A Depressao e Seu Manejo Na Terapia Base
A Depressao e Seu Manejo Na Terapia Base
A Depressao e Seu Manejo Na Terapia Base
CURITIBA
2018
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CURITIBA
2018
Resumo
Sumário
Introdução.................................................................................................................................5
Objetivos....................................................................................................................................6
Objetivo Geral..........................................................................................................................6
Referencial Teórico...................................................................................................................7
Sindromes depressivas.............................................................................................................7
Depressão: Uma visão analítico-comportamental................................................................9
Estimulo Discriminativo, Funções Respondentes, Funções Estabelecedoras e Influências
Culturais;.................................................................................................................................10
- Estimulo Discriminativo;.....................................................................................................10
- Funções Respondentes..........................................................................................................11
- Funções Estabelecedoras.....................................................................................................11
- Influências Culturais..........................................................................................................13
Implicações do tratamento...................................................................................................13
Psicoterapias comportamentais no tratamento da depressão...........................................15
Terapia analítico-comportamental.......................................................................................15
Terapia da aceitação e do compromisso (ACT)...................................................................16
Psicoterapia analítica-funcional (FAP).................................................................................18
Considerações Finais...............................................................................................................20
Referências Bibliográficas......................................................................................................22
Apendice...................................................................................................................................23
Apendice1 Slides.....................................................................................................................23
Apendice2 Analise funcional do Caso..................................................................................25
Apendice3Descrição da Simulação......................................................................................25
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Introdução
síndromes depressivas, hoje em dia, são consideradas um problema de saúde pública, pois,
Estas síndromes são conhecidas por apresentarem como sintomas o humor depressivo
relação aos comportamentos do indivíduo, além de poder usar também a terapia analítico-
Almeida, Daiane Lech, Luana de Paula e Weider Teixeira, sobre a orientação do professor Ms.
Felipe Ganzert Oliveira, através da instituição Faculdade Pequeno Príncipe, tem como foco
estudar a Depressão e como realizar seu manejo na clínica baseado na ciência da Análise do
Comportamento. Esse trabalho se faz muito útil para o aprendizado do manejo do papel do
Objetivos
Objetivo Geral
do Comportamento.
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Referencial Teórico
Sindromes depressivas
Estas síndromes são conhecidas por apresentarem como sintomas o humor depressivo
caracterizado por episódios de pelo menos duas semanas de duração; o diagnóstico baseado
em episódios isolados é possível, porém, os episódios são recorrentes na maior parte dos
estado depressivo e o prejuízo funcional ao indivíduo costumam ter um maior impacto na vida
ansiedade;
interação;
depressivas têm grande relação com os sentimentos de perda, pois estas estão presentes em
e Hackbert, 1994). Pode ser associada à esta baixa taxa de comportamento uma escassez de
depressão pode surgir quando o reforço para não responder for maior do que o reforço para a
presente no surgimento e manutenção desse tipo de transtorno. Estudos apontam que pessoas
que apresentam um transtorno depressivo tem baixas habilidades sociais, não sabendo se
portar de forma adequada e também sendo evitadas por outrem (Dougher e Hackbert, 1994).
pacientes depressivos, que relatam com frequência não ter vivido em um ambiente muito
responsivo (Dougher e Hackbert, 1994). Os efeitos desta perda súbita de reforço podem ser
observados em pacientes que vêm à terapia por conta de uma perda recente e marcante, como
o luto, perda do emprego e fim de relacionamento. Estes, quando não possuem repertório para
a busca de outros reforços para suprir a perda, mantém-se em estado depressivo (Dougher e
Hackbert, 1994).
Históricos de punição contínua e sem possibilidade de fuga, como o abuso infantil, estão
tipo de situação também ter sido punido (Dougher e Hackbert, 1994). Estudos apontam que a
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respostas e até mesmo interfere nos efeitos do reforço contingente (Dougher e Hackbert,
1994).
postura de degradação própria e expressões de tristeza são utilizados por estes como estratégia
para diminuição dos estímulos aversivos que outros possam vir a produzir (Dougher e
Hackbert, 1994). Algumas vezes, estes comportamentos podem estimular o aumento do apoio
Culturais;
Estimulo Discriminativo
então permanece sob o controle de estímulos discriminativos relevantes ate mesmo quando as
Funções Respondentes
ambientais que as produzem, mas a razão peloqual o paciente procura tratamento é o estado
produzidas pela quebra de uma contingência de reforço. Quando ocorre escassez de reforço
persistente, isso pode resultar em reações emocionais como a tristeza e ou, desespero. Ou seja,
reforço insuficiente, extinção ou punição funcionam como estímulos que elicia uma série de
posterior. Então, as reações emocionais associadas a depressão podem causar angustia num
ciclo progressivo e esta progressão de reações pode esclarecer muitos sintomas depressivos
(Doughter&Hackbert, 1994).
Funções Estabelecedoras
(Doughter&Hackbert, 1994).
despotencializam outras.
depressivas e não-depressivas. As não depressivas são as que operam quando a pessoa não
da vida cotidiana, assim a pessoa interage, cria e encontra prazer nas atividades. Já as
(Doughter&Hackbert, 1994).
Apesar das pessoas depressivas procurarem por simpatia e apoio de outros, os mesmos
exemplo disso é referente a uma pesquisa realizada com feedbacks dado a pessoas depressivas
e solitárias, e pessoas pouco solitárias. Os resultados indicaram que as pessoas mais solitárias
recordamdos feedbacks negativos e quase não recordam dos positivos, e com as pessoas
Influências Culturais
As influências culturais podem contribuir muito para a depressão, sendo fatores como
a cultura moderna, características estressantes das sociedades, etc. Toda cultura comunica aos
seus membros sobre comportamento humano, o primeiro tem a ver com as causas do
DSM , e a presença destes pode ser muito angustiante. O sentimento de depressão pode então
(Doughter&Hackbert, 1994).
busca de identificar os processos psicológicos que eles assumem ser a causa de suas angustias
(Doughter&Hackbert, 1994).
Implicações do tratamento
antidepressivos, por exemplo, podem ser considerados como operações estabelecedoras que
depressivo(Dougher&Hackbert, 2003).
dependendo da necessidade de cada caso, por exemplo, se um paciente tem déficit nas
2003).
motivo para a melhora de pacientes depressivos com quase todas as terapias verbais, e o
motivo é o fato de que o simples aumentar da interação verbal já pode ser considerado algo
reforçador, além de permitir ao terapeuta conhecer melhor seu paciente e suas interações e as
reforçadores da terapia podem surgir ainda mais fácil quando em terapia de grupo pois há
mais interações e maior oportunidade do paciente receber um feedback construtivo sobre seus
clientes com histórico de abuso e negligencia, pois conversar sobre eventos que são
traumáticos pode levar a extinção de respostas emocionais por eles associadas e conduzir a
abuso sexual e psicológico, onde muitas vezes elas se culpam pelo acontecimento, mas
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2003).
buscar atividades e experiências que lhe são úteis e que lhe dão sentido a sua vida, que é o
Terapia analítico-comportamental
indivíduo. Nesta análise são destacados tanto comportamentos públicos quanto privados,
Identificar esses comportamentos fornecem dados para que o terapeuta treine o cliente no
frequenta (Abreu & Santos, 2008; Jacobson &Gortner, 2000 apud Cardoso, 2011).
fugir de situações aversivas, isso pode estar relacionado à autorregras enraizadas (Mestre
auxilia-lo a discriminar as situações e seu modo de reagir frente a elas (Martell, Addis &
sociais, para que o cliente se exponha a situações sociais, para voltar a ter acesso a
do dia-a-dia. O terapeuta deve sugerir que o cliente comece pela atividade que se sente mais à
vontade em relação as outras, e a se expor gradualmente a elas (Abreu & Santos, 2008 apud
Cardoso, 2011).
exemplo, podem começar a faltar no serviço para evitar punições dos superiores, aumentar ou
diminuir a ingestão de alimentos, dormir em excesso, emite esses comportamentos para evitar
o contato com estímulos aversivos (Abreu, 2006; Martell, Addis & Jacobson, 2001 apud
Cardoso, 2011).
reforçadores que no momento atual não estão presentes no ambiente do indivíduo (Banacoet
o analista pode utilizar exercícios experienciais, metáforas e paradoxos. Esse manejo auxilia o
cliente a contextualizar seus eventos privados, entender o que quer para sua vida, o que
necessárias (Brandão, 1999b; Hayes, Zettle&Rosenfarb, 1989; Martell, Addis & Jacobson,
comportamentos clinicamente relevantes (CRB’s), que são divididos em 3 tipos. CRB1 são
problemas do cliente que acontecem durante a sessão, CRB2 são progressos do cliente que
acontecem durante a sessão, CRB3 são interpretações do cliente em relação ao problema, que
Deste modo, o foco da terapia é facilitar a ocorrência de CRB’s durante a sessão, para
que possam ser modificados e generalizados para o contexto do cliente além do ambiente
É necessário também estar atento a cinco regras, que de acordo com Vandenberghe,
2) evocar;
3) e reforçar os CRBs;
CRB1 que são as queixas relacionadas aos problemas, por exemplo dificuldades nas
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interações sociais, desânimo, entre outras. Após isso, por meio das cinco regras o terapeuta
interações sociais, planos para o futuro, aumento de atividades prazerosas, flexibilidade para
diversos contextos do cliente além do contexto terapêutico (García, Aguayo &Montero, 2006;
Considerações Finais
indivíduo. Nesta análise são destacados tanto comportamentos públicos quanto privados,
Identificar esses comportamentos fornecem dados para que o terapeuta treine o cliente no
frequenta (Abreu & Santos, 2008; Jacobson &Gortner, 2000 apud Cardoso, 2011).
fugir de situações aversivas, isso pode estar relacionado à autorregras enraizadas (Mestre
auxilia-lo a discriminar as situações e seu modo de reagir frente a elas (Martell, Addis &
Jacobson, 2001; Rehm, 1977 apud Cardoso, 2011). Após o monitoramento deve se partir para
não estão presentes no ambiente do indivíduo (Banacoet al., 2006; Brandão, 1999ª apud
Cardoso, 2011).
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além do contexto terapêutico (García, Aguayo&Montero, 2006; Biglan, 1991 apud Cardoso,
Referências Bibliográficas
Apendice
Apendice1 Slides
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Durante o tratamento
Antecedente Comportamento Consequência
Ansiedade, tristeza, Aceitar eventos privados Diminuição da tristeza
insegurança Operação como reações determinadas Reforço negativo
Estabelecedora pela história Maior riqueza de atividades
prazerosas Reforço positivo
E
Apendice3
Descrição da Simulação
tendo como diferença a mudança do gênero da cliente para masculino para facilitar a
atendimento numa clínica universitária a fim de tratar sua depressão. Os sintomas relatados
romântico não-exclusivocom uma mulher iria terminar iguais os anteriores, com seu par o
abandonando, mas admitia que isso podia ser um reflexo de sua insegurança. O paciente
afirmou que desejava superar essa insegurança afim de se sentir menos carente e exigente.
Sentia ainda ciúmes de seus amigos que estavam em relacionamentos sérios ou quando via
sua namorada conversando com outras pessoas. O paciente era um bom universitário e estava
terminando sua faculdade, mas se sentia ansioso com relação ao seu TCC e estava com