Livro de Rute

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Antônio Neves de Mesquita

Rute
Introdução

1. O Livro e Sua Posição no Cânone Hebraico

2. Ambiente e Data do Livro

3. Condições da Época do Livro

4. Esboço do Livro

5. Discussão do Livro

1) Fome e imigração de Elimeleque

2) Noemi e Rute voltam a Judá

3) Um regresso triste

4) Muito vale um bom parente

5) Desobriga de um dever

6) Um casamento feliz

7) Um bom costume

8) Nasce o avô de Davi


INTRODUÇÃO

Incluímos o livro de Rute no período dos juízes, porque efetivamente pertence a este período,

mesmo
conhecemosque anão
dostrate
juizes,dee por
qualquer
muitosjuizado de Israel.
é considerado comoEleumreflete uma época,
feliz epílogo tal Média
da Idade como
dos israelitas. Realmente, o livro de Rute nos coloca face a face com um drama de família e
um certo número de costumes que muito recomendam a nação israelita. Por meio dele
podemos ver que nem tudo era idolatria, sexualismo e carnificina. Havia muita coisa boa em
Israel e Rute nos dá uma idéia clara. Agradecemos à Providência divina a existência deste livro,
porque sem ele estaríamos impossibilitados de fazer um juízo escorreito da situação geral na
Palestina de Israel. Já agora, estamos habilitados a dizer que, no meio de muito pecado e
incredulidade, havia gente que vivia e morria por Jeová e sua Religião.
1. O Livro e Sua Posição no Cânone Hebraico

Na Septuaginta e na Vulgata e mesmo em outras edições da Bíblia, o livro de Rute aparece

entre o de Juizes
Rute pertence aoeperíodo
Samuel.dos
Os Juizes
colecionadores
de Israel.dos livros
Este sagrados,
livro, infere-se,
posto junto com entenderam
o de Juizes eque
os
primeiros capítulos de Samuel, se nos afigura um manancial, um oásis de espiritualidade e
ordem no meio de tanta desordem e carnalidade. Por isso fica muito bem entre os dois. Nele
não se vêem armas nem proclamações de brigas domésticas ou estrangeiras. É a vida simples e
pacata de um povo que quer viver, trabalhar e adorar seu Deus, mantendo as tradições
familiares. A vida do povo continuava imperturbável, cada qual cuidando das suas terras,
semeando e colhendo, comendo e pagando os seus dízimos ao Senhor, que os havia tirado da
terra do Egito. O casamento de Boaz com Rute é o evento mais lindo e tocante de tudo que se
poderia esperar de uma era primitiva. Simples, sem os enfeites de eras industriais, um
romance a moda primitiva. Uma maravilha de simplicidade e beleza e ao mesmo tempo
fidelidade aos princípios que norteavam a família hebraica. É o livro dos contrastes. O de
Juízes, cheio de crueldade, matanças em grosso brigas por isto e por aquilo, cidades
destruídas, milhares de mortos insepultos, um mundo em ruínas. Em Rute, nada disso se vê.
Tudo é paz e harmonia.

Por sua relação com a dinastia de Davi, alguns códigos incluem este livro entre os Hagiógrafos,
na terceira edição do Cânone hebraico. O Talmude coloca-o no primeiro lugar nesta coleção
imediatamente antes dos Salmos. Como veio parar entre os proféticos, ou chamados
primeiros profetas, Josué a Reis, não sabemos. Deve ter havido justos motivos para o incluir
entre os pré-proféticos. De nossa parte, achamos que aqui é o seu lugar, pois ele nos dá a
medida da vida israelita, num período turbulento, como a dizer-nos que nem tudo estava
perdido. O livro tem ainda uma profunda relação com a Teocracia, pois nos dá a srcem da
família de Davi, de quem veio a linhagem real, que tão de perto nos fala da realeza do Messias
na nação hebraica. Está, pois, plenamente justificada sua presença entre os primeiros
profetas, segundo o cânone hebraico.

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