Caderno 08 Saude Mental PDF
Caderno 08 Saude Mental PDF
Caderno 08 Saude Mental PDF
Oficinas do APSUS
Formao e Qualificao do Profisional
Formao e Qualificao do Profisional
em Ateno Primria Sade
em Ateno Primria Sade
Oficina 8
Sade Mental
Maro de 2014
Oficina 8 - Sade Mental
Mrcia Huulak
Superintendente de Ateno Sade
Mrcia Huulak
Maria Cristina Tanaka Arai
Coordenao do APSUS
Elaborao
Este caderno um dos resultados de um planejamento
estratgico que iniciou em 2011 com a participao da equipe
da Coordenao Estadual de Sade Mental e colaboradores.
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Oficina 8 - Sade Mental
PRIMEIRO DIA
HORRIO ATIVIDADES TEMAS
13:30 14:00 Abertura
14:00 15:30 Trabalho em grupos Avaliao dos produtos do perodo de disperso
15:30 15:45 Intervalo
15:45 16:30 Plenrio Relato das atividades dos grupos
16:30 17:30 Exposio Sade Mental na APS
SEGUNDO DIA
08:00 08:30 Saudao
08:30 09:30 Exposio A estratificao de risco e o plano de cuidados em sade mental
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Oficina 8 - Sade Mental
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Oficina 8 - Sade Mental
REGIO:
MUNICPIOS DA REGIO
PRODUTOS (Coluna 2)
(Coluna 1)
2. Programao local
para a tuberculose
TOTAL DE PONTOS
4.3 Exposio: a sade mental na aps uma das cinco redes prioritrias de implantao e
implementao nesta gesto.
Objetivo: Compreender os fundamentos que nor- Em 2011, com a publicao do Decreto Presidencial
teiam a organizao da Rede de Ateno Sade n 7508/2011 que regulamenta a Lei n 8.080/1990
Mental no Paran e a competncia da APS. e dispe sobre a organizao do SUS, o planejamen-
to da sade, a assistncia sade e a articulao in-
4.3.1 Texto de apoio terfederativa a ateno psicossocial passou a ser
uma rede indispensvel nas regies de sade. Para
A REDE DE ATENO SADE MENTAL NO sua operacionalizao, seguindo as diretrizes do Sis-
PARAN E A COMPETNCIA DA APS* tema nico de Sade (SUS) e da Poltica Nacional de
A Rede de Ateno Sade Mental no Paran Sade Mental, a Portaria GM/MS n 3088/2011** ins-
A Secretaria de Estado da Sade incluiu no seu Mapa tituiu a Rede de Ateno Psicossocial RAPS para
Estratgico a Rede de Ateno Sade Mental como pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com
necessidades decorrentes do uso de crack, lcool e
*
Todos os textos de apoio foram elaborados por Camila Del Tregio Esteves, Dbora Guelfi,
Larissa Sayuri Yamaguchi, Maristela da Costa Sousa e Rejane Tabuti. outras drogas.
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Oficina 8 - Sade Mental
Para a efetivao da Poltica Estadual de Sade Men- A partir desse planejamento foi elaborado o Mapa
tal, a SESA redefiniu as diretrizes e estratgias por Estratgico da Rede de Sade Mental, que define a
meio de um processo de Planejamento Estratgico, misso, a viso, os valores e as perspectivas para
considerando a realidade do estado e procurando alcanar o resultado para a sociedade tendo como
abranger o que a Poltica Nacional no contempla. pressuposto o cuidado no territrio e a ateno pri-
Considerando que os servios assistenciais so de mria como ordenadora da Rede de Ateno Sade,
responsabilidade do municpio, cabe ao estado, em sempre em busca da articulao intra e intersetorial
seu papel regulador, estimular a criao de pol- (Quadro 1).
ticas municipais em consonncia com a Reforma Devido transversalidade e complexidade do cam-
Psiquitrica Brasileira, articular as negociaes re- po da sade mental, bem como abrangncia dos
gionalizadas, fiscalizar (controle, avaliao e acom- pontos de ateno, imprescindvel que se tenha
panhamento) e oferecer suporte tcnico s equipes. clareza das competncias para organizar a Rede de
Assim, conforme as diretrizes e os objetivos da RAPS Ateno Sade Mental. importante tambm con-
da Portaria GM/MS 3088/2011**, as aes de sade siderar que o objetivo da rede sempre a articulao
mental devem ser estruturadas a partir da realidade entre estes pontos e a melhoria do acesso aos
municipal / microrregional / regional / macrorregio- usurios, buscando promover o cuidado integral.
nal, considerando as necessidades e os recursos. Para tanto, foi elaborada a Matriz de Competncia
da Rede de Ateno Sade Mental do Estado do
Republicada por ter sado no DOU de 30/12/2011, Seo 1, pgina 59, com incorrees
Paran (Quadro 2).
**
no original.
QUADRO 1:
MAPA ESTRATGICO da Rede de Ateno Sade Mental do Paran
Mapa estratgico
Formular e desenvolver a Poltica Estadual de Sade Mental para organizar a Rede de Ateno Sade Mental, de forma
Misso
articulada e resolutiva para toda a populao paranaense.
Desenvolver, at 2020, um modelo de gesto articulada com outras reas governamentais e a sociedade civil que
Viso
proporcione sade mental para toda a populao paranaense.
Resultado
Reduzir os anos vividos com incapacidade por sofrimento ou transtorno mental e/ou com necessidades decorrentes do uso de drogas.
para a sociedade
Melhorar o acesso aos diversos pontos de ateno, em especial na APS e situaes de urgncia e emergncia;
Melhorar a qualidade e resolubilidade em sade mental nos diversos pontos de ateno da rede;
Perspectiva
Fomentar aes de promoo sade, preveno de agravos em sade mental e reabilitao psicossocial, por meio de aes
para o processo
intersetoriais e na sociedade civil;
Viabilizar sistema de apoio (assistncia farmacutica, diagnstico e informaes) e logstico (transporte e regulao).
Perspectiva Garantir recurso financeiro estadual para os servios da Rede de Ateno Sade Mental,
financeira segundo critrios de qualidade preestabelecidos.
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Oficina 8 - Sade Mental
Autocuidado
Busca ativa
Domiclio Domiclio
Ateno domiciliar
Identificao de fatores de risco e de proteo
Acolhimento
Socializao/reinsero
Grupos de ajuda mtua Ajuda entre pares Comunidade
Informao
Compartilhamento de vivncias
Acolhimento
Reduo de danos
Busca ativa
Consultrio na rua Cadastramento Rua
Identificao de riscos
Orientao e encaminhamentos
Vnculo
Acolhimento
Estratificao de risco
Ordenamento do cuidado
Articulao da Rede Intra e Intersetorial
Cadastramento
Vnculo
UBS/ESF Responsabilidade pelos usurios de seu territrio Territrio de abrangncia
Garantia do cuidado e da resolubilidade da ateno
para o usurio de baixo e mdio risco
Compartilhamento com o CAPS do
cuidado ao usurio de alto risco
Educao em sade
Atividades coletivas
PRIMRIA
Matriciamento
Atendimento multiprofissional
Compartilhamento do cuidado ao usurio de mdio risco
NASF/Equipe matricial Territrio de abrangncia
Compartilhamento do cuidado ao usurio de alto
risco para municpios que no possuem CAPS
Educao permanente da APS
Acolhimento
Associaes, ONGs,
Socializao
Centros de Convivncia, Comunidade
Reinsero social
Igrejas e similares
Promoo da sade
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Oficina 8 - Sade Mental
Tutoria/Telessade
Matriciamento (superviso, capacitao, etc)
secundria
Atendimento crise
Classificao de risco (clnico/psiquitrico)
Pronto Atendimento Territrio de abrangncia
Orientao aos familiares
Referenciar para continuidade do cuidado
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Oficina 8 - Sade Mental
necessidades de sade fsica das pessoas com per- pequenos investimentos por parte dos governos po-
turbaes mentais; dem trazer vantagens importantes;
3. O dficit de tratamento para perturbaes men- 7. A sade mental na APS gera bons resultados
tais enorme. Em todos os pases, h uma diferen- de sade. A maioria das pessoas com perturbaes
a significativa entre a prevalncia de perturbaes mentais tratadas na APS tm bons resultados, par-
mentais e o nmero de pessoas que recebem trata- ticularmente quando esto ligadas a uma rede de
mento e cuidado. A sade mental integrada APS servios em nvel secundrio e na comunidade.
ra o acesso. Integrar a sade mental APS a me- AMARANTE, Paulo & LANCETTI, Antnio. Sade
lhor maneira de assegurar que as pessoas recebam mental e sade coletiva. In: CAMPOS, Gasto Vagner
de Sousa [et al.]. Tratado de sade coletiva. So
os cuidados de que precisam. Quando a sade men-
Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2009, p.
tal est integrada APS, os indivduos tm acesso a
615-634.
servios de sade mental mais perto das suas casas,
o que os mantm junto das suas famlias e conser-
Organizao Mundial de Sade e Organizao
vando as suas atividades dirias. Os servios de APS
Mundial de Mdicos de Famlia (Wonca). Integrao
tambm facilitam as iniciativas comunitrias junto
da sade mental nos cuidados de sade primrios:
populao e a promoo da sade mental, assim
uma perspectiva global. Coordenao Nacional
como o monitoramento e a gesto a longo prazo dos
para a Sade Mental. Portugal, 2008.
indivduos afetados;
5. A APS para a sade mental promove o respei-
to pelos direitos humanos. Os servios de sade
5. roteiro das atividades:
mental prestados em APS minimizam o estigma e
segundo dia
a discriminao. Eles eliminam tambm o risco das
violaes dos direitos humanos que ocorrem em
5.1 Saudao
hospitais psiquitricos;
6. Os cuidados para sade mental na APS so bara-
Objetivos:
tos e tm uma boa relao custo-benefcio. Os ser-
Saudar os participantes;
vios de cuidados para a sade mental em APS so
Pactuar os compromissos com os participantes.
menos caros que em hospitais psiquitricos, tanto
para os usurios, quanto para as comunidades e os
5.2 Exposio: a estratificao de risco e o plano de
governos. Alm disso, os usurios e as suas famlias
cuidados em sade mental
evitam os custos indiretos associados procura de
cuidados especializados em localizaes distantes. Esta atividade tem por objetivo compreender os cri-
O tratamento das perturbaes mentais comuns trios e a metodologia para a estratificao de risco
tem uma muito boa relao custo-benefcio, e at em sade e a elaborao do plano de cuidados.
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Oficina 8 - Sade Mental
5.2.1 Texto de apoio: a estratificao de risco em condies de vida atual do usurio. Os transtornos
sade mental mentais, assim como a dependncia qumica, por
sua caracterstica de cronicidade, tendem a oscilar
em sua necessidade de local de ateno ao longo da
A ESTRATIFICAO DE RISCO DOS TRANSTORNOS
vida. Assim, a escolha dos parmetros para a estra-
MENTAIS E DEPENDNCIA DE LCOOL E OUTRAS
tificao de risco foi fundamentada, principalmente,
DROGAS
na necessidade de definir o nvel em que ocorrer a
Em sade mental, nem sempre os sinais e sintomas
assistncia em sade. Para tanto, os sinais e sinto-
definidos como graves e persistentes em determi-
mas foram divididos em seis grupos, de acordo com
nado grupo exigem que a ateno em sade ocor-
a frequncia em que se apresentam nas respectivas
ra num nvel secundrio ou tercirio, assim como
sndromes psicopatolgicas, e foram pontuados de
os sinais e sintomas do grupo definidos como leves
acordo com o nvel de gravidade.
no necessariamente excluem a necessidade de um
atendimento em nvel secundrio. Por se tratar de
Descrio dos grupos:
agravos complexos e de causa multifatorial, para
definir sua gravidade ou risco faz-se necessrio 1. GRUPO I sintomas relacionados aos transtor-
considerar a presena de outros fatores considera- nos mentais comuns (TMC): tambm caracterizados
dos agravantes ou atenuantes. No cotidiano dos tra- por englobar quadros mais leves, como os depres-
balhadores da APS, muitas vezes so identificadas sivos, ansiosos e somatoformes classificveis nos
nos usurios tristezas e/ou ansiedades importantes, manuais diagnsticos, alm de abranger mltiplos
ainda que no haja queixa explcita nesse sentido. sintomas. Causam prejuzos e incapacidades fun-
H ainda usurios que buscam ajuda profissional cionais, sociais e fsicas comparveis ou mais gra-
por causa do sofrimento mental. Tambm comum ves que os transtornos crnicos, duas vezes mais
observar-se a presena de sinais e sintomas de for- queixas de doenas fsicas, taxas de mortalidade al-
ma inespecfica, isolada e/ou simultnea em patolo- tas quando comparados com a populao em geral,
gias diversas. alm de estarem entre as mais importantes causas
Segundo a WHO (2004, traduo livre), o objetivo de morbidade na ateno primria.
de todo planejamento para um sistema de assis- 2. GRUPO II sintomas relacionados aos transtor-
tncia em sade deve ser a reduo da incidncia, nos mentais severos e persistentes: definem-se por
prevalncia e recorrncia dos transtornos mentais, uma gama extensa e heterognea de caractersticas
do tempo perdido com sintomas ou a reduo das e necessidades que impactam sobre os indivduos,
condies de risco, prevenindo ou impedindo recor- tendo em comum a durao do problema, o grau de
rncias, e diminuindo o impacto da doena sobre o sofrimento emocional, o nvel de incapacidade que
indivduo, seus familiares e a sociedade. interfere nas relaes interpessoais e nas compe-
Neste planejamento, a estratificao de risco da tncias sociais e o diagnstico psiquitrico. Grande
populao alvo realizada considerando a gravida- parte dos indivduos aqui agrupados so portadores
de dos sinais e sintomas apresentados, sem a ne- de transtornos psicticos esquizofrenia, transtorno
cessidade de firmar diagnstico inicial, somada s afetivo bipolar e outras psicoses.
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Oficina 8 - Sade Mental
psicoativas, de modo contnuo ou peridico, para ex- o de risco como em qualquer outro evento agudo.
perimentar seus efeitos psquicos e/ou evitar o des- OCORRNCIA RECENTE DE TENTATIVA
na sade mental que se manifestam na infncia e/ estratificao de risco dos transtornos mentais e
ESTADO DO PARAN
Secretaria de Estado da Sade SESA
Superintendncia de Ateno Sade SAS
Departamento de Ateno as Condies Crnicas DACC
Diviso de Sade Mental DVSAM
Instrues de preenchimento:
1) Circule o nmero correspondente ao sinal/sintoma;
2) Realize a somatria dos nmeros circulados;
3) O total de pontos bruto ser o escore para a Estratificao de Risco.
Medo intenso 0 2
Desrealizao 0 3
Despersonalizao 0 3
Crises conversivas 0 3
GRUPO I
Crise dissociativa 0 3
Isolamento social 0 6
GRUPO II Euforia 0 4
Delrio 0 8
Alucinao 0 10
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Oficina 8 - Sade Mental
Delirium tremens 0 10
Tolerncia 0 3
Regresso 0 1
Perda da memria 0 3
Recorrncia ou recada 0 9
PONTUAO TOTAL:
World Health Organization. Mental health policy, plans and
ESTRATIFICAO:
programmes Rev. ed. (Mental health policy and service
guidance package). Singapore, 2004.
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Oficina 8 - Sade Mental
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Oficina 8 - Sade Mental
do servio e atitudes pessoais so fatores im- intervenes rpidas e efetivas na crise, na manu-
portantes a serem considerados no processo de teno do tratamento farmacolgico e nos progra-
capacitao, mais do que o contedo ou a meto- mas de reabilitao psicossocial para os quadros
dologia utilizados. psicticos crnicos estveis. Os atendimentos em
Inicialmente, algumas atividades foram previstas na domiclio e os vnculos com as famlias facilitam es-
programao da UAPS, as quais se encontram des- tas intervenes. As equipes devem contar com ca-
critas na Ficha de Apoio anexa. Lembrando que o pacitao, superviso e apoio matricial (atendimento
plano de cuidados deve ser sempre conversado, re- conjunto, se necessrio) de profissionais do Ncleo
fletido, organizado e pactuado com o usurio, e, na de Apoio Sade da Famlia (NASF), e dos pontos
maioria das vezes, tambm com os seus familiares. de ateno secundria, como os Centros de Ateno
Visando contextualizar o plano de cuidados, a se- Psicossocial (CAPS). O usurio, no entanto, sempre
guir o complementamos com algumas propostas de continuar vinculado a APS de referncia em seu
aes de acordo com a situao apresentada: territrio, onde o cuidado compartilhado tem se
mostrado mais eficaz. Um pacote mnimo de cuida-
Transtorno Mental dos na APS deve incluir intervenes psicoeducacio-
nais simples e intermediao de aes intersetoriais
Nas situaes estratificadas como de baixo risco, (moradia, trabalho, educao, cultura, etc.). Deve-se
como as que apresentam sintomas leves a mode- ainda prover o cuidado para as comorbidades cl-
rados de depresso, ansiedade e somatizao, os nicas frequentes e no se limitar ao fornecimento
sintomas tendem a se sobrepor, alm de compar- de medicao.
tilharem os mesmos fatores de risco e padres de Nos problemas de sade mental que se manifes-
evoluo. Nestes casos, os cuidados devem ser ofe- tam na infncia e/ou na adolescncia, a APS exerce
recidos com intensidade progressiva e os grupos importante funo de proteo da vida, respeito
no devem ser direcionados nem divulgados apenas dignidade, liberdade e convivncia familiar, social
para pessoas portadoras de um diagnstico. A estra- e cultural, atravs da integrao da rede de sade
tgia recomendada iniciar com cuidados de baixa e da busca de recursos intersetoriais nas redes so-
intensidade (atividade fsica em grupo, panfletos de ciais e comunitrias. As estratgias de interveno
autoajuda, grupos de apoio), passando por grupos na sade destes usurios devem ser baseadas na
psicoeducacionais e de apoio que explorem ques- promoo do desenvolvimento fsico e psicolgico
tes como autoestima ou resilincia, evoluindo para saudvel, pautado no apoio ao aleitamento materno,
o uso de terapia medicamentosa com superviso na orientao para os cuidados maternos primrios,
especializada e psicoterapia em grupo ou individual, no reforo e estabelecimentos dos vnculos familia-
caso necessrio. res, escolares e comunitrios e no estmulo prtica
Nas situaes estratificadas como de mdio a alto de atividade fsica e alimentao saudvel. As equi-
risco, a APS desempenha papel importante no diag- pes devem estar atentas para identificar os fatores
nstico precoce, no incio rpido do tratamento com de risco e proteo da sade infanto-juvenil, como: o
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Oficina 8 - Sade Mental
contato precoce com substncias qumicas, lcool e ou encaminhamento para grupos de ajuda mtua e a
suas complicaes, as doenas sexualmente trans- promoo de aes intersetoriais, visando a reduo
missveis e a gravidez precoce. As aes vo desde de danos, bem como a manuteno da abstinncia e
deteco dos sinais e sintomas precoces das pato- preveno de recadas.
logias mais frequentes, intervenes iniciais para
estabilizao e, se possvel, reverso dos problemas, Consideraes Finais
organizao de grupos de educao em sade, at
o tratamento (nos limites dos recursos da equipe), As prticas em Sade Mental na APS podem e de-
apoiado por profissionais especializados dos CAPS vem ser realizadas por todos os profissionais de
e/ou dos NASFs. Considerando ainda a baixa utili- sade, levando em considerao as atividades pro-
zao das unidades de sade pelos adolescentes, o gramadas no servio. Elas podem contemplar aes
desenvolvimento de aes coletivas de promoo da de promoo de sade mental, evitando assim seg-
sade mental e de atividades em grupos educativos mentar o usurio devido a sua patologia.
deve ocorrer estrategicamente em locais frequenta-
dos por eles, como escolas, igrejas, ONGs e clubes. Qualquer interveno proposta deve ter a aceitao
e o envolvimento de todos os integrantes das equi-
Dependncia de lcool e outras drogas pes da ateno primria em papis diversos, desde
o simples monitoramento dos sintomas e aderncia
O lcool a droga de abuso com maior prevalncia at o apoio nas tomadas de deciso relativas medi-
em usurios atendidos na APS. Neste nvel de cuida- cao e superviso de especialistas.
do, a deteco precoce de problemas relacionados O vinculo da equipe de sade com os usurios de
ao lcool e outras drogas, alm do tratamento de seu territrio advm mais do entendimento desta
outras patologias e de sintomas de ansiedade e de- relao do que de um saber tcnico especfico para
presso, contribui para evitar a evoluo para qua- realizar uma interveno. Isto determina que toda e
dros crnicos de dependncia ou outras consequ- qualquer demanda dirigida ao servio de sade do
ncias advindas da quebra dos vnculos familiares, territrio deve ser recebida, ouvida e respondida,
sociais e profissionais. mesmo que no seja absorvida pelo setor. Assim,
A identificao do padro de consumo da bebida qualquer encaminhamento deve ser implicado, ou
alcolica e de outras drogas possibilita reconhecer seja, a APS deve sempre se responsabilizar, alm do
sinais e sintomas de seu uso abusivo. Mediante isto, encaminhamento, pelo estabelecimento de um en-
os cuidados e aes propostas incluem intervenes dereo para a demanda, o cadastramento e o acom-
no sentido de mostrar claramente as consequncias panhamento de cada caso.
clnicas, psicolgicas e sociais do uso contnuo de l- Existe ainda a possibilidade de desconstruo da
cool e de outras drogas, discutir o risco envolvido, demanda como necessidade de tratamento. Nes-
assim como encaminhar os usurios para servios te caso, o servio dever realizar uma interveno
especializados, quando necessrio. Alm disso, tam- junto a outras instncias, como rgos da justia,
bm podem ser programadas pela APS a formao da educao (escolas), sociais, religiosos (igrejas),
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Oficina 8 - Sade Mental
infanto-juvenil. Srie B. Textos Bsicos em Sade. Estratificar o risco dos casos A, B, C, D e E. Definir
Braslia: Editora do Ministrio da Sade, 2005. se os casos so: baixo risco, mdio risco ou alto risco;
Para cada caso, elaborar um plano de cuidados. Uti-
CHIAVERINI, Dulce Helena (Organizadora)... [et al.]. lizar a matriz: Plano de Cuidados em Sade Mental;
Guia Prtico de Matriciamento em sade mental. Relatar a atividade em plenrio. Cada relator ter
Braslia, DF: Ministrio da Sade: Cento de Estudo e no mximo cinco minutos para apresentao.
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Oficina 8 - Sade Mental
Queixa atual: H cinco meses, apareceu tristeza pro- obsessivos. De fato, ao exame, observa-se um usu-
funda, desnimo, sentimento de inutilidade, ideias rio ansioso, com ideias obsessivas de agresso,
de suicdio, dor no peito, crises de choro e voltou a alm de ideias de poder estar doente (o tempo todo,
comer em excesso. Com medo de morrer, parou de verifica com a mo sua temperatura corporal), com
trabalhar, fica dormindo quase o tempo todo. Apre- humor visivelmente depressivo. No apresenta al-
senta dificuldade de concentrao, autodepreciao, teraes do contedo do pensamento, o qual se
menos-valia, abandono, desesperana, apatia, inca- mostra organizado, porm rapidamente acelerado
pacidade de sentir prazer, queixa de passar a maior (observa-se certa presso por falar). No apresenta
parte do tempo na cama, de cansao e de fadiga. alucinaes. Juzo de realidade preservado e obser-
Antecedentes: Aos 25 anos de idade, teve seu pri- va-se que est estvel no trabalho e no casamento.
meiro episdio depressivo, quando tentou suicdio Antecedentes: Referiu na primeira consulta que
com substncia de letalidade. Socorrido por seu pai, vinha sofrendo desde os 20 anos de idade com pen-
ficou seis dias na UTI, fez quadro de pneumonia aspi- samentos que diziam respeito a relaes sexuais
rativa. Foi levado ao psiquiatra no RS, que prescreveu com a me e agresso ao pai. Relata que subita-
terapia medicamentosa. Aps dois meses, voltou ao mente, no dia 04/09/1996, s 21:30 h, veio-lhe
trabalho, passados trs meses, a empresa o demi- cabea um pensamento obsessivo intenso que teria
tiu. Procurou trabalho, mas no encontrou. Come- de matar o seu genitor. Refere que para lidar com
ou a dar aulas particulares em casa de matemtica. os seus pensamentos, resolvia se trancar no quarto
Em pouco tempo, tinha muitos alunos. Fez curso de e passar o dia rezando. No podia dizer o que se
informtica e passou a realizar diversos trabalhos na passava com ele aos pais porque tinha medo do que
rea. Ficou bem com a medicao por anos. Casou- eles poderiam pensar. Receava, tambm, perder o
se e mudou para SP. Teve dois filhos. Parou a medi- controle da situao e pensava que poderia fazer o
cao por conselho do endocrinologista. Apresenta- que os seus pensamentos sugeriam.
va obesidade mrbida, cansao e muita sonolncia. Demorou cerca de oito anos para procurar ajuda
Fez cirurgia baritrica, havia emagrecido cerca de 20 mdica e, quando o fez, referiu no ter logrado xi-
quilos, porm est recuperando o peso atualmente. to.Tentou psicoterapia inicialmente e ficou mais de
um ano em vo nesse tratamento, pois o psicotera-
peuta chegou a lhe dizer que se pensasse naque-
5.3.3 Caso B
las coisas, elas acabariam acontecendo mesmo.
Desesperou-se e nunca mais quis fazer psicotera-
Identificao: Roberto, 38 anos de idade, casado, pia. Procurou outro medico. Foi-lhe prescrito anti-
eletricista, natural de Salvador, BA. depressivo, que s conseguia usar em doses baixas
Queixa atual: sintomas depressivos, fbicos, pa- devido aos efeitos colaterais. Teve uma melhora
nicosos, obsessivo-compulsivos e hipocondracos pequena, porm no satisfatria, e antes de com-
(sic). H cerca de dezoito anos tem pensamentos pletar um ano de uso da medicao, interrompeu-o.
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Oficina 8 - Sade Mental
Queixa Atual: Bebe abusivamente por vrios dias in- Quando isso ocorre, h um descontrole total em
terrompendo um perodo de abstinncia, isto , cos- sua vida.
tuma ficar sem usar a bebida alcolica por alguns Antecedentes: O primeiro contato com cocana foi
meses. Nega depresso ou ideias de suicdio. Associa aos 16 anos. Acha que comeou a usar droga por
sua relao com o lcool com situaes de dificuldade influencia de colegas. Aos 19 anos experimentou
financeira. Afirma que quando vem o desejo de beber, cannabis. No consegue caracterizar o que o leva a
no tem como se controlar. O que mais teme que procurar cocana. Quer ficar bem, pois pretende fa-
esses abusos com lcool venham a prejudicar sua zer um curso para piloto de avio.
carreira de professor, j que dedicado e bem concei- Nos perodos de sobriedade, trabalhador e cum-
tuado entre seus colegas de profisso. pridor de suas obrigaes, embora sem muita ini-
Antecedentes: H dez anos fez estgio profissional ciativa, ou seja, preciso que algum programe e
em outra cidade, quando teve seus primeiros con- determine o que tem de ser feito. No tem distrbios
tatos com bebida alcolica. A primeira situao de de conduta nos perodos de sobriedade. No faz uso
abuso de bebidas alcolicas ocorreu em janeiro de de bebida alcolica. J fez tratamento ambulatorial
2004, a segunda, em fevereiro de 2005, e a terceira, com tranquilizante e medicao de ao anticonvul-
em maio de 2005. Nesta ltima, necessitou de inter- sivante. Nessa ocasio, ficou seis meses abstmio.
nao em hospital clnico para tratar os efeitos da Seu casamento durou 6 meses, aps trs anos e
intoxicao alcolica. meio de namoro. Para Antonio, a separao foi de-
Est em seu segundo casamento. O primeiro ter- corrente de frequentes intervenes da famlia da
minou aps 16 anos por problemas de relaciona- esposa no relacionamento conjugal.
mento. Tem um filho de 20 e outro de 17 anos. Entretanto, para os pais dele, a questo do abuso de
filho nico. Sem antecedentes psiquitricos na fa- droga foi igualmente um dos fatores da separao.
mlia. tabagista. Tem um filho de cinco meses. o filho do meio. Tem
duas irms solteiras. Pais vivos. Os pais tm proble-
5.3.6 Caso E mas de relacionamento.
22
Oficina 8 - Sade Mental
ESTADO DO PARAN
Secretaria de Estado da Sade SESA
Superintendncia de Ateno Sade SAS
Departamento de Ateno as Condies Crnicas DACC
Diviso de Sade Mental DVSAM
PONTO DE QUEM SE
ATIVIDADE PRAZO RESPONSVEL MONITORAMENTO
ATENO DESTINA
LEGENDA
ATIVIDADE: Consultas, atendimentos, visitas domiciliares, atividades em grupo, acompanhamento compartilhado com Equipe do NASF,
agendamento de atendimento em outros nveis de ateno ou servios, outras atividades realizadas em Pontos de Ateno da Rede Intersetorial.
PONTO DE ATENO: Servios disponveis comunidade que esto na abrangncia de uma determinada regio e que de alguma forma podem contribuir no
processo de reabilitao psicossocial dos usurios com transtornos mentais ou dependentes de lcool e outras drogas:
Pontos de Ateno da Rede de Sade
Pontos de Ateno da Rede Intersetorial: Centros de Convivncia; Cooperativas; Grupos de Trabalho; Empresas; Abrigos; Associaes de moradores ou
comunitrias; Grupos de ajuda mtua; Oficinas Comunitrias; Igrejas; CRAS; CREAS; Escolas; Outros.
QUEM SE DESTINA: Qual pessoa ser destinada a ao (por exemplo: usurio e/ou famlia e/ou comunidade).
PRAZO: Tempo que ser necessrio ou previsto para executar a atividade, incluindo as contnuas.
RESPONSVEL: Qual profissional ser responsvel pela atividade.
MONITORAMENTO DAS ATIVIDADES: Especificar se atividade foi realizada e no prazo previsto. Caso no tenha sido realizada, justificar.
Obs. Considerar a possibilidade de outras atividades que possam ser realizadas ou programadas
em outros pontos de ateno, tanto da Rede de Ateno Sade como da Rede Intersetorial.
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Oficina 8 - Sade Mental
5.4 Exposio: a planilha de programao local transtorno mental e usurios com dependncia de
para a sade mental lcool e outras drogas. Esto programadas a partir
da estratificao de baixo, mdio e alto risco. Nas
Objetivo: Compreender os parmetros assistenciais planilhas, consta o mnimo de aes que devem
para a sade mental, de acordo com a estratificao ser realizadas.
de risco. Para o dimensionamento da populao alvo, foram
utilizados dados de prevalncia de Transtornos Men-
5.4.1 Texto de apoio: a planilha de programao tais divulgados pela OMS em 2002, a qual estimou
para a sade mental que 12% da populao geral seria acometida por
Transtornos Mentais, classificados em baixo, mdio
A programao para a sade mental deve ser reali- e alto risco, para o planejamento dos atendimentos.
zada seguindo a mesma operacionalizao e os pas- Alm destes, foram utilizados dados da prtica clni-
sos j apresentados na Oficina 6 Programao da ca na assistncia para estimar os casos de depen-
Ateno Primria Sade, pg. 24-27. dncia de lcool e outras drogas em 6% da popula-
As aes programadas para o acompanhamento da o geral, os quais foram priorizados devido a sua
populao alvo esto divididas em: usurios com maior complexidade.
PLANILHA DE PROGRAMAO
Ateno primria sade, ateno secundria de referncia e CAPS
PREENCHIMENTO:
Data: Responsvel:
Programao:
Equipe APS ( ) Municpio ( ) Regio ( ) Macrorregio ( )
(marcar com x)
No de equipes de APS:
Equipe: Municpio:
Regio: Macrorregio:
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Oficina 8 - Sade Mental
Populao total:
Transtorno mental
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ATENO PRIMRIA SADE
Identificar e cadastrar os usurios com transtorno 100% dos usurios com transtorno mental da rea de abrangncia
ACS 100% Transtorno mental Cadastro 1 ano
mental da rea de abrangncia cadastrados na UBS.
100% dos usurios com transtornos mentais de mdio risco cadastrados Mdico 100% Transtornos mentais mdio risco Consulta mdica 1 ano
realizam 3 consultas subsequentes de acompanhamento por ano, sendo:
Realizar consultas de acompanhamento para 1 consulta mdica
todos os usurios com transtornos mentais 1 consulta de enfermagem Enfermeiro 100% Transtornos mentais de mdio risco Consulta de enfermagem 1 ano
de mdio risco cadastrados 1 consulta de odontologia
OBS: as consultas devem ser domiciliares em caso de pacientes
impossibilitados do atendimento na UBS. Odontlogo 100% Transtornos mentais de mdio risco Atendimento odontolgico 1 ano
100% dos usurios com transtornos mentais de alto risco cadastrados Mdico 100% Transtornos mentais de alto risco Consulta mdica 1 ano
realizam 3 consultas subsequentes de acompanhamento por ano, sendo:
1 consulta mdica;
1 consulta de enfermagem;
Realizar consultas de acompanhamento para
1 consulta de odontologia;
todos os usurios com transtornos mentais Enfermeiro 100% Transtornos mentais de alto risco Consulta de enfermagem 1 ano
As consultas devem ser domiciliares em caso de pacientes
de alto risco cadastrados
impossibilitados de atendimento na UBS.
OBS: Exceto em casos de tentativa de suicdio e primeiro surto psictico
ou crise (eventos agudos), que necessitam de atendimento imediato em
Servios de Urgncia e Emergncia. (PT 3088/2013 republicada). Odontlogo 100% Transtornos mentais de alto risco Aendimento odontolgico 1 ano
Elaborar e acompanhar Plano de Cuidados 100% dos usurios com transtorno mental acompanhados de acordo
definido pela prpria APS e/ou pelo Centro com as metas definidas no Plano de Cuidados.
Equipe 100% Transtorno mental Plano de cuidados 1 ano
Regional de Ateno Especializada e/ou OBS: o Plano de Cuidados deve ser revisto em todas as
pelo CAPS consultas subsequentes.
100% dos usurios com transtorno mental de baixo e mdio risco 100% Transtornos mentais de baixo risco Atividade em grupo 1 ano
participam de atividades em grupo:
Realizar atividades em grupo para todos os
conduzida pela enfermagem; Equipe APS +
usurios com transtorno mental de baixo
participantes: no mximo 20 usurios; NASF
e mdio risco cadastrados
durao: 1 hora;
periodicidade: 4 vezes por ano. 100% Transtornos mentais de mdio risco Atividade em grupo 1 ano
Agendar atendimento no Centro Regional de 100% dos usurios com transtornos mentais de mdio risco com
Ateno Especializada para todos os usurios atendimento agendado no Centro Regional de Ateno Especializada, para Enfermeiro * 100% Transtornos mentais de mdio risco Agendamento de atendimento 1 ano
com transtorno mental de mdio risco avaliaao e estabelecimento de plano de cuidados com a APS.
*O enfermeiro pode atribuir esta atividade a outro tcnico da equipe, desde que este se responsabilize.
Caso no tenha CAPS, procurar incluir os TM de alto risco e AD de mdio e alto risco nas atividades em grupo. Tambm verificar a possibilidade de realizar mais atendimentos, para um melhor acompanhamento.
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ATENO PRIMRIA SADE
Dependente de lcool e
100% dos usurios com dependncia de lcool e outras drogas de Mdico 100% Consulta mdica 1 ano
outras drogas
mdio risco cadastrados realizam 3 consultas de acompanhamento por
ano, sendo:
Realizar consultas de acompanhamento para
1 consulta mdica; Dependente de lcool e outras
todos os usurios com dependncia de lcool Enfermeiro 100% Consulta de enfermagem 1 ano
1 consulta de enfermagem; drogas de mdio risco
e outras drogas de mdio risco cadastrados
1 consulta de odontologia.
OBS: as consultas devem ser domiciliares em caso de pacientes
impossibilitados do atendimento na UBS. Dependente de lcool e outras
Odontlogo 100% Atendimento odontolgico 1 ano
drogas de mdio risco
Dependente de lcool e outras
Mdico 100% Consulta mdica 1 ano
drogas de alto risco
100% dos usurios com dependncia de lcool e outras drogas de
alto risco cadastrados realizam 3 consultas de acompanhamento por
ano, sendo:
Realizar consultas de acompanhamento para
1 consulta mdica; Dependente de lcool e outras
todos os usurios com dependncia de lcool Enfermeiro 100% Consulta de enfermagem 1 ano
1 consulta de enfermagem; drogas de alto risco
e outras drogas de alto risco cadastrados
1 consulta de odontologia.
OBS: as consultas devem ser domiciliares em caso de pacientes
impossibilitados do atendimento na UBS.
Dependente de lcool e outras
Odontlogo 100% Aendimento odontolgico 1 ano
drogas de alto risco
Elaborar e acompanhar Plano de Cuidados 100% dos usurios com dependncia de lcool e outras drogas
definido pela prpria APS e/ou pelo Centro acompanhados de acordo com as metas definidas no Plano de Cuidados Dependente de lcool e
Equipe 100% Plano de cuidados 1 ano
Regional de Ateno Especializada e/ou OBS: o Plano de Cuidados deve ser revisto em todas as outras drogas
pelo CAPS consultas subsequentes.
100% dos usurios com transtorno mental de baixo e mdio risco Dependente de lcool e outras
100% Atividade em grupo 1 ano
participam de atividades em grupo: drogas de baixo risco
Realizar atividades em grupo para todos os
conduzida pela enfermagem; Equipe APS +
usurios com dependncia de lcool e outras
participantes: no mximo 20 usurios; NASF
drogas de baixo e mdio risco cadastrado
durao: 1 hora; Dependente de lcool e outras
periodicidade: 4 vezes por ano. 100% Atividade em grupo 1 ano
drogas de mdio risco
*O enfermeiro pode atribuir esta atividade a outro tcnico da equipe, desde que este se responsabilize.
Caso no tenha CAPS, procurar incluir os TM de alto risco e AD de mdio e alto risco nas atividades em grupo. Tambm verificar a possibilidade de realizar mais atendimentos, para um melhor acompanhamento.
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REDE DE ATENO S CONDIES CRONICAS
DIMENSIONAMENTO da NECESSIDADE de SADE na ATENO PRIMRIA SADE
Consulta
0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0,3 0,0 0,0 0,0
mdica
Consulta de
0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0,3 0,0 0,0 0,0
enfermagem
Oficina 8 - Sade Mental
Consulta de
0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0,3 0,0 0,0 0,0
odontologia
Atividade em
grupo equipe 0 0 0 0 0 0 0 45 0,8 0,0 0,0 0,0
APS + NASF
5.5 Estudo de caso: a programao local para a enfermagem e sete ACS), uma equipe de sade bu-
sade mental cal (com um cirurgio dentista e um auxiliar de sa-
de bucal), e com os seguintes servidores de apoio
Objetivo: Possibilitar aos participantes o exerccio da administrativo: um auxiliar de servios gerais, uma
aplicao da planilha de programao local para a recepcionista e um vigia. A unidade funciona das 7h
sade mental. s 18h, ininterruptamente, e todos os profissionais
tm jornada de trabalho de 40h semanais. O conse-
5.5.1 Atividade em grupo: orientao lho local atuante, rene-se mensalmente, e avalia
o desempenho da equipe.
Retornar aos grupos, eleger um coordenador e A Unidade foi construda recentemente com re-
um relator; cursos do Ministrio da Sade. Segundo dados do
Ler o texto de apoio A planilha de programao cadastro familiar e do Sistema de Informao da
para a sade mental; Ateno Bsica (SIAB), vive nesse territrio uma
Ler o estudo de caso: A Programao Local para a populao de trs mil habitantes, num total de mil
Sade Mental na Unidade de APS Santa Terezinha; domiclios. Aps um levantamento local, a equipe
Elaborar a programao local para a equipe de de sade identificou que no territrio o relevo pla-
sade da APS utilizando a planilha de programao no, poucas ruas so pavimentadas, h ausncia de
apresentada no texto de apoio; rede pluvial e consequentes alagamentos. O bairro
Responder as seguintes questes: servido por duas linhas de nibus, uma ligando
Quantas horas semanais por profissional e bairro a bairro, e a outra ligando bairro ao centro. A
para a equipe sero consumidas para aten- maioria dos domiclios de alvenaria e tem acesso a
der a sade mental? energia eltrica. 80% tm gua tratada, apenas 50%
Qual o % de comprometimento da car- tm rede de esgoto sanitrio e a coleta de lixo ocorre
ga horria semanal por profissional com duas vezes por semana. H no territrio uma equipe
sade mental? de NASF composta por Assistente Social, Educador
Relatar em plenrio a atividade. Cada relator ter Fsico e Farmacutico um Centro de Referncia em
no mximo cinco minutos para apresentao. Assistncia Social CRAS e um Servio Residencial
Teraputico SRT, tipo 1, com oito moradores. H
5.5.2 Estudo de caso: a programao local para a uma escola pblica de Ensino Fundamental e um
sade mental na unidade de aps santa terezinha campinho, onde as crianas costumam jogar bola.
H uma delegacia de polcia com capacidade para
A Unidade de APS Santa Terezinha se situa geogra- 40 pessoas em privao de liberdade, no momento
ficamente na periferia do municpio de So Lucas, com 95; uma casa para idosos com 30 vagas; uma
no bairro Coqueiral, distando-se do centro da cidade casa de apoio para pessoas vivendo com HIV/AIDS
em aproximadamente dez quilmetros. com 20 vagas sustentadas por uma igreja evang-
Possui uma equipe de sade da famlia (contando lica; uma comunidade teraputica para 30 adoles-
com um mdico, um enfermeiro, dois tcnicos de centes. Tambm existe uma igreja com a Pastoral da
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Oficina 8 - Sade Mental
Prazo:
6.2 Painel: experincias exitosas em sade mental
na APS Os produtos devero ser desenvolvidos no perodo
de: / /
Objetivo: Conhecer experincias exitosas em sade
mental na APS. Prxima oficina:
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Oficina 8 - Sade Mental
Sexo: M ( ) F ( ) TM ( ) AD ( )
Profisso:
2. Histria Pregressa
Internamento: SIM ( ) NO ( )
3. Sintomatologia
Sinais e sintomas e demais informaes pertinentes (incluindo os aspectos sociais e familiares e em casos AD, especificar qual o tipo de droga utilizada):
Medicao atual:
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Oficina 8 - Sade Mental
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Oficina 8 - Sade Mental
e/ou a perda progressiva das capacidades intelectu- Queixas somticas persistentes e/ou hipocondracas:
ais e do funcionamento psicossocial. sensaes corporais muito frequentes levando o in-
GRUPO VI fatores que podem se constituir em fa- divduo a obter ateno de terceiros ou outro ganho
tores agravantes ou atenuantes de problemas de secundrio e/ou sensaes e sinais fsicos triviais
sade mental j identificados. Refere-se condio interpretados como anormais e perturbadores le-
de vida atual do usurio sendo baseados nos fatores vando a um temor de estar com alguma doena que
de risco e proteo. no tenha causa biolgica explicvel.
Pensamentos ou comportamentos repetitivos e/ou
GRUPO I conjunto de rituais: pensamentos ou atos em geral
incompreensveis, inevitveis e indesejveis pelo
Sensao de morte iminente e/ou pnico: um prprio individuo, julgados por ele como absurdos
sentimento de medo extremo (diferente de medo e irracionais. So exemplos: a reflexo demorada e
intenso), agudo ou prolongado, acompanhado de persistente de ideias, os rituais de verificao e os
sintomas e sinais fsicos como sudorese e taquicar- de limpeza, estes em geral realizados para aliviar
dia e de temor a um perigo imediato e no localiz- algum desconforto emocional subjetivo.
vel ou identificvel. Pensamentos de inutilidade e/ou sentimentos de
Medo intenso: sentimento de temor intenso a algum culpa: so crenas pessimistas em que o individuo
perigo identificvel ou no. se auto-acusa de ser responsvel ou irrespons-
Desrealizao: sentimento desagradvel de estra- vel por acontecimentos diversos os quais no tem
nheza, de mudana ou de irrealidade em relao ao responsabilidade direta. Em geral se acompanham
mundo em sua volta. de sentimentos depressivos e podem evoluir para
Despersonalizao: sentimento desagradvel de ideias desconectadas da realidade, tambm chama-
estranheza e novidade em relao a si prprio. das de delrio.
Crises conversivas: conjunto de manifestaes de Tristeza persistente acompanhada ou no de
comportamento, das sensaes em que o indivduo choro: sentimentos de tristeza (humor rebaixado)
pode ter movimentos corporais bizarros, parecidos observados ou referidos pelo individuo. Quando se
com convulses, imobilidade (paralisia) ou anestesia acompanha de prolongada ausncia (falta) de vonta-
de membros e/ou sensao de perda de alguma fun- des e desejos com inibio global do funcionamento
o como a fala, audio ou viso. mental, sem necessariamente ter uma causa defini-
Crises dissociativas: semelhante a convulses epi- da, pode ser denominado de depresso.
lpticas, manifesta-se por alterao da qualidade da
conscincia em que esta se estreita ou se rebaixa, GRUPO II
porm sem uma causa biolgica explicvel, levando
o indivduo a fazer uma amnsia seletiva de fatos, de Ideao e/ou tentativa de suicdio: a inteno de
lugares, de si mesmo, de pessoas e/ou de fatos psi- matar-se. Tema que deve ser abordado em qual-
cologicamente significativos. quer investigao de problemas mentais permitindo
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Oficina 8 - Sade Mental
ao usurio falar do assunto para que a intensida- Alucinao: alterao da percepo visual, auditiva,
de desta idia seja avaliada quanto ao risco real de olfativa, gustativa ou ttil que clara e definida ape-
ser cometida. sar do objeto no estar presente na realidade.
Isolamento social: tendncia a manter-se afastado Alterao no curso do pensamento: alterao no
do convvio e/ou contato familiar ou social. curso do pensamento em que h uma sensao de
Heteroagressividade e/ou autoagressividade: alte- interrupo, levando a crena de que outras pesso-
rao de conduta em que o indivduo usa prticas de as ouvem ou percebem seus pensamentos e/ou que
violncia verbal ou fsica contra os outros, contra si seu pensamento foi roubado da mente.
ou contra objetos. Perda do Juzo Crtico da Realidade: alterao do
Desinibio social e sexual: alterao de comporta- pensamento em que h um julgamento falso ou
mento em que o indivduo perde a noo de moralida- distorcido da realidade externa motivado por fato-
de e pudor, com atitudes exageradamente sedutoras res patolgicos psquicos (realidade interna), que se
ou consideradas imorais. Em geral se acompanham evidencia principalmente quando h alucinaes e
de sentimentos de euforia e/ou de grandeza. delrios. Em geral se acompanha de perda das capa-
Hiperatividade associada ou no a atos impulsivos: cidades de autogerenciamento.
aumento da atividade motora associada ou no a
aes involuntrias, automticas, sem reflexo ou GRUPO III
ponderao, em geral incontrolveis, e sem objetivo
especfico, podendo levar a exausto; que acompa- Delirium tremens: psicose orgnica reversvel que
nha estados de humor eufricos. dura de dois a dez dias e que resulta da interrupo
Euforia: elevao desproporcional do humor com- da ingesto de bebida alcolica. Inicia-se 72 horas
preendida como uma alegria patolgica em que o aps a ingesto da ltima dose de bebida alcolica,
indivduo est demasiado otimista, motivado, exal- e manifesta-se com diminuio do nvel da consci-
tado, comunicativo. Pode apresentar presso para ncia, confuso mental, desorientao no tempo e
falar sem parar resultando num discurso acelerado, espao, tremores de extremidade e generalizados,
contagiante, repleto de brincadeiras e gesticulaes. insnia, febre, sudorese abundante, iluses e alu-
Elevao desproporcional da autoestima: o indivi- cinaes visuais e tteis (pequenos insetos e ani-
duo expressa vivncias exageradas de qualidades mais) podendo levar morte pela desidratao e
pessoais, poder, ganho, grandeza e sucesso relacio- outras complicaes.
nados a si mesmo. Tremor associado, ao hlito etlico e sudorese etlica:
Delrio: distrbio do contedo do pensamento em tremores finos observveis nas mos, pernas e lngua
que o indivduo tem ideias em desacordo com a e hlito e/ou suor com cheiro de lcool.
realidade. Cria, distorce ou d falso significado Incapacidade de reduo e controle do uso de drogas:
para a realidade, so crenas errneas da qual situao em que o individuo, apesar dos prejuzos pes-
ele tem absoluta convico sendo irremovvel e soais sofridos em decorrncia da ingesto de lcool
no influencivel. ou drogas, continua o uso.
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ESTADO DO PARAN
Secretaria de Estado da Sade SESA
Superintendncia de Ateno Sade SAS
Departamento de Ateno as Condies Crnicas DACC
Diviso de Sade Mental DVSAM
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ANOTAES
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