Manual Deontologia
Manual Deontologia
Manual Deontologia
Índice
Índice............................................................................................................................................ 2
Condições Gerais de Utilização..................................................................................................... 3
Objetivos Gerais do Módulo......................................................................................................... 4
.................................................................................................................................................... 5
Objetivos Específicos do Módulo.................................................................................................. 5
Introdução.................................................................................................................................... 6
1.Organização .............................................................................................................................. 7
1.1.Conceito de Organização ................................................................................................... 7
1.2.Cultura Organizacional........................................................................................................ 9
1.2.1.As Dimensões e tipos de cultura organizacional ........................................................ 13
1.3.Tipos de organização ........................................................................................................ 15
1.3.1. Organização pública.................................................................................................. 15
1.3.2. Organização Privada ................................................................................................. 17
1.3.3. Organização Nacional ....................................................................................... 17
1.3.4. Organização Internacional........................................................................................ 18
2.Empresa .................................................................................................................................. 20
2.1.Conceito de empresa ....................................................................................................... 20
2.2.Objetivos e Papel na sociedade........................................................................................ 21
2.2.1.Missão de uma empresa............................................................................................ 22
2.2.2.Visão de uma Empresa .............................................................................................. 23
2.3.Elementos constitutivos: Sectores da empresa................................................................ 25
........................................................................................................................................... 25
3.Classificação das organizações ................................................................................................ 27
3.1.Classificação quanto à Forma Jurídica .............................................................................. 27
3.2.Classificação quanto à Dimensão ..................................................................................... 30
3.3.Classificação quanto á propriedade.................................................................................. 30
3.4.Classificação quanto ao Ramo de Atividade ..................................................................... 31
4.Produção................................................................................................................................. 31
4.1.Meio Envolvente .............................................................................................................. 41
4.1.1.Meio envolvente Contextual/envolvente externa...................................................... 42
4.1.2.Envolvente Transacional............................................................................................ 45
Referências bibliográficas........................................................................................................... 48
Anexos........................................................................................................................................ 50
3
Objetivos Gerais do Módulo
5
Definir cada sector de uma empresa;
Introdução
Portanto, ao longo deste manual serão abordados vários temas relativos ao referido
módulo.
Primeiramente, este manual aborda o conceito de organização, sendo uma
organização o conjunto de pessoas que trabalham juntas e coordenam as suas ações
de forma a alcançarem uma grande variedade de objetivos, ou resultados desejados a
médio e longo prazo. Além disso, neste ponto do manual são também abordados os
principais tipos de organizações, tais como as organizações públicas, privadas,
nacionais e internacionais.
1. Organização
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O conceito de organização pode também ser definido como um sistema desenhado
para atingir determinados objetivos ou metas, porém, estes sistemas podem estar
formados por outros subsistemas relacionados que cumprem funções específicas.
Portanto, por outras palavras, uma organização é qualquer grupo social formado por
pessoas, com um conjunto de atividades e uma administração, que interagem numa
estrutura sistémica com o intuito de cumprir certos objetivos. É fundamental que as
pessoas da organização comuniquem entre si e estejam de acordo na forma como
coordenam os lucro e como cumprem os objetivos propostos, de forma a cumprirem
satisfatoriamente a missão da organização em questão. Todavia, para ajudar na
coordenação e comunicação, as organizações funcionam, maioritariamente, através de
normas que ajudarão a atingir os objetivos.
Os objetivos atribuídos
9
O conceito de cultura, particularmente de cultura organizacional tem suscitado
elevado interesse e amplo debate. Entretanto, esta é definida das mais diversas formas
e sob diversos enfoques, podendo por exemplo, adotar uma visão de cultura segundo o
enfoque antropológico, uma vez que, o conceito de cultura é uma construção de raiz
antropológica que busca desvendar os significados dos costumes de uma sociedade, ou
segundo a visão sociológica do termo que procura compreender a elaboração dos
símbolos. O interesse pelo estudo da cultura organizacional tem origem nos finais dos
anos 70 e desenvolve amplamente na década de 80. Este estudo segundo Neves teve
grande desenvolvimento, devido à crença no condicionamento pela cultura da
excelência organizacional, materializada numa elevada motivação e desempenho dos
colaboradores. Assim, o conceito de cultura organizacional surge associado a conceitos
como o de eficiência e competitividade, principalmente após a tomada de consciência
da importância dos fatores culturais para a compreensão dos comportamentos
organizacionais e para o entendimento da complexidade do quotidiano das
organizações. Neves refere que a cultura é vista como um sistema de padrões
cognitivos aprendidos que auxiliam as pessoas nos processos de perceber, sentir e
atuar e, como tal, encontra-se localizada na mente das pessoas e como um sistema
partilhado de 5 símbolos e de significados, patente nos pensamentos e nos significados
partilhados pelas pessoas de uma sociedade.
Mecanicista – Cultura é um conjunto de factos, que deve ser gerida como qualquer
outro sector da organização.
Político – Cultura é um conjunto de valores sujeito a uma luta pelo poder dentro de
uma organização.
Cultural – Cultura é um conjunto de símbolos e mitos, crenças e valores partilhados
por aqueles que definem uma organização.
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i) Produto da história da organização;
Uma dimensão é um aspeto da cultura que pode ser medido e comparado com
outras culturas. Vários autores propõem diferentes conteúdos para as dimensões mais
importantes da cultura.
13
Relação com autoridade;
Inovação;
Estabilidade;
Agressividade;
No que respeita aos tipos de cultura, vários autores, estabelecem quatro tipos de
cultura organizacional: a) A cultura do poder é mais frequente em pequenas
organizações, com o poder concentrado no ponto central, prevendo os desejos,
decisões, regras e procedimentos das fontes centrais de poder, sendo mais difíceis,
mudanças culturais. b) A cultura de papéis trabalha pela lógica e pela racionalidade,
com funções ou especialidades, coordenadas por uma estreita faixa da alta
administração em pilares. Em geral são culturas lentas tanto em relação à necessidade
de mudança quanto de efetuá-las. c) A cultura de tarefa reside em se fazer o trabalho
ser executado, a partir da reunião dos recursos apropriados, das pessoas certas, nos
níveis certos, com autonomia. O trabalho em equipa é bastante estimulado. Trata-se de
uma cultura adaptável e flexível às mudanças. d) A cultura da pessoa será encontrada
nos indivíduos que se agarrarão aos seus valores. O indivíduo é o ponto central, sendo
a organização é subordinada a eles e deles depende para existir.
Deal e Kennedy nomeiam os seguintes tipos: a) Cultura macho, onde se encontra
um mundo de individualistas que não têm receio de assumirem altos riscos, pois
recebem um rápido feedback sobre suas ações. É uma cultura que tende a ser jovem,
com ênfase na velocidade e não na resistência ao tempo. b) Cultura trabalho duro,
onde se encontra a combinação do baixo risco com rápido feedback. O sucesso vem
com a persistência do vendedor. c) Apostar em sua companhia, combina o alto risco
com o lento feedback. Respeitam a autoridade, a competência técnica e compartilham
conhecimento. As carreiras, os produtos e os lucros não se desenvolvem rapidamente,
porém quando ocorrem, têm longa duração. d) Cultura de processo é o tipo que
combina lento feedback com baixo risco. A falta de feedback força os empregados a
prestarem maior atenção no como fazer as coisas em vez de focar no que fazer.
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As pessoas coletivas públicas são indivíduos coletivos criados por iniciativa pública
para assegurar a continuação necessária dos interesses públicos, dispondo de poderes
políticos e estando submetidos a deveres públicos.
Trata-se de entidades criadas por iniciativa pública. O que significa que as pessoas
coletivas públicas nascem sempre de uma decisão pública, tomada pela coletividade
nacional, ou por comunidades regionais ou locais autónomas, ou proveniente de uma
ou mais pessoas coletivas públicas já existentes: a iniciativa privada não pode criar
pessoas coletivas públicas. As pessoas coletivas públicas são criadas por “iniciativa
pública”, expressão ampla que cobre todas as hipóteses e acautela os vários aspetos
relevantes.
As pessoas coletivas públicas são criadas para assegurar a prossecução necessária
de interesses públicos. Daqui decorre que as pessoas coletivas públicas,
diferentemente das privadas, existem para prosseguir o interesse público – e não
quaisquer outros fins. O interesse público não é algo que possa deixar de estar incluído
nas atribuições de uma pessoa coletiva pública: é algo de essencial, pois ela é criada e
existe para esse fim.
As pessoas coletivas públicas são titulares, em nome próprio, de poderes e deveres
públicos. A referência à titularidade “em nome próprio” serve para distinguir as pessoas
coletivas públicas das pessoas coletivas privadas que se dediquem ao exercício privado
de funções públicas: estas podem exercer poderes públicos, mesmo poderes de
autoridade, mas fazem-no em nome da Administração Pública, nunca em nome
próprio.
As categorias de pessoas coletivas públicas no Direito português atual são seis:
O Estado;
Os institutos públicos;
As empresas públicas;
As associações públicas;
As autarquias locais;
As regiões autónomas.
Quais são os tipos de pessoas coletivas públicas a que essas categorias se
reconduzem? São três:
Pessoas coletivas de população e território, ou de tipo territorial – onde se
incluem o Estado, as regiões autónomas e as autarquias locais;
As pessoas coletivas de tipo institucional – a que correspondem as diversas
espécies de institutos públicos que estudámos, bem como as empresas
públicas;
As pessoas de tipo associativo – a que correspondem as associações públicas.
Banco de Portugal;
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Turismo de Portugal;
Ministério da Justiça;
Ministério da saúde;
Banco Mundial;
União Europeia;
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2. Empresa
O papel das empresas na sociedade é vasto, uma vez que, elas servem para
produzir bens e serviços que satisfazem as necessidades dos consumidores. Nesse
processo, as empresas geram lucro e criam riqueza. Essa riqueza é distribuída não só
pelos proprietários, como também pelos colaboradores, fornecedores, Estado e a
sociedade em geral.
Para além do papel financeiro, as empresas também têm um papel cívico. Ajudam a
resolver problemas que afetam a generalidade das pessoas. Por exemplo, as empresas
patrocinam iniciativas de cariz cultural, científico e social.
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2.2.1. Missão de uma empresa
A missão de uma empresa explicita qual a razão de ser da sua existência e legitima
a sua função na sociedade. A missão esclarece a ligação entre as funções sociais que
cumpre e os seus objetivos mais concretos, assim como deve ser uma afirmação do
sentido, imagem e carácter, que por sua vez resulta da interação entre fatores externos
e internos à empresa e das necessidades e valores dos seus gestores.
a) Quem somos?
b) O que fazemos?
O conteúdo da missão deve ser fácil de definir e de comunicar e deve ser definida
de forma orientada para o cliente e para as necessidades que a empresa procura
satisfazer.
A visão está mais associada a uma meta, enquanto a missão está mais associada a
uma forma de comportamento. Assim que a meta proposta seja atingida, essa visão
torna-se desatualizada.
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A visão é parte integrante do planeamento estratégico que trata dos objetivos e
metas de uma empresa. A Visão funciona como um objetivo genérico e não detalhado,
do modo como a empresa se quer ver no futuro. Assim, a Visão não pode ser
confundida com objetivos ou metas, embora exista uma relação. Os objetivos e metas
abordam temas específicos da empresa (como os resultados esperados para produção,
finanças, vendas etc.), que são definidos pormenorizadamente no decorrer do
planeamento Estratégico, isto é, posteriormente à formulação da Visão.
Onde pretende chegar a empresa, a quem quer atender, com que tipo de
produtos ou serviços?
1. Sector financeiro: tem como objetivo básico a obtenção de lucro para manter a
empresa em funcionamento. A contabilidade tem como função o controlo do
património e as informações sobre a sua composição. Inclui relatórios à
administração, aos proprietários e diretores, aos credores e fornecedores, aos
bancos e financeiras, ao governo e aos investidores. No cálculo dos custos e
orçamentos, deve-se levar em conta gastos como: instalações; aluguer; despesa
com água, luz, telefone; material de oficina; material de escritório; impostos;
componentes (materiais); encargos sociais e mão-de-obra; custos de
distribuição (propaganda, telefone, combustível, promoções, correio...). A
função contabilidade também deve administrar o controlo do património e as
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informações sobre sua composição e variações para informar terceiros, que têm
interesses vinculados ao património, como:
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Esta classificação divide as empresas/organizações de acordo com as suas responsabilidades
civis e comerciais e dos seus direitos contratuais ou legais.
Segundo o art.º. 13 do Código das Sociedades Comerciais, (Decreto-lei nº262/86,
de 2 de Setembro), podemos encontrar em Portugal os seguintes tipos de empresas:
Individuais
Empresas
Sociedades
Empresas individuais
Sociedade em Comandita
Neste tipo de sociedade a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor da sua quota (o
valor de entrada de cada sócio) e ao valor das quotas subscritas pelos restantes sócios mas enquanto
estes as não realizarem. Não podem ser constituídas com um capital inferior a 1000 €.A firma deste
tipo de sociedade pode revestir a forma de:
Firma propriamente dita, quando dela constatar o nome de todos os sócios ou apenas de um
deles;
Denominação particular, quando a firma der a conhecer o objeto da sociedade. Em qualquer
dos casos, a firma deve aditar sempre a expressão “limitada”, completa ou abreviadamente.
Sociedade Anónima
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As sociedades deste tipo tem o seu capital social dividido em ações e a responsabilidade
dos sócios é limitada ao valor das ações que possuem. Atualmente uma sociedade anónima
não pode ser constituída por um número de sócios inferior a cinco e um capital inicial
inferior a 25000 €. A firma destas sociedades poderá revestir a forma de denominação
particular que dê a conhecer o mais claramente possível o objeto da sociedade, ou ser
constituída pelo nome ou firma de um ou alguns dos seus sócios. A firma deverá
concluir sempre com a expressão “sociedade anónima” ou com a abreviatura “SA”.
Segundo este critério, as empresas são classificadas de acordo com a natureza e origem dos
produtos fabricados ou dos serviços prestados. É o critério utilizado pelo Instituto
Nacional de Estatística quando classifica as sociedades por ramos de atividade. Assim, fazem parte
do sector primário as empresas que se dedicam à agricultura, silvicultura, pescas, pecuária e
atividades extrativas; pertencem ao sector secundário as empresas dedicadas às atividades
transformadoras, à eletricidade, gás e água e à construção civil e obras públicas; e ao sector
terciário as empresas dedicadas ao comércio, aos transportes e comunicações e ainda as
dedicadas aos restantes serviços.
4. Produção
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A produção refere-se, do ponto de vista técnico, a transformar um bem, ou seja,
compreende uma série de operações físicas que modificam certas características de
um determinado objeto. Porém, a noção económica de produção, implica a utilidade
dos bens produzidos. Assim, do ponto de vista económico, constituirá uma Acão de
produção toda aquela que torne um objeto útil e portanto faça aumentar a sua
utilidade ou ainda é a criação de bens e serviços para suprimir as necessidades do
ser humano.
Para Karl Marx, o modo de produção não é determinado por aquilo que é
produzido nem por quanto se produz, mas pela forma como é levada a cabo a
respetiva produção.
Ciclo de transformação;
Dimensão da empresa.
Ciclo de transformação
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Indústrias de segunda transformação - Este tipo de indústrias fabricam
produtos que entram no processo de fabrico de produtos mais
elaborados. O aspeto a reter consiste na necessidade de séries de
fabrico grandes e de cadências de produção elevadas (economia de
escala e prazos de entrega). Estas indústrias podem ser divididas entre
indústrias de produtos de consumo e indústrias de bens de
equipamento. Os principais problemas destas Empresas resultam das
estratégias utilizadas de acordo com a dimensão da Empresa e o volume
da Empresa: (se a produção é em grande série, há exigências de
produtividade e de custos competitivos, se a produção é efetuada em
pequenas séries, há exigências de qualidade, diferenciação de produtos,
inovação e criatividade).
Dimensão da empresa
Objetivos de Produção
Objetivos de Qualidade
Objetivos de Mercado
Objetivos de Lucro
Infraestruturas
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Equipamentos
Conceção e Desenvolvimento
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Manutenção e Serviços de Apoio
Qualidade
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absentismo, quebras de produção, entre outros. O Diagnóstico deverá
identificar e avaliar os principais fatores de risco do processo produtivo e
dos sistemas de apoio, relativamente aos aspetos de Higiene e Segurança
envolvidos.
Ambiente e Energia
O conhecimento que a empresa tem do meio em que se insere é essencial para ter
sucesso. Só com esse conhecimento se poderá preparar devidamente e com
antecedência. Numa época de mudanças, as empresas são obrigadas a conhecer as
variáveis ambientais de forma a adotar práticas empresariais adequadas às suas
características.
Este ponto serve então para conhecermos o meio envolvente da empresa que
deve ser feito a dois níveis: o meio envolvente contextual e o meio envolvente
transacional.
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4.1.1. Meio envolvente Contextual/envolvente externa
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Todas as organizações desenvolvem a sua atividade integradas num meio
envolvente abrangente que condiciona, no médio e longo prazo, a sua atividade,
estratégias, objetivos e, em última instância, a sua própria sobrevivência. É assim que,
por exemplo, o comportamento da demografia em Portugal, caracterizado pela descida
da taxa de natalidade e pelo aumento da esperança média de vida (que se tem
traduzido no envelhecimento da população), tem confrontado as organizações com
desafios diversificados.
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A envolvente transacional é constituída pelos sectores/entidades que interagem
diretamente com a organização, existindo uma influência recíproca em variados graus.
É constituída pelos clientes, concorrentes, fornecedores e pelo mercado de trabalho.
Os clientes constituem o mercado onde a empresa opera. Podem ser individuais ou
organizações, adquirem bens e/ou serviços e são a razão da existência da organização
ou empresa. As suas preferências condicionam ou determinam as escolhas das
organizações.
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Referências bibliográficas
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Anexos
51
Centro Social de Santa Maria de Sardoura
Tipologia 6.2 – Qualificação de Pessoas com Deficiência ou Incapacidade
Ficha de trabalho
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Anexo C
Ficha de trabalho
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