Acção Quimica
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I. Introdução .................................................................................................................................. 2
1.1 Objectivos.............................................................................................................................. 2
2.1 Enquadramento...................................................................................................................... 3
2.2 Empreendedorismo................................................................................................................ 4
1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo Geral
Analisar os pontos relativos ao Empreendedorismo e Inovação.
1.2 Metodologia
Para a produção deste trabalho, foi consultada literatura relacionada, tendo em destaque textos,
manuais ligados a temática da conceptualização e abordagem legislativa bem como o seu
domínio no ordenamento jurídico moçambicano, sendo fundamentalmente os livros de referência
geral na área em vertente da área do Empreendedorismo e Negócios. A partir da análise desta
bibliografia, foram igualmente observadas dissertações diversas, legislação, artigos em sítios
universitários e manuais de referência básica na cadeira. A principal metodologia utilizada neste
estudo consistiu na combinação de técnicas e métodos de recolha de dados como anteriormente
fora afirmado.
2
II. EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
2.1 Enquadramento
O empreendedorismo é considerado um dos principais mecanismos promotores do
desenvolvimento da economia, inovação e bem-estar. Como processo dinâmico de mudança,
visão e criação, tem como base a identificação de oportunidades e novas soluções por parte do
empreendedor, com o objetivo de suprir necessidades das pessoas1.
A análise do ambiente de negócios das PMEs mostra que existe uma série de obstáculos que
impedem o crescimento das PMEs. As dificuldades dos empreendedores são de vária ordem.
BAKER TILLY MOÇAMBIQUE (20142) conduziram um estudo sobre as PME’s em todo o país
com o objectivo de apreciar a envolvente das mesmas. Nesse estudo foram d algumas barreiras
nomeadamente:
a fraca qualificação de mão-de-obra;
gestão financeira ineficiente;
corrupção e complexidade dos processos públicos (barreiras reguladoras);
relacionamento entre o sector público e privado;
carga fiscal excessiva e um custo elevado do pagamento de impostos, acesso ao
financiamento da banca; e
baixo espírito empreendedor.
1
IFDEP Research. Empreendedorismo nas Comunidades Imigrantes: Um Olhar Sobre Portugal. 2015. p. 10.
2
BAKER TILLY MOÇAMBIQUE. PME em Moçambique Oportunidades e Desafios. USAID/Moçambique. 2014.
3
2.2 Empreendedorismo
2.2.1 Da Concepção do Empreendedorismo à Inovação
O primeiro cientista, de que há registo, a desenvolver o termo empreendedor foi Richard
Cantillon (1680?–1734), que possibilitou o reconhecimento destes indivíduos como contribuintes
importantes na criação de valor económico na sociedade3.
Considerou ainda que a inovação criada pelo empreendedor representa uma renovação no
sistema económico, destruindo o equilíbrio existente e criando um novo equilíbrio – o
empreendedor como agente de mudança na economia. O autor definiu-o, ainda, como alguém
extremamente versátil, com competências técnicas de produção e capitalistas de reunião de
recursos financeiros, assim como com competências de organização de operações internas e de
realização de vendas do produto6.
3
IFDEP Research. Op.cit. p. 11.
4
Instituto Baiano de Ensino Superior (IBES). Empreendedorismo e Inovação. Baía. 2012.
5
IFDEP Research. Op.cit. p. 12.
6
Nesse período também que o conceito de inovação é integrado à característica do empreendedor. De facto a
inovação, o ato de lançar algo novo é uma das mais difíceis tarefas para o empreendedor. Exige que o indivíduo
4
2.2.2 Características do Empreendedor
Existe a concepção do empreendedor nato, aquele que nasce com as características necessárias
para empreender com sucesso. No entanto, como se trata de um ser social, influenciado pelo
meio que em que vive, a formação empreendedora pode acontecer por influência familiar,
estudo, formação e prática.
Para CHIAVENATO7, existem três características básicas para um empreendedor. São elas:
1. Necessidade de realização: Uma necessidade pessoal, o que o diferencia dos outros.
2. Disposição para assumir riscos: Riscos financeiros e de demais ordens assumidos ao
iniciar o próprio negócio.
3. Autoconfiança: Segurança ao sentir que pode enfrentar os desafios e problemas.
tenha uma visão holística do ambiente em geral para que possa desenvolver um novo produto, um novo serviço ou
até mesmo um método para modificar uma nova estrutura organizacional.
7
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando Asas ao Espírito Empreendedor: Empreendedorismo e
Viabilidade de Novas. 2.ed. rev. e atualizada. São Paulo. Saraiva. 2007. p. 134.
8
Idem.
9
DORNELAS, José Carlos Assis. Transformando Ideias em Negócios. 2.ed. Rio de Janeiro. Elsevier. 2005. p. 93.
5
2.3 Inovação
Como ficou acima referenciado a inovação é parte integrante e característica do
empreendedorismo/empreendedor. A palavra inovação, deriva dos termos latinos in e novare e
significa fazer algo novo ou renovar.
10
DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e Espírito Empreendedor. Editora Pioneira. São Paulo. 1987. p. 40.
11
Inovação sistemática, portanto, consiste na busca deliberada e organizada de mudanças, e na análise
sistemática das oportunidades que tais mudanças podem oferecer para a inovação econômica ou social.
12
DRUCKER, Peter Ferdinand. Op.cit. p. 45.
6
compreender que isso é um alvo móvel13.
BESSANT & TIDD14, afirmam que a inovação assume muitas formas diferentes, mas pode ser
resumida em quatro diferentes tipos, a saber:
Inovação de produtos;
Inovação de processos;
Inovação de posição; e
Inovação de paradigma
É importante salientar que muitas vezes pode haver dificuldade em diferenciar esses tipos de
inovação, pelo fato de poderem ser parecidas em alguns casos e se aplicarem a mais de um tipo
ao mesmo tempo.
Criatividade está relacionada com o nosso potencial de gerar novas ideias. criatividade é algo
subjetivo, e portanto, difícil de ser mensurado. Por sua vez a inovação é quando a criatividade
gera valor, a inovação está relacionada com todo o trabalho necessário para tornar uma ideia
viável. Essa criatividade precisa ser canalizada para a solução de problemas e necessidades
latentes.
13
BESSANT, John; TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. S/L. Bookman, 2009. p. 30.
14
Idem.
15
CERVEIRA, Ana Paula dos Santos. Empreendedorismo e inovação: O caso da Crioestaminal. (Relatório de
Estágio Curricular Integrado no Mestrado em Gestão). Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Setembro de 2009. p. 7.
7
2.5 Empreendedorismo e Inovação em Moçambique
O empreendedorismo tem originado nas últimas décadas um surgimento de novas Pequenas e
Médias Empresas (PME)16, com especial destaque para as de crescimento rápido.
Entende-se que uma pequena empresa não pode ser considerada actividade empreendedora,
a menos que haja algum tipo de inovação: "[...] empreendedorismo não trata apenas de pequenas
empresas e novos empreendimentos. Não aborda apenas a criação de novos produtos ou serviços,
mas, sim, inovações em todos os âmbitos do negócio17.
Assim, estas novas empresas entendem-se como cruciais nos processos de inovação e na
condução de mudanças tecnológicas que potenciam aumentos de produtividade. As mesmas tem
contribuindo para a criação de riqueza, criação de emprego e melhor qualidade de vida das
populações e destacam-se pela sua capacidade de adaptação a um ambiente de mudança18.
16
O Estatuto Geral das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Decreto n.º 44/2011, de 21 de Setembro) define o que
é uma PME em Moçambique. Assim sendo: Micro empresa- Empresa com menos de 4 trabalhadores ou com
volume de negócio anual inferior a 1.2 milhões de meticais; Pequena empresa- Empresa com o número de
trabalhadores compreendido entre 5 e 49 e volume de negócios entre 1.2 e 14.7 milhões de meticais; Média
empresa- Empresa com o número de trabalhadores compreendido entre 50 e 99 e o volume de negócios superior a
14.7 e inferior a 29.97 milhões de meticais.
17
CHIAVENATO, Idalberto. Op.cit. p. 261.
18
MUSSAGY, Ibraimo Hassane; MANJORO, Alfândega. Empreededorismo e Inovação em Moçambique:
Panorâmica Actual. (Tema Apresentado na Conferência Internacional Sobre Empreendedorismo e Inovação: Como
Construir uma Base Empresarial Competitiva em Moçambique). ISCTEM. Maputo, 04 de Novembro de 2015. p. 02.
8
que mecanismos, políticas acções que Moçambique tem conduzido no contexto do ambiente
empresarial para a promoção das PME´s19.
As PME’s se inserem no nosso contexto para atender as principais areas da economia tais como,
a hotelaria, a manufactura, a agricultura, a construção civil, os transporte e comunicações, entre
outros.
Com uma estratégia devidamente articulada entre os vários sectores da economia, as PME’s
podem contribuir de forma acelerada para a criação de riquezas ao nível local e de recuperação
do subdesenvolvimento, de combate à pobreza e à exclusão social, de melhoria das condições de
vida da população, de ascensão social e, da melhoria da autoestima, até, de consolidação da
democracia.
Assim sendo, há, pelo menos, quatro medidas de empreendedorismo em ligação com a inovação
no cenário nacional, sendo:
A primeira considera o número de trabalhadores por conta-própria ou de proprietários de
empresas;
A segunda focaliza somente os novos negócios;
A terceira medida incorpora à segunda medida os empreendedores no processo de criação
do novo negócio: o empreendedorismo nascente; e
A quarta medida de empreendedorismo é a participação das pequenas empresas na
produção ou no emprego20.
19
Idem.
20
MUSSAGY, Ibraimo Hassane; MANJORO, Alfândega. Op.cit. p. 03.
9
III. Conclusão
O empreendedorismo é considerado um dos principais mecanismos promotores do
desenvolvimento da economia, inovação e bem-estar.
A economia de mercado surge numa altura de vicissitudes para Moçambique, ditadas pela guerra
e pelas calamidades naturais. A ordem do liberalismo económico, proclamando a mais absoluta
liberdade de produção e comercialização das mercadorias e da existência de uma ordem natural à
busca do interesse individual leva ao bem-estar coletivo.
As PME’s se inserem no nosso contexto para atender as principais areas da economia tais como,
a hotelaria, a manufactura, a agricultura, a construção civil, os transporte e comunicações, entre
outros.
Disto resulta o seu crescente interesse para a economia nacional, conciliando as duas vertentes
do presente estudo, o empreendedorismo e a inovação.
10
IV. Referências Bibliográficas
1. BAKER TILLY MOÇAMBIQUE. PME em Moçambique Oportunidades e Desafios.
USAID/Moçambique. 2014.
5. DORNELAS, José Carlos Assis. Transformando Ideias em Negócios. 2.ed. Rio de Janeiro.
Elsevier. 2005.
11