Sebenta Do ISCAL PDF
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Textos de Introduo
Contabilidade
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Instituto Politcnico de Lisboa: ISCAL
Licenciatura em Contabilidade e Administrao: Ramos, Contabilidade; e Finanas
Introduo Contabilidade (1 semestre)
Textos Pgina
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
Assuntos
A Produo:
a actividade que consiste em transformar os meios de produo (as matrias-primas,
mo-de-obra, gastos gerais de fabrico) em produtos e servios acabados.
A Distribuio:
a actividade que consiste em transportar os produtos dos locais de produo at aos
pontos de venda.
O Consumo:
a actividade que consiste em satisfazer das necessidades com a utilizao dos bens e
servios produzidos.
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Definio de empresa:
Unidade composta por meios humanos, meios tcnicos e meios financeiros organizados e tem por
objectivos, atravs da produo e/ou venda de bens ou servios, satisfazer as necessidades dos
consumidores das comunidades onde se encontra inserida.
Meios humanos: Trabalho exercido pelo Homem que pode apresentar-se sobre vrias
formas: de execuo (qualificado ou no), de direco, de organizao e de inveno.
Meios tcnicos: So as instalaes. As mquinas. As ferramentas, etc.
Meios financeiros: So os capitais (dinheiro) necessrios vida da empresa.
- As relaes traduzem-se por fluxos de bens e servios de entrada e de sada (fluxos reais), aos quais
correspondem sempre fluxos monetrios de sentido inverso.
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Fluxos da empresa 1
Fornecedores
Despesas Compras
(materiais, mo-
Fornecedores
de-obra )
Gastos
Produo Caixa/Depsitos
Rendimentos
Receitas
Compradores Vendas Compradores
Zona interna
A ptica financeira:
Diz respeito ao endividamento da empresa perante o exterior.
Est directamente relacionada com a remunerao dos factores e dos bens e servios
vendidos. Podem distinguir-se:
As despesas, que correspondem remunerao dos factores produtivos; e
As receitas, que correspondem remunerao das vendas efectuadas e /ou
servios prestados.
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Esquema adaptado de: (BORGES, Antnio, RODRIGUES, Azevedo e RODRIGUES, Rogrio, (2007)Elementos de Contabilidade
Geral, 24 Edio, reas Editora, Lisboa.
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in:Elementos de Contabilidade Geral
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Assuntos
Sociedades:
Sociedades civis
Sociedades comerciais:
Cooperativas
Empresas pblicas
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Devem adoptar uma firma composta pelo seu nome, completo ou abreviado, conforme se
tornar necessrio para a perfeita identificao da sua pessoa, acrescentando, se lhe convier,
a designao da espcie de comrcio que exercer.
A lei obriga criao dum fundo de reserva, ao qual o titular destinar uma fraco dos
lucros anuais no inferior a 20 %, at que esse fundo represente metade do capital do
estabelecimento.
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Sociedades:
Em sentido lato, significa a reunio de duas ou mais pessoas ligadas por meio de contrato;
Em sentido restrito, significa o prprio contrato que une essas mesmas pessoas, isto , o contrato
de sociedade.
contrato de sociedade aquele em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou
servios para o exerccio em comum de certa actividade econmica, que no seja de fruio, a fim
de repartirem os lucros resultantes dessa actividade.
Sociedades civis, no tm por objecto o exerccio de comrcio, por isso no se constituem sob a
forma comercial. So reguladas pelo Cdigo Civil (artigo 980 e seguintes). Exemplos de sociedades
civis:
Sociedades de Advogados,
Sociedades de Revisores Oficiais de Contas.
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Sociedades por quotas
Sociedades unipessoais por quotas
Sociedades annimas
Sociedades em comandita
Sociedades em comandita simples
Sociedades em comandita por aces
Caractersticas:
Podem ser admitidos scios de indstria, ou seja, indivduos que entra para a sociedade apenas
com o seu trabalho, com os seus conhecimentos profissionais ou tcnicos, relativos actividade
que a sociedade venha a exercer. Estes scios no respondem pelas perdas sociais, salvo
conveno em contrrio (n 2, do artigo 178), porm, o valor da respectiva contribuio no
computado (calculado) no capital social.
Nenhum scio pode exercer, por conta prpria ou alheia, actividade concorrente com a da
sociedade nem ser scio de responsabilidade ilimitada noutra sociedade, salvo expresso
consentimento de todos os outros scios.
Dadas as caractersticas so compostas por um nmero mnimo de scios.
Responsabilidade social:
Cada scio, para alm de responder individualmente pela sua entrada, responde tambm pelas
obrigaes sociais subsidiariamente em relao sociedade e solidariamente com os outros
scios.
Quer isto dizer que, extintos os bens da sociedade, os credores sociais podem exigir, de
qualquer dos scios, a totalidade dos seus crditos. Assim natural que cada um dos scios siga
com o maior interesse a marcha dos negcios, acompanhando o desenrolar das operaes
sociais e fiscalizando a aco dos outros scios.
Capital social:
O montante mnimo de capital social no fixado na lei, o mesmo acontecendo com os valores
nominais mnimos para cada uma das partes sociais; para estas no permitida a emisso de
ttulos representativos.
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A firma concluir sempre pela palavra Limitada ou pela abreviatura Lda. e deve ser
formada:
Com ou sem sigla;
Pelo nome ou firma de todos, algum ou alguns dos scios ou por denominao
particular; ou
Pela reunio de ambos os elementos.
Caractersticas:
As deliberaes de alterao do contrato social s podem ser tomadas por maioria de trs
quartos dos votos correspondentes ao capital social, ou por nmero ainda mais elevado de votos
exigido pelo contrato de sociedade.
Conta-se cada voto por cada cntimo de valor nominal da quota.
Esto obrigadas constituio de uma reserva legal, numa percentagem no inferior vigsima
parte dos lucros, ou sua reintegrao at que represente o limite mnimo de 2.500,00 euros.
O contrato de sociedade pode determinar que esta tenha um conselho fiscal.
As sociedades que no tiverem conselho fiscal, devem designar um ROC para proceder
reviso legal desde que, durante dois anos consecutivos, sejam ultrapassados dois dos trs
seguintes limites:
Total do balano: 1.500.000,00 euros;
Total das vendas lquidas e outros proveitos: 3.000.000,00 euros;
Nmero de trabalhadores empregados em mdia durante o exerccio: 50.
Responsabilidade social:
Os scios so solidariamente responsveis por todas as entradas convencionadas no
contrato social.
S o patrimnio social responde para com os credores pelas dvidas da sociedade.
Porm, lcito estipular no contrato, que um ou mais scios, alm de responderem
para com a sociedade, respondem tambm perante os credores sociais at
determinado montante;
Essa responsabilidade tanto pode ser solidria com a da sociedade como
subsidiria em relao a esta e a efectivar apenas na fase de liquidao.
Capital social:
Est dividido por quotas.
O montante mnimo de 5.000,00 euros.
Os valores nominais das quotas no podem ser inferior a 100,00 euros, salvo quando a lei o
permitir.
Das entradas de cada scio, s pode ser diferida a efectivao de metade das entradas em
dinheiro, mas o quantitativo global dos pagamentos feitos por conta destas, juntamente
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com a soma dos valores nominais das quotas correspondentes s entradas em espcie, deve
perfazer o capital mnimo de 5.000,00 euros.
Caractersticas:
constituda por uma s pessoa colectiva;
Aplicam-se, supletivamente, as regras das sociedades por quotas, no sendo aplicveis as
normas que pressupem a pluralidade de scios.
Responsabilidade social:
A responsabilidade perante terceiros limitada realizao do capital.
Capital social:
O capital social mnimo exigido para a constituio de 5.000,00 euros.
Caractersticas:
O nmero de accionistas no pode ser inferior a cinco;
No so permitidos scios de indstria.
A administrao e a fiscalizao podem ser estruturadas segundo uma de duas
modalidades:
A primeira compe-se de:
Conselho de administrao (composto por um nmero mpar de membros); e
Conselho fiscal (composto por trs ou cinco membros efectivos, em que um dos
membros efectivos e um dos suplentes, tm de ser ROC ou sociedades de
ROCs);
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A segunda assenta na repartio das suas funes entre trs rgos:
Direco (composta por um nmero mpar de directores ou admi-nistradores, no
mximo de cinco);
Conselho geral (composto por um nmero mpar de membros, mas sempre
superior ao nmero de directores e no superior a quinze); e
Revisor Oficial de Contas.
Responsabilidade social:
Cada scio limita a sua responsabilidade ao valor das aces que subscreveu.
Capital social:
dividido em aces.
O valor nominal mnimo do capital de 50.000,00.
Todas as aces tm o mesmo valor nominal
Nas entradas em dinheiro s pode ser diferida a realizao de 70 % do valor nominal
das aces
No pode ser diferido o pagamento do prmio de emisso quando previsto.
Firma:
Para as sociedades em comandita simples, formada pelo nome ou firma de um, pelo
menos, dos scios comanditados e o aditamento em comandita, ou & Comandita.
Para as sociedades em comandita por aces, o aditamento dever ser em Comandita por
Aces ou & Comandita por Aces.
Caractersticas:
So composta por:
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Scios comanditados, que contribuem apenas com os seus conhecimentos
tcnicos e profissionais que assumem a gesto dos negcios sociais; e
Responsabilidade social:
Ilimitada e solidria para os scios comanditados; e
Limitada e no solidria para os scios comanditrios.
Caractersticas:
So pessoas colectivas,
O nmero de cooperadores varivel e ilimitado, mas no poder ser inferior a cinco.
Sem fins lucrativos.
So rgos das cooperativas:
A Assembleia Geral (rgo supremo da cooperativa, sendo as suas deliberaes
obrigatrias para os restantes rgos da cooperativa e para todos os seus
membros);
A Direco; e,
O Conselho Fiscal (pode ser assessorado por um ROC ou por uma sociedade de
ROCs
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Cooperativas de produo operria
Cooperativas de comercializao
Cooperativas de pesca
Cooperativas culturais
Cooperativas de servios
Cooperativas de habitao
Cooperativas de crdito agrcola
Cooperativas agrcolas
Cooperativas de ensino
Responsabilidade social:
Em princpio limitada ao montante de capital subscrito.
Os estatutos podem determinar que a responsabilidade dos cooperadores seja ilimitada; ou
Ser limitada em relao a uns e ilimitada quanto aos outros.
Capital social:
varivel, no podendo ser inferior a 2.500,00 euros.
representado por ttulos de capital, nominativos e de valor nominal de 5,00 euros ou
mltiplo deste.
As entradas mnimas de capital a subscrever por cada cooperador no podem ser inferiores
a trs ttulos de capital, ou seja 15,00 euros, e cada ttulo subscrito, dever estar realizado,
em, pelo menos 10% do seu valor no acto da subscrio.
Empresas pblicas
Regem-se pelo direito privado e esto sujeitas s regras gerais de concorrncia.
Esto subordinadas ao princpio da transparncia financeira.
A sua contabilidade deve ser organizada de modo a permitir a identificao de quaisquer fluxos
financeiros entre elas e o Estado ou outros entes pblicos.
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Assuntos
A tomada de deciso
O papel da Contabilidade
Definio de contabilidade
O processo contabilstico
Reconhecimento (classificao)
Mensurao (atribuir valor monetrio)
Divulgao (evidenciao, demonstrao)
Divises da Contabilidade
Contabilidade de carcter histrico
Contabilidade de carcter previsional
Contabilidade financeira (externa, geral)
Contabilidade de custos
Contabilidade de gesto
Contabilidade oramental (previsional)
Objecto da Contabilidade
Tipologia da informao e seu significado:
Informao estruturada
Informao relevante
Informao de natureza econmica
Informao de natureza financeira
Informao de natureza fsica
Informao de produtividade
A informao de natureza econmica e financeira
A utilizao da informao contabilstica e seus utilizadores
Utilizadores externos entidade
Utilizadores internos da entidade
Concluso
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A tomada de deciso
As decises mais importantes requerem um cuidado maior, ou seja, uma anlise mais profunda:
Sobre os elementos (dados) disponveis; e
Sobre critrios objectivos disponveis.
Pois uma deciso importante mal tomada, pode prejudicar toda uma vida.
O papel da contabilidade
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a Contabilidade que colecta todos os dados econmicos, avaliando-os em unidades monetrias,
registando-os e sumariando-os em forma de relatrios para serem comunicados e poderem contribuir
para a tomada de decises.
Definio de Contabilidade
H muitos autores que definem Contabilidade das quais distingo a definio de 1953 do American
Institute of Accountants (AIA) (In: Review and resume, Accounting Terminology Bulletin n 1,
parg. 9, (NY: AIA):
a Contabilidade que colecta todos os dados econmicos, mensurando-os monetariamente,
registando-os e sumariando-os em forma de relatrios comunicados, que contribuem
sobremaneira para a tomada de decises.
O processo Contabilstico:
Podemos identificar, no processo contabilstico trs etapas:
O Reconhecimento (classificao);
A Mensurao (atribuir valor monetrio); e
A Divulgao (evidenciao, demonstrao).
Reconhecimento (classificao):
Envolve o processo de classificao da aco de natureza econmica.
Por exemplo, uma empresa sacrifica recursos investindo-os em pesquisa e desenvolvimento
de novos produtos. Temos nesse caso um problema inicial de classificao. Trata-se de um
activo ou de uma despesa? Se for classificado como activo, a qual grupo deve pertencer?
Dessa forma, temos o processo de definio qualitativa da natureza do elemento.
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Divises da Contabilidade:
Contabilidade de carcter histrico:
D a conhecer o que efectivamente se fez, permitindo uma viso retrospectiva da gesto. Inclui:
A Contabilidade Financeira (geral);
A Contabilidade de Custos; e
A Contabilidade de Gesto.
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Contabilidade de Custos:
A Contabilidade de custos est voltada para o clculo, interpretao e controle dos custos dos
bens fabricados ou comercializados, ou dos servios prestados pela empresa.
a contabilidade interna, visando o apuramento de resultados ao nvel mais elementar. Por
produto; por departamento; por projecto; por cliente, etc.
Contabilidade de Gesto:
A Contabilidade de gesto, como o prprio nome indica, visa suprir os gerentes de um elenco
maior de informaes exclusivamente para a tomada de decises.
Diferencia-se da contabilidade financeira e da contabilidade de custos, pois no se prende aos
princpios fundamentais da Contabilidade.
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Contabilidade Oramental:
A Contabilidade oramental, visa antecipar a actividade econmica futura da empresa.
Requer avaliaes subjectivas e a anlise de um grande nmero de variveis e premissas.
Objecto da contabilidade
Fornecer informao estruturada e relevante aos utilizadores internos e externos entidade. Essa
informao pode ser, de natureza:
Econmica,
Financeira, e subsidiariamente,
De natureza fsica, e
De produtividade
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Fabricar versus adquirir;
Expanso do fabrico;
Criao de sucursais;
Relatrios sobre mix de produtos e servios;
etc.
Em maior ou menor grau estes relatrios devem utilizar outros conceitos alm dos
Princpios Fundamentais de Contabilidade (que iremos ver mais frente na disciplina), tais
como:
Custos de oportunidade,
Taxas de juros e de desconto,
Custos de reposio,
Custos imputados,
Noes e clculos de risco econmico e financeiro,
etc.
Concluso
O objecto da Contabilidade:
O patrimnio das entidades, sejam elas pessoas fsicas ou jurdicas, seja esse patrimnio
resultante da consolidao de patrimnios de outras entidades distintas ou a subdiviso do
patrimnio de uma entidade em parcelas menores que meream ser acompanhadas em suas
mutaes e variaes.
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Assuntos
Patrimnio
Composio e valor do patrimnio
Massas patrimoniais:
Facto patrimonial e sua natureza
Caracterizao e classificao das massas patrimoniais:
Activo (utilizaes; aplicaes)
Passivo (origens externas)
Capital prprio (origens internas)
Rendimentos e ganhos
Gastos e perdas
Ajustamentos
Patrimnio:
- Conjunto dos bens, direitos e obrigaes pertencentes a uma entidade jurdica num determinado
momento.
No patrimnio h a considerar:
- A composio: natureza e proporo de cada elemento do patrimnio
- O valor: quantia que seria preciso dar para obter todo o activo e pagar todas as obrigaes.
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Facto patrimonial:
- Evento susceptvel de alterar o patrimnio.
- Pode ser:
Permutativo: quando provoca uma alterao na composio do patrimnio, mas no no seu
valor;
Conceitos
Activo:
Recurso controlado pela empresa como resultado de acontecimentos passados e do qual se
espera que fluam para a empresa benefcios econmicas futuros.
Os benefcios econmicos futuros incorporados nos activos so o potencial de contribuir,
directa ou indirectamente, para os fluxos de caixa e de equivalentes de caixa para a empresa e
podem fluir empresa de maneiras diferentes.
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Passivo
uma obrigao (dever ou responsabilidade para agir ou executar de certa maneira) presente da
empresa proveniente de acontecimentos passados, da liquidao da qual se espera que resulte
um exfluxo de recursos da empresa incorporando benefcios econmicos, como seja:
pagamento em dinheiro;
transferncia de outros activos;
fornecimento de servios;
substituio dessa obrigao por uma outra obrigao; ou
converso da obrigao em capital prprio.
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As obrigaes podem ser legalmente impostas como consequncia de um contrato vinculativo ou de
requisito estatutrio. o caso, por exemplo, de quantias a pagar por bens e servios recebidos.
Capital prprio
o interesse residual nos activos da empresa depois de deduzir todos os seus passivos.
composto pelo capital inicial (capital social) e por capital adquirido (reservas).
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A criao de reservas algumas vezes exigida pelos estatutos ou por outra legislao a fim
de dar empresa e aos seus credores uma medida adicional de proteco dos efeitos de
prejuzos.
Podem ser estabelecidos outras reservas se a legislao fiscal nacional conceder isenes
de, ou reduo em, passivos de tributao quando sejam feitas transferncias para tais
reservas.
Rendimentos
So os aumentos nos benefcios econmicas durante o perodo contabilstico na forma de
influxos ou melhorias de activos ou de diminuies de passivos que resultem em aumentos no
capital prprio, que no sejam os relacionados com as contribuies dos participantes no capital
prprio.
Gastos
So diminuies nos benefcios econmicas durante o perodo contabilstico na forma de
exfluxos ou deperecimentos de activos ou na incorrncia de passivos que resultem em
diminuies do capital prprio, que no sejam as relacionadas com distribuies aos
participantes no capital prprio.
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Ajustamentos
Respeitam ao tratamento das situaes que dificultam uma correcta determinao dos resultados
no final de cada perodo contabilstico.
Acrscimos, que correspondem aos gastos e aos rendimentos que devam ser reconhecidos
no perodo, ainda que no tenham documentao vinculativa, cuja despesa ou receita s
venha a ocorrer em perodo ou perodos posteriores.
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Polticas contabilsticas
A Administrao (gerncia) deve seleccionar e aplicar polticas contabilsticas na entidade a fim de
que as demonstraes financeiras se conformem com todas as exigncias de cada norma
contabilstica aplicvel.
As polticas contabilsticas so os princpios, bases, convenes, regras e prticas especficas
adoptadas por uma empresa na preparao e apresentao de demonstraes financeiras.
O termo princpio surge com um significado concreto: regra de qualquer tipo, normalmente
detalhada, emitida pela regulao contabilstica, orientada para a busca de uniformidade e baseada
de um modo geral na prtica mais habitual e generalizada do momento. PEREDA (2000).
Em 1934 a informao de auditoria faz referncia pela primeira vez ao termo princpios
contabilsticos geralmente aceites.
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Foi nesta etapa lgica, que se consagrou definitivamente a utilizao do termo princpio contabilstico
mas com uma acepo mais racional e lgica, definido como:
- regra bsica de um sistema contabilstico, vinculada ao meio envolvente e a um conjunto de
conceitos bsicos da nossa disciplina.
Porm, esta definio deve ser completada com a incluso da vinculao dos princpios a determinados
propsitos e objectivos.
Assim, podem atribuir-se diferentes acepes ao termo,a sua meno pode referir-se a:
- Regra mais ou menos detalhada baseada na prtica mais habitual;
- Regra bsica na qual se apoiam outras;
- Fundamento bsico ou terico da disciplina da Contabilidade.
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Sob este regime os efeitos das operaes e de outros acontecimentos so reconhecidos quando elas
ocorrem (e no quando o dinheiro ou o seu equivalente seja recebido ou pago) sendo registadas nos
livros contabilsticos e relatadas nas DF dos perodos com os quais se relacionem.
De acordo com o regime de acrscimo informam os utentes no somente das operaes passadas
envolvendo o pagamento e o recebimento de dinheiro mas tambm das obrigaes de pagar dinheiro
no futuro e de recursos que representam dinheiro a ser recebido no futuro.
Daqui que seja assumido que a empresa no tem nem a inteno nem a necessidade de liquidar ou
reduzir drasticamente o nvel das suas operaes;
Se existir tal inteno ou necessidade, as DF podem ter que ser preparadas numa base diferente e, se
assim for, a base usada deve ser divulgada.
Uma qualidade essencial da informao proporcionada nas DF a de que ela seja rapidamente
compreensvel pelos utentes.
A relevncia entendida como a sua capacidade para influenciar as decises econmicas dos
utilizadores.
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Para tal, a informao deve possuir poder preditivo, ajudar o controle das actividades realizadas e
ainda ser oportuna do ponto de vista temporal.
Porm, a informao que pode ser obtida por outras fontes a um custo inferior ao da contabilidade
no deve fazer parte das informaes fornecidas pela contabilidade.
Valor preditivo, a informao possui valor preditivo quando ajuda os utilizadores a aumentar a
probabilidade de prever os resultados advindos de eventos passados ou futuros.
A fiabilidade pressupe que a informao neutra e que deve ter em conta um certo grau de
precauo nas estimativas a fim de se evitar que os activos sejam sobreavaliados e os passivos sejam
subavaliados
Para que seja til, a informao deve ser digna de confiana.
A contabilidade deve mensurar cada fenmeno e no a ateno nele. Um bom exemplo de falta de
representao fidedigna refere-se ao caso da depreciao (amortizao) dos activos fixos:
O preo de um activo uma medida fidedigna no momento de sua aquisio. Porm, o valor
depreciado aps alguns anos, utilizando um mtodo arbitrrio, no possui mais significado
econmico, a no ser o da recuperao do valor nominal da parte do desembolso passado.
Uma informao pode ser verificvel quando existe evidncia objectiva a seu respeito.
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A neutralidade est relacionada com a ausncia de vis, de modo que a possibilidade de incorreco
nos mtodos de mensurao nunca conduza a erros sempre numa mesma direco, a mas ou a
menos.
A questo da neutralidade extremamente importante, uma vez que a entidade no pode beneficiar,
pelo menos deliberadamente, um tipo de utilizador em detrimento dos outros.
Os utentes devem ser capazes de comparar as DF de uma empresa atravs do tempo a fim de nelas
identificar tendncias na posio financeira e no desempenho.
Os utentes devem ser capazes de comparar as DF de diferentes empresas a fim de avaliar de forma
relativa a sua posio financeira, o seu desempenho e as alteraes na posio financeira.
Os agentes precisam avaliar as diferentes alternativas para que possam tomar decises que realmente
optimizem a riqueza das suas organizaes.
Para os utilizadores externos, pode-se dizer que a informao contabilstico que no pode ser
comparada no possui utilidade.
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Secundrias, porque esto subordinadas s primrias.
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Para ser digna de confiana a informao deve representar fidedignamente as operaes e outros
acontecimentos que ela ou pretende representar ou possa razoavelmente esperar-se que represente.
Para que seja fivel, a informao contida nas DF deve ser neutra, isto , livre de preconceitos.
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Para que seja fivel, a informao nas DF deve ser completa adentro das fronteiras da materialidade
e do custo. Uma omisso pode fazer com que a informao seja falsa ou enganadora e por
conseguinte no fivel e deficiente em termos da sua relevncia.
Se houver demora indevida no relato da informao ela pode perder a sua relevncia.
Para proporcionar informao numa base tempestiva pode muitas vezes ser necessrio relatar todos
os aspectos de uma operao ou outro acontecimento antes de serem conhecidos, pondo por
conseguinte em causa a fiabilidade.
Ao contrrio, se o relato for demorado at que todos os aspectos sejam conhecidos, a informao
pode ser altamente fivel mas de pouco uso para os utentes que tenham tido entretanto de tomar
decises.
Por isso difcil aplicar um teste custo-benefcio a qualquer caso particular. No obstante, os
preparadores e utentes das DF, devem estar conscientes desta restrio.
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
Informao comparativa
Continuidade:
As demonstraes financeiras devem ser preparadas no pressuposto de que a entidade no pretenda
liquidar, nem cessar de negociar.
Regime de acrscimo:
Uma entidade deve preparar as suas demonstraes financeiras, excepto para informao de fluxos
de caixa, utilizando o regime contabilstico de acrscimo.
Ao ser usado o regime contabilstico de acrscimo, os elementos so reconhecidos como activos,
passivos, capital prprio, rendimentos e gastos (os elementos das demonstraes financeiras) quando
satisfaam as definies e os critrios de reconhecimento para esses elementos.
Consistncia de apresentao:
A apresentao e classificao de itens nas demonstraes financeiras deve ser mantida de um
perodo para outro, a menos que:
Seja perceptvel, aps uma alterao significativa na natureza das operaes, que uma outra
apresentao ou classificao seja mais apropriada, tendo em considerao os critrios para a
seleco e aplicao de polticas contabilsticas.
Uma entidade altera a apresentao das suas demonstraes financeiras apenas se a apresentao
alterada proporcionar informao fivel e mais relevante para os utentes das demonstraes
financeiras e se for provvel que a estrutura revista continue, de modo a que a comparabilidade no
seja prejudicada.
Materialidade e agregao:
Cada conjunto material de itens semelhantes deve ser apresentada separadamente nas demonstraes
financeiras.
Os itens de natureza ou funo dissemelhante devem ser apresentados separadamente, a menos que
sejam imateriais.
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Considera-se que as omisses ou declaraes incorrectas de itens so materiais se puderem,
individual ou colectivamente, influenciar as decises econmicas dos utentes, tomadas com base nas
demonstraes financeiras.
A dimenso ou a natureza do item, ou uma combinao de ambas, pode ser o factor determinante.
Compensao:
importante que os activos e passivos, e os rendimentos e gastos, sejam separadamente relatados.
Assim, os activos e passivos, e os rendimentos e gastos, no devem ser compensados excepto
quando tal for exigido ou permitido por uma Norma Contabilstica de Relato Financeiro (NCRF).
Informao comparativa:
A informao comparativa deve ser divulgada com respeito ao perodo anterior para todas as
quantias relatadas nas demonstraes financeiras.
A informao comparativa deve ser includa para a informao narrativa e descritiva quando for
relevante para uma compreenso das demonstraes financeiras do perodo corrente.
Por exemplo, os pormenores de uma disputa legal, cujo desfecho era incerto data do ltimo
balano e esteja ainda para ser resolvida, so divulgados no perodo corrente. Os utentes
beneficiam da informao de que a incerteza existia data do ltimo balano e da informao
acerca das medidas adoptadas durante o perodo para resolver a incerteza.
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Assuntos
Cdigo Comercial:
No artigo 29 - Obrigatoriedade da escriturao mercantil, refere o seguinte:
Os artigos 33, 34 e 35, que tornavam obrigatrios os livros, Dirio, Razo e Inventrio e
Balanos, foram revogados, pelo Decreto-Lei 76-A/2006, de 29 de Maro.
A prestao de contas das sociedades annimas, por quotas e em comandita por aces,
bem como das sociedades em nome colectivo e em comandita simples . (Redaco dada
pelo Decreto-Lei n. 76-A/2006, de 29 de Maro)
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
O Balano
A Demonstrao dos Resultados
O Anexo ao Balano e Demonstrao de Resultados
Facilmente se entende, que quando nas organizaes complexas, como as grandes empresas, se
executam, diariamente, milhares, ou milhes de operaes. Por isso o Dirio pode encontrar-se
dividido em Dirios auxiliares, por categorias e por natureza de operaes:
Dirio de Caixa;
Dirio de Bancos;
Dirio de Clientes;
Dirio de Fornecedores;
Dirio de operaes com o pessoal;
Dirio de operaes diversas;
Etc.
A nomenclatura dos dirios auxiliares pode ser diferente de entidade para entidade.
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
O Layout do Dirio, no registo digital, no est normalizado, podendo adoptar-se formas diversas.
No entanto, em qualquer formato, por cada registo, devem sempre existir as seguin-tes ndicaes:
Data do dirio, que em muitas das aplicaes aparece no cabealho;
Cdigo da conta (divisionria de lanamento) a movimentar a dbito ou a crdito;
Histrico (ou descrio sumria da operao);
Montante do dbito ou do crdito;
Cada lanamento deve permitir encontrar os documentos originais, que constituem a prova
jurdica da transaco. Para isso, til registar no histrico (por exemplo, o nmero de
origem do documento).
Ou
Valor
Data Operao (Histrico) Conta
Dbito Crdito
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
O Razo Geral o livro das contas, que representa a totalidade das contas da empresa.
Os Razes Auxiliares, so os livros das contas divisionrias do grau de que a empresa necessite de
informao.
O Razo
Quando a escriturao feita em livros de papel, os registos feitos no Dirio so transportados
para o Razo, onde so registados os movimentos contabilsticos por ordem sistemtica de conta.
Por isso o Razo, tambm conhecido pelo livro das contas, incluindo todas:
Caixa
Depsitos ordem
Clientes
Fornecedores
Compras
Mercadorias
.
Vendas
Etc.
O Extracto de Conta
O Layout de cada extracto pode ser diverso, no entanto, em qualquer formato, apresenta pelo
menos, os seguintes elementos:
A data a que diz respeito o extracto (ms e ano e se se trata dum extracto mensal, trimestral .,
anual)
A data de cada movimento na conta
O valor e a natureza de cada movimento (se foi um dbito, ou se foi um crdito).
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
No final do extracto apresentado o total do valor dos movimentos a dbito e o total do valor dos
movimentos a crdito com o saldo da conta.
O Balancete
um quadro resumo dos movimentos acumulados e do saldo das contas.
elaborado, normalmente no final de cada perodo (ms, trimestre, ano).
Quando a informao contabilstica tratada por meios informticos, o computador fornece,
automaticamente, quer os extractos de conta quer os balancetes, pois, para estes documentos, no
necessria mais informao para alm da informao registada nos dirios. Por isso, estes
documentos podem ser obtidos em qualquer altura.
Total
O Saldo pode ser apresentado s numa coluna, com sinal positivo, se for saldo devedor e com sinal
negativo, se for saldo credor.
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O Balancete para alm de auxiliar na anlise das contas, atravs dos valores acumulados em cada
conta comparando-os com os de outras contas com que, normalmente, tem contrapartida, tambm
permite efectuar anlises econmicas sem se estar limitado mera verificao contabilstica.
Com efeito, atravs da leitura do Balancete identificam-se os fluxos reais, internos e externos, do
perodo.
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Assuntos
Conceito de inventrio
Fases da elaborao de inventrio
Classificao dos inventrios
Quanto disposio dos elementos
Quanto ao mbito
Quanto periodicidade de realizao
Apresentao de inventrio simples
Apresentao de inventrio classificado
Equao Fundamental da Contabilidade
Exemplo da equao fundamental da contabilidade (do Balano)
Inventrio
Consiste na listagem dos elementos do patrimnio duma entidade num determinado momento.
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Inventrio classificado, em que os elementos patrimoniais aparecem agrupados segundo a sua
natureza, caracterstica ou funo.
Parciais, quando abrange apenas alguns dos elementos do patrimnio, (ex. inventrio das
mercadorias, inventrios do caixa, etc.);
Peridicos, quando so feitos numa cadncia peridica regular (ms a ms; de seis em seis
meses; ano a ano, etc.);
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Activo Valor
Passivo
Emprstimo do Banco de Lisboa 1.050,00
Facturas por pagar:
LF Informtica, Lda 1.100,00
Papelaria Antunes, Lda 250,00
Segurana social 2.460,00
IRS 5.200,00
IVA 3.780,00
Frias a pagar em X1 15.400,00
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Activo 31/121/X0
Equipamento bsico:
Computadores 15.400,00
Impressoras 1.250,00
Fotocopiadora 3.950,00 20.600,00
Equipamento administrativo:
Mobilirio diverso 12.050,00
Mquina de caf 150,00 12.200,00
Equipam de transporte:
Viaturas ligeiras 50.000,00
Programas de computador:
Software de design 27.000,00
Investi noutras empresas:
Participaes de capital 14.500,00
Clientes:
Contas correntes 4.050,00
Ttulos a receber 2.420,00 6.470,00
Gastos a reconhecer:
Consumveis 400,00
Renda de Janeiro de X1 1.800,00 2.200,00
Meios financeiros lquidos:
Dinheiro em cofre 1.150,00
Depsito bancrio 36.350,00 37.500,00
Financiamentos obtidos
Emprstimo bancrio 1.050,00
Fornecedores:
Contas correntes 1.350,00
Estado e outros entes pblicos:
Segurana social 2.460,00
IRS 5.200,00
IVA 3.780,00 11.440,00
Acrscimos de gastos:
Frias X1 15.400,00
Total do passivo 29.240,00
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Activo (bens e direitos) (+) Capital prprio passivo (capital prprio negativo); e
Exemplo:
A empresa RRP, Lda, adquiriu um equipamento por 60.000,00 , tendo pago 36.000,00, que tinha
em depsitos ordem, e ficado a dever 24.000,00.
Depois do equipamento sofrer um desgaste de 12.000,00, qual o valor do Activo da empresa,
relativamente aquele equipamento?
Temos:
Capital prprio passivo = 12.000,00
Passivo = 24.000,00
Capital prprio activo = 36.000
Ento,
Activo + Capital prprio passivo = Passivo + Capital prprio activo
Activo = Passivo + (Capital prprio activo Capital prprio passivo)
Activo = 24.000,00 + (36.000,00 12.000,00) Activo = 48.000,00 euros
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
Assuntos
Foi visto numa aula anterior, que a Contabilidade depois de identificar um novo facto patrimonial,
avalia-o em unidades monetrias e regista-o.
Mas como registar cada elemento econmico surgido?
Com a mesma nomenclatura porque conhecido em linguagem comum?
Se sim, como divulg-lo de forma a tornar a informao til ao utilizador?
nesta fase do processo contabilstico que surge a necessidade de encontrar uma maneira
prtica de registar cada elemento econmico, de forma a facilitar a sua classificao e
controlo.
A necessidade da Classificao
- A classificao necessria para a comunicao da informao.
- A classificao dos recursos e dos compromissos de uma entidade em categorias apropriadas
necessria para a apresentao de relatrios interpretveis de informaes contabilsticas que
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
possam ser compreendidas e analisadas por todos os utilizadores das demonstraes financeiras nos
seus processos de deciso.
- Se fossem apresentados dados no classificados aos interessados na informao contabilstica, eles
seriam forados a preparar seus prprios resumos.
Podemos ento dizer que a base da contabilidade a classificao, j que o estudo individual dos
numerosos fenmenos ocorridos na entidade impossvel.
Por isso, o registo das operaes contabilsticas (factos patrimoniais) no momento em que ocorrem,
pressupe a existncia de instrumentos adequados para o registo sistemtico de cada facto, ou seja,
necessria a existncia duma srie de compartimentos (as contas), em que o domnio de cada um
seja definido, em compreenso, pelo seu ttulo.
A contabilidade pode, ento, registar os fenmenos observados nas contas correspondentes sua
natureza, num processo semelhante distribuio de cartas por cacifos, que feita em funo de
cada endereo, tendo sido necessrio, primeiro, proceder construo dos cacifos, ou seja arranjar
condies para distribuir a correspondncia (classificar a correspondncia).
Definio de conta
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
Caractersticas da conta
A conta constitui um conjunto homogneo, que reagrupa os fenmenos (elementos) que apresentam
as mesmas caractersticas e somente estes. Assim, cada conta apresenta as seguintes caractersticas:
Homogeneidade:
A integralidade:
Todos os elementos que gozam da mesma caracterstica, definidos pela conta, devem
ser includos. Por exemplo, todos os bens que a empresa adquire para vender sem lhes
alterar as caractersticas, s podem ser registados numa conta de bens adquiridos para
comercializar, que no caso a conta 32 Mercadorias.
Porm, cada conta pode ser definida de uma maneira mais ou menos ampla.
Em funo das necessidades de informao as contas podem ser divididas por
subcontas, ou repartidas por outras contas, em funo da sua complexidade,
como iremos ver mais frente.
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Saldo da conta
(Apresentar exemplos de: saldos de conta; fechar uma conta; e reabrir uma conta)
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Introduo Contabilidade (1 semestre)
Dada a natureza e complexidade dos elementos que cada conta representa, estas podem ser:
Desdobradas por subcontas; ou
Repartidas por outras contas de menor mbito.
Uma vez que a conta colectiva est subdividida em contas divisionrias (ou subcontas), a sua
extenso igual soma das extenses de todas as suas subcontas.
A qualquer momento, o dbito duma conta colectiva igual soma dos dbitos das suas subcontas
e, o seu crdito, igual soma dos crditos das suas subcontas.
Grau da conta:
Devido ao grande mbito e complexidade de algumas contas, estas tm que ser repartidas por contas
mais especficas.
Nestas contas de desdobramento horizontal, s se conhece a extenso do saldo das contas principais,
quando o saldo das suas contas subsidirias transferido.
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Contas de ordem:
So contas destinadas ao registo de operaes que no momento no alteram o patrimnio,
mas que podem ter implicaes, se, no futuro, se verificarem determinados pressupostos
(contingncias).
Estas contas proporcionam indicaes complementares teis, pelo que devem ser
referidas no Anexo s demonstraes financeiras.
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Classes de Contas
As contas esto arrumadas por classes, tendo o Sistema de Normalizao Contabilstica agrupado
as contas em 8 Classes:
Cinco classes de contas para as contas do Balano; e
Trs classes de contas para as contas da Demonstrao dos Resultados.
As contas do primeiro grau tm dois dgitos. Sendo o primeiro dgito para identificar a Classe da
conta e o segundo dgito para distinguir a conta dentro da classe.
Esta classe destina-se a registar os meios financeiros lquidos que incluem, quer o dinheiro e
depsitos bancrios quer todos os activos ou passivos financeiros mensurados ao justo valor,
cujas alteraes sejam reconhecidas na demonstrao de resultados.
11 Caixa
12 Depsitos ordem
13 Outros depsitos bancrios
Incluem-se, ainda, nesta classe, os diferimentos (para permitir o registo dos gastos e dos
rendimentos nos perodos a que respeitam) e as provises.
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21 Clientes
22 Fornecedores
23 Pessoal
24 Estado o outros entes pblicos
25 Financiamentos obtidos
26 Accionista/scios
27 Outras contas a receber e a pagar
28 Diferimentos
29 Provises
31 Compras
32 Mercadorias
33 Matrias-primas, subsidirias e de consumo
34 Produtos acabados o intermdios
35 Subprodutos, desperdcios, resduos o refugos
36 Produtos o trabalhos em curso
37 Activos biolgicos
38 Reclassificao o regularizao do inventrios o activos biolgicos
39 Adiantamentos por conta de compras
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Classe 4 - INVESTIMENTOS
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanncia e que no se destinem a
ser vendidos ou transformados no decurso normal das operaes da entidade, quer sejam de sua
propriedade, quer estejam em regime de locao financeira.
Compreende os investimentos financeiros, as propriedades de investimento, os activos
fixos tangveis, os activos intangveis, os investimentos em curso e os activos no
correntes detidos para venda.
No caso de ser utilizado o modelo de revalorizao nos activos fixos tangveis e activos
intangveis, podero ser utilizadas subcontas que evidenciem o custo de aquisio/produo e
as revalorizaes (positivas ou negativas).
Utilizando-se o modelo de revalorizao, na valorizao subsequente ao
reconhecimento inicial, o valor contabilstico ser o justo valor data da revalorizao,
deduzido das amortizaes acumuladas e das perdas de imparidade acumuladas. (Cf
NCRF 6, & 75 e NCRF 7, & 32)
41 Investimentos financeiros
42 Propriedades de investimento
43 Activos fixos tangveis
44 Activos intangveis
45 Investimentos em curso
46 Activos no correntes detidos para venda
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Inclui o capital social (capital inicial) e o capital adquirido pela entidade no desenvolvimento da
sua actividade, excepto o Resultado lquido do perodo.
51 Capital
52 Aces (quotas) prprias
53 Outros instrumentos de capital prprio
54 Prmios de emisso
55 Reservas
56 Resultados transitados
57 Ajustamentos em activos financeiros
58 Excedentes de revalorizao de activos fixos tangveis o intangveis
59 Outras variaes no capital prprio
Classe 6 - GASTOS
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Classe 7 - RENDIMENTOS
71 Vendas
72 Prestaes de servios
73 Variaes nos inventrios da produo
74 Trabalhos para a prpria entidade
75 Subsdios explorao
76 Reverses
77 Ganhos por aumentos do justo valor
78 Outros rendimentos e ganhos
79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares
Classe 8 - RESULTADOS
Esta classe destina-se a apurar o resultado lquido do perodo, podendo ser utilizada para
auxiliar determinao do resultado extensivo, tal como consta na Demonstrao das
Alteraes no Capital Prprio
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Assuntos
A patita doppia (partida dobrada), de Lucca Paccioli, o mtodo contabilstico utilizado por todas
as entidades que relatam a sua informao financeira.
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Permite controlar exactamente de onde vem um determinado elemento patrimonial, por exemplo, o
dinheiro, e para onde vai, o que significa que o elemento nunca ganho ou perdido, sempre
transferido de algum lugar (uma conta de origem) para outro lado (a conta de destino).
um mtodo que garante, por exemplo, que um depsito bancrio proveniente de um recebimento
de um cliente seja correctamente adicionado ao saldo bancrio, e ao mesmo tempo deduzido do total
a receber do cliente.
Por outro lado, tambm ajuda a evitar fraudes, j que no possvel por exemplo, dar baixa numa
contas a receber sem dizer para onde o foi o dinheiro, no caso uma conta bancria ou uma conta.
Caixa.
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Lanamento contabilstico
Chama-se lanamento (ou assento) contabilstico, o registo (ou notao) de qualquer facto patrimonial
nos livros de contabilidade.
Lanamentos de abertura:
Respeitam ao registo dos valores iniciais das contas no incio da escrita.
Lanamentos correntes:
Respeitam ao registo das operaes realizadas e dos acontecimentos ocorridos durante cada
exerccio econmico.
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Lanamentos de estorno:
Tm por finalidade rectificar as omisses, duplicaes e erros cometidos nos lanamentos
efectuados.
Lanamentos de regularizao:
Visam rectificar o saldo das contas que no correspondam realidade.
Lanamentos de reabertura:
Registam, no incio de cada exerccio econmico, os valores iniciais das contas (saldos
finais das contas no exerccio anterior).
Em qualquer dos casos, o total dos movimentos a dbito sempre igual ao total
dos movimentos a crdito.
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Valor
Data Operao (Histrico) Conta
Dbito Crdito
Valor
Data Operao (Histrico) Conta
Dbito Crdito
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Valor
Data Operao (Histrico) Conta
Dbito Crdito
Valor
Data Operao (Histrico) Conta
Dbito Crdito
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9. Operaes de compra e venda (actividade operacional)
Assuntos
9 - Operaes de compra a venda
Definio de compra e Definio de venda
Documentao comercial:
A nota de encomenda
A guia de remessa
A factura
Formalidades das facturas
Conceito de fraude e de evaso fiscal
A nota de dbito
A nota de crdito
O recibo
9.A - O Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)
Caracterizao do IVA
Exemplo da mecnica do IVA
Situaes pertinentes a referenciar:
Excepes do direito deduo (art. 21 do CIVA)
Prazo para a emisso das facturas (art 36)
Regularizao do IVA a favor do sujeito passivo (empresa), n 5 do art. 78
Exigibilidade do IVA nos adiantamentos, n 2 do art. 8.
Regime dos pequenos retalhistas (art. 60 a 68)
9.B - Inventrios
Conceito de inventrios
Mensurao (avaliao) de inventrios
Conceito de valor realizvel lquido
Conceito de justo valor
O custo dos inventrios inclui
Custos excludos do custo dos inventrios
Frmulas de custeio:
Custo especfico
First in first out (FIFO)
Custo mdio ponderado
Mtodos de contabilizao dos inventrios
Sistema de inventrio permanente (SIP)
Vantagens e caractersticas do SIP
Margem bruta das vendas
Ficha de armazm
Sistema de inventrio intermitente (SII)
Caractersticas do SII
Frmula para obteno do Custo das mercadorias vendidas
Decreto-Lei 44/99, de 12 Fevereiro
N 2, do art. 262 do Cdigo das Sociedades Comerciais
9.C - A factura e sua contabilizao
9.D - O desconto e sua contabilizao
9.E - A devoluo de vendas/ compras e sua contabilizao
9.F - O adiantamento e sua contabilizao
9.G - As despesas adicionais de compra e sua contabilizao
Modalidades de compra: FOB e CIF
9.H - O Recebimento/ pagamento das facturas contabilizadas em c/c
9.I - mbito e dinmica das contas Caixa e de Depsitos bancrios
Exerccio prtico de Reconciliao Bancria
Quadro sntese de lanamentos contabilsticos (operaes de compra e de venda)
Apuramento do IVA
Bibliografia
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Definio de venda
A venda um contrato entre duas entidades, que consiste na transmisso onerosa de bens ou da
prestao de servios em que uma das partes, o vendedor, se obriga a entregar uma coisa, ou a
prestar um servio, outra parte, o comprador, mediante um pagamento.
Definio de compra
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Documentao comercial
A operao de compra e venda origina, entre o comprador e o vendedor, a troca de documentos cuja ordem
cronolgica a seguinte:
1. A Nota de encomenda
2. A Guia de remessa
3. A Factura
4. A Nota de dbito
5. A Nota de crdito
6. O Recibo
Muitas vezes a nota de encomenda substituda por uma requisio com menores formalidades, mas
com o mesmo efeito prtico.
O nmero de exemplares depende das necessidades de informao, mas deve ser, pelo menos, em
duplicado, sendo o original para o fornecedor e o duplicado para a empresa.
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o documento, emitido pelo vendedor, cuja emisso , em regra, obrigatria para todas as transmisses
de bens ou prestaes de servios.
um elemento essencial para o Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), na medida em que confere
aos adquirentes dos bens ou aos destinatrios dos servios um direito de crdito perante o Estado,
consubstanciado no exerccio do direito deduo do imposto nela incorporado.
Emitidas o mais tardar no 5. dia til seguinte ao do momento em que o imposto devido;
Numeradas sequencialmente;
Processadas em duplicado, destinando-se o original ao cliente e a cpia ao arquivo do
fornecedor.
Indicar a data em que:
- Os bens foram colocados disposio do adquirente;
- Os servios foram prestados: ou
- Em que foram efectuados pagamentos anteriores realizao das operaes desde que essa
data no coincida com a da emisso da factura.
Por exemplo, devem conter as expresses seguintes ou equivalentes:
Mercadorias
"Bens colocados disposio do adquirente em ____/____/____"
ou "Bens colocados disposio do adquirente na data da factura"
Prestao de Servios
"Os servios facturados forma realizados em ____/____/____"
ou "Os servios facturados foram realizados na data da factura"
ou "Adiantamento em ____/____/____ por conta dos servios prestados"
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Fraude fiscal:
Evaso fiscal:
Assenta na prpria lei (evaso legtima), nas deficincias de redaco ou de lacunas, permitindo que
se consiga reduzir a carga fiscal.
Impe ateno constante das administraes fiscais e do governo, no sentido de melhorar a lei e evitar
injustias devido s imperfeies da lei.
um documento, emitido pelo vendedor, que serve para debitar um certo valor ao comprador,
aumentando a sua dvida (sendo devedor) ou uma diminuindo o seu crdito (sendo credor).
utilizada frequentemente para debitar despesas de compra, despesas com servios bancrios, juros,
seguros, taxas, etc., quando so de conta do devedor.
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um documento, emitido pelo vendedor, que serve para creditar um certo valor ao comprador,
diminuindo a sua dvida (sendo devedor) ou uma aumentando o seu crdito (sendo credor).
um documento emitido pela entidade que recebe, constituindo o elemento comprovativo do pagamento
de determinada quantia, por parte do devedor.
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Nos termos do n 1 do artigo 1 do Cdigo do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (CIVA), Esto
sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado:
- As transmisses de bens e as prestaes de servios efectuadas no territrio nacional, a ttulo
oneroso, por um sujeito passivo agindo como tal;
- As importaes de bens.
- As operaes intracomunitrias efectuadas no territrio nacional.
Ou seja, na generalidade todas as actividades econmicas esto sujeitas a IVA, dado que incide sobre a quase
totalidade dos bens e servios transaccionados, abrangendo todas as fases do circuito econmico. Nos artigos
9 a 15 do CIVA esto definidas algumas isenes.
- um imposto sobre o consumo (destina-se a tributar as despesas de consumo (bens ou servios).
Embora sejam as empresas que tm de entregar o IVA ao Estado, quem o suporta o consumidor
final.
- um imposto plurifsico, uma vez que incide sobre todas as fases do circuito econmico,
independentemente da sua extenso (produo e/ou distribuio.
- um imposto com pagamentos fraccionados.
- A soma do imposto pago em cada uma das fases do circuito econmico corresponde exactamente
ao imposto que se cobraria se incidisse, de uma s vez, na ltima fase (consumidor final).
- Cada um dos intervenientes no processo do desenvolvimento do IVA, procede da seguinte forma:
Paga ao seu fornecedor, aquando da aquisio, a totalidade do imposto liquidado at sua fase; e
Paga (entrega) ao Estado, aquando da transmisso/prestao ao seu cliente, sendo este
pagamento compensado com o valor liquidado pelo fornecedor.
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O artigo 21 - Excluses do direito deduo, apresenta as situaes em que o IVA no confere direito
deduo. Estas despesas esto ligadas:
- aquisio, fabrico ou importao, locao, utilizao, transformao e reparao de viaturas de
turismo, de barcos de recreio, helicpteros, avies, motos e motociclos.
- Despesas respeitantes a combustveis normalmente utilizveis em viaturas automveis, com excepo
das aquisies de gasleo, de gases de petrleo liquefeitos (GPL) e de gs natural, cujo imposto ser
dedutvel na proporo de 50%, a menos que se trate dos bens a seguir indicados, caso em que o
imposto relativo aos consumos de gasleo GPL e gs natural totalmente dedutvel:
i) Veculos pesados de passageiros;
ii) Veculos licenciados para transportes pblicos, exceptuando-se os rent-a-car;
iii) Mquinas consumidoras de gasleo, GPL, ou gs natural, que no sejam veculos
matriculados;
iv) Tractores com emprego exclusivo ou predominante na realizao de operaes culturais
inerentes actividade agrcola;
v) Veculos de transporte de mercadorias com peso superior a 3.500 Kg.
- Despesas de transportes e viagens de negcios do sujeito passivo do imposto e do seu pessoal,
incluindo as portagens;
- Despesas respeitantes a alojamento, alimentao, bebidas e tabacos e despesas de recepo, incluindo
as relativas ao acolhimento de pessoas estranhas empresa e as despesas relativas a imveis ou parte
de imveis e seu equipamento, destinados principalmente a tais recepes;
- Despesas de divertimento e de luxo, sendo consideradas como tal as que, pela sua natureza ou pelo
seu montante, no constituam despesas normais de explorao.
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Porm, em caso de pagamentos relativos a uma transmisso de bens ou prestao de servios ainda no
efectuada, a data da emisso do documento comprovativo coincidir sempre com a da percepo de tal
montante.
Nos casos em que seja utilizada a emisso de facturas globais, o seu processamento no poder ir alm
de cinco dias teis do termo do perodo a que respeitam.
Apuramento da base tributvel nas facturas com imposto includo (Artigo 49.)
Nos casos em que a facturao ou o seu registo sejam processados por valores, com imposto
includo, nos termos dos artigos anteriores, o apuramento da base tributvel correspondente ser
obtido atravs da diviso daqueles valores por 105 quando a taxa do imposto for 5%, por 112
quando a taxa do imposto for 12% e por 120 quando a taxa do imposto for 20%, multiplicando o
quociente por 100 e arredondando o resultado, por defeito ou por excesso, para a unidade mais
prxima, sem prejuzo da adopo de qualquer outro mtodo conducente a idntico resultado.
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Artigo 62 - Facturas . Excluso do direito deduo: Salvo no caso das vendas referidas no n. 9
do artigo 60., as facturas ou documentos equivalentes emitidos por retalhistas sujeitos ao regime
especial de tributao previsto no artigo 60. no conferem direito a deduo, devendo delas constar
expressamente a meno IVA - No confere direito a deduo.
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9.B - Inventrios
Conceito de inventrios
- Valor realizvel lquido: o preo de venda estimado no decurso ordinrio da actividade empresarial
menos os custos estimados de concluso e os custos estimados necessrios para efectuar a venda. (NCRF
18, & 6 e && 28 a 33)
- Justo valor: a quantia pela qual um activo podia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras e dispostas a isso numa transaco em que no existe relacionamento entre elas. (NCRF
18, & 6)
- Os custos de compra: preo de compra, direitos de importao e outros impostos (que no sejam
recuperveis) custos de transporte, manuseamento e outros. Os descontos comerciais, abatimentos e
outros itens semelhantes deduzem-se na determinao dos custos de compra. (NCRF 18, & 11)
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- Outros custos (NCRF 18, && 15 a 18): por exemplo, custos de concepo de produtos para clientes
especficos, incorridos para colocar os inventrios no seu local e na sua condio actuais; ou, tambm,
os custos dos emprstimos obtidos que estejam directamente relacionados com os inventrios. (NCRF
18, & 17).
Custos excludos do custo dos inventrios e reconhecidos como gastos do perodo (NCRF 18, & 34):
- Quantias anormais de materiais desperdiados, de mo-de-obra ou de outros custos de produo;
- Custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam necessrios no processo de produo antes
de uma nova fase de produo;
- Gastos gerais administrativos que no contribuam para colocar os inventrios no seu local e na sua
condio actuais;
- Custos de vender.
- Uma entidade deve usar a mesma frmula de custeio para todos os inventrios que tenham uma
natureza e um uso semelhantes para a entidade. Porm, para os inventrios que tenham outra natureza
ou uso, podero justificar-se diferentes frmulas de custeio.
Por exemplo, os inventrios usados num segmento de negcio podem ter um uso para a entidade
diferente do mesmo tipo de inventrios usados num outro segmento de negcio. No entanto, uma
diferena na localizao geogrfica dos inventrios no suficiente, por si s, para justificar o
uso de diferentes frmulas de custeio. (NCRF 18, & 26)
Custo especfico: Deve ser utilizado no custeio dos inventrios que no sejam intermutveis e de
bens ou servios produzidos e segregados para projectos especficos deve ser atribudo pelo uso da
identificao especfica dos seus custos individuais. (NCRF 18, & 23)
Frst in firs out (FIFO): Deve ser utilizado no custeio dos inventrios, em que no se utilize o custo
especfico ou o custo mdio ponderado. De acordo com a IAS 2, o FIFO deve ser entendido no
sentido cronolgico. (NCRF 18, & 27)
Custo mdio ponderado: Cada item determinado a partir da mdia ponderada do custo de itens
semelhantes. (NCRF 18, & 24)
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Permite determinar, permanentemente, o valor dos inventrios da empresa e apurar os resultados obtidos
na venda ou produo (obter a margem bruta).
Para que tal seja possvel, necessrio que todas as entradas e sadas de inventrios, sejam registadas na
contabilidade.
Periodicamente, pelo menos uma vez por ano, devem fazer-se inventrios fsicos dos inventrios.
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Em sistema de inventrio permanente os inventrios so controlados atravs de fichas cujo layout
basicamente o seguinte:
Utilizando-se este sistema de movimentao das mercadorias, s periodicamente (em regra no fim do
exerccio econmico) se conhece o valor dos inventrios da empresa, por recurso a inventrio fsico
directo.
- S no final do exerccio econmico que se determina e regista o Custo das mercadorias vendidas;
- Durante o exerccio econmico, o saldo das contas de inventrios diz respeito apenas existncia
inicial;
- O apuramento do custo das vendas e das matrias consumidas s obtido no final do perodo;
- O saldo da conta compras s transferido ps as contas de inventrios no final do perodo.
Na elaborao do inventrio fsico dos Inventrios e activos biolgicos devem ser observados os
seguintes procedimentos:
Quando se utilize o sistema de inventrio intermitente, as contagens fsicas devem ser efectuadas
com referncia ao final do exerccio;
Quando se utiliza o sistema de inventrio permanente, as contagens fsicas devem ser efectuadas:
Com referncia ao final do exerccio; ou
Ao longo do exerccio, de forma rotativa, de modo que cada bem seja contado, pelo menos, uma
vez.
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O sistema usado para o inventrio permanente deve permitir a verificao da correspondncia entre
as contagens e os registos contabilsticos.
Artigo 1.
1 As entidades s quais aplicvel, nos termos da legislao em vigor, o Plano Oficial de Contabilidade
ficam obrigadas, nas condies previstas no presente diploma:
a) A adoptar o sistema de inventrio permanente na contabilizao das suas existncias;
b) A elaborar a demonstrao dos resultados por funes;
c) A proceder ao inventrio fsico das existncias, de acordo com os procedimentos prescritos no
captulo 12, classe 3, existncias do Plano Oficial de Contabilidade.
2 - Ficam dispensadas do estabelecido nas alneas a) e b) do nmero anterior as entidades nele referidas, at
ao termo do exerccio seguinte quele em que tenham sido ultrapassados dois dos trs limites referidos no
artigo 262. do Cdigo das Sociedades Comerciais.
3 - Podero tambm ficar dispensadas do estabelecido nas alneas a) e b) do n. 1 as entidades que o
requeiram relativamente s seguintes actividades:
a) Agricultura, produo animal e caa;
b) Silvicultura e explorao florestal;
c) Indstria piscatria e aquicultura;
d) Sectores, ramos ou pontos de venda a retalho sem relevncia na actividade normal da entidade.
4 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, devero as entidades apresentar requerimento, devidamente
fundamentado, dirigido ao Ministro das Finanas, at ao fim do 3. ms seguinte ao do termo do exerccio
em que tenham sido ultrapassados os limites referidos no n. 2. Caso este requerimento venha a ser
indeferido, o estabelecido nas alneas a) e b) do n. 1 tornar-se- obrigatrio a partir do exerccio seguinte
ao da apresentao do mesmo.
Artigo 262. do Cdigo das Sociedades Comerciais.
2 - As sociedades .. que, durante dois anos consecutivos, sejam ultrapassados dois dos
trs seguintes limites:
a) Total do balano: 1.500.000 euros;
b) Total das vendas lquidas e outros proveitos: 3.000.000 euros;
c) Nmero de trabalhadores empregados em mdia durante o exerccio: 50.
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9.C - A factura
Contabilizao da venda:
A venda contabiliza-se a crdito, na conta 71x Vendas - ..., sendo o IVA tambm creditado na
conta 2433 IVA Liquidado, por dbito, do total da factura, na conta 211 Clientes c/c
Em sistema de inventrio permanente, necessrio registar a sada dos inventrios vendidos,
creditando a conta de inventrio respectiva, por dbito da conta 61.. Cmvmc - ....
Contabilizao da compra:
A compra contabiliza-se a dbito, na conta 31x Compras - ..., e o IVA tambm debitado na
conta 2432 IVA Dedutvel, por crdito, do total da factura, na conta 221 Fornecedores c/c.
Em sistema de inventrio permanente, necessrio transferir o valor contabilizado na conta 31
Compras, creditando-a, para a conta de inventrio respectiva, debitando-a.
9.D - O desconto
O desconto consiste numa reduo do preo das mercadorias vendidas, concedida pelo vendedor
(fornecedor) ao comprador (cliente).
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Para que se possa regularizar o IVA a favor da empresa, necessria uma prova em como
o cliente efectuou o lanamento de regularizao do IVA de sinal contrrio, isto , a favor
do Estado. (n 5, do art. 78, do CIVA).
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Consiste na entrega de meios financeiros lquidos efectuada pelo comprador (cliente) ao vendedor
(fornecedor), por conta de futuros fornecimentos.
- Monetria, quando o preo no est fixado, isto , existe o direito de receber (ou obrigao de
entregar) um nmero fixo ou determinvel de unidades monetrias; (cf. IAS 21, & 16, ou NCRF, &
8)
- No monetria, quando o preo est fixado, isto , no existe o direito de receber (ou obrigao de
entregar) um nmero fixo ou determinvel de unidades monetrias.
Contabilizao do adiantamento
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So despesas relacionadas com os inventrios vendidos/comprados, como sejam, por exemplo, despesas
de transporte, seguros necessrios para colocar os inventrios no armazm do comprador, despesas
aduaneiras, etc.
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Custo, Seguro e Frete significa que o vendedor entrega as mercadorias quando elas transpem a
amurada do navio no porto de embarque. Nestas circunstncias, o vendedor deve pagar os gastos e frete
necessrios para levar as mercadorias ao porto de destino e proceder ao desembarao da exportao.
Porm, o risco de perda ou dano das mercadorias, bem como quaisquer gastos adicionais devidos a
eventos ocorridos aps o momento da entrega, so transferidos do vendedor para o comprador. Alm
disso, no CIF, o vendedor tambm tem que obter o seguro martimo contra o risco do comprador, das
perdas ou danos das mercadorias durante o transporte. No entanto, se o comprador desejar ter a
proteco de uma cobertura maior de risco, ele precisa acordar isso com o vendedor, ou fazer o seu
prprio seguro extra.
"Livre a Bordo" significa que o vendedor entrega as mercadorias quando elas transpem a amurada do
navio no porto de embarque. Isto significa que o comprador deve suportar com todos os gastos e riscos
de perda ou dano das mercadorias a partir daquele ponto.
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9.I - mbito e dinmica das contas: Caixa e das contas de depsitos bancrios
Conta 11 Caixa
mbito: Inclui os meios de pagamento, tais como notas de banco e moedas metlicas de curso legal,
cheques e vales postais, nacionais ou estrangeiros. Por isso no deve incluir qualquer outro
elemento que no se enquadre naquela definio.
Dinmica:
debitada pelo saldo inicial e pelos recebimentos; e
creditada pelos pagamentos e pelos depsitos bancrios.
Dinmica:
debitada pelo saldo inicial, pelos depsitos, pelos descontos de letras, pelas transferncias
de terceiros, pelos juros dos depsitos, pelos emprstimos obtidos, etc.; e
creditada pelos levantamentos, pelos cheques emitidos, pelas transferncias para
terceiros, pelas ordens de pagamento, pelos reembolsos de emprstimos, pelo recmbio de
letras descontadas e no pagas, pelos juros de emprstimos, etc.
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mbito: Como o nome indica, inclui os outros depsitos bancrios, que no sejam ordem, nas
instituies de crdito, como sejam, por exemplo, os depsitos a prazo.
Dinmica
debitada pelo saldo inicial, e pela constituio dos depsitos; e
creditada pelos levantamentos.
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A anlise pela empresa Gama, Lda., com sede em Lisboa, do extracto bancrio do Banco Lusitano, com
referncia a 30 de Setembro do ano N, mostrou apresentar o mesmo um saldo de 13.114,55 que no
condizia com o constante da escrita da empresa, referido mesma data, que era de 12.500,00 . Efectuada a
reconciliao bancria verificou-se o seguinte:
a) Faltava contabilizar o crdito de 760,00 efectuado pelo banco em 21 de Setembro, respeitante a juros
do depsito a prazo vencido nessa data. Aquele valor j era lquido da reteno na fonte do imposto
calculado taxa de 20%;
b) O cheque n. 123480, de 117,50 , foi indevidamente registado pela empresa na conta do Banco
Comercial;
c) Em 14 de Setembro o banco havia debitado a verba de 13,45 relativa a uma requisio de cheques, que
se encontrava por contabilizar;
d) O cheque n. 123475, no valor de 215,00 , sacado a favor do fornecedor F. Lemos, Lda., ainda se
encontrava por descontar;
e) O depsito ordem efectuado pela empresa em 30 de Setembro, de 229,50 , no constava do extracto
bancrio.
Pretende-se:
- Que elabore a (re)conciliao bancria data de 30 de Setembro de 2007; e
- A contabilizao, no Dirio, das operaes em falta ocorridas no ms de Setembro do ano N.
Resoluo:
Reconciliao bancria:
Contabilidade Banco
(1) Saldo em 30 de Setembro de N 12.500,00 13.114,55
(a) Rendimento depsito a prazo - Juros 950,00
(a) IRC retido (190,00)
(b) Cheque 123480, mal contabilizado (117,50)
( c) Requisio de cheques (13,45)
(d) Cheque n 123475 215,00
( e) Depsito banco (229,50)
Saldo correcto 13.114,55 13.114,55
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Valor
Data Operao Conta Dbito Crdito Observaes
30 09 (a) Juros depsito a prazo 123 950,00 123 Banco Lusitano
30 09 (a) Juros depsito a prazo 79111 950,00 760/0,8 = 950
30 09 (a) IRC retido - juros 241x 190,00
30 09 (a) IRC retido 123 190,00
30 09 (b) Cheque 123480 (estorno) 124 117,50 124 B. Comercial
30 09 (b) Cheque 123480 123 117,50
30 09 ( c) Requisio de cheques 6988x 13,45
30 - 09 ( c) Requisio de cheques 123 13,45
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Nota: As entradas e sadas de inventrios implicam o registo respectivo na ficha de armazm, o saldo da
conta 32 - Mercadorias, tem que ser igual ao valor dado pela ficha de armazm, na ltima posio do valor
dos inventrios.
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Nota: As entradas e sadas de inventrios implicam o registo respectivo na ficha de armazm, o saldo da
conta 32 - Mercadorias, tem que ser igual ao valor dado pela ficha de armazm, na ltima posio do valor
dos inventrios.
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Apuramento do IVA
1>0
Imposto a pagar
(2436-IVA - A Pag.)
Imposto a recuperar
De imposto liquidado: (2437-IVA A Recup)
Imposto repercutvel o Erros e omisses
Aquisies de bens
- liquidado aos o Devolues, descontos e
e servios:
clientes: abatimentos 1<0
o Existncias
o Venda de o Anulao de pagamentos
o Imobilizados
mercadorias e antecipados
o Outros, de
o Produtos o Roubos, sinistros, etc.
consumo
o Prestaes de
corrente
servios
o Operaes
gratuitas
Imposto a reembolsar
(2438 IVA -
Reembolsos pedidos)
De imposto suportado e dedutvel:
o Erros e omisses
Imposto no repercutvel: Pagamento
o Devolues, descontos e abatimentos
o utoconsumo externo antecipados a:
o Anulao de pagamentos antecipados
o Afectao a sector(es) o Fornecedores
isento(s) o Roubos, sinistros, etc.
o Credores
o Operaes gratuitas
Bibliografia
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ndice
Conceito de letra
Definies
Elementos essenciais e no essenciais da letra
Operaes com letras
Saque
Endosso
Aceite
Desconto
Encargos com o desconto
Recmbio
Reforma de letra
Protesto
Esquema contabilstico das operaes com saques
Esquema contabilstico das operaes com aceites
Bibliografia
Conceito de letra
A letra regulada pela "Lei Uniforme sobre Letras e Livranas" fruto da Conveno
Internacional e aprovada pelo Decreto-Lei 23.721, de 29 de Maro de 1934.
um ttulo de crdito atravs do qual uma determinada pessoa ou entidade (o sacador) ordena a
outra entidade (sacado), o pagamento de uma importncia (valor nominal da letra), a si ou a outra
entidade (tomador), numa determinada data.
Definies:
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Para produzir efeitos plenos a letra dever conter os seguintes elementos essenciais (artigo 1):
A palavra letra escrita no prprio ttulo;
O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
O nome da entidade que a deve pagar;
O nome da entidade a quem ou ordem de quem deve ser paga;
Indicao da data em que sacada;
Assinatura de quem passa a letra (sacador).
Os elementos no essenciais, so (artigo 3):
Data de pagamento (quando no se indica, entende-se que pagvel vista);
Lugar de pagamento (quando no se designa, considera-se que ser paga no domiclio do sacado);
Lugar onde a letra foi emitida (quando no mencionado, considera-se como tendo-o sido no
domiclio do sacado).
O aval: corresponde a uma garantia de pagamento dada por um terceiro, ou mesmo um signatrio da letra.
Quando no mencionado o interveniente a favor do qual se d o aval, considera-se como sendo dado pelo
sacador.
Saque: a ordem de pagamento, isto , corresponde emisso da prpria letra. Sacar uma letra consiste em
emiti-la, ou seja, em ordenar a algum (sacado) o pagamento de uma certa quantia na data de vencimento.
Sendo assim, ele efectuado do pelo sacador.
Endosso: consiste na transmisso da letra a outra entidade pelo tomador ou portador. Apenas podem ser
transmitidas, por endosso, as letras que contenham a clusula ordem (ttulos ordem).
O endossante a entidade que transmite a letra; o endossado (normalmente um credor do tomador) a
entidade que recebe por endosso.
Direito de regresso: na falta de aceite ou pagamento cada endossado pode exercer os seus direitos de
aco contra os endossantes que o precedem.
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O sacador, para poder exercer os seus direitos de aco, pode dispensar o portador de fazer o protesto
por falta de aceite ou de pagamento bastando, para tal, inscrever na letra a clusula "sem despesas"
ou sem protesto (art 46).
Aceite: dado pelo sacado e consiste na declarao da responsabilidade pelo pagamento da letra na data do
vencimento. A declarao consiste na assinatura do sacado na face da letra.
Desconto: realiza-se nos bancos comerciais e consiste numa realizao antecipada do seu valor, ou seja,
possibilita ao portador realizar o valor da letra antes da data do seu vencimento, pagando-se os juros e os
encargos relativos ao perodo compreendido entre a data da apresentao a desconto e a de vencimento.
Vantagens do desconto:
Para o credor (portador e, normalmente, sacador) visto possibilitar-lhe realizar meios lquidos
que doutra forma no conseguiria. Debitando ao aceitante os encargos do desconto, o portador, v
realizado antecipadamente o seu crdito sem que tal lhe origine custos financeiros; e
Para o devedor, visto conseguir assim crdito(s) que doutra forma no alcanaria. De facto o
desconto resulta, na prtica, num emprstimo a curto prazo concedido pela instituio de crdito
ao aceitante ou devedor, limitando-se este ao pagamento dos encargos ao portador ou sacador e ao
reembolso do valor nominal na data do vencimento.
Juros: incidem sobre o valor nominal da letra e so calculados com base no perodo compreendido
entre a data de desconto e a data de vencimento da letra, mais dois dias (prazo para apresentao
cobrana). A taxa de juro do desconto varivel. Depende do perodo que falta para o vencimento,
variando na razo directa deste.
Comisso de cobrana: substitui o antigo prmio de transferncia e incide tambm sobre o valor
nominal da letra. A sua taxa depende do tipo de letras: sendo domiciliada menor do que no o sendo e,
dentro daquela, dever ainda distinguir-se entre letras da mesma praa e de praas distintas.
Imposto, ou selo de verba: incide sobre o juro e comisso de cobrana e corresponde arrecadao por
parte do banco, para posterior entrega ao Estado.
Outras despesas: engloba despesas diversas tais como portes, telefonemas, faxes, e outros.
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O portador apresenta a letra a desconto, que poder ser ou no aceite pela institui-o de crdito.
Sendo-o, -lhe depositado na conta de depsitos ordem, o valor nominal da letra deduzido de todos os
encargos com o desconto o valor lquido de desconto.
Para verificao e controlo dos encargos apresentados pelas instituies de crdito, a frmula a seguinte,
considerando-se os seguintes elementos:
Vn Valor nominal da letra a desconto
i taxa de juro praticada
n prazo (em dias) que falta para o vencimento
t taxa de comisso de cobrana
Vo valor actual ou valor lquido de desconto
I imposto ( taxa de r %)
D outras despesas (portes, telefones, etc.).
Vo = Vn - Encargos do desconto
Recmbio: Quando a letra apresentada, no vencimento, ao aceitante para que este proceda ao seu
pagamento, isto , efectua-se a sua cobrana. No entanto, duas situaes podem ocorrer:
O aceitante paga a letra terminando, assim, a sua vida e funo;
O aceitante recusa-se ao pagamento da letra, sendo esta devolvida ao sacador, por incobrabilidade.
Tal devoluo por falta de pagamento constitui o recmbio.
Que devem ser debitadas ao aceitante, na sua totalidade, se a responsabilidade de tal facto lhe for
imputada.
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Reforma: consiste na substituio de uma letra antes do seu vencimento, por outra ou outras, com
vencimento posterior. Esta operao, muito frequente, deve-se ao facto do aceitante no poder liquidar, no
todo ou em parte, o valor nominal da letra na data de vencimento.
O sacador normalmente debita outras importncias alm das referidas, para custear despesas internas.
Relativamente aos encargos bancrios, a taxa de juro estabelecida, tomando como base no o prazo
da nova letra, mas sim o que decorre entre a sua data de vencimento e a data da operao inicial, isto ,
data de saque da primeira letra. Tal procedimento, origina a utilizao de uma taxa superior e,
consequentemente, o agravamento dos encargos da reforma. Tais encargos so, muitas vezes, debitados
pelo sacador na data da reforma, podendo ser calculados segundo duas bases distintas:
Encargos no includos no valor nominal da nova letra;
Encargos includos no valor nominal da nova letra.
Protesto: consiste numa aco levada a efeito pelo portador da letra, motivada pela falta de aceite ou falta de
pagamento:
O protesto por falta de aceite dever efectuar-se durante os prazos fixados para a apresen-tao ao
aceite;
O protesto por falta de pagamento dever efectuar-se num dos dois dias teis seguintes queles em
que a letra pagvel (artigo 44). Sendo a letra pagvel at ao limite mximo de dois dias teis
seguintes data de vencimento, o protesto dever efectuar-se nos 3 ou 4 dias teis seguintes quela.
Deve fazer-se o protesto na repartio notarial da rea do domiclio nela indicado para o aceite
ou pagamento. Na falta de indicao, o protesto feito na repartio do domiclio da pessoa que
a deva aceitar ou pagar (artigo 131 do Cdigo do Notariado).
Pelos encargos do protesto responsabilizado o aceitante (devedor), devendo todos os seus dbitos
serem considerados em situao de imparidade.
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Reforma parcial:
Pagamento parcial 2211F
12x
Encargos da reforma debitados pelo sacador:
6918 E
2211F E
Contabilizao do novo aceite:
2211F X
221F X
Pagamento de aceite:
2221F X
12x X
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Bibliografia
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ndice
As alteraes estruturais num determinado pas, com a criao de novas indstrias, tornam-no mais
competitivo, o que estimula as exportaes e reduz as importaes, provocando alteraes na procura
e oferta de moeda e incrementando a cotao da moeda desse pas;
A variao positiva ou negativa das taxas de juro de um pas, relativamente s de outros pases,
atraindo ou repelindo investimentos, leva a que, no primeiro caso as cotaes subam e no segundo
desam;
A inflao, resultado de um maior volume de detentores de moeda relativamente ao dos agentes que a
procuram, provoca o aumento das importaes e a diminuio das exportaes.
A moeda de um pas em que a taxa de inflao superior de outros pases, tende a sofrer uma
desvalorizao relativa.
Definies
Taxa de cmbio o preo de uma moeda expresso numa outra moeda. Por exemplo, poder ser o preo do
dlar dos EUA em euros
Taxa de cmbio ao certo o nmero de unidades de moeda estrangeira. necessrias para adquirir uma
unidade de moeda nacional
Taxa de cmbio ao incerto o nmero de unidades de moeda nacional necessrias para adquirir uma
unidade de moeda estrangeira.
Neste caso, o euro est cotado ao certo e o dlar est cotado ao incerto. Diz-se que a taxa de cmbio
de 1,25
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Considere-se que no momento t, a taxa de cmbio euro/ dlar de 1,3, com o euro cotado ao certo. No
perodo (t+1) espera-se que a mesma taxa de cmbio venha a ser de 1,4.
Este cenrio corresponde a uma apreciao do euro, uma vez que para quem possui dlares se torna mais
caro adquirir euros
[(no momento (t+1) 1,00 = 1$ 1,40 em vez de 1,00 = $ 1,30, no momento t)].
Por outro lado, para quem possui euros e quer adquirir dlares, dado que entre o momento t e o momento
(t+1) o dlar se depreciou, com a mesma quantidade de euros compra mais dlares.
O quer dizer que os americanos, com a mesma quantidade de dlares compram menor quantidade de bens
Europa no momento (t+1) do que compravam no momento t. Ou seja, as importaes americanas
(exportaes europeias) diminuem.
J os europeus, com a mesma quantidade de euros compram maior quantidade de bens aos EUA em (t+1)
do que em t. Ou seja, as importaes europeias (exportaes americanas) aumentam.
Todas as empresas devem converter as suas transaces em moeda estrangeira para a sua moeda funcional.
Moeda funcional geralmente a moeda do pas no qual a empresa est situada, isto , a moeda do
ambiente econmico principal no qual a entidade opera, que aquele em que a entidade gera e gasta
meios monetrios (dinheiro). (NCRF 23, 9)
Porm, a moeda funcional pode ser diferente da divisa nacional, em particular para as empresas que
realizam a maior parte das suas operaes numa outra moeda (as empresas europeias de corretagem de
matrias-primas operam principalmente em dlares ou, tambm, no caso de filiais situadas em pases
com nveis de inflao muito elevados. (As economia hiperinflacionria, so aquelas em que os preos
duplicam em 3 anos ou menos)
Uma transaco em moeda estrangeira uma transaco que seja denominada ou exija liquidao numa
moeda estrangeira, incluindo transaces que resultem de quando uma entidade: (NCRF 23, 20)
Compra ou vende bens ou servios cujo preo expresso numa moeda estrangeira;
Pede emprestado ou empresta fundos quando as quantias a pagar ou a receber sejam expressos numa
moeda estrangeira; ou
Adquire ou aliena activos ou incorre em ou liquida passivos, expressos numa moeda estrangeira.
A transaco deve ser registada, na moeda funcional, no momento do reconhecimento inicial, pela
aplicao quantia em moeda estrangeira da taxa de cmbio vista entre a moeda funcional e a moeda
estrangeira data da transaco. (NCRF 23, 21 e 22 )
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Quando a transaco liquidada dentro do mesmo perodo contabilstico em que ocorreu, toda a diferena
de cmbio reconhecida nesse perodo.
Porm, quando a transaco liquidada num perodo contabilstico subsequente, a diferena de cmbio
reconhecida em cada perodo at data de liquidao determinada pela alterao nas taxas de cmbio
durante cada perodo. (NCRF 23, 28)
A empresa Alfa, em 31 de Dezembro de 20N0, tinha na sua conta Caixa 25.000 euros, reconhecidos
contabilisticamente por 18.181,82 euros. (Na data do reconhecimento dos dlares o cmbio de compra era
de 1,00 euro = 1,375 dlares.
Na actualizao do valor dos dlares a empresa Alfa reconhece, em gastos, uma diferena de cmbio
desfavorvel igual a (17.064,85 18.181,82) = 1.116,97 euros
Contabilizao:
Valor
Data Histrico Conta
Dbito Crdito
Dd Reconhecimento da diferena de cmbio 6928 1.116,97
Dd Actualizao do valor em caixa 11x 1.116,97
4
Itens monetrios so unidades monetrias detidas e activos e passivos a receber ou a pagar num nmero fixado ou determinvel de
unidades monetrias. (NCRF 23, 8).
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Bibliografia:
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As mercadorias em trnsito correspondem a inventrios (mercadorias) adquiridos pela empresa, mas que
ainda no entraram no armazm. Esta situao acontece, normalmente, com empresas importadoras, em que
entre a data da recepo dos documentos de compra das mercadorias e a data da recepo das mesmas
significativamente alargada.
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A empresa Alfa, Lda, enviou ao seu intermedirio CL (consignatrio L), no dia 3 de Dezembro de 200N,
5 televisores Sony, modelo 71x40, ao custo unitrio de 320,00.
A conta de venda do consignatrio foi recebida no dia 18 de Dezembro, pela venda dos 5 televisores ao
preo unitrio de 480,00, acrescidos de IVA taxa normal. A venda foi efectuada a 1 nico cliente.
A comisso do intermedirio CL, foi de 240,00, acrescidos de IVA taxa normal. Nota de despesas n ....,
datada de 20 de Dezembro.
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No caso da devoluo dos televisores pelo consignatrio, o lanamento contabilstico ser o inverso do
efectuado no dia 3.
Bibliografia
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5
Cf. ttulo das contas 652 Perdas por imparidade - Ajustamentos em inventrios e 7622 Reverses - Ajustamentos em inventrios
6
As perdas por imparidade em inventrios so leccionadas num captulo seguinte da disciplina.
Conforme as consideraes gerais das notas de enquadramento s contas, do SNC, os ajustamentos em inventrios so directamente
registados nas prprias contas (mtodo directo).
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Para o registo contabilstico destas operaes o plano de contas do Sistema de Normalizao Contabilstica
reservou a conta 38 - Reclassificao e regularizao de inventrios ou activos biolgicos que, sendo uma
conta transitria, aps perfazer a sua funo, salda atravs da conta de Inventrios e activos biolgicos
adequada. As contas de gastos e de rendimentos a utilizar na contabilizao da reclassificao e regularizao
de inventrios, so as seguintes:
Ofertas de inventrios
CIVA Artigo 3., n. 3, alnea f): A afectao permanente de bens da empresa, a uso prprio do seu titular, do pessoal, ou em
geral a fins alheios mesma, bem como a sua transmisso gratuita, quando, relativamente a esses bens ou aos elementos que os
constituem, tenha havido deduo total ou parcial do imposto.
7 - Excluem-se do regime estabelecido na alnea f) do n. 3, nos termos definidos por portaria do Ministro das Finanas, os
bens no destinados a posterior comercializao que, pelas suas caractersticas, ou pelo tamanho ou formato diferentes do produto
que constitua a unidade de venda, visem, sob a forma de amostra, apresentar ou promover bens produzidos ou comercializados pelo
prprio sujeito passivo, assim como as ofertas de valor unitrio igual ou inferior a 50 e cujo valor global anual no exceda cinco
por mil do volume de negcios do sujeito passivo no ano civil anterior, em conformidade com os usos comerciais.
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2. As ofertas, por sua vez, podero ser constitudas, quer por bens comercializados ou produzidos pela prpria empresa, quer por
bens adquiridos a terceiros.
3. Para a conceituao do "pequeno valor" a aplicar s ofertas, que no s amostras, considerar-se- tal valor como no podendo
ultrapassar unitariamente o montante de 3000$00 (IVA excludo), considerando-se ainda, em termos globais, que o valor anual de
tais ofertas no poder exceder 5 (cinco por mil) do volume de negcios, com referncia ao ano anterior, sem qualquer limite
em termos de valores absolutos. No caso de incio de actividade, a permilagem referida aplicar-se- aos valores esperados, sem
prejuzo de rectificao a efectuar na ltima declarao peridica a apresentar no ano de incio, se os valores definitivos forem
inferiores aos valores esperados.
7
O IVA-Liquidado podia ser contabilizado por contrapartida da conta 6812 Outros gastos e perdas - Impostos indirectos, se esta fosse
a prtica da empresa. Assim, a conta 6884 Ofertas e amostras de inventrios seria debitada por 1.000 e a conta 6812 seria debitada
pelo valor do IVA, ou seja, por 200.
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Quebras de inventrios
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No caso de sinistros ou de roubos, e se a mercadoria sinistrada (ou roubada) objecto de indemnizao dum
terceiro, ou se est coberta por seguro, o reconhecimento em resultados da perda, s ser aquele que de facto
no foi recebido por indemnizao ou pelo seguro. Podendo acontecer mesmo que a indemnizao recebida
do terceiro ou do seguro, ser superior ao valor da quebra.
2
23 Artigos roubados 382 2.000
23 Artigos roubados 32x 2.000
3
23 C de Seguros Tudo seguro 2211x 1.600
23 Indemnizao do seguro 6848x 1.600
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No caso da indemnizao ser superior ao valor da perda, por exemplo a empresa Beta, Lda., vai receber
2.300,00 euros de indemnizao, o lanamento 3 seria o seguinte:
Sobras de inventrios
As sobras so aumentos de inventrios que podem resultar de fenmenos naturais. o caso, por exemplo,
das sobras verificadas em mercadorias cuja unidade de medida o peso (quilo) em que se a inventariao for
feita em dias com muita humidade, esta pode apresentar pesos superiores aos registados nas fichas de
armazm.
Este tipo de operao em empresas que comercializam mercadorias que a empresa tambm utiliza na sua
actividade muito frequente.
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A empresa Filosinfor, Lda, que comercializa equipamentos informticos, transferiu para o seu
departamento administrativo 2 PCs Sony Vaio VGN-Z21WN/B, cujo custo unitrio de 1.250,00. A
empresa Filosinfor, Lda contabiliza os seus inventrios em sistema de inventrio permanente (SIP).
Bibliografia
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