Arte Brasileira No Século XIX: O Neoclassicismo
Arte Brasileira No Século XIX: O Neoclassicismo
Arte Brasileira No Século XIX: O Neoclassicismo
RESUMO
O Brasil no século XIX passa por suas mudanças mais profundas. No império,
o estilo neoclássico contribui para divulgar de forma idealizada, as grandes
conquistas do país. A Academia Imperial de Belas Artes vai marcar uma nova fase
no método de ensino, baseado exclusivamente nas teorias neoclássicas.
Como o Rio de Janeiro era, desde 1808, a nova sede do Império, Dom João
VI devia dotar a cidade de uma infra-estrutura que refletisse, substancial e
simbolicamente, a grandeza da monarquia européia. Dedicando o segundo
decênio do século XIX á transformação da antiga colônia em reino, o
regente toma certo número de medidas que permitem ao Brasil reduzir sua
dependência de Portugal. (Albuquerque, A. C.; Duque, A. F.; Soares, R. A
Pintura em Foco: O Neoclassicismo em uma Abordagem Historiográfica.
Ano. II, N. 1, p. 5. 2008).
O ensino na Academia Imperial de Belas Artes, com uma instrução voltada aos
fundamentados do estilo neoclássico, proporcionou aos alunos o conhecimento da
produção técnica da obra de arte, além de ampliar o repertório cultural e atualizar o
cenário artístico brasileiro com a Europa:
De fato, a AIBA passaria por bons momentos com a direção de duas pessoas,
os quais introduziram algumas mudanças, foram eles: o pintor e professor de
desenho Félix Émile Taunay (diretor entre 1834 a 1851) e o pintor, arquiteto, poeta e
dramaturgo gaúcho Manuel de Araújo Porto Alegre (diretor entre 1854 a 1857).
Taunay foi quem organizou as exposições gerais e ofereceu como prêmio, bolsas de
estudos à Europa para os alunos que mais se destacassem. Porto Alegre se
preocupou com o sistema de ensino da Academia. A AIBA, prova com esses dois
personagens, um período de grande estabilidade.
A partir do penúltimo decênio do século XIX, a Academia passa por crises
financeiras, grande aperto em oferecer bolsas de estudos e dificuldades em realizar
as exposições gerais. O sistema de ensino e algumas situações precárias de estudo
já estavam sendo duramente criticadas até mesmo por alunos, e especialmente pelo
maior crítico de arte da época: Gonzaga Duque, um não adepto do neoclassicismo:
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