O documento descreve o surgimento e desenvolvimento do movimento operário no século XIX. O movimento lutou por melhores condições de trabalho e de vida através de sindicatos e greves. Ideias socialistas surgiram defendendo uma sociedade mais igualitária, como o socialismo utópico e o socialismo científico de Marx e Engels que defendiam a luta de classes e a revolução proletária.
O documento descreve o surgimento e desenvolvimento do movimento operário no século XIX. O movimento lutou por melhores condições de trabalho e de vida através de sindicatos e greves. Ideias socialistas surgiram defendendo uma sociedade mais igualitária, como o socialismo utópico e o socialismo científico de Marx e Engels que defendiam a luta de classes e a revolução proletária.
O documento descreve o surgimento e desenvolvimento do movimento operário no século XIX. O movimento lutou por melhores condições de trabalho e de vida através de sindicatos e greves. Ideias socialistas surgiram defendendo uma sociedade mais igualitária, como o socialismo utópico e o socialismo científico de Marx e Engels que defendiam a luta de classes e a revolução proletária.
O documento descreve o surgimento e desenvolvimento do movimento operário no século XIX. O movimento lutou por melhores condições de trabalho e de vida através de sindicatos e greves. Ideias socialistas surgiram defendendo uma sociedade mais igualitária, como o socialismo utópico e o socialismo científico de Marx e Engels que defendiam a luta de classes e a revolução proletária.
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O movimento operário
O sindicalismo tornou-se a base do movimento operário, pois fez das
manifestações e das greves uma forma de luta para que os patrões reconhecessem e garantissem os direitos dos trabalhadores.
Assim, o movimento operário lutou pela estabilidade do emprego, por
melhores condições materiais de vida, pelo aumento dos salários, por melhores condições de higiene e de segurança no trabalho, e pela regulamentação do horário de trabalho.
Este movimento acabou por ser reconhecido internacionalmente e por ser
apoiado quer no sindicalismo, quer por novas ideias políticas que defendiam a causa social e política do operariado. Essas organizações reuniram-se por iniciativa dos operários franceses e ingleses, com os objetivos de adquirir uma maior coesão e capacidade reivindicativa. Nasceu então a primeira Associação Internacional dos Trabalhadores, designada por I Internacional Operária que vigorou entre 1864 e 1876 e cuja a ação se prolongou para a II Internacional Socialista em 1889.
Com este movimento, promoveu-se o alargamento do direito de voto a partir
da década de 1870 (sufrágio universal masculino) contribuiu para que os sindicatos tivessem maior participação política e constituíssem um meio de pressão sobre o governo.
Criaram-se também partidos de operários como o Partido Trabalhista em
Inglaterra, em 1893 e o Partido Social-Democrata da Alemanha, em 1875.
A sensibilidade face às péssimas condições de trabalho e de vida dos
operários e o reconhecimento do seu direito de associação, levaram o Papa Leão XIII a denunciar as condições a que estava sujeito o operariado, a condenar os excessos do capitalismo e a apelar a criação de associações de operários católicos, na Encíclica Rerum Novarum de 1891.
Associativismo e sindicalismo
As duras condições de trabalho e os baixos salários motivaram o
descontentamento do operariado, recorrendo, frequentemente, a manifestações e greves. Em consequência desta situação, surgiram as associações mutualistas (mutualidades ou sociedades fraternas). Estas associações estavam destinadas a auxiliar os associados em caso de acidente, velhice, de desemprego e de doença, tendo os operários de contribuir com uma determinada quota que lhes garantiria a solidariedade e entreajuda.
Em 1824, o direito de associação foi aceite em Inglaterra, o que potenciou
a criação de sindicatos. No sindicalismo residiu o futuro do movimento operário. Os sindicatos vão lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho. Agrupavam trabalhadores por ramo profissional e procuravam garantir a proteção dos seus associados. Entre 18870 e 1880, força da legalização destas instituições e da crescente afirmação das doutrinas socialista e anarquista, a agressividade do sindicalismo começou a fazer- se sentir com maior vigor – em 1874, as Trade Unions eram já organizações de massa, com mais de um milhão de aderentes, número que se eleva para dois milhões, em 1900. As propostas socialistas de transformação da sociedade As primeiras propostas socialistas desenvolveram-se na França e na Inglaterra e integraram-se no chamado socialismo utópico.
Os socialistas utópicos pretendiam criar comunidades ideais, em novos
modelos de organização da sociedade, sem defenderem a apropriação do estado por parte das classes trabalhadoras. Consideravam que o homem com educação, poderia construir um mundo melhor e pretendiam denunciar os excessos do capitalismo, a eliminação da miséria operária e a procura de uma sociedade mais justa e igualitária. Destacaram-se:
Saint-Simon foi defensor da criação de um modelo social
liderado pelos industriais e pelos cientistas. Defendia a propriedade pública dos equipamentos industriais, sob controlo de “engenheiros sociais” Charles Fourier foi defensor da criação de comunidades marcadas pela cooperação e pela autossuficiência. Via, na cooperação entre indivíduos, a forma para aumentar a produtividade da comunidade. Nos falanstérios, o trabalho era entendido como um prazer, sendo adequado à personalidade de cada um. Robert Owen fundou um modelo de comunidade industrial organizado segundo os princípios da cooperação mútua, tendo melhorando os salários e as condições de trabalho. Concedeu educação aos operários e aos filhos para que, motivados, produzissem mais. Pierre-Joseph Proudhon argumentava que a propriedade, explorada por outro era um roubo, defendendo que o estado não era necessário. Defendia a formação de associações de operários e a concentração da propriedade nas mãos dos camponeses ou dos operários, que administrariam por sua conta os meios de produção.
Ao socialismo utópico contrapôs-se, uma nova forma de pensamento sobre a
sociedade e a sua transformação, o socialismo científico, um modelo revolucionário de transformação da sociedade que teve como figuras destacadas os alemães Karl Marx e Friedrich Engels. Karl Marx é considerado o fundado do marxismo, que deriva do seu nome, doutrina económico e política que centrava a transformação da sociedade na luta de classes e na revolução que levaria o proletariado ao poder e ao controlo dos meios de produção. A publicação, em 1848, do Manifesto do Partido Comunista contribuiu para a construção de uma nova conceção de sociedade e vai estar na base de muitos movimentos revolucionários ao longo do século XIX.
De acordo com o pensamento marxista desenvolvido por Marx e Engels, o
desenvolvimento das sociedades era determinado por uma sucessão de modos de produção e a passagem de um a outro modo de produção assentava na luta de classes, como forma de alcançar um novo estádio da evolução social (materialismo histórico – análise rigorosa da história da Humanidade). Ao analisar o modo de produção capitalista, Marx salientou que ele repousa na mais-valia.. Isto é, o salário do operário não corresponde ao valor do seu trabalho, mas apenas ao valor dos bens que ele necessita para sobreviver, pelo que a exploração do operário é o lucro do burguês capiatalista. Desta constatação resulta, para Marx, ser a luta de classes, mais uma vez, inevitável. Travar-se-ia, agora, entre proletários e burgueses e conduziria à eliminação do capitalismo. (manual, p.71) Os operários organizar-se-iam em sindicatos ou partidos, conquistando o poder político e exercendo a ditadura do proletariado – etapa fundamental para a preparação da verdadeira sociedade socialista – o comunismo (uma sociedade sem classes, sem propriedade, sem exploração do homem pelo homem.
A teoria marxista defendia:
Abolição da propriedade privada e a tomada do poder por parte do
operário; O operário ao aproximar-se dos meios de produção, afastava a burguesia; O capitalismo era substituído pelo comunismo;
As propostas socialistas de transformação revolucionária da sociedade,
defendidas por Karl Marx e Friedrich Engels foram revistas, no final do século XIX, por Eduard Bernstein, um dos líderes do partido social-democrata alemão:
Rejeitou os argumentos de Marx e Engels sobre o derrube do
capitalismo através da revolução; Defendeu a transformação da sociedade pela via reformista; As conquistas do socialismo seriam alcançadas de forma progressiva