Dissertação Krigagem Com DATAMINE
Dissertação Krigagem Com DATAMINE
Dissertação Krigagem Com DATAMINE
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Programa de Pós-Graduação em Recursos Minerais e Hidrogeologia
VERSÃO CORRIGIDA
São Paulo
2015
KRIGAGEM DE TEORES DE OURO DA MINA DE
CAIAMAR-GOIÁS
Comissão Julgadora:
i
DEDICATÓRIA
ii
AGRADECIMENTOS
A minha esposa Aline, pois me deu força em todas as horas, sempre com os melhores
conselhos e pensamentos
A empresa Yamana Gold por ter cedido o banco de dados em especial ao Geólogo
Emerson Ricardo Ré pela intermediação;
Ao grupo do LPM da URGS, Roberto, Pablo, Marcel e Paulo, pelo o apoio e pela
ajuda;
Ao pessoal da sala 105 da USP, Eduardo Takafuji, Sidney S. Goveia, Carlos Carrasco,
prof. Dr. Fabrício B. Dalmás e Santiago Díaz e;
iii
RESUMO
Este trabalho foi realizado a partir de dados disponibilizados pela empresa Yamana
Gold Inc., referente a mina de ouro de Caiamar, localizada na região centro oeste do país, na
cidade de Guarinos em Goiás, onde ocorrem os terrenos Greenstones inseridos no Maciço
Mediano de Goiás. Estes tipos de depósitos auríferos, além de ocorrerem no estado de Goiás,
ocorrem também nos estados do Tocantins e Minas Gerais e já são conhecidos desde a época
colonial.
iv
ABSTRACT
This study was conducted from data provided by the company Yamana Gold Inc.,
regarding the gold mine of Caiamar, located in the west central region of Guarinos city, where
there are the Greenstones lands inserted in the Maciço Mediano de Goiás. These types of gold
deposits, besides occur in the state of Goiás, also occur in the states of Tocantins and Minas
Gerais and have been known since colonial times.
The technique of geostatistics indicators helped in the search for mineral of interest
and help to understand the mode of distribution and continuity of the levels, which may be
associated with both veins and quartz venules as the mineralized portions with average
thicknesses of less than 1 meter.
The objective is to use the nonlinear geostatistics, specifically the kriging technique
indicators to restrict the estimation of blocks estimated with a probability greater than 0.5
ppm to be ore.
Evidences found in the second strategy proved to be the most promising, especially
for generating an impact in reducing the cost of production.
v
Índice de Figuras
vi
Figura 14 - Histograma contendo todas as amostras de ouro da mina de Caiamar e a
configuração das sondagens na mina. .............................................................................. 33
Figura 15 - Histograma das amostras de ouro com teor abaixo de 0,1 ppm. ........................... 34
Figura 16 - Histograma do tamanho das amostras. .................................................................. 35
Figura 17 - Histograma das amostras regularizadas para 1,0 metro. ....................................... 36
Figura 18 - Histograma da transformada de indicadores para o cutoff 0,5 AU_PPM. ............. 37
Figura 19 – Grade shell criado a partir do cutoff de 0.5 ppm com as sondagens. ................... 38
Figura 20 - Histograma das amostras contidas no grade shell. ................................................ 38
Figura 21 - Modelo de bloco 10x10x2 metros. ........................................................................ 39
Figura 22 - Modelo de bloco 10x10x2 metros com as amostras utilizadas na krigagem......... 40
Figura 23 - Parâmetros utilizados para o calculado da direção principal encontrada. ............. 41
Figura 24 - Parâmetros utilizados para o calculado da direção principal encontrada e o
mergulho........................................................................................................................... 41
Figura 25 - Modelo krigado do grade shell das amostras de ouro. .......................................... 44
Figura 26 - Histograma da krigagem do ouro para estratégia 1. .............................................. 44
Figura 27 - Janela do Dada Analysis Toolkit (beta) apresentando os valores das estimativas
comparando as médias estimadas de krigagem e Nearest Neighbor Estimation do ouro
com probabilidade de 50% de chance de ser minério. ..................................................... 45
Figura 28 - Análise de deriva na direção EW para a variável AU. .......................................... 46
Figura 29 - Análise de deriva na direção NS para a variável AU. ........................................... 46
Figura 30 - Análise de deriva na direção ao longo do furo para a variável AU. ...................... 47
Figura 31 - Krigagem da variável AU_PPM. ........................................................................... 51
Figura 32 - Histograma da estimativa de AU krigado através das litologias escolhidas. ........ 51
Figura 33 - Janela do Dada Analysis Toolkit (beta) apresentando os valores das estimativas
comparando as médias estimadas de krigagem e Nearest Neighbor Estimation do ouro.
.......................................................................................................................................... 52
Figura 34 - Análise de deriva na direção EW para a variável AU_PPM. ................................ 53
Figura 35 - Análise de deriva na direção NS para a variável AU_PPM. ................................. 53
Figura 36 - Análise de deriva na direção ao longo do furo para a variável AU_PPM. ............ 54
vii
Índice de Tabelas
viii
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ................................................................................................................................... II
RESUMO.............................................................................................................................................. IV
ABSTRACT ........................................................................................................................................... V
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................1
2 OBJETIVOS E METAS..................................................................................................................2
ix
4.7 ESTRATÉGIA 1 – MODELAGEM DO GRADE SHELL .....................................................................37
4.7.1 Modelo de Blocos ..............................................................................................................39
4.7.2 Análise Estrutural dos Dados – Estratégia 1 ....................................................................40
4.7.3 Krigagem Ordinária dos dados de ouro ...........................................................................43
4.7.4 Validação da Krigagem – Análise das Médias .................................................................45
4.7.1 Validação da Krigagem – Análise de Deriva ....................................................................46
4.8 ESTRATÉGIA 2 – KRIGAGEM ATRAVÉS DAS LITOLOGIAS MINERALIZADAS..............................47
4.8.1 KO de ouro através da Litologia .......................................................................................49
4.8.2 Validação da Krigagem – Análise das Médias .................................................................52
4.8.3 Validação da Krigagem – Análise de Deriva ....................................................................52
6 CONCLUSÕES ..............................................................................................................................57
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................58
ANEXO 1 ...............................................................................................................................................63
VARIOGRAMAS – ESTRATÉGIA 1 ........................................................................................................63
ANEXO 2 ...............................................................................................................................................65
VARIOGRAMAS – ESTRATÉGIA 2 ........................................................................................................65
x
1 INTRODUÇÃO
A região centro oeste do país é muito conhecida não só pela beleza da geografia, mas
também pelas riquezas dos terrenos greenstone belt de idade Neoarqueano e
Paleoproterozóico, que contêm importantes depósitos de ouro com dimensões e volumes
variados. A região de Crixás hospeda a sexta maior reserva de ouro do Brasil (~80 t Au,
média de 5 g/t), onde se localiza-se o maior distrito do tipo Gold-Only do Brasil Central.
1
aspectos importantes da indústria mineral que influenciam diretamente na tomada de decisão
e na relação quantidade e na qualidade de minério.
2 OBJETIVOS E METAS
2
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3
3.2 Variáveis Aleatórias (V.A.)
Conforme De Farias & Laurencel (2008), uma V.A. é uma fração real (assume valores
em ℝ) definidos no espaço amostral “Ω” de um experimento aleatório. Em outras palavras, os
experimentos aleatórios, num espaço de probabilidades (Ω, ℇ, ℝ) é uma função numérica,
X: Ω → ℝ, dita como uma variável aleatória. Como exemplo mais comum cita-se o número de
lançamentos de um dado não viciado. Seu resultado é dito variável aleatória, assim X: Ω
={1,2,...,6}→ ℝ, tal que, X(ω)=ω que é uma função numérica do experimento, logo também é
uma variável aleatória. Em uma V.A., pode-se obter as probabilidades de eventos compostos
como X ≥ ω , {X > z}, onde ω e z, são números arbitrários, assim:
ℙ X≤ω = ℙ X = !! , ℙ X > ! = ℙ (X = !! )
!:!!!! !:!!!!
(fonte: http://www.ime.usp.br/~lrenato/cap4.pdf)
Segundo Cristino (2012), as V.A.D. podem assumir apenas uma quantidade finita ou
enumerável de valores.
Segundo Da Silva & Campos (2007), as Variáveis Aleatórias Discretas são observadas
com maior facilidade no lançamento de moedas não viciadas, onde se verifica com clareza a
4
ocorrência de cara ou coroa nos lançamentos observados, assim as ocorrências de cara ou
coroa são observados como uma variável X que são variáveis aleatórias sem manipulações.
Diz-se que uma V.A. “X” é contínua se existir uma função f negativa (f(x)≤0, para
!!
todo x ∈ ℝ) e integrável com !!
! ! !" = 1!onde f é a função densidade de probabilidade
(http://www.estgv.ipv.pt/PaginasPessoais/malva/MetodosElectro/VAcont%C3%ADnuas.pdf).
Da Silva & Campos (2007), definem que uma variável aleatória é uma função
X: Ω → ℝ, cuja imagem é um subconjunto enumerável do conjunto dos números reais, tal qual
o conjunto ! ∈ Ω: X ! =!! que é um evento para todo i.
O conceito de variável discreta está relacionado com o fato de que esta somente pode
assumir uma quantidade finita de ou enumerável de valores, assim de maneira simplista,
para os outros casos, as variáveis são ditas contínuas.
Ovalle e Toledo (1985) definiram que a estatística descritiva pode ser interpretada
como uma função que tem como objetivo observar fenômenos de mesma natureza e que a
partir da coleta de dados juntamente com a organização e classificação dos dados através de
gráficos e tabelas, permite descrever esses fenômenos.
5
3.3.1 Medidas de Tendência Central
3.3.1.1 Média
Como pode ser visto em Yamamoto (2002), a média, chamada também de esperança
matemática é representada por X!ou!!, respectivamente as médias amostrais (estatística) e a
populacional (parâmetros) pode ser escrita conforme:
EX = X! P(X! )
!!!
6
3.3.1.3 Medidas de Dispersão
São medidas de dispersão dos dados a variância, o desvio padrão das amostras e
coeficiente de variação (Yamamoto, 2002).
S= !! − ! ! !(!! )
!!!
S
CV =
X
7
3.3.1.4 Medidas de Forma
A geoestatística como ciência tem seus primeiros estudos divulgados em 1951 quando
Daniel Krige trabalhando com os dados de concentração de ouro do Rand, na África do sul,
concluiu que a informação dada pela variância seria insuficiente para explicar tal fenômeno,
desta forma, seria necessário levar em consideração a distância entre as observações. A partir
daí, surgiu o conceito de Geoestatística, que leva em consideração a localização e a
dependência espacial das variáveis.
Entre os anos de 1962, 1963 e 1971, Matheron desenvolveu a Teoria das Variáveis
Regionalizadas, baseada nas observações de Krige. Essa teoria consiste basicamente em
associar a maior correlação a dados próximos, pois quanto mais próximos eles estiverem entre
si, maior será sua correlação.
8
Miller (1979) utilizou a geoestatística para estudar as propriedades escalares de
descontinuidades, como espaçamento e mergulho de fraturas, concluindo que tais
propriedades possuem correlação espacial.
3.4.1 Variograma
9
y amostras
y2 +h
h
α
y1
x
x1 x2
Figura 1 - Amostragens e duas direções em relação aos eixos x e y do plano cartesiano (modificado de Druck, S.;
Carvalho, M. S.; Câmra, G.; Monteiro, A. M. V., 2004)
!
2! ℎ = ! ! ! − ! ! + ℎ
!(!)
1
! ℎ = [! !! + ℎ − ! !! ]!
2!(ℎ)
!!!
10
A Figura 2 ilustra o variograma com patamar típico e suas propriedades.
!(ℎ)
Variância
Espacial
C0
11
d) Variância espacial: diferença entre o patamar e o efeito pepita (Yamamoto, 2002).
12
0,6
! ! !
!(ℎ) = !! + ![1,5 − 0,5 ! ! ] para h<a
Esférico !
γ(h) = Co + C para h≥a
!
0,5 γ(0) = 0
0,4
Exponencial
!
0,3 !(ℎ) = !! + ![1 − exp!(− ! !)] para
!
h>0
γ(0) = 0
0,2
Gauss
0,1 ! !
!(ℎ) = !! + ![1 − exp(− ! ! )] para h>0
!
γ(0) = 0
0
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3 3,3 3,6 3,9 4,2
Figura 3 - Representação gráfica dos modelos transitivos. (modificado de Isaaks e Srivastava, 1989).
13
As formas mais usuais de estimativa por krigagem são a simples e a ordinária. A
krigagem simples é utilizada quando a média é assumida como constante para toda a área e a
krigagem ordinária, por sua vez, considera a média flutuante ou móvel para toda a área, ou
seja, é basicamente, uma combinação linear de variáveis aleatórias nas localidades !! sendo o
estimador de lagrange simples é:
!
∗
!!" !! = ! + !! (! !! − !)
!!!
∗
onde !!" (!! ) é o estimador na localidade !! , ! é a média constante em toda a área e !! são os
ponderadores obtidos a partir da resolução de sistema linear de equações da krigagem.
Krigagem ordinária (K.O.), por sua vez, se diferencia em relação à krigagem simples
por “não necessitar da média para encontrar os pesos que minimizam a variância do erro da
estimativa”. No entanto, apresenta algumas exigências, como a estimativa da média local, que
resulta na soma unitária dos ponderadores λi. A K.O. é representada:
! !
∗
!!" !! = !! !(!! ) !com! !! = 1
!!! !!!
14
O método da K.O., por ser um método robusto que minimiza a variância do erro, não
apresenta enviesamento, além de ser um interpolador exato, ou seja, honra os pontos dos
dados amostrais. Outra característica da K.O. é a tendência de suavizar a variação espacial da
informação em questão de suas estimativas, em decorrência deste fato os valores abaixo da
média serão superestimados e os valores maiores que a média serão subestimados (Goovaerts,
1997).
Figura 4 - Representação gráfica do enviesamento condicional existente na krigagem. O gráfico representa a distorção
existente entre os valores reais e os estimados após a realização da Validação Cruzada, sendo possível observar que os
valores reais maiores são subestimados, e os valores reais menores são superestimados. Tal distorção leva à obtenção
de uma reta de regressão que se afasta da 1a bissetriz (caso ideal). (Adaptado de Olea, 1999).
15
3.5.2 Krigagem Indicadora (K.I.)
O enfoque da K.I. é de ser uma técnica não paramétrica de estimativa, é predizer uma
distribuição de probabilidades de uma dado evento, Journel (1989) e Valencia (1999).
Segundo Journel (1983), Oliveira (2008) e Smith & Williams (1996), a krigagem de
variáveis indicadoras apresenta uma proposta de construir uma função de distribuição de
probabilidades acumuladas (Cumulative Distribution Function - cdf) através da estimativa das
distribuições espaciais.
Imai et al. (2003), definiram que a metodologia de K.I., prevê transformação não
linear sobre o conjunto Z(x) dos dados amostrais, denominado de codificação indicadora. Esta
codificação pode ser baseada na presença ou ausência de uma característica ou ainda da
variável estar acima ou abaixo de um determinado valor de corte de uma distribuição
acumulada que conduzirá a uma estimativa de vários valores dessa distribuição, cuja função
pode ser ajustada (Landim e Sturaro, 2002).
O enfoque da K.I. não é o de estimar um valor, como na krigagem ordinária, mas sim
o de estimar a probabilidade que um determinado evento ocorra (Oliveira, 2008).
1!se!!! ≤ !! 1!se!!! ≥ !!
ij (vc) = ou o inverso
!!0!se!!! ! > ! !! !!0!se!!! ! < ! !!
16
incrementa !! , obter-se-á valores estimados da função de distribuição de probabilidades
acumuladas.
2) Para que a relação seja verdadeira, para qualquer par de valores z1 e z2, é
necessário que os ponderadores λ! (z) da estimativa de [I!! x! ]∗ e [I!! x! ]∗
sejam iguais e positivos, ou seja, sejam independentes de z1.
!! !! = !! !! = !! (!)
Isto implica que, para a maioria das situações, seja usado o mesmo modelo de
variograma para qualquer corte (base da Krigagem Indicadora da Mediana). Caso haja efeito
de desestruturação da variável Z(x), ou seja, variogramas com menores amplitudes e maiores
efeitos pepitas, neste caso a krigagem de indicadores da mediana é inapropriado, ou seja, a
utilização de um só variograma torna-se inadequada.
Uma vez que o estimador de krigagem impõe que a soma dos ponderadores seja 1,
mas não impõe que não haja ponderadores negativos ou superiores a 1, não há a garantia de
que os valores estimados estejam compreendidos entre 0 e 1: ![I! x! ]∗ ∈ [0,1] , que
teoricamente é uma incoerência, dada a interpretação de [I! x! ]∗ tenha uma probabilidade
estimada de Z(x) ser inferior a z. Assim deve-se, a posteriori, impor a seguinte condição aos
estimadores:
17
se [!! !! ]∗ < 0 então [!! !! ]∗ = 0
Na realidade, basta corrigir os pesos da krigagem indicadora para que sejam todas
positivas, conforme descrito em Yamamoto (2000).
Para chegar a mina de Caiamar, existem basicamente dois trajetos, no primeiro parte-
se da cidade de Goiânia, e o acesso se dá pela BR-153 (Figura 5) a uma distância aproximada
de 263 km. O segundo a partir da cidade de Brasília, a 280 km se dá seguindo pela BR-070
até a cidade de Pirenópolis, a partir deste ponto denomina-se BR-153 até Pilar de Goiás, em
seguida percorre-se por cerca de 16 quilômetros até a cidade de Guarinos (Figura 6). O acesso
a mina de estudo pode ser feito através de uma entrada secundária do lado direito da BR-153
no sentido norte por aproximadamente 15 quilômetros da referida cidade, em estrada de terra.
Figura 5 - Localização da cidade de Pilar de Goiás e as vias de acesso pelas cidades de Goiás e Brasília (Google Maps)
18
Figura 6 - Localização da mina de Caiamar em relação as cidade de Guarinos e Pilar de Goiás (Google Maps)
A região centro oeste do Brasil apresenta os eventos colisionais entre os crátons, São
Francisco, Amazônico e Paranapanema, este último, é recoberto por rochas sedimentares da
Bacia do Paraná, formando o orógeno da faixa móvel Brasília, na borda oeste do Cráton São
Francisco com direção aproximada N-S, e faz parte da Província Tectônica Tocantins
(Almeida, 1981).
19
Figura 7 - Mapa geológico simplificado da porção centro-leste da Província Tocantins, exibindo o Maciço Mediano de
Goiás: Bloco Arqueano de Crixás-Goiás (1), Terrenos Paleoproterozóicos de Almas-Natividade (2), Complexos
Máfico-Ultramáficos (3), Complexo Anápolis-Itaçu (4), Arco Magmático de Goiás (5). (Extraído de Pimentel et al.
2004).
Esta região apresenta cinco faixas de rochas do tipo Greenstone belts, representadas
ao norte pelos greenstone belts de Crixas, Guarinos e de Pilar de Goiás, ao sul pelos
20
greenstone belts de Serra de Santa Rita e Faina (Figura 6 e 7), sendo que o local de interesse
do trabalho, se encontra nos terrenos de Guarinos, sendo parte do Bloco Arqueano-
Paleoproterozóico de Goiás, que se encontra encaixado na porção sudoeste da Faixa Brasília,
durante o Neoproterozóico (Figura 7).
Figura 8 - Subdivisão do Bloco Arqueano-Paleoproterozóico de Goiás. Modificado de Mota-Araujo & Pimentel, 2002.
A região do trabalho faz fronteira a norte com o Arco Magmático de Mara Rosa; a
noroeste encontra-se truncado pelo Lineamento Transbrasiliano, a sudoeste apresenta contato
em cunha aberta para norte composta por ortognaisses do bloco Fazenda Nova; ao sul limita-
se com quartzitos, metaconglomerados e xistos da Sequência Serra Dourada; a sudeste é
sotoposto por rochas metassedimentares do Grupo Araxá e a leste e nordeste ocorrem rochas
metassedimentares do Grupo Serra da Mesa (Rodrigues, 2011). A estratigrafia é constituída
por sequência máfica-ultramáfica na base, coberta por metassedimentos (Almeida, 2011).
Todos os greenstones são preservados em sinformas alongadas, isolados por núcleos do
21
complexo granito-gnáissico, constituídos por gnaisses tonalíticos e granodioríticos
denominados Anta, Caiamar, Moquém, Hidrolina, Itaporanga, Caiçara e Uva (Almeida, 2011).
A região possui cerca de 16.000 km2 e está tectonicamente envolto por rochas de
origem e idade variadas (Figura 6). O objeto dos esforços na área são as ocorrências de ouro,
cujos relatos na região remontam ao período colonial (Palacin 1979), Figura 8, e atualmente
suas jazidas respondem por cerca de 20% do ouro contido nas reservas medidas + indicadas
do país (Neves 1988). Trabalhos abordando as mineralizações de ouro da região central do
país, foram apresentados por Berbert et al. (1980), Campos et al. (1985) e Costa & Barreto
Füho (1988).
Figura 9 - Situação das cidades produtoras de ouro do Brasil colonial (Palacin, 1979).
22
3.6.3 Geologia Local - Greenstone de Guarinos
23
3.6.3.1 O Depósito Aurífero de Caiamar
Na avaliação do depósito de Caiamar feito pela Yamana Gold Inc., revelou que a
mineralização está hospedada em um corpo de episienito sódico resultado de alteração
hidrotermal de rochas gabróicas, correlacionando-as a um novo tipo de depósito aurífero
(Rodrigues, 2011).
24
Figura 11 - Seção geológica apresentando as principais litologias relacionadas as mineralizações do depósito Caiamar
(Rodrigues, 2011).
Figura 12 - Esquema ilustrando as relações estimadas entre o gabro, mineralizações de ouro e a possível intrusão
oculta do depósito do Caiamar (Rodrigues, 2011).
25
3.6.3.2 Mineralização
• Nível 2 (zona inferior – A2): corresponde a uma importante zona com as mesmas
características do Nível 1, em relação ao contexto geológico e teores, separada do Nível 1 por
uma camada de anfibolitos;
26
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais
27
Tabela 1 - Tipos de litologias classificados em códigos e a quantidade de amostras encontradas nas sondagens
(Yamana Gold Inc., 2011).
28
4.2 Validação do Banco de dados
Figura 13 - Mapeamento do corpo de minério nas galerias do nível 55. (Fonte Yamana Gold Imc.)
Ainda com relação a figura acima, algumas dessas informações elucidaram uma das
teorias a respeito do tipo de mineralização. Este tipo de mineralização foi denominada de
“Ore Shoots”, que na realidade explicam, algumas intrusões em varias direções,
29
hidrotermalisadas, bastante mineralizadas, porém este assunto não faz parte do escopo deste
trabalho
4.3 Métodos
30
Figura 14 - Localização das sondagens na área da mina de Caiamar.
31
Tabela 2 - Análise estatística da variável AU_PPM da mina Caiamar
Variância 0,930
32
Figura 15 - Histograma contendo todas as amostras de ouro da mina de Caiamar e a configuração das sondagens na
mina.
33
Figura 16 - Histograma das amostras de ouro com teor abaixo de 0,1 ppm.
Antes do cálculo do teor composto foi elaborado o histograma com o tamanho das
amostras para verificar a distribuição dos comprimentos ao longo dos furos (Figura 16).
34
Figura 17 - Histograma do tamanho das amostras.
Após a análise do tamanho das amostras, foi feita a regularização com comprimento
de 1 metro. Dessa forma, houve uma diminuição no número das amostras de 44.140, para
40.742 amostras, mas não houve a diminuição no teor máximo de ouro de 55,7 ppm. A média
foi reduzida, mas em pequena proporção e a variância diminuiu conforme pode ser observado
nas informações da Figura 17.
35
Figura 18 - Histograma das amostras regularizadas para 1,0 metro.
36
Figura 19 - Histograma da transformada de indicadores para o cutoff 0,5 AU_PPM.
37
Figura 20 – Grade shell criado a partir do cutoff de 0.5 ppm com as sondagens.
38
4.7.1 Modelo de Blocos
39
Figura 23 - Modelo de bloco 10x10x2 metros com as amostras utilizadas na krigagem.
40
Figura 24 - Parâmetros utilizados para o calculado da direção principal encontrada.
41
Tabela 3 - Parâmetros usados para construção dos variogramas experimentais direcionais
Variogramas direcionais
Número de Lags 10 10 10
Separação do Lags 15 15 15
Tolerância do Lag 7.5 7.5 7.5
Azimute/dip 135o/67.5o 45 /67.5o
o
141o/69o
Tolerância Angular 22o 22o 22o
Tolerância da Banda 45o 45o 45o
Max
Azimute/dip 135o/67.5o
Nugget Effect 0.4
Nb. of Structures 2
Sill (Contribution) 0.2
Type SPH
Ranges 1 36
Sill (Contribution) 0.33
Type SPH
Ranges 2 61
Med
Azimute/dip 45o/67.5o
Nugget Effect 0.4
Nb. of Structures 2
Sill (Contribution) 0.2
Type SPH
Ranges 1 21
Sill (Contribution) 0.33
Type SPH
Ranges 2 1e+10
42
Tabela 6 – Resultado do variograma de direção de menor continuidade
Min
Azimute/dip 141o/69o
Nugget Effect 0.4
Nb. of Structures 2
Sill (Contribution) 0.2
Type SPH
Ranges 1 15
Sill (Contribution) 0.33
Type SPH
Ranges 2 54
43
Figura 26 - Modelo krigado do grade shell das amostras de ouro.
44
4.7.4 Validação da Krigagem – Análise das Médias
Como método de validação foram utilizadas as análise de deriva dos dados e a análise
das médias das estimativas realizadas.
Figura 28 - Janela do Dada Analysis Toolkit (beta) apresentando os valores das estimativas comparando as médias
estimadas de krigagem e Nearest Neighbor Estimation do ouro com probabilidade de 50% de chance de ser minério.
45
4.7.1 Validação da Krigagem – Análise de Deriva
A validação das estimativas feita pela análise de deriva (swat plot), mostra que este
tipo de gráfico apresenta a tendência local das estimativas feitas de seguirem os dados reais.
As Figuras 28, 29 e 30 apresentam a análise feita para a estimativa de ouro.
0.25
0.20
0.15
AU
0.10
0.05
0.00
630300 630400 630500 630600 630700 630800 630900 631000 631100
Direção EW
Dados AU Modelo ok AU
0.30
0.25
0.20
0.15
AU
0.10
0.05
0.00
8381700 8381800 8381900 8382000 8382100 8382200 8382300 8382400 8382500
Direção NS
Dados AU Modelo ZC
46
4.0
3.5
3.0
2.5
2.0
AU
1.5
1.0
0.5
0.0
110 160 210 260 310 360 410
-0.5
-1.0
Direção Z
Dados AU Modelo ok AU
Figura 31 - Análise de deriva na direção ao longo do furo para a variável AU.
47
Tabela 7 - Tabela com o análise estatística das camadas geológicas individualizadas do banco de dados.
48
4.8.1 KO de ouro através da Litologia
A estimativa dos dados foi realizada por krigagem ordinária e, para tal, foram
utilizados no mínimo 2 e máximo de 8 amostras. O elipsóide foi dividido em 8 setores
angulares, com um número ótimo de 1 amostras por setor ou no máximo 2 amostras. Os
variogramas experimentais utilizados e seus respectivos modelos possuem os parâmetros
apresentados nas Tabelas 8, 9, 10 e 11. A Figura 31 apresenta o resultado desta estimativa
como um modelo de blocos e na Figura 32 apresenta-se o histograma dos teores estimados.
As figuras dos variogramas são apresentados no ANEXO 2.
Variogramas direcionais
Número de Lags 20 20 20
Separação do Lags 15 2 2
Tolerância do Lag 7.5 1 1
Azimute/dip 135 /157.5o
o
45 /67.5o
o
141o/69o
Tolerância Angular 22o 22o 22o
Tolerância da Banda 45o 45o 45o
Max
Azimute/dip 135o/157.5o
Nugget Effect 0.8
Nb. of Structures 1
Sill (Contribution) 1.84
Type SPH
Ranges 1 42
49
Tabela 10 – Resultado do variograma de direção de média continuidade
Med
Azimute/dip 45o/67.5o
Nugget Effect 0.8
Nb. of Structures 1
Sill (Contribution) 1.84
Type SPH
Ranges 1 23.6
Min
Azimute/dip 141o/69o
Nugget Effect 0.8
Nb. of Structures 1
Sill (Contribution) 1.84
Type SPH
Ranges 1 12.4
50
Figura 32 - Krigagem da variável AU_PPM.
51
4.8.2 Validação da Krigagem – Análise das Médias
Observa-se, na Figura 33, que a média para os valores estimados por KO foi maior do
que a média obtida por NN e que a variância foi menor.
Figura 34 - Janela do Dada Analysis Toolkit (beta) apresentando os valores das estimativas comparando as médias
estimadas de krigagem e Nearest Neighbor Estimation do ouro.
A validação das estimativas feita pela análise de deriva (swat plot), mostra neste tipo
de gráfico a tendência local das estimativas feitas seguem a tendência dos dados conforme
pode ser observado nas Figuras 34, 35 e 36.
52
0.70
0.60
0.50
0.40
AU
0.30
0.20
0.10
0.00
630400 630500 630600 630700 630800 630900 631000 631100
Direção EW
0.80
0.70
0.60
0.50
AU
0.40
0.30
0.20
0.10
0.00
8381700 8381800 8381900 8382000 8382100 8382200 8382300 8382400 8382500 8382600
Direção NS
Dados AU Modelo ZC
53
8.0
6.0
4.0
AU
2.0
0.0
110 160 210 260 310 360 410
-2.0
Direção Z
54
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise estrutural dos dados para se obter anisotropia foi feita calculando-se através
de 8 direções, variando de 22.5o (0o , 22.5o, 45o, 67.5o, 90o, 112.5o, 135o, 157.5o) no plano
horizontal, em seguida na direção ortogonal, também variando 22.5o em 8 direções de
mergulhos e uma direção coplanar (rake), retirada também através de 8 direções. Desta forma,
a análise exploratória foi satisfatória e os modelos teóricos dos variogramas foram ajustados
nas direções encontradas e apresentaram valores de amplitudes relativamente baixos para a
primeira e para a segunda estratégia. Durante o desenvolvimento do trabalho, foi identificada
anisotropia mista para o depósito estudado, considerando as direções encontradas. Mesmo
assim, a verificação dos parâmetros como efeito pepita, através do variograma omnidirecional
foram fundamentais para a obtenção de um modelo representativo. Os variogramas obtidos
apresentaram boa estruturação para ambas estimativas, Grade Shell e litotipos. Através dos
cálculos de estimativas, é possível se verificar que a primeira estratégia apresentou um
número de blocos estimados pelo menos 4 vezes maior que a segunda, isso já era esperado
55
devido à quantidade de amostras utilizadas na primeira, cerca de 20.000 amostras, e na
segunda, cerca de 4.000 amostras.
Como análise final das estratégias, verificou-se que na primeira estratégia utilizou-se
maior número de dados, cerca de 20.000 amostras contra quase 4.000 da segunda. Além da
área ser muito maior, isso explicaria a quantidade de blocos calculados de 239.333 contra
57.161 da segunda estratégia (Tabela 12).
Tabela 12 – Resumo de cálculo dos volumes calculados através das estratégias utilizadas.
1o Estratégia 2 o Estratégia
Quantidade de Blocos 239.333 57.160
Teor Médio 0,108 0,335
Variância 0,771 0,748
Tamanho do Bloco (m3) 200 200
Vol (m3) 47.866.600 11.432.000
Tabela 13 – Resumo de cálculo dos volumes calculados através das estratégias utilizando o cutoff de 0.5 ppm.
56
6 CONCLUSÕES
A partir da primeira estratégia testada estimaram-se cerca de 239.333 blocos com teor
médio de 0,108 ppm, quantidade maior do que a obtida com a segunda estratégia que
resultou em 57.160 blocos estimados e teor médio de 0,335 ppm.
57
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62
ANEXO 1
Variogramas – estratégia 1
63
C – Variograma da menor direção ou Rake
64
ANEXO 2
Variogramas – estratégia 2
65
C – Variograma da menor direção ou Rake
66