Manual - Psicólogo PDF
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Orientações
Legislação e Recomendações
para o Exercício Profissional
da(o) Psicóloga(o)
Conselheiras(os)
Alacir Villa Valle Cruces
Ana Paula Porto Noronha
Aristeu Bertelli da Silva
Bruno Simões Gonçalves
Camila de Freitas Teodoro
Dario Henrique Teófilo Schezzi
Graça Maria de Carvalho Camara
Gustavo de Lima Bernardes Sales
Ilana Mountian
Janaína Leslão Garcia
Joari Aparecido Soares de Carvalho
Jonathas José Salathiel da Silva
José Agnaldo Gomes
Livia Gonsalves Toledo
Luiz Eduardo Valiengo Berni
Luis Fernando de Oliveira Saraiva
Maria das Graças Mazarin de Araujo
Maria Ermínia Ciliberti
Marília Capponi
Mirnamar Pinto da Fonseca Pagliuso
Moacyr Miniussi Bertolino Neto
Regiane Aparecida Piva
Sandra Elena Spósito
Sergio Augusto Garcia Junior
Silvio Yasui
Projeto gráfico
Micael Melchiades e Paulo Mota | CRP SP
Elaboração e Atualização
Dalva Chaves Pereira | CRP SP
Mariana Satie Kitahara | CRP SP
Apoio: Equipe Técnica e Conselheiras(os) da COF
A segunda e terceira edição foram impressas na gestão 2010 - 2013, mantendo o mesmo número de ISBN.
___________________________________________________________________________
ISBN: 978-85-60405-22-0
Prefácio à 4ª Edição
O Sistema Conselhos de Psicologia tem como principal função ser um elemento de medi-
ação entre a categoria profissional e a sociedade e, tem como atribuições: Orientar a respeito dos
direitos e deveres da(o) psicóloga(o) e usuários(as); Regulamentar/normatizar o exercício profis-
sional através de legislações que orientam na prática profissional; Fiscalizar o exercício profission-
al a fim de apurar irregularidades, tendo em vista a legislação reguladora e Disciplinar o exercício
profissional da(o) psicóloga(o).
Lembramos às(aos) nossas(os) colegas que estas questões foram respondidas com base
na nossa Legislação composta por Resoluções que são elaboradas pelo Sistema Conselhos de
Psicologia e que buscam proteger e orientar tanto a(o) profissional quanto o(a) usuário(a) dos
serviços de Psicologia, nas suas relações.
Você pode esclarecer mais dúvidas consultando diretamente o CRP 06 acessando o “Fale
Conosco” do nosso site, ligando para Equipe Técnica (Sede e/ou Subsede) ou vindo pessoalmente
à nossa sede ou subsede mais próxima.
O site do CRP 06 também possui material para consulta que pode ser copiado, incluindo
os cadernos do CREPOP (Centro de Referência Técnica de Psicologia e Políticas Públicas) que são
elaborados a partir de pesquisas nacionais nas diversas áreas que envolvam Políticas Públicas.
Este Manual não substitui a relação que você pode ter com o Conselho. Temos interesse
em conhecer suas experiências profissionais, as especificidades de sua prática, as dificuldades e
o sucesso de sua atuação. Mas esperamos que este documento agilize e facilite o seu fazer no dia
a dia.
1
2
3
10
8
9 4
1 Assis
2 Bauru
3 Campinas
4 Grande ABC
5 Ribeirão Preto
6 Baixada Santista e Vale do Ribeira
7 São José do Rio Preto
8 Sede - São Paulo
9 Sorocaba
10 Vale do Paraíba e Litoral Norte
Sumário
Parte I Parte IV
ENTENDENDO O SISTEMA CONSELHOS OUTROS ASPECTOS PROFISSIONAIS
DE PSICOLOGIA Relação com outros órgãos reguladores do exercício
I.1 – Apresentação da estrutura e do funcionamento profissional
do Sistema Conselhos IV.1 – Cadastros em outros Órgãos
I.2 – Eleições IV.2 – Atestado Psicológico
I.3 – Estrutura e funcionamento do Regional São IV.3 – Fiscalização
Paulo – 6.ª Região IV.4 – Psicólogas(os) Especialistas
Parte II IV.5 – Busca de Informações Profissionais
REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL IV.6 – Atuação em Pesquisa
EM PSICOLOGIA IV.7 – Questões Trabalhistas
II.1 – Documentação e procedimentos necessários IV.8 – Eventos
para o exercício profissional Parte V
Parte III OUTRAS AÇÕES
ORIENTAÇÕES SOBRE A PRÁTICA PROFISSIONAL V.1 – Ato Médico
Questões referentes a diferentes âmbitos da prática
profissional Parte VI
RELAÇÃO DE ENDEREÇOS DA SEDE E SUBSEDES
III.1 – Regulamentação
III.2 – Registro Documental / Prontuário Parte VII
III.3 – Sigilo Profissional LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
III.4 – Métodos e Técnicas Utilizados
III.5 – Avaliação Psicológica e Testes Parte VIII
III.6 – Documentos Escritos GLOSSÁRIO DE ENTIDADES E SISTEMAS
III.7 – Serviços Psicológicos Mediados Parte IX
por Computador ÍNDICE REMISSIVO
III.8 – Serviços Psicológicos Mediados por Telefone
III.9 – Estágios para Estudantes de Psicologia Parte X
III.10 – Serviços-Escola ANEXOS
III.11 – Publicidade e Mídia Anexo I – A(O) Psicóloga(o) e sua atuação no
III.12 – A(O) Psicóloga(o) e a Justiça contexto jurídico
III.13 – A(O) Psicóloga(o) e o Atendimento Domiciliar Anexo II – Pareceres das Plenárias COF do CRP SP
III.14 – Contrato e Honorários Anexo III – Código de Ética Profissional do Psicólogo
III.15 – Planos de Saúde
III.16 – Irregularidade Ética e Representação
Parte I – Entendendo o Sistema Conselhos de Psicologia
I.2 – ELEIÇÕES
Parte I/01
7 – Como as(os) psicólogas(os) participam deste processo de construção de ações a serem
seguidas pela chapa eleita?
O Congresso Nacional da Psicologia reúne um conjunto de propostas construídas e aprovadas
pela categoria nos Congressos Regionais da Psicologia de cada CRP, nos quais se elege também
um conjunto de psicólogas(os) que deve representar, na condição de delegadas(os), o seu CRP no
Congresso Nacional da Psicologia, de acordo com as normas regimentais estabelecidas.
8– Como deve proceder a(o) psicóloga(o) que não puder votar nas eleições do Sistema Conse-
lhos de Psicologia?
Conforme o artigo 33 do Decreto Lei n.º 79.822/77, o voto nas eleições do Sistema Conselhos de
Psicologia é obrigatório. Desta forma, a(o) psicóloga(o) que não votar deve apresentar justificativa
no prazo estipulado pelo Regimento Eleitoral, sob pena de aplicação de multa no valor definido
pela Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – APAF.
12 – O que é o Plenário?
O Plenário é o órgão deliberativo composto pelas(os) conselheiras(os) eleitas(os) por um período
de três anos, por meio do voto direto das(os) psicólogas(os) inscritas(os) no Conselho. Aprova
estratégias de ação, novos procedimentos de funcionamento administrativo do Conselho e julga
processos éticos, dentre outras atribuições.
13 – O que é a Diretoria?
A Diretoria é o órgão executivo eleito anualmente pelo Plenário, e é composta por quatro
conselheiras(os) efetivas(os): presidenta(e), vice-presidenta(e), secretária(o) e tesoureira(o).
Parte I/02
14 – O que são as Comissões Permanentes?
As Comissões Permanentes são responsáveis por atividades estabelecidas por lei, quais sejam:
orientar e fiscalizar o exercício profissional e tramitar os processos éticos. São elas a Comissão de
Ética Profissional (COE) e a Comissão de Orientação e Fiscalização (COF). A Comissão de Direitos Hu-
manos (CDH) foi instituída a partir da Resolução CRP n.º 02/2002, que em seus considerandos des-
tacou a importância dos direitos humanos para o exercício de toda e qualquer atividade profissional,
notadamente para a Psicologia e às(aos) psicólogas(os). A Comissão de Análise para a Concessão do
Título de Especialista (CATE) foi constituída em caráter extraordinário, com a finalidade de analisar
a documentação referente ao pedido da concessão e do registro do título profissional de especia-
lista em Psicologia, conforme a Resolução CFP n.º 013/2007. Temos ainda a Comissão de Políticas
Públicas constituída a partir de deliberações do VII e VIII Congressos Nacional de Psicologia, com a
perspectiva de fortalecer o Sistema Conselhos de Psicologia nos órgãos de controle social.
Parte I/03
19 – Como se organizam as Entidades da Psicologia Brasileira?
A Psicologia Brasileira, desde seu reconhecimento como profissão em 1962, instituiu-se em dife-
rentes espaços, ampliou o campo e as possibilidades de atuação e vem conquistando avanços na
sua forma de organização. Resultado disso é um amplo conjunto de entidades da Psicologia Bra-
sileira, dentre as quais podemos citar: ABECIPSI - Associação Brasileira dos Editores Científicos de
Psicologia, ABEP - Associação Brasileira de Ensino de Psicologia, ABOP - Associação Brasileira de
Orientadores Profissionais, ABPD - Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento, ABPJ
- Associação Brasileira de Psicologia Jurídica, ABRAPEDE – Associação Brasileira de Psicologia nas
Emergências e Desastres, ABPP - Associação Brasileira de Psicologia Política, ABPSA - Associação
Brasileira de Psicologia da Saúde, ABRANEP - Associação Brasileira de Neuropsicologia, ABRAP
- Associação Brasileira de Psicoterapias, ABRAPEE - Associação Brasileira de Psicologia Escolar
e Educacional, ABRAPESP - Associação Brasileira de Psicologia do Esporte, ABRAPSO - Associa-
ção Brasileira de Psicologia Social, ANPEPP - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação
em Psicologia, ASBRo - Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos, CFP - Conselho
Federal de Psicologia, CONEP - Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia, FENAPSI - Fe-
deração Nacional dos Psicólogos, FLAAB – Federação Latino-Americana de Análise Bioenergética,
IBAP - Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica, SBPH - Sociedade Brasileira de Psicologia Hos-
pitalar, SBPOT - Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho, SOBRAPA - Socie-
dade Brasileira de Psicologia e Acupuntura. Estas entidades – científicas, profissionais, sindicais e
estudantis – compõem o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB), que tem
por finalidade definir políticas e projetos voltados à melhoria da qualificação profissional das(os)
psicólogas(os), fortalecer a pesquisa no Brasil, consolidar a relação entre a pesquisa e a prática
cotidiana, aprimorando, assim, o exercício da profissão.
Parte I/04
Parte II – Requisitos para o Exercício Profissional em Psicologia
Sobre os objetivos mencionados acima a Resolução do CFP n.º 003/2007, introduz maiores escla-
recimentos em seu artigo 2º:
IV – DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO – é o processo por meio do qual, por intermédio de Métodos e Técni-
cas Psicológicas, se analisa e se estuda o comportamento de pessoas, de grupos, de instituições e de
comunidades, na sua estrutura e no seu funcionamento, identificando-se as variáveis nele envolvidas;
V – ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – é o processo por meio do qual, por intermédio de Métodos e
Técnicas Psicológicas, se investigam os interesses, aptidões e características de personalidade do
consultante, visando proporcionar-lhe condições para a escolha de uma profissão;
VI – SELEÇÃO PROFISSIONAL – é o processo por meio do qual, por intermédio de Métodos e Técnicas
Psicológicas, se objetiva diagnosticar e prognosticar as condições de ajustamento e desempenho
da pessoa a um cargo ou atividade profissional, visando a alcançar eficácia organizacional e pro-
curando atender às necessidades comunitárias e sociais;
VII – ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA – é o processo por meio do qual, por intermédio de Métodos e
Técnicas Psicológicas, proporcionam-se condições instrumentais e sociais que facilitem o desenvolvimen-
to da pessoa, do grupo, da organização e da comunidade, bem como condições preventivas e de solução
de dificuldades, de modo a atingir os objetivos escolares, educacionais, organizacionais e sociais;
VIII – SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE AJUSTAMENTO – é o processo que propicia condições de auto-re-
alização, de convivência e de desempenho para o indivíduo, o grupo, a instituição e a comunidade,
mediante métodos psicológicos preventivos, psicoterápicos e de reabilitação.
Parte II/01
26 – O que mais a(o) psicóloga(o) pode fazer?
Conforme o Decreto n.º 53.464, de 21/01/1964, no Artigo 4º, diz que são ainda consideradas fun-
ções da(o) psicóloga(o):
• Dirigir serviços de Psicologia em órgãos e estabelecimentos públicos, autárquicos, para-
estatais, de economia mista e particulares.
• Ensinar as cadeiras ou disciplinas de Psicologia nos vários níveis de ensino, observadas
as demais exigências da legislação em vigor.
• Supervisionar profissionais e alunos(as) em trabalhos teóricos e práticos de Psicologia.
• Assessorar, tecnicamente, órgãos e estabelecimentos públicos, autárquicos, paraesta-
tais, de economia mista e particulares.
• Realizar perícias e emitir pareceres sobre a matéria de Psicologia.
28 – O que acontece se a(o) psicóloga(o) atuar sem estar inscrita(o) ou com a inscrição cancelada?
Caso se constate que a(o) psicóloga(o) está ou esteve em exercício profissional sem inscrição ati-
va, poderá sofrer uma denúncia junto à Justiça, por exercício ilegal da profissão, previsto na Lei das
Contravenções Penais – Decreto-Lei n.º 3.688 de 1941, Art. 47.
No caso de Pessoa Jurídica (PJ) inscrita no CRP, a(o) Responsável Técnica(o) (RT) também fica responsável
por verificar se as(os) psicólogas(os) que trabalham na instituição possuem inscrição ativa no CRP SP.
37 – A(O) psicóloga(o) estrangeira(o) e/ou com formação no exterior pode atuar no Brasil?
As(Os) psicólogas(os) com formação e atividade profissional em Psicologia no exterior, que ve-
nham a atuar no Brasil a convite de entidades educacionais, profissionais ou científicas, ou
ainda, de grupos de psicólogas(os), por um período de, no máximo, três meses por ano, deverão
comunicar ao Conselho Regional de Psicologia da jurisdição as atividades que realizarão e cujo
exercício seja atribuído por lei à(ao) psicóloga(o), conforme a Resolução CFP n.° 002/2002, e
artigos 14 e 15 da Resolução CFP n.º 03/2007.
38 – Se esta(e) psicóloga(o) decidir morar no Brasil, o que precisa fazer para regularizar sua
situação profissional?
Existe a necessidade da revalidação do Diploma em Psicologia do país onde realizou a gradua-
ção por uma Universidade brasileira autorizada pelo MEC, para então, posteriormente, proceder
à inscrição no CRP.
Parte II/03
39 – Como proceder quando houver alteração de dados cadastrais? Tenho outras obrigações?
Toda(o) psicóloga(o) deve sempre manter atualizados seus dados cadastrais (por ex: mudança de
endereço, estado civil, alteração de nome, endereço eletrônico/e-mail, telefones de contato). Con-
forme a Resolução CFP n.° 005/2001, a mudança de endereço deve ser comunicada imediatamen-
te ao CRP para que este possa encontrá-la(o) sempre que se fizer necessário. A atualização pode
ser via: site (opção Atualizar Cadastro), e-mail, telefone, postal ou pessoal. Compete-lhe também
o pagamento das anuidades e entrega de documentos, dentre as principais exigências.
Parte II/04
Parte III – Orientações Sobre a Prática Profissional
Questões referentes a diferentes âmbitos da prática profissional
III. 1– REGULAMENTAÇÃO
57 – O que é o Prontuário?
O prontuário também é considerado um registro documental, e é definido como arquivo, em papel
ou informatizado, cuja finalidade é facilitar a manutenção e o acesso às informações que os(as)
usuários(as) fornecem durante o atendimento, incluindo os resultados de avaliações e procedi-
mentos realizados com finalidade diagnóstica ou de tratamento, lembrando que o(a) usuário(a)
deve ser informado(a) da existência do prontuário.
Parte III/05
70 – Quando a(o) psicóloga(o) precisar compartilhar informações com outros(as) profissionais,
o que pode ser dito?
O sigilo implica também que, quando houver necessidade de informar a respeito do atendimento
a quem de direito, deve-se oferecer apenas as informações necessárias para a tomada de decisão
que afete o(a) usuário(a) ou beneficiário(a).
71 – Se a(o) psicóloga(o) não tem certeza sobre manter o sigilo de uma situação, o que fazer?
Em caso de dúvida, é também importante que a situação da quebra de sigilo seja compartilhada
e discutida com outros(as) profissionais envolvidos(as) no atendimento ou, quando não houver,
que a(o) psicóloga(o) busque supervisão profissional ou a orientação do próprio Conselho para
auxiliá-la(o) na reflexão crítica para uma tomada de decisão fundamentada.
72 – Se a(o) psicóloga(o) decide quebrar o sigilo em uma situação, o que pode compartilhar?
Quando houver decidido pela quebra de sigilo, a(o) psicóloga(o) deve tomar o devido cuidado
para dar a conhecer a outrem apenas aquilo que está sendo demandado e para aquele fim especí-
fico, mantendo os demais aspectos não requisitados sob sigilo.
73 – Se o(a) usuário(a) do serviço não estiver mais em atendimento, a(o) psicóloga(o) pode
quebrar o sigilo?
Mesmo após o término de um trabalho, ou do falecimento do(a) usuário(a) o sigilo das informa-
ções deve ser mantido, sendo que a decisão pela quebra de sigilo deve ser avaliada conforme
mencionado anteriormente.
74 – E no caso de atendimento a crianças e/ou adolescentes, o que pode ser compartilhado com
os(as) responsáveis?
Nestes casos é importante o cuidado para comunicar ao(à) “responsável apenas o estritamente
essencial para se promoverem medidas em seu benefício” (Art. 13 do Código de Ética).
75 – O que deve ser considerado pela(o) psicóloga(o) ao escolher um local para atender?
O local deve ser apropriado ao serviço de psicologia prestado, de modo que garanta o sigilo
profissional e condições de segurança, ventilação, higiene e acomodação adequadas aos(às)
usuários(as) que estão utilizando os serviços. As características do serviço prestado e o próprio
público atendido, também podem ser aspectos decisórios na definição do local.
Parte III/06
79 – O que a(o) psicóloga(o) está impedida(o) de utilizar em seu exercício profissional?
Em sua prática profissional a(o) psicóloga(o) não pode associar às intervenções em Psicologia concep-
ções místico-religiosas ou recursos que tenham como pressuposto tais tipos de crença, como reiki, tarô,
TVP (Terapia de Vidas Passadas) etc.. Também é vedada a utilização de práticas que possam induzir a
crenças religiosas, filosóficas ou de qualquer outra natureza e que sejam alheias ao campo da Psicologia.
80 – Existe alguma situação em que possam ser utilizadas técnicas não regulamentadas?
Sim. Quando não estiverem regulamentadas ou reconhecidas pela profissão, algumas técnicas poderão
ser utilizadas em processo de pesquisa, resguardados os princípios éticos fundamentais, e seguindo re-
gulamentação que dispõe sobre pesquisa com seres humanos. (Resolução Conselho Nacional de Saúde
n.º 466/2012, site: www.conselho.saude.gov.br; Resolução CFP n.º 10/97 e Resolução CFP n.º 11/97).
Parte III/07
86 – É verdade que a(o) psicóloga(o) deve deixar um exemplar do Código de Ética e do Código de
Proteção e Defesa do Consumidor em seu consultório?
Sim. A Resolução CFP n.° 010/2000 dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilizar exemplar do
Código de Ética do Psicólogo no local do atendimento para consulta do(a) usuário(a) do serviço,
e a Lei n.º 12.291/2010 dispõe sobre a mesma obrigatoriedade quanto ao Código de Proteção e
Defesa do Consumidor.
88 – A(O) psicóloga(o) deve tomar algum cuidado quando optar por atender familiares e/ou
conhecidos(as)?
Sim. Além do conhecimento e consentimento das pessoas atendidas, a(o) psicóloga(o) deverá estar
atenta(o) em relação ao sigilo profissional. As informações de um atendimento não podem, em nenhu-
ma hipótese, ser reveladas ou utilizadas no outro atendimento, podendo caracterizar quebra de sigilo.
Parte III/08
• Disponibilização das informações da Avaliação Psicológica apenas àqueles(as) com o
direito de conhecê-las;
• Proteção da integridade dos testes, não os comercializando, publicando ou ensinando
àqueles(as) que não são psicólogas(os);
• Avaliação sobre o uso que será feito da avaliação, conforme o Princípio Fundamental III
do Código de Ética. Considerar a realidade do(a) avaliando(a) e os sofrimentos aos quais
esteja exposto(a), em respeito aos Direitos Humanos, intervindo positivamente ao iden-
tificar situações que envolvam violação desses direitos.
98 – Com relação aos contextos e objetivos da Avaliação Psicológica, pode ser utilizado qual-
quer teste?
A Resolução CFP n° 002/2003, no artigo 11, orienta que “as condições de uso dos instrumentos devem
ser consideradas apenas para os contextos e propósitos para os quais os estudos empíricos indicaram
resultados favoráveis”. O que esse artigo quer dizer é que a simples aprovação no Satepsi – Sistema de
Avaliação de Testes Psicológicos não significa que o teste possa ser usado em qualquer contexto, ou
para qualquer propósito. A recomendação para um uso específico deve ser buscada nos estudos que
Parte III/09
foram feitos com o instrumento, principalmente nos estudos de validade e nos de precisão e de padro-
nização. Assim, os requisitos básicos para uma determinada utilização são os resultados favoráveis de
estudos orientados para os problemas específicos relacionados às exigências de cada área e propósito.
100 – As condições de conservação do teste deve ser uma preocupação da(o) psicóloga(o)?
Sim. Os instrumentos devem estar de acordo com a descrição apresentada no manual e em condi-
ções adequadas de conservação e utilização.
103 – A(O) psicóloga(o) pode utilizar um teste psicológico que está sob a análise do CFP, mas
ainda não possui um parecer final?
Os testes psicológicos, recebidos pelo CFP, que ainda não possuem avaliação final, estão em pro-
cesso de análise, sendo seu uso restrito a pesquisa.
104 – Que tipo de pesquisa é possível desenvolver com os testes que não possuem avaliação
final favorável?
A Resolução CFP n.º 002/2003 não diferencia o tipo de pesquisa a ser realizada com os testes
psicológicos desfavoráveis. O Sistema Conselhos é favorável ao desenvolvimento de pesquisas
científicas desde que estejam de acordo com as normas específicas relacionadas.
Desta forma, é permitida a utilização de testes psicológicos em diferentes tipos de pesquisa, seja
para estudos do próprio teste ou pesquisas em que o teste é um meio para outros resultados.
Parte III/10
Essa última condição merece uma discussão mais delicada, pois envolve a confiabilidade dos re-
sultados obtidos com a aplicação do teste psicológico em que as características psicométricas são
desconhecidas ou inexistentes.
105 – Os instrumentos que estão na lista de testes desfavoráveis serão reavaliados? Se forem
reavaliados e tiverem uma avaliação final favorável poderão ser utilizados?
Um teste considerado desfavorável poderá, a qualquer tempo, ser reencaminhado para análise
pelo(a) Requerente responsável por sua publicação. A nova versão do teste será submetida ao
processo de análise, findo o qual poderá ser considerado favorável ou desfavorável. Caso seja
considerado favorável, apenas a nova versão do teste poderá ser utilizada.
113 – Que outras normas regem a atuação da(o) psicóloga(o) perita(o) do trânsito?
Pela Resolução CFP n.º 16/2002 e 06/2010, a(o) psicóloga(o) que trabalha nesta atividade do trân-
sito, é considerada(o) perita(o), portanto, não pode manter vínculos com Centros de Formação de
Condutores ou outros locais cujos(as) agentes manifestem interesse no resultado dos exames psi-
cológicos. Há, além disso, a legislação específica do Detran a qual a(o) psicóloga(o) credenciada(o)
pelo órgão obriga-se a respeitar. Cabe citar a Resolução 425/2012 do Conselho Nacional de Trân-
sito – CONTRAN, que dispõe sobre o exame de aptidão física e mental e a avaliação psicológica.
114 – Existe alguma norma sobre avaliação psicológica para a obtenção de porte ou uso de arma
de fogo?
Sim. São as Resoluções CFP nº 18/2008, nº 002/2009, nº 10/2009 e a nota técnica, todas dispo-
níveis no site do CRP-SP.
115 – Qualquer psicóloga(o) pode avaliar com a finalidade de obtenção de porte ou uso de arma
de fogo?
Até o dia 5/9/2014 foram aceitas avaliações realizadas por não credenciados (inclusive para o
exercício da profissão de vigilante), conforme artigo 22 da Instrução Normativa DPF n.º 78/2014.
Após isso, a avaliação psicológica para a obtenção de porte ou uso de arma de fogo só pode ser
realizada por psicólogas(os) credenciadas(os) na Polícia Federal, exceto nos casos em que as(os)
psicólogas(os) sejam integrantes das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Fe-
deral, da Polícia Ferroviária Federal, das Polícias Civis, das Polícias Militares e dos Corpos de Bom-
beiros Militares. Estas exceções são previstas em lei, em especial na de n.º 10.826/2003 (vide nota
Parte III/12
técnica CFP no site do CRP-SP link: http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/manual/Nota%20
t%C3%A9cnica%20-%20referente%20a%20Resolu%C3%A7%C3%A3o%2010-2009.pdf)).
119 – Existe alguma resolução que orienta sobre documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o)?
O CFP pela Resolução n.º 007/2003, apresenta um Manual de Elaboração de Documentos Escritos,
que descreve em detalhes o que precisa constar em quatro modalidades de documentos: declara-
ção, atestado psicológico, relatório ou laudo psicológico e parecer psicológico.
Parte III/13
I – Apresentar certificado de aprovação do protocolo em Comitê de Ética em Pesquisa,
conforme os critérios do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, Resolução
CNS-MS n.º 466/2012;
II – Respeitar o Código de Ética Profissional da(o) Psicóloga(o);
III– É vedado ao(à) participante pesquisado(a), individual ou coletivamente, receber ou
pagar qualquer forma de remuneração;
V– A(O) psicóloga(o) deve se comprometer a especificar quais são os recursos tecnológi-
cos utilizados no seu trabalho e buscar garantir o sigilo das informações;
V – As informações acima citadas deverão constar de forma visível e com fácil acesso no
site que realiza a pesquisa.
123 – Que outros serviços de psicologia são permitidos pelo computador?
Conforme o art. 1º da Resolução CFP n° 11/2012, são reconhecidos os seguintes serviços psico-
lógicos realizados por meios tecnológicos de comunicação a distância desde que pontuais, in-
formativos, focados no tema proposto e que não firam o disposto no Código de Ética Profissional
da(o) Psicóloga(o) e esta Resolução:
I – As Orientações Psicológicas de diferentes tipos, entendendo-se por orientação o aten-
dimento realizado em até 20 encontros ou contatos virtuais, síncronos ou assíncronos;
II – Os processos prévios de Seleção de Pessoal;
III – A Aplicação de Testes devidamente regulamentados por resolução pertinente;
IV – A Supervisão do trabalho de psicólogas(os), realizada de forma eventual ou comple-
mentar ao processo de sua formação profissional presencial;
V – O Atendimento Eventual de clientes em trânsito e/ou de clientes que momentanea-
mente se encontrem impossibilitados de comparecer ao atendimento presencial.
124 – Psicólogas(os) estrangeiras(os) podem ter sites credenciados? E psicólogas(os) residen-
tes fora do Brasil?
Segundo as Leis nº 5.766/71, que cria os Conselhos Federal e Regionais de Psicologia, e nº 4.119/62,
que regulamenta a profissão de psicóloga(o), para o exercício profissional da psicologia no Brasil é
requisito objetivo a inscrição em Conselho Regional de Psicologia. Nesse contexto, psicólogas(os)
estrangeiras(os) com domicílio no Brasil que pretendam atender brasileiros(as), ainda que virtu-
almente por intermédio da rede mundial de computadores, devem estar inscritas(os) em um CRP,
provar proficiência na língua portuguesa e validar diploma no Brasil. O assunto encontra regula-
mentação na Resolução CFP nº 002/2002. Logo, o CFP credencia apenas sites de psicólogas(os)
residentes no exterior que estejam inscritas(os) em um Conselho Regional de Psicologia no Brasil.
125 – A(O) psicóloga(o) pode alterar ou atualizar os dados e as informações disponíveis no site,
após receber o número do protocolo?
Quando a(o) psicóloga(o) preencher o formulário para cadastro do site, é importante que este es-
teja disponível na internet e, preferencialmente, que não se façam mais alterações, salvo aquelas
solicitadas pelo Sistema Conselhos de Psicologia durante o processo.
No entanto, caso alguma alteração seja realizada, pedimos que o Conselho Regional de Psicologia
em que a(o) psicóloga(o) é inscrita(o), seja informado, para nova análise do site.
Ademais, lembramos que só é permitido realizar serviços psicológicos online após a aprovação
do cadastro do site.
130 – A partir de que período os(as) estudantes de psicologia podem fazer estágios?
O estágio poderá ocorrer ao longo da formação do(a) educando(a), respeitando-se a adequação
necessária entre a contextualização curricular, o que está sendo aprendido, com a competência da
atividade profissional a ser exercida, aspecto este que será identificado pela Instituição de Ensino.
Esclarecemos assim, que os(as) alunos(as) regularmente matriculados(as) no curso de Psicologia
poderão atuar como estagiários(as), cumprindo as exigências dispostas em lei.
Alguns artigos disponíveis no site do CRP SP sobre o tema:
http://www.crpsp.org.br/portal/midia/fiquedeolho_ver.aspx?id=243
http://www.crpsp.org.br/portal/midia/fiquedeolho_ver.aspx?id=327
http://www.crpsp.org.br/portal/midia/fiquedeolho_ver.aspx?id=507
III.10 – SERVIÇOS-ESCOLA
Parte III/15
III.11 – PUBLICIDADE E MÍDIA
133 – A(O) psicóloga(o) pode fazer publicidade de seus serviços? O que pode ser colocado?
Sim. A publicidade dos serviços de Psicologia, de um modo geral, inclusive na internet e em Redes
Sociais, deve ser realizada de acordo com as orientações do artigo 20 do Código de Ética e Reso-
luções do CFP. A(O) psicóloga(o) deve sempre informar seu nome completo, a palavra psicóloga ou
psicólogo, os números de inscrição e do Regional onde está inscrita(o).
Parte III/16
III.12 – A(O) PSICÓLOGA(O) E A JUSTIÇA
142 – Em caso de dúvidas sobre a atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito do judiciário e do sis-
tema prisional, existem normas sobre estes assuntos?
Sim. As Resoluções CFP n.° 008/2010 e n.° 012/2011 dispõem sobre a atuação da(o) psicóloga(o)
como perita(o) e assistente técnica(o) no Poder Judiciário e no âmbito do sistema prisional, respec-
tivamente. Cabe ainda mencionar a Resolução CFP n.º 017/2012 que dispõe sobre a atuação da(o)
psicóloga(o) como Perita(o) nos diversos contextos.
144 – Quais cuidados a(o) psicóloga(o) deverá ter ao realizar o atendimento domiciliar?
Primeiramente é importante o consentimento do(a) usuário(a) para realizar este serviço. Além dis-
so, os princípios éticos e técnicos devem ser mantidos, considerando a preservação de aspectos
como sigilo, confidencialidade e qualidade dos serviços prestados, propondo condições dignas e
apropriadas à natureza desses serviços.
145 – O que devo considerar ao estabelecer um contrato de trabalho com o(a) usuário(a) do
serviço de psicologia?
O contrato refere-se às condições em que o serviço de Psicologia será realizado. Representa, en-
tão, o que as partes envolvidas, de comum acordo, estabeleceram e aceitaram, implicando, assim,
na definição do objetivo, tipo de trabalho a ser realizado, condições de realização do serviço ofe-
recido e acordo dos honorários.
147 – Ao estabelecer um contrato de serviços a(o) psicóloga(o) deve observar alguma norma
específica?
Ao estabelecer um contrato de serviços a(o) psicóloga(o) deve respeitar os direitos dos(as)
usuários(as) ou beneficiários(as) (conforme Artigo 1.° alínea “d” do Código de Ética). É preciso
atentar também para outras legislações, como o Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
Parte III/17
149 – Existe alguma tabela de honorários do CRP?
Existe uma Tabela Referencial de Honorários que é disponibilizada pelo Sistema Conselhos, sendo
sua elaboração e atualização feitas pela FENAPSI – Federação Nacional dos Psicólogos. Os valores
são meramente sugestivos e não há obrigatoriedade de adotá-los.
151 – A(O) psicóloga(o) pode receber doações ou empréstimos dos(as) usuários(as) de seus serviços?
Não, a(o) psicóloga(o) não poderá utilizar-se da sua posição para dela retirar quaisquer outros ti-
pos de benefícios (doações, empréstimos, favores), limitando-se apenas ao recebimento da justa
remuneração acordada entre as partes (valor, periodicidade do pagamento etc.).
152 – A(O) psicóloga(o) pode realizar atendimentos psicológicos por meio de planos de saúde?
Sim. Para proceder com seu credenciamento a(o) psicóloga(o) deve procurar diretamente as ope-
radoras de planos de saúde, para informações sobre a forma de contratação. É importante verificar
se a operadora possui registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), consultando
o site www.ans.gov.br ou utilizando o telefone 0800-7019656, pois esta é uma exigência para
todas as operadoras e planos de saúde que atuem no setor de saúde suplementar no Brasil. O
atendimento poderá ser realizado em local específico ou no próprio consultório da(o) profissio-
nal. Clínicas psicológicas ou multiprofissionais podem se credenciar nas operadoras e contratar
psicólogas(os) para que estas(es) realizem os atendimentos pela clínica.
154 - Quando for contratada(o) por uma organização, que cuidados a(o) psicóloga(o) deverá ter?
Uma questão fundamental é quanto à submissão da(o) psicóloga(o) a aspectos profissionais e con-
dições impróprias e antiéticas impostas pela organização. Situações em que a(o) psicóloga(o) tenha
conhecimento ou esteja envolvida(o) em fatos de natureza grave e prejudicial aos(às) usuários(as) dos
serviços prestados pela organização e se mantenha omissa(o), poderão caracterizar falta ética.
Parte III/18
favoreçam uma possível fiscalização (ex: endereço do local de trabalho onde aconteceu a infração,
dias e/ou horários prováveis em que a(o) profissional atenda, etc.). Nesta situação, no entanto, a
pessoa não terá acesso aos encaminhamentos realizados pelo CRP.
Para outras informações consultar o link: http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/representacao.aspx
158 – Como são julgadas(os) as(os) psicólogas(os) que infringem o Código de Ética?
O CRP SP funciona também como um Tribunal Regional de Ética Profissional, conforme o seu Regimen-
to Interno e, assim, procede aos julgamentos éticos quando o caso representado o exigir, podendo
o plenário de julgamento decidir-se pela absolvição ou aplicação de penalidade à(ao) profissional.
Parte III/19
Parte IV – Outros Aspectos Profissionais
Relação com outros órgãos reguladores do exercício profissional
161 – O que a(o) psicóloga(o) precisa fazer para atuar como autônoma(o)?
A(O) psicóloga(o) legalmente inscrita(o) no CRP SP deve procurar o Instituto Nacional de Segurida-
de Social (INSS) para fazer sua inscrição e a Prefeitura local para inscrever-se como prestadora(r)
de serviços autônomos de Psicologia (Cadastro de Contribuinte Mobiliário).
162 – Existem outras exigências para atuar com prestação de serviços psicológicos em saúde?
A partir de 1998, passou a ser obrigatório o cadastramento de psicólogas(os) junto à Vigilância Sanitá-
ria como profissionais que atuam na área da saúde, inclusive em consultórios particulares. Pela Reso-
lução n.º 218, do Conselho Nacional de Saúde, de 06/03/1997, as(os) psicólogas(os), juntamente com
outros(as) profissionais, foram reconhecidas(os) como profissionais de saúde de nível superior. Além
da Lei Estadual n.º 10.083, de 23/09/1998, que dispõe sobre o Código Sanitário do Estado, que indica
que os estabelecimentos e equipamentos de interesse da saúde são sujeitos ao cadastramento junto a
Vigilância Sanitária, denominado Cadastro Municipal da Vigilância Sanitária (CMVS).
165 – A(O) psicóloga(o) pode emitir Atestado Psicológico para afastamento do trabalho ou estudo?
Sim. A Resolução do CFP n.º 015/1996, definiu que é atribuição da(o) psicóloga(o) emitir atestado psi-
cológico para licença saúde, desde que haja um diagnóstico psicológico devidamente comprovado e
que indique a necessidade de afastamento da pessoa de suas atividades de trabalho ou de estudo.
Parte IV/01
IV.3 – FISCALIZAÇÃO
174 – Quais cursos podem se credenciar para concessão do Título de Especialista do CFP?
A Instituição que oferece curso de especialização poderá solicitar o credenciamento desde que atenda
aos critérios dispostos na Resolução CFP n.º 013/2007. Para efetivar o credenciamento de um curso, há
um convênio do CFP com a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia – ABEP, que é responsável pela
análise das solicitações de cursos. As solicitações, no entanto, devem ser remetidas diretamente ao CFP.
176 – Onde encontrar referências bibliografias e provas dos últimos concursos realizados para
obtenção do título de especialista?
As bibliografias sugeridas e as provas dos concursos podem ser procuradas no site da banca orga-
nizadora das provas, a Quadrix (www.quadrix.org.br).
178 – Como sei se uma(um) profissional é psicóloga(o) e se está com a sua situação regulari-
zada junto ao CRP?
No site do CRP SP, há o item “Consulta Psicóloga(o) Inscrita(o)”, que oferece a possibilidade de ve-
rificar se a(o) psicóloga(o) está devidamente inscrita(o) e com a situação ativa(o). A consulta pode
ser feita pelo número do CRP da(o) profissional ou pelo seu nome completo.
179 – Onde deve dirigir-se a(o) psicóloga(o) quando tiver dúvidas profissionais?
O CRP SP, por meio da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), tem a função de fiscalizar e orientar,
dispondo de uma equipe técnica de psicólogas(os) na Sede e em todas as Subsedes, que esclarece dú-
vidas e encaminha/responde solicitações da categoria e do(a) usuário(a) dos serviços psicológicos. As
questões são relativas à legislação, ética e regulamentações do exercício profissional da(o) psicóloga(o).
As orientações podem ocorrer de três formas: pessoalmente, por telefone, ou por escrito (carta,
e-mail ou consulta via site).
Parte IV/03
180 – Quais espaços de divulgação que o CRP SP possui?
Há um conjunto de informações que podem ser obtidas por meio do Jornal PSI ou do site do Con-
selho Regional de Psicologia – www.crpsp.org.br. O Jornal PSI está disponível no site do CRP SP,
onde encontram-se também:
• Manuais
• Boletins
• Informativos
• Coluna Fique de Olho
• Últimas notícias
• Cadernos Temáticos
• Outras publicações
• Exposições virtuais
• TV Diversidade
• Redes Sociais (Facebook e Twitter)
Ou, diretamente com o Departamento de Orientação, no ramal 374, horário de atendimento – Sede:
de 2ª a 6ª feira, das 9h às 18h.
Os contatos das subsedes estão disponíveis na Relação de Endereços da Sede e Subsedes, na
Parte VI deste Manual.
186 – A quem a(o) psicóloga(o) deve recorrer quanto às suas condições de trabalho?
O Conselho de Psicologia recebe constantemente queixas sobre condições adversas de trabalho.
Essa competência é do Sindicato dos Psicólogos, que tem dentre suas prerrogativas: representar,
perante as autoridades, os interesses gerais ou individuais das(os) suas(seus) associadas(os),
inclusive em questões judiciais ou administrativas, conforme a Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT) artigo 513 e 514. É o sindicato que acolhe e trabalha com as demandas das(os) psicólogas(os)
no que diz respeito à sua condição de trabalhadora(r).
187 – O que é a Contribuição Sindical Anual (Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana)?
A Contribuição Sindical é um tributo que não tem qualquer relação com a inscrição nos conselhos
de classe profissionais, como é o caso do CRP SP. A(O) profissional deve consultar diretamente
o SinPsi de sua região, para obter informações acerca das correspondências e/ou cobranças por
este emitidas. Acesse: www.sinpsi.org.br.
IV.8 – EVENTOS
Parte IV/05
Parte V – Outras Ações
191 – Quais foram as ações do Sistema Conselhos pela não aprovação do projeto de lei que ficou
conhecido como Ato Médico?
A discussão sobre o Ato Médico se iniciou no Sistema Conselhos de Psicologia em 2002, quando
dois projetos de lei começaram a tramitar no Senado Federal: o PLS nº 25/2002, de autoria do então
senador Geraldo Althoff (PFL-SC), e o PLS nº 268/2002, do ex-senador Benício Sampaio (PFL/PI).
Nesse processo, o Sistema Conselhos de Psicologia foi um dos principais atores nos debates acerca
do assunto, fazendo gestão junto ao Poder Legislativo e realizando mobilizações e atos públicos.
Houve também a criação e alimentação do site www.naoaoatomedico.org.br, artifício essencial para
a divulgação à população dos equívocos dessa possível regulamentação, que atingiria não só os(as)
profissionais de saúde, mas também a todos(as) os(as) usuários(as) do Sistema Único de Saúde.
Com a forte atuação do Sistema Conselhos de Psicologia e empenho de outras profissões, a tra-
mitação do PL do ato médico se arrastou por mais de dez anos, apesar das tentativas dos(as)
médicos(as) de tramitar as propostas em regime de urgência. Em outubro de 2009, após aprova-
ção pela Câmara dos Deputados, o PL foi enviado ao Senado para aprovação. Nessa nova fase, o
Sistema Conselhos de Psicologia continuou empenhado na busca da autonomia de atuação de
todos(as) os(as) profissionais da saúde e respeito aos princípios do Sistema Único de Saúde, que
prevê o cuidado à saúde em uma perspectiva de integralidade.
Um dos problemas que se manteve no projeto de lei, se referia à regulamentação do “diagnósti-
co nosológico” como atividade privativa do(a) médico(a). De maneira simplificada, fazer o diag-
nóstico nosológico é diagnosticar doenças e indicar os respectivos tratamentos, atividade para
a qual os(as) diversos(as) profissionais de saúde são capacitados(as) em suas áreas, podendo
prescrever tratamentos e terapias, fazer prognósticos de saúde e praticar ações que não requeiram
a formação de médico(a). As(Os) psicólogas(os), por exemplo, fazem diagnósticos de doenças
mentais e prescrevem seus tratamentos. Se esse projeto fosse aprovado com este texto, todas as
pessoas precisariam primeiro consultar um(a) médico(a) para depois serem encaminhadas a tra-
tamentos psicológico, fonoaudiológico ou fisioterapêutico. Esses(as) profissionais se tornariam,
basicamente, técnicos(as) dos(as) médicos(as), e o princípio da integralidade do SUS se torna-
ria inviável, pois além de criar uma hierarquia entre as profissões, os(as) médicos(as) ficariam
sobrecarregados(as), a população sofreria com a falta de atendimento, com atendimentos desne-
cessários e enfrentaria mais filas, enquanto os(as) outros(as) profissionais não poderiam fazer o
trabalho para o qual foram formados(as), sem a aprovação de um(a) médico(a).
Quando da aprovação do projeto de lei na Câmara, findando o processo legislativo, fez-se um mo-
vimento intenso contrário à sanção da então presidenta da República, Dilma Roussef, mobilizando
vários(as) profissionais da área da saúde, na campanha conhecida como “Veta, Dilma”. A chefe do
executivo vetou exatamente os pontos considerados mais problemáticos do referido projeto de lei,
o que constituiu uma grande vitória para a saúde do povo brasileiro, não apenas para a Psicologia.
Esses vetos, entretanto, corriam o risco de serem derrubados no Congresso Nacional, de acordo
com as normas constitucionais e regimentais das duas Casas. Fez-se, mais uma vez, uma forte
campanha para que os vetos presidenciais fossem plenamente mantidos. Logrou-se, por fim, a
esperada vitória, festejada por todos(as), inclusive por muitos(as) médicos(as) contrários(as) ao
corporativismo de certas instituições médicas.
Parte V/01
Porém, novo Projeto de Lei (PL) n.º 6.126/2013 foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional, no mes-
mo dia em que a Lei do Ato Médico foi aprovada, 20 de agosto. O projeto apresentado ao Congresso tem
como proposta fazer um adendo à legislação, regulamentando a atividade dos(as) médicos(as). A matéria
tramita atualmente na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos(as) Deputados(as).
A emenda tem como objetivo tornar como atividades dos(as) médicos(as) o diagnóstico de doen-
ças e prescrição terapêutica – salvo a prática da acupuntura e o diagnóstico psicológico de depres-
são leve, sem uso de medicamentos. Nesse sentido, o texto não atende as propostas em defesa
dos princípios do SUS, dos direitos dos(as) usuários(as) dos serviços de saúde e da autonomia da
Psicologia. Da forma que foi apresentado, traz um conceito de doença pelo qual necessidades de
saúde, alheias às exceções apresentadas no projeto, estariam sob o guarda chuva do diagnóstico
de doenças privativo dos(as) médicos(as) porque atendem à definição de grupo identificável de
sinais e sintomas e alterações psicopatológicas.
As consequências da aprovação do PL serão desastrosas para os(as) usuários(as) dos serviços de
saúde. O CRP SP, por meio da Comissão de Acompanhamento de Processos Legislativos (CAPL),
aliado à Fenapsi, SinPsi e COREP (Estudantes de Psicologia) vem discutindo a pauta. O Conselho
Federal de Psicologia esteve reunido com o Deputado Eleuses Paiva e outras representações de
profissionais da área de saúde, onde foi pedido o arquivamento do PL. Durante sessão realizada
em 09/04/14, o presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados
(CSSF) acatou a sugestão e se comprometeu a designar relator(a) para propor a rejeição do PL.
O CRP SP aguarda que a promessa seja efetivada prontamente e já comemora a vitória da Psicolo-
gia e da saúde brasileira, que deve ter sua atuação marcada sempre pelo caráter multiprofissional
e a manutenção dos direitos dos(as) usuários(as).
Acompanhe esta questão pelo site.
Parte V/02
Parte VI – Relação de endereços da sede e subsedes
Sede CRP SP
Rua Arruda Alvim, 89, Jardim América
(próximo ao Metrô Clínicas)
05410-020 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3065.9494
Fax: (11) 3065.0306
Subsede Metropolitana
Rua Oscar Freire, 1.800, Pinheiros
(próximo ao Metrô Clínicas)
05409-011 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3087.9494
Site: www.crpsp.org.br
Atendimento: atendimento@crpsp.org.br
Administração: admin@crpsp.org.br
Diretoria: direcao@crpsp.org.br
Eventos: eventos@crpsp.org.br
Informações: info@crpsp.org.br
Comunicação: comunicacao@crpsp.org.br
Orientação: orientacao@crpsp.org.br
Webmaster: webmaster@crpsp.org.br
Subsede Assis
Rua Osvaldo Cruz, 47, Vila Xavier
19800-080 – Assis – SP
Tels.: (18) 3322.6224 – 3322.3932
e-mail: assis@crpsp.org.br
Subsede Bauru
Rua Albino Tâmbara, 5-28, Vila Universitária
17012-470 – Bauru – SP
Tels.: (14) 3223.3147 – 3223.6020
e-mail: bauru@crpsp.org.br
Parte VI/01
Subsede Campinas
Rua Frei Manuel da Ressurreição, 1251, Guanabara
13073-221 – Campinas – SP
Tels.: (19) 3243.7877 – 3241.8516
e-mail: campinas@crpsp.org.br
Subsede de Sorocaba
Av. Armando Sales de Oliveira, 189, Vila Trujillo
18060-370, Sorocaba, SP
Tels: (15) 3211.6368, 3211.6370 e 3233.0991
e-mail: sorocaba@crpsp.org.br
Parte VI/02
Parte VII – Legislação Profissional
Parte VII/01
5 – Psicologia Mediada por Meios Tecnológicos
• Resolução CFP n.º 006/2000 – Institui a Comissão Nacional de Credenciamento e Fiscalização
dos Serviços de Psicologia pela Internet.
• Resolução CFP n.º 011/2012 – Regulamenta os serviços psicológicos realizadas por meios tecno-
lógicos de comunicação à distância, o atendimento psicoterapêutico em caráter experimental.
8 – Título de Especialista
• Resolução CFP n.° 013/2007 – Institui a Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profis-
sional de Especialista em Psicologia.
• Resolução CFP n.° 016/2007 – Dispõe sobre a concessão do título de especialista para os profis-
sionais egressos dos programas de residência credenciados pelo CFP.
9 – Recursos auxiliar/complementar
• Resolução CFP nº 013/2000 – Aprova e regulamenta o uso da Hipnose como recurso auxiliar de
trabalho do Psicólogo.
• Resolução CFP n.º 005/2002 – Dispõe sobre a prática da acupuntura pelo psicólogo (Suspensa
por Decisão Judicial – 2013 – verificar situação atual no site do CRP SP).
Parte VII/02
10 – Pesquisa
• Resolução CFP nº 011/1997 – Pesquisa com métodos e técnicas não reconhecidas.
• Resolução CNS-MS n.º 466/2012 – aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas
envolvendo seres humanos.
11 – Ética
• Resolução CFP nº 010/2005 – Aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo.
• Resolução CFP nº 006/2007 – Institui o Código de Processamento Disciplinar.
• Resolução CFP n.° 023/2007 – Atualiza as Resoluções do CFP em relação ao Novo Código de Ética.
12 – Fiscalizações
• Resolução CFP nº 019/2000 – Institui o Manual Unificado de Orientação e Fiscalização – MUORF.
• Resolução CFP n.° 001/2006 – Altera a Resolução CFP n.° 019/2000, que institui o Manual Unifi-
cado de Orientação e Fiscalização – MUORF.
Parte VII/03
Parte VIII – Glossário de Entidades e Sistemas
Parte VIII/01
CFP – Conselho Federal de Psicologia
www.cfp.org.br
Parte VIII/02
Parte IX – ÍNDICE REMISSIVO
(A numeração refere-se ao número da pergunta)
Parte IX/02
Parte X – ANEXOS
Anexo I – A(O) Psicóloga(o) e sua atuação no contexto jurídico
Nas últimas duas décadas vem crescendo a atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito judicial, seja
como Perita(o) do Poder Judiciário, ou como psicóloga(o) indicada(o) para atuar como Assistente
Técnica(o), em Varas Cíveis, da Família, da Infância e Juventude, Criminais, Justiça do Trabalho, em
Conciliação, em Mediação de Conflitos, entre outras atividades.
Em junho de 2010 foi publicada a Resolução CFP n.º 008/2010, que estabelece as diretrizes para
atuação da(o) psicóloga(o) como perita(o) e assistente técnica(o) no Poder Judiciário, resultado de
amplas discussões em nível nacional acerca das especificidades desta área.
A resolução aborda a realização da perícia, da produção e análise de documentos, do termo de com-
promisso da(o) assistente técnica(o) e da(o) psicóloga(o) que atua como psicoterapeuta das partes.
No primeiro item, por exemplo, a resolução enfatiza o trabalho cooperativo entre a(o) Psicóloga(o)
Perita(o) e Psicóloga(o) Assistente Técnica(o) e menciona que se deve evitar qualquer tipo de inter-
ferência durante a avaliação que possa prejudicar o princípio da autonomia teórico-técnica e ético
profissional ou ainda que possa constranger o(a) periciado(a) durante o atendimento.
No Capítulo II, apresenta referências para a produção e análise de documentos produzidos pela(o)
Psicóloga(o) Perita(o) e Assistente Técnica(o).
As funções de Perita(o) e Assistente Técnica(o) são distintas: a(o) Psicóloga(o) Perita(o), em geral é
concursada(o) pelo Poder Judiciário e nomeada(o) pelo(a) Juiz(a) para assessorar questões de sua
especialidade, devendo ter isenção com relação às partes envolvidas. A(O) Psicóloga(o) Assistente
Técnica(o), por sua vez, atua como assessora(r) das partes, verifica as análises e conclusões da(o)
Perita(o), podendo apresentar informações complementares quando pertinente.
A resolução recomenda também a formalização de um Termo de Compromisso em cartório entre
a(o) Psicóloga(o) Assistente Técnica(o) e a parte contratante antes do início dos trabalhos. Outro
aspecto importante é que a resolução veda que a(o) Psicóloga(o) que atua como psicoterapeuta
das partes envolvidas em um litígio, atue também como Perita(o) ou Assistente Técnica(o) de uma
pessoa por ela(e) atendida ou de terceiros(as) envolvidos(as).
A íntegra da resolução e os debates preparatórios ocorridos no Estado de São Paulo foram conso-
lidados no Caderno Temático nº 10 – Psicólogo Judiciário nas Questões de Família.
Parte X/01
Anexo II – Pareceres das Plenárias COF do CRP SP
Neste item são apresentados os resultados de discussões realizadas por conselheiras(os) do CRP
SP a respeito de temas muito presentes no cotidiano da atuação profissional e que, para serem
enfrentados, necessitam de reflexão a partir de um conjunto de parâmetros de nossa legislação
profissional, pois não se encontra regulamentação específica sobre o aspecto em discussão.
PARECER 001/2009
DISPONIBILIDADE DE MATERIAIS PARA FINS DE FISCALIZAÇÃO
LEGISLAÇÃO
Código de Ética Art. 1º, alínea f
Código de Ética Art. 9º
Resolução CFP 007/2003
Resolução 001/2009, Art. 4° e § 2º
Resolução CFP 001/09
PARECER 002/2009
DISPONIBILIDADE DE DOCUMENTOS PSICOLÓGICOS UTILIZANDO RECURSOS DA INFORMÁTICA
LEGISLAÇÃO
Código de Ética – Princípio Fundamental VI
PLENÁRIA 1454ª:
CONSIDERANDO que o(a) psicólogo(a) zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada (Código de Ética Prin-
cípio Fundamental VI); CONSIDERANDO os seguintes Artigos do Código de Ética Profissional: Art.
1º – São deveres fundamentais dos psicólogos: c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em
condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, co-
nhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na
Parte X/02
legislação profissional; e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos
do usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia; f) Fornecer, a quem de direito, na prestação
de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
profissional; g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços
psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem
o usuário ou beneficiário; h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados,
a partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos
pertinentes ao bom termo do trabalho; Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais
não psicólogos: b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço pres-
tado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de
quem as receber, de preservar o sigilo. Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional
a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organiza-
ções, a que tenha acesso no exercício profissional. Art. 12º – Nos documentos que embasam as
atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias
para o cumprimento dos objetivos do trabalho. Art. 14º – A utilização de quaisquer meios de re-
gistro e observação da prática psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação pro-
fissional vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado. Art. 15º – Em
caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos, ele deverá zelar pelo destino
dos seus arquivos confidenciais; CONSIDERANDO que o Conselho Regional de Psicologia de São
Paulo vem recebendo solicitações de orientação a respeito da legalidade da utilização de sistemas
informatizados para capturar, armazenar, manusear e transmitir dados do serviço de psicologia;
CONSIDERANDO que não há impedimento de os(as) psicólogos(as) enviarem e/ou receberem do-
cumentos psicológicos por meio eletrônico e, a atual tendência dos(as) profissionais/instituições
de utilizar a tecnologia para facilitar a prestação de serviços; CONSIDERANDO que em nossa legis-
lação não há especificações técnicas sobre o envio e a guarda em meio eletrônico e a necessidade
destas para fins de fiscalização, averiguação e orientação, O CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA
DE SÃO PAULO ORIENTA: é permitido utilizar sistemas computadorizados para capturar, armaze-
nar, manusear e transmitir dados relativos à prestação de serviços psicológicos, resguardada a
segurança na utilização dos sistemas computadorizados, indicando algumas medidas auxiliares,
tais como: 1) Ao armazenar eletronicamente informações sobre os serviços prestados ou sobre
os(as) usuários(as) dos serviços psicológicos, utilizar um sistema que: a) mantenha a integridade
das informações contendo mecanismos de acesso restrito ao perfil de quem irá receber o material,
com objetivo de assegurar a privacidade do(a) usuário(a) e o sigilo profissional, além de restringir
o acesso de pessoas não autorizadas; b) possua recursos de cópias de segurança; c) preferivel-
mente possua recursos de armazenamento de dados criptografados; d) caso o documento seja
enviado e/ou armazenado exclusivamente em forma eletrônica, recomenda-se a utilização de assi-
natura digital para identificar o(a) psicólogo(a) emissor(a) do documento; e) utilizar equipamentos
e provedores efetivamente confiáveis e não realizar operações em equipamentos desconhecidos,
públicos ou de uso coletivo; 2) Seguir as recomendações técnicas atuais relativas à segurança em
seus computadores, utilizando sistemas operacionais, navegadores e demais softwares atualiza-
dos e protegidos, sabendo-se que não há sistemas totalmente seguros; 3) Avaliar constantemente
os riscos potenciais e decidir por medidas preventivas de segurança que possam mitigar estes ris-
cos; 4) Ter declaração expressa do(a) usuário(a) ou do seu representante legal, autorizando remes-
sa por meio eletrônico do material produzido e, dando ciência dos riscos relativos à privacidade
inerentes a este meio de comunicação; a) a autorização poderá ser revogada a qualquer momento,
impedindo que os dados sejam remetidos por meio eletrônico; 5) Garantir o acesso do conteúdo
integral dos documentos emitidos e arquivados ao(à) usuário(a) ou seu(sua) representante legal
autorizado(a), ao Conselho Regional de Psicologia para fins de fiscalização/averiguação/orienta-
ção, devendo ser previstos mecanismos neste sentido; 6) Assinalar a responsabilidade de quem
receber o material, de resguardar o sigilo e confidencialidade das informações; 7) Informar ime-
diatamente a todos(as) os(as) usuários(as) envolvidos(as) qualquer violação de segurança que
comprometa a confidencialidade dos dados. A não observância a esta orientação poderá implicar
em descumprimento às normas éticas.
Parte X/03
PARECER 003/2009
USO DO VOCATIVO: DOUTOR(A)
LEGISLAÇÃO
Código de Ética – Artigo 20 – alínea b
PLENÁRIA 1454ª:
CONSIDERANDO que o vocativo Doutor(a), tem por fundamento praxe jurídica do direito consuetu-
dinário, sendo o seu uso tradicional entre os(as) profissionais de nível superior; CONSIDERANDO
que a exegese jurídica, fundamentada nos costumes e tradições brasileiras, tão bem definidas
nos dicionários pátrios, assegura a todos os(as) diplomados(as) em curso de nível superior, o uso
do vocativo Doutor(a); CONSIDERANDO que o Código de Ética Profissional do Psicólogo, em seu
Art. 20 alínea b, permite e regulamenta aos(às) Doutores(as) titulados(as) esta indicação em sua
publicidade profissional, e que ao fazê-lo, sempre especificam a área da titulação; O CONSELHO
REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO ORIENTA: não será considerada infração ética a utiliza-
ção do vocativo Doutor(a) por Psicólogos(as), na sua atuação e publicidade profissional. §1º Se o
termo Doutor(a) for utilizado de forma a dar o entendimento de titulação acadêmica sem que o(a)
profissional tenha a qualificação e essa titulação garantida, o Conselho Regional de Psicologia
será responsável pelos encaminhamentos previstos em legislação.
PARECER 004/2009
SOLICITAÇÃO PELO JUDICIÁRIO DE TESTES APLICADOS EM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
LEGISLAÇÃO
Lei n.° 4.119/62 – artigo 13º § 1.°
Resolução CFP n°002/2003 – artigo 1º
Resolução CFP nº 007/2003
Código de Ética – artigo 9º
Código de Ética – artigo 11º
Código de Ética – artigo 18º
Resolução CFP n° 001/2002 – artigo 8º
Parte X/04
Resolução CFP n.° 001/2002, referente à Avaliação Psicológica em Concursos Públicos, dispõe em
seu artigo 8°, que tanto para a entrevista de devolução quanto para a apresentação do recurso,
não será admitida a remoção dos testes do(a) candidato(a) do seu local de arquivamento públi-
co, devendo o(a) psicólogo(a) contratado fazer seu trabalho na presença de um(a) psicólogo(a)
da comissão examinadora, salvo determinação judicial. O CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA
orienta que deve ser atendida a determinação judicial e que pode ser elaborado relatório à Justiça
esclarecendo o processo da avaliação, os instrumentos utilizados e os resultados obtidos, como
primeira iniciativa para responder a demanda. Se reiterado o pedido da entrega dos testes pela
Justiça, deve ser atendido. Orienta que, neste caso, quando solicitado(a) a entregar os testes psi-
cológicos aplicados, ao encaminhá-los, cópias e/ou originais, para processos de domínio público
ou que correm em segredo de justiça, os(as) psicólogos(as) indiquem e solicitem ao Judiciário que
os testes psicológicos fiquem em apartado do processo, para que se garanta a preservação do
sigilo das informações.
PARECER 005/2009
SERVIÇOS PSICOLÓGICOS POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL
LEGISLAÇÃO
Código de Ética – Princípio Fundamental VII
Artigo 1º – alíneas c-e-f
PLENÁRIA 1460ª:
1) Para orientação da COF: quando for determinação judicial o(a) psicólogo(a) é obrigado(a) a fa-
zer o atendimento. 2) É direito da criança/adolescente/adulto(a) a medida protetiva nos centros
de saúde, ou seja, a de ser atendido(a), e as vagas tem que ser garantidas com a prioridade das
populações vulneráveis.
PARECER 006/2009
ATENDIMENTO DE ADOLESCENTES SEM CONHECIMENTO DOS(AS) RESPONSÁVEIS
LEGISLAÇÃO
Código de Ética – Princípio Fundamental V
Código de Ética – Das Responsabilidades do Psicólogo – Artigo 8º – Parágrafos 1º–2º – Artigos
9º–10º–13º
Estatuto da Criança e do Adolescente – Artigos 3º–4º–5º–11º–15º–16º
Parte X/05
Anexo III – Código de Ética Profissional do Psicólogo
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe
são conferidas pela Lei no 5.766, de 20 de dezembro de 1971;
CONSIDERANDO o disposto no Art. 6º, letra “e”, da Lei no 5.766 de 20/12/1971, e o Art. 6º, inciso
VII, do Decreto no 79.822 de 17/6/1977;
Parte X/06
APRESENTAÇÃO
Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender demandas so-
ciais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de normas éticas que garantam a
adequada relação de cada profissional com seus pares e com a sociedade como um todo.
Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas refe-
rendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão
exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletiva-
mente, por ações e suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um códi-
go de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar,
dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de
conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.
Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determi-
na a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se em princípios e normas que devem se
pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus direitos fundamentais. Por constituir a expressão de
valores universais, tais como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-
culturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão, um código
de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável no tempo. As sociedades
mudam, as profissões transformam-se e isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o pró-
prio código de ética que nos orienta.
A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo no Brasil, responde
ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao estágio de desenvolvimento da
Psicologia enquanto campo científico e profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo
da necessidade, sentida pela categoria e suas entidades representativas, de atender à evolução
do contexto institucional legal do país, marcadamente a partir da promulgação da denominada
Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela decorrentes.
Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi construído a partir
de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão, suas responsabilidades e compro-
missos com a promoção da cidadania. O processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país,
com a participação direta dos psicólogos e aberto à sociedade.
Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento
de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua
construção buscou-se:
a) Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem orientar a relação do
psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades profissionais e a ciência, pois esses
eixos atravessam todas as práticas e estas demandam uma contínua reflexão sobre o con-
texto social e institucional.
b) Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções relativos aos
direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que estabelece com a socie-
dade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários dos seus serviços.
c) Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a crescente inserção do
psicólogo em contextos institucionais e em equipes multiprofissionais.
d) Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em suas práticas par-
ticulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se restringem a práticas específicas
e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa é de que ele seja
um instrumento capaz de delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do psicólogo,
oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para
o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.
Parte X/07
Princípios Fundamentais
Parte X/08
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, ex-
ploração, violência, crueldade ou opressão;
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual
ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas como instru-
mentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência;
d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da
profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional;
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais pra-
ticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;
f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos
procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-científica;
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus
resultados ou fazer declarações falsas;
i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, rela-
ção que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado;
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissio-
nais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade
aos resultados da avaliação;
l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou or-
ganizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam resultar em
prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas;
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;
o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de qualquer espécie,
além dos honorários contratados, assim como intermediar transações financeiras;
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços;
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológi-
cos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.
Parte X/09
Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:
a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas que extrapolem
seu campo de atuação;
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardan-
do o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as receber,
de preservar o sigilo.
Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo
efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço, quando dará imediata
ciência ao profissional;
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da interrupção voluntária e
definitiva do serviço;
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada.
Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo
deverá obter autorização de ao menos um de seus responsáveis, observadas as determinações da
legislação vigente;
§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser efetuado e
comunicado às autoridades competentes;
§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem necessários para
garantir a proteção integral do atendido.
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidenciali-
dade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art.
9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei,
o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo Único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá
restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.
Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações, conside-
rando o previsto neste Código.
Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos res-
ponsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício.
Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos, ele deverá zelar
pelo destino dos seus arquivos confidenciais.
§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o material ao psicó-
logo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização pelo psicólogo substituto.
§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável informará ao Conse-
lho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos arquivos confidenciais.
Parte X/10
Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção
de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:
a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela divulgação dos resultados,
com o objetivo de proteger as pessoas, grupos, organizações e comunidades envolvidas;
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante consentimento livre e escla-
recido, salvo nas situações previstas em legislação específica e respeitando os princípios deste Código;
c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo interesse manifesto destes;
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das pesquisas ou estu-
dos, após seu encerramento, sempre que assim o desejarem.
Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar, orientar e exigir dos
estudantes a observância dos princípios e normas contidas neste Código.
Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumen-
tos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.
Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual
ou coletivamente:
a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;
b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;
c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que este-
jam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;
e) Não fará previsão taxativa de resultados;
f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;
g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias profissionais;
h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.
Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração disciplinar com a aplica-
ção das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal
de Psicologia;
e) cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.
Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão resolvidos pelos Con-
selhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.
Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência quanto aos casos
omissos e fazê-la incorporar a este Código.
Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Psicologia, por iniciativa
própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais de Psicologia.
Parte X/12