Este documento apresenta uma proposta para avaliação da alimentação em unidades de alimentação e nutrição (UANs) através da realização de pesquisas de satisfação dos clientes e controle de restos e sobras. A proposta inclui a elaboração e aplicação de questionários para medir o índice de satisfação dos clientes e metodologia para quantificar e reduzir resíduos orgânicos nas diferentes etapas da produção de refeições. O objetivo é melhorar a qualidade do serviço prestado pela UAN e reduzir o desperdício de
Este documento apresenta uma proposta para avaliação da alimentação em unidades de alimentação e nutrição (UANs) através da realização de pesquisas de satisfação dos clientes e controle de restos e sobras. A proposta inclui a elaboração e aplicação de questionários para medir o índice de satisfação dos clientes e metodologia para quantificar e reduzir resíduos orgânicos nas diferentes etapas da produção de refeições. O objetivo é melhorar a qualidade do serviço prestado pela UAN e reduzir o desperdício de
Este documento apresenta uma proposta para avaliação da alimentação em unidades de alimentação e nutrição (UANs) através da realização de pesquisas de satisfação dos clientes e controle de restos e sobras. A proposta inclui a elaboração e aplicação de questionários para medir o índice de satisfação dos clientes e metodologia para quantificar e reduzir resíduos orgânicos nas diferentes etapas da produção de refeições. O objetivo é melhorar a qualidade do serviço prestado pela UAN e reduzir o desperdício de
Este documento apresenta uma proposta para avaliação da alimentação em unidades de alimentação e nutrição (UANs) através da realização de pesquisas de satisfação dos clientes e controle de restos e sobras. A proposta inclui a elaboração e aplicação de questionários para medir o índice de satisfação dos clientes e metodologia para quantificar e reduzir resíduos orgânicos nas diferentes etapas da produção de refeições. O objetivo é melhorar a qualidade do serviço prestado pela UAN e reduzir o desperdício de
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 7
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
LUCAS NOGUEIRA SALHEB
REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO
BELÉM 2019 1. ÍNDICE DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE
As Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) dispõem-se a fornecer refeições
balanceadas nutricionalmente, atendendo as normas dietéticas e higiênico-sanitárias e as necessidades nutricionais da sua clientela, de acordo com os padrões financeiros da empresa. Nesse sentido, um serviço organizado é aquele que fornece o provimento nutricional da coletividade (ABREU; SPINELLI; ZANARDI, 2009) tendo como finalidade satisfazer o comensal em quesitos importantes, desde o ambiente físico incluindo tipo, conveniência, condições de higiene das instalações, funcionários e equipamentos disponíveis até o contato pessoal entre operadores da UAN e comensais, em toda cadeia produtiva (PROENÇA, 2009).
A avaliação da opinião dos comensais quanto às refeições oferecidas, é uma atividade
de grande importância na UAN. Através das pesquisas de satisfação, tem-se uma percepção realista e atualizada da clientela, sendo os resultados da pesquisa de extrema importância para que a empresa de alimentação adequar seus produtos e serviços e obter confiança dos clientes, devendo ser realizados periodicamente (PROENÇA et al., 2005), visto que relação entre satisfação e alimentação não se refere apenas à qualidade do alimento, mas ao aspecto visual das dependências, preparações, atendimento, valor das refeições, dentre outros. Logo, os clientes constituem-se peças importantes neste contexto, uma vez que representam elementos essenciais de obtenção de sucesso e tornam-se parte do comércio, independentemente do tipo de negócio (GARDIN e CRUVINEL, 2013).
O levantamento dos dados da pesquisa de Índice de Satisfação do Cliente é capaz de
fornecer à empresa condições de detectar possíveis inconformidades existentes e, consequentemente, buscar as melhorias necessárias (AQUINO e CORREIA, 2012).
1.1 ELABORAÇÃO DE PROPOSTA
Adotando a metodologia de Abreu, Spinelli e Zanardi (2009), a pesquisa pode ser realizada através de cartões contendo algumas informações: prato do dia, sugestão e o grau de satisfação ou insatisfação “BOM”, “REGULAR” E “RUIM” a qual os funcionários escolhem e opinam a respeito da refeição oferecida. O cartão será entregue aos funcionários na entrada do refeitório e devolvidos na saída. Também deve haver a elaboração de estratégias que incentivem a participação dos clientes à pesquisa de satisfação, pois esta torna-se importante para que se conheça o seu grau de satisfação e possibilite o atendimento às suas necessidades mais iminentes, de modo a acarretar o oferecimento de um melhor serviço e produtos de qualidade prestados pela unidade (FEIL et al, 2015). Com a tabulação dos dados, os resultados são calculados através da formula de Indicador de Satisfação do Cliente (ISC) e obtidos em porcentagem através de regra de três, onde o total de votação equivale a 100% (ABREU; SPINELLI; ZANARDI, 2009). ISC = 10 x somatória B + 5x somatória RE + 1 x somatória RU Somatória (B + RE + RU) Onde: B: BOM; RE: REGULAR; RU: RUIM. Obtido o resultado numérico do ISC, o mesmo deverá ser plotado em um gráfico onde a coordenada Y indicará a avaliação de 0 a 10 e a coordenada X indicará os dias da pesquisa, que devem ser pré-estabelecidos. A coordenada Y é dividida em três faixas, sendo a faixa de 0 a 3 = Ruim, >3 a 7 = Regular e >7 a 10 = Bom. Avaliando o gráfico: ISC = 10 – Satisfação total ISC = 8 – Satisfação boa, o cliente não consegue identificar defeitos reais. ISC = 6 – Satisfação regular, o cliente sente que há problemas, mesmo que não sejam particularmente tangíveis. ISC = 4 – Satisfação Comprometida, algumas deficiências podem ser detectadas pelos clientes. ISC = 2 – Satisfação ruim, clientes insatisfeitos com o resultado. Uma grande oscilação no gráfico indica problemas de manutenção da qualidade do produto final e serviços. Tais problemas devem ser pesquisados profundamente por meio de pesquisas qualitativas, avaliar o serviço internamente e detectar os motivos da variação na satisfação (ABREU; SPINELLI; ZANARDI, 2009) 1.2 RESULTADOS ESPERADOS A pesquisa deve resultar em um retorno aos clientes pesquisados, para que não fique desacreditada e, em oportunidades futura, não seja levada a sério, deixando de ser um instrumento gerencial eficaz (ABREU; SPINELLI; ZANARDI, 2009). 2. CONTROLE DE RESTOS E SOBRAS NA UAN A problemática do desperdício de alimentos se torna séria por se tratar de questões econômicas, socioambientais, visto que a maior parte de resíduos sólidos destinados aos aterros sanitários são de origem orgânica, e políticas, tendo em vista que o Brasil é um país onde a fome e a miséria são consideradas problemas de saúde pública. Sendo assim, o desperdício é um fator que deve ser considerado durante o planejamento e realização das preparações servidas em uma UAN (ARANHA; GUSTAVO, 2018). Além dos fatores de planejamento, também aparecem outros fatores como motivo para o desperdício, como inadequação do serviço de alimentação, rejeição do alimento por falta de sabor, inexistência de opções de escolha no cardápio, preferências alimentares ou até mesmo o apetite diminuído (BORGES et al., 2006) Nas etapas produtivas da UAN é que estão as maiores possibilidades de gerar resíduos. Os três fatores de desperdício predominantes são: remoção das partes não comestíveis dos alimentos, sobras (alimentos produzidos e não distribuídos ao consumidor) e os restos (alimentos distribuídos não consumidos) (ABREU; SPINELLI; ZANARDI, 2009). 2.1 METODOLOGIA DE CONTROLE DE RESTOS E SOBRAS Baseando-se na metodologia de Alves & Ueno (2015) para identificação e quantificação dos resíduos, onde há 3 etapas: 1ª Etapa Obter informações sobre a jornada de trabalho, número de refeições servidas e a rotina quanto a seleção, pesagem e destino dos resíduos sólidos gerados na produção e distribuição de refeições na UAN. 2ª Etapa Nesta etapa ocorre a pesagem dos resíduos sólidos orgânicos gerados na produção das refeições durante um período pré-estabelecido (semanas ou meses). Considera-se três áreas de geração de resíduos: a) área de estoque – são considerados os resíduos orgânicos oriundos das atividades relacionadas ao recebimento de mercadorias, armazenamento de alimentos e guarda de amostras. b) área de processamento das refeições são considerados: I. resíduos orgânicos devido à remoção de partes não comestíveis dos alimentos. Para avaliar se houve excesso na remoção calcula-se o fator de correção. Fator de Correção= peso bruto/ peso líquido; II. Resíduos orgânicos proveniente de sobras que correspondem aos alimentos não distribuídos; Peso da sobra por cliente (kg) = peso da sobra da produção/ número de refeições servidas; c) área de devolução: foram considerados os alimentos deixados nas bandejas dos clientes. Foi calculado o resto ingestão da refeição segundo Vaz (2006). Resto ingestão per capita (kg) = peso do resto/ número de refeições distribuídas. 3ª Etapa Abranger uma proposta, baseada na literatura, para redução de restos e sobras na UAN. 2.2 PLANO DE AÇÃO Abreu, Spinelli e Zanardi (2009) indicam as seguintes ações visando reduzir os resíduos orgânicos: 1. Na fase anterior ao preparo: • Boa seleção de fornecedores e compra de produto adequado ao fim a que se destina; • Capacitação do funcionário para o recebimento adequado dos produtos; • Transferência dos produtos de forma correta e em tempo hábil para o setor de armazenamento; • Armazenamento e controle adequado dos produtos; • Capacitação do funcionário responsável pelo armazenamento em relação às técnicas para evitar perdas de produtos; • Capacitação dos funcionários nas fases de pré-preparo quanto aos cuidados na remoção de partes não comestíveis, manutenção de temperaturas adequadas, dentre outros. • Utilização de utensílios apropriados; • Controle de temperaturas e procedimentos em todos os processos. 2. Na área de preparo: • Seguimento do receituário padrão; • Observação de temperaturas exigidas pela legislação; • Controle do processo produtivo de acordo com a demanda; • Manutenção dos equipamentos. 3. Na área de distribuição: • Declaração de quantidades e calorias de porções estipuladas; • Adequação do cardápio aos hábitos e preferências dos clientes; • Adequação ao tamanho dos utensílios; 4. Na área de recepção das bandejas dos clientes • Observar a quantidade de restos procurando identificar possíveis erros decorrentes do preparo ou da compra de produtos de qualidade inferior; • Identificar restos atribuídos ao porcionamento inadequado feito pelos clientes; • Preparar plano de conscientização do controle de resíduos orgânicos. REFERÊNCIAS ABREU, E.S.; SPINELLI, M.G.N.; ZANARDI, A.M.P. Gestão de Unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. São Paulo: Metha, 2009. ARANHA, F. Q.; GUSTAVO, A. F. S. Avaliação do desperdício de alimentos em uma unidade de alimentação e nutrição na cidade de Botucatu, SP. Hig. aliment, v. 32, n. 276/277, p. 28-32, 2018. GARDIN, E. T. de O.; CRUVINEL, E. B. S. Avaliação da satisfação dos clientes do Restaurante Universitário (RU) do campus Londrina da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação em Tecnologia em Alimentos – Curso de Tecnologia de Alimentos, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2013. FEIL, C. C. et al. Pesquisa de satisfação dos comensais de uma unidade de alimentação e nutrição. Revista Uningá, v. 43, n. 1, 2018. ALVES, M. G.; UENO, M. Identificação de fontes de geração de resíduos sólidos em uma unidade de alimentação e nutrição. Ambiente & Água-An Interdisciplinary Journal of Applied Science, v. 10, n. 4, 2015.
Avaliação Das Condições Higiênico-Sanitárias de Restaurantes Do Tipo Self Service e Do Conhecimento Dos Manipuladores de Alimentos Quanto À Segurança Do Alimento Na Cidade Do Rio de Janeiro, Rj.
Segurança dos alimentos e satisfação: condições para uma relação no Programa de Auditoria em Segurança dos Alimentos (PASA) nas Organizações Militares jurisdicionadas pelo Comando da 6ª Região Militar: a segurança dos alimentos no Exército Brasileiro
Resumo Conteúdo Programático Introdução Habilidades e Responsabilidade para Ser Um Zelador Atribuições Funcionais de Um Zelador Comportamento Soal de Um Zelador A Inspeção Predial e A Rotina Diári