Resumos de Cirurgia
Resumos de Cirurgia
Resumos de Cirurgia
TEMA
PR/PS- OPERATRIO
CICATRIZAO DE FERIDAS
INFECO EM CIRURGIA
COLECISTITE/COLANGITE
HRNIA DE HIATO
DRGE
CNCER GSTRICO
CNCER DE CLON/RETO
ABSCESSO HEPTICO
PANCREATITES
CNCER DE PULMO
PATOLOGIA ANO/ORIFICIUS
ATLS
BLOQUEIOS ANESTSICOS
OBS: PARA ESTRATIFICAO DE RISCOS e ADEQUADA AVALIAO DE UM RGO EM TERMOS DE PR-OPERATRIO, DEVE-SE
TER EM MENTE BASE: RESERVA FUNCIONAL DE UM RGO.
AVALIAO CARDIOLGICA
Mulher > 45 anos MESMO AVALIAR
Homem > 40 anos ASSINTOMTICOS CORAO NORMAL
ECO
ALTERADO ENCAMINHAR AO
ECG CARDIOLOGISTA (GOLDMAN)
NORMAL
TESTE DE
ESFORO
OBS: INDEPENDENTE DA IDADE DOENA DE BASE ou NORMAL
ANTECEDENTE PESSOAL ou EXAME FSICO ALTERADO CINTILOGRAFIA
MIOCRDICA
ALTERADO
AVALIAR CATETERISMO
ALTERADA
CORAO OPERATRIO
SISTEMA PULMONAR
CIRURGIAS DE RESSECO PULMONAR; PROCEDIMENTOS COM VENTILAO DE PULMO ISOLADA;
ANDAR SUPERIOR DO ABDOME (Supramesoclica manipulao do diafragma ATELECTASIAS DE
SEMPRE
BASES PULMONARES; PACIANTES > 60 ANOS (frequentemente comprometimento de funo, mesmo
AVALIAR ASSINTOMTICOS); DOENA PULMONAR PR-EXISTENTE; FUMANTES; OBESO (prensa abdominal leva
diafragma para a axila ATELECTASIA NO DECBITO DORSAL).
EXAMES: VEF1 MELHOR PARMETRO: quando <0,8L ou <30% do predito ALTO RISCO DE COMPLICAO PULMONAR
RESERVA FUNCIONAL PULMONAR. Rx de trax ANATMICO.
PREPARO PR-OPERATRIO:
1) PARAR DE FUMAR O + RPIDO POSSVEL (pelo menos 30 dias antes da cirurgia)
OBS: ao parar de fumar, paciente fica HIPERSECRETOR PIGARRO INSUPORTVEL;
2) TERAPIA BRONCODILATADORA 3 a 5 dias antes DE HORRIO EM CASA, no preparo pr-anestsico, intra e ps-operatrio;
3) ATB para infeces DPOC tosse constante at se provar o contrrio INFECTADO;
4) PR-TTO COM ESTERIDES (EVITADO) CORTICIDES ANTI-INFLAMATRIO INTERFERE NA CICATRIZAO
OBS: PACIENTES GRAVES DEVEM USAR EM LTIMO CASO E COM CRITRIO (ASMTICOS ou LPICOS);
5) ANESTESIA PERIDURAL (QUANDO POSSVEL) GERAL abole TOSSE RUIM (questo de ATELECTASIA);
6) TOALETE BRNQUICA + FISIOTERAPIA PULMONAR FISIO PRECOCE + IMPORTANTE (comear no POI FUNDAMENTAL);
SISTEMA RENAL
ANAMNESE, EXAME FSICO, ANTECEDENTES (DM, HAS, USO DE ANTIINFLAMATRIOS (DA ARTICULAR), OLIGRIA,
EDEMACIADO). FATOR IDADE EXISTE, MAS CONTROVERSO: > 45 OU > 50 ANOS INDEPENDENTE DO SEXO.
NORMAL
HEMOGRAMA anemia (EPO); COAGULOGRAMA
CREATININA COMPLETO (TS DISFUNO PLAQUETRIA); Na+,
K+, Ca2+, fsforo, gasometria venosa
ALTERADA
NORMAL
ALTERAO (TUDO)
AVALIAO DA
RESERVA
FUNCIONAL Compensao clnica PR-OPERATRIA
(Nefrologista ou Clnico Geral)
SISTEMA HEPATOBILIAR
ANAMNESE, EXAME FSICO, ANTECEDENTES (ICTERCIA, TELANGIECTASIAS, ERITEMA PALMAR, ASCITE, HEPATIMETRIA);
SEMPRE: HEMOGRAMA, ELETRLITOS, TGO, TGP, FA, DHL, Bb (TOTAL
E FRAES), TESTES DE SNTESE (ALBUMINA, FIBRINOGNIO e TP)
HEPATITE AGUDA: aguardar algumas semanas aps NORMALIZAO de TGO e TGP para cirurgia eletiva.
NO EXISTE FATOR IDADE PARA O FGADO.
1 GRUPO:
NORMAL
*AVALIAO DA RESERVA FUNCIONAL
TGO e TGP
PROTELAR A CIRURGIA:
ALTERADA ) DOENA HEPTICA AGUDA
( 80% drogas anestsicas so
HEPATOTXICAS
IMPORTNCIA DO HMG COMPLETO: AVALIAR RISCO DE PERDA SANGUNEA OCULTA (VARIZES DE ESFAGO E HEMORRIDAS);
2 CIRURGIAS + FREQUENTES EM CIRRTICOS: HRNIA UMBILICAL (ROMPIMENTO DO ANEL UMBILICAL) e COLECISTECTOMIA.
SISTEMA ENDCRINO
1) DIABETES MELLITUS: ANAMNESE + EXAME FSICO AGRESSO EM RGOS ALVO. > 45 ANOS: PEDIR GLICEMIA
EXAMES: PEDIR SEMPRE: GLICEMIA DE JEJUM, HMG, ECG, ELETRLITOS, URINA EAS (PROTEINRIA).
COMPLICAES:
PR e PS-OP: HIPERGLICEMIA. Quando glicose > 240 mg/dL: GLICOSILAO NO ENZIMTICA de neutrfilos e anticorpos
DFICIT IMUNOLGICO OPERAR PACIENTE COMPENSADO
INTRA-OPERATRIO: HIPOGLICEMIA (MATA O PACIENTE) ESTA ANESTESIADO: NO TEM MANIFESTAO.
Suspender HIPOGLICEMIANTE ORAL 2 a 3 dias antes EVITAR EFEITO RESIDUAL;
INSULINA NPH: no dada no dia da cirurgia; INSULINA RPIDA PODE SER DADA NO DIA;
DIABTICO GRAVE: para os pacientes que tomam altas doses de NPH, ou 1/3 da dose habitual. * Se
alguma dose for feita SG o tempo todo e avisar para ANESTESISTA fazer DEXTRO de hora em hora
OBS: GLICEMIA DESCOMPENSADA ENDOCRINOLOGISTA: COMPENSAR GLICEMIA.
ECG (DA ISQUMICA DVIDA TESTE DE ESFORO)
CREATININA SE ALTERADA, PEDIR OUTROS (SISTEMA RENAL)
RESERVA
MICROALBUMINRIA (EUA FAZ PARTE DO PR-OPERATRIO: DIABTICOS);
FUNCIONAL
HEMOGRAMA: LEUCOCITOSE ou LEUCOPENIA INFECO SILENCIOSA + COMUM;
ITU ASSINTOMTICA URINA EAS + UROCULTURA E ANTIBIOGRAMA
2) ALTERAES NA GLNDULA TIREIDE ACELERAR ATIVIDADE METABLICA: ATIVIDADE INFLAMATRIA;
Para relembrar: TSH, T4 livre, T3 Se o paciente inflamar: pode evoluir para SIRS
Hormnios TIREODIANOS: VRIAS FUNES
2.1) HIPERtireoidismo
Risco: CRISE TIREOTXICA EXCESSO DE LIBERAO DE HORMNIOS TIREOIDIANOS NO INTRA-OPERATRIO
HIPERTERMIA + TAQUICARDIA + TREMORES Pp DIAG DIFERENCIAL: HIPERTERMIA MALIGNA
CONDUTA: EUTIROIDISMO COM DROGAS ANTI-TIROIDIANAS + -BLOQ (EVITAR TAQUIARRITMIAS)
TRANSFORMAR HIPER em HIPO (IODOTERAPIA).
URGNCIA: -BLOQUEIO* + CORTICIDE CORAO TEM POUCOS RECEPTORES , MAS REAGE BEM.
* -BLOQ: PARA UM PACIENTE ESTAR EFETIVAMENTE BLOQUEADO 2-4 semanas antes da cirurgia
INDICADO: ALTA DOSAGEM DE HORM. TIREOIDIANOS; TAQUICARDIA EM EUTIREOIDEOS.
EXAMES BSICOS: HEMOGRAMA (DROGAS: APLASIA MEDULAR); TSH e T4 livre.
2.2) HIPOtireoidismo
Operar em EUTIROIDISMO REPOSIO HORMONAL (mant-los inclusive no dia da cirurgia)
Riscos: > sensibilidade medicamentosa (pp. Anestsicos e narcticos), disfuno miocrdica, anormalidades na coagulao,
distrbios eletrolticos, hipoglicemia.
(METABOLIZAO A DROGAS + LENTA paciente que DEMORA A ACORDAR INVESTIGAR HIPOTIREOIDISMO)
SISTEMA IMUNOLGICO
INDEPENDENTE DE SUA ETIOLOGIA: ALTO RISCO DE INFECO; DEISCNCIA DE ANASTOMOSE. RISCO PARA TUDO
COLHER SEMPRE: HMG, ELETRLITOS, FUNO HEPTICA, ECG, Rx TRAX SUSPEITAR DE FOCOS INFECCIOSOS
ALTO RISCO NUTRICIONAL ANTIBIOTICOPROFILAXIA. > 60 ANOS: PEDIR SEMPRE HEMOGRAMA
1) ANEMIA
DECISO DE TRANSFUSO: RISCO DE DA ISQUMICA CARDACA + GRAU DE PERDA SANGUNEA ESTIMADA.
HISTRIA + EXAME FSICO: + IMPORTANTES. Anemia normovolmica, sem risco cardaco de sangramento pode ser operado
seguramente com Hb 6 ou 7*.
Hb < 6 TRANSFUSO NECESSRIA;
6 < Hb < 10 TRANSFUSO DITADA POR ASPECTOS CLNICOS (NORMOVOLEMIA*) VERIFICAR DESCOMPENSAES;
Hb > 10 TRANSFUSO DESNECESSRIA Hb DE SEGURANA: 10mg/dL
SITUAES EM QUE IDADE AVANADA (>60 ANOS): MESMO ASSINTOMTICOS, se Hb < 8 TRANSFUSO
OBRIGATRIA CORONARIOPATIAS; CARDIOPATIAS;
Hb > 10 mg/dL CIRURGIAS DE RISCO CARDACO (
potencial instabilidade hemodinmica intra-operatria)
TRANSFUSO DE EMERGNCIA SANGRAMENTOS CRTICOS EM QUE PACIENTE NO PODE SER TIPADO SANGUE O
TRANSFUSO DE URGNCIA SANGUE TIPO ESPECFICO TIPAGEM SANGUNEA
CIRURGIAS ELETIVAS SANGUE TIPO ESPECFICO COM PROVAS CRUZADAS
1 BOLSA 1g/dL Hb
RISCO DE SANGRAMENTO: PEDIR TIPAGEM + PROVAS CRUZADAS 3% HT
2) COAGULOPATIA
Deficincias QUALITATIVAS/QUANTITATIVAS TRANSFUSO DE PLAQUETAS (<50.000) FUGAZ: t CURTO
Deficincias FATORES DE COAGULAO TRANSFUSO
PLASMA FRESCO URGNCIA/EMERGNCIA;
CRIOPRECIPITADO > [FAT. COAGULAO]/mL 8 A 12 HORAS P/ DESCONGELAR;
SANGUE TOTAL CIRURGIA ELETIVA
SEMPRE AVALIAR COAGULAO HEPATOPATAS; NEUROCIRURGIA (hematoma HERNIAES); CIRURGIA
TP, TTPA, TS, PLAQUETAS OFTALMOLGICA (retina PERDA VISUAL); CIRURGIA VASCULAR (AMPUTAES)
CLEXANE 30)
PROFILTICA: 20 a 40mg SC ( EX: TVP RECORRENTE (USO CRNICO ANTICOAG. ORAIS)
TERAPUTICA: 1-2mg/Kg/dia OPERAO URGNCIA: PF no pr, intra e ps-op. Se tiver
complicao HEMORRGICA: VITAMINA K. no dar VIT K logo de
PROFILTICA: 5000mg 8/8 hs ou 12/12 hs
HEPARINA cara, pois reverte ANTICOAGULAO TROMBOSE.
TERAPUTICA: 30.000 - 40.000mg EV contnuo
AVALIAO NUTRICIONAL
INDICAO: ALTERAO DE PESO (desnutridos ou emagracidos); cirurgia de obesidade mrbida; doenas consumptivas que afetam a
capacidade de absoo do TGI; fstulas, vmitos e/ou diarria profusos; infeces graves.
EM LINHAS GERAIS: DFICIT IMUNITRIO Riscos de deiscncia e infeco (DESNUTRIDOS SEM RESERVA)
PARMETRO ANTROPOMTRICO: MELHOR IMC = PESO/ ALTURA2 ENTRE 18,5 E 30: CONSIDERAR EUTRFICO
DIETA: ANESTESIA GERAL: JEJUM de 8 horas (EVITAR BRONCOASPIRAO NA INDUO e/ou INTUBAO)
OBS: Teoricamente no se deveria fazer jejum to rigoroso nas anestesias EPI ou RAQUI, mas EXISTE possibilidade de
converso para GERAL.
JEJUM DE 12 HORAS: RISCO PULMONAR, GASTROPARESIA ou RGE patolgico (hrnia de hiato)
ALGUMAS DROGAS
Devem ser SUSPENSAS: Devem ser MANTIDAS (inclusive no dia da cirurgia):
ANTICOAGULANTES ORAIS (VER COAGULOPATIA) -BLOQ; ANTI-HIPERTENSIVOS; CARDIOTNICOS;
ANTI-AGREGANTE PLAQUETRIO AAS 7 dias BRONCODILATADORES; ANTICONVULSIVANTES;
AINH: 24 48 hs ANTES Ticlid 2 sem CORTICIDES (EIXO HHA BLOQUEADO); INSULINA (NO
ANTIDEPRESSIVOS IMAO FAZER DOSE PLENA DE NPH); ANTI-ALRGICOS;
HIPOGLICEMIANTES ORAIS (VER DIABETES) MEDICAO PSIQUITRICAS (OUTROS ANTIDEPRESSIVOS)
(RADIOTERAPIA: EFEITOS ISQUMICOS NOS TECIDOS POR 4 - 6 SEMANAS)
AVALIAO PS-OPERATRIA
PRESCRIO MDICA: necessita ter dieta, reposio hidroeletroltica, ATB teraputicos, analgesia, anti-emticos, profilaxia da
gastrite de estresse, TVP. NUNCA esquecer das patologias de base e das medicaes habituais.
Dieta; Hidratao; ATB; Analgsico; Anti-emtico; Protetor gstrico;
Profilaxia trombose; Sondas; Drenos; Curativos; Fisioterapia
Nutrio:
Necessidade calrica 30-35 cal/Kg; Dieta deve ser reintroduzida o mais precoce possvel: dar
Necessidade protica 0,8-2,0 g/Kg glicose para no usar aminocidos (do prprio organismo) e
Quanto > porte cirrgico, > necessidade calrica poder DISPONIBILIZ-LOS PARA CICATRIZAO
INDICAES PARA NUTRIO ENTERAL
Pacientes que no esto aptos para se alimentarem pela boca (funo do TGI preservada)
Pacientes que no conseguem atingir da necessidade calrica por ingesto oral (das necessidades: sepse, queimaduras, queda dos
estoques = destnutrio/neoplasia
INDICAES PARA NUTRIO PARENTERAL
Impossibilidade de uso do TGI (leo prolongado, obstruo intestinal)
Fstulas no TGI / Fstula quilosas / Hepatopatas, pancreatopatas / Sd do intestino curto
COMPLICAES NPP
Hiperglicemia1 (associada com def imunidade) = coma hiperosmolar
Hipoglicemia reativa2 / Elevao das enzimas hepticas (TGO e TGP) fluxo venoso portal : isquemia e morte dos hepatcitos
Hipofosfatemia (associada com def imunidade) / Sd def de c. Graxos (c linolnico e linoleico
Colecistite aguda ( no esvaziamento biliar, da litogenicidade biliar) / Infeco de cateter = estafilococos e Candida (oportunistas)
1 glicose absorvida em duodeno e jejuno pncreas libera INSULINA, EV (glicose): insulina pancretica, logo h mais glicose circulante HIPERGLICEMIA
(deixar glicemia capilar de horrio e insulina regular)
2 Quando suspende a NPP, glicose volta a ser absorvida pelo duodeno e jejuno HIPERINSULINEMIA pncreas vido em liberar insulina HIPOGLICEMIA (no
dia que suspender NPP, deixar SG EV 24 hs)
Uma das importantes complicaes observadas em pacientes No ps-op, o tecido muscular auxilia na neoglicognese atravs
submetidos a NP total a sepse advinda do cateter venoso. As da liberao dos seguintes aminocidos: alanina e glutamina
bactrias + prevalentes so: estafilococos e Candida (Pp estmulo para que entrem no msculo: INSULINA).
GASTRITE DE ESTRESSE
Grandes queimados, traumas graves, choque hipovolmico, sepse, insuficincia respiratria e DMOS;
Via de regra so pacientes de UTI com o achado endoscopia de eroses superficiais no estmago, tipicamente em fundo gstrico;
Sangramento pouco frequente; etiologia multifatorial; barreira mucosa; fluxo sanguneo da mucosa; acidose metablica; refluxo
duodeno-gstrico; bicarbonato.
PROFILAXIA: BH2, ANTI-CIDOS (NO FAZER IBP A NO SER QUE O PACIENTE TENHA LCERA)
FATORES DE MAIOR RISCO: INSUFICINCIA RESPIRATRIA e COAGULOPATIA
- CUSHING: EXCESSO DE CIDO PARA MUCO NORMAL (TCE) HIPERDESCARGA
ADRENRGICA LIBERA CIDO;
LCERA
- CURLING: POUCO MUCO PARA CIDO NORMAL (queimado) HIPOVOLEMIA: muco
depende do fluxo da submucosa do estmago VASOCONSTRIO ESPLNCNICA
CURATIVOS:
O PROCESSO DE RE-EPITELIZAO ACONTECE NAS 1AS 24 HS E A FERIDA OPERATRIA SE TORNA IMPERMEVEL: QUANTO +
PRECOCE TIRAR O CURATIVO, MELHORA O2 SNTESE COLGENO CICATRIZAO
Curativo cirrgico = 24 h (limpo e seco); a ferida pode ficar exposta a partir da sem necessidade de curativos ou pomadas, anti-
spticos incuos em ferida que est fechada e impermevel.
DRENOS (2 TIPOS):
TERAPUTICO PARA DRENAR UMA SECREO PR-EXISTENTE, O DBITO QUE DETERMINA A RETIRADA DO DRENO
(QUANDO DBITO, TIRAR O DRENO: < 50 mL/24 horas)
PROFILTICO PARA DRENAR UMA SECREO POTENCIAL (DRENO SENTINELA DE UMA ANASTOMOSE), O TEMPO DE PS-
OPERATRIO QUE DETERMINA SUA RETIRADA.
CICATRIZAO DE FERIDAS
I. Introduo:
A cicatrizao compreende uma sequncia de eventos moleculares e celulares que interagem com o objetivo de restaurar o tecido
lesado. Ela limita o dano tecidual e permite o reestabelecimento da integridade e funo dos tecidos afetados. Porm h deposio de tecido
conjuntivo especfico CICATRIZ PERMANECER DEFINITIVAMENTE.
Regenerao restaurao por completo da arquitetura de um tecido, no h cicatriz. Ocorre apenas com tecidos embrionrios, e
de rgos internos (fgado, osso).
II. Classificao:
Agudas Ordenada + tempo hbil resultado anatmico e funcional satisfatrio
Crnicas No ordenada (para na fase inflamatria) no h resoluo nem volta da funo
Fechamento primrio ou (1) Aproximao dos bordos por sutura Rpida epitelizao, mnima formao de tecido de granulao
primeira inteno (2) Utilizao de enxertos cutneos melhor resultado esttico
(3) Emprego de retalhos Indicao: ferida s/contaminao em rea bem vascularizada
Fechamento secundrio ou Ferida fica aberta cicatrizao depende da granulao e contrao para a aprox. das bordas
segunda inteno Indicaes: bipsias de pele tipo punch, cirurgia em canal anal ou margem anal, e feridas com alto grau de
contaminao.
Fechamento tercirio ou Ferida aberta (contaminao grosseira) tratar infeco local (desbridamento repetidos + ATB) alguns dias
terceira inteno sutura ferida, enxertos cutneos, retalhos resultado esttico intermedirio.
5% - formao de clculo no prprio coldoco (coledocolitase primria) associado dilatao e estase devido obstruo crnica
(estreitamento, estenose ampular).
Clculos primrios: origem da estase e infeco biliar secundria, geralmente de pigmento biliar (castanhos). Pensar nesses clculos
quando os mesmos forem descobertos aps 2 anos de uma colecistectomia.
50% - assintomticos
Sintomas Clssicos: Obstrues parciais dor do tipo biliar (= colelitase) dor no QSD e/ou epigstrio, contnua, durando menos de
Clnica
4h, pode irradiar para escpula direita ou dorso. Pode vir acompanhada de ictercia (leve a moderada), colria e acolia fecal.
O paciente apresenta surtos transitrios de sndrome colesttica e ictercia flutuante.
Podem ser flutuantes.
Lab.
15% dos casos piocolangite ou colangite supurativa aguda sepse e a pntade de Reynold (dor biliar, ictercia, febre,
confuso/letargia, hipotenso arterial)
b. Abscessos hepticos piognicos: evoluo de casos graves e prolongados de colangite.
c. Pancreatite aguda biliar: passagem de clculo pela poro comum do coldoco e Wirsung.
d. Cirrose Biliar Secundria: rara, impactao persistente de clculos por perodo prolongado.
Pesquisar em todo paciente com sndrome colesttica (pp. quando flutuante) ou com fatores de risco (alteraes de ALT/AST/GGT/BT,
dilatao do coldoco (> 5mm) no pr-operatrio, pancreatite biliar).
USG Transabdominal: primeiro exame (colelitase no fecha diagnstico). Achados dilatao leve/moderada de coldoco
(>5mm), clculos na via biliar (60%).
a. Alto risco: ictercia flutuante, colria, episdios de acolia fecal ou colangite bacteriana aguda recorrente CPRE
Diagnstico
(diagnstica e teraputica).
b. Mdio risco: HPP de colecistite, colangite ou pancreatite coldoco > ou = 5mm US + pelo menos 2 dos seguintes:
hiperbilirrubinemia, aumento de FA, aumento de transaminases colangiorressonncia (S/E de 95/90% - decide
quem precisa ou no de colangiografia invasiva pr-operatria)
c. Baixo risco: idem, mas com coldoco < 5mm colangiografia transoperatria colecistectomia
d. Muito baixo risco: ausncia de todos os acima sintomtica colecistectomia laparoscpica sem investigao
adicional
USG endoscpica: invasivo, no tem papel bem definido. Boa estratgia na gestante.
Deve sempre ser tratada mesmo assintomtica (risco de complicaes colangite e pancreatite aguda)
Se diagnstico feito antes da colecistectomia papilotomia endoscpica (esfincterotomia endoscpica) colecistectomia
laparoscpica eletiva.
Se o diagnstico for intra-operatrio por colangiografia transoperatria extrair clculos por explorao do coldoco ou papilotomai
endoscpica eletiva no ps-operatrio.
Papilotomia Endoscpica:
realizado no pr-operatrio da colecistectomia ou programada para o ps. 75% dos casos h xito do procedimento.
Tcnica: Administrar meperidina, diazepam, hioscina + ATB profiltico antes do procedimento paciente em decbito lateral esquerdo
endoscpio de viso lateral at o duodeno paciente roda ventralmente (radiografia de controle) procurar a ampola de Vater
canulao da ampola (se perpendicular cai no canal pancretico) cateterizao do ducto comum injeta contraste radiografias
confirmam clculo introduz o papiltomo (cauteriza a musculatura do esfncter de Oddi) sada espontnea de mltiplos
clculos < 1cm, os demais so retirados com baskets ou cateter balo de Fogarty
Tratamento
DRENAGEM TORCICA
A drenagem torxica constitui-se como um dos mtodos utilizado para o tratamento dos derrames pleurais lquidos (hidrotrax), gasosos
(pneumotrax) e mistos(Hidropneumotrax). Bastante divulgada, mostra-se, muitas vezes, com nica atitude teraputica necessria. de
rpida execuo e no exige metodologia e material sofisticados.
Indicaes: Pneumotorces; Traumticos por ferimentos, contuses, iatrigenias (pulso de veia subclvea e barotraumas); espontneos por
rupturas de bolhas subpleurais (blebs) e pulmonares. Derrames pleuraes; Traumticos por ferimentos e contuses, iatrogenias (solues
cristalides e colides; hemoderivados), infecciosos (empiema pleural); quilotrax e neoplasias. Nos derrames parapneumnicos, os
critrios de Light, definem se h ou no necessidade de drenagem, baseado no Ph <7,2; glicose <40mg%, DHL >1000U/dl.
microscopia, a presena de bactrias no derrame indicativo de drenagem. Derrames mistos (Hidropneumotoraces)
Chama ateno os derrames infeccciosos (empiema pleural) causados por bactrias inespecficas, com nvel hidroareo, denominado de
piopneumotrax. Pode ocorrer tambm por ruptura de bolhas ou de abscessos pulmonares e neoplasias malignas. mais raro na tuberculoses
infeces fngicas.
DRENAGEM ABERTA
Este tipo de drenagem usada nos empiemas na fase fibrinopurulenta, quando h snfise pleural pela cronicidade do processo. Costuma
acontecer a partir da 2 semana de doena, no dando oportunidade formao de pneumotrax ou balano do mediastino. Pode-se executar
pela simples transformao da drenagem fechada em aberta simplesmente cortando-se o dreno rente pele. comum na pediatria a
drenagem intercostal aberta tronar-se a continuidade do processo de cura. A resseco segmentar da costela e colocao de drenos
calibrosos ou confeces de estomas, tipo Eloesser, j so mais comuns nos pacientes adultos, porm o fundamento fisiopatolgico para
indicao o mesmo.
Nos casos em que apenas se corta o dreno, pode ser feita beira do leito; nas drenagens em que se colocarem drenos intercostais, de
preferncia devem ser feitas em centros cirrgicos, mas podem ser feitas em ambientes como UTI sob anestesia local. Na necessidade de
resseco de segmento costal, obrigatoriamente, devem ser feitas em centro cirrgico com bloqueios regionais ou anestesia geral de
preferncia.
Posio do doente: paceintes em decbito dorsal nas drenagens simples e em decbito lateral oposto, nos casos em que h resseco costal.
Nos casos em que h fstula broncopleural, o doente fica em decbito dorsal ou oblquo, para no haver extravasamento de secrees para o
pulmo sadio.
Operao:
Puno de localizao: procura-se puncionar o ponto de maior declive da bolsa empiemtica. Usualmente usa-se como ponto de referncia a
linha escapular, pois normalmente o ponto de maior declive da cavidade torcica, porm os exames radiogrficos disponveis, como
radiografia, USG, e TC devem estar na sala de operaes para ajudar na localizao. No ponto mais baixo em que a puno positiva, ser o
meio da inciso da pele, que longitudinal, de 5 a 7cm de extenso. Abre-se a pele com bisturi e o subcutneo e a musculatura com
eletrocautrio. Usa-se a rugina para dissecar o segmento costal a ser retirado, identifica-se a liga-se o pleuxo neurovascular correspondente no
bordo inferior da costela com fio seda 00. Corta-se o segmento costal com costtomo, cizalha ou serra de Gigli. Pode ser ressecado mais de
um segmento, principalmente nos casos em que se vai suturar a pele pleura parietal, para confeco de estoma de Eloesser. Abre-se a
cavidade, com retirada de um oprculo de pleura parietal, com o bisturi ou eletrocautrio. Todo cuidado deve ocorrer neste momento para no
se abrir o diafragma ou se lacerar o pulmo e uma boa maneira para se evitar esta complicao sempre puncionar antes de abrir.
Aspira-se o exsudato purulento e lava-se a cavidade com soro fisiolgico (quando no h fstula broncopleural). Finalmente introduz-se e se
fixa o dreno tubular calibroso pele ou ento se sutura a pele pleura parietal espessada, com pontos separados com fios absorvveis, de
modo a invagin-la e formar o estoma epitelizado, conforme descreveu o cirurgio italiano Eloesser. Utiliza-se o curativo oclusivo absorvente.
3 Complicaes:
Principalmente as duas ltimas se complicam, se ENCARCERANDO e ESTRANGULANDO. Nestes casos, o paciente
apresenta dor torcica aguda, disfagia e sensao de massa mediastnica. Pode haver ainda sangramentos por
isquemia, eroses, lceras. NECESSITA DE TRATAMENTO CIRRGICO IMEDIATO!
Justamente por causa disto, a hrnia paraesofgica e a mista tem indicao de cirurgia, mesmo que assintomticas,
por causa de suas graves complicaes.
A abordagem cirrgica a mesmo da DRGE, acrescentando se disseco ampla e cuidadosa do saco hernirio e
dos pilares do diafragma, permitindo reduo do saco e fechamento da hrnia.
A hrnia por deslizamento (tipo 1) s corrigida cirurgicamente quando h indicao de cirurgia por DRGE.
DOENA DO REFLUXO GASTROESOFGICO (DRGE)
1 CONCEITO:
- Refluxo gastroesofgico (RGE): retorno do contedo gstrico atravs do esfncter esofgico inferior.
- RGE fisiolgico: de curta durao, aps as refeies, tipicamente assintomtico, identificada por phmetria esofgica prolongada
de 24h.
-RGE patolgico (DRGE): refluxo recorrente, interprandial, longa durao, sintomas esofagianos (pirose e regurgitao)
AFECO CRONICA DECORRENTE DO REFLUXO DE PARTE DO CONTEDO GSTRICO PARA O ESOFAGO OU
ORGAOS ADJACENTES (FARINGE, LARINGE, BRONQUIOS), COM SINTOMATOLOGIA VARIVEL (ESOFAGICO OU EXTRA
ESOFAGICO), ASSOCIADO OU NO COM LESES TECIDUAIS. (Ex: esofagite).
*Se eroses na mucosa: esofagite de refluxo
2 EPIDEMIOLOGIA:
- 10 20% da populao geral; predomnio masculino (3:1), raa branca
- Esofagite erosiva: fator de risco mais importante para adenocarcinoma de esfago.
- H. pilory: protege contra DRGE E ADENOCARCINOMA. Por qu? A bactria coloniza tanto o antro quanto o fundo gstrico
(pangastrite), e seus efeitos patogenicos diretos podem levar a reduo da massa de clulas parietais, reduzindo a acidez gstrica
basal. Assim, pacientes com pangastrite pelo H. pylori que tenham tendncia ao RGE ficariam protegidos do dano mucoso
promovido pelas secrees cidas!
- Obesidade: aumenta a prevalncia de DRGE
- Grande morbidade (10 15% tem complicaes estenose pptica, esfago de Barret e adenocarcinoma).
- Risco de CANCER secundrio a DRGE: baixo.Se DRGE com esfago de Barret, chances aumentam.
3- PATOGENESE
a) Relaxamento do esfncter esofagiano inferior prolongado (>10 segundos), no momento errado, e frequentemente (mais
comum).
b) Hipotonia do EEI constante
c) Desestruturao da juno esfago gstrica (hrnia de hiato) fator contribuinte
Refluxo mucosa esofgica neutralizado por saliva + bicarbonato.
- Principal fator lesivo: CIDO GSTRICO. Com exposio freqente do epitlio escamoso, h destruio deste, eroses,
inflamao, edema (esofagite de refluxo). Leses de mucosa, submucosa, lcera, fibrose, estenose, esfago de Barret. REFLUXO
DUODENAL: mais lesivo que gstrico, mas tem pequeno papel na esofagite.
4 QUADRO CLNICO:
- Pirose (mais comum), regurgitao cida, dor subesternal (diagnostico diferencial com angina pectoris), disfagia (leve, insidiosa,
slidos lquidos, pensar em estenose)
- Achados atpicos so: BRONCOESPASMO (reflexo mediado pelo vago nervo esofagobronquico asma secundria),
CLICA ESOFAGIANA (dor subesternal), pneumonite e laringite, tosse crnica. Pode haver sangue oculto nas fezes e anemia
ferropriva.
- SINAIS DE ALARME: disfagia progressiva (adenocarcinoma, estenose pptica ou desordem motora do esfago), perda
ponderal, odinofagia, anemia EDA obrigatrio para afastar cncer.
5 - DIAGNSTICO: dado na maioria das vezes por prova teraputica (Omeprazol), com melhora completa aps 4 semanas, SEM
NECESSIDADE DE EXAMES COMPLEMENTARES.
Estes esto indicados nas seguintes situaes:
PIROSE FREQUENTE E PROLONGADA (> 2X/ SEM POR MAIS DE 4 8 SEMANAS
SINAIS DE ALARME
SEM RESPOSTA AO TRATAMENTO CLNICO EMPRICO
IDADE > 45 ANOS
SINTOMAS ATPICOS E/OU RESPIRATRIOS
A) EDA: 1 escolha (identifica complicaes e cncer)
- Erosivas: tendncia a complicaes e recidiva de eroses
- No erosivas: melhor prognstico
ESOFAGITE:
Classificao Endoscpica de Savary-Miller:
0 - Normal;
1 - Uma ou mais eroses lineares ou ovaladas em uma nica prega longitudinal;
2 - Vrias eroses situadas em mais de uma prega longitudinal, confluentes ou no, mas que no ocupam toda a circunferncia
do esfago;
3 - Eroses confluentes que se estendem por toda a circunferncia do esfago;
4 - Leses crnicas: lceras e estenose, isoladas ou associadas s leses nos graus 1 e 3;
5 - Epitlio colunar em continuidade com a linha Z: circunferencial ou no, de extenso varivel, associado ou no a leses de 1 a
4.
B) PHmetria de 24 horas: PADRO OURO para detectar DRGE. Indicado quando sintomas tpicos refratrios a terapia
endoscpica normal ou duvidosa, sintomas atpicos de refluxo, confirmao antes da cirurgia anti refluxo, avaliao de resposta
teraputica de supresso cida quando os sintomas persistem mesmo com o uso de IBP.
- Existe mesmo refluxo? Se existe, grave?
*pHmetria de 24 horas: posicionado a 5 cm do EEI; se > 7% das medies tiver ph<4 = REFLUXO
*Caso confirmado o refluxo como doena, ele o responsvel pelos sintomas (quadro clnico semelhante com lcera pptica)?
CONFIRMAR COM PHMETRIA DE 24 H.
*Existe algum grau de comprometimento da mucosa? EDA!
C) Teste de Berstein: pirose com phmetria normal e teste teraputico com IBP ineficaz (pirose funcional).
D) Esofagomanometria: indicado em DRGE com indicao cirrgica, suspeita de distrbios motores associados, localizar o EEI
antes da phmetria.
6 COMPLICAES:
A) Estenose pptica de esfago (10%)
B) lcera esofgica
C) Sintomas respiratrios (asma, laringite, tosse crnica...)
D) Esfago de Barret: homens, brancos, metaplasia intestinal conseqente a alterao do epiteilo escamoso por colunar
devido leses repetidas da mucosa. Dificuldade no diagnstico (sintomas de DRGE no complicada). Suspeita: EDA
tero inferior com colorao vermelho salmo); Confirmao: bipsia. PRECURSOR DE ADENOCARCINOMA DE
ESOFAGO!
7 CONDUTA:
- ORIENTAES GERAIS + TRATAMENTO FARMACOLGICO
a) Orientaes gerais: elevao da cabeceira do leito, ingesto modeada de gorduras, ctricos, caf, bebidas alcolicas e
gasosas, chocolate, molho de tomate, esperar 2 3h para deitar aps as refeies, fracionar a dieta, SUSPENSO DO FUMO,
evitar liquidos nas refeies, emagrecer, restrio de antagonistas do clcio, nitratos, morfina, anticolinrgicos, diazepam,
progesterona, barbitricos (diminuem a a presso do EEI).
b) Tratamento farmacolgico: IBP (Omeprazol 40 mg/ dia em 2 tomadas), antes das refeies dose habitual, por 6 12
semanas (1 escolha), bloqueadores H2 (ranitidina 150 300 mg 12h/12h, por 8 12 semanas), anticidos (alvio imediato
hidrxido de alumnio/magnsio 30 ml), prcinticos (adjuvantes domperidona, bromoprida, metoclopramida 10 mg, 30 minutos
antes das refeies).
Alternativa a terapia de manuteno em paciente jovens com rfluxo de longa data e com baixo risco cirrgico
Controle do refluxo em casos com sintomas pulmonares recorrentes
Impossibilidade de tratamento de manuteno
Esfago de Barret + esofagite grave
*SEMPRE CONFORMAR A DOENA ANTES COM PHMETRIA DE 24H!
Tcnica: Fundoplicatura = a extremidade inferior do esfago circundado por um manguito do fundo gstrico.
A) parcial: (180 270): para dismotibilidade sofagiana. Anterior (tcnica de Dor e ahl) ou posterior (tcnica de Toupet e
Hill), com acesso abdominal. Tcnica de Belsey Mark IV: acesso transtorcico com vlvula gstrica de 240
B) total (fundoplicatura de Nissen ou completa 360): 1 ESCOLHA!Acesso abdominal disseco do pilar esquerdo do
diafragma reduo da hrnia hiato esofagiano refeito por sutura confeco de vlvula com o fundo gstrico com
toda a circunferncia do esfago.
*ESOFAGO DE BARRET NO DESAPARECE COM NENHUM TIPO DE TRATAMENTO, SEJA ELE CLNICO OU CIRRGICO.
*Esofago de Barret com ausencia de displasia: Repetir EDA APS 1 ANO Ausncia de displasia EDA a cada 2 3 anos
ANAMNESE
EDA
lcera aguda: geralmente restrita a mucosa e submucosa/Ulcera crnica: penetra na musculatura da parede gstrica 4.3. Clnica:
dor ps-prandial; nusea/emagrecimento mais comuns que UD. A dor em 4 tempos: sem dor come di passa.
*lcera de Cameron: tipo de UG que ocorre em pacientes com grandes hrnias de hiato (na mucosa da poro herniada)
CLASSIFICAO ENDOSCPICA (SAKITA) A1 Ulcerao arredondada recoberta por fibrina com hiperemia
A (de atividade) marginal.
H (healing , cicatrizao) A2 Surge discreta convergncia de pregas, com bordas arredondadas.
S (de scar, cicatriz) H1 Ntida convergncia de pregas em direo ulcerao.
Tipo 1 lcera gstrica primria. Em antro proximal na pequena curvatura, na juno de mucosa oxntica com a antral. Est
associada gastrite antral difusa ou atrofia multifocal e apresenta secreo cida normal ou diminuda, e
geralmente H. pylori positivo
Tipo 2 Associada a ulcera duodenal. Geralmente, apresenta hipersecreo cida
Tipo 3 lcera pr pilrica. Pode apresentar hipersecreo cida.
Tipo 4 Estomago proximal e crdia. Rara. Hiposecreo cida
Infeco por H. pylori: gastrite superficial aguda ou crnica, gastrite crnica (antral ou pangastrite
atrfica ou no atrfica), adenocarcinoma gstrico, linfoma gstrico MALT e lceras ppticas gstricas e
6. AINEs:
50-60% dispepsia, 3-4% lcera, 1,5% complicaes (80% destes sem dispepsia prvia); lcera por qualquer dose; risco em
idosos, histria de lcera, corticides, anticoagulantes, dose alta ou mltiplos AINEs,comorbilidades (talvez tambm H. pylori,
tabaco e lcool); leso por inibio da COX-1 (tambm por contato direto cidos fracos).
8.2. Perfurao: 6-7%, tambm mais comum nos idosos por AINEs; penetrao UD para o pncreas e UG para o fgado e clon.
Quadro clnico dor abdominal difusa, hipotenso, taquicardia e taquipnia. Diagnstico: rotina radiolgica de abdome agudo +
TC. Tratamento cirrgico: tampo de Graham (proteo com o omento) P/ UD e UG e instabilidade hemodinmica. UG
preferir gastrectomia. Se tamponada tto conservador
8.3. Obstruo: 1-2%; relativa por inflamao; fixa (mecnica) por estenose cicatricial (requer teraputica endoscpica ou
cirrgica). Quadro clnico plenitude epigstrica, saciedade precoce, nuseas e vomitos, perda ponderal, desidratao, alcalose
metablica, hipocloremica e hipocalemica. Diag EDA. TTO clnico: dilatao endoscpica com balo, hidratao venosa,
lavagem gstrica; TTO cirrgico: Vagotomia troncular+ antrectomia com BII; Vagotomia e piloroplastia de Finney; vagotomia e
gastroduodenostomia de Jaboulay.
*Distenso: fenmeno funcional; dilatao: fenmeno orgnico.
9.3. Outros: teste respiratrio da uria (o melhor para confirmar erradicao, 90/90), antgeno fecal (promissor, 90/90), sorologia
(80/90 no serve para follow-up precoce).
Stios de metstase: mama, clon, tireide, rim, sarcoma de Kaposi e linfomas
10. Frmacos
10.1. Anticidos: raramente usados; incluem AlOH, MgOH, CaCO3 e NaHCO3
10.2. Antagonistas H2: equivalentes em dose teraputica; cimetidina pode ter efeitos anti-andrognicos e inibe CitP450; ranitidina
(tambm inibe CitP450), famotidina e nizatidina so mais potentes e de dose nica (cimetidina 2x/dia).
10.3. IBP: os mais potentes; ao rpida, longa -vida; tomada pr-prandial; causam gastrina; omeprazol (20
mg/dia)/lanzoprazol inibem CitP450. Por 4 8 semanas. 1 LINHA. Todos os outros so 2 linha.
10.4. Sucralfato: atua principalmente nos locais lesados; contm alumnio (por vezes causa obstipao; evitar na IRC).
10.5. Bismuto: ao anti-HP; pode haver melena, lngua escurecida e obstipao; risco de neurotoxicidade no uso crnico.
10.6. Prostaglandinas: preveno da gastropatia a AINEs; pode causar diarria, hemorragia uterina, contraes; abortivo.
11. Erradicao H. pylori: quando tratar?
1 UG ou UD
2 Linfoma tipo MALT
3 CA gstrico precoce aps resseco endoscpica ou cirrgica, pacientes com CA gstricos submetidos a
gastrectomia subtotal
4 Uso crnico de AINES ou AAS e tenham alto risco para lcera ou sangramento por essas drogas
5 Parentes de primeiro grau com CA de estomago
6 Gastrite atrfica
- Requer teraputica combinada durante 14 dias - EUA (efeitos secundrios em 20-30%); diminui recorrncia de 59 4% na UG
e de 67 6% na UD; reinfeco rara.
1) Inibidor de bomba protnica (IBP) em dose padro + amoxicilina 1,0 g + claritromicina 500 mg, duas vezes ao dia, durante 7
dias.
2) IBP em dose padro, uma vez ao dia + claritromicina 500 mg duas vezes ao dia + furazolidona 200 mg duas vezes ao dia,
durante 7 dias.
3) IBP em dose padro, uma vez ao dia + furazolidona 200 mg trs vezes ao dia + cloridrato de tetraciclina 500 mg quatro vezes
ao dia, durante 7 dias.
12. AINEs: apenas os IBPS curam lceras associadas a AINEs independentemente da continuao destes; preveno com IBPS
e misoprostol
14. Cirurgia
14.1. Indicaes: lceras refratrias (muito raro atualmente) e complicaes (hemorragia refratria teraputica endoscpica +
IBP EV; perfurao; obstruo mecnica [que no cede aspirao NSG, hidratao/alimentao parentrica e agentes
antisecretrios] resistente teraputica endoscpica).
14.2. UD:
- Vagotomia troncular (interrupo da estimulao das clulas parietais pela acetilcolina)+ drenagem (piloroplastia, BI ou BII)
- Vagotomia troncular+ antrectomia (interrupo da estimulao das clulas parietais pela gastrina): o mais eficaz [recorrncia UP
1%], mas o que tem mais complicaes. Reconstruo BI ou BII.
- Vagotomia altamente seletiva: dismotilidade [dispensa drenagem], mas secreo cida recorre com o tempo [recorrncia UP
10%].
*Vagotomia troncular: o tronco do vago cortado, desnervando todo o estomago e outras vsceras abdominais.
*Vagotomia seletiva: pouco utilizado hoje em dia. Retirada todo o vago pro estomago, mas polpando os ramos vagais celaco e
heptico. Estas duas precisam de drenagem.
*Vagotomia altamente seletiva: preserva o vago pro antro e piloro, cortando apenas os nervos de Latarget (fundo e corpo. No
necessita de drenagem.
*Piloroplastria de Heinecke Mikulicz
*Billroth I: preferida, de maneira fisiolgica, estomago ligado ao duodeno.
*Billroth II: gastrojejunoanastomose, ala duodenal pendente, com coto suturado.
14.3. UG: I (corpo/pequena curvatura): antrectomia (BI); II (associada lcera duodenal):vagotomia + antrectomia (BI); III (pr
pilrica): vagotomia + antrectomia (BII); IV (prxima a JEG): gastrectomia subtotal + Y de Roux (cirurgia de
14.4. Complicaes
Recorrncia: relacionado com o procedimento efetuado; excluir causas de resistncia; antag. H2 curam 70 a 90%.
Sndrome da ala aferente: ocorrem aps BII; o mais comum origina dor, distenso abdominal e diarria e causado por
crescimento bacteriano; o menos comum origina dor abdominal intensa 20 a 60 min aps refeio,
com nuseas e vmitos, e causado por reteno de bile e de secrees pancreticas.
S. dumping: at aps vagotomia + drenagem; relacionado com refeies ricas em carboidratos; teraputica com
modificao diettica ( n refeies e carboidratos) e eventualmente antidiarreicos e anticolinrgicos; octreotido se refratrio
Precoce: 15-30 min aps refeio (com desconforto abdominal, nuseas, diarria e sintomas vasomotores) por esvaziamento
gstrico rpido levando a distenso intestinal e contrao do volume plasmtico (por passagem de fluidos para o lmen
intestinal).
Tardio: 1,5 a 3h aps refeies (sintomas vasomotores); hipoglicemia por libertao excessiva de insulina.
Diarria ps-vagotomia: at 10%; intermitente, 1 a 2 h aps refeio; tratamento: loperamida e eventualmente colestiramina.
Gastropatia por refluxo biliar: dor abdominal, saciedade precoce, nuseas, vmitos; tratamento: pr-cinticos, colestiramina;
cirurgia
Sndrome de m absoro: at 60% aps gastrectomia parcial; pode originar esteatorria, dficit VitB12 (proliferao
bacteriana / hipocloridria), anemia ferropriva, dficit de folato, m-absoro de clcio e VitD (osteoporose e osteomalcia
justifica profilaxia com suplementos)
Adenocarcinoma gstrico: incidncia no coto gstrico 15 anos aps resseco; relacionado com refluxo alcalino,
proliferao bacteriana e hipocloridria; rastreio EDA 2 em 2 anos.
HRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL
I. Introduo:
Qualquer estrutura que sai do seu lugar habitual para outro no habitual. a sada de um rgo ou estrutura por abertura
congnita ou adquirida, da parede que limita a cavidade na qual ele se encontra. Podem se formar atravs do anel umbilical,
orifcios de vasos da linha alba, orifcio inguinal entre outros.
Protuso anormal de um saco com revestimento peritoneal atravs da cobertura msculo-aponeurtica do abdome.
a. Anatomia:
Pele: muito elstica, com linhas de fora oblquas caudal e medialmente em forma de U.
Tela subcutnea: folheto superficial (Camper) intermedirio profundo (Scarpa - + espessa e se contnua para
formar a fscia de Dartos no escroto).
Mm. Oblquo Externo: Aponeurose de insero (3 folhetos superior, mdio e inferior). O folheto inferior forma o
ligamento inguinal, lacunar e refora o pectneo.
Mm. Oblquo Interno: 2/3 carnudo, 1/3 aponeurtico.
Mm. Transverso: Contribui para formar a bainha do reto abdominal e se continua com a fscia transversal fibrosa.
Fscia transversal: celulosa (profunda de natureza clulo-fibrosa) e fibrosa (derivada da lmina aponeurtica do mm.
Transverso).
Anis Inguinais:
Profundo: localizado na fosseta lateral, sendo o orifcio interno do trajeto inguinal, somente o peritneo separa a
cavidade abdominal dos elementos do funculo espermtico.
Externo: prximo a bolsa escrotal.
Funculo Espermtico:
Homem: ducto deferente, artrias e veias testiculares, ducto deferente, plexo pampiniforme, ramo genital do
nervo gnito-femoral, nervo ileoinguinal revestidos pelo msculo cremaster.
Mulher: Ligamento redondo.
b. Clnica:
Caroo na regio inguinal + dor discreta ou vago desconforto associado a protuso abdominal.
Exame Fsico:
Paciente em p inspeo: perda da simetria ou protuso bem definida. A manobra de valsava acentua a protuso.
Palpao: Manobra de Landivar ponta dos dedos na regio inguinal.
Valsava Protuso passa de lateral para medial contra a ponta do dedo = INDIRETA
Avana contra o dedo de profunda para superficial atravs do assoalho do canal = DIRETA.
Abaixo do ligamento inguinal = FEMORAL
Paciente deitado repetir as etapas.
OBS: INCAPACIDADE DE REDUZIR MANUALMENTE HRNIA ENCARCERADA INTERVENO CIRRGICA IMEDIATA
c. Epidemiologia:
A hrnia indireta a hrnia mais comum em homens e mulheres, sendo principalmente localizada no lado direito. A
hrnia femoral mais comum nas mulheres.
c. Classificao:
1. Oblqua externa ou indireta:
Decorre da fragilidade da parede responsvel pela exteriorizao do saco hernirio, ocorre paralela ao msculo oblquo
externo. Ocorre quando o processo vaginal permanece permevel, pode conter estruturas abdominais como o omento e alas
intestinais. tambm chamada de oblqua externa devido a persistncia do conduto peritneo-vaginal.
a hrnia mais comum, acomete principalmente os homens, o saco hernirio est lateral aos vasos epigstricos
inferiores.
2. Oblqua interna ou direta:
A protuso ocorre por fraqueza do msculo oblquo interno, o qual tem sua poro caudal com insero alta com
alargamento do tringulo de hessert. H enfraquecimento da parede posterior (fscia transversalis). A herniao ocorre pela
fosseta peritoneal mdia (local de menor resistncia).
O saco hernirio medial aos vasos epigstricos inferiores.
Fatores de risco obesidade, ascite, atrofia dos msculos abdominais (idade).
3. Mista ou Pantaloon:
Coexistem hrnia direta e indireta.
4. Femoral:
O saco hernirio passa por trs do ligamento inguinal e se insinua atravs do anel femoral.
Est relacionada a maior freqncia de estrangulamento hernirio.
5. Deslizamento:
Parte da parede do saco a prpria vscera (clon, bexiga, etc.)
INDIRETA DIRETA
Congnita Adquirida
Homem jovem Homem mais idoso
Aparece lentamente Aparece rapidamente
Pode chegar bolsa escrotal Raramente chega bolsa escrotal
Pode estrangular Raramente estrangula
Difcil reduo espontnea Reduo espontnea
d. TTO:
Indicao Cirrgica:
Exceo: paciente terminal, imunossuprimido, extremamente idoso.
Tcnica: inciso curvilnea a aproximadamente 2 dedos transversos acima do ligamento inguinal (cuidado c/ o
nervo ileoinguinal e leohipogstrico).
3 Tempos: disseco das estruturas inguinais tratamento do saco hernirio reconstruo da parede
inguinal.
1. Via de acesso: inciso cutnea paralela ao ligamento inguinal em direo ao pbis bisturi corta a pele,
subcutneo at a lmina profunda da fscia superficial com ligadura preventiva dos vasos subcutneos abre-se a
aponeurose do m. oblquo externo no sentido de suas fibras faz-se a disseco da borda inferior do MOI se a
parede posterior estiver abaulada (fscia transversal) continuar a disseco.
2. Tratamento do saco hernirio:
Oblqua externa aspecto branco nacardo, disseco vai at o anel inguinal profundo (v. epigstrica inferior)
abre-se a hrnia e se existirem vsceras, devolver essas para a cavidade. Prosseguir com ligadura e resseco da hrnia.
Diretas abaulamento da fscia transversal sutura em bolsa ou com reconstruo da parede posterior.
3. Reconstruo da Parede Posterior:
Realiza-se sutura entre estruturas anatmicas com o objetivo de suprimir pontos fracos. Usa-se o ligamento inguinal,
pectneo (Cooper) x aponeurose do MOE, borda inferior do MOI e fscia tranversal fibrosa.
Bassini (Lig. Poupart) Tendo conjunto + borda do mm. OI e TA + ligamento inguinal (poupart)
Reparo de Halsted: mm. OE abaixo do cordo
McVay-Anson (Cooper) Fecha o anel femoral
Seco da fscia transversalis acima do ligamento inguinal sutura do tendo conjunto e do lbio
superior da fscia transversalis ao ligamento pectneo.
Zimmerman (Cinta Sutura a fscia transversalis cinta ileopectnea com incio no nvel do pbis terminando na borda do
ileopectnea) orifcio interno.
Shouldice (Canadense) Menor nmero de recidivas
Duplo reforo
Lichtenstein (livre de Anestesia local tela de polipropileno sutura ao tecido aponeurtico sobreposto ao osso pbico
tenso) continua a sutura ao longo da borda do lig. Inguinal at um ponto lateral do anel inguinal interno.
Stoppa Hrnias bilaterais e recidivas nas quais o acesso anterior poderia causar leso dos elementos do
cordo espermtico
Inciso mediana infra-umbilical
Tele na regio pr-peritoneal
III. Outras Hrnias:
Femoral Deslizamento
Anatomia Sup: trato ileopbico Vscera forma uma poro da parede do saco hernirio
Inf: lig. de Cooper (pp. Bexiga, ou intestino)
Lat: veia femoral Ceco hrnia D
Med: insero do trato ileopbico ao lig. de Cooper Sigmide hrnia E
Causa Fator familiar (distrbio do mesnquima)
Clnica Massa abaixo do lig. Inguinal
+ comum em mulheres
+ fcil de estrangular
TTO McVay (lig. Cooper) Reconhecer o componente visceral e devoluo segura
Gilbert modificada: tela de mrlex na regio femoral das vsceras para a cavidade abdominal com
reconstruo meticulosa do canal inguinal
Umbilical Incisional
Anatomia Infncia: fechamento incompleto do anel umbilical pela fscia Cicatrizao inadequada de uma inciso
correspondente (cirurgia se > 1cm) prvia ou de tenso excessiva no local de
Adulto: uma cicatriz na parede abdominal.
Direta progressivo enfraquecimento da fscia umbilical ao lado Causas: obesidade, idade avanada,
de dilatao do anel umbilical por onde a hrnia se projeta desnutrio, ascite, hematoma, ps-
Indireta atravs do conduto umbilical, um trajeto e dois orifcios, operatrio, dilise peritoneal, gravidez,
sendo o mais externo menor que os observados nas hrnias diretas infeco ps-operatria na inciso.
V. Complicaes:
Leses neurolgicas: Pode acometer os nervos ileoinguinal, o ramo genital do nervo genitofemoral, e o nervo
ileohipogstrico. Se a cirurgia for feita via laparoscpica , cuidado com os nervos femoral cutneo lateral e gentiofemoral.
Orquite isqumica: trombose de pequenas veias do plexo pampiniforme congesto venosa do testculo
edemaciado e doloroso 2 5 dias aps a operao 6 -12 sem atrofia testicular.
Leso do ducto deferente e vsceras: rara, ocorre mais nos casos de deslizamento.
CANCER GSTRICO/ADENOCARCINOMA DE ESTMAGO
1. EPIDEMIOLOGIA
o Sua incidncia est DIMINUINDO em todo o mundo, exceto na China, JAPO e Chile.
o A incidncia de neoplasias proximais (fundo gstrico) vem AUMENTANDO. No antro vem diminuindo
provavelmente por tratamento do H. pylori.
o Mais comum em HOMENS, de nvel socioeconmico baixo.
o Fatores ambientais, como DIETA, esto diretamente relacionados.
2. PATOLOGIA
o Classificao e LAUREN: tipos INTESTINAL x DIFUSO.
INTESTINAL DIFUSO
Bem diferenciado: estruturas glandulares. Indiferenciado: infiltrao difusa/linite plstica/
+ COMUM clulas em ANEL DE SINETE.
Antro / pequena curvatura Estmago proximal: fundo/crdia
Comum em homens, entre 55-60 anos Comum em mulheres, entre 40-48 anos
Disseminao hematognica Disseminao transmural e linftica
Melhor prognstico Pior prognstico
Carter ambiental / associao ao H. pylori Carter gentico. RARO
*LINITE PODE SER SEGMENTAR
3. ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO
o Hipocloridria / Acloridria: Pangastrite atrfica por H. pylori (cepas mais virulesntas por CagA e VacA),
anemia perniciosa. O aumento do pH gstrico facilita a formao de reas de atrofia metaplasia
intestinal displasia cncer (cascata de eventos de Pelayo Correa). Stios de infeco do H. pylori
que define se formar lcera (hipercloridria, geralmente) ou cncer (hipo ou acloridria).O que define
tambm a predisposio individual.
o Nitrosaminas: ingesto de alimentos defumados e conservados no sal, m conservao dos alimentos
(contaminao por bactrias conversoras de nitrato em nitrito), baixo consumo de frutas, vegetais e
vitamina C (que previnem a formao de nitritos).
o Plipos adenomatosos: risco de progresso para neoplasia maligna.
o Gastrectomia parcial: refluxo biliar com leso da mucosa e supercrescimento bacteriano.
o Tabagismo (no to significante)
o Histria familiar positiva
o Grupo sanguneo A: principalmente para o tipo difuso (gene da e caderina gastrectmia profiltica).
Ca difudo hereditrio (3 ocorrncias familiares em qualquer idade ou 2 < 40 anos).
4. MANIFESTAES CLNICAS
o ASSINTOMTICOS: tumores superficiais com alto potencial de curabilidade.
o Anemia ferropriva, sangue oculto das fezes: sangramento crnico pelo tumor.
o Dor epigstrica: tipo ulcerosa, porm de carter CONSTANTE, sem associao com a alimentao, e
sem irradiao.
o Nuseas e vmitos: tumor de antro/piloro, que impede a passagem do alimento para o duodeno. Tumor
que invade a parede e prejudica a motilidade gstrica.
o Disfagia e pseudoacalsia: tumores de fundo gstrico / crdia.
o Saciedade precoce: invaso tumoral do estmago, diminuindo sua luz.
o Perda ponderal e massa epigstrica palpvel: invaso tumoral avanada.
o Obesidade: CA de crdia
o Linfonodos:
Virchow: supraclavicular esquerdo;
Irish: axilar esquerdo;
Irm Maria Jos: periumbilicais (significa carcinomatose peritoneal);
o Prateleira de Blummer: invaso do fundo de saco peritoneal (identificado no toque retal ou vaginal);
o Tumor de Krukemberg: invaso do ovrio.
o Tosse: metstase pulmonar.
o Ictercia: metstase heptica difusa ou invaso dos linfonodos do hilo heptico, com obstruo da rvore
biliar, ou obstruo duodenal por massa cancerosa.
o Sndromes Paraneoplsicas:
Trouseau: tromboflebite ou trombose recorrente;
Leser-trelat: ceratose seborrica difusa;
Nefrotapia membranosa: sndrome nefrtica;
Acantose nigricans
5. DIAGNSTICO:
o Seriografia Esfago Estmago Duodeno (SEED):
Mtodo de rastreio em pases com alta incidncia
Tcnica de duplo contraste: acurcia mdia de 95%
Sinais sugestivos de cncer: leso em massa, lcera com fundo e pregas irregulares, perda da
distensibilidade do estmago, pregas alargadas e massa polipide
o Endoscopia Digestiva Alta (EDA):
Indicada quando: leses suspeitas na SEED; paciente > 45 anos com dispesia; perda ponderal;
anemia; sangramento; disfagia; vmitos recorrentes, massa abdominal palpvel, gastrectomia
prvia, histria familiar de CA gstrico.
Deve-se realizar 7 bipsias nas bordas e na base da leso, alm de escovado para coleta de
citologia.
Classificao Macroscpica de Cncer Invasivo: BORRMANN.
Tipos Aspecto Macroscpico
I Leso polipide
II Leso ulcerada com bordos elevados
III Leso ulcerada com bordos infiltrados (mais comum)
IV Leso infiltrada / linite plstica
V No se encaixa em nenhuma categoria acima
6. ESTADIAMENTO: TNM
T N M
T1a: restrito lmina prpria N0: sem lnn envolvidos M0: sem metstases
T1b: restrito submucosa N1: 1-2 lnn envolvidos M1: com metstases
T2: invade muscular prpria N2: 3-6 lnn envolvidos
T3: invade subserosa N3a: 7-15 lnn envolvidos
T4a: invade serosa (peritnio N3b: > ou = 16 lnn envolvidos
visceral)
T4b: estruturas adjacentes Lnn: mudam de acordo com localizao do cancer
ESTADIAMENTO PR OPERATRIO
o Rx trax: metstases pulmonares e derrame pleural
o USG abdome superior: linfonodos, ascite, metstases hepticas
o USG transvaginal: TU de krukenberg
o USG endoscpico: avalia a extenso local do tumor (T e N); presena de GIST? Modifica a conduta em
CA precoce (mucosa e at submucosa). Se CA restrito a mucosa, chance de metstase quase 0%.
Se j abrange submucosa at 20% j tem metstase. Exemplo: se tu intestinal, pequeno, bordos
elevados, restritos mucosa: mucosectomia endoscpica. Pode se fazer injeo de contraste
submucosa: se elevou, leso da pra cima se no elevou, leso mais profunda. Outras indicaes:
confirmar leso serosa, se neo adjuvancia necessria (QT/RT).
o TC de abdome e pelve: identifica metstases distncia
o Videolaparoscopia: implantes peritoneais, coleta de lquido asctico para citologia
7. TRATAMENTO
a. TRATAMENTO CURATIVO: ausncia de metstases distncia e paciente sem risco cirrgico
proibitivo.
o Tero Distal: GASTRECTOMIA SUBTOTAL COM RECONSTRUO BILROTH II EM Y DE ROUX. Retira-
se, tambm, a poro proximal do duodeno.
o Corpo Gstrico: GASTRECTOMIA TOTAL COM RECONSTRUO BILROTH II EM Y DE ROUX (via
transmesoclica menor tenso).
o Fundo e Crdia: GASTRECTOMIA TOTAL COM RECONSTRUO BILROTH II EM Y DE ROUX. Realiza-
se, tambm, uma esofagectomia distal.Se cncer restrito a esfago terminal, faz se gastrectomia proximal
(aumenta o refluxo).
OBS: A margem de segurana para esse tumor de 5-6 cm.
o Linfadenectomia: No Brasil, preconiza-se a linfadenectomia a D2 linfonodos perigstricos (at 3 cm das
margens do tumor) + lnn que acompanham as AA. Gstrica esquerda, esplnica, heptica e tronco celaco.D3
no existe mais.Sempre fazer para no deixar doena ou haver invaso de vasos (ntima ligao).
o Metstases: vias transcelomica/trasnperitoneal/linftica/hematogenica/contigidade/JUMP (pula
cadeias por isso linfonodo sentinela no usado.
o Pode-se associar radioquimioterapia, se houver intenso acometimento linfonodal ou de rgos adjacentes.
o Antrectomia no se aplica a CA gstrico, e sim para lcera.
o Pode haver recidiva de cncer no coto: por refluxo ou Epstein Barr. Caso haja, GASTRECTOMIA TOTAL.
o Terapia endoscpica:Tumor LIMITADO MUCOSA (CA precoce), no ulcerado, tipo intestinal, com < 2 cm
de dimetro para tipos I e IIa e < 1 cm para tipo IIb e IIc, sem linfadenopatia associada.
ANOTAES
*H 3 foras de reconstruo:
a)Billroth I: gastroduodenoanastomose. Complicao: estenose/recidiva no coto. No mais usada.
b)Billroth II: fechamento do duodeno, reconstruo com o jejuno (ngulo de Treitz). Diminui estenose.
Complicaes:
- gastrite alcalina (refluxo intestinal para estomago)
- Sndrome da ala eferente: alimento encarcerado no duodeno (quando vomita, melhora com a dor).
-Sndrome de Dumping precoce: por hipotenso (alimento passa muito rpido para jejuno)
-Sndrome de Dumping tardio: por hipoglicemia
c)Y de Roux: gatrojejuno anastomose lateral + enteroenteroanastomose (duodeno jejuno). a mais usada.
*Linfadenectomia:
D1: CADEIAS 1,3 E 5: PERIGSTICOS EM OMENTO MENOR
CADEIAS 2,4 E 6: PERIGSTRICOS EM OMENTO MAIOR
D2: 7 ARTRIA GSTRICA ESQUERDA NA RESSECO, TIRA TUDO POR
8 ARTRIA HEPTICA VOLTA, NO H COMO RESSECAR OS
9 TRONCO CELACO LINFONODOS INDIVIDUALMENTE,
POIS SO MICROSCPICOS
10 HILO ESPLENICO
11 ARTRIA ESPLENICA
*COMPLICAES: leso de vasos; ascite.
Sempre se deixa 2 drenos: DIREITA: vigia o coto duodenal; ESQUERDA: vigia a gastroentero. E a entero
entero? No h, pois essa anastomose mvel.
Tem que se drenar pois caso haja deiscncia, no saia contedo luminal para a cavidade, e sim pelo dreno.
Fica mais ou menos 7 dias.
Cirurgia R0: margens livres + tirou toda a doena
R1: margens comprometidas + tirou toda a doena
R2: deixou doena
- Curada depois de quanto tempo? 5 anos
At 2 anos: consulta + laboratrio (hemograma + protenas): 3/3 meses; Imagem (EDA,RX TORAX, TC):
6/6 meses
De 2 a 5 anos: consulta + laboratrio(hemograma + protenas): 6/6 meses; Imagem: anual
5 anos: consulta 1x/ano
- ASCITE: Ou por diminuio da albumina ou por implantao metasttica peritoneal.
Estadiamento: - clnico (linfonodos + sinais de alarme) + tc de abdome (SEMPRE COM CONTRASTE!) + rx de trax +
EDA
Se tumor em juno esofagogstrica: TC de trax
CLASSIFICAO DE SIEWERT:
Marcadores: CA 125
CA ps menopausa (?)
Dignstico: imunohistoqumica + USG endoscpica bipsia pode ser por aqui, escavando a leso. Dica:
sangra mais do que o comum.
Tratamento: cirrgico via vdeo laparoscpica. Baste resseco do tumor, no necessita de gastrectomia,
basta uma boa margem.
TU PERITONIO
No retroperitnio: incomuns (gordura, tecido fibroso, vasos, linfticos, nervos, linfonodos paraarticos
9 PROGNSTICO PS CIRRGICO:
Sobrevida em 5 anos (cura)
Estgio I (DUKES A) 88%
Estgio II (DUKES B) 73%
Estgio III (DUKES C) 45%
Estgio IV (DUKES D) 4%
10 FOLLOW UP PS OPERATRIO:
a) Consulta mdica e dosagem do CEA a cada 3- 6 meses por 2 anos, depois a cada 6 meses at completar
um ano. Aumento do CEA; recidiva tumoral; se colono ou TC no detectarem, estar indicada a PET.
b) Colonoscopia: aps 1 ano. Se negativa, repetir em 3 anos e depois a cada 5 anos. Se algum plipo,
remover e repetir em 1 ano. Se tu obstrutivo, novo exame 6 meses aps a cirurgia.
c) Retossigmoidoscopia: a cada 6 meses, por 5 anos, quando houve resseco abdominal baixa por Ca de
reto.
d) Considerar TC de trax, abdome e pelve: se alto risco de recidiva.
11- CIRURGIA PARA META:
- Heptica: tem que ser anatmicas, manter margem de segurana mnima de 1 cm; s 10% tem indicao
de resseco heptica.Inopervel: se invaso de pedculo heptico, tu primrio no controlado, doena
heptica ou cardiopulmonar grave ou mate extra heptica extensa.
- Pulmonar: S aps laparoscopia, em pacientes com boa reserva cardiopulmonar.
ABSCESSOS HEPTICOS
ABSCESSO PIOGNICO: Responsvel por cerca de 90% dos casos.
ABSCESSO AMEBIANO: Representando 10% dos casos.
Os abscessos piognicos representam, geralmente, uma complicao de infeco bacteriana em outro local do organismo. H
algumas maneiras do patgeno atingir o fgado:
1) VEIA PORTA; 2) SUPRIMENTO ARTERIAL; 3) INFECO ASCENDENTE NO
TRATO BILIAR (COLANGITE ASCENDENTE); 4) INVASO DIRETA DO FGADO A
PARTIR DE UMA ORIGEM PRXIMA OU 5) UMA LESO TRAUMTICA
ABSCESSO HEPTICO PIOGNICO
Atualmente, o pico de incidncia na 5 dcada de vida, tendo as vias biliares como ponto de partida. Em cerca de 40% dos
casos de abscesso heptico piognico, a via de infeco foi criptognica. Quando se tem conhecimento da via, a rvore biliar a
principal responsvel, seguida pela veia porta, artria heptica, trauma e extenso direta.
A via biliar a principal fonte atualmente responsvel pela formao de abscessos piognicos, principalmente em se tratando de
estase por conta de clculos ou de processos expansivos, propiciando meio ideal para colonizao bacteriana e possvel
ascenso heptica. Outros fatores que podem colaborar para esta estase e o desenvolvimento de abscessos hepticos so a
doena de Caroli, infestao da rvore biliar por scaris e cirurgias prvias no trato biliar, sobretudo a anastomose bilioentrica.
Abscesso heptico piognico uma doena grave (ndice de mortalidade de at 80%). Localiza-se direita em 83,8%;
esquerda em 14,5% e nos dois lobos em 1,7%. mais comum no homem e na 5 dcada, e a mortalidade maior nos
abscessos mltiplos e nos imunodeprimidos.
A microbiologia dos abscessos hepticos variada. Os abscessos polimicrobianos so geralmente oriundos da rvore biliar
(colangite) ou veia porta (pileflebite), com uma microbiota bem prevalente de microorganismos gram-negativos. Os germes mais
encontrados so a Escherichia coli e Klebsiella em 2/3 dos casos, seguidos pelos germes anaerbios, que representam cerca
de 40-60%. Dentre os anaerbios, predomina o Bacterioides fragilis. Como possveis patgenos gram +: Enterococus faecalis,
Sthaphylococus e Streptococus. O abscesso heptico fngico uma rara condio clnica e freqentemente associada
elevada taxa de morbimortalidade, acometendo principalmente pacientes imunossuprimidos em tratamento quimioterpico,
doena granulomatosa ou neoplsica e portadores de AIDS.
Manifestaes Clnicas
O paciente geralmente apresenta: febre alta (84,5%), intermitente e com calafrios, dor abdominal (77,4%), sobretudo em
hipocndrio direito (39,3%) e leucocitose com desvio a esquerda (81%) maioria das vezes quadro insidioso (2 semanas
para instalao).
TRADE CLSSICA: DOR EM HIPOCNDRIO DIREITO, HEPATOMEGALIA E FEBRE COM CALAFRIOS.
Outros sintomas: ictercia (17,9%), anorexia (27,4%), perda de peso (22,6%), e sintomas inespecficos como nuseas e vmitos
(17,9%, 36,9%), diarria, mal-estar e tosse. Acometimento pulmonar pode ser visto, com derrame pleural, atelectasia e
pneumonia.
Ao exame, o paciente refere dor palpao abdominal, sendo o principal achado, junto com a febre (40-70).
Diagnstico
CLASSICAMENTE DOR LOCALIZADA EM HIPOCNDRIO DIREITO, FEBRE (MODERADA A ALTA) E HEPATOMEGALIA +
CALAFRIOS, MAL ESTAR GERAL, ANOREXIA, EMAGRECIMENTO E TOSSE NO PRODUTIVA. Ao exame, o paciente est
toxemiado, plido, febril, com dor palpao no hipocndrio direito e hepatomegalia. O sinal de Torres-Homem pode estar
presente (percusso dgito-digital intensamente dolorosa e circunscrita rea heptica). Nos pulmes, podem ser encontrados
estertores ou MV diminudo em base direita. Menos comum o achado de esplenomegalia e de massa abdominal.
Os mtodos de imagem so importantes para um melhor diagnstico desta entidade. O Rx de trax pode mostrar elevao do
diafragma, derrame pleural ou atelectasia, geralmente acometendo o lado direito (algumas vezes pode-se observar essa alterao
do lado esquerdo, quando o lobo esquerdo acometido). A TC o mtodo de escolha, com uma sensibilidade de 95-100%.
TODAVIA, DEVIDO A UM MENOR CUSTO, O ULTRASSOM (US) O PRINCIPAL EXAME RESPONSVEL PELO
DIAGNSTICO, COM UMA SENSIBILIDADE DE AT 95%.
Alteraes laboratoriais so freqentes leucocitose com desvio a esquerda e anemia. A funo heptica geralmente acometida
(alterao nos parmetros de albumina, TAP e bilirrubina. AST e ALT muitas vezes esto elevadas (60% dos casos), assim como
fosfatase alcalina e gama GT). Estes testes laboratoriais so inespecficos, mas sugerem alguma alterao heptica.
HEMOCULTURA POSITIVA ENCONTRADA EM METADE DOS DOENTES,
ENQUANTO A CULTURA DO ASPIRADO PODE SER POSITIVA EM AT 90%.
DIAGNSTICO DIFERENCIAL: cncer de fgado, abscesso nefrtico, abscesso subfrnico, colecistite aguda, apendicite aguda,
colangite, pleurite, abscesso de pulmo e doenas infecciosas graves gerais (febre tifide, tuberculose, mononucleose, malria).
Tratamento
Atualmente, o tratamento baseado em ATBterapia de largo espectro por 3 a 6 semanas (podendo se estender at 12 semanas)
e drenagem percutnea. Vrios esquemas so propostos, dentre eles:
CIPROFLOXACINO + METRONIDAZOL ou AMPICILINA + SULBACTAM.
OPES TERAPUTICAS DO ABSCESSO HEPTICO
ANTIBIOTICOTERAPIA EMPRICA ou SEGUNDO RESULTADO DA HEMOCULTURA
DRENAGEM PERCUTNEA: Reservada para qualquer origem do abscesso
1. Transpleural Se possvel, o abscesso deve ser mantido em drenagem externa at que seu dbito
2. Transperitoneal seja inferior a 10 mL/dia (quando ento o dreno pode ser retirado com segurana).
3. Extra- peritoneal Monitorizar temperatura: ocorrncia de febre por mais de 14 dias aps o
procedimento pode indicar necessidade de drenagem mais agressiva.
DRENAGEM PERCUTNEA (GUIADA POR US OU TC) VRIOS CASOS
EXCEO: MLTIPLOS MICROABSCESSOS. Nesses casos, a drenagem cirrgica pode ser a melhor opo.
INDICAES DRENAGEM PERCUTNEA
ABSCESSOS AMEBIANOS; PACIENTES COM SEPSE E INSTABILIDADE HEMODINMICA; EM
ASSOCIAO COM ATB (DRENAGEM APS DOIS DIAS DE TRATAMENTO COM ANTIBITICOS);
DESNUTRIO, FALHA NO TRATAMENTO CLNICO, SUPER-INFECO.
OBS: IMPORTANTE LEMBRAR QUE A OBSTRUO DA RVORE BILIAR, QUANDO PRESENTE, DEVE
SER TRATADA, SENDO A CPRE (COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRGRADA ENDOSCPICA) A
ESCOLHA MAIS ADEQUADA.
Prognstico
Algumas complicaes so temidas, como alteraes pulmonares (atelectasia, fstula broncopleural e empiema), ruptura para
cavidade peritoneal ou torcica, trombose de veia porta, cava ou mesentrica superior e sepse, o que pode tornar o quadro ainda
mais grave. Antigamente, a mortalidade por abscesso heptico era grande. Hoje, com a evoluo dos mtodos diagnsticos,
tratamento com drenagem cirrgica e/ou drenagem percutnea, antibiticos de largo espectro, a mortalidade para 6-31%.
Como mais de 70% dos pacientes no apresentam amebase intestinal, a avaliao laboratorial dos anticorpos
antiamebianos circulantes, se realizados, aumentam a especificidade do diagnstico, uma vez que so detectveis em
90-95% dos casos. O mtodo mais utilizado a hemaglutinao indireta, com uma sensibilidade de 90%. A desvantagem
deste exame a permanncia de uma alta titulao mesmo aps a cura, podendo dificultar o diagnstico em reas
endmicas.
Os exames radiolgicos tambm so fundamentais para o diagnstico de abscesso heptico amebiano. A radiografia de trax
pode mostrar elevao do diafragma direito, derrame pleural ou atelectasia. A USG abdominal o mtodo mais utilizado para
diagnstico e seguimento dos pacientes com abscesso heptico amebiano, tendo uma sensibilidade de 90%. O achado
caracterstico a presena de uma leso arredondada, prxima cpsula heptica, sem ecos em sua periferia,
representando a parede do abscesso, com contedo hipoecognico e no homogneo.
PADRES ECOGRFICOS CONFORME FASE EVOLUTIVA
HEPATITE AMEBIANA (FASE PR-SUPURATIVA): quando se observa parnquima heptico normal ou discreta zona
hipoecognica sem limite com o parnquima adjacente normal.
NECROSE AMEBIANA: apresentando cavidade com contedo necrtico hipoecognico ou ainda, mais tardiamente,
uma cavidade de contedo lquido, anecico e sem cpsula verdadeira.
A TC tambm amplamente utilizada (sensibilidade >, sobretudo diante de pequenos e mltiplos abscessos). O ABSCESSO
AMEBIANO ASSEMELHA-SE AO PIOGNICO, PORM OCORREM LESES MLTIPLAS COM MAIOR FREQNCIA. So
leses de baixa densidade, bem delimitadas, arredondadas ou ovais.
Complicaes
As principais complicaes so ruptura do abscesso (3-17%), que em 2/3 dos casos ocorre para o peritnio, causando peritonite,
e 1/3 rompe para o pulmo, provocando empiema pleural, pneumonia ou abscesso pulmonar; e infeco secundria, que cursa
com piora significativa do estado geral.
Tratamento
Clnico: utilizao de antiamebianos a principal forma teraputica, sendo o metronidazol via oral ou intravenoso a droga mais
usada.
CIRRGICO: A ASPIRAO DO CONTEDO DO ABSCESSO EST INDICADA ATRAVS DA DRENAGEM PERCUTNEA
Falha no tratamento clinico em 3 meses; abscessos volumosos; super- infeco; pacientes imunossuprimidos
Na falha da drenagem percutnea, est indicado o tratamento cirrgico.
Prognstico
Os principais parmetros independentes que influenciam no prognstico do doente so hiperbilurrubinemia, encefalopatia,
hipoalbuminemia, anemia, diabetes, mltiplos abscessos e de abscesso de grande volume (>500ml). A mortalidade destes
pacientes gira em torno de 2 a 4% para abscessos simples, Com o rompimento, essa taxa pode chegar at 50%.
PNCREAS: PANCREATITES
1. PNCREAS:
I. Anatomia e Histologia:
a. Localizao: retroperitoneal, abdome superior (vrtebras T12 e L2). dividido em 3 partes (cabea, corpo e cauda), sendo que
a cabea circundada pelo arco duodenal e a cauda tem ntimo contato com o hilo esplnico.
b. Pncreas x Vias Biliares: secrees pancreticas drenam p/ ducto pancretico principal (ducto de Wirsung) papila de
Vater (segunda poro do duodeno) duodeno. A papila de Vater recebe o coldoco (via biliar principal). Na maioria das pessoas existe um
segmento intrapapilar comum para coldoco e Wirsung. A via biliar "mergulha" na cabea do pncreas antes de desembocar no duodeno
(doenas pancretica podem causar obstruo da via biliar).
c. Outras estruturas:
Esfncter de Oddi: arranjo de fibras musculares da papila de Vater que controla a expulso da bile e suco pancretico.
Ducto de Santorini: o ducto pancretico secundrio papila menor do duodeno (acima da papila de Vater).
d. Irrigao:
Suprimento arterial:
Tronco celaco heptica comum gastroduodenal gastroepiplica esquerda e pancreatoduodenais superiores
cabea do pncreas
Tronco celaco artria esplnica ramos pancreticos (artria dorsal do pncreas, artria pancretica inferior, artria
pancretica magna e artria da cauda do pncreas) corpo e cauda
Drenagem Venosa: Veia esplnica ou atravs da veia porta diretamente.
e. Drenagem Linftica: linfonodos pancreatoesplnicos, pancretico-duodenais, linfonodos pr-articos.
f. Inervao: Visceral nervo vago e esplncnicos plexos nervosos hepticos e celaco.
g. Histologia: Parnquima poro excrina (glndulas mistas tbulo-acinares 80% do rgo). Essa poro composta por
clulas ductais, clulas centroacinares e clulas acinares. As clulas ductais e centroacinares produzem a secreo hidroeletroltica (gua,
eletrlitos e bicarbonato). As clulas acinares produzem a secreo enzimtica (enzimas digestivas pr-ativadas tripsinognio,
quimotripsinognio, pr-carboxipeptidases, pr-fosfolipase A e B, pr-elastase, pr-calicrena e enzimas ativadas amilase, lpase, co-
lipase).
Poro endcrina (ilhotas de Langerhans 20% da massa total).
II. Fisiologia:
Glndula com funo dupla, excrina (produo e secreo do suco pancretico bicarbonato e enzimas) e endcrina (liberao de
hormnios insulina, glucagon e somatostatina). A funo excrina est associada ao processo de digesto de carboidratos, lipdios e
protenas, estando presente nos perodos ps-prandiais precoces, mas tambm nos perodos interdigestivos.
Secreo Digestiva: possui 3 fases.
a. Fase Ceflica: estmulos ofaltrios e visuais crtex aumento da produo excrina pancretica (sinais colinrgios pelo nervo
vago atravs da acetilcolina, peptdeo intestinal vasoativo, fator liberador de gastrina).
b. Fase Gstrica: distenso gstrica estmulo para produo de enzimas (reflexo gastropancretico), a liberao de gastrina pelo
antro estimula a secreo pancretica.
c. Fase Intestinal: principal responsvel pela manuteno da secreo durante o processo digestivo. O quimo rico em H+
secreo de secretina (clulas S da mucosa duodenal e jejuno proximal), a presena de aminocidos, polipeptdeos e cidos graxos
secreo de clulas I do duodeno e jejuno proximal colecistoquinina (CCK). Tanto secretina como a CCK so os principais secretagogos
pancreticos.
Secreo Interdigestiva: Inicia na ausncia de alimentos no TGI alto. A secreo ocorre de maneira cclica, acompanhando os
complexos mioeltricos migratrios (CMM) atividade eltrica intrnseca do estmago e duodeno.
Secretina Colecistoquinina (CCK)
Polipeptdeo de 27 aminocidos Polipetdeo
Funo: estimular clulas ductais e centroacinares secreo Funo: estimular clulas acinares secreo enzimtica.
hidroeletroltica secreo alcalina. As enzimas pr-atividas precisam de co-fatores sendo o principal a
Secreo alcalina: Protege a mucosa duodenal contra o cido tripsina. A enteroquinase (borda de escova das clulas da mucosa
gstrico; cria pH alcalino (> 7) facilitando a ao das enzimas duodenojejunal) converte tripsinognio em tripsina.
pancreticas
2. PANCREATITE AGUDA:
I. Introduo:
uma condio inflamatria aguda do pncreas com acometimento varivel das estruturas peripancreticas e rgos distncia. Em
casos graves doena multissistmica SIRS com alta letalidade. No deixa seqelas (morfolgicas/funcionais). 80 a 90% dos casos
cursam apenas com edema do pncreas com curso autolimitado de 3-7 dias pancreatite aguda adematosa ou intersticial ou pancreatite
aguda leve, com letalidade de 1%.
10 20% extensa necrose parenquimatosa, hemorragia retroperitoneal, quadro sistmico grave evoluo de 3 6 semanas
pancreatite aguda necrosante ou necro-hemorrgica ou pancreatite aguda grave, com letalidade de 30-60%.
V. Laboratrio Inespecfico:
Leucocitose (pp. em casos graves, at 20.000, reflete o grau de inflamao sistmica critrio prognstico); Hiperglicemia
(alterao comum, no incio devido SIRS, depois pela destruio macia das ilhotas de Langerhans pancreatite necrosante extensa);
Hipocalcemia (relao com a gravidade).
Aumento das transaminases, FA e bilirrubina. TGP (ALT) > 150 U/L tem E:96% para pancreatite biliar, TGP<150 no afasta
pancreatite biliar pois S baixa (48%). O aumento da bilirrubina (indicativo de pancreatite biliar com acometimento do coldoco).
b. Outros critrios:
Glasgow Simplificados (8 critrios) APACHE-II Tabela do Harisson
Fazer at 48h Pacientes graves em CTI Idade > 70 anos
1- Idade > 55 anos = ou > 8pts pancreatite grave Obesidade (IMC > 29)
2- Leuccitos > 15.000 14 parmetros 12 variveis fisiolgicas PA sistlica < 90mmHg
3- LDH > 600 No variam conforme a origem da pancreatite FC > 130
4- Glicose > 180 Pode ser feito com bons resultados at 24 horas da PaO2 < 60mmHg
5- Albumina < 3,2 admisso Dbito Urinrio < 50mL/h
6- Clcio < 8 Creatinina > 2mg/dL
7- PO2 arterial < 60 mmHg Hemorragia gastrointestinal > 500mL/24h
8- Uria > 90 mg/dL (BUN>45) Hemoconcentrao (Ht> 44%)
TC contrastada > 30% necrose
Protena C reativa > 150
Peptdeo ativador do tripsinognio elevado
Ranson > 3 critrios
APACHA II > 8
IX. Tratamento:
A abordagem do paciente com pancreatite aguda deve seguir a seguinte ordem: (1) reposio volmica, analgesia e dieta enteral
zero, (2) definir se a forma leve ou a forma grave de doena (aps 48h), (3) forma grave, orientar a conduta posterior pelo resultado da TC
contrastada (necrose > 30%), (4) observar o surgimento de complicaes tardias, (5) recomear dieta enteral no momento adequado.
a. Tratamento da Forma Leve: no indica internao em terapia intensiva, internar em unidade intermediria e orientar dieta zero
at melhora do quadro e peristalse audvel. Com 3-5d volta a alimentao oral, observando se houve melhora da dor abdominal, retorno da
peristalse, ausncia de vmitos e desejo de alimentar pelo paciente. No necessrio TC de controle (geralmente pancreatite intersticial).
Tratamento de Suporte: Analgesia (opiceos, evitar morfina espasmo do esfncter de Oddi), hidratao venosa, controle
eletroltico e cido-bsico.
b. Tratamento da Forma Grave:
Analgesia: opiceos (dor de forte intensidade), meperidina (escolha) com vantagem sobre a morfina, porm seu uso
repetido pode acumular metablitos txicos levando a irritao neuromuscular e convulses (raras). Fentanil em casos difcies.
Hidratao Venosa: reposio volmica vigorosa. Na grave deve se reposto pelo menos 6 litros de cristalide nas primeiras
24 horas (Ringer lactato ou SF). Estimativa da perda volmica exame clnico + hematcrito inicial (hemoconcentrao) + queda hematcrito
aps 48h de reposio volmica e balano hdrico. Se presente o cateter de Swan-Ganz (manter em torno de 18mmHg).
Suporte Nutricional: dieta oral zero (>4 semanas), iniciar suporte nutricional desde o 1 dia (hipercatabolismo da pancreatite
grave). Nutrio enteral jejunal a mais indicada. Nutrio parenteral total (NPT) indicada para poucos que no toleram dieta enteral,
possui risco de sepse pelo cateter venoso profundo, sendo mais cara e menos efetiva que a enteral.
Aminas Vasopressoras: usar em choque refratrio a reposio volmica.
Cateter Nasogstrico em Sifonagem: usar em casos de vmitos incoercveis e de distenso abdominal (leo paraltico).
Antagonistas H2: profilaxia da lcera de estresse (leso aguda da mucosa gstrica) causa de hemorragia digestiva alta.
ATB profiltico: todos os pacientes com pancreatite aguda grave e TC contrastada demonstrando mais de 30% de necrose
pancretica. Reduz em 40% a chance de infeco do tecido. IMIPENEM por 10 dias (GRAM negativos entricos, anaerbios) ou
flouroquinolonas + metronidazol. Se houver infeco manter ATB por 2-3 semanas.
c. Necrose Pancretica Infectada Diagnstico e Conduta:
Pancreatite aguda com mais de 30% de necrose na TC contrastada tem 40% de chance de infeco do tecido necrosado.
Geralmente infeco ocorre aps 10 dias do incio da pancreatite. Se TC mostrar gs no pncreas ou peripancretico (sinal da bolha de
sabo) indica infeco, ou fazer puno do tecido necrtico guiada por TC.
Qualquer coleo lquida deve ser puncionada, os germes mais comuns so os GRAM entricos (E. coli, Klebsiella sp.),
Staphylococcus aureus, anaerbios e Candida sp. As bactrias chegam pela quebra da integridade da barreira intestinal.
Toda pancreatite com necrose infectada deve indicar NECROSECTOMIA (revises posteriores programadas a cada 2-3 dias para
completar a necrosectomia).
d. CPRE e Papilotomia:
Feita nas primeiras 72h da pancreatite aguda biliar, na presena de colangite por clculo impactado e coledocolitase com
ictercia progressiva moderada a grave. Permite a sada de clculos impactados ou acumulados no coldoco melhora do prognstico.
e. Colecistectomia Semi-Eletiva:
Todos os pacientes com pancreatite aguda biliar devem ser submetidos colecistectomia laparoscpica antes da alta hospitalar
(semi-eletiva). Complementar pela CPRR ps-operatria com papilotomia.
X. Pseudocisto de Pncreas:
Coleo lquida intra ou peripancretica no infectada envolvida por uma cpsula de fibrose e tecido de granulao que se manteve
ou se instalou aps 4 semanas do incio do quadro (colees lquidas so geralmente transitrias, ocorrem em 30-50% dos casos colees
lqudias agudas). Se o pseudocisto evoluir para infeco de sua cavidade abscesso pancretico.
Complicam 10% das pancreatites agudas sendo a evoluo das colees lquidas agudas ou de areas de necrose do pncreas.
Pseudocisto ocorre pois a cpsula no revestida por epitlio, composta por tecido de granulao, fibrose e debris, seu interior composto
por suco pancretico (enzimas e amilase).
a. Suspeita e Diagnstico: recorrncia de uma dor epigstrica moderada e/ou massa palpvel no epigstrio com novo aumento
de lpase e amilase. A massa um fleimo pancretico. A TC o melhor exame.
b. Complicaes: Obstruo gastroduodenal (compresso extrnseca do estmago e duodeno), obstruo biliar (compresso do
coldoco colestase), hemorragia e pseudo-aneurisma (artria adjacente ao pseudocisto invadida e parede corroda
pseudoaneurisma rompe pseudocistohemorrgico hemorragia digestiva alta), rotura aguda para cavidade peritoneal
(peritonite sbita com instabilidade hemodinmica), fstula pancretica e infeco do pseudocisto.
c. TTO:
a. Sem complicaes: aguardar por 6 semanas, a maioria regride, e os demais passam a ter cpsula bem formada e
estabilidade. Quando > 5-6cm tem maior chance de complicaes
b. Indicaes de interveno: expanso do pseudocisto, presena de sintomas (dor, vmitos), presena de
complicaes (pseudocisto complicado).
c. Cirurgia: drenagem cirrgica interna (cistogastrostomia, cistoduodenostomia, cistojejunostomia e Y-de-Roux), se
cauda do pncreas (pancratectomia distal). Drenagem cirrgica externa indicada em pseudocistos complicados sem
maturao da cpsula.
d. Descompresso endoscpica ou por CPRE: pseudocistos que abalam a parede gstrica ou duodenal.
XI. Abscesso Pancretico:
Coleo lquida infectada com mais de 4 semanas do incio do quadro (pseudocisto infectado). Manuteno de febre diria de um
paciente que j melhorou do quadro geral.
TTO ATB + drenagem.
3. PANCREATITE CRNICA:
I. Definio:
Reao inflamatria degenerao fibrtica progressiva e irreversvel do parnquima pancretico. Clulas acinares e Ilhotas de
Langerhans se atrofiam e perdem funo. Em fase inicial doena heterognea por no acometer todo o rgo.
Agudizao da pancreatite crnica: episdios de pancreatite aguda em pacientes com pancreatite crnica.
II. Patologia:
reas com infiltrado de linfcitos e plasmcitos + eosinfilos. Presena de fibrose periductal e periacinar + atrofia de clulas acinares
e das ilhotas de Langerhans degenerao. Terminaes nervosas com infiltrado inflamatrio crnico.
III. Classificao:
Pancreatite Calcificante Crnica Mais comum (95%)
Caracterstica: presena de plugs de protena que podem calcificar (clculos pancreticos) causam obstruo.
Presena de fibrose progressiva estenose e dilatao de ductos.
Causa principal: etilismo
Pancreatite Obstrutiva Crnica Menos comum
Caracterstica: leso obstrui ducto de Wirsung dilatao homognea e generalizada da rvore pancretica com atrofia
e fibrose uniforme.
Causa principal: Tumor intraductal (adenocarcinoma), estenose ductal e pncreas divisum
Pancreatite Inflamatria Crnica Rara
No h plugs ductais nem obstruo do ducto de Wirsung
Causas: doenas autoimunes (Sjogren)
IV. Fisiopatologia:
lcool induz formao de suco pancretico litognico (protico) com pouco inibidor de tripsina formao de plugs proticos
obstruo de pequenos dctulos ativao de enzimas pancreticas processo inflamatrio formao de clculos pancreticos
obstruo crnica.
Isquemia Tissular: devido a hipertenso ductal perpetuao das leso degenerativas.
Estresse Oxidativo: superproduo heptica de radicais livres (estmulos diversos) atingem o pncreas por refluxo biliar ou
circulao sistmica inflamao recorrente e dando tecidual. A desnutrio acelera o processo pois diminui quantidade de antioxidantes
(vitaminas A e C, selnio e metionina).
Efeito txico metablico: lcool acmulo de gordura em clulas pancreticas degenerao gordurosa (necrose e fibrose).
Fenmenos autoimunes: autoanticorpos circulantes (FAN, anticorpo antianidrase carbnica II e anticorpo antilactoferrina) esto
relacionados a casos de pancreatite crnica idioptica. Sjogren, colangite esclerosante primria, cirrose biliar primria e hepatite autoimune
tambm possuem relao.
O trmino do processo de pancreatite crnica a insuficincia pancretica que pode ser excrina ou endcrina. A excrina est
associada sndrome de m digesto (esteatorria e desnutrio protica) e a endcrina por diabetes mellitus.
V. Etiologia:
Pancreatite Mais comum (70-80%)
Crnica Consumo = ou > 100g por 5 anos. Parar de beber melhora os sintomas mas no evita progresso do processo.
Alcolica Somente 5 10% dos etilistas crnicos desenvolvem (fatores genticos e nutricionais).
H formao de plugs proticos + induo de estresse oxidativo
Pancreatite Rara no Brasil
Tropical Afeta pp. crianas insuficincia pancretica na adolescncia morte na vida adulta
Dor pouco intensa; causa desconhecida
Pancreatite 2% dos casos
Crnica Pancreatite crnica em idade jovem (antes de 20a) sem histria de etilismo + histria familiar positiva
Hereditria Herana autossmica dominante. Risco de adenocarcinoma elevado (50% dos pacientes que atigem 75a)
Pancreatite 4-6% dos casos
Autoimune Infiltrado linfoplasmocitrio
Idosos do sexo masculino.
Clnica: ictercia obstrutiva indolor at dor abdominal importante
Diagnstico: Dosagem de IgG4 + TC + CPRE
TTO: Corticoterapia
Pancreatite 10 30% dos pacientes
Crnica 2 picos: 10 a 20 anos (dor principal sintoma) e 50 a 60 anos (dor presente em dos doentes)
Idioptica Associada a: hipersensibilidade pequena ingesto de etanol, mutaes do gene CRTF da fibrose cstica e disfuno do esfncter de Oddi
Outras Menos de 5% dos casos
Causas Pancreatite Crnica Obstrutiva, Pancreas Divisum, HIperparatiroidismo, Deficincia de alfa1-antitripsina, trauma e radioterapia.
VI. Manifestaes Clnicas:
Trade Clssica: ESTEATORRIA + DIABETES MELLITUS + CALCIFICAES menos de 1/3 dos pacientes.
Dor abdominal: mais comum. Localizada no epigastro (QSD ou QSE) com irradiao para dorso, de intensidade varivel (leve a
muito severa), pode melhora em posio sentada com tronco p/ frente ou posio de ccoras. intermitente. Dor aparece 15 a 30 minutos
aps ingesto alimentar. Tem 2 padres de evoluo: (1) episdios com durao < 10 dias c/ perodo de remisso de meses a anos; (2)
episdios prolongados de dor diria nica com exarcebaes recorrente.
Fisiopatologia: (1) aumento da presso intersticial (efeito de sndrome compartimental c/ isquemia de rea acometida); (2) inflamao
das terminaes nervosas (rompimento das bainhas do nervos, expondo-os a mediadores inflamatrios).
Emagrecimento e Desnutrio: Dor medo de se alimentar. Esteatorria + DM descompensado + infeces concomitantes +
denegerao maligna do pncreas podem influenciar nesse caracterstica. Pelagra pode ocorrer com os 4 Ds (Diarria, Demncia, Dermatite e
Death).
Insuficincia Pancretica:
Sinal/Sintoma Comentrios
Dor abdominal recorrente ou Mais freq. Andar superior do abdome, contnua, durando horas ou dias c/ ou s/ irradiao para dorso, sendo refratria
persistente analgesia habitual
Esteatorreia Gordura fecal > 7-14g/dia (van de Kamer quantitativo). Insuficincia excrina > 90%. Surge aps 13 anos de evoluo
da PC alcolica.
Perda de peso, desnutrio e (1) m digesto/m absoro p/ insuf. Excrina, (2) def. alimentar quantitativa pela dor ps-prandial, (3) deficincia
deficincia de vitaminas alimentar qualitativa pp etilistas. comum nas complicaes agudas da PC (pseudocistos, reagudizaes) e doenas
associadas (TB). Pelagra comum.
Estigmas de doena heptica Telangiectasias, rarefao de plos, eritema palmar, ginecomastia, engurgitamento de partidas, contratura palmar de
alcolica Dupuytren e outros
DM Manifestao tardia, posterior a esteatorria (mdia de 20a de evoluo). Maior tendncia hipoglicemia e menor
predisposio s complicaes microangiopticas, em relao ao DM I.
Dismotilidade gastroduodenal Gastroparesia achado mais comum (reduz eficcia de reposio enzimtica e controle da dor e esteatorria). TTO:
Etilsuccinato de eritromicina em soluo (100 a 200mg antes das refeies e ao deitar)
IX. Complicaes:
1. Pseudocistos: 5-10% das mortes na PC. Normalmente so assintomticos, porm podem evoluir para (dor persistente com
ictercia/ sndrome colesttica por compresso do coldoco/ obstruo de estmago e duodeno/ pseudo-aneurisma/ abscesso
peripancretico/ ruptura para peritneo livre).
a. Diagnstico: TC ou USG + clinica.
b. TTO: = ou > 6cm
i. No comunicantes: sem comunicao com Wirsung aspirao percutnea ou drenagem endoscpica;
ii. Comunicantes: drenados cirurgicamente por cistogastrostomia ou cistoenterostomia
iii. Assintomticos: acompanhar clinicamente por TC de 3-6 meses
2. Ascite Pancretica: ocorre fstula do ducto pancretico p/ cavidade peritoneal ou extenso de processo da cavidade pleural
(derrame pleural).
a. Diagnstico: dosagem de amilase no lquido asctico e/ou pleural > 1.000 U/ml
b. TTO: conservador, dieta zero, paracentese e/ou toracocentese de alvio + nutrio parenteral total. Octreotie (anlogo
da somatostatina inibe secreo pancretica ajuda no fechamento da fstula). Uso de stent em casos refratrios ou
resseco cirrgica da poro do pncreas que contm a fstula.
3. Obstruo do Coldoco: 30% dos pacientes pela fibrose da cabea do pncreas compresso crnica do coldoco (s 5-
10% apresentam colestase persistente, dor biliar ou colangite).
a. Diagnstico: CPRE ou colangiorressonncia.
b. TTO: colestase persistente coledocojejunostomia.
4. Pseudo-aneurisma: complicao rara da PC. Ocorre por corroso da parede de uma artria justa-pancretica por pseudocisto
em expanso ou pela pancreatite. Alto risco de sangramento a mdio-longo prazo que pode ser macio e fatal.
a. Clnica: dor sbita, hemorragia digestiva alta, choque hemorrgico sem exteriorizao de sangramento ou massa
pulstil palpvel.
b. Diagnstico: endoscopia (sangue vivo saindo da ampola de Vater), USG do Doppler, TC ou arteriografia mesentrica.
c. TTO: cirrgico- ligamento de vaso ou com embolizao pela arteriografia.
5. Trombose de Veia Esplnica Varizes de Fundo Gstrico: causa hipertenso porta segmentar forma varizes em fundo
gstrico sem varizes esofageanas.
a. TTO: esplenectomia.
6. Fistlas Pancreticas Externas: 25% das cirurgias. Alto dbito (>200mL ao dia)
a. TTO: dieta zero, nutrio parenteral total, octreotide.
7. Outras Complicaes:
a. Obstruo duodenal
b. Deficincia de vit. B12
c. Aumento de incidncia de giardase: dor abdominal e diarria
d. Aumento da incidncia de adenocarcinoma de pncreas
e. Dismotilidade gastroduodenal: gastroparesia como alterao mais comum.
ABDOME AGUDO EM PEDIATRIA
a) ATRESIA INTESTINAL:
Conceitos:
- Atresia = ausncia de luz de um rgo
- Estenose = obstruo parcial
Epidemiologia:
- 2 maior causa de obstruo neonatal Brasil
- 1:1000 1:5000 mundo
- Igual em meninos e meninas
- 50% RN de baixo peso e pr-termo
- Atresia intestinal defeitos na parede abd
Classificao:
- Tipo I : Presena de diafragma ou membrana mucosa, sem soluo de continuidade da parede e do
mesentrico adjacente.
- Tipo II : Cordo fibroso unindo os cotos intestinais, sem falha no mesentrio.
- Tipo IIIa : Separao completa os cotos e uma falha no mesentrio em forma de V.
- Tipo IIIb : Apresenta-se com atresia jejunal alta com grande falha mesenterial. leo terminal curto em forma
helicoidal.
- Tipo IV : Pior prognstico. Atresias mltiplas que podem se estender por todo o delgado e colo
Tipo IIIb
Christmas tree
Apple peel
Embriologia e patogenia:
- Causa desconhecida
- Teoria de Tandler : Falta de recanalizao do intestino por falha no processo de vacuolizao das clulas
intestinais na fase embrionria de intestino primitivo
Patologia:
- Macroscpico: ala dilatada e finas demais
- Musculatura hipertrofiada (luta peristltica)
- Leso de estruturas nervosas (sem gnglios)
- Hipertrofia das vilosidades intestinais
Diagnstico ps natal:
- Distenso abdominal ao nascer ou depois
- Vmitos biliosos
- Ictercia
- Vmitos com sangue (sofrimento de alas)
- RAIO X
- Contraste (obst parcial no duodeno)
- Enema opaco (int grosso de peq calibre)
b) DIVERTCULO DE MECKEL
o Anomalia congnita, que ocorre devido persistncia do conduto onfalo-mesentrio, resultado em um divertculo
na borda anti-mesentrica do leo distal, geralmente de mucosa gstrica heterotpica em seu interior.
o Epidemiologia: Anomalia congnita + freqente do TGI; 2% populao; Sexo masculino 3:1; Qualquer idade
(incid. Decres.); Divertculo verdadeiro (todas as camadas)
o Provoca abdome agudo nas seguintes situaes: obstruo intestinal, diverticulite, hemorragia digestiva baixa
profusa, perfurao com peritonite, hrnia de Littr.
o Quadro Clnico: hemorragia digestiva baixa (ulceraes da mucosa gstrica heterotpica); distenso abdominal
com vmitos, dor em clica progressiva e parada da eliminao de gases e fezes (intussuscepo do
divertculo, volvo, hrnia de littr); quadro semelhante ao de apendicite aguda (diverticulite).
o Diagnstico:
Cintilografia com Tc99: PADRO OURO. Mostra reas de hipercaptao onde h mucosa gstrica.
o Tratamento: essencialmente cirrgico, por via aberta ou laparoscpica.
Diverticulectomia simples: processo restrito ao divertculo, sem envolvimento de alas adjacentes.
Desvangatem: risco de resseco imcompleta da mucosa heterotpica.
Resseco ileal: sangramento, diverticulite, suspeita de tumor, envolvimento de alas adjacentes.
Realiza-se enterectomia com anastomose trmino-terminal.
c) ESTENOSE HIPERTRFICA DO PILORO
- Introduo: Hipertrofia camada circular obstculo; Origem desconhecida; Causa mais comum obstruo
pilrica no 1 ms.
- Incidncia: 3:1000 nascidos vivos; Meninos; Brancos; Hist. familiar.
- Patologia: desconhecida; Ausncia nervos mediadores de relaxamento;
protenas da MEC; expresso fatores de crescimento.
- Quadro Clnico: Inicio 2-3 semana de vida; Vmitos, no biliosos,
em jato; Peristaltismo: esq. baixo dir. (ondas de Kussmaul);
Tumor pilrico palpvel no abdome dir., abaixo do fgado
(oliva pilrica) - 100%.
- Exames Complementares
USG (sinal do alvo): parede muscular 4mm
comprimento 18mm
Rx contrastado:
Dilatao gstrica;
Antro: sinal do bico do seio;
Canal pilrico: sinal da corda ou do fio;
Bulbo duodenal: sinal do cogumelo ou guarda-chuva
- Diagnstico Diferencial: Membranas pr-pilricas congnitas; Estenose congnita do esfago; Acalsia;
DRGE.
- Pr-operatrio:
-Classificao (Benson): Leve: pouco desidratada, alcalose mnima, CO2 25; Mod.: hipoK+, hipoCl-, CO entre 26 e
35; Grave: desidratao intensa, hipoK+ acentuada, hipoCl-, hipoproteinemia, CO2 > 35, convulso, tetania.
Leve e mod.: Na, K, Cl, glic. VO aps esvasiamento e lavagem gstrica;
Grave: reposio EV.
- Cirurgia: piloromiotomia de Fredet-Ramstedt
- Inciso de Robertson: projeo da borda heptica 2mm acima (proteo adicional do fgado por trs da sutura);
Abertura dos planos musculoaponeurticos; Exteriorizao da oliva pilrica; Inciso longitudinal em Y at a submucosa
(risco de abertura acidental da mucosa duodenal, onde h interrupo da hipertrofia muscular do piloro - complicao
intra-op. + frequente); Afastamento das bordas provocando protuso da mucosa e alvio da obstruo; rea coberta
com grande omento; Sonda gstrica aberta.
Ps-op.:
Reiniciada alimentao 4-6h aps cirurgia;
Rx contrastado desnecessrio: aspecto radiolgico igual ao pr-op. at 6 meses PO;
Prognstico excelente, raros vmitos ps-op. persistentes.
d) ENTEROCOLITE NECROSANTE:
o Populao alvo: RN pr-termos, no primeiro ms de vida.
o Fatores de risco: isquemia intestinal, alimentao hiperosmolar (outros alimentos alm do leite materno),
infeco gastrintestinal, imaturidade imunolgica
o Quadro Clnico:
INESPECFICOS ESPECFICOS
Irritabilidade Disteno e eritema abdominal
Instabilidade da temperatura Vmitos biliosos
M aceitao de mamadas Fezes sanguinolentas
Episdios de apnia Sinais de peritonite
Bradicardia Sinais de sepse
o Radiografia de abdome: PNEUMATOSE INTESTINAL (gs intramural), gs em topografia de veia porta,
distenso abdominal, alas intestinais fixas, pneumoperitneo (quando h perfurao). Locais mais
acometidos: leo terminal e clon ascendente.
o Tratamento:
Clnico: Antibioticoterapia de largo espectro, descompresso gstrica atravs de sonda nasogstrica,
repouso intestinal (jejum e NPP). Deve ser realizado em todos os pacientes.
Cirrgico:
INDICAES
Clnicas Deteriorao sistmica, dor abdominal persistente, massa abdominal sugestiva
de perfurao bloqueada, eritema e celulite de parede (abscesso subjacente).
Raio X Pneumoperitnio, ala fixa em radiografias seriadas (necrose transmural),
pneumatose grave difusa, dilatao grave de alas.
Laboratrio Lquido purulento/achocolatado puno de lquido peritoneal. Presena de
bactrias com >80% de leuccitos (sinais de gangrena ou perfurao)
O tratamento cirrgico baseia-se na resseco dos segmentos intestinais necrosados e na confeco de estomias, e
posterior reconstruo do transito intestinal. Em RN muito graves, pode-se realizar somente a drenagem peritoneal, e
aps melhora dos sinais de sepse, posterior interveno cirrgica.
OBS: no se deve colocar tela para reforo de parede em crianas, devido ao crescimento acelerado das mesmas.
f)INVAGINAO/INTUSSUSCEPO INTESTINAL
o Conceito: telescopagem ou invaginao de uma parte proximal do intestino em uma poro mais distal.
o Populao alvo: Lactentes eutrficos, entre 4 e 11 meses.
o Localizao mais freqente: juno ileocecal
o Etiologia: na maioria das vezes idioptica, mas pode ter como causas: hipertrofia das placas de Peyer,
secundria infeces virais ou vacinao contra rotavrus; divertculo de Meckel; plipos;
o Diag. dif.apendicite; neoplasia intestinal; corpo estranho, pncreas ou estmago ectpicos; duplicao
intestinal.
o Quadro Clnico:
Distenso em
intestino delgado
Enema Opaco: Sinal do MENISCO (parada da progresso do contraste) e sinal na MOLA ESPIRALADA
(filetes de contraste margeando a ala edemaciada de intestino invaginado).
Sina do Menisco
Sina da Mola
espiralada
USG: PADRO OURO. Sinal do ALVO (cortes transversais) e sinal do PSEUDO-RIM (cortes
longitudinais).
Sinal do alvo
Sinal do
pseudo-rim
o Tratamento:
No cirrgico: Reduo atravs de enema opaco (pode-se utilizar brio ou gs para reduo) e de
ultrassonografia (pode-se utilizar ar ou soluo salina, com a vantagem de no utilizar radiao).
Contra indicao: peritonite, necrose e perfurao intestinal, choque e evidncias de causa
anatmica (normalmente crianas > 2 anos).
Cirrgico: realizado nas contra indicaes e na recidiva aps reduo no cirrgica.
Reduo empurrando DELICADAMENTE a cabea da ala invaginada para fora da ala
invaginante (como se espremesse uma paste de dente).
Em caso de necrose, perfurao ou impossibilidade de reduo, deve-se ressecar a ala
comprometida e fazer anastomose primria termino-terminal.
Se houver causa anatmica subjacente (D. Meckel, plipos), fazer a resseco da ala que as
contm.
g) APENDICITE AGUDA
o Causa mais frequente de abdome agudo inflamatrio; comum entre 4 15 anos; criana de pouca idade : d
de base (mega clon aganglionar)
o Populao alvo: pr-escolares e escolares.
o Obstruo da Luz Apendicular: Hiperplasia do tecido linfide apendicular; Infeces virais ou bacterianas;
Fecalito; Parasitoses; Oxiurase ; Tricocefalase
o Quadro Clnico: semelhante ao do adulto (dor inespecfica em epi/mesogstrio dor localizada em FID
Blumberg + (irritao peritoneal) abdome em tbua (peritonite generalizada).
Crianas menores: quadro clnico INCARACTERSTICO. Muitas vezes, s h abatimento e recusa
alimentar, alm de distenso abdominal, febre, nuseas, vmitos no biliosos e diarria. Pode haver
massa palpvel em FID.
Exame fsico: Temperatura>38C= complicaes ou outro dx.Temperatura, respirao e pulso alteram-
se pouco nas no complicadas. Dor palpao abdominal.
Sinal de rovsing:Palpao do quadrante inferior esquerdo do abdmen desencadeia dor no quadrante
inferior direito deslocamento de ar movimento do apndice inflamado. Defesa voluntria ou
rigidez involuntria muscular. Hiperestesia cutnea no quadrante inferior direito
o Raio-X de abdome: por vezes mostra fecalito em topografia apendicular. Apagamento de psoas. Ala sentinela
em FID. Mas DIAGNSTICO CLNICO!
o NO SE DEVE PEDIR USG!!! S til no dd com afeco ginecolgicas na fase pr-puberal ou puberal
precoce!!!
o Diagnstico Diferencial: parasitoses, infeco intestinal, crise nefrtica, peritonite primria, patologias ovarianas
(toro, ovulao se menarca j instalada), diverticulite (meckel), intussuscepo.
o Tratamento: Apendicectomia (semelhante ao adulto). Sempre utilizar inciso de DAVIS (transversa) ao invs
de Mc Burney (oblqua).
Se houver peritonite localizada ou generalizada: realizar lavagem intensa da cavidade e colocar dreno
de Penrose.
ATB (No complicada: Cefoxitina; Complicada supurada ou necrosada: Genta/Amica + Metronidazol ou
Ampi + Genta + Clindamicina; Contaminao Peritoneal:Ampi + Aminoglicosdeo + Metronidazol /
Clind; Ps-operatorio: ATB 24-48h).
Tcnica para fechamento do coto apendicular
Limpeza da cavidade
Drenagem da loja apendicular
Fechamento da parede na apendicite aguda com grande contaminao bacteriana
CONSIDERAES FINAIS:
AVALIAO DO PACIENTE
1. SINTOMAS DO TUMOR:
TOSSE (75%)
Invaso da mucosa brnquica; Pneumonite ps obstrutiva ou atelectasia
HEMOPTISE (35%)
Necrose do tumor; Ulcerao da mucosa; Eroso dos vasos; Tromboembolismo pulmonar
CHIADO LOCALIZADO (5%)
Invaso do tumor na via area
2. INVASO INTRATORCICA:
DOR TORCICA (30%)
Invaso da pleura parietal; Parede torcica ou mediastino
DISPNIA (40%)
Obstruo das grandes vias areas pela massa tumoral; Derrame pleural; Disseminao tumoral
ROUQUIDO (15%)
Comprometimento do trajeto intratorcico do nervo larngeo recorrente
SNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR (5%)
Obstruo do fluxo na cava superior . Sinais e sintomas de congesto: ingurgitamento de face, edema de mmss, circulao colateral,
dispnia e tosse
SNDROME DE PANCOAST TOBIAS (5%)
Tumor no lobo superior do pulmo. H dor no ombro e/ou escpula ipsilateral, com parestesia e dor na distribuio do nervo ulnar, por
compresso do plexo braquial
SNDROME DE CLAUDE BERNARD HORNER (5%)
Miose, enoftalmia, ptose palpebral e anidrose facial ipsilateral, por compresso do simptico cervical por tumor no pice pulmonar (sulco da
passagem da artria subclvia)
Metstase em SNC: hemisfrios cerebrais, cerebelo e meninges, inclundo metstase ssea comprometendo medula espinhal
Metstase heptica
QUADRO CLNICO:
SNDROMES PARANEOPLSICAS:
So distrbios causados pelo tumor, mas por efeito a distancia, e no por proximidade; No indicam metstases; Mais comuns no
cncer de pequenas clulas; Antes da deteco do cncer.
DIAGNSTICO / RASTREAMENTO
SUSPEITA: Alteraes compatveis em exame de imagem:
Radiografia de trax: Sintomas Respiratrios + Constitucionais suspeitos; Rotina, risco operatrio;
Achados: Atelectasias: central/endobrnquica; Ndulo: leso slida circunscrita e arrendondada < 3cm; Massa: leso slida
circunscrita 3cm densa ou cavitada; Derrame pleural; Opacidades mal delimitadas (vidro fosco ou consolidaes).
Radiografia de trax:
NDULO PULMONAR SOLITRIO:
DIAGNSTICO:
Raio-x suspeito TC de trax: Melhor localizao anatmica ( Relao com estruturas vizinhas); Estadiamento Linfonodal;
TC de trax Estudo patolgico: Espcime slido obtido por bipsia ou Puno ( Leso primria suspeita; Linfonodos
potencialmente invadido; Metstases); Escolha do local ( Disponibilidade e experincia com o mtodo disponvel; Condio clnica
do paciente; Apresentao do tumor)
Raio-x suspeito TC de trax:
RASTREAMENTO:
Motivo: Elevada mortalidade diagnstico tardio;
Objetivo: Rastrear principalmente indivduos assintomticos de alto risco; Identificar pacientes com doenas precoce;
Caractersticas do mtodo ideal: Eficcia reduo da mortalidade e/ou melhora da qualidade de vida; Segurana; Custo-
efetividade;
3 mtodos: Radiografia de trax; Citologia de escarro; Tomografia de trax de baixa dosagem
Radiografia de trax e citologia de escarro: Estudos atuais no mostraram reduo da mortalidade com uso de Raio-x e citologias
seriadas;
Tomografia de trax de baixa dosagem: Limitaes metodolgicas impedem concluses; Aumento da sobrevida em alguns
casos; Estudos atuais em andamento
Recomendaes: No h mtodo cientificamente validado para o rastreamento; TC de trax de baixa dosagem promissor;
Cessao do tabagismo: Preveno; interveno muito superior.
American College of Chest Physicians (2007):
No recomendamos que a TC helicoidal de baixa dosagem seja usada como rastreamento de cancer de pulmo, exceto no contexto
de testes clnicos com metodologia adequada (2C);
Somos contra o uso de radiografias de trax seriadas para o rastreamento de CA de pulmo (1A);
Somos contra o uso de citologia de escarro, nica ou seriada para o rastreamento de CA de pulmo (1A).
Mtodos Diagnsticos para estadiamento clnico:
Exames Laboratoriais:
Objetivo: Avaliao clnica geral do paciente; Avano da doena; Comorbidades; Manejo Teraputico
Exames: Hemograma; Funo renal (uria, creatinina); Eletrlitos sricos (sdio, potssio, clcio total e inico); Aminotransferases
hepatocitrias (ALT, AST); Fosfatase Alcalina, G-GT, Bilirrubinas e albumina.
Mtodos de Imagem:
Raio-x simples, TC, PET, RNM; Radiografia Simples de Trax Valor limitado para o estadiamento;
TC de trax (com contraste): 1 exame aps raio-x; Tamanho da leso, localizao, contato com estruturas vizinhas,
comprometimento linfonodal, metstases pulmonares, presena de espessamento ou derrame pleural; Achados positivos
bipsia; Normalmente acompanha imagens de abdome ( Fgado e supra-renais)
TC de crnio: Qualquer sintoma neurolgico TC de crnio com contraste;
TC de abdome supra-renais:
Imagens mais caudais, stio frequente de metstase: Acometimento nodular ou irregular bilateral, > densidade das leses (> 20 UH)
> chance de metstase; Leses com atenuao de gordura remota possibilidade de metstase; Casos indeterminados (0 a 20
UH) e de probabilidade (> 20UH) adicionar PET ou citopatolgico (puno aspirativa guiada por TC ou USG endoscpico).
TC de abdome: Fgado: Enzimas s alteram em leses extensas; Aquisies senquenciais antes e nos diferentes tempos
perfusionais aps contraste melhor visualizao de leses hepticas.
Cintigrafia ssea: Stios mais frequentes de disseminao; DOR indicativo; Dosagem alterada de clcio srico / fosfatase
alcalina.
Mtodos de Imagem: Tomografia por emisso de psitrons (PET):
Avalia atividade metablica dos tecidos: Intensidade de captao de glicose radiomarcada quantificada em SUV (> 2,5 SUV
indicadores de alta atividade metablica; Estadiamento (linfonodal e metasttico); Acompanhamento do TTO; Orienta indicao de
mediastinoscopia, punes aspirativas; Avaliao adicional aos outros mtodos existentes.
Falsos-positivos: Doenas granulomatosas, infecciosas e inflamatrias, ps-operatrios;
Falsos-negativos: Leses nodulares < 1cm , tumores de baixo metabolismo, leses situadas na base pulmonar
RNM: Leses neurolgicas: centrais ou perifricas; Pacientes alrgicos ao contraste iodado.
ESTADIAMENTO
COMPONENTES GERAIS:
ANAMNESE + EXAME FSICO;
Hemograma + eletrlitos (inclusive Ca) + perfil heptico;
ECG; TC de trax e abdmen;
TC de crnio: Sintomas suspeitos; Adenocarcinoma e CPCP (mesmo assintomticos);
Bx MO para oat cells;
Cintilografia ssea (+ Rx das alteraes encontradas): suspeita clnica (dor ssea);
Atualmente o PET-scan.
Carcinoma de pulmo NO pequenas clulas (CPCNP)
ESTADIAMENTO PELO SISTEMA TNM (6 edio)
T0 Sem tumor
TX Tumor primrio no pode ser acessado ou presena de citologia positiva sem tumor aparente
Tis Carcinoma in situ
T1 Tumor < 3cm dimetro; sem envolvimento da pleura visceral ou brnquio principal
Tumor > 3cm dimetro; envolvimento da pleura visceral ou brnquio principal a mais de 2 cm da carina; atelectasia a partir do hilo,
T2
mas sem envolver todo o pulmo
Extenso direta da parede torcica, diafragma, pleura mediastinal; ou a menos de 2 cm da carina, mas sem seu envolvimento;
T3
atelectasia total do pulmo
Invaso do corao, grandes vasos, esfago, traquia, carina ou vrtebras; derrame pleural (ou pericrdico) maligno; ou ndulos
T4
tumorais satlites dentro do lobo pulmonar ispilateral ao tumor primrio
N0 Sem envolvimento
NX No se pode acessar os linfonodos regionais
N1 Envolvimento nodal peribrnquico ou hilar ispilateral e ndulos intrapulmonares extenso direta do tumor
N2 Envolvimento nodal mediastinal ipsilateral ou subcarinal
N3 Envolvimento nodal hilar ou mediastinal contralateral; qualquer metstase p/ ln supraclavicular ou escalnico
M0 Sem metsteses
MX Metstases no podem ser acessadas
M1 Qualquer metstase distncia (inclusive pulmo contralateral)
ESTADIAMENTO PELO SISTEMA TNM (7 edio)
T0 Sem tumor
TX Tumor primrio no pode ser acessado ou presena de citologia positiva sem tumor aparente
Tis Carcinoma in situ
T1 Sem envolvimento da pleura visceral ou brnquio principal
T1a: Tumor 2cm dimetro; T1b: tumor entre 2 e 3cm
Envolvimento da pleura visceral ou brnquio principal a mais de 2 cm da carina; atelectasia a partir do hilo, mas sem envolver todo
T2
o pulmo
T2a: Tumor 5cm dimetro; T2b: Tumor entre 5 e 7 cm dimetro;
Tumores > 7 cm; Extenso direta da parede torcica, diafragma, pleura mediastinal; ou a menos de 2 cm da carina, mas sem seu
T3
envolvimento; atelectasia total do pulmo
Ndulos satlites em diferente lobo ipsilateral; Invaso do corao, grandes vasos, esfago, traquia, carina ou vrtebras; ou
T4
ndulos tumorais satlites dentro do lobo pulmonar ispilateral ao tumor primrio
N0 Sem envolvimento
NX No se pode acessar os linfonodos regionais
N1 Envolvimento nodal peribrnquico ou hilar ispilateral e ndulos intrapulmonares extenso direta do tumor
N2 Envolvimento nodal mediastinal ipsilateral ou subcarinal
N3 Envolvimento nodal hilar ou mediastinal contralateral; qualquer metstase p/ ln supraclavicular ou escalnico
M0 Sem metsteses
Efuso pericrdica maligna; Disseminao pleural (efuso pleural maligna, ndulo pleural), ndulos adicionais no pulmo
M1a
contralateral (mesma histologia)
M1b Metstases distncia
ESTGIOS TNM CPCNP (6 edio)
IA T1N0M0
LOCALIZADO IB T2N0M0
IIA T1N1M0
T2N1M0
IIB
T3N0M0
T3N1M0
LOCALMENTE AVANADO
T1N2M0
IIIA
T2N2M0
T3N2M0
T4, qualquer N, M0
IIIB
T1-3, N3, M0
AVANADO
IV Qualquer T, qualquer N, M1
6 EDIO 7 EDIO N0 N1 N2 N3
M1 ( distncia) M1b IV IV IV IV
DOENA LIMITADA
Doena confinada ao hemitrax ipsilateral ao tumor primrio e dentro de um nico campo de radioterapia
DOENA EXTENSA
Doena que se estende alm dos critrios acima (envolvimento pulmonar bilateral, tamponamento cardaco, derrame pleural maligno, p.e.)
TRATAMENTO
CNCER DE PULMO NO PEQUENAS CLULAS (CPNPC):
ESTGIO TRATAMENTO PRIMRIO TERAPIA ADJVANTE RESULTADO
I RESSECO CIRGICA QT ( I B) Sobrevida (5a): >60-70%
II RESSECO CIRGICA QT c/ ou s/ RT Sobrevida (5a): >40-50%
PROGNSTICO
CARCINOMA PULMONAR DE CLULAS PEQUENAS (CPCP):
Sobrevida (2a): 20-40% para da limitada; Sobrevida (2a): < 5% para da extensa; Sobrevida (5a): 10-30% para da limitada;
Sobrevida (5a): 1-2% para da extensa;
PRINCIPAIS FATORES PROGNSTICOS
Estdio inicial; Performance status; Presena e intensidade dos sintomas; Existncia ou no de sndrome paraneoplsicas.
CARCINOMA PULMONAR DE CLULAS NO PEQUENAS:
PRINCIPAIS FATORES PROGNSTICOS
ESTDIO INICIAL; Idade e gnero; Performance status; [albumina] srica; Contagem de eritrcitos.
ESTDIO CLNICO SOBREVIDA 5 ANOS (%) ESTDIO PATOLGICO SOBREVIDA 5 ANOS (%)
IA 61 IA 67
IB 38 IB 57
II A 34 II A 55
II B 22 a 24 II B 38 a 39
III A 9 a 13 III A 23 a 25
III B 3a7 III B 1a5
IV 1 IV -
Pacientes com doena avanada e desempenho funcional precrio (escore ECOG 4), de forma geral no tem benefcio do tratamento
antineoplsico;
Pacientes com boa condies clnicas e ECOG (0 a 2) normalmente tem boa tolerncia ao tratamento;
Pacientes limtrofes (ECOG 3) pesar RISCO X BENEFCIO
PATOLOGIAS ORIFICIAIS
*Anatomia:
Canal anal: poro mais distal do tubo digestivo
Limites: posterior: cccix; anterior: vagina/uretra; lateral: fossa isquiorretal
Linha denteada: juno do epitlio colunar e escamoso (contm as papilas, que so as projees sobre a mucosa anal)
Musculatura: interna: mm. Esfncter interno; externa: mm. Elevador do anus, mm. Puborrteal; mm. Esfncter externo
Vascularizao: mesentrica inferior (retal superior e sigmoideana); art. Ilacas e pudendas (retal mdia e inferior)
1) Doena Hemorroidria
a) Conceito: Dilatao e/ou rompimento dos vasos do plexo hemorroidrio.
b) Epidemiologia: Acomete todas as idades, incluindo crianas; 50% da populao > 50 anos tm hemorridas; ambos os
sexos so afetados.
c) Fatores predisponentes
Constipao intestinal Gravidez
Esforo evacuatrio constante Sexo anal
Diarria crnica Histria familiar
Dieta pobre em fibras Cirrose e hipertenso portal
d) Etiologia:
- Aumento das anastomoses arteriovenosas do plexo hemorroidrio interno
- Deslizamento da mucosa e submucosa por diminuio da fixao da parede retal, dada por fibras musculares e tecido conjuntivo
- Perda da sustentao com queda da hemorrida interna para o lmen do canal anal
e) Classificao:
- So classificadas quanto sua localizao:
Hemorridas internas (plexo hemorroidrio interno, acima da linha pectnea); Hemorridas externas (plexo hemorroidrio
externo, abaixo da linha pectnea); Hemorridas mistas
f) Diagnstico:
Anamnese + exame fsico (tipo de sangramento, hbito intestinal, histria familiar e os hbitos alimentares)
Anuscopia (mamilos hemorroidrios internos e grau de prolapso)
Toque retal
Retossigmoidoscopia, colonoscopia, exame baritado >40 anos, fatores de risco para neo de clon
g) Hemorridas internas: revestimento mucoso colunar e transicional
Classificao:
-Est relacionada localizao do mamilo hemorroidrio no canal anal e presena ou no de seu prolapso.
Grau I: no apresentam prolapso, com ou sem sangramento
Grau II: prolapsam ao evacuar, mas reduzem-se espontaneamente
Grau III: prolapsam e necessitam de reduo digital
Grau IV: esto permanentemente prolapsadas
Tratamento clnico:
Dieta a base de fibras Mudana de hbitos e costumes alimentares
Boa hidratao Diminuio do esforo evacuatrio
Tratamento ambulatorial
- Indicado aos pacientes que no apresentaram melhora com as medidas clnicas:
Ligadura elstica: Indicaes Sangramento e prolapso, hemorridas internas de 2 e 3 graus, pacientes sem
condies cirrgicas
- Anel elstico aplicado acima do mamilo hemorroidrio necrose dos tecidos, fixao dos mamilos; podem ser tratados 1 ou
mais anis por sesso; anel elstico eliminado 7 a 10 dias, deixando lcera rasa
-Sintomas aps ligadura: desconforto, tenesmo e sangramento ao evacuar
Crioterapia
Escleroterapia
Fotocoagulao por infravermelho
Tratamento cirrgico:
Indicado nas hemorridas grau IV, mistas, trombose hemorroidria, hem. Interna + externa sintomtica
10-20% dos casos Anemia, grandes plicomas anais
Sintomatologia exuberante Tromboses frequentes
Prolapso permanente Retorno dos sintomas aps mtodos no cirrgicos
- Tcnicas:
- Resseco do tecido hemorroidrio (hemorroidectomia) mais eficaz!
Tcnica de Miligan & Morgan (1937)
Identificao do m. Esfncter interno
Hemostasia adequada com ligadura transfixante do pedculo hemorroidrio
Pontos transfixantes no comprometendo o esfncter
Tcnica simples, segura, mais efetiva com menor recidiva
Dor e taxa de cicatrizao comparveis as outras tcnicas
- Sem resseco do tecido hemorroidrio (grampeador circular):
Principal vantagem: causa pouca dor no ps operatrio
Desvantagens: menos efetiva, apresenta complicaes cirrgicas mais graves (sangramento), retorno dos sintomas mais
freqentes.
- Complicaes:
Dor / Reteno urinria/ Hemorragia/ Plicomas /Estenose anal/ Fissura residual/ Incontinncia anal
h) Hemorridas externas: revestimento anodrmico (escamoso)
-Sinais e sintomas
Dor (quadro agudo de dor intensa); sangramento vermelho vivo (principal)
Protruso perianal (abaulamento aps esforo evacuatrio)
Fase aguda: rompimento dos vasos hemorroidrios externos, formao de trombos no subcutneo, seguida de reao
inflamatria extremamente dolorosa
Tratamento:
Higiene local somente com gua, sem papel higinico
Banhos de assento com gua morna (efeito anti-inflamatrio)
Pomadas analgsicas e anestsicas
Pomadas de corticide (prurido anal)
Analgsicos V.O (trombose hemorroidria)
Tromboses maiores: retirada do trombo
Tratamento cirrgicos dos trombos
Inciso e retirada dos trombos
Restrita a tromboses de hemorridas externas
Recidiva de 6,5%, Assintomticos aps em 66%
2) Fissura Anal
a) Conceito: Espcie de lcera longitudinal localizada no canal anal. Geralmente tem incio na margem anal e se estende
at a linha denteada (pectnea). 90% das fissuras esto localizadas na linha mdia posterior e 10% na linha mdia anterior.
Associadas com plicomas sentinelas e papilas hipertrficas.
Qualquer fissura fora destes locais deve nos chamar ateno para outras doenas (Crohn, TB, sfilis, cncer, lcera
leucmica, lcera relacionada ao HIV).
Etiologia desconhecida. Trauma durante a evacuao (fezes endurecidas ou diarria explosiva) podem dar incio a
formao da fissura.
b) Quadro clnico:
Principal sintoma: Dor anal precipitada pela evacuao.
dor intensa pode persistir por horas aps o ato de defecar
Exame fsico
Plicoma anal edemaciado e doloroso situado distalmente fissura (anoderma muito sensvel)
O toque retal no recomendado durante a fase aguda (agrava o espasmo muscular e causa muita dor)
O exame proctolgico deve ser feito assim que melhore a dor; sangramento vermelho vivo na evacuao
Fissuras anais crnicas (> 6 semanas)
Apresentam fibrose em suas margem, ulcerao profunda, aumento de tecido no nvel da lnha denteada (papilas
hipertrofiadas) e plicoma anal edemaciado distal a margem anal.
Fissuras agudas (< 6 semanas)
Se apresentam apenas como uma lcera linear na regio do anoderme.
c) Tratamento:
Fissuras agudas: Recomendaes dietticas, Banhos de Fissuras crnicas: No respondem apenas terapia
assento, Emolientes fecais descrita acima
INTERESFINCTERIANA TRANSESFINCTERIANA
c) Quadro clnico:
Presena permanente ou intermitente de secreo purulenta na margem anal, Irritao e prurido anal
Exame proctolgico
Realizado sob anestesia
A palpao revela um pequeno ndulo na parede do canal anal, que representa a abertura interna do trajeto fistuloso.
Anuscopia seguida da passagem de uma sonda atravs da abertura interna habitualmente define a anotomia anmala.
A regra de Goodsall-Salmon nos permite definir a anatomia das fstula simples.
Regra de Goodsall-salmon
Fstula com abertura externa anterior ao plano drenam radialmente em direo linha denteada
Fstula com abertura externa posterior ao plano drenam para a linha mdia posterior.
d) Tratamento:
O tratamento cirurgico
fundamental a drenagem da infeco primria interesfincteriana
Fistulotomia (abertura da face anterior e curetagem do fundo do trajeto, + utilizado) fistulectomia (retirada de todo o
trajeto).
Fstulas interesfincterianas e fstulas transesfincterianas de localizao baixa
- Incontinncia uma possvel complicao
Retalho de avano transanal
Fstulas que envolvem uma substancial poro do esfncter anal
Fstulas transesfincterianas de localizao alta
- Resultados satisfatrios 67% a 77%
- Incontinncia 9% a 35% dos casos
Aplicao de um Fio de mononylon atravs do trajeto fistuloso
Fstulas supra-esfincterianas
- Auxilia na drenagem da fstula e ajuda em seu fechamento
- Retirado aps 2 ou 3 meses.
Cola de fibrina
- injetada no trajeto do trato fistuloso; 14% a 60% sucesso
OBS.: REGRA DE GOODSALL-SALMON
Superior posterior: trajeto curvilneo drenando para a linha
mdia (criptas)
Doena de Bowen (neo intraepitelial anal - NIA) displasia intraepitelial de alto grau, carcinoma in situ. precursora de
carcinoma epidermide (relao com HPV 16 e 18)
Sintomas: assintomtico, queimao e prurido, pele do perneo: hiperemiada, espessada, placas vermelho amarronzadas,
ndulos. Pode estar normal.
Diagnstico: Escovado com citologia/ anuscopia com bipsia
Tratamento: terapia tpica com cido tricloractico para leses pequenas (<1cm), resseco da espessura acometida. PO: fazer
papanicolau anal a cada 3 6 meses (alta taxa de recorrncia).
Doena de Paget: adenocarcinoma intraepitelial raro, mais comum em idosos. Aspecto: placa eczematoide bem definida, com
ulcerao branco acinzentada ou leses papilferas
Diagnstico: clulas de Paget + com cido de Schiff
Tratamento: doena limitada: exciso ampla; adenosubjacente :RAP; se CA de canal anal associado: RT + QT
Risco: mulheres > 30a que usam ACO por mulheres (20 50a) Aumenta de volume durante a gestao ou uso de
mais de 5 anos (nesses casos os TUs so Pode ser uma resposta hepatocelular estrgenos
maiores e possuem maior risco de sangrar) hiperplsica hiperperfuso ou injria
Associaes: DM, glicogenose tipo I ou II, vascular artria anmala no local da
gravidez, uso crnico de esterides leso)
anabolizantes.
Geralmente nico, macio, bem circunscrito, Macro: leso lobulada, no Leses solitrias (90%), lobo heptico direito,
com ou sem cpsula (de 1 30cm) encapsulada. subcapsular, pp. em podem ser pedunculados.
reas central de necrose e hemorragia lobo heptico D, normalmente <5cm. Pode haver fibrose central e trombos nos espaos
Patologia
Fechar usando TC, US ou RNM. 60% so adenomas no contm clulas de Coagulopatia de consumo no interior do TU
> 6cm Kupffer). (trombocitopenia e hipofibrinogenemia sndrome
Angiografia TU hipervascular + Angiografia captao central. de Kasabach-Merrit)
suprimento vascular perifrico TC cicatrizes hipodensas centrais TC: capta na fase arterial (perifrico) e venosa
(central)
Exciso cirrgica motivos: Expectante Expectante
(1) Risco de hemorragia intratumoral Cirurgia: Cirurgia:
mort. 21% Leso pedunculada com toro ou Muito sintomtico
(2) Risco de malignizao baixo (carcinoma infarto Complicaes
Tratamento
II. Hepatocarcinoma:
1. Epidemiologia: Terceira causa de morte por neoplasia no mundo, com forte associao s hepatites crnicas e cirrose.
2. Fatores de Risco: >80% possuem cirrose heptica
a. Vrus da Hepatite B (VHB): causa mais comum. A idade de aquisio do vrus tem papel fundamental RN e crianas mais
jovens tm chance muito maior de desenvolver infeco crnica do que os infectados adultos. O DNA do vrus incorporado ao
genoma do hepatcito mutaes oncognicas + cirrose (> turn over celular).
b. Vrus da Hepatite C (VHC): 50% dos casos (EUA), no h integrao do DNA, o desenvolvimento do CA parece estar restrito
pacientes cirrticos com VHC. O TTO especfico parece reduzir o risco.
c. lcool: Cirrose heptica alcolica importante fator de risco (15%). O risco aumento quando associado infeco pelo VHC.
d. Hemocromatose Hereditria: o risco de morte por CHC at de 45%.
3. Clnica:
a. Trade Clssica: DOR em QSD + aumento do volume abdominal + perda de peso.
b. Identificao acidental por mtodo de imagem em paciente assintomtico, c/ ou s/ massa palpvel
c. Piora do estado clnico ou trombose de veia porta em paciente cirrtico previamente compensado
d. Manifestaes paraneoplsicas: febre, leucocitose, caquexia, eritrocitose, hipercalcemia, sndrome carcinoide, hipoglicemia,
porfiria cutnea tarda, etc.
4. Diagnstico:
a. Alfafetoprotena (AFP): principal marcador tumoral, protena oncofetal produzida pelo fgado e saco vitelino. AFP > 20ng/mL em
cirrtico sugere CHC. Aumenta tambm em casos de metstase heptica, TU de testculo ou ovrio e gravidez. > 200 ng/ml
em cirrtico (+ especificidade).
b. USG transabdominal: boa para leses slidas >2cm, leses pequenas so hipoecoicas tornam-se hiperecoicas (halo
hipoecoico). Doppler vascularizao arterial.
c. TC helicoidal trifsica: exame de escolha. Compara imagens antes do contraste, na fase inicial (arterial) e fase final (venosa).
Achado leso slida em fgado cirrtico que s aparece na fase arterial; ndulos satlites ou massa em padro de mosaico.
d. Outros exames: RNM, US contrastada e arteriografia.
e. Ndulo heptico em cirrtico:
i. < 1cm: US a cada 3m se no crescer nos prximos 2 anos acompanhar.
ii. > 2cm: mtodo de imagem dinmico e AFP se imagem positiva ou AFP > 200ng/ml fecha diagnstico.
iii. 1 2cm: fazer 2 exames contrastados dinmicos fecha diagnstico se os 2 forem positivos. Se apenas 1 for positivo
bipsia guiada por TC ou US. Bipsia negativa no exclui a doena manter o seguimento e repetir bipsia caso leso
cresa.
5. Rastreamento: Todo o paciente cirrtico e em casos selecionados de portadores crnicos do vrus B (mesmo sem cirrose). Fazer a
cada 6m com US abdominal associada ou no AFP.
6. Estadiamento: Baseado no critrio CLIP que define prognstico.
Parmetro Pontos de corte Peso no escore
Classificao de Child-Pugh A 0
B 1
C 2
Morfologia Tumoral Uninodular 0
Multinodular 1
Infiltrao 2
AFP < 400 0
> 400 1
Trombose de veia porta No 0
Sim 1
7. Tratamento: Cura resseco do tumor ou transplante ortotpico (s 20% preenchem critrio para cirurgia). O TU tem alta taxa de
recidiva, e os pacientes cirrticos na maioria das vezes no toleram grandes cirurgias.
a. Hepatectomia parcial: pacientes no cirrticos, cirrticos Child A e alguns B, se o TU no for muito grande e a resseco manter
margens de 1cm sem comprometer a funo heptica.
b. Contra-indicaes: invaso do pedculo vascular e metstase distncia.
c. Transplante: cirrticos Child B e C.
d. Injeo intratumoral de etanol: tumores nicos < 5cm.
e. Ablao por radiofreqncia: Tumores < 3-5cm
f. Termoablao: laser ou crioablao (TUs maiores).
g. Embolizao transarterial: tumores irressecveis grandes (>5 10 cm) ou multifocais.
8. Preveno: Vacinao em massa contra VHB, eliminao de procedimentos de risco para transmisso do VHC e a deteco e
tratamento precoce de portadores de hemocromatose hereditria e outras doenas metablicas predisponentes.
III. Metstases Hepticas:
Fontes principais: cncer colorretal, pulmes, mamas, tumores malignos urogenitais. Tumores neuroendcrinos no TGI
constituem outra fonte potencial.
So leses mltiplas, pequenas e de tamanhos iguais.
Diagnstico: USG, TC e RNM, confirmar atravs de bipsia heptica guiada por um dos mtodos.
O CA colorretal tem sobrevida de 5 anos (40%) mesmo relacionado metstase heptica.
IV. Neoplasias Malignas Biliares:
1.Carcinoma de Vescula Biliar:
Neoplasia mais comum do trato biliar, mais freqente em idosos e sexo feminino (3:1).
A colelitase fator de risco mais importante (relacionada em 70%), sendo os clculos > 2,5cm o de maior risco.
Outros fatores de risco: fstula colecistoentrica, vescula calcificada (vescula em procelana), adenoma (leso polipide pr-
neoplsica), colecistite xantogranulomatosa, retocolite ulcerativa idioptica. Lembra tambm de obesidade, infeco por Salmonella typhi e
cistos de coldoco.
a. Patologia: O adenocarcinoma o tipo mais comum (82%), os demais so carcinoma indiferenciado, carcinoma de clulas
escamosas, carcinoma oat-cell e tumores carcinides.
Disseminao linftica, invaso direta (mais comum), hematognica, intraductal.
b. Clnica:
Sintomas pouco especficos perda ponderal importante, massa em hipocndrio direito e anorexia.
Doena biliar pr-existente piora dos sintomas, com aumento da freqncia e intensidade da dor, hepatomegalia, ictercia, massa
palpvel e dolorosa em topografia de vescula biliar estgio avanado do tumor.
c. Diagnstico:
Iniciar com USG TC abdome evidenciam presena de massa na luz vesicular e inflamao do fgado e estruturas vizinhas.
RNM: identifica com preciso invaso da veia porta.
Colangiografia: identifica indiretamente o tumor (longa rea com falha de enchimento em ducto heptico comum).
Confirmao diagnstica pode ser feita em 2 momentos: (1) pr ou perioperatrio ou (2) ps-operatrio de colecistectomia.
d. Estadiamento:
Estadiamento TNM para Cncer de Vescula Biliar
T1 Tumor invade a submucosa (T1a) ou a muscular (T1b) IA T1 N0 M0
T2 Invaso alm da muscular, sem perfurar a serosa IB T2 N0 M0
T3 Perfurao da serosa, com invaso do fgado e/ou, no mximo um outro rgo adjacente (estmago, duodeno, ductos biliares, IIA T3 N0 M0
pncreas, clon ou omento) IIB T1 N1 M0
T4 Invaso da veia porta, artria heptica, ou mais de um rgo/estrutura, fora o fgado T2 N1 M0
N0 Linfonodos livres T3 N1 M0
N1 Linfonodos regionais distancia III T4 M0
M0 Sem metstases distancia IV - - M1
M1 Metstases distancia
e. Prognstico:
Sombrio na doena sintomtica. melhor em casos iniciais (T1a ou T1b).
f. Tratamento:
Tumor localizado com leso restrita mucosa/submucosa (T1a) colecistectomia. Tumores T1b com leso invadindo a muscular
h controvrsias sobre a realizao apenas de colecistectomia, sendo que em alguns casos a re-explorao se faz necessria com a
realizao de colecistectomia extendida.
Em casos de TU T2 ou T3 colecistectomia radical (cirurgia de Fain ou colecistectomia extendida) inclui linfadenectomia
regional. A resseco requer 2cm de margem livre (alguns casos h a necessidade de resseco heptica ou hepatectomia direita estendida).
Plipos: recomenda-se colecistectomia profiltica nas seguintes situaes: (1) idade > 60a, (2) coexistncia de clculos, (3) tamanho
> 1cm ou crescimento documentado, (4) presena de sintomas, (5) colangite esclerosante.
2. Colangiocarcinoma:
Fatores de risco: colangite esclerosante primria, cistos do coldoco, litase intra-heptica, hepatites B e C.
Localizao: Intra-heptico (6%), Peri-hilar (67%) e distal (27%). Tumor de Klatskin confluncia dos ductos hepticos E e D.
Clnica: ictercia (sinal mais comum) + perda ponderal + astenia + dor abdominal + prurido.
Diagnstico: TC bom para os TUs intrahepticos.
ColangioRNM: melhor mtodo para todas as localizaes.
Nos pacientes com obstruo biliar CPRE ou CPT determinam a extenso/localizao do tumor + fornecem material para
bipsia (escovado endoscpico ou aspirao percutnea).
TTO: depende da localizao e estadiamento. Intra-hepticos resseco heptica. Extra-hepticos pancreatoduodenectomia.
Tumores Peri-hilar hepatectomia central (segmento IV e V) + anastomose biliodigestiva.
Doena irressecvel ou sem condies clnicas para cirurgia drenagem da via biliar (endoscpica ou percutnea).
Cistos do Coldoco
Leses incomuns sempre demandam interveno (risco de carcinoma de 30%)
Classificao de Todani: Tipo I dilatao de toda a rvore biliar extra-heptica
Tipo II dilatao DIVERTICULAR em algum ponto da rvore biliar extra-heptica
Tipo III dilatao da poro INTRADUODENAL do ducto biliar comum, tambm chamada coledococele
Tipo IVa dilatao da rvore biliar INTRA e EXTRA-heptica
Tipo IVb mltiplas dilataes da rvore biliar extra-hepticas
Tipo V dilatao exclusiva dos ductos biliares intra-hepticos (doena de Caroli)
TTO: hepaticojejunostomia em Y-de-Roux aps remover segmento varivel da via biliar e a vescula.
3. Carcinoma da Papila de Vater:
Diagnstico Diferencial de neoplasia periampular: CA de cabea de pncreas, colangiocarcinoma distal, CA de 2 poro do
duodeno (comprimindo a drenagem do coldoco), CA de papila de Vater (5-10%).
Clnica: ictercia flutuante (tumor sofre necrose permitindo passagem de bile), os episdios so acompanhados de melena (necrose
sangramento drena para duodeno). Vescula palpvel vescula de Courvoisier-Terrier.
Diagnstico: endoscpio de viso lateral. O estadiamento feito com US endoscpico(T) e com TC (N, M).
TTO: cirurgia de Whipple (pancreatoduodenectomia).
TRAUMA - ABORDAGEM INICIAL
I. Introduo e Epidemiologia:
Trauma --> Leso caracterizada por alteraes estruturais ou desequilbrio fisiolgico, decorrente de exposio aguda a vrias
formas de energia: mecnica, eltrica, trmica, qumica, irradiaes. Pode afetar partes moles e/ou estruturas nobres.
Brasil --> 3 lugar em nmero de mortes (atrs de doenas cardiovasculares, e o cncer). a causa principal em indivduos atpe 44
anos, alm de ser responsvel por 30% das mortes em idosos.
Politraumatizado --> Paciente que apresenta leses em dois ou mais sistemas de rgos (trax, abdmoe, trauma cranioenceflico,
fratura de ossos longos, etc.); necessrio que pelo menos uma, ou uma combinao dessas leses, represente risco vital para o doente.
Mortes pelo trauma:
a. dentro de segundos a minutos do evento (50% dos casos de bito) --> laceraes da aorta, traumatismo cardaco, leses da
medula espinhal e tronco cerebral culminando em apnia.
b. dentro de horas do acidente (30% de bitos) --> hemorragia/ leses do SNV
c. aps 24h --> processos infecciosos, falncia orgnica mltipla, embolia pulmonar.
Mscara Indicaes: ventilao sob mscara insatisfatria ou mltiplas tentativas de intubao infrutferas.
Larngea No considerada via area definitiva.
Via Area Trauma maxilofacial extenso Cricotireoidostomia Traqueostomia: Crico por Puno:
Cirrgica Presena de distoro anatmica resultante de Cirrgica: Mtodo de exceo. No e via area
trauma no pescoo CI: menores de 12 anos Indicao: Fraturas de laringe, definitva
Incapacidade de visualizao das cordas vocais Inciso na memb. menores de 12 anos Faz-se ventilao
devido ao acmulo de sangue e secrees ou cricotireoidea Fraturas de laringe: palpveis + intermitente a jato
pelo edema de via area enfisema subcutneo (15L/min)
Uso por no mx. 30 min
APNIA + ACESSO DEFINITIVO VIA AREA = INTUBAO OROTRAQUEAL
APNIA + ACESSO DEFINITIVO VIA AREA (CIRRGICO) = CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNO
Coluna Cervical
Anamnese Fraturas de coluna acidentes com veculos em alta velocidade em homens jovens ( 15 35a ou > 65a)
Pacientes vtimas de traumatismos multissistmicos, especialmente nos que apresentam nvel de conscincia alterado ou em casos de
traumatismos fechados acima da clavcula.
Colar Cervical Retirada no pr-hospitalar somente se houver indicao de acesso via area
Ambiente hospitalar retirar em pacientes alertas, sem dor cervical, sem abuso de lcool e/ou drogas e com exame neurolgico dentro
da normalidade.
Se no preencher os critrios acima rx de coluna com incidncia lateral
80% dos bitos luxao do atlas-occipital + fraturas de C1-C2
Fratura de Hangeman avulso de arcos de C2 e fratura de C2 sobre C3
2. Ventilao e Respirao (B):
Todos os pacientes vtimas de trauma devem receber oxignio suplementar atravs de cnula de Guedel e mscara ou
tubo endotraqueal + monitoramento por meio de oximetria de pulso e eletrocardiografia contnua.
Fazer INSPEO, PALPAO, PERCUSSO e AUSCULTA.
Solicitar RAIO-X de trax em AP.
Ventilao Mecnica leso grave parede torcica, pacientes com diminuio do drive respiratrio e em casos de
hipoxemia com infiltrados no parnquima.
Pneumotrax hipertensivo
Mecanismo Ar penetra na cavidade pleural de forma contnua mecanismo valvular impede a sada fluxo unidirecional acmulo de grande
quantidade de ar sob presso na cavidade pleural.
Consequncias Colapso do pulmo ipsilateral ao pneumotrax desvio do mediastino com compresso do pulmo saudvel gerando insuficincia
respiratria.
Desvio do mediastino angulao dos vasos da base diminuio do retorno venoso (aumento da presso intratorcica) queda do
dbito cardaco hipotenso e/ou choque.
Clnica Dispnia importante + desvio contralateral da traquia, enfisema subcutneo, hipertimpanismo percusso do hemitrax acometido,
ausncia ou diminuio do murmrio vesicular no hemitrax acometido, turgncia jugular, hipotenso ou choque.
Etiologia Diversa. ATLS causa mais comum ventilao mecnica com presso positiva em pacientes com leses pleuropulmonares
inicialmente assintomticas ou no percebidas durante o exame primrio.
Mais freqente nos traumatismos torcicos fechados do que penetrantes.
Diagnstico CLNICO
TTO Imediato puno do hemitrax acometido (toracocentese) com agulha calibrosa no 2 EIE na linha hemiclavicular transforma o
pneumotrax em aberto
Definitivo toracostomia com drenagem em selo d'gua (drenagem fechada) dreno entre o 5 e 6 EIE entre as linhas axilar anterior
e mdia. Posicionar o dreno prximo a superfcie superior do arco costal.
Pneumotrax aberto
Leso parede torcica comunicao da cavidade pleural com o ar atmosfrico perda da presso negativa intrapleural. Se a leso
Mecanismo
for aprox. 2/3 do dimetro da traquia ar sair pela ferida (menor resistncia) agrava o caso.
Imediato ocluso da ferida com curativo quadrangular fixado em apenas 3 lados gera mecanismo valvular (ar sai durante a
TTO inspirao)
Definitivo toracostomia com drenagem em selo d'gua fechamento cirrgico.
Trax Instvel
Mecanismo Fratura de pelo menos 2 ou mais arcos costais cada arco com fratura em dois pontos perda da continuidade dos arcos costais
respirao paradoxal durante a inspirao o segmento fraturado colaba e durante a expirao h abaulamento dessa regio.
Intensidade do trauma grande contuso pulmonar (sangue nos alvolos e interstcio), sendo essa a causa da insuficincia
respiratria.
TTO Analgesia (respirar sem dor): opiceos
Taquipneicos e hipoxmicos mesmo com a analgesia leso abdominal ou contuso pulmonar associada Intubao endotraqueal +
VPP.
3. Circulao (C):
Vtimas de trauma + instabilidade hemodinmica reposio volmica por acesso perifrico.
Acesso perifrico Membros superiores (veia antecubital + veias do antebrao) se no for possvel esse acesso
disseco da veia safena ou obteno de acessos venosos profundos (veia femoral, jugular interna ou subclvia).
Crianas < 6 anos tentar agulha intrassea antes do acesso central. O stio de puno localiza-se a trs deds da
tuberosidade tibial.
Circulao
A princpio, todo o doente politraumatizado em choque portador, at segunda ordem, de CHOQUE HIPOVOLMICO HEMORRGICO
Pr-Hospitalar Hemorragia externa: compresso da ferida curativos compressivos.
Politrauma grave + hipovolemia franca: roupa pneumtica antichoque (MAST) que estabiliza fraturas plvicas.
Hipotenso Perda de cerca de 30% da volemia
Hipotensos/Chocados volume de lquido aquecido deve ser administrado o mais rapidamente possvel. Dose varia de 1000 a
2000mL no adulto e 20ml/kg na criana;
Para cada ml de sangue perdido 3 ml de cristalide.
Ringer Lactato (a 39C) expanso transitria do volume intravascular + reposio das perdas intersticiais e intracelular. O SF pode
ser utilizado porm grandes volumes de SF acidose hiperclormica (pp. se associada a disfuno renal).
Avaliao da Dbito urinrio diurese horria (boa perfuso 0,5 ml/kg/h em adultos, 1ml/kg/h < 12a, 2ml/kg/h < 1a)
Reposio Nvel de conscincia
Perfuso perifrica
Valores de lactato
Dficit de base
*A infuso de volume de visar PA alvo inicialmente menor do que a normal enquanto o cirurgio faz o controle do foco de sangramento.
Trauma penetrante com sangramento significativo a ressuscitao com grandes volumes deve ser adiada at que seja realizado o
controle definitivo da perda sangunea Ressuscitao balanceada ou controlada
Hipotenso Choque obstrutivo e o Choque cardiognico pneumotrax hipertensivo, tamponamento cardaco, contuso ou IAM, embolia gasosa.
Refratria Menos freqente choque neurognico, insuficincia suprarrenal.
Tamponamento Cardaco
Clnica Trauma torcico penetrante ou fechado HIPOTENSO, TURGNCIA JUGULAR, ABAFAMENTO DE BULHAS CARDACAS (Trade
de Beck)
Diagnstico USG abdominal (janela subxifoidiana)
*A reposio volmica pode melhora de forma transitria os parmetros hemodinmicos atraso no diagnstico.
TTO Emergencial Toracotomia ou pericardiocentese com agulhas com retirada de 15 25 ml.
Contuso Miocrdica
Introduo 1/3 dos pacientes com trauma fechado < 5% apresentam arritmias graves ou insuficincia ventricular
Diagnstico Trauma torcico com alteraes ECG arritmias ventriculares, fibrilao arterial, bradicardia sinusal ou BRD
Embolia Area
Mecanismo Fstula entre brnquio e ramo da veia pulmonar
Toractomia em centro cirrgico posio de Trendelenburg clampeamento do hilo pulmonar do pulmo lesado aspirao do ar
TTO
acumulado no ventrculo e arco artico.
CLASSIFICAO DE MALLAMPATI
CLASSE VISUALIZAO
Palato mole, fauces, vulas, pilares e
1
tonsilas
2 Palato mole, fauces, vula
3 Palato mole e base da vula
4 SOMENTE palato mole
INTERAOES MEDICAMENTOSAS FRMACOS QUE DEVEM SER SUSPENSOS PREVIAMENTE AO ATO ANESTSICO:
INIBIDORES DA MAO
Suspender com 15 dias de antecedncia, pois prolongam e intensificam o efeito de depressores do SNC, como anestsicos gerais, anti-
histamnicos e sedativos. Potencializam os efeitos txicos de alguns opiides, especialmente a meperidina, podendo causar hipertermia
quando associado a esta. Contra- indicam o uso de vasopressores de ao indireta, pancuronio, halotano e cetamina.
HIPOGLICEMIANTE ORAL
Suspender com antecedncia de oito a 12 horas os de ao curta e de um a trs dias os de longa durao. Ambos devem ser suspensos para
impedir que haja hipoglicemia durante o ato cirrgico e conseqente aumento do catabolismo protico e lipdico.
ANTICOAGULANTE ORAL
Suspender com 15 dias de antecedncia, pois predispem o paciente a distrbios hemorrgicos durante o ato cirrgico. Podem ser
substitudos por heparina, que tem um antagonista especfico.
INIBIDORES DE APETITE
Suspender com 15 dias de antecedncia, principalmente aqueles que contem anfetamnicos, antidepressivos e hormnio tireoidiano.
MONITORAO
A monitorizaao tem por funo avaliar o paciente de maneira objetiva, oferecendo parmetros diretos para que o anestesiologista possa
direcionar seus cuidados. Para tanto, dispe-se de inmeros aparelhos e recursos que podem tornar a monitorizaao invasiva (quando
ultrapassa os limites da pele, atingindo tecidos ou vasos) ou no. Pode ser minimamente invasiva, por exemplo, quando eletrodos so
instalados em cavidades para mensurar temperatura.
OXIMETRIA DE PULSO
O oxmetro de pulso monitorizao obrigatria em
procedimentos anestsicos. O aquecimento da fonte de
luz ou a presso do monitor pode resultar em leso
tecidual, caso o mesmo no seja periodicamente
removido. Alm da saturao de oxignio, oxmetros de
pulso servem como indicadores de perfuso tecidual
(amplitude de pulso) e para medir a freqncia cardaca.
CAPNOGRAFIA
A capnografia mtodo valioso de avaliao da
ventilao e perfuso pulmonar durante o procedimento
anestsico. Baseia-se na determinao da concentrao
expirada final de dixido de carbono e reflete se est
ocorrendo troca gasosa adequada. Os capngrafos
indicam com rapidez e segurana a ocorrncia de
intubaao esofgica. A sbita interrupo da medida de
CO2 durante a expirao pode indicar desconexo do
circuito. O aumento da taxa metablica causado pela
hipertermia maligna causa um notrio aumento na
quantidade expirada de CO2.
INDUTORES
TIOPENTAL SDICO
A dose utilizada para induo 3-5mg/kg IV, sendo bastante utilizado em procedimentos neurolgicos, pois reduz a presso intracraniana,
induzindo vasoconstriao e diminuio do fluxo sangneo por reduo do metabolismo cerebral. Em geral, tem ao intensa no sistema
cardiovascular, limitando seu uso.
ETOMIDATO
utilizado como alternativa ao tiopental para induo, na dose de 0.3mg/kg. o agente indutor de menor repercusso cardiovascular, sendo
indicado em pacientes idosos, cardiopatas e politraumatizados, ou seja, pacientes de estados fsicos PIII e IV e cirurgias de emergncia.
PROPOFOL
Inibe as sinapses supra-espinais e espinais, potencializando os efeitos dos receptores GABA, cujas aes depressoras tambm podem causar
efeitos antiemticos, antipruriginosos e ansiolticos. Menos de 0,3% da dose administrada eliminado na urina, sendo depurado rapidamente
do plasma, possibilitando o uso em infuso continua ou anestesia balanceada. Para induo, a dose utilizada de 2 a2,5mg/kg IV, produzindo
inconscincia em 30 segundos. A manuteno pode ser feita na dose de 75 a 200mcg/kg/min. Os efeitos colaterais so: diminuio da presso
intracraniana por vasoconstriao e queda no fluxo sangneo cerebral; queda da PA, do dbito cardaco e da resistncia vascular perifrica;
depresso respiratria e reaes alrgicas. Pode ocorrer febre associada contaminao da soluo, pois o solvente do propofol um leo
orgnico e no contm agentes bactericidas.
BENZODIAZEPNICOS
DIAZEPAM
MIDAZOLAM
Trs vezes mais potente que o diazepam e muito lipossolvel em pH fisiolgico. A dose utilizada de 0,15 a 0,3mg/kg. Os efeitos colaterais
so: leve depresso respiratria, queda na PA e aumento na freqncia cardaca.
Tambm pode ser utilizado como indutor, mas muito til como medicao pr-anestsica, coadjuvante na sedao e na manuteno da
amnsia.
HIPNOANALGSICOS CETAMINA
Produz sedao, amnsia e analgesia. A inconscincia atingida entre 30 e 60 segundos, ou seja, rpido inicio de ao e durao de ao
curta. A dose utilizada na induo de 1 a 2mg/kg IV.
ANALGSICOS
Utilizam-se os opiides que exercem sua ao ocupando e estimulando receptores especficos.
MORFINA
o opiide com o qual todos os outros so comparados, sendo mais eficaz em aliviar a dor moderada e continua que a dor aguda e
intermitente, podendo ser usada na analgesia preemptiva e como analgsico no ps-operatrio por vias sistmica e espinhal. A durao de
aao de quatro horas. Os efeitos colaterais so: depresso respiratria, hipotenso, espasmo do esfncter de Oddi, gerando dor intensa,
nuseas e vmitos e dependncia fsica.
MEPERIDINA
um opiide sinttico com um dcimo da potencia da morfina. O produto da metabolizao a normeperidina, que tem excreo renal,
pequena atividade analgsica e grande atividade convulsivante, o que limita o uso de altas doses por perodos prolongados.
FENTANIL
um agonista opiide cem vezes mais potente que a morfina e bastante usado em anagelsia espinhal. O inicio de ao mais rpido e a
durao de ao menor em comparao com a morfina, devido maior lipossolubilidade. A metabolizao heptica e a excreo, renal.
SULFENTANIL
oito a 10 vezes mais potente que o fentanil e tem alta lipossolubilidade. Os usos clnicos e efeitos colaterais so semelhantes aos do fentanil,
estando mais relacionados sonolncia e ao prurido ps-operatrio.
TRAMADOL
Para antagonizar os efeitos dos opiides, so utilizados dois frmacos:
NALBUFINA
Reverte somente depresso respiratria. um agonista-antagonista opiide, ou seja, agonista kappa e antagonista mi, que, quando
administrado na dose 10mgIV de reverter a depresso respiratria causada por agonistas puros, como morfina, mantendo a analgesia.
NALOXONA
um antagonista opiide que reverte os efeitos dos opiides (depresso respiratria e analgesia) na dose de 0,1 a 0,4mcg/kg IV. Como tem
durao de ao de 45 minutos, em casos de sobredose de opiides, recomenda-se infuso continua de 5mcg/kg/h visando prevenir a
depresso respiratria com mnima repercusso sobre a analgesia.
RELAXANTES MUSCULARES
O uso de agentes com esta funo torna-se importante por facilitar a intubaao traqueal, bem como por fornecer relaxamento muscular durante
os atos cirrgicos.
JUNAO NEUROMUSCULAR
A Ach liga-se a receptores nicotnicos pr-juncionais, ou seja, da fibra nervosa, estimulando a mobilizao de mais Ach, e tambm a receptores
da placa motora da fibra muscular, que so formados por cinco cadeias proticas (duas alfas, uma beta, uma gama e uma psilon) reunidas
em uma estrutura tubular que atravessa a membrana lipdica de lado a lado.
Para que ocorra diminuio na contrao muscular, preciso que pelo menos 75% dos receptores colinrgicos da placa motora esteja
ocupados pelo bloqueador neuromuscular, sendo ideal que este apresente as seguintes caractersticas:
Mecanismo de ao adespolarizante ou competitivo; Rpido inicio de ao; Curta durao de ao; Permitir rpida recuperao; No ser
cumulativo; Ser reversvel por ao de inibidores da colinesterase;
Quanto ao mecanismo de ao, os relaxantes musculares podem ser despolarizantes ou adespolarizantes.
RELAXANTES ADESPOLARIZANTES DE AAO LONGA: Inicio de aao em trs a cinco minutos, com durao entre 60-90 minutos.
o PANCURNIO
Alm do efeito de relaxamento muscular, o pancuronio causa taquicardia e elevao da pressao arterial em 10%-15% dos casos por aao
vagoltica semelhante aquela produzida pela atropina. Este frmaco no causa liberao de histamina.
o PIPECURONIO
o DOXACRIO
RELAXANTES MUSCULARES DE AAO INTERMEDIRIA: Indicaes: problemas cardacos e glaucoma. Tem durao de aao de cerca
de 20-30 minutos, apresentam efeitos cardiovasculares mnimos ou ausentes, no alteram a pressao intra-ocular nem intracraniana.
o ATRACRIO
Seu inicio de ao de trs a cinco minutos aps injeo com durao de 20 a 30 minutos.
o CIS-ATRACRIO
Sua potencia muito maior, ou seja, dose eficaz menor, e a capacidade de liberao de histamina muito reduzida. Tambm no apresenta
efeitos cardiovasculares adversos.
o ROCURONIO
Este relaxante, em dose de 0,12mg/kg, pode ser usado em substituio succinilcolina para o procedimento de intubaao rpida.
o VECURONIO
BLOQUADORES DESPOLARIZANTES
Os relaxantes musculares que atuam atravs deste mecanismo ligam-se aos receptores nicotnicos da Ach, causando sua abertura. Em
conseqncia ocorre como efeito colateral, fasciculaao, que pode ser prevenida pelo uso de bloqueador adespolarizante na proporo de 1/10
da dose de ataque. o que se denomina de pr-curarizaao. Por apresentarem velocidade de hidrlise pela colinesterase plasmtica menor
que a da Ach, estes frmacos mantem os canais inicos abertos por mais tempo, com despolarizao sustentada e conseqente incapacidade
de responder a uma nova liberao da Ach na fenda sinptica. Desse modo, a contrao muscular fica temporariamente abolida. Caracteriza-
se por ser potencializado em condies de hipotermia e pelos agentes anticolinestersicos e outros frmacos. So antagonizados por
bloqueadores adespolarizantes (curare). Apenas a succinilcolina de importncia cnica.
SUCCINILCOLINA
O relaxamento obtido atravs da administrao venosa de 0,5 a 1,0mg/kg, com a finalidade principal de facilitar o procedimento da intubaao
traqueal. Sua ao tem inicio de 30 a 60 segundos aps sua administrao e durao de apenas um a trs minutos (ultracurta), devido rpida
hidrlise pela pseudocolinesterase. So efeitos colaterais: arritmias cardacas, hiperpotassemia, hipercalcemia, mialgia, mioglobinria, aumento
da presso intra-ocular, desencadeamneto de hipertermia maligna, diminuio da freqncia cardaca e da presso arterial. Em pacientes
queimados, a succinilcolina promove hiperpotassemia.
COMPLICAOES
HIPERTERMIA MALIGNA
Decorre principalmente da associao da succinilcolina com o halotano em alguns pacientes. Isto se deve a um defeito no retculo
sarcoplasmtico das fibras musculares que ento apresentam grande liberao de Ca++, quando expostas a esses dois frmacos, o que causa
grande contratura muscular e produo de calor, que, no sendo suficientemente dissipado, leva a aumento acelerado da temperatura.
HIPERSENSIBILIDADE AOS DESPOLARIZANTES
Uma pseudocolinesterase atpica, que leva muito mais tempo para metabolizar a droga, com prolongamento de sua ao por at cinco horas.
A existncia desta pseudocolinesterase atpica s descoberta por ocasio de procedimento anestsico envolvendo o uso da succinilcolina
que mantm relaxamento muscular por tempo prolongado. Tambm pode aumentar tempo de durao de ao do mivacrio.
HIPERPOTASSEMIA
A dose de m/kg de succinilcolina aumenta os niveis de potssio srico em 0,5 a 1,0mE/l em indivduos normais.
ANTAGONISMO DO BLOQUEIO NEUROMUSCULAR.
Classicamente, o antagonismo do BNM adespolarizante realizado por drogas anticolinestersicas (neostigmine, piridostigmine e edrofonio)
que atuam inibindo a enzima acetilcolinesterase, ou seja, previnem a destruio normal da Ach, permitindo que esta se acumule em
concentrao suficiente para competir com o BNM no receptor da placa. Tambm tem efeito na membrana pr-juncional, aumentando a
mobilizao de Ach inibida pelos BNM.
ANESTSICOS INALATRIOS
ABSORAO, TRANSPORTE E ELIMINAAO DOS GASES ANESTSICOS.
Os agentes inalatrios podem ser classificados em duas categorias: gasosos, como exemplo, o xido nitroso (N2O), e lquidos volteis, no
caso, os halogenados. A medida da concentrao alveolar feita pela anlise do gs expirado final.
Cada agente possui uma determinada concentrao alveolar mnima (CAM), na qual 50% dos pacientes ficam anestesiados. Alguns fatores
podem alterar a CAM, entre eles, a idade, o estado metablico, frmacos estimulantes do SNC, agentes hipotensores, medicao pr-
anestsica e frmacos adjuvantes da anestesia.
Aumentam a CAM: faixas etrias (recm-nascidos e puberdade); hipertermia; uso crnico de lcool; associao com anfetamina (uso agudo),
cocana, efedrina; hipernatremia associada a nvel liqurico aumentado de sdio. Diminuem a CAM: hipxia grave (PaO2 < 40mmHg);
hipercarbia acentuada (PaCO2 > 90mmHg); anemia grave (Hematcrito < 10%); hipotenso arterial (PAM < 60mmHg); hipotermia; idade;
gestao; alteraes dos nveis liquricos de clcio (elevao) ou de sdio (reduo), associadas a alteraes sricas; associao com ltio,
verapamil, reserpina, a(smbolo alfa)- metildopa, clonidina, anfetamina (uso crnico), analgsicos opiides, diazepam, lidocana, outros
anestsicos inalatrios.
No entanto, a propriedade mais importante dos anestsicos em relao ao seu equilbrio a sua solubilidade em diferentes meios, expressa
por coeficientes de participao:
-Coeficiente sangue/gs: determina a velocidade de induo e regresso da anestesia; quanto menor o coeficiente, mais solvel em sangue
ser o agente, portento, mais rpido promover induo e regresso.
-Coeficiente leo/gs: determina a potncia do anestsico; quanto mais alto, maior o acmulo do anestsico em gordura e maior ser sua
potencia.
A eliminao dos agentes inalatrios depende dos mesmos fatores que so importantes na absoro: ventilao pulmonar, fluxo sangneo e
solubilidade no sangue e tecido. Clinicamente, importante dispor de certos parmetros para avaliar a regresso anestsica.
PADROES ANESTSICOS
A anestesia promovida por um agente inalatrio lento (ter), observou quatro estgios:
PLANO I Analgesia: h comprometimento da conscincia, porm no total, e diminuio da resposta a estmulos dolorosos, sem
comprometimento de outros nveis da funo cerebral;
PLANO II Excitao: perda completa da conscincia, ausncia de respostas dolorosas centrais, porm, exacerbao dos reflexos dolorosos,
devido inibio dos centros inibitrios centrais. O paciente pode ainda falar inconscientemente, mexer-se e vomitar;
PLANO III Perodo cirrgico: os movimentos espontneos cessam, a musculatura relaxa e a respirao se torna regular e superficial; o
paciente est pronto para ser operado;
PLANO IV Depresso do centro respiratrio: cessa o controle vasomotor e respiratrio e, se o paciente no for ventilado adequadamente,
ocorre a parada cardiorrespiratria em poucos minutos.
SUBARACNIDEA
tambm denominada raquianestesia, intra-tecal e Localizao do corpo vertebral da L4 em decbito lateral esquerdo>
raquidiana. Baseia-se na administrao de anestsico local
diretamente no lquor. Incio rpido de ao (curta latncia) e boa
intensidade de bloqueio sensitivo e motor so suas principais
vantagens. Possveis desvantagens que figuram so a maior
ocorrncia de cefalia (hiptese de que haja perda de lquor
pelo orifcio da puno, com diminuio da presso liqurica e
desvio caudal do crebro, resultando em dor por trao de
estruturas menngeas) e, mais comumente, a limitada durao da
anestesia quando utilizada a tcnica sem a colocao de catteres.
A anestesia subaracnidea tcnica muito utilizada para realizao
de cesarianas. de fcil execuo e de rpido incio de ao,
produzindo excelente relaxamento muscular e analgesia intensa,
oferecendo condies per-operatrias ideais. A atrao pela
anestesia subaracnidea fcil de ser identificada: uma tcnica
relativamente simples usada para injetar uma quantidade muito
pequena de anestsico em um compartimento corporal passvel de
ser identificado para promover anestesia profunda.
TUMOR DE CRDIA:
Classificao de Siewert:
CA GSTRICO:
Classificao Endoscpica do CA gstrico precoce: Sociedade Japonesa de Endoscopia Digestiva
I Polipide
III Ulcerado
Tipos mistos
PANCREATITES:
Critrios de Ranson: indicam o prognstico na pancreatite aguda. Se 3 = pancreatite crnica ou grave.
PANCREATITE AGUDA PANCREATITE AGUDA BILIAR
a. Na admisso a. Na admisso
- Idade > 55 anos - Idade > 70 anos
- Leuccitos > 16.000/mm - Leuccitos > 18.000/mm
- Glicemia > 200 mg/dL - Glicemia > 220 mg/dL
- DHL > 350 UI/L - DHL > 400 UI/L
- TGO > 250 UI/dL - TGO > 250 UI/dL
COLANGIOCARCINOMA:
Classificao de Bismuth-Corllete: localizao.
HRNIAS INGUINAIS:
Classificao de Nyhus:
I - Hrnia inguinal indireta- anel inguinal interno normal;
II - Hrnia inguinal indireta- anel inguinal interno dilatado, com parede posterior preservada;
III - defeito de parede posterior;
IIIA - Hrnia inguinal direta;
IIIB - Hrnia inguinal indireta- anel inguinal interno dilatado e destrudo;
IIIC - Hrnia femoral;
IV - Hrnia recidivada ou recorrente.
Classificao de Gilbert:
I - Hrnia indireta, anel interno no dilatado;
lI - Hrnia indireta, anel interno dilatado (passagem de ponta de dedo);
III - Hrnia indireta ou escrotal, anel interno insuficiente (passagem de dois ou mais dedos);
lV - Hrnia direta, grande defeito;
V - Hrnia direta, pequeno defeito;
VI - Hrnia combinada (direta/indireta);
VII - Hrnia femoral.
ASA:
ESTADIAMENTOS
CA GSTRICO: TNM
T0 - Sem evidncia de tu primrio Estgio IA: T1 N0
Tis - Carcinoma in situ Estgio IB: T1 N1 / T2 N0
T1 - Tu invade lmina prpria (mucosa) ou submucosa
T2 - Tu invade muscular prpria ou subserosa Estgio II: T1 N2 / T2 N1 / T3 N0
T3 - Tu invade serosa, sem invaso de estruturas adjacentes
T4 - Tu invade estruturas adjacentes (mediastino) Estgio IIIA: T2 N2 / T3 N1 / T4 N0
Estgio IIIB: T3 N2 / qqT N3
N0 - Linfonodos regionais no acometidos
N1 - Acometimento de 1-6 linfonodos regionais Estgio IV: T4 N1-N3 / qqT qqN
N2 - Acometimento de 6-15 linfonodos regionais M1
N3 - Acometimento de > 15 linfonodos regionais