Teste de Kolb
Teste de Kolb
Teste de Kolb
Frei Paulo - SE
2011
APLICAÇÃO DO TESTE DE KOLB NA ANÁLISE DOS ESTILOS DE
APRENDIZAGEM EM INGRESSANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Resumo
Este artigo tem como objetivo mostrar os diferentes estilos de aprendizagem o qual
influencia no tomar conhecimento e o de estimular a formação como também
identificar o estilo de aprendizagem predominante em estudantes universitários
ingressantes no curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Sergipe
campus de Itabaiana, a fim de proporcionar instrumentos melhores e adaptados às
necessidades específicas de aprendizagem, autonomia e assimilação de
conhecimentos para cada discente e o entendimento relacional do corpo docente,
tendo em vista no presente sua carreira acadêmica e futuro profissional na área de
ciências contábeis. Para tanto, aplicou-se um questionário contendo o Inventário de
Estilos de Aprendizagem de Kolb em 38 acadêmicos do curso de Ciências
Contábeis no ano de 2010. O critério de amostragem utilizado foi a não
probabilística, intencional e por acessibilidade. Verificou-se a predominância do
estilo de aprendizagem Acomodador em 57% dos acadêmicos em análise, ou seja,
preferem aprender pela experiência concreta e experimentação ativa,
respectivamente sentindo e fazendo.
2 Estilos de aprendizagem
Cada opção recebe um peso de acordo com o que o estudante acredita que
melhor descreve suas atitudes e sentimentos no momento em que ele está
aprendendo. O peso atribuído pelo estudante varia de 1, como o estudante
aprende menos, a 4, como o estudante aprende melhor, não podendo repetir o
número na mesma questão.
A partir dos pesos que o estudante atribui para as alternativas são
calculados quatro índices: experiência concreta (sentir), conceituação abstrata
(pensar), observação reflexiva (observar) e experimentação ativa (fazer).
A Experiência Concreta (EC) representa uma receptividade à abordagem
baseada em experiências, de modo que o aprendizado se baseia em ponderações
baseadas em sentimentos. Os indivíduos deste estilo tendem a ser empáticos. Eles
geralmente acham abordagens teóricas inúteis e preferem tratar cada situação
como um caso único. Aprendem melhor por meio de exemplos específicos nos
quais se sintam envolvidos. Estes estudantes tendem a se relacionar melhor com
outros estudantes, do que com uma autoridade como o professor. Para calcular a
experiência concreta utiliza-se a seguinte expressão:
EC = 1A + 2C + 3D + 4A + 5A + 6C + 7B + 8D + 9B + 10B + 11A + 12B.
A Conceituação Abstrata (CA) indica um modo de aprendizado analítico e
conceitual, que se baseia pesadamente em raciocínio lógico. Estes indivíduos
tendem a ser mais orientados a coisas e símbolos, do que a outras pessoas.
Aprendem melhor quando orientados por uma autoridade de modo impessoal, com
ênfase teórica e análise sistemática. Eles se sentem frustrados e aprendem pouco
pelo aprendizado através de descobertas de modo desestruturado, como em
exercícios e simulações. Para calcular a conceituação abstrata utiliza-se a seguinte
expressão:
CA = 1B + 2B + 3A + 4D + 5C + 6D + 7C + 8B + 9D + 10D + 11C + 12A
A Observação Reflexiva (OR) indica uma abordagem por tentativas,
imparcial e reflexiva. Estes indivíduos aprendem baseando-se fortemente em
cuidadosas observações e fazendo julgamentos das mesmas. Eles preferem
aprender assistindo aulas, o que lhes dá a possibilidade de exercer o seu papel de
observador e juiz imparcial; tendem a ser introvertidos. Para calcular a observação
reflexiva utiliza-se a seguinte expressão:
OR = 1D + 2A + 3C + 4C + 5B + 6A + 7A + 8C + 9A + 10A + 11B + 12C
A Experimentação Ativa (EA) indica uma disposição forte em realizar
atividades práticas. Estes indivíduos aprendem mais facilmente quando participam
de projetos práticos, discussões em grupo e fazendo tarefas em casa. Eles não
gostam de situações de aprendizado passivo como assistir a aulas, e tendem a
serem extrovertidos. Para calcular a experimentação ativa utiliza-se a seguinte
expressão:
EA = 1C + 2D + 3B + 4B + 5D + 6B + 7D + 8A + 9C + 10C + 11D + 12D
Das descrições anteriores sobre os índices, que representam modos de
aprendizagem, pode-se chegar à conclusão de que nenhum modo descreve
completamente o estilo de aprendizagem específico de um estudante, uma vez que
o estilo de aprendizagem de cada pessoa é uma combinação dos quatro modos
básicos de aprendizagem.
Em função dos valores atribuídos são obtidas quatro pontuações que
definem o nível de desenvolvimento alcançado pelo sujeito, em cada um dos quatro
modos de aprendizagem. Após a obtenção dessas pontuações, subtraem-se os
resultados encontrados dois a dois (CA – EC) e (EA – OR) e então marcar seus
pontos em eixos graduados. Assim, como uma função de duas variáveis, o
estudante pode colocar estes valores num gráfico (Figura 2) e então identificar o
seu estilo de aprendizagem predominante através do quadrante no qual a
interseção das retas, que passam pelos pontos marcados nos eixos, estiver.
CA – EC
ACOMODADOR 3
DIVERGENTE
2
1
EA – OR
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
-1
CONVERGENTE ASSIMILADOR
-2
-3
-4
3 Estudo de Caso
4 Conclusão
Referências