistribuiseusprodutosparaocentrodedistribuiodeumoperadorlogstico,que
posteriormentefazaentreganaslojasdevarejo.
DentrodavisodoGerenciamentodaCadeiadeSuprimentos(Supplychainmanagemet),
oscanaisdedistribuiodesempenhamquatrofunesbsicas(DOLAN1999).
Induodademanda;satisfaodademanda;serviodepsvenda;trocadeinformaes.
Inicialmente as empresas precisam induzir a demanda de seus produtos, depois

comercializamessesprodutosparasatisfazeressademanda.Osserviosdepsvendavmem
seguidaeporfimocanalpossibilitaatrocadeinformaesaolongodacadeia,queforneceum
feedback(resposta)paraosfabricantesevarejistas.Oscanaisdevemserplanejadosdeacordo
comomercadoquedesejamatingireasnecessidadesdeseusclientes.SegundoBertaglia(2009),
para realizar o processo de planejamento e desenvolvimento dos canais de distribuio
necessrioanalisaralgunsfatorescomo:
Mercado;
Concorrncia;
Conjunturaeconmica;
Normaseregulamentosgovernamentais.
Pois,aimplementaocomxitodaestratgiadocanaldedistribuio,fazcomquese
tenhasucessonomercado.
DeacordocomNOVAES(2007),existemtrsestruturasdecanais:
CANAISVERTICAS:
Acanalniconopequenovarejo;Bcanalnico, poAvon;Ccanalnico pico

dograndevarejo(NOVAES,2007.p.129).
Nessetipodecanal,aresponsabilidadevaisendotransferidadeumseguimentodacadeia
desuprimentoparaoseguinte.
CANAISHBRIDOS:
Nesse tipo de estrutura, uma parte das funes ao longo do canal executada em
paralelopordoisoumaiselementosdacadeiadesuprimentos.
CANAISMLTIPLOS:
Esse tipo de estrutura permite uma maior competitividade da cadeia, uma vez que
permite que o consumidor adquira seus produtos de qualquer elo do canal, permitindo uma
melhorianascondiesglobaisdecompetitividadedacadeia.
NVELDESERVIOLOGSTICO
Onveldeserviologsticoaqualidadecomqueofluxodebenseserviogerenciado.
oresultadolquidodetodososesforoslogsticosdafirma.odesempenhooferecido
pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos. O nvel de servio
logstico fator chave do conjunto de valores logsticos que as empresas oferecem a
seusclientesparaassegurarsuafidelidade(BALLOU,1993.p.73).
Segundo Christopher (2001) as empresas que desejarem sucesso competitivo devem se

preocuparemgerenciarprocessosquefornecemvaloraocliente,jqueestaachaveparao
sucessomercadolgico.Oserviologsticoestdiretamenteligadosatisfaodocliente.Ainda
paraele,oclientepodeserinfluenciadopelopreooupelascaractersticaspercebidas.Porm,
omaisimportantepodeseradisponibilidade.Emoutraspalavras:existeoprodutoemestoque?
Possolevloagora?.
O produto logstico um conjunto de caractersticas que pode ser manipulado pelos
profissionais da logstica. Pode ser criada uma vantagem competitiva, uma vez que as
caractersticasdoprodutologsticopodemserarranjadaserearranjadasparamelhorposicion
lasnomercado.Osclientesrespondemcomasuafidelidade.(BALLOU,1993).
SERVIOAOCLIENTE
DeacordocomChristopher(1998),servioslogsticossotodasasatividadesnecessrias
parareceber,processar,entregarefaturarospedidosdosclientesefazeroacompanhamentode
qualqueratividadeemquehouvefalha.
Paraanalisarosservioslogsticosprecisoqueosgestorescoordenemtodasasetapas
envolvidas no processo logstico. Conforme a anlise de Heskett (1971: 141145), os itens que
estoenvolvidosnoservioaoconsumidorso:
Tempodecorridoentreorecebimentodeumpedidonodepsitodofornecedore
odespachodomesmododepsito;
Lote mnimo de compra ou qualquer limitao no sortimento de itens de uma

ordemrecebidadeumfornecedor;
Porcentagemdeitensemfaltanodepsitodofornecedor;
Proporodebensquechegamaoclienteemcondiesadequadasparaavenda;
Porcentagem de clientes atendidos ou volume de ordens entregues dentro de

tempodesdearecepodopedido;
Facilidadeeflexibilidadecomqueoclientepodegeraropedido.
Oresultadodosserviosasomadetodasasatividadesrealizadasdesdeoplanejamento
logstico at a comercializao dos produtos pela empresa, com isso o resultado desta relao
seronveldeservioqueumaempresaofereceaosseusconsumidores.
PROCEDIMENTOSMETODOLGICOS
O procedimento metodolgico deste estudo se caracterizapor um estudo de caso, com
uma abordagem qualitativa, de carter exploratrio e descritivo, que, segundo Gil (2002), tem
comoobjetivos:proporcionarumamelhorvisodoproblemaoutornlomaisespecfico,obter
informaes acerca de tcnicas de coletas de dados e interpretao dos dados. Alm disso, a
pesquisabibliogrficapermitirqueseestabeleaummodelotericoderefernciaecontribuir
nadeterminaodasvariveiseelaboraodoplanogeraldapesquisa.
Aparteexploratriadapesquisafoiefetivadaatravsdedadossecundrios,artigos,livros
e revistas especializadas na rea de logstica, que secundo Lakatos e Marconi (2000), serviram
para se saber em que estado se encontra atualmente o problema, que trabalhos j foram
realizadosarespeitoequaissoasopiniesexistentessobreoassunto.
RESULTADOSEDISCUSSES
A economia do Rio Grande do Norte esta em ascenso principalmente por causa do
turismo e dos investimentos realizados no setor imobilirio, com isso a uma demanda de
investimentosnosetordecomrcioealimentosedeprodutosdeprimeiranecessidade.Segundo
a Associao dos Supermercados do Rio Grande do Norte (ASSURN), esse o perfil do setor
supermercadistadoRN.
PerfildosetorsupermercadistanoRN
EmpresasassociadasASSURN
120
Faturamentodosetor
R$1,570bilho
Supermercados
R$765,8milhes
Hipermercados
R$614,8milhes
Lojasdeconvenincia
R$193,7milhes
Fonte:ASSURN
A rede de supermercado a maior do estado do RN, dispe de 8 lojas e um super

atacado.Paraatenderademandadassuaslojasaempresacontacomumcentrodedistribuio
prprioquetemumaareconstrudade18.053m,estacionamentocom100vagasparacarretas,
20 baas para recebimento simultneo de mercadorias e uma estrutura de porta pallete com
capacidade para 14 mil palletes. O centro de distribuio est localizado em um ponto
estratgiconagrandeNatalparaqueasentregassejamrealizadascommaiorrapidezemenor
custo possvel. O processo de distribuio fsica da empresa acontece atravs do canal vertical
que de acordo com Novaes (2007), faz com que a responsabilidade se transfira de um
seguimentodacadeiradesuprimentosparaoseguinte.
CANAISDEDISTRIBUIODOSUPERMERCADONORDESTO:
Fonte:Autores,2014
Detalhandooprocessodedistribuioficicaentreoscanais:
AsmercadoriaschegamdaindstriaparaoCDdiariamente.Algunsfornecedorestmdia
e horrio certo para a entrega. So 30 horrios dirios de recebimento conforme controle de
gerenciamento de validade. A empresa conta com um sistema de informao que lhe permite
umaintegraodaslojascomoCD.Aofinaldoexpedientedecadalojageradoorelatriode
vendaseaquantidadedemercadoriasqueserabastecidanooutrodia.Segueabaixoatabela
descritivadagradeautomticadeentregasdaslojas,naqualinformaaquantidadedecarrosque
seroentreguesemcadalojaeaquantidadedetoneladas.
Gradeautomticadeentregasdodia07/05/2014
Loja
Quantidadedecarros
Volumedecaixa
Tonelada
Loja1
2722
15,61
Loja2
2161
11,71
Loja3
5228
32,04
Loja4
5088
25,72
Loja5
5468
32,82
Loja6
3464
16,16
Loja7
5361
30,51
Loja8
2380
10,21
Loja51
289
2,45
TOTAL
33
32.161
177,22
Noentanto,humgargaloqueimpedeatotaleficinciadonveldeserviologsticoentre
oscanais.Aempresanotemumhorriodefinidoparaaentregadeprodutosdemerceariaseca
emcadalojaeissofazcomoquemuitasvezesocorraatrasonosprocessoslogsticosinternos
daslojas.Otempoestipuladoparaqueocaminhofaaadescargadasmercadoriasemcadaloja
denomximo30minutos.Porm,comooshorriosdeentregasdosprodutosoriundosdoCD
no so definidos, acontecem problemas no recebimento dessas mercadorias devido s baias
estaremocupadascomprodutosdefornecedoreslocaisqueentregamdiretonaslojas.Comesse
problema, o tempo de permanncia dos caminhes no recebimento aumenta e
consequentementegeraatrasosnasdemaisentregas.
Embora haja alguns atrasos pelos motivos explicados anteriormente, a rede de
supermercados Nordesto est sempre em busca de melhorias no seu processo logstico. O
supermercadoimplantouemumadesuaslojasumplanopilotoquevisaumamaioragilidadenos
processosdedistribuiofsica.Atravsdesteplanoalgumasaesforamimplementadas:
Agendamento dos fornecedores locais, com horarios de entregas ate 12 horas;

agendamentodoscarrosvindosdoCD,apartirdas13horasateas20horas;melhorianagesto
de pedidos; criao de uma baia climatizada; aumento no quadro de funcionrios (com a
contrataodemais5conferentes).
Aps a implantao dessas aes, verificouse uma maior eficincia nos processos,
fazendo com o que o tempo das entregas fosse reduzido pela metade. Porm para atingir um
nvellogsticodeexcelncia,seriaidealqueessasaesfossemimplantadasemtodasaslojasda
rede.Masessasaesexigemalgunsinvestimentosemestruturaedemandamumaltocustoe
alm disso, algumas lojas tm particularidades especficas como a falta de espao para o
crescimentoestrutural,dificultandoaimplantaodesteprojeto.
Mas,hporpartedosgestoresumafilosofiadegerenciamento,debuscarumasinergia
entre os setores da empresa, para atender as atuais e futuras expectativas dos clientes e com
isso agregar valor marca. Por isso, a empresa est sempre em busca de melhorias nos seus
processos logsticos, como a ampliaao e construao de novas lojas para garantir um nvel de
servioelevadoaoclientefinal.
CONCLUSO
Observasequeaeficientegestodosprocessoslogsticosumdiferencialcompetitivoparaas
empresas, principalmente no que diz respeito reduao dos custos e aumento do nvel de
servio.Portanto,fundamentalqueogerenciamentodoscanaisdedistribuiaosejaeficiente
paragarantirqueosprodutoscheguematoconsumidorfinalnotempocerto,naquantidade
certaenaqualidadedesejada.Apercepaogerencialdaqualidadedonvelseservioentreos
elos dos canais distribuitivos fundamental para descobrir gargalos existentes dentro do
processo de distribuiao e com isso aumentar a eficincia do processo. Atravs do estudo
realizadofoipossvelidentificarosgargalosexistentesdentrodosistemalogsticodaempresae
perceberoimpactoqueelescausamnaprestaaodeservioaoconsumidorfinal.Almdisso,o
estudomostrouquehporpartedosgestoresdaempresaapreocupaaodeestarsempreem
constantebuscapelaeficinciadosprocessos.
REFERENCIAL
1. BALLOU. Ronald H.Logstica empresarial: transporte, administraao de materiais e
distribuiaofisica:SoPaulo:Atlas,1993.
2. BERTAGLIA,PauloRoberto.Logsticaegerenciamentodacadeiadeabastecimento.2ed.
rev.atualSoPaulo:Saraiva2009.
3. BOUWERSOX, Donald J. Logstica Empresarial: O processo de integrao da cadeia de
suprimento.Sopaulo:Atlas,2001.
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CostandimprovingService,FinancialTimes/prenticeHall,2ed.GreatBritain1998.
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7. GIL,AntnioCarlos.Comoelaborarprojetosdepesquisa.SoPaulo:Atlas,2002.
8. LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. Metodologia Cientfica. Editora Atlas S.A 3 ed. So
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Elsevier,2007.1impresso.
10. HESKETT,JamesL.ControllingCustomerLogisticsService.InternationalJournalofPhisical
Distribution81971.
10
EMPREENDEDORISMOEDIFUSODAINOVAOTECNOLGICA:OAGENTEDEAPOIO
INOVAOCOMOAGENTEFACILITADOR
Costa,MrciodeSouza(PQ)
Administrador;InstitutoFederaldeSergipe(IFS)Reitoria
email:marcio.costa@ifs.edu.br
RESUMO
A mortalidade empresarial em micro e pequenos

negciostmsidoobjetodediscussoeformulaode
polticas pblicas por parte das autoridades
governamentais do pas, que tm concedido apoio e
tratamentodiferenciadoparaqueosempreendimentos
se desenvolvam, gerando lucros aos empresrios e
empregosPopulaoEconomicamenteAtivabrasileira,
oquetemfortalecidoossetoresdocomrcio,servioe
indstriadanao.Pormeiodequestionriosquevisem
apurar a gesto empresarial e o grau de inovao das
empresas pode ser gerado um relatrio contendo um
planodeaoparaapontaroportunidadesdemelhoria
para o negcio. Esse artigo mostra o resultado da
pesquisa realizada por um estudioso, ao qual se
denominou Agente de Apoio Inovao, que um
profissional graduado em administrao de empresas,

com conhecimento sobre gesto e na aplicao da
metodologia de inovao empresarial propagada pelo
Manual de Oslo (1997). Foram pesquisadas 04 (quatro)
MicroePequenasEmpresas,doramodeconfeces,na
cidade de Aracaju, nos setores de servio, comrcio e
indstria. Os resultados apontaram pela fragilidade na
gesto empresarial e pela pouca inovao que
empreendimentos desse porte possuem em suas
prticasempresariais,sejamelasnomodusoperandi,no
marketing,nosprocessosdeproduoounaprestao
de servios ao mercado. Concluise ainda que um
acompanhamento profissional mais prximo a esses
empreendimentos poderiam conduzilos a maior
inovaoepropensoaregistrarpatentes.
PALAVRASCHAVE:Empresas,empresrio,inovar,pesquisa,patente.
INTRODUO
OaltograudemortalidadeemMicroePequenasEmpresastemsidoestudadoeanalisadopor
entidadesgovernamentais,queenxergamnasMPEscondiesparaalavancareconomiaslocais.
Inovarvirousinnimodefazerdiferenteparaobtermaioresparcelasdemercadoelivrarse
daestagnaoquepodesucumbirumaempresaafalncia.
Semmuitodesprendimentofinanceiropossvelagradarosclientescomnovosmtodosde
produo e mquinas mais eficientes, que geram produtos e servios diferenciados da
concorrncia.
Ainovaofatordeterminanteparaquepequenosnegciospossamelevarsuasreceitase
aumentarsuaprodutividade.
A partir de questionrios estruturados possvel medir o grau de inovao de uma

organizao, bem como identificar oportunidades de melhorias que no tem sido bem
aproveitadas.
Atravs de um plano de ao bem delineado o empresrio pode entender que registrar a
marca de sua empresa no to complicado quanto parece e que a quantidade de recursos
disponibilizadospelasentidadesdefomentopesquisaparafinanciarnovosprodutosexigeno
maisqueumasimplesboaideiacomutilizaoprtica.
Com a inovao as possibilidades passam a se abrir mais para a criao de patentes, bem
comoparameioscriativosdeutilizaromarketingeoapoiodeferramentasdegesto.
Esse artigo resultado da aplicao de questionrios de pesquisas para medir o grau de
desenvolvimentode04(quatro)empresassergipanas,atravsdeindicadoresqueconsiderama
gestoempresarialeoselementosinovadoresqueelasdisponibilizamaopblico,emvantagens
competitivasquepodemsermedidasatravsdametodologiadisseminadapeloManualdeOslo
(1997).
MATERIALEMTODOS
Do universo de empresas legalizadas no territrio sergipano, buscouse no mercado 04

(quatro) Micro e Pequenas Empresas, cujas atividades econmicas fossem relacionadas s
atividadesdeconfecesequeestivesseminteressadasemseralvodepesquisa.
Essa etapa correspondeu anlise do cadastro de empresas junto base de dados do
SEBRAE/SE, com empreendimentos que demonstraram prdisposio na oportunidade de ser
pesquisadas.
Aps essa etapa, com as empresas j tendo sido contatadas e concordando em ceder
informaes, foram realizados diagnsticos empresariais e de aferio do grau de inovao,
atravsdequestionriosestruturados.
Os diagnsticos foram elementoschaves para verificar os pontos fracos, pontos fortes, as
oportunidadeseameaasenfrentadaspelasMPEs,paraassimpoderdirecionarosgestoresem
direosmelhoressoluestcnicasaseremadotadas,tendoemvistaacorreodosrumosda
organizaoaumagestoinovadora.
Oquestionriodediagnsticoempresarialfoidividoemtpicos:
a) Tcnico/econmicas histrico de participao do empresrio em outras empresas,
eventuais usos de emprstimos bancrios ou se a empresa planejava pleitear algum
financiamentoparaaplicaremdesenvolvimentodeprojetosdepesquisa;
b) Gestoempresarialestratgiaseplanos,parceriasfirmadas,finanasecustos;
c) Gestoambientalaplicaodalegislao,existnciadeprojetosdereciclagem,eventual
planodetratamentoderesduos;
d) Designinteresseemdesenvolvimentodeprodutos,patentes,registrodemarcas;
e) TecnologiadaInformaodesenvolvimentodesoftwaresespecficos,sistemadegesto
integrado;
f) GestodaInovaooutrascaractersticasatinentesinovaonavisodogestor,como
aquisio de mquinas e equipamentos, histrico da empresa em relao a lanamentos de
produtostecnologicamentenovosouaprimorados,diferenciaiscompetitivosdaempresa;
g) Gesto produtiva grau de automao da empresa, reduo de desperdcio, sade e
seguranadotrabalho,metrologia,qualidade(5S,certificaodeprodutos/processos).
Joquestionrioparadiagnosticarograudeinovaousouumametodologiaelaboradaem
funodoManualdeOslo,atravsdabuscaderespostasaumasriededimensesdispostasna
obra,asaber:
a) Ofertanovosprodutos,respostaaomeioambiente,design,inovaestecnolgicas;
b) Plataformasistemadeproduo,Versesdeprodutos;
c) Marcaproteodamarca;
d) Clientesidentificaodosclientes,usodamanifestaodosclientes;
e) Soluessoluescomplementares,integraoderecursos/produtos/servios;
f) Relacionamentoinformatizaoparaserelacionarcomosclientes;
g) Agregaodevalorusodeprodutoseprocessosjexistentesparaadotarnovasformas
degerarreceitas;
h) Processos melhoria dos processos, sistemas de gesto, certificaes, softwares de
gesto,aspectosambientais,gestoderesduos;
i) Ambincia inovadora uso de consultorias ou de apoio de entidades, participao da
empresa em eventos e associaes tcnicas, produtos patenteados, know how, pagamento de
royaltiesporinvenes,usodeprogramasdeapoiodogoverno.
Aetapaseguintecorrespondeuaelaboraoderelatrios,produzidosapartirdasrespostas
aosquestionrios.
A partir do relatrio foi efetuado um plano de ao, no qual foram listadas as aes que
deveriamserexecutadasparaqueainovaofosseefetivadanaorganizao.
Porltimo,jcomoplanodeaodispostoeemplenoacordocomosempresrios,houvea
sintonizaodaempresacomasoluo.
Ouseja,proporcionousquatroempresasoptarportrabalharalgunspontoslistadosnoplano
de ao, os quais foram livremente acordados entre os empresrios e o Agente de Apoio
Inovao.
EmcasodeseconstataroutrosproblemasnagestoempresarialemqueoInstitutoFederal
deSergipenopossusseknowhowsuficienteparasolucionar,aempresaseriadirecionadapara
buscarsoluesjuntoaoSEBRAE,SENAI,SENACedemaisentidadespromotorasdainovaono
estadodeSergipe.
RESULTADOSEDISCUSSO
Paraefeitosdemensuraoemelhorentendimento,resolveusedistribuirosresultadosdas
04(quatro)empresaspesquisadasdeformaagrupadaemfunodosquestionrios.
Assim, primeiramente identificamse os resultados gerais obtidos com o diagnstico
empresarial e aps, de forma agregada, explicado o resultado da aplicao do questionrio
graudeinovao,paraemseguidarealizaradiscussosobreaviabilidadedosdiagnsticosna
identificaodeoportunidadesdemelhoriasparaessasempresas.
Comojfoimencionado,asquatroempresasoperamnoramodeconfeces,pormofertam
produtos/serviosdiferentesentresi,nosendoconcorrentesdiretasumasdasoutras.
A empresa 1 produz e comercializa modinha feminina, como camisetas, vestidos, blusas,
calas e shorts de modelos variados. Seu diferencial competitivo fornecer produtos voltados
paramulheresacimadopeso.
A empresa 2 fabrica e comercializa jalecos feitos com exclusividade, inclusive com detalhes
sobmedidaparaosclientes.
Aempresa3oferecetreinamentoemcorteecostura.Seudiferencialpossibilitaraosalunos
acesso ao armarinho e malharia instalados na empresa, assim como prestar consultoria a
negciosdosegmentotxtiledeconfeces.
A empresa 4 est inserida no segmento de uniformes profissionais e ternos sociais. O
diferencialdonegcioapossibilidadedeproduzirpeascomcorteseacabamentosdesenhados
pelosprpriosclientes.
Emrelaoaodiagnsticoempresarial,naEmpresa1asreasmaisdistantesdasituaoideal
esto ligadas reduo de desperdcio, liderana, estratgias e planos. Tais aspectos tiveram
baixapresenanonegcio.
Verificouse que a empresa deficiente em adotar procedimentos que visem melhorar a
destinao final de seus resduos, bem como monitorar com mais efetividade o estoque de
matriaprimaeconsumodeenergiaegua.
Planejamentoecapacidadedelideranasooutrosfatoresquemerecemanlise.Aempresa
precisaacompanharmelhorasnovasformasdegestoparaagregarvaloraseusprodutos,bem
comoengrandecersuamarcaeimagemnomercado.
Na Empresa 2 as reas mais distantes da situao ideal foram identificadas como estando
ligadasaestratgiaseplanos,gestoambiental,reduodedesperdcio,sadeeseguranano
trabalho,metrologia,qualidadeegestodainovao.
NaEmpresa3asreasmaispreocupantesestoligadasparcerias,reduodedesperdcio,
estratgias e planos. Tais aspectos apresentaram presena relativa baixa, constatando que a
empresapoucoeficienteemmonitorarcomoestoquedematriaprimaeconsumodeenergia
egua,bemcomoapresentadificuldadeembuscarparceirosparapromoversuaparticipaono
mercado.
Estratgiaseplanossooutrosfatoresquemerecemanlise.Assimcomoaempresa1,este
empreendimento precisa acompanhar mais com mais nfase as novas formas de gesto para
agregarvaloraseusservios,bemcomoengrandecersuamarcaeimagemnomercado.
NaEmpresa4asreasmaisdistantesdasituaoidealestoligadasqualidade,metrologia,
finanasecustos,sadeesegurananotrabalho,tecnologia,estratgiaseplanos.Estesaspectos
constataramqueaempresanoestatentademodoeficazsnormasdeproduo,bemcomo
sleisvigentesdaentregadoprodutoaoconsumidorfinal.
Aempresapoucoeficienteemfazercontrolesfinanceiros,mensurarcustosedespesasque
incidemsobreaformaodopreoeemutilizarmecanismosdeinformticaparaorganizaredar
maiorpraticidadeaosrecursosdequedispe.
Recentemente, o empreendimento utilizou consultoria em sade e segurana no trabalho.
Porm,duranteaaplicaododiagnsticonoforamevidenciados,porexemplo,aexistnciade
extintores de incndio nas instalaes ou utilizao de equipamentos de proteo sade dos
trabalhadores.Fatoresquepodemcomprometeraqualidadedevidadasfuncionrias.
Jemrelaoaodiagnsticograudeinovao,dasdimensesanalisadasaquelasquetiveram
maisassertividadedentrodoconjuntodas04(quatro)empresaspesquisadas,ouseja,osmeios
maisusuaisdepromoverainovaoatualmentepelasempresaspesquisadasso:
Em primeiro lugar, a Dimenso Plataforma, que trata da habilidade em utilizar os recursos
semelhantes dentro da prpria empresa, como mquinas, tecidos, recursos humanos, para
oferecerdiferentesprodutos/serviosaomercado.
Constatouse que as empresas pesquisadas possuem em suas linhas de fabricao, ou no
oferecimentodeserviosaosclientes,diversificadosmeiosdeoferecervaloragregadoaocliente,
o principal referese ao uso de tecidos e recursos humanos para gerar peas com diferentes
corteseacabamentos,oquetornaoempreendimentoinovadordentrodoseumeiodeatuao,
segundooManualdeOslo(1997).
A Dimenso Relacionamento outra que teve destaque. Originalmente denominada de
experinciadocliente,levaemcontatudoqueoconsumidorv,ouve,senteouexperimenta
dealgummodo,aointeragircomaempresaemtodososmomentos.(ManualdeOslo,1997).
Email, site, vitrine para exposio de produtos, catlogos foram os principais itens listados
nessadimenso.
A Dimenso Marca assumiu importncia no conjunto de respostas como sendo uma
ambincia inovadora nas empresas pelo fato dos empreendimentos terem alavancado outras
oportunidadesdenegcioouusaroutrosnegciosparavalorizaramarca.
Aempresa2,porexemplo,possuiamarcaregistradanoINPIeaplicaaidentificaovisualem
suasoperaes,comofachada,site,cartodevisita,talodenotafiscal.
Observase que as dimenses que no atingiram assertividade alta no questionrio so
aquelasquemaisnecessitamdeaescorretivas,paraaumentarainovaodentrodonegcioe
evitarquealgumasreassesobressaiamemrelaosdemais.
Atravsdasrespostasaosquestionriosenofinaldorelatrio,quandotraadoumplanode
ao, caracterizamse os problemas que precisam ser corrigidos e os resultados que se espera
alcanar.
As04(quatro)empresasfizeramopoporaessimples,comocapacitaoempresarialno
SEBRAE,emcursoscomoatendimentoaoclienteoutcnicasdevendas.
Devido ao escasso tempo para aplicar os questionrios, montar relatrios, propor aes s
empresas e acompanhar o processo de inovao empresarial, no se obteve resultados
significativos evidentes da inovao aps as sugestes oferecidas, nem se mensurou de que
formaoimpactodasaesauxiliounamelhoriadaprodutividade,lucro,satisfaodeclientese
geraodeempregos.
CONCLUSES
Oestudofeitocomas 04(quatro)empresasdoramodeconfecesdemonstrou umacerta

singularidade quando aplicado o questionrio grau de inovao, devido ao fato de que elas
operamemumambientedenegciosmuitoprximo.
Alm disso, verificouse que as empresas pesquisadas possuem baixo grau de inovao,
devido a restries de mercado e por no possurem recursos avantajados para pesquisa e
desenvolvimento de produtos, sendo esse tipo de aplicao mais voltado para empresas de
grandeportenoestadodeSergipe.
Pelo fato de no possurem departamentos de P&D, tais empresas operam com aplicaes
voltadasparaocotidianoeobservandotendnciasquesurgemcomosprogramasdeTV,revistas
emdiaseletrnicas.
O diagnstico empresarial constatou diversos problemas relacionados a gesto da Micro e
PequenaEmpresa,sobretudoapoucaeficinciaemlidarcomaspectosfinanceirosequalidade
nafabricaodosprodutosacabadosenosestoquesdostecidos,malhaseaviamentos.
Assim,constatasequeousodequestionriostornasevivelparadescobrirpontosfracose
ameaas,visandoaneutralizlos,eliminlosoutornlospontosfortesparaonegcio.
Isso ocorre atravs do plano de ao, que se bem aproveitado poder levar os
empreendimentosaseremmaisinovadorestecnologicamenteepropensosaparticipardeeditais
parafinanciamentosdeequipamentos,mquinasoumesmoregistrarpatentes.
AGRADECIMENTOS
AgradecemosPROPEXdoInstitutoFederaldeSergipepelabolsaparafinanciaroProjetode
PesquisadoTcnicoAdministrativoPPTA.
REFERNCIAS
Manual de Oslo. Diretrizes para coleta e interpretao de dados sobre inovao. 3. ed. Paris:
OCDE,1997.
UTILIZAODASREDESSOCIAISCOMOFORMADEINTEGRAOESCOLAR
L.R.R.Silva(TL);L.R.R.Silva(TE)2;M.V.D.deAssuno(DC)3.
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusSoGonalodoAmarante.email:
laura-rodolfo@hotmail.com, liviarodolfo@hotmail.com, marcus.assuncao@ifrn.edu.br
(TL) Discente do curso Tcnico em Logstica
(TE) Discente do curso Tcnico em Edificaes
(DC) Docente do curso Tcnico em Logstica
RESUMO
As redes sociais favorecem a comunicao entre

pessoas, em tipos de contextos variados, e so
consideradasumaferramentarelevantenoprocessode
comunicao, socializao e integrao no mbito
escolar. O objetivo do artigo analisar os impactos da
utilizao das redes sociais por parte de alunos e
servidores, em geral, do Instituto Federal de Educao,
Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN)
Campus So Gonalo do Amarante. A metodologia

utilizada na pesquisa descritiva de cunho qualitativo,
utilizandose de entrevistas semiestruturadas para
obteno dos resultados. Os principais resultados
denotam uma elevada utilizao das redes sociais por
partedosservidoresealunos,integrandoacomunidade
escolar.
PALAVRASCHAVE:Redessociais,escola,integrao.
SOCIALNETWORKSUTILIZATIONLIKESCHOOLINTEGRATION
ABSTRACT
Social networks foster communication between
people in different kinds of contexts, and are
considered an important tool in communication,
socializationandintegrationintheschoolprocess.
The objective of this paper is to analyze the
impacts of the use of social networks for students
and servers in general, the Federal Institute of
Education, Science and Technology of Rio Grande
do Norte (IFRN) Campus So Gonalo do

Amarante.Themethodologyusedintheresearchis
descriptivequalitativestudy,usingsemistructured
interviews to obtain the results. The main results
denote a high utilization of social networks by
servants and students, integrating the school
community.
KEYWORDS:Socialnetworks,school,integration.
UTILIZAODASREDESSOCIAISCOMOFORMADEINTEGRAOESCOLAR
INTRODUO
Partindodoprincpiodequecomunicaosocialoestudodofuncionamentodarelao
entreasociedadeeosmeiosdecomunicaodemassa,quaissejam:revista,jornal,televisoe,
principalmente, a internet que nos aportamos a falar acerca da relevncia da comunicao
social. Esta, com as tecnologias da informao e da comunicao, vm evoluindo
aceleradamente,ditandonovasformasderelacionamentoescolar.
Vivenciaseaeradosavanosdainformaoecomunicaoconstante,queexigemcada
vezmaisdoindivduoaapropriaoeintegraodessesconhecimentos.Jnosepodeignorar
essa realidade e, em particular, o impacto que as redes sociais causa na vida dos jovens em
termos de comunicao social. A utilizao da tecnologia, na escola, fazse necessrio, pois
alunos,professoresefuncionriosestovivenciando,dentroeforadela,grandequantidadede
recursos tecnolgicos (computador, celular, tablets, entre outros). Com estes, a quantidade de
informaovemaumentandoacadadia,fazendocomqueautilizaodastecnologiastornese
indispensvelparaampliaodosrelacionamentos,trocadeinformaesecompartilhamentode
conhecimentos.
Nesse contexto, surgem as redes sociais como: Facebook, Twitter, Myspace, Linkedin e
Youtube. Ferramentas que vieram revolucionar a rea da comunicao social, permitindo que
vrios tipos de contedos sejam criados ou compartilhados com velocidade. Possibilitando aos
usuriosumagamaderecursostantoparaoentretenimento,comoparaotrabalhoacadmico,
taiscomo:criaesdegruposespecficos,ondefuncionrios,alunoseprofessorespodero,no
somente,podeminteragir,masvivenciarrelacionamentosvirtuais,pessoaiseinterpessoais.Tudo
isso, dever configurarse em uma verdadeira revoluo no processo de comunicao social
entreaspessoasquefazempartedainstituio.
Este artigo tem como objetivo analisar os impactos da utilizao das redes sociais por
partedealunoseservidores,emgeral,doInstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiado
RioGrandedoNorte(IFRN)CampusSoGonalodoAmarante.Evidenciandoaimportnciada
comunicaosocial,emrede,comoformadeintegraoescolar.
REFERENCIALTERICO
As redes sociais foram inseridas na sociedade por meio de desenvolvimento das

tecnologias, sobretudo, a partir doadvento da internet. Estas viabilizam a criao da interao
socialapartirdeelosentreosinternautasnociberespao.Aqui,temseaconcepodoque
rede,emsuaessncia,social.Fazsecomocomunidadesvirtuaisorganizadasemtornode um
interesse ou finalidades compartilhadas, onde h interao comunicativa auto definida
(CASTELLIS, 1999). Desse modo, guiase esta anlise a partir da concepo do autor e cientista
espanhol, Manuel Castellis, quando defende que as redes so canais virtuais, nos quais os
indivduoscompartilhamseusvaloreseinteressescomunspormeiodainteraoentresi.
Do mesmo modo que Castellis (1999), o jornalista americano Rheingold (1996, P.20)
afirma que a expresso comunidade virtual serve para designar grupos de pessoas que se
relacionamnociberespaoatravsdelaossociais,ondehajainteressescompartilhados,sentido
de comunidade e perenidade nas relaes. Ademais, as comunidades virtuais tornamse
ferramentas fundamentais no campo da educao, no sentido de promover e, principalmente,
fortalecer a interao e socializao escolar. No livro TECNOLOGIA EDUCACIONAL: DESCUBRA
SUASPOSSIBILIDADESNASALADEAULA,Leite(2010)ressalvaque:
Atecnologiadeveestartambmnasnossasescolas.Assimcomoatecnologiaparauso
do homem expande suas capacidades, a presena dela na sala de aula amplia seus
horizonteseseualcanceemdireorealidade...[...]Apresenainegveldatecnologia
emnossasociedadeconstituiajustificativaparaquehajanecessidadedesuapresena
naescola.(LEITE,p.7,p.13,2010)
Partindo da viso de Leite (2010) sobre as tecnologias, as quais, constituemse como

imprescindveisnombitoescolar,podeseacrescentarqueaaprendizagememsaladeaulafaz
se como consequncia do relacionamento saudvel entre alunos, professores e servidores em
geral,consolidadomedianteousodasredessociaisinterativastecnolgicas.Portanto,essenovo
meiodecomunicao,enquantoferramentadeinteraoesocializao,apresentasedentroe
fora da sala de aula, abrangendo, desse modo, todos os setores da escola: biblioteca,
laboratrios,grmioestudantil,apoioacadmico,refeitrio,recepo,diretoriaentreoutros.
Almdisso,asredessociaistornamseumcampoamploe,principalmente,livresparaa
circulaodeinformaesquenoestorelacionadasapenascomasdisciplinaspropeduticas,
mascomdiversosassuntosquepermeiamanossasociedade.
Diante disso, a comunidade virtual amplia, no mbito escolar, os horizontes da
informaoedaaprendizagemcooperativa,medidaquesefazcomoumespaodemecanismo
deideias,discusseseposicionamentocrticosacercadeassuntosinerentessociedadecomo:
corrupo,criminalidadeemeioambiente.Estasdiscussesproporcionamacriaodeumateia
de posicionamentos diferentes sobre determinados assuntos formando uma nica rede de
opinies que caracterizase em inteligncia coletiva. Para melhor entendimento deste conceito
usase a viso de Pierre Lvy sobre inteligncia coletiva, sendo como: ... uma inteligncia
distribudaportodaparteincessantementevalorizada,coordenadaemtemporeal,queresulta
emumamobilizaoefetivadascompetncias(LVY,p.38,1998).Essasinformaespodemser
veiculadas por meio de postagens, compartilhamentos, batepapos em redes sociais como
Facebook,Youtube,WatsApp,Twitter,Myspaceentreoutros.
Emoutraspalavras,almdosindivduosquecompemoambienteescolarestabelecerem
uma comunicao dentro da escola, tero, tambm, atravs das redes, o fortalecimento da
proximidadedoscontatosvirtuaisdeformaeficazemaiseficiente.EdigarMorin,consideradoum
dos maiores intelectuais contemporneos, diz que A tecnologia agiliza processos e,
principalmente, a busca pela informao; dessa forma, criamse no usurio novos tipos de
percepoeritmos(MORIN,2002).IssotambmseconfirmanavisodeCarlosSeabraquando
diz que Hoje, so poucas as pessoas que ainda se correspondem por meio de cartas. A
comunicaocomqualquerpartedomundoestmuitomaisrpidaedinmica(SEABRA,P.6,
2010).
Outropontorelevantenestaanliseaperceptvelutilizaodaliberdadedeexpresso
existentenasredessociais,dandooportunidadeparaseususuriosfalaremoquepensamsem
temor. Mesmo aquelas pessoas que possuem dificuldades nos relacionamentos presenciais,
encontram um espao atraente nas redes. Desse modo, as comunidades virtuais, mudando a
concepo de relacionamento pessoal, pode mudar tambm a concepo de relacionamento
interpessoal,nosentidodemaispessoasinteragirementresi,transformando,assim,oconvvio
no mbito escolar. Neste sentido, podese destacar a concepo de Adriano Teixera quando
afirmaque:
[...] as TRs trazem em si caractersticas que as diferenciam radicalmente das demais

tecnologias, permitindo apropriao crtica, protagonista e contrria lgica
verticalizada das mdias de massa, possibilitando a valorizao cultural e o
estabelecimento de processos de aprendizagem baseados numa cultura de rede
(TEIXERA,p.20,2010).
Assituaesetrabalhosbemelaboradoscomrelaesdeforteinteraogeram,emum
espao,umatransformaonosdeumindivduo,masdogrupocomoumtodo.Arealizao
deboasprticasnasrelaesentreaspessoasfazcomqueelasfortaleamsedeformacoletiva
e,consequentemente,tornemoambienteescolarpropiciopararesultadospositivos.Madgeet
al.(2009)apontaqueoalunoseenvolveemconseguirastarefasdeaprendizadopassadaspela
rede; Pasek e Hargittai (2009) afirmam que o aluno desenvolve uma atitude positiva sobre
aprendizadoeTeixeira(2005)dizque,noambienteescolar:
devehaverumatensoentreosabereosaberfazerdadimensocontedoeosaber
fazerquedenominamosacadmicaquetrataexatamentedascompetnciastransversais
para o ofcio do aluno, que so atitudes hbitos que o levam a aprender a aprender.
(TEIXEIRA,p.23,2005).
AutilizaodosresultadosdessaanlisetonasepossvelascontribuiesparaoInstituto
Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte campus So Gonalo do
Amarante,enquantoestudodepesquisasobreainteraoesocializaoescolar,pormeiodas
redessociais.
METODOLOGIA
Opresenteestudotemcarterdescritivoeconsisteemumapesquisadecamposobrea
utilizaodasredessociaiscomoformadeintegraoescolarnoInstitutoFederaldoRioGrande
doNorte(IFRN)campusSoGonalodoAmarante.Partindodoprincpiodequeessetipode
pesquisa desenvolvido nas cincias sociais e que o pesquisador, atravs de questionrios,
entrevistas,observaes,coletaseusdados,investigandoospesquisadosnoseumeio.quese
prope um questionrio aberto, via entrevista, com alunos, funcionrios e professores da
instituio,conformeQuadro1.
Quadro1Questionrioutilizadonapesquisa
PesquisadeCampo
1
Vocfazpartedealgumgruposocialvirtual
Dequeformaasredessociaiscontribuemparaainteraoentreosindivduos
nocampus
Comquefrequnciavocutilizaasredessociais
Quantotempo,emmdia,vocpassaconectadoumaredesocial
Comoasredessociaispodemfacilitaracomunicaodosfuncionrios,
professoresealunosnocampus
Asredessociaispodemserutilizadascomomeiodeaprendizagem
Fonte:Dadosdapesquisa,2014.
Para este fim, pessoas que representam diferentes categorias nesse Instituto Federal
foram selecionadas, como: professores, alunos e funcionrios. Objetivando ressaltar a
importnciadautilizaodasredessociaiscomoformadeinteraosocialeintegraoescolar.
Paraefeitosdestapesquisa,foramutilizadososcdigoscominiciasA(alunos)eS(Servidores).
DISCUSSES
No intuito de se obterem os resultados foram direcionadas as seguintes questes aos

pesquisados: Voc faz parte de algum grupo social virtual? De que forma as redes sociais
contribuemparaainteraoentreosindivduosnocampus?Comquefrequnciavocutilizaas
redes sociais? Quanto tempo, em mdia, voc passa conectado a uma rede social? Como as
redessociaispodemfacilitaracomunicaodosfuncionrios,professoresealunosnocampus?
Asredessociaispodemserutilizadascomomeiodeaprendizagem?
Na primeira questo, quando interpelados, todos os pesquisados afirmaram fazer parte
de algum grupo social virtual, assim, evidenciase a presena constante desse meio de
comunicao,nestainstituio,comofatoconsolidadoemrelaoutilizao.
Para o segundo questionamento, foram observadas duas respostas oriundas de
servidoresdainstituioemquesto,bemcomoumarespostadeumaaluna:
autilizaodasredessociaiscontribuiparaainteraodosindivduosnocampus,pois
ummeiomaisrpidodecomunicarseeinteragircomaspessoas.(S1)
contribuem de maneira atuante e positiva, pois uma ferramenta de rpido e fcil
acesso.(S2)
contribuibastanteparaacomunicaoentreoscursos,alunosefazcomquepossamos
conhecernovaspessoas.(A1)
Apartirdasrespostas,reforaseaideiadeManuelCastells(2000)quandodizque:(...)
sociedades especficas em contextos especficos, podem atingir os seus objetivos e realizar os
seus valores, fazendo uso das novas oportunidades geradas pela mais extraordinria revoluo
tecnolgicadahumanidade:redessociais(CASTELLS,p.05,2000).
Quandoperguntadosacercadafrequnciadautilizaodasredessociaiseaquantidade
de horas que, em mdia, ficavam conectados, muitos responderam passar mais de trs horas
conectadosumarede,comopodeseobservarnarespostadoA2:
utilizoasredessociaisdiariamenteeficoconectadocercadetrshorasemeiapordia.
Indagados de como estas comunidades virtuais facilitam a comunicao entre funcionrios,

professores e alunos no campus, os servidores (S3) e (S1) discorreram sobre suas percepes,
respectivamente:
Umainformaoveiculadaemumaredesocialatingemaisgente,doqueesperarfalar,
individualmente,comcadapessoa.
mais uma ferramenta de comunicao que deve ser usada para interao dos
indivduos.
Asreferidasrespostas,anteriormentecitadas,comprovamavisodeEdgarMorin(2002)
quandodizqueAtecnologiaagilizaprocessose,principalmente,abuscapelainformao;dessa
forma, criamse no usurio novos tipos de percepo e ritmos (MORIN, 2002). Ainda sobre a
questo, Almeida (2013) enfatizaque a comunicao demuitas para muitas pessoas ocorre na
criao de um grupo virtual, como o caso de comunidades colaborativas em que todos
participamdacriaoedesenvolvimentodacomunidade.
J no questionamento sobre as redes sociais utilizadas como meio de aprendizagem, o
aluno(A1)afirmaque
Comainteraoentrealunoseprofessores,alunoscomprpriosalunos,assim,podemostirar
dvidas,transmitirconhecimento,entreoutros.
Enquantoaaluna(A2),corroborandocomoquejforaditopeloaluno(A1)entendeque:
procurooprofessoronlineparatirarminhasdvidassobredeterminadoassunto.
De acordo com Madge et al (2009) o aluno se envolve em conseguir as tarefas de

aprendizadopassadaspelarede.Sendoassim,fortaleceasprticasdeaprenderaaprenderno
ambienteescolar,comoafirmaTexeira(2005)quandodiztambmquedevehaverumatenso
entre o saber e o saberfazer da dimenso contedo e o saberfazer que denominamos
acadmica,paracorroborartaisafirmao,acrescentaseoconceitodeBourdieu(1990),que
representativodeumaconceporeprodutoradeescola,emqueessareproduzomeioe,assim,
criarotinasehbitosquegarantemumafiliaocomosistemamaior.
CONSIDERAESFINAIS
A partir das discusses evidenciadas, nesta pesquisa, podese tecer algumas

consideraes finais sobre o uso das redes sociais, como instrumento de integrao e
socializaonoInstitutoFederaldoRioGrandedoNorteIFRNnomunicpiodeSoGonalodo
Amarante.Constatouse,defato,umarepresentatividadesignificativaquantoaousodasredes,
tantoparaoentretenimentocomoparainteressesacadmicos.
Evidenciouseofortalecimentodacomunicaoentreprofessores,alunosefuncionrios.
Essemodeloderelacionamentojencontrado,nainstituio,pormeiodeformaodegrupos
sociaisouno,permiteinteratividadeentreosquefazemestacomunidade.Alunospostamnas
redes, no somente assuntos pessoais, mas tambm temas acerca de interesses acadmicos,
como por exemplo, a postagem textos, organizao online para fazer trabalhos e receber
informaesdocotidianoescolar.
Em suma, interessante expandir polticas educacionais, dentro da instituio, que
sinalizem,aindamais,paraumrelacionamento,interativoecolaborativodosalunos,funcionrios
e professores nas redes sociais. Visto que os relacionamentos pessoais e interpessoais online
vieramparaficar,tantonoaspectoacadmico,comoparaoentretenimento.Essefatotraduzse
em um processo contnuo de aprendizagem atravs da insero das tecnologias da
comunicao e informao, especialmente no que tange ao uso das redes sociais no ambiente
escolar.
REFERNCIAS
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CASTELLS,Manuel.ASociedadeemRedeAeradainformao:economia,
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203p.
LOGSTICANASESCOLAS:UMAPERSPECTIVANOMUNICPIODESOGONALODOAMARANTE
R.F.P.dosSantos(TL);A.F.Barbosa (TL);M.V.D.deAssuno(DC).
InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadoRioGrandedoNorte(IFRN)Campus
SoGonalodoAmarante.Email:renatofernando.tec@hotmail.comabners77@hotmail.com
marcus.assuncao@ifrn.edu.br
(TL) Discentes do curso Tcnico em Logstica
(DC) Docente do curso Tcnico em Logstica
RESUMO
Oobjetivoprincipaldestetrabalhofoianalisaro
usodaLogsticanasescolaspblicasdaredemunicipalde
SoGonalodoAmaranteRN,nointuitodedescobrir
seoqueestsendofeitonaprticaestdeacordocom
os conceitos definidos pelos principais autores da
Logstica. Para a consecuo dos objetivos propostos,
optouseporumestudoqualitativo.Quantoestratgia,
oestudoassumiuaformadeestudodecaso,emqueos
dados foram coletados por meio da realizao de uma

entrevista semiestruturada. Por meio da anlise das
respostas obtidas, percebeuse que uma das escolas
apresentava o bom uso dos conceitos logsticos, j a
segundaescolavisitadaapontouresultadosnegativosem
relaoaprimeira,comumamutilizaodalogsticae
atividadespoucoeficientes.
PALAVRASCHAVE:Logstica,Conceitos,Instituies,Escolas
LOGISTICSINSCHOOLS:APERSPECTIVEINTHEMUNICIPALITYOFSOGONALODOMARANTE
ABSTRACT
Themainobjectiveofthisstudywastoanalyze
theuseoflogisticsinthepublicschoolsofthecityofSo
GonalodoAmaranteRNinordertofindoutifwhatis
being done in practice is consistent with the concepts
definedbythemainauthorsofLogistics.Toachievethe
proposedobjectives,wechoseaqualitativestudy.Asfor
strategy,thestudytooktheformofacasestudy,inwhich
data were collected by conducting a semistructured

interview.Throughtheanalysisoftheresponses,itwas
noticedthatoneoftheschoolshasgooduseoflogistic
concepts, while the second school visited showed
negativeresultsforthefirst,withamisuseoflogisticsand
inefficientactivities.
KEYWORDS:LogisticsConcepts,Institutions,Schools
LOGSTICANASESCOLAS:UMAPERSPECTIVANOMUNICPIODESOGONALODOAMARANTE
INTRODUO
Consideraseaeducaoumdossetoresmaisimportantesparaodesenvolvimentodeum
pas,poisatravsdageraodeconhecimentosqueumpascresce,aumentandosuarendaea
qualidadedevidadaspessoas.EmboraoBrasiltenhaavanadonestecamponosltimosanos,
aindahmuitoparaserfeito.Aescolasetornouumlocaldegrandeimportnciaparaaascenso
socialemuitasfamliastminvestidonestesetor.
Entretanto,algunsnmerosmostramqueosistemaeducacionaldoBrasilestlongedeser
um dos melhores. O Programa Internacional de Avaliao de Estudantes (PISA), que mede o
desempenhodealunosde65pasesemmatemtica,cinciaseleituraacadatrsanos,revelaque
em2012oBrasilocupavao58lugarnorankingmundial.Umpossvelfatorcontribuinteparaesse
nmeroofatodeapenas4,5%doprodutointernobrutobrasileiroseremdestinadoseducao
do ensino infantil ao ensino mdio. Alm disso, 34% dos alunos que chegam ao 5 ano de
escolarizaoaindanoconseguemler,e20%dosjovensqueconcluemoensinofundamental,e
quemoramnasgrandescidades,nodominamousodaleituraedaescrita(TodospelaEducao,
2011).
Muitas escolas do Brasil ainda enfrentam srios problemas como carncia em sistemas
eficientesdeaperfeioamento,capacitaoeeducaocontinuadaparaprofessores,burocracia
emexcessonaadministraoescolar,elevadosndicesderepetncia,principalmenteemregies
maiscarentes,baixapermannciadosalunosnasescolas(mdiade4horasdirias),altastaxasde
abandonoereprovaodealunos.
Frenteaosdados,observasequeosistemaeducacionalbrasileiropadececomafaltade
ateno.Essesetor,quepodeserasoluoparaamaioriadosproblemasdestepas,aindasofre
com a m administrao dos recursos. Logo, pelo costume da populao, a culpa pela m
formao dos alunos tende a cair sobre o profissional docente. As crticas externas ao sistema
educacionalcobramdosprofessorescadavezmaistrabalho,comoseeles,porsis,tivessemque
resolver todos os problemas sociais. No entanto, um dos motivos responsveis pela falta de
infraestruturaescolaradvmdeumamadministraodosgestorespblicos.
Existem ferramentas que podem ajudar na resoluo desses problemas. Uma delas a
Logstica que, segundo Ballou (1993), a rea da gesto que trata de todas as atividades de
movimentao e armazenagem, que facilitam o fluxo dos produtos. Assim como dos fluxos de
informaesquecolocamosprodutosemmovimento,comopropsitodeprovidenciarnveisde
servio adequados aos clientes a um custo razovel. Tudo isso contribui para uma melhor
organizaodediversasreasdeumainstituiodeensinopblico,visandosemprealcanarmaior
eficinciaeeficcianasoperaesrealizadas.
Diantedoexposto,oobjetivodapesquisaanalisarousodosconceitosdeLogsticaem
duasescolasdomunicpiodeSoGonalodoAmarante(RN)e,apartirdessaanlise,compararos
processosdessasescolascomoquepreceituamosprincipaisautoresdaLogstica.
REFERENCIALTERICO
Nos ltimos anos, temse cada vez mais se ouvido falar em Logstica. Muitas pessoas
acreditamquealogsticaestrelacionadasomentecomtransporte,pelofatodenormalmente
este nome estar estampado nos caminhes das empresas responsveis por entregar produtos.
Muitosnotmnemumamnimaideiadoqueseja,eoutrosachamquealgoapenasrelacionado
comlgica,oquedemonstraafaltadeesclarecimentoporpartedapopulaobrasileira.Porm,
oquemuitosnosabemquealogsticaestpresentenocotidianodaspessoasnosimplesato
dearrumarnossasroupasnoarmrioeascomprasdacasa,notransportequeutilizamosparair
aotrabalho,naorganizaodosnossoshorrios,etc.
Alogsticaestemdestaqueatualmente,evemsetornandoumadasreascentraispara
asorganizaes,devido asuaimportncianocenriodastransformaes,impulsionadaspelos
avanostecnolgicos,easintegraescomerciaisefinanceiras.
Estereconhecimentoderivadodopotencialdalogsticaemagregarvaloresnabuscapor
maiorcompetitividade,maiordesenvolvimentotecnolgico,maiorofertadeprodutoseservios
adequadossexpectativasdosclientes.Juntocomisso,aglobalizaoeanecessidadedereduzir
os custos com as entregas, distribuio e armazenagem ampliam a importncia da logstica.
SegundoBowersoxeCloss(2001),paraexecutarasoperaeslogsticas,nosEstadosunidos, o
custofoideumpoucomenosdoque10%doseuPIB(ProdutoInternoBruto).Assim,percebese
que a logstica apesar de pouco notada pela sua omitida forma de agir, essencial para a
sobrevivnciadeumasociedadeequesuaimportnciaexplcita.
Comissoasempresassendodegrandeoupequenoporte,estoadotandoaoseucotidiano
vrios pensamentos logsticos, j que a Logstica fundamental para a construo de uma
organizao que tem como objetivo ofertar um bem ou servio com o mximo de qualidade,
eficinciaeeficciapossvel.
E ainda, o surgimento cada vez mais de concorrentes algo que preocupa muito as
empresas,vistoqueemummundoglobalizadoaconcorrnciaultrapassaoslimitesgeogrficos
pelo fato de diversas empresas atuarem em diferentes pases. Em detrimento disso, muitas
organizaesestoinvestindomaciamentenareadaLogstica,porestaestarligadasatisfao
eagregaodeclientes,queoobjetivoprincipaldequalquerempresa.SegundoCastiglioni(2011,
p.164)Omundoglobalizadodestinasuaspreocupaesemtodosnosparaconquistar,mas
principalmenteparamanterclientes,queasobrevivnciadequalquernegcio.
Umlocalquetemumagrandecapacidadedeinfluenciarasociedadesoasescolas.Estas,
muitas vezes, deixam a desejar na rea da Logstica, que a rea responsvel por planejar,
administrar,organizaregerenciarqualquerorganizao.Dessemodo,asfalhasocasionadasem
detrimentodaausnciadalogsticanessasescolasfazcomqueelaspercamemeficincia,eficcia
enveldeservio.
Entretanto,comaintroduodepolticasLogsticasnasinstituiesdeensino,osmuitos
problemasdeorganizao,gerenciamentoeplanejamentoqueelastmpoderosersolucionados
ejuntoaissoobterumamelhoranoambientedetrabalho,ummaiornveldeservio(oque
resultar numa maior satisfao de alunos e servidores) e uma certa economia baseada na
eficinciaeeficcia.
DEFINIODELOGSTICA
Logsticaarearesponsvelpelaadministraoegerenciamentodeservios,materiaise
informaes de uma empresa. Sua utilizao como ferramenta atua em servios como
armazenagemdemercadorias,fluxodeinformaesrelacionadasempresaeaosprodutos,tais
como matria prima, materiais em processo, transporte, armazenagem, produto acabado e
destino final do produto. Utilizando, para isso, meios econmicos, prticos e seguros, a fim de
atingirasatisfaodocliente.
ParaBallou(1997),alogsticaempresarialtratadetodasasatividadesdemovimentao
earmazenagem,quefacilitamofluxodosprodutosdesdeopontodeaquisiodamatriaprima
atopontodeconsumofinal,assimcomodosfluxosdeinformaoquecolocamosprodutosem
movimento,comopropsitodeprovidenciarnveisdeservioadequadosaosclientesaumcusto
razovel.JNovaes(2001)definealogsticacomosendooprocessodeplanejar,implementare
controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os servios e
informaes associados, cobrindo desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o
objetivodeatenderaosrequisitosdoconsumidor.
Diante das definies apresentadas, percebese que a Logstica uma rea de grande
amplitude no sentido organizacional. Para Martins e Alt (2000), esta responsvel pelo
planejamento, operao e controle de todo o fluxo de mercadorias de uma empresa.
Corroborando com Ballou (1997); Novaes (2001); Martins e Alt (2000), Bowersox enaltece a
importncia da eficincia e a eficcia dizendo que Logstica o processo de planejamento,
implementaoecontroleeficienteeeficazdofluxoearmazenagemdemercadorias,serviose
informaesdeumaorganizao.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada em duas escolas da rede pblica de ensino na cidade de So
GonalodoAmarante(RN),buscandoidentificarproblemaslogsticosnocotidianodasatividades
institucionais.Ametodologiaaseradotadanaconduodapesquisapropostafoiessencialmente
exploratria,nosentidodebuscarconhecercommaiorprofundidadeoassunto,demodoatorn
lomaisclaroeaconstruirquestesimportantesparaaconduodapesquisa.
A pesquisa pode ser caracterizada ainda como descritiva, pois delineia o que . Aborda
tambm quatro aspectos: descrio, registro, anlise e interpretao de fenmenos atuais,
objetivandose o seu funcionrio no presente. Foram levantados os problemas relacionados
Logsticapormeiodequestionriossemiestruturadoseentrevistascomosdiretoresenvolvidos
no fazer dessas escolas. Quanto abordagem, a pesquisa caracterizase ainda como sendo
qualitativa,dadoasanlisesqueforamrealizadasapartirdasentrevistas.
Duranteaconstruodessapesquisa,foirealizadaumaentrevistasemiestruturadacomos
principaisresponsveispelasduasescolas(AeB),queseroidentificadoscomoR1(respondente
daescolaA)eR2(respondentedaescolaB)naetapaderesultadosobtidos.Paraisso,foifeitauma
anlisedecontedo(BARDIN,1977),ondeasrespostasdosentrevistadosforamcomparadas
literatura.FoirealizadaumavisitatcnicaescolaAeduasvisitasaescolaB.
Para a abordagem de um dos problemas elencados, que o grau de conhecimento do
conceitodelogsticapelosdiretores,foiutilizadoumaabordagemdepesquisaqualitativa,coma
aplicaodeumquestionriosemiestruturadocomosdiretoresdasduasinstituies,oR1,diretor
daescolaA,eR2diretordaescolaB.
CARACTERIZAODASESCOLASVISITADAS
AEscolaAatuanosturnosmatutinoevespertinocomseisturmasquevodesdeoprimeiro
ao terceiro ano, sendo que cada srie possui duas turmas, uma por turno, com o total de 300
alunos aproximadamente. Funcionando pela manh com aulas regulares e a tarde com cursos
extras. Aulas regulares tanto das reas expressivas, como artes, quanto das reas de
conhecimento,comoportugusematemtica,preenchemoperodointegral.Almdeaulasde
idiomas,inglseespanhol,quetodososalunostmumavezporsemana.importanteressaltar
que 2014 o primeiro ano letivo dessa escola e que, segundo o diretor, at 2016 sero
acrescentadasduasturmasdesriesconseguintes,umaemcadaturno,atquesetenhamturmas
deprimeiroaoquintoano.
JaEscolaBatuanosturnosvespertinoenoturnocomaulasregulares.tardecomdoze
turmasde4ao9ano,enoitecomseteturmasdoprojetoEJA(EducaoparaJovenseAdultos),
somando435alunosnototal.
RESULTADOSOBTIDOS
O quadro de funcionrios dessas duas escolas dividese em trs tipos de servios: os
terceirizados,queenvolveasegurana,limpezaeacozinha;oefetivo,quecompeosprofessores;
e os cargos comissionados, que so compostos pelas pessoas que trabalham na esfera
administrativadaescola.Porm,humadiferenaentreosdiretoresdestasescolas,poisoR1tem
umcargocomissionadoeR2entrounaescolapormeiodeconcursoechegouaocargodediretor
pormrito.
Durante as entrevistas com os diretores das duas escolas, foram feitas perguntas que
auxiliaram na conduo deste trabalho no sentido de ajudar os pesquisadores a identificar
problemasqueseromostradosaolongodosresultados.Entreelesestonveldeconhecimento
dosconceitoslogsticosdosdiretoresdasescolas(R1eR2).Primeiramente,aoserquestionado
sobreoqueLogsticaedequeformaelaatuadentrodaescola,R1respondeu:
Euachoquealogsticaestrelacionadacomaformaorganizacionaldeumadeterminada
empresa ou de um determinado setor. Aqui no colgio, ela atua na forma administrativa,
envolvendoasatividadesquevodaelaboraodoshorriosataorganizaodosdocumentos.
Diante dessa resposta, pdese constatar que R1 possui um considervel conhecimento

sobreasatividadeslogsticas,oquebastanteimportanteparaaescola,nosentidodequeR1,
comogestor,podeutilizaresseconhecimentoafavordasatividadesexercidasdentrodaescola.
Assim,suarespostaconvergecomNovaes(2001,p.36),quandodizqueLogsticaoprocessode
planejar,implementarecontrolardemaneiraeficienteofluxoeaarmazenagemdeprodutos,bem
comoosservioseinformaesassociados,cobrindodesdeopontodeorigematopontode
consumo,comoobjetivodeatenderaosrequisitosdoconsumidor.JR2,quandoperguntado
sobreamesmaquesto,respondeu:
Eunotenhonoodoquesejalogstica
Dessaforma,observousequeR2demonstrouoseudesconhecimentodareaaodizerque
nosabeoquelogsticaenemsuasrespectivasatividades.Oquesepodeconsiderarumfator
preocupante, uma vez que o cargo que R2 ocupa dentro da instituio crucial na tomada de
decises que envolvem as atividades logsticas, tais quais: estoque, compras, gesto da
informao,movimentaodemateriais,armazenagem;eissopodeprejudicarosoutrossetores
daescola.
Em seguida, foram apresentados os setores das escolas, de modo que se pudessem
observlosdeumaformamelhoretambmparafacilitaracompreensodofuncionamentoda
logsticaemcadaumdeles.Primeiramente,naEscolaA,foiapresentadaasecretaria,quetambm
funcionava como almoxarifado, visto que a sala que receberia esse setor ainda no estava
construdaquandoavisitafoirealizada.Foiinformadoqueasobrasqueestavamemandamento
naquelasalajestavamnaiminnciadeficaremprontasparaacomodarosetor.
Logoapsavisitasecretaria,R1sedispsamostraracozinhadaescolaacompanhadoda
nutricionistadainstituio,queexplicoutodoofuncionamentodolocal.Posteriormente,foram
visitadas todas as salas de aula, a sala de leitura, o laboratrio de informtica e o espao de
convivncia,quetambmutilizadocomorefeitrio,poisoptioqueseriadestinadoaissoainda
estavaemfasedeobrasduranteavisita.
JR2foisecretaria,cozinha,ssalasdeaula,eporltimooespaodeconvivncia.Os
resultadosapresentadosaolongodestapesquisaforamobtidosnoapenascomodilogoentre
ospesquisadoresediretores,mastambmpormeiodeumaanlisedetalhadadecadaumdos
setoresqueforamvisitados.Contouse,ainda,comfotografiasqueajudaramaidentificarfalhas
aps a visita. Optouse por fazer desta forma para que todas as informaes aqui expostas
pudessemteromximodeprecisoecoernciacomoquefoipresenciadopelospesquisadores.
Decidiuse fazer as anlises nesses setores por estes terem em suas operaes uma
concentraomaiordasatividadeslogsticasdentrodaescola,comoprocessamentodepedido,
embalagem, movimentao de materiais, armazenagem, programao de produtos, gesto da
informaoecontroledeestoque.
Diantedosobjetivosdeanalisarossetoresdasescolaseverificaronveldeutilizaoda
logsticapresentenestes,optouseporcolocarumquadroatribuindonotasqueclassificamonvel
deeficincialogsticadossetoresvisitadosnasescolasAeB(Quadro1).Paraaclassificaodas
notasfoiadotadaumaescalaLikertdecincopontosondeo1consideradocomoineficienteeo
5comomuitoeficiente.
QUADRO1Nveldaqualidadedossetoresdasescolasemrelaoaonveldeeficincialogstica
deseusprocessos
Setoresdaescola
EscolaA
EscolaB
SaladeInformtica
Almoxarifado
Secretaria
Cozinha
Salasdeaula
Fonte:Dadosdapesquisa,2014
*Nohlaboratriodeinformtica
OlaboratriodeinformticadaEscolaApossuacomputadoresnovos.Osalunostinham
aulassemanaissobasupervisoeorientaodosprofessores,quesocapacitadosparaoperaras
mquinaseutilizlascomoferramentadeestudo.Paraisso,essesprofessorespassamporum
programadecapacitaodisponibilizadopeloClickIdeiaportalprivadodirecionadoeducao,
oferecidoalgumasescolasdaredemunicipal.AEscolaBnopossualaboratriodeinformtica.
Quantoaoalmoxarifado,observousequeaEscolaAnopossuaumespaoexclusivopara
abrigaressesetor.Todososdocumentosficavamguardadostemporariamentedentrodepastas
emumarmrionasecretariadaescola,dividindoespaocomalgunsmateriaisdeconsumo,como
canetaspiloto,apagadoresefolhasdeofcio.Observouse,ainda,queemboraolocalnofosseo
mais adequado, havia uma organizao considervel, justificando a nota 3 no Quadro 1. J na
EscolaBoalmoxarifadodividiaespaocomdiversosmateriaisdelimpeza,taiscomo:detergente,
esponja de ao, rodos, vassouras e desinfetante. Alm disso, os nicos documentos que eram
guardadosnolocaleramosmaisantigosdaescola.Estes,estavamemcaixasgrandes,amontoadas
sobre as outras sem qualquer tipo de organizao. Fato que diverge das definies dadas por
Christopher(1997);Magee(1997);Ballou(1993);BowersoxeCloss(2001)quandoessesafirmam
ser o processo de armazenagem preponderante para uma boa eficincia do sistema logstico.
Dessaforma,anotaatribudaaessesetorfoi1,devidoineficincialogsticaapresentadaporele.
As secretarias de ambas as escolas eram responsveis pela realizao da matrcula e o
fornecimento de documentos que os alunos, ou seus responsveis, vinham a necessitar. Duas
pessoastrabalhavamnasecretariadaEscolaA,eseispessoasnasecretariadaEscolaB.Segundo
osdiretores,essenmerosuficienteparaatenderademandaaolongodoano.NaescolaB,o
nmero de funcionrios dobrava no perodo de matrculas. Contudo, a falta de um sistema
informatizadoparaauxiliarnessesprocessosgeravaatrasosfrequentes,informaesimprecisas,
documentao excessiva. Esse processo realizado nas duas escolas da mesma forma, como
mostraafigura1.AsecretariadasEscolasAeBtambmsoresponsveisporfazeropedidoe
realizaraentregadofardamentoescolar,representadopelaFigura2.
FIGURA 1 Processo de obteno de

declaraoescolarnasduasescolas
FIGURA 2 Processo de realizao da

matrculanasduasescolas
Paraatenderademanda,quepossuiemmdia300alunos,acozinhadaEscolaAatuacom
6 funcionrios, que preparam trs refeies durante o dia. Observouse que os mtodos de
armazenagem, embalagem e movimentao de materiais eram bem realizados e seguiam as
normas da ABNT (Associao brasileira de normas tcnicas). Assim, as atividades logsticas
funcionavamdeformaeficiente.JaEscolaBpossuaumademandaemtornode435alunos,que
era suprida por apenas duas funcionrias que preparavam 2 refeies por dia. O estoque dos
alimentoseracontroladodemaneiraeficienteeoslocaisdearmazenagemadequados.Porm,a
movimentao, embalagem, e a forma de armazenagem desses materiais no eram feitas de
maneira eficientes. Alm disso, os objetos e aparelhos utilizados dentro do local estavam mal
dispostos.Dessaforma,haviamuitodesperdciodemovimentoetambmdemateriais.
CONCLUSO
Diantedosobjetivosdeanalisarousodalogsticadentrodasduasescolaseobservarseos
conceitoslogsticosestosendousadosdamaneiracorreta,foramencontradosresultadosque
permitiram concluir que as organizaes analisadas no esto totalmente de acordo com a
definiodosautoresdarea.
Concluiuse,ainda,quealogsticautilizadadeformaexplcitanamaioriadossetoresda
Escola A, e que a Escola B padece com a falta dessa ferramenta. A secretaria o setor que
apresentaautilizaomaisvisvelecommaiorfrequnciadessasatividadesnaEscolaA.Notouse
quenasduasescolashumadeficincianoregistrodasatividadescotidianas,vistoqueasduas
nopossuemnenhumtipodesistemainformatizado.
Ademais,alogsticabemutilizadanasatividadesdaEscolaA,poisestavisivelmenteusa
deumamaneiramaisadequadaosconceitoslogsticos,trazendoparaaescolaummaiorndicede
eficincia e eficcia, e tambm aumentando o nvel de servio prestado por ela. J a Escola B,
diferentementedaEscolaA,nopossuiumsistemabemelaboradooueficiente,causandodiversos
transtornos e erros em diversas atividades, ocasionando tambm irregularidade no servio
prestado pela escola. Embora a maioria dos funcionrios das duas escolas no tenham um
conhecimentodoquesejalogstica,elesautilizamcomfrequncianodiaadiaeestosempre
buscandomaneirasdeotimizarostrabalhosdesempenhados.
Assim, observase que a pesquisa resultou em dados relevantes para a melhoria da
qualidadedoservioprestadopelasescolasestudadas,umavezquefoipossveldetectarondese
encontravam os principais problemas que geravam ineficincia dentro dessas escolas. Logo, se
adotadaeutilizadademaneiracorreta,alogsticatrarbenefciosnosparaessasescolas,mas
tambm favorecer vrias pessoas que usufruem do servio delas. No houve resistncia ou
restrioporpartedosentrevistados.
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10
ADMINISTRAOPBLICAGERENCIAL:OCASODAUNIDADEOPERATIVADEPILEZINHOS
EMATER/PB
T.P.F.BRITO(IC);V.A.DURANTI (IC);E.A. TACCONINETO(PQ)3 ;M.F.F.S.TACCONI(PQ)4
123
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalZonaNorte
4
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentral
Email:tacy_rn@hotmail.com;v.duranti@hotmail.com;ernesto.tacconi@ifrn.edu.br;
marli.tacconi@ifrn.edu.br4
RESUMO
medida que vai aumentando o grau de

conscientizao do cidado quanto necessidade de
uma gesto pblica que atenda com efetividade as
demandas da sociedade, torna se necessria uma
transformao na maneira de gerenciar as instituies
pblicas.Nessesentidooobjetivodapesquisaverificar
se as prticas administrativas adotadas na Unidade
OperativadePilezinhosdaEMATER/PBestoalinhadas
com as caractersticas da Administrao Pblica
Gerencial. Para a coleta dos dados foi realizada uma
entrevistasemiestruturadajuntoaogerentedaunidade
operativa. A abordagem utilizada neste estudo foi
qualitativa. O presente estudo pode ser classificado

como descritivo sob a forma de estudo de caso. Os
resultadosrevelaramqueaequipedaunidadeoperativa
conseguiudesenvolvernumaorganizaopblicavrias
prticas gerenciais que so adotadas em empresas
privadas, possibilitando uma maior eficincia na
prestao de servios aos cidadosusurios, gerando
melhores resultados. O sucesso dessa prtica gerencial
foi verificado pela alta administrao da organizao,
que posteriormente buscou implementar esse modelo
nas outras unidades operativas do estado da Paraba.
PALAVRASCHAVE:administraopblicagerencial,prticasadministrativas,empresapblica.
PUBLICADMINISTRATIONMANAGEMENT:THECASEOFTHEOPERATIVEUNITPILEZINHOS
EMATER/PB
ABSTRACT
Asyouincreasethelevelofawarenessofcitizensabout
the need for public management effectiveness that
meets with the demands of society, it becomes
necessary a transformation in the way they manage
public institutions. In this sense the goal of research is
whethertheadministrativepracticesinOperationUnit
Pilezinhos EMATER/PB are aligned with the
characteristicsofManagerialPublicAdministration.For
data collection a semistructured interview was
conductedwiththemanageroftheoperatingunit.The
approachusedinthisstudywasqualitative.Thepresent
studycanbeclassifiedasdescriptiveintheformofcase
study. The results revealed that theteamworkingunit
succeeded in developing a public organization several
management practices that are adopted in private
companies,enablinggreaterefficiencyinthedeliveryof
services to citizens users, generating better results.
The success of this management practice was checked
by senior management of the organization, which
subsequently sought to implement this model in other
operating units of the state of Paraba.
KEYWORDS:managerialpublicadministration,administrativepractices,publiccompany.
ADMINISTRAOPBLICAGERENCIAL:OCASODAUNIDADEOPERATIVADEPILEZINHOS
EMATER/PB
1INTRODUO
AnalisaraAdministraoPblicanoBrasilanalisarasrazeshistricasdaconstruodas
diversasprticasprovenientesdaformaosocialehistricadopas.Paraisso,precisodeixar
deladoalgunstraosqueimpedemqueagestosetornemaisefetiva.
A Administrao Pblica marcada pelo hibridismo nas relaes entre Estado e
sociedade, ou seja, a convivncia de diversos tipos de gramtica como personalismo,
impersonalismo e as combinaes destes: clientelismo, universalismo de procedimentos,
corporativismo e prticas burocrticas. Dessa forma, ao analisar a trajetria da Administrao
PblicadoBrasilpodemserdestacadostrsmodelosdistintos:oPatrimonialista,oBurocrticoe
oGerencial(HELAL;DIEGUES,2009apudNUNES,1997).
NomodeloPatrimonialistaosgovernantesnoseparavamobempblicodobemprivado.
Outra caracterstica desse modelo que os cargos pblicos serviam como recompensas e os
servidores possuem status de nobreza, o que contribui para o controle do rgo pblico por
partedossoberanos,favorecendoacorrupo.
Soares e Carneiro (2008 apud VASSALO 1973) colocam o nordeste e particularmente a
readosertocomoherdeirodomodeloportugusdapocadodescobrimentoquesobreviveu
devidoestabilidadeelongaduraodeumaorganizaosocialsemifeudaldepatrimonialismo
epropriedadesenhorialcommilciaprpria,comprevalnciadareligiomarcadapelarigidezda
contra reforma. Em contraposio ao modelo patrimonialista surgiu o modelo Burocrtico que
atravs de regras, hierarquia, controle, entre outros, buscou o fim do mandonismo dos
governantes e dos favores e benefcios pessoais. A impessoalidade das regras, com a
despersonalizao das aes, possibilitaria uma maior eficincia na prestao dos servios
pblicos.
Ao longo do tempo, buscando atender as demandas da sociedade de uma forma mais
efetiva, surgiu o modelo da Administrao Pblica Gerencial que visa manuteno
devaloresrelacionadosqualidade,aeficinciaeeficciadosserviosprestadospopulao,
bem como ao estabelecimento de uma cultura gerencial. Essa proposta pode ser chamada de
Reconstruo do Estado, porque busca uma organizao estatal mais enxuta, eliminando
atividades no prioritrias e delegando ao mercado as atividades empresariais de cunho
competitivo.Dessaforma,osgestoresdeorganizaesestataisdeveriamgarantirqueascoisas
sejamfeitasdaformacorretaecomosmelhoresresultados,atravsdaadoodeinstrumentos
gerenciais(JUNQUILHO,2010).Essesinstrumentossoosmesmosadotadospelasorganizaes
dosetorprivadodaeconomia.
Nesse sentido o objetivo geral desta pesquisa verificar se as prticas administrativas
adotadas na Unidade Operativa de Pilezinhos da Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso
Rural da Paraba EMATER/PB esto alinhadas com caractersticas da Administrao Pblica
Gerencial. Os objetivos especficos so apresentar as caractersticas da Administrao Pblica
Gerencial;verificarasprticasgerenciasadotadasnaunidadeoperativa;edemonstrarseexiste
relaoentreascaractersticasdaAdministraoPblicaGerencialeasprticasdesenvolvidasna
organizao.
Na sequncia esto apresentados os aspectos tericos da Administrao Pblica
Gerencial.Asegundaparteapresentaametodologiautilizadae emseguidaocaso daUnidade
Operativa Pilezinhos e os resultados da pesquisa. Na ltima parte so realizadas as
consideraesfinais.
2AADMINISTRAOPBLICAGERENCIAL
Comodesenvolvimentodopas,medidaquevaiaumentandoograudeconscientizao
do cidado quanto necessidade de uma gesto pblica que atenda com efetividade as
demandas da sociedade, tornase necessria uma transformao na maneira de gerenciar as
instituiespblicasvisandoacompanharessecontnuoprocessodemudana.
Gesto Pblica constituise num conjunto de prticas relacionadas ao planejamento, a
organizao,adireoeaocontrolecomobjetivodeutilizarosrecursosdisponveisdeformaa
produzir o melhor resultado possvel. Tambm pode ser definida como a capacidade da
conduo da misso da organizao. A eficincia, a eficcia e a efetividade dos conceitos de
gesto tambm esto implcitos no setor pblico, tanto quanto no privado ou no
governamental. A diferena reside na questo de que a efetividade para o setor pblico
essencialmenteumvalorpblico,umganhosocial(LIMA,2010).
As organizaes, pblicas ou privadas, podem ser definidas como coletividades
especializadas na produo de um determinado bem ou servio e mais do que isso, so
fenmenossociolgicos,sistemasabertosqueprecisamadministrarumacomplexaequaode
interesses. Elas so planejadas de forma deliberada para realizar um determinado objetivo e
formamunidadessociaisportadorasdenecessidadeseinteressesprprios(SROUR,1998).
Ao longo do tempo a Administrao Pblica tem passado por configuraes distintas
como a Patrimonialista, a Burocrtica e a Nova Gesto Pblica. O modelo de Administrao
Pblica Patrimonialista est relacionado a no diferenciao dos bens pertencentes ao senhor
governante com a propriedade estatal. Nessa prtica, a sociedade acredita na tradio, na
fidelidadeaosenhorgovernantequeutilizaseupoderarbitrrio,desprovidodecarterlegal.Em
contraposio ao patrimonialismo, a Administrao Pblica Burocrtica emergiu
apropriadamente ao momento da sociedade capitalista de base industrial, apresentando como
principalcaractersticaofimdatradiocomofontedeautoridadeedalegalidadepessoal,onde
asrelaesdemandoeobedinciasodefinidaspelasregrasescritasepelalegislao.Apartir
da dcada de 1970, contrapondose ao modelo da Administrao Pblica Burocrtica, que era
visto como ineficiente e incapaz de lidar as demandas da sociedade contempornea, surgiu a
chamada Nova Gesto Pblica buscando atender a situao socioeconmica da poca
transformandoaAdministraoPblica,atravsdautilizaodeprticasdegestoadotadaspelo
setor privado da economia (JUNQUILHO, 2010). Essa viso do gerenciamento surge como uma
formademodernizarosetorpblicocomasideiasdegestodaqualidade,adescentralizaode
autoridadeeocidadousurioavaliandoosserviospblicosprestados(ABRUCIO,1997).
Esse modelo no substitui totalmente o modelo burocrtico, mas serve como uma
democratizaodarelaoentreoEstadoeasociedade.Almdisso,essemodelogerencialvem
sofrendo diversas adaptaes conforme a localidade em que ele empregado em funo dos
padresinstitucionaiseculturaisdecadapas(ABRUCIO,1997).
Conforme Abrucio (1997, p. 3739), as principais tendncias vinculadas ao modelo
gerencialso:
a) Incentivo adoo de parcerias com o setor privado e com as
organizaesnogovernamentais(ONGs);
b)Amplaintroduodemecanismosdeavaliaodedesempenhoindividual
e de resultados organizacionais, atrelados uns aos outros, e baseados em
indicadoresdequalidadeeprodutividade;
c)Maiorautonomiasagnciasgovernamentaise,dentrodelas,aosvrios
setores,horizontalizandoaestruturahierrquica;
d)Descentralizaopoltica,apoiadanoprincpiodequequantomaisperto
estiver do cidado o poder de deciso com relao s polticas pblicas,
melhor ser a qualidade da prestao do servio e maior ser o grau de
accountability.
e) Estabelecimento do conceito de planejamento estratgico, adequado s
mudanas no mundo contemporneo e capaz de pensar, tambm, as
polticasdemdioelongoprazo;
f)Flexibilizaodasregrasqueregemaburocraciapblica,principalmenteo
DireitoAdministrativo,[...]
g)Mesmocomaflexibilizaodapolticadepessoal,aprofissionalizaodo
servidorpblicocontinuasendoprioridade[...]
h) Desenvolvimento das habilidades gerenciais dos funcionrios, em
particularosdenvelmdioeosdoaltoescaloburocrtico.[...]
Entretanto,aprincipalcrticaemrelaoAdministraoPblicaGerencialsuanfase
nosvaloresgerenciaisdomercado.ParaJunquilho(2010)importantedesenvolverummodelo
que tenha a capacidade de equilibrar alocao dos recursos pblicos entre as atividades de
mercadoeasfenonomiaseisonomias,deformaacriarcondiesdesobrevivnciaparagrupose
atividadesquenofazempartedosgrandesinteresseseconmicos.
3PROCEDIMENTOSMETODOLGICOS
Dopontodevistametodolgico,opresenteestudopodeserclassificadocomoumestudo
de pesquisa aplicada, a pesquisa aplicada envolve verdades e interesses locais e tem como
objetivogerarconhecimentosparaaplicaoprticadirigidasoluodeproblemasespecficos
(SILVA;MENEZES,2001).
Opresenteestudopodeserclassificadocomodescritivosobaformadeestudodecaso.
Para estudos organizacionais existem trs tipos de dados nos estudos de caso. Os etnocasos,
casosgeradoresdeteoriaecasosexemplares(STABLEIN,2001).
A abordagem utilizada neste estudo foi qualitativa que busca valorizar os aspectos
qualitativosdosfenmenos,atravsdaanlisedossignificadosqueaspessoasdossuasaes
(CHIZZOTTI,1998).
O campo de aplicao da pesquisa delimitouse a Unidade Operativa de Pilezinhos da

EMATER/PB que uma empresa pblica de direito privado, sendo a principal responsvel por
colocaremprticaaspolticaspblicasvoltadasparaagriculturafamiliarnoestado.
Paraacoletadosdadosfoirealizadaumaentrevistasemiestruturadajuntoaogerenteda
unidade operativa com questes sobre as prticas adotadas nas reas de organizao geral,
operaes,gestodepessoas,logsticaeasparceriasdesenvolvidas.Tambmforamverificados
osresultadosobtidosnomunicpioapartirdousodessasprticasgerenciais.
4RESULTADOSEDISCUSSO
4.1.OcasodaUnidadeOperativadePilezinhosEMATER/PB
A EMATER/PB uma empresa de assistncia tcnica e extenso rural, vinculada

SecretariadaAgriculturaeAbastecimentodoestado,quetemcomoobjetivosbsicos:colaborar
com os rgos competentes da Secretaria da Agricultura e Abastecimento e do Ministrio da
AgriculturanaformulaoeexecuodaspolticasdeassistnciaTcnicaeextensonoestado;
planejar, coordenar e executar programas de assistncia tcnica e extenso rural, visando
difusodeconhecimentosdenaturezatcnica,econmicaesocial,paraaumentodaproduoe
produtividadeagrcolaeamelhoriadascondiesdevidanomeioruraldoestadodaParaba,de
acordocomapolticadeaodoGovernoFederaledoestado.Aorganizaopossuiunidades
operativas (escritrios) distribudas nos 223 municpios paraibanos e tem como misso:
contribuirparaodesenvolvimentoruralsustentveleofortalecimentosocial,poltico,culturale
econmico dos agricultores familiares e demais pblicos da extenso rural, por meio de
Assistncia Tcnica e Extenso Rural participativa e educativa, visando alcanar patamares
crescentesdesustentabilidadeeconmicaesocioambientalnoestadodaParaba.Suavisopara
o ano de 2015 elevar a participao da agricultura familiar na formao do PIB paraibano,
consolidandosecomoempresacomprometidacomodesenvolvimentoruralsustentvelecom
processosdeinclusosocial,melhoriadaqualidadedevidaeofortalecimentodacidadaniano
campo(EMATER/PB,2014).
No ano de 2008, o novo gerente da Unidade Operativa Pilezinhos, que possui
graduaonareadeAdministraoresolveu,demaneirainovadora,sebasearnosfundamentos
deadministrao,atravsdoplanejamento,daorganizao,dadireoedocontrolebuscando
melhorarodesempenhodasaesrealizadasnomunicpio.
Inicialmente o gerente realizou um diagnstico atravs da ferramenta de gesto
chamada Anlise SWOT envolvendo os outros dois funcionrios do escritrio com objetivo de
verificarospontosfortes,pontosfracos,ameaaseoportunidadesdaunidadeoperativa.Como
resultado dessa anlise foi desenvolvida uma forma de gesto diferenciada para a unidade
operativa que envolveu aspectos administrativos como organizao, operaes, gesto de
pessoas,logsticaeparcerias.
DeacordocomCoopereArgyris(2003),aAnliseSWOTumaferramentasimplesque
pode ser utilizada para reavaliao de um negcio. A sigla SWOT composta pelas variveis
Strengths, Weaknesses, Opportunitiese Threats (pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e
ameaas). A aplicao da anlise SWOT consiste num processo de estudo e avaliao da

competitividade de uma organizao que resulta na elaborao de um diagnstico estratgico
comoobjetivodefortaleceramissodaorganizao(DUARTE,2005).
Paraorganizaodaunidadeoperativaforamadotadosprocedimentoscomooenviode
relatriosnoprazo;planejamentoeavaliaomensaldasatividades;arquivamentodeprojetos
agropecurios em pastas separadas por grupos; cadastro de todas as famlias agricultoras com
propostaselaboradas;avaliaocontinuadacomaverificaododesempenhodascomunidades
assistidas.
Paraummelhordesempenhooperacionalbuscouseamelhorianosprocessoscomoa
qualidade no atendimento aos agricultores familiares; anlise mais aprofundada das propostas
antesdoenvioparaasinstituiesfinanceirasevitandooretrabalho;eemissodelaudosparao
agentefinanceirocomfotosdaentregadosanimaisaosprodutoresconformefigura1.
Figura1Fotodaentregadosanimaisparaaemissodolaudo
FonteEMATER/PB,2014
Aemissodolaudocomafotodoprodutoredosanimaisadquiridos,segundoogerente
entrevistado, importante porque confirma que o comprador recebeu o que foi adquirido no
projeto,apresentandoascaractersticasmaisgeraisdosanimais,bemcomovisainibiraprtica
defalsaaquisioafimdedesviarosrecursospblicosquesooriundosdoProgramaNacional
deFortalecimentodaAgriculturaFamiliarPRONAF.
Com relao s estratgias de marketing para unidade operativa foi utilizada a
ferramentapromooondeforamdesenvolvidosmuraisparaadivulgaodasaesrealizadas
pela equipe tcnica; divulgao das aes no site da EMATER e no principal site de notcias da
cidade, alm da participao em programas de rdio. Esses canais de divulgao foram
importantssimos para municpio, pois anteriormente a populao, de forma geral, no tinha
conhecimentosobreaspolticaspblicasdisponveisnemqualopapeldaempresanomunicpio.
Dessemodo,osagricultorespassaramaconhecerotrabalhorealizadojuntoscomunidadesda
regio.
Para Las Casas (2005) qualquer empresa, de qualquer ramo, para comercializar seus
produtosdeveconsiderarasquatroferramentasestratgicasdocompostodemarketing,queso
oproduto,preo,distribuioepromoo.Essasferramentastambmsochamadasdequatro
Ps. O Produto se refere ao que fornecido para os clientes por uma organizao com o
propsito de troca. O Preo se refere ao volume de dinheiro ou outros recursos que so
utilizados para essa troca. J a Distribuio trata dos canais de distribuio que so utilizados
para que os produtos e servios se tornem disponveis para troca. O elemento Promoo
tambm chamado de comunicao se refere a como os profissionais de marketing informam,
lembrameconvencemosclientessobreosprodutosouserviosdaempresa(CHURCHILL;PETER,
2000).
Nareadegestodepessoas,osservidoresforammotivadosatravsdapercepoda
equipesobreosentidodotrabalhoondepoderiammostrarparaassuasfamliasaimportncia
dassuasatividadesparaasociedade,almdeparticipardeentrevistasnateleviso,rdios,entre
outros. Tambm houve a valorizao da equipe com a oportunidade para que todos
apresentassem suas ideias a fim de promover a inovao; a diviso dos trabalhos entre as
competnciasdecadaintegranteeadescentralizaodasdecises.Oenvolvimentodaequipe
de Pilezinhos no processo de diagnstico, planejamento e implementao tambm contribuiu
paraamotivaodosservidores.
Aquestologsticacontemplouespecialmentearoteirizaodasatividades;arealizao
damanutenopreventivadosveculos;eoaumentonavelocidadederespostaassolicitaes
dosagricultoresquefoialcanadopelaorganizaoepormodificaesnolayoutdoescritrio.
Almdessasaes,aunidadeoperativaestabeleceuparceriasparaatingirseusobjetivos
com as associaes rurais; com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentvel
CMDRS;comaprefeituramunicipal;comosindicatodostrabalhadoresrurais;comoBancodo
Nordeste; com o Banco do Brasil e com a Universidade Federal da Paraba. Essas parceiras
possibilitaramummaiorapoioparaaexecuodasatividades,ampliaramadivulgaodasaes
emelhoraramaassistnciatcnicarealizadanomunicpio.
4.2 A relao entre a Administrao Pblica Gerencial e o caso da Unidade Operativa

Pilezinhos.
AAdministraoPblicaGerencialremontaaumanovaexignciaaosgestorespblicos.
Nesse direcionamento, o quadro 1 apresenta a comparao entre as caractersticas dessa
administraoeasprticasadotadasnogerenciamentodaU.O.Pilezinhos.
Quadro1ComparativoentreascaractersticasdaAdministraoPblicaGerencialeasprticas
adotadasnogerenciamentodaU.O.Pilezinhos
Caractersticas da Administrao Pblica PrticasadotadasnogerenciamentodaU.O.Pilezinhos.

Gerencial
Aprofissionalizaodosservidorespblicos.
OservidorpblicoqueocupaafunodegerentedaU.O.
umprofissionaldareatcnicadeadministrao.
A busca de controle de resultados por meio de Avaliao mensal das atividades; avaliao continuada
indicadoresdedesempenho.
com a verificao do desempenho sobre os servios
prestados.
Adescentralizaoadministrativa.
Valorizao da equipe dando oportunidade para
demonstrarem suas competncias com a diviso dos
trabalhoseadescentralizaodasdecises.
A utilizao de prticas de gesto consagradas
nosetorprivadodaeconomia,comoasatisfao
do cidadocliente, a melhoria contnua, a
flexibilizao de rotinas e procedimentos
operacionais, a maior participao dos
servidores nos processos decisrios, a
valorizao do gerente no lugar do
administrador burocrtico, dentre outras
ferramentas.
Autilizaomaisracionalderecursospblicos.
A utilizao da ferramenta de gesto Anlise SWOT; a

melhoria da qualidade no atendimento aos agricultores
familiares; verificao das propostas enviadas as
instituies financeiras evitando o retrabalho; utilizao
de murais para divulgao das aes desenvolvidas pela
equipetcnica;divulgaodasaesnositedaEMATERe
programas de rdio; estimulo a participao dos
funcionriosatravsdaampliaonapercepodaequipe
sobre o sentido do trabalho; aumento da velocidade de
resposta s solicitaes dos agricultores; a formao de
parceriasparaoalcancedosobjetivos;entreoutros.
Roteirizaodasatividades;realizaodamanutenodos
veculos;mudananolayoutdoescritrio.
FonteDadosdapesquisa,2014
Como pode ser verificado no quadro comparativo, a equipe da unidade operativa

conseguiuimplementarvriasprticasgerenciaisquesoadotadasemempresasprivadas.Esses
instrumentos gerenciais adotados apresentamse alinhados com as caractersticas da
AdministraoPblicaGerencial.Segundooentrevistado,essetrabalhodePilezinhossurgiua
partir de um diagnstico do ambiente interno e externo que originou um planejamento das
atividades que foram desenvolvidas ao longo de dois anos. Houve uma resistncia inicial por
partedaequipepararealizaodealgumasaes.
A aplicao do modelo gerencial proporcionou o atendimento a um maior nmero

famliasagricultoras/ms;reduodotempodeatendimentonoescritrio;reduodotempode
contrataodeprojetosjuntoaosagentesfinanciadores;melhoriadavisibilidadedaempresano
municpio;reduodoscustos;aumentouamotivaodosservidores;entreoutros.
Oplanejamentodasatividadesfacilitouaaodaequipetcnicanaimplementaodas
polticaspblicasnomunicpio,comofoiocasodoProgramaNacionaldeAlimentaoEscolar
PNAEemquePilezinhosfoioprimeiromunicpiodoestadodaParabaacolocaremprticao
programa oferecendo produtos da agricultura familiar para merenda escolar. Esse fato gerou
umaentrevistadaequipetcnicanumprogramajornalsticodeteleviso.
A alta administrao da empresa reconheceu o sucesso da unidade operativa e as
prticas gerencias desenvolvidas foram sistematizadas e implementas em todas as unidades
operativas espalhadas pelo estado da Paraba. Entretanto, a implementao em algumas

unidades operativas apresentaram problemas devido ao baixo nvel de conhecimento dos
gerentes sobre a rea de administrao, alm da prpria resistncia relacionada cultura
organizacional.
5CONCLUSO
Percebese assim, a importncia da Administrao Pblica Gerencial para moldar
comportamentos deixados pela Administrao Pblica Patrimonialista, como centralizao das
aes e o carter dominador, cujos dominantes acreditam que tem o direito de exerccio do
podereosdominadosdeobedecer.
Tratandose de uma realidade aplicada a um estado localizado no nordeste brasileiro,
dotado de particularidades patrimonialistas e senhoriais, a prtica gerencial possibilita uma
maiordescentralizaodasaeseflexibilidadecomumamaiorparticipaopopularfocandono
bem estar do cidado. Essa nova prtica mostra um progresso para os cidados, trazendo
benefcios para os moradores das comunidades como uma melhor qualidade de vida. A nova
concepo de uma gesto pblica pautada na Administrao Pblica Gerencial pode ajudar a
mudar o paradigma de diversos municpios do nordeste, que ainda sofrem com traos
patrimonialistas.Simplesaespautadasnesseestudodecasopodemajudaramudaranosde
histriaretratadanocotidianodaspessoas.
A Administrao Pblica Gerencial tem como princpio a utilizao e valorizao do
gerencialismo,sendoesseabasedonovomodelo.
O diagnstico do ambiente interno e externo da unidade operativa norteou o
planejamentoeaexecuodasprticasimplementadas,assimcomooenvolvimentodaequipe
de Pilezinhos em todas as etapas do processo proporcionou uma maior motivao entre os
servidoresgerandoeficincia,eficciaequalidadenaprestaodosserviosacoletividade.
Os estudos sobre a Administrao Pblica Gerencial mostraram que utilizao de
ferramentasdegestopodefazeradiferenanumaorganizaopblica.Oprocessodeanlise
que envolveu os funcionrios e a diviso dos trabalhos contribuiu para acelerar o processo de
melhoriasnaUnidadeOperativadePilezinhos.
Os objetivos traados foram alcanados atravs das parcerias junto s associaes
rurais; o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentvel CMDRS; a prefeitura
municipal;sindicatodostrabalhadoresrurais;BancodoNordeste;BancodoBrasileUniversidade
Federal da Paraba, entre outros. A alta administrao da EMATER/PB reconheceu o sucesso
alcanado pela unidade operativa, principalmente em relao melhoria no atendimento aos
agricultoresfamiliares,eimplantouessametodologiaemtodasasunidadesoperativasdoestado
daParaba.
A utilizao de ferramentas de gesto como as utilizadas em empresas privadas, pode
gerar uma nova relao entre organizaes pblicas e a sociedade pautada na prestao de
servioscomeficincia,eficciaeefetividade,desdequeresguardadasassuasparticularidades
paraqueaquestosocialnosejaoprimidapelosgrandesinteresseseconmicos.
Esse trabalho apresenta uma proposta que pode ser utilizada para o sucesso de
empresaspblicasdeassistnciatcnicaeextensorural,almdedemonstraraimportnciado
profissionaldeAdministraoparaAdministraoPblicadopas.
REFERNCIAS
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SoPaulo:Atlas,2001.v.2.
10
AIMPORTNCIADAAGENDAA3P:AEXPERINCIADACAPACITAOEMARACAJU/SE
R.R.Siqueira(PQ);D.A.Neri(EEC)2; F.S.Soares (TE)3

InstitutoFederaldeSergipe(IFS)CampusLagartoEmail:hosanalilas393@yahoo.com.br,2InstitutoFederal
deSergipe(IFS)CampusAracajuEmail:danielaalvesneri@hotmail.com;3UniversidadeFederaldeSergipe
Email: nandhinhosoares@hotmail.com
(EEC)EstudantedeEngenhariaCivil
(TE)EstudantedeFsica
(D)DoutorandaemDesenvolvimentoemeioambiente
RESUMO
Esteartigobuscaapresentarfeitiossobreaimportncia
da A3P nas organizaes, bem como aspectos relativos
ao Curso de Capacitao realizado em Aracaju/SE em
abril de 2014, experincia esta vivenciada por um
membro desta equipe de pesquisa. Tratase de um
estudo bibliogrfico e emprico. Tratase de um estudo
bibliogrfico e emprico. A motivao para o estudo
surgiuapsarealizaodoCursodeCapacitaopara
SustentabilidadenaAdministraorealizadoemabrilde
2014 em Aracaju/SE. Diante do exposto podese
observarqueoProgramaA3Ppodeserumfortealiado
para que prticas sustentveis possam ganhar espao
nasinstituies.Podeseoptarpelotermodeadesono
qual a instituio ratifica formalmente seu

compromisso, ou podese implementlo de maneira
adaptadadeacordocomasnecessidadesecondiesda
instituio.Notase que a base conceitualdo Programa
A3P parece simples, uma vez que centrase em temas
que cotidianamente ouvimos falar: gua, energia
eltrica, materiais de consumo, sensibilizao de
pessoas. Mas na realidade o uso racional destes
recursos tornase complicado medida que se espera
quecadacidadofaadelivrevontadesuaparte,isto,
tornasedifcilemorosoesperarquecadasujeitotorna
se interessado em economizar, reutilizar, e que de
forma
geral
pense
em
solues.
PALAVRASCHAVE:A3P,ambiente,administrao.
THEIMPORTANCEOFAGENDAA3P:AEXPERIENCEDTRAININGINARACAJU/SE
ABSTRACT
hisarticleaimstoshowshapesontheimportanceof
A3P in organizations , as well as aspects of the
TrainingCourseheldinAracaju/SEinApril2014,this
experiencelivedbyamemberofthisresearchteam.
This is a literature and empirical study . This is a
literatureandempiricalstudy.Themotivationforthe
study arose after the completion of the Training
CourseforSustainabilityinManagementheldinApril
2014inAracaju/SE.Giventheaboveitcanbeseen
that the A3P program can be a strong ally for
sustainablepracticescanearnaplaceininstitutions.
Youcanchoosethetermofmembershipinwhichthe
institution formally ratifies its commitment , or you

can implement it in a way adapted according to the
needsandconditionsoftheinstitution.Notethatthe
conceptual basis of the A3P program looks simple ,
since it focuses on topics that we hear every day :
water,electricity,consumables,awarenessofpeople
. But in reality the rational use of these resources
becomes complicated as it expects each citizen does
hispartwillingly,thatis,itbecomesdifficultandtime
consuming to wait for every subject becomes
interestedinsaving,reuse,andwegenerallythinkof
solutions
KEYWORDS:A3P,environmentmanagement.
AIMPORTNCIADAAGENDAA3P:AEXPERINCIADACAPACITAOEMARACAJU/SE
INTRODUO
Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos sobre a importncia da A3P nas
organizaes,bemcomoaspectosrelativosaoCursodeCapacitaorealizadoemAracaju/SEem
abrilde2014,experinciaestavivenciadaporummembrodestaequipedepesquisa.
A partir de meados do sculo XX podese observar intensas mudanas no panorama
mundial acerca das problemticas ambientais. Padres de desenvolvimento pautados na
utilizaodesenfreadadosrecursosnaturaiscomearamaserdiscutidoscommaiornfaseem
confernciasaoredordomundo.Estudiosos,ativistaseasociedadeciviliniciaramnovasformas
de reivindicar medidas de proteo e mitigao diante dos inmeros casos de desrespeito ao
meio ambiente. Mesmo diante de ambientes contingenciais com instabilidade poltica e
econmica,estasmudanasevidenciaramanecessidadedereformulaesquantoslegislaes
obsoletas, e principalmente quanto aos modelos de gesto que j no respondiam as novas
demandaseproblemticasdasociedade.
Apromulgaodoartigo225daConstituioFederalde1988constituiusetambmem
um marco, uma vez que dispe do direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bemdeusocomumdopovoeessencialsadiaqualidadedevida,impondoseaopodepblicoe
coletividadeodeverdedefendloepreservloparaaspresentesefuturasgeraes.Desta
forma,abuscapelaeficciaeeficinciapassaramaserimperativosparaamelhoriadaqualidade
enousoracionaldosrecursostantonasorganizaespblicasquantoprivadas,considerandoos
efeitos da globalizao, da criao de novas tecnologias e d organizao de novos campos de
estudo.
As grandes conferncias a exemplo da Eco 92 (Conferncia das Naes Unidas sobre o
MeioAmbiente),realizadanoRiodeJaneiroem1992ampliaramoentendimentoquetodasas
atividadescausamimpactosocioambiental.
Oconceitoderesponsabilidadesocialcorporativadeveenfatizaroimpactodas
atividadesdasempresas[eorganizaespblicas]paraosagentescomosquais
interagem (stakeholders): empregados, fornecedores, clientes, consumidores,
colaboradores, investidores, competidores, governos e comunidade. Esse
conceito deve expressar compromisso com a adoo e a difuso de valores,
conduta e procedimentos que induzam e estimulem o contnuo
aperfeioamento dos processos empresariais, para que tambm resultem em
preservao e melhoria da qualidade de vida da sociedade do ponto de vista
tico,socialeambiental.(TACHIZAWA,2007,p.63).
Estesposicionamentosdevemserestendidossorganizaespblicasconsiderandosuas
relaescomusurios,fornecedores,colaboradoreseseudeverticoperanteasociedadeeao
meioambiente.UmexemplorefereseainovaolegaldispostanaredaodaLein.8.666de21
dejunhode1993notocanteslicitaes.
AinstruoNormativan.01de19dejaneirode2010eaLein.12.349de15dedezembro
de2010modificaramartigosimportantescomvistaspromoodascomprassustentveisnas
instituiespblicasfederais,umavezquedispesobrecritriosdesustentabilidadeambiental
para aquisio de bens e prestao de servios para Administrao Pblica Federal direta,
autrquicaefundacional.
AnecessidadedeumaagendaparasustentabilidadenaadministraopblicaA3P
Na trajetria de aes em prol da sustentabilidade e da necessidade de maior

engajamentodaesferapblicasurgiuem1999oProgramaAgendaAmbientaldaAdministrao
Pblica,conhecidopelasiglaA3P, oficializadopelaPortariaN510/2002doMinistriodoMeio
Ambiente. Esta ao parte do entendimento que a Administrao Pblica uma grande
consumidoraderecursosnaturais,edaobservaodosimpactosambientaisdesuasatividades.
Assim o Programa [...] visa promover a responsabilidade socioambiental e incorporar
critriosdesustentabilidadenofuncionamentodaadministraopblica.(BRASIL,2013,p.10).
A A3P busca fomentar atravs de condutas ticas e uso racional, eficiente e eficaz dos
recursos,visandoodesenvolvimentosustentveleasadeebemestardetodososenvolvidos
nasatividadesinterrelacionadasasorganizaespblicas.
[...] sem dvida de extrema importncia e um avano muito grande nas

questes ambientais desenvolvidas em nosso pas, pois pretende instaurar um
processo de construo de uma nova cultura institucional na administrao
pblica, visando a sensibilizao dos servidores para otimizao dos recursos
para o combate ao desperdcio e para a busca de uma melhor qualidade do
ambiente de trabalho. (SANTOS, MOURA, et al, 2012, p. 2 . Disponvel em:
<http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2012/I001.pdfpgina2>.Acesso
em:12mai.2014).
OProgramaA3Ppodesertambmdirecionadoasorganizaesprivadasconsiderandoa
possibilidadedeadequaoquantoaosobjetivospropostosemetasaseremalcanadas.Dentre
osobjetivosprincipaisdaA3Ppodesedestacar:
Sensibilizargestorespblicosparaasquestessocioambientais;
Contribuirpararevisodepadresdeproduo,consumoecritriosdegestoadotando
novosreferenciaisnaadministraopblica;
Promoverousoracionaldosrecursosnaturaisereduodegastosinstitucionais;
Reduzir o impacto socioambiental negativo causado pelas atividades da administrao
pblica;
Contribuirparaamelhorianaqualidadedevidanoambientedetrabalho.(BRASIL,2013,
p.11).
Seus mbitos de atuao envolvem os poderes Executivo, Legislativo e Judicirio e as

esferasMunicipais,Estaduais/DistritaiseFederais.
Oseixostemticostmenfoquenasseguintesdemandas:
Usoracionaldosrecursosnaturaisebenspblicos;
Gestoadequadadosresduosgerados;
Qualidadedevidanoambientedetrabalho;
Sensibilizaoecapacitaodeservidores;
Licitaessustentveis.
Nesta perspectiva podem ser desenvolvidas diferentes aes a depender do tipo de
atividadedainstituio,principalmenteaquelasbaseadasnos5Rs:recusar,repensar,reduzir,
reutilizarereciclar,eemaessociaiscomunitrias.
Podem ser desenvolvidos programas de economia de gua, energia, reflorestamento,
destinaocorretaderesduos,coletaseletiva,reaproveitamentodemateriaissoapenasalguns
exemplos de medidas de reduo dos impactos das atividades cotidianas. Neste contexto a
sensibilizaoexerceumpapelessencial:
[...] a sensibilizao busca criar e consolidar uma conscincia cidad e de
responsabilidadesocioambientalnosservidores,jacapacitaocontribuipara
odesenvolvimentodecompetnciasinstitucionaiseindividuaisquepermitama
execuo de prticas administrativas sustentveis e promovam o bemestar do
servidor,visandoummelhordesempenhoprofissional(BRASIL,2013,p.51).
Nestetocanteaagendainsereseemperspectivasdesensibilizaodoservidordiantedos
princpiosticosindicadosnoDecretoFederaln.1.171de22dejulhode1994:
Participar de iniciativas voltadas promoo de mudanas de comportamento e

procedimentosvisandousarracionalmenteinsumoserecursosnaturais;
Difundiremultiplicarconhecimentosentreosdemaisservidores,especialmenteaqueles
quefavoreammudanasdeatitudesemelhoraproveitamentodeinsumos;
Comprometerse com os critrios de mudanas independentemente do nvel de
responsabilidade;
Buscarzelarpelopatrimniopblico,quebemdetodoseadquiridocomacontribuio
detodososcidados.
Vale lembrar que a agenda A3P considera importantes as mudanas de hbitos e

comportamentos relativos aos padres e nveis de consumo, uma vez que so diretamente
ligadosaosimpactossobreosrecursosnaturais,sejanoexercciodasatividadesprofissionaisou
navidapessoal.
MTODOS
Tratasedeumestudobibliogrficoeemprico.Amotivaoparaoestudosurgiuapsa
participaodeumdos membrosdaequipenoCursodeCapacitaoparaSustentabilidadena
Administraorealizadonosdias23,24e25deabrilemAracaju/SE.
Nesta oportunidade foi possvel realizar o registro fotogrfico e a aplicao de
questionriojuntoaosparticipantes.Asquestesversavamsobreosseguintesaspectos:
1 Comoobteveinformaosobrearealizaodocurso?Suaorganizaodivulgouocurso?
2 CostumaacessarositedoMinistriodoMeioAmbienteoudaSEMARH?
3 OquemotivousuaparticipaonocursoA3P?
4 AorganizaoondetrabalhadesenvolvealgumaaorelacionadaaA3P?
5 Emsuaopinioemqueaspectosocursosertilouacrescentaremsuaformao,vidapessoal
eprofissional?
6 Buscarmultiplicaroconhecimentoadquirido?Dequeforma?
7 EmsuaopinioquaisosmaioresobstculosoudesafiosparaimplementaodaA3Pna
organizaoemquevoctrabalha?
O universo foi composto por 53 pessoas participantes do curso de capacitao, homens e

mulherescomfaixaetriaentre25e68anosdeidade,emsuamaioriaservidorespblicos(concursados
ecomissionados)da esferamunicipal,estadualefederal. Aamostrafoicompostapor 33pessoasque
estavampresenteseconsentiramemresponderasquestes.
OcursofoirealizadopeloMinistriodoMeioAmbienteemparceriacomaSEMARH(Secretaria
Estadual e meio ambiente e recursos hdricos de Sergipe). A divulgao ocorreu atravs do site do
MinistriodoMeioAmbienteedaSEMARH.Devesedestacarqueestasforamasegundaturmado1
Curso de Capacitao Sustentabilidade na Administrao Pblica da A3P, curso este realizado nas
seguintescapitaisrelacionadasaseguir:
Tabela1Indicaodasturmas,capitaisedatasdoscursos
Fonte:<http://www.mma.gov.br/publicador/item/9997cursodesustentabilidadena
administracaopublicadaa3p>.Acessoem:12abr.2014.
OCursoemAracajufoirealizadonoHotelAruan,localizadonaOrladaPraiadeAruana,
contoucomaparticipaodoSr.GeraldoVitordeAbreu,DiretordoDepartamentodeCidadania
eResponsabilidadeSocioambientaldoMMA,deservidoresdaSEMARHedaequiperesponsvel
pelaconduodocurso(EquipedaempresaprivadaSolar).
Ocontedoprogramticofoibaseadonosseguintestpicos:gerenciamentodeprojetos;
construes Sustentveis; eficincia Energtica; eficincia no uso da gua; gesto de Resduos
(Plano de Gerenciamento); qualidade de vida no ambiente de trabalho; sensibilizao e
capacitaodosservidores;anlisedociclodevidaelicitaessustentveis.
DiantedoexpostopodeseobservarqueoProgramaA3Ppodeserumfortealiadopara
que prticas sustentveis possam ganhar espao nas instituies. Podese optar pelo termo de
adeso no qual a instituio ratifica formalmente seu compromisso, ou podese implementlo
demaneiraadaptadadeacordocomasnecessidadesecondiesdainstituio.
Durante a realizao do Curso de Capacitao Sustentabilidade na Administrao Pblica
desenvolvidoemAracajunomsdeAbrilde2014,podeseobservarqueainstituioquemaisdivulgou
oeventofoiaSEMARH,citadapor51,51%dosparticipantes,umavezqueainstituiojimplantouaes
da A3P em vrios setores. Os demais participantes obtiveram informaes sobre o curso por meio da
internet, site do MMA e informaes de colegas. Quanto a divulgao nas instituies 63,00% dos
entrevistados no responderam. Notase que a divulgao do curso poderia ter sido mais expressiva
considerando o grande nmero de instituies pblicas e prefeituras no Estado de Sergipe. Dentre os
participantes 75,75% costumam acessar o site da SEMARH e/ou do MMA, j 15,15% no acessam,
enquanto9,09%acessamsvezes.
Amotivaoparaparticipardocursofoibemvariada,comindicaoquadroaseguir:
Quadro1Motivaesparaparticipaonocurso
Motivaes
Contedoprogramtico
Diminuirosimpactosambientais
Aesqueorgodesenvolvenomunicpioondemora
Aprendizado
ConhecercomofuncionaoA3P
RepresentaraSEMARH
Implantarnomunicpio/ADMpblica
Representarondetrabalha
Capacitao
PorqueGosta dotema
SustentabilidadenaADMpblica
RepresentandoaADEMA
Implantarondetrabalha
Tornaseparticipantedacomissoondetrabalha
%
9,09%
9,09%
3,03%
18,18%
15,15%
3,03%
9,09%
3,03%
3,03%
6,06%
9,09%
3,03%
6,06%
3,03%
Fonte:Questionriosaplicadospelaequipe
Cerca de 42,00% dos entrevistados sinalizaram que as instituies onde trabalham no

desenvolvem alguma ao relacionada a A3P. Dentre os participantes 45,45% indicaram a existncia de
aes voltadas A3P em seus postos de trabalho, salientando que a maioria deles faz parte do quadro
funcionaldaSEMARH.Quantoaestaquesto12,12%noresponderam.
Cerca de 93, 93% acreditam que podero multiplicar os conhecimentos adquiridos no curso de
capacitao enquanto os demais possuem dvidas quanto a est possibilidade, considerando que no
depende somente da vontade do indivduo, mas necessitase de apoio institucional e colaborao dos
colegasdetrabalho.
Quando questionados sobre a utilidade e aproveitamento do curso em sua formao, vida
pessoaleprofissionalasrespostasforamvariadas:
Quadro2Aproveitamentodosconhecimentos
ParaqueaA3Psaiadopapel
LevarconhecimentosobreaimportnciadaA3P
Inserirmtodossustentveisondemora
Utilizarcorretamenteosrecursosnaturais/preservaoambiental
Formaoacadmica
Esclarecerdvidas
Experincias
Conhecimento
Norespondeu
3,03%
9,09%
6,06%
24,24%
15,15%
9,09%
6,06%
21,21%
6,06%
Fonte:Questionriosaplicadospelaequipe
Notasequeestesaspectossomuitoimportantesporquedemonstramosinteresseseas
possibilidades dos participantes desenvolverem aes efetivas em seu dia a dia. Em relao a
formacomopoderiammultiplicareaplicarosconhecimentos,24,24%sinalizaramquepoderiam
realizarpalestrasnasinstituies,30,30%compartilhariamasinformaesdurantesasatividades
rotineiras, enquanto 12,15% procurariam conscientizar as pessoas no trabalho e nos bairros
queresidem.
Em relao aos possveis obstculos ou desafios para implementao da A3P nas
organizaes em que trabalham 30,30% indicaram a dificuldade de apoio dos gestores e
superioreshierrquicos.Para33,33%dosentrevistadosseriamaisdifcilsensibilizaroscolegasde
trabalhoepessoasda comunidade.Umaspectointeressantesurgiudasrespostasde12,12%
que indicam como principal obstculo a cultura dos brasileiros, enquanto para 3,03% as
questesfinanceirasrelacionadasaocustodadivulgaoseriaoprincipalempecilho.
Figuras01a03:RepresentantesdoMMA,doGovernodoEstadodeSergipeedemais
participantes.Fonte:RosanaR.Siqueira,2014
CONSIDERAESFINAIS
NotasequeabaseconceitualdoProgramaA3Pparecesimples,umavezquecentrase
em temas que cotidianamente ouvimos falar: gua, energia eltrica, materiais de consumo,
sensibilizaodepessoas.Masnarealidadeousoracionaldestesrecursostornasecomplicado
medidaqueseesperaquecadacidadofaadelivrevontadesuaparte,isto,tornasedifcile
morosoesperarquecadasujeitotornaseinteressadoemeconomizar,reutilizar,equedeforma
geralpenseemsolues.Namaioriadasvezesistoocorrequandoasdespesasdolaraumentam,
oudiantedequadrosdeescassez.
EstessodesafiosqueprogramascomoA3Ppodemauxiliarnabuscaporsolues,uma
vezquecadacidadopossainterrelacionarsuasaesaosimpactossobreomeioambienteeao
aumentodosgastosquegeralmenteretornamnaformadeimpostos.
DiantedestesaspectospodeseafirmarqueainiciativadoMinistriodoMeioAmbiente
disponibilizando o Curso de Capacitao Sustentabilidade na Administrao Pblica busca
minimizar estas dissonncias de forma participativa. A realizao do curso em vrias capitais
tambmconstituiseemumaspectopositivoconsiderandoasdiferenasregionaiseadificuldade
de translado caso o curso fosse realizado apenas em Braslia. Desta forma podese considerar
comoexitosaaexperinciadarealizaodocursoemAracaju/SE,sinalizandoaimportnciados
participantesbuscaremmultiplicarosconhecimentosadquiridos.
REFERNCIAS
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NEMPBLICANEMPRIVADA:DESAFIOSEDILEMASDEGESTOEMUMAORGANIZAODE
ENSINOSEMFINSLUCRATIVOSNOINTERIORDEPERNAMBUCO
V.L.C.SANTOS(IC);T.D.L.MARQUES (PQ)2;E.M. SILVA (PQ)3
1
FaculdadeValedoIpojuca(UNIFAVIP);2FaculdadeValedoIpojuca(UNIFAVIP);3UniversidadeFederalde
Pernambuco(UFPE)email:tahud@hotmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Nos1990,comadeterioraodasinstituiesdeensino
pblicasporfaltadeinvestimentodoEstado,cresceuo
nmero de instituies privadas. Mesmo com esse
incremento pautado na dicotomia pblicoprivado, as
demandas da sociedade no eram supridas. Emergiram
desse contexto movimentos da sociedade civil que
buscaram configurar uma nova organizao que
atendessesdemandassociais,denaturezasolidriaou,
comumente conhecida, como sem fins lucrativos. Essa
inovadoraconceituaodeorganizaoexigiuprocessos
de gesto adequados s peculiaridades de
funcionamento das instituies que nem so pblicas
nem privadas, que constituem o terceiro setor.
Compreender como essas instituies concilia seu

crescimento, mantendo seus valores e princpios
originriospormeiodeprocessosdegestoapropriados
o escopo deste estudo. Adotouse como pressuposto
metodolgicooestudodecasonico(YIN,2001),numa
abordagem qualitativa, dada natureza exploratria e
descritiva da pesquisa, analisandose os processos de
gestodainstituiodeensinoAlfa,semfinslucrativos,
localizadaemGravat,Pernambuco.Observousequea
ausncia de processos de gesto bem delimitados
revelouse fator crtico para o crescimento ordenado
destainstituio.
PALAVRASCHAVE:instituiesdeensino,processosdegesto,organizaessemfinslucrativos,terceirosetor.
ORPUBLICORPRIVATESECTOR:CHALLENGESANDDILEMMAOFMANAGEMENTINAN
ORGANIZATIONOFEDUCATIONNONPROFITOFPERNAMBUCO
ABSTRACT
In 1990, with the deterioration of public educational

institutions for lack of state investment, the numberof
private institutions increased. Even with this increase
grounded in publicprivate dichotomy, society's
demandswerenotmet.Emergedfromthiscontextcivil
society movements that sought to set up a new
organization that would meet the social demands of
solidarity,orcommonlyknownasnonprofitnature.This
innovativeconceptoforganizationrequiredappropriate
tothepeculiaritiesoffunctioningoftheinstitutionsthat
are neither public nor private, constituting the third
sector management processes. Understanding how
these institutions reconcile their growth while

maintaining their values and principles originating
through appropriate management processes is the
scope of this research. It was adopted as a
methodological assumption the single case study (Yin,
2001),aqualitativeapproach,giventheexploratoryand
descriptive nature of the research, analyzing the
management processes of the educational institution
Alpha, nonprofit , located in Gravat, Pernambuco . It
was observed that the absence of welldefined
management processes proved critical to the orderly
growthofthisinstitution.
KEYWORDS:educationalinstitutions,managementprocesses,nonprofitorganizations,thirdsector.
GESTOEMORGANIZAESSEMFINSLUCRATIVOS:UMESTUDONAORGANIZAODE
ARTESSMULHERESDEARGILA
INTRODUO
NoBrasil,assisteseapartirdadcadade1990umaampliaononmerodeinstituies
de ensino particulares. Essa foi uma via apontada para a deteriorao e o sucateamento do
ensinopblicoadvindosdacrescentefaltadeinvestimentosgovernamentaisnessarea(CUNHA,
2003).Sobessaamlgamaainiciativaprivadaapareciacomonicaemelhoralternativaparaa
progressivadiminuiodainterfernciaestatalnaeducaobrasileira(SANTOS,2002).
Todavia, essa dicotomia pblicoprivado no era capaz de atender s demandas da
sociedade,sobretudonoqueserefereeducao.Nesseescoposeavolumavamasdiscusses
acerca da reinstitucionalizao do pblico, ou seja, de um novo espao entre o pblico e o
privadoemqueaprpriasociedadepossaatuarparaatendersuasdemandas(CARRIO,2000).
Esse movimento das organizaes da sociedade civil assume um papel cada vez mais
relevante passando a configurar uma nova organizao econmica, nomeadamente, uma
economiasolidria.Dessaforma,aintensificaodasaessociaisdessesgruposeavariedade
dessasorganizaesconstituiumfenmenoinovadore significativoqueexigenovosprocessos
degestoparaatendersdemandasepeculiaridadesdessasintuies(ANDION,1998).
Nesse contexto, buscouse analisar uma instituio de ensino sem fins lucrativos
localizadanacidadedeGravatnointeriordePernambuco.AinstituioAlfasurgiuem2004e
mais uma opo dentre o conjunto de escolas pblicas e privadas. Ela obteve crescimento de
80%nosltimosanos,passandoaatendercercade750alunos,oquetemexigidoaadoode
novosprocessosdegestoqueasseguremaprestaodessesservioscomunidade.Contudo,
temenfrentadodilemassobrecomoconciliarocrescimentoemanterosvaloreseprincpiosque
promoveramsuafundao,bemcomoquaismtodosdegestoatendemaessasdemandas.
Afimdediscutiressasquestesoartigosubdivideseemtrsblocos:naseo(1)realiza
seumadiscussotericasobreocontextodosprocessosdegestodirecionadosaorganizaes
sem fins lucrativos; na seo (2) apresentase o percurso metodolgico orientado pelas
proposiesdeestudodecasodeYin(2001);naseo(3)apresentaseocasodainstituioAlfa;
eporfimsotecidasasconsideraesfinais.
1.CONTEXTODASORGANIZAESSEMFINSLUCRATIVOS
As Entidades Sem Fins Lucrativos (ESFL), tambm denominadas de Terceiro Setor, vm
desempenhando funes cada vez mais amplas e relevantes na sociedade moderna. Com o
objetivo de prestar melhores servios sociedade, beneficiam o desenvolvimento econmico,
social e poltico das naes. Essas aes voluntrias esto organizadas atravs de associaes,
fundaeseinstituiesvoltadasrealizaodeinmerasatividadessubatendidaspeloEstado.
De acordo com Fischer (2002) essas organizaes caracterizamse por serem sem fins
lucrativos,formais,autnomaseincorporamalgumgraudeenvolvimentodetrabalhovoluntrio.
Porsuavez,Drucker(1995)colocaessasorganizaesemumgraumaisrelevanteaoindicarque
aorganizaosemfimlucrativoexisteparaprovocarmudanasnosindivduosenasociedade.
Tais organizaes tm crescido nos ltimos anos e estudos do IBGE revelam que, em
2010, havia 290,7 mil Fundaes Privadas e Associaes sem Fins Lucrativos (Fasfil) no Brasil,
predominantementeentidadesreligiosas(28,5%),associaespatronaiseprofissionais(15,5%)e
de desenvolvimento e defesa de direitos (14,6%). As reas de sade, educao, pesquisa e
assistnciasocial(polticasgovernamentais)totalizavam54,1milentidades(18,6%).(IBGE2010)
Nesse sentido, Melo Neto e Froes (1999) explicam que as principais causas que tm
levado o terceiro setor a tal crescimento so as seguintes: (a) crescimento das necessidades
socioeconmicas;(b)crisenosetorpblico;(c)fracassodaspolticassociais;(c)crescimentodos
servios voluntrios; (e) degradao ambiental; (f) crescente onda de violncia; (g) incremento
das organizaes religiosas; (h) maior adeso das classes alta e mdia a iniciativas sociais; (i)
maiorapoiodamdia;e(j)maiorparticipaodasempresasquebuscamacidadaniaempresarial.
No Brasil essas organizaes variam no tamanho, grau e formalizao, volume de
recursos,objetivoeformadeatuao,diversidaderessaltantedapluralidadedasociedadeedos
fatos histricos que delinearam os arranjos institucionais nas relaes entre estado e mercado
(FISCHER, 2002). Mas apesar da diversidade, indicase como ponto comum a necessidade de
incorporarprticasdegesto,afimdemanterocrescimentoeaconsolidaodessesetor.
1.1.GESTONASORGANIZAESSEMFINSLUCRATIVOS
Agestosefazimportantenasorganizaessemfinslucrativos,mesmosendoumatarefa
desafiadora,umavezqueessasinstituiesnopodemdemostrarresultadosatravsdoslucros
financeiros.ComocorroboraDrucker(1995)
Essasinstituiessoagentesdemudanashumanas.Portantoseusresultadossempre
somudanasempessoasdecomportamento,condies,viso,sade,esperanase,
acimadetudo,desuacompetnciaesuacapacidade.(DRUCKER,1995,p.82)
ParaMurad(2007)agestoproporcionasentidadessemfinslucrativoscapacitaode
pessoas para atuarem em conjunto, compromisso com metas e valores compartilhados,
aprendizado constante, comunicao e responsabilidade, critrios de desempenho, resultados
focadosemseudestinatrio.
Aoconsiderarquesodirigidasedesenvolvidasatravsdosindivduos,acomunicao
semdvidafatorimportanteeinsubstituvel.SegundoDrucker(1995),eladeveserestruturada
aoredordasinformaesquefluemdosindivduosqueexecutamotrabalhoparaaquelesque
estonotopo,etambmaoredordasinformaesquefluemparabaixo.Essefluxoessencial
paraaorganizaoseconfigurarcomoespaodeaprendizado(FISCHER,2002).
Drucker (1995) enfatisa a importncia do processo de gesto, descrevendo que uma
organizaosemfinslucrativosrequerparafuncionarumplano,marketing,pessoasedinheiro.
Afirma que ela existe para provocar mudanas nos indivduos e na sociedade. Embora seja
consensualaadequaodessasorganizaesaummodelodegesto,nohmodeloespecfico
queatendaaessepropsito.ComoindicaMendes(1999,p.61)nohavermelhormodelo,mas
tantos quantos forem s realidades de cada subconjunto de organizaes. Ento, para
compreender essas realidades, fazse necessrio estabelecer o processo de planejamento
estratgicoque,segundoMara(2000),apresentasecomoimportanteferramentagerencial,por
contribuirnaalocaoderecursosefortaleceraorganizaofinanceiramente.
SegundoBryson(1988)oplanejamentoestratgicoumesforodisciplinadopororiginar
decises que do forma e guiam a organizao visando conceber e definir sua misso, viso,
valores e estrutura organizacional. Define que o planejamento de organizaes sem fins
lucrativosdesenvolveseem8etapas:(1)concordnciaeinciodoplanejamentoestratgico;(2)
especificao do responsvel pelo processo; (3) especificao da misso e dos valores; (3)
avaliaodoambienteexterno;(4)avaliaodoambienteinterno;(5)identificaodasquestes
estratgicas;(6)formulaodeestratgia;e(8)estabelecimentodevisoparaofuturo.
DeacordocomFischer(2002)osmelhoresmodelosdegestosoosquepermitemqueo
papelcentraldaorganizaosejacumprido.Oplanejamentoseenquadranaperspectivadegerar
omelhorprocessogerencial,afimdeobterosmelhoresresultadoscombasenamisso,viso,
valoreseestruturaorganizacional.
A misso representa a razo de existir da organizao. Chiavenato (1999) diz que ela
funcionacomoorientadoradasatividades.Defineoquesefaz,porquesefazeparaquematua.
Oster(1995)direcionandoamissoparaorganizaessemfinslucrativosdefinequeelacontribui
paralimitarasfunes,motivaropessoaleosdoadores.Almdisso,Covey(1989)destacaque
elacapazdecriarsentimentodeunioeenvolvimento,sendorefernciaparageriratitudes.
Porsuavez,avisoaformadeelaborarumplanofuturobaseadonopresenteparao
desenvolvimentocontnuodaorganizao.Determinaotrabalhoaserfeitoemumperodode
tempo,focandoaobtenodoresultado.(PORRAS,1996).Scotteoutros(1998)afirmamquea
visorenepessoasemtornodeumsonhocomum;coordenaotrabalhodediferentespessoas;
ajudatodosnaempresaatomaremdecises;constriabaseparaoplanejamento;questionao
estadoatual;etornaocomportamentoincongruentemaisperceptvel.
DeacordocomSilva(2006)essafasedoplanejamentoemquesodeclaradasamissoe
a viso se constitui na filosofia da organizao. Assim, os valores organizacionais envolvem
princpios e crenas estabelecidos, que fornecem suporte tomada de decises (OLIVEIRA,
2005). Deal e Kennedy (1998) afirmam que quando os colaboradores conhecem o que a
organizao defende, mais provvel que suas decises reforcem esses valores, e mais
provvel que se sintam parte importante da organizao. Dentre esses valores, Marcovitch
(1997)recordaquepordesempenharfunodeinteressepblico,esperasequeaorganizao
doterceirosetorcultiveatransparnciadosprojetos,dosresultadosedosrecursosalocados.
Aps definirse a misso, viso e valores, tornase necessrio, de acordo com Bryson
(1998), desenvolver a estrutura organizacional. Segundo Djalma (2002) a ordenao e o
agrupamentodeatividadeserecursos,visandoaoalcancedosobjetivos.SegundoMorgan(1986)
apudWoodJr.(2001)hvriosmodelosorganizacionais,conformeesquematizadonaTabela1,
competindoaolderconhecloseaderiraomodeloquemelhorseenquadreorganizao.
Tabela1:Modelosorganizacionais
MODELO
Burocraciargida
Burocracia
conduzida
comit
por
Burocracia
com
times
interdepartamentais
CARACTERISTICAS
Pressupeestabilidadeambiental.
Poderdecisrioindividualizadoecentralizado.
Operaesetarefassobemidentificadas.
Pressupeambienteestvelcomeventuaisimprevistos.
Poderdecisrioexercidoporcomit.
Existevariedadenaconduodasdivisesoureas.
Pressupenecessidadedeperspectivainterdepartamental.
Nveldecomunicaomaiorquenosformatosanteriores.
Lealdadeaosgruposcondicionadaaointeressedosdepartamentos.
egrupostarefa
Organizao
matricial
Organizaobaseada
emprojetos
Organizao
redeorgnica
tipo
Pressupe balanceamento de poder entre funes/departamentos e

processos.
Busca garantir a convergncia de esforos e otimizar a utilizao de
recursos.
Exigematuridadedoslderesparacontornarosconflitosdeinteresse.
Pressupe a busca de flexibilidade, agilidade, criatividade e
capacidadedeinovao.
Todas as tarefas mais importantes so administradas ou realizadas
porgrupos.
Coordenaoinformalefundamentalmenteditadaporvises.
Pressupeexistnciadeumgrupoestratgicocentral.
Utilizaterceirizaoemlargaescala
Nopossuiidentidadeclara,distintaeduradoura.
Fonte:AdaptadodeMorgan(1986)apudWood(2001,p.40)
Cabedestacarqueaestruturaserdelineadapormeiodeorganograma,formagrficade
representarescolhasorganizacionais.ParaChiavenato(2000)arepresentaodosaspectosda
estrutura organizacional, constituindo a cadeia de comando. Nessa cadeia fundamental para
geriredefiniroplanejamentoteralgumquepossamudaradireodaorganizao,capazde
gerarenergianosoutros,induzindoosasentiremsemotivadoseentusiasmados.precisoqueo
ldersejacapazdeprevercrises,eestejaatentoparadesenvolverhabilidadesdoscolaboradores,
identificandoacapacidadedeassumiremliderana(BRYSON,1998;PAIS,2006;DRUCKER,1995).
Compreendidos os principais pontos norteadores do processo de gesto, na prxima
seo so apresentados os elementos que estruturam as escolhas metodolgicas e de
operacionalizaodapesquisa.
2.PERCURSOMETODOLGICO
As concepes metodolgicas que orientaram este estudo so de carter qualitativo,
dada natureza exploratriadescritiva da pesquisa. Nesse sentido, consideramse os
apontamentos de Malhotra (2001) de que a pesquisa exploratria oferece ao pesquisador
aproximao, familiaridade e compreenso dos fenmenos que circundam o objeto estudado,
enquantoapesquisadescritivavisaexposiodoselementosedadosencontradosnocampo.
Assim, a escolha pela abordagem exploratriodescritiva apresentouse como mais adequada
finalidadedeanalisarosprocessosdegestodaorganizaoAlfa.
Emfacedessasconsideraes,delimitasecomoestratgiadotrabalhooestudodecaso
nico esquematizado por Yin (2001). O autor destaca que o fundamento lgico para o
desenvolvimento do estudo de caso nico o quanto ele representativo para confirmar,
contestar,testarouestenderumadadateoria,oqueconvergecomoescopodestetrabalho.
Yin(2001)descrevequeoestudodecasoconfigurasecomoumainvestigaoemprica
queanalisaumfenmenocontemporneodentrodeseucontexto,indicadoquandoasfronteiras
entrefenmenoecontextonosoabsolutamenteevidentes.faltadecontornosespecficos
dessas fronteiras, a exemplo das proposies dos estudos exploratrios, recomendase utilizar
mltiplasfontesparaserecolherevidnciaseinformaes(YIN,2001).
Assim, utilizouse a triangulao nos instrumentos de coleta de dados que foram

compostos por: (a) entrevista semiestruturada, realizada com a diretoria da instituio e
colaboradoresafimdeobterdadosacercadohistricodaorganizao,suaestruturaeprocessos
degesto,englobandoquestessobrevalores,crenaseprincpios;(b)pesquisadocumentala
partirdosregistrosdeatasdereunieserelatrios;e(c)observaodiretarealizadaapartirde
visitasnainstituionoperododeagosto,setembroeoutubrode2013.
Finalizadooprocedimentodecoleta,osdadosforamcomparadosafimdeseobteremos
critriosdevalidadeinternapropostosporYin(2001).Nessafase,evidenciouseconvergnciade
contedo entre os materiais coletados pelas trs fontes, conduzindose composio de um
quadrodeinformaesqueserdiscutidonaprximaseo.
3.APRESENTAOEDISCUSSODOSDADOS
A organizao Alfa, fundada em fevereiro de 2004, na cidade de Gravat PE, foi
idealizada por membros de uma igreja evanglica local, que disponibilizou suas dependncias
para acolhla. A instituio nasce com uma filosofia baseada na educao inspirada nos
princpios cristos, que v o ensino como algo que est alm de programas e conceitos, que
envolve vidas, pessoas e relacionamentos. A ideia basilar foi a de promover a formao de
cidadosinovadores,solidrios,comprometidoscomobemcomum.
Aentidadetempormissoocompromissoirrevogvelcomaqualidadedoprocessode
ensinoaprendizagemvalorizandoasrelaescomosalunos,suasfamliaseacomunidade.Seu
princpiopedaggicodepromoveroamplodesenvolvimentodascapacidadesdosalunos,como
as de relao interpessoal, as cognitivas, as afetivas, as ticas, mediante o processo de
construo e reconstruo do conhecimento. Os princpios filosficos se pautam no trabalho
educativo que ser alicerado na filosofia da igualdade dos direitos e deveres, propiciando a
socializao e contribuindo para o reconhecimento do outro e a constatao das diferenas
culturais.Osprincpiosreligiosos,porsuavez,temodeverdepromoveraconscinciareligiosa
doindivduo,tratandoholisticamenteoserapartirdosprincpioscristos.
A instituio iniciou com 105 alunos e com o objetivo de fazer a diferena, j que no
havianacidadeinstituiesdeensinosemfinslucrativos.Comopassardotempo,consolidouse
e hoje possui cerca de 740 alunos. Contudo, tal crescimento tem se configurado seu maior
desafio, dada importncia de se manter processos de gesto que possibilitem atender aos
alunos,semperderosvaloresdedesenvolvimentohumanoepedaggico.
JnosprimeirosachadosdapesquisafoipossveldetectarnoAlfaaausnciadeprticas
degestoeficientes.Observousecertadesorganizaoquantoalocaodosfuncionriosem
suas respectivas funes, bem como a falta de um processo de desenvolvimento das tarefas.
Emboranodisponhaderecursosfinanceirosparaalocarmaisfuncionrios,issonoquerdizer
que no possa fazer adequaes que minore essa problemtica. Conforme exposto na seo
terica, um bom processo de gesto proporciona o ordenamento das atividades atravs das
pessoascertasdesenvolvendoasatividadescorretas.DeacordocomMurad(2007),issosetorna
possvelatravsdaapropriaodaculturapeloscolaboradores,compromissocommetas,valores
compartilhadosecritriosdedesempenho.MastaiscritriosnosopostosemprticanoAlfa,
uma vez que na pesquisa documental no foram detectados nenhum registro de
acompanhamentodasatividadesdesenvolvidas.
Outrafalhaquelevanosaidentificaraausnciadeprocessosdegestodelimitadosa
carncia de comunicao entre os lderes e a equipe, uma vez que no foram encontrados
registrosescritossobreosprocessosdaorganizao,bemcomonafaladadiretoriaficaevidente
a ausncia de processos que visem socializar as informaes dentro da instituio. Isso se
configuraumaomissosubstancialdaentidade,dadoqueacomunicaoatreladainformao,
deacordocomBryson(1998),fatorchaveeinsubstituvelparaagesto.
No temos reunies formais ou informais com muita frequncia para esse fim.
(DIRETORIA)
No se sabe ao certo como identificar a satisfao dos funcionrios no setor
administrativo,vistoquenosofeitasreuniesfrequentesparatalfim,enosetem
um modelo adequado para esse procedimento, embora tenhamos um setor para este
fim.(DIRETORIA)
Atrelada lacuna de comunicao, a ausncia na delimitao das atividades acarreta

sobrecargadetrabalho.Apesardeexistirumsetorresponsvelpelaadministraodainstituio
Alfa,afaltadeacompanhamentodasatividadesdoscolaboradoresmaisumavezevidenciada
nafaladoresponsvelpelagesto.
Emboraosfuncionriosprecisemsermotivadoscadaumsabeseu papelenoprecisa
que estejamos lembrando sempre... eles do conta do recado. (RESPONSAVEL PELO
SETOR)
Noexisteumbomfluxodeinformao,faltacomunicaroquecadaumdevefazer,pois
algumaspessoasestosobrecarregadas.(COLABORADOR1)
Depreendese que para a direo da Alfa a ausncia de delimitao de tarefas parece

normal. Contudo, esses fatores tem promovido insatisfao nos colaboradores e excesso de
trabalho.Acausadainsatisfaopareceestatreladadesorganizaonadivisodasatividades,
mastambmnaausnciadeumalideranaquedirecioneecontroleoseufluxo,denotandosea
importncia de se estabelecer reunies que permitam, por meio do dilogo, captar o nvel de
satisfaodetodosquecompemainstituioAlfa.
EntramosnaAlfaparadeterminadofim,emboranaprticaacarnciadainstituioseja
tanta que voc acaba fazendo tudo. No se sabe ao certo como fazer, no tem quem
faaenemquemexplique,davoctemqueousar,fazereesperarsevaidarcertoou
vai dar bronca, agora se todos fizessem seria bom, mas nem todos tem a mesma
conscincia.desmotivador.(COLABORADOR2)
Outro aspecto relevante que para a diretoria o planejamento visto apenas em seu
aspecto pedaggico, nomeadamente, as leis de diretrizes e bases da educao (LDB), a
conveno coletiva dos professores e o estatuto da criana e do adolescente (ECA). H uma
valorizaodoplanejamentopedaggico,emdetrimentodoadministrativo.
Este o meio pelo qual o Alfa est administrativamente organizado, a LDB est
relacionadaformulaodocurrculo,cargahorariaeformaodoprofessor,quanto
aosdemaisfuncionrioseagestoaindaestamospensandonesseprocesso(DIRETORIA)
Emboraavisopedaggicasejaimprescindvel,atpelafinalidadedainstituio,notase
um descompasso entre o planejamento pedaggico e o administrativo. Assim, indicase a
necessidade de direcionarse para um planejamento estratgico administrativo correlacionado
aopedaggicojrealizado.
Tambmnoqueserefereaoplanejamento,notasequeainstituioAlfa,apesardeter
uma misso, ela no divulgada aos colaboradores e discentes atendidos pela organizao, o
que deve ser repensado, uma vez que quando se conhecepadres aos quais os colaboradores
devem apoiar, conforme defendido por Deal e Kennedy (1998), muito mais provvel que
tenhaminiciativasquereforcemestespadresesesintamparteimportantedaorganizao.
Com relao sua viso, no se dispe de um modelo manuscrito, pensado
minuciosamente para longo prazo, embora a diretoria afirme que vem tendo resultados ao
inserirnovosprojetosdeatuao.
Embora no tenhamos um modelo estamos colhendo resultado quanto a nossa viso,

vistoqueesseanofoiimplantadooFundamentalIedamesmaformaimplantaremoso
Primrio.(DIRETORIA)
Nestecaso,observasequeavisoparaofuturonopodeserapenasdadiretoria.Para
ser efetiva, necessrio que todos os colaboradores tenham a exata dimenso dos objetivos
futuros.ValedestacarqueosvaloresdaAlfasobaseadosnosprincpiosreligiososquetempor
finalidade promover a conscincia religiosa do indivduo tratando holisticamente todo o ser a
partirdosprincpioscristos.Emboraessesvaloressejamcaractersticascentraisdainstituio,
elestambmnoseencontramdisponveisparavisualizaodoscolaboradoresediscentes.
Importantenotarqueexistedificuldadeparamanteressesvalores,jqueocolgiotem
crescido em fluxo de alunos e nmero de colaboradores, e que os mtodos de gesto e
comunicao no se mostram eficientes para que o crescimento ocorra de forma estruturada.
MuitosvaloreseprincpiospresentesnafundaodoAlfatemseperdidoaolongodotempo.
Entendese que os valores definem a essncia da organizao, portanto, se os
colaboradoresefuncionrioscompreendemeinternalizamtaisvaloresmaisfcillevaradiante
osprocessosdegestoeatendercomunidade.Emfacedoexposto,reforaseanecessidade
deexpormisso,visoevaloresemumambienteaberto,paraquepais,alunosecolaboradores
vejamerelembremosprincpiosdainstituio.
No que se refere estrutura organizacional notase que foi definida a partir das
necessidades surgidas com o tempo. No entanto, no se tem uma definio concreta de um
organograma adequado que divida os setores ou que personalize um modelo de gesto. Mas
duranteapesquisadecampoadiretoriacriouummodeloestruturalparaexporcomootrabalho
funcionanaprtica,conformeFigura1.
Figura1:organogramadaestruturaorganizacionaldoAlfa
Observase um equvoco quanto construo deste organograma, visto que em sua

fundaoaigreja/comissogestorafoiamentoradainstituio.Embora,atualmente,acomisso
assuma apenas funes patrimoniais, ela no se encontra hierarquicamente abaixo do setor
financeiro,uma vez que esse departamento tem como funo to somente arrecadar verbas e
gerirascontasapagar.Indicasequeacomissogestoradeveriaservisualizadacomoumrgo
deliberativo,vistoqueapartirdacomissoqueasdiretrizesorganizacionaissoestabelecidas.
Outro ponto de mudana referese s demais funes como biblioteca, setor
administrativoeportaria,quenoforamcomtempladosnaestruturaorganizacional.Percebese
queemborasejaimportantedefinirumaestruturaorganizacional,precisoterconhecimentono
assuntoparaqueoorganogramarepresentedeformaefetivaofluxodeatividadesefunesda
organizao. Portanto, como indica Bryson (1998) o organograma das entidades sem fins
lucrativosnopodeservisto,apenas,comoumencaixedefunes.Destecontexto,possvel
afirmar sobre a direo que sua viso administrativa e de liderana limitada, e ela mesma
reconheceessasfalhas,masnosabecomosolucionlas,conformefalaabaixo:
Precisamos melhoras as atividades, disso temos certeza, mas ainda estamos tentando
resolveralgunsproblemasparatentarestruturarmelhoroAlfa.(DIRETORIA)
Pelo exposto, fica notria a necessidade de se inserir melhores mtodos de gesto na

instituioAlfa.Entendesequeapenasquandoadiretoriadainstituiotiveraextadanooda
importnciadosmtodosdegerenciamento,aorganizaotera possibilidadedecrescersem
que para isso perca sua identidade, expandindo seu espectro de atuao em quantidade e
qualidade,demodoaatendermelhoremaisefetivamenteacomunidade.
CONSIDERAESFINAIS
A finalidade desta pesquisa foi discutir a importncia dos processos de gesto em
organizaessemfinslucrativos,apartirdocasoempricoAlfa.Percebesequeainstituiotem
crescido exponencialmente, nos ltimos anos, contudo vrios problemas de gesto so
enfrentados como desmotivao, sobrecarga de trabalho, falta de comunicao e perda dos
princpiosdainstituio.
Notadamente,essesproblemasadvmdaausnciadeprocessosdegestoeficientes.Isso
pode ser apreendido quando a diretoria, por exemplo, prioriza o planejamento pedaggico e
negligencia o administrativo. E isto se deve ao fato da diretoria ainda no compreender a real
importncia de estabelecer uma estrutura organizacional que promova um melhor fluxo de
atividades,decomunicaoedeinformao.
Emfacedoexposto,observasequeaorganizaoAlfanecessitaadotarumprocessode
gestomaisprofissionaleefetivo,oqueapossibilitarterumcrescimentodeformaordenada,
slida,econsequentementemaissalutaresustentvel,servindocadavezmaissociedadesem
queparaissopercaseusprincpiosevaloresoriginrios.
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10
(IN)CONSCINCIA SOCIOAMBIENTAL EM GRANDES EMPRESAS DO ESTADO DE ALAGOAS

2
R. S. Cruz (PQ); . C. Almeida Filho (PQ)

Gestor Ambiental, Centro de Capacitao Zumbi dos Palmares ATER/INCRA. Graduado em Gesto Ambiental pelo
Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e Graduando em Engenharia de Agrimensura e Cartogrfica pela Universidade Federal
2
de Alagoas (UFAL). E-mail: ramonsalgueiro@gmail.com; Professor do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Campus
Marechal Deodoro. E-mail: alvaro.cavalcanti@ifal.edu.br
RESUMO
Dedicado a examinar algumas ideias e tendncias no
mercado nacional e, sobremaneira, no mercado alagoano, o
presente estudo prope-se a delinear o panorama da
responsabilidade socioambiental de grandes empresas do
Estado de Alagoas, sob a percepo dos stakeholders no
tocante s prticas e aes de responsabilidade social e
ambiental nas comunidades nas quais tais organizaes
esto inseridas, avaliando de que forma o marketing verde
utilizado como estratgia nos negcios, quer seja pela
elevao do ativo intangvel e aumento da lucratividade,
quer seja pelo maior comprometimento de seus funcionrios
e relaes mais consistentes com seus clientes e
fornecedores. Nesse contexto, o presente trabalho aborda

um comparativo entre a teoria e as aes praticadas por
empresas alagoanas, a partir de dados obtidos via
questionrio com o mtodo de pesquisa tipo survey,
buscando identificar e descrever as percepes da
populao-alvo acerca da coerncia entre o discurso e a
prtica dessas empresas considerando as trs dimenses
que compem o trip da sustentabilidade: ambiental,
econmica e social.
PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade socioambiental, marketing, stakeholders, sustentabilidade empresarial.
SOCIAL-ENVIRONMENTAL (UN)CONSCIOUS OF LARGE FIRMS IN STATE OF ALAGOAS

ABSTRACT
Aiming to analyze ideas and trends in the domestic market
and mainly market Alagoas, this study has the objective
describe the setting of socio-environmental responsibility of
larger firm in the state of Alagoas, considering the perception
of stakeholders about the practices and actions of social
responsibility and environment in the communities where
businesses are located, evaluating how the greenmarketing
is used as a business strategy, both for intangible assets is
high and increasing profitability, both for greater
involvement of its employees and most consistent
relationships with customers and suppliers. In such a

context, the present study addresses a comparison between
the theory and the actions taken by companies in Alagoas,
using data obtained via questionnaire with the method of
survey research, seeking to identify and describe the
perceptions of target population about the consistency
between discourse and practice these companies
considering the triple bottom line: Environmental, Economic
and Social.
KEY-WORDS: Socio-environmental responsibility, marketing, stakeholders, corporate sustainability.
(IN)CONSCINCIA SOCIOAMBIENTAL EM GRANDES EMPRESAS DO ESTADO DE ALAGOAS
INTRODUO
Debates sobre a implementao de aes socioambientais, de marketing verde e de condutas
ticas, por parte de empresas brasileiras e, mormente, alagoanas, tm sido disseminados e propagados
de forma muito frequentemente nos meios de comunicao e esto permeados nos diversos setores
no s do universo empresarial, como tambm em outros setores da sociedade civil, e.g.,
organizaes no governamentais que geram servios de carter pblico e possuem como fonte
motivadora a filantropia. As fortes evidncias encontram-se presentes, principalmente, no chamado
terceiro setor, enquadrando as empresas como elementos fundamentais no cenrio social.
Ultimamente, um novo modelo de gesto de negcios, com atuao nas dimenses social e
ambiental, estimulando a capacidade de interao das empresas com os seus stakeholders1, tem
gerado ganhos para ambas as partes, normalmente por sua preponderncia de construo de uma
imagem empresarial de credibilidade a partir de questes como transparncia, tica, cidadania e
responsabilidade social. O autor Takeshy evidencia um novo paradigma empresarial como fonte de
sobrevivncia no mercado:
A gesto ambiental a resposta natural das empresas ao novo cliente, o consumidor
verde e ecologicamente correto. A empresa verde sinnimo de bons negcios e no
futuro ser a nica forma de empreender negcios de forma duradoura e lucrativa.
Em outras palavras, o quanto antes as organizaes comearem a enxergar o meio
ambiente como seu principal desafio e como oportunidade competitiva, maior ser a
chance de que sobrevivam. (TAKESHY, 2010, grifo nosso),
Inobstante, a questo da responsabilidade social uma temtica recente, polmica e dinmica,

sobretudo, no que diz respeito ao seu impacto no ativo intangvel empresarial e, consequentemente,
seus efeitos na lucratividade. Convm, aqui, ressaltar que vrios elementos podem motivar as
empresas a atuarem de forma socialmente responsvel. Podem ser por (1) presses externas
legislao ambiental, movimento dos consumidores; (2) de forma instrumental como meio de
obteno de benefcios e vantagens; ou (3) por questes de princpios quando valores so inseridos
na cultura da empresa, norteando relaes com fornecedores, clientes, governo, acionistas e meio
ambiente, reduzindo significativamente os riscos de greves e escndalos (TENRIO, 2006).
Com efeito, a presente pesquisa aborda duas empresas alagoanas de grande porte no tocante
s prticas e aes de responsabilidade social e ambiental nas comunidades nas quais esto inseridas,
avaliando-se de que forma o greenmarketing2 utilizado como estratgia nos negcios, de modo a
constar que tais organizaes quando adotam, efetivamente, a filosofia e prticas de responsabilidade
social e ambiental, tendem a ter uma gesto mais consciente e maior clareza quanto sua prpria
misso e sentido de existncia para a sociedade.
1
Em traduo livre, corresponde s partes interessadas. O referido termo em ingls adotado recorrentemente nas obras
de Takeshy Tachizawa (2010), Jos Carlos Barbieri (2007), Reinaldo Dias (2007), Fernando Tenrio (2006), Nuno Vaz (2003),
entre outros, para determinar que as decises empresariais devem levar em considerao os impactos diretos e/ou
indiretos a fornecedores, clientes, governo, acionistas, comunidades, doravante, stakeholders.
2
So atribudas vrias denominaes greenmarketing: marketing ecolgico; marketing verde; marketing ambiental;
ecomarketing e marketing sustentvel, sendo que todas elas tem como preocupao fundamental as implicaes
mercadolgicas dos produtos que atendem s especificaes da legislao ambiental e que contemplam as expectativas de
uma boa parcela de consumidores, no que diz respeito aos produtos e a seus processos no serem agressivos ao meio
ambiente (DIAS, 2007).
APORTE TERICO
Ofereceram subsdio ao presente trabalho as obras Responsabilidade Social Empresarial, de
Fernando Guilherme Tenrio (2006); Gesto Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa, de
Takeshy Tachizawa (2010); Gesto Ambiental, de Reinaldo Dias (2007); Marketing Bsico, de Marcos
Cobra (2009); Marketing Institucional, de Nuno Vaz (2003); e Responsabilidade Social e Cidadania
Empresarial, de Francisco Paulo de Melo Neto e Csar Froes (1999); e Gesto Empresarial, de Ademir
Ferreira, Ana Carla Reis e Maria Isabel Pereira (2001), entre outras.
guisa da temtica apresentada, o autor Barbieri (2007) destaca que se torna cada vez mais
evidente a necessidade das empresas se adequarem ao trip da sustentabilidade, denominado triple
bottom line, onde integram valores sociais e ambientais ao desenvolvimento econmico, e que uma
gesto empresarial responsvel e sustentvel necessita levar em considerao outros segmentos da
sociedade e no apenas os scios e acionistas. Os aludidos segmentos a serem considerados por uma
empresa socialmente responsvel so as partes interessadas ou stakeholders conforme vaticina o
referido autor em sua obra.
Contribuindo para a teorizao da empresa socialmente responsvel, o autor Dias (2007)
apresenta a seguinte definio para a responsabilidade social empresarial (RSE):
A Responsabilidade Social Empresarial a promoo de comportamentos que integram
elementos sociais e ambientais que no esto necessariamente contidos na legislao,
mas que atendem as expectativas da sociedade em relao empresa, ou seja, a
responsabilidade social Empresarial vai muito alm de cumprir as exigncias legais.
(DIAS, 2007, p.153)
Neste mesmo passo, o enquadramento da RSE como uma estratgia para garantir, alm do
lucro e da satisfao de seus clientes, o bem estar da sociedade, emerge da obra e dos ensinamentos
de Melo Neto e Froes (1999), in verbis:
Apoiar o desenvolvimento da comunidade e preservar o meio ambiente no so
suficientes para atribuir a uma empresa a condio de socialmente responsvel.
necessrio investir no bem-estar dos seus funcionrios e dependentes e num ambiente
de trabalho saudvel, alm de promover comunicaes transparentes, dar retorno aos
acionistas, assegurar sinergia com seus parceiros e garantir a satisfao dos seus
clientes e/ou consumidores. (MELO NETO; FROES, 1999, p.78, grifo nosso).
Convergindo nesta direo, observa-se na obra do professor Tenrio (2006) que o conceito de
responsabilidade socioambiental est ligado a uma atitude da empresa para aliar o desenvolvimento
social e ecolgico sua sustentabilidade econmica, atravs de aes e trabalhos para o benefcio da
comunidade em que est inserida. Ademais, o supracitado autor assinala que existem vrios elementos
que podem motivar as empresas a atuar de forma socialmente responsvel, quais sejam: presses
externas, legais, melhoria da imagem da empresa, princpios e valores inseridos na cultura da empresa,
norteando destarte relaes com os fornecedores, clientes, governo, acionistas e meio ambiente.
Essas passagens sublinham os traos que do forma ao presente trabalho, pois revelam uma
adequao da temtica preocupao das empresas no que concernem incluso de aes
socioambientais, de marketing verde e de tica empresarial como processo natural de sobrevivncia no
mercado nacional e, por conseguinte, alagoano.
METODOLOGIA
Adota-se como classificao da presente pesquisa o que aduz a autora Vergara (2007), no que
respeita a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios de uma pesquisa. Quanto aos fins, a
pesquisa em voga torna-se descritiva porquanto visa descrever percepes, expectativas e
caractersticas relativas valorizao do ativo intangvel das empresas a partir de aes socioambientais
no Estado de Alagoas. Quanto aos meios da pesquisa, constitui-se de bibliogrfica e de campo,
coligindo a fundamentao terica e as informaes obtidas atravs de pesquisa survey3 para a
contextualizao do tema proposto realidade alagoana.
Fica sublinhado que o presente estudo delimitou o campo de investigao em duas empresas
situadas no Estado de Alagoas, quais sejam: a principal empresa estatal do setor de servios e a
principal empresa privada do setor industrial, conforme dados da SEFAZ/AL de 20084. Nesse soar, as
empresas Empresa Farol e Empresa Pontal5 foram escolhidas em funo da representatividade de
seus faturamentos6.
Com efeito, o presente trabalho teve como populao-alvo pessoas diretamente afetadas com
as atividades das companhias Empresa Farol e Empresa Pontal, na compreenso do termo
stakeholders segundo Tachizawa (2010), Barbieri (2007), Dias (2007) e Nuno Vaz (2003). Para a seleo
da amostra a ser pesquisada, utilizou-se o critrio de amostra no probabilstica (GIL, 1991), com
identificao por convenincia, tendo em vista a aplicao do questionrio destinada a funcionrios dos
nveis estratgico, ttico e operacional, bem como clientes e lderes comunitrios, sendo assegurado a
todos os respondentes o anonimato, para que no lhes ensejassem eventuais retaliaes pelo
empregador em razo de suas respostas s perguntas formuladas. O questionrio, com trinta e trs
perguntas, abordou aspectos relacionados marketing institucional, responsabilidade social e meio
ambiente. Sem embargo, aplicou-se 41 questionrios entre os meses de novembro e dezembro de dois
mil e onze, aos constituintes dos stakeholders de cada uma das empresas objetos do estudo.
RESULTADOS DA PESQUISA
Conforme linhas precedentes, o presente estudo teve como objetivo analisar a percepo dos
stakeholders das companhias de grande porte Empresa Farol e Empresa Pontal. Nesse sentido, so
apresentados adiante a anlise descritiva dos dados, sendo selecionadas as questes consideradas mais
relevantes para a elaborao de grficos a fim de subsidiar a pesquisa, que compreenderam entrevistas
direcionadas s comunidades no entorno das empresas ou que utilizam seus servios, assim como a
funcionrios dos nveis estratgico e operacional.
Foram obtidos, em sntese, os seguintes resultados:
O mtodo de pesquisa denominado survey (sondagem) compreende o levantamento de dados via questionrio para a
descrio quantitativa da realidade das empresas alagoanas que so o objeto deste trabalho.
4
Em funo do cronograma desta pesquisa, cujo o incio se deu em maro de 2011, os dados disponveis no site da Fazenda
Estadual, referentes ao ano de 2008, correspondiam ao ltimo ano fiscal disponvel para consulta pblica.
5
Para fins de preservao das imagens das empresas, as razes sociais correspondem a de um nome fictcio.
6
Conforme o Relatrio Anual 2008 da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas, as referidas empresas integram a lista
das 10 principais contribuintes de ICMS.
Pergunta estimulada: A empresa tem programas/procedimentos que mitiguem

os impactos ambientais advindos de suas atividades?
20%
No.
10%
Legenda:
Estamos estudando a
possibilidade.
0%
20%
Empresa Pontal
Empresa Farol
20%
No, mas ocorre de

forma informal.
40%
60%
Sim.
30%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Grfico 1 Programas/procedimentos que mitiguem os impactos ambientais.

Fonte Elaborao prpria.
Na primeira questo sob anlise, pde-se identificar que a Empresa Pontal a que apresenta
melhor na implantao de programas ou procedimentos formais mitigadores de impactos ambientais,
opinio de 60% dos entrevistados (Grfico 1). Esse resultado corrobora com Melo Neto e Froes (1999),
que para desenvolver aes ticas e morais, atravs da responsabilidade social empresarial, s se
tornam possveis aps uma identificao dos problemas enfrentados pela comunidade, ficando, prima
facie, constatado que a Empresa Pontal tem um bom nvel de eficincia e correspondncia
literatura abordada neste trabalho. Isso ficou ainda mais ntido com a entrevista aos gestores da
empresa que salientaram a relao da organizao com a comunidade, envolvendo todos os
stakeholders na gesto de riscos e no planejamento estratgico da empresa j que se trata da principal
indstria do Estado e a 11 maior empresa do pas em vendas lquidas, conforme o exerccio fiscal de
20117.
Concernentemente Empresa Farol, observa-se uma variao na percepo dos
entrevistados, concentrando-se 70% das respostas apontando a inexistncia de
programas/procedimentos formais para identificao das partes interessadas afetadas por suas
atividades.
Antes de diagnosticar a eficcia de programas socioambientais implantados pelas empresas,
fez-se necessrio observar no grfico o nvel de engajamento da comunidade envolvida e o nvel de
conhecimento que a comunidade tem desses programas, vide abaixo:
Exame Melhores e Maiores. Revista Exame, Ed. Abril. Disponvel em: <http://exame.abril.com.br/negocios/melhores-emaiores/>. Acesso em: 31 jul. 2011.
Pergunta estimulada: A empresa possui programas que envolvem as

comunidades no entorno?
10%
No se aplica.
100%
Legenda:
0%
No, mas pretende-se.
0%
Sim, porm com pouca

freqncia.
Empresa Pontal
Empresa Farol
30%
0%
60%
Sim, constantemente.
0%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Grfico 2 Programas que envolvem as comunidades no entorno.

Nenhum dos entrevistados, por parte da Empresa Farol conheciam programas sociais para a
comunidade desenvolvidos por sua empresa. Classificando-a, costumeiramente, apenas como
prestadora de servios e com foco no seu fim empresarial. Na Empresa Pontal, a maioria dos
entrevistados declararam participarem ou conhecerem programas direcionados comunidade.
Para o grfico seguinte, torna-se relevante o que Drucker (1997) lecionou, defendendo a ideia
de que uma empresa deve ter interesse em uma sociedade sadia, mesmo que a causa da doena no
tenha a ver com o que ela faa. Alm de suportar a ideia de que uma organizao, para ser considerada
responsvel, encaixa-se num princpio bsico da tica profissional do primum non nocere, ou seja, no
causar o mal conscientemente. Sendo assim, verifica-se uma opinio mais dividida por parte dos
entrevistados na Empresa Pontal, entre todos os fatores, o que, de certa forma, compreensvel haja
vista que todas as alternativas se complementam.
Pergunta estimulada: Como classificaria as aes da empresa quanto s
questes sociais e ambientais?
Como fatores
filantrpicos.
30%
0%
Legenda:
30%
Como fator adicional.
100%
Empresa Pontal
Empresa Farol
30%
Como motivo de
sobrevivncia
0%
Como diferencial
competitivo.
0%
10%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Grfico 3 Classificao das aes da empresa quanto s questes sociais e ambientais.

Na Empresa Farol uma unanimidade nas respostas aos questionrios se fez presente. Todos
os entrevistados disseram acreditar que, na existncia dessas atividades, estas serviam apenas como
fatores adicionais e para o aumento do lucro da empresa, 100% dos entrevistados assinalaram como
fator adicional as aes da Empresa Farol quanto s questes sociais e ambientais.
Em ambas as empresas pesquisadas, as atividades de responsabilidades sociais e ambientais
so apresentadas nos seus stios na internet. guisa das percepes dos entrevistados, pde-se inferir
que as atividades socioambientais na Empresa Pontal mostraram-se mais efetivas, enquanto as da
Empresa Farol, por ter uma rea muito grande de atuao Estado, teve suas atividades pouco
observadas na prtica. Uma pesquisa mais aprofundada e especfica, consideraria tais atitudes como
greenmarketing e greenwashing8, respectivamente. Relacionando, pois, os resultados com a literatura
abordada, pde-se verificar lacunas entre o divulgado e o reconhecido pelas partes interessadas.
Pergunta estimulada: De uma forma geral, em sua viso, como classificaria a empresa?
10%
No interfere.
10%
Legenda:
Regular. Poderia se
investir mais no mbito
social.
10%
70%
Bom. Entretanto, a
populao no entorno
pouco se beneficia.
Excelente. Fator decisivo
para qualidade de vida
do bairro, fonte de renda
e entretenimento.
Empresa Pontal
Empresa Farol
20%
20%
60%
0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Grfico 4 Percepo de responsabilidade social empresarial.

Quando questionado sobre como a comunidade classificaria as empresas, a Empresa Farol

apresentou grande regularidade nessa situao, tendo em vista tratar-se de uma prestadora de servios
para todo o Estado, apesar de nas questes anteriores terem deixado transparecer nos comentrios e
nas prprios respostas no questionrio que desconheciam quaisquer atividades socioambientais da
Empresa Farol. Ademais, ao serem questionados sobre as principais mudanas verificadas na
comunidade aps a instalao das empresas em questo, os entrevistados relacionados Empresa
8
Greenmarketing corresponde ao marketing praticado pela empresa que valorize a sua imagem junto aos consumidores.
No caso do segundo termo, greenwashing, trata-se de uma distoro entre as aes de marketing da empresa e a
realidade efetivamente percebida pelos pblicos de seu interesse. Para mais informaes acerca desses conceitos, l
Reinaldo Dias (2007b).
Farol, em sua maioria, no souberam atribuir mudanas, levando-nos inferncia de que a ao

conservadora dessa empresa e, por ter controle estatal, tornaram-se quase que imperceptveis a RSE
na comunidade local.
Os entrevistados concernentes Empresa Pontal afirmaram como principal mudana
perceptvel com a instalao da empresa a gerao de emprego e renda. Porm, torna-se importante
salientar que em conversas simultneas s entrevistas, estes tambm manifestaram que houveram
impactos negativos, como alteraes nos nveis de poluio na regio e desvalorizao imobiliria, e
impactos positivos, como no turismo, onde a empresa incentiva a capacitao de jovens a darem
continuidade a atividades culturais da regio e o desenvolvimento do artesanato. Ademais, foram
registrados comentrios sobre alguns locais cedidos pela empresa para que alguns comerciantes
pudessem desenvolver suas atividades.
CONSIDERAES FINAIS
A construo de uma imagem empresarial de credibilidade, na atual conjuntura de mercado,
no se resume a uma organizao que fornea apenas bons produtos e/ou servios.
Com uma crescente conscientizao e exigncia da sociedade hodierna, uma nova postura
empresarial vem sendo constatada, porquanto, questes de tica, cidadania e responsabilidade
socioambiental tornam-se, cada vez mais, fatores imprescindveis para a sobrevivncia de empresas no
mercado global e local.
Com efeito, observando os resultados obtidos na pesquisa acerca da Empresa Farol,
responsvel pelo fornecimento de energia eltrica nos cento e dois municpios alagoanos, constatou-se
uma assimetria quantos s informaes institucionais e s informaes de conhecimento geral da
populao-alvo, haja vista as lacunas verificadas entre o que divulgado no stio da empresa e o que
de conhecimento dos stakeholders. Vez que, por unanimidade, no questionrio aplicado comunidade,
no houveram citaes de programas ou de participantes beneficiados com as atividades
socioambientais desenvolvidos pela empresa. Relacionando os resultados apresentados literatura
abordada, pde-se verificar caractersticas de greenwashing, pois, onde no site oficial da empresa
programas e incentivos ambientais servem para fortalecimento da imagem, mas na prtica, no
funciona ou no so conhecidos pela comunidade.
Na linha das consideraes acima, cabe observar, por outro lado, que nos dados auferidos para
a segunda empresa, Empresa Pontal, a relao diagnosticada foi positiva, porquanto esta destacou-se
junto populao-alvo pela promoo e incentivos de Organizaes No-Governamentais, com
trabalhos reconhecidos para a capacitao de jovens e adultos com cursos profissionalizantes, servios
de sade, incentivo ao artesanato, contribuio atividade turstica da regio, a incluso digital,
esporte, preservao ambiental, sobretudo do Complexo Estuarino Lagunar Munda-Manguaba
CELMM, atravs do apoio ao Instituto Salve as guas (ISA) e ao Instituto Lagoa Viva, conforme relatos
documentados na pesquisa. De fato, os benefcios da Empresa Pontal pelos diversos tipos de
atividades desenvolvidas em prol do meio ambiente ou da sociedade foram reconhecidos e
evidenciados nesta pesquisa, resultados do forte investimento em marketing por parte dessa grande
companhia. Tal definio de gesto empresarial remetida por Melo Neto e Froes, in verbis:
O retorno social institucional ocorre quando a maioria dos consumidores privilegia a
atitude da empresa de investir em aes sociais e o desempenho da empresa obtm o
reconhecimento pblico. Como conseqncia, a empresa vira notcia, potencializa sua
marca, refora sua imagem, assegura a lealdade de seus empregados, fideliza
clientes, refora laos com parceiros, conquista novos clientes, aumenta sua
participao no mercado, conquista novos mercados e incrementa suas vendas.
(MELO NETO; FROES, 1999, p.166, grifo nosso).
No quadro geral, ao correlacionar a ideia de Tenrio (2006) realidade alagoana, as grandes

empresas ainda esto se adequando ao novo modelo de negcio. imperioso salientar que o estudo
aqui desenvolvido focalizou a percepo de stakeholders para duas das maiores empresas do Estado de
Alagoas, sendo a Empresa Farol e a Empresa Pontal, segunda e quarta colocadas, respectivamente,
no ranking das maiores contribuintes do Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) de
Alagoas, evidncias, pois, do grau de importncia dessas empresas na economia e no contexto social
dos alagoanos. Inobstante, o panorama atual da responsabilidade socioambiental dessas empresas, no
tocante s prticas e aes de responsabilidade social e ambiental, sinalizou a forma ainda
parcimoniosa com que este tema vem sendo tratado na prxis empresarial.
Desta feita, o Estado de Alagoas conhecido por contrastes sociais e problemas de ordem
ambiental, necessita da incluso e concretizao da RSE que traduzam os anseios dos stakeholders em
aes proativas e na mudana de patamar dessas aes, para que as grandes empresas, a exemplo das
que aqui foram objetos de investigao, possam partilhar do entendimento de que no deve haver
conflito entre crescimento econmico e desenvolvimento social e proteo ambiental. E isto impe
uma tarefa desafiadora s empresas alagoanas: harmonizar essas preocupaes e a reflexo de que
qualquer iniciativa de apoio socioambiental ultrapasse o benefcio de favorecer apenas a imagem da
marca, mas de determinar que todas as aes baseadas em apelos de proteo ao meio ambiente e
responsabilidade social alcancem a verdade e a exatido das informaes divulgadas com aquelas
efetivamente praticadas.
Na linha das consideraes acima, importante reconhecer que novas pesquisas devem
ser realizadas abrangendo um nmero maior de empresas pblicas e privadas para acompanhar o grau
de evoluo da responsabilidade socioambiental no Estado de Alagoas e, consequentemente, no Brasil.
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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatrios de pesquisa em administrao. 8. ed. So Paulo: Atlas,
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IMPLANTAODOPROGRAMA5S:OCASODACOORDENAODECONSTRUOCIVILDO
CAMPUSLAGARTO/SE
R.R.Siqueira(PQ);D.A.Neri(EEC)2; F.S.SOARES(TE)3
1
deSergipe(IFS)CampusAracajuEmail:danielaalvesneri@hotmail.com;3UniversidadeFederaldeSergipe(IFS)
email:fssfernandosoares@gmail.com
(TE)EstudantedeFsicadaUniversidadeFederal
(PQ)PQDoutorandaemDesenvolvimentoeMeioAmbiente
RESUMO
Este artigo busca apresentar aspectos relativos s

mudanas decorrentes da implantao do programa 5S
na Coordenao de Construo Civil do Instituto de
Educao,CinciaeTecnologiadeSergipe(IFSCampus
Lagarto.Osentidodequalidadepodeserdefinidocomo
todasaspropriedadesoucaractersticasdeumproduto
ouserviorelacionadassuacapacidadedesatisfazeras
necessidades explcitas e implcitas dos que utilizam,
desta forma a busca pela eficcia e eficincia so
preconizadas pelos gestores das instituies pblicas e
privadas. Tratase de uma pesquisa exploratria
realizada com perodo de observao de seis anos
(20082014), considerando o registro fotogrfico como

principal instrumento de coleta de dados para as
anlises. Percebese atravs desta trajetria que o
Programa 5S no tem trmino, pelo contrrio,
contnuoenecessitadeprocessodeavaliaoperidica
e sensibilizao para que possam ser analisadas
mudanas de acordo com as novas demandas
institucionais,dosusuriosecolaboradores.
PALAVRASCHAVE:5S,IFS,implantao.
5SIMPLEMENTATIONOFPROGRAM:THECASEOFTHECOORDINATIONOFCONSTRUCTIONOF
CAMPUSLAGARTO/SE
ABSTRACT
This article aims to present aspects of the changes

resultingfromtheimplementationofthe5Sprogramin
the Department of Civil Construction Institute of
Education , Science and Technology of Sergipe ( IFS
CampusLagarto.TheSenseofqualitycanbedefinedas
"all the properties or characteristics of a product or
servicerelatedtoitsabilitytosatisfystatedandimplied
needs of those who use " , thus the search for
effectiveness and efficiency are pursued by the
managers of public and private institutions . this is an

exploratory survey of the observation period six years
(20082014) , considering the photographic record as
the main instrument to collect data for analysis. was
perceivedthroughthispaththat5Sprogramhasnoend
, on the contrary , is continuous and requires periodic
reviewprocessandawarenessthatchangesaccordingto
the new institutional demands of users and reviewers
canbeexamined.
KEYWORDS:5S,IFS,
IMPLANTAODOPROGRAMA5S:OCASODACOORDENAODECONSTRUOCIVILDO
CAMPUSLAGARTO/SE
INTRODUO
Esteartigotemcomoobjetivoapresentaraspectosrelativoss mudanasdecorrentesda
implantao do programa 5S na Coordenao de Construo Civil do Instituto de Educao,
CinciaeTecnologiadeSergipe(IFSCampusLagarto),bemcomosinalizarpossveisobstculosa
seremtrabalhadosatravsdestaferramentadegesto.
O interesse pelo estudo partiu do interesse de alunos do ensino mdio do curso de
Edificaes que observaram mudanas significativas nas atividades desenvolvidas nos
laboratrios da Coordenao de Construo Civil. A partir desta observao foi possvel
desenvolvertambmaanlisedosriscosdecadaambiente.
Atualmente variados conceitos de qualidade tem sido preconizados por diversos tipos de
organizaes, sejam elas pblicas ou privadas. Na dcada de 1990, o servio Pblico Federal
atravs de reformas proposta a partir do novo modelo de gesto gerencialista insere as
perspectivas da eficcia, eficincia e efetividade como necessrias a todas atividades, como
formade[...]mobilizaresensibilizarasorganizaespblicasparaamelhoriadaqualidadedo
atendimentoprestado.(BRASIL,GESPBLICA,2009,p.06).
Dentre os vrios conceitos de qualidade Lacombe e Heiborn (2003, p.459) indicam que o
sentido de qualidade pode ser definido como todas as propriedades ou caractersticas de um
produto ou servio relacionadas sua capacidade de satisfazer as necessidades explcitas e
implcitasdosqueutilizam,nesteconceitoavalorizaodoclientee/oudousurioclara,visto
que a organizao precisa identificar com preciso o que o cliente considera como atributos
adequadosdosprodutoseserviosqueconsome,ecomunicaraosquetrabalhamquaissoesses
atributos.
A noo de eficcia e eficincia esto inseridas no constructo do sentido de qualidade
considerandoquesegundoChiavenato(2002,p.432)eficcia[...]umamedidanormativado
alcance de resultados, enquanto eficincia uma medida normativa da utilizao dos recursos
disponveisnesseprocesso.Destaformaaeficinciaestariarelacionadaaosmeioseaeficcia
aoalcancedosobjetivos.
Emjunhode2000,oGovernoFederalpreocupadocomaqualidadedosservios
pblicosoferecidosaoscidados,publicouoDecreton3.507,datadode13de
junho de 2000, que tratava do estabelecimento de padres de qualidade do
atendimento prestado aos cidados pelos rgos e pelas entidades da
Administrao Pblica Federal direta, indireta e fundacional que atendem
diretamente aos cidados. Assim, as organizaes pblicas passaram a
estabelecer os padres de qualidade adequados sua especificidade,
assegurandoasuadivulgaoeavaliaoperidicadeacordocomasdiretrizes
normativasconstantesdoDecreto.(BRASIL,GESPBLICA,2009,p.08).
Dentre os princpios citados no estabelecimento de padres de qualidade para

Administrao Pblica Federal constam: Participao e Comprometimento de todas as pessoas
que integram a organizao; Informao e Transparncia; Aprendizagem e participao do
cidado.
No contexto de uma instituio escolar a noo de qualidade perpassam por todas
atividades, desde a ateno s aulas, ao atendimento das necessidades dos alunos e
comunidade, dos colaboradores, servidores e inclusive em referncia a infraestrutura,
organizaodoespao,disposiodosmateriais,viasdecirculaoecomunicao.
Neste sentido percebese que a implementao de programas como o 5S pode vir a
proporcionarmelhoriacontnuadaqualidade,umavezqueseusprincpiossoconsonantescom
anoodeeficinciaeeficcia.OPrograma5S,conhecidocomoHousekeeping,teveorigemno
Japonadcadade50.SegundoBallestero(2001,p.295)tratavasedeumaestratgiadomstica
que envolvia membros da famlia na organizao e administrao do lar, surgindo assim uma
novaferramentabaseadaem5sensosdescritoslogoaseguir:
Tabela1indicaodossensos
Fonte:Siqueira,2009.
EntreosbenefciosqueoPrograma5Spodepromoversebemimplantadoesto:Melhoria
doambientedetrabalho,alinhandosesdiretrizesdeseguranaeorganizaodosambientes,
reduo do desperdcio de recursos materiais e naturais, inclusive gua, energia, colaborando
tambm para reduo dos impactos sob o meio ambiente; diminuio do retrabalho e dos
acidentes pessoais causados pela falta de sinalizao visual; possibilidade de aumento da
produtividadeatravsdaotimizaodastarefasedaorganizaodelayoutsadequadosacada
tarefa, reduzindo perdas de tempo e dificuldades na execuo das aes e fluxo de pessoas e
materiais; valorizao das relaes interpessoais, onde a disciplina apresentada como
perpetuadora do Programa 5S e motivadora da qualidade no imposta, mas percebida como
essencialparaodesenvolvimento,tantodainstituioquantodoscolaboradoresediscentes.
UmolharsobreoIFSCampusLagarto
O IFS Campus Campus Lagarto localizase na regio CentroSul do Estado de Sergipe, na

cidadedeLagarto,distanteacercade76kmdaCapitalAracaju.Segundocensodemogrficodo
IBGEde2010omunicpiodeLagartopossuiumapopulaoemtornode94.861habitantesem
um territrio de 969, 577 Km. A extenso territorial do municpio possui reas rurais
representadaspelospovoados,adensamentonaregiocentral,ecrescimentoimobiliriodevido
presenadeindstriasdegrandeporte,aexemplooGrupoMatar,escolasdeensinotcnicoe
superiorcomooCampusdaUniversidadeFederaldeSergipe.Ocomrciolocalmovimentado
principalmente por grandes feiras e festejos anuais (a exemplo do So Joo) atraindo grande
nmerodevisitantes.
A instituio foi criada em fevereiro de 1995, como Unidade Descentralizada de Ensino
(UNED). Atualmente o IFS contacom os campi nas cidades de: Aracaju, Lagarto,So Cristvo,
Estncia,NossaSra.daGlriaeItabaiana.Dentreoscursosoferecidospodesedestacar:Ensino
mdiointegrado(Eletromecnica,Edificaes,redesePRONATEC);Ensinotcnicosubsequente
(eletromecnica, edificaes e informtica); Ensino Superior Tecnolgico em Automao
IndustrialeLicenciaturaemFsica.
Diante da observao de problemas relacionados organizao dos ambientes da
instituio, desperdcios de materiais e perda de tempo na execuo de atividades de rotina,
servidores da Coordenao de Construo Civil do IFS Campus Lagarto perceberam a
oportunidadedemudanasatravsdapossvelaplicaodoPrograma5S.Apsapermissoda
chefia imediata, foi possvel aplicar aes em setores da Coordenao de Construo, a saber:
laboratriodesolos,materiaisdeconstruo,saladosprofessoresesaladacoordenao.
A situao dos setores no ano de 2008 apresentava diversos aspectos que poderiam ser
melhorados,comoindicamasfigurasaseguir:
Figuras 01 a 04: A falta de organizao com materiais atrapalhava as
atividadesnolaboratriodemateriaisdeconstruo.Fonte:RosanaRocha
Siqueira,2008.
Aps a identificao dos problemas e interfaces com os sensos do Programa 5S, podese
iniciaraimplantaodepequenasaesdemudanascomapoiodoscolaboradoresdosetor.Foi
necessriaaseparaodepapisparaorganizaodosarquivos,identificaodeequipamentos
obsoletosoudesnecessriosconsiderandooprincpiosdeproximidadeefacilidadedeacessodos
itens utilizados com mais frequencia e guarda dos equipamentos utilizados com menor
periodicidade.
Limpeza e planejamento da organizao dos itens so passos necessrios para que o 5S

possaserimplementadocomsucessoeefetividade.
Figuras 05 a 09: Limpeza, organizao dos arquivos, amostras do

laboratrio, equipamentos obsoletos e reaproveitamento de fios
(condutores).Fonte:RosanaRochaSiqueira,2008.
Foram sinalizados tambm equipamentos eltricos, tomadas, acessos aos setores bem
comonormasdeseguranaeutilizaodossetores.
Figuras10a13:Cartazesindicativosdeusodosequipamentos,informaes
sobreo5Semotivao.Fonte:RosanaRochaSiqueira,2008/2009.
Nesta trajetria de seis anos de implementao do Programa 5S em setores da

CoordenaodeConstruoCivil,algunstrabalhosdealunoscontriburamparaamelhoriadas
condies ambientais a exemplo da formulao de mapas de riscos relacionados aos setores,
comopodeserobservadonafiguraaseguir:
Figura14:Mapaderiscodocanteirodeobras.
Fonte:EquipedealunosdoCursodeEdificaes,2014.
A formulao dos mapas de riscos partiu da iniciativa do Prof. Ricardo Monteiro como
atividade das aulas de Segurana do Trabalho. Com a realizao desta atividade os alunos
puderamidentificarvariadosnveisderiscosnosambientesdainstituio,inclusivedossetoresa
Coordenao de Construo Civil. Esta iniciativa colaborou para o reconhecimento de aspectos
deseguranaaomesmotempoqueindicanecessidadedemudanasparaeliminaodosfatores
deriscos.NocasoespecficodoCanteirodeobrasaNR18indicaanecessidadede:
a)Identificaroslocaisdeapoioquecompemocanteirodeobras;
b)Indicarassadaspormeiodedizeresousetas;
c)Mantercomunicaoatravsdeavisos,cartazesousimilares;
d)Advertircontraperigodecontatoouacionamentoacidentalcompartesmveisdasmquinas
eequipamentos;
e)Advertirquantoariscodequeda;
f)AlertarquantoobrigatoriedadedousodeEPI,especficoparaaatividadeexecutada,coma
devidasinalizaoeadvertnciaprximasaopostodetrabalho;
g)Alertarquantoaoisolamentodasreasdetransporteecirculaodemateriaisporgrua,
guinchoeguindaste(obs.:quandoexistir);
h)Identificaracessos,circulaodeveculoseequipamentosnaobra;
i)Advertircontrariscosdepassagemdetrabalhadoresondeopdireitoforinferiora1,80m(um
metroeoitentacentmetros);
j)Identificarlocaiscomsubstnciastxicas,corrosivas,inflamveis,explosivaseradioativas.
l)Ordemelimpeza:ocanteirodeobrasdeveapresentarseorganizado,limpoedesimpedido,
notadamentenasviasdecirculao,passagenseescadarias.
MTODOS
Tratase de um estudo exploratrio baseado na observao de aspectos relacionados ao
Programa5SnoambienteinstitucionaldoIFSCampusLagartonoperodode2008a2014.Apsa
implementaodoPrograma5SemsetoresdaCoordenaodeConstruoCivilprocedeuseo
registro fotogrfico dos aspectos positivos e negativos, bem como das situaes que ainda
permanecemcrticas.Posteriormente,empossedasfotos,aequipedepesquisapodeanalisaros
obstculosqueaindacausamaeficinciaeeficciadasatividadeseconsequentementeprejuzo
agestodaqualidade.
RESULTADOSEDISCUSSO
Aps seis anos de implementao do Programa 5S em setores da Coordenao de
ConstruoCivilpodeseobservaralgunsaspectosimportantes.Dentreosaspectospositivos,as
avaliaes institucionais revelaram zelo quanto a disposio dos materiais e organizao do
espao dos laboratrios, embora a falta de colaborao de alguns servidores ainda prejudique
aes de limpeza e organizao considerando que sem apoio e autorizao dos mesmos no
possvelpromovermudanasemseusetordetrabalho.Comonohouveatenodoservidorem
relaonecessidadedestinaodemateriais,nofoipossveldescartaritensinutilizveisenem
se pode manter organizados materiais de uso pessoal do servidor, visto que o mesmo deveria
providenciarestasaes.
Figuras15a17:Aspectosnegativosemrelaoorganizaodo
laboratriodeinstalaeshidrulicas.Fonte:RosanaR.Siqueira,2014.
Figuras18a22:Aspectosnegativosemrelaonecessidadedereformas,alocao
funcionaldeequipamentosemveisedesperdciodeenergia.Fonte:RosanaR.Siqueira,
2014.
Comoaspectospositivospodeseindicarquenossetorescomooslaboratriosdemateriais
de construo e solos o controle referente a utilizao dos materiais, limpeza e organizao
forammantidos,inclusiveporpartedenovosservidoresqueutilizamoespao.
Figuras23a27:Aspectospositivos:usodepincelrecarregvel,organizaodearquivos,
usoracionaldecoposdescartveis,sinalizaodeseguranaereaproveitamentode
papis.Fonte:RosanaR.Siqueira,2014.
Infelizmente em relao ao canteiro de obras, banheiro da coordenao e laboratrio de

hidrulica no houve relativo progresso uma vez que a falta de sensibilizao dos usurios e a
necessidade de reformas so os principais obstculos para que o programa 5S possa ser
implantadocomsucesso.
CONSIDERAESFINAIS
Percebese atravs desta trajetria que o Programa 5S no tem trmino, pelo contrrio,
contnuo e necessita de processo de avaliao peridica e sensibilizao para que possam ser
analisadas mudanas de acordo com as novas demandas institucionais, dos usurios e
colaboradores.
O programa centrado em princpios simples, mas que na prtica exigem disciplina e
ateno dos colaboradores. Um aspecto importante do Programa 5S a interface com outros
programas,aexemplodaAgendaA3P(AgendadeSustentabilidadenaAdministraoPblica),na
qualpodeseobservarconsonnciasentreseusprincpios,almejandocomoobjetivoamelhoria
daqualidadenosserviosprestadospelasorganizaes.
Desta forma podese considerar que o IFS Campus Lagarto necessita de um projeto mais
amplo que possa solucionar primeiramente os problemas relacionados infraestrutura,
ampliao dos espaos fsicos e de alocao de equipamentos e materiais. A seguir fazse
necessrio o apoio da administrao em relao implantao do Programa 5S em todos os
setores,comoformadesensibilizarummaiornmerodecolaboradores,servidoresediscentes,
quepoderoatuarcomocoparticipantesfiscalizadoresdoprograma.
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doNascimento.Monografia.Sergipe:FJAV,2009.84f.30cm.
ASMUDANASOCORRIDASNOMUNDODOTRABALHOESEUSIMPACTOSNAQUALIDADEDE
VIDADOSMOTORISTASDAZONANORTEDENATAL
M.Medeiros(PQ);P.A.Trindade(IC)2;L.A.M.Loureno(IC);F.O.Rego(IC);L.L.S.Medeiros(IC);
I.L.Alves(IC)
1
ProfessoradareadeGestoeNegciosdoInstitutoFederaldoRioGrandedoNorte,IFRNCampusNatalZona
Norte.Email:marlene.medeiros@ifrn.edu.br;2EstudantesdocursodeComrciodoInstitutoFederaldoRio
GrandedoNorteCampusNatalZonaNorte.Email:ednho_p@hotmail.comfernanda.rego@hotmail.com
larissalayane1998@outlook.comisabelleleite@hotmail.com
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo apresentar os
resultadosdapesquisarealizadaporalunosdocursode
Comrcio do IFRNCampus Natal Zona Norte,
relacionada s mudanas ocorridas no mundo do
trabalho e seus impactos na qualidade de vida dos
motoristas de transporte pblico. A escolha do tema
deveuseaofatodaobservaodasprecriascondies
de trabalho destes profissionais, aliada as repercusses
das manifestaes nacionais que em parte tem relao
comotemadotransportepblico,dainseguranaepor
consequnciacomaqualidadedevidadosmotoristas.A
amostragem da pesquisa foi feita com 75 profissionais
de quatro empresas que operam na Zona Norte de
NatalRN, durante o perodo de Janeiro e Fevereiro de

2014. Foram abordados no estudo aspectos sociais,
pessoais,econmicosepsicolgicosatravsdeanlises
feitasporauxiliodequestionrios,pesquisasdeopinio
edepoimentosdestesprofissionais,paraaampliaoda
visoacercadoassunto.Ametodologiadapesquisafoi
de carter quantitativo e do tipo descritiva. Mesmo
tendo quatro empresas como exemplo, os resultados
emrelaoscondiesdetrabalhoforamosmesmos,
vistoqueasestruturasdostransportesnoofertavamo
confortoeasegurananecessriaaosqueosoperame
aos que os utilizam no seu cotidiano.
PALAVRASCHAVE:Qualidadedevida,condiesdetrabalho,transportepblico.
THECHANGESOCCURREDINTHEWORLDOFWARKANDITSIMPACTONLIFEQUALITYOF
DRIVERSOFNATALSNORTHZONE
ABSTRACT
ThisThisarticleaimstopresenttheresultsofaresearch
conductedbystudentsofcourseofCommerceofIFRN
Natal North Zone Campus, related to changes in the
worldofworkanditsimpactonqualityoflifeofdrivers
of public transport . The theme choice was related to
thefactoktheobservationofpoorworkingconditions
of these professionals, allied to the impact of national
events that, in part, has to do with the issue of public
transport,insecurityandconsequentlythequalityoflife
ofthedrivers.Thesamplingsurveywasconductedwith
75 professionals from four companies operating in the
north zone of Natal RN , during January and February
2014. Social, personal, economic and psychological

aspectswereapproachedinthisstudythroughanalyzes
by assistance of questionnaires, surveys and
testimonialsoftheseprofessionals,toexpandthevision
about the subject. The research methodology was
quantitative and descriptive character. Even though
there were only four companies as an example , the
results related to working conditions were the same,
once the structures of transport did not offer the
comfort and safety required to the ones who operate
them and the ones that use it in their daily live.
KEYWORDS:Qualityoflife,workingconditions,publictransport,drivers,insecurity.
ASMUDANASOCORRIDASNOMUNDODOTRABALHOESEUSIMAPCTOSNAQUALIDADEDE
VIDADOSMOTORISTASDAZONANORTEDENATAL
INTRODUO
A cidade constitui um ambiente importante na configurao do trabalho dirio dos
motoristasedosaspectosrelacionadosscondieseaqualidadedevida,osquaisrepercutem
sobreosprocessosdesadeedoena.Apropostadeterminaismaisadequadossoexemplosde
esforos canalizados para a transformao de um ambiente favorvel a boa execuo do
trabalho.Contudo,namaiorpartedotempo,omotoristacorreumgranderiscodentrodoseu
ambientedetrabalhoequeacabamafetandotambmasuaqualidadedevidaexterioraoseu
expediente.
Em contrapartida, observase que em determinadas reas, como sade e segurana, a
situao da qualidade de vida dos motoristas preocupante, pois as empresas de transporte
pbliconodemonstramcuidadoscomseusfuncionrios.
DeacordocomLimongiFranaeRodrigues(2002p.156):
Qualidade de vida no trabalho uma compreenso
abrangente e comprometida das condies de vida do
trabalho,queincluiaspectosdebemestar,garantiada
sadeeseguranafsica,mentalesocialecapacitao
para realizar tarefas com segurana e bom uso da
energia pessoal. A origem do conceito est ligada s
condies humanas e a tica do trabalho, que
compreende desde exposio a riscos ocupacionais
observveis no ambiente fsico, padres de relao
entretrabalhocontratadoearetribuioaesseesforo
com suas implicaes ticas e ideolgicas at a
dinmica do uso do poder formal e informal; enfim,
incluioprpriosignificadodotrabalho.
As tarefas dos motoristas de nibus urbano caracterizamse pelo transporte de

passageirosdentrodopermetrourbano,observandoseumaseriedeprocedimentostcnicose
disciplinaresemrelaoaotransito,aoscolegaseusurios.
A qualidade de vida dos motoristas afetada por fatores como insegurana, baixa
remunerao,trabalhoexaustivoemscondiesdetrabalho.
Com o alastramento dos assaltos o uso da bilhetagem eletrnica contribuiu para a

seguranadosusurioseoperadores,diminuindoovolumededinheirodentrodonibus.
Osurgimentodosistemadebilhetagemautomtica,oscarteseletrnicossubstituram
os meios de pagamentos tradicionais. Segundo Sato (1991) as tarefas do cobrador (no sistema
tradicional)soasdecobrarereceberaspassagens,auxiliaromotorista,forneceronumeroda
catraca no final de cada viagem, dar o troco, colar os valestransportes e passe no formulrio
apropriado, verificar os usurios que usufruem de gratuidade, tratar os passageiros com
cordialidade,darinformaesquandoforsolicitado,impediraatuaodeambulantesdentrodo
veiculo,entreoutros.
do conhecimento de todos que j existe estratgia diversificadas de cobranas de
passagememtransportesurbanos:emmodelotradicionalseusaocobradoreooutromodelo
alternativo utilizandose o carto, com ou sem a utilizao do cobrador. Com a agilidade e
facilidadedessenovomodelodepagamento,asempresaspensandoemdiminuirsuasdespensas
eaumentarseulucro,optarampelomodeloalternativo,jqueabilhetagemeletrnicafoiaceita
com facilidade pela maior parte da populao e poucos utilizam o mtodo tradicional, as
empresasretiraramdoscobradoresdessafunoeadquiriramamesmaaosmotoristas.
Areduodecustoalcanadacomaeliminaodocargodecobradorpermitiuqueos
custos de manuteno e parte dos custos de implantao do sistema de bilhetagem fossem
apropriados na planilha tarifria sem gerar necessidade de aumento tarifrio, mas pouco
direcionadoparaosalriodomotorista.
Oobjetivodopresenteartigofoiidentificaraspectosassociadosaosprincipaisproblemas
causados pela rotina de trabalho que se refletem na qualidade de vida dos motoristas do
transportepblicoquecirculamnaZonaNortedeNatalRN.
MATERIAISEMTODOS
Segundo a abordagem, foi realizada uma pesquisa de carter quantitativa que segundo
Marconi (2008) consiste em investigaes de pesquisa emprica cuja principal finalidade o
delineamentoouanlisedascaractersticasefatosoufenmenos,aavaliaodeprogramas,ou
isolamentodevariveisprincipaisouchave.Segundooprocedimento,foirealizadaumapesquisa
decampoqueconformeMarconi(2008)consistenaobservaodefatosefenmenostalcomo
ocorremespontaneamente,nacoletadedadosaelesreferentesenoregistrodevariveisquese
presumerelevantes,paraanalislos;Segundooobjetivo,foirealizadaumapesquisadecarter
descritivo que consiste em uma pesquisa usada para descrever e explicar fenmenos
socioeconmicos, polticoadministrativo, contbeis e psicossociais, matemticoestatstico e
tcnicolingustico(Leite,2008).
Paraamostragemdapesquisaforamentrevistadosumtotalde75 motoristasdequatro
empresas de transporte coletivo, que tem suas linhas de nibus circulando na Zona Norte de
Natal.Atabelaabaixodescreveaquantidadedemotoristasqueforamutilizadosnaamostrada
pesquisa.Agrandediferenanonmerodemotoristasparticipantesentreumaempresaeoutra,
devese aofato de algumas empresas termaior nmero de linhas em circulao nesta rea da
cidade,eporconsequncia,ummaiornmerodemotoristas,enquantooutrastemapenasuma
nicalinhaemcirculao.
Tabela 1 Nmero de motoristas participantes da pesquisa por empresa que opera na
ZonaNortedeNatal.
EMPRESADENIBUS
NDEMOTORISTASQUERESPONDERAMO
QUESTINRIO
EMPRESA1
46
EMPRESA2
17
EMPRESA3
EMPRESA4
10
FontePrprioautor.
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionrio com 48 questes

fechadasqueenvolvemaspectosdiversosequeabordamquatrodomniosdaqualidadedevida:
Sociais,econmicos,trabalhistasepessoais.
A coleta de dados se deu no campo, por meio de visitas aos terminais de nibus nos
turnosmanh,tardeenoite,deformaapropiciaropreenchimentodosquestionrios.
Alm do questionrio, utilizaramse tambm dos relatos apresentados pelos motoristas

duranteaaplicao,sobreaqualidadedevidadosmesmos,relatosestesqueforamobjetode
analisedediscursoconsisteemanalisaraestruturadeumtextoeapartirdistocompreenderas
construesideolgicaspresentesnomesmo.
RESULTADOSEDISCUSSO
Duranteacoletadedadosdapesquisaforamidentificadasdiferenasentreosterminais,
expressas nas condies de trabalho, fsicas e estruturais do local de descanso destes
profissionais.
Algumasempresasqueserocitadasfrente,nopossuemterminaisparticulares,sendo
assim,utilizamosterminaispblicos,compartilhandooespaocomasdemaisempresas.
A empresa 1 responsvel por cerca de 61% dos motoristas e a nica que possui
terminalprprio.Apresentavamse,amaioriaconservados,comumaboaarborizao,prximo
de avenidas com grande fluxo comercial, tornando assim em pontos estratgicos para os
usurios. Durante a aplicao dos questionrios constatouse que essa era a nica empresa na
qualforneciaapenasumterminalcomdormitrios,podendoservirdemodeloparaosdemais.A
estrutura no era to confortvel para os passageiros, pois havia bancos de cimento para os
mesmo aguardarem o incio da viagem. Existia uma copa onde os motoristas produziam seus
lanches.Possuatambmumbanheiroebebedouro(queapoucotempoatrsnoerafornecido
pelaempresa.Hojesdisponveldevidoaumareivindicaodeumagreve)paraosmotoristas.
Possuindo23%dototaldaamostra,aempresa2foiconstatadoqueasegundamaior
emrelaoaosnmerodeprofissionais.Atomomentodaaplicaodoquestionrioaempresa
ainda no possua um estabelecimento prprio, acabara assim, utilizando os sucateados
terminaispblicosdaZonaNortedeNatal.Mesmasituaoqueasdemaisempresaspesquisadas
(empresa 413%; empresa 33%) enfrentam. O maior deles o Terminal de Integrao do
Soledade,queesteatualmentedanificado,cujassuasparedesestopichadaspordelinquentes
desconhecidos,quedepredaramosbanheiroseaantigasaladeadministrao.Oferecebancos,
prximosajardinsquedeixamoambientemaisharmoniosoparamotoristasepassageiros.H
uma lanchonete privada, onde eles aproveitam o tempo do intervalo de trabalho para se
alimentaresedistrairumpoucocomoscolegasdetrabalho.
Osgrficosabaixomostramascaractersticaspessoaisdestesprofissionais:
Grfico1GneroSexual
Grfico2Faixaetriadosmotoristas
FontePrprioautor.FontePrprioautor.
Analisandoseosresultadospercebeusequeaprofissopredominantementecomposta
pelo gnero masculino (100%), concluise que essa uma profisso pouco disseminada no
universofeminino.Aidadevariaentre26anose50anosoumais,ondeapresentaaidademdia
de 33 a 43 anos. Estes profissionais comeam a trabalhar por volta dos 26 anos, devido a
necessidadedeumaexperinciacomousodessetransporteepossuiracarteiraD.
Os grficos abaixo mostraram a quantidade de pessoas residente na casa destes
profissionaisequantoarendafamiliardestesmotoristas.
Grfico3Rendafamiliardosmotoristas.Grfico4Nmerodepessoasnaresidncia.
FontePrprioautor.FontePrprioautor.
Segundo os dados levantados, os motoristas tm uma base salarial de 1 a 2 salrios

mnimos. Cerca de 91% dos motoristas avaliaram que seu salrio no compensa sua carga
horria,quandocomparadocomsuajornadadetrabalhoeascondiesquesesubmetido,seu
nvelsalarialnocompensadoe,dototal,68%dosmotoristascontribuemtotalmentecomas
despesasdolar.Nogrfico3,observousequeamaioriarecebede12salrios,equandose
compara ao nmero de pessoas na residncia, no Grfico 4, esse salrio baixo. Com isso
podemosperceberqueseusalrioessencialparamantersuafamlia,sendoumdosprincipais
fatoresquelevamaelesnodeixaraprofisso,mesmoestandoinsatisfeitoscomascondies
detrabalho.Eoquerecebede68,umaexceo,poisrecebeumpensorazoavelmentealta
deumparente,porm,estevalornoumarealidadedestesprofissionais.
Segundoosmotoristasasuacargahorriamnimade7horase20minutos,namaioria
dasvezesissonoacontece,pois64%delesafirmaramquetrabalhamaproximadamente8horas
pordia,mashavendo36%noqual,responderamquetrabalhamde9a11horasdirias.
Oresultadoobtidofoiparcial,onde52%avaliaramseuterminalcomobome43%como
pssimo. O principal problema disso a falta de padronizao dos terminais, como banheiro,
cozinhaedormitrio.
Grfico5Problemascomosonoduranteaexecuodotrabalho.
FontePrprioautor.
De acordo com a pesquisa, podemos constatar que 81% dos motoristas dormem o
recomendado para uma boa execuo do servio, apesar de muitas vezes no ser o suficiente
diantedetantoesforo.Mesmodormindocercade8horas,aindamesintocansado,porqueo
serviobastanteexaustivoRelatodeumdosprofissionais.Observandoosdados,48%dos
motoristas tem seu trabalho afetado pelo sono, sendo assim, colocando em risco a vida do
mesmo e dos passageiros, visto que uma profisso que necessita de ateno. Mas por outro
lado,algunsapontaramqueosononuncaatrapalhou.
Ogrficoabaixomostraosproblemasdesadeapresentadospelosmotoristas:
Grfico6Problemasdesadedecorrentedotrabalho.
FontePrprioautor.
Apesquisarealizadatevecomoresultado,quegrandepartedosmotoristasnoconsume
nenhum tipo de drogas ilcitas e lcitas. Dessas drogas, a bebida alcolica a mais consumida.
Analisandoosdados,82%dosmotoristasnotomamremdioparadormirenemparaestresse.
Noentanto10%jtomaram,masatualmentenotoma,eapenas8%consomemnomomento.
Segundoaanlise,percebemosqueamaioriaapresentadoresmusculares,estresseeproblemas
de coluna, o que prejudica a execuo de seu trabalho e impacta na qualidade de vida dos
motoristas.Noentanto10%jtomaram,masatualmentenotoma,eapenas8%tomamnomomento.
Ogrficoabaixomostraondicedeassaltossofridospelosmotoristas:
Grfico7Nmerodeassaltossofridospelosmotoristasduranteaexecuodeseutrabalho.
FontePrprioautor.
Donmerototaldemotoristas,amaioriajpensouemsairdaprofisso,eosprincipais
fatoresquelevaramapensarnissofoiaviolnciaeosalrio.
Acausadetantodesgastefsicoepsicolgicojustamenteofatodagrandeviolncia,dos
assaltos e da falta de segurana, que acabam acarretando em tais problemas, havendo a
necessidadedousode medicamentos.Osdadosevidenciamquedos motoristas entrevistados,
75%jforamassaltados,amaioria,3vezesoumaisetodosforamamoarmada.Vivoemuma
profissomuitoarriscada.Emmenosdeumano,fuiassalto13vezesestefoiodepoimentode
umdosprofissionaisqueseencontravaemumdosterminaisvisitados.
O grfico abaixo mostra a opinio dos condutores de transporte coletivo sobre a
importnciaqueasempresastmemrelaoasuaqualidadedevida.
Grfco8Opiniodosmotoristassobreapreocupaodaempresacomasegurana.
FontePrprioautor.
Grfico9Seguranadentrodotransportecoletivo.
FontePrprioautor.
Verificandoosdados,maisde95%dosprofissionaissesenteinsegurodiantedaprofisso.
Devidoaosconstanteassaltos,vriosprofissionaisestocommedodecontinuartrabalho,nos
pela violncia da cidade, mas tambm a segurana inexistente dentro do nibus. assalto
diretoeficaporissomesmo.Ealmdelevarodinheirodaempresa,levaocelular,relgiode
quem tiver no nibus. Na empresa que trabalho, no tem cmera nos nibus, mas no faz
diferena,porquemeucolegatrabalhaemumaempresaquetemeassaltadodamesmaforma.
Nopossousarcintodevidoaumaleimunicipal,queprobe.Dentrodotransportescabe50
sentadose45emp,mastenhoquecolocar100emp,porquequantomaisgentenonibus,
melhor,porqueassim,elesvotermaislucro.Easegurana,ondefica?Notem,colocoemvida
aminhaeademaisde140pessoas.Confortonotenho,muitomenosospassageiros,quese
sentamembancosduroserasgos,issoparaosquesentam,poismuitosnarealidadevoemp.
Depoimento de um motorista para um dos aplicadores. 60% avaliaram como pssimo o
confortodoseulocaldetrabalho(poltrona),causandoproblemasnacolunaedoresmusculares.
Grfico10Opiniodosmotoristassobreaqualidadedevida.
FontePrprioautor.
Diantedoresultadoalastrantede97%,foicomprovadoqueestesprofissionaisnosente
apreocupaocomasade,alimentaoecondiesdignasdetrabalhoporpartedasempresas.
Visto que 100% destestrabalhadores no recebem nenhum beneficodiretamente daempresa.
Eles s querem a qualidade do dinheiro, temos que trabalhar muito, pouco importa o que
comemos,bebemoseondedescansamos.Oimportantedarodinheironofimdaviagem.Para
elesnosomosgentes,temosqueserrobsoumaquinadecontarparagerardinheiro.Almde
dirigir,tenhoquepassartroca,equandotemmuitospassageiros,acabopassandootrocoerrado
enofim,aquelevalordescontadodomeusalrioPalavrasdeumdosmotoristas.
CONCLUSO
Apesar de se mostrarem insatisfeitos com suas condies de trabalho, alguns no

abandonamaprofissodemotoristaporquesesentembemrealizadoscomtalservio,outros
pelanecessidadedesustentarafamliaeportersidoanicaoportunidadedetrabalho,jque
nonecessitadeumaltograudeescolaridade.
Percebeuse que os fatores profissionais influenciam bastante na vida pessoal e social
destestrabalhadores,tendoaqualidadedevidanotrabalhoumaimportnciasignificativa,pois
os funcionrios que possuem uma qualidade de vida na empresa so mais felizes e, por isso,
produzemmais,tendoassimmaiorprobabilidadedeobterqualidadedevidanosaspectossociais
efamiliares.
Surgiramvariasmudanasnestesetor,comoabilhetagemeletrnica,queproporcionoua
flexibilidadenamodeobrasobrecarregandoaprofisso,aumentandoassimaresponsabilidade
destestrabalhadores.
A gerncia ou o lder mais prximo precisa estar sempre demonstrando que as pessoas
tmumpapelimportantenaorganizaoequeoutraspessoascontamcomelas.
Asdificuldadesencontradasduranteoandamentodapesquisaforam:Acoletadedados,
vistoqueeramrealizadasnosterminaisdenibusenemsempreosmotoristasestavam
disponveis,oquegeravalongaesperaerepetidasvisitas;Ainseguranaporpartedos
motoristasemresponder,pormedodesofreremrepresliadaempresaemquetrabalhavam;
Informaesdesencontradasnosindicatodosmotoristas,oquegeroumaiortempopra
levantamentodedadosquantoaonmerodeempresasdenibus,linhasehorriosemque
estasfuncionavam.
Comosugestoparapesquisasfuturas,indicamosqueoestudosejaampliadoparaoutras
reasdacidade,fazendoumcomparativoseosproblemasapontadospelosmotoristasdaZona
NortedeNatal/RN,serepetemnasoutrasreasdacidade.
Paratanto,necessriopensarseemprojetosparaamelhoriadascondiesnosdos
motoristas,mastambmdetodaaclassetrabalhadoraenoirembuscaapenasdosnmeros,
mastambmdeumconjuntodecolaboradoresengajadosquevisamumresultadosemcomum.
REFERNCIAS
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10
ANLISEDAVIABILIDADEECONMICADOAUMENTODOSNVEISDEESTOQUESDEMATERIAIS
PERECVEISPARAUMRESTAURANTEEMJOOPESSOAPB,TENDOCOMOBASEA
CLASSIFICAODOSMATERIAISSEGUNDOOSISTEMAABC
L.D.A.Albuquerque (PQ) ; R.A.Cordeiro (PO)

Pessoaemail: lucasdanilo_@hotmail.com
(PQ)Pesquisador,(PO)ProfessorOrientador.
RESUMO
Estetrabalhoresultadodeumapesquisarealizadaem
um restaurante situado na cidade de Joo PessoaPB.
Para que uma organizao consiga manter suas
operaesdeformacontinuafundamentalqueesteja
preparadaparaenfrentarascontingenciasdomercado.
Umaspectorelevanteaserconsideradonaalavancagem
das receitas financeiras de uma organizao a sua
poltica de gesto de estoques. O objetivo geral da
pesquisa foi analisar a viabilidade financeira de
aumentarosnveisdeestoquesdemateriaisperecveis
utilizandoo sistema decontrole ABC.Nosmtodos, foi
utilizada uma forma de abordagem qualiquantitativo
com procedimento tcnico realizado atravs de
pesquisa de campo, onde foi realizada uma cotao de
preos, atravs da observao direta, envolvendo os

principais itens utilizados no preparo das refeies do
restaurante. No tratamento dos dados foram utilizadas
propores matemticas e a tcnica de controle de
estoques ABC com o intuito de agrupar os itens de
acordo sua representatividade financeira nos estoques.
Ao final da pesquisa, constatouse que
financeiramente vivel a elevao no nvel de estoques
para a maioria dos materiais classificados na classe B
(gros,cereais,farinceosebebidas)eparaositensda
classe C (materiais de limpeza); entretanto, a mesma
aonovivelparaosprodutosdaclasseA(carnes,
frios, e verduras) e para alguns outros da classe B
(frutas)devidoaoseuelevadograudeperecibilidade.
PALAVRASCHAVE:ViabilidadeEconmica,Nveldeestoques,ClassificaoABC,MateriaisPerecveis,
Lucratividade.
ANALYSISOFTHEECONOMICFEASIBILITYOFINCREASINGLEVELSOFSTOCKSPERISHABLES
MATERIALSFORARESTAURANTINJOOPESSOAPB,BASEDCLASSIFICATIONOFMATERIALS
BYSYSTEMABC
ABSTRACT
Thisworkistheresultofasurveyinarestaurantlocated involving the main items used in the preparation of
in the city of Joo Pessoa PB. For an organization can restaurant meals was used. In the data mathematical
maintain its operations continuously is essential to be proportions and technique of inventory control ABC in
prepared for contingencies in the market. A very order to group the items according to their
relevant to be considered in the leverage of financial representationinfinancialstockswereused.Attheend
revenue aspect of an organization is its policy of of the survey,it was found that it is financially feasible
inventory management. The overall objective of the to increase the inventory level for most materials in
research was to analyze the financial feasibility of Class B (grains, cereals, starches and beverages) and
increasinginventorylevelsofperishablematerialsusing Class C items (cleaning supplies); however, the same
the ABC system control. In the methods, a form of actionisnotfeasibleforClassAproducts(meat,meats,
qualitative and quantitative approach to the technical andvegetables)andsomeotherclassB(fruit)duetoits
procedure performed through field research, where a highdegreeofperishability.
price quote was conducted through direct observation,
KEYWORDS:Economicviability,levelofinventories,ABCclassification,Perishablematerials,Profitability.
ANLISEDAVIABILIDADEECONMICADOAUMENTODOSNVEISDEESTOQUESDEMATERIAIS
PERECVEISPARAUMRESTAURANTEEMJOOPESSOAPB,TENDOCOMOBASEA
CLASSIFICAODOSMATERIAISSEGUNDOOSISTEMAABC
INTRODUO
Oproblemadesuprimentodebensperecveisexistedesdeosprimrdiosdahumanidade,
quando o homem notou a importncia da conservao de alimento durante perodos de baixa
produtividade e escassez de comida. A primeira forma de conservao de alimentos inventada
pelo homem prhistrico foi decorrente da descoberta do fogo, em que surgiu o processo de
defumao utilizado at hoje na conservao de carnes e outros alimentos. Na realidade, a
conservaodealimentoscomeouaserpraticadapelohomememdecorrnciadanecessidade
desobrevivncia.
Noambienteorganizacionalnodiferente.Asempresasmantmestoquesparagarantir
quesuasatividadessejamrealizadasdemodocontnuo,estandoaptasasuperarascontingncias
do mercado externo. Embora o estoque de materiais seja indispensvel para o perfeito
funcionamentodoprocessodeproduo,eletemumcusto.Caberessaltarque:dimensionare
controlar os estoques um tema importante e preocupante. Descobrir frmulas para reduzir
estoques sem afetar o processo produtivo e sem o crescimento dos custos um dos maiores
desafiosqueosempresriosestoencontrandonosdiasatuais(DIAS,2010,p.104).
Corroborando com o exposto, Assaf Neto (2010) estabelece que os estoques costumam
manter uma participao significativa no total de investimentos ativos da maior parte das
empresasindustriaisecomerciais.Pordemandaremrecursosimobilizadosaplicadosemitensde
baixaliquidez,asempresasdevempromoverumarpidarotaoemseusestoquescomoforma
de elevar sua rentabilidade e contribuir para manuteno de sua liquidez. De forma idntica,
baixonveisdeestoquespodemtrazersriosriscosdeprejuzosempresa,comoodenopoder
atenderademandadasvendaseperderparticipaodemercadosparaosconcorrentes.
Diantedisso,surgeanecessidadededescobrirse,dopontodevistafinanceiro,sermais
vantajoso comprar pequenas quantidades mensalmente, pagando um preo unitrio mais alto,
ou fazer encomendas maiores para atender as necessidades previstas para os prximos meses,
conseguindoumdescontofinalmaior.Sendoassim,apresentamosaseguintequestoproblema:
vivelfinanceiramenteparaorestauranteaumentaronveldeestoquededeterminadositens
perecveis?
Para poder responder a esse questionamento se faz necessrio realizar uma anlise dos
possveis impactos queo aumento nos nveis de produtos armazenados poderia causar paraas
finanas da empresa. O controle de estoque uma das partes do planejamento e controle da
produomaisnegligenciadanaspequenasemdiasempresas;sendoassim,opropsitodeste
artigo analisar a viabilidade financeira de se aumentar os nveis de estoques de materiais
perecveisutilizandoosistemadecontroleABC.AutilizaodacurvaABCsejustificamedida
que uma das tcnicas mais utilizadas de auxlio ao administrador na tarefa de definir uma
poltica mais adequada de compra de estoques, com nfase especial para os itens mais
representativosemtermodevolume(ASSAFNETO,2010,p.643).
GERENCIAMENTODEESTOQUESESISTEMAABC
Apreocupaodagrandemaioriadasempresasconseguiratendersnecessidadesde
seus clientes em tempo rpido, com produtos e servios na qualidade adequada, e com baixo
custodeproduo.Umaspectorelevanteaserconsideradonaalavancagemfinanceiradeuma
organizaoasuapolticadegestodeestoques.ParaAssafNeto(2010),osestoquespodem
ser definidos como materiais, mercadorias, insumos ou produtos mantidos fisicamente
disponveis, na expectativa de ingressarem no ciclo de produtivo e gerar algum retono para a
organizao. Corroborando com essa ideia, Carretoni (2000) assimilaque a gesto de estoques
significagerir,administrareracionalizarcomeconomiaosdiferentestiposdeestoquesmantidos
pelaorganizao.
Os problemas aparecem dado que os investimentos assumem aspectos bastante
conflitantesnoqueserefereanveisdeestoqueseseuscustos.Ospequenosestoquespodem
implicar riscos por falta e custos elevados (custos por obteno). Os grandes estoques podem
implicar investimentos adicionais por armazenagem (custo de manuteno) e reduo da
disponibilidade para aplicao em outros negcios ou necessidades e tambm a perda por
obsolescnciaoudeteriorao(CARRETONI,2000).Aadministraodeestoquesdeveprocurar
estabeleceraeseprocedimentosparasaberoquantocomprarouproduzir,emquemomento
comprarouproduzir,quaisitensdeestoquemerecemmaisateno(LEMESJNIORetal,2010,
p.414).
interessante evitar quantidades excessivas de estoques, as quais, por funo de
imprimirem maior lentido ao giro dos ativos, reduzem a rentabilidade da empresa. De forma
idntica, baixo nveis de estoques trazem srios riscos de prejuzos empresa, como o de no
poder atender a demanda das vendas e perder participao de mercados para concorrentes.
Nesse contexto, o nvel ideal estabelecido em relao flexibilidade operacional
proporcionada pela manuteno dos estoques. Quanto maior for o volume de estoques, maior
ser a flexibilidade da empresa e viceversa. As vantagens dessa flexibilidade devem ser
comparadascomocustodemanutenodosestoques(LEMESJUNIORetal,2010,p.416).
Oscustosvinculadosaosestoquesestoclassificadosemtrsdiferentescategorias:custos
de manter, comprar ou repor e de faltar estoque. Os custos de manter estoques esto
relacionadosmanutenodosinvestimentosaplicados,armazenagem,transferncia,impostos,
seguros, perdas, controle e absolescncia. Os custos de comprar envolvem pesquisas de preo,
comunicao com fornecedores, negociao, emisso de ordens de compras, recepo e
conferncia de produtos comprados. J o custo de faltar est relacionado a custos de compra
eventual,custodevendaperdida,custodeclienteperdidoetc.(LEMESJNIORetal,2010).
DeacordocomPozo(2010),asempresasjustificamaexistnciadeumespaofsicopara
armazenagemrelativamentegrande,eporconsequncia,elevadosestoquescomoargumento:
so fortes redutores de custos de transportes e de produo; auxiliam o marketing e o
atendimento ao cliente; coordenam mais facilmente a rea de suprimento. Apesar disso, essa
poltica vai de encontro ao objetivo da administrao financeira, uma vez que os estoques
representamativosimobilizadosqueprejudicamaliquidezdaempresa.
Em sntese, tratandose de recursos financeiros em uma organizao, o ideal seria a
inexistnciadeestoquesmedida quefossepossvelatenderaousurionomomentoemque
ocorressem as demandas. Entretanto, essa uma situao difcil de ser prevista frente s
contingncias dos mercados. Sendo assim, diante da necessidade de existncia de um

determinadonveldeestoque,surgeanecessidadedeseestabelecercontroleparaquenohaja
desperdciosfinanceirosnaempresa.
O controle de estoques exerce grande influncia na rentabilidade da empresa; a
classificaoABCumaatenoadministrativadadaaositensdeestoquescommaiorvalor.De
acordo com Dias (2010), a curva ABC um importante instrumento para o administrador, ela
permite identificar aqueles itens que justificam ateno e tratamento quanto sua
administrao.Elatemsidousadaparaaadministraodeestoques,paradefiniodepolticas
devendas,paraoestabelecimentodeprioridades,paraaprogramaodaproduoeumasrie
de outros problemas usuais nas empresas. Corroborando com o exposto, Assaf Neto (2010)
relata que nessa curva os itens so classificados em trs categorias: A, B, C. Na categoria A
enquadramse todos os elementos que demandam maiores investimentos e exigem maiores
cuidados em seu controle. O grupo de itens cuja participao nos investimentos em estoques
vem logo a seguir representado pela categoria B, a qual pode merecer um controle menos
frequente.NacategoriaCsoincludosositensdemaisbaixarepresentatividade.
Naprtica,acurvaABCnormalmenteconhecidacomoleidos20/80.Issoporquecerca
de20%dositensrepresentamemtornode80%dosvaloresdeconsumo.evidentequeesses
percentuaisvovariarsignificativamenteemfunodoperfildaempresa,donmerodeitensde
estoque e da evoluo de seus consumos (DIAS, 2010, p. 170). Os itens do grupo A so
acompanhadosdeumsistemadereposiocontnua,quepermiteaverificaodiriadonvelde
estoque de cada item. Os itens do grupo B so frequentemente controlados por meio de
inventrios peridicos (semanais) de seus nveis. Os itens do grupo C so controlados por
tcnicasnosofisticadas(GITMAN,2003).
Uma estratgia que deve ser traada aps a designao dos itens de estoques nas
respectivascategorias(A,BeC)aludidaporJacobsen(2006):ositensAdevempermanecerem
estoquepelomenortempopossvel,ocontroledevesermaisrigoroso,asprevisesfeitascom
maiorexatidopossvel.OsitensCpodemserestocadosemquantidadesmaiores,exceofeita
aosprodutosperecveis(importantenodeixarfaltar)comcontrolemenosrgidosemtermode
quantidades e frequncia. Para os itens da classe B o tratamento pode ser intermedirio,
devendosercontroladosdeformaatenta,masflexvel.
Em sntese, a anlise ABC realizada para determinar o modo mais econmico para
controlarositensdeestoque,pois,atravsdela,tornasepossvelreconhecerquenemtodosos
itens estocados merecem a mesma ateno por parte da administrao. Assim, conduzir uma
anlise ABC um passo muito til no projeto de melhoria do desempenho dos estoques,
reduzindoocapitalinvestidoemestoques,comooscustosoperacionais.
MATERIAISEMTODOS
ApesquisafoidesenvolvidaemumrestaurantedotipoSelfServicelocalizadonacidade
de Joo PessoaPB. Caracterizase como de natureza aplicada, pois foram sintetizados
conhecimentos para a resoluo do problema relativo estocagem de materiais perecveis.
Quantoaosobjetivos,podesercaracterizadacomodescritivaeexplicativa,umavezqueforam
caracterizados os pontos crticos do estoque da empresa, os fatores que contribuem para a
minimizaodoscustosoperacionaisnagestodeestoques,bem comoadivisodositensnas
categorias A, B e C. De acordo com Marques et al (2006), a pesquisa descritiva pode ser

entendida como o procedimento que visa com o tempo indicar, descrever e caracterizar
fenmenosepopulaes,estabelecendorelaesentrevariveisintervenientesefatos.
Foiutilizadaumaformadeabordagemqualiquantitativa,umavezque,conformeOliveira
(1999), a abordagem qualitativa possui a facilidade de poder descrever a complexidade de um
determinado problema, analisar a interao de certas variveis, apresentar contribuies no
processodemudana,formaodeopiniesepermitirainterpretaodasparticularidadesdos
comportamentosdosfatos;jparaSilvaeMenezes(2001),elatambmquantitativaporqueos
dadospodemserquantificados,oquesignificatraduziremnmerosasopinieseinformaes
paraclassificlaseanalislasatravsdousotcnicasestatsticas.
Oprocedimentotcnicofoifeitoatravsdepesquisadecampo,umavezqueaempresa
no possua qualquer documentao ou controle relacionado aos dados necessrios para o
desenvolvimento da pesquisa. Pesquisa de campo aquela utilizada com o objetivo de
conseguirinformaesacercadeumproblemaparaoqualseprocuraumaresposta,oudeuma
hiptesequesequeiracomprovar(MARCONIeLAKATOS,1999,p.85).
Emrelaoaoobjeto,apesquisadefinidacomobibliogrfica,queaquelacujosdados
secundrios so obtidos mediante consulta feita nos livros, revistas, jornais, enciclopdias etc
(MARQUESetal,2006,p.55).Elaseenquadraaindacomoestudodecaso,ondefoirealizadoum
exaustivo estudo dos diversos aspectos relacionados a compras, estocagem e classificao dos
materiais.Omtododepesquisafoiindutivo,entendidoporGil(1999)comoaquelequeparte
doparticularecolocaageneralizaocomoumprodutoposteriordotrabalhodecoletadedados
particulares.
Osdadosforamtestadosatravsdeclculosutilizandoproporesmatemticacomofim
de comparar os investimentos financeiros necessrios para a compra de itens processados em
um nico pedido, em grande quantidade; com a compra de itens em pequenas quantidades
realizadasemintervalodetempomenores(aquiseroconsideradosapenasofeijo,oarroz,o
macarroeacarnedefrango,principaisitensdeproduo).Posteriormente,paravalidarouno
o aumento no nvel de estoques, a pesquisa ser apoiada no mtodo de controle de estoques
ABC,envolvendooutrositensdeestoque:alimentos(cereais,grosefarinceos);carnesefrios;
bebidas;frutas;verduras;eprodutosdelimpeza.AconstruodacurvaABCfoiconstrudacomo
auxilio do software Microsoft Excel verso 2007. A coleta de dados foi realizada por meio de
entrevista proprietria do estabelecimento e da observao direta para o levantamento de
preosondesoadquiridasasmatriasprimasdorestaurante.
ANLISEDEDADOS
A primeira parte da anlise de dados foi realizada atravs do desenvolvimento de uma
cotao de preo para verificar se haveria reduo nos custos financeiros necessrios para a
compradosprincipaisalimentosutilizadosnopreparodasrefeiesdorestaurante(feijo,arroz,
macarroecarnedefrango).Nessaetapa,deacordocomosdadosfornecidospelaproprietria
do restaurante, verificouse que as compras so realizadas semanalmente nas quantidades de
120 quilos de Feijo, 120 quilos de arroz, 60 quilos de macarro, e 90 quilos de frango; sem a
obtenodenenhumdesconto.Depossedessesdadosedospreoscoletadosnomercadoonde
agestoradorestaurantecostumarealizarsuascompras,apresentamosaTabela1:
Tabela1Modelodepreoatual
Alimentos
Arroz
Feijo
Macarro
Frango
Completo
TOTAL
Preounitrio Quantidadeutilizada Quantidadeutilizada

emvarejo
semanal
mensalmente
2.89
120kg
480kg
3.75
120kg
480kg
2.19
60kg
240kg
5.9
90kg
360kg
390
1560kg
Investimentosmensais
estimadosemvarejo(R$)
1387.2
1800
1051.2
2124
6362.4
FonteDadosdapesquisa,2014.
De acordo com a Tabela 1, podese constatar que a gestora utiliza uma quantidade de
1560 kg de alimentos em cada ms de atividade para seus principais itens de produo (arroz,
feijo,macarroefrango).Podemosverificar,tambm,queosinvestimentoscomacomprade
todos esses itens de R$ 6.362,4 todos os meses em compras realizadas em varejo. Cabe
ressaltar que esses dados foram levantados de acordo com o mtodo do consumo do ultimo
perodo,queparaChiavenato(2005),baseiaseempreveroconsumodoprximoperodotendo
porbaseoconsumooudemandadoperodoanterior.
Para podermos fazer a comparao de investimentos necessrios para a compra da
mesma quantidade de alimentos, entretanto em um nico pedido de compra realizado no
perodo de um ms, realizamos a cotao de preos em um mercado que vende a atacado.
Realizamos o levantamento dos preos por meio de observao e levantamos o preo que
poderiaserobtidonacompradelotesdemercadoria,conformedemonstraaTabela2:
Tabela2Modelodepreoproposto
Alimentos
Arroz
Feijo
Macarro
Frango
Completo
TOTAL
Quantidadeconstante
dentrodecadafardoa
atacado
10kg
10kg
2,5kg
18kg
Preounitriodos Quantidadeutilizada Investimentosmensais

produtosematacado
mensalmente
estimadoematacado
vendidoemfardo
2.05
480kg
984
3.19
480kg
1531.2
2.84
240kg
681.6
5.3
360kg
1908
1560kg
5104.8
Conforme dados mostrados na Tabela 2, observase que a quantidade de alimentos

compradossemanteveconstante,asalteraesnosvaloresdosinvestimentossodecorrentes
deumaquedanopreounitriodecadaitemdevidocompradelotesdemercadoriaemuma
quantidademaior.
Aps o levantamento dos preos ofertados pelos dois modelos de investimento
financeiro, apresentamos a Tabela 3, que demonstra a comparao entre os preos praticados
pela atual poltica de compras do restaurante e um possvel modelo de compras baseado na
aquisio de mercadorias em grandes lotes; apresentamos tambm a economia por cada item
comprado, bem como a economia mensal que a proprietria do estabelecimento obteria se

realizasseacompradetodosessesitensemquantidademaior.
Tabela3Modelodepreocomparativo
Alimentos
Arroz
Feijo
Macarro
Frango
Completo
TOTAL
Gastomensalemcompras Gastomensalemcompras
porvarejo(R$)
poratacado(R$)
1387.2
984
1800
1531.2
1051.2
681.6
2124
1908
6362.4
5104.8
Economiageradanascompras
realizadasemquantidade(R$)
403.2
268.8
369.6
216
1.257.6
Conforme exposto na Tabela 3, podemos constatar que as compras ocasionais (no

perodo de uma semana) realizadas durante o ms com o atual fornecedor a varejo do
restaurante apresentam maiores gastos do que uma nica compra realizada em um ms no
atacado. De acordo com os dados da tabela os investimentos necessrios para a compra dos
mesmositenspassariamdeR$6.362,4paraR$5.104,8,ouseja,aeconomiatotalparaadoode
um nico pedido de compras realizado em um ms de R$ 1.257,6, gerando uma margem de
economiamensalde20%comosgastostotaisdessesprodutos.
Apesar desse aparente ganho financeiro obtido na compra de grandes volumes de
mercadoria, cabe ressaltar que existem diversos custos relacionados estocagem de materiais
quepodeminviabilizarosganhosfinanceirosobservadosanteriormente.ConformeLemesJnior
etal(2010),oscustosvinculadosaosestoquesestoclassificadosemtrsdiferentescategorias:
custos de manter;comprar ou repor; e de faltar estoque. Os custos de manterestoques esto
relacionadosmanutenodosinvestimentosaplicados,armazenagem,transferncia,impostos,
seguros, perdas, controle, absolescncia. Os custos de comprar envolvem pesquisas de preo,
comunicao com fornecedores, negociao, emisso de ordens de compras, recepo e
confernciadeprodutoscomprados,devoluesocasionais.Jocustodefaltarestrelacionado
acustosdecompraeventual,custodevendaperdida,custodeclienteperdidoetc.
Nestaanlise,nofoilevadoemconsideraoosclculosdetodosessescustosdevido
escassez de dados disponibilizados pelo restaurante, entretanto partiremos do pressuposto de
queoscustosdefaltarestoques(compraeventual,vendaperdidaeclienteperdido)eoscustos
decomprassomuitomaioresqueoscustosdeexcessodeestoques.Apesardalimitao,um
mecanismobastantetilutilizadopelosadministradoresnagestodeestoquesosistemaABC,
cujo objetivo identificar os itens de maior valor de demanda, especialmente porque
representam altos valores de investimentos e seu controle mais apurado vai permitir grandes
reduesnoscustos(GONALVES,2010,p.170).
Para a construo da curva ABC, dividimos os itens de estoques em seis categorias:

alimentos(cereais,grosefarinceos);carnesefrios;bebidas;frutas;verduras;eprodutosde
limpeza. Listamos, tambm, seus respectivos volumes de consumo ao ms e seus respectivos
preosatualizados.Emseguida,calculamosovalordoconsumodoultimomsmultiplicandoo
consumo pelo respectivo preo, conforme pode ser visto no Apndice deste artigo. De posse
dessesdadosapresentamosatabela4,referenteaosinvestimentosacumuladosemestoque:
Tabela4ABCdosinvestimentosemestoque
CATEGORIADE
PRODUTO
NMERODE
ITENSPOR
CATEGORIA
PORCENTGEM
DEITENSPOR
CATEGORIA
Carnesefrios
Verduras
Alimentos
Frutas
Bebidas
Limpeza
TOTAL
04
10
09
06
07
04
40
10%
25%
22,5%
15%
17,5%
10%
100%
VALORDO
INVESTIMENTO
EMORDEM
DECRESCENTE
11.026,32
5.871,6
4.838,88
4.753,60
4.752,00
417,88
31.660,28
VALORDO
INVESTIMENTO
ACUMULADO
PORCENTGEM
EMVALOR
ACUMULADO
11.026,32
16.897,92
21.736,80
26.490,40
31.242,40
31.660,28
31.660,28
34,82%
53,37%
68,65%
83,87%
98,68%
100%
100%
ParasubdividirascategoriasdeprodutosanalisadosnasclassesA,BeC,utilizaremosa
consideraodeDias(2010),emque:aClasseAdestinadaparaosprodutosmaisimportantes
emvalorfinanceiro,at75%dovaloracumulado;aClasseBrefereseaointervaloentre75%e
95% do valor financeiro acumulado; e a Classe C referente aos itens que representam valor
financeiroacumuladode90%a100%.Fazendoaanliseodatabela4,podemosverificarque
35% dos itens dos estoques (carnes e verduras) representam aproximadamente 53% dos
investimentos,essesitenssoclassificadosnacategoriaA.Emcontrapartida,55%dositensdos
estoques(alimentos,frutasebebidas)representam45%dosinvestimentos;categoriaB.Porfim,
10%dositensdosestoques(materialdelimpeza)representamapenas2%;categoriaC.
Diantedisso,apresentamosafigura1,cujacolunarepresentaoquantitativodacategoria
de produtos; e a linha, a participao no investimento de cada categoria de itens em estoque.
Antes de fazermos a anlise da Figura 1, cabe relembrar que dividimos os itens de estoque de
acordo com a categoria em que eram organizados (alimentos, carnes e frios; bebidas; frutas;
verduras;elimpeza),equecadacategoriadessaspossuamumaquantidadedeitensdiferentes.
Figura1ClassificaoABC
DeacordocomaclassificaoABCdosgruposdeprodutosestocados,verificaseque:as
categorias de carnes, verduras e alimentos so responsveis por aproximadamente 69% dos
investimentos; as categorias de frutas e bebidas so responsveis por cerca de 30% dos
investimentos; e que a categoria de limpeza representa apenas 1% dos ativos circulantes. De
acordo com Assaf Neto (2010), conforme se abordou, a administrao de estoques, diante das
limitaes de recursos e do geralmente alto custo de estocagem, deve preferencialmente
centrarse naqueles itens que exercem maior impacto sobre a posio financeira da empresa.
Sendo assim, verificamos que os itens classificados na categoria A (carnes, frios e verduras)
devemserprocessadosomaisrpidopossvel,evitandoestoqueseprevendoademandadetais
produtos.Emcompensao,ositensdacategoriaB(alimentos,frutasebebidas),comexceo
das frutas, que tem grande facilidade de se estragar, podem ser estocados por perodo curto,
nessa categoria poderamos tranquilamente validar o estoque de alimentos e bebidas para um
perododeumms,ouatmais.Porfim,enaltecemosograndepotencialdearmazenagempara
osprodutosdacategoriaC(materiaisdelimpeza),quepodemserarmazenadosemquantidades
maiorespormuitosmeses.
CONCLUSO
Atravs da pesquisa, foi possvel acompanhar as entradas e sadas de produtos no

estoque,bemcomoosrecursosfinanceirosnecessriosparaaproduodonmeroderefeies
que so servidas diariamente pelo restaurante no perodo de um ms. Foi possvel detectar
tambm as falhas referentes sistemtica de compras de materiais perecveis e de consumo
geral.Oobjetivoprincipaldeumagestofinanceiradeestoqueseficientemantmosrecursos
ociosos em constante equilbrio em relao ao nvel econmico dos investimentos realizados;
para isso, se faz necessrio manter os estoques mnimos para que no haja o risco de faltar
materiaisparaserutilizadosquandonecessrio,e,assim,garantirqueaproduonoatraseou
venhaparar,balanceandoocustodemanutenodeestoques,custodeaquisioedefaltade
estoques.
Seaproprietriadorestauranteoptasseporrealizaracompradearroz,feijo,macarroe
frango em um nico pedido de compra, em quantidade suficiente para suprir um ms de
produo,elaobteriaumaeconomiadeR$1.257,6,gerandoumamargemdeeconomiamensal
de20%emseusgastostotaisparaessesprodutos.Apesardisso,atravsdosistemadecontrole
de estoque ABC, verificamos que houve discordncia no que se refere estocagem de grande
quantidade de carnes e frios, uma vez que eles so classificados na categoria dos itens mais
representativos do estoque (itens A) e devem permanecer em pequenas quantidades e ser
processados rapidamente. Quanto estocagem de arroz, feijo, macarro e bebidas, h
viabilidadedoaumentodoestoqueumavezqueositensBpermitemumaaodeestocarem
perodosdetemposmdios.
A classificao dos itens de estoque no sistema ABC, imprescindvel para gesto

financeira dos estoques, pois agrupando os produtos nessa categoria podemos realizar aes
para reduo de custos j que, conforme visto anteriormente, uma pequena economia obtida
nositensclasseAsignificaparaaempresamuitomaisdoqueumagrandeeconomianositens
classe C. Mesmo diante da anlise financeira realizada, cabe resaltar que a caracterstica dos
produtos alimentcios no recomenda que o controle de estoques seja realizado somente
baseado na importncia econmica dos produtos. Uma estratgia mais eficiente para a
classificao dos gneros alimentcios deve levar tambm em considerao a sua importncia
paraarefeiodosclientes.
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ssertacoes_4ed.pdf>.Acessoem:08/04/2014.
10
MODELODECOMPRASIDEALPARAUMRESTAURANTEEMJOOPESSOAPBUMESTUDODE
CASO
L.D.Albuquerque(PQ);F.M.Nascimento(PQ);E.A.T.Silva(PQ);R.Maranho;M.C.M.Cavalcanti(PO)
1
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoaPB,2InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJoo
PessoaPB;3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoaPB;InstitutoFederaldaParaba(IFPB)
CampusJooPessoaPB
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Este trabalho resultado de uma pesquisa realizada em um restaurante situado na cidade de Joo PessoaPB. A
pesquisaobjetivouproporummodelodecomprasqueproporcioneeconomianaaquisiodemateriaisperecveis,
maximizandooslucrosdorestaurante.Nametodologiaoinstrumentoutilizadoparacoletadedadosfoiaentrevista
estruturadarealizadacomagestoradoestabelecimento,contendo11argumentos;alemdisso,realizouseacotao
de preos praticados no varejo e no atacado para os principais itens utilizados na produo das refeies (feijo,
arroz,macarroecarnedefrango)atravsdomtododeinvestigaodeobservaodireta.Aofinal,constatouse
queomodelomaislucrativodecomprasparaorestauranteseriavoltadoparaaaquisiodemateriaisnoatacado
emumaquantidadequedesseparamantersuasatividadesduranteumms,gerandocomovantagem:aobtenso
de preos mais baixos para os materiais; economia de tempo ao processar as compras uma nica vez ao ms;
economia financeira de R$ 1257,6 (20%) nas compras realizadas; bem como a manuteno de um estoque de
seguranaqueproporcionaacontinuidadedasatividadesdorestaurante.
PALAVRASCHAVE:DimensionamentodeEstoques.Compras.Armazenagem.Modelodecompras.Materiais
perecveis.
MODELIDEALSHOPPINGFORARESTAURANTINJOOPESSOAPBACASESTUDY
ABSTRACT
This work is the result of a survey in a restaurant located in the city of Joo Pessoa PB. The research aimed to
propose a procurement model that provides economy in the purchase of perishable materials, maximizing profits
from the restaurant. In the methodology the instrument used for data collection was a structured interview
conductedwiththemanageroftheestablishment,containing11arguments;moreover,heldataskingpricesinretail
andwholesaleforthemainitemsusedintheproductionoffood(beans,rice,pastaandchickenmeat)throughthe
research method of direct observation. At the end, it was found that the most lucrative shopping for restaurant
modelwouldbefacingthewholesalepurchaseofmaterialsinaquantitythattomaintainitsactivitiesforamonth,
generating as advantage: lower prices for materials; time savings in processing purchases once a month; financial
savings of R$1,257.6 (20%)on purchases;as well as maintaining a safety stock that provides business continuity
restaurant.
KEYWORDS:DimensioningInventory.Purchases.Storage.Purchasingmodel.Perishablematerials.
MODELODECOMPRASIDEALPARAUMRESTAURANTEEMJOOPESSOAPBUMESTUDODE
CASO
INTRODUO
Oproblemadesuprimentodebensperecveisexistedesdeosprimrdiosdahumanidade,
quando o homem notou a importncia da conservao de alimento durante perodos de baixa
produtividade e escassez de comida. A primeira forma de conservao de alimentos inventada
pelo homem prhistrico foi decorrente da descoberta do fogo, em que surgiu o processo de
defumao utilizado at hoje na conservao de carnes e outros alimentos. Na realidade, a
conservaodealimentoscomeouaserpraticadapelohomememdecorrnciadanecessidade
desobrevivncia.
Noambienteorganizacionalnodiferente.Asempresasmantmestoquesparagarantir
quesuasatividadessejamrealizadasdemaneiracontnua,estandoaptasasuperarcontingncia
do mercado externo. Embora o estoque de materiais seja indispensvel para o perfeito
funcionamentodoprocessodeproduo,eletemumcusto.Poroutrolado,agestodeestoques
de um restaurante pode se tornar um grande desafio, tendo em vista que a matriaprima
armazenadanaproduodealimentostemnaturezaperecveledeveserutilizadoomaisrpido
possvelparaevitaradeterioraoeprejuzosfinanceiros.
Orestaurante,focodestapesquisa,notrabalhacomamanutenodeumdeterminado
nveldeestoquedosinsumosutilizadosnaproduo;temcomofilosofiaanoestocagemdevido
aograudeperecibilidadedositens.Contudo,realizasuasatividadesdemaneiracontnuaatravs
de sua caracterstica prpria de compras. Em decorrncia disso, surgiu a motivao para
responder a seguinte questo problema: qual o modelo de compras mais lucrativo para o
restaurante, levandose em considerao a estocagem e o armazenamento de produtos
perecveis?
O primeiro questionamento que buscamos descobrir se um modelo de compras
baseadonaaquisiodemateriaisemumaquantidademaiorematacadopodetrazervantagem
financeiraemrelaoapequenascomprasrealizadasemvarejo.Emseguida,buscamosrevelar
se as supostas vantagens adquiridas no primeiro questionamento cobrem os gastos adicionais
comamanutenodeummaiornveldeestoques.Diantedisso,oobjetivogeraldapesquisa
proporummodelodecomprasqueproporcioneeconomianaaquisiodemateriais,otimizando
oslucrosdorestaurante.
O estudo do tema se justifica medida que, diante de dados que levantamos nesta
pesquisa,agestoradoestabelecimentopodertomaradecisoderealizarounocomprasem
grandesquantidadesparaestocar,deacordocomoqueformaiscondizenteevantajosoparaa
empresa. A seguir apresentamos o esboo terico da pesquisa, que dividido entre gesto de
estoques,administraodecomprasearmazenagem.
GESTODEESTOQUES
A maioria das empresas tem como objetivo o atendimento aos seus clientes em tempo
rpido,comaquantidadecertaeaqualidadeadequada.Paraobterumavantagemcompetitiva
duradouranecessriaarapidezeprestezanadistribuiodasmercadorias.SegundoCarretoni
(2000, p.83), a gesto de estoques significa gerir, administrar e racionalizar com economia os
diferentestiposdeestoquesmantidospelaorganizao.
Todaempresanecessitadeumsistemadeproduoquenosofracominterrupesou
paralisaesdesnecessrias,diantedisso,tornaseimprescindvelqueexistaalgumagarantiana
quantidadedemateriaisquefluemaolongodoprocessoprodutivo.Estagarantiasignificacerta
folga na quantidade de estoques, denominada estoque de materiais (CHIAVENATO, 2005). A
gesto de estoques, primeiramente, mantm os recursos ociosos em constante equilbrio em
relao ao nvel econmico dos investimentos realizados. Para que isto seja possvel, fazse
necessrio manter os estoques mnimos para que no haja o risco de no se ter os materiais
disponveisparaseremutilizadosquandonecessrios.
Anecessidadedemanutenodeestoquespermanentesdecorrentedamanutenoda
continuidadeoperacional,incertezadademandafutura,incertezadadisponibilidadeimediatado
material e cumprimento dos prazos de entrega. Os estoques servem para proporcionar
independncia s fases dos processos de transformao entre as quais se encontram, ou seja,
quantomaioroestoqueentreduasfases,maisindependentesentresiessasfasessero,tendo
emvistaqueinterrupesemumanoacarretarinterruponaoutra.
Os problemas aparecem dado que os investimentos assumem aspectos bastante

conflitantesnoqueserefereanveisdeestoqueseseuscustos.Ospequenosestoquespodem
implicar riscos por falta e custos altos (custos por obteno). Os grandes estoques podem
implicar investimentos adicionais por armazenagem (custo de manuteno) e reduo da
disponibilidade para aplicao em outros negcios ou necessidades e tambm a perda por
obsolescncia ou deteriorao (CARRETONI, 2000). Diante disso, surge a necessidade de se
realizar o estudo da quantidade de estoques necessrios para otimizar os lucros da empresa e
manterobomfuncionamentodesuasatividadesoperacionais.Odimensionamentodoestoque
deveestaralinhadoaumapolticadecomprasadequada.
ADMINISTRAODECOMPRAS
Aadministraodecomprasatividadefundamentalparaagestoeficazdasempresas,
pois influencia diretamente os estoques, o relacionamento com fornecedores e com clientes,
estando relacionada competitividade e ao sucesso organizacional. A funo compras diz
respeitoatodoocomplexoqueenvolveodeplanejamentodaaquisio,licitao,julgamento
das propostas de fornecimento, bem como a contratao de fornecedores destinada ao
fornecimentodosmateriaiseserviosutilizadospelasempresas(GONALVES,2010).
Na realidade a funo compras envolve uma responsabilidade muito maior, ela requer:
planejamento e acompanhamento; processos de deciso; pesquisas e seleo das fontes
supridorasdemateriais,diligenciandoparaassegurarqueoprodutoserrecebidonomomento
esperado;einspeodaqualidadeedaquantidadedesejadas(GONALVES,2010).
A seleo de fornecedores , igualmente, pontochave no processo de compras. A
potencialidadedofornecedordeveserverificada,assimcomosuasinstalaeseseusprodutos.
Oseubalanodevesercuidadosamenteanalisado.Comumcadastroatualizadoecompletode
fornecedorescomcotaesdepreosfeitassemestralmente(DIAS,2010).Diantedisso,podemos
conceituar fornecedor como toda empresa interessada em vender seus produtos para outra
organizao que tenha a necessidade de suprimento de materiais bsicos para a sua atuao.
Manterse bem relacionado com o mercado fornecedor, antevendo na medida do possvel

eventuais problemas que possam prejudicar a empresa no cumprimento de suas metas de
produo,,talvez,omaisimportantenaescassezealtasdepreos(DIAS,2010).
Existem diversas formas de relacionamento entre o comprador e os fornecedores. Esse
relacionamento pode ser considerado uma ferramenta estratgica na obteno de vantagens
competitivasnomercado.SegundoSlack(2007),tantoaestratgiadefornecedornico(single
sourcing) como a de mltiplos fornecedores (multisourcing) apresentam vantagens e
desvantagensdescritasnaTabela1:
Tabela1Vantagens,Desvantagens,SinglesourcingeMultisourcing
Vantagens
Desvantagens
Singlesourcing
Qualidade potencialmente melhor
devido a maiores possibilidades de
sistemasdegarantiadequalidade;
Relaesmaisfortesemaisdurveis;
Maior dependncia favorece maior
comprometimentoeesforo;
Melhorcomunicao;
Cooperao
mais
fcil
no
desenvolvimento de novos produtos e
servios;
Maiseconomiasdeescala;
Maiorconfidencialidade.
Maior vulnerabilidade a problemas,
casoocorramfalhasdofornecimento;
Fornecedorindividualmaisafetadopor
flutuaesnovolumededemanda;
Fornecedor pode forar preos para
cima caso no haja alternativas de
fornecimento.
Multisourcing
Comprador pode forar preo para
baixo por meio da competio dos
fornecedores;
Possibilidade de mudar de fornecedor
casoocorramfalhasnofornecimento;
Vrias fontes de conhecimento e
especializaodisponveis.
Dificuldade
de
encorajar
o
comprometimentodofornecedor;
Mais difcil desenvolver sistemas de
garantiadaqualidadeeficazes;
Maior
esforo
requerido
para
comunicao;
Fornecedores tendem a investir menos
emnovosprocessos;
Maior dificuldade de obter economias
deescala.
FonteSlack,2007,p.310.Adaptado.
Diante da Tabela 1, verificase quecadaestratgia apresenta vantagens e desvantagens

bastanterelevantesedevemserescolhidadeacordocomosobjetivosdecadaempresa.Outra
vantagem competitiva que pode ser adquirida na gesto de compras a compra de grandes
escala.ConformecitadoporViana(2010,p.181182),aaquisiodegrandeslotesdemateriais,
produzasseguintesvantagens:
A) Reduo da imobilizao em estoques, em decorrncia da reduo dos nveis de

segurana.
B) Simplificaodosprocedimentosdecomprascomaeliminaodecoletasdepreos,
consultas, analise de propostas e emisso de autorizao de fornecimento para cada
pedidodereposio.
C) Ampliaodopoderdenegociaoe,consequentemente,dasvantagensobtidasna
compra,emdecorrnciadasmaioresquantidadesenvolvidas.
Apesardasvantagensapresentadaspelaaquisiodemateriaisemgrandeslotes,devese
teremvistaanecessidadedoacompanhamentodosistemadearmazenagemdemateriais,poisa
opopelanoestocagemdedeterminadositensperecveispodemestarrelacionadosfaltade
mecanismosadequadosdeacondicionamento.
ARMAZENAGEM
A armazenagem dos materiais e a forma como os mesmos so fracionados tm uma

parcela importante para reduo dos custos relacionados movimentao, armazenagem e
distribuiodeitens.Aarmazenagemeomanuseiodemercadoriassocomponentesessenciais
do conjunto de atividades logsticas. Seus custos podem absorver de 10 a 40% das despesas
logsticasdeumafirma.Diantedisso,aarmazenagemeomanuseiodemateriaisacontecem,na
maioria das vezes, em algumas localidades fixadas, sendo os custos dessas atividades
intimamenteassociadosseleodesseslocais(POZO,2010).
Osistemalogsticonofuncionasemaintegraodafunoarmazenagem,sendoumelo
importantenoequilbriodofluxodemateriais.Osfatoresbsicosquedeterminamanecessidade
de armazenagem so: necessidade de compensao de diferentes capacidades das fases de
produo; equilbrio sazonal; garantia da continuidade da produo; custos e especulao;
reduodoscustosde modeobra;reduodasperdasdemateriaisporavarias;melhoriana
organizaoecontroledaarmazenagem;melhorianascondiesdeseguranadasoperaesdo
depsito; aumento da velocidade na movimentao; e descongestionamento das reas de
movimentao(ESPOSITO,2012).
Oscustosdearmazenagemdevemsertratadosemconjuntocomasvariveisqueafetam
os custos de produo/distribuio, para obtermos o menor custo total logstico. Sendo assim,
buscase reduzir os custos produtivos, com melhor balanceamento da produo, utilizando os
estoquesqueabsorvemapenasasflutuaesdedemanda(POZO,2010,p.70).
DeacordocomPozo(2010),asempresasjustificamaexistnciadeumespaofsicopara
armazenagemrelativamentegrande,eporconsequncia,elevadosestoquescomoargumento:
so fortes redutores de custos de transportes e de produo; auxiliam o marketing e o
atendimentoaocliente;coordenammaisfacilmenteareadesuprimento.
Diante disso, verificase que a estocagem de materiais est intimamente ligada

armazenagem dos produtos acabados, no adianta elevar o nvel de estoques e reduzir gastos
comafunocomprassenohouverummecanismoapropriadodearmazenamentodentroda
empresa,poispoderocasionarperdasemfunodeumsistemalogsticoinadequado.
METODOLOGIA
ApesquisafoidesenvolvidaemumrestaurantetipoSelfServicelocalizadonacidadede
JooPessoaPB.Estapesquisadenaturezaaplicada,poissebuscousintetizarconhecimentos
para a resoluo do problema relativo s compras de materiais perecveis para a cozinha do
restaurante. Optamos por utilizar uma abordagem qualiquantitativo, nela levamos em
consideraoautilizaodenmeroscomoquantificadoresdeinformaes.
Quantoaosobjetivos,caracterizaseporserdecarterdescritivoeexplicativo,umavez
quecaracterizamosospontoscrticosdaempresaanalisadaebuscamosdescreverosfatoresque
contribuemparaamanutenodebaixosnveisdeestoquespelorestaurante.ParaMarqueset
al (2006, p.52), a pesquisa descritiva um procedimento que visa, com o tempo indicar,
descrever e caracterizar fenmenos e populaes, estabelecendo relaes entre variveis
intervenientesefatos.
OuniversodapesquisaoprprioRestauranteeaamostrafoioseusetorestoques.Em
nossos procedimentos tcnicos fizemos uma pesquisa de campo para coletar dados relevantes
do projeto, sendo apoiada pelo uso de bibliografias publicadas por autores especialistas no
assunto. Conforme Marques et al (2006, p.55), a pesquisa bibliografica aquela cujos dados
secundriossoobtidosmedianteconsultafeitanoslivros,revistas,jornais,enciclopdiasetc.Ela
se enquadra ainda como estudo de caso, pois foi realizado um exaustivo estudo dos diversos
aspectosrelacionadosscompras,aestocagemearmazenagemdemateriais.
Nosso mtodo de pesquisa foi indutivo, atravs dele podemos generalizar a baixa
manutenonosnveisdecomprasaoutrasempresasquetrabalhamnomesmoramoequeno
apresentam boas condies de armazenagem. Os dados foram testados atravs de clculos
utilizando propores matemtica com o fim de comparar os preos mensais do feijo, arroz,
macarro e carne de frango adquiridos em compras realizadas quatro vezes ao ms no varejo,
emrelaocompradessesmesmositensrealizadaumanicavezaomsematacado.Acoleta
dedadosfoirealizadapormeiodaobservaodiretaepormeiodeentrevistaestruturadacom
roteiropreestabelecidoproprietriadoestabelecimento.
RESULTADOSEANLISEDEDADOS
Realizamos a coleta de dados atravs de entrevista estruturada, contendo 11
argumentos, realizada com proprietria do restaurante, que tambmdesempenha a funo de
gerente e responsvel pelas compras de matriasprimas e do controle de estoque e
armazenagem dos produtos. A entrevista abordou os temas de compras, estocagem e
armazenagem;entreoutrasquecompemodiaadiadoestabelecimento.
A questo 1 versou sobre o volume de compras que a gestora costuma trabalhar, a
proprietria afirmou que compra em pouca quantidade, semanalmente, pois prefere trabalhar
com poucos estoques. Para Carretoni (2000), os pequenos estoques podem implicar riscos por
falta e custos altos (custos por obteno), os grandes estoques podem implicar investimentos
adicionaisporarmazenagem(custodemanuteno)ereduodadisponibilidadeparaaplicao
emoutrosnegciosounecessidadesetambmaperdaporobsolescnciaoudeteriorao.Com
isso, inferimos que trabalhando com nveis reduzidos de estoque, a empresa busca reduzir os
custosadicionaisdearmazenagem.
A questo 2 buscou identificar se a gestora obtm alguma vantagem competitiva nas
compras realizadas. Buscouse saber ainda se ela, atravs de negociao, busca desconto no
valorunitriodoprodutocomprado.Atravsdarespostaobtidafoiconstatadoqueelacompra
seus produtos a preo de mercado, sem nenhum tipo de negociao. Dias (2010) define preo
comoovalorqueofornecedorexigeaovenderseuproduto.Umapolticaadequadadecompras
da empresa tende a buscar menores preos unitrios dos produtos adquiridos, gerando assim,
economianascompras.Naquesto3,procurouseidentificarseocorrecomprasnamodalidade
emergencial, ou seja, se por motivos de fora maior, a gestora paga um preo maior por
determinado produto. Foi constatado que por muitas vezes devido a fatores externos. Os
alimentos so extremamente suscetveis a mudanas de preo devido a uma srie de fatores,
comoescasseznomercado,dependendodoperododoano.ConformeGonalves(2010),saber
o momento certo de processar uma aquisio uma varivelchave para uma boa gesto de
compras.
Nos argumentos 4, 5, 6 e 7 foi questionada, respectivamente, a quantidade utilizada
diariamentedefeijo,arroz,macarroefrango,nointuitode,empossedessesdados,analisaro
gastodiriocomosinsumossupracitados.Respectivamenteasrespostasobtidasforam:20kgde
feijo;20kgdearroz;10kgdemacarro;e15kgdefrango.Noargumento8,buscouseanalisar
se h perdas significativas quanto ao estoque de matriaprima, enquanto que na questo 9
buscouse entender se existem perdas significativas na armazenagem dos produtos acabados
(feijo, arroz, macarro e frango). Para ambos, ficou constatado que no ocorrem perdas
significativas, no caso das matriasprimas por no haver grande quantidade em estoque.
Consoante Carretoni (2000), a principal perda de produtos estocados ocasionada por
deteriorao;osmateriaiseprodutosexperimentam,comodecorrerdotempo,alteraesem
suaconstituio,tantoporfatoresfsicoscomoqumicos,eportalmotivocondicionamosnveis
deestoques.Naarmazenagemdeprodutosacabadostambmnoocorremperdassignificativas,
comexceodoscasosemqueocorreumademandamenorqueahabitual.
No que tange ao objetivo de identificar o modelo de compras mais lucrativo para a
empresa, a questo 10 buscou identificar se existe espao suficiente para a armazenagem de
grandesquantidadesmatriaprimadentrodoestabelecimento,esetalespaoadequadopara
estefim.Segundoarespostadagerente,dentrodoestabelecimentohcondiesdeseestocar
umagrandequantidadedemateriais.Agestoracitouaindaqueproprietriadaresidnciaque
fica ao lado do restaurante, onde ir realizar algumas reformas para expanso do
estabelecimentoeaumentaroespaofsicodestinadoaosestoques.Oarranjofsicodefinido
comoadisposiofsicadosequipamentos,pessoasemateriais,demaneiramaisadequadaao
processo produtivo. Significa a colocao racional dos diversos elementos combinados para
proporcionar a produo de produtos ou servios (CHIAVENATO, 2005, p.119). A gestora do
restaurante est buscando melhorar seu espao de armazenagem, proporcionando assim um
arranjo fsico funcional que possibilite melhorar o fluxo de materiais dentro da rea de
estocagem.
Em continuidade ao tratamento dos dados e anlise de resultados, subsidiados pelo

mtodo de investigao da observao direta (ou participante), foi elaborada uma cotao de
preo para levantar se h vantagem para o restaurante continuar realizando suas compras em
pequenasescalasouampliaracompradeprodutos.Acomparaoentreosvaloresfoifeitacom
basenospreospraticadosporvarejoeporatacado.
Conformejfoimencionado,agestoracostumarealizarsuascomprassemanalmentenas
quantidadesde120quilosdeFeijo,120quilosdearroz,60quilosdemacarro,e90quilosde
frangosemaobtenodenenhumtipodedescontoporsetratardecomprasavarejo.Deposse
desses dados e dos preos coletados no mercado onde a gestora realiza suas compras,
apresentamosaTabela2comosinvestimentosrealizadosparacadaitememcadasemanaeao
finaldoms:
Tabela2Modelodepreoatual
Alimentos
Arroz
Feijo
Macarro
Frango
Completo
TOTAL
Preo unitrio
emvarejo
2.89
3.75
2.19
5.9
Quantidade
utilizadasemanal
120kg
120kg
60kg
90kg
Quantidade utilizada Investimentos

mensais
mensalmente
estimadosemvarejo(R$)
480kg
1387.2
480kg
1800
240kg
1051.2
360kg
2124
390
1560kg
6362.4
ConsoanteaTabela2,podeseconstatarqueagestorautilizaumaquantidadede1560kg
de alimentos em cada ms para seus principais itens de produo (arroz, feijo, macarro e
frango), o que representa um investimento de R$ 6.362,4 por ms de atividade em compras
realizadasemvarejo.
Para realizar a comparao de investimentos entre varejo e atacado fizemos uma visita
tcnica a um mercado que vende a atacado dentro da cidade. Realizamos o levantamento dos
preos por meio de observao e entrevista e levantamos o preo que poderia ser obtido na
compradelotesdemercadoria.Paraviabilizarapropostadeaumentodonveldeestoquesno
restaurante,foiquestionadogestoraseelajtinhapensadoemutilizarcomprasemgrandes
escalas para obter algum tipo de desconto (argumento 11); sua resposta foi negativa, no
acreditava que a compra de mercadorias em grande quantidade poderia gerar economia.
Entretanto,conformecitadoporViana(2010,p.181182),osbenefciosdaaquisiodelotesde
materiais produz as seguintes vantagens: simplificao dos procedimentos de compras com a
eliminaodecoletasdepreos;ampliaodopoderdenegociaoe,consequentemente,das
vantagensobtidasnacompraemdecorrnciadasmaioresquantidadesenvolvidas.
No mercado atacadista tambm foram levantados os preos dos mesmos produtos
utilizados anteriormente nas mesmas quantidades. Apresentamos a seguir a Tabela 3 com os
preos e a quantidade mnima estimada para a concesso desse preo por quilo de produto
comprado.
Tabela3:Modelodepreoproposto
Alimentos
Quantidade
constante Preo
unitrio
dos Quantidade
dentro de cada fardo a produtos em atacado utilizada
atacado
vendidoemfardo
mensalmente
Investimentos mensais
estimadoematacado
Arroz
10kg
2.05
480kg
984
Feijo
10kg
3.19
480kg
1531.2
Macarro
2,5kg
2.84
240kg
681.6
Frango
Completo
18kg
5.3
360kg
1908
TOTAL
1560kg
5104.8
De acordo com os dados mostrados na Tabela 3, destacamos que os preos unitrios

ofertadossestodisponveisparaacompradeumaquantidademnimade10quilosparaarroz
e feijo; 2,5 quilos para macarro; e 18 quilos para a carne de frango vendido completo.
Ressaltamos tambm que, na quantidade total comprada de cada item, no haveria nenhum
problema para a aquisio do desconto indicado, caso a quantidade adquirida fosse igual ao
indicadonaTabela3.
A seguir apresentamos a Tabela 4 com a comparao dos preos praticados em relao
aosgnerosalimentciosanalisadosemvarejoeematacado,apresentamostambmaeconomia
por cada item comprado bem como a economia mensal que a proprietria do estabelecimento
teriaseadotasseomodelodecomprasporquantidade.
Tabela4Modelodepreocomparativo
Alimentos
Gasto mensal em compras Gasto mensal em compras Economia gerada nas compras
porvarejo(R$)
poratacado(R$)
realizadasemquantidade(R$)
Arroz
1387.2
984
403.2
Feijo
1800
1531.2
268.8
Macarro
1051.2
681.6
369.6
Frango
Completo
2124
1908
216
TOTAL
6362.4
5104.8
1.257.6
ConformeexpostonaTabela4podemosconstatarqueascomprasocasionais(noperodo
de uma semana) realizadas durante o ms no varejo apresentam maiores gastos do que uma
nicacomprarealizadaemummsnoatacado.Aofinal,podemosconstatarqueaeconomiatotal
paraadoodascomprasematacadorepresentaR$1.257,6gerandoumamargemdeeconomia
mensalde20%emseugastototaisparaessesprodutos.
CONSIDERAESFINAIS
Aofinaldoartigo,podemosconstatarquenemsempreapercepodosgestoressobreo
mecanismosapropriadosdegestodenegciosestorealmentealinhadoscomumapolticade
reduo de custos e maximizao de lucros. Ainda na etapa de levantamentos de dados,
verificamosqueagestoradorestaurantepreferiamanterbaixosnveisdeestoques,acreditando
seramelhoropoparasuaempresa,umavezquenoprecisariaterumcuidadodetalhadocom
osestoqueseoarmazenamentodemateriaisperecveis,eteriaavantagemdepesquisarpreos
promocionaisparaosalimentosnomarcadoavarejo.Apesardisso,noforamlevadosemconta:
umpossvelaumentodepreosgeneralizadodecorrentesdeumapolticainflacionariainstvel;
economiademateriaiscompradosemumagrandequantidade;otempoperdidonarealizaode
varias compras; os dispndios com o custo de compras; e o potencial de estoques e
armazenagemqueorestaurantepossuienoutiliza.
De encontro percepo da gestora, podemos afirmar que o modelo mais lucrativo de

compras para o restaurante seria voltado para a aquisio de materiais no atacado em uma
quantidade que desse para manter as atividades da empresa durante um ms, gerando como
vantagem:aobtensodepreosmaisbaixosparaosmateriais;economiadetempoaoprocessar
ascomprasumanicavezaoms;economiadeR$1257,6(20%)pormsapenascomseusitens
principais de produo (feijo, arroz, macarro e o frango); a manuteno de um estoque de
seguranaquepropicieacontinuidadedesuasatividades.Diantedisso,indicamoscomomodelo
timo de compras para o restaurante a compra de itens em grande quantidade no atacado,
buscandoareduodocustodecompraseotimizandodoslucrosoperacionaisdorestaurante,
tornandoomaiscompetitivofrenteaosconcorrentes.
REFERNCIAS
1. CARRETONI, Enio. Administrao de materiais: uma abordagem estrutural. Campinas, SP:
EditoraAlnea,2000.
2. CHIAVENATO, Idalberto. Administrao de materiais: uma abordagem introdutria.
3.reimpr.RiodeJaneiro.Elsevier,2005.
3. DIAS,MarcoAurlioP.Administraodemateriais:umaabordagemlogstica4.ed.22.
4. ESPOSITO,
Valdir.
A
importncia
da
armazenagem.
Disponvel
em:
<http://www.administradores.com.br/artigos/administracaoenegocios/aimportanciada
armazenagem/62513/>.Acessoem:09deJan.2014.
5. GARCIA,E.S.;LACERDA,L.S.;AROZO,R.Gerenciandoincertezasnoplanejamentologstico:
opapeldoestoquedesegurana.RevistaTecnologstica,v.63,p.3642,fev.2001.
6. GONALVES,PauloSrgio. Administraodemateriais3 Ed. Rio deJaneiro:Elsevier,
2010.
8. POZO, Hamilton. Administrao de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem
logstica.6.ed.Atlas.2010.
9. SHINGO, Shingeo. O sistema toyota de produo: do ponto de vista da Engenharia de
Produo.2.ed.PortoAlegre:Bookman,1996.
10. SLACK,Nigel;CHAMBERS,Stuart;JOHNSTON,Robert.Administraodaproduo.2.ed.So
Paulo:Atlas,2007.
11. VIANA, Joo Jos. Administrao de materiais: um enfoque prtico 1.ed. 13.
10
ANLISEDAINFLUNCIADAGESTODEESTOQUENAREDUODEDESPERDCIOSDOS
PRODUTOSHORTIFRUTIGRANJEIROSDEUMSUPERMERCADODACIDADEDECABEDELOPB
J.A.Ramondot(PQ);L.S.L.FerreiraJnior (PQ)2;M.C. D.Martins(PQ)3;M.C.M.Cavalcanti(PO)4
JooPessoa,5,email:lsandrojunior86@hotmail.com
1
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Na atualidade, o intenso ritmo de transformaes
ocorrido em vrios segmentos comerciais e de servios
tem fragilizado a permanncia das empresas no
mercado, tendo em vista o elevado fluxo de
competitividade. Nesse contexto, a gesto de
suprimentos para a administrao de estoques,
sobretudo no setor de hortifrutigranjeiros de
supermercados representa cada vez mais uma parcela
significativa na rentabilidade deste tipo de empresa,
posto que esse setor apresenta um elevado grau de
perecibilidade. Decorrente dessa realidade, esta
pesquisa exploratria objetiva analisar a influncia da
gesto de estoque na reduo de desperdcios de
produtos hortifrutigranjeiros em um supermercado
situado no bairro de Intermares no municpio de

Cabedelo PB. O incio do processo metodolgico se
deu com levantamento bibliogrfico e pesquisa de
campo para coleta e levantamento de dados. A
aplicaodequestionrioparaacoletadeopiniesdos
gestoresecolaboradoresdaempresatambmfoioutra
estratgia utilizada para abarbar o objetivo proposto.
Conforme os resultados obtidos, verificouse que a
reposio dos estoques influenciada pela
perecibilidade dos produtos e que o percentual de
perdas relativamente baixo, embora o
estabelecimento no apresente equipamentos
adequadosparaomanuseiodosprodutosenemespao
fsicoadequadoparaaarmazenagemdosmesmos.
PALAVRASCHAVE:Perecibilidade,Estoque,Hortifrutigranjeiros.
ANALYSISOFTHEINFLUENCEOFINVENTORYMANAGEMENTINREDUCINGWASTEPRODUCT
HORTICULTURALSUPERMARKETCITYCABEDELOPB
ABSTRACT
At present, the intense pace of transformations
occurred in various business segments and service has
weakenedthepermanenceofcompaniesinthemarket,
given the high flow of competitiveness. In this context,
supply management to inventory management,
especially in the horticultural supermarket sector is an
increasinglysignificantportionoftheprofitabilityofthis
typeofcompany,sincethissectorhasahighdegreeof
perishability. Due to this fact, this exploratory research
aimstoanalyzetheinfluenceofinventorymanagement
in reducing wastage of horticultural products in a
supermarketlocatedattheIntermaresneighborhoodin
the city of Cabedelo PB. The beginning of the

methodological process occurred with bibliographical
andfieldresearchtocollectandsurveydata.Theuseof
questionnaire to collect the opinions of managers and
employees of the company was also another strategy
used to abarbar the proposed objective. According to
the results , it was found that replacement of
inventoriesisinfluencedbytheperishabilityofproducts
andthepercentageoflossesisrelativelylow,although
thepropertydoesnotpresentadequateequipmentfor
handling the product nor adequate physical space for
thestorageofthereof.
KEYWORDS:Perishability,Stock,Horticultural.
ANLISEDAINFLUNCIADAGESTODEESTOQUENAREDUODEDESPERDCIOSDOS
PRODUTOSHORTIFRUTIGRANJEIROSDEUMSUPERMERCADODACIDADEDECABEDELOPB
INTRODUO
A administrao de compras estligada aquisio de produtos ou servio, sendo uma
ferramenta fundamental para o bom funcionamento de uma empresa, uma vez que pode
proporcionar redues nos custos e melhoraria considervel nos lucros. Um setor de compras
formalizadoviabilizaaexistnciadeestoquedeformasatisfatria,sendo,portanto,fundamental
paraaumagestoeficazdeumaempresa,vistoqueeleseinterrelacionacomtodososdemais
setores,sobretudoodelogstica.
O presenteestudo teve como campo emprico o setor supermercadista a esse respeito,
no Brasil, osurgimentodos supermercados sedeu entre os governos de GetlioVargas (1930
1945)eJuscelinoKubstechek(19561961).Duranteesteperodo,foipossvelconstatarqueeste
novo tipo de comrcio trazia inmeras vantagens para os consumidores, sobretudo no que diz
respeito comodidade, economia de tempo e possibilidade de se obter preos cada vez
menores.Aconcorrnciacadavezmaisacirradaentreasempresasdessesegmentoviabilizoua
entrada de novos produtos, os quais foram sendo agregados aos demais j comercializados, a
exemplodosetordehortifrutigranjeiros,oqualfoiincorporadomaioriadaslojas.Segundo a
FUNDAO ABRAS, 2002, a seo de hortifrutigranjeiros vem crescendo rapidamente no setor
supermercadista.
Sendo fato a importncia do tema proposto para o gerenciamento da administrao de
recursosmateriaissefazmisterressaltarquenaatualidade,ointensoritmodetransformaes,
torna cada vez mais difcil a manuteno de empresas supermercadista no mercado. Assim,
referindoregiodaParaba,verificaseanecessidadedaexistnciadeumdiferencialcadavez
mais eficaz no atendimento ao cliente e na qualidade de produtos oferecidos. Dentro do
contextogestodeestoque,alogsticaeagestodacadeiadesuprimentosparaaadministrao
dos estoques, especialmente no setor de hortifrutigranjeiros dos supermercados representam
uma parcela cada vez mais significativa na rentabilidade deste tipo de empresa, visto que os
produtos de mercearia, geralmente, representam a fatia menos rentvel, tendo em vista a sua
perecibilidade.
Comograndeemnossaregioonmerodeestabelecimentosdessetipodecomrcio,o
quevaitornaraconcorrnciacadavezmaisacirrada,osproprietriosprecisamcompreenderque
antesdetudoosclientesbuscamqualidadenosprodutosoferecidosparaoatendimentodesuas
necessidades.Assim,cabesempresasaumentaronveldeservioparasatisfazerestesclientes,
os quais esto ainda mais exigentes. Decorrente dessa constatao, o objetivo deste estudo
explicativo analisar a influncia da gesto de estoque como pressuposto para a reduo de
desperdcios dos produtos hortifrutigranjeiros. Para tanto, ser imprescindvel promover
questionamentosreferentesarmazenagemdositens,periodicidadeerotatividadedospedidos,
almdeanalisarosdesperdciosadvindosdemovimentaoeestocagemdeumsupermercado
situadonobairrodeIntermaresnomunicpiodeCabedeloPB.
Corroborando com esta ideia, a pesquisa servir como fonte de aprofundamento de
estudos relacionados. Os resultados adquiridos podem ainda se tornar um ponto positivo para
sociedade,umavezqueaspropostasdemelhoriaspoderocontribuirparaaconscientizaodos
empresrios sobre a importncia de se ter conhecimento a respeito do manuseio e
armazenagem dos produtos hortifrutigranjeiros. Para os idealizadores desse projeto, a
formulaoedesenvolvimentodestapesquisarepresentaumimportanteinstrumentoprticode
desenvolvimento de competncias e habilidades, tendo em vista a possibilidade de pr em
prticadiversoscontedosabordadosemsaladeaula.
GESTODECOMPRAS
A gesto de compras consiste em uma atividade fundamental para administrao de
recursosmateriaisdeumaempresa,postoqueestesetorseapresentainterligadocomosdemais
setores de uma empresa. A solidez de um setor de compras, pode assegurar empresa um
estoque de materiais e produtos eficaz, dentro de uma viso logstica, cujo objetivo garantir
quantidades, como tambm maximizar o uso de recursos envolvidos na rea logstica. Assim,
uma boa administrao de materiais significa coordenar a movimentao de suprimentos
logsticos, de modo a obter vantagens competitivas. Segundo Viana (2008), este setor, quando
bemorganizado,deveseguiralgunsprincpiosfundamentaisparaoseudesenvolvimento,como:
autoridadeparacompra,registrodecompras,registrodepreosedefornecedores,paratanto,
os fornecedores devem estar cadastrados para que a empresa possa identificar as melhores
condiescomerciais.
Viana (2008) destaca que as pessoas que lidam diretamente com o setor de compras
devemterresponsabilidadessobreseusatos,qualificaes,iniciativa,habilidadeecapacidadede
deciso.Omesmoautorenfatizaqueemsntese,aeficinciadeumagestodecompraspode
trazer maior agilidade nas operaes efetuadas, melhor qualidade, como tambm melhor
competitividade. As compras se apresentam de duas formas: normal ou emergencial. No
primeirocasoocorrequandoexisteumprazocompatvelparaaaquisiodemateriaisdeforma
vantajosa. J no segundo, ocorre em carter emergencial, principalmente quando h falta de
determinados produtos, sendo, portanto, desvantajoso, uma vez que em alguns casos leva a
empresaacomprarmaiscaro.Assim,quandoelaocorreemcarteremergencial,frutodafalta
de um planejamento desse setor,pode levara empresaa desembolsar valores mais altos para
aquisio de determinados produtos. Desta forma, a modalidade normal a mais interessante
para as empresas, posto que nesse tipo de compras o gestor pode obter melhores condies
comerciais e tcnicas. Em funo da grande concorrncia que existe na atualidade, a
administrao de estoque de grande importncia para uma empresa, visto que pode trazer
vantagensedesvantagens.
GESTODEESTOQUES
A administrao de materiais um dos pilares da administrao moderna, assumindo,
portanto, uma importncia imprescindvel dentro de uma empresa. Uma de suas principais
funes justamente a organizao dos estoques. Para Davis et al (2001) estoque pode ser
definido como sendo a quantificao de qualquer item ou recurso usado em uma organizao.
Para ele, um sistema de estoque formado por um conjunto de politicas e controles que
monitora todos os nveis, determinando quais devem ser mantidos, quando deve haver
reposio,bemcomoovolumedeseuspedidos.
Como o objetivo de toda empresa maximizar seus lucros, necessrio que haja uma
gesto de estoque competente, cuja eficincia de planejamento e controle viabilize a
minimizaodecapitalparaestefim(DIAS,2010).
SegundoDavisetal(2001),asorganizaesmantmestoquepelasseguintesrazes:para
seprotegeremdaincerteza,paradarsuporteaumplanoestratgicoeparaobtervantagensda
economiaeescala.Noprimeirocaso,necessrioqueaempresaanaliseograudeincertezaem
trsreas:aincertezacomrelaomatriaprima,gerandoanecessidadedoestoquedevidoao
leadtime,isto,tempoqueofornecedorlevaparafazeraentregadositens,tendoemvistaos
atrasosinesperadosequantidadedematriaprimarecebida.Ooutroestrelacionadocomos
produtosemprocessoqueabsorvemavariabilidadequeexisteentredoisestgiosdeproduo
consecutivos, permitindo que as operaes produtivas continuem fluindo de forma normal.
Existe tambm a incerteza quanto demanda pelos produtos prontos, na qual dificilmente a
demandaconhecidarisca,sendo,portanto,necessriomanterumestoquedeseguranapara
possveisvariaesdademanda.Emrelaoaosuporteaumplanoestratgico,necessrioque
aempresapossuaumestoquedeprodutosprontosparaatenderaessanecessidade.Paraobter
vantagens da economia de escala, a empresa precisa gerar um custo fixo a cada ordem de
compra, independentemente da quantidade a ser comprada, visto que quanto maior a
quantidademenorserocustomdioporunidade.
O controle de estoques fundamental para o sucesso e sobrevivncia de uma
organizao, pois atravs dele possvel saber quais itens esto sendo mais consumidos e
precisamserrepostos,quandoequaisquantidades,entreoutros.Assim,somenteumcontrole
bem planejado vai viabilizar uma melhor alocao dos recursos da empresa. Segundo Pozo
(2010),otermocontroledeestoques,emfunodanecessidadedeestipularosdiversosnveis
de materiais e produtos que a organizao deve manter, dentro de parmetros econmicos. A
importncia de uma boa administrao dos materiais melhor percebida quando os bens
necessriosnoestodisponveisnomomentoexatoparaatendersnecessidadesdomercado.
Para evitar falta de produtos e estoques elevados, h o sistema de reviso peridica, que
segundoLlis(2007),nestesistemaosmateriaissorepostosperiodicamente,emumareposio
cclicadetemposiguaiscomumentedenominadosdeperodosdereviso.Otamanhodolotede
comprasempreanecessidadecapazdesupriroconsumoprevistoparaoperodosubsequente.
ARMAZENAGEM
Aarmazenagemconsisteemumsubsistemaresponsvelpelagestofsicadosestoques.
Sua principal tarefa compreende em guardar, manusear e preservar a integridade do produto.
Tambm so tarefas da armazenagem as funes de receber e expedir os materiais segundo
determinadasnormasemtodosdearmazenamento.Oobjetivodoarmazenamentoutilizarda
maneiramaiseficienteosespaos,paraisso,asinstalaesdoarmazmdevemproporcionara
movimentaorpidaefcildosprodutos,desdeorecebimentoataexpedio(VIANA,2008).
De acordo com Pozo (2010) a armazenagem e manuseio de mercadorias so
componentesessenciaisdoconjuntodaatividadelogstica.Assim,umbomplanejamentopode
ocasionarboaseconomiasparaaempresa,umavezqueaarmazenageminadequada,namaioria
dasvezes,setornaamaiordespesadeumsetordelogstica.Asnecessidadesdeterespaofsico
na empresa para fazer o armazenamento das mercadorias indispensvel, pois no se pode
preverademandacompreciso.Assim,entendesequepodemadotarautilizaodeestoques
paramelhoraracoordenaoentreofertaedemanda.
Oscorredores,portasdeacessoeprateleirasdevemestbemestruturadoseplanejados
para facilitar a movimentao e passagem depessoas, mquinas, equipamentos e mercadorias
dentrodoestoque(VIANA,2008).Poresteentendimentoterico,aarmazenagemdemercadoria
deveobedeceralgunscritrios,taiscomo:osprodutosdemaiorsadadodepositodevemest
localizado nas imediaes das sadas, a fim de facilitar o manuseio, lembramos ainda, que o
mesmo aplica aos itens de maior volume e peso. Considerando a lgica da estocagem, alguns
produtos precisam de um tipo de armazenagem diferenciado, como o caso de produtos
hortifrutigranjeirosqueutilizaomtodofifoquebaseadonacronologiadasentradasesadas,
ouseja,oprimeiroqueentraoprimeiroquesai.
PRODUTOSHORTIFRUTIGRANJEIROS
Os perecveis so produtos que no podem faltar em nenhum tipo de supermercado.
Segundo Ratto (2008) a venda de mercadorias perecveis, pode chegar at 60% do total das
vendas de uma loja. Oautor aindaressalva a importnciado setor de perecveispor mais dois
motivos: maior frequncia de compras, diante da prpria caracterstica dos perecveis, no
possvel de serem mantidos grandes estoques, tanto na casa do consumidor, quanto no
supermercado.Porissoafrequnciadecomprasdestesitenstendeaserbemmaior,levandoos
consumidoresmaisvezesaolocaldecompra.Osegundomotivoapontadopelooautoramaior
responsabilidade pela qualidade dos produtos, pois eles faro a diferena entre os
estabelecimentos. Os produtos industrializados de outras sees do supermercado, como por
exemplo, refrigerantes, pasta de dente, leite, de mesma marca, no apresentam variao de
qualidadedeumsupermercadoparaoutro.
Os giros de estoques ou rotatividade, como so mais conhecidos, representa o valor
investidoemestoqueousuaquantidadedeprodutosqueatenderumdeterminadoperodode
tempo,expressapelaquantidadedevezesqueoestoquegiraaoano.
De acordo com Slack et al (2009), giro de estoque, calcular a frequncia com que o
estoque completamente usado em um perodo. Pozo (2010) indaga que para calcular a
rotatividade, necessrio possuir o valor dos estoques e dividir pelo custo anual das vendas,
ondeocustoanualdasvendasrepresentaovaloranualdasvendasmenosmodeobraeas
despesas gerais, que se resumem nos custos dos materiais comprados no ano. de extrema
importnciaparatodaequalquerempresa,saberoquepedirquantopedir,quandopedirepara
quempedirprodutosoumatriaprima,paraevitarfaltas,atrasos,avarias,perdasedesperdcios.
Pois,segundoPozo(2010),sabendoarotatividadedosestoques,podemosdeterminartambmo
perodo de tempo que esse estoque suporta, ou seja, o estoque serve para atender a uma
demandadetantosdias,semanasoumeses.Destaforma,osestabelecimentosnecessitamfazer
novospedidosereceberessasmercadoriastodososdias,paraevitardesperdciosmaiores,uma
vez que frutas, verduras e legumes, mesmo tendo tratamento diferenciado, acabam ficando
podres,murchosouamassados,logo,sodiretamentejogadosparaolixo,sendotransformados
emperdasparaaempresa.
Podemos compreender por perdas, toda parte da produo que no destinada ao

consumo, por motivos de depreciao da qualidade dos produtos, decorrentes deterioraes,
causadasporpodrides,cortes,amassamentoseoutrosfatores.
MATERIAISEMTODOS
A pesquisa iniciouse a partir da reviso literria de autores que abordam o tema
proposto para fundamentar os objetivos. Com base nas reflexes bibliogrficas, buscouse a
compreensodosfatosdasinformaesprestadas.
Apsolevantamentoliterrio,partiuseparaapesquisadecampoparaacoletadados,
tomando como base a observao in loco, cujo objetivo foi analisar aspectos reais da empresa
emquesto,aprimorandoosconhecimentosnareapesquisada,nabuscadesoluesparaos
problemas do armazenamento do estoque de hortifrutigranjeiros, sendo portanto, um estudo
descritivoeexplicativo,umavezqueatravsdoconhecimentorelativoaoassuntopesquisado.
Ressaltase sua natureza qualitativa, posto que procura investigar por meio da percepo e
experinciadosgestoresdaempresaquecompsaamostraequaisosprocedimentosparagerir
o estoque, tendo como pressuposto a minimizao de desperdcios e perdas no setor
hortifrutigranjeirodosupermercadoemquesto.
Durante o desenvolvimento da pesquisa, buscouse tambm, apresentar caractersticas
do nosso universo pesquisado, bem como identificar fatores que determinam ou contribuem
para ocorrncia dos problemas observados no setor de estoques. Deste modo, a pesquisa
realizousedeformadescritivaeexplicativa.
Omtodoutilizadofoioqualiquantitativo,poissefezusodepalavraselinguagensem
forma de texto para descrio, reflexo e interpretao para a compreenso dos resultados.
Assim, o mtodo de pesquisa foi direcionado a induo, uma vez que os mesmos problemas
encontrados na empresa pesquisada, foram detectados, segundo a reviso literria, em outras
queatuamemsimilaratividadecomercial.
.
Paracoletadedados,utilizousedeentrevistacomroteiropreestabelecidoaogerentedo
estabelecimento, alm da aplicao de questionrio aos elementos da amostra que so trs
colaboradores e o gerente, do referido supermercado, contriburam de forma decisiva para o
levantamento de informaes importantes, portanto a amostra desta pesquisa se caracterizou
como noprobabilstica intencional, no qual reunimos elementos que se relacionam
intencionalmentedeacordocomcaractersticaestabelecidasnapesquisa.Tambmfoiutilizado
da observao, na qual foram identificados os sentidos dos pesquisadores quanto
determinao dos aspectos da realidade e fidelidade dos dados coletados. Ainda foi aplicado
questionrio fechado atravs do contato direto com os elementos da amostra. Foi utilizada a
escala de Likert em nosso questionrio para aferir as condies de transporte, manuseio e
armazenagemdosprodutoshortifrutigranjeirosdosupermercado.
ANLISEDEDADOSERESULTADOS
Apresentamos a seguir os resultados da pesquisa realizada com os colaboradores
envolvidos no setor de hortifrutigranjeiros. A coleta de dados foi realizada mediante
questionrios aplicados diretamente com os trabalhadores, com o objetivo de levantar dados
referentesacompras,manuseio,armazenamentoeperiodicidadedosprodutos.Participaramda
pesquisatrscolaboradoreseumgerentedaloja.Noquedizrespeitoaplicaodasquestes
depercepo(Q1,Q2,Q4eQ6),foipossvelidentificarqueosmesmostmconhecimentoacerca
de alguns itens importantes que podem e devem ser utilizados dentro de um setor de
hortifrutigranjeiros para minimizar as perdas, tendo em vista que no universo da amostra os
dadoscoincidiramem100%comatabulao.
A esse respeito, a questo um (Q1) versou sobre o conhecimento dos pesquisados em
relaosvantagensqueumacomprabemsucedidaeplanejadatrsparaaempresa.Deacordo
com os dados evidentes no grfico, foi possvel constatar que houve um consenso entre as
opiniesdoscolaboradoresedogerente,oquecaracterizouumgraudeconcordnciade100%
entre eles. Corroborando com essa ideia, Moraes (2005) coloca que o setor de compras tem
despertadoeconquistadoespaoseinteressescadavezmaioresdasorganizaes,umavezque
no apenas o fato de comprar, mas comprar bem, para que se possa obter o maior nmero
possveldevantagens,semfalarnofatorcustobenefcio.Sabercomprardeformaabeneficiara
organizao determinante no somente para a competitividade, mas tambm para a
permanncia da empresa no mercado. Pequenas redues no custo das aquisies podem
refletirpositivamentenolucrodaempresa.
A questo dois (Q2) buscou verificar o conhecimento dos colaboradores e gestores em
relaopreocupaodosetorderecursosmateriaisemmanterosnveisadequadosdeestoque
a fim de evitar faltas de determinados produtos, posto que a falta de algum poder levar a
empresa a ter que adquirilo por preos mais altos. Diante disto, constatouse que tanto os
colaboradores quanto o gerente concordaram em 100% que a empresa deve monitorar seus
nveisdeestoque.
Conforme afirma Viana (2008) s compras se apresentam de duas formas: normal ou
emergencial. No primeiro caso ocorre quando existe um prazo compatvel para a aquisio de
materiais de forma vantajosa. J no segundo, ocorre em carter emergencial, principalmente
quando h falta de determinados produtos, sendo, portanto, desvantajoso, uma vez que em
algunscasoslevaaempresaacomprarmaiscaro.
Desta forma podemos inferir que o resultado foi satisfatrio, posto que tanto os
colaboradores como o gerente concordam que necessrio que a mesma tenha um
planejamentodeseusestoquesparaquenovenhafaltarprodutos.
No que se refere qualidade dos produtos hortifrutigranjeiros, a questo quatro (Q4),
buscoulevantarapercepodosfuncionriosemrelaoaomanuseioeaarmazenagemdesse
tipodeproduto.Apsresultado,foipossvelconstatarumaltograudeconcordncia(CT+C),isto
, 100% dos colaboradores, como tambm o gerente tm conhecimento de que esse tipo de
produtorequeratenonoquedizrespeitopreservaodasuaintegridadeparaqueomesmo
mantenhasuaqualidade.
Neste contexto, Viana (2008) afirma que a armazenagem consiste em um subsistema
responsvel pela gesto fsica dos estoques. Sua principal tarefa compreende em guardar,
manusear e preservar a integridade do produto. Tambm so tarefas da armazenagem as
funes de receber e expedir os materiais, segundo determinadas normas e mtodos de
armazenamento.
Mediante o exposto e considerado metodologia de observao, podese compreender
que,emboranohajadefatoumaarmazenagememanuseioadequadoaessetipodeproduto
nosupermercadoemquesto,devidofaltadeespaosadequadosedeequipamentosqueos
acomodem de maneira correta, o gerente e os colaboradores tm conscincia que esses
produtossomaissensveisenecessitamdecuidadosdiferenciadosparaquesejamantidasua
qualidade.
Quantopercepodoscolaboradoresedogerentenaquestoseis(Q6),emrelao
perecibilidadedosprodutoshortifrutigranjeiros,onveldeconcordncia(CT+C),apresentadofoi
de 100%, ou seja, todos afirmam que os produtos hortifrutigranjeiros precisam de cuidados
minuciososparaquesuaintegridadesejapreservada.
Corroborando com tal exposio, Ratto (2008) ressalva a importncia do setor de
perecveis por dois motivos: maior frequncia de compras, diante da prpria caracterstica dos
perecveis, no possvel de serem mantidos grandes estoques, tanto na casa do consumidor,
quantonosupermercado.Assim,afrequnciadecomprasdestesitenstendeaserbemmaior,
levando os consumidores a efetuar mais vezes durante o ms a aquisio dos mesmos. O
segundomotivoapontadopelooautoramaiorresponsabilidadepelaqualidadedosprodutos,
uma vez que se diferenciam dos demais, sobretudo dos industrializados. De acordo com os
agentes pesquisados, verificouse que os mesmos esto cientes de que o manuseio e a
armazenagem adequada desse tipo de produto promover melhor qualidade, assegurando a
fidelidadedosclientes.Destaforma,aboaqualidadedoshortifrutigranjeirosvaifazeradiferena
entreosestabelecimentos.
Emrelaosquestesdeao,buscouseverificarseasmesmassopostasemprtica
porpartedaempresa.Segundoosresultadosobtidosapsaaplicaodoquestionriocomos
colaboradores,evidenciousequeosmesmosconcordaramem100%queaempresaapresenta
umapolticadearmazenagem,rotatividade,manuseioetransportedosprodutos.
Aquestotrs(Q3),buscouidentificarograuderotatividadedosprodutos,evidenciou
se, de acordo com o ndice de concordncia (CT+C), que os colaboradores e o gerente
concordaramem100%queaempresasepreocupaemoferecerprodutosfrescosedequalidade.
Para tanto, a mesma possui um cadastro com fornecedores reconhecidos no mercado,
objetivando evitar que produtos de baixa qualidade cheguem aos seus clientes. Segundo Pozo
(2010), a partir do momento em que a empresa possui um bom planejamento para saber a
rotatividadedosestoques,elapodedeterminartambmoperododetempoqueesseestoque
suporta, para atender a uma demanda de dias, semanas ou meses. Desta forma, os
estabelecimentossaberootempocertoparafazernovospedidos,evitandoassimdesperdcios,
umavezquefrutas,verduraselegumes,mesmotendotratamentodiferenciado,acabamficando
podres,murchosouamassados.Quandoistoocorresinaldeperdaparaaempresa,tendoem
vistaquenessascondiesnoserocompradospelosclientes.
Partindo desse pressuposto e, tendo em vista o elevado grau de perecibilidade desses
produtos, de fundamental importncia que a empresa possua um espao apropriado para a
estocagememanuseio,assegurandoassim,apreservaodaintegridadedosprodutos.Nessas
condies,arotatividadesetornaalgoimprescindvelparagarantiraboaqualidadedosprodutos
esatisfaodosclientes.
Conforme Viana (2008), os hortifrutigranjeiros necessitam de uma armazenagem
diferenciada,sendo,portanto,importanteutilizaromtodofifo,oqualbaseadonacronologia
dasentradasesadas(oprimeiroqueentraoprimeiroquesai),parafacilitaromanuseioeo
transportedosmesmos.Dentrodessecontexto,aquestocinco(Q5)tevecomoobjetivosaber
seomanuseio,transporteearmazenagemdessesprodutosestosendorealizadosconformeas
normasdosetor.Deacordoograudeconcordnciade100%entreospesquisadossim.Todavia,
nofoioqueseverificounarealidadeporocasiodautilizaodomtododeobservao.
Embora tenha sido possvel perceber a preocupao da empresa em preservar a
integridadedessetipodeproduto,oresultadonocondizcomarealidadedoestabelecimento,
postoqueomesmonopossuiequipamentosadequadosparaomanuseioearmazenagemdos
produtos,comotambmespaosuficienteparafazeraestocagem.
No que tange questo da visibilidade dos produtos nas gndolas e freezers do
supermercado, a questo sete (Q7) colheu informaes sobre a frequncia da fiscalizao por
partedoscolaboradoresquantoqualidadedosprodutosexpostos.Diantedaconcordnciade
100%entreeles,foipossvelobservarqueessafiscalizaoocorreperiodicamenteduranteodia.
Segundo Ratto (2008) todos os produtos perecveis merecem ateno dobrada pelo fato da
qualidade dos mesmos ser visivelmente demonstradas nas prateleiras, portanto, de
responsabilidade do supermercado assegurar a qualidade destes produtos, para atender as
exignciasdeseusconsumidores.
CONSIDERAESFINAIS
Mediante o objetivo proposto e os resultados obtidos, foi possvel observar que uma
gestodeestoquesapropriadaresultaemganhosmaioresdosrecursosinvestidos.Conformea
pesquisafoisedesenvolvendo,evidenciousequeosfatoresdeterminantesemrelaoaotempo
de reposio dos estoques esto relacionados alta perecibilidade dos itens, influenciando de
forma determinante nos critrios para reposio dos hortifrutigranjeiros no supermercado
pesquisado.
Verificouse que o estabelecimento no apresenta espao fsico adequado para a
estocagem dos produtos, uma vez que so armazenados juntamente com outros produtos,
inclusive de limpeza, o que pode colocar emxeque a qualidade e integridade dos mesmos. No
quesereferequestodomanuseio,foipossvelobservarqueosupermercadonodispede
equipamentos adequados, o que pode comprometer o produto em relao qualidade, como
tambm em relao possveis tipos contaminao. Corroborando com o exposto, atingiuse o
objetivogeraldopresenteartigo,umavezqueaperiodicidade dospedidos,oarmazenamento
dosalimentos,arotatividadedosestoqueseosdesperdciosforamanalisados,notandoseque
umamelhorianaformadearmazenamentoedistribuiodosestoques,reduziriaosdesperdcios
daempresaemquesto,contribuindodecertaformaparaalucratividadedaempresa.
Combasenasanlisesfinais,constatousequehouveinconsistnciaentreasobservaes
feitas in loco e os dados coletados a partir dos questionrios aplicados com os colaboradores,
tendoemvistaqueasrespostasdosmesmos,emalgunsmomentosnoforamcoerentescoma
realidade. Todavia, esta inconsistncia pode ter sido fruto do baixo nvel de conhecimento dos
Funcionrios,umavezqueosmesmosspossuemoensinofundamental,excetoogerente,ou
pormedodecomprometeroseuempregomedianteaempresa.
Concluise que a gesto de estoques um fator primordial para o setor de
hortifrutigranjeiros,sendo,portanto,necessriaatenoredobrada,umavezquesoalimentos
frgeisefacilmentecomprometidosquandosomanuseadosdeformainadequada.Assim,como
estratgias decorrentes da administrao de estoques de hortifrutigranjeiros na empresa

analisada,verificousequeparaterummaiorcontroledaperecibilidadeelesretiramdiariamente
os produtos comprometidos de perto dos demais para no comprometer os outros que esto
saudveis.
Diante do exposto, essa pesquisa no representa um fim, mas um meio para agregar
novosvaloresentreacomunidadeacadmicanoquesereferemanovosconhecimentos,novos
mtodosepropostasinovadoras.
REFERNCIAS
1. ABRAS. Notcias do setor clipping dos principais jornais e revistas do Brasil (2002).
Disponvelemhttp://www.abras.com.br/clipping.php?area=12.Acessoem:01ago.2013.
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Reimpresso.SoPaulo:Atlas,2010.Ed.SoPaulo:Atlas,2006.
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eaCadeiadeSuprimentos1.edRiodeJaneiro:EPapersServiosEditoriais,2006.
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profissionaled.2RiodeJaneiro:SenacNacional,2008.
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SoPaulo:Atlas,2009.
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SoPaulo:Atlas,2010.
10
A INFORMAO CONTBIL E SUA IMPORTANCIA PARA A TOMADA DE DECISOES SOBRE OS

SERVIOS LOGSTICOS
2
N. P. Dutra (IC) ; M. J. Castro (PQ)

Instituto Federal do Acre (IFAC) Campus Xavier Maia-, 2Instituto Federal do Acre (IFAC) -Campus Xavier
Maia docente EBTT- Campus Rio Branco e-mail: pinheirodutra@hotmail.com , maria.castro@ifac.edu.br
(IC) Iniciao Cientfica

(PQ) Pesquisador
RESUMO
As atividades logsticas tm sido modernamente
consideradas como fator importante para a reduo dos
custos de servios oferecidos aos consumidores, sendo a
contabilidade um instrumento essencial para se atingir
este objetivo, pois o sistema contbil da empresa deve
estar integrado com todos os setores ou departamentos
da mesma, orientando em todos os aspectos
administrativos e financeiros, auxiliando na tomada
decises corretas como, novos investimentos, clculos
de custos logsticos de demais informaes que possam
auxiliar a tomada de deciso dos gestores, cumprindo
assim o seu papel.
Desta forma, o presente trabalho objetiva evidenciar

atravs de um estudo de caso em uma empresa do setor
supermercadista buscando saber se as informaes
fornecidas pela contabilidade subsidia o processo de
tomada de decises com relao necessidade
informaes da logstica empresarial, principalmente
quanto s informaes dos custos logsticos, de
transporte, armazenagem e estocagem. As informaes
foram coletadas atravs uma entrevista amparada por
um questionrio estruturado com questes de natureza
qualitativa.
PALAVRAS-CHAVE: Informao contbil, gerencial, servios logsticos.
A BOOK AND ITS IMPORTANCE INFORMATION FOR MAKING DECISIONS ABOUT LOGISTICS
SERVICES
Logistics activities have been modernly
considered important to reduce the cost of services
offered to consumers factor, and the accounting for an
essential instrument to achieve this goal , because the
accounting system of the company should be integrated
with all sectors or departments of the same guiding in all
administrative and financial aspects , assisting in making
correct decisions as new investment calculations
logistics costs of other information that may assist the
decision making of managers , thus fulfilling its role .
Thus , this study aims to demonstrate through a

case study in a company of the supermarket sector
seeking to know whether the information provided by
the accounting subsidize the process of decision making
regarding the need of business logistics information ,
especially regarding cost information logistics ,
transportation , warehousing and storage . The
information was collected through an interview
supported by a structured questionnaire with questions
of qualitative nature.
KEY-WORDS: Accounting information, management, logistics services
A INFORMAO CONTBIL E SUA IMPORTANCIA PARA A TOMADA DE DECISOES SOBRE OS

SERVIOS LOGSTICOS
INTRODUO
A logstica empresarial ou sistema logstico empresarial engloba todas as atividades de
movimentao e armazenagem, que visam facilitar o fluxo dos produtos desde o momento da
aquisio da matria-prima at o consumidor final, tambm responsvel pelos fluxos de
informaes que colocam os produtos em movimento, pois tem o propsito de providenciar os
nveis de servios adequados aos clientes a um custo razovel.
As organizaes tm cada vez mais buscado algumas alternativas para reduo dos custos,
dentre elas o gerenciamento das atividades logsticas sendo modernamente consideradas como
fator importante para se atingir tais objetivos, pois constituem uma busca constante da melhoria
da qualidade e reduo dos custos dos produtos e servios oferecidos aos consumidores.
No se pode falar em informaes logsticas sem as informaes prestadas pela contabilidade,
haja vista que o sistema contbil da empresa deve estar integrado com todos os setores ou
departamentos da mesma, orientando em todos os aspectos administrativos e financeiros,
auxiliando na tomada decises corretas como, novos investimentos, clculos de custos logsticos
de demais informaes que possam auxiliar a tomada de deciso dos gestores, cumprindo assim
o seu papel.
Desta forma, o presente trabalho tem o propsito de evidenciar de forma qualitativa, a
importncia da integrao das informaes fornecidas pela contabilidade como suporte para as
decises relacionadas logstica empresarial. O objetivo central do trabalho foi conhecer junto
aos entrevistados Gerentes de compras se as informaes fornecidas pela contabilidade davam
suporte para a tomada de decises com relao logstica empresarial, principalmente quanto s
informaes dos custos logsticos, de transporte, armazenagem e estocagem.
Salienta-se que a contabilidade tem o papel de auxiliar o administrador ou gestor a tomar as
decises, utilizando-se dos sistemas de informaes gerenciais que geram informaes teis para
que os gestores possam controlar, organizar e planejar com maior eficcia as operaes
empresariais e nesse rol de informaes constam as que dizem respeito logstica.
MATERIAIS E MTODOS
A metodologia adotada para a construo do trabalho baseou-se inicialmente em estudos

bibliografias em artigos, livros especialistas no assunto, para que pudesse alcanar o objetivo
central do trabalho. Dessa forma, a pesquisa classifica-se quanto aos objetivos em exploratria,
pois segundo Gil (2007) este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o assunto a ser pesquisado, envolvendo dessa forma pesquisa bibliogrfica;
entrevistas; anlise de exemplos etc. J quanto aos fins, se classifica como descritiva, visto que
consistem na anlise, classificao e interpretao dos dados coletados.
A coleta de dados se deu atravs de um estudo de caso em uma empresa do setor
supermercadista situada no municpio de Rio Branco/Acre e a pesquisa foi efetuada entre os
meses de maro e abril de 2014. Por se tratar de empresas, lderes em seus segmentos, as
concluses aqui apresentadas refletem a viso dos entrevistados.
A tcnica adotada para a coleta das informaes foi uma entrevista com gerente de compras da
empresa, onde aplicou-se um questionrio estruturado com questes de natureza qualitativa,
por meio do qual se buscou conhecer junto ao entrevistado (acima informou que seria
entrevistados) se as informaes fornecidas pela contabilidade davam suporte para a tomada de
decises com relao logstica empresarial, principalmente quanto s informaes dos custos
logsticos, de transporte, armazenagem e estocagem. Vale ressaltar que o questionrio serve
como uma ferramenta de investigao para levar informaes indispensveis para o
desenvolvimento da pesquisa.
Dada a sua caracterstica, este estudo apresenta limitaes, haja vista que buscou conhecer de
forma qualitativa, segundo viso dos usurios, se a qualidade da informao contbil dava
suporte para as decises no tocante a logstica empresarial, verificando-se alguns processos
logsticos, dessa forma, as concluses aqui apresentadas limitam-se unicamente empresa foco
da pesquisa, no podendo ser generalizados para outras empresas, ainda que sejam do mesmo
ramo de atividade.
FUNDAMENTAO TERICA
A CONTABILIDADE E O PROCESSO DE GESTO LOGSTICA NAS ORGANIZAES (justificar)
A contabilidade nas ultimas dcadas vem passando por grandes transformaes,
buscando cumprir seu papel de cincia da informao, prova disso so as modificaes ocorridas
tanto no aspecto legal, quanto no seu entendimento de cincia essencial para as empresa.
O entendimento do seu papel perpassa pela compreenso e alcance do seu conceito, que
conforme CFC NBC T 1: A Contabilidade, na sua condio de cincia social, cujo objeto o
patrimnio, busca, por meio da apreenso, da quantificao, da classificao, do registro, da
eventual sumarizao, da demonstrao, da anlise e relato das mutaes sofridas pelo
patrimnio da entidade particularizada, a gerao de informaes quantitativas e qualitativas
sobre ela, expressas tanto em termos fsicos, quanto monetrios.
Nesse contexto, para a gesto empresarial, a contabilidade tem papel relevante, pois o
ambiente altamente competitivo dos mercados exige que as organizaes se reinventem a cada
dia, sendo necessrio redirecionar aes e objetivos para melhorar o processo decisrio e atingir
melhores resultados. Essas mudanas tem exigido da contabilidade melhorias e modificaes em
seus sistemas e forma de mensurao dos custos empresariais, buscando entender cada vez mais
as informaes que acontecem no universo empresarial, entre elas a dos processos logsticos,
para tanto deve se adequar as tecnologias e transformar em dados em informaes logsticas
numa linguagem til que possa ser til na tomada de decises
Os sistemas contbeis e o seu conjunto de relatrios contbeis devem ser adequados ou
adaptados realidade do cliente, buscando evidenciar a realidade do patrimonial da empresa,
atingindo assim seus objetivos informacionais, atravs de informaes contbeis peridicas que
possam auxiliar os gerentes a controlar o andamento dos processos e o desempenho da
organizao. Nesse sentido, Horngren, Foster e Datar (2000, p.2), apud Elias (2008), elencam os
cinco objetivos que os sistemas contbeis devem fornecer:
formao das estratgias gerais e os planos de longo prazo; decises de alocaes de

recursos com nfase no produto e no cliente, tanto quanto no preo; planejamento e
controle de custos das operaes e atividades; mensurao da performance e avaliao
das pessoas e adequao com a regulamentao externa e as exigncias legais de
publicao dos demonstrativos.
A contabilidade tem o papel de informar a evoluo dos ato e fatos que ocorrem na empresa,
controlando de maneira eficiente os processos, devendo ser considerada uma das fonte
completa informaes para o auxlio no controle de qualquer organizao, as informaes
fornecidas pela contabilidade tm por objetivo ajudar a todos os envolvidos no desempenho da
empresa, aperfeioando os processos e orientando os melhores caminhos.
Dada s caractersticas de cada empresa, a contabilidade deve se buscar adequar-se ao objetivo e
modelo de exigncias de informaes de cada organizao, pois atravs dessas informaes
contbeis que os gerentes podem gerenciar toda a organizao, verificando em longo dos
perodos se as metas planejadas foram atingidas, se os gastos foram de acordo com o oramento
previsto, se ocorreram desperdcios em algum setor, se o faturamento tem evoludo conforme o
planejado pode controlar a eficcia e aplicao do capital de giro, enfim, adotando esta postura a
contabilidade estar atingindo seus objetivos e finalidades bsicas dando o suporte tomada de
deciso.
Nesse sentido Atkinson et al. (2000) apontam que informao contbil gerencial tem funes de
controle operacional, administrativo,estratgico e de custeio, informaes estas que visam
auxiliar no processo de tomada de deciso, conforme evidenciado no quadro 1.
Quadro 1: Funes da informao contbil gerencial
Controle Operacional
Custeio do produto e do cliente
Controle administrativo
Controle estratgico
Fornece informao (feedback) sobre a eficincia e a qualidade das tarefas

executadas.
Mensura os custos dos recursos para se produzir, vender e entregar um produto
ou servio aos clientes.
Fornece informao sobre o desempenho de gerentes e de unidades
operacionais
Fornece informaes sobre o desempenho financeiro e competitivo de longo
prazo, condies de mercado, preferncias dos clientes inovaes tecnolgicas.
Fonte: Atkinson et al. (2000)

Observa-se que contabilidade gerencial deve estruturar-se conforme a gesto e
consequentemente adequar-se as necessidades de informaes do gestor. Nessa viso,
Horngren, Sundem e Stratton (2004), afirmam que a funo da contabilidade gerencial fornecer
meios para obteno de informaes que ajudem os gestores a atingir os objetivos da empresa.
Salienta-se que a contabilidade gerencial tem o papel de fornecer informaes tanto nos nveis
operacional, estratgico e ttico das empresas, para tanto deve adaptar ou adequar seus
relatrios conforme a necessidade de informao, cumprindo assim a sua finalidade e objetivos,
fazendo da contabilidade um instrumento indispensvel auxiliando a administrao a tomar as
decises com mais segurana.
O SISTEMA DE SERVICOS LOGSTICOS

A logstica tem sua origem imputada s atividades de deslocamento de mantimentos de tropas
militares, mas hoje as organizaes a utilizam como uma ferramenta para auxiliar na
administrao. Dessa forma, o conceito mais aceito entre os profissionais da rea o do
Conselho dos Profissionais de Gesto da Cadeia de Suprimentos que afirma que a
Logstica a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e
controla, de forma eficiente e eficaz, a expedio, o fluxo reverso e a armazenagem de
bens e servios, assim como do fluxo de informaes relacionadas, entre o ponto de
origem e o ponto de consumo, com o propsito de atender as necessidades dos
clientes.FARIA E COSTA (2010).
Para Novaes (2003) os elementos bsicos que constituem um sistema de logstica se iniciam com
um processo de planejamento, operacionalizao e controle do fluxo e armazenagem de
matrias-primas, produtos em processo, produtos acabados, informaes e dinheiro, do ponto
de origem ao ponto de destino, de maneira econmica, eficiente, eficaz e efetiva, satisfazendo as
necessidade e preferncias dos clientes
Para Bowersox e Closs, 2001, o objetivo da logstica fornecer produtos ou servios no local e
momento esperados pelos clientes, eles ressaltam que a implementao das melhores prticas
logsticas tem sido um dos grandes desafios das organizaes na concorrncia global. Dessa
forma, o objetivo maior de um sistema logstico consiste em manter o melhor nvel de
atendimento ao consumidor final, melhorando a gesto do fluxo de informaes e da relao
cooperativa entre os elos da cadeia produtiva.
Sendo assim, um sistema logstico, dependendo do tipo de atividade ou necessidade empresarial
influenciado para um serie de atividades que demandar um gerenciamento eficiente do
mesmo e dependendo da estrutura organizacional da empresa, poder ser estruturado por
algumas atividades essenciais que constituem a estrutura logstica ou o sistema logstico, sendo
elas:
a) Atividades primrias, consideradas de grande importncia para se atingir os objetivos
logsticos, contribuindo com uma parcela maior do custo total da logstica e compreende:
Transportes, Manuteno de estoques e Processamento de pedidos. As atividades
primrias podem ainda se dividir em:
Logstica interna composta pelas atividades de: recebimento, armazenagem e distribuio
de insumos, controle de estoques, manuseio de material e programao de frotas, e pelas
operaes de transformao dos insumos em produtos finais;
Logstica externa composta pelas atividades: de processamento de pedidos, programao
de coleta, distribuio do produto e marketing e vendas (divulgao e comercializao
dos produtos).
b) Atividades de apoio- compem-se das atividades que visam complementar as atividades
primarias, compreendendo: Armazenagem, manuseio de materiais, embalagem de
proteo, obteno, programao de produtos e manuteno de informao. As
atividades de apoio envolvem a aquisio (compra dos insumos necessrios na cadeia de

valor); desenvolvimento de tecnologia (pesquisa e inovaes para melhorar as atividades
e o produto final); gerncia de recursos humanos (seleo, treinamento, plano de cargos
e salrios, outras); e infraestrutura da empresa (administrao, planejamento, finanas,
contabilidade, jurdico, relao com o estado, e gesto da qualidade). ADAPTADO
BALLOU, 2001.
A logstica compe-se de dois subsistemas de atividades:
a) Administrao de Materiais: a este subsistema compete fazer o agrupamento de
materiais de vrias origens e a coordenao dessa atividade com demanda de produtos
ou servios da empresa, para tanto, deve-se utilizar dos esforos de vrios setores, pois
uma empresa englobaria todas as atividades relativas aos materiais, exceto as
diretamente vinculadas ao projeto, ou manuteno dos dispositivos, equipamentos e
ferramentas, ou seja, na administrao de materiais pode-se incluir a maioria ou a
totalidade das atividades realizadas pelos seguintes departamentos: compras,
recebimento, planejamento e controle da produo, expedio, trfego e estoques.
b) Distribuio Fsica: responsvel por toda a movimentao dos produtos acabados
ou semi-acabados de uma unidade fabril para outra (em uma empresa verticalizada) ou
da empresa para o cliente tambm exige a coordenao entre demanda e suprimentos,
devendo estruturar-se de um transporte eficiente de produtos acabados ao final da linha
de produo at o consumidor, incluindo em alguns casos o transporte de matria-prima
da fonte de suprimentos ao incio da linha de produo. Esse conjunto de atividades
engloba o transporte de carga, armazenagem, movimentao fsica de materiais,
embalagens, controle de estoque, seleo de locais para o armazm, processamento de
pedidos e atendimento ao cliente. DIAS (1993
Consequentemente ser por meio da gesto adequada das atividades primrias e as atividades
de apoio ou secundarias a logstica empresarial busca atender ao objetivo de proporcionar ao
cliente produtos e servios que satisfaam suas necessidades. Esse gerenciamento cuidadoso
dessas atividades que influenciam no fluxo de produtos e servios da empresa pode gerar ganhos
significativos na reduo dos estoques, do tempo mdio de entrega, da produtividade, etc.
RAZES DA CRESCENTE IMPORTANCIA DA LOGSTICA PARA AS ORGANIZAES.
A logstica est presente em qualquer organizao ou meio produtivo, fazendo parte dos
processos internos e externos que ocorrem em uma empresa, seja na indstria, no comercio, nas
atividades produtivas do meio rural e at mesmo nos de servios pblicos, ou seja, onde houver a
movimentao de produtos, pessoas e servios, ela estar presente.
A consequente evoluo da importncia da logstica para os meios produtivos tem contribudo
para que as empresas visualizem os servios logsticos como a estratgias empresariais, buscando
assim melhorias do sistema logstico, e consequentemente, oferecendo um nvel melhor de
servios ao cliente final.
Segundo Dias (1993), cada vez mais crescente o interesse das empresas pela administrao
logstica, sendo que esse interesse pode ser explicado por seis razes, segundo o autor:
1.
rpido crescimento dos custos, particularmente dos relativos aos servios de

transporte e armazenagem;
2.
3.
4.
5.
6.
desenvolvimento de tcnicas matemticas e do equipamento de computao

capazes de tratar eficientemente a massa de dados normalmente necessria para a
anlise de um problema logstico;
complexidade crescente da administrao de materiais e da distribuio fsica,
tornando necessrios sistemas mais complexos;
disponibilidade de maior gama de servios logsticos;
mudanas de mercado e de canais de distribuio, especialmente para bens de
consumo;
tendncias de os varejistas e atacadistas transferirem a responsabilidade de
administrao dos estoques para os fabricantes.
Os custos so considerados elementos essenciais na composio dos produtos e servios e

quando gerenciados de forma estratgica e eficiente tornamse vantagens competitivas. Para
Sink e Tutle (1993, p.67) apud Faria e Costa (2010) em algumas linhas de produtos ou servios, o
custo o principal determinante do sucesso competitivo e este elemento continuar forando
uma grande preocupao com os custos em todos os segmentos de negcios.
Portanto, em qualquer segmento, os custos sempre representam parte importante no processo de
deciso na administrao logstica, essa importncia depender das caractersticas fsicas do
produto e de como as polticas administrativas da empresa consideram a logstica , pois acima de
tudo depender da localizao, dos recursos da empresa em relao a suas fontes de
suprimentos e mercados, e do papel que a empresa pode desempenhar em um sistema logstico.
OS CUSTOS LOGSTICOS
Os custos logsticos, conforme definio do Instituto dos Contadores Gerencias IMA (1992), so
aqueles relacionados com o processo de planejar, implementar e controlar todo o inventrio da
entrada (inbound), em processo e de sada (outbound), desde o ponto de origem at o ponto de
consumo. Adaptado de Faria e costa (2010).
J para Freires (2000) apud Souza et al, os custos logsticos so aqueles relacionados s atividades
de planejar, implantar e controlar todos os materiais e servios de entrada, os materiais em
processo e os produtos ou servios de sada, desde o ponto de origem at o ponto de consumo,
inclusive o processo de descarte.
Em alguns segmentos o custo logstico pode chegar a 30% do valor das vendas, e logicamente vai
depender do setor econmico, da localizao geogrfica e da relao entre o peso e o valor dos
produtos. Em muitas empresas, o custo logstico total uma das maiores parcelas do custo final
do produto, superado apenas pelo custo das matrias primas.
Portanto, conforme as vrias definies ou conceitos pesquisados, os custos logsticos so
aqueles que ocorrem ao longo do fluxo de materiais e bens, que envolvem todas as atividades
logsticas de abastecimento, a logstica de planta, aquela associada ao processo produtivo, e a
logstica de distribuio at o consumidor final.
A eficincia na gesto dos custos logsticos deve estar respaldada inicialmente pela obteno de
dados relativos a estes que obviamente deve ser precedida por um bom planejamento logstico e
de um eficiente sistema de informao contbil condizente com as necessidades de
gerenciamento da empresa, tornando a reduo desses custos uma realidade oferecendo ento,
melhorias no nvel de servio aos consumidores.
Observa-se que no Brasil, os custos logsticos so influenciados pela precariedade da estrutura

logstica do que dificulta o escoamento da produo nacional elevando o preo final dos
produtos, dessa forma, estruturar e avaliar melhor as atividades e servios logsticos ao longo da
cadeia produtiva se torna fundamental importncia para a empresa, pois poder gerar uma
otimizao dos custos em toda a cadeia produtiva e consequentemente uma melhoria do nvel
do servio aos clientes.
RESULTADOS E DISCUSSES
A EMPRESA OBJETO DE ESTUDO
O estudo de caso foi realizado em um supermercado de pequeno porte, sediado em Rio Branco,
Acre. O supermercado denominado de Empresa A, atua na cidade desde o ano de 2006, com uma
rea construda de 1.452 m de loja ,onde parte deste espao destinado tambm para as reas
de estocagem e armazenagem.
Demonstra-se agora, os resultados da pesquisa que teve como foco central conhecer se as
informaes fornecidas pela contabilidade davam suporte para a tomada de decises com
relao logstica empresarial, principalmente quantos s informaes dos custos logsticos, de
transporte, armazenagem e estocagem.
O primeiro questionamento buscou saber se o setor contbil da empresa fornecia informaes
sobre os custos logsticos dos produtos ou informaes sobre os fluxo logsticos da atividade em
geral do segmento. Como resposta, o gerente de compras afirmou que sim, no especificando
qual a tcnica adotada ou a periodicidade dessas informaes.
Destaca-se de extrema relevncia que a contabilidade deve se atentar ao fluxo logstico dos
processos internos e externos da atividade, pois o fluxo composto por um conjunto de
processos que geram custos e que so responsveis pelo nvel de servio, os quais se
materializam apenas por ocasio da receita de vendas, dessa forma, medir a eficincia logstica,
o ponto de partida para se conhecer os processos e fluxos logsticos alm de identificar e
mensurar os custos logsticos associados a cada um.
Outro questionamento foi saber se as informaes fornecidas pelo setor contbil atendiam s
necessidades gerenciais das questes logsticas, a resposta foi que sim, mas o gerente no
detalhou ou exemplificou quais informaes.
Na sequencia, foi perguntado com relao a compras e estoques que tipo de informaes a
contabilidade fornecia. O gerente informou que recebia a contabilidade com certa frequncia
informaes sobre a composio dos custos das compras e dos estoques e, sobre os nveis de
estoques e segundo ele as informaes repassadas pela contabilidade atendem s suas
necessidades, subsidiando, portanto o processo de tomada de deciso.
Destaca-se que as informaes contbeis sobre os custos no geral e principalmente sobre os

estoques, devem sempre refletir a situao fsica dos produtos, tais como nveis de estoque,
situao dos pedidos dos clientes, etc, sendo necessrio que se defina a acuracidade dos
estoques para que haja um grau de correspondncia entre as informaes geradas pelo sistema e
as contagens fsicas, pois a gesto de estoques considerada uma das ferramentas mais
importantes, tendo relao direta com a qualidade do produto, reduo de custos e satisfao do
cliente, dentre outros.
Com relao s compras, aconselhvel que se faa periodicamente uma anlise da situao dos
estoques, permitindo assim uma programao dos pedidos de ressuprimento com mais
eficincia, haja vista que a empresa efetua suas compras em outras regies do Brasil, tais como
sul e sudeste, esse fato contribui para que naturalmente haja uma demora de cerca de 15 a 30
dias para a chegada de novas mercadorias para reposio.
Tendo em vista que a empresa efetua as compras de mercadorias para revenda em outros
estados do Brasil, foi lhe perguntando qual seria o principal fator que contribui para elevao do
custo dos produtos?
Em resposta a empresa informou ser o frete, que ela considerada ser elevado por vrios
fatores, tais como a longa distancia e a pssima situao das estradas e rodovias no Brasil.
Devido a estes fatores que contribuem para a elevao do valor do frete e consequentemente
dos custos logsticos, torna-se de extrema relevncia que contabilidade se apodere dessas
informaes e efetue periodicamente estudos e anlises de estratgias que possam melhorar
otimizar os servios logsticos buscando assim reduo dos custos em toda a cadeia produtiva e
na melhoria do nvel do servio aos clientes.
Foi questionado tambm, se a empresa fazia anlise peridica dos custos logsticos que afetam
seus produtos ou servios? Segundo o entrevistado, a empresa faz essa anlise, pois considera
importante conhecer se estes custos sofrem influencia de algum fator que a empresa pode
controlar.
Em seguida foi questionando, se entre os custos logsticos de transporte, de Estocagem e o Custo
de Armazenagem, qual (is) em ordem de prioridade, mais contribuam para a elevao dos
preos dos produtos ou da atividade no geral?
Em resposta o gerente afirmou ser o Custo de transporte, que segundo ele altamente
influenciado pela longa distancia dos centros produtivos, localizados nas regies sul e sudeste,
onde a empresa efetua as compras para repor seus estoques.
A mensurao dos custos uma tarefa contbil, devendo ser convergente com melhora dos
nveis de servio no fluxo logstico. Desta forma, oportuno observa que a contabilidade pode
contribuir com vrias informaes para a gesto dos servios logsticos, podendo orientar
quanto necessidade ou no de aplicao de recursos em ativos e at mesmo para a reduo de
passivos, otimizando assim a aplicao dos recursos e melhorando os resultados operacionais e
financeiros das organizaes.
Com base nas respostas obtidas em nossa pesquisa, considera-se que as informaes fornecidas
pela contabilidade atende parcialmente s necessidades dos gestores da empresa, pois a
contabilidade considerada a fonte mais completa de informaes e pode auxiliar no controle da
empresa, ajudando a todos na melhoria dos resultados e no desempenho da mesma,
contribuindo tambm para aperfeioar os processos.
CONCLUSO
Este trabalho buscou mostrar a importncia da integrao da contabilidade com a necessidade
de informaes da logstica empresarial por parte dos usurios, contribuindo assim com o
empresrio na gesto da sua empresa, pois a contabilidade uma cincia que utiliza da
tecnologia da informao, sendo ento considerada um sistema de informao e possui um
papel importante com as informaes e atividades logsticas.
Sabe-se que um sistema logstico eficiente influencia diretamente os resultados das empresas,
pois a utilizao adequada dos seus recursos, atravs da integrao de um sistema logstico
eficiente com a contabilidade pode contribuir para gerar a vantagem competitiva que a logstica
agrega , disponibilizando o produto mais prximo do seu cliente melhorando tambm os nveis
de servio.
Conclui-se, portanto, que contabilidade para cumprir seus objetivos e finalidades informacionais
e auxiliar no processo de tomada de decises deve buscar conhecer as atividades da empresa e
no caso da logstica empresarial deve se interar das atividades logsticas envolvidas no ramo em
que a empresa atual para que possa contribuir com a reduo dos custos logsticos no geral,
contribuir tambm com a reduo da aplicao de recursos em alguns ativos fazendo estudos
sobre a viabilidade de se terceirizar algumas atividades logsticas, poder tambm fazer anlises
sobre os nveis de estoques necessrios, das situaes de armazenagem, do momento adequado
de novas compras (ponto de ressuprimento ou ponto de pedido), estudos sobre novos mercados
e novos produtos e etc.
REFERNCIAS
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de caso de uma empresa do setor alimentcio. Revista Contempornea de Contabilidade. ISSN
2175-8069, UFSC, Florianpolis, v.10, n.19, p.03-32, jan./abr., 2013. Disponvel em DOI:
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8069.2013v10n19p3
ESTRESSORESOCUPACIONAIS:UMESTUDODECASOENTREDUASUNIDADESDAPOLCIA
MILITARDORIOGRANDEDONORTE
G.H.M.C.Silva(GGP);S.M.A.C.Cah(Msc/GP)2; M. G. Arajo (Msc/GP)3; A.A. Silva(Msc/GP)4;N.M.C.P.G.
Leone(Dr)5
1
GGP pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) Campus Natal Central, Policial Militar, email:
gustavocahu@hotmail,com; 2Msc. pela Universidade Potiguar (UNP) Campus Floriano Peixoto, email:
samaramaria_c@hotmail.com; 3 Msc. pela Universidade Potiguar (UNP) Campus Floriano Peixoto e servidora
doIFRN,email:gracinha.ifrn@gmail.com; 4 Msc.pelaUniversidadePotiguar(UNP)CampusFlorianoPeixoto,
email:ananeryalessandra@hotmail.com; 5 Dr.doMestradoemGestodePessoasdaUNPCampusFloriano
Peixoto,email:n.leone@uol.com.br.
(GGP)GraduadoemGestoPblica
(Msc/GP)MestreemAdministraoGestoEstratgicadePessoas
(Dr)PsDoutoraOrientadora
RESUMO
O estresse ocupacional considerado um dos principais

fatores de risco sade psicossocial do indivduo. O
presente artigo objetivou identificar os fatores
estressores mais evidentes entre policiais militares de
duas unidades operacionais do Rio Grande do Norte
(PMRN)eclassificarograudeintensidadecomqueestes
os afetam na atividade laboral. Tratouse de um estudo
decaso,cujaamostrafoide50policiais.Nosresultados,
identificaramse como estressores: sobrecarga de
trabalhoerecursosinadequados,sendoqueestatambm
se destacou na classificao por grau de intensidade. A
pesquisa aponta outros fatores que interferem no bem
estardopolicial.
PALAVRASCHAVE:Estresse,FatoresEstressores,PolciaMilitar.
OCCUPATIONALSTRESSORS:ACASESTUDYBETWEENTWOMILITARYPOLICEUNITSOFRIO
GRANDEDONORTE
ABSTRACT
Occupational stress is considered one of the main risk

factors for psychosocial health of the individual. This
articleaimstoidentifythemoststressorsfactorsamong
military police of two operating units of Rio Grande do
Norte(PMRN)andclassifythedegreetowhichtheyaffect
theworkactivity.Itwasacasestudy,whichsampled50
police officers. In the results, they were identified as

stressors: work overload and inadequate resources, and
this was highlighted in the classification by degree of
intensity.Theresearchpointstootherfactorsthataffect
thewelfarepolice.
KEYWORDS:Stress,stressorsfactors,MilitaryPolice.
ESTRESSORESOCUPACIONAIS:UMESTUDODECASOENTREDUASUNIDADESDAPOLCIA
MILITARDORIOGRANDEDONORTE
1INTRODUO
Oestresseorganizacionaltemumpapelimportantenasociedadeatual,porserconhecido
comoumdosfatoresrelevantesquepeemriscoasadepsicossocialdoindivduo,afetando,por
conseguinte, suas atividades laborais. possvel observar a existncia de vrios estudos voltados
para essa questo, que buscam enfatizar e entender a complexidade do tema. O estresse
relacionadoaotrabalho,oqualseinterligaaoambienteorganizacional,estruturacorporativaes
interaes em geral entre emprego e empregado, est fortemente relacionado a problemas de
tenso,gerandocomoconsequncias:absentesmo,baixomoral,maudesempenho,dentreoutros.
O estresse ocupacional no Brasil, segundo estatsticas do Ministrio da Sade em 2009,

ocupao3lugarnorankingdecausasdeconcessodebenefciosprevidencirios,como:auxlio
doena, afastamentos do trabalho por mais de quinze dias e as aposentadorias por invalidez nos
diferentestiposdefunes.
Podese evidenciar que os conflitos interpessoais e as presses sofridas no trabalho esto

associadosavriostiposdemanifestaesdeestresse.Asreaescomportamentais,fisiolgicase
emocionaisvariamnaformaenaintensidadeentreosindivduosesofrequentementeassociados
aoestresseocupacional.
Diferentesaesnasorganizaesenomeioambienteimplicamemdiferentesreaespor
parte dos indivduos. H aquelas influenciadas por atividades com nfase nos cumprimentos de
metas,pressopelosresultados,ambientesconflituosos,atasqueenvolvemsituaescomorisco
demorteedeperdadecapital,porexemplo.Assim,levandoseemconsideraoomomentoem
que a sociedade vive atualmente, na qual a violncia se impe de diversas formas e
progressivamente, tal pesquisa possibilita identificar os fatores estressores mais evidentes entre
policiais militares de duas unidades operacionais do Rio Grande do Norte (PMRN), bem como
classificarograudeintensidadecomqueestesosafetamnarealizaodeseutrabalho.
APolciaMilitardoRioGrandedoNorteexerceatividadesde altorisco,umavezquelida
frequentementecomsituaesdeviolncia,brutalidadeeriscodemorte,sujeitosaoestressepor
estarem constantemente expostos ao perigo e agresso, bem como a variveis situacionais de
problemashumanosenvolvendoconflitosetenses.Diantedisso,esteestudojustificasepelofato
destesprofissionaisestaremdiretamentevoltadosmanutenodaordempblicaeseguranada
sociedade, necessitando de apoio fsico e mental para o desenvolvimento satisfatrio de suas
atribuieseoestresseumfatorquepodecausardanossadedessespoliciais.
Dessa forma, esse artigo est estruturado em trs partes: no primeiro momento, ser
expostoumlevantamentobibliogrficoconceitualacercadatemtica;nosegundomomento,ser
apresentadaametodologiautilizadaparaaobtenodosresultadoseporfim,serodemonstradas
aanliseeadiscussodestes,bemcomoasconsideraes.
2CONCEITODEESTRESSE
NosculoXVII,ovocbulostress,quetemorigemnolatim,passouaserutilizadoemingls
para designar "opresso, desconforto e adversidade". (LlPP,1996, p. 17). Para Codo, Soratto e
Menezes (2004), o termo estresse popularizouse a partir de seu uso na medicina e difundiuse
tantoparaobem,quantoparaomal,vulgarizandoseapontodetransformaroconceitoemuma
espciedefrmulamgicaquetudoexplicaetudoresolve.
Segundo o autor supracitado, o estresse referese necessidade de adaptao ou
ajustamentodoorganismofrentespressesdomeiocomasquaisestesedepara.Essaadaptao
manifestase em trs fases: a reao de alarme diante de um agente agressor, a resistncia e a
exausto.Ampliandoesteconceitoparaoambientelaboral,Inocente(2007)defineoestresseno
trabalho como reaes fsicas e emocionais que ocorrem quando as exigncias excedem as
capacidades,osrecursosouasnecessidadesdotrabalhador.
Tantooeustresse(estressepositivo)quantoodistresse(estressenegativo)causamreaes
fisiolgicas semelhantes: sudorese e frieza nas extremidades, aumento do ritmo cardaco e da
pressoarterial,aumentodatensomuscular,dentreoutras.Noentanto,nonvelemocional,as
reaesaoestressesodiferentes.Oeustressefuncionacomoumagentemotivadoreestimulador,
ao passo que o distresse acovarda o indivduo, fazendo com que se intimide e fuja da situao.
(ORIGO,2011).
OCentroPsicolgicodeControledoStresspreconizaqueostressidealquandoapessoa
aprende a manejlo e gerencia a fase de alerta de modo eficiente. Aps uma permanncia em
alerta,oorganismoprecisaentraremhomeostase,ouseja,seautoregulaparamanteroequilbrio
erecuperarse.Asdoenascomeamaocorrerquandonohumperododerecuperao,poiso
organismoseexaureeostressficaexcessivo,devidoaumeventoestressorfortedemaisouporque
seprolongaemexcesso.
Naeconomia,oimpactonegativodessavariveltemsidoestimadocombasenasuposioe
nosachadosdequetrabalhadoresestressadosdiminuemseudesempenhoeaumentamoscustos
dasorganizaescomproblemasdesade,comoaumentodoabsentesmo,darotatividadeedo
nmerodeacidentesnolocaldetrabalho.(JEX,1998,traduoprpria).
2.1ESTRESSORESDOAMBIENTEOCUPACIONAL
As causas do estresse ocupacional so muito variadas e possuem efeito cumulativo. As
exigncias fsicas ou mentais exageradas provocam o estresse, mas este pode incidir mais
fortementenaquelestrabalhadoresjafetadosporoutrosfatores,comoconflitoscomachefiaou
atumproblemafamiliar.(LIDA,2001).
De acordo com Stoner e Freemann (1999, p. 416), "estressador o nome que se d s
tenses e presses que causam o estresse". Enfatizam a sobrecarga de trabalho como um dos
principaisestressadores.Elapodeserquantitativa,quandoumapessoatemmaistrabalhodoque
realmentepoderealizar,ouqualitativa,quandoapessoanotemashabilidadespararealizarseu
trabalho. O mesmo autor tambm ressalta a sobrecarga como um agente estressante, quando a
pessoanotematividadesparadesempenhareenfrentaotdioeamonotonia.
Sonecessriasduascondiesparaqueoagenteestressorpotencialsetornereal:quando
houverincertezaquantoaoresultadoequandoesteforimportanteparaoindivduo.(ROBBINS&
COULTER, 1998). Alm disso, o estresse pode ser proveniente de mudanas violentas na
organizao, quando ultrapassarem a capacidade de adaptao do indivduo. (STONER &
FREEMANN,1999).
TrscategoriasdefatoresestressoresempotencialsoregistradasporRobbins&Coulter
(1998): ambiental, organizacional e individual. O primeiro referese s mudanas no ciclo dos
negcios,sincertezaseconmicas,polticasetecnolgicas;osegundoestassociadosexigncias
no campo do trabalho e o terceiro est ligado s experincias que as pessoas vivenciam fora do
trabalho e que esto relacionadas questo da famlia, aos problemas pessoais, bem como s
caractersticasinerentespersonalidade.
Htrsfatoresconsideradoscomorelevantesnarelaoestressorindivduo:aintensidade
comqueosestressoresagem,afrequnciacomqueelessurgemeascircunstnciasdomomento
davidadoindivduo.(RIO,1996).
Em relao s fontes de estresse inerentes ao desenvolvimento da carreira, Ferreira e
Assmar (2008) destacam a insegurana do funcionrio sobre a manuteno do emprego e a
percepo da falta de oportunidades de promoo ou de ascenso na carreira deste dentro da
organizao.Almdisso,osfatorescaractersticosdaorganizao,ouseja,oselementospresentes
na cultura organizacional podem influenciar o estresse no que tange tomada de decises e
formalizaodosprocedimentosdetrabalho.
SegundoKarasek(1979),MalascheLeiter(1999)eFernandezLopez(2005)apudInocente
(2007), as pesquisas indicam uma ampla evidncia do efeito sobre a sade e o bemestar do
trabalhador, dos fatores ocupacionais de natureza psicossocial, entendidos como baixo controle
sobre o contedo das tarefas, altas exigncias psicolgicas e baixo apoio social dos colegas e
superiores.
2.2MODELOSDEESTRESSEOCUPACIONAL
Nos anos 70, dois modelos de estresse ocupacional ocuparam o cenrio mundial: modelo
DemandaControle (DC) e o modelo Desequilbrio Esforo e Recompensa no Trabalho (ERI).
(INOCENTE,2007).
2.2.1MODELODEMANDACONTROLEEDEMANDACONTROLEAPOIO
De acordo com Inocente (2007), esse modelo foi desenvolvido por Karasek (1979) e
contempla os fatores psicossociais do trabalho: demanda psicolgica e controle do trabalho. Ele
preconizaqueapartirdessemodeloresultamquatrotiposbsicosdesituaeslaboraistrabalho
debaixodesgaste,passivo,ativoedealtodesgaste,conformedemonstradasnoquadroabaixo:
Quadro1.Tiposbsicosdesituaeslaborais
Trabalhodebaixodesgaste
Situaodealtocontroleebaixademandapsicolgica.
Trabalhopassivo
Situaodebaixocontroleebaixademanda.
Trabalhoativo
Situaodealtademandaealtocontrole.
Trabalhoaltodesgaste
Situaodebaixocontroleealtademanda.
Nota.Fonte:adaptadodeInocente(2007)
Sendoassim,essemodeloclassificaasprofissesem:
Trabalhosativos:altaexignciaealtocontrole(ex:advogados,juzes,mdicos,engenheiros,
executivos);
Passivos:baixonveldeexignciaedecontrole(ex:trabalhadoresadministrativosedenvel
operacional);
Trabalhosdemuitatenso:altonveldeexignciaebaixonveldecontrole(ex:operriosde
fbrica,camareiros,telefonistas,cozinheiros);
Trabalhos de pouca tenso: baixa exigncia e alto controle (ex: vendedores, eletricistas,
profissionaisautnomos).
Quanto ao modelo DemandaControleApoio, desenvolvido por Johnson e Hall (1988),
mencionadopeloautorsupracitado(INOCENTE,2007),esteincorporouoapoiosocialnotrabalho
aomodeloDemandaControleafirmandoquenaausnciadeapoiosocial,humaintensificaona
reaodeestresseporfaltadecontingnciasmaisreforadorasnoambientedetrabalho.
2.2.2MODELODESEQUILBRIOESFOROERECOMPENSANOTRABALHO(ERI)
ConformeInocente(2007),oModeloERIfoidesenvolvidoporSiegrist(2000)eenfatizaque
as experincias distressantes causam desequilbrio, devido s contingncias aversivas de alto
esforo e de baixa recompensa. So variveis indicadoras do desequilbrio o esforo extrnseco
(presso do tempo, interrupes, responsabilidades, presso para trabalhar horas extras) e a
recompensaextrnseca(gratificaomonetria,recompensaemestima).
Comonessemodeloacimamencionado,oesforodedicadoaotrabalhotemcomobasea
reciprocidade social. A falta desta, em termos de altos custos e baixas recompensas provoca
emoes negativas. Em longo prazo, o desequilbrio entre esforo e reconhecimento aumenta a
vulnerabilidadeaenfermidades,pormeiodarespostaaoestresse.
2.3SINTOMASDOESTRESSEOCUPACIONAL
Ossintomasrelacionadosaoestresseocupacionalpodemserdivididosemtrscategorias:
fisiolgicas,psicolgicasecomportamentais.Paraeles,ossintomasfisiolgicosestorelacionados
com mudanas no metabolismo, aumento nos batimentos cardacos e frequncia respiratria, e
elevao da presso sangunea. J os sintomas psicolgicos que podem ser encontrados so: a
insatisfao no trabalho, tenso, ansiedade, irritabilidade, tdio e protelao. Em relao aos
sintomas comportamentais, observamse mudanas na produtividade, absentesmo, aumento do
tabagismoedoconsumodelcoolefalarpida.(ROBBINS&COULTER,1998).
SegundoCarvalhoeSerafim(1995,p.130),"osprincipaissintomasdoestresseso:sinaisde
cansao, perturbao, angstia, pigarro, acelerao do batimento cardaco, perda de memria,
doresdecabeaintensas,hipertensoedoresdecoluna".Destacamseainda,conformeBaccaro
(1997,p.16),comosintomasdeestresse:"irritabilidade,batimentosdescompensadosdocorao,
instabilidadeemocional,incapacidadedeconcentrao,predisposiofadiga,ansiedadeedores
musculares".
3METODOLOGIA
Comoobjetivodeidentificarosfatoresestressoresmaisevidentesentrepoliciaismilitares
de duas unidades operacionais do Rio Grande do Norte (PMRN), bem como classificar o grau de
intensidadecomqueestesosafetamnarealizaodeseutrabalho,foramestabelecidosmtodos
norteadores para as aes das pesquisadoras, por meio de fontes e ferramentas disponveis,
buscandoaconfiabilidadedosresultadosobtidos.Nestetpicosodescritososcaminhosutilizados
paraarealizaodesteestudodecaso,partindosedesdeaseleodareadeabrangnciacoleta
dedadoseaotratamentodestes.
Tratase de um estudo de caso, que segundo Yin apud Acevedo e Nohara (2007)
caracterizase pela anlise em profundidade de um objeto ou grupo de objetos, que podem ser
indivduosouorganizaes.[...]utilizvelparadescreveroutestarhipteses.
Levandose em conta o universo pesquisado, foi utilizado neste estudo o mtodo
quantitativo, que se caracteriza pelo emprego da quantificao, tanto na coleta de informaes,
quanto em seu tratamento por meio de tcnicas estatsticas, sendo amplamente aplicado em
estudosdescritivos.Almdisso,temcarterdescritivo,cujoobjetivoproporcionaradescriodas
caractersticas de determinada populao, fenmeno ou o estabelecimento de relaes entre
variveis,levantamentodeopinies,atitudesoucrenas.Suacaractersticamaissignificativaest
nautilizaodetcnicaspadronizadasdecoletadedados.(GIL,1999).
A rea de abrangncia pesquisada foi composta por 50 policiais militares, escolhidos
aleatoriamente, de duas unidades operacionais do RN, pertencentes categoria hierrquica das
praas,isto,policiaisconsideradosnooficiais,cujaspatentesso:soldados,cabosousargentos.
Quantoaoinstrumentodecoletadedados,pararealizarapesquisadentrodosparmetros
tcnicos desejveis, optouse pelo instrumento estruturado no disfarado, conhecido como
questionrio,devidosimplicidadenaaplicaoefacilidadenatabulao,anliseeinterpretao.
O instrumento foi dividido em duas partes. Na primeira parte, foi realizado um
levantamento inicial, para caracterizao da pesquisa, no qual questionaramse elementos como:
tempo de carreira policial, satisfao em relao ao salrio, percepo relacionada ao fator
segurana na execuo do trabalho e autoavaliao sobre o estresse. J na segunda parte, para
atingir os objetivos propostos, foram elaboradas duas questes adaptadas do modelo de Rossi
(2005).
Otratamentoquantitativoclssicodosdadosfoianalisadopormeiodenmerosabsolutos,
exigiu o emprego de tcnicas estatsticas, como determinao de percentual correspondente e
elaboraodetabelas,deformaaresponderoproblemadapesquisa.
4APRESENTAOEANLISEDOSRESULTADOS
Os dados gerados neste estudo fornecem uma rea de anlise envolvendo a identificao
dos fatores estressoresmais evidentes entre policiais militares de duas unidadesoperacionais do
RioGrandedoNorte(PMRN),bemcomoclassificarograudeintensidadecomqueestesosafetam
na realizao de seu trabalho. A profisso de policial militar uma atividade de alto risco,
vulnerveladiferentestiposdefatoresestressores,osquaisforamidentificadosnestapesquisae
ratificadospelosachadosnaliteratura.(STONER&FREEMANN,1999;INOCENTE,2007).
A pesquisa caracterizouse por participantes do gnero masculino, pertencentes ao ciclo

hierrquicodaspraas,cujotempodeserviovarioudaseguinteforma,amaioriadosparticipantes
pertencecorporaohmaisde10anos,representando44%;enquanto24%estonafaixade5a
7anos;18%estonoinciodecarreira,de1a2anos,eos14%restantespossuemde3a4anosde
servio.
Quantopercepodestes,referenterelaoentreosalrioqueganhameotrabalhoque
executam, os dados encontrados demonstrou que 90% dos entrevistados consideram o salrio
injustoebaixo,emrelaoaotrabalhorealizado;8%achamabaixodamdiademercadoeapenas
2% dizem que o salrio baixo, porm compatvel com as suas atividades. Esse resultado pode
contribuir com a insatisfao e consequentemente ocasionar o aumento dos fatores estressores

existentesnapolcia.
Outro fator que interfere diretamente nesse contexto a insegurana, j que este perfil
profissional se encontra constantemente exposto ao perigo e agresso. Assim, quanto a este
quesito, obtiveramse que 70% dos policiais se sentem inseguros em relao ao trabalho
executado,20%consideramsemuitoinsegurose10%seguros.
No tocante autopercepo relacionada ao estresse, observouse que 68% dos

participantesconsideramseestressadose32%noseveemnessasituao.Apesardos32%no
seperceberemestressados,todosindicaramapresenadefatoresestressoresnaprofisso,sendo
que alguns entrevistados os correlacionam com o seu bemestar de um modo geral e outros os
identificamapenasnaesferaprofissional,deformamomentnea.
Assim, como resultado da pesquisa, em resposta a primeira parte do objetivo proposto
identificar os fatores estressores mais evidentes entre policiais militares de duas unidades
operacionaisdoRioGrandedoNorte(PMRN)atabela1mostraquaissoassituaesquecausam
maisestresseentreospoliciaisnombitolaboral.
Tabela1Percentualdeestressores.
RANKING*
1
1
2
ESTRESSORES
SobrecargadeTrabalho
RecursosInadequados
Incerteza
POLICIAIS
=50(%)
66%
66%
48%
RANKING*
6
6
7
ESTRESSORES
AssdioMoral
FaltadeParticipao
EstresseInterpessoal
Incapacidadede
3
TipologiadoTrabalho
44%
8
AdministrarseuTempo
3
FaltadeFeedback
44%
9
MudananoAmbiente
LidarcomProblemas
FaltadeControledasua
4
42%
10
Emocionais
Atividade
5
ConflitodaFuno
40%
10
MudanadeAtividades
5
AmbiguidadedaFuno
40%
11
Estresse Tecnolgico
5
Capacitao/Treinamento
40%
11
TarefasRotineiras
Fonte:Pesquisa(2012).*Orankingfoideterminadopelototalrespondidoparacadaestressor.
POLICIAIS
=50(%)
38%
38%
30%
20%
18%
16%
16%
14%
14%
Os resultados apontam que alguns fatores estressores se mostraram mais presentes no

ambienteprofissionaldospoliciais,identificadospormaisdametadedosparticipantesdapesquisa,
sendoestescaracterizadospelasobrecargadetrabalhoerecursosinadequados,ambospresentes
em66%dosentrevistados.IssoratificaopropostoporStonereFreemann(1999),osquaisafirmam
queasobrecargadetrabalhorepresentaumdosprincipaisfatoresestressores,refletidanovolume
excessivo de trabalho a que so submetidos. Entre os menos citados, com 14%, destacaramse o
estressetecnolgicoeastarefasrotineiras.
Dos fatores estressores identificados na tabela 1, foi classificado pelos participantes, por
ordemdograudeintensidadedeproblemasqueesteslhescausamnarealizaodoseutrabalho,
atendendoassim,aosegundoobjetivodapesquisa,conformeatabela2.
Considerando a anlise da tabela supracitada, pdese verificar que 30% dos policiais
participantesindicaramasobrecargadetrabalhocomooprimeirolugardentreosfatoresquemais
causam problemas na realizao do seu trabalho, coincidindo com a tabela 1 que mostra esse
mesmoestressorcomosendoomaiscitado.Osestressores,caracterizadospor:faltadecontroleda
suaatividade,incapacidadedeadministrarseutempoeestressetecnolgico,noentraramneste
ranking classificatrio, pois foram citados em meio de outras colocaes, porm de forma no
suficiente para entrar no ranking; assim, outros fatores estressores se sobressaram nas posies
deixando esses excludos da tabela 2. Alm disso, apenas um dos participantes estabeleceu a
posio17,enenhumchegoua18.
Tabela2Classificaodosestressoresquemaiscausamproblemas.
RANKING*
ESTRESSORES
POLICIAIS
=50(%)
RANKING*
ESTRESSORES
LidarcomProblemas
Emocionais
2
Incerteza
16%
11
FaltadeParticipao
3
TipologiadoTrabalho
16%
12
FaltadeFeedback
4
ConflitodaFuno
10%
13
AssdioMoral
5
RecursosInadequados
10%
14
MudanadeAtividades
6
AmbiguidadedaFuno
8%
15
MudananoAmbiente
FaltadeControledasua
7
CapacitaoeTreinamento
6%
16
Atividade
Incapacidadede
8
EstresseInterpessoal
4%
17
AdministrarseuTempo
9
TarefasRotineiras
4%
18
EstresseTecnolgico
Fonte:Pesquisa(2012).*Orankingfoideterminadopelototalrespondidoparacadaestressor.
1
SobrecargadeTrabalho
30%
10
POLICIAIS
=50(%)
4%
2%
2%
2%
2%
2%
0%
0%
0%
Correlacionando com Inocente (2007), o alto esforo ocasionado pela sobrecarga de

trabalho e pela baixa recompensa provoca emoes negativas e gera estresse, enquadrandose
assim, no modelo de estresse ocupacional denominado Desequilbrio Esforo e Recompensa no
Trabalho (ERI), o qual foi proposto por Siegrist (2000) segundo Inocente (2007). Esse fator foi
confirmadonapesquisa,poisosparticipantesidentificaramosalrioinjustocomoumestressorem
potencial,almdosoutrosfatoresapresentadosnoquestionrio.
Alm dos fatores prdeterminados na pesquisa, foi questionada aos entrevistados a
existnciadealgumoutrofatorquelhecausaestressenotrabalho.Dos50participantes,apenas22
citaramoutrosfatoresestressores,almdospresentesnesteestudo,conformedemonstraatabela
3.
Tabela3Identificaodeoutrosestressores
POLICIAIS
POLICIAIS
OUTROSESTRESSORES
(Quantidade)
(Quantidade)
FaltadePlanodeCarreira
3
FaltadeCompreenso
1
Injustia
3
FaltadeCamaradagem
1
Poltica
2
FaltadeEstmulo
1
VriosFatores*
2
Desvalorizao
1
AssistnciaMdica
2
FaltadeAutonomia
1
ProblemasEnfrentadosnasOcorrncias
2
FaltadeInteraocomosSuperiores
1
SalrioInjusto
2
Fonte:Pesquisa(2012).Doisparticipantescitaramqueexistemvriosoutrosfatores,pormnoexemplificaram.
OUTROSESTRESSORES
Analisando os fatores acrescidos pelos participantes, observouse que apesar da

subjetividadedaquesto,osfatoresfaltadeplanodecarreiraeinjustiadentrodacorporao
foram citados por mais de dois entrevistados. Outros fatores como: poltica, assistncia mdica,
problemas enfrentados nas ocorrncias e salrio injusto tambm foram mencionados como
causadores de estresse por mais de um respondente, sendo este ltimo quesito j identificado
comoumpossvelestressornesseambiente.
CONSIDERAES
Oestudopossibilitouaidentificaodosfatoresestressoresmaisevidentesentrepoliciais
militaresdeduasunidadesoperacionaisdoRioGrandedoNorte(PMRN),bemcomoaclassificao
do grau de intensidade com que estes os afetam na realizao de seu trabalho, conforme
apresentadonastabelas1e2.Valesalientartambm,queobaixosalrioeainsegurana,citados
na caracterizao da pesquisa, pela maioria dos participantes, potencializam os estressores
mencionadosporestesoperadoresdeseguranapblica.
A pesquisa mostrou que sobrecarga de trabalho e recursos inadequados foram destaque

dentre os fatores estressores propostos nesta, representando assim, um volume excessivo de
trabalho,incompatvelcomosrecursosoferecidospelacorporao.Esseresultadocoincidiucomo
obtido na classificao por grau de intensidade de problemas que estes fatores causam aos
policiais,poisasobrecargadetrabalhoapresentousecomo1colocado.Joestressetecnolgico
e as tarefas rotineiras, apesar de terem sido citadas por alguns participantes, no apresentaram
relevncianesseestudo,umavezqueapesquisafoirealizadaemunidadesoperacionais,ondese
entende que este pblico exerce uma atividade dinmica e sem a necessidade do uso de alta
tecnologia.
Almdatipologiadotrabalhodospoliciais,aexistnciadehierarquiamilitarinfluenciano
estressedestes,jquealgunscitaraminjustiasefaltadeinteraocomosseussuperiorescomo
um fator estressor no determinado pelo questionrio. Como a pesquisa voltouse para o ciclo
hierrquico das praas, que tende a sofrer com a rigidez e a disciplina propostas pelo modelo
militar, alguns pontos citados por eles tiveram correlao com este fator, como por exemplo, a
poltica, a falta de compreenso, a falta de estmulo, a desvalorizao da classe e a falta de
autonomia. Destarte, observouse na pesquisa que, apesar de se conhecer questes fortes de
assdiomoralnestainstituio,estefatorestressornofoienfatizadoporalgunsparticipantesese
enquadraramnacolocao13dosfatoresquemaiscausamproblemasnaexecuodaatividade
destes.
Considerasequemaispesquisassonecessriasparasubstanciaresseestudoedescrever
as formas pelas quais os policiais podem reduzir o impacto dos principais estressores, atravs de
estratgiaseficientesdegerenciamentodoestresse.Todososprincipaisestressoresidentificados
tmrelaocomoestilodaprofissoexercidapelopblicodessapesquisa.Sugereseumamaior
ateno por parte do poder pblico no que tange a implementao de aes que possibilitem a
minimizaodasconsequnciascausadaspelosfatoresestressoresidentificados,jqueaatividade
destesoperadoresdeseguranapblicaimprescindvel,umavezqueatuamdiretamenteemprol
daseguranadasociedade.
REFERNCIAS
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STONER,J.A.F.;FREEMAN,R.E.Administrao.5ed.RiodeJaneiro:LTC,1999.
10
ANLISEDOSGASTOSCOMPESSOALDESALVADOREM2011DEACORDOCOMOSLIMITES
IMPOSTOSPELALEIDERESPONSABILIDADEFISCALLRF
M.B.Santos;T.daS.Barbosa2; M.S.Silva3; R.B. R.Leal4

UniversidadeEstadualdaBahia(UNEB)(magnna_brandao@yahoo.com.br);2UniversidadeEstadualdaBahia
(UNEB)(telmbarbosa@gmail.com),3InstitutoFederaldeEducaoTecnolgica(IFBA)CampusSantoAmaro;4
InstitutoFederaldeEducaoTecnolgica(IFBA)CampusSalvador(ronaldobruno@ifba.edu.br)
1
RESUMO
EsteartigoanalisaosgastoscompessoaldeSalvadorno
ano de 2011, verificando a conformidade dos mesmos
aoquedeterminaaLeideResponsabilidadeFiscalLRF.
Averigua,ainda,seestarubricafoiumdosmotivospara
a rejeio das contas pelo Tribunal de Contas dos
Municpios da Bahia TCM/BA. Esta pesquisa possui
natureza aplicada e seu desenvolvimento ter uma
forma de abordagem qualiquantitativa, pois os fatos
sero observados sem interferncias, para tanto, o

presente estudo de caso concentrase nos Relatrios
ResumidosdaExecuoOramentriaRREOeParecer
do TCM/BA do ano citado anteriormente, com
fundamentao na LRF. Acreditase que os gastos com
pessoal de Salvador relacionamse em conformidade
com os limites estabelecidos pela Lei de
ResponsabilidadeFiscal.
PALAVRASCHAVE:Despesascompessoal,LeideResponsabilidadeFiscal,ReceitaCorrenteLquida,Relatrios
ResumidosdaExecuoOramentria.
ANALYSISOFSPENDINGONPERSONALSAVIORIN2011ACCORDINGTOTHELIMITSIMPOSED
BYTHEFISCALRESPONSIBILITYLAWLRF
ABSTRACT
This article examines spending on personal Savior in

2011,verifyingtheircompliancetowhatdeterminesthe
Fiscal Responsibility Law LRF. Ascertains, even if this
linewasoneofthereasonsforrejectionofaccountsby
the Court of Accounts of the municipalities of Bahia
TCM / BA. This research has applied nature and its
development will have a form of qualitative and
quantitative approach, because the facts will be

observed without interference, therefore, this case
study focuses on the Summary Reports Budget
Execution RREOand Opinion TCM/ BA the yearcited
earlier, with LRF in reasoning. It is believed that
spending on personal Savior relate in accordance with
thelimitssetbytheFiscalResponsibilityLaw.
KEY-WORDS: Personnel expenses, Fiscal Responsibility Law, Current Net Revenue, Summary Reports Budget
Execution.
ANLISEDOSGASTOSCOMPESSOALDESALVADOREM2011DEACORDOCOMOSLIMITES
IMPOSTOSPELALEIDERESPONSABILIDADEFISCALLRF
INTRODUO
ALeiComplementar101,denominadaLeideResponsabilidadeFiscalLRFestabelece
regrasdefinanaspblicascomofoconagestofiscal,objetivandoatransparnciadosgastos,
possuiabrangnciaampla,poisalcanaasadministraesdiretaseindiretasdaUnio,Estados,
DistritoFederaleMunicpios(BRASIL,1964;BRASIL,1995;BRASIL,1999;BRASIL,2000).
CombasenaLeicitadaacima,esteartigovisafazerumestudodecasodenaturezaaplicada
eformadeabordagemdeumapesquisaqualiquantitativa,poisbaseiaseemdadosquantitativos
dosgastoscompessoaldeSalvadorem2011,todaviacomenfoquequalitativo,jqueosfatos
sero observados sem interferncia, analisando se os gastos esto de acordo com os limites
impostospelaLRF.
Diantedoexposto,elaboraseoseguinteproblemaaserestudado:Comoserelacionamas
despesasdepessoalnomunicpiodeSalvadorcomoslimitesimpostospelaLRFnoanode2011?
Esteestudodecasotemcomoobjetivoevidenciaraimportnciadocumprimentodos
limitesestabelecidosedatransparncianadistribuiodosrecursospblicosparao
desenvolvimentodomunicpio.Objetiva,ainda,examinaracontadedespesascompessoalde
Salvador,faceaaplicabilidadedaLeiComplementar101de2000,verificando,inclusive,seo
limiteprudencialfoiatendidoe,searejeiodascontasdoExecutivo,peloTribunaldeContas
dosMunicpios,estrelacionadacontadedespesascompessoal(BRASIL,1964;BRASIL,1995;
BRASIL,1999;BRASIL,2000).
AGESTOPBLICAEALEIDERESPONSABILIDADEFISCAL(LRF)
GestoPblicarefereseadministraoougernciadosrecursospblicos,aqualsed
atravs dos instrumentos de planejamento oramentrio: Plano Plurianual (PPA); Lei de
DiretrizesOramentrias(LDO)eLeiOramentriaAnual(LOA);
PlanoPlurianual(PPA):ConformeaConstituioFederal,emseuartigo165,oPPAaprimeira
fase do oramento, referese aos projetos de iniciativa do Poder Executivo (Unio, Estados,
DistritoFederaleMunicpios),demdioprazo,elaboradonoprimeiroanodegoverno,ondese
registratodasasdiretrizes,objetivoseparaosquatroanosdemandato,emrelaosdespesas
decapitaleparaaquelasrelativasaosprogramasdeduraocontinuada;
Lei das Diretrizes Oramentrias (LDO): Direciona a elaborao dos oramentos anuais
traando polticas que sero realizadas, compreende as metas do exerccio subsequente. As
alneas a e b do inciso I do art. 4 da Lei Complementar 101/2000 dizem que a LDO deve
disporsobreoequilbrioentrereceitasedespesas,fornecendocritrioseformasdelimitaode
empenho,aserefetivadanashiptesesdeseverificaraofinaldeumbimestre.
Lei Oramentria Anual (LOA): Elabora um oramento anual em conformidade com o Plano
Plurianual, e a Lei das Diretrizes Oramentrias, mostrando onde se tm recursos e aonde ir
apliclos, tambm responsvel pelo equilbrio das receitas e das despesas e deve estar
compatvel com o anexo das metas fiscais, o qual determina que todas as despesas que
chegaramaoestgiodoempenhoouliquidao,masnoforempagasnaqueleexerccio,sejam
lanadasnoexerccioseguintecomocrditonacontaRestosaPagar;
Oexercciodeumagestopblicaresponsveletransparentedevitalimportnciapara
asociedade,porcontadisso,em04demaiode2000foisancionadaaLeiComplementarn.101,
conhecida como LRF Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual requer a padronizao e
transparncia na utilizao dos recursos, aplicando os instrumentos do planejamento e do
oramento e, exigindo responsabilidade na gesto fiscal. Elementos do conhecimento da rea
Contbil,voltadasFinanasPblicas.
ConsideraesePertinnciasdaLRF
A lei de Responsabilidade Fiscal tem o objetivo de equilibrar as contas pblicas, fazendo

comqueasdespesassejamequivalentessreceitase,paraqueissoocorra,determinalimitesde
endividamento,sobpenadesanesparaaquelesqueadescumprirem.
A Lei citada visa, tambm, uma gesto clara e transparente, fornecendo sociedade a
oportunidadedaelaboraodooramentoparticipativo,almdoamploacessodivulgaodo
RelatriodeGestoFiscaledoRelatrioResumidodaExecuoOramentriaRREO,atravsda
internet, Dirio Oficial ou outros meios de comunicao, os quais tm prazo para publicao
(BRASIL,1964;BRASIL,1995;BRASIL,1999;BRASIL,2000).
Para Salles, (2010, p.87): A transparncia da Administrao Pblica ser garantida pela
participaodasociedadeepeladivulgaoquedeveserdadaatodasasaesrelacionadas
arrecadaodereceitaserealizaodedespesas.
Salles,(2010,p.91)dizaindaque:
Osucessodosprocessosparticipativosestrelacionadonoaodesenhoinstitucional,e
simmaneiracomosearticulacomaorganizaodasociedadecivileavontadepoltica
dosgovernantesdeimplementardesenhosparticipativos.
Estaafirmaoevidenciaaparticipaopopularnaelaboraodooramento.
So requisitos da responsabilidade na gesto fiscal, a previso e a realizao da receita,
assimcomo,afixaoeaexecuodadespesa,poisnooramento,umadespesanopoderser
apenasprevista,devesefixarumvalormximodecomprometimentodareceitaparaumfuturo
gasto.
Receita pblica so todas as quantias recebidas pelos cofres pblicos, seja oramentria,
aquela quepertenceao oramento ou extraoramentria, aquela que est fora do oramento
em curso, mas pertencente entidade. Enquanto que despesa pblica qualquer sada
financeira, sacrifcio, para o bem social e, da mesma forma que a receita, poder ser
oramentriaouextraoramentria.
A LFR busca o equilbrio fiscal, limitando os gastos s receitas, ou seja, em toda
administraopblica deverhaverumplanejamentoparaqueas despesasno ultrapassema
arrecadaoeassimdeverseatenderprioritariamenteasnecessidadessociais,evitandouma
gesto inadequada dos recursos. Para isso, a lei determina limites legais exigidos para as
despesascomo,porexemplo,adespesatotalcompessoalemrelaoReceitaCorrenteLquida,
aqualoIncisoIVdoart.2definecomo:
Art.2ParaosefeitosdestaLeiComplementar,entendesecomo:
IV receita corrente lquida: o somatrio das receitas tributrias, de contribuies,
patrimoniais, industriais, agropecurias, de servios, transferncias correntes e outras
receitastambmcorrentes,deduzidos:
a) na Unio, os valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao
constitucionaloulegal,eascontribuiesmencionadasnaalneaadoincisoIenoinciso
IIdoart.195,enoart.239daConstituio;
b)nosEstados,asparcelasentreguesaosMunicpiospordeterminaoconstitucional;
c)naUnio,nosEstadosenosMunicpios,acontribuiodosservidoresparacusteiodo
seu sistema de previdncia e assistncia social e as receitas provenientes da
compensaofinanceiracitadano9doart.201daConstituio.
1 Sero computados no clculo da receita corrente lquida os valores pagos e
recebidosemdecorrnciadaLeiComplementarn87,de13desetembrode1996,edo
fundoprevistopeloart.60doAtodasDisposiesConstitucionaisTransitrias.
2NoseroconsideradosnareceitacorrentelquidadoDistritoFederaledosEstados
doAmapedeRoraimaosrecursosrecebidosdaUnioparaatendimentodasdespesas
quetrataoincisoVdo1doart.19.
3AreceitaCorrentelquidaserapuradasomandoseasreceitasarrecadadasnoms
emrefernciaenonosonzeanteriores,excludasasduplicidades.
Percebese a preocupao em verificar o que realmente est disponvel da Receita

CorrenteparaaUnio,EstadoseMunicpiosutilizaremnacomobaseparaclculodoslimitesde
despesacompessoal.
DespesacomPessoal
Despesa com pessoal todo sacrifcio que a entidade tem com os ativos, inativos e
pensionistas, relativos aos vencimentos fixos ou variveis, bem como adicionais, gratificaes
horas extras, encargos sociais e contribuies previdencirias (BRASIL, 1964; BRASIL, 1995;
BRASIL,1999;BRASIL,2000).
ALeiComplementar101de04demaiode2000,emseuartigo18,definedespesatotal
compessoalcomo(BRASIL,2000):
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entendese como despesa total com
pessoal: o somatrio dos gastos do ente da Federao com os ativos, os inativos e os
pensionistas,relativosamandatoseletivos,cargos,funesouempregos,civis,militares
e de membros de Poder, com quaisquer espcies remuneratrias, tais como
vencimentos e vantagens, fixas e variveis, subsdios, proventos da aposentadoria,
reformasepenses,inclusiveadicionais,gratificaes,horasextrasevantagenspessoais
dequalquernatureza,bemcomoencargossociaisecontribuiesrecolhidaspeloente
sentidadesdeprevidncia.
Osgastoscompessoaltmsidoumadasquestesconsideradasmaispreocupantesparao
legislador,porseroprincipalitemdedespesacorrente.Nocasodedescumprimentodoslimites,
afetaroscofrespblicoseprejudicarofornecimentodeserviosnecessriospopulaoeos
investimentosparaumainfraestruturaadequada.
ALeiComplementarn.82de 27demarode1995,conhecidacomoLeiCamataI,jse
preocupavaematribuirlimitesparacontrolarosgastoscompessoal,comoconstaemseuart.1
IncisosI,IIeIII(BRASIl,1995):
Art.1Asdespesastotaiscompessoalativoeinativodaadministraodiretaeindireta,
inclusive fundaes, empresas pblicas e sociedades de economia mista, pagas com
receitas correntes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios no
podero,emcadaexercciofinanceiro,exceder:
I no caso da Unio, a sessenta por cento da respectiva receita corrente lquida,
entendida esta como sendo o total da receita corrente, deduzidos os valores
correspondentes s transferncias por participaes, constitucionais e legais, dos
Estados, Distrito Federal e Municpios na arrecadao de tributos de competncia da
Unio,bemcomoasreceitasdequetrataoart.239daConstituioFederal,e,ainda,os
valores correspondentes s despesas com o pagamento de benefcios no mbito do
RegimeGeraldaPrevidnciaSocial;
IInocasodosEstados,asessentaporcentodasrespectivasreceitascorrenteslquidas,
entendidascomosendoostotaisdasrespectivasreceitascorrentes,deduzidososvalores
das transferncias por participaes, constitucionais e legais, dos Municpios na
arrecadaodetributosdecompetnciadosEstados;
II no caso do Distrito Federal e dos Municpios, a sessenta por cento das respectivas
receitascorrentes.
Porm a lei citada foi revogada pela Lei Complementar n 96 de 31 de maio de 1999,
conhecida como Lei Camata II, que tambm estabelece limites para as trs esferas, mas com
percentuaisdiferentes(BRASIL,1999).
ALeiComplementarn101/2000,aqualrevogaaLeiCamataII,emseuart.19,estabelece
os mesmos percentuais referente Receita Corrente Lquida que a lei revogada: 50% para a
Unio, 60% para os Estados e Municpios. Contudo, a Lei de Responsabilidade Fiscal subdivide
estespercentuaisconformeoartigo20,IncisosI,IIeIII(BRASIL,2000):
Art. 20. A repartio dos limites globais do art. 19 no poder exceder os seguintes
percentuais:
Inaesferafederal:
a)2,5%(doisinteirosecincodcimosporcento)paraoLegislativo,includooTribunalde
ContasdaUnio;
b)6%(seisporcento)paraoJudicirio;
c)40,9%(quarentainteirosenovedcimosporcento)paraoExecutivo,destacandose
3%(trsporcento)paraasdespesascompessoaldecorrentesdoquedispemosincisos
XIII e XIV do art. 21 da Constituio e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19,
repartidos de forma proporcional mdia das despesas relativas a cada um destes
dispositivos, em percentual da receita corrente lquida, verificadas nos trs exerccios
financeirosimediatamenteanterioresaodapublicaodestaLeiComplementar;
d)0,6%(seisdcimosporcento)paraoMinistrioPblicodaUnio;
IInaesferaestadual:
a)3%(trsporcento)paraoLegislativo,includooTribunaldeContasdoEstado;
b)6%(seisporcento)paraoJudicirio;
c)49%(quarentaenoveporcento)paraoExecutivo;
d)2%(doisporcento)paraoMinistrioPblicodosEstados;
IIInaesferamunicipal:
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, includo o Tribunal de Contas do Municpio,

quandohouver;
b)54%(cinquentaequatroporcento)paraoExecutivo
Constatasequeasdespesascompessoalrepresentamvaloresrelevantesgestopblica,
por isso houve a preocupao em determinar limites percentuais sobre a Receita Corrente
Lquida. A Lei Camata I designou 60% para as trs esferas e Distrito Federal, j a Lei Camata II
apenas reduz o percentual da Unio para 50%. Com a implantao da LRF, permanecemse os
limites da Lei Complementar n. 96, entretanto, ela detalha os limites para os trs poderes,
incluindoosTribunaisdeContaseosMinistriosPblicos.
Almdoslimitesanteriormentecitados,aLeiComplementar101de2000emseuartigo22,
pargrafonico,dispeoseguinte(BRASIL,2000):
Art. 22. A verificao do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 ser
realizadaaofinaldecadaquadrimestre.
Pargrafo nico. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por
cento)dolimite,sovedadosaoPoderourgoreferidonoart.20quehouverincorrido
noexcesso:
Iconcessodevantagem,aumento,reajusteouadequaoderemuneraoaqualquer
ttulo, salvo os derivados de sentena judicial ou de determinao legal ou contratual,
ressalvadaarevisoprevistanoincisoXdoart.37daConstituio;
IIcriaodecargo,empregooufuno;
IIIalteraodeestruturadecarreiraqueimpliqueaumentodedespesa;
IVprovimentodecargopblico,admissooucontrataodepessoalaqualquerttulo,
ressalvada a reposio decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das
reasdeeducao,sadeesegurana;
Vcontrataodehoraextra,salvonocasododispostonoincisoIIdo6odoart.57da
Constituioeassituaesprevistasnaleidediretrizesoramentrias.
Oartigomencionadoprocuracontrolarosgastosatravsdo,chamado,limiteprudencial,
oqualprev,at95%,dos60%,jdelimitadonoartigo20paraaesferamunicipal.E,casono
sejaobservadoolimiteprudencial,oentefederado,sofrerpenalidades.
METODOLOGIA
Sendo a pesquisa um procedimento formal, com mtodo de pensamento reflexivo, que

requerumtratamentocientficoeseconstituinocaminhoparaseconhecerarealidadeoupara
descobrir verdades parciais (MARCONI; LAKATOS, 2008). A abordagem metodolgica adotada
para este estudo segue a proposta por Gil (2009), que leva em considerao a forma de
abordagemdoproblema,osobjetivoseosprocedimentostcnicosadotados.
Quantoformadeabordagemdoproblemaestapesquisacaracterizadacomoumestudo
de caso de natureza aplicada e forma de abordagem de uma pesquisa qualiquantitativa, pois
baseiase em dados quantitativos dos gastos com pessoal de Salvador em 2011, todavia com
enfoquequalitativo,jqueosfatosseroobservadosseminterferncia,analisandoseosgastos
estodeacordocomoslimitesimpostospelaLRF(BRASIL,1964;BRASIL,1995;BRASIL,1999;
BRASIL,2000).
Apesquisaqualitativapartedequestesamplasparacompreensodofenmenoquevo
tomando forma medida que o trabalho se desenvolve, o que exige a consulta em diferentes
fontesparacoletadedados(GIL,2009).
ANLISEDASDESPESASCOMPESSOALDESALVADOREM2011
Salvador, capital do estado da Bahia, fundada em 29 de maro de 1549, est situada no

Recncavo baiano, regio em torno da Baa de Todos os Santos, possui, conforme censo
demogrfico2010doInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatsticaIBGE,populao2.675.656
habitantesemumareaterritorialde693.276Km2.
Seu atual prefeito o exelentssimo Senhor Antnio Carlos Peixoto de Magalhes Neto,
sucessor do Sr. Joo Henrique de Barradas Carneiro, o qual foi perefeito de Salvador por dois
mandatos consecultivos, ficando no poder de 2005 at 2012, assim sendo, este ltimo, era o,
ento,PrefeitodaCidade,emrelaoaoperododosdadosanalisadosnesteartigo.
De acordo com informaes do IBGE, o municpio auferiu quase 31 bilhes de Produto
Interno Bruto PIB em 2010, desse valor, mais de 80% referese ao setor de servios,
Evidenciandoqueaeconomiadacapitalbaiana,predominantementedeservios.
Em 2011, segundo a Secretaria da Fazenda do Municpio SEFAZ/SSA, atravs dos
RelatriosResumidosdaExecuoOramentriaRREO,Salvadorobteveaproximadamenteum
bilho,duzentosenoventaeummilhesequinhentosedezmilReais(R$1.291.510.000,00)de
gastoscompessoalecalculousuaReceitaCorrenteLquidaem,aproximadamente,trsbilhes,
trezentosesetentaetrsmilheseduzentoseummilreais(R$3.373.201.000,00).
Tambmnoanode2011oTribunaldeContasdosMunicpiosTCM/BArejeitouascontas
dacapitalbaiana.
Diante disso, este estudo de caso, ocorrido em Salvador, analisar a adequao das
despesascompessoalaoqueimpeaLeiComplementar101(BRASIL,2000).
AnlisedosDados
A anlise do cumprimento do limite estabelecido pela Lei Complementar 101 de 2000

ocorreatravsdaavaliaodopercentualdecomprometimentodaReceitaCorrenteLquidaem
relaodespesacompessoal(BRASIL,2000).Esseclculosedpormeiodafrmula:
despesas com pessoal x 100 = n
RCL
Onde:
despesascompessoalreferemseaosgastoscompessoaldeSalvadorem2011;
RCL(ReceitaCorrenteLquida)refereseReceitaCorrenteauferidaem2011esubtradadas
dedueslegais,jexplicitadasaofinaldoitem1.3;
nrefereseaoresultadodopercentualdedespesacompessoalemrelaoRCL;
Esse indicador utilizado para verificar o cumprimento do limite de 54% estabelecido

paraoPoderExecutivoe6%paraoPoderlegislativo,naesferaMunicipal,conformedemonstram
astabelas1e2.
Tabela1:Despesa,ReceitaePercentualdaRCLgastocomdesp.depessoaldaPrefeitura
deSalvadorBAPoderExecutivo
Ano
Despesa
com
Pessoal
(emR$1.000,00)
2011
1.291.510
ReceitaCorrente
Lquida
(emR$1.000,00)
%dadesp.com
pessoalreferente
RCL
3.373.201
38,29
Fonte:SEFAZSecretariadaFazendadeSalvador,adaptadopelaautora.
Tabela2:Despesa,ReceitaePercentualdaRCLgastocomdesp.depessoaldaPrefeitura
deSalvadorBAPoderLegislativo
Ano
Despesa
com
Pessoal
(emR$1.000,00)
2011
66.616
ReceitaCorrente
Lquida
(emR$1.000,00)
%dadesp.com
pessoalreferenteRCL
3.373.201
1,97
Fonte:CmaraMunicipaldeSalvador,adaptadopelaautora.
Atravs das informaes demonstradas nas tabelas 1 e 2, conferese que os Poderes

ExecutivoeLegislativonoultrapassaramolimitede54%e6%,respectivamente.
Emrelaoaoclculodolimiteprudencial,oqualprevat95%dolimitepreviamente
estabelecidoparaosPoderesExecutivoeLegislativo,omesmosedatravsdasfrmulas:
ParaoPoderExecutivo[(54x95)/100]=nParaoPoderLegislativo[(6x95)/100]=n
Javariao,empercentual,dolimiteprudencialverificasecomafrmula:
(%DespesacompessoalemrelaoRCLLimiteprudencial)=n
Onde,opercentualdedespesacompessoalemrelaoRCLeolimiteprudencialforam
calculadospormeiodasfrmulasanteriormentedemonstradas.
O indicador da variao utilizado para verificar o percentual de alterao para mais ou
paramenos,emrelaoaocumprimentodolimiteprudencial,conformedemonstramastabelas
3e4eogrfico1.
Tabela3:VerificaodocumprimentodoLimiteprudencialPoderExecutivo
Limite
Ano
Prudencial
%Despesapessoalem
relao
RCL
2011
51,30%
38,29%
Fonte:SEFAZSecretariadaFazendadeSalvador,adaptadopelosautores.
Variao
13,01%
Tabela4:VerificaodocumprimentodoLimiteprudencialPoderLegislativo
Ano
Limite
%Despesapessoalem
Variao
Prudencial
relao
RCL
2011
5,70%
Fonte:CmaraMunicipaldeSalvador,adaptadopelosautores.
1,97%
3,73%
As tabelas 3 e 4 evidenciam que os Poderes Executivo e Legislativo encontramse em

consonncia com a LRF no que diz respeito ao limite prudencial, pois a variao deuse em
13,04%e3,73%paramenos,respectivamente.
O grfico 1 demonstra o comparativo do cumprimento do limite prudencial entre os
poderesExecutivoeLegislativo,evidenciandoavariaoocorrida.
Comparandoosdoispoderes,atravsdogrfico1,verificasequeoLegislativoteveuma
variaomaissignificativaqueoExecutivo,noquetangeaocumprimentodolimiteprudencial.
Grfico1:CumprimentodolimiteprudencialentreospoderesExecutivoeLegislativo
Fonte:SEFAZ/SalvadoreCmaraMunicipaldeSalvador,adaptadopelosautores.
CONSIDERAESFINAIS
Aolongodesteartigo,observasequeaLeideResponsabilidadeFiscaluminstrumento
legal de essencial importncia para o gestor pblico, visto que, a inobservncia da mesma
acarretar em sanes, as quais prejudicam o ente federado, gerando graves consequncias
sociedade.Porcontadisso,esteartigotevecomofinalidadecontribuirparaareflexoacercado
cumprimentodaLeicitadanoquedizrespeitoaosgastoscompessoal.
Portudoquefoiapresentado,emrelaoaocumprimentodosdispositivosdaLRF,noque
tange as despesas com pessoal, concluise que, tanto o Poder Legislativo quando o Poder
ExecutivodomunicpiodeSalvadoratenderamplenamenteoquedeterminaoartigo20,oqual
estabelecelimitesdeat54%e6%daReceitaCorrenteLquidaparaoExecutivoeoLegislativo,
respectivamente.
Asinformaesdemonstradasnotextotambmencontramsedeacordocomoquedizo
artigo22,oqualrefereseaolimiteprudencialdeat95%doquejtinhasidoestipuladopelo
artigo20.
Concluise,ainda,quearejeiodascontasdoExecutivonoanode2011,peloTCM,no
estrelacionadacontadedespesascompessoal,poisamesmaencontraseemconsonncia.
Pelo que foi exposto, considerase investigado o problema proposto no artigo, pois,
verificousequeosgastoscomdespesasdepessoaldeSalvadornoanode2011,relacionaseem
conformidadecomoslimitesestabelecidospelaLRF.
E, por fim, desejase que o cumprimento dos dispositivos da lei no seja apenas para o
equilbrio das contas, mas para que as entidades pblicas tenham uma gesto transparente,
voltadaaosocial.
REFERNCIAS
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.Acessoem25jun.2013.
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MARCONI,MarinadeAndrade;LAKATOS,EvaMaria.Fundamentosde
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TRIBUNALDECONTASDOSMUNICPIOSDOESTADODABAHIA.ParecerPrvio2011.Disponvel
em:<http://www.tcm.ba.gov.br/contas.shtml>.Acessoem23abr.2013.
10
GASTOSCOMAEDUCAOEDESENVOLVIMENTOMUNICIPAL:umacomparaodemunicpios
maisdesenvolvidosemenosdesenvolvidos
F.L.D.Varella(PQ),J.M.Filgueira (PQ)2,C.S.S.Gomes3,G.H.M.C.Silva
TecnlogoemGestoPblica,CampusNatalCentralInstitutoFederaldoRN,IFRN.Email:
fernando.varella@ifrn.edu.br;2MestreemEngenhariadeProduo;EspecialistaemInformtica;Especialistaem
DocnciadoEnsinoSuperior;BacharelemEstatstica,professordoCampusNatalCentralInstitutoFederaldo
RN,IFRN.Email:joao.filgueira@ifrn.edu.br;3GraduadoemPedagogia, UniversidadeEstadualdoValedoAcara
(UVA)email:charlon.silles@ifrn.edu.br;4TecnlogoemGestoPblica,CampusNatalCentralInstituto
FederaldoRN,IFRN.Email:gustavocahu@hotmail.com
RESUMO
A Educao enfatizada por diversos
estudiosos como um instrumento de mudana social,
quando
bem
aproveitada,
propulsiona
o
desenvolvimento regional e contribui para o
fortalecimentodaeconomianacional.Opresenteartigo,
porsetratardeumestudodecaso,utilizoucomofonte
de pesquisa dois gruposde10 municpiosentre os 167
existentesnoEstadodoRioGrandedoNorte(RN).Entre
os indicadores empregados no trabalho, um foi
desenvolvido pelos autores, os Gastos per capta com
EnsinoFundamental,osoutrosdoisforam:ndiceFirjan
de Desenvolvimento Municipal (IFDM), ndice de
desenvolvendo da Educao Brasileira (IDEB), todos
referentesaoanode2009.Ocritrioparaaescolhados
gruposforamos10menoseos10maisdesenvolvidos,
segundo o IFDM. Inicialmente os autores procuraram

identificar a correlao entre IFDM (Varivel
independenteX)emrelaoaosGastospercaptacom
EnsinoFundamental(VariveldependenteY)eoIDEB
(VariveldependenteY).Empossedessesachadosfoi
possvelcompararosgruposestudadoseformularuma
hiptese,existenosmunicpiosmaisdesenvolvidosuma
correlao inversa maior entre os gastos financeiros
comaEducaoemfaceaomelhoramentodondicede
DesenvolvimentoMunicipalsecomparadocomogrupo
dosmunicpiosmenosdesenvolvidos.Essesindciosso
evidenciados no decorrer da pesquisa como algo que
est relacionado intrinsecamente com a gesto dos
recursospblicos.
PALAVRASCHAVE:Efetividade,GastoscomEducao,Gestoderecursos,Indicadoresderesultados.
EDUCATIONEXPENSESANDMUNICIPALDEVELOPMENT:acomparisonofmunicipalitiesmore
developedandlessdeveloped
ABSTRACT
Educationisemphasizedbymanyscholarsasan to IFDM . Initially the authors sought to identify the
instrumentofsocialchange,whenproperlyharnessed, correlationbetweenIFDM(IndependentvariableX)in
propels regional development and contributes to the relation to per capita spending on elementary (
strengtheningofthenationaleconomy.Thisarticle,asit DependentvariableY)andIDEB(Dependentvariable
isacasestudywasusedasasourceofresearchgroups Y).Giventhesefindingsitwaspossibletocomparethe
from10countiesamongthe167existinginthestateof groups and formulate a hypothesis , exists in more
RioGrandedoNorte(RN).Amongtheindicatorsused developed municipalities greater inverse correlation
in the study, one was developed by the authors , the between financial expenditure on education in relation
expenditures per capita with elementary school , the to the improvement of Municipal Development Index
othertwowere:FIRJANMunicipalDevelopmentIndex( compared with the group of less developed
IFDM)indexdevelopedbytheBrazilianEducation(IDEB municipalities . These clues are evident during the
),allfortheyear2009.criterionforthechoiceofthe10 researchassomethingthatisintrinsicallyrelatedtothe
groupswerelessandthe10mostdeveloped,according managementofpublicresources..
KEYWORDS:effectiveness,EducationExpenses,ResourceManagement,Performanceindicators.
INTRODUO
A partir da Constituio Federal de 1988, instalouse um marco importante no cenrio
polticobrasileiro,emseuartigo37,aConstituiodefineaadministraopblicadireta,indireta
ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios que obedecer aos seguintes princpios: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade (CF, 1988). Outros princpios importantes foram incrementados e atribudos ao
Sistema Federal de Controle Externo. Nesse novo cenrio, a atuao do Tribunal de Contas da
Unio (TCU), rgo responsvel pelo controle externo dos gatos pblicos, efetivou a sua
relevanteimportnciaparaconcretizar,emconjuntocomoCongressoNacional,oordenamento
jurdico voltado noo de eficincia, eficcia e efetividade, impondo como um dos vetores a
regulargestoderecursosebenspblicosorespeitoaoprincpiodaeconomicidade,aoladodo
basilar princpio da legalidade e do, tambm recmintegrado, princpio da legitimidade (TCU,
1998).
A necessidade de se obter maior ecincia e maior impacto dos gastos pblicos tem
ensejado um aprimoramento nos instrumentos e tcnicas para tomada de deciso e para
avaliaodaspolticaspblicasnopas(CostaeCastanhar,2003).Nessalinhadepensamento,o
presenteartigoutilizadoinstrumentodaanliseenvoltriadedados(DEAdataenvelopment
analysis) conjecturando que essa metodologia atenda a expectativa desejada na rea das
polticas pblicas. Mais especialmente, o seu objetivo, a comparao entre municpios,
relacionando as despesas realizadas com a Educao e os indicadores da condio de vida
populacional.
Procuramosavaliaraspolticaspblicasdessesmunicpios,pormeiodaanliseentreos
recursos (inputs) disponveis e os resultados, ou melhor, o impacto dos servios (outputs)
prestadospelosmesmos.Dessaforma,poderidentificarindciosquecomprovemseosrecursos
oramentrios de cada um desses municpios esto sendo bem utilizados, refletindo em seus
desempenhosperanteaosrgosavaliadores,SISTEMAFIRJANeINEP.
Para desenvolver este artigo, foram utilizados os indicadores sociais e de gastos
municipais das seguintes reas temticas: emprego e renda, educao e sade. reas que
tambm compe os indicadores do ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM, 2009),
varivel utilizada na pesquisa, outras tambm foram obtidas a partir do Censo demogrco de
2009, realizado pelo IBGE (2009); do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais,2009)edaSecretariadoTesouroNacionaldoMinistriodaFazenda(STN,2010).O
artigoestestruturadodaseguinteforma:iniciasecomumarevisodeestudosaplicadossobre
autilizaodaAnliseporEnvoltriadeDados(DEA)nocampodaspolticaspblicas,passando
emseguidaapreciaodosindicadoreseamostradosresultados.
METODOLOGIA
Utilizasecomoclassificao,nopresentetrabalho,apropostadescritaporGil(2002),um
instrumentodeinvestigaodotipoexploratriadescritivo,cujoobjetivopossibilitarummaior
conhecimentoarespeitodaproblemtica,subsidiandonaformulaodashiptesesrelevantesa
um estudo de caso, no qual esse trabalho compreendido. Para suprir esse estudo, foram
utilizadasfontesbibliogrficas,documentaisedosmeioseletrnicosdigitais,atravsdosportais
daRedeMundialdeComputadores.
Quantoaocarterdescritivodapesquisa,fundamentadapeloargumentoqueclassifica
como uma caracterizao do fenmeno estudado, descrevendose suas caractersticas, suas
variveiseasrelaesentreelas(MAIAeOLIVEIRA,2006,p.131).
Dois estudos que abordam o Desenvolvimento Municipal foram considerados como
objetonorteadodopresentetrabalho,soelesodeMedeiros(2010)edeDiniz(2011).
A coleta de dados baseouse em contedos referente ao exerccio do ano de 2009,
comparandodoisgruposde10municpiosentreoUniversode167existentesnoEstadodoRio
Grande do Norte, considerando a ttulo de trabalho apenas os dez menos e os dez mais
desenvolvidos.
Trsndicesforamrelacionadosnapesquisa,soeles:ndiceFirjandeDesenvolvimento
Municipal (IFDM), Gastos per capta com educao no Ensino Fundamental e ndice de
DesenvolvimentodaEducaoBsica(IDEB).Masapenasoquetratadosgastos,foiconstrudo
pelos pesquisadores atravs da utilizao de duas variveis extradas dos portais: Tesouro
Nacional(FIBRA,2009)edoInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatstica(IBGE),noprimeirofoi
extrado os Gastos com Educao no Ensino Fundamental dos Municpios do RN e o seguinte
extrado s informaes referente quantidade de Matrculas do Ensino Fundamental nas
EscolasPblicasMunicipaisdoRN.Empossedessasinformaesfoipossvelconstituiravarivel
denominadadegastopercapitacomensinofundamental.
Foram empregadas tcnicas Estatsticas responsveis pela organizao e apresentao
dosdados(FONSECA,1996),bemcomoautilizaodaclassificaodocoeficientedecorrelao
linear de Pearson proposta por Carla Santos, conforme apresentado na tabela 1. Nessa
apresentaoosvaloresvariamde1a1,comisso,acorrelaopodeserpositivaounegativa
(SANTOS,2007).
CoeficientedeCorrelao
|r=1|
|0,8r<1|
|0,5r<0,8|
|0,1r<0,5|
|0<r<0,1|
Correlao
PerfeitaPositiva
FortePositiva
ModeradaPositiva
FracaPositiva
nfimaPositiva
|r=0|
|0<r<0,1|
|0,1r<0,5|
|0,5r<0,8|
|0,8r<1|
|r=1|
Nula
nfimaNegativa
FracaNegativa
ModeradaNegativa
ForteNegativa
PerfeitaNegativa
Tabela 1 - Intervalos de valor do coeficiente de correlao
Fonte:AdaptadodaobradeCarlaSantos(SANTOS,2007)
AVALIAODEDESENVOLVIMENTOMUNICIPAL
Consolidado como referncia para o acompanhamento do desenvolvimento
socioeconmico brasileiro, o ndice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) um estudo
anual do Sistema FIRJAN, Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro, rgo oficial
responsvelpormensurarndicescomoarealidadedaeducao,sadeeempregoerendade
uma regio (FIRJAN, 2012). Ele acompanha o desenvolvimento das diversas cidades do Brasil,
abrangendo5.564municpiosbrasileirosemtrsreas:EmpregoeRenda,EducaoeSade.Os
ndices so feitos, exclusivamente, com base em estatsticas pblicas oficiais, disponibilizadas
pelosministriosdoTrabalho,EducaoeSade.
Desde2000,estaentidadegovernamentalcalculaoIFDM.Asuaformulaoedesimples
entendimento, o ndice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais prximo de 1, maior o
desenvolvimentodalocalidade.Nestesentido,valoresentre0e0,4soconsideradosdebaixo
estgio de desenvolvimento; entre 0,4 e 0,6, de desenvolvimento regular; entre 0,6 e 0,8, de
desenvolvimentomoderado;eentre0,8e1,0,dealtodesenvolvimento.Afigura1apresentao
desdobramentodessendiceeasvariveisqueocompe.
EquilibrarasDespesaseRecitaspropiciandodesenvolvimentosocialsemdvida,tarefa
rdua para os Gestores Municipais. Buscar uma condio financeira equilibrada talvez seja um
dospropsitosprincipaisquealmejaosbonsadministradores.Aaoplanejadaetransparente
dasfinanaspblicasaprimoraaprevenoderiscosefavorecemcorreodedesvioscapazes
deafetaroequilbriodascontaspblicas,condicionandoaoChefedoPoderExecutivoaatentar
para obedincia a limites e condies determinadas. Assim, Carlos Maurcio Cabral Figueiredo
(2001),preconizandoqueoplanejamentodeveriaconstituirumaatividadederotina,defendea
implantao do mesmo e a transparncia na gesto fiscal como medida de racionalizao
administrativaparagarantiraqualidadenosresultados.
EmseuartigopublicadonoXXXVIencontrodaANPADem2012,Sousa,Lima,Nascimento,
Peter e Machado abordam a necessidade dos gestores municipais em cumprir com as
determinaeslegais.Temascomo:responsabilidadefiscal,desenvolvimentomunicipalegesto
pblica so palavrachave em seu trabalho. Nesse material os autores apresentam a Lei de
responsabilidade fiscal (LRF) relacionada com o desenvolvimento municipal, a vinculao dos
recursos destinados a sade e a educao, entre outras coisas tratadas pela Lei e prevista
constitucionalmente. Aps diversas analises, utilizando como indicadores ndice de
Responsabilidade Fiscal (IRF), IFDM, entre outros, concluram a existncia de relao positiva
entreresponsabilidadefiscaledesenvolvimentomunicipal
Compreender o papel dos indicadores, como uma ponta de lana necessria na tomada das
decises primordial em um processo construtivo que visa o interesse pblico. Indicadores
convencionais de educao, como o ndice de Desenvolvimento da Educao Brasileira (MEC,
2012)colaboramnesseprocessoevolutivo.CriadopeloGovernoFederaldoBrasilem2007surgiu
comafinalidadedemediraqualidadedecadaescolaedecadarededeensino,proporcionado
aos gestores, um objeto norteador para os direcionamentos das polticas pblicas na rea da
Educao, confrontando com um senrio histrico de atraso do conhecimento educacional da
populao. Segundo fontes do IPEADATA (2012), em 2005 mais de 11% da populao era de
analfabetoseamdiadeanosdeestudodosbrasileiroscommaisde25anoseradeapenas6,5
anos,abaixodonecessrioparaaconclusodoensinofundamental;tambmtinhaoutrofator
agravavaasituao,60%daspessoasqueingressavamnoensinofundamentalnoconcluamo
curso(IPEA,2006).
O ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB) calculado com base no
desempenhodoestudanteemavaliaesdoInepeemtaxasdeaprovao.Assim,paraqueo
ndicedeumaescolaouredecresaprecisoqueoalunoaprenda,norepitaoanoefrequente
a sala de aula. O ndice medido periodicamente e a pretenso do MEC que os governos
municipaiseestaduaistenhamnotaseisem2022correspondentequalidadedoensino em
pasesdesenvolvidos(MEC,2012).
ANLISEDOSRESULTADOS
Nestaetapadotrabalhoseroapresentadososprincipaisresultadosobtidos,seguidosde
suas interpretaes. Em princpio, analisouse o grau de correlao entre IFDM (Varivel
independente X) em relao aos Gastos per capta com Ensino Fundamental (Varivel
dependente Y) e o IDEB (Varivel dependente Y). Conforme explicitado na tabela 2 e em
consonncia com a proposta de Carla Santos (SANTOS, 2007) no que tange a classificao da
correlao linear, foi possvel identificar uma fraca e negativa relao entre o IFDM e os gatos
comensinofundamentalnos10municpiosmenosdesenvolvidos(linhaa),jnos10municpios
maisdesenvolvidos(linhab)identificouseumacorrelaomoderadanegativaentreoIFDMeos
gastoscomensinofundamental.Ambasassituaesobtiveramcorrelaesnegativas,isto,se
umavarivelaumentaraoutratendeadiminuir.Deformafracanocasodosmunicpiosmenos
desenvolvidosedeformamoderandonaquelesmaisdesenvolvidos,podendocomissoperceber
a existncia de uma tendncia afirmativa em deduzir que os municpios menos desenvolvidos
apresenta uma maior dependncia entre aumento dos gastos com a educao e o seu
desenvolvimento.
a.
b.
c.
d.
Indicadores
Coeficiente Correlao
Gastosper captacomEnsinoFundamental(Y)10MENOSDES.
Gastosper captacomEnsinoFundamental(Y)10MAISDES.
IDEB(Y)10MENOSDESENVOLVIDOS
IDEB(Y)10MAISDESENVOLVIDOS
0,324327835
0,505666192
0,11915
0,17917
Tabela2anlisedocoeficientedecorrelaoIFDM.
Fracanegativa
Moderadanegativa
Fracanegativa
Fracanegativa
Fonte:dadosprprios
No caso dos 10 municpios menos desenvolvidos o IFDM (X) e os Gastos per capita no
Ensino Fundamental (Y), a varivel independente (IFDM) no influencia significativamente a
dependente, implicando em uma baixa correlao entre os dados analisados se comparamos
comacorrelaodasmesmasvariveisparaos10municpiosmaisdesenvolvidos,nessecaso,os
gastos com Educao no ensino fundamental impacta no desenvolvimento municipal de forma
moderada.Essasduassituaesgeraumadvidaaindagar:Porqueapenasosmunicpiosmenos
desenvolvidos apresenta correlao fraca entre gastos versus desenvolvimento? Essa suspeita
pode estar relacionada a administrao, ou melhor, a ausncia de uma boa gesto capaz de
racionalizarcomefetividadeosrecursosdisposio.
Portanto, analisando os dois casos, quando se fala em gastos municipais com educao
fundamental, a situao para os municpios menos desenvolvidos um caso intrigante e pode
estar relacionado a administrao, ou melhor, a ausncia de uma boa gesto capaz de
racionalizar com efetividade os recursos disposio. No entanto, nos municpios mais
desenvolvidos, a dependncia da utilizao dos recursos financeiros para obteno dos
resultadosdedesenvolvimentonegativamoderada,nessecaso,ocenriomuda,poisexistem
municpios gastando menos e com melhor desenvolvimento do que outros, caracterizando, no
queconcerneaodesenvolvimentomunicipal,umasituaocontundente,justificandoocasoem
que os recursos aplicados na educao no necessariamente ir refletir em resultados, pelo
contrrio,analisandooscoeficientesdecorrelao,porseremnegativos,implicainformarque
gastosnaeducaoedesenvolvimentoseguecaminhoopostos.
Mas como isso pode ser possvel? Na realidade o autor no est enfatizando que o
caminheparamelhorianodesenvolvimentomunicipaldeixardeaplicarrecursosfinanceirosno
ensino,noisso!Naverdadeelechamaaatenoparaumproblemaidentificadoaocomparar
os dados analisados, os achados demonstram que os municpios mais desenvolvidos tendem

convertermelhorinvestimentoemincremento.
OS10MENOSDESENVOLVIDOS
MunicpiosdoRN IFDM(2009)
Gastosper capta
comEnsino
Fundamental
(FIBRA2009)
OS10MAISDESENVOLVIDOS
MunicpiosdoRN IFDM(2009)
Gastosper capta
comEnsino
Fundamental
(FIBRA2009)
Coronel Ezequiel
0,5327
R$2.146,63
Natal
0,8012
R$337,17
Nsia Floresta
0,5303
R$1.753,94
Mossor
0,7364
R$1.202,76
Parazinho
0,5226
R$1.980,23
Apodi
0,7201
R$1.948,94
Poo Branco
0,5214
R$1.398,29
Parnamirim
0,7196
R$2.080,06
Para
0,5128
R$2.355,21
Ita
0,6991
R$2.462,77
Jardim de
Angicos
0,5107
R$2.010,36
Acari
0,6958
R$1.818,04
Piles
0,5095
R$2.376,57
Campo Redondo
0,6942
R$1.825,19
Esprito Santo
0,5028
R$1.449,84
Pau dos Ferros
0,6924
R$950,63
Antnio Martins
0,4948
R$2.377,29
Major Sales
0,6913
R$1.314,75
So Miguel do
Gostoso
0,4671
R$2.255,28
Ipueira
0,6911
R$4.856,01
Mdia:
0,51047
2010,364
Mdia:
0,71412
1879,632
Mediana
0,51175
2078,495
Mediana
0,69745
1821,615
Desviopadro
0,01928085
368,4344687
Desviopadro
0,03436014
1214,271136
Correlao
0,324327835
Correlao
0,505666192
Tabela3Apresentaodos10menoseos10maisdesenvolvidoscorrelacionandoosgastos.
Fonte:dadosprprios
Atabela3apresentadaaseguircontmdoladoesquerdoasdezcidadesqueatingiramos
menoresndicesdedesenvolvimentomunicipal,ficandobemabaixodamdiade0,71412das10
cidades mais desenvolvidas, mesmo assim, os gastos per capta com Educao no ensino
fundamentalforamsuperioresmdiadosgastosnas10maisdesenvolvidas(7cidadesgastaram
acima da mdia). Vejamos o caso da cidade de Antonio Martins, a segunda cidade menos
desenvolvida, gastou por aluno aproximadamente R$ 2.377,29 e obteve uma avaliao de
desenvolvimento Municipal de apenas 0,4948. Temos tambm o caso da cidade lanterninha,
SoMigueldoGostoso,cidadeconsideradacompiorndicededesenvolvimento,chegouagastar
R$2.225,28eobteveIFDMdeapenas0,467.
Quando e verificado as dez cidades mais desenvolvidas, a situao se inverte,a maioria
delasapresentaramgastoscomEducaonoensinofundamentalvaloresinferioresmdiadas
menosdesenvolvidas(das10MAISdesenvolvidas,setegastaramabaixodamdia).ocasode
Major Sales, situado na regio do Alto Oeste potiguar, a uma distncia de 427 quilmetros da
capital do estado, Natal, apresentou um IFDM de 0,6911 e um gasto bem inferior mdia
apresentada. Liderando o ranking das mais desenvolvidas est Natal, atingindo ndice de
desenvolvimento de 0,8012 com um gasto de apenas R$ 337,17 por aluno do ensino
fundamental.
Portanto, fato! Gasto com a Educao na realidade dos municpios pesquisados, no
necessariamente,refleteembonsresultadosdedesenvolvimento.Essesexemplosapontampara
um problema pertinente a gesto dos recursos, mesmo aplicando boas quantias na educao,
no obtiveram efetividade em suas aes no que concerne a melhoria do desenvolvimento

municipal. Essa incgnita, provavelmente no ser respondida nesse neste presente trabalho,
por se tratar de um estudo de caso que aborda apenas trs variveis, sendo insuficiente
mediante a um tema to complexo, mas tem a inteno de fomentar discurses sobre o tema
estudado.
QuandocomparamosoIFDMnos10MENOSeos10MAISmunicpiosdesenvolvidos
emrelaoaoIDEB(tabela4),verificasenessasituao,queosdoisgruposestudadosobtiveram
uma correlao fraca negativa, sinalizando uma equiparao nos resultados. Nesse caso,
devido ao grau de correlao entre os domnios afins analisados. Devese lembrar de que as
correlaesforamnegativasemrazodascaractersticasdosdasvariveisanalisadas,reforando
a ideia de que, caso o Gestor pretenda utilizar como plataforma de governo a melhoria do
Desenvolvimento Municipal em face a Educao, um dos caminhos a priorizar a melhoria na
gestodosrecursoemvezdesimplesmenteatacarafaltadeles
OS10MENOSDESENVOLVIDOS
MunicpiosdoRN
IFDM
(2009)
Coronel Ezequiel
0,5327
Nsia Floresta
OS10MAISDESENVOLVIDOS
IDEB
(2009)
MunicpiosdoRN
3,2
Natal
0,8012
3,7
0,5303
3,4
Mossor
0,7364
4,1
Parazinho
0,5226
2,6
Apodi
0,7201
4,1
Poo Branco
0,5214
2,9
Parnamirim
0,7196
Para
0,5128
2,6
Ita
0,6991
Jardim de Angicos
0,5107
2,6
Acari
0,6958
4,8
Piles
0,5095
2,7
Campo Redondo
0,6942
3,7
Esprito Santo
0,5028
2,3
Pau dos Ferros
0,6924
3,7
Antnio Martins
0,4948
3,1
Major Sales
0,6913
3,7
So Miguel do
Gostoso
0,4671
3,4
Ipueira
0,6911
Mdia:
0,51047
2,88
Mdia:
0,71412
3,98
Mediana
0,51175
2,8
Mediana
0,69745
Desviopadro
0,019281
0,379473
Desviopadro
0,03436
0,335989
IFDM
(2009)
IDEB
(2009)
0,11915
0,17917
Correlao
Correlao
Tabela4Apresentaodos10menoseos10maisdesenvolvidoscorrelacionandocomIDEB.
Fonte:dadosprprios
CONSIDERAESERECOMENDAES
Apsanalisarasvariveisdosdoisgruposestudadosfoipossvelcomparaosmunicpios
mais desenvolvidos em relao aos com os menores desempenho. Com isso, foi possvel
identificar um fato surpreendente, todas as correlaes entre Gastos per capta com Ensino
Fundamental e o IFDM apresentaram polarizao negativa, portanto, alterando um dessas variveis a
outrasofrerinfluenciainversa.
Essaafirmativaimplicardeduzirqueoresultadocomaaplicaodosrecursos(inputs),nesse
caso,arelaodoIFDM(outputs)emfaceaosGastospercaptacomEnsinoFundamental(inputs)
contrria, essa correlao intriga e permite levantar algumas suspeitas: Ser que os recursos
foramutilizadosparaoutraprioridademunicipal?Foramdestinadosaoutrosfinsantesdeserem
efetivadas as Polticas Pblicas? Foram mal administrados, gerando pouco efeito social?
Pesquisandonainternetinformaesreferentesaoperodode01dejaneirode2008at31de
dezembrode2009arespeitodosmuncipiosqueobtiverampioresresultados(conformeIFDM)
foramencontradasalgumasinformaesquepodemnortearaqualsuspeitamaisplausvel.
Em 04/12/2009 foi publicado a seguinte matria Sete exprefeitos do estado so
condenadosadevolverR$2milhes(DNOLINE,2009)nelavemainformaoqueoTribunalde
ContasdoEstadodetectouirregularidadespraticadasporgestoresmunicipaisdoRNnareada
educaoeosrecursosdevolvidossuperamR$2milhes,relativosaoFundef.Entreosacusados
estoexprefeitodeSoMigueldoGostoso(omunicpiocompiorIFDM),JooWilsonTeixeira
Nri,queconformeamatria,devepagarR$1,28milhoaoscofrespblicos.
OutrocasoenvolvendodesviodosrecursospblicosdoFundebreferenteaoexercciode
2009 encontrase disponvel no stio do TCE/RN (2009), o material intitulado Exprefeitos de
Esprito Santo e So Jos do Campestre so condenados a devolver mais de R$ 980 mil trs,
entreoutroscontedos,aseguinteinformao:
Em vista da ausncia de prestao de contas das despesas efetuadas
comrecursosdoFundebedoFPMnoperodode21demaioa21deagostode
2009, a prestao de contas foi considerada irregular, sendo o voto pela
restituio aos cofres pblicos da quantia de R$ 317.741,94, resultante do
somatrio de R$ 210.422,89 desaparecidos da conta bancria vinculada ao
Fundeb e R$ 107.319,05, que, inexplicavelmente, fora usurpado da conta
reservadaaorecursodoFPM.
EssesdoisexprefeitoseramgestoresdecidadescomoIFDMabaixodamdia.Baseado
nessasinformaespossvelidentificaraexistnciadeumaadministraofalha,prejudicandoa
efetivaodaaplicaodosrecursos(inputs).
Portanto,diantedessesresultadosquenosproporcionaramumavisomaiscrticasobrea
problemticaestudada,sopossveis,agora,proferircommaiorpropriedadequeafaltadeuma
boa gesto interfere nos resultados e onera as contas pblicas bem mais nos grupo menos
desenvolvido do que nos 10 com maior IFDM. Com isso, segue uma recomendao para os
Gestores Municipais que pretendam melhorar seus resultados sociais: Criem em seu municpio
umquadrofuncionalmultidiciplinardeprofissionaismunidosdehabitardestcnicas,humanase
conceituaiscapazesdeorientaroprefeitonatomadadasdecises.
Foi possvel perceber tambm que o investimento no campo social para melhorar dos
ndices de Desenvolvimento Municipal imprescindvel e devem ser inquestionavelmente
defendidos por toda populao e todas as esferas Governamentais, pois fato que um dos
indicadores dessa pesquisa (IFDM) tem em suacomposio, variveis que abordam Emprego e
Renda, Educao e Sade. Cabendo aos rgos que controlam as contas municipais o papel
fiscalizador bem como as cmeras de vereados, a populao, certamente o papel maior
confiado, nesse contexto, cabe a ela denunciar as irregularidades cometidas pelos seus
representantes.
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InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaBahia(IFBA)CampusSalvador,2InstitutoFederalde
Educao,CinciaeTecnologiadaBahia(IFBA)DepartamentodeCinciasSociaisAplicadasCampus
Salvador;3UniversidadeEstadualdeFeiradeSantana(UEFS)DepartamentodeCinciasContbeisCampus
FeiradeSantana;2InstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaBahia(IFBA)Departamentode
CinciasSociaisAplicadasCampusSalvador;email:andresouza@ifba.edu.br
1
(GR)Graduada
(PPQ)ProfessorePesquisador
RESUMO
Esta pesquisa tem por objetivo analisar e discutir a

contribuio dos modelos exponenciais de Holt
Winters e modelo SARIMA para previso do ndice
Carbono Eficiente(ICO2) daBM&FBOVESPA para o ano
de2014.Paraoalcancedesseobjetivo,realizouseuma
pesquisa bibliogrfica e documental, de natureza
exploratria, com uma abordagem quantitativa,
analtica e descritiva. Os resultados evidenciaram que
paraperodoscurtos(at6meses)omtododeSARIMA
(2,1,1)x(0,1,1)explicamelhordoqueomtododeHolt
Winterseparaperodoslongos(apartirde6meses),o
modelo de Holt Winters explica melhor que o modelo

SARIMA(2,1,1)x(0,1,1).Porfim,sugeresequeoutros
modelos sejam testados, verificando tanto sua
adequao,comotambmparaqueasprevisessejam
os mais sensveis possveis, diminuindo assim a
diferenaentreosvaloresprevistosereais.
PALAVRASCHAVE:ModeloHoltWinters;ModeloSARIMA;ndiceCarbonoEficiente(ICO2).
CARBONEFFICIENTINDEX(ICO2)OFBM&FBOVESPAANDPREDICTIONOFTIMESERIES:AN
ANALYSISFROMTHEEXPONENTIALSMOOTHINGMODELSHOLTWINTERSANDSARIMA
MODELTOFORECASTICO2IN2014
ABSTRACT
Inthisstudyweaimtoanalyzeanddiscussthe
contribution of HoltWinters exponential models and
SARIMA model to forecast of BM&FBOVESPA ICO2 for
2014. In order to do so, we carried out a documentary
andbibliographicalresearch;itisexploratory,analytical
and descriptive. The outcomes evinced that for short
timeperiods(upto6months)SARIMAmethod(2,1,1)x
(0,1,1) expains better than HoltWinters method; and
for longtime periods, HoltWinters method explains

betterthanSARIMAmethod(2,1,1)x(0,1,1).Finally,we
suggestthatothermodelsaretestedtocheckouttheir
suitability, and that forecasts are more sensible and
reduce the difference between estimated and real
values.
KEYWORDS:Holt-Winters model; SARIMA model; Carbon Efficient Index (ICO2).
NDICECARBONOEFICIENTE(ICO2)DABM&FBOVESPAEPREVISODESRIESTEMPORAIS:
UMAANLISEAPARTIRDOSMODELOSDEALISAMENTOEXPONENCIALDEHOLTWINTERSE
MODELOSARIMAPARAPREVISODOICO2NOANODE2014
INTRODUO
Ousoexacerbadodecombustveisfsseis,responsvelpelaalimentaodamaioriadastecnologias
usadas nos processos produtivos tm contribudo para alteraes climticas, em virtude do grande
volume de emisses que vm emitindo para a atmosfera de Gases de Efeito Estufa (GEE) provocando
impactossignificativosnasociedade,principalmenteemvirtudedoaumentodefenmenosnaturais,tais
comotsunamis,furaces,dentreoutros(IPCC,2013).
Nessecenrio,areduonageraodecarbonotemsidoumadasprincipaispautasdediscusses
nombitodaGovernanaAmbientalGlobal(GAG),motivopeloqualtemmobilizadogovernos,empresas,
sociedadecivileorganizaesnogovernamentais(ONGs)comopropsitodeformularepropormedidas
para conter o cenrio atual. Os impactos gerados pela mudana do clima j so estimados e ameaam
cadavezmaisosnegciosdediversasempresaseomododevidadeinmeraspopulaes(IPCC,2013).
Particularmente para as empresas mais poluentes, esse cenrio tem apresentado riscos de
negcios, riscos financeiros e riscos fsicos, colocando em discusso como as empresas devem formular
suasestratgiaslevandoemconsideraoasvariveisambientais.ParaBarbosa,Altoea,Silvaetal,(2013)
e Page, Hurtt e Thomson,(2013) esse contexto exige das empresas a prestao de contas de suas
atividades para os stakeholders, por meio de um instrumento que descreva como a empresa tem
enfrentado os problemas das mudanas climticas, bem como, que preste contas de como esto
gerenciandoosseusimpactosnomeioambiente.
Assim,vmemergindonomercadoinstrumentoseconmicosasaber:omercadodecarbonopara
comercializaodecrditosdecarbono,inventriosdeemisses,ndicedesustentabilidadecriadopelo
mercado financeiro, fundos de investimentos referenciados em ndices de mercado, dentre outros. De
acordo com Labatt e White (2007) emergiram no mbito das finanas de climticas, cujo contexto
constituise na viabilizao de financiamentos/investimentos com foco na mitigao e/ou reduo dos
riscos apresentados pelas mudanas climticas.Uma das iniciativas dentre as elencadas anteriormente,
destacase os ndices de sustentabilidade, criados pelo mercado financeiro no mbito internacional e
nacional,quevisamclassificareevidenciarasempresasrefernciase/oulderesemprticassustentveis
degesto.
No mbito internacional, destacamse os seguintes ndices: O ndice de Dow Jones de
SustentabilidadedaBolsadeNovaYork;ondiceFTSE4goodemLondres,ondiceJSEnafricadoSul;eo
ndiceCarbonEffcientIndex(CEI)daBolsadeNovaYork.Jnombitonacionalosndicesexistentesato
momentocriadosso:ndicedeSustentabilidadeEmpresarialeondicedeCarbonoEficiente(ICO2),foco
dapresentepesquisa(SOUZA,ANDRADE,GOMESetal,2013;BM&FBOVESPA,2013).
OndicedeCarbonoEficiente(ICO2),criadoem2010pelaBolsadeMercadoriaeFuturoseBolsa
de Valores de So Paulo (BM&FBOVESPA) em conjunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econmico e Social (BNDES) um dos novos instrumentos de mercado criado no Brasil, baseado no
modeloamericanoCarbonEffcientIndex(CEI),etemporobjetivomediraeficinciadaempresaemtermos
de emisso de carbono, levando em considerao, para tal, o volume de emisso da empresa e o
faturamentobrutoemdeterminadoperodo.
O fato que o ICO2 um ndice relativamente novo no mercado financeiro, motivo pelo qual
existebaixovolumedeinformaesdisponveissobreoseucomportamento,bemcomo,astendnciase
previses da performance.O uso de tcnicas estatsticas no mbito das finanas corporativas tem sido
constantementeutilizadonosentidodetentarestudarocomportamentodevariveis,bemcomo,buscar
entenderasprevisesrelacionadascomasvariveisanalisadas.
Para tal destacamse o uso de tcnicas de previsibilidade que so utilizadas para projetar o
comportamento de variveis no tempo, principalmente as relacionadas com recursos financeiros, que
servem de suporte para analistas no mercado financeiro. Nesse sentido, considerando que at o
momentonoseidentificoupesquisasqueprocuramcompreenderocomportamentodoICO2emrelao
asuaperformancenotempo,apesquisatemporobjetivoAnalisarediscutiracontribuiodosmodelos
exponencial de HoltWintersemodeloSARIMA paraprevisodondice CarbonoEficiente(ICO2) da
BM&FBOVESPAparaoanode2014.
MATERIAISEMTODOS
CaracterizaodoObjetodeEstudo:
Apesquisatevecomoobjetivoanalisarediscutiracontribuiodosmodelosexponencial
de Holt Winters e modelo SARIMA para previso do ndice Carbono Eficiente (ICO2) da
BM&FBOVESPA para o ano de 2014. Para tal foi realizada uma pesquisa bibliogrfica e
documental, de natureza exploratria, com uma abordagem quantitativa, analtica e descritiva
comvistasapreverosvaloresdospontosdoICO2paraoanode2014.
Assim,foramconsultadosperidicosnacionaiseinternacionais,bemcomolivros,tesese
dissertaesparaaformaodarevisotericadapesquisa.ParaaobtenodosdadosdoICO2,
os mesmos foram extrados do site da BM&FBOVESPA, no perodo de setembro de 2010 a
dezembrode2013comvistaaalcanarosobjetivospropostos.
Porsetratardeumnmerorelativamentepequeno,umcensofoirealizadoparaseobter
os resultados desta pesquisa, diminuindo assim os riscos com inferncias. A populao
investigada composta por sua maioria do setor financeiro (Bradesco, Banco do Brasil, Itasa,
ItaUnibanco,Santander,BM&FBOVESPAeCielo),comaquantidadetericade11.497.069.044
aes, posteriormente o setor de bebidas (AmBev S/A), com a quantidade terica de
4.414.020.640 aes e em terceiro lugar, o setor de minerao, representado pela Vale, com
1.573.548.594 aes. A Braskem a empresa que possui menos aes, sendo dona de
111.826.636delas.
EtapaseProcedimentometodolgico:
Por se tratar de uma anlise estatstica complexa, o primeiro passo deste trabalho foi
buscarummodeloquepudessepreverdamelhormaneirapossvel,minimizandooserros.Sendo
assim, uma anlise estatstica foi realizada primeiro. Para tal, utilizouse softwares R e o SPSS.
Sendo o primeiro para todos os resultados e o segundo para os testes estatsticos para
verificaodetendnciaesazonalidade.Estaescolhafoiargumentadanasimplicidadedeambos
nosrespectivosaspectos.
Aps os uma anlise descritiva do conjunto de dados referentes aos pontos mdios do
ICO2,verificouse a possibilidade de se prosseguir com o trabalho, j que as previses foram
feitaseosmtodosescolhidos.Estaescolhalevouemconsideraoosmenoreserrospossveis
entre os dois mtodos (Holt Winters e SARIMA (2,1,1) x (0,1,1)),sendo usado o EQM (Erro
Quadrtico Mdio) para medir estes erros.Estes dois mtodos foram escolhidos a partir dos
testesestatsticosqueconfirmamtendnciaesazonalidade.Estaetapafoiconcludanaprimeira
semanadeestudo.
O segundo passo se resume na busca dos referenciais tericos, buscando conforme a

revisodeliteraturaqueserviudebaseparaanlisedosresultados.Naterceiraetapa,fazsea
anliseediscussodosresultados,verificandoqualdosmodelosmelhorseadquaaprevisodo
ICO2,bemcomodestacandosuaimportnciaeaplicaesnomercadofinanceiro.
Paraqueosobjetivosespecficosfossemalcanados,pesquisasforamrealizadasafimde
descrever o objeto de estudo, neste caso o ICO2. Sabendo quo importante para tomadade
decises, os dados provenientes do fechamento dos pontos mdios do ICO2 foram analisados
estatisticamente, descrevendo assim, o conjunto de dados composto pela soma dos pontos
mdios de todas as empresas contidas no ndice. Aps esta descrio, uma anlise de Sries
Temporaisfoirealizadaeosresultadosforamanalisados,sendoestatisticamentepossvelrealizar
asprevisesdospontosdondicedeCarbonoEficiente(ICO2).
A previso dos pontos para as empresas participantes consiste em poder utilizar os
mesmosparaorientaoeinvestimentosperantetomadasdedecises,juntoaisto,explicitando
a contribuio dos modelos para se chegar aestes resultados e para utilizar os mtodos como
ferramenta para as decises futuras, pois deste modo, a variabilidade dos dados
diminuda,aumentando as chances de acerto para um determinado controle sobre as
consequnciasdoinvestimento.
Para se trabalhar com uma anlise de sries temporais alguns cuidados devem ser
tomados,soeles,deacordocomMorettin&Toloi(2006):
Verificarseoconjuntodedadossetratadeumasriecomtendnciaesazonalidade
Uma tendncia em dados estatsticos significa um movimento evolutivo que traduz a
influncia de fatores que fazem com que o fenmeno tenha a sua intensidade aumentada ou
diminuda com o passar do tempo. Esta componente se caracteriza, portanto, como um
movimento ascendente ou descendente de longa durao. Quando a srie temporal no
apresentaqualquertendnciaascendenteoudescendenteeladenominadasrieestacionria
(Morettin, Toloi. 2006). E a sazonalidade podeser descrita como um movimento oscilatrio de
curtadurao(inferioraumano)quetraduzainflunciadefatorescujaatuaoperidica,no
sentidodeaumentaroudiminuiraintensidadedofenmeno(Morettin,Toloi.2006)
OtestedeWaldWolfowitzfoiutilizadoparaseverificaratendncianosdadosetraz
comohipteses(Morettin,Toloi.2006):
H0=Noexistetendncia
H1=Existetendncia
OtestedeKruskalWallisrealizadoafimdeseverificarasazonalidadedeumconjunto
dedadosetrazcomohipteses(Morettin,Toloi.2006):
H0=Noexistesazonalidade
H1=Existesazonalidade
Paratodosostestesdestetrabalho,ovalordeser5%.
a) Definirosmtodosqueserousadosnasanlises
Aps saber os componentes contidos na Srie (tendncia + sazonalidade), os mtodos
que sero usados para as previses sero analisados. Dois mtodos foram escolhidos e
comparados posteriormente para se decidir qual explicar melhor as previses, so eles:
AlisamentoExponencial de Holt Winters eModelo SARIMA, proveniente da metodologia Box

&Jenkis(Morettin,Toloi,2006).
Outros mtodos no foram escolhidos por que estes so usados exclusivamente para
sries com tendncia + sazonalidade. Dois mtodos foram usados para diminuir os possveis
erroseenriquecerotrabalho,quaissejam:
b)AlisamentoExponencialdeHoltWinters
Estemtodousadoquandosepretendefazerprevisesparasriescomsazonalidade.
Um modelo ser ajustado levando em considerao os parmetros de suavizao e os
coeficientesprovenientesdecadapreviso.TratasedeumalgoritmoparaserusadocomSries
com efeito sazonal (quando a srie apresenta flutuaes constantes, recebe o nome de efeito
sazonaladitivo).Eosparmetrosparaasprevisesso(MorettineToloi.2006):
t= 1,2, 3, ... , N
equao (1)
Onde neste modelo encontramse , que a mdia da varivel, , que o efeito
sazonal, ,queatendnciae queorudo.
Aformaderecorrnciadoalgoritmodadapor:
equao (2)
equao (3)
equao (4)
Emque representaonvel, representaatendnciaeo ofatorsazonal.0<<1;0
<<1e0<<1
Asprevisessoobtidasapartirdasseguintesexpresses:
,h=1,2,3,...,s
equao (5)
,h=s+1,...,2s
equao (6)
asatualizaesdasprevisessofeitasatravs
Quandosetemumanovaobservao
dasequaes:
equao (7)
equao (8)
equao (9)
Eaprevisoparaanovaobservaoser:
, h= 1, 2,3 , ... , s+1
,h= s+2,...,2s+1
equao (10)
equao (11)
c)MetodologiaBox&JenkisSarima
umamodelagembastanteutilizadanaanlisedemodelosparamtricoseaestratgia
para a construo do modelo ser baseada em um ciclo iterativo (Morettin e Toloi, 2006).
Quanto a esse ciclo, para este mtodo, h a possibilidade de que haja outros modelos que
satisfaamoobjetivodestetrabalho.
Osestgiosdesteciclosoapresentadosaseguir:
1. Especificao:umaclassegeraldemodelosconsideradaparaanlise.
2. Identificao: identifica um modelo, com base na anlise da autocorrelao,

autocorrelaesparciaiseoutroscritrios;
3. Estimao:estimarosparmetrosdomodeloidentificados.
4. Verificaooudiagnsticodomodeloajustado:realizaranlisedosresduos.
AEspecificaonestetrabalhoemvoltaaoMtodoBox&JenkinsSARIMA,jqueaSrie
tem tendncia e Sazonalidade. Para identificar o modelo, a auto correlao e auto correlao
parcialdosdadosforamanalisadas,tendenciandoaescolhapossveldosparmetros,ouseja,(P,
D,Q)X(p,d,q).
H um logaritmo que fornece possveis valores para o P e o Q, o valor do D o valor
referenteaquantidadedediferenasqueforamusadasparatornarasrieestacionria,oPeoQ
soachadosnoprograma.Porseralgosubjetivo,temdehavercritriosparaajudaraselecionar
o melhor modelo. Neste trabalho o critrio para os parmetros ser o AIC (Akaike Information
Criteria),tendoemvistaasuafacilidadedeimplementaoeosbonsresultadosobtidos.
ApsalgunsvaloresdoAIC(sendoestesosmenorespossveis),algunsparmetrossoescolhidos
para que atravs de uma combinao dos valores de (p, d, q) um modelo seja escolhido para
realizarasprevises.Portanto,ogrficoforneceovalordeD,oalgoritmoforneceosvaloresdeP
e Q e h vrias tentativas das combinaes possveis para se obter os valores de p e q. Neste
trabalhoforamajustadosprimeiramente3modelosparaPeQe12modelosparapeq.
de Holt Winters e modelo SARIMA para previsodo ndice Carbono Eficiente (ICO2) da
BM&FBOVESPAparaoanode2014.OndicedeCarbonoEficiente(ICO2)levaemconsiderao
as toneladas de CO2 e a receita bruta, em milhes de reais, auferidas no ano de referncia
(BM&FBOVESPA,2010).Estespontosreferemsemdiadospontosdiriosdetodasasempresas
quecompeondice.
O fechamento de pontos do ICO2 no perodo de set/10 a dez/13 variou de 910,0
pontos(msdeagosto2011)at1222,0pontos(msdeJaneirode2013).Estapontuaofoiem
mdia 1092,0 para o perodo e metade do mesmo apresentou at 1100,0 pontos. Pontuaes
entre 1136 e 1222 foram obtidas em 25% dos meses contidos no perodo, assim como
pontuaes entre 910,1 e 1046,0. Uma das possveis explicaes para esta variao pode ser
resultadodatrocadecarteira,queocorreacadaquadrimestre(BM&FBOVESPA.2013).
O teste Wald Wolfowitz confirmou a tendncia dos dados (p valor 0,006 e =5%) e o
teste de KruskalWallis aponta sazonalidade dos dados (p valorde 1.382e14). Logo, a srie de
dadosreferentespontuaodefechamentodoICO2temtendnciacrescenteesazonalidade.
Estatendnciacrescentedeveestarrelacionadaimagemdepoliticamentecorretaqueprecisa
ser passada aos stakeholders sobre o comportamento da empresa quanto s questes
ambientais e a sazonalidade presente, pode ser explicada pela mudana na carteira e a
imaturidadedondiceperanteaosdemais(Barbosa,Altoa,SilvaeAlmeida.2013).
Vriosmodelospoderoserajustadosdesdequeserespeiteacondiodeumconjunto
de dados com tendncia e com sazonalidade. Usando um procedimento estatstico Lowess
podeseobservarosquesitostendncia,sazonalidadeeresduo.Estesquesitosajudaroafazer
as previses de acordo com o modelo ideal, diminuindo os possveis erros e aproximando os

valoresreaisdosprevistos
Dois mtodos sero usados para as previses para 3,6, 9 e 12 meses,so eles: Holt
Winteres e Sarima (j que h tendncia e sazonalidade). Para cada perodo, o EQM (Erro
QuadrticoMdio)sercalculadoeassimescolheromelhormtodoparaaqueleperodo.Para
calcularoEQM,necessriosaberovalorprevistoeovalorreal.Comoaindanosetemovalor
real(oquesepretendeprever),osdadosprovenientesdosltimos3,6,9e12mesessero
retiradosafimdesefazerprevisesparaeleseassimteros valoresreaiseprevistos,ouseja,
paraprever3meses,anovasrietemporalserdeSet2010aSet2013,assim,asprevisesde
Out,Nov e Dez sero usadas para verificar a qualidade da previso. Os dados reais vo de
Setembro2010Dezembro2013.
SuavizaoExponencialSazonaldeHoltWinters
A seguir, so apresentados os valores provenientes do mtodo de previso HOLT
WHINTERS. Na Tabela 1 encontramse os valores reais e os valores previstos para 3, 6, 9 e 12
meseseoEQMporperodo,respectivamente.
Tabela1Valoresreaiseprevistosparaos12ltimosmeses
Perodo
Jan/2013
Fev/2013
Mar/2013
Abr/2013
Mai/2013
Jun/2013
Jul/2013
Ago/2013
Set/2013
Out/2013
Nov/2013
Valores
Reais
1.222,12
1.184,90
1.179,35
1.151,49
1.176,55
1.088,41
1.069,79
1.101,46
1.159,64
1.192,64
1.178,92
ValoresPrevistos
3meses
1.087,104
1.106,359
ValoresPrevistos
6meses
1.120,492
1.049,227
1.061,218
1.052,813
1.076,253
ValoresPrevistos ValoresPrevistos
9meses
12meses
1.240,538
1.314,253
1.260,041
1.190,811
1.316,950
1.161,953
1.313,778
1.160,842
1.331,212
1.152,868
1.337,239
1.070,124
1.256,335
1.090,012
1.311,780
1.084,858
1.331,309
1.109,211
1.376,838
Dez/2013
1.131,45
1.147,774
1.112,643
1.143,343
EQM
5.556,473
7.571,946
4.039,479
Fonte:ElaboradopelosAutores(2014)apartirdosdadosdapesquisa
1.427,247
35.723,9
MtododeBox&Jenkins
A priori, um modelo ser buscado entre os diversos modelos possveis e para se iniciar esta
seleo,umaanlisegrficafeitaparasesaberonmerodediferenas(mtododetornarumasrie
estacionria) necessrias para diminuir a variabilidade dos dados. Os resultados da anlise grfica so
satisfatriosedizquenecessrioapenasumadiferenaparatornarasrieestacionria,VerTabela2:
Tabela2Variabilidadedosdadosperanteasdiferenas.
Diferenas Varincia
0
5066,978
1
1885,337
2
2976,697
Acima,temseosvaloresdasvariabilidadesdospontosmdiosdoICO2aoaplicarasdiferenasno
conjunto de dados. Observase que ao aplicar uma diferena a variabilidade menor (1885,34). Este
procedimento necessrio para que se diminua o leque dos possveis modelos a serem ajustados para
explicarocomportamentodasrie.Comoavariabilidadedosdadosdiminuiaoseaplicarumadiferena,
ento,estaserfeita.OsparmetrosparaseajustarummodeloSarimasoosP,DeQ,ondeoDserefere
aonmerodediferenasrealizadaseoPeoQsoresultantesdeumavariaoquereproduzumvalor
AIC,sendoesteumcritrioparaescolhadosvaloresdestesparmetros.VerTabela12paraosresultados
dosAICsdascombinaespossveis:
Tabela3ValoresdosAICsdaspossveiscombinaesdePeQ,sendooD=1.
1
2
3
4
1
NA
406,3851 408,1866 408,5926
2 406,7183 408,3284 407,0266 408,5422
3 407,7247 406,3292 408,2739 410,1540
4 408,4495 408,2652 409,6471 411,6717
EstatabelamostracomoobterospossveisvaloresdePeQ,SendooPencontradonalinhaeoQ
encontradonacoluna.Esteprocedimentoconsisteemidentificarascombinaesqueresultamnomenor
AIC.Foramescolhidas3combinaesparaseiniciarumanovabuscadenovosparmetros.
SeroescolhidososparmetrosqueoriginamosmenoresAICs,soeles:
a
P=3,D=1eQ=2
b
P=1,D=1eQ=2
c
P=2,D=1eQ=1
Posteriormente, outros parmetros sero escolhidos atravs das combinaes destes valores
acima,sendoescolhidosempreoparmetrodemenorAIC.Estaetapanecessitoude20combinaespara
aescolhadeumnicomodelo.
Portanto,asprevisesserorealizadascomosparmetros(2,1,1)e(0,1,1).
Portanto,asprevisesserorealizadascomosparmetros(2,1,1)e(0,1,1).
Tabela4Valoresreaiseprevistosparaos12ltimosmeses
Perodo
Jan/2013
Fev/2013
Mar/2013
Abr/2013
Mai/2013
Jun/2013
Jul/2013
Ago/2013
Set/2013
Out/2013
Nov/2013
Valores ValoresPrevistos
Reais
3meses
1.222,12
1.184,90
1.179,35
1.151,49
1.176,55
1.088,41
1.069,79
1.101,46
1.159,64
1.192,64
1.160,645
1.178,92
1.162,672
ValoresPrevistos
6meses
1.052,857
1.032,956
1.087,686
1.116,081
1.130,330
ValoresPrevistos ValoresPrevistos
9meses
12meses
1.227,645
1.356,746
1.425,761
1.052,857
1.352,575
1.032,956
1.264,625
1.087,686
1.245,647
1.116,081
1.274,250
1.180,126
1.392,009
1.168,411
1.392,957
1.186,327
1.377,838
1.130,330
1.380,299
Dez/2013
1.131,45
1.186,614
1.145,671
1.145,671
EQM
1.443,58
3.096,90
4.595,49
1.434,520
42.546,54
ComparaoentreosmodelosAEHWeSARIMA(2,1,1)x(0,1,1)
ApsoclculodosEQMs(VerTabela5),ummodeloserescolhidoporperodopararepresentara
previsodosdados.
Tabela5ValoresdosEQMsoriundosdosrespectivosmtodos:
Perodo
Holt Winters
Sarima
3meses
5.556,473
1.443,58
6meses
7.571,946
3.096,90
9meses
4.039,479
4.595,49
12meses
35.723,9
42.546,54
Esta tabela contem os valores dos EQMs calculados anteriormente e seus respectivos mtodos
paraquesehajaumacomparaoparaescolhadomtodoparaumdeterminadoperodo.
ComoocritriodeescolhapossuiromenorvalordoEQM,temseque:
1.
O mtodo de Box &Jenkins ser utilizado para previses curtas, ou seja, Janeiro, Fevereiro,
Maro,Abril,MaioeJunhode2014.
2.
O mtodo de HoltWinters ser utilizado para previses longas, ou seja, Julho, Agosto,
Setembro,Outubro,NovembroeDezembrode2014.
CONCLUSO
de Holt Winters e modelo SARIMA para previso do ndice Carbono Eficiente (ICO2) da
BM&FBOVESPA para o ano de 2014. O uso de modelo de previso que, particularmente,
bastante utilizado para previso de dados da economia, tambm de suma importncia para
subsidiar a tomada de deciso por parte dos investidores que acreditam que as empresas que
possuemprticasdesustentabilidadepodemoferecerlhesumamelhorrentabilidade.
Assim,paraanalisarediscutiracontribuiodosmodelosescolhidos,osdadosdoICO2
foram descritos estatisticamente e observouse que a srie se comporta de forma crescente e
sazonaleapsasanlisesdeSriesTemporais,baseadonosmodelosdeHoltWinterseSARIMA
percebese que os mesmos so suficientes para estimar o comportamento do ICO2 e com
previsesprximasaosverdadeirosvalores.
Para os seis primeiros meses do ano de 2014, o mtodo utilizado para as previses o
SARIMA(2,1,1)x(0,1,1)eparaosseisltimosmesesdoanode2014,omtodoutilizadoparaas
previsesodeHoltWinters,sendoestesescolhidospelocritriodomenorErroQuadrtico
Mdio(EQM).
ParaasempresasparticipantesdacarteiradoICO2,estasprevisespermitemafirmarque
ospontosmdiosnosodiscrepantes,passandomaisseguranasobreaestabilidadedoICO2.
Portanto, para tomada de decises por parte dos investidores que investem em fundos
referenciadosnoICO2,osmodelosHoltWinterseSARIMAdaroprecisessensveisparaoano
de2014.Porfim,omodeloexponencialdeHoltWintersemodeloSARIMAforamusadospara
previsodondiceCarbonoEficientes(ICO2)daBM&FBOVESPAparaoanode2014.
As limitaes deste trabalho referemse ao nmero pequeno de amostra (mas no

insuficiente), ao pas e ndices escolhidos e por fim, escolha dos mtodos para as previses
(estalimitaofoidiminudaemfunodadiferenapequenaentreoprevistoeorealdomsde
Janeiro de 2014), sugerindo assim para trabalhos futuros, uma srie maior e mais modelos
SARIMAparaseremavaliados,almdeumaanliseenvolvendooutrosndicesparaseavaliaro
crescimentonodecorrerdotempo.
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10
ANLISEDARELAOENTREOSNVEISDEGOVERNANACORPORATIVA,ENDIVIDAMENTOE
ODESEMPENHODASEMPRESASBRASILEIRASLISTADASNABM&FBOVESPA
J.G.Silva(PQ);R.S.Costa(PQ)2;L.S. L. Ferreira Jnior (PQ)3; R.A.Cordeiro(PO)4

Pessoa,3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa,4InstitutoFederaldaParaba(IFPB)
CampusJooPessoaemail:jucyaragomes@hotmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
A adoo de boas prticas de governana corporativa
(GC)vemsendocadavezmaisadotadaspelasempresas
decapitalaberto,contribuindoparaodesenvolvimento
da economia e para a transparncia na gesto dos
negcios. Diante desse contexto, este trabalho tem
como objetivo analisar a relao entre os nveis
diferenciados de GC com o endividamento e o
desempenho das empresas listadas na BM&FBovespa.
Para tanto, a amostra da pesquisa foi composta por
todasasempresasnofinanceiraslistadasnosnveis1,
2 e Novo Mercado de GC, no perodo de 2010 a 2012.
Para a anlise dos dados, utilizouse tcnicas de
estatstica descritivas, teste de normalidade

(KolmogorovSmirnov), homogeneidade (Levene) e o
testeparamtricodaanlisedevarincia(ANOVA).Com
basenosresultadosobtidos,foipossvelevidenciarque
nohrelaoentreodesempenhodasempresascom
os nveis de GC. Em contrapartida, no que diz respeito
aoendividamento,observouseumarelaosignificativa
entre a varivel alavancagem e os nveis de GC.
Especificamente,
percebeuse
uma
diferena
significativa entre as empresas listadas nos nveis 1 e 2
deGC.
PALAVRASCHAVE:GovernanaCorporativa,EstruturadeCapital,Desempenho.
ANALYSISOFTHERELATIONSHIPBETWEENLEVELSOFCORPORATEGOVERNANCE,
INDEBTEDNESSANDPERFORMANCEOFTHEBRAZILIANCOMPANIESLISTEDONBM&FBOVESPA
ABSTRACT
The adoption of good corporate governance (CG) is
being increasingly adopted by public companies,
contributing to the development of economy and
transparency in business management. Given this
context, this paper aims to examine whether there isa
relationship between the different levels of GC with
debt and performance of companies listed on the
BM&FBovespa . Therefore, the study sample consisted
of all nonfinancial firms listed on levels 1, 2 and New
Market of GC, in the period 20102012. For data
analysis,weuseddescriptivestatisticaltechniques,test
normality(KolmogorovSmirnov),homogeneity(Levene)
and parametric test of analysis of variance (ANOVA).
Based on these results, we found that there is no
relationship between performance of companies with
levels of GC. In contrast, with respect to the
indebtedness, there was a signficativa relationship
between the leverage variable and the levels of GC.
Specifically, it was noticed a significant difference
betweenlistedcompaniesatlevels1and2ofGC.
KEYWORDS:CorporateGovernance,CapitalStructure,Performance.
ANLISEDARELAOENTREOSNVEISDEGOVERNANACORPORATIVA,ENDIVIDAMENTOE
ODESEMPENHODASEMPRESASBRASILEIRASLISTADASNABM&FBOVESPA
INTRODUO
A Governana Corporativa (GC) o sistema pelo qual as organizaes so dirigidas,
monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietrios, conselho de
administrao,diretoriaergosdecontrole(IBGC,2013).
NoBrasil,agovernanacorporativavemganhandocadavezmaisnotoriedadenasesferas
acadmicaeempresarial.ConformeafirmaCarnauba,SantoseTumelero(2010),apreocupao
comotemaresultadodacontenodoprocessoinflacionrio,damaioraberturadocomrcio
externoedoprocessodeprivatizaodasempresasbrasileirasocorridonadcadade1990.De
formacomplementaraosincentivoscitadosanteriormente,Silveira(2010)apontaasimportantes
iniciativas institucionais e governamentais que vem contribuindo para aprimorar as prticas de
governanabrasileiraentreasquaisaaprovaodalein10.303/2001,conhecidacomaNova
Lei das Sociedades por Aes; a criao dos cdigos de Governana Corporativa do Instituto
Brasileiro de Governana Corporativa (IBGC) e da Comisso de Valores Mobilirios (CVM); e a
criaodosNveisDiferenciadosdeGovernanaCorporativadaBM&FBovespa.
Diantedocrescimentodaadesodasboasprticasdegovernanacorporativaporparte
dasempresasdecapitalaberto,esteestudotemcomoobjetivogeralanalisararelaodosnveis
diferenciados de GC com o endividamento e desempenho das empresas estudadas, pois,
segundo Williamson (1996) apud Silveira, Perrobeli e Barros (2008), podese argumentar que a
prpriaestruturadecapitalescolhidapelaempresafuncionacomomecanismocomplementarde
GC, na medida em que o endividamento atua como fora disciplinadora, limitando a
discricionariedadedosgestores.
Partindo desse pressuposto, temos como objetivos especficos, demonstrar a relevncia
daadoodasprticasdeGCparaasempresas;validarounoaexistnciaderelaoentreos
nveisdeGCcomoendividamentoecomodesempenhodasempresasestudadas;eidentificar
possveis correlaes entre os nveis de GC e o endividamento das empresas com as demais
variveis do estudo, como a Alavancagem Financeira (ALAV), o Retorno sobre o Ativo (ROA), o
RetornosobreoPatrimnioLquido(ROE)eoRetornoAcionrio(RET).Emoutraspalavras,ser
analisadaarelaoentreendividamentoeGCedesempenhoeGC.
Nesse contexto, o Cdigo de Melhores Prticas do IBGC (2013) tem como um dos
princpiosdaGCaResponsabilidadeCorporativa,ondeseafirmaqueosagentesdegovernana
devem zelar pela sustentabilidade das organizaes, visando sua longevidade, incorporando
consideraes de ordem social e ambiental na definio dos negcios e operaes.
Corroborandoestaideia,Alves(2010)ressaltaqueumaestruturadegovernanaforteaumentaa
confianadosinvestidoresecontribuiparaodesenvolvimentodomercadodecapitais,atraindo
cadavezmaisrecursosparafinanciarosprojetosrelevantesparaopas.
Dessa forma, este estudo traz contribuies medida que boas prticas de governana
corporativavmsendocadavezmaisadotadaspelasempresasdecapitalaberto,contribuindo
para o desenvolvimento da economia e para a transparncia na gesto dos negcios,
proporcionandoassimmelhoriasnodesempenhodasempresas.
AGOVERNANACORPORATIVANOBRASILEOSNVEISDABM&FBOVESPA
A Governana Corporativa, segundo Shleifer e Vishny (1997), um conjunto de

mecanismos pelos quais os fornecedores de recursos da empresa garantem a obteno do
retornosobreseuinvestimento.Silveira(2010,p.2)reforaqueagovernanacorporativalida
com o processo decisrio na alta gesto e com os relacionamentos entre os principais
personagensdasorganizaesempresariais,notadamenteexecutivos,conselheiroseacionistas.
No Brasil, desde a dcada de 1980, a governana corporativa tem sido um tema de

extenso debate. A nova Lei das Sociedades por Aes, o Instituto Brasileiro de Governana
Corporativa (IBGC), a Bolsa de Valores de So Paulo (BMF), a Comisso de Valores Mobilirios
(CVM) e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES) buscam, desde
ento, fornecer mecanismos e incentivos que favoream a adoo dessas prticas pelas
empresas,beneficiando,assim,osinvestidorespormeiodemaiortransparncia,tica,igualdade
de direitos entre acionistas majoritrios e minoritrios, os stakeholders e o mercado, entre
outros(COSTA,2008).
Sob essa perspectiva, Catapan (2011) explica que, em 2001, a BM&FBovespa criou o
ndicedeGovernanaCorporativa(IGC)cujoobjetivoeramedirodesempenhodeumacarteira
composta por aes de empresas que apresentem bons nveis de governana corporativa.
Seguindo a mesma linha de raciocnio, Alves (2010) destaca os esforos do IBGC e da CVM na
disseminao das melhores prticas de governana, em consonncia com os padres
internacionais.Oautorressalta,ainda,queaBolsadeValoresdeSoPaulo(BOVESPA),porsua
vez, incentiva a adoo de prticas diferenciadas por meio das regras de listagem do Novo
MercadoedosNveis1e2deGovernanaCorporativa.SegundoSilveira,BarroseFam(2003)
apud Costa (2008), o carter principal desses segmentos proporcionar maior direito aos
acionista e maior qualidade das informaes prestadas, de forma a ocorrer uma reduo das
incertezasedorisco.
Em sntese, o conjunto das medidas governamentais e institucionais visa contribuir
decisivamente para o fortalecimento do mercado de capitais brasileiro, criando um crculo
virtuosonoqualacrescenteproteoaosinvestidoresosdeixemaissegurosdequeirousufruir
doretornodascompanhiasnamesmaproporodoscontroladores,aumentandosuadisposio
parapagarmaispelasaeseconsequentementediminuindoocustodecapitaldasempresas,
permitindo assim que as companhias utilizem cada vez mais o mercado de capitais como uma
realalternativadecapitalizao(SILVEIRA,2002).
ESTRUTURADECAPITAL
A estrutura de capital referese forma como uma empresa se financia. H duas
possibilidadesdefinanciamento.Aprimeirarefereseaousodecapitalprprioeasegundadiz
respeitoaousodecapitaldeterceiros.AssafNeto(2009,p.442)afirmaqueumaempresapode
adotar a estrutura de capital que desejar, optando por maior endividamento ou maior
participaodecapitalprprio,pormdevesemprereferenciarsuaavaliaopelarelaorisco
retorno. Seguindo esse pressuposto, Gitman (2003) assegura que as decises inadequadas de
estruturadecapitalpodemresultaremumaltocustodecapitaldamesmaformaquedecises
assertivassobreamesmareduzemocustodecapitaleconsequentementeaumentamovalorda
empresa. Portanto, dever da empresa encontrar a estrutura tima de capital, que, segundo
Assaf Neto (2009), consiste na proporo de recursos prprios e de terceiros que devem ser
mantidosparamaximizarariquezadosacionistas.
No Brasil, fatores como o mercado de capitais restrito, a elevada concentrao do
controle acionrio das empresas e a forte restrio de fontes de capital de terceiros de longo
prazoinfluenciamnaescolhadaestruturadecapitaladotadapelasempresas(BRITO;CORRAR;
BATISTELLA, 2007). Nesse sentido, as empresas demonstram baixo interesse em recorrer a
recursos de terceiros pelas condies adversas que encontram, e os investidores sentemse
desestimuladospeloelevadoriscoaqueficamexpostos(CICOGNA;TONENOJNIOR;DOVALLE,
2007).
Nessascircunstncias,citaseopapeldaGovernanaCorporativanaescolhadaestrutura
de capital das empresas de capital aberto, pois apesar de determinadas peculiaridades
encontradas no mercado brasileiro, os investidores tem uma maior segurana em investir seu
capital em companhias que tem, entre seus princpios, a transparncia das informaes e a
prestao de contas (SILVEIRA; PERROBELI; BARROS, 2008). Sendo assim, pressupese que a
estrutura de capital influencia e influenciada pela adoo de boas prticas de Governana
Corporativa.
INDICADORESDEDESEMPENHOEENDIVIDAMENTO
Sabemos que a estrutura de capital ideal aquela que produz o mais alto valor para a
empresa ou o mais baixo custo de capital, sendo assim, a mais benfica para os acionistas.
Entretanto,osresultadosesperadosparaosacionistaspodemseralteradospordiversosfatores.
Para tanto, se faz necessrio, a utilizao de tcnicas para acompanhar o desempenho
econmicoefinanceirodasempresasque,porsuavez,mensuradoatravsdendicesextrados
dasdemonstraesfinanceiras(ASSAFNETO,2009).Gitman(2003)afirmaqueaanlisedesses
ndices envolve mtodos, clculos e interpretaes de ndices financeiros para compreender,
analisaremonitorarodesempenhodaempresa.
Neste sentido, vale ressaltar a alavancagem financeira que, conforme afirma Ross et al.
(2013)consistenoquantoumaempresaseapoianasdvidas.Sendoassim,podemosdizerque
quantomaiorofinanciamentopormeiodedvidasqueumaempresausaremsuaestruturade
capital,maiorsersuaalavancagemfinanceira.Comrelaorentabilidade,AssafNeto(2009)
citaoROAcomosendoumdosmaisimportantesindicadoresderentabilidadedeumaempresa.
PoisquantomaiorforovalorcalculadodoROA,melhorasituaodaempresaemrelaoaoseu
desempenho operacional. H tambm o ROE que apresenta a rentabilidade sobre o capital
prprioinvestidonaempresa.Eporfim,oRETquerepresentaosganhosouperdasobtidassobre
uminvestimentoemumdeterminadoperododetempo.
Silveira (2010) diz que empresas que adotam as boas prticas de GC tornamse mais
atraentes para os investidores, aumentando a quantidade de indivduos interessados em
comprarseuspapis.Dessaforma,admitindosequeboasprticasdeGCcontribuemparaobom
desempenho das empresas, fazse necessrio a anlise desses ndices financeiros a fim de
relacionarodesempenhoeconmicofinanceirocomadoodessasprticas.
MATERIAISEMTODOS
Este estudo prope uma anlise da relao entre os nveis diferenciados de GC com o
endividamento e o desempenho das empresas listadas na BM&FBovespa. Desta forma, no que
tangeaosobjetivos,apesquisacaracterizadacomodescritiva,poissegundoCervoetal.(2007,
p. 61) procura descobrir, com maior preciso possvel, a frequncia com que um fenmeno
ocorre,suarelaoeconexocomoutros,suanaturezaesuascaractersticas.
Com relao a abordagem, caracterizase como quantitativa, que conforme Richardson

(2012) tratase do emprego da quantificao tanto nas modalidades de coleta de informaes,
quanto no tratamento delas por meio de tcnicas estatstica. O mtodo quantitativo tem a
inteno de garantir a preciso dos resultados, evitar distores de anlise e interpretao,
possibilitandoumamargemdeseguranaquantosinferncias.
Osdadosutilizadosnesteestudoreferemsescompanhiascomcapitalabertolistadasna
BM&FBovespa. Os dados referentes ao nvel de GC foram extrados do site da BM&FBovespa,
porm no tocante as variveis ALAV, ROE, ROA e RET, os mesmos foram coletados a partir do
bancodedadosEconomtica.Portanto,considerasequetodososdadosforamobtidosatravs
de fontes secundrias. No que diz respeito ao perodo base para anlise, foram utilizados os
dadosdoperodocompreendidoentreosanosde2010a2012.
Asdefiniesdasvariveisutilizadasnesteestudoestoapresentadasnatabela1.
Tabela1Detalhamentodasvariveisutilizadasnoestudo
VARIVEL
Alavancagem
Financeira
Retornosobreo
ativo
Retornosobreo
PatrimnioLquido
SIGLA
ALAV
FRMULA
DESCRIO
ROA
ROE
RetornoAcionrio
RET
Nvelde
Governana
Corporativa
NGC
NGC=1
NGC=2
NGC=3
a dvida financeira total (emprstimos e

financiamentosedebnturesdecurtoelongoprazo,
emmoedanacionaleestrangeira)sobreoativototal
da empresa, no final do exerccio social (SILVEIRA,
PEROBELLIeBARROS,2008).
Mede a eficincia da empresa na gerao de lucros
comseusativostotais(GITMAN,2003).
Mensuraoretornoqueaempresatemdosrecursos
aplicadosporseusproprietrios(ASSAFNETO,2009).
Calcula o retorno sobre qualquer investimento em
umdeterminadoperodo(GITMAN,2003).
Nvel1
Nvel2
NovoMercado
FonteElaboradopelosautores(2014)
A amostra da pesquisa compreendeu todas as empresas no financeiras com aes

negociadas na BM&FBovespa e que se encontram em um dos seguintes nveis de GC: Nvel 1,
Nvel2eNovoMercado.Foramdesconsideradasdaamostraasempresasfinanceiras,porestas
possuremumaltograudealavancagemfinanceira.
Aanlisededadosfoirealizadaemduasetapas.Inicialmente,foramutilizadastcnicasde
estatstica descritiva a fim de verificar a frequncia das empresas estudadas nos nveis
diferenciadosdeGC.Posteriormente,foirealizadootesteKolmogorovSmirnovafimdetestara
normalidadedapopulao,seguidopelotesteLevene,utilizadoparatestarahomogeneidadedas
varinciaspopulacionais.ApartirdessesdoistestesquepodeserealizaraANOVA,quetempor
objetivo verificar a existncia de uma diferena significativa entre as mdias dos grupos da
amostra e possibilitar a anlise de relaes entre a varivel categrica e as variveis
quantitativas.Portanto,ashiptesestestadasforam: ,asmdiaspopulacionaisdosnveisde
GCedasdemaisvariveissoestatisticamenteiguais;ea ,asmdiaspopulacionaisdosnveis
de GC e das demais variveis no so estatisticamente iguais. Aceitado a hiptese alternativa
( ),realizouseotesteposthocTukeyafimdeidentificarquaisgruposdaamostraapresentam
paresdemdiasdiferentes.Paraoperacionalizaodessestesteseanlisesforamutilizadosos
softwaresExcelverso2010eStatisticalPackagefortheSocialScience(SPSS)verso18.
Umavezcoletados,osdadoseasinformaesdeveroseranalisadas,visandosoluo
doproblemadepesquisaproposto,oalcancedosobjetivospropostos,bemcomoutilizadospara
setestarashiptesesanunciadas(MARTINS,1994).Portanto,estaetapadoestudoconsisteem
apresentar as anlises realizadas e os resultados obtidos aps a utilizao da estatstica
descritiva,bemcomoostestesderelaes.
ANLISEEXPLORATRIA
Sendoaamostracompostaportodasasempresasnofinanceirascomaesnegociadas
na BM&FBovespa entre os anos de 2010 a 2012, realizouse 561 observaes para as variveis
NGC, ALAV, ROA e ROE, e 356 observaes para o RET. Em seguida, os dados foram tabulados
com o intuito de verificar empiricamente a existncia de relao entre o nvel de GC com o
endividamentoeodesempenhodasempresas.
TESTESDERELAES
Antes de proceder com a ANOVA, que tem por objetivo testar a igualdade entre as
mdias,testouseanormalidadedadistribuiodasvariveis,bemcomoahomogeneidadedas
varincias populacionais. A tabela 2 apresenta o resultado do Teste KolmogorovSmirnov,
utilizadoparatestaranormalidadedapopulao.
Tabela2TestedeNormalidade(KolmogorovSmirnov)
NVEIS
RET
ALAV
ROA
ROE
1
2
3
1
2
3
1
2
3
1
2
3
NMERODE
OBSERVAES
90
25
241
164
70
327
164
70
327
164
70
327
PVALUE
0,000
0,000
0,000
0,000
0,003
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
DECISO
Pvalue<0,05,
rejeitase .
Pvalue<0,05,
rejeitase .
Pvalue<0,05,
rejeitase .
Pvalue<0,05,
rejeitase .
CONCLUSO
A varivel RET no possui
distribuio normal para um
nveldesignificnciade0,05.
A varivel ALAV no possui
A varivel ROA no possui
A varivel ROE no possui
O teste KolmogorovSmirnov levou a rejeio hiptese nula de normalidade de

distribuio para todas as variveis estudadas, dado o nvel de significncia adotado de 0,05.
Portanto,nenhumadasvariveisapresentadistribuionormal.
Emseguida,foirealizadootestedeLeveneparaverificarahomogeneidadedasvarincias
populacionais,eseuresultadoestexpostonatabela3.
Tabela3TestedeHomogeneidade(Levene)
VARIVEIS
RET
PVALUE
0,129
DECISO
Pvalue>0,05,aceitase
ALAV
0,609
ROA
0,001
Pvalue<0,05,rejeitase
ROE
0,155
CONCLUSO
AvarivelRETpossuivarinciapopulacionalhomognea.
A varivel ALAV possui varincia populacional
homognea.
A varivel ROA no possui varincia populacional
homognea.
A varivel ROE possui varincia populacional
homognea.
OtesteLevene,entreasvariveisRET,ALAVeROE,nopossibilitourejeiodahiptese
nula( )dehomogeneidadedasvarinciasparaonveldesignificnciaadotadode0,05.Porm,
ahiptesenulafoirejeitadaquandosetratoudavarivelROA.Emsuma,amaioriadasvariveis
utilizadasnesteestudopossuihomogeneidadeemsuasvarinciaspopulacionais.
Portanto, apesar de ter sido constatado, a partir do teste KolmogorovSmirnov, que a

amostra estudada no apresenta uma distribuio normal, foi realizado o teste paramtrico
ANOVA, pois, conforme o Teorema Central do Limite, quanto maior o tamanho da amostra, a
distribuiodasmdiassermaisprximadeumadistribuionormal(MEYER,1983).Ressalta
se que a amostra estudada representa praticamente toda a populao, j que foram utilizadas
todasasempresaslistadasnostrsnveisdeGC,excluindoseapenasasempresasfinanceiras.
NVELDEGOVERNANAEDESEMPENHO
RealizouseumaanlisedavarinciaentreavarivelcategricaNGCjuntamentecomas
variveisdedesempenhoRET,ROEeROA,eosresultadosestoexpostosnatabela4.
Tabela4TesteestatsticoANOVAparaoDesempenhodasEmpresas
VARIVEIS
PVALUE
DECISO
RET
0,648
ROE
0,087
ROA
0,264
CONCLUSO
No hdiferena significativa entre as mdias
obtidasdoNGCcomoRET.
obtidasdoNGCcomoROE.
obtidasdoNGCcomoROA.
Podeseverificarqueopvaluecalculadodetodasasvariveisdedesempenhofoimaior
queopvalueadotadode0,05.Dessaforma,aceitaseaHipteseNula( ),poisnoseverificou
a existncia de diferena significativa entre as mdias dos grupos em questo. Portanto, o
desempenho das empresas estudadas no se diferencia em relao aos nveis de governana

corporativa adotados. Silveira (2010) explica que melhores prticas de governana podem
simplesmente ter uma correlao positiva com melhor desempenho devido a outros fatores
(tamanhodaempresa,poderdemercado,etc.),semqueumnecessariamenteimpacteooutro.
NVELDEGOVERNANAEENDIVIDAMENTO
Realizouseuma anlise da varincia entre a varivel categrica NGC juntamente com a

variveldeendividamentoALAV,eosresultadosestoexpostosnatabela5.
Tabela5TesteEstatsticoANOVAparaoEndividamentodasEmpresas
VARIVEL
PVALUE
ALAV
0,034
DECISO
Pvalue<0,05,
rejeitase .
CONCLUSO
Hdiferenasignificativaentreas
mdiasobtidasdoNGCcomaALAV.
Com relao ao endividamento, podese verificar que o pvalue calculado foi menor do
que o pvalue adotado de 0,05 levando a rejeio da hiptese nula ( ). E com isso foi
confirmada uma diferena estatstica significativa entre as mdias das populaes. Em outras
palavras, os resultados desta pesquisa indicam a existncia de uma relao entre os nveis
diferenciados de GCcom o endividamento das empresas. Essa relao justificada por Silveira
(2002)quandoeleafirmaqueempresascomboagovernana,tornamsemaisatraentespara
osinvestidoresexternos.Nessesentindo,conformeapontaaliteratura,asempresasqueadotam
osnveisdiferenciadosdeGCsomaisendividadaspordisporemdeumamaiorfacilidadepara
obtercapitaldeterceiros.
Posteriormente, aps constatar a relao entre endividamento e GC, realizouse uma

comparaomltiplaentreasmdiaspormeiodotesteposthocTukeyparaidentificarquaisdos
paresdegrupospossuemmdiasdiferentes.Osresultadosestorepresentadosnatabela6.
Tabela6TesteEstatsticoPostHocTukey
NVEL
1
NVEL
PVALUE
0,026
0,338
3
2
1
3
1
2
0,026
0,175
0,338
0,175
OresultadodotesteposthocTukeyapontaumadiferenaentreasmdiasdosnveis1e
2, j que o pvalue encontrado menor que o pvalue adotado de 0,05. Em outras palavras,
constatamos uma diferena significativa entre as empresas listadas nos nveis 1 e 2 de
governanacorporativa.
CONSIDERAESFINAIS
Oobjetivoprincipaldesteestudofoiverificararelaoentreosnveisdiferenciadosde
GC com o desempenho e o endividamento das empresas listadas na BM&FBovespa. Os
resultados indicam que parece no existir relao entre os nveis de GC adotados e o
desempenho das empresas. Tal resultado coerente com os apontados por Silveira (2010)
quando este afirmou no haver correlao positiva entre GC e desempenho e que diversos
outrosfatoresalmdasboasprticaspodemimpactarnodesempenhodasempresas.
Poroutrolado,noquedizrespeitoaosnveisdiferenciadosdeGCeoendividamentodas
empresas,constatouseaexistnciadeumarelaoentreavarivelcategricaNGCeavarivel
quantitativaALAV.Conformeprevistopelaliteratura,levandoseemconsideraoosconflitosde
agncia, onde acionistas tendem a aumentar a dvida da empresa para limitar a atuao dos
executivoseafacilidadedeaquisiodecapitaldeterceiros,asempresasqueadotamosnveis
diferenciados de GC tendem a ser mais endividadas (SILVEIRA; PERROBELI; BARROS, 2008;
EHRHARDT; BRIGHAM, 2012). Ainda com relao varivel Alavancagem, observouse que as
empresaslistadasnosnveis1e2deGCapresentamumadiferenaestatsticasignificativa.
Arealizaodeestudosenvolvendogovernanacorporativapodetrazercontribuies
importantesmedidaqueasboasprticasvmsendocadavezmaisdisseminadasnoBrasileno
Mundo,nestesentido,tornaseessencialdiscorrersobreestetemaparaqueomesmovenhaa
contribuirparaodesenvolvimentodaeconomiaedomercadodecapitaiseparaatransparncia
nagestodosnegciosafimdeproporcionarmelhoriasnodesempenhodasempresas.
Recomendamse, para estudos futuros, que seja inserida na amostra as empresas

tradicionaisparaquesejacomparadoodesempenhoeoendividamentodestascomasincludas
emalgumdosnveisdiferenciadosdeGC.Sugeresetambmqueoperododeanlisesejamaior
sendo,pelomenos,utilizadoosdadosdosltimos5anos.Eporfim,sugereseaindaquesejam
acrescentadasmaisvariveisdedesempenhoeendividamento.
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10
ALIDERANAESUAINFLUNCIANOSRESULTADOSDACONSTRUOCIVIL:
UMENFOQUENOMESTREDEOBRAS
BARBOSA,MarcosErickTeodsio,CARVALHO,MariadasGraasBezerrade,RODRIGUES,JooVictorde
Moura. 1InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa,2InstitutoFederaldaParaba(IFPB)
CampusJooPessoa;InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa)
RESUMO
O presente artigo visa identificar a maneira que a

lideranaafetaosresultadosdeumaempresadoramo
daconstruocivileomodocomooscolaboradores,de
uma empresado ramo, percebemna em seu dia a dia,
alm de identificar o estilo de liderana praticado no
ncleo de negcio estudado e as caractersticas.
Embasandosequealideranarepresentaafontedeum
diferencial competitivo num ramo com tantos
concorrentes, entendese que, o lder o responsvel

porpersuadirepropiciarascondiesnecessriaspara
obomdesenvolvimentodasatividadesrealizadaspelos
seus colaboradores, sendo esses, os condutores do
sucessoorganizacional,enoramodaconstruocivil,os
responsveispelaeficinciadaobra.
PALAVRASCHAVE:Liderana,construo,influncia
LEADERSHIPANDITSINFLUENCESINTHECIVILCONSTRUCTION:
AHIGHLIGHTONTHEFOREMAN
ABSTRACT
Thispaperaimstoidentifyhowleadershipaffectsthe
resultsofaconstructioncompanyandhowits
employeesnoticetheeffectsofthisguideontheir
dailyroutine.Furthermore,itwillalsoidentifythe
leadershipstylethathasbeenpracticedinthecoreof
thestudiedbusinessanditscharacteristics.Basingit
onthefactthatleadershiprepresentsthesourceofa
competitiveadvantageinanindustrywithsomany
competitors,itisunderstoodthattheleaderisthe
responsibleforpersuadingandpropitiatingthe
necessaryconditionsfortheproperdevelopmentof
theactivitiesperformedbyitsemployees,beingthese
theconductorsoftheorganizationalsuccess,andin
theindustryofconstruction,theresponsibleforthe
efficiencyofthework.
KEYWORDS:Leadership,construction,influence.
ALIDERANAESUAINFLUNCIANOSRESULTADOSDACONSTRUOCIVIL:
UMENFOQUENOMESTREDEOBRAS
1.INTRODUO
As pessoas so seres humanos, com personalidades diferentes e considerados
impulsionadores da organizao em que fazem parte. So capazes de conduzir a empresa ao
sucesso,almdeseroprincipalativodaorganizao,agregandointelignciaaonegcio.Porisso
as organizaes esto cada vez mais investindo em pessoas que entendem dos produtos, que
sabem crilos, desenvolvlos e melhorlos, fortalecendo a satisfao dos clientes e
gradativamente investindo em esforos para encantlos, ultrapassando expectativas, visando
sempreaexcelncianomercadocompetitivoemqueatua.
Com este cenrio de competitividade, no processo de seleo, as empresas buscam
pessoas que saibam lidar com os diferentes clientes e que tenham um esprito motivador, e
nessesentido,alideranadespontacomoelementocapazdeinfluenciarocomportamentodos
colaboradores.
Aspessoas,emsuarelaocomasempresas,podemserconcebidascomorecursoou
parceiro(capitalhumano).Enquantorecurso,avisodosgestoresqueaspessoasprecisamde
um gestor autoritrio, distante dos funcionrios e o nico objetivo da empresa obter lucro.
Comoparceiro,avisodogestorestvoltadaatrataroscolaboradorescomocapitalhumanoe,
por isso, usufruindo dos conhecimentos e habilidades por eles apresentados, uma vez que so
estesqueoferecemideias,sugestes,melhoriasecrticasparaumtrabalhodequalidade.E,cabe
ao lder, o papel de incentivar sua equipe e demais reas a vestir a camisa da organizao e
lutarpeloseusucesso,comoabordaChiavenato(2008).
Liderar assumir posies de comando, coordenao de grupo, a fim de se atingir
melhoresresultados.SegundoBraga(2013),alideranapodeseraprendidaedesenvolvidae
importante que o profissional que gerencie pessoas conhea as caractersticas de um lder, de
modoadesenvolvlaseobterresultadoseficazes,quecontribuiroparaosucessodaempresa.
O lder deve conciliar os objetivos da sua equipe e conhecer um pouco sobre cada integrante
para que o resultado final seja o sucesso, alm de atender as necessidades da organizao. O
lderumexemploaserseguidoedeveatuardeacordocomoquefala,comoDrucker(2003)
aborda, eles no devem se comportar como ns e esperase que eles se comportem como
sabemosquedeveramosnoscomportar.
Afinal,oqueseriadasorganizaessemquehouvessealiderana?Embasandoseem
Chiavenato (2008), uma imagem radical desse cenrio nos mostraria pessoas desmotivadas
trabalhandodemododesordenado,cadaumautilizandomtodosetcnicasdiferentesbuscando
atingir objetivos diferentes (e por que no completamente opostos), num completo desastre
empresarial. As pessoas que fazem a empresa acontecer, que buscam atingir a viso da
organizao. Segundo Santos (2013), cabe ao lder considerar cada colaborador como se fosse
nico, e atribuir responsabilidades para as quais o profissional se sente maduro e apto a
conduzir.Olderdeveempreender,orientareeducarsuaequipe,proporcionandoaosliderados
condiesparaseucrescimentoindividualeprofissional.
Sabendo da importncia das pessoas para as empresas, assim como a relevncia da
influnciadaliderananoambientedetrabalho,destacaseanecessidadedeentendermelhor
sobre o papel da liderana no ambiente da organizao. O ramo da construo civil vem

contando com um elevado ndice de crescimento, estimulando a expanso das empresas j
existentesnomercadoeosurgimentodenovas,acirrando,assim,acompetioentreelas.Num
cenrioondeacompetioorganizacionalcrescente,cadaumadevebuscarumdiferencial,eo
investimentonalideranaaparececomoumapotencialcaractersticadiferenciadora.
Qual a contribuio e influncia da liderana nos resultados finais da empresa
pesquisada?Atravsdopresenteestudo,pretendeseverificarqualoestilodelideranaaplicado
noncleodenegcioestudado,sendoesseseuobjetivoprincipal.Paratal,devemseanalisaras
caractersticasapresentadaspelosgestoresqueindicamnocomolder,bemcomoidentificar a
percepoporpartedoscolaboradoressobretaiscaractersticase,emcasodedivergnciaentre
elas, apresentar sugestes medidas a fim de aproximar as estratgias aplicadas ao que os
colaboradorespercebem.
Com esta proposta reafirmase a liderana como um tema que est sendo bastante
discutidoatualmente,umdosmotivospeloqualmereceaatenodapesquisa.Aopesquisare
investigarsobreotemaproposto,podersenotaratquepontoelainfluenciaaspessoasequal
aseureflexonosresultadosorganizacionais.
2.ALIDERANANASORGANIZAES
Otermolideranapropriamentedito,originasedotermoemingls leadership,tem
sua traduo diretamente relacionada com o seu exerccio, ou seja, liderar. Etimologicamente,
liderarsignificaconduzir.Podemosdefinirqueliderananofazertudosozinho,tampoucono
fazer nada, mas conseguir tal nvel de influncia nas equipes e em seus membros que eles se
sintam confortveis, motivados e capazes de realizar as tarefas s quais lhes foram atribudas,
gerandoosresultadosprviosesperadosouatsuperioresaosqueforamdeterminados.
Liderana o processo de influenciar pessoas no sentido de que ajam em prol dos
objetivosdainstituio,oqueafirmaPolidrio(2006),especialistaemAdministraoIndustrial
pela Universidade Estadual de Londrina. Segundo Hersey (2005), a liderana ideal feita por
quemsabeinfluenciarsemmanipular,flexvelnamedidaexataparaseadaptarrapidamentea
situaesdiversas,nosedeslumbrafacilmentecomopoderqueocargolheconferee,acimade
tudo,vibraquandoosqueestosuavoltasobemsucedidos.Somenteoverdadeiroldertem
essaintenodeajudaraoseugrupoapontodevibrarcomumavitriaconjunta.
Liderarestrelacionadocomosaberconquistaraspessoasdemodoalevlasaatingir
seu pleno potencial, extraindo delas o que possuem de melhor a fim de contribuir para o
crescimento organizacional. Segundo Carteton Fiorina (KEEGAN, 2005), a liderana j no
significa controlar a tomada de deciso. No temos tempo de controlla. Significa criar o
ambientecerto.Significacapacitao,empowerment.Significaestabelecerdiretrizesefronteiras
eparmetrosedeixaraspessoaslivres.
Para Drucker (2003), o exerccio da liderana (liderar) uma arte: a arte de atrair e
influenciar seguidores, de forma positiva, buscando sempre o crescimento contnuo, tanto
individual quanto da equipe como um todo. Liderar, ainda, para Lacombe e Heilborn (2003, p.
349)conduzirumgrupodepessoas,influenciandoseuscomportamentoseaes,paraatingir
objetivosemetasdeinteressecomumdessegrupo.CombaseemChiavenato(2011),aTeoria
dasRelaesHumanasconstatouquealideranainfluencianocomportamentodaspessoas,e,
consequentemente, sobre seus resultados, afetando diretamente os resultados da empresa na

qualelastrabalham.
SegundoCovey(2003),liderananoomesmoquegerenciamento.Gerenciamento
umavisodosmtodos,omelhormododeseconseguirdeterminadascoisas.Lideranalidacom
objetivos e metas concentrandose em conseguir coisas desejadas, e deve vir primeiro que o
gerenciamento.Gerncianoalgoquevocfaaparaosoutros.Vocgerenciaseuinventrio,
seu talo de cheques, e seus recursos. Voc pode at gerenciar a si mesmo. Mas voc no
gerenciasereshumanos.Vocgerenciacoisaseliderapessoas(HUNTER,2004,p.25).Enquanto
osgerentestmfocoemsistemas,processosetecnologia,procurandodirigirostrabalhadores,
os lderes esto orientados para as pessoas, contexto e cultura, procurando servir os
colaboradoresdaorganizao(CHIAVENATO,2004).
Se no fosse a presena do lder, as pessoas e organizaes agiriam de forma
desordenadaealeatria,eprovavelmentenoalcanariamosresultadosalmejados.Aprimeira
tarefadolderserumclarimqueemiteumsomclaro(DRUCKER,2003,p.76),coordenandoa
equipeemproldoobjetivomaior,mantendofirmeacooperaoentreseusmembrosefocando
osesforoscomplementares.Emitindoumsomclaro,comoapontaDrucker,oldersedestaca
dosdemais,etornasearefernciaparaorestodaequipe.DemervalFranco,tambmafirmaque
ocomportamentodoldertendeainfluenciaraqualidadedasrelaesinterpessoais,oque,por
consequncia,influenciarosresultadosqueseobtmdaspessoas(2003).
OpensamentodeDrucker(2003)dequeumlderaquelequetemseguidores,epara
conseguir seguidores, necessrio conquistar sua confiana, encontrase reforado no que
argumentam Lacombe e Heilborn (2003, p. 348), onde afirmam que no h lder sem
seguidores; no h lder no vcuo. E nessa figura que devemos identificar o exerccio da
liderana,sejaemumagrandeorganizaoounumaempresadepequenoporte,olderdeveter
conquistada a confiana de seus liderados, os quais necessitam sentir segurana nas atitudes
daquelequeestfrentecomandandoos.
2.1ESTILOSDELIDERANA
Conforme Chiavenato (2011), as teorias sobre os estilos de liderana so aquelas que
estudamnaconformeoestilodocomportamentoexercidopeloslderesparacomsuaequipe.A
maisdifundidadessasteoriasdividealideranaemtrsestilos:autoritrio,liberaledemocrtico.
A liderana autocrtica (ou autoritria) aquela onde o lder impe ordens a seus
liderados, sem haver qualquer consulta ou participao destes nas decises tomadas; alm de
imporoquecadamembrodeveounofazer,tornandoseumapessoaaltamentedominadora.
Hamilton Felix (2010), caracteriza esse estilo pela confiana na autoridade e pressupe que os
outrosnadafarosenolhesforordenado.Geralmentenoseimportacomoqueosliderados
pensamalmdedesestimularinovaes.
Noestilodelideranaliberalocenriocompletamenteopostoaoautocrtico,older
abstmse de tomar qualquer deciso, deixando a equipe desnorteada, sem apoio e
completamentevontadeparafazeroquebementenderem;anicaparticipaodoldercaso
algumdosintegrantesvdiretamenteaelefazeralgumquestionamento,foraisso,elenoavalia
oucontrolaosresultadosobtidos.AindasegundoHamiltonFelix(2010),talestilogeralmente
exercidoporpessoasqueseausentamcomfrequnciadogrupo.Noqueremterotrabalhode
organizar,planejarefiscalizar.Emmuitoscasos,forameleitosporqueningumqueriaocargoou
entoporquequeriamapenasottulodelder,notendoagarraeavontadedeliderar.
Por fim, na liderana democrtica, o lder participa e incentiva a participao dos
colaboradores, que so orientados, motivados e conduzidos realizao de suas atividades.
Nesseestilotodoogrupopodeedevecontribuircomsugestes.AindaconformeHamiltonFelix
(2010), a responsabilidade desse lder dirigir as opinies para que na prtica atinjam os
objetivos esperados. O grupo passa a entender que atingir os objetivos responsabilidade de
todos.
Aindaestudandoasteoriasdeliderana,hasteoriassituacionaisdaliderana,asquais
procuram explicar que no h um nico estilo de liderana para todas as ocasies, pois cada
situao clama por uma liderana diferente para atingir a mxima eficincia, como aborda
Chiavenato (2011). Nas teorias situacionais, as circunstncias da situao que determinam
comodeverseraatuaodolder,considerandotambmonveldeliberdadefornecidopela
autoridadeatualdelescomsuasequipes.
2.2CARACTERSTICASDEUMLDER
SegundoDrucker(2003),olderaquelequefixaasmetas,asprioridadeseospadres,
mantendoos, tudo isso profundamente consciente de que no esto no controle do universo.
Ainda para Drucker (2003), um dos requisitos que o lder veja a liderana como uma
responsabilidade,nocomoposioeprivilgios,buscandoealmejandotersempreassociados
fortes,encorajandoosetendoorgulhodeles.
O lder deve mostrar coerncia, energia, honestidade e coragem, pois as pessoas
confiamemlderesassim(LACOMBE;HEILBORN,2003,p.350),esemaconfianadosliderados,
no h lder ou exerccio de liderana. Ele deve ser um exemplo, tanto em atitudes como em
qualidades,eoscolaboradoresdevemreconhecernelealgumdeconfianaealtacapacidade,
pois esta dar a eles a certeza de que mesmo em situaes instveis, que so exatamente
quandooslderessefazemnecessrios,elesrepresentaroaqueleagenteprincipalresponsvel
por dar a volta por cima e superar aquela situao, ainda como apresentam Lacombe e
Heilborn(2003).
Oslderesdevemidentificaresatisfazerasnecessidadesdeseusempregadoseservilos,
atendlos.JamesC.Hunter(2004,p.51)relataque:
[..] eles devem identificar e satisfazer as vontades das pessoas, sem serem
escravosdelas.Osescravosfazemoqueosoutrosquerem,osservidoresfazem
o que os outros precisam. H muita diferena entre satisfazer vontades e
necessidades.
Hunter (2004), ainda, utiliza um exemplo no qual os trabalhadores de uma fbrica

querem ganhar vinte reais por hora. Se fosse pagar vinte reais por hora provavelmente a
empresa estaria falida em poucos meses, porque a concorrncia capaz de fazer muito mais
barato. Se aceitasse a reivindicao, poderiam ter feito o que os empregados queriam, mas
certamente no faramos o que eles precisavam, que proporcionar empregos estveis e
duradouros.
Conforme Gouveia (2012), um bom gestor de empresas deve compreender como as
pessoaspensam,sentemereagemnoseudiaadia.medidaquesetrabalhacomelas,comea
seaobservarcomotodastemalgumascoisasemcomum:Elasgostamdesesentirespeciaise
gostam de ouvir isso. No campo da administrao, uma pessoa motivada significa algum que
demonstraaltograudedisposiopararealizarumatarefaouatividadedequalquernatureza.
Muitas pessoas acham erradamente que ouvir um processo passivo que
consiste em ficar em silncio enquanto outra pessoa fala. Podemos at nos
considerarbonsouvintes,masoquefazemosnamaiorpartedasvezesouvir
seletivamente,fazendojulgamentossobreoqueestsendoditoepensandoem
maneirasdeterminaraconversaoudirecionlademodomaisprazerosopara
ns.(HUNTER,2004,p.81)
Lderesdevemserreceptivosmudana,casocontrrioestarcondenadoaofracasso.
Devemterbomhumoreeducao,propiciandoumambienteleve,produtivoecriativo.Lderes
devemserousados,tratarbemaspessoasedaroportunidadesparaquesejamouvidas,assimos
lideresseromultiplicados.Deveidentificarpontosfortes,jqueaodescobrilospoderreforar
osmesmosealoclosdemelhormaneira.Olderestimulaamelhoriacontnua,definemetas,d
feedbackesabeouvir.
3.AINFLUNCIADALIDERANANOSRESULTADOSORGANIZACIONAIS
Liderar pode ser entendido como o ato de influenciar as atividades de um grupo
organizado na direo da realizao de objetivos, ou ainda como a articulao de vises,
personificao de valores e criao de um ambiente de realizaes (MIURA, Irene, 2004, p. 6;
LUSTRI,Denise,2004,apudROBBINS,2002;HESSELBEINetal,2001).Ouseja,entendeseque,o
lder responsvel por persuadir e propiciar as condies necessrias para o bom
desenvolvimentodasatividadesrealizadaspelosseuscolaboradores,sendoesses,oscondutores
dosucessoorganizacional,noramodaconstruocivil,osresponsveispelaeficinciadaobra.
O mestre de obras como o maestro: conduz a obra sem se utilizar de
instrumentos. Se o maestro faz uso da batuta, a ferramenta do mestre a
palavra, e a sua ao de liderana, e exatamente por isso que a indstria da
construoprecisainvestirnaformaodesseprofissional.importantedarlhe
umavisomaiscompletadoquesejaumcidado,umtcnicomelhoreumlder.
Lembrese: um mestre que no formado tambm no formar ningum.
(FERREIRA,Ayrton,S.d.)
EmbasandoseemNakamura(2012),chegaseaconclusoque,comorelatado,gestores
da rea de construo civil, como mestres de obras, no recebem treinamentos de como lidar
compessoasegerenciarconflitos,aprendendonaprticasobreisso.E,coordenarpessoas,que
sodiferentesentresi,umatarefardua,eessagestonoeficiente,provenientedafaltade
liderana,levaaonoalcancedosresultadosesperados.Maisalm,"afaltadeengajamentoea
insatisfao da equipe podem levar a empresa a correr riscos desnecessrios", alerta Verbena
Lima,consultoraemdesenvolvimentohumano.
O fenmeno da liderana considerado um aspecto fundamental para o desempenho
das organizaes (YUKL, 2005). O lder responsvel por manter as pessoas informadas,
fornecendo e recebendo feedbacks constantes, explicando as decises tomadas, para que o
colaborador se sinta parte da empresa. Essa comunicao aberta ajuda a manter um melhor
climaorganizacional,profissionaleprodutivo,tornandooscolaboradoresentusiasmados.Como
comunicador, o lder deve, segundo Padilha (2003), expressar de forma clara as crenas e os
valoresdoambienteemqueatua,lidarcomsituaesemquenecessrioolevantamentode
informaesadequadasparaquepossatomardecisesacertadas.
Oentusiasmodeextremaimportncianoramodaconstruocivil,vistoque,embora
o capital humano atuante seja desqualificado, o resultado final ele que produzir. O lder,
assim,seposicionanumpapelfundamentalnareadegestodepessoas,principalmentenoque
se diz respeito a reter talentos e aproveitar todo o potencial disponvel em sua mo de obra.
Ento,sefaznecessrioexporoquoimportantecadaumdoscolaboradores,fazlosvestira
camisadaempresaesesentirem,realmente,comoparteintegranteedecisivanosresultados
organizacionais,tratandooscomoparceirosdaorganizao.
ParaSkippereBell(2006)nosltimosanostemcrescidooreconhecimentonaindstria
da construo de que o sucesso de projetos dependente das qualidades da liderana dos
gerentes de projeto e de suas habilidades emobter o melhor das suas equipes. Lder aquele
quetrabalhaduroeexigenteconsigomesmo,poisseuprpriosacrifcioservecomofontede
motivao, pois demonstrar que a equipe no est sozinha. preciso estabelecer metas e
funesefazercomqueaengrenagemnodesandeemhiptesealguma(REZENDE,2006).
Segundo Franco Demerval (2003), um time de trabalho requer monitorao e
manuteno. preciso entender como manter o grupo motivado no projeto e reforar os
comportamentos positivos. necessrio vender a ideia de cooperao para realizar metas
especificas e afastar o fantasma da competio. Cada membro do time deve concordar e ser
responsvelpelametaatingida.Casocontrrio,aresponsabilidadediluiseeocasionardiversos
problemasnofuturo.
METODOLOGIA
O artigo escrito pela equipe apresentou natureza aplicada, ou seja, gerou
conhecimentos destinados a soluo de problemas, relacionados liderana, encontrados na
empresaFibraConstrutoradoramodaconstruocivil,almdeserumapesquisaexploratria,
segundo Gil (2002) essas pesquisas tem como objetivo proporcionar uma maior familiaridade
comoproblemadepesquisa.
Possuindo abordagem qualiquantitativa, adotaramse alguns procedimentos tcnicos
paraasconsideraesduranteoprojeto,comopesquisasbibliogrficaedecampo,almdeum
mtodo dedutivo para a concluso, embasandose na razo, isto implica dizer, atravs de uma
cadeialgicaderaciocnio.
Paraacoletadedados,foramutilizadasaobservao,entrevistasestruturadas,ouseja,
com roteiro prestabelecido, e aplicao de questionrios mistos, com perguntas abertas e
fechadas, com contato direto junto aos colaboradores. O questionrio aplicado aos
colaboradores apresentou 6 questes fechadas e 4 abertas, enquanto o aplicado ao mestre de
obrasconteve7questesfechadase4abertas,ambosaplicadosnodia27defevereirode2014,
com 21 colaboradores e 1 mestre de obras. Segundo Parasuraman (apud CHAGAS, 2000), um
questionriotosomenteumconjuntodequestes,feitoparagerarosdadosnecessriospara
seatingirosobjetivosdoprojeto.Taiscolaboradoresforamanalisadosapartirdeumaamostra
no probabilstica, estetipo amostral rene elementos que relacionamse intencionalmente de
acordocomcaractersticasestabelecidasnapesquisa.
5.ANLISEDOSRESULTADOS
Oscolaboradores,21emsuatotalidade,daobraOneCaboBranco,daFibraConstrutora,
so todos homens e em sua maioria casados, com uma mdia de dois filhos cada, e idades
variadas, possuindo em maior nmero empregados com idade acima dos 40 anos. Dentre os
operrios entrevistados, 16 possuem ensino fundamental incompleto, 1 ensino fundamental
completoe4oensinomdioconcludo.
Em decorrncia da ausncia de um alto grau de escolaridade, possvel que se pense
quealideranaadotadanoambientedetrabalhoemquestodotipoautocrtica,distantedos
funcionrios e onde o nico objetivo da empresa obter lucro. A liderana autocrtica (ou
autoritria)aquelaondeolderimpeordensaseusliderados,semhaverqualquerconsultaou
participaodestesnasdecisestomadas;almdeimporoquecadamembrodeveounofazer,
tornandose uma pessoa altamente dominadora. Felix (2010) caracteriza esse estilo pela
confiana na autoridade e pressupe que os outros nada faro se no lhes for ordenado.
Geralmente no se importa com o que os liderados pensam alm de desestimular inovaes.
Entretanto,nofoiarealidadeconstatadanoncleodenegcioestudado.
Notouse que 6 colaboradores percebem no mestre de obras a figura de um lder
autocrtico,enquanto15delesrelatamqueeleadeptodoestilodelideranademocrtica.Na
liderana democrtica, o lder participa e incentiva a participao dos colaboradores, que so
orientados,motivadoseconduzidosarealizaodesuasatividades.Nesseestilo,todoogrupo
podeedevecontribuircomsugestesacercadotrabalhoedomodocomoelerealizado,assim
comoacontecenaobraanalisada.AindasegundoFelix(2010),aresponsabilidadedesselder
dirigirasopiniesparaquenaprticaatinjamosobjetivosesperados.
Entretanto,apesardavisodotipodelderqueestfrentedaobra,oscolaboradores
nopossuemumapercepoapuradadoqueseriaumlder.Algunsdisseramquelderquem
comanda,tomacontaeensina,outrosque"olderochefedealgo",eoutrosaindaquelder
oengenheiroouomestredeobras.Contudo,paratodoselescompartilhadaavisodequese
no fosse a presena do lder, as pessoas e organizaes agiriam de forma desordenada e
aleatria, e provavelmente no alcanariam os resultados almejados. Mesmo que no
soubessemexatamenteoqueumlder,todososcolaboradorescolocaramqueolderpossui
influncianaobra,equesemele,omestredeobras,aconstruonoseguiriaadiante,jque
eleoresponsvelpordartodoonortenecessrio,auxiliar,tirardvidasecoordenaroambiente.
Em relao ao perfil do mestre de obras, ele tem 39 anos, trs filhos e possui ensino
fundamentalincompleto,assimcomoamaioriadoscolaboradoressobseucomando.Nopossui
treinamento especfico para exercer a funo, confirmando o que Nakamura (2012), j havia
afirmadoque,comorelatado,gestoresdareadeconstruocivil,comomestresdeobras,no
recebemtreinamentosdecomolidarcompessoasegerenciarconflitos,aprendendonaprtica
sobreisso.
O mestre de obras se considera ser do tipo de lder democrtico, assim como foi
constatadopeloscolaboradoresanteriormente,ouseja,apercepodosfuncionriosquanto
modalidade de liderana praticada pelo mestre de obras e a imagem que ele pensa estar
passandoestoemcompatibilidade.Osoperriosoconsideramdeextremaimportnciaobra,
etem,semexcees,umaboarelaocomele,comofoiafirmadoporambasaspartesquando
indagadas sobre seu relacionamento. Algumas caractersticas, a exemplo do fcil acesso ao
mestre na obra, o fato dele ensinar as coisas, a responsabilidade para com a obra e seus
membros, e a confiana e segurana passadas no que ele diz foram relatadas pelos
colaboradores.Aimagemexpressapelomestrechegaaserconsideradaumexemplo,tantoem
atitudescomoemqualidades,eoscolaboradoresreconhecemnelealgumdealtacapacidade.
Combasenosdadoscoletados,percebeseaimportnciadeinvestirnotreinamentodo
mestre de obras, j que o mesmo o responsvel pela ligao entre a alta administrao da
empresaeaobra.Ocapitalhumanomereceateno,eaorganizaodeveaplicarpartedeseus
recursosinvestindoemsuamodeobra,empessoasqueentendemoqueaempresaquer,que
sabem como atingir os objetivos, desenvolver o produto ofertado, no caso a construo, e
melhorlo,fortalecendoasatisfaodosclientesegradativamenteinvestindoemesforospara
encantlos,ultrapassandoexpectativasevisandosempreaexcelncianomercadocompetitivo
emqueatua.
A liderana, apresentada pela figura do mestre de obras, teve sua vitalidade expressa,
inclusive,pelosprpriosfuncionrios,quandoelesapontaramqueomodocomoomestrelida
com eles afeta no trabalho por eles exercido. Tendo conhecimento que os prprios
colaboradores citaram tal consequncia, fica clara a influncia exercida pelo modo como se
relacionam o mestre de obras e sua equipe, e pelo modo como esse relacionamento afeta no
trabalho final dos funcionrios. Ter um lder que saiba lidar com os colaboradores da maneira
correta pode at, para alguns, no fazer tanta diferena na teoria, entretanto na prtica, a
diferenanotadadelonge.
Em geral, mestres de obra no recebem treinamentos sobre liderana, e aprendem
(quando aprendem) na prtica como melhor lidar com seus liderados. Uma empresa que
pretende destacarse das demais no pode se dar ao luxo de esperar que isso acontea, se
acontecer,devendoassimprovidenciarparaqueseuresponsvelrecebaotreinamentodevidoe
possaatuarcomoumverdadeirolderjuntoaseuscolaboradores,influenciandoosemotivando
oscadavezmaisamelhorarememconjuntocomaempresa.
6.CONSIDERAESFINAIS
O presente estudo possibilitou o reforo da ideia de que trabalhar a liderana nas
organizaes um sinnimo de diferencial competitivo, visto que elas, em sua maioria, no
atentam para a importncia do lder. Na rea da construo civil, principalmente, dificilmente
ouvese falar em liderana, e muito menos na importncia que ela tem para os resultados da
empresa.Podeseconstatarqueumlder,sejaemqualreafor,fazgrandediferenanomodo
comooscolaboradorestrabalham,econsequentemente,nasuaproduoecontribuioparao
resultado final. Contudo, sua influncia e auxlio no se limitam a produtividade, abrangendo
tambmumcrescimentopessoaldeseusliderados.
Aofinaldapesquisarealizada,osresultadosobtidosforamsatisfatriosesupriramtodas
asexpectativasprvias.Todososobjetivosforamatingidos.Oestilodelideranapraticadopelo
mestredeobrasnaempresaanalisadapodeserdefinidopelalideranaparticipativa;asimagens,
tantoapercebidapeloscolaboradorescomoaqueomestredeobraspensavaemitir,estavam
em sintonia, mostrando que o mestre estava, de fato, conseguindo agir de acordo com aquilo
que idealizava; e a influncia da liderana no ambiente em questo pode ser notada, tanto
atravsdaobservaocomodasprpriaspalavrasdoscolaboradores.
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10
MONITORAMENTODASADEFINANCEIRA:UMAANLISEDASEMPRESASMAIS
REPRESENTATIVASDONOVOMERCADO
M.T.A.L.Arruda(GA);R.A.Cordeiro(DA); P.A.C.Dantas(GA) ; F.M.Nascimento(GA);H.H.O.Santiago
(GA)
1
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa
(GA)GraduandoemAdministrao
(DA)DoutorandoemAdministrao
RESUMO
Frentegrandecompetitividadedomercado,asorganizaespassaramarealizaromonitoramentodeumasriede
fatores internos e externos como forma de estratgia para precaverse a qualquer fato novo que pudesse vir a
prejudicar seu rendimento. Sob essa tica, o presente artigo analisou os cinco ltimos anos 2009 a 2013 das
cincoempresascommaiorpercentualdeparticipaonondicedegovernanacorporativanodia23dejaneirode
2014BMFBOVESPAS.A.;BANCODOBRASILS.A.;CIELOS.A.;ULTRAPARPARTICIPAESS.A.;e,BRFS.A.Quanto
aos objetivos, a pesquisa foi descritiva, quanto aos procedimentos, utilizouse de levantamento documental de
dadossecundriosfornecidospelaBM&FBovespaequantoaabordagemtemcarterquantitativo.Verificouseque
amaioriadasempresasanalisadastevecapitaldegiroinstvelduranteoperodoanalisado,observousequeboa
partedelasdetevendicesdeliquidezgeralacimade1oquedemonstrouumafolgafinanceiranosseusrecursos,
constatousequehumequilbrioentreautilizaodecapitalprprioedeterceiros,identificousequeasempresas
forambemsucedidascomrelaoaaplicaesfinanceiraseinvestimentos.Houvemomentosemqueosndicesde
algumas empresas chegaram ao negativo, na conta lucro ou prejuzo do perodo, demonstrando que sua sade
financeira esteve deficiente, o que pode estar relacionado a uma falha no monitoramento financeiro das
organizaesemquesto.
PALAVRASCHAVE:sadefinanceira,riscofinanceiro,monitoramento,novomercado.
MONITORINGOFFINANCIALHEALTH:ANANALYSISOFTHECOMPANIESMORE
REPRESENTATIVEOFNEWMARKET
ABSTRACT
Forward to avery competitive marketplace, organizations beganto perform the monitoring ofaseries of internal
and external factors such as strategy to guard against any new fact that could impair its performance. From this
viewpoint,thispaperanalyzedthelastfiveyears2009to2013thefivecompanieswiththehighestpercentageof
participationincorporategovernanceindexonJanuary23,2014BMFBOVESPASA;BANKOFBRAZILSA;CIELOSA;
UltraparParticipaesSA;andBRFSAAstotheobjectives,theresearchwasdescriptive,astotheprocedures,we
usedthedocumentarycollectionofsecondarydataprovidedbyBM&FBovespa,andastheapproachisquantitative
character . It was found that most of the analyzed companies had capital unstable rotation during the analysis
period,itwasobservedthatmostofthemstoppedindicesabove1overallliquiditywhichshowedagapintheir
financialresourcesitwasfoundthatthereisabalancebetweentheuseofequityandothers,itwasfoundthatthe
companies were successful in relation to investments and investments. There were times that the rates of some
companies reached the negative in regard to profit or loss for the period, demonstrating its financial health was
poor,whichmayberelatedtoafailureinthefinancialmonitoringoftheorganizationsconcerned.
KEYWORDS:financialhealth,financialrisk,monitoring,newmarket.
MONITORAMENTODASADEFINANCEIRA:UMAANLISEDASEMPRESASMAIS
REPRESENTATIVASDONOVOMERCADO
INTRODUO
Nomundoatual,asorganizaesvivemnumaeradecompetitividadeeinsegurana,pois
a cada minuto surgem novas informaes que acabam causando impacto no negcio das
empresas,principalmentequandosetratadareafinanceira.Porisso,asinstituiespassarama
utilizarvriastcnicaseferramentasparanoseremsurpreendidasacadafatonovoquevema
surgir.Comessapreocupaoomonitoramentodosfatoresinternoseexternossetornoucrucial
paraasobrevivnciaeosucessoorganizacional.
Dentrodareafinanceiradasorganizaesomonitoramentodasade,dodesempenhoe
doriscofinanceirosetornouumaatividadeimportantssimaparaocontrolefinanceiro.Asade
financeirapodeseresumiremumapalavra:liquidez,seaempresatemumaboacapacidadede
pagarsuascontas,asadefinanceiravaibem.Oriscofinanceiroumavarivelqueestligada
aosinvestimentosdaorganizaoeemcomoestesvoafetarasadefinanceiradaempresa.O
controle dessas variveis determinante para que uma organizao esteja segura e preparada
paraqualquersituao.
Ocontrolefinanceirodasempresasumaatividadedegestoempresarialimprescindvel
paraasobrevivnciadequalquerorganizao.Atravsdisso,oestudosepropeainvestigara
sade financeira das empresas mais representativas do Novo Mercado nos ltimos cinco anos.
Paraisso,precisoidentificarquaissoasmedidasdemonitoramentoutilizadaspelasempresas
eatravsdaanlisehorizontal,verticaleosndiceseconmicofinanceirosdeanlise,calculados
pormeiodosbalanospatrimoniaiseobservarsetaismedidasdemonitoramentoestosendo
satisfatrias.
Oobjetivodopresenteestudoinvestigarasadeeoriscofinanceirodecincoempresas
representativas, listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa. Essas variveis podem ser
conhecidasatravsdomonitoramentodasadeedoriscofinanceiro,usandodastcnicaspara
anlisededemonstraesfinanceirasexistentesnaliteratura.
O segmento do Novo Mercado se caracteriza por apresentar empresas que esto
lanandoexclusivamenteaesordinriasnomercado.Dentrodessesegmento,apresentamse
as empresas que foram escolhidas para o presente estudo. Para escolher as organizaes mais
representativasfoilevadoemconsideraoosmaiorespercentuaisdeparticipaonondicede
governana coorporativa dentre as empresas listadas na BM&FBovespa. Essas organizaes,
pertencentes ao segmento de governana corporativa listados pela BM&FBovespa, tem o
diferencial de se comprometerem a publicar informaes alm das que so exigidas pela
legislaobrasileira.
MATERIAISEMTODOS
O presente estudo se caracteriza, quanto aos objetivos, como uma pesquisa descritiva.
Para Marques et al (2006, p. 52), a pesquisa descritiva um procedimento que visa, com o
tempoindicar,descreverecaracterizarfenmenosepopulaes,estabelecendorelaesentre
variveis intervenientes e fatos. Este estudo visa investigar o monitoramento financeiro das
empresas escolhidas, observando a literatura a respeito do assunto e o comportamento das

demonstraesfinanceirasnoperododecincoanos2013a2009.
Quantoaosprocedimentos,apesquisaseutilizadelevantamentodocumentaldedados
secundrios,asinformaesfinanceirasdasempresaspodemserencontradasnaBM&FBovespa.
O estudo tem carter quantitativo, sendo a sua essncia justamente os dados contbeis e
financeirosdasorganizaesestudadas.OMtododepesquisautilizadoserodedutivo,atravs
dele podemos verificar a situao financeira das empresas analisadas de maneira isolada, e a
partirdoresultadoextrairinformaesquepodemsergeneralizadas.
Para conhecer as medidas de monitoramento presentes na teoria foi realizada uma
pesquisabibliogrfica.ConformeMarquesetal(2006,p.55),apesquisabibliograficaaquela
cujo dados secundrios so obtidos mediante consulta feita nos livros, revistas, jornais,
enciclopdiasetc.
A amostra da pesquisa, as cinco empresas analisadas, foi definida de acordo com os
maiores percentuais de participao no ndice de governana corporativa entre empresas do
NovoMercado,essasinformaesconstamnositedaBM&FBovespa.Asempresasforamassim
definidas para garantir maior acesso aos dados da pesquisa. Uma vez que empresas do Novo
Mercadosecaracterizamporestaremobrigadasaprestarinformaesextrasaosacionistase
bolsadevalores.
No dia 23 de janeiro de 2014, iniciouse a coleta das informaes acerca dasempresas.
Neste dia, as cinco empresas que apresentaram o maior percentual no ndice de governana
corporativadentreasempresasdonovomercadoforam: BMFBOVESPAS.A.BOLSAVALORESMERC
FUT; BANCO DO BRASIL S.A.; CIELO S.A.; ULTRAPAR PARTICIPAES S.A.; BRF S.A. Estas so as
empresascujasdemonstraesfinanceirasforamanalisadasnestapesquisa.
A anlise feita utilizando as medidas de monitoramento apresentadas no referencial
terico, de acordo com os objetivos especficos desse estudo. As demonstraes financeiras
foramanalisadasnoperodoreferenteaosanosde2013a2009.Osdadosforamorganizadosem
grficosilustrandoasvariaesdecadaaspectofinanceiro:IndicadoresdeLiquidez,Indicadores
deEndividamentoeEstruturaeIndicadoresdeRentabilidade.Apresentandoumndiceporveze
osresultadosdetodasasempresa.
RESULTADOSEDISCUSSO
ApresentamosaseguirosresultadosobtidosreferentessempresasBancodoBrasilS.A.,
BRF S.A., BMFBovespa S.A., Cielo S.A. e Ultrapar Participaes S.A. Os dados utilizados pela
pesquisa foram as Demonstraes de Resultado do Exerccio, Balanos Patrimoniais Ativos e
PassivoscoletadosnositedaBMFBovespanodia23/01/2014referentesaoperododosltimos
cincoanosdeatividadedasorganizaes.
Osdadosforamanalisadossobtrsticasfinanceirasdiferentes,IndicadoresdeLiquidez,
Indicadores de Endividamento e Estrutura e Indicadores de Rentabilidade. Todos esses ndices
convergememumesforoparaaanlisedasadefinanceiraedodesempenhooperacionaldas
empresasestudadasnoperodosupracitado.
Aanlisedosdadosdeusedaseguinteforma:comparouseosindicadoresdecadauma
das empresas citadas anteriormente, verificando assim, se as organizaes apresentaram bons
ndices nos fatores financeiros estudados. Os resultados obtidos na anlise so apresentados a

seguir:
Figura1:ResultadodosIndicadoresdeLiquidezdasEmpresasAnalisadas
Fonte:PesquisaPrpria,2014.
Os grficos acima demonstram os resultados obtidos para os indicadores de liquidez.

Nesseestudoforamutilizadosquatroindicadoresdeliquidez(Corrente,Seca,ImediataeGeral),
queforamabordadospelospesquisadoresnoreferencialtericoparaaexecuodosclculos.
Os ndices de Liquidez Corrente obtidos pelos clculos demonstram que no perodo
analisadoapenasaBMFBovespaeaCieloS.A.tiveramesseindicadorcomvaloracimade1,tal
fato representa que essas organizaes possuem um capital de giro positivo e que por
consequnciapossuemrecursosparaamanutenodasoperaesbsicasdaempresa.JaBRF
S.A.eUltraparParticipaesS.A.tmumaliquidezcorrentevarivel,ouseja,apresentamndices
maioresemenoresque1,essaocorrnciamostraumcapitaldegiroinstvelaolongodosanos.
OBancodoBrasilS.A.anicaempresaqueobteveondicedeliquidezcorrentemenorque1
emtodososanos,demonstrandotersempreumcapitaldegironegativonoperodoanalisado,
pormessedadopodeserexplicadopelaparticularidadedaatividadeexercida.
OsndicesdeLiquidezSecapodemserapenasanalisadosnaempresaBRFS.A.,poisnas
outrasorganizaes,pelanaturezadonegcioemqueestoinseridas,acontaEstoquesestava
zerada, o que fez com que os ndices de liquidez corrente e seca fossem os mesmos nessas
empresas. Sendo assim, as dvidas de curto prazo consideradas por esse indicador no foram
analisadas nesse trabalho. Porm, na BRF S.A. os valores dos ndices so menores que 1 em
quatrodoscincoanos,ouseja,de2010a2013seusativoscirculantesnoseriamsuficientesse
elastivessequepagartodassuasdividasdecurtoprazodeumavez.
OsndicesdeLiquidezImediatamedemosrecursosdisponveis mantidospelaempresa.
DasorganizaesestudadasapenasoBancodoBrasilS.A.disponibilizouacontadisponvelem
seu balano patrimonial ativo, varivel utilizada no clculo do indicador de liquidez imediata.
Sendo assim, no foi possvel a anlise desse indicador nas outras empresas. J no Banco do
BrasilS.A.,temsequeemtodooperodoanalisadooresultadoobtidofoisempremenorque1,
oquerepresentaqueaorganizaopossuiumapequenaporcentagemdedvidasdecurtoprazo
(passivocirculante)quepodesersaldadaimediatamentepelaempresa.
OsndicesdeLiquidezGeralretratamasadefinanceiradelongoprazodaempresa.Os
valores obtidos para esse indicador nas empresas no variou muito, percebese que os ndices
estosempremuitoparecidos.NessequesitodoestudodestacaramseaCieloS.A.eoBancodo
Brasil S.A. que possuem ndices de liquidez geral sempre acima de 1 ao longo dos anos
analisados,demonstrandopossuirumafolgafinanceiraemseusrecursos.
Figura2:ResultadodosIndicadoresdeEndividamentoeEstruturadasEmpresasAnalisadas
Os grficos acima demonstram os resultados obtidos para os indicadores de
endividamentoeestrutura.Nesseestudoforamutilizadostrsindicadoresdeendividamentoe
estrutura (Relao Capital Prprio /Capital de Terceiros, Relao Capital de Terceiros/Passivo
Total e Imobilizao de Recursos Permanentes), que foram abordados pelos pesquisadores no
referencialtericoparaaexecuodosclculos.
Os indicadores de Relao Capital de Terceiros/Capital Prprio so utilizados para
averiguaradependnciafinanceiradasorganizaesemrelaoaocapitaldeterceiros.Comos
resultados obtidos verificouse que o Banco do Brasil S.A. e a Cielo S.A. possuem certa
dependncia dos recursos provenientes de terceiros, destacandose o Banco do Brasil S.A. que
demonstra valores altssimos nesse indicador. Tais empresas acabam se submetendo a um
financiamento advindo de fonte secundria. J as outras empresas demonstram no possuir
grandedependnciafinanceiraemrelaoaterceiros.
Os ndices de Relao Capital de Terceiros/Passivo Total mostrou que a grande maioria
das empresas possui um resultado muito parecido, os recursos provenientes de fontes de
financiamentonoprpriasestoemumpatamarmuitosemelhante.
A Imobilizao de Recursos Permanentes um indicador que mede o grau de
financiamentodasaplicaesfinanceiras.Nopresenteestudo,anicaempresaanalisadanesse
quesito foi o Banco do Brasil, pois foi a nica instituio a apresentar em seus balanos
patrimoniaisacontaAtivoPermanenteeoPassvelExigvelaLongoPrazo.Osndicesmostram
umbomresultadonessequesito,poisosvaloresforamsempremenoresque1,oquerevelaque
osrecursossosuficientesparafinanciaremsuasaplicaesdepermanentes.
Analisandodeumamaneirageral,temsequehumequilbrioentreasempresasquanto
decisodeutilizarcapitalprpriooucapitaldeterceirosnasatividadesempresariais.Ofatode
haver equilbrio no aponta para uma empresa mais ou menos saudvel financeiramente, pois
apesardeocapitalprpriosermaisonerosonamaioriadasvezes,ascondiesdeaquisiode
capital de terceiros podem fazer com que esse tipo de recurso possa ser to caro quanto os
recursosprprios.
Figura3:ResultadodosIndicadoresdeRentabilidadedasEmpresasAnalisadas
Os grficos acima demonstram os resultados obtidos para os indicadores de
rentabilidade.Nesseestudoforamutilizadosquatroindicadoresderentabilidade(Retornosobre
o Ativo, Retorno sobre o Investimento, Retorno sobre o Patrimnio Lquido, Rentabilidade das
Vendas),queforamabordadospelospesquisadoresnoreferencialtericoparaaexecuodos
clculos.
ORetornoSobreoAtivo(ROA)umindicadorquerevelaoretornoproduzidopelototal
dasaplicaesrealizadasporumaempresaemseusativos.Atravsdoresultadoobtidopercebe
sequeasempresasestudadastiveramaolongodosanosretornospositivos.Entretanto,aBRF
S.A. no ano de 2009 obteve um resultado negativo para esse ndice, tal fato traz que a
organizaonotevexitonasaplicaesfinanceirasnesseano.
DamesmaformaqueoROA,ORetornoSobreoInvestimentotambmmedeoretorno,
masnodasaplicaesfinanceirasesimdosinvestimentosrealizados.Nesseindicadorpercebe
se, atravs dos resultados apresentados nos grficos acima, que as empresas possuem bons
resultadosquandosetratadeinvestir.DestaqueespecialparaaCieloS.A.queconseguiuomaior
percentual de retorno dentre as empresas estudadas, 52,74. De uma maneira geral, as
organizaes analisadas conseguem investir corretamente e obter resultados superavitrios
nessasoperaes.
ORetornoSobreoPatrimnioLquido(ROE)sereferecapacidadedeumaempresaem
agregar valor a ela mesma utilizando os seus prprios recursos. Nesse quesito as empresas
tambmapresentamresultadospositivos,porm,bemmaismodestos.Autilizaodosprprios
recursos para sua alavancagem se mostra como um fator um pouco mais complicado para as
empresas,talresultadovaiaoencontrodoquefoiencontradonaparticipaodocapitalprprio
ou de terceiros no financiamento das organizaes, onde o equilbrio demonstra que as duas
opesdefinanciamentosoutilizadas.
A Rentabilidade das Vendas (ROS) uma varivel que analisa o retorno existente
comparando o lucro lquido do perodo com o que foi vendido no mesmo espao de tempo. A
anlise desse indicador feita levando em considerao o crescimento ou a diminuio dos
valores obtidos ao longo dos anos, o crescimento demonstra bons resultados, enquanto a
diminuiorepresentaumasituaofinanceirainstvel.ACieloS.A.foianicaorganizaoque
obteve crescimento do indicador ao longo dos anos. J as outras no apresentaram um
crescimentocontnuo,masumavariaoparabaixoeparacimaaolongodosanosanalisados.A
UltraparParticipaesS.A.nodisponibilizouoresultadobrutodesuasvendas,porissonoteve
esseindicadoranalisado.
Ao considerar os indicadores de rentabilidade observase um perfil de aplicaes
financeiras e investimentos bem sucedidos na maioria dos anos e em todas as instituies.
Entretanto, ao analisar a rentabilidade das vendas das organizaes percebese uma situao
instvelnamaioriadasempresas.Essefatopodeserumindciodequeasadefinanceirano
estboaequeomonitoramentodessavariveldeficiente,oupodeserdevidoscondiesde
mercadoquefogeaocontroledaorganizao.
CONCLUSO
O presente estudo teve como objetivo levantar dados de cinco empresas com maior
percentualdeparticipaonondicedegovernanacorporativaeinvestigarsuasadefinanceira
no perodo de 2013 a 2009. As empresas escolhidas foram o Banco do Brasil S.A., BRF S.A.,
BMFBovespa,CieloS.A.eUltraparParticipaesS.A.Osdadosutilizadospelapesquisaforamas
Demonstraes de Resultado, Balanos Patrimoniais Ativos e Passivos, todos oriundos do site
BMFBovespa.
Os resultados obtidos na pesquisa possibilitaram uma anlise quantitativa do
comportamento financeiro das empresas estudadas, os balanos patrimoniais e as
demonstraesdoresultadoilustramaconfiguraodasfinanasdessasempresas.Verificouse
queamaioriadasempresasanalisadastevecapitaldegiroinstvelduranteoperodoanalisado,
observousequeboapartedelasdetevendicesdeliquidezgeralacimade1oquedemonstrou
umafolgafinanceiranosseusrecursos,constatousequehumequilbrioentreautilizaode
capitalprprioedeterceiros,identificousequeasempresasforambemsucedidascomrelaoa
aplicaesfinanceiraseinvestimentos.Demodogeral,osgrficosoriundosdosdadoslevantados
ilustram pontualmente os acontecimentos financeiros das empresas, houve um momento em
que o ndice de rentabilidade da BRF S.A. chegou ao negativo, demonstrando que a sade
financeira dessa organizao esteve deficiente em um determinado perodo, o que pode estar
relacionadoaumafalhanomonitoramentofinanceirodessaorganizaoemquesto.Parauma
anlisemaisaprofundadadascausasdessesacontecimentosprecisoteremmosinformaes
maisdetalhadasdoqueasdemonstraesfinanceirasetambmoconhecimentodomercadona
pocadoocorrido.
A principal limitao da pesquisa se deve a problemas na captao dos dados a serem
tratados, pois algumas demonstraes financeiras no apresentam contas que seriam includas
nosclculoseinfluenciariamosresultados.Outroaspectoquedificultouotratamentodosdados
foi a divergncia na ordem das contas apresentas no perodo de 20132011 e 20102009, esse
fato est relacionado com as mudanas ocorridas na legislao contbil brasileira entre um
perodoeoutro.
O presente estudo pode ser ampliado, melhorado ou discutido entre a comunidade
acadmicaafimdedescobrirquaisascausaseaspossveissoluesviveisfinanceiramenteque
podero ser utilizadas para analisar a sade financeira das empresas, e por fim, mostrar aos
executivos quais medidas podem ser adotadas pelas instituies para minimizar suas perdas e
maximizarseuslucros.
FIGURAS
Figura1:ResultadodosIndicadoresdeLiquidezdasEmpresasAnalisadas
Figura2:ResultadodosIndicadoresdeEndividamentoeEstruturadasEmpresasAnalisadas
Figura3:ResultadodosIndicadoresdeRentabilidadedasEmpresasAnalisadas
1. ASSAFNETO,Alexandre.CursodeAdministraoFinanceira/AlexandreAssafNeto,Fabiano
GuastiLima2.ed.SoPaulo:Atlas,2011.
2. ASSAFNETO,Alexandre.Finanascorporativasevalor.5.ed.SoPaulo:Atlas,2010.
3. BACIC, Miguel Juan ET AL. Gesto imprudente do risco financeiro como elemento de
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brasileiras. Revista del Instituto Internacional de Costos, ISSN 16466896, n 6,
Janeiro/Junho, 2010. Como proteger a sade financeira da sua empresa. Disponvel em:
<http://exame.abril.com.br/pme/noticias/comoprotegerasaudefinanceiradasua
empresa>.Acessoem:03fev.2014.
4. DELIMA,RomeuEugnioETAL.ConflitosdeAgncia:Umestudocomparativodosaspectos
inerentesaEmpresasTradicionaiseCooperativasdeCrdito.VEncontrodePesquisadores
LatinoamericanosdeCooperativismo,RibeiroPreto,SoPaulo,Brasil0608Agosto,2008.
Disponvel
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<http://www.bcb.gov.br/pre/microFinancas/coopcar/pdf/artConflitoAgencia.pdf>.
5. Folderexplicativo.Novomercado.Disponvelem:<http://www.bmfbovespa.com.br/ptbr/a
bmfbovespa/download/Folder_NovoMercado.pdf>.Acessoem:04fev.2014.
7. MEYER,SANDRA.Fluxodecaixacomoferramentadegestofinanceiraparacooperativade
ensino.
Goinia,
2010.
Disponvel
em:
<http://www.cpgls.ucg.br/ArquivosUpload/1/File/V%20MOSTRA%20DE%20PRODUO%20CIE
NTIFICA/NEGOCIOS/2.pdf>.
8. Origem da palavra. Disponvel em: <http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/risco/>.
9. SILVA, S.S. da ET AL. Conflito de agncia em organizaes cooperativas: um ensaio terico.

Organizaes Rurais & Agroindustriais, Lavras, v. 13, n. 1, p. 6376, 2011. Disponvel em:
<http://ageconsearch.umn.edu/bitstream/133910/2/5%20Artigo%2007.342.pdf>.
10. SOUTELINHO, Wagner de Farias. Gerenciamento de riscos em empresas no financeiras:
Aplicaes na indstria petrolfera. Escola de PsGraduao em Economia da Fundao
GetlioVargasEPGE/FGV.RiodeJaneiro,2009.
10
COMPRASNOSETORPBLICO:UMAVISOACERCADASDISFUNESBUROCRTICASNO
PROCESSODECOMPRASDOTJPB
M.T.A.L.Arruda(GA);M.C.M.Cavalcanti(DE);P.A.C.Dantas(GA) ;H.H.O.Santiago(GA)
1
(DE)DoutorandaemEducao
RESUMO
O presente artigo objetivou identificar os aspectos da funo compras e sua relao com as disfunes dos
procedimentosburocrticos,eseureflexonosprocessosdecomprasdaGernciadeMaterialePatrimnioGMAT
do Tribunal de Justia da Paraba TJPB. Para isso, foi realizada uma pesquisa descritiva, de abordagem quali
quantitativa,efoiaplicadoumquestionriocomoformadeauxlioaoalcancedosobjetivosdispostos.Osresultados
mostraram que os colaboradores reafirmam a importncia da padronizao na solicitao de materiais, indicaram
tambm que o atendimento s solicitaes dos pedidos lento e tal processo repleto de gargalos, apontaram
aindaqueaprincipalcausadoatrasonaentregademateriaisaausnciadealgumdocumentoeovastonmerode
etapasdoprocesso,e,almdisso,expuseramquehumdficitquantocapacitaodoscolaboradoresemrelao
satividadesexercidasnosetor.
PALAVRASCHAVE:funocompras,teoriaburocrtica,disfunesdaburocracia.
SHOPPINGINTHEPUBLICSECTOR:AVISIONABOUTOFDYSFUNCTIONBUREAUCRATICIN
PROCESSPURCHASESTJPBABSTRACT
ABSTRACT
Thisarticleaimedtoidentifyaspectsoftheprocurementfunctionanditsrelationshipwiththedysfunctions
of bureaucratic procedures and its reflection in the purchasing process of the Management of Materials and
Patrimony GMAT of the Court of Justice of Paraiba TJPB. For this, a descriptive research, qualitative and
quantitative approach was performed, and a questionnaire was applied in order to aid the achievement of the
objectives set forth. The results showed that employees reaffirm the importance of standardization in the
solicitationmaterials,italsoindicatedthatcompliancewiththerequestsofapplicationsisslowandthisprocessis
fraught with bottlenecks, yet showed that the main cause of delay in delivery of materials is the absence of a
document and the vast number of process steps, and moreover that there is a deficit exposed as the training of
employeesinrelationtotheactivitiesperformedinthissector.
KEYWORDS:procurementfunction,bureaucratictheory,bureaucracysdysfunctions
COMPRASNOSETORPBLICO:UMAVISOACERCADASDISFUNESBUROCRTICASNO
PROCESSODECOMPRASDOTJPB
INTRODUO
A temtica da gesto de compras na administrao pblica abordada nessa pesquisa
considera o carter burocrtico e suas disfunes, no que se refere construo do processo
licitatrio e seus desdobramentos na Gerncia de Material e Patrimnio GMAT setor
responsvelpelascomprasdoTribunaldeJustiadaParabaTJPB.
Numaabordagemconceitualedeabrangnciagenrica,aadministraodemateriaistem
comoumdeseuspilaresafunocompras,eapartirdestaatividadeasempresasconseguem
alcanarumaboavantagemcompetitiva.Nagestopblicaoesforodafunocomprassevolta
paraabuscadaexcelnciadegesto,naperspectivanamelhorutilizaodosrecursospblicos.
Comprasfeitasdemaneiracorreta,observandoofluxodeentradaesadademateriais,usando
bonsprazos,praticandoumapolticadepesquisadepreodefornecedores,possibilitamqueas
empresaseconomizememelhoremseusprocessos.
As organizaes so estruturadas das mais diferentes formas e consequentemente a

maneira de realizar compras diferente, sendo a sua formatao diretamente relacionada
realidade de cada empresa. Analisando as empresas atuais, notase uma tendncia ao
desenvolvimentodeestruturasorgnicas,flexveisequeseadaptamasinflunciasdoambiente.
As organizaes pblicas, por sua vez, possuem uma configurao diferente das empresas
privadas.Emcertosaspectosessasorganizaesnoabsorvemtorapidamenteasmudanasdo
ambiente externo. Muito dessa rigidez se deve ao modelo burocrtico de organizao ao qual
pertencem as organizaes pblicas, seguida da necessidade de utilizao de modelos pr
definidos,impostosporlei.
Para o leigo, a burocracia sinnima de excesso de papelada, lentido e apego

desnecessrioaregulamentos(CHIAVENATO,2011).Estaimagemestrelacionadasdisfunes
existentesnosistemaburocrtico,equemestdeforaenxergaessasdisfunescomoosistema
emsi,comdestaqueesferapblica,ondeseverificaumamaiorapropriaodestestermos.De
fato, a Teoria Burocrtica surgiu como uma alternativa ao desenvolvimento das empresas, e
necessidade de se estruturar melhor o seu funcionamento. Sendo assim, a existncia da
burocracianoemsiacausadasdeficinciasdofuncionalismopblico,sosuasdisfunesque
afetamaqualidadedoservio.
Trazendo essa realidade para a funo compras dentro das organizaes pblicas,
encontramos outros pontos que vm reforar a ideia de se compreender melhor a burocracia
dentrodesseambiente.Sabesequeoprocessodecomprasemrgospblicosdeveobedecer
muitomaisrequisitosdoqueemempresasprivadas.ALei8.666/93determinacomodevemser
realizadas as compras no setor pblico, sempre atentando para o princpio da legalidade da
administraopblica.importantequeosetordecomprasobedeaaessasregras,paraestar
acobertado e respaldado na lei. Tendo isto em mente, focase na questo central do estudo:
Como o processo de compras influenciado pela disfuno burocrtica existente nas
organizaespblicas?
Diantedaquestocentralapresentada,esteestudosepropeaidentificarosaspectosda
funo compras, sua relao com as disfunes dos procedimentos burocrticos, e seu reflexo
nos processos de compras na GMAT do TJPB. Para o alcance desse objetivo preciso: a)
compreendercomosedoprocessodecomprasnoTJPB,ilustrandoofluxodoprocesso;b)fazer
uma compilao entre os entraves burocrticos encontrados na literatura e os presentes no
processo de compras do TJPB; c) apontar adequaes que se faam necessrias dentro do
processoatual,deformatalquenovdeencontroaosistemadeadministraovigente.
Os estudos acerca dos reflexos da burocracia no processo de compras de qualquer
instituiopblicavmaesclarecerpontosimportantes,que,porsuavez,trazemcontribuies
tanto para a prpria organizao quanto para todos os elementos inseridos nesse contexto.
Muito se fala que a burocracia trava o andamento dos processos sob os quais ela se insere,
porm,aformalizaodosprocedimentosrealmentenecessria,aindamaisquandosetratade
rgospblicos.Essaumaquestorelevanteparatodososnveisdasociedade,poisatravsde
umaexplanaomaiordessetemapodeseconcluireentenderosreaismotivosdemuitasaes
praticadas por determinadas instituies que fazem uso de processos burocrticos, e com o
processo de compras do TJPB no diferente. Nesse sentido, o estudo importante para a
prpriainstituioconhecerosentravesqueestopresentesnoseuprocessodecompras,epara
que, apresentado isto, possa otimizlo de maneira eficiente, sem fugir de todos os pontos
essenciais que so necessrios ao funcionamento correto do processo. Tambm interessante
destacar a contribuio academia e seus respectivos estudantes, que obtero um exemplo
prtico de como se aplica o modelo burocrtico no processo de compras de uma organizao
pblica, e dessa forma podero utilizarse desse legado para eventuais estudos ou pesquisas
futuras.
MATERIAISEMTODOS
Ainvestigaocientficarequerparasuaconcretizao,autilizaodeumametodologia
que assegure a eficcia na captao de respostas. Posto isso, o presente estudo se props a
investigarosaspectosdafunocomprasnaadministraopblica,comnfaseaidentificao
dos aspectos legais do modelo burocrtico de gesto e seus reflexos no setor de compras do
TJPB. Para alcanar esse objetivo, a metodologia adotada composta por uma pesquisa
descritiva de abordagem qualiquantitativa. O universo dessa pesquisa o TJPB e sua amostra
no probabilstica intencional a GMAT, setor responsvel por todo o processo de compras,
fluxodemateriaisegerenciamentodepatrimniodoTJPB.
Osdadosdapesquisaforamcoletadosatravsdeentrevistasestruturadasequestionrio
baseado na escala de Likert. Tal questionrio observou quantitativamente o nvel de
concordncia dos respondentes s questes abordadas, interpretando qualitativamente o
resultado para obter respostas para o problema de pesquisa. O questionrio foi aplicado aos
colaboradores da GMAT do TJPB. Os dados obtidos com esses instrumentos foram analisados
com uma abordagem qualiquantitativa, onde se procurou interpretar os pontos levantados e
observar as respostas que surgiram. Para compreender como se d o processo de compras no
TJPB foram feitas entrevistas estruturadas com os funcionrios do setor. De posse dessas
informaes,ofluxodecomprasfoiilustradoatravsdeumfluxograma.Atravsdaaplicaodo
questionrio foi possvel identificar os entraves burocrticos que foram apontados pelos
respondentes,eassimatingiroobjetivodapesquisa.
Pararesponderaoquestionamentolevantadonaproblemticadopresenteestudofezse
uso do questionrio, instrumento de coleta de dados que permite ao pesquisador obter as
respostasqueoauxiliaramaatingirseusobjetivosdepesquisa.
OquestionrioutilizadonesteestudofoibaseadonaescaladeLikert,quemedeograude
concordnciadoentrevistadoacadaafirmao.Noquestionrioutilizado,cadaitemLikertvem
seguido das opes: discordo totalmente, discordo, indiferente, concordo e concordo
totalmente. Dentre estas opes o respondente ir marcar aquela que reflete a sua opinio
acercadaafirmao.
OinstrumentodecoletadedadosfoiaplicadoaseisfuncionriosdaGMAT,setorquefoi
analisado durante a pesquisa. Todos os colaboradores participantesesto em um mesmo nvel
hierrquico,entretanto,exercemfunesdiferentes.
Para uma melhor compreenso dos resultados, o questionrio foi dividido em quatro
gruposdeassertivas,cadaumadelasabordandoascaractersticasdoprocessodecompraseas
disfunesdaburocraciapresentesnofluxonaGMAT.
RESULTADOSEDISCUSSO
A anlise dos dados foi realizada de forma a medir o grau de concordncia dos
respondentes a cerca das afirmaes e, a partir disso, obter as informaes necessrias para
responderosquestionamentosdesteestudo.
Ogrficoabaixotrazaspercepesdoscolaboradoresacercadogrupodequestes(Q1,
Q2eQ3,presentesnoapndice)referentepadronizaoedefiniodefunesdetrabalho.
120%
100%
80%
60%
Concordo
40%
20%
0%
Q1
Q2
Q3
Figura1Padronizaoedefiniodefunesdetrabalho
Fonte:Pesquisadireta,2014.
Atravsdosresultadosobtidos,percebesequetodososparticipantesconcordamquea
padronizaonasolicitaodemateriaisimportanteparasemanterocontroledaatividade.No
ambiente da GMAT observouse que h uma padronizao na solicitao de materiais. A
solicitao feita atravs do preenchimento de formulrios, de uso obrigatrio, que esto
disponveis no portal do TJPB. A respeito da definio das funes exercidas por cada
colaborador, as respostas obtidas demonstraram que 83% dos respondentes consideram
importante a clara definio da funo a ser exercida e a delimitao da autonomia em suas
atividades. Apesar da maioria dos respondentes concordarem com as afirmativas acerca da
definiodasfunes,17%discordamdasafirmativas.Sendoassim,podemosconcluirqueessas
pessoasnoenxergamaimportnciadadefiniodefunes.
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Concordo
Q4
Q5
Figura2Importnciaeagilidadedofornecimentodemateriais.
Ogrfico2trazaspercepesdoscolaboradoresacercadogrupodequestes(Q4eQ5,
disponveisnoapndice.)referenteimportnciaeagilidadedofornecimentodemateriais.
Aprimeiraafirmativateve100%deconcordnciaetratadaimportnciadofornecimento
de materiais para o bom andamento das atividades da organizao. Como a GMAT a
responsvel pelo fornecimento de materiais para todo o TJPB e suas respectivas comarcas, o
percentualdeconcordnciatemumreflexopositivo,poissignificaqueoscolaboradorestmo
pensamentoalinhadocomopropsitodosetoranalisado.
A segunda afirmativa traz que as pessoas no precisam esperar muito para ter suas
solicitaesdemateriaisatendidas,sendooprocessodecomprassempremuitorpido.17%dos
respondentesconcordaramcomaafirmativa.Onveldeconcordnciaparaessaassertivaaponta
queessanoarealidadedosetor,mostrandoqueoprocesso,naverdade,lentoerecheado
degargalos.
60%
50%
40%
30%
Concordo
20%
10%
0%
Q6
Q7
Q8
Figura3Atrasosnaentregademateriais.
Ogrficoacimatrazaspercepesdoscolaboradoresacercadogrupodequestes(Q6,
Q7eQ8,disponveisnoapndice.)referenteaosatrasosnaentregademateriais.
Aprimeiraafirmativaestrelacionadaaoatrasodoprocessoporfaltadedocumentaoe
houve50%deconcordnciacomaassertiva.Asegundaafirmativadestegrupotrazafaltadeum
funcionrio como principal causa dos atrasos em entregas de materiais e no houve nenhuma
concordncia para assaassertiva. Aterceira afirmativa traza quantidade excessivade etapas a
serem realizadas como causa do atraso na entrega de materiais e 50% dos respondentes
concordaramcomaassertiva.
Deste grupo de questes podese extrair que pelo menos metade dos colaboradores
consideram como causas dos atrasos na entrega de materiais a falta de algum documento e a
quantidadeexcessivadeetapasnoprocesso.
120%
100%
80%
60%
Concordo
40%
20%
0%
Q9
Q10
Q11
Q12
Figura4Normatizaoeatribuiodetarefas
Ogrficoacimatrazaspercepesdoscolaboradoresacercadogrupodequestes(Q9,
Q10,Q11eQ12,disponveisnoapndice.)referentenormatizaoeatribuiodetarefas.
Naprimeira,segunda,eterceiraafirmativas,100%dosparticipantesconcordaramcomo
que foi exposto nas assertivas relacionadas atribuio, responsabilidade e normatizao das
tarefasdaGMAT.Apenasnaquartaafirmativaqueaporcentagemdeconcordnciacaipara66%.
Atravs das respostas obtidas podese inferir que os colaboradores do setor, em sua
maioria,consideraimportantequehajapadronizaoenormatizaonastarefas.Entretanto,os
34% que discordaram da assertiva Q12 Na GMAT, todas as tarefas so descritas e definidas
claramenteparaosfuncionriosdemonstraramqueonveldedefiniodasfunesdosetor
noconsideradoideal.Talfatomostraque,mesmoamaioriadosfuncionriostendoumbom
entendimentodasfunesaseremexercidas,aindaassimalgunscolaboradoresaparentamno
estarem sendo instrudos de forma eficaz. A partir das respostas obtidas e pela inferncia dos
pesquisadores foi criado um possvel fluxo ideal para a compra dos materiais no TJPB, que
apresentadoabaixo:
Figura5:FluxoidealdecomprasnoTJPB.
O fluxo proposto baseado nas expectativas legais e de desempenho para o TJPB. O
processo apresentado acima poderia ser mais bem organizado, mas as disposies legais
bloqueiamalgumasalternativaseaindafazemsurgirnovasfases.
CONCLUSO
Falasedemasiadamentequeoprocessodecomprasdasinstituiespblicassinnimo
de prticas engessadas, com excesso de aes burocrticas, que tornam todo o mtodo de
obtenodeprodutoslentoecansativoparaaspartesdiretamenteenvolvidaseinteressadasno
seu bom andamento. um pouco de verdade que isso realmente ocorre, mas no se pode
qualificar burocracia como um obstculo uma vez que ela necessria por uma srie de
fatores legais e administrativos , nem tampouco como uma desculpa para justificar o mau
empregodosrecursosemcomprasequivocadas.
Diante disso, notase uma necessidade latente por parte da direo em investir
principalmente em dois pontos principais: treinamento do pessoal envolvido com todo o
processo,epadronizaodasatividadescomoformademelhorarcontinuamenteosresultados
obtidosnotrabalho.
NaGernciadeMaterialePatrimnioGMATdoTribunaldeJustiadaParabaTJPB
no diferente. Porm, atravs deste breve levantamento feito e das observaes realizadas,
percebeuse que ainda h muito que melhorar. Tanto com relao ao treinamento da equipe,
quanto no sentido da padronizao das atividades e tarefas, objetivando alcanar uma maior
eficciaeconsequentementeumamaiorqualidadenosserviosofertados.
Valesalientarquetodaequalquermudanaquevenhaaserpropostaouimplementada
deve estar amparada legalmente, j que tais artifcios so imprescindveis para que, de fato, a
mudana possa ter um carter positivo e benfico para os futuros atos desenvolvidos pela
gerncia.
Outro ponto que foi observado e que merece destaque mesmo no sendo um dos
objetivos desta pesquisa relacionase com a ausncia notria de empowerment entre os
colaboradoresdosetor,ondepoucosdetinhamoconhecimentofrenteequipe.Oque,decerta
forma,prejudicialrealizaodastarefaseatividadesdamaneiracorreta.
FIGURAS
120%
100%
80%
60%
Concordo
40%
20%
0%
Q1
Q2
Q3
Figura1Padronizaoedefiniodefunesdetrabalho
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Concordo
Q4
Q5
Figura2Importnciaeagilidadedofornecimentodemateriais.
60%
50%
40%
30%
Concordo
20%
10%
0%
Q6
Q7
Q8
Figura3Atrasosnaentregademateriais.
120%
100%
80%
60%
Concordo
40%
20%
0%
Q9
Q10
Q11
Q12
Figura4Normatizaoeatribuiodetarefas
Figura5:FluxoidealdecomprasnoTJPB.
1. GONALVES, Paulo Srgio. Administrao de Materiais / Paulo Srgio Gonalves 3 Ed.
RiodeJaneiro:Elsevier,2010.
2. VIANA,JooJos.AdministraodeMateriais:umenfoqueprtico/JooJosViana1Ed.
11reimpr.SoPaulo:Atlas,2010.
3. LAKATOS,E.M.Sociologiadaadministrao.1ed.8reimpr.SoPaulo:Atlas,2009.
4. VIANA,JooJos.Administraodemateriais:umenfoqueprtico.1Ed.9reimpr.So
Paulo:Atlas,2009.
5. Lei n 8.666 de 21 de junho de 1993. Disponvel em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm>Acessoem11fev.2014.
10
<
ALIDERANAFEMININANOMUNDODOTRABALHO:UMESTUDODECASONOIFPB,CAMPUS
JOOPESSOA
H.S. O. Santos (IC)

InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoaGraduandoemBachareladoemAdministrao;
email:heldersosantos@gmail.com
RESUMO
O presente artigo busca descrever o perfil de

competncia profissional das gestoras do Instituto
Federal de Educao, Cincia e Tecnologia da Paraba,
CampusJooPessoa,paraoexercciodagestoecomo
elas conciliam vida profissional e familiar. Teve como
objetivo identificar o perfil sciodemogrfico das
pesquisadas, sondar as estratgias que elas utilizam
para conciliar vida familiar e profissional e averiguar as
competnciasexigidasparaaocupaodeseuscargos.
A metodologia utilizada se baseou em dados quali
quantitativos, coletados atravs de aplicao de
questionrios as pesquisadas. Os resultados obtidos
apontam que a maioria das respondentes composta

por mulheres de carreira, que tem uma carreira e vida
familiarestveis.Vemosqueasgestorascolaboramcom
grande parte do oramento familiar, apesar da
sociedadeaindapartirdopressupostodequeohomem
ograndemantenedordafamlia.Aofinal,foipossvel
constatar que as entrevistadas buscaram meios parar
conciliar suas responsabilidade, e que a maioria das
respondentescompostapormulheresdecarreira,que
no abriram mo do desejo de formar uma famlia e
nemporissodeixaramdeexercerumcargodegesto.
PALAVRASCHAVE:lideranafeminina,gnero,mulher,mercadodetrabalho.
WOMEN'SLEADERSHIPINTHEWORLDOFWORK:ACASESTUDYINIFPB,CAMPUSJOO
PESSOA
ABSTRACT
This article aims to describe the profile of

professional competence of female managers at the
Federal Institute of Education, Science and Technology
of Paraiba, Joo Pessoa campus, for the financial
management and how they reconcile work and family
life.Theobjectivewastoidentifythesociodemographic
profileoftheresearchedwomen,probingthestrategies
they use to reconcile family and professional life and
determinetheskillsrequiredfortheoccupationoftheir
positions. The methodology used was based on
qualitative and quantitative data collected through
questionnaires. The results indicate that most

respondents are career women, having a stable career
andfamilylife.Weseethatfemalemanagerscooperate
with much of the family budget, while society still
assume that man is the primary maintainer of the
family.Finally,itwasfoundthattherespondentssought
ways to reconcile their responsibility to stop, and that
mostofthemarecareerwomenwhodidnotgiveupof
the desire of forming a family and not really stopped
seeking
a
management
position.
KEYWORDS:femaleleadership,gender,women,labormarket.
ALIDERANAFEMININANOMUNDODOTRABALHO:UMESTUDODECASONOIFPB,CAMPUS
JOOPESSOA
INTRODUO
Uma das mudanas mais importantes que ocorreram no sculo XX foi a participao da
mulhernomercadodetrabalho,tendoaumentadoconsideravelmentenasltimastrsdcadas
(TANUREetal.,2006eDAMASCENO,2010).Onmerodemulheresnomercadodetrabalhoest
aumentandoeestefenmenoestocorrendonospasesdesenvolvidoseemdesenvolvimento,e
oBrasilnoexceo.Muitasorganizaespreferemotrabalhofeminino,devidoacapacidade
detrabalhoemequipe,persuaso,cooperao,flexibilidade,intuio,criatividade,pacincia,e
de um maior senso de justia, entre outras caractersticas que normalmente elas possuem em
contraposio as questes masculinas; individualismo, autoritarismo, objetividade, velocidade,
centralizao,competioevisoglobalizada,mas,apesardesteperfiltraado,poucasmulheres
tmconseguidochegaraotopodahierarquiaempresarial(PROBST,2003).Oquesenotaque
asdificuldadesmasculinassoashabilidadesqueasmulheresdesenvolveramemsuamaneirade
gerenciar,embora sejaimportantefrisar queessas caractersticas no podem serconsideradas
estanques, pois alguns homens podem apresentar algumas caractersticas de gerenciamento
femininoeviceversa.
Menda (2004) ressalta que a diferena entre os gneros percebida no decorrer da
histria, principalmente como sinais de superioridade do homem sobre a mulher. Isso ocorre
atravsdeumaeducaomachistaqueaindapersistenasociedadeatual.DeacordocomMenda
(2004) e Tanure et al. (2006) estudos apontam que a famlia produz um impacto forte sobre a
carreiraprofissionaldoindivduo.Nessepontoohomemmaisfavorecidoqueamulher,poisa
mulher colabora para que ele invista na carreira, principalmente se ela no fizer parte do
mercado de trabalho, enquanto que ela prioriza mais famlia e filhos (MENDA, 2004; TANURE,
2006).
Isso tambm ocorre por falta de oportunidade para as mulheres nas empresas, onde se
verificamaiornmerodehomensnosaltoscargosorganizacionais.Verificasequeasmulheres
necessitam de condies especiais para trabalhar e crescer em virtude da sobrecarga que
enfrentamprofissionalepessoalmente(MENDA,2004;TANURE,2006).
Asmulheresemgeralvmlutandocontraessepreconceitoque,mesmocomoaumentoda
participao feminina no mercado de trabalho, ainda persiste. So transformaes difceis
porque a antiga concepo, do homem como provedor do capital em prol da famlia, est to
arraigada que esta mudana cultural demora a ocorrer principalmente no meio gerencial
(JONATHANeSILVA,2007).
GESTOPORCOMPETNCIAS
Todosossereshumanossodotadosdeaptidesmentaisouintelectuais,porqueaptides
soatributospessoaisinatos.Porm,duranteavida,algunsdesenvolvemessasaptidesmaisdo
queoutros(RESENDE,2000).
As organizaes consideram competente o profissional que manifesta um saber agir
responsvelereconhecido,queimplicamobilizar,integrar,transferirconhecimentoserecursos,
habilidades, que agreguem valor econmico organizao e valor social ao indivduo
(FLEURY,2000).
A Competncia de informao tem no seu centro dados aglomerados, elaborados,
armazenados, transmitidos ou aplicados em uma determinada situao. O exerccio da
competnciadainformaoefetivasenoatodeorganizla,tratlaedetransmitila(RESENDE,
2000).
As competncias tcnicooperacionais so aplicaes de conhecimentos especficos, s
vezes associadas com aplicaes de capacidades e agilidades, aplicadas em atividades
profissionaisoucargossemiespecializadosouespecializados(RESENDE,2000).
Aocontrriodascompetnciasgerenciaismaisligadasaosaspectoscomportamentais,que
soaplicveiscomrazovelamplitudeemdiversostiposdeempresas,ascompetnciastcnicas
tmmaiorgraudeespecificidade.Devem,portanto,serpensadaseavaliadasparacadaempresa,
contexto competitivo e rea (FLANNERY; HOFRICHTEP; PLATEN, 1997). So exemplos de
competncias tcnicas a gesto financeira, gesto comercial, negociao, gesto industrial,
dentreoutras.
A noo de competncia remete ao indivduo, responsabilidade pela conquista do
empregoequevisamobilizararesponsabilidadedotrabalhadoremproldeseureconhecimento
edoprocessoprodutivo.
ALIDERANAFEMININA
As pessoas que se destacam como lderes, estaro projetando sua posio para um nvel
maiselevado,alcanandoumanovaetapaefaziamudanasnomeioemquevive,nasuacidade,
paseemalgunscasosatnoplaneta.
Existeumadimensomuitoimportante,nosparaasorganizaes,mastambmparaa
sociedadecomoumtodo,queaparticipaodamulhernocontextodotrabalhoeosreflexos
da sua maneira de pensar, agir e sentir sobre os fenmenos evidenciados na complexidade
organizacional(MADRUGAet.al.,2001).
Segundo Menda (2004), no momento em que as mulheres comearam a inseriremse no

mercado de trabalho, as questes que envolvem as relaes de trabalho entre a modeobra
masculina e feminina comearam a emergir. A maioria dos discursos nas organizaes sempre
pregouigualdadedecondieseoportunidadesparaosexofemininoemasculinonoambiente
organizacional. Entretanto, ainda existe uma clara evidncia com relao desigualdade da
participaodamulhernomercadodetrabalho,sejaquantoaosnveissalariais,possibilidadede
crescimentonacarreiraouoportunidadesdeexercerdeterminadasfunes.
O processo de empoderamento da mulher pode ser avaliado por diversos aspectos, mas
ser preciso perceber que a mulher sempre foi excluda da esfera pblica e da categoria de
cidadefoiatravsdesualutadentrodaesferafamiliarecomunitriaqueelafoiseengajando
em projetos maiores e rompendo todos os limites at atingir seus sonhos e aspiraes
(CKAGNAZOROFF e MACHADO, 2008). Eles relatam que ainda se percebe a convivncia
desfavorvel em relao as mulheres, principalmente nos vnculos trabalhistas, onde h
diferentes nveis de participao, remunerao, distribuio de poder e controle. Tambm foi
percebido que o acesso das mulheres est ampliado, mas no igualitariamente distribudo.
Sendoevidentequenecessriopercorreraindaumlongocaminhoatqueocorraaequidade
dognero.
Segundo Bartolom (2001), h um crescente nmero de mulheres dentro do ambiente
organizacional exercendo cargos que at ento eram ocupados apenas por homens. Diante da
persistncia dessas mulheres em atuar, simultaneamente, como mes, donas de casa e
profissionais,surgiuointeresseempesquisarsobreasgestorasdoInstitutoFederaldeEducao,
CinciaeTecnologiadaParaba,campusJooPessoa.
METODOLOGIA
ApesquisafoiproduzidanoInstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadaParaba,
campus Joo Pessoa. Para alcanar os objetivos estabelecidos da pesquisa, foi preciso
desenvolverumestudodenaturezaaplicadacomabordagemqualiquantitativa,quenosproveu
informaes acerca do perfil scio/demogrfico das gestoras do Instituto Federal de Educao,
Cincia e Tecnologia da Paraba, campus Joo Pessoa. Como tambm a percepo dessas
mulheressobreoperfilprofissional paraocargoeosmeiosapontadoseempregadosporelas
paraaconciliaodavidafamiliaredesenvolvimentoprofissional.
Para a coleta de dados, foram executados a aplicao de questionrios tendo em vista a
populaototalde22gestoras,dosquais11puderamresponderoquestionrio.Oquestionrio
foi composto por 6 questes de mltipla escolha e 2 questes abertas. Foram analisadas a
escolaridade,faixaetria,estadocivil,nmerodefilhos,colaboraodagestoranarendafamiliar
e a experincia da gestora em cargos de liderana. Bem com as estratgias utilizadas para
conciliarvidafamiliareprofissionaleascompetnciasexigiaspelocargoqueocupa.Paraqueos
objetivosespecficospudessemserrespondidos,oquestionriofoirespondidoporcercade50%
das gestoras do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia da Paraba, campus Joo
Pessoa.
ANLISEDOSDADOSOBTIDOS
ESCOLARIDADE
Na tabela 1 observamos que 54,55% das gestoras possuem psgraduao, 27,27% tem
mestradoe18,18%doutorado.
GraudeEscolaridade
Frequncia
Psgraduao/MBA
54,55
Mestrado
27,27
Doutorado
18,18
Total
11
100
Fonte:dadosdapesquisa.Maro2014.
Osdadosacimasinalizamqueoingressoepermanncianaocupaodecargosdegesto
impeaquisiodeconhecimentosemnvelsuperiorcompleto.Estesdadostambmsinalizam
paraofatodequeamaioriadasmulheresqueocupamcargodegestotrabalhaequalificase
profissionalmente,apesardasresponsabilidadesfamiliares.
FAIXAETRIA
Na tabela 2 notamos que 54,55% das pesquisadas tem entre 51 e 60 anos, enquanto
45,45%possuementre41e50anosdeidade.
Idade
Frequncia
Entre41e50anos
45,45
Entre51e60anos
54,55
Total
11
100
O exposto acima pode significar que para ocupar um cargo de gesto preciso de
experinciaecertograudematuridadeprofissional.
ESTADOCIVIL
Natabela3verificouseque54,55%daspesquisadassocasadas,27,27%estosolteirase
18,18sodivorciadas.
Estadocivil
Frequncia
Solteira
27,27
Casada
54,55
Divorciada
18,18
Total
11
100
Podese presumir, devido a maior parte da populao estudada estar em uma unio
estvel, que h um grande nmero de pessoas com maiores responsabilidades em cargos de
gesto.Amaioriadasrespondentescompostapormulheresdecarreira,quenoabrirammo
dodesejodeformarumafamliaenemporissodeixaramdeexercercargodegesto.
NMERODEFILHOS
Na tabela 4 podemos observar que 45,45 das gestoras tem dois filhos, 27,27% possuem
umfilho,18,18%notemnenhumfilhoe9,09%temmaisdetrsfilhos.
Nmerodefilhos
Frequncia
NenhumFilho
18,18
UmFilho
27,27
DoisFilhos
45,45
MaisdeTrsFilhos
9,09
Total
11
100
Estes dados (Tabela 4) encontram consonncia com o que demonstram estatsticas do

InstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatsticaIBGEsobreadiminuiodenmerodefilhosnas
famliascommelhornveldeinstruoeengajamentodamulhernomercadodetrabalho.
CONTRIBUIONARENDAFAMILIAR
Natabela5podemosconstatarque63,64%dapopulaoentrevistadacontribuide50%a
80%narendafamiliar,27,27%colaboramcommaisde80%e9,09%commenosde30%.
Contribuio
Frequncia
Menosde30%
9,09
De50%a80%
63,64
Maisde80%
27,27
Total
11
100
Na tabela 5 notamos que 63,64% das gestoras contribuem de 50% a 80% com a renda
familiar. Esse dado coopera com as informaes do referencial terico sobre a mulher que
desempenhavriospapis.Almde,muitasvezes,seranicamantenedoradafamlia;ouseja,
crescenteonmerodemulheresquedividemosencargosdomsticosou,atmesmo,sochefes
de famlia. Mas apesar das mulheres representarem grande parte do oramento familiar a
sociedadeaindavseusparceiroscomooprincipalresponsvel pelasustentaofinanceirado
lar.
EXPERINCIAEMCARGODELIDERANA
Na tabela 6 observase que 36,36% das gestoras esto em cargo de gesto a mais de 10
anos,omesmovaleparaasqueestode2a5anos.18,18%estoamenosde2anose9,09de5
a10anos.
Experinciadeliderana
Frequncia
Menosde2anos
18,18
De2a5anos
36,36
De5a10anos
9,09
Maisde10anos
36,36
Total
11
100
Para as funes de gesto as respostas indicam um perfil profissional capaz de motivar a

comunidade acadmica para a promoo de um ensino de qualidade, fazendoa seguir suas
orientaes, alm de se tornar exemplo de comprometimento e lealdade com as polticas e

diretrizesdaInstituioperanteseusliderados.Arealizaopessoalfazcomqueessasmulheres
exeram suas funes com dedicao, mas nada impede que as tambm o faam por
necessidade.
OBSERVAO: Nas questes a seguir algumas entrevistadas citaram um ou mais pontos
abordados,enquantooutrasnocitaramnenhum.
VARIVEIS DA PESQUISA COM RELAO S ESTRATGIAS UTILIZADAS PARA CONCILIAR VIDA
PROFISSIONALEFAMILIAR.
Na tabela 7 vemos que cinco gestoras apontaram apoio do marido e/ou filhos como
estratgiautilizadaparaconciliarvidaprofissionalefamiliar,outrascincodisseramqueutilizama
ajuda de uma empregada domstica como meio de transitar entre seus afazeres de forma
harmoniosa. Duas afirmaram que no levam trabalho para casa, e outras duas falaram que
procrastinadorasequetemdificuldadeemconciliarseusafazeresedeplanejarsuasatividades.
Variveis
Frequncia
Apoiodomaridoe/oufilhos
Ajudadeumaempregadadomstica
Nolevatrabalhoparacasa
Procrastinao,dificuldadedeconciliaoeplanejamento
A maioria das entrevistadas afirmou que o apoio dos seus familiares e a ajuda de uma
empregada domsticas so suas principais ferramentas para conseguir realizar todos os seus
afazeres.Algumasdisseramquenolevamtrabalhoparacasa,afimdepoderaproveitarmelhor
o tempo com a sua famlia. J uma pequena minoria disse que no consegue planejar suas
atividades e nem conciliar sua vida familiar com sua vida profissional, devido a falta de
planejamentoeprocrastinao.
O CARGO EXIGE QUE AS GESTORAS TENHAM ALGUMA COMPETNCIA ESPECFICA PARA SUA
OCUPAO?
Natabela8observamosque81,82%dasentrevistadasafirmaramqueprecisotercertas
competnciasparaoexercciodasuafuno,enquanto18,18%disseramquenoprecisamde
competnciasespecficasparaasuareadeatuao.
Existemcompetnciasexigidaspelocargode
ocupaodagestora?
Frequncia
Sim
81,82
No
18,18
Total
11
100
Este resultado reflete que para o exerccio do cargo de gerencia necessrio que suas
ocupantesapresentemcompetnciasquevodeacordocomoperfildaposiodelideranaque
serocupada.
CONCLUSO
A partir da pesquisa realizada no Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia da
Paraba,campusJooPessoa,foipossvelconstatarqueasgestoras,emsuatotalidade,contam
com o apoio dos familiares e os utilizam como suporte estratgico para conciliar seus afazeres
pessoais com as variveis no mbito do trabalho. Contribuem de forma significativa na renda
familiar,sendo,pormuitasvezes,aprincipalresponsvelpelosustentodafamlia.
Apesquisatranscorreudeformatranquila,asentrevistadas,mesmocomtodaagamade
atividades,sedispuseramdeimediatoacolaborarcomdocentes.Porfim,aprofundamosnossos
conhecimentos a cerca da Gesto de Pessoas, descobrimos quo interessante o perfil de
liderana feminina e vimos de perto todas as dificuldades e desafios que essas mulheres
enfrentamevencemtodososdias.
Asempresasnodevemtemeresseprofissionaldevidoaltacargaderesponsabilidades
queelepossui,pelocontrrio,comosempreforamexpostasavriasadversidadesedesdecedo
vodeencontroainmerasbarreirascriadaspelasociedade,elassetornarampessoascomperfil
deextremaresilinciaematuridade.
REFERNCIAS
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daAssociaoNacionaldePsGraduaoePesquisaemAdministraoEnANPAD,2006.
10
AIMPORTNCIADAORGANIZAOLOGSTCADASCOMPRASEESTOQUESNOSETORPBLICO.
J.A.Silva(IC);C.Camala(IC)2;G.V.Dakal(IC)3,M.J.Castro(PQ)4
AcadmicosdoCursodeTecnologiaemLogstica;4PerodonoInstitutoFederaldeEducao,Cinciae
TecnologiadoAcre(IFAC)CampusXavierMaia;4InstitutoFederaldoAcre(IFAC)docenteEBTTCampuaiae
mail:logisticaifac2012@gmail.com;maria.castro@ifac.edu.br
1 23
(PQ)Pesquisador
RESUMO
O presente trabalho tem como que foco verificar a

aplicabilidade de logistica de suprimentos no setor
pblico, mais especificamente num rgo de
fornecimentodemedicamentosematerialhospitalardo
municpio de Rio Branco.Para isso foi escolhido um
rgopblicodaadministraodireta,responsvelpelo
SetorHospitalarMunicipal.ASecretariadeSadedirige
os centros, mdulos e unidades de sade,
consequentementeoresponsvelpeladistribuiode
todoomaterialnecessrioparaoplenofuncionamento
de cada unidade, bem como, setores e departamentos

doprpriorgo.Nodecorrerdoartigodescreveremos
oandamentodesseprocessodesuprimentoecomose
d.Analisandooprocedimentonaprticanomunicpio
deRioBranco/Acre,apontandoaadequadaologstica
deCompra,EstocagemeManuseiodemedicamentose
demais materiais que envolvem as atividades dirias
dessareaestudada.
PALAVRASCHAVE:Logstica,Estoques,Organizao,SetorPblico.
THEIMPORTANCEOFORGANIZATIONLOGSTCOFPURCHASESANDINVENTORIESINTHE
PUBLICSECTOR
ABSTRACT
Thisworkisfocusedtoverifytheapplicabilityoflogistic
supplies in the public sector, more specifically in an
organ supply of medicines and hospital supplies from
Rio Branco.Para it was chosen a public agency
administration directly responsible for the Hospital
Sector Municipal. The Department of Health runs the
centers,healthunitsandmodules,henceisresponsible
for the distribution of all the material required for the
full operation of each unit as well, sectors and
departments of the organ itself. During the course of

this article we describe the procurement process and
howtogive.Analyzingtheprocedureinpracticeinthe
city of Rio Branco / Acre, pointing to logistics FITNESS
Purchase,StorageandHandlingofmedicinesandother
materials that involve everyday activities that study
area
KEYWORDS:Logistics,Inventory,Organization,PublicSector
AIMPORTNCIADAORGANIZAOLOGSTCADASCOMPRASEESTOQUESNOSETORPBLICO.
INTRODUO
Todosossegmentosempresariaisbemcomoaadministraopublica,exigeseumaorganizao
logstica, eficiente e moderna, capaz de responder s exigncias do mercado. No setor pblico
existe um ambiente onde o cliente que o cidado, vislumbra expectativas em relao aos
tributosquepagaeaqualidadedosserviosimplementadospelosetorpublico,exigindosecada
vezmaisumagestoeficientedesuasreceitas.
neste contexto que rea de logstica tem se tornada uma ferramenta estratgica para as
organizaes,sendoconsideradaumareaquepodegeraganhoseresultados,sebemaplicadae
geridaformaeficiente.Agestologsticatemchamadoaatenopelosdesafiosepossibilidades
decontribuirnagestodeempresas.(ZANON,2008).
Alogsticaumaferramentaimportantssimaparasegerenciarestoquesedemaissuprimentos,
ambos,algoimportanteenecessrioparaobomandamentodasatividadesorganizacionais.Eno
setor pblico, planejar o que vai ser consumido e nas quantidades corretas tambm se torna
essencial,vistoquepodeevitarosdesperdcioseasfaltasdosmateriais,hajavistaqueafuno
predominantenaGestodeEstoquesnosetorpblicodealimentaraproduo,nosentidode
proverosmateriaisparaaprestaodosservioseGestodePatrimnioodezelarpelobem
patrimonialdasinstituies.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o resultado de uma pesquisa que visou
compreenderaaplicabilidadedelogisticadesuprimentosnosetorpblico,maisespecificamente
numrgodefornecimentodemedicamentosematerialhospitalardomunicpiodeRioBranco.
Para isso foi escolhido um rgo pblico da administrao direta, responsvel pelo Setor
HospitalarMunicipal.
A Secretaria de Sade dirige os centros, mdulos e unidades de sade, consequentemente o
responsvelpeladistribuiodetodoomaterialnecessrioparaoplenofuncionamentodecada
unidade, bem como, setores e departamentos do prprio rgo. No decorrer do artigo
descreveremos o andamento desse processo de suprimento e como se d. Analisando o
procedimento na prtica no municpio de Rio Branco/Acre, apontando a adequada logstica de
Compra, Estocagem e Manuseio de medicamentos e demais materiais que envolvem as
atividadesdiriasdessareaestudada.
Salientamosento,queoenfoquedopresentetrabalhocompreenderaimportnciadagesto
de estoques no setor pblico, mais especificamente num rgo de fornecimento de
medicamentosematerialhospitalardomunicpiodeRioBranco, observando a sua estrutura e
formacomoalogsticapodecontribuirdesdeomanuseiodosmateriais,acompraeaestocagem
demedicamentos.Buscandoainda,demonstrarquefundamentalaeficinciaoperacionalem
umsistemadegestoecontrolelogstico,hajavistaqueoobjetivofinaldosrgosgestoresda
readesadedeveseroderestabelecerepreservarasadedaspessoasqueoprocuram.
MATERIALEMTODOS
Comrelaoaosseusaspectosmetodolgicos,inicialmenteparaaconsecuodestapesquisafoi
realizadoumestudobibliogrficosobreosfundamentosetcnicasdalogisticadesuprimentos,
compras e estoques aplicados ao setor pblico. Esta pesquisa pode ser classificada como uma
pesquisa descritiva, visto que buscou observar, analisar e registrar os dados coletados na
empresa,semainterfernciadopesquisador(ANDRADE,1999).Dopontodevistadaformade
abordagem,estapesquisapodeserclassificadacomoqualitativaumavezqueseuobjetivofoio
deobterinformaessobreosfundamentos,tcnicaseemrelaoalogisticadesuprimentos,
compras e estoques no setor pblico, tendo como objeto de estudos a SEMSASecretaria
MunicipaldeSaudedeRioBranco.
Apesquisa,buscoucompreenderaaplicabilidadedelogisticadesuprimentosnosetorpblico,
mais especificamente num rgo de fornecimento de medicamentos e material hospitalar do
municpio de Rio Branco, analisando como est estruturada os aspectos da logistica de
suprimentos,compraseestoquesnosetorpblico.
Em relao aos procedimentos de pesquisa, adotouse o estudo de caso, que, segundo Yin
(2010),essemtododeinvestigaocompreendeumestudoexaustivodeumoupoucosobjetos,
permitindo assim um amplo e detalhado conhecimento do objeto de estudo. Para coleta de
dados, utilizouse a tcnica da entrevista com questes abertas e semi estruturadas.Num
primeiromomento,efetuouselevantamentodeinformaessobreofuncionamentodosetorde
almoxarifado, com visitao ao local, analisando a logstica do local, bem como, todo
gerenciamentodomesmo.
FUNDAMENTOSDALOGISTICA
Alogsticavistacomoumsistemaquesepreocupacomosuporteproduo,disponibilizando
matriasprimas no lugar o no momento em que so necessrios, com a distribuio dos
produtos acabados nos pontos de venda, ecom a integrao das diversas atividades visando
reduo de custos e melhoria da eficincia, por meio de uma aproximao entre clientes e
fornecedores.ADAPTADOBALLOU(2002)eCHRISTOPHER(1997)
Para um sistema funcionar de forma que venha obter satisfao, so necessrias diversas
ferramentas que contribuam para isto, podemos citar a tcnica de coleta e manuteno de
informaesemelhorianacomunicao,facilmenteauxiliadospelainformatizaoparaasmais
diferentestarefas,podendoassimterumaconhecimentodetodososprocessosocorridosdentro
do ambiente de trabalho. Como afirma Novaes (2001), as modernas tcnicas de gesto,
integradas a sistemas de informao e comunicao bem definidos, so ferramentas
indispensveisparaoapoiogestoeaoprocessodedecisodesistemaslogsticos.
Como parte fundamental desse sistema de informao, encontramos a administrao de
materiaisounumavisomaismoderna,achamadalogsticadesuprimentosouabastecimento,
que tem como atividade primordial, conciliar a necessidade de suprimentos com a otimizao
dos recursos financeiros e operacionais da empresa, entendo ainda os estoques como um
elementofundamentalparaequilibrararelaoentrecapacidadedefornecimentoedemanda,
uma vez que fornecimento e demanda no ocorrem, certamente, conforme o desejo dos
administradores.
A logstica de suprimentos trata do fluxo de produtos para a empresa, tendo como principais
tarefas:inicializaoetransmissodasordensdecompra;transportedosinsumos/materiaisat
a fbrica e manuteno de estoques, fornecendo apoio fundamental ao sucesso do sistema
logstico.ADAPTADOBALLOU(1993).
Conforme Gonalves (2007), numa viso moderna da administrao de suprimentos, existem

importantesreasdeabordagem,asaber:
a) Gesto de Compras: que tem como meta garantir a disponibilidade dos recursos a
serem transformados (materiais) e dos recursos de transformao (ferramentas, leos
lubrificantes, etc, dentro de instalaes), para todas as reas da organizao. Tendo
ainda a responsabilidade de desenvolver fornecedores que atendam os requisitos de
qualidadeeespecificaesexigidaspelaempresa,dentrodotempoexigidoparaentrega,
ecomcapacidadederepetio.
b) GestodeEstoques:estareaconsideradamuitoimportanteporgerir(gerenciar)a
garantiadadisponibilidadedositensnecessriosnoprocessoprodutivo,cuidandopara
quenadafalte,oquegeraparadasdemquinas,fazendocomquesejamatendidasas
necessidadesdosclientes,garantindoaeficcia.
c) Gesto da Distribuio: esta atividade adquire uma enorme importncia, uma vez
que tem a responsabilidade pelo recebimento, guarda e distribuio dos itens
comprados, entregando internamente as quantidades necessrias no momento exato,
alm de cuidarem da guarda e distribuio dos bens produzidos pela organizao,
fazendocomqueosmesmosejamdespachadosdeformaadequadaeseguraparaseus
destinosfinais.
Na viso de Carretoni (2000), a administrao de materiais precisa garantir o abastecimento

contnuo de suprimentos para a empresa obedecendo s especificaes necessrias, em prazo
determinado com os menores custos de aquisio. Para atingir a esse objetivo, deve estar
estruturada de maneira que contemple todas as atividades necessrias, conforme apresentado
nafiguraabaixo:
Fig.1:AtividadesdaAdministraodeSuprimentos
Fonte:Francischinietall(2004)
Pozo (2002) complementa que o controle dos nveis de estoque uma das funes mais
relevantesdaadministraodemateriais,eaaplicaodelgicaeracionalidadepodeauxiliarna
soluodeproblemasvinculadosaoestoque.
Competeentoadministraodemateriaiscoordenarasatividadesparaaquisiodematria
prima que visem abastecer as organizaes pblicas, privadas e indstrias, tambm controla o
estoque, a deciso de replo, a escolha de fornecedores, os processos de compras, a
armazenagem e a entrega, tudo sincronizado com as necessidades de produo, fazendo da
administraodemateriaisnosetorpblico,oprocessologsticomaispresente,poisareade
serviosquebasicamentedemandaoabastecimentodeprodutosparapermitiraexecuodos
serviospblicos.ADAPTADOROSA(2010)APUDLIMA,COSTAESILVA,2013).
Desse modo, concluise que a Administrao de Materiais ou Suprimentos uma atividade
fundamental para qualquer organizao, tendo como responsabilidade planejar, executar e
controlar, nas condies mais eficientes e econmicas, o fluxo de material, partindo das
especificaestcnicasdosartigosaadquirir,ataentregadoprodutoterminadoaocliente.
GESTODECOMPRASNOSETORPBLICO
Para Pozo (2002) a atividade de compras uma funo administrativa, pois em todos os
momentostomamsedecisesquantoaquantidades,origem,custosecredibilidadedossistemas
defornecimento,tantointernoscomoexternos,semprevoltadasparaosaspectoseconmicose
estruturaisdaempresa.
No setor pblico, em todas as esferas, federal, estadual ou municipal, as decises de compras
devem obedecer a certos preceitos legais, conforme determina o inciso XXI do art. 37 da
Constituio Federal de1988 e a Lei 8.666/93, regulamentos que estabelecem procedimentos
para licitao nas entidades pblicas ou a ela equiparada, ou seja, determina que as obras,
servios, compras e alienaes sero contratadas mediante processo de licitao pblica que
assegureaigualdadedecondiesatodosparticipantes,nosendoobjetodotrabalhodescrever
ouverificarestesaspectos
Nosetorpblicosoexigidasasmesmasprticasadministrativasedegestoqueasorganizaes
privadas praticam, embora o processo logstico do setor pblico ainda necessite de algumas
adaptaes e melhorias. Tanto na iniciativa privada com no setor pblico, o sistema logstico
deve refletir uma adequada administrao da movimentao de mercadorias, servios e
informaes, desde a aquisio do insumo at a distribuio do produto final. (APUD LIMA,
COSTAESILVA,2013).
ESTOQUESNOSETORPBLICO
Segundo Slack (2002) o estoque definido como a acumulao armazenada de recursos
materiaisemumsistemadetransformao,noimportandooquearmazenadocomoestoque
ouondeposicionadonaoperao,poiseleexistirporqueexisteumadiferenaderitmoentre
fornecimentoedemanda.
Podemserencontradosdiversostiposoudeestoques:matriaprima,produtoemprocesso(em
elaborao/produo), produto acabado, materiais e embalagens e produtos necessrios para
manuteno, reparo e suprimentos de operaes, no necessariamente utilizados no processo
defabricao.
Emrelaoaosestoques,Dias(2005),afirmaqueeletemduasgrandescaractersticas:funciona
comoumpulmoquegaranteasoscilaesentreproduoedemandanoquesereferesua
funo de armazenagem de produtos acabados (para os casos de manufatura e entregas),
garantiadoabastecimentodosmateriaisnecessriosproduoouprestaodeservios.
SegundoDias(2010),asfunesprincipaisdeumsetordecontroledeestoquesdevemobedecer
seguinteorganizao:
determinaroquedeveserestocado;
determinarquandoosestoquesdeveroserreabastecidos;
determinarovolumedeestoquenecessrioparaumperodopredeterminado;
acionaroSetordeComprasparaexecutaraquisiodeestoque;
receber,armazenaredistribuirosmateriaisestocados,conformenecessidade;
controlarosestoquesemtermosdequalidadeevalorefornecerinformaessobresua
posio;
manterinventriosperidicosparaanlise;
identificareretirardoestoqueositensobsoletoseavariados.
QuantogestoecontroledosestoquesViana(2010),afirmaqueogerenciamentodoestoque
deve planejar um equilbrio entre estoque e consumo, devendo ser avaliado e atualizado
periodicamente de forma a evitar exequveis problemas resultantes de variaes de consumo,
vendasoumesmodereposiodosprodutos.
RESLTADOSEDISCUSSES
Emanliseaumsetorresponsvelporfornecermedicamentosemateriaishospitalarvinculado
administraomunicipaldeRioBranco,buscamosentenderasuacomposioeestrutura.
SETOROUDEPARTAMENTODECOMPRASESUAROTINA
No objeto de estudo, a Diviso de Compras o setor responsvel pelas compras de forma
centralizada,realizandoasparatodasasdemaisunidadesesetoresdorgo,chefiadaporum
profissionalgraduadoemAdministrao.
Asolicitaodecomprasgeradanosdepartamentoseencaminhadaaogabinetedorgoque
autorizaeencaminhaaosetordecompras,estefazacotaodepreo,licitao,homologao,
contrataoeencaminhaaofinanceiroparaempenho,depoisdeautorizadopeloOrdenadorde
Despesa, a Diviso de Compras emite a ordem de fornecimento para a empresa, esta emite a
notafiscal,apsnotaconferidaeatestada,segueparaautorizaodoOrdenadorparaliquidao
epagamento.O Processo continua com a Diviso de Almoxarifado conferindo, armazenando e
encaminhandonotaparaosetorquefezasolicitaoparaatesto.
PERIODICIDADEDASCOMPRAS
Ascomprasocorremnormalmenteacadatrsmesesouquandohnecessidade.
Adivisofazacotaocomnomnimotrsfornecedoresdiferentesporprodutoouservio.
Quantoaosprocedimentosdecompra,podemosverificarqueorgocitadoseguenamedida
dopossveledeacordocomaspossibilidadesfinanceirastaisexigncias.Embora,saibamosque
naprticaoandamentoacabasetornandocomprometidopelaasexignciasburocrticaslegais
noquedizrespeitoaosprocessosdecompraecontroledearmazenamentoespecficoaoSetor
Pblico.
DISTRIBUIODOSMEDICAMENTOSEMATERIAIS
A distribuio para as unidades e postos de sade efetuada no que tange a medicamentos
somentepeloalmoxarifadodaSEMSA,ondeofarmacuticofazvisitasaoscentros,unidadese
mdulosdesadeverificandoqualanecessidadedereabastecimento.
ARMAZENAGEMEESTOCAGEM
Conseguimos constatar que o local reservado para armazengam dos produtos(medicamentose
demais materiais), no caso o almoxarifado ou setor de estocagem, fornece uma estrutura
adequada ao controle e visualizao dos produtos, pois apresenta uma disposio e controle
necessrioparaaretiradadeinformaesparaqueoSetordeCompraspossaefetuarseupapel
consciente de que o abastecimento se dar da forma correta, atendendo as necessidades ao
menorcustopossvel.
CONCLUSO
Tendoemvistaosresultadosobtidoscomapequisaquetevecomofocoverificaraaplicabilidade
delogisticadesuprimentosnosetorpblico,maisespecificamentenumrgodefornecimento
de medicamentos e material hospitalar do municpio de Rio Branco, que apresenta apresenta
uma necessidade de informaes logisticas igual a qualquer outro segmento,exgindose a
aplicabilidadedeumsistemalogsticoeficiente,poisalogsticasomenteatingirseuobjetivoe
razo de ser se gerar valor para os consumidor final, para os fornecedores e para todas as
organizaesenvolvidasnosprocessoslogsticos.
Paraqueosetorpesquisadofuncionedeformaeficienteomesmocontarconterumsistema
logstico que possa oferecer de forma eficaz todos os materiais necessrios, pois um sistema
logstico no servio pblico, deve visar o atendendimento eficiente seus cidados, devendo ser
concebido, estruturado e gerenciado de forma que possa atender os princpios de toda
administraopblica,queeconomicidadeequalidadedosserviosprestados.
Dessaforma,tantoasempresasprivadasquantoasorganizaespblicasnecessitamdalogstica
de suprimentos para manterem a efetividade da prestao dos servios, com qualidade e
eficincia, pois os entes pblicos, tem como cliente final o cidado,que necessita dos serivcos
pblicosdequalidade.
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OCOOPERATIVISMODECRDITOESUARELEVNCIANOCENRIONACIONAL
HeloisaSantosMelo(PQ);RayonaraMedeirosPereira(PQ)2
AlunadoCursoTcnicodeNvelMdioIntegradoemInformticaInstitutoFederaldeEducao,Cinciae
TecnologiadoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNatalCentral.Email:heloisasantos2010@live.com;
2
GraduandaemCinciasContbeisUniversidadeFederaldoRioGrandedoNorte(UFRN).Email:
rayonara.medeirosp@gmail.com;
(PQ)Pesquisador
RESUMO
O objetivo principal do presente artigo expor atravs

de uma pesquisa bibliogrfica o cooperativismo de
crdito abordando sua evoluo histrica, suas normas
jurdicaseseusprincpios.Almdisso,valeevidenciara
importncia econmica e social que esse ramo de
cooperativismo possui,pois, apesarde ainda ser pouco
conhecido,umaalternativabastantevivelcomparada
a bancos mercantis e outras instituies financeiras,

principalmente para as classes trabalhadoras menos
favorecidas.
PALAVRASCHAVE:cooperativismodecrdito,desenvolvimentoeconmico,instituiesfinanceiras.
THECOOPERATIVECREDITANDITSRELEVANCEINSETTINGNATIONAL
ABSTRACT
The main objective of this article is to expose

through a literature search addressing the cooperative
creditintroducingitshistoricalevolution,itslegalnorms
andprinciples.Furthermore,itisworthhighlightingthe
economic and social importance of this branch of
cooperative,because,althoughitisstilllittleknown,itis
a very viable alternative, compared to the commercial
banks and other financial institutions, especially the
underprivilegedworkingclasses.
KEYWORDS:cooperativecredit,economicdevelopment,financialinstitutions.
OCOOPERATIVISMODECRDITOESUARELEVNCIANOCENRIONACIONAL
1INTRODUO
No de hoje que se fala em cooperativismo. Desde a antiguidade, diversas

formas de cooperao foram experimentadas entre os homens. Etimologicamente a
palavra cooperao (do verbo latino cooperari, de cum e operari = operar em
conjunto) significa a prestao de auxlio para um fim comum. De acordo com o
SICOOB Sistema de Cooperativas de Crdito do Brasil, cooperativismo a doutrina
quevisaarenovaosocialatravsdacooperao.Essesistemabaseiaseemvalores
deajudamtuaeresponsabilidade,democracia,igualdade,eqidadeesolidariedade,
cujosaspectoslegaisedoutrinriossodistintosdeoutrassociedades(BRASIL,1971).
A princpio o cooperativismo se define como uma forma de agir simultnea que
envolveumgrupoquetrabalhavisandoummesmoobjetivooupropsito.Tambm
entendido como uma doutrina cultural e socioeconmica que surge como forma de
organizao para solucionar problemas. Em meio a vrios tipos de sociedades
cooperativas,entraocooperativismodecrditocomoumdosramosmaisdinmicos
dessadoutrina,apresentandosignificativocrescimento,aopassoquehojeassumeum
lugardedestaquenoSistemaFinanceiroNacional.Essemodelodecooperaotorna
sesignificativamenteimportanteparaaeconomia,tendoseemvistaqueaconcesso
decrditouminstrumentoquealavancaodesenvolvimentodeumterritrio.Alguns
autores produziram pesquisas a respeito do cooperativismo de crdito no Brasil,
contudo, ainda necessrio investimento para que seja possvel aperfeioar os
estudos nessa questo, que de certa forma recente, quanto a objeto de pesquisa.
Diante disso, tornase relevante este estudo bibliogrfico, a fim de que se torne
possvelumamelhorcompreensoeanlisedosseusdiferenciais,tendoemvistaque
umtemaaindadesconhecidodemuitos.
2MATERIAISEMTODOS
No que tange aos procedimentos utilizados, o presente estudo classificado

como uma pesquisa bibliogrfica, tendo em vista que pauta seu desenvolvimento
sobrematerialbibliogrficojelaborado,conformeasseveraGil(1999).
3RESULTADOSEDISCUSSO
3.1HISTRICODOCOOPERATIVISMO
Ocooperativismomodernoteveincionoanode1844,nacidadedeRochdale,
Inglaterra.NesseperodooEstadopassavaporumagravecrisesocialagravadapelas
repercusses da Revoluo Industrial. Movidos pelo esprito de ajuda mtua, 28
teceles de Rochdale constituram a primeira cooperativa de consumo organizada
formalmente, com o fim de adquirir bens a um menor custo, de forma a eliminar o
intermediador da relao comercial. O ingresso na sociedade acontecia pelo
pagamentodasubscrio,dandodireitoacompartilharoestoque.Valesalientarque
foram estabelecidos princpios entre os cooperados tais como suprir necessidades
deixadas pelo desemprego, possuir neutralidade poltica e religiosa, controlar a
diretoriaeleitapelosmembros,efetuarnegciosemdinheiroerestituirosdividendos
deacordocomocapitalrendido.Taliniciativadeixouumenormelegadoeathoje
modelo para criao de cooperativas com intuitos semelhantes, baseandose nos
princpiosdefinidospelosoperriosdeRochdale.
SegundoaOrganizaodasCooperativasdoBrasil(OCB),nocenrionacional,a
cultura da cooperao observada desde a poca da colonizao portuguesa. O
cooperativismoganhouforanoMovimentoCooperativistaBrasileirosurgidonofinal
do sculo XIX, estimulado por funcionrios pblicos, militares, profissionais liberais e
operrios,paraatenderssuasnecessidades.
3.2PRINCPIOSDOCOOPERATIVISMO
Em 1995, a Aliana Cooperativa Internacional (ACI) aprovou os princpios que
norteiam as cooperativas, no Congresso de Manchester. So sete os princpios que
regem o cooperativismo, expressando dessa forma o sentimento social onde os
associados so os dirigentes e os excedentes da cooperativa so distribudos
proporcionalmente s suas operaes, no visando o lucro e buscando um
aperfeioamento humano. De acordo com a Organizao das Cooperativas do Brasil
(OCB), esses princpios so linhas orientadoras para as cooperativas colocarem em
prticaosseusvalores.Soeles:
a)1princpioadesovoluntriaelivre:ascooperativassoorganizaes
voluntrias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus servios e
assumir as responsabilidades como membros, sem discriminao de sexo,
idade,raa,prefernciaspolticasereligiosas;
b)2princpiogestodemocrticaelivre:ascooperativassoorganizaes
democrticas,controladaspelosseusmembros,queparticipamativamente
naformulaodassuaspolticasenatomadadedecises.ADiretoriaeleita
agir por delegao e com responsabilidade para com os associados. Os
membros tm igual direito de voto (um membro, um voto). Segundo
Bulgarelli todo associado tem direito a um voto, seja qual for o valor de
suasquotasdecapital,todoassociadopodedestaformavotareservotado,
participandodagestodasociedade;
c) 3 princpio participao econmica dos scios: os scios contribuem
equitativamente para o capital das suas cooperativas e controlamno
democraticamente. Parte desse capital , normalmente, propriedade
comumdacooperativa.Ossciosrecebem,habitualmente,sehouver,uma
remunerao limitada ao capital integralizado, como condio de sua
adeso. O destino dos excedentes visa sempre o desenvolvimento da
cooperativa, seja por meio da criao dereservas legais, em benefcio dos
scios nas transaes com a sociedade ou, atravs de apoio a outras
atividades,sendoimprescindvelaaprovaoviaassembleia;
d) 4 princpio autonomia e independncia as cooperativas so
organizaes autnomas, de ajuda mtua, sob controle de seus membros.
As relaes das cooperativas com outras organizaes, sejam pblicas ou
privadas, devem ser exercidas de modo a preservar seu controle

democrticoeautnomo;
e) 5 princpio educao, formao e informao: as cooperativas
promovemaeducaoeaformaodosseusmembros,dosrepresentantes
eleitos e dos colaboradores, de forma que estes possam contribuir,
eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o
pblicoemgeral,particularmenteosjovenseoslderesdeopinio,sobrea
natureza e as vantagens da cooperao. dever das cooperativas prestar
assistncia tcnica, educacional e social para os seus associados, devendo,
constituirumfundo,previstoemestatuto,paragarantirarealizaodesse
princpio;
f) 6 princpio intercooperao: alm de suas atividades especficas de
atendimentoaosassociados,ascooperativastrabalhamjuntas,regidaspor
estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais, que permitam
manterodesenvolvimento,ofortalecimentoeasustentaodomovimento
cooperativo;
g) 7 princpio interesse pela comunidade as cooperativas buscam o
conhecimento alm do mercado onde atuam, conhecendo a comunidade
onde se inserem, trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas
comunidadesatravsdepolticasaprovadaspelosmembros.
3.3ARESPONSABILIDADEDOSASSOCIADOS
Quantoresponsabilidadedosassociadosestoregulamentadaspelosartigos
11e12daLei5.764/71:
Art. 11. As sociedades cooperativas sero de responsabilidade limitada,
quandoaresponsabilidadedoassociadopeloscompromissosdasociedade
selimitaraovalordocapitalporelesubscrito.
Art. 12. As sociedades cooperativas sero de responsabilidade ilimitada,
quandoaresponsabilidadedoassociadopeloscompromissosdasociedade
forpessoal,solidriaenotiverlimite.
Independentementedaescolha,otipoderesponsabilidadedosassociados,isto
deverconstarnoestatutosocialdacooperativa.OCdigoCivil,emseuartigo1095
tambm regulamenta esse assunto. Contudo, vale a ressalva de que o artigo 1094, I
trazido pelo novo Cdigo Civil, a responsabilidade dos scios ser ilimitada caso a
sociedade cooperativa defina que no haver capital social. Fundamentandose no
princpio da igualdade, Almeida (2006) considera que deve ser unnime o tipo de
responsabilidade entre todos os associados, ou seja, no poder haver scios com
responsabilidade limitada, e scios com responsabilidade ilimitada em uma mesma
cooperativa, visto que tal duplicidade causaria insegurana as relaes jurdicas com
terceiros.
3.4COOPERATIVISMODECRDITO
As cooperativas de crdito se consistem na juno de um grupo de pessoas
para desenvolver atividades de carter financeiro entre seus associados, visando
benefcios aos mesmos, tentando reduzir as desigualdades sociais e promover a

solidariedade atravs da ajuda mtua. Diversos autores possuem trabalhos
direcionadosaessetema.DeacordocomPagnussat(2004):
Cooperativas de crdito so sociedades de pessoas, constitudas com o

objetivo de prestar servios financeiros aos seus associados, na forma de
ajudamtua,baseadaemvalorescomoigualdade,eqidade,solidariedade,
democracia e responsabilidade social. Alm da prestao de servios
comuns,visamdiminuirdesigualdadessociais,facilitaroacessoaosservios
financeiros,difundiroespritodacooperaoeestimularauniodetodos
emproldobemestarcomum.1
Na viso de John T. Croteau, a cooperativa de crdito um instrumental

econmicoquediligenciaemdesenvolverentreosseusparticipantesumaabordagem
deeficinciaempresarialnaoperaodesuasrespectivasrealizaes.SegundoIrion
(1997), este um ramo do cooperativismo que se mostra eficaz, notadamente nos
pases onde as crises econmicas se apresentam mais agudas, combatendo as dis
tores do crdito e das atividades produtivas, oferecendo juros mais acessveis,
trabalhando com o capital do prprio cooperado. Carvalho (2000) afirma que as
cooperativas de crdito so instituies financeiras constitudas sob a forma de
sociedade cooperativa, tendo por objeto a prestao de servios financeiros aos
associados, como concesso de crdito, captao de depsitos a vista e a prazo,
cheques, prestao de servios de cobrana, de custdia, de recebimentos e
pagamentosporcontadeterceirossobconvniocominstituiesfinanceiraspblicas
e privadas e de correspondente no pas, alm de outras operaes especficas e
atribuiesestabelecidasnalegislaoemvigor.
DeacordocomaACIAlianaInternacionaldeCooperativas,ocooperativismo
de crdito est diretamente ligado a diversos empreendimentos: na rea de
investimentos, seguros, habitao, etc., sendo possvel, desta maneira que, sua
expansoprovoquecompetiescomosistemabancrio.
Quantoaohistricodesseramodocooperativismo,Meinen(2002)afirmaque
aprimeiracooperativadecrditonasceunaAlemanhanoanode1848.Nestapoca,
comosistemacapitalistaalavancando,oprogressofoiacompanhadopeloestadode
misria,tendoemvistaasmudanasnaestruturadosistemadeproduo.Devidos
pssimas condies de trabalho e miserveis remuneraes os trabalhadores de
campo alemes se endividaram com emprstimos a altos juros a fim de suprir suas
despesasanuaisdaagricultura.Ocooperativismodecrditoruralsurgiuentoneste
contexto:noanode1849,nacidadedeHeddsdof,FredrichWilhelmRaffeisenfundou
uma caixa de socorro para fomentar o crdito aos agricultores. O cooperativismo de
crdito urbano, por sua vez, foi iniciado por Hermam SchulzeDelitzsch, em Delitxch.
Na Itlia os maiores expoentes do cooperativismo de crdito foram Luigi Luzzatti e
Leone Wollemborg. O primeiro banco cooperativo urbano em leilo foi fundado por
Luzzatti em ano de 1865. Posteriormente, em 1883, Wollemborg criou a primeira
(Pagnussatt,2004,p.13).
cooperativa de crdito na Lorgia, Itlia. De acordo com Nami et al (2012), tanto os

bancospopularesdeLuzzatticomoascooperativasdecrditodeWollemborgerama
adaptaodenovascondieseconmicosociaisinspiradasnossistemasalemesde
SchulzeDelitzsch e de Raiffeisen. Nascia, assim, sob a gide da autoajuda e do
mutualismo,comofontealternativaedemocrticadefinanciamento,oquemaistarde
seconvencionoudesignarcooperativismodecrdito.(BERGENGREN,2001).
3.5COOPERATIVISMODECRDITONOBRASIL:UMBREVEHISTRICO
Emfacedeumcompetitivosistemafinanceiro,ocooperativismodecrdito
umdosramosmaisdinmicosdocooperativismoque,deacordocomoBancoCentral
do Brasil BACEN (2008), tem como principal finalidade a prestao de servios
financeirosaosassociadosdeinstituiesqueestosobformadecooperativas,visto
que o crdito um instrumento que alavanca o desenvolvimento de um territrio.
Pinheiro (2007) relata que a histria das cooperativas de crdito brasileiras tem seu
incioem28dedezembrode1902noestadodoRioGrandedoSul,nomunicpiode
NovaPetrpolis,comaconstituiodaprimeiranacomunidadedeLinhaImperial,cujo
nomeCaixadeEconomiaeEmprstimosAmstad.
3.5.1EvoluoNormativadoCooperativismodeCrditonoBrasil
O cooperativismo de crdito j passou por vrias fases, em relao a sua
regulamentao. Segundo dados do Banco Central do Brasil2, a normatizao das
cooperativasteveincioem1891comaregulamentaodassociedadesannimas,a
qualpermitiuaautorizaoparaserorganizadaumaSociedadeCooperativa,soba
forma annima. No ano de 1903, por meio do Decreto n 979, foi permitido aos
agricultores e industriais rurais a organizao de caixas rurais de crdito agrcola.
Quatro anos depois, foi institudo o Decreto n 1637, de 05 de janeiro de 1907, que
permitiascooperativasseorganizarememsociedadeannima,emnomecoletivoou
em comanditas, regidas por leis especficas. Ainda nesse ano, foram autorizadas a
receberdinheiroajurosdepessoasnoassociadas.Em1932,oDecreton22.239/32
definiuque:
Art.30.Ascooperativasdecreditotmporobjetivoprincipalproporcionara
seusassociadoscreditoemoeda,pormeiodamutualidadeedaeconomia,
mediante uma taxa modica de juros, auxiliando de modo particular o
pequenotrabalhoemqualquerordemdeatividadenaquallesemanifeste,
seja agricola, industrial, ou comercial ou profissional, e, acessoriamiante,
podendo fazer, com pessas estranhas , sociedade, operaes de credito
passivoeoutrosserviosconexosouauxiliaresdocredito.
Alm disso, estabeleceu os tipos de cooperativas que precisariam da autorizao do

governo para seremconstitudas (sendo estendida a todas as cooperativas dois anos
maistarde).Em1938,oMinistriodaFazendapassaateraobrigaodefiscalizaras
PINHEIRO,M.A.H.Cooperativasdecrdito:HistriadaevoluonormativanoBrasil.4.ed.Braslia:
BancoCentraldoBrasil,2006.
cooperativasdecrditourbanas,enquantoqueoMinistriodaAgriculturafiscalizava
ascooperativasrurais.Em1943,oMinistriodaAgriculturafoiincumbidodefiscalizar
todos os tipos de cooperativas e criouse a Caixa de Crdito Cooperativo para
financiamentoeincentivodessassociedades.Em1945,foicriadaaSuperintendncia
da Moeda e do Crdito (SUMOC) para fiscalizar as cooperativas de crdito, alm de
outrasinstituiesfinanceiras.Em1964,oBancoCentraldoBrasilrecebeuautonomia
paraautorizarofuncionamentoefiscalizartodasascooperativasdecrdito.Em1971,
aLei5.764instituiuoregimejurdicodessascooperativascomosociedadedepessoas,
denaturezacivil.Aresoluon3.106,dejunhode2003,permitiuaconstituiode
cooperativas de livre participao em localidades com menos de 100 mil habitantes,
assim como a transformao das que j existem em cooperativas de livre admisso.
Em2004,foiestabelecidoumlimitemnimodeaplicaoemcrditosporpartedessas
cooperativas. Em 2005, foi autorizada a atuao das cooperativas de crdito na
distribuio de cotas de fundos de investimento abertos, alm de abrir novas
possibilidades para a sua constituio e ampliar o limite de diversificao de risco,
possibilitouainstalaodepostosdeatendimentoeletrnico,entreoutrasmelhorias.
Finalmente,em2006,foiregulamentadooProcapcredcomoobjetivodefortalecera
estrutura patrimonial das cooperativas singulares de crdito, atravs de
financiamentosconcedidosaassociadosparaaquisiodequotaspartesdecapital.
3.6DIFERENCIAOQUANTOSDEMAISINSTITUIESFINANCEIRAS
As cooperativas de crdito so fiscalizadas por suas centrais e pelo Banco
Central do Brasil, e muitas vezes so confundidas com bancos comerciais. Contudo,
segundoMeinenetal(2002),existemexpressivasdiferenasentreessesdoistiposde
instituies,conformeilustraafigura1.
Figura1:DiferenasexistentesentrebancosecooperativasdecrditoMeinenetal
(2002,p.56).
Ao acessar o site do Banco Central do Brasil (BACEN) foram extradas

informaes e elaborado um mapa estatstico sobre o nmero de cooperativas de
crditoporregiobrasileira:
Figura2:TotaldascooperativasdecrditoexistentesnoBrasil,porregioElaborao
prpria.
A figura 2 evidencia uma significante disparidade no que diz respeito
distribuio de cooperativas de crdito no pas, pois evidencia o sudeste frente do
cooperativismodecrdito,sendoessaregioresponsvelporcomportar46,95%das
cooperativas de crdito do pas, tendo em vista o seu potencial econmico. Em
seguida,com30,23%estaregiosul.NaordemdecrescenteseguearegioNordeste,
com9,22%,aregioCentroOestecom6,56%,eporltimoaregionorte,comapenas
5,62% de representao. Por ser o plo econmico do pas, podese justificar a
concentraodecooperativismodecrditonaregiosudeste,umavezqueahistria
dodesenvolvimentoeconmicobrasileiroandaatreladahistriadocooperativismo
decrdito.Infereseaindaque,asdisparidadesprpriasdasregiesbrasileiras,noque
diz respeito ao desenvolvimento econmico e conhecimento do que de fato seria o
cooperativismo de crdito contribui para que a cultura cooperativista no que diz
respeitoaocrdito(etambmaosdemaisramos)nosejauniforme.
3.7FUNOSOCIALDOCOOPERATIVISMODECRDITO
Cooperativas de Crdito possuem papel fundamental no desenvolvimento de
segmentos de menor renda, na medida em que reduz a utilizao de servios
bancrios,configurandosecomoumcaminhoparaqueserviosfinanceiroscheguem
parcela mais humilde da populao. Alm disso, o sistema apresenta uma maior
facilidade no que se refere concesso de crdito.Segundo Weber (2007), a ao
econmicacapitalista "aquela que repousa na expectativa de lucros pela utilizao

dasoportunidadesdetroca".Umsistemacaracterizadopelapropriedadeprivadados
meios de produo promove a acumulao permanente de capital, a gerao de
riquezas, a concorrncia e a inovao tecnolgica. Diante disso percebese a sua
fragilidade:apesardeserumsistemaorganizadordeproduo,apresentadeficincias
quanto distribuio de renda, afetando desta forma o desenvolvimento
socioeconmico. Nesta perspectiva, alguns autores consideram o cooperativismo de
crditocomosendoumaalternativafuturaparaosproblemascausadospelavigente
sociedadecapitalista.Comocooperativismopossvelpromoverumaeconomiamais
justa,melhordistribuiodasriquezasedesenvolvimentoracional,tendoemvistaque
nessesistemaacolaboraosubstituiacompetio,assobraslquidassodistribudas
entreoscooperadosesubstituemolucro.
4CONCLUSO
Atravsdarevisodeliteraturarealizadaparaaelaboraodesteartigocomo
objetivo de expor o cooperativismo de crdito, conclumos que esse assunto possui
grande relevncia na atualidade, principalmente no cenrio nacional, tendo em vista
que apesar de ter sido implantado h mais de um sculo, ainda no um tema de
carter popular, j que muitos o desconhecem. A partir dessa perspectiva,
acrescentamosqueaeducaodesempenhaumpapelimportantenoqueserefere
divulgao desse modelo societrio, quanto s suas caractersticas e peculiaridades.
Devese dar uma ateno maior a esse ramo cooperativista, pois, corroborando com
Nami (2004), quando as pessoas passam a conhecer as vantagens de se unirem em
cooperativas e passam a atuar em grupo, elas conseguem melhorar seu padro de
vida.
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Claret,2007.(ColeoAobraprimadecadaautor),p.26.
10
QUALIDADEDEVIDA:AQUISIODEPRODUTOSALIMENTCIOSNASEDEDOMUNICPIODE
SOGABRIELDACACHOEIRAAM.
E.V.Batista(IC);J.W.Santos(PQ)2
1
InstitutoFederaldoAmazonas(IFAM)CampusSoGabrieldaCachoeira,2InstitutoFederaldoAmazonas
(IFAM)CampusSoGabrieldaCachoeira.Email:jwaltersantos@yahoo.com.br, ericksvb@gmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
O trabalho teve como objetivo avaliar os fatores que

concorrem para a alta de preos dos itens da cesta
bsicanomunicpiodeSoGabrieldaCachoeiraAM.
Para tanto foram entrevistados os responsveis pelos
comrcios de maior expresso no ramo, do referido
municpio, na maioria desses mesmos comrcios foram
levantados os preos dos produtos. Tambm foram
levantados quais itens da cesta bsica o consumidor
deixa de adquirir, assim como, quais os itens
substitudos e quais so os critrios usados na hora de
substitulos. A fim de atingir estes objetivos foram

aplicados cem questionrios em quatro bairros sendo
eles: Areal, Boa Esperana, Miguel Quirino e Nova
Esperana, sendo vinte e cinco questionrios paracada
bairro, os mesmos foram previamente sorteados.
Esperase com este trabalho poder informar ao
consumidorondeencontraromelhorpreoajudandoo
mesmoaeconomizar,destaformaoconsumidorpoder
aproveitar melhor sua renda podendo assim ter
melhorescondiesdevida.
PALAVRASCHAVE:populao;renda,qualidade;preo;alimentao.
QUALITYOFLIFE:ACQUISITIONOFFOODPRODUCTSINTHETOWNOFSOGABRIELDA
CACHOEIRAAM.
ABSTRACT
This study aims to evaluate the factors occurring for

higher prices of basic food items in the municipality of
So Gabriel da Cachoeira AM. For both were
interviewed trades with the highest expression in the
municipality, through open questions, the same trades
where prices were raised, noting the lowest price for
eachitemregardlessofthebrand.Willberaisedwhich
items of the basket of the consumer leaves acquire a
function of prices, as well as which items are replaced
and the criteria used at the time to replace them.In
order to achieve these objectives will apply hundred
questionnaires distributed among residents of four

neighborhoods being: Areal, Boa Esperana, Nova
Esperana and Miguel Quirino, twenty Five
questionnaires were applied in every neighborhood,
they were previously drawn. Some of the data will be
sampled at tables where you can find what the best
commercial to buy causing the consumer to small
economies. It is hoped that this work may inform the
consumerwheretofindthebestpricehelpingsavethe
same,sotheconsumercanbetterleveragetheirincome
whichmighthavebetterlivingconditions.
KEYWORDS:income,population,quality,price,alimentation
QUALIDADEDEVIDA:AQUISIODEPRODUTOSALIMENTCIOSNASEDEDOMUNICPIODE
SOGABRIELDACACHOEIRAAM.
INTRODUO
A qualidade de vida supostamente medida com base no ndice de desenvolvimento Humano
(IDH)esteumindicadormuitoutilizadoquetemnfasecentralizadaemtrsdimensesbsicas
dodesenvolvimentohumano,taiscomo:Renda,educaoesade.OIDHServeparaclassificar
pases, regies e cidades. Em muitas cidades o ndice de qualidade de vida baixo, e em So
Gabriel da Cachoeira a cidade mais indgena do Brasil esta realidade no diferente, neste
sentido,esteprojetotemporfinalidadelevantarquaisfatorescontribuemparaaaltadospreos
dosprodutosdacestabsica.Comaaltadospreosdositensdacestabsicaoconsumidordeixa
deadquirirprodutosdesumaimportnciaparasuasade,hajavista,querendafamiliarbaixa,
destaformacomprometendosuaseguranaalimentar.Foiobjetivodesteprojetoidentificaros
fatoresquecontribuemparaessefenmeno,etambmapontaromelhorlocaldeondesefazer
ascompras.Paraisso,foramentrevistadoscomerciantesefamliascomafinalidadedeseobter
resultadosquefundamentemestahiptese.
JUSTIFICATIVA
Em So Gabriel da Cachoeira, cidade mais indgena do Brasil o ndice de qualidade de vida
supostamente baixo, e o preo de muitos produtos vendidos nos comrcios so altos, este
projeto tem por finalidade levantar quais os fatores que contribuem para a alta dos preos, e
descobrir se a maioria da populao gabrielense consegue comprar todos os itens da cesta
bsica,poisarendafamiliarmuitobaixaeosprodutosquecompemacestabsicatmseus
preos elevados. Foi objetivo deste projeto levantar os fatores que contribuem para esse
fenmeno,comintuitodeseobterosresultadosquefundamentamestahiptese.
OBJETIVOGERAL:
Identificarosfatoreseascausasquecontribuemparaoaltopreodosprodutosdacesta
bsicanoscomrciosdeSoGabrieldaCachoeiraAM.
OBJETIVOSESPECFICOS:
Identificarquaisitensdacestabsicaoconsumidordeixadeadquirir;
Identificarquaisitensdacestabsicasosubstitudos;
Identificarosmotivosdatrocadeumitemdacestabsicaporoutro;
Apontaromelhorpontocomercialparasefazerascompras.
METODOLOGIA
O experimento foi realizado no municpio de So Gabriel da Cachoeira no AM. Onde foram
aplicadoscemquestionriosqueforamdivididosentrequatrobairrosdacidade,sendovintee
cincoparacadaumdeles.Osbairroscontempladosforam:Areal,BoaEsperana,MiguelQuirino
eNovaEsperana,osmesmosforampreviamentesorteadosparaamostrarquaisitensdacesta
bsica(CB)socompradosnormalmentecomarendafamiliar,quaisnosoadquiridos,quais
sotrocadose,quaiscritriossousadospeloconsumidornahoradesubstituirosmesmosse
pelopreooupelamarcadoproduto.Tambmforamaplicadosquestionriosaosproprietrios
dossupermercadosafimdeseidentificarquaisfatorescontribuemparaaaltadepreos,bem
como, quais fatores contribuem para esta variao. Nesses mesmos supermercados os preos
foramlevantados,anotandoopreomaisbaixodecadaitemindependentedamarca.Algunsdos
dadosseroapresentadosemtabelas.
DESENVOLVIMENTO
ApesquisadaCestaBsicaNacionalconhecidatambmcomRaoEssencialMnima,realizada
hojepeloDIEESE,emdezesseiscapitaisdoBrasil,acompanhamensalmenteaevoluodepreos
detrezeprodutosdealimentao.
Em30deabrilde1938,foiregulamentadaaLein185de14deJaneirode1936peloDecretoLei
n399.Esteestabelecequeosalriomnimosejaaremuneraodevidaaotrabalhadoradulto,
semdistinodesexo,pordianormaldeservio,capazdesatisfazer,suasnecessidadesnormais
dealimentao,habitao,vesturio,higieneetransporte.PormemSoGabrieldaCachoeirao
custodevidaalto,eumsalriomnimonoosuficienteparaumaboaqualidadedevida.
ACestaBsicaNacionalestdefinidanoDecretoLei399,tantoemrelaoaosprodutosaserem
pesquisados, quanto suas respectivas quantidades, entretanto para o desenvolvimento deste
projeto foi adaptado um modelo de cesta bsica com vinte e trs itens essenciais, mas sem
quantidadesdefinidas.
A maior parte dos itens vendidos pelos comerciantes so comprados na capital do estado
Manaus, que 852 quilmetros distante de So Gabriel da Cachoeira. Segundo o site Acrtica
Manausocupaaterceiracolocaoentreascapitaiscomovalorelevadodacestabsicanopas,
segundoositedoDIEESE.
A cesta bsica um conjunto de produtos utilizados por uma famlia com duas crianas e dois
adultos durante um ms. Este conjunto, em geral, possui gneros alimentcios, produtos de
higiene pessoal e limpeza. A cesta bsica foi criada na dcada de 1930 juntamente com a
instituiodosalriomnimo.
RESULTADOS
Duranteaaplicaodosquestionrioscomosmoradoresdosbairrossorteadosaleatoriamente
(Areal,BoaEsperana,MiguelQuirinoeNovaEsperana)foipossvelverificarqueositensmais
compradospelapopulaogabrielenseso:Acar,arroz,caf,leiteemp,guasanitria,sabo
embarraeemp.Osquestionriospossibilitaramlevantarositensmenoscompradosqueso:
Biscoito (cream cracker), chocolate em p, carne em conserva, extrato de tomate, farinha de
trigo,fub,sardinha,temperopronto(alhoesal)evinagre.Entreositensmenoscompradosos
quesosubstitudoseporquaisoutrositensso:extratodetomatepelotomate,vinagrepelo
limo, tempero pronto pelo tempero tradicional. A causa de alguns dos itens no serem
compradososeupreoelevado,eomotivodeoutrosporopodafamliasejalevandoo
gostoemconsideraoouacharqueoitemnonecessrio.
Osquestionriosaplicadosnosbairrosindicaramquecercade56%dasfamliaspossuientre6a
15indivduosvivendosobomesmoteto,eapontoutambmqueem40%dasfamliashduas
pessoas que trabalham com a renda mensal de um salrio mnimo cada. O valor gasto com
alimentospelamaiorpartedosentrevistadosvariaentreR$200,00eR$399,00com37%como
mostraogrfico.
Grfico1Valorgastocomalimentos.
FONTE:BATISTA,E.V.;SANTOS,J.W.PESQUISADECAMPO.
Os produtos por terem seus preos elevados, so comprados em funo do preo com 64% e
apenas 36% dos consumidores compram em funo da marca, deste modo o consumidor abre
modaqualidadeparaqueconsigacomprartudooquenecessita.
Grfico2Marcaoupreo?
Atravs da pesquisa podemos verificar que o consumidor no tem muita opo na hora de
adquiriositensdaCB,hajavista,queospreossobasicamenteosmesmonossupermercados,
comexceodeumqueospreossomaisemcontaeemoutrosondeospreossoabsurdos.
Foram levantados os preos dos itens da cesta bsica nos principais comrcios do centro do
municpio.
TABELA1Itensdacestabsica,supermercadoseseusvaloresemreais(R$).
ITENSDACESTABSICA
Acar(kg)
guasanitria(litro)
Arroz(kg)
Biscoito(creamcracker)(pacote)
Caf(pacote250g)
Carnebovinaemconserva(lata)
Chocolateemp(lata400g)
Extratodetomate(copo200ml)
Farinhademandioca(kg)
Farinhadetrigo,kg(comfermento)
Farinhadetrigo,kg(semfermento)
Feijo(kg)
Fub(pacote)
Leiteemp(pacote400g)
Macarro(pacote)
Margarina(pote)
leodesoja(garrafa)
Ovos(cartela)
Saboembarra(kg)
Saboemp(kg)
Sal(kg)
Sardinha(lata)
Temperopronto,pote(alhoesal)
Vinagre(litro)
Comrciosepreosemreais(R$)poritem.
A
2,50
2,00
2,75
2,75
4,50
4,00
6,50
B
2,25
2,25
3,00
3,00
4,00
3,00
6,00
1,75
5,50
3,75
3,30
6,50
2,00
6,50
3,00
2,50
4,00
3,50
6,00
1,00
2,75
2,50
2,50
1,50
6,00
3,50
3,00
4,50
2,00
9,00
2,00
2,50
4,00
12,00
3,50
8,00
1,00
3,00
2,75
3,00
C
2,00
2,00
2,80
2,30
3,70
3,70
3,00
1,70
10,00
3,30
3,00
3,80
2,50
11,00
2,00
6,00
4,00
15,00
4,00
4,50
1,00
2,70
2,00
4,00
D
2,50
2,50
3,00
3,00
4,00
4,00
6,70
3,00
6,50
4,50
4,00
5,00
8,00
3,00
2,50
4,50
14,00
4,00
6,00
1,00
2,00
2,50
2,00
E
2,50
2,50
2,75
3,00
4,50
3,75
3,50
2,50
2,75
7,50
3,50
5,50
1,50
8,00
2,50
2,00
4,00
15,00
4,00
9.00
1,00
3,00
2,00
F
2,50
3,00
3,00
5,00
4,50
4,00
4,00
2,00
7,50
2,50
3,50
3,80
2,50
9,50
3,50
2,50
4,50
12,00
5,00
6,50
1,50
3,00
2,50
2,50
G
2,00
2,00
3,00
3,00
4,25
3,70
3,00
2,00
12,00
3,50
3,25
4,00
2,50
11,50
3,00
2,50
4,00
13,00
4,00
4,00
1,00
3,50
2,00
2,00
H
2,50
2,50
2,50
2,50
4,00
4,00
10,00
1,70
10,00
3,50
3,00
3,50
2,50
8,50
3,50
3,00
4,00
3,50
3,00
1,00
3,50
3,00
2,00
I
2,50
2,50
2,90
2,00
3,90
3,75
4,50
2,00
12,50
3,50
3,00
3,50
6,00
2,50
2,00
4,00
12,00
4,00
8,00
1,00
3,00
1,75
2,00
Os comrcios que mais vendem no municpio, de acordo com os questionrios aplicados nos
bairros,ondeosproprietriosdoscomrciosquesedestacaramforamtodosentrevistados.
Tabela2Legenda.
Representao
Comrcios
A
B
C
D
E
F
G
H
I
Bombonzo
Carneiro
Coimbra
Esquerdinha
Jovaneli
Marcelo
Pontodocamelo
R.A.Martins
Wanderley
Grfico3:Comrciosquemaisvendem.
FONTE:ATISTA,E.V.;SANTOS,J.W.PESQUISADECAMPO.
Os critrios utilizados na hora de se escolher o local para serem feitas as compras foram os
seguintes,comomostraogrfico.
Grfico4:Escolhadopontocomercial.
BATISTA,E.V.;SANTOS,J.W.PESQUISADECAMPO.
CONCLUSES
Dentreoscomrcios,osconsumidoresapontaramdestaqueparaosseguintescomrcios:Ponto
doCamelcomajustificativadequeocomrciotemopreomaisacessvel,oComercialMarcelo
comajustificativadequealocalizaodopontomuitoboa,noComercialCarneiroeJovaneli,
ambos destacaramse pelo bom atendimento. Os comerciantes apontaram atravs dos
questionriosqueacausadaaltadospreosadistnciaentreomunicpioeacapitalManaus,
outrosmotivosforam:Aaltadocombustvel,osfornecedoresdemercadoriaseotransporte.A
formaapresentadadecomoamenizaraaltadospreosfoiopreodotransportesermaisbaixo
eosfornecedoresdemercadoriasvenderemosprodutoscompreomaisrazovel.Portanto,no
h como baixar os preos sem que ningum seja prejudicado, pois se o fornecedor, balsa,
caminhooucomrciobaixaropreoseulucroserbaixoelogoolevarafalncia.Destemodo
paranoseremprejudicadososcomerciantesmantmopreoaltoequempagapelotransporte
e fornecimento das mercadorias mais as despesas e o lucro do comrcio infelizmente o
consumidor.Entretanto83%dasfamliasseconsideramfelizesmesmocomabaixarendaeoalto
custodevida,poisconsiderammaisimportanteunioeasadedafamlia.
PRODANOV,C.C.;FREITAS,E.C.Metodologiadotrabalhocientfico.2ed,NovoHamburgoRS.
2013.277p.
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Acessoem:04demai.2014.
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basica.aspx.Acessoem:04demai.2014.
ANLISEDAGESTOESCOLARPBLICA:ESTRATGIASQUEPROMOVEMBOMCLIMA
ORGANIZACIONAL
A.C.S.Santos;A.I.G.Arajo2
1
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa,email:alinecss.adm@gmail.com;2InstitutoFederalda
Paraba(IFPB)CampusJooPessoa,email:aigaraujo@gmail.com.
()GraduandadoCursodeBachareladoemAdministraodoIFPB.
(2)ProfessoradoCursodeBachareladoemAdministraodoIFPB.
RESUMO
Oconjuntoderesultadosprovenientesdainteraodos
indivduoscomoambientedetrabalhochamaseclima
organizacional. O clima escolar, clima organizacional
proveniente da gesto escolar, interfere decisivamente
na execuo dos trabalhos escolares dirios. Assim, o
objetivodesteartigodescobrirseosgestoresdaescola
estudadautilizamestratgiasoperacionaisnoambiente
de trabalho, que contribuem para a promoo de um
bom clima organizacional. Para atingir tal objetivo, foi
utilizado um questionrio de medio do clima
organizacionalbaseadoemtrsdimensesdaEscalade
Kolb.Aofimdaanlise,pdeseobservarqueaescolase
utilizadeaesquecontribuemparatornaroambiente
escolar propcio ao desenvolvimento das atividades
dirias,colaborandoparaumclimaescolardequalidade.
PALAVRASCHAVE:climaorganizacional,gestoestratgica,gestoescolar.
ANALYSISOFPUBLICSCHOOLMANAGEMENT:STRATEGIESTHATPROMOTEGOOD
ORGANIZATIONALCLIMATE
ABSTRACT
The set of results from the interaction of

individuals with the desktop called organizational
climate.Theschoolclimate,organizationalclimatefrom
theschoolmanagement,decisivelyaffecttheexecution
ofthedailyschoolwork.Theobjectiveofthisarticleisto
find out if the managers of the school studied using
operational strategies in the workplace, contributing to
the promotion of a good organizational climate. To
achieve this goal, a questionnaire for measuring

organizationalclimatebasedonthreedimensionsofKolb
Scalewasused.Aftertheanalysis,itwasnotedthatthe
schoolmakesuseofactionsthatcontributetomakingthe
environmentconducivetodevelopmentactivitiesofdaily
school environment, contributing to a school climate
quality.
KEYWORDS:organizationalclimate,strategicmanagement,schoolmanagement.
ANLISEDAGESTOESCOLARPBLICA:ESTRATGIASQUEPROMOVEMBOMCLIMA
ORGANIZACIONAL
INTRODUO
Independentementedotamanhoousegmentodeoperaodeumaempresa,necessrio
que as reas funcionais que a compem estejam trabalhando em conjunto visando alcanar
objetivosemcomum.Noentanto,aspessoasquedesenvolvemessasatividadessodiferentes,
possuem personalidades nicas, caractersticas comportamentais diversas e ritmos de
aprendizadoparticulares.
Ainteraoentreosindivduoseoscomponentesdeseuambientedetrabalho,contribui
paraosurgimentodoclimaorganizacional,ouseja,aoestadomomentneoemqueseencontra
uma organizao. O bom clima organizacional mobiliza os colaboradores na sustentao do
interessepelabuscacontnuadasmetasorganizacionais,constituindoumdospilaresdagesto
estratgica.Dessaforma,ascaractersticasdoambienteemqueasatividadessodesenvolvidase
asparticularidadesdecadatrabalhador,comoonveldemotivaoesatisfaoeaqualidadedas
relaescomosnveishierrquicos,exercemforteimpactosobreoresultadofinaldotrabalho.
Apesardeserumconceitocomumenterelacionadoaodiadiadasempresasprivadas,o
climaorganizacionaltambmexisteedeveserpreservadonagestopblica.Demodoespecial,o
climaorganizacionalprovenientedagestoescolar,chamadoclimaescolar,interferedetalforma
narealizaodostrabalhosdirios,queosresultadosadvindosdetalgestonosorelevantes
apenas dentro da escola, uma vez que m resultados na formao estudantil impactam
socialmente.
Portanto,objetivasecomesteartigodescobrirseosgestoresdaescolaestudadautilizam
estratgiasoperacionaisnoambientedetrabalho,quecontribuemparaapromoodeumbom
climaorganizacional.Emrelaoaosaspectosmetodolgicos,esteartigoconsideradoumestudo
de caso de carter descritivo e bibliogrfico, alm de apresentarse como uma pesquisa
qualiquantitativa.
MATERIAISEMTODOS
SegundoChiavenato(2011,p.267),climaorganizacionalaqualidadeoupropriedadedo
ambienteorganizacionalquepercebidaouexperimentadapelosmembrosdaorganizaoeque
influencia poderosamente o seu comportamento. Para Tachizawa; Ferreira; Fortuna (2006), o
climaorganizacionalaqualidadedoambienteinstitucionalquepercebidapelosmembrosda
organizao e que influencia seus comportamentos. Na viso de Lacombe (2005), o clima
organizacional demonstra o grau de satisfao do pessoal com o ambiente interno empresa.
Maximiano(2000,p.107),consideraqueoclimarepresentadopelosconceitosesentimentos
queaspessoaspartilhamarespeitodaorganizaoequeafetamdemaneirapositivaounegativa
suasatisfaoemotivaoparaotrabalho.
Est mais do que claro que o conceito de clima organizacional envolve uma infindvel
quantidadederelaeshumanas.Emqualquerambienteprofissional,oimportantequeesses
relacionamentos estejam baseados em atitudes ticas para que funcionem em favor da
aprendizagem(HEIDRICH,2009).
A partir dos conceitos explanados acima, podese inferir que o clima organizacional
mutvel, uma vez que afetado diretamente pelas pessoas que compem a organizao, ao
mesmotempoemqueexerceinflunciasobreelas.Oclimaorganizacionalestpresentedeforma
dispersa no ambiente empresarial, seus componentes (identificveis e no identificveis) esto
imersosemumateiadeatos,reaeseemoes.
Aindaquepossuaumsignificadoclaroeobjetivo,oconceitodeculturaorganizacional
confundidocomfrequnciacomoconceitodeclimaorganizacionalemuitasvezessoutilizados
comosinnimos.ParaGil(2006,p.49),aculturaorganizacionalsecaracterizapelosvaloresque
esposam, pela regularidade do comportamento de seus membros, pela filosofia que guia suas
polticasepeloclimaexpressotantoporseulayoutfsico,quantopelainteraodeseusmembros
entresiecomopblicoexterno.Xavier(2006)conceituaresumidamentecomoamaneirade
sentir,pensareagirdeumacomunidadeempresarial.Pormoclimaorganizacional,aocontrrio
da cultura de uma empresa, retrata um estado momentneo, repleto de propriedades
mensurveisedotadodeincrvelefemeridade.
DeacordocomPerkins(2011apudAmaral,2011)oclimaescolardependedetrsfatores:
da estrutura fsica, das relaes entre as pessoas e da atmosfera psicolgica. O respeito, a
confiana,oacolhimentoeasensaodeseguranacompemosdoisltimos fatores.Griffith
(1999,apudPereira;Oliveira;Teixeira,2013),afirmaqueoclimadaescolafacilitaasinteraes
sociais e individuais, satisfazendo a identidade dos membros do grupo e necessidades
interpessoais. Magalhes (2009), completa que quando se tem um grupo, a tendncia que
aquelaspessoastenhamumacooperaomtua,ouseja,umajudaooutrocommaisfacilidadee
afinco,eassimaprodutividadeaumenta.
Para manter o clima organizacional escolar agradvel, necessrio cooperao e
participao coletiva a fim de promover o compartilhamento de experincias, facilitando a
identificaodelideranasnaturais.DeacordocomHeidrich(2009),oidealqueocorramas
tradicionaisreuniesdeformaocontinuada,deplanejamentopedaggicoecomospais,alm
daquelas que tm como objetivo a busca de solues para questes como absentesmo,
indisciplinaedificuldadesdeaprendizagem.
Comoambientepropcioaodebateaberto,asboasideiasqueemergemsocapazesde
potencializaroprocessodeaprendizagemdoalunoemelhorararelaoentreosmembrosda
comunidadeescolar,porexemplo.SegundoBarbosa(2011),aavaliaodoclimaescolarobjetiva
investigarapercepoeasexpectativasdacomunidadeinternaeexternaemrelaoescola,
paradetectarproblemasquemereamatenoeplanejaraesparaatenulosoueliminlos.
Masserquemesmopossvelidentificaroselementosquecompemoclimaorganizacionalde
umaempresaouescola?
Oclimaorganizacionalpodesermedido,isto,suascaractersticaspodemserreveladas
atravsdemodelosdeavaliao,porm,nohconsensonaliteraturasobreoscomponentesdo
climaorganizacional(SOUSA,J.S.eGARCIA,F.C.,2011).Porisso,inmerasmetodologiasforam
criadas por autores nacionais e internacionais, que embasaram suas escalas de medio em
diferentescomponentes.
Kolb (1978 apud RIZZATTI, 1995), elaborou seu modelo atravs de sete dimenses que
formaramumaescala,evidenciadasnatabelaabaixo.
Tabela1DimensesdaEscaladeKolb
Dimenses
Descrio
Grau de imposio de regras, procedimentos, polticas e
prticas, percebidos pelos membros da organizao, ao qual
devemmoldarse,aoinvsderealizaremseutrabalhodaforma
comogostariamdefazlo.
Conformismo
Sensaodequeaamizadevalorizada,osmembrosconfiam
unsnosoutroseoferecemapoiomtuo.
Caloreapoio
Clareza
organizacional
Liderana
Percepodeobjetivosorganizacionaisclaramentedefinidos.
Disposiodoscomponentesparaaceitaralideranaeadireo
deoutrosqualificados.
Padres
nfaseatribudaqualidadedodesempenhoorganizacionale
produo elevada, alm do grau de manuteno de objetivos
empresariaisestimulantes.
Fonte:KolbapudRizzatti(1995)
Bispo(2006,apudWERNEReDRESCH2007),propeummodelodequestionriodiferente
dosanteriores,poisenvolvevariveisinternaseexternas,paraamediodoclimaorganizacional
eminstituiespblicas,videtabelaabaixo.
Tabela2VariveisinternaseexternasdomodelopropostoporBispo
Variveisinternas
Variveisexternas
Ambientedetrabalho
Convivnciafamiliar
Assistnciaaosfuncionrios
Friaselazer
Burocracia
Polticaeeconomia
Culturaorganizacional
Sade
Estruturaorganizacional
Seguranapblica
Nvelsociocultural
Timedefutebol
Incentivosprofissionais
Vidasocial
Remunerao
Seguranaprofissional
Transportecasa/trabalho
Vidaprofissional
Fonte:BispoapudWernereDresch(2007)
Segundo Cavagnoli (2011), a gesto estratgica o processo de desenvolvimento e

execuodeumasriedeaescompetitivasparaampliarosucessodaorganizao,tantono
presente quanto no futuro. Para Smith, Arnold e Bizzell (2010, p.50, apud GAMA, 2013), o
processo de exame tanto dos ambientes atuais quanto futuros, formulao dos objetivos
organizacionais, execuo, implementao e controle das decises baseadas no alcance desses
objetivosnoambienteatualefuturo.
Dentreoscomponentesdagesto estratgicaestoplanejamentoestratgico,quepor
definio,aantecipaodeumaaoeseucumprimentodeacordocomoprevistodemodoa
facilitar,potencializaretornareficienteagestodeuma organizao.Entretanto,maisdoque
planejar estrategicamente, preciso que a gesto em sua totalidade seja estratgica, isto ,
necessrioqueagestoadministrativasejabaseadaemaesestratgicassistmicaseholsticas.
SovienskieStigar(2008),afirmamqueosucessodequalquerempresa,dependedoquoclaro
estoosobjetivosdagestoestratgica,masdestacamqueoquegaranteaqualidadenasaes
desenvolvidasamotivaodoscolaboradores.
Esteltimoconceitoestintimamenteligadoaideiadeclimaorganizacional,porisso,a
questodo climaorganizacionalcomoestratgiadegesto,fundamentalparaoaumentoda
melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e para a excelncia da prpria organizao.
Bittencourt(2008,p.136),completaquenamedidaemqueaorganizaopassouaseroagente
centralparacontribuircomoprojetopessoaldevidaefelicidadedeseusfuncionrios,odesafio
investir num clima organizacional positivo e sadio, para que os resultados qualitativos e
quantitativosaconteam.
Emrelaoaosprocedimentostcnicos,esteartigoconsideradoumestudodecaso,que
secaracterizaporumestudoaprofundadoeexaustivodeumcasoespecfico,quesejarelevante
pelo potencial de abrangncia (OTANI; FIALHO, 2011, p. 40). Quanto aos objetivos, o estudo
consideradodescritivo.DeacordocomGil(2002apudOtani;Fialho,2011),apesquisadescritiva
descreveascaractersticasdedeterminadapopulao,fenmenoouoestabelecimentoderelao
entrevariveis.
Quantoabordagemdoproblematratasedeumestudoqualiquantitativo,umavezque
deacordocomOhiraeDavok(2008)usaseconcomitantementemtodosetcnicasqualitativas
e quantitativas para a coleta, interpretao e anlise dos dados. Entendese que essas duas
abordagensnosoexcludentes,pormcomplementares.Possuitambmcarterbibliogrfico
jqueseutilizadefontessecundriasdeobtenodedadoscomolivroseartigos.
OestudofoirealizadoemumaescolapblicalocalizadanocentrodacidadedeJooPessoa
PB,queofereceensinomdionasmodalidadesinovadoreregular,econtacomumadiretorae
uma vicediretora no nvel estratgico. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um
questionriodemediodoclimaorganizacionaljexistente,elaboradocombaseemtrsdas
setedimensesquecompeaEscaladeKolb:conformidadecomasnormas,clarezaorganizacional
e responsabilidades. As dimenses citadas foram escolhidas dentre asdemais porque so mais
promissoras para responder a questo de pesquisa explicitada anteriormente. A amostra
consideradacorrespondeua100%douniversodepesquisa,formadopelasduasprofissionaisque
formamonvelestratgicodaescola.Apsalgumasmodificaesafimdeadequarserealidade
escolar, as sentenas apresentaramse simples e de fcil entendimento, tornando clara sua
interpretaopelasrespondentes.
AescalaLikertdequatropontosfoiutilizadanaavaliaodosresultadosobtidos.Deacordo
comJohnson(2002,apudALEXANDREet.al.,2003)existemescalasdeLikertvariandodequatro
aonzecategorias,masasescalasdequatroecincocategoriasso,realmente,asmaispopulares.
OprocessodeescolhadonmeroapropriadodecategoriasnaescalaLikertcontroverso,masa
exclusodopontodomeioocorreuafimdeevitarqueosparticipantesmarcassemtalopode
maneiraimprudente.Aspessoascostumamconfundiracategorianeutracomonoseiouno
aplico(AKINS,2002;apudALEXANDREetal.;2003).Apscolhidos,osresultadosforamtabulados
einterpretadossobaluzdereferenciaistericos.
RESULTADOSEDISCUSSO
A primeira, das duas sentenas que compunham o primeiro bloco de afirmaes,

conformidadecomasnormas,apurouque100%dalideranaconheciatotalmenteasnormase
procedimentosdosetornoqualtrabalhava.
Conhecer as normas do setor de trabalho fundamental para assegurar a eficincia e
eficcia das realizaes das tarefas rotineiras e esclarecer os direitos e deveres de cada
colaborador,almdeevitarqueerroseatrasosaconteammotivadospelodesconhecimentodo
procedimento padro. Chiavenato (2008), recomenda o manual do funcionrio, documento
contendoosdireitos,devereseresponsabilidadesdecadacargo,paradiminuirproblemascomo
osanteriormentecitados.Porm,Mesquita(2012)aconselhaousodobomsensoparaquenortear
oscomportamentosquedevemserevitadoseaquelesquedevemsercultivados,casoaempresa
nopossuataldocumento.
A mesma porcentagem verificada na sentena anterior concordou parcialmente com a
afirmao de que era informada quando ocorriam mudanas na escola. importante que as
mudanas que ocorrem na organizao sejam informadas a todos os funcionrios que nela
trabalham.Explicaromotivoeosdetalhesdamudanaauxiliamnoprocessodetransformaoe
aumenta o comprometimento dos colaboradores. Ainda que normalmente o nvel estratgico
estabeleamudanas,algumas sugestes podem sercolocadas em pauta por qualquer um dos
componentesdaempresaecabeaosgestoresprincipaisouviredebateraspropostas.Obterapoio
paraamudanae,portanto,superararesistnciaumaimportanteresponsabilidadegerencial
(DUBRIN,2006,p.362).
Aprimeiraafirmaodoltimoblocointituladoresponsabilidadespropsquealiderana
sentiaseincentivadaeenvolvidacomocrescimentodaescola.Osprofissionaisqueformamonvel
estratgicodividiramseentreasopesconcordoparcialmenteeconcordototalmente.
Amaioriadasempresasbuscaprofissionaiscompatveiscomafilosofiaorganizacionale
quedemonstremcomprometimentonabuscadosobjetivosempresariais.Entretanto,quandoa
liderana est plenamente incentivada e envolvida com o crescimento do negcio, os nves de
motivaoesatisfaodosdemaiscolaboradoresaumentam,porquepercebemqueosgestores
principais esto compromissados com o sucesso da organizao. Sousa (2010) explica que a
qualidadedoslderesdeumaorganizao,osprofissionaisquecompesuaestruturaeoclima
organizacionalnoqualrealizaseasatividadesdirias,sero fatoresdeterminantesparaqueas
empresasconsigamaltograudecomprometimentoededicaodeseusfuncionrios,
O mesmo resultado foi obtido quando proposto que o progresso da escola dependia
unicamente de si mesmas. A posio demonstra a autoconfiana das lderes ao julgarem que
apenascomseusesforosaescolacapazdeprogredir.Porumlado,talposiopodedemonstrar
ograndeautoconhecimentoqueasrespondentespossuememrelaoaosaspectosrelacionados
aotrabalhodirio.Porm,poderevelaradificuldadedalideranaemdelegaratividadesentreos
demaisfuncionriosdaorganizao.
A ltima sentena afirmou que os profissionais conseguiam realizar seu trabalho
priorizandoaquiloqueeraimportante,100%dalideranaconcordoutotalmente.Saberdistinguir
o nvel de urgncia e complexidade das tarefas desempenha, essencial para que estas sejam
entreguesatempoecomomaisbaixondicedeerrospossvel.
O ltimo bloco de afirmaes, formado por seis sentenas e intitulado clareza
organizacional,iniciouapurandoqueasprofissionaisdividiramseentreconcordoparcialmentee
concordototalmenteemrelaoaofatodesentiremqueaescolasepreocupacomofuturo.A
preocupaocomofuturoecomosmecanismosgerenciaisaseremempregadosnoalcancedos
objetivosempresariaisparteintegrantedagestoestratgica.SegundoXavier(2006),umdos
fatoresqueaumentamamotivaodoempregadoesclareclosquantoaosplanosdaempresa
edareaemquetrabalhaparaofuturo.Afinal,oconstantedilogocomosfuncionriossobreo
futurodaescola,aumentaaseguranadequeestotrabalhandoemumlocalqueprezapelasua
continuidade e crescimento. Ainda de acordo com Xavier (2006, p. 40), o ideal que haja
explicitaodasexpectativasepromessas.Issodclarezascondiesderelacionamentoeevita
malentendidosposteriores.
A sentena seguinte, sei o que a escola espera do meu trabalho, obteve 100% de
concordnciatotal,revelandoquealideranatemplenaconvicodoqueosdemaisfuncionrios
esperamdeseutrabalho.Sobreaafirmaodequenaescolaoesforodirecionadosatisfao
dosalunos,asgestorasconcordaramtotalmente.Nasempresasprestadorasdeservios,ofoco
estnooferecimentodeserviosdequalidadeafimdeatenderatodasasnecessidadesdocliente.
Entendese,portanto,queosprofissionaistrabalhamcoordenadamentevisandosatisfaodos
alunos.
Emrelaoaafirmaodequenaescolanoocorriamfalhasdecomunicaointerna,a
lideranaconcordouparcialmente,revelandoalgumpossveldefeitonoprocesso.Oprocessode
comunicao composto por alguns elementos, entre os mais importantes esto o emissor,
responsvelporemitiramensagem,oreceptor,aquemamensagemdestinada,ocanal,por
onde a mensagem transmitida e a mensagem, que a informao transmitida. Respeitar e
manterumprocessodecomunicaoeficazelivrederudosfundamentalparaosucessodas
organizaes.ParaGil(2006,p.77),oprimeirocuidadoasertomadonumacomunicaoconsiste
em procurar saber com quem se fala. Isto porque a formao profissional, o status, o nvel de
linguagem, os conhecimentos e os interesses do receptor influenciam o entendimento da
mensagemquelhedirigida.
Sobre a quinta sentena, as gestoras concordaram parcialmente sobre a afirmao que
possuam conhecimento da estrutura organizacional da escola. No existe um modelo ideal de
estruturaorganizacional,adisposiovariadeacordocomotipo,tamanhoenecessidadesdecada
empresa.NavisodeOliveira(2012),
aestruturaorganizacionaloelementofundamentalparaqueumaempresamantenha
ofoconosseusobjetivos,depoisdedefinidosamisso,aviso,osvaloresqueservemde
basesparadefiniodecomoaempresavaidirigirsuasatividadesnomercado,istoquais
soassuasestratgiasdemercado.
Emrelaoaltimaafirmaodobloco,asatividadesquedesempenhocorrespondemao
meu cargo, a liderana concordou parcialmente. Para garantir que os funcionrios no
extrapolemoslimitesdesuasfunes,nemdeixemdecumprirseusdeveres,Chiavenato(2008)
recomenda o manual do funcionrio, documento contendo os direitos, deveres e
responsabilidadesdecadacargo,comomencionadonaprimeirasentenadoblococonformidade
comasnormas.
CONCLUSO
Aofimdesteartigo,podeseconcluirqueasgestorasquecompemonvelestratgicoda
escolaestudada,empregamestratgiasquemelhoramoclimaorganizacional.Avisodefuturo,
importanteelementodagestoestratgica,auxiliaoprocessodeidentificaoentrefuncionrio
eorganizao,umavezquerevelaapretensoempresarialdecresceremantersenomercado.O
direcionamento dos esforos a fim de satisfazer o cliente final, alm do comprometimento na
realizaodotrabalhorotineiro,tambmsoestratgiasutilizadasnaescola.Emconjunto,tais
aes contribuem para tornar o ambiente escolar propcio ao desenvolvimento das atividades
dirias,almdecontribuirparaamelhoriacontnuadoclimaescolar.
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10
IMPLEMENTAODALEIGERALDASMICROEPEQUENASEMPRESASPRINCIPAISIMPACTOS
NODESENVOLVIMENTODOTURISMONACIDADEDETEIXEIRADEFREITAS/BA
E.P. Santos1;M.V.D.C. Silva2;M.S.Silva3;F.C.Cruz4;R.B.R.Leal5

SEBRAE(ItamarajBahia)eUniversidadeEstadualdaBahia(UNEB)(enivaldo.piloto@ba.sebrae.com.br);
2
UniversidadeFederaldaBahia(UFBA)FaculdadedeCinciasContbeis(mvalesca.ufba@gmail.com),
3
InstitutoFederaldeEducaoTecnolgica(IFBA)CampusSantoAmaro(marcelosilva@ifba.edu.br).
4
UniversidadeFederaldaBahia(UFBA)FaculdadedeCinciasContbeis(Franklin.ufba@gmail.com),
5
InstitutoFederaldeEducaoTecnolgica(IFBA)CampusSalvador(ronaldobruno@ifba.edu.br)
RESUMO
A Implementao da Lei Geral das Micro e Pequenas

Empresas,visaestimularepromoverodesenvolvimento
municipal. Este artigo objetiva identificar quais os
principais impactos da implementao desta lei no
desenvolvimentodoturismoemTeixeiradeFreitas/BA.
Especificamente, pretende elencar quais eixos da lei
geral, foram executados e quais os seus principais
impactos nas empresas do segmento de turismo da
cidade. A pesquisa foi desenvolvida atravs de um
estudo de caso na Cidade Teixeira de Freitas/BA, com

pesquisa bibliogrfica e Entrevista. Como base
conceitual,utilizouse a Lei Complementar123/2006.A
realizao de eventos na cidade, a reativao do
Conselho Municipal de Turismo e as capacitaes
realizadas,foramosprincipaisimpactosqueaLeiGeral
dasMPEspromoveunosegmentodoturismo.
PALAVRASCHAVE:Turismo,LeiGeraldasMPEs.
GENERALIMPLEMENTATIONOFTHELAWOFMICROANDSMALLENTERPRISESMAIN
IMPACTSONTOURISMDEVELOPMENTINTHECITYOFTEIXEIRADEFREITAS/BA
ABSTRACT
ImplementationoftheGeneralLawofMicroandSmall
Enterprises, aims to stimulate and promote local
development. This article aims to identify the main
impacts of the implementation of this law in the
development of tourism in Teixeira de Freitas / BA.
Specifically,youwanttolistwhichaxesthegenerallaw,
havebeenimplementedandwhatarethemainimpacts
on businesses in the tourism sector of the city. The
research was conducted through a case study, with

bibliographical and direct research. As a conceptual
basis, we used the Complementary Law 123/2006.
Conducting events in the city, the reactivation of the
Municipal Tourism Council and the trainings conducted
were the main impacts of the General Law of MPE'S
promotedinthetourismsegment.
KEYWORDS:Tourism,GeneralLawofMPE's.
IMPLEMENTAODALEIGERALDASMICROEPEQUENASEMPRESASPRINCIPAISIMPACTOS
NODESENVOLVIMENTODOTURISMONACIDADEDETEIXEIRADEFREITAS/BA
INTRODUO
O segmento do turismo um dos segmentos que vem ganhando importncia para a

economiadoBrasil.EsteartigovisaidentificarquaissoosprincipaisimpactoscausadospelaLei
GeraldasMicroePequenasEmpresasnodesenvolvimentodoturismonacidadedeTeixeirade
Freitas. Buscase especificamente: conhecer quais eixos da Lei Geral foram executados pelo
municpioeosseusprincipaisimpactosnasempresasdosegmentodeturismonacidade.
Os pequenos negcios, nos vrios segmentos, do dinamicidade economia dos

municpiosbrasileiros.Diantedessebrevecontexto,oproblemadapesquisaoraidentificado:
QuaissoosprincipaisimpactosdaimplementaodaLeiGeraldasMicroePequenasEmpresas
nodesenvolvimentodoturismoemTeixeiradeFreitas/BA?
Esteartigoestdividoemquatropartes,asaber:Introduo;MateriaiseMtodo,noqual
tratarse do segmento do turismo em Teixeira de Freitas, sua importncia; Aspectos da Lei
GeraldasMicrosePequenasEmpresaseResultadoseDiscusso,comosprincipaisimpactosda
implementaodaLeiGeralnosegmentodoturismo;eporfim,aConcluso.
MATERIAISEMETDOS
Oartigo146daConstituioFederaldoBrasildeterminaque:Cabeleicomplementar:
[...]IIIestabelecernormasgeraisemmatriadelegislaotributria,especialmentesobre:[...]
d)definiodetratamentodiferenciadoefavorecidoparaasmicroempresaseparaasempresas
depequenoporte[...]. Osartigos170e179daConstituioFederaldoBrasildeterminamque
Unio,Estados,DistritoFederaleMunicpiosdeveriamdartratamentofavorecidoediferenciado
aospequenosnegcios.
Aleicomplementar123/2006,conhecidacomEstatutodasMicroePequenasEmpresas
MPEs, foi uma conquista das entidades representativas das micro e pequenas empresas, para
queelaspudessemternosmunicpiosumatendimentodiferenciadoefavorecido.
Aps 18 (dezoito) anos de discusso a Lei Geral das MPEs foi sancionada em 2006. Em
2014,depoisde08(oito)anosdasanodaleiaindatem3.895dosmunicpiosbrasileirossema
devidaregularizaodosbenefciossempresas.Em2014dos5.570municpios,1.675estocom
a sua Lei Geral das MPEs implementada, e na Bahia dos 417 municpios, 102 esto com a lei
implementada. A Lei Geral das MPEs visa estimular e promover o desenvolvimento municipal,
atravsdeaodiretadogestorpblico.
Acapacidadeinstitucionaldosagentesimplementadores,problemasdenaturezapoltica,
boicotes realizados por agentes do estado negativamente afetado pela poltica so problemas
enfrentados na operacionalizao de polticas pblicas, dificultando que o governo alcance os
objetivosestabelecidos.
Acompanhar o planejado visando fazer o registro dos fatos que possam influenciar no
desvio do percurso a ser seguido de fundamental importncia na gesto de qualquer ao,
projetoouprograma.
No artigo 77 da Lei Geral das MPEs, sancionada em 14 de dezembro de 2006 traz o

seguintetexto:
Promulgada esta Lei Complementar, o Comit Gestor expedir, em 06 (seis) meses, as
instrues que se fizerem necessrias sua execuo. 1o O Ministrio do Trabalho e
Emprego, a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria da Receita Previdenciria, os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero editar, em 1 (um) ano, as leis e
demais atos necessrios para assegurar o pronto e imediato tratamento jurdico
diferenciado, simplificado e favorecido s microempresas e s empresas de pequeno
porte.
A implementao da lei uma obrigao legal, e o prazo para os municpios fazerem a

implementaovenceuem2007.Dessaformatantooministriopblicoouosempresriosque
sesentiremlesadospelofatodenoteremosbenefciosdalei,podemacionarjuridicamenteo
prefeito municipal por descumprimento da lei. O direito pblico obriga aos agentes pblico a
cumprirsomenteoqueconstaemlei,contudo,nocumpriraleiumatoquedeverserpunido.
Visando auxiliar a efetivao da poltica pblica, Lei Geral das MPEs, o Sebrae aps
diversos alinhamentos e considerando os principais captulos da Lei Geral das MPEs, criou um
sistemaondepossvelevidenciarsealeisaiuounodopapel,seomunicpioestaexecutando,
osartigosdalei.OSistemadeMonitoramentodaLeiGeralvemdeencontro,aoltimocicloda
formulaodeumapolticapblica,queavaliarseaintenodogovernoestdandoresultados
paraosbeneficirios.
O Monitoramento da Lei Geral das MPEs focou em quatro eixos estratgicos: Uso do
poder de compra; Desburocratizao; Empreendedor Individual e Agente de Desenvolvimento,
que abarcaria os mais importantes captulos da Lei Geral das MPEs, estando estes em efetiva
atuaonosmunicpios,possveldizerqueoprocessodedesenvolvimentoeapoiosempresas
estaacontecendo.
Para cada eixo da regulamentao foram atribudas necessidades de comprovao das

aes, as evidncias, conforme estabelecida na lei, bem como foram estabelecidos pontuao.
Sendo: Uso de Poder de Compras, at 4,3 pontos; Desburocratizao, at 2,3 pontos;
EmpreendedorIndividual,at02pontoseAgentedeDesenvolvimento,at1,4pontos.Cadaum
desses eixos dar a partir do acompanhamento e monitoramento da ao pblica sob quatro
aspectos:regulamentao,operacionalizao,esforoeresultados.
Para Milani (2003), o desenvolvimento local no acontece descontextualizado das

influncias regionais e nacionais, as iniciativas locais so necessrias mais a percepo do
entornofundamental.
Pensarodesenvolvimentoimplicaextravasarolocallimitadoporespaosgeogrficose
pensar sua identificao a partir da desconstruo da falta antinomia entre micro e o
macro. O local constituise em territrio (levado a que alguns pensem mais bem em
termos de desenvolvimento territorial) e conduznos a analisar a endogenia (o
desenvolvimento local torna efetivos e dinamiza potencialidades locais prprias) e a
particularidade (fatores locais) do contexto em que se situa. O local , nesse sentido,
construdo social e territorialmente, delimitado pela permanncia de um campo
estveldeinteraoentreatoressociais,econmicosepolticos(MILANI,p.11,2003).
AformacomooEstadoseorganizaetrataasquestesdeinteressepblicoinfluenciada
pelasaspiraeseonveldeorganizaodapopulao.Aavaliaodasaesdogoverno,como
partedaestratgiademodernizaodagestopblicaumaadequaodoEstadoparaatender
umnovoperfildesociedade.
O turismo uma atividade comercial prpria da iniciativa privada, contudo, o poder

pblico tem o papel fundamental na formulao de polticas e aes, na organizao e
articulaocomaspartesinteressadas,otrade,garantindoinfraestruturanacidadeeapoiandoa
promooequalificaodosprofissionaisdosetor.Aesessas,queaprefeituradeTeixeirade
Freitas, adotou atravs do Projeto Teixeira de Freitas Empreendedora, Minha, sua e de todos
ns.
Devidoasuapujanaeconmicaelocalizaogeogrficaprivilegiada,TeixeiradeFreitas,
apartirdasegmentaodoTurismodeNegcioseEventosvemjustificandooincrementofeito
nahotelariaenosetordealimentos&bebidas.
O turismo, em suas diversas variedades, constitui uma excelente oportunidade de

negciosparaamaioriadosmunicpiosbrasileiros.Tratasedaatividadeeconmicaque
maiscrescenomundoequemovimentadiversossegmentosempresariaiseossetores
da economia (agropecuria, indstria, comrcio e servios). Alm de lazer e
entretenimento,htambm,emexpansoacelerada,ochamadoturismodenegcios,
comoarealizaodeeventosespecficos,aexemplodeexposiesagropecurias,frias
setoriaiserodadasdenegcio(SEBRAE,p.44,2013).
Para Beni (2006) o turismo uma atividade social que implica decises de carter
emocionaledecustosdeviagens:
Turismo um elaborado e complexo processo de deciso sobre o que visitar, onde,

comoeaquepreo.Nesseprocessointervminmerosfatoresderealizaopessoale
social,denaturezamotivacional,econmica,cultural,ecolgicaecientfica,queditama
escolhadosdestinos,apermanncia,osmeiosdetransporteeoalojamento,bemcomo
oobjetivodaviagememsiparafruiotantomaterialcomosubjetivadoscontedosde
sonhos, desejos, de imaginao projetiva, de enriquecimento existencial histrico
humanstico,profissional,edeexpansodenegcios(BENI,p.37,2006).
Na viso de Koteski (2004), as micro e pequenas empresas desenvolve uma papel

importante na sociedade pela sua capacidade de gerao de emprego e sua capilaridade no
territrionacional:
As micro e pequenas empresas so um dos principais pilares de sustentao da

economiabrasileira,querpelasuaenormecapacidadegeradoradeempregos,querpelo
infindvel nmero de estabelecimentos desconcentrados geograficamente (KOTESKI, p.
16,2004).
Quantoconceituaodemicroepequenaempresas,nohunanimidade,devidosua
classificao ter diferentes motivaes: estudos, pesquisas, regulamentao, crdito, etc. Cada
stakeholders a classifica de uma forma. Os critrios variam entre os setores de atuao das
empresas, nmero de pessoas e faturamento. A Lei Geral das MPEs considera: Micro
Empreendedor Individual, aquelas com faturamento de at R$ 60.000,00 (sessenta mil reais);

Microempresas, aquelas com faturamento at R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e
Empresas de Pequeno Porte como sendo aquelas empresas que tem faturamento de R$
360.000,01 at R$ 3.600.000,00 (de trezentos e um mil reais a trs milhes e seiscentos mil
reais).
H empreendedores que se queixam do excesso de formalismo para empreender no

Brasil, chegando muitas das vezes inviabilizar o negcio ou estimulando que o empreendedor
procureoutroambientemaisfavorvel,outracidade,paraimplantarseusnegcios.Oexcessoda
burocraciasetornaumagrandebarreiraparaaaberturaeampliaodosnegcios,impactando
nodesenvolvimentoeconmicoesocialdopasedosmunicpios.
Oprocessoparaaaberturadeempresasenvolve12rgosdas03esferasdegoverno.Em
novembrode2013,nacidadedeCampinasnoEstadodeSoPauloapresidentaDilmaRousseff
assinou o contrato com o Servio Federal de Processamento de Dados (SERPRO) para a
construodoPortalEmpresaSimples,comprevisofuncionamentoemjunhode2014,oportal
visareduzirpara05diasotempodeaberturadeempresa,estimaseque8milhesdenegcios
serobeneficiados.
Asmicroepequenasempresasrepresentam20%detodaariquezaqueproduzidano
pas,representa99%dasempresasformalizadaseempregam60%dostrabalhadores,conforme
IBGE,Dieese,SebraeNacional(2013).
DadosdoCensoEmpresarialdeTeixeiradeFreitas,realizadoem2013,revelamqueso
4.190estabelecimentosformaiseinformaislocalizadosnacidade.
Comdadosempricos,apesquisafoirealizadaapartirdacoletadedadosprimrioscom
realizao de entrevistas com membros do Comit Gestor da Lei Geral das Micro e Pequena
EmpresasCOMGEMPEemembrosdoConselhoMunicipaldeTurismoCOMTUR,noperodo
de24a25/03/2014Foramentrevistados16(dezesseis)indivduosenquadradoscomogerentes,
supervisores,diretores,servidorespblicos.
Para a anlise dos dados foram estritamente qualitativas. Como base conceitual foi
utilizada a Lei Complementar 123/2006. Utilizouse como procedimento metodolgico o
levantamento de informaes secundrias, atravs de pesquisas em publicaes tcnicas,
revistas, livros e sites institucionais; elaborao de roteiros para coleta de dados; com os
representantesdasentidades;tabulaoqualitativaeanlisedosdados.
AsprincipaisfontesdepesquisaforamosmdulosdoCursoGestoPblicaMunicipal,em
especial o mdulo de Polticas Pblicas, elaborado pela Prof Dra. Maria das Graas Ruas e
EstatutodasMicroePequenasEmpresas.
Os dados referentes ao processo de mobilizao e sensibilizao dos empresrios e

sociedade em geral quanto a necessidade do pas ter um ambiente mais favorvel para a
implantao de negcios foram fornecidos pelo SEBRAE. O monitoramento da lei geral que
feitopeloSEBRAE,dandoumacontribuioparaasociedadenoacompanhamentoeapoioaos
municpiosparaasuaefetivaimplementaodalei.
NaPrefeituraMunicipaldeTeixeiradeFreitas(PMTF),coletamosinformaesreferentea
execuodoProjetoTeixeiradeFreitasEmpreendedora.Minha,suaedetodosns.
RESULTADOSEDISCUSSO
Em Teixeira de Freitas, pelo Monitoramento da Implementao da Lei Geral nos

Municpios Brasileiros, 03 (trs) dos 04 (quatro) eixos da lei, foram implementados, sendo:
AgentedeDesenvolvimento,EmpreendedorIndividualeDesburocratizao.
Das27(vinteesete)aesmapeadas,queforamdesenvolvidaspelomunicpio,visandoo
fortalecimento da economia, 13 (treze) delas tem impacto direto no segmento do turismo.
Abaixodemonstramosasaesrealizadaseclassificadasconformeoseixosdeimplementaoda
LeiGeral.
Quadro1:EixosparaImplementaodaLeiGeraldasMPEs1
Eixo01
Usodopoderde
comparas
Conceito
AdequarseuprocessolicitatriodeacordocomasorientaesdaLeiGeral,fomentara
economialocalviacomprasjuntosmicroepequenasempresas,comomonitoramentodos
resultados.
Aesrealizadaspelomunicpio:
As licitaes no municpio so todas presenciais; aproximadamente 72% dos fornecedores do municpio

soMicroepequenasEmpresas;ovolumedecontratosassinadosnoanode2013foiemtornodeR$22
milhes;
Eixo02
Desburocratizao
Conceito
Agilizaraaberturadeempresas(noultrapassar20dias)eseguirasorientaesdoCGSIM,
almdeemitiralvarprovisrioedefiniratividadesdegrauderisco,conformeindicadona
LeiGeral
CriaodoComitGestordaLeiGeraldasMicroePequenasEmpresasCOMGEMPE;
RenovaodoConselhoMunicipaldeTurismoCOMTUR;
Incentivo a Acesso a Crdito atravs do Credibahia, com R$ 2.273.000,00 financiados para as MPEs em
2013;
FonteAdaptaodoautor
ManualdeEvidnciasIndicadordeImplementaodaLeiGeraldaMicroePequenaEmpresa,SEBRAE,2011.
PrefeituraMunicipaldeTeixeiradeFreitas,2013.DadosdaPesquisa
Noseixosusodepoderdecomprasedesburocratizao,evidenciaarealizaodeaes
visando a economia local, contudo, na pesquisa direta, h crticas de que o COMGEMPE foi
institudo,contudo,nohreuniesperidicas.
Quadro2:EixosparaImplementaodaLeiGeraldasMPEs2
Eixo03
Empreendedor
Individual
Conceito
ManteracobraadoIPTUresidencialparaosempreendedoresindividuaisformalizados,bem
comodispensaracobranadoHabiteseemonitorarainserodosEInabasedeempresas.
CriaodaSaladoEmpreendedor;
Qualificao nas reas de gesto; inovao e tecnologia; acesso ao mercado e acesso a crdito, a 300
pequenosempreendimentos;
SemanadoEmpreendedorIndividual,comcapacitaode411EmpreendedoresIndividuais;
SeminrioparaEmpreendedor
Eixo04
Conceito
Agentede
DispordeumplanodetrabalhoparaoAgentedeDesenvolvimentonomeado,oufortalecer
Desenvolvimento umaestruturaorganizacional(frum,secretaria)quedesempenhefunesprevistasparaoAD
NomeaodoAgentedeDesenvolvimento;
RealizaodoDiagnsticoContextualizaodaEconomiadoMunicpio;
Divulgao e socializao dos principais problemas e necessidades da economia do municpio e
descentralizaodagesto;
ExecuodoProjetodeDesenvolvimentodaEconomiaLocal;
CensoEmpresarial;
CircuitoEmpresarialcapacitaoemobilizaode1500empresrioseentidadesdeclasse;
Cursos de gastronomia, qualificao de 315 profissionais para suprir as necessidades na rea da
gastronomia;
FeiradaEconomiaSolidria,com55Expositoresdediversosmateriaiscomo:trabalhosdeE.V.A,bichinhos
ebonecosdetecido,arteemjornal,pinturaemtecidoebordado,cermica,biscuit,arteemfeltro,MDF,
bolsas,tapetes,pinturaderosto,esculturadebales,panosdepratoseboca,bolsas,toalhascomfitas,
bordadosealmofadasdetecidos.
FeiradeArtesanatodaEconomiaCriativa;
FeiradaEconomiaSolidria;
FestadaCidade;
31ExpAgropecuria;
1FestivalGastronmico;
NatalLuzesdeTeixeira;
RealizaodaOficinaProduoAssociadaaoTurismo;
EncontroEmpresarialHospedagemeGastronomia.
ConvniocomaFazendaCascata,espaodeeducaoambientaleturismo;
Capacitaoeorientaodecercade300pequenosempresrios;
FonteAdaptaodoautor
ManualdeEvidnciasIndicadordeImplementaodaLeiGeraldaMicroePequenaEmpresa,SEBRAE,2011.
PrefeituraMunicipaldeTeixeiradeFreitas,2013.DadosdaPesquisa
Noseixos:EmpreendedorIndividualeAgentedeDesenvolvimentodehouveramomaior
nmerodeaesrealizadaspelomunicpionaabuscadefomentarnegcios.
Nos dias 24 e 25/03/2014 foram realizadas entrevistas, com 08 (oito) membros

integrantes do Conselho Municipal de Turismo e do Comit Gestor da Lei Geral das Micro e
Pequenas Empresas, sendo 04 (quatro) membros representantes do setor pblico, 03 (trs)
membros representantes do setor privado e 01 (hum) membro representante do legislativo
municipal.
Asrespostasdasentrevistasforamformatadasemtabelasasquaisseroapresentadase
discutidasaseguir:
Quadro3:EntrevistaLeiGeral1
1ConheceaLeiGeraldasMPEs?
Sim:07
No:01
2QuaissoosimpactosdaLeiGeralnaEconomiadacidadedeTeixeiradeFreitas?
ApoiodagestopblicasMPEs;
FormalizaodeparceriasparaatendimentosMPEs,atravsdeumProgramadeDesenvolvimento
Econmico;
ComprasPblicas;
Desburocratizaodaaberturadasempresas,atravsdoREGIN;
SaladoEmpreendedoremfuncionamento;
DiretoriadoComrciocomumAgentedeDesenvolvimentocapacitado;
InstalaodoComitGestorLeiGeraldasMicroePequenasEmpresasCOMGEMPE;
Isenodetaxasmunicipaisparaaberturadenegcios,com06(seis)milempreendedoresbeneficiados;
FomentonarealizaodeeventosnacidadeaexemplodoNatalLuzesdeTeixeira;
FortalecimentodaSecretariadeIndstriaeComrcio;
Oimpactofoimuitopequeno,umsetordefarmciaprocurouomunicpiopararesolverquestesdosetore
nofoiatendidopelomunicpio.QuandooCOMGEMPEfoiprocuradoparaintervir;
Noanode2013omunicpiocomprouR$22milhes,comumimpactodiretoeindiretonasMPEs;
Houveimpacto,bempositivo,poucopercebidopelopoderpblicoepeloscomerciantes.Pornoterhavido
aindaummensuraodalei;
3AimplementaodaLeiGeralcontribuiuem2013paraofortalecimentodosetordoturismo?
Sim:05
No:03
FontePesquisadireta,Mar.2014.DadosdaPesquisa
Observamosnafiguraacimaque,87%dosentrevistadosafirmaramconheceraLeiGeral
das MPEs. Perguntado se a lei contribuiu no ano de 2013 para fortalecer o setor do turismo,
62,5%responderampositivamente.
4possvelidentificarosbenefciosdaLeiGeraldasMPEsparaosetordoturismo.Sesim,quais?
Pessoasficarammaisesperanosasemmontarseusnegcios;
FormalizaodosempreendedoresambulantesnaPraadaBblia,queatendemclientesdetodaregio;
Realizaodeeventos,comaumentodonmerodeturistanacidade;
NoNatalaumentouofluxodepessoasnacidade;
RetornodasatividadesdaCmaradeTurismodaCostadasBaleias;
RealizaodoFestivalGastronmico
RetomadasdostrabalhosdoConselhoMunicipaldeTurismoCOMTUR
ComarealizadodoPlanejamentoEstratgicodoTurismofoipossvelqueomunicpiofizessevrioseventosa
exemploFestivalGastronmico;
No.TeixeiradeFreitasnoumacidadeturstica.
5Considerandooanode2013emrelaoaoanode2012houvealteraodoapoiodogovernomunicipalpara
ofortalecimentodaeconomialocal?
HojehSecretriadeDesenvolvimentoEconmicotemevidnciasdetrabalhosrealizados;
Convnioparafortaleceraeconomialocal;
AutonomiadaSecretariadeDesenvolvimentoEconomiaparafomentarnegciosnomunicpio;
EventosparaapoiarasmicroempresascomooFestivaldeGastronomiaeoNatalrealizadosem2013;
FezaLeiGeraldasMPEssairdopapel;
ConstituiodoComitGestordaLeiGeraldasMPEs;
Hoje h um olhar de envolvimento social no planejamento do municpio, com atores sociais envolvidos em
todoesseprocesso;
Aumentouovolumedepessoasnaregioparacomprarmaisnacidade;
Os entrevistados consideraram que houve mudanas positivas do governo municipal

quanto a implementao de aes visando o desenvolvimento da economia da cidade. E citou
comoaespositivasparaoturismoarealizaodeeventos.
6AspectospositivosnaimplementaodaLeiGeraldasMPEs:
Comunicao entre Gesto Pblica x Empresariado. Estabeleceuse um canal de comunicao com estes
setores;
Maisconfianadosempreendedoresemabrirseusnegciosnomunicpio;
Ajudadogovernomunicipal;
Ofocodasentidadesempresariaisnocomrcio.Esqueceuapoliticagem;
Uniodasentidadesempresariaisfavoreceuodesenvolvimentodocomrcio;
AprefeituraestatentandoagirdemaneiramaisconcretaparaincentivarasMPEs;
AtuaodasentidadesnaformaodoComitGestordaLeidasMPEs;
Bomrelacionamentodopoderexecutivocomolegislativo;
DecisodoprefeitoemimplementaraLeiGeraldasMPEs;
7AspectosnegativosnaimplementaodaLeiGeraldasMPEs:
Melhoraracomunicaoentreossetoresdomunicpio,aburocraciaaindamuitogrande.Temosexpectativa
queoREGINpossaajudaracriarumarededeparceriasentreestessetores;
AprefeituradeviriatomarmedidasmaisativasquantoavalorescobradosasMPEs.Comcobranadealvar,
taxadelocalizaocomaumentodovalor,astaxassomuitoaltas,aumentouovalorsemconsultarnenhum
rgo;
Maiorentendimentodoempresrioedasentidadesempresariaisquantoaosbenefciosdalei;
PoucoconhecimentodoempresariadodaexistnciadaSaladoEmpreendedor;
Campanhamaisesclarecedora,levaratodaasociedadeosaspectosdaLeiGeraldasMPEs;
Mudanadaequipedosetordelicitao,tendoquerecomearotrabalhocomanovaequipe;
Asentidadeseasempresasdesconhecemalegislaoparacobrareexigirseusdireitos;
Ospesquisadostambminformarampontospositivoseoportunidadesdemelhoriaspara
oavanodasaesvisandoaimplementaodaLeiGeralnomunicpio.Podemosdestacarcomo
pontodemelhoriaummaiorenvolvimentodacomunidadeempresarialemconheceraleieseus
benefcios.
CONSIDERAESFINAIS
Os impactos da implementao da Lei Geral das MPEs do segmento de turismo em
TeixeiradeFreitaspercebidopelamaioria(67,5%)dosentrevistados.Comaesdecapacitao
empresarial e profissional, envolvendo empresrios, funcionrios das empresas e pessoas que
esto sendo qualificao para o mercado de trabalho. Assim, como as aes de promoo e
marketing da cidade, trazendo fluxo turstico, movimentando a economia e atraindo novos

negciosparaomunicpio.
Pelasaesaquiexpostas,notasequeomunicpiodeTeixeiradeFreitastemestimulado
o empreendedorismo, fazendo estudo e levantamento de potencialidades econmicas,
estimulandoecapacitandoosempreendedores,divulgandoepromovendoacidade,estimulando
assimofluxodetursticaenegciosparaomunicpio.
O processo de planejamento e execuo das atividades da administrao pblica

municipal, focada no desenvolvimento da economia, vem sendo trabalhado no municpio, com
parcerias, envolvimento da sociedade e busca por resultados. Demonstrao que os agentes
pblicos cumpriram sua misso institucional quando cria um ambiente mais favorvel para o
surgimentoeampliaodenegcios.
O processo de convencimento do poder pblico municipal, para a implementao de

polticaspblicas,passaporumamaiorparticipaodasociedade.OfortalecimentodoCOMTUR
edoCOMGEMPEpodesermaisumespaoparaemponderaressasociedade.
OestudodastemticasTurismoeLeiGeralmerecemseremaprofundados,noobjetivo
deste artigo finalizar a discusso. So temas importantes que influenciam o processo de
desenvolvimentodascidades.
Percebeuseanecessidadededarmaiorconhecimentoaosempresrioseacomunidades
sobreosbenefciosqueaLeiGeralpodetrazer.Umesforoquepodeserempreendidospelas
entidadesempresariais.
Emconformidadecomapesquisarealizada,consideramosquearealizaodeeventosna
cidade, a reativao do Conselho Municipal de Turismo e as capacitaes realizadas, foram os
principaisimpactosqueaLeiGeraldasMPEspromoveunosegmentodoturismo.
REFERNCIAS
BENI,Mario.Anliseestruturaldoturismo.SoPaulo:SENAC,2006.
KOTESKI,M.A.Asmicroepequenasempresasnocontextoeconmicobrasileiro.RevistaFAE
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MILANI,Carlos.TeoriasdoCapitalSocialeDesenvolvimentoLocal:liesapartirdaexperincia
dePintadas(Bahia,Brasil).In:TrabalhoapresentadonaIVConfernciaRegionalISTRLAC,So
Jos,CostaRica.2003.
RUA, Maria das Graas. Polticas pblicas. Florianpolis: Departamento de Cincias da
Administrao/UFSC;[Braslia]:CAPES:UAB,2009.130p.:il.
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SEBRAE Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas. Guia do Prefeito
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2013.
10
SEBRAE Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas. Manual de Evidncias

IndicadordeImplementaodaLeiGeraldaMicroePequenaEmpresa.Braslia:SEBRAE,2011.
11
AINFLUNCIADOTRANSPORTEAREODECARGASNOCOMRCIOEXTERIORDOBRASIL
C.R.Lopes,;D.A.Ferreira;P.F.Santos ;V.A.Abraho;V.M.S.Barbosa;R.M.Sousa
ProfessordoInstitutoFederaldeGois(IFG)CampusAnpolis,EstudantesemLogsticadoInstitutoFederal
deGois(IFG)CampusAnpolis;ProfessoresdaUniEvanglicaCentroUniversitriodeAnpolisemail:
cassiomar.lopes@ifg.edu.br
RESUMO
A Logstica interliga os locais de produo e os

mercados,separadosportempoedistncia,utilizando
sedemtodoscadavezmaiseficazesnoplanejamento,
naimplantaoenogerenciamentodeumconjuntode
atividades como transporte, armazenagem e manuseio
de materiais. A cada ano que passa, as empresas do
setor de logstica prestam mais ateno ao transporte
areo como protagonista da cadeia de suprimentos.
Alicerado nos referenciais tericos que propiciam a
compreenso desses fenmenos, o presente trabalho
temoobjetivodeverificaraimportnciadotransporte
areodecargasparaocomrciointernacionaldoBrasil,
atravsdacaracterizaodosegmentoareodentreos
modais de movimentao de carga no pas e
estabelecendo uma relao entre o setor areo de
transportedecargas e ocomrcio exterior. Para tanto,
sero utilizadas informaes obtidas por meio de
pesquisa exploratria, em livros, publicaes e sites
ligadosaotema.
PALAVRASCHAVE:Logstica,Transporteareo,Carga.
THEINFLUENCEOFAIRCARGOTRANSPORTONTHEEXTERIORCOMMERCEOFBRAZIL.
ABSTRACT
TheLogisticsconnecttheplacesofproductionand
markets, separated by time and distance, using
increasingly effective methods in planning,
implementation and management of a set of
activities such as transportation, storage and
handling of materials. With each passing year,
companies in the logistics industry pay more
attentiontoairtransportastheprotagonistofthe
supply chain. Grounded in theoretical frameworks
that provide an understanding of these
phenomena, this study has the objective of verify

the importance of air cargo for the international
tradeofBrazil,throughthecharacterizationofthe
air segment from the modal cargo movement in
the country and establishing a relationship
between air cargo transportation industry and
foreign trade . For that, information obtained
through exploratory research, in books,
publications and sites related to the topic will be
used.
KEYWORDS:Logstics,AirTransport,Cargo
INTRODUO
medidaqueofenmenodarelaocomercialentreospasesaumenta,cadavezmais
imposta aos mercados a necessidade de negcios realizados mais rapidamente, com maior
abrangnciaemaioreficincia. Abalanacomercialbrasileira,quemostraadiferenaentreas
importaes e as exportaes do pas, um eficiente instrumento de indicao do
comportamentodessasatividadeseconmicas.
Acorretaescolhadomodalaserutilizadonessabuscapormecanismosmaiseficientesno
transportedemercadoriasconfigurase,ento,comofatorpreponderanteparaaeconomia do
pas.EmquemedidaotransporteareodecargasinfluencianabalanacomercialdoBrasil?
O espao econmico que o Brasil conquistou no cenrio internacional impulsiona o
crescimentodotransporteareodecargas.OsbalanosmensaisdaInfraeroEmpresaBrasileira
de Infraestrutura Aeroporturia, estatal que administra a maioria dos aeroportos brasileiros,
confirmamaexpansodosetor.
A demanda por transporte, resultante da atividade econmica, cria grandes
oportunidades para o crescimento da carga area, e por isso, verificase forte relao entre as
variaesdabalanacomercialdopaseaquantidadedecargaareatransportada,aolongodos
anos.
Esteestudoabordaascaractersticasdopanoramadosetordemovimentaodecargas
pelo modal areo na atualidade, abrangendo as transaes de importao e exportao e
relacionandoassvariaessofridaspelabalanacomercialdoBrasil.
O objetivo geral desta pesquisa verificar a importncia do transporte areo de cargas
paraocomrciointernacionalbrasileiro.Paratantoforamdefinidoscomoobjetivosespecficos:
caracterizar o transporte areo de cargas, retratar a representatividade do modal areo em
relao aos demais meios de transporte nas movimentaes internacionais, identificar os
terminais aeroporturios que mais movimentam carga internacional no pas e estabelecer a
relaoentreotransporteareodecargaseocomrciointernacional.
Esteestudosejustificapelaexploraoaosassuntoslogsticosnasreasdetransportee
movimentaodecargas,sobretudonamodalidadeareadotransportedecargas,poisembora
tenhaovalordefretebastanteelevado,semostravivelparadeterminadostiposdeprodutos,
comoosdealtovaloragregadoeperecveis,esedestacapelarapidezcomqueatingequalquer
lugarnoglobo,comqualidadeeeficincia.
Comrelaoimportncia,apesquisafundamentalparaomeioacadmico,poisvem
contribuirparaopreenchimentodalacunaexistentenoassunto,umavezqueapesardagrande
quantidadedeestudossobretransporteelogstica,poucostratamdomodalareo,tornandoo
assuntoquasequeinexploradoacademia.
REFERENCIALTERICO
Logstica
Uma das definies do termo logstica segundo o dicionrio Aurlio (1999) indica que
essa a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realizao de projeto e
desenvolvimento,obteno,armazenamento,transporte,distribuio,reparao,manutenoe
evacuaodematerial(parafinsoperativosouadministrativos),nasatividadesderecrutamento,
instruo,designao,transporte,bemestar,aquisioouconstruoeoperaodeinstalaes
eacessriosdestinadosaajudarodesempenhodequalquerfunomilitar.
DeacordocomBALLOU(1993),compreendeseporlogsticaamaneiramaiseficientede
realizartarefasdemovimentaoearmazenamentodemercadorias,desdeamatriaprimaat
oprodutofinaleprontoparaoconsumo;umavezqueomesmoconceitopodeseraplicadoao
fluxo de informaes que coloca as mercadorias em movimento, a logstica responsvel por
reduzirohiatoentreaproduoeademanda,paraatenderasnecessidadesdaempresaede
seusclientes.
O Conselho dos Profissionais de Logstica (2008) define a logstica empresarial como
atividade que engloba o recebimento, a expedio, a gesto dos transportes, o manuseio e a
armazenagemdemateriais.Paratalatividadenecessriopromoverumaorganizaointegrada,
gesto dos estoques, gerenciamento de terceiros, planejamento das demandas, tanto de
compras como de produo e expedio, controle de fretes, de armazenagem, dos seguros e
demaisdespesastpicasdessasoperaes.
Transporte
Partindose de uma definio bsica, transporte pode ser entendido como o

deslocamento de pessoas ou mercadorias entre dois lugares. Segundo BASTOS (1955), o
transporte de importncia fundamental para a vida social e econmica de um pas. Todo o
progressoexperimentadopelaeconomiapassadiretamentepeloplanejamentodostransportes,
poisproduoetransportecaminhamjuntos.Ento,comonocenrioatualdocomrciomundial
impossvel que se tenha produo sem transporte, notase que essa dependncia mtua
ampliouaspossibilidadesdenegcios.
TransporteAreodeCarga
O transporte areo o mais adequado para as mercadorias de alto valor agregado, em

pequenos volumes e com urgnciade entrega, pois este o modal de transporte mais rpido.
Porm tem uma menor capacidade de carga e em geral o frete o mais caro em relao aos
demaismodais(NASCIMENTO,2007).
Otransporteareodecargassecaracterizajuntoaotransportemartimocomoosnicos
modoscapazesdemovimentarmercadoriasemescalaglobalcomamenorpreocupaopossvel
sobrefronteiraseacidentesgeogrficos,queimpeamosprodutosdeatingiremseudestinono
tempocertoeaumcustojusto(KAUFMANN,2009).
AindadeacordocomNascimento(2007),omodalareoapresentatambmavantagem
de possuir um processo de movimentao e armazenagem em reas alfandegadas mais
eficientes,conseguindopossuiromenorciclologsticoentreosmodais.
RedeTecadaInfraero
Alm de administrar 63 Aeroportos,75 EPTA (Estao Prestadora de Servios de

Telecomunicaes e de Trfego Areo), a Infraero possui em sua estrutura uma Rede de 31
TerminaisdeLogsticadeCargaredeTeca,espalhadosportodoterritrionacional.Nelesso
prestados os servios de armazenagem e capatazia (movimentao) da carga importada, a ser
exportada,nacional(movimentadadentrodopas)eexpressa(courier),sendoque,dos31Tecas
da Rede,27 operam com importao,22 com exportao, 14 com Carga Nacional, e2 com
Courier.
Comoimportanteelodacadeialogstica,aInfraeroexerceopapeldeFielDepositriada
Receita Federal, zelando pela custdia das cargas at o ato de sua entrega ao importador ou
companhiaarea,nocasodasexportaes.
Figura:1RededeTerminaisdeLogsticadeCarga
Fonte:InfraeroCargo,2013
Aspectoseconmicosdotransporteareodecargas
DeacordocomoWACF(20122013),depoisdecair6,4%em2009,ocomrcioatravsdo
modalareodaAmricadoSulcomaEuropaaumentou8,0%em2010,seguidodeumaumento
de 3,1%, em 2011. O Brasil, maior economiada Amricado Sul, foi responsvel por 48,6% do
comrcio areo total da subregio com a Europa em 2011. As importaes para o Brasil, que
caram de 13,1% em 2009, recuperaramse 19,2% em 2010 e cresceram 4,4% em 2011.
Exportaes pelo ar do Brasil para a Europa caram 16,1% em 2009, em seguida, recuperaram
5,4%em2010e14,3%em2011.
Os Estados Unidos so o mais importante parceiro comercial da Amrica Latina, sendo
responsvel por 99% das exportaes pelo ar da Amrica do Norte para
Amrica Latina e 99% das importaes da Amrica Latina para a
Amrica do Norte, em 2011. O Comrcio entre a Amrica Latina e os EUA, portanto,
servecomoumaboarefernciaparaseobservaradinmicadaatividadedomercadoglobalde
carga area de ano para ano. Acordos comerciais recentes, favorecem
ocrescimentodacargaareaentreaAmricadoNorteeastrssubregiesdaAmricaLatina
(WACF,20122013).
A Amrica do Sul foi responsvel por 73,3% do 1,2 milho de toneladas transportadas
para a Amrica do Norte. Enquanto a Amrica Central foi responsvel por 21,1% e a Bacia do
Caribepelos5,6%restantesdomercadodecargaareaem2011.AEconomiasulamericanaest
projetadaparaterumataxamdiadecrescimentode4,4%aolongodoperodode2013a2031.
OBrasildeverpermaneceramaioreconomiadaregio,comprevisodecrescimentode4,6%
porano,oquerepresenta54,4%dototaldoPIBdaAmricadoSulem2031(WACF,20122013
adaptado).
Otransporteareodecargasnocomrcioexterior
A oferta e a procura de servios internacionais essencialmente umprocesso dinmico

para manter uma organizao atualizada com as imediatas alteraes no cenrio do comrcio
mundial (SILVA, 2007). Atualmente, vivese em um mundo no qual os componentes de um
produto podem ser manufaturados na Malsia, China ou Mxico, em seguida, montados nos
EstadosUnidosparaenvioaomercadoeuropeu.Aunidadedeproduosediadaouplantasde
produosoconstrudasnaquelespasesqueofereamosmenorescustosemelhoracessoaos
meiosdetransportemaiseficientes(KAY,2003).
No mbito da logstica internacional, a avaliao acerca da natureza da carga tornase
fundamental, atravs da qual devem ser apuradas questes como perecibilidade, fragilidade,
periculosidade, dimenses e pesos considerados especiais (MATERA, 2012). A respeito dessa
importante avaliao, MATERA (2012) exemplifica os principais produtos transportados pelo
modal areo, classificados em: (I) perecveis: frutas, flores, peixes, jornais, revistas, artigos de
moda; (II) produtos de alto valor especfico: eletroeletrnicos, informtica, joias, ouro; e (III)
produtoscomurgnciadeentrega:remdiosepeasdereposio.
MATERIAISEMTODOS
De acordo com GIL (2010), a pesquisa pode ser classificada segundo os mtodos
empregados e segundo seus objetivos mais gerais. O mtodo utilizado foi o de pesquisa
exploratriacomlevantamentodocumental,cujoscontedosproporcionaramprofundidadede
informaesverossmeiserelevantessobreosetorestudado.Quantoaosobjetivosmaisgerais,
a pesquisa exploratria, pois tem como propsito fomentar maior familiaridade com o
problema,explicitandooeoferecendohipteserelativaaofatoestudado.
Para a elaborao deste trabalho foram realizadas consultas nos campos de Logstica,
LogsticaInternacional,TransporteAreoeTransportedeCargas.Devidoaopequenoacervode
produo literria na rea do Transporte Areo de Cargas, foram utilizados anurios e dados
estatsticos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroporturia INFRAERO, atravs de
levantamento documental para a obteno de dados secundrios; alm de consultas a sites,
transcriesdeartigosacadmicos,jornaiserevistasespecializadosnoassunto.
Comrelaoaocomrcioexterior,foramutilizadosconceitosedadosestatsticosobtidos
na pgina eletrnica do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior MDIC,
atravs do sistema AliceWeb, bem como informaes extradas do WACF World Air Cargo
Forecast (Prognstico da Carga Area Mundial) (20122013), documento publicado pela Boeing
bianualmente.
RESULTADOSEDISCUSSO
REPRESENTATIVIDADEDOMODALAREONOCOMRCIOINTERNACIONALDOBRASIL
Nocomrcioexteriorbrasileiro,muitosimaginamqueomodalareoaindamuitopouco
utilizado (NASCIMENTO, 2007). Porm os dados das importaes de janeiro de 2006 at
dezembrode2012revelamqueosegundomodalmaisutilizadonasimportaesbrasileirasem
termosdevalor,ficandoatrssomentedomodalmartimoeapresentandoumndicede19,63%
em termos de valor, porm quando analisadas as quantidades de mercadorias trazidas pelo
modal areo, percebese um percentual de apenas 0,23%. Esta a prova de que o modal
transportouprodutosdealtovaloragregado.
Do lado das exportaes, o modal areo apresentase na3 posio, considerandose o
perododejaneirode2006adezembrode2012,comumpercentualdeusode5,05%nabasede
valor,masdeapenas0,11%dasmercadoriasemtermosdepeso,revelandoqueomodalque
utilizamosparaenviarmercadoriasmaisnobres.Essasrelaes,entreofluxodemercadoriasque
compem a Balana Comercial Brasileira e os modais utilizados para movimentlas, so
evidenciadasnastabelasaseguir:
Tabela 1 Importaes Brasileiras por Modais de Transportes de Jan/2006 a Dez/2012

Cdigo da
Via
0
Descrio da Via de
Transporte
Peso Lquido (Kg)
LINHA DE TRANSMISSO
MARTIMA
FLUVIAL
LACUSTRE
AREA
POSTAL
6
7
% Kg
US$ FOB*
108.096.826
770.672.670.655
2.384.565.537
835.644.427.995
% US$
0,01
0,21
87,75
73,05
8.581.107.840
3.653.219.405
0,98
0,32
139.480.231
274.347.285
0,02
0,02
0,23
19,63
2.019.626.479
224.571.069.140
253.183
39.359.157
0,00
0,00
FERROVIRIA
2.114.929.667
993.548.178
0,24
0,09
RODOVIRIA
41.652.345.738
56.616.886.460
4,74
4,95
TUBO-CONDUTO
52.752.276.741
15.563.565.584
6,01
1,36
MEIOS PRPRIOS
203.241.742
4.131.512.189
0,02
0,36
TOTAL
108.096.826
1.143.872.500.930
100,00
100,00
*Classificao FOB: Free on Board

Fonte: Sistema ALICE do MDIC, 2013 (adaptado pelos autores)
Tabela 2 Exportaes Brasileiras por Modais de Transportes de Jan/2006 a Dez/2012
Cdigo da
Via
Descrio da Via de
Transporte
Peso Lquido (Kg)
US$ FOB* (Mil)
LINHA DE
TRANSMISSO
663.889.531
10.315.153.798
MARTIMA
3.284.854.073.722
1.120.411.802.538
FLUVIAL
79.958.674.299
8.442.189.526
LACUSTRE
AREA
6.862.922.313
68.232.446.452
POSTAL
209.594
25.274.597
FERROVIRIA
3.634.605.809
2.768.329.781
RODOVIRIA
35.928.810.028
92.915.541.704
TUBO-CONDUTO
13.959
1.817.609.281
MEIOS PRPRIOS
9.161.610.287
44.998.254.047
TOTAL
3.421.064.809.542
1.349.926.601.724
% Kg
% US$
0,02
0,76
96,02
83,00
2,34
0,63
0,00
0,00
0,11
5,05
0,00
0,00
0,11
0,21
1,05
6,88
0,00
0,13
0,27
3,33
100,00
100,00
*Classificao FOB: Free on Board

Fonte: Sistema ALICE do MDIC, 2013 (adaptado pelos autores)
OsmaioresTecasemmovimentao
De acordo com os dados estatsticos fornecidos pela pgina eletrnica da Infraero

destinada ao transporte areo de cargas, o Infraero Cargo, podese destacar os principais
Terminais de Logstica de Carga, pela quantidade de carga movimentada nas operaes de
importaoedeexportao.AtabelaaseguirexibeoscincomaioresTecasdopas,emordemde
participao na tonelagem total de importao de cargas, em 2012. Nesse ano, o total de
importaesrealizadaspelomodalareofoide432.480toneladas.
Tabela:3MaioresTecasporquantidadeimportadaem2012
Movimentao das cargas por aeroporto em tonelagem
TECAS
Dependncia
Importao
Participao
SBKP
Campinas-SP
140.983
32,60%
SBGR
Guarulhos-SP
113.618
26,27%
SBEG
Manaus-AM
53.411
12,35%
SBGL
Galeo-RJ
46.428
10,74%
SBCT
Curitiba-PR
21.050
4,87%
Fonte:InfraeroCargo,2013(adaptadopelosautores)
Demaneiraanloga,destacamseoscincomaioresTecas,elencadosnatabelaseguinte,
porordemdeparticipaonaquantidadetotalde251.503toneladasdecargasexportadaspelo
Brasilatravsdomodalareo,em2012.
Tabela:4MaioresTecasporquantidadeexportadaem2012
Movimentao das cargas por aeroporto em tonelagem
TECAS
Dependncia
Exportao
Participao
SBGR
Guarulhos-SP
100.341
39,90%
SBKP
Campinas-SP
75.330
29,95%
SBGL
Galeo-RJ
32.954
13,10%
SBCT
Curitiba-PR
10.068
4,00%
SBPA
Porto Alegre-RS
7.523
2,99%
Fonte:InfraeroCargo,2013(adaptadopelosautores).
Atualmente, o quadro financeiro tem se aliado aos investimentos, tanto privados como
pblicos, em melhorias na infraestrutura aeroporturia, deficitria, para atender demanda
crescentedosegmento.ComfoconoaumentodademandaporservioslogsticosnoPasena
tendnciadecrescimentodocomrciointernacional,aInfraeromantmumextensoecontnuo
PlanodeInvestimentosparasuarededeTerminaisdeLogsticadeCarga.Paraoperodo2013
2017, a Empresa estima investir cerca de R$ 487,9 milhes a serem utilizados na construo,
reforma, ampliao, adequao e modernizao de seus complexos logsticos, bem como na
aquisiodenovosequipamentosoperacionaisparamovimentaoearmazenagemdecargas.
CONCLUSO
Otransportedecargasporviaareaatualmenteomeiomaisrpidoeconfivelparaa
movimentao de mercadorias. Devido capacidade desse modal de transpor com a menor
preocupaopossvelosacidentesgeogrficoseoslimitespolticosentrepases,estcadavez
maisassumindoumpapeldeprotagonistanocenrioemqueempresaseclientesbuscamter
suadisposiomercadoriasoriundasdooutroladodooceano,comprestezaesegurana.Sejam
essasmercadoriascomponentesparaofabricantedeumconjuntomaior,ouprodutosperecveis
eespecficosdeumaregiodistantedocliente.
Atravsdaspesquisasrealizadasnaelaboraodesteartigo,ficouevidenciadaa
importnciacrescentedaparticipaodomodalareonotransportedecargasnoBrasil,
sobretudonastransaesdeimportaoeexportaorealizadaspelopas.Foramalcanadosos
objetivosdoestudo,masnoesgotadososcamposaseremestudadossobreotema.Dessa
forma,sosugeridosestudosfuturosnoquedizrespeitoeficinciadosTerminaisdeLogstica
deCarganoBrasileutilizaodehubairports,tantonasmovimentaesinternacionaisquanto
nacionais.
REFERENCIALBIBLIOGRFICO
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fsica.SoPaulo:Atlas,1993.
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http://www.boeing.com/assets/pdf/commercial/cargo/wacf.pdf>.Acessoem08Dez.2013.
10
ENDOMARKETING,SUSTENTABILIDADEESUAINFLUNCIAJUNTOAOPBLICOINTERNODOBANCO
SANTANDER
K.C.B.Silva(PQ)
InstitutoFederaldoAmazonas(IFAM)CampusPresidenteFigueiredo
email:keilacrystyna@gmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Diante da nova perspectiva de desenvolvimento

voltadaparaapreservaoemanutenodomeio
ambientevriasindstrias,empresaseinstituies
tm desenvolvido projetos e programas para
disseminar esses valores junto aos seus
funcionrios,clientes,fornecedoresecomunidade.
Dentre elas destacamos o ABN AMRO REAL,
atualmenteBancoSantander,instituiofinanceira
internacional, que vem desenvolvendo um
programa de eco eficincia baseado nos 3 R's
(reduzir, reutilizar e reciclar), envolvendo
diretamenteseusfuncionriosnodesenvolvimento
desseprograma.
A existncia deste programa foi fundamental para

a escolha desta instituio como nosso objeto de
pesquisa. Dentro desse universo, preocupamonos
principalmente
como
a
utilizao
do
endomarketingesuasimplicaesecomoutilizlo
como diferencial para diferenciarse das demais
instituies financeiras, para captar e manter
clientes,almdeabrirnovasfrentesdenegcios.
PALAVRASCHAVE:desenvolvimentosustentvel,endomarketing,sustentabilidade,santander
ENDOMARKETING,SUSTAINABILITYANDITSINFLUENCEBYTHEINTERNALPUBLICBANKSANTANDER
ABSTRACT
Faced with the prospect of new

development toward the preservation and
maintenance of the environment various
industries, companies and institutions have
developed projects and programs to disseminate
those values along to their employees, customers,
suppliers and community. Among them include
ABN AMRO REAL, now Banco Santander's,
international financial institution, which is
developing a program of ecoefficiency based on
the 3 R's (reduce, reuse and recycle), directly
involving employees in the development of this
program.
The existence of this program was critical to the

choice of the institution as our research object.
Within this universe, we concern ourselves
primarily as the use of internal marketing and its
implications and how to use it as a differential to
differentiateitselffromotherfinancialinstitutions,
toattractandretaincustomers,aswellasopening
newbusinessfronts.
KEYWORDS:sustainabledevelopment,internalmarketing,sustainability,santander

ENDOMARKETING,SUSTENTABILIDADEESUAINFLUNCIAJUNTOAOPBLICOINTERNODOBANCO
SANTANDER
INTRODUO
Diantedarealidadeatualogoverno,asinstituies,osestudiosostmbuscadosoluesparadiminuiros
problemas ambientais que surgiram. A escassez de recursos naturais, as catstrofes, a extino de
espcies so algumas demonstraes do que o planeta tem sofrido. O consumo exagerado tem
contribudoparaarealidadeatual.
Assim,omarketingqueatuavacriandoestratgiasdevendasdenovosprodutosoudosprodutos
josexistentes,comeaaterumnovofoco.Agora,eletemqueatendernosaomeioempresarial,mas
tambm legislao ambiental e um novo consumidor, mais consciente do seu papel na sociedade,
preocupandose com o meio ambiente. So novos desafios, novos conhecimentos e novas estratgias.
Esseestudoprocuracontemplaressesaspectos,apresentandocomoestudodecaso,oProgramadeEco
Eficincia do Banco Real, atualmente Banco Santander, com uma nova diretriz na busca pela
sustentabilidade,ainstituiodesenvolveuumprogramadeecoeficinciavoltadoprincipalmenteparaa
substituiodousodopapelbranqueadopelorecicladoetodasasimplicaeseajustesnecessrios.Os
resultadosmostramasconsequnciasdessasmudanasnoposicionamentodainstituiojuntoaosseus
funcionrios, clientes atravs da fidelizao e captao de novos clientes, assim gerando novos
negcios.
SUSTENTABILIDADEEENDOMARKETING
O desenvolvimento sustentvel, propondo um plano de ao em nvel mundial, que resultou na
publicao, em 1987, do relatrio Brundtland, um documento chamado Nosso Futuro Comum,
introduziuadefiniodedesenvolvimentosustentvelcomosendoodesenvolvimentoquesatisfazas
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras geraes satisfazerem suas
prpriasnecessidades.1Ouseja,esseprincpioformavaum novomodelodedesenvolvimentoapartir
dasseguintesestratgias:retomarocrescimentoparatornlomaisjusto,equilibradoequeseutilizasse
dasmatriasprimaseenergiadeformaanoesgotlos;atendersnecessidadeshumanasessenciais
de emprego, alimentao, energia, gua e saneamento; manter um nvel populacional sustentvel;
conservaremelhorarabasederecursos;reorientaratecnologiaeadministrarosriscos;incluirarelao
entremeioambienteeeconomianoprocessodecisrio.
Partindo dos conceitos de necessidades e desejos Endo provm do grego e quer dizer ao
interior ou movimento para dentro. Endomarketing , portanto marketing para dentro da empresa.
(Brum apud Martins, 2007 p.11). Examinando os conceitos de necessidade, desejo e troca existentes,
percebese a sua aplicao no s no mbito interno das organizaes, assim justificase, tambm, a
aplicao desse conceito na relao empresaempregado ou em qualquer outra instituio em que
existam pelo menos duas partes que tenham algo a oferecer, estejam interessadas e em condies de
estabeleceramumatroca.(KotlereArmstrongapudMartins,2007p.11).
Ocomprometimentodosfuncionriosessencialparaosucessodeumaorganizaoedosseus
produtosouservios,independentedaposiodofuncionrionaempresa,sejaelepartedaaltagerncia
ouno.(Albrechtapud,Oliveira,p242008).
A adaptao do composto de Marketing voltado para o interior da empresa, quando identifica o
GerenciamentodeMudanascomoumfatorimportanteparaaimplementaodaQualidadedoServio
Total, voltado para as transformaes contnuas e graduais, uma ideia originalmente proposta por
Cardoso(apudOliveira,2008p.71).
Disponvel em < http:http://www.agenda21-ourique.com/pt/go/desenvolvimento-sustentavel>

Acesso em 05 Jan 2014
1

No endomarketing tem o funcionrio, visto como cliente um segmento de mercado e assim como
externamente, deve ter aes para conquistar e motivar seus clientes, a empresa passa a ser o prprio
produto a pesquisa de marketing deve procurar obter as informaes pertinentes aos desejos,
necessidadeseonveldesatisfaodosseusclientes,nessecaso,osprpriosfuncionrios,fazendoum
mapeamentodomercadoaserconquistado.Quandosetemessesdadosdisponveis,oplanejamentoeas
decisessetornammaisfceiseeficientesparaatingiremoobjetivo.
ParaoEndomarketing,aseguinterelaodeveserfeita,oProdutoaCompanhiaouempresa;oPreo
so os Custos; os Pontos de distribuio so os Coordenadores de Endomarketing e a Promoo
correlacionaseComunicao.Coincidncia,ouno,os4Pstransformamseem4Cs.
Quandoaempresacompreendequetantoosclientesexternoseinternostmamesmaimportnciapara
osucesso,eassimelabuscaconquistaraambos,terchancesdesucessoeminente.
Manter as pessoas satisfeitas tornouse uma questo, no mnimo, estratgica. Conseguir um clima
organizacionalideal,emquetodasaspessoasseencontremplenamentesatisfeitasemotivadas,tornase
cadavezmaisumdesafio.Umdosfatoresmaisapreciadospeloscolaboradoresnoambientedetrabalho
aformacomoaspessoassotratadasevalorizadas."acoisaquemaisosmotiva,eissopoucasvezes
medidos de forma objetiva. Isso muito importante para o colaborador, s vezes mais do que
remunerao". O gestor pode ser preparado para dar este tipo de ateno ao profissional e estreitar o
relacionamento por meio de reunies, por exemplo. Tudo isso para conseguir construir um time mais
integradoegarantirqueaequipetenhaumclimaorganizacionalmaisfavorvel.(Oliveira,2008,p.148e
149)
OBANCOSANTANDER
NoBrasil,ahistriadoABNAMROBankcomeou,comachegadadoBancoHolandsdaAmricadoSul,
em 1917, s cidades do Rio de Janeiro e Santos. A Cooperativa Bancria foi fundada em 1925 por
Clemente de Faria, trs anos depois foi renomeada Banco da Lavoura de Minas Gerais, antecessor do
Banco Real. Em 1963, a instituio adquiriu 50% do controle da Aymor Crdito, Financiamento e
Investimento, o restante da participao foi adquirido em 1970. O Banco da Lavoura de Minas Gerais
tornouse Banco Real S/A, em 1971, aps ter estabelecido sua sede em So Paulo. Em 1993, o Banco
HolandsfoirenomeadoABNAMROBankemudousuasededoRiodeJaneiroparaSoPauloeemEm24
dejulhode2008,oSantanderEspanhaassumiuocontroleacionrioindiretodoBancoReal.2
ENDOMARKETING
Apartirde2001osfuncionrioscomearamaserestimuladosaaesconscientesparaqueassumissem
seus papis como agentes de mudana, cientes de que essa mudana s seria possvel com o apoio de
todos.Organizadosemgruposdetrabalho,tiveramumpapeldeterminantenaestruturaodapolticade
risco socioambiental, do micro crdito, dos financiamentos socioambientais. Planejaram e
implementaramoprogramadeecoeficincia,tambmasaesdediversidade,oProjetoEscolaBrasileo
AmigoReal.
Estabeleceuse,ento,queaeducaoseriaumadasgrandesaliadasdasustentabilidade,fortalecendoa
ao consciente, responsvel e tica por meio de aes educativas que consideram no s a dimenso
racional das pessoas, mas tambm os aspectos emocionais. Esse modelo educacional foi desenvolvido
para inspirar os funcionrios a assumir uma atitude que ampliou a autonomia de cada um sobre suas
prpriasvidasefortaleceuseucomprometimentocomasustentabilidade.
Quando as pessoas desenvolvem a capacidade de enxergar a realidade cotidiana de forma mais
abrangente,elaspassamatomardecisesmaisconscientes,considerandotodososaspectosrelacionados
a uma mesma questo, passando a sentiremse mais preparadas para assumirem o seu papel como
Disponivelem<http://www.santander.com.br/portal/wps/script/templates/GCMRequest.do?page=6413>
Acessoem01mai2014.

agentesdemudananaconstruodeummundomaissustentvel.
Essavisocomeouasercadavezmaisdifundidaapartirde2003,quandoforamunificadasasreasde
responsabilidade social e de educao, dando origem Diretoria de Educao e Desenvolvimento
Sustentvel.Aintegraodasustentabilidadenasaesdedesenvolvimentodobancoocorreudeforma
progressivadesdeento;incluindodesdeasaeseducativasnoportalinternodeeducaodistncia
(elearning),atprogramasregularesdeeducaoparaosfuncionriosdarededeagncias.
Foram criadas oportunidades de aprendizado sobre a sustentabilidade nos treinamentos regulares.
Tambm foram realizados treinamentos especficos voltados para o tema. O objetivo era que os
funcionrios pudessem aprofundar o conhecimento sobre sustentabilidade, conseguindo identificar no
cotidianodesuasatividades,porexemplo,achancederealizarnegciossustentveis.Comessafinalidade
foramadquiridas,em2005,quase30millicenasdosoftwareChronosparacolocardisposiodetodos
osfuncionriosumconsistentetreinamentoonlinesobresustentabilidade.Almdisso,foirealizadoum
treinamentosobreapolticadeRiscoAmbientalqueabrangeumais2,1milanalistasdecrditoegerentes
derelacionamento,entre2002e2004.
Em2005,foramrealizadosworkshopssobrenegciossustentveispara710lderesdasreascomerciaise
treinamentos sobre oportunidades de negcios para mais de 1.385 mil gerentes da rede de agncias.
Desde 2004, os funcionrios dos prdios administrativos tambm puderam participar das Oficinas de
Sustentabilidade,quepromovemaconscientizaosobreotemaeincentivamaspessoasaintegraremo
conceitonoseudiaadiadetrabalhoenavidapessoal.
AmatriznaHolandacriouumsloganparasinalizarumadiretrizmundialvoltadaparaasustentabilidade:
fazendo mais que o possvel, assumindo, assim, um compromisso com a sociedade e com os clientes
para unir cada vez mais os valores econmicos s decises de um banco. Assim, estariam no s
efetuando os servios que um banco normalmente presta aos seus usurios, como pagamentos,
recebimentos e negociaes financeiras; mas estimulando o desenvolvimento econmico e social.
Internamente foi desenvolvido um programa de ecoeficincia com base nas diretrizes da matriz,
envolvendofuncionrios,fornecedores,clienteseacomunidade.
Desde2003,oBancoRealrealizaosEncontrosdeSustentabilidadecomoobjetivodepromoverareflexo
eodebatesobreotemaentreespecialistas,funcionrios,clientes,fornecedores,instituiesparceirasea
sociedade.OsEncontroscolocamemevidnciaassuntoscomofundamentosnecessriosparaumanova
economia, estratgia para a sustentabilidade, oportunidades em negcios sustentveis, uso de recursos
naturais, desigualdade e renda, educao, voluntariado e empreendedorismo e novas tendncias da
sociedade.
As palestras so, acima de tudo, oportunidades para o pblico expor suas perguntas e conhecer
pessoalmenteoquepensamrenomadosespecialistasnoassunto.OsEncontrosjreceberampalestrantes
como John Elkington, da consultoria Sustainability, Erwin Laszlo, fundador do Clube de Budapeste, Karl
HenrikRobert,fundadordaorganizaoTheNaturalStep,JoanaMacy,pioneiraemecologiaprofundaeo
aclamado autor de Capitalismo na Encruzilhada, Stuart Hart. Os encontros so abertos ao pblico e a
participaogratuita
OPROGRAMADEECOEFICINCIA
O programa de ecoeficincia faz parte de um grupo de aes tomadas pelo ABN AMRO Bank
mundialmenteembuscadasustentabilidadeaplicadaaosseusnegcios.FoicriadonoBrasilporiniciativa
da Diretoria de Responsabilidade Social, que atualmente a Diretoria de Educao e Desenvolvimento
Sustentvel,comfuncionriosdobancodasmaisdiversasreas,quevoluntariamenteseenvolveramno
programa.
Inicialmentefoirealizadaumaconvocaointernaemtodosossetores,masconformeastarefasforam
surgindo, as mais diversas reas do banco foram agregadas para sanar as necessidades conforme suas
especializaes. So realizadas reunies quinzenais para discutir as aes a serem tomadas e novas
propostas so apresentadas, so analisadas e se forem viveis um dos participantes do time de eco
eficinciasecandidataadarprosseguimentoproposta,levandoaparaasreasenvolvidas.

Osfuncionriosvmdasmaisdiversasreasdeatuaoesoinseridosnoprograma,conformecadaum
se dispe a participar, pois esse trabalho voluntrio e cada um tem que cumprir suas obrigaes
profissionais,independentedeseuengajamentonoprograma.AcoordenaodoTimedeEcoeficincia
exercidoporumfuncionrio,queeleitoanualmenteentreosprpriosparticipantes,independentede
suareadeatuaoprofissional.
Oprogramadeecoeficinciafoibaseadonoprincpioproduzirmaiscommenosrecursosnaturais.Uma
instituio financeira no necessariamente produz algum tipo de produto, mas, baseandose nesse
princpio,adiretrizdoprogramaque,apartirdareduodautilizaodeenergia,gua,papel,metais,
tintaseoutros,possvelserecoeficiente,poismenosrecursosserogastos,otimizandoorendimento
comomnimodesperdcio.
Assim,comessameta,foidesenvolvidooprogramabaseadonos3Rs.ElefoiapresentadonaConferncia
Eco92,noRiodeJaneiro,etambmno5ProgramaEuropeu paraoAmbiente eDesenvolvimentoem
1993.3
No Programa dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) o objetivo principal seguir uma ordem de
prioridadesnaqualprimeirohareduodoconsumo,depoisareutilizaoefinalmenteareciclagem.
Essasprticasresumematitudessimplesquesocotidianasequandosistematizadasformamoprograma
etmumresultadopositivo.Suasaespriorizamautilizaoderecursosnaturais,reciclagemedescarte
adequadosdosresduosgerados.Sobaseadasnasseguintesconceitos:Reduzir:Areduonautilizao
de recursos de maneira que seja gerado uma menor quantidade de resduos; Reutilizar: Quando so
geradosresduososmesmosdevemseranalisadosparasuareutilizao,paraomesmofimouparaoque
ele pode ser destinado; Reciclar: Quando no h possibilidade de reutilizao, o resduo dever ser
encaminhadoparaserreciclado,setornandonovamenteparaacadeiaprodutivaaovoltarcomomatria
prima.4
No programa de ecoeficincia do banco a utilizao dos 3Rs gerou mudanas e aes internas.
Primeiramente com a sensibilizao dos funcionrios com palestras e encontros. Foram incentivadas as
trocas de copos descartveis por canecas. Foram colocados coletores de papis nas mesas,
estacionamentoseoutrosambientes.Foiincentivadaacompradebrindesemateriaisreciclados.
O programa foi implantando inicialmente nos prdios administrativos de So Paulo e progressivamente
emtodooBrasil.Aseguirasprincipaiscampanhasquecompemoprograma:programadeeconomiade
guaeenergiaeltricanosprdiosadministrativosenasagncias,inclusivecomatrocadeequipamentos
poroutrosmaiseconmicos.Em2004resultouem4%deeconomiaanualnoconsumodeeletricidadee
emmaisde9%nodegua;5coletaseletivaemtodososprdiosadministrativos.Em2002foiestendidaa
quase todas as agncias da rede; Coleta e destinao para empresa especializada de lmpadas
fluorescentes; Substituio de papel branco clareado nos impressos do banco pelo papel Reciclato, da
SuzanoPapeleCelulose.
Asubstituiodopapelfoiumadasaesquegerouumareduosignificativanoimpactoambiental,pois
opapelumdosrecursosmaisutilizadospelobanco.Noprimeirosemestrede2005foramconsumidas
quase100toneladasmensaisdepapelA4,utilizadossomentenasimpressorasinternas.Apartirde2003o
banco comeou a substituir o uso de papel branqueado pelo papel Reciclato. Ele o primeiro papel
offset100%recicladoproduzidoemescalaindustrialnoBrasilapartirdeaparasprepsconsumo.Sua
Disponvel em <http://www.cmpenafiel.pt/VSD/Penafiel/vPT/Structure/OpTopo/FAQ/Ambiente/faqambientepolitica3r.htm >. Acesso em 17

Jan 2014.
4
Disponvel em <http://www.cmpenafiel.pt/VSD/Penafiel/vPT/Structure/OpTopo/FAQ/Ambiente/faqambientepolitica3r.htm>. Acesso em 17
Jan 2014.
5
Disponvel em
<http://www.bancoreal.com.br/responsabilidade_social/oque_e/tpl_resp_iniciativageral_... Acesso em 10
Mar 2008.
3

composio constituda por 75% de aparas prconsumo (material reciclado dentro da fbrica) e 25%
psconsumo(materialoriundodacoletaurbana).6
O processo de substituio do papel comeou internamente. Primeiramente o Departamento de
MarketingcomeouausaroReciclatonacomunicaointerna,naconscientizaodosfuncionrios,nos
treinamentos,passandodepoisparaautilizaonasimpressorasinternas.Depoisoreciclatofoiutilizado
nosextratosdascontasedocumentosbancrios.
O papel reciclado est presente em cartes de visita dos funcionrios, materiais promocionais
distribudosnasagncias,formulriosdeaberturadecontapreenchidospelosclientes,materiaisinternos
e envelopes do autoatendimento nos caixas eletrnicos, inclusive anncios, entre outros materiais. Ele
tambmusadonasempresascoligadas,taiscomoAymorFinanceiraeRealSeguros.
Em maro de 2005, o ABN AMRO REAL publicou um caderno de oito pginas na revista Veja em papel
reciclado,criadopelaagnciaLewLara,cujaimpressoexigiuadaptaesnotratamentodeimagenspara
aumentar a saturao das cores, alm de ter sido encartado em meio s demais pginas da revista,
impressasempapelLWC,segundoFlvioSchaefer,produtorgrficodaLew.
Em 2005, ele j representava mais de 80% do consumo de papel do banco. Alm de contribuir para a
reduodolixo,ousodopapelrecicladoemlargaescalatrazoutrosbenefciosparaomeioambientee
para a sociedade, pois composto por 75% de aparas de produo e 25% de material psconsumo,
recolhidoporcooperativasdecatadores.
A cooperativa de catadores uma parte envolvida, pois atende diretamente empresa de
celulose. O trabalho da cooperativa consiste em recolher o papel psconsumo (j utilizado), separlo
tornandoo apto para ser reprocessado, emballo em grandes prensas e envialo Suzano Papel e
Celulose.
Essa pesquisa foi desenvolvida com de carter descritivo, no qual foram apresentadas as
caractersticas dos processos efetuados na implementao do plano de endomarketing do Banco
Santander.Apesquisadescritivaprocuraresponderasperguntas:Como?Que?Oqu?Quanto?
Quando?eOnde?Objetivandoexporofenmenoemestudodedadospormeiodeentrevista,quefoi
elaboradadeacordocomoquefoiproposto.
Portanto, o objeto de estudo buscou identificar, verificar e analisar as prticas realizadas na

implementaodoplanodeendomarketingdoBancoSantander.
Noestudorealizadoforamutilizadoscomoprincipaisinstrumentos:umapesquisaexploratriaem
dados, como bibliografias sobre o assunto e documentos oficiais. Para a formulao do embasamento
terico foram utilizadas bibliografias de autores como: Brito, Montana, dentre outros. No que tange a
bibliografia referente educao distncia, encontrase autores como Bekin, Ashley, Cardoso,
Cerqueira,entreoutros.
Emseguidaforamrealizadasentrevistasporcorreioeletrnicocomvriosfuncionriosdo
bancoenvolvidoscomoprogramadeecoeficincia,principalmenteosligadosdiretamenteaDiretoria
de Educao e Desenvolvimento Sustentvel, diretoria de Estratgia da Marca e Comunicao
Corporativa.
CONCLUSO
A sustentabilidade nas empresas faz parte de uma nova abordagem em que as questes ticas
comearamafazerpartedocotidianodaproduo.Humabuscadeprincpiosevaloresqueorientemo
comportamentoindustrial,associandoaticaaosbonsnegcios,criandoumgerenciamentodosnegcios
atravs da transformao de costumes, tornando as indstrias conscientes de seu papel junto
sociedade.Ainda,aecoeficinciagarantesindstriascontinuaremproduzindoereduzindoosimpactos
ambientaiseaomesmotempo,tornaremseambientalmentemaisresponsveis.
Noestudodecaso,ficaexplcitoqueapreocupaodainstituioempromoverasustentabilidade,bem
como as diretrizes do banco, apontam para isso envolvendo diretamente seus funcionrios nesse
processo.Essapreocupaodobanco uma tendnciamundialdoABNAMROBank.A matriz doABN
2014
Disponvel em <http://www.suzano.com.br/reciclato/home/caracteristicas.cfm>. Acesso em 10 Mar

AMRO, na Holanda, criou a assinatura fazendo mais que o possvel, mostrando claramente o seu
interessecomaquestodasustentabilidade.
O banco tem um projeto especfico de responsabilidade social com seus fornecedores em busca da
ecoficincia.Eprincipalmenteparatornarseuprogramaeficienteprimeiramentedesenvolveuojuntoaos
funcionrios, nesse caso, clientes internos no desenvolvimento do plano de marketing, foram
desenvolvidas aes que envolveram diretamente os funcionrios nesse processo, sendo assim com os
funcionriosrealmenteengajadosnoprograma,passandoparaoclienteessamensagememaisdoque
issosatisfazerasexpectativasdoclienteesurpreendelooferecendoprodutoseserviosdeacordocom
uma nova mentalidade mundial, voltada para a preservao ambiental, criando assim uma relao
duradora com sua cliente, captando e fidelizando novos clientes e gerando novos produtos e servios.
Ficouevidentequeomarketingvoltadoparaosfuncionrios,comoclientesinternos,sendoenvolvidos,
estimuladoseconquistados,gerouparaainstituioosucessodesejado.
O envolvimentos dos funcionrios diretamente estimulados a se envolverem no programa, gerou uma
sintoniaentreosmesmos,queproporcionouaosclientesnovosprodutoseservios,almdamelhoriados
j existentes. Ou seja, novos produtos foram criados a partir do programa de eco eficincia, trazendo
novaspossibilidadesdenegciosparaainstituioetambmparaseusclientes,almdosfornecedores
quetiveramqueseadaptaraoprograma,gerandonelestambmcertoenvolvimento,comoporexemplo
no caso da elaborao das peas grficas so elaboradas pelas agncias Ogilvy Brasil, Salem e Sun. Elas
tm liberdade para criar, desde que sigam sempre os padres de linguagem da matriz do banco, em
Amsterdam.
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em17Jan2014.
AESTRATGIADEMARKETINGNOCOMRCIOVESTURIODACIDADEDEGUARABIRAPB
A.F.Lima(PQ);R.M.Silva (PQ)2;A.C.F.Lima (PQ)C.L.Elias (PQ)4
InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusGuarabira,2InstitutoFederaldaParaba(IFPB)Campus
Guarabira;3UniversidadeFederaldaParaba(UFPB)CampusJooPessoa,4InstitutoFederaldaParaba(IFPB)
CampusGuarabira.
1
RESUMO
A estratgia de Marketing vem sendo

aplicada, principalmente, para atender seus
clientes, completar suas necessidades e
desejo dos consumidores. Assim, atingindo
com sucesso as estratgias individuais e
organizacionais. Este artigo tem como
objetivo identificar as estratgias de
marketing utilizadas pelas pequenas
empresas do segmento de vesturio do
municpio de Guarabira/PB, como forma de
obtervantagemcompetitivaemrelaoaos
seus concorrentes. A metodologia utilizada
no presente estudo foi por meio de uma
pesquisa exploratria de carter qualitativo,

onde foi desenvolvido um roteiro
semiestruturado e foram selecionadas 10
empresas sendo elas caracterizadas entre
micro e pequenas, para responderem as
questes pertinentes ao objetivo proposto
diante das ferramentas de marketing.
Podendo ento, identificar atravs de
estudos e pesquisas quais ferramentas
funcionacomofatoreschavesdosucessode
uma microempresa no comercio de
vesturio.
PALAVRASCHAVE:marketing;estratgia;clientes;comerciodevesturio.
THEMARKETINGSTRATEGYOFCOMMERCECLOTHINGOFGUARABIRAPB
ABSTRACT
The marketing strategy has been applied

mainlytoserveitscustomerscompletetheir
needs and desires of consumers. Thus,
successfully achieving individual and
organizationalstrategies.Thisarticleaimsto
identify the marketing strategies used by
small businesses in the apparel segment of
thecountyofGuarabira/PBasawaytogain
competitive
advantage
over
their
competitors. The methodology used in this
studywasthroughanexploratoryqualitative
researchstudy,wherewedevelopedasemi
structured,and10companieswereselected
and characterized them among micro and
small, to respond to the proposed relevant
marketing tools on the objective questions.
Can then identify through studies and
researchtoolswhichservesaskeyfactorsin
the success of a small business in the
garmenttrade.
KEYWORDS:marketing,strategy,client,commerceclothing.
1.INTRODUO
Omarketingoconjuntodefunesnecessrioparaestimularasvendasdeprodutose
serviosdeumdeterminadolocal,identificandoeaproveitandoasoportunidadesdemercado,
eletem comoobjetivo satisfazerocliente eobter retornoparadeterminadamarca,empresa
oupessoa.
Asestratgiasdemarketingsoutilizadasantesmesmodafabricaodoproduto,onde
se percebe que o marketing no somente usado para propaganda e vendas, portanto est
presente no planejamento do produto at o seu descarte. Ele analisa as suas necessidades e
desejos do publico alvo, na hora da sua criao seja ela um produto ou servio que tende a
complementarasnecessidadesdoconsumidor.
Segundo Kotler (1998) o marketing tem a funo de identificar as necessidades do
consumidor. Assim, podendo determinar quais os mercadosalvo que a organizao melhor
atua eassim planeja produtos e servios adequados ataismercados.
Diante de um mercado competitivo, est mais difcil para manter um cliente fiel,
pois, ele tem varias opes de escolhas, podendo assim, deixar de ser cliente de tal
fornecedor. A estratgia de Marketing vem sendo aplicada principalmente para atender seus
clientes e completar suas necessidades e desejos de consumo, atingindo com sucesso as
estratgiasindividuaiseorganizacionais.
As ferramentas usadas so divididas em grupos de estratgia conhecida como os 4ps
(produto, preo, praa, promoo). O marketing tem o objetivo de decidir aes a serem
tomadas paraqueseexerainflunciasobre os canaiscomerciaiseseusconsumidoresfinais.
Para gerar timos desempenhos e um grande sucesso o empresrio dever utilizarse
melhordetodosseusrecursoshumanostcnicosfinanceirosquepossavenderoprodutoa
umpreoigualouinferioraosdosseusconcorrentes,Ansoff(1990).
Oartigo presente tem comoobjetivo identificar aestratgiademarketingutilizadano
comercio vesturio da cidade de Guarabira/PB, utilizando com base o conhecimento de
marketing, comoformadeobtervantagemcompetitivaemrelaoaosseusconcorrentes.Assim
podendoidentificaratravsdeestudosepesquisasosquaisfuncionamcomofatoreschavesde
sucessoparaumcaminhomelhordomarketingnocomrcio.
2.DefiniesdoMarketing
O marketing tem o papel identificar as necessidades e desejos existentes no mercado

alvoesobreissocriarmeiosparaqueessasnecessidadespossamsersupridas.Deacordocom
KotlereKeller(2006)osingredienteschavedoprocessodeadministraodemarketingsoas
estratgiaseplanoscriativosecriteriososquepossamguiarasatividadesdemarketing.
A cada dia que passa o conceito de marketing sofre alteraes. O modelo antigo de
mercadoeramaisesttico,adistribuiotinhaumpapellogstico.Comasmudanasocorridasao
longodotempoomarketingcomeouatratardorelacionamentodaempresacomosclientes,e
tambmcomosconcorrentesecomoscanaisdedistribuioquesopeaschaves(LASCASAS,
2004).
Muitas pessoas tm dificuldades em entender o marketing e qual realmente sua

finalidade. O marketing proporciona, atravs de estudos, uma facilidade as empresas para
melhor entendimento dos mercados, no qual seja possvel conhecer os desejos dos clientes,
transmitiraspessoasenvolvidasdentrodaempresasinformaesnecessriasparaquetodos
possamtrabalhardemaneiraquesatisfaamosclientesemcadamercado,entreoutrositensde
identificao(MCDONALD,2008).
Almdetodasasdefiniesdemarketingvistasataqui,valeressaltartambm,queo
mesmo se utiliza de algumas ferramentas especficas durante seu processo, tais como: a
propaganda, a promoo, a pesquisa como j destacado, a concepo do produto, a logstica
entre outros itens. O que se pode observar que para obter bons resultados de marketing
indispensvel que o profissional tenha muita criatividade, imaginao e emoo (SAMARA;
BARROS,2006).
Marketing tambm visto como: [...] um processo administrativo e social pelo qual
indivduosegruposobtmoquenecessitamedesejam,pormeiodacriao,ofertaetrocade
produtosevalorcomosoutros[...](KOTLER;ARMSTRONG,2003,p,3).
Diante de tantos conceitos se observa que quando um profissional de marketing

desempenhabemsuasfunes,fazendocomqueoprodutosepromovademaneiraeficienteno
mercado, esses produtos sero comercializados com muito mais facilidade, assim gerando
benefciosatodososenvolvidos,empresaseconsumidores(KOTLER;ARMSTRONG,2003).
3.MixdeMarketing
Omixdemarketingoutambmchamadoporalgunsautoresdecompostodemarketing
so instrumentos de trabalho que tm por finalidade auxiliar durante todo o processo da
empresa,desdeacriaodoprodutoparadeterminadomercadoetodaapesquisareferentea
esse mercado, no qual o produto ser inserido (SIQUEIRA, 2005). Quem primeiro identificou
essasferramentasfoiMcCarthy,queasclassificouemquatrogruposamplosquedenominouos4
psdomarketingoumixdemarketing:produto,preo,praa(oupontodevenda)epromoo
(KOTLER,2000,p.37).
Os 4 Ps so importantes dentro do composto de marketing, pois por meio das aes

desenvolvidasnestecombinadopossvelestabelecerummelhorposicionamentoasempresas,
jqueestferramentatrabalhaquatroprincipaiscamposimportantescomrelaoaoproduto,
queoprodutoemsi,apraaouseja,olocaldedistribuio,opreodesteprodutoparaque
ele seja competitivo e tambm a promoo como forma de atrair a ateno dos clientes
(MCCARTHY,PERREAULT,2008).
Depois desta breve introduo do que marketing e as ferramentasmais utilizadas, a

seguir ser esclarecida a importncia de se realizar pesquisas referentes a cada item do mix,
composto por produto, preo, praa e promoo. Compreenderemos porque existe a
necessidade de explorar essas ferramentas, alm da importncia de cada uma delas dentro de
uma organizao e de que maneira o desenvolvimento tecnolgico afetou cada item do
composto.
3.1 Produto
ParaKotlereArmstrong(2007)produtoalgoquepodeseroferecidoaummercado
paraapreciao,aquisio,usoouconsumoeparasatisfazerumdesejoouumanecessidade.
Quandosefalaemproduto,antesdequalquercoisa,necessrioteraclarezadoseu
significado. Afinal produto o que ofertado ao mercado. No o material em si e sim os
benefciosexistentesnesteparaocliente(SILK,2008).ParaKotler(1998)servioqualquerato
oudesempenhoqueumapartepossaofereceraoutra,quesejaessencialmenteintangveleno
resultenapropriedadedenada.Suaproduopodeounoestarvinculadaaumprodutofsico.
Colaborando, Jardim (2005), assegura que os servios tm o que se chama de Dominncia do
Intangvel.
Assim,destacaseaimportnciadeconheceromercadonoqualaempresaatuaeseus
clientes, pois atravs deste conhecimento a empresa pode desenvolver seus produtos de
maneira correta que v de encontro com aquilo que seus clientes procuram ou necessitam no
momento, atingindo portanto seus objetivos elementares que satisfazer seus clientes
(STREHLAU;TELLES,2006).
3.2 Preo
O preo pode ser considerado como um instrumento de negociao entre empresa e

cliente,poisdependendodocontextoexistentenahoradacompradedeterminadoproduto,o
valordestepodesernegociadoentreambos,demaneiraquetantoaempresaquantoocliente
sintamsebeneficiados(KOTLER,ARMSTRONG,2003).
Para Kotler e Keller (2006) o preo o nico elemento do mix de marketing que gera
receita,osdemaisproduzemcustos,tambmumdoselementosmaisflexveis,poiselepode
ser alterado com rapidez. Las Casas (2006) afirma que a concorrncia , sem duvida, uma das
grandesinfluenciadorasdadeterminaodopreo.Pormoautorindicaosfornecedoreseat
mesmo os consumidores como variveis importantes a serem analisadas para desenvolver as
estratgiasdepreosdasempresas.
3.3 Praa
Umbomprodutoeumpreoadequadonososuficientesparaassegurarasvendas.
precisotambmaexistnciadeumaformaeficientedeconduzirosprodutosatoscompradores
finais.Apraaolocalondeoprodutoficarexposto,nosolocalemsi,mastambmdeque
maneiraesseprodutoficarexposto,deformaquechameaatenodosclientesefaacomque
osmesmosoptempelaaquisiodedeterminadoproduto(KOTLER,2005).
Como j mencionado, os produtos chegam at os clientes por meio dos canais de

distribuio,dentrodestecontextovaleressaltaraimportnciadedecidircorretamenteoponto
devenda(MCCARTHY;PERREAULT,1997).
3.4 Promoo
Promoo um atributo das empresas, realizada atravs de meios de comunicao

chamando a ateno e despertando o desejo de adquirir o produto diante os consumidores
finais.
Segundo Kotler (1998), promoo o conjunto de aes que estaro incidindo sobre
certoprodutoe/ouservio,deformaaestimularasuacomercializaooudivulgao.LasCasas
(2006) define como outra varivel controlvel do composto de marketing que recebe o
significadodecomunicao.
A promoo um meio de se comunicar com o mercado. Existem trs tipos de

promoo:apessoal,vendaemmassaepromoodevendas,ouseja,aempresadecidequal
melhor maneira de fazer com que a mesma possa atrair consumidores para seu produto
(MCCARTHY;PERREAULT,1997).
MATERIALEMTODOS
Neste trabalho o tipo de pesquisa utilizada foi exploratria, ou seja, foram

selecionadas empresas que tinham ligao com o tema abordado para que essas pudessem
fornecer os dados relevantes pesquisa, explorando cada empresa de maneira a conseguir o
mximodeinformaespertinentesaotrabalho.
Atcnicadecoletadedadosabordadanestetrabalhofoipormeiodeentrevistas,oqual
foiagendadoumhorriocomoentrevistadoerealizadoperguntasaomesmosobreoassunto
abordado.
Oprocedimentoutilizadoocorreuatravsdeumroteirodeentrevistasemiestruturado,
emqueforamorganizadasalgumasperguntasparaoentrevistado.Oandamentodaentrevista
foidirecionadoconformeoentrevistadorespondiaasquestes,porissocaracterizadocomoum
roteiro semiestruturado, ou seja, com questes especficas do tema que pudessem dar um
caminhoaentrevista.
Para sintetizar o delineamento da presente pesquisa, apresentase os mtodos no

Quadro1.
Nveisde
Pesquisas
Exploratrio
Tcnicasde
Coleta
Procedimentos
Tcnicade
anlise
Entrevista
Roteirode
Individualcomos
entrevista
donosdas
semiestruturado,
empresas
gravaes;
Qualitativa
ObjetivosEspecficos
1)
Identificar
as
estratgias
de
Marketing
utilizadas
pelas
pequenas
empresas do segmento
dovesturio;
2)
Verificar
a
importncia dispensada
pelas
pequenas
empresas utilizao
das estratgias de
marketing;
Quadro1:Delineamentodapesquisadecampo.
Fonte:Elaboradapelospesquisadores.
RESULTADOSEDISCUSSO
Aprimeirapartedapesquisainiciousecomacoletadedados,ouseja,desenvolveram
se instrumentos bem elaborados juntamente com as tcnicas selecionadas pelo pesquisador
paracoletarosdadospertinentespesquisa(OLIVEIRA,2001).
Nestapesquisaoinstrumentoutilizadofoiumquestionriosemiestruturado,ouseja,o
entrevistadorfezasperguntasdemaneiramaislivresemestartotalmentepresoaoquestionrio
elaborado.Oquestionrioserviuapenasparadarumcaminhoaopesquisador,ouseja,mostrar
ao mesmo, questes que podem ser levantadas para a obteno das informaes necessrias
(MARTINS;THEPHILO,2009).
Esteestudoapresentouqualavisoqueasempresasdeconfecodaregiodacidade
deGuarabiranoestadodaParabatmsobreomarketing,qualaimportnciadomesmodentro
daempresaetambmquaisasestratgiasutilizadasporelasparaalcanarosobjetivosemetas
traados.
Como forma de sintetizar as respostas obtidas nesta pesquisa, sero apresentados

abaixo 01 (um) quadro, no qual, de maneira bastante breve, ser exposta as respostas obtidas
por meio das entrevistas, realizadas com as empresas de confeco de GuarabiraPb
selecionadas.
Empresas
E1
Tempo de
Atuao no
Mercado
10 anos
Departamento
de Marketing
No
Pesquisa de Mercado
Pesquisa de
Mercado para
conhecer a
satisfao do
cliente
No
No realiza
pesquisa de
Mercado
Resultados
Obtidos com a
Pesquisa
para
Pesquisa
conhecer
a
satisfao
dos
clientes
e
desempenho dos
concorrentes.
_________________ Utiliza
contato
direto
com
cliente.
E2
15 anos
Sim
Sim
Melhorar a
_____________________
qualidade do
produto.
E3
20 anos
No
Sim
E4
5 anos
No
No
Melhorar a
modelagem das
roupas, ajustes
nos preos,
produtos
diferenciados.
__________________
Utilizamse
da
anlise do nvel de
satisfao.
Analisarse
procurar
do
consumidor para o
produto.
E5
2 anos
Sim
No
Melhor
____________________
qualidade de
produto.
E6
3 anos e meio
No
Sim
____________________
desenvolvimento
da loja num
todo.
E7
13 anos
Sim
Sim
Mudar o modo
Analisam
de atendimento
satisfao
do
com os clientes.
cliente por meio

de telemarketing.
E8
17 anos
No
No
E9
21 anos
No
Sim
_________________
Produto com
_____________________
______________________
diferenciado
moderno.
E10
4 anos e meio
Sim
Sim
Identificar
melhorias a
serem feitas nos
produtos
_____________________
Quadro2: Sntesedosresultadosdapesquisadecampo
Fonte: Elaboradapelospesquisadores

Percebese diante o quadro que poucas empresas da cidade de Guarabira/Pb possuem

umsetordemarketing,pormelasconhecemaimportnciadestesetoresabemcomomanter
acomunicaocomoclientedianteasdificuldadesexistentes.Sabesequeomixdemarketing
e as outras tantas ferramentas do marketing auxiliam no processo de compra e venda no
mercadoequeasmesmasajudamparaummelhorgerenciamentonasinformaes.
Apresentandoatuaesdecomerciodistintas,asmicroempresasguarabirenses,mostram
queindependentementedesuaatuao,elasbuscamvalorizaroclienteefacilitaroprocesso
de compra e venda. Buscando diante o cliente conhecer maneiras que as auxiliem em seu
desenvolvimentoecrescimentonomercadocompetitivo.Utilizandodemaneiraindependentes
asestratgiasdemarketingparasemanteremnomercadocomdiferentesmtodosdefidelizar
osseusclientes.

CONCLUSO
Com esse artigo foi possvel aprofundar o conhecimento sobre o marketing e sua
grande importncia. Percebendo diante a pesquisa que a maioria das microempresas na qual
foram entrevistadas no possui um departamento de marketing inserido em suas
microempresas,assimvisualizandoomarketingapenascomoaesvoltadasparaapromoo
deseusprodutos.Podendoobservarnapesquisaqueasempresasparecemnoentenderoreal
conceitodomarketingeacreditamqueasaesquedesenvolvem soapenasaessimples,
onde a maioria delas utilizam mtodos diferentes e prticos de conhecer os seus clientes e o
mercadonoqualestoinseridas.
Este estudo apresentou qual a viso que as empresas de confeco da regio de
Guarabira/Pb tm sobre o marketing, mostrando a importncia do mesmo dentro das
microempresasetambmquaisas estratgiasutilizadasporelasparaalcanarosobjetivose
metas traadas. Com os dados obtidos nesta pesquisa abrese um conhecimento de novos
questionamentosquepoderoserinvestigadosfuturamente,jqueamaiorianoapresentou
um setor de marketing prprio, mesmo assim continuam no mercado e crescendo
competitivamente.
REFERNCIA
ANSOFF, H. Igor. Do planejamento estratgico administrao estratgica. So Paulo: Atlas,

1990.
CASAS,AlexandreLuzziLas.Administraodemarketing:Conceitos,planejamentodaplicaes
arealidadebrasileira.SoPaulo:Atlas,2006.
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metodologia.3.edSoPaulo:PrenticeHall,2006.
SILK,AlvinJ.Oquemarketing?SoPaulo:Bookman,2008.
10
ESTRATGIASPARAALAVANCAGEMDASVENDASDOSEGURODEVIDAMULHERDOBANCODO
BRASILumestudodecaso
Walesca M U. Mendes da Silva (IC),GleycianeMessiasSousa2 (IC) eAlcioneLinodeArajo3(PQ).
AlunadoCursodeLogsticaIntegrado,CampusdeSantaInsInstitutoFederaldoMaranhoIFMA.Email:
waleska_uchoa@hotmail.com;2AlunadoCursodeLogsticaIntegrado,CampusdeSantaInsInstitutoFederal
doMaranhoIFMA.Email:gleycianemessias@hotmail.com;3ProfessoraOrientadora,CampusdeSantaIns
InstitutoFederaldoMaranhoIFMA.Email:alcionelino@ifma.edu.br.
(IC)IniciaoCientfica(PQ)Pesquisadora
RESUMO
O mundo dos negcios exige das instituies em
geralumplanejamentoadequadodesuasaese
estratgias para enfrentar a enorme
competitividade dos dias atuais no mundo
globalizado, principalmente de produtos de linha
quevisamatenderumpblicoespecifico,como
o caso do BB Seguro Vida Mulher. A realizao
desse estudo, como instrumento de avaliao de
todos os aspectos inerentes ao produto em tela,
revela dados interessantes sobre que refletem
sobre a validade do produto, a confiana na
empresa e a satisfao do pblico feminino
pesquisado, que servem de base para o
desenvolvimentodeestratgiasdemarketingque
do o suporte necessrio para atingir as

expectativasdevendadeumprodutoouservio.
Muita embora haja alguma semelhana entre os
produtoseserviosoferecidospelosbancos,esse
estudomostraquecadainstituiodeveprocurar
oseudiferencialvisandoaexcelncianasvendas.
Nesse sentido, a qualidade na prestao de
servios, aliado preocupao em oferecer um
produtoqueatinjacertonichodemercado,como
ocasodoBBSeguroVidaMulher,influnciano
processo de fidelizao da clientela, dando a
instituio a segurana e sucesso no retorno do
investimento.
PALAVRASCHAVE:SeguroVidaMulherEstratgiasdeMarketingProdutoseservios.
STRATEGIESTOLEVERAGETHESALESOFLIFEINSURANCEWOMEN'SBANKOFBRAZIL
acasestudy.
ABSTRACT
The business world requires institutions
generally proper planning of your actions and
strategies to address the enormous
competitiveness in today 's globalized world ,
mainlyproductlinedesignedtomeetaspecific
audience,suchastheBBInsuranceLifeWoman
.Thepresentstudy,asatoolforevaluationof
all productrelated aspects on canvas , reveals
interesting data that reflect on the validity of
the product , confidence in the company and
satisfactionoffemalepublicresearched,which
arethebasisforthedevelopmentofmarketing
strategies that give what is necessary to meet

theexpectationsofsellingaproductorservice
support.Muchthoughthereissomesimilarity
between the goods and services offered by
banks , this study shows that each institution
must seek itsdifferential aiming for excellence
insales.Inthissense,qualityservicedelivery,
coupled with the concern to offer a product
that reaches a certain niche market , such as
the BB Insurance Life Woman , influence the
customerloyaltyprocess,givingtheinstitution
thesafetyandsuccessinreturnoninvestment.
KEYWORDS:WomanLifeInsuranceMarketingStrategiesProductsandServices.
INTRODUO
No ambiente globalizado os negcios enfrentam um choque crescente de
competitividade. O surgimento das tecnologias de informao e de telecomunicaes fez com
queosconsumidoresadquirissembenseserviosdefornecedoreslocalizadosemvrioslugares
do mundo. Para atender seus consumidores em qualquer parte do globo, as empresas so
foradasapromoverumcrescimentohorizontal.
Por outro lado, as pessoas so encorajadas a se prepararem para serem
empreendedoras e planejar melhor seu futuro. Visando alcanar esses objetivos, investem na
busca da poro certa de conhecimentos, combinado com boa vontade e habilidade para
aprendernovastarefaseatingirnovosmercados,prosperandoemnegciosquecadavezmais
permitemqueosrecursoshumanostomemdecisesemtodososnveis.
No ambiente complexo em que se encontram, as empresas esto procurando obter
vantagem competitiva, atravs de seus processos de negcios e servios que acabam tendo
impactodiretoparaosconsumidores,paraondeestodiretamentedirecionadososalvosquea
empresa pretende atingir e os trunfos que ela pode usar para promover os seus produtos e
servios.
Desse modo, o trabalho tem como objetivo geral buscar estratgias de marketing que
permitamaalavancagemdasvendasdoBBSeguroVidaMulher,ampliandoasuaparticipaono
segmento de seguro de vida em Campina Grande PB. E os objetivos especficos realizar uma
pesquisa bibliogrfica que possa auxiliar no conhecimento das estratgias mais adequadas a
finalidade pretendida; Identificar estratgias de marketing que possam contribuir no
desempenho das vendas de seguro de vida; Identificar o potencial do segmento de seguro de
vidajuntoaosclientesdoBB,combasenopoderdecompradosusuriosdoproduto;proporum
planodeaoestratgicoquepermitaaobancoobtersucessocomasvendasdoSegurodeVida
BBMulher.
Combasenisso,ofocodesseestudoserdirecionadoparaasestratgiasquepodemser
usadaspeloBancodoBrasil,visandoalavancarasvendasdoSegurodeVidaMulherdoBancodo
Brasil,dandoprioridadeautilizaodemecanismosqueressaltemafidelizaoesatisfaode
suaclientela.Paraisso,foirealizadaumapesquisabibliogrficacomoinstrumentopreliminarde
avaliao mercadolgica e auxlio s investigaes posteriores que serviram como suporte das
argumentaesaquilevantadas,tendoemvistaaobtenoderesultadosquepossamcontribuir
nabuscadesubsdiosquefavoreamaalavancagemdasvendasdoSeguroVidaMulherdoBanco
doBrasil.
2.MATERIALEMTODOS
Oobjetivodestetrabalhofoiarealizaodeumestudodasestratgiasdevendasparao
SegurodeVidaBBMulher,levandoemconsideraoaqualidadedoprodutoeumincrementoda
ordemde30%oumaisnasvendasdomesmo.
Quantoaosfins,pesquisafoiexploratria,atravsdautilizaodomtododoestudo
decaso,quesegundoVergara(2004),umaformadeaprofundaroconhecimentodeproblemas
no suficientemente definidos. Podese envolver exame de registros existentes, observao de
acontecimentos,entrevistasestruturadasenoestruturadas.Quantoaouniversooupopulao
pesquisadaforamosclientesdosexofemininoquepermitiramaseleodaamostra.Aamostra
foi definida pelo critrio de acessibilidade (GIL, 2008), sendo composta por 600 mulheres que
optaramemfazeroSegurodeVidaBBMulher5%.Operododerealizaodolevantamentode
dadossecundrioseprimriosocorreuentremaioejunhode2013.
3.RESULTADOSEDISCUSSO
OobjetodeestudodestetrabalhofoioBancodoBrasil,Agncia15911daUniversidade
FederaldeCampinaGrandeUFCG.Nosgrficosaseguir,tmse,osdadoscoletadosdavenda
doSegurodeVidaBBMulher.Essaagnciapossuiumapopulaode5.777clientespessoafsica
e 265 pessoa jurdica, sendo que 3.685 so do sexo masculino e 2.092 do sexo feminino. Esta
pesquisafoidesenvolvidaespecialmentecomasmulheres,devidoaoSegurodeVidaBBMulher
ser especifico, onde de 2.092 mulheres 600 optaram em fazer o Seguro de Vida BB Mulher e
dessasapenas5%foramabordadascomapesquisa;oespaotemporalfoidemaioejunhode
2013, buscando identificar as estratgias de marketing que possam contribuir no desempenho
das vendas de seguro de vida e avaliar o potencial do segmento de seguro de vida junto aos
clientes do Banco do Brasil, com base no poder de compra dos usurios para esse produto,
motivoparaarealizaodestainvestigao.
3.1Perfilscioeconmicodasclientes
O grfico 1 Quanto faixaetria, mostra que do total dos clientes entrevistados 60%
tementre43e54anos;20%tmentre30e42anos,enquanto10%estoempatadosedivididos
entre 18 e 29 anos e 55 e 64 anos. Isso nos mostra que as mulheres de meia idade j se
preocupamcomosexamesperidicos(COBRA,1986).
60%
60%
50%
18 e 29 anos
40%
30 e 42 anos
30%
43 e 54 anos
20%
20%
55 e 64 anos
10%
10% 10%
0%
Grfico1Demonstrativoquantofaixaetriadeidadedasclientespesquisadas.
Fonte:Pesquisadireta,BB,2013.
O grfico 2 Quanto ao grau de escolaridade, apresenta que das 30 participantes

pesquisadas, ou seja, 60% possuem curso superior completo e, 17%, superior incompleto; 13%
das clientes entrevistadas possuem o ensino mdio completo, e apenas 10% no concluram o
ensino mdio. Os dados acima revelam que a maioria da clientela pesquisada tem bom nvel
educacional e amplas condies para decidir pela aquisio de um produto de qualidade
(http://www.oswaldocruz.edu.br).
60%
60%
50%
40%
30%
20%
2 grau incompleto
2 grau completo
3 grau incompleto
17%
10%
10%
3 grau completo
13%
0%
Grfico2Demonstrativoquantoaograudeescolaridadedasclientespesquisadas.
Deacordocomogrfico3quantoafaixasalarial,aspessoasentrevistadaspossuem
rendamensalacimadedezsalriosmnimos.Dototalapurado,10%percebementre10a15SM,
23% de 15 a 20 SM, 53% ganham de 20 a 30 SM, enquanto apenas 3% percebe mais de 30
salrios.Oqueconsideradoumbomnvelderendadosentrevistados,oquedsuportepara
umaboavendagemdoprodutojuntoclienteladoBancodoBrasil(www.oswaldocruz.edu.br).
60%
53%
50%
De 10 a 15 SM
40%
30%
De 15 a 20 SM
10%
De 20 a 30 SM
20%
10%
23%
3%
Mais de 30 SM
0%
Grfico3Demonstrativodafaixasalarialdasclientespesquisadas.
Ogrfico4Quantoaotempodecontanobancoporpartedasclientespesquisadas,o
grficoabaixomostraqueamaioria,50%temcontajentre8e10anos;27%amaisde10anos,
13% entre 5 e 8 anos, enquanto apenas 10% tem conta entre 3 e 5 anos
(www.oswaldocruz.edu.br).
50%
40%
30%
20%
10%
0%
50%
27%
Entre 3 e 5 anos
Entre 5 e 8 anos
Entre 8 e 10 anos
Mais de 10 anos
10%
13%
Grfico4Demonstrativodotempodecontanobancodasclientespesquisadas.
De acordo com o grfico 5 Quanto relao da cliente com outro banco, 20% das
entrevistasrevelaramserclientesapenasdoBB;37%disseramtercontaemoutrosbancosalm
doBBe,43%,responderamquesoclientesde3oumaisbancos(www.oswaldocruz.edu.br).
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
43%
37%
Meu nico banco o BB
Sou cliente do BB e de outro

banco
20%
Sou cliente de 3 ou mais bancos
Grfico5Demonstrativodarelaodaclientecomoutrobanco
Fonte:PesquisaDireta,BB,2013
Segundo o grfico 6 Quanto forma de conhecimento do produto, a maioria, 53%,

tomou conhecimento do produto atravs do funcionrio do BB; 23% por meio de folders,
bannersourevistas,17%porcomercialdeTV,enquanto7%foiatravsdeparentesouamigos
(DAY,1990).
60%
Comercial na TV
53%
50%
Folders, baners ou revistas
40%
Funcionrio BB
Parentes ou amigos
30%
20%
10%
17%
23%
7%
0%
Grfico6Demonstrativoquantoformadeconhecimentodoprodutopelaclientela
Fonte:PesquisaDireta,BB,2013.
Ogrfico7Quantoaodiferencialdoprodutonomomentodaescolhapelacliente
apresenta que 73% das pessoas entrevistadas disseram ter levado em conta o diferencial na
escolhadeoptaroproduto,enquanto27%responderamqueodiferencialnocontribuiuparaa
escolha,ouseja,paraaquisiodoproduto(TOLEDO,1978).
80%
73%
70%
Foi levado em considerao
60%
50%
No pesou na escolha
40%
27%
30%
20%
10%
0%
Grfico 7 Demonstrativo quanto ao diferencial do produto no momento da escolha pela

clientelaentrevistada.
O grfico 8 Quanto existncia de um produto semelhante no mercado, revela que

90% das pessoas pesquisadas afirmaram no conhecer nenhum produto igual no mercado,
enquanto10%disseramqueconheciamalgumprodutoparecidonomercado(ZEITHAM;BITNE,
2003).
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
90%
No
Sim
10%
Grfico 8 Demonstrativo sobre a existncia de um produto semelhante no mercado pelas

clientespesquisadas.
De acordo com o grfico 9 Quanto aos motivos que levaram a cliente a adquirir o
produto, 63% dos entrevistados apontaram o plano de cobertura como motivo maior para
compra do produto; 20% responderam que sempre adquiriram produtos BB, e 17% disseram
adquiriroprodutoporqueprecisavamdeumseguro(TOLEDO,1978).
70%
60%
50%
40%
63%
Plano de cobertura
interessante
Necessidade de um seguro
30%
17%
20%
Preferncia por produtos do

BB
20%
10%
0%
Grfico 9 Demonstrativo dos motivos que levaram a clientela pesquisada a adquirir o

produto.
O grfico 10 Quanto satisfao da clientela do produto, apresenta que das 30

participantes, 70% se disseram satisfeitas com as caractersticas do produto e que este
correspondemassuasexpectativas,enquantoque30%,responderamquenocorresponderam
ssuasexpectativasquantosatisfao(www.oswaldocruz.edu.br).
70%
60%
70%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
30%
Sim
No
Grfico10Demonstrativodondicedesatisfaodoproduto.
4.CONCLUSES
Diantedoobjetivodesseestudodemarketingdealavancarasvendasnoplanodeseguro
VidaMulherdoBancodoBrasil,atravsdautilizaodeestratgiasbemelaboradas,cabeaqui
destacar os resultados obtidos com a presente pesquisa. Com relao aos vrios aspectos
questionados junto clientela, devese ressaltar a existncia de um quadro sciofinanceiro
adequadoparacomercializaodoproduto,levandoemconsideraoaspectoscomoonvelde
renda bastante satisfatrio da cliente, o alto grau de aceitao aos produtos do BB, alm de
outrosdadosdegranderelevnciaparaamontagemdeestratgiasdevendasquepermitamum
volumesatisfatriodecomercializaodoSegurodeVidaBBMulher.
Dentre as alternativas levantadas de mecanismos que permitam ao banco chegar ao

resultado desejado, est a busca de estratgias eficientes que possam contribuir para a
alavancagem das vendas do produto em tela. Nesse sentido, alguns elementos so essncias,
dentre eles o desenvolvimento de um trabalho contnuo, que evite o deslocamento do cliente
praaquisiodoprodutonoconcorrente;ampliaradivulgaodosprodutosnamdiaemgeral,
com merchandising nos programas de maior audincia da TV; determinao um percentual
mnimodecomissoparaosvendedoresdoprodutocomoformademotivao;descentralizao
dasvendas,atravsdevisitapessoalaocliente,oferecendoparaissotreinamentoemvendasa
todaequiperesponsvel;conscientizaroclientesobreanecessidadedeadquirirumsegurode
vida,mostrando,entreoutrascoisas,aqualidadedoprodutoeasvantagensdoproduto.
Porsetratardeuminvestimentoalongoprazo,devesetrabalharaclientelanosentido
deconscientizarsobreosriscosaquetodosnsestamossubmetidosnodiaadiaedasegurana
que se deve buscar para se prevenir dos sinistros que vez por outra atingem pessoas sem
nenhumplanodesegurodevida.Cabeainda,aequipedevendas,mostraraoclienteagarantia
equalidadedosserviosprestadospeloBancodoBrasil.
As estratgias propostas neste trabalho so parte deste relatrio preliminar, que se

espera, numa etapa seguinte, poder trabalhar num estudo mais aprofundado e dotado de
anlisesmaisconcisassobreotemaemtela.
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DISTRIBUIODEPRODUTOSFARMACUTICOSNOBRASILESEUSGARGALOS
C.R.Lopes,(PQ);D.D.Bacelar(IC);K.N.Guimarns(IC);M.A.Alberti(IC);V.A.Abraho(PQ)
ProfessordoInstitutoFederaldeGois(IFG)CampusAnpolis,EstudantesemLogsticadoInstitutoFederal
deGois(IFG)CampusAnpolis;ProfessoresdaUniEvanglicaCentroUniversitriodeAnpolisemail:
cassiomar.lopes@ifg.edu.br
RESUMO
Otemacentraldesteartigoaindstriafarmacutica
e seus gargalos no transporte, no que se refere
infraestrutura das estradas brasileiras, utilizando
comorefernciaestudosfeitosporrgoshabilitados,
esclarecendo quais so os gargalos e o que pode ser
feito para amenizar; como reduzir os custos e
facilitar a distribuio destes produtos pelo pas. As
estradas boas so mais caras, assim aumentando os
custos,nooferecendoumtransporteadequadopara
o segmento farmacutico, e porque o modal
rodovirio o mais usadoutilizado.Entendendoqual
a maneira correta de armazenar e movimentar as

mercadorias at o consumidorfinal, oque compem
o frete e o que o torna to oneroso na entrega de
mercadoriasparaasade.Ametodologiadepesquisa
utilizada foi literatura; baseandose tambm em
estudos de casos acadmicos, alm de dados
levantados em pesquisas de outros autores sobre
como entender e amenizarosgargalosnotransporte
demedicamentos.
PALAVRASCHAVE:Infraestrutura,Transportes,Gargalos.
DISTRIBUTIONOFPHARMACEUTICALPRODUCTSINBRAZILANDITSBOTTLENECKS
ABSTRACT
The central theme of this article is the pharmaceutical

industryanditsbottlenecksintransport,inrelationto
the infrastructure of brazilian roads, using as
referencestudiesdonebyauthorizedbodies,clarifying
where the bottlenecks are and what can be done to
alleviate, as reduce costs and facilitate the distribution
of these products through out the country. Because
good roads are more expensive, thus increasing costs,
not offer inadequate transportation to the
pharmaceuticalindustry,andbecausetheroadsystemis
the most used. Understanding what thecorrect way to
storeandmovethegoodstothefinalconsumer,which
makeuptheshippingandwhatmakesitsoexpensivein
the delivery of goods for health. The research
methodology used was the literature, also based on
studies of academic cases, and data collected in there
search of other authors on how to understand and
alleviatebottlenecksinthetransportofdrugs.
KEYWORDS:Infrastructure,Transport,Bottlernecks
INTRODUO
AindstriafarmacuticadoBrasilaolongodosanostemsemostradomuitoimportante
para o cenrio econmico. A competitividade de um complexo industrial contempla vrios
fatores que afetam positivamente ou negativamente a qualidade dos produtos e servios do
setor. Dentre estes, destacase a distribuio (armazenagem e movimentao das cargas),
atravs da qual os gestores logsticos podem fornecer administrao estratgica uma viso
eficazdecontroledeproduto,criandonovasoportunidadeserentabilidade.
Adistribuiodeprodutosfarmacuticosvemsetornandocadavezmaisespecializada.O
medicamento ou produto para a sade possui uma longa trajetria a percorrer desde que
produzidoatchegaraocliente,eopapeldalogsticanestesentidoimprescindvel(MORAIS,
2005).
No final da dcada de 1990, com a criao da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
(ANVISA),estabeleceramsenormassanitriasespecificasparaaarmazenagemeotransportede
medicamentos e de insumos farmacuticos. O farmacutico passou a ser o profissional
responsvelequalificadoparaacompanhartodoprocessodearmazenagemededistribuiode
medicamentos.
Adistribuiodemedicamentosparaasadeprecisamanteraintegridadeesegurana,
desdeomomentoquesoretiradosnasindstriasatchegaremaoconsumidorfinal.
O transporte sofre com dificuldades de falta de infraestrutura adequada no pas. As
estradassoruinseasboassocarasdevidoaoexcessodepedgios,almdainsegurana.
Diantedestesfatosquestionamsequaissoosgargalosnadistribuiodosfrmacosno
pas. Para melhor esclarecer este problema temse como objetivo identificar esses gargalos da
logstica de transporte na distribuio dos produtos farmacuticos no Brasil e, partindo deste
foco, objetivase especificamente analisar a infraestrutura rodoviria do Brasil na atualidade,
bemcomoidentificaroscuidadosdearmazenagememovimentaodosprodutosfarmacuticos
econhecerquaisitenscompemocustodofretedestesprodutos.
Este estudo se faz relevante, uma vez que de interesse de gestores e acadmicos,
principalmentedasreasdefarmciaegesto,acontribuiotericaparadesenvolvimentode
sistemasdedistribuiomaiseficienteserentveisquegarantamaqualidadedoprodutofinalao
consumidor,tantoquantoconhecimentodasrazespelasquaisosprodutosfrmacosalcanam
valoresrelativamentealtos.
MATERIAISEMTODOS
Entendendo que a localizao da cidade de Anpolis estratgica para as operaes

logsticas de empresas de qualquer natureza, tomase a mesma por conveniente ponto de
partida na anlise deste trabalho. O fato de a cidade ser um polo e referncia industrial na
produo de produtos farmacuticos, com diversas empresas j instaladas em seu Distrito
Agroindustrial(DAIA)reforaointeressepor,apartirdela,seiniciarosestudospropostos.
Segundo Lakatos e Marconi (1987, p.66) a pesquisa bibliogrfica tratase do
levantamento, seleo e documentao de toda bibliografia j publicada sobre o assunto que
est sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertaes,
material cartogrfico, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo
material j escrito sobre o mesmo. Assim, este foi o mtodo utilizado para fundamentar e
fornecerbasessanlises.
A coleta de dados compreende o momento em que o pesquisador procura manter
contatocom o objetoa serpesquisadoe quetambm dependedotipodepesquisaescolhido,
nesse caso o mtodo de coleta de dados pode ser entendido como o processo de busca de
informaes.
As principaistcnicasde coleta de dadosso a entrevista, o questionrio,ostestes
e a observao. Tambm possvel trabalhar com dados existentes em forma de
arquivos, banco de dados, ndices ou relatrios. Estes no so criados pelo
pesquisadore so normalmentedenominadosdedadossecundrios,eemcontraste
com os dados primrios que so colhidos diretamente pelo pesquisador (Roesch,
1999,p.140).
Atravs de pesquisa em bibliotecas de universidades e virtuais, a coleta de dados esteve

focada em trs pontos principais para estruturar os captulos respectivamente da seguinte
forma,conformeosobjetivosespecficos:ainfraestruturadisponibilizadapara adistribuiode
produtosfarmacuticosnoBrasil,quaisarticulaessoadotadaspelas.
REFERENCIALTERICO
LogsticaEmpresarial
Ballou (2006), afirma que nos tempos remotos, as sociedades eram obrigadas a viver
prximadoslocaisdeproduodealimentosesuprimentosnecessriosvida.Otransportee
o armazenamento desses suprimentos eram limitados e a logstica era um conceito
inexistente.Amedida que as sociedades foram crescendo e as necessidades aumentando,
o ser humano tomou conhecimento de outras sociedades e o contato com as mesmas fez
nascerocomrcio.
O autor conclui esse raciocnio dizendo que a logstica a essncia do comrcio. Ela
contribuidecisivamenteparamelhoraropadroeconmicodevidageral.
Com a globalizao, a competitividade passou a ser fator determinante para ser um
diferencial no mercado e conquistar a fidelidade do consumidor. E mais recentemente, as
organizaesempresariaisreconheceramoimpactopositivonogerenciamentoestratgicoda
logsticanaobtenodevantagemcompetitiva(SILVAeMUSETTI,2003).
ParaNetoeJnior(2000):
... pode ser delineada a aplicao da logstica para a obteno de vantagem
competitiva. As metas da logstica so as de disponibilizar o produto certo, na
quantidadecerta,nolocalcerto,nomomentocerto,nascondiesadequadasparao
clienteaopreojusto.Assim,ficaevidenteaintenodeseatingir,simultaneamente,
aeficinciaeaeficcianesseprocesso.
Podese enxergar a partir destes pontos de vista, a funcionalidade da Logstica

Empresarialem gerarcompetitividadeaosetorfarmacutico.Setorquea eficinciaeeficcia
soessenciaisparaadistribuiodeumprodutoderelevanteimportncianocenriomundial,
omedicamento.
InfraestruturanoBrasil
Oprocessodemodernizaodainfraestruturabrasileirateveinicionadcadade1990,
paralelo ao de privatizao. Este processo de privatizao se iniciou no Governo Collor,
contemplousetoresestratgicosdaeconomiabrasileira,comoosdetelefonia,deenergiaede
transportes, com destaque para os sistemas ferrovirio, porturio e alguns trechos da malha
rodoviria brasileira. De acordo com os autores Wake e Fleury (2006), ainda persistem
problemas estruturais que distorcem a infraestrutura de transportes brasileira, como o uso
predominante do modal rodovirio na movimentao das mercadorias em cerca de 60% em
relaoaosdemaismodais,mesmoemtransaesondeelenoomaiscompetitivo.
A infraestrutura de transportes do Brasil passou por grandes transformaes nos
ltimos15anos,quetiveramcomoobjetivoreestruturaramatrizdetransportebrasileira,at
entobastantedeficienteegeradora,comoconsequnciadeseusgargalos,deelevadoscustos
externosparaasindstriaseempresasdemandantesdosserviosdelogstica,sendoesteum
dosfatoresresponsveispelabaixacompetitividadedasempresas.
Entretanto,Vanini(2013)alertaparaobrasqueestoacontecendonopasquepodem
contribuirparaomelhoramentodestecenrio.Paraeleaconclusoeoinciodeoperaode
sete obras no corao do pas, a regio CentroOeste, tambm chamada de Brasil Central e
nica rea ligada geograficamente s outras quatro regies brasileiras, pode gerar uma
economiade30%nocustodetransportedeprodutos.
Estasobraspossueminvestimentosomadoe estimadodeaproximadamente5bilhes
dereaiseenvolvemrodoviasdeextremaimportnciaparaoescoamentodalogstica,comoa
BR163(PA),BR158e242 (MT),eaBR080emGois.
O autor ainda conclui atravs de entrevistas a empresrios que a forma como a
infraestruturabrasileira est estruturadahoje, o Brasil possuium sistema perdeperde.E o
consumidorfinalquepagaocustopelosprodutos.
O objetivo com essas obras a possibilidade do Brasil se colocar num cenrio mais
promissor quanto infraestrutura, mirando, por exemplo, nos Estados Unidos que hoje,
possuemumcustodefretede1/3dobrasileiro(VANINI,2013).
At que isso se suceda, Erhart e Palmeira (2006) nos alertam para o atual cenrio da
infraestruturaparatransportedecargasnopas:
A situao brasileira atual da matriz de transporte de cargas acarreta perda de
competitividadepara as empresas nacionais, uma vez que a ineficincia dos modais
geraumelevadoCustoPas,setornandoumfatorlimitanteparaodesenvolvimento
regionaleinternacionaldoBrasil.
A falta de planejamento e investimentos do setor de transporte nacional implica
numa incapacidade de acompanhar a demanda nacional podendo gerar um colapso
dessesistema.Algunsfatoresdesteriscojpodemserpercebidoscomoumafrotade
caminhese locomotivasantigas tendo uma idade mdia, respectivamente,de 19 e
25anos,agrandemaioriadasrodoviasemcondiespssimas,poucadisponibilidade
de infraestrutura ferroviria e o sistema areo e hidrovirio tendo baixa
participao.
Osautoresaindareforamasobrecargadosistemarodovirio,comfretesmaisbaixos,
o que serve como uma barreira para a utilizao de outros modais e consequentementeum
ineficazusodosmesmos.
IndstriaFarmacutica
AindstriafarmacuticateveorigemnoBrasilemfinsdosculoXIXeiniciodosculo
XX quando se verificou o surgimento de endemias, o que levou criao de instituies de
pesquisa que identificassem e produzissem medicamentos, vacinas e soros para curar essas
enfermidades(VALENTIM,2003).
ConformemencionaMorais(2005),suaestruturaoocorreudefatoapartirdadcada
de 30, ganhando destaque durante a segunda guerra mundial, perodo em que os principais
pases exportadores estavam voltados para a produo blica. A participao brasileira no
setor farmacutico nacional s veio ocorrer a partir da dcada de 1990, aps adoo pelo
governo brasileiro de medidas regulatrias para o referido setor, como a criao Lei de
PropriedadeIndustrialem1996,criaodaANVISAem1999,bemcomooestabelecimentoda
LeidosMedicamentosGenricos.
A indstria farmacutica representa o setor mais importante do que se entende por
complexo industrial da sade, haja vista que a prestao de servios de sade pressupe a
utilizaodeprodutosespecficosparacadacaso.
A importncia desse segmento industrial, a produo e distribuio de insumos e
produtos da indstria farmacutica so demandantes de uma infraestrutura e um sistema
logstico de qualidade, que possibilite ao transportador deslocar as mercadorias, sendo todo
esteserviodetransportealiadoabaixoscustos.Istodevidoimportnciadosmedicamentos
paraotratamentodedoenas,ondetempodotransladoe condiesdearmazenamentodas
mercadorias so requisitos essenciais para oferecer populao a disponibilidade de
medicamentos, dentro dos padres de qualidade, com vistas a atender s suas necessidades
presentes.
Para Capanema (2006), dentre os setores produtivos,a indstria farmacutica tem se
destacado como uma das mais inovadoras, capazes de incorporar aos seus produtos os
principais avanos de ponta das cincias biomdicas, biolgicas e qumicas. Isso coloca essas
empresasemevidnciaquandosetrataderentabilidadenocenrioglobal,umavezqueesses
investimentossorecompensasdemandadoconsumidor.
Aautorarevelaquecomfrequnciaseobservaaaquisiodeempresasdepesquisae
desenvolvimento por complexos farmoqumicos e este interesse cresce a cada nova
constatao de aumento da participao dos frmacos na receita de pases e grupos
empresariais.
Podese concluir aqui, sobre a importncia da atividade logstica para garantir que
produtos com tamanho valor agregado sejam transportados, armazenados e gerenciados
dentro de suas cadeias de abastecimento de forma a manter a integridade e qualidade em
todososprocessos,desdeasadadafbricaatoconsumidorfinal.
LogsticadeTransporteeDistribuio
O transporte capaz de promover a integrao entre as diferentes localidades,

movimentando bens produzidos em diversos locais, que sero distribudos e consumidos em
outras regies. Tornase importante opapeldalogstica detransporte que o de levar
mercadorias da sua origem ao seu destino, a baixo custo, dentro do prazo combinado e
garantindo a segurana do bem transportado. A logstica de transportes tem como
caractersticas:menorcusto,qualidadedetransporteemmenortempo,desdeaorigemato
destinofinal(FERREIRAJr.;TEIXEIRA,2006).
Comovistoomodalrodovirioaindaopredominanteeresponsvelporumagrande
parcela das cargas transportadas no pas. Por mais que as tarifas de frete brasileiras sejam
baixas, o uso excessivo das rodovias acarreta elevados custos de transporte, j que o modal
rodovirio o mais caro, depois do areo. Os custos logsticos do pas poderiam ser bem
menorescasohouvessemaiorequilbriodousodosmodais.
Oselevadoscustoseosdiversosproblemasestruturaisdefinemumcenriodegrandes
dificuldades, por outro lado a necessidade de se sobressair no mercado e as presses
simultneas por reduo de custos e melhoria de qualidade esto levando as empresas
embarcadorasabuscaremalternativasparatornarotransportemaiseficiente.
Asexignciasvariammuitoconformeosetoreotipodeprodutotransportado,osetor
farmacutico prioriza a segurana e a qualidade do servio, atribuindo alta importncia s
condies dos veculos utilizados e ao controle de acidentes, a movimentao de
medicamentosexigeumaregulamentaomaisrigorosanotransporte,portantoasempresas
exigemmaisseguranaecumprimentodasnormaspelostransportadores.
Sendo uma das atividades da logstica, o transporte, qual seja a movimentao dos
insumos e do produto final entre as diferentes localidades, a atividade mais importante e
onerosa,representando2/3doscustoslogsticos(ANTT).
Quandoseconsideraaindstriafarmacutica,cujoprocessodeproduoedistribuio
exige rigorosos controles de qualidade, a logstica de transporte brasileira ainda mais
debilitada e precria. As condies precrias e inseguras das estradas por onde percorrem
estas mercadorias at o destino final, alm da m qualidade dos servios de transportes
oferecidos pelos diversos modais, tornam esses fatores ainda mais burocrticos, escassos e
encareceoscustosdetransporte.
Algumascaractersticasdasoperaesdetransportepodeminfluenciardiretamentena
qualidadeeseguranadoproduto,comovolumeequantidade;cargafracionadaoupalatizada;
carregamento e descarregamento da carga; porte e caracterstica do veiculo; distncia do
trajeto;tempodeviagem;condiesdetemperaturaeumidade;pontosehorriosdeparada;
impactonaembalagemdosprodutos.Essasdiretrizesdevemserconsideradasparagarantir
eficcia do transporte de forma a no causar danos ao produto entre a origem e o destino
(VALENTIM,2003).
Algunsprocedimentosdevemsertomadosemrelaoarmazenagememovimentao
de produtos farmacuticos. Durante o transporte a integridade da mercadoria deve ser
preservada, sua segurana e a qualidade dos produtos. A qualificao desta etapa logstica
definidapelofabricanteasespecificaesdeconservaoedemaiscaractersticasinerentesao
produto(MORAIS,2003).
Gargalos logsticos e de infraestrutura provocam a perda de competitividade no s

para as empresas do segmento farmacutico, mas para toda a indstria, na medida em que
causam elevados custos para estas, decorrentes da escassez de servios adequados de
transporte, da lentido nos processos de embarque e desembarque de mercadorias, o
que levam s empresas inferirem em maiores custos com armazenamento, entre outros
problemas.
Identificarainfraestruturaatual,bemcomoseusprincipaisgargalosparaasindstrias,
em especiala farmacutica, fundamentalparaencontrarsoluesnestesegmento.O Brasil
possui vantagens logsticas em diversos estados, executando a magnitude de seus gargalos
logsticos,possuindoacessofacilitadoaosprincipaismercadosconsumidores.
Um dos principais gargalos a malha viria que uma dos principais obstculos do
segmento de transportes, com estradas precrias, o excesso de postos de pedgios que
aumentamemuitooscustosdosfretes,adistribuiodemedicamentosaindacontacomuma
problemtica:asegurana.
Com a finalidade de contornar esses gargalos, as indstrias farmacuticas vm
trabalhando para consolidar parcerias que beneficiam o setor. O relacionamento com rgos
governamentais e outras entidades tambm tem sido um dos caminhos encontrados para
driblaressecenrio.Seroeloentreaindstriafarmacuticaeapopulaobrasileiraumpapel
deextremaresponsabilidade.
RESULTADOSEDISCUSSO
AinfraestruturadetransportesexistentesnoBrasilrepresentaaindaum grandegargalo
para as indstrias farmacuticas em todos os modais de transporte, principalmente no
rodovirio, a falta de investimentos em infraestrutura no pas, que um obstculo
reestruturaodamatrizeaodesenvolvimentoeconmico.
Para uma indstria de medicamentos operarem e distribuir seus produtos com
competitividade e com custos minimizados, ela necessita estar instalada em um local onde os
serviosdelogsticadetransportessejamofertadosdeformaeficienteecompetitiva.
notransportequesenotaoaumentodoscustos,portanto,tm queserobservadoos
aspectos relativos para a tomada de deciso, verificar a estrutura organizacional da rea de
transportes,osserviosoferecidosaosclienteseaanalisedoscustosenvolvidos.
ApartirdosestudosrealizadossobreomodalmaisutilizadonoBrasil,vimosqueopas
extremamente dependente do modal rodovirio, mesmo com a tendncia ao aumento da
participaodeoutrosmodais,orodovirioaindaserpredominante.
Para que as empresas farmacuticas possam se sustentar no mercado, reduzir os seus
custos e melhorar os servios oferecidos, necessrio que sejam tomadas diversas iniciativas
para o aumento da eficincia do transporte rodovirio, como, por exemplo, melhor gesto de
terceiros,adoodeprticascolaborativasnotransporteeplanejamentos.
Um processo de seleo bem estruturado e criterioso facilita a escolha de
transportadorascompatveiscomosprocedimentoseobjetivosdaempresa,evitandodesgastes
econtribuindoparaobemdesempenhodosserviosofertados.
CONCLUSO
Os custos de frete que envolve o transporte e movimentao de mercadorias no
Brasilsempreestorelacionadosqualidadedoservioprestado.Mesmoquandoositensque
compemumoramentodesteserviodizemrespeitoatarifaseimpostos,esteincidesobreo
valordoprodutoeserviofinal.
As condies de infraestrutura no Brasil possuem condies deficientes sim. A
armazenagem e movimentao de produtos farmacuticos tambm consistem um fator de
aumentonovalorfinaldoproduto,porcuidadosespeciaisdespendidosadeterminadascargas.
Porm com visibilidade de melhorias para os prximos anos, o Brasil perdura no mercado
com uma indstria farmacutica que tem a logstica como ferramenta importante para buscar
seuespaodedestaque.
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KUBOTA(Org).EstruturaeDinmicadoSetordeServiosnoBrasil.Braslia:IPEA,p.409463,
PROGRAMAALAGOASTEMPRESSA:GESTOPBLICAORIENTADAPARARESULTADOS
ANJO,J.E.S.(IC)
UniversidadeFederaldeAlagoas(UFAL)CampusA.C.SimesFaculdadedeEconomia,Administraoe
ContabilidadeCampusA.C.Simesemail:joseedemir.anjo@gmail.com
RESUMO
ComAlagoassempreafrentenospioresndicessociais
dopas,oatualGovernodoEstadodeAlagoasembusca
de melhorar o desempenho do Estado, dar qualidade,
eficincia aos seus servios ofertados lanou o
Programa Alagoas Tem Pressa que prope uma nova
gesto pblica com foco em resultados e controle de
metasquetornariaoEstadodeAlagoasumlugarcada
vezmelhordetrabalhar,investireviver.Foiumestudo
decarterexploratrioequalitativoquebuscouanalisar
programa coordenado pela SEPLANDE por meio de
entrevistas com a equipe do programa. Os resultados
apontam um programa inovador por ser uma
ferramenta de monitoramento do planejamento do
governo. Essa reforma administrativa exigiu a
implantao de modelos, ferramentas de gesto, como
planejamentoestratgicoegestodecontroledemetas
e resultados na execuo de sua agenda estratgica
poltica. H o risco de que essas prticas inovadoras
percam continuidade por falta da relao do que a
reforma propem com o embate poltico preexistente
que pode vir a gerar a descontinuidade do programa.
Observase que um programa de Governo e no de
Estado. Como estudos posteriores com base nesse
trabalho, ressaltase a necessidade de continuidade de
pesquisas empricas sobre a administrao pblica do
estadoalagoano.
PALAVRASCHAVE:Alagoas,gestopblica,gestoporresultados.
PROGRAMHASALAGOASRUSHING:PUBLICMANAGEMENTFORRESULTS
ABSTRACT
Alagoasalwaysaheadwiththeworstsocialindicatorsin
the country, the current government of the State of
Alagoas striving to improve the performance of the
State, to quality, efficiency offered their services
launched "Alagoas has Speeding Program" which
proposesanewpublicmanagementfocusingonresults
and control goals which would make the state of
Alagoas"anevenbetterplacetowork,investandlive."
A study was exploratory and qualitative nature that
sought to analyze coordinated by Seplande through
interviews with the staff of the program. The results
indicate an innovative program for being a monitoring
toolofgovernmentplanning.Thisadministrativereform
required the deployment models, management tools,
such as strategic planning and management control
targets and results in the execution of its strategic
agenda. There is a risk that these innovative practices
lose continuity for lack of respect than the proposed
reform to the existing political struggle that may
ultimately generate the discontinuity of the program.
Observe that is a government program and not the
State. As further studies based on this work, we
highlight the need for further empirical research on
publicadministrationofAlagoasstate.
KEYWORDS:Alagoas,governance,managementresults.
PROGRAMAALAGOASTEMPRESSA:GESTOPBLICAORIENTADAPARARESULTADOS
INTRODUO
Asmudanaseconmicas,sociais,demogrficasqueocorrememtodoomundosovistas
por muitos como dvida para os atores dessa sociedade. O Estado tem o desafio de buscar
diminuiradesigualdadesocial,eliminarapobrezaextrema,obterestabilidadeeconmica.Essas
mudanasgeramcrticasaomodeloatualdaestruturadoEstado(MATIASPEREIRA,2008).
Atualmente,humagrandeadoonasorganizaes,modelos,ferramentasdegestode
qualidadequecontribuemnoaumentodaeficincia,eficcianagesto.Atentoessabuscapor
ferramentas de qualidade de gesto que auxiliam na estratgia de crescimento apenas eram
vistaseprocuradasemorganizaesdosetorprivado.Hoje,essenovoparadigmadegestotem
sidoobjetodedesejodasorganizaespblicastambm.
Em busca de melhorar o desempenho do Estado, dar qualidade, eficincia aos seus
servios ofertados; o atual Governo do Estado de Alagoas lanou em 17 de maio de 2011 o
ProgramaAlagoasTemPressa.Oprogramabuscaorientarogovernoestadualparaoalcance
deseusresultadoscomaaplicaodeumplanejamentoestratgicocombasenocumprimento
demetasamdioelongoprazo(at2022),parapromoodamelhoriadeindicadoressociaisde
Alagoas.
Alagoas,segundodadosdoltimoCensorealizadoem2010peloIBGEdemonstrouuma
melhora,pormemumritmolentocomrelaoaosdemaisestados.OEstadocontinuasendoo
maisviolentoecomamaiortaxapercentualdeanalfabetismo(22,5%).Apesardeterdiminudo,
Alagoascontinuacomumataxademortalidadeabaixodonacional(3,4%)com4,4%.Noltimo
dados IDEB (ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica), Alagoas foi o nico a obter
desempenhoabaixodoesperadoemtodasasreas.
Para mudar esses indicadores, o programa foiestruturado em seisreas deresultados:
Crescimento,desconcentraoediversificaoeconmica;Desenvolvimentodocapitalhumano;
Erradicao da pobreza extrema, reduo da pobreza e da desigualdade; Inovao na gesto
pblica;Melhoriadaqualidadedevida;Valorizaodaimagememudanasculturais.
Coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento
(SEPLANDE), o programa possui uma Sala de Situao onde o so analisadas as aes de
monitoramentoeumsistemadeinformaescomacessoaosdadosemtemporealqueorientaa
tomada dedeciso dos gestores pblicos. So 26 projetos estruturantes e 26 setoriaisqueso
acompanhadospelosmonitoresdeprojetosdoprogramacomaintegraoentreosgerentesdo
programanassecretariasparticipantesdoprograma.
ASEPLANDEqueadotouem2011oModelodeExcelnciadeGesto(MEG),umagesto
focadaemmetaseresultadostornouseparaoEstadooqueparecemaisumailhadequalidade
emprocessosgerenciais.asecretariamodelodegesto,premiadaereconhecidanareade
qualidade com utilizao de outras ferramentas de gesto de qualidadel, como 5S e ISO
9001:2008.
ParaTeotnioVilelaFilho,governadordoEstadodeAlagoas,OProgramaAlagoasTem
Pressa um marco. Com ele pretendemos mostrar sociedade que h melhores formas de
administrar o Estado, por isso que foram identificadas as reais necessidades de nossa
populaoedaatualestruturadaesferagovernamental.Precisamosatacardiretamentenossas
deficincias e implementar aes que realmente as solucionem, tudo isso est proposto nos
projetosinseridosnoprograma1.
Partindodaestratgiapolticadegoverno,oProgramaAlagoasTemPressapropeuma
nova gesto pblica com foco em resultados e controle de metas para o Estado de Alagoas.
Haveriaum choque de gesto que tornaria o Estado de Alagoas um lugar cada vez melhor de
trabalhar, investir e viver? Este estudo tem como objetivo principal analisar os processos de
criao e implantao do Programa Alagoas Tem Pressa sob coordenao da Seplande que
propeumagestocomfocoemresultadosenocontroledemetasparaoEstadodeAlagoas.
METODOLOGIA
A metodologia desta pesquisa foi caracterizada principalmente de natureza qualitativa,
pois buscou observar o comportamento dos atores sociais frente a situaes problemticas e
descrever as principais caractersticas que determinam o fenmeno estudado. Tratase de um
processo dinmico onde a pesquisa se desenvolve atravs dos dados que vo sendo coletados
(VERGARA,2007).
Umestudodecarterexploratrioporbuscarconhecermaisprofundamenteoproblema.
OmeiodeinvestigaoexploratrianaopiniodeVergara(2007,p.42)(...)realizadaemrea
na qual h pouco conhecimento acumulado e sistematizado. qualitativa do tipo tambm
Estudo de Caso por ter como abordagem investigar, compreender, explorar e descrever o
contextodocampodoobjetoinvestigado(DIEHL,2004).
Quanto aos meios para coleta de dados, a pesquisa caracterizouse por pesquisa de
campo. Segundo Lakatos e MARCONI (1991), a pesquisa de campo utilizada para conseguir
informaes daquilo que se investiga. Com a utilizao da tcnica de entrevistas
semiestruturadasequestionrionaSEPLANDE.
Alm de ser bibliogrfica e documental, pois buscouse pesquisar materiais publicados
emperidicosnacionais,stiosdasorganizaespblicasestaduaisalagoanas,reportagensdos
principaisnoticiriostelevisivosejornaisimpressoslocaisrespeitodoProgramaAlagoasTem
Pressa;bemcomooacessoaosistemadoprogramaquecontemabasededadosdasaesde
cadaprojeto.
Ouniversodapopulaodapesquisacompreendeugerentesresponsveispelosprojetos
coordenados do Programa Alagoas Tem Pressa pela SEPLANDE; equipe de monitorao do
programaesuacoordenadoraPolianaSantanaeaassessoriaespecialdagestoadministrativae
qualidadedaSEPLANDE.Aseleodaamostrafoifeitadeformaintencional,direcionadaqueles
queestodiretamenteligadosaoprograma.
Disponvelem:<http://www.seplande.al.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/2012/maio-2012/programa-alagoas-tempressa-propoe-uma-nova-forma-de-gestao-publica/?searchterm=planejamento%20estrat%C3%A9gico>. Acesso em:

27/02/2013
REFORMASEPLANEJAMENTONAADMINISTRAOPBLICA
Segundo Rezende (2002, p. 123) [...] Reformas se sucedem para combater velhos
persistentes problemas de performance no aparato burocrtico. No contexto histrico do
Estado brasileiro foram vrias as tentativas de mudanas na estrutura e na organizao do
Estado.Esseprocessodemodernizaodaadministraopblica ficacadavezmaisevidente
medidaquesebuscaatenderedarmelhorianosserviospopulao(PEREIRAMATIAS,2008).
OBrasil,aolongodahistriateveprocessosdetransformaodemudanadoEstadono
qual o seu papel era revisto, seu tamanho e sua participao na sociedade eram modificados.
PodemseverificartrsreformasadministrativasocorridasnoEstadobrasileiro:patrimonialista,
burocrtica e gerencial. Na administrao patrimonial, advinda dos Estados absolutistas, h
confuso,apropriaodoquepblicocomoprivado.
O Estado patrimonialista era pouco voltado para as questes econmicas e sociais da
sociedade. Isso permaneceu ainda aps a proclamao da Repblica os senhores de engenho
ainda permaneciam com o poder local. As consequncias dessa confuso so a corrupo,
nepotismo, clientelismo, coronelismo que se tornaram traos culturais de nossa administrao
(MARTINS, 1997). O modelo patrimonial no resistiu ao desenvolvimento do novo modo de
produo,ocapitalismo,ofortalecimentodasociedadecivilcomosideaisdemocrticos.
A primeira consolidada reforma do Estado brasileiro ocorre em 1930. Um perodo de
transformaes econmicas com o processo de industrializao nacional. Dse o nome de
Estado Novo. A nova proposta de modelo para administrao pblica advinha das ideias de
Weber. A administrao burocrtica trazia a racionalidade legal, a eficincia dos processos
realizadospelamquinapblica.Eparagarantiadessaeficincia,osmeiosprocuradosdeveriam
serrealizadosnabaselegal,comregras,normas,regulamentoseprocedimentos.
Para implementar todas essas mudanas foi criado, em 1936, o Departamento de
AdministraodoServioPblicoDASP.AburocraciadeWeber buscoumodernizouoEstado
comoformalismo,ahierarquiaeavalorizaodacompetnciatcnicadofuncionalismopblico
quetinhaatentavaeliminaracorrupoeosoutrosmalesdomodelopatrimonial.
Entretanto,origordadopelosprocessosdastarefasexecutadasnoandavamaomesmo
tempo do ritmo acelerado que ocorria a economia na segunda metade do sculo passado. Os
avanos tecnolgicos e a globalizao causavam um ambiente instvel, enquanto a burocracia
weberianapermaneciaestticaaosacontecimentos.
Nos anos 60 do sculo passado, quando aconteceu a primeira tentativa de reduo da
rigidez burocrtica: o DecretoLei n 200, de 1967. Uma nova filosofia de flexibilizao,
descentralizao e delegao de competncias, por meio da criao de autarquias, empresas
pblicas, sociedades de economia mista e fundaes. O primeiro indcio do novo modelo, uma
nova reforma. A ineficincia causada pela burocracia seria eliminada com a prtica de
administraogerencialprivadaadaptadaaosetorpblico(PAULA,2005).
Surgindo na segunda metade do sculo XX, a administrao pblica gerencial busca
formas que sejam capazes de enfrentar a crise fiscal do Estado. Tornar mais eficiente a
administraodosserviosquecabiamaoEstadoereduodecustos.Aadministraogerencial
voltasse para os resultados das aes. Diferentemente da burocrtica que voltasse par os
processos.
Ainda assim, a administrao Pblica Gerencial possui semelhanas nos seus princpios
fundamentais que so oriundos do modelo burocrtico. Por exemplo, a impessoalidade, o
profissionalismo no processo de admisso, avaliao de desempenho. Porm, a administrao
gerencial voltasse para o interesse pblico com olhar de cliente para o cidado. Enquanto na
administraoburocrtica,voltaseparasi,parasuasprpriasnecessidades.Ofocopassaano
sermaisaprpriaadministraoesimabuscapelasatisfaodocidadobrasileiro.
SegundoBresserPereira(1996a),asprincipaiscaractersticasdomodelodeadministrao
pblicagerencialso:
Orientaoparaocidadocliente;
nfasenocontroledosresultados;
Separaoosformuladoresdepolticaspblicaseosexecutoresdessaspolticas;
Transfernciadosservios.
Em 1995, comeou a se defender a proposta de uma nova reforma da administrao

pblica brasileira. O novo Ministrio da Administrao Federal e Reforma do Estado MARE
desenvolveu uma nova organizao do Estado, por atravs de oito princpios fundamentais:
desburocratizao, descentralizao, transparncia, accountability, tica, profissionalismo,
competitividade e enfoque no cidado (BresserPereira, 1996a). Esses foram consolidados no
Plano Diretor da Reforma do Estado PDRE e iniciouse o processo de Reformado Estado que
vemsendogradativamenteimplantadonoBrasil.
Cada vez mais o planejamento e programao na administrao pblica um lugar de
maiordestaquenocontextodademocraciabrasileira,noapenascomoformadegarantiruma
maiorsistemticaeeficinciadasprticasgovernamentais,mastambmcomoformadegarantia
demelhoriadaprpriasociedade.nessesentidoqueganhamespaoreflexessobrequestes
como modelos de planejamento, mtodos e tcnicas de planejamento, avaliao e
acompanhamento de aes governamentais, indicadores de desempenho, participao na
AdministraoPblica,dentreoutras.(MISOCZKY,2011)
ParaMisoczky(2011),oplanejamentopbliconotemsidovalorizadoporrazescomoa
diferenadequemplanejaeexecutaasaes,adistinoentreosaspectospolticosetcnicos.
Outros entraves seriam a dificuldade de acompanhamento e avaliao dos resultados do
processo de planejamento, onde algumas vezes so vistos de forma isolada do processo e no
comoumtodo.
Aidealizaodeumplanoreduzirasincertezas,serumguiadeaesatquesechegue
situao desejada e organizao dos meios para se chegar a tal situao. Um plano requer
princpios norteadores para sua criao e execuo: previso; organizao; coordenao de
esforos;acompanhamentoecontroledeaes;avaliaoderesultados(MISOCZKY,2011).
Plano Estratgico de Desenvolvimento do Estado de Alagoas

Foi publicado em 16 de maio de dezembro de 2010 o Plano Estratgico de
Desenvolvimento do Estado de Alagoas que tem como principal objetivo traar as aes do
Estado a longo (2022) e mdio prazos (2015). Por meio da Macroplan, especializadaem
administrao estratgica e gesto orientada para resultados, a elaborao do plano revisou o
planodoprimeirogovernodeTeotonioVilelaFilho(20072010),combasenaexecuodoPlano
Plurianual(PPA)20082011doEstadoenasmudanasexternasaoEstado.
Comumametodologiadegestoorientadapararesultados,aMacroplantemexperincia
na elaborao de estratgia do Governo do Esprito Santo e Minas Gerais. O mtodo utilizado
busca monitorar o cumprimento das metas de desenvolvimento do Estado. Cada secretaria
passa a ter um plano de metas de aes e que conjuntas buscam alcanar os objetivos e os
resultadosdoGoverno.
O estudo teve como base nos resultados referentes a 2009 dos indicadores
socioeconmicos divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios do Instituto
BrasileirodeGeografiaeEstatstica(Pnad/IBGE).Anovaestratgiadogovernobuscadiminuiros
ndices negativos em busca de um crescimento positivo com monitoramento peridico para
ajustarasprojeesdasaestraadasdoplano.
ParaGustavoMorelli,diretordaMacroplan,aescassezderecursosdoGovernonoo
principalproblemadaefetivaodosprojetosdoPlanoPlurianual.Devemosevitaradispersode
recursos, por isso fundamental que haja uma seletividade de projetos que priorizem a
sociedadecomoumtodo.Assimfoidefinidaacarteiradeprojetosestruturantes,paraumamaior
eficciaderesultados2.
Observado o desempenho do executivo estadual e diagnosticado as aes mais
prioritrias, na rea econmica e social, a reviso permitiu a realizao de estratgia para o
segundo governo na elaborao do PPA 20122015para elevar os indicadores sociais e
econmicosdeAlagoas.ForaminclusosnoPPAosprojetosestruturantesquepassaramaserem
acompanhadosporindicadoresosseusresultadosdogoverno.
Antes, as aes de cada secretaria eram acompanhadas pela Diretoria de
AcompanhamentodaSEPLANparaalteraroPPAapartirdademandadassecretarias,masno
existiamonitoramento.OnovoPPAcontoucomarealizaodeseisoficinasqueocorreramem
todasasregiesdoestadoembuscaasprincipaisnecessidadesdecadaregioparabuscarmudar
arealidadedodeAlagoas.
Segundo o secretrio Luiz Otvio Gomes O grande desafio deste Governo e do
governadorTeotnioVilelaFilhoaerradicaodapobrezaextremaeadiminuiodonmero
depobresemAlagoas.OPPAesuasestratgiasseconcentramnessesobjetivos,priorizandoo
desenvolvimentosocialeainclusoprodutiva3.
Disponvel em:<http://www.seplande.al.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/2011/junho/tecnicos-do-governo-saocapacitados-para-a-elaboracao-do-ppa/?searchterm=planejamento%20estrat%C3%A9gico>.
Acessoem:27/02/2013
3
Disponvel em:<http://www.seplande.al.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/2011/setembro/governo-entrega-planoplurianual-2012-2015-ao-poder
OgovernadorTeotonioVilelaobservaodesafioeque[...]Comimaginao,criatividade,
ousadia,desassossego,coragemdeousar,nsconseguiremos4.Abaixo,asreasdeestratgiae
resultadosdiagnosticadospelogovernocomaassessoriatcnicadaMacroplancomvisopara
2022paratornarAlagoasconformeonovoplanodegoverno:
Figura1VisoEstratgicadasreasdoProgramaAlagoasTemPressa
ALAGOAS TEM PRESSA

Lanadoem2011comoestruturadeprogramadeEstadoparaAlagoas,oprogramavem
promoverumanovaadministraopblicaparaoEstado.OProgramaAlagoasTemPressapossui
umaestruturavoltadaparagestoporresultadosqueorientaopoderexecutivonoseuprocesso
deplanejamentoestratgicoedesempenhonagestoporresultados.
legislativo/?searchterm=Governo%20entrega%20Plano%20Plurianual%202012/2015%20ao%20Poder%20Legislativo
>.Acessoem:27/02/2013
4
Disponvelem:<http://www.seplande.al.gov.br/saladeimprensa/noticias/2011/janeiro/governadoresecretariado
discutemprioridadesparaosproximosanos/?searchterm=planejamento%20estrat%C3%A9gico>.Acesso
em:27/02/2013
Identificadas as principais demandas para tornar Alagoas um Estado mais desenvolvido;

atravsdaAgendaEstratgicadoGoverno,diagnsticorealizadopelaconsultoriadaMacroplan,
com foco nas reas de Sade, Educao e Segurana Pblica prospeco mdia de 2015 e a
longoprazo(2022).
Sob a coordenao da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento
Econmico (SEPLANDE); a equipe do programa, sua sala de monitoramento est instalada na
SEPLANDE, mas tem mobilidade conforme determinao do governador para ser instalada a
estruturaemoutroespaofsico,outrasecretaria.
Comacarteiradosprojetosedesenhodoprogramahouveagarantiadefinanciamento
para cumprimento das aes de cada projeto do Banco Mundial, Banco Internacional para
ReconstruoeDesenvolvimento(BIRD)eBNDS(BancoNacionaldeDesenvolvimentoEconmico
eSocial),eoutrosrecursosadvindosdeconvnioseprogramasfederais.
Oprogramabuscasubsidiarpoderexecutivoalagoanocomumabasedeinformaesem
tempo real monitorada diariamente pela equipe programa: coordenadores e gerentes de cada
projetoemcadasecretariadeEstadoquecontamcomoauxliodosmonitoresquecontrolamos
resultadosdasmetasesperadas.
A equipe tcnica do programa composta de um servidor pblico do Estado,
comissionados e em parceria com FAPEAL (Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de
Alagoas)eUFAL(UniversidadeFederaldeAlagoas)osbolsistastcnicos.Todoscomqualificao
eexperinciaemgestodeprojetos.
OProgramaapresentaseisgrandesreasderesultadoquebuscaalcanarosresultados:
Crescimento,desconcentraoediversificaoeconmica;Desenvolvimentodocapitalhumano;
Erradicao da pobreza extrema, reduo da pobreza e da desigualdade; Inovao na gesto
pblica;Melhoriadaqualidadedevida;Valorizaodaimagememudanasculturais.
Nessas reas foram desenvolvidos 26 projetos estruturantes e 26 setoriais. Os projetos
estruturantes so provocadores de maior impacto socioeconmico, como o de Reduo das
Taxas de Homicdio, Reduo do Analfabetismo Entre os jovens e Desconcentrao do
Investimento. J os projetos setoriais so mais especficos a cada secretaria; so alinhados aos
estruturantes e ambos so monitorados para alcanarem suas metas no prazo definido tendo
cadapastadopoderexecutivo5aresponsabilidadedegerenciamentodosprojetospertencentes.
Cadaprojetopossuimetasespecficasecomprazosdeterminadoseparaumprojeto,um
gerentequetemcomocolaboradoresdasaesomonitorresponsveleoscoordenadoresde
ao. Como ferramenta de trabalho, h um sistema de informao para que os resultados das
aessejamalimentadaspelosgerenteseanalisadaspelosmonitores.
SecretariadeEstadodaAgriculturaeDesenvolvimentoAgrrioSEAGRI,SecretariadeEstadodaInfraestrutura
SEINFRA,SecretariadeEstadodaCulturaSECULT,SecretariadeEstadodoPlanejamentoedoDesenvolvimento
EconmicoSEPLANDE,SecretariadeEstadodoTurismoSETUR,SecretariadeEstadodaEducaoedoEsporte
SEE,SecretariadeEstadodoTrabalho,EmpregoeQualificaoProfissionalSETEQ,SecretariadeEstadoda
AssistnciaedoDesenvolvimentoSocialSEADES,SecretariadeEstadodaCincia,TecnologiaeInovaoSECTI,
SecretariadeEstadodaGestoPblicaSEGESP,SecretariadeEstadodaDefesaSocialSEDS,SecretariadeEstado
daSadeSESAU,SecretariadeEstadodaMulher,CidadaniaeDireitosHumanosSEMCDH,SecretariadeEstado
daPescaeAquiculturaSEPAQ,SecretariadeEstadodaPromoodaPazSEPAZ,SecretariadeEstadodoMeio
AmbienteeRecursosHdricosSEMARH,SecretariadeEstadodaComunicaoSECOM,SecretariadeEstadoda
FazendaSEFAZ,ControladoriaGeraldoEstadoCGE.
Com isso, gerase um relatrio que apresentam o diagnstico atual de cada projeto. Os
dados dos relatrios so apresentados conforme as reunies: mensais entre os gerentes,
monitores e secretrios das pastas e quinzenais as reunies com a presena do governador.
Nelas,soapresentadosediscutidososresultados.
CONSIDERAESFINAIS
Cadavezmaisoplanejamentocomoformadegarantirumamaiorsistemticaeeficincia
das prticas governamentais, mas tambm como forma de garantia de melhoria da prpria
sociedade.OAlagoastemPressainovadorporapresentarumaferramentademonitoramento
paraogovernodeAlagoas.
Ressaltasseaimportnciaporbuscarainovaonagestopblica,mudanasculturaisde
planejamento, monitoramento e execuo de aes do poder executivo. A reforma
administrativa exige a implantao de modelos, ferramentas de gesto, como planejamento
estratgicoegestodecontroledemetaseresultadosna execuodesuaagendaestratgica
poltica.
Mesmo com o alcance de implantao dessas boas prticas nos primeiros anos de
desenvolvimentodoprograma,horiscodequeessasprticasinovadoraspercamcontinuidade
porfaltadarelaodoqueareformapropemcomoembatepolticopreexistentequepodevir
ageraradescontinuidadedoprograma.
Observase que o Alagoas Tem Pressa um programa de Governo e no de Estado. A
poltica adota de governo por o poder executivo formula e implementa medidas para
solucionar demandas colocadas na prpria agenda poltica interna do Estado. Isso torna mais
simplesoprocessodepolticaadotapornoenvolveratoresexternosdoexecutivoestadualque
dideiaapenasdereformaadministrativaenodeEstado.
UmapolticadeEstado,comoaqueocorreuEstadodeMinasGerais 6queporsuavez,
envolve mudanas administrativas em mais de uma agncia do Estado pelo fato do processo
ocorrer na outras esferas pblicas, como o Parlamento que provoca uma maior discusso por
envolver mais atores e englobar maiores mudanas e gerao de conflitos entre os propsitos
daspolticaspblicasquebuscampromover.
Como estudos posteriores com base nesse trabalho, observase a necessidade de
continuidade de pesquisas empricas sobre a administrao pblica do estado alagoano, no
sentido de aprofundar as consideraes constatadas no Programa Alagoas Tem Pressa que
venham a abordar sobre a dinmica e polticas de planejamento e desenvolvimento; resgate
histricodaspolticaspblicasdeGovernoeEstado.
AGRADECIMENTOS
Agradeo pelas orientaes dos professores MSc. Rodrigo Gameiro e Dr. Gustavo Madeiro, e a
parceiradepesquisaTamaraCavalcantenessetrabalho.
Disponvelem:<http://www.planejamento2.mg.gov.br/governo/publicacoes/arquivos/choque_gestao10-10-2011.pdf>.
Acessoem:27/02/2013
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10
MARKETINGSOCIALCOMOESTRATGIANASAESGOVERNAMENTAIS:UMESTUDODECASO
NACAMPANHADEVACINAOCONTRAGRIPENOIDOSODOMUNICPIODEMACAURN.
L.R.S. deMelo ;V.L.A.Bezzera 2

UniversidadeFederaldoRioGrandedoNorte(UFRN)PloMacauRN,2UniversidadeFederaldoRioGrande
doNorte(UFRN)PloMacauRN.
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo a

discusso da importncia da introduo do marketing
socialnasaespblicas,tendocomofocoabuscapela
eficincia de seus servios. Desta forma analisase o
Marketing social observando como este divulgado e
trabalhado no municpio de MacauRN. Tendo como
objeto de pesquisa a campanha de vacinao contra
gripe para a populao idosa que foi executada neste
Municpio no ano de 2011. Este trabalho caracterizase
por ser uma pesquisa exploratria e descritiva. Sendo

este um estudo de caso. A pesquisa foi realizada com
uma determinada quantidade de idosos do prprio
municpio, tendo como objetivo constatar como
observado a divulgao do municpio referente a
campanha e quais instrumentos de comunicao so
utilizados nesse processo. Desta forma pode ser
percebido como estruturada a divulgao da
campanhadevacinaonacidadedeMacau.
PALAVRASCHAVE:MarketingSocial,OrganizaoPblica,Ao,Eficincia.
SOCIALMARKETINGASASTRATEGYINGOVERNMENTALACTIONS:ACASESTUDYINFLU
VACCINATIONCAMPAIGNAGAINSTELDERLYINTHECITYOFMACAURN.
ABSTRACT
Thisstudyaimstodiscusstheimportanceofthe
introduction of social marketing in public actions,
focusing on the search for efficiency of their services.
Thusanalyzesthesocialmarketingobservinghowthisis
disclosedandworkedinthecityofMacauRN.Havingas
object of research the vaccination campaign against
influenza in the elderly population that was performed
in this city in 2011. This work is characterized as an
exploratory and descriptive research. This being a case

study.Thesurveywasconductedwithagivennumberof
elderly in the city itself, with the aim to see how the
disclosure of the municipality regarding the campaign
andwhichcommunicationtoolsareusedinthisprocess
is observed. Thus it can be perceived as structured
disclosure of the vaccination campaign in the city of
Macau.
KEYWORDS:SocialMarketing,PublicOrganization,Action,Efficiency.
MARKETINGSOCIALCOMOESTRATGIANASAESGOVERNAMENTAIS:UMESTUDODECASO
NACAMPANHADEVACINAOCONTRAGRIPENOIDOSODOMUNICPIODEMACAURN.
INTRODUO
Nos primeiros anos da republica velha, as condies das cidades brasileiras eram
precrias, no apresentava nenhum tipo de saneamento bsico e urbanizao, levando a um
numeroenormedeepidemias.
O governo desse perodo em busca de melhorias na sade publica aprovou a lei que
tornavaavacinaobrigatria,ondeapolciaeosagentesdesadeinvadiamascasaseagiamde
formaviolenta(SCHIMIDT2007).
Com a falta de informao, a populao temia os efeitos da vacina que,
consequentemente,gerounoRiodeJaneiroumarebelioviolentaquedurouseisdias.Naquela
poca, nem intelectuais sabiam direito o que era uma vacina. Os positivistas, por exemplo,
negavamseacreditarquevacinaatacassemicrbios.Ogovernonoseimportouemesclarecer.
(SCHIMIDT2007,p.238).
Destaformaconstatouseafaltadepercepoecomunicaoporpartedogovernoem
conscientizar a populao sobre a importncia da vacinao para a sade publica. Essa falha
resultouemumamanifestaopopularconhecidacomoarevoltadavacina.
Percebesequeaorganizaopblicatantonestapoca,quantonosdiasatuais,temum
importantepapelnodesenvolvimentodobemestarsocial,emconstruirmeiosqueamenizema
problemticadeumadeterminadasociedade.
Essa atribuio governamental pode ser maximizada com a incluso de diversos meios
que podem auxiliar as aes da instituio, entre eles pode ser destacado o marketing social
comoumaformadeauxilionasaespblicas,jqueestetemahabilidadedeunirgovernoe
populaoresultandoamaximizaodopapeldainstituio.
De acordo com Kotler e Roberto (1992, p. 25) Marketing Social uma estratgia e
mudana de comportamento. Ele combina os melhores elementos das abordagens tradicionais
da mudana social num esquema integrado de planejamento. Mudana essa que pode ser
constatada atravs de divulgaes de campanhas como doe Sangue doe Vida, Cncer de
mamafiquedeolho,Todoscontraadengue.Realizaoestaquetemafinalidadedepropor
umamelhorqualidadedevidaaoscidados.
A pesquisa do presente artigo foi realizada no muncipio de MacauRN, localizado
aproximadamente 180 km da capital e que possui uma populao de 28.954 habitantes onde
3.230,ouseja,11.15%dapopulaolocalestoacimadossessentaanosdeidade(IBGE2010).
Logo, este artigo vem a discutir a importncia da introduo do marketing social como
forma de obteno de eficincia nas aes governamentais, utilizandose da campanha de
vacinaocontragripenosidososdoanode2011comoestudodecaso.
MATERIAISEMTODOS
A determinada pesquisa pode ser identificada como sendo uma pesquisa exploratria,
quedeacordocomGil(2009,p.27)pesquisasexploratriassodesenvolvidascomoobjetivo
deproporcionarvisogeral,detipoaproximativo,acercadeumdeterminadofato.Estetipode
pesquisarealizadoespecialmentequandootemaescolhidopouco explorado.Edescritiva,
tendo como base Gil (2009, p. 28) quando afirma que esta pesquisa objetiva a descrio das
caractersticasdedeterminadapopulaooufenmeno.
Sendoesteumestudodecaso,baseadonoargumentodeGil(2009,p.57)quandoafirma
que O estudo de caso caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos
objetos,demaneiraapermitiroseuconhecimentoamplo.
ComplementadoporYin(1981,p.23)quandoapontaqueOestudodecasoumestudo
empricoqueinvestigaumfenmenoatualdentrodeseucontextoderealidade.Esteestudofoi
realizadonacidadedeMacauRNnoanode2011,comafinalidadedepercebera avaliaoquea
populao idosa concede as aes polticas de execuo que so realizadas pelo governo
municipal. Essa ao referese a campanha de vacinao contra gripe no idoso, aplicada no
prpriomunicpio.
Primordialmenteparaaconstruodesseartigofoiutilizadoolevantamentobibliogrfico.
De acordo com Gil (2009, p. 50) A pesquisa bibliografia desenvolvida a partir de material j
elaborado, constitudo principalmente de livros e artigos cientficos. Tendo a finalidade de
proporcionar todo o entendimento de conceitos abordados e identificar a importncia da
inserodomarketingsocialnaadministraopblica.
Mediante a esse levantamento bibliogrfico, foi possvel a elaborao da pesquisa de
carter quantitativo. De acordo com Zanella (2009, p. 117) ocorre quando voc entrevista
pessoascomobjetivodeconheceraopinio,atitudesesignificadossobredeterminadasituao
oufato.
Estapesquisafoielaboradaatravsdequestionrios.ConformeGil(2009,p.123)aquela
que: pedese aos respondentes para que escolham uma alternativa dentre as que so
apresentadasnumalista.
Oquestionriofoiconstitudoporcincoquestesfechadas.Astrsprimeirasperguntas
doquestionriotemafinalidadedeidentificarseestetipodecampanharealizadaeseesta
observada pela populao da cidade, objeto do presente estudo. As outras duas perguntas
referemsesferramentasdecomunicaoutilizadasparaadivulgaodacampanha.Gil(2009,
p.123)afirmaqueNasquestesfechadas,pedeseaosrespondentesparaqueescolhamuma
alternativa dentre as que so apresentadas numa lista. Desta forma tendo como objetivo
identificar a percepo do entrevistado em relao ao tema abordado. A populao alvo foi
constitudaporidosos,vacinadosouno,nomunicpiodeMacau/RN.
Os critrios de seleo foram: ter idade igual ou superior a sessenta anos de idade
independentementedosexofemininooumasculino,residirnacidade,estarlcidoeorientado
pararesponderoquestionrioeconcordaremparticipardapesquisa.Apesquisatevedurao
de uma semana ocorreu entre os dias 14 de novembro a 18 do mesmo ms e foi aplicada no
centrodomunicpiodeMacauRNnoanode2011.
A pesquisa apresenta uma quantidade de vinte idosos que foram pesquisados, este
nmero justificase primordialmente, pois as pessoas que participaram da pesquisa se
encontravamrestritasascaractersticasjcitadas.
Outro elemento que pode ser levado em considerao o fator que este estudo
qualificado como sendo uma pesquisa voluntaria. Desta forma podese constatar a dificuldade
emencontraridososdispostosarespondertaisquestionamentos.
RESULTADOSEDISCUSSO
Sabesequeatualmenteodesafiodaadministraopblicabuscarainteraoentreos
governantes e a populao e favorecer atravs de aes a excelncia de seus servios. Logo,
percebese a importncia da organizao pblica inserida em uma determinada comunidade
comofatordedesenvolvimentosocial,talcomoopapelrelevantedoadministradorpbliconas
aesgovernamentais.
Este tendo um propsito importante na estrutura organizacional, pois compete a ele
buscar estratgias quebusquem asatisfao da populao, estruturarplanejamentos para que
sejamcriadosdiagnsticosqueidentifiquempontosfortesefracosdestaorganizaobemcomo
construirtticasquevisemmaximizaodasatividadesdaorganizao.
Seguindo a linha de pensamento que objetiva a otimizao do exerccio administrativo
governamental atravs de mtodos utilizados pelo administrador destacase o Marketing
inseridonasaespblicas.
Omarketingpodeserentendidocomoumagrupamentodeprocedimentosqueobjetivao
contentamentodapopulaodentrodeumdeterminadomercado.Tendoahabilidadedeunira
organizaoeoconsumidor.DeacordocomLovelockeWright(2006,p.8).
[...] o marketing pode ser considerado como um esforo estratgicos e

competitivo perseguida pela administrao; um conjunto de atividades
funcionais, incluindo poltica dos produtos, determinao de preo,
entregaecomunicaodesenvolvidosporgerentesdeproduto;ouainda
umaorientaodirigidaaoclienteadotadaportodaaorganizao.
Desta forma, seentende que esteconstitui um sistema estratgico importanteem uma

organizao, pois o marketing uma ferramenta formadora, ou seja, este responsvel pelo
desempenho do produto estando diretamente direcionada ao cliente. Como afirma os autores
KotlereKeller(2006,p.4):
[...]Marketingumafunoorganizacionaleumconjuntodeprocessos
que envolvem a criao, a comunicao e a entrega de valor para os
clientes, bem como a administrao do relacionamento com eles, de
modoquebeneficieaorganizaoeseupblicointeressado.
Omarketingpodeserentendidocomoumagrupamentodeprocedimentosqueobjetivam
ocontentamentodapopulaodentrodeumdeterminadomercado,tendoahabilidadedeunir
a organizao e o consumidor. Logo, entendese que este constitui um sistema estratgico
importanteemumaorganizao.
Nessepensamentoomarketingrefereseaumconjuntodecomportamentos,presumido
deinformaesdecarterprocessualvisando obenefciodeumaorganizao.Comopodeser
visto o marketing de grande importncia j que o mesmo uma ferramenta para o

desenvolvimento de um produto, objetivando assim a eficincia desejada. Entretanto, o
marketing vai alm de uma simples comunicao, ele possuidor de uma responsabilidade
significativajqueomesmoconsegueuniroprodutoeoseucomprador.
Todavia,omarketingvaialmdabarreiradomundoprivado,nosetorpblicoeleatuade
forma considerada e tem grande responsabilidade no meio social. Em relao administrao
pblicapercebesequeointeressedobempblicoprevaleceaointeresseprivado,eocidado
detm valores ticos e funcionais, sendo primordial e eficaz um bom relacionamento entre o
clienteeaorganizaopblica.
Relacionadapretensoparaumaboacomunicaoentreinstituiopblicaeocidado
sefaznecessrioutilizaodetticasqueatravsdemecanismosqueogovernopossautilizar
noauxiliododesenvolvimentodesuasatividadesgovernamentais.
Omarketingpodeserutilizadocomoumtipodeestratgia,nestemomentodenominase
esse instrumento como marketing social, pois tem como propsito o bem estar social da
populaoeabuscapelamaximizaodosserviosprestadosnareapblica.Estesendouma
ferramenta que tem finalidade de diminuir ou excluir de forma total as problemticas
relacionadascomasociedadetaiscomo:educao;sadeehabitao(VAZ,1995).
Focandosenateoriaacimapodemosidentificarqueomarketingsocialumaformade
modelo que tem como principal foco trabalhar questes da sociedade, delimitandose em
problemas do cotidiano das comunidades, tendo como objetivo desenvolver frmulas para
beneficiodapopulao.
NalinhadepensamentodeSinaeSouza(1999,p.27)ondedescrevequeoMarketing
Socialousodastcnicaseferramentasdomarketingtradicional,parapromoveraadoode
comportamento que desenvolver a sade e o bemestar de um pblicoalvo especfico ou da
sociedade como um todo. Entendese que este, mesmo utilizando de tticas oriundas do
marketingcapitalista,ouseja,omarketingquebuscaalucratividadedeseusprodutos,diverge
emrelaoaoseuresultadofinal,sendooseuobjetivoabuscapelamudanasocial.
Com essas teorias que esto descritas acima se constata que ambas so teorias que
convergemaumpontoemcomum,estesendoobenefcioeamelhoriadaqualidadedevidado
cidado. Em contraponto os autores intensificam os problemas sociais e citam suas carncias
comosendoobjetodiretonaatuaodomarketingsocial.
Enfatizandoosinteressesdosclientescidadosestesendoapopulao,epriorizando o
sistemadepolticaspblicas,compreendesequeautilidadedomarketingsocialnaorganizao
pblica e sua importncia junto a uma sociedade desenvolvida, proporciona a execuo das
metasgovernamentaisconsequentementeresultandoemumpublicoalvosatisfeito.
Tendo como realidade o municpio de Macau e consequentemente a situao da
divulgao da campanha de vacinao contra gripe no idoso, constatase que quando
questionadosemrelaoexistnciadeumacampanhadevacinaodirecionadaapopulao
idosa no ano de 2011, percebese que cinquenta por cento dos entrevistados afirmam que a
cidadedeMacaupossuisimumadivulgaorelacionadacampanhadevacinaodirecionada
paraapopulaoidosa,entretantoosoutroscinquentaporcentodosentrevistadosdeclararam
queomunicpionopossuinenhumaformadedivulgaorelacionadaaessetipodecampanha.
Quando indagados em relao eficcia dessas aes de divulgao realizadas pelo

governo da cidade. Sessenta por cento dos entrevistados afirmaram que consideram eficaz a
divulgaodessacampanha,consequentementequarentaporcentodospesquisadosentendem
queasestratgiasdedivulgaoutilizadapelogovernonoeficaz.
Seguindo a linha de raciocnio do questionrio, quando perguntado se h ocorrncia de
divulgao na comunidade onde o mesmo habitava, identificamos que dessa totalidade, uma
parcela de setenta por cento declaram que na localidade em que eles residem possuem uma
divulgao relacionada a essa campanha desta forma trinta por cento afirmaram no existir
nenhumtipodedivulgao.
Percebesequeastrsprimeirasperguntasdoquestionrioserelacionamaidentificara
ocorrncia da campanha no municpio e se a mesma e observada pelos idosos. Desta forma,
podeserafirmadoatravsdosquestionamentosquehocorrncianomunicpioeopblicoalvo
consideraeficazaabordagemqueseutilizadanessacampanha.
Logo aps foi questionado quais ferramentas de comunicao pode ser observada na
divulgao da campanha de vacinao da gripe nos idosos, esta pergunta tinha a finalidade de
constatar o meio de propagao referente campanha mais utilizado no municpio de Macau
(figura1).
Figura1Ferramentasdedivulgaonacampanhadevacinaonoanode2011.
Percebesequeomeiodecomunicaoutilizadocommaiorfrequnciaocarrodesom
logo em seguida utilizada a panfletagem e o rdio como formas de propaganda. Algo muito
importantequepodeserobservadoqueatelevisoeainternetnotemmuitautilizaono
processodedivulgaodareferentecampanhanomunicpiodeMacau,essequadropodeser
justificadoquandohaanalisededoisfatores:aprimeiracaractersticaquedefineautilizao
dedeterminadaferramentadecomunicaovemmedianteaotamanhodomunicpio.Acidade
de Macau por ser uma cidade de mdio porte no possui estrutura televisiva prpria, desta
maneirasendoinvivelautilizaodessaferramentadecomunicaonomunicpio.Outrofator
importante relacionado a internet, a baixa utilizao desse meio na campanha tem como
explicaooseupublicoalvo,tendoemvistaqueamaioriadosidososnoutilizamessemeio
decomunicao.
Quando questionados em relao qualidade do marketing desenvolvido, quinze por

centodosentrevistadosafirmamqueadivulgaononossomunicpiorelacionadocampanha
devacinaocontragripenosidososeraruim,logoemseguidaumaparceladetrintaecincopor
cento que acreditam que so boas e cinquenta por cento afirmam que a campanha tima e
estosatisfeitoscomapublicidadeemrelaocampanhadevacinao.
Pressupem desta forma que a organizao pblica responsvel pela elaborao e
divulgao da referente campanha eficiente em suas aes, possuindo aceitabilidade da
populaoalvo.Compreendedestamaneiraquecomaseriedadedeumbomplanejamentode
marketingsocialdirecionadoaconscientizaodosidosos,podefazeradiferenanaconcepo
doalcancedasmetas.
CONSIDERAESFINAIS
Todavia, quando pensado no servio pblico, pode ser observado um interesse em

satisfazer o prprio cidado, priorizando a sua realidade social. De fato primeiramente e
importantequetenhaentendimentoqueaorganizaopblicatemseufoconocidadoenoseu
bemestar,seutilizandodemecanismosquefacilitemaexecuodesuasatividades.
Como compreendido atravs do levantamento bibliogrfico, o Marketing Social uma
estratgia significativa na busca pela eficcia da instituio sendo de grande importncia para
evoluo da sociedade, pois a mesmo caracterizase como um instrumento que alm de
amenizarpossveisproblemassociais,interligaaorganizaoeoseupblicoalvo.
Comofoiconstatadoatravsdoestudorealizado,aorganizaopblica,responsvelpela
campanhadevacinaocontragripenoidoso,utilizasedomarketingsocialcomoferramentade
maximizao de suas aes promovendo esse tipo de campanha na sociedade, possuindo uma
boaestruturadedivulgao.Destaforma,concluisequeomarketingeindispensvelnasaes
governamentais,poisestefavoreceaaodeexcelnciadesuasatividades.
REFERNCIAS
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IBGE.
Instituto
Brasileiro
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Geografia
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LOGSTICA REVERSA DOS PRODUTOS PNEUMTICOS: UM ESTUDO DE CASO NOS

REVENDEDORES DE PNEUS DO MUNICPIO DE RIO BRANCO-ACRE.
A.P.A.Farias (IC) ; D.M.Medeiros (IC)1 ;M.A.Silva(IC); A.N.Nascimento(IC); A.Nobre(IC); M. J. Castro (PQ)
1
Instituto Federal do Acre (IFAC) - Campus Xavier Maia, Instituto Federal do Acre(IFAC) Docente EBTT Campus- Xavier Maia e-mail: daianemacedo.ac@hotmail.com, ana.farias91@hotmail.com,
mariaaparecidas522@gmail.com; antonionelcinede@hotmail.com; antonianobre10@gmail.com;
maria.castroo@ifac.edu.br
(IC) Iniciao Cientfica

(PQ) Pesquisador
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi analisar a
aplicao do processo de logstica reversa, sua
importncia, junto aos revendedores de pneus do
municpio de Rio Branco-Acre. O presente trabalho foi
resultado de um projeto de pesquisa contemplado com
recursos do Edital 03/2013 PIBIT IFAC. Os
procedimentos metodolgicos adotados neste trabalho
foram delineados pela pesquisa bibliogrfica, pesquisa
explicativa e explanatria. Foram pesquisadas seis
empresas no ramo de revenda, recapagem e borracharia
de pneus, identificadas com letras do alfabeto por no

permitirem a citao do nome das mesmas. Esta linha
de pesquisa foi escolhida porque de grande
importncia utilizar dos mtodos e benefcios que a
logstica reversa traz para as empresas, clientes e meio
ambiente.
PALAVRAS-CHAVE: Logstica verde, Logstica reversa, Pneumticos.
REVERSE LOGISTICS PRODUCT TYRES: A CASE STUDY IN TIRE DEALERS OF THE CITY OF RIO
BRANCO, ACRE
The objective of this study was to analyze the
application of the reverse logistics process, its
importance, next to tire dealers of Rio Branco, Acre. This
work was is the result of a research project
contemplated from the Announcement 03/2013 PIBIC
IFAC. The methodological procedures used in this work
were outlined by the literature search, research and
KEY-WORDS: Green logistics, reverse logistics, Tyres.
explanatory explanatory. Six companies were surveyed

in the field of retail, tire repair and retread tires, marked
with letters of the alphabet for not allowing the citation
of the same name. This line of research was chosen
because it is very important to use the methods and
benefits of reverse logistics brings to businesses,
customers and environment
ANLISE DA APLICAO DA LOGSTICA REVERSA DOS PRODUTOS PNEUMTICOS: UM ESTUDO

DE CASO NOS REVENDEDORES DE PNEUS DO MUNICPIO DE RIO BRANCO-ACRE.
INTRODUO
O aumento dos produtos industrializados e a utilizao de recursos naturais como matria
prima para estes produtos tm, de muitas formas, contribudo para a degradao do meio
ambiente. A sociedade aponta as grandes empresas como culpadas por este problema. Esses
fatores fizeram com que as organizaes se preocupassem ao ponto de encontrar solues para
esta situao sem motivar o aumento dos custos e despesas, surge ento o conceito de Logstica
Reversa. Segundo Christopher (2007, p.300) a logstica reversa o processo pelo qual as
empresas podem se tornar ambientalmente mais eficiente atravs da reciclagem, reutilizao e
reduo da quantidade de materiais utilizados.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA tem como responsabilidade a questo
dos pneumticos inservveis, com isso foi publicada no dia 26 de agosto de 1999 a RESOLUO
CONAMA 258/99
que trata deste assunto e a RESOLUO CONAMA 301/02 para destinao
deste resduo slido, em vigor desde 1 de janeiro de 2012. As duas resolues foram
regulamentadas pela Instruo Normativa n 8/02 do IBAMA.
A mesma trata de vrios fatores que o descarte incorreto do pneu inservvel agrava ao
meio ambiente quanto sade pblica. Sendo assim, para evitar degradao ao meio ambiente a
RESOLUO 258/99 prev que empresas criem pontos de coletas, lugares para processamento
dos pneus inservveis, e formas adaptadas de armazenagem, tudo isso dever estar de acordo
com a legislao ambiental vigente no pas.
Tanto as empresas importadoras quanto as fabricantes devero prestar contas ao
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA a respeito da
destinao final dos pneus inservveis, pois conforme seu artigo 9 fica terminantemente
proibido o descarte desse resduo slido nos aterros sanitrios; no mar; em terrenos baldios ou
alagadios; margens de vias pblicas; em cursos dgua e em praias; ou ainda a queima a cu
aberto.
So vrios os fatores prejudiciais ocasionados por materiais que demoram a se decompor,
principalmente quando citamos qualquer produto que tenha como composio o ltex. Devido
essa forma inadequada de descartes desses materiais e produtos, inmeros so os prejuzos que
podem ocorrer na natureza. Assim, as empresas que se preocupam em utilizar da logstica
reversa e a legislao ambiental tem que manter o retorno dos seus produtos sua origem e a
cuidar do seu tratamento. Por isso, de grande importncia que as empresas se preocupem
como ser a forma de desapossamento de um bem, principalmente quando se trata de pneus.
Esta linha de pesquisa foi escolhida porque de grande importncia utilizar dos mtodos
e benefcios que a logstica reversa traz para as empresas, clientes e meio ambiente. A logstica
reversa vai atuar e se preocupar com o descarte dos pneus utilizados em meios de transportes,
que muitas vezes so realizados de maneira incorreta trazendo srios riscos sade pblica
como tambm interferir na natureza. um assunto que se preocupa tanto com a utilizao e
finalidade desses produtos, mas tambm com os prejuzos que podem ser gerados ao longo do
tempo.
MATERIAIS E MTODOS
O mtodo adotado foi a pesquisa exploratria e descritiva dos dados coletados,
levantamentos bibliogrficos em livros, peridicos, artigos acadmicos e analisando estudos de
casos. Primeiramente foram realizadas pesquisas em documentos possibilitando a visualizao
do quantitativo de pneus inservveis recebidos no ECOPONTO da UTRE. Logo aps foram
identificadas as empresas que mais enviavam pneus a este ponto de coleta e criado
questionrios estruturados para contemplar os objetivos do estudo da pesquisa.
Para identificar se a Logstica Reversa de pneus usada pelos revendedores de pneus de
Rio Branco Acre foram realizadas entrevistas com profissionais e/ou donos das revendedoras
com o intuito de verificar se estas empresas j esto adequadas Poltica Nacional de Resduos
Slidos- PNRS, se a conhecem e quais os planos de uso ou implantao de novos procedimentos.
Aps analisar documentos coletados da Unidade de Tratamento de Resduos Slidos de
Rio Branco- UTRE atravs da Secretaria Municipal de Servios Urbanos - SEMSUR foi estruturado
um questionrio simples e escolhidos os seguimentos de revenda, recapadora e borracharia pela
maior frequncia na entrega de pneus inservveis. A estes seguimentos foram definidos as
seguintes letras do alfabeto: Empresa A, B, C, D, E e F, sendo caracterizadas como segue:
A empresa A tem como misso oferecer produtos e servios de recapagem que atenda e
satisfaa as expectativas do cliente. Ela trabalha na rea de revenda de pneus, recapagem e
borracharia.
A empresa B tem como misso conduzir os negcios de maneira tica e com
responsabilidade social, buscando uma constante melhoria, atravs da valorizao dos
colaboradores, produtos e servios oferecidos, para a satisfao dos clientes e desenvolvimentos
do Estado. Os servios oferecidos so: revenda de pneus, troca de leo, alinhamento,
balanceamento, suspenso/direo, freios, teste de baterias, servios de transporte e
armazenagem.
A empresa C uma instituio estadual que oferece servios de manuteno das estradas
de rodagem, hidrovias e infraestrutura no estado do Acre.
A empresa D trabalha no ramo frigorfico. a maior em processamento de protena
animal do mundo, atuando nas reas de alimentos, couro, biodiesel, colgeno e latas.
A empresa E trabalha na rea de revenda de pneus, remendas e borracharia.
A empresa F um rgo pblico municipal que atua nos servios urbanos da cidade de Rio
Branco.
DESENVOLVIMENTO
OS PROBLEMAS CAUSADOS PELO DESCARTE INCORRETO DOS PNEUS
O descarte dos pneus inservveis ainda uma tarefa difcil. Muito deles so jogados em
ambientes como: terrenos baldios, nos fundos dos quintais e principalmente em aterros
sanitrios que no os recebem inteiros, com isso continuam abandonados clandestinamente
fazendo com que haja um aumento da luta das autoridades em combater as doenas e
degradaes do meio ambiente.
O excesso de pneus acumulados nesses lugares, aps uma chuva produz uma quantidade
grande de chorume e acumulam gua tornam-se criadouros de insetos transmissores de
doenas, como por exemplo, o Aedes aegypti, nomenclatura taxonmica para o mosquito que
popularmente conhecido como mosquito da dengue ou pernilongo-rajado, alm de tornar o

ambiente propcio a roedores, que entre inmeras doenas, transmitem a leptospirose.
Os pneus submetidos ao processo de queima sem nenhum tipo de tratamento, a fumaa
lanada na atmosfera, liberam substncias altamente txicas que podem gerar riscos a sade
podendo levar a problemas respiratrios, do corao e at a morte.
LOGSTICA REVERSA E LOGSTICA VERDE
Logstica Reversa a rea da logstica que trata dos aspectos de retornos dos produtos,
embalagens ou materiais ao seu centro produtivo.
Para MARTIN (2012, p.300):
A Logstica Reversa o termo em geral usado para descrever o processo de trazer os
produtos, normalmente no fim da vida destes, mas tambm para recall e reparos e a
grande oportunidade para as empresas reduzirem impacto, tanto sobre os seus custos
quanto sobre sua pegada de carbono, assim deveria ser encarada como uma
oportunidade e no como uma ameaa.
O objetivo principal da logstica verde de atender aos princpios de sustentabilidade

ambiental como o da produo limpa, onde a responsabilidade desde o momento da aquisio
at o descarte do produto. Quem produz deve responsabilizar-se tambm pelo destino final dos
produtos gerados, com o intuito de reduzir os impactos que eles causam ao meio ambiente.
A logstica verde o mesmo conceito da logstica reversa, porm mais focada na
sustentabilidade ambiental. As empresas fazem a logstica verde no para economizar dinheiro
com a reciclagem, mas sim para promover um programa socioambiental. As duas contribuem
para a minimizao dos impactos ambientais, preocupando-se no somente com resduos de
produo e de ps-consumo, mas com todos os impactos no decorrer do ciclo de vida dos
produtos.
CONTEXTUALIZAO DO SETOR FABRICANTE E REVENDA DE PNEUS
Em 2012, foram fabricados 62,7 milhes de pneus no Brasil, exportados 13,2 milhes e
importados 5,2 milhes. Os principais canais de distribuio foram: 44% para o mercado de
reposio e revenda; 32% para as indstrias automobilsticas e montadoras; e 24% para a
exportao. No perodo de 2007 a 2012 foram produzidos no Brasil 368 milhes de pneus (ANIP ASSOCIAO NACIONAL DA INDSTRIA DE PNEUMTICO, 2012).
A Resoluo CONAMA n. 416/2009 estabelece que as empresas fabricantes e importadoras,
para cada pneu novo comercializado para o mercado de reposio, devero dar destinao
adequada a um pneu inservvel.
Em 2011, os fabricantes destinaram: 55,46% para o coprocessamento; 29,91% granulado,
p de borracha, l artefatos e ao; 12,8%, para o processo de laminao, 0,03% para regenerao
e 1,80% para industrializao do xisto (IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renovveis, 2011).
Em 2011, foram cadastrados 1.127 pontos de coleta em todo o Brasil, sendo que destes
647 esto localizados nos municpios com populao acima de cem mil habitantes (IBAMA, 2011).
Os distribuidores e revendas tm duas opes para o encaminhamento dos pneus:

empresas de triagem e seleo ou destinao final.
Os pneus usados so coletados nas revendas e distribuidores, em seguida so
encaminhados para empresas que fazem a seleo e triagem.
As empresas de triagem e seleo devem classificar os pneus como servveis ou
inservveis, emitir uma nota fiscal para o envio dos pneus inservveis para os pontos de coleta ou
para a destinao final, e uma nota fiscal para a venda como pneus meia- vida ou para a indstria
de reforma.
A Reciclagem de pneus da ANIP- RECICLANIP uma entidade sem fins lucrativos que tem
como foco coleta e destinao correta dos pneus, que tem como misso administrar o processo
de coleta e destinao de pneus inservveis em todas as regies, visando: Garantir a captao de
pneus, por meio da participao de todos os elos da cadeia de produo; Assegurar sua
autonomia operacional e financeira, reformulando o perfil da entidade de ser o centro de custos
para profit-center; e tornar-se referncia em conhecimento e informao.
Tem como viso ser uma entidade-modelo, autossustentvel, reconhecida e admirada
pelo trabalho efetivo na destinao de pneus inservveis e dotada de autonomia operacional e
financeira (RECICLANIP, 2014).
A IMPORTNCIA DA LOGSTICA REVERSA
Logstica um tema bastante amplo que envolve vrios setores atuantes em uma
empresa. Ao longo dos anos ela vem sendo aprimorada e reconhecida por profissionais e
organizaes, tornando-se um diferencial competitivo. J a logstica reversa tem como principal
funo movimentar os produtos desde o seu ponto de consumo at o fabricante, com o intuito
de resgatar o valor aps o descarte agregando, tambm, valor s empresas preocupadas em
manter essa responsabilidade scia ambiental (ADAPTADO POR GREGORY SANTOS, 2007).
Os grandes impactos ambientais que acontecem no mundo so causados pelo homem e
de forma indireta com incentivo das autoridades. As iniciativas privadas buscam maneiras para
solucionarem este assunto, o qual preocupante.
A aprovao da Poltica Nacional de Resduos Slidos-PNRS determina que os fabricantes
e distribuidores de vrios produtos industriais como, por exemplo, pilhas, leos lubrificantes etc.,
implantem um projeto de Logstica Reversa, destacando todo o fluxo de retorno desses produtos
para serem descartados de forma correta aps seu uso ou reaproveit-los, preocupando-se com
o meio ambiente (PNRS- Poltica Nacional de Resduos Slidos, 2011).
Os benefcios que a logstica reversa traz para as empresas so agregaes de valores que
melhoram a imagem das mesmas no mercado. Torna-se mais vivel um pneu recapado ao invs
de um novo, devido seu valor.
J para o meio ambiente, a LR traz muitas vantagens, pois h diminuio nos acmulos de
lixo em todo o mundo, evita proliferaes de doenas transmitidas por mosquitos,
principalmente, o da dengue. Esses so os poucos exemplos de benefcios que o descarte correto
dos pneus inservveis pode evitar ao meio ambiente e a sociedade como um todo.
RESULTADOS E DISCUSSO
GESTO AMBIENTAL APLICADA S EMPRESAS DE PNEUS
A carncia de regulao e fiscalizao sobre empresas e indstrias gerou a deposio dos
resduos de forma inadequada ao meio ambiente causando um problema ambiental que, embora
haja diversos encaminhamentos na tentativa de minimizar o impacto gerado, no foram ainda
resolvidos. Este problema ocorreu porque a questo foi tratada por vrios anos como uma
consequncia indesejada, mas inevitvel, do desenvolvimento econmico. Assim, o descuido com
o meio ambiente gerou a poluio das guas, solo e ar, degradao da natureza, perda de
biodiversidade, danos sade e qualidade de vida e gerao de impactos sociais, culturais,
podendo tornar-se uma situao irreversvel e inclusive comprometer a mdio e longo prazo o
prprio desenvolvimento econmico (MARCOS SLAYER, 2013).
As questes ambientais passaram a fazer parte da estratgia empresarial, de modo que a
preocupao com o Desenvolvimento Sustentvel passasse a ser considerada como forma de
competitividade entre as organizaes, tornando-se integrante da reflexo empresarial.
Dessa forma, surge a necessidade de valorizao dos recursos naturais e a preocupao
com o descarte final dos produtos e resduos. Causa maior impacto ao meio ambiente as
atividades econmicas ( extrao de recursos naturais e/ou a gerao de resduos) so as que
mais sofrem compresses para implantao de aes que diminuam os seus impactos ambientais
no meio ambiente.
Assim, o setor de recondicionamento de pneus constitui-se uma atividade econmica que
mantm forte correlao com a preservao do meio ambiente. Pneus velhos que so
descartados no meio ambiente so considerados por pases desenvolvidos e em
desenvolvimento um grande poluente. Logo, considera-se a atividade de recondicionamento de
pneus um recurso vital para o setor de transporte rodovirio e que contribui grandemente para a
requalificao de resduos industriais, impedindo, em larga escala, a destinao de pneus usados
para aterros sanitrios, incinerao ou disposio na paisagem.
A renovao de pneus, atravs da recauchutagem, possibilita uma ampliao no ciclo de
vida do produto e uma revalorizao econmica deste, alm de diminuir os impactos ambientais
decorrentes da produo de pneus novos, a comear com a extrao da matria-prima, qual seja
a borracha.
Aps entrevista com a funcionria da Secretaria Municipal de Servios Urbanos- SEMSUR,
foram identificadas as empresas que enviavam pneus inservveis Unidade de Tratamento de
Resduos Slidos de Rio Branco- UTRE. Em um segundo momento a SEMSUR disponibilizou um
relatrio com dados quantitativos dos pneus inservveis.
Foram visitadas seis (06) empresas definidas em A, B, C, D, E e F. Sendo que as empresas
C, D e F no so revendas, recapadoras e borracharias, contudo por enviarem uma quantidade
razovel de pneus inservveis da prpria frota para UTRE foram includas na pesquisa. A empresa
A trabalha em revenda, recapadora e borracharia, a empresa B trabalha em revenda de pneus e a
empresa E trabalha em revenda e borracharia.
Das seis (06) empresas pesquisadas apenas a empresa E no sabe que a Logstica
Reversa como est inserida no ciclo dos resduos slidos, principalmente do pneu e os benefcios
que ela traz para as organizaes e ao meio ambiente. Essa empresa deixa os pneus velhos em
uma caixa em frente ao estabelecimento e uma empresa particular, Cata Entulho, transporta
semanalmente para UTRE. No h nenhum servio de educao ambiental ou incentivo para

conscientizar as empresas e/ou populao sobre o descarte correto dos pneus inservveis.
As empresas C, D e F sabem o que logstica reversa, sua importncia tanto para as
organizaes como para o meio ambiente. Com isso, enviam os pneus da prpria frota Unidade
de Tratamento, preocupando-se com seu destino final, j que elas no trabalham diretamente
com a LR.
Atravs das pesquisas concluiu-se que as empresas A e B tem bastante conhecimento dos
benefcios, aes e procedimentos da logstica reversa com relao ao descarte de pneus
inservveis. A empresa B por trabalhar apenas com revenda, os pneus velhos so deixados pelos
clientes no momento da troca, estes so armazenados em lugar coberto e fechado para depois
serem transportados a UTRE.
A empresa A alm de trabalhar com revenda a nica que faz recapagem em todo o
Estado do Acre, ela preocupa-se com o destino dos pneus velho realizando a logstica da
reciclagem, aproveitando o mximo de tudo que um pneu pode oferecer desde as tiras de
borrachas, retiradas no processo de raspagem como tambm os aros, que por sua vez, tem prazo
indeterminado para decomposio. Os clientes levam os pneus para recapagem, sendo bem mais
vivel e barato para o consumidor ao invs de comprar um novo.
A empresa A equipada com mquinas de qualidade e funcionrios capacitados para
realizar processo de recapagem do pneu. Faz servios de recapagens em pneus de caminhes,
caminhonetes, alm dos pneus de tratores que um procedimento parecido, a diferena que
faz moldagem do pneu ao invs de colocar bandas.
Torna-se visvel que a empresa prtica a logstica reversa e se preocupa com o meio
ambiente. Todos os pneus que, de alguma forma, no foram aprovados no processo de
recapagem, so alojados em um galpo protegidos na prpria empresa, e depois enviados a
UTRE.
Figura 1- Sistema de Logstica Reversa da empresa A.

Fonte: Elaborado pela autora.
O sistema de logstica da empresa A segue os seguintes passos: o cliente faz a compra ou

leva os pneus velhos revenda, que passa por uma triagem e dependendo da necessidade do
produto faz os reparos, podendo lev-lo ao processo de recapagem. Durante as etapas do
processo o pneu poder apresentar defeitos voltando ao incio do processo, se por ventura
apresentar uma nova recusa ser anotado o motivo e encaminhado ao galpo (descartado). O
pneu pode fazer no mximo cinco recapagens, a cada processo marcado na lateral do pneu
com um risco para que os demais funcionrios possam usar como um controle, apos a
recapagem so revendidos novamente. O destino final para os pneus descartados no processo de
recapagem a UTRE de l os pneus so coletados pela RECICLANIP que sero transformados em
produtos como: sola de sapato, piso para quadra de esporte e asfalto de ruas (Figura 1).
A UTRE foi criada pelo governo municipal e possui um ECOPONTO que atua nos
recebimentos de pneus da cidade Rio Branco. Esta cadastrada na Reciclanip, rgo fiscalizador da
Associao Nacional da Indstria de Pneumticos- ANIP, que recolhe todos os pneus inservveis
instalados no galpo da unidade.
Assim como as empresas, pessoas fsicas tambm podem se cadastrar na UTRE e levar os
pneus ao antigo lixo de Rio Branco ECOPONTO da UTRE. Os pneus coletados pela UTRE so
deixados em um galpo armazenados de forma cuidadosamente protegida das chuvas para no
gerar criadouro de mosquitos da dengue.
Todos os pneus que sai da unidade so levados pela Reciclanip que recicla esses produtos.
CONCLUSO
Nas pesquisas realizadas pode-se observar, em parte, que as empresas aplicam a logstica
reversa. No caso das empresas A e B, fazem isso de forma consciente e direta. As demais por no
trabalharem no ramo de pneus, mas so rgos pblicos municipais e estaduais tm uma
filosofia de preservao com o ambiente, defendendo o modelo da florestania e do selo verde
dos gestores estaduais e municipais, preocupando-se desta forma, com a destinao dos pneus
inservveis, valorizando a imagem do Acre.
Na cidade de Rio Branco a logstica reversa ainda no muito conhecida por nome, mas
sim, praticada em forma de reciclagem, reutilizao e reuso. Vale ressaltar que a finalidade desta
pesquisa no solucionar definitivamente o problema da logstica reversa dos pneus e sim,
possibilitar maior visualizao das autoridades, das empresas e da sociedade em geral sobre a
forma correta do descarte final dos pneus, atravs de educao ambiental e divulgando em
jornais, palestras, panfletos reciclveis e nas escolas e a importncia da implementao da
logstica reversa no ciclo de resduos slidos de pneus.
Conclui-se tambm que o trabalho realizado pela Unidade de Tratamento de Resduos
Slidos pouco conhecido entre as empresas e sociedade de um modo geral, dificultando de
forma mais ampla essa coleta de resduos como um todo, precisando assim de uma maior
divulgao desse trabalho que de grande importncia para o meio ambiente e sade da
populao.
AGRADECIMENTOS
Aos professores, orientadores e ao IFAC pelo apoio prestado para a apresentao deste
trabalho.
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CONCRETOS
M.T.A.L.Arruda(GA);P.A.C.Dantas(GA) ;J.A.Lellis(DE);H.H.O.Santiago(GA)
1
(DE)DoutoremEngenhariadeProduo
RESUMO
As empresas atuantes na rea de anlise da qualidade e inspeo de concreto tm papel essencial na
regulamentaoecertificaodeprojetoseutilizaodomaterialinerenteaosetordaconstruocivil.visvelque
a insalubridade e as condies de trabalho esto diretamente relacionadas aos nveis de produtividade das
organizaes que trabalham na inspeo. Com isso, o artigo tem o objetivo de responder como a insalubridade
influencianaprodutividadedeempresasdosegmentodeinspeodequalidadedeconcretosnomunicpiodeJoo
Pessoa. Neste artigo utilizase uma abordagem qualiquantitativa, com a anlise dos dados coletados atravs da
observaoedoquestionrio,aplicadoaseiscolaboradores,noqualdoiscoordenadoresequatrofuncionrios,com
perguntasfechadas,utilizandoparatantoaescaladeLikert.Aanlisedocontedoapontaqueaempresaestudada
tem grande preocupao relacionada insalubridade e que os colaboradores tm a conscincia dos aspectos
prejudiciais exposio dos fenmenos nocivos sade. A investigao vem a contribuir, a partir dessa reflexo,
sobre a questo da insalubridade sobre a produtividade, para pesquisas futuras relacionadas inspeo de
qualidadedeconcretos.
PALAVRASCHAVE:insalubridade,produtividade,inspeodequalidade,construocivil.
THEIMPACTOFINSALUBRITYONPRODUCTIVITYONINSPECTIONOFCONCRETEACTIVITY
ABSTRACT
Theactingintheareaofqualityanalysisandinspectionofconcretecompanieshaveessentialroleintheregulation
andcertificationofprojectsanduseinherentintheconstructionindustrymaterial.Itisapparentthatinsalubrityand
workingconditionsaredirectlyrelatedtotheproductivitylevelsoftheorganizationsworkingintheinspection.With
this, the paper aims to answer as unhealthy influences the productivity of companies in the quality inspection of
concreteinthecityofJooPessoasegment.Thispaperusesaqualitativeandquantitativeapproachtotheanalysis
ofdatacollectedthroughobservationandquestionnaireadministeredtosixemployees,inwhichtwocoordinators
andfouremployees,withclosedquestions,usingboththeLikertscale.Thecontentanalysisshowsthatthestudied
companyhasgreatconcernrelatedtounsanitaryandthatemployeesareawareoftheharmfulexposureofadverse
healthaspectsphenomena.Theresearchiscontributing,fromthisreflectiononthequestionofunsoundnessinthe
productivity
for
future
research
related
to
quality
inspection
of
concrete.
KEYWORDS:insalubrity,productivity,qualityinspection,civilconstruction.
OIMPACTODAINSALUBRIDADESOBREAPRODUTIVIDADENAATIVIDADEDEINSPEODE
CONCRETOS
INTRODUO
ARevoluoIndustrialfoiummarconasociedade,oavanodatecnologiaqueocorreuno
sculo XVIII deu origem a uma nova configurao nas relaes de trabalho. Seu impacto
perceptvelaindanosdiasdehoje,porm,valeressaltarquemuitasdasconquistasalcanadas
pelos trabalhadores daquela poca serviram de base para a configurao das leis trabalhistas
atuais.Juntamentecomosganhoseavanosparaasociedadeduranteaatividadeindustrialna
pocadeRevoluo,surgiramproblemasrelacionadosscondiesdetrabalho.Nohaviaeste
tipo de preocupao, em especial do ambiente insalubre das fbricas, e esse fator sempre
permeoumuitasdiscussesnoambientefabril.Otermoinsalubridadecomeouaserusadona
atualidadeparaidentificarasmscondiesdetrabalhoquepodemserdiferentesdasexistentes
noinciodaRevoluo,masnodeixamdeserpossivelmenteprejudiciaisaotrabalhador.
SegundoSalibaeCorra(2011),otermoinsalubre,originriodolatim,significaaquiloque
causa doena, e insalubridade a qualidade de insalubre. No Brasil, considerase trabalho
insalubre, de acordo com a Consolidao das Leis do Trabalho (CLT) atravs do art. 189, a
atividade que expe o trabalhador a condies prejudiciais sade em ndices acima dos
considerados tolerantes, em razo da natureza e intensidade do agente de insalubridade e do
tempo de exposio exigido pela atividade. Ou seja, aquele trabalhador que executa uma
atividadequepossuialgumfatorprejudicialsadeeestexpostoaelacomumaintensidadee
tempoacimadotolervel,possuiumtrabalhoconsideradoinsalubre.
As condies e ndices de tolerncia exposio de agentes insalubres so
regulamentados pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE). O MTE instituiu 36 normas
regulamentadoras(NR)e14anexos,ondeaNR15tratadasatividadeseoperaesinsalubres.
AsempresasdetodoopasestosujeitasasnormasregulamentadorasdaNR15,emse
tratando de insalubridade, e as demais normas regulamentadoras das condies de trabalho
institudaspeloMTE.Nodiferentenasempresasparaibanas,ondeafiscalizaodascondies
detrabalhotambmestosujeitassnormasdoMTE.
Noambientedaconstruocivil,osdireitosdoempregado,osdeveresdoempregadore
as normas de sade e segurana do trabalho so encontrados numa cartilha construda pelo
MinistrioPblicodoTrabalho,atravsdaProcuradoriaRegionaldoTrabalhoda1Regio.
A inspeo de qualidade em concretos uma atividade de grande importncia para a
sociedade,principalmentenoquedizrespeitoseguranaqueessaverificaotrarsobrasda
construo civil. Tal atividade possui agentes de insalubridade devido aos aspectos que so
inerentes atividade, como a exposio do trabalhador poeira do cimento e s condies
trmicasexistentesnaexecuodaatividade.
A produtividade no ambiente da construo civil algo que est associado ao trabalho

desdeseuincio.Comachegadadaeraindustrialecomosestudosrelacionadosaessatemtica,
a produtividade neste segmento se tornou uma varivel ainda mais importante para a
administraoepassouaganharatenoespecialdosgestores.
AinspeodeconcretonoBrasilcomeouasemodernizarapartirdosanos50comos
grandes investimentos tecnolgicos e cientficos que ocorreram no pas naquela poca. Nesse
perodo da histria, o controle de qualidade do concreto era feito de forma descontinuada,

muitasvezessomenteapserrosseremdetectadosemalgumaestrutura.Em1957,aPetrobras
iniciouaconstruodasuamaiorrefinariaebeneficiousedatecnologiadeinspeocientficado
concreto utilizado na obra, sendo um marco histrico na vistoria de estruturas no Brasil. Na
dcadade1970foicriadooInmetro(InstitutoNacionaldeMetrologia,QualidadeeTecnologia),
comoobjetivodefortalecerasempresasnacionais,buscandoaumentarasuaprodutividadepor
meio da adoo de mecanismos destinados melhoria da qualidade. Esse instituto passou a
credenciar empresas de inspeo de concreto do pas, dando mais credibilidade aos servios
prestados.Osambientesondeacontecemostestesdeinspeomuitasvezessoconsiderados
insalubres, boa parte disso se deve a alguns materiais que necessitam estar submetidos a
condiesambientaisreaisparaseremverificadosdeformaeficiente.
No contexto de atividades insalubres visvel que a insalubridade e as condies de
trabalho esto diretamente relacionadas aos nveis de produtividade da organizao. E no
diferentequandosetratadoramodeinspeodequalidadedeconcretos,ondemuitasvezesos
colaboradores so submetidos a situaes laborais desfavorveis, prejudicando assim sua
capacidadeprodutiva.Partindodahiptesequetrabalhosconsideradosinsalubresproporcionam
maior dificuldade em sua execuo e que essa dificuldade atrapalha a atividade, o presente
estudotemointuitoderesponderoseguintequestionamento:comoainsalubridadeinfluencia
na produtividade de empresas do segmento de inspeo de qualidade em concretos no
municpiodeJooPessoa?
Portanto, neste cenrio, temse o objetivo de analisar o impacto da insalubridade na
produtividade de empresas de inspeo de concretos no municpio de Joo Pessoa, atravs de
umestudodecaso.
Essa pesquisa tem grande relevncia para os pesquisadores, pois vai ajudlos a
aprofundar seus conhecimentos sobre a insalubridade e produtividade, ajudandoos a
compreendermaissobreessesassuntosemumaatuaoprtica.Paraaacademia,essapesquisa
importante pois vai verticalizar estudos sobre insalubridade e produtividade, aumentando a
literaturasobreessesassuntos,aglutinandootrinmioprodutividade/construocivil/qualidade
aplicada a inspeo do concreto. Para a empresa estudada essa pesquisa explicita a influncia
queainsalubridadetemnasatividadesdeinspeodeconcreto.Paraasociedadetalpesquisa
propiciar a disseminao de conhecimentos sobre os aspectos de insalubridade aplicados
inspeodequalidadeemconcretos.
MATERIAISEMTODOS
O processo de levantamento de informaes pelo qual passou o estudo de caso que
originou o presente artigo e os demais pontos levantados posteriormente definido como a
metodologia a ser adotada neste estudo. Com base nos parmetros encontrados na literatura,
nossametodologiadepesquisa,quantosuanatureza,umapesquisaaplicada,quepartedas
caractersticas levantadas na empresa estudada e procura solues para os problemas nela
encontrados.
O presente estudo quanto forma de abordagem qualiquantitativo. Quanto aos
objetivosconfigurasecomoumapesquisadescritivaeexploratria.Quantoaosprocedimentos
tcnicos,umapesquisabibliogrfica,decampoeestudodecaso.Olevantamentodosdadosfoi
realizado atravs de pesquisa bibliogrfica e do estudo de caso realizado numa empresa de

inspeo de qualidade em concretos do estado da Paraba. Por ser resultado de um estudo de
caso, a presente pesquisa segue o mtodo indutivo, baseado na observao dos aspectos da
organizaopara,apartirdisto,responderaquestoproblemalevantada:comoainsalubridade
influencia na produtividade de empresas do segmento de inspeo de qualidade em concretos
nomunicpiodeJooPessoa?Asestratgiasdecoletadedadosutilizadaspartiramdaamostra
no probabilstica intencional, que a empresa de inspeo de qualidade em concretos, onde
tiveram foco na viso dos gestores e colaboradores. Os dados foram coletados atravs da
observao e do questionrio com perguntas fechadas e de aplicao, utilizando para tanto a
escaladeLikert.
RESULTADOSEDISCUSSO
Pararesponderaosquestionamentoslevantadosnaproblemticadopresenteestudofez
se uso do questionrio, instrumento de coleta de dados que permite ao pesquisador obter as
respostasqueoauxiliaramaatingirseusobjetivosdepesquisa.
OquestionrioutilizadonesteestudofoibaseadonaescaladeLikert,quemedeograude
concordnciadoentrevistadoacadaafirmao.Noquestionrioutilizado,cadaitemLikertvem
seguido das opes: discordo totalmente, discordo, indiferente, concordo e concordo
totalmente; dentre estas opes o respondente ir marcar quela que reflete a sua opinio
acercadaafirmao.Oquestionriofoidivididoemdoisgruposdeafirmativas,estasafirmativas
estoagrupadasdeacordocomoagentecausadordeinsalubridade,focodopresenteestudo,e
contm itens de percepo e ao quanto ao assunto, com o objetivo de identificar o nvel de
concordnciadorespondentecadaafirmao.
O questionrio foi aplicado a seis funcionrios do laboratrio de inspeo de qualidade
em concretos, sendo divididos em duas categorias: dois dos respondentes ocupam o cargo de
coordenadores do laboratrio e os demais atuam na atividade de inspeo propriamente dita.
Ressaltando que dentre os dois coordenadores, apenas um tambm atua na atividade de
inspeo de concretos, sendo o outro coordenador o responsvel administrativo pelo
laboratrio.Osrespondentesreceberaminstruesdemarcarumdositensquerepresentaoseu
nveldeconcordnciaemrelaoacadaafirmao.Estesitensforamdivididosemdoisgrupos,
referentes aos agentes causadores de insalubridade calor e rudo, como esto inseridos no
ambientedaempresaeseusreflexosnostrabalhadores.Osdadosobtidosforamagrupadospara
possibilitar uma viso comparativa entre a perspectiva dos coordenadores e demais
colaboradores.Oresultadodolevantamentodedadospodesercompreendidoaseguir.
Figura1Percepodossujeitosdapesquisaquantoaoimpactodainsalubridade,fator
calor,sobreaprodutividade.
FontePesquisadireta,2013.
Afigura1apresentaajunodositensdogrupodequestes(Q1,Q2,Q3eQ4),referente
ao agente causador de insalubridade calor, sendo analisados sob o olhar de percepo dos
colaboradores e gestores. Foram trs afirmativas relacionando o calor e seus reflexos no
ambiente de trabalho. A Q1 dizia que o calor excessivo no ambiente de trabalho influencia
negativamentearealizaodasatividades,poiscausadesconfortoecansaonoscolaboradores.
AQ2diziaquenaatividadedetestesdequalidadeemconcretosocolaboradorquepermanece
muitotempoexpostoaosol,ouemambientesquentesesemventilao,tendeasentirmaiores
dificuldadesnaexecuodesuasfunes.Comointuitodeidentificarcomoofuncionrioagena
situao de calor excessivo a Q3 traz que ao longo do dia de trabalho na nossa empresa os
colaboradores percebem que, se permanecerem durante muito tempo num ambiente abafado
(inspeodeconcretos),surgeanecessidadedeparardeproduzirparaserecuperardocansao.
Deacordocomasrespostasobtidaseapresentadasnafigura1,percebesequeoscolaboradores
concordam em 75% com a Q1, em 100% com a Q2 e em 75% com a Q3. J os gestores,
concordamem100%,50%e100%comasQuestes1,2e3,respectivamente.
Atravsdosresultadosilustradosnafigura1,notasequeemrelaoasconsequnciasda
exposio do trabalhador ao calor excessivo, h um nvel de concordncia comum entre
coordenadores e colaboradores. Sendo assim a percepo que a maioria dos componentes da
organizaotemdoreflexonegativodaexposioaocalorestemconformidadecomoque
dito na teoria. Segundo Ruas (2001, p. 55), a ISO 7730 (1994) especifica que um ambiente
aceitvelnoqueserefereaoconfortotrmicoseaporcentagemdepessoasinsatisfeitasdevido
ao desconforto no corpo como um todo for menor que dez por cento (PPD<10%). Como no
presenteestudoonmerodepessoasinsatisfeitascomocalorsuperioraos10%estabelecidos
pelaISO7730(1994),esendoocalorumdosfatoresparamediroconfortotrmico,percebemos
a insatisfao quanto a esse elemento de conforto no ambiente de trabalho. Sabendo que a
insalubridade se caracteriza pela possibilidade do agente agressor causar algum tipo de
debilidadeaotrabalhador,oquestionrionosdapenasapercepodotrabalhadorquantoao
agente,nosendoomesmoinstrumentodemediodonveldainsalubridade.
Analisando a percepo dos respondentes podese observar a realidade da organizao
notocanteexposioaocalorexcessivo.Aconcordnciadamaioriacomasafirmativasmostra
queocolaboradorpercebearelaoentreodesconfortocausadopelocaloreaprodutividade
da organizao, j que concordam com a necessidade de interromper as atividades para a
recuperao do trabalhador, a influncia negativa do calor nas realizaes das atividades e a
dificuldadedeproduziremtaiscondies.
Figura2Aoefetivadaempresanaconcepodossujeitosdapesquisaquantoao
impactodainsalubridade,fatorcalor,sobreaprodutividade.
Parafecharogrupodequestesreferentesaoagentecausadordeinsalubridadecalor,foi
exposta mais uma afirmativa, agora com uma perspectiva voltada ao. A Q4 diz que nessa
empresa, especificamente, para amenizar o desconforto causado pela alta temperatura, o
ambienteabertoeproporcionaumaboacirculaodear.Deacordocomasrespostasobtidas
percebesequeosgestoresnoconcordamcomaafirmativa,ouseja,onveldeconcordncia
de0%.Joscolaboradoresconcordamem75%comaafirmativaquatro.
De acordo com as respostas obtidas na figura 2, percebese uma discrepncia entre as
respostasdosgestoresecolaboradores.Talfatopodeserexplicadopelonoentendimentoda
afirmativa por parte dos colaboradores, que podem ter achado que a afirmativa fosse uma
situaoidealparaoambientedetrabalho,porissoselecionaramaalternativadeconcordncia.
Porm, se analisarmos todo o grupo de questes acerca do calor, percebese que existe o
incmodoocasionadoporesseagenteinsalubre.Apartirdoexposto,podemosinferirqueessa
afirmativa destoa das demais por uma questo de interpretao dos respondentes, mesmo
sabendo que o ambiente em que se trabalha possui diversos fatores que aumentam o calor,
comootelhadofeitodeamianto,agrandeincidnciaderaiossolareseapoucacirculaodear
nopostodetrabalho,vistoqueessasinformaesforamobtidasapartirdeumestudodecaso
realizadonolaboratriodeinspeodeconcretos.
rudo,sobreaprodutividade.
Afigura3apresentaajunodositensdogrupodequestes(Q5,Q6,Q7),referenteao
agente causador de insalubridade rudo, sendo analisados sob o olhar de percepo dos
colaboradores e gestores. Foram duas afirmativas relacionando o rudo e seus reflexos no
ambiente de trabalho. A Q5 dizia que o rudo excessivo no ambiente de trabalho gera
desconforto nos colaboradores, sendo a causa de incmodos fortes e atrapalhando a
comunicaoentreosmembrosdaempresa,podendoemalgunscasosproporcionaracidentes
de trabalho. E a Q6 dizia que para empresas de testes de qualidade em concretos existem
mquinas que emitemmuito barulho quando ligadas, mas sua utilizao no pode ser evitada,
poissodeextremaimportnciaparaaproduo.Desenvolverarotinadiriacomesserudo
uma prtica corriqueira que os colaboradores j esto acostumados. A partir das respostas
obtidasparaasafirmativasanteriores,percebesequeosgestoresconcordamem100%coma
Q5eem50%comaQ6.Enquantoqueoscolaboradoresconcordamem100%comoquedito
pelasafirmativas.
De acordo com os resultados obtidos no questionrio, em relao ao impacto do rudo

existentenoambientedetrabalhohumnveldeconcordnciaquedemonstraapercepodos
respondentes quanto ao rudo, tanto dos colaboradores quanto dos gestores. Sendo assim a
atividade de inspeo de concreto pode ser caracterizada, de acordo com a percepo dos
respondentes, como uma atividade onde o rudo excessivo existente. A NR15 determina os
nveisdetolernciaparaexposioaorudointermite,sendooAnexon1daNR15oquadro
queestabeleceosperodoslimitesdeexposioaorudorelacionandooscomosnveisderudo,
emdecibis.
Podemosinferirquepeloqueestilustradonafigura3queapercepodosfuncionrios
em relao ao rudo mostra a insatisfao quanto ao impacto causado por esse agente no
ambiente de trabalho e como ele afeta negativamente a produtividade, visto que a grande
maioria dos respondentes concordam que o rudo do maquinrio utilizado nas atividades de
inspeo de qualidade em concretos atrapalha a comunicao entre os funcionrios e torna a
realizaodasatividadesmaisincmoda.
Figura4AoEfetivadaempresanaconcepodossujeitosdapesquisaquantoao
Para fechar o grupo de questes referentes varivel insalubre rudo, foi exposta mais
uma afirmativa, agora com uma perspectiva voltada ao. A Q7 dizia que na nossa empresa
(inspeo de concretos), especificamente, quando as mquinas que emitem muito rudo esto
sendo utilizadas, o colaborador que est a operla faz uso de protetores auriculares para
garantiraproteodesuaaudioeoconfortonaexecuodastarefas.Jaoscolaboradores
indiretos(aquelesquenooperamasmquinas,masestoperto)opcionalousodosmesmos.
Apartirdasrespostasobtidastemsequeosgestoresconcordamem50%comaafirmativa.Jos
colaboradoresconcordamem100%comaafirmativaapresentadaanteriormente.
Segundo Rocha et. al. (2011), os Programas de Preveno de Perdas Auditivas (PPPA)
constituemumconjuntodemedidaspreventivasaseremdesenvolvidascomoobjetivodeevitar
a instalao ou a evoluo da Perda Auditiva Induzida por Nveis de Presso Sonora Elevados
(PAINPSE).Ofatodaafirmativareferenteaodaempresaemrelaoasformasdeneutralizar
o rudo ter obtido um retorno positivo demonstra que a organizao se preocupa como o
conforto de seus trabalhadores e segue o que estabelecido na teoria para proteger o
trabalhadordosriscosdaexposioaorudo.
Apartirdasrespostasobtidas,podemosinferirquenaorganizaopesquisadaexisteuma
grandepreocupaoemrelaoaorudodasmquinaseasdoenasquepodemserocasionadas
pelo agente, sendo assim, por esse motivo que a utilizao dos EPIs fundamental para
atividade.Tambmpercebesequeoscolaboradorestemaconscinciadoquoprejudicialpode
ser a exposio ao rudo intermitente, e por isso fazem uso dos equipamentos de proteo,
seguindooqueconstanateoria.
CONCLUSO
Aanlisedaqualidadeeinspeodoconcretoumaatividadeessencialparaosprojetos
na rea da construo civil e tem grande relevncia para a sociedade, pois regulamenta e
asseguraautilizaodomaterialinseridonessembito.
Estudandoolaboratriodeinspeodequalidadeemconcretosdeparamonoscomuma
demandaporlaudoserelatriosmediana,pormcomperspectivasdecrescimento,umavezque
comoaquecimentodomercadoimobilirionopas,aprocuraporesseserviovemcrescendo
cada vez mais. Os meios para obteno do produto final e os mtodos de trabalho utilizados
peloscolaboradoresqueatuamnareadeconstruocivilvemsendoestudadoseoresultado
desses estudos mostram aspectos do ambiente de trabalho que so prejudiciais sade do
trabalhador. Diante disso, alguns fatores so tidos como de grande importncia, como a
utilizaodeEPIseofornecimentodecondiesambientaisfavorveisaoscolaboradores.
No ambiente do laboratrio de inspeo de qualidade em concretos estudado,
observamos que muitas questes merecem a ateno dos gestores na busca de solues para
aprimorar a execuo de suas atividades, os resultados obtidos na coleta de dados dessa
pesquisa apresentam pontos relevantes ao interesse da organizao. Aspectos como o
desconfortocausadopelocalorexcessivonoambiente,suainfluncianegativanaexecuodas
atividades, e consequentemente na produtividade organizacional, devem ser observados pelos
gestores.Outrofatorimportantequetambmfoidetectadoorudoexistentenoambientede
trabalho,atravsdaanlisedosdadospercebesequeorudoinerenteatividadedaempresa
e que j existe uma poltica de neutralizao desse agente insalubre, atravs do estmulo e
conscientizaodousodosprotetoresauriculares.
Vale ressaltar a importncia do comprometimento das organizaes com a proteo da
sadedotrabalhador,umavezqueeleaprincipalpeadaempresaatravsdoqualsepode
alcanarosobjetivosporelaestabelecidos.Atravsdesseestudoficaclaroquenoambientede
inspeo de qualidade em concretos os agentes de insalubridade rudo e calor so pontos
determinantesparaosucessodaorganizao,umavezqueapresenadestesagentesinfluencia
diretamentenaprodutividade.
FIGURAS
calor,sobreaprodutividade.
Figura2Aoefetivadaempresanaconcepodossujeitosdapesquisaquantoao
rudo,sobreaprodutividade.
Figura4AoEfetivadaempresanaconcepodossujeitosdapesquisaquantoao
1. BRASIL. Consolidao das Leis do Trabalho. DecretoLei n. 5.452, de 1 de maio de 1943.
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5. ROCHA, C. H. et al. Verificao da efetividade de uma ao educativa sobre proteo auditiva
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Campinas,SoPaulo.2001.
7. SALIBA,T.M.;CORRA,M.C.Insalubridadeepericulosidade:aspectostcnicoseprticos.10
ed.SoPaulo:LTr,2011.
10
CONTROLESOCIAL:UMINSTRUMENTODEOTIMIZAODAGESTOPBLICA
L.K.C.Sousa (IC);N. M.B.V.SANTOS (PQ)2

InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusSoJoodosPatos,InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)
CampusSoJoodosPatosemail:luma_kriscya@hotmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
A busca da Gesto Pblica por resultados positivos

agregar valor aos bens e servios colocados
disposio da sociedade. Para que isso ocorra
preciso alcanar um cenrio exitoso, tornando a
gesto eficaz, eficiente e efetiva, propiciando ao
cidado o controle sobre os resultados das aes do
gestor. O Controle Pblico, atua preventivamente na
deteco e correo de irregularidades. O Controle
Socialummecanismodeintegraodasociedade
Administrao Pblica, com o intuito de colocar a
vontade social como prioridade da gesto. Este
trabalhobuscacompreendereanalisaraimportncia
da atuao dos conselhos municipais, especialmente

do Conselho Municipal de Sade e do Conselho do
Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da
EducaoBsicaedeValorizaodosProfissionaisda
Educao (FUNDEB) para que haja uma eficiente
gesto dos recursos pblicos e excelncia na
prestao de servios dos setores controlados pelos
conselhos citados. A pesquisa tem natureza
qualitativa, fundamentada em referenciais tericos,
bem como pesquisa de campo, realizada nos
conselhos municipais de So Joo dos Patos/MA, e
queestemfasedetabulaoeanlisedosdados.
PALAVRASCHAVE:ControleSocial;Transparncia;Fiscalizao
SOCIALCONTROL:ATOOLFOROPTIMIZATIONOFPUBLICMANAGEMENT
ABSTRACT
The quest for Public Management by positive results

add value to goods and services made available to the
company. For this to occur it is necessary to achieve a
successful scenario, making the effective, efficient and
effective management, providing the citizen control
over the results of the actions of the manager. The
Public Control, act preemptively in the detection and
correction of irregularities. The Social Control is a
mechanism for integration of society to the Public
Administration, in order to put the social will as a
priority management. This paper seeks to understand
and analyze the importance of the role of municipal
councils, especially the Municipal Health Council and
the Board of the Fund for the Maintenance and

Development of Basic Education and Enhancement of
Education Professionals (FUNDEB) to have efficient
resource management public and excellence in
providing services controlled by councils mentioned
sectors.Theresearchisqualitativeinnature,basedon
theoretical frameworks, as well as field research
conducted in the municipal councils of So Joo dos
Patos / MA, and is in the process of tabulating and
analyzingdata.
KEYWORDS:SocialControl;Transparency;Supervision
IXCongressodePesquisaeInovaodaRedeNorteeNordestedeEducaoTecnolgica,2014
CONTROLESOCIAL:UMINSTRUMENTODEOTIMIZAODAGESTOPBLICA
1INTRODUO
Nocenriopolticobrasileiroatualhumanecessidadeurgentedesesubstituiragesto
demodeloburocrticoporummodelodemocrtico,quegeremaiorconscientizaodocidado
eoferealheocontrolesobreosresultadosdasaesdamquinaestatal.
Paraisso,sefaznecessrioqueatransparnciaestejacadavezmaispresentenombito
daAdministraoPblicanoBrasil.Utilizandoaparaseconseguirumademocraciaparticipativa
easseguraralegitimidadeeresponsabilidadedogestor.Administrartransparentemente,coma
participaodocidado,aformamaisidealdesealcanarumamximaeficinciaeeficciana
gestodosrecursospblicos.
Paragarantirqueosobjetivosemetasdaadministraopblicasejamcumpridos,dando
maior transparncia na aplicao dos recursos, buscando no decorrer da gesto, atuar
preventivamente na deteco e correo de irregularidades, deve ocorrer o controle da
administraopblica.
DiPietro(2004)defineocontroledaAdministraoPblicacomo:
[...] o poder de fiscalizao e correo que sobre ela exercem os rgos do Poder
Judicirio, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua
atuaocomosprincpiosquelhesoimpostospeloordenamentoJurdico.
Segundo Alexandrino (2008, p.629), para que se possa compreender a extenso do

controle sobre os atos pblicos necessrio atentar para as modalidades existentes que so
definidas quanto s seguintes espcies: a) quanto ao rgo (controle administrativo, controle
legislativo,controlejudicial);b)quantoaomomentoemqueseefetua(controleprvio,controle
concomitante e controle posterior); c) quanto ao ambiente (posio) (interno ou externo); d)
controledelegalidadeoudemrito.
TodosessescontrolessoexercidosnombitodaAdministraoPblicapelosPoderes,
seusrgoseentidades.Convmdestacarainda,ocontroleoriundodasociedade,denominado
Controle Social, previsto na Constituio Federal de 1988. Quanto mais transparente for a
AdministraoPblica,maiselevadoseronveldecontrolesocial.
Ocontrolesocialummecanismoquepermiteaintegraodasociedadeadministrao
pblica,com
[...] a finalidade de solucionar problemas e deficincias sociais com mais eficincia.

Sendodestaforma,uminstrumentodemocrtico,noqualhparticipaodoscidados
noexercciodopoder,colocandoavontadesocialcomofatordeavaliaoparaacriao
emetasaseremalcanadasnombitodealgumaspolticaspblicas.(TCU,p.71,2013)
Talcontrolepodeserexercidodiretamentepeloscidados,deformaisolada,noqualcada
indivduo percebe e verifica o comportamento dos gestores frente s aes governamentais.
AssimcomotambmpodeserrealizadodeformacoletivapelosConselhosdePolticasPblicas.
OsConselhosSociaisgarantemumaefetivaparticipaodasociedadecivilnaelaborao,
acompanhamento e fiscalizao das aes da gesto pblica. Permitindo que haja uma maior
integrao entre cidados e gestores, alm de fortalecer a cidadania e possibilitar um

significativopapelnodesenvolvimentosocial,econmicoepolticolocal.
Sabese que o controle social um meio eficaz de combater desvios de objetivos e

detectarfalhaseirregularidadesdosgestores,bemcomouminstrumentofundamentalparaque
a gesto dos recursos pblicos seja voltada eficincia, melhoria da qualidade e nfase nas
polticaspblicas.Destaforma,questionase:ComooControleSocial,exercidopelosConselhos
Municipais,podemassegurarumaotimizaodosresultadosnombitopblico?.
O presente trabalho busca compreender e analisar a importncia da atuao dos

conselhosmunicipais,especialmentedoConselhoMunicipaldeSadeedoConselhodoFundo
de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da
Educao(FUNDEB)paraquehajaumaeficienteconduodosrecursospblicoseexcelnciana
prestaodosserviospblicos.
2METODOLOGIA
Ametodologiaaplicadanaconstruodestetrabalhofoiumapesquisadescritiva,jque
nointerferenoprocesso.Comoprocedimentofoiutilizadaapesquisabibliogrfica,objetivando
explicaraproblemticaapartirdosreferenciaistericospublicados.
Tratase de uma pesquisa qualitativa quanto abordagem do problema, pois conforme

Richardson (1999, p. 80) esta pode descrever a complexidade de determinado problema,
analisar a interao de certas variveis, compreender e classificar processos dinmicos vividos
porgrupossociais.
Objetivase,apartirdosreferenciaistericos,relatarfatoresqueinterferemnaatuao
do controle social e no comportamento dos atores que o realizam, frente s informaes
disponibilizadaspelosrgoseentidadesgovernamentais.
Para subsidiar os trabalhos foram utilizadas informaes secundrias, necessrias para

desenvolver a problemtica, as quais foram obtidas mediante pesquisas na legislao
correspondente, pesquisas em livros, artigos, sites da internet e dissertaes que tratam de
controlesocialetransparncia.
Para fundamentar a pesquisa foi realizada uma pesquisa de campo nos conselhos
municipais de So Joo dos Patos/MA, especificamente o Controle do FUNDEB e o Conselho
Municipal de Sade, buscando fazer uma comparao das prticas de controle social exercidas
pelacomunidadelocal.
A pesquisa encontrase em fase de andamento, onde os dados j foram coletados
atravs de visitas s reunies dos conselhos pesquisados e aplicao de um questionrio
compostoporquestesabertasefechadascomosconselheiroslocais.Taisquestestinhamo
objetivo de verificar as principais concepes dos conselheiros a respeito de controle social,
atribuies,funeseimportnciaparaoprocessodemocrticodagesto.Osdadoscoletados
esto em fase de tabulao e anlise para posterirormente serem realizadas consideraes,

buscandofazerumparaleloentreoreferenciallidoeosresultadosencontrados.
3QUESTOCONCEITUALDECONTROLESOCIALEPARTICIPAOPOPULAR
AAdministraoPblicaumaprestaodeserviosemfavoraosinteressesdopovo,a
elacabearesponsabilidadedefornecerserviospblicosindispensveisaobomfuncionamento
eaobemestardasociedade.ParaMoraes(1997,p.91),apudTCU(2013,p.72):
Administrao Pblica pode ser definida objetivamente como a atividade concreta e
imediata que o Estado desenvolve para assegurar os interesses coletivos e
subjetivamentecomooconjuntodergosedepessoasjurdicasaosquaisaLeiatribui
oexercciodafunoadministrativadoEstado.
Diantedisso,inegvelqueoprincipalobjetivodaAdministraoPblicaatenderaos
interesses da coletividade. Neste sentido, o pleno exerccio da atividade administrativa deve
estarpautadonaboafenuncaafastarsedosprincpiosnorteadoresquearege,estabelecidos
pela Constituio Federal de 1988: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e
Eficincia.
Para manter o equilbrio fiscal, oramentrio e operacional e ter uma gesto mais
eficiente, importante que haja o Controle na Administrao Pblica. Cada poder exerce
controlesobreosdemais,mantendo,dessaformaequilbrioeharmoniaentreospoderes.
Existem diversas modalidades de controle, contudo, o controle exercido pela sociedade

civil,ocontrolesocial,deextremaimportncia,poispermiteestreitarlaosentrecidadose
gestores,desenvolvendo,destaforma,umasociedadeefetivamentedemocrtica.Supeseque
aexistnciadeumEstadodemocrtico,possibilita[...]criarmecanismoscapazesdeviabilizara
insero do cidado no processo de definio, implementao e avaliao da ao pblica.
(EVANGELISTA,p.10,2010)
O Controle Social uma relao de cogesto, quando planejamento e execuo so

definidosemparticipao.(ARNSTEIN),citadopor(RICCI,p.9,2009). Percebese, portanto,
que o Controle Social est pautado numa efetiva participao popular na [...] discusso das
diretrizes,metaseprioridadesaseremestabelecidasnoprocessodeplanejamento,ampliando,
destaforma,osdireitosdoscidados[...](TCU,p.124,2012).
4INTERAOENTRETRANSPARNCIAECONTROLESOCIAL
A sociedade brasileira tem avanado democraticamente, com um significativo aumento

daparticipaopopularnafiscalizaoeemaudinciaspblicas,mesmocomcertosentraves,a
transparncia, hoje, [...] uma realidade tangvel e eleva a cidadania brasileira a um novo
patamar.(TCU,p.124,2013).
SegundooTribunaldeContasdaUnio(TCU)(2013,p.124),atransparncia:
a nica forma de impedir que determinados atos da gesto estejam viciados ou
mascarados,permitindopopulaoconhecerdequeformaseusrepresentantesesto
operando a coisa pblica, e se esto obedecendo aos princpios bsicos de
honestidade,imparcialidade,legalidade,moralidade,publicidadeeeficincia.
Sendo assim, para que se tenha um controle social efetivo das aes da Administrao
Pblicaimprescindvelqueosgestoresofereamomximopossveldetransparnciadeseus
atosadministrativos.
AConstituioFederalde1988,emseuart.70,pargrafonico,prevque:
Prestarcontasqualquerpessoafsicaoujurdica,pblicaouprivada,queutilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou
pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de
naturezapecuniria.
Conforme o princpio da indisponibilidade do interesse pblico estabelece, os bens,

direitoseinteressespblicossoconfiadosaoadministradorapenasparasuagesto,nuncapara
sua disposio. (TCU, p. 6, 2013). Ao gestor cabe apenas gerir a coisa pblica em prol da
coletividade,sendoesseobrigadoaprestarcontasdeseusatossociedade.
O ato de prestao de contas, denominado accountability, representa o processo de

contnua demonstrao, por parte do gestor, tendo sua gesto alinhada s diretrizes
previamente fixadas pelo principal. Ou seja: o agente deve prestar contas de sua atuao a
quemofezadelegaoeresponderintegralmenteportodososatosquepraticarnoexerccio
dessemandato.(TCU,p.13,2013).
O Princpio da Publicidade, que est diretamente interligado necessidade de

transparncia, decorrente da Constituio Federal de 1988, possui uma dupla acepo que
garanteumamaiortransparncia:
a)
Exigncia de publicao em rgo oficial como requisito de eficcia dos atos
administrativosgeraisquedevamproduzirefeitosexternosouonereopatrimniopblico;
Estaacepoestligadaeficciadosatos,ouseja,enquantonopublicado,oatono
estaptoaproduzirefeitos.
b)
Exignciadetransparnciadaatuaoadministrativa.
Essaacepo,provenientedoprincpiodaindisponibilidadedointeressepblico,[...]diz
respeito exigncia de que seja possibilitado, da forma mais ampla possvel, o controle da
AdministraoPblicapelosadministrados.(ALEXANDRINO,p.200,2008).
O inciso XXXIII do art. 5 da Constituio traduz essa exigncia de uma atuao

transparente:
XXXIII todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestados no prazo da lei, sob
penaderesponsabilidade,ressalvadasaquelascujosigilosejaimprescindvelsegurana
dasociedadeedoEstado.
Comoconsequnciadatransparncia,osatosadministrativosdevemsermotivados,isto
,devemserexpostososmotivosejustificativasquelevaramaosatosadministrativos.Demodo
amplo:
[...]acidadaniafundamentaaexignciademotivao,umavezqueestaessencialpara
assegurar o efetivo controle da Administrao, inclusive o controle popular, uma das
maisevidentesmanifestaesdoexercciodacidadania.(ALEXANDRINO,p.201,2008)
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), um dos principais instrumentos que garantem a

transparnciadaadministraopblica,estabeleceemseuart.48:
So instrumentos de transparncia da gesto fiscal, aos quais ser dada ampla

divulgao, inclusive em meios eletrnicos de acesso pblico: os planos, oramentos e
leisdediretrizesoramentrias;asprestaesdecontaseorespectivoparecerprvio;o
Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto Fiscal; e as
versessimplificadasdessesdocumentos.
No basta s instncias governamentais apenas dar publicidade aos seus atos. As

informaes colocadas disposio da sociedade devem ser acessveis, compreensveis, claras,
consistentes e suficientes ao pleno exerccio do controle social, tanto para o cidado que o
realizadeformaincentivadaeindividualizadacomoparaosrgosrepresentativosdasociedade.
Esteumdosmaioresdesafiosparaosetorpbliconaatualidade.
importante frisar que a populao deve cobrar dos seus representantes a devida
transparncia das contas pblicas, assegurada pela LRF, pois quanto mais informada uma
sociedade a respeito da vida em comunidade, melhor ela exercer o controle social sobre as
aesdosgovernantes.
5CONSELHOSSOCIAISMUNICIPAIS
O controle social pode ser desempenhado de forma direta e individual, pelos cidados,
bem como pode ser exercido, coletivamente pelos Conselhos de Polticas Pblicas. Segundo o
TCU (2013), as aes do controle social podem ser efetivadas, segundo a forma individual ou
coletivadaseguintemaneira:
Controle Social Individual: a) Verifica a execuo de licitaes, servios, obras; b)
Pesquisa informaes sobre prestao de contas, transferncias de recursos e sua
aplicao; c) Denuncia irregularidades, manifesta desacordo com atos administrativos,
alerta quanto a possveis prejuzos sociedade, orienta os demais cidados quanto
gestodosrecursospblicoslevadoacabopelosgovernantes.ControleSocialexercido
pelos Conselhos: a) Funo fiscalizadora: acompanhamento e controle dos atos
praticados pelos gestores pblicos; b) Funo mobilizadora: estmulo participao
popularnagestopblicaedisseminaodeestratgiasdeinformaoparaasociedade
sobre polticas pblicas; c) Funo deliberativa: decidir sobre estratgias utilizadas nas
polticas pblicas de sua competncia; d) Funo consultiva: emisso de opinies e
sugestessobreassuntosquelhesocorrelatos.(Grifonosso)
O controle exercido pelos Conselhos de Polticas Pblicas, garantido por meio de

normasquefranqueiamoacessodosmembrosdeconselhossinformaesfinanceiraseplanos
em geral, inerentes respectiva rea deatuao dos conselhos [...] (TCU, 2013, p.6). Eles so
criadosporlegislaoespecfica,editadanopertinentembitogovernamental.
Os Conselhos gestores apresentamse como uma das formas de participao efetiva da
sociedadecivileconsistememumespaonoqualseconcretizaumanovarelaoentreoEstado
e a populao na gesto do aparelho estatal. Representam uma das principais experincias de
democraciaparticipativanoBrasil,englobandoreascomo:sade,educao,assistnciasocial,
meioambientedentreoutras.
OsConselhossorgoscolegiadoseparitriosentregovernoesociedade.(TCU,p.7,
2013).ForamdifundidosnoBrasil,desde1990,apartirdesuaregulamentaoconstitucional.
A funo deliberativa, aliada a situaes normativas e controladoras, permitem aos

Conselhos Municipais um papel fundamental na construo do desenvolvimento social e
fortalecimentodopoderlocal.
importantesalientarqueosConselheirosdevemserescolhidossemquehajaqualquer
interfernciaouqualquertipodeinflunciadoPoderExecutivomunicipal.
Como se pode perceber os meios de controle social tm como pilar a fiscalizao das
aespblicas,masoseupapelmuitomaisamplo.Visa,sobretudo,indicarcaminhos,propor
ideiasepromoveraparticipaoefetivadacomunidadenasdecisesdecunhopblico.
Desde a instituio dos Conselhos Sociais, a legislao preconiza que [...] para o
recebimentoderecursosdestinadossreassociais,osmunicpiosdevemcriarseusConselhos
GestoresMunicipais.(SILVA,p.19,2006).
Sobreaatuaodosconselhosgestoresnacondioderepresentaesfiscalizadorasda
sociedade,aliteraturademonstraqueaindahumlongocaminhoaserpercorridoparaquetais
instncias se transformem em instrumentos efetivos no exerccio do controle social. Santos
(2007,p.90),citadoporEvangelista(2010,p.19),destacamotivosdaineficciadosConselhos:
Dentre as razes de ineficcia dos controles promovidos pelos conselhos, podem ser
mencionados os seguintes fatores: falta de definio precisa das competncias e
atribuiesdosconselhos;ausnciadeinstrumentosjurdicosdeapoiossuasdecises;
falta de publicidade das informaes necessrias para efetivar uma mobilizao social
para acompanhamento e participao nesses Conselhos; reduzido nvel de conscincia
poltica da grande massa da populao; carncia tcnico educacional dos conselheiros
paralidaremcominformaesdenaturezajurdicocontbil.
Portaisrazesosconselhossociais,naprtica,notmdesempenhadoefetivamenteo
seupapeldeconstrutordeumasociedademaisdemocrtica,tornandoseassim,ummecanismo
meramenteburocrtico
RelatriosdefiscalizaodaControladoriaGeraldaUnio,apresentadoscomoresultados
doProgramadeSorteiosdeMunicpiosevriosacrdosdoTCU,decarterpbliconainternet,
revelamque:
[...] na maioria das vezes as referidas instncias foram criadas apenas para permitirem
queentesfederativosnosejamimpedidosdereceberemrecursosfederais,eque,aps
aformalizao,osconselheirossequerserenem.(EVANGELISTA,p.19,2010).
AssimpercebesequeosConselhosSociaistmfuncionadoapenascomosmbolodeuma
sociedadedemocrtica.Namaioriadestes,noocorremreuniesperidicasediscussessobre
metas,prioridadesediretrizesaseremestabelecidasnoprocessodeplanejamento.
5.1DoConselhoMunicipaldoFUNDEB
ALeiN293/2007,de27defevereirode2007,dispesobreacriaodoConselhoMunicipalde
AcompanhamentoeControleSocialdoFundodeManutenoeDesenvolvimentodaEducaoBsicae
de Valorizao dos Profissionais da Educao Conselho do FUNDEB, do Municpio de So Joo dos
Patos/MA.
TalleiestabeleceascompetnciasdoconselhodoFUNDEB:
Art.5.IAcompanharecontrolararepartio,transfernciaeaplicaodorecursosdo
Fundo; II Supervisionar a realizao do Censo Escolar e a elaborao da proposta
oramentriaanual do Poder Executivo Municipal, como objetivo deconcorrer para o
regularetempestivotratamentoeencaminhamentodosdadosestatsticosefinanceiros
que aliceram a operacionalizao do FUNDEB; III Examinar os registros contbeis e
demonstrativos gerenciais mensais e atualizados relativos aos recursos .repassados ou
retidoscontadoFundo;IVEmitirparecersobreasprestaesdecontasdosrecursos
dofundo,quedeveroserdisponibilizadasmensalmente;eVOutrasatribuiesque
legislaoespecficaeventualmenteestabelea;Pargrafonico.Oparecerdequetrata
o inciso IV deste artigo dever ser apresentado ao Poder Executivo Municipal em at
trinta dias antes do vencimento do prazo para a apresentao de contas junto ao
TribunaldeContasdoEstado.
Inferese, portanto, que os Conselhos Municipais devem participar ativamente do

processo decisrio, assim como do planejamento e execuo das aes governamentais. Vale
salientar, que para isso ser possvel necessrio que sejam realizadas reunies ordinrias,
mensalmente, com a maioria de seus membros, e, extraordinariamente, quando convocados
pelo presidente ou mediante solicitao por escrito de pelo menos um tero dos membros
efetivos.
AlgumasfiscalizaesdaControladoriaGeraldaUnioedoTribunaldeContasdaUnio,
detectaram algumas falhas nestes conselhos, tais como: inexistncia de estrutura fsica e
administrativa,ausnciadeacompanhamentodaexecuodosrecursosdoFUNDEB,ausnciade
superviso do Censo Escolar, no acompanhamento da elaborao da proposta oramentria
anualdoFUNDEB,faltadecapacitaodosmembrosdoConselhodoFUNDEB.
5.2DoConselhoMunicipaldeSade
A Resoluo n 333 (BRASIL, 2003), define o Conselho de Sade como um rgo

deliberativoepermanentedoSistemanicodeSade(SUS)emcadaesferadeGoverno[...].
SocompetnciasdoConselhomunicipaldeSade,dacidadedeSoJoodosPatos/MA,
segundoaLeiN168de28deabrilde1994:
Art. 2 I Definir as prioridades de sade; II Estabelecer as diretrizes a serem
observadas na elaborao do Plano Municipal de Sade; III Atuar na formulao de
estratgias e no controle de execuo da poltica de Sade; IV Propor critrios para
programaoeparaexecuofinanceiraseoramentriasdoFundoMunicipaldeSade
acompanhando a movimentao e o destino dos recursos; V Acompanhar, avaliar e
fiscalizarosserviosdesadeprestadospopulaopelosrgoseentidadespblicase
privadas integrantes do SUS no Municpio; VI Definir critrios de qualidade para o
funcionamentodosserviosdesadepblicaeprivadanombitodoSUS;VIIDefinir
critrios para a celebrao de contratos ou convnios entre o setor pblico e as
entidades privadas de Sade no que tange a prestao de servio de sade; VIII
Apreciar previamente os contratos e convnios referidos no inciso anterior; IX
Estabelecerdiretrizesquantoalocalizaoeotipodeunidadesprestadorasdeservios
desadepblicaeprivada,nombitodoSUS;XElaborarseuRegimentoInterno;XI
Outrasatribuiesestabelecidasemnormascomplementares.
Contudo,paraqueosConselhostornemseeficientesemsuaatuao,fazsenecessrio
queosconselheirossejamcapacitadosetreinadoscontinuamente,comodispeoincisoIV,art.
7daleicitadaacima.Almdomais,asreuniesdeveroseramplamentedivulgadas,acessveis
aopblicoeseremrealizadasmensalmente.
6CONCLUSO
Em todo o mundo, os governos vm discutindo propostas de maximizao do

desempenhodaspolticaspblicas,ouseja,abuscadotimonosetorpblico,afimdequeas
aspiraesdasociedadesejamefetivamentetraduzidasembenseserviosdequalidade.Nesse
sentido, o controle social um instrumento fundamental que insere uma gesto mais
participativa,eficienteecomnfasenaspolticaspblicas.
Apesar dos avanos que vm ocorrendo na Administrao Pblica brasileira, na qual h

cadavezmaisaparticipaodoscidadosnopoder,notrioanecessidadedeumaampliao
demecanismosquepossibilitempopulaoperceberoquoimportanteasuaparticipao
paraomelhoramentodaqualidadedosserviospblicos.
Para que possam fiscalizar de forma adequada e com clareza, os cidados devem ter
acesso a informaes concisas, compreensveis e consistentes, alm do mais, as questes
levantadas nas reunies tambm devem se fazer compreensveis para facilitar a atuao dos
Conselhos.
Aliadoaisso,osconselheirosprecisamseratoressociaisativosnalutapelaelevaoda
qualidade dos servios pblicos prestados populao e melhora dos indicadores sociais
relativossadeeeducao,etrabalharjuntamenteaosdemaiscidadosparaoalcancede
umasociedademaisjustaedemocrtica.
Almdisso,paraquesepossaotimizarosrecursospblicoseatendercomexcelnciaaos
anseios da sociedade imprescindvel que os gestores estejam interligados ao Controle Social,
agindo sempre com transparncia, colocando a vontade social como fator de avaliao para
elaborar metas e estabelecer prioridades. Bem como preciso capacitar periodicamente os
conselheirosdepolticaspblicas.
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10
SILVA,GecildaEsteves.AImportnciadaParticipaoPopularcomoFormadeControleSocial
deObrasPblicaseExercciodaDemocracia.[S.I.:sn],2006.
11
UMALUZNAESCURIDO:AEVIDENCIAOCONTBILSOBADIGEDALEIDE
RESPONSABILIDADEFISCAL
M.V.Silva1,F.L.Lopes2 M.S.Silva3,F.C.Cruz4, R.B.R.Leal5
UniversidadeFederaldaBahiaFaculdadedeCinciasContbeis(mvalesca.ufba@gmail.com),2Universidadedo
EstadodaBahia(UNEB)email:fabiolopesba@yahoo.com.br,3IFBAInstitutoFederaldeEducaoTecnolgica
(profmarceloifba@gmail.com),4UniversidadeFederaldaBahiaFaculdadedeCinciasContbeis
(Franklin.ufba@gmail.com),5IFBAInstitutoFederaldeEducaoTecnolgica(ronaldobruno@ifba.edu.br)
RESUMO
Este artigo tem como objetivo apontar os principais informaocontbildevesersuficientementerelevante
avanosnaevidenciaodaContabilidadePblicacoma para melhorar a qualidade das decises de seus
implantao da Lei de Responsabilidade Fiscal, usurios, o que denota a necessidade de haver
destacandodoisatributosnagestopblica,ocontrole compatibilidade em grau satisfatrio entre o contedo
e a transparncia . A Lei de Responsabilidade Fiscal dos relatrios contbeis e os objetivos dos seus
(LRF),comoficouconhecidaaLeiComplementarn101, usurios. A pesquisa apontou que a LRF trouxe
de4demaiode2000podeserconsideradaumaluzno exigncias no que diz respeito evidenciao contbil
meio da escurido, uma vez que visa garantir o dascontaspblicaspossibilitandoumcenriodemaior
controleeatransparncianagestopblica.Aoinstituir transparncia e controle dessas contas por parte dos
a necessidade de elaborao e publicao por meio seususurios,masoqueseverifica,queseprivilegia
eletrnico de um conjunto de relatrios e um determinado tipo de usurio, e presumese que os
demonstraescontbeis,essedispositivolegalacende demais usurios sero atendidos pelas informaes
uma luz diante dos olhos da sociedade, possibilitando fornecidas.Apesquisatambmconstatouquenaesteira
ainstrumentalizaodocontrolesocial.Adicionalmente, dos avanos jurdicoinstitucionais, esto as Normas
atravs dos seus instrumentos e exigncias, a LRF, Internacionais de Contabilidade (IPSAS), as Normas
incentivaoexercciodacidadaniaeparticipao.Como Nacionais de Contabilidade aplicadas ao Setor Pblico
procedimento metodolgico, a pesquisa de cunho (NBCASP 16), o Manual aplicado ao Setor Pblico
bibliogrfico e documental, tendo a referida Lei editado pela Secretaria do Tesouro Nacional (MCASP),
Complementarn.101/2000eaLeiFederaln.4.320/64 que sero indispensveis para que a contabilidade
como principais fontes primrias. O artigo se baseia na pblica alcance ampla visibilidade pelos seus usurios.
dimenso pragmtica, partindo do pressuposto que a
Palavraschave:Controle,Transparncia,ContabilidadePblica.
ABSTRACT
This article aims to point out the major advances in
publicaccountingdisclosureafterimplementationofthe
Fiscal Responsibility Law, highlighting two attributes in
public management, control and transparency. The
Fiscal Responsibility Law (FRL), became known as the
Complementary Law No.101 of May 4, 2000. Itcanbe
consideredalightinthedarkness,asitseekstoensure
thecontrolandtransparencyinpublicadministration.In
establishing,thepreparationandpublicationofasetof
reports and financial statements by electronic media.
This legal instrument "turns on a light in the eyes of
society," allowing the instrumentalization of social
control. Additionally, through its instruments and
demands, LRF, encourages the exercise of citizenship
and participation. As a methodological procedure, this
research use for bibliographic and documentary
analysis, having Supplementary Law. 101/2000 and
FederalLaw.4.320/64asprincipalsource.Thearticleis
based on the pragmatic dimension, assuming that
Keywords:Control,Transparency,PublicAccounting.
accounting information must be sufficiently important

toimprovethequalityofthedecisionsofitsmembers,
whichdemonstratestheneedforcompatibilitybetween
content satisfactory degree of financial reporting and
the objectives of its users. The research demonstrated
that the LRF brought demands with regard to the
accounting disclosure of public accounts. This enabled
an environment of greater transparency and control of
theseaccountsbyitsusers.However,itwasfoundthat
it favors a certain type of user, and it is assumed that
other users will be answered by the information
provided. The survey also found that among the legal
institutional advances, are the International Accounting
Standards (IPSAS), National Accounting Standards
applied to the Public Sector (NBCASP 16), the Public
Sector Handbook published by the National Treasury
(MCASP),whichwillbeindispensableforawiderange
visibility public accounting for their users.

UMALUZNAESCURIDO:AEVIDENCIAOCONTBILSOBADIGEDALEIDE
RESPONSABILIDADEFISCAL
1.
INTRODUO
O Brasil tem passado por profundas transformaes nas reas econmicas, poltica e social. A
necessidade de adaptaes impostas pela velocidade com que s mudanas vm acontecendo
causa transtornos e pe em cheque a capacidade das instituies pblicas de funcionarem de
formaeficienteeatenderasnecessidadespblicas.
Fatorescomoprecrioatendimentosdemandassociais,eexcessodeburocraciacontriburam
de forma decisiva para o fortalecimento de uma imagem negativa da Administrao Pblica.
Surge assim a necessidade de se estabelecer uma nova relao entre Estado e sociedade,
buscandosealternativasqueatendamaosanseiosdapopulaoe,aomesmotempo,otimizem
a aplicao dos recursos pblicos. Nos anos 80, The New Public Management, ou um novo
modelo de gesto pblica, inspirandose no setor privado, traz a ideia de eficincia e formato
gerencialAdministraoPblica.Nestecontexto,temseaindaoavanotecnolgico,oamplo
acessoinformao,aaberturadosmercados,entreoutrosfatores,quelevaramoscidadosa
reivindicaremmelhorescondiesdevidaemaisparticipaonagestodarespublica.
Alguns avanos so identificados dentro da perspectiva de mudanas na relao Estado

sociedade.Dentreestes,ainiciativadeseestabeleceratransparnciadosatospblicosexigindo
ummaiorgraudeaccountability(responsabilizao)dosistema.Entreosinstrumentoslegais,a
Lei 4.320/64 j anunciou a transparncia dos atos da administrao pblica e sua importncia,
ressaltando,entreoutrascoisas,anecessidadedeseaplicarosrecursospblicosdeformaeficaz
e eficiente. Alguns aspectos foram reforados na Constituio Federal de 1988, principalmente
no que diz respeito s competncias nos diversos mbitos de governo e a obrigatoriedade de
prestaodecontas,almdevriosartigosdedicadosexclusivamenteaooramentopblico.
Tida como revolucionria na instituio de limitadores ao endividamento pblico e ao controle

dos gastos com pessoal na Administrao pblica, a Lei de Responsabilidade Fiscal pode ser
entendida como um esforo dos legisladores em resgatar a moralizao da Administrao
Pblica. Esta lei fixa novos parmetros para a gesto dos recursos e, principalmente, refora a
importncia do planejamento, da transparncia dos atos e da prestao de contas, como j
mencionado.
Diante desse breve contexto, este artigo tem como objetivo apontar os principais avanos na
evidenciao da Contabilidade Pblica com a implantao da Lei de Responsabilidade Fiscal,
destacandodoisatributosnagestopblica,ocontroleeatransparncia
Comoprocedimentometodolgico,apesquisafoidecunhobibliogrficoedocumental,tendoa
LeiComplementarn.101/2000eaLeiFederaln.4.320/64comoprincipaisfontesprimrias.A
coletadedadosbaseousenatcnicadepesquisadenominadadocumentaodiretaeindireta.A
pesquisadocumentalutilizadafoidefonteprincipalcontemporneaetevecomoprincipaistipos
de documentos: escritos oficiais, parlamentares, estatsticos e publicaes administrativas. As
principais fontes de documentos a serem pesquisadas so: estatsticas, arquivos pblicos e
particulares. Ainda como suporte metodolgico e terico, a pesquisa tem um direcionamento
pragmtico sob o ponto de vista contbil, baseandose na afirmao de que a Contabilidade
uma linguagem e consequentemente origina um processo de comunicao contnuo entre
entidadeeambiente,equeasinformaescontbeisdevemsersuficientementerelevantespara
melhoraraqualidadedasdecisesdeseususurios.
2.
REFERENCIALTERICO
2.1OSPRINCPIOSDETRANSPARNCIAEPRESTAODECONTASPBLICAS
O acompanhamento da gesto fiscal e a verificao do rigoroso cumprimento dos preceitos da

LRF efetivarseo pela transparncia a ser dada aos atos praticados pelos chefes pblicos por
meio da elaborao do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Oramentrias, Lei Oramentria,
prestaodecontasanuais,relatriosbimestraisdeExecuoOramentriaRelatrioResumido
de Execuo Oramentria RREO e o relatrio quadrimestral de Gesto Fiscal Relatrio de
GestoFiscalRGF(arts.48e49daLRF).
Ressaltase que para o ltimo bimestre e quadrimestre da cada exerccio financeiro, o RREO e
RGFdeveroserelaboradosematendimentoaosdispositivoscontidosnosart.53eart.55da
LRF, respectivamente. Todos estes documentos devero ser divulgados, inclusive em meio
eletrnico de amplo acesso pblico, e permanecero disponveis durante todo exerccio, no
mbito tanto do respectivo Poder Legislativo, como do rgo tcnico responsvel por sua
elaborao.
Atransparnciatemcomoobjetivoprestarcontasnoapenascomosrgoscompetentes,mas
tambm,acimadetudo,informarapopulaodecomoosrecursosestosendoadministrados.
ALRFabordaatransparnciaobjetivandodarefetividadeaoprincipiodapublicidade,norteador
dasaesdaAdministraoPblicadireta,indiretaoufundacionaldequaldospoderesdaUnio,
Estados,DFedosMunicpios(CRUZ,2002,p.22).AindasobreessaLei,Silva(2003)ratificaque:
ALRFestabelececomoinstrumentosdetransparnciadagestofiscal,aosquaisserdadaampladivulgao,
inclusivepormeioeletrnicodeacessoaopblico:osplanos,oramentoseleisdediretrizesoramentrias;as
prestaes de contas e o respectivo parecer prvio; o relatrio resumido da execuo oramentria e o
relatrioresumidodaexecuooramentriaeorelatriodagestofiscal,bemcomoasversessimplificadas
dessesdocumentos(SILVA,2003,p.54).
Sobre a responsabilidade, esta visa fazer com que o gestor pblico cumpra o que est
estabelecidonaLei,sobpenadesofrersaneslegais.Revesteaqualidadedeserresponsvel,
portanto,acondioderesponderpordeterminadoeventosobreoqualincidaaregradestalei
(CRUZ,2002,p.22).
2.2 CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAO NA GESTO PBLICA: O PAPEL DA EVIDENCIAO

CONTBIL
Ocontrolesocialpodeserentendidocomooexercciododireitodefiscalizao,porintermdio
da participao popular, da atividade pblica quanto eficincia e observncia dos limites
estabelecidos pela Constituio. Ressaltase ainda que a populao tambm exerce o papel de
controleexterno,sobretudocomaintroduodainstrumentalizaodocontrolesocialinstitudo
pelaNormaBrasileiradeContabilidadeaplicadaaoSetorPblicon.16.2(NBCASP16.2)editada
em2008.
Segundo Norma Brasileira de Contabilidade aplicada ao Setor Pblico n.16.1 (NBCASP 16.1)
editadaem2008,ocontrolesocialumcompromissoquedeveservirsociedade:
InstrumentalizaodoControleSocialocompromissofundadonaticaprofissionalquepressupeoexerccio
cotidiano de fornecer informaes que sejam compreensveis e teis aos cidados no desempenho de sua
soberanaatividadedecontroledosuoderecursosepatrimniopblicopelosagentespblico(NBCASP16.1,
2008).
AssimcomoasNormasBrasileirasdeContabilidadeaplicadaaoSetorPblico(NBCASP16),aLRF
vem empreendido esforos para que as demonstraes, formulrios e relatrios contbeis,
cheguemcoletividadecomaclarezanecessria.
O artigo 48 da LRF em seu pargrafo nico define os instrumentos de fiscalizao para os

cidados. Estes instrumentos, os quais j foram citados permitem que a sociedade avalie o
desempenho e a competncia dos seus gestores pblicos da mesma forma que uma empresa
privadapermiteaosseusinvestidores/acionistasavaliarosseusgestoresnombitodainiciativa
privada.
Outro importante tpico a ser considerado no estudo deste artigo referese ao seu pargrafo
nico,asaber:
Art.48.[...]
Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante incentivo participao popular e
realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e de discusso dos planos, lei de
diretrizesoramentriaseoramentos.
Valeressaltarqueasaudinciaspblicascontribuemparaaparticipaodoscidadospermitindo
assim que o planejamento das aes pblicas esteja voltado para as reais necessidades da
populao. Ainda podemos destacar que a participao na elaborao de tais propostas
possibilitaummaioracompanhamentodesuaexecuo.
Assim como a evidenciao contbil privada instrumento de tomada de deciso acerca dos
investimentos de terceiros e investidores/acionistas no patrimnio da entidade, as
demonstraes da Contabilidade Pblica transformamse em ferramentas de uso dos cidados
para avaliarem o melhor uso dos recursos recebidos, pelos gestores, das trs esferas
governamentaisparaocumprimentodamissodaentidadepblica.
QuandoseanalisaosobjetivosdaLRF,quevemaoencontrodosobjetivosdacontabilidade.Essa
nova viso caracteriza a contabilidade como um sistema de informao e comunicao com
feedback onde se pode destacar principalmente a transparncia e as informaes da gesto
pblica aos usurios internos e externos interessados. Nesse exato sentido que a dimenso
pragmtica considera que a informao contbil deve ser suficientemente relevante para
melhorar a qualidade das decises de seus usurios, o que vem a significar a necessidade de
compatibilidadeemgrausatisfatrioentreocontedodosrelatrioscontbeiseosobjetivosde
seususurios.
Diante das novas exigncias da LRF, parecenos estar diante de um novo ambiente de gesto
pblicacujatnicaso controleetransparncia,oqueimpeumaresponsabilidadecontbil
maisacirradanosetorpblico.Sobreesseaspecto,Cruz(2000)defineque:
[...] a responsabilidade contbil objetiva a promoo de feedback que o gerente do centro de

responsabilidade possa usar para exercer o controle necessrio das atividades do centro. Esse controle das
partestemporobjetivospromoverumresultadosinrgicoparaaentidadecomoumtodo(Cruz,2000,p.50).
As demonstraes contbeis so elementos essenciais no processo de evidenciao, e

consequentemente principais fontes para a efetivao do processo de comunicao e
informaesteiseconfiveissociedade.Asdemonstraescontbeiserelatriosgerenciais
dosetorpbliconodevemtercomonicafinalidadedaapresentaodereceitasedespesas,
supervits ou dficits, mas devem promover informaes para auxiliar o controle de funes
sociais,taiscomo:a)cumprimentodeleiseregulamentaesgovernamentais;b)aprevenode
fraudes em vrios contextos; c) relaes gestoresempregados e; d) preparao de estatsticas
ematividadeseconmicas,financeirasesociaisparausodetodasaspartesinteressadas.
Sobre a funo social da Contabilidade aplicada ao Setor Pblico, a Norma Brasileira de

ContabilidadeaplicadaaoSetorPblicon.16.1(NBCASP16.1)editadaem2008preconizaque:
A funo social da contabilidade aplicada ao setor pblico deve refletir, sistematicamente, o ciclo da
administraopblicaparaevidenciarinformaesnecessriastomadadedecises,prestaodecontase
instrumentalizaodocontrolesocial.(NBCASP16.1,2008)
Ento,comesseespritoque,tantoaLRFquantoasNBCASPbuscamelucidarosinstrumentos
deevidenciaocontbileomodusoperandidagestopblicanasuadimensofinanceira.
2.3LRFEAEVIDENCIAOCONTBILNOSETORPBLICO
A evidenciao um dos principais objetivos da cincia contbil, afinal a contabilidade seja no

setorprivadoousetorpblicoprecisagarantirqueassuasinformaessejamtempestivas,teis
e fidedignas. Evidenciao Contbil ou Disclosure significa, de forma simplificada, mostrar aos
usurios(internoseexternos)umconjuntodeinformaesquesonecessriasaoatendimento
dos seus objetivos, consequentemente permitindo que entre as alternativas que lhe so
apresentadaselespossamescolheramelhor.Nessesentido,aLRFfoifundamental.
A Lei tornou obrigatria a definio de metas fiscais anuais para os trs exerccios seguintes;
mecanismodecompensaoparadespesasdecarterpermanente(ogovernonopodercriar
uma despesa continuada por prazo superior a dois anos sem medicar uma fonte de receita ou
umareduodeoutradespesa)eomecanismoparacontroledasfinanaspblicasemanosde
eleio(aLeiimpedeacontrataodeoperadoresdecrditoporantecipaodereceitaeprobe
oaumentodasdespesascompessoalnos180diasqueantecedemofinaldomandato).Nesse
ltimo caso, a LRF deu um fim no que se denominava teoria das terras arrasadas, em que o
gestorpblico,aofinalizarseumandato,deixavaoendividamentoinstalado.Nessesentido,um
dos principais objetivos da LRF fortalecer o processo oramentrio como pea de
planejamento,prevenindodesequilbriosindesejveis,almdebuscaratransparncianagesto
pblica, importante instrumento para o controle social dos gastos pblicos. A LRF tambm
determinou a utilizao de procedimentos transparentes para a elaborao, aprovao e
implantao da Lei de Diretrizes Oramentria (LDO) e da Lei Oramentria Anual e das
prestaesdecontasanuais.Serdivulgada,inclusivepelainternet,asntesedaspropostas,leis
e prestaes de contas, buscando tornar transparentes os objetivos, metas e resultados da
gestofiscal(esperadoseverificados).
2.4PARAQUEMEVIDENCIAR?PARAQUEEVIDENCIAR?OQUEEVIDENCIAR?COMO
EVIDENCIAR?
Essa pergunta pode provocar muitas alteraes na quantidade e no tipo de informao a ser
fornecidapelaentidade.Oqueseverifica,naprtica,queseprivilegiaumdeterminadotipode
usurio, elaborase um conjunto de evidenciao para atendlo e presumese que os demais
usuriosseroatendidospelasinformaesfornecidas.
A evidenciao contbil a grande questo colocada sob o enfoque tico, haja vista que a
informao um bem pblico e de grande utilidade para sociedade. Quando se analisa essa
complexa discusso sob o aspecto da Contabilidade Pblica h de se perguntar: Quem so os
usuriosdainformaocontbilpblica?Evidenciarparacumprirumaleialgodifusoquando
requisitoscomotransparncia,controleeresponsabilidadesocialnaadministraopblicaesto
emjogo.Evidenciarparaque?Para:
.Mostraracapacidade,habilidadeecompetnciadosgestorespblicos;
.Demonstraroperfilticodosgestoresefuncionriospblicos;
.Apresentaracontribuiodacomunidadenagestodaentidadepblica;
.PermitirocontrolepelosTribunaisdeContasdasaesdosgestores;
.Evidenciar o desenvolvimento social e econmico alcanado pelo cumprimento da
missodaentidade.
Os mtodos de divulgao utilizados cumprem esses objetivos? Atendem as necessidades de

tomadadedecisodoconjuntodeusuriosconsiderados?
Divulgar,soboenfoqueamplo,representatornaalgoconhecido,pblico.NaContabilidade,a
divulgao da informao contbil est diretamente relacionada com as informaes que so
publicadas.Podemseobterinformaesatravsdaprpriaentidadeedoscanaisexternosque
se encontram no ambiente. Diante disso surge um questionamento: Qual a quantidade de
informaesqueaentidadedevedivulgar?
Evidenciar:tornarevidente;provar,demonstrar.Prseemevidncia;distinguirse,salientarse
(Michaelis, 1998 p.915). No sentido contbil, evidenciao pode ser entendida como
demonstraesdasituaoeconmicofinanceiraepatrimonialdeumaempresa,realizadacom
base nas informaes advindas dos registros contbeis, seja atravs das demonstraes
obrigatrias de publicao, seja atravs dos mais variados tipos de relatrios emitidos pelos
contabilistas.Nosetorpbliconodiferente,essasdemonstraesdevemespelharasituao
doentepblico.
Hvariasformasdedivulgar.ConsiderandoseaevidenciaosoboenfoqueamploHendriksene
Breda (1999, p. 524), eles destacam caractersticas dos mtodos mais comuns de divulgao.
Para os autores, as demonstraes devem conter: 1) Formato e disposio das demonstraes
formais;2)Terminologiaeapresentaesdetalhadas;3)Informaoentreparnteses;4)Notas
explicativas; 5) Demonstraes e quadros complementares; 6) Comentrios no parecer de
auditoria e 7) Carta do presidente do conselho de administrao. A escolha do mtodo de
divulgao, de acordo com Hendriksen e Breda (1999, p. 524) [...] depende da natureza da
informaoedesuaimportnciarelativa.Dessemodo,oformatodasdemonstraescontbeis
devebuscarevidenciarasinformaesmaisrelevantesesignificativas,asquaisdevemaparecer
emmaisdeumademonstraocontbilmostrandoumavisoampladosistemadeinformao
contbil.
ALeideResponsabilidadeFiscalinstituiuumconjuntodedemonstraescontbeisobrigatrias
descritasnosarts.52,53,54,55e72,aseremutilizadaspelosmunicpiosparaseucumprimento,
quandodaprestaodecontasaorgoauxiliardefiscalizaoexterna(TribunaldeContasdos
Municpios ou Estados) para emisso de parecer sobre a gesto fiscal responsvel. Os anexos
estoclassificadosemdoisgrupos,aseguir:
1)RelatrioResumidodaExecuoOramentria(RREO)
AConstituioFederal/88,emseuart.165,afirmaqueoPoderExecutivopublicar,attrinta
dias aps o enceramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria.
Assim, disciplinada pela LRF e pela Portaria STN n 560/2006, o relatrio abranger todos os
podereseoMinistrioPblicoesuacomposiosedarpormeiodosseguintesdemonstrativos
databela1.
Tabela1DemonstrativosexigidospelaLRFePortariaSTNn560/2006
AnexoIBalanoOramentrio;
AnexoIIDemonstrativodaExecuodasDespesasporFunoeSubfuno;
AnexoIIIDemonstrativodaReceitaCorrenteLquida;
AnexoIVDemonstrativosdasReceitaseDespesasPrevidenciriasdoRegimeGeraldePrevidncia
Social;
AnexoVDemonstrativosdasReceitaseDespesasPrevidenciriasdoRegimePrpriodosServidores
Pblicos;
AnexoVIDemonstrativodoResultadoNominal;
AnexoVIIDemonstrativoPrimriodoResultadoPrimrioEstados,DistritoFederaleMunicpios;
AnexoVIIIDemonstrativodoResultadoPrimriodaUnio;
AnexoIXDemonstrativodosRestosaPagarporPoderergo;
AnexoXDemonstrativodasReceitaseDespesascomManutenoeDesenvolvimentodoEnsino;
AnexoXIDemonstrativodasReceitasdeOperaesdeCrditoeDespesasdeCapital;
AnexoXIIDemonstrativodaProjeoAtuarialdoRegimeGeraldePrevidnciaSocial.
Anexo XIII Demonstrativo da Projeo Atuarial do Regime Prprio de Previdncia Social dos
ServidoresPblicos;
AnexoXIVDemonstrativodaReceitadeAlienaodeAtivoseAplicaodeRecursos;
AnexoXVDemonstrativodasDespesascomsade;
AnexoXVIDemonstrativodaReceitaLquidadeImpostosLquidaedasDespesasprpriascomAes
eServiosPblicosdeSade;
AnexoXVIIDemonstrativodasParceriasPblicoPrivadas;
AnexoXVIIIDemonstrativoSimplificadodoRelatrioResumidodaExecuoOramentria.
Fonte:SecretariadoTesouroNacional.
2)RelatriodeGestoFiscal(RGF)
ALRFemseuart.54,disciplinaqueaofinaldecadaquadrimestreseremitidopelostitularesdos
poderesergosreferidosemseuart.20orelatriodegestofiscal,deacordocomaPortaria
n559/2006doSTN,orelatrioserelaboradoporcadaPoderepeloMinistrioPblicoesua
composiosedar,pormeiodosanexosdatabela2.
Tabela2Demonstrativosaseremdivulgadosquadrimestralmente
AnexoIDemonstrativodaDespesacomPessoal;
AnexoIIDemonstrativodaDvidaConsolidada;
AnexoIIIDemonstrativodasGarantiaseContragarantiasdeValores;
AnexoIVDemonstrativodasOperaesdeCrdito;
AnexoVDemonstrativodaDisponibilidadedeCaixa;
AnexoVIDemonstrativodosRestosaPagar;
AnexoVIIDemonstrativodosLimites;
Fonte:SecretariadoTesouroNacional
O que se observa no conjunto de demonstraes contbeis exigidos pela LRF, destacandose o

grupo de demonstraes que compe o relatrio resumido da execuo oramentria e o
relatrio de gesto fiscal, que, apesar das informaes serem relevantes e apresentarem
correlaes entre si, elas precisam ser compreensveis e acessveis para que os usurios que
busquem informaes da administrao pblica as tenham de forma clara. Para que a
compreensibilidadeespecficadecadausuriosejaalcanada.
Arelaocusto/benefcionaevidenciaodascontaspblicastambmumaspectotratadona
LRF.Ocustodepublicaodeumaevidenciaocompreensvel,epossivelmenteutilizada,fazo
seubenefciosersuperioraosseuscustos.UmdosprincipaisobjetivosdaLRFseconfiguranas
publicaes de evidenciaes contbeis da administrao pblica. Isso inspira, sobretudo, um

avano na noo de cidadania e responsabilidade social proporcionado pelo princpio da
transparncia, pilastra basilar da gesto pblica. Portanto as evidenciaes devem permitir a
sociedade compreenso das informaes publicadas acerca da gesto pblica, para que este
objetivosejaalcanado.
3.
CONSIDERAESFINAIS
Asaeshumanasserefletememtodososaspectosexistentesnomundo,sejamestesdecunho
econmico, financeiro, social, tecnolgico. Esses aspectos tambm so observados na
administrao pblica ao se nomear um gestor pblico. Apesar de todo o conjunto normativo
quevinculaseusatos,ogestorprecisacumprirumconjuntodeexignciaslegislativasdosmais
variadosnveis.Estepodeseroprimeiropassoparaaeficinciadagestopblica.
No Brasil, os casos de eficincia e eficcia se avolumam em processos e notcias nos meios de

comunicao conduzindo a gesto pblica ao crdito com a sociedade. Visando buscar a
aplicaodademocracia,dosseusprincpiosemoralizaosurgeaLeideResponsabilidadeFiscal
instituindoinstrumentosdecontrolesocialetransparncianagestopblica.
A anlise de muitos dos seus dispositivos mostra a sua pertinncia e eficcia na instituio de
limitadores ao endividamento pblico, controle de gastos com pessoal, estabelecimentos de
critrios de responsabilizao com o vrtice de garantir o equilbrio planejado das contas
pblicas.Seusinstrumentospretendemsercompreensveiseinterpretveisparavriosusurios
quequeiramsuasinformaesparacadatipodenecessidadeespecficasobreagestopblica.
Atransparnciaeocontrolesocialparaalcanarsuaefetividadeprecisamatenderaosdiversos
requisitosdessaLei,tidacomorevolucionrianagestofiscalpblica.
Nessaesteiradeavanosnadimensojurdicacontbil,almdos grandesmarcosqueforam a
Lei 4320/64 e a LRF de 2000, estamos diante de um cenrio de convergncia s Normas
Internacionais de Contabilidade, iniciada no setor privado e estendendose ao setor pblico
(IPSAS),aediodasNormasBrasileirasdeContabilidadeaplicadaaoSetorPblico(NBCASP16)
eoManualaplicadoaoSetorPblico,criadopelaSecretariadoTesouroNacional(MCASP),quej
seencontranasua5edio,comaminutada6edioaseraprovadaemjulho/2014.
Acompreensibilidadedainformaocontbilnareapblica,diantedadiversidadedeusurios,
tornasedegrandeimportnciaparaoexercciodacidadaniaemnossopas,principalmenteem
regies mais carentes. A terminologia utilizada na elaborao dos relatrios e demonstraes
contbeis est nos meios de comunicao. Esses instrumentos de evidenciao contbil aos
serempublicadospretendemsercompreensveiseteisparaatomadadedecisodosdiversos
usurios. Diante dessas consideraes surge uma questo para pesquisas futuras: A
compreensibilidade dos cidados em relao a prestao de contas pblicas , no geral,
satisfatria?
Sugerese,portantoapublicaodebalanossociais,informaesquantitativas,nomonetrias,
grficos, informaes qualitativas e com uma linguagem que alcance os usurios ,os mais
diversos. Alguns pesquisadores podem se perguntar: substituir terminologias? A cincia no
existeparaserviraohomemesuaevoluo?Ser?
4.
REFERNCIAS
1.ANDRADE,N.deA.Contabilidadepblicanagestomunicipal:novosmtodosapsaLein
101/2000easclassificaescontbeisadvindasdaSOFeSTN.SoPaulo:Atlas,2006.
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Senado,1988.
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Atlas2000.
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ed.Braslia:InstitutoEthos,2000.
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projetos,artigos,relatrios,monografias,dissertaes,teses.SoPaulo:Atlas,2003.
11. SILVA, L. M. Reflexes sobre as prticas contbeis em tempo de Lei de Responsabilidade
Fiscal.2002.
12. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA. Apresenta diversos assuntos sobre a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Disponvel em: <http://www.tcmba.gov.br/>. Acesso em: 20 jan.
2011.
10
AINTERFACEDAGESTODEMATERIAISCOMAPRODUODEPESESEUSDERIVADOS
UMESTUDODECASO
R.S.Costa(PQ);J.G.Silva(PQ)2;K.L.G.Santos (PQ)3; D.M.Andrade (PQ)4 eM.C.M.Conceio(PO)5

JooPessoa,5InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoaemail:rodrigoifpb@gmail.com
1
(PQ)Pesquisador
(PO)ProfessoraOrientadora
RESUMO
Com base no crescimento significativo do segmento de
panificao brasileiro e pela necessidade das empresas
desse setor de conquistar solues para aperfeioar
seus processos a fim de evitar desperdcios e manter a
competitividade, o presente artigo teve como objetivo
apresentar a relao da gesto de recursos materiais
comagestodaproduodepoeosderivadosdeseus
insumosemumapadariadacidadedeJooPessoaPB.
Para alcanar os objetivos propostos, foi realizada uma
pesquisa de natureza aplicada com abordagem
qualitativa. O universo de estudo foi composto por
todos os funcionrios da padaria que totalizaram 09
(nove) pessoas, sendo 07 colaboradores e 02
gestores/proprietrios da padaria. J para a coleta dos
dados, foram realizadas observaes na padaria,

entrevistas estruturadas e questionrios contendo 10
questes fechadas com respostas obtidas atravs da
escala de Likert. Como resultado, foi possvel constatar
que o processo de compra realizado sem
planejamento.Ascomprassofeitasapartirdafaltada
matriaprima. Em relao aos nveis de estoque, foi
constatado que h facilidade de encontrar os itens
dentrododepsito,oqueindicaqueosmesmosesto
bem organizados. Entretanto, h dificuldade de
controlar os nveis de estoque. E por fim, no que diz
respeitoarmazenagemdeinsumos,verificamosqueos
itens so facilmente encontrados no estoque, mas que
nohumcontroledeentradaesadadosmesmos.
PALAVRASCHAVE:GestodeMateriais,NveisdeEstoques,Armazenagem,Padaria.
THEINTERFACEOFMATERIALSMANAGEMENTWITHTHEPRODUCTIONOFBREADSAND
DERIVATIVESACASESTUDY
ABSTRACT
Based on the significant growth of the Brazilian bakery
segment and the need for companies to win that
solutionstoimprovetheirprocessestoavoidwasteand
maintain competitiveness, the industry present article
aims to show the relationship of the management of
material resources with managing the production of
bread and derivatives of their inputs in a bakery in the
city of Joo PessoaPB. To achieve the proposed
objectives, a research of an applied nature with a
qualitativeapproachwasperformed.Thestudyuniverse
wascomposedofallbakeryemployeestotalingnine(09)
persons,with07employeesand02managers/ownersof
the bakery. As for data collection, observations at the
bakery, structured interviews and questionnaires
containing10closedquestionswithresponsesobtained
throughtheLikertscalewereperformed.Asaresult,it
wasfoundthatthebuyingprocessiscarriedoutwithout
planning. Purchases are made from the lack of raw
materials. In relation to inventory levels, it was found
thatthereiseaseoffindingitemswithinthewarehouse,
whichindicatesthattheyarewellorganized.However,it
isdifficulttocontrolinventorylevels.Finally,withregard
tothestorageofinputs,wefindthattheitemsareeasily
found in stock, but there is not a control input and
outputthereof.
KEYWORDS:MaterialsManagement,InventoryLevels,Storage,Bakery.
AINTERFACEDAGESTODEMATERIAISCOMAPRODUODEPESESEUSDERIVADOS
UMESTUDODECASO
INTRODUO
Empresasdosegmentoalimentcionecessitamconquistarsoluesparaaperfeioarseus
processossemdesperdcio.Paraumsistemadeproduoeficaz,sefaznecessrioumaperfeita
interfacecomagestoderecursosmateriaisparaqueasprpriasempresaseseusprodutosse
tornemmaiscompetitivosnomercado.Conceitualmente,aadministraoderecursosmateriais
destinase a dotar a administrao dos meios necessrios ao suprimento de materiais
imprescindveis ao funcionamento da organizao, no tempo oportuno, na quantidade
necessria,naqualidaderequeridaepelomenorcusto.Esteconceitofundamentaesseestudona
medidaemquenatransformaodopoeseusderivados,nosepodepressuporinterrupo
oufaltadematriaprima,incorrendoemperdatotaldoqueseestaserproduzido.
Sendoobjetivodestapesquisaidentificararelaoentreagestodosrecursosmateriais
eagestodaproduodepoeosderivadosdeseusinsumos,estetrabalhobuscouresponder
aoseguintequestionamento:Comoconfiguraarelaoentreagestoderecursosmateriaisea
gestodaproduodepoeosderivadosdeseusinsumosemumapadariadacidadedeJoo
Pessoa?
MATERIALEMTODOS
A pesquisa foi desenvolvida em uma indstria de panificao, localizada no bairro de
Mangabeira, na cidade de Joo PessoaPB. Para alcanar os objetivos propostos ao estudo,
realizamosumapesquisadenaturezaaplicadacomabordagemqualitativa.
Quantoaosobjetivos,foidescritivaeexplicativa,ondeobservou,registroueanalisouas
variveis da gesto de recursos materiais e seu relacionamento com a produo de po e os
derivadosdeseusinsumosparaento,fazerumarelaocomosefeitoscausadosnaproduo.
Posteriormente, este estudo buscou identificar os fatores que contriburam para a ocorrncia
dessasvariveiseexplicararazodesuaocorrncia.
Parareforarseuembasamentotericofoirealizadapesquisabibliogrficaedocumental.
Tambm foi realizada uma pesquisa de campo, com o levantamento de dados na empresa
escolhida.Eporterseconcentradoemapenasumobjetodeestudo(padaria),realizouseuma
pesquisabemdetalhada,queacaracterizatambmcomoumestudodecaso,queconformeGil
(2010, p. 37), consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira
quepermitaseuamploedetalhadoconhecimento.
Ainda,porestudarapenasumobjetoeapartirdelechegaraconclusesgeneralizadasde
um todo, a pesquisa foi baseada no mtodo indutivo. O universo de estudo foi composto por
todososfuncionriosdapadaria(7pessoas)epelosgestores(2pessoas).Paraacoletadosdados
analisados, foram realizadas observaes no local objeto de estudo, entrevistas estruturadas e
questionriosfechadoscomaplicaodiretasegundoaescaladelikert.Osdadosobtidosforam
analisados de forma qualitativa, sendo utilizado para o tratamento dos dados o software Excel
2010,ondefoirealizadoatravsdefrequnciasepercentuais,expostosemgrficoseanalisados
aluzdasteoriasabordadasnesteestudo.
ADMINISTRAODERECURSOSMATERIAIS
Independentedosegmentoedotipodeprocessoprodutivorealizadoemumaempresa,
semprehaverumfluxocontnuodeentrada,transformaoesadadeprodutosouservios.Os
materiais so modificados gradativamente no decorrer deste fluxo, e com isso recebem
diferentesclassificaes.ParaChiavenato(2005),asprincipaisclassificaesso:matriaprima,
materiaisemprocessamento,materiaissemiacabados,materiaisacabadoseprodutosacabados.
Todos os materiais devem ser administrados de acordo com as necessidades da organizao.
Segundo Chiavenato (2005), a administrao de recursos materiais envolve a totalidade dos
fluxos de materiais da empresa, desde a programao de materiais, compras, recepo,
armazenamento no almoxarifado, movimentao de materiais, transporte interno e
armazenamento no depsito de produtos acabados. Tendo em vista essa necessidade, a
administrao de recursos materiais se preocupa em manter os nveis adequados de estoque
paraevitargargalosnaproduodevidofaltadeumamatriaprimaouaindaafimdediminuir
oscustoscomaarmazenagemdessematerial.
FUNOCOMPRAS
Chiavenato (2005) salienta que a funo compras consiste em todo o processo de
localizao de fornecedores e fontes de suprimento, aquisio de materiais por meio de
negociaes de preo e condies de pagamento, bem como o acompanhamento de processo
(followup) junto aos fornecedores escolhidos e o recebimento do material comprado para
controlaregarantirofornecimentodentrodasespecificaessolicitadas.ParaBailyetal.(2000),
aatividadedecomprasumprocedimentopeloqualasempresasdeterminamositensaserem
comprados, identificam e comparam os fornecedores disponveis, negociam com as fontes de
suprimentos,firmamcontratos,elaboramordensdecompraefinalmente,recebemepagamos
benseserviosadquiridos.
relevante considerar no que diz respeito funo compras e a forte competio
existente no mercado, a aquisio de produtos e/ou servios pode representar um diferencial
competitivoparaasorganizaes,levandoareduodecustoseatumaumentonoslucros.Os
fatoresquando,quantoecomocomprar,passaramaserdeterminantesparaacontinuidadedas
empresasnomercadocompetitivo(MARTINS&ALT,2001).
J para Arnold (2009) a funo compras um processo muito amplo que acaba por
envolveratodosnaorganizao.necessrioqueosetorcomprastenhainteraodiretacomos
demais setores da organizao, para que as aquisies possam realmente trazer lucros para a
empresa. Segundo Moraes (2005) o departamento de compras tambm pode assumir vrios
outrospapis.Umdelesestrelacionadocomanegociaodepreoscomosfornecedores.Essa
negociaodeterminaropreofinaldosprodutose,portanto,acompetitividadedaempresa.
Por estas abordagens levantadas, podese entender que h tambm uma forte relao
entre o setor de compras e os nveis de estoque e competncia deste setor, manter o mais
equilibradopossvelquantidadedemateriaisaseremcompradosparaqueosdemaissetores
da empresa tenham as necessidades de materiais supridas. Pelo exposto, considerado
importante obter a otimizao do investimento, aumentando o uso eficiente dos meios
financeiroseminimizandoasnecessidadesdecapitalinvestidoemestoques(DIAS,2005).Ainda
de acordo com o autor, esta uma questo delicada e que est diretamente ligada
administraodecompras,poisnveisdeestoque,apesardesignificaremumaseguranadeque
aproduonoprecisarsofrerinterrupes,demandamcustosnamaioriadasvezesaltoparaa
empresa,poisprecisamserarmazenadosecontroladosconstantemente.
observado no contexto da administrao de recursos materiais que as empresas cada
vezmaistmdadoumaatenoespecialaoprocessodecompras,poisestesendoeficazpode
trazer dentre outros aspectos a reduo de custos para a empresa, e neste sentido, cabe aos
responsveis por tal processo estarem atentos aos custos de aquisio sempre considerando o
volumeeaqualidade(DIAS,2005).
ARMAZENAGEMDEMATERIAIS
Apartirdaliteraturacompreendida,aarmazenagemondeseguardacomseguranae
preservao, o item a ser utilizado no processo de produo. Observase que na atualidade, o
processodearmazenagememalgumasorganizaesocorredeformainadequada,oqualpode
ser identificado atravs de um mau acondicionamento de insumos, materiais acabados ou dos
materiaisemprocessamento,edessaforma,acabamgerandodesperdcios.
SegundoViana(2009),oobjetivoprimordialdoarmazenamentoutilizaroespaofsico
nas trs dimenses, comprimento, largura e altura, de maneira mais eficiente possvel. As
instalaes do armazm devem proporcionar a movimentao rpida e fcil de suprimentos
desdeorecebimentoataexpedio.
Aindadeacordocomomesmoautor,algunsfatoresdeveroseranalisadosaogerenciar
oprocessodearmazenagemdositens,como:determinaodelocalelayoutadequado;poltica
de preservao; ordem, arrumao e limpeza constante. Esses fatores contribuem para a
obtenodamximautilizaodoespao;aefetivautilizaodosrecursosdisponveis(mode
obraeequipamentos);eparamximaproteoaositensestocadoseboaorganizao.
FrancischinieGurgel(2010,p.209)ressaltamqueamovimentaoeostransportesde
material classificamse conforme as atividades funcionais que neles ser aplicada. So elas:
granel;cargaunitria;embalagens;armazenamento;viasdetransporteeanalisededados.
Sendoassim,acorretaarmazenagemdosmateriaisvisausarotransportefsicodisponvel
noarmazmdeformaorganizadaeeficiente,permitindoamovimentaoadequadadentrodo
depsito.Comisso,oadministradordiminuiroscustosnoprocessoeobterumcontrolesobre
cadaitemarmazenado.
Arealizaodeumaoperaoeficientedearmazenagemdependemuitodaexistncia
de um bom layout, que determina, tipicamente, o grau de acesso ao material, os
modelosdefluxodematerial,oslocaisdereasobstrudas,aeficinciadamodeobra
easeguranadopessoaledoarmazm(VIANA,2009,p.309).
NavisodeViana(2009)osobjetivosdolayoutdentrodeumarmazmdevem:assegurar
autilizaomximadoespao;propiciaramaiseficientemovimentaodemateriais;propiciara
estocagemmaiseconmicaemrelaosdespesasdeequipamento,espao,danosdemateriais
emodeobradoarmazmefazerdoarmazmummodelodeboaorganizao.
Almdetodosessesobjetivosexpostosmetodologiageral,oprojetodeumlayoutde
umarmazmconsisteemcincopassosqueconformeViana(2009)so:definiralocalizaode
todososobstculos;localizarasreasderecebimentoeexpedio;localizarasreasprimrias,
secundrias, de separao de pedidos e de estocagem; definir o sistema de localizao de

estoque;eavaliarasalternativasdelayoutdoarmazm.
Alm de levar em considerao esses cinco passos no layout de armazenagem, existem
alguns critrios que segundo Viana (2009) tambm so importantes tais como: fragilidade;
combustibilidade; volatizao; oxidao; explosividade; intoxicao; radiao; corroso;
inflamabilidade;volume;pesoeformadosmateriais.
Ainda segundo Viana (2009), outros critrios que tambm podem ser observados so:
Armazenagemporagrupamentoquefacilitaastarefasdearrumaoebusca,masnemsempre
permite o melhor aproveitamento do espao; Armazenagem por tamanhos, que permite um
bomaproveitamentodoespao;Armazenagemporfrequncia,quevisaarmazenartoprximo
quanto possvel da sada os materiais que tenham maior frequncia de movimento;
Armazenagem especial, onde se destaca o ambiente climatizado destinado a materiais cujas
propriedades fsicas exigem tratamento especial, como os produtos inflamveisque devemser
armazenadosemambientesprprioseisolados,projetadossobrgidasnormasdeseguranaeos
produtosperecveisquedevemserarmazenadossegundoomtodoFIFO(FirstinFirstOut),ou
seja,primeiroqueentraprimeiroquesai.
De acordo com o que foi exposto, podese observar como a armazenagem de suma
importncia para toda e qualquer empresa, e que de acordo com os tipos de materiais, a
armazenagemdevelevaremconsideraoalgunscritriosparaquesetorneeficiente.
GERENCIAMENTODEESTOQUE
Aliteraturaconsultadaapontaemtempopassadoquenohaviatantapreocupaocom
ogerenciamentodosestoques,esimcomacondiodesuaexistncianosmoldesquantitativos
especificamente.Oscustosdeestocagem,pedidoeoportunidadenoeramlevadostorisca.
Notadamente, frente nova modelagem empresarial, as organizaes atuais entendem a
necessidadedesemanterapenasaquantidadeestritamentenecessriadematerialemestoque
afimdeeliminaressesgastosetambmospossveisdesperdcios.Nessecontexto,agestode
estoqueumelementogerencialessencialnaadministraoatual.
SegundoChiavenato(2005)asprincipaisfunesdoestoqueso:
1) Garantiroabastecimentodemateriaisempresa,neutralizandoosefeitosde:demora
ou atraso no fornecimento de materiais; sazonalidade no suprimento; riscos de
dificuldadenofornecimento;
2) Proporcionar economias de escala: por meio da compra ou produo em lotes
econmicos; pela flexibilidade do processo produtivo; pela rapidez e eficincia no
atendimentosnecessidades.
Paraessaperspectiva,surgiuocontroledeestoque,quebuscasupriranecessidadedas
organizaes de controlar melhor o seu material. A literatura remete que, esse controle era
realizado manualmente, por meio de fichas. Na atualidade, com os avanos tecnolgicos, o
controledeestoqueaprimorouse,sendoasfichassubstitudaspormecanismosinformatizados.
Existemdiversostiposdeestoques,quepodemvariardeacordocomoportedaempresa,
suas atividades ou produtos. Para Filho (2006), os principais tipos de estoques existentes em
empresasindustriais,so:Estoquesdematriasprimas:Constitudosgeralmentepormateriais
brutosdestinadosatransformao.Estoquesdeprodutosemprocesso:Consistembasicamente
de todos os itens requisitados, necessrios montagem ou fabricao do produto final, que

ainda se encontram no diversos estgios de produo. Estoques de produtos acabados:
Constitudospormateriaisouprodutosemcondiesdeseremvendidos.Estoqueoperacional:
Formados por peas sobressalentes ou componentes, lubrificantes ou quaisquer materiais
destinados manuteno, reparos ou substituies, a fim de evitar possveis interrupes na
produo por quebra ou defeito dos equipamentos. Estoques de materiais administrativos:
Constitudos por materiais utilizados nas reas administrativas (papel, impressos, formulrios,
etc.)destinadosaodesenvolvimentodasatividadesdaorganizao.
Considerando a abordagem de gerenciamento de estoque, em qualquer que seja o
mtodo,fundamentalaplenaobservnciadasrotinasemprticaafimdeseevitarproblemas
de controle, com consequncias no inventrio, que redundam em prejuzos para a empresa.
(VIANA, 2002, p. 361). Entendendo que, dessa forma, para conseguir um bom controle de
estoque,necessrioterumbomeconfivelsistemaquelheauxilienaadministraodetodoo
fluxodematerialquepassapelaempresa.
Para obter os resultados da pesquisa foi realizada uma aplicao direta mediante
questionrios contendo 10 questes, sendo 05 questes de percepo dos colaboradores e
gestores da empresa acerca da Gesto dos Recursos Materiais e sua relao com o processo
produtivo do po francs, enquanto as outras 05 de ao tiveram como objetivo verificar a
aplicabilidade da Gesto destes recursos no processo produtivo de acordo com a literatura
consultada.Peloexposto,aseguirtemosogrfico1tabuladoapartirdasquestes01,03,05,07
e08.
Grfico1Apercepodoscolaboradoresegestoresacercadarelaodagesto
derecursosmateriaiscomaproduodepofrancsederivadosdeseusinsumos
A Q1 buscou verificar o conhecimento dos colaboradores e gestores acerca da

preocupaodagestoderecursosmateriaisemmanterosnveisadequadosdeestoqueafim
de evitar paradas no processo produtivo ou ainda a diminuio dos custos com armazenagem.
Diante disto, constatouse que 86% dos colaboradores e 100% dos gestores concordam com a
importncia de manter os nveis de estoque adequados. Conforme afirma Chiavenato (2005) a
administrao de recursos materiais se preocupa em manter os nveis adequados de estoque
paraevitargargalosnaproduodevidofaltadeumamatriaprimaouaindaafimdediminuir
oscustoscomaarmazenagemdessematerial.Medianteoexposto,tantooscolaboradorescomo
osgestorestmplenaconscinciadaimportnciademanterosnveisadequadosdeestoque.
AQ3procurouperceberseosavaliadosestocientesdaimportnciadoarmazenamento
demateriaisedosbenefciosproporcionadosporesteatravsdamovimentaorpidaefcilde
suprimentosdesdeorecebimentoataexpedio.Constatamosumaltograudeconcordncia
(CT+C),isto,100%doscolaboradoresegestorestmconhecimentodaimportnciaemterum
espaofsicoadequadoparaoarmazenamentodosmateriais.Corroborandocomtalexposio,
Viana(2009),deixaclaroqueoobjetivoprimordialdoarmazenamentoutilizaroespaofsico
nas trs dimenses, comprimento, largura e altura, de maneira mais eficiente possvel,
proporcionando assim, uma movimentao rpida e fcil de suprimentos desde o recebimento
ataexpedio.Dessaforma,podemosinferirqueoresultadoobtidofoisatisfatrio,poisindica
que todas as pessoas que fazem parte da organizao tem conhecimento da importncia do
acondicionamento de insumos, materiais acabados e materiais em processamento, e desta
forma,acabamdiminuindooscustoscomdesperdcios.
Quanto aos nveis de estoque, a Q5 buscou verificar o grau de conhecimento dos

pesquisados acerca da importncia do controle dos nveis de estoque e a segurana que o
mesmorefletenaproduojqueassim,nohavergargalosdevidofaltadematriaprima.
Averiguousequeonveldeconcordncia(CT+C)apresentadofoiexcelente,ouseja,100%dos
colaboradores e gestores afirmam ter conhecimento da importncia do acompanhamento dos
nveisdeestoque.Nessecontexto,Pascoal(2012)dizqueogerenciamentodeestoquetempor
finalidade o total planejamento de como controlar os materiais dentro da organizao,
trabalhando exatamente em cima do que a empresa necessita para as determinadas reas de
estocagem,objetivandomanteroequilbrioentreestoqueeconsumo.Deacordocomoexposto,
podemos inferir que colaboradores e gestores esto cientes da importncia do controle dos
nveisdeestoque.
Com relao funo compras, a Q7 buscou perceber se os pesquisados conhecem o

processodelocalizaodefornecedoresefontesdesuprimento,aquisiodemateriaispormeio
de negociaes de preo e condies de pagamento. Diante disto, constatouse que 86% dos
colaboradores e 100% dos gestores concordam que a funo compras essencial, j que ela
envolve todos na organizao, havendo assim, uma interao direta com os demais setores da
empresa. Mediante o exposto, observamos que tanto os colaboradores como os gestores
demonstramconhecimentoacercadafunocomprasedesuasimplicaesparaaorganizao.
A Q8 buscou perceber se os pesquisados tem conhecimento acerca da necessidade de
interaodosetordecomprascomosdemaissetoresdaorganizao.Constatamosumaltograu
deconcordncia,pois100%doscolaboradoresegestoresconsideramnecessriaessainterao
para que as aquisies possam realmente trazer lucros para empresa. Corroborando com tal
exposio,Arnold(2009)mencionaqueafunocomprasumprocessomuitoamploqueacaba
por envolver a todos na organizao. necessrio que o setor compras tenha interao direta
com os demais setores da organizao, para que as aquisies possam realmente trazer lucros
paraaempresa.Diantedisso,Moraes(2005)ressaltaqueodepartamentodecomprastambm
podeassumirvriosoutrospapis.Umdelesestrelacionadocomanegociaodepreoscom
os fornecedores. Essa negociao determinar o preo final dos produtos e, portanto, a
competitividadedaempresa.Dessaforma,podemosinferirqueoscolaboradoresegestorestm
pleno conhecimento da necessidade de interao do setor compras com os demais setores da
organizao.
As questes 02, 04, 06, 09 e 10 buscaram identificar aes relacionadas ao controle de
matriaprimaatravsdacontabilidadedosnveisdeestoquebuscandoinformaesacercada
ocorrncia de possveis faltas que poderiam gerar gargalos na produo, como tambm a
disposio dos itens em estoque e o relacionamento mantido com os fornecedores, a fim de
identificar a relao do setor de compras com os demais da organizao. Os resultados esto
expressosnogrficoabaixo:
Grfico2Identificaodaaplicabilidadedoscolaboradoresegestoresacercadarelaoda
gestoderecursosmateriaiscomaproduodepofrancsederivadosdeseusinsumos
AQ2buscousabersejhouveparadanoprocessoprodutivodevidofaltadematria
prima em estoque. Foi constatado um grau de concordncia (CT+C) de 57% entre os
colaboradores e 100% entre os gestores, diante disto, constatouse o mau gerenciamento dos
estoquesporpartedaempresaestudada.
Com relao armazenagem dos materiais, a Q4 indagou se os insumos so facilmente
encontradosnosestoques,nessepontoograudeconcordncia(CT+C)entreoscolaboradoresfoi
de86%,jentreosgestoresfoide50%.Diantedoexposto,percebesequeoscolaboradorestem
facilidade em localizar os insumos estocados, o que contribui para o desenvolvimento do
processo produtivo, possivelmente ocasionado pelo layout. Corroborando com a ideia, Viana
(2009)dizquearealizaodeumaoperaoeficientedearmazenagemdependedaexistncia
deumbomlayoutquedetermina,tipicamente,ograudeacessoaomaterial.
A Q6 buscou averiguar se h dificuldades em contabilizar os nveis atuais de estoque,

nestecasofoiconstatadoumgraudeconcordncia(CT+C)de57%entreoscolaboradoresede
50% entre os gestores. Diante o exposto, perceptvel a necessidade de melhorias no
gerenciamento de estoques da empresa, pois gerir adequadamente os nveis de estoque,
mantendo apenas a quantidade necessria de material estocado, pode eliminar gastos
desnecessriosedesperdcios.
Noquedizrespeitofunocompras,aQ9questionouaempresaacercadorecebimento
de visitas frequentes dos fornecedores, neste caso o grau de concordncia (CT+C) foi de 100%
tantoparaosgestorescomoparaoscolaboradores.Assim,percebeseobomrelacionamentoda
empresa com seus fornecedores, de acordo com a teoria estudada este fator pode ser um
diferencialcompetitivoparaaempresa.
E por fim, a Q10 buscou verificar se os fornecedores costumam entregar os insumos
dentro do prazo estabelecido. Constatamos um alto grau de concordncia (CT+C) dos
colaboradoresegestores,ouseja,100%concordaramqueosfornecedoresentregamosinsumos
noprazoestabelecido.ConformeafirmaChiavenato(2005)aaquisiodemateriaispormeiode
negociaes de preo e condies de pagamento, bem como o acompanhamento de processo
(followup) junto aos fornecedores escolhidos e o recebimento do material comprado,
proporcionam controlar e garantir o fornecimento dentro das especificaes solicitadas. De
acordo com o exposto, podemos constatar que o resultado obtido foi satisfatrio tanto os
colaboradores como os gestores tm cincia do cumprimento dos prazos estipulados aos
fornecedores.
Observase que, em qualquer empresa, a preocupao da gesto de estoques est em
manteroequilbrioentreasdiversasvariveiscomponentesdosistema,taiscomooscustosde
aquisio,deestocagemededistribuio,nveldeatendimentodasnecessidadesdosusurios
consumidores,etc.Comisso,buscamosidentificar,atravsdesteestudo,arelaoentreagesto
dos recursos materiais e a gesto da produo de po e os derivados de seus insumos na
empresapesquisada.
Constatamosqueoprocessodecomprarealizadosemplanejamento.Ascomprasso
feitasapartirdafaltadamatriaprima.Hgargalosnoprocessoprodutivo,poisseconstatoua
ocorrnciadeparadasnaproduodopodevidofaltadeinsumos.
Verificamostambmaexistnciadofollowup,oquefacilitaaobtenodedescontosno
momento da compra. Entretanto, como as compras so realizadas em carter de urgncia,
podemos inferir que essa poltica de descontos acaba sendo falha, devido falta de
planejamento,oqueimplicadizerqueaentregadosinsumosnoocorreemtempohbil.
E por fim, no que diz respeito armazenagem, verificamos que os itens so facilmente
encontradosnoestoque,masquenohumcontroledeentradaesadadosmesmos.
CONSIDERAESFINAIS
Com base no crescimento significativo do segmento de panificao brasileiro e pela
necessidadedasempresasdessesetordeconquistarsoluesparaaperfeioarseusprocessosa
fimdeevitar desperdcios e manter a competitividade, este trabalho apresentou a relao da
gestoderecursosmateriaiscomagestodaproduodepoeosderivadosdeseusinsumos
emumapadariadacidadedeJooPessoaPB.
No que diz respeito funo compras, verificouse a existncia de um bom

relacionamentoentreaempresaeseusfornecedores,jqueapadariarecebevisitasfrequentes
dosmesmoseoqueosprazosdeentregassosemprecumpridos.
Comrelaoarmazenagemdeinsumos,constatousequehfacilidadedeencontraros
itens dentro do depsito, o que indica que os mesmos esto bem organizados. Entretanto, h
dificuldadedecontrolarosnveisdeestoque.Apesardehaverocumprimentodosfornecedores
comaentregadosinsumos,afaltadecontroledeestoquesgeraosgargalosnaproduodopo,
conformefoiconstatomediantequestionrios.
Diante disso, constatamos a existncia de uma relao informal entre a gesto de
materiais e a produo. irrefutvel essa relao por se tratar de uma empresa do ramo de
panificao, entretanto a gesto de recursos materiais considerada pouco importante para a
empresa em questo. E conforme verificamos a falta de sinergia entre as duas reas geram
gargalosnaproduodepoederivadosdeseusinsumos.
REFERNCIAS
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Paulo:Atlas,2009.
10
CENRIOCOMERCIALNACIDADEDEBURITICUPUMA
AntonioJorlanSoaresdeAbreu,(PQ);IsmaelEvangelista Arrais; EdeniltonTomazdeSousa,(IC)2
1;2
InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusBuriticupuemail:antonio.abreu@ifma.edu.br
RESUMO
O trabalho apresentado resultado de uma pesquisa

realizada na cidade de BuriticupuMA, onde
pesquisamos 100 canais de marketing (empresas), para
melhoradministrarapesquisaforamsubdivididosem10
categorias, classificadas da seguinte maneira: roupas e
acessrios, supermercados, frutas e verduras, cereais,
restaurantes, lanches e refeies/ comrcio noturno,
produtos de informtica e suprimentos, drogarias,
materiaisdeconstruo,carnes(aougues).Fizemosuso
de um questionrio de sete perguntas abertas, o que
nosproporcionouummelhordilogoeaprofundamento
do objeto pesquisado. O resultado final demonstra
pontos significativos, um deles que apenas 40% do
total pesquisado fazem uso de mdia para
divulgao/promoo de seu canal o outro a
constatao da busca da independncia financeira

(empreendedorismo), que vem acompanhada de
respostas que afirmam dar continuidade a um negcio
familiaroupornecessidadedesustentarafamliaeno
terencontradoempregoousimplesmenteporvisualizar
oportunidade de ganhar dinheiro e etc., outro ponto a
considerar empresas que realizam suas compras pela
internet,reafirmandosecomonovomodelodecontato
com o distribuidor, o que lhes traz benefcios e reduz
lhesoscustos.Merecedestaquetambmoscerealistas,
materiais de construo, carnes (aougues) e lanches e
comidas/comrcio noturno que adquirem sua matria
prima para comercializao na prpria cidade,
favorecendoosdiversossetoreseconmicoslocais.
PALAVRASCHAVE:Buriticupu,CanaisdeMarketing,Empreendedorismo.
COMMERCIALSCENEINTHECITYBURITICUPUMA
ABSTRACT
Theworkpresentedistheresultofresearchconducted
in the city of BuriticupuMA, which surveyed 100
marketing channels (companies) to better manage the
survey were divided into 10 categories, classified as
follows: clothing and accessories, supermarkets, fruit
andvegetables,cereals,restaurants,snacksandmeals/
overnighttrade,computerproductsandsupplies,drug,
building materials, meat (butchers). We made use of a
questionnaire of seven openended questions, which
gave us a better dialogue and deepening of the
researched object. The final result demonstrates
significant points, one is that only 40% of the total
surveyed make use of media for dissemination /
promotionofyourchanneltheotheristherealizationof
the
pursuit
of
financial
independence
(entrepreneurship), which comes with answers that
claim to give continue a family business or need to
support the family and not have found employment or
simplybyviewingopportunitytoearnmoneyandsoon,
anotherpointtoconsideristhatcompaniesmaketheir
purchases online, reasserting itself as a new model of
touch the distributor, which brings them benefits and
lowers costs them. Noteworthy is also the cereal,
building materials, meat (butchers) and snacks and
foods / night trade that acquire their raw material for
marketing within the city itself, benefiting various local
economicsectors.
KEYWORDS:Buriticupu,ChannelMarketing,Etrepreneurship.
CENRIOCOMERCIALNACIDADEDEBURITICUPUMA
INTRODUO
NacidadedeBuriticupuaeconomiagiraemtornodeumatrade(prefeitura,comrcioe
agropecuria),fenmenocomumnamaioriadascidadesdooestedoEstadodoMaranho.
Devido esta composio o Instituto Federal do MaranhoIFMA Campus Buriticupu, ao
estabelecerse em Buriticupu trouxe em sua composio os eixos tecnolgicos de Gesto e
Negcios, Recursos Naturais, Informao e Comunicao e o Superior Tecnlogo em Gesto
Pblica e Licenciatura em Biologia. A presena dos cursos contidos nestes eixos despertou na
comunidadeumsensocrtico,almdeassegurarparaapopulaoodireitoaumaeducaode
qualidade, como resposta temse uma mudana no comportamento econmico, mesmo que
pequena,massignificativaapesardemenosdeumadcadadeexistnciadoIFMAnacidade.
AssentasequeapresenadoIFMAtememsuapropostademisso,deformarcidados
ticos e comprometidos com a modernidade e a tecnologia, melhorar a qualidade de vida, a
instruo,acapacidadecrticaecomissoprovocarmudanassignificativasnocomrciolocal,o
quecomungadamesmapropostadocompostodemarketingquetemoseualicercepautadonos
4Ps,preo,praa(distribuio),produtoepromoo,estemixinstrumentotransformadorpara
osCanais,conhecerefazerbomusodestescertamenteterCanaisduradourosedesucesso.
Mesmo com todos estes avanos no podemos deixar de fazer crticas, de buscar
melhorias, de desejar um comrcio mais significativo, ativo e com qualidade, com este olhar
apuradoquesequestionaaorigemdosprodutoseservios,evemoscomoproblemticaos
canaisdemarketingnacidadedeBuriticupu.
DeacordocomAnneT.Coughlan...[etal.],2012,p.1:
Canaisdemarketingsoasrotasdemercadoutilizadasparavenderprodutose
servios que consumidores e compradores de empresas adquirem em todo o
mundo.[...].
Porvriasrazes:Primeiro,ocanalumgatekeeperentrefabricanteeousurio
final.Issosignificaquenocompreenderegerenciardemodoproativoasaes
dos parceiros de um canal pode diminuir o efetivo alcance e atratividade dos
produtoseserviosdeumfornecedor[...].
Alm disso, o canal um ativo importante no marketing e na estratgia de
posicionamento globais de uma empresa, muitas vezes servindo como o
principaldiferenciadordemercadodaofertadeumaempresaemrelaoaseus
concorrentes.[...].
Terceiro, a experincia no canal afeta fortemente a percepo global que o
usuriofinaltemdaimagemdeumamarcae,emconsequncia,asatisfaodo
usuriofinal.
AafirmaodeCoughlanpertinenteeexpressivapoisocenriodecomercializaovive
emconstantesintoniacomseusclientes,oprocessoconstanuodecompraevenda,edevidoa
concorrnciaanecessidadedeumsensomaisaguadoparaatrairosconsumidores.Estecanal
pesquisadonostrouxerespostassignificativas,algumasconfirmaramoquedizosensocomum,
outros mostraramse tendenciosos modernidade e outros revelandonos surpresas. As trs

razes citadas acima foram constatadas no trabalho de campo, o que revela que a cidade de
Buriticupuapesarderecentehistricoememancipaopolticanosediferedosdemaiscentros
populacionais,noentantoreconhecemosquetemmuitopotencialaserexplorado.
No estmulo discusso certificase que possvel desenvolver o potencial da cidade,

provocandooscanaislocais,atravsdeincentivosoriundosdogovernofederal,aoolharparao
municpioobservaseumagrandequantidadedeterras,quesendotrabalhadasadequadamente
promoveriarenda,trabalho,empregoecomoconsequncia,aquecimentonaeconomialocal.De
fato nas entrelinhas da pesquisa notase que a fala possui fundamento, pois na pecuria, nos
cereaisetimidamentenasfrutasacidadetemautonomia,emalgunsdesteschegandoaatender
tambmascidadesvizinhas.
ComesteolharaguadodequalidadeoportunaqueZikmud(2011)assentaotrabalho
da pesquisa de marketing, como monitor de oportunidades de negcio, que irar auxiliar os
gerentesareconhecerproblemaseidentificaroportunidadesqueiroengrandecerosesforos
mercadolgicos,podendochegaremmuitoscasosamotivarasempresasaanalisarosdesejos
dos consumidores. No somente investigar, mas tambm apontar os pontos fortes e os canais
quenecessitamdeummelhorposicionamentoeossegmentosaosquaisalmejamcultivar.
O marketing a alma do negcio, procurase despertar desejos, afim de que estes
tornemseumanecessidade,almdeprocurartambmsatisfazernecessidadeseproporcionara
comercializao,atroca,avenda.EstamesmapropostacompartilhadaporAnneT.Coughlan...
[et al.], 2012, p.2 [] o objetivo do marketing de canais satisfazer os usurios finais do
mercado, sejam eles consumidores ou compradores de empresas. Seu objetivo o uso ou
consumodoprodutoouserviovenda..
MATERIAISEMTODOS
O objeto de estudo foram os canais de marketing na cidade de BuriticupuMA,

estruturamos ento um questionrio com sete questes que foi aplicado aos protagonistas de
cadacanal,inicialmentepesquisousejuntoaSecretariadeTributosdomunicpioonmerode
empresasregistradas,comorespostanosabiamaquantidadeexata,houveatrocadegestorea
novaadministraoestavadesenvolvendoumtrabalhoderecadastramento,noobtivemosum
posicionamento exato. Ao fazer uso das fontes secundrias, IBGE, os dados de 2010 revelaram
umtotalde533empresas,assimdelineamosquefaramosapesquisacomumuniversode100
canais, onde redistribumos a pesquisa em 10 categorias de atividades do ramo comercial,
conforme apresentado (20 roupas e acessrios, 20 supermercados e mercearias, 10 frutas e
verduras, 10 cerealistas, 10 restaurantes, 10 lanches e refeies noturnos, 5 aougues, 5
suprimentosdeinformtica,5farmciase5materiaisdeconstruo).
Asentrevistasforamconduzidaspelobolsistadoprojeto,sobaorientaodoprofessor,
deacordocomaordemestabelecidaemdiscussoentreestes,aoclassificarmosparaapesquisa
algumas atividades levamos em considerao a cultura local, na escolha dos aougues, por
exemplo, a pesquisa deuse principalmente devido cidade no possuir matadouro pblico
municipal,maspossuirumapecuriaemdesenvolvimento,destaformapoderamosconstatarse
oquecomercializadonacidadeoriginadodaspropriedadesemseuentorno.
Paramelhorconduodostrabalhosantesdesairacampooalunobolsistadiscutiucomo
seu orientador a formulao do questionrio e repassou instrues de como conduzir a coleta
dos dados. O trabalho foi realizado no perodo diurno e tambm no noturno para que
pudssemos alcanar os objetivos, as entrevistas, como prevamos, em alguns segmentos no
houve boa receptividade dos atores, em outras, certa morosidade ou receio de que
pertencssemos h algum rgo fiscalizador, situao comumente vivenciada pelos
pesquisadores,porissoanecessidadedeumtreinamentoparaabordarcadaentrevistado.
Outrapreocupaoeradiantedasperguntas,devidoalgunsempreendedoresnopossuir
altograudeinstruoeemsuamaioriainiciaramoempreendimentopornecessidade,massem
nenhum plano de negcio formal ou conhecimento cientfico, poderiam no decodificar as
perguntas, sendo assim adotamos o mtodo que o aluno iria realizar a pergunta dentro da
linguagem de entendimento do entrevistado, no entanto sem descaracterizar a sua essncia,a
propostaeratrabalharalinguagemlocal(coloquial),jqueousodanormacultapoderiainduzir
ao erro (por no compreender e para no deixar de responder diria qualquer coisa), no
constranglodiantedosquestionamentos.
Oprocessodeamostragemutilizadofoiaprobabilsticaporconglomerados(ACEVEDOe
NOHARA,2013)consistenadivisodareadacidadeembairros,quarteiresedomiclios,area
trabalhadafoiocentrocomercialdacidadedeBuriticupu,localqueconcentraoselementosda
pesquisa, e aps este processo de diviso trabalhamos a amostragem no probabilstica por
convenincia (ACEVEDO e NOHARA, 2013), as pessoas so selecionadas de acordo com a
conveninciadopesquisador.Soossujeitosqueestoaoalcancedoinvestigador.
RESULTADOSEDISCUSSO
Neste captulo so apresentados os resultados encontrados, bem como a anlise e

interpretao dos dados, de acordo com a diviso de atividade comercial j apresentada
anteriormente.
ROUPASEACESSRIOS
OcomrciovarejistaderoupaseacessriosdeBuriticupuMAseconstituiemumponto
forteparaocomrciolocal,poisnotveladistribuiodarededelojasportodosospontosda
cidade.Porteremgrandeproporo,entrevistousevinteatoresdesseramo,ondeotempode
exercciodaatividadevariade6mesesa19anos;opblicoalvoprincipalsoasclassesB,CeD;
dototaldesteCanalpesquisado60%(sessentaporcento)dizematenderopblicoemgeral,da
cidadeeregio,30%(trintaporcento)atendemsomenteadolescenteseadultos,5%(cincopor
cento)somenterecmnascidose5%(cincoporcento)atentemopblicofeminino.
Apesquisamostraquesovrios osmotivosquelevaramoslojistasainvestirnoramo
varejista de roupas e acessrios em BuriticupuMA, que tambm no diferente dos motivos
apontados pelos demais ramos pesquisados, na sua maioria alegam que: Por desejar ser
financeiramente independente, e se tornar o prprio patro, Pelo grande crescimento do
comrcio, e por ser uma fonte segura para ganhar dinheiro, Por no haver muitas
oportunidadesdeempregonacidade,resolviinvestirnoprprionegcio.
Outrofatorinteressanteapontadopelapesquisa,dizemrespeitoaosfornecedores,80%
(oitentaporcento)doslojistasfazemsuascomprasnasgrandesfeirasdeFortalezaCE,Caruaru
PE e Santa Cruz do CapibaribePE. Revelaram que tambm realizam compras por meio de
representantescomerciais,pedidosviacatlogosepelainternet,ondealegamquehumganho,
pelofatodenoenfrentarodesconfortododeslocamentoeoscustosporissoacarretado.
Quanto divulgao de seus artigos, 65% (sessentae cinco por cento) fazem o uso dos
maisvariadosmeiosdecomunicaodisponvel,comoTV,rdio,carroemotodesomvolante,
outdoors,redessociais,sistemadesomnaportadaloja,sendoesteltimo,maisexploradopela
maioriadaslojas;osoutros35%(trintaecincoporcento)dizemquejtemsuaclientelacerta,e
que esta se encarrega de fazer com que o conhecimento de seus produtos chegue a outras
pessoas.
SUPERMERCADOS
A pesquisa no ramo varejista e atacadista de gneros alimentcios, que se configura
tambmcomoumaatividadeemgrandesproporesnacidade,nospossibilitouoentendimento
de que um dos ramos comerciais mais antigos desenvolvido no municpio. Dos pontos
envolvidos na pesquisa, vinte no seu total, o tempo de funcionamento varia de 6 meses a 30
anos, com um pblico heterogneo, que varia entre a comunidade em geral e regio 70%
(setentaporcento)somenteapopulaodobairroevizinhana,queconstituios30%(trinta
porcento).
As justificativas de o porqu investir no ramo, no diferenciam muito das demais
apresentadas anteriormente, onde obtivemos as seguintes respostas: Para adquirir a
independnciafinanceira,Porterperdidooempregoeparanosairdacidadeembuscadeste,
resolvimontarumnegcioquegarantisseosustentodafamlia,Pormotivospessoaismesmo,
aosairparacompraralgumproduto,precisariairavriosestabelecimentoparaoencontralo...
Pela distncia do bairro para o centro comercial, vi uma oportunidade de ganhar dinheiro,
Adoeci e fiquei impossibilitado de trabalhar na agricultura, de onde garantia o ganha po da
famlia.
Quanto aos fornecedores, a pesquisa mostra que 60% (sessenta por cento) fazem suas
compras por meio de representantes comerciais, que varia de fornecedor dependendo do
produto; enquanto 40% (quarenta por cento) compram diretamente no comrcio local ou em
AailndiaMAeImperatrizMA.
Emrelaodivulgao,75%(setentaporcento)alegamquenoutilizampelofatode
nohaverrecompensasignificativa,poisemoutrasoportunidadesfizeramusodessemecanismo
enoperceberamxitonovolumedacompradiria;jos25%(vinteecincoporcento)utilizam
como meios para divulgar suas mercadorias o rdio, a TV, carro e moto de som volante,
patrocnio,etc.
FRUTASEVERDURAS
No canal de Frutas e Verduras obtevese uma variedade de tempo nesta atividade,
registrouse de 01 ms a 16 anos, no qual trabalhamos com dez atores, seu pblico alvo a
comunidadeemgeral,eaprocednciadeprodutostemdistintoslocais,taiscomoImperatrizMA
eTeresinaPI,apenasdoiscomerciantesregistraramqueotomatedeproduoprpria.
Aoindagaroporqudaescolhadeinvestirnesteramodenegcio,obteveseasfalasque:
devido a grande demanda percebeu oportunidade de ganhar dinheiro; para adquirir
independnciafinanceiraeporterafinidadecomarea;porhaverumacarnciadocomrcio
de frutas e verduras; para dar continuidade h um negcio familiar; pela carncia de um
comrciodestetipoprximodeondemora.
Um ponto interessante quanto forma de divulgao, 50% (cinquenta por cento) dos
atoresfalaramquenoutilizamnenhumtipo,queobocaabocaseencarregoudapromoo,j
osoutros50%(cinquentaporcento)fazemusodordio,TV,carrovolante,panfletos.
CEREAIS
Uma atividade comum em BuriticupuMA, e que desenvolvida principalmente pelos
moradores mais antigos da cidade, o comrcio varejista e atacadista de compra e venda de
cereais. Ao pesquisarmos esse ramo comercial, dez no seu total, verificouse que o tempo de
exerccio na atividade varia de 4 meses a 25 anos; como justificativa para montar o negcio,
apresentaramasseguintes:Trabalhavanaagricultura,eporperceberqueoscustosebenefcios
jnocompensariammais,vimparacidadeemonteiumpontodevenda...,Parateroprprio
negcio, Por estar desempregado, tinha que encarar o mercado para ganhar o po de cada
dia.
Emrelaoaosfornecedores,apesquisamostraque70%(setentaporcento),dospontos
envolvido, adquirem os produtos diretamente dos lavradores da agricultura familiar local; 30%
(trintaporcento)compramatravsderepresentantescomerciais.Percebeusetambmqueseu
pblicoalvoacomunidadegeral;eque90%(noventaporcento)nofazemdivulgaodeseus
produtos.
RESTAURANTES
Ocomrcioderestaurantesobservouseumavariedadedetempoemqueestasestoem
atividades,registrousede1a28anos,seupblicoalvoacomunidadeemgeraleviajantes,e
todos os produtos so procedentes do comrcio local. Ao serem indagados sobre o porqu da
escolhadeinvestirnesteramodenegcio,obteveseosregistrosseguintes:Anecessidadede
ummeiodevidaparagarantirosustentodafamlia;Porter trabalhadocomocozinheiraem
restaurantesalheio,decidicolocaroprprionegcio;Porafinidadecomaatividade;Porter
vindodointerior,tinhaquecolocarumnegcioparasobrevivernacidade.Semente20%(vinte
porcento)fazdivulgaodeseusestabelecimentos,pormeiodordio.
LANCHESEREFEIES/COMRCIONOTURNO
AocaminharnoitepelasruaseavenidasdeBuriticupuMA,fcilsedepararcomvrias
bancas de venda de lanches e comida em geral. Por meio da pesquisa em dez pontos destes,
podese concluir que 100% (cem por cento) deles trabalham informalmente e, justificam que
praticam a atividade, nessas condies, porque necessitam ganhar um complemento para a
rendafamiliar;seusfornecedoresso90%(noventaporcento)docomrciolocal,10%(dezpor
cento)dacidadedeImperatrizMA.
O pblico alvo desse comrcio constitudo pela comunidade geral, transeuntes
noturnos.Somente10%(dezporcento)delesutilizamoscanaisdedivulgao,comordio,som
volanteeredessociais,paraatrairclientes;otempodefuncionamentodasatividadesenvolvidas
variade2mesesa8anos.
INFORMTICAESUPRIMENTOS
Ao trabalharmos com este nicho, informtica e suprimentos, entrevistamos cinco
estabelecimentos. Observouse que o tempo de funcionamento deste ramo de atividade
comercialemBuriticupu,deacordocomapesquisa,variade10mesesa20anos,comservios
prestadosparatodoomunicpioeregio,configuradoscomoseupblicoalvo.
Ao indagarmos sobre os motivos que os impulsionaram a montar o negcio, obtivemos

comorespostas:Viagrandedemandadacidadeporprodutosdeinformticaeeletrnicos,ao
terconhecimentodoramo,percebiqueeraumafonteseguraparaseinvestireganhardinheiro,
Porsertcnicoemeletrnica,resolvicolocarumnegciodoramoemetornarpatro,invsde
funcionrio, Para expandir a rede de loja em mais pontos da cidade ( este canal filial da
matrizqueficanacidadedeImperatrizMA),Portervocao pelareaeporquereradquirir
minhaindependnciafinanceira.
Paraconfirmaredartestemunhodequeoqueoferecememprodutos/serviostemoseu
devidovalor80%(oitentaporcento)desteCanalinformaramquefazemsuascomprasviarede
mundial de computadores, a internet, contactando diretamente os fabricantes e distribuidores
doestadodeSoPauloeGoiniaGO,justificandoassimumaprticacomumnocenriomundial,
osempreendedoresafirmamquedestaformaregistrasebenefciosediminuicustos,queseriam
altssimossetivessemqueselocomoveraestesgrandescentrosparaefetuarascompras,pois
implicariaempassagens,hospedagem,alimentao,ausnciaprolongadadesualojaeetc.,este
novomodelodecomprastrazpraticidadeesegurana.
Quanto aos outros 20% (vinte por cento) tem como fornecedor, a matriz da loja,
localizada em ImperatrizMA. Um fator interessante, observado na pesquisa, a questo da
divulgaodosprodutos,nodesconsiderandoopoderdobocaa boca,100%(cemporcento)
dos estabelecimentos fazem uso dos meios de comunicao, como TV, rdio, carro de som
volante,patrocnio,sacolaspadronizadas,etc.,poracreditaremqueadivulgaoseconstituisim,
comoaalmadonegcio.
A prtica desenvolvida por estes canais de marketing explicita exatamente o queROSA,
2012p.10registrasobreomarketing:
[...]. O marketing faz parte da vida da sociedade, mesmo que esta no
perceba a existncia dele. J para as empresas ele se torna uma
ferramentaindispensvelnacompetitividade.
DROGARIAS
Ao entrevistado os varejistas de Drogarias, percebemos que o tempo de exerccio na
atividade, dos cinco atores envolvidos, varia de 1 a 11 anos; que tem como pblico alvo a
comunidadeemgeral80%(oitentaporcento)eapopulaorural20%(vinteporcento).
Apresentaram como justificativa para o envolvimento com a atividade farmacutica, as que se
seguem: Pelo fato de estar desempregado e ter experincia com a rea, Por ter trabalhado
antescomovendedorambulantedeprodutosfarmacuticosnosinteriores,Eutrabalhavacom
representantedevendadeprodutosdarea,resolvicolocarmeuprprionegcio.
Em relao compra dos produtos, todos afirmaram comprar via representantes

comerciais ou por meio de catlogos; 60% (sessenta por cento) fazem divulgao de seus
estabelecimentos, atravs do rdio, carro e moto de som, calendrio, sacolas e blocos
personalizados;jos40%(quarentaporcento)alegamqueasvendassofracaseporissono
compensaoscustoscomapropaganda.
MATERIALDECONSTRUO
A partir desta pesquisa verificouse que o tempo de exerccio na atividade do comrcio
varejistaeatacadistadematerialdeconstruo,combasenoscincocanaisvisitados,variade6
mesesa8anos;ondesepercebeatravsdafaladosentrevistadosqueaatividadeseencontra
em pleno crescimento na comunidade. Ao serem interrogados acerca dos motivos que os
levaramainvestirnaatividade,foramcategricosemafirmarem:Pelofatodagrandedemanda
dacidadepormateriaisdeconstruo,Porqueaatividadeseencontraemgrandeexpanso,
Por querer ter o prprio negcio, vi uma oportunidade de crescer na atividade, visto que a
demandacrescente.
Em relao aos fornecedores, observouse que as compras so diversificadas, pois a
grande maioria dos produtos adquirida por meio de representantes comerciais, no entanto
umapartesignificativa,nocasodotijolo,deprocednciadacermicalocaleaareiaseextrai
noriodacidade.Seupblicoalvoconstitudopelacomunidadeemgeral,cidadeeregio;como
meios para divulgao dos produtos, 100% (cem por cento) deles utilizamse do rdio, carro e
motodesomvolante,patrocnio,calendrioecanetaspersonalizados,placasnaentradaesada
dacidade.
CARNES(AOUGUES)
Neste ambiente contemplou cinco pontos do comrcio varejista de carnes frescas e
congeladas, onde se observou que as atividades em funcionamento desses estabelecimentos
variamde2a15anos.Aosereminterrogadossobreosmotivosquelevaramatrabalharnesse
ramo, obtivemos que: Era proprietrio de um ponto de venda, aluguei para um aougueiro,
depois fiquei desempregado e resolvi pegar o ponto e montar meu prprio negcio, Por ter
experinciacomaatividade,aovirparacidadecontinuei...,Pornecessidadedeganharopo
decadadia.
Pornohaverummatadouropblicomunicipal,osaougueirosalegamqueadquirema
carne para o abastecimento do mercado local, na mo de vrios matadouros particulares
(pecuaristas da regio), que sem nenhum servio de inspeo fornecem a carne para revenda.
100%(cemporcento)delesnovazemdivulgaodeseucomrcio,poisacreditamqueporser
umartigodealtoconsumo,sevenderporsis.
CONCLUSO
EstaamostraquerepresentaosCanaisdeMarketingemBuriticupuMA,certamenteno
diferenciamuitodasdemaiscidadesdoEstadooudoBrasil,asprincipaisdiferenasconfigurase
na cultura de cada localidade e/ou tempo de existncia. A administrao planejar, organizar,
dirigir e controlar, mesmo que instintivamente os empreendedores fazem. No entanto, o
conceitodemodernidadeexigequesesaiadoempirismoetrabalhecomumplanodenegcio
estruturado,comrigorcientfico,noporserumaexigncialegal,masprincipalmenteporuma
questodesobrevivncia,pois,antiguidadenoposto.
Ocenrioofertadoestapesquisademontracomportamentomodernoemdeterminados
canaisetradicionaisemoutros,fatodevidoemsuamaioriafaltadeinstruo,hajavistoque
seusrepresentantesconfiguramsecomoempreendedorqueprojetouseunegciobaseadoem
umaprticasemteorias.Anovaestruturaexigecanaiscomfundamentosprofundos.
Este estudo exibe certas limitaes, mas tambm grandes reflexes, dessa forma, os
resultados e concluses devem ser analisados considerando o potencial de cada localidade e
jamais ignorando sua cultura local. Insinuase para estudos futuros a investigao sobre o
comportamentodoscolaboradoresinternosdestesCanaisdeMarketing,bemcomoaformao
dosmesmosedeseusempreendedores,seexisteconhecimentodastcnicasadministrativas,do
processo de seleo interna e para quem implantou mudanas que benefcios estas lhe
trouxeram.
REFERNCIAS
1ACEVEDO,ClaudiaRosa.;NOHARA,JoulianaJordan.ComoFazerMonografias:tcc,dissertaes
eteses.SoPaulo:Atlas,2013.
2ANNET.COUGHLAN[etal.].CanaisdeMarketing.SoPaulo:PearsonEducationdoBrasil,2012.
3ROSA,MarcosPaulo.MtodoseFerramentasdoMarketing,Curitiba:LivroTcnico,2012.
4ZIKMUND,WilliamG.PrincpiosdaPesquisadeMarketing.SoPaulo:CengageLearning,2011.
10
ASEGURANADAINFORMAOEMUMAINSTITUIOPBLICADEENSINOSUPERIOR
G.S.Alves (IC);K.L.G.Santos(IC)2;L.L. Almeida (IC)3 ;J.E.M.Barbosa(PO)4

InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa;2InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJoo
Pessoa;3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa;4InstitutoFederaldaParaba(IFPB)
CampusJooPessoaemail:larissalucena89@hotmail.com
RESUMO
Opresenteartigotevecomoobjetivoavaliarcomouma
instituio pblica de ensino superior protege as
informaes geradas no seu ambiente interno segundo
a NBR ISO/IEC 27002:2005. Para alcanar os objetivos
propostos, o estudo foi de natureza aplicada com
abordagem quantitativa, quanto aos objetivos foi
exploratriodescritiva e os procedimentos tcnicos
utilizados na pesquisa tiveram por base a pesquisa
bibliogrfica, a pesquisa documental e de campo. O
universo de estudo foi composto pelos funcionrios de
umainstituiopblicadeensinosuperiordacidadede
Joo Pessoa PB, sendo a amostra composta por 30
funcionrios. A coleta dos dados foi realizada com
aplicaodequestionrios,construdoscomautilizao
da escala de diferencial semntica, para a anlise e

tratamento dos dados, utilizouse a estatstica
descritiva. Como resultado, encontrouse que a
segurana da informao na organizao pesquisada,
no est de acordo com os padres exigidos pela NBR
ISO/IEC 27002:2005. No aspecto da segurana em
recursos humanos h uma carncia de treinamentos e
orientaes para os funcionrios, j no quesito da
segurana dos equipamentos, notase a falta de um
controlemaiseficazdosequipamentosdainstituio.E,
na segurana fsica e do ambiente, ficou claro que os
respondentes no possuem uma opinio conclusiva
sobreoassuntoequenohumcontroledeacesso
organizao,deixandoabastantevulnervel.
PALAVRASCHAVE:SeguranadaInformao,Controle,NBRISSO/IEC27002:2005.
THEINFORMATIONSECURITYINAPUBLICINSTITUTIONOFHIGHEREDUCATION
ABSTRACT
Thisstudyaimedtoevaluatehowapublicinstitutionof
highereducationprotectstheinformationgeneratedin
its internal environment according to ISO / IEC
27002:2005. To achieve the proposed objectives, the
study of nature was applied with a quantitative
approach,asthegoalswasexploratorydescriptiveand
technical procedures used in the study were based on
the literature, documentary and field research. The
studyuniversewascomposedofemployeesofapublic
highereducationinstitutioninthecityofJooPessoa
PB,withasampleof30employees.Datacollectionwas
performed with questionnaires, constructed with the
use of semantic differential scale for the analysis and
processing of data, we used descriptive statistics. As a

result, it was found that information security the
company studied, is not in accordance with the
standards required by ISO / IEC 27002:2005 standards.
Intheaspectofsafetyinhumanresourcesthereisalack
of training and guidance to employees, as in the
questionofsafetyofequipment,notethelackofamore
efficient control of equipment of the institution. And
physicalandenvironmentalsecurityitwasclearthatthe
respondents do not have a conclusive opinion on the
matterandthatthereisnoaccesscontrolorganization,
leavingitveryvulnerable.
KEYWORDS:SecurityInformation,Control,NBRISO/IEC27002:2005.
INTRODUO
O aumentodo uso da tecnologia nas organizaes, apesarde otimizaros processos nas
empresas,podeestartambm,aumentandoosriscosdeevasodasinformaes.Aespionagem,
temabastantediscutidoatualmente,estsetornandoumviloparaasorganizaesdomundo
todo.Deacordocomalgumaspesquisasrelacionadasaotemaemestudo,perceptvelqueas
empresas brasileiras, tanto pblicas quanto privadas, preocupamse muito pouco com a
seguranadainformao.
Possuirprofissionaisespecializadosemtecnologiadainformaonasempresas,apesarde
ser necessrio, pode custar caro. Pois esta uma rea onde h uma carente de profissionais
capacitados. Segundo o relatrio anual de segurana existe uma carncia mundial de
aproximadamente um milho de profissionais capacitados em segurana da informao. J a
Pesquisa Global de Segurana da Informao (2013), realizada com 575 executivos de
organizaes brasileiras, apontou que menos de 60% dos respondentes acreditam haver
elevaesdosinvestimentosemanlisedevulnerabilidadesemonitoramentodeatividadesde
terceiros. Percebese atravs destas pesquisas, que o mercado ainda est carente de
profissionais nesta rea e que as empresas esto investindo pouco na proteo das suas
informaes.Issopossibilitaocrescimentodeinvasoeroubodasinformaesnasorganizaes.
Asinstituiespblicasdeensinosuperiortambmsofontedemilharesdeinformaes,
quepodemseralvodeinvaseseespionagem.Mesmohavendoprofissionaiscapacitadospara
gerenciaraseguranadasinformaesveiculadanestasorganizaes,elastambmpodemestar
vulnerveis. Por isso, preciso avaliar, se as pessoas que esto fazendo a proteo das
informaesnessasorganizaesconhecemeutilizamasnormaspadresqueforamcriadascom
ointuitodemelhorarogerenciamentodosindivduosedasorganizaes.
Por ser um tema atual, relevante para a sociedade e pouco abordado, percebeuse a
necessidadedemaisestudosnestarea.Paraisso,estetrabalhovisaaumentaroconhecimento
dosseusleitoressobreaseguranadainformaoeminstituiesdeensinopblicoecomoele
estsendotratado.Etemcomoobjetivo,avaliarcomoumainstituiopblicadeensinosuperior
protegeasinformaesgeradasnoseuambienteinternosegundoaNBRISO/IEC27002:2005.
Parafacilitarsualeituraecompreenso,oartigoestestruturadoemtpicos.Oprimeiro
apresentaaintroduo;osegundoabordaosconceitossobreseguranadainformao,ticada
informao e os captulos mais relevantes da NBR ISO/IEC 27002:2005; o terceiro exibir os
mtodoseferramentasutilizadasparaaobtenodasinformaescontidasnotexto;oquarto
ir mostrar a anlise e tratamento dos resultados; e, o quinto trar as concluses sobre a
pesquisa.
REFERENCIALTERICO
SeguranadaInformao
ParaaNBRISO/IEC27002:2005,seguranadainformaoaproteodainformaode
vriostiposdeameaasparagarantiracontinuidadedonegcio,minimizaroriscoaonegcio,
maximizar o retorno sobre os investimentos e as oportunidades de negcios. Para (SMOLA,
2003, p. 45 apud VIANA 2005, p. 31), define segurana da informao como uma rea do
conhecimento dedicada proteo de ativos da informao contra acessos no autorizados,
alteraes indevidas ou sua indisponibilidade. Assim, a segurana da informao pode ser
entendidacomoosmeiosutilizadosparaprotegerasinformaesdealgumlocalespecfico,afim
depreservarsuaintegridadeeseuuso.
Segundo Neto e Silveira (2007), NBR ISO/IEC 27002:2005, para garantir a proteo das
informaesdeumaorganizao,precisoestaratentoatrscaractersticas:
a) aintegridadedainformao:quetemcomoobjetivogarantiraexatidodainformao,
permitindosomenteapessoasautorizadassuaalterao,adioousupresso;
b) adisponibilidade:quegarantequeosautorizadosaacessaremainformaopossamfaz
losemprequenecessrio;
c) a confidencialidade da informao: garante que somente pessoas autorizadas tero
acessoaela,protegendoadeacordocomograudesigilodosecontedo.
essencial proteger a informao nas organizaes, sempre buscando a preservao

destas caractersticas que so fundamentais para assegurar sua autenticidade. A segurana da
informaodeumaempresapodegarantiracontinuidadedonegcio,aumentaraestabilidadee
permitir que as pessoas e os bens estejam seguros de ameaas e perigos. Atualmente a
informao uma arma estratgica nas empresas, sendo tambm um recurso de muita
importncia.Comocrescenteaumentodastecnologiasdeinformaoecomarpidadisperso
dela, cresceu tambm os crimes relacionados a ela e surgiu necessidade de manter as
informaesdasempresasemsegurana,livrederiscoseperigos.
DeacordocomCrtes(2008),noambienteinternodeumaempresa,existemtrsgrupos
que so interligados, e, necessitam de um gerenciamento e controle eficaz para manter a
informao em segurana, so eles: os recursos fsicos, os recursos lgicos e os recursos
humanos. Os recursos fsicos compreendem os equipamentos de informtica e qualquer outro
equipamento que seja detentor de informao. indispensvel verificao das condies de
seguranadetodaainfraestruturadecomunicaoeprocessamentodedadoseinformaoda
organizao.Osrecursoslgicossoasredesdecomputadoresutilizadasnaempresa,poronde
passam muitas informaes importantes, e que se no forem bem protegidas, possibilitam o
acesso e alterao delas. E os recursos humanos, que inclui os profissionais que trabalham na
organizao.Denadaadianta,manterumcontrolergidodosoutrosdoisrecursos,seaspessoas
que vo operlos no estiverem conscientizadas dos riscos e procedimentos. Da, que se
evidencia a preciso de capacitar e treinar as pessoas, para que elas estejam aptas a
desempenharsuasatividadescomseguranaeeficincia.
ANBRISO/IEC27002:2005
Esta norma uma adaptao da NBR ISO/IEC 17799:2005, elaborada pelo Comit
BrasileirodeComputadoreseProcessamentodeDadosepelaComissodeEstudodeSegurana
Fsica em Instalaes de Informtica. Ela estabelece diretrizes e princpios gerais para iniciar,
implementar, manter e melhorar a gesto da segurana da informao em uma organizao
(NBR ISO/IEC 27002:2005, p. 1). Tambm tem o papel de servir de guia para as empresas,
fazendo com que haja uma padronizao nas prticas de segurana da informao e uma
proteomaiseficaz.
A segurana da informao obtida a partir da implementao de um conjunto de
controles adequados, incluindo polticas, processos, procedimentos, estruturas
organizacionais e funes de software e hardware. Estes controles precisam ser
estabelecidos, implementados, monitorados, analisados criticamente e melhorados,
onde necessrio, para garantir que os objetivos do negcio e de segurana da

organizaosejamatendidos(NBRISO/IEC27002:2005,p.X).
A segurana da informao um processo sistmico que precisa estar bem alinhado

entre:softwares,equipamentosepessoas.Noadiantapossuirequipamentosdealtatecnologia
enoterinstaladosoftwaresmodernos.Ou,termquinasesoftwaresavanadosepessoassem
capacidadeparaoperlos.Talvez,essespossamseralgumasdascausasdonmerocrescentede
roubo de informaes, pois se algum desse estiver em desacordo com o outro o sistema pode
apresentarfalhas.
Segundo a NBR ISO/IEC 27002:2005, o objetivo da segurana em recursos humanos
assegurar que os funcionrios entendam suas responsabilidades e estejam de acordo com os
seuspapis,ereduziroriscodefurtoeroubo,fraudeoumauusoderecursos.Aindadeacordo
comanorma,algunsaspectosqueprecisamsercontroladosparasealcanaressaseguranaso:
Papis e responsabilidades, Conscientizao, Educao e treinamento em segurana da
informao,ProcessodisciplinareRetiradadedireitosdeacesso.
Os funcionrios precisam ter seus papis e responsabilidades bem definidos e
documentados de acordo com a poltica de segurana da informao da organizao. Convm
que todos os funcionrios da organizao recebam treinamentos apropriados em
conscientizao, e atualizaes regulares nas polticas e procedimentos organizacionais,
relevantesparaassuasfunes.necessrioqueexistaumprocessodisciplinarformalparaos
funcionriosquetenhamcometidoumaviolaodaseguranadainformao.Verificasequeos
direitosdeacessodetodososfuncionriossinformaeseaosrecursosdeprocessamentoda
informaodevemserretiradosapsoencerramentodesuasatividades,contratosouacordos,
ouajustadoapsamudanadestasatividades.
Quanto segurana fsica e do ambiente, a NBR ISO/IEC 27002:2005, tambm destaca
algunsaspectosparaumcontrolemaiseficientedainformao,cujoobjetivopreveniroacesso
fsicoenoautorizado,danoseinterfernciascomasinstalaeseinformaesdaorganizao.
Essa seo pode ser dividida em duas partes: segurana dos equipamentos e segurana do
ambiente.
Paraaseguranadosequipamentos,observaseque,emrelaoinstalaoeproteo
do equipamento, necessrio que eles sejam colocados no local apropriado e protegidos para
reduzirosriscosdeameaaseperigosdomeioambiente,bemcomoasoportunidadesdeacesso
noautorizado.Nassuasutilidades,osequipamentosprecisamserprotegidoscontraafaltade
energiaeltricaeoutrasinterrupescausadasporsistemasdealarmesquevenhaafalharentre
outros.
Quanto manuteno dos equipamentos, convm que eles tenham uma manuteno
correta para assegurar sua disponibilidade e integridade permanentes. Para a segurana dos
equipamentosforadasdependnciasdaorganizao,necessrioquesejamtomadasmedidas
deseguranaparaequipamentosqueoperemforadolocal,levandoemcontadiferentesriscos
decorrentesdofatodesetrabalharforadasdependnciasdaorganizao.
Noquedizrespeitoseguranadoambiente,ressaltasequenopermetrodesegurana
fsica, sejam utilizados permetros de segurana (barreiras, tais como paredes, portes de
entrada controlados por cartes ou balces de recepo com recepcionistas) para proteger as
reas que contenham informaes e instalaes de processamento da informao. Para os
controlesdeentradafsica,asreassegurasdevemserprotegidasporcontrolesapropriadosde
entradaparaassegurarquesomentepessoasautorizadastenhamacesso.Jnaproteocontra
ameaas externas e do ambiente, fazse necessrio que sejam projetadas e aplicadas proteo
fsica contra incndios, enchentes, terremotos, exploses, perturbaes da ordem pblica e
outras formas de desastres naturais ou causados pelo homem. E na questo do trabalho em
reas seguras, essas reas seguras no ocupadas precisam ser fisicamente trancadas e
periodicamenteverificadas.
METODOLOGIA
Estapesquisafoidenaturezaaplicada,poisgerouconhecimentosparaasoluodeum
oumaisproblemas.Deabordagemquantitativa,quedeacordocomBarbosaet.al.(2012p.42),
prioriza a utilizao de nmeros como quantificadores de informaes, coletados de uma
amostra para, ento, com uso de formulaes estatsticas, testar as hipteses. J quanto aos
objetivos a pesquisa em questo foi exploratriodescritiva, que segundo Vergara (2009), visa
aprofundar o conhecimento do leitor sobre o tema abordado e descrever caractersticas de
determinada populao ou determinado fenmeno. Para obter as informaes necessrias ao
desenvolvimento deste trabalho, os procedimentos tcnicos utilizados na pesquisa tiveram por
baseapesquisabibliogrfica,apesquisadocumentaleapesquisadecampo.
Omtodousadoparasechegarsconclusessobreotemafoioindutivo,queparteda
observaodeumcasoparticular,paraseconstruirgeneralizaessobreotodo.Ouniversoda
pesquisaforamosfuncionriosdeumainstituiopblicadeensinosuperiordacidadedeJoo
Pessoa PB, sendo sua amostra composta por 30 destes funcionrios. Como a amostra foi
escolhidadeacordocomumcritrioprestabelecido,elasecaracterizacomonoprobabilstica
intencional.
O instrumento escolhido para coletar os dados deste estudo foi a aplicao de
questionrios,construdoscomautilizaodaescaladediferencialsemntico.Paraaanlisee
tratamentodosdados,utilizouseaestatsticadescritiva.
ANLISEETRATAMENTODOSDADOS
Para este estudo, apenas alguns aspectos da norma NBR ISO/IEC 27002:2005 foram
considerados para o controle da segurana da informao em uma instituio. Foram eles: a
segurana em recursos humanos, a segurana dos equipamentos e a segurana fsica e do
ambiente.Apesquisafoirealizadaentreosmesesdejaneiroamarode2014.Foramaplicados
questionrios com 35 funcionrios de uma instituio de ensino superior da cidade de Joo
Pessoa, sendo que apenas 30 desses questionrios foram vlidos, pois 5 deles no foram
preenchidoscorretamente.
DeacordocomaTabela1,possvelverificaroperfildossujeitosdapesquisa.Observase
ento,que63%dosrespondentessodognerofeminino,comamdiadeidadede38anose
com a mdia de tempo de 13 anos de instituio. Quanto funo, a maior parte, 40%, so
professores.Jograudeinstruoficoudivididocom50%possuindograduaoe43%comttulo
depsgraduao
Tabela1PerfilSociodemogrfico
Gnero
Feminino
63%
Masculino
37%
Idade
Mnima
Mxima
Mdia*
27anos
62anos
38anos
TemponaInstituio
Mnimo
Mximo
Mdia*
1ano
32anos
13anos
GraudeInstruo
Fundamental Mdio Graduao Psgraduao
0%
7%
50%
43%
Funo
Assistente Tcnico Superior
Professor
20%
27%
13%
40%
*Somadetodososvalores/nmerodaamostra(30).
Fonte:DadosdaPesquisa,2014.
O Grfico 1 apresenta o nvel de concordncia dos pesquisados sobre a segurana em

recursoshumanosnainstituioabordada.Pelasualeitura,notasenaassertiva1,ondebuscou
verificar se os cargos e funes so bem definidos nesta instituio, os nveis de concordncia
maisassinaladosforamo6e7.Jaassertiva2,queprocurouverificarseosfuncionriosesto
cientesdasresponsabilidadespelaseguranadainformao,houveumempateentreosnveis
de concordncia 1 e 2, e os nveis 6 e 7. Na assertiva 3, ao qual buscouse verificar se na
instituioosfuncionriospassamportreinamentossobreaseguranadainformao,ondice
derespostasfoimaiornosnveis1e2.Naassertiva4,quetevecomofinalidadeobterrespostas
sobre a violao das regras de segurana da informao, tambm teve como nvel mais
assinaladoo1e2.Enaassertivanmero5,queabordouaquestodobloqueiodosdireitosde
acessodosfuncionriosquesedesligamdainstituio,observasequeosnveisdeconcordncia
1e2foramosmaismarcados.
Grfico1Seguranaemrecursoshumanos
Segundo a NBR ISO/IEC 27002:2005, o objetivo da segurana em recursos humanos

assegurar que os funcionrios entendam suas responsabilidades e estejam de acordo com os
seuspapis,ereduziroriscodefurtoeroubo,fraudeoumauusoderecursos.
Apartirdasrespostasdospesquisados,ondeamaiorpartedasassertivasforammarcadas
emseusnveismaisbaixos,entendesequealgunsaspectosdaseguranaemrecursoshumanos
noestosendoatendidosdeacordocomaNBRISO/IEC27002:2005. Principalmente, no que
diz respeito a treinamentos e orientaes dos funcionrios sobre segurana da informao,
punio para os funcionrios que violam as regras de segurana da informao e bloqueio dos
direitosdeacessodosfuncionriosdesligadosdainstituio.Issopodeocasionaromauusoda
informaonainstituio,etambm,podefavoreceroroubodeinformaes.
J o Grfico 2, exibe o nvel de satisfao dos funcionrios quanto a segurana dos
equipamentos da instituio. Diante dos dados deste grfico, percebese que o nvel de
satisfao dos funcionrios est bem dividido. Nas assertivas 1 e 3, que buscou verificar a
disposiodosequipamentosemrelaoaolocalemqueseencontrameonveldeproteodos
equipamentosqueprocessaminformaesrestritas,onveldesatisfaomaismarcadofoio5.
Enquantoquenasassertivas2e5,queabordamaavaliaoeafiscalizaoreferentearegraque
probecomer,beberefumar,nasproximidadesdasinstalaesdosequipamentos,eaproteo
dosequipamentoscontraafaltadeenergiaeltrica,osnveisdesatisfao1e2foramosmais
assinalados.Jnasassertivas4,6e7,ondebuscouseverificaraopiniodosrespondentessobre
amanutenodosequipamentos,ocontroledeentrada/sadadosequipamentoseinformaes,
e o encerramento das atividades nos computadores realizado pelos funcionrios, os nveis de
satisfao6e7tiverammaiorrepresentatividade.
Grfico2SeguranadosEquipamentos
Fonte:DadosdaPesquisa,2014.
Para a NBR ISO/IEC 27002:2005, alguns fatores que precisam ser controlados para
garantiraseguranadosequipamentosso:asinstalaeseproteodeles,aproteocontra
faltadeenergiaefalhas,suamanutenoeseguranaforadasdependnciasdaorganizao.
Porisso,paraserconsideradaeficaz,aseguranadosequipamentosdeumaorganizao
precisaestarcontroladaemtodososfatorescitadosanteriormente,oquenoestacontecendo
nainstituiopesquisada.Issopdeserobservadodeacordocomasrespostasdospesquisados,
onde alguns aspectos apresentaremse satisfatrios e outros no. Ou seja, a segurana dos
equipamentos na instituio pesquisada no est de acordo com a norma NBR ISO/IEC
27002:2005.Oquepodetornarosequipamentoseasinformaesgeradasnelesvulnerveisa
invases,rouboseusosinadequados.
Sobreseguranafsicaedoambientenainstituio,temosogrfico3,quenosmostraa
frequncia de medidas de segurana nesse aspecto. A partir da sua leitura, observase na
assertiva 1, que teve como objetivo averiguar a utilizao de carto de identificao, as
frequnciasmaismarcadasforama1e2.Jafrequncia4foiamaisassinaladanasassertivas2,
3 e 4, que abordaram respectivamente, o uso de medidas de segurana para o ambiente, a
utilizao de crach de identificao visvel realizada pelos funcionrios, e o posicionamento e
usocorretodosequipamentosdedetecoecombateaincndio.Enaassertiva5,quetratase
reasrestritasquandonoocupadasfisicamentesotrancadaseperiodicamenteverificadas,a
frequnciamaismarcadafoia5.
Grfico3Seguranafsicaedoambiente
DeacordocomaNBRISO/IEC27002:2005,aseguranafsicaedomeioambiente,temo
objetivodepreveniroacessofsicoenoautorizado,danoseinterfernciascomasinstalaese
informaesdaorganizao.
No caso dos dados obtidos neste aspecto, destacase que a maioria das assertivas
apresentou como resposta a frequncia 4, deixando claro que os respondentes no possuem
uma opinio conclusiva sobre o assunto. Dessa forma, entendese que a segurana fsica e do
ambiente da instituio no possuem um controle adequado de acordo com a norma. O que
possibilita o alto grau de exposio das informaes da instituio, atravs do fcil acesso das
pessoasnoseuambiente.
ASPECTOSCONCLUSIVOS
A segurana da informao est em constante evoluo. Em qualquer empresa, de
pequenoougrandeporte,suanecessidadecadavezmaisinerenteaosprocessos.Afragilidade
dosprocessosdeproteonasorganizaesavananamesmaproporoemqueaumentamos
riscosaosquaistodosestosuscetveis.Assimsendo,esteestudotevecomoobjetivoavaliar
como uma instituio pblica de ensino superior protege as informaes geradas no seu
ambienteinternosegundoaNBRISO/IEC27002:2005.
OestudoutilizouaNBRISO/IEC27002:2005,paraavaliaralgunsaspectosqueestanorma
julga importante para o controle da segurana da informao em uma organizao. Tambm
buscou alguns conceitos em outros autores, Crtes (2008), Laudon; Laudon (2007), Turban;
RainerJrePotter(2007),entreoutros.
Com relao resposta da questo problema, podemos concluir que a segurana da
informao na instituio pesquisada encontrase precria em alguns aspectos. Quanto
seguranaemrecursoshumanos,percebeseumacarnciadetreinamentoseorientaespara
os funcionrios sobre as melhoresformas de proteger emanipular informaes encontrada na
assertiva 3, na assertiva 4 verificouse que existem falhas na punio para os funcionrios que
violamasregrasdeseguranadainformaoena5htambmfalhasnobloqueiodosdireitos
deacessodosfuncionriosdesligadosdainstituio.
No quesito da segurana dos equipamentos, constatamos tambm, que o nvel de
satisfao dos funcionrios est bem dividido e que no h um controle mais eficaz deste
aspecto. E, na segurana fsica e do ambiente, observamos que a maioria das assertivas
apresentou como resposta a frequncia 4, deixando claro que os respondentes no possuem
uma opinio conclusiva sobre o assunto e que no h um controle de acesso a organizao,
deixandoabastantevulnervel.
Portanto,conclumosqueaseguranadainformaonaorganizaopesquisada,noest
deacordocomospadresexigidospelaNBRISO/IEC27002:2005,aumentandoassim,oriscode
furto,roubo,fraudeeusoinadequadodasinformaesgeradasemseuambienteinterno.
O presente estudo limitouse a um curto perodo de 3 meses de pesquisa, tendo
conseguidoumaamostradeapenas30funcionrios.Todavia,pretendeseestendertalpesquisa
a fim de obter dados mais significativos para contribuir ainda mais para o enriquecimento do
temaemquesto,eassim,agregarnovosconhecimentosacomunidadeacadmica.Etambm,
proporcionar melhorias quando a segurana da informao nas instituies pblicas de ensino
superior.
REFERNCIAS
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR ISO/IEC 27002 Tecnologia da
informao Tcnicas de segurana Cdigo de prtica para a gesto da segurana da
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BARBOSA,JosElberMarques[Et.al].PrticadePesquisaemAdministraodeMarketing.Joo
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gerenciamento.SoPaulo:Saraiva,2006.
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AdministraocomHabilitaoemAnliseDeSistemas)/FaculdadeAtenasMaranhense,2005.
SoLus,2005.
10
SATISFAODOSCLIENTESDAPOINTLANCHESPIZZARIA
T.J.A.Loureiro(PQ);D.D.Ribeiro (IC)2;R.S. Medeiros (IC)3
InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNovaCruz/RN,2InstitutoFederaldoRioGrandedo
Norte(IFRN)CampusNovaCruz/RN;3InstitutoFederaldoRioGrandedoNorte(IFRN)CampusNovaCruz/RN
email:thiago.loureiro@ifrn.edu.br
(TC)TcnicoemQumica
(PQ)Pesquisador
RESUMO
Este trabalho consiste em uma pesquisa de satisfao

dos clientes da Point Lanches Pizzaria, localizada na
cidade de Nova CruzRN. O objetivo da pesquisa
identificar o nvel de satisfao dos clientes da
lanchonete e pizzaria, frente aos seguintes atributos:
Variedade,Qualidade,Rapidez,Simpatia,Preo,Formas
dePagamento,Limpeza,Conforto,AcessoeLocalizao.
Estesjcitadossoconsideradosmaisimportantespara
ospesquisadores.Apesquisafoirealizadanodia26de
janeiro de 2014, em forma de questionrio composto
por 17 perguntas fechadas, numa amostra de 50
elementos.Astcnicasutilizadasparacoletadosdados
primrios se caracterizam quanto abordagem como
quantitativa, quanto ao objetivo descritiva e usouse o
mtodo estatstico para tabulao dos dados. Para os

dados secundrios foram realizadas pesquisas
bibliogrficas envolvendo os assuntos de Marketing,
comportamento do consumidor e satisfao dos
clientes. Os resultados demonstram que a maioria dos
clientes estosatisfeitos, porm existe alguns atributos
queprecisamsermelhoradosparaobterseasatisfao
plena dos clientes, evitando que futuramente eles (os
clientes)sesintaminsatisfeitos.
PALAVRASCHAVE:Marketing,Satisfao,Clientes,Comportamento.
CUSTOMERSATISFACTIONPOINTOFSNACKSPIZZERIA
ABSTRACT
This paper consists of a survey of customer

satisfaction of Point Snacks Pizzeria, located in New
Cross RN. The objective is to identify the level of
customersatisfactionandthecafeteriapizzeria,against
the following attributes: Variety, Quality, Speed ,
Sympathy, Price, Payment, Cleaning, Comfort Access
and Location. These aforementioned are considered
more important for researchers. The survey was
conducted on January 26, 2014, in the form of
questionnairewith17closedquestions,asampleof50
elements. The techniques used for collecting primary

data on the approach characterized as quantitative, as
thedescriptivegoalandweusedthestatisticalmethod
fordatatabulation.Forsecondarydatalibraryresearch
involvingsubjectsofMarketing,ConsumerBehaviorand
customersatisfactionweremade.Theresultsshowthat
most customers are satisfied, but there are some
attributes that need to be improved to achieve full
customer satisfaction by preventing future they
(customers)feeldissatisfied.
KEYWORDS:Marketing;Satisfaction,Customers,Behavior.
SATISFAODOSCLIENTESDAPOINTLANCHESPIZZARIA
INTRODUO
Osambientesemqueasnovasorganizaesseencontramso,geralmentecompetitivos,
isso acaba exigindo que elas possuam uma ou mais vantagens competitivas para que possam
continuarinseridasnomercado,comoporexemplo,oferecerparaosclientesomelhor,noque
dizrespeitoqualidade,eficinciaediferenciaodeprodutosedeserviosprestados.Poisos
clientes atuais esto cada vez mais exigentes. Entender essas exigncias de essencial
importncia,vistoqueosmesmospossuemdesejosmuitocomplexos.
O cliente deve ser considerado como a energia vital para uma empresa, se no existem
clientes, no existe razo para a mesma existir. Obter a sua satisfao tem sido um grande
desafio.
Em virtude disso, h uma necessidade de se conhecer (identificar) o perfil dos
consumidores,descobrindoseusdesejos,necessidadeseaspectosquepodemgerarinsatisfao.
Paraidentificaroperfildosclientes,asempresasusamapesquisadeopinioqueserve
comoumaferramentaparadescobrirograudesatisfaodosconsumidores.
Diantedessecenrio,surgiunospesquisadoresointeresseemdesenvolveressapesquisa
comoobjetivodeidentificarquaissoosfatoresquecontribuemparaasatisfaodosclientes
daPointLanchespizzarialocalizadaemNovaCruzRN.
APointLanchesPizzariafoiinauguradanodia18dejaneirode2007, estlocalizadana
RuaAssisChateaubriand1021,consideradacomoprincipalviaemNovaCruzRN.Atualmente,a
empresapossui12funcionrios.
No estabelecimento so comercializados salgados, pizzas, sanduches, sobremesas,
bolos, tortas, lasanhas, sorvetes, picols, aa, guaran do amazonas, refrigerantes, sucos,
vitaminas,sopas,cuscuz,tapioca,entreoutros.Aspizzascorrespondema84%daprefernciados
clientes. A lanchonete trabalha tambm com encomendas para festas, com reservas de mesas
paracomemoraesnaprpriaempresaeserviodeentregaemdomiclio,paraqualquerparte
dacidade.
O presente trabalho importante para os pesquisadores, pois possibilita colocar em
prtica o que foi aprendido durante o curso tcnico de nvel mdio em Administrao,
modalidade subsequente do IFRN, campus Nova Cruz/RN. Alm da experincia adquirida que
poderservirparaavidaprofissionaldosmesmos.
Para a empresa, o estudo contribuir oferecendo uma viso do grau de satisfao dos
consumidores. Se o grau de satisfao estiver elevado, significa que a empresa est
correspondendosexpectativas/anseiosdomercado,mascasoessefatornoestejaapropriado,
osdadosobtidospodemsubsidiaraelaboraodeaes/estratgiasvisandosuaadequao.
Paraaacademia,servirdebaseparafuturospesquisadoresquedesejempesquisarsobre
omesmotemaeporcontribuirparaoenriquecimentodoarcabouotericoexistente.
MATERIAISEMTODOS
Quanto aos seus objetivos, conforme Severino (2007, p.123): Uma pesquisa pode ser
classificada como exploratria, descritiva e explicativa. Ainda conforme o autor uma pesquisa
exploratria busca apenas levantar informaes sobre um determinado objeto, delimitando
assimumcampodetrabalho,mapeandoascondiesdemanifestaodesseobjeto.(SEVERINO,
2007).
AspesquisasdescritivassegundoGil(2010,p.27):Temcomoobjetivoadescriodas
caractersticas de determinada populao. Podem ser elaboradas tambm com a finalidade de
identificarpossveisrelaesentrevariveis.
ParaVergara(2013,p.42):Ainvestigaoexplicativatemcomoprincipalobjetivotornar
algo inteligvel, justificarlhe os motivos. Visa, portanto esclarecer quais fatores contribuem, de
algumaforma,paraaocorrnciadedeterminadofenmeno.
Diante destas citaes, entendese que a pesquisa nesse trabalho quanto ao seu
objetivo se caracteriza como descritiva por buscar identificar o nvel de satisfao dos clientes
semalterarosdadoscoletados.
O mtodo segundo Gil (2009, p.8) definido como [...] o caminho para se chegar a
determinado fim. E mtodo cientifico como conjunto de procedimentos intelectuais e tcnicos
adotadosparaseatingiroconhecimento.
Quantoaomtodo,umapesquisanascinciassciassegundoMarconieLakatos(2010),
pode ser classificada de 8 formas, sendo os, mais utilizados o Mtodo histrico, Mtodo
Comparativo,MtodoMonogrficoeMtodoEstatstico.
Entendesequeestapesquisadotipoestatstico,poisparaMarconieLakatos(2010,
p.93):Opapeldomtodoestatstico,antesdetudo,fornecerumadescrioquantitativada
sociedade,consideradacomoumtodoorganizado.
Com relao a abordagem uma pesquisa pode ser classificada como quantitativa ou
qualitativa.
SegundoMalhotra(2005,p.114):Apesquisaquantitativaprocuraquantificarosdados.
Elabuscaumaevidnciaconclusiva,quebaseadaemamostrasgrandeserepresentativase,de
algumaforma,aplicaanliseestatstica.
Ainda conforme Malhotra (2005, p.113): A pesquisa qualitativa proporciona melhor
viso e compreenso do problema. Ela o explora com poucas ideias preconcebidas sobre o
resultadodessainvestigao.
Sendoassim,entendesequeaabordagemadotadanapesquisarealizadanestetrabalho
dotipoquantitativa,pormedirograudesatisfaodosclientesemnmerospercentuais,para
finsestatsticos.
Para coletar as informaes de uma pesquisa podese utilizar dados primrios e
secundrios.
Os dados Primrios para Malhotra (2005, p.31): So originados pelo pesquisador
levando em conta o problema especfico que est sendo estudado, como os dados de
levantamento.
Ainda segundo o autor [...] os dados secundrios so aqueles coletados para outro
propsito que no seja o problema em mos, como os dados fornecidos pelas organizaes
comercias,peloCensoepelaInternet.
Paraosdadossecundriosforamrealizadaspesquisasbibliogrficasemlivroseartigos
cientficosdisponveisnainternet.
A coleta dedados primrios foi feita medianteaplicao de questionrio no dia 26 de
Janeirode2014, formadopordezperguntasfechadasutilizando aEscaladeLikert(totalmente
satisfeito,parcialmentesatisfeito,indiferente,parcialmenteinsatisfeito,totalmenteinsatisfeito)
paraobtermaiorprecisodograudesatisfaodosconsumidores.Atabela2mostraaestrutura
doquestionrioeosatributosavaliadospelapesquisa.
Tabela2Estruturadoquestionrio
Questes(1a10)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Compostodemarketing
Produto
Preo
Praa
Atributosavaliados
Qualidadedosprodutos
Variedadedosprodutos
Rapidezdoatendimento
Simpatiadoatendimento
Preodosprodutos
Formasdepagamentos
Limpezadoambiente
Confortodoambiente
Facilidadedeacessoaoestabelecimento
Localizaodoestabelecimento
Fonteelaboraoprpria.
Porfim,atabulaodessesdadosfoifeitacomousodosoftwareMicrosoftExcel2010.
Para apresentao usouse grficos de barras em forma de coluna. Cada grfico mostra dois
atributospesquisados,relacionadosa3dos4Ps"docompostodemarketing(Produto,Preoe
Praa),deacordocomatabela2.OptousepornocontemplaroP,Promoo,poresteno
terinterfernciasignificativacomonveldesatisfaodosconsumidores.
Oscincogrficosapresentam,deformaagrupada,ograudesatisfaodosconsumidores
daPointLanchesPizzarianoqueserefereaosdezatributosestudados,conformeestruturaj
descritanatabela2.
Grfico1:GraudesatisfaodosclientesdaPointLanchesPizzariarelaoaosatributos:
VariedadeeQualidadedosprodutos.
Fonte:Dadosdapesquisa
O grfico 1 demonstra o grau de satisfao dos clientes em relao aos atributos

VariedadeeQualidadedosProdutosdaPointLanchespizzaria.
OprimeiroresultadoreferenteaoatributoVariedade.Ogrficoindicaque100%dos
clientesestosatisfeitos(62%totalmentesatisfeitose38%Parcialmentesatisfeitos).
OsegundoresultadoreferenteaoatributoQualidade.Ogrficoindicaque96%dos
clientesestosatisfeitos(58%totalmentesatisfeitose38%Parcialmente).
Portanto, concluise que com relao aos aspectos Variedade e Qualidade dos
Produtososclientesestosatisfeitos.
Grfico2:Rapideznoatendimentoesimpatiadosfuncionrios
Ogrfico2demonstraograudesatisfaodosclientesemrelaoaosatributosRapidez
eSimpatiadosfuncionriosprestadosnoatendimentodaPointLanchespizzaria.
OprimeiroresultadoreferenteaoatributoRapideznoatendimento.Ogrficoindica
que 70% dos clientes esto satisfeitos (14% totalmente satisfeitos e 56% Parcialmente
satisfeitos), 2% indiferentes, 28% esto insatisfeitos (22% Parcialmente insatisfeitos e 6%
totalmente).
OsegundoresultadoreferenteaoatributoSimpatiadosfuncionrios.Ogrficoindica
que 80% dos clientes esto satisfeitos (50% totalmente satisfeitos e 30% Parcialmente), 2%
indiferente,18%insatisfeitos.(12%parcialmenteinsatisfeitose6%totalmente).
Sendo assim, no que referese a estes dois aspectos, percebese elevados ndices de
satisfao. Embora, existam algumas deficincias que precisam ser melhor analisadas para, se
necessrio,seremcorrigidas.Deficinciasessasquepodemservirdeobjetodeestudodefuturas
pesquisasacadmicasquepodemserdesenvolvidasnoprprioIFRN,campusNovaCruz/RN,por
alunosconcluintesdasfuturasturmasdoCursoTcnicodeNvelemAdministrao.
Grfico3:PreodosprodutoseFormasdepagamento.
Ogrfico3demonstraograudesatisfaodosclientesemrelaoaosatributosPreo
eFormasdepagamentopraticadosnaPointLanchespizzaria.Oprimeiroresultadoreferente
ao atributo Preo dos produtos. O grfico indica que 88% dos clientes esto satisfeitos (56%
totalmente satisfeitos e 32% parcialmente satisfeitos), 8% indiferentes. Apenas 4% esto
insatisfeitos(4%parcialmenteinsatisfeitose0%totalmente).
OsegundoresultadoreferenteaoatributoFormasdePagamento.Ogrficoindica
que 94% dos clientes esto satisfeitos (80% totalmente satisfeitos e 14% parcialmente), 2%
indiferentee4%insatisfeitos.
Pelos resultados apresentados no grfico 3, notase que estes dois atributos tambm
apresentambonsndicesdesatisfao.
Grfico4:Limpezaeconfortodoambiente.
Ogrfico4demonstraograudesatisfaoemrelaoaosatributos:LimpezaeConforto
doambienteoferecidosnaPointLanchespizzaria.Oprimeiroresultadoreferenteaoatributo
Limpezadoambiente.Ogrficoindicaque100%dosclientesestosatisfeitos(78%totalmente
satisfeitose22%Parcialmentesatisfeitos).
OsegundoresultadoreferenteaoatributoConfortodoambiente.Ogrficoindicaque
92% dos clientes esto satisfeitos (62% totalmente satisfeitos e 30% parcialmente). 6%
indiferente.2%insatisfeitos(2%parcialmentee0%totalmente).
Deacordocomosresultadosobtidos,osclientessemostramsatisfeitoscomrelaoa
essesdoisatributos.
Grfico5:FacilidadedeAcessoeLocalizaodoEstabelecimento
O grfico 5 demonstra o grau de satisfao em relao aos atributos: Acesso e

Localizao do estabelecimento proporcionados pela Point Lanches Pizzaria. O primeiro
resultadoreferenteaoatributoAcesso.Ogrficoindicaque98%dosclientesestosatisfeitos
(84%totalmentesatisfeitose14%Parcialmentesatisfeitos).2%indiferente.Osegundoresultado
referenteaoatributolocalizao.Ogrficoindicaque100%dosclientesestosatisfeitos(90%
totalmentesatisfeitose10%parcialmente).
Nos dois ltimos atributos os clientes mostramse com significativos ndices de
satisfao.Evidenciandoqueaempresaestbemlocalizadaedefcilacesso.
CONCLUSO
O trabalho apresentado fez um breve levantamento terico dos principais conceitos e
aspectosrelacionadosaomarketing,comportamentodoconsumidoresatisfaodosclientes.
Diante das anlises podese perceber que o marketing uma funo praticada pelas
empresas para atrair consumidores atravs da divulgao de seus produtos e/ou servios,
despertandonaspessoasinteresseevontadesparasatisfazersuasnecessidadesedesejos.
Percebese que diversos fatores interferem no comportamento do consumidor,
influenciandoos na deciso de compra. E que a satisfao dos clientes deve ser o objetivo
principaldasorganizaesquedesejampermanecernomercado.
Esta pesquisa serviu para ampliar os conhecimentos dos pesquisadores, adquiridos

duranteocursotcnicodenvelmdioemadministraodoIFRN,sobreatemticaabordada,
especialmentenoquedizrespeitodisciplinaMarketingeServios.
Acreditase que o trabalho alcanou seus objetivos, uma vez que conseguiu identificar
quaisdosatributospropostospelospesquisadoresinterferemnasatisfaodosclientesdaPoint
LanchesPizzaria.
A dificuldade encontrada pelos pesquisadores, foi na abordagem dos clientes para
aplicaodoquestionrio,porsetratardeumambienteondeaspessoasvocomfamiliaresou
amigos, sentiuse um pouco de receio por imaginar estar invadindo a privacidade e
incomodandoosemmomentosdelazer.
Para a Point Lanches Pizzaria a pesquisa importante por permitir identificar quais os
atributos apresentam nveis no adequados de satisfao e a partir dessa identificao adotar
estratgiasqueelevemasatisfao.
Sugerese que a empresa faa uma anlise para identificar o gargalo que interfere no
processodeproduodoslanches,paraquehajamaisagilidadenaentregadospedidos.
Com relao simpatia, devese investir na motivao e treinamento dos funcionrios,
oferecendolhes meios de incentivos para que trabalhem motivados e qualificados para assim
oferecerumbomatendimentoaosclientes.
Por ltimo, podese concluir com base na anlise dos dados que de um modo geral os
clientesestosatisfeitosnoquesereferevariedade,qualidade,preo,formasdepagamento,
limpeza, conforto, acesso e localizao da empresa. Porm os atributos rapidez e simpatia
precisamsermelhoradosparaquepossamatingirasatisfaoplenadosclientes.
REFERNCIAS
Ao final do texto devero aparecer as REFERNCIAS, utilizando fonte Calibri, corpo 12, alinhamento de
pargrafojustificadoeespaamentodepargrafode6pontos(depois).Noinciodecadaitemdeverser
usado um marcador de numerao crescente, com Posio do Nmero: esquerdo, Alinhado em: 0 cm e
distnciaderecuodetextoRecuarem:0,6cm.ApresentarasRefernciasemordemalfabtica,seguindoas
normasdaABNTNBR6023(2002).
Exemplo:
REFERNCIAS
COBRA,Marcos.AdministraodemarketingnoBrasil.3.ed.SoPaulo:Atlas,2009.
GIL,AntnioCarlos.Comoelaborarprojetosdepesquisa.5.ed.SoPaulo:Atlas,2010.
GIL,AntnioCarlos.Mtodosetcnicasdepesquisasocial.6.ed.SoPaulo:Atlas,2009.
JOOS,CarlosD..Embuscadasatisfaodocliente.Philipcrosby.[S.I.:s.n,2002].
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administrao de Marketing. 14. ed. So Paulo: Pearson
EducationdoBrasil,2012.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administrao de Marketing: conceitos, planejamento e aplicaes
realidadebrasileira.1.ed.7.reimpr.SoPaulo:Atlas,2013.
MALHOTRA,NareshK.Introduopesquisademarketing.SoPaulo:PearsonPrenticeHall,2005.
MARCONI,MarinadeAndrade;LAKATOS,EvaMaria.Metodologiacientifica.5.ed.SoPaulo:Atlas,2010.
SEVERINO,AntnioJoaquim.Metodologiadotrabalhocientifico.23.ed.rev.eatual.SoPaulo:Cortez,
2007.
URDAN,FlvioTorres;URDAN,AndrTorres.GestodocompostodeMarketing.1.ed.4.reimpr.So
Paulo:Atlas,2011.
VERGARA,SylviaConstant.Projetoserelatriosdepesquisaemadministrao.14.ed.SoPaulo:Atlas,
2013.
GESTODOSCONTRATOSADMINISTRATIVOSDEFORNECIMENTODEMATERIAISEBENSNO
INSTITUTOFEDERALDOTOCANTINSIFTOCAMPUSDEPALMAS.
C.M.S.Chaves(PQ),V.P.Marques(PQ)2I.O.M.Freitas(PQ)3
InstitutoFederaldoTocantins(IFTO)CampusPalmas
.Email:masuec@ifto.edu.br;2UniversidadeFederaldoTocantins(UFT),FaculdadedeCinciasJurdicasde
ParasodoTocantins(FCJP).Email:viniciusmarques@uft.edu.br;FaculdadedeCinciasJurdicasdeParasodo
Tocantins(FCJP)eFaculdadedePalmas(FAPAL).Email:isamfreitas@ig.com.br
RESUMO
A questo central desta pesquisa e tambm sua

delimitao de tema foi analisar como feita a gesto
dos contratos administrativos de fornecimento de
materiaisebensnoIFTOcampusPalmas.Arelevncia
que o Instituto maximize e torne mais eficiente sua
gesto de contratos. A pesquisa foi de abordagem
qualitativa, natureza aplicada, objetivo exploratrio,
procedimentobibliogrficoedeestudodecaso.
Concluiuseque,paraobemdaeficinciaadministrativa
da Instituio, o IFTO Campus Palmas deve
desenvolver uma sistemtica de avaliao para cada
aquisio que se faa, e, se necessrio for, constituir a
respectiva comisso, para que esta proceda ao
recebimento, em atendimento s formalidades
necessrias que a legislao exige. Neste sentido, tal
atividadeestariadentrodoroldeatribuiesdestinadas
ao ramo de gesto de contratos, em virtude da
similaridadedasfinalidades.
PALAVRASCHAVE:Gesto,ContratosAdministrativos,InstitutoFederaldoTocantins.
ADMINISTRATIVEMANAGEMENTCONTRACTFORTHESUPPLYOFGOODSAND
MATERIALSONFEDERALINSTITUTEOFTOCANTINSIFTOCAMPUSOFPALMAS.
ABSTRACT
The central question of this research and also its

delimitation theme was to analyze how is the
management of administrative contracts for the supply
of goods and materials in campusIFTO Palmas. The
relevance is that the Institute becomes more efficient
and maximize their management contracts. The
research was qualitative approach, applied nature,
exploratory objective, procedure literature and case
study. It was concluded that, for the sake of
administrative efficiency of the institution, the IFTO

CampusPalmasshoulddevelopanevaluationsystemfor
each purchase that is made, and, if necessary, provide
the relevant committee for this do to the receipt, in
compliance with the necessary formalities that the law
requires.Inthissense,suchactivitywouldbewithinthe
list of assignments targeted at the management of
contracts,becauseofthesimilarityofpurposes.
KEYWORDS:Management,ContractAdministration,FederalInstituteofTocantins.
IXCongressoNorteNordestedePesquisaeInovao,2014.
GESTODOSCONTRATOSADMINISTRATIVOSDEFORNECIMENTODEMATERIAISEBENSNO
INSTITUTOFEDERALDOTOCANTINSIFTOCAMPUSDEPALMAS.
INTRODUO
Aquestocentraldestapesquisaetambmsuadelimitaodetemafoianalisarcomo
feita a gesto dos contratos administrativos de fornecimento de materiais e bens no IFTO
campus Palmas. A relevncia que o Instituto maximize e torne mais eficiente sua gesto de
contratos. A pesquisa foi de abordagem qualitativa, natureza aplicada, objetivo exploratrio,
procedimentobibliogrficoedeestudodecaso.
AntesdeadentrarnahistriadestaInstituiodeeducaoprofissionaltcnica,oIFTO,
convmabordaroprpriohistricodoensinotcnico:
Em23desetembrode1909,oPresidenteNiloPeanhacriounoBrasilaEscolade
AprendizesArtfices,pormeiodoDecreton7.566,destacandose,aolongodotempo,
nocontextoeducacionalbrasileiro,comoilhasdeexcelncianaqualidadedeformao
profissional, e deram origem s antigas Escolas Tcnicas Federais, Agrotcnicas e
CentrosFederaisdeEducaoTecnolgica,hojemajoritariamenteInstitutosFederaisde
Educao,CinciaeTecnologia.(BRASIL,2009,p.1).
Ao longo da evoluo dessa modalidade de educao o ensino tcnico profissional

foram criados diversos Centros Federais de Educao Profissional e Tecnolgica (CEFETs), e
Durante a dcada de 1990, vrias outras escolas tcnicas e agrotcnicas federais tornamse
CEFETs, formando a base do sistema nacional de educao tecnolgica, instituda em 1994
(PACHECO, 2011). A Escola Agrotcnica Federal (EAF) de Araguatins, Estado do Tocantins, foi
criadapeloDecreton.91.673,de20desetembrode1985,ondefoidesignadaafuncionaro1
e 2 graus profissionalizantes com habilitao em Agropecuria, Agricultura e Economia
Domstica, com inaugurao em 23 de maro de 1988, conforme descreve o Plano de
DesenvolvimentoInstitucional(PDI)doIFTO.
JaEscolaTcnicaFederal(ETF)dePalmasTocantins,criadacomapublicaodaLein
8.670,de30dejunho1993,e,apslongoperododeprocedimentosparaasuaconstruo,veio
afuncionarsomenteapartirdodia10demarode2003,segundoBrasil(2009).
NoEstadodoTocantins,ajunodessasduasescolasfederaisfoiconsolidadapelaLein
11.892/2008,queaindacriouosseguintescampi:
No estado do Tocantins, anterior ao ano de 2008, faziam parte da Rede Federal de

Educao Tcnica e Tecnolgica a Escola Tcnica Federal de Palmas (ETFPalmas) e a
EscolaAgrotcnicaFederaldeAraguatins(EAFA).ComaLei11.892de29/12/2008essas
escolas foram credenciadas a Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do
Tocantins (IFTO), passando a ser cada uma delas um Campus do IFTO. Alm destas, o
InstitutohojesecompepeloscampideAraguana,ParasodoTocantins,GurupiePorto
Nacional(SENNA,2011,p.14).

Atualmente, com a expanso dos campi nos institutos federais, atravs da poltica de
interiorizao dessa educao no Brasil, o IFTO j trabalha no sentido de atender a regio das
seguintes cidades: Colinas do Tocantins e Dianpolis, os quais seus campi esto em fase de
implantao,e,segundoaReitoriadoIFTO,embreveestaremfuncionamento,nestesentido,
quandoconsolidadasasnovasimplantaesjprevistaspelaInstituio,oIFTOcontarcomum
totalde08campi.
Cabereforarqueaabordagememquestogestodecontratosnopresentetrabalho
est focada somente no IFTO Campus Palmas, o qual tem sua estrutura organizacional, de
acordocomdescriesapontadasnosubcaptuloseguinte.
2. EstruturaorganizacionaldoIFTOCampusPalmas
O Regimento Geral do IFTO formaliza a estrutura organizacional em sentido macro, ou

seja, determina a organizao administrativa para a Instituio como um todo e indica as
atribuiesdosrgoscolegiadossuperiores,daReitoriaedasdireesgeraisdecadacampus.
Entretanto, no que concerne s competncias da direogeral do campus, o regimento
estabelece to somente as atribuies para o seu diretorgeral, e delega para esta unidade
administrativaacompetnciadeelaboraroseurespectivoregimentointerno.
Noentanto,emconsultaDireoGeraldoCampusPalmas,ficouesclarecidoqueainda
esto sendo formalizadas as comisses responsveis pelo levantamento das informaes que
sero trabalhadas na constituio do regimento deste Campus, e que ainda no h prazo
previstoparaaconclusodostrabalhos.
Como o IFTO Campus Palmas uma instituio relativamente nova, sua estrutura
organizacionaltembasesdaantigaETFdePalmas.AInstituio,inclusive,noapresentaoseu
organograma atualizado, constatandose que no sitio do IFTO Campus Palmas apresenta o
organogramadaextintaETFdePalmas.
Afimdeconsolidarasinformaesarespeitodaestruturaadministrativa,foisolicitado,
juntoGernciadeRecursosHumanosdoCampus,informaesnestesentidoeasmesmasso
interpretadasnosdizeresquesesegue.
Mesmo no instituda formalmente a estrutura organizacional do Campus Palmas, esta

unidade administrativa subdivida em trs reas especficas denominadas: Diretoria de
Administrao e Planejamento (DAP); Diretoria de Ensino (DIREN) e Diretoria de Relaes
EmpresariaiseComunitrias(DIREC).
Contudo,arearelacionadadiscussodessetrabalhoaDAP,poisnestesetorque
so desenvolvidas as atividades de apoio para a Unidade: o gerenciamento das atividades
oramentriasefinanceiras;oplanejamentodasaeseabuscadesoluesparaasdemandas
recebidas; tambm, ele o responsvel pelos procedimentos licitatrios, e, por conseguinte a
supervisodoscontratosadministrativosadvindosdetaiscertames.
Diantedasinformaescoletadas,foiconstatadoqueoIFTOCampusPalmasnotem,
em sua estrutura organizacional, o setor especfico que atenda as atividades provenientes de
gesto contratual. A Unidade Administrativa conta com rea que coordena as atividades de
compras e licitaes, mas no existe o setor especfico que tenha a responsabilidade pela
coordenaodecontratosadministrativos.
Em consulta realizada DAP, a mesma esclareceu que atualmente as atividades de

acompanhamento de contrato ficam submetidas aos fiscais de contrato, e quando estes
requisitaminformaessobreoscontratos,aprpriaDAP,juntamentecomascoordenaesque
aintegram,buscaosesclarecimentosnecessrios,inclusivecomaajudadasreasdemandantes
doobjetodocontratooumesmocomoutrossetoresenvolvidos.
3.RelaodaReitoriaeCampusPalmasdoIFTOnagestodecontratos
ALeidecriaodosInstitutosFederaisLein11.892/2008mencionaquetaisrgos
possuemnaturezajurdicadeautarquia,detentorasdeautonomiaadministrativa,patrimonial,
financeira,didticopedaggicaedisciplinar(BRASIL,2008).TambmdefinidopelaLei,emseu
artigo 9, que cada Instituto Federal organizado em estrutura multicampi, com proposta
oramentria anual identificada para cada campus e a reitoria, exceto no que diz respeito a
pessoal, encargos sociais e benefcios aos servidores (BRASIL, 2008). E a competncia pela
organizaodecadainstitutoficaacargodoseuestatuto,inclusivenoartigo14,dessamesma
Lei,estabelecequeodiretorgeraldecadacampusrecebeaincumbnciadepromover,noprazo
de180dias,apartirdapublicaodaLei,aelaboraodapropostadoestatutoedeplanode
desenvolvimentoinstitucionaldaunidade.
Por determinao das disposies mencionadas, foram constitudos na Autarquia os

seguintesdocumentos:oEstatutodoIFTO,comaprovaonodia 19deagostode2009;eem
seguida,aindanoanode2009,foipublicadooseuPlanodeDesenvolvimentoInstitucional(PDI).
Ambos os documentos mencionam que o detalhamento da estrutura organizacional, as
competncias das unidades administrativas e as atribuies dos respectivos dirigentes sero
estabelecidosnoseuRegimentoGeraldorgo.
EconformeexposionotpicoanteriorEstruturaorganizacional,atualmenteexisteo
RegimentoGeralsomenteparaoIFTO,eomesmonotrazdetalhamentodasatribuiespara
osdepartamentosdentrodaunidadedescentralizadacampus,oquepodeserdeduzidoque
noh,formalmente,oestabelecimentodasdefiniesfuncionaiserespectivasatribuiesdos
setoresqueocompem,razopelaqualaUnidadeCampusPalmasnoteraprovadoaindao
seuregimentogeral.
Como, ainda, no esto formalizadas a responsabilidade e as atribuies da funo de

gerir os contratos do IFTO Campus Palmas fazse necessrio recorrer a outras normas que
podemserutilizadas,teoricamente,comoparmetroparaoestudodaquesto.
Uma delas seria o prprio Regimento Geral do IFTO, onde, junto ao Captulo III Da
Organizao Administrativa, definida a Coordenao de Superviso de Contratos (CSC), e no
artigo36defineasatribuiesdesta:
Art.36.CoordenaodeSupervisodeContratoscompete:
Iassessoraraelaboraodeplanosdetrabalho,convniosecontratos;
IIcontrolar,registrar,publicarearquivarosconvniosecontratosassinadospeloIFTO;
IIIelaborareregistraroscontratosnombitodaReitoria;
IVexecutaroutrasfunesquelhetenhamsidoatribudas.(BRASIL,2011,grifonosso).
NombitodaReitoriadoIFTO,existemasfunesbasilaresdasatividadesdegestode
contratos,einteressantedestacarque,dentreasatribuiesdaCSC,suasatividadescomeam
aindanoplanejamentodafuturacontrataoconformeincisoIdoart.36,mascomparando
este com o que foi exposto da literatura, o rol de atribuies para o setor responsvel pela
gesto de contratos CSC da Reitoria do IFTO se mostra insuficiente s verdadeiras
necessidadesdaorganizao.
Outro instrumento normativo (IN), que deve ser levado em considerao, a IN n

005/2011/IFTO/Reitoria, de 27 de maio de 2011, a qual determina os procedimentos a serem
adotadosnafiscalizaoeexecuodecontratosnombitodoIFTO,masvaledestacarqueesta
normatizasomenteoscontratosdeobrase/ouserviosdeengenharia.
OobjetodaINsupracitadaadefiniodasatribuiesdosmembrosdecomissesde
fiscalizaodecontratosdeobras,ondesodelimitadasasatribuiesespecficasdosfiscaisde
contratos sendo este qualquer servidor do IFTO; e as atribuies dos fiscais de execuo de
contratos destinado a estes somente servidores com habilitao tcnica legal. importante
destacar que dentre as vrias atividades, a serem observadas pelos fiscais de obras de
engenharia,noseencontramasatividadesespecficasparaosetordegestodecontratos.
NombitodoIFTOCampusPalmashumanormatizao,institudaatravsdaPortaria
n 057/2011/IFTO/Campus Palmas, de 25 de abril de 2011, que visa orientar os fiscais de
contratosdeobras,listando,tambm,asatribuiesdecompetnciadosmembrosdacomisso
de fiscalizao de obras. Destacase que tais atribuies tm plena conformidade com a IN n
005inclusivecomosmesmosditames,ecomoestaportariatemdataanteriorIN,possvel
concluirqueanormaestabelecidanoIFTOCampusPalmasfoipreponderantenormatizao
dostrabalhosdefiscalizaodecontratosdeobrasdeengenharianombitodoIFTO.
Outro detalhe que cabe destacar, relativo referida Portaria, que a motivao desta,
conforme seu art. 1 foi provocada por membros de comisso designada para fiscalizar a
execuo de obras. Em consulta ao despacho desses membros comisso (Memorando n
04/2011 Com. de Fiscalizaes do Campus Palmas, do dia 18 de abril de 2011), constatouse
que foi uma sugesto para Autoridade Competente da Unidade, no sentido de definir as
atribuiesdosresponsveispelafiscalizaodecontratosparaexecuodeobras.
O entendimento que chega sobre a gesto de contratos no IFTO como um todo, que
existe ento uma coordenao a CSC especfica para gerir os contratos administrativos,
porm, somente os comuns a todos os campi exemplos os de asseio e limpeza, apoio
administrativoeseguranaarmada,noentantoessascontrataessopactuadaspelaReitoria
doIFTO,econsequentemente,estergogerenciadordomesmo,eassimcadacampusseria
umrgoparticipantedacontratao,comresponsabilidadepelasuaprpriaexecuo,e,por
exemplo, caso necessite de aplicar penalidade ou proceder um aditamento contratual, a
demanda do fiscal no campus repassada CSC da Reitoria, e esta, por sua vez, instrui o
procedimentoafimdeatendertaldemanda.

Observase,tambm,quenoexistenoIFTOCampusPalmasumsetorespecficoparao
gerenciamento dos seus prprios contratos, e, segundo a DAP, atualmente, as atividades de
gesto de contratos, absorvida por outras setores do Campus, tais como: Gerncia de
Administrao e Manuteno, Coordenao de Compras e Licitaes, Coordenao de
PlanejamentoeCoordenaodeAdministrao,ambossobocomandodadaprpriaDAP.
4.Dadosdoscontratosadministrativoserespectivasanlises
Para realizar a coleta das informaes foram utilizadas duas formas metodolgicas: a
anlise documental e o questionrio. Os documentos usados foram aqueles apensados aos
processosadministrativos,todoselesinstrudosporlicitaes.Acoletadedadosporformulrio
foiaplicadospessoasenvolvidasnascontrataes,sejamsolicitantesdasmesmas,fiscaisdos
contratos e membros das comisses ou responsveis pelo recebimento do objeto contratado
quetotalizaram10pessoas.
Em relao amostra, foi levada em considerao a relevncia financeira de cada

contrato do rgo, executado no exerccio de 2011. Assim, foram delimitados aqueles que
liquidaramosvaloresmaisdispendiosos,dentrodasuarespectivanaturezadedespesa.
Norteado pelos critrios expostos foi consultado o Portal da Transparncia do Governo

Federal. A partir dessa consulta definiramse os contratos que fariam parte da amostra de
estudo.NaTabela1podeseobservaraconstituiodaamostradapesquisa.
Tabela1Contratosanalisadosnopresenteestudo.
CONTRATOSANALISADOSDOIFTOCAMPUS PALMAS,ERESPECTIVOSVALORESAPLICADOSEXERCCIODE
2011.
ValorAplicadodo
NaturezadoObjeto
Especificaodoobjetocontratado
Contratono
Contratual
Exerccio
AquisiodeequipamentosparareadeindstriaIFTO Campus
R$300.200,00
Palmas
Fornecimentode
AquisiodelivrosparaoIFTO Campus Palmas
R$126.246,96
materiaisebens
AquisiodeequipamentosparaolaboratriodefsicadoIFTO
R$83.238,52
CampusPalmas
MONTANTEAPLICADOPELOSCONTRATOSANALISADOSPELAPESQUISA
R$509.685,48
FonteAdaptadodoPortaldeTransparnciadoGovernoFederal(2012).
Nos trs processos administrativos de aquisio de bens para o IFTO Campus Palmas
analisados, os respectivos instrumentos contratuais foram substitudos por Notas de Empenho
(NEs), a justificativa da substituio foram previstas nos editais de licitao, pois os bens
adquiridos tm natureza de entrega imediata, no havendo obrigaes futuras para ambos os
pactuantes.
4.1. Compradeequipamentosdelaboratriodeindstria

Aprimeiraaquisioprovenienteda NEn2010NE000160,dodia09/11/2010,como
seguinte objeto: aquisio de equipamentos destinados complementao do Laboratrio da
rea de Indstria do IFTO Campus Palmas, referente ao Processo Administrativo n
23053.000817/200912, o valor total desta aquisio foi de R$ 300.200,00, a responsvel pelo
fornecimentofoiaempresaFestodoBrasilLtda.,osdadoscolhidosdesteprocessofoipormeio
do Portal da Transparncia, pois o processo fsico no foi localizado em tempo de realizar os
trabalhosdapresentepesquisa,contudonoimpossibilitouaanlisedapresenteaquisio.
Normalmente, de acordo com outros editais da Instituio, so previstos um prazo de

entrega,parabenssemelhantesaoobjetodestalicitao,de45dias.Destacasequealiquidao
financeira dessa aquisio foi realizada de forma parcelada, com datas de 16/03/2011 e
29/06/2011,apesardaNEtersidorealizadadeformaintegral.
Masdeacordocomoresponsvelpelorecebimentodopresenteobjeto,querespondeu
oquestionrioaplicado,houveanecessidade,porpartedaempresafornecedora,dedilatao
do prazo para realizar a entrega dos bens; e foi afirmando ainda que durante a entrega dos
equipamentoselemesmoformalizouacomissoparaqueserealizassemosprocedimentosde
recebimento dos bens, tanto provisoriamente quanto definitivamente; o servidor ainda
confirmou que participou da fase de planejamento da aquisio, elaborao do termo de
refernciadoobjeto.
4.2.Compradelivros
AsegundaaquisiotratasedaNEn2010NE900395,dodia17/12/2010,comoseguinte
objeto: aquisio de livros nacionais e estrangeiros para compor o acervo do IFTO Campus
Palmas,provenientedoProcessoAdministrativon23235.001262/201015(Reitoria),sendoque
aparteempenhadanoCampusdestalicitaofoideR$126.247,00,queovalortotaldorgo
participanteCampusPalmasnalicitao,daqualpreviuparatodasasunidadesadministrativas
doIFTO,eaempresaresponsvelpelavendafoiaDiasDistribuidoradeLivrosLtda.
Oeditaldestalicitaodeterminavaaentregadoslivrosnoprazomximode30diaspara
os nacionais e 45 dias para os estrangeiros. No houve qualquer notificao de ocorrncia no
processo para esta aquisio, mas vale destacar que, mesmo a NE sendo realizada de forma
global, a entrega dos livros, tambm, foi executada parceladamente, que tm datas entre
25/04/2011 a 12/12/2011, e no consta qualquer informao, seja por parte da Instituio ou
porpartedaempresacontratada,domotivodessefato.
Dasinformaescolhidasatravsdoquestionrio,observouseasseguintesquestes:o
servidor, solicitante desta aquisio, afirmou que participou da elaborao do termo de
refernciaqueoriginoualicitao;confirmou,tambm,queaempresaforneceuparcialmenteo
objeto;salientou,ainda,quenohouveaadernciaaostermoscontratuais,tantoporparteda
Instituio quanto por parte do fornecedor; e no que diz respeito s formalizaes sobre a
comisso ou designao de responsvel para o recebimento dos objetos no soube informar
dessaocorrncia.

Dessas informaes, h de se ressaltar que, realmente no houve formalizao para
dilatao de prazo, e nem sobre o fato da motivao da entrega ser realizada parcialmente, e
tambmseconfirma,poisnoconstamnoprocesso,anodesignaoderepresentantespara
realizarasformalizaesnecessriasaosrecebimentosdosmateriais.
4.3.Compradeequipamentosdelaboratriodefsica
AterceiraaquisiorefereseaoProcessoAdministrativon23146.001755/201060,que
gerou a NE n 2010NE000160, do dia 18/12/2010, com o seguinte objeto: aquisio de
equipamentosparaoLaboratriodeFsicadoIFTOCampusPalmas,comovaloradjudicadoem
R$ 83.238,52, este representa um lote de equipamentos, o qual foi o mais dispendioso desse
processo de aquisio, em que a empresa Azeheb Indstria de Equipamentos Ltda. foi a
responsvelpelaentrega,aserrealizadaem30dias,comoprevistonorespectivoedital.
Emvirtudedesolicitaodaempresacontratada,foiautorizadaaprorrogaodoprazo
deentregaparaodia30/04/2011,alegadopelaempresaquefoiemdecorrnciasdeimprevistos
naproduo.Noentanto,hdeseregistrarqueopagamentodareferidaaquisio,conformeo
sitioinstitucionalPortaldaTransparncia,foirealizadonodia12/07/2011,dataestaqueengloba
todososprazosparaoprocedimentoderecebimentodoobjeto.
Dosregistrosdoquestionrioaplicado,paraestaaquisio,constaqueoresponsvelque
solicitou a compra tambm participou da elaborao do termo de referncia da licitao; ele
tambm confirmou que no foi elaborado o termo de recebimento provisrio, e para o
recebimentodefinitivofoiprovidenciadosdevidasformalidades,pelaprpriareasolicitante,
porm,valedestacaquenoconstaestedocumentoapensadoaoprocesso.
CONCLUSO
Diante dos processos administrativos analisados, que teve como objeto a aquisio de
materiais e bens para o IFTO Campus Palmas, assim como os dados dos representantes da
Administraoqueatuaramnosmesmos,pdeserconcludoosseguintesaspectos:observase
quehouveaatuaodossetoressolicitantesnosprocedimentosdecompra,emquesederam
desdeafasedeplanejamentodalicitaoataefetivaoconsumao,situaopositivaparaa
eficinciadaaquisio.
Porm, na fase de efetivao das compras, foi percebido que houve algumas situaes
queprejudicaram,tantoaInstituiocompradoraquantoaoprprioprocedimentodacompra,a
exemplo:osprazosiniciaisdeentregaquenoforamrespeitadosinclusiveparaaaquisiode
livros houve um agravante, a aquisio foi atendida parcialmente, e no estava no processo a
motivaodessefatosuperveniente,etambmfoievidenteque,porpartedaAdministrao,
tambm houve displicncia neste caso, pois no h qualquer informao sobre penalizao ou
justificativaqueabonasseafaltacometidapelaempresafornecedora.

Outracircunstnciaquemerecedestaquefoinafasederecebimento,pelasanlisesque
pde ser feita nos casos apresentados, no primeiro processo percebeuse que a prpria rea
solicitanterealizouasformalidadesquantoaostermosderecebimentos,fatosemelhanteparaa
terceiraaquisioapresentadapormcomumaconstataoagravante,poisnoevidenciano
processo administrativo s formalidades necessrias para o efetivo recebimento do bem
adquiridopelaAdministrao,exignciadeterminadapelaLeiGeraldeLicitaeseContrataes
Pblicasemseuartigo73,II,b.
A forma utilizada pela Instituio para registrar os recebimentos dos materiais e bens
adquiridosforamosatestosnasrespectivasnotasfiscais,inclusivenecessriosparaqueosetor
financeirodaInstituioefetueaquitaodacompra.Dessaformapodeatatenderosditames
legais,masoidealprincipalmenteemsetratandodeequipamentosdelaboratrios,emqueh
uma complexidade na aquisio, pois envolvem ensaios, testes, experincias e tantas outras
formasutilizaesdidticasqueforemnecessriasparaatenderafinalidadedoequipamento
queseconstituamcomissesespecficas,ematendimentoprpriaLein8.666,21dejunhode
1993,art.15,8.
Especialmente, as duas aquisies de equipamentos para laboratrios reas de

IndstriaeFsicadoCampusPalmasreferemseavaloressuperioresaomencionadonaNorma,
ou seja, esto presentes todos os quesitos exigveis na Lei, para que se constituem comisses
responsveisparaorecebimentodefinitivodosbensadquiridospelaInstituio.
Os setores solicitantes no necessariamente devem possuir o conhecimento de todas

essasexignciaslegais,poisissonosedevepartirdelesainiciativadeatendimentonorma,
certamentedeveseteroenvolvimentodareaaquedestinaobem,quepodecontribuircomos
seusconhecimentoseexperincias.
Contudo,paraobemdaeficinciaadministrativadaInstituio,oIFTOCampusPalmas
devedesenvolverumasistemticadeavaliaoparacadaaquisioquesefaa,e,senecessrio
for,constituirarespectivacomisso,paraqueestaprocedaaorecebimento,ematendimentos
formalidadesnecessriasquealegislaoexige.Nestesentido,talatividadeestariadentrodorol
de atribuies destinada ramo de gesto de contratos, em virtude da similaridade das
finalidades.
REFERNCIAS
BRASIL. DecretoLei n 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispe sobre a organizao da

Administrao Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e d outras
providncias.DirioOficialdaUnio,Braslia,27fev.1967.
____.ConstituiodaRepblicaFederativadoBrasilde1988,de05deoutubrode1988.Dirio
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Federal, institui normas para licitaes e contratos da Administrao Pblica e d outras
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____.MinistriodaAdministraoFederaledaReformadoEstado.PlanoDiretordaReformado
AparelhodoEstado.Braslia.Novembrode1995.
____.Decreton5.450,de31demaiode2005.Regulamentaoprego,naformaeletrnica,
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Braslia,01jun.2005.
____. Lei n 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educao
Profissional, Cientfica e Tecnolgica, cria os Institutos Federais de Educao, Cincia e
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SENNA, Mary Lcia Gomes Silveira de. Fundamentos da Educao Profissional e da Formao
InicialeContinuadadeTrabalhadores.ProgramadeCapacitaoIFTO.Palmas.2011.
10
O COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO REALIZADO COM OS

COLABORADORESDOSETORDEHOTELARIADEUMHOSPITALPBLICOEMJOOPESSOA.
M.L.H.N.S.A.Pontes(GA);L.C.N.Ayres(GA)2 ;M.G.Souza(GA) 3;M.L.C.Santos(DRA)4
Pessoa,3InstitutoFederaldaParabaCampusJooPessoa.4InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJoo
Pessoa
1
(GA)GraduandaemAdministrao
(DRA)DoutoraemAdministrao
RESUMO
Opresenteestudobuscouabordarocomprometimento
organizacionalesepropsaidentificaraexistnciaea
predominncia das dimenses afetiva, instrumental e
normativa do mesmo entre os colaboradores
terceirizados e prestadores de servio do setor de
hotelaria de um hospital pblico militar da cidade de
JooPessoaPB.Oobjetivofoiodeanalisarestaatitude
no trabalho atravs da aplicao do questionrio
adaptado da escala de mensurao do
comprometimentosegundoomodelodeMeyer,Allene
Smith (1993). A populao do objeto de estudo
escolhidocompreende87colaboradoresterceirizadose
prestadoresdeservio,tendosidoretiradaumaamostra
de44pesquisados.Apesquisafoidenaturezaaplicadae
classificada como estudo de caso, com abordagem

quantitativa, de carter exploratrio e descritivo. Os
dadosobtidosatravsdosquestionriosforamtratados
comferramentasdoMicrosoftExceleWord.Apesquisa
indicou um grau elevado do comprometimento
organizacionalnastrsdimensesentreospesquisados,
oquecaracterizaforteidentificaocomosobjetivose
valores da Instituio. Dessa forma, foi demonstrada a
existncia de um vnculo emocional por parte dos
pesquisados, mesmo sem a existncia de estabilidade
dos mesmos no emprego devido a sua natureza
temporria, alm de um sentimento moral de
permanncia na instituio e menor grau de
continuaodevidoafatoresdenecessidade.
PALAVRASCHAVE:Comprometimentoorganizacional,componentesdocomprometimento.
ORGANIZATIONALCOMMITMENT:ACASESTUDYPERFORMEDWITHTHEHOSPITALITYSECTOR
EMPLOYEESOFAPUBLICHOSPITALINJOOPESSOA.
ABSTRACT
The present study sought to address the
organizational commitment and set out to identify the
existenceandprevalenceofaffective,instrumentaland
normative even among employees and outsourced
service providers in the hotel sector of a city public
hospitalmilitarydimensionsofJohnPersonPB.Theaim
was to analyze this attitude at work by applying the
adapted questionnaire scale measurement of
impairmentaccordingtothemodelofMeyer,Allenand
Smith (1993). The population of the chosen object of
study comprises 87 employees and outsourced service
providers, a sample of 44 respondents was withdrawn.
Theresearchofanappliednatureandwasclassifiedasa
case study with a quantitative approach, exploratory

and descriptive. The data obtained from the
questionnaires were treated with Microsoft Excel and
Word toolbars. The survey indicated a high level of
organizationalcommitment in threedimensions among
those surveyed, which features strong identification
withthegoalsandvaluesoftheinstitution.Thus,itwas
shown that there is an emotional attachment on the
part of respondents, even without the existence of the
same stability in employment due to their temporary
nature, and a moral sense of permanence in the
institutionandcontinuationlesserdegreeduetofactors
necessity.
KEYWORDS:Organizationalcommitment,commitmentcomponents.
1. INTRODUO
Diante das constantes mudanas no mundo do trabalho e das distintas formas de
posicionamento perante as organizaes, percebese a necessidade de reconhecer os valores
humanos como elemento primordial e de elevado grau na busca por excelncia empresarial o
que, podemos definir como alcanar os resultados esperados. A era tecnolgica evidencia um
mercadoamplocadavezmaiscompetitivo,oquelevaasorganizaesaperceberemarelevncia
dotrabalhohumano,aenxerglascomotalentohumanoequeosseusvaloresindissociveis
motivao,compeasferramentasparaobtenodosucessoorganizacional.
Considerase importante analisar os colaboradores de um hospital, pois segundo
MalagnLondoo,Morera,eLaverde(2010)aspessoasquetrabalhamnestasorganizaesno
so apenas fatores de produo de servios de sade, mas tambm seu componente mais
importante,comoqualsedevelidarcuidadosamente.Asatitudesafetamdiretamenteonvelde
satisfaoerefletecomooindivduosesenteemrelaoaotrabalho;apercepodosvalores
do trabalhador constitui elemento fundamental para a compreenso do comprometimento
organizacional;eaapreensodanaturezadestesvalores,porpartedeseusgestores,contribui
paraatomadadedecisoquepossibilitaamudanacultural.
O comprometimento organizacional pode afetar diversos costumes, hbitos e
comportamentos dos colaboradores, como assiduidade, inteno ou abandono efetivo da
organizao, pontualidade, mudanas de atitudes, desempenho individual, comportamento de
cidadania organizacional e de negligncia e desempenho organizacional (LEONE, ARAUJO E
KANZAGI,2012).Entender,pois,queaspessoassofontesfacilitadorasparaodesenvolvimento
dasorganizaescapazesdeaprimorarasuaprpriaefetividaderevelacomoprecisoinvestir,
desenvolver,reconheceremotivlas.
Desde o ano de 1969 os funcionrios de um hospital pblico militar da cidade de Joo
PessoaPB,dentreelescivisemilitares,sedividemnatarefa defornecerserviosgratuitosaos
pacientesdoSistemanicodeSadeSUSdaGrandeJooPessoa,almdosdemaismunicpios
doEstadodaParaba,especialmentenoqueserefereaosserviosdeatendimentohospitalarde
urgncia e emergncia, bem como de maternidade. Nesse sentido, este trabalho pretendeu
identificaraexistnciaequalapredominnciadasdimensesafetiva,instrumentalenormativa
docomprometimentoorganizacionalnosfuncionriosdo setorde hotelariadaquelainstituio
de sade pblica militar por se tratar de um dos departamentos em que mais se concentra
terceirizados e prestadores de servio, buscando compreender esses profissionais no seu
contexto de trabalho, conhecendo as variveis que lhes motivam, lhes engajam e os tornam
produtivos,contribuindoparaocrescimentodaorganizao.
Os estudos realizados sobre o tema no setor pblico no contexto brasileiro ainda so
muitopoucosebastanterecentes,oquedemonstraaimportnciadestetrabalhoparaagesto
do servio pblico em geral, bem como as evidncias apresentadas tambm se direciona aos
pesquisadores que o realizaram e a todo pblico acadmicocientfico, uma vez que as
proeminncias que se pretendeu obter nesta anlise contribuem para a construo do
conhecimento cientfico, buscando consolidar as j existentes acerca do comprometimento
organizacionalegestodepessoas.
2. FUNDAMENTAOTERICA
2.1. Aspessoaseasuaimportncianasorganizaes
Nodecorrerdaevoluohistricadasociedadenovastendnciasvosurgindomedida
que os estudos e as descobertas avanam. As teorias e os modelos vo sendo includos ao
alcance que os sistemas se constituem na sociedade altamente organizacional. O homem, em
todas as fases de sua vida, ou seja, desde o nascimento at os dias de hoje, depende das
organizaes,enelasoinseridosamaiorpartedotempo,demaneirageral,asociedadecom
requisitossofisticadosesistemticosatribuiumvalorelevadonaturalidade,competncia,
motivao e eficcia pessoal e organizacional.Verificaseque as organizaes esto a todo o
momento sendo pressionadas pelas intensas mudanas mundiais e nesse contexto preciso
reestruturarasrelaesevnculosentreosindivduoseasorganizaes.
Segundo Chiavenato (2009), as instituies se veem com a necessidade de aplicar
melhorias nos recursos materiais, financeiros e tecnolgicos atravs das pessoas que os
executam. Para ele, a necessidade de desenvolver as pessoas no s conceder informaes
para que aprendam novos conhecimentos e habilidades para se tornarem mais eficientes, ,
sobretudo, darlhes a informao ao ponto que elas adquiram novas atitudes, solues, ideias,
conceitosequemodifiquemseushbitosecomportamentosaopontodesetornaremcadavez
maiseficientes.
Existemmuitosservidorespblicosqueexecutamtarefasimportantesparaacomunidade
sejam eles efetivos, terceirizados ou temporrios, como o caso daqueles que trabalham em
instituies pblicas de sade, sendo estas consideradas de servio essencial populao.
Convmsalientarqueohospitalondefoirealizadaapesquisaadministradoporumainstituio
militar estadual e o setor foco deste estudo responsvel por uma atividade meio dentro
daquelaunidadehospitalar.Denominadocomohotelaria,estedepartamentoresponsvelpela
confeco,lavagemedistribuiodetodoenxovalutilizadoporpacientesefuncionrios,como
tambmtemcomoresponsabilidadeahigienizaodetodoohospital,oquenoslevaaconcluir
que as pessoas ligadas a este setor em especial l esto para criar ascondies indispensveis
paraoconjuntodasatividadesfinsrealizadasnaprticadaassistnciamdicohospitalardireta
aopaciente.
Aspessoassoelementosessenciaisnasorganizaeseistonosealteranouniversodas
instituies pblicas prestadoras de servios de sade. Nelas os colaboradores precisam se
adequarasfinalidadesorganizacionaistantofsicas,quantosocialecientificamente.Damesma
formaestetipodeorganizaoprecisadisponibilizarosrecursosadequadosparaaexecuodos
serviospropostos,bemcomogarantirrespeitoedignidadeaspessoasquenelatrabalham.
Perante isso, importante conhecer os valores dos colaboradores que ingressam na
organizao, pois esta bagagem de fato relevante. Contudo lgico supor que os valores
priorizados pelos colaboradores influenciem o comportamento, sejam determinantes
significativos tanto da sua identificao quanto da ligao com a organizao e constituemse
antecedentesdocomprometimentoorganizacional.Destemodo,administrlasdependemuito
dahabilidadedogerenteemconseguircoordenaressaforaprodutivaparaobteromximode
operosidadeecooperao.
2.2.
Ocomprometimentoorganizacionaleseuscomponentes
Segundo Rodrigues et al (2010) as ltimas dcadas foram marcadas pelo interesse

crescente de estudiosos sobre a compreenso das bases psicolgicas de ligao entre
colaborador e organizao. Os estudos sobre o comprometimento foram iniciados em meados
dos anos 70 nos Estados Unidos e no Brasil iniciouse na dcada de 80 com a contribuio de
diversos tericos. Para Medeiros e Enders (1998), o comprometimento referese a uma forte
crenaeaceitaodosvaloreseobjetivosdaempresa,isto,estardispostoaexercerumesforo
considervel da organizao. Portanto, o comprometimento com o trabalho um diferencial
dentro do ambiente empresarial, pois, alm das recompensas internas, proporciona segurana
aocolaborador,valorizaodoespritodeequipe,reconhecimentodosvaloreseoportunidades
da realizao profissional, contribuindo para a conquista do compromisso por parte de cada
integrantequecompeumaequipeeficiente.
RodrigueseBastos(2010)afirmamquenaagendadepesquisasobrecomprometimento
organizacional, predomina o modelo de conceitualizao de trs elementos do
comprometimentoorganizacional,institudopelospesquisadoresJohnMeyereNatalieAllenno
anode1991.
Deacordocomestemodeloocomprometimentovistocomopossuindotrsdimenses:
afetiva, instrumental e normativa. O componente afetivo visto como apego e envolvimento,
onde ocorre identificao por parte do indivduo com a organizao. As pessoas com forte
comprometimento afetivo continuam na organizao porque querem e desejam. Este
componente pode ser relacionado com a assimilao do indivduo que acolhe influncia para
estabeleceroumanterumarelaosatisfatriacomaorganizao.(SIMONECOLTRE,2012).
No que diz respeito ao componente instrumental, o mesmo visto como funo das
recompensasemsemanterassociadoorganizaoeoscustosassociadosemdeixala.Segundo
Simon e Coltre (2012), o comprometimento instrumental seria desenvolvido a partir de dois
fatoresantecedentes:aproporoe/ouonmerodeinvestimentosperpetradospeloindividuo
naorganizaoenafaltadealternativasdeempregosnomercado.
Ocomponentenormativoporsuavezestrelacionadoaoaltonveldecomprometimento
porpartedaspessoas emrelaoorganizaoporpermaneceremnamesmapelofatodese
sentiremobrigadosmoralmenteaisto.ParaMeyer&Allenplenamentepossvelencontrarem
um mesmo indivduo dimenses diversificadas de comprometimento o que sugere a
possibilidadedaexistnciadacombinaodenveisdastrsdimensessupracitadas(SIMONE
COLTRE,2012).
A verso da Escala de Mensurao do Comprometimento proposta por Meyer, Allen &
Smithem1993evalidadaporMedeiroseEnders(1998),constitudapor03(trs)subescalas
relacionadasacadaumadostrscomponentesdocomprometimento,cadaumadelascom06
(seis)afirmativas,sendoassim18(dezoito)nototal.
A dimenso afetiva possui os itens 1, 2 e 6 formados por afirmativas (1 eu seria muito
felizemdedicarorestodaminhacarreiranestaorganizao;2eurealmentesintoosproblemas
da organizao como se fossem meus; 6 esta organizao tem um imenso significado pessoal
paramim)eositens3,4e5socompostosporafirmativasinvertidas(3eunosintoumforte
senso de integrao com minha organizao; 4 eu no me sinto emocionalmente vinculado a
estaorganizao;5eunomesintocomoumapessoadecasanaminhaorganizao).
Asubescaladecomprometimentoinstrumentalpossuiseisindagaes,sendotodaselas
afirmativas(1Nasituaoatual,ficarcomminhaorganizaonarealidadeumanecessidade
tanto quanto um desejo; 2 Mesmo que eu quisesse, seria muito difcil para mim deixar minha
organizao agora; 3 Se eu decidisse deixar a minha organizao agora, minha vida ficaria
bastantedesestruturada;4Euachoqueteriapoucasalternativassedeixasseestaorganizao;
5Seeujnotivessedadotantodemimnestaorganizao,eupoderiaconsiderartrabalharem
outro lugar; 6 Uma das poucas consequncias negativas de deixar esta organizao seria a
escassezdealternativasimediatas)
J a dimenso normativa tem no item 1 uma afirmativa invertida (1 eu no sinto
nenhuma obrigao em permanecer na minha empresa) e nos demais itens afirmativas (2
Mesmo que fosse vantagem para mim, eu sinto que no seria certo deixar minha organizao
agora; 3 Eu me sentiria culpado se deixasse minha organizao agora; 4 Esta organizao
merece minha lealdade; 5 Eu no deixaria a minha organizao agora porque eu tenho uma
obrigaomoralcomaspessoasdaqui;6Eudevomuitoaminhaorganizao).
Diantedoexpostoverificasequeocomprometimentocomoatitudenotrabalhouma
dasbasesparaainteratividade,poissetratadealgoquerefleteoenvolvimentodosujeitocom
suasatividadeslaborais,comaspessoase,numnvelmacro,comaprpriaorganizao,oque
defundamentalimportncianasorganizaes(PAIVAEMORAIS,2012),inclusivenasinstituies
pblicas.
3. METODOLOGIA
Acoletadosdadosparaestetrabalhofoirealizadanoperododomsdemarodoanode
2014 no setor de hotelaria de um hospital pblico militar do Municpio de Joo Pessoa cuja
populaode87colaboradoresterceirizadoseprestadoresdeservio,tendosidoretiradauma
amostranoprobabilsticaintencionalde44pesquisados.Quantoaosprocedimentostcnicosa
pesquisa se caracteriza como bibliogrfica, exploratria e descritiva com natureza aplicada,
portantoomtodoutilizadonestainvestigaofoiodedutivocomobjetivodecomprovaodo
comprometimento dos pesquisados segundo o Modelo de Meyer & Allen (1991). A coleta de
dadosfoirealizadapormeiodaaplicaodequestionriosemanecessidadedeidentificaodos
participantes,cujasafirmativasbasearamseliteralmentee,semmodificaes,nos18(dezoito)
indicadores de comprometimento da Escala de Mensurao do Comprometimento (MEYER,
ALLEN & SMITH, 1993) j anteriormente descritos neste artigo, contendo a possibilidade de
respostasquesedividiamemconcordo,discordoeindiferente.
Quantoabordagemoptousepelaquantitativaeaapuraoeinterpretaodosdados
coletadofoirealizadaatravsdautilizaodeferramentasdoMicrosoftExcel2010eMicrosoft
Word 2010. Diante das caractersticas que o trabalho apresenta, podemos considerlo como
umapesquisabibliogrfica,poisforamdestacadosalgunspontosdevistadostericosempauta
sobaperspectivadoentendimentodoproblemaefundamentodosresultados.
4. ANLISEDOSRESULTADOS
4.1.
Enfoquedocomprometimentoafetivo
No que se refere ao componente afetivo, foram expostas seis afirmativas inerentes ao
contextoondesebuscouidentificar:adedicaodofuncionrioparacomaempresaduranteo
resto de sua vida; a interseco dos problemas da empresa como problemas particulares; se o
funcionrio sentese ou no como parte da empresa; a ponderao da questo emocional de
cadafuncionrioemrelaoasualigaocomoempregador;seospesquisadossentemsecomo
partedafamliadaempresa;e,osignificadopessoalqueaempresapossuiparacadaum.
A maioria dos pesquisados concordam com as afirmativas expostas no questionrio
aplicado, somando 51% do total, sendo seguido por 42% de discordncia e 7% de indiferena
diantedocomponenteafetivo.
luz do Modelo de Meyer & Allen (1991) o resultado indica que a maioria dos
pesquisados seria feliz em continuar trabalhando na empresa e demonstram um envolvimento
comamesma.Amaiorpartesevcomomembrodaempresaeseenxergacomointegranteda
organizao, alegando sentir uma ligao emocional e identificao com a entidade. Estes
sentemqueoseulocaldetrabalhoumaextensodesuascasas,vivendodeformafamiliarna
organizaoedemonstrandoqueaempresarefleteemsuavida,umsignificadopessoal.
4.2.
Enfoquedocomponenteinstrumental
Seis afirmativas foram apresentadas aos colaboradores a fim de avaliar o componente
instrumental,cujolevantamentosobreesteenfoqueavalia:seosfuncionriospermanecemna
empresacomofatodenecessidadetantoquantodedesejo;seelesteriamdificuldadeemdeixar
aempresanocontextoatualqueestoinseridos;seosfuncionriosavaliamasuapermanncia
na empresa como fator de estrutura de vida; a viso dos colaboradores frente ao mercado de
trabalho a respeito de haver poucas alternativas caso deixassem a empresa; a forma como o
quadrosecolocafrenteaofatodeconsiderartrabalharemoutraempresamesmojtendodado
bastantedesiemproldaorganizao;e,porfim,seosfuncionriosveemcomoconsequncia
negativaaescassezdealternativasimediatasqueencontrariamaosairdaempresa.
O resultado demonstra como se portaram as respostas dos pesquisados e evidencia a
concordncia de 57% dos entrevistados em relao s afirmativas apresentadas, 31% de
discordnciae12%deindiferena.
Analisase ento que as concordncias so as mais citadas, portanto tal levantamento
reafirmaoquedefendemMeyer&Allen(1991)einduzaconclusoqueosfuncionriostmo
emprego como necessrio, os remetendo que deixar a empresa resultaria em perda de status
financeirooudeestabilidade.Talconclusotangenciaqueestegrupopensaemcarreiradentro
daempresaeavaliamasuapermanncianaempresacomofatordeestruturadevida.Entende
sequeoscolaboradorescreemquehaveriaoutrasoportunidadesforadaempresa,pormessas
mudanas poderiam acarretar em perdas frente a atual situao que estes j conquistaram.
Aindaassim,novcomoempecilhooquejfezparaempresanahoraemqueresolversaire
no teria problemas em arrumar outro emprego imediato, o que indica que estes possuem
convicodesuascompetncias.
4.3.
Enfoquedocomprometimentonormativo
Da mesma forma como os outros dois componentes, o normativo foi avaliado tambm
com seis afirmativas que buscam averiguar: o percentual de funcionrios que no sentem
obrigaoempermanecernaempresa;osfuncionriosquemesmoquetivessemvantagemem
sairdaempresa,noofariampornoacharcorreto;ograudeculpaqueofuncionriocarregaria
casodeixasseaempresaimediatamente;aligaomoralepessoalqueosfuncionriostmentre
si,aopontodenoabandonaremaempresa;e,seosfuncionriossesentememdvidacoma
empresa.
Demonstrousequeamaioriaconcordacomasseisafirmaesexpostassomando66%do
total,24%discordarame10%demonstraramindiferenadiantedestecomponente.
AtendnciasegundooquedefendemMeyer&Allen(1991)dequeoquadrofuncional
sente obrigao perante a empresa e as funes que nela desempenham. Fica evidente que
mesmoquetivessemvantagememsairdaorganizao,noofariampornoacharcorreto,mas
nocarregariamculpanenhumaseaabandonasseagora.Ospesquisadosconcordamcomaideia
de que so leais a empresa, trabalham mostrando que no permanecem nesta apenas por
obrigaoqueteriamcomoscolegasequesesentememdvidacomaempresa.
4.4.
Apresentaodosresultadossobostrsenfoques
O comprometimento da amostra analisada se divide em 36% para o componente
normativojuntoorganizao,35%paraoafetivoe29%paraoinstrumental.Comessaanlise
percebese que existe um grau de comprometimento moderado dentro do setor estudado,
pormaobrigaomoraldepermanecernaorganizaodimensonormativaademaior
predominncia dentro da amostra. Supese que, o que pode ter motivado este resultado a
influncia do tipo de instituio, visto que a mesma de carter pblico e, ainda, de
administrao militar, pequena diferena entre dimenso normativa e afetiva atesta que os
indivduos apresentam comprometimento maior nas duas dimenses. O equilbrio entre as
dimenses evidente, quase que por partes iguais, dos componentes do comprometimento
estudados dentro da organizao transversalmente naqueles que os demonstraram em suas
respostasdiantedosindicadoresapresentadosnoinstrumentoutilizadoparaapesquisa.
5. CONSIDERAESFINAIS
Constatouse com este estudo o que afirmam Meyer & Allen (1991) em seu modelo no
comprometimento, quando declaram que o que se espera como finalidade primordial no
comprometimentoorganizacionalaintegraodoindivduoaumaidentificaoorganizacional,
nabuscadeassimilarascrenaseincorporarosvaloresdaculturaqueapoiamaorganizao.
Foipossvelverificarque,dos44colaboradorespesquisados,67%revelamser,dealguma
forma, comprometidos com a organizao, 24% no se comprometem e 9% demonstraram
indiferena quando indagados a respeito. Esta indiferena demonstra uma imparcialidade por
partedestescolaboradores,oquedeveseravaliadoposteriormentepelosgestoresdainstituio
ederrocadoaomximocomoobjetivodemanterumamelhorvisodestaporpartedosseus
funcionrios e nutrir a motivao no trabalho, resultando assim em um quadro expressivo de
comprometimentoparacomaorganizao.
Tambm importante salientar que o equilbrio apresentado nos comprometimentos
normativo e afetivo demonstra que os funcionrios analisados permanecem na organizao
porquesesentemmoralmenteobrigadoseporqueistoquedesejam.
Por se demonstrarem comprometidos afetivamente, os colaboradores avaliados
valorizam as recompensas sociais e psicolgicas muito mais que recompensas financeiras,
crescimentoprofissional,seguranaouestabilidade,oquegeradentrodelesinternasreaese
ostornamcomprometidosedispostosacumprirseusobjetivosdentrodaquelaentidade.
Demonstrouse, dessa forma, a existncia de um vnculo emocional, mesmo com a
inexistncia de estabilidade do emprego. O mrito dessa realidade pode ser dado s prticas
sociaisinternasexistentesnaquelainstituio,asquaispossuemomaiornveldeinflunciano
comprometimentoorganizacionalecarecemseravaliadasemestudosposteriores.
Recomendase tambm, novos estudos sobre o comprometimento organizacional com
servidoresdaredepblicaetambmprivada,fazendoseumacomparaodosresultados,oque
possibilitarumamelhorcompreensodamatrianocontextobrasileiro.
Diante da maioria dos respondentes terem demonstrado comprometimento normativo,
sugereumfococentralizadonocontrolenormativoporpartedainstituio,taiscomonormase
regulamentos ou ainda misso forte e disseminada dentro daquele hospital de administrao
militar.Supesequeapresenadaculturamilitarnaorganizaoagediretamenteemdireo
ao comprometimento, avocando um vnculo psicolgico afetivo atravs de sentimentos como
lealdade,afabilidade,amizade,contentamentoeprazer.
Evidenciouse tambm um vnculo de continuao, quando os colaboradores
demonstraramsesentirdecertamaneirapresosquelelugardevidoaosaltoscustosdedeixalo,
almdaconexomoral,comoumdiscernimentodedeveratravsdosobjetivos,valoresemisso
organizacionais.
Por fim, os resultados apontados neste estudo contriburam para o conhecimento do
tema no contexto das instituies pblicas e podero nortear polticas pblicas de gesto
estratgica de pessoas, com o objetivo de ampliar ou manter o nvel de comprometimento
organizacional entre os funcionrios pblicos, quer sejam terceirizados, prestadores de servio
ouatefetivos.
6. REFERNCIAS
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estudodecasodeumaempresafamiliar.Qualit@sRevistaEletrnica,v.13,n.1,2012.
UMOLHARSOBREASDINMICASVAREJISTASEOACESSOAOSALIMENTOSTRADICIONAIS:
OCASODAFEIRADELAGARTO/SE
R.R.Siqueira(D);D.A.Neri(EEC)2;A.N.M.Milito(TE)3
deSergipe(IFS)CampusAracajuEmail:danielaalvesneri@hotmail.com;3InstitutoFederaldeSergipe(IFS)
CampusLagartoEmail:adienenayane@hotmail.com
(TE)TcnicaemEdificaes
(D)DoutorandaemDesenvolvimentoeMeioAmbiente
RESUMO
O artigo tem como objetivo apresentar olhares sobre
algumasdinmicasvarejistasesuasinflunciasnaoferta
de alimentos tradicionais. Destacase como lcus do
estudoafeiralivredacidadedeLagarto/SE,quepossui
grande importncia regional. Tratase de uma pesquisa
exploratriarealizadanoanode2013atravsdeedital
de fomento do IFS Instituto Federal de Educao,
Cincia e Tecnologia de Sergipe, na qual podese
observar aspectos relacionados as prticas comerciais
PALAVRASCHAVE:Varejo,feira,alimentostradicionais.
da Feira de Lagarto. As mudanas nos hbitos de vida

das pessoas, a estabilizao da economia e a
concorrncia acirrada fomentaram o surgimento de
novos canais de abastecimento que influenciam nas
relaesdeidentidadeentreaspessoaseoconsumode
alimentos tradicionais. Percebese, a necessidade de
resgatarosaspectosidentitrioscapazesderevitalizaro
sentimentodepertenadaspessoaseosalimentos.
ALOOKATTHEDYNAMICSRETAILERSANDACCESSTOTRADITIONALFOOD:THECASEOFTHE
FAIRLAGARTO/SE
ABSTRACT
The article aims to present some perspectives on

dynamic retailers and their influences on the supply of
traditional foods . Stands out as the locus of the study
free fair city Lagarto / SE, which has great regional
importance.Thisisanexploratorysurveyconductedin
2013 by edict of promoting IFS Federal Institute of
Education,ScienceandTechnologyofSergipe,inwhich
we can observe aspects of fair trade practices Lizard .
Thechangesinthehabitsoflife,stabilizetheeconomy
and cutthroat competition fostered the emergence of
new supply channels that influence the relations of
identitybetweenpeopleandconsumptionoftraditional
foods.Perceivestheneedtorescuetheidentityaspects
abletorevivethesenseofbelongingofthepeopleand
the
food.
KEYWORDS:Retail,fair,traditionalfoods.
UMOLHARSOBREASDINMICASVAREJISTASEOACESSOAOSALIMENTOSTRADICIONAIS:
OCASODAFEIRADELAGARTO/SE
INTRODUO
Esteartigobuscaapresentarumolharsobrealgumasdinmicasvarejistasesuasinfluncias
naofertadealimentostradicionaisnasfeirasnordestinas,utilizandosecomoexemploagrande
feira da cidade de Lagarto/SE, cuja importncia social, econmica e cultural tem sofrido
mudanassignificativasnasltimasdcadas.
As feiras das cidades interioranas da Regio Nordeste do pas so diferenciadas por
concentrar grande nmero de pessoas de cidades vizinhas, oferta de produtos diferenciados,
tradicionaiseartesanaiscontribuindoparaconservaodehbitosalimentaresconsuetudinrios
ligadosastradieslocais.Asfeirassotambmlugardecolocaraprosaemdia,desaberdas
notcias,negociarexcedentesdeproduodaagriculturafamiliar;soespaoparacomercializar
asfrutastpicasdaestao,pescado,crustceos,castanhas,queijocoalho,requeijo,manteiga
dafazendaeosingredientesparaatradicionalmanioba1eobeiju2.
espao tambm de grandes problemticas como a falta de salubridade e manipulao
corretadosalimentos,vendadeprodutosilcitosedescasodosmaisjovensqueobservamafeira
comoumlocalsujo,deprodutosnoatrativoselugarparagentemaisvelha,umavezqueos
shopping e lojas de grife oferecem atrativos convergentes ao estilo de sociabilidade do jovem
contemporneo.
MudanassociaiseeconmicasocorridasnosculoXXcomoainserodasmulheresno
mercadodetrabalho,agrandevariedadedeprodutosindustrializadoseaampliaodoscanais
de abastecimento e venda modificaram o acesso dos consumidores em relao aos alimentos
consideradostradicionais.
Consideramsecomomudanaspositivasamelhoriadaqualidadeevariedadedeprodutos
industrializados, criao de leis de defesa do consumidor e legislaes que regulamentam a
produo,transporte,armazenamentoecomercializaodeprodutos.Nacontramodagrande
variedade de produtos industrializados, muitos deles transgnicos ou com a presena de
conservantes ou agrotxicos, a percepo do consumidor voltase para a valorizao dos
produtosorgnicos,tradicionaisouquepossamtrazerbenefciossociaiseeconmicosagrupos,
comunidadesepequenosprodutoreslocais.
Umfatornegativodasnovasdinmicasvarejistascadavezmaispadronizadas(edecapital
estrangeiro) referese perda da identidade dos indivduos em relao aos alimentos e suas
refeiesdirias,umavezqueasnovastemporalidades,isto,asnovasformascomoaspessoas
organizam o tempo das atividades cotidianas influenciam na produo, aquisio, acesso aos
canaisdeabastecimentoepreparodosalimentos.
____________
1
PratotradicionalnacidadedeLagarto.Opratofeitocomfolhasdamandiocamodasecozidas,comcarnede
porco,oubovinaeoutrosingredientes.
2
Beijuoubijuoutapioca,umquitutefeitocomfculademandioca.
Em pesquisa3 relacionada s prticas de consumo no Estado de Sergipe, foram

entrevistadas 40 mulheres (trabalhadoras formais com renda familiar acima de 4 salrios
mnimos) e 130 donas de casa sem atividade remunerada fora do lar com renda inferior a 2
salrios mnimos. Dentre as entrevistadas que trabalham fora de casa e residem em grande
maioria na capital Aracaju, 98% afirmam realizar compras de alimentos nos supermercados.
Dentreasdonasdecasaquenotrabalhamforaeresidemnascidadesdointerior94%indicam
realizarsuascomprasnafeiraetambmnosupermercado.
Paraamaioriadoshomensemulheresquetrabalhamduranteodiafazercomprasanoite
tornouse um hbito indispensvel. Assim, ir s feiras semanais tornouse cada vez mais difcil,
salvonosfinaisdesemana.Paraascrianastornaseaindamaisdifcilapercepodaorigemdos
produtos, para muitas o leite vem da caixinha longa vida e os legumes surgem lavados
esteticamente arrumados em prateleiras, construindose assim percepes diferenciadas,
limitadaseartificiaisemtornodosalimentosedaimportnciadasrefeies.Nolarasprticas
emtornodopreparoeconsumodasrefeiestambmmudouconsideravelmente.
O interessante que justamente na cozinha e na sala de jantar, de onde
muitas crianas foram banidas, que elas poderiam conhecer, na prtica, as
tradies,ashistriaseaculturadesuafamlia,experimentarosentimentode
pertenceraumgrupo,seralimentadacomamor,atualizarosafetosfamiliarese
perceber
o
quanto
o
mundo
vasto
e
diverso.
Mas, em vez disso, ficam sabendo das mazelas do mundo adulto enquanto
comem as mesmas coisas de sempre em frente televiso.
Oestilodevidaurbanopareceimpedirareuniofamiliar,incluindoascrianas,
noshorriosdealimentao.Mesmoassim,possvelfazerissoacontecercom
regularidade.Paratanto,insisto,precisoencararoatodecomercomoumfato
socialacimadetudo(SAYO,2010).
Ohbitodecomerforadolar,denotertempoparapreparaoedegustaoderefeies
maiselaboradas,abriuespaoparaofertadeprodutosprpreparadosoucozidoseumaampla
variedadedenegciosqueoferecemrefeiesparatodosospaladares.
Aspecto relevante a mudana dos hbitos dos consumidores brasileiros,

relacionada, por exemplo, preocupao quanto a produtos mais saudveis,
maior participao da alimentao fora de casa, aumento da compra de
produtos semiprontos, entre outros. A maior segmentao dos tipos de
consumidores e famlias tambm outro ponto a ser considerado, tendo em
vistaacriaodeprodutosvoltadosparaatenderaestadiversidade.Estasso
alteraes importantes, pois o foco do negcio, portanto, voltase para o
atendimento
dos
desejos
e
necessidades
dos
clientes.
(<http://www.bndespar.com.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galer
ias/Arquivos/conhecimento/bnset/set903.pdf>.Acessoem:28mar.2014).
____________
3
Dados relacionados a pesquisa ainda em fase de andamento intitulada Mulheres: consumo sustentvel e seus
desafioscontemporneos,desenvolvidanosestudosdedoutoradonoPRODEMA/UFS.
Aquelessaboresdainfncia,cujosingredientespossuamestreitaligaocomaterraeas
paisagenstornaramseiguarias,verdadeirosquitutesreservadosaosmomentoscomemorativos
e festas tradicionais. De acordo com Barbosa (et al, 2009, p.39) atravs da comida e dos
alimentos demarcamos identidades e territrios; atravs da sua distribuio e do seu acesso,
falamos de poder e de hierarquias. Neste tocante Barbosa indica que as refeies esto
intimamente ligadas a construo da sociabilidade das pessoas atravs dos rituais,
representaes e prticas alimentares. Ainda assim a autora considera que [...] embora seja
invocadacomoumelementoimportante,acomidadificilmenteaparececomoumatorcomfalas
prpriasqueseimpemparaalmdoseupapeldemediadoraereprodutoraderelaessociais
eformasculturais(ibidem).
SegundoZuineZuin(2008,p.01)osalimentostradicionaissoaqueles[...]produtoscom
histria, pois se constituem e fazem parte de um local e de uma determinada cultura, sendo
produzidoscomamatriaprimalocaldeumadeterminadaregio.Estesalimentosgeralmente
tmcomobaseingredientesespecficosdalocalidadenaqualsopreparadosepossuemvalor
histricoeculturalporapresentaremoconhecimentoeosaberfazerintergeracionais.Tratase
deumprodutonicopeloempregodematriasprimasepelosconhecimentosaplicados,assim
como os usos de produo, de consumo e de distribuio e que atualmente recebem, entre
outras,asdenominaesdelocal,artesanalouregional(Ribeiro;Martins,1995).
Oacessoacanaisdeabastecimento(varejoeatacado)diferenciadostambmmodificaram
o acesso a estes alimentos e o surgimento de verdadeiros imprios industriais e
supermercadistas que concentram boa parte da distribuio e abastecimento de alimentos no
pas.
Comoimpactos,destacamseocrescimentodaconcentraoemdeterminados
segmentos,amaiorparticipaodeempresasestrangeiras,aadoodeprticas
mais modernas e as alteraes no relacionamento entre varejo e empresas
fornecedoras.
Disponvel
em:
http://www.bndespar.com.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galeria
s/Arquivos/conhecimento/bnset/set903.pdf.Acessoem:28mar.2014).
Segundo a Associao Brasileira de Supermercados (ABRAS), o conceito de varejo

utilizadoparadesignaraatividadedevendaquefeitadiretamenteaoconsumidorfinal,para
usopessoalenocomercial4.
A estabilizao da economia e concorrncia acirrada fomentaram o surgimento de novos
canaisdevendacomvistasasuprirasnecessidadesdeclientescadavezmaisexigentesenichos
cadavezmaissegmentados.Destaformapodeseencontrarcanaisdevendasdiferenciadosem
relaoaopblicoalvo,aovolumedevenda,organizaodosespaos,tiposdeprodutosaserem
vendidos(alimentosenoalimentos)ereadeatuao:local,regionaleouinternacional.
Estaampliaoimpactoutambmnacomercializaodeprodutosnasfeiraslivres,umavez
que a oferta de produtos tradicionais tornouse um desafio frente oferta de produtos
provenientesdosgrandescentrosdeabastecimentoeredesdesupermercados.
_________________
4http://www.escolaabras.com.br/lms/cursos/intbasvarejo/ifplus/_frmProt.htm?act=Continuar&op=1220&acesso=.
UmdedinhodeprosasobreafeiradacidadedeLagarto
AcidadedeLagartolocalizasenaregioCentroSuldoEstadoacercade76kmdaCapital
Aracaju. Segundo censo demogrfico do IBGE de 2010 o municpio de Lagarto possui uma
populao em torno de 94.861 habitantes em um territrio de 969, 577 Km. Apresenta
contrastes,considerandoseuextensopermetrorural,apresenadeindstriasdegrandeporte,
a exemplo o Grupo Matar e escolas de ensino tcnico e superior. O comrcio local
movimentado principalmente por grandes feiras e festejos anuais (a exemplo do So Joo)
atraindograndenmerodevisitantes.
O interesse pelo estudo nasceu da observao do cotidiano da feira livre da cidade de
Lagarto, uma das maiores feiras do Estado de Sergipe. Nas Regies Norte e Nordeste as feiras
temgrandeimportnciasocial,econmicaecultural.
A feira no desempenha somente um ponto itinerante ou fixo de abastecimento e
comercializao de produtos, mas pode ser considerada um evento social, onde pessoas de
vrioslocais,cidadesvizinhasepovoadosseencontram,tantoparanegociarcomoparareveros
amigos,fazercontatoseinformarsedasnovidadesdacidade,Afeiraessencialmente,uma
instituioeconmica:oobjetivoprincipaldaquelesqueaconstituemvender,edaquelesquea
freqentamcomprar.(ManualFeirasLivresdaAgriculturaFamiliar/2007).
EmLagarto,afeiraocorreemlocalfixo(ArredoresdaPraadotanqueGrande)nosdiasde
segunda,quinta,sbadoedomingo,sendoqueamaiordelasocorrenasegundafeiranosturnos
manh e tarde. A figura 01 indica a localizao da feira, bem como as principais ruas que
recebemgrandefluxodeveculosepessoasnosdiasemqueocorreafeira.
Figura01:LocalizaodafeiradeLagartoeruascomgrandefluxodeveculosepessoas.
<http://maps.google.com.br/maps>.Acessoem:04jan.2013.
Nos dias de feira o trnsito em diversas ruas da cidade tornase quase catico, para
comerciantes e prestadores de servios (como mototaxistas) o aumento de transeuntes
configurase em oportunidades de acrscimo na renda diria. Em relao s barracas, algumas
invademasreasdestinadasaestacionamentodeveculos,comopodeserobservadonasfiguras
denmero02a05.
Figuras02a05:Ograndefluxodeveculosepessoascontribuiparaproblemasdeacessibilidade
naregiodafeira.Fonte:Siqueira,2012
QuantoorigemdafeiranacidadedeLagarto,infelizmenteoshistoriadoresnoafirmam
com preciso a data de incio das atividades, mas certamente o crescimento e importncia da
feira como ponto de encontro social, poltico e econmico colaborou tambm para o
desenvolvimento da cidade. Mas a realidade da feira nos dias de hoje merece um olhar mais
atentodopoderpblicoumavezquedeacordocomdiversasreportagensdoPortalLagartense,
assaltosconstantes,lixoemaucheirosoproblemasconstantesnaregiodafeira.
Percebesequeafeira,mesmoconsideradadegrandeimportnciaparaacidadeeregies
circunvizinhas,aindaguardagrandesproblemasrelativosinfraestrutura,acessibilidade,higiene
eprticascorretasdemanipulao.Diantedasobservaespodeseinferirquetaisproblemas
interferem na percepo dos usurios da feira, principalmente dos mais jovens que podem
observar nas lojas de departamentos e butiques maiores atrativos que na tradicional feira,
considerando tradicional como algo que se funda na tradio, nos costumes locais, lembrando
que os aspectos culturais mais marcantes como artesanato e comidas tpicas perdem espao a
cadadia,principalmentenasrelaesdepertenaentreoshabitantesdacidadedeLagartoea
feira.SegundoAfonso(2010,p.01).
O conceito de pertena resumese: a um sentimento que nos une e que nos

intrnseco.Temosanecessidadedeviveremsociedade,deestarmosintegrados,
de fazer parte de uma famlia, de um grupo, de uma sociedade, etc.[...]. Esse
sentimento nasce com a pessoa e/ou resulta de uma convivncia e partilha de
caractersticas/gostos/objetivos comuns. (Drio Filipe da Silva Afonso
https://pradigitaldarioafonso.wikispaces.com/file/view/Trabalho+
+Identidade+e+alteridade.pdf>Acessoem:04fev.de2013.)
No mbito dos estudos de marketing a feira um canal de comercializao que agrega

organizaesepessoasemtornodadisponibilizaodeprodutoseservios.Segundoomanual
deFeirasLivresdaAgriculturaFamiliar/2007,asfeirasconstituemumexemplodeespaode
comercializao que foge ao esquema usual de distribuio [supermercados, sacoles, e
mercados], podendo ocorrer semanalmente em um mesmo local ou em datas espordicas ou
comemorativas.
A necessidade de encontro para a realizao da troca vai levar a atividade
comercial a procurar os lugares mais propcios a esse encontro, que coincidem
com o cruzamento de fluxos e pessoas ou com os locais onde as demais
atividades sociais acontecem pelos mais diversos motivos: religio, poltica,
diverso,cultura,etc.Existeportantoumarelaodeinterdependnciaentreo
comrcio e as demais atividades sociais urbanas. (Feiras Livres da Agricultura
Familiar/ 2007, disponvel em: <www.mds.gov.br/feirasemercados/.../feiras
livresdaagriculturafamiliar.../download>.Acesso:04fev.de2013).
Quanto s manifestaes culturais e religiosas foram encontrados na Ferira de Lagarto

produtospararituaisdeumbandaecandombl,confirmandoapresenadesincretismoreligioso
nasprticascomerciaisdafeira,lembrandoquesocomercializadasesttuasdegessoedebarro
dediversossantoscatlicoseorixsdeorigemafricana.
Figuras06e07Produtosartesanaispararituaisde Figura08Palhariasartesanais.
umbandaecandomblFonte:Siqueira,2013.
Fonte:Siqueira,2013.
Observase a demanda irregular dos frequentadores em relao aos dias e horrios da

feira. O maior movimento observado nos dias de segunda, cuja feira tem durao de dois
turnos, manh e tarde. Podese destacar que os consumidores agem de formas distintas em
relao aos horrios das compras. H aqueles que preferem os produtos mais frescos, mesmo
que com preo mais elevado costumam frequentar a feira logo cedo pela manh. Para outros
consumidores, os preos baixos tornamse mais interessantes que a qualidade, para estes as
ofertasprximasdotrminodafeirasomaisatraentes.
Geralmenteosclientesassduossoaquelesquemaisvalorizamosalimentostradicionais,
algunsdelesencomendamaosfeirantesospedidosparacompradaprximasemana.Estaprtica
ocorretambmcomavendadederivadosdeanimaiscomopartesespecficas,vscerasemidos
de bode, de porco e boi (para fazer amarradinhos, buchada, tripa frita, sarapatel, ou
mesmosopademocot).Sovendidosanimaiscomocabraseavesvivasebatidas,sendoqueas
galinhasdecapoeiracriadasemterreirosomaisprocuradasqueasavescriadasemgranjas.
Osderivadosdamandioca(aipim)tambmsomuitoprocurados,aexemplodapuba,da
tapioca,edobeiju.
Nofoiobservadoqualquertipodeidentificaoepadronizaonasbarracas,inclusiveas
lonas encontramse em mau estado de conservao. No existe refrigerao para a
comercializaodecarnes,frangosemidos,sendoencontradoapenascaixatrmica(deisopor)
na rea dos pescados. A garantia de procedncia, validade e peso dos produtos pautada na
verbalizao do feirante, dependendo apenas da verificao visual do produto por parte do
comprador ou consumidor. Os feirantes no possuem vestes apropriadas para manipulao de
alimentosenohefetivafiscalizaoquantocorretamanipulaodealimentosconsiderando
queavigilnciasanitrianorealizacursosnestembito.
A disposio de frutas, verduras e legumes ocorre nas barracas, caixotes, lonas no cho,
balaios de palha ou mesmo nas mos de vendedores ambulantes, notase a presena de
vendedores espordicos que procuram a feira para vender apenas excedentes de produo,
muitasvezesemcarroprprio,carroaoucaminho.
Aspesquisaseobservaesrealizadasem2013com100frequentadoresdafeiraindicaram
a feira livre da cidade de Lagarto como um local de encontro e abastecimento para uma faixa
etriamdiadeconsumidoresentre25e80anosdeidade.Apresenadejovensescassa,salvo
daquelesqueprecisamdafeiraparatrabalhar.Osadolescentesnoobservamatrativosnafeira,
uma vez que produtos se seu interesse como roupas e sapatos da moda tem percepo de
qualidadeprejudicadaemcomparaocomboutiqueselojasdegrife.Mesmoobservandosea
vendaderoupascompatveiscomtendncias,oesteretipoderoupadafeiradesvalorizaou
produtossemmarca.
Jemrelaoaosprodutoshortifrutigranjeirosapercepocontrria,osconsumidores
acreditamqueosprodutosdafeirasomaisfrescos,podemseradquiridosdiretodoprodutor,
nopossuemveneno(agrotxicos).
Considerandoomixdemarketing(produto,preo,praaepromoo)destacaseagrande
variedadedecaractersticasdosprodutosvendidosnafeiralivredeLagarto,oquemereceum
estudo mais detalhado por apresentar desdobramentos importantes, a exemplo dos produtos
falsificados. De forma geral os produtos so apresentados de forma simples, com poucas
informaesaoconsumidor.
Em referncia ao entorno, lojas e supermercados aproveitam o aumento do fluxo de
pessoaseveculosnosdiasdefeiraeinvestememalgumasestratgiasparaatrairoconsumidor,
aexemplode:carrosdesom,narradoresdepropaganda,cartazesepanfletagem.
A varivel preo tornase o principal atrativo para os consumidores, uma vez que podem
serencontradospreosmaisbaixosquenossupermercados,existeapossibilidadedecompra
granel, em unidades, litro e pequenas pores. Notase a presena da famosa pechincha e
oscilaesdepreosaolongododia,aspectosqueabrangemestratgiasdepromoo(umdos
4Ps).Percebeseaformaodevnculosdecortesiaentreconsumidorefeirante,construdospor
laosdeprefernciaaolongodosanos.
Fatores como baixa escolaridade e falta de capacitao dos feirantes, acrescida pela
ausncia de apoio do poder pblico e instituies como o SEBRAE (Servio de apoio a micro
empresa), que poderiam subsidiar iniciativas que pudessem melhorar as condies de
apresentao dos produtos, torna a feira de Lagarto um ambiente contraditrio: precrio e
insalubreemsetratandodemeioambiente,infraestruturaeacessibilidade,frgilnosaspectos
sociais e em respeito s tradies culturais, potencialmente vigoroso na gerao de renda na
regioCentroSuldeSergipe,manutenodoagricultornocampo,apoioaagriculturafamiliare
geraodeempregosdiretoseindiretos.Carentedeefetivoplanejamentoemlongoprazoque
realmentepotencializeseusaspectospositivosereduzaosaspectosnegativos.
Assim, empiricamente os sujeitos envolvidos nas interrelaes cuja feira aparece como
panodefundoaprendemaartedevender,negociar,trocareconseguiromelhorpreovivendoa
realidadedoseucotidiano.
METODOLOGIA
Tratase de uma pesquisa exploratria realizada no ano de 2013 atravs de edital de

fomentodoIFSInstitutoFederaldeEducao,CinciaeTecnologiadeSergipe,naqualpodese
observar aspectos relacionados as prticas comerciais da Feira de Lagarto, com o projeto de
extenso:diadefeira:umolharsobreasestratgiademarketingevendasnafeiralivrede
Lagarto/SE. Foram realizadas visitas tcnicas feira, registro fotogrfico e entrevista com
consumidoresefeirantes.
Aequipedepesquisabuscouinformaesjuntoaosusuriosdafeirasobreosatrativosda
feira,quaisosprodutosmaisprocurados,ospontospositivosenegativoseprincipalmenteacerca
do sentimento de pertena em relao ao ambiente e relaes estabelecidas no tocante as
prticasdeconsumorealizadasnafeira.
CONSIDERAESFINAIS
A ampliao da rede de comrcio varejista proporciona inmeros benefcios, entre a

melhoriadaqualidadeemanipulaodealimentos,aofertadegrandevariedadedeprodutos,
servios, a possibilidade de concorrncia e preos mais convidativos alm da possibilidade de
acessoadiversasformasdecrdito.
Mas notase tambm que tais dinmicas influenciadas pelas novas temporalidades e
hbitos de consumo contemporneos interferem no acesso aos produtos tradicionais. Desta
forma percebese que o ambiente das feiras livres nordestinas, a exemplo da feira de Lagarto,
tem sofrido processos de mudanas, dentre eles o afastamento dos mais jovens em relao
valorizaodosprodutostradicionaisvendidosnafeira,oquecompreensveltendoemvistaa
necessidade de projetos que proporcionem salubridade ambiental e correta manipulao em
relao a venda e preparo de alimentos, e transforme o ambiente da feira e um local limpo e
convidativo. clara a necessidade de resgatar os aspectos identitrios capazes de revitalizar o
sentimento de pertena das pessoas e os alimentos tradicionais. Neste bojo podese inclusive
fomentaracertificaodestesalimentosatravsdosselosdeprocednciaeindicaogeogrfica.
Diantedoexposto,sugereseinclusiveacolaboraodeprofissionaisdaesferapblicaeprivada
que possam promover mudanas eficazes na feira de Lagarto, com vistas tornla um local
turisticamente visitvel, mas antes de tudo acessvel e salubre para seus trabalhadores e
frequentadores.
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10
ANLISEDOSRESULTADOSDAIMPLANTAODAREDECEGONHAEMUMAMATERNIDADE
PBLICA
1
R.F. Mesquita(PQ);J. M.S.Linhares (PQ)2;L.R.M. Sousa (PQ)3

InstitutoFederaldoMaranho(IFMA)CampusBacabal;2CentrodeEnsinoUnificadodeTeresina(CEUT);
3
UniversidadeEstadualdoPiau(UESPI)DepartamentodeEducaoProfissionalCampusBacabalemail:
rafael.mesquita@ifma.edu.br
RESUMO
A Rede Cegonha (RC) uma estratgia que almeja

promover a execuo de novo modelo de ateno
sade da mulher e sade da criana com foco na
ateno ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao
desenvolvimento da criana de zero aos vinte e quatro
meses de idade. Objetivouse com este estudo analisar
os indicadores de gesto quanto ao nmero de parto,
mortalidade materna e neonatal na Maternidade
Municipal investigada, descrever as mudanas
encontradas mediante a implantao da RC na
Maternidadeediscutirpossveisbenefciossmulheres
gestantes. Tratase de uma pesquisa descritiva,
exploratria com abordagem quantitativa realizada
mediante anlise de dados encontrados nos livros da
sala de parto e em livros de cirurgias obsttricas
disponveisnosarquivosdaMaternidade.Osresultados
obtidos evidenciam aumento significativo dos partos
cesreos ao longo dos trs anos investigados
especialmente em 2013, os partos normais foram
significativos em relao aos partos cesreos. Houve
reduo da mortalidade infantil e aumento nas
realizaes de testes rpidos e VDRL. Quanto s
transformaes ocorridas aps a implantao da RC
observadas neste estudo, evidenciase a ampliao do
acesso ao parto e ao nascimento refletidos nos
indicadores investigados relacionados ao aumento do
nmero de partos, assim como o importante aumento
dos casos de partos normais ocorridos na instituio.
Quantoaoindicadormortalidadeneonatalobservase
expressivamelhoriacomareduodesseevento.
PALAVRASCHAVE:Gesto,RedeCegonha,MaternidadePblica.
ANALYSISOFRESULTSOFIMPLEMENTATIONNETWORKSTORKINAMATERNITYPUBLIC
ABSTRACT
The Rede Cegonha (RC) is a strategy that aims to results show significant increase in cesarean deliveries
promote the application of new model of care to over the three years investigated especially in 2013
women's health and child health and focusing on the vaginaldeliverieswassignificantinrelationtocesarean
birth, the birth, growth and development of children deliveries.Therewasareductionofchildmortalityand
frombirthtotwentyfourmonthsofage.Theobjective improvement in the achievements of rapid tests and
ofthisstudyistoanalyzethemanagementindicatorson syphilis. As to the changes after the implementation of
thenumberofdelivery,maternalandneonatalmortality RCobservedinthisstudy,itisevidentbroadeningaccess
in the Municipal Maternity investigated, describing the tolaborandbirthasreflectedinindicatorsinvestigated
changes found by setting CR to Maternity and discuss relatedtotheincreasednumberofbirths,aswellasthe
possible benefits to pregnant women. This is a significant increase in cases of normal births in the
descriptive, exploratory study with a quantitative institution.Regardingtheindicator"neonatalmortality''
approach carried out through analysis of data found in observed significant improvement in the reduction of
the books of the delivery room and obstetric surgeries thisevent.
books available in the archives of Motherhood. The
KEYWORDS:Management,RedeCegonha,PublicMaternity.
ANLISEDOSRESULTADOSDAIMPLANTAODAREDECEGONHAEMUMAMATERNIDADE
PBLICA
INTRODUO
OBrasil,atualmente,temconseguidoreduzirsuastaxasdemortalidadematerna,entre1990e
2007houveumareduode52%e,apesardestareduosignificativa,osindicadoresaindapermanecem
elevados (BRASIL, 2010). Nesta perspectiva, devese trabalhar formando parcerias a fim de se alcanar
valores aceitveis internacionalmente. Um passo fundamental para este desenvolvimento a
humanizao do parto e nascimento onde profissionais de diversas reas unemse em um objetivo
comum,oalcancedestaatividadehumanizada.
OMinistriodaSade(MS)temtrabalhadoparaampliarasaesdehumanizaonoquediz
respeito sade da mulher e da criana por meio de produo de informaes atravs de informes
tcnicosecapacitaesparaprofissionaispormeiodoSistemanicodeSade(SUS).Porm,sabidoque
o pas possui diversidades geogrficas, financeiras e culturais e assim este processo tem sido lento
(BRASIL, 2009). Tal como afirmam Cavalcanti et al. (2013), pois h mais de duas dcadas discutese o
modelodeatenoaopartonoBrasilcomoobjetivodeatingirpadresaceitveis,aproximandosedas
taxasalcanadasemoutrospases.
Entendese que, alm da humanizao participativa dos profissionais de sade envolvidos no
parto e nascimento, acrescentase a presena de familiares de modo que sejam participantes efetivos,
purpera e familiar, no processo do nascimento. Desta forma, os verdadeiros protagonistas do vento
fisiolgico tornamse o centro do cuidar e assistncia tornase mais humanizada (DINIZ, 2005). Outro
ponto importante para que se reduzam complicaes no pr e psparto a ateno prnatal, pois
estudos afirmam que a ateno prnatal identifica e controla riscos que futuramente trariam riscos
gestao.Aidentificaoprecocedeproblemasduranteagravidezpromoveaoportunidadedeseintervir
empontosespecficoseobjetivose,destaforma,promovemtratamentoemtempohbil(MARTINELLIet
al.,2014).
Conforme afirmam Soares e Menezes (2010), a quantidade baixa de consultas prnatal
configurase como fator de risco para mortalidade fetal e neonatal. Assim, estratgias devem continuar
sendoelaboradaseimplementadasparaorecrutamentodemulheresgestantesparaqueiniciemopr
natalimediatamenteapsodiagnsticopositivodagravidez,paraquesejarealizadoomaiornmerode
consultaspossveise,assim,osriscosdecomplicaestornemsemenores.
Quanto menos consultas forem realizadas, maiores as chances de se ter um parto prematuro,
almdealgumasintercorrnciasmaternasnoseremidentificadas,comoosdistrbioshipertensivosda
gravidez que, segundo Khan et al. (2006) a principal causa de morte materna tanto na Amrica latina
quantonospasesdesenvolvidos.Nestecontexto,comoformademelhorarosindicadores,noano2000,o
Governo Federal comea a instituir programas com o intuito de reduzir as taxas morbimortalidade
materna e perinatal onde se adotam medidas simples como a melhoria do acesso e cobertura do
acompanhamento prnatal, deuse o nome de Programa de Humanizao no Prnatal e Nascimento
(PHPN). Com este programa, objetivouse melhorar a qualidade da assistncia ao parto e puerprio
(SERRUYAetal.,2004).
Em2011,oGovernoFederallanounombitodoSUSaRedeCegonha(RC)queaconceituano
seu Artigo 1 como [...] uma rede de cuidados que visa assegurar mulher o direito ao planejamento
reprodutivoeatenohumanizadagravidez,aopartoeaopuerprio,bemcomocrianaodireitoao
nascimentoseguroeaocrescimentoeaodesenvolvimentosaudveis.ARCumaestratgiaquealmeja
promoveraexecuodenovomodelodeatenosadedamulheresadedacrianacomfocona
ateno ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criana de zero aos vinte e
quatro meses; organizar a Rede de Ateno Sade Materna e Infantil para que esta garanta acesso,
acolhimento e resolutividade; e reduzir a mortalidade materna e infantil com nfase no componente

neonatal(Portarian1.459/2011).
Paragarantirumatendimentohumanizadoasgestanteseaosrecmnascidosatvinteequatro
meses a RC prev aes para vincular a gestante maternidade de referncia com transporte seguro,
garanteoacolhimentocomavaliaoeclassificaoderisco,asseguraoacessosaesdoplanejamento
reprodutivo,ampliaemelhoraaqualidadedoprnatalcomnomnimoseisconsultas,garanteumaserie
deexamesclnicoselaboratoriais,incluindoosexamesdeHIVesfilis(CARNEIRO,2013).
Almdisso,aRCpretendecriarcentrosdagestanteedobebparaaassistnciagravidezdealto
riscoedecasadepartonormalparaimplementarasdemandasdopartohumanizadoparaoscasosde
baixo risco, promove as boas prticas na ateno ao parto e nascimento, incluindo o direito ao
acompanhantedelivreescolhadamulhernoprparto,partoenopuerprioebuscatambmincentivar
o aleitamento materno. Estas diretrizes esto inseridas em quatro componentes estruturantes da
estratgia: 1PrNatal; 2 Parto e Nascimento; 3 Puerprio eAteno Integral Sade da Criana e 4
SistemaLogstico,TransporteSanitrioeRegulao.(Portarian1.459/2011).
Tendoemvistaestaspropostasdemelhoramentodaqualidadedaassistncia,quaisasprincipais
transformaesocorridasmedianteaimplantaodaRedecegonhaemumamaternidadeMunicipal?Se
ocorreremmudanas,sopositivasparaaspuerprasefamiliares?Destaforma,esteestudopropesea
analisar os indicadores de gesto quanto ao nmero de parto, mortalidade materna e neonatal na
Maternidade Municipal investigada, descrever as mudanas encontradas mediante a implantao da RC
naMaternidadeediscutirpossveisbenefciossmulheresgestantes.
FUNDAMENTAOTERICA
RedeCegonha
OGovernoFederaldoBrasil,emjunhode2011,lanouumnovoprogramaqueabrangetodoo
territrio nacional, a Rede Cegonha, que comporta diversas leis e portarias relacionadas ao parto e
nascimento(BRASIL,2011)evisagarantiratendimentodequalidadeagestanteecrianascomatdois
anosdeidade(CAVALCANTI,2013).
ParaSilvaetal.(2011),esseanode2011foisignificativoparaapolticabrasileiradadooadvento
dapossedaprimeirapresidentedesexofeminino,DilmaRousseffque,aindanoinciodeseumandato,
promulgouoficialmenteonovoprogramanacionaldeassistnciaobsttricaeinfantil,queconsistenuma
rede de cuidados que visa assegurar mulher o direito ao planejamento reprodutivo e ateno
humanizada gravidez, parto e puerprio, bem como criana o direito ao nascimento seguro e ao
crescimentoeaodesenvolvimentosaudveis(BRASIL,2011,p.13).
OPrNatal
ARedeCegonhatemcomoprioridadeinicialamelhorianoacessoequalidadedopr
natal, desta forma garante acolhimento e avaliao de risco. Assim, o prnatal envolve uma
srie de aes de ateno sade, onde o incio precoce o mximo de consultas so
fundamentais. A captao precoce da gestante para a realizao de prnatal de tanta
importncia,quedeveseriniciadoantesde120diasdegestao(BRASIL,2005).interessante
ressaltarqueoacolhimentodagestantedeveterinciologonaprimeiraconsultaprnatal.
Aimportnciadeseiniciaroprnatalcedosednoacompanhamentoprecoceque
feito,narealizaodeexameseseusrespectivosresultados,destaformasehouverproblemas
quepoderotrazerintercorrnciasantes,duranteouapsopartotmaoportunidadedepassar
porintervenoprecoceapontodeprevenirosproblemasquepossvelocorreriamnofuturoe
poderiamtrazerprejuzosmeeorecmnascido(SILVAetal.,2011).
Conforme afirmam Silva et al. (2011), a Lei n 11.634, de 27 de dezembro de 2007,
garante s gestantes atendimento completo que engloba o prnatal seguro e o local de
realizaodoparto,estaredeofereceapoiosgestantesnosdeslocamentosparaasconsultasde
prnataleparaolocalemqueserrealizadooparto.Almdisso,observasequealgunsexames
foramadicionadoslistaderotinacomoexamesdeglicemia,VDRL,hematcrito,hemoglobinae
outros. Segundo descrito no Manual de Prnatal do Ministrio da Sade (BRASIL, 2005)
recomendase a realizao dos exames propostos pela rede a fim de se reduzirem os ricos. O
acompanhamento regular das gestantes fundamental para o sucesso da realizao do Pr
natal.
A Rede Cegonha tem a obrigao de acolher gestantes com intercorrncias e oferecer
resolutividadenaavaliaoeclassificaoderiscos.Asgestantesquesoclassificadascomode
riscodevemteracessoaoprnataldealtoriscoemtempohbilparaqueosagravospossamser
reduzidosouminimizadosafimdeseobterareduodamortalidadematernaeneonatalesuas
complicaes.
OsDireitosnaHoradoParto
A Rede Cegonha prev a suficincia de leitos obsttricos e neonatais em Unidades de

Terapia Intensiva (UTI) e o Mtodo Canguru, que configurase como um programa direcionado
paraahumanizaodaassistnciarecmnascidosdebaixopeso.ConformeafirmamSilvaetal.
(2011,p.4)
Devem ser respeitadas as necessidades regionais, ambincia das maternidades
orientadaspelaResoluodaDiretoriaColegiada(RDC)n36/2008daAgnciaNacional
de Vigilncia Sanitria (ANVISA), prticas de ateno sade baseada em evidncias
cientficas,nostermosdodocumentodaOrganizaoMundialdaSade,de1996:"Boas
prticasdeatenoaopartoeaonascimento"eestmuloimplementaodeequipes
horizontaisdocuidadonosserviosdeatenoobsttricaeneonatal.
A mulher tem o direito assegurado por lei de escolher o acompanhante para est
presentenahoradoparto,sejahomemoumulher,aescolhalivreequalquerpessoaindicada
por ela poder acompanhla. Porm, alguns autores (SILVA et al., 2011) afirmam em suas
investigaesquetaldireitoburladoemvriosambientes,talviolaotemalgumasexplicaes
claraseumadelasafaltadeinformaosobreseusdireitospelousurio,seamulhernosabe
quetemdireitoaumacompanhantequedelivreescolhadelatornaseinvivelareinvidicao
domesmo.Outraexplicaooautoritarismoimpostoporprofissionaisdasadeemnoaceitar
qualqueracompanhante,sabesequeemdeterminadasmaternidadesapenasmulherespodem
seracompanhantes,destaformaseausuriaoptarporseucompanheirocomoacompanhante
terseudireitoviolado.
Conforme pontuam Griboski e Guilhem (2006, p. 110) se no est claro para as
mulheresquaissoseusdireitosecomoelaspodemreivindiclos,ficadifciltransporalacuna
quelhespermitiriamoexercciodaautonomiaeopoderdedeciso.Outropontoimportante
no que diz respeito aos direitos na hora do parto a garantia de acesso das gestantes
maternidadenahoradoparto,destaformaastrsesferasdopoderagemconjuntamentepara
garantir este direito, ressaltase que responsabilidade do SUS vincular a gestante
maternidade na qual ser realizado o parto, dever ser vinculada logo no incio do prnatal
(BARRETO,2013).
OdireitoaatenointegraldasadedacrianaeotransportedaGestante
Comaimplantaodaredecegonhaprocurasedaratenomaisespecializadaemaior
acompanhamento aos recmnascidos, constituise uma das propostas que fundamenta a RC
garantir cuidados a crianas de 0 a 24 meses, assistncia de qualidade e resolutiva (BRASIL,
2011).fundamentalparaasadedacrianaatenodequalidadelogonasprimeirassemanas
apsoparto,assimodesenvolvimentoecrescimentoinfantiltambmsoimportantesedevem
seracompanhadosporprofissionaisqualificados(BRASIL,2005).
O Ministrio da Sade, nos ltimos anos, tem investido maciamente em polticas
pblicas que objetivam a reduo da mortalidade infantil. Desde 1975 programas de mbito
nacional tm sido implantados um deles o Programa Nacional de Imunizao (PNI) com o
objetivodecoordenarasaesdeimunizaesnacionais,buscandoaintegridadedasaesde
imunizaes realizadas no pas. Depois disso vrios programas foram implementados, mais
recentemente podese destacar o Pacto Nacional pela Reduo da Mortalidade Materna e
Neonatal(FARIASetal.,2011).
Aviabilizaodessaspolticastornaaatenosadedapopulaodemodogeralmais
organizada, em especial a sade da criana e materna emergem como foco de ateno em
determinados programas nacionais, como o caso da RC, com o cumprimento efetivo dessas
aespodesemonitorarosndicesdemortalidadematernaeinfantilafimdesereduziresses
indicadores(BRANCO,2001;FARIAS,etal.,2011).
Noquedizrespeitoaodeslocamentodagestanteatamaternidadededestinoondeo
partoserrealizadoeadisponibilidadedevagas,emprogramaspassadosagestantetinhadeter
assegurado o direito de acesso maternidade, porm era uma disposio legal no conhecida
pormuitasmulhereseprofissionaisdesadeeestratgiasnoeramformuladasparaefetivartal
direito.ComaimplantaodaRCficouestabelecidaaestratgiadevagasemprequevinculaa
gestanteaolocaldepartoeasseguraadisponibilidadedeleitos(SILVAetal.,2011).
No tocante as gestantes de alto risco, a rede cegonha implantou um sistema de
transporteseguroeeficienteparaasgestantes,spurperaseosrecmnascidosdealtorisco.
um sistema que dispe de ambulncias de suporte avanado que possuem incubadoras
equipadas alm de ventiladores neonatais, o Sistema de Atendimento Mvel de Urgncia
SAMU Cegonha (SILVA, et al., 2011). Para controlar todas essas aes, ser implantado aos
poucosumsistemaqueirregularosleitosobsttricoseneonatais.
METODOLOGIA
Tratase de uma pesquisa descritiva, exploratria com abordagem quantitativa. A pesquisa

descritiva busca conhecer, descrever e interpretar a realidade, sem nela interferir para modificla
(RUDIO,2004).Essetipodeinvestigaoestembasadonoempirismo,cujoobjetivoprimordialsevolta
paradescriodascaractersticasdedeterminadapopulaoou fenmeno,avaliaodeprogramaseo
estabelecimentoderelaesvariveis(LAKATOS;MARCONI,2010).
Noqueconcerneapesquisaexploratria,estasejustificaportercomoobjetivo,proporcionar
aopesquisadormaiorfamiliaridadecomoproblema,comvistasatornlomaisexplicitoouaconstruir
hipteses (GIL, 2009). A pesquisa utilizas de um nico caso de anlise, pois o caso nico pode
representarumacontribuiosignificativaparaaformaodoconhecimentoedateoria(YIN,2010,p.
71), alm de, preenchendo todas as condies para o teste da teoria, pode confirmar, desafiar ou
ampliar a teoria (YIN, 2010, p. 71). Considerase ainda que a abordagem quantitativa se adqua a esta
pesquisa, pois Richardson et al. (2008) referem tal mtodo como uma proposta em que buscase a
preciso de resultados, quantificando as informaes coletadas e utilizando tcnicas estatsticas, para o
tratamentodosdadoscomointuitodeevitarvieses.Nestetipodepesquisa,empregadaparadescrever
uma amostra no probabilstica de uma populao, buscamos identificar quais situaes, eventos,
atitudesouopiniesestomanifestosemumapopulao,pormeiodadescriodeumsubgrupodesta
populao,segundoFreitas(2000,p.106).
OestudofoidesenvolvidonaMaternidadedeumHospitalMunicipalqueumEstabelecimento
deSadePblicodemdioporte(72leitos),deaproximadamente3.000m2,fundadoem1982comum
CentrodeSadecomvnculoEstadual,passandoem05deFevereirode1999asermunicipalizado,onde
nessa ocasio, foi criada tambm a Maternidade com total de 20 leitos Obsttricos, 03 leitos de
Neonatologia, 04 leitos de Unidade de Cuidados Intermedirios Convencional. No ano de 2002, a
MaternidaderecebeudoMinistriodaSadeottulodoIHACIniciativaHospitalAmigodaCriana,onde
todososfuncionriosdosetorsohabilitadosquantoaoestmulodoaleitamentomaternoexclusivopor6
mesesdevidadoRecmnascido.
Os dados foram coletados a partir de informaes contidas nos livros de registro da sala de
parto,centroobsttrico,eregistrosdosindicadoresdamaternidadecegonhaqueso:nmerodepartos
cesreos, partos normais e curetagem. Alm da realizao de exames como o teste rpido para HIV e
VDRL e registros de bitos neonatais. Tambm foram levantados dados sobre os registros de recm
nascidos. Para a realizao da coleta foi utilizado um instrumento de coleta de dados semiestruturado
divididoem:tiposdeprocedimentosrealizados,quantidadedebitoseregistrosrealizadosnainstituio.
AsinformaesforamprocessadaseletronicamentecomapoiodosoftwareMicrosoftOfficeExcel
2007,aplicandoseasfrmulasparaosclculosdeestatsticasdescritivasepercentuaissimples.Apsesta
anliseinicial,realizouseadistribuiodasinformaesobtidasmedianteprocessamentodosdadosem
grficosetabelas.
APRESENTAODOSRESULTADOS
Aseguirseroapresentadososdadoscoletadosmedianterealizaodestapesquisaqueesto
organizadosemquatrotabelasqueforamformuladasdeacordocomaafinidadedosdados.Atabela01
trata da distribuio dos indicadores de gesto segundo o tipo e quantidade de partos realizados na
MaternidadePblica,natabela02encontraseadistribuiodeprocedimentosrealizadosdurantestrs
anos: Testes Rpidos, VDRL e Curetagem. Na tabela 03 encontramse dados referentes a Mortalidade
Neonatal e na ltima tabela a distribuio percentual dos registros de nascimento civil realizados no
prprioambientedohospitalemrelaoaototaldenascidos.
Tabela01:Distribuiodosindicadoresdegesto,segundootipoeaquantidadedepartosrealizadosna
MaternidadedeumHospitalpblicodeTeresina.Teresina,2014.
TipodeParto/Anos
deinvestigao
PartoCesreo
2011
2012
2013
356
361
520
PartoNormal
770
659
858
TotaldePartos
1126
1020
1378
Fonte:LivrodeCirurgiaObsttricaeLivrodaSaladeParto(2014).
Conformeexpostonatabela01,asdiferenasrelacionadasquantidadedepartoscesreosnos
anos de 2011 e 2012 foram estatisticamente imperceptveis, contudo, os dados do ano seguinte quase
que dobraram em relao aos dois anos anteriores. Com relao aos partos normais realizados na
instituio,observasequehouveaumentosignificativonoanode2013quandosocomparadosaosdois
anos anteriores. Evidenciase ainda que o ano de 2013 destacase com nmeros superiores no total de
partosocorridos.Deacordocomotipodeparto,destacaseopartonormalcomoomaisfrequente.
Tabela 02: Distribuio de procedimentos realizados durantes trs anos: Testes Rpidos, VDRL e
CuretagememumaMaternidadedeumHospitalpblicodeTeresina.Teresina,2014.
TipodeProcedimento/Anosde
2011
2012
Investigao
TesteRpido
1181
1185
VDRL
1181
1185
Curetagem
179
165
2013
Total
1618
1618
253
3984
3984
597
OsdadosapresentadosnaTabela02evidenciamasignificnciadoanode2013paraarealizao
detestesrpidos,VDRLeCuretagem.TesterpidoeVDRLaumentaramaolongodostrsanosanalisados,
merecendodestaqueoltimoanocomomaiornmerodeprocedimentosrealizados,entre2011e2012
no houve aumento significativo, porm em 2013 estes procedimentos evoluram em quase 500
procedimentosrealizadosamaisemrelaoaosdoisanosanteriores.
Tabela 03: Mortalidade Neonatal em uma Maternidade de um Hospital pblico de Teresina. Teresina,
2014.
Tipodebito/Anos
2011
deInvestigao
Natimorto
11
MenordeUmano
03
Totaldebitos
14
2012
2013
11
08
19
00
00
00
Os nmeros de natimortos, conforme mostra a Tabela 03, durante os anos de 2011 e 2012
mantiveramse constantes, porm considerados elevados quando se relacionam ao nmero de partos
realizadosnoperodo.Osbitosdemenoresdeumanomaisquedobraramde2011para2012,havendo
aumentosignificativonoanode2012.Destacaseoanode2013comooanoquenoapresentounenhum
casodebitoemmenoresdeumanonemnatimortos.
Tabela04:DistribuioPercentualdosRegistrosdeNascimentoCivilrealizadosnoprprioambientedo
hospitalemrelaoaototaldenascidos.Teresina,2014.
Varivel/AnosdeInvestigao
QtdNascidoseregistradona
mesmainstituio
%EMRELAOAONDE
PARTOS*
Qtdderegistrocivilgeral
2012
562
2013
657
56%
47%
1230
1071
NdeRNregistradosna
123,41%
79,91%
MT/totaldenascidosnoms
*Ndepartos(2012=1020),(2013=1378).Fonte:LivrodeCirurgiaObsttricaeLivrodaSaladeParto(2014).
Diantedosdadosexibidosnatabelaacima,entendesequeaquantidadegeraldosregistrosde
nascimento civil diminuiu em 2013 quando se compara aos dados de 2012. Observase que em 2012 a
quantidade de registrados que nasceram na instituio foi superior a 2013 em relao ao nmero de
partosacontecidosemcadaano.
DISCUSSO
Osresultadosobtidosmedianteanlisequantitativadosdadosinvestigadosnoslivrosdecirurgia
obsttricaedasaladepartoevidenciamaumentosignificativodospartoscesreosaolongodostrsanos
investigados, observase que este tipo de parto quase no sofreu diferena nos nmeros entre 2011 e
2012, todavia em 2013 houve acrscimo importante. Quanto quantidade de partos normais notouse
reduode2011para2012,logonoanoseguinteocorreuaumentoexpressivonestetipodeparto.Estes
dados esto relacionados aos reflexos da humanizao do parto e nascimento propostos pelo MS e
organizados pela RC, a assistncia humanizada centraliza o protagonismo da assistncia na purpera e
famlia(DINIZ,2005).
Observase ainda diferena significativa com relao ao tipo de parto, pois o nmero de partos
normaissoevidentementemaisexpressivosqueospartoscesreos.Paraquesetenhampartosnormais
fundamentalaatenoprnatal,comnomnimoseisconsultas,destaformapossveisproblemasque
iriam causar desordens durante ou aps o parto so detectadas mais precocemente e as intervenes
cabveissorealizadas,assimcadavezmaiscomumqueospartosnormaissejammaisfreqentesque
oscesreos(MARTINELLIetal.,2014).
Notasequeaquantidadetotaldepartosnotrinioinvestigadoaumentoumuito,especialmente
no ltimo ano que exatamente o marco da implantao da Rede Cegonha na Maternidade pblica
investigada.ARCapresentaapropostadeaumentaroacesso,acolhimentoeresolutividade(Portarian
1.459/2011),destaformaquandoseampliaoacessoentendesequemaismulheresenvolvidasnoevento
fisiolgicodareproduotenhamaoportunidadedeserematendidasnestesambientesespecializados.O
acolhimentogaranteseguranaealiadoaresolutividadediminuemoscasosdeevaso.
Osreflexosdoatendimentohumanizadoeresolutivopodemserobservadosquandoseobserva
alguns dados como a realizao de exames que so considerados fundamentais no processo de partoe
nascimento destacase a realizao do teste rpido para diagnstico de HIV e o VDRL, que no ano da
implantaodaRCtiveramaumentosrelevantesquandosecomparacomosanosanteriores.Evidenciase
que o teste rpido e o VDRL so procedimentos realizados conjuntamente, portanto comum que se
encontre equivalncia entre os nmeros do mesmo ano. A diferena entre 2011 e 2012 foi quase
insignificante,acreditasequetalaumentotenhasidoaoacaso,pormem2013,anodeimplantaoda
RC,notaseoconsidervelaumentodestesprocedimentos.
Com relao realizao de curetagem percebese que dobraram em quantidade no ano de
implantao da RC na maternidade estudada. No ano de 2011 foram registrados 11 natimortos,
semelhantemente registrouse o mesmo nmero em 2012, porm em 2012 ainda notase aumento
expressivo no nmero de bitos em menores de um ano, pois quando se compara ao ano anterior
observase que esse indicador teve os nmeros dobrados. Segundo Victora et al. (2011) a taxa de
mortalidade neonatal no Brasil tem diminudo pouco. Pesquisadores afirmam que no norte do Esprito
Santo os dados so mais preocupantes, pois a taxa de mortalidade neonatal foi de 10,7/1.000 nascidos
vivos (BRASIL, 2010b). Chamam ateno os dados relacionados a registros de bitos em 2013, pois
excepcionalmentenesteanonohouveregistrosenatimortonemdebitosemmenoresdeumano.
Segundo Barreto (2013) existe alguns fatores que contribuem para o aumento de mortes
neonatais, entre eles evidenciase que a no vinculao precoce da gestante maternidade onde ser
realizadoopartopodecausarperegrinaoporvrioslocaisprestadoresdeassistncia,noestudodesta
autorafoievidenciadoque50%dasmulheresinvestigadasnaregioNordesteaorealizaremoprnatal,
noforaminformadassobreondedeveriamrealizaropartomesmosendoumdireitogarantidopelalein
11.634/2007quegaranteavinculaodagestantedesdeoinciodoprnatal.ConformeasseguramFarias
etal.(2011)essesfatorescontribuemdiretamenteparaoaumentodosriscosdemorte,umaestratgia
de busca ativa de bitos e nascimentos tem sido usada para identificar eventos no informados aos
sistemasdesade.
Comrelaoaopercentualdosregistrosdenascimentoscivisrealizadosnoprprioambientedo
hospital em relao ao total de nascidos encontraramse dados apenas de 2012 e 2013. Em 2012
aconteceram 1020 partos entre normais e cesreos destes, apenas 562 foram registrados na prpria
instituio e 1230 a quantidade de registros civis gerais realizados pela instituio, ou seja, foram
registradosmaisrecmnascidosnesteanoqueaquantidadetotaldenascidosnainstituionesteano.
No ano seguinte estes dados sofrem evidente reduo, pois a quantidade de registros civis gerais
realizadospelainstituiofoimenorqueaquantidadetotaldepartosdoanode2013.
CONSIDERAESFINAIS
Cabe destacar que este um estudo inovador, pois prope a avaliao de uma poltica
implantadarecentemente,aRedeCegonha,ondesocomparadosdadosanterioresasuaimplantaoe
dados emitidos no ano de implantao na maternidade pblica. Porm, deve ser considerado que os
resultadosexpostosnesteestudolevaramemcontaparmetrosbemobjetivosdaassistnciaaopartoe
aonascimento,entendidoscomooconsumodetecnologiasparamelhoriadesadedasmulheresedas
crianas,promovendoacolhimento,humanizaoeresolutividadeemelhorandoosindicadores.
Quanto s transformaes ocorridas aps a implantao da RC observadas neste estudo,
evidenciase a ampliao do acesso ao parto e ao nascimento refletidos nos indicadores investigados
relacionadosaoaumentodonmerodepartos,assimcomooimportanteaumentodoscasosdepartos
normais ocorridos na instituio. Quanto ao indicador mortalidade neonatal observase expressiva
melhoriacomareduodesseevento.
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10
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OPARADIGMACOOPERATIVISTAESUAINTERCONEXOCOMASESTRUTURAS
SOLIDRIAS:UMANOVAPERSPECTIVANAFORMAODEPOLTICASPBLICAS.
L.T.eSilva
UniversidadeFederaldoRecncavodaBahiaUFRB.Email:lteixeiras@gmail.com
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RESUMO
medida que os agentes transformadores da sociedade passam por dificuldades na obteno de renda,
emerge um paradigma social capaz de se interconectar com outras estruturas e promover o surgimento de
umaperspectivadetransformaosocialpormeiodaspolticaspblicas.Opresenteartigopretende,almde
conceituarediscutirsobreomodelocooperativistaesuainterconexocomasestruturassolidrias,apresentar
um novo vis para a formao das polticas pblicas, a partir de uma nova perspectiva do paradigma
compreendidocomocooperativista.
PALAVRACHAVES:Cooperativismo.EconomiaSolidria.PolticasPblicas.
PARADIGMCOOPERATIVEANDINTERCONNECTIONWITHYOURSOLIDARITYSTRUCTURES:
ANEWPERSPECTIVEONTHEFORMATIONOFPUBLICPOLICY
Formatado: Portugus (Brasil)
Formatado: Ingls (Estados Unidos)
ABSTRACT
As agents of change in society through difficulties in obtaining income, a social paradigm emerges able to
interconnect with other structures and promote the emergence of a perspective for social change through
public policy. This article aims, in addition to conceptualize and discuss the cooperative model and its
interconnectionwiththesupportivestructures,introduceanewbiasfortheformationofpublicpolicy,froma
newperspectiveparadigmunderstoodascooperative.
KEYWORD:Cooperatives.EconomicDevelopment.PublicPolicy.
Formatado: Ingls (Estados Unidos)
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OPARADIGMACOOPERATIVISTAESUAINTERCONEXOCOMASESTRUTURAS
SOLIDRIAS:UMANOVAPERSPECTIVANAFORMAODEPOLTICASPBLICAS.
1INTRODUO
A administrao pblica marcada por uma diversidade de correntes, ideologias e

modelos. Em uma perspectiva atual, considerase a gesto desempenhada pelo setor
privado como a responsvel por catalisar todo o processo econmico, social e poltico de
uma sociedade. Na contemporaneidade, a globalizao, a inovao e volatilidade das
transformaes disseminam uma nova corrente mercadolgica, onde, apenas os mais
adaptadosconseguemsobreviver.
Considerando a perspectiva da escassez econmica e distribuio desigual de renda,

emergeseanecessidadedosorganismospblicoscriaremalternativascapazesdeminimizar
esses impactos. A alternativa para a diminuio dessa discrepncia social perpassa pela
formaodenovaspolticas.
Aestruturaodaspolticaspblicasimplantadaspelosdiversosagentespblicostem,
em sua maioria, atingido parte da sociedade. A mudana desse cenrio advm com a
utilizaodemecanismosdegesto,sobreapercepodaideologiacooperativista.Pensar
em transformao socialna atualidade requer conheceropanoramavigenteea partirda
introduzir a concepo do solidarismo por meio da interconexo com a acepo
cooperativista. Desse modo, a adoo de novas polticas pblicas tender a atingir uma
gama maior de segmentos da sociedade. Corroborando com essa analogia, Pinho (2001)
apresentacomopropostademudanadomeioeconmicosocialdasociedadeautilizao
gradativadacooperativas.
2OMODELOCOOPERATIVISTA
Para que haja uma definio concisa sobre o paradigma cooperativista necessrio
compreender a sociedade como uma unidade composta por inmeros indivduos que so
capazes de se relacionarem em prol de determinado objetivo. A partir dessa perspectiva,
emergese uma polaridade de conceitos, atribudos por diversos autores, que em sua
maioria apontam o cooperativismo como uma ferramenta fundamental para a sada das
crisesadvindasdaconcorrnciacapitalista.
Comentado [LB1]: Quaissoospolos?Adiscussoprecisaser

melhorconcatenada.
Comentado [LB2]: Quaisautores?Citeosouinformeemnota.
Comentado [LB3]: Esteconceitonecessitademelhor
apresentao,jqueparecenosetratardaideiahabitalde
concorrncia,conformeateoriaeconmica.
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As cooperativas so uma resposta para os problemas impostos pela
globalizao. Por um lado, geram empregos, por outro, elas so um
contrapesoconcentraoderiquezas.Eseascooperativas,emnomedo
princpio da integrao buscam a concentrao, no cooperativismo, tal
concentrao no representa a excluso, como no modelo capitalista.
uma concentrao de centenas ou milhares de associados produtores
rurais, artesanais, poupadores, consumidores, prestadores de servios. A
integrao/concentrao de empresas que representam milhes de co
proprietrioscooperativadosumprocessoquereforaascondiespara
uma melhor redistribuio da renda e das oportunidades. (SCHNEIDER,
2004,p.2).
Em uma analogia semelhante contemporizada por Schneider (2004), Neto (2003)

vislumbraosegmentocooperativistacomoumanovamaneiradeprivilegiarosocial.Parao
autor,acooperativanoseconfiguraaextinodapropriedadeprivada,sendo,portanto,a
lgicaeconmicadoambientecooperativistadiretamenteligadavalorizaodoindividuo
e no somente ao capital. Para Ricciardi e Jenkins (2000, p. 18) quando o ser humano
descobriu que unindo os seus esforos aos de outros, ficava em melhores condies para
resolverosproblemasqueinteressavamatodos,nasciaacooperao.
A instituio financeira cooperada UNICRED OESTE PAULISTA (2009), em documento
produzido sobre o Cooperativismo no Brasil, apresenta uma relao do que se entende
como princpios que norteiam esse paradigma. Segundo a referida instituio, a adoo
voluntria e livre, a gesto democrtica, a participao econmica dos membros, a
autonomiaeindependncia,aeducao,formaoeinformao,almdaintercooperao
representamospilaresquesustentamaconcepocooperativista.
Em publicao recente, da Organizao das Cooperativas Brasileiras OCB,
considerando o ano de 2011, ocorreu um aumento significativo de pessoas ligadas as
cooperativas.Essemodelotemseexpandido,possibilitandoalmdoprocessodeinterao
social a alavancagem econmica dos agentes envolvidos na cooperativa. Destacase do
peridico a afirmao quanto ao nmero de associados ligados a OCB que ultrapassou 10
milhes,considerandooanode2011,obtendoumcrescimentode11%comparadoa2010.
ParaNeto(2003)ametodologiacooperativistafacilmentecompreendidaquandosua
subdivisoconsideradalevandoseemcontaaperspectivadasociedade.Naaparnciado
autor,ascooperativassodistinguidassobretrsvertentes,assimdistribudas:
a)Sociedadesemqueassobrassorepartidasentreosassociados,naproporodas
comprasporelesefetuadasnacooperativa(ouseja,retornoproratadascompras);
b) Sociedades em que as sobras so repartidas entre os operrios acionistas na
produodosdiasdetrabalhodecadaum;
c)Sociedadesemqueassobrassorepartidascombasenocapital,matriasprimas
ouprodutosquecadaassociadolevouparaasociedade.
Comentado [LB4]: Essaumainformaorelevanteque

poderiaseapresentadadeformanumrica.
Comentado [LB5]: Seriaestaaterminologiacorreta?
Comentado [LB6]: Sugiroautilizaodotermoexcedenteem

substituiosobra.
Comentado [LB7]: adequadousartermoemlnguadiversado
portugusemitlico,mesmoqueincorporadopelovernculo.
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No entendimento de Pinho (2004) as cooperativas possuem inmeros campos de

atuao, podendo ser segmentados em alguns modelos para melhor compreenso do
campodeatuaodascooperativas.Paraoautor,osdozesegmentos,so:
a)Agropecurio:Compreendeemcooperativasdeprodutoresruraisouagropastoris
edepesca;
b)Crdito:Cooperativasdestinadasapromoverapoupanaefinanciarnecessidades
ouempreendimentosdosseusassociados;
c)Sade:Cooperativasdedicadaspreservaoerecuperaodasadehumana;
d) Consumo: Criada em 1889, em Minas Gerais, com a finalidade de artigos de
consumoparaseusassociados,aSociedadeCooperativaEconmicadosFuncionrios
Pblicos de Ouro Preto. Hoje esses modelos de cooperativas operam abertos a
qualquerconsumidor.
e) Trabalho: Abrange todas as categorias profissionais, que prestam servios como
autnomosemempreendimentosprprios.
f)Produo:formadoporcooperativasdedicadasproduodeumoumaistipos
debensemercadorias,sendoosmeiosdeproduopropriedadecoletiva.
g) Educacional: Cooperativas de professores, de alunos e escolas agrcolas,
cooperativasdepaisdealunosedeatividadesafins.
h) Habitacional: Rene cooperativas destinadas construo, manuteno e
administraodeconjuntoshabitacionaisparaseuquadrosocial.
i)Mineral:Cooperativasdestinadasapesquisar,aextrair,alavrar,aindustrializar,a
comercializar,aimportareexportarprodutosminerais.
j) Infraestrutura: Cooperativas de eletrificao rural, cooperativas de limpeza
pblica,desegurana,dentreoutras.
k) Turismo e lazer: Cooperativas criadas para explorao do potencial turstico do
Brasil. Tm papel de gerao de trabalho e renda, preservao do meio ambiente,
dentreoutros.
l)Outros:Reneascooperativasquenoseenquadramnosramosanteriores.
Considerando os cenrios formados por Neto (2003) e Pinho (2004) observase a

variedade de ramificaes que o paradigma cooperativista adquire. Esse contingente
polarizado de alcance devese a capacidade desse modelo atuar como facilitador do
processo de insero social, na medida em que, alm de concatenar diversos setores,
possibilitaaosagentesenvolvidosaumentodasuarendaeconmica.
3ASESTRUTURASSOLIDRIAS
As estruturas solidrias uma metodologia diferenciada de organizao, sobre

dentre outras perspectivas, nas atividades econmicas. Considerase como especificidades
dessetipodeestrutura,aautogesto,aautonomiadecadagrupodeproduo,deunidade
ou empreendimento e a igualdade entre os seus membros. Segundo Singer (2002) a
Comentado [LB8]: Novejo,emseutexto,ramificaodo

paradigma,masdaspossibilidadesdeatuao.
Comentado [LB9]: Aindanoforamapresentadosospolos
dessapolarizaoquevocestconsiderando.
Comentado [LB10]: Atentarconcordncia.

Comentado [LB11]: Nohsentidonesteperodofrasal.
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formao dessas estruturas advm do entendimento que a organizao possui sobre suas
ferramentas de produo e a concepco de que o importante a qualidade do
produto/trabalhoemdetrimentodaacepocapitalistasobrelucratividade.
Comentado [LB12]: Errodedigitao.
Aempresasolidrianegaaseparaoentretrabalhoepossedosmeiosde
produo, que reconhecidamente a basedocapitalismo. [...] A empresa
solidriabasicamentedetrabalhadores,queapenassecundariamenteso
seus proprietrios. Por isso, sua finalidade bsica no maximizar lucro
masaquantidadeeaqualidadedotrabalho(SINGER,2002,p.4).
Considerandoqueasestruturassolidriasestodiretamenteligadasaoconceitode
Economia Solidria, Singer (2004) a considera como ferramente essencial para uma
organizao, sendo portanto um tcnica essencial no processo de gesto. O autor prope
aindaqueaeconomiasolidriasejaumaestratgiapossveldelutacontraasdesigualdades
sociaiseodesemprego:
A construo da economia solidria uma destas outras estratgias. Ela

aproveita a mudana nas relaes de produo provocada pelo grande
capital para lanar os alicerces de novas formas de organizao da
produo, base de uma lgica oposta quela que rege o mercado
capitalista. Tudo leva a acreditar que a economia solidria permitir, ao
cabodealgunsanos,daramuitos,queesperamemvoumnovoemprego,
aoportunidadedesereintegrarproduoporcontaprpriaindividualou
coletivamente...(SINGER,2002p.138).
Nessa perspectiva, a economia solidria, apresentase como uma reconciliao do

trabalhador com seus meios de produo e fornece, de acordo com Gaiger (2003), uma
experincia profissional fundamentada na eqidade e na dignidade, na qual ocorre um
enriquecimentodo pontodevistacognitivo e humano. Comas pessoas maismotivadas, a
divisodosbenefciosdefinidaportodos os associadoseasolidariedade,ointeressedos
trabalhadores em garantir o sucesso do empreendimento estimula maior empenho com o
aprimoramentodoprocessoprodutivo,aeliminaodedesperdciosedetemposociosos,a
qualidade do produto ou dos servios, alm de inibir o absentesmo e a negligncia
(GAIGER,2003,p.34).
Comentado [LB13]: Nonecessrioousodecaixaalta.Note

que,abaixo,vocnoautilizou.
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4 ECONOMIA SOLIDRIA: DA (RE)UTILIZAO DOS PRINCPIOS DO COOPERATIVISMO

COMOESTRATGIADEINTERCONEXOPARAFORTALECIMENTODEPOLITICASPBLICAS.
AEconomiaSolidriavemsendoamplamenteapresentadaediscutida,tantonomeio
acadmicocomonoambienteinstitucional,comoumapossvelalternativaaodesempregoe
a precariedade do trabalho, dado o contexto de crise estrutural do sistema capitalista e
seuestadomonopolstico.Semembargo,vistacomoummododeproduoalternativo
quebuscaaemancipaoplenadaclassedostrabalhadores.(Singer,2002).
No que concerne principal fora motriz, o cooperativismo analisado como
organizadoedistribudootrabalho,qualseja,deformaautogestionriae,comoseda
relaodepropriedade dosmeios deproduo. Dessaforma, colocase a seguinte citao
paraelucidaraquesto:SegundoSingerapudSatoeEsteves(2002:6):
Dizseautogestionriaaempresacujossciossoostrabalhadoresecujos
trabalhadores so os scios, sem presena de outros vnculos de trabalho
ou de investimento, logo, a autogesto uma forma especfica de
democracia industrial, distinta de sistemas de participao, seja acionaria,
sejanoslucrosdaempresa.
Destaforma,ficaevidentequeoprincipaleixodopresentediscurso,aconjugaoe
acombinaodosaspectospolticosconstrudospormeiodedecisesdemocrticas,dos
aspectos econmicos viabilidade caracterizada em certa medida por no objetivar
estritamenteolucroe,nomenosimportante,dosaspectossociaisondeainterconexo
de solidariedade, mutualismo e cooperao (re) suscitam como valores balizadores no
fortalecimentodepoliticaspblicas.
Dessaforma,aEconomiaSolidriapodevervistacomoumaarticulaodaprpria
sociedade civil reagindo e se organizando contra a atual situao de precariedade de
trabalho,buscandoassimalgumaformadeinclusosocial.
No obstante, encontrase no mbito Federal uma Secretaria (SENAES Secretria
Nacional de Economia Solidria), pertencente ao Ministrio do Trabalho e Emprego, que
vem impulsionando e fomentando a economia solidria, bem como o cooperativismo.
Encontramosaseguintecitaoemumdeseustextosparadiscusso:
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A alternativa socialista que tem por base a economia solidria e a
autogestoapresentatrsinstnciasfundamentais:
1. A socializao dos meios de produo, implicando a abolio da
propriedade privada dos recursos produtivos e sua substituio pela
propriedadesocial,ouseja,aAUTOGESTOSOCIAL;
2. A socializao do poder poltico, a participao dos cidados livres e
iguaisnaformaocoletivadeumavontadepolticaenoexercciodiretoda
autoridade,ouseja,aDEMOCRACIADIRETA;
3. Enfim, a transformao do mundo das relaes intersubjetivas , no
sentidodaafirmaodasolidariedade,ouseja,aREVOLUAOCULTURALdo
COTIDIANO.(Nascimento,2004,acessadoem05/03/2005)
Com isso, percebemos que esse tema comea a entrar na agenda de discusso do
prpriogoverno,emborasejaumrgomuitoincipiente.
Entretanto, alguns pontos apontados na literatura e encontrados em pesquisas
realizadas pelos autores (Benini, et al, 2005) em outros momentos levam a uma reflexo
sobreoprojetodeEconomiaSolidria.RosaLuxemburgo(2005)argumenta:
Quantoscooperativas,eantesdetudo,scooperativasdeproduo,so
elas pela sua essncia um ser hbrido dentro da economia capitalista: a
pequena produo socializada dentro de uma troca capitalista. Mas, na
economia capitalista, a troca domina a produo, fazendo da explorao
impiedosa, isto , a completa dominao do processo de produo pelos
interessesdoCapital,emfacedaconcorrncia,umacondiodeexistncia
daempresa.Praticamente,exprimeseissopelanecessidadedeintensificar
o trabalho o mais possvel, de reduzir ou prolongar as horas de trabalho
conformeasituaodomercado,deempregaraforadetrabalhosegundo
asnecessidadesdomercadoouatirlanarua,emsuma,depraticartodos
os mtodos muito conhecidos que permitem a uma empresa capitalista
enfrentar a concorrncia das outras. Resulta da, por conseguinte, para a
cooperativa de produo, veremse os operrios na necessidade
contraditriadegovernarseasimesmoscomtodoabsolutismonecessrio
e desempenhar entre eles mesmos o papel de patro capitalista, que, no
casodeseremmaisfortesosinteressesdosoperrios,peladissoluo.So
essesfatosqueoprprioBernsteinconstata,masqueevidentementeno
compreendequando,comaSra.PotterWebb,vnafaltadedisciplinaa
causadofracasso(comoseoproblemafossecultural,educacional,faltade
conscincia solidria etc.) das cooperativas de produo na Inglaterra. O
que aqui se qualifica vulgar e superficialmente de disciplina outra coisa
noesenooregimeabsolutonaturalaoCapital,equeevidentementeos
operriosnopodemempregarcontrasiprprios(2005:80).
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Dessa forma, conforme colocado por Luxemburgo (2005), existe uma heterogesto
do mercado, sendo que somente a cooperativa, por mais autntica que seja, dado o
contextodemonopliodocapital,dificilmentepodeconcorrercomoprogressotcnico.
Nesse sentido, muitas das polticas pblicas tambm acabam se fortalecendo, a
medidaqueinstigam,nocompensandoasconsequnciasinevitveisdomododeproduo
capitalista,comonveisextremosdemisria.
Outro aspecto relevante a amplitude do movimento de Economia Solidria em
relaosua constituio.Porumlado, temse uma seriedecooperativasquesuscitaram
poriniciativadosprpriostrabalhadorescomcaractersticaendgenaemprocessosde
lutas e de conscincia de classe e, do outro lado, cooperativas sendo fomentadas e
incubadasporincubadorasuniversitriaseprefeiturascomcaractersticaexgena.
Contudo,Singer(2003)argumentaaindasobreascolocaesdeLuxemburgo(2005),
apontando algumas condies proporcionadas nessas cooperativas que j apresentariam
grandesignificncia:
Comentado [LB14]: Aassertivaestpostadeformaconfusa.
Comentado [LB15]: Osconceitosdeendgenoouexgeno

nodevemsertratadoscomomeracaracterstica,mascomouma
formadenaturezadeumconjuntodecaracteristicas.
Seascondiesdetrabalhonafbricacapitalistaeramduras,elassempre
seriam menos duras na cooperativa por duas razes fundamentais: na
fbricacapitalistaosempregadostmdeproduzirlucrosproporcionaisao
capitalinvestido,obrigaoqueoscooperadosnotm,oquelhespermite
se autoexplorar menos; alm disso, os cooperados tm a liberdade de
escolherquandoecomotrabalharparatornarsuaempresacompetitiva,ao
passoqueostrabalhadoresassalariadostmdeobedeceradeterminaes
dadireo.(Singer,2003:17)
Segundo Singer(2002), ainda argumenta que as cooperativas so importantes

primeiro porque permite uma pedagogia, ainda dentro do capitalismo, da prtica da
autogesto, aprendizagem que , segundo ele, condio para se ter a possibilidade
histrica de superao do capital, segundo porque na cooperativa h uma melhora das
condiesdetrabalhoe,emterceirolugarelasdiminuemoexercitoindustrialdereserva,na
medida em que gera trabalho e renda para os desempregados, contribuindo para o
surgimentoefortalecimentodepoliticaspblicas.
5CONSIDERAESFINAIS
A reflexo que se chega aqui que existe um antagonismo de interesses nas

correntesdecooperativas.Podesejustificarqueesseantagonismosuscitapelaformaepelo
modode(re)produoquepraticam/teorizam.
Desta forma, a cooperativa empresarial busca uma estrutura organizacional
racional e burocrtica que utilizada a modeobra assalaria fora de trabalho como
fonte de valor para o capital e sua reproduo, sendo que o trabalho continua alienado e
Comentado [LB16]: Issonofoiabordadoemnenhum

momentodotrabalho.
Comentado [LB17]: Esteconceitopoderiaserooutropolo,
quenoaparecenotexto.Deveriaaparecerantesdasconsideraes
finais.
__________________________________________________________________________________
organizadoaosmoldes daproduo tayloristafordista. A cooperativaentousadacomo

uma forma de integrao horizontal de pequenosburgueses e/ou capitalistas que, em
grande parte, no participam do processo produtivo da cooperativa (como
trabalhadores/operrios/trabalhadores rurais da cooperativa), esta sendo apenas uma
alternativaparaseobtervantagensnacomercializaoenaagregaodevalor(agregao
essaocorridaporumalgicadegeraodemaisvalia).
Do outro lado, advogado um cooperativismo que produz no em razo da
reproduo do capital que se d por meio da explorao de uma classe pela outra, do
lucro, e sim com uma finalidade socioeconmica. Est corrente busca praticar ento uma
forma de produo no capitalista, sem antagonismo de classes, que busca uma
emancipaodotrabalho.
Destaforma,ascooperativasdeEconomiaSolidria,porsetrataremdeoutraforma
de organizao e produo, devem buscar um novo marco jurdico que as diferencie das
outras cooperativas empresariais, proporcionando assim que polticas pblicas sejam
direcionadasdeformamaisapropriadaeprecisae,quemovimentosquebuscamumaoutra
formadecooperao,tenhamumaalternativamaisestreitacomseusobjetivos.
Temse ainda, que a Economia Solidria, colocada apenas como uma ao do
chamadoterceirosetor,noampliandoseuespaodelutaparaadireodoestado,pode
correroriscodeserapenasfuncionalparaosinteressesdocapital.
REFERNCIAS
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<http://www.mte.gov.br/Empregador/EconomiaSolidaria/TextosDiscussao/Conteudo/autog
estaocooperativismo.pdf>Acessoem:05out,2012.
Comentado [LB18]: Interessante!Deveriaserapresentadoem

capituloprprio,poisotextotrataapenasdooutromodelo.
Comentado [LB19]: Novoemquesentido?Existealgum

outro?Istonofoitratadoanteriormentenotexto.
Comentado [LB20]: Nofoitratadoadequadamentea
necessidadedePolticasPblicas,nemqueumaformaououtrade
cooperativastenhamnecessidadesdiferentes.
Comentado [LB21]: Umaalternativainstitucional?Juridica?
Formatado: Portugus (Brasil)
__________________________________________________________________________________
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10
INFLUNCIADOMERCHANDISINGNADECISODECOMPRADOSCONSUMIDORESESTUDODE
CASOREALIZADOEMUMAPADARIADACIDADEDEJOOPESSOAPB
J.G.Silva(PQ);R.S.Costa(PQ)2;L.L. Almeida (PQ)3 ;K.L.G.Santos(PQ)4;M.F.S.Oliveira(PO)5

Pessoa,3InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa,4InstitutoFederaldaParaba(IFPB)
CampusJooPessoa;5InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoaemail:
jucyaragomes@hotmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
O presente artigo busca analisar as tcnicas de
merchandisingnopontodevendaeasuainflunciano
processo de deciso de compra dos clientes de uma
padaria da cidade de Joo PessoaPB. Os dados foram
coletados por meio de aplicao de questionrios. A
pesquisafoicompostapelosclientesdapadaria,ondea
amostra se concentrou em 50 (cinquenta) clientes
escolhidos aleatoriamente. Os resultados obtidos
apontam que apesar da maioria dos entrevistados j
chegar ao ponto de venda sabendo exatamente o que
ircomprar,maisdametadedospesquisadoscompram
itensnoplanejados,evidenciandocomoastcnicasde
merchandising utilizadas no ambiente da padaria tm

forteinflunciaperanteosclientes.Apesquisatambm
evidenciou que os clientes so influenciados quanto (i)
ao layout; (ii) a forma como os produtos esto
organizados; (iii) aos fatores e atributos do PDV; (iv) as
imagens dispostas no ambiente. Assim, a pesquisa
conseguiu constatar como o merchandising uma
ferramenta de comunicao importante, pois alm de
estimular positivamente o comportamento de compra
doconsumidor,eleinfluencianoprocessodedecisode
compra, atrai uma maior clientela, e em consequncia
desses fatores, aumenta as vendas em curto prazo.
PALAVRASCHAVE:Merchandising,ComportamentodeCompra,DecisodeCompra,PontodeVenda,Padarias.
INFLUENCEOFMERCHANDISINGINCONSUMERPURCHASEDECISIONCASESTUDY
PERFORMEDINABAKERYCITYJOOPESSOAPB
ABSTRACT
Thispaperanalyzesthetechniquesofmerchandisingat
thepointofsaleanditsinfluenceonthebuyingdecision
ofthecustomersofabakeryinthecityofJooPessoa
PBprocess.Datawerecollectedthroughquestionnaires.
The survey consisted of clients bakery, where the
samplewasconcentratedinfifty(50)randomlyselected
customers. The results indicate that although the
majorityofrespondentshavecometothepointofsale
knowing exactly what you will buy more than half of
those surveyed buy unplanned items, showing how
merchandising techniques used in the bakery
environmenthavestronginfluencewithcustomers.The
surveyalsoshowedthatcustomersareinfluencedas(i)
layout, (ii) how the products are organized, (iii) the
factorsandattributesofPOS(iv)theimagesarrangedin
the environment. Thus, the research was able to see
howthemerchandisingisanimportantcommunication
tool, because besides positively stimulate consumer
buying behavior, it influences the purchase decision
process, attracts a larger clientele, and as a result of
thesefactors,furtherincreasessalesintheshortterm.
KEYWORDS:Merchandising,BuyingBehavior,PurchaseDecision,PointofSale,Bakeries.
INFLUNCIADOMERCHANDISINGNADECISODECOMPRADOSCONSUMIDORESESTUDODE
CASOREALIZADOEMUMAPADARIADACIDADEDEJOOPESSOAPB
INTRODUO
Todaempresaprecisavenderseusprodutos/servios,atenderesatisfazerosseusclientes
parasobreviver.Eparaisso,necessitadeprticasdemarketingparatornarsuaempresaeseu
produto/servioconhecidosnomercado,eassim,atrairconsumidores.Umaprticaquedesdeos
temposmaisantigosequerealizadaparaestefimpelasempresasomerchandising.
Segundo Cobra (2009, p. 321), merchandising definido como toda a ao visando
exposiodoprodutonopontodevenda.colocaroprodutocerto,nolugarcerto,notempo
certo, na exposio correta, no preo certo, na quantidade certa e que funciona como uma
ferramenta estratgica com o intuito de influenciar a deciso de compra do cliente. Assim,
atravsdomerchandisingasempresasdispemeorganizamseusprodutosestrategicamente,a
fimdeatrairedespertarodesejodecompradosclientes,constituindoumelofundamentalentre
aorganizaoeoconsumidor.
Naspadariasessaumaferramentamuitoutilizada,poisosprodutoscomercializadospor
elas precisam, na maioria das vezes, serem expostos para despertar esse desejo do cliente em
consumilo. Diante disso, importante conhecer de que forma o merchandising no ponto de
venda influencia o processo de compra de um cliente e quais so os atributos que mais
despertamaatenodele.
Diante o exposto, este estudo busca responder ao seguinte questionamento: Como o
merchandisinginfluenciaadecisodecompradosclientesdeumapadaria?Pois,paraaempresa
objetodesteestudo,istosetornouumdesafioparaagesto,devidocarnciadeconhecimento
e explorao do merchandising. Por isso de suma importncia para a organizao obter
conhecimentosobreoassuntoedestemodoutilizarestatcnicacomoumimportanteelemento
nadiferenciaofrenteconcorrncia.
OCOMPORTAMENTODECOMPRADOCONSUMIDOR
Existeumconjuntodefatoresqueexerceminflunciasobreocomportamentodecompra
dos consumidores de um bem ou servio, sob os quais os profissionais de marketing no tm
controle,porm,devemlevlosemconsideraoparatomarsuasdecises.Essesfatorespodem
seragrupadosemquatrocategorias:fatoresculturais,sociais,pessoaisepsicolgicos(KOTLERe
KELLER,2006).
Os fatores culturais dizem respeito a certos valores, percepes, preferncias e
comportamentosqueosconsumidoresvivenciam.Almdosfatoresculturais,ocomportamento
do consumidor influenciado por fatores sociais, como grupos de referncia, famlia, papeis
sociais e status (KOTLER e KELLER, 2006). Ainda segundo os meus autores, as decises do
compradortambmsoinfluenciadasporcaractersticaspessoais,comoidadeeestgionociclo
devida,circunstnciaseconmicas,autoimagem,estilodevidaevalores.Easnecessidadeseos
desejos das pessoas modificamse ao longo de suas vidas, e por isso, aspectos como idade e
estgio no ciclo de vida so essenciais para a compreenso do processo de compra do
consumidor. Por fim, o comportamento de compra do consumidor pode ser influenciado
tambm por fatores psicolgicos. Sousa (2012, p. 28) afirma que fatores como motivao,
percepo,aprendizagemeatitudessomuitoimportantesparaacompreensodoshbitosde
compradeumapessoa.
Sendo assim, esses quatros fatores tem relao direta com a reao das pessoas em
relaoabensouservios,sendopossvelidentificarograudeinfluncianocomportamentode
compra dos indivduos quanto atitude no processo de tomada de deciso. Neste sentido,
ressaltase a necessidade de seu conhecimento e utilizao nas estratgias de marketing das
empresas.
PROCESSODEDECISODECOMPRA
Kotler e Keller (2006, p.175) afirmam que os processos psicolgicos bsicos
desempenham um importante papel em nossa compreenso de como os consumidores
realmentetomamsuasdecisesdecompra.Aindasegundoestesautores,oconsumidorpossui
umasriedenecessidadesaseremsatisfeitasqueomotivamacomportamentosdistintosnoato
dacompra.Diantedisso,foielaboradoummodelode05etapasparaoprocessodedecisode
compra, onde, no primeiro estgio do processo de compra temse o reconhecimento do
problema.SegundoKotlereKeller(2006,p.189)umprocessodecompracomeanopontoque
o consumidor reconhece um problema, ou uma necessidade. E quanto mais intensa a
necessidadeequantomaisperdurar,tantomaisforteseroimpulsodoindivduoparareduzilo
por meio da manifestao do comportamento de procura e, finalmente, da aquisio de um
objetoquevenhaasatisfazersuanecessidade.
O prximo passo aps o reconhecimento de necessidades a busca de informao

armazenadanamemria.DeacordocomKotlereKeller(2006),umconsumidorestimuladoque
confronte uma deciso de compra estar inclinado a buscar informaes, mas o esforo
despendido na busca depender da classe do produto e do nvel percebido de necessidade de
informaes.Com base nas informaes coletadas, os consumidores identificam e avaliam
maneirasdesatisfazersuasnecessidadesedesejos.Tratasedoterceiroestgio,aavaliaodas
alternativas.KotlereKeller(2006,p.191)dizemquenoexisteumprocessonicodeavaliao,
eosmodelosmaisatuaistratamesseprocessocomocognitivamenteorientado.
Depoisdeconsiderarasopespossveis,osconsumidorespodemrealizarumacompra
ouapenascriarumaintenodecompra.Essadecisodecompraoquartoestgiodoprocesso
de compra. Kotler e Keller (2006, p. 181) dizem que pelo menos trs fatores podem intervir
entre uma inteno de compra e uma deciso de compra: atitude dos outros; fatores
situacionais imprevistos; e por fim, o risco percebido, que pode modificar, adiar ou evitar uma
decisodecompra.Apsadquiriroproduto,osconsumidoresavaliamformaleinformalmenteo
resultadodacompra.Emparticular,elesconsideramseficaramsatisfeitoscomaexperinciade
compra e com o bem ou servio que adquiriram. Tratase do comportamento pscompra, e
nessecontextoqueentraoprofissionaldomarketing,quedeveperceberqueoconsumidorno
paradebuscarinformaesquandoavendaconcluda(KOTLEReKELLER,2006).
Dessa forma, extremamente importante compreender como os consumidores se

comportam em cada etapa do processo de deciso de compra para que as estratgias de
marketingutilizadaspelaempresasejamdirecionadaseconsequentementeatinjamosobjetivos
propostos.
MERCHANDISING
Com o crescente nmero de empresas, tornase essencial a utilizao de estratgias de
marketingparasediferenciarnomercado.Essasestratgiasprecisamestarbemestruturadase
integradas, para conseguir atingir o objetivo a que se propem. Publicidade, propaganda,
promoodevendas,merchandisingecomunicaodirigidasoalgunsexemplosdasprincipais
estratgias de comunicao utilizadas pelas empresas. Cada uma dessas possui uma forma
especializada de se comunicar com o consumidor e de despertar o interesse dele pelo
produto/servio ofertado pela organizao. Porm, elas so interdependentes e necessitam
umas das outras para que todo esforo consiga gerar resultados. Por isso, de nada adianta
possuir uma tima estratgia de propaganda, se no houver tambm uma atividade de
promoodevendas(ZULIETTI,2011).
Conforme Blessa (2005) o merchandising qualquer tcnica, ao ou material
promocional usado no PDV que proporcione informaes e melhor visibilidade a produtos,
marcas ou servios e que tem a inteno de motivar e influenciar o processo das decises de
compradosclientes.Assimcomoomarketingemgeral,omerchandisingpossuiumainfinidade
dedefiniesquesodiscutidashumlongoperododetempo.Paracadatipodeprofissionalh
umaconceituaoqueseencaixamelhorascaractersticasdasuaatividade.
Dessa forma, Zenone e Buairide (2011, p. 124) afirmam que a grande importncia do
merchandising est no fato de ele ser a soma de aes promocionais e materiais de ponto de
venda que controla o ltimo estgio da comunicao mercadolgica, ou seja, no momento da
compra.Pararealizaraatividadedemerchandisingimportantequeoprofissionalresponsvel
esteja atento quanto aos seus objetivos, que de acordo com Zenone e Buairide (2011), so:
vendermaisemelhor;incrementaronmerodeconsumidoresereduzircustos.
Ainda segundo Zenone e Buairide (2011), preciso se ater a algumas atividades
essenciaisparaomerchandisingcomoomixdeprodutoemfunodopblicoalvo,apolticade
preosequalidade,alogsticaeparceria,olayouteexposio,oatendimentoerelacionamento,
o servio ampliado, o treinamento constante dos funcionrios, a comunicao integrada e a
divulgao pelas mdias adequadas. Portanto, podese observar como o merchandising uma
ferramentadecomunicaoimportanteparaqualquerempresa.
MERCHANDISINGNOPONTODEVENDA(PDV)
Ao realizar o merchandising no ponto de venda (PDV) fazse indispensvel uma boa
organizaodaestruturadomesmo,semprebuscandodespertaraomximoaatenodocliente
eimpulsionaracompra.Oespaoexistente,ailuminaoeadisposiodosprodutossoalguns
dosaspectosqueprecisamseranalisadosnoPDV,poiselestmpapelfundamentalnaescolhado
produtopeloconsumidor.ParaGatto(2003)apudFeij(2010,p.54),aloja,quandoconcebida
como um lugar de "contato" entre cliente, produto e servio, tornase um fatorchave de
competitividadequepodeserusadoparaacriaodevalordemarcadevarejo,eummeiode
comunicaoqueinfluenciapercepesedecisesdecompradosconsumidores.
ConformeBlessa(2005,p.6)pontodevendaqualquerestabelecimentocomercialque
exponhaserviosouprodutosparaavendaaosconsumidores.OambientedoPDVatribudo
comopontodeligaoentreoprodutoeoclienteepormeiodelequesepodeconsolidaro
processodecompra.ConformeressaltaBlessa(2005,p.29)oprprioandarseguecomplicadas
regras de trfego, nos quais os produtos mais adquiridos encontramse colocados em pontos
estratgicos. Assim, para despertar um interesse no cliente, pode utilizarse de sua trajetria
pelalojaparaquedessaforma,sejaexecutadoocompostodemerchandisingnoPDV.
Ainda segundo a mesma autora, criar um design diferenciado e agradvel da loja
fundamentalparaaumentaronmerodevisitaseconsequentementeasvendas,deformaque
possamcriarsensaesevnculoemocionalcomosclientes.
NavisodeBlessa(2005)eZenoneeBuairide(2011)paraobtersucessoemumaaode
merchandising, satisfazer e encantar o consumidor, necessrio combinar diversas atividades,
comodesenvolveromixdeprodutoidealparaopblicoalvo;fortalecerparceriaselogsticae
proporcionar um ambiente agradvel e harmnico ao pblicoalvo. Ainda neste quesito,
importanteousointeligentedascores,formas,aromas,saboresesons,aguandoeenvolvendo
todososelementossensoriaisdoserhumano.
Almdessasatividadesnecessriasaobommerchandising,Gatto(2003)apudFeij(2010)
afirmaqueexistemtambmseisfatoresqueprecisamestarpresentesnaestruturadaloja,so
eles: 1) Tteis: que so os materiais utilizados na loja (piso, prateleiras, temperatura, etc); 2)
Sonoros: diz respeito s msicas usadas no ambiente e os rudos existentes no PDV; 3)
Degustativos: so os produtos oferecidos para degustao; 4) Olfativos: os cheiros artificiais e
odores presentes no ambiente da loja; 5) Visuais: so as cores e luzes utilizadas na loja, assim
como, os materiais de sinalizao usados para chamar a ateno do consumidor; 6) Sociais: os
contatosentreclientese/oufuncionriosdaloja.
ParaZenoneeBuairide(2011)tambmessencialdividiralojaemseesparamelhor
aproveitamentodoespao.Eexistemalgunsfatoresquedevemserlevadosemconta,paraesse
melhoraproveitamentodosespaos,dentreelesautilizaoeficientedecadametroquadrado
de rea de venda; a facilitao da mobilidade e maior satisfao do cliente; a possibilidade de
expanso no futuro; a otimizao da largura dos corredores; e por fim, a organizao da
estruturadeformaquefaciliteocontrolevisualdosclientes.
De acordo com Zenone e Buairide (2011), o fluxo dos clientes pela loja determina dois
tiposdezonas:azonaquenteeazonafria.Aprimeiradizrespeitoaoslocaismaisfrequentados
pelosclienteseasegundaasreasdemenorcirculaodosmesmos.
MATERIAISEMTODOS
Mangabeira,nacidadedeJooPessoaPB.Tevenaturezaaplicadacomabordagemqualitativae
osdadosutilizadosforamcoletadospormeiodequestionrios.
Quantoaosobjetivosoestudosecaracterizacomodescritivo,poisprocuradescobrircom
maiorprecisopossvel,afrequnciacomqueumfenmenoocorre,suarelaoeconexocom
outros,suanaturezaesuascaractersticas(CERVO;BERVIAN;SILVA,2007).
Por ter seconcentradoem apenasum objeto de estudo, realizouse uma pesquisa bem
detalhada,queacaracterizatambmcomoumestudodecaso,queconformeGil(2010,p.37),
consistenoestudoprofundoeexaustivodeumoupoucosobjetos,demaneiraquepermitaseu
amploedetalhadoconhecimento.
Apesquisafoibaseadanomtodoindutivo,cujouniversodeestudofoicompostopelos
clientesdapadaria,ondeaamostraseconcentrouem50clientesescolhidosaleatoriamente.A
coletadosdadosfoirealizadaatravsdeaplicaodequestionrios.Oquestionriocontinha17
questes e foi divido em duas partes: (i) 06 questes referente ao perfil sociodemogrfico dos
clientes;(ii)11questesrelacionadasainflunciadomerchandisingnoprocessodedecisode
compradosclientesdapadaria.Dentreestas11questes,05foramelaboradasapartirdaEscala
deLikert.Osdadosobtidosforamanalisadosdeformaqualiquantitativa,sendoutilizadoparao
tratamentodosdadososoftwareExcel2010.
Inicialmente, atravs da aplicao do questionrio, foi possvel identificar o perfil

sociodemogrfico dos clientes da padaria. Os resultados obtidos mostram que 40% tem idade
entre 15 e 25 anos, 68% so do sexo feminino, 48% so casados, 50% estudaramat o ensino
mdioerecebementre1e3salriosmnimos,92%moramnazonasuldacidadee64%dos
avaliadosfrequentamapadariadetrsacincovezesporsemana.
Com relao aos itensofertados pela padaria, observaseque os produtos da pastelaria
salgada(32%)eastortas(28%)soosmaiscompradosporimpulso,conformeapontaogrfico1.
Grfico1Itenscompradosporimpulso
Esse resultado pode ter ocorrido devido ao fato desses dois produtos estarem expostos
emreasestratgicas,ondeaexposioestbemplanejadaelocalizada,etambmpelaforma
comoestoapresentados(cor,cheiro,etc).
Sobreosprodutosquemaischamaramaatenodosclientesnoambientedapadaria,os
constatouse que as tortas (40%) e os pes (28%) so os que mais atraem a ateno deles ao
entrar no ambiente da padaria conforme aponta o grfico 2. Possivelmente, esse resultado
provmdalocalizaoedaexposiodoprodutonoambientedapadaria.
Grfico2Produtosquemaischamamaatenodosclientes
O grfico 3, trata dos fatores ambientais que mais chamam a ateno dos clientes ao
entrarnapadaria.Constatousequeosfatoresolfativos,quesooscheirosartificiaiseodores
presentesnaloja,foramoquemaisatraramaatenodosclientes.
Grfico3Fatoresambientaisquemaischamamatenodosclientes
Portanto, podese concluir que os clientes sentemse atrados a entrar no ambiente da

padariaporcausadocheirodosprodutos.Emdecorrnciadesse estmuloolfativoagradvel,o
tempodepermannciadoclienteacabaaumentandonoambientedapadaria.Fazendocomque
esseelementosensorialacarretenomesmoumfatorinfluencivelnomomentodacompra,ou
seja,namelhoriadasvendas.
Quandoquestionadossobreoquemaischamamasuaatenonoambientedapadaria,
foi constatado que 54% dos clientes concordam que a limpeza a varivel que mais atraiu a
atenodosmesmosnoambientedapadaria,conformeapontaogrfico4.
Grfico4Atributosquemaischamaramatenodosclientesnoambientedapadaria
Corroborandocomoexposto,Blessa(2005);ZenoneeBuairide(2011)afirmamquepara
obter sucesso em uma ao de merchandising, alm de satisfazer e encantar o consumidor,
necessrio combinar diversos elementos como iluminao, ventilao, limpeza, segurana e
trfego,afimdeproporcionarumambienteagradveleharmnicoaopblicoalvo.
As caractersticas dos produtos que mais chamam ateno dos clientes no momento da
compraforamossabores,conformeapontaogrfico5.
Grfico5Caractersticasdosprodutosquemaischamamatenodosclientesnomomento
dacompra
Corroborando com o exposto, Blessa (2005); Zenone e Buairide (2011) ressaltam que
importante fazer uso inteligente das cores, formas, aromas, sabores e sons, a fim de aguar e
envolvertodososelementossensoriaisdoserhumano.
Notocanteinflunciadomerchandisingnoprocessodedecisodecompra,constatou
seque82%dosclientesjtmemmenteoprodutoqueircomprarantesmesmodeentrarno
ambientedapadaria,conformeobservadonogrfico6.
Grfico6AinflunciadoMerchandisingnoProcessodeDecisodeCompra
Entretanto, Kotler e Keller (2006) afirmam que o comportamento de compra do
consumidor sofre influncia de quatro fatores principais, que so os fatores culturais, sociais,
pessoais e psicolgicos. Constatouse a influncia desses fatores atravs das respostas dos
clientes, onde 68% afirmaram que compram itens alm dos planejados. Portanto, apesar da
maioriajterdecididooprodutoqueircompraraochegarnoambientedapadaria,omesmo
influenciadoporfatoresinternos.
A forma como os produtos esto organizados no ambiente da padaria despertam o
interesse de compra de 92% dos clientes. A estrutura da padaria, segundo 92% dos clientes,
proporcionaqueomesmoapercorraaporinteira,deformaaobservartodososprodutosantes
deefetuaracompra.Eporfim,68%dosclientesconcordamquesoinfluenciadosnomomento
da comprapelas imagens dispostas no ambiente da padaria. Corroborando com a ideia, Blessa
(2005)ressaltaqueosprodutosmaisadquiridosencontramsecolocadosempontosestratgicos.
Dessaforma,paradespertaruminteressenocliente,podeutilizarsedesuatrajetriapelaloja
paraquedessaforma,sejaexecutadoocompostodemerchandisingnoPDV.
Deacordocomoexposto,constatasequeaorealizaromerchandisingnopontodevenda
(PDV) fazse indispensvel uma boa organizao da estrutura do mesmo, sempre buscando
despertaraomximoaatenodoclienteeimpulsionaracompra.Medianteisso,aformacomo
osprodutosestoorganizados,asimagensdispostasnoambienteeaestruturadapadariatm
papelfundamentalnaescolhadoprodutopeloconsumidor.
CONSIDERAESFINAIS
Com base no crescimento significativo do segmento de panificao brasileiro, e pelas
diversas modificaes que as padarias vm passando ao longo dos anos, este trabalho
apresentouas tcnicas de merchandising e a sua influncia no processo de deciso de compra
dosclientesdeumapadarianacidadedeJooPessoaPB.
Comrelaoaocomportamentodecompradoconsumidor,identificousequeamaioria
dos entrevistados j chega ao PDV sabendo exatamente o que vo comprar. Entretanto, no
tocanteaoprocessodedecisodecompra,evidenciamosquemaisdametadedospesquisados
compramitensnoplanejados.Emoutraspalavras,elessofreminflunciadomerchandisingao
chegar no ambiente da padaria. No que diz respeito ao merchandising, os resultados apontam
que os clientes so influenciados quanto (i) ao layout; (ii) a forma como os produtos esto
organizados;(iii)aosfatoreseatributosdoPDV;(iv)asimagensdispostasnoambiente.
Com os resultados desta pesquisa, a padaria, objeto de estudo, pode aprimorar o seu
conhecimento em merchandising aplicando tais tcnicas em sua empresa. Os profissionais da
administrao/marketingetambmosempresriosdoramoalimentcio(padaria),podemtom
la como subsdio para uma melhor organizao do merchandising levando em considerao
algunsdosprincipaisfatoresquedespertamaatenodosclientesparaoproduto/servio.No
plano emprico, as demais organizaes podero, de maneira geral, conhecer a importncia
dessaferramentaedesuastcnicasparasuasinstalaes,podendoviraapostarcadavezmais
neste tipo de investimento, a fim de agregar valor a sua organizao. No plano acadmico, os
resultados da pesquisa complementam os contedos tcnicos relacionados ao campo do
marketing,maisprecisamenteaomerchandising,servindocomobaseparapesquisasposteriores
narea.
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BusinessManagement.SoPaulo,2011.
10
CONDIESAMBIENTAISDECONFORTOTRMICOPARAAINDSTRIADEPANIFICAO
UMESTUDODECASO
R.S.Costa(PQ);J.G.Silva(PQ)2;L.L.Almeida (PQ)3;K.L.G.Santos (PQ)4;G. S.Alves(PQ)5eJ.A.Lllis (PO)6

1
JooPessoa,5InstitutoFederaldaParaba(IFPB)CampusJooPessoa;6InstitutoFederaldaParaba(IFPB)
CampusJooPessoaemail:rodrigoifpb@gmail.com
(PQ)Pesquisador
RESUMO
O ramo alimentcio tem se destacado na economia
nacional, com uma grande taxa de crescimento e
investimentos.Osetordepanificao,porestarinserido
neste ramo, vem crescendo e se mostrando bastante
influente na vida dos brasileiros. Sabendo da
importncia deste setor, e da falta de pesquisas
relacionadas ao conforto trmico no ambiente das
padarias, o presente artigo teve como objetivo analisar
seoexcessodecalornoambientedetrabalhocontribui
para a queda na produtividade dos funcionrios. Para
alcanar os objetivos propostos, o estudo foi de
natureza aplicada com abordagem qualiquantitativa. A
amostraseconcentrounosfuncionriosqueparticipam
doprocessodeproduo,queso04(quatro)pessoas,
mais os 02 (dois) gestores/proprietrios da padaria. J

para a coleta dos dados, foram realizadas observaes
no local objeto de estudo e questionrios contendo 08
questes fechadas com respostas obtidas atravs da
escaladeLikert.Comoresultados,foiconstatadoqueos
funcionrios e gestores da empresa esto cientes da
importncia do controle do conforto trmico no
ambienteemquedesempenhamsuafuno,queaalta
temperatura encontrada na padaria ocasiona
diminuio da produo e aparecimento de doenas e,
porfim,quenohaadoodemedidaspreventivasna
empresaobjetodeestudo.
PALAVRASCHAVE:Padaria,ConfortoTrmico,Produtividade.
ENVIRONMENTALCONDITIONSOFTHERMALCOMFORTFORBAKERYINDUSTRY
ACASESTUDY
ABSTRACT
The food industry has been highlighted in the national
economy, with a high rate of growth and investment.
Thebakerysector,tobeinsertedinthisfield,hasbeen
growing and showing very influential in the lives of
Brazilians. Knowing the importance of this sector, and
the lack of research on the thermal comfort in the
environment of bakeries, the present study aimed to
examine whether the excess heat in the workplace
contributes to the decline in employee productivity. To
achieve the proposed objectives, the study of nature
was applied to qualitative and quantitative approach.
The sample focused on employees who participate in
the production process, which are four (04) persons,
plustwo(02)managers/ownersofthebakery.
Asfordatacollection,onsiteobservationsandobjectof
study questionnaires containing 08 closed questions
with responses obtained through the Likert scale were
performed.Asaresult,itwasfoundthattheemployees
and managers of the company are aware of the
importance of controlling thermal comfort in the
environment in which play their role, found that high
temperature causes a decrease in bakery production
anddiseaseand,finally,thatnoadoptionofpreventive
measuresinthecompanyobjectofstudy.
KEYWORDS:Bakery,ThermalComfort,Productivity.
CONDIESAMBIENTAISDECONFORTOTRMICOPARAAINDSTRIADEPANIFICAO
UMESTUDODECASO
INTRODUO
Proporcionarumambientedetrabalhoconfortvel,emtodososaspectos,umdeverde
toda organizao. Porm, poucas realmente se preocupam com o bem estar de seus
funcionrios. No sabem estas que, boas condies ergonmicas so fundamentais para que o
trabalhador possa desempenhar sua atividade da melhor forma possvel e com seu mximo
poderdeproduo.
Tendo em vista a necessidade de estabelecer condies ergonmicas favorveis ao
desempenho de seus funcionrios, as empresas devem se respaldar nas normas
regulamentadoras a fim de propiciar um ambiente de trabalho adequado. Neste sentido, a
norma regulamentadora do trabalho urbano NR17, cujo ttulo Ergonomia, fiscalizada pelo
Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), visa estabelecer os parmetros que permitam
adaptao das condies de trabalho as caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, de
modoaproporcionarummximodeconforto,seguranaedesempenhoeficiente.
De acordo com Moraes apud Farias (2008, p. 28), a prtica da Ergonomia consiste em
compreender a relao da interface homemsistema a fim de projetar e/ou modificar esses
sistemaseestruturascomoobjetivodeaumentarasegurana,confortoeeficinciadosistemae
da qualidade de vida do profissional, ou seja, melhorar as condies especficas do trabalho
humano. Deliberato apud Farias (2008, p. 28) salienta que para a ergonomia o ambiente de
trabalhorepresentaumconjuntodefatoresinterdependentesqueatuamsobreaqualidadede
vidadostrabalhadores,interferindonoresultadodotrabalho.
Na Indstria de Panificao Brasileira, em particular a paraibana, um dos grandes
problemasrelacionadosergonomia,maisespecificadamentescondiesdoambiente,aalta
temperaturaocasionadapelasmquinasutilizadasnoprocessodeproduodosseusprodutos.
Esse excesso de calor gera muitas consequncias para os funcionrios que atuam neste
ambiente.
SegundoFrotaeSchiffer(2007)asprincipaisvariveisclimticasdoconfortotrmicoso
temperatura,umidade,velocidadedoareradiaosolarincidente.Osautoresafirmamqueas
exigncias humanas de conforto trmico esto relacionadas com o funcionamento de seu
organismo, cujo mecanismo, complexo, pode ser, grosso modo, comparado a uma mquina
trmicaqueproduzcalorsegundosuaatividade.
De acordo com Frota e Schiffer (2007), o homem precisa liberar calor em quantidade
suficiente para que sua temperatura interna se mantenha na ordem de 37C endotermia.
Quando as trocas de calor entre o corpo humano e o ambiente ocorrem sem maior esforo, a
sensaodoindivduodeconfortotrmicoesuacapacidadedetrabalho,dessepontodevista,
mxima.Seascondiestrmicasambientaiscausamsensaodefriooudecalor,porque
nossoorganismoestperdendomaiscaloroumenoscalorqueonecessrioparaaendotermia,
que passa a ser conseguida com esforo adicional que representa sobrecarga, com queda de
rendimento no trabalho, at o limite, sob condies de rigor excepcionais, de perda total de
capacidadedetrabalhoe/ouproblemadesade.
Dessa forma, este trabalho buscou responder ao seguinte questionamento: Como o

excessodecalornoambientedetrabalhopodeinfluenciaraprodutividadedosfuncionriosde
umapadaria?
Para a empresa em questo, este estudo fundamental, pois o mesmo apresenta a
importncia de oferecer condies trmicas adequadas no ambiente de produo. Para
sociedadeesteestudojustificasetambmporprocurarcolaborarcomapromoodasadedo
trabalhadorcomoumtodo,dandoimportnciasquestesrelacionadasaltatemperaturano
ambientedeproduo,prevenindoassimdanossadedotrabalhador.Noplanoacadmico,a
pesquisabuscacomplementaroscontedostcnicosrelacionadosaocampodaadministraoda
produo, mais precisamente as condies ergonmicas, servindo como base para pesquisas
posterioresnarea.
De acordo com o exposto acima, constatamos a relevncia do tema em questo, e
procuramos aprofundar nosso conhecimento na rea de pesquisa, a fim de contribuir para o
nossocrescimentoacadmicoeprofissional.
Para tanto, foi objetivo desta pesquisa, analisar se o excesso de calor no ambiente de
trabalhocontribuiparaaquedanaprodutividadedosfuncionriosdeumapadaria.
MATERIALEMTODOS

Mangabeira,nacidadedeJooPessoaPB.Paraalcanarosobjetivospropostos,oestudofoide
natureza aplicada com abordagem qualiquantitativa, que nos resultou na soluo de um
problema de uma empresa atravs de informaes obtidas, por meio de questionrios e
observaes in loco. Quanto aos objetivos foi descritiva e explicativa, onde descrevemos o
problemadoobjetoemestudoeexplicamosarazodesuaocorrncia.
Quantoaosprocedimentostcnicos,apesquisafoibibliogrficaedocumental.Tambm
foirealizadaumapesquisadecampo,comolevantamentodedadosnaempresaescolhida.Epor
ter se concentrado em apenas um objeto de estudo (padaria), realizouse uma pesquisa bem
detalhada,queacaracterizatambmcomoumestudodecaso,queconformeGil(2010,p.37),
consistenoestudoprofundoeexaustivodeumoupoucosobjetos,demaneiraquepermitaseu
amploedetalhadoconhecimento.
Ainda,porestudarapenasumobjetoeapartirdelechegaraconclusesgeneralizadasde
umtodo,apesquisafoibaseadanomtodoindutivo.Ouniversodeestudofoicompostopelos
funcionrios da padaria que totalizam 09 (nove) pessoas, porm a amostra se concentrou nos
funcionriosqueparticipamdoprocessodeproduo,queso04(quatro)pessoas,emaisos02
(dois) gestores/proprietrios da padaria. J para a coleta dos dados, foram realizadas
observaes no local objeto de estudo e questionrios contendo 08 questes fechadas com
respostasobtidasatravsdaEscaladeLikert.Osdadosobtidosforamanalisadosdeformaquali
quantitativa, sendo utilizado para o tratamento dos dados o software Excel 2010, onde foi
realizado atravs de frequncias e percentuais, expostos em grficos e analisados a luz das
teoriasabordadasnesteestudo.
ERGONOMIA
A ergonomia foi desenvolvida durante a II Guerra Mundial (193945), pela juno da
tecnologia,cinciashumanasebiolgicas,comointuitodemelhorarorelacionamentoentreo
homem e seu ambiente de trabalho. Os estudos nessa rea foram crescendo e se tornando
importantes em diversos pases, culminando na criao da Associao Internacional da
Ergonomia(IEA),sendoestarefernciaparaosestudosdeergonomiadomundotodo.
Essa cincia que se tornou conhecida como ergonomia, est focada na relao homem
versus ambiente de trabalho, onde seu objetivo principal tornar essa relao equilibrada de
formaamelhoraraqualidadedevidadohomemnotrabalho.Paramelhorentendimentodoque
vem ser a ergonomia existem diversos conceitos de vrios autores diferentes, porm o mais
importante que cada pessoa escolha aquele que se identifica mais e que facilite seu
conhecimentosobreoassunto.
Ergonomia(oufatoreshumanos)umadisciplinacientficaqueestudaasinteraesdos
homens com outros elementos do sistema, fazendo aplicaes da teoria, princpios e
mtodosdeprojeto,comoobjetivodemelhorarobemestarhumanoeodesempenho
globaldosistema(IEAapudDULeWEERDMEESTER,2004,p.1).
O estudo da ergonomia nas empresas fundamental para evitar a ocorrncia de

acidentes de trabalho, uma vez que ao proporcionar um ambiente de trabalho adequado ao
trabalhador, este se sentir mais confortvel e confiante para desempenhar sua atividade. De
acordocomDuleWeerdmeester(2004)aprobabilidadedeocorrnciadosacidentesdetrabalho
podeserreduzidaquandoseconsideramadequadamenteascapacidadeselimitaeshumanas
e as caractersticas do ambiente, durante o projeto de trabalho. Alm disso, a ergonomia
responsvel por melhorar a qualidade de vida no trabalho, evitando assim, o aparecimento de
doenas que so as maiores influenciadoras do aumento do ndice de absentesmo nas
organizaes.
Dentre os diversos enfoques que a ergonomia costuma trabalhar, como por exemplo:
postura no trabalho, transporte de cargas, rudos, iluminao, entre outros. Esta pesquisa
procurou trabalhar uma varivel essencial para garantir o bemestar do funcionrio, que o
confortotrmico.
OCONFORTOTRMICOESUASIMPLICAES
Oconfortotrmiconumdeterminadoambientepodeserdefinidocomoasensaode
bemestarexperimentadaporumapessoa,comoresultadodacombinaosatisfatria,
nesse ambiente, da temperatura radiante mdia (trm), umidade relativa (UR),
temperatura do ambiente (ta) e velocidade relativa do ar (vr) com a atividade l
desenvolvidaecomavestimentausadapelaspessoas(RUAS,1999,p.11).
Aquestodoconfortotrmicomuitasvezespassadespercebidanasempresas,gerando
graves consequncias para os funcionrios que precisam se submeter a temperaturas que no
so suportadas pelo seu corpo. Os ambientes fabris so os que mais sofrem com problemas
trmicos,principalmenteporelevaodatemperatura.Exemplodisso,temse:
Muitos trabalhos so executados em condies desfavorveis, como em cmaras

frigorficas muito frias ou perto dos fornos muito quentes. Cuidados especiais so
necessriosnessescasosextremos,paraevitarcongelamentosouqueimadurasdapele,
principalmentenorostoenasmos.Semessescuidados,otempodeexposioaofrio
oucalordeveserreduzido(DULeWEERDMEESTER,2004,p.82).
ConformeRuas(1999)existemalgumasvariveisqueinfluenciamnoconfortotrmicode
umambiente,sendoagrupadasemdoisgrupos:
a) Asdenaturezaambiental:temperaturadoar(ta),temperaturaradiantemdia(trm),
velocidaderelativadoar(vr)eumidaderelativadoarambiente(UR).
b) Asdenaturezapessoal:tipodevestimentaetipodeatividadefsicadesempenhada.
Todos esses elementos combinados que vo determinar a sensao trmica de um

ambiente, pois cada varivel dessa contribui para tornar o local frio ou quente. Porm cada
indivduopossuisuaprefernciaclimtica,tornandocomplicadodefiniratemperaturaambiente
perfeitaparaumlocaldetrabalho.Pois,deacordocomCoutinho(1998),nemtodasaspessoas
temamesmasensaotrmicaquandoocupamomesmoambiente.
Segundo Dul e Weerdmeester (2004), algumas medidas podem ser tomadas para
controlarastemperaturasnoambientedetrabalho,como:
1) Agrupar as tarefas de igual esforo fsico: tornase mais fcil conseguir controlar a
temperaturaemambientesondeaspessoasdesempenhamtarefascomomesmonvel
deesforofsico.Quantomaioroesforomenorseratemperaturaambiente.
2) Controlaravelocidadedoar:noslocaisdeclimafrioprefervelbaixaravelocidade
do ar, para evitar a retirada de muito calor do corpo. J nos locais com altas
temperaturas aconselhvel que a velocidade do ar seja mais alta para facilitar a
retiradadocalordocorpo.
3) Reduzirosefeitosdocalorradiante:organizarolayoutdaorganizaoparaevitarque
os trabalhadores estejam em contato com grandes radiaes e tambm colocar
materiaisquefuncionamcomoisolantesemlocaisapropriados,casohajanecessidade.
4) Limitaraexposioaofrioouaocalorintensos:nodevehaverumaexposioaofrio
ouaocalorportempomaiordoquesuportadopelocorpodecadaindivduo.
5) Usar roupas especiais: utilizar roupas de acordo com o clima do ambiente. Nos
ambientes mais frios usar roupas que sirvam como isolantes, j nos mais quentes
aconselhvelusarroupasmaislevesquefavoreamatranspirao.
Seessescuidadosespeciaisedefcilaplicaoforemtomadosnasempresas,haveruma
grande reduo nos problemas envolvendo conforto trmico. Porm existem casos em que
apenas essas medidas no sero suficientes, sendo preciso ento realizar estudos mais
especficosafimdeidentificarmtodosmaiseficazesparatalsituao.
Nos casos em que o local de trabalho possui uma temperatura elevada, onde os
trabalhadoresestoprximosafornosepanelas,porexemplo,humamaiortrocadecalordo
corpocomomeioambiente,emvirtudedadiferenadetemperaturaentreeles.Deacordocom
Coutinho(1998)essaexposiodocorpohumanoaaltastemperaturaseradiaescontribuem
para o aumento da evaporao no corpo, por este ser o nico mecanismo disponvel para
eliminaroexcessodecalornoorganismo.Tambmhumaumentodasudorese(transpiraodo
corpo), podendo levar o indivduo a desidratao. Alm disso, a pessoa pode se sentir
desmotivada por estar trabalhando em um ambiente quente, diminuir seu nvel de produo,
perder a ateno na realizao da tarefa, podendo assim, aumentar o risco de acidentes de
trabalho.
Ainda de acordo com Coutinho (1998) o trabalhador que est exposto h excessivas
temperaturas pode contrair diversos tipos de doenas, como: a) Hipertermia/intermao, que
pode levar o indivduo ao falecimento; b) Tontura ou desfalecimento por dficit de sdio, por
hipovolemia relativa ou por evaporao deficiente; c) Desidratao; d) Doenas de pele; e)
Distrbiospsiconeurticos;f)Catarata.
Portanto, para amenizar essa temperatura e garantir a sade e bemestar do seu
funcionrio, Coutinho (1998) cita algumas medidas de proteo que podem ser tomadas pelas
empresas, que so: exames mdicos pradmissionais, exames peridicos, vestimenta
apropriada,educao etreinamento do trabalhador, etc. sempre bom acompanhar e prestar
uma boa assistncia ao funcionrio para evitar danos futuros sua sade, e assim, contribuir
paraobomdesenvolvimentodaempresa.
OCONFORTOTRMICONASPADARIAS
O calor um agente fsico que se apresenta nos ambientes de trabalho, podendo ser
analisado tanto sob o aspecto de sobrecarga trmica como de conforto, estando o primeiro
ligado ao estudo da insalubridade com os limites de tolerncia dados pela Norma
RegulamentadoraNR15.
O ambiente trmico quente em padarias passar a existir, normalmente quando h
necessidadedousodefornooupelofornoalenha,entreoutrosequipamentosquepossamfazer
elevar a temperatura do ambiente. Estes equipamentos associados s caractersticas fsicas da
m qualidade do ambiente interno como (portas, carncia de janelas, ventilao insuficiente,
entreoutros),podemgeraraltastemperaturasquesoprejudiciaissadedotrabalhador.
Devido a esses ambientes quentes, pode ocasionar a queda da produtividade como
tambm interferir na satisfao do trabalhador em decorrncia dele sentir fadiga, alterao
contnua da presso arterial, vertigem, tonturas, transpirao muito intensa do corpo, entre
outrosfatores.
Dessa forma, fundamental que as empresas que trabalham em ambientes com altas
temperaturas, estejam cientes dos procedimentos que precisam utilizar para amenizar essa
temperaturaegarantirassimasadeebemestardoseufuncionrio.
Para obter os resultados da pesquisa foi realizada uma aplicao direta mediante
questionrioscontendo08questes,sendo05questesdepercepoe03deaoreferentesao
Conforto Trmico, onde foi avaliada a percepo dos quatro colaboradores envolvidos no
processoprodutivodopofrancscomotambmosdoisgestoresdapadaria,objetodeestudo.
A rea onde os dados foram levantados foi linha de produo de pes franceses de uma
padaria,localizadanacidadedeJooPessoaPB.
Entreototalde08questes,05sereferempercepodoscolaboradoresegestoresda
empresa sobre o conforto trmico no ambiente de produo, enquanto o restante tem como
objetivoverificarseaorganizaoaplicaocontroledoconfortotrmiconoambientedetrabalho
de acordo com a literatura. A primeira parte referente percepo est exposta no grfico
abaixo.
Grfico1ApercepodoscolaboradoresegestoressobreoConfortoTrmico
AQ1refereseaograudeconcordncia(CT+C)doscolaboradoresegestoresacercado
conforto trmico no ambiente operacional de panificao. Foi constatado ento, que 75% dos
colaboradorese50%dosgestoresconcordamqueoconfortotrmicoestpresentenoambiente
operacionaldaspadarias.Portanto,conformedetectadopodesepercebercertacoernciacomo
expostonabibliografiadarea,comoafirmaRuas(1999),oconfortotrmicocomoasensao
debemestarexperimentadaporumapessoacomoresultadodacombinaosatisfatriadeuma
sriedefatoresnoambientedetrabalho.Daaimportnciadesecontrolaroconfortotrmico
no ambiente de produo das panificadoras. Dessa forma, podemos inferir que o conforto
trmico no ambiente de produo fator essencial, onde constatamos que gestores e
colaboradores concordam com tal afirmativa, mesmo o ambiente de produo da padaria no
oferecendoumconfortotrmicoadequado.
AQ2procurouperceberseosavaliadosestocientessobrealgumasaesquepodemser
tomadas para controlar o conforto trmico no segmento industrial de panificao. Verificouse
umaltograudeconcordncia(CT+C)doscolaboradoresegestores,ouseja,100%concordaram
queutilizaressasmedidaseficazparacontrolaroconfortotrmiconoambientedeproduo
das padarias. Segundo Dul e Weerdmeester (2004) essas aes quando tomadas ajudam a
minimizarosefeitosocasionadospeloconfortotrmico,porissosuaaplicaonasempresas
essencial. Porm, podese constatar que no so utilizadas medidas que venham a controlar o
conforto trmico, assim como tambm no so tomadas aes que diminuam os efeitos
causadospeloconfortotrmico.
Na Q4 o assunto abordado foi exposio do corpo humano a altas temperaturas e
radiaes no ambiente de trabalho, que pode contribuir para a queda na produo e
desmotivaodoscolaboradores. Concluiuseque75%doscolaboradorese100%dosgestores
concordam que a exposio do corpo a temperaturas elevadas influenciam a queda da
produtividade. De acordo com Coutinho (1998) essa exposio do corpo humano a altas
temperaturas e radiaes contribuem para o aumento da evaporao no corpo, por este ser o
nico mecanismo disponvel para eliminar o excesso de calor no organismo. Tambm h um
aumentodasudorese(transpiraodocorpo),podendolevaroindivduoadesidratao.Apesar
desse resultado podemos inferir que os gestores no tomam nenhuma medida, mesmo sendo
cientes que tal efeito, afeta diretamente na produo e por sua vez os colaboradores mesmo
detendodoconhecimentosesujeitamatrabalharaaltastemperaturassemnenhumamedidade
seguranaoupreveno.
A Q6 aborda os diversos tipos de doenas que se pode contrair mediante exposio
prolongadaaaltastemperaturas.Onde50%doscolaboradorese100%dosgestoresconcordam
que algumas doenas so adquiridas quando o ser humano passa um longo perodo exposto a
altas temperaturas. Ainda conforme Coutinho (1998), o trabalhador que est exposto h
excessivas temperaturas pode contrair diversos tipos de doenas, como: a)
Hipertermia/intermao, que pode levar o indivduo ao falecimento; b) Tontura ou
desfalecimento por dficit de sdio, por hipovolemia relativa ou por evaporao deficiente; c)
Desidratao; d) Doenas de pele; e) Distrbios psiconeurticos; f) Catarata. Quanto a esse
quesito percebeuse que mesmo os colaboradores sendo afetados diretamente por ficarem
expostosaaltastemperaturas,apenasmetadeconcordamquepodemadquiriralgumadoena,e
osgestoresmesmoconcordandonoadotamnenhumamedidaenemdisponibilizamacessrios
quevenhamadiminuirosefeitoscausadospelaaltatemperatura.
NaQ7afirmouseostiposdeproteoquedevemserutilizadasparacontrolaroconforto
trmico no ambiente de produo de uma panificadora. Sendo apurado que 75% dos
colaboradores e 100% dos gestores concordam que importante a utilizao de medidas de
proteonoambientedetrabalhoafimdeevitarcontrairdoenas.ConformeCoutinho(1998),
para amenizar essa temperatura e garantir a sade e bemestar do seu funcionrio existe
medidas de proteo que podem ser tomadas pelas empresas, que so: exames mdicos pr
admissionais, exames peridicos, vestimenta apropriada, educao e treinamento do
trabalhador, etc. Podemos ressaltar que grande parte dos funcionrios da padaria possui
conhecimento das medidas de proteo que devem ser implantadas em uma organizao e
mesmoassimnoexigemessasmedidasdosgestoresquesemostraramconscientesemrelao
adoodemedidas,masnaprticanoasutilizam.
Asquestes03,05e08buscaramidentificaraesrelacionadasaoconfortotrmicoque
buscamminimizaroimpactoprovocadoporeste,sejafsico,atravsdeproblemasdesadeou
psicolgico, atravs de diminuio do desempenho por questes motivacionais. Os resultados
estoexpressosnogrficoabaixo:
Grfico2Identificaodasaesdoscolaboradoresegestoresacerca
doConfortoTrmico
A Q3 buscou identificar se a empresa, objeto de estudo, fazia uso de medidas que

visassem minimizar o impacto causado pela alta temperatura do ambiente de produo.
Averiguousequeograudeconcordncia(CT+C)entreos colaboradoresfoisatisfatrio,isto ,
75% concordaram com a utilizao de equipamentos e adoo de medidas que diminuem o
impacto causado pela alta temperatura. Entretanto, no que diz respeito aos gestores, 0%
concordamcomaadoodessasmedidas.Diantedisso,podemosinferirqueaempresanofaz
uso de tais medidas, pois apesar dos funcionrios afirmarem tal fato, os prprios gestores
reconhecemanoadoodessasmedidas.
A Q5 buscou verificar se h desmotivao e consequentemente diminuio no nvel da
produo devido ao excesso de calor no ambiente de trabalho. Foi constatado que 75% dos
funcionrios afirmam que o nvel da produo diminuiu, e que h desmotivao devido ao
excesso de calor. Com relao aos gestores, 0% concordam com essa afirmativa. Dessa forma,
podemos inferir que os gestores no esto atentos aos fatos ocorridos dentro do ambiente de
produo, pois eles prprios afirmam no ter conhecimento sobre queda de produtividade e
desmotivaodosseusfuncionriosdevidoaoexcessodecalor.
Eporfim,aQ8buscouverificarseosfuncionriosapresentamalgumtipodemalestarou
at mesmo doenas causadas pelo desconforto trmico. Constatamos que 50% afirmam terem
sofridoalgumefeitonegativoemsuasadedevidoaltatemperaturanoambientedetrabalho.
E mais uma vez, 0% dos gestores concordaram com tal afirmao. Corroborando com tal
exposio,Coutinho(1998)dizqueotrabalhadorqueestexpostohexcessivastemperaturas
pode contrair diversos tipos de doenas como catarata, desidratao, tontura, hipertemia,
doenasdepeleedistrbiospsiconeurticos.Podemosinferirqueosgestoresapesardeterem
conhecimento das doenas que podem ser causadas pela exposio do ser humano a altas
temperaturas,nosepreocupamcomasadedeseusfuncionrios,poismetadedestesafirma
possuiralgumtipodedoenacausadapelaaltatemperaturanoambienteprodutivo,enquanto
osgestoresdesconhecemtalafirmao.
CONSIDERAESFINAIS
O conforto trmico um fator essencial no ambiente de produo de indstrias de

panificao,comisto,oobjetivocentraldesteartigofoiverificarseoexcessodecalorinfluencia
aprodutividadedosfuncionriosdeumapadarianomunicpiodeJooPessoaPB.
Primeiramente,utilizousealiteraturaparalegitimarosestudos,eassim,servirdebase
paraaanlisededadosqueforamobtidosatravsdaaplicaodequestionrioseobservaes
inloco.Ofocodapesquisafoireadeproduodapadaria,emquesto.
Com relao ao grau de conhecimento acerca do conforto trmico e quais medidas
poderiamsertomadasparacontrollo,constatousequegestoresecolaboradoresestocientes
da importncia desse fator para a empresa apesar de no utilizarem medidas que tenham por
objetivodiminuiroimpactodaaltatemperaturanocorpohumano.
J no que diz respeito exposiodo corpo a altas temperaturas ea influncia dela na
produtividade e na motivao, percebeuse que os funcionrios encontramse desmotivados. E
que h uma queda na produtividade devido a esse fator no ambiente de produo apesar dos
gestores ainda no terem conhecimento de tal fato. Por fim, constatouse que metade dos
funcionriosjsofreualgumtipodeproblemadesadedevidoaltatemperaturanoambiente
deproduo.
Diantedoexposto,percebeuseanecessidadedealteraesnoarranjofsicodareade
produo da padaria a fim de proporcionar um ambiente de trabalho mais adequado e a
necessidade de utilizao de EPIs, a fim de minimizar os riscos aos quais os funcionrios esto
expostosdevidoaltatemperaturadolocal.
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10

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