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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)

8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)


Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

Livro de Programação

1 em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


Sociedade Latinoamericana de Especialistas
XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

COMISSÃO ORGANIZADORA

SOLAMAC – Diretoria 2008-2010

Presidente: Dr. Enrique Alberto Crespo


Presidente Eleita: Dra. Doris Oliva
Secretário: Dra. Silvana Dans
Tesoureiro: Dra. Susana Noemi Pedraza

Conselheiros
Dr. Mariano Coscarella
Dr. Ignácio Benites Moreno
MSc. Juan Pablo Torres-Florez (estudante)

Comissão Organizadora da XIV RT


Dr. André Silva Barreto - UNIVALI (presidente)
Dr. Paulo Cesar Simões-Lopes – UFSC
Dr. Enrique Alberto Crespo – CENPAT
Sra. Thammy Dias Barreto - T&M Eventos

Convidados para avaliação de resumos na XIV RT

Dr. Alexandre de Freitas Azevedo


Dr. Alexandre Novaes Zerbini
Dr. André Silva Barreto
Dr. Carlos Olavarría
Dr. Diego Rodriguez
Dr. Eduardo Resende Secchi
Dr. Emygdio Leite de Araujo Monteiro Filho
Dr. Enrique Alberto Crespo
Dr. Fernando César Weber Rosas
Dr. Fernando Felix
Dr. Fernando Trujillo
Dr. Flavio José de Lima Silva
Dr. Ignácio B. Moreno
Dr. José Lailson Brito Jr.
Dr. Julio Reyes
Dr. Koen Van Waerebeek
Dra. Larissa Rosa de Oliveira
Dr. Luiz Capozzo
Dr. Marcos César de Oliveira Santos
Dr. Mário Alberto Cozzuol
Dra. Miriam Marmontel
Dra. Mônica Mathias Costa Muelbert
Dr. Pablo Bordino
Dr. Paulo César Simões-Lopes
Dr. Paulo Henrique Ott
Dr. Ricardo Bastida
Rodrigo Hucke-Gaete
Dr. Salvatore Siciliano
Dra. Sheila Marino Simão
Dra. Silvana Dans
Dra. Vera Maria da Silva

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

APRESENTAÇÃO

Com esta edição da Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da


América do Sul (carinhosamente conhecida como “RT”) retorna para Florianópolis, 16 anos
depois de haver passado por esta cidade. Entre a 6ª RT, organizada pelos pesquisadores do
Laboratório de Mamíferos Aquáticos da UFSC, e esta edição, muita coisa mudou.
Neste período a quantidade de pesquisadores ligados aos mamiferos aquáticos aumentou
grandemente. Alunos de graduação que vieram para a 6ª RT apresentar seus painéis, hoje
voltam proferindo palestras. Naquela época a internet estava dando seus primeiros passos e os
livros de resumos das RTs eram aguardados ansiosamente para se ler os novos trabalhos.
Nesta edição teremos os resumos apenas em formato digital, em um CD-ROM. Talvez não seja
tão agradável para manusear, mas com o aumento dos trabalhos submetidos, quase 400, será
muito mais fácil buscar o que nos interessa na mídia digital. Mas se a tecnologia mudou o
modo como fazemos nossas pesquisas, não mudou a qualidade dos trabalhos. Muito pelo
contrário, temos trabalhos nas mais diversas áreas sendo apresentados, muitos de altíssima
qualidade.
Infelizmente em 2010 tivemos grandes perdas na mastozoologia aquática: Nélio Barros e
Ricardo Praderi. Ambos foram grandes pesquisadores que auxiliaram e serviram de exemplo
para muitos dos que estão participando desta RT. E não eram apenas bons pesquisadores,
mas mais importante que isso, eram boas pessoas. Ambos deixam muitas saudades e o
conhecimento e a experiência de ambos jamais serão substituídos por quaisquer avanços da
tecnologia.
Devemos nos espelhar na história destes dois grandes pesquisadores e dar continuidade às
nossas pesquisas. A Ciência sempre é feita utilizando o trabalho daqueles que nos
precederam, dando crédito ao trabalho realizado e construindo ainda mais. Desde a 1ª RT, em
1984 em Buenos Aires, muito já aprendemos sobre os mamíferos aquáticos, mas seguramente
ainda há muito por aprendermos!

Um bom congresso a todos,

Dr. André S. Barreto


Presidente da Comissão Organizadora

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

QUADRO DE PROGRAMAÇÃO

Horário/Dia 24/10 25/10 26/10 27/10 28/10

Workshops Workshops
Workshop 4 Workshop 4
2e3 2e3
08:30-11:30 Workshop Mini cursos Mini cursos
1 Mini cursos Mini cursos
3, 5 e 6 3, 5 e 6
1, 2, 4 e 7 1, 2, 4 e 7

11:30-12:30 Palestra 2 Palestra 3 Palestra 4 Palestra 5

12:30-14:00 almoço almoço almoço almoço

Apresentações Apresentações Apresentações Apresentações


14:00-16:30
Credenciamento Orais Orais Orais Orais
e inscrições
16:30-16:45 novas Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo

Workshop
1 Mesa-Redonda Mesa-Redonda Mesa-Redonda Assembléia
16:45-18:15
1e2 3, 4 e 5 6e7 SOLAMAC

Solenidade de
Abertura
18:15-19:30 Painéis Painéis Painéis Encerramento
Palestra 1

Noite dos
19:30-20:30
Estudantes

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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Domingo, 24 de Outubro de 2010

08:30 – 12:30 h

WORKSHOP

Workshop 1. Projetos de monitoramento na mitigação dos efeitos antropogênicos


Coordenador(es): Dra. Jociery Einhardt Vergara Parente (FMA); Sra. Claudia Faustino (SMRU)
Local: Espaço Restaurante

12:30 – 14:00 h

Almoço

14:00 – 18:15 h

Credenciamento e Novas Inscrições


Local: Sala Joaquina e Jurere

WORKSHOP

Continuação Workshop 1. Projetos de monitoramento na mitigação dos efeitos


antropogênicos
Coordenadores: Dra. Jociery Einhardt Vergara Parente (FMA); Sra. Claudia Faustino (SMRU)
Local: Espaço Restaurante

18:15 – 19:30 h

Solenidade de Abertura
Local: Sala Sambaqui 5

PALESTRA

Palestra 1: Treinta años de investigación en mamíferos marinos em la Patagonia


Palestrante: Dr. Enrique Alberto Crespo (Laboratorio de Mamíferos Marinos, Centro Nacional
Patagónico).
Local: Sala Sambaqui 5

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Segunda-feira / Lunes, 25 de Outubro de 2010

08:30 – 11:30 h

WORKSHOP

Workshop 2: Plan de Acción Regional para nutrias (Pteronura brasiliensis)


Coordenador: Dr. Paul van Damme (Fundagua)
Local: Sala Santinho

Workshop 3: O uso do SIMMAM para redes de encalhes


Coordenadores: Dr. André S. Barreto (UNIVALI); Dr. José Martins da Silva Jr. (CMA/ICMBio);
Dr. Paulo André de Carvalho Flores (CMA/ICMBio)
Local: Sala Campeche
MINICURSOS

Minicurso 1. Bioacústica e sua aplicação na ecologia comportamental e conservação de


cetáceos
Ministrante: Dr. Marcos Rossi Santos (IBJ);
Local: Sala Cacupé

Minicurso 2. Coleta, preservação e análise de material osteológico de mamíferos


marinhos
Ministrante: Dra. Ana Bernadete Lima Fragoso (UERN)
Local: Sala Forte

Minicurso 4. Elaboração de etogramas em mamíferos aquáticos


Ministrante: Dr. Lidio França do Nascimento (FATERN/FGD);
Local: Sala Ingleses

Minicurso 7. Métodos e técnicas de estudos de comportamento de cetáceos


Ministrante: Dr. José Martins da Silva Jr. (CMA/ICMBio).
Local: Sala Tapera

11:30 – 12:30 h

PALESTRA

Palestra 2: Alternative methods for discriminating stocks of small cetaceans


Palestrante: Dra. Aleta Hohn (National Marine Fisheries Service – NMFS/NOAA)
Local: Sala Sambaqui 5

12:30 – 14:00 h

Almoço

14:00 – 16:30 h
APRESENTAÇÕES ORAIS

Local: Sala Sambaqui 1 – COMPORTAMENTO / CONSERVAÇÃO, MANEJO E INTERAÇÃO


COM ATIVIDADES HUMANAS
HORÁRIO Nº TÍTULO
ASOCIACIONES ENTRE SEXO, COMPORTAMIENTO Y CONTEXTO SOCIAL
14:00 - 14:15 2001 EN LAS BALLENAS JOROBADAS (MEGAPTERA NOVAEANGLIAE)
DURANTE LA TEMPORADA REPRODUCTIVA.

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COMPORTAMIENTO MATERNAL Y ÉXITO REPRODUCTIVO EN HEMBRAS


14:15 - 14:30 2002 DEL LOBO FINO SUDAMERICANO (ARCTOCEPHALUS AUSTRALIS) EN
ISLA DE LOBOS - URUGUAY
DIVING BEHAVIOR AND OFFSHORE ACTIVITY BUDGET DURING A
14:30 - 14:45 2003 FORAGING TRIP OF A FEMALE SOUTH AMERICAN SEA LION (OTARIA
FLAVESCENS) OFF ISLA DE LOBOS (URUGUAY)
ESTUDIO PRELIMINAR DEL COMPORTAMIENTO DIURNO DEL DELFÍN
14:45 - 15:00 2004 COMÚN (DELPHINUS SPP ) EN EL PARQUE NACIONAL MOCHIMA,
VENEZUELA
PADRÕES DE ATIVIDADES DA LONTRA LONGICAUDIS EM CATIVEIRO NO
15:00 - 15:15 2005
PROJETO LONTRA, INSTITITO EKKO BRASIL, SANTA CATARINA, BRASIL.
SOCIAL AND ECOLOGICAL ASPECTS OF THE SINGING BEHAVIOR IN
15:15 - 15:30 2006 HUMPBACK WHALES (MEGAPTERA NOVAEANGLIAE), IN THE
NORTHEASTERN BRAZIL
15:30 - 15:45 2007 COMPORTAMENTO DE SURF EM GOLFINHOS
¿LOBO ESTAS? VARIABILIDAD DE LAS INTERACCIONES CON PESCA
15:45 - 16:00 3001
ARTESANAL EN URUGUAY
“COM VIDA NÃO SE FAZ VIDA”: IDÉIAS SOBRE O USO COMERCIAL DO
16:00 - 16:15 3002 PEIXE-BOI AMAZÔNICO (TRICHECHUS INUNGUIS) NA RESERVA DE
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL AMANÃ, BRASIL.
ASSOCIAÇÃO DE CETÁCEOS COM RITUAIS FUNERÁRIOS DE
16:15 - 16:30 3003 CAÇADORES-PESCADORES-COLETORES DO SAMBAQUI DO ILHOTE DO
LESTE, RIO DE JANEIRO, BRASIL.

Local: Sala Sambaqui 3 - CONSERVAÇÃO, MANEJO E INTERAÇÃO COM ATIVIDADES HUMANAS


HORÁRIO Nº TÍTULO
ATUAÇÃO DO GRUPO DE PESQUISA EM MAMÍFEROS AQUÁTICOS DE
14:00 - 14:15 3004
ILHÉUS, BAHIA, BRASIL
COMPOSICIÓN POR EDADES DE FRANCISCANAS (PONTOPORIA
BLAINVILLEI) CAPTURADAS INCIDENTALMENTE EN DOS SECTORES
14:15 - 14:30 3005
COSTEROS DEL NORTE DE LA PROVINCIA DE BUENOS AIRES,
ARGENTINA
CONFLITOS ENTRE O LEÃO-MARINHO SUL-AMERICANO, OTARIA
14:30 - 14:45 3006 FLAVESCENS, E A PESCA NO LITORAI NORTE DO RIO GRANDE DO SUL,
SUL DO BRASIL
CONFLITOS ENTRE PESCADORES E ARIRANHAS (PTERONURA
14:45 - 15:00 3007 BRASILIENSIS) NA RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
UACARI, RIO JURUÁ, AMAZONAS
CONHECIMENTO DE PESCADORES DA PRAIA DO MUCURIPE,
15:00 - 15:15 3008 FORTALEZA/CE, BRASIL, SOBRE A BIOECOLOGIA DE SOTALIA
GUIANENSIS (GERVAIS, 1953) (CETACEA, DELPHINIDAE)
CONSTRUCCIÓN DE LA REALIDAD SOCIAL DE UN SOTALIA GUIANENSIS A
15:15 - 15:30 3009
PARTIR DE LA SENSIBILIDAD
DETERMINACIÓN DE ACTIVIDAD DE ENZIMAS ANTIOXIDANTES, NIVELES
15:30 - 15:45 3010 DE METALOTIONEÍNAS Y OXIDACIÓN DE LÍPIDOS EN ERITROCITOS DE
HEMBRAS DE OTARIA FLAVESCENS
ES POSIBLE CONSIDERAR LA CONSTRUCCIÓN DE UNA SOCIEDAD
15:45 - 16:00 3011
INTERESPECÍFICA DESDE LA SENSIBILIDAD ANIMAL
ETNOBIOLOGIA DA CAPTURA ACIDENTAL DE TURSIOPS TRUNCATUS
16:00 - 16:15 3012
(MONTAGU, 1821) NO LITORAL SUL DO BRASIL
FIELD TESTING OF EXPERIMENTAL GILLNETS TO REDUCE THE BY-CATCH
16:15 - 16:30 3013
OF FRANCISCANA DOLPHIN (PONTOPORIA BLAINVILLEI) IN ARGENTINA

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

Local: Sala Arvoredo 4 - CONSERVAÇÃO, MANEJO E INTERAÇÃO COM ATIVIDADES HUMANAS


/ MEDICINA E CATIVEIRO
HORÁRIO Nº TÍTULO
INDICADORES DE INTERAÇÃO COM A PESCA EM CETÁCEOS
14:00 - 14:15 3014
ENCALHADOS NO LITORAL DO PARANÁ
INTERACCIÓN DE CETÁCEOS MENORES CON ARTES DE PESCA
14:15 - 14:30 3015
ARTESANAL EN EL PARQUE NACIONAL MACHALILLA – ECUADOR
INTERACCION ENTRE EL LOBO MARINO COMUN, OTARIA BYRONIA Y LA
14:30 - 14:45 3016 SALMONICULTURA EN CHILE: DEFINICIÓN DE BUENAS PRÁCTICAS PARA
SU MITIGACIÓN
14:45 - 15:00 3017 MAMÍFEROS SEMI-AQUÁTICOS: RIQUEZA E RISCO DE EXTINÇÃO
MARCAÇÃO E DESLOCAMENTO PÓS-SOLTURA DO LOBO-MARINHO SUL-
15:00 - 15:15 3018
AMERICANO, ARCTOCEPHALUS AUSTRALIS, NO SUL DO BRASIL
EXISTE DIFERENÇA NO PADRÃO DE DESENVOLVIMENTO DE FILHOTES DE
PEIXES-BOIS MARINHOS (TRICHECHUS MANATUS) NASCIDOS EM
15:15 - 15:30 9001
CATIVEIRO E DOS RESGATADOS NO LITORAL DO NORDESTE
BRASILEIRO?
FIRST REPORT OF A SCHISTOSOMUS REFLEXUS-LIKE CONGENITAL
15:30 - 15:45 9002
DEFECT IN A CETACEAN: TWO CASES IN SOTALIA GUIANENSIS.
SKIN DISEASES CAUSED BY VIRUS IN DOLPHINS FROM THE COAST OF
15:45 - 16:00 9003
CEARÁ, NORTHEASTERN BRAZIL

16:30 – 16:45 h

Intervalo

16:45 – 18:15 h
MESA REDONDA

Mesa redonda 1: Licenciamentos ambientais e mamíferos aquáticos


Coordenadora: Dra. Jociery Einhardt Vergara Parente (FMA)
Participantes a confirmar
Local: Sala Sambaqui 1

Mesa redonda 2: Comportamento de Sotalia guianensis: métodos e padronização


Coordenador: Dr. Alexandre de Freitas Azevedo (UERJ)
Participantes: Dra. Camila Domit (UFPR); Dr. Lidio França do Nascimento (FATERN/FGD);
Dr. Marcos Rossi-Santos (IBJ)
Loca: Sala Sambaqui 3

18:15 – 19:30 h
PAINÉIS

Apresentações dos painéis das áreas:

- Conservação, manejo e interação com atividades humanas (pg. 19 a 21)


- Fisiologia e anatomia (pg. 24 e 25)
- Medicina e cativeiro (pg. 27)
Local: Salas Jurere e Joaquina

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Terça-feira / Martes, 26 de Outubro de 2010

08:30 – 11:30 h
WORKSHOP

Workshop 2: Plan de acción regional para nutrias (Pteronura brasiliensis)


Coordenador: Dr. Paul van Damme (Fundagua)
Local: Sala Santinho

Workshop 3: O uso do SIMMAM para redes de encalhes


Coordenadores: Dr. André S. Barreto (UNIVALI); Dr. José Martins da Silva Jr. (CMA/ICMBio);
Dr. Paulo André de Carvalho Flores (CMA/ICMBio)
Local: Sala Campeche

MINICURSOS

Minicurso 1. Bioacústica e sua aplicação na ecologia comportamental e conservação de


cetáceos
Ministrante: Dr. Marcos Rossi Santos (IBJ);
Local: Sala Cacupé

Minicurso 2: Coleta, preservação e análise de material osteológico de mamíferos


marinhos
Ministrante: Dra. Ana Bernadete Lima Fragoso (UERN)
Local: Sala Forte

Minicurso 4: Elaboração de etogramas em mamíferos aquáticos


Ministrante: Dr. Lidio França do Nascimento (FATERN/FGD);
Local: Sala Ingleses

Minicurso 7: Métodos e técnicas de estudos de comportamento de cetáceos


Ministrante: Dr. José Martins da Silva Jr. (CMA/ICMBio).
Local: Sala Tapera

11:30 – 12:30 h

PALESTRA

Palestra 3: Aplicación de modelos de hábitat a la ecología y conservación de mamíferos


acuáticos
Palestrante: Dr. Marcelo Hernán Cassini (Universidad Nacional de Luján – UNLU)
Local: Sala Sambaqui 5

12:30 – 14:00 h

Almoço

14:00 – 16:30 h
APRESENTAÇÕES ORAIS

Local: Sala Sambaqui 1 - CONSERVAÇÃO, MANEJO E INTERAÇÃO COM ATIVIDADES HUMANAS


HORÁRIO Nº TÍTULO
14:00 - 14:15 3019 METALOTIONEINAS COMO BIOMARCADOR DE ESTRÉS AMBIENTAL EN
PONTOPORIA BLAINVILLEI. ESTUDIO DE DOS GRUPOS GEOGRÁFICOS
DIFERENTES DE ARGENTINA.
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14:15 - 14:30 3020 MONITORAMENTO POR TELEMETRIA SATELITAL DE PEIXES-BOI


MARINHOS (TRICHECHUS MANATUS MANATUS) REINTRODUZIDOS NO
NORDESTE DO BRASIL: ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS.
14:30 - 14:45 3021 O EFEITO DAS PESCARIAS DE EMALHE NAS TAXAS DE CAPTURAS
ACIDENTAIS DE TONINHAS (PONTOPORIA BLAINVILLEI) NO SUL DO RIO
GRANDE DO SUL ENTRE 1994 E 2009
14:45 - 15:00 3022 OCORRÊNCIA DE MAMÍFEROS MARINHOS EM UMA ÁREA DE
CARREGAMENTO E DESCARREGAMENTO DE PETRÓLEO E DERIVADOS
NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
15:00 - 15:15 3023 PARÁMETROS BIOLÓGICOS DEL DELFÍN FRANCISCANA, PONTOPORIA
BLAINVILLEI, CAPTURADO EN LAS PESQUERÍAS ARTESANALES DEL SUR
DE LA PROVINCIA DE BUENOS AIRES, ARGENTINA.
15:15 - 15:30 3024 PLANO DE EMERGÊNCIA: ATENDIMENTO A ENCALHES DE GRANDES
CETÁCEOS; ENCALHES EM MASSA DE MAMÍFEROS MARINHOS E
MAMÍFEROS MARINHOS AFETADOS POR DERRAMAMENTO DE ÓLEO
15:30 - 15:45 3025 PRIMEIRAS REINTRODUÇÕES DE PEIXES-BOIS DA AMAZÔNIA
(TRICHECHUS INUNGUIS): DESAFIOS E PERSPECTIVAS
15:45 - 16:00 3026 PRIMER RELEVAMIENTO SISTEMÁTICO DE CAPTURA INCIDENTAL DE
MAMÍFEROS MARINOS EN LA FLOTA DE ARRASTRE DE FONDO COSTERO
DE URUGUAY
16:00 - 16:15 3027 PROBABILIDADE DE ENCALHE DA TONINHA (PONTOPORIA BLAINVILLEI)
CAPTURADA ACIDENTALMENTE EM REDE DE EMALHE NA COSTA SUL DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
16:15 - 16:30 3028 QUANTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS FERIMENTOS ENCONTRADOS
EM BOTOS-CINZA (SOTALIA GUIANENSIS) NA BAÍA DE ILHA GRANDE, RJ.

Local: Sala Sambaqui 3 - CONSERVAÇÃO, MANEJO E INTERAÇÃO COM ATIVIDADES HUMANAS


HORÁRIO Nº TÍTULO
14:00 - 14:15 3029 REGISTRO DA ADOÇÃO DE FILHOTE DE PEIXE-BOI MARINHO
(TRICHECHUS MANATUS) EM CATIVEIRO
14:15 - 14:30 3030 RELAÇÕES MERCÚRIO-SELÊNIO EM FÍGADOS DE CETÁCEOS TROPICAIS:
O POSSÍVEL PAPEL DAS CÉLULAS DE KUPFFER NO PROCESSO DE
DESTOXIFICAÇÃO DO METILMERCÚRIO PELA FORMAÇÃO DE TIEMANITA
14:30 - 14:45 3031 RESPUESTA DEL LOBO MARINO COMÚN (OTARIA FLAVESCENS) A LAS
ACTIVIDADES DE TURISMO EN LA ISLA CHAÑARAL, NORTE DE CHILE
14:45 - 15:00 3032 REVISTA ILUSTRADA COMO FERRAMENTA DIDATICA PARA PROMOVER A
PRESERVAÇÃO DOS CETÁCEOS COM MAIOR OCORRÊNCIA NO RIO
GRANDE DO NORTE
15:00 - 15:15 3033 SCAR EG-BAMM AND THE MARINE MAMMAL COMUNNITY IN SOUTH
AMERICA: OVERVIEW AND A CALL FOR PARTICIPATION AND
INTEGRATION OF SCIENTIFIC INITIATIVES
15:15 - 15:30 3034 VALIDAÇÃO DA BIÓPSIA REMOTA PARA O MONITORAMENTO DOS NÍVEIS
DE COMPOSTOS ORGANOCLORADOS NO TECIDO ADIPOSO
SUBCUTÂNEO DE SOTALIA GUIANENSIS
15:30 - 15:45 3035 VARIACIÓN ESPACIO-TEMPORAL EN LA DISTRIBUCIÓN DEL LOBO MARINO
DE UN PELO (OTARIA FLAVESCENS) EN EL PUERTO MAR DEL PLATA
(ARGENTINA) DURANTE LOS ÚLTIMOS 30 AÑOS
15:45 - 16:00 3037 WHALE WATCHING: LINEA BASE, VISION PROSPECTIVA Y ACCIONES
HABILITADORAS PARA EL DESARROLLO SUSTENTABLE DE LA ACTIVIDAD
EN LA ZONA NORTE DE CHILE

Local: Sala Arvoredo 4 - FISIOLOGIA E ANATOMIA


HORÁRIO Nº TÍTULO
14:00 - 14:15 6001 ANÁLISIS MORFOMÉTRICO DE LA COLUMNA VERTEBRAL DEL DELFÍN
CRUZADO (LAGENORHYNCHUS CRUCIGER)

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

14:15 - 14:30 6002 ASSIMETRIA CRANIANA DO BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS


(CETACEA: DELPHINIDAE)
14:30 - 14:45 6003 CONDICION CORPORAL DE FRANCISCANAS (PONTOPORIA BLAINVILLEI)
DEL SECTOR COSTERO NORTE DE ARGENTINA
14:45 - 15:00 6004 DENTAL EROSION IN SPECIES OF DELPHINIDAE FROM SOUTHERN
BRAZIL: PATHOLOGICAL AETIOLOGY OR ENVIRONMENTAL INFLUENCE?
15:00 - 15:15 6005 MATURIDADE FÍSICA DA COLUNA VERTEBRAL DE TURSIOPS TRUNCATUS
(CETACEA) DO LITORAL SUL DO BRASIL
15:15 - 15:30 6006 MICROANALISIS QUIMICO ELEMENTAL EN HUESO DE TONINA OVERA
15:30 - 15:45 6007 ONTOGENIA CRANIANA DO BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS
(CETACEA: DELPHINIDAE)

16:30 – 16:45 h

Intervalo

16:45 – 18:15 h

MESA REDONDA

Mesa redonda 3: Conservação de pequenos cetáceos em baías costeiras e estuários


Coordenador: Dr. José Lailson Brito Junior (UERJ)
Participantes: Dr. Diego Rodrigues (CONICET); Dr. Paulo André de Carvalho Flores
(CMA/ICMBIO); Dra. Marta J. Cremer (UNIVILLE)
Local: Sala Sambaqui 1

Mesa redonda 4: Genética da conservação de mamíferos aquáticos


Coordenadora: Dra.. Ana Lúcia Cypriano de Souza (PUCRS)
Participantes: Dra. Cristine Silveira Trinca (UFRGS); Dra. Haydeé Cunha (UFRJ); Dra. Larissa
Rosa de Oliveira (UNISINOS); Dra. Juliana de Abreu Vianna (Universidad Andres Bello)
Local: Sala Sambaqui 3

Mesa redonda 5: Projetos integrados internacionais


Coordenador: Dr. André S. Barreto
Participantes a confirmar
Local: Sala Arvoredo 4

18:15 – 19:30 h

PAINÉIS

Apresentações dos painéis das áreas:

- Acústica e comunicação (pg. 17)


- Comportamento (pg. 17 a 18)
- Hábitat, distribuição e abundância (pg. 25 a 27)
Local: Salas Jurere e Joaquina

19:30 – 20:30 h

Noite dos Estudantes


Local: Espaço Restaurante

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

Quarta-feira / Miércoles, 27 de Outubro de 2010

08:30 – 11:30 h

WORKSHOP

Workshop 4: Peixes-boi em cativeiro na América Latina: cenário atual e perspectivas


para devolução ao ambiente natural
Coordenador: Dra. Miriam Marmontel (Projeto Mamirauá); MSc. João Carlos Gomes Borges
(FMA)
Local: Sala Santinho

MINICURSOS

Minicurso 3: Ecologia e conservação de mamíferos semi-aquáticos fluviais


Ministrantes: MSc. Marcelo Lopes Rheingantz (UFRJ) e MSc. Maron Galliez (UFRJ)
Local: Sala Cacupé

Minicurso 5: Fluxo de energia e de contaminantes em cadeias alimentares envolvendo


mamíferos aquáticos
Ministrantes: Dr. Alexandre de Freitas Azevedo (UERJ) e Dr. José Lailson Brito Jr. (UERJ)
Local: Sala Forte

Minicurso 6: Genética e conservação de cetáceos


Ministrante: Dra. Ana Paula Cazerta Farro (UFES)
Local: Sala Ingleses

PALESTRA

Palestra 4: Panorama e tendências da acumulação de poluentes em mamíferos aquáticos


na América do Sul
Palestrante: Dr. José Lailson Brito Junior (UERJ)
Local: Sala Sambaqui 5

12:30 – 14:00 h

Almoço

14:00 – 16:30 h
APRESENTAÇÕES ORAIS

Local: Sala Sambaqui 1 - ACÚSTICA E COMUNICAÇÃO / DISTRIBUIÇÃO E ENCALHES /


HÁBITAT, DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
HORÁRIO Nº TÍTULO
ACOUSTIC MASKING OF HUMPBACK SONG BY A BIOLOGICAL SOURCE
14:00 - 14:15 1001 IN SAMANA, MARINE MAMMAL SANCTUARY OF THE DOMINICAN
REPUBLIC
COMPARAÇÃO DOS ASSOBIOS DO BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS,
14:15 - 14:30 1002 (CETACEA, DELPHINIDAE) EM TRÊS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO NA
COSTA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
EFEITO DA PASSAGEM DE EMBARCAÇÕES SOBRE OS ASSOBIOS DE
14:30 - 14:45 1003
SOTALIA GUIANENSIS

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

GEOGRAPHIC VARIATION OF TURSIOPS TRUNCATUS WHISTLES


14:45 - 15:00 1004
REPERTOIRES IN BRAZILIAN WATERS
ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DOS ENCALHES DE DELFINIDEOS NA
15:00 - 15:15 4001 COSTA CENTRO-NORTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ENTRE 1999 E
2009.
MONITORAMENTO DOS PINÍPEDES NO LITORAL DO RIO GRANDE DO
15:15 - 15:30 4002
SUL (RS), BRASIL, ENTRE OS ANOS DE 2002 E 2009.
O CALAMAR ARGENTINO, ILLEX ARGENTINUS (CEPHALOPODA:
15:30 - 15:45 4003 OMMASTREPHIDAE), COMO ITEM ALIMENTAR DA BALEIA-MINKE-ANÃ,
BALAENOPTERA ACUTOROSTRATA, NO SUL DO BRASIL
TRENDS IN FRANCISCANA DOLPHIN STRANDINGS IN SOUTHERN
15:45 - 16:00 4004 BRAZIL (1991-2005): EVALUATING THE INFLUENCE OF BY-CATCHES AND
OCEANOGRAPHIC FACTORS
A NEW ABUNDANCE ESTIMATE OF HUMPBACK WHALES (MEGAPTERA
16:00 - 16:15 8001
NOVAEANGLIAE) WINTERING OFF THE COAST OF BRAZIL
ABUNDANCE AND DISTRIBUTION OF THE FRANCISCANA (PONTOPORIA
16:15 - 16:30 8002 BLAINVILLEI) IN THE FRANCISCANA MANAGEMENT AREA II
(SOUTHEASTERN AND SOUTHERN BRAZIL)

Local: Sala Sambaqui 3 - HÁBITAT, DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA


HORÁRIO Nº TÍTULO
ABUNDANCIA RELATIVA DE LA BALLENA GRIS EN LAS LAGUNAS DE
14:00 - 14:15 8003 B.C.S. MÉXICO, EN RESPUESTA A LA VARIABILIDAD CLIMÁTICA DE
GRAN ESCALA
BIOGEOGRAPHY OF COMMON DOLPHINS (GENUS DELPHINUS) IN THE
14:15 - 14:30 8004
SOUTHWESTERN ATLANTIC OCEAN
CAN MAXIMAL ENTROPY MODELISATION OF LARGE MAMMALS
14:30 - 14:45 8005 DISTRIBUTION HELP TO IDENTIFY KEY AREAS FOR BIODIVERSITY
CONSERVATION ? A CASE STUDY WITH OTTERS IN FRENCH GUIANA.
DISTRIBUCIÓN INSULAR Y USO DE HÁBITAT DE LAS CUATRO ESPECIES
14:45 - 15:00 8006
DE PINNÍPEDOS DE MÉXICO
EFECTO DE LA HORA DEL DÍA Y DEL MES EN LA ABUNDANCIA DEL
15:00 - 15:15 8007 LOBO MARINO COMÚN OTARIA FLAVESCENS EN EL SANTUARIO DE LA
NATURALEZA ISLOTE LOBERÍA DE COBQUECURA, CHILE
ENVIRONMENTAL FACTORS INFLUENCE THE DISTRIBUTION AND
15:15 - 15:30 8008 RELATIVE ABUNDANCE OF HUMPBACK WHALES IN WATERS OF THE
ANTARCTIC PENINSULA
ESTIMATIVA POPULACIONAL E DISTRIBUIÇÃO DE PEIXE-BOI MARINHO
15:30 - 15:45 8009 (Trichechus manatus) PARA O PRIMEIRO LEVANTAMENTO AÉREO NO
NORDESTE DO BRASIL.
ESTUDIO DE DISTRIBUCIÓN ESPACIAL Y PREFERENCIA DE HÁBITAT DE
15:45 - 16:00 8010 DOS ESPECIES DE DELFINES SIMPÁTRICOS, UTILIZANDO MODELOS DE
NICHO ECOLÓGICO
ESTUDIO DEL MANATÍ ANTILLANO TRICHECHUS MANATUS EN LA
16:00 - 16:15 8011
ENSENADA DE LA SIGUANEA, ISLA DE LA JUVENTUD, CUBA.
EVALUACIÓN SOBRE EL USO DEL HÁBITAT DE LA BALLENA JOROBADA
16:15 - 16:30 8012
EN GOLFO DULCE COSTA RICA: TEMPORADA DE LLUVIA 2010

Local: Sala Arvoredo 4 - HÁBITAT, DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA


HORÁRIO Nº TÍTULO
GEOGRAPHICAL VARIATIONS OF STABLE ISOTOPE RATIOS AS TOOLS
14:00 - 14:15 8013 FOR IDENTIFYING STOCKS OF GUIANA DOLPHIN (SOTALIA GUIANENSIS)
FROM BRAZIL
IMPORTANCIA DE LAS ÁREAS DE FORRAJEO DE HEMBRAS DE OTARIA
14:15 - 14:30 8014 FLAVESCENS EN EL ESTUARIO DEL RIO DE LA PLATA (ARGENTINA-
URUGUAY)
14:30 - 14:45 8015 LOS PARÁMETROS HIDROGRÁFICOS COSTEROS CONDICIONAN EL USO

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DE ÁREA Y EL COMPORTAMIENTO DEL LOBO MARINO DE DOS PELOS


SUDAMERICANO (ARCTOCEPHALUS AUSTRALIS)
MODELOS DE HÁBITAT PARA LA BALLENA AZUL DEL PACÍFICO
14:45 - 15:00 8016 NORORIENTAL CON BASE EN SEGUIMIENTO SATELITAL Y PRECEPCIÓN
REMOTA
MOVEMENTS OF HUMPBACK WHALES (MEGAPTERA NOVAEANGLIAE)
15:00 - 15:15 8017 TRACKED WITH SATELLITE TELEMETRY ON SILVER BANK, MARINE
MAMMAL SANCTUARY OF THE DOMINICAN REPUBLIC
MOVEMENTS OF WESTERN SOUTH ATLANTIC HUMPBACK WHALES AS
15:15 - 15:30 8018
REVEALED BY SATELLITE TELEMETRY
OCCURRENCE OF DWARF MINKE WHALES (BALAENOPTERA
ACUTOROSTRATA SUBSP) AROUND THE ANTARCTIC PENINSULA AND
15:30 - 15:45 8019
THEIR RELATIONSHIP WITH THE WESTERN SOUTH ATLANTIC
POPULATION
PATRÓN DE DISTRIBUCIÓN DEL LOBO FINO AUSTRAL EN CHILE,
15:45 - 16:00 8020 ¿CAUSAS NATURALES O ANTRÓPICAS? UN TEMA QUE NECESITA
DISCUSIÓN
PREFERÊNCIAS INDIVIDUAIS NA FORMAÇÃO DE GRUPO E NO USO
16:00 - 16:15 8021 ESPACIAL DA BAÍA DE GUANABARA PELO BOTO-CINZA (SOTALIA
GUIANENSIS)
TEMPORAL AND SPATIAL VARIATION IN ABUNDANCE OF BOTTLENOSE
16:15 - 16:30 8022
DOLPHINS, TURSIOPS SP., IN SOUTHERN BRAZIL

16:30 – 16:45 h

Intervalo

16:45 – 18:15 h

MESA REDONDA

Mesa redonda 6: Avanços dos estudos bioacústicos para a conservação marinha na


América Latina
Coordenadora: Dr. Marcos Rossi-Santos (IBJ)
Participantes: Dr. Alexandre de Freitas Azevedo (UERJ); Dra. Renata Souza-Lima (UFMG);
Dra. Carmen Bazua Duran (Univ. Autonoma de México)
Local: Sala Sambaqui 1

Mesa redonda 7: Planos de ação para mamíferos aquáticos


Coordenadora: Dr. Fernando Trujillo ((Fundación Omacha)
Participantes: Dra. Veronica Zambrana (Fundagua); Dr. Paulo H. Ott (UERGS); Sr. Dan
Jacobs Pretto (CMA/ICMBio)
Loca: Sala Sambaqui 3

18:15 – 19:30 h
PAINÉIS
Apresentações dos painéis das áreas:
- Distribuição e encalhes (pg. 22 e 23)
- Ecologia (pg. 23 e 24)
- Genética, sistemática e evolução (pg. 25)

Local: Salas Jurere e Joaquina

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Quinta-feira / Jueves, 28 de Outubro de 2010

08:30 – 11:30 h

WORKSHOP

Workshop 4: Peixes-Boi em cativeiro na América Latina: cenário atual e perspectivas


para devolução ao ambiente natural
Coordenador: Dra. Miriam Marmontel (Projeto Mamirauá); MSc. João Carlos Gomes Borges
(FMA)
Local: Sala Santinho

MINICURSOS

Minicurso 3: Ecologia e conservação de mamíferos semi-aquáticos fluviais


Ministrantes: MSc. Marcelo Lopes Rheingantz (UFRJ) e MSc. Maron Galliez (UFRJ)
Local: Sala Cacupé

Minicurso 5: Fluxo de energia e de contaminantes em cadeias alimentares envolvendo


mamíferos aquáticos
Ministrantes: Dr. Alexandre de Freitas Azevedo (UERJ) e Dr. José Lailson Brito Jr. (UERJ)
Local: Sala Forte

Minicurso 6: Genética e conservação de cetáceos


Ministrante: Dra. Ana Paula Cazerta Farro (UFES)
Local: Sala Ingleses

PALESTRA

Palestra 5: A relação entre heterocronia e histórias de vida na evolução dos Odontoceti:


materiais para uma discussão
Palestrante: Dr. Mario Alberto Cozzuol (UFMG)
Local: Sala Sambaqui 5

12:30 – 14:00 h

Almoço

14:00 – 16:30 h
APRESENTAÇÕES ORAIS

Local: Sala Sambaqui 1 - ECOLOGIA


HORÁRIO Nº TÍTULO
C13/C12 Y N15/N12 Y DISPERSIÓN ESPACIAL EN JUVENILES DE
14:00 - 14:15 5001
ELEFANTES MARINOS DE PATAGONIA Y ANTARTIDA
CAMBIOS EN LA ALIMENTACIÓN DEBIDOS A LA PRESENCIA DE
LESIONES ÓSEAS ATRIBUIDAS A LA OSTEOARTRITIS Y OSTEOMIELITIS
14:15 - 14:30 5002
MANDIBULAR DEL LOBO MARINO DE CALIFORNIA (ZALOPHUS
CALIFORNIANUS).
CARBON AND NITROGEN STABLE ISOTOPE DIFFERENCES IN SOTALIA
14:30 - 14:45 5003
GUIANENSIS DOLPHIN FROM RIO DE JANEIRO COAST, BRAZIL
COMPOSICIÓN TRÓFICA DE DOS RORCUALES SIMPÁTRICOS REVELADA
14:45 - 15:00 5004
MEDIANTE ANÁLISIS DE ESCATOLOGÍA MOLECULAR Y MORFOLÓGICA
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COMUNIDADE COMPONENTE DOS HELMINTOS GASTROINTESTINAIS DA


15:00 - 15:15 5005 TONINHA (PONTOPORIA BLAINVILLEI) EM DOIS PERÍODOS AMOSTRAIS
E SUA RELAÇÃO COM A DIETA
DEMOGRAPHIC PARAMETERS OF A GROWING POPULATION OF
15:15 - 15:30 5006
HUMPBACK WHALES IN THEIR BREEDING GROUND IN BRAZIL
DIETA DEL LOBO MARINO DE UN PELO, OTARIA FLAVESCENS, EN LA
15:30 - 15:45 5007 PROVINCIA DE RÍO NEGRO, PATAGONIA, ARGENTINA, DURANTE EL
PERIODO INVIERNO-PRIMAVERA.
DIETA E DISPONIBILIDADE DE PRESAS PARA OS CETÁCEOS DA BAÍA DA
15:45 - 16:00 5008
BABITONGA
ECOLOGIA ALIMENTAR DE GOLFINHOS DO GÊNERO STENELLA NA
16:00 - 16:15 5009
COSTA SUL E SUDESTE BRASILEIRA
ESTRATEGIA DE FORRAJEO E INTERACCIÓN INDIRECTA CON LAS
16:15 - 16:30 5010 PESQUERÍAS URUGUAYAS DE LAS HEMBRAS DE LEÓN MARINO
SUDAMERICANO OTARIA FLAVESCENS

Local: Sala Sambaqui 3 - ECOLOGIA


HORÁRIO Nº TÍTULO
FORAGING HABITATS OF SOUTHERN ELEPHANT SEALS, MIROUNGA
14:00 - 14:15 5011
LEONINA, FROM THE NORTHERN ANTARCTIC PENINSULA
INFLUENCIA DE LA ESTRUCTURA SOCIAL EN LA DIETA DE LOS
14:15 - 14:30 5012
CACHALOTES DEL GOLFO DE CALIFORNIA
NEW INFORMATION ON FEEDING HABITS OF GUIANA DOLPHINS,
14:30 - 14:45 5013
SOTALIA GUIANENSIS
OCCURRENCE, BEHAVIOR AND GROUP SIZE OF GUIANA DOLPHIN,
14:45 - 15:00 5014 SOTALIA GUIANENSIS, IN AN OPEN EMBAYMENT OF NORTHEASTERN
BRAZIL
ORGANIZACIÓN SOCIAL DE TURSIOPS TRUNCATUS EN LA COSTA DEL
15:00 - 15:15 5015
ESTADO ARAGUA, VENEZUELA
PATRÓN DE MORTALIDAD Y COMPARACIÓN DE LA SUPERVIVENCIA
15:15 - 15:30 5016 ACTUAL Y PASADA DEL LOBO MARINO COMÚN, OTARIA FLAVESCENS,
DEL NORTE DE PATAGONIA
POBLACIONES RESIDENTES Y NO RESIDENTES DE TURSIOPS
TRUNCATUS EN LA RESERVA NACIONAL PINGÜINO DE HUMBOLDT
15:30 - 15:45 5017
(RNPH), CHILE CENTRAL: CARACTERIZACIÓN Y COMPARACIÓN
GENÉTICA
POPULATION DYNAMICS OF SOTALIA GUIANENSIS IN THE CARAVELAS
15:45 - 16:00 5018 ESTUARY, BRAZIL: A SMALL POPULATION COMPOSED BY RESIDENTS
AND TEMPORARY EMIGRANTS
POPULATION TRENDS OF STELLER SEA LIONS (EUMETOPIAS JUBATUS)
16:00 - 16:15 5019 WITH RESPECT TO REMOTE SENSING MEASURES OF CHLOROPHYLL-A
IN NEAR SHORE HABITAT
TASA DE CRECIMIENTO DE VIBRISAS DE HEMBRAS DEL ELEFANTE
16:15 - 16:30 5020 MARINO DEL NORTE (MIROUNGA ANGUSTIROSTRIS) Y SIGNIFICADO DE
SU PERFIL ISOTOPICO

Local: Sala Arvoredo 4 – ECOLOGIA / GENÉTICA, SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO


HORÁRIO Nº TÍTULO
VARIACIÓN ESPACIO TEMPORAL EN EL COMPORTAMIENTO
14:00 - 14:15 5021
ALIMENTARIO DEL LOBO MARINO DE GALÁPAGOS
DIVERSITY AND GENETIC STRUCTURE OF SPINNER DOLPHINS
14:15 - 14:30 7001 (STENELLA LONGIROSTRIS, GRAY 1828) BASED ON MITOCHONDRIAL
DNA
FILOGEOGRAFIA, HISTORIA DEMOGRAFICA Y CONSERVACIÓN DE LA
14:30 - 14:45 7002
NUTRIA GIGANTE (PTERONURA BRASILIENSIS).
GENETIC DIVERSITY AND POPULATION STRUCTURE HYPOTHESIS IN
14:45 - 15:00 7003 GIANT OTTER (PTERONURA BRASILIENSIS) BETWEEN ORINOCO AND
AMAZON, GIVEN ITS TERRESTRIAL CLIMATIC DETERMINANTS

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GENETIC DIVERSITY OF BLUE WHALES IN FEEDING AREAS OF SOUTH


15:00 - 15:15 7004 AMERICA AND ANTARCTICA: DIFFERENT POPULATIONS OR DIFFERENT
STRATEGIES?
MYOGLOBIN AND HEMOGLOBIN EVOLUTION IN CETACEANS: TAKING A
15:15 - 15:30 7005
DEEP BREATH TO RETURN TO THE SEA

16:30 – 16:45 h

Intervalo

16:45 – 18:15 h

Assembléia SOLAMAC
Local: Sala Sambaqui 1

18:15 – 19:30 h
Solenidade de Encerramento
Local: Sala Sambaqui 1

PAINÉIS APRESENTADOS NO XIV REUNIÃO DE TRABALHO DE ESPECIALISTAS EM


MAMÍFEROS AQUÁTICOS DA AMÉRICA DO SUL (RT)

ACÚSTICA E COMUNICAÇÃO
Nº TÍTULO
1005 ASSOBIOS DE STENO BREDANENSIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
BURST-PULSE SOUNDS OF GUIANA DOLPHIN, SOTALIA GUIANENSIS, (CETACEA,
1006
DELPHINIDAE) IN THREE COASTAL BAYS OF RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL
CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM ACÚSTICA DO ESTUÁRIO DO RIO ITAJAÍ-AÇU E SUA
1007
INFLUÊNCIA NA VOCALIZAÇÃO DE TURSIOPS TRUNCATUS (CETACEA, DELPHINIDAE)
CARACTERIZAÇÃO SONOGRÁFICA DA POPULAÇÃO DE BOTOS-CINZA (SOTALIA
1008
GUIANENSIS) DE ILHÉUS, BAHIA
COMPARAÇÃO DO REPERTÓRIO ACÚSTICO DO BOTO-DA-TAINHA (TURSIOPS
1009 TRUNCATUS) DURANTE PESCA COOPERATIVA COM PESCADOR ARTESANAL, E NÃO
COOPERATIVA, EM LAGUNA, SUL DO BRASIL
IMPACTOS DE ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL SOBRE A
1010
COMUNICAÇÃO SONORA DE MYSTICETI (ORDEM CETACEA): UMA REVISÃO
TEMPORAL MODULATION OF THE FUNDAMENTAL FREQUENCY OF TURSIOPS
1011 TRUNCATUS WHISTLES IN THE SURROUNDING WATERS OF SAINT PETER SAINT PAUL
ARCHIPELAGO, BRAZIL
USO DA ANÁLISE DE ESPECTROGRAMAS COMO FERRAMENTA PARA CENSO ACÚSTICO
1012
DE PEIXE-BOI DA AMAZÔNIA (TRICHECHUS INUNGUIS)

COMPORTAMENTO
Nº TÍTULO
ANÁLISE PRELIMINAR DAS INTERAÇÕES ENTRE BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS (VAN
2008 BÉNÉDEN, 1864) E ATIVIDADES TURÍSTICAS NA PRAIA DO ITACURUÇÁ, ILHA DO
CARDOSO – SP
BITE BEHAVIOR IN THE BOTO (INIA GEOFFRENSIS): HABITUATION THROUGH FOOD
2009
PROVISIONING IN A DOLPHIN-HUMAN INTERACTION PROGRAM
CARACTERIZAÇÃO DAS INTERAÇÕES ALIMENTARES ENTRE AVES MARINHAS E O BOTO-
2010 CINZA, SOTALIA GUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864), NO COMPLEXO ESTUARINO-
LAGUNAR DE CANANÉIA - SP.
CARACTERIZAÇÃO DOS GRUPOS DE BOTO-CINZA (SOTALIA GUIANENSIS) (VAN
2011
BÉNÉDEN, 1864) NO PORTO DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL

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COMPORTAMENTO DE SOTALIA GUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864) (CETACEA,


2012 DELPHINIDAE) NO ESTUÁRIO DO RIO PARDO, CANAVIEIRAS, BAHIA, BRASIL:
RESULTADOS PRELIMINARES
COMPORTAMENTO E RELAÇÃO SOCIAL DOS INFANTES DE SOTALIA GUIANENSIS (VAN
2013
BÉNÉDEN, 1864), NO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL.
COMPORTAMENTO REPRODUTIVO EM GRUPO MISTO DE BALEIA-FRANCA-AUSTRAL
2014 (EUBALAENA AUSTRALIS) E BALEIA-JUBARTE (MEGAPTERA NOVAEANGLIAE) NO BANCO
DOS ABROLHOS, BRASIL
COMPORTAMIENTO SUPERFICIAL DE LA BALLENA JOROBADA (MEGAPTERA
2015 NOVAEANGLIAE, BOROWSKI 1871) EN EL ÁREA MARINA COSTERA PROTEGIDA
“FRANCISCO COLOANE”, CHILE
CUIDADO PARENTAL EM SOTALIA GUIANENSIS (VAN BENÉDÉN, 1864) (CETACEA:
2016
DELPHINIDAE) NA REGIÃO DO COMPLEXO ESTUARINO LAGUNAR DE CANANÉIA- SP.
ECOLOGIA COMPORTAMENTAL DE INFANTES DE SOTALIA GUIANENSIS (VAN BENÉDÉN,
2017 1864) (CETACEA: DELPHINIDAE) PRESENTES NO COMPLEXO ESTUARINO-LAGUNAR DE
CANANÉIA, SP.
ESTRATEGÍAS DE ALIMENTACIÓN DEL DELFÍN OSCURO: INTEGRANDO EL
2018 COMPORTAMIENTO DE LOS DELFINES Y LA DISTRIBUCIÓN DE SUS PRESAS EN EL
MARCO DE LA TEORÍA DE FORRAJEO OPTIMO
ESTRUTURA ESPACIAL DOS GRUPOS DE BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS (VAN
2019
BÉNÉDEN, 1864), NO PORTO DE ILHÉUS - BAHIA, BRASIL
EXITO REPRODUCTIVO EN LA COLONIA DE ISLA CHAÑARAL: ¿BASTA SÓLO UN BUEN SEX
2020
APPEAL?
FREQUÊNCIA DE ATAQUES DE GAIVOTAS (LAURUS DOMINICANUS) EM BALEIA FRANCA
2021 AUSTRAL (EUBALAENA AUSTRALIS) NO “OBSERVATORIO DE BALLENAS FRANCA PUNTA
FLECHA”, PUERTO MADRYN, PATAGÔNIA – ARGENTINA
IMPACTO DE INTERAÇÕES ANTRÓPICAS SOBRE O COMPORTAMENTO DE PEIXES-BOI
2022
MARINHOS REINTRODUZIDOS NO RIO TATUAMUNHA, LITORAL NORTE DE ALAGOAS
INTERAÇÃO ENTRE FÊMEAS E FILHOTES DE EUBALAENA AUSTRALIS NA ENSEADA DE
2023
RIBANCEIRA E IBIRAQUERA, SANTA CATARINA, BRASIL, 2008.
INTERAÇÕES ENTRE O BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS, E AVES MARINHAS NO
2024
MUNICÍPIO DE GUARAQUEÇABA, PARANÁ, BRASIL.
INTERACTIONS BETWEEN ADULTS AND CALVES OF GUIANA DOLPHINS (SOTALIA
2025
GUIANENSIS)
LEVANTAMENTO DAS VOCALIZAÇÕES DA LONTRA (LONTRA LONGICAUDIS) DURANTE
2026
APROXIMAÇÃO DE TRES EXEMPLARES NO CPPMA
PADRÃO COMPORTAMENTAL DE PARES DE FÊMEA-FILHOTE DE EUBALAENA AUSTRALIS
2027 (DEUSMOLINS, 1822) NA TEMPORADA REPRODUTIVA DE 2008, ENSEADA DE RIBANCEIRA
E IBIRAQUERA, IMBITUBA, SANTA CATARINA, BRASIL.
2028 PROGRAMA DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL REALIZADO COM LONTRA LONGICAUDIS
REGISTRO DE MOLESTAMENTO EM BALEIAS FRANCAS (EUBALAENA AUSTRALIS) POR
2029
GAIVOTÕES (LARUS DOMINICANUS) NA ÁREA DE REPRODUÇÃO DO SUL DO BRASIL, 2009.
RELAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE DESLOCAMENTO E PESCA DO BOTO-CINZA,
2030 SOTALIA GUIANENSIS (VAN BENÉDÉN, 1864) (CETACEA: DELPHINIDAE) COM ESTADO DE
MARÉ E PREFERÊNCIA DE ÁREA, NA REGIÃO DA BARRA DO PARAGUAÇU, BAHIA
RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS DE MÃES E FILHOTES DE BALEIAS-FRANCA
2031 (EUBALAENA AUSTRALIS) FRENTE À EMBARCAÇÃO DE TURISMO DE OBSERVAÇÃO DE
BALEIAS EM SANTA CATARINA, BRASIL
SEASONAL AND DIURNAL ACTIVITY PATTERNS OF BOTTLENOSE DOLPHINS IN BAHIA SAN
2032
ANTONIO, PATAGONIA, ARGENTINA
SURFACING, RESPIRATION AND DIVE BEHAVIOUR OF HUMPBACK WHALES IN THE
2033
ABROLHOS BANK, EASTERN BRAZIL
VARIAÇÕES HORÁRIAS NA ENTRADA E SAÍDA DOS GOLFINHOS ROTADORES DA BAÍA
2034
DOS GOLFINHOS, EM FERNANDO DE NORONHA – PE
BRINCADEIRA INÉDITA EM BOTO-CINZA (SOTALIA GUIANENSIS) (VAN BÉNÉDEN, 1864) NO
2035
PORTO DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL
GUIANA DOLPHIN (SOTALIA GUIANENSIS) FISSION-FUSION DYNAMICS IN PIPA BAY,
2037
BRAZIL

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CONSERVAÇÃO, MANEJO E INTERAÇÃO COM ATIVIDADES HUMANAS


Nº TÍTULO
RELACIÓN ENTRE VARIABLES DE LA PESCA ARTESANAL Y LA CAPTURA INCIDENTAL DE
3038
FRANCISCANA EN LA COSTA ATLÁNTICA URUGUAYA
A NECESSIDADE DE PROMOVER EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA PARA O BOTO-CINZA,
3039 SOTALIA GUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864), NA PRAIA DE PIPA, RIO GRANDE DO NORTE,
BRASIL.
A PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE DE PORTO DE PEDRAS, AL SOBRE A PRESENÇA DO
3040
PEIXE-BOI MARINHO (TRICHECHUS MANATUS MANATUS) NO MUNICÍPIO
ABORDAGEM ETNOECOLÓGICA SOBRE A PESCA ARTESANAL E OS PEQUENOS
3041
CETÁCEOS NA COSTA LESTE DA ILHA DE MARAJÓ, PARÁ, BRASIL
ACUMULAÇÃO DE COMPOSTOS ORGANOCLORADOS (DDT, PCB, HCB, HCH E MIREX) NO
3042 BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS, NAS BAÍAS DE SEPETIBA E DE ILHA GRANDE, RIO DE
JANEIRO, BRASIL.
AGRESIONES SOBRE MAMÍFEROS MARINOS EN EL SUDESTE DE BUENOS AIRES Y RÍO
3043
NEGRO
ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS EM GRUPOS DE BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS,
3044
FRENTE AO TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES NO PARANÁ, BRASIL.
AMEAÇAS AO BOTO-DA-TAINHA, TURSIOPS TRUNCATUS, EM LAGUNA, SUL DO BRASIL: O
3045
QUE CONTAM OS PESCADORES ARTESANAIS?
ANÁLISE DE CAPTURAS ACIDENTAIS DE TONINHA (PONTOPORIA BLAINVILLEI), NO
3046
LITORAL SUL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL, NO PERÍODO DE 2008 A 2010
ATAQUES DE GAVIOTAS COCINERAS DIRIGIDOS A CRÍAS DE BALLENAS FRANCAS DEL
3047
SUR
AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS CURSOS D'ÁGUA POR ARIRANHAS
(PTERONURA BRASILIENSIS) E INTERFERÊNCIAS ANTRÓPICAS À ESPÉCIE NA REGIÃO
3048
DO LAGO AMANÃ, RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL AMANÃ (AMAZONAS,
BRASIL) EM UMA SÉRIE TEMPORAL DE QU
AVALIAÇÃO DE BIOMARCADORES DE CONTAMINAÇÃO AQUÁTICA EM PEIXE-BOI
3049 MARINHO (TRICHECHUS MANATUS) NAS ÁREAS DE REABILITAÇÃO E REINTRODUÇÃO NO
NORDESTE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DO USO DE COSTELAS DO PEIXE-BOI DA AMAZÔNIA TRICHECHUS INUNGUIS
3050
(NATERRER, 1883) PARA ESTUDO DE ESTIMATIVA DE IDADE.
BOTO-VERMELHO X TUCUXI: DIFERENTES INTERAÇÕES DOS GOLFINHOS DA AMAZÔNIA
3051
COM A PESCA NO MÉDIO SOLIMÕES
CAPTURA ACIDENTAL E DESTINO DADO ÀS CARCAÇAS DE PEQUENOS CETÁCEOS NA
3052 PERCEPÇÃO DE PESCADORES ARTESANAIS DO NORTE DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO, BRASIL
COMÉRCIO DE CARCAÇAS DE BOTOS-VERMELHOS (INIA GEOFFRENSIS) USADAS PARA A
3053 PESCA DA PIRACATINGA (CALOPHYSUS MACROPTERUS) EM MANACAPURU, ESTADO DO
AMAZONAS, BRASIL
COMPOSTOS ORGANOCLORADOS (DDT, PCB, HCB, HCH E MIREX) EM TURSIOPS
3054
TRUNCATUS DA COSTA SUDESTE E SUL DO BRASIL.
CONCENTRAÇÕES DE MERCÚRIO (HGT) EM TECIDO DE SOTALIA GUIANENSIS NO
3055
LITORAL DO PARANÁ- PR
CONCENTRAÇÕES DE METAIS E SELÊNIO EM MAMÍFEROS AQUÁTICOS ENCALHADOS NO
3056
LITORAL DA BAHIA
CONFLITOS ENTRE PESCADORES E GOLFINHOS FLUVIAIS EM MANACAPURU, ESTADO
3057
DO AMAZONAS, BRASIL
CONHECIMENTO DOS PESCADORES LOCAIS SOBRE A OCORRÊNCIA DE PEIXES-BOI NOS
3058
LIMITES E ENTORNO DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE MARACÁ JIPIOCA, AMAPÁ, BRASIL
CONHECIMENTO TRADIONAL SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES DO PEIXE-BOI DA
3059
AMAZÔNIA (TRICHECHUS INUNGUIS) NA BACIA DO RIO URUCU, COARI/AM, BRASIL.
CONTRIBUCIÓN DEL SECTOR NO GUBERNAMENTAL VENEZOLANO A LA GENERACIÓN DE
3060 CONOCIMIENTO CIENTÍFICO PARA LA GESTIÓN DE LA DIVERSIDAD BIOLÓGICA DE
CETÁCEOS: 1973-2010
DIFERENTES INTERAÇÕES DOS GOLFINHOS DA AMAZÔNIA COM A PESCA ARTESANLA
3061
DE SUBSISTÊNCIA E COMERCIAL NO MÉDIO SOLIMÕES

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

DINÂMICA DE OCUPAÇÃO DOS PINÍPEDES NO REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE (REVIS) DA


3062 ILHA DOS LOBOS (TORRES) E NO REVIS DO MOLHE LESTE (SÃO JOSÉ DO NORTE) – RIO
GRANDE DO SUL – BRASIL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA FERRAMENTA DE CONSERVAÇÃO DOS MAMÍFEROS
3063
AQUÁTICOS DA AMAZÔNIA
ESTIMATIVA SAZONAL DE NASCIMENTO DE PEIXES-BOIS DA AMAZÔNIA (TRICHECHUS
3064
INUNGUIS)
3065 ESTUDO MORFOLÓGICO DO ESPERMATOZÓIDE DA ESPÉCIE KOGIA SIMA (OWEN, 1866)
ETNOCONHECIMENTO DOS PESCADORES DE BENJAMIN CONSTANT – AM SOBRE OS
3066 BOTOS DA AMAZONIA (SOTALIA FLUVIATILIS E INIA GEOFFRENSIS, MAMMALIA,
CETACEA).
EVALUACIÓN DE UN MÉTODO PARA LA COLOCACIÓN DE DISPOSITIVOS DE ADJUNCIÓN
3067
POR VENTOSAS (DAV) EN LA BALLENA FRANCA DEL SUR
EVIDÊNCIA DA INTERAÇÃO DO LEÃO-MARINHO-DO-SUL (OTARIA FLAVESCENS) COM A
3068
PESCA NO LITORAL SUL DO RIO GRANDE DO SUL
FISHERMEN’S KNOWLEDGE ON CETACEANS’ DISTRIBUTION, HABITATS AND
3069
SEASONALITY ALONG BRAZILIAN COAST
IDADE E COMPRIMENTO DE MATURIDADE SEXUAL PARA MACHOS E FÊMEAS DE
3070 TONINHA, PONTOPORIA BLAINVILLEI ACIDENTALMENTE CAPTURADAS NO ESTADO DE
SÃO PAULO.
IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO PARA A CAPTURA ACIDENTAL DE TONINHAS NA
3071
COSTA SUL DO RIO GRANDE DO SUL EM FUNÇÃO DA PROFUNDIDADE
3072 INTERAÇÃO DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS COM A PESCA NA FLONA TEFÉ, AMAZONAS
INTERAÇÃO E COMPORTAMENTO DE PESCA DO BOTO-CINZA SOTALIA GUIANENSIS COM
3073
A ARTE PESQUEIRA ARTESANAL DE CERCO-FIXO
3074 INTERAÇÕES ANTRÓPICAS COMO CAUSA DE MORTE DE PINÍPEDES NO SUL DO BRASIL
INTERAÇÕES ENTRE A LONTRA NEOTROPICAL (LONTRA LONGICAUDIS) E A PESCA
3075
ARTESANAL NA LAGUNA TRAMANDAÍ, SUL DO BRASIL
INTERAÇÔES PRÓXIMAS COM O BOTO DA AMAZÔNIA (INIA GEOFFRENSIS) EM NOVO
3076 AIRÃO, AM: HABITUAÇÃO E ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DE ANIMAIS SILVESTRES NO
PARQUE NACIONAL DE ANAVILHANAS.
INTERFERÊNCIA ANTRÓPICA EM PEIXES-BOIS MARINHOS (TRICHECHUS MANATUS
3077
MANATUS) REINTRODUZIDOS – RELATO DE CASO.
3078 IS LONGLINE FISHING A THREAT TO GUIANA DOLPHINS?
MAMÍFEROS AQUÁTICOS COMERCIALIZADOS PARA FINS MEDICINAIS NOS MERCADOS
3079
PÚBLICOS DO NORDESTE BRASILEIRO
MERCÚRIO E ORGANOCLORADOS (DDT, PCB, HCB, HCH E MIREX)EM TECIDOS DO PEIXE-
3080
BOI-MARINHO, TRICHECHUS MANATUS, DA COSTA NORDESTE DO BRASIL.
MERCÚRIO TOTAL (HGT) EM TECIDO HEPÁTICO DO BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS
3081
(CETACEA, DELPHINIDAE), DA BAÍA DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO – BRASIL.
3082 MERCÚRIO TOTAL EM DELFINÍDEOS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
MERCÚRIO TOTAL EM FÍGADO DE BOTOS-CINZA (SOTALIA GUIANENSIS) E TONINHAS
3083
(PONTOPORIA BLAINVILLEI) DA COSTA DE SANTA CATARINA, BRASIL.
MERCÚRIO TOTAL EM MÚSCULO DE BOTO-CINZA (SOTALIA GUIANENSIS) DA COSTA
3084
NORTE DO BRASIL
MOLECULAR IDENTIFICATION OF STRANDED RORQUALS IN THE NORTHERN COAST OF
3085 ARGENTINA CONFIRMS THE PRESENCE OF BALAENOPTERA BRYDEI OLSEN 1913 IN
THE SOUTH WESTERN ATLANTIC OCEAN
MONITORAMENTO DAS BALEIAS FRANCAS DURANTE AS OBRAS DE AMPLIAÇÃO DO
3086
PORTO DE IMBITUBA (SC) – CONCILIANDO DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO
MONITORAMENTO DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS NO LAGO SAPUCUÁ (ORIXIMINÁ, PA), EM
3087
ÁREA DE INFLUÊNCIA DE EMPREENDIMENTO MINERÁRIO
MORTALIDADE DO BOTO CINZA, SOTALIA GUIANENSIS, ASSOCIADA À ATIVIDADE
3088
PESQUEIRA NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE
MORTALIDADE DO BOTO-CINZA (SOTALIA GUIANENSIS) NO MUNICÍPIO DE AMAPÁ,
3089
ESTADO DO AMAPÁ
NASCIMENTOS DE PEIXES-BOIS DA AMAZÔNIA (TRICHECHUS INUNGUIS) NO CENTRO DE
3090
PRESERVAÇÃO E PESQUISA DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS, BALBINA, AM.
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NOVO PADRÃO DE INTERAÇÃO DOS GOLFINHOS-ROTADORES (STENELLA


3091
LONGIROSTRIS) COM O TURISMO NÁUTICO EM FERNANDO DE NORONHA/PE, BRASIL.
O BOTO (TURSIOPS TRUNCATUS, MONTAGU, 1821) E SUA INTERAÇÃO COM A PESCA
3092 ARTESANAL NA BARRA DE IMBÉ/TRAMANDAÍ, LAGOA DOS PATOS E ÁREAS
ADJACENTES, RS, BRASIL
O BOTO-VERMELHO (INIA GEOFFRENSIS) E O TUCUXI (SOTALIA FLUVIATILIS) NA
3093 PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES RIBEIRINHOS DE UMA ESCOLA NA ILHA DE SANTANA,
AMAPÁ
O ETNOCONHECIMENTO DE PESCADORES NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
3094
DELTA DO PARNAÍBA, NORDESTE, BRASIL
O USO DE TELEMETRIA SATELITAL NA AVALIAÇÃO DA REPRESENTATIVIDADE DAS
3095 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM ÁREAS REPRODUTIVAS DA BALEIA JUBARTE
(MEGAPTERA NOVAEANGLIAE) NA COSTA BRASILEIRA
O USO DO ÓLEO DE UMA BALEIA BICUDA CUVIER, ZIPHIUS CAVIROSTRIS, PARA A PESCA
3096
DO VOADOR, HIRUNDICHTHYS AFFINIS, NA PRAIA DE BAIA FORMOSA-RN
OBSERVAÇÕES OPORTUNÍSTICAS DE CETÁCEOS NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO,
3097
BRASIL.
OCORRÊNCIA DE LONTRA (LONTRA LONGICAUDIS) E ARIRANHA (PTERONURA
3098 BRASILIENSIS) NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA SANTO ANTÔNIO,
ALTO RIO MADEIRA, RONDÔNIA, BRASIL
POX VIRUS EN BALLENA FRANCA DEL SUR (EUBALAENA AUSTRALIS) EN LA COSTA DE
3099
PENÍNSULA VALDÉS, ARGENTINA
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE PRAIA ENTRE OS MUNICÍPIOS DE CONDE-BA E
3100
PIAÇABUÇU-AL E OCORRÊNCIAS DE ENCALHES DE MAMÍFEROS MARINHOS
PROJETO BOTO-CINZA: THREE DECADES OF AN INTERDISCIPLINARY PROGRAM
3101 DEVELOPMENT AS A MODEL FOR FUTURE CETACEANS CONSERVATION PRPOSALS IN
BRAZIL
PROYECTO DE DECLARACIÓN DE CONSERVACIÓN DEL DELFÍN FRANCISCANA
3102
(PONTOPORIA BLAINVILLEI)
REGISTRO DE CETÁCEOS NA BACIA DE CAMPOS A PARTIR DO MONITORAMENTO
3103 DURANTE PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NA BACIA DE
CAMPOS, RIO DE JANEIRO.
REGISTRO DOS NASCIMENTOS DE FILHOTES DE PEIXE-BOI MARINHO (TRICHECHUS
3104
MANATUS MANATUS) OCORRIDOS EM CATIVEIRO
REGISTROS DE CETÁCEOS DURANTE CRUCEROS DE EVALUACIÓN PESQUERA DE
3105 PEQUEÑOS PELÁGICOS SOBRE LA PLATAFORMA CONTINENTAL DEL PACÍFICO DE
COLOMBIA YPOSIBLE INTERACCIÓN CON LA PESQUERÍA
RELATO DE INTERAÇÃO DE ARIRANHAS (PTERONURA BRASILIENSIS) COM HUMANOS E
3106 ANIMAIS DOMÉSTICOS NO RESERVATÓRIO DA USINA HIDRELÉTRICA DE BALBINA,
AMAZONAS, BRASIL.
3107 SEXUAL MATURITY IN MALES OF FRANCISCANA DOLPHINS: A DISCUSSION ON CRITERIA
SOLAPAMIENTO TRÓFICO ENTRE EL LOBO MARINO DE UN PELO (OTARIA FLAVESCENS)
3108
Y LA PESQUERÍA DE ARRASTRE DEMERSAL DEL GOLFO SAN MATÍAS
TRANSFERÊNCIA PLACENTÁRIA DE ESTANHO TOTAL EM BOTOS-CINZA (SOTALIA
3109
GUIANENSES) DAS BAÍAS DE GUANABARA E DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL.
USO DE PRANCHAS ILUSTRATIVAS EM TRABALHOS ETNOBIOLÓGICOS RELACIONADOS
3110
AOS CETÁCEOS NO NORTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
USO DO BOTO (INIA GEOFFRENSIS) COMO ISCA PARA PESCA DE PIRACATINGA EM
3111
MANACAPURU, AM
O TURISMO DE OBSERVAÇÃO DE BALEIA-FRANCA (EUBALAENA AUSTRALIS) NO LITORAL
3113
SUL DE SANTA CATARINA, BRASIL E SEU POTENCIAL EDUCATIVO.
AVANCES EN LA ELABORACIÓN DEL “PLAN NACIONAL DE ACCIÓN PARA LA
3118
CONSERVACIÓN DEL BUFEO BOLIVIANO (INIA BOLIVIENSIS) EN BOLIVIA
ESTADO DE CONSERVACIÓN DEL BUFEO BOLIVIANO (INIA BOLIVIENSIS) EN EL NORESTE
3119
DE LA CUENCA AMAZONICA BOLIVIANA

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DISTRIBUIÇÃO E ENCALHES
Nº TÍTULO
ANÁLISE DA RELAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICOS COM A OCORRÊNCIA DE ENCALHES
4005
NO LITORAL DO ESTADO DO PARANÁ, SUL DO BRASIL
ATUALIZAÇÃO DOS REGISTROS DE OCORRÊNCIA DE GRANDES CETÁCEOS NA COSTA
4006
NORTE, PARÁ, BRASIL, 2006-2010.
CACHALOTE (PHYCETER MACROCEPHALUS): NUEVO REGISTRO Y RECOPILACIÓN DE
4007
LOS VARAMIENTOS A LO LARGO DE LA COSTA ARGENTINA
CETACEANS OCCURRENCE IN THE FIELD ALBACORA (CAMPOS BASIN) DURING
4008
ACTIVITIES OF MARINE SEISMIC SURVEYS ON BOARD THE VESSEL M/V OCEAN EUROPE
COMPOSIÇÃO E ANÁLISE TEMPORAL DOS ENCALHES DE MAMÍFEROS MARINHOS NO
4009
LITORAL SUL DO RIO GRANDE DO SUL
DOS NUEVOS REGISTROS DE VARAMIENTOS DE ZIPHIUS CAVIROSTRIS, G. CUVIER 1823,
4010
PARA LAS COSTAS DE LA PROVINCIA DE SANTA CRUZ, ARGENTINA
ENCALHE DE BALEIA BICUDA-DE-CUVIER (ZIPHIUS CAVIROSTRIS) PRENHE NA BAHIA,
4011
NORDESTE DO BRASIL
ENCALHE DE CETÁCEOS NA REGIÃO DO BANCO DOS ABROLHOS E BANCO ROYAL
4012
CHARLOTE, BRASIL
ENCALHE DE UM PAR MÃE-FILHOTE VIVOS DE BALEIA-PILOTO-DE-PEITORAIS-CURTAS
4013 (GLOBICEPHALA MACRORHYNCHUS) NO PARQUE NACIONAL MARINHO DE FERNANDO
DE NORONHA, BRASIL
ENCALHE DE UMA BALEIA-MINKE-ANTÁRTICA (BALAENOPTERA BONAERENSIS
4014 BURMEISTER, 1867) NA REGIÃO ESTUARINA DO ESTADO DO AMAPÁ, AMAZONIA
BRASILEIRA
ENCALHES DE CETÁCEOS NO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL - BRASIL, ENTRE OS
4015
ANOS DE 2002 E 2009
ENCALHES RECENTES DE PEIXE-BOI-DA-AMAZÔNIA (TRICHECHUS INUNGUIS)
4016
OCORRIDOS NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL, 2008-2010
FIRST LIVE STRANDING OF BAIRD’S BEAKED WHALES (BERARDIUS BAIRDII) IN THE GULF
4017
OF CALIFORNIA, MEXICO
OBSERVATIONS OF CETACEANS OFF THE VALPARAISO REGION, CENTRAL CHILE, 2004-
4018
2009.
OCORRÊNCIA DE BOTO-VERMELHO (INIA GEOFFRENSIS) NA BACIA DO RIO ARAGUARI,
4019
AMAPÁ, BRASIL
4020 OCORRÊNCIA DE PEQUENOS CETÁCEOS NA COSTA DO PARÁ, BRASIL, 2005-2010
OCORRÊNCIAS DE ENCALHES DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS NA RESERVA BIOLÓGICA DO
4021
ATOL DAS ROCAS - RN
OCORRÊNCIAS DE MISTICETOS NA BAIXADA SANTISTA, PORÇÃO CENTRAL DO LITORAL
4022
DO ESTADO DE SÃO PAULO – BRASIL.
OCURRENCIA Y ESTACIONALIDAD DE BALLENAS MINKE (CETACEA: BALAENOPTERIDAE)
4023
EN URUGUAY
OUTRO CASO DE DOENÇA DE PELE (RE-EMERGENTE?) EM GOLFINHO NARIZ DE
4024
GARRAFA NO SUL DO BRASIL?
PRIMEIRO REGISTRO DE ENCALHE DE UM GOLFINHO DE RISSO, GRAMPUS GRISEUS
4025
(CETACEA: DELPHINIDAE), PARA O ESTADO DA PARAÍBA
PROTOCOLO DE ENCALHES NA APA DA BALEIA FRANCA: O CASO DA BALEIA DE BRYDE
4026
NO COSTÃO DE ITAPIRUBÁ, SC
PUBLIC AND GOVERNMENTAL INVOLVEMENT FOR THE ESTABLISHMENT OF AN
4027 EFFECTIVE MARINE MAMMAL STRANDING NETWORK WITHIN A MARINE PROTECTED
AREA IN SOUTHERN BRAZIL
REGISTRO DA PRIMEIRA CAPTURA DE PEIXE-BOI MARINHO (TRICHECHUS MANATUS)
4028
ADULTO NO BRASIL
REGISTROS DE LOBO FINO ANTÁRTICO, ARCTOCEPHALUS GAZELLA, EN LAS COSTAS
4029
AUSTRALES DE CHILE
RIGHT WHALES AND OTHER BALEEN WHALES STRANDINGS ON THE COAST OF SANTA
4030
CATARINA STATE, SOUTHERN BRAZIL, 2002-2009
4031 STRANDING DATA AT RIGHT WHALE ENVIRONMENTAL PROTECTION AREA 2008/2009
4032 TATTOO LESIONS IN SOTALIA GUIANENSIS FROM GUANABARA BAY, RIO DE JANEIRO.
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VARAMIENTO DE BALLENA FRANCA (EUBALAENA AUSTRALIS) CON EVIDENCIAS DE


4033
ENMALLE Y COLISIÓN EN ORENSE (BUENOS AIRES, ARGENTINA)
VARAMIENTO DE CRÍA DE BALLENA FRANCA AUSTRAL (EUBALAENA AUSTRALIS) EN
4034
CLAROMECÓ (BUENOS AIRES, ARGENTINA)
FOCA CARANGUEJEIRA, LOBODON CARCINOPHAGUS (HOMBRON & JACQUINOT, 1842),
4035
NO LITORAL SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL.
DISTRIBUCIÓN ACTUAL Y ESTADO POBLACIONAL DEL DELFÍN BOLIVIANO(INIA
4037
BOLIVIENSIS D'ORBIGNY, 1834) EN LA AMAZONIA BOLIVIANA

ECOLOGIA
Nº TÍTULO
¿EXISTE PLASTICIDAD EN EL COMPORTAMIENTO DE BUCEO EN HEMBRAS LACTANTES
5022 DEL LOBO FINO SUDAMERICANO ARCTOCEPHALUS AUSTRALIS DE ISLA DE LOBOS,
URUGUAY?
ABUNDANCE AND BEHAVIOUR OF GUIANA DOLPHINS (SOTALIA GUIANENSIS) IN
5023
GUARAÍRAS LAGOON, RIO GRANDE DO NORTE, BRAZIL
ANÁLISIS DEL COMPONENTE ICTICO EN LA DIETA DEL LOBO FINO ANTÁRTICO
5024
ARCTOCEPHALUS GAZELLA, EN LA ISLA 25 DE MAYO ANTÁRTIDA.
ASPECTS OF THE BEHAVIORAL ECOLOGY OF COMMON BOTTLENOSE DOLPHINS,
5025
TURSIOPS TRUNCATUS, INHABITING THE OPEN COASTAL WATERS OFF CENTRAL CHILE.
COMPORTAMENTO DE MARCAÇÃO ODORÍFERA DA LONTRA LONGICAUDIS EM
5026
CATIVEIRO, AVALIADO ATRAVÉS DO TEMPO INICIAL E FREQUÊNCIA DE DEFECAÇÃO
COMPOSTOS ORGANOCLORADOS (DDT, PCB, HCB, HCH E MIREX) EM CETÁCEOS DO
5027
GÊNERO KOGIA DA COSTA DO BRASIL
5028 DIETA DE DELFINÍDEOS NA BAÍA DE ILHA GRANDE, RJ, BRASIL
DIETA DE SOTALIA GUIANENSIS E PONTOPORIA BLAINVILLEI (CETACEA: DELPHINIDAE E
5029
PONTOPORIIDAE) DA COSTA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL
DIETA DO BOTO-CINZA (SOTALIA GUIANENSIS VAN BENEDEN, 1864) (CETACEA:
5030
DELPHINIDAE) NA BAÌA DE SEPETIBA, RJ, BRASIL
DIETA DO BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS (VAN BÉNEDEN, 1864) (CETACEA:
5031 DELPHINIDAE) NO COMPLEXO ESTUARINO LAGUNAR DE CANANÉIA E ÁREAS
ADJACENTES, NO LITORAL SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL.
5032 DURAÇÃO DAS MARCAS NATURAIS NA REGIÃO DORSAL DE SOTALIA GUIANENSIS.
DURACIÓN DE LOS VIAJES DE ALIMENTACIÓN DE LAS HEMBRAS DE LOBO MARINO
5033 COMÚN (OTARIA FLAVESCENS) EN ISLA CHAÑARAL, RESERVA NACIONAL PINGÜINO DE
HUMBOLDT, CHILE
ECOLOGIA ALIMENTAR DA ARIRANHA (PTERONURA BRASILIENSIS) E DA LONTRA
5034 NEOTROPICAL (LONTRA LONGICAUDIS) NO PARQUE NACIONAL DO JAÚ, AMAZONAS,
BRASIL
ECOLOGIA ALIMENTAR DO BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864), NO
5035
LITORAL DO ESTADO DO PARANÁ, SUL DO BRASIL
ESPECIALIZACIÓN ALIMENTICIA EN EL LOBO FINO SUDAMERICANO (ARCTOCEPHALUS
5036
AUSTRALIS) EN URUGUAY
ESTUDIO DE LAS PRESAS DEL DELFÍN FRANCISCANA (PONTOPORIA BLAINVILLEI) EN EL
5037
EXTREMO SUR DE SU DISTRIBUCIÓN
ESTUDIO ISOTÓPICO SOBRE LA SEGREGACIÓN POR SEXO, CLASE DE EDAD Y ÁREA DE
5038
CRÍA EN OTARIA FLAVESCENS
ESTUDIO PRELIMINAR DE LA VARIACIÓN POBLACIONAL ESTACIONAL DE OTARIA
5039
FLAVESCENS EN DOS APOSTADEROS DE LA PROVINCIA DE RÍO NEGRO, ARGENTINA.
ESTUDO ETNOECOLÓGICO DA INTERAÇÃO ENTRE LONTRA LONGICAUDIS (OLFERS,
5040 1818) (CARNÍVORA, MUSTELIDAE) E PESCADORES DE CERCO-FIXO NO MUNICÍPIO DE
CANANÉIA - SÃO PAULO, BRASIL
EVALUACIÓN DE LA CONDICIÓN CORPORAL DEL DELFÍN FRANCISCANA A TRAVÉS DE
5041
INDICADORES INDIRECTOS
FEEDING HABITS OF ATLANTIC-SPOTTED-DOLPHINS, STENELLA FRONTALIS, IN
5042
SOUTHERN BRAZIL
5043 FIRST STABLE ISOTOPES ANALYSES IN TISSUES OF PONTOPORIA BLAINVILLEI AND
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SOTALIA GUIANENSIS
GREENHOUSE EFFECT? EVIDENCE OF APPARENT SUN DAMAGE TO EAST AUSTRALIAN
5044
HUMPBACK WHALES
5045 HÁBITOS ALIMENTICIOS DE PONTOPORIA BLAINVILLEI EN LA COSTA URUGUAYA
INSIGHTS ON TROPHIC RELATIONSHIP OF DELPHINIDS FROM SOUTHEAST BRAZILIAN
5046
COAST DETERMINED BY CARBON AND NITROGEN STABLE ISOTOPIC RATIOS
5047 INTERAÇÃO NA PESCA ENTRE BOTOS-CINZAS E FRAGATAS
INTERAÇÕES ALIMENTARES ENTRE AVES MARINHAS E BOTOS-CINZA, SOTALIA
5048 GUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864) NO COMPLEXO ESTUARINO-LAGUNAR DE CANANÉIA
E SUA RELAÇÃO COM PARÂMETROS AMBIENTAIS.
5049 MORFOMETRIA DENTAL EM TURSIOPS SP. DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
NOVOS REGISTROS DE TREMATÓDEOS DE LEAO-MARINHO-DO-SUL, OTARIA
5050
FLAVESCENS, NO LITORAL SUL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
OCORRÊNCIA DE LONTRAS, LONTRA LONGICAUDIS (OLFERS, 1818) (CARNIVORA:
5051
MUSTELIDAE) NO RIO ITAJAÍ MIRIM, MUNICÍPIO DE BRUSQUE, SC.
PRELIMINARY OBSERVATIONS ON INDIVIDUAL HOME RANGES OF GUIANA DOLPHINS
5052
(SOTALIA GUIANENSIS) IN THE PARANAGUÁ ESTUARINE COMPLEX, BRAZIL.
REGISTROS DE ENCALHES DE BALEIA-MINKE-ANÃ, BALAENOPTERA ACUTOROSTRATA,
5053
NO SUDESTE E SUL DO BRASIL, ENTRE 1986 E 2010
RESULTADOS PRELIMINARES DE IDENTIFICACIÓN SEXUAL Y PROPORCIÓN DE SEXOS
5054 EN EL DELFÍN CHILENO, CEPHALORHYNCHUS EUTROPIA, MEDIANTE TÉCNICAS
MOLECULARES
SEGREGACIÓN SEXUAL EN ELEFANTES MARINOS DEL SUR: UN COMPORTAMIENTO EN
5055
EL NICHO ISOTOPICO DE DOS AGRUPACIONES?
SITE FIDELITY AND RESIDENCE TIME OF HUMPBACK WHALE (MEGAPTERA
5056
NOVAEANGLIAE) IN THEIR BREEDING AREA ON NORTH COAST OF BAHIA, BRASIL
TAMANHO, COMPOSIÇÃO DE GRUPO E USO DO HÁBITAT DO BOTO-VERMELHO, INIA
5057
GEOFFRENSIS E DOS GOLFINHOS DO GÊNERO SOTALIA NO RIO GUAMÁ, BELÉM, PARÁ
TROPHIC RELATIONSHIP BETWEEN GUIANA DOLPHIN AND ITS PREY SPECIES FROM
5058
SEPETIBA BAY, RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL
USO DE HABITAT PELO BOTO-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS, NO COMPLEXO ESTUARINO
5059
LAGUNAR DE CANANÉIA, SÃO PAULO, BRASIL.
VARIABILIDAD TROFICA DE LONTRA FELINA (MOLINA 1782) (CARNIVORA: MUSTELIDAE)
5060
EN DOS POBLACIONES DE TACNA, PERÚ
PAUTAS CONDUCTUALES DE OTARIA FLAVESCENS EN EL SANTUARIO DE LA
5061 NATURALEZA DE COBQUECURA, CHILE: COMPARACIÓN ENTRE TEMPORADAS
REPRODUCTIVAS Y NO REPRODUCTIVAS
OCORRÊNCIA DO GOLFINHO-NARIZ-DE-GARRAFA, TURSIOPS TRUNCATUS EM UMA
5062
REGIÃO DE MAR ABERTO DO SUL DO BANCO DOS ABROLHOS
REVISÂO DA ECOLOGIA ALIMENTAR DA TONINHA (PONTOPORIA BLAINVILLEI)
5063
(MAMMALIA – CETACEA – PONTOPORIIDAE) AO LONGO DE SUA DISTRIBUIÇÃO

FISIOLOGIA E ANATOMIA
Nº TÍTULO
ALOMETRÍA BIVARIADA EN LA ONTOGENIA CRANEANA DE OTARIA FLAVESCENS
6008
(OTARIIDAE) Y MIROUNGA LEONINA (PHOCIDAE)
ANATOMIA TOPOGRÁFICA E RADIOGRÁFICA DE JUVENIL DE LOBO-MARINHO-DO-SUL,
6009
ARCTOCEPHALUS AUSTRALIS
ASPECTOS HISTOLÓGICOS DA AORTA E ARTÉRIA PULMONAR DE BALEIA MINKE ANÃ
6010
BALAENOPTERA ACUTOROSTRATA (LACÉPEDE,1804)
BODY WEIGHT/LENGTH RELATIONSHIP AND MASS ESTIMATION USING MORPHOMETRIC
6011 MEASUREMENTS IN AMAZONIAN MANATEES TRICHECHUS INUNGUIS (MAMMALIA,
SIRENIA)
6012 CRECIMIENTO DE LAS ALETAS PECTORALES DEL DELFÍN FRANCISCANA
DESCRIPCIÓN Y CUANTIFICACIÓN DE PATOLOGÍAS ÓSEAS PRESENTES EN
6013 ESPECÍMENES DE TURSIOPS SP. VARADOS EN LAS COSTAS DE TIERRA DEL FUEGO,
ARGENTINA
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6014 ENAMEL ULTRASTRUCTURE IN TEETH OF GLOBICEPHALA (DELPHINIDAE)


6015 IDENTIFICAÇÃO DA MUSCULATURA DA PONTOPORIA BLAINVILLEI .
MORFOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL EM EXEMPLARES DE BOTO-CINZA, SOTALIA
6016
GUIANENSIS (VAN BENEDEN, 1864) DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
PADRÃO DE OSSIFICAÇÃO DAS NADADEIRAS PEITORAIS DE SOTALIA GUIANENSIS DO
6017
LITORAL DO ESPIRITO SANTO, BRASIL
USO DE TECNOLOGIA SIG PARA FACILITAR A INTERPRETAÇÃO DE DADOS
6018
ZOOARQUEOLÓGICOS DE CETÁCEOS

GENÉTICA, SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO


Nº TÍTULO
CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DAS BALEIAS JUBARTE (MEGAPTERA NOVAEANGLIAE) DA
7006 ÁREA DE REPRODUÇÃO DO OCEANO ATLÃNTICO SUL OCIDENTAL, ATRAVÉS DE LOCOS
DE MICROSSATÉLITES
DADOS PRELIMINARES SOBRE A FILOGEOGRAFIA DE STENELLA LONGIROSTRIS (GRAY,
7007
1828) NA COSTA BRASILEIRA
DESCRIÇÃO CARIOTÍPICA DE TRICHECHUS MANATUS MANATUS (PEIXE-BOI MARINHO)
7008
ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE BANDEAMENTO CROMOSSÔMICO
DIVERSIDADE GENÉTICA E ESTRUTURA POPULACIONAL DO LOBO-MARINHO SUL-
7009 AMERICANO, ARCTOCEPHALUS AUSTRALIS AO LONGO DA COSTA ATLÂNTICA DA
AMÉRICA DO SUL
ESTATUS TAXONIMICO Y DIVERSIDAD GENETICA DE LA NUTRIA NEOTROPICAL (LONTRA
7010
LONGICAUDIS) EN COLOMBIA
7011 FILOGEOGRAFIA E CONSERVAÇÃO DA TONINHA (PONTOPORIA BLAINVILLEI)
GENETIC POPULATION STRUCTURE OF DUSKY DOLPHINS (LAGENORHYNCHUS
7012
OBSCURUS) ALONG THE ARGENTINA COAST BASED ON MTDNA
MAPEAMENTO FÍSICO CROMOSSÔMICO DO GENE RIBOSSOMAL 18S EM INIA
7013
GEOFFRENSIS
NEW EVIDENCE FOR HIGH GENETIC DIFFERENTIATION BETWEEN PACIFIC AND
7014
ATLANTIC POPULATIONS OF SOUTH AMERICAN FUR SEAL, ARCTOCEPHALUS AUSTRALIS
7015 ORIGEM E DIVERSIFICAÇÃO DE DELPHINOIDEA (MAMMALIA - CETACEA).
PRIMER ESTUDIO GENÉTICO DE LA NUTRIA MARINA (LONTRA FELINA) EN LA COSTA
7016
PERUANA

HÁBITAT, DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA


Nº TÍTULO
2009 HUMPBACK WHALE SURVEYS IN THE CAIRNS/COOKTOWN MANAGEMENT AREA OF
8023
THE GREAT BARRIER REEF MARINE PARK
ABUNDANCE AND DENSITY OF THE BOTO INIA GEOFFRENSIS IN THE ARAGUAIA RIVER
8024
(CENTRAL BRAZIL)
ABUNDANCIA DEL LOBO MARINO DE CALIFORNIA, ZALOPHUS CALIFORNIANUS, EN LAS
8025
ISLAS DEL PACIFICO MEXICANO: VERANO 2009
ANÁLISE COMPARATIVA DA DIETA DA LONTRA NEOTROPICAL NA ILHA DE SANTA
8026
CATARINA, BRASIL.
ANÁLISE DO GRAU DE ASSOCIAÇÃO E RESIDÊNCIA DOS BOTOS, TURSIOPS TRUNCATUS
8027 (MONTAGU, 1821), NO ESTUÁRIO DO RIO TRAMANDAÍ, RS, BRASIL, A PARTIR DO ESTUDO
DE FOTOIDENTIFICAÇÃO.
ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA RAZÃO SEXUAL DA BALEIA-JUBARTE, MEGAPTERA
8028
NOVAEANGLIAE, NA REAGIÃO DA PENÍNSULA ANTÁRTICA
AVISTAGENS OCEÂNICAS DE CETÁCEOS ENTRE NATAL E A RESERVA BIOLÓGICA DO
8029
ATOL DAS ROCAS /RN.
CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE WHALE WATCHING - E DESCRIÇÃO DA
8030 OCORRÊNCIA DAS ESPÉCIAS NA ILHA TERCEIRA - ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES -
PORTUGAL
CARACTERIZAÇÃO DO HABITAT DE FÊMEAS E FILHOTES DE BALEIAS-JUBARTE NA ÁREA
8031
REPRODUTIVA DA COSTA BRASILEIRA ATRAVÉS DA TELEMETRIA SATELITAL.
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CARACTERIZAÇÃO DOS HABITATS UTILIZADOS POR ARIRANHAS (PTERONURA


8032
BRASILIENSIS) NO LAGO DA UHE BALBINA, AMAZONAS, BRASIL
CARACTERIZAÇÃO DOS HABITATS UTILIZADOS POR ARIRANHAS, PTERONURA
8033
BRASILIENSIS, NO MÉDIO RIO ARAGUAIA.
CRUCEROS OCEANOGRÀFICOS EN EL CARIBE COLOMBIANO, PLATAFORMA DE
8034
OPORTUNIDAD DE AVISTAMIENTOS DE CETÁCEOS
DIAGNÓSTICO DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS EM UM TRECHO DO ESTUÁRIO AMAZÔNICO
8035
NO MUNICÍPIO DE SANTANA, AMAPÁ
8036 DIFFERENTIAL HABITAT USE BY FRANCISCANA DOLPHIN MALES?
DINÂMICA SAZONAL E EFEITO DO EL NIÑO NA ABUNDÂNCIA DE OTARIA FLAVESCENS
8037
NOS REFÚGIOS DO RIO GRANDE DO SUL
DISTRIBUCIÓN DEL ELEFANTE MARINO DEL NORTE, MIROUNGA ANGUSTIROSTRIS, EN
8038
MÉXICO Y MÉTODOS DE CONTEO
DISTRIBUCIÓN HISTÓRICA Y REPOBLACIÓN DEL LOBO FINO DE GUADALUPE,
8039
ARCTOCEPAHLUS TOWNSENDI EN MÉXICO
DISTRIBUCIÓN Y TASA DE ENCUENTRO DE LA TONINA DE RÍO (INIA GEOFFRENSIS) A LO
8040
LARGO DEL ORINOCO MEDIO Y VENTUARI, VENEZUELA
DISTRIBUTION OF THE ANTILLEAN MANATEE, TRICHECHUS MANATUS ON THE EAST
8041
COAST OF CEARÁ STATE AND WEST COAST OF RIO GRANDE DO NORTE STATE
EL APOSTADERO OLVIDADO MÁS OCCIDENTAL DEL URUGUAY: “LAS PIPAS” (DPTO.
8042
MONTEVIDEO).
EL APOSTADERO OLVIDADO MÁS ORIENTAL DE URUGUAY: ISLA VERDE-ISLOTE LA
8043
CORONILLA
ESTADO ACTUAL DE LA FOCA COMÚN DEL PACÍFICO ORIENTAL, PHOCA VITULINA
8044
RICHARDSI, EN MÉXICO.
ESTIMATION OF SURVIVAL, RECRUITMENT AND REALIZED GROWTH RATES OF THE EAST
8045
AUSTRALIA HUMPBACK POPULATION (BS-1) USING TEMPORAL SYMMETRY MODELS
ESTUDO DA POPULAÇÃO DE INIA GEOFFRENSIS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO
8046
RESERVATÓRIO DA UHE TUCURUÍ, PARÁ, BRASIL.
FIRST PHOTOGRAPHIC EVIDENCE OF INTERCHANGE BETWEEN BREEDING GROUNDS
8047
OFF THE EAST AND WEST COASTS OF AUSTRALIA.
FOTO E VÍDEO IDENTIFICAÇÃO DOS GOLFINHOS-ROTADORES (STENELLA
8048
LONGIROSTRIS)
FOTOIDENTIFICAÇÃO DE BOTO-CINZA SOTALIA GUIANENSIS (CETACEA, DELPHINIDAE)
8049
NO COMPLEXO ESTUARINO-LAGUNAR DE CANANÉIA, SUDESTE DO BRASIL.
INTERVALO DE NASCIMENTO E CUIDADO PARENTAL DO BOTO-CINZA (SOTALIA
8050
GUIANENSIS, VAN BENÉDÉN, 1864) NA BAÍA DE GUANABARA, RIO DE JANEIRO
LEVANTAMENTO DE CETÁCEOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE SANTO ANTÔNIO, RIO
8051
MADEIRA (RONDÔNIA, BRASIL)
LONTRAS, LONTRA LONGICAUDIS (MUSTELIDAE: LUTRINAE), NA BAHIA, NORDESTE DO
8052
BRASIL
MONITORAMENTO DA ECOLOGIA DOS GOLFINHOS DA AMAZÔNIA NO PROJETO PIATAM
8053
IV (MANAUS – COARI, RIO AMAZONAS) DURANTE A GRANDE CHEIA DE 2009
MONITORAMENTO DE LONTRA LONGICAUDIS NO RESERVATÓRIO DA HIDROELÉTRICA
8054
DE OURINHOS
NOVO PADRÃO DE OCUPAÇÃO DE ÁREA DOS GOLFINHOS-ROTADORES (STENELLA
8055
LONGIROSTRIS) NO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA/PE, BRASIL.
8056 OCCURRENCE OF PINNIPEDS ON THE COAST OF RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL
OCORRÊNCIA DO GOLFINHO-CABEÇA-DE-MELÃO (PEPONOCEPHALA ELECTRA) NA
8057
REGIÃO SUDESTE DO BRASIL.
OCORRÊNCIA E REAVISTAGEM DE STENO BREDANENSIS (G. CUVIER, 1828) NA COSTA
8058
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
OCORRÊNCIA, DISTRIBUIÇÃO E COMPORTAMENTO DO BOTO-CINZA, SOTALIA
8059 GUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864) (CETACEA, DELPHINIDAE) NO ESTUÁRIO DO RIO
VAZA-BARRIS, LITORAL SUL DO ESTADO DE SERGIPE, BRASIL
8060 PATRÓN GLOBAL DE LA RIQUEZA DE ESPECIES DE CETÁCEOS: ODONTOCETOS
PREFERENCIA Y USO DE HÁBITAT DEL MANATÍ ANTILLANO (TRICHECHUS MANATUS
8061
MANATUS) EN EL PARQUE NACIONAL RÍO DULCE, IZABAL, GUATEMALA.

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8062 PRIMEIRO REGISTRO DE STENELLA CLYMENE PARA A REGIÃO SUDESTE DO BRASIL


PRIORITY AREAS FOR ANTILLEAN MANATEE CONSERVATION ON THE EAST COAST OF
8063
CEARÁ AND WEST COAST OF RIO GRANDE DO NORTE STATES
REGISTRO DE NOVA OCORRÊNCIA DE ENCALHE DE CACHALOTE ANÃO, KOGIA SIMA
8064
(OWEN,1866) NO LITORAL DE SÃO PAULO, BRASIL.
RESULTADOS PRELIMINARES DA FOTOIDENTIFICAÇÃO DE BOTOS-CINZA (SOTALIA
8065
GUIANENSIS) (VAN BÉNÉDEN, 1864) NO LITORAL DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL
SITUAÇÃO DE UM EXEMPLAR DE PEIXE-BOI MARINHO NO LITORAL DO ESTADO DE
8066
SERGIPE, BRASIL
USO DE ÁREA E PADRÃO DE RESIDÊNCIA DE SOTALIA GUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN,
8067
1864) NA REGIÃO DO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL
FOTO-IDENTIFICACIÓN DE LA BALLENA JOROBADA EN UNA NUEVA ÁREA DE
8068
ALIMENTACIÓN EN LATITUDES MEDIAS DE NORPATAGONIA, CHILE
AVISTAMENTO DE BALEIA JUBARTE (MEGAPTERA NOVAEANGLIAE) NO BANCO DOS
8069
ABROLHOS, BAHIA, NO INVERNO DE 2007.

MEDICINA E CATIVEIRO
Nº TÍTULO
ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS PULMONARES EM GOLFINHOS ENCALHADOS NO
9004
LITORAL DO ESTADO DO PARANÁ, SUL DO BRASIL
AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA, ENZIMÁTICA E BIOQUÍMICA DE UM ESPÉCIME DE
9005 CACHALOTE PIGMEU, KOGIA BREVICEPS, (BLAINVILLE, 1838) ENCALHADO EM GRAN
CANARIA, ESPANHA.
9006 CARDIAC HISTOPATHOLOGICAL FINDINGS IN FRANCISCANA (PONTOPORIA BLAINVILLEI)
HIPERTROFIA VENTRICULAR EM STENELLA COERULEOALBA (MEYEN, 1833) – RELATO DE
9007
CASO
IMPACTO CAUSADO POR PETRECHO DE PESCA ABANDONADO, PERDIDO OU
9008 DESCARTADO (PP-APD) EM GOLFINHO-DE-DENTES-RUGOSOS STENO BREDANENSIS
(LESSON, 1828) NO LITORAL DE SÃO PAULO, BRASIL.
LESÃO CRÔNICA EM ROSTRO DE SOTALIA GUIANENSIS CAUSADA POR ARTEFATO DE
9009
PESCA, BAIA DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO.
PESQUISA PARASITOLÓGICA EM ALIMENTOS FORNECIDOS AOS PEIXES-BOIS MARINHOS
9010
(TRICHECHUS MANATUS) EM CATIVEIRO, PERNAMBUCO, BRASIL
9011 REABILITAÇÃO DE UMA FÊMEA JUVENIL DE CACHALOTE PIGMEU,

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Telefones Úteis

Hospital Governador Celso Ramos Telegrama Fonado Nacional e Internacional


Rua Irmã Benwarda, 297 – Centro Tel:0800-550135
Tel: (48) 3251-7000 Rádio Táxi
Hospital Florianópolis Tel: (48) 3240-6009
Rua: Santa Rita de Cássia, 1665 – Estreito Polícia Militar
Tel: (48) 3271-1500 Tel: 190
Hospital de Guarnição do Exército Transporte Público
Rua Silva Jardim, 85 – Centro Tel: 1517
Tel/Fax: (48) 3222-3588 Interurbanos via telefonista
Hospital Universitário Tel: 101 ou 102
Rua Campus Universitário, s/n – Trindade Delegacia de Proteção ao Turista
Tel: (48) 3331-9100 Tel: (48) 3222-4065
Bombeiros Central de Atendimento ao Turista
Tel: 193 Tel: 08006446300
Defesa Civil Tel: (48) 3212-6328
Tel: 199 Rodoviária “Terminal Rita Maria”
Pronto-Socorro Tel: (48) 3212-3100
Tel: 192 Aeroporto Internacional Hercílio Luz
Correios Tel: (48) 3331-4000
Tel: 08005700100

CORPO CONSULAR EM FLORIANÓPOLIS – SANTA CATARINA

Argentina Uruguai
Cônsul Geral em Florianópolis: Sr. Valdo Consulado Geral do Uruguai em Florianópolis:
Amadeo Plmai Sr. Nieves Prado de Freira
Cônsul Adjunto em Florianópolis: Sra. Fabiana Tel: (48) 3222-3718
Inês López Chanceler: Sr. Circe Cross
Avenida Rio Branco, 387, 5º andar, Centro.
Florianópolis França
Tel/fax: (48) 3024.3035/ 3024.3036 Cônsul Honorário em Florianópolis: Sr.
E-mail: cflor@brturbo.com Francisco Júlio Borghoff da Rocha
Rua Visconte de Ouro Preto, 282, Centro,
Florianópolis
Chile Tel: (48) 3223-8717
Cônsul Honorário em Florianópolis: Sr. Juarez E-mail: affloripa@affloripa.com.br
Magalhães Rigon
Avenida Rio Branco, 387, 4º andar, Centro – Itália
Florianópolis Vice-Cônsul Honorário em Florianópolis: Sr. Ézio
Tel: (48) 3221.2394 Giannino Librizzi
Rua Crispim Mira, 351, Centro, Florianópolis
Tel/fax: (48) 3223-3077
Colômbia E-mail: viceconulado@gmail.com
Cônsul Honorário em Florianópolis: Sr. Carlos
Enrique Franco Amastha Costa Rica
Rod. SC 401, nº 3.116. Saco Grande, Cônsul Honorário da Costa Rica: Sr. Ronaldo
Florianópolis Coto Varela
Tel/Fax: (48) 2108-2100 Avenida Rio Branca, 387, 4º andar. Espaço
E-mail: carlos@floripashopping.com.br Mercosul, Florianópolis
Tel/fax: (48) 3223-2437
E-mail: conscostaricalsc@zipmail.com.br

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Planta de Situação do Piso Superior do CENTROSUL

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ACOUSTIC MASKING OF HUMPBACK SONG BY A BIOLOGICAL SOURCE IN SAMANA, MARINE


MAMMAL SANCTUARY OF THE DOMINICAN REPUBLIC

Crane, Jessica1; Berchok, Catherine¹; Morse, Laura¹; Vasquez, Oswaldo E.²; Lancho, Patricia3;
Sellares, Rita³; Calventi, Idelisa Bonnelly de³; Dominguez, Elianny4; Clapham, Phillip J.¹
1
National Marine Mammal Laboratory, Alaska Fisheries Science Center, 7600 Sand Point Way NE, Seattle,
WA, 98115, USA. Email:jessica.crane@noaa.gov, catherine.berckock@noaa.gov,
phillip.clapham@noaa.gov

² ATEMAR, Calle B #12, Apto. 302, Nordesa III, Santo Domingo, D.N., CP 11103, República Dominicana.
Email: atemar@gmail.com, oswvasquez@gmail.com

³ Fundación Dominicana de Estudios Marinos (FUNDEMAR). Calle Sócrates Nolasco #6, Edif. Carla Pamela
401, Santo Domingo, D. N. República Dominicana. Email: ibonnelly@gmail.com
4
The Nature Conservancy Central Caribbean Program C/ Dres Mallen Guerra # 235, Arroyo Hondo Santo
Domingo, República Dominicana edominguez@tnc.org

Noise impact studies are primarily conducted to determine the effects of anthropogenic noise on the marine
environment. However, significant sources of ocean noise are often biological or oceanographic in nature. In
accordance with the Dominican Republic Research Action Plan, in spring 2009, a passive acoustic study
was conducted in the Samana Bay Marine Mammal Sanctuary of the Dominican Republic, to monitor the
effects of vessel noise on humpback song production. An array of four Marine Acoustic Recording Units
(MARUs, Cornell University’s Bioacoustics Research Program [BRP]) recorded continuously at 2 kHz from
11 January to 27 March 2009 (76 days). One of these recorders beached on 22 January. A single double-
capacity MARU, deployed in the center of the array, recorded for one hour every five at 20 kHz. To
determine how noise affected song production, songs that occurred before, during, and after individual noise
events occurred were selected for a comparative analysis. The frequency band of the humpback song
ranged from 50 Hz to the upper limit of the recording system (1 kHz). Analysis of the data revealed an
unidentified fish chorus that occurred almost nightly. This chorus ranged in frequency from 400 to 800 Hz,
centered around 600 Hz, thus within the frequency range of the humpback song. Noise measurements from
BRP determined that the nightly fish chorus ambient levels were often at the same levels as the close
approaches of the cruise ships. Preliminary results show a potential increase in overall song length by
approximately 200 seconds when produced during the fish chorus than when produced before or after the
noise event. Interestingly, song components that overlap in frequency with the fish chorus appear to
decrease, while those components that are lower in frequency tended to increase in length, though further
studies are needed for confirmation. These preliminary results show the importance of analyzing biological
sources of ocean noise, and represent one of the first studies of biological noise impact on humpback whale
song in the Caribbean Sea. This study was supported by DSTA, The Nature Conservancy, NOAA, ATEMAR
and FUNDEMAR.

Keywords: Humpback whale, Caribbean Sea, Acoustics

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COMPARAÇÃO DOS ASSOBIOS DO BOTO-CINZA, Sotalia guianensis, (CETACEA, DELPHINIDAE)


EM TRÊS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO NA COSTA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL

Andrade, L. G.1,3; Lima, I. S.1; Macedo, H. S.1; Carvalho, R. R.1; Flach, L.2; Lailson-Brito, J.1;
Azevedo, A. F.1,3
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores, Faculdade de Oceanografia, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, UERJ. E-mail: lucianaga_uff@yahoo.com.br 
2
Instituto Boto Cinza – IBC, Rua Santa Terezinha 531- 90, Vila Muriqui, Mangaratiba, Rio de Janeiro.
3
Programa Pós-Graduação em Ecologia e Evolução, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ.

O presente estudo caracterizou e comparou o repertório dos assobios de Sotalia guianensis, em três baías
do estado do Rio de Janeiro: Baía de Guanabara (BG), Baía de Sepetiba (BS) e Baía da Ilha Grande (BI).
As gravações dos assobios foram realizadas entre os meses de julho de 2008 a julho de 2009, com a
utilização de embarcações de 5,5 e 7m de comprimento, com propulsão a motor e similares condições de
mar (Escala Beaufort ≤ 2). O sistema de gravação foi composto por um hidrofone High Tech, modelo HTI-
96-MIN, e um gravador digital modelo PMD 671 Marantz, com limite superior de frequência de 48 kHz. As
análises dos espectrogramas foram realizadas com os softwares Adobe Audition 1.5 e Raven 1.3. Os
assobios foram classificados em seis categorias de forma de contorno e 11 parâmetros acústicos foram
medidos para cada assobio. Para comparar os parâmetros acústicos de mesma forma de contorno entre as
três baías, foram aplicados a análise descritiva e testes estatísticos de comparação de médias. Um total de
1800 assobios foi selecionado, 600 assobios de cada área, e 61,38% (N=1105) do total apresentaram forma
de contorno ascendente. Assobios com zero ou um ponto de inflexão foram mais frequentes (N=1476),
correspondendo a 82% e assobios com harmônicos foram predominantes (N=1215), representando 67,5%
do total analisado. A amplitude de frequência encontrada variou de 1,03 a 46,87 kHz. A média de duração
dos assobios da BG (271,14±106,96ms) foi menor do que as médias encontradas na BS
(347,07±141,45ms) e na BI (368,60±150,62ms). Os resultados de todas as comparações realizadas
demonstraram que os parâmetros de frequência (FI, FF, FMAX e F3/4) foram os que mais apresentaram
diferenças significativas entre as três áreas. As comparações realizadas no presente estudo demonstraram
que os assobios emitidos por S. guianensis nas três baías do Estado do Rio de Janeiro variaram quanto à
distribuição nas formas de contorno e quanto aos parâmetros acústicos. A variação encontrada nos
assobios de S. guianensis entre as três áreas pode também estar ligada aos tipos de assobios mais comuns
em cada área, representados pelos assobios ascendentes, que apesar de apresentarem a mesma forma de
contorno, apresentaram diferenças em seus parâmetros acústicos.

Palavras chave: Bioacústica, Assobios, Sotalia guianensis.

Apoio: Termo de Cooperação Técnica Petrobras/UERJ/ACPNR (4600-271434)

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EFEITO DA PASSAGEM DE EMBARCAÇÔES SOBRE OS ASSOBIOS DE Sotalia guianensis

Cremer, Marta J.; Holz, Anelise C.; Dias, Carolina P.

Laboratório de Nectologia, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville, SC,


Brasil, marta.cremer@univille.net

O ruído produzido pela passagem de embarcações pode representar uma importante fonte de poluição
sonora nos ambientes aquáticos. Existem poucas informações sobre os efeitos da poluição sonora sobre os
pequenos cetáceos, que tem no som sua principal forma de interação com o ambiente e com os indivíduos
da espécie. O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de variações na sua estrutura dos assobios
produzidos por Sotalia guianensis durante a passagem de embarcações. Foram realizados experimentos
em campo, na Baía da Babitonga, com três tipos de motores: 15, 25 e 60 Hp. Foram analisados os
parâmetros freqüência inicial, freqüência final, duração e amplitude dos assobios em três momentos em
relação a passagem da embarcação: “antes”, “durante” e “depois”. As análises foram realizadas
separadamente para cada tipo de assobio utilizando o teste de Kruskall-Wallis. Num primeiro momento as
análises foram realizadas considerando-se os dados dos experimentos com os três tipos de motores. Para
os assobios ascendentes e descendentes houve variação significativa na freqüência inicial (p<0,05), que em
ambos os casos foi menor na situação “antes”. A freqüência final também foi diferente (p<0,05), sendo que
na situação “durante” a freqüência foi maior. A duração dos assobios descendentes foi maior na situação
“antes” (p<0,05), assim como a amplitude (p<0,05). Os assobios côncavos apresentaram diferenças para a
freqüência final, sendo que na situação “depois” a freqüência foi mais baixa (p<0,05). Estes assobios foram
mais curtos na situação “durante”, da mesma forma que a amplitude (p<0,05). Os assobios convexos
mostraram variação apenas na freqüência inicial, com maior freqüência na situação “durante” (p<0,05). Para
os assobios regulares todos os parâmetros apresentaram diferenças (p<0,05). Verificou-se uma tendência
geral de aumento de freqüência durante a passagem dos barcos, associada a uma redução na duração dos
assobios. Assobios mais curtos foram associados a uma menor amplitude, o que refletiu resultados
semelhantes para estes dois parâmetros na análise. Para analisar a existência de diferenças no efeito dos
diferentes motores, foram efetuadas análises comparativas dos parâmetros do assobio mais abundante
(ascendente). Neste caso, além dos motores utilizados experimentalmente, foram também consideradas
outras duas embarcações: a balsa de passageiros e o barco da travessia Joinville – São Francisco do Sul
(jet-truck). Foram identificadas diferenças na freqüência inicial, na duração e na amplitude (p<0,05). Os
dados mostram que o ruído causado por embarcações altera a estrutura dos assobios e pode estar
interferindo na comunicação sonora da espécie.

Palavras chave: poluição sonora, Sotalia guianensis, assobios

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GEOGRAPHIC VARIATION OF Tursiops truncatus WHISTLES REPERTOIRES IN BRAZILIAN WATERS

Hoffmann, Lilian Sander 1; Valdez, Fernanda P.1; Ferlin, Elton2; Fruet, Pedro F.3; Genovês, Rodrigo C.3;
Di Tullio, Juliana3; Caon, Glauco1; Freitas, Thales Renato O.1
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, BR, liliansander@gmail.com
2
Serviço de Engenharia Biomédica, HCPA, Porto Alegre, RS, BR
3
Laboratório de Mamíferos Marinhos, MORG/FURG, Rio Grande, RS, BR

Many gregarious species have group-specific signaling, and the sign-specificity of individuals or populations
can reflect the social system and behavioral context. The quantification of the structure and variability of the
vocalizations are important aspects of studies evaluating repertoire differences between populations. This
work describes the geographic variability of Tursiops truncatus whistles repertoires in the Southwestern
Atlantic Ocean. The acoustic data was collected from 2000 to 2009 from two populations: a coastal group
inhabiting the Tramandaí channel (29º58’S 50º07’W), southern Brazil, and an oceanic group occurring in the
surrounding waters of the Saint Peter Saint Paul Archipelago (0º56’N 29º22’W). Vocalizations were recorded
with C-53 and C-54XRS hydrophones (Cetacean Research Technology), using a DAT Sony TCD-D8 and a
Fostex FR-2. The spectrograms were generated with Raven 1.1 (Cornell Lab. Ornithology, NY). The
configuration was FFT 512 samples, Hanning window and 50% superimposition. The following parameters
were extracted: maximal, minimal, initial and final frequencies, duration and range of the frequency variation.
In order to compare the data between the areas, was used the Mann-Whitney test to whistles duration, and
the Independent-Samples t test to all the others parameters. In the repertoire analysis, 1,768 whistles were
analyzed from Tramandaí, and 720 from the archipelago group. The differences between the areas were
statistically significant (P < 0.0001) to all whistles parameters except for the final frequency (P = 0.299). The
whistles from the archipelago presented bigger values to the maximal frequency, minimal, initial, duration,
and frequency variation. Different causal explanations for the geographic variations can be allocated,
considering ecologic, genetic, and social factors. In this work, a possible genetic isolation could be
underlying the difference found. Whistle structure can also vary according to the environment, where the
dolphins seem to alter some parameters in order to adapt to specific environmental noise levels. The
absence of interfering obstacles in open waters seems to favor the use of higher frequencies in pelagic
species, given that such characteristics allow a better use of the binaural clues. The archipelago group lives
in a region with low noise levels, great depth and transparent waters, unlike the coastal group, that occupy a
shallow channel with low visibility and antropic activities. Future comparisons with other groups’ repertoires
can test the result presented and improve the current discussion. Acoustic tests to assess the sound
propagation regarding the noise level could also clear the exact influence of the environment in the whistles
acoustic parameters.

Keywords: whistles, repertoires, T. truncatus

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ASSOBIOS DE Steno bredanensis NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL

Lima, I. M. S.1; Andrade, L. G.1; Carvalho, R. R.1; Lailson-Brito, J. Jr.1; Dorneles, P. R.1; Azevedo, A. F.1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (MAQUA), Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (MAQUA – UERJ) - Isabelaseabra.lima@gmail.com – Bolsista de iniciação científica PIBIC UERJ

Os odontocetos possuem um variado repertório de emissões sonoras, apresentando assobios e sons


pulsantes (grunhidos e cliques de ecolocalização). Informações sobre as emissões sonoras do golfinho-de-
dentes-rugosos (Steno bredanensis, Lesson, 1828) são escassas. O objetivo deste trabalho é apresentar
dados preliminares sobre propriedades acústicas dos assobios desta espécie no Estado do Rio de Janeiro.
As gravações foram realizadas com a utilização de um sistema de gravação composto por um gravador
digital modelo Fostex com limite de freqüência superior a 48 kHz e um hidrofone C54XRS com uma
resposta de freqüência de 0,016 a 44 kHz, (+3dB, sensibilidade de -167dB, re: 1V/µPa). Foram realizadas
análises qualitativas e quantitativas de 194 assobios selecionados em 66 min de gravação. Os assobios
foram classificados em 6 categorias (constante, ascendente, descendente, ascendente-descendente,
descendente-ascendente e múltiplo), foram extraídas medidas de frequência de cada assobio (frequência
inicial, final, mínima, máxima, delta da frequência, frequência a ¼ do assobio, a ½ do assobio e a ¾ do
assobio) e medidos os valores de duração, o número de harmônicos, pontos de inflexão e de inclinação.
Dentre os assobios, 30,92% foram classificados como constantes, 21,65% foram classificados como
ascendentes, 15,98% como descendentes, 13,92% como múltiplos, 10,31% como ascendente-descendente
e 7,22% na categoria descendente-ascendente. A média de frequência inicial foi 6,58 + 1,99 kHz; a de
frequência final foi 7,16 + 1,61; as de frequencia mínima e máxima foram 5,95 + 1,55 kHz e 7,93 + 1,49 kHz
respectivamente e a do delta de frequência foi 2 + 1,29 kHz. Como houve uma baixa variação do delta de
frequência, as médias de frequência a ¼, a ½ e a ¾ dos assobios foram bastante próximas, sendo esses
valores 7,12 + 1,36, 7,01 + 1,35 e 7,05 +1,38 kHz respectivamente. A média de duração foi de 412,66 +
253,05 milissegundos. Dentre os assobios, 48,95% não apresentaram harmônicos, 60,31% dos assobios
não possuíam pontos de inflexão e 77,31% dos assobios não apresentaram pontos de inclinação. Os
assobios ocorreram em uma estreita faixa de freqüência, de 3,06 a 13,80 kHz e não apresentaram grandes
variações em frequências ao longo de suas durações, o que os diferem de assobios de outras espécies que
ocorrem no Rio de Janeiro, como Sotalia guianensis e Stenella frontalis.

Palavras chave: Steno bredanensis, assobios, Rio de Janeiro.

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BURST-PULSE SOUNDS OF GUIANA DOLPHIN, Sotalia guianensis, (CETACEA, DELPHINIDAE) IN


THREE COASTAL BAYS OF RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL

Andrade, L. G.1,2; Lima, I. M. S.1,3; Bitencourt. L.1,5; Carvalho, R. R.1 ; Flach, L.4; Lailson-Brito, J.1;
Azevedo, A. F.1,2
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores, Faculdade de Oceanografia, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, UERJ. E-mail: lucianaga_uff@yahoo.com.br
2
Programa Pós-Graduação em Ecologia e Evolução, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ.
3
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores, Faculdade de Oceanografia, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, UERJ. Bolsista PIBIC UERJ.
4
Instituto Boto Cinza – IBC, Rua Santa Terezinha 531- 90, Vila Muriqui, Mangaratiba, Rio de Janeiro.
5
Bolsista de Iniciação Científica – FAPERJ.

The pulsed sounds are characterized as high-frequency emissions, used by odontocetes.This type of
emission includes echolocation clicks and other types of emissions such as “quacks” and “squeaks” that are
related to social contexts. Few studies focus on burst pulses used in communication among individuals of
species of Delphinidae, such as Sotalia guianensis. The objective of this study was to compare a type of
burst pulse sounds, “quacks” emitted by Guiana dolphins during different behaviors. The recordings were
made in three bays of Rio de Janeiro: Guanabara Bay, Sepetiba Bay and Ilha Grande Bay, between August
2008 and August 2009, with the use of vessels of 5.5 and 7m long, with a propulsion engine and similar sea
conditions (Beaufort Scale ≤ 2). The recording system consisted of a hydrophone High Tech, HTI-96-MIN
model and a digital recorder Marantz PMD 671, with upper limit frequency of 48 kHz. The analysis of the
spectrograms were made with Adobe Audition 1.5 and Raven 1.3. The “quacks” selected for analysis were
those that had high frequency energy below 48 kHz. For each quack the duration and high frequency energy
were measured and the Kruskal-Wallis test was used to compare the burst pulses emitted during each
behavior state. During 9 hours and 23 minutes of recordings, the group size observed ranged from 6 to 100
individuals (36.4±31.9) composed by adults and calves. The signals (N=150) were selected from three
behavior states: feeding (N=46), socializing (N=69) and traveling (N=35). A total of 56 pulsed sounds had
high frequency energies above the recording limit. The duration mean of the “quacks” emitted during feeding
was 142.11±107.88 ms, socializing 168±115.13 ms and traveling 105±56.23 ms. The high frequency energy
mean of the “quacks” emitted during feeding was 9.75±10.14 kHz, socializing 13.86±18.44 kHz and traveling
15.66±9.12 kHz. The Kruskal-Wallis test showed significant differences between behavior states for duration
(Kruskal-Wallis H (2, N=105) = 5.9967 P<0.05) and high frequency energy (Kruskal-Wallis H (2, N=105) =
8.8994 P<0.05). The larger numbers of “quacks” sounds were emitted during socialization. The present
study shows that there are differences among burst pulses emitted during different behaviors, which
corroborates with the fact that pulsed sounds are normally associated with emotional states.

Keywords: Burst-pulse sounds, Sotalia guianensis, behaviors.

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CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM ACÚSTICA DO ESTUÁRIO DO RIO ITAJAÍ-AÇU E SUA


INFLUÊNCIA NA VOCALIZAÇÃO DE Tursiops truncatus (CETACEA, DELPHINIDAE)

Andrade, Anna Karoline Pimentel1; Barreto, André S.2

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – Laboratório de Oceanografia Biológica – LOB/CTTMar;


1
karolandrade@hotmail.com; 2 abarreto@univali.br

Para entender o comportamento de organismos aquáticos é importante compreender a acústica dos


ecossistemas que estes habitam, pois sons são importantes estímulos ambientais. Nas últimas décadas o
ruído antropogênico vem sendo considerado um dos principais estressores de mamíferos marinhos, devido
as várias atividades que tem o potencial de gerar ruídos, como por exemplo, o tráfego de embarcações.
Esta atividade é observada no estuário do Rio Itajaí-Açu, devido à presença dos Portos de Itajaí e
Navegantes em suas margens. O estuário possui uma grande diversidade de espécies aquáticas e um
mamífero comumente encontrado na foz é o boto, Tursiops truncatus, que utiliza a área principalmente para
alimentação. Este trabalho buscou caracterizar a paisagem acústica do estuário do Rio Itajaí-Açu,
analisando as fontes de ruídos existentes no ambiente, causadas pelas atividades portuárias e a possível
influência do mesmo sobre o comportamento vocal de T. truncatus. A obtenção de dados acústicos foi feita
com o auxílio de um hidrofone Cetacean Research MQ26 e um gravador digital M-Audio Microtrack II com
uma taxa de amostragem de 48KHz, entre fevereiro e outubro de 2009. As análises acústicas indicaram que
a porção final do estuário do Rio Itajaí-Açu é uma área com intensos ruídos subaquáticos, com maiores
intensidades abaixo dos 8KHz, mas abrangendo todo o espectro (de menos de 1 kHz ao limite de 24 kHz
registrado pelo equipamento), com as atividades portuárias, contribuindo com a intensa poluição sonora na
área. Em somente duas ocasiões amostrais foram encontrados botos na área, o que impossibilitou afirmar
categoricamente que os ruídos influenciem seus padrões de vocalização. Entretanto em uma das ocasiões
foram registrados unicamente estalidos de ecolocalização, sem o registro de assobios, enquanto que na
outra foram registrados 8 assobios ascendentes e 2 descendentes. A sobreposição dos ruídos de origem
humana com a faixa de frequencias utilizadas para as vocalizações da espécie podem explicar parcialmente
o baixo registro de assobios observados. A manutenção dos estudos de acústica na área, comparando com
áreas próximas com menos atividades humanas, será essencial para esclarecer se há ou não efeito do
ruído ambienteal na vocalização dos indivíduos.

Palavras chave: Acústica, Tursiops truncatus, ruído subaquático

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CARACTERIZAÇÃO SONOGRÁFICA DA POPULAÇÃO DE BOTOS-CINZA (Sotalia guianensis) DE


ILHÉUS, BAHIA

Lima, Alice de Moura¹; Lima, Saul de Moura²; Le Pendu, Yvonnick3

Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC. ¹alimouli@hotmail.com; ²saulmoura@yahoo.com.br;


³yvonnick@uesc.br.

Os sons produzidos pelos odontocetos possuem funções relacionadas à navegação e comunicação. Os


aspectos bioacústicos foram pouco estudados em Sotalia guianensis e as descrições qualiquantitativas de
suas vocalizações são escassas. Esse estudo objetivou fazer uma investigação preliminar das
características do repertório acústico da população de botos-cinza de Ilhéus, Bahia. Foram realizadas
gravações subaquáticas dos sons produzidos por S. guianensis nas águas em frente ao Porto de Ilhéus e
na Baía do Pontal. As emissões sonoras foram descritas e categorizadas através da análise de
sonogramas, relacionando-as ao contexto de sua ocorrência, como atividade comportamental,
características do grupo e do ambiente. Em um esforço total de cerca de 39h nos meses de março a junho
de 2010, foram gravadas emissões sonoras de indivíduos pertencendo a grupos de 2 a 11 animais. A média
da freqüência mínima foi 10,01±2,82 kHz e as freqüências máximas tiveram média 18,93±3,33 kHz. O
estudo dos parâmetros dos assobios mostrou que o número de harmônicos, a duração e a amplitude
tiveram grande variabilidade. Verificou-se que o componente de variação entre locais não existe entre os
assobios registrados, já que os locais da gravação são provavelmente habitados pela mesma população de
botos-cinza. Estes resultados demonstraram a descrição básica dos assobios emitidos pelos botos-cinza de
Ilhéus e podem indicar um papel funcional para esses assobios durante os comportamentos observados,
contribuindo com um maior entendimento da biologia da espécie, caracterizando o repertório acústico da
população.

Palavras chave: Bioacústica, boto-cinza, Sul da Bahia

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COMPARAÇÃO DO REPERTÓRIO ACÚSTICO DO BOTO-DA-TAINHA (Tursiops truncatus) DURANTE


PESCA COOPERATIVA COM PESCADOR ARTESANAL, E NÃO COOPERATIVA, EM LAGUNA, SUL
DO BRASIL

Romeu, Bianca; Daura-Jorge, Fábio G.; Simões-Lopes, Paulo César.

Laboratório de Mamíferos Aquáticos, Universidade Federal de Santa Catarina. E-mails:


romeu.bianca@gmail.com, daurajorge@gmail.com, lamaqsl@ccb.ufsc.br

A população de Tursiops truncatus residente no complexo lagunar Santo Antônio dos Anjos-Imaruí-Mirim,
sul do Brasil, é localmente conhecida como botos-da-tainha pela pesca cooperativa que realizam com
pescadores artesanais. Apesar da bioacústica da espécie ser bem estudada, pouco se sabe sobre o
comportamento sonoro desta população e possíveis variações deste na pesca cooperativa e não
cooperativa realizadas. Em abordagem preliminar, o tempo de ecolocalização, assobio e grito foi comparado
entre a pesca não cooperativa, no interior da Lagoa Santo Antônio dos Anjos, e a pesca cooperativa, na
Praia do Quarto e Toca da Bruxa. As gravações foram feitas com um hidrofone H2a-XLR acoplado a um
gravador digital DAT PCM-M1 com captação máxima de 48 kHz. As análises foram realizadas no Programa
Raven 1.0. A quantidade de indivíduos e proporções obtidas para ecolocalização, assobio e grito, relativo ao
tempo total de sonorização foram, respectivamente: Lagoa – 6 botos, 85,23%, 3,71% e 25,46%; Praia do
Quarto – 5 botos, 2 em pesca cooperativa, 94,76%, 2,90% e 4,12%; Toca da Bruxa – 1 boto, 81,50%,
14,59% e 1,96%. Comparando as referidas estratégias de pesca, através do Teste Exato de Fisher, obteve-
se que o tempo gasto em ecolocalização não diferiu (p > 0.05); houveram mais assobios durante a interação
com os pescadores (p < 0.01) e mais gritos durante a pesca não cooperativa (p < 0.01). Ao analisar a pesca
cooperativa da Praia do Quarto com a da Toca da Bruxa, observou-se que o tempo de ecolocalização foi
maior na primeira (p < 0.01), enquanto os assobios foram mais presentes na Toca da Bruxa (p < 0.01); a
quantidade de gritos não diferiu (p > 0.05). O maior tempo gasto com a ecolocalização, comparado aos
demais sons, deve-se ao uso desta para navegação e localização das presas. Mas, a diferença do tempo
de ecolocalização entre os locais de pesca cooperativa não era esperada. Para assobios, por serem
considerados sons de comunicação e devido à presença de mais indivíduos na Praia do Quarto e no interior
da Lagoa, esperava-se uma proporção maior destes para estas localidades, o que não ocorreu. A maior
quantidade de assobios pelo boto na Toca da Bruxa pode ser explicada pela possível comunicação dele
com um grupo de 5 botos presente na outra margem do canal. A ocorrência de mais gritos durante a pesca
não cooperativa pode indicar comunicação para estratégia de forrageio em ambiente menos raso e sem
barreira, no caso, sem pescadores.

Palavras chave: Tursiops truncatus, bioacústica, pesca cooperativa. 

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IMPACTOS DE ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL SOBRE A


COMUNICAÇÃO SONORA DE MYSTICETI (ORDEM CETACEA): UMA REVISÃO

Honda, Laura Kyoko1; Sousa-Lima, Renata Santoro de2


1
Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Email: laurinhahond@gmail.com
2
Universidade Federal de Minas Gerais

A comunicação acústica é fundamental para os mamíferos pois tem três funções principais: aquisição de
informações sobre o meio, comunicação intraespecífica e detecção de presas e predadores. Estudos
apontam que a introdução de sons emitidos por atividades econômicas como exercícios militares, utilização
de sonares e atividades relacionadas à extração de petróleo e gás natural podem causar interferências na
comunicação dos cetáceos. A partir de 1997, as atividades de exploração de petróleo e gás natural foram
intensificadas no país. Atualmente, a descoberta do pré-sal tende a aumentar de maneira ainda mais
intensa essas atividades. Após uma década desde a data do lançamento do licenciamento do IBAMA e
diante do eminente aumento das atividades exploratórias no Brasil, é fundamental que se realizem estudos
que acompanhem de perto os impactos desse tipo de atividade sobre o ecossistema marinho. Dessa forma,
este trabalho tem como objetivo identificar possíveis impactos que o processo de exploração de petróleo e
gás natural pode ter sobre a comunicação dos misticetos. Para tanto foram relacionados dados
provenientes da literatura sobre bioacústica e ecologia desses animais com dados técnico-científicos a
respeito deste tipo de atividade. Foram analisados 293 documentos relacionados ao tema. Dentre eles
apenas 65 documentos são de origem acadêmica, sendo os demais em sua maioria planos de ação e
relatórios de agências governamentais. 82% dos documentos não tem nenhuma espécie como foco, e dos
18% restantes, 20% tinham como foco a baleia-da-groenlândia (Balaena mysticetus) e outros 20% a baleia-
cinzenta (Eschrichtius robustus). 83% dos documentos analisados são datados a partir da abertura do setor
petrolífero para o mercado externo em 1997. Os principais impactos levantados no trabalho foram o
aumento da freqüência de vocalização, diminuição da variação dos chamados, cessação de canções mais
elaboradas e problemas de mascaramento.

Palavras chave: Estudos sísmicos; Comunicação acústica; Mysticeti.

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TEMPORAL MODULATION OF THE FUNDAMENTAL FREQUENCY OF Tursiops truncatus WHISTLES


IN THE SURROUNDING WATERS OF SAINT PETER SAINT PAUL ARCHIPELAGO, BRAZIL

Hoffmann, Lilian Sander1; Valdez, Fernanda P.1; Ferlin, Elton2; Fruet, Pedro F.3; Genovês, Rodrigo C.3; Di
Tullio, Juliana3; Caon, Glauco1; Freitas, Thales Renato O.1
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, BR, liliansander@gmail.com
2
Serviço de Engenharia Biomédica, HCPA, Porto Alegre, RS, BR
3
Laboratório de Mamíferos Marinhos, MORG/FURG, Rio Grande, RS, BR

Studies have been showing that Tursiops truncatus can produce and share different whistle types that
comprise the whistles repertoire of a group or population. The whistles can show variation in the spectral and
temporal parameters, but can retain the general pattern in the temporal modulation of the fundamental
frequency of the whistles, known like ‘whistle contour’. The geographic variation in the acoustic repertoires of
bottlenose dolphin’s populations is still poorly known, due to the difficulty to obtain data of oceanic animals.
This work describes the diversity of modulations found in the T. truncatus whistles of an oceanic group
occurring in the Saint Peter Saint Paul Archipelago (0º56’N 29º22’W). The acoustic data was collected from
2007 to 2009, with a C-54XRS hydrophone (Cetacean Research Technology) and a Fostex FR-2. The
spectrograms were generated with Raven 1.1 (Cornell Lab. Ornithology, NY), using FFT 512 samples,
Hanning window and 50% superimposition. The whistle contours were classified in 5 main types, according
to the general pattern of modulation: ascendant (A), descendent (B), ascendant-descendant (C),
descendent-ascendant (D), and multiple (E). The analyzed whistles (n=720) were distributed as: A (15.4%),
B (26%), C (35.3%), D (0.3%), and E (23%), and the differences between them were statistically significant
(P < 0.0001; X2 test). A comparison with the whistles recorded in Tramandaí group (south of Brazil), revealed
a different incidence in the distribution of the types A, B, and C (P < 0.0001; X2 test), but not to the types D
and E (0.8 < P < 0.95). The differences found in the whistles modulation can vary according to the
environment, social organization and the function of vocalizations. In studies of the social organization,
Tursiops populations around the world have been described like fission-fusion societies, and changes in its
social organization seem to respond mainly to the area characteristics. In the archipelago, the depth, food
offering, water currents and presence of predators are completely diverse, consequently it is expected that
such differences would be reflected in their vocalizations, considering that their use is related to social
organization and prey capture techniques. This 'whistle contour is important to the recognition of individuals
or groups, as well as it is useful to group cohesion, and this is the first step to the characterization of the
acoustic repertoire diversity of a population. Comparisons with other groups can offer a better overview of
the natural variations in the whistles repertoires.

Keywords: whistles modulation, T. truncatus

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USO DA ANÁLISE DE ESPECTROGRAMAS COMO FERRAMENTA PARA CENSO ACÚSTICO DE


PEIXE-BOI DA AMAZÔNIA (Trichechus inunguis)

Araújo, Louzamira F. Biváqua de; Dantas, Giovanna A.; Silva, Vera M. Ferreira da

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Laboratório de Mamíferos Aquáticos, Manaus, Amazonas,


Brasil (loubivaqua@gmail.com)

Os sons audíveis são o principal meio de comunicação dos peixes-bois da Amazônia (Trichechus inunguis)
e fundamentais à coesão dos indivíduos. Os peixes-bois da Amazônia habitam ambientes de baixa
visibilidade e possuem um comportamento discreto, o que dificulta a sua observação na natureza. Assim
sendo, as evidências de assinatura vocal e de reconhecimento individual na espécie geraram a
possibilidade do uso da bioacústica como ferramenta para a estimativa de tamanho populacional nessa
espécie. Características dos sons individuais de um grupo de 11 peixes-bois cativos foram analisadas e
utilizadas para determinar os emissores das vocalizações produzidas em grupo. Para as gravações
utilizamos o software Raven 1.3 (Cornell University). O som foi captado por um hidrofone HTI SSQ 94
conectado a um laptop via placa de som (Creative Sound Blaster 24bit). As gravações foram realizadas em
duas etapas: na primeira, os animais foram gravados isolados. Para cada indivíduo realizamos no mínimo
duas horas de gravações. Em seguida selecionamos as vocalizações consideradas de boa qualidade. Com
o auxílio do programa R, sorteamos 20 vocalizações de cada peixe-boi estudado. Essas vocalizações
geraram espectrogramas que tiveram a freqüência fundamental e a duração do sinal aferidas. A freqüência
fundamental foi então associada à duração do sinal, gerando um fator numérico que representou uma
análise simplificada da assinatura vocal. Na segunda etapa, realizamos gravações dos animais em
conjunto: Foram realizadas 9 horas e 05 minutos de gravações, divididas em 12 dias de coleta.
Selecionamos as vocalizações consideradas em boas condições para as análises. Fizemos o sorteio de 148
vocalizações que tiveram sua freqüência fundamental verificada. Em seguida as freqüências fundamentais
foram logaritmizadas para serem associadas à duração do sinal, gerando um segundo fator numérico. Na
tentativa de identificar os indivíduos que vocalizaram em grupo, associamos os fatores numéricos que
representavam cada indivíduo àqueles que caracterizavam as vocalizações produzidas em conjunto. Dos 11
animais gravados apenas 6 emitiram vocalizações quando gravados isoladamente. Houve diferença
significativa (teste estatístico Kruskall-Wallis, p=0,00) entre as vocalizações, mostrando que o modelo
simplificado da assinatura vocal foi eficaz. No entanto, em um teste posterior (Student-Newman-Kewls)
vimos que as diferenças entre alguns indivíduos não foram significativas, criando áreas de sobreposição
nas vocalizações. No censo acústico realizado com o grupo de 11 animais foi possível contabilizar 4
animais, revelando uma subestimativa, que pode vir a ser corrigida pelo aprimoramento de um modelo
matemático.

Palavras chave: sirenia, bioacústica, vocalização.

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ASOCIACIONES ENTRE SEXO, COMPORTAMIENTO Y CONTEXTO SOCIAL EN LAS BALLENAS


JOROBADAS (Megaptera novaeangliae) DURANTE LA TEMPORADA REPRODUCTIVA

Acosta, Natalia Botero1,2; Félix, Fernando2


1
Fundación Macuáticos Colombia. greenheart777@gmail.com. Calle 27 # 79-167. Medellín, Colombia.
2
Museo de Ballenas. fefelix90@hotmail.com. Salinas, Ecuador. PO Box 0906-2370.

Entre 2006 y 2008 se colectaron muestras de piel de ballenas jorobadas (Megaptera novaeangliae),
desprendida tras la ejecución de comportamientos activos en superficie (salto hacia atrás, salto hacia
adelante, coletazo, golpe de aleta y golpe de cola), para examinar la existencia y naturaleza de presuntas
asociaciones entre el sexo, el comportamiento y el contexto social. 172 muestras fueron colectadas en 148
grupos. Los muestreos se realizaron durante la temporada reproductiva (Junio-Octubre) en costas de
Salinas, Ecuador (2°10’S, 81°00’W). El sexo fue determinado por medio de marcadores moleculares,
amplificando fragmentos de los genes SRY y ZFX/ZFY. Las presuntas asociaciones entre variables fueron
examinadas mediante pruebas χ2 individuales. Tasas de ejecución para los cinco comportamientos se
definieron para ambos sexos y se compararon mediante test U MannWhitney. Luego de transformar el set
de datos a una matriz binomial se condujo un análisis de componentes principales. Se hallaron proporciones
sexuales de 2.19:1, sesgadas a favor de los machos. Se reportan asociaciones significativas del sexo con:
el comportamiento, la fecha y el tipo/tamaño de los grupos (p<0.05). Entre los comportamientos, sólo para el
salto hacia atrás se resolvieron asociaciones con: la fecha y el tipo/tamaño de los grupos. No hubo
diferencias en las tasas de ejecución para ninguno de los comportamientos, así como el análisis de
componentes principales señaló que la variación no fue suficiente como para diferenciar entre sexos o
comportamientos. Aunque la falta de diferencias significativas en la mayoría de las comparaciones puede
atribuirse al tamaño muestral, la estructura social de las ballenas jorobadas en zonas de crianza involucraría
interrelaciones complejas más allá de las variables examinadas.

Palabras clave: comportamiento reproductivo, sexo, ballena jorobada.

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COMPORTAMIENTO MATERNAL Y ÉXITO REPRODUCTIVO EN HEMBRAS DEL LOBO FINO


SUDAMERICANO (Arctocephalus australis) EN ISLA DE LOBOS - URUGUAY

Franco-Trecu, Valentina1; Arim, Matías2


1
Proyecto Pinnípedos. Sección Etología, Facultad de Ciencias-UdelaR, Uruguay. pinnipedosuy@gmail.com
2
Zoología Vertebrados, Facultad de Ciencias, UdelaR, Uruguay

La teoría de forrajeo óptimo plantea que los individuos obtienen el mayor retorno energético maximizando la
energía obtenida o minimizando el tiempo de forrajeo. En los otáridos, durante el cuidado maternal las
hembras realizan viajes de alimentación en el mar, haciendo posible la presencia de diferentes estrategias
alimenticias que condicionan la táctica maternal. Nuestro objetivo fue evaluar la relación entre variables
comportamentales de la diada materno-filial y el éxito reproductivo de las hembras del lobo fino durante la
lactancia temprana. Se realizaron muestreos durante cuatro temporadas reproductivas (2004-2008) en Isla
de Lobos, desde noviembre hasta enero. El seguimiento de hembras-cría marcadas se realizó en dos turnos
de observación. Se evaluó el efecto de un grupo de variables sobre la sobrevivencia de las crías dividiendo
el período analizado en cuatro etapas (1-nacimiento, 2-período perinatal, 3-primer viaje, 4-primer
asistencia). Se ajustaron una serie de modelos lineales generalizados con la mortalidad de las crías como
variable dependiente (modelo binomial, función link logit). La elección del modelo se basó en el criterio de
información de Akaike. Para todo el período analizado, la mortalidad en las crías macho fue
significativamente mayor. El modelo de la etapa 1 mostró que la mayor mortalidad ocurrió en la 2da semana,
probablemente asociado a los altos niveles de agresión que ocurren con la mayor actividad reproductiva. En
la etapa 2 se encontraron modelos diferentes de acuerdo al sexo del cachorro. En las crías hembras la
mortalidad aumentó a medida que la duración del período fue mayor, mientras en las crías macho el
principal efecto estuvo dado por la tasa de amamantamiento en dicho período. Esto probablemente se deba
a que en las crías macho su crecimiento este limitado por los recursos que brinde su madre. En la etapa 3
se observó que a medida que aumenta la duración del viaje, aumenta la mortalidad de los cachorros,
aunque las crías macho fueron tolerantes a viajes más largos, pues al tener mayor tamaño corporal logran
soportar ayunos mayores. En la etapa 4, la mortalidad para ambos sexos mostró un patrón similar, donde
las asistencias en tierra de duración intermedia son las que generan las menores probabilidades de muerte,
aunque las crías hembra tienen un rango más laxo. Estos resultados indican que la táctica maternal más
beneficiosa para las hembras está relacionada con el sexo de su cría, como era de esperar en especies
poligínicas con dimorfismo sexual.

Palabras clave: comportamiento maternal, éxito reproductivo, Arctocephalus australis

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DIVING BEHAVIOR AND OFFSHORE ACTIVITY BUDGET DURING A FORAGING TRIP OF A FEMALE
SOUTH AMERICAN SEA LION (Otaria flavescens) OFF ISLA DE LOBOS (URUGUAY)

Suzuki, I.1; Rodríguez, D.2; Davis, R.3; Ponce de León, A.4; Sato, K.5; Miyazaki, N.6
1
Graduate School of Frontier Sciences & International Coastal Research Center, Ocean Research Institute,
The University of Tokyo. (Japan). Email: isuzuki@nenv.k.u-tokyo.ac.jp (Suzuki)
2
CONICET & Universidad Nacional de Mar del Plata (Argentina). Email: dhrodri@gmail.com (Rodríguez)
3
Texas A&M University at Galveston (United States)
4
Dirección Nacional de Recursos Acuáticos (Uruguay)
5
International Coastal Research Center, Ocean Research Institute, The University of Tokyo. (Japan)
6
Ocean Policy Research Foundation (Japan)

A single foraging trip of a female South American sea lion (SL 184 cm; 109.6 kg) on Isla de Lobos (Uruguay)
was tracked using a satellite transmitter (SPOT 5; Wildlife Computers Inc., USA), and its diving behavior was
recorded using a three-axis accelerometer (W2000L-3MPD3GT: φ26 x 175 mm, 140 g in air, Little Leonard
Ltd., Japan). The estimated whole trip duration was 113.5 hours, and 85 % of the trip (96.6 hours) was
recorded by the accelerometer, with a minimum horizontal distance covered of 425.5 km and a maximum
straight distance from the island of ca.115 km. 1,285 dives (>5m) were recorded, yielding 13.3 dives h-1.
There were no differences between night and day for the number of dives (650 vs 635 dives), with no
difference in maximum diving depth (22.1 ± 4.6 m vs 21.8 ± 4.4 m, P > 0.05). However, the mean diurnal
diving duration was significantly longer (149.1 ± 34.7 sec) than nocturnal one (142.2 ± 43.6 sec, P < 0.05),
and the mean nocturnal interdive interval duration (175.3 ± 706.8 sec) was significantly longer than diurnal
ones (75.7 ± 154.2 sec, P < 0.05), with maximum periods reaching 2.53 hours at night and 47.5 min during
the day. Activity budget during the transit to the farthest foraging point, which took 25.9 h, was computed.
During that period, 344 dives were recorded and 59.7 % of the time (15.43 hours) was used for vertical
diving. The surface (post-dive) duration was 40.3 % (10.42 hours) of the total time, whereas the resting
duration was only 4.3% (1.11 hr). Although it remains unknown when and how animals decide where forage,
the horizontal speed to the point was estimated using these durations. If the animal directed to the point
during vertical dives, it was 7.45 km/h. If the animal did during porpoising, it was 12.35 km/h. If the animal
did during both vertical dives and porpoising, it was 4.65 km/h. In addition, animal-borne temperature
recorder in the accelerometer showed complex thermal inversion around this ocean area, with differences of
circa 2ºC at depths deeper than 10 m. This finding suggests that animal-borne instruments can record
oceanographic variables that reveal mesoscale features that would not be revealed by satellite information.
The instruments used in this study will reveal not only very detailed information on diving performance, but
also on how sea lions invest their time and energy in while foraging.

Keywords. Otaria flavescens; diving, foraging

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ESTUDIO PRELIMINAR DEL COMPORTAMIENTO DIURNO DEL DELFÍN COMÚN (Delphinus spp ) EN
EL PARQUE NACIONAL MOCHIMA, VENEZUELA

Molero-Lizarraga, A.1,2; Barreto, G.2; Pennot, R.3


1
Postgrado en Ecología, Instituto de Zoología Tropical, Universidad Central de Venezuela, Caracas,
Venezuela. alimarelena@gmail.com
2
Laboratorio de Manejo y Conservación de Fauna. Departamento de Biología de los Organismos.
Universidad Simón Bolívar, Sartenejas, Venezuela.
3
Estación Biológica Mochima, Instituto de Estudios Avanzados (IDEA), Sartenejas, Venezuela.

El estudio del comportamiento de los delfines ha demostrado que este puede variar dependiendo de la
localidad, la época, zona, hora del día, tamaño de grupo y organización social. En tal sentido el objetivo de
este estudio fue determinar el comportamiento diurno del delfín común Delphinus spp. en el Parque
Nacional Mochima. El estudio se realizó de octubre de 2009 a junio de 2010, totalizando 54 salidas, 45hrs
de observación y 92 avistamientos. El área de estudio fue dividida en dos zonas. El comportamiento fue
clasificado a priori en cuatro categorías, alimentación, socialización, viaje y descanso. El registro del
comportamiento se hizo con el método instantáneo. El delfín común invirtió más tiempo en actividades de
alimentación (31.4%) y menos tiempo en actividades de viaje (22.1%). En época de sequía predominó la
alimentación (31.2%) y socialización (27.04%). Por su parte, en época de lluvia, predominaron las
actividades de alimentación (31.6%) y viaje (28.8%). En la zona 1 se observó con más frecuencia el
descanso (27.9%) y el viaje (27.5%), mientras que en la zona 2, se registró en mayor proporción la
alimentación (35.8%) y socialización (25.6%). El descanso y la socialización fueron los más frecuentes en
grupos ≤ 20 ind. En cambio, la alimentación fue mayor en los grupos >20 ind. Los grupos mixtos
(combinación de madre-crías, jóvenes y adultos) se observaron principalmente alimentándose, mientras que
grupos de madres con crías y adultos-jóvenes pasaron más tiempo socializando y descansando. El
comportamiento varió estacionalmente (X2= 13.96, gl= 3; p=0.003), por zonas (X2= 16.65, gl= 3; p=0.001),
tamaño de grupo (X2= 86, gl= 9; p=0.000) y por composición (X2= 44.82, gl= 9; p=0.000). Igualmente se
observaron diferencias estadísticamente significativas en el comportamiento con respecto a la temperatura
superficial del agua (Kruskal- Wallis h=31.95, gl=3; p=0.000). Las variaciones en los presupuestos de
actividad podrían ser explicadas por los cambios estacionales de la temperatura superficial del agua, los
cuales influyen en la distribución y abundancia de presas.

Palabras clave: Delphinus spp, comportamiento, Parque Nacional Mochima.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
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PADRÕES DE ATIVIDADES DA Lontra longicaudis EM CATIVEIRO NO PROJETO LONTRA, INSTITITO


EKKO BRASIL, SANTA CATARINA, BRASIL

Aragão, G. M. O.; Carvalho-Junior, O.; Macedo-Soares, L. C. P.

Instituto Ekko Brasil. E-mail: georgia.aragao@gmail.com

O estudo de comportamento da Lontra longicaudis no Projeto Lontra/Instituto Ekko Brasil foi realizado de
janeiro a abril de 2010. O objetivo principal foi de determinar os padrões de comportamento individual e
social de três lontras mantidas em cativeiro, correlacionando variáveis de período de monitoramento
(manhã/ tarde) e temperatura média. A metodologia inicial foi baseada em observações aleatórias- método
ad libitum- onde tudo que os animais faziam foi anotado. Posteriormente, foi utilizado o método de animal
focal, durante o qual os animais foram observados com auxilio de planilhas padronizadas e esforço amostral
de quatro horas diárias. Ao longo dessas horas foram realizadas observações dos indivíduos a cada cinco
minutos até completar as horas. O tempo de observação foi dividido por períodos: duas horas pela manhã e
duas horas pela tarde, durante três dias na semana. Vinte e nove atividades listadas, divididas em nove
categorias. As categorias foram classificadas em: deslocamento, comunicação, descanso, interação com o
meio, disputa, higiene, reprodução, alimentação e brincadeira. O trabalho foi realizado com três lontras,
sendo duas fêmeas e um macho (uma fêmea jovem, uma fêmea e um macho adultos). O casal adulto
apresentou um padrão de atividades similar. A fêmea jovem, entretanto, apresentou um padrão diferente
nas atividades, quando comparadas a animais adultos. Por exemplo, brincadeira, nado e mergulho, foram
praticados com maior freqüência. De maneira geral, o maior número de atividades realizadas pelas lontras
foi: observação fora do recinto (7,8%), observação dentro do recinto (6%), andar (5,8%), mergulho (5,5%),
nadar (5,2%), brincar sozinho (4,7%), mergulho juntos (1,3%), nadar juntos (1,3%) e brincar juntos (1,2%).
Não foi observado diferença de parâmetro de atividades nos períodos do dia e da noite, no entanto em dias
de temperaturas média mais baixa atividades, como: nadar, mergulho e rolar na areia, diminuíram
consideravelmente e as atividades de descanso aumentaram. É importante levar em conta que mudanças
comportamentais podem ocorrer com o animal em cativeiro. Em cativeiro o padrão de atividade pode ser
diferente devido às condições de manejo, onde os animais condicionam geralmente suas atividades de
acordo com os horários de manejo e influências externas como: horário de fornecimento da alimentação;
limpeza dos recintos; contenção e manipulação.

Palavras chave: comportamento; lontra; cativeiro.

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SOCIAL AND ECOLOGICAL ASPECTS OF THE SINGING BEHAVIOR IN HUMPBACK WHALES


(Megaptera novaeangliae), IN THE NORTHEASTERN BRAZIL

Rossi-Santos, M. R.*1,2; Baracho, C. G.1; Santos-Neto, E. B.1; Wedekin, L. L.1; Silva, F. J. L.2
1
Instituto Baleia Jubarte, Bahia, Brazil *marcos.rossi@baleiajubarte.org.br
2
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia/Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brazil

As part of a long term research program on humpback whales (Megaptera novaeangliae) in Brazil, we
studied the social and ecological aspects of the singing behavior from Itacaré/Bahia state (14º,16’S; 38
º,59’W) to Aracaju/Sergipe state (10,21 ºS; 37,10 ºW) (IWC Stock A), between 2005 and 2009. We analyzed
singers’ group structure, surface behavior, distribution and their relations to oceanographic features as
depth, distance from the coast, tide and moon. We utilized boat based surveys searching for whales in a
determined route, approaching animals when sighted to collect general data such as geographic location,
behavior, photoidentification, skin biopsies and bioacoustic recordings. We performed a total of 912 h of
sampling effort, distributed in 123 days, sighting 370 whale groups. In 36 days (41 h of direct observations),
about 29% of the groups (n=44; 82 individuals), were identified containing at least one singer male,
confirmed by underwater recordings. Groups with singer males were sighted along all the study area, mostly
alone (n= 21 groups, 48%), followed by groups containing two (n= 8, 18%), three (n= 3, 7%), four (n= 2,
4,5%) adult individuals and groups with mother-calf pairs plus the singer male (n=4, 9%) or mother-calf pairs
plus two more males (n=1, 2,2%). Groups with singer males were sighted in a depth range varying from 16
to 173 meters (mean of 54,6 / stan.dev= 34,2). Whales presented an increase of behavioral activity
according to group structure, being the solitary less active than groups with more than one individual. During
the observations, we noted a larger frequency of groups with singer males during the rising and high tide
state. Whales were more frequent during the Last Quarter and New Moon phases (33 and 27% of the
sightings). In 2008, we collected five observations including singer males and their respective breath
intervals. They were registered at depths of 40 to 51 meters, with mean breath time of 117 seconds (min=44;
max=205). These groups stayed underwater during about 52% (min 14, max 71) of the observed time.
Whale movements may present an ecological relation with tide state, probably facilitating sound propagation
to coastal waters through tidal currents. The narrow continental shelf associated with the coastal distribution
of humpback whales in the northern Bahia and Sergipe coast may shape the group structure of singer
males. We bring a broader view of the ecological aspects of singer males besides the core area of the
Abrolhos Bank.

Keywords: Humpback whales, singer males, social behavior

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COMPORTAMENTO DE SURF EM GOLFINHOS

Silva-Jr, José Martins da

Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, Vila do Boldró, Fernando de Noronha, PE, 53990-000, Brasil; Jose-
Martins.Silva-Junior@icmbio.gov.br

O presente trabalho objetiva apresentar quatro caso de manifestação do comportamento de golfinhos


deslizarem em ondulações. A metodologia consistiu em observações ocasionais de terra e de dentro d`água
em quatro localidades de três países. Entre 9h e 9h30min do dia 2/05/1987, observou-se na praia Las
Achiras, no Parque Nacional da Fortaleza de Santa Tereza, Uruguai, a presença de um golfinho-nariz-de-
garrafa (Tursiops truncatus) nadando na zona da arrebentação. Quando alterou as condições de vento e
mar, acabando com as ondas na praia Las Achiras, o golfinho não foi mais visto nesta praia. As
observações passaram a ser feitas na praia La Moza, onde as novas condições ambientais proporcionavam
melhor formação de ondas. Durante toda a sessão de observação de terra na praia La Moza, das 11 às
12h., um golfinho-nariz-de-garrafa foi observado em comportamento de deslocamento na arrebentação. Das
12h. às 13hrs, em observações de dentro d´água, foi possível observar que o golfinho nadava por dentro da
onda, desde antes dela quebrar até a próximo a linha de praia. O segundo caso ocorreu no Parque Nacional
de Fernando de Noronha, Brasil, no canal da baia Entre Ilhas. Entre 2005 e 2009, foram observados 43
grupos de 32 golfinhos-rotadores (Stenella longirostris) em média (DP=8,23) em deslocamento de zig-zag
entre a boca do canal, onde as ondas quebravam, e o meio da baía. O terceiro e o quarto casos ocorreram
no Oceano Índico, na África do Sul. Entre 8 e 9h30min. do dia 8/11/2009, três indivíduos adultos de um
agrupamento de aproximadamente 100 golfinhos-indo-pacifico-humpback (Souza chinensis) que
deslocavam-se em Jeffrey´s Bay se aproximaram de onde as ondas quebravam maiores e foram observado
se deslocando na arrebentação das 8h50min e 9h15min. No dia 11 de novembro, entre 11 e 11h30min, um
grupo de oito golfinhos-nariz-de-garrafa adultos foi observado em comportamento de deslocamento na
arrebentação em Plettenberg Bay. O registro de indivíduos de quatro populações, de três espécies de
golfinhos e em três países distintos, em movimento, comportamento e estratégia semelhante ao de surfistas
é um indício de que o hábito de surfar ondas, com compreensão das condições ambientais adequadas, é
um comportamento compartilhado entre algumas populações de golfinhos e adquirido por meio do
aprendizagem social, podendo assim ser considerado como culturalmente transmitido.

Palavras chave: golfinho, surf e cultura.

Financiamento: Petrobras.

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ANÁLISE PRELIMINAR DAS INTERAÇÕES ENTRE BOTO-CINZA, Sotalia guianensis (VAN BÉNÉDEN,
1864) E ATIVIDADES TURÍSTICAS NA PRAIA DO ITACURUÇÁ, ILHA DO CARDOSO – SP

Zanco, Naiana Caroline Prando1,2; Quito, Letícia1; Metri, Rafael2


1
Instituto de Pesquisas Cananéia, IPeC
2
Universidade Estadual do centro-oeste do Paraná, UNICENTRO. naiana_zanco@hotmail.com

A atividade turística na região de Cananéia, litoral sul de São Paulo, vem crescendo ao longo dos últimos
anos por diversos fatores, entre eles, pela ocorrência do boto-cinza (Sotalia guianensis). Através de sua
simpatia, este cetáceo tem despertado interesse do publico geral e da comunidade científica. O crescente
turismo pode causar interações positivas e negativas com o boto-cinza promovidas pela aproximação de
diferentes tipos de embarcações, intensidade de ruídos, número de banhistas, entre outras. O presente
estudo tem o objetivo de caracterizar as interações entre o boto-cinza e as atividades turísticas em
Cananéia. Em janeiro e fevereiro de 2010 foram realizadas observações em ponto-fixo através do método
de Grupo Focal com Registro Contínuo. A interação foi considerada iniciada quando embarcações ou
banhistas aproximaram-se a partir de 100 metros de um ou mais indivíduos de boto-cinza e vice-versa e
finalizada pelo o afastamento de alguma das partes envolvidas na interação. Os botos foram classificados
em infantes, juvenis ou adultos. Em relação aos banhistas e embarcações observadas foi registrado:
quantidade e tipo de motor (popa, centro ou jato d’água). Os botos estiveram presentes em 67% do tempo
de esforço efetivo de observação (62 horas e 26 minutos) e em 69% deste tempo verificou-se interação com
alguma atividade turística. O tempo médio de duração das interações foi de 26 minutos e 31 segundos. Do
total de interações, 64,4% ocorreu com banhistas e 35,6% com embarcações, sendo 64,37% com
embarcações de motor de popa, 20,6% com motor de centro e 15,02% com jato d´água. Dos botos
envolvidos em interação, 54% eram adultos, 27,4% infantes e 18,6% juvenis. Como na maior parte dos
avistamentos de botos houve interações com atividades turísticas e que maioria das interações com
embarcações ocorreu com embarcações de motor de popa, torna-se evidente a importância da continuidade
do monitoramento dessas atividades a fim de que danos não sejam causados a espécie, garantindo a
conservação e a presença dos botos-cinza na área. O estudo encontra-se em desenvolvimento e
posteriormente serão analisados os comportamentos do boto-cinza frente às atividades turísticas e os
dados obtidos no verão serão comparados com os obtidos no inverno.

Palavras chave: Boto-cinza, Interação, turismo

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BITE BEHAVIOR IN THE BOTO (Inia geoffrensis): HABITUATION THROUGH FOOD PROVISIONING IN
A DOLPHIN-HUMAN INTERACTION PROGRAM

Sá Alves, Luiz Cláudio P. de1,2; Carvalho, Robson Henrique3; Orams, Mark B.4; Andriolo, Artur 1,5;
Azevedo, Alexandre F.6
1
Instituto Aqualie, Rua Edgard Werneck, 428/32, Rio de Janeiro, RJ, 22763-010, Brazil.
2
Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua São
Francisco Xavier, 524/12005-F, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, 20550-900, Brazil. E-mail:
lcpsalves@yahoo.com.br
3
Curso de Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora,
Campus Universitário, Juiz de Fora, MG, 36036-330, Brazil.
4
New Zealand Tourism Research Institute, School of Hospitality and Tourism, AUT University. Private Bag
92006, Auckland 1010, Aotearoa/New Zealand.
5
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora,
Campus Universitário, Juiz de Fora, MG, 36036-330, Brazil.
6
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores, Faculdade de Oceanografia, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, Rua São Francisco Xavier, 524/4002-E, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, 20550-
013, Brazil.

In the Anavilhanas National Park at Novo Airão city, Amazonas State, Brazil, locals have regularly
provisioned at least 13 boto (Inia geoffrensis) individuals since 1998 from a floating restaurant. In the present
study we analyzed the bite behavior of botos in that site, in order to clarify its function in the habituation
process on a dolphin-human interaction program. By using the all occurrences method, we registered all bite
events among the botos during 01:30h sampling sessions, divided into three consecutive periods of 30 min,
when the animals were being fed (feeding situations) and when they were not (non feeding situations), but
always when people were interacting with them in the same way. The total number of bites that occurred in
each period was divided by the number of individuals present in the area, resulting in the number of bites per
individual per period (bites/individual/30min). Mean values for feeding (1.9099±1.0314 bites/individual/30min;
N=13) and non feeding (4.6646±3.5385 bites/individual/30min; N=13) sampling sessions were significantly
different (p=0.0001, Z=3.8193). No variation among the average number of bites per individual during the
three periods of observation during feeding were observed (1.6943±0.7063 {N=13}, 1.7745±0.9145 {N=13}
and 2.2608±1.3527 bites/individual/30min {N=13}; p=0.639), but averages were significantly different when
analyzing non feeding situations (1.3698± 0.4140 {N=16}, 3.8979±1.2412 {N=16} and 8.7260±2.7784
bites/individual/30min {N=16}; p<0.0001). In the non feeding analysis, rank comparisons showed significant
differences between periods 1 and 2, 2 and 3 and 1 and 3 (in all cases, p<0.05). No significant alteration
during feeding sessions (F {regression}= 2.0131, p=0.1610, R2=0.0260; N=13), but the average number of
bites per individual increased significantly with time when animals were not fed (F {regression}=127.9991;
N=16; p<0.0001, R2=0.7299). In the non-feeding situation, the adjusted determination coefficient showed
that 72.99% of the dependent variable (number of bites) is explained by the independent one (time), which
means that number of bites increases in function of time. The increase of number of bites per individual
during interactions with no provisioning, showed in the present work, is worrying. Since the animals
apparently are expecting to receive food, they become more aggressive with each other when it does not
happen, which could also means more danger to humans. Specific factors included duration of time dolphins
waited before being fed and presence and absence of food. We conclude that botos that interact with tourists
in Novo Airão are habituated to encounters with humans through food provisioning.

Keywords: swim with dolphins, Amazon, river dolphin.

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CARACTERIZAÇÃO DAS INTERAÇÕES ALIMENTARES ENTRE AVES MARINHAS E O BOTO-CINZA,


Sotalia guianensis (VAN BÉNÉDEN, 1864), NO COMPLEXO ESTUARINO-LAGUNAR
DE CANANÉIA - SP

Quito, L.1,2; Monteiro-Filho, E. L. A.1,2


1
Universidade Federal do Paraná – UFPR. leticia.quito@gmail.com
2
Instituto de Pesquisas Cananéia - IPeC

Interações alimentares entre aves marinhas e o boto-cinza (Sotalia guianensis) foram estudadas entre
outubro de 2008 e setembro de 2009 a partir de três pontos-fixos situados dentro do Complexo-Estuarino-
Lagunar de Cananéia (Setores I, II e III). Foram registradas 237 interações, sendo que as maiores
freqüências ocorreram com bandos mistos (52,16%), seguidos por atobás (Sula leucogaster; 21,77%),
trinta-réis (Sternidae; 15,35%), fragatas (Fregata magnificens; 7,41%), biguás (Phalacrocorax brasilianus;
2,96%) e gaivotas (Larus dominicanus; 0,35%), tratando-se de uma variação significativa (X2 = 109,609; gl=
5; p<0,05), assim como ocorreu com as durações das interações (X2 = 211,41; gl= 5; p<0,05). As
freqüências de interações não foram iguais entre os três setores amostrais (X2 = 53,674; gl=2; p<0,05),
sendo as maiores registradas no setor I (67,83%), seguido pelos setores III (17,47%) e II (14,69%). A região
do Setor I é a mais utilizada pelos botos dentro do estuário e, sua proximidade com a barra e conseqüente
entrada dos cardumes por essa área, provavelmente, são fatores que favorecem a ocorrência das
interações. Os comportamentos alimentares das espécies de aves foram comparados entre as situações em
que elas se alimentaram sem a presença de botos e durante interações com botos. Nas interações, a
maioria das espécies apresentou aumento significativo na execução de comportamentos associados à
presença de presas (Ex.: mergulho, rasante, adejar), enquanto o sobrevôo, comportamento relacionado à
procura do alimento, diminuiu. As aves se associaram aos botos principalmente quando estes se
encontravam em estratégias de pesca em grandes grupos (86,13%), seguida por pesca em pequenos
grupos (12,61%) e, em poucos casos, a indivíduos que pescavam solitários (1,26%). Esses resultados
indicam que os botos facilitam a localização das presas por serem mais facilmente visualizados pelas aves
e, como conseqüência de suas estratégias de pesca, deixam os peixes mais acessíveis às aves,
minimizando seus gastos energéticos no forrageio. Aparentemente, os botos não são prejudicados pelas
interações, sendo as aves as únicas beneficiadas. Assim, a interação pode ser classificada como
comensalismo facultativo.

Palavras chave: Boto-cinza; aves marinhas; comportamento alimentar.

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Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

CARACTERIZAÇÃO DOS GRUPOS DE BOTO-CINZA (Sotalia guianensis) (VAN BÉNÉDEN, 1864) NO


PORTO DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL

Gonçalves, Maria Isabel Carvalho1,2; Izidoro, Flávia Bonfietti1,3; Santos, Mariana Soares1,4; Tomás, Stella1,5,
Morais, Bianca Cruz1,5; Le Pendu, Yvonnick1,3
1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos de Ilhéus
2
Mestrado em Ciências do Mar – Recursos Marinhos, Instituto Ciências Biomédicas de Abel Salazar da
Universidade do Porto, Portugal
3
Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil
4
Programa de Pós-Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais, Universidade Estadual de Santa Cruz,
Bahia, Brasil
5
Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil. Autor para
correspondência: isinhasgoncalves@gmail.com

Os cetáceos constituem possivelmente o único grupo de mamíferos que evoluiu em um hábitat desprovido
em refúgios contra predadores. Para os pequenos cetáceos, a proteção contra predadores é obtida através
da vida em grupo que facilita também a captura de presas. Este trabalho teve por finalidade caracterizar a
estrutura dos grupos de boto-cinza (Sotalia guianensis) e estudar a sazonalidade da ocorrência desses
animais no Porto de Ilhéus (BA). Foram realizadas varreduras instantâneas durante 1486,5 horas de
monitoramento a partir de um único ponto fixo entre os meses de setembro de 2007 a novembro de 2009.
Os animais estiveram presentes em 52,4% dos 307 dias amostrados, sendo avistado um total de 1057
grupos chegando à área de estudo com tamanho médio de 3,89±2,57 indivíduos. A frequência de chegada
dos grupos no local foi maior na faixa horária das 12 às 13 horas (χ2=224,705; p<0,0001). Notou-se
variação sazonal do número médio de indivíduos e do tamanho médio dos grupos (H=12,29; p<0,001). O
número médio de indivíduos observados foi 1,66 ind/hora no verão (outubro à março) e 3,96 ind/hora no
inverno (abril a setembro). O tamanho médio dos grupos foi 3,55±2,3 indivíduos no verão e 4,10±2,7 no
inverno. Dentre os 319 grupos de composição etária determinada, avistados no verão, 24,5% continham
filhotes versus 36,4% dos 577 grupos de composição etária definida avistados no inverno. O Porto de Ilhéus
corresponde a uma área de alimentação e socialização para os botos-cinza. Este estudo confirma a
importância biológica da área do porto e seus arredores, estando em sintonia com o projeto de
estabelecimento à proximidade do porto do Parque Municipal Marinho da Pedra de Ilhéus.

Palavras chave: golfinho, faixa etária, Unidade de Conservação Marinha.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

COMPORTAMENTO DE Sotalia guianensis (VAN BÉNÉDEN, 1864) (CETACEA, DELPHINIDAE) NO


ESTUÁRIO DO RIO PARDO, CANAVIEIRAS, BAHIA, BRASIL: RESULTADOS PRELIMINARES.

Costa, Martha Eloy Bandeira1,2; Le Pendu, Yvonnick1,2; Costa Neto, Eraldo Medeiros1,2,3
1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos de Ilhéus
2
Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil,
3
Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Autor para correspondência:
marthaeloy@gmail.com

O delfinídeo Sotalia guianensis, conhecido como boto-cinza, é uma espécie tipicamente costeira,
considerada um dos menores cetáceos. Na Bahia, os estudos etológicos estão concentrados em áreas
específicas e algumas regiões ainda são completamente carentes de informações relativas à espécie,
apesar de existirem relatos de sua ocorrência, como é o caso de Canavieiras. O principal objetivo deste
trabalho foi descrever o comportamento de S. guianensis no estuário do Rio Pardo, em Canavieiras,
considerando certas variáveis ambientais, tais como sazonalidade e ciclos de maré. Para tanto, realizaram-
se, a partir de um ponto fixo de observação, 420 horas de esforço amostral, durante os meses de outubro
de 2009 a maio de 2010, em sessões alternadas entre manhãs (08h às 13h) e tardes (13h às 18h). As
observações foram conduzidas sobre um píer situado às margens do estuário, a cerca de 5,5 m acima do
nível da água. Informações relativas às características ambientais, composição e tamanho dos grupos,
horário inicial e final de avistagem, direção do deslocamento e tempo de permanência na área de estudo
também foram observadas e anotadas em fichas de campo padronizadas. A população de S. guianensis
caracterizou-se por grupos pequenos de dois a sete indivíduos, sendo os grupos de dois e quatro indivíduos
os mais frequentes. Não foi constatada variação sazonal no tamanho médio (3,4 indivíduos) e no número de
grupos registrado por tempo de observação. Animais solitários corresponderam a 1,22% do total de animais
observados. Dos 164 indivíduos avistados, 74% foram adultos ou juvenis e 26% foram filhotes. Houve
variação significativa no número de filhotes, com maior percentual em maio, e no tempo de permanência
dos indivíduos na área de estudo ao longo dos oito meses de observação, sendo os meses de outubro, abril
e maio os períodos nos quais os animais permaneceram por mais tempo na área monitorada. Adultos e
juvenis foram observados durante todos os meses de coleta enquanto os filhotes só não foram avistados
em novembro. Os registros de deslocamento e alimentação foram os mais frequentes, indicando a
importância da área de estudo como rota para regiões mais à montante do Rio Pardo e para o forrageio.
Não houve diferença significativa entre os comportamentos registrados pela manhã e pela tarde, contudo,
estes variaram ao longo dos oito meses. A presença de S. guianensis no local de estudo está vinculada a
características específicas da área, as quais influenciam a oferta de presas e a facilidade em capturá-las.

Palavras chave: boto-cinza, padrões comportamentais, região estuarina.

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COMPORTAMENTO E RELAÇÃO SOCIAL DOS INFANTES DE Sotalia guianensis (VAN BÉNÉDEN,


1864), NO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL
 
Domit, Camila1; Monteiro-Filho, Emygdio L. A.2,3
1
Laboratório de Ecologia e Conservação/ Mamíferos e Tartarugas marinhas (LEC), Centro de Estudos
do Mar, Universidade Federal do Paraná – Cx. Postal 50.002, Pontal do Paraná, PR, Brasil.
cadomit@gmail.com
2
Laboratório de Biologia e Ecologia de Vertebrados. Departamento de Zoologia, Universidade Federal
do Paraná, Curitiba, PR.
3
Instituto de Pesquisas Cananéia, IPEC. Cananéia, SP.

No Complexo Estuarino de Paranaguá os infantes e a associação mãe/filhote foram analisadas entre os


anos de 2006 e 2008. Brincadeiras (B) e Cuidados Parentais foram observados em todos os setores,
entretanto B apresentou diferença entre setores. O boto-cinza demonstrou processo ontogênico na
construção do seu repertório comportamental. O desenvolvimento dos infantes foi dividido em quatro fases
de acordo com os comportamentos executados e o grau de interação com a mãe e com outros indivíduos.
Os infantes das fases 2 e 3 foram os de maior frequência e similaridade durante a ontogenia. A execução
do comportamento pelos infantes é parcial, e por meio de etapas de aprendizagem, torna-se completa.
Processos de aprendizagem foram mais freqüentes na fase 3. Os grupos foram influenciados pela fase de
desenvolvimento do infante, sendo maior em grupos com infantes em fase 1. Fêmeas identificadas foram
consideradas residentes, as quais foram freqüentes em áreas que conferem proteção ao infante e
disponibilidade de alimento. Três fêmeas utilizaram com frequência a Ponta do Poço onde desenvolveram
diferentes tipos de associação com infantes, com um possível caso de adoção. A concentração de fêmeas
com infantes neste setor sugere que esta é uma área reprodutiva importante. A diversidade de
comportamentos executados pelos infantes, as formas de aquisição e as interações estabelecidas
demonstram a complexidade das relações sociais do boto-cinza, a ocorrência de transmissão social e a
influência do ambiente nos comportamentos e na sobrevivência dos infantes.

Palavra chave: Ontogenia, cuidado parental, boto-cinza

Agradecimentos: Pós graduação em Zoologia, UFPR; CT-HIDRO/CNPq; Cetacean International Society

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COMPORTAMENTO REPRODUTIVO EM GRUPO MISTO DE BALEIA-FRANCA-AUSTRAL (Eubalaena


australis) E BALEIA-JUBARTE (Megaptera novaeangliae) NO BANCO DOS ABROLHOS, BRASIL

Marcondes, Milton César C.1; Wedekin, Leonardo L.1; Neves, Mariana C.1; Souza, Ana Lúcia Cypriano de1,2;
Engel, Márcia H.1
1
Instituto Baleia Jubarte, R. Barão do Rio Branco 26, Caravelas – BA 45900-000; e-mail:
milton.marcondes@baleiajubarte.org.br
2
Laboratório de Biologia Genômica e Molecular, Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul;

As baleias-jubarte (Megaptera novaeangliae) que freqüentam as águas brasileiras (breeding stock A) têm
como principal área de reprodução o Banco dos Abrolhos. Elas podem ser encontradas principalmente de
julho a novembro nesta região aonde vêm acasalar, parir e amamentar os filhotes. Neste mesmo período,
também são observados grupos de baleia-franca-austral (Eubalaena australis) no Banco dos Abrolhos, em
sua maioria fêmeas com filhotes. Interações entre as duas espécies não são comuns, mas tem sido
registradas oportunisticamente. Em 25/09/1996 foi observado nas proximidades do parcel dos Abrolhos um
grupo misto composto de uma baleia-franca e duas baleias-jubarte, o qual foi acompanhado por 55 minutos,
tendo sido registrado o comportamento durante este período. Uma das jubartes se manteve sempre
próxima da baleia-franca, empurrando esta com a cabeça. A outra jubarte abandonou o grupo após 20
minutos do início da observação. Em 09/07/2009 foi observado outro grupo composto por duas baleias-
jubarte e uma baleia-franca em área com 25 metros de profundidade, nas proximidades do parcel das
Paredes. O grupo foi monitorado por 45 minutos. As baleias se comportavam como em um grupo
competitivo, no qual a baleia-franca seria o animal nuclear e as jubartes os escortes. Uma das jubartes ficou
durante todo o período mais próximo da baleia-franca, enquanto a outra rodeava o grupo. Foi observado a
jubarte encostar sua região ventral na baleia-franca, permanecendo numa postura lateral e na sequência
colocar a nadadeira peitoral sobre o dorso da baleia-franca. Os três animais foram biopsiados e a análise
genética mostrou que a baleia-franca era uma fêmea e as baleias-jubarte eram machos. Não foi possível
determinar se houve o comportamento de cópula. Esta foi a primeira vez que todos ao animais envolvidos
neste tipo de interação comportamental tiveram o sexo estabelecido com segurança.

Palavras chave: Megaptera novaeangliae, Eubalaena australis, comportamento reprodutivo

Biopsia autorizada via SISBIO 21489-1

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COMPORTAMIENTO SUPERFICIAL DE LA BALLENA JOROBADA (Megaptera novaeangliae,


BOROWSKI 1871) EN EL ÁREA MARINA COSTERA PROTEGIDA “FRANCISCO COLOANE”, CHILE

Droguett, Daniela1,2*; Gibbons, Jorge4, 5; Capella, Juan6


1
Wildlife Conservation Society. Chile. * ddroguett@wcs.org
2
Programa de Magíster en Ciencias, con Mención en Manejo y Conservación de Recursos Naturales en
ambientes Subantárticos, Universidad de Magallanes.
3
Instituto de la Patagonia.
4
Centro de Estudios del Cuaternario CEQUA.
5
Fundación Yubarta, Cali, Colombia.

El Estrecho de Magallanes es un canal de paso entre los océanos Pacífico y Atlántico. En su cuenca se
distribuyen de manera poco planificada distintas actividades económicas, como la pesca artesanal y el
turismo, además de conformar una ruta de navegación internacional. En el año 2003 se creó la primera
Área Marina Costera Marina Protegida (AMCP) de Chile en una parte del mismo, “Francisco Coloane”. En
dicha área se han documentado avistamientos de ballenas jorobadas, alimentándose en época estival,
desde 1998. Debido a las acrobacias que realiza sobre la superficie, es una especie de alto potencial y gran
interés para el turismo de avistamiento de ballenas. En este trabajo se describe el comportamiento
superficial de la Ballena Jorobada en esta área de alimentación. En el verano del 2007 se realizaron
observaciones durante 21 días del comportamiento superficial de distintos individuos. Estos
comportamientos fueron clasificados en estados o eventos para luego elaborar un etograma. La geografía
del lugar permite destinar horas de avistamiento desde plataformas ubicadas en tierra con la ayuda de
instrumental topográfico, disminuyendo al mínimo el impacto sobre los individuos por embarcaciones de
avistamiento. Para los grupos focales observados el evento con mayor frecuencia fue la “exposición de la
cola”, con un promedio de 20 veces/temporada/individuo; mientras que el estado más frecuente fue la
“mantención en superficie”, con un promedio de 1,9 veces/individuo/temporada. Las conductas registradas
coinciden con lo descrito para la especie en otras áreas de estudio. Los “saltos” y “exhibiciones de cola”
(eventos) y la “mantención en superficie” (estado), son las actividades registradas con mayor frecuencia
para el área. Los resultados obtenidos representan un primer antecedente para la planificación de futuras
actividades de whalewatching de bajo impacto, además de ser un aporte para la administración y
planificación territorial de la AMCP “Francisco Coloane”.

Palabras clave: Comportamiento superficial, planificación de actividades turísticas, turismo de avistamiento


de cetáceos.

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CUIDADO PARENTAL EM Sotalia guianensis (VAN BENÉDÉN, 1864) (CETACEA: DELPHINIDAE) NA


REGIÃO DO COMPLEXO ESTUARINO LAGUNAR DE CANANÉIA- SP

Stutz, S.1,2; Andriolo, A.2,3; Stutz-Reis, S.1,2; Filla, G. F.1


1
Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC). Cananéia, São Paulo, Brasil. gica_filla@yahoo.com.br
2
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de fora (UFJF).
Minas Gerais, Brasil. sarinhajf@gmail.com, artur.andriolo@ufjf.edu.br, suzana.stutz@gmail.com
3
Instituto Aqualie. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Cuidado parental é todo cuidado dispensado ao filhote, por um ou ambos os pais, para que a prole tenha
suas chances de sobrevivência aumentadas. Este cuidado também pode vir de indivíduos que não são os
pais do filhote (aloparentais). O cuidado com a cria é observado em praticamente todos os grupos de
animais, podendo haver diferenças intra e interespecíficas. Diversos estudos demonstram que os
mamíferos da Ordem Cetacea apresentam um grande vínculo com seus filhotes. A distribuição costeira de
Sotalia guianensis torna a espécie muito vulnerável às atividades humanas, porém é considerada como
“Insuficientemente Conhecida” pela IUCN. Informações relevantes sobre o boto-cinza são, portanto,
indispensáveis para sua conservação. O objetivo deste estudo foi compreender os comportamentos
relacionados ao cuidado parental exibidos pela espécie no complexo Estuarino Lagunar de Cananéia-SP,
bem como verificar se fatores como, desenvolvimento do infante, estrutura de grupo e estado da maré
podem causar variações destes comportamentos. Realizou-se cinco coletas de dados mensais, quatro em
ponto-fixo e uma embarcada, totalizando 120 horas de esforço amostral entre fevereiro e julho de 2009. Os
métodos de observação foram Animal Focal e Amostragem Seqüencial. A análise dos dados mostrou que
são diversos os comportamentos de cuidado parental e aloparental exibidos pela população de botos-cinza
(n=143). A escolta ocorreu em 22,38% dos eventos (n=32) e o nado acompanhado em 57,34% (n=82).
Verificou-se também que esses cuidados variaram com o desenvolvimento do infante, sendo que neonatos
(41%) e filhotes (50%) receberam significativamente mais cuidados do que juvenis (2%) (X2 = 59.22; p <
0.001). O cuidado parental também variou segundo características de grupo. Os comportamentos
ocorreram com freqüência significativamente maior em grupos com até seis indivíduos, totalizando 92% das
ocorrências (X2 = 160.18; p < 0.001). O mesmo foi verificado nos grupos compostos por adulto, juvenil e
filhote, representando 63% dos eventos observados (X2 = 139.99; p < 0.001). Ao analisar a ocorrência dos
comportamentos em relação ao estado da maré, verificou-se que o nado acompanhado ocorreu de forma
significativamente mais freqüente na maré enchente, 76% dos casos, do que na vazante, em 22% destes
(U= 7; p = 0.039). Assim, o cuidado parental variou segundo a necessidade dos infantes, que por sua vez
depende do estágio de desenvolvimento do indivíduo. Variou também com o tipo de organização social
exibido pela população, tanto pelo fator quantitativo (tamanho de grupo), quanto pelo qualitativo
(composição), e ainda com o regime de marés.

Palavras chave: Cuidado parental. Comportamento. Boto-cinza.

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ECOLOGIA COMPORTAMENTAL DE INFANTES DE Sotalia guianensis (VAN BENÉDÉN, 1864)


(CETACEA: DELPHINIDAE) PRESENTES NO COMPLEXO ESTUARINO-LAGUNAR DE CANANÉIA, SP

Stutz-Reis, S.1,2; Andriolo, A.2,3; Stutz, S.1,2; Filla, G. F.1


1
Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC). Cananéia, São Paulo, Brasil. gica_filla@yahoo.com.br
2
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de fora (UFJF).
Minas Gerais, Brasil. suzana.stutz@gmail.com, artur.andriolo@ufjf.edu.br, sarinhajf@gmail.com.
3
Instituto Aqualie. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Os cetáceos são especialmente vulneráveis às alterações ambientais por serem predadores de topo de
cadeia e apresentarem baixas taxas reprodutivas. No Brasil, tal realidade aplica-se ao boto-cinza (Sotalia
guianensis). Embora seja um dos cetáceos mais estudados no país, muitos aspectos do comportamento
dos infantes ainda são pouco conhecidos. O objetivo deste estudo foi quantificar o comportamento de
infantes de boto-cinza e analisar sua relação com alguns fatores biológicos e ecológicos no estuário de
Cananéia. Realizou-se 120 horas de esforço amostral entre fevereiro e julho de 2009, utilizando-se os
métodos de observação “Animal Focal” e “Amostragem Sequencial”. Foram feitas coletas em quatro setores
do estuário, a partir de três pontos-fixos e um embarcado. Observou-se um total de 894 comportamentos,
predominando o deslocamento em 53,58% (n=479) e a alimentação em 23,04% (n=206). Dessas categorias
comportamentais 53% e 86%, respectivamente, foram realizadas por juvenis. Dos 83 comportamentos
incluídos na categoria brincadeira, 46% foram praticados por filhotes. Cerca de 56,63% (n=47) dos
comportamentos de brincadeira foram realizados por infantes em grupos com 4 a 6 indivíduos. Já 62,62%
(n=129) da alimentação, 46,76% (n=224) do deslocamento e 49,02% (n=50) das exposições corporais
ocorreram em grupos de até 3 indivíduos. Em relação à composição do grupo, 71% (n=59) das brincadeiras
e 67% (n=68) das exposições corporais por infantes ocorreram na presença de outro(s) infante(s).
Considerando características ambientais, dos 14 registros de infantes em atividades de descanso, 93%
(n=13) ocorreram durante a maré enchente (U=1,5; p<0,001). Em relação aos setores amostrados, a Ponta
da Trincheira foi o local com maior número de registros comportamentais (χ2=14,03; p=0,003), totalizando
29,42% (n=263) dos registros. Entretanto, analisando-se as categorias individualmente, o deslocamento foi
significativamente mais frequente na Baía de Trapandé (H=8,03; p=0,017), com 31% (n=149) das
ocorrências. Observou-se ainda 64 encontros entre grupos com infantes e embarcações, sendo 50% (n=32)
desses considerados “neutros” (χ2=14; p<0,001). Não houve influência do tipo de motor da embarcação na
reação dos infantes (χ2=1,10; p=0,358). A análise dos dados demonstrou que as freqüências das atividades
dos infantes diferiram entre si variando, em alguns casos, com a sua fase de desenvolvimento e com as
características do grupo do qual faziam parte. O estado da maré interferiu apenas na frequência de
descanso dos infantes e o uso da área por estes não foi uniforme. Em encontros com embarcações infantes
exibiram mais reações consideradas neutras e o tipo de motor não interferiu na forma como reagiram à sua
presença.

Palavras chave: Comportamento, Infantes, Boto-cinza.

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ESTRATEGÍAS DE ALIMENTACIÓN DEL DELFÍN OSCURO: INTEGRANDO EL COMPORTAMIENTO DE


LOS DELFINES Y LA DISTRIBUCIÓN DE SUS PRESAS EN EL MARCO DE LA TEORÍA DE FORRAJEO
OPTIMO

Degrati, M.1,2; Dans, S.L.1,2; Garaffo, G. V.3; Crespo, E. A.1,2


1
CENPAT-CONICET. Bvd. Brown 2825. (9120) Puerto Madryn, Argentina. degrati@cenpat.edu.ar
2
Univ. Nacional de la Patagonia. Bvd. Brown 3051. (9120) Puerto Madryn, Argentina
3
Univ. Nacional de Mar del Plata. Funes 3600. (7600) Mar del Plata, Argentina.

La teoría de forrajeo óptimo, propone que los organismos al buscar, seleccionar e ingerir alimento siguen
aquellas estrategias de comportamiento que les permiten obtener la mayor tasa neta de consumo, es decir,
obtener el mayor beneficio con el mínimo esfuerzo y riesgo posibles. El teorema de valor marginal muestra
que el tiempo óptimo de permanencia en un parche de alimentación depende del tiempo de viaje hasta el
mismo. El delfín oscuro (Lagenorhynchus obscurus) es un predador pelágico que presenta una gran
flexibilidad comportamental durante el forrajeo. En el Golfo Nuevo se observó un comportamiento de
alimentación en secuencias, donde los delfines se trasladan entre períodos de alimentación. El objetivo de
este trabajo es analizar el comportamiento de alimentación del delfín oscuro en el marco de la teoría del
forrajeo óptimo. Las hipótesis puestas a prueba fueron: 1) los costos de traslado hasta los parches de
alimentación condicionan el tiempo de permanencia en los mismos y 2) el tiempo de residencia en un
determinado parche está condicionado por el tiempo invertido en parches anteriores. Los datos de
comportamiento se obtuvieron desde una embarcación de investigación a lo largo de todo el año entre 2001
y 2007. Además se realizaron dos relevamientos acústicos (mayo y noviembre de 2007) para evaluar la
distribución y abundancia de anchoita (Engraulis anchoita), su principal presa. Se analizaron 43 secuencias,
la duración media de las secuencias fue de 42 min (8-134 min) y el número de períodos de alimentación
varió entre 2 y 6. Se observó que dentro de una secuencia un mayor tiempo invertido en traslado no implica
un mayor tiempo en el período de alimentación siguiente. Teniendo en cuenta los períodos de traslado
antes de una secuencia y considerando a toda la secuencia como un evento de forrajeo, se observó que
mientras mayor fue el tiempo invertido en traslado, mayor fue el tiempo invertido en alimentación. Además,
se observó que el tiempo de permanencia en un determinado parche no depende del tiempo acumulado en
parches anteriores. En función de los resultados obtenidos y considerando que la anchoita se encuentra con
una distribución contagiosa dentro del Golfo Nuevo, es esperable que los delfines se trasladen hacia estas
zonas de mayor concentración de presas y una vez ahí comiencen a alimentarse alternando períodos de
alimentación propiamente dicha con períodos de traslado, donde los traslados serían parte del manipuleo de
la presa o del desplazamiento entre cardúmenes.

Palabras clave: forrajeo óptimo, secuencias de alimentación-traslado, delfín oscuro.

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Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ESTRUTURA ESPACIAL DOS GRUPOS DE BOTO-CINZA, Sotalia guianensis (VAN BÉNÉDEN, 1864),
NO PORTO DE ILHÉUS - BAHIA, BRASIL

Gonçalves, Maria Isabel Carvalho1,2; Le Pendu, Yvonnick1,3


1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos de Ilhéus
2
Mestrado em Ciências do Mar – Recursos Marinhos, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da
Universidade do Porto, Portugal
3
Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil. Autor para
correspondência: isinhasgoncalves@gmail.com

A estrutura espacial dos grupos de Sotalia guianensis é influenciada pelo comportamento dos indivíduos e
pelas características do ambiente. Este trabalho teve como objetivos analisar a estrutura espacial dos
grupos de boto-cinza nas proximidades do molhe do Porto de Ilhéus (BA) – Brasil e analisar se existe
relação entre atividade, grau de coesão, tamanho e presença de filhotes nos grupos. Realizaram-se 136
dias de esforço amostral totalizando 553 horas de monitoramento entre junho de 2008 e março de 2009. Os
animais estiveram presentes em 48,51% do tempo amostrado: foram avistados 430 grupos entrando e 255
grupos saindo da área monitorada. Os adultos mantiveram-se mais próximos dos filhotes do que de juvenis
e de outros adultos (χ2=23,720; p<0,0001). O grau de coesão espacial do grupo foi influenciado pela
atividade geral (χ2=40,998; p<0,0001): os animais permaneceram mais próximos quando socializavam, e
mais distantes quando alimentavam-se. O tamanho dos grupos influenciou o grau de coesão dos mesmos
(χ2=26,614; p=0,0002), sendo os indivíduos mais próximos em grupos pequenos. A presença de filhotes não
influenciou o tamanho dos grupos ou o grau de coesão espacial dos grupos (χ2=1,091; p=0,5795). Todavia,
os filhotes permaneceram mais perto do seu vizinho mais próximo quando socializavam. O alto grau de
coesão observado durante a socialização corrobora os contatos corporais frequentes entre os indivíduos
engajados neste tipo de atividade. A forte ligação existente entre os adultos e os filhotes foi observada nas
proximidades do molhe do Porto de Ilhéus. Os filhotes permanecem próximos aos adultos devido aos
cuidados que necessitam no inicio da sua vida. As diferentes populações de boto-cinza apresentam
variações de estrutura social que podem refletir respostas comportamentais adaptadas a condições
impostas pelo ambiente. Assim, características ambientais especificas podem conduzir a expressão de
estratégias alimentares diferenciadas que resultarão em um estruturação espacial especifica dos grupos.

Palavras chave: faixa etária, grau de coesão, atividade geral.

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EXITO REPRODUCTIVO DEL LOBO MARINO COMUN: ¿BASTA SÓLO UN BUEN SEX APPEAL?

Inostroza, Patricia1,3; Pavez, Guido2; Sepúlveda, Maritza1,3


1
Facultad de Ciencias, Universidad de Valparaíso, Av. Gran Bretaña 1111, Playa Ancha, Valparaíso. Chile.
E-mail: patainostroza@gmail.com
2
Facultad de Ciencias del Mar y Recursos Naturales, Universidad de Valparaíso. Av. Borgoño 16344,
Montemar, Viña del Mar.
3
Centro de Investigación para aves y mamíferos EUTROPIA

El lobo marino común Otaria flavescens presenta un sistema de apareamiento poligínico, en el cual los
machos compiten entre ellos para acceder a los mejores territorios y así conformar harenes con el mayor
número de hembras. En este sentido, mientras más hembras consiga obtener un macho territorial, mayor
será su éxito reproductivo. El objetivo del presente estudio fue describir el éxito reproductivo asociado a los
machos territoriales en la colonia reproductiva de Isla Chañaral, ubicada en el centro norte de Chile. Las
observaciones conductuales se realizaron desde el 15 de enero al 21 de febrero de 2010. Se identificaron
los machos territoriales, realizando mapeos diarios de su ubicación. Se contabilizaron las hembras
presentes por cada macho (nivel de poliginia). Para definir el límite de los harenes, se identificó el área que
defendía cada macho. Cuando esto no fue posible, se incluyó dentro del harén a las hembras que se
encontraban dentro del área delimitada por la mitad de las distancias de los machos adyacentes. Se registró
el número y duración de las cópulas, y el número de peleas con otros machos. El número de machos en el
sitio de estudio varió de 6 a 27 individuos. Para los 23 días de estudio, los resultados arrojaron un promedio
de 7 hembras por macho reproductor (rango: 1 - 28 hembras). Se registraron un promedio de tres cópulas
diarias, las que se concentraron entre el 26 de enero y el 10 de febrero (81% del total). La duración
promedio de las cópulas fue de 8 minutos (rango: 1 - 17 minutos). A partir del 26 de enero se observó una
disminución en el número de machos territoriales y un incremento en el número de hembras por cada
macho. El nivel de poliginia que se observó para cada macho reproductor varío en relación a diversos
factores; dentro de los cuáles se destacaron la ubicación especifica dentro del sector reproductivo, la
agresividad del macho, la temperatura ambiente y la intensidad del oleaje.

Palabras clave: Éxito reproductivo, lobos marinos comunes, lobera Isla Chañaral,

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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FREQUÊNCIA DE ATAQUES DE GAIVOTAS (Laurus dominicanus) EM BALEIA FRANCA AUSTRAL


(Eubalaena australis) NO “OBSERVATORIO DE BALLENAS FRANCA PUNTA FLECHA”, PUERTO
MADRYN, PATAGÔNIA – ARGENTINA

Olio, Marília1; Silva, Kátia J. P. P.1,2; Santos, Jorge L. dos2; Pontalti, M.3
1
Estagiárias da Fundación Patagonia Natural, Argentina (marilia_olio@yahoo.com.br)
2
Universidade Santa Cecília, Santos – SP
3
Instituto Baleia Franca – SC (monicapontalti@gmail.com)

Este trabalho teve como objetivo monitorar a freqüência de ataques de gaivotas em baleias francas austrais
para determinar a interferência que as mesmas causam no comportamento das baleias em uma área de
reprodução. As observações focais dos ataques foram feitas em ponto fixo no “Observatorio de Ballenas
Franca Punta Flecha” na cidade de Puerto Madryn, província de Chubut - Argentina, entre os meses de
julho a outubro de 2008. Os ataques foram vistos em 20 de 24 dias de observação. Foram registrados 380
ataques de gaivotas em 75,7 horas de observação de baleias (5,02 ataques/hora) mensurados em 20
grupos de indivíduos solitários, dentre os quais 30% dos indivíduos foram atacados e 81 grupos de fêmeas
com filhotes, dentre os quais 49,38% e 55,56% dos indivíduos foram atacados respectivamente. As médias
gerais da freqüência de ataques para os grupos de cada composição foram 1,67 ± 3,15 ataque/hora para os
solitários, 3,44 ± 5,53 ataque/hora para fêmeas e 7,56 ± 13,02 ataque/hora para os filhotes. A freqüência de
ataques de gaivotas em baleia franca austral no presente trabalho mostrou-se mais alta comparada aos
trabalhos realizados em 1984 (0,24 ataques/hora) e em 1995 (1,14 ataques/hora), indicando um
comportamento que persiste em ocorrer na área de reprodução na Península Valdés. Neste trabalho, os
filhotes mostraram-se como a composição de grupo mais atacada semelhante aos estudos feitos em 1995.
A Península Valdés é uma área de reprodução sugerindo que há pouca alimentação disponível, sendo
assim a reserva de gorduras das fêmeas são para dar suporte ao crescimento e desenvolvimento dos
filhotes. O rápido crescimento da população de gaivotas devido ao aumento de lixo disposto em ambiente
inadequado, o aumento do tempo gasto por alguns indivíduos de gaivotas atacando as baleias ou a
possibilidade das gaivotas estarem se alimentando de baleias são possíveis causas do aumento da
freqüência dos ataques que podem comprometer o suporte das fêmeas dado para os filhotes e talvez
induzir o abandono desta área para novas áreas de reprodução.

Palavras chave: baleia franca; ataque de gaivotas; Península Valdés.

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IMPACTO DE INTERAÇÕES ANTRÓPICAS SOBRE O COMPORTAMENTO DE PEIXES-BOI MARINHOS


REINTRODUZIDOS NO RIO TATUAMUNHA, LITORAL NORTE DE ALAGOAS

Umezaki, Juliana¹; Normande, Iran Campello²; Uieda, Virgínia Sanches³; Viana Júnior, Pitágoras C.4

¹ Departamento de Zoologia, Universidade Estadual Paulista – UNESP/ Campus de Botucatu


jumezaki@yahoo.com.br

² Centro Nacional de Conservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos – CMA/AL – ICMBio


iran.normande@icmbio.gov.br

³ Departamento de Zoologia, Universidade Estadual Paulista – UNESP/ Campus de Botucatu


vsuieda@ibb.unesp.br
4
Fundação Mamíferos Aquáticos – FMA/AL – Projeto Peixe-boi pitagoras@mamiferosaquaticos.org.com

Estudos sobre comportamento animal fornecem uma importante ferramenta para ações de conservação. Os
trabalhos existentes sobre comportamento de peixes-boi marinhos em vida livre sujeitos a interações
antrópicas restringem-se a animais nativos na Flórida. No Brasil, há estudos etológicos apenas com
espécimes em cativeiro. O objetivo do trabalho foi verificar possíveis alterações comportamentais de peixes-
boi reintroduzidos, ou seja, que passaram parte da vida em cativeiro e foram soltos em ambiente natural,
em função de interações antrópicas durante o período de Fevereiro a Julho de 2010. Com o auxílio da
radiotelemetria, 2 espécimes machos (7 anos de idade) foram observados diariamente, em períodos
alternados, com a metodologia do “animal focal”. Para o monitoramento, utilizou-se bicicleta, caiaque e, em
locais de difícil acesso, o mesmo foi feito a pé. O comportamento antes, durante e após a interação foi
registrado; identificando se o animal se afastou (AF), permaneceu indiferente (I) ou se aproximou (AP) das
pessoas ou embarcações. Em uma análise preliminar, verificou-se que o espécime de nome Arani, com 114
horas de observação, aproximava tanto de pessoas quanto de embarcações, independente da distância e
do número de pessoas a bordo. Já o indivíduo denominado Potiguar, sob as mesmas condições de Arani e
com 167 horas de observação, apresentou os dois tipos de comportamento, com (AP) e sem aproximação
(I), numa proporção semelhante. Também foi freqüente o registro de aproximação em situações em que os
animais estavam juntos. A variação sazonal nítida foi observada, ou seja, durante o inverno os peixes-boi
permaneciam a maior parte do tempo de observação no mar, ficando menos sujeitos a interações.
Aparentemente, a diferença nas respostas dos animais pode ser explicada em função do tempo de
readaptação no recinto antes da soltura em ambiente natural. Poti permaneceu 8 meses e meio ao passo
que Arani permaneceu, no total, 13 meses. Estudos feitos com animais mantidos em cativeiro
demonstraram alterações comportamentais devido ao estresse causado pelo confinamento e pela
exposição ou contato com pessoas. Períodos maiores de confinamento podem, portanto, interferir na
readaptação. Em razão do pequeno número de animais disponíveis e as dificuldades para sua observação
no ambiente, seria importante aumentar o número de amostras (indivíduos analisados), de preferência
utilizando animais com o mesmo tempo em cativeiro de reabilitação e readaptação, para uma possível
comparação e obtenção de uma resposta mais conclusiva acerca da influência de interações antrópicas
sobre o comportamento destes animais na natureza.

Palavras chave: Comportamento, interação antrópica, peixe-boi marinho.

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INTERAÇÃO ENTRE FÊMEAS E FILHOTES DE Eubalaena australis NA ENSEADA DE RIBANCEIRA E


IBIRAQUERA, SANTA CATARINA, BRASIL, 2008
 
Santos, F. C.¹; Corrêa, A. A.²; Groch, K. R. 3; Rodrigues, J.¹

¹ Faculdade Anhanguera de Anápolis – FAA. Anápolis - GO. nandac_fcs@yahoo.com.br ;


juliana.rodrigues@unianhanguera.edu.br

² OIKOS Consultoria Ambiental. Rua Duque de Caxias, 193. Centro, Imbituba - SC.
audreyamorimcorrea@gmail.com
3
Projeto Baleia Franca – PBF/Brasil. Av. Atlântica, s/n. Itapirubá Norte. Caixa Postal 201. Imbituba - SC.
karina@baleiafranca.org.br

A enseada de Ribanceira e Ibiraquera no município de Imbituba - SC é uma importante área de


concentração de pares de fêmea-filhote de baleias francas por possuir águas calmas e rasas. Estes grupos
permanecem nessas áreas por aproximadamente 4 meses (temporada reprodutiva da espécie - julho a
novembro), período que os filhotes necessitam para armazenar reservas nutritivas especialmente na
camada de gordura subcutânea, fortalecer a musculatura, melhorar a resistência e desenvolver a
coordenação e aptidão motora para a migração às áreas de alimentação. Estudos de padrões
comportamentais, em especial os padrões de interações espaciais entre fêmeas e filhotes, tornam-se
importantes para entender as funções de contatos intraespecíficos que ocorrem na estrutura social de uma
população. O presente estudo teve como objetivo analisar a interação/grau de imitação entre fêmeas e seus
filhotes de baleias francas que frequentaram a enseada de Ribanceira e Ibiraquera - SC durante a
temporada reprodutiva da espécie em 2008. Para a análise comportamental, os grupos monitorados foram
os mais próximos do ponto fixo de observação e os dados selecionados tiveram no mínimo 30 minutos de
observação focal. Empregou-se o teste U de Mann-Whitney para duas amostras independentes no intuito
de averiguar a existência de diferenças significativas entre os comportamentos imitados pelos filhotes em
relação ao comportamento de suas mães. Em 93,12 horas de observações focais consideradas neste
estudo foram analisados 98 pares de fêmea-filhote. Os comportamentos individuais de mães e filhotes não
diferiram. Novembro foi o mês com maior índice de imitação (U = 0,1.642, p = 0,8696), seguido de outubro
(U = 0,985, p = 0,3088), agosto (U = 1,0178, p = 0,3088) e setembro (U = 41,5, p = 0,2122), o que
demonstra o maior sincronismo entre estes grupos nos meses que antecedem a migração para as áreas de
alimentação. Ao longo de toda a temporada reprodutiva de 2008, os comportamentos de brincadeiras (p=1),
descanso (p=0,9729) e natação (p=0,9709) foram os mais imitados pelos filhotes, o que indica a
necessidade de estreito contato com suas mães. A utilização desta enseada por esta categoria de baleias
francas comprova a importância da referida área para a conservação da espécie. As baleias francas
austrais são ameaçadas de extinção e continuam vulneráveis às ações humanas, por isso faz-se necessário
a continuidade de pesquisas de longo prazo na área de reprodução do sul do Brasil.

Palavras chave: interação espacial, comportamento, baleia franca.

(O Projeto Baleia Franca é patrocinado pela PETROBRAS.)

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INTERAÇÕES ENTRE O BOTO-CINZA, Sotalia guianensis E AVES MARINHAS NO MUNICÍPIO DE


GUARAQUEÇABA, PARANÁ, BRASIL

Machado, Lorena1*; Gaudard, Aliny1; Domit, Camila2; Del-Claro, Kleber1


1*
Universidade Federal de Uberlândia – UFU; lorenafreitasm@gmail.com
2
Universidade Federal do Paraná; Centro de Estudos do Mar, Laboratório de Mamíferos e Tartarugas
marinhas (LEC), Pontal do Paraná, PR, Brasil.

Associações entre cetáceos e aves marinhas são comuns e envolvem diferentes espécies em todo o
mundo. O estudo da associação das aves marinhas com boto-cinza possibilita detectar áreas importantes
para alimentação desses animais e prioritárias para conservação. O presente estudo visou registrar e
caracterizar as interações entre o boto-cinza, Sotalia guianensis, e aves marinhas, no litoral do Estado do
Paraná. As observações foram realizadas no período de Janeiro a Fevereiro de 2008, a partir de pontos
fixos em terra no município de Guaraqueçaba. No total foram realizadas 76 horas de esforço amostral, das
quais em 67% botos e aves estavam presentes. Foram registradas a presença de aves próximas aos botos
(n=86) e a ocorrência de interações (n=12). Durante este estudo foram consideradas interações os eventos
em que aves e botos realizavam comportamentos de pesca juntos, com uma distância máxima aproximada
de cinco metros entre eles. Em 62,2% dos registros as aves se aproximavam dos grupos de botos,
permaneciam próximas sobrevoando em movimentos circulares e realizando rasantes, mas não efetuavam
mergulhos nem investidas na água e em 25,5% as aves permaneciam próximas aos grupos, realizando
investidas e mergulhos, mas com uma distância dos botos maior que cinco metros. Em ambos os casos os
eventos não foram considerados como interação. Quando ocorreram as interações envolveram quatro
espécies de aves: biguás (Phalacrocorax brasilianus; 66,7% das interações), atobás (Sula leucogaster;
8,3%), fragata (Fregata magnificens; 8,3%) e gaivotas (Larus dominicanus; 16,7%) e foram todas
classificadas como comensalismo. As interações ocorreram com maior freqüência (75%) no período da
manhã e envolveram grupos de botos que variaram entre um e nove indivíduos. Em apenas um caso o
número de aves interagindo não foi superior ao número de botos. Outras espécies de aves foram
registradas utilizando a área, tais como trinta-réis, garça-azul e garça-branca, porém estas não interagiram
com os botos-cinza.

Palavras chave: cetáceos, aves marinhas, associações.

Financiamento: FAPEMIG

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INTERACTIONS BETWEEN ADULTS AND CALVES OF GUIANA DOLPHINS (Sotalia guianensis)

Paro, A. D.1; Lunardi, D. G.1; Texeira, R. G.2; Ferreira, R. G.1


1
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia. E-mail: alebioacustica@hotmail.com
2
Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.

Traditionally in behavioral study of cetaceans four main behavioral state categories has been used: feeding,
traveling, resting and socializing. Although the first three are straightforward in their meaning and function,
this is not the case for socialization. In general all behaviors that do not fit in the feeding, traveling or resting
state categories are called socializing. The term itself is redundant if we consider that most dolphins’ species
are high social animals and most activities would include some kind of socialization. In this study we use the
term socializing in a more specific context that includes interactions between adults and calves. To
investigate the context interactions between adults and calves of Guiana dolphins (Sotalia guianensis),
observations were conducted at Pipa beach, northeast Brazil. Focal group method was used and registers
occurred at every 2 minutes. For fine-scale description a boat was used to observe dolphins at close range
during a photo-identification study. From an effort of 27,796 min (December 2007 to April 2008) we observed
404 minutes of adult-infant interactions including 52 groups. Groups varied from 2 to 11 animals (mean
5.5±2.5) and socialization between adults and calves represented 4.3% of all behavioral states. Most were
play: spy hopping, breaching with physical contact, impulsion of calf out of water, surf and playing with
objects (algae or sticks). Usually those behaviors were performed in a repeated fashion. Although the
frequency of adult-infant interactions was low, we suggest that it has a key role on the development of calves
skills and social life. Dolphins have a long infant life and behaviors such as surf, breaching and playing with
objects involve the same skills the animal will need in feeding and body contact may help in future sexual
behavior.

Keywords: dolphin, Pipa beach, socializing

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LEVANTAMENTO DAS VOCALIZAÇÕES DA LONTRA (Lontra longicaudis) DURANTE APROXIMAÇÃO


DE TRES EXEMPLARES NO CPPMA

Prado, A. M.1; Lazzarini, S. M.2; Monticelli, P. F.3


1
Bióloga Parque Ecológico Municipal de Paulínia “Armando Muller”. biologandrea@gmail.com
2
Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos – CPPMA
3
Pós-doc do Laboratório de Psicoetologia do Instituto de Psicologia, USP

Embora seja descrita como uma espécie solitária na natureza, em cativeiro a lontra neotropical pode viver
bem com outros membros da espécie, sugerindo algum nível de socialidade. Em sua ampla faixa de
distribuição pela América Central e do Sul, no Pantanal e na Amazônia a lontra é simpátrica à ariranha
(Pteronura brasiliensis). As duas espécies diferem em características físicas e em relação à extensão do
repertório acústico: foi descrito um rico repertório de sinais para a ariranha e apenas descrições subjetivas
de 4 ou 5 sinais para a lontra. Considerando a importância de se categorizar o repertorio vocal das espécies
para o melhor entendimento de seu comportamento, estamos conduzindo um levantamento do repertorio da
lontra. Nesta fase inicial da pesquisa, fizemos observações de três exemplares durante a aproximação
(duas fêmeas jovens e um macho adulto). Identificamos nove sons emitidos durante comportamentos de
exploração e interações agonísticas. É provável que alguns desses tipos sejam variantes de outros,
associados a variações motivacionais, o que será verificado após a análise sonográfica. Dois tipos de
vocalizações parecem bem definidos: o chamado de socorro e o de exploração usado para recintos e
indivíduos não familiares, inclusive de outras espécies.

Palavras chave: lontra, comportamento, vocalização.

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PADRÃO COMPORTAMENTAL DE PARES DE FÊMEA-FILHOTE DE Eubalaena australis


(DEUSMOLINS, 1822) NA TEMPORADA REPRODUTIVA DE 2008, ENSEADA DE RIBANCEIRA E
IBIRAQUERA, IMBITUBA, SANTA CATARINA, BRASIL

Santos, F. C.¹; Corrêa, A. A.²; Groch, K. R.3; Rodrigues, J.¹


1
Faculdade Anhanguera de Anápolis – FAA. Anápolis - GO. nandac_fcs@yahoo.com.br ;
juliana.rodrigues@unianhanguera.edu.br
2
OIKOS Consultoria Ambiental. Rua Duque de Caxias, 193. Centro, Imbituba - SC.
audreyamorimcorrea@gmail.com
3
Projeto Baleia Franca – PBF/Brasil. Av. Atlântica, s/n. Itapirubá Norte. Caixa Postal 201. Imbituba - SC.
karina@baleiafranca.org.br

O litoral de Santa Catarina possui locais apropriados para as interações entre fêmeas e filhotes de
Eubalaena australis, durante o período reprodutivo da espécie (julho a novembro), devido às águas calmas
e enseadas bastante recortadas, que conferem proteção contra predadores e os ventos fortes
característicos da região durante os meses de inverno. A Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia
Franca abrange 130 km da costa catarinense para efetivar a importância desta região para a conservação
da espécie. O presente estudo teve como objetivo analisar os padrões comportamentais dos pares de
fêmea-filhote de baleias francas que freqüentaram a enseada de Ribanceira e Ibiraquera, Imbituba–SC,
durante a temporada reprodutiva de 2008. As observações foram realizadas entre os meses de agosto e
novembro a partir de um ponto fixo localizado na porção sul da praia da Ribanceira (-28.193115°S;-
48.659936°W). Para a análise comportamental, os grupos monitorados foram os mais próximos do ponto
fixo de observação e os dados selecionados tiveram no mínimo 30 minutos de observação focal. Para
verificar se houve diferença significativa entre cada estado comportamental ao longo das observações das
fêmeas e filhotes separadamente foi empregado o teste do qui-quadrado. Em 93,12 horas de observações
focais consideradas neste estudo foram analisados 98 pares de fêmea-filhote. As freqüências referentes a
cada comportamento, ao longo dos meses, de fêmeas e filhotes separadamente não diferiram (Para fêmeas
– Natação:Qui-quadrado=3,513,p=0,3191; Descanso:Qui-quadrado=2,540,p=0,468; Brincadeiras:Qui-
quadrado=1,248,p=0,7415. Para filhotes – Natação:Qui-quadrado=3,547,p=0,31497; Descanso:Qui-
quadrado=02,65,p=0,4488; Brincadeiras:Qui-quadrado=1,248,p=0,7415), porém diferiram significativamente
em relação ao estado de mergulho/não definido para fêmeas (Qui-quadrado=18,358,p=0,0004) e para
filhotes (Qui-quadrado=18,557,p=0,0003). Natação foi o estado comportamental mais freqüente em
novembro, descanso teve maior incidência em setembro e brincadeiras ocorreram em maiores números no
mês de outubro tanto para fêmeas quanto para filhotes. As fêmeas permaneceram a maior parte do tempo
em natação (TRAV), em média 48,58% do tempo de observação (DP=±16,58), seguido por descanso
(REST) (31,02%;DP=± 12,70), mergulho/não definido (SE) (13,98%,DP=±13,30) e brincadeiras (PLAY)
(6,44%,DP=± 8,30). As médias de comportamentos mais observadas para filhotes foram natação e
descanso (TRAV=48,52%,DP=±16,60; REST=31,09%,DP=±12,75), seguido de mergulho/não definido e
brincadeiras (SE=13,97%,DP=±13,29; PLAY=6,42%,DP=±8,30). As atividades de natação e descanso
parecem ser as mais realizadas pelas baleias francas durante sua permanência nesta área de reprodução,
sugerindo a preferência por comportamentos de baixo custo energético para a espécie, principalmente em
fêmeas. As análises apresentadas neste estudo avançam o conhecimento sobre o comportamento de
cetáceos no Brasil, especialmente entre fêmeas e filhotes desta população de baleias francas.

Palavras chave: baleia franca, comportamento, Santa Catarina.

(O Projeto Baleia Franca é patrocinado pela PETROBRAS.)

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PROGRAMA DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL REALIZADO COM Lontra longicaudis (OLFERS,


1818)

Farah, F. R. 1
1
GREMAR - Resgate e Reabilitação de Animais Marinhos, Av. Avedis Simonian, 627; Guarujá- SP/ Brasil
rosane.farah@yahoo.com.br

A Lontra longicaudis, é um mamífero carnívoro de hábito semi-aquático, pertencente à Família Mustelidae,


podendo ser encontrado em rios e lagos, assim como também em manguezais e enseadas marinhas. Sua
dieta alimentar é constituída por peixes, crustáceos, anfíbios e moluscos, sendo também oportunistas, se
alimentando de pequenos mamíferos, aves, répteis e insetos. Em cativeiro, estes animais podem apresentar
comportamentos anormais, pelo fato de serem mantidos em um ambiente artificial e limitado. Esses
comportamentos estereotipados podem ser indicadores de falta de bem-estar na vida cativa. O presente
trabalho teve como objetivo verificar os comportamentos em cativeiro deste mamífero aquático, oferecendo
itens de enriquecimento ambiental e quantificando as possíveis alterações dos comportamentos anormais,
ao tornar o ambiente mais próximo do natural, dando-lhe oportunidade de escolha, maior tempo em
atividade e melhoria no bem-estar cativo. Inicialmente, foram realizadas observações através do método Ad
libtum, dos principais comportamentos diários realizados pelo animal e elaborado um etograma. Logo após
foram elaboradas as fichas de campo para o indivíduo e a tabela de itens de Enriquecimento Ambiental. O
estudo ocorreu no Parque Zoológico Municipal de Guarulhos, e foi dividido em três etapas: Antes do
Enriquecimento (A.E.), com coleta de dados etológicos do animal sem a presença de enriquecimento;
Durante o Enriquecimento (D.E.), onde foram oferecidos itens de Enriquecimento, sendo eles físicos,
sensoriais, cognitivos e alimentares; Pós- Enriquecimento (P.E.), onde foram feitas avaliações, novamente
sem a presença de enriquecimento, para verificar a eficácia do estudo e alterações comportamentais. O
método de observação foi animal focal, com registros instantâneos de 3 minutos e intervalos de 5 minutos.
As planinhas foram analisadas em laboratório, aplicando tratamentos estatísticos das médias das
freqüências dos eventos diários dos comportamentos realizados. Os resultados encontrados puderam
comprovar as hipóteses da eficiência do Enriquecimento Ambiental na qualidade de vida, variedade de
comportamentos e bem-estar animal. Foi possível evidenciar a importância da influência do contato humano
em cativeiro, para a diminuição de comportamentos estereotipados.

Palavras chave: Lontra longicaudis; enriquecimento ambiental; bem- estar animal.

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REGISTRO DE MOLESTAMENTO EM BALEIAS FRANCAS (Eubalaena australis) POR GAIVOTÕES


(Larus dominicanus) NA ÁREA DE REPRODUÇÃO DO SUL DO BRASIL, 2009

Rodrigues, G. da R.¹; Corrêa, A. A.²; Groch, K. R.³

¹ Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Av. José Acácio Moreira, nº 787. Dehon, Tubarão-SC.
88704-900. grazielle.bio@gmail.com

² OIKOS Consultoria Ambiental. Rua Duque de Caxias, 193. Centro, Imbituba-SC. 88780-000.
audreyamorimcorrea@gmail.com

³ Projeto Baleia Franca – PBF/Brasil. Av. Atlântica, s/n. Itapirubá Norte, Imbituba-SC. 88780-000.
karina@baleiafranca.org.br

As baleias francas (Eubalaena australis) realizam migrações sazonais entre áreas de alimentação e áreas
de reprodução. A população que freqüenta a costa brasileira todos os invernos percorre em média 6.000Km
entre ida e volta, utilizando principalmente o litoral centro-sul de Santa Catarina, para acasalamento e
procriação. Além da temperatura amena, a escolha da área de reprodução está associada às águas calmas,
rasas e proteção contra predadores naturais, como orcas e tubarões. Durante quase 400 anos as baleias
francas sofreram com a caça indiscriminada, por isso existe grande preocupação quanto à sua
conservação. Uma das principais ameaças sofridas pela espécie é o molestamento por gaivotões (Larus
dominicanus), aves marinhas comuns no hemisfério Sul. Estes desenvolveram o comportamento de se
alimentar oportunamente da pele e gordura, especialmente do dorso das baleias, e as bicadas deixam
marcas profundas que são de difícil cicatrização. Esses ataques são raros no litoral Sul do Brasil, porém
registros ocorrem com freqüência na Patagônia Argentina, e o molestamento provocado é bastante crítico.
Os dados apresentados foram coletados durante monitoramento terrestre realizado pelo Projeto Baleia
Franca em 2009. Em 07/08/2009, na Praia da Vila (Imbituba-SC), foi registrado um ataque de
aproximadamente 10 gaivotas a um par de fêmea-filhote (filhote parcialmente albino). O grupo foi avistado
às 11:10am e a observação comportamental ocorreu entre 11:35 e 12:27. Em 24 minutos de observação
anterior ao ataque (11:35às11:59), o grupo estava em natação lenta na direção N, efetuando principalmente
borrifos e exposições de partes do corpo. O molestamento foi registrado às 12:00 e durou 6 minutos, onde
algumas gaivotas bicaram dorso e cabeça do par. Durante o molestamento (12:00às12:06) o grupo alterou
seu estado comportamental para natação rápida, mantendo direção N, porém realizando mergulhos
prolongados, além de borrifos e exposições de partes do corpo. Ao fim do episódio o grupo foi monitorado
por mais 20 minutos (12:07às12:27) permanecendo em natação rápida por 6 minutos subseqüentes, e
depois alterou velocidade, direção de deslocamento, além dos borrifos e exposições do corpo. Às 12:20, 1
gaivota executou 2 razantes em direção ao grupo, porém sem ocorrência de novo molestamento. Alterações
comportamentais em pares de fêmea-filhote nas áreas de reprodução são preocupantes devido aos
possíveis gastos excessivos de energia. Os registros de molestamentos são de extrema importância para o
monitoramento da freqüência destes eventos, bem como para o estudo da influência que possivelmente
exercem no comportamento e vida reprodutiva desta espécie ainda ameaçada de extinção.

Palavras chave: baleia franca, molestamento, gaivotões.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

RELAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE DESLOCAMENTO E PESCA DO BOTO-CINZA, Sotalia


guianensis (VAN BENÉDÉN, 1864) (CETACEA: DELPHINIDAE) COM ESTADO DE MARÉ E
PREFERÊNCIA DE ÁREA, NA REGIÃO DA BARRA DO PARAGUAÇU, BAHIA

Vaz, L. A.1; Bauer, L. M.2; Reis, M. S. S.2


1
Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador - Bahia. E-mail: leticiaa.vaz@gmail.com;
2
Instituto Mamíferos Aquáticos, Salvador – Bahia.

Os dados comportamentais de deslocamento e pesca da população de Sotalia guianensis da Barra do


Paraguaçu, baía de Todos os Santos, foram utilizados com o objetivo de analisar as possíveis relações
existentes entre a preferência de área e estados de maré com tais comportamentos, bem como a direção do
deslocamento (entrando ou saindo do estuário) com essas variáveis, comparando os resultados entre os
meses do ano. Para isso, os dados de janeiro a dezembro de 2008 foram cedidos pelo Instituto Mamíferos
Aquáticos. A coleta dos dados foi feita através de observação de um ponto fixo localizado a 47 metros de
altura, com o auxílio de binóculos de 20 x 50 mm. A área da coleta foi dividida em quatro sub-áreas (I, II, III
e IV). Foi utilizada a metodologia de varredura instantânea (scan) e grupo focal, com duração de cinco
minutos cada focal, alternando com a varredura de um minuto, sendo a observação total diária de
aproximadamente 6 horas. Para a análise das relações entre as amostras e as variáveis foi utilizado o
método ANOVA two-way. Foram encontradas para os dois tipos de comportamento uma preferência pela
área II e, em relação à maré, a maior ocorrência de ambos os comportamentos foi encontrada na maré de
enchente, seguida pela maré vazante, seca e cheia, em ordem decrescente. Os meses de maior avistagem
foram de janeiro à maio, para ambos os comportamentos, e no mês de dezembro para pesca. Para a
direção do deslocamento foram observados os mesmos resultados em relação às marés e, em relação aos
meses, ambas as direções foram mais observadas nos meses de janeiro à maio. Os botos apresentaram,
tanto para deslocamento como para pesca, uma diferença significativa em uma escala temporal mais ampla
(meses), porém não foi observado um padrão em relação aos meses considerados secos nem aos
considerados chuvosos, o boto realizou os comportamentos em ambas as condições. A Barra do Paraguaçu
é um local de intensa atividade da população de boto-cinza da região e é de extrema importância que se
desenvolvam mais estudos em relação às possíveis variáveis que influenciam na utilização da área e no
seu comportamento, podendo assim disseminar as informações e realizar um planejamento adequado para
a região.

Palavras chave: Sotalia guianensis, comportamento, Barra do Paraguaçu

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
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RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS DE MÃES E FILHOTES DE BALEIAS-FRANCA (Eubalaena


australis) FRENTE À EMBARCAÇÃO DE TURISMO DE OBSERVAÇÃO DE BALEIAS EM SANTA
CATARINA, BRASIL

Danielski, M. 1; Secchi, E. R.2; Andriolo, A. 3


1
Instituto Baleia Franca – monicadanielski@gmail.com
2
Universidade Federal do Rio Grande - edu.secchi@furg.br
3
Universidade Federal de Juiz de Fora - artur.andriolo@ufjf.edu.br

As embarcações de turismo de observação de baleias (TOB) podem desencadear diferentes respostas


comportamentais dos animais. Alterações nos orçamentos comportamentais podem apresentar importantes
informações sobre a significância biológica do impacto da atividade na população. O presente estudo teve
como objetivo estudar respostas comportamentais (batidas de cauda e peitoral; saltos; periscópios;
exposições de cauda, peitoral, cabeça e ventre;) de mães e filhotes de baleias-franca frente à embarcação
de TOB. Foram realizadas 38 saídas para TOB, resultando em 24 horas de observações focais ao longo de
88 aproximações a pares de mães e filhotes na temporada reprodutiva de 2006, em Santa Catarina, Brasil.
A plataforma de observação foi a própria embarcação de TOB, um bote inflável com fundo rígido de 9
metros de comprimento. Não houve diferenças significativas entre as freqüências das respostas
comportamentais individuais de mães (H=9,043; p=0,249) e filhotes (H=9,668; p=0,208) avaliadas frente aos
diferentes tempos de aproximação das embarcações de turismo (entre 1 e 5 minutos; entre 6 e 10 minutos;
entre 11 e 15 minutos; entre 16 e 20 minutos; entre 21 e 25 minutos). Foram encontradas diferenças
significativas nas freqüências de comportamentos de mães (H=12,975; p=0,02) e filhotes (H=14,069;
p=0,05) frente às diferentes distâncias da embarcação analisadas (5 metros; 10 metros; 20 metros; 30
metros; 40 metros; 50 metros; 100 metros). Mães e filhotes apresentaram maiores freqüências de respostas
comportamentais a 5 metros de distância da embarcação (Exp. Cauda: Mães=0,25 e Filhotes=0,12; Exp.
Cabeça: Mães=0 e Filhotes=0,04; Exp. Peitoral: Mães=0,20 e Filhotes=0,29; Exp. Ventre: Mães=0,12 e
Filhotes=0,08; Batidas de cauda: Mães=0,04 e Filhotes=0,08; Batidas de Peitoral: Mães=0 e Filhotes=0,16;
Saltos: Mães=0,04 e Filhotes=0,04; Periscópio: Mães=0,12 e Filhotes=0,16). Mães e filhotes apresentaram
batidas de nadadeira caudal (Mães=0,02; Filhotes=0,05) e saltos (Mães=0,02; Filhotes=0,05), somente a 5
metros e 10 metros de distância da embarcação, respectivamente. Esses comportamentos associados à
proximidade do barco, podem estar relacionados a sinais agonísticos frente à presença e proximidade da
embarcação. Para baleias-franca, as respostas comportamentais observadas frente à presença da
embarcação de turismo, exigem um custo energético considerável. Analisar esses comportamentos é
importante para um correto manejo da atividade no que se refere principalmente à distância aos animais e o
tempo de permanência da embarcação com os mesmos.

Palavras chave: Baleias-franca, orçamentos comportamentais, impactos

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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SEASONAL AND DIURNAL ACTIVITY PATTERNS OF BOTTLENOSE DOLPHINS IN BAHIA SAN


ANTONIO, PATAGONIA, ARGENTINA

Vermeulen, Els; Cammareri, Alejandro

Fundación Marybio – els@marybio.org

Behavioural observations of bottlenose dolphins were made during extensive boat-based surveys inside
Bahía San Antonio (BSA), Argentina, between July 2008 and July 2010.The activity of the focal group was
collected using an instantaneous 5min point samples and predominant group activity was classified as being
one of 5 predefined categories. Resulting from the obtained 423 samples (34.3h), the overall proportion of
time spent in these activities was 30% feeding, 21% travelling, 20% resting, 8% milling and 6% socializing. A
total of 14% of the behavioural states could not be classified accurately. The time-budget of the dolphins
seemed to vary with the season. In winter and spring, dolphins seemed to spend up to 19% of their time in a
social behaviour, whereas no socializing could be observed during summer. On the other hand, in summer
dolphins were seen up to 48% of their time feeding, being 32% more than winter. If this feeding behaviour is
further analyzed, it seems important mentioning a peduncle-dive feeding, which could be easily distinguished
from all other foraging techniques seen in the bay. Peduncle-dive feeding is a generalized foraging technique
observed frequently in bottlenose dolphins and is defined by a dolphin surfacing in discrete bouts with tail-out
and/or peduncle dives at a rate of 0.3/min, where after the dolphin remains submerged 1–3 min. During this
behaviour, dolphins are generally in smaller groups. This foraging technique was typically seen inside BSA
during summer, where it covers 96% of all the foraging techniques seen. It further diminishes in autumn to
13% and disappears completely during winter and spring, when foraging is typically associated with larger
groups and the presence of seals and gulls. The average group size (GS) of dolphins over the different
seasons further confirms a significant difference, with groups being the smallest in summer (GS=3.6) and the
largest in winter (GS=11.6). The behaviour of bottlenose dolphins did also seem to have a diurnal pattern,
with increasing resting in the morning, more actively feeding and socializing in the afternoon and a gradual
increase in resting towards the evening. This data suggests that BSA is mainly a feeding and resting area for
the bottlenose dolphin population that resides in the area. More data is needed to accurately define the
habitat use of these dolphins.

Keywords: behaviour, bottlenose dolphin, foraging

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SURFACING, RESPIRATION AND DIVE BEHAVIOUR OF HUMPBACK WHALES IN THE ABROLHOS


BANK, EASTERN BRAZIL

Bezamat, C.1*; Wedekin, L. L.2; Marcondes, M. C. C.2; Valentin, J. L.1


1
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Biologia Marinha.
*e-mail: carolinabezamat@gmail.com
2
Instituto Baleia Jubarte, Caravelas, Bahia.

The objective of the current study was to analyse surfacing, respiration and dive behaviour of humpback
whales in the Abrolhos Bank, the main breeding and calving ground in the western South Atlantic Ocean,
and point out the factors that may affect whales’ blow rate. Survey cruises were conducted weekly from July
to November 2003, 2007 and 2008. Only ventilation records longer than 10 min were considered, totalling
83.4 h of ventilation data of 73 calves and 172 adult humpback whales. This study considered observations
on the following group categories: solitary adult (LONE); two adults (DYAD); mother and calf (MOC); mother,
calf and one escort (MOCE). Most dives lasted less than 4 min. Less than 1% of adult whales’ dives were
over 10 min. The overall mean dive time was 2.47 ± 1.59 min (n=1087) for adult whales and 1.88 ± 0.81 min
(n=372) for calves. Most surfacings lasted 2 min or less. Overall surfacing time averaged 0.93 ± 1.10 min
(n=1137) for adult whales and 1.44 ± 1.82 min (n=408) for calves. Adult whales remained at the surface
29.33 ± 17.78% of the total observation time and calves 45.74 ± 19.95%. Calves showed higher blow rates
(mean= 1.55 ± 0.40 blows/min) than adult whales (mean= 0.99 ± 0.38 blows/min). Lone whales showed
lower blow rates than whales in associations, except for escorts. No correlation was found between blow rate
and depth, probably due to the small depth range in the sampled area (10-60 m). Time of day did not affect
whales’ blow rate either. Adult whales’ blow rate varied irregularly throughout the breeding season, with a
significant difference between August and October. These differences are probably related to the fact that
more lone whales were analysed in August, and more females in MOC and MOCE groups were analysed in
October, showing higher blow rates. Regarding the calves, variation in blow rate throughout the breeding
season was not significant, suggesting that by the time our field observations were terminated, calves still
had a reduced capacity to dive. Whales’ activities did not affect blow rate significantly, when grouped
according to the energy expenditure. Nevertheless, there are evident patterns in blow intervals sequence
according to animals’ behavior: (a) long periods of apnea followed by a series of short blow intervals, for
whales engaged in tail-up behaviour and/or singing, and (b) short and constant blow intervals, for whales
swimming close to the surface.

Keywords: Megaptera novaeangliae, blow rate.

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VARIAÇÕES HORÁRIAS NA ENTRADA E SAÍDA DOS GOLFINHOS ROTADORES DA BAÍA DOS


GOLFINHOS, EM FERNANDO DE NORONHA – PE

Costa, Thiago Emanoel Bezerra da1,2; Silva, Flávio José de Lima3; Silva Jr., José Martins da4
1
Laboratório de Sistemática e Ecologia Animal, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte – thiago_ebc@hotmail.com
2
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia – Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
3
Departamento de Turismo/UERN.
4
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio

Estudos sobre ritmos circadianos de cetáceos são bastante raros, devido a dificuldade em se estudar este
aspecto de vida de animais aquáticos em vida livre. Informações sobre ritmos de mamíferos aquáticos
podem ser obtidas por meio de relatos de expedições baleeiras ou de observações de ponto-fixo em áreas
conhecidas de ocorrência dos mesmos. O golfinho-rotador pantropical, Stenella longirostris longirostris,
ocorre em todas as águas tropicais e subtropicais ao redor do mundo, tipicamente oceânico, podendo se
aproximar de baías ou enseadas. Relatos da ocorrência desta espécie em Fernando de Noronha datam
desde o século XVI. O objetivo deste estudo é caracterizar a ritmicidade circadiana comportamental do
golfinho-rotador na Baía dos Golfinhos, em Fernando de Noronha. Foram feitas observações diárias de
ponto-fixo ao longo de 19 anos, entre 1991 e 2009, totalizando 3.880 dias de observação. Verificou-se uma
variação ao longo dos anos, como o aparecimento de tendências na distribuição dos horários de entrada e
saída dos rotadores da Baía dos Golfinhos, com maior gradiente de variação a partir de 2004, quando o
horário médio de entrada do primeiro golfinho passou 6h20min (N=1.795 e DP=0,47) para 6h33min
(N=1.662 e DP=1,14), evidenciando a tendência aos rotadores chegarem à baía cada vez mais tarde. O
horário médio de saída dos rotadores da Baía dos Golfinhos foi 13h42min (N=1.585 e DP=3,07) entre 1991
e 2004, 13h08min (N=1.070 e DP=2,74) entre 2004 e 2008, e 11h58min (N=559 e DP=2,87) entre 2008 e
2009. Demonstrando que os golfinhos têm saído da baía cada vez mais cedo. Porém a variação do número
de golfinhos que visitam a baía, ao longo dos anos, não apresentou nenhuma tendência de diminuição ou
aumento com o passar dos anos, com os valores sempre variando ao redor do valor médio de 366,3
animais (N=3.467 e DP=274,3). Estas variações confirmam a mudança no padrão de ocupação da Baia dos
Golfinhos pelos Rotadores em Fernando de Noronha, sendo importante a condução de estudos futuros para
determinar se esta alteração está relacionada à fatores antrópicos ou naturais.

Palavras chave: Golfinho-rotador, Ritmo Circadiano, Fernando de Noronha.

Patrocínio: Petrobras 

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Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

BRINCADEIRA INÉDITA EM BOTO-CINZA (Sotalia guianensis) (VAN BÉNÉDEN, 1864) NO PORTO DE


ILHÉUS, BAHIA, BRASIL

Izidoro, Flávia Bonfietti1,2; Le Pendu, Yvonnick1,2


1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos de Ilhéus, E-mail: izidoro_flavia@yahoo.com.br
2
Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil.

A brincadeira consiste em ações realizadas para nenhum outro propósito aparente que não seja o próprio
divertimento. A descrição desta atividade é difícil porque envolve vários comportamentos. Este trabalho
descreve um comportamento de brincadeira inédito realizado por botos-cinza (Sotalia guianensis) e analisa
suas ocorrências no Porto de Ilhéus (BA). O comportamento de "brincadeira de contato" foi definido como a
utilização do rostro por um animal para tocar qualquer parte do corpo de outro indivíduo. Realizou-se 548,3
horas de observação direta, a partir de um único ponto fixo, utilizando o método de amostragem incident
sampling entre setembro de 2007 e agosto de 2008. Registrou-se 68 brincadeiras de contato entre um total
de 2794 eventos de brincadeira. Este comportamento foi avistado em juvenis (n=29), adultos (n=7) e um
infante (n=1). A brincadeira de contato foi realizada simultaneamente pelos animais envolvidos na interação
em 94% das ocorrências (n=64) e sequencialmente em quatro ocasiões. A brincadeira de contato foi
repetida por um ou ambos indivíduos em quatro duplas interativas. A duração das sequências da
brincadeira de contato foi sempre inferior a dois minutos. Somente 18% das ocorrências do comportamento
(n=12) foram registradas na presença de navios ancorados e em operação no cais do porto, enquanto
navios em operação estiveram presentes 70% do tempo de observação (p<0.0001). De acordo com a
literatura científica, há evidências de que os comportamentos que envolvem contato tenham um significado
social. É necessário investigar as razões pelas quais a ocorrência da brincadeira de contato fora registrada
apenas na população de botos-cinza em Ilhéus, descrever os contextos da sua ocorrência e conduzir
observações comportamentais visando sua identificação em outras populações.

Palavras chave: brincadeira de contato, golfinho, navio.

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Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

GUIANA DOLPHIN (Sotalia guianensis) FISSION-FUSION DYNAMICS IN PIPA BAY, BRAZIL

Lunardi, Diana Gonçalves; Ferreira, Renata Gonçalves

PPG em Psicobiologia, Departamento de Fisiologia, Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio


Grande do Norte. E-mail: lunardi.diana@gmail.com

Fission-fusion dynamics can reflect individual decisions as well as temporal and spatial variations in the
organization of conspecifics groups. The present study describes fission-fusion dynamics for Guiana dolphin
in Pipa Bay, RN, Brazil. Our objective was to investigate the three dimensions of the social system fission-
fusion: (i) variation in spatial cohesion; (ii) variation in party size and (iii) variation in party composition among
group members. Systematic observations of the Guiana dolphin were made from an observatory located in
cliffs about 25 m above sea level that surround Madeiro Bay. The samplings occurred from December 2007
to February 2009, during 176 days. We observed 658 aggregations in 933h of focal samplings. Independent
of the type of composition, more than 50% of the individuals remained with distances between them of up to
2m. New individuals joined in the aggregation, mainly during the feeding and leaving during the foraging.
Large aggregations (6−10 individuals) shown to be more unstable than small aggregations (1−5 individuals),
while aggregations of adults were more steady than aggregations of adults and juveniles. The proposal
dynamics index (temporal variation in party size) varied from 0 (steady aggregations) to 0.67 (unstable
aggregations) with average of 0.14±0.004. The aggregations of Guiana dolphin changed its composition
frequently, modifying the party size and the spatial cohesion, on average, to each 20min. Based on these
factors, we suggest that the Guiana dolphin demonstrates high degree of fission-fusion dynamics, a pattern
that is facilitated by the low costs of travel and that matches with observed in other coastal Odontoceti
species such as Tursiops sp. and Lagenorhynchus obscurus.

Keywords: aggregation; party size; spatial cohesion.

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Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

¿LOBO ESTAS? VARIABILIDAD DE LAS INTERACCIONES CON PESCA ARTESANAL EN URUGUAY

De Maria, M.; Golluchi, M.; Rivas, F.; Szteren, D.

Facultad de Ciencias, Universidad de la República. Montevideo, Uruguay. maitedmm@gmail.com

El león marino sudamericano (Otaria flavescens) y el lobo fino (Arctocephalus australis) son las especies de
pinnípedos residentes en Uruguay. O. flavescens se alimenta en zonas costeras y estudios anteriores han
evaluado la interacción con la pesca artesanal. Sin embargo en los últimos años los pescadores mencionan
también a A. australis. El objetivo de este estudio fue registrar las interacciones entre los Pinnipedos de
ambas especies y la pesca artesanal en tres localidades de la costa Uruguaya. Es la primera vez que se
realizan estudios en el departamento de Canelones (localidad de Araminda), por otro lado se actualiza la
situación en Montevideo (Playa La Mulata) después de 12 años y de 5 años en Maldonado (Piriápolis).
Además, se compararon las variaciones temporales y espaciales de las interacciones. Desde enero a julio
de 2010 se monitorearon 55 eventos de pesca como observadores abordo (13 en Montevideo, 15 en
Canelones y 27 en Maldonado). Se registró la especie, estadío y número de pinnípedos que interactuaron,
así como variables relacionadas a la actividad y esfuerzo pesquero. Las CPUE fueron significativamente
mayores en Montevideo, mientras que no difirieron estacionalmente. Tal como era esperado, la especie
registrada fue O. flavescens hasta el mes de julio, en que se observaron dos A. australis, uno en
Montevideo y otro en Maldonado. El número de lobos marinos difirió significativamente entre las localidades
siendo mayor en Canelones (1,27), seguido por Montevideo (0,92) y menor en Maldonado (0,41). También
aumentó significativamente en el tiempo, desde el verano al invierno. Este es el primer registro de
interacción documentada de lobos finos con la pesca artesanal en Uruguay. La frecuencia de eventos de
pesca con interacciones fue máxima en Canelones (67%), mientras que en Montevideo y Maldonado fue
similar (46% y 44%). Por otro lado, las CPUE no fueron significativamente diferentes en presencia o
ausencia de interacciones. Estas tendieron a ser mayores en presencia de interacciones en Canelones y en
Montevideo. Los resultados de éste estudio demuestran la gran variabilidad que presentan las
interacciones. No se encontraron las mismas tendencias espaciales ni temporales que en estudios
anteriores. Se recalca la importancia de seguir estudiando el problema, con una mayor continuidad en los
monitoreos, incluyendo nuevas localidades, y una mayor extensión temporal.

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“COM VIDA NÃO SE FAZ VIDA”: IDÉIAS SOBRE O USO COMERCIAL DO PEIXE-BOI AMAZÔNICO
(Trichechus inunguis) NA RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL AMANÃ, BRASIL

Calvimontes, Jorge1,2; Marmontel, Miriam2


1
Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais, Universidade Estadual de Campinas,
jorge.calvimontes@gmail.com
2
Grupo de Estudos em Mamíferos Aquáticos Amaônicos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável
Mamirauá, marmontel@mamiraua.org.br.

Ao longo de vários anos de pesquisa de campo na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã


(RDSA), na Amazônia Brasileira, membros do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do
Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá têm trabalhado junto aos moradores locais, muitos
deles ex-caçadores comerciais de peixe-boi, com o objetivo de aproximá-los à pesquisa e poder
compreender suas percepções, o uso histórico da espécie e perspectivas sobre sua conservação. Os
métodos usados para a coleta de dados têm sido, principalmente, entrevistas semi-estruturadas e reuniões
nas comunidades. Consultados sobre as atividades econômicas desenvolvidas no passado, os moradores
da RDSA, indicam a caça como uma das principais. Entretanto, durante os últimos 25 anos, devido à maior
fiscalização e à diminuição das populações da fauna, eles têm se tornado agricultores. “A fartura de peixe-
boi acabou. Agora o que tem é a fartura da roça”, indica um antigo morador do Lago Amanã. Nesse sentido,
era importante indagar sobre a percepção dos moradores sobre a proibição de caçar peixe-boi para poder
entender a relação que têm com a espécie. Como resultado se conseguiu entender como eles percebem as
restrições sobre o uso da fauna e como entendem sua realização econômica em relação a este uso. Uma
frase muito escutada entre os moradores de média e avançada idade é que “com vida não se faz vida”. Esta
frase faz referencia a que quando tinham a caça e a pesca como suas principais atividades econômicas,
trabalharam muito, extraíram muitos recursos, mataram muitos animais, venderam muitas peles, muitos
quilos de carne, e ainda assim, nunca conseguiram ter nada na vida, e que foi recém com a agricultura que
conseguiram certa estabilidade e conforto. A agricultura seria uma atividade muito mais segura e rentável.
Por outro lado, caçadores ou ex-caçadores de peixe-boi indicam que a quantidade de peixes-boi tem
diminuído nos últimos anos, entretanto, nenhum deles acredita na possibilidade real de sua extinção. Estas
duas afirmações, as vezes tão contraditórias, formam a concepção dos moradores sobre o estado de
conservação do peixe-boi. A incredulidade a respeito da extinção é geral entre os moradores da RDSA e
está justificada pela crença de que “o que Deus deixou no mundo nunca acaba, pode ficar difícil, mas nunca
acaba”. Este aspecto é de muita importância quando se trata de definir medidas concretas de conservação
através da conscientização e a participação comunitária na pesquisa.

Palabras chave: peixe-boi amazônico, caça, conservação.

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ASSOCIAÇÃO DE CETÁCEOS COM RITUAIS FUNERÁRIOS DE CAÇADORES-PESCADORES-


COLETORES DO SAMBAQUI DO ILHOTE DO LESTE, RIO DE JANEIRO, BRASIL

Castilho, Pedro Volkmer de1; Oliveira, Maria Cristina Tenório de2


1
Universidade do Estado de Santa Catarina. E-mail: a2pvc@cav.udesc.br
2
Museu Nacional/UFRJ

Durante as escavações do Sítio Arqueológico do Ilhote do Leste, localizado em Ilha Grande litoral sul do
Estado do Rio de janeiro, foram encontrados diversos agrupamentos de ossos articulados de cetáceos. As
datações registraram um período de ocupação de 3300 a 2300 anos AP para esta população de
sambaquieiros. Dos pouco mais de 15% do sítio escavado exumaram-se 40 indivíduos entre homens,
mulheres e crianças. Foi constatada uma grande variabilidade no modo de enterrar embora haja repetição
de alguns elementos, tais como: o sedimento limpo cercando os membros superiores, a posição fletida, a
presença de restos de alimentos sobre eles, a associação com fogueiras, com lâminas de machado, com
pedras próximas ao crânio, com as ossadas de mamíferos marinhos e a presença de adornos, como os
colares de dentes perfurados de cação, felídeo e canídeo. Avaliando o padrão espacial dos enterramentos
com a presença dos ossos de cetáceos detectou-se uma correlação positiva. Os cetáceos comumente
associados aos enterramentos foram identificados como Stenella frontalis, Delphinus capensis e Megaptera
novaeangliae. Menos freqüentes foram peças esqueletais de Tursiops truncatus e Steno bradanensis.
Escavações recentes em sambaquis de São Paulo e Santa Catarina descrevem brevemente a ocorrência
de associações de rituais funerários e mamíferos marinhos.

Palavras chave: zooarqueologia, enterramentos, concheiros

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ATUAÇÃO DO GRUPO DE PESQUISA EM MAMÍFEROS AQUÁTICOS DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL

Le Pendu, Yvonnick1; Schiavetti, Alexandre1,2; Lima, Alice de Moura3; Morais, Bianca Cruz3;
Assis, Carla Viviane de1; Alarcon, Daniela Trigueirinho2; Costa Neto, Eraldo Medeiros1;
Izidoro, Flávia Bonfietti1; Gonçalves, Maria Isabel Carvalho4; Santos, Mariana Soares2;
Costa, Martha Eloy Bandeira1; Alvarez, Martín Roberto del Valle1; Recchia, Meline Dal Posso1;
Velozo, Raquel Sá1; Batista, Renata Lucia Guedes1; Silva, Stella Tomás3; Santos,
Urânia Amaral dos1; Paula, Yuri Cruz de3
1
Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil
Autor para correspondência: yvonnick@uesc.br
2
Programa de Pós-Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais, Universidade Estadual de Santa Cruz,
Bahia, Brasil
3
Graduação em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil
4
Mestrado em Ciências do Mar – Recursos Marinhos, Instituto Ciências Biomédicas de Abel Salazar da
Universidade do Porto, Portugal.

Pretende-se expor um panorama dos estudos realizados pelo Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos
de Ilhéus (GPMAI - CNPq) desde sua criação em 2006 por integrantes da Universidade Estadual de Santa
Cruz. O GPMAI levanta informações para auxiliar a conservação de mamíferos aquáticos no Litoral do
Estado da Bahia, em colaboração com Instituto Mamíferos Aquáticos e o Instituto Baleia Jubarte. A análise
dos encalhes ocorridos entre o rio Jequitinhonha e a Baía de Todos os Santos entre os anos de 1999 e
2005 totalizaram 257 indivíduos de 25 espécies de mamíferos aquáticos. A ecologia e o comportamento de
três populações de Sotalia guianensis foram estudados: 30 indivíduos foram foto-identificados na barra de
Paraguaçu, 70 em Ilhéus e 20 em Canavieiras. O tamanho dos grupos observados nessas populações era
geralmente inferior a oito indivíduos, mesmo nas áreas de maior densidade como o Porto de Ilhéus e os
arredores da Ponte do Loide em Canavieiras. A direção do deslocamento dos animais nos zonas estuarinas
de Ilhéus e Canavieiras acompanhou o ritmo da maré. Comportamentos inéditos da espécie foram
observados pelos pesquisadores (ex: brincadeira de contato em Ilhéus) e relatados pelos pescadores (ex:
encalhe intencional em Canavieiras). Estudos etnobiológicos realizados em Itacaré, Ilhéus e Canavieiras
indicaram poucos conflitos entre cetáceos e pescadores, apesar da ocorrência de capturas acidentais e
ocasionais. Desde 2010, o GPMAI completa as observações diretas com a coleta e análise de emissões
sonoras de Sotalia guianensis e Megaptera novaeangliae. A partir de 2011, o grupo pretende monitorar
intensamente os cetáceos na faixa litorânea entre Ilhéus e Itacaré antes da eventual implantação na área do
Complexo Intermodal Porto Sul que inclui a construção de uma ponte sobre o mar de 2300 metros de
comprimento dando acesso a um píer de carga de minério.

Palavras chave: GPMAI, boto-cinza, baleia-jubarte.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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COMPOSICIÓN POR EDADES DE FRANCISCANAS (Pontoporia blainvillei) CAPTURADAS


INCIDENTALMENTE EN DOS SECTORES COSTEROS DEL NORTE DE LA PROVINCIA DE BUENOS
AIRES, ARGENTINA

Denuncio, Pablo1,2; Mandiola, Agustina1,2; Spina, Florencia1,3; Garcia, Mabel4; Bastida, Ricardo1,2;
Rodríguez, Diego1,2
1
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), Argentina. pdenunci@mdp.edu.ar
2
Departamento de Ciencias Marinas, Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina.
3
CeDePesca
4
Laboratorio de Histología, Departamento de Biología, Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina.

Se analizó la composición por edades de 43 Franciscanas (Pontoporia blainvillei) capturadas


incidentalmente en pesquerías artesanales de dos sectores costeros del norte de la Provincia de Buenos
Aires. Uno de ellos con influencia estuarial y marina en la desembocadura del Río Salado (Bahía
Samborombón) (RS; n=22), y el otro correspondiente al Cabo San Antonio (CSA; n= 21) con una mayor
influencia marina. En ambos sectores las mallas utilizadas en la pesquería artesanal fueron similares entre
sí. Los dientes fueron descalcificados con RDO, los cortes realizados con Criostato y teñidos con
Hematoxilina de Mayer para su posterior lectura bajo microscopio. En las dos zonas estudiadas la muerte
incidental registrada correspondió mayoritariamente a ejemplares pre-reproductivos (≤ 3 años) (RS: 68,2 %;
CSA: 66,7 %), con una clara predominancia de machos en ambos sectores (RS: 70,8 %; CSA: 70,0 %). Una
mayor discriminación de las clases de edad presentes en las capturas evidencia ciertas diferencias entre
ambos sectores analizados. En el CSA los rangos de edad más frecuentes para ambos sexos corresponden
a ejemplares de 1-3 años (52,4 %), seguidos por otros de 3 a 5 años (23,8 %), y, finalmente, los menores de
un año (14,3 %). Esta tendencia es opuesta a la registrada en el RS, donde existe una mayor proporción de
ejemplares menores al año (36,4 %), seguidos de aquellos entre 1-3 años (31,8 %) y en menor proporción
los de 3-5 años (9,1 %). Esta última tendencia se debe principalmente a la gran proporción de machos
menores de un año, los cuales dominan las capturas incidentales del RS. Los resultados del presente
estudio sugieren una vulnerabilidad diferente en ambos sectores, siendo la zona del RS de muy alto impacto
para ejemplares machos de Franciscana durante su primer año de vida. Esto podría deberse tanto a su
mayor presencia en la zona, como a diferencias ambientales de los sectores, o a una mayor vulnerabilidad
debido a factores desconocidos. Entre estos últimos podría hipotetizarse una vida independiente más
temprana en los machos que en las hembras, o bien a una mayor interacción con las presas de redes en
ejemplares machos jóvenes inexpertos. Será necesario entonces tener estos elementos en consideración al
momento de estimar con mayor precisión el impacto de las capturas incidentales en diferentes sectores
costeros de la Provincia de Buenos Aires.

Palabras clave: Pontoporia blainvillei, Argentina, capturas incidentales

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CONFLITOS ENTRE O LEÃO-MARINHO SUL-AMERICANO, Otaria flavescens, E A PESCA NO


LITORAI NORTE DO RIO GRANDE DO SUL, SUL DO BRASIL

Machado, Rodrigo1,2; Ott, Paulo Henrique1,3; Danilewicz, Daniel1,4,5; Moreno, Ignacio Benites1,6;
Tavares, Maurício1,7; Oliveira, Larissa Rosa de1,2
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul – GEMARS/Brasil. Autor
correspondente: Rodrigo Machado: ecomachado@gmail.com
2
Laboratório de Ecologia de Mamíferos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS/Brasil.
3
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS/Brasil.
4
Instituto Aqualie – Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite.
5
Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Brasil
6
Laboratório de Mastozoologia e Ornitologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS/Brasil
7
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos do Instituto de Biociências da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul – CECLIMAR/IB/UFRGS/Brasil

Conflitos entre carnívoros predadores de topo e humanos são comuns, sendo acentuados em localidades
em que há sobreposição na área de uso, onde comumente os recursos alimentares estão envolvidos. Neste
contexto, o principal problema de conservação do leão-marinho sul-americano (Otaria flavescens) em toda a
sua área de distribuição é a interação com a atividade pesqueira. O sul do Brasil é considerado o limite
setentrional de ocorrência da espécie no Oceano Atlântico. O período de maior ocorrência na região é entre
os meses de inverno e primavera. A costa do Rio Grande do Sul (RS) é uma das regiões de maior potencial
pesqueiro do território brasileiro. No litoral norte do RS encontram-se os portos de Torres (29º19’S;
49º43’W) e Imbé (29º58’S; 50º07’W). O presente estudo avaliou parâmetros das interações entre a atividade
pesqueira do litoral norte do RS e os leões-marinhos, através de embarques e da análise de espécimes
mortos encontrados em monitoramentos da costa do RS. Neste trabalho uma interação foi considerada
como qualquer evento onde se registrou a presença de um leão-marinho nas proximidades da rede durante
uma operação de pesca (retirada da rede da água). Foram realizados 144 embarques entre os anos de
1992 e 1998 (n=117) e 2003 e 2005 (n=27) no porto de Imbé. Adicionalmente, entre 1994 e 2010 foram
realizados 164 monitoramentos de praia para a coleta de leões-marinhos mortos, entre as localidades de
Torres (29°19’S; 49°43'W) e Mostardas (31°15'S; 50°54'W), totalizando 19.222 km percorridos.
Posteriormente cada crânio coletado de leão-marinho foi analisado em busca de sinais de agressão como:
perfurações por projéteis de armas de fogo e fraturas. Como resultado, observou-se que a interação com os
leões-marinhos ocorreu em 33 (14%) das 242 operações de pesca realizadas com redes de emalhe, nas
quais foram observados entre um e cinco leões-marinhos (moda=1; média=2; DP=1,2). Em três destas
interações foram observados disparos com armas de fogo contra os animais por parte dos pescadores. A
maioria das interações (70%) ocorreu no inverno, período de maior registro de leões-marinhos mortos na
área monitorada (51 machos e 4 fêmeas, a maioria adultos e subadultos). Dos 55 crânios analisados, 25%
(n=13) apresentavam marcas de possíveis agressões. A continuidade deste estudo é essencial para uma
maior compreensão da magnitude das interações entre a pesca e leões-marinhos, bem como para embasar
futuros planos de manejo destes conflitos no sul do Brasil.

Palavras chave: Otaria flavescens, interação com a pesca, Rio Grande do Sul.

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CONFLITOS ENTRE PESCADORES E ARIRANHAS (Pteronura brasiliensis) NA RESERVA DE


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL UACARI, RIO JURUÁ, AMAZONAS

Rosas-Ribeiro, Patrícia F.; Rosas, Fernando C. W.; Zuanon, Jansen

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). patriciafarias@hotmail.com

A caça para suprir o comércio internacional de peles eliminou localmente muitas populações de ariranhas. A
proibição da caça na década de 1970 e os esforços conservacionistas direcionados à espécie levaram à
recuperação de algumas populações ao longo da sua distribuição. Esse aumento local e recente da
quantidade de ariranhas ocasionou conflitos com populações ribeirinhas, que as percebem como
competidoras pelo pescado. Neste estudo analisou-se o conflito entre pescadores e ariranhas na Reserva
de Desenvolvimento Sustentável Uacari, onde as ariranhas são acusadas de interferirem na pesca através
da predação (diminuição da disponibilidade de peixes pelo consumo), interferência local (afugentamento
temporário dos peixes) e interferência direta (destruição dos apetrechos de pesca). A interferência por
predação foi analisada pela sobreposição alimentar (índice de Morisita simplificado) entre os táxons de
peixes consumidos por humanos e ariranhas. A dieta das ariranhas foi avaliada por amostras de fezes, e a
dos humanos por entrevistas regulares, onde cada pescador declarava as espécies e quantidade de peixes
pescados para o consumo e comércio. As interferências local e direta foram avaliadas através de pescarias
experimentais com malhadeiras, semelhantes às realizadas pelos pescadores locais. A eficiência de captura
(Captura por unidade de esforço) foi comparada entre pescarias com e sem a presença de ariranhas. A
sobreposição entre os táxons de peixes consumidos por humanos e ariranhas foi baixa (0,37) e variou
temporalmente, sendo menor na seca (0,24) que na cheia (0,60), quando ambos os consumidores tendem a
ser mais generalistas. A sobreposição entre os peixes consumidos pelas ariranhas e aqueles explorados
pela pesca comercial local foi pequena (0,34). A presença de ariranhas durante as pescarias experimentais
foi baixa (9,5%), só ocorreu na cheia, e não interferiu significativamente na eficiência das capturas. Foi
registrada apenas uma interferência direta das ariranhas nas pescarias experimentais. Os resultados
demonstram que os peixes consumidos pelas ariranhas não são os mais importantes na dieta da população
humana na área de estudo e que a freqüência de encontro com as ariranhas nas pescarias é baixa, o que
diminui a probabilidade de interferência local ou direta. O conflito na área de estudo pode ser intensificado
na cheia, quando o rendimento das pescarias diminui naturalmente, mas parece ser motivado
principalmente pelo preconceito dos moradores com relação às ariranhas. Ressalta-se, portanto, a
necessidade de realização de um trabalho de conscientização dos moradores da reserva com relação à
importância das ariranhas para a própria manutenção e diversidade dos estoques pesqueiros.

Palavras chave: Dieta; Interações com a pesca; Lutrinae

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CONHECIMENTO DE PESCADORES DA PRAIA DO MUCURIPE, FORTALEZA/CE, BRASIL, SOBRE A


BIOECOLOGIA DE Sotalia guianensis (GERVAIS, 1953) (CETACEA, DELPHINIDAE)

Mendes, Mariana Vasconcelos¹; Garcez, Danielle Sequeira²


1
Universidade Federal do Ceará / Centro de Ciências, Departamento de Biologia, Bloco 906, Caixa Postal
6021, CEP 60455-760, Campus Pici. Fortaleza/CE, Brasil. E-mail: mariana-mvm@hotmail.com
2
Universidade Federal do Ceará / Instituto de Ciências do Mar (Labomar). Av. Abolição, no 3207, Meireles.
CEP 60165-081. Fortaleza/CE, Brasil. Email: daniellegarcez@ufc.br

Golfinho e boto são nomes populares para a espécie Sotalia guianensis (Cetacea), com distribuição da
Nicarágua a Santa Catarina, Brasil. Ausência de estudos de longo prazo e limitadas informações sobre sua
história natural a classificam como “insuficientemente conhecida” (Plano de Ação para Mamíferos Aquáticos
do Brasil e ”The World Conservation Union”). Estudos etnoecológicos de uma espécie podem gerar dados
contribuintes em planos de gestão e manejo das populações, tornando-se relevantes trabalhos com
pescadores, visto ser comum a presença de botos durante pescarias. Em Fortaleza (CE), o boto-cinza pode
ser avistado na Praia de Iracema. Como poucos estudos abordam conhecimentos sobre ecologia e
comportamento de botos por comunidades litorâneas do Ceará, este estudo levantou informações sobre a
bioecologia do boto-cinza, através dos conhecimentos empíricos de pescadores artesanais da Enseada do
Mucuripe (Praia de Iracema). Entre outubro/2009 - junho/2010 foram entrevistados (questionários semi-
estruturados), 34 pescadores artesanais [médias de 50,6 anos de idade (32-75 anos), e 36,1 anos de
experiência]. Todos identificaram a espécie por fotografia e relataram ocorrência frequente na costa.
Perguntou-se sobre a bioecologia dos botos (longevidade; tamanho atingido e de primeira maturação;
períodos reprodutivos; táticas de forrageamento e itens alimentares; migrações, abundância e distribuição;
comportamentos em grupo; mortalidade; aproximação às embarcações). Foi relatada a ocorrência de
grupos de 2-30 indivíduos (6 em média). 62% dos pescadores relataram o comprimento máximo de adultos
entre 2-3m; 85% não souberam a idade ou tamanho de 1ª reprodução; 53% não explicaram corretamente o
nascimento e nenhum conhecia o tempo de gestação ou fecundidade das fêmeas. 38% disseram
reconhecer machos e fêmeas fora d’água, sendo juvenis diferenciados apenas pelo tamanho (82%). 38%
relataram causas de morte por acidentes com apetrechos pesqueiros; 56% disseram que botos são
mamíferos ou os associaram a demais cetáceos. 32% apontaram a amamentação como alimentação dos
filhotes; 62% relataram aproximação de botos durante pescarias. 3 desconheciam comunicação entre
indivíduos, cuidado parental e aspectos respiratórios. Na percepção de 88% dos pescadores, as populações
de botos da costa do Mucuripe mantiveram sua abundância ou aumentaram nos últimos 5 anos, pela
proibição da captura. Relatou-se consumo ou uso da carne para isca, ou olhos para crenças (66%). Conclui-
se que a maioria das respostas está de acordo à literatura, mas os conhecimentos não são consenso entre
os pescadores. Espera-se que os resultados obtidos possam auxiliar programas que contemplem
divulgação sobre a ecologia e conservação de S. guianensis, neste importante ponto de pescadores
artesanais em Fortaleza.

Palavras chave: pescadores artesanais; conhecimento empírico; Sotalia guianensis

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CONSTRUCCIÓN DE LA REALIDAD SOCIAL DE UN Sotalia guianensis A PARTIR DE LA


SENSIBILIDAD

González, Norma Cuadros

Universidad Central, norma_cuadros_g@yahoo.com

Proponer que la construcción de un cetáceo sobre su realidad social está basada en la sensibilidad que
posee, plantea una revisión de cuáles son los parámetros que un ser necesita para considerarse como actor
y sujeto social en la relación que establece con su entorno. Entonces, la sensibilidad que se aborda va más
allá de la capacidad de sentir sensaciones; sino centrándose en cómo esa capacidad sensorial le permite al
delfín pensar el mundo que lo rodea. Esto implica un análisis sobre cómo ésta sensibilidad influye en la
relación entre: sujeto – sujeto, o sujeto – objeto. Toda criatura con corteza estriada tiene experiencias
visuales conscientes (Carruthers, 1995), esta afirmación está comprobada también para los cetáceos, por
tanto es posible asegurar que la información recibida por medio de la visión, será un hecho consciente que
hará al individuo actuar o responder según lo que perciba del entorno. Es así como se puede hablar que los
delfines Sotalia guianensis tienen experiencias visuales conscientes, que les permiten relacionarse y
conocer su entorno. Entonces, es la capacidad sensorial la que posibilita en cualquier animal reconocer su
ambiente, experimentar, y a partir de esto generar representaciones mentales de un objeto o un sujeto que
esté a su alrededor. Otro punto necesario para afirmar que los Sotalia guianensis construyen su realidad
social a partir de la sensibilidad es que percibir un objeto en general requiere que el individuo sea capaz de
diferenciar una experiencia de otra (Carruthers, 1995). Esto es verdadero y hace parte de la configuración
de la realidad social del Sotalia guianensis, por la multiplicidad de estados comporta-mentales y eventos
que realiza en las playas de Curral y Madeiro en el municipio de Pipa, puesto que cada uno de ellos
corresponde a una necesidad o circunstancia biológica, ambiental o eco-sistémica, en donde las acciones
ejecutadas responden al contexto. Si se habla de construcción de realidad social, se debe hablar entonces
del reconocimiento dentro de las estructuras sociales. Ese reconocimiento se da en dos etapas 1)
reconocimiento individual, siendo éste de límite inferior, y 2) reconocimiento de especie, el cual será el límite
superior (Riba, 1990). Para el caso 1, éste ha sido comprobado en los delfines Tursiups truncatus y se da
en los Sotalia guianensis, ésta puede ser a través del contacto visual, sonoro o corporal. Para el 2, también
fue comprobado a través de los procesos de socialización primaria de los individuos.

Palabras clave: sensibilidad, construcción social, comunicación.

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DETERMINACIÓN DE ACTIVIDAD DE ENZIMAS ANTIOXIDANTES, NIVELES DE METALOTIONEÍNAS Y


OXIDACIÓN DE LÍPIDOS EN ERITROCITOS DE HEMBRAS DE Otaria flavescens

Polizzi, P.1,2; Ansaldo, M.3; Ruoppollo, V.4; Rodríguez, D.1,5; Ponce de León, A.6; Gerpe, M.1,2
1
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), Argentina.
2
Lab. de Ecotoxicología, FCEyN, Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina.
3
Instituto Antártico Argentino, Dirección Nacional del Antártico, Buenos Aires, Argentina.
4
International Fund for Animal Welfare (IFAW) - Emergency Relief Team.
5
Lab. de Mamíferos Marinos, FCEyN, Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina.
6
Dirección Nacional de Recursos Acuáticos (DINARA), Uruguay.

El lobo marino de un pelo -Otaria flavescens- habita las costas Atlántica y Pacífica de Sudamérica, siendo el
pinnípedo más frecuente en la costa Uruguaya-Argentina. La obtención de muestras de mamíferos marinos
en buen estado de conservación que permitan evaluaciones de biomarcadores es prácticamente inocua. De
esta manera, los análisis no invasivos permiten obtener información asociada a distintos tipos de
perturbación: 1) oxidativo: determinando niveles de oxidación de lípidos y actividad enzimática antioxidante;
2) metálico: determinación de niveles de metalotioneínas (MT). El objetivo del presente trabajo es
determinar la actividad de enzimas antioxidantes: superóxido dismutasa (SOD), catalasa (CAT), glutatión
peroxidasa (GPX) y glutatión S-transferasa (GST); niveles de: oxidación de lípidos (TBARS), de proteínas
(OP) y de metalotioneínas (MT), en sangre de ejemplares hembra de Otaria flavescens. Los muestreos
fueron realizados en una colonia reproductiva (Isla de Lobos, Uruguay - 35º01’38”S-54º52’55”W), en mayo
del 2010. Se analizaron 15 hembras subadultas y adultas, en aparente buen estado de salud,
manteniéndose en condiciones estandarizadas de reposo. Se utilizaron jeringas heparinizadas para la
extracción de las muestras de sangre por punción de venas interdigitales de la aleta pectoral. Las
muestras de sangre fueron centrifugadas para separar plasma de eritrocitos, ambas fracciones se
congelaron de inmediato en nitrógeno líquido y fueron luego conservadas en freezer a -80ºC hasta su
análisis. Los parámetros analizados fueron determinados espectrofotométricamente. Los valores de MT en
hembras subadultas fueron superiores a aquellos correspondientes a los ejemplares adultos. Las
concentraciones máximas de TBARS fueron observadas en hembras subadultas. Los niveles máximos de
actividad de CAT se registraron en los ejemplares adultos. Los valores de actividad de las demás enzimas
antioxidantes no presentaron variaciones significativas entre los ejemplares. Además, evaluaciones
paralelas de respirometría no evidenciaron diferencias en el consumo de oxígeno (indicador de la tasa
metabólica por respiración) entre los ejemplares en estado de reposo. Estos resultados sugieren que los
niveles de actividad de enzimas antioxidantes corresponderían a estados de baja producción de especies
reactivas de oxígeno (ROS), a diferencia de lo que se esperaría encontrar en análisis inmediatos a períodos
de buceo. Se presenta la primera información relacionada a estrés oxidativo en Otaria flavescens, y
establece la base para estudios futuros a través de análisis no cruentos, destacables por su valiosa
información para la protección y conservación de la especie.

Palabras clave: Otaria flavescens, enzimas antioxidantes, metalotioneínas.

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¿ES POSIBLE CONSIDERAR LA CONSTRUCCIÓN DE UNA SOCIEDAD INTERESPECÍFICA DESDE LA


SENSIBILIDAD ANIMAL?

González, Norma Cuadros

Universidad Central, norma_cuadros_g@yahoo.com

Considerar a la sociedad actual como interespecífica, o proponer que esto es posible incluyendo a los no
humanos, y haciéndolo desde la sensibilidad de ellos y la nuestra; es una propuesta pensada en que por
primera vez, realmente, sean incluidos los intereses de todos quienes comparten el mundo, eso reúne a
todos los seres con capacidad sensible y que además se desenvuelven en sociedades particulares y
demuestran una habilidad para establecer vínculos con otras especies diferentes a la propia, con fines
diversos que desencadenan procesos y efectos en el ambiente donde cada individuo se desenvuelve; los
cuales deben ser considerados y revisados para construir una sociedad incluyente, participativa y
consciente de la existencia de otros. La construcción de una estructura al interior de cualquier especie
requiere la existencia de sujetos sociales que actúen de forma pasiva o activa en dicha construcción, por
tanto las relaciones que un individuo establece con otros de la sociedad a la que pertenece, al igual que las
acciones e interacciones tanto individuales como grupales y el reconocimiento del sujeto en el continuum
social al que pertenece (Charry, Calvillo, 2000) son los elementos que una estructura social de delfines
Sotalia Guianensis y Homo sapiens debe tener para ser reconocida como tal y por consiguiente sus
miembros como sujetos sociales. El comportamiento de los animales que frecuentan las ensenadas Curral y
Madeiro en el municipio de Pipa, demostró claramente una organización social intra específica en los
estados comporta-mentales de alimentación y cuidado parental. También se concluyó que los Sotalia
guianensis que frecuentan esas ensenadas mantienen un patrón común en los comportamientos
observados como dislocamientos, alimentación, cuidado parental o socialización; por tanto existe
construcción social en tanto que todos los que componen el grupo ejecutan, enseñan (transmiten),
aprenden las acciones de otros y las comparten. Entonces, la conformación u organización social que se
propone, de acuerdo con la observación y los antecedentes, indica que la estructura es: variable, con
respecto a la cantidad de individuos que la componen; flexible, con referencia a cómo los individuos se
organizan diariamente y ejecutan una acción grupal o individual; e integradora, considerando que esta
especie acoge a otros individuos en su grupo si esto representa un beneficio para sí mismo y los demás que
componen la comunidad. Por consiguiente la sociedad cetácea e interespecífica que se propone aquí
contiene los siguientes elementos: territorio, instinto, capacidad comunicativa y experiencia.
Palabras Clave: sociedad, experiencia, comunicación.

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ETNOBIOLOGIA DA CAPTURA ACIDENTAL DE Tursiops truncatus (MONTAGU, 1821) NO LITORAL


SUL DO BRASIL

Zappes, Camilah Antunes1,2,3; Simões-Lopes, Paulo C.4; Andriolo, Artur3,5; Di Beneditto, Ana Paula M.1
1
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos
Naturais, Campos dos Goytacazes, RJ. E-mail: camilahaz@yahoo.com.br
2
Instituto de Pesquisas Cananéia, Cananéia, SP, Brasil.
3
Instituto Aqualie, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
4
Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia e
Zoologia.
5
Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, Juiz de
Fora, MG.

O objetivo deste estudo é descrever a captura acidental do boto (Tursiops truncatus) pela pesca artesanal
da Barra dos municípios de Imbé/Tramandaí (BIT) e Lagoa dos Patos (LP) em Rio Grande, Rio Grande do
Sul, Brasil, através do conhecimento local. Entre novembro-dezembro de 2009 foram realizadas 44
entrevistas etnográficas com pescadores artesanais: BIT (22) e LP (22), e aplicados questionários com
perguntas abertas (40) e fechadas (17) sobre a ecologia da espécie e a ocorrência de emalhamento. Todos
identificaram o animal como T. truncatus (N=44, 100%) através das características: coloração no dorso
variando entre cinza, azulado escuro, chumbo, preto e no ventre branco; tamanho corporal entre 1,5 – 4
metros; área de ocorrência na barra, mar próximo à costa, praia, Lagoa dos Patos. Todas as descrições
foram comparadas com os dados de literatura. A captura acidental foi descrita para: BIT, 73% (N=16) e LP,
59% (N=13). A rede de espera e de ‘poita’ são citadas como as responsáveis pela captura, pois, ficam
próximas à costa e capturam os animais quando estes “procuram cardume de peixe”. As causas do emalhe:
“boto não enxerga a rede”, “muita rede, o boto se perde”, “enreda porque tenta roubar ‘pexe’ da rede”, “boto
descuida”, “boto assusta com a rede” e “boto fica na correria atrás do ‘pexe’”. Tanto na BIT (N=6; 40%)
quanto na LP (N=7; 58%), a principal causa é o fato das redes serem imperceptíveis debaixo d’água. Os
pescadores estão cientes de que o número de redes aumentou, mesmo assim para alguns, é o animal
quem tem que enxergá-la e desviar. Sobre o destino dado às carcaças, o descarte foi mais relatado: BIT
(N=13; 76%) e LP (N=12; 92%). A venda é descrita para BIT (N=4; 24%), em que o ‘óleo’ é aproveitado para
cozinhar e para passar no ‘casco do barco’. O consumo citado por 01 pescador na LP indica que
possivelmente não é uma prática comum na região. A área de ocorrência da captura foi ‘área de mar
próximo à costa’ (BIT- N=9; 41% e LP- N=6; 27%). Nas soluções para evitar o emalhe, a maioria relatou que
“não existe solução”: BIT (N=8; 62%) e LP (N=10; 83%). Cinco pescadores da BIT (38%) sugeriram uma
fiscalização mais rigorosa. Para alguns dos entrevistados o emalhamento não é responsabilidade da pesca,
mas do boto, demonstrando a necessidade de trabalhos educativos para um manejo eficaz entre a pesca e
os botos das áreas estudadas.

Palavras chave: boto, emalhamento, pesca artesanal.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

FIELD TESTING OF EXPERIMENTAL GILLNETS TO REDUCE THE BY-CATCH OF


FRANCISCANA DOLPHIN (Pontoporia blainvillei) IN ARGENTINA

Bordino, Pablo1,2; Mackay, Alice3


1
AquaMarina – CECIM, Artemisa 260, (7167) Pinamar, Argentina. bordino@aquamarina.org
2
Chicago Zoological Society , c/o Mote Marine Lab., 1600 K. Thompson Pkwy, Sarasota, FL 34236, USA
3
Sea Mammal Research Unit, Scottish Oceans Institute, University of St Andrews, Fife KY16 8LB, Scotland

By-catch of Franciscana dolphin in gillnet fisheries of Argentina, Uruguay and Brazil represents a major
threat to the survival of this species. Recently there has been considerable focus on mitigating the bycatch of
small cetaceans by increasing the acoustic reflectivity of gill nets by impregnating nylon twine with denser
materials such as barium sulphate (BaSO4). Although these modified nets have shown some promise in
reducing the bycatch of small cetaceans, it remains unclear whether this is a result of the acoustic or
mechanical (stiffness) properties of these nets, or both. The objective of this study was to compare bycatch
rates of Franciscana dolphin in standard gill nets to two types of modified gill net; BaSO4 (10% by weight)
and chemically stiffened nets. Field trials were conducted in association with five artisanal fishermen in Bahia
Samborombon (36°22´S, 56°35´W) from October 2009 to March 2010. All nets had a stretched mesh size of
140mm, twine thickness of 0.6mm and a panel length of 100m. The twine colour of all nets was golden-
yellow to match the water colour and to ensure a blind experiment. Each net was alpha numerically labelled
and identified by a colour coded bouy at one end. Dolphin by-catch and fish catch were recorded by a single
onboard observer. Each net was set approximately 100m from each other to ensure a similar spatial and
temporal fishing scale. In general nets were set and retrieved approximately every 24hs. Depth sensors were
deployed on some sets in order to record the fishing behaviour of the three net types and examine any
relationship(s) with bycatch rates. A total of 25, 22, and 16 dolphins were caught in standard, BaSO4
modified, and stiff gillnets (298, 291, and 294 sets respectively). Preliminary results indicate the three net
types performed equally well in catching commercial target fish species, however, no significant differences
in dolphin by-catch (CPUE) were observed. Depth sensor data showed great variability in the fishing
behaviour of the nets. The contrast between the three headline heights was more acute when nets were set
perpendicular to the current. Further investigation into the effect on bycatch rates of anchoring the nets
parallel or perpendicular to the current is being conducted.

Keywords: Conservación, manejo e interacción con las actividades humanas. Ecología. Comportamiento

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INDICADORES DE INTERAÇÃO COM A PESCA EM CETÁCEOS ENCALHADOS NO LITORAL DO


PARANÁ

Rosso-Londoño M. C.1,2; Domit, C.1,2; Sasaki, G.1; Rosa, L.1,2; Monteiro-Filho, E. L. A.2,3,4
1
Laboratório de Ecologia e Conservação-Centro de Estudos do Mar, UFPR. maria.camila.rosso@gmail.com
2
Pós- graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos PGSISCO, UFPR
3
Pós-graduação em Zoologia, UFPR
4
Instituto de Pesquisas Cananéia, IPeC

As populações de cetáceos no nível global estão enfrentando varias ameaças, incluindo a captura
incidental. Os animais encalhados representam uma amostra das populações locais, e dependendo do
estado de decomposição em que são encontrados é possível identificar sinais que associam interação com
redes de pesca. No Litoral do Paraná têm sido registradas capturas incidentais de Sotalia guianensis e
Pontoporia blainvillei, espécies classificadas regionalmente como vulneráveis ou em perigo de extinção.
Estes registros reforçam a necessidade de quantificar e qualificar as interações com a pesca em nível
regional e avaliar as conseqüências ecológicas e sociais desta interação. O objetivo deste trabalho foi
estabelecer alguns indicadores de morte por captura incidental em cetáceos encalhados no Estado do
Paraná, e analisar o uso destes parâmetros como ferramenta de diagnóstico. Foram definidos cinco
indicadores macroscópicos que podem sugerir interação destes animais com a pesca: marcas de rede na
pele, cortes ao longo do corpo, coloração azulada na traquéia, fluidos no pulmão e dente rosado. Este
último, é um fenômeno associado a morte por asfixia descrito para humanos. Ainda não existe um método
definido para sua observação, mas representa uma nova alternativa para associar as mortes com as
atividades pesqueiras. Entre janeiro de 2007 até dezembro de 2009, as praias do litoral do Paraná foram
monitoradas semanalmente em procura de cetáceos encalhados e neste período foram coletados 124
espécimes. Em 41 animais (33,06%) foi observado pelo menos um dos indicadores de interação com a
pesca. O indicador “marcas de rede”, foi o mais detectado (56%) e a coloração azulada na traqueia o menos
detectado (4,1%). Em 31,7% dos animais com sinais de interação foram verificados dois ou mais
indicadores. O indicador, “Marcas de rede” é considerado um dos mais eficazes na determinação de morte
por captura incidental de cetáceos, mas para isto o animal deve estar em um estado de decomposição um
ou dois (vivo ou fresco). Esta situação leva a busca de alternativas como a detenção da mancha vermelha,
que tem como vantagem o fato de poder ser observada até nove meses após a morte. No entanto, pelas
limitações do método, a não observação do dente vermelho, não pode descartar a morte por captura
incidental. Com os dados disponíveis neste estudo não é possível determinar a magnitude do impacto das
pescarias no nível regional. Com o aumento do esforço pesqueiro é evidente a necessidade de continuar
com o monitoramento das praias na região.

Palavras clave: pesca incidental, encalhes, Paraná

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INTERACCIÓN DE CETÁCEOS MENORES CON ARTES DE PESCA ARTESANAL EN EL PARQUE


NACIONAL MACHALILLA – ECUADOR

Castro, Cristina1; Rosero, Patricia1,2


1
Fundación Ballenas del Pacífico. Edificio Cajiao, entre Asunción 529 y Av. América. 4to. Piso.Quito .
Ecuador. cristina@pacificwhale.org
2
Universidad Central del Ecuador. Av. Universitaria, Quito / Ecuador.

La interacción de cetáceos menores con artes de pesca es considerada como uno de los mayores
problemas de conservación marina a nivel mundial. Entre abril y septiembre del 2009 se realizó un estudio
para evaluar el nivel de interacción de cetáceos menores con pesquerías artesanales en Puerto López,
Puerto Machalilla y Puerto Salango ubicados en la Costa Central del Ecuador. Se monitorearon 185 viajes
de embarcaciones que utilizaron redes agalleras (trasmallos) y redes de cerco como artes de pesca en sus
faenas. Durante el estudio se registro la captura incidental de 7 cetáceos menores de cuatro especies
diferentes: dos bufeos Tursiops truncatus (28,57%), un cachalote enano Kogia sima (14.28%), dos delfines
de Risso Grampus griseus (28.57%) y dos delfines manchados Stenella attenuata (28,57%). Todos los
casos ocurrieron en redes agalleras de superficie con un ojo de malla de 5 pulgadas. El índice de mortalidad
promedio estimado fue de 0.07 delfines/día. Se pudo observar que en comparación a otro estudio realizado
desde el mismo lugar hace 20 años, la duración de las faenas de pesca han cambiado de 1 días a
promedios de 1,83 días con un máximo de hasta tres días en el mar. E Esta investigación se llevó a cabo
con el apoyo financiero de la Pacific Whale Foundation y la Comisión Permanente para el Pacífico Sur y es
parte de la publicación sobre el esfuerzo para mitigar el impacto de actividades pesqueras en cetáceos en
los países del pacífico sudeste publicada por la CPPS, 2010.

Palabras clave: pesca incidental, pequeños cetáceos, índice de mortalidad

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INTERACCION ENTRE EL LOBO MARINO COMUN, Otaria byronia Y LA SALMONICULTURA EN


CHILE: DEFINICIÓN DE BUENAS PRÁCTICAS PARA SU MITIGACIÓN

Durán, L. René; Oliva, Doris


1
CIGREN, Depto. de Biología & Ciencias Ambientales, Facultad de Ciencias, Universidad de Valparaíso,
Gran Bretaña 1111, Valparaíso, Chile, Rene.Durán@uv.cl

El lobo marino común (LMC), Otaria byronia, es el principal depredador sobre los salmones de cultivo en la
zona sur de Chile. El objeto de este trabajo es determinar los puntos críticos en el proceso de cultivo
relacionados con la frecuencia de ataques. Para el análisis del impacto del LMC se diseñó un Formulario
sobre prácticas de manejo que comprende (1) la recolección, manejo y disposición final de alimentos,
desechos y mortalidad de peces, y (2) el manejo de redes loberas y peceras, traslado de peces y cosecha.
Este formulario se aplicó durante en el verano del 2009 en 47 centros de cultivo en la Región de Los Lagos.
Del análisis de los resultados se determinaron los puntos críticos del manejo y operación para cada uno de
los aspectos considerados en el formulario. La frecuencia de retiro y disposición de los salmones muertos
por diferentes causas desde las jaulas de engorda en el mar, es el aspecto que mayor incidencia tiene en la
atracción de los LMC. El manejo inadecuado, partiendo por un retiro con frecuencia baja, ejerce un rol de
“cebo”. La mortalidad, al depositarse en el fondo de las balsas jaula, constituye un atractor que debe ser
eliminado con la mayor frecuencia posible. El uso de sistemas automáticos de extracción de la mortalidad
de salmones (conos y sistemas de aspiración) no muestra diferencia en los ataques o la presencia de lobos
con el retiro manual a través de buceo. La frecuencia de extracción de la mortalidad es el factor que
presenta una mayor relevancia. El uso de recipientes, debidamente cerrados para el acopio de los peces
muertos reduce la filtración de fluídos y por ende la atracción de LMC. El acopio de la mortalidad de peces
en balsas alejadas de las jaulas de engorda y debidamente cerradas en su perímetro para evitar el ingreso
de lobos, es otro factor que desincentiva los ataques. El uso de redes loberas, rodeando a la redes peceras
permiten establecer una barrera física bajo el agua. La efectividad de las redes loberas es mayor si éstas
están correctamente instaladas y tensadas. Las buenas prácticas que permiten disminuir la interacción son
(a) retiro diario y disposición en contenedores estancos de la mortalidad de salmones y (b) uso y
mantención de redes de redes loberas aplicando criterios de calidad. Agradecemos el financiamiento a
INNOVA CHILE, Proyecto 07CN13P170

Palabras clave: Interacción operacional, Otaria byronia, salmonicultura

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MAMÍFEROS SEMI-AQUÁTICOS: RIQUEZA E RISCO DE EXTINÇÃO

Galliez, Maron; Rheingantz, Marcelo Lopes; Allevato, Hugo Lana

Laboratório de Ecologia e Conservação de Populações, Departamento de Ecologia, Universidade Federal


do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21941-590, Caixa Postal: 68020. Brasil. Email: maron@ufrj.br.

Os mamíferos se originaram a partir de ancestrais terrestres mas, ao longo da evolução, muitos grupos
retornaram para o ambiente aquático. Pela ligação com os ambientes terrestres e aquáticos, os mamíferos
semi-aquáticos se distribuem principalmente em rios, lagos e zonas costeiras, ambientes entre os mais
degradados. Este estudo tem como objetivo revisar quais são as espécies de mamíferos semi-aquáticos,
fornecer um índice de adaptação ao ambiente aquático e testar se os mamíferos semi-aquáticos estão em
situação de extinção mais crítica que os demais. A primeira etapa deste estudo foi revisar a literatura
comparativa entre mamíferos semi-aquáticos e os demais, de forma a fornecer uma listagem das espécies
semi-aquáticas e uma pontuação indicando o grau de adaptação ao ambiente aquático (índice de
aquaticidade). Foi realizado o levantamento da riqueza de mamíferos semi-aquáticos em cada ecorregião
terrestre (base WWF). Para comparar o número de espécies ameaçadas de extinção entre mamíferos semi-
aquáticos e não semi-aquáticos foi utilizado o teste de qui-quadrado. Para verificar se existe relação entre o
índice de aquaticidade e estar ameaçado de extinção, foi realizada uma regressão logística. Entre os
mamíferos, 137 espécies são semi-aquáticas. As ordens mais ricas são Carnivora e Rodentia, com 57 e 52
espécies, respectivamente. As famílias com maior proporção de espécies semi-aquáticas são Odobenidae,
Otariidae, Phocidae, Hippopotamidae, Castoridae e Myocastoridae (100%). As espécies com os maiores
índices de aquaticidade foram a morsa Odobenus rosmarus, as focas Hydrurga leptonyx, Leptonychotes
weddellii, Phoca largha, Pusa híspida e Pusa sibirica, e a lontra marinha Enhydra lutris, com 7,81. As
ecorregiões terrestres mais ricas são: Florestas Úmidas da Guiana (10), seguida pelas Floresta Montana do
Leste da Cordilheira, Várzea de Iquitos, Floresta Atlântica do Alto Paraná, Sudoeste da Floresta Amazônica,
Floresta de Ucayali, Chaco Seco, Chaco Úmido e Savana da Guiana (9). A chance de estar ameaçado de
extinção não apresentou relação com o índice de aquaticidade (z=1,234; gl=98; p=0,217). Entretanto, a
hipótese de que os mamíferos semi-aquáticos são mais ameaçados que os demais mamíferos foi
corroborada (X²=8,29; gl=1; p=0,004). As famílias com o maior número de espécies ameaçadas são
Mustelidae (8), Otariidae (7), Cricetidae (6) e Phocidae (5). Os mamíferos semi-aquáticos formam um grupo
complexo e rico. Por se encontrarem em maior risco de extinção do que os outros mamíferos, necessitam
de grande atenção e um manejo distinto das demais espécies, de forma a lidar com a conservação tanto do
ambiente terrestre quanto do ambiente aquático.

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MARCAÇÃO E DESLOCAMENTO PÓS-SOLTURA DO LOBO-MARINHO SUL-AMERICANO,


Arctocephalus australis, NO SUL DO BRASIL

Machado, Rodrigo1,2; Tavares, Maurício1,3; Oliveira, Larissa Rosa de1,2 *


1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul – GEMARS/Brasil.*Autor
correspondente: Larissa Rosa de Oliveira: lari.minuano@gmail.com
2
Laboratório de Ecologia de Mamíferos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS/Brasil.
3
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos, Instituto de Biociências, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul – CECLIMAR/IB/UFRGS/Brasil

No Brasil não existem colônias reprodutivas de nenhuma espécie de pinípede. Os animais encontrados na
costa sul do país estão realizando suas viagens de forrageio pós-reprodutivas. Os deslocamentos deste
período ocorrem em águas abertas e costeiras, cobrindo extensas zonas da plataforma continental,
correspondendo à fase menos conhecida do seu ciclo de vida, sendo as informações existentes sobre
deslocamentos individuais bastante escassas. Neste sentido, iniciou-se em 2003 um projeto de marcação e
soltura dos pinípedes reabilitados pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres e Marinhos (CERAM)
do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR/IB/UFRGS), no litoral norte do Rio
Grande do Sul, Brasil, com o objetivo de acompanhar seus deslocamentos após sua liberação no ambiente
natural. Todos os animais liberados foram marcados com um brinco plástico bovino (marca Allflex®, modelo
médio encaixe macho-fêmea) na região posterior da nadadeira peitoral direita. Este brinco identificador
apresentava o número do indivíduo (e.g. RS01) e a mensagem: “Avise GEMARS/CECLIMAR 051 3627-
1309, e-mail: lobos@gemars.org.br”, o que permitiu a recuperação da informação da localidade onde os
indivíduos se encontravam. A partir destas informações foi calculada a distância percorrida por cada
espécime marcado, desde o seu ponto de soltura até os locais das suas observações subseqüentes. De
junho de 2003 a julho de 2010, 34 espécimes de Arctocephalus australis foram marcados e liberados entre
as localidades de Tramandaí (29°59’S; 50°07’W) e Quintão (30°24'S; 50º17'W). Todos os exemplares eram
filhotes, com comprimento total inferior a 104 cm, sendo 28 machos, cinco fêmeas e um não teve o sexo
determinado. Dos 34 animais marcados, 22 foram reavistados (64,7%) (vivos ou mortos) em pelo menos
uma ocasião após sua soltura. O maior deslocamento realizado a partir do ponto de liberação foi 199 km,
sendo que em média cada lobo-marinho percorreu 27 km (DP= 28,6). O período máximo transcorrido entre
a soltura e o último reavistamento de um mesmo indivíduo foi de 50 dias (média = 8,14, DP = 11,6). A
maioria dos animais marcados e liberados permaneceu no litoral norte do RS. Contudo, em dois casos os
animais se deslocaram até o estado de Santa Catarina, ao norte do Rio Grande do Sul, percorrendo 142 km
e 199 km. Outro espécime se deslocou na direção sul até o litoral médio do estado, percorrendo 163 km em
apenas três dias. A continuidade deste estudo será essencial para a melhor compreensão dos
deslocamentos de A. australis na costa brasileira.

Palavras chave: deslocamentos pós-reprodutivos, lobos-marinhos, marcação. 

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METALOTIONEINAS COMO BIOMARCADOR DE ESTRÉS AMBIENTAL EN Pontoporia blainvillei.


ESTUDIO DE DOS GRUPOS GEOGRÁFICOS DIFERENTES DE ARGENTINA

Polizzi, P.1,2,3; Chiodi Boudet, L.1,2; Denuncio, P.1,3; Rodriguez, D.1,3; Gerpe, M.1,2
1
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), Argentina.
paulapolizzi@mdp.edu.ar
2
Lab. de Ecotoxicología, FCEyN, Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina.
3
Lab. de Mamíferos Marinos, FCEyN, Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina.

El Delfín del Plata es un cetáceo endémico de la costa argentino-brasilera (18ºS a 42ºS) que habita aguas
estuariales y costeras. Estudios en estructura, función y regulación molecular relacionan a las
metalotioneínas –MT- con la homeostasis de metales esenciales (cobre y cinc) y la detoxificación de
metales no esenciales (mercurio y cadmio). Además, se ha demostrado que pueden actuar como
moduladores funcionales del sistema inmune. El objetivo del presente trabajo consistió en el análisis de
metalotioneínas en hígado, riñón y músculo de delfines provenientes de dos grupos geográficos diferentes.
Los ejemplares fueron obtenidos a partir de capturas incidentales en redes de pesca de la zona Norte
(Bahía Samborombón, BS) y Sur (Claromecó, Cl) de la Pcia. de Bs. As, Argentina. Se determinó sexo, edad
y parámetros morfométricos. La concentración de metalotioneínas se determinó por espectrofotometría UV-
Visible mediante la formación de un complejo coloreado con ácido 5,5 ditiobis-2-dinitrobenzoico (DTNB).
Los valores de MT fueron superiores en los delfines de Claromecó para los tres tejidos, y en ambos grupos
geográficos se observó una mayor concentración de MT en músculo. El tejido renal de los ejemplares de BS
presentaron niveles más altos que los correspondientes a hígado; mientras que en la zona de Cl se
encontró una relación inversa. Se evidencia una disminución en la concentración de MT vs edad en tejido
hepático de BS, mientras en Cl se observa un aumento con dicho parámetro. Se analizó una hembra y su
feto (hembra) procedentes de Claromecó. Ambas presentaron los valores máximos de MT en hígado, y en
la madre se encontró el máximo nivel en el tejido muscular de todos los ejemplares. Los valores obtenidos
en el hígado estarían relacionados con el alto contenido de Zn durante el desarrollo perinatal, evidenciando
la importancia de estas proteínas durante dicha etapa de desarrollo. Los resultados presentados constituyen
una relevante línea de partida para la evaluación de metalotioneínas en Pontoporia blainvillei -especie
vulnerable de acuerdo a Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza-.

Palabras clave: Metalotioneínas, Pontoporia blainvillei, biomarcadores.

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MONITORAMENTO POR TELEMETRIA SATELITAL DE PEIXES-BOI MARINHOS (Trichechus manatus


manatus) REINTRODUZIDOS NO NORDESTE DO BRASIL: ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS

Normande, Iran Campello¹; Severo, Magnus Machado²; Attademo, Fernanda Löffer Niemeyer³,
Stephano, Admilson²; Luna, Fábia¹
1
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos/ICMBio
<iran.normande@icmbio.gov.br>;
2
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio<Magnus.severo@gmail.com>;
3
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE<niemeyerattademo@yahoo.com.br>

A degradação do habitat e o conseqüente encalhe de filhotes neo natos em praias do nordeste são as
principais ameaças à conservação dos peixes-boi marinhos (Trichechus manatus manatus) no Brasil.
Utilizando os critérios definidos pela IUCN e CMA/ICMBio, as reintroduções de animais oriundos de
encalhes em praias nordestinas e reabilitados em cativeiro têm como objetivos: repovoar populações
depauperadas pela ação do homem, promover a recolonização de áreas de ocorrência histórica e
reconectar populações isoladas. Antes da soltura, os animais foram translocados para recintos de
readaptação, no interior de estuários, de forma a promover a aclimatação às novas condições ambientais.
O monitoramento pós soltura é executado a partir de técnicas de telemetria satelital e VHF e objetiva
acompanhar a adaptação dos animais ao meio natural. Os equipamentos são fixados no pedúnculo caudal
através de um cinto que se liga por um cabo flexível ao transmissor flutuante. Entre dezembro de 2008 e
dezembro de 2009, 8 peixes-boi foram monitorados por telemetria satelital. Foram utilizados 4 transmissores
satelitais (ST-03 Telonics) com plataforma ARGOS e sistema VHF para localização visual dos animais. O
monitoramento dos peixes-boi reintroduzidos variou entre 58 e 185 dias, totalizando 998 dias de esforço.
Quatro animais foram soltos na APA Costa dos Corais/AL e outros 4 foram soltos na APA da Barra do rio
Mamanguape/PB. Mapas por animal foram produzidos utilizando o sistema ARGOS e programa Google
Earth, para as classes de localização de 1 a 3. De acordo com as análises preliminares, puderam ser
observados dois padrões. No primeiro, os animais permaneceram nas imediações do local de soltura e
ampliaram sua área de utilização de forma gradativa, realizando curtos deslocamentos. Já no segundo
padrão, os peixes-boi realizam deslocamentos mais longos em um curto período de tempo, explorando uma
região maior antes de se estabelecer em um local. O sistema de fixação dos transmissores se mostrou
efetivo, uma vez que os transmissores perdidos foram recuperados e recolocados. O monitoramento evitou
ainda que 2 animais viessem a óbito após interações antrópicas negativas. O alto custo dos equipamentos e
serviço de download de dados é um entrave para a realização de um maior número de pesquisas na área.
Análises mais aprofundadas dos dados estão em andamento e fornecerão outras informações sobre
utilização de recursos, padrões de deslocamento, sazonalidade, eficiência do sistema transmissão/recepção
de sinais e auxiliarão na elaboração de políticas públicas para conservação da espécie.

Palavras chave: peixe-boi marinho, reintrodução, telemetria satelital

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O EFEITO DAS PESCARIAS DE EMALHE NAS TAXAS DE CAPTURAS ACIDENTAIS DE TONINHAS


(Pontoporia blainvillei) NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL ENTRE 1994 E 2009

Ferreira, Emanuel Carvalho1; Secchi, Eduardo R.1,2


1
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica – PPGOB. Email: oc.emanue@gmail.com
2
Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha, FURG - Rio Grande, RS, Brasil.

A toninha, Pontoporia blainvillei, é um pequeno cetáceo endêmico do Atlântico Sul, vulnerável à mortalidade
acidental em redes de emalhe. Nos últimos anos o esforço pesqueiro se expandiu, para manter a pescaria
economicamente viável, e os locais de pesca e as espécies-alvo da pescaria mudaram. O objetivo deste
estudo é descrever as mudanças espaço-temporais nas operações de pesca da frota de emalhe costeiro de
Rio Grande (32o05’S) e seus efeitos nas capturas de toninhas para aprimorar o conhecimento sobre a
dinâmica da pescaria de emalhe e o potencial impacto nas capturas acidentais. Registros sobre as
características operacionais da frota e capturas acidentais de toninhas foram obtidos através de cadernos
de bordo distribuídos a mestres de embarcações de emalhe de uma parcela da frota (10-15%), entre janeiro
de 1994 e junho de 2008. Data, local, profundidade, espécie-alvo, dimensões da rede, coordenadas
geográficas e número de toninhas capturadas foram obtidos de cada lance de pesca. Informações de
desembarque foram obtidas do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros Lagunares e
Estuarinos (CEPERG-IBAMA) e quatro espécies-alvo com série temporal completas (1994-2005) foram
selecionadas para a análise: Micropogonias furnieri (MF), Cynoscion guatucupa (CG), Umbrina canosai
(UC) e Pomatomus saltatrix (PS). A distribuição espaço-temporal de lances de pesca e capturas acidentais
por unidade de esforço (CaPUE) de toninhas foram analisadas. A estimativa anual de mortalidade de
toninhas da região e o intervalo de confiança não-paramétrico 95% foi calculada através de bootstrap. Dos
3652 lances de pesca analisados, 16,8% capturaram 853 toninhas. O tamanho das embarcações aumentou
permitindo uma maior autonomia de mar, estocagem e capacidade para transportar mais redes. O
comprimento médio das redes vem aumentando a uma taxa de 400m de rede por ano para a rede de MF
(R2=0,64) e 454m para a rede de CG (R2=0,88). As maiores CaPUE ocorreram em profundidades entre 11 e
15m. Foi observada uma diminuição na CaPUE ao longo dos anos e a área de pesca expandiu
consideravelmente para o sul e áreas distantes da costa. Os desembarques de MF diminuíram enquanto
que os de UC aumentaram ao longo dos anos. A diminuição na mortalidade ao longo dos anos pode ser
devida a diminuição na abundância de toninhas, mudanças nos locais de pesca e/ou espécies-alvo da
pescaria. Estas fontes de variação precisam ser investigadas, pois existem evidências de que as taxas de
mortalidade são insustentáveis e o esforço pesqueiro vem aumentado ao longo dos anos.

Palavras chave: Interação operacional, conservação, dinâmica pesqueira

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

OCORRÊNCIA DE MAMÍFEROS MARINHOS EM UMA ÁREA DE CARREGAMENTO E


DESCARREGAMENTO DE PETRÓLEO E DERIVADOS NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Sucunza, F.1,5*; Danilewicz, D.1,3; Tavares, M.1,4; Moreno, I. B.1,2; Oliveira, L.R.1,6 & Ott, P. H.1,7
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS).
*E-mail: fsucunza@hotmail.com
2
Laboratório de Sistemática e Ecologia de Aves e Mamíferos (Departamento de Zoologia/IB/UFRGS).
3
Instituto Aqualie.
4
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos, Instituto de Biociências, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (CECLIMAR/IB/UFRGS).
5
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
6
Laboratório de Ecologia de Mamíferos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
7
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).

O Brasil é o segundo país na América Latina em reservas de petróleo, sendo uma das regiões mais
promissoras em termos de potencial petrolífero remanescente. Ao mesmo tempo, o litoral brasileiro é uma
das regiões de maior riqueza de espécies de mamíferos marinhos, especialmente em função de sua
extensão e da influência de distintas correntes marinhas. Considerando os potenciais impactos resultantes
de atividades petrolíferas sobre a biota marinha, é de fundamental importância o conhecimento a respeito
da ocorrência de mamíferos marinhos em áreas destinadas à exploração e transporte de petróleo e
derivados. Neste trabalho é apresentado um levantamento dos mamíferos marinhos que ocorrem na área
de restrição do Terminal Marítimo Almirante Soares Dutra (“TEDUT”), Rio Grande do Sul, Brasil. O “TEDUT”
é composto por um sistema de monobóias utilizado para descarregamento de petróleo e
carregamento/descarregamento de derivados (nafta petroquímica e diesel). A área possui 80 km², entre os
municípios de Imbé e Tramandaí, estendendo-se desde a zona de praia até aproximadamente a isóbata de
24 m. O registro das espécies na região foi obtido, entre 1992 e 2010, a partir de dados de capturas
acidentais em redes de emalhe e de avistamentos oportunísticos, a bordo de embarcações pesqueiras
(n=160) ou de apoio às atividades da Transportadora de Petróleo e Derivados (TRANSPETRO) (n=30).
Paralelamente, foram considerados os dados de encalhes, registrados entre os municípios de Imbé e
Cidreira (41 km), a partir de monitoramentos sistemáticos de beira de praia realizados de 1991 a 2010,
percorrendo a área em média cinco vezes por ano. As espécies avistadas na área, durante o período de
estudo, foram: Arctocephalus australis, Eubalaena australis, Orcinus orca, Otaria flavescens, Steno
bredanensis, Tursiops truncatus. Em adição, foi registrada a captura acidental de: Pontoporia blainvillei,
Stenella coeruleoalba. A partir dos dados de encalhes, foram ainda documentadas: A. gazella, A. tropicalis,
Balaenoptera acutorostrata, B. edeni, B. physalus, Delphinus sp., Kogia sima, Lagenodelphis hosei,
Lobodon carcinophaga, Megaptera novaeangliae, Mesoplodon grayi, Mirounga leonina, Phocoena
spinipinnis, Physeter macrocephalus, Stenella clymene, S. frontalis, Entretanto, as espécies mais
frequentes na área de restrição do “TEDUT” e, possivelmente, mais vulneráveis às atividades petrolíferas
são: A. australis, E. australis, P. blainvillei e T. truncatus. Contudo, um maior conhecimento a respeito do
tamanho populacional e uso de área das espécies de mamíferos marinhos possibilitará a antecipação a
possíveis impactos e a organização prévia de planos emergenciais em casos de incidentes.

Palavras chave: Registro de espécies, Rio Grande do Sul, Atividade Petrolífera.

Financimento e apoio: CNPq (Processo No. 572180/2008-0) e Transpetro.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

PARÁMETROS BIOLÓGICOS DEL DELFÍN FRANCISCANA, Pontoporia blainvillei, CAPTURADO EN


LAS PESQUERÍAS ARTESANALES DEL SUR DE LA PROVINCIA DE BUENOS AIRES, ARGENTINA

Negri1, M. F.; Panebianco1, M. V.; Denuncio2, P.; Rodríguez2, D.; Cappozzo, H. L.1
1
Laboratorio de Ecología, Comportamiento y Mamíferos Marinos, Museo Argentino de Ciencias Naturales
Bernardino Rivadavia, Av. Ángel Gallardo 470, C1405DJR, Buenos Aires, Argentina. mfnegri@macn.gov.ar
2
CONICET y Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina.

El delfín Franciscana, Pontoporia blainvillei, es un pequeño cetáceo endémico del Océano Atlántico
Sudoccidental. La captura accidental en redes de pesca ocurre a lo largo de toda su distribución. El objetivo
de nuestro estudio fue determinar los parámetros biológicos de los delfines Franciscana que mueren en las
redes de la pesquería costera artesanal de las localidades de Necochea, Claromecó, Monte Hermoso y
Bahía Blanca, en el sur de la Provincia de Buenos Aires, Argentina. Se estudiaron 66 ejemplares
enmallados accidentalmente entre 1998 y 2009. La edad fue determinada por conteo de grupos de capas de
crecimiento (GLGs). Se determinaron la madurez sexual, utilizando criterios morfológicos e histológicos
gonadales, y la madurez física, considerando la fusión de las epífisis a los cuerpos vertebrales. La condición
corporal de cada individuo se evaluó por medio de tres índices relativos: índice Kn de condición corporal
(=PesoObservado*PesoEstimado-1), índice hepático (=PesoHígado*PesoTotal-1 *100) e índice graso
-1
(=PesoGrasaTotal*PesoTotal *100). La proporción de sexos en los delfines no se apartó de 1:1 y, coincidiendo
con otras áreas, fueron en su mayoría juveniles de menos de 4 años de edad (70%). Además, el 73% de los
ejemplares enmallados resultó sexualmente inmaduro y el 88% físicamente inmaduro. Se observó una
predominancia de individuos sexualmente inmaduros durante la primavera (84%), coincidiendo con la época
reproductiva. Las Franciscanas enmalladas presentaron un Kn medio de 1,01 (DE=0,16), índice graso
medio de 28,55% (DE=7,10%) e índice hepático medio de 2,59% (DE=0,61%). Las únicas diferencias
significativas encontradas al comparar por categorías de sexo y madurez sexual fueron: los machos
presentaron Kn más bajos que las hembras (KnHembras=1,06±0,18, KnMachos=0,98±0,13); y los ejemplares
sexualmente maduros índices grasos relativos menores que en los inmaduros (Índice
GrasoInmaduros=30,00±5,14; Índice GrasoMaduros=24,46±10,00). Nuestros resultados resultan de importancia
para evaluar el impacto de la pesca artesanal en la población de Franciscanas del área más austral de su
distribución. Los parámetros biológicos en conjunto con las estimaciones de mortalidad incidental permitirán
inferir el estado de conservación de esta especie en un futuro cercano.

Palabras clave: Pontoporia blainvillei, parámetros biológicos, mortalidad incidental.

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PLANO DE EMERGÊNCIA: ATENDIMENTO A ENCALHES DE GRANDES CETÁCEOS; ENCALHES EM


MASSA DE MAMÍFEROS MARINHOS E MAMÍFEROS MARINHOS AFETADOS POR DERRAMAMENTO
DE ÓLEO

Oliveira, Lisa Vasconcelos de1; Guimarães, Juliana Plácido1; Silva, Samira Costa da1;
Vergara-Parente, Jociery Einhardt1

1
Núcleo de Estudos dos Efeitos Antropogênicos nos Recursos Marinhos - Fundação Mamíferos Aquáticos
jociery.parente@mamiferosaquaticos.org.br.

Estudos sobre mamíferos marinhos em sua maioria são de difícil execução, uma vez que os animais se
encontram em um ambiente vasto e de difícil acesso requerendo uma logística diferenciada e dispendiosa.
O estudo baseado em indivíduos encalhados pode gerar conhecimento básico sobre a biologia e ecologia
desses animais, além de contribuir com informações úteis para o direcionamento de conservação e gerar
informações sobre a influência de atividades antrópicas potencialmente danosas aos mamíferos aquáticos.
Dependendo do tipo de encalhe, as ações para o atendimento do evento podem requerer um número
significativo de pessoal técnico e de voluntários que quanto melhores preparados e capacitados, mais
eficiente será a o atendimento. Neste caso, a criação de um plano de emergência se faz necessária com o
objetivo principal de realizar um atendimento rápido, coordenado e eficiente. O presente plano de
emergência foi elaborado pela Fundação Mamíferos Aquáticos – FMA, instituição responsável pela
execução do Programa Regional de Monitoramento de Praias na Área de Abrangência da Bacia Sergipe-
Alagoas (PRMEA), existente, em atendimento as condicionantes estabelecidas pela Coordenação Geral de
Petróleo e Gás – CGPEG/IBAMA no licenciamento ambiental das atividades de exploração e produção de
petróleo e gás da Petrobras S.A., que visa o monitoramento diário das praias compreendidas entre os
municípios de Conde-BA e Piaçabuçu-Al, registrando e analisando as ocorrências de animais marinhos. O
documento apresenta as diretrizes que devem ser adotados mediante aos casos de encalhes de grandes
cetáceos; encalhes em massa de mamíferos marinhos; e mamíferos marinhos afetados por derramamento
de óleo, descrevendo as classificações, estabelecendo os procedimentos a serem adotados em cada caso,
recursos (pessoal, material, equipamentos, logística) necessários e parcerias a serem estabelecidas, o
plano apresenta também os mapas com a classificação de sensibilidade ambiental à derrames de óleo na
área de estudo. Acredita-se que com a implantação deste Plano de Emergência o atendimento aos
mamíferos marinhos terá uma nova abordagem, com uma melhor qualidade e efetividade das ações
desenvolvidas nesta área.

Palavras chave: Plano de Emergência; Encalhes; Derramamento de Óleo

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PRIMEIRAS REINTRODUÇÕES DE PEIXES-BOIS DA AMAZÔNIA (Trichechus inunguis): DESAFIOS E


PERSPECTIVAS

Souza, D. A.1,2; da Silva, V. M. F.1,2; Rosas, F. C. W.2; D’Affonseca Neto, J. A.2


1
AMPA - Associação Amigos do Peixe-boi (diogo@ampa.org.br)
2
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – LMA/INPA

Trichechus inunguis é o maior mamífero de água doce da América do Sul, e embora protegido por lei, ainda
são caçados na Amazônia. Programas de reintrodução utilizando espécies endêmicas e ameaçadas de
extinção auxiliam no aumento das populações naturais em longo prazo. Entretanto, estes projetos são
complexos e necessitam de constante revisão para atingir suas metas conservacionistas. O objetivo deste
estudo foi avaliar o processo inédito de reintrodução de peixes-bois da Amazônia criados em cativeiro e
verificar a readaptação desses indivíduos na natureza. Assim, o LMA – Laboratório de Mamíferos Aquáticos
do INPA, em parceria com a AMPA – Associação Amigos do Peixe-boi, reintroduziram em 2008/2009 quatro
peixes-bois no rio Cuieiras, afluente do Rio Negro, a 80km ao norte de Manaus-AM. Os animais aptos, a
área e o período de soltura foram criteriosamente selecionados buscando as melhores possibilidades para a
readaptação e sobrevivência dos indivíduos na natureza. Cada peixe-boi recebeu uma marca criogênica na
região dorso-lateral e um rádio-transmissor VHF de freqüência única, acoplado a um cinto adaptado ao
pedúnculo caudal. No local de soltura, os animais permaneceram em um tanque-rede por períodos de 24 a
168h. O monitoramento foi feito por radiotelemetria, 2 a 3 vezes ao dia, utilizando um barco motorizado e
canoa. A posição dos indivíduos foi determinada com GPS. O estudo variou de 75 a 165 dias. A
radiotelemetria apresentou um alto índice de eficácia (93,5%), totalizando 664 localizações e 1542h de
esforço. Os animais se deslocaram em média 0,99 km/dia, mas sem um ritmo de atividade padrão. Entre os
habitats disponíveis na enchente/cheia, permaneceram 51% do tempo no igapó, utilizando áreas com maior
disponibilidade de alimento, águas calmas e remansos. Quanto à readaptação dos peixes-bois na natureza,
dois vieram a óbito 75 e 150 dias após a soltura, respectivamente. Outro indivíduo perdeu o cinto 165 dias
depois da liberação, mas é visto esporadicamente pelos moradores da região. O quarto animal foi resgatado
120 dias após ser solto. Este peixe-boi perdeu 30% do peso e encontra-se em reabilitação no LMA. Filhotes
órfãos criados em cativeiro apresentam baixa percepção do ambiente natural, necessitando de uma longa
etapa em semi-cativeiro natural para a readaptação gradual a natureza. Por se tratar de um projeto pioneiro
de reintrodução definitiva de peixes-bois da Amazônia na natureza, as experiências e resultados
acumulados até o momento são extremamente importantes para traçar as diretrizes de manejo e
conservação da espécie em longo prazo.

Palavras chave: conservação, radiotemeletria, soltura. 

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PRIMER RELEVAMIENTO SISTEMÁTICO DE CAPTURA INCIDENTAL DE MAMÍFEROS MARINOS EN


LA FLOTA DE ARRASTRE DE FONDO COSTERO DE URUGUAY

Szephegyi, María Nube1; Franco-Trecu, Valentina1; Doño, Florencia1; Reyes, Federico1;


Forselledo, Rodrigo1; Crespo, Enrique A.2
1
Proyecto Franciscana. Cetáceos Uruguay. Sección Etología. Facultad de Ciencias. Universidad de la
República. Uruguay. proyecto.franciscana@gmail.com
2
Laboratorio de Mamíferos Marinos, CENPAT - (CONICET). Argentina

En las últimas décadas la captura incidental en pesquerías ha representado una de las principales
amenazas a nivel mundial para vertebrados marinos. Actualmente, 126 especies de mamíferos marinos
(MM) son capturadas incidentalmente, siendo esta, una de las principales causas de mortalidad de
pequeños cetáceos costeros. En Uruguay se han realizado relevamientos sobre la captura incidental de MM
en la pesca artesanal y en la industrial de palangre pelágico, pero la información sobre capturas en la flota
de arrastre de fondo costero provenía únicamente de registros ocasionales. Nuestro objetivo fue evaluar
sistemáticamente la captura incidental de MM en esta flota y evaluar el impacto que ocasiona sobre sus
poblaciones. Entre mayo/2009 y abril/2010 se relevaron un máximo de 7 barcos (16%) de la flota de arrastre
costero. En este período, los tripulantes colaboradores registraron la captura incidental de MM, así como
información de la operativa pesquera de cada marea. Se calculó un valor de captura por unidad de esfuerzo
(CPUE) por especie y por estación, considerando el esfuerzo pesquero en días efectivos de pesca. Para
obtener una estimación preliminar de mortalidad anual por especie, fue extrapolada la CPUE, considerando
únicamente individuos muertos, y el esfuerzo total de la flota, obtenido a partir de información de la
Administración Nacional de Puertos. Para un esfuerzo pesquero relevado de 795 días se capturaron 18
franciscanas muertas -Pontoporia blainvillei, 16 leones marinos -Otaria flavescens (6 liberados vivos) y 3
lobos finos -Arctocephalus australis (uno liberado vivo). Los valores máximos de CPUE correspondieron a
P.blainvillei en otoño (0,0385) y primavera (0,0373), coincidiendo esta última con los máximos en
pesquerías artesanales. Para O.flavescens la mayor CPUE (0,0308) se registró en otoño, estación posterior
al período reproductivo. La mortalidad anual estimada fue de 117 individuos de P.blainvillei, 50 de
O.flavescens (0,42% de su población total) y 14 de A.australis. Ante escenarios de disminución poblacional,
como los planteados para P. blainvillei para el stock de Rio Grande del Sur-Uruguay, y para O. flavescens,
estos resultados sugieren que la captura incidental en la flota de arrastre costero genera un impacto
negativo sobre las poblaciones de ambas especies, siendo necesario profundizar en el impacto sobre sexos
y estadios reproductivos de los individuos, ya que tienen implicancias diferentes a nivel poblacional. Esta es
una primera aproximación al análisis de esta problemática, pretendiéndose profundizar también en el
análisis espacial de la misma, a partir de información de áreas de operación de la flota.

Palabras clave: Captura incidental, mamíferos marinos, arrastre de fondo costero.

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PROBABILIDADE DE ENCALHE DA TONINHA (Pontoporia blainvillei) CAPTURADA


ACIDENTALMENTE EM REDE DE EMALHE NA COSTA SUL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL,
BRASIL

Prado, J. H. F.1; Bizutti, R. S.2; Kinas, P. G.3; Secchi, E. R.4


1
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica, Doc – FURG. jonatashenriquef@yahoo.com.br
2
Laboratório de Oceanografia Física – FURG
3
Laboratório de Estatística, Instituto de Matemática – FURG
4
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio
Grande (FURG)

Estimativas de mortalidade acidental de toninhas, Pontoporia blainvillei, em redes de emalhe obtidas a partir
de dados de encalhe são subestimadas, pois os animais encontrados na praia representam apenas uma
parcela da captura acidental total. O objetivo deste trabalho foi determinar as principais variáveis que
contribuem para a toninha encalhar; com base nesta informação estimar a probabilidade das toninhas
mortas pela atividade costeira de emalhe de Rio Grande que encalham na costa e utilizá-la como fator de
correção para estimar o número de toninhas capturadas acidentalmente a partir do número de animais
encontrados na praia entre 1979 e 1998. De 10 a 20 embarcações foram monitoradas de novembro de 2005
a Janeiro de 2009. Os respectivos mestres foram instruídos a colocarem uma marca nas toninhas mortas e
devolvê-las ao mar e anotar dados referentes à data e posição de devolução. Monitoramentos semanais da
costa foram realizados para quantificar o número de toninhas com marcas encontradas na praia e registrar
o local de encalhe das mesmas. Para verificar quais variáveis influenciam no encalhe da toninha utilizou-se
a análise de regressão logística dispondo de cinco variáveis explicativas (período de onda, direção e
intensidade do vento, distância da costa e safra). Cento e quarenta e duas toninhas foram marcadas, das
quais onze chegaram à praia. Dentre os sete melhores modelos logísticos propostos, aquele cuja variável
explicativa utilizada foi à safra representou o modelo que melhor se ajustou aos dados para determinar a
probabilidade de encalhe da toninha. Na safra da pescada a probabilidade de encalhe foi 0,036 (intervalo de
credibilidade - ICr = [0,004 – 0,101]) e na safra da corvina foi 0,12 (ICr = [0,062 – 0,191]). Estes valores
equivalem aos animais marcados que encalharam e foram encontrados (alguns podem ter sido perdidos).
Assumindo que estes fatores de correção são representativos para todas as toninhas capturadas
acidentalmente que encalham na praia, o valor total corrigido para o período de 1979 e 1998, a partir de
1076 indivíduos encalhados, foi 13636 indivíduos. Esta estimativa de mortalidade pode ser usada como
parâmetro de entrada em modelos logísticos generalizados para projetar a população para o passado e
estimar o tamanho “inicial” aproximado da população de toninha do RS. Considerando que uma das formas
de avaliar o estado de conservação de uma população é comparar o tamanho populacional atual com o
inicial, tal estimativa permitiria reavaliar o estado de conservação da toninha para o Rio Grande do Sul.

Palavras chave: Pontoporia blainvillei, encalhes, transporte costeiro

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QUANTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS FERIMENTOS ENCONTRADOS EM BOTOS-CINZA (Sotalia


guianensis) NA BAÍA DE ILHA GRANDE, RJ

D’Azeredo, F. T.1; Tardin, R. H. O.1; Simão, S. M.1


1
Laboratório de Bioacústica e Ecologia de Cetáceos – UFRRJ felipedtorres@gmail.com

Sotalia guianensis é um cetáceo de pequeno porte, se distribuindo do norte de Honduras (15°58’S;


85°42’W) ao sul do Brasil (27°35’S; 48°34’W), habitando baías e estuários. Apesar de ser pouco estudada, a
Baia de Ilha Grande compreende a maior agregação de indivíduos de S. guianensis. A mortalidade
acidental pela interação com a pesca e o turismo ameaça a conservação dessa espécie e constituem
ameaças à manutenção de sua condição atual. Alguns estudos que visaram avaliar impactos antrópicos
utilizaram como parâmetro apenas a nadadeira dorsal. Nosso objetivo foi avaliar todo o corpo do animal e
quantificar o número de S. guianensis com ferimentos, como resultado de uma possível interação antrópica
e apontar as etiologias. Foram realizadas 22 saídas de barco entre 2007 a 2008 na região. A partir das fotos
obtidas pela foto-identificação elaboramos um catálogo que serviu de base para a determinação da etiologia
estudada. A partir das características físicas de cada ferimento, dividimos em 4 grupos: Espinhel = lesões
no bordo de ataque, fuga e terço superior da nadadeira dorsal, com ela parcialmente ou totalmente curvada
sobre a base; Colisões com barcos = cortes paralelos variando de comprimento, perda de tecido com
amputação parcial ou total da área atingida ; Corda = cortes e cicatrizes no pedúnculo caudal e na cabeça
próximo à boca, lesões dorso ventral ao pedúnculo e/ou medial à nadadeira caudal; e Rede de pesca =
pequenas marcas localizadas no pedúnculo ou nas articulações das nadadeiras e cortes em torno do
pescoço/rostro. De cerca de 17.969 fotos obtidas foi possível identificar 487 animais, que formaram o
catálogo de fotoidentificação, e destes 46 indivíduos (9,44%) possuíam lesões derivadas de algum tipo de
interação. Desses, 30,4% apresentavam lesões que indicavam a causa por espinhel (n = 14), 28,3% por
corda (n = 13), 26,1% por barco (n = 12) e 15,2% foram classificados como rede de pesca (n = 7). Os dados
ainda não indicam uma alta intensidade de impacto da atividade antrópica sobre esta população. Com o
aumento crescente das atividades humanas na Baía da Ilha Grande, intensificando-se os níveis de trânsito
de embarcações turísticas e pesqueiras, o estudo e a conservação da população de botos-cinza da região
vêm se tornando uma necessidade.

Agradecimentos: CNPq

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REGISTRO DA ADOÇÃO DE FILHOTE DE PEIXE-BOI MARINHO (Trichechus manatus) EM CATIVEIRO

Attademo, F. L. N.¹; Coutinho, P. D. F.2; Luna, F. de O.³; Hage-Magalhães, L. R.3


1
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
E-mail: niemeyerattademo@yahoo.com.br
2
Universidade de Pernambuco, Instituto de Ciências Biológicas. E-mail: pauladjanira@gmail.com
3
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos, ICMBio. E-mail:
fábia.luna@icmbio.gov.br; li_hage@yahoo.com.br

O peixe-boi marinho (Trichechus manatus) é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção do Brasil e
vários fatores ameaçam a sobrevivência da espécie, como o encalhe de filhotes órfãos. O CMA/ICMBio é
responsável pelo resgate, reabilitação e soltura desta espécie. Quando resgatados, os filhotes geralmente
são alimentados com fórmulas artificiais de leite em pó deslactosado a base de soja e suplementos
vitamínicos. A adoção de filhotes por fêmea cativa poderá diminuir a intensidade da interação antrópica. No
dia em que o filhote Guga chegou ao CMA/ICMBio ocorreu o nascimento do filhote de Sereia, fêmea cativa
desde 1991, em sua terceira parição, todos gerados com saúde e com cuidado parental intensivo. A mãe e
o neonato foram separados em um recinto aonde o filhote órfão foi introduzido e os três animais foram
monitorados por 24 horas durante 20 dias. No 21° dia foram incluídas no recinto duas outras fêmeas com
seus respectivos filhotes, também recém-nascidos, e o grupo foi observado por mais 30 dias durante 12
horas diárias. Após cinco meses a fêmea Sheila pariu um filhote natimorto e após este episódio, passou a
dedicar cuidados específicos ao filhote órfão. Com a permanência junto às fêmeas, o filhote não apresentou
predileção no momento da amamentação, e aceitou como item complementar os alimentos sólidos
fornecidos às fêmeas como dieta alimentar. O filhote apresentou comportamento antagônico quando da
presença dos tratadores, não permitindo a aproximação e nem mesmo uma dieta artificial através de
mamadeiras. A adoção do filhote por fêmeas cativas permitiu o aprendizado do animal para alimentação e
diminuiu a interação antrópica. No entanto o estudo foi realizado somente com fêmeas recém paridas, fato
que pode ter proporcionado uma melhor aceitação do filhote. O comportamento antagônico à presença
humana foi intensificado pelo fato do não fornecimento de mamadeiras, desassociando ao animal o ser
humano como fonte de alimento. Foi também observado que os animais preferiam interagir entre si ao
interagir com tratadores. No entanto são necessários estudos clínicos da viabilidade de soltura destes
animais, assim como da introdução junto com outras categorias de animais adultos.

Palavras chave: Peixe-boi; Adoção; Reintrodução.

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RELAÇÕES MERCÚRIO-SELÊNIO EM FÍGADOS DE CETÁCEOS TROPICAIS: O POSSÍVEL PAPEL


DAS CÉLULAS DE KUPFFER NO PROCESSO DE DESTOXIFICAÇÃO DO METILMERCÚRIO PELA
FORMAÇÃO DE TIEMANITA
 
Lailson-Brito, José1,2; Cruz, Renato3; Dorneles, Paulo R.1,2; Andrade, Leonardo R.4;
Azevedo, Alexandre de F.1; Vidal, Lara G.1; Fragoso, Ana B. L.1,6; Costa, Mariana B.2; Kehrig, Helena2;
Secchi, Eduardo R.4; Torres, João P. M.2; Malm, Olaf2
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores "Profa. Izabel Gurgel" (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Brasil. E-mail: lailson@uerj.br
2
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil.
3
Universidade Federal Fluminense, Centro de Estudos Gerais, Departamento de Biologia Celular e
Molecular. Campus do Valonguinho, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.
4
Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil.
5
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos , Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio
Grande, Brasil.
6
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Depto. de Ciências Biológicas, Laboratório de
Sistemática e Ecologia Animal, Brasil.

Apesar das altas concentrações de Hg reportadas para cetáceos, efeitos deletérios são raros ou ausentes,
o que parece ter relação direta com as interações entre o mercúrio e o selênio. O presente estudo objetivou
verificar a acumulação de mercúrio e selênio em fígados de cetáceos marinhos do Brasil. São discutidos
ainda o processo de destoxificação do metilmercúrio mediado pelo selênio. Foram utilizadas amostras de
fígados das seguintes espécies: boto-cinza, Sotalia guianensis (RJ; n=24), golfinho-de-Fraser,
Lagenodelphis hosei (RJ; n=11), franciscana, Pontoporia blainvillei (RJ, n=17; RS, n=26), e o golfinho-
pintado-do-Atlântico, Stenella frontalis (RJ; n=08). Para determinação de mercúrio total (HgT) e de mercúrio
orgânico total (HgOrgT) utilizou-se de AAS (FIMS-400, Perkin-Elmer). Brometo de potássio (KBr) e CuSO4
foram utilizados no processo de abertura de amostras para a determinação de HgOrgT. Após essa etapa, a
fração orgânica foi extraída com uma mistura de diclorometano/n-hexano (1:1). A partir daí, foi adotado o
mesmo procedimento relativo à determinação de HgT (digestão com solução sulfonítrica concentrada). Para
a determinação de metilmercúrio (MeHg), foi utilizada uma digestão com solução alcoólica de hidróxido de
potássio, seguida por uma extração por ditizona-benzeno. A determinação de MeHg foi efetuada através de
GC-ECD. Para o selênio, utilizou-se ETAAS (ZEEnit 60). O estudo ultraestrutural foi realizado em um
miscrocópio Zeiss EM 906 e, para as microanálises de raio X, foi utilizado Jeol 1200 EX equipado com um
Noran-Voyager analytical system. As espécies de delfinídeos apresentaram altas concentrações de Hg,
ultrapassando 500 mg.Kg-1 para indivíduos de S. frontalis e L. hosei. Para o mesmo grupo foi verificada uma
correlação alta e positiva entre Hg e Se (p<0,05), na concentração molar. Tal achado reflete o processo de
destoxificação do metilmercúrio, mediado pelo selênio. Já a P. blainvillei mostrou as mais baixas
concentrações médias, o que deve ser efeito de sua posição trófica. Foi verificado em tal espécie um
excesso de Se em relação ao Hg, o que pode indicar que o selênio atue na destoxificação de outros
elementos. Para o boto-cinza, foram realizados estudos mais aprofundados da bioacumulação do Hg.
Através de análises ultraestruturais do tecido hepático, foi verificada a acumulação de cristais amorfos nos
macrófagos. Posteriormente, foi confirmado, através da microanálise de raio X, que tais cristais eram
compostos por Se-Hg, confirmando que o boto-cinza apresenta o processo de demetilação via formação do
seleneto de mercúrio. Tal resultado aponta para um importante papel das células de Kupffer no processo de
destoxificação do MeHg.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

RESPUESTA DEL LOBO MARINO COMUN (Otaria flavescens) A LAS ACTIVIDADES DE TURISMO EN
LA ISLA CHAÑARAL, NORTE DE CHILE

Pavez, Guido1; Muñoz, Lily1; Inostroza, Patricia2,3; Sepúlveda, Maritza2,3


1
Facultad de Ciencias del Mar y Recursos Naturales, Universidad de Valparaíso. Av. Borgoño 16344,
Montemar, Viña del Mar. E-mail: guido.pavezd@gmail.com
2
Facultad de Ciencias, Universidad de Valparaíso, Av. Gran Bretaña 1111, Playa Ancha, Valparaíso. Chile.
3
Centro de Investigación para aves y mamíferos EUTROPIA.

La colonia de lobos marinos comunes Otaria flavescens de la isla Chañaral es muy visitada en el verano por
botes con turistas que se acercan a observar las crías recién nacidas. Estudios que han evaluado la
respuesta de otras especies de pinípedos a la presencia humana, indican que las respuestas pueden ser
leves, como un aumento en el estado de alerta de los individuos, hasta comportamientos más extremos
como el abandono de la colonia. El objetivo de este estudio fue evaluar el efecto del turismo en el
comportamiento de los lobos marinos comunes de la isla Chañaral, ubicada en la zona centro norte de
Chile. Desde el 07 y 18 de febrero de 2010, se llevó un registro diario de la visita de botes con turistas a la
colonia de lobos marinos. Mientras la embarcación permanecía en la lobera se registró la duración de la
visita y la distancia mínima de la embarcación a los animales. Además se determinó la conducta de los
turistas según las siguientes categorías: calma, intermedia y perturbadora; y la conducta de los lobos
marinos asociada a cinco variables: inactivo, alerta, agresivo, acercamiento y escape. El comportamiento de
los lobos marinos se comparó con las conductas de los turistas y con el tiempo de permanencia del bote en
la colonia. Se registraron 44 visitas de botes a la colonia, las que se acercaron una distancia promedio de
15,3 m (rango: 6 – 50 m) y permanecieron en ella por 3,1 minutos en promedio (rango: 1–7 min). La actitud
de los turistas fue mayoritariamente de inactividad (76% de los casos). En tanto, la respuesta de los lobos
marinos fue mayoritariamente inactiva (40%), seguida de acercamiento (32%) y alerta (21%). La respuesta
de los lobos marinos no estuvo relacionada con el comportamiento de los turistas ni con el tiempo de
permanencia del bote en la colonia. Sin embargo, sí estuvo relacionada con la distancia del bote a los
animales. Estos resultados sugieren que los lobos marinos comunes pueden verse afectados por la
presencia humana, siendo uno de los factores clave la distancia de los turistas a la colonia. A pesar de que
no se registró mortalidad de crías debido a la presencia de turistas, estos efectos pueden incrementarse
durante la época no reproductiva, debido a que los machos ya no defienden su territorio y escaparían de los
turistas.

Palabras clave: turismo, Otaria flavescens, Chañaral.

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REVISTA ILUSTRADA COMO FERRAMENTA DIDATICA PARA PROMOVER A CONSERVAÇÃO DOS


CETÁCEOS COM MAIOR OCORRÊNCIA NO RIO GRANDE DO NORTE

Medeiros, Camila Rossana Morais de¹; Fernandes, Deborah Pinto²


1,2
Universidade Potiguar.
1
camilamorais86@hotmail.com; 2 debypf@hotmail.com

A Educação Ambiental (EA) vem crescendo timidamente nesses últimos anos. No início, a principal
preocupação da aplicação da EA era voltada para a conservação da biodiversidade brasileira,
especificadamente para a Mata Atlântica, Restinga, Amazônia e Manguezal. A EA é vinculada com as
atividades de preservação, recuperação e conservação de biomas e ecossistemas naturais, sendo um tema
que tem causado uma preocupação constante para ambientalistas e cientistas. O litoral do Estado do Rio
Grande do Norte (RN) possui cerca de 400 km de extensão, onde ocorrem diversas espécies de mamíferos
aquáticos. Dentre estes, podemos destacar os cetáceos, mamíferos aquáticos mais especializados que
dependem exclusivamente deste ambiente para o seu desenvolvimento, são estes as baleias, botos e
golfinhos. Esses animais sempre atraíram o interesse e a curiosidade das pessoas, tendo uma importância
comercial devido ao turismo de observação, bem como a pesca predatória realizada ilegalmente em alguns
países. Diversos fatores naturais podem levar os cetáceos a óbito ou ao encalhe, mas são as ações
antrópicas (poluição, emalhe em redes de pesca e interação com embarcações) as que mais vêm
ameaçando as populações desses animais em todo o mundo. A sobrevivência dos cetáceos depende da
conscientização da população quanto à importância da sua preservação. Por este motivo, se viu necessário
produzir um almanaque educacional, voltado para a conservação dos cetáceos com maior ocorrência no
Estado do RN, como o boto-cinza (Sotalia guianensis), o golfinho-flíper (Tursiops truncatus), a baleia jubarte
(Megaptera novaeangliae) e a cachalote (Physeter macrocephalus). A educação ambiental deve ser
trabalhada desde a infância e por este motivo, foi desenvolvido um almanaque para ser trabalhado com
alunos do ensino fundamental II (6º ao 9º ano). O conteúdo foi desenvolvido de uma forma interativa,
tratando de assuntos da bioecologia dos cetáceos de forma a facilitar o aprendizado dos alunos. Dentre os
tópicos abordados, podemos destacar a classificação dos cetáceos, características, anatomia,
comportamento, espécies encontradas no RN, ameaças enfrentadas, um manual de procedimentos de
resgate a encalhes e ações de conservação que podem ser tomadas. Ao longo da revista ilustrada, são
encontrados em destaque alguns fatos interessantes referentes aos cetáceos, atividades como palavras-
cruzadas, desenhos, textos para preencher lacunas, dentre outras que têm como função principal trabalhar
os conhecimentos adquiridos pelo leitor. O almanaque deverá ser apresentado e distribuído em escolas
públicas de comunidades litorâneas do estado. Torna-se uma ferramenta indispensável para educar alunos
dessas comunidades para a conservação dos cetáceos que ocorrem na região.

Palavras chave: Cetáceos; Educação Ambiental; Preservação e Conservação.

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SCAR EG-BAMM AND THE MARINE MAMMAL COMUNNITY IN SOUTH AMERICA: OVERVIEW AND A
CALL FOR PARTICIPATION AND INTEGRATION OF SCIENTIFIC INITIATIVES

Muelbert, M. M. C. on behalf of EG-BAMM, SCAR

Instituto de Oceanografia, Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, RS, 96201-900,
Brasil, Monica.Muelbert@furg.br

The Scientific Committee on Antarctic Research Expert Group on Birds and Marine Mammals (SCAR EG-
BAMM) has been recently created and replaces two separate former SCAR Expert Groups dedicated to
advise SCAR on matters concerning seabirds and seals. The new group will also incorporate cetacean
related issues and work closely with the new Convention for the Conservation of Antarctic Marine Living
Resources (CCAMLR) group on top predators (CCAMLR-TOP). EG-BAMM is comprised of two officers
(Chief Officer and a Secretary) and a small core group of members active in the area of Antarctic research
on top predators such as birds and marine mammals reflecting regional and taxononomic diversity. The
group is currently engaged in compiling of a comprehensive list of researchers from the broader scientific
community, creating of an internet-based platform to enhance the communication among SCAR-involved
scientists, a web page where news, information, and guidelines are available, as well as gathering a
comprehensive data base of all tracking data for Antarctic birds and marine mammals. The group is also
looking at creating a depository of references and scientific articles regarding top predators from the
Southern Ocean. The main objectives of the group are: to quantify the role of birds and marine mammals in
the Antarctic marine and terrestrial ecosystems; to work with other components of SCAR towards a
multidisciplinary synthesis of biophysical and biochemical coupling mechanisms in the Antarctic; to collate
and provide information on the status and trends of populations of specific species in the SCAR area of
interest based on needs identified by SCAR or by the group; to provide advice to ATS bodies and others as
requested from time to time, as agreed by SCAR, and in collaboration with these bodies including the
exchange of data; and, contribute to the conservation and management of Antarctic and subantarctic birds
and mammals through the appropriate utilisation and interpretation of currently available scientific data. Our
goal at this meeting is to report to and involve the local scientific committee with SCAR sponsored
programmes like EBA and new programmes such as SOOS, as well as SCAR Standing Scientific Groups
and Committees through active participation, exchange of information and collaborative iniciatives.

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VALIDAÇÃO DA BIÓPSIA REMOTA PARA O MONITORAMENTO DOS NÍVEIS DE COMPOSTOS


ORGANOCLORADOS NO TECIDO ADIPOSO SUBCUTÂNEO DE Sotalia guianensis

Vidal, Lara G.1; Silva, Lorena P.1; Ferraz, Débora R.1; Furtado, Luciana1; Flach, Leonardo2;
Azevedo, Alexandre F.1; Azevedo-Silva, Cláudio3; Dorneles, Paulo R.3; Lailson-Brito, José1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores ‘‘Profa. Izabel Gurgel’’ (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rua São Francisco Xavier, 524 4º andar
sala 4002E, Maracanã, 20550013 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil; vidallarag@gmail.com;
lorena.biouni@gmail.com; deboraocn@yahoo.com.br; lubioverde@gmail.com;
alexandre.maqua@gmail.com; lailson@uerj.br.
2
Projeto Boto Cinza, Rua Sta Terezinha, 531, Muriqui, 23870-000 - Mangaratiba, RJ, Brasil;
flachleo@hotmail.com.
3
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; ceass@biof.ufrj.br;
dorneles@biof.ufrj.br.

A biópsia remota tem sido frequentemente utilizada em estudos que realizam o monitoramento de
micropoluentes em cetáceos, tal ferramenta permite que seja possível um maior planejamento, já que
dispensa a necessidade de esperar que os animais venham encalhar. Devido à lipofilicidade, os compostos
organoclorados em cetáceos têm como sítio preferencial de escolha o tecido adiposo subcutâneo.
Entretanto, estudos têm sugerido que devido a divergências quanto à composição e a mobilização de
lipídeos em tal tecido, este pode não ser homogêneo podendo haver, assim, diferenças nas concentrações
de contaminantes em relação a sua profundidade. Portanto, a biópsia pode trazer consigo fatores de
confundimento, pois quase sempre, retiram a camada mais superficial do tecido adiposo subcutâneo. A fim
de avaliar a heterogeneidade das concentrações de compostos organoclorados no tecido adiposo
subcutâneo do boto-cinza, foram utilizados 17 espécimes (código 2, Geraci & Lousnbury, 1993), sendo 13
machos e 4 fêmeas, recolhidos na Baía de Sepetiba-RJ, de 2007 a 2010. Em laboratório, o tecido foi
dividido em camada externa, região mais próxima a pele, e camada interna, região mais próxima ao
músculo, sendo então analisadas separadamente. A extração foi realizada com n-hexano/diclorometano
(1:1) em homogeneizador Ultra Turrax, a purificação se deu com a adição de ácido sulfúrico. As análises
foram realizadas em um cromatógrafo de fase gasosa com detector de captura de elétrons (CG-DCE) 7890
da Agilent Technologies, a quantificação foi realizada pela área de cada pico, corrigida para recuperação do
PI-PCB 103. A metodologia foi validada pelos materiais de referência do National Institute of Standards and
Technology SRM 1588a e SRM 1945, onde foi aceita recuperação de 65-135%. As camadas apresentaram
o mesmo perfil: ∑PCB>∑DDT>∑HCH>Mirex>HCB. O teste U de Mann-Whitney mostrou que nenhum dos
37 compostos analisados, assim como os somatórios, foi estatisticamente diferente entre as camadas (p>
0,05) do tecido adiposo subcutâneo do boto-cinza, seja quando todos os indivíduos são considerados, ou
quando os sexos são tratados separadamente. O mesmo foi observado para a razão p,p’-DDE/∑DDT. Já a
razão ∑DDT/∑PCB, não foi estatisticamente diferente somente quando os sexos são tratados
separadamente (p>0,05). Portanto, a ferramenta da biópsia remota pode ser utilizada para a avaliação dos
níveis dos compostos organoclorados na espécie, sem que esta traga fatores de confundimento à
interpretação dos resultados, permitindo ainda a comparação dos dados de animais encalhados e
biopsiados.

Palavras chave: boto-cinza; heterogeneidade; biópsia remota

Financiamento: Lara G. Vidal é bolsista CAPES, Lorena P. Silva é bolsista FAPERJ e Débora R. Ferraz é
bolsista CNPq.

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VARIACIÓN ESPACIO-TEMPORAL EN LA DISTRIBUCIÓN DEL LOBO MARINO DE UN PELO (Otaria


flavescens) EN EL PUERTO MAR DEL PLATA (ARGENTINA) DURANTE LOS ÚLTIMOS 30 AÑOS

Mandiola, M. Agustina1,2*; Giardino, Gisela1,2; Bastida, Ricardo1,2; Rodríguez, Diego1,2


1
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, Argentina. (*) agusmandiola@gmail.com
2
Departamento de Ciencias Marinas, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad Nacional de
Mar del Plata, Argentina.

La colonia de lobos marinos de un pelo del puerto Mar del Plata (Argentina) se estableció en la década de
1970, albergando animales en sus aguas interiores de manera permanente a lo largo del año.
Originalmente, los ejemplares se concentraban exclusivamente en un espigón interno, pasando luego a
colonizar sectores de dársena y, posteriormente, cubiertas de las lanchas de pesca costera; produciendo
serios inconvenientes con el sector pesquero local. A partir de 1984-1985, con la oferta de nuevos sustratos
en áreas cercanas de la Escollera Sur, aumentó el número de ejemplares y se produjo un reordenamiento
natural de toda la colonia. Consecuentemente, los lobos abandonaron la zona de conflicto para
concentrarse en su mayoría (>90%) en un área accesible, con bajo disturbio y poca interferencia con las
actividades portuarias. Esta relocalización natural hizo que las otras dos áreas frecuentemente habitadas
pasaran a albergar un número reducido de animales (<2%) y disminuyera notablemente dicho conflicto. En
el año 2004 se decidió expandir las operaciones portuarias y transformar el área del asentamiento de los
lobos marinos en zonas de muelles. Como estrategia para forzar a los animales a asentarse en otros
sectores portuarios, en el año 2007 se construyó una empalizada que redujera el área de descanso original.
Esto trajo como consecuencia que los lobos se desplazaran nuevamente, de manera masiva, hacia las
dársenas interiores, reiniciándose de esta forma el conflicto con el sector pesquero que había sido
solucionado hace unos 25 años. En la actualidad, alrededor del 65% de los lobos permanecen sobre las
rocas del apostadero original, pero aumentó drásticamente su presencia en las dársenas interiores con
valores superiores al 20% de la colonia. Este nuevo escenario hace que los lobos marinos se distribuyan
caóticamente en todo el puerto, posibilitando el contacto directo con los productos pesqueros
desembarcados a diario y en proximidad física con los visitantes y trabajadores. De no solucionarse esta
situación, las consecuencias sanitarias y de seguridad podrían ser graves.

Palabras clave: Otaria flavescens; Apostadero Portuario; Mar del Plata

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WHALE WATCHING: LINEA BASE, VISION PROSPECTIVA Y ACCIONES HABILITADORAS PARA EL


DESARROLLO SUSTENTABLE DE LA ACTIVIDAD EN LA ZONA NORTE DE CHILE

Oliva, Doris1; Sepúlveda, Maritza1,2; Zamorano, Alejandro3; Moraga, Rodrigo1,2; Jaime, Diaz3
1
CIGREN, Depto. de Biología & Ciencias Ambientales, Facultad de Ciencias, Universidad de
Valparaíso, Gran Bretaña 1111, Valparaíso, Chile, Doris.Oliva@uv.cl
2
Centro de Investigación Eutropia, Chile
3
Centro de Transferencia de Tecnologías Limpias, Blanco 1623, Depto 1601, Valparaíso, Chile

El objeto del presente estudio es determinar el potencial para el Whale Watching en la zona norte de Chile,
identificando una cartera de productos a desarrollar, las brechas y las acciones habilitadoras para su
instalación y la definición de una agenda que permita concretar los productos. Se realizó un levantamiento
de línea base que comprendió la actualización del catastro de especies de cetáceos en las regiones de
Arica-Parinacota, Tarapacá, Atacama y Coquimbo y de datos socio-economícos, a través de trabajo en
terreno, talleres con actores relevantes y encuestas. Se determinaron 3 zonas con potencial de desarrollo
turístico basada en WW: Arica, Iquique y Reserva Nacional Pingüino de Humboldt. Las especies de
mamíferos marinos que se pueden avistar en el área son la ballena azul, fin, jorobada, calderón gris, delfín
nariz de botella, lobo marino común y chungungo, siendo las tres últimas las que tienen la más alta
probabilidad de observación durante todo el año. Para impulsar la actividad de WW de calidad en país se
requiere que se aborden las principales brechas detectadas: se sustente en bases científicas sólidas y se
transfieran los conocimientos a través de capacitación dentro de un “cluster” que encadene todos los
aspectos complementarios (traslados, alojamiento, alimentación y otras ofertas), que se traduzcan en un
servicio de altos estándar de calidad. Por lo tanto una inversión pública inicial tiene que orientarse a
establecer y actualizar líneas base de recursos y la transferencia y capacitación a los miembros del “cluster”
en todas las zonas. Desde el punto de vista de las capacidades, es necesario implementar programas de
formación, ya que, se observa un deficiente conocimiento relacionado con las especies y estándares de
avistamiento. El WW, es una actividad que se puede transformar en una excelente oferta y posicionar al
país como uno de los destinos mundiales para la observación de cetáceos y otros mamíferos marinos, en el
marco del desarrollo sustentable. En la zona norte de Chile, donde las condiciones climáticas y de
accesibilidad son muy favorables para la actividad, no es posible saturar las principales zonas con la
introducción de numerosos turistas y embarcaciones que afecten las poblaciones de cetáceos. En este caso
deben establecerse capacidades de carga y el crecimiento económico debe estar dado por la valorización
del servicio y no por la incorporación de un mayor número de naves y turistas. Agradecemos el
financiamiento a INNOVA CHILE; Agendas de Innovación.

Palabras clave: Whale Watching,

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RELACIÓN ENTRE VARIABLES DE LA PESCA ARTESANAL Y LA CAPTURA INCIDENTAL DE


FRANCISCANA EN LA COSTA ATLÁNTICA URUGUAYA

Costa, Paula1; Abud, Carolina1; Dimitriadis, Caterina1; Franco-Trecu, Valentina1; Laporta, Paula1;
Passadore, Cecilia1; Szephegyi, María Nube1; Santamaria-del-Angel, Eduardo2
1
Proyecto Franciscana/Cetáceos Uruguay. Sección Etología, Facultad de Ciencias, Universidad de la
Republica. proyecto.franciscana@gmail.com
2
Facultad de Ciencias Marinas, Universidad Autónoma de Baja California, México.

El uso de redes de enmalle en las pesquerías artesanales de la costa Atlántica uruguaya se relaciona
principalmente con dos estrategias de pesca. Una dirigida a grandes tiburones (ej. Galeorhinus galeus),
caracterizada por utilizar pocos paños, de gran tamaño de malla, que permanecen períodos prolongados en
el agua, en zonas costeras poco profundas y otra dirigida al gatuso (Mustelus schmitti) y peces teleósteos,
caracterizada por usar un gran número de paños de malla pequeña, calados por poco tiempo (asociado al
uso de ecosonda) y en zonas más profundas, alejadas de la costa. Ambas estrategias presentan captura
incidental de franciscana (Pontoporia blainvillei). Nuestro objetivo fue analizar la relación entre las variables
asociadas al tipo de pesca y la captura incidental de franciscana en la costa atlántica. Se relevaron
mensualmente 2 pesquerías (n=19 embarcaciones; 50% del total), durante el período 2006-2008, a través
de cuadernos individuales brindados a cada pescador, quienes completaron, en cada evento de pesca, las
características del mismo, incluyendo las capturas de franciscanas. Las variables utilizadas en este análisis
fueron: tiempo de calado (TC), tamaño de malla (TM), número de paños (NP), ancho de la red (AR),
profundidad y distancia de la costa. Se realizó un análisis de componentes principales (ACP) con el objetivo
de analizar las variables asociadas al número de franciscanas capturada (NF), utilizándose por ello,
exclusivamente los eventos en los que se registró su captura. Se escogieron aquellos componentes que
presentaron valores propios >1 y que en su conjunto explicaron más del 65% de la varianza acumulada. En
los tres años se registraron 138 franciscanas capturadas en 96 eventos de pesca. El análisis ACP mostró
que el NF está asociado al NP y TM. Por medio de una regresión logística, considerando todos los eventos
de pesca en conjunto (n=1229), se identificaron tres variables predictivas de la captura de franciscana: TM,
NP, TC (coeficientes=0,002; 0,1; 0,0071; p 0,01 respectivamente, α=0.05). Si bien los coeficientes de las
tres variables resultaron bajos, los valores son positivos, indicando que un aumento en dichas variables
incrementaría la probabilidad de captura. Los resultados indican que, tanto el evento de captura, como el
número de franciscanas, están directamente relacionados a variables que caracterizan cada modalidad de
pesca, evidenciando la importancia de considerar dichas modalidades a la hora de proponer y aplicar
medidas de manejo para la especie.

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A NECESSIDADE DE PROMOVER EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA PARA O BOTO-CINZA, Sotalia


guianensis (VAN BÉNÉDEN, 1864), NA PRAIA DE PIPA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

Medeiros, Camila Rossana Morais de¹; Fernandes, Deborah Pinto²

Universidade Potiguar.
¹ camilamorais86@hotmail.com; ² debypf@hotmail.com

O Brasil possui um extenso litoral e um amplo complexo fluvial, permitindo uma grande distribuição de
mamíferos aquáticos por toda a costa brasileira. Há uma espécie que ocorre com maior assiduidade no
litoral do estado do Rio Grande do Norte, o boto-cinza, Sotalia guianensis (Van Bénéden, 1864). É uma
espécie de hábito costeiro que vive em grupos e apresenta interações biológicas intra e interespecíficas. Na
Praia da Pipa podem ser visualizados diariamente nas Enseadas dos Golfinhos e do Curral, em contato
direto com a população nativa e com turistas que freqüentam as praias principalmente em embarcações.
Estes animais vêm sofrendo ameaças intensas devido à falta de conhecimento que a população tem a
respeito deles. Por este motivo, se viu necessário realizar uma avaliação dos conhecimentos referentes ao
boto-cinza existente por parte dos alunos da Escola Municipal Vicência Castelo, na Praia de Pipa, RN.
Objetivou-se identificar e comprovar a necessidade de promover a conscientização ambiental dos alunos
com relação ao boto-cinza. Foram aplicados questionários de análise prévia com os alunos do ensino
fundamental II referentes à bioecologia do boto-cinza. Em seguida, foram realizadas palestras em cada
série tratando de assuntos como a classificação, ecologia, anatomia e ocorrência do boto-cinza. Após as
palestras, o mesmo questionário aplicado anteriormente foi passado aos alunos para verificar a diferença de
conhecimento e alguns meses depois foi passado novamente. Foram realizadas também entrevistas com
pessoas da comunidade e turistas para verificar o nível de conhecimento dos mesmos. De acordo com os
dados levantados, os alunos de todas as séries mostraram um conhecimento prévio sobre a espécie
insuficiente. No entanto, após as palestras, a maior parte dos alunos demonstrou ter assimilado as
informações passadas, inclusive demonstrando interesse em ajudar a preservar estes animais na sua
comunidade. A partir das entrevistas, foi percebido também um conhecimento mínimo por parte dos turistas
e dos nativos. A atividade de educação ambiental mostrou-se eficaz na conscientização dos alunos da
escola trabalhada. Por este motivo, se vê necessário realizar trabalhos educativos tanto na escola quanto
na comunidade circunvizinha para além de aumentar o conhecimento da população, ajudar na conservação
do boto-cinza. Os alunos poderão transmitir o conhecimento adquirido para o restante da comunidade,
tornando-se disseminadores dos conhecimentos, assim aumentando as chances de conservar este animal.

Palavras chave: Cetáceos; Comunidade litorânea; Conservação.

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A PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE DE PORTO DE PEDRAS, AL SOBRE A PRESENÇA DO PEIXE-BOI


MARINHO (Trichechus manatus manatus) NO MUNICÍPIO

Ramineli, Suzana Muniz

UFF/PGCA, Universidade Federal Fluminense, Avenida Litorânea, s/nº - Campus Praia Vermelha - Boa
Viagem - Niterói, RJ - suzanaramineli@yahoo.com.br

O peixe-boi marinho (Trichechus manatus manatus) é o mamífero aquático brasileiro sob maior ameaça de
extinção (IBAMA: em perigo crítico; CITES: Apêndice I). De hábitos exclusivamente herbívoros, preferência
por águas rasas (até 12m) e temperamento dócil, esse sirênio foi caçado até quase desaparecer. Em 1980,
houve a criação do Projeto Peixe-Boi Marinho, que hoje reabilita esses sirênios em cativeiro e os readapta
para as reintroduções. Desde 1998, o estuário do Rio Tatuamunha, em Porto de Pedras, AL, é o principal
sítio de soltura em Alagoas, o que tornou o município conhecido como Santuário do Peixe-Boi. Com os
animais na região, porém, ocorrem interações humanas, o que pode ser prejudicial para a espécie. Este
trabalho buscou conhecer um pouco da percepção da comunidade sobre a presença do peixe-boi. Foram
entrevistados 50 moradores dos povoados Tatuamunha, Palmeira e Lajes (cerca de 10% do total de
residências). 100% dos entrevistados disseram conhecer o peixe-boi e 90% o viram pela primeira vez em
Porto de Pedras, após as reintroduções. 92% afirmaram que o animal é grande e arredondado, embora
tenham dúvidas sobre sua coloração (38% preto; 34% cinza; 16% marrom; 8% verde e 4% roxo). Sobre
hábitos alimentares, 40% não souberam responder, 24% citaram o capim-agulha (Halodule sp.) e 36%
deram outras respostas. Ao serem questionados se hoje existem mais ou menos peixes-bois, 42% disseram
que reduziu, 18% que aumentou, 2% que está igual e 20% não sabiam. Acredita-se que o equívoco dessa
suposta elevação seja devido à observação cotidiana dos animais na região, que não ocorria antes das
reintroduções. 86% declararam que a presença do peixe-boi é positiva, principalmente porque gerou
turismo, emprego e renda. 46% pensam que o sirênio é um peixe, 28% sabem que é mamífero e 26% não
souberam responder. Analisando-se esses e outros dados, observou-se que a caracterização do peixe-boi
como espécie-bandeira traz benefícios econômicos para a comunidade e pode ajudar na preservação do
animal, desde que continuem a ser realizadas atividades de fiscalização e educação ambiental. Sugere-se
que sejam disponibilizadas informações constantes para a comunidade sobre o peixe-boi.

Palavras chave: Trichechus manatus manatus; Porto de Pedras, AL; conservação

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ABORDAGEM ETNOECOLÓGICA SOBRE A PESCA ARTESANAL E OS PEQUENOS CETÁCEOS NA


COSTA LESTE DA ILHA DE MARAJÓ, PARÁ, BRASIL

Martins, B. M. L.1,2; Sousa, M. E. M.1,3; Rodrigues, A. L. F.1; Santos, G. M. A.1,4; Emin-Lima, R.1,5;
Siciliano, S.1,5;
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia – GEMAM/ Museu Paraense Emílio Goeldi,
Coordenação de Zoologia, Setor de Mastozoologia1 (*bruna_oceano@yahoo.com.br);
2
Graduação em Oceanografia – Universidade Federal do Pará (UFPA)
3
Pós-Graduação em Biologia Ambiental do Instituto de Estudos Costeiros, UFPA, Campus Bragança;
4
Graduação em Ciências Biológicas – Universidade Federal do Pará (UFPA)
5
Escola Nacional de Saúde Pública, FIOCRUZ

A interação da pesca com populações de cetáceos contempla aspectos positivos e negativos. Nesse
cenário, a captura acidental representa alto risco à conservação de cetáceos em todo mundo. Pequenos
cetáceos costeiros são mais suscetíveis a eventos de captura acidental em redes de pesca. Na Costa Norte
do Brasil, o boto-cinza (Sotalia guianensis) registra índices preocupantes de mortalidade em redes de
espera. Entretanto, a carência no conhecimento relacionado à magnitude das capturas acidentais de
pequenos cetáceos na Costa Norte e o elevado potencial pesqueiro da região, motiva o estudo e
monitoramento dessa atividade. Informações detalhadas da pesca e das interações com os pequenos
cetáceos foram obtidas com auxílio de questionários semi-estruturados que abordavam assuntos
relacionados à pesca, sua interação com os espécimes e aspectos ecológicos. Os questionários foram
aplicados a 45 pescadores artesanais nos municípios de Soure e Salvaterra, ilha de Marajó, Pará, entre de
outubro de 2009 e julho de 2010. Dos entrevistados, a maior parte utiliza embarcações do tipo canoa e
barco de pequeno porte, representando 79% do total de embarcações registradas. Nessa região, a rede de
espera é a mais utilizada (95%). O comprimento das redes variou entre 150-3500m, altura de 1,5-6,8m,
malha de 18-75 mm e o tempo de imersão é, em média, de 3,5h. Todos os entrevistados afirmaram que o
boto-vermelho (Inia geoffrensis) “atrapalha” a pescaria, retirando o pescado da rede e danificando o
artefato. 70% dos pescadores afirmaram que o boto-cinza ajuda na atividade, indicando e cercando o
cardume. Cerca de 90% dos entrevistados relataram a ocorrência de capturas acidentais em redes de
espera para S. guianensis e 10% para I. geoffrensis, os mesmos referem-se a eventos de encalhe como
consequência dos emalhes em redes. Os exemplares capturados acidentalmente são descartados inteiros
ou aproveitados, retirando-se: olhos, dentes e genitálias; costumes esses relacionados à cultura amazônica
e seus misticismos. A gordura dos botos foi citada com fins medicinais e 3 pescadores afirmaram já ter
consumido a carne, o que não representa um hábito comum na região. A utilização das carcaças como isca
para espinhel foi registrada em 10% das entrevistas e referem-se em sua maioria a um hábito mais antigo,
quando tal prática era mais intensa. A continuidade no levantamento das artes de pesca e seu impacto
sobre os botos na região amazônica deve considerar as particularidades da área, tomando-a como base
para futuras ações de conservação das espécies de pequenos cetáceos.

Palavras chave: interação pesca, pequenos cetáceos, Costa Norte

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ACUMULAÇÃO DE COMPOSTOS ORGANOCLORADOS (DDT, PCB, HCB, HCH E MIREX) NO BOTO-


CINZA, Sotalia guianensis, NAS BAÍAS DE SEPETIBA E DE ILHA GRANDE, RIO DE JANEIRO,
BRASIL

Vidal, Lara G.1; Silva, Lorena P.1; Ferraz, Débora R.1; Furtado, Luciana1; Flach, Leonardo2;
Azevedo, Alexandre F.1; Azevedo-Silva, Cláudio3; Dorneles, Paulo R.3; Torres, João P. M.3; Malm, Olaf 3;
Lailson-Brito, José1

1. Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores ‘‘Profa. Izabel Gurgel’’ (MAQUA), Faculdade de


Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rua São Francisco Xavier, 524 4º andar
sala 4002E, Maracanã, 20550013 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil; vidallarag@gmail.com;
lorena.biouni@gmail.com; deboraocn@yahoo.com.br; lubioverde@gmail.com;
alexandre.maqua@gmail.com; lailson@uerj.br.

2. Projeto Boto Cinza, Rua Sta Terezinha, 531, Muriqui, 23870-000 - Mangaratiba, RJ, Brasil;
flachleo@hotmail.com.

3.Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; ceass@biof.ufrj.br;
dorneles@biof.ufrj.br; jptorres@biof.ufrj.br; olaf@biof.ufrj.br.

As baías costeiras do Estado do Rio de Janeiro são fortemente impactadas, recebendo uma grande carga
de micropoluentes, dentre eles os compostos organoclorados. Devido à alta persistência e a lipofilicidade,
tais compostos são facilmente incorporados pelos organismos e biomagnificam. Cetáceos têm sido
utilizados como sentinelas dos ambientes aquáticos por possuírem vida longa e ocuparem elevados níveis
tróficos. O pequeno delfinídeo costeiro, Sotalia guianensis que ocorre de Santa Catarina a Honduras,
apresenta fidelidade de habitat, característica que permite que a espécie integre a poluição que passa pelo
ambiente em que vive. Sendo assim, amostras de tecido adiposo subcutâneo, obtidas através de biópsias
remotas, foram utilizadas para determinar os níveis de compostos organoclorados do boto-cinza da Baía de
Sepetiba (n=13, 6 machos, 7 fêmeas) e Baía de Ilha Grande (n=11, 5 machos, 3 fêmeas, 3 não
determinado), RJ. Na extração das amostras foram utilizados n-hexano/diclorometano (1:1) em
homogeneizador Ultra Turrax. Para a purificação foi utilizado ácido sulfúrico. As análises foram realizadas
em um cromatógrafo de fase gasosa com detector de captura de elétrons (CG-DCE) 7890 da Agilent
Technologies. A metodologia foi validada a partir da utilização de materiais de referência: SRM 1588a e
SRM 1945 (NIST-EUA). As duas baías apresentaram padrões de contribuição relativa semelhantes:
∑PCB>∑DDT>∑HCH >Mirex>HCB. Dentre o ∑DDT, o p,p’-DDE foi predominante nas 2 baías, mostrando
que a entrada de tal poluente ocorreu no passado. Os PCBs com maior importância foram os mesmos para
os dois locais, o PCB153>PCB138>PCB180. Tais compostos são abundantes nas formulações comerciais
do PCB e com alta persistência no ambiente. O teste U de Mann-Whitney mostrou que dos 37 compostos
analisados, além dos somatórios, somente o p,p’-DDD e o PCB 118 foram estatisticamente diferentes entre
os machos das duas áreas (p<0,045). As duas baías são limítrofes, assim, possivelmente, a circulação das
correntes e o fluxo atmosférico, integram a poluição das duas áreas. Entretanto, a análise discriminante
(p<0,05), realizada juntamente com o conjunto de dados de estudo anterior, mostrou que as populações de
boto-cinza das 3 baías costeiras do RJ (Sepetiba, Ilha Grande e Guanabara) e da Baía de Paranaguá, PR;
apresentam diferenciações nos padrões de acumulação dos compostos organoclorados. Tal achado permite
dizer que existem separações ecológicas entre os botos-cinza das diferentes áreas, o que enfatiza a
necessidade de tratamento de cada uma das populações de maneira distinta no que se refere ao manejo
com vistas à conservação.

Palavras chave: boto-cinza; Baía de Sepetiba; Baía de Ilha Grande

Financiamento: Edital Universal CNPq (Processo - 482938/2007-2); Edital PensaRio-FAPERJ; Edital APQ1-
2009/1 FAPERJ (Proc. E26-110.858-2009); Lara G. Vidal é bolsista CAPES; Lorena P. Silva é bolsista
FAPERJ; e Débora R. Ferraz é bolsista CNPq.

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AGRESIONES SOBRE MAMÍFEROS MARINOS EN EL SUDESTE DE BUENOS AIRES Y RÍO NEGRO


 
Sánchez, K. B.1; Intrieri, E.2; Lorenzani, J. A.1; Lorenzani, J. C.1; Giacaglia, L.1; Trinchero, R.1
1
Fundación Fauna Argentina. Colón 4324. Mar del Plata.C.p. 7600. Argentina
fundacionfaunaargentina@yahoo.com.ar
2.
Miranda 224. Viedma. Río Negro. cp.8500 Argentina

Existen amenazas antropogénicas incidentales sobre mamíferos marinos, así como también agresiones
directas. Entre las primeras se encuentran la contaminación y el enmallamiento principalmente. Los
mamíferos más afectados son el Delfín franciscana (Pontoporia blainvillei) y el Lobo marino de un pelo
(Otaria flavescens). La Fundación Fauna Argentina viene realizando desde 1983 un trabajo sistemático de
corte de sunchos en O. flavescens, cortando en promedio 100 por año. También está realizando gestiones
en el Poder ejecutivo de la provincia de Buenos Aires para disminuir el enmallamiento de Franciscanas. En
el presente trabajo se reportan agresiones directas sobre Otaria flavescens, Arctocephalus australis,
Pontoporia blainvillei y Tursiops truncatus en las provincias de Buenos Aires y Río Negro. Los datos fueron
obtenidos a partir de registros fotográficos, observaciones personales y entrevistas a pescadores. En ambas
provincias la especie más afectada fue el Lobo marino de un pelo. Las heridas encontradas en ésta especie
fueron causadas por armas de fuego de distintos calibres, arpones y golpes. Las causas principales de
agresión hacia A. australis fueron los ataques de perros y las capturas de ejemplares vivos que son llevados
hacia centros de recuperación y que no necesariamente se encuentran en estado traumático. En Río Negro
se reconocen agresiones con armas de fuego para las especies O. flavescens, T. truncatus y P. blainvillei.
En ambas provincias el aumento de animales heridos coincide con la disminución de la pesca costera y el
incremento de embarcaciones pesqueras con motor fuera de borda no reglamentadas. Ante los hechos de
maltrato hacia O. flavescens la F.F.A. requirió a la Prefectura Naval Argentina realice inspecciones
periódicas en las embarcaciones en busca de armas, arpones o demás instrumentos que puedan ser
empleados para dañar a los animales; a su vez se dio intervención a la justicia penal de la provincia de
Buenos Aires por medio de una denuncia en la fiscalía Nº 5; mientras que para los casos de capturas vivas
en estado traumático se solicita a la Dirección de Desarrollo Pesquero bonaerense la implementación de un
protocolo. En Río Negro el Asesor de Medio Ambiente y Fauna Marina Sr. Intrieri realizó informes y
denuncias públicas ante organismos de aplicación.

Palabras clave: Agresiones, mamíferos marinos, heridas.

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ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS EM GRUPOS DE BOTO-CINZA, Sotalia guianensis, FRENTE AO


TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES NO PARANÁ, BRASIL

Gaudard, Aliny1*; Machado, Lorena1; Domit, Camila2; Del-Claro, Kleber1


1
Universidade Federal de Uberlândia – UFU; *alinygaudard@yahoo.com.br
2
Universidade Federal do Paraná; Centro de Estudos do Mar, Laboratório de Mamíferos e Tartarugas
marinhas (LEC), Pontal do Paraná, PR, Brasil.

Considerando o crescente número de embarcações náuticas, a falta de legislação específica, os ruídos


gerados, velocidades alcançadas e a mobilidade desse meio de transporte, o impacto das embarcações em
mamíferos marinhos é de grande relevância, principalmente em áreas costeiras. Conhecer essa interação é
fundamental para a conservação dos botos, de seu habitat e para a regulamentação do uso da área pelas
embarcações. O estudo do comportamento pode identificar os problemas e auxiliar no estabelecimento de
ações para a conservação, por isto o objetivo deste estudo foi analisar as interações dos botos e
embarcações e se estas alteram os comportamentos dos grupos e infantes. As observações foram
realizadas em duas regiões do Complexo Estuarino de Paranaguá, Estado do Paraná: Pontal do Paraná e
Guaraqueçaba, em janeiro e fevereiro de 2008 e 2010, totalizando em 383 horas de esforço. Neste período,
devido ás férias de verão, houve um aumento no tráfego de embarcações, o que permitiu a observação de
567 eventos de interação. Para o registro dos comportamentos foi utilizado um misto dos métodos “animal-
focal” e “amostragem seqüencial”. As embarcações foram separadas de acordo com o tipo do motor: popa e
centro. As interações foram divididas em: positiva, neutra e negativa, baseadas nos comportamentos
observados antes, durante e depois da passagem das embarcações. As respostas dos golfinhos
observados variaram em relação ao tipo de motor, velocidade e distância entre embarcações e estrutura do
grupo de botos. Verificou-se um aumento da freqüência de interações neutras quando a distância entre
barcos e botos observados foi maior que 100m e com embarcações em velocidade baixa (0,1 a 2,0km/h),
principalmente em interações com embarcações de motor de popa, nas duas áreas amostradas. As
interações positivas e neutras foram mais frequentes com embarcações de motor de centro, provavelmente
porque estas embarcações não atingem velocidade alta (maior que 5km/h) e são frequentes na área. De
uma maneira geral, todos os tipos de embarcações alteraram de alguma forma as atividades que vinham
sendo desenvolvidas pelos botos. Mudanças na estrutura do grupo, tais como separação de mãe e filhote,
também foram observadas, principalmente quando a embarcação passava sobre o grupo.

Palavras chave: cetáceos, interações antrópicas, áreas costeiras.

Financiamento: CNPq, Pró-reitoria de pós graduação da Universidade Federal de Uberlândia, CAPES.

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AMEAÇAS AO BOTO-DA-TAINHA, Tursiops truncatus, EM LAGUNA, SUL DO BRASIL: O QUE


CONTAM OS PESCADORES ARTESANAIS?

da Rosa, D. S. X.1; Daura-Jorge, F. G.2; Simões-Lopes, P. C.3


1
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Email: daiane.biologia@gmail.com
2
Universidade Federal do Paraná – UFPR. Email: daurajorge@gmail.com
3
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Email:lamaqsl@ccb.ufsc.br

O boto-da-tainha, Tursiops truncatus, pode ser encontrado ao longo de toda a costa sul do Brasil, com
destaque para a população residente que utiliza as águas próximas ao município de Laguna (SC) e
promove uma “pesca cooperativa” com pescadores artesanais. Considerando o contexto local, este trabalho
visa descrever a percepção dos pescadores sobre as principais ameaças para a população de botos da
área, quais atividades humanas causadoras e quais medidas de conservação deveriam ser tomadas. Para
tal, foram utilizadas entrevistas realizadas através da aplicação de questionário semi-estruturado. Quando
questionados sobre quais problemas os botos enfrentam em seu ambiente natural, a utilização da rede para
a pesca do bagre por alguns pescadores foi citada 62,5% das vezes, como um grave problema. É sabido
que a rede de bagre é uma arte de pesca de grande conflito local, em especial com pescadores que
participam da pesca cooperativa, sendo a principal causa de morte de botos na área. A poluição, tanto da
Lagoa de Santo Antônio como do Rio Tubarão, apareceu em segundo lugar com 25% das citações, seguido
pelo assoreamento da lagoa (8,3%) e pelas embarcações providas de motor de popa (4,2%). Quando
indagados sobre o que fariam pela conservação dos botos, a proibição e uma maior fiscalização sobre o
uso da rede de bagre foram as mais citadas (70%). Sabe-se que a utilização desta arte de pesca já é
proibida na região. A realização de projetos de educação ambiental que visem à conscientização dos
pescadores e comunidade local sobre a importância da preservação dos botos surgiu em 27% das vezes.
Também foi citada a possibilidade da realização de dragagem na lagoa. Desta forma, podemos observar
que o conhecimento tradicional é de extrema importância como fonte de informação para propostas de
manejo e no entendimento dos conflitos e desafios para a conservação desta espécie no local.

Palavras chave: boto-da-tainha, pescador artesanal, conservação.

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ANÁLISE DE CAPTURAS ACIDENTAIS DE TONINHA (Pontoporia blainvillei), NO LITORAL SUL DO


RIO GRANDE DO SUL, BRASIL, NO PERÍODO DE 2008 A 2010

Hatum, P. S.1; Ferreira, E. C.1; Secchi, E. R.1


1
Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha, FURG – Rio Grande, RS, Brasil.
Email: paulinhahatum@hotmail.com

A principal ameaça à toninha (Pontoporia blainvillei), pequeno cetáceo endêmico do Atlântico Sul-Ocidental,
é a captura acidental em pescas com redes de emalhe. O objetivo deste trabalho foi descrever as áreas, em
cada estação do ano, com maior risco de capturas acidentais de toninhas na pesca com rede de emalhe no
litoral sul do Rio Grande do Sul no período de 2008 a 2010. Foram monitoradas 25 embarcações da frota
pesqueira de Rio Grande. Dados sobre características da pesca e capturas acidentais foram obtidos através
de cadernos de bordo distribuídos aos mestres de cada embarcação, entre janeiro de 2008 e maio de 2010.
Para identificar as áreas de maior captura acidental por unidade de esforço (CaPUE), os dados foram
agrupados em células de 20km por 20km usando uma projeção de modo que todas as células cobrissem a
mesma área. A CaPUE foi calculada como o número de toninhas capturadas por mil metros de rede por
célula. Foram analisados 850 lances realizados pelas embarcações que capturaram acidentalmente 84
toninhas. O inverno foi a estação que cobriu a maior área de esforço (35200km2) seguido do verão
(31200km2), primavera (27200km2) e outono (25200km2). Durante a primavera e o inverno as capturas
ocorreram em 28% e 22% da área de pesca, respectivamente, enquanto que no verão ocuparam 17% e no
outono 11% da área. As estações que apresentaram as maiores médias de CaPUE por célula foram a
primavera (0,0093; DP=0,0213) e o inverno (0,0075; DP=0,0178). O verão e o outono apresentaram as
menores médias de CaPUE por célula, para estas estações a média foi 0,0058 (DP=0,0196) para o verão e
0,0055 (DP=0,0191) para o outono. A maior parte das células com CaPUE foram encontradas nas regiões
ao sul da barra de Rio Grande (sul=83% e norte=17%). A alta mortalidade acidental em pescas com redes
de emalhe é um dos principais problemas para a viabilidade da toninha, portanto, a identificação de áreas e
épocas de maior captura pode ser importante para definir estratégias de conservação da espécie.

Palavras chave: cetáceos, Atlântico Sul, rede de emalhe

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ATAQUES DE GAVIOTAS COCINERAS DIRIGIDOS A CRÍAS DE BALLENAS FRANCAS DEL SUR

Fazio, Ana; Bertellotti, Marcelo

Centro Nacional Patagónico (CONICET), Puerto Madryn, Chubut, Argentina. e-mail: fazio@cenpat.edu.ar

La gaviota cocinera (Larus dominicanus) es una especie con hábitos de alimentación generalista y
oportunista. En la zona de reproducción de ballenas francas australes (Eubalaena australis) de Península
Valdés, Argentina, las gaviotas se alimentan, entre otras cosas, de trozos de piel y grasa que arrancan de
los lomos de las ballenas, produciéndoles serias heridas. Este comportamiento se ha incrementado desde
su primera observación en 1972 conjuntamente con la población de gaviotas y de ballenas. El constante
acoso de las gaviotas podría tener un efecto negativo en la población de ballenas, disminuyendo la tasa de
supervivencia de las crías o contribuyendo al desplazamiento de las ballenas hacia áreas libres del acoso.
El objetivo de este trabajo es analizar los parámetros que más influyen en los ataques y comparar este
comportamiento entre diferentes años y áreas del Golfo Nuevo. Durante las temporadas reproductivas de
ballenas desde el año 2005 al 2008, se realizaron 1559 embarques desde Puerto Pirámides (N=5703
avistajes). En los meses de septiembre y octubre de 2009 se realizaron 150 avistajes costeros a 60 km de
P. Pirámides. En cada avistaje se registró la duración, la cantidad y categoría de ballenas y gaviotas, el
número de ataques y datos climáticos, entre otros. Los modelos lineares generalizados mostraron que la
variable más relevante para las variaciones observadas en las tasas de ataque fue la categoría de ballenas,
con valores mayores en los pares madre-cría, explicando un 13% de la variabilidad (GLM: F=64.1,
p<0.0001). Las crías tienen una tasa respiratoria más elevada, por lo que permanecen más tiempo en
superficie, vulnerables al ataque de las gaviotas, y sus madres permanecen cercanas a ellas, muchas veces
descansando en superficie mientras amamantan. Estos dos hechos podrían ser la causa de la alta tasa de
ataque sobre los pares madre-cría. Los ataques continuos de gaviotas, además de producir serias lesiones
y cambios en el comportamiento, podrían ser vector de contagio de enfermedades. Recientemente se han
registrado un gran número de ballenas con síntomas de distintas enfermedades de piel. Es necesaria la
implementación de un monitoreo sanitario para advertir cualquier amenaza que la población de ballenas
francas de P. Valdés pudiera sufrir debido a los ataques de gaviotas.

Palabras clave: gaviota cocinera, ballena franca austral, interacción.

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AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS CURSOS D'ÁGUA POR ARIRANHAS (Pteronura


brasiliensis) E INTERFERÊNCIAS ANTRÓPICAS À ESPÉCIE NA REGIÃO DO LAGO AMANÃ,
RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL AMANÃ (AMAZONAS, BRASIL) EM UMA SÉRIE
TEMPORAL DE QUATRO ANOS

Lima, Danielle1; Marmontel, Miriam1


1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, Instituto Mamirauá – Amazonas, Brasil
Email: limadanielle@terra.com.br

Entre outubro de 2004 e setembro de 2008 foram realizadas 40 saídas a campo nos igarapés do entorno do
lago Amanã (RDS Amanã), utilizando-se metodologias apropriadas para a identificação da distribuição,
tamanho populacional, características de determinadas evidências e sítios explorados pela espécie, e
identificação de interações negativas entre ariranhas e a população humana. Foram percorridos 18.181 km
durante 465 dias de busca por registros em 13 igarapés do entorno do lago. Nesta extensão foram
identificados 711 locais de ocorrência da espécie, distribuídos em oito cursos d'água. O monitoramento
efetuado ao longo dos anos permitiu o registro de uma população de ariranhas composta por
aproximadamente 75 indivíduos, distribuídos em 12 grupos familiares. Na extensão amostrada foram
registradas locas e locais de descanso com maior frequência em barrancos com altura de até 113 cm,
enquanto que os acampamentos estiveram a uma altura de até 227 cm. Os sítios com inclinação entre 22o e
43o apresentaram as maiores frequências destes indícios, encontrados em trechos de igarapés com
aproximadamente um metro de transparência e até três metros de profundidade. Informações sobre
interferências antrópicas à população de ariranhas foram compiladas a partir de 83 relatos de moradores
locais, que de algum modo interagiram com a espécie, e do registro de ações humanas observadas durante
as saídas a campo. Esta compilação permitiu a identificação ameaças decorrentes da percepção dos
moradores locais em relação à espécie, da interação entre ariranhas e a pesca de subsistência, da
conversão de ambientes naturais para a implantação de áreas de cultivo agrícola anual, da remoção de
filhotes para manutenção em cativeiro e do risco de contaminação por zoonoses transmitidas por animais
domésticos. Os resultados obtidos durante os quatro anos de esforço direcionado permitem concluir que a
espécie tem encontrado condições favoráveis para sua manutenção na região. Esta afirmação deve-se à
distribuição identificada, ao aumento das proporções das áreas utilizadas, a um número significativo de
grupos familiares e aparente constância entre anos amostrados. Caso estas condições sejam mantidas, e
havendo um aumento da população de ariranhas, pode-se esperar um incremento das interferências
negativas, com um possível prejuízo para a espécie. A identificação destas ameaças é fundamental para
implementação de ações visando à conscientização da população local acerca da importância da espécie,
além de medidas controladoras de pressões antrópicas.

Palavras chave: Pteronura brasiliensis, distribuição, ameaças, RDS Amanã, Amazônia.

Financiadores: Fundo para Expansão do Programa de Pesquisas do Instituto Mamirauá, Programa


Petrobras Ambiental, Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia, Programa BECA-
IEB/Fundação Moore (Código B/2007/02/BMP/03), CNPq (Processo nº 135248/2007-8)

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AVALIAÇÃO DE BIOMARCADORES DE CONTAMINAÇÃO AQUÁTICA EM PEIXE-BOI MARINHO


(Trichechus manatus) NAS ÁREAS DE REABILITAÇÃO E REINTRODUÇÃO NO NORDESTE DO
BRASIL

Anzolin, Daiane G.1; Soares, Daniela2; Souto, Antonio S.1; Borges, João Carlos Gomes3;
Attademo, Fernanda Niemeyer3, Serrano, Inês de Lima4; Bainy, Afonso C. D.2; Carvalho, Paulo S. M. de1
1
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (daiane.anzolin@ufpe.br)
2
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
3
Fundação Mamíferos Aquáticos – FMA
4
Centro Mamíferos Aquáticos - CMA

No Brasil, peixes-boi marinhos reabilitados são reintroduzidos nas Áreas de Proteção Ambiental da Barra do
Rio Mamanguape (PB) e Costa dos Corais (AL), onde mesmo sendo Unidades de Conservação, existem
atividades relacionadas ao cultivo de cana-de-açúcar, carcinicultura e ausência de saneamento público,
sendo estes potenciais fontes de vinculação de contaminantes químicos. A inibição da enzima
butirilcolinesterase (BChE) é um biomarcador de exposição amplamente utilizado e específico para
contaminantes da classe dos carbamatos e organofosforados. Por ouro lado, biomarcadores enzimáticos de
estresse oxidativo como a atividade da enzima catalase (CAT) e Glutationa S-transferase (GST) tem sido
utilizados como indicadores de exposição a diversos contaminantes químicos em ambiente natural Desta
forma, este trabalho teve como objetivo avaliar os biomarcadores (BChE, GST, CAT) em peixes-boi
marinhos mantidos em oceanários e em cativeiros no ambiente natural. Para isto foram coletadas amostras
de sangue de 18 peixes-bois marinhos, provenientes de animais mantidos em oceanários (n=9) no estado
de Pernambuco e nos cativeiros em ambiente natural dos estados de Alagoas (n=5) e Paraíba (n=4). As
amostras coletadas foram submetidas aos ensaios das enzimas CAT, GST e BChE. As atividades das
enzimas CAT e GST não apresentaram diferenças significativas nos animais das diferentes regiões
estudadas, apesar da CAT ter demonstrado uma tendência ao aumento de atividade nos animais mantidos
no cativeiro da Paraíba ( x =851,2 u/mg prot.) quando comparados aos mantidos em Itamaracá ( x =755,1
u/mg prot.) e Alagoas ( x =567,1 u/mg prot.). O teste da inibição da enzima BChE demonstrou diferença
estatisticamente significativa entre as regiões da Paraíba e de Alagoas quando comparados com Itamaracá
(ANOVA, p<0,050). Houve uma inibição da atividade da BChE tanto dos animais mantidos na Paraíba
quanto em Alagoas quando comparados com Itamaracá, onde eles foram readaptados. Radicais de
oxigênio e peróxido de hidrogênio são constantemente produzidos como subprodutos da respiração aeróbia
nos organismos. Mamíferos aquáticos por sua vez, apresentam uma maior capacidade de tolerar esta
situação de estresse oxidativo devido as adaptações fisiológicas e bioquímicas para o mergulho, o que pode
explicar parcialmente esta ausência de diferença entre os grupos testados para CAT e GST. Estes
resultados indicam uma possível exposição destes animais a compostos químicos do grupo dos inibidores
de colinesterase, os carbamatos e organosforados, corroborando a necessidade de se investigar em maior
detalhe a qualidade ambiental das áreas de reintrodução dos animais. Agradecemos a Fundação O
Boticário de Proteção a Natureza e FACEPE pelo apoio na realização deste trabalho.

Palavras chave: Sirênios, Contaminantes, Biomarcadores

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

AVALIAÇÃO DO USO DE COSTELAS DO PEIXE-BOI DA AMAZÔNIA Trichechus inunguis


(NATERRER, 1883) PARA ESTUDO DE ESTIMATIVA DE IDADE

Maciel, Gisele de Castro1; Silva, Vera Maria Ferreira da2


1,2
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / Laboratório de Mamíferos Aquáticos – INPA/LMA

Nos estudos de estimativa de idade em mamíferos aquáticos usam-se estruturas como ossos longos,
crânio, e dentes. Nessas estruturas estão presentes os grupos de camadas de crescimento ou GLG’s, que
são partes do tecido ósseo apropriadas a deposição de elementos químicos e íons, em especial o cálcio.
Cada GLG’s equivale a um ano de vida do animal estudado. Em peixes-bois a estimativa de idade em
animais mortos é geralmente realizada com o osso do domo timpânico. Quando o crânio completo e a bula
timpânica não estão disponíveis nas carcaças encontradas na natureza, as costelas, por serem ossos
longos, resistentes e numerosos, são indicadas para a determinação da idade do animal. Tais análises
mostram a idade do animal, se este atingiu a maturidade sexual antes de ser morto, proporcionando uma
importante ferramenta para os estudos de preservação da espécie. Este estudo objetivou analisar costelas
de peixes-bois da Amazônia, verificar se estas apresentam GLG’s adequados para estimar a idade nesses
animais e determinar a melhor área ou porção da costela para a leitura da idade. Foram utilizadas cinco
costelas de peixe-boi da Amazônia, sendo duas de idade conhecida, uma de idade aproximada e duas de
idade desconhecida, oriundas da Coleção de Mamíferos Aquáticos do INPA. Foram feitas lâminas dessas
costelas para que fosse realizada a leitura dos GLG’s sob microscópio óptico. As análises das lâminas de
costela de peixe-boi amazônico mostram que essa estrutura é eficiente para a determinação de idade em
animais jovens e adultos de até 14 anos de idade. Porém, este valor pode ser aumentado, visto que não
possuíamos costelas de indivíduos acima de 14 e menor que 21 anos para analisar. Nos indivíduos de
idade conhecida, os GLG’s se igualaram à idade do animal. No indivíduo acima de 21 anos, a grande
reabsorção óssea e reorganização celular dificultaram a leitura da real idade do animal. Foram observados
14 GLG’s nítidos em costelas de peixe-boi da Amazônia enquanto que no peixe-boi marinho esse número
se manteve em 12 GLG’s. A costela de peixe-boi apresenta paquiostose, ausência de cavidade medular,
tornando-as muito densas e com grande reabsorção celular. A grande quantidade de Canais de Volkmann e
Sistemas de Harvers em toda a estrutura óssea e sobre os GLG’s, dificulta a leitura dessas linhas em
animais adultos. As melhores áreas para a leitura dos GLG’s são as áreas centrais, descartando as
extremidades da costela, onde ocorre muito tecido esponjoso.

Palavras chave: Estimativa de idade, Peixe-boi, Mamíferos aquáticos.

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BOTO-VERMELHO X TUCUXI: DIFERENTES INTERAÇÕES DOS GOLFINHOS DA AMAZÔNIA COM A


PESCA NO MÉDIO SOLIMÕES

Brum, Sannie M.; Silva, Vera M. F. da

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), Manaus,
AM, Brasil. sanniebrum@gmail.com

O boto-vermelho ou boto (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) são espécies simpátricas e utilizam
as mesmas áreas de pesca que os pescadores. O tucuxi apresenta comportamento aéreo e evita as redes
de pesca, enquanto o boto tem comportamento discreto, mas é mais curioso quanto aos pescadores e as
redes. Na Amazônia, com a popularização do náilon, as redes de emalhar ficaram mais numerosas e
resistentes, aumentando as chances de interações entre esses golfinhos e a pesca. A pesca representa, na
região, a maior atividade extrativista da população e a interação negativa com esta atividade parece ser o
maior fator de mortalidade para os golfinhos da Amazônia. As interações operacionais com a pesca
dependem do tipo de apetrecho utilizado e da ecologia e comportamento dos mamíferos aquáticos. Assim,
espera-se que botos e tucuxis interajam de maneira diferente com esta atividade. O objetivo deste estudo
foi avaliar se existe diferença entre as interações das duas espécies de golfinhos da Amazônia com a pesca
e se estas possíveis diferenças influenciam a relação dos pescadores quanto aos mesmos. Foram
aplicados questionários mistos a 162 pescadores nas cidades de Tefé, Alvarães e Uarini, no Amazonas, no
período de março a maio de 2010. Os relatos dos pescadores quanto às interações das espécies nas
pescarias diferem significativamente (X2=104.0094; p<0,0001). O boto foi citado por 84% dos pescadores,
enquanto o tucuxi foi lembrado por apenas 18,5% dos entrevistados. Também há diferença significativa
quanto aos apetrechos envolvidos (G=13,8601; p=0,0312) e aos tipos de interação (G=71,2545; p<0,0001).
A interação mais frequente para o boto foi o “dano de artefato” (97,8%) com o apetrecho tramalha (41,2%) e
para o tucuxi foi a “cooperação” (33,3%) com o apetrecho cerco (60%). Estes resultados influenciam a
percepção que os pescadores têm quanto aos golfinhos, 75% dos entrevistados acreditam que o boto-
vermelho atrapalha a pescaria e alguns admitem matá-los, mas apenas um pescador acredita que o tucuxi
também atrapalha. O boto foi mais relacionado a interações negativas para os pescadores, enquanto o
tucuxi foi mais relacionado a interações positivas. Isto pode justificar a atual situação de conflito entre botos-
vermelhos e pescadores. Os golfinhos não são vistos pelos pescadores como competidores pelo pescado, o
principal problema são os prejuízos causados com os danos aos artefatos. Outra questão a ser considerada
é o fator cultural. O boto-vermelho, devido ao misticismo e sua relação com famosas lendas amazônicas,
provoca maior rejeição nos pescadores.

Palavras chave: golfinhos da Amazônia, pesca.

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CAPTURA ACIDENTAL E DESTINO DADO ÀS CARCAÇAS DE PEQUENOS CETÁCEOS NA


PERCEPÇÃO DE PESCADORES ARTESANAIS DO NORTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
BRASIL

Rosa, Gabrielle Amorim1; Silva, Camila Ventura da1; Zappes, Camilah Antunes1,2,3;
Di Beneditto, Ana Paula Madeira1
1
Laboratório de Ciências Ambientais, Centro de Biociências e Biotecnologia, Universidade Estadual do
Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil. e-mail: bielle_amorim@yahoo.com.br
2
Instituto Aqualie, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
3
Instituto de Pesquisas Cananéia, Cananéia, SP, Brasil

Este estudo tem como objetivo descrever a captura acidental de pequenos cetáceos pela pesca artesanal e
o destino dado às carcaças destes emalhes na região de Atafona, norte do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
No período de fevereiro e março de 2010 foram realizadas 20 entrevistas etnográficas através do método
bola-de-neve com pescadores da região citada. Na área existe intensa prática da pesca artesanal, como
também a ocorrência desses animais. Durante as entrevistas foram aplicados questionários contendo
perguntas abertas e fechadas sobre a ecologia e biologia das espécies. Cada entrevistado descreveu mais
de um animal (N=45). Os informantes selecionados descreveram e identificaram os animais como sendo:
Tursiops truncatus (N=12; 27%); Sotalia guianensis (N=11; 24%); Pontoporia blainvillei (N=10; 22%);
animais do gênero Stenella sp. (N=5; 11%) e espécies não-identificadas (N=7; 16%). Essa identificação
ocorreu através de descrições como coloração, tamanho corporal, área de ocorrência e comportamento,
comparando com os dados de literatura. Sobre a captura acidental, cada entrevistado descreveu que a
mesma existe para mais de uma espécie, resultando em 37 descrições: T. truncatus (N=12; 32%); S.
guianensis (N=11; 30%); P. blainvillei (N=10; 27%); Stenella sp. (N=4; 11%). Cada entrevistado descreveu
mais de um destino dado à carcaça emalhada de cada espécie (N=41). Entretanto apenas foram relatados o
‘descarte’ (N=27; 66%) e ‘a utilização como isca’ (N=14; 34%). Respectivamente os resultados encontrados
foram: S. guianensis (N=8; 62%) e (N=5; 38%); P. blainvillei (N=8; 73%) e (N=3; 27%); T. truncatus (N=8;
73%) e (N=3; 27%); Stenella sp. (N=3; 50%) e (N=3; 50%). O fato dos pescadores descartarem a maior
parte das carcaças indica que possivelmente a captura ocorra de modo acidental. Segundo os entrevistados
o emalhe causa mais prejuízos do que benefícios, como a perda de artefatos, maior esforço de pesca e
morte dos animais. Aparentemente, o uso da carcaça como isca não é uma prática comum, mas é uma
abordagem que deve ser trabalhada em questões educativas. Estas ações devem ser aplicadas na
comunidade bem como possíveis métodos de prevenção da captura acidental de pequenos cetáceos a fim
de reduzir a ocorrência das mesmas.

Palavras chave: Delphinidae, pesca artesanal, captura acidental.

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COMÉRCIO DE CARCAÇAS DE BOTOS-VERMELHOS (Inia geoffrensis) USADAS PARA A PESCA DA


PIRACATINGA (Calophysus macropterus) EM MANACAPURU, ESTADO DO AMAZONAS, BRASIL

Sá Alves, Luiz Cláudio P. de1,2; Zappes, Camilah Antunes1,3; Andriolo, Artur 1,4
1
Instituto Aqualie, Rua Edgard Werneck, 428/32, Rio de Janeiro, RJ, 22763-010, Brasil.
2
Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua São
Francisco Xavier, 524/12005-F, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, 20550-900, Brasil. E-mail:
lcpsalves@yahoo.com.br
3
Programa de Pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro, Av. Alberto Lamego, 2000, Parque Califórnia, Campos dos Goytacazes, RJ,
28013-602, Brasil.
4
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora,
Campus Universitário, Juiz de Fora, MG, 36036-330, Brasil.

A caça ilegal de botos-vermelhos (Inia geoffrensis) é hoje a principal ameaça à espécie, sendo que a maior
preocupação no que diz respeito à sua conservação é o número aparentemente alto de botos ilegalmente
mortos para serem usados como isca na pesca da piracatinga (Calophysus macropterus). No presente
trabalho, realizado em abril de 2009, foram entrevistados dois moradores da cidade de Manacapuru, AM.
Os entrevistados são conhecidos por comercializarem carcaças de botos na região (informantes
qualificados). Estes foram contatados previamente por um terceiro morador local, que também mediou as
entrevistas. O primeiro entrevistado foi uma mulher de 37 anos, dona de pequeno comércio na região
central de Manacapuru. Durante os meses de seca do Rio Solimões (principalmente de agosto a outubro;
mas ela afirma que o comércio persiste, embora em menor freqüência, nos outros meses do ano), que
banha a região, ela participa como intermediadora no comércio de carcaças de botos, comprando cerca de
25 carcaças por mês de pescadores da região e vendendo para outros pescadores também da região. Os
preços podem variar de 25 a 100 reais (valores da época do estudo), dependendo do tamanho da carcaça,
mas não quis dar detalhes dos valores pagos aos caçadores. Como a comerciante não tem local para
estocar devidamente as carcaças, ela aluga um frigorífico local, onde faz a estocagem das mesmas. O
segundo entrevistado é gerente de frigorífico na mesma localidade. Este afirmou ser o único responsável
por comercializar carcaças naquele local, não alugando para terceiros. Também compra as carcaças de
pescadores locais e vende para outros pescadores da região. Este entrevistado não quis dar detalhes de
valores, negociando cerca de 75 carcaças por mês durante a seca do rio. Afirmou que existem muitos
outros frigoríficos e comerciantes da região envolvidos direta e indiretamente no comércio das carcaças,
(negociam o pescado sabendo da utilização do boto como isca). Ambos afirmaram que “tomam cuidado”
com a fiscalização, por exemplo, realizando muitas das atividades desse comércio ilícito durante a noite.
Apesar de a fiscalização ter sido citada, concluímos que a mesma não é efetiva, visto que os dois
entrevistados comercializam cerca de 300 carcaças de Inia geoffrensis por ano, em área central da cidade,
número que acreditamos ser ainda muito maior em toda a cidade de Manacapuru. É urgente a necessidade
de uma avaliação do impacto dessa atividade não apenas em Manacapuru, mas em toda a área de
ocorrência da espécie.

Palavras chave: Amazônia, golfinho fluvial, caça.

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COMPOSTOS ORGANOCLORADOS (DDT, PCB, HCB, HCH e MIREX) EM Tursiops truncatus DA


COSTA SUDESTE E SUL DO BRASIL

Vidal, Lara G.1; Silva, Lorena P.1,2; Ferraz, Débora R.1; Cremer, Marta J.2; Barbosa, Lupércio A.3;
Domit, Camila4; Azevedo, Alexandre F.1; Lailson-Brito, José1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores ‘‘Profa. Izabel Gurgel’’ (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rua São Francisco Xavier, 524 4º andar
sala 4002E, Maracanã, 20550013 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil; vidallarag@gmail.com; lailson@uerj.br.
2
Laboratório de Nectologia, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville
Unidade São Francisco do Sul, Rod. Duque de Caxias, C.P. 1005 Iperoba, São Francisco do Sul 89240-000
Brasil
3
Organização Consciência Ambiental (ORCA). Rua São Paulo, 23, Praia da Costa, Vila Velha, ES, 29101-
315, Brasil
4
Universidade Federal do Paraná – Laboratório de Ecologia e Conservação/ Mamíferos e Tartarugas
marinhas (LEC), Pontal do Paraná, Brasil.

Compostos organoclorados foram amplamente utilizados na agricultura, no combate a vetores de doenças e


na indústria. Devido à alta lipofilicidade e persistência, esses compostos passaram a ser detectados na teia
alimentar marinha. Os cetáceos têm sido utilizados como sentinelas dos ambientes aquáticos por
ocuparem, de modo geral, o topo de teias tróficas, apresentarem vida longa e alta meia-vida biológica de
micropoluentes em seus tecidos. O golfinho-nariz-de-garrafa ocupa diferentes habitats, podendo ser
observado em águas costeiras e oceânicas. Apesar de ser um dos cetáceos mais bem estudados de todo o
mundo, as informações na costa brasileiras são escassas. A fim de fornecer informações a cerca da
acumulação de compostos organoclorados, amostras de tecido adiposo subcutâneo do Estado de Santa
Catarina (n=3), Rio de Janeiro (n=5), Espírito Santo (n=2) e Paraná (n=2) foram analisadas. A extração de
tais amostras foi realizada com n-hexano/diclorometano (1:1) em homogeneizador Ultra Turrax e a
purificação se deu com a adição de ácido sulfúrico. As análises foram realizadas em um cromatógrafo de
fase gasosa com detector de captura de elétrons (CG-DCE) 7890 da Agilent Technologies. A metodologia
foi validada a partir da utilização de materiais de referência: SRM 1588a e SRM 1945 (NIST-EUA). O padrão
para RJ e ES foi ∑PCB>∑DDT>Mirex>∑HCH>HCB, para SC foi ∑PCB>∑DDT>∑HCH>Mirex>HCB,
enquanto para PR foi ∑DDT>∑PCB>∑HCH>Mirex>HCB. As relações ∑DDT/∑PCB, foram distintas, sendo a
maior verificada para o PR (1,55), seguida por SC (0,63), RJ (0,33) e ES (026), demonstrando a maior
influência agrícola do primeiro e mais industrial do último. A relação p,p’-DDE/∑DDT foi semelhante entre RJ
(0,87), SC (0,67) e ES (0,75), mas PR apresentou um menor valor (0,35), indicando lançamento mais
recentemente de DDT no ambiente. Os PCBs com maior importância para os quatro locais foram:
PCB153>PCB138>PCB180, os quais são compostos abundantes nas formulações comerciais do PCB e
com alta persistência no ambiente. Testes estatísticos só puderam ser realizados para RJ e SC, devido ao
baixo número amostral de ES e PR. O teste U de Mann-Whitney mostrou que dos 37 compostos analisados,
15 foram estatisticamente diferentes (p<0,05), além do ∑PCB (p<0,05), indicando um padrão diferenciado
de acumulação entre as diferentes áreas. Entretanto, os resultados precisam ser visto com cuidado, devido
ao baixo número amostral, em especial os do ES e PR.

Palavras chave: golfinho-nariz-de-garrafa; compostos organoclorados.

Financiamento: Cetacean Society International; Lara G. Vidal é bolsista CAPES, Lorena P. Silva é bolsista
FAPERJ e Débora R. Ferraz é bolsista CNPq.

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CONCENTRAÇÕES DE MERCÚRIO (HgT) EM TECIDO DE Sotalia guianensis NO LITORAL DO


PARANÁ- PR

Beloto, N.¹; Ferraz, D. R.²; Furtado,L. L.²; Domit, C.¹; Lailson-Brito, J.²

¹ Universidade Federal do Paraná – Laboratório de Ecologia e Conservação/ Mamíferos e Tartarugas


marinhas (LEC), Pontal do Paraná, Brasil. natalia_beloto@hotmail.com; cadomit@gmail.com

² Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores ‘‘Profª Izabel Gurgel’’ (MAQUA), Faculdade de


Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rua São Francisco Xavier, 524 4º andar
sala 4002E, Maracanã, 20550013 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil. lailson@uerj.br

Mamíferos marinhos, de modo geral, ocupam níveis tróficos altos e têm longo período de vida,
apresentando, em muitos casos altas concentrações de poluentes em seus tecidos. Assim, tais organismos
têm sido amplamente utilizados como sentinelas do ambiente. No Estado do Paraná coexistem atividades
portuárias, industriais e de turismo, as quais causam alterações ambientais e a introdução de elementos
considerados não essenciais, como o mercúrio (Hg), cádmio (Cd) e chumbo (Pb), no meio marinho. Neste
estudo foram quantificadas as concentrações de HgT em músculo e fígado de Sotalia guianensis (n=33).
Para determinação de HgT foram realizadas leituras em AAS com gerador de vapor frio (FIMS-400 Perkin-
Elmer) e os resultados obtidos (µg/g p.u.) demonstram que a média da concentração de HgT no fígado é
maior do que no músculo (Média fígado=17,03 µg/g, entre 0,05 – 137,15 µg/g; Média músculo=0,70 µg/g,
entre 0,06 - 1,93 µg/g). A média de concentração no fígado das fêmeas foi de 12,13 µg/g e a nos machos
de 25,32 µg/g. Adultos tiveram a média da concentração de HgT no fígado igual a 21,28 µg/g e os juvenis a
3,01 µg/Kg, demonstrando que há incremento nas concentrações de HgT ao longo do desenvolvimento do
indivíduo. Entretanto, quando analisados pelo teste U de Mann Whitney não foi observada diferença
significativa entre a concentração de HgT no fígado (U=47,0; p>0,05) e no músculo (U=54,5; p>0,05) quanto
ao sexo (macho/fêmea), assim como quanto HgT no fígado (U=28,0; p>0,05) e no músculo (U=42,0;
p>0,05) com relação a classe dos indivíduos (adulto/juvenil). Utilizando o teste de Spearman foi verificado
que não há correlação entre o comprimento total dos indivíduos e a concentrações de HgT em fígado
(p>0,05) e músculo (p= 0,05). Quando comparado ao estudo realizado em 1997/99 no Paraná, houve
diferença entre a média e valor mínimo e máximo de HgT encontrado no fígado de S. guianensis. A média
atual foi inferior, porém o valor máximo foi superior, sugerindo que não houve um incremento significativo de
HgT no ambiente utilizado pelos botos no litoral do Paraná.

Palavras chave: Paraná; boto-cinza; mercúrio.

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CONCENTRAÇÕES DE METAIS E SELÊNIO EM MAMÍFEROS AQUÁTICOS ENCALHADOS NO


LITORAL DA BAHIA

Rosa, Suzana Más1,2; Santos, Gabriel Luiz dos1; Korn, Maria das Graças Andrade1
1
NQA-PRONEX - GPQA, Dep. Química Analítica, Instituto de Química, UFBA, Salvador, BA.
2
Instituto Mamíferos Aquáticos, Salvador, BA.

A poluição química é considerada um dos principais fatores que ameaçam a sobrevivência dos cetáceos.
Mais de 50 espécies de mamíferos aquáticos ocorrem ao longo da costa brasileira e o status de
conservação desses animais é preocupante. Além disso, a literatura sobre contaminantes em mamíferos
marinhos é pequena e limitada a resumos em congressos e poucas publicações em periódicos. O objetivo
deste estudo é apresentar dados nunca reportados sobre concentrações de metais em tecidos de
mamíferos aquáticos encalhados no estado da Bahia. As amostras foram coletadas de animais das
espécies Sotalia guianensis, Stenella clymene, Steno bredanensis, Grampus griseus, Pseudorca
crassidensis, Megaptera novaeangliae, Peponocephala electra, Kogia simus, Lontra longicaudis e
Arctocephalus tropicalis ao longo do litoral da região metropolitana de Salvador, Litoral Norte e baía de
Todos os Santos no período de 2002 a 2008. Os teores de metais (As, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg T, Mn, Mo,
Ni, Pb, V, Zn) e selênio (Se) foram determinados por ICP OES após digestão em forno de microondas com
cavidade em amostras de músculo, pulmão, fígado e rim. A determinação de mercúrio total foi realizada em
amostras de fígado e rim através de CV AAS após digestão em banho-maria na placa aquecedora. O
músculo e o pulmão apresentaram baixas concentrações da maioria dos analitos, com exceção do Fe no
músculo. O fígado apresentou as maiores concentrações da maioria dos elementos determinados. Altos
teores de Cd foram detectados nos rins de alguns indivíduos da espécie Stenella clymene. As
concentrações de As e Pb foram inferiores ao limite de determinação do método em todas as amostras.
Apesar das concentrações de alguns metais encontradas nesse estudo não serem consideradas críticas,
teores elevados de elementos tóxicos como o Cd, Cr e Hg foram detectados em alguns animais.
Considerando a grande diversidade de espécies que habitam o litoral brasileiro, sua importância ecológica e
a escassez de estudos, as pesquisas nessa área constituem uma importante ferramenta para avaliar a
poluição no ecossistema marinho, assim como fornecer subsídios que contribuam para a conservação
desses animais.

Palavras chave: metais, mamíferos aquáticos,Bahia

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CONFLITOS ENTRE PESCADORES E GOLFINHOS FLUVIAIS EM MANACAPURU, ESTADO DO


AMAZONAS, BRASIL

Sá Alves, Luiz Cláudio P. de1,2; Zappes, Camilah Antunes1,3; Andriolo, Artur1,4


1
Instituto Aqualie, Rua Edgard Werneck, 428/32, Rio de Janeiro, RJ, 22763-010, Brasil.
2
Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua São
Francisco Xavier, 524/12005-F, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, 20550-900, Brasil. E-mail:
lcpsalves@yahoo.com.br
3
Programa de Pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro, Av. Alberto Lamego, 2000, Parque Califórnia, Campos dos Goytacazes, RJ,
28013-602, Brasil.
4
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora,
Campus Universitário, Juiz de Fora, MG, 36036-330, Brasil.

A caça de botos-vermelhos (Inia geoffrensis) é hoje a principal ameaça à espécie, e sabe-se que o tucuxi
(Sotalia fluviatilis) também é alvo dessa atividade ilegal. No presente trabalho, realizado em abril de 2009,
foram entrevistados 16 pescadores no porto de Manacapuru, AM, objetivando estudar interações negativas
com tais espécies, sendo as entrevistas mediadas por morador local. Quando questionados sobre a
ocorrência de conflitos com os golfinhos, todos os entrevistados (N=16; 100%) afirmaram que os mesmos
ocorrem com Inia geoffrensis, a saber: 1) roubam peixe das redes (N=2; 12.5%); 2) danificam material de
pesca (N=4; 25%), 3) ambos (N=9; 56,25%); 4) conflito não citado (N=1; 6,25%). O tucuxi não foi citado.
Quando questionados sobre o que fazem quando um cetáceo fica enredado: 1) matam (N=8; 50%); 2)
soltam (N=4; 25%); 3) matam botos e soltam tucuxis (N=2; 12.5%); 4) não ficam enredados (N=1; 6,25%); 5)
não respondeu (N=1; 6,25%). Foram registradas respostas como: “Dá zagaiada até morrer.”, “Mato todos.” e
“Meto o terçado.” (zagaia= tipo de lança; terçado= tipo de facão). A carne pode ser utilizada como isca (N=1;
%); na alimentação ou jogada para as piranhas (N=1; %), e eventual alimentação dos animais mortos (N=3;
%). A caça dos botos na região foi descrita por 87,5% dos entrevistados (N=14) enquanto que a caça do
tucuxi citada por apenas dois (12,5%). Sobre a importância da proteção do boto cinco relataram que ‘sim’
(=é importante; 31,25%) e 11 disseram ‘não’ (68,75%). As justificativas são: danificam material (N=3;
18,75%), “ninguém gosta de boto” (N=1; 6,25%), “são a praga do rio” (N=1; 6,25%), “tem que matar” (N=1;
6,25%), “se deixar reproduzir não vai sobrar para o ser humano” (N=1; 6,25%), “tem que proteger é o
pescador e sua família” (N=1; 6,25%), “são ruins para o homem” (N=1; 6,25%), “o Ibama diz que não pode
matar mas não paga os prejuízos” (N=1; 6,25%) e “não serve pra nada ter tanto” (N=1; 6,25%). Apesar de
doze dos entrevistados (75%) conhecerem lendas sobre os botos-vermelhos (o conhecimento de lendas
regionais sabidamente costuma impedir a matança dos botos por pescadores locais), concluímos que elas
não suficientes para impedir sua matança. Estes resultados mostram a urgente necessidade de se avaliar a
situação de conflitos entre pescadores locais e golfinhos na região de Manacapuru, AM. Aparentemente a
comunidade insere os golfinhos, especialmente Inia geoffrensis, no status de grande risco.

Palavras chave: Inia geoffrensis, Sotalia fluviatilis, interação.

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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CONHECIMENTO DOS PESCADORES LOCAIS SOBRE A OCORRÊNCIA DE PEIXES-BOI NOS


LIMITES E ENTORNO DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE MARACÁ JIPIOCA, AMAPÁ, BRASIL

Barbosa, Daiane Almeida1,2; Lima, Danielle2,3; Silva, Cláudia Regina2,4; Marmontel, Miriam2,3;
Stephano, Admilson5
1
Universidade Federal do Amapá – Amapá, Brasil. Email: daianealmeida40@gmail.com
2
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos/Núcleo Amapá – Amapá, Brasil
3
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos/Instituto Mamirauá – Amazonas, Brasil
4
Laboratório de Mastozoologia, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá –
Amapá, Brasil
5
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – Amapá, Brasil

A região costeira do estado do Amapá apresenta ambientes que permitem a ocorrência de distintas
espécies da mastofauna aquática, como o peixe-boi marinho (Trichechus manatus manatus) e o amazônico
(Trichechus inunguis). Tal peculiaridade motivou a implementação de uma pesquisa cujas metas incluem a
identificação da ocorrência de mamíferos aquáticos nos limites e entorno de sete unidades de conservação
da costa amapaense, bem como de eventuais ameaças. A Estação Ecológica de Maracá Jipioca (EEMJip) é
um dos sítios de interesse desta pesquisa, onde os primeiros esforços de busca por informações foram
realizados em maio de 2010. A abordagem aos membros da comunidade pesqueira do município de Amapá
foi priorizada nesta ocasião, adotando-se questões que norteassem o diálogo e imagens que auxiliassem a
identificação das espécies de mamíferos aquáticos relatadas. Os resultados aqui apresentados foram
restringidos a T. m. manatus e T. inunguis, em decorrência do atual estado de conservação em que se
encontram e da lacuna de informações sobre estas espécies na costa amazônica. Foram obtidos relatos de
49 pescadores, dos quais 80% (n = 39) confirmaram a presença de peixes-boi explorando especialmente os
rios Amapá e Flexal (41%, n = 20), a extensão estuarina entre o continente e a ilha de Maracá (20%, n = 10)
e mar aberto (18%, n = 9). Avistagens de animais em deslocamento solitário ou em associações também
foram relatadas, evidenciando-se a presença de indivíduos adultos acompanhados por filhotes no rio
Amapá e na extensão estuarina até a ilha de Maracá. Foram mencionadas avistagens de animais em
forrageio nos limites da EEMJip, em agrupamentos superiores a cinco indivíduos. Além disto, 26% (n = 13)
dos entrevistados já observaram carcaças de peixes-bois, entre adultos e filhotes, nos rios Amapá, Flexal e
Queimada e nas proximidades da ilha de Maracá. De acordo com as características morfológicas descritas
pelos entrevistados, sugere-se que as carcaças observadas no rio Amapá e Flexal foram de T. inunguis e
nas proximidades da ilha de Maracá de T. m. manatus. Além disto, a caça direcionada a peixes-boi
amazônicos e marinhos foi relatada por dois antigos pescadores da região. As informações aqui
apresentadas demonstram a relevância da EEMJip e entorno para a conservação de peixes-boi na costa
amapaense. Salienta-se que os esforços de pesquisa devem ser priorizados nesta região buscando-se,
principalmente, obter informações sobre as áreas de utilização por tais espécies, a fim de discutir modos de
utilização destes ambientes por populações humanas.

Palavras chave: peixe-boi, áreas protegidas, etnoconhecimento

Apoio Financeiro: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

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CONHECIMENTO TRADIONAL SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES DO PEIXE-BOI DA AMAZÔNIA


(Trichechus inunguis) NA BACIA DO RIO URUCU, COARI/AM, BRASIL

Franzini, André Machado1; Castelblanco-Martínez, Delma Nataly2; Silva, Vera María Ferreira da3
1
CPPMA – Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos - andretija@hotmail.com.
2
El Colegio de la Frontera Sur (ECOSUR); 3Laboratório de Mamíferos Aquático – LMA/INPA.

O peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) é um mamífero aquático, pertencente à Ordem Sirenia e


família Trichechidae. Habita os maiores tributários da bacia Amazônica, sendo a única espécie da ordem
exclusivamente de águas doce. No passado a espécie sofreu com a intensa exploração comercial,
principalmente entre as décadas de 1930 a 1950. Estima-se que neste período tenha sido exterminado
cerca de 200 mil animais. Atualmente a espécie encontra-se listada como espécie “vulnerável a extinção”
pela IUCN. O município de Coari – AM é uma área característica de ocorrência e utilização da espécie,
sendo desenvolvida uma pesquisa científica, onde um dos objetivos foi de caracterizar o conhecimento
tradicional dos moradores da área, mais precisamente na calha do rio Urucu, e lagos Aruã, Coari, Coari
Grande e Urucu. Para obtenção destas informações, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com
um roteiro pré-estabelecido com um total de 74 moradores pertencentes a 33 comunidades. Foram
realizadas um total de seis viagens de campo nas diferentes estações hidroclimáticas: seca, enchente,
cheia e vazante, e, muitos dos moradores foram entrevistados mais de uma vez. Para uma melhor
qualidade dos dados, estas entrevistas foram direcionadas aos caçadores de peixe-boi ou pescadores que
já tiveram algum contato com o peixe-boi, moradores mais idosos das comunidades pelo fato de possuírem
maior experiência e um maior conhecimento da espécie e os lideres das comunidades. Como resultados
das entrevistas, foram descritos 29 tipos diferentes de plantas aquáticas e semi-aquáticas que são
naturalmente consumidas pelo Trichechus inunguis. Dessas plantas, as mais significativas foram capim
membeca (Paspalum repens e P. fasciculatum), canarana (Echinochloa polystachia) e o mureru (Eichhornia
crassipes e E. azurea). De acordo com o conhecimento tradicional dos moradores locais (geralmente
reconhecidos por meio de observações diretas ou rastros da alimentação), a grande maioria das plantas
que servem de alimento para o peixe-boi, foi confirmada através de uma revisão bibliográfica desenvolvida
em literatura específica, a qual contabilizou um total de 92 espécies de plantas que compõem a dieta
alimentar natural do peixe-boi da Amazônia. A rama de cipó (Heteropterys sp.), cipó icica (Mesechites
trifida) e taboquinho (Pariana radiciflora) não foram encontradas na literatura, no entanto, foram citadas por
alguns moradores como fonte alimentar para o peixe-boi. Os moradores entrevistados apresentaram amplo
conhecimento a respeito da biologia, ecologia, reprodução, hábitos alimentares e distribuição local do peixe-
boi, além de crenças locais. Essas informações são consideradas importante ferramenta para trabalhos
futuros de conservação da espécie.

Palavras chave: Peixe-boi da Amazônia; hábitos alimentares; bacia do rio Urucu.

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CONTRIBUCIÓN DEL SECTOR NO GUBERNAMENTAL VENEZOLANO A LA GENERACIÓN DE


CONOCIMIENTO CIENTÍFICO PARA LA GESTIÓN DE LA DIVERSIDAD BIOLÓGICA DE CETÁCEOS:
1973-2010

Silva-Hernández, María Gabriela1,4; Bolaños-Jiménez, Jaime1; Castro-Guillén, Neil J.2,3;


Herrera-Trujillo, Olga L.1,4
1
Sociedad Ecológica Venezolana Vida Marina (Sea Vida), A.P. 162, Cagua, Estado Aragua, Venezuela
2122
2
Escuela de Ciencias Aplicadas del Mar, Universidad de Oriente, Núcleo Nueva Esparta (ECAM-UDONE)
3
Grupo Biomarina de Venezuela
4
MARESVENEZUELA

La Ley de Gestión de la Diversidad Biológica (LGDB) en Venezuela, contempla la participación activa y


protagónica de la comunidad y sectores académicos y de investigación en el establecimiento y promoción
de programas de investigación, con el fin de que la Autoridad Nacional Ambiental (ANA) disponga de
elementos para determinar indicadores de la condición actual/tendencia de los componentes de la
diversidad biológica y así establecer la estrategia a seguir para su adecuada gestión. El propósito del
presente trabajo es contribuir a consolidar la interfase científico-política para la toma de decisiones en el
ámbito de la diversidad biológica de cetáceos, mediante la sistematización de los trabajos científicos
generados en este campo por el sector no gubernamental (ONGs). Fue efectuada una búsqueda
bibliográfica y hemerográfica, así como solicitud de información en foros electrónicos especializados. Una
vez recopilada la información, las referencias fueron clasificadas de acuerdo con la afiliación institucional del
autor principal. En los casos en que ello fue posible, se procedió a elaborar archivos electrónicos (formato
PDF) contentivos de los trabajos localizados. Fueron recopiladas 177 referencias, incluyendo artículos
arbitrados, notas cortas, tesis de grado, presentaciones en congresos, documentos de trabajo de foros
internacionales, informes técnicos y artículos divulgativos. En total, el 12% correspondió a instituciones
gubernamentales, 21% a universidades nacionales, 51% a ONGs nacionales y 16% a otras afiliaciones. De
acuerdo con estas cifras, la contribución no gubernamental en este campo fue superior a la mitad de la
producción científica total. Sobre la base de esta contribución actual y potencial del sector no
gubernamental, se recomienda la implementación de experiencias de gestión ambiental compartida entre
entes gubernamentales, sectores académico y universitario, consejos comunales y de pescadores. Este
esquema permitirá la transferencia de saberes y conocimientos que contribuirá a disminuir las tasas de
pérdida de diversidad biológica y generar alternativas de desarrollo sustentable.

Palabras clave: Contribución, no gubernamental.

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DIFERENTES INTERAÇÕES DOS GOLFINHOS DA AMAZÔNIA COM A PESCA ARTESANAL DE


SUBSISTÊNCIA E COMERCIAL NO MÉDIO SOLIMÕES

Brum, Sannie M.; Silva, Vera M. F. da

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), Manaus,
AM, Brasil. sanniebrum@gmail.com

O boto-vermelho ou boto (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) têm entrado em conflito com as
atividades de pesca na Amazônia após a popularização do náilon e amplo uso das redes de emalhe.
Interações negativas com atividades de pesca são consideradas o maior fator de mortalidade para estes
golfinhos na região. No Médio Solimões a pesca é uma atividade artesanal, do tipo de subsistência e
comercial, sendo a maior atividade extrativista da população. Pesca de subsistência é aquela praticada por
ribeirinhos para alimentação e a comercial tem fins econômicos, sendo praticada por pescadores
profissionais. Este trabalho procurou verificar se há diferenças entre as interações dos golfinhos da
Amazônia com estes dois tipos de pescaria. Foram entrevistados 162 pescadores, sendo 98 comercias e 64
de subsistência, entre março e maio de 2010, nos arredores da cidade de Tefé, Amazonas. Tanto para o
boto (X2=16.326, p<0,0001) quanto para o tucuxi (X2=23.136, p<0,0001), há diferenças quanto as interações
e o tipo de pescaria. De acordo com 93,9% dos pescadores comerciais e 68,8% dos de subsistência, o boto
interage com a pesca. O tucuxi interage apenas para 24,5% dos comerciais e 9,4% dos de subsistência. Há
diferença significativa quanto aos tipos de interação entre o boto e as pescarias (G=46,9669; p<0,0001),
sendo o “dano de artefato” a mais frequente em ambas. Para o tucuxi também há diferença significativa
(G=24,7421; p=0,0017), sendo as interações mais frequentes a “cooperação” para os pescadores
comerciais e “roubo de pescado” para os de subsistência. Com relação aos apetrechos com os quais
ocorrem interações, houve diferença significativa tanto para o boto (G=112,3425; p<0,0001) quanto para o
tucuxi (G=24,5653; p=0,0004). Cerco e tramalha são os mais frequentes para ambos os golfinhos para
pescadores comerciais e de subsistência, respectivamente. O boto-vermelho atrapalha a pescaria segundo
89,8% dos pescadores comerciais e 53,1% dos de subsistência, mas nenhum deles acha que o tucuxi
também atrapalha. Tanto para pesca comercial quanto para a de subsistência o boto foi considerada o
golfinho que mais interage de maneira negativa para os pescadores. No entanto, maior investimento e
maiores prejuízos dos pescadores comerciais contribuem para a diferença de opiniões entre os pescadores:
os comerciais vêem o boto como um grande empecilho à pescaria, mas os de subsistência não. Também
questões culturais, como lendas e tabus – comuns entre ribeirinhos, influenciam esta relação. Essas
diferenças culminam na atual situação de conflito entre os pescadores comerciais e o boto-vermelho.

Palavras chave: pesca comercial, pesca de subsistência, golfinhos da Amazônia

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DINÂMICA DE OCUPAÇÃO DOS PINÍPEDES NO REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE (REVIS) DA ILHA


DOS LOBOS (TORRES) E NO REVIS DO MOLHE LESTE (SÃO JOSÉ DO NORTE) – RIO GRANDE DO
SUL – BRASIL

Silva, K.G; Estima, S. C.; Menezes, R. B.; Monteiro, D. S.

Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental – NEMA. Rua Maria Araújo, 450 – Rio Grande / RS –
Brasil. CEP: 96207-480. nema@nema-rs.org.br e www.nema-rs.org.br

O Programa de Conservação e Manejo dos Pinípedes (NEMA/IBAMA) atua no Rio Grande do Sul desde
1991. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência dos Pinípedes no REVIS da Ilha dos Lobos
(29°20’S/49°42’W) nos períodos de 2002-2004 e 2008-2009 e no REVIS do Molhe Leste (32°11’S/52°04’W)
de 2008 a 2009. Na Ilha dos Lobos, foram realizadas 68 saídas, totalizando o registro de 1812 Otaria
flavescens, 172 Arctocephalus australis, 01 Mirounga leonina (julho-2002) e 01 Hydrurga leptonyx (outubro-
2009). Otaria flavescens ocuparam a Ilha durante o ano todo, porém ocorreram poucos animais nos meses
de dezembro a fevereiro. A maior concentração de O. flavescens foi de machos adultos e subadultos, de
junho a outubro. A taxa de ocupação (LDA= n.° médio de O. flavescens/Dia/Ano) e o número máximo de O.
flavescens na Ilha dos Lobos foram semelhantes nos anos de 2002 (LDA=30,5 e n.°máximo=91), 2003
(LDA=31,2 e n.°máximo=105) e 2004 (LDA=32,8 e n.°máximo=81), tendo ambos reduzido em 2009
(LDA=17,8 e n.°máximo=44). Para o REVIS do Molhe Leste, foram realizadas 84 saídas, totalizando o
registro de 3495 O. flavescens e 10 A. australis. A maior concentração de O. flavescens foi de machos
adultos e subadultos e ocorreu nos meses de outono e primavera. O registro de fêmeas foi raro. As taxas de
ocupação e os números máximos no Molhe Leste foram similares (2008: LDA=41,5 e n.°máximo=90; 2009:
LDA=41,7 e n.°máximo=85). Comparando o LDA e os números máximos de animais na Ilha dos Lobos em
2009 com os valores no período de 1993-2004 (LDA: entre 30-40; n.°máximo: entre 65-102), há uma
indicação de redução no número de O. flavescens que utilizam a Ilha dos Lobos. Entretanto, para o REVIS
do Molhe Leste, observa-se que a taxa de ocupação de 2000 a 2009 (LDA: entre 37-50; n.°máximo: entre
65-120) dobrou em comparação ao período de 1989 a 1998 (LDA: entre 10-20; n.°máximo: entre 16-50).
Sugere-se que a redução na taxa de ocupação da Ilha dos Lobos possa estar diretamente relacionada com
a utilização preferencial do Molhe Leste, onde a taxa dobrou. É possível que o aumento na taxa de
ocupação de O. flavescens no Molhe Leste esteja relacionado com os esforços direcionados à conservação
da espécie na região, principalmente com a criação da Unidade de Conservação do REVIS do Molhe Leste
em 1996, que proporcionou um local protegido por lei e uma maior atuação institucional dos órgãos
públicos.

Palavras chave: Pinípedes, Unidades de Conservação, Rio Grande do Sul

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA FERRAMENTA DE CONSERVAÇÃO DOS MAMÍFEROS AQUÁTICOS


DA AMAZÔNIA

Mattos, Gália Ely de1; Maciel, Gisele de Castro2; Silva, Vera M. Ferreira da2
1
Associação Amigos do Peixe-Boi (galia@ampa.org.br)
2
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / Laboratório Mamíferos Aquáticos (gmaciel88@hotmail.com;
tucuxi@inpa.gov.br)

O Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Instituto Nacional de pesquisas da Amazônia vem estudando o


boto-vermelho (Inia geoffrensis), o tucuxi (Sotalia fluviatilis), a ariranha (Pteronura brasiliensis), a lontra
neotropical (Lontra longicaudis) e o peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) há mais de três décadas.
Visando integrar a pesquisa à atitudes de conservação dessas espécies utilizamos atividades de educação
ambiental como ferramenta para tal. Iniciamos as atividades com uma palestra abordando temas
relacionados a esses mamíferos utilizando linguagem apropriada à idade do público alvo. Com o objetivo de
aumentar o conhecimento dos participantes sobre a ariranha e o peixe-boi da Amazônia cativos no
LMA/INPA foi montada uma atividade em forma de circuito com várias “estações de conhecimento”. Nas
estações do peixe-boi aborda-se: 1-Alimentação, mostrando a dieta em cativeiro, as características da
digestão de um herbívoro não ruminante, e as características físicas das fezes explicando a importância da
espécie, que é fundamental no controle de plantas aquáticas e manutenção do equilíbrio ecológico; 2-
Osteologia, os participantes desenterram e acham ossos previamente enterrados num tanque de areia e os
identificam utilizando um painel de anatomia. Essa dinâmica visa à seguinte mensagem: “Se não for
protegida agora, a espécie poderá ser extinta e só poderá ser encontrada no futuro como fósseis!”; 3-
Reintrodução, explicar a importância da reintrodução de animais criados em cativeiro e abordar o que é
rádio-telemetria, como funciona e a sua importância como ferramenta de pesquisa; 4-Bioacústica, explicar o
seu uso como ferramenta na conservação, e as técnicas e aparelhos utilizados. Na estação da Ariranha
aborda-se o tema Morfologia onde são mostrados crânios de ariranha e outros animais carnívoros e não
carnívoros / aquáticos e terrestres para demonstrar as diferenças morfológicas existentes conforme seus
hábitos e habitats. Uma pele do animal é usada para explicar a importância de sua função na
impermeabilidade dos animais. Um questionário de conhecimento é aplicado antes da palestra e após o
circuito visando mensurar o conhecimento adquirido. Em 2010 ocorreram 11 circuitos envolvendo 460
crianças de 7 a 15 anos de escolas publicas e privadas de Manaus. Os questionários mostram resultados
positivos de aprendizado, revelando que a partir do conhecimento transmitido, e o acesso à informação em
linguagem adequada, desperta-se a preocupação individual e coletiva para as questões ambientais. Dessa
forma garantindo o desenvolvimento de uma consciência crítica, estimulando as discussões das questões
ambientais e sociais tais como a degradação ambiental e a caça aos mamíferos aquáticos na Amazônia.

Palavras chave: Educação ambiental, mamíferos aquáticos, conservação.

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ESTIMATIVA SAZONAL DE NASCIMENTO DE PEIXES-BOIS DA AMAZÔNIA (Trichechus inunguis)

Reis, I. M.1,2; da Silva, V. M. F.1,2; Rosas, F. C. W.2; D`Affonseca Neto, J. A.2


1
AMPA – Associação Amigos do Peixe-boi (isabel@ampa.org.br)
2
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA

O peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) foi intensamente caçado, tanto para a comercialização
como para subsistência. Classificado pela IUCN como vulnerável e protegido por lei continua alvo de caça
na Amazônia. O LMA - Laboratório de Mamíferos Aquáticos do INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia, desde 1974 resgata e reabilita filhotes órfãos de peixe-boi, visando o conhecimento e
conservação da espécie. O objetivo deste estudo foi relacionar a área e o período de chegada desses
filhotes no LMA com o ciclo hidrológico da região e estimar o mês de nascimento. A região estudada foi
dividida em 3 grandes áreas: 1 – Tabatinga/Coari, 2 - Coari/Silves e 3 - Silves/Belém, através das
procedências de 123 peixes-bois resgatados entre 1974 e 2010 pelo INPA. O ciclo hidrológico do rio
Amazonas (amplitude 10-15m) foi utilizado como parâmetro, por influenciar o sistema de drenagem das
áreas em estudo e na disponibilidade de alimento para a espécie. Sabendo que o crescimento de um filhote
de peixe-boi da Amazônia cativo é aproximadamente 5 cm/mês, e que o comprimento retilíneo (TLSL)
médio de 5 filhotes concebidos em cativeiro é 91cm (min. 70cm e máx. 100cm), definiu-se três classes
etárias de filhotes: recém nascidos (70cm - 100cm), de 30 a 90 dias (101cm – 115cm) e 90 a 180 dias
(116cm – 130cm). Foi feito um retro cálculo a partir da data e do TLSL de chegada dos filhotes, estimando o
mês de nascimento de 117 indivíduos. A área 2 obteve maior ocorrência de filhotes com 68% (84), seguido
da área 3 com 17% (21) e área 1 com 15% (18). Relacionando os meses de maior incidência de chegada
com o ciclo hidrológico verificou-se que nas 3 áreas, entre janeiro e julho (enchente/cheia), ocorre um
aumento no número de filhotes, com um pico em abril na área 1, julho na área 2 e março/junho na área 3. A
maioria dos filhotes, 68% (82) chegaram ao LMA ainda recém nascidos. Analisando as estimativas de
nascimentos com o ciclo hidrológico, 64% (78) dos indivíduos nasceram no período enchente/cheia
(janeiro/julho), corroborando com o padrão reprodutivo da espécie, descrito na literatura. Os animais de
cativeiro também se reproduziram nesse período, sugerindo a existência de um componente genético para
este comportamento na espécie. O conhecimento das áreas de maior incidência de filhotes e os períodos
de nascimento do peixe-boi da Amazônia contribui para o direcionamento de esforços, visando a
conservação desta espécie endêmica.

Palavras chave: nascimentos, ciclo hidrológico, conservação.

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ESTUDO MORFOLÓGICO DO ESPERMATOZÓIDE DA ESPÉCIE Kogia sima (Owen, 1866)

Guimarães, Juliana Plácido1; Mariani, Daniela Bueno1; Silva, Samira Costa da1; Souza, Rafael Aragão de2;
Vieira, Rick Taynor Andrade 3; Brandão, Saulo Daniel Santos França 3; Vergara-Parente, Jociery Einhardt1

1
Núcleo de Estudos dos Efeitos Antropogênicos nos Recursos Marinhos - Fundação Mamíferos Aquáticos
jociery.parente@mamiferosaquaticos.org.br
2
Universidade Tiradentes – UNIT Aracaju/SE, 3Faculdade de Medicina Veterinária da Associação de Ensino
e Cultura Pio Décimo, Aracaju, SE.

A espécie Kogia simus é um cetáceo que ocorre em águas temperadas e tropicais do oceano Atlântico,
Pacífico e Índico, contudo a sua distribuição ainda é desconhecida, onde a maioria dos registros são
baseados em encalhes. Eles podem viver em grupos, de 6 a 10 indivíduos, ou solitários e atingem a
maturidade sexual com aproximadamente 2m de comprimento. Segundo a IUCN de 2008, esta espécie está
incluída na categoria dados deficientes (DD) por não haver informações adequadas para fazer assessoria
direta ou indireta, avaliação de seu risco de extinção com base na sua distribuição e/ou status da
população. O Brasil possui registro desta espécie no litoral do nordeste, sendo a Bahia o estado com o
maior número de ocorrências. Durante a realização do Programa Regional de Monitoramento de Praias
(PRMEA) - condicionante para o licenciamento ambiental estabelecida pela Coordenação Geral de Petróleo
e Gás (CGPEG-IBAMA), no litoral de Sergipe foi atendido uma carcaça de cachalote-anã (Kogia sima) do
sexo masculino, medindo 2,18 metros de comprimento total. Na necropsia observou-se que se tratava de
um animal sexualmente maduro com presença de sêmen no epidídimo, tendo sido coletado a partir da
técnica de imprint onde foi possível notar a mobilidade dos espermatozóides possibilitando inclusive, devido
a alta concentração, a visualização de turbilhonamento. Para a descrição morfológica dos espermatozóides,
foi realizada uma diluição seguida pela coloração de lâminas com panótico. Na leitura foi possível observar
que os espermatozóides da Kogia sima apresentaram cabeça em formato de bala, medindo entre 6,32 µm -
12,55 µm (9,58±1,46), colo entre 4,11 µm – 8,95 µm (6,56±1,35) de comprimento e a cauda apresentou-se
mais espessa anteriormente do que posteriormente com comprimento entre 61,37 µm – 81,09 µm
(73,92±5,06). Segundo as poucas referências bibliográficas disponíveis sobre o assunto para espécie, a
morfologia e o tamanho do espermatozóide do espécime estudado, são semelhantes ao descrito.
Entretanto, maiores detalhes sobre o sistema reprodutor e suas estruturas se fazem necessários, pois
ajudarão a elucidar os aspectos da reprodução dos cetáceos, uma vez que ainda são poucos os trabalhos
que descrevem a morfologia do sistema nos mamíferos aquáticos quando comparada aos mamíferos
terrestres.

Palavras chave: Kogia simus; cachalote-anã; espermatozóides

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ETNOCONHECIMENTO DOS PESCADORES DE BENJAMIN CONSTANT – AM SOBRE OS BOTOS DA


AMAZONIA (Sotalia fluviatilis E Inia geoffrensis, MAMMALIA, CETACEA)

Pantoja, Tatyanna Mariúcha de Araújo; Mesquita, Leiriane Sangama

Universidade Federal do Amazonas – Instituto Natureza e Cultura INC/BC-UFAM


tatymariucha@gmail.com

Sotalia fluviatilis e Inia geoffrensis (Mammalia, Cetacea) coexistem nas águas amazônicas e interagem com
as frotas pesqueiras locais. Esta relação que implica em possíveis eventos de captura acidental e
competição por recursos pesqueiros, é reforçada pela característica visão folclórica sobre estas espécies,
expressa pelas lendas criadas pelo rico imaginário regional. Para avaliar o etnoconhecimento sobre os
botos, foram realizadas entrevistas livres com pescadores do Município de Benjamin Constant (AM).
Participaram 20 pescadores: 17 homens e 03 mulheres com médias de 48 anos de idade e 20 anos de
pesca. Foram analisados: percepção ecológica, interação com a pesca, imaginário folclórico, empatia, entre
outros. Para 75% (n=15) dos pescadores ambas as espécies interagem com a pesca, enquanto 25% (n=05)
disseram que nenhuma das espécies interage. Entre os entrevistados, 20% (n=04) acham que o tucuxi
atrapalha na pesca, 60% (n=12) acreditam que auxilia e 20% (n=04) disseram que não ajuda, mas também
não atrapalha. Em relação ao vermelho, 95% (n=19) dos pescadores não gostam da presença deste,
justificando que o mesmo atrapalha a pesca por rasgar as malhas para tirar peixe, para 5% (n=01) este não
atrapalha, mas também não ajuda. Quanto à carga cultural correspondente a estes seres, pode-se dizer que
35% (n=07) dos entrevistados acreditam nas lendas a respeito do tucuxi e do vermelho, 60% (n=12) não
creem nas lendas a respeito de ambos. Para apenas 5% (n=01) constou a crença nas histórias que
envolvem o vermelho, sobre o qual muito se fala a respeito. Em relação aos eventos de captura acidental,
55% (n=11) disseram que comumente não ocorrem, 20% (n=04) que ocorrem às vezes e 25% (n=05) que
sim, ocorrem muitos eventos. Quanto à captura intencional, 95% (n=19) nunca capturaram
intencionalmente, porém, um pescador (5%) confessou ter capturado intencionalmente, no entanto não
revelou a finalidade. Para 65% (n=13) os botos são importantes para o meio ambiente, para 30% (n=06)
não são importantes e para 5% (n=01) apenas o tucuxi é importante. Com base nos depoimentos dos
entrevistados notou-se que os pescadores possuem conhecimento sobre os botos considerando-os,
inclusive, como indicadores de ambiente, afirmando que “onde há boto, há peixe”. A constatada importância
atribuída a estas espécies propicia o desenvolvimento de trabalho sob uma perspectiva de diálogo com o
saber popular dos ribeirinhos propondo o cuidado com estes animais, minimizando possíveis conflitos
existentes na relação botos-pesca e definindo coletivamente medidas que culminem com a preservação
destas espécies.

Palavras chave: Etnoconhecimento, botos da Amazônia.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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EVALUACIÓN DE UN MÉTODO PARA LA COLOCACIÓN DE DISPOSITIVOS DE ADJUNCIÓN POR


VENTOSAS (DAV) EN LA BALLENA FRANCA DEL SUR

Marques, Jimena Pereira1, Guzman, Julia1, Pohorylow, Mirna1, Martínez, Daniel Pérez1; Bertellotti, Marcelo2
1
Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco.
2
Centro Nacional Patagónico, Brown 2915 (9120) Puerto Madryn, Chubut, Argentina.

Los estudios de cetáceos basados en la observación directa resultan dificultosos debido a que estos
animales pasan la mayoría de su tiempo debajo de la superficie. En contraste con la observación directa, la
información registrada por los instrumentos de medición que se adjuntan a los animales permite integrar
datos acústicos, profundidad de buceo, los movimientos que realiza, su posición absoluta y la velocidad de
desplazamiento, aún cuando los individuos se encuentren bajo el agua. El objetivo de este trabajo fue
evaluar la metodología de colocación de un dispositivo de adjunción por ventosas (DAV), en ballenas
francas del sur (Eubalaena australis), describiendo las maniobras de colocación del dispositivo, evaluando
la eficacia del método de colocación y las respuestas de las ballenas a la marcación. Es estudio se
desarrolló en Península Valdés (Patagonia, Argentina), durante noviembre y diciembre de 2008. Se
utilizaron dos dispositivos (350 y 550 cm3) provistos con cuatro ventosas de 55 mm de diámetro, ubicado en
el extremos de una vara de fibra de carbono de 5 m de largo. Las maniobras de colocación se hicieron
desde una embarcación semirrígida con motor fuera de borda. Todo intento de colocación fue registrado
con una filmadora digital de alta definición. Se realizaron 29 intentos de marcación con el DAV totalizando
429 minutos de filmación. La efectividad de la metodología resultó alta, con un 70% de adjunciones
exitosas. Por otro lado no se encontraron diferencias en la colocación del DAV según la clase etaria y las
categorías de ballenas. Se pudieron adjuntar dispositivos en ballenas adultas, crías, individuos solitarios y
pares madre-cría. Las ballenas regresaron al comportamiento previo en un tiempo promedio de 1,97
minutos (ES=0,49 min). El 36 % de ellas regresaron en menos de 1 min, el 64 % en menos de 2 min y el 79
% de las ballenas en menos de 3 min. Ninguna ballena marcada tardó más de 7 minutos en volver a su
comportamiento previo a la marcación. Las maniobras de colocación exitosas duraron menos de un minuto
y la probabilidad de éxito en la colocación disminuyó con el tiempo. En base a los resultados obtenidos en
este trabajo, se puede concluir que la metodología de colocación y adjunción del DAV es efectiva y segura
para el equipo de investigación y las ballenas.

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EVIDÊNCIA DA INTERAÇÃO DO LEÃO-MARINHO-DO-SUL (Otaria flavescens) COM A PESCA NO


LITORAL SUL DO RIO GRANDE DO SUL

Albernaz, T. L.1; Ferreira, E. C.1,2; Lopez, L. A.1; Secchi, E. R.1


1
Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha (Labecco-Mega), FURG - Rio Grande, RS,
Brasil. Email: thaisealbernaz@hotmail.com
2
PPGOB – Programa de Pós-graduação em Oceanografia Biológica

O Leão-Marinho-do-Sul (Otaria flavescens) se distribui por toda região costeira da América do Sul e pode
ser encontrado nos molhes de Rio Grande. Os Leões-Marinhos-do-Sul têm o comportamento de
acompanharem barcos de pesca a espera do descarte e ocasionalmente “roubam” o pescado das redes. O
conhecimento dos hábitos alimentares permite uma melhor compreensão da interação do animal com suas
presas e com a pesca na região. Este estudo tem como objetivo analisar a possível sobreposição da
alimentação dos Leões-Marinhos-do-Sul no litoral sul do RS, com as capturas de pescarias comerciais da
região. Para isso, foi coletado o conteúdo de 19 estômagos de animais encalhados no período de 2008 a
2010. Os conteúdos foram lavados em água corrente sobre uma peneira de 200µm, separados, guardados
a seco e identificados. Os otólitos e bicos de lula foram identificados por meio de comparações com as
coleções de referência do Laboratório de Recursos Demersais da FURG. Para cada estômago o número
máximo de otólitos direitos ou esquerdos e bicos superiores ou inferiores foi determinado como número
mínimo de peixes e cefalópodes ingeridos, respectivamente. Também foi avaliada a relação entre o
comprimento total (CT) dos indivíduos coletados e a massa dos gastrólitos encontrados nos estômagos,
utilizando o teste de correlação de Spearman. Estavam presentes nos estômagos itens alimentares como
mandíbulas, otólitos, cristalinos, exoesqueletos e bicos córneos de cefalópodes. Dentre os itens não
alimentares, encontraram-se gastrólitos, linhas de nylon, madeira, papelão e plástico. As principais presas
foram peixes ósseos, seguidos de elasmobrânquios, cefalópodes e crustáceos. Dentre estes grupos, os que
apresentaram maior freqüência de ocorrência foram Micropogonias furnieri, Paralonchurus brasiliensis e
Urophycis brasiliensis com 26,66% cada, seguidos por Cynosciom striatus e Umbrina canosai com 20%
cada. Essas espécies de peixes identificadas nos estômagos do Leão-Marinho-do-Sul são as mesmas de
interesse da pesca na região. Também foram registrados presença de fios de nylon em 26% dos estômagos
analisados, possivelmente ingeridas em momentos de interação com as redes de pesca. Os gastrólitos
estavam contidos em 73% dos estômagos coletados, neste estudo não foi encontrada uma relação entre o
CT do animal e a massa dos gastrólitos (rs=0,46; gl=10, p=0,15). Estes dados representam uma análise
preliminar da interação da pesca com os leões-marinhos através da sobreposição de espécies de peixes
alvo da pescaria e as encontradas nos conteúdos estomacais, o próximo passo será comparar o tamanho
das presas capturadas pelo Leão-marinho com as espécies desembarcadas pela frota da região.

Palavras chave: Alimentação, pinípedes, pesca.

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FISHERMEN’S KNOWLEDGE ON CETACEANS’ DISTRIBUTION, HABITATS AND SEASONALITY


ALONG BRAZILIAN COAST

Souza, Shirley P. de1,2,3,4; Begossi, Alpina2,3


1
PPG Ecologia, Email: shirleypacheco@yahoo.com
2
CAPESCA/PREAC and CMU – UNICAMP, Campinas, Brazil
3
Fisheries and Food Institute, Campinas, Brazil
4
Instituto Terra & Mar, São Sebastião, Brazil

Local ecological knowledge (LEK) accumulated by fishers encompasses valuable information for
management and conservation purposes. Four areas of the Brazilian coast were surveyed about cetaceans’
folk ecology: Soure, at Marajó Island (northern coast); Ponta Negra, in Natal (northeastern coast); São
Sebastião (southeastern coast) and Pântano do Sul, in Florianópolis (southern coast). We interviewed 171
fishermen, using semi-structured questionnaires and unlabeled pictures of 21 cetacean species to obtain
information on cetaceans’ distribution, seasonality and preferential habitats. The recognized species (n=18)
were: Eubalaena australis, Balaenoptera edeni, B. acutorostrata, Megaptera novaeangliae, Physeter
macrocephalus, Globicephala macrorhynchus, Orcinus orca, Pseudorca crassidens, Tursiops truncatus,
Steno bredanensis, Delphinus capensis, Stenella frontalis, S. clymene, S. attenuata, S. longirostris, Sotalia
guianensis, Pontoporia blainvillei and Inia geoffrensis. A total of 112 fishing points were mentioned as
occurrence areas of cetaceans. The number of recognized species and occurrence areas varied in each
area. However, the number of points mentioned and the number of fishers in each area where positively
correlated (r = 0,9921, p = 0,0079). We also found negative correlations between the number of species per
area and the lack of fishers’ knowledge on these species. According to the fishers, four physical
characteristics were related to the preferential habitat of each species: salinity, depth, temperature and
turbidity. Fishers also related cetaceans’ occurrence to their seasonality, some species occurring year round
and others during preferential seasons. Among the 18 species recognized, four are considered by IUCN
vulnerable to extinction (M. novaeangliae, P. macrocephalus, I. geoffrensis and P. blainvillei), and other five
were considered as “data deficient” species (B. edeni, S. bredanensis, T. truncatus, S. frontalis and S.
clymene), so all additional information about them is very valuable. The information provided by the fishers
on the occurrence areas, preferential habitats and seasonality of cetaceans can complement the biological
knowledge on these species. Additionally, fishers’ LEK can be useful to indicate fishing points in Soure,
Ponta Negra, São Sebastião and Pântano do Sul, where the concentration of vulnerable or “data deficient”
species is greater, which should be under special management conditions to provide cetaceans’ protection
and to develop alternative fishing strategies.

Keywords: folk ecology, cetaceans, fishermen.

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IDADE E COMPRIMENTO DE MATURIDADE SEXUAL PARA MACHOS E FÊMEAS DE TONINHA,


Pontoporia blainvillei ACIDENTALMENTE CAPTURADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Bertozzi, C. P.1,2; Marigo, J.1,3; Botta, S.4 Alonso, M. B.1,3; Henning, B.1,5; Ribeiro, J.1; Viotto, J.1;
Marcatto, F.1; Souza, S. P.6; Dias, J. F.7
1
Projeto Biopesca - carolinabertozzi@hotmail.com
2
Centro Universitário Monte Serrat, Unimonte
3
MAQUA – jumarigo@hotmail.com
4
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos-IO-FURG – silbotta@yahoo.com
5
Instituto de Biociências da USP, IBUSP – barbara.henning@gmail.com
6
Instituto Terra e Mar – shirleypacheco@yahoo.com.br
7
Instituto Oceanográfico da USP – IOUSP - junedias@usp.br

A conservação de espécies sujeitas a altas taxas de captura acidental depende de um conhecimento


adequado da dinâmica da população o que inclui diversas variáveis descritoras do processo reprodutivo. A
toninha Pontoporia blainvillei é o golfinho mais ameaçado do Atlântico Sudoeste. No Rio Grande do Sul as
fêmeas atingem a maturidade aos 3,7 anos e 138,9 cm e os machos com 2,56 anos e 124,7 cm. No norte
do Rio Janeiro a idade e o comprimento total são de 3 anos e 130 cm de comprimento para as fêmeas e 2
anos e 115 cm para os machos. Para o litoral do Paraná e sul de São Paulo as fêmeas atingem a
maturidade entre 122 a 126 cm e os machos entre 112 a 116 cm, sendo a idade de maturação entre 4 e 5
anos. O objetivo deste estudo é estimar o comprimento e a idade de maturidade sexual de machos e
fêmeas de toninhas do Estado de São Paulo. Gônadas de 42 fêmeas e 45 machos foram analisadas macro
e microscopiacamente. A idade e o comprimento médio de maturação, para os sexos separados, foram
estimados pelos métodos de DeMaster, regressão logística e pela distribuição de freqüência de indivíduos
maduros em função do comprimento total. A idade média de maturidade para os machos foi estimada em
1,47 anos pelo método da regressão logística, 1,48 anos pelo método de maturidade de 50% da população
e 1,31 anos (p=0,05; DP 0,22; IC 1,2 – 1,41) pelo método de DeMaster. O comprimento total médio de
maturidade para os machos, pelo método de regressão logística foi 103,6 cm e pelo método de linearização
dos pontos médios foi 107,83 cm. A idade média de maturidade para as fêmeas pelo método de maturidade
de 50% da população foi de 1,83 anos, pelo método de DeMaster de 1,2 anos (p= 0,05; DP 0,244; IC 0,98 –
1,41) e comprimento médio para as fêmeas em 119 cm. Os comprimentos e a idades médias de maturidade
estimadas neste trabalho foram inferiores aos obtidos em todas as outras áreas de ocorrência. Os menores
valores obtidos podem estar refletindo diferenças populacionais entre as toninhas das diferentes
localidades, ou serem decorrentes dos diferentes métodos utilizados para o cálculo das variáveis
reprodutivas, dificuldades em se estimar a idade com acuidade ou simplesmente pelo pequeno tamanho
amostral dos trabalhos realizados.

Palavras chave: Pontoporia blainvillei, reprodução, São Paulo.

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IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO PARA A CAPTURA ACIDENTAL DE TONINHAS NA COSTA


SUL DO RIO GRANDE DO SUL EM FUNÇÃO DA PROFUNDIDADE

Emanuel C. Ferreira1,3; Paul G. Kinas2; Eduardo R. Secchi3


1
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica – PPGOB. Email: oc.emanue@gmail.com
2
Instituto de Matemática, Estatística e Física - IMEF, Universidade Federal do Rio Grande – FURG
3
Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha – Instituto de Oceanografia – FURG

A toninha, Pontoporia blainvillei, é possivelmente a espécie mais impactada de cetáceo por capturas
acidentais no Atlântico Sul. O limite de sua distribuição no sentido costa oceano é a isóbata de 35m, o que
torna a espécie vulnerável às capturas acidentais. O objetivo deste estudo é estimar a probabilidade de
captura de toninha em função da profundidade e realizar uma análise das áreas de exclusão de pesca para
a região utilizando uma inferência Bayesiana. Serão utilizados registros de toninhas capturadas
acidentalmente na costa do Rio Grande do Sul do período de 1994 a 2010. A profundidade será
categorizada em intervalos de isóbatas de 5m. Registros acima de 35m não foram considerados por não ser
área comum de distribuição da espécie. Será comparada a probabilidade de captura utilizando rede para
pesca de corvina versus rede para pescada. Três cenários de áreas de exclusão de pesca foram avaliados
através de tabelas de decisões: exclusão de uma faixa; duas faixas; e de três faixas de profundidade. As
probabilidades serão calculadas utilizando inferência Bayesiana, assumindo uma distribuição de Poisson
para as capturas com parâmetro cθ, sendo θ o número médio de toninhas capturadas por 10km de rede e c
o comprimento da rede. Como priori não informativa para θ foi utilizada uma distribuição gama com
variância elevada, de modo que a distribuição posterior de θ também tem distribuição gama. Foram gerados
4000 valores da distribuição gama correspondente a cada faixa de profundidade e tipo de rede e a seguir
calculada a probabilidade de que os valores de corvina sejam maiores que o de pescada por faixa de
profundidade. A rede de corvina possui um maior efeito negativo nas capturas de toninhas nas três
primeiras faixas de profundidades (5-10, 10-15, 15-20), enquanto que para a rede de pescada foram as
faixas de 21-25, 26-30 e 31-35 metros. Nos três cenários propostos, a exclusão da primeira faixa de
profundidade (5-10, 5-15 ou 5-20) para a rede de corvina mostrou o maior efeito para redução nas capturas
do que a exclusão das demais faixas. Estes resultados indicam que controlar as pescarias nas regiões mais
costeiras, principalmente durante a safra de corvina, pode ser uma forma eficaz para minimizar as capturas
de toninhas. O desenvolvimento de ferramentas eficientes de diagnóstico rápido que auxiliem a tomada de
decisões pode ajudar a gerenciar medidas de manejo e conservação para a espécie.

Palavras chave: Inferência Bayesiana, conservação, manejo

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Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

INTERAÇÃO DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS COM A PESCA NA FLONA TEFÉ, AMAZONAS

Brum, Sannie M.; Silva, Vera M. F. da

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), Manaus,
AM, Brasil. sanniebrum@gmail.com

Das espécies de mamíferos aquáticos existentes na Amazônia - o peixe-boi (Trichechus inunguis), a lontra
neotropical (Lontra longicaudis), a ariranha (Ptenura brasiliensis), o boto-vermelho (Inia geoffrensis) e o
tucuxi (Sotalia fluviatilis), todas podem interagir com atividades de pesca. A pesca na região é uma
importante atividade econômica e cultural e o pescado é a principal fonte de proteína animal. Devido ao
aumento das ameaças às populações dos mamíferos aquáticos da Amazônia e à crescente interação
destes com a pesca, torna-se fundamental avaliar esta relação. Este trabalho teve como objetivo registrar
que espécies interagem com a pesca, de que maneira e quais apetrechos em uma importante área
pesqueira do Médio Solimões, a Floresta Nacional (FLONA) de Tefé, Amazonas. Os dados foram coletados
entre 19 e 28 de abril de 2010, quando foram entrevistados 95 pescadores com questionários do tipo misto.
Apesar da confirmação da presença das cinco espécies na região, apenas três foram relacionadas a
interações com atividades de pesca: o boto-vermelho esteve presente em 78,9% (n=75) dos relatos; a
ariranha em 52,6% (n=50) e o tucuxi em apenas 9,5% (n=9). Quanto aos tipos de interações que podem
ocorrer, os entrevistados declararam “dano de artefato” (97,3%) como a mais frequente com o boto-
vermelho, “espantamento” (90%) a mais frequente com a ariranha e “roubo de pescado” (55,5%) a mais
frequente com o tucuxi. Com relação aos apetrechos com os quais ocorrem interações, a tramalha foi o
mais citado para os golfinhos (57,3% dos entrevistados a declararam para o boto-vermelho e 55,5% para o
tucuxi). A ariranha não foi relacionada a nenhum apetrecho, sendo declarada pelos entrevistados como
competidora pelo pescado. Os resultados sugerem forte relação do boto-vermelho com as atividades de
pesca na região e com o apetrecho mais utilizado. Este golfinho é visivelmente abundante na FLONA, mas
não existem informações populacionais. O tucuxi foi lembrado por pouquíssimos pescadores, confirmando
que este golfinho costuma evitar as redes de pesca. Apesar da ariranha também estar relacionada com
interações danosas aos pescadores, o boto-vermelho causa maiores prejuízos aos apetrechos e assim se
estabelece uma relação de conflito. Há evidências e relatos de pescadores indicando que estes golfinhos
são propositadamente mortos nesta área devido a este conflito. Como as principais interações relatadas
com os mamíferos aquáticos são danosas aos pescadores, estas devem influenciar as relações entre estes
atores. São recomendadas pesquisas quanto à ecologia das espécies na região e atividades de educação
ambiental.

Palavras chave: mamíferos aquáticos, pesca, Amazônia.

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INTERAÇÃO E COMPORTAMENTO DE PESCA DO BOTO-CINZA Sotalia guianensis COM A ARTE


PESQUEIRA ARTESANAL DE CERCO-FIXO

Louzada, Caio Noritake1,2; Minte-Vera, Carolina Viviana2; Filla, Gislaine de Fátima1


1
Instituto de Pesquisas Cananéia, IPeC,
2
Universidade Estadual de Maringá, UEM. caio_noritake@hotmail.com

O Complexo Estuarino-Lagunar de Cananéia é uma região onde há grande atividade de pesca com cerco-
fixo, uma armadilha artesanal, a qual é construída pelos próprios pescadores com matéria prima local.
Diversos estudos relataram as interações entre o cerco-fixo e o boto-cinza (Sotalia guianensis), um pequeno
cetáceo, pertencente à família Delphinidae, que apresenta distribuição em grande parte da costa brasileira e
na região de Cananéia pode ser avistada o ano todo. Segundo pescadores, o boto-cinza é vistos como
parceiros de pesca, uma vez que direciona cardumes de peixes para próximo das armadilhas. Este
comportamento é observado quando este cetáceo, em sua atividade de pesca, utiliza partes do cerco-fixo
como anteparo para os cardumes que está perseguindo, deste modo, pescador e boto-cinza, são
beneficiados. O presente estudo se encontra em desenvolvimento e a priori visou estudar o comportamento
de pesca de S. guianensis próximo a cercos-fixos montados na Ilha Comprida. Posteriormente será
analisada a influência deste comportamento sobre a eficiência da atividade pesqueira local. As observações
foram realizadas nos meses de Janeiros de 2009 e 2010. Foram documentados o número de botos e o
tempo que estes permaneciam próximos a um cerco-fixo executando um comportamento de pesca. A
observação dos comportamentos foi realizada através do método de Amostragem Sequencial com Registro
Contínuo das informações. Assim que os indivíduos se afastavam do cerco-fixo o registro era interrompido.
Foram realizadas 91,48 horas de esforço amostral, distribuídos em 18 dias no período das 09:00 horas às
15:00 horas. Em 24,53% do tempo houve atividade de pesca de botos-cinza. A maior parte das atividades
(34,88%) se concentrou entre às 10:00 horas e 11:00 horas. Em 54,55% das observações apenas um
indivíduo estava pescando próximo ao cerco-fixo e em mais da metade dos casos (62,26%) permaneceu
por até 10 minutos. Em 21,21% do tempo, havia dois indivíduos, e estes permaneceram por até 4 minutos
em aproximadamente metade dos casos (47,62%). De modo geral, foi observada uma grande variação no
tempo de pesca, sendo o mínimo registrado de 01 minuto e o tempo máximo de 83 minutos. O tempo de
pesca com maior frequência registrada foi de um a dois minutos, e ocorreram em 18,67% dos casos.

Palavras chave: Cananéia, Delphinidae.

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INTERAÇÕES ANTRÓPICAS COMO CAUSA DE MORTE DE PINÍPEDES NO SUL DO BRASIL

Costa, A. P. B.1; Loch, C.1,2; Kolesnikovas, C.3; Simões-Lopes, P. C.1


1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LAMAQ), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC,
Brasil. www.lamaq.ufsc.br
2
Geology Department, University of Otago, Dunedin, New Zealand.
3
R3 Animal, Florianópolis/SC, Brasil. www.r3animal.org.br

A presença de pinípedes na costa sul do Brasil durante o inverno e primavera é muito comum.
Monitoramentos e coletas não sistemáticos são realizados desde a década de 80 nos litorais de Santa
Catarina e norte do Rio Grande do Sul, e a partir de 2006 o Centro de Triagem de Santa Catarina (CETAS),
mantido pelo IBAMA e Polícia Ambiental em parceria com a Associação R3 Animal, iniciou um trabalho de
monitoramento, resgate e intervenção veterinária com pinípedes ao longo da costa catarinense. Animais
encontrados mortos ou que vêm a óbito no CETAS são levados ao Laboratório de Mamíferos Aquáticos
(LAMAQ) da Universidade Federal de Santa Catarina, onde são necropsiados e tombados em coleção
científica. Três espécimes apresentaram ferimentos no crânio indicativos de causa mortis. O exemplar
UFSC 1134 (Otaria flavescens, macho adulto) apresentou uma perfuração de formato hexagonal de 2 cm
de comprimento no osso parietal direito indicando uma perfuração por arpão ou instrumento similar. O lobo-
marinho UFSC 1355 (A. australis, macho juvenil) foi vítima de uma pancada desferida na região dorsal do
crânio, que atingiu o parietal em sua região mediana e gerou o seccionamento da caixa craniana em duas
partes. O parietal direito e pequenas porções do esquerdo foram fraturados e fracionados. Durante a
necrópsia do indivíduo UFSC 1374 (A. australis, fêmea juvenil) observou-se extensa área de edema e
hemorragia no músculo temporalis. O exame do crânio em vista dorsal revelou duas lesões de tamanhos
distintos. A lesão maior, de formato triangular e com 6,9 cm de comprimento, atingiu o parietal esquerdo e
uma parte do direito. A lesão menor, no frontal direito, possuía formato circular e 1 cm de diâmetro. Ambos
ferimentos sugerem ser decorrentes da mordida de um cão. A fratura de menor tamanho é compatível com
uma perfuração causada pelo dente canino, e a maior, pelo conjunto de pré-molares e molares do cachorro.
Parte do parietal direito sofreu afundamento e encontrava-se dentro da caixa craniana. Relatos de atitudes
hostis contra pinípedes são bem conhecidos na literatura, estando relacionados principalmente a conflitos
com a pesca ou até mesmo por medo e desconhecimento. Destaca-se a necessidade de promover esforços
de divulgação e esclarecimento junto às comunidades litorâneas, visando diminuir as interações negativas
entre as atividades humanas e os pinípedes que frequentam nossa costa.

Palavras chave: pinípedes, homem, crânio

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

INTERAÇÕES ENTRE A LONTRA NEOTROPICAL (Lontra longicaudis) E A PESCA ARTESANAL NA


LAGUNA TRAMANDAÍ, SUL DO BRASIL

Barbieri, Fabricia1*; Machado, Rodrigo1,2; Zappes, Camilah3,4,5; Wickert, Janaína1,2,6;


Oliveira, Larissa Rosa de1,2
1
Laboratório de Ecologia de Mamíferos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS/Brasil. *E-mail
para contato: fabribarbieris@gmail.com
2
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul – GEMARS/Brasil
3
Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF/Brasil
4
Instituto Aqualie, RJ/Brasil
5
Instituto de Pesquisas Cananéia, SP/Brasil
6
Laboratório de Sistemática e Ecologia de Aves e Mamíferos Marinhos, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS/Brasil

A interação com a atividade pesqueira é considerada um dos principais problemas de conservação


enfrentados pela lontra neotropical (Lontra longicaudis). Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar e
descrever as interações entre a pesca artesanal e a lontra na laguna Tramandaí (29°57'S; 50°11'W) através
da interpretação da percepção dos pescadores da região. Para tanto, entre os meses de abril e julho de
2010, foram realizadas 36 entrevistas etnográficas na comunidade de pesca do município de Tramandaí,
através de um questionário semi-estruturado contendo 30 questões abertas e 43 fechadas sobre a biologia
e ecologia da lontra e as interações entre a pesca e a espécie. Os pescadores entrevistados pescam na
laguna em média há 36 anos (DP=13,7), com o auxílio de canoas de madeira que medem entre 5 a 8m e
utilizando principalmente redes de emalhe do tipo feiticeira, com o tamanho da malha variando entre 9 a 16
mm entre os nós. As principais espécies-alvo capturadas pelos pescadores são: o bagre (Genidens spp.), a
tainha (Mugil spp.) e a corvina (Micropogonias furnieri). Durante as entrevistas, todos os pescadores
afirmaram que a lontra interferia negativamente com a atividade de pesca. Dos 36 pescadores
entrevistados, 75% (n=27) relataram que além de comer os peixes diretamente da rede, as lontras também
danificavam os equipamentos de pesca. De acordo com os entrevistados a lontra prefere se alimentar do
bagre e da tainha (n=20; 55%). Foi observada uma associação significativa entre a percepção dos
pescadores quanto ao prejuízo causado pela lontra à pesca (pequeno, médio ou grande) e a frequência dos
ataques das lontras às redes (teste G: GL= 4, P<0,01). Desta forma, todos os pescadores que relataram
que o prejuízo causado pela lontra era grande, também afirmaram que os ataques aconteceram
diariamente. Nenhum entrevistado descreveu a ocorrência de acidentes entre os barcos e as lontras.
Segundo 83% (n=30) dos pescadores, quando é observada uma lontra na laguna, ela foge com a
aproximação da embarcação. A captura acidental de três lontras por redes foi reportada por 8% (n=3) dos
entrevistados, sendo que duas delas conseguiram fugir e a outra morreu afogada. Os resultados sugerem
que estas interações são comuns e que ocorrem ao longo de todo o ano (n=22, 6%). O presente estudo
demonstrou que a etnobiologia pode ser uma ferramenta importante na obtenção de informações sobre a
biologia da lontra e os conflitos ainda pouco conhecidos com a pesca no sul do Brasil.

Palavras chave: Interações pesqueiras, pescadores artesanais, etnobiologia.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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INTERAÇÔES PRÓXIMAS COM O BOTO DA AMAZÔNIA (Inia geoffrensis) EM NOVO AIRÃO, AM:
HABITUAÇÃO E ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DE ANIMAIS SILVESTRES NO PARQUE NACIONAL DE
ANAVILHANAS

Carvalho, Robson H. de1; Sá Alves, Luiz Cláudio P. de2,3; Azevedo, Alexandre F.3,4; Andriolo, Artur1,2
1
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora,
Campus Universitário, Juiz de Fora, MG, 36036-330, Brasil. Robsonhc1000@yahoo.com.br
2
Instituto Aqualie, Rua Edgard Werneck, 428/32, Rio de Janeiro, RJ, 22763-010, Brasil.
3
Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua São
Francisco Xavier, 524/12005-F, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, 20550-900, Brasil.
4
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores, Faculdade de Oceanografia, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, Rua São Francisco Xavier, 524/4002-E, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, 20550-
013, Brazil.

Em Novo Airão, AM, Brasil, as pessoas têm a oportunidade de alimentar e nadar com botos-vermelhos (Inia
geoffrensis), atividade turística controversa que já existe desde 1998 diariamente de 08:00h às 18:00h. O
objetivo deste estudo foi correlacionar a presença dos botos com a presença de turistas no local. De 12 de
março à 9 de maio de 2009 (59 dias), no início de cada hora, no período de 08:00h as 17:00h, foi registrada
a presença ou ausência de botos por 03min, em uma área de 05m ao redor da plataforma de alimentação,
onde foi também quantificado o número de botos, de pessoas na plataforma e de pessoas alimentando os
animais. Em caso de não serem observados botos, o método Scan foi utilizado por 07min para registrar a
presença ou ausência de botos em um raio de 300m. Para análise foram realizados testes de Spearman e
Mann-Whitney. Com turistas no local a média de botos é de 3,0±1,8, e na ausência é de 0,6± 0,9, sendo
que a presença de turistas altera significativamente o numero de botos no local (u= 10420,5; p < 0,0001).
Os botos puderam ser observados ao redor da plataforma durante todo o horário de observação (08:00-
0,7±1,0 indivíduos ao redor da plataforma; 09:00- 1,2±1,4; 10:00- 1,2±1,4;11:00- 2,2±1,9; 12:00 -2,4±1,9,
13:00- 1,5±1,6; 14:00 -1,8±2,0;15:00- 2,1±2,2; 16:00- 2,2±2,2; 17:00-1,6±1,7), sendo que a presença de
botos não está correlacionada com a hora do dia ({rs}=0,5854;{p})=<0.0753, {n=10}). O número de turistas
(08:00- 1,0±2,9 pessoas; 09:00-3,5±7,2; 10:00- 5,8±8,6; 11:00- 7,6±10,7; 12.00- 6,5±8,5; 13:00- 2,9±5,3;
14:00-2,8±5,2; 15:00-4,4±7,0; 16:00-5,6±7,1; 17:00-4,2±7,1) e turistas alimentando os animais (08:00-
0,2±0,8 pessoas alimentando os animais; 09:00-0,4±0,8; 10:00-0,6±1,0; 11:00-0,8±1.6; 12:00-0,9±1,0;
13:00-0,3±0,6; 14:00-0,3±0,7; 15:00-0,4±1,0; 16:00-0,7±1,1; 17:00-0,3±0,7) estão correlacionados com o
número de botos ({rs}=0,7, {p}=<0.0001, {n=590} e {rs}=0,6, {p}=< 0.0001, {n=590}). Em apenas 152
ocasiões (25,8%) não foram observados botos próximos da plataforma, e em 140 ocasiões (92,10%) os
botos foram observados em até 300m da plataforma, indicando habituação dos animais. Em somente 7,9%
(n=12) nenhum boto foi visualizado. As atividades de pesca no meio natural acontecem principalmente
entre 06:00-09:00h e 15:00-16:00h, sendo assim concluímos que o comportamento dos indivíduos aqui
avaliados esteja drasticamente alterado devido ao fato de que os animais permanecem no local e recebem
alimento durante todo o período de observação, recebendo alimento nas horas em que deveriam estar
descansando ou buscando alimento no meio natural, indicando possível dependência por essa atividade
realizada no Parque Nacional de Anavilhanas.

Palavras chave: ecoturismo, golfinho fluvial, alimentação artificial.

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INTERFERÊNCIA ANTRÓPICA EM PEIXES-BOIS MARINHOS (Trichechus manatus manatus)


REINTRODUZIDOS – RELATO DE CASO

Attademo, F. L. N.1; Souza Júnior, M. H.1; Foppel, E.2; Andrade, M.3; Luna, F. de O.3; Hage-Magalhães, L.
R.3
1
Universidade Federal Rural de Pernambuco.
2
Instituto Mamíferos Aquáticos
3
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos, ICMBio.

As espécies de mamíferos aquáticos costeiros frequentemente estão sujeitas a ocorrência de transtornos


físicos ou comportamentais, principalmente na interação com eventos onde os limites legais não são
respeitados. O aumento do tráfego de embarcações motorizadas, pode contribuir para mortalidade de
diversas espécies de mamíferos aquáticos distribuídas pelo mundo. O programa de monitoramento de
animais reintroduzidos realizado pelo CMA/ICMBio permite o registro de eventos ocorridos com estes
animais, como acidentes causados por embarcações motorizadas ou ações antrópicas que interfiro na
sanidade. Os peixes-bois marinho (Trichechus manatus manatus) “Mel” e “Artur” foram reintroduzidos na
Barra do Rio Mamanguape, município de Rio Tinto/PB, em junho e agosto de 2009, respectivamente. O
monitoramento desses animais permitiu a verificação de graves lesões por ação antrópica levando
conseqüentemente ao seu resgate. O peixe-boi “Artur” foi resgatado em novembro de 2009, 3 meses após
sua reintrodução, apresentando cortes ocasionados por hélice de embarcação motorizada, além de
ingestão de linhas de nylon. O peixe-boi “Mel” foi resgatado em agosto de 2009, 2 meses após sua
reintrodução, apresentando lesão na região cranial ocasionada por objeto perfuro-cortante. O primeiro
evento foi interpretado como ação antrópica involuntária. Porém, no segundo caso, de acordo com a
localização da lesão e do relato de colaboradores, houve a intenção de causar o óbito do animal. Os
animais foram resgatados e transferidos ao cativeiro localizado na Barra do Rio Mamanguape/PB para
tratamento e observação. Foi realizado tratamento com medicações injetáveis e tópicas, optando-se em
tratar os ferimentos por segunda intensão. Após 30 dias, os animais apresentavam uma cicatrização parcial
dos ferimentos. Atividades turísticas proporcionam uma interação maior com a espécie, agravando-se mais
ainda com os animais reintroduzidos. Estes, por serem mais dóceis e demonstrarem um comportamento
mais sociável, tornam-se mais vulneráveis aos acidentes, ocasionados principalmente por hélices. O
monitoramento sistemático pós-soltura permite identificar e acompanhar com maior eficácia esses eventos,
permitindo um atendimento imediato. É necessário também um trabalho educativo com os proprietários de
embarcações motorizadas e com as comunidades ribeirinhas, no intuito de reduzir a pressão negativa sobre
esta espécie.

Palavras chave: peixe-boi; reintrodução; interação antrópica.

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IS LONGLINE FISHING A THREAT TO GUIANA DOLPHINS?

Silva, Débora Freitas da; Lopes, Xênia Moreira; Oshima, Júlia Emi de Faria; Silva, Ednilson da;
Santos, Marcos César de Oliveira

Projeto Atlantis, Laboratório de Biologia da Conservação de Cetáceos, Departamento de Zoologia, Instituto


de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro, SP, Brazil. debora.unesp@gmail.com

Some species of marine mammals may be vulnerable to increased mortality above natural levels because of
their life history aspects and this can lead to unsustainable levels of removal, affecting biodiversity. Incidental
catch is one of the most important threats to cetaceans. It is known that gillnets represent the majority of the
non-natural causes of mortality to cetaceans, but interactions between marine mammals and fishing
operations involve almost all existing fishing gear. Cetacean-longline interactions may result in entanglement
or hooking, injury and/or mortality. A recent review on cetacean-longline interactions showed that offshore
species are usually involved, justified by the cost-benefit locations of fishing operations. This note presents a
report of a male Guiana dolphin, Sotalia guianensis, incidentally caught by a demersal longline gear. The
specimen, which had 136.5cm in length, was found floating in code 3 of decomposition sensu Geraci &
Lounsbury (1993) on 21 August 2009 in inner waters of the Cananéia estuary (25ºS), south of São Paulo
state, Brazil. It was hooked in the portion of blubber and skin below the mandible; not inside the mouth. The
hook had 11.5cm in length and 3.5cm of gap. The longline was set at ca. 14m in depth. The main line and
the branch line had 1600cm and 44cm in length, respectively. The main line was set at around 1.5m from the
ground. According to local fishermen, longline fisheries are used in a small scale to capture demersal fish
such as groupers in inner estuarine waters. The stomach content analysis of the captured specimen
revealed the following items: otoliths of the whitemouth croaker Micropogonias furnieri (n=2), the rake
Stellifer sp. (n=10) and one shrimp Farfantepenaeus paulensis. Those species are demersal/benthic, such
as the main food items previously reported to local Guiana dolphins. Probably this hooked individual was
looking for demersal food items when it got trapped. A few records of live Guiana dolphins with fishhooks
attached to their bodies were previously reported in Sepetiba bay, Rio de Janeiro (Brazil), showing
evidences of such interactions regarding coastal species. This is likely to be the first record of S. guianensis
killed by a longline gear. It is important to gather information about the frequency of such events to
investigate if this fishing artifact is a relevant threat to this species. Financial support: Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Fieldwork supported by Instituto Oceanográfico - USP.

Keywords: Sotalia guianensis; incidental catch; longline gear.

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MAMÍFEROS AQUÁTICOS COMERCIALIZADOS PARA FINS MEDICINAIS NOS MERCADOS


PÚBLICOS DO NORDESTE BRASILEIRO

Ferreira, Felipe Silva1; Toledo, Gustavo Alves da Costa1; Alves, Rômulo Romeu da Nóbrega2
1
Universidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)
Departamento de Sistemática e Ecologia, João Pessoa, PB, Brasil
2
Universidade Estadual da Paraíba, Departamento de Biologia, Campina Grande, PB, Brasil. Email:
gustavoact@yahoo.com.br

Populações humanas possuem um vasto conhecimento sobre as propriedades terapêuticas de produtos


provenientes de animais, sendo esses uma importante fonte de matéria prima para a produção de remédios
na medicina tradicional. Dentre os táxons utilizados na medicina tradicional, mamíferos aquáticos
correspondem um importante grupo sendo utilizado em várias partes do mundo. O presente trabalho
objetivou avaliar o uso e a comercialização de mamíferos aquáticos, para fins medicinais, em mercados
públicos do Nordeste brasileiro. O estudo foi realizado nos mercados públicos São Luís-MA, Teresina-PI,
João Pesoa-PB (Janeiro a Dezembro de 2004), Caruaru –PE (Outubro de 2007 a Fevereiro de 2008),
Fortaleza-CE e Recife-PE (Janeiro a Julho de 2010). As informações etnozoológicas foram obtidas através
de questionários semi-estruturados com número amostral de: 21 em São Luís; 21 em Teresina; 10 em João
Pessoa; 11 em Caruaru; 29 em Fortaleza e 22 em Recife. Nas localidades amostradas seis espécies de
mamíferos aquáticos (pertencentes a quatro famílias) foram citadas por apresentarem algum uso medicinal.
As espécies citadas foram: Balaenoptera bonaerensis (baleia minke antártica), Physeter macrocephalus
(cachalote), Trichechus inunguis (peixe-boi-amazônico), Trichechus manatus (peixe-boi-marinho), Sotalia
fluviatilis (tucuxi) e Sotalia guianensis (boto-cinza). As doenças e ou sintomas tratados com os zooterápicos
foram: asma, dor de garganta, reumatismo, artrite, artrose, trombose, dor de cabeça, impotência sexual e
simpatias (atrair parceiros, dinheiro, entre outros). Segundo os informantes o principal produto utilizado a
partir dos animais citados é a gordura, produto obtido de todas as espécies envolvidas. Demais produtos
extraídos são: pele, sangue e pênis de S. fluviatilis, S. guianensis e a pele de T. manatus e T. inunguis. O
uso e a comercialização de produtos de origem animal em mercados públicos do Nordeste levantam
questionamentos sobre o status da conservação das espécies de mamíferos aquáticos citados no presente
trabalho. T. inunguis e T. manatus encontram-se, respectivamente, como vulnerável e criticamente
ameaçada na lista da IUCN e também estão listadas no Anexo I do CITES. Ao menos uma dessas espécies
é comercializada em todos os mercados analisados, evidenciando a necessidade de avaliar o impacto
dessa atividade nas populações naturais e aliado a isso, verificar a eficácia dos produtos, do ponto de vista
farmacológico. Os dados mostram que a zooterapia representa uma alternativa terapêutica importante para
os moradores da região Nordeste. Novos trabalhos sobre a fauna medicinal devem ser realizados
buscando: acessar o nível e exploração das espécies utilizadas e promover o desenvolvimento sustentável
de eventuais espécies medicinais ameaçadas.

Palavras chave: Zooterapia, mamíferos aquáticos, conservação.

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MERCÚRIO E ORGANOCLORADOS (DDT, PCB, HCB, HCH e MIREX) EM TECIDOS DO PEIXE-BOI-


MARINHO, Trichechus manatus, DA COSTA NORDESTE DO BRASIL

Lailson-Brito, José1; Meirelles, Ana C.2; Vidal, Lara G.1; Ferraz, Débora R.1; Furtado, Luciana1;
Azevedo, Alexandre1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores ‘‘Profa. Izabel Gurgel’’ (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rua São Francisco Xavier, 524 4º andar
sala 4002E, Maracanã, 20550013 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil.; vidallarag@gmail.com; lailson@uerj.br.
2
AQUASIS - Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos, Brasil.

Existem poucas informações acerca da contaminação de sirênios por metais-traço e organoclorados em


todo o mundo, sendo que na costa brasileira, até o momento, não existem publicações a este respeito. O
presente estudo é uma iniciativa pioneira para a determinação de micropoluentes em tecidos do peixe-boi-
marinho, Trichechus manatus. O objetivo principal foi determinar as concentrações de mercúrio total (HgT) e
compostos organoclorados (DDT, PCB, HCH, HCB e Mirex), no fígado e no tecido adiposo subcutâneo,
respectivamente. Para o HgT foram utilizados 7 exemplares (3 machos e 4 fêmeas) com o comprimento
total variando entre 108 e 307 cm. Para os organoclorados foram utilizados 3 destes exemplares , 2 fêmeas
e um macho. As análises de HgT foram realizadas a partir da adição de H2O2 e HNO3/H2SO4 (1:1) e KMnO4
em cerca de 0,2g de amostra. A leitura foi realizada com Espectrofotômetro de Absorção Atômica com
gerador de vapor frio (FIMS-400, Perkin-Elmer) e os resultados encontrados estão de acordo com material
certificado DOLT-2 (NRC-Canadá). Para a determinação das concentrações de organoclorados foram
realizadas extrações com n-hexano/diclorometano (1:1) em homogeneizador Ultra Turrax, seguida de
purificação com H2SO4. A análises foram realizadas em um cromatógrafo de fase gasosa com detector de
captura de elétrons (CG-DCE) 7890 da Agilent Technologies. A metodologia foi validada a partir da
utilização de materiais de referência: SRM 1588a e SRM 1945 (NIST-EUA). As concentrações de HgT
variaram entre 7 e 76 ng.g-1. Foi verificada a correlação entre o comprimento total e o HgT (rspearman=0,85;
p<0,05). As concentrações não foram significativamente diferentes entre machos e fêmeas (p>0,05). No
caso dos organoclorados o DDT, HCH e Mirex foram identificados em todos exemplares; o PCB apenas em
um indivíduo; e nenhum exemplar apresentou traços de HCB. Em dois exemplares houve o predomínio do
HCH sobre os demais compostos, enquanto que em um exemplar predominou o DDT. A razão DDE/DDT
indica um uso não recente do DDT na região, porém, tal razão se apresentou diferente entre os 3 indivíduos
(0,45; 0,76 e 1,0). A razão DDE/DDT diferenciada, a presença de PCB em apenas uma das amostras e a
predominância de compostos diferentes na três amostras sugerem que tais animais não se alimentam na
mesma região. As baixas concentrações encontradas tanto de mercúrio, quanto de organoclorados, podem
ser explicadas pelos hábitos alimentares da espécie.

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MERCÚRIO TOTAL (HgT) EM TECIDO HEPÁTICO DO BOTO-CINZA, Sotalia guianensis (CETACEA,


DELPHINIDAE), DA BAÍA DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO – BRASIL

Legat, L. N. A1.; Vidal, L. G.1; Bisi, T.1,2; Azevedo, A. F.1; Flach, L.3; Dorneles, P. R.1,2; Malm, O.2;
Lailson-Brito, J.1,2
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores ‘‘Profa. Izabel Gurgel’’ (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil - let.legat@gmail.com
2
Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, CCS,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
3
Projeto Boto Cinza, Rua Sta. Terezinha, 531, Muriqui, 23870-000 Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil.

O mercúrio (Hg) é um dos elementos mais estudados sob o ponto de vista toxicológico. Sua principal via de
absorção em vertebrados marinhos se dá através da dieta, que junto à baixa taxa de excreção leva ao
aumento das concentrações do elemento ao longo da cadeia trófica. Os cetáceos, por serem predadores de
topo de teias alimentares e apresentarem grande longevidade, terminam por exibir altas concentrações de
poluentes com longa meia-vida biológica em seus tecidos. Desta forma, tais animais são freqüentemente
utilizados como sentinelas da saúde ambiental em relação aos micropoluentes. O Estado do Rio de Janeiro
é a área mais densamente habitada de toda a costa brasileira, gerando séria contaminação ambiental por
metais. Um local crítico é a Baía de Sepetiba (BS), onde o boto-cinza, Sotalia guianensis, é regularmente
avistado durante todo o ano. A fidelidade de habitat torna a espécie um modelo adequado para estudo dos
processos de bioacumulação de poluentes. Neste estudo, determinou-se as concentrações de mercúrio
total (HgT) no tecido hepático de S. guianensis da BS, verificando a influência de variáveis biológicas em
sua acumulação. Para determinação do HgT, amostras frescas foram digeridas com solução sulfonítrica
(HNO3: H2SO4) em sistema aberto a quente, com leitura em Espectrofotômetro de Absorção Atômica por
geração de vapor frio (FIMS-400, Perkin-Elmer). A certificação do método foi realizada por análise do
material de referência DOLT-4 (NRCC). A concentração média encontrada foi 6,25±14,42 mg.Kg-1 peso
úmido, com valores entre 0,04 e 64,70 mg.Kg-1p.u. Foram analisadas amostras provenientes de 16 machos
e 5 fêmeas, não havendo diferenças significativas nas concentrações entre sexos (Mann-Whitney - U= 30;
p= 0,4089). Os valores de comprimento total (CT) variaram entre 132 e 200 cm, sendo observada
correlação positiva entre tal parâmetro e concentrações de HgT (Spearman - rS= 0,46; p= 0,0377).
Registros prévios das concentrações do elemento para a espécie foram realizados em outras regiões da
costa brasileira como o Estado do Ceará (4.62±8.73 mg.Kg-1p.u) e os Estados do Paraná e São Paulo
(1,05±0,63 mg.Kg-1p.u.). As concentrações nas áreas da Baía de Guanabara (17,74±30,60 mg.Kg-1p.u.) e
Norte do Estado do Rio de Janeiro (8,32±7,39 mg.Kg-1p.u.) são significativamente maiores do que as
encontradas no presente estudo (Mann Whitney U – 97; p= 0,0007 e U – 81,5; p= 0,0009). Embora os
valores aqui encontrados estejam dentro da faixa previamente observada para a espécie, a crescente
urbanização e industrialização da área constituem motivo de alerta em relação à contaminação por
micropoluentes.

Palavras chave: Mercúrio, Sotalia guianensis, Baía de Sepetiba

Apoio Financeiro: Leticiaà Legat é bolsista FAPERJ; Programa Pensa Rio - FAPERJ, Edital APQ1-2009/1
FAPERJ (Proc. E26-110.858-2009); e PRONEX 2010 - FAPERJ/CNPq.

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MERCÚRIO TOTAL EM DELFINÍDEOS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Ferraz, Débora R.1; Bisi, Tatiana L.1,2; Barbosa, Lupércio A.3; Azevedo, Alexandre F.1; Dorneles, Paulo R.2;
Lailson-Brito, José1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores Profa. Izabel Gurgel (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia/UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Email: deboraocn@yahoo.com.br
2
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
3
Instituto ORCA, Vila Velha, ES, Brasil.

Os cetáceos, por serem animais que ocupam elevados níveis tróficos e apresentarem uma alta meia-vida
biólogica de micropoluentes em seus tecidos, podem ser utilizados como indicadores da acumulação
ambiental de mercúrio. Neste estudo, foram realizadas análises de mercúrio total (HgT) em fígado de
delfinídeos coletados no estado do Espírito Santo: boto-cinza (Sotalia guianensis) (n=19), golfinho-cabeça-
de-melão (Peponocephala electra) (n=2), golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis) (n=4), falsa orca
(Pseudorca crassidens) (n=1), golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) (n=2) e golfinho-rotador
(Stenella longirostris) (n=1). As leituras foram realizadas por meio de um Espectrofotômetro de Absorção
Atômica com um sistema de injeção de fluxo por vapor frio de mercúrio (FIMS 400, Perkin Elmer). As
maiores concentrações médias (±DP) de HgT encontradas foram: 304± 88 mg.Kg-1, 43± 23 mg.Kg-1 e 35±
54 mg.Kg-1 referentes à Peponocephala electra, Steno bredanensis e Sotalia guianensis, respectivamente.
S. longirostris (8 mg.Kg-1), T. truncatus (1,8± 1,4 mg.Kg-1) e P. crassidens (1,6 mg.Kg-1) apresentaram as
menores concentrações médias. Houve diferença significativa quanto às concentrações de HgT entre as
espécies (Teste de Kruskal-Wallis H5,29 = 11,80, p = 0,0376) e P. electra apresentou concentrações
significativamente maiores em relação às demais (p<0,01 - Teste a posteriori de Tukey aplicado sobre
ranks). O golfinho-cabeça-de-melão de maior concentração de HgT é um macho adulto. A concentração
média apresentada neste estudo para esta espécie é maior do que as reportadas em estudos realizados
com a mesma, no Japão. Houve grande amplitude em relação às concentrações de HgT verificadas no
boto-cinza (min- máx = 0,6– 227 mg.Kg-1), possivelmente devido à idade dos indivíduos. Não foi encontrada
correlação entre as concentrações de HgT e o CT (Correlação de Spearman r = 0,06, p > 0,05), ressaltando
que os dados de CT não eram disponíveis para todos os indivíduos. Não foi encontrada diferença
significativa entre as concentrações de HgT em boto-cinza deste estudo em relação às encontradas para a
mesma espécie na Baía de Guanabara (Mann-Whitney, p=0,17). Entretanto, em se tratando de
concentração média e máxima, os espécimes do Espírito Santo superaram os da Baía de Guanabara, o que
pode indicar uma maior disponibilidade de Hg costa capixaba. Entretanto, o hábito alimentar também pode
justificar essa diferença, já que estudos apontam o peixe-espada como o teleósteo de maior índice de
importância relativa na dieta do boto-cinza da costa capixaba, diferentemente da dieta do mesmo na Baía
de Guanabara, na qual a corvina, teleósteo de menor nível trófico, ocupou tal patamar de importância
relativa.

Palavras chave: metal-traço, mamíferos marinhos.

Agradecimentos: Bolsa de IC – CNPq, Universal/CNPq (480701/2009-1)

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

MERCÚRIO TOTAL EM FÍGADO DE BOTOS-CINZA (Sotalia guianensis) E TONINHAS (Pontoporia


blainvillei) DA COSTA DE SANTA CATARINA, BRASIL

Vidal, Lara G.1; Costa, Érika de S. Andrade; Cremer, Marta J.2; Malm, Olaf 3; Lailson-Brito, José1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores ‘‘Profa. Izabel Gurgel’’ (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rua São Francisco Xavier, 524 4º andar
sala 4002E, Maracanã, 20550013 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil.; vidallarag@gmail.com; lailson@uerj.br.
2
Laboratório de Nectologia, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville
Unidade São Francisco do Sul, Rod. Duque de Caxias, C.P. 1005, Iperoba, São Francisco do Sul, 89240-
000 Brasil; marta.cremer@univille.net.
3
Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ,
Rio de Janeiro, Brasil; olaf@biof.ufrj.br.

O mercúrio é amplamente distribuído na natureza, tendo tanto fontes naturais quanto antrópicas. Esse metal
pesado ao ser metilado pela atividade microbiana pode ser bioacumulado e biomagnificado. Cetáceos, de
uma maneira geral, são animais que possuem vida longa e ocupam altos níveis tróficos na cadeia alimentar.
Sendo assim, o estudo das concentrações de metais pesados nestes animais, nos permite fazer uma
integração temporal e espacial da contaminação ambiental. Pontoporia blainvillei e Sotalia guianensis são
espécies que habitam águas costeiras, e se alimentam basicamente de peixes teleósteos e cefalópodes.
Devido ao hábito costeiro, sofrem com a captura incidental e com a exposição a compostos químicos.
Dentro desse contexto foram determinadas as concentrações de mercúrio total (HgT) no tecido hepático de
botos-cinza (n=5), com comprimento total variando de 144 a 187 cm, e toninhas (n=7), com comprimento
total de 87,3 a 133,5 cm. Os espécimes foram coletados no litoral do Estado de Santa Catarina, de 2003 a
2006. Para a análise de HgT foi adicionado 1mL de H2O2 em cerca de 0,2g de amostra, em seguida 5mL de
HNO3/H2SO4 (1:1). Posteriormente foram adicionados 5mL de KMnO4. A leitura do HgT foi realizada com
Espectrofotômetro de Absorção Atômica (FIMS-400, Perkin-Elmer) e os resultados encontrados estão de
acordo com material certificado DOLT-2 (NRC-Canadá). As concentrações de HgT nos espécimes de boto-
cinza apresentaram uma variação de 0,75 a 152,47 mg/Kg p.u. Já as concentrações encontradas nas
toninhas tiveram uma variação de 0,38 a 2,90 mg/kg p.u. A comparação entre as concentrações
encontradas para as duas espécies não foram estatisticamente diferentes (Teste U de Mann-Whitney,
p>0,05). Porém, observa-se que o maior acúmulo de HgT é encontrado nos botos-cinza. Este resultado
associa-se a características alimentares diferentes entre as duas espécies analisadas, principalmente
devido ao tamanho das espécies predadas por ambas, que proporcionam níveis diferentes de acumulação
do metal. Para a toninha, foi observada correlação entre o comprimento total (CT) e as concentrações de
HgT (Spearman R, p=0,036), sendo que só foi possível o teste para tal espécie. Os resultados descritos
fornecem informações importantes em relação a duas espécies costeiras de golfinho, caracterizando
diretamente o grau de poluição à que estas estão expostas, e indiretamente fornecendo uma idéia das
condições do habitat em que esses animais se alimentam e as condições de contaminação de suas presas
que, muitas vezes, estão associadas aos hábitos alimentares da própria população local.

Palavras chave: Mercúrio total; boto-cinza; toninha

Financiamento: Cetacean Society International; Lara G. Vidal é bolsista CAPES.

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MERCÚRIO TOTAL EM MÚSCULO DE BOTO-CINZA (Sotalia guianensis) DA COSTA NORTE DO


BRASIL

Emin-Lima, R.1,2; Costa, A. F.3; Siciliano, S. 1,4; Lima, M. O.5


1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia – GEMAM, sotalias@gmail.com;
2
PPG em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de Saúde Pública, FIOCRUZ;

3
Instituto Ilha do Caju Ecodesenvolvimento - ICEP;
4
Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos, GEMM-Lagos, Escola Nacional de Saúde
Pública, FIOCRUZ;
5
Seção de Meio Ambiente - SAMAM, Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS).

Os metais são os poluentes mais encontrados no ecossistema marinho, afetando a qualidade desse
ambiente, sua biodiversidade e consequentemente a saúde pública. A contaminação por mercúrio é
conhecida por provocar alterações neurológicas, entre outras, comprometendo a saúde dos organismos
expostos. No Brasil, os estudos relacionados a esse metal em populações de cetáceos têm sido
desenvolvidos em ambientes costeiros da região sul e sudeste, até o momento não foram registrados os
níveis de mercúrio em cetáceos da costa Norte. Monitoramentos sistemáticos nas praias da costa leste da
Ilha de Marajó e APA Algodoal/Maiandeua, Estado do Pará, vem sendo conduzidos desde 2005, o que
resultou em um banco de amostras biológicas de pequenos cetáceos, principalmente do boto-cinza (Sotalia
guianensis). Adicionalmente, amostras de músculo coletadas de botos-cinza capturados acidentalmente em
redes de pesca na costa do Amapá foram usadas neste estudo. Um total de 14 amostras de músculo de
botos-cinza foram analisadas para avaliar as concentrações de mercúrio. Cinco amostras são provenientes
de botos-cinza capturados acidentalmente na costa do Amapá e nove amostras obtidas a partir de encalhes
em praias da costa leste da Ilha de Marajó. A determinação dos níveis de mercúrio foi realizada por meio de
Espectrometria de Absorção Atômica com sistema para geração de vapor frio de mercúrio (CV-AAS). Os
indivíduos do Amapá apresentaram maior comprimento total 169,4 ± 17,49 cm (146,0 – 190,0), seguidos
pela população da Baía do Marajó 165,33 ± 6,43 cm (158,0 – 170,0). As concentrações médias, desvio
padrão e variação (média ± desvio padrão / mínimo-máximo) na baía de Marajó apresentaram maior valor
0,52 ± 0,49 µ/g (0,02 - 1,27), no Amapá as concentrações foram 0,17 ± 0,17 µ/g (0,03 - 0,42). Os níveis de
mercúrio medidos a partir de um pequeno número amostral (N=14) de duas populações de botos-cinza da
costa norte apresentaram valores inferiores àquelas observadas em outras populações desta espécie no
Brasil. A concentração de metais em tecidos de boto-cinza pode refletir mudanças na qualidade dos
ecossistemas costeiros.

Palavras chave: qualidade de ecossistemas, poluentes, mercúrio.

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MOLECULAR IDENTIFICATION OF STRANDED RORQUALS IN THE NORTHERN COAST OF


ARGENTINA CONFIRMS THE PRESENCE OF Balaenoptera brydei OLSEN 1913 IN THE SOUTH
WESTERN ATLANTIC OCEAN

Rodríguez, D.1; Muñoz, G.2; Giardino, G.1; Denuncio, P.1; Mandiola, M. A.1; Dassis, M.1; Bastida, J.3;
Bastida, R.1; Wada, S.4
1
CONICET & Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina. Email: dhrodri@gmail.com (Rodríguez)
2
Organismo Provincial para el Desarrollo Sostenible de la Provincia de Buenos Aires, Argentina
3
Universidad CAECE, Argentina
4
National Research Institute of Fisheries Science, Yokosuka, Japan

Several factors make the identification of stranded rorquals (Cetacea: Balaenopteridae) particularly
challenging. The degree of decomposition and body position on the beach sometimes prevents ventral
groove count, colour identification or baleen inspection. Some body sizes overlap between maximum lengths
of intermediate species with medium sizes of big species. These factors result in most of the cases in a poor
assignation of species. Molecular identification of rorqual species not only have increased the possibility of
species assignments, but also have proved successful in enlightening the Family taxonomy. Although seven
balaenopterid species have been reported for the northern coast of Argentina, the strandings of these
whales are very infrequent. In the last 6 years, three strandings have been reported in the area. The first
rorqual was a male (12.7m) stranded in Mar del Sur (August 2004), and provisionally identified as a sei
whale according to ventral grooves count. The second was another male (14.7m) stranded in Mar del Plata
(April 2006), tentatively identified as a Bryde’s whale based on the presence of three rostral ridges. The third
one was a 16.0m specimen stranded in Ensenada (April 2009) of unknown sex and unidentifiable species. A
partial cytochrome b gene (640 nucleotide sites from the beginning) was sequenced from skin samples of
the three specimens, and compared with 8 Balaenoptera species retrieved from the GenBank. The analysis
resulted in a positive identification of the three specimens as Balaenoptera borealis (Mar del Sur),
Balaenoptera brydei (Mar del Plata) and Balaenoptera physalus (Ensenada). The number of different
nucleotides compared with published sequences was 3, 2 and 2, respectively. To reconfirm B.brydei
identification, comparisons were made with an unpublished 416 bp Bryde's whale control region sequence
from the North Atlantic Ocean (DQ340979), resulting in a positive identification and a difference of 6
nucleotides and 2 indels. The record of sei and fin whales in northern Argentina adds new records on
existing information, but this is the first confirmation of B.brydei inhabiting the southern SW Atlantic Ocean.
Unavailable morphological diagnoses between edeni and brydei led to conservative assignation of B.edeni to
all rorquals with three rostral ridges, leaving the correct species assignation unresolved. Our results confirm
the presence of Bryde’s whale in South America, but remains unclear if other morphologically identified
“B.edeni” specimens in the region are in fact Bryde’s or Eden’s whales.

Keywords: Balaenoptera borealis, Balaenoptera brydei, Balaenoptera physalus

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MONITORAMENTO DAS BALEIAS FRANCAS DURANTE AS OBRAS DE AMPLIAÇÃO DO PORTO DE


IMBITUBA (SC) – CONCILIANDO DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO

Groch, K. R.1; Corrêa, A. A.2; De-Rose-Silva, R.1; Rocha, M. E. C. da³, Moreira L. M. de P.³; Flores, P. A. C.4;
Prietto, D.4
1
Projeto Baleia Franca – PBF/Brasil, karina@baleiafranca.org.br
2
Oikos Consultoria Ambiental

³ Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca/ICMBio, Brasil


4
Centro Mamíferos Aquáticos (CMA)/ICMBio, Brasil

O Porto de Imbituba e adjacências abrigam, nos meses de inverno e primavera, um visitante muito
particular, as baleias francas austrais (Eubalaena australis), que utilizam a costa de Santa Catarina para
procriação e o acasalamento. O Porto de Imbituba está localizado na zona central da principal área de
ocorrência das baleias francas em Santa Catarina, a APA da Baleia Franca. Nesta região, indivíduos
adultos e pares de mãe e filhote podem ser avistados em locais próximos a arrebentação das ondas e aos
costões, dividindo conseqüentemente o espaço vital para sua reprodução com uma série de atividades
antrópicas de potenciais variáveis de impacto. Desde o início de 2009 o Porto de Imbituba vem realizando
obras civis de ampliação dos berços de atracamento de navios, as quais envolvem a cravação de estacas
com conseqüente produção de ruído subaquático. Em setembro de 2009 foi implantado um programa de
monitoramento, com o objetivo geral de monitorar a presença das baleias francas no Porto de Imbituba e
adjacências, durante a execução das obras de ampliação do Porto, visando à integração com o mínimo
impacto das atividades alusivas ao desenvolvimento do Porto e a conservação das baleias francas. Com
base num estudo de decaimento sonoro do ruído gerado pelo uso do bate-estaca foram estabelecidos
limites operacionais. Um área de segurança com raio de 2km (área de exclusão) a partir da fonte geradora
de ruído (bate-estacas) foi estabelecida, sendo em que as atividades de cravação deveriam ser suspensas
caso houvesse baleias nesta área. No período de 05 de Outubro a 30 de novembro de 2009, foram
realizados 43 dias de monitoramento, totalizando 316:02 horas de esforço amostral, perfazendo uma média
de 7,3 horas de monitoramento por dia. O monitoramento foi realizado de acordo com os dias e horários de
planejamento das atividades de cravação de estacas. Os dados coletados geraram informação inédita sobre
a ocorrência e deslocamentos das baleias francas na área de estudo. O monitoramento permitiu a
realização das obras de estaqueamento de forma exemplar, conciliando o desenvolvimento da região à
conservação das baleias francas. Recomenda-se que um programa de monitoramento permanente seja
implantado na área do Porto de Imbituba, uma vez que as obras de ampliação ora em andamento têm por
objetivo proporcionar um aumento no tráfego de embarcações de grande porte na região, o que pode
colocar em risco a população de baleias francas na área da APA da Baleia Franca, se não forem
adequadamente ordenadas.

Palavras chave: área de proteção, bate-estacas, ação antrópica.

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MONITORAMENTO DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS NO LAGO SAPUCUÁ (ORIXIMINÁ, PA), EM ÁREA


DE INFLUÊNCIA DE EMPREENDIMENTO MINERÁRIO

Loch, Carolina1; Lima, Danielle2; Calera, Beatriz2; Marmontel, Miriam2; Morato, Sérgio Augusto Abrahão3
1
Department of Geology, University of Otago – New Zealand. Email: carolinaloch@yahoo.com.br
2
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, Instituto Mamirauá – Amazonas, Brasil
3
STCP Engenharia de Projetos Ltda.– Paraná, Brasil

Cinco espécies de mamíferos aquáticos são encontradas na Amazônia brasileira. De acordo com a IUCN, o
tucuxi (Sotalia fluviatilis) e a lontra (L. longicaudis) são classificados como espécies “insuficientemente
conhecidas”, enquanto que o boto-vermelho (Inia geoffrensis), o peixe-boi (Trichechus inunguis) e a
ariranha (Pteronura brasiliensis) estão “vulneráveis à extinção”. Com o crescente desenvolvimento e
implantação de grandes projetos energéticos e minerários na Amazônia, se fazem necessários programas
de monitoramento e levantamento de aspectos biológicos das espécies potencialmente afetadas. Durante
16 dias na estação cheia, quatro ambientes foram amostrados no Lago Sapucuá e igarapés circundantes ao
platô Bacaba (FLONA Saracá-Taquera), onde a extração de bauxita vem sendo realizada pela Mineração
Rio do Norte S.A. (MRN). Registros diretos e indícios da ocorrência de mamíferos aquáticos foram
fotografados e georreferenciados. Entrevistas e relatos de moradores locais também foram utilizados. Além
do inventário distribucional das espécies, atividades comportamentais e outros aspectos ecológicos como
hábitos alimentares foram inventariados sempre que possível. Foram encontrados doze sítios utilizados por
mustelídeos nos igarapés à montante do lago Sapucuá, incluindo sítios de defecação e locais de descanso.
Botos e tucuxis foram avistados em todos ambientes estudados, com exceção dos igarapés à montante do
lago. Porém, não foram avistados cetáceos durante os 116 km percorridos em transecções lineares para
estimativas de densidade populacional, inviabilizando esta análise. Observações comportamentais
mostraram comportamentos predominantes de pesca e deslocamento, com tamanhos de grupo variando de
2-8 indivíduos. Indícios da ocorrência de peixes-boi foram evidenciados nos 4 ambientes amostrados,
através da presença de fezes e de plantas aquáticas recentemente consumidas. 67 potenciais áreas de
abrigo e forrageio para o peixe-boi foram encontradas nos 4 ambientes. Relatos dos moradores locais
apontam para a abundância de peixes-boi na região e a ausência de caça direcionada. Enquanto as lontras
foram apontadas como animais avistados com certa freqüência, a ariranha é pouco conhecida. Botos e
tucuxis foram apontados como abundantes na região e aparentemente não há abate direcionado, apesar de
serem vítimas do emalhamento acidental em redes de pesca. Esforços de campo na estação seca tendem a
agregar mais resultados, quando as margens dos rios estão disponíveis para uso por mustelídeos e os
cetáceos e peixes-boi estão concentrados nos rios e lagos mais profundos. Monitoramentos em longo prazo
auxiliarão no conhecimento da biologia das espécies na região e auxiliarão na identificação e mitigação dos
possíveis impactos da atividade minerária sobre a fauna.

Agradecimentos: ICMBio; Mineração Rio do Norte S.A. (MRN); STCP Engenharia de Projetos Ltda.

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MORTALIDADE DO BOTO CINZA, Sotalia guianensis, ASSOCIADA À ATIVIDADE PESQUEIRA NO


LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Nascimento, Lídio França do1,2; Pansard, Kelly Cristina Araujo1; Santos Junior, Érico dos1;
Tosi, Carolina Heredia1; Castro, Gustavo Henrique Coelho de1; Rolin, Diogo Mickael Silva1;
Angeiras, Pedro Henrique Guedes1; Gondim, Mariana Alves1; Medeiros, Priscila Isabel Alves Pereira1,4;
Silva, Flávio José Lima3,4
1
Projeto Pequenos Cetáceos – ECOMAR, Tibau do Sul, RN, Brasil. Email: abfragoso@gmail.com
2
FATERN-GAMA FILHO, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil.
3
Projeto Cetáceos da Costa Branca - UERN/FANAT/DECB, Laboratório de Sistemática e Biologia Animal,
BR 110, Km 46, Costa e Silva, CEP: 59610-090, Mossoró, RN, Brasil
4
Projeto Golfinho Rotador, Fernando de Noronha, PE, Brasil.

Espécies de pequenos cetáceos costeiros são ameaçadas por uma variedade de fatores antropogênicos,
como por exemplo, destruição de habitat, atividades relacionadas à produção de hidrocarbonetos, atividade
turística não regulamentada, contaminação por poluentes (metais pesados) e principalmente a atividade
pesqueira. Geralmente, o foco da atividade pesqueira com redes são espécies de valor comercial, como os
peixes e crustáceos. Entretanto, outras espécies da biota marinha, como por exemplo, os cetáceos, acabam
se tornando vitimas dessa atividade através da captura acidental. Ao contrário da pesca industrial em larga
escala, a pesca artesanal ou de subsistência, apesar de uma produção reduzida, pode representar uma
grande ameaça a espécies de pequenos cetáceos costeiros, já que os impactos realizados por essa
atividade geralmente são subestimados. O boto cinza, Sotalia guianensis, é uma espécie que ao longo da
sua área de distribuição ocorre em ambientes costeiros, freqüentando estuários, desembocaduras de rios e
baias. Devido a essa sobreposição com a atividade pesqueira, a espécie está em uma condição de
vulnerabilidade. Os poucos dados disponíveis na literatura sobre as interações do boto cinza com a
atividade pesqueira para o litoral do Rio grande do Norte, apresentam resultados subestimados. Entre os
anos de 1998 e 2010, a análise de espécimes encalhados no litoral do estado mostrou evidências que a
atividade pesqueira foi responsável por 30% dos animais encontrados mortos, de 130 espécimes
encalhados no período. E ainda, que apesar de não ser uma espécie alvo da atividade pesqueira, quando
capturado o boto pode ser usado como isca na pesca ou para consumo humano. Este é o primeiro trabalho
no estado do Rio Grande do Norte a abordar o impacto da atividade pesqueira na espécie Sotalia
guianensis, considerada pela UICN como uma espécie “não avaliada” e pelo IBAMA (2001) como sendo
“dados deficientes”.

Keywords: boto cinza, mortalidade, conservação.

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MORTALIDADE DO BOTO-CINZA (Sotalia guianensis) NO MUNICÍPIO DE AMAPÁ, ESTADO DO


AMAPÁ

Barbosa, Daiane Almeida1,2; Lima, Danielle2,3; Silva, Cláudia Regina2,4; Marmontel, Miriam2,3;
Stephano, Admilson5
1
Universidade Federal do Amapá – Amapá, Brasil. Email: daianealmeida40@gmail.com
2
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos/Núcleo Amapá – Amapá, Brasil
3
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos/Instituto Mamirauá – Amazonas, Brasil
4
Laboratório de Mastozoologia, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá –
Amapá, Brasil
5
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – Amapá, Brasil

A costa marítima do Amapá é uma das regiões mais piscosas do Brasil, o que a torna atrativa para
inúmeras embarcações pesqueiras nacionais e internacionais. Do ponto de vista econômico isto é favorável,
porém ressalta-se que a atividade pesqueira em escala comercial pode gerar distintos impactos
sócioambientais. Um exemplo disto é a mortalidade acidental e intencional de cetáceos durante atividades
pesqueiras, o que tem sido um dos temas mais discutidos no que tange à conservação e manejo das
espécies deste grupo. A pressão exercida sobre as espécies de cetáceos tem sido documentada em águas
jurisdicionais brasileiras, incluindo a costa leste do estado do Amapá. Desde 2007 um estudo vem sendo
desenvolvido nesta área, priorizando o mapeamento das áreas exploradas por mamíferos aquáticos e a
identificação de ameaças. A região de entorno da Estação Ecológica Maracá Jipioca é uma das áreas de
interesse deste estudo, onde a pesca comercial é frequentemente praticada. O presente trabalho tem por
objetivo apresentar resultados preliminares da busca por informações sobre a mortalidade de boto-cinza
(Sotalia guianensis) decorrente de atividades pesqueiras no entorno desta UC. Para tal foram abordados 49
pescadores do município de Amapá, utilizando-se questionário semi-estruturado contendo questões sobre
ocorrência, distribuição e ameaças. Dentre os entrevistados, 65% (n = 32) já encontraram carcaças de
botos-cinza enquanto praticavam a pesca em mar aberto. Estes mencionaram que, possivelmente, o fator
causal da morte destes animais tenha sido o emalhe acidental em redes de arrasto e espera utilizadas por
embarcações amapaenses e paraenses. A captura intencional de botos-cinza para serem utilizados como
isca para gurijuba (Arius sp.), uma espécie de peixe altamente valorizado na região, foi relatado por quatro
pescadores. Além disto, foram obtidas informações sobre a comercialização de gordura de botos, para
serem utilizadas como medicamento. Estas informações, ainda preliminares, demonstram a necessidade da
ampliação de esforços de fiscalização e de normatização das práticas pesqueiras na costa leste do Amapá.
Ressalta-se ainda a necessidade de se ampliar os estudos direcionados a estas e outras espécies de
mamíferos aquáticos na região, como forma de ampliar o conhecimento deste grupo nesta porção da
Amazônia brasileira.

Palavras chave: Sotalia guianensis, interação, Amazônia

Apoio Financeiro: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

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NASCIMENTOS DE PEIXES-BOIS DA AMAZÔNIA (Trichechus inunguis) NO CENTRO DE


PRESERVAÇÃO E PESQUISA DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS, BALBINA, AM

Bueno, Karen Cristine1; Lazzarini, Stella Maris2; Ribeiro, Daniella Carvalho2; Franzini, André Machado2;
Picanço, Márcia3
1
karencbueno@yahoo.com.br;
2
Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos da Eletrobras Amazonas Energia
3
mclpicanco@yahoo.com.br.

O Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos – CPPMA, localizado na Vila de Balbina,


Amazonas, é considerado um dos principais Centros de reabilitação do peixe-boi da Amazônia e animais
silvestres da região. Abriga atualmente 48 peixes-bois da Amazônia (Trichechus inunguis) e duas ariranhas
(Pteronura brasiliensis). Das fêmeas de peixe-boi residentes no CPPMA, quatro já reproduziram em
cativeiro: A fêmea, que chegou ao centro em 26/06/1995, com aproximadamente cinco meses de vida,
proveniente do município de Autazes/AM foi a primeira a reproduzir no CPPMA, no entanto, seu filhote
nasceu prematuramente no dia 29/12/2004, com 5,10kg e 66 cm, vindo a óbito depois de dois dias. Após
um ano e sete meses, a mesma fêmea deu a luz a outro filhote, também macho, com 11,35kg e 85 cm, que
atualmente vive no Centro. Outra fêmea, resgatada no município de Novo Airão/AM, com aproximadamente
dois anos de vida chegou ao CPPMA no dia 27/09/1996. Esta fêmea, deu a luz ao primeiro filhote de peixe-
boi da Amazônia fêmea nascida em cativeiro no dia 02/04/2005, pesando 19kg e medindo 105cm. Apenas
dois anos e quatro meses após o nascimento, esta mesma fêmea deu a luz a outro filhote, macho, com
17,35kg e 104cm. Uma fêmea proveniente de Santarém/PA, chegada ao Centro no dia 23/05/1998 com
aproximadamente dois meses de vida, após oito anos em cativeiro pariu um filhote natimorto macho,
pesando 14,10kg e medindo 104 cm. No dia 10/03/1999, com aproximadamente um mês de vida chegou ao
Centro uma fêmea proveniente de Itaituba/PA, pesando 20,00kg e medindo 103 cm. No dia 11/05/2007 esta
fêmea deu a luz a um filhote fêmea pesando 9,90kg e medindo 94cm. Dos seis filhotes nascidos no
CPPMA, dois vieram a óbito (33,33%), três foram abandonados pela mãe e criados como filhotes órfãos
(50%) e apenas um peixe-boi recebeu cuidados maternais (16,66%). As mães dos filhotes que foram
separados não apresentaram habilidade materna. Elas fugiam dos filhotes e não amamentavam, sendo
necessário secar o tanque e colocar o filhote pra mamar. Devido à perda de peso dos filhotes e ao estresse
que as mães apresentaram com o manejo para a amamentação, optou-se pela separação dos mesmos. Um
fato que pode contradizer a idéia de “imprinting” materno é que a fêmea que cuidou maternalmente do seu
filhote conviveu apenas um mês com sua mãe. O objetivo deste trabalho é divulgar estes dados e realçar a
necessidade de mais estudos na área.

Palavras chave: Peixe-boi da Amazônia, nascimento, cativeiro.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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NOVO PADRÃO DE INTERAÇÃO DOS GOLFINHOS-ROTADORES (Stenella longirostris) COM O


TURISMO NÁUTICO EM FERNANDO DE NORONHA/PE, BRASIL

Tischer, Marina Consuli1,2; Silva Júnior, José Martins da3; Silva, Flávio José de Lima4
1
Programa de Pós Graduação em Psicobiologia da UFRN
2
Centro Golfinho Rotador
3
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio
4
Departamento de Turismo/UERN, Natal, RN, 59091065, Brazil. flavio@golfinhorotador.org.br

Em função do estabelecimento de um novo padrão de ocupação de área dos golfinhos-rotadores no


Arquipélago de Fernando de Noronha, com crescente ocupação na região da Baía de Santo Antônio/Entre
Ilhas, este trabalho objetivou descrever o novo padrão de interação dos golfinhos com o turismo náutico na
região. Foram realizadas observações de ponto fixo em 490 dias (4.121 hrs.) nos anos de 2008 e 2009. A
área de estudo foi dividida em 7 sub-áreas e compreendeu as baías de Santo Antônio e Entre Ilhas. O
tempo de permanência dos animais na área foi de 1.873hrs. e 55mins., sendo que em 10,59% deste tempo
registrou-se 993 ocorrências simultâneas de golfinhos e barcos na mesma subárea. A “subárea 1”
apresentou o maior tempo de registros simultâneos da ocorrência de barcos e rotadores, com 27hrs. e
56mins (n=356), seguida pela “subárea 5” (n= 204) 16hrs. e 23mins.; “subárea 6” (n=182) 7hrs. e 29mins.;
“subárea 3” (n=78) 4hrs. e 18mins.; “subárea 7” (n= 84) 3hrs. e 56mins.; “subárea 2” (n=82) 3hrs. e 48mins.
e a “subárea 4” (n= 4) 07mins. Das 2.814 interações de barcos com golfinhos em que foi possível definir a
velocidade de deslocamento das embarcações, em 95% das vezes as embarcações se deslocavam
lentamente e 5%, em alta velocidade. O cumprimento da legislação de proteção aos cetáceos ocorreu em
89,7% das 2.839 interações entre barcos e rotadores em que foi registrada esta variável. O número de
interações onde não houve acompanhamento foi significativamente maior (Mann-Whitney test; U=78951,00;
z=8,817970; P<0,000) do que o número de interações onde os golfinhos acompanharam as embarcações.
O número (Mann-Whitney test; U=70716,00; z=-12,7753; P<0,00) e o tempo (Mann-Whitney test;
U=98509,50; z= -4,96532; P<0,00) de interações dos barcos com os golfinhos foi significativamente maior
quando os golfinhos estavam parados comparado com quando eles se deslocavam. Os resultados
confirmam um novo padrão de interação do turismo náutico com estes animais em Fernando de Noronha.

Palavras chave: Stenella longirostris, Fernando de Noronha, turismo.

Financiamento: Petrobras, CNPq.

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O BOTO (Tursiops truncatus, MONTAGU, 1821) E SUA INTERAÇÃO COM A PESCA ARTESANAL NA
BARRA DE IMBÉ/TRAMANDAÍ, LAGOA DOS PATOS E ÁREAS ADJACENTES, RS, BRASIL

Zappes, Camilah Antunes1,2,3; Simões-Lopes, Paulo C.4; Andriolo, Artur3,5;


Di Beneditto, Ana Paula M.1
1
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos
Naturais, Campos dos Goytacazes, RJ. E-mail: camilahaz@yahoo.com.br
2
Instituto de Pesquisas Cananéia, Cananéia, SP, Brasil.
3
Instituto Aqualie, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
4
Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia e
Zoologia.
5
Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, Juiz de
Fora, MG.

Este estudo tem como objetivo identificar as possíveis interações e conflitos existentes entre o boto
(Tursiops truncatus) e a pesca artesanal da Barra dos municípios de Imbé/Tramandaí (BIT) e Lagoa dos
Patos (LP) em Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, através do conhecimento dos pescadores
artesanais. Entre novembro-dezembro de 2009 foram realizadas 44 entrevistas etnográficas com
pescadores artesanais: BIT (22) e LP (22), e aplicados questionários com perguntas abertas (40) e
fechadas (17) sobre a ecologia da espécie e sua interação com a pesca artesanal. Todos identificaram o
animal como T. truncatus (N=44, 100%), como também cada uma das duas faixas etárias (filhote e adulto)
através das características: coloração no dorso variando entre cinza, azulado escuro, chumbo, preto e no
ventre branco; tamanho corporal entre 1,5 – 4 metros; área de ocorrência na barra, mar próximo à costa,
praia, Lagoa dos Patos. Todas as descrições foram comparadas com os dados de literatura. Sobre a
interferência do boto na pesca artesanal todos os pescadores da BIT, (100%, N=22) a descreveram e na
LP, 82% (N=18). Interação do tipo positiva foi relatada por 100% dos entrevistados da BIT (N=22) e por 82%
(N=18) na LP, em que o boto é citado como um animal que auxilia na pesca da tarrafa. Para a BIT, 32%
(N=7) disseram que o auxílio do animal não é intencional e na LP, 11% (N=2). A interação do tipo negativa
foi descrita somente para a BIT em que apesar de todos os entrevistados descreverem a interação positiva,
quatro (18%) descreveram também a negativa. Esta, está relacionada ao boto: 1) ‘roubar peixe da tarrafa’,
pois consegue levantar a chumbada das extremidades do artefato; 2) quando o filhote fica preso na tarrafa,
o pescador precisa rasgar o material e soltar o animal; e 3) o fato de alguns animais enganarem o pescador
e mostrarem o cardume no local errado. Para os entrevistados, o roubo de peixes dos artefatos não é uma
interação que afeta a pesca, pois, a quantidade de peixe ‘roubada’ é pequena quando comparada com a
quantidade capturada indicada pelos animais. Sobre a ocorrência de acidentes, um pescador da LP (5%)
descreveu que um boto colidiu com uma canoa. Não foi identificado um sentimento de competição por
espaço entre pescadores e botos. Aparentemente existe um sentimento de respeito e gratidão do homem
para o golfinho, já que este auxilia na prática da pesca artesanal.

Palavras chave: Delphinidae, interações antrópicas, etnobiologia.

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O BOTO-VERMELHO (Inia geoffrensis) E O TUCUXI (Sotalia fluviatilis) NA PERCEPÇÃO DE


ESTUDANTES RIBEIRINHOS DE UMA ESCOLA NA ILHA DE SANTANA, AMAPÁ

Oliveira, Manoela Nobre de1,2; Calvimontes, Jorge3,4; Lima, Danielle2,3; Barbosa, Daiane Almeida1,2;
Marmontel, Miriam2,3
1
Universidade Federal do Amapá – Amapá, Brasil. Email: nobremanu@hotmail.com
2
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, Núcleo Amapá – Amapá, Brasil
3
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, Instituto Mamirauá – Amazonas, Brasil
4
Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais, Universidade Estadual de Campinas – São Paulo, Brasil

Estudos acerca da percepção dos moradores locais sobre as espécies que com eles compartilham o
ambiente são de extrema importância para propor medidas concretas que garantam a conservação destas e
que estejam em concordância com a realidade local. Esta relevância cresce na medida em que existem
conflitos de diversos tipos entre a população local e as espécies da fauna, principalmente aquelas pouco
conhecidas, como é o caso dos botos amazônicos. Esta pesquisa teve como alvo um setor da população
usualmente pouco estudada: as crianças. Através delas se pretende entender a relação da população local
com o boto-vermelho (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) que pode estar baseada nos conflitos
existentes com a pesca, em percepções sobre a natureza das espécies ou no (des)conhecimento da sua
biologia, entre outras possibilidades. O trabalho foi realizado junto a alunos matriculados na 6a série de uma
escola estadual localizada na Ilha de Santana, estado do Amapá, após a autorização de seus respectivos
responsáveis. Foram entrevistados 55 estudantes com idade entre 11 e 17 anos, 54 deles residentes na Ilha
de Santana e que convivem, de algum modo, com as espécies de cetáceos presentes na região. Apesar
desta convivência, 66% das crianças mencionaram que sentiam medo quando avistavam botos,
principalmente por acreditarem que estes animais são capazes de “encantar” pessoas ou provocar
acidentes. Algumas crianças (26%; n = 14) mencionaram que as duas espécies de cetáceos não gostam
dos humanos, justificando com relatos de botos nadando em trechos utilizados para recreação, o que foi
interpretado pelos entrevistados como tentativa de ataque. Possivelmente estas impressões tenham sido
repassadas por familiares destas crianças, uma vez que 36% dos entrevistados afirmaram que seus pais ou
avós não gostam de boto vermelho ou tucuxi. Fica evidente que as percepções das crianças possuem uma
forte vinculação com as dos pais ou familiares próximos e estão influenciadas pelas histórias que são
contadas no interior dos lares. Através da percepção das crianças se pode ter uma ideia clara daquela que
existe na totalidade da comunidade e, além disso, se pode correlacionar esta percepção aos atributos que
tem os pais ou familiares próximos. Estratégias para o esclarecimento e sensibilização deste público devem
ser planejadas precocemente, para evitar um crescimento das ameaças sobre os cetáceos amazônicos

Palavras chave: botos amazônicos, percepção, crianças

Apoio Financeiro: Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Instituto de Pesquisas Científicas e


Tecnológicas do Estado do Amapá.

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O ETNOCONHECIMENTO DE PESCADORES NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DELTA DO


PARNAÍBA, NORDESTE, BRASIL

Costa, A. F.; Magalhães Neto, M. O.; Silva, W. D.; Vieira, J. O.; Clark, I.

Instituto Ilha do Caju Ecodesenvolvimento e Pesquisa (costaf2008@hotmail.com)

O etnoconhecimento de populações costeiras tem sido cada vez mais utilizado como estratégia de
aquisição de informações complementares sobre as espécies e ferramenta de manejo para as unidades de
conservação. O objetivo deste trabalho é apresentar informações relacionadas à dinâmica da pesca e sua
interação com os cetáceos nos municípios que compõem a Área de Proteção Ambiental Federal Delta do
Parnaíba entre novembro de 2008 e novembro 2009. No total foram realizadas 109 entrevistas utilizando-se
questionários semi-estruturados: 27 no Maranhão e 76 no Piauí. Os entrevistados foram selecionados por
indicação de moradores ou pescadores das comunidades que auxiliam nas atividades do projeto ou por
critério de aleatoriedade. O questionário explorava o conhecimento dos pescadores em relação à ocorrência
de cetáceos na região, abordando os seguintes aspectos: tamanhos dos grupos, habitats e locais onde são
observados, atividades desenvolvidas pelos botos, presas preferenciais dos botos, sazonalidade de
avistagem. Em seguida perguntava-se sobre as práticas pesqueiras: espécies-alvo, pontos de pesca,
número de pessoas envolvidas, época do ano, e características dos petrechos. A arte de pesca mencionada
como aquela que interage negativamente com os pequenos cetáceos foi a rede de emalhe, que é separada
nas categorias redes de espera e de arrasto. No Piauí, 67% dos entrevistados usam a rede de espera como
principal petrecho de pesca, enquanto no Maranhão é de 33%. O comprimento de rede de espera variou no
Maranhão entre 300 e 2500 metros, com altura de 1,5 a 4,5 m, com malha de 1,5 a 12 mm; no Piauí variou
entre 60 e 8300 m, com altura de 1 a 6,0 m, e malhas de 3 a 15 mm, no Maranhão 67%, das redes são
produzidas com multifilamento e no Piauí o monofilamento detém 96% dos petrechos. Para ambos os
estados os entrevistados possuíam uma média de 27,5 anos de experiência na atividade pesqueira. Em
relação a captura de pequenos cetáceos em redes de espera, 44% e 6% dos pescadores, respectivamente
no Maranhão e Piauí, reportaram a captura acidental de botos-cinza (Sotalia guianensis). Alguns
entrevistados afirmaram usar a carne para consumo, 26% no MA e 13% no PI. O etnoconhecimento das
práticas pesqueiras pode fornecer informações relevantes sobre o envolvimento de pequenos cetáceos
nessa atividade extrativa. Dessa forma, essa ciência colabora para traçar estratégias mais eficazes para a
conservação da biodiversidade costeira do Delta do Parnaíba.

Palavras chave: Nordeste, etnoconhecimento, populações costeiras

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O USO DE TELEMETRIA SATELITAL NA AVALIAÇÃO DA REPRESENTATIVIDADE DAS UNIDADES


DE CONSERVAÇÃO EM ÁREAS REPRODUTIVAS DA BALEIA JUBARTE (Megaptera novaeangliae)
NA COSTA BRASILEIRA

Castro, F.de1,2; Mamede, N.1,2; Zerbini, A.N.1,3,4; Pizzorno, J.L.1; Danilewicz, D.1,5; Geyer, Y.1; Moreira, S.1;
Andriolo, A.1,6
1
Instituto Aqualie, Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite, R. Edgard Werneck 428/32, Rio de
Janeiro, RJ, 22763-010, Brasil. Email: alex.zerbini@noaa.gov, jose.luis@ecologybrasil.com.br,
ygor.geyer@gmail.com, sergio.moreira@aqualie.org.br
2
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, Comportamento e Biologia Animal, Universidade
Federal de Juiz de fora (UFJF). Minas Gerais, Brasil. francielercastro@gmail.com,
nataliamamedebio@gmail.com
3
Cascadia Research Collective, Olympia, WA, USA
4
National Marine Mammal Laboratory, Alaska Fisheries Science Center, Seattle, WA, USA
5
Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA, Brasil. Email: daniel.danilewicz@gmail.com
6
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de fora (UFJF).
Minas Gerais, Brasil. artur.andriolo@ufjf.edu.br

Entre as estratégias de conservação indicadas para as Baleias-jubarte (Megaptera novaeangliae) destaca-


se a criação de novas áreas marinhas protegidas para a conservação de seu habitat crítico. Ao longo de
sua área de distribuição na costa brasileira, existem diversas Unidades de Conservação (UC’s) de proteção
integral e de uso sustentável. Contudo, seu número e extensão podem ser considerados insuficientes
comparando-se ao habitat ocupado pela espécie em seu sítio reprodutivo. O objetivo desse estudo foi
avaliar que proporção da área utilizada pelas baleias-jubarte corresponde a Uc’s no litoral brasileiro. Entre
2005 e 2009, transmissores satelitais do tipo PTT foram implantados em 65 indivíduos. Os dados de
localidade obtidos pelo sistema Argos foram filtrados utilizando-se o DAS-filter para remoção de posições
inconsistentes com os padrões de movimento conhecidos para a espécie. Em seguida, removeu-se as
posições referentes à migração dos indivíduos monitorados, restando 3976 posições indicativas do uso do
habitat na área de reprodução. A base de dados relativa à localização e área das 66 UC’s localizadas desde
Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro foi obtida no portal de internet do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Os dados de movimentação foram sobrepostos a
essa base de dados utilizando-se o programa ArcInfo 9.3 e as análises foram realizadas com a ferramenta
Count Points in Polygons (Extensão Hawth’s tools). Do total de posições satelitais obtidas 11,63% (n=458)
foram observadas dentro das UC’s. Foram registradas 1,56% (n=62) das posições no Parque Nacional
Marinho dos Abrolhos; 6,07% (n=242) na Área de Proteção Ambiental (APA) Ponta da Baleia/ Abrolhos -
estas duas inseridas na área de maior concentração de indivíduos durante a estação reprodutiva. Além
disso, 2,64% (n=105) foram observadas na APA Plataforma Continental do Litoral Norte; 0,18% (n=7) na
APA da Costa dos Corais; 0,03% (n=1) nas APA’s Joanes Ipitanga e dos Corais; 0,63% (n=25) na Reserva
Extrativista (RESEX) de Canavieiras; 0,3% (n=12) na RESEX Marinha de Corumbau; 0,05% (n=2) na
RESEX Marinha da Lagoa do Jequiá; e 0,03% (n=1) na RESEX Cassurubá. O número de posições que não
se sobrepuseram aos polígonos representativos das UC’s foi substancialmente superior aqueles que se
sobrepuseram. O estudo de telemetria satelital apresenta-se como uma importante ferramenta no
desenvolvimento e avaliação da representatividade de áreas de proteção ambiental, contribuindo, portanto,
com estratégias de gestão da espécie em águas brasileiras. Este estudo foi financiado pela Divisão de
Exploração e Produção da Shell Brasil S.A.

Palavras chave: Áreas protegidas, SIG, Baleia-Jubarte.

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O USO DO ÓLEO DE UMA BALEIA BICUDA CUVIER, Ziphius cavirostris, PARA A PESCA DO
VOADOR, Hirundichthys affinis, NA PRAIA DE BAIA FORMOSA-RN

Nascimento, Lídio França do1,2; Castro, Gustavo Henrique Coelho de1; Rolin, Diogo Mickael Silva1;
Angeiras, Pedro Henrique Guedes1; Silva, Flávio José Lima3,4
1
Projeto Pequenos Cetáceos – ECOMAR, Tibau do Sul, RN, Brasil.
2
FATERN-GAMA FILHO, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil.
3
Projeto Cetáceos da Costa Branca - UERN/FANAT/DECB, Laboratório de Sistemática e Biologia Animal,
BR 110, Km 46, Costa e Silva, CEP: 59610-090, Mossoró, RN, Brasil
4
Projeto Golfinho Rotador, Fernando de Noronha, PE, Brasil.

Cetáceos são usados por humanos de diversas formas. Alguns exemplos são o consumo direto da carne, o
uso da carne ou da gordura como isca para a pesca (principalmente do tubarão e da lagosta), uso dos
dentes para artefatos (colares), olhos e genitálias para crenças populares (amuletos) e em algumas
localidades do país, o óleo extraído da gordura desses animais é usada para impermeabilização de
embarcações. No estado do Rio Grande do Norte, outra modalidade de uso tem sido registrada, o
cozimento da gordura desses animais como atrativo (engodo) para a pesca do peixe voador, Hirundichtys
affinis. No dia 10 de fevereiro de 2009, uma baleia bicuda de Cuvier, Ziphius cavirostris, encalhou viva na
praia de Baia Formosa, litoral sul do Rio Grande do Norte. O animal foi reintroduzido por banhistas, mas
encalhou morta no dia seguinte. O animal era um macho, fato comprovado pelo par de dentes (nessa
espécie, apenas os machos possuem esse par de dentes) que foram recuperados. O tamanho do animal foi
estimado em 5m (analise da ossada). O animal foi retalhado por pescadores e sua gordura foi cozinhada
para a obtenção de óleo. Após o processo, foi obtido cerca de 10L de óleo, que segundo os pescadores,
seria usado como “engodo” (atrativo) na pesca do peixe voador, através do apetrecho conhecido como
“gererê”.

Palavras chave: Pesca, óleo, Ziphius cavirostris.

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OBSERVAÇÕES OPORTUNÍSTICAS DE CETÁCEOS NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO, BRASIL.

Souza, Shirley P. de1,2*; Cardoso, Julio3


1
Pós-Graduação em Ecologia, IB, UNICAMP, Campinas, SP, Brasil.
2
Instituto Terra & Mar – SOS Mamíferos Marinhos, Rua Gertrudes C. Correia, 123, 11600-000, São
Sebastião, SP, Brasil. *shirleypacheco@yahoo.com
3
Iate Clube Barra do Una. juliocardoso@assertive.com.br

A conservação de espécies ameaçadas depende de informações sobre a sua distribuição e abundância. A


ocorrência de cetáceos no litoral norte paulista tem sido monitorada de forma descontínua ao longo do
tempo, em função da dificuldade da realização de projetos de longa duração. O Projeto SOS Mamíferos
Marinhos tem realizado alguns registros pontuais de cetáceos nesta região, contando com a parceria de
colaboradores voluntários que registram avistagens de cetáceos, utilizando embarcação de lazer particular.
De 2004 até o presente, nove espécies de cetáceos foram avistadas nessa região: Balaenoptera edeni
(baleia-de-Bryde), Megaptera novaeangliae (jubarte), Orcinus orca (orca), Tursiops truncatus (golfinho-nariz-
de-garrafa), Steno bredanensis (golfinho-de-dentes-rugosos), Stenella frontalis (golfinho-pintado-do-
Atlântico), Sotalia guianensis (boto-cinza), Pontoporia blainvillei (toninha) e Delphinus sp. (golfinho-comum).
Os esforços de avistagem concentraram-se principalmente nas estações de primavera e verão, e dentre os
comportamentos observados, predominaram as atividades de deslocamento e alimentação. A presença de
grupos contendo mãe e filhote foi confirmada nas avistagens das espécies B. edeni, M. novaeangliae e S.
frontalis. Dentre as espécies avistadas, a jubarte e a toninha são consideradas espécies vulneráveis e os
golfinhos: nariz-de-garrafa, de-dentes-rugosos e pintado-do-Atlântico estão categorizados como espécies
com dados insuficientes. Os dados obtidos por meio das observações oportunísticas, apesar de limitados
espacial e temporalmente, confirmam que estas espécies freqüentam a área durante a primavera e o verão,
utilizando-a em suas atividades de alimentação, cuidados com a prole, descanso e socialização. Essas
informações reafirmam a importância da conservação efetiva das áreas marinhas protegidas e destacam a
contribuição de observações oportunísticas, adicionando informações complementares sobre a ocorrência,
sazonalidade e comportamento das espécies de cetáceos.

Palavras chave: avistagens oportunísticas, cetáceos, litoral norte paulista

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OCORRÊNCIA DE LONTRA (Lontra longicaudis) E ARIRANHA (Pteronura brasiliensis) NA ÁREA DE


INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA SANTO ANTÔNIO, ALTO RIO MADEIRA, RONDÔNIA, BRASIL

Rosas-Ribeiro, Patrícia F.; Reis, Isabel M.; Rosas, Fernando C. W.; Silva, Vera Maria Ferreira da

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) – Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA).


patriciafarias@hotmail.com

A caça para suprir o comércio internacional de peles foi a principal ameaça para as lontras e ariranhas no
passado. Atualmente a maior ameaça para as duas espécies é a descaracterização e fragmentação de
seus habitats, sendo, por isso, importante o monitoramento de suas populações em áreas que serão
alteradas por grandes empreendimentos. Este trabalho apresenta os resultados do monitoramento dos
mustelídeos aquáticos na área de influência da UHE Santo Antônio antes (2004) e após (2010) o início das
obras. Em cada amostragem os corpos d’água foram percorridos a velocidade máxima de 10 km/h a
procura de vestígios ou visualizações dos animais e foram realizadas entrevistas com moradores locais
direcionadas a obtenção de informações sobre a ocorrência e conhecimento dessas espécies. Em 2004
foram realizadas duas excursões (cheia e seca) e em 2010 foi realizada a primeira excursão para
monitoramento após inicio das obras, no período de cheia. A densidade de vestígios foi comparada em três
corpos d’água que tiveram esforço amostral maior que 20km em 2004 e 2010, levando em consideração a
melhor amostragem nesses corpos d’água entre as duas excursões de 2004. No total foram percorridos
97km em 2004, registrados 10 vestígios de lontra (0,10 vestígio/km) e 6 de ariranha (0,06 vestígio/km), e
realizadas 24 entrevistas. Em 2010 foram percorridos 68,7km, registrados 6 vestígios (0,27 vestígios/km) e
uma visualização de lontra, 8 vestígios (0,11 vestígios/km) e uma visualização de ariranha, e realizadas 34
entrevistas. Dentre os entrevistados, 54% (2004) e 53% (2010) afirmaram que esses animais interferem
negativamente com a pesca. As lontras são animais mais generalistas, capazes de viver em uma grande
variedade de habitats e por isso podem suportar melhor que as ariranhas as mudanças ambientais, como
as causadas pela colonização humana na região. Entretanto, embora os dados sugiram uma baixa
densidade de ariranha, não foi observado decréscimo na densidade de vestígios entre 2004 e 2010, o que é
um indicativo de que o início das obras ainda não afetou fortemente os animais nos corpos d’água
estudados. O represamento das águas, no entanto, poderá afetar as populações destes animais,
principalmente das ariranhas, que são mais sensíveis às mudanças ambientais. Além das alterações no
ambiente, o represamento das águas poderá trazer outras ameaças para as espécies, pois com maior
volume de água a captura de peixes se torna mais difícil, tendendo a aumentar os conflitos já existentes
entre pescadores e grandes animais piscívoros.

Palavras chave: Hidrelétricas; Monitoramento; Mustelídeos.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

POX VIRUS EN BALLENA FRANCA DEL SUR (Eubalaena australis) EN LA COSTA DE PENÍNSULA
VALDÉS, ARGENTINA

Bertellotti, Marcelo1,3; Falzoni, Elvira2; Varisco, Alejandra3; Fazio, Ana1


1
Biología y Manejo de Recursos Acuáticos, Centro Nacional Patagónico (CONICET). Brown 2915 (9120)
Puerto Madryn, Chubut, Argentina. bertello@cenpat.edu.ar.
2
Cátedra de Enfermedades Infecciosas, Facultad de Ciencias Veterinarias, UBA.
3
Fundación Tierra Salvaje (Wild Earth Foundation – WEF).

Los cambios en el ambiente marino causados por alteraciones climáticas o factores antropogénicos
contribuyen a la aparición de enfermedades que pueden afectar a muchas especies de mamíferos marinos.
Aunque las enfermedades de piel en ballenas han sido reportadas desde la década del ’50 actualmente
constituyen una de las principales preocupaciones por la conservación de estas especies. La ballena franca
austral (Eubalaena australis) es una especie cuyo estatus de conservación es de preocupación menor
considerada por la UICN (2010), debido a su actual incremento poblacional. Sin embargo, en el área de
Península Valdés, Patagonia, Argentina, considerada como una de las principales zonas para el
apareamiento y cría, se ha observado un importante aumento en la frecuencia de lesiones de piel durante
los últimos años. Muchas de estas lesiones son heridas causadas por el ataque de gaviotas cocineras
(Larus dominicanus), que se alimentan de piel y grasa que arrancan del lomo de las ballenas. Junto a las
heridas producidas por gaviotas se han observado una gran variedad de otras lesiones, muchas de las
cuales coinciden con las descripciones para enfermedades virales como pox-virus. Si bien existen muchos
registros de pox virus en delfines, especialmente los que se manifiestan como “tatuajes”, no se conocen
antecedentes de esta infección en la ballena franca del sur. Este trabajo reporta una infección por pox virus
en una ballena franca del sur en aguas de Península Valdés. Durante la primavera de 2008 se efectuaron
biopsias de piel con un muestreador cilíndrico de acero quirúrgico de 1 cm2 de superficie de corte, disparado
por una ballesta desde una embarcación a unos 20 m de distancia. Se realizaron cortes histológicos (5 µ de
espesor), incluidas en parafina y teñidas con Hematoxilina/Eosina. En las muestras correspondientes a un
individuo adulto, se observó la presencia de microvesículas en el estrato espinoso o escamoso,
características de lesiones por pox-virus. Dichas micro vesículas intradérmicas se forman por la confluencia
de varias células epiteliales contiguas que han sufrido degeneración hidrópica (cambio irreversible
producido por proteólisis y entrada de agua al citoplasma) y ruptura de sus membranas (degeneración
reticular). Si bien existe la posibilidad de encontrar cuerpos de inclusión eosinófilos intracitoplasmáticos en
algunas células en el inicio de la enfermedad, no pudieron hallarse en las muestras obtenidas de este
ejemplar. Este hallazgo tiene una gran importancia sanitaria debido al posible contagio entre ballenas por
ser ésta un área reproductiva con una alta concentración de individuos.

Palabras clave: Eubalaena australis, enfermedades de piel, histopatología.

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PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE PRAIA ENTRE OS MUNICÍPIOS DE CONDE-BA E


PIAÇABUÇU-AL E OCORRÊNCIAS DE ENCALHES DE MAMÍFEROS MARINHOS

Guimarães, Juliana Plácido1; Oliveira, Lisa Vasconcelos de1; Silva, Samira Costa da1; Batista, Renata Lúcia
Guedes1; Vergara-Parente, Jociery Einhardt1

1
Núcleo de Estudos dos Efeitos Antropogênicos nos Recursos Marinhos - Fundação Mamíferos Aquáticos
jociery.parente@mamiferosaquaticos.org.br 

A costa brasileira apresenta uma grande biodiversidade marinha com mais de 50 espécies de mamíferos
aquáticos (MA) já registradas, sendo a maioria desses animais da ordem Cetacea. Muitas destas espécies
tiveram sua ocorrência confirmada através do reconhecimento de indivíduos encalhados em praias e em
cruzeiros de observações. O IBAMA classifica os MA, na sua grande maioria, na categoria D.D. (Dados
Deficientes), indicando que não existem informações adequadas para a avaliação de status de
conservação, ameaças sofridas e outras características dessas espécies. O Programa de Monitoramento de
Praia (PRMEA) está sendo desenvolvido na área de abrangência da Bacia Sergipe-Alagoas, desde o
município do Conde-BA até Piaçabuçu-AL, com duração prevista para os próximos três anos. Seu objetivo é
identificar e registrar ocorrências de encalhes e as prováveis causas de mortalidades de mamíferos
marinhos, assim como realizar todos os procedimentos de atendimento, resgate e reabilitação destes
animais, para posterior reintrodução em seu habitat natural. Inicialmente todos os indivíduos encalhados
nas praias foram classificados, de acordo com o estado da carcaça, identificados a espécie e o sexo, e
tiveram suas medidas corpóreas mensuradas de acordo com o protocolo de biometria da REMANE (Rede
de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Nordeste). Sempre que possível, as carcaças foram examinadas
externamente, necropsiadas e amostras biológicas coletadas para serem utilizadas em pesquisas futuras.
Em seis meses de vigência do projeto de monitoramento, foram registrados onze encalhes de cetáceos,
sendo que um animal foi encontrado vivo, vindo posteriormente a óbito. As espécies registradas foram
Sotalia guianensis (n=5), Megaptera novaeangliae (n=2), Stenella clymene (n=2), Stenella sp.(n=1) e Kogia
sima (n=1). Até o momento conclui-se que o programa de monitoramento de praia está sendo de grande
importância para a identificação das espécies de mamíferos aquáticos que ocorrem na região de estudo,
uma vez que ainda se tem pouco conhecimento sobre a presença desses animais nesta área de
abrangência.

Palavras chave: monitoramento de praia; encalhes de mamíferos marinhos; cetáceos

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PROJETO BOTO-CINZA®: THREE DECADES OF AN INTERDISCIPLINARY PROGRAM


DEVELOPMENT AS A MODEL FOR FUTURE CETACEANS CONSERVATION PROPOSALS IN BRAZIL.

Filla, G. F.; Quito, L.; Godoy, D. F.; Medeiros, E.; Salgado, L. D.; Noritake, C.; Souza, R.; Stutz-Reis, S.;
Stutz, S.; Zanco, N.; Santos-Lopes, A. R.; Silva, F. O.; Monteiro-Filho, E. L. A.

Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), gica_filla@yahoo.com.br

The relationship of knowledge and action between people and environment can be studied from both
biological science and social sciences point of view. The results from Estuarine Dolphin’s (Sotalia
guianensis) studies performed in Cananeia region (south coast of São Paulo State) in the early 80s and in
the Paraná State coast in the next decade motivated the “Instituto de Pesquisas Cananéia” (Cananeia
Research Institute) to created an interdisciplinary program named “Projeto Boto-cinza®” (Estuarine Dolphin
Project). This program is based on the integration of science, education and socio-cultural activities. Several
studies regarding the specie’s biology and ecology has been held by the project team. These studies
includes systematic and distribution of the genus, skull morphometry, skin color patterns, reproduction,
growth, age estimation, acoustic repertory, fishing behavior, calf behavior, parental care behavior, day and
night activities, inter and intraspecific interactions, habitat use, populations density estimation;,individual
identification, influence on the local fisheries catchability, ethnobiology, contaminants, mortality, acoustic
behavioral changes, antropic impacts, economic valuation and relation with touristic activities. These studies
resulted in 23 scientific papers, 27 book chapters, three PHD thesis, 11 master thesis and 25 undergraduate
monographs of national and international universities. Some of the project staff also takes part in gestation
councils (Environmental Protected Areas, Technical and Local Councils) and participate in local and
international cetacean strandings reports (REMASE and REMASUL). Furthermore, considering
environmental education a crucial point for natural resources management, researchers and educators of the
team presented 81 papers at scientific meetings, conducted more than 150 courses and 230 lectures in
different institutes and to the Cananeia and Paranaguá communities. Aiming to contribute with social and
cultural development of local populations, many cultural and educational activities are encouraged using
alternative tools such as art, recycling and handcraft workshops and artistic presentations, offering cultural
exchange among different social segments. The publication in 2008 of the book “Biologia, Ecologia e
Conservação do Boto-cinza” (Biology, Ecology and Conservation of the Estuarine Dolphin) organized by the
institute researchers with help from other institutions researchers was one of the project highlights.

Keywords: Conservation; Cetacean; Interdisciplinary program.  

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PROYECTO DE DECLARACIÓN DE CONSERVACIÓN DEL DELFÍN FRANCISCANA (Pontoporia


blainvillei)

Lorenzani, J. C.1; Lorenzani, J. A.1; Sánchez, K. B.1


1
Fundación Fauna Argentina. Colón 4324. Mar del Plata. Buenos Aires. Argentina
fundacionfaunaargentina@yahoo.com.ar

La Franciscana (Pontoporia blainvillei) es un pequeño delfín endémico, de distribución restringida a las


costas sudamericanas del Atlántico sudoccidental, entre Itaúnas (18º25'S), Espíritu Santo, Brasil, y Golfo
Nuevo (42º35'S) Península Valdés, Argentina. Es el único miembro del grupo de delfines de río que vive en
el mar y prefiere aguas costeras poco profundas; por lo que es impactado por las actividades humanas.
Esta especie fue considerada por la IUCN (Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza)
como “vulnerable”. Debido a la continua mortalidad incidental a lo largo de toda su distribución, la
franciscana es la especie de pequeños cetáceos más amenazada en el Atlántico Sudoccidental. Las
capturas ocurren principalmente en redes de agalla de pesquerías artesanales a lo largo de su distribución.
Las estimaciones de abundancia indican que las capturas no serían sostenibles y en pocos años la especie
podría encontrarse extinta. La Fundación Fauna Argentina logra el Proyecto de Declaración (D-1122/09-10
de fecha 12 de agosto de 2009) por el cual la Cámara de Diputados de la Provincia de Buenos Aires
aconseja al Poder Ejecutivo provincial, a través de la Dirección de Pesca, adopte las medidas necesarias –
incluyendo la reglamentación de artes de pesca de acuerdo con los tipos de flota y el establecimiento de
áreas de veda- para minimizar la captura incidental de ejemplares de delfín franciscana y tortugas marinas
de las especies laúd, caguama, golfina y verde- declaradas en peligro de extinción por la Unión
Internacional para la Conservación de la naturaleza, a efectos de garantizar su supervivencia. A su vez el
Honorable Concejo Deliberante del Partido de General Pueyrredón manifiesta su adhesión a la Resolución
de la Honorable Cámara de Diputados anteriormente nombrada y promulga el 30 de abril de 2010, la
Ordenanza Nº 19738.

Palabras clave: Pontoporia Blainvillei, Conservación, Gestión

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REGISTRO DE CETÁCEOS NA BACIA DE CAMPOS A PARTIR DO MONITORAMENTO DURANTE


PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NA BACIA DE CAMPOS, RIO DE
JANEIRO

Ferreira, M. C. E.1; Hassel, L. B.2; Ançã, B. D. M.1; Góes e Silva, L. E.1; Monteiro, L. C.1;
Cavalcante, M. P. O.1
1
AECOM do Brasil Ltda. Praia de Botafogo 440, sl 240, RJ, Brasil – CEP 22250-040.
mariana.ferreira@aecom.com
2
Shell Brasil Ltda. Avenida das Américas, 4200, bl 6, térreo, RJ, Brasil.
lucas.hassel@shell.com

O monitoramento de cetáceos realizado durante atividades de exploração e produção de petróleo tem


demonstrado ser eficiente para a coleta de informações de espécies em áreas que apresentam pouca ou
nenhuma informação científica. O presente estudo apresenta os resultados obtidos através do
monitoramento da fauna durante a perfuração de poços de petróleo e gás natural realizada pela Shell Brasil
no Bloco BC-10, localizado na Bacia de Campos, a 120 km da costa, em lâmina d’água variando entre 1500
e 2000m. O monitoramento ocorreu em dois períodos distintos: entre julho e dezembro de 2008 e entre
agosto e dezembro de 2009. O esforço totalizou 2032 horas de observação a partir de plataforma semi-
submersível e em alguns períodos, nas embarcações de apoio. Cetáceos foram registrados em 98
ocasiões, sendo que Megaptera novaeangliae foi a espécie mais freqüente, com 33% dos registros. Foram
observados indivíduos solitários e grupos com até quatro indivíduos. Adicionalmente grupos com filhote
foram observados em 16% dos registros. É importante observar que os registros para a espécie se
concentraram entre julho e dezembro, período migratório da espécie na costa brasileira. A segunda espécie
de cetáceo mais registrado foi Steno bredanensis, o qual obteve 18% dos registros. A espécie ocorreu
sempre em grupos que variaram entre quatro e 30 indivíduos. Em diversas ocasiões os grupos se
mostraram bastante ativos, realizando atividades aéreas e acompanhando embarcações pesqueiras.
Balaenoptera acutorostrata foi a terceira espécie mais registrada, com 8% dos registros. A espécie
ocasionalmente ficava no entorno da unidade de perfuração durante períodos maiores que outras espécies,
sendo a espécie que mais se aproximou, chegando a 10m da unidade. Outras espécies identificadas foram
Peponocephala electra (5%), Grampus griseus (4%), Tursiops truncatus (1%) e Stenella atenuatta (1%). Em
39% dos registros não foi possível a identificação da espécie, devido a distancia em que o animal se
encontrava e/ou às condições climáticas. Em uma ocasião foi observado um grupo misto de S. atenuatta e
G. griseus e em outro momento foi registrado um grupo de S. bredanensis e P. electra. O conhecimento
sobre a fauna de regiões afastadas da costa, muitas vezes de difícil acesso, têm sido possível graças ao
monitoramento ambiental realizado em unidades de exploração de óleo e gás em águas profundas. Estudos
de monitoramento ambiental, portanto, têm aumentado o conhecimento de regiões afastadas da costa e
fornecido subsídios para estudos de biologia e comportamento de diferentes espécies, principalmente
cetáceos.

Palavras chave: cetáceos, Bacia de Campos, monitoramento

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REGISTRO DOS NASCIMENTOS DE FILHOTES DE PEIXE-BOI MARINHO (Trichechus manatus


manatus) OCORRIDOS EM CATIVEIRO.

Luna, F. de O.1; Attademo, F. L. N.2; Hage-Magalhães, L. R.1; Coutinho, P. D. F.3


1
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos, ICMBio fabialunacma@gmail.com
2
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias.
3
Universidade de Pernambuco

O peixe-boi marinho (Trichechus manatus manatus) é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção do
Brasil. O Centro Mamíferos Aquáticos/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(CMA/ICMBio) há 30 anos atua intensivamente para reverter esse quadro, reabilitando em cativeiro
espécimes resgatadas, geralmente em seus primeiros dias de vida. O encalhe de filhotes, a baixa taxa de
natalidade e o longo período de gestação são fatores que agravam o status de conservação da espécie. Os
animais resgatados após um período de aproximadamente três anos, são introduzidos em áreas de
ocorrência, no entanto, alguns animais não se apresentam aptos a soltura e permanecem cativos em recitos
ex-situ. O CMA/ICMBio possui seis fêmeas nestas condições, porém com condições clínicas para a
reprodução. Somente em condições adequadas de saúde, os animais conseguem se reproduzir. Através da
análise dos registros de nascimento do banco de dados, foi realizado o histórico dos nascimentos de filhotes
de peixe-boi marinho em cativeiro do CMA/ICMBio. Foram registrados treze filhotes, com a primeira
ocorrência datada de 1996 com dois nascimentos, sendo o primeiro de um animal natimorto e o segundo
nascido vivo, porém com malformação, fato que o levou à óbito tempo depois. No ano seguinte, ocorreu o
primeiro registro de gêmeas nascidas em cativeiro na América latina, que, em 2008 pariram a segunda
geração de nascidos em cativeiro, com um deles natimorto. Em 1999 e 2002, houveram mais dois
natimortos, no entanto em 2004, ocorreu um nascimento de filhote, em 2007 dois, ,e em 2008 foram três o
número de nascimentos, todos estes em perfeitas condições clínicas. Três desses filhotes foram
translocados para cativeiro em ambiente natural, em condições saudáveis, no estado de Alagoas. No total,
foram registrados treze nascimentos, sendo apenas quatro de natimortos e os demais com êxito após a
parição. O sucesso reprodutivo observado comprova a boa atuação do CMA/ICMBio no trabalho de manejo
e conservação do Peixe-Boi Marinho.

Palavras chave: Peixe-boi; nascimento; cativeiro

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REGISTROS DE CETÁCEOS DURANTE CRUCEROS DE EVALUACIÓN PESQUERA DE PEQUEÑOS


PELÁGICOS SOBRE LA PLATAFORMA CONTINENTAL DEL PACÍFICO DE COLOMBIA YPOSIBLE
INTERACCIÓN CON LA PESQUERÍA

Julio César Herrera1,2; Lilián Flórez González1 y Luis Alonso Zapata2


1
Fundación Yubarta, Carrera 24 No 4 – 32, Cali, Colombia. yubarta@emcali.net.co
2
WWF Colombia, Programa marino-costero, Carrera 35 No 4 A 25, Cali, Colombia.

En el Pacífico de Colombia la carduma (Cetengraulis mysticetus), pequeño pelágico, se constituye en el


segundo recurso pesquero de importancia (27 % del total de capturas) y sólo es superado por la pesquería
del atún (63%). La captura de carduma es una actividad industrial llevada a cabo por barcos con una eslora
promedio de 20 m y equipados con red de cerco o boliche con longitud entre 400 y 500 m y altura de 30 a
40 m. Las faenas de pesca se realizan sobre la plataforma continental en aguas someras cercanas a la
costa. En el Pacífico de Colombia existe el reporte de la interacción atún-delfín en aguas oceánicas, y el de
captura de delfines para carnada en la pesca artesanal e industrial de línea de anzuelos (long-line), pero no
se conoce si hay interacción con la pesca de carduma. Durante diciembre de 2008 y 2009 se participó en
los cruceros de evaluación pesquera de pequeños pelágicos con el propósito de evaluar la posible
interacción entre los cetáceos y la pesquería, y realizar un muestreo durante los desplazamientos entre las
114 estaciones físico-biológicas programadas y para el 2008 incluso durante el tiempo en estación. Los
lances de pesca se realizaron de acuerdo a los registros de cardúmenes observados en la ecosonda o a la
presencia de aves pescando. La observación de cetáceos se realizó mediante el método de transecto lineal,
y para las estaciones utilizando el método radial. El muestreo lo efectuó un solo observador desde el puente
de mando del barco (5 m.s.n.m) y la velocidad promedio fue entre 7-8 nudos. Se realizaron 18 lances totales
y en ninguno se avistaron cetáceos. Se hizo observación durante 1612.9 km, en condiciones con Beaufort
entre 0-3, en 119.5 h y durante estación 14.9 h. Los taxa registrados fueron: Pseudorca crassidens (2
grupos), Stenella attenuata (14), Tursiops truncatus (13) Megaptera novaeangliae (4), Delphinidae n.i (5) y
Mysticeti n.i (1). A pesar de no evidenciar interacción, los registros representan gran importancia ya que el
muestreo tuvo una cobertura completa de la plataforma continental del Pacífico de Colombia cuya extensión
es de 1300 km.

Palabras clave: Pacífico de Colombia, pesquerías, cetáceos.

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RELATO DE INTERAÇÃO DE ARIRANHAS (Pteronura brasiliensis) COM HUMANOS E ANIMAIS


DOMÉSTICOS NO RESERVATÓRIO DA USINA HIDRELÉTRICA DE BALBINA, AMAZONAS, BRASIL

Lazzarini, Stella Maris1; Ribeiro, Daniella Carvalho1; Franzini, André Machado1;


Oliveira, Paulo Henrique Guimarães de1; Cabral, Márcia Munick Mendes2
1
Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos da Eletrobras Amazonas Energia.
stella.lazzarini@eletronorte.gov.br;
2
Associação Amigos do Peixe-Boi – AMPA. marcia@ampa.org.br

Desde 1992, foram recebidos 19 mustelídeos no Centro de Preservação e Pesquisas de Mamíferos


Aquáticos da Usina Hidrelétrica de Balbina, Estado do Amazonas, Brasil, dos quais 11 ariranhas (Pteronura
brasiliensis) e oito lontras (Lontra longicaudis). Destes, apenas uma ariranha proveniente de vida selvagem
interagia com humanos e vivia ao redor de um flutuante em Barcelos/AM. Apesar de relatada em outros
países Amazônicos, essa prática aparenta não ser intensa no Brasil. Apenas em 2009, houve outro relato
de uma ariranha fêmea de vida selvagem solitária, que recebia peixes de turistas que visitavam uma ilha
ilegalmente habitada na Reserva Biológica do Uatumã. Eventualmente, ela acompanhava barcos de pesca
até o porto, onde há um restaurante que é frequentado por turistas. Com a saída daquele morador da ilha,
foi intensificado o contato dela com os humanos, chegando a abocanhar peixe das mãos de turistas, a
interagir com cães e banhistas. Com o intuito de prevenir algum acidente envolvendo este animal e que
contraia enfermidade infectocontagiosa de origem canina ou humana, como cinomose ou zoonoses,
respectivamente; foi colocada uma placa sinalizando a proibição de contato direto com os animais
selvagens com base na legislação vigente. O efeito inicial da placa, foi redução do contato direto das
pessoas com o animal, apesar dela continuar a frequentar esta área turística. No entanto, após
aproximadamente dois meses da instalação da placa, as pessoas já acostumadas com o aviso, chegaram a
tocar na ariranha. Além disto, a partir de 30.06.2010, outra ariranha selvagem foi avistada com esta fêmea
aproximando-se da margem do reservatório onde os turistas ficam, porém ela ainda é mais arredia e, por
enquanto, fica um pouco mais distante dos humanos. Desta forma, o objetivo do presente relato é alertar
para a possibilidade destes mustelídeos se aproximarem dos seres humanos e do potencial impacto
negativo à sua saúde, integridade física e social provenientes desta interação; e salientar a urgência do
acompanhamento destes animais visando à sua proteção, para que sejam propostas medidas preventivas e
de monitoramento específicas com ênfase no turismo e na pesca local.

Palavras chave: Ariranha, Pteronura, interação humana.

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SEXUAL MATURITY IN MALES OF FRANCISCANA DOLPHINS: A DISCUSSION ON CRITERIA

Silva, Débora Freitas da1; Botta, Silvina2; Silva, Ednilson da1; Santos, Marcos César de Oliveira1
1
Projeto Atlantis, Laboratório de Biologia da Conservação de Cetáceos, Departamento de Zoologia, Instituto
de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro, SP, Brazil
2
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio
Grande (FURG), RS, Brazil. debora.unesp@gmail.com

Age estimation at sexual maturity provides important information for population management and
conservation. In cetaceans, the determination of sexual maturity in males is usually based on histological
examination. The common criteria used in most studies are: (1) presence or absence of cells in the various
stages of spermatogenesis, (2) opening of lumen of seminiferous tubules and (3) quantity of interstitial tissue
among these tubules. To invest in a proper histological analysis, it is important that the tissue is in good
condition of preservation. Sometimes it is hard to reach this aim since, in some cases, the carcass is on an
advanced state of decomposition or less fixative than necessary is used to preserve the gonads. The
analysis is usually made even if the tissue is not in good conditions, as researchers need to optimize the use
of carcasses. The aim of this study was to present information on sexual maturity of male franciscana
dolphins, Pontoporia blainvillei, and to discuss several difficulties regarding the use of the criteria above
mentioned. A total of 54 individuals incidentally caught in gillnets used along São Paulo (24º24’S,  46°57'W)
and Paraná (25º21’S, 48º09’W) states, Brazil, between 2005 and 2007, was analyzed. Testes and
epididymis were removed and, after fixed in 10% formalin during 24 hours, were transferred to 70% alcohol.
Standard histological preparations were made using a 1cm³ sample of the left testis. The age was estimated
by counting the growth layer groups (GLGs) in longitudinal sections of teeth (n= 46). Among the 54 males,
15 individuals were classified as sexually mature considering the presence of spermatids in the seminiferous
tubules. The age of the mature individuals ranged from 1 to 18 years (mean = 5.9 years; n=13). In most
cases, it was difficult to quantify the interstitial tissue because it was usually detached from the tubules and
several gaps appeared among them. The opening of lumen was also difficult to analyze because the cells
could be mixed inside the tubule and could not be differentiated from a real closed lumen. Two individuals at
apparently 1 year of age were classified as mature due to the presence of spermatids, but the other criteria
could not be analyzed. These problems are common in histological analysis, so it is important to discuss
other criteria that could be used in cases that the bad preservation of tissues could not be avoided. Financial
support: FAPESP (2008/56541-1) and Earthwatch Institute. Fieldwork support: Instituto Oceanográfico –
USP.

Keywords: Pontoporia blainvillei; sexual maturity; reproduction.

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SOLAPAMIENTO TRÓFICO ENTRE EL LOBO MARINO DE UN PELO (Otaria flavescens) Y LA


PESQUERÍA DE ARRASTRE DEMERSAL DEL GOLFO SAN MATÍAS

Romero, María Alejandra1; Dans, Silvana2; González, Raúl1; Svendsen, Guillermo1; García, Nestor2;
Crespo, Enrique2
1
IDEPA - Sede San Antonio Oeste. Güemes 1030, (8520) San Antonio Oeste. Argentina.
aromero@ibmpas.org
2
CENPAT – CONICET. Bvd. Brown 2915, (U9120ACD) Puerto Madryn. Argentina.

La dieta y los hábitos alimenticios de una especie determinan su ubicación dentro de una red trófica, y
definen su rol ecológico. En general, los mamíferos marinos están posicionados cerca o en la parte superior
de la estructura trófica, y se considera que pueden tener un rol importante en el funcionamiento de los
ecosistemas. Durante las últimas décadas, paralelo a la profundización de la crisis pesquera mundial, el
estudio del rol ecológico de los mamíferos marinos y del grado de interacción con las pesquerías se
convirtió en foco de interés de muchos estudios. El Golfo San Matías es considerado un ecosistema
pesquero independiente del resto del Mar Argentino. De acuerdo a sus propiedades oceanográficas y
biológicas, se ha sugerido que algunas de las especies forman unidades demográficas diferentes de las
existentes en la Plataforma Continental, como es el caso de la merluza (Merluccius hubbsi). Esta condición
de sistema semi-cerrado podría generar escenarios particulares para la interacción entre las flotas
pesqueras y los mamíferos marinos. En el contexto planteado, el objetivo de este trabajo fue analizar en
forma comparativa la dieta del lobo marino de un pelo (Otaria flavescens) y la composición de las capturas
de la flota pesquera de arrastre que opera en el Golfo San Matías. El solapamiento trófico se evaluó
mediante los índices de solapamiento general (GO) y específicos (SO), considerando las especies presa
más importantes. El GO fue 44% y significativamente diferente al solapamiento total (p < 0.0001). El SO fue
0,35 cuando se evaluó el solapamiento de la pesca sobre los lobos y muy inferior a 1 en sentido contrario.
Esto sugiere que los lobos tienen un nicho trófico más amplio que la pesquería. Para el análisis de las tallas
consumidas se consideraron las siguientes especies: la merluza, el savorín (Seriolella porosa), el pampanito
(Stromateus brasiliensis) y el calamar (Illex argentinus). En el caso de la merluza y el calamar, la pesca
capturó tallas significativamente mayores a las consumidas por los lobos marinos. Respecto del pampanito
no se encontraron diferencias en las tallas consumidas/capturadas. Sin embargo, los lobos consumieron
savorines significativamente más grandes que los capturados por la pesca. El bajo solapamiento trófico
observado y la diferencia en las tallas de las presas sugirieron que, a pesar que los lobos consumen las
mismas especies capturadas por la pesquería, la posibilidad de potenciales efectos competitivos a partir del
consumo de recursos similares podría ser baja.

Palabras clave: Otaria flavescens, pesquerías, solapamiento trófico.

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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TRANSFERÊNCIA PLACENTÁRIA DE ESTANHO TOTAL EM BOTOS-CINZA (Sotalia guianenses) DAS


BAÍAS DE GUANABARA E DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL.

Schilithz, Priscila F.1; Dorneles, Paulo R.1,2; Azevedo, Alexandre F.1; Flach, Leonardo3; Malm, Olaf2;
Lailson-Brito, José1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores ‘‘Profa. Izabel Gurgel’’ (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rua São Francisco Xavier, 524/ 4º andar
sala 4002E, Maracanã, 20550013 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil; Email: priscilaschilithz@gmail.com
2
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
3
Projeto Boto Cinza/Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil.

Compostos organoestânicos (OTs) são caracterizados por um átomo de estanho (Sn) ligado
covalentemente a um ou mais substituintes orgânicos. A maior preocupação ambiental é gerada pelo
tributilestanho (TBT), por tratar-se de um composto altamente tóxico e pelo amplo uso. Empregado
principalmente em tintas anti-incrustantes aplicadas nos cascos de embarcações, o TBT foi banido
mundialmente em 2008 e restrito no Brasil desde 2007. Os cetáceos merecem destaque no que diz respeito
à bioacumulação de OTs, por ocuparem o topo da cadeia alimentar marinha, ou posição próxima a esta,
apresentarem longo tempo de vida, além de possuírem reduzida capacidade de biotransformação e
excreção desses poluentes. Este estudo objetivou investigar a transferência placentária de OTs em botos-
cinza (Sotalia guianensis) da Baía de Guanabara (BG) e Baía de Sepetiba (SEP), situadas no Rio de
Janeiro. Foram utilizadas alíquotas de fígado de 5 pares feto-mãe, que foram digeridas com HNO3. A
determinação do ΣSn foi efetuada por ETAAS (ZEEnit 650 - Analytik Jena). As concentrações variaram
entre 84,20 e 1995 (ng/g, peso úmido) para fetos, e entre 365,7 e 5191(ng/g, p.u.) para mães. As razões
feto/mãe das concentrações de ΣSn verificadas no presente estudo variaram entre 0,096 e 0,384, sendo
maiores que os valores relatados na literatura para orcas (ΣBT: 0,015) e botos-de-Dall (ΣBT: 0,020 e ΣPhT:
0,043). As elevadas concentrações de ΣSn observadas nos fetos de botos-cinza do litoral do Rio de Janeiro
sugerem a transferência placentária de OTs, pois a transferência mãe-filhote do Sn inorgânico não foi
relatada. Os altos valores determinados no presente estudo são reforçados pela elevada concentração
hepática de ΣSn encontrada em 3 neonatos da BG (2107; 436 e 557,2 ng/g, p.u.). Os altos valores
encontrados no par feto/mãe (1995 / 5191 ng/g p.u.) e no neonato (2107 ng/g p.u.), coletados em 2000 e
1994, respectivamente, podem ser explicados pelo fato de que tais indivíduos não só habitaram uma área
altamente poluída, como também viveram em um período de elevada contaminação ambiental por TBT. Os
demais indivíduos foram coletados entre 2009 e 2010, refletindo o decréscimo do input antrópico do TBT
com o seu banimento. Os dados gerados pelo presente estudo, associados a investigações prévias de
nossa equipe, que relatam a inexistência de diferença significativa entre as concentrações hepáticas de ΣSn
de botos-cinza machos e fêmeas, sugerem que a transferência placentária de OTs não apresente
magnitude suficiente para produzir a diferença em questão, como ocorre com outras substâncias tóxicas
persistentes.

Palavras chave: Estanho, Cetáceos, Transferência Placentária

Suporte financeiro: Este estudo foi desenvolvido com o auxílio financeiro do Programa Pensa Rio/Faperj
Proc. E-26/110.371/2007 e Edital Universal - Proc. 482938/2007-2. José Lailson-Brito é bolsista do
Programa Prociência– FAPERJ/UERJ. Alexandre F. Azevedo é bolsista de produtividade CNPq (No.
304826/2008-1).

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USO DE PRANCHAS ILUSTRATIVAS EM TRABALHOS ETNOBIOLÓGICOS RELACIONADOS AOS


CETÁCEOS NO NORTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL

Rosa, Gabrielle Amorim1; Silva, Camila Ventura da1; Zappes, Camilah Antunes1,2,3;
Di Beneditto, Ana Paula Madeira1
1
Laboratório de Ciências Ambientais, Centro de Biociências e Biotecnologia, Universidade Estadual do
Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil. e-mail: bielle_amorim@yahoo.com.br
2
Instituto Aqualie, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
3
Instituto de Pesquisas Cananéia, Cananéia, SP, Brasil

Este estudo tem como objetivo avaliar o uso de pranchas ilustrativas como auxílio em trabalhos de
etnobiologia relacionados à identificação de cetáceos pelos pescadores artesanais em Atafona, norte do
Estado do Rio de Janeiro, Brasil. No período de fevereiro e março de 2010 foram realizadas 20 entrevistas
etnográficas através do método bola-de-neve com pescadores da região. Durante as entrevistas foram
aplicados questionários contendo perguntas sobre a ecologia e biologia das espécies. Após as mesmas
foram mostradas fotos de: Stenella frontalis, Pontoporia blainvillei, Steno bredanensis, Stenella clymene,
Delphinus delphis, Tursiops truncatus, Sotalia guianensis e Globicephala macrorhynchus, a fim de reafirmar
se a espécie que o pescador descreveu, ele também a identificaria por foto. Cada entrevistado descreveu
mais de um animal (N=38). Os informantes selecionados identificaram: T. truncatus (N=12; 27%); S.
guianensis (N=11; 24%); P. blainvillei (N=10; 22%) e animais do gênero Stenella sp. (N=5; 11%). Essa
identificação ocorreu através de descrições como coloração, tamanho corporal, área de ocorrência e
comportamento, comparando com os dados de literatura. Dos que identificaram as espécies e o gênero, 19
(50%) também as identificaram pelas fotos. Dos 11 que identificaram S. guianensis, 55% (N=6) indicaram a
foto, dos 10 que descreveram P. blainvillei, 70% (N=7) a identificou pela prancha, todos que identificaram
Stenella sp. indicaram as respectivas fotos (N=5; 100%) e dos 12 que identificaram T. truncatus somente
um mostrou a foto da espécie (8%). As identificações por foto do gênero Stenella provavelmente se deve ao
fato de duas espécies representarem o gênero na prancha, o que aumentou a probabilidade de acertos
pelos entrevistados, como também os animais apresentarem manchas peculiares que facilitem sua
identificação. P. blainvillei foi mais fácil de ser identificada devido ao seu rostro longo que se mostrou uma
característica marcante para os pescadores. Nas fotos, T. truncatus foi confundido com S. guianensis e S.
bredanensis, aparentemente os pescadores ficaram confusos devido à coloração semelhante nas imagens.
A observação de pequenos cetáceos durante a prática da pesca é uma situação oportunista, já que os
pescadores estão a trabalho e somente observam de relance e por pouco tempo os animais. Fotos podem
confundir o entrevistado já que aspectos como, luminosidade, posição do animal na foto e inexistência de
referência de medidas corporais podem ser diferentes do que o pescador está acostumado a observar. Na
elaboração de pranchas ilustrativas, devem ser testadas várias imagens a fim de garantir a exatidão das
identificações destes animais.

Palavras chave: cetáceos, fotos, pescadores.

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USO DO BOTO (Inia geoffrensis) COMO ISCA PARA PESCA DE PIRACATINGA EM


MANACAPURU, AM

Beltran-Pedreros, Sandra1,2,3; Leão, Andréa de Soza1,2


1.
UFAM-INPA-CNPq-FINEP-PETROBRAS, Projeto PIATAM IV.
E-mail: beltranpedreros@hotmail.com
2.
Fundação OMACHA. 3. Faculdade La Salle Manaus. Bolsista Doutorado FAPEAM.

Objetivou-se analisar problemas e soluções no conflito da pesca de piracatinga (Calophysus macropterus)


com isca de boto (Inia geoffrensis) em Manacapuru (AM). A cidade possui três empresas para exportação
nacional e internacional, e oito balsas para venda estadual de piracatinga (±50tn/ano). Não há registros da
quantidade de pescado comercializado e funcionários da receita federal municipal e estadual reconhecem a
comercialização ilegal. A cidade não possui IBAMA, nem IPAAM ha cinco anos e as pouquíssimas ações de
fiscalização não são coordenadas entre os diferentes órgãos e existe uma forte intervenção política abusiva
na comercialização. Dos pescadores 96,1% não gostam do boto por atrapalhar a pescaria (30,5%), estragar
redes (34,9%) e tirar peixe das mesmas (30,2%); 93,5% acham que o boto é perigoso e têm medo. Sua
importância está no uso como isca (41,4%) e para consumo (38,7%). A isca de boto é tida como melhor e
mais barata (49,7% e 38,8%), mas 81,4% dos pescadores usariam outra isca para não matar botos, já que
78% sabem que estão protegidos por lei. A piracatinga apresentou nível médio de Hg total de 1611,08ng/g
em peso úmido, muito acima das 500ng/g permitidas por lei e taxa de bioacumulação de 0,04. Este peixe
carnívoro/necrófago consume carcaças de Inia goffrensis, predador do topo da cadeia trófica; facilitando a
bioacumulação, já que o apetrecho de pesca (gaiola) captura peixes com ±35cm de CP permitindo a saída
dos menores depois de consumida a isca. Estas informações tornam a piracatinga inapropriada para
comercialização e consumo. As densidades médias (entre 2008 e 2009) de Inia foram 0,08ind/km2 na cheia;
0,17ind/km2 na vazante; 3,43ind/km2 na seca e 0,14ind/km2 na enchente e 10 foram os botos mortos para
isca reportados pelos pescadores, para o mesmo período. Considerando que a caça de botos ocorre mais
na vazante este número representa a totalidade de animais na área para esse período. Possíveis soluções:
fechamento da pescaria por não cumprimento de normas sanitárias e selo verde para capturas feitas com
iscas alternativas.

Palavras chave: Inia geoffrensis, caça de botos, Amazonas

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O TURISMO DE OBSERVAÇÃO DE BALEIA-FRANCA (Eubalaena australis) NO LITORAL SUL DE


SANTA CATARINA, BRASIL E SEU POTENCIAL EDUCATIVO

Bueloni, Fernanda Soares1; Danielski, Mônica2


1
Universidade Federal de Santa Catarina – febueloni@yahoo.com.br
2
Instituto Baleia Franca – monicadanielski@gmail.com

No Brasil, a baleia-franca (Eubalaena australis) se distribuía de Santa Catarina à Bahia. A partir do século
XVII, a espécie sofreu com a matança e em meados desse século estações baleeiras começaram a ser
instaladas em vários pontos do litoral catarinense. O último registro de caça da baleia-franca no Brasil data
de 1973 em Imbituba, SC. Após esta data, a população parecia ter sido eliminada na região. Somente a
partir da década de 80, as baleias foram efetivamente reavistadas no litoral sul do país. Com isso, as
medidas para conservação da espécie foram reforçadas por marcos legais, como a Lei Federal 7643/1987,
que proibiu a caça comercial no país, a inclusão da espécie na Lista Oficial Brasileira das Espécies de
Fauna Ameaçadas de Extinção em 1989 e a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia
Franca em 2000. A atividade mais diretamente relacionada com esses animais dentro da APA é o turismo
de observação, que através de cruzeiros turísticos aproxima e permanece certo tempo com as baleias.
Essas atividades são regulamentadas pela Portaria IBAMA nº117 de 1996, que institui em seu Artigo 5º a
obrigatoriedade da provisão de informações educativas quando da realização dos passeios. No presente
trabalho, procurou-se identificar e avaliar a provisão de informações educativas realizadas pelos passeios
turísticos no litoral sul de Santa Catarina. Seis cruzeiros turísticos foram acompanhados na temporada de
2008. Todo o passeio era relatado em forma de narrativa que após ser transcrita e analisada, foi utilizada
para a construção dos resultados. As palestras realizadas têm a duração de 10 minutos em média e contam
com o apoio de um banner informativo. São providas informações a cerca da biologia e ecologia da espécie,
período de caça além de sua atual proteção e situação. Os turistas são instruídos também a se portar
corretamente durante o passeio, para que suas atitudes causem o menor impacto possível nos animais.
Entretanto, nessa atividade, a informação não é a única maneira de fornecer conhecimento. O
encantamento produzido nos turistas por esses animais permite que a experiência aconteça, independente
da informação, e é através dela que acontece a educação. Assim, o turismo de observação de baleias-
franca no litoral de SC possui um grande potencial educativo pela experiência que promove e pela produção
de sentido que se segue, não necessariamente pela informação que transmite, podendo em uma análise
inicial ser considerado uma maneira de agregar valor a espécie.

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AVANCES EN LA ELABORACIÓN DEL “PLAN NACIONAL DE ACCIÓN PARA LA CONSERVACIÓN


DEL BUFEO BOLIVIANO (Inia boliviensis) EN BOLIVIA”

Zambrana, Verónica; Tavera, Gabriela; Van Damme, Paul

En un taller sobre delfines de río llevado a cabo en China 1986 se comenzó a resaltar la importancia de
conocer el estado de conservación de los delfines de ríos sudamericanos y tomar acciones concretas para
su conservación. El reflejo de esta preocupación se volvió evidente cuando se comenzaron a tomar
consideraciones en documentos publicados posteriormente, como el Plan de Acción para la Conservación
de Cetáceos de 1988 con sus respectivas revisiones y actualizaciones en 1994 y 2003. Cumpliendo con las
recomendaciones del último documento para la conservación de cetáceos, el año 2006 se inició un proceso
(liderado por la Fundación Omacha) para conocer el estado de las poblaciones de delfines de río en
diferentes países sudamericanos, y en 2008 se llevó a cabo el Taller Regional para la Conservación de
delfines de río de Sudamérica en Santa Cruz- Bolivia donde participaron científicos expertos en cetáceos,
diferentes instituciones nacionales e internacionales, autoridades nacionales e internacionales, autoridades
científicas y ONG´s. En este taller se resaltó la importancia de continuar con la serie de acciones
consolidadas hasta el momento para la conservación de cetáceos en Sudamérica y se consensuó la
elaboración de un Plan Nacional de acción para la conservación del ‘bufeo boliviano’ debido a su
importancia como especie cuya distribución solapa con la Amazonía boliviana. En el presente trabajo, se
presentan los avances en la elaboración de este plan y se hace una breve reseña del proceso para la
colección de insumos y la estructuración del documento.

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ESTADO DE CONSERVACIÓN DEL BUFEO BOLIVIANO (Inia boliviensis) EN EL NORESTE DE LA


CUENCA AMAZÓNICA BOLIVIANA

Salinas, Adriana; Zambrana, Veronica

El delfín de rio (Inia boliviensis) es un cetáceo carismático y endémico de Bolivia, recientemente


considerado como una especie distinta del resto de los delfines rosados de la Amazonía (Inia geoffrensis). I.
boliviensis se encuentra en un relativo buen estado de conservación en la Amazonía boliviana. Sin
embargo, es considerada vulnerable principalmente por dos razones (a) la baja variabilidad genética
intrínseca de la especie; (b) los planes de la construcción de grandes represas hidroeléctricas en el río
Madera. El presente estudio tuvo como objetivo principal determinar la distribución y abundancia de Inia
boliviensis en el norte amazónico boliviano y fue conducido en los ríos bajo Mamoré, alto Madera, Abuna y
Negro durante el periodo de aguas bajas de 2009. Adicionalmente se realizó una evaluación de la especie
en el río Yata perteneciente a la subcuenca del río Mamoré en 2010. Ambos estudios se realizaron
siguiendo métodos estandarizados para el estudio de cetáceos de agua dulce. Se presentan los resultados
preliminares de la abundancia relativa de la especie en los ríos mencionados y se discuten algunos de los
factores que amenazan a la especie y su hábitat en esta área.

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ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DOS ENCALHES DE DELFINIDEOS NA COSTA CENTRO-NORTE DO


ESTADO DO RIO DE JANEIRO ENTRE 1999 E 2009

Secco, H.1,2; Prado, J. H.1; de Moura, J. F.1; Siciliano, S.1


1
Escola Nacional de Saúde Pública / FIOCRUZ, Departamento de Endemias, Grupo de Estudos de
Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos).
Email: secco.biomar@gmail.com
2
Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Centro de Biociências e Biotecnologia, Laboratório de
Ciências Ambientais (LCA).

Os encalhes de mamíferos marinhos podem gerar informações valiosas quanto à distribuição e abundância
relativa, desde que se faça o melhor uso possível dessas oportunidades, gerando séries amostrais de longo
prazo. O objetivo do presente estudo foi reportar os encalhes de cetáceos delfinídeos na costa centro-norte
do Estado do Rio de Janeiro nos últimos 11 anos (1999 – 2009). A maior parte dos dados presentes neste
estudo foi gerada a partir do programa de monitoramento de praia realizado pelo Grupo de Estudos de
Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos) no trecho compreendido entre Saquarema
(22o55'S, 42o30'W) e Quissamã (22o06'S, 41o28'W). De 1999 a 2003, os monitoramentos de praia se
restringiam a área entre Saquarema e Arraial do Cabo, apresentando periodicidade quinzenal entre eles. A
partir de 2003 os monitoramentos passam a ser regularmente executados pelo menos uma vez a cada 30
dias em toda a área de atuação. Oportunamente, outros encalhes foram registrados a partir de informações
reportadas por meio do programa de “Disque-Carcaça” difundido na região, contando com o apoio das
comunidades locais, turistas, corpo de bombeiros e secretarias municipais de meio ambiente. No total foram
registrados 105 encalhes de delfinídeos representado por 10 espécies. A proporção de encalhes por
espécie apresentou a seguinte distribuição: 58,3% Sotalia guianensis, 10,5% Steno bredanensis, 10,5%
Tursiops truncatus, 8,5% Stenella frontalis, 5,7% Delphinus sp., 1,9% Stenella attenuata, 1,9%
Globicephala macrorhynchus, 0,9% Orcinus orca, 0,9% Feresa attenuata e 0,9% Lagenodelphis hosei. A
espécie mais representativa, S. guianensis, apresentou maior concentração de encalhes ao norte da área
de estudo, entre Barra de São João e Quissamã, ao longo de todas as estações do ano. Em relação à S.
bredanensis e T. truncatus houve maior concentração de encalhes próximo da região de Cabo Frio, estando
presentes em pelo menos três estações do ano. As espécies Delphinus sp. e S. frontalis apresentaram
maior concentração de encalhes ao sul da península de Arraial do Cabo, com maior frequência durante o
segundo semestre dos anos, enquanto S.frontalis foi predominante no inverno. Devido à baixa
representatividade, outras espécies não puderam ser analisadas quanto ao padrão espaço-temporal. Dessa
forma observa-se que S.guianensis tem sua distribuição associada à área de influência da desembocadura
dos rios Paraíba do Sul e São João, caracterizada por águas turvas e de temperatura mais amena,
enquanto alguns delfinídeos de hábitos costeiro-oceânico refletem fortemente a influência do fenômeno da
ressugência de Cabo Frio em seu padrão de ocorrência.

Palavras chave: distribuição geográfica-temporal, encalhes, delfinideos.

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MONITORAMENTO DOS PINÍPEDES NO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL (RS), BRASIL, ENTRE
OS ANOS DE 2002 E 2009

Estima, S. C.; Monteiro, D. S.; Silva, K. G.; Menezes, R. B.

Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental – NEMA. Rua Maria Araújo, 450 – Rio Grande / RS –
Brasil. nema@nema-rs.org.br

O Programa de Conservação e Manejo dos Pinípedes NEMA/IBAMA, criado em 1991, tem, como um de
seus objetivos, monitorar a ocorrência e a mortalidade dos Pinípedes no litoral do RS. Entre os anos de
2002 e 2009 foram realizadas 186 saídas, totalizando 27257km percorridos. No ano de 2002, o
monitoramento estendeu-se de Torres à Barra do Chuí (620km); nos anos seguintes, da Barra da Lagoa do
Peixe à Barra do Chuí (355km), ou porção significativa desta área. Devido às diferenças no esforço de
amostragem, os dados foram transformados em índices (I10) de animais mortos para cada 10km de praia,
onde: I10=(n° de animais/km percorridos)*10. Durante este estudo, ocorreram as sete espécies de Pinípedes
já registradas no Brasil, sendo Arctocephalus australis a mais freqüente (929 animais mortos e 224 vivos),
seguida de Otaria flavescens (500 animais mortos e 7 vivos). O I10 de A. australis foi de 0,34 (variação de
0,21 em 2004 e 2009 a 0,58 em 2008). Para O. flavescens, o I10 foi de 0,18 (variação de 0,13 em 2007 a
0,28 em 2003). Observou-se variação sazonal nos encalhes de A. australis, sendo a média de 74,1 no
inverno (julho a setembro) significativamente maior do que as outras estações (ANOVA, p<0,00001). Para
O. flavescens, não foi observada diferença significativa entre as estações (ANOVA, p=0,217). O
comprimento total (CT) médio de A. australis foi de 97,7cm (n=834, dp=22,2), com 243 animais entre 81 e
90cm e 232 animais entre 91 e 100cm. Os espécimes de O. flavescens apresentaram CT médio de
202,4cm (n=404, dp=39,4). Também foram registrados: 41 A. tropicalis (26 mortos e 15 vivos; 2002 n°=27;
2003 n°= 1; 2004 n°=2; 2007 n°=1 e 2009 n°=10); 8 Lobodon carcinophaga (7 vivas e 1 morta; 2003 n°=3;
2004 n°=2 e 2006 n°=3); 1 A. gazella (vivo, em 2004); 1 Mirounga leonina (morto, em 2008) e 1 Hydrurga
leptonyx (viva, em 2008). Comparando o I10 deste estudo com o mesmo índice para o período entre 1993 e
2001 (O. flavescens: I10=0,19; A. australis: I10=0,13), não foi observada variação na mortalidade de O.
flavescens. Entretanto, observa-se um incremento de 2,6 vezes na mortalidade de A. australis. É provável
que este incremento na mortalidade de A. australis esteja relacionado com o crescimento populacional da
espécie no Uruguai. Também é possível relacionar a época de maior mortalidade de A. australis no RS com
o período de desmame no Uruguai, em agosto.

Palavras chave: Pinípedes, monitoramento e encalhes.

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O CALAMAR ARGENTINO, Illex argentinus (CEPHALOPODA: OMMASTREPHIDAE), COMO ITEM


ALIMENTAR DA BALEIA-MINKE-ANÃ, Balaenoptera acutorostrata, NO SUL DO BRASIL

Ott, P. H.1,2; Carvalho, L. M.1,2; Machado, R.1,3; Tavares, M.1,4;Moreno, I. B.1,5; Danilewicz, D.1,6,7;
Santos, R. A.8
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS). Porto Alegre, RS, Brasil.
* Email: paulo.henrique.ott@gmail.com
2
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Laboratório de Biologia e Conservação de Aves e
Mamíferos Aquáticos. Cidreira, RS, Brasil.
3
Laboratório de Ecologia de Mamíferos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). São Leopoldo,
RS, Brasil.
4
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos do Instituto de Biociências da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (CECLIMAR/IB/UFRGS). Imbé, RS, Brasil.
5
Laboratório de Sistemática e Ecologia de Aves e Mamíferos, Departamento de Zoologia/IB – Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil.
6
Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Ilhéus, BA, Brasil.
7
Instituto Aqualie – Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
8
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul, Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (CEPSUL/ ICMBio). Itajaí, SC, Brasil.

A baleia-minke-anã (Balaenoptera acutorostrata) é uma espécie migratória, amplamente distribuída no


hemisfério sul. Nos meses de inverno e primavera, correspondentes ao período reprodutivo, ocorre em
zonas de médias e baixas latitudes. Durante o verão e início de outono, migra para regiões antárticas, onde
se alimenta. Na Antártica, a dieta da espécie parece ser composta especialmente por peixes da família
Myctophidae. Contudo, a baleia-minke-anã pode, ocasionalmente, também se alimentar em regiões de
médias latitudes com alta disponibilidade de presas. No Brasil, a espécie ocorre desde a Paraíba ao Rio
Grande do Sul, principalmente durante os meses de inverno e primavera. No presente trabalho são
apresentadas informações sobre a dieta de um macho de baleia-minke-anã encontrado encalhado no litoral
do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. O espécime (GEMARS 1309), de 4,53 m de comprimento total, foi
encontrado na praia de Quintão (30o20’S; 50o16’W), em 25 de setembro de 2008, e a análise do seu trato
digestório revelou uma grande quantidade de bicos do calamar argentino (Illex argentinus). Considerando-
se apenas o número total de bicos inferiores, foi quantificado um mínimo de 7819 espécimes de I.
argentinus ao longo do estômago (n = 3183) e intestino (n = 4636). O comprimento do manto (ML) dos
espécimes de cefalópodes, estimado a partir das medidas dos bicos encontrados, variou de 120 a 320 mm
(média = 228,7 mm; DP = 43,5). Contudo, a maioria (67,3%) dos espécimes apresentou o ML entre 190 e
280 mm. O calamar argentino é endêmico do Atlântico Sul Ocidental, ocorrendo desde a plataforma interna
até águas oceânicas, do Rio de Janeiro (22°S) ao extremo sul da América do Sul (54°S). No entanto, com
base no conhecimento sobre o padrão de distribuição das diferentes classes de tamanho de I. argentinus, é
possível inferir que estes espécimes foram predados na região do talude do sul do Brasil, onde existe uma
concentração reprodutiva da espécie durante o período da primavera. Embora o calamar argentino faça
parte da dieta de pelo menos dez espécies de cetáceos e cinco de pinípedes no sul do Brasil, este é o
primeiro registro de consumo de I. argentinus por um balenopterídeo ao longo de toda a sua distribuição. Os
dados deste trabalho, em conjunto com informações existentes na literatura, demonstram que a baleia-
minke-anã pode, ocasionalmente, se alimentar ao longo da costa brasileira.

Palavras chave: Balaenoptera, Cefalópodes, Dieta.

Financiamento: CNPq (Processo No. 572180/2008-0).

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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TRENDS IN FRANCISCANA DOLPHIN STRANDINGS IN SOUTHERN BRAZIL (1991-2005):


EVALUATING THE INFLUENCE OF BY-CATCHES AND OCEANOGRAPHIC FACTORS

Danilewicz, Daniel1,2,3; Ott, Paulo H.3,4; Moreno, Ignacio B.3,5; Borges-Martins, Márcio3,5;
Oliveira, Larissa Rosa de3,6; Tavares, Maurício3,7; Trigo, Cariane C.3,7; Heinzelmann, Larissa3;
Fontoura, Nelson8
1
Departamento de Ciências Biológicas. Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
2
Instituto Aqualie.
3
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS).
4
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).
5
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
6
Laboratório de Ecologia de Mamíferos. Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
7
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos. Instituto de Biociências. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (CECLIMAR/IB/UFRGS).
8
Departamento de Biodiversidade e Ecologia. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS).

Patterns of cetacean strandings are subject to a range of environmental and anthropogenic influences which
can affect the resultant availability of carcasses on the shore. Here we investigate the effect of the by-
catches and wind-driven forces on the franciscana stranding patterns in northern Rio Grande do Sul (nRS)
(29o19’S to 31o21´S), southern Brazil, analyzing a long-term dataset (1991-2005) on fishery mortality and
strandings along 270 km of sand beaches. During the study period, a total of 19,200 km were monitored,
comprising 171 days of beach surveys. As a result, 404 stranded franciscana carcasses were recorded. To
evaluate the influence of the wind-driven forces on the probability of a carcass reach the shore, data on wind
velocity and direction were compiled 10 days prior each beach survey. These data were applied to calculate
the direction and intensity of Ekman transport, the force that drives an object in the sea-surface 45o to the left
of wind direction in southern hemisphere. Ekman transport of long- and cross-shelf components were
obtained by vector decomposition on Cartesian coordinates. By-catch statistics in nRS were studied through
onboard surveys, log-books filled by the vessel masters and interviews with fishermen. Franciscana
strandings are highly seasonal and predictable, exhibiting nearly no variation in the inter-month trend along
the 15 year study. Mean stranding rates are very low from March to September (0.007), increases in October
(0.06) and presents a remarkable peak from November to January (0.03). Strandings were spatially
heterogeneous along the nRS coast, with the southern area presenting 4.2 times more carcasses than the
northern. By-catch statistics demonstrates two well-defined peaks of mortality in winter and in summer. But if
by-catch peaks in winter, why so few carcasses appear on the shore in this season? Analysis of Ekman
transport may partially explain it. In winter, the offshore wind-driven force is 4.6 times stronger than in spring
and 3.6 stronger than in summer. Another factor that may be simultaneously acting is that fishery effort in
summer is concentrated in average shallower waters (18m) than the rest of the year (autumn=28m;
winter=23m; spring=23m). Mortality estimates achieved similar results in 1992-1997 and 2002-2005: an
annual by-catch of ~450 franciscanas. Conversely, stranding rates are increasing in nRS, with the rates for
the period 1998-2005 being significantly higher than for 1991-1997. This may be explained by an increase in
the number of vessels from other regions that operate and by-catch franciscanas in nRS.

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ANÁLISE DA RELAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICOS COM A OCORRÊNCIA DE ENCALHES NO


LITORAL DO ESTADO DO PARANÁ, SUL DO BRASIL

Rosso-Londoño, M. C.1,2; Domit, C.1; Sasaki, G.1; Rosa, L.1,2; Monteiro-Filho, E. L. A.2,3,4
1
Laboratório de Ecologia e Conservação-Centro de Estudos do Mar, UFPR. maria.camila.rosso@gmail.com
2
Pós- graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos PGSISCO, UFPR
3
Pós-graduação em Zoologia, UFPR
4
Instituto de Pesquisas Cananéia, IPeC

O transporte de cetáceos mortos até que encalhem em uma praia está sujeito a várias influências
ambientais, como por exemplo, o tamanho e peso da carcaça e o local de ocorrência da morte do animal.
No litoral paranaense existem três tipos principais de geo fisionomia da costa influenciadas por correntes de
deriva e de maré e pelos sistemas frontais que se originam ao sul do continente. O conhecimento das
interações entre alguns parâmetros físicos e a ocorrência de encalhes pode auxiliar na orientação das
coletas para determinados pontos geográficos e em certas condições meteorológicas ou, para ter um
melhor conhecimento quanto as características físicas do local da morte dos indivíduos. O objetivo deste
estudo é avaliar se a distribuição temporal e espacial das carcaças de cetáceos é influenciada pela direção
e intensidade do vento, pela entrada de sistemas frontais e/ou pelas correntes de influência regional. Desde
janeiro de 2007 até dezembro de 2009, foram percorridas as praias do litoral do Estado do Paraná para
coleta de cetáceos encalhados. Os dados de direção e intensidade de vento, referente aos três anos de
coleta, foram obtidos junto a estação meteorológica do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal
do Paraná (CEM/UFPR). Foram realizadas análises de freqüência de direção e intensidade do vento para
todos os eventos de encalhe e obtidas informações sobre o número de sistemas frontais que atingiram o
Estado de Paraná, por meio do Boletim Climanálise (CPTEC/INPE). Estas informações foram relacionadas
(análise de correlação) aos encalhes,de forma diária e mensalmente. Em 40,1% dos dias em que foram
registrados encalhes, houve predominância de vento sul, com velocidades entre 1 e 5 m/s. Foi obtida
correlação quando analisados os dados de freqüência mensal da entrada de frentes frias e freqüência
mensal de eventos de encalhe, que apresentam um comportamento muito similar para todos os anos em
todas as épocas (r=0,99; p≤0,05). Os maiores números de registros de encalhes foram observados nas
porções entre Pontal do Sul e Praia de Leste (60%) que correspondem às praias expostas, dominadas por
correntes de deriva com direção preferencial de sul a norte. Nas praias adjacentes à desembocadura sul do
Complexo Estuarino de Paranaguá, que correspondem à praias influenciadas principalmente pelas
correntes de maré, foram registrados 13% do total de encalhes. Não foi possível detectar uma relação entre
a velocidade e direção do vento e a presença de encalhes, mas foi evidente que a passagem de frentes
frias favorece o transporte das carcaças às praias.

Palavras chave: Encalhes, Estado do Paraná, Sistemas frontais Frentes frias

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ATUALIZAÇÃO DOS REGISTROS DE OCORRÊNCIA DE GRANDES CETÁCEOS NA COSTA NORTE,


PARÁ, BRASIL, 2006-2010

Arcoverde, D. L.1,2; Sousa, M. E. M.1,3; Emin-Lima, R.1,4; Santos, G. M. A.1; Martins, B. M. L.1;
Rodrigues, A. L. F.1; Silva Júnior, J. S.; Siciliano, S.1
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia – GEMAM1 (*daniloarcoverde@hotmail.com);
2
Pós-Graduação em Zoologia, UFPA / Museu Paraense Emílio Goeldi;
3
Pós-Graduação em Biologia Ambiental do Instituto de Estudos Costeiros, UFPA, Campus Bragança;
4
Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ.

O extenso litoral amazônico apresenta características singulares em relação ao restante da costa brasileira.
Esta região é formada por diversas reentrâncias, de acesso restrito entre as áreas adjacentes, que
dificultam ou mesmo restringem o registro e o atendimento eficaz a encalhes de cetáceos. Duas áreas do
litoral paraense vêm sendo sistematicamente monitoradas desde 2006: a costa leste da Ilha de Marajó e a
Área de Proteção Ambiental de Algodoal/Maiandeua. Este trabalho objetiva apresentar os encalhes de
grandes cetáceos ocorridos entre 2006 e 2010 no litoral paraense. No intervalo desses quatro anos
ocorreram cinco encalhes de grandes cetáceos no litoral do Pará. Em 2008 foram dois registros de encalhe
e em 2006, 2007 e 2010 foi apenas um registro por ano. A baleia minke-antártica (Balaenoptera
bonaerensis) esteve representada por dois encalhes. Em setembro de 2006 registrou-se o encalhe de um
cachalote (Physeter macrocephalus – MPEG 38464) na Ilha Canela, em Bragança. Não foi possível
determinar o comprimento total devido a avançada decomposição da carcaça. Em janeiro de 2007, houve o
encalhe de um macho de minke-antártica (MPEG 38487) de CT 10,37m em Curuçá. Em setembro de 2008,
houve o segundo registro para o estado de um espécime de baleia-minke-antártica (MPEG 39691): tratava-
se de uma fêmea de CT 10,32m que encalhou em Viseu, no rio Taquimboque, na localidade de Fernandes
Belo. Ainda no mesmo ano, ocorreu na Praia de Fora, localidade de Boa Vista, município de Quatipuru, o
encalhe de um macho, sem crânio, de baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae – MPEG 39692). Em janeiro
de 2010, realizou-se o primeiro registro confirmado de um espécime macho de baleia-fin (Balaenoptera
physalus- MPEG 39690). O exemplar de CT 15m foi inicialmente avistado ainda vivo por pescadores na
baía de Japerica, em São João de Pirabas, nordeste paraense, onde permaneceu por três dias. Apesar dos
esforços de busca para uma tentativa de resgate, o animal foi encontrado morto, encalhado em uma área
conhecida no local como “Cabeceira do Bambá” situada na barra do rio Japerica. Devido às singularidades
da região, em especial a dificuldade de acesso as áreas dos encalhes, os registros e coleta de material
biológico em pontos aleatórios do litoral paraense somente se fez possível por meio do auxílio de
colaboradores locais, especialmente de pescadores e moradores. Os registros citados ampliam o
conhecimento sobre a distribuição das espécies de grandes cetáceos no Brasil. Ressalta-se a continuidade
dos estudos e o aumento nos esforços de monitoramento em todo litoral paraense para melhor
compreensão da fauna de grandes cetáceos na Costa Norte.

Palavras chave: Encalhes, Mamíferos Marinhos, Pará.

Financiador: Fundação o Boticário de Proteção a Natureza.

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CACHALOTE (Phyceter macrocephalus): NUEVO REGISTRO Y RECOPILACIÓN DE LOS


VARAMIENTOS A LO LARGO DE LA COSTA ARGENTINA

Grandi, M. F.1; García, N.1; Degrati, M.1,2; Leonardi, S.1; Loizaga de Castro, R.1,2; Vales, D.1; Dans, S. L.1,2;
Pedraza, S. N.1,2; Crespo, E. A.1,2
1
CENPAT-CONICET. Bvd. Brown 2915, Puerto Madryn (9120), Chubut, Argentina.
E-mail: kike@cenpat.edu.ar
2
Univ. Nacional de la Patagonia. Bvd. Brown 3051, Puerto Madryn (9120), Chubut, Argentina.

El cachalote, Physeter macrocephalus, es una especie de cetáceo que se encuentra en todos los mares del
mundo. En Argentina la presencia de cachalotes ha sido registrada con relativa asiduidad mediante
avistajes y con mayor frecuencia mediante varamientos. En este trabajo se detalla información de un nuevo
ejemplar varado en la costa de Chubut y se realiza una recopilación de los varamientos registrados a lo
largo de toda la costa Argentina. El 8 de abril de 2010 fue encontrado un cachalote en la playa Los
Cangrejales (43º 22’S, 65º 02’W), Chubut, Argentina. El individuo se encontró en buenas condiciones,
posibilitando la realización de una necropsia en el campo y la toma de datos morfométricos estándar. El
ejemplar era un macho maduro de 14,7 metros y 64 años. El espesor promedio de la capa de grasa ventral
fue 20,3cm y 17,5cm dorsal. El contenido estomacal consistió únicamente en picos de cefalópodos, los
cuales se encontraron principalmente en la segunda cámara estomacal. Se identificaron los picos inferiores
de las especies Mesonychoteuthis hamiltoni, Kondakovia longimana, Gonatus antartica, Haliphron
atlanticus, dos especies de Histioteuthis spp. y otra especie no identificada. Se recogieron parásitos del
tejido adiposo subcutáneo (Cestoda) y no se encontraron parásitos en el contenido intestinal ni estomacal
revisado. Este animal constituye el noveno varamiento de los 10 encontrados en la costa continental
argentina, sumándose a otros 86 ejemplares registrados en las costas de Tierra del Fuego. De todos los
varamientos registrados la mayoría corresponde a machos, coincidiendo con lo descrito para esta especie
en la cual sólo los machos migran hacia altas latitudes. A pesar de la gran cantidad de registros para
Argentina, muy pocos fueron los casos en los cuales se pudo aprovechar el ejemplar para realizar una
necropcia completa, por lo tanto este trabajo constituye un aporte más en el conocimiento de esta especie.

Palabras clave: Physeter macrocephalus; varamiento; Argentina

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CETACEANS OCCURRENCE IN THE FIELD ALBACORA (CAMPOS BASIN) DURING ACTIVITIES OF


MARINE SEISMIC SURVEYS ON BOARD THE VESSEL M/V OCEAN EUROPE

Moreira, Sergio C.1,3; Celini, Arthur A.de O. S.1; Cruz, Fabio S. da1; Lamas, Joao Luiz R.1;
Francini, Carlos L. B.1; Araujo, Rodolfo J. V. do1; Paro, Alexandre D.1; Bordon, Daniella G.2; Dorle, Wilhelm1
1
GEODATA Meio Ambiente. E-mail: smoreira@geodatameioambiente.com.br
2
RXT - Tecnologia de Exploração de Reservatórios do Brasil Ltda
3
INSTITUTO AQUALIE. E-mail. sergio.moreira@aqualie.org.br

The Marine Biota Monitoring Project in the field of Albacora, Campos Basin (offshore Rio de Janeiro State),
was implemented on board the vessel Ocean Europe during marine seismic survey with Ocean Bottom
Cable (OBC) carried out by RXT Reservoirs Exploration Technology of Brazil Ltd. according to the
requirements of the “Marine Biota Monitoring Guide for Seismic Data Acquisition Activity” (IBAMA, 2005).
The watching effort from February 21st 2009 to January 23rd 2010 – totaling a period of 337 days, the
equivalent of 3,754 hours and 47 minutes – was carried through during daylight from the external “wings”
and the bridge of the seismic vessel. The team was composed of three observers who continuously took
turns, two of them in activity and one at rest. Reticulate binoculars (Tasco - OffShore® 3.6 - 7 x 50 mm) and
two digital photographic cameras (Sony Cyber-Shot 9.1 Megapixels DSC – H50) were used. Data collected
were written down in IBAMA's standard work sheets. The identification of species was based on
morphologic, ecological and behaviour characteristics, according to identification guides. A conservative
criterion for taxonomic classification of animals was used (Bastida et al 2007). The Odontoceti suborder was
the most representative, with 70% of the occurrences; Mysticeti suborder represented 18%, while non-
identified cetaceans were 12% of the total. During the watching effort period (11 hours/day in average), 64%
of the sightings occurred when sound sources were active – 68% of which of Odontoceti, 18% of Mysticeti
and 14% of non-identified cetaceans. In 99 of the occasions, the seismic activity was requested to stop due
to the approach of cetaceans in the Warning (1000m) and Safety (500m) areas, with 100% of the requests
readily agreed to. The requests were 85% for Odontoceti, 11% for Mysticeti and 4% for non-identified
cetaceans.

Keywords: seismic, Campos Basin, cetaceans

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COMPOSIÇÃO E ANÁLISE TEMPORAL DOS ENCALHES DE MAMÍFEROS MARINHOS NO LITORAL


SUL DO RIO GRANDE DO SUL

Mattos, P. H.; Secchi, E. R.

Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos – Instituto de Oceanografia – Universidade Federal do Rio


Grande; biofurg@yahoo.com.br

Dados provenientes de animais encalhados na praia fornecem informações sobre a composição,


distribuição espacial e sazonal, além dos hábitos alimentares e possíveis causas da mortalidade em
populações de mamíferos marinhos. Das 52 espécies de mamíferos marinhos reportadas em águas
brasileiras, mais de 50% já foram registradas na costa do Rio Grande do Sul. O presente estudo tem com
objetivo verificar a composição e uma possível variação temporal na ocorrência dos encalhes das espécies
consideradas sazonais, ocasionais ou raras (Tursiops sp., Pontoporia blainvillei e Otaria flavescens foram
desconsideradas) no litoral sul do Rio Grande do Sul, a partir de monitoramentos sistemáticos realizados
entre 1980 e 2009, entre a Barra da Lagoa do Peixe e a Barra do Chuí. Para a análise dos dados, as
espécies foram agrupadas em 4 grupos: delphinidae, mysticete, pinípedes e outros. Foi utilizado o teste não
paramétrico de Kruskall-Wallis (α=0,05) para verificar as taxas de encalhes (evento por quilometragem)
entre as três décadas e estações do ano analisadas. Foram registrados 1973 eventos de encalhes,
representando 34 espécies: 11 espécies de Delphinidae, 7 Balaenopteridae, 1 Balaenidae, 5 Zifiidae, 2
Kogiidae, 1 Physeteridae, 2 Phocoenidae, 3 Otariidae e 2 Phocidae. Desses eventos apenas três foram
considerados encalhes em massa (14 Pseudorca crassidens: 1995; 4 Lagenodelphis hosei: 1997 e 4
Physeter macrocephalus: 2009). Dentre os cetáceos poucas espécies compreenderam a maioria dos
encalhes: Physeter macrocephalus (32,53%), Eubalaena australis (30,12%) e Pseudorca crassidens
(24,43%), enquanto que dentre os pinípedes a maioria das ocorrências foi para Arctocephalus australis e A.
tropicalis, as quais juntas representaram 99% dos registros. A distribuição decadal dos cetáceos não
apresentou diferenças significativas, embora se tenha observado uma tendência de aumento nas taxas de
encalhe (Kruskall-Wallis, p=0,09). No caso dos pinípedes, observou-se um aumento significativo dos
encalhes entre as décadas (p=0,04). O padrão sazonal dos encalhes para delphinidae demonstrou uma
taxa significativamente maior na primavera (p=0,002), o qual pode ser devido a variações temporais na
disponibilidade de alimentos ou maior mortalidade devido a interações com atividades pesqueiras. Dentre
as espécies de pinípedes mais observadas, as ocorrências concentraram-se nos meses de inverno,
possivelmente acompanhando o fluxo da corrente das Malvinas. A presença das demais espécies, tanto de
cetáceos como de pinípedes, consideradas ocasionais ou raras, pode estar relacionada a um aumento
populacional, anomalias climáticas/oceanográficas ou ao acaso.

Palavras chave: Encalhes, sazonalidade, Rio Grande do Sul

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DOS NUEVOS REGISTROS DE VARAMIENTOS DE Ziphius cavirostris, G. CUVIER 1823, PARA LAS
COSTAS DE LA PROVINCIA DE SANTA CRUZ, ARGENTINA

Reyes Reyes, M. V.1; Battini, A.2; Irazoqui, P.2; Nuñez, P.2; Oliva, C.2; Perancho, J.3; Iñíguez, M.1
1
Fundación Cethus, Potosí 2087, (B1636BUA), Olivos, Pcia. de Buenos Aires, Argentina
2
Dirección de Fauna Silvestre del Consejo Agrario Provincial, Provincia de Santa Cruz, Argentina
3
Ministerio de producción, Dirección provincial de valles santacruceños, Avellaneda 801, Pcia. de Santa
Cruz, Argentina.cethus@cethus.org

Dentro de los odontocetos, la familia Ziphiidae es la menos estudiada, debido a que los hábitos oceánicos y
prolongados buceos de los zifios dificultan la observación en su hábitat natural. La mayoría de estas
especies son principalmente conocidas a partir de un número pequeño de varamientos o avistajes
ocasionales en el mar. El Zifio de Cuvier es la especie más ampliamente distribuida dentro de los zifios,
habitando todos los mares de aguas tropicales a templadas cálidas, existiendo incluso registros
ocasionales en aguas polares y sub-polares. El objetivo de este trabajo es presentar datos obtenidos a partir
de dos varamientos de Zifio de Cuvier en la costa del sur de la Provincia de Santa Cruz, Argentina durante
el período 2005-2010. Se tomaron las medidas estándar utilizadas en varamientos según Norris, 1967. Uno
de los ejemplares fue hallado varado, muerto en Punta Loyola (51°36’34”S, 69°00’50”W), ubicada sobre el
extremo sur de la ría Gallegos, 20km al este de la Ciudad de Río Gallegos, el 7 de mayo de 2005. La
longitud total fue de 622cm. Se trataba de un ejemplar hembra, que presentaba el patrón de coloración
característico de la especie, gris oscuro en el dorso con manchas más claras en vientre y flancos. Se
colectaron muestras de genética, parásitos y contenido estomacal para posteriores estudios. El otro
ejemplar fue encontrado varado, muerto el 20 de febrero de 2010 en la Reserva Provincial de Cabo
Vírgenes (52°19’S, 68°21’W). La longitud total fue de 580cm. El individuo presentaba dos dientes inferiores
expuestos en el ápice de la mandíbula característico de los machos adultos. Ambos individuos presentaron
un estado de putrefacción avanzada. La identificación de la especie se logró por las características típicas
de la cabeza. Las causas de muerte de ambos ejemplares no fueron determinadas. Estos dos registros
totalizarían 6 varamientos de la especie para la provincia de Santa Cruz y serían los dos primeros
ejemplares completos encontrados en la provincia.

Palabras clave: Ziphiidae, varamientos, Argentina.

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ENCALHE DE BALEIA BICUDA-DE-CUVIER (Ziphius cavirostris) PRENHE NA BAHIA, NORDESTE DO


BRASIL

Oliveira, Guilherme Augusto Bortolotto de*; Souto, Luciano R. Alardo

Instituto Mamíferos Aquáticos; *gui.bort@bol.com.br

A baleia-bicuda-de-Cuvier (Ziphius cavirostris) é o zifídeo com maior frequência de encalhes e com maior
distribuição, estando presente em todos os oceanos, salvo nas regiões polares. No Brasil existem registros
de encalhes nas regiões Nordeste e Sudeste. O presente trabalho tem o objetivo de descrever o primeiro
caso de zifídeo encalhado com feto no Estado da Bahia. Em janeiro de 2010, um espécime de Z. cavirostris
fêmea, medindo 5,5 m de comprimento total, encalhou morta (CODE 2) na praia de Ipitanga, Lauro de
Freitas, Bahia. No conteúdo estomacal foi encontrado um pedaço de rede de pesca no primeiro estômago e
diversos bicos-de-lulas e otólitos de peixes distribuídos por toda a luz do órgão. Notou-se também a
ausência de alimento digerido ou semi-digerido. Ao exame macroscópico dos pulmões, foram encontrados
diversos parasitas encapsulados em meio ao parênquima do órgão. Analisando-se a cavidade abdominal,
foi observada a presença de um grande conteúdo uterino, quando se identificou um feto, já desenvolvido,
com 2,02 m. Assim, somando-se às informações obtidas no exame macroscópico, acredita-se que a
ingestão do artefato de pesca citado tenha obstruído a passagem de alimento levando o animal a não se
alimentar, causando a ausência de alimento no trato gástrico. A gravidez pode ter atuado como um
agravante, uma vez que a demanda energética nesta fase reprodutiva é bastante alta para os mamíferos. A
presença de parasitos pulmonares ocasiona distúrbios respiratórios, possivelmente, dificultando a apnéia
durante os mergulhos profundos e contribuindo para o quadro de debilidade física e morte.

Palavras chave: zifídeo, baleia-bicuda-de-Cuvier, feto.

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ENCALHE DE CETÁCEOS NA REGIÃO DO BANCO DOS ABROLHOS E BANCO ROYAL CHARLOTE,


BRASIL

Groch, Kátia Regina1,2; Marcondes, Milton César Calzavara1; Aguiar, Carlos Kid1;
Rossi-Santos, Marcos Roberto1
1
Instituto Baleia Jubarte. Rua Barão do Rio Branco, 26. Caravelas, BA, Brasil. CEP 45900-000. E-mail:
katia.groch@baleiajubarte.org.br
2
Doutoranda em Patologia Experimental e Comparada, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia,
Universidade de São Paulo.

O Banco dos Abrolhos é conhecido como a principal área de concentração reprodutiva de baleias-jubarte
(Megaptera novaeangliae) na costa brasileira, no entanto pouco se sabe sobre a importância desta área
para outras espécies de cetáceos. Este trabalho apresenta uma revisão dos encalhes de cetáceos na região
do Banco dos Abrolhos e Banco Royal Charlote. Os encalhes foram registrados ao longo de 19 anos, de
forma oportunística entre 1991 e 2001 e mediante o chamado da população estimulada por campanhas
anuais de divulgação de 2002 a julho/2010. A área de estudo compreende aproximadamente 500 km de
costa entre os municípios de Belmonte-BA (15º44S; 38º53W) e Barra do Riacho-ES (20º00S; 40º09W).
Desconsiderando as baleias-jubarte, que representam 56,6% (n=124) dos encalhes na área, foram
registrados 79 encalhes de outras 16 espécies (4 misticetos e 12 odontocetos). Outros 16 animais não
tiveram a espécie identificada. Em ordem de freqüência relativa, foram registrados: Sotalia guianensis
(51,9%, n=41), Physeter macrocephalus (19%, n=15), Tursiops truncatus (5,1%, n=4), Pontoporia blainvillei
(3,8%, n=3), Globicephala macrorhynchus (3,8%, n=3), Peponocephala electra (2,5%, n=2), Balaenoptera
acutorostrata (2,3%, n=2). Nove espécies (11,4%) tiveram um registro cada: Balaenoptera bonaerensis,
Balaenoptera edeni, Eubalaena australis, Grampus griseus, Kogia breviceps, Ziphius cavirostris,
Mesoplodon europaeus, Orcinus orca e Stenella clymene. A média de encalhes por ano foi maior entre
2002-2010 (8,78±3,4 DP) do que entre 1991-2001 (1,5±1,1 DP), refletindo o aumento do esforço amostral
com as campanhas de divulgação. Dos animais que tiveram o estado determinado (n=92), 8,7% encalharam
vivos e 91,3% encalharam mortos. S. guianensis foi a espécie de maior ocorrência, com encalhes mais
frequentes de novembro a março. O sexo foi determinado em 54%(n=46) das carcaças desta espécie,
sendo 37%(n=17) machos e 19,6%(n=9) fêmeas. Sinais antropogênicos, como marcas de rede de pesca e
remoção de tecidos por facas, foram observadas respectivamente em 36,9% e 15,2% dos casos. A segunda
espécie mais registrada, P. macrocephalus, apresenta hábitos pelágicos, indicando que possivelmente
utiliza áreas adjacentes aos Bancos. Os encalhes desta espécie ocorreram com maior freqüência de
setembro a janeiro. Os resultados sugerem que os Bancos, e principalmente suas adjacências, são
utilizadas por espécies de cetáceos relativamente pouco estudadas no Brasil. Estas evidências podem
estimular o desenvolvimento de outros estudos que busquem caracterizar as comunidades de cetáceos na
região e determinar a importância destas áreas para sua conservação.

Palavras chave: Cetáceos, encalhe, Banco dos Abrolhos.

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ENCALHE DE UM PAR MÃE-FILHOTE VIVOS DE BALEIA-PILOTO-DE-PEITORAIS-CURTAS


(Globicephala macrorhynchus) NO PARQUE NACIONAL MARINHO DE FERNANDO DE NORONHA,
BRASIL

Medeiros, Priscila I. A. P. de1; Silva, Flávio José de Lima2; Silva Júnior, José Martins da3
1
Centro Golfinho Rotador; priscila@golfinhorotador.org.br
2
Departamento de Turismo/UERN; flavio@golfinhorotador.org.br.
3
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, Vila do Boldró, Fernando de Noronha, PE, 53990-000, Brasil, Jose-
Martins.Silva-Junior@icmbio.gov.br

O presente trabalho objetiva relatar o caso de um encalhe de um par mãe-filhote vivos de baleia-piloto-de-
peitorais-curtas (Globicephala macrorhynchus) em janeiro de 2009 na Praia do Leão, Parque Nacional
Marinho de Fernando de Noronha. Inicialmente foi observada a presença de um exemplar de baleia-piloto
próximo a zona de arrebentação, a mesma se mostrava bastante agitada, vindo a encalhar pela primeira
vez. O animal foi reintroduzida imediatamente, mas a corrente e as ondas fizeram com que o animal
encalhasse uma segunda vez, quando foi observada a presença de um filhote de baleia-piloto-de-peitorais-
curtas próximo do adulto, bem como de pedaço de placenta saindo da venda genital da fêmea. O animal
adulto foi reintroduzido mais duas vezes e depois mantido em sustentação, pois mostrava deficiência de
flutuabilidade, tendendo o corpo para o lado esquerdo e se mantendo por períodos prolongados em posição
vertical com a cabeça para fora da água. O filhote, que se mantinha afastado do adulto, também encalhou e
foi reintroduzido 5 vezes. Tratava-se de um macho recém-nascido (1,4m), com presença de pregas fetais e
vibriças, que se mostrava muito ativo. O filhote reintroduzido apresentou um comportamento de natação em
círculos ao redor de uma rocha e quando conduzido para próximo do adulto, provavelmente sua mãe, não
permaneceu próximo a ela. Após 4 horas do primeiro encalhe, o animal passou a reagir à presença
humana, tentando atacar as pessoas próximas à ele. Em um destes episódios o adulto, que se tratava de
uma fêmea com cerca de 3,36 m, acabou por expulsar a placenta, que foi retirada da água e examinada. Ao
exame macroscópico a estrutura mostrou-se íntegra e sem qualquer alteração digna de nota. Após seis
horas de acompanhamento, foi realizada a contenção e amarração do animal a um bote com o auxílio de
cordas e foi levado a alto mar, onde foi solto. Por algumas vezes foi avistado o animal se distanciando da
embarcação. Após dois dias, na mesma localidade foi encontrado o filhote morto.

Palavras chave: Globicephala macrorhynchus, Fernando de Noronha, encalhe.

Financiamento: Petrobras.

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ENCALHE DE UMA BALEIA-MINKE-ANTÁRTICA (Balaenoptera bonaerensis BURMEISTER, 1867) NA


REGIÃO ESTUARINA DO ESTADO DO AMAPÁ, AMAZONIA BRASILEIRA

Lima, Danielle1,2; Silva, Cláudia Regina2,3; Marmontel, Miriam1,2; Zerbini, Alexandre Novaes4;
Moraes, Mauro Jackson da Silva5; Gabriel, Dimitrius6
1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos/Núcleo Amapá – Amapá, Brasil. Email:
limadanielle@terra.com.br
2
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos/Instituto Mamirauá – Amazonas, Brasil
3
Laboratório de Mastozoologia, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá –
Amapá, Brasil
4
Instituto Aqualie, Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite – Rio de Janeiro, Brasil
5
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – Pará, Brasil
6
Ministério da Pesca e Aqüicultura, Brasília, Brasil

A ocorrência de baleias-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) na região costeira norte do Brasil é


pouco conhecida e aparentemente atípica, com um único relato recente no rio Muriá, estado do Pará. Em 15
de abril de 2009, uma nova ocorrência de B. bonaerensis (fêmea, com 538 cm de comprimento total e 270
cm de circunferência máxima do corpo) foi registrada na costa norte, na região estuarina do estado do
Amapá. O animal foi encontrado encalhado, ainda vivo, em um banco de deposição de sedimentos
carreados pelo rio Amazonas, na Reserva Biológica do Parazinho (0o53’N, 49o59’O), uma ilha integrante do
arquipélago fluvial do Bailique. A baleia foi encontrada por um agente ambiental desta unidade de
conservação, por volta da 08h00min, durante a fiscalização costumeiramente realizada na região. Ao
perceber que a baleia não apresentava escoriações e aparentemente estava em boas condições físicas, o
batalhão ambiental da polícia militar foi acionado, com o objetivo de auxiliar durante os procedimentos de
primeiros socorros. A equipe local foi orientada, por especialistas em mamíferos aquáticos que atuam no
Estado, a adotar os procedimentos padrão de conduta durante os eventos de encalhe de cetáceos,
especialmente quanto à manutenção da temperatura corporal e proteção contra radiação solar, até que o
nível d’água permitisse a devolução do animal ao ambiente de origem. Após aproximadamente oito horas
de monitoramento e execução dos cuidados básicos, a baleia foi conduzida ao ambiente natural, a partir da
elevação do nível d’água. Seu deslocamento foi observado pelos técnicos, até o momento em que começou
a nadar ativamente em direção leste. Os moradores e pescadores locais e do entorno do arquipélago do
Bailique foram alertados, via rádio, sobre a presença da baleia e incentivados a fornecer informações, caso
o animal fosse observado em outra localidade. Como não houve relatos de avistagem ou encalhe nos dias
subsequentes, pressume-se que o animal tenha sobrevivido. Este registro demonstra que ainda há lacunas
que necessitam de esclarecimento e que há necessidade de se ampliar os esforços de pesquisas
direcionadas à mastofauna aquática presente na zona costeira norte do Brasil.

Palavras chave: Balaenoptera bonaerensis, áreas protegidas, Amazônia

Apoio Financeiro: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Secretaria
do Meio Ambiente do Estado do Amapá

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ENCALHES DE CETÁCEOS NO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL - BRASIL, ENTRE OS ANOS DE


2002 E 2009

Monteiro, D. S.; Estima, S. C.; Silva, K. G.; Menezes, R. B.; Lima, B. B.

Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental – NEMA (Projeto Mamíferos do Litoral Sul) – Rio Grande –
Rio Grande do Sul (nema@nema-rs.org.br).

O encalhe de cetáceos, comum ao longo dos 620km de extensão do litoral do Rio Grande do Sul, vem
sendo registrado pelo NEMA, anualmente, desde 1988. No período de 2004 a 2009, foram percorridos,
mensalmente, 355km da Barra do Chuí à Barra da Lagoa do Peixe; nos anos de 2002 e 2003, foram
monitorados, a cada mês, 620km e 110km, respectivamente. Devido às diferenças no esforço de
amostragem, os dados foram transformados em índices (I10) de animais mortos para cada 10km de praia,
onde: I10=(n° de animais/km percorridos)x10. Foram monitorados, ao total, 27257km, tendo-se registrado
1743 espécimes mortos de 20 espécies e 75 cetáceos não identificados. Pontoporia blainvillei foi a espécie
mais freqüente em todos os anos, com 1612 registros (88,7%). Para P. blainvillei, obteve-se I10=0,59
(variação de 0,12 em 2003 a 0,94 em 2009). A média de 128,6 encalhes de P. blainvillei na primavera
(outubro a dezembro) foi significativamente maior que no outono e no inverno (ANOVA, p=0,0007). Tursiops
truncatus foi a segunda espécie mais freqüente, com registros em todos os anos, correspondendo a 3,7%
dos encalhes (n=67; variação de 2 em 2007 a 15 em 2005). Não foi observada variação sazonal nos
encalhes de T. truncatus (ANOVA, p=0,251). A nível específico também foram registrados: Steno
bredanensis (6), Delphinus delphis (6), Globicephala melas (6), Physeter macrocephalus (6), Pseudorca
crassidens (5), Stenella frontalis (3), Orcinus orca (3), Stenella coeruleoalba (2), Ziphius cavirostris (2),
Mesoplodon grayi (1), Phocoena spinipinnis (1), Kogia breviceps (1), K. sima (1), Eubalaena australis (8),
Balaenoptera acutorostrata (5), B. bonaerensis (5), Megaptera novaeangliae (2), B. borealis (1). Todos os
espécimes de B. acutorostrata e O. orca eram filhotes com comprimento total (CT) médio de 3,0m e 2,2m,
respectivamente. Três B. bonaerensis, três E. australis e quatro G. melas eram filhotes com CT médio de
3,4m; 5,5m e 2,0m, respectivamente. Além destes, encalharam vivos: B. bonaerensis (1), K. sima (1) e P.
blainvillei (1). Os encalhes de P. blainvillei e T. truncatus são provenientes, em sua maioria, da captura
incidental na pesca e, por isto, freqüentes em todos os anos. É possível que a mortalidade das demais
espécies esteja relacionada a processos naturais da dinâmica populacional, visto que ocorrem em baixo
número e sem um padrão anual. Observou-se um aumento de 3,7 vezes no (I10) de P. blainvillei, quando
comparado com o período de 1993 a 2001 (I10=0,16), provavelmente ocasionado pelo aumento do esforço
da pesca de emalhe.

Palavras chave: cetáceos, encalhes, Rio Grande do Sul

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ENCALHES RECENTES DE PEIXE-BOI-DA-AMAZÔNIA (Trichechus inunguis) OCORRIDOS NO


ESTADO DO PARÁ, BRASIL, 2008-2010

Sousa, M. E. M.1,2*; Marques, C. C.3; Legatzki, K.4; Oliveira, J. M.4; Luna, F. O.3; Pretto, D. J.3;
Andrade, M. C.3; Tuma, D. A.6; Siciliano, S.1
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia – GEMAM/ Museu Paraense Emílio Goeldi,
Coordenação de Zoologia, Setor de Mastozoologia1 (*maura_elisabeth@yahoo.com.br);
2
Pós-Graduação em Biologia Ambiental do Instituto de Estudos Costeiros, UFPA, Campus Bragança
3
Centro de Mamíferos Aquáticos – CMA /Instituto Chico Mendes Biodiversidade - ICMBio
4
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte - CEPNOR / Instituto Chico
Mendes Biodiversidade – ICMBio
5
Faculdades Integradas do Tapajós - FIT
6
Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves

O peixe-boi-da-Amazônia (Trichechus inunguis) distribui-se por toda a bacia do rio Amazonas e seus
afluentes. Segundo a International Union for Conservation of Nature (IUCN), T. inunguis é vulnerável à
extinção, em concordância com a Portaria IBAMA nº 1.522/89. Contudo, o peixe-boi-da-Amazônia faz parte
da tradição e da cultura da região amazônica e há séculos tem sido caçado para obtenção de alimento e
remédio pelas comunidades indígenas e ribeirinhas. Devido a forte pressão de caça e destruição dos
hábitats deve-se avaliar as tendências populacionais dessa espécie ameaçada. Dessa forma, o presente
trabalho objetiva documentar os encalhes de peixes-boi-da-Amazônia ocorridos no estado do Pará entre
2008 e 2010. No total foram registrados 28 encalhes de T. inunguis nesse estado, dos quais a maior
proporção (N=15) ocorreu no período chuvoso (novembro-março). Dos indivíduos sexados, 10 tratavam-se
de fêmeas e 18 eram machos. Do total de ocorrências, a maioria correspondeu a filhotes (N=27) com CT
variando entre 76 e 113 cm. O único adulto na amostra tratava-se de um macho procedente de Abaetetuba,
com CT 305 m. Os encalhes ocorreram, de forma precípua, nas porções continentais do estado, no qual
Santarém representou o município com maior número de registros (N=10), dos quais três deles ocorridos na
área litorânea, com dois resgates em Salvaterra e outro em Vigia. Em sua maioria, os encalhes ocorreram
em 2010 (50%; N=14), e em menor frequência em 2008 (18%; N=5). Observou-se que a maioria dos
encalhes de peixes-bois coincide com o período chuvoso, assim como a elevada proporção de filhotes na
amostra poderia estar relacionada com o período reprodutivo. Durante a fase de cuidado parental,
característico em Trichechus spp., as fêmeas tornam-se vulneráveis a captura, atraídas pelos filhotes que
são mais facilmente apanhados. Atualmente existem no Centro Mamíferos Aquáticos – Pará (CMA/PA), 6
animais mantidos em cativeiro remanescente dos encalhes, e 4 no ZooFit – Santarém. A continuidade das
ações relacionadas ao manejo e a conservação do peixe-boi-da-Amazônia no estado do Pará devem ser
somadas a participação dos atores sociais para uma rede de informações mais eficiente a fim de minimizar
os encalhes e otimizar as ações de resgate.

Palavras chave: Trichechus inunguis; encalhe; Estado do Pará.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

FIRST LIVE STRANDING OF BAIRD’S BEAKED WHALES (Berardius bairdii) IN THE GULF OF
CALIFORNIA, MEXICO

Mercuri, Milena1*; Salvadeo, Christian J.1; Pardo, Mario A.2; Niño-Torres, Carlos A.3;
Gómez-Gallardo U., Alejandro4; Urbán R., Jorge4
1
Centro Interdisciplinario de Ciencias Marinas-Instituto Politécnico Nacional.
* e-mail: milenamercuri@hotmail.com
2
 Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Ciencias del Mar y Limnología.
3
Universidad de Quintana Roo, División de Ciencias e Ingeniería.
4
Universidad Autónoma de Baja California Sur, Departamento de Biología Marina.

The Baird's beaked whale (Berardius bairdii) distributes continuously across the North Pacific in deep-
offshore waters over the narrow margins of the continental shelf. Mass strandings of this species are rare
worldwide. With this, only five events have been reported, three of them within the Gulf of California (GC).
Here, we document the first live mass stranding of Baird’s beaked whales in the GC, and review the temporal
incidence of previous strandings and sightings along the entire range of the species, supporting the idea of
its seasonal occurrence near the coast, previously proposed by other authors. On June 12th of 2010, a group
of four Baird’s beaked whales (two adults, a juvenile, and a calf) stranded alive at Bay of La Paz, southern
GC. The animals stranded in a very shallow area near the coast, but they remained in water all the time. A
few hours later, they leaved the area without any external intervention. Nearly one month later, on July 7th,
the same group identified by natural marks stranded alive again few kilometers south from the first stranding
site. Based on what happened in the previous event, the authorities decided to wait and take no action.
Nevertheless, this time the group got totally stranded during the lowest tide that night. The next morning, the
two adults and the calf were found dead, whereas the juvenile was towed alive by a boat and released in
deeper waters, being its survival unknown. Postmortem observations and measurements confirmed that the
group was composed by two adult females of 10.2 and 10.5 m, a female calf of 5.8 m and the juvenile of
unknown sex. Causes of the strandings and subsequent death of the animals are not clear yet. Although,
mass strandings of beaked whales are often related to military acoustic exercises or seismic explorations,
none of those activities were underway close to the stranding dates. Beyond the causes of these events, we
believe it is important to point out and discuss the tendency of the Baird's beaked whale to be found near the
coast during the warm months of the year along its entire range of distribution, as it is suggested by all
sighting and stranding records, including those from the GC (June - July). Thus, it is very likely that this
species presents offshore-inshore seasonal movements that are presumable linked to the availability of its
main prey, the squid.

Keywords: Mass stranding; seasonal movements; ziphiids.

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

OBSERVATIONS OF CETACEANS OFF THE VALPARAISO REGION, CENTRAL CHILE, 2004 - 2009

Castilla, Consuelo1; Salinas, Carla2; Castillo, Víctor3; Navarrete, Sergio1; Soto, Felipe4;
Díaz-Aguirre, Fernando1
1
Facultad de Ecología y Recursos Naturales, Universidad Andrés Bello, Av. Republica 440, Santiago, Chile.
c.castilla@uandresbello.edu
2
Facultad de Biología y Ciencias, Universidad de Valparaíso, Av. Gran Bretaña 1111, Valparaíso, Chile.
3
Av. Balmaceda 825, Reñaca, Viña del Mar, Chile.
4
Facultad de Ciencias del Mar y de Recursos Naturales, Universidad de Valparaíso, Av. Borgoño Nº 16344,
Reñaca, Viña del Mar, Chile.

Knowledge about the presence of cetaceans in coastal waters off the Valparaíso region is limited. Most
information comes from opportunistic sightings or sporadic cruises conducted far from shore. In this work we
report new observations of cetaceans obtained during a long-term research on a population of bottlenose
dolphins that inhabit this region. Between November 2004 and December 2009 were made 98 days of land-
based observations and 20 boat-based surveys in the waters around Punta Curaumilla, central Chile. A total
of 555h of effort were spent in the area recording 15 sightings, including four species of odontoceti and two
mysticeti. The most frequent species encountered was Lagenorhynchus obscurus (5), followed by Orcinus
orca (3), Megaptera novaeangliae (3), Phocoena spinipinnis (2) and Eubalaena australis (1). A group of
Physeter macrocephalus was sighted on a boat survey on deep waters (>500m). Particularly, mysticeti
species were observed only during spring and summer months. Information obtained in this work enables a
better understanding on the occurrence of cetaceans in coastal waters off the Valparaiso region and suggest
a high species diversity in this area. These results highlight the importance of this environment for cetaceans
and evidence the need to implement a more detailed monitoring program for the establishment of
conservation guidelines. Considering that this region has one of the greatest human population densities and
consequently a high impact over the coastal zone, this area can become strongly degraded in a few
decades. Particularly, the interaction and competence with fisheries, maritime traffic and marine pollution
could represent the most significant threats for cetaceans that occur in this environment.

Keywords: cetaceans; occurrence; central Chile.

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

OCORRÊNCIA DE BOTO-VERMELHO (Inia geoffrensis) NA BACIA DO RIO ARAGUARI, AMAPÁ,


BRASIL

Lima, Danielle1,2; Marmontel. Miriam1,2; Barbosa, Daiane Almeida1,3; Silva, Cláudia Regina 1,4
1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, Núcleo Amapá – Amapá, Brasil. Email:
limadanielle@terra.com.br
2
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, Instituto Mamirauá – Amazonas, Brasil
3
Universidade Federal do Amapá – Amapá, Brasil
4
Laboratório de Mastozoologia, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá –
Amapá, Brasil

Há lacunas sobre o conhecimento da distribuição das espécies na Amazônia, justificadas pela extensão
deste bioma e pela dificuldade de acesso a determinados locais. Esta deficiência amostral muitas vezes não
reflete a realidade, conduzindo a interpretações pouco confiáveis ou errôneas. O boto-vermelho (Inia
geoffrensis) possui ampla distribuição, apontado como espécie que explora distintos ambientes na bacia do
rio Amazonas, Orinoco e Araguaia-Tocantins. Recentemente novos registros efetuados no Brasil indicaram
a presença de I. geoffrensis em ambientes costeiros com características flúvio-marinhas, o que foi suficiente
para ampliar a área de ocorrência da espécie. Ao se observar o mapa de distribuição de boto-vermelho
disponibilizado atualmente IUCN, nota-se que no estado do Amapá, situado no extremo norte do Brasil,
indivíduos da espécie podem ser encontrados exclusivamente na porção sul. Incursões náuticas e
entrevistas aos moradores locais vêm sendo realizadas desde 2007 em distintos cursos d’água no território
amapaense, em busca de informações sobre a presença de mamíferos aquáticos. O presente estudo teve
por objetivo relatar a ocorrência de botos-vermelho na bacia do rio Araguari, um dos principais corpos
hídricos do estado do Amapá. Entre 2007 e 2010 foram realizadas saídas a campo no trecho do rio Araguari
compreendido entre a Floresta Nacional do Amapá e a Reserva Biológica do lago Piratuba. Neste período
foram efetuadas 73 observações de botos-vermelho no trecho a partir das corredeiras do rio Araguari (à
jusante da UHE Coaracy Nunes) até a região de desembocadura. Os moradores locais entrevistados (n =
116) durante as incursões náuticas afirmaram que o boto-vermelho (localmente designado por boto grande,
boto malhado e/ou boto branco) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) podem ser regularmente observados no
referido trecho. Possivelmente, um novo empreendimento hidrelétrico será implementado no município de
Ferreira Gomes, próximo à UHE Coaracy Nunes, o que tem o potencial de alterar atual área de ocorrências
destas espécies de cetáceos. Espera-se que as informações aqui apresentadas contribuam para a
ampliação do conhecimento sobre as áreas de ocorrência de I. geoffrensis no estado do Amapá e atuem
ainda como ferramentas que auxiliem no monitoramento ambiental, caso uma nova UHE seja construída em
Ferreira Gomes.

Palavras chave: Inia geoffrensis, rio Araguari, UHE

Apoio Financeiro: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

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Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

OCORRÊNCIA DE PEQUENOS CETÁCEOS NA COSTA DO PARÁ, BRASIL, 2005-2010

Rodrigues, A. L. F1,6*; Santos, G. M. A.1,2; Sousa, M. E. M.1,3; Arcoverde, D. L.1,4; Martins, B. M. L.1;
Emin-Lima, R.1,5; Costa; A. F.7.; Siciliano, S.1,5
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia – GEMAM/ Museu Paraense Emílio Goeldi,
Coordenação de Zoologia, Setor de Mastozoologia1 (*angelicagemam@yahoo.com.br);

² Graduação em Ciências Biológicas – Universidade Federal do Pará (UFPA)

³ Pós-Graduação em Biologia Ambiental do Instituto de Estudos Costeiros, UFPA, Campus Bragança;


4
Pós-Graduação em Zoologia, UFPA / Museu Paraense Emílio Goeldi;
5
Pós-graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ
6
Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento/IFCH/UFPA
7
Instituto Ilha do Caju Ecodesenvolvimento e Pesquisa

A partir de 2005 houve um notável aumento do esforço para ampliação do conhecimento sobre os
mamíferos aquáticos da Costa Norte do Brasil. A criação do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da
Amazônia, vinculado ao Museu Paraense Emílio Goeldi foi decisiva para a mudança desta realidade na
região. Desde novembro de 2005, as ocorrências de pequenos cetáceos na costa paraense foram
registradas a partir de monitoramentos regulares de praia, cruzeiros dedicados a bordo do Navio
Oceanográfico Antares, e ainda por atendimento a encalhes. Pela primeira vez foram registrados na Costa
Norte o golfinho-de-Risso (Grampus griseus), o golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis), o golfinho-
comum-de-bico-longo (Delphinus capensis) e o golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). G. griseus
encalhou vivo na Praia Grande, município de Marapanim, e também foi avistado grupo de sete indivíduos ao
largo da costa paraense. Na Área de Proteção Ambiental Algodoal/Maiandeua foram registrados encalhes
de D. capensis em 2007 (N=1), T. truncatus em 2008 e 2010 (N=2), e S. bredanensis em 2007, 2008, 2009
e 2010 (N=4). Também foi avistado, em cruzeiro oceanográfico, um grupo com quatro golfinhos-de-dentes-
rugosos, além de um encalhe no município de Salinópolis, nordeste paraense. Ainda foram registrados
blackfish não identificados em 2005 e 2007, respectivamente, na Praia do Araruna, município de Soure na
Ilha de Marajó e na Praia do Mupéua, Vila de Fortalezinha, Maracanã. Recentemente foi observada a
ampliação da distribuição do boto-vermelho (Inia geoffrensis) para a Baía de Marajó, e confirmou-se a
ocorrência de uma população residente no rio Guamá, em Belém, que utiliza a área para alimentação e
reprodução. Da mesma forma em Belém foram registrados grupos de Sotalia spp. no rio Guamá,
constituindo uma possível área de simpatria entre as duas espécies de Sotalia (S. fluviatilis e S. guianensis).
Além disso, nota-se a presença de uma população residente de botos-cinza (S.guianensis) na baía de
Marapanim (nordeste do Pará) com grupos que variaram entre 1 a 60 indivíduos. Em 2010, um grupo de
boto-cinza (N=4) encalhou em currais de pesca localizados entre as praias de Marudá e Crispim, no
município de Marapanim. Os botos foram devolvidos ao mar, em seguida, graças à ajuda de bombeiros e
banhistas. Carcaças de S. guianensis são recolhidas através de monitoramentos sistemáticos na costa leste
da Ilha de Marajó, em Soure e Salvaterra, e na APA da Ilha de Algodoal/Maiandeua. Os monitoramentos
sistemáticos, tanto em terra como embarcado, têm contribuído consideravelmente para a ampliação da
distribuição, e de informações a respeito da ecologia e biologia dos pequenos cetáceos na Costa Norte do
Brasil.

Palavras chave: cetáceos, Costa Norte.

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

OCORRÊNCIAS DE ENCALHES DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS NA RESERVA BIOLÓGICA DO ATOL


DAS ROCAS – RN

Silva, Maurizélia de Brito1; Godoy, Thais de1; Segundo Neto, José Targino2
1
Reserva Biológica do Atol das Rocas /ICMBIO zeliaatol@yahoo.com.br
2
Jardim Botânico – João Pessoa/PB.

Encalhe é um evento descrito em mamíferos aquáticos, no qual o animal morto vem a terra, e se vivo não
consegue retornar a água. O monitoramento destes encalhes é um instrumento para obtenção de
informações sobre a ocorrência, biologia e ecologia destas espécies. Estes eventos ocorrem durante todo o
ano no litoral brasileiro e nas ilhas oceânicas, e tudo pode ser avaliado a partir das carcaças. Na Reserva
Biológica do Atol das Rocas existem registros preliminares sobre mamíferos freqüentando aquela porção
oceânica ainda com fins desconhecidos. Diante desta perspectiva, este trabalho teve como objetivo resgatar
todos os encalhes ocorridos na Reserva durante o período de junho de 1995 a junho de 2010. Os dados
foram obtidos através de consulta a pesquisadores e a equipe da reserva, que atenderam as ocorrências de
encalhes obedecendo às orientações de protocolos de conduta. Foi realizado um levantamento fotográfico e
através deste foram identificadas as espécies, observando as características morfológicas externas
essenciais. No total foram 4 encalhes, sendo o primeiro evento em julho de 1995. Era um individuo da
espécie Stenella longirostris que chegou morto com marcas de rede em todo corpo, mostrando uma
evidente interação com a pesca ilegal. O segundo ocorreu em dezembro de 1998 e foi encontrado ainda
vivo sobre os recifes, mas chegou a óbito em seguida. Era uma fêmea de Stenella sp. O terceiro evento foi
em setembro de 2000, sendo da espécie Physeter macrocephalus. Media 9,80 metros e sua ossada
continua na reserva. A última ocorrência foi em janeiro de 2010 e tratava-se de um Stenella longirostris.
Chegou morto a praia e sua carcaça apresentava boas condições, com pouco enrugamento da pele e sem
marcas de rede de pesca. Suas informações biométricas foram registradas em planilha de campo. Foi
enterrado na própria praia visando obtenção de material osteológico para estudos e montagem do
esqueleto. Estes registros confirmam a presença de mamíferos na área e no entorno da Reserva, já que
todos os animais encalharam em bom estado de conservação e não caracterizavam estar sendo arrastados
pelas correntes marítimas por dias seguidos. A partir dessas informações poderemos guiar esforços para
identificação das populações residentes, das que estão em atividades de migração e/ou as ocorrências
ocasionais, buscando ações que minimizem os impactos sobre essas espécies e aumentando a freqüência
de estudos dentro dos limites da reserva.

Palavras chave: Mamíferos aquáticos; Encalhe; ReBio Atol das Rocas.

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OCORRÊNCIAS DE MISTICETOS NA BAIXADA SANTISTA, PORÇÃO CENTRAL DO LITORAL DO


ESTADO DE SÃO PAULO – BRASIL

Vicente, André F. C.1; Maranho, Andréa2; Alvarenga, Fernando S.1; Zampirolli, Emerson1; Gentil, Ivan C.2;
Zilio, Mariana M.2
1
CEEMAM – Centro de Estudos de Mamíferos Marinhos – Rua Prof. Torres Homem, 22 casa 4 –
Boqueirão, Santos / SP, 11025-020. ceemam@hotmail.com;
2
GREMAR (Resgate e Reabilitação de Animais Marinhos) Rua Avedis Simonian, 627 – Guaiúba, 11421-
060 Guarujá/SP. amaranho@iron.com.br.

O presente trabalho enfoca o registro de novas ocorrências de misticetos na porção central do litoral do
Estado de São Paulo, na área que cobre as praias de Bertioga (23º50’S, 46º05’W) até Peruíbe (24º20’S,
47º00’W), no período compreendido entre os meses de março de 1997 e julho de 2010. Os Misticetos
compreendem os grandes cetáceos, distribuídos por todos os oceanos do planeta, porém muitos deles
exibem padrões migratórios anuais, sendo que algumas espécies como a baleia-de-Bryde não realizam
extensos movimentos migratórios. Os dados foram obtidos através de animais encontrados encalhados
vivos ou mortos e avistamentos de cetáceos em águas costeiras, a identificação dos exemplares fora
realizada através de características morfológicas, osteológicas, craniométricas e padrões de coloração.
Foram registradas as ocorrências de 44 exemplares pertencentes às espécies: Balaenoptera edeni (n=10);
B. acutorostrata (n=11); Megaptera novaeangliae (n=08) e Balaenoptera spp. (n=09), Eubalaena australis
(n=04) e dois (n=02) misticetos não identificados. O monitoramento das praias da Baixada Santista conta
com o apoio do IBAMA, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Museu do Instituto de Pesca e
comunidades costeiras. Em paralelo a este trabalho estamos realizando uma série de palestras e outros
eventos de educação ambiental junto às comunidades pesqueiras, guarda vidas, no sentido de orientar
quais os procedimentos corretos de primeiros socorros para mamíferos marinhos e conscientizar a
população local da importância de se recuperar informações para o estudo e preservação dos mamíferos
aquáticos.

Palavras chave: Misticetos, encalhes e mamíferos marinhos.

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OCURRENCIA Y ESTACIONALIDAD DE BALLENAS MINKE (CETACEA: BALAENOPTERIDAE) EN


URUGUAY

Juri, Eduardo1,2; Valdivia, Meica1; Simões-Lopes, Paulo César3; Le Bas, Alfredo1,4,5


1
Laboratorio de Mamíferos Marinos, Museo Nacional de Historia Natural, Montevideo Uruguay.
E-mail: edujuri@gmail.com
2
Dirección de Coordinación Científica, Instituto Antártico Uruguayo
3
Laboratorio de Mamíferos Aquáticos, Universidade Federal de Santa Catarina
4
Sección Fisiología y Nutrición, Facultad de Ciencias, UdelaR.
5
Sección Biofísica, Facultad de Medicina, UdelaR.

Actualmente se reconocen dos especies de ballena minke, Balaenoptera acutorostrata (Lacépède, 1804) y
B. bonaerensis (Burmeister, 1867). Como esta distinción es relativamente reciente, se reidentificaron todos
los registros uruguayos de ballenas minke, que datan desde 1937 a 2009. En base a los caracteres
diagnósticos de la morfología craneal y patrón de coloración, se analizaron los 25 registros de varamientos
documentados disponibles en colecciones y bases de datos nacionales. 17 ejemplares (68%)
correspondieron a B. acutorostrata (1♂, 7♀, 9 indeterminados) y 8 (32%) a B. bonaerensis (3♂, 2♀, 3
indeterminados). Del total de registros, 18 (72%) corresponden a ejemplares clasificados como Clase I
(neonatos y juveniles, TL<400cm), distribuyéndose el resto entre las Clases II y III. Para B. acutorostrata se
observa una mayor frecuencia de varamientos en invierno y primavera, no pudiéndose establecer algún
patrón para B. bonaerensis por el escaso número de datos, sin embargo para el sur de Brasil esta especie
tiende a ser vista con mayor frecuencia en el verano. Para ambas especies, es llamativa la alta frecuencia
de ejemplares neonatos encallados vivos o muy recientemente muertos, sin otras lesiones aparentes más
que las del propio varamiento. En ningún caso se avistaron adultos en las cercanías de dichos varamientos.
El escaso conocimiento de la biología de ambas especies de ballena minke hace relevante el registro
sistemático de sus varamientos, el cual debería ser integrado regionalmente.

Palabras clave: Minke, Uruguay, varamientos

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UM OUTRO CASO DE DOENÇA DE PELE (RE-EMERGENTE?) EM GOLFINHO-NARIZ-DE-GARRAFA


NO SUL DO BRASIL

Flores, Paulo A. C.1,*; Pretto, Dan J.1; Rocha, Hellen Jose F.2; Siciliano, Salvatore3
1
Centro Mamíferos Aquáticos – CMA, Centro Nacional de Pesquisa & Conservação de Mamíferos
Aquáticos, ICMBio, MMA, CMA SC, Rod. Maurício Sirotsky Sobrinho, s/n, km02, Jurerê, Florianópolis, SC,
88053-700, Brasil. * E-mail: paulo.flores@icmbio.gov.br
2
Reserva Biológica Marinha Arvoredo, Rod. Maurício Sirotsky Sobrinho, s/n, km02, Jurerê, Florianópolis,
SC, 88053-700, Brasil

Doenças e condições enfermas de pele em pequenos cetáceos têm sido novamente avaliadas
recentemente, sobretudo com uma extensiva revisão realizada na América do Sul. O golfinho-nariz-de-
garrafa (Tursiops truncatus) é uma das espécies mais afetadas neste contexto, com Lobomicose registrada
na região Sul do Brasil desde 1993. Um encalhe de T. truncatus macho com 250cm de comprimento total foi
reportado e atendido em 12 de fevereiro de 2009, revelando intensas cicatrizes e manchas indicativas
provavelmente de infecções fungícas e bacterianas, além de possível surgimento pós traumático devido a
emalhamento em redes de pesca. Amostras de tecido muscular, epidérmico e adiposo encontram-se
armazenadas para análise. O animal apresentava, ainda, restos de rede de monofilamento e linhas
multifilamentosas de nylon profundamente embebidas na boca e nadadeiras peitorais. A comparação da
foto da nadadeira dorsal não revelou re-avistamento de animais do catálogo de indivíduos da região,
embora isto não descarte a possibilidade do animal ser residente desta área. Apesar de ser registro de um
animal encalhado apenas, esta informação adiciona-se aos registros de animais vivos foto-identificados com
lesões epidérmicas, porém, permitindo a identificação dos agentes fungícos e bacterianos através das
análises de tecidos coletados.

Palavras chave: Delphinidae, Tursiops truncatus, saúde.

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PRIMEIRO REGISTRO DE ENCALHE DE UM GOLFINHO DE RISSO, Grampus griseus (CETACEA:


DELPHINIDAE), PARA O ESTADO DA PARAÍBA

Toledo, Gustavo Alves da Costa1; Nascimento, Anna Ludmilla da Costa Pinto1; Brito Jadson Luís da Silva1;
Langguth, Alfredo 1
1
Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Sistemática e Ecologia, João Pessoa, PB, Brasil.
Email: gustavoact@yahoo.com.br

Registro de encalhes e coleta de material biológico são fundamentais para a ampliação de conhecimento
bioecológico e sobre distribuição geográfica de mamíferos marinhos. Os golfinhos de Risso - Grampus
griseus (G. Cuvier, 1982) - habitam águas profundas próximas à plataforma continental, entre as regiões
tropicais e temperadas, nos hemisférios norte e sul. São animais sociais e podem atingir mais 3,8m de
comprimento. O objetivo deste trabalho é registrar o primeiro encalhe do golfinho de Risso no estado da
Paraíba. Um indivíduo encalhou vivo próximo a desembocadura do Rio Paraíba, situada no porto de
Cabedelo-PB no dia 30 de abril de 2010. O animal foi encontrado pela equipe do corpo de bombeiros e
levado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres – PB, porém veio a óbito durante o deslocamento.
Integrantes do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Marinhos da Paraíba transportaram o espécime até a
UFPB, onde a necropsia foi realizada. Tratava-se de um macho neonato, com 157 cm de comprimento, em
estado fresco, apresentando caquexia severa e duas feridas recentes provocadas por um objeto perfuro-
cortante, localizadas na região ventral do animal, próxima às nadadeiras peitorais. A análise externa não
permitiu visualizar a presença de dentes eclodidos. No estômago foram encontrados apenas resquícios do
suco gástrico e sedimentos. Pela necropsia descarta-se a morte por afogamento. Para a identificação do
espécime observou-se o sulco na região frontal do melão e pelo formato característico sobressalente e
retangular da cabeça. O animal foi macerado em água e a análise osteológica revelou um crânio bastante
frágil e com suturas não ossificadas, especialmente da porção rostral e do complexo do pterigóide. Sete
dentes mandibulares foram revelados pós-maceração. A fórmula vertebral encontrada foi C7 + T13 + L23 +
Ca25 = 68. Todo material biológico coletado encontra-se depositado na Coleção de Mastozoologia da UFPB
(UFPB 6083). Encalhes de golfinhos de Risso no Nordeste são particularmente raros, sendo este apenas o
quarto encalhe confirmado na região. O registro de um neonato na Paraíba, somado aos encalhes de outro
filhote no Ceará e de indivíduos adultos na Bahia, Pará e Maranhão, levam a crer que pode haver uma
população da espécie na zona mais setentrional do Atlântico Sul Ocidental. Essas informações sugerem
uma distribuição contínua de G. griseus, no entanto, são necessários esforços de monitoramento
embarcado para confirmar sua presença na área.

Palavras chave: Encalhe; Grampus griseus; Paraíba.

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PROTOCOLO DE ENCALHES NA APA DA BALEIA FRANCA: O CASO DA BALEIA DE BRYDE NO


COSTÃO DE ITAPIRUBÁ, SC

Moreira L. M.de P.1; Rocha, M. E. C. da1; Groch, K. R.2; Freitas, R.3; Bom, K. C. M.3; Flores, P. A. C.4;
Pretto, D.4; Corrêa, A. A. 5; Farias, D. S.6; Guimarães, G. M.7; Martins, L.8; Amorim, W.8
1
Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca/ICMBio, Brasil.
2
Projeto Baleia Franca – PBF/Brasil
3
Unidade de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski/UNESC
4
Centro Mamíferos Aquáticos/CMA/ICMBio, Brasil
5
Oikos Consultoria Ambiental
6
GRUPEP - Arqueologia/UNISUL
7
CEPAARQ – Centro de Pesquisa Ambiental e Arqueológica
8
Prefeitura Municipal de Imbituba

A baleia de Bryde (Balaenoptera edeni) é provavelmente um dos misticetos menos conhecidos, distribuindo-
se nas águas tropicais e temperadas entre 40ºN e 40ºS. No Brasil, Avistagens são relativamente freqüentes
no sudeste e encalhes ocorrem nas regiões Sul e Sudeste. A Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia
Franca/ICMBio está localizada no estado de Santa Catarina, entre a Lagoinha do Leste (Florianópolis) e o
Balneário Rincão (Içara) e protege áreas marinhas e costeiras ao longo de 130 km, abrangendo nove
municípios. Desde 2007 esta unidade de conservação desenvolveu um Protocolo de Atendimento a
Encalhes de Animais Marinhos com a participação de diversas instituições atuantes na região. Em 6 de
setembro de 2009, encalhou morto um adulto de baleia de Bryde em uma praia de seixos no costão da
Praia de Itapirubá (Imbituba). O local é de difícil acesso (por terra e mar) e há oficinas líticas na porção
norte. Apesar de ser uma área de preservação permanente (APP), existem habitações da população local
que sofreram com o avançado estado de decomposição da carcaça. Para tanto foi necessária a articulação
de diversos atores com o objetivo da correta destinação do espécime. A primeira opção, considerada
inicialmente a mais viável pela equipe, foi a retirada por mar. Porém, devido as condições desfavoráveis do
mar, do local e logística envolvida, esta foi descartada. A partir disto, a retirada por terra mostrou-se a única
alternativa, apesar das condições de difícil acesso e dos fatores anteriormente citados. Diversas reuniões
foram realizadas para a discussão, programação e obtenção dos equipamentos necessários para a
operação. A equipe de apoio recebeu treinamento específico para o atendimento deste encalhe. De 23 a 28
de setembro, as equipes trabalharam em conjunto no retalhamento, transporte e destino final da carcaça.
Foram utilizados facas, cabos, pás, cal, guincho, trator, retroescavadeira, refletores e EPIs. Além disso,
instalou-se uma placa explicativa, formulou-se matéria impressa para a mídia local composta de nota
técnica e distribuiu-se folders informativos de encalhes, todos alertando a população sobre os riscos à
saúde. A operação foi ao mesmo tempo exaustiva e de sucesso, oportunizando o aprendizado acerca dos
procedimentos de atendimento a encalhes de grandes baleias, destacando a importância da atuação de
cada instituição envolvida dentro da sua competência e responsabilidade, conforme preconizado no
Protocolo de Atendimento a Encalhes de Animais Marinhos.

Palavras chave: encalhe, APA da Baleia Franca, Balaenoptera edeni.

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PUBLIC AND GOVERNMENTAL INVOLVEMENT FOR THE ESTABLISHMENT OF AN EFFECTIVE


MARINE MAMMAL STRANDING NETWORK WITHIN A MARINE PROTECTED AREA IN SOUTHERN
BRAZIL

Serafini, P. P.¹; Kolesnikovas, C. K. M.²; Moreira L. M. de P.³; Corrêa, A. A.4; Groch, K. R. 5; Severo, S.6;
Rocha, M. E. C. da³

¹ Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Aves Silvestres – CEMAVE/ICMBio, Brasil.

² Associação R3 Animal

³ Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca/ICMBio, Brasil (Southern Right Whale EPA).
apadabaleiafranca@yahoo.com.br
4
Oikos Consultoria Ambiental
5
Projeto Baleia Franca – PBF/Brasil (Right Whale Project - Brazil)
6
Projeto Gaia Village

The Southern Right Whale Environmental Protection Area (Southern Right Whale EPA) is located in
southern Brazil, Santa Catarina State, and protects marine and coastal areas of nine Brazilian municipalities,
an overall coastline of 130 km. The increasing number of strandings of marine mammals and the need of a
consistent and long term plan for collecting scientific data demanded the managing authority of this Marine
Protected Area (MPA) to develop together with other institutions a protocol aiming to establish an accurate
profile of marine mammals stranding patterns and distribution. The establishment of the protocol was
believed to be an efficient tool for contributing to an understanding of population trends, anthropogenic
impacts and factors underlying natural mortality. The construction of the protocol for attending marine
mammals strandings within this MPA started in 2007, considering a participatory methodology involving the
communities along the coastal areas, fishermen, surfers, whale watching operators, scientific and research
institutions among other stakeholders that might be involved in attending or notifying stranding events to the
authorities. The protocol for the EPA was developed having other national (REMAB, REMANE and
REMASUL) and international protocols as reference. In order to promote the establishment of the protocol as
well as to educate potential volunteers and institutions involved, in 2008 and 2009, twelve workshops were
organized, attending 353 participants. The protocol includes technical information about marine mammals,
seabirds and quelonians that occur in the MPA area, information on diseases, zoonosis and adequate
procedures to assist live stranded animals as well as protect human health during these events. The
workshops were essential to prevent mistakes like attempts to feed live stranded animals, forcing animals to
return to the water causing hypothermia, improper wash oiled animals, especially penguins, among other
inadequate attempts to help the animals. Having the workshops as a starting point, the EPA protocol has
been collectively improved contributing for the protection and management of the marine animals occurring
in the area. This effort has been crucial to ensure quick responses and effective actions during stranding
events, resulting in restricting access to stranded animals, public education in relation to strandings, as well
as assuring data collection for scientific studies in this protected area. As a result of the involvement of the
EPA in stranding events, in 2009, the EPA became a member of the South Brazilian Stranding Network-
REMASUL, that was stablished in 2005 and is coordinated by national Aquatic Mammal Center.

Keywords: stranding protocol, Southern Right Whale, marine animals

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REGISTRO DA PRIMEIRA CAPTURA DE PEIXE-BOI MARINHO (Trichechus manatus) ADULTO NO


BRASIL

Attademo, F. L. N.1; Alencar, A. E. B.2; Hage-Magalhães, L. R.3; Foppel, E.4; Luna, F. de O.3
1
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias.
2
Projeto Cetáceos da Costa Branca, Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.
3
Centro Mamíferos Aquáticos, ICMBio.
4
Instituto Mamíferos Aquáticos

A captura de peixes-bois marinhos nativos é parte fundamental para a estratégia conservacionista desta
espécie criticamente ameaçada de extinção, a partir do entendimento da bioecologia das populações que
habitam o litoral nordeste brasileiro. O presente trabalho objetivou relatar a captura e marcação de um
exemplar adulto macho de peixe-boi marinho. A captura foi realizada no município de Olinda-PE, em
fevereiro de 2007, durante o monitoramento via rádio VHF da fêmea reintroduzida Lua, ao ser observada a
aproximação do macho à Lua na costa. A fêmea foi atraída para área rasa e, com a aproximação do macho,
foi realizado um cerco ao casal com rede de malha grossa conduzida por equipe capacitada no manejo da
espécie. O macho foi capturado pela rede, quando então foram realizados colheita de material sanguíneo e
marcação com rádio transmissor VHF. O macho possuía 290 cm de comprimento total. O exame de
hemograma apresentou resultados dentro dos valores de normalidade para a espécie; He(106/µl) 2,34;
Hb(g/dl) 9,4, Ht(%) 30, VCM(fl) 126,0 HCM(pg/He) 40,0 CHCM(g/dl) 32,0, Le(µl) 5,7 e nas análises para
bioquímica sérica, com exceção das proteínas totais que se apresentaram ligeiramente elevadas: Proteínas
Totais (g/dl) 8,6 (6,4-7,5), as demais análises apresentaram-se dentro dos valores de referencia. A pesagem
do animal não foi realizada devido ao local de captura não permitir tal ação. O animal teve seu rádio perdido
três dias após a captura, apresentando sinais de interação antrópica, fato que inviabilizou a colheita de
dados a respeito do deslocamento do mesmo. A observação do comportamento dos animais reintroduzidos
e a sua interação com os nativos da região fornecem uma gama de informações relevantes a respeito da
bioecologia das populações destes animais, permitindo a análise de informações comparativas para o
estabelecimento de estratégias conservacionistas para a espécie mantida em cativeiro. A observação do
comportamento reprodutivo, e a aproximação dos animais na costa durante este período, podem ser uma
importante oportunidade para marcação e coleta de dados dos indivíduos. Esta foi a primeira captura de um
exemplar adulto nativo da espécie no Brasil e forneceu indícios do repovoamento do litoral pernambucano,
exigindo uma reavaliação desta área, atualmente classificada como de descontinuidade para a espécie.
Registros como este comprovam a eficácia dos trabalhos conservacionistas realizados pelo CMA/ICMBio, e
são essenciais para a coleta de dados para a realização de pesquisas aplicadas, e para o levantamento das
atuais áreas de povoamento e simpatia da espécie.

Palavras chave: Peixe-Boi, captura, nativo.

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REGISTROS DE INDIVIDUOS DE LOBO FINO ANTÁRTICO, Arctocephalus gazella, EN LAS COSTAS


AUSTRALES DE CHILE

Acevedo, Jorge1; Matus, Ricardo2; Droguet, Daniela3; Vila, Alejandro3; Aguayo-Lobo, Anelio4; Torres, Daniel5
1
Fundación Centro de Estudios del Cuaternario (CEQUA). Avda. Bulnes 01890, Punta Arenas, Chile.
2
Natura Patagonia. Km 7 Sur, Punta Arenas, Chile.
3
Wildlife Conservation Society Chile (WCS). Balmaceda 586, Punta Arenas, Chile.
4
Instituto Antártico Chileno (INACH). Plaza Muñoz Gamero 1055, Punta Arenas, Chile.
5
Universidad Pedro de Valdivia, Campus Tobalaba. Avda. Tobalaba 1275, Providencia, Santiago, Chile.

Registros de individuos vagabundos de lobos finos antárticos en América del Sur han sido informados
principalmente en las costas de Brasil, Uruguay y Argentina. Presencia de algunos individuos también han
sido informados en isla Gough, en el Atlántico Sur. Para la costa del Océano Pacífico sur oriental,
solamente tres animales han sido documentados, uno en isla Hoste, Cabo de Hornos en 1973, y otros dos
animales en el archipiélago de Juan Fernández en 1982 y 1983. Durante los trabajos de campo realizados
en los canales magallánicos y fueguinos durante fines del 2009, cuatro ejemplares vivos de lobos finos
antárticos fueron avistados y fotografiados en un simple día en diferentes ocasiones. Dos juveniles y un
macho subadulto fueron avistados simultáneamente el 2 de octubre en Punta Dungenes, estrecho de
Magallanes, y luego un pequeño joven fue observado en seno Almirantazgo, Tierra del Fuego el 17 de
diciembre. Los tres animales juveniles se encontraban en buenas condiciones físicas, no siendo el caso del
macho subadulto que fue observado en mal estado corporal. Aunque es difícil comprender los factores que
gatillan la dispersión fuera del área de distribución normal de la especie, la sustancial recuperación de sus
poblaciones (principalmente de las islas Georgia del Sur) posterior a su cuasi exterminio, la distribución
oceánica de los animales inmaduros en busca de alimento y/o fenómenos oceanográficos, tal como el
ENSO, son sugeridos como posibles explicaciones.

Palabras claves: Lobo fino antártico, Magallanes, Tierra del Fuego

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RIGHT WHALES AND OTHER BALEEN WHALES STRANDINGS ON THE COAST OF SANTA
CATARINA STATE, SOUTHERN BRAZIL, 2002-2009

Corrêa, A. A.1; Groch, K. R. 2; da Rocha, M. E. C.3; Serafini, P.3; Moreira, L. M. de P.3


1
OIKOS Consultoria Ambiental (OIKOS Environmental Consultancy), Imbituba, SC, 88780-000, Brasil.
audreyamorimcorrea@gmail.com
2
Projeto Baleia Franca/Brasil (Brazilian Right Whale Project), C.P. 201, Imbituba, SC, 88780-000, Brasil.
karina@baleiafranca.org.br
3
Right Whale Environmental Protection Area (RWEPA), Imbituba, SC, 88780-000, Brasil.
apadabaleiafranca@yahoo.com.br

During the period of 2002-2009, the Brazilian Right Whale Project and the Right Whale Environmental
Protection Area (RWEPA) teams collected stranding data of right whales and other baleen whales on the
coast of Santa Catarina State (SC), especially on its central-southern coast, where the RWEPA is located.
This is a wintering ground for right whales off southern Brazil, a population which has been recovering after
being suffered from intensive commercial whaling until 1973. A total of 30 strandings of baleen whales were
registered, 14 (46,6%) consisting of right whales (Eubalaena australis), 14 (46,6%) were other baleen
whales (Balaenoptera acutorostrata, B.borealis, B.edeni, B.physalus and Megaptera novaeangliae) and 2
(6,8%) were non-identified species. Eight (26,6%) events were living strandings (2 right whales, 6 other
baleen whales), from which 4 animals were successfully rescued (1 right whale, 3 other baleen whales).
Right whales stranding events were: 3 adults, 1 subadult and 10 calves. Ten (71%) right whale strandings
occurred in September, the peak abundance of the species in this region (mostly in 2003 (n=3), 2006 (n=4),
2008 (n=3)). In 2007, the increasing number of strandings and the need of a consistent and long term
method for collecting data motivated the managing authority of the RWEPA to improve the communication
network for stranding response in the region, involving coastal communities, research institutions, public
authorities and other stakeholders. This initiative can not only contribute to a better understanding of factors
underlying natural mortality but also of population trends for right whales. Stranding events of right whales
are historically rare in the region, consistent with the low numbers of the species up to 1990’s. However, the
numbers presented here have doubled the historical records. The recent increase observed in the Brazilian
right whale population indicates these numbers may be resulting from natural mortality. Notwithstanding, the
potential impacts from anthropogenic threats and sources of mortalities throughout the region reinforces the
need for the continuous monitoring of the stranding events.

Keywords: right whale, baleen whale, stranding

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

STRANDING DATA AT RIGHT WHALE ENVIRONMENTAL PROTECTION AREA 2008/2009

Serafini, P. P.1; Kolesnikovas, C. K. M.2; Moreira, L. M. de P.3; Corrêa A. A.4; Groch, K. R.; Severo, S.6;
Rocha, M. E. C. da3
1
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Aves Silvestres – CEMAVE/ICMBio, Brasil.
2
Associação R3 Animal
3
Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca/ICMBio, Brasil. apadabaleiafranca@yahoo.com.br

4
Oikos Consultoria Ambiental
5
Projeto Baleia Franca – PBF/Brasil
6
Projeto Gaia Village

In 2007 the Southern Right Whale Environmental Protection Area (The Southern Right Whale EPA), located
in southern Brazil, Santa Catarina State, established a Marine Mammal Stranding Network (MMSN) to
assure that live stranded animals receive fast and proper treatment. The aim is to prevent potencial injury to
this animals caused by population willing to help without proper instruction as well as by domestic animals, to
collect data from dead animals and to develop a reliable database for stranding events in the area. Initial
data as stranding site, species and animal condition were registered when the stranding was notified to the
EPA office. As soon as possible, the staff went to the site to check the animal condition and to collect
definitive information. Dead animals were identified and whenever possible, submitted to necropsy and
histopathologic analysis. In case of small animals, carcasses were sent to scientific collections at licensed
laboratories. Live animals were clinically examined. Individuals in good conditions were monitored to prevent
human or animal harassment, and left at the site to return to the sea by themselves. Some animals received
treatment at the beach and were immediately released. Injured or animals considered not able to be
released were sent to Florianópolis Wildlife Rehabilitation Center (CETAS- Florianópolis-Santa Catarina). In
2008 and 2009 EPA attended 52 calls: 33 Arctocephalus australis (5 dead, 28 live), 3 Arctocephalus
tropicalis (live), 3 Otaria flavescens (dead), 6 Eubalena australis , 2 Delphinus delphis, 1 Pontoporia
blainvillei, 1 Tursiops truncatus,1 Balaenoptera physalus, 1 Globicephala sp, 1 Balaenoptera edeni. All
cetaceans, in exception of 3 entangled Eubalena australis, were found dead. These data show the
importance of a Stranding Network as a source for scientific studies on ecology, zoology, pathology and
diseases of marine mammals. In the other hand, marine mammals can also be used as environmental
sentinels, demonstrating sea health patterns. The creation of the MMSN was effective in increasing public
awareness on marine mammal standings and communicating it to the EPA, which will ultimately provide
essential information for marine mammal conservation and management.

Keywords: stranding network, marine animals, The Southern Right Whale EPA

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TATTOO LESIONS IN SOTALIA GUIANENSIS FROM GUANABARA BAY, RIO DE JANEIRO

Marigo, J.1; Carvalho, R. R.1 ;Gonzalez-Vieira, O. A. G.2; Catão-Dias, J. L.2; Lailson-Brito, J.1;
Azevedo, A. F.1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Biodindicadores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(MAQUA-UERJ). Email: juliana@marigo.com.br
2
Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
(FMVZ-USP)

“Tattoo” or “ring” lesions are poxvirus lesions described in cetaceans as typical, irregular, grey, black or
yellowish, stippled lesions. Since 1995 a systematic population study of Sotalia guianensis has been carried
out in Guanabara Bay using photo-identification techniques. One individual (BG#81) was identified in July
2008 by a distinct loss of the tip of the dorsal fin. Latter, two small “tattoo” lesions on the back next to a
circular scar around its girth (probably a healed wound caused by a fishing gear) were observed. This animal
was continuously re sighted until August 2009. In October 2009, BG#81 was found dead showing moderate
decomposition (Code 3) with recent fishing net marks. The previous “tattoo” lesions were enlarged (4x3cm)
and coalescent when compared to the earlier photos. Other similar round lesions were observed in the right
lateral flank (2x2cm) and next to the blowhole (4x3cm). No other gross changes were seen during necropsy
and we believe the animal died caught in fishing net. Samples from skin lesions were collected, fixed in
formalin 10% and/or frozen. Formalin fixed samples were embedded in paraffin, sectioned at 5 μm, and
stained with hematoxilyn and eosin for histopathological evaluation Microscopically, the epidermal cells
showed ballooning degeneration and acidophilic intracytoplasmic inclusion bodies compatible with those
seen in “tatoo” lesions caused by poxvirus. At least two other animals were identified with similar cutaneous
changes at Guanabara Bay. One adult had a round lesion close to its eye and a juvenile showed darkish
lesions on the dorsal fin that disappeared over time. Tattoo lesions are recorded to occur mostly on the
dorsal body, dorsal fin, flukes and pectoral flippers, persisting for months to years, and typically regressing
without treatment. The prevalence of poxvirus infection in wild cetacean populations is still unknown but an
association of the occurrence and severity with animals under environmental stress or exhibiting poor
general health is suggested. This skin disease was already recorded in S. guianensis from other areas of
South America and in the Brazilian coast at Sepetiba Bay, southern Rio de Janeiro. The resident population
of Guanabara Bay is considered one of the most threatened by anthropogenic activities and pollution that
may cause stress, toxicity and subsequent immune system unbalance.

Keywords: Poxvirus, Tattoo lesion, Skin disease

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VARAMIENTO DE BALLENA FRANCA (Eubalaena australis) CON EVIDENCIAS DE ENMALLE Y


COLISIÓN EN ORENSE (BUENOS AIRES, ARGENTINA)

Lorenzani, J. C.1; Lorenzani, J. A.1; Sánchez, K. B.1; Trinchero, R.1; Giacaglia, L.1
1
Fundación Fauna Argentina. Colón 4324. Mar del Plata. Buenos Aires. Argentina
fundacionfaunaargentina@yahoo.com.ar

Las amenazas de origen antropogénico para los cetáceos incluyen capturas letales directas para consumo y
control de predadores; capturas letales indirectas producto de enmallamientos y colisiones; remoción de
individuos silvestres; y pérdida y degradación de hábitat, entre otros. Aunque el problema de las colisiones
entre embarcaciones y cetáceos ha sido conocido por décadas sólo hasta hace poco tiempo se le ha
reconocido como una fuente de impacto antropogénico que requiere ser mejor evaluado. Generalmente las
colisiones ocurren en áreas costeras de concentración de cetáceos, por ejemplo, donde éstos se alimentan
o reproducen. El impacto para las poblaciones de ballenas a causa de la mortalidad por colisiones con
barcos es desconocido. En la Argentina se registró por primera vez en el 2008 la muerte de una ballena, por
colisión con el Destructor Heroína (barco de la Armada Argentina), pero en el caso de las ballenas francas
del Atlántico Norte las colisiones con barcos fueron responsables del 35.5% de la mortalidad total en el
período 1970-1999. El 18 de agosto de 2009 la Fundación Fauna Argentina halló una hembra varada de
Eubalaena australis en Orense (Tres Arroyos, Buenos Aires, Argentina) de una longitud total de 13,4 metros
. El ejemplar presentaba una línea madre de 10 metros de espinel o palangre enmallada en la cola, ésta
estaba enroscada y llegaba hasta el hueso y evidenciaba regeneración de los tejidos sobre ella. Además el
animal poseía un corte longitudinal en el dorso de 1,4 metros de longitud a una distancia de 4,2 metros de la
cola. Cuando se realizó el descarne para recuperar el esqueleto, se comprobó que donde estaba el corte en
la región dorsal las epífisis de las vértebras estaban quebradas en el mismo sentido. Estas evidencias
permitirían suponer que el ejemplar habría sobrevivido al enmalle y posiblemente tuviera dificultades de
locomoción tornándolo vulnerable a la colisión de la cual luego fue víctima.

Palabras clave: colisión, varamiento, enmalle.

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VARAMIENTO DE CRÍA DE BALLENA FRANCA AUSTRAL (Eubalaena australis) EN CLAROMECÓ


(BUENOS AIRES, ARGENTINA)

Lorenzani, J. A.1; Lorenzani, J. C.1; Sánchez, K. B.1; Trinchero, R.1


1
Fundación Fauna Argentina. Colón 4324. Mar del Plata. Buenos Aires. Argentina.
fundacionfaunaargentina@yahoo.com.ar

El 6 de septiembre del 2008 se halló varada una cría de Eubalaena australis en Claromecó (provincia de
Buenos Aires, Argentina) con 4,4 metros de L.T.. Las crías nacen con una talla que oscila entre los 4 y 5
metros, por lo que consideramos que el ballenato encontrado era neonato. El ejemplar se encontraba en
buen estado de conservación, y no presentaba externamente heridas o marcas que pudieran dar indicios de
la causa de muerte. Aunque en las últimas temporadas en Argentina se ha observado un aumento de crías
varadas, dentro del Golfo Nuevo y Golfo San José (Pla.Valdés) con causas de muerte desconocida, la
importancia de nuestro hallazgo es fundamental porque el ejemplar presentaba la zona umbilical aún sin
cicatrizar, por lo que se estima que el nacimiento se produjo en aguas cercanas al lugar del hallazgo, es
decir fuera de su área habitual de reproducción. Casos iguales de nacimiento de neonatos se han registrado
en la costa de Rio de Janeiro, Sao Paulo y Rio Grande do Sul, Brasil. La ballena franca austral se distribuye
en el Hemisferio Sur entre los 20° y los 55°S aproximadamente. Las zonas de reproducción se encuentran
en las áreas costeras de Australia, Nueva Zelanda, Sud América y Sudáfrica. Se conoce poco sobre la
reproducción de la Ballena Franca Austral y durante su etapa reproductiva, entre fines de abril y fines de
diciembre frecuenta las costas de la Península Valdés en Argentina y las regiones costeras del Estado de
Santa Catarina, donde existe otra área de cría. Payne ha detectado la presencia de ejemplares
fotoidentificados en Valdés y en Santa Catarina, por lo que el hallazgo de este neonato en Claromecó,
indicaría la posibilidad de una ruta migratoria de hembras grávidas entre ambas áreas de cría. El mes de
setiembre está justo en el medio del período de cría, cuando las hembras preñadas paren a sus crías y las
alimentan durante tres meses aproximadamente, permaneciendo a una profundidad de preferencia de 5 m.

Palabras clave: Eubalaena australis, varamiento, cría

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FOCA CARANGUEJEIRA, Lobodon carcinophagus (HOMBRON & JACQUINOT, 1842), NO LITORAL


SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

Ebert, M. B.1; Sánchez Desvaux, J. A.1; Santos-Lopes, A. R.1; Maranho, A.2; Monteiro-Filho, E. L. A.1,3
1
Instituto de Pesquisas Cananéia - IPeC. Rua Tristão Lobo, 199. Cananéia, São Paulo. mbe.bio@gmail.com
2
Centro de Reabilitação de Animais Marinhos - GREMAR. Guarujá, São Paulo.
3
Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba, Paraná.

A foca caranguejeira Lobodon carcinophagus é o pinípede mais abundante no mundo e possui distribuição
circumpolar Antártica, variando sazonalmente de acordo com os avanços e retrocessos das massas de gelo
flutuantes. Esta nota tem como objetivo aportar informação sobre a ocorrência de L. carcinophagus no litoral
sul de São Paulo e para o melhor entendimento da sua distribuição e fenômenos de dispersão. Registros
ocasionais da foca caranguejeira são relatados para o Brasil desde 1965, nos estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. É reportada a ocorrência de um macho subadulto
de foca caranguejeira registrado em Janeiro de 2010, em pleno verão austral, contrariando os padrões de
registros para o Brasil. O animal foi encontrado primeiramente na praia da Juréia, próximo a Barra do
Ribeira (24º40’04.44’’ S; 47º24’12.60’’ W), no município de Iguape, litoral sul do estado de São Paulo, logo
retornando ao mar com a colaboração do corpo de bombeiros do local. A foca foi reavistada no dia seguinte,
na mesma praia, em frente ao vilarejo do Suamiri (24º36’58.36’’ S; 47º19’09.06’’ W). O animal foi resgatado
pela equipe da Fundação Florestal do Parque Estadual da Juréia-Itatins, sendo encaminhado ao ICM-BIO
de Iguape, recebendo neste local, os primeiros atendimentos necessários pela Equipe de Resgate de
Mamíferos Marinhos do Instituto de Pesquisa Cananéia, IPeC. No mesmo dia, o animal foi encaminhado ao
Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, GREMAR, no Guarujá, com o auxílio do ICM-BIO e da Policia
Ambiental, onde recebeu atendimento veterinário, sendo instauradas as terapias de suporte (soluções
hidratantes, balanço mineral), antibioticoterapia indicada (enrofloxaciana/penicilina) e manejo nutricional
(mistura de camarão liquefeito administrado por sonda gástrica em proporções calóricas indicadas), vindo a
óbito uma semana depois com apenas 65 quilos. Foi constatado estado de caquexia, edemaciacão,
desidratação, anemia, hipoproteinemia, discreta ectoparasitose (Antarctophthirus sp.), neutrofilia (22.000
/mm³) e uma pneumonia caracterizada em histopatologia. O animal apresentava ainda cicatrizes
características de predação por foca leopardo (Hydrurga leptonyx) na lateral direita do corpo e de predação
por tubarão charuto (Isistius brasiliensis). Estudos detalhados sobre a ocorrência de focas caranguejeiras
ajudam a compreender os movimentos erráticos e ocasionais que estas apresentam no litoral do Brasil e no
Atlântico Sul Ocidental, aportando, desta forma, informa ão que contribua à conserva ão e manuten ão
desta espécie.

Palavras chave: Lobodon carcinophagus, Ocorrência, São Paulo

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DISTRIBUCIÓN ACTUAL Y ESTADO POBLACIONAL DEL DELFÍN BOLIVIANO (Inia boliviensis


D’ORBIGNY, 1834) EN LA AMAZONÍA BOLIVIANA

Tavera, Gabriela; Salinas, Adriana; Becerra, Pilar; Zambrana, Verónica

El delfín boliviano (Inia boliviensis) es el único mamífero exclusivamente acuático registrado para Bolivia.
Hasta principios del siglo XXI, el delfín boliviano fue considerado como una subespecie de Inia geoffrensis.
Sin embargo, estudios moleculares y morfológicos confirman que su status taxonómico puede ser
efectivamente elevado a la categoría de especie. El delfín boliviano se encuentra mayormente distribuido en
territorio boliviano, principalmente en las subcuencas de los grandes ríos Mamoré e Iténez, ambos
pertenecientes a la cuenca alta del río Madera. A través de una revisión bibliográfica exhaustiva con
respecto a la especie (publicaciones científicas, informes, tesis y datos no publicados), se elaboró el mapa
actualizado de distribución de la especie y se realizó un análisis del estado de conservación I. boliviensis.
Adicionalmente, se discuten factores que pueden influir en la distribución de la especie, prestando particular
atención a la zona del norte amazónico y a las subcuencas de los ríos Madera, Beni y Abuná. Se discuten
también nuevas hipótesis con respecto a las poblaciones de I. boliviensis existentes en el norte amazónico
boliviano y se analiza la posibilidad de la coexistencia simpátrica de I. boliviensis e I. geoffrensis.

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δ13C Y δ15N Y DISPERSIÓN ESPACIAL EN JUVENILES DE ELEFANTES MARINOS DE PATAGONIA Y


ANTARTIDA

Eder, Elena1; Lewis, Mirtha1; Muelbert, Monica2; Hindell, Mark3


1
Centro Nacional Patagónico CENPAT-CONICET eder@cenpat.edu.ar, lewis@cenpat.edu.ar
2
Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande Monica.Muelbert@furg.br
3
Marine Predator Unit, Institute of Marine and Antarctic Studies, University of Tasmania
Mark.Hindell@utas.edu.au

Los isótopos estables de C y N son indicadores de las estrategias de alimentación y definen dos
dimensiones del nicho isotópico: las áreas de alimentación y el nivel trófico. Se describen las estrategias de
alimentación de 8 machos juveniles (2-3 años) de elefante marino del sur (Mirounga leonina) de la Isla
Elefante (IE, Antártida, n=6) y de la Península Valdés (PV, Argentina, n=2), mediante seguimiento satelital
en el mar y valores isotópicos de C y N en bigotes. Los bigotes (1/individuo), antes y después del viaje post-
muda para IE (2009) y PV (2007) respectivamente, fueron seccionados en submuestras (0,5 a 1,4 mg; n =
62). Los juveniles de PV recorrieron hasta 2.522±350 km (Islas Georgias del Sur, sur del Frente Polar
Antártico, FPA), los juveniles de IE se restringieron entre 60º-61ºS y 50º-52ºO (hasta 327±41 km, sur del
FPA, n=5). Solo uno se acercó al Banco de Burwood (norte del FPA, >2000 km). La variación inter-individual
en los valores isotópicos de cada agrupación fue amplia: entre -23,1 y -18,7‰ δ13C y 11,1 y 14,7 ‰ δ15N
para IE y entre -21,2 y -17,4‰ δ13C y 8,8 y 14,9 ‰ δ15N para PV. Los nichos isotópicos de IE fueron
acotados (variación intra-individual Δδ13C y Δδ15N de ~ 1‰), mientras que para PV fueron más amplios
(valores medios de Δδ13C y Δδ15N de 2,5‰ y 3,2‰ respectivamente). Aunque los valores de IE representan
un periodo previo al viaje post-muda, las variaciones inter-individuales de δ13C en ambos grupos fueron
compatibles con los movimientos a lo largo del gradiente latitudinal entre 54º-64ºS para IE (indicando
repetición de áreas entre etapas de alimentación) y entre 44º-58ºS para PV. El solapamiento en los valores
de δ13C y δ15N en ambos grupos, sugiere compatibilidad en los niveles tróficos y en las áreas utilizadas. En
base al enriquecimiento trófico de 3,2‰ δ13C y 2,8‰ δ15N, las dietas tendrían en común la contribución de
calamares (Kondakovia longimana 27-69%) y peces mictófidos (28-91%) y nototénidos (11-61%). Durante la
post-muda cuando la mayor parte de la población de PV coincide en el mar, los juveniles pueden verse
forzados a ampliar la dispersión espacial, reflejada en la variación inter e intra-individual de las señales
isotópicas, y compartir áreas y recursos utilizados por congéneres juveniles de otras poblaciones. Los
juveniles de IE parecen utilizar las mismas áreas para alimentarse en invierno y verano, al norte de la
Península Antártica.

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CAMBIOS EN LA ALIMENTACIÓN DEBIDOS A LA PRESENCIA DE LESIONES ÓSEAS ATRIBUIDAS A


LA OSTEOARTRITIS Y OSTEOMIELITIS MANDIBULAR DEL LOBO MARINO DE CALIFORNIA
(Zalophus Californianus).

Maricela, Juárez-Rodríguez1; Aurioles-Gamboa, David2


1
Posgrado en Ciencias del Mar y Limnología-UNAM, juarez_maricela@hotmail.com
2
Centro Interdisciplinario de Ciencias Marinas-IPN, daurioles@hotmail.com

La presencia de ciertas lesiones óseas degenerativas localizadas en el aparato masticatorio del lobo marino
de California podría afectar su capacidad depredatoria obligándolo a consumir presas de fácil captura pero
de menor nivel trófico, dichos cambios podrían reflejarse en variaciones de δ15N y δ13C del colágeno dental,
ya que este tejido se deposita en capas anuales y permite analizar isotópicamente su historia alimentaria. El
presente trabajo tuvo como objetivo comparar los valores isotópicos de capas de crecimiento de animales
con y sin rastro de lesiones, por lo que se tomaron 53 cráneos de lobo marino de la región de Bahía
Magdalena BCS; 23 con lesiones óseas y 30 sin rastro de ellas. Para determinar la osteoartritis se
caracterizaron y atribuyeron las siguientes lesiones (establecidas con nivel de avance): área afectada,
número de excrecencias y deformación en cóndilos y fosas mandibulares y para el caso de osteomielitis:
área afectada, número y diámetro de perforaciones en mandíbulas. La presencia de fisuras y fracturas en
mandíbulas, desalineación mandibular, desgaste dental y pérdida dentaria también se caracterizaron debido
a su potencial de afectar la alimentación; aunque no fueron atribuibles a ninguna enfermedad. Para la
obtención de las señales isotópicas se aisló el colágeno de cada capa de crecimiento de los 53 dientes y se
analizó en un espectrómetro de masas. Se generó un índice acumulado de todas las lesiones que no
mostró una clara relación entre cambios en los valores δ15N y δ13C del último año y grado de avance de las
enfermedades. Cuatro individuos con daño extremo en los últimos tres años de vida, mostraron valores
significativamente más altos para el δ13C, se presentaron probablemente a la influencia de un hábitat mas
bentónico o costero, mientras que para el δ15N no hubo diferencias significativas entre individuos con y sin
lesiones óseas. Sin embargo existió tendencia de valores más altos en los animales con daño debido
probablemente a estrés nutricional o reciclamiento del nitrógeno para la formación de tejido nuevo. Nuestro
análisis sugiere que el análisis isotópico del colágeno dental tiene la característica de mostrar la
información promedio por lo que dificulta la evaluación de los últimos meses de vida del animal. Un tejido
más adecuado para este tipo de estudios podría ser la vibrisa.

Palabras clave: osteoartritis, osteomielitis, Zalophus californianus

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Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

CARBON AND NITROGEN STABLE ISOTOPE DIFFERENCES IN Sotalia guianensis DOLPHIN FROM
RIO DE JANEIRO COAST, BRAZIL

Bisi, T. L.1,2,3; Lailson-Brito, J.3; Lepoint, G.4; Azevedo, A. F.3; Dorneles, P. R.2; Flach, L.5; Malm, O.2;
Das, K.4
1
Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio
de Janeiro, Brasil. tbisi@yahoo.com.br
2
Laboratório de Radioisótopos, Instituto de Biofísica, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio
de Janeiro, Brasil
3
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores "Profa. Izabel Gurgel" (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil
4
Centre MARE, Laboratoire d’Oceanologie, Université de Liége, Belgique
5
Projeto Boto-Cinza, Mangaratiba, Brasil

Guiana dolphin (Sotalia guianensis) is a small delphinid that inhabits coastal waters from South and Central
Americas, occurring from southern Brazil to Nicaragua. The species presents site fidelity to bays of Rio de
Janeiro State, where the same individuals are found year round. In this study, carbon and nitrogen stable
isotopes were measured in muscle of Guiana dolphins from Guanabara Bay (n=20), Sepetiba Bay (n=44)
and Ilha Grande Bay (n=10), in order to investigate possible trophic distinctions among the three populations.
Stable isotope measurements were performed on a V.G. Optima (Micromass) IR-MS coupled to an N-C-S
elemental analyzer (Carlo Erba). Males and females were not significantly different in δ13C and δ15N values
for dolphins from Guanabara (Mann-Whitney Test, Uδ13C =39, p=0.7; Uδ15N =43, p=0.9; nmale=11 and
nfemale=8) and Ilha Grande bays (Mann-Whitney Test, Uδ13C =4, p=0.2; Uδ15N =5, p=0.3; nmale=6 and nfemale=3),
suggesting that sex does not influence prey selection in these environments. On the other hand, females
showed higher trophic level than males in Sepetiba Bay (mean δ15N: 14.5 and 13.8‰, respectively) (Mann-
Whitney Test, U=79, p<0.002; nmale=32 and nfemale=12). Guiana dolphins from Guanabara (-14.0‰ ± 0.7) and
Sepetiba bays (-14.6‰ ± 1.0) were significantly more 13C-enriched than those from Ilha Grande Bay (-16.6‰
± 0.4) (ANOVA F2,71= 29.45, p<0.00001; Tukey HSD test, p<0.0001). Sepetiba and Ilha Grande Bays are two
adjacent areas that are not separated by a physical barrier. However, our findings suggest the use of
different feeding grounds by these two populations, which corroborates the pattern of residence and site
fidelity described for the species. Regarding δ15N values, no differences were observed among Guiana
dolphins from Guanabara (14.2‰ ± 0.9), Sepetiba (14.1‰ ± 0.6) and Ilha Grande bays (14.2‰ ± 0.65)
(ANOVA F2,71= 0.38, p=0.68). Data from stomach contents showed that there was a partial overlap in Guiana
dolphin prey species among the three bays, but there was difference regarding the most common preys in
each environment. The trophic relationships between Guiana dolphins and their prey species in these bays
should be further investigated for a better understanding of the results generated by the present study.

Keywords: marine mammal, coastal waters, trophic relationship

Financial support: CAPES (fellowship), “Pensa Rio” Program/FAPERJ (Proc. E-26/110.371/2007), APQ1-
2009/1 - FAPERJ (Proc. E26-110.858-2009), Universal/CNPq (480701/2009-1) and Cetacean Society
International grant.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

COMPOSICIÓN TRÓFICA DE DOS RORCUALES SIMPÁTRICOS REVELADA MEDIANTE ANÁLISIS DE


ESCATOLOGÍA MOLECULAR Y MORFOLÓGICA

Jiménez-Pinedo, Cristina1; Gendron, Diane1; Acevedo-Whitehouse, Karina2,3


1
Laboratorio de cetáceos y quelonios, Centro Interdisciplinario de Ciencias Marinas CICIMAR-IPN, La Paz,
B.C.S., México. Correspondencia del autor: crispinedo@gmail.com
2
Laboratorio de epidemiología, Instituto de Zoología de Londres, Londres, Reino Unido
3
Universidad Autónoma de Querétaro, Santiago de Querétaro, México

La información dietaría es crucial para entender las redes tróficas en el ecosistema marino, sin embargo, la
dieta de los misticetos no es precisa, se ha construido principalmente sobre el contenido estomacal de
animales varados y muertos en la caza ballenera, y de la identificación de partes duras en heces. Las
desventajas de estas metodologías son varias: la información de la caza ballenera sólo representa
poblaciones afectadas a mediados del siglo XX; los animales varados no representan la salud “normal” de
las poblaciones y los remanentes duros proveen una alta probabilidad de sesgo en la información,
generalmente hay subestimación. Actualmente, la escatología molecular se ha convertido en una excelente
herramienta, entre otras cosas, para la detección del ADN de presas en heces. Con el propósito de
identificar la composición trófica y analizar la dieta de dos rorcuales que tienen hábitos alimentarios
similares en el Suroeste del Golfo de California, la ballena azul (Balaenoptera musculus) y la ballena de
aleta (Balaenoptera physalus), se combinaron análisis fecales morfológicos (n=40) y moleculares (n=49)
durante la época de invierno-primavera. El análisis morfológico corroboró al eufáusido Nyctiphanes simplex
como presa principal en la zona estudiada. El análisis molecular, realizado a partir de oligonucleótidos
específicos para calamar y peces teleósteos, presas potenciales encontradas en estómagos de ballenas de
aleta en el pacífico norte, evidenció la presencia de estos últimos en el 100% de las muestras de ballena de
aleta, así como en el 98% de las muestras de ballena azul, un resultado nunca antes reportado para esta
especie estenófaga. De manera aleatoria, se clonaron cuatro productos de PCR de peces. Las secuencias
obtenidas mostraron que el ADN remanente pertenece a la familia Myctophidae, resultado que se confirmó
en todas las muestras mediante el uso de oligonucleótidos específicos para esa familia. La combinación de
los análisis muestra que durante la estación de invierno-primavera ambos rorcuales comparten la misma
composición trófica y el estudio confirma el potencial de la escatología molecular revelando un nuevo
componente trófico en la dieta de ambos rorcuales. Así pues, la inclusión de esta herramienta molecular
podría indicar líneas tróficas más concretas para el análisis de las redes alimentarias en misticetos.

Palabras clave: Dieta, PCR y análisis fecal

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COMUNIDADE COMPONENTE DOS HELMINTOS GASTROINTESTINAIS DA TONINHA (Pontoporia


blainvillei) EM DOIS PERÍODOS AMOSTRAIS E SUA RELAÇÃO COM A DIETA

Rocha, A. A.1,2,3; Silva, R. Z.4; Botta, S.2; Valente, A. L. S.5; Secchi, E. R.2; Pereira Jr., J.3
1
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica- Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
e-mail: aadarocha@hotmail.com
2
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos- LTMM - Instituto de Oceanografia – FURG
3
Laboratório de Biologia de Parasitos de Organismos Aquáticos – LABIPOA – Instituto de Ciências
Biológicas (ICB) - FURG
4
Laboratório de Morfologia Funcional – ICB – FURG.
5
Departamento de Morfologia – Instituto de Biologia – Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Neste trabalho foram verificadas as variações temporais na comunidade gastrointestinal helmíntica da


toninha, Pontoporia blainvillei, no sul do Rio Grande do Sul, Brasil, e estabelecida a relação da
helmintofauna gastrointestinal de P. blainvillei com a rede trófica na qual a espécie está inserida. A
comunidade de helmintos gastrointestinais e a composição da dieta de 32 toninhas coletadas entre os anos
2008/2009 (Período II; P-II) foram comparadas quanti e/ou qualitativamente com estudos da helmintofauna
gastrointestinal de 53 espécimes de P. blainvillei realizados no ano de 1994 (Período I; P-I). A importância
dos itens alimentares foi estimada através do índice de importância relativa. Os índices parasitológicos
calculados (Prevalência e Densidade de Infecção) foram comparados através da inferência bayesiana. Os
itens alimentares mais importantes identificados nos dois períodos foram: os teleósteos Cynoscion
guatucupa, Paralonchurus brasiliensis, Anchoa marinii e o cefalópode Loligo sanpaulensis. Cinco espécies
parasitas foram encontradas nos P-I e P-II: Synthesium pontoporiae (Digenea: Brachycladiidae),
Corynosoma cetaceum, C. australe, Bolbossoma turbinella (Acanthocephala: Polymorphidae) e Anisakis
typica (Nematoda: Anisakidae). Anisakis simplex foi encontrado no P-II. A infecção por Raphidascaris sp.,
Contracaecum sp. (Nematoda: Anisakidae) e Procamallanus sp. (Nematoda: Camallanidae), encontrados no
segundo período amostral, foram consideradas acidentais em P. blainvillei. Synthesium pontoporiae e C.
cetaceum infectaram aproximadamente 100% dos hospedeiros nos dois períodos amostrais. No P-II, C.
australe apresentou uma tendência de decréscimo na prevalência em relação ao primeiro período
(Média=0,128 – ICr 95%: -0,102 - 0,204). A composição da comunidade helmíntica bem como a dieta das
toninhas analisadas não apresentou diferenças importantes nos P-I e P-II. A coincidência dos itens
alimentares e a repetição da comunidade componente helmíntica gastrointestinal de P. blainvillei nos dois
períodos amostrais sugerem que os itens mais importantes da dieta estejam envolvidos no ciclo de vida de,
pelo menos, S. pontoporiae e C. cetaceum. A infecção de P. blainvillei por C. australe e B. turbinella é
possivelmente influenciada pela presença de hospedeiros simpátricos co-ocorrentes (pinípedes, misticetos
e cetáceos oceânicos) na região de estudo. Embora existam evidências que sugerem declínio da população
de P. blainvillei e colapso dos estoques de presas importantes na dieta das toninhas na área de estudo,
estas alterações não foram ainda refletidas na comunidade parasitária deste hospedeiro. Desta forma, é
importante o monitoramento da fauna parasitária das toninhas. Synthesium pontoporiae, específico de P.
blainvillei, é considerado ideal para o monitoramento do estado populacional deste hospedeiro.

Palavras chave: cetáceos, parasitos, relações tróficas.

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DEMOGRAPHIC PARAMETERS OF A GROWING POPULATION OF HUMPBACK WHALES IN THEIR


BREEDING GROUND IN BRAZIL

Wedekin, Leonardo L.1; Neves, Mariana1; Engel, Márcia H.1; Marcondes, Milton C. C.1; Andriolo, Artur 2;
Martins, Cristiane C.1,3; Simões-Lopes, Paulo4
1
Instituto Baleia Jubarte. Rua Barão do Rio Branco, 26. Caravelas – BA – Brazil. CEP: 45.900-000. E-mail:
leonardo.wedekin@baleiajubarte.org.br
2
UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas.
Juiz de Fora – MG – Brazil.
3
Complex Systems Laboratory, Département de géographie, Université de Montréal, Montreal, Canada.
4
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LAMAQ).
Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ). Florianópolis – SC – Brazil.

The commercial whaling in the twentieth century depleted the humpback whales (Megaptera novaeangliae)
in the South Hemisphere to less than 5% of its estimated original population. After the banning of
commercial whaling of this species in 1966, many populations started to recovery in the last decades,
offering an opportunity to study the dynamics of a growing population. We studied the humpback whales in
the Brazilian breeding ground (IWC Breeding Stock A) through two methods: (1) photo-identification during
boat cruises using the Pradel mark-recapture model for open populations (1999 to 2008); and (2) line
transects abundance estimates during aerial surveys and Distance Sampling framework (2001 to 2008). The
best Pradel mark-recapture model (through AIC) had constant survival, and time dependence of recapture
rates and lambda (realized rate of population growth). Adult survival was high, estimated to be 0.91 (95%CI
= 0.84-0.96). Recapture probabilities for each year were low, ranging from 0.02 to 0.07. Rate of increase of
the population (lambda) were highly variable among years. Lambda for the whole period (10 years), obtained
from a model with no time variation in this parameter, suggested an annual rate of increase of 17.3%
(95%CI: 11.2-23.9%). An alternative growth rate was obtained from the linear regression of the abundance
estimates through aerial surveys transformed to the natural logarithm. The annual rate of increase through
Distance sampling was estimated to be 18.5% (95%CI = 11.5 a 25.5%). Growth rate varied among the
geographic strata covered during aerial surveys. Strata outside the Abrolhos Bank yielded lower rates of
population growth, while the strata within the Abrolhos Bank yielded the higher rates of growth. The two
strata (C and E) adjacent to the highest density stratum (D) showed the two highest rates of growth. This
suggests that growth rate and/or recruitment in different regions are density-dependent. Variability of annual
growth rate is consistent with variability of calves survival/mortality rates observed through strandings
monitoring in the Abrolhos Bank. Realized growth rates of humpback whales through different methods are
higher than rates of population growth considered plausible for the species, although the estimates
presented here are within the range of other estimates for the species observed worldwide.

Keywords: rate of growth, survival, Megaptera novaeangliae

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DIETA DEL LOBO MARINO DE UN PELO, Otaria flavescens, EN LA PROVINCIA DE RÍO NEGRO,
PATAGONIA, ARGENTINA, DURANTE EL PERIODO INVIERNO-PRIMAVERA

Bustos, R. L.; Daneri, G. A.; Harrington, A.; Varela, E. A.

División Mastozoología, Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia”: Av. Ángel Gallardo
470, C1405 DJR, Ciudad de Buenos Aires, Argentina. rlucasbustos@gmail.com

La disponibilidad de alimento en el océano es uno de los principales factores que inciden en las
fluctuaciones poblacionales de mamíferos marinos. El lobo marino de un pelo Otaria flavescens, es uno de
los predadores tope del litoral marítimo argentino, por lo que posee el potencial de influir sobre la dinámica
trófica y poblacional de varias especies. Por lo tanto el conocimiento de su hábito alimentario constituye una
herramienta esencial para poder interpretar su rol dentro de las redes tróficas marinas. Por tal motivo los
objetivos de este trabajo fueron analizar la dieta de O. flavescens y establecer si existen diferencias
estaciónales en la composición dietaria. Con tal fin, se recolectó un total de 91 fecas en el apostadero de
Punta Bermeja (41°09´S, 63°05´O), ubicado dentro de las áreas naturales protegidas de la provincia de Río
Negro, en los meses de agosto (invierno) y noviembre (primavera) del año 2005. Los remanentes
alimentarios fueron separados mediante una serie de tamices (rango malla 0,5 - 2,5 mm). Estos se
identificaron hasta el menor nivel taxonómico posible, a partir de bibliografía y de colecciones de referencia.
Se calculó la frecuencia de ocurrencia (FO), la abundancia (N) y la contribución en masa (P) de cada taxón
presa. El 80% de las fecas colectadas en ambas temporadas, contenían algún tipo de resto alimentario. Los
peces fueron el ítem presa mas frecuente ocurriendo en el 96% de las fecas (n = 70) durante todo el periodo
de estudio. Le siguieron en importancia los cefalópodos los que presentaron una ocurrencia del 26 % (n =
19). Dentro del componente ictico Raneya brasiliensis fue el taxon presa mas frecuente y abundante (%FO
= 58,6: %N = 49.7). Del componente cefalópodos se pudo identificar 2 especies de teutoideos, Loligo gahi y
un representante de la familia Ommastrephidae los que en forma conjunta presentaron una frecuencia de
ocurrencia del 52,6%. Por su parte los octópodos estuvieron representados por una única especie, Octopus
tehuelchus la que constituyo el 77% en términos numéricos del total de cefalópodos depredados. No se
encontraron diferencias significativas entre estaciones en la frecuencia de ocurrencia de los diferentes taxa
presa X24= 4,7; P > 0.01. Analizando los hábitats de los principales taxa presa identificados se concluye que
para el periodo estudiado O. flavescens predó principalmente sobre especies demersales y
secundariamente bentonicas asociadas a la plataforma continental argentina y al talud.

Palabras clave: Otaria flavescens, dieta, Río Negro.

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DIETA E DISPONIBILIDADE DE PRESAS PARA OS CETÁCEOS DA BAÍA DA BABITONGA

Cremer, Marta J.1; Pinheiro, Pedro C.1; Simões-Lopes, Paulo César2


1
Laboratório de Nectologia, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville.
marta.cremer@univille.net
2
Laboratório de Mamíferos Aquáticos, Departamento de Ecologia e Zoologia, Universidade Federal de
Santa Catarina.

A distribuição das presas é considerada um dos principais fatores que influencia a distribuição de
populações de pequenos cetáceos, principalmente na zona costeira. Foi analisado o conteúdo estomacal de
sete exemplares de Sotalia guianensis (CT = 160 cm ± 20,6 cm) e oito de Pontoporia blainvillei (CT = 98,8
cm ± 32,5 cm), encontrados mortos no interior da Baía da Babitonga entre os anos de 2000 e 2006. Entre os
anos de 2003 e 2005 foram analisadas as comunidades ícticas em duas áreas de concentração e em duas
áreas pouco utilizadas pelas populações de S. guianensis e P. blainvillei na mesma área. Diferentes
petrechos de pesca foram utilizados em coletas sazonais para a amostragem da ictiofauna. A dieta de P.
blainvillei teve a presença de 13 espécies de teleósteos, com destaque para Stellifer rastrifer e Gobionellus
oceanicus, que estão entre as espécies de peixes mais abundantes na baía. Sotalia guianensis predou
sobre 20 espécies de teleósteos, sendo as principais Mugil curema e Micropogonias furnieri, sendo que
para ambas a abundância na baía foi muito inferior se comparada à das principais presas da toninha. Sete
espécies de presas foram compartilhadas na dieta dos cetáceos. Das 95 espécies de teleósteos
identificadas na baía, apenas treze apresentaram biomassa superior a 10% da comunidade. As áreas de
concentração se caracterizaram pela abundância das principais espécies de presas da toninha, que em
geral dominaram a comunidade. O verão foi a estação de maior disponibilidade de recursos alimentares
para os cetáceos da Babitonga, seguida do outono. O inverno pode ser considerado o período mais crítico
pela redução da biomassa das presas na maioria das áreas. O canal de acesso, raramente utilizado,
apresentou uma abundância reduzida das presas em todas as estações. Os dados indicam que a toninha é
generalista e oportunista na sua dieta, com uma dieta ampla e predando sobre os recursos mais
abundantes. O boto-cinza, embora também generalista, selecionou presas menos abundantes, mas que
provavelmente representam um maior retorno energético. A toninha pode ter um importante papel no
controle populacional das espécies de teleósteos dominantes em comunidades ícticas.

Palavras chave: Sotalia guianensis, Pontoporia blainvillei, disponibilidade de presas

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ECOLOGIA ALIMENTAR DE GOLFINHOS DO GÊNERO Stenella NA COSTA SUL E SUDESTE


BRASILEIRA

Carvalho L. M.*1,2; Siciliano, S.3; Domit, C.4; Santos R. A.5; Moreno, I. B.1,6; Ougo, G.4; Moura, J. F.3;
Ott, P. H.1,2
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS). Porto Alegre, RS, Brasil. *E-
mail: luquir@hotmail.com
2
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Laboratório de Biologia e Conservação de Aves e
Mamíferos Aquáticos. Cidreira, RS, Brasil.
3
Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos) da ENSP/FIOCRUZ. Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.
4
Laboratório de Ecologia e Conservação, Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná
(LEC/CEM/UFPR). Pontal do Paraná, PR, Brasil.
5
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul, Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (CEPSUL/ ICMBio). Itajaí, SC, Brasil.
6
Laboratório de Sistemática e Ecologia de Aves e Mamíferos, Departamento de Zoologia/IB – Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil.

No Atlântico Sul Ocidental, ocorrem as cinco espécies de golfinhos pertencentes ao gênero Stenella.
Contudo, devido aos hábitos preferencialmente oceânicos da maioria destas espécies, o conhecimento
sobre a história natural deste grupo é ainda bastante limitado. Este trabalho tem por objetivo apresentar
informações a respeito da ecologia alimentar de quatro espécies do gênero na costa brasileira. Os dados
foram obtidos a partir da análise do conteúdo estomacal de exemplares encontrados encalhados ou
acidentalmente capturados, entre 1992 e 2009, em três áreas das regiões Sul e Sudeste do Brasil: i) litoral
norte do Rio Grande do Sul; ii) litoral do Paraná; e iii) litoral do Rio de Janeiro. Um total de 15 indivíduos
foram analisados, incluindo 11 espécimes de S. frontalis; dois de S. coeruleoalba; um de S. attenuata; e um
de S. clymene. Os itens alimentares foram identificados através de estruturas mais resistentes ao processo
de digestão, como otólitos de teleósteos e bicos de cefalópodes. A análise do conteúdo estomacal de S.
frontalis revelou a presença de 11 espécies de teleósteos (Ariosoma opistophthalmus, Cynoscion
guatucupa, Isopisthus parvipinnis, Mugil sp., Orthopristis ruber, Peprilus paru, Pomatomus saltatrix, Raneya
fluminensis, Stellifer rastrifer, Trichiurus lepturus) e duas de cefalópodes (Doryteuthis sanpaulensis,
Doryteuthis plei). As presas identificadas em S. coeruleoalba incluíram seis espécies de cefalópodes
(Abralia sp., Histioteuthis corona, Illex argentinus, Octopoteuthis sp., Ommastrephes bartrami e
Ornithoteuthis antillarum) e teleósteos da família Myctophidae. S. clymene apresentou apenas o cefalópode
D. plei. No conteúdo estomacal de S. attenuata foram identificados quatro teleósteos (C. jamaiscensis, I.
parvipinnis, Lycengraulis grossidens, T. lepturus) e um cefalópode (D. plei). Os resultados encontrados
corroboram os hábitos mais costeiros de S. frontalis. No caso de S. clymene e S. attenuata, as duas
espécies mais oceânicas do gênero e que usualmente se distribuem além da quebra do talude, foram
encontradas exclusivamente presas da zona nerítica em seus tratos digestórios. Estes resultados indicam
que estes exemplares devem ter se alimentado de maneira oportunística na plataforma continental antes de
encalhar. Por outro lado, S. coeruleoalba apresentou presas caracteristicamente oceânicas, evidenciando
que suas áreas de alimentação estão situadas após a quebra do talude. De modo geral, existe pouca
sobreposição na dieta entre as diferentes espécies do gênero, com apenas três presas compartilhadas (I.
parvipinnis, T. lepturus e D. plei). Contudo, um maior número amostral é necessário para melhor
caracterizar os hábitos alimentares dessas espécies em águas brasileiras.

Palavras chave: Stenella, Delphinidae, Dieta.

Financiamento: CNPq (Processo No. 572180-2008-0).

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ESTRATEGIA DE FORRAJEO E INTERACCIÓN INDIRECTA CON LAS PESQUERÍAS URUGUAYAS DE


LAS HEMBRAS DE LEÓN MARINO SUDAMERICANO Otaria flavescens

Riet-Sapriza, Federico G.1; Costa, Daniel P.2; Franco-Trecu, Valentina1; Frau, Rosina3; Hückstadt, Luis A.2;
Marín, Yamandú4; Chocca, Julio4; González, Bernardo4; Beathyate, Gastón4; Chilvers, B. Louise5
1
Proyecto Pinnípedos, Cetáceos Uruguay, Sección Etología, Facultad de Ciencias (UDELAR), Uruguay.
frietsapriza@adinet.com.uy
2
Department of Ecology and Evolutionary Biology, UC Santa Cruz, Long Marine Lab, CA, EE.UU.
3
Proyecto Pinnípedos, Facultad de Ciencias (UDELAR), Uruguay.
4
Laboratorio de Tecnología Pesquera, Dirección Nacional de Recurso Acuáticos, MGAP, Uruguay.
5
Department of Conservation, Wellington, Nueva Zelanda.

La mayoría de las especies de leones marinos en el mundo están disminuyendo en abundancia. Sin estar
ajena a este fenómeno la población uruguaya de león marino sudamericano (LMS) (Otaria flavescens)
disminuye a una tasa anual del 2,3%. Si bien los factores que determinan dicha disminución son aún
desconocidos es posible que estén relacionados con la interacción directa e indirecta con las pesquerías y
posible competencia por recursos. Para comprender dichas interacciones es preciso conocer la estrategia y
áreas de forrajeo y la dieta de los individuos, así como las áreas y tiempo de operación de las flotas
pesqueras. Nuestros objetivos fueron determinar: a) las áreas de forrajeo y el patrón de buceo de hembras
lactantes de LMS; b) la dieta del LMS; c) el grado de solapamiento entre la i. dieta y las capturas y ii. áreas
de forrajeo de LMS con la pesca artesanal y de arrastre de fondo costero. El presente trabajo utilizo i)
telemetría satelital y de buceo, ii) índices de solapamiento (Morisita-Horn, Colwell-Futuyma,
Recursos/Impacto Pesquero), iii) sistema de información geográfica y iv) métodos tradicionales para
determinar la dieta. Los datos (capturas, esfuerzo pesquero, CPUE y la posición satelital de los eventos de
pesca) de la pesca industrial y artesanal se obtuvieron de la DINARA y del relevamiento mensual de las
pesquerías, respectivamente. Se colectaron fecas (n=52) durante el verano en isla de Lobos y se
identificaron los otolitos y picos de cefalópodos para determinar la dieta. Las hembras lactantes realizaron
buceos bentónicos de corta duración (media 1,9±0,7min.), a poca profundidad (media 20,5±7,7m) y sus
buceos estuvieron dentro de los límites de sus capacidades fisiológicas. Las hembras realizaron viajes de
forrajeo cortos (1,3±0,8d), utilizaron la plataforma continental (>50m de profundidad) sin superar sus límites
(distancia media de la isla 98±31,1km). Los análisis de fecas indicaron que las presas más abundantes
fueron cefalópodos y pescadilla de calada, pero el principal aporte de biomasa fue realizado por la corvina,
pez sable, brótola y pargo blanco. Los valores del índice de solapamiento de Morisita-Horn (0,84) y de
Colwell-Futuyma (0,73) mostraron un alto grado de solapamiento entre la dieta y la captura de la pesca
artesanal mientras que el índice de solapamiento de recursos/impacto pesquero mostró un alto grado de
solapamiento con las pesca de arrastre de fondo costero y artesanal. Los resultados de este estudio podrían
tener implicancias para el manejo de la especie y las pesquerías uruguayas.

Palabras clave: Otaria flavescens, pesquerías, forrajeo

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FORAGING HABITATS OF SOUTHERN ELEPHANT SEALS, Mirounga leonina, FROM THE NORTHERN
ANTARCTIC PENINSULA

Muelbert, M. M. C.¹; Santini, M. F.²; Wainer, I. E. K. C.²; Souza, R. B.³; Lewis, M.N.4 Hindell, Mark A.5
1
Instituto de Oceanografia, Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, RS, 96201-900,
Brasil, Monica.Muelbert@furg.br

²L aboratório de Oceanogafia Física, Clima e Criosfera, Dpto. Oceanografia Físia, Instituto Oceanográfico,
Universidade de São Paulo, SP, 05508-120, Brasil, santini@usp.br, wainer@usp.br

³Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais, Instituto Nacional de Pesquisas Espacias-INPE, Campus da
UFSM, Santa Maria, RS, 97105-970, Brasil, ronald@dsr.inpe.br
4
Centro Nacional Patagónico-CONICET,Bvd. Brown 2915, U9120ACD Puerto Madryn, Argentina,
lewis@cenpat.edu.ar
5
Marine Predator Unit, Institute of Marine and Antarctic Studies, University of Tasmania, Private Bag 129,
Hobart, TAS, 7001, Australia, Mark.Hindell@utas.edu.au

Elephant Island (EI), lying north of the Antarctic Peninsula (NAP), provides southern elephant seals (SES)
breeding there with potential access to foraging grounds in the Weddell Sea, the Frontal zones of the South
Atlantic Ocean, the Patagonian shelf and the Western Antarctic Peninsula (WAP). Quantifying where seals
from EI forage can therefore provide insights into the types of important habitats. Thirty-two SES were
equipped (6 sub-adult males-SAM and 26 adult females-AF) with SMRU CTD-SLDRs during both the post-
breeding (PB 2008, 2009) and post-moulting (PM 2007, 2008, 2009, 2010) trips to sea. Striking intra-annual
and inter-sex differences in foraging areas emerged. Most of the PB females remained in the region of EI
within 150 km. Only one animal travelled down the WAP. In contrast, all of the PM females travelled down
the WAP and foraged near the winter ice-edge. Most of the PM males remained in the EI region, in areas
similar to those used by adult females several months earlier. One male spent the early part of the winter
foraging on the Patagonian Shelf. The waters of the NAP contain abundant resources to support the majority
of the Islands’ SES for the summer and early winter, such that the animals from this population have shorter
migrations than those from most other populations. SAMs are certainly taking advantage of these resources.
However, it is significant that the females did not remain there over the winter months, instead they used the
same waters at the ice-edge in the southern WAP that females from both KGI and SG used. T-S profiles
analysed suggest an association between adult females and regions close to the shelf break where deeper,
nutrient rich surface waters (1°-2° C, 34,6-34,75 psu), usually associated with upwelling of Circumpolar Deep
Water (CDW) occur. This is clearly preferred feeding habitat for this species, and one that is likely to
experience changes with continued warming of this region evidenced by the break-up of large ice blocks
such as the Wilkins Ice-Shelf. Environmental data (SSH and wind field/intensity) over the past years suggest
intrusions of CDW onto the continental shelf as a result increasing westerly winds which are likely extend
the foraging habitat now available for SESs.

Keywords: foraging habitat, satellite tracking, elephant seals

*Apoio Financeiro CNPq/MCT/PROANTAR

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

INFLUENCIA DE LA ESTRUCTURA SOCIAL EN LA DIETA DE LOS CACHALOTES DEL GOLFO DE


CALIFORNIA

Guerrero de la Rosa, Fabiola1; Valdés Arellanes, Michell P.2; Enríquez Paredes, Luis M. 2; Gendron, Diane1
1
Centro Interdisciplinario de Ciencias Marinas, Instituto Politécnico Nacional, A.P. 592, La Paz, Baja
California Sur. C.P. 23096, México. f.guerrero.de.la.rosa@gmail.com
2
Facultad de Ciencias Marinas - Universidad Autónoma de Baja California Km. 103 Carretera Tijuana-
Ensenada. C.P. 22800, México.

El estudio de los hábitos alimentarios del cachalote en el Pacífico Sur ha evidenciado que la estructura
social y la cultura juegan un papel importante en la diversificación del comportamiento alimentario de la
especie; estrategia con la que puede evitarse la competencia intraespecífica por los recursos. Sin embargo,
se desconoce si dicha estrategia persiste incluso en áreas con gran abundancia de alimento como es el
caso del Golfo de California (GC). Para analizar la variación de la dieta y la influencia de la estructura social
sobre ella, se determino la señal isotópica de C y N (n = 80) y los haplotipos mitocondriales (n = 40) en 15
grupos de cachalotes del GC (G1-G15). Cada grupo corresponde a un día de trabajo continuo. Se
identificaron individuos de 10 haplotipos, además de una gran variabilidad en la señal isotópica (δ13C= -
17.36 a -13.84‰ y δ15N= 16.03 a 22.31‰). Se encontraron diferencias significativas en los valores de δ13C y
δ15N entre los grupos (p<0.05), en particular el G1 el cual presento valores de δ13C significativamente más
bajos con respecto a cuatro de los grupos y con cinco de los grupos con respecto a los valores de δ15N. Es
posible que la señal isotópica del G1 pueda ser reflejo del consumo de alimento en otra área y de un
ingreso reciente al GC. Los dos grupos con mayor número de haplotipos (4) presentaron una baja
variabilidad en la señal de ambos isotopos (e.g. G11, δ13C = -14.19 ± 0.23 ‰ y δ 15N= 21.12 ±0.35‰),
sugiriendo que en el GC grupos formados de varias unidades podrían permanecer estables por un periodo
largo (tiempo de recambio de la piel), debido a la gran abundancia de calamar gigante, que constituye su
presa principal. De forma opuesta, la presencia de grupos con una mayor variabilidad en la señal de ambos
isótopos (e.g. G12, δ13C = -14.76 ±1.15 ‰ y δ 15N= 20.83 ±1.57‰) indicaría que las unidades sociales de
algunos grupos podrían estar asociadas durante poco tiempo. Hasta el momento, no parece haber ninguna
relación entre los linajes maternos y la señal isotópica. Los resultados sugieren que al menos en el Golfo de
California la estructura social y la cultura no parecen tener un papel tan relevante como en otras áreas. Sin
embargo, aun es necesario evaluar la dieta en función de los clanes, el nivel más alto en la estructura social
del cachalote.

Palabras clave: Isótopos estables, calamar gigante, grupo social

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NEW INFORMATION ON FEEDING HABITS OF GUIANA DOLPHINS, Sotalia guianensis

Lopes, Xênia Moreira1; Santos, Marcos César de Oliveira1; Silva, Ednilson da1; Bassoi, Manuela2;
Santos, Roberta Aguiar dos3
1
Projeto Atlantis, Laboratório de Biologia da Conservação de Cetáceos. Departamento de Zoologia, Instituto
de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Campus Rio Claro,
Av. 24-A, 1515, Bela Vista. Rio Claro. SP. Brasil. E-mail: xeniamoreira@uol.com.br
2
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Census of Antarctic Marine Life (CAML). Departamento de
Zoologia, Instituto de Biologia, Av Pau Brasil, 211, Cidade Universitária, Ilha do Fundão. Rio de Janeiro. RJ.
Brasil.
3
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Av. Ministro Victor Konder, 374, Centro. Itajaí.
SC. Brasil.

This study presents new information on feeding habits of Guiana dolphins, Sotalia guianensis, incidentally
caught in gillnets used by the fleet based on the Cananéia main port (25°00’S; 47°55’W), south of São Paulo
state, Brazil, or found dead in the Cananéia estuary between 2003 and 2009. Eighteen stomach contents of
Guiana dolphins were analyzed. A total of 1.414 teleostean fish otoliths, 538 cephalopod beaks, 33 whole
fishes and twelve shrimps were recovered. Guiana dolphins preyed on at least 20 different fish species
(Diapterus rhombeus, Orthopristis rubber, Trichiurus lepturus, Trachurus lathami, Anchoa tricolor, Anchoa
filifera, Cetengraulis edentulus, Umbrina canosai, Micropogonias furnieri, Cynoscion virescens,
Paralonchurus brasiliensis, Stellifer sp, Isopisthus parvipinnis, Nebris microps, Ctenosciaena gracilicirrhus,
Mugil sp., Sardinella brasiliensis, an unidentified Achiridae, an unidentified Bothidae and an unidentified
Ophichtidae), two cephalopod species (Loligo plei and Loliguncula brevis) and two shrimp species
(Litopenaeus shimitti and Farfantepenaeus paulensis). Based on the analysis of the Index of Relative
Importance (IRI), the most important fish species were the banded croaker, Paralonchurus brasiliensis, the
orangespot sardine, Sardinella brasiliensis, and rake stardrum, Stellifer sp.. However, from the total of 134
orangespot sardines found, 130 were found in the stomach of the same individual. P. brasiliensis and
Stellifer sp. are characteristically demersal fishes that occur associated to muddy bottoms and are abundant
in the region. Among cephalopods, the squid Loligo plei was the most representative species. This is one of
the most abundant cephalopod species in coastal waters, showing another evidence on the opportunistic
characteristics of Guiana dolphins feeding habits. Fish species were reported for the first time as S.
guianensis prey items: Nebris microps, Trachurus lathami, Anchoa tricolor, Diapterus rhombeus and
Umbrina Canosai. Financial support: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
and Earthwatch Institute. Fieldwork supported by Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.

Keywords: Sotalia guianensis, feeding habits, Guiana dolphin.

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OCCURRENCE, BEHAVIOR AND GROUP SIZE OF GUIANA DOLPHIN, Sotalia guianensis, IN AN


OPEN EMBAYMENT OF NORTHEASTERN BRAZIL

Meirelles, A. Carolina O.1,2; Campos, Thais M.1; Choi, Katherine F.1; Campos, Alberto Alves1;
Monteiro-Filho, Emygdio3; Lotufo, Tito M. C.2
1
Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis); e-mail:
cameirelles@yahoo.com,br;
2
Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Instituto de Ciências do Mar, Universidade
Federal do Ceará;
3
Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná

Aspects of the ecology of Guiana dolphin, Sotalia guianensis, have been described in a variety of habitats
along its distribution, mainly sheltered areas, as bays and estuaries. However, in regions lacking bays or
large estuaries, S. guianensis can occur in exposed areas, such as open embayments. The objective of this
study is to describe occurrence, behavior and group size of Guiana dolphin in Mucuripe Embayment, an
open coastal area in Ceará State, Northeastern Brazil. Boat surveys were conducted from October 2009 to
June 2010, with an average of 2.1 per month (n=19), from an 8 m inboard sport fishing boat, in an area of 13
km2. Dolphins were recorded in 68.4% of all surveys, in all months, except on May 2010. The total effort
summed 72.8 h, and dolphins were sighted during 18% of this time. Twenty-three sighting events were
recorded, and there was no significant difference in the number of sightings per month. The number of
sighted dolphins per month was higher in January, October and November, in this order (χ2=270.2; P<0.05).
Average group size was 4.3 dolphins, ranging from two to eight animals, with no significant difference in the
observed frequencies (χ2=7.4; P>0.05). Dolphins were seen only in three sites in the study area: Marina Park
(29%); Iracema Beach (29%) and Mucuripe Harbour (42%). All these areas have in common the presence of
large breakwaters perpendicular or parallel to the coastline. Dolphins were sighted in areas with depths
ranging from 2 m to 10 m. The predominant behavior detected in all three areas was foraging (41%). Calves
were observed every month, except on May, with no significant difference (χ2=5.28; P>0.05). Dolphin
sightings were recorded in all time intervals during the day, from 08:00 to 17:00h, with no patterns observed
considering the areas as a whole or each of the three observation sites separately. Although the study area
is located in a region with a low biomass of aquatic organisms, it seems to support a dolphin population all
over the year, as observed in this and other studies. The reduced number of individuals per group may
reflect a strategy to avoid high foraging and travelling costs, since food is not abundant, and larger groups
would demand more food in more sites. Also, to maximize prey consumption, dolphins seem to forage in
different areas of Mucuripe Embayment, where bottom morphology and/or human-made structures can be
used to facilitate prey capture.

Keywords: Sotalia guianensis, Guiana dolphin, ecology

This research is supported by Sea World and Busch Gardens Conservation Fund, Cetacean Society
International, Idea Wild and Fundação Cearense de Apoio a Pesquisa

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ORGANIZACIÓN SOCIAL DE Tursiops truncatus EN LA COSTA DEL ESTADO ARAGUA, VENEZUELA

Cobarrubia-Russo, S.1,2, Mariani, M.2, Barreto, G.1


1
Laboratorio de Conservación y Manejo de Fauna. Universidad Simón Bolívar.
Email: sergio.cobarrubia@gmail.com
2
Grupo de Trabajo de Mamíferos Acuáticos de Venezuela.

La forma costera de Tursiops truncatus vive en una compleja sociedad donde grupos discretos de hembras
reproductivas, grupos de juveniles, y duos/tríos de machos adultos, obedecen a una dinámica social de
fusión-fisión (asociaciones temporales intra e intergrupales). Por su parte, la forma oceánica vive en grupos
sensiblemente grandes y frecuentemente asociados a otras especies de delfín, se ha hipotetizado que la
forma oceánica posea una dinámica social mucho más activa. En la costa del Estado Aragua (costa central
venezolana) se ha observado que T. truncatus se mueve entre aguas someras y profundas (0-100 m). Por
tanto, este estudio determinó cómo opera la sociedad de T. truncatus en un área costera y nerítica. De 2004
a 2008 se realizaron 100 transectos de fotoidentificación (~30 Km). Se registraron 80 avistamientos (40 en
asociación con Stenella frontalis) y se fotoidentificaron 86 individuos. Se construyó una tabla de presencia-
ausencia/individuo/transecto para un análisis de agrupamiento que determinó número y composición de
grupos. Se calculó el Índice de Peso Medio para determinar relaciones intergrupales. Se determinaron 4
agrupaciones (A, B, C y D) de las cuales una se constituyó de 10±8 individuos, mayormente hembras
residentes y reproductivas (A); el resto se conformó principalmente de machos adultos y algunas hembras
que visitaban el grupo A. No se detectaron grupos de juveniles, estos permanecieron con las hembras. Se
determinó que había asociaciones entre los grupos (excepto de D con A y B). Las más fuertes asociaciones
ocurrieron entre hembras, seguidamente de hembras y machos (machos se asociaban con determinadas
hembras entre octubre-marzo). Este estudio muestra características sociales típicas de la forma costera,
pero la permanencia de juveniles con las hembras adultas y la fuerte asociación con S. frontalis pudiera
mostrar que esta especie al moverse en aguas profundas la estrategia de supervivencia pudiera tender a la
de la forma oceánica.

Palabras clave: Tursiops truncatus, estructura social, Costa de Aragua, Venezuela.

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PATRÓN DE MORTALIDAD Y COMPARACIÓN DE LA SUPERVIVENCIA ACTUAL Y PASADA DEL


LOBO MARINO COMÚN, Otaria flavescens, DEL NORTE DE PATAGONIA

Grandi, M. F.1; Dans, S. L.1,2; Crespo, E. A.1,2


1
CENPAT-CONICET. Bvd. Brown 2915, Puerto Madryn (9120), Chubut, Argentina.
E-mail: grandi@cenpat.edu.ar
2
Univ. Nacional de la Patagonia. Bvd. Brown 3051, Puerto Madryn (9120), Chubut, Argentina.

La población del lobo marino común del norte de Patagonia ha sido explotada comercialmente entre 1920-
1960 disminuyendo su abundancia drásticamente. Luego del cese de extracción la recuperación no fue
inmediata. La población se mantuvo estable hasta los ‘90s y desde ese momento hasta hoy se encuentra en
recuperación. Junto con este crecimiento se observaron aumentos en la fracción juvenil y cambios en la
estructura social de los apostaderos, que podrían estar relacionados directamente con cambios en alguno
de los parámetros vitales. Por ello se compararon los patrones de supervivencia entre la década del ’80 y la
actualidad. Se obtuvo la edad a la muerte de una muestra de 424 cráneos colectados entre 2000-2008, y se
calcularon las tablas de vida para machos y hembras. La mortalidad promedio para el primer año de vida
fue de 25% para las hembras, y 35% para los machos. El esquema de mortalidad obtenido siguió una curva
típica en forma de U, y el patrón de supervivencia hallado sigue el patrón típico de pinnípedos, en donde
hay una caída brusca en la supervivencia de los juveniles, sobre todo durante el primer año de vida.
Superada esta etapa, la supervivencia va disminuyendo ligeramente con la edad y se acentúa luego de los
14 años en la etapa de senescencia. Hubo diferencias en la supervivencia entre sexos, mostrando las
hembras tasas de supervivencia mayores que los machos a cualquier edad. Al comparar la supervivencia
actual y la calculada en la década del ’80 se evidenciaron diferencias en ambos sexos. Tanto los machos
como las hembras actuales mostraron mayores valores de supervivencia en los juveniles como en los
adultos que aquellos de la década del ’80. Este mejoramiento en la supervivencia podría ser uno de los
factores fundamentales que condujo a la recuperación poblacional en las últimas décadas. Se discuten
posibles hipótesis sobre los factores que pueden haber cambiado en el sistema para favorecer el aumento
en la supervivencia de juveniles y adultos, como ser el incremento en la disponibilidad de recursos
alimenticios, una disminución de las causas exógenas de mortalidad, o una combinación de ambos.

Palabras clave: Otaria flavescens; supervivencia; Patagonia norte

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POBLACIONES RESIDENTES Y NO RESIDENTES DE Tursiops truncatus EN LA RESERVA


NACIONAL PINGÜINO DE HUMBOLDT (RNPH), CHILE CENTRAL: CARACTERIZACIÓN Y
COMPARACIÓN GENÉTICA

Pérez-Alvarez, M. J.1,2; Moraga, R.2; Capella, J.3; Gibbons, J.3; Vilina, Y.4; Cruz, F.4; Molina, C.4; Santos, M.2;
Poulin, E.1; Sabaj, V.5
1
Instituto de Ecología y Biodiversidad (IEB), Facultad de Ciencias, Universidad de Chile.
mjose.perez@eutropia.cl
2
Centro de Investigación Eutropia
3
Whalesound
4
Universidad Santo Tomás
5
Instituto de Ciencias Biomédicas, Facultad de Medicina, Universidad de Chile
6
Fundación Yubarta

La estructura genética poblacional en especies marinas móviles ha sido de interés tanto en áreas de
investigación de ecología molecular como de biología de la conservación. Animales nectónicos que habitan
ambientes aparentemente homogéneos serían panmícticos y no mostrarían estructuración poblacional, sin
embargo, investigaciones moleculares revelan un patrón complejo de estructura genética poblacional en
odontocetos. Tursiops truncatus ha sido registrado en la RNPH, desde hace aproximadamente dos
décadas. Estudios de identificación y seguimiento individual, así como de comportamiento grupal han
permitido la categorización de individuos residentes (R) y no residentes (NR) en una misma área. La
sobreposición espacial y temporal recurrente, genera la interrogante de interacción reproductiva entre
ambos grupos o de un posible aislamiento reproductivo por parte de R. Se describe estructura y variabilidad
genética de ambos grupos y se evalúa su grado de diferenciación. Entre 2006 y 2008 se obtuvieron33
muestras de piel, 16 correspondientes a R y 17 a NR. El sexaje molecular determina 8 machos y 8 hembras
para R y 11 y 6 respectivamente para NR. Análisis moleculares con marcador mitocondrial revelan un total
de 18 haplotipos totales, de los cuales 4 son exclusivos de R, 13 de NR y un haplotipo compartido. Los
índices de diversidad genética reportan menor diversidad para R que NR: H (0,6 Y 0,97 respectivamente); S
(14 y 29); π (0.007 y 0.018) y Π (3.48 Y 8.90).El valor de diferenciación genética obtenido fue de ΦST= 0.183.
Así, ambas poblaciones difieren genéticamente, concordando con las características conductuales y
fenotípicas. La caracterización genética de R evidencia identidad poblacional propia que contribuye a la
heterogeneidad genética de la especie, por lo que este grupo debiese considerarse como una unidad
poblacional independiente en las estrategias de conservación para la especie, de particular cuidado dado
sus valores de diversidad genética.

Palabras clave: Delfín nariz de botella, diferenciación genética, Reserva Marina

Financiamiento: Centro de Investigación Eutropia, Proyecto UST INV/2907

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POPULATION DYNAMICS OF Sotalia guianensis IN THE CARAVELAS ESTUARY, BRAZIL: A SMALL


POPULATION COMPOSED BY RESIDENTS AND TEMPORARY EMIGRANTS

Cantor, Mauricio1,2; Wedekin, Leonardo L.2; Daura-Jorge, Fábio G.1; Rossi-Santos, Marcos R.2;
Simões-Lopes, Paulo C.1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos, Departamento de Ecologia e Zoologia, Centro Ciências Biológicas,
Universidade Federal de Santa Catarina. P.O. Box 5102, CEP 88040-970, Florianópolis, SC, Brazil. Email:
m.cantor@ymail.com
2
Instituto Baleia Jubarte. Rua Barão do Rio Branco, 26, CEP 45900-000, Caravelas, BA, Brazil.

Despite large advances in research on Guiana dolphins (Sotalia guianensis), few populations have
abundance or density estimates, and survival rates or population trends are unknown. We present the first
attempt to study the population dynamics of this species, evaluating a set of demographic parameters. The
population of the Caravelas River Estuary in the Abrolhos Bank (eastern Brazil), was systematically
monitored through a long-term (2002-2009) mark-recapture experiment (Cormack-Jolly-Seber and Pollock’s
Robust Design). Survival rates were high and constant (φ=0.88±0.07 SE), as expected for animals whose
life spans extend the study duration. Recapture probabilities fluctuated across cohorts (min=0.215±0.143;
max=0.629±0.124 SE), reflecting a variation in the population’s residence pattern. This population is
composed by resident dolphins and individuals that temporarily leave or pass through the study area,
according to a Random Movement model. Temporary emigration from the Estuary to adjacent areas
(γ”=0.33±0.07 SE) and the return rate (1-γ’=0.67) were moderate and constant during the monitoring,
indicating that some individuals use larger areas than the Estuary. Although Guiana dolphin populations are
commonly restricted to coastal areas, the Abrolhos Bank represents a patchy habitat mosaic with shallow
waters, comprising estuarine systems, open coastal areas, shallow reef banks, and offshore islands. Such
heterogeneity may allow individuals of this population to use extensive areas. Abundance estimates revealed
a small population (RD with theta correction ranged from 57 to 124 dolphins; overall CV=0.196). In spite of
an interannual fluctuation, possibly due to variations in the balance between birth-immigration and death-
emigration, there is no clear trend in population size. The current monitoring effort can detect abrupt
population declines (-50%) with a high level of certainty (1-β=0.9), a better situation than that for many other
monitored cetacean stocks. Although the monitoring is not yet sensitive to subtle changes (-5% per year),
sufficient time to identify such trends is feasible (a total of 11 years). Despite such apparent stability, this
population, as many others, inhabits coastal waters and is exposed to a wide and increasing range of
human-related threats. Our study sheds light on the importance of carrying out long-term monitoring to
achieve reliable demographic parameters estimates. Open and closed population modeling applied to
photoidentification data provides robust baselines for estimating several demographic parameters and can
be applied to other populations to allow further comparisons. Such synergistic efforts are urgently needed for
the definition of the species conservation status, which is currently classified as Data Deficient.

Keywords: Survival Rate, Trends in Abundance, Temporary Emigration

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POPULATION TRENDS OF STELLER SEA LIONS (Eumetopias jubatus) WITH RESPECT TO REMOTE
SENSING MEASURES OF CHLOROPHYLL-A IN NEAR SHORE HABITAT

Lander, Michelle E.1


1
National Marine Mammal Laboratory, Alaska Fisheries Science Center, 7600 Sand Point Way NE, Seattle,
WA 98115, USA. Email: michelle.lander@noaa.gov

The Recovery Plan for the western distinct population segment (wDPS) of Steller sea lion (Eumetopias
jubatus) in Alaska suggests that designated critical habitat should be enhanced to incorporate the spatial and
temporal variation of dynamic oceanographic features that potentially influence the distribution and
abundance of their prey. For this study, chlorophyll-a (chl-a) data (2000-2009), which serve as a proxy for
primary productivity, were collected by the SeaWIFS sensor and obtained from the Ocean Color Discipline
Processing System. Steller sea lion pup productivity (ratio pups/non-pups) for sub-regions of the wDPS
during this time period were examined with respect to corresponding average, maximum, and variance of
chl-a concentrations in Steller sea lion critical habitat. There were insufficient data to examine relationships
between pup productivity and measures of chl-a within regions, but data pooled across regions displayed a
significant, positive relationship with respect to annual values of maximum chl-a (P=0.023). Additionally, rate
of population change (non-pups) from 2000 to 2008 was significantly related to the average of annual values
of maximum chl-a (P=0.043). Overall, it appeared large pulses of chl-a, which primarily occurred during
spring months, were beneficial for pup productivity and population growth. To further investigate this
hypothesis, hot spot analyses were then applied to the chl-a data sets to identify the spatial clustering of high
values. Additionally, proximity to terrestrial habitat and annual persistence of these features were examined.
Although insightful, results currently support the idea that there is a high level of uncertainty associated with
the effects of primary production on Steller sea lions and there is a low feasibility of mitigation. Management
of dynamic oceanographic features that are important to sea lions will inevitably entail having a clear
understanding of their underlying processes.

Keywords: Steller sea lion, ecology, telemetry

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TASA DE CRECIMIENTO DE VIBRISAS DE HEMBRAS DEL ELEFANTE MARINO DEL NORTE


(Mirounga angustirostris) Y SIGNIFICADO DE SU PERFIL ISOTOPICO

Acosta-Pachón, Tatiana Alexandra1; Aurioles-Gamboa, David1; Hassrick, Jason2; Newsome, Seth D.3;
Costa, Daniel2.
1
CICIMAR-IPN, Ave IPN s/n Colonia Playa Palo de Santa Rita, 23060, La Paz, Baja California Sur, México.
Autor correspondiente: tatyacosta@gmail.com
2
University of California, 100 Shaffer Road, Santa Cruz, California, 95060, USA
3
University of Wyoming, 1000 East University Avenue, Dept. 3166 Laramie, WY 82071, USA

Usando marcador de glicina enriquecida en 15N se calculó la tasa de crecimiento de vibrisas en nueve
hembras adultas de elefante marino del norte (Mirounga angustirostris) de Año Nuevo State Reserve (AN)
(California, E.U.A) en cuatro experimentos diferentes (2007-2009), determinando que en el periodo pos-
muda la vibrisa crece en promedio (±SD) 0.097±0.006 mm/día (junio a enero), mientras que en el periodo
pos-reproductivo creció 0.345±0.07 mm/día (febrero a mayo), esto se debe a que la reproducción
representan un gasto energético muy elevado para las hembras, siendo necesario que su recuperación sea
muy rápida, reflejándose esto en un mayor consumo, y en el crecimiento rápido de todos sus tejidos.
Determinándose que el crecimiento de la vibrisa es asincrónico y la muda de las mismas no es total.
Igualmente, las proporciones de isótopos estables de nitrógeno y carbono (δ15N y δ13C) fueron medidas en
vibrisas de M. angustirostris de AN (n=10, febrero-marzo) e Islas San Benito (SB) (Baja California, México)
(n=10, mayo) para explorar patrones isotópicos asociados al periodo de ayuno (reproducción y muda),
forrajeo (migración), y diferencias en hábitat utilizado entre las poblaciones. El promedio (±SD) de los
valores isotópicos de las hembras de AN (δ15N=17.4±1.3; δ13C=-15.1±0.6) y SB (δ15N=15.5±1.3; δ13C=-
15.8±0.3) fue significativamente diferente. El patrón isotópico general para cada isla es caracterizado por
valores δ15N relativamente elevados cerca de la base representando el crecimiento más reciente (momento
de recolección), seguido por la caída en los valores de 15.0 y 17.4‰ de AN y SB respectivamente, en la
porción central del perfil. La sección basal con valores elevados de δ15N y δ13C es consistente con el periodo
de reciclamiento de nitrógeno durante el ayuno y el viaje migratorio a las islas, las cuales están ubicadas
latitudinalmente más al sur que el área de alimentación, mientras que los valores más bajos de δ15N y δ13C
de la porción central de cada perfil podría estar asociado al periodo en el cual las hembras se alimentan en
latitudes altas antes de la reproducción, la cual representa la parte final de la vibrisa, sugiriendo que el perfil
isotópico de cada vibrisa representa aproximadamente un año de información ecológica. Por último, se
determinaron diferencias significativas en los valores δ13C (t=-6.7458; gl=138; p=<0.001) y δ15N (t=-10.2123;
gl=138; p=<0.001) entre las hembras de AN y SB, asociadas a la diferencia de aéreas de alimentación
donde las hembras de SB se alimentan ~9° al sur de las hembras de AN.

Palabras clave: Mirounga angustirostris, vibrisa, tasa de crecimiento. 

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VARIACIÓN ESPACIO TEMPORAL EN EL COMPORTAMIENTO ALIMENTARIO DEL LOBO MARINO DE


GALÁPAGOS

Páez-Rosas, Diego1; Aurioles-Gamboa, David1


1
Centro Interdisciplinario de Ciencias Marinas CICIMAR - IPN
Av. Politécnico s/n. Col. Playa Palo de Santa Rita. La Paz, B.C.S., México.
e-mail: dpaezr@ipn.mx

Existe gran preocupación sobre el futuro del lobo marino de Galápagos Zalophus wollebaeki, debido a su
alta vulnerabilidad acentuada durante calentamientos de corta duración. El ENSO por ejemplo afecta la
productividad marina de las Islas Galápagos, generando trastornos en su espectro alimentario; situación
que ha provocado una reducción del 50% de su población en los últimos 30 años. Este estudio se enfoca al
análisis comparativo de variables relacionadas con la plasticidad de su nicho trófico, mediante la
determinación de sus patrones alimentarios y su variación espacial y temporal. Dos técnicas se pueden
complementar para estudiar con mayor resolución los hábitos alimentarios de los pinnípedos: a) análisis de
excretas, se basa en la recuperación e identificación de estructuras (otolitos) que permiten identificar sus
presas a nivel de especie, b) isótopos estables de C y N, permite estimar con precisión el nivel y amplitud
tróficos y los potenciales hábitats de alimentación utilizados por una especie. El análisis de excretas reflejó
cambios en la composición de la dieta a lo largo del tiempo; encontrándose dietas significativamente
distintas dentro de una misma población durante las temporadas 2006 y 2009, el nivel trófico varió entre
4.61 y 4.39, mientras que su amplitud trófica lo ubicó como depredador especialista (Levin = 0.07). Los
valores de δ13C y δ15N de las temporadas 2002, 2003 y 2006 mostraron diferencias estadísticas (ANOVA
p=0.001 y 0.037); con valor de nivel trófico promedio de 4.1 y una amplitud trófica que ratifico su condición
de especialista. Se observaron diferencias en el comportamiento alimentario de Z. wollebaeki entre colonias
de diferentes islas (ANOVA p=0.012 y 0.020 respectivamente), lo cual sugiere la presencia de una
explotación diferencial de recursos. Estos resultados muestran una gran plasticidad en la dieta y en sus
hábitats de alimentación: una adaptación que le permite disminuir la competencia alimentaria, y así facilitar
su supervivencia en un ambiente donde las poblaciones de pinnípedos son muy limitadas.

Palabras clave: Plasticidad, Nicho trófico, Isótopos estables, Zalophus wollebaeki

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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¿EXISTE PLASTICIDAD EN EL COMPORTAMIENTO DE BUCEO EN HEMBRAS LACTANTES DEL


LOBO FINO SUDAMERICANO Arctocephalus australis DE ISLA DE LOBOS, URUGUAY?

Sapriza, Federico G. Riet1; Franco-Trecu, Valentina1; Costa, Daniel P.2; Chilvers, B. Louise3;
Hückstadt, Luis A.4
1
Proyecto Pinnípedos, Cetáceos Uruguay, Sección Etología, Facultad de Ciencias (UDELAR), Uruguay.
frietsapriza@adinet.com.uy
2
Department of Ecology and Evolutionary Biology, UC Santa Cruz, Long Marine Lab, CA, EE.UU.
3
Department of Conservation, Wellington, Nueva Zelanda.
4
Department of Ocean Sciences, UC Santa Cruz, Long Marine Lab, CA, EE.UU.

Se ha sugerido que el crecimiento de las poblaciones de lobos finos se debe a su comportamiento de buceo
epi- y meso-pelágico en la cual invierten menos esfuerzo de forrajeo (<30% de su tiempo en el mar
buceando) mientras que predadores bentónicos (mayoría de leones marinos) precisan invertir un mayor
esfuerzo de forrajeo (>40% del tiempo en el mar buceando). Esto podría explicar porque la mayoría de las
especies de lobo fino en el mundo están aumentando en abundancia mientras que algunas las especies de
leones marinos está disminuyendo o se mantienen estables. En Uruguay se da un fenómeno particular para
testear esta hipótesis con dos especies de otaridos simpátricos. La población uruguaya de lobo fino
sudamericano (LFS) (Arctocephalus australis) aumenta a una tasa anual del 1,97% mientras que la del león
marino sudamericano (Otaria flavescens) disminuye. Nuestro objetivo fue determinar el patrón de buceo de
hembras lactantes de LFS utilizando telemetría de buceo (registradores de buceo). Se capturaron e
instrumentaron con registradores de buceo 10 hembras lactantes de LFS en Isla de lobos durante el verano
austral 2010. La profundidad media (±DS) de buceo fue de 23,5 ± 19,5m (máximo 186,0m) y las
profundidades más frecuente fueron entre 10-40m (~88%). El tiempo de buceo promedio fue de 1,2 ±
0,8min, con un máximo de 5,3min, siendo más frecuente entre 0,5 y 2,0min (72%). El tiempo promedio en el
fondo fue de 0,68±0,6min con un máximo de 3,5min. La proporción del tiempo en el fondo y la duración del
buceo promedio (0,48 ± 0,25) indicó que las hembras de LFS pasan ~50% del tiempo de buceo en el fondo,
sugiriendo que las hembras de LFS realizan buceos tanto bentónicos como epi-pelágicos. Se sugiere que
las hembras lactantes de LFS tienen la capacidad de explorar diferentes nichos tróficos accediendo a
diferentes tipos de presas. Estos resultados concuerdan con análisis de fecas e isótopos estables en
hembras de LFS que describen una gama de tácticas alimenticias. Es posible que esto le permita a las
hembras de LFS ser menos susceptibles a la variación natural o antropogénica de los recursos alimenticios,
pudiendo adaptarse a variaciones interanuales sin perjudicar su éxito reproductivo, ni la tendencia
poblacional.

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ABUNDANCE AND BEHAVIOUR OF GUIANA DOLPHINS (Sotalia guianensis) IN GUARAÍRAS


LAGOON, RIO GRANDE DO NORTE, BRAZIL

Paro, A. D.1; Texeira, R. G.2; Lunardi, D. G.1; Ferreira, R. G.1


1
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia. E-mail: alebioacustica@hotmail.com
2
Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.

Throughout southern coast of Rio Grande do Norte, Northeast Brazil, Guiana dolphins (Sotalia guianensis)
are frequently found in inlets sheltered from constant southeast winds of this equatorial region. Behavioral
aspects of this population have been investigated in the area, mostly in Pipa beach. Approximately 5Km
north from Pipa, Guaraíras Lagoon (6o11’06’’S; 35o05’38’’W) has been poorly investigated regarding
occurrence, abundance and behavioral ecology aspects. Different from the inlets, Guaraíras Lagoon is an
estuarine ecosystem with a wide opening to the sea (1km), with an area of approximately 14km2. The most
inner areas are very shallow with sand banks, surrounded by cliffs and mangroves. Using a boat, we
surveyed an area of 3.0km2 of Guaraíras Lagoon encompassing two sectors: inner (from the mouth up to
1km into the Lagoon) and outer sector (the oceanic adjacent waters). Surveys were conducted from 8:00 to
15:00 in 23 days from March 2008 to March 2009. Once a group of dolphin was located we registered: group
size, presence of calves, behavioral state, GPS position, and tide state. Surveys also included photo-
identification efforts for capture-recapture abundance estimation. From 116h effort, there was a total of
16h45min of observation. Our results show that dolphins make frequent use of the Lagoon, but less
extensively than reported for the inlets of the region. Dolphins occurrence was registered in 15 (65%) out of
23 surveys. From the 31 encounters, 115 animals were sighted; 58% occurred in the inner sector and 42% in
the outer sector. The Jolly-Seber model applied from photo-identification data (MARK – POPAN extension)
indicates an abundance of 27 (95% CI: 18-54) individuals using the Lagoon. Photo-identification analyses
throughout the area also reveal that they are part of a larger population that inhabits at least 20km of this
coast. Average group size was 3.7, although there was significant difference between sectors, with the inner
sector presenting: smaller groups (average 2.3), more foraging and no socialization behavior, and lower
presence of calves than outer sector. Use of lagoon is apparently related to tidal state: 74% of the groups
were seen in low or flooding tide. Tidal state may play a role as, during flooding, fishes may follow the
current, and dolphins take advantage and spend their time foraging there. It might also explain the absence
of socialization in the inner sector. This study shows that this nutrient rich ecosystem is an important feeding
site for dolphins.

Keywords: feeding, MARK – POPAN extension, photo-identification

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ANÁLISIS DEL COMPONENTE ICTICO EN LA DIETA DEL LOBO FINO ANTÁRTICO Arctocephalus
gazella, EN LA ISLA 25 DE MAYO ANTÁRTIDA

Daneri, G. A.1; Carlini, A. R.2; Bustos, R. L.1; Harrington, A.1; Corbalán A.2
1
Museo de Cs. Nat. “B. Rivadavia”, Div. Mastozoología. Av. A. Gallardo 470 (C1405DJR) Bs. As. Email:
gdaneri@macn.gov.ar
2
Instituto Antártico Argentino. Dep. Biología. Cerrito 1248 (C1010AAZ). Bs. As.

El estudio de la dieta del lobo fino antártico, Arctocephalus gazella, resulta de primordial importancia para
interpretar su rol como predador tope en la red trófica del ecosistema marino antártico. Estudios dietarios de
esta especie en distintas localidades de su rango de distribución indicaron que preda principalmente sobre
krill y varias especies de peces, variando la proporción relativa de estos taxa presa según el sexo, localidad
y temporada de muestreo. El objetivo de este estudio fue analizar el componente íctico de la dieta de A.
gazella en Isla 25 de Mayo, Shetlands del sur y evaluar su variación temporal en relación a estudios previos
en la misma localidad. Con tal fin se colectaron un total de 93 fecas entre febrero y marzo de 2003 en el
área de Punta Stranger (Lat. 62° 14'S, Long. 58° 40'W). Las muestras fueron procesadas en laboratorio
mediante tamices de distinto tamaño de malla (rango 2,5 – 0,5 mm.). Los otolitos de peces fueron
identificados por comparación con colecciones de referencia y mediante el uso de guías y se midieron con
calibre digital. A partir de la longitud total de los otolitos sagitales se estimo la talla y biomasa de los peces
presa. El análisis de las muestras que contenían remanentes presa (n=83) indicó que los peces estuvieron
representados por un total de 1280 otolitos, presentando una frecuencia de ocurrencia del 59,5 %. La
identificación de los otolitos indico que el 81,8% correspondió a la familia Myctophidae, siguiendo en
importancia numérica la familia Channichthyidae con el 10,5 %. La especie presa más frecuente (F: 98%) y
dominante fue el myctófido Gymnoscopelus nicholsi que representó el 75,2 % en número y el 89,3 % en
masa del total de peces identificados. Del análisis comparativo con datos ya publicados para esta misma
localidad se observa que, para todas las temporadas la familia Myctophidae fue uniformemente la más
abundante, aportando más del 80% en términos de contribución numérica en todo el periodo de estudio,
siendo las especies G nicholsi y Electrona antartica las mas representativas de esta familia. Se concluye
que la dominancia de los mictofidos en la dieta de A. gazella es esperable si consideramos que estudios
realizados sobre la estructura de la comunidad íctica mesopelagica en el área circundante a la Isla 25 de
Mayo han indicado que esta familia es la mas importante en diversidad especifica, abundancia numérica y
biomasa húmeda de peces de dicha comunidad.

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ASPECTS OF THE BEHAVIORAL ECOLOGY OF COMMON BOTTLENOSE DOLPHINS, Tursiops


truncatus, INHABITING THE OPEN COASTAL WATERS OFF CENTRAL CHILE

Díaz-Aguirre, Fernando1; Castilla, Consuelo1; Salinas, Carla2; Soto, Felipe3; Navarrete, Sergio1;
Castillo, Víctor4
1
Facultad de Ecología y Recursos Naturales, Universidad Andrés Bello, Av. Republica 440, Santiago, Chile.
ferna.diaz@uandresbello.edu
2
Facultad de Biología y Ciencias, Universidad de Valparaíso, Av. Gran Bretaña 1111, Valparaíso, Chile.
3
Facultad de Ciencias del Mar y de Recursos Naturales, Universidad de Valparaíso, Av. Borgoño Nº 16344,
Reñaca, Viña del Mar, Chile.
4
Av. Balmaceda 825, Reñaca, Viña del Mar, Chile.

At present numerous cetacean populations are being indirectly affected by harmful effects of human
activities. These effects are particularly relevant in coastal ecosystems near to areas of high human
population densities. Obtain information on the ecology of populations that inhabit these areas is one of the
first steps toward the development of management strategies. The bottlenose dolphin inhabits a wide variety
of habitats, from fully exposed pelagic waters to coastal open areas, bays and tidal creeks in tropical and
temperate oceans worldwide. Despite of being one of the most studied cetaceans, the knowledge on this
species in open coastal habitats is scarce, particularly in the South Eastern Pacific. This study
provides information on the behavioral ecology of bottlenose dolphins inhabiting the open coastal waters off
the Valparaiso region, central Chile. From November 2004 to December 2009 were made 98 days of land-
based observations and 19 boat-based surveys in the waters around Punta Curaumilla, completing 549h of
effort and observing 182 groups of dolphins. The bottlenose dolphin was present year-round, occurring
during 80% of surveys. Depth, distance of shore and temperature where dolphins groups were
followed varied between 10-131m, 100-8862m and 13-16°C, respectively. Mean group size was 27.4
individuals, occurring groups of large size during fall-winter (P<0.01). The presence of calves was
reported year-round, representing 5% of the population. Groups in presence of calves were larger than those
composed only by adults (P<0.01). Most frequent behavioral states were foraging/feeding and traveling,
followed by socializing, resting and milling. Behavioral proportions varied according to time of the day
(P<0.05). Foraging/feeding activities prevailed during the morning and showed a decrease toward the
afternoon. In contrast, socializing and resting increase during the afternoon. Seasonal or long-term variations
in relative abundance of dolphins were not detected during the study period. A total of 114 individuals were
photo-identified, of which 41 were recaptured. During 90.9% of boat surveys occurred dolphins recaptured at
the end of the study period, suggesting long-term site fidelity of some individuals. Apparently, the pattern of
distribution and abundance of prey in conjunction with the open characteristics of the environment seems to
be one of the main factors shaping the ecology of this population. Currently, the interaction and competence
with fisheries, maritime traffic and marine pollution could represent the most significant threats for dolphins
inhabiting this area. The information provided in this work could be useful for planning conservation
strategies in the Valparaiso region.

Keywords: Tursiops truncatus, behavioral ecology, Valparaiso region.

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COMPORTAMENTO DE MARCAÇÃO ODORÍFERA DA Lontra longicaudis EM CATIVEIRO, AVALIADO


ATRAVÉS DO TEMPO INICIAL E FREQUÊNCIA DE DEFECAÇÃO

Barbieri, Fabrícia1; Machado, Rodrigo1,2*; Wickert, Janaína Carrion1,2,3; Castoldi, Liliana4;


Ott, Paulo Henrique2,5
1
Laboratório de Ecologia de Mamíferos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS/Brasil. * E-mail
para contato: ecomachado@gmail.com
2
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul – GEMARS/Brasil.
3
Laboratório de Sistemática e Ecologia de Aves e Mamíferos Marinhos, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS/Brasil.
4
Zoológico Municipal de Canoas – ZMC/Brasil.
5
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS/Brasil.

Fezes e muco-anal (marcas odoríferas) são utilizados por mustelídeos, tendo um papel na comunicação
entre indivíduos de uma mesma espécie. O tempo de passagem de alimento através do trato digestório de
mamíferos aquáticos é uma ferramenta que pode auxiliar na interpretação de dados sobre ecologia das
espécies. Para isto, uma das principais análises é o tempo inicial de defecação (TID) que é representado
pelo intervalo entre a ingestão e a primeira evacuação de um alimento, sua medição pode ser realizada
através de diferentes marcadores. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento de
marcação odorífera através do tempo inicial e a frequência de defecação de Lontra longicaudis. O estudo foi
realizado entre abril e dezembro de 2008 com dois machos em cativeiro no Zoológico Municipal de Canoas
(sul do Brasil). Os indivíduos tinham três e dois anos de idade (M1 e M2), respectivamente. Os animais
foram alimentados duas vezes por dia (9h e 16h) com uma média de 360g de peixes (Licengraulis
grossidens e Brevoortea pectinata) por refeição. Os primeiros peixes da alimentação da manhã continham
internamente nove marcadores plásticos coloridos de diferentes formas e tamanhos. Os animais foram
monitorados a cada 30 minutos em busca das fezes e muco-anal. Quando estas foram encontradas o
horário e sua posição no cativeiro foram anotadas para posterior coleta (após as 16h). Em laboratório, as
fezes foram triadas com uma peneira de malha de 1.0mm em busca dos marcadores. Nas cinco primeiras
amostragens (experimento I) os dois indivíduos estavam juntos no cativeiro. Nas amostragens seguintes
(experimento II) somente o indivíduo M1 estava no recinto (n=5). Durante as 10 amostragens realizadas,
foram encontradas 119 marcas odoríferas, destas 87,5% no experimento I e 12,5% no experimento II.
Quando os dois animais estiveram juntos ambos depositaram uma grande quantidade de marcas odoriferas
(média=10,4), por outro lado quando o M1 esteve sozinho no cativeiro apresentou um comportamento
distinto com uma baixa produção de fezes e muco-anal (médias=3) (p<0,0001). As médias do TID
(experimento I) para o M1 e M2 foram 2,2h e 2,1h respectivamente. No experimento II a média para o M1 foi
de 3,8h, que difere significativamente do observado no experimento I (p<0,0001), para este indivíduo.
Verificamos que a proximidade dos animais influenciou na produção de marcas odoríferas e
consequentemente em um baixo TID. Isto poderia indicar que apesar de uma proximidade entre os
indivíduos os animais estariam em constante comunicação através da marcas odoríferas.

Palavras chave: Comportamento, tempo de passagem de alimento, marcação de território.

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COMPOSTOS ORGANOCLORADOS (DDT, PCB, HCB, HCH E MIREX) EM CETÁCEOS DO GÊNERO


Kogia DA COSTA DO BRASIL

Pinheiro, L. S.1; Vidal, G. L.1; Secchi, E. R.2; Azevedo, A. de F.1; Dorneles, P. R.3; Malm, O.3;
Lailson-Brito, J.1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores "Profa. Izabel Gurgel" (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Brasil. email: lorena.biouni@gmail.com;
lailson@uerj.br
2
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos , Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio
Grande, Brasil.
3
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil

A determinação de poluentes em tecidos de mamíferos aquáticos é uma importante ferramenta para a


avaliação dos processos de transferência trófica de xenobióticos no ambiente aquático. Diversas espécies
de cetáceos têm sido utilizadas como sentinelas ambientais da poluição. Porém, existem poucas
informações sobre a contaminação de cetáceos que ocupam águas oceânicas. A família Kogiidae,
representada pelas espécies Kogia sima e Kogia breviceps, possui uma ampla distribuição ao longo das
águas oceânicas temperadas e tropicais. Possui preferência alimentar por cefalópodes. Existem poucos
estudos sobre acumulação de poluentes orgânicos persistente nessa família, sendo esse um trabalho
pioneiro para o Atlântico Sul. O objetivo deste trabalho foi determinar as concentrações de compostos
organoclorados (PCB, DDT, HCB, HCH e Mirex) em tecido adiposo subcutâneo de exemplares do gênero
Kogia coletados na costa do Brasil. As amostras foram obtidas através de dois encalhes, um no Estado do
Rio de Janeiro (K. sima) e outro no Estado do Rio Grande do Sul (Kogia sp.). A extração de tais amostras
foi realizada com n-hexano/diclorometano (1:1) em homogeneizador Ultra Turrax,e a purificação foi
realizada com a adição de ácido sulfúrico. As análises foram realizadas em um cromatógrafo de fase
gasosa com detector de captura de elétrons (CG-DCE - 7890 da Agilent Technologies). A metodologia foi
validada a partir da utilização de materiais de referência: SRM 1588a e SRM 1945 (NIST-EUA). Em ordem
decrescente de concentração tivemos: ΣDDT>ΣPCB>HCB>Mirex>ΣHCH, para o exemplar do Sul do Brasil;
e ΣDDT>ΣPCB>Mirex>ΣHCH>HCB, para o espécime do Sudeste. As concentrações de PCBs encontradas
foram maiores em K. sima do que em Kogia sp. (207 e 165 ng.g-1 lip, respectivamente). O ΣDDT foi mais
elevado em Kogia sp. (347 e 220 ng.g-1 lip, respectivamente), com a predominância do DDE. A razão entre
as concentrações de ΣDDT/ΣPCB tem sido utilizada para caracterizar a magnitude da contribuição das
fontes de origem agrícola sobre as fontes de origem industrial; para K. sima essa razão foi igual a 1,06
enquanto para Kogia sp. foi igual a 2,11. Esse resultado mostra a maior contribuição da poluição de origem
industrial no Sudeste quando comparada ao Sul do Brasil. Compostos leves como o HCB e HCHs foram
detectados nos dois exemplares. Como as espécies do gênero se alimentam em áreas oceânicas fica claro
que a contaminação gerada a partir de áreas continentais tem alcançado cadeias alimentares da plataforma
externa e área oceânica do Atlântico Sul Ocidental.

Palavras chave: organoclorados, Kogiidae, bioacumulção

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DIETA DE DELFINÍDEOS NA BAÍA DE ILHA GRANDE, RJ, BRASIL

Bittencourt, L.1; Araújo, A. C.1; Melo, C. L. C.1; Dorneles, P. R.1; Lailson-Brito, J.1; Azevedo, A. F.1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Biodindicadores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(MAQUA-UERJ) – lis.bitt@gmail.com – Bolsista de Iniciação Científica FAPERJ

O objetivo deste trabalho é caracterizar o hábito alimentar de delfinídeos na Baía de Ilha Grande. Os itens
da dieta dos animais foram identificados a partir da análise do conteúdo estomacal de indivíduos
encontrados mortos. Cada estômago foi dissecado e lavado sob água corrente sobre uma peneira de 600
µm de malha. Estruturas remanescentes das presas ingeridas (otólitos, bicos de lula, carapaças de
crustáceos) foram então separadas a olho nu para posterior análise em lupa e identificação com o auxílio de
guias. A partir do tamanho dos otólitos foram calculados o tamanho e o peso das presas com equações de
regressão indicadas pela literatura; e para cada presa foram calculadas a Frequência de Ocorrência (FO), a
freqüência numérica (FN) e o Índice de Importância Relativa (IIR). Foram coletados e analisados 10
estômagos de Sotalia guianensis, 3 de Stenella frontalis e 1 de Tursiops truncatus. Em Sotalia foram
identificadas 25 espécies de presa; 22 de peixe e 3 de cefalópodes; as espécies com os maiores valores de
FO, FN e IIR foram os peixes Porichthys porosissimus (FO=50%, FN=11,71%, IIR=1342,47) e Mugil spp.
(FO=37,50%, FN=1,19%, IIR=1224,09). Nos outros delfinídeos foram identificadas 4 espécies de peixe:
Porichthys porosissimus (FO=25%, FN=66,18%, IIR=2821,77), Cynoscion guatupuca (FO=25%, FN=1,47%,
IIR=114,41), Trichiurus lepturus (FO=50%, FN=2,94%, não foi possível calcular o IIR), Syacium sp.
(FO=25%, FN=14,71%, IIR=770,53); e duas espécies de lula: Loligo plei (FO=50%, FN=13,24%,
IIR=1144,65) e Octopus vulgaris (FO=25%, FN=1,47%, IIR=647,41). Não foram encontrados crustáceos e
alguns dos otólitos não puderam ser identificados devido o estado desgastado da estrutura. A diferença
entre a quantidade de bicos e de otólitos indica que na região os delfinídeos encontrados se alimentam
principalmente de peixes teleósteos, o que está de acordo com estudos prévios sobre a dieta de golfinhos
em baías próximas a Baía de Ilha Grande.

Palavras chave: dieta, golfinhos, Ilha Grande

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DIETA DE Sotalia Guianensis E Pontoporia Blainvillei (CETACEA: DELPHINIDAE E PONTOPORIIDAE)


DA COSTA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL

Araujo1,2*, A. C.; Lima, I. M. S.2; Melo, C. L. C.2; Barbosa, L. A.3; Bassoi M.4; Lailson-Brito, J. Jr.2;
Dorneles, P. R.2; Azevedo, A. F.2

1 Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Faculdade de Oceanografia,Universidade do Estado do


Rio de Janeiro, UERJ. *anacarolinapsa@yahoo.com.br

2 Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores “Profa. Izabel Gurgel” (MAQUA), Faculdade de.
Oceanografia, UERJ. maqua@uerj.br

3 Organização Consciência Ambiental (ORCA). Rua São Paulo, 23, Praia da Costa, Vila Velha, ES, 29101-
315, Brasil

4 Census of Antarctic Marine Life (CAML), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Depto de Zoologia, Av
Pau Brasil, 211, Ilha do Fundão, 21941-590 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil

O objetivo deste estudo foi caracterizar e comparar a dieta do boto-cinza (Sotalia guianensis) e da
franciscana (Pontoporia blainvillei), duas espécies presentes na costa do Estado do Espírito Santo, a partir
da análise do conteúdo estomacal de 29 botos-cinza e 11 toninhas encalhadas entre 2002 e 2009. Os itens
alimentares recuperados dos conteúdos como: otólitos, bicos de cefalópodes e carapaça de crustáceos,
foram identificados baseando-se em guias de identificação e coleções de referência. O comprimento e a
biomassa dos teleósteos e cefalópodes foram estimados com o uso de equações de regressão encontradas
na literatura para as espécies identificadas. Para cada espécie foi calculada a freqüências de ocorrência
(FO), a freqüência numérica (FN), porcentagem de biomassa (M%) e índice de importância relativa (IIR).
Para a comparação da dieta de ambos os cetáceos, utilizaram-se o índice de diversidade de Shannon (H’),
o cálculo de sobreposição de nicho trófico de Pianka e o teste U de Mann-Whitney. S. guianensis
apresentou hábito alimentar tipicamente piscívora. As principais presas consumidas por este cetáceo foram
o peixe-espada (T. lepturus), o goete (Cynoscion jamaicens), a piaba (P. harroweri), o cangoá (Stellifer sp),
a pescada-faneca (Isopisthus parvipinnis) e a lula Loligo plei. A espécie que apresentou maior FO foi o
peixe-espada (Trichiurus lepturus), ocorrendo em 58,6% dos estômagos. P. blainvillei apresentou uma
preferência por teleósteos de pequeno porte tanto demersais quanto pelágicos. As espécies que
apresentaram maior FO foram à piaba (P. harroweri) e o cangoá (Stellifer sp), que ocorreram em 63% dos
estômagos. A de maior FN foi também o cangoá (Stellifer sp) com 31,06%. As presas mais importantes na
dieta da toninha foram à piaba (Pellona harroweri), o cangoá (Stellifer sp), o peixe-espada (Trichiurus
lepturus) e o canguanguá (Stellifer brasiliensis). O teste U de Mann-Whitney (P<0,001) registrou diferenças
significativas em relação ao comprimento (Z= 11,55138) e biomassa (Z=11,10204) dos teleósteos
capturados por P. blainvillei (CT=5.9+6.5 cm; M=4.4+7.4g; n=175) e S. guianensis (CT=14.1+18.7 cm;
M=46.0+105.2g; n=308), sendo as presas ingeridas por esta última espécie significativamente maiores. P.
blainvillei apresentou uma riqueza de espécies de teleósteos (n=7) inferior em relação a S. guianensis
(n=14). Foi encontrada uma moderada sobreposição de nicho em relação às espécies consumidas pelos
botos (Oxy = 0,60), porém, estes exercem predação sobre faixas de comprimento e biomassa diferentes,
desta forma minimizando a competição interespecífica.

Palavras chave: Boto-cinza, Toninha, Dieta

APOIO: Araujo, A. C é bolsista de mestrado da CAPES, Projeto desenvolvido com financiamentos da


FAPERJ (Programa Pensa Rio, Auxílio Instalação, JCNE) e do CNPq (Bolsa de Produtividade).

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

DIETA DO BOTO-CINZA (Sotalia guianensis VAN BENEDEN, 1864) (CETACEA: DELPHINIDAE) NA


BAÌA DE SEPETIBA, RJ, BRASIL

Araujo1,2*, A. C.; Melo2, C. L. C.; Lima2, I. M. S.; Flach, L.3; Bassoi,4 M.; Lailson-Brito2, J. Jr.; Dorneles2, P. R.;
Azevedo2, A. F.
1
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Faculdade de Oceanografia,Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, UERJ. *anacarolinapsa@yahoo.com.br
2
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores “Profa. Izabel Gurgel” (MAQUA), Faculdade de.
Oceanografia, UERJ. maqua@uerj.br
3
Projeto Boto Cinza, Rua Sta Terezinha 531, Muriqui- Mangaratiba/RJ, 23860-000, Brasil
4
Census of Antarctic Marine Life (CAML), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Depto de Zoologia, Av
Pau Brasil, 211, Ilha do Fundão, 21941-590 - Rio de Janeiro, RJ – Brasil

O objetivo do presente estudo é caracterizar a dieta de Sotalia guianensis da Baía de Sepetiba, Rio de
Janeiro, Brasil, cujos objetivos específicos são: caracterizar qualitativa e quantitativamente as principais
presas consumidas por esta espécie e comparar a dieta de S. guianensis quanto ao sexo e estações do
ano. Um total de 49 estômagos de botos-cinza foi analisado, sendo 13 fêmeas (CT=1,7 + 0,2m) e 36
machos (CT=2,03 + 1,4m) encalhados entre 1995 a 2010. Os estômagos foram dissecados e o conteúdo
lavado com o auxílio de uma peneira de 600μm. Os itens alimentares como otólitos, ossos de peixes, bicos
de cefalópodes e carapaça de crustáceos, foram separados e armazenados em laboratório. Até o momento
somente os otólitos foram identificados com base em guias de identificação e em uma coleção de referência
do laboratório. Foi calculada para cada espécie de presa encontrada, a freqüências de ocorrência (FO), a
freqüência numérica (FN), porcentagem de biomassa (M%) e índice de importância relativa (IIR). O
comprimento e biomassa dos teleósteos foram estimados com o uso de equações de regressão
encontradas na literatura para espécies identificadas. Para a comparação da dieta em relação ao sexo,
utilizou-se o teste U de Mann-Whitney. Identificou-se um total de 22 espécies de teleósteos. As presas mais
importantes na dieta do boto-cinza da Baía de Sepetiba foram à corvina (Micropogonias furnieri), o goete
(Cynoscion jamaicensis), a sardinha verdadeira (Sardinella brasiliensis), e a castanha (Umbrina canosai). O
teleósteo que apresentou maior FO foi à corvina (M. furnieri) com 32% de ocorrência nos estômagos. A
presa de maior FN foi à sardinha-boca-torta (Cetengraulis edentelus) com 22,6%. Em relação à comparação
entre sexo, o teste U de Mann-Whitney (p=0,00) apurou diferença significativa para o tamanho e peso dos
teleósteos encontrados, sendo que as fêmeas consumiram presas de porte (CT=13.4+ 6.3 cm) e biomassa
maiores (M= 31.4 + 23.6 g) que aquelas consumidas pelos machos (CT= 8.3 + 5.3 cm) e (M= 18.9 + 37.5 g).
Em relação à sazonalidade, verificou-se que a principal presa encontrada na dieta no período entre
primavera-verão foi à corvina (M. furnieri) (IIR=1071,9) e no período de outono-inverno o goete (C.
jamaicensis) (IIR=5550,6). As variações na dieta do boto-cinza na Baía de Sepetiba podem estar
relacionadas com a distribuição e sazonalidade de ocorrência de suas presas na região.

Palavra chave: Baía de Sepetiba, Teleósteos, Boto-cinza.

APOIO: Araujo, A. C é bolsista de mestrado da CAPES, Projeto desenvolvido com financiamentos da


FAPERJ (Programa Pensa Rio, Auxílio Instalação, JCNE) e do CNPq (Bolsa de Produtividade).

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DIETA DO BOTO-CINZA, Sotalia guianensis (VAN BÉNEDEN, 1864) (CETACEA: DELPHINIDAE) NO


COMPLEXO ESTUARINO LAGUNAR DE CANANÉIA E ÁREAS ADJACENTES, NO LITORAL SUL DO
ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

Sánchez Desvaux, J. A.1; Ebert, M. B.1; Gómez, D. E.1; Correa, M. F.2; Chiaverini, A. P.2;
Santos-Lopes, A. R.1; Monteiro-Filho, E. L. A.1,3
1
Instituto de Pesquisas Cananéia, IPeC – Cananéia, São Paulo. julietadesvaux@yahoo.com.ar
2
Laboratório de Ictiologia, Centro de Estudos do Mar, CEM – UFPR. Pontal do Sul, Paraná.
3
Departamento de Zoologia, Universidad Federal do Paraná, UFPR. Curitiba, Paraná.

A dieta é um aspecto importante da ecologia de alguns predadores topo da cadeia, como no caso dos
pequenos odontocetos. O presente estudo teve como objetivo identificar os organismos predados por
Sotalia guianensis, através das análises de conteúdos estomacais. Foram analisados 8 estômagos de boto-
cinza (184 cm ± 23,16), coletados entre Janeiro de 2009 e Junho de 2010, encalhados nas praias da Ilha
Comprida e Complexo Estuarino-Lagunar de Cananéia-SP. Os estômagos foram coletados, pesados,
conservados em sacos plásticos e congelados até que as análises do conteúdo fossem realizadas. O
material obtido foi passado por uma peneira de 1 mm e lavado em água corrente. As estruturas ósseas
foram conservadas em frascos rotulados com álcool a 70%. Conteúdos encontrados em fase parcial de
digestão foram fixados em formalina 10% e logo preservados em álcool a 70%. Foi realizada a triagem para
separaҁão de estruturas duras dos taxa consumidos. As categorias de presas foram pesadas em balança
eletrônica. Para a identificação de teleósteos foram utilizados otólitos saggita e enviados ao Laboratório de
Ictiologia do CEM-PR. Os crustáceos foram identificados em nível de espécie com o auxílio de literatura
especializada. Sotalia guianensis consumiu principalmente teleósteos (86,13%), seguido de crustáceos
(19,71%). A dieta de S. guianensis foi composta por 9 famílias de teleósteos com 12 espécies, destacando-
se Micropogonias furnieri e Pomadasys corvinaeformis. Foram registradas duas espécies novas de
teleósteos na dieta do boto-cinza nesta região, Cetengraulis edentulus e Bothus robinsi. Sciaenidae e
Haemulidae foram as famílias mais representativas na dieta das fêmeas, enquanto que Engraulidae foi nos
machos. Farfantepenaeus brasiliensis foi o único crustáceo identificado nos conteúdos estomacais. Sendo
este um estudo que ainda esta em fase de desenvolvimento, aporta dados relevantes sobre o uso dos
recursos alimentares utilizados pelo boto-cinza nesta região e que devem ser rigorosamente monitorados
para contribuir ao manejo e conservação desta espécie.

Palavras chave: dieta; Sotalia guianensis; São Paulo.

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DURAÇÃO DAS MARCAS NATURAIS NA REGIÃO DORSAL DE Sotalia guianensis

Schulze, Beatriz¹; Cremer, Marta Jussara²


1
Programa de Pós Graduação em Ecologia, Departamento de Ecologia e Zoologia – Universidade Federal
de Santa Catarina – UFSC (beatrizschulze@hotmail.com)
2
Laboratório de Nectologia, Departamento de Ciências Biológicas – Universidade da Região de Joinville –
UNIVILLE (mjc2209@yahoo.com.br)

Estudos de longo prazo de vertebrados de vida livre tem mostrado que os indivíduos podem ser
identificados por marcas naturais, fazendo da identificação individual uma importante ferramenta das
pesquisas de campo. Marcas naturais em cetáceos são decorrentes das atividades diárias dos animais,
como arranhões causados por abrasão do corpo com o fundo do mar, durante a perseguição a presas ou
mordidas decorrentes do contato intra ou interespecífico. Porém algumas marcas podem ser atribuídas a
atividades humanas, como colisões com embarcações, enredamento em redes de pesca e doenças de pele
causadas pela poluição. As marcas do tipo arranhão, não são definitivas como os nicks ou mutilações.
Assim, o objetivo deste trabalho, foi determinar o tempo de duração destas marcas em Sotalia guianensis,
buscando gerar subsídios na realização de estudos de curto prazo que utilizem a identificação individual.
Foram analisadas fotografias da população que ocorre na Baía da Babitonga, obtidas entre abril de 2006 e
julho de 2010. Foram selecionados 28 indivíduos em função da frequência dos registros. As marcas foram
identificadas como arranhão superficial, arranhão profundo ou pequeno ferimento e cicatriz profunda,
segundo LOCKEYER & MORRIS (1990), e comparadas ao longo do tempo. O tempo de duração de cada
marca foi analisado calculando o período entre a data de primeiro e último registro das marcas. Marcas
registradas em apenas uma data, não foram consideradas. Foram registradas 132 marcas. Destas, 94
foram do tipo arranhão superficial, 28 foram arranhões profundos ou pequenos ferimentos e 10 foram
cicatrizes profundas. O tempo médio de duração das marcas foi de 155 dias (entre 2 e 1541 dias) e moda
de 7 dias. Os arranhões superficiais tiveram duração média de 33 dias (entre 2 e 110 dias) e moda de 7
dias. Os arranhões profundos ou pequenos ferimentos tiveram duração média de 228 dias (entre 132 e 455
dias) e moda de 132 dias. As cicatrizes profundas duraram em média 1093 dias (entre 348 e 1541 dias) e
moda de 1429 dias. O tempo de duração dos arranhões está associado à profundidade de penetração na
camada adiposa, e ao tempo de cicatrização. Marcas permanentes são essenciais na identificação
individual de cetáceos. Porém, este estudo demonstrou que a identificação dos indivíduos de boto-cinza
pode ser facilitada com o auxílio das marcas de curta duração em amostragens que sejam concentradas em
um curto período de tempo.

Palavras chave: Sotalia guianensis, fotoidentificação, duração de marcas

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DURACIÓN DE LOS VIAJES DE ALIMENTACIÓN DE LAS HEMBRAS DE LOBO MARINO COMÚN


(Otaria flavescens) EN ISLA CHAÑARAL, RESERVA NACIONAL PINGÜINO DE HUMBOLDT, CHILE

Muñoz, Lily1; Pavez, Guido1; Inostroza, Patricia2,3; Sepúlveda, Maritza2,3


1
Facultad de Ciencias del Mar y de Recursos Naturales, Universidad de Valparaíso.
lily.munozp@gmail.com, guido.pavezd@gmail.com
2
Facultad de Ciencias, Universidad de Valparaíso. maritza.sepulveda@uv.cl
3
Centro de Investigación Eutropia, Viña del Mar, Chile. patricia@eutropia.cl

El estudio de los viajes de alimentación de las hembras de lobo marino común Otaria flavescens es un
aspecto de la ecología trófica de gran importancia, ya que, la duración de los ciclos de alimentación puede
influir en la tasa de crecimiento y sobrevivencia de las crías. Estos aspectos han sido estudiados en la costa
atlántica, sin embargo en la costa pacífica existen escasos registros. Existen diferencias en la extensión de
la plataforma continental de la costa atlántica y pacífica, siendo esta última mucho más angosta. Por esta
razón es de esperar que la duración de los viajes de alimentación en ambas costas sea diferente debido a la
distancia que deben recorrer para encontrar alimento. En este contexto, este trabajo tiene como objetivo
analizar la duración de los viajes de alimentación de las hembras de esta especie en etapa de lactancia. El
estudio fue realizado en la colonia reproductiva de isla Chañaral (29°01 'S - 71'37'0), perteneciente a la
Reserva Nacional Pingüino de Humboldt, Chile. Desde el 04 al 18 de febrero de 2010 se realizó un
seguimiento de 6 diadas madre-cría, las que fueron identificadas por medio de decolorante o a través de
marcas naturales. Se realizaron esquemas de las marcas de cada individuo obteniendo de este modo un
catálogo de identificación. Se llevó un registro diario de la presencia/ausencia de las hembras dentro de la
colonia. Si se observaban crías sin sus madres, se asumió que éstas se encontraban alimentándose en el
mar. Se registraron un total de 51 viajes de alimentación, de una duración promedio de 1,53 días (1 - 4
días), y una permanencia promedio en tierra de 1,77 días (1 – 5 días). Estos resultados difieren de lo
registrado para la misma especie en la costa Atlántica, en que la duración de los viajes de alimentación de
las hembras lactantes son de 3-4 días. Esta diferencia podría estar dada por las características del fondo
marino. La plataforma continental extensa de la costa atlántica hace que los animales deban desplazarse
una mayor distancia para obtener su alimento, situación que no ocurriría en la costa pacífica. Además de
ello, la alta productividad del área de estudio, que se caracteriza por presentar fenómenos de surgencia
durante prácticamente todo el año, permitiría a las hembras conseguir alimento sin tener que alejarse
demasiado de la lobera.

Palabras clave: Otaria flavescens, viajes de alimentación, isla Chañaral.

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ECOLOGIA ALIMENTAR DA ARIRANHA (Pteronura brasiliensis) E DA LONTRA NEOTROPICAL


(Lontra longicaudis) NO PARQUE NACIONAL DO JAÚ, AMAZONAS, BRASIL

Silva, R. E.1; Rosas, F. C. W.1; Zuanon, J.2

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)


1
Lab. Mamíferos Aquáticos (LMA),
2
Lab. de Ecologia e Sistemática de Peixes. Caixa Postal 478. Manaus-AM, 69011-970, Brasil.
(robertaelise@yahoo.com.br)

A ariranha e a lontra neotropical são duas espécies de carnívoros mustelídeos pertencentes à subfamília
Lutrinae, que se alimentam principalmente de peixes. Essas duas espécies coexistem no Parque Nacional
do Jaú, na Amazônia Central brasileira, sendo que a suposta semelhança na dieta poderia gerar interações
ecológicas importantes entre elas. O presente trabalho visou caracterizar e comparar as dietas de ariranhas
e lontras no trecho inferior dos rios Jaú e Carabinani por meio da análise de amostras fecais coletadas entre
2006 e 2008. Foram coletadas 82 amostras de fezes de ariranhas e 75 de lontras. A maior parte das
amostras (85%) foi obtida durante a seca, o que restringiu o alcance da interpretação dos resultados a esse
período do ciclo hidrológico. A ariranha se alimentou principalmente de peixes das famílias Cichlidae
(Frequência de Ocorrência (FO)=91,5%), Erythrinidae (FO=74,4%) e Characidae (FO=29,3%), enquanto
que a lontra consumiu principalmente peixes das famílias Doradidae (FO=75,3%), Loricariidae (FO=26,7%)
e Cichlidae (FO=25,3%). Apesar dos peixes serem o principal item consumido pelas lontras e ariranhas,
houve baixa similaridade nas dietas (Índice de Pianka=0,16), o que possivelmente reflete os diferentes
microhabitats e táticas de forrageamento utilizados por estas duas espécies, bem como à grande
abundância e riqueza de peixes na Amazônia. Os resultados revelaram que a ariranha captura peixes
maiores e mais ativos (por exemplo, anostomídeos e grandes caracídeos) do que a lontra, a qual
provavelmente vasculha o substrato em trechos rasos de rios em busca de peixes mais lentos, de hábitos
sedentários ou noturnos (principalmente pequenos bagres). Em relação às outras presas que não peixes
(répteis, roedores e macroinvertebrados aquáticos), apesar de pouco comuns na dieta de ambas as
espécies, estes itens foram mais frequentes na dieta da lontra (FO=16%) do que na dieta da ariranha
(FO=0,3%). No entanto, em relação às famílias de peixes consumidas pelas duas espécies, as ariranhas
consumiram uma maior diversidade do que as lontras. Neste sentido, a lontra parece ser mais especializada
na captura de certos tipos de peixes, mostrando nítida preferência pelo consumo de pequenos bagres da
família Doradidae. Os resultados obtidos indicam pequena sobreposição na dieta, sem indicação de
interações tróficas significativas entre ariranhas e lontras no Parque Nacional do Jaú.

Palavras chave: dieta, Lutrinae, simpatria

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ECOLOGIA ALIMENTAR DO BOTO-CINZA, Sotalia guianensis (VAN BÉNÉDEN, 1864), NO LITORAL


DO ESTADO DO PARANÁ, SUL DO BRASIL

Ougo, G.1; Carvalho, B. M.2; Santos, R. A.3; Domit, C.1

¹ Universidade Federal do Paraná; Centro de Estudos do Mar, Laboratório de Ecologia e Conservação/


Mamíferos e Tartarugas marinhas (LEC), Pontal do Paraná, PR, Brasil. gilberto_ougo@ufpr.br /
cadomit@gmail.com
2
Universidade Federal do Paraná; Centro de Estudos do Mar, Laboratório de Ictiologia, Pontal do Paraná,
PR, Brasil. bmaicarvalho@gmail.com
3
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul, Itajaí, SC, Brasil.
gibteuthis@yahoo.com.br

Estudos relacionados à dieta de delfinídeos são essenciais para compreender seu padrão de distribuição,
entender as relações tróficas existentes entre predadores e presas e obter informações a respeito da
disponibilidade dos recursos alimentares. Este estudo analisa a dieta do boto-cinza (Sotalia guianensis) no
Estado do Paraná  e sua relação quanto ao sexo e classes de comprimento total. O estudo foi realizado a
partir da análise dos conteúdos estomacais de animais encalhados mortos ou capturados acidentalmente
em redes de pesca, entre os anos de 2008 e 2010. Foram coletadas as estruturas resistentes às ações
gástricas, como otólitos de peixes, bicos de cefalópodes e exoesqueletos de crustáceos. As amostras foram
lavadas em peneira de malha de 1 mm e armazenadas à seco, em álcool 70% ou em solução de álcool 70%
e glicerina (1:1). Foram analisados os estômagos de 18 espécimes, dos quais 50% se tratavam de fêmeas,
39% machos e 11% não foi possível identificar o sexo do animal. As fêmeas apresentaram um comprimento
total entre 125-208 cm e os machos entre 149-201 cm. Entre os tratos digestórios analisados 22% estavam
vazios, o que pode ser indício de animais doentes ou debilitados. Entre os estômagos com conteúdo, 100%
continham otólitos, 82% bicos de cefalópodes e 36% exoesqueletos de crustáceos. Foram identificados
aproximadamente, 1225 otólitos e 100 bicos de cefalópodes e foi calculada a Freqüência de Ocorrência
(FO) e a Freqüência Numérica (FN) para cada item-presa. Micropogonias furnieri, Cetengraulis edentulus e
Pellona harroweri foram as presas que apresentaram os maiores FO (64%, 64% e 36%, respectivamente) e
os maiores valores de FN, (27% 22% e 14%, respectivamente). As mesmas freqüências foram calculadas
para os cefalópodes, sendo os valores de FO 77%, 33% e 33% para Doryteuthis plei, Doryteuthis
sanpaulensis e Lolliguncula brevis, respectivamente. Quanto a FN, os valores foram de 70% para
Doryteuthis plei, 20% para Lolliguncula brevis e 10% para Doryteuthis sanpaulensis. As informações não
indicam um padrão diferenciado de alimentação entre sexo e comprimento total. Dentre os botos que se
alimentaram de cefalópodes (nove indivíduos), 67% eram adultos, 22% juvenis e 11% não foi possível
identificar a maturidade sexual. As informações analisadas apontam que o boto-cinza, apesar de ser uma
espécie ictiófaga, se alimenta de outros recursos, tal como pequenos cefalópodes. Além disto, indicam que
utilizam áreas próximas à costa para se alimentarem, uma vez que as presas identificadas apresentam
hábitos costeiros e são dependentes das regiões de manguezais.

Palavras chave: Cetáceos, dieta, Paraná 

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ESPECIALIZACIÓN ALIMENTICIA EN EL LOBO FINO SUDAMERICANO (Arctocephalus australis) EN


URUGUAY

Frau-Martínez, Rosina; Franco-Trecu, Valentina

Proyecto Pinnípedos, Facultad de Ciencias (UDELAR), Uruguay.


rochifrau@hotmail.com

Dentro de una población los individuos pueden hacer uso de recursos similares y eventualmente competir
cuando éstos son escasos, o desarrollar diferentes estrategias alimenticias (variación inter-fenotipo). La
especialización intraespecífica es considerada rara y con poca influencia en los procesos ecológicos. Sin
embargo, nuevas técnicas de análisis han demostrado que es más frecuente de lo esperado. Cuando una
población posee especialización individual se predice que la misma tendrá una amplitud de nicho extensa
debido a que grupos de individuos se especializan en diferentes porciones del eje de recursos. Esto podría
representar una respuesta adaptativa para disminuir la competencia intra-específica en condiciones de
recursos escasos. Nuestro objetivo fue evaluar la presencia de estrategias alimenticias individuales a partir
de los resultados de diferentes técnicas de análisis en las hembras del lobo fino sudamericano de Uruguay.
Durante la estación de cría 2006/2007 y 2007/2008 se colectaron 369 fecas en Isla de Lobos. Además en
diciembre/2006 se obtuvieron muestras de piel de 23 hembras reproductivas y de potenciales presas del
ambiente costero y pelágico para realizar un análisis de isótopos estables. Para evaluar la presencia de
diferentes estrategias a partir del análisis de fecas se realizó un cluster utilizando las abundancias
numéricas de cada presa y se aplico el método de Amundsen, utilizando las abundancias específicas de
cada presa. A partir de los resultados isotópicos se realizaron Mixing models para evaluar el aporte de los
diferentes grupos de presas a la dieta. Las presas principales fueron Cynoscion guatucupa, Loligo
sanpaulensis, Trichiurus lepturus y Umbrina canosai. El cluster mostró la presencia de grupos de individuos
que se alimentan de presas costeras separados de los que se alimentan de presas pelágicas. El método de
Amundsen indicó la presencia de dos estrategias diferentes dentro de la población: una especialista y otra
generalista y además, la población presentó un alto componente interfenotipico de amplitud de nicho. El
amplio rango de valores isotópicos de δ15N (16,65 a 19,99) indicó que las hembras depredan sobre recursos
con diferentes posiciones tróficas. Además, las presas de ambiente costero tuvieron valores isotópicos
significativamente mayores que las pelágicas (δ13C: T=-6,35; p<0,001; δ15N: T=3,37; p<0,01). A través de
los Mixing models se detectaron una gama de tácticas alimenticias que varían en el componente pelágico
entre el 25 y 100%. Este estudio sugiere que las hembras del lobo fino utilizan diferentes porciones del eje
de recursos mostrando especialización individual.

Palabras clave: Arctocephalus australis, isotopos estables, especialización.

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ESTUDIO DE LAS PRESAS DEL DELFÍN FRANCISCANA (Pontoporia blainvillei) EN EL EXTREMO


SUR DE SU DISTRIBUCIÓN

Paso Viola, M. N.; Bobinac, M. A.; Negri, M. F.; Panebianco, M. V.; Cappozzo, H. L.

Laboratorio de Ecología, Comportamiento y Mamíferos Marinos (LECyMM)


Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia” MACN-CONICET
Av. Ángel Gallardo 470, C1405DJR, Buenos Aires, Argentina. natypv79@yahoo.com.ar

La franciscana, Pontoporia blainvillei, es un pequeño delfín costero endémico de Sudamérica. El objetivo fue
estudiar las presas que conforman su dieta al sur de su distribución. Se analizaron 40 ejemplares
capturados accidentalmente en redes de pesca artesanal al sur de Buenos Aires, Argentina. Se recuperaron
los restos duros de sus presas y se identificaron bajo lupa. Se estimó el porcentaje de frecuencia de
ocurrencia (%FO), el número mínimo de presas (%N) y la talla de las presas consumidas. La estimación del
largo total se realizó a partir de curvas de regresión utilizando otolitos, picos de cefalópodos y cefalotórax de
crustáceos. Los peces fueron considerados presas independientes de los cefalópodos por tener diferente
grado de digestión en el estómago. Cuatro ejemplares presentaron leche y sólo un estómago resultó vacío.
Se encontraron 5 especies de teleósteos, 1 de cefalópodos y 2 de crustáceos. La combinación de grupos de
presas mas frecuente resultó ser peces y calamares (71,4%). Los cefalópodos aparecieron en el 85,7% de
los estómagos y correspondieron a una única especie, Loligo sanpaulensis (n=2.076; LM=47-178mm). El
94,3% presentó restos de peces (n=889; talla=41-212mm). La pescadilla de red, Cynoscion guatucupa, fue
el teleósteo más importante (%FO=71,4; %N=69,18). Trachurus lathami, Engraulis anchoita, Micropogonias
furnieri y Raneya fluminensis presentaron valores bajos. Sólo un 17,1% presentó crustáceos (n=66;
talla=45,6-118mm) identificados como Artemesia longinaris y Pleoticus muelleri. Las tallas de los peces
corresponden a ejemplares juveniles mientras que preferirían cefalópodos adultos (67,1% LM=110-130mm).
La dieta está compuesta por ocho especies de presas, a diferencia del resto de su distribución donde es
más diversa. Debido al lugar donde calan las redes y al hábitat de sus presas, se podía concluir que la
franciscana es un frecuentador de fondo y se alimentaría de presas con hábitos pelágico-demersal. Sus
presas principales corresponden a los valores más altos de biomasa (ton/km2) del sistema costero
bonaerense, lo que podría implicar que este delfín se alimenta de presas disponibles en el ambiente. Sin
embargo, algunas de estas presas presentan signos de plena-explotación (C. guatucupa y M. furnieri).

Palabras clave: Pontoporia blainvillei, dieta, Argentina

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ESTUDIO ISOTÓPICO SOBRE LA SEGREGACIÓN POR SEXO, CLASE DE EDAD Y ÁREA DE CRÍA EN
Otaria flavescens

Franco-Trecu, Valentina1; Aurioles-Gamboa, David2; Riet-Sapriza, Federico1


1
Proyecto Pinnípedos, Cetáceos Uruguay, Sección Etología-Facultad de Ciencias, UdelaR, Uruguay
pinnipedosuy@gmail.com
2
Laboratorio de Ecología de Pinnípedos B.J. Le Boeuf-CICIMAR-IPN-México

El papel de los carnívoros en la estructura y dinámica de los ecosistemas es muy importante, ya sea por
medio de efectos directos sobre los herbívoros o indirectos a través de las cascadas tróficas. Conocer los
hábitos alimenticios de los depredadores tope es esencial para comprender estos fenómenos. El león
marino sudamericano (O. flavescens) es una especie dimórfica que en Uruguay cría en dos colonias
reproductivas, Isla de Lobos (IL) y Cabo Polonio (CP), disminuyendo a una tasa de 2,3% anual en los
últimos 13 años. La información sobre su dieta es escasa y no hay evaluaciones sobre diferencias a nivel
intrapoblacional. Nuestro objetivo fue evaluar la repartición de recursos alimenticios entre sexos, clases de
edad y área de cría del león marino sudamericano a través del análisis de isótopos estables. En enero/2009
se colectaron muestras de piel de machos adultos (n=10), juveniles (n=3) y hembras reproductivas (n=10)
en IL y muestras de piel (integra 2 meses) y suero (7 días) de crías de IL (n=8) y CP (n=10). Debido a que
no se encontraron diferencias en los valores isotópicos entre machos adultos y juveniles, estos fueron
agrupados. Se encontraron diferencias entre hembras y machos en δ15N (T=-10,50; p<0,001), indicando que
los machos depredan en una posición trófica superior, aunque usen áreas similares (δ13C: T=-1,05; p=0,31).
No se encontraron diferencias en la varianza de las firmas de δ15N (F=1,18; p=0,82), pero sí de δ13C
(F=4,52; p=0,03) indicando que los machos usaron mayor diversidad de ambientes que las hembras,
resultado respaldado por las estimaciones del área de nicho (machos=1,30; hembras=0,31). No se
encontraron diferencias para los valores isotópicos entre las áreas reproductivas en ambos tejidos (piel;
δ15N: T=-0,94, p=0,46; δ13C: T=0,47; p=0,65) (suero; δ15N: T=0,53; p=0,61; δ13C: T=-1,17; p=0,26). Se
encontraron diferencias significativas en la varianza de áreas utilizadas en invierno (δ13C: F=6,84; p=0,019),
siendo las de CP más diversas, mientras en verano se encontraron diferencias entre la diversidad de
posiciones tróficas explotadas (δ15N: F=5,64; p=0,05). El patrón de las áreas de nicho en CP e IL fueron
inversos entre la piel y el suero. Los resultados sugieren que existe segregación alimenticia entre sexos,
probablemente asociada al dimorfismo sexual y a los distintos requerimientos energéticos que les permite
explotar diferentes áreas. No se reportan diferencias en los recursos utilizados en ambas áreas de cría, pero
sí en la variación de zonas y niveles tróficos explotados en cada área entre estaciones.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ESTUDIO PRELIMINAR DE LA VARIACIÓN POBLACIONAL ESTACIONAL DE Otaria flavescens EN


DOS APOSTADEROS DE LA PROVINCIA DE RÍO NEGRO, ARGENTINA

Daneri, Gustavo A.1; Varela, Esperanza A.1; Bustos, Raimundo L.1; Harrington, Ana1; Di Martino, Cecilia C.1;
Lini, Roberto2
1
Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia”. Div. Mastozoología. Av. Angel Gallardo
470 (C1405DJR). Ciudad de Buenos Aires. Argentina. gdaneri@macn.gov.ar
2
Ministerio de la Producción, provincia de Río Negro. Belgrano 544, Viedma, Río Negro, Argentina.

El Lobo Marino de un Pelo, Otaria flavescens, se extiende por todo el litoral marítimo argentino presentando
numerosos apostadores continentales e insulares, evidenciándose desplazamientos de individuos entre
unos y otros, en ciertas áreas. Entre los principales apostaderos de esta especie localizados en la provincia
de Río Negro, se encuentran el de Punta Bermeja (41°09’S 63°05’O) y Caleta de los Loros (41º02’ S 64º10’
O), los cuales se hallan dentro de las Áreas Naturales Protegidas administradas por el Consejo de Ecología
y medio Ambiente de dicha provincia. En el litoral nor-patagónico esta especie fue objeto de una intensa
explotación, reduciéndose drásticamente entre 1930 y 1950; a partir de 1990 se evidenció un incremento de
la población, aunque aún no recuperó sus niveles originales. El objetivo del presente trabajo fue analizar, en
forma comparativa, la variación numérica estacional de ambos apostaderos durante un año de estudio y su
composición poblacional durante la época reproductiva. Con tal fin, durante el período mayo 2006 – febrero
2007, se realizaron 4 censos por conteo directo desde la playa (Caleta de los Loros) o puntos elevados de
los barrancos (Punta Bermeja), utilizándose binoculares de 8X30, complementados con censos fotográficos.
Se establecieron las siguientes categorías: a) cría del año (diferenciada sólo en verano); b) juveniles +
hembras; c) macho subadultos tipo II; y d) machos subadultos tipo III + machos adultos. Los censos
indicaron, para el período de estudio, un pico poblacional máximo para el invierno, en ambos apostaderos
(Caleta de los Loros n=1093; Punta Bermeja n=4699); sin embargo el pico poblacional mínimo no fue
coincidente siendo, en verano para Caleta de los Loros (n=353) y en otoño para Punta Bermeja (n=2442).
Se hallaron diferencias significativas en las proporciones relativas de la diferentes categorías sexo/edad
preestablecidas, entre los apostaderos estudiados durante la estación reproductiva (verano) (chi2 p < 0.01).
Si bien la composición por sexo/edad varió estacionalmente en ambos apostaderos, hubo una clara
predominancia de formas no reproductoras. Se sugiere que los cambios en la composición y abundancia
poblacional de ambos apostaderos estarían asociados a los desplazamientos de individuos entre
apostaderos vecinos (principalmente Península Valdés) los que a su vez, estarían vinculados a la variación
estacional en la disponibilidad de alimento en las áreas de forrajeo de esta especie.

Palabras clave: Otaria flavescens, variación poblacional y Río Negro.

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ESTUDO ETNOECOLÓGICO DA INTERAÇÃO ENTRE Lontra longicaudis (OLFERS, 1818)


(CARNÍVORA, MUSTELIDAE) E PESCADORES DE CERCO-FIXO NO MUNICÍPIO DE CANANÉIA - SÃO
PAULO, BRASIL

Castro, F. de1,2; Stutz,S.1,3; Nakano-Oliveira, E.1; Andriolo, A.3


1
Instituto de Pesquisas Cananéia (IpeC). Cananéia, São Paulo, Brasil. edunakano@yahoo.com
2
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, Comportamento e Biologia Animal, Universidade
Federal de Juiz de fora (UFJF). Minas Gerais, Brasil. francielercastro@gmail.com
3
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de fora (UFJF).
Minas Gerais, Brasil. suzana.stutz@gmail.com, artur.andriolo@ufjf.edu.br

Como carnívoro a lontra pode ser considerada predador de topo de cadeia em ambientes estuarinos,
influenciando o equilíbrio das populações de presas nestes ecossistemas. Espécies predadoras podem
competir com humanos pelo uso de recursos biológicos e espaço. No Brasil, a predação exercida por
lontras à produção pesqueira tem sido relatada, de maneira informal, por pescadores e piscicultores. Para
verificar o conhecimento e interação dos pescadores caiçaras que utilizam o cerco-fixo no município de
Cananéia com as lontras foram realizadas 31 entrevistas semi-estruturadas e coletadas informações através
das técnicas observação participante e conversa informal. Vinte e nove participantes (93,55%) relataram
pescar a mais de 10 anos e 27 (87,10%) utilizar o cerco-fixo atualmente. Entre 29 pescadores, 21 (72,41%)
afirmaram ter a pesca como principal fonte de renda e 27 (93,10%) disseram usar o cerco-fixo durante as
duas safras: Tainha e Parati, nos meses de inverno e verão, respectivamente, que correspondem segundo
relatado, a divisão anual da produção. Todos os pescadores afirmaram conhecer a lontra, havendo
diferença significativa entre os locais onde mais a avistam (Fr = 32,03; p < 0,001), destacando-se os
Rios/barranco. Os horários em que mais a vêem variaram significativamente entre si, sendo o período
crepuscular o mais citado (Fr = 20,90; p < 0,002). Essa variação significativa também observada entre as
opiniões dos pescadores sobre a função ecológica deste carnívoro (U=155,00; p < 0,001) que indicaram
como função, principalmente, a predação. Vinte e nove (93,55%) entrevistados afirmaram ter sofrido ataque
deste mustelídeo a seu artefato, mas entre 22 pescadores, 10 (45,45%) consideraram pequeno o prejuízo
causado pelos ataques, não havendo diferença significativa entre as classificações (H=5,61; p=0,132); e 21
(95,45%) afirmaram que os ataques ocorrem pela facilidade encontrada por este mustelídeo na capturar dos
peixes já aprisionados pelo artefato. A vigília noturna, o uso de farol, arame farpado na porta ou o uso de
espantalhos foram algumas das soluções indicadas para minimizar os ataques. Concluímos que os
pescadores mostraram compreender aspectos da ecologia e biologia da lontra, que está entre os animais
não-alvo de pesca avistados próximos ao cerco, o utilizando para capturar suas presas. Entretanto, o
prejuízo sofrido é considerado pequeno pela maioria dos pescadores que criaram alternativas não invasivas
para reduzir os ataques, o que indica a inexistência de conflito. Informações adquiridas a partir de estudos
semelhantes mostram-se importantes para futuras colaborações no desenvolvimento de estratégias de
manejo e conservação deste carnívoro, coerentes com sua aplicação.

Palavras chave: Lontra, Caiçaras, etnoecologia.

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EVALUACIÓN DE LA CONDICIÓN CORPORAL DEL DELFÍN FRANCISCANA A TRAVÉS DE


INDICADORES INDIRECTOS

Panebianco, M. V.; Negri, M. F.; Paso Viola, M. N.; Cappozzo, H. L.

Laboratorio de Ecología, Comportamiento y Mamíferos Marinos (LECyMM). Museo Argentino de Ciencias


Naturales “Bernardino Rivadavia” MACN-CONICET. Av. Ángel Gallardo 470, C1405DJR, Buenos Aires,
Argentina. panebianco@macn.gov.ar

El estado de la condición corporal en los mamíferos se vincula con la disponibilidad de reservas de energía
en cada individuo, así como también con la probabilidad de supervivencia y de éxito reproductivo. El delfín
franciscana, Pontoporia blainvillei, es de hábitos costeros y susceptible a ser capturado accidentalmente en
redes de pesca artesanal. Analizamos la condición corporal de 51 ejemplares colectados - entre 1996 y
2010 - en las costas del sur de Buenos Aires (Necochea, Claromecó y Monte Hermoso) a través de dos
indicadores indirectos (1) el espesor de la capa de grasa (ECG), medido a nivel dorsal, lateral y ventral y (2)
las circunferencias (CC), máxima (CM) y axilar (CA). No se observaron diferencias significativas entre los
sexos para ambos indicadores. El ECG varió independientemente del peso, la talla, la edad y el estado
reproductivo, mientras que se relacionó de forma significativa con los siguientes índices de condición:
peso/talla, circunferencia máxima y axilar/talla (Spearman p = 0,001–0,030). El ECG describió el siguiente
patrón: fue menor en los neonatos, haciéndose más grueso en los inmaduros, llegando a tener un valor
mínimo en los juveniles, para luego aumentar nuevamente en los individuos maduros. La gran variabilidad
entre los valores individuales de espesor (0,52–4,30 cm) podría estar enmascarando las diferencias
significativas entre los grupos de edad y madurez. Las medidas de ambas CC se relacionaron positivamente
con la talla, el peso y con el índice peso/talla. Los valores medios de CA y CM en los individuos neonatos y
del grupo de edad 1 (0–1 años) fueron los menores. El espesor lateral, la CM, la talla y el peso fueron
mayores para la localidad de Necochea respecto al resto de las localidades evaluadas. En base a los
resultados obtenidos concluimos que el espesor de la capa de grasa sería el mejor indicador de condición
corporal, debido a su estrecha relación con los índices de condición en especial el espesor dorsal. La
variación del valor medio de espesor estaría reflejando en estos delfines una inversión diferencial de
energía en la actividad reproductiva.

Palabras clave: mamíferos marinos, condición corporal, Argentina

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FEEDING HABITS OF ATLANTIC-SPOTTED-DOLPHINS, Stenella frontalis, IN SOUTHERN BRAZIL

Lopes, Xênia Moreira1; Santos, Marcos César de Oliveira1; Silva, Ednilson da1; Bassoi, Manuela2; Santos,
Roberta Aguiar dos3
1
Projeto Atlantis, Laboratório de Biologia da Conservação de Cetáceos. Departamento de Zoologia, Instituto
de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Campus Rio Claro,
Av. 24-A, 1515, Bela Vista. Rio Claro. SP. Brasil. E-mail: xeniamoreira@uol.com.br
2
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Census of Antarctic Marine Life (CAML). Departamento de
Zoologia, Instituto de Biologia, Av Pau Brasil, 211, Cidade Universitária, Ilha do Fundão. Rio de Janeiro. RJ.
Brasil.
3
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Av. Ministro Victor Konder, 374, Centro. Itajaí.
SC. Brasil.

This study presents information about Atlantic-spotted-dolphins (Stenella frontalis) feeding habits. Nine
stomach contents of Atlantic-spotted-dolphins incidentally captured in fishing operations conducted by the
gillnet fleet based in the Cananéia (25°00’S; 47°55’W) port were analyzed. These specimens were
incidentally captured between 2005 and 2007. A total of 130 teleostean fish otoliths, 1420 cephalopod beaks
and three shrimps were recovered. The evaluated dolphins preyed on at least nine different fish species
(Trichiurus lepturus, Paralonchurus brasiliensis, Trachurus lathami, Merluccius hubbsi, Pagrus pagrus,
Ariosoma opisthophthalmus, Engraulis anchoita, an unidentified Engraulidae, and another unidentified
Scombridae), five cephalopod species (Loligo sanpaulensis, Loligo plei, Tremoctopus violaceus,
Thysanoteuthis rhombus, Semirossia tenera) and one shrimp species (Xiphopenaeus kroyeri). Based on the
analysis of the Index of Relative Importance (IRI), the Atlantic cutlass fish (Trichiurus lepturus) presented the
higher value. The Atlantic cutlass fish is a bentopelagic species which usually occurs between 100m and
350m of depth; the same water depth known in literature where spotted dolphins have been observed.
Among cephalopods, Loligo plei was the most representative species based on the IRI analysis. This squid
is one of the most common cephalopods found along the continental shelf in Brazil. Several prey items were
reported for the first time as Atlantic-spotted-dolphins’ preys in the Brazilian coast: Loligo sanpaulensis,
Tremoctopus violaceus, Merluccius hubbsi, Pagrus pagrus, Paralonchurus brasiliensis, Ariossoma
opistophthalmus, and the family Scombridae. More studies on spotted dolphins feeding habits are deemed to
better understand their trophic roles. Financial support: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP) and Earthwatch Institute. Fieldwork supported by Instituto Oceanográfico da Universidade
de São Paulo.

Keywords: Stenella frontalis, feeding habits, Atlantic-spotted-dolphin.

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FIRST STABLE ISOTOPES ANALYSES IN TISSUES OF Pontoporia blainvillei AND Sotalia guianensis

Hardt, Fernando A. S.1; Cremer, Marta J.1; Tonello Junior, Antonio J.1; Bellante, Antonio2; Buffa, Gaspare2;
Buscaino, Giusepa2; Mazzola, Salvatore2; Sprovieri, Mario2; Martinelli, Luis A.3; Zuppi, Gian Maria4
1
Laboratório de Nectologia - Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville,
São Francisco do Sul, Caixa Postal 110, Cep 89240-000, SC, Brazil. E-mail: marta.cremer@univille.net.
2
Consiglio Nazionale delle Ricerche – Istituto per l’Ambiente Marino Costiero, Via del Faro n° 4, 91021,
Capo Granitola (TP), Italy.
3
Centro de Energia Nuclear na Agricultura, 13400, Piracicaba, SP, Brazil.
4
Consiglio Nazionale delle Ricerche – Istituto di Geologia Ambientale e Geoingegneria, Area della Ricerca
di Roma RM 1, Via Salaria Km 29,300 C.P. 10 00016 Monterotondo Stazione, Roma, Italy.

Individuals of Pontoporia blainvillei and Sotalia guianensis cetaceans stranded in the north coast of Santa
Catarina State (southern Brazil) were analyzed in terms of carbon and nitrogen isotopes of livers, kidneys
and muscles. This survey presents the first δ C and δ15N measurements on those species and offers an
unprecedented opportunity to investigate the trophic web and lifestyle of this group of dolphins. δ13N and
δ C mean values for P. blainvillei tissues were 16.5‰ (± 0.8) and -17.2‰ (±1.5) in livers, 16.5‰ (±0.9) and
-16.9‰ (±0.8) in kidneys; 15.5‰ (±1.3) and -15.5‰ (±0.6) in muscle, respectively. For S. guianensis tissues
δ13N and δ C mean values were 16.31‰ (±1.4) and -15.97‰ (±0.6) for livers, 16.12‰ (±1.4) and -15.33‰
(±1) for kidneys, and 15.27‰ (±0.7) and -18.77‰ (±5) for muscles, respectively. No difference of δ13C values
was found among liver, kidney and muscle for males and females of both species (t-test, p<0.05). For P.
blainvillei, δ13C values in kidneys and livers were similar, but in muscles they were higher (F= 9.0018;
p<0.05). Values of δ15N were similar for liver and kidney, but significantly lower in samples of muscle (F=
5.7903; p<0.05). For S. guianensis, no difference was found in δ15N between males and females’ livers and
muscles, but in kidneys values were higher in males (t-test, p<0.05). Evidence, based on δ13C values
measured in muscles of the two species suggest long-term different diets for the two groups of cetaceans
living in non separated environments, with S. guianensis showing a more assorted diet based on organisms
with averagely lighter C-isotopes. The presented approach highlights the importance of developing and
refining trophic models on smaller geographic scales, so as to allow for meaningful comparative studies that
can provide important baseline information to interpret diet patterns based on stable isotopic analysis of
tissues.

Keywords: isotope analysis, Sotalia guianensis, Pontoporia blainvillei

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GREENHOUSE EFFECT? EVIDENCE OF APPARENT SUN DAMAGE TO EAST AUSTRALIAN


HUMPBACK WHALES

Kaufman, Gregory1; Jule, Kristen1


1
Pacific Whale Foundation, 300 Maalaea Road, Suite 211, Wailuku, Maui, HI, USA 96753
greg@pacificwhale.org

Skin lesions were observed on the lateral bodies of east Australian humpback whales (IWC Breeding Stock
E-1), during photo-ID research efforts conducted on the southward migration (Aug-Nov) 2005-2009. Of
3,579 humpback whales photographed, 438 animals (over 12% observed) showed evidence of skin lesions
near the dorsal ridge and high lateral flanks, ranging from skin discoloration to raw and exposed ulcerative
lesions. When either age or sex class was possible to determine (n=390 animals), lesions were observed
most frequently on mothers and newborn calves (~60%) and sub-adults (~25%). Lesions were significantly
more likely to be observed in tropical Queensland waters than in southern New South Wales waters (?2=
75.939, df=1, p<0.001). Mothers and calves with lesions were more commonly seen in Queensland waters
whereas sub-adults and adults observed with lesions were more likely to be seen in New South Wales (?2=
18.219, df=3, p<0.001). Based on a scale of 1 (severe) to 3 (least severe/healing), lesions were significantly
more severe in Queensland waters than in New South Wales (t= -6.152, df=436, p<0.001). It is therefore
likely lesions first manifest themselves in Queensland waters, home to the highest UV ratings (UV Index 17),
and highest skin cancer rate in the world. Given location of the lesions on the body, and the age class of
affected animals, we believe the lesions are likely a result from of sun damage. Mothers, calves and sub-
adults tend to spend greater time resting at or near the surface, therefore exposing them to greater risk of
sun damage Alternative, but unlikely, hypotheses examined include infectious disease or traumas, perhaps
exacerbated by sun damage. Additional investigation of this phenomenon will yield a more definitive
explanation and will allow for a better understanding of the implications global warming or UV exposure in
marine mammals.

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HÁBITOS ALIMENTICIOS DE Pontoporia blainvillei EN LA COSTA URUGUAYA

Erika Görke¹; Valentina Franco-Trecu¹; Fabrizio Scarabino²


1
Proyecto Franciscana, Cetáceos Uruguay, Facultad de Ciencias, Montevideo, Uruguay.
proyecto.franciscana@gmail.com
2
Dirección Nacional de Recursos Acuáticos (DINARA), Montevideo, Uruguay.

La mayoría de los estudios sobre la dieta de P. blainvillei en Uruguay datan de la década de los 70’s sobre
individuos capturados en la costa oceánica. El objetivo de este trabajo fue determinar la composición y
diversidad de la dieta de franciscana en aguas uruguayas, evaluando diferencias en la diversidad entre la
procedencia de los individuos (Océano Atlántico-OA y Río de la Plata-RP), el sexo y las estaciones. Debido
a que en verano la descarga del RP es mínima, genera la mayor diversidad de especies, nuestra hipótesis
propone que durante esta estación la diversidad será máxima. En relación a la procedencia de individuos,
proponemos que la dieta será menos diversa en el RP, debido a las condiciones cambiantes, que permiten
la adaptación de una menor cantidad de especies. Se analizaron 19 estómagos de animales varados o
capturados incidentalmente en flotas pesqueras entre 2004 y 2006, estimando la biomasa de las presas
mediante regresiones lineales. La importancia de las presas se estimó mediante el Índice de Importancia
Relativa (%IRI) y la diversidad fue evaluada mediante el índice de Shannon-Wiener (H’). Se identificaron 11
especies de peces (639 otolitos) y una de cefalópodos (22 picos). Las familias más representativas fueron
Sciaenidae (73%), Engraulidae (19%) y Batrachoididae (10%). Contrario a nuestra hipótesis los delfines
pertenecientes al RP (n=10) tuvieron una dieta más diversa que los del OA (n=6) (H’ 7,8 y 5,2
respectivamente). Esto puede deberse a que en el OA Urophycis brasiliensis fue una presa frecuente y con
una alta contribución de biomasa (IRI 62%), mientras que los individuos del RP fueron los único que
contenían calamaretes (Loligo sanpaulensis). La especie presa más importante para las hembras (n=4) fue
Anchoa marinii (IRI 36%) y para los machos (n=8) Macrodon articauda (IRI 33%), siendo más diversa la
dieta en las hembras que en los machos (H’ 10 y 5,2). Esto puede deberse a que las hembras tuvieron una
talla promedio mayor (156±7,2cm y 106±20cm) que les permite alimentarse de un rango más amplio de
presas. En el verano la dieta estuvo dominada por Porichthys porosissimus (IRI 63%) y fue más diversa que
en primavera (H’ 11,1 y 10,8) apoyando nuestra hipótesis. Dentro de la dieta de franciscana se encuentran
especies marinas que utilizan el frente de turbidez como áreas de alimentación y desove, como M.
articauda, lo que provocaría un aumento en la diversidad de la dieta de los individuos del RP.

Palabras clave: franciscana, dieta, Río de la Plata

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INSIGHTS ON TROPHIC RELATIONSHIP OF DELPHINIDS FROM SOUTHEAST BRAZILIAN COAST


DETERMINED BY CARBON AND NITROGEN STABLE ISOTOPIC RATIOS

Bisi, T. L.1,2,3; Dorneles, P. R.1,2; Lailson-Brito, J.2; Lepoint, G.4; Azevedo, A. F.2; Malm, O.1; Das, K.4
1
Laboratório de Radioisótopos, Instituto de Biofísica/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, tbisi@yahoo.com.br
2
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores "Profa. Izabel Gurgel" (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia/UERJ, Rio de Janeiro, Brasil
3
Programa de Pós-Graduação em Ecologia/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil
4
Centre MARE, Laboratoire d’Oceanologie, Université de Liége, Belgique

Carbon and nitrogen stable isotope measurements constitute a useful tool to access potential primary
sources and trophic levels of marine organisms. In order to investigate trophic distinctions among delphinids
that occur in marine environments from Rio de Janeiro State, carbon and nitrogen stable isotope ratios (δ13C
and δ15N) were measured in muscle samples from 10 species, including delphinids that inhabit estuarine
(Sotalia guianensis, n=19), continental shelf (Stenella frontalis, n=9; Tursiops truncatus,n=6; Steno
bredanensis, n=3; Pseudorca crassidens, n=2; and Delphinus delphis, n=1) and oceanic environments
(Lagenodelphis hosei, n=10; Stenella attenuata, n=2; Stenella longirostris, n=1; and Grampus griseus n=1).
As lipids have been shown to be depleted in 13C relatively to the diet, they were extracted from samples
using repeated rinses with 2:1 chloroform:methanol mixture prior to analysis. Stable isotope measurements
were performed on a V.G. Optima Isotope Ratio Mass Spectrometer (IR-MS) coupled to an N-C-S elemental
analyzer (Carlo Erba). Carbon isotopic ratios varied significantly among the groups (ANOVA test
F2,51=190.45; p<0.05) and the values ranged from -14.44‰ to -12.27‰ in estuarine dolphins, from -16.07‰
to -14.22‰ in continental shelf (CS) species and from -17.26‰ to -15.76‰ in oceanic delphinids. Our
findings probably reflected differences among the three groups regarding not only the feeding grounds, but
also the species/size preyed. The oceanic species, for instance, were significantly depleted in δ13C (Tukey
HSD test p<0.05), which reflected the offshore contribution to food intake. The δ15N values varied
significantly among the groups as well (ANOVA test F2,51=16.48; p<0.05). Estuarine and CS species showed
the highest average δ15N values, 14.44‰ (min-max=12.22-16.18) and 14.27‰ (min-max=11.57-16.69),
respectively whereas oceanic delphinids showed the lowest values, 12.30‰ (min-max=10.04-13.76).
Considering the species separately, S. attenuata and L. hosei showed the lowest mean nitrogen isotopic
ratios, 11.27‰ and 12.62‰, respectively. S. guianensis, T. truncatus and P. crassidens showed the highest
values, 14.44‰, 14.81‰ and 15.30‰, respectively (Tukey HSD test p<0.05). These nitrogen-related
findings are probably a result of a combination of factors, such as size and trophic level of the prey ingested
by each predator species. As extreme examples are the ingestion of small mesopelagic myctophid fish by L.
hosei, as well as the possible predation on other marine mammals by P. crassidens. This study brought new
insights on feeding ecology of delphinid species that inhabit Rio de Janeiro region.

Keywords: trophic ecology, stable isotopes, Delphinidae

Financial support: CAPES (fellowship), “Pensa Rio” Program/FAPERJ (Proc. E-26/110.371/2007), APQ1-
2009/1 - FAPERJ (Proc. E26-110.858-2009), Universal/CNPq (480701/2009-1) and Cetacean Society
International grant.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

INTERAÇÃO NA PESCA ENTRE BOTOS-CINZAS E FRAGATAS

Morais, Igor Oliveira Braga de1; Souto, Antonio da Silva2; Morais, Ana Alice3

Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas


1
igoliveira.igor@gmail.com; 2 asouto@ufpe.br; 3 aninhaw-201@hotmail.com

Desde a Antigüidade, há relatos de interações interespecíficas harmônicas envolvendo golfinhos.


Evidências apontam que o próprio hábito de nadar na proa das embarcações apresentado por algumas
espécies, como o golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) e o golfinho-comum (Delphinus delphis),
pode ter se derivado do comportamento de “surfe” nas ondas geradas pelo deslocamento das espécies
maiores de misticetos. No Pacífico oriental, cardumes de atuns (Thunnus sp.) costumam seguir os grupos
de golfinhos se aproveitando, possivelmente, da ecolocação destes para encontrarem suas presas. Tais
interações não estão restritas a espécies que vivem exclusivamente no ambiente aquático. Determinadas
espécies de aves marinhas também acompanham os golfinhos com o intento de se alimentarem dos frutos
de suas caçadas. No entanto, dados sobre estas associações ainda são escassos devido às dificuldades
logísticas inerentes de pesquisas em oceano aberto. Existem dúvidas se elas seriam casos de mutualismo
ou comensalismo. Este trabalho relata a interação na pesca observada entre botos-cinzas (Sotalia
guianensis) e fragatas (Fregata magnificens) no litoral do Rio Grande do Norte, Brasil, visando aumentar as
informações relacionadas a esse comportamento. No distrito de Pipa, município de Tibau do Sul, há uma
população residente de botos-cinzas que freqüenta regularmente a Baía dos Golfinhos, área utilizada por
eles para repouso, forrageio e cuidados com a prole. Estes animais vêm sendo acompanhados a partir de
ponto fixo em estudos regulares desde 1994. Durante estas observações, foi notada a presença de fragatas
fêmeas que seguiam os movimentos dos botos através da baía. As aves executaram vôos rasantes sobre a
superfície da água nos locais onde os golfinhos costumam realizar perseguições aos peixes, sendo este um
comportamento associado à alimentação. Pescadores mexicanos dizem que a altura a que a fragata voa
sobre a superfície do mar é diretamente proporcional à profundidade onde os predadores oceânicos nadam.
Isso pode ser mais do que uma mera superstição. Ao contrário de outras aves marinhas, esta espécie não
mergulha, devido à ausência do óleo impermeabilizante produzido pela glândula uropigial. Por isso,
alimentam-se furtando a comida de outras aves ou dependendo que predadores, como os golfinhos, levem
à presa até bem próximo da superfície. A associação na pesca entre fragatas e botos-cinzas também já foi
registrada no complexo estuarino de Cananéia, litoral de São Paulo, onde, além desta espécie de ave,
existem outras quatro envolvidas. Assim como em Pipa, onde as aves são as principais beneficiadas, esta
interação caracteriza-se como sendo comensalismo.

Palavras chave: Sotalia, interação, aves.

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INTERAÇÕES ALIMENTARES ENTRE AVES MARINHAS E BOTOS-CINZA, Sotalia guianensis (VAN


BÉNÉDEN, 1864) NO COMPLEXO ESTUARINO-LAGUNAR DE CANANÉIA E SUA RELAÇÃO COM
PARÂMETROS AMBIENTAIS

Quito, L.1,2; Monteiro-Filho, E. L. A.1,2


1
Universidade Federal do Paraná – UFPR. leticia.quito@gmail.com
2
Instituto de Pesquisas Cananéia - IPeC

Interações com predadores subaquáticos que levam presas à superfície estão entre as adaptações que
permitem às aves marinhas explorarem os recursos alimentares mais eficientemente. Entre outubro de 2008
e setembro de 2009 foram registrados 237 eventos de interações alimentares entre aves marinhas e botos-
cinza (Sotalia guianensis) a partir de três pontos-fixos no estuário de Cananéia (Setores I, II e III). A
freqüência sazonal dessas interações variou de forma significativa nos setores II e III (X2 = 10,719, gl= 3,
p<0,05; X2= 72,75, gl= 3, p<0,05, respectivamente), que são setores mais internos do estuário, sendo as
maiores freqüências no outono e inverno. No Setor I e na área como um todo não foram constatadas
variações. Como no inverno a entrada de frentes é mais freqüente, é provável que as aves procurem locais
mais abrigados para buscar seu alimento, pois ventos fortes prejudicam a habilidade de voar e aumentam o
estado de agitação do mar, dificultando também a detecção dos cardumes. Reforçando essa hipótese,
foram encontradas fortes correlações negativas entre as freqüências de interação e intensidade do vento na
área como um todo (r= - 0,97, p= 0,0035, gl= 3) e no Setor III (r = -0,94, p=0,01, gl=3), assim como com o
estado de agitação do mar na área total (r= -0,94, p= 0,015, gl=3) e nos setores II e III (r= -0,94, p=0,01,
gl=3; r= -0,95; p=0,01, gl=3, respectivamente). O mesmo ocorreu em relação à pluviosidade, havendo
diferenças entre freqüências de interação nos mesmos setores (X2 setor II = 4,236, gl= 1, p<0,05; X2 setor III =
72,595, gl= 1, p<0,05, respectivamente). Nos setores II e III houve as maiores freqüências de interações na
estação de maior pluviosidade. Com o aumento das chuvas há maior aporte de sedimentos e matéria
orgânica para o interior do estuário, diminuindo a transparência da água e dificultando a localização dos
cardumes pelas aves, além de haver uma queda na salinidade, o que influencia a distribuição e abundância
dos peixes. Os botos, portanto, auxiliam mesmo que acidentalmente as aves a encontrarem alimento, sendo
um importante catalisador dentro da atividade de forrageio das mesmas.

Palavras chave: Boto-cinza; aves marinhas; parâmetros abióticos.

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MORFOMETRIA DENTAL EM Tursiops sp. DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Paro, Bruna1; Secchi, Eduardo R.1; Botta, Silvina1


1
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos, Instituto de Oceanografia,Universidade Federal do Rio
Grande-FURG, CP 474, Rio Grande, RS 96500970, Brasil. bruparo14@hotmail.com

O presente trabalho teve como objetivos descrever a morfometria dental do boto, Tursiops sp., e verificar a
sua variação ontogenética. De 3 a 10 dentes de 117 exemplares (33 fêmeas, 34 machos e 80 sem sexo
definido) foram medidos. Foram feitas 2 medições: comprimento total (CTd), tomada da extremidade apical
da coroa até a extremidade basal da raiz nos dentes com ponta não gasta; e a largura antero-posterior (Ld).
As médias das medições nos dentes de cada exemplar foram utilizadas para as análises. Dentre os animais
analisados, 53 tinham a suas idades estimadas e 103 possuíam comprimento total (CT) conhecido. Testes
de ANOVA foram utilizados para ver as diferenças entre sexos, grupo etário e classes de CT. O modelo de
Von Bertalanffy (VB) foi utilizado para ajustar os dados de idade com o CTd e Ld. Não houve diferenças
significativas entre os sexos (p>0,05) em qualquer das medidas. Os valores máximo e mínimo de CTd e Ld
foram 9,9-41,0mm e 3,8-10,1mm, respectivamente. Houve diferenças significativas entre os grupos etários
no CTd e a Ld (ANOVA, p<0,001). Os animais de 0 ano tiveram o CTd significativamente menor quando
comparados com animais mais velhos (Tukey, p<0,001). Não houve diferenças significativas entre grupos
etários acima de 0 ano. O modelo de VB estimou o CTd assintótico de 34,8mm, sendo atingido ao redor dos
2 anos. Não houve diferença na Ld dos animais com idades entre 0 e 5 anos, porém, esta medida foi
significativamente menor do que nos animais mais velhos (Tukey, p<0,05), não havendo diferenças entre os
indivíduos das classes >5 anos. A Ld assintótica, atingida aproximadamente aos 5 anos, foi estimada em
8,5mm. Tanto o CTd, quanto o Ld foram diferentes entre as classes de CT (ANOVA, p<0,001). Os
exemplares de CT>250cm não diferiram no CTd (média de 34,33mm, Tukey, p>0,05), porém foi
significativamente maior do que as classes de menor tamanho. A Ld teve diferenças significativas entre os
grupos de tamanhos menores (CT<300cm), não havendo diferenças significativas entre os animais de
CT>300cm (Tukey, p=0,99). O dente do boto cresce aceleradamente até aproximadamente os 2 anos,
coincidindo com a idade de desmame e ingestão de alimentos sólidos. Conforme o animal cresce, o dente
continua crescendo de forma mais gradual em largura, devido à deposição cíclica de camadas de dentina,
preenchendo a cavidade pulpar, e de camadas mais finas de cemento, preenchendo o alvéolo mandibular,
até a morte do animal.

Palavras chave: dente, Tursiops sp., crescimento

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NOVOS REGISTROS DE TREMATÓDEOS DE LEAO-MARINHO-DO-SUL, Otaria flavescens, NO


LITORAL SUL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Pereira, E.1; Albernaz, T.2; Secchi, E.2, Pereira Jr. J.3,4; Müller, G.4; Valente, A. L. S.4
1
Mestranda em Parasitologia,, Pós-Graduação em Parasitologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal
de Pelotas. email: schifinoval@hotmail.com
2
Laboratório de Bio-ecologia e Conservação de Megafauna Marinha, Instituto de Oceanografia,
Universidade do Rio Grande
3
Laboratório de Parasitologia de Organismos Aquáticos, Instituto de Ciência Biológicas, Universidade
Federal do Rio Grande
4
Orientadores, Pós-Graduação em Parasitologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal de Pelotas,

 
O conhecimento dos helmintos parasitos de Otaria flavescens na costa brasileira está limitado a dados
ocasionais e pontuais, registrados sem metodologia precisa e/ou padronizada. Este estudo prévio faz parte
de um projeto que visa analisar com detalhe os helmintos parasitos gastrointestinais, pulmonares, cardíacos
e renais do Leão-Marinho-do-Sul no litoral sul do RS. Até o momento foram necropsiados três espécimes,
machos adultos, cujas carcaças apresentavam baixo estado de decomposição. Os órgãos coletados
mediante necropsia a campo para analise em laboratório foram 3 intestinos completos (delgado e grosso), 3
fígados incluindo parênquima e vesícula biliar, 3 estômagos, 3 corações e 3 pares de rins. Os órgãos foram
congelados a –18oC até o seu processamento, exceto os fígados e intestino de um espécime, os quais
foram analisados a fresco para avaliar a integridade de estruturas cuticulares de importância taxonômica na
identificação dos helmintos. Para a triagem dos parasitos foi usada uma peneira com malha de 63 µm e
todo o conteúdo retido foi analisado sob microscópio estereoscópico. Os helmintos foram fixados em AFA,
corados com Carmin e clarificados com creosoto de Faia. O comprimento total dos intestinos foram 45, 48 e
25,7 metros, os quais foram separados em delgado e grosso pela presença do ceco. Os intestinos delgados
foram divididos em nove segmentos que foram analisados separadamente para registrar a distribuição dos
helmintos por sítios de preferência. Os estômagos não continham conteúdo em digestão e intestinos
somente mucosidade. Foram encontradas elevadas intensidades de formas adultas de Ascocotyle sp
(Trematoda: Heterophydae) nos primeiros segmentos do intestino delgado e Stephanoprora sp (Trematoda:
Echinostomatidae) também nos intestinos. Há um relato de Stephanoprora infectando Arctocephalus
australis no Uruguai. Portanto a ocorrência destes trematódeos em Otaria flavescens consiste novos
registros de infecção. A presença de adultos sexualmente maturos de Ascocotyle sp. e Stephanoprora sp.
sugere a adaptação destas espécies ao parasitismo em pinípedes. Trematódeos Echinostomatidae e
Heterophydae podem apresentar potencial zoonótico e sua presença em leões-marinhos sugere que o
manuseio de espécimes seja feito com precauções. Outros helmintos como Corynosoma australe,
Corynosoma sp (Acanthocephala: Polymorphidae), estágios imaturos de Bolbosoma turbinella.
(Acanthocephala: Polymorphidae), Anisaquídeos (Nematoda) e cestóides foram também encontrados e
estão em fase de identificação. Os fígados, vesícula biliares, corações e rins examinados não estavam
parasitados.

Palavras chave: Otaria flavescens, Trematoda, helmintos

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OCORRÊNCIA DE LONTRAS, Lontra longicaudis (OLFERS, 1818) (CARNIVORA: MUSTELIDAE) NO


RIO ITAJAÍ MIRIM, MUNICÍPIO DE BRUSQUE, SC

Pazzini, Beatriz1; Ulber, Fabricio2; Corbetta, Ricardo1


1
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. e-mail: beabio@univali.br
2
Fundação Ecológica e Zoobotânica de Brusque.

As lontras são animais que utilizam o ambiente aquático principalmente para alimentação e deslocamento e
possuem forte dependência das margens do corpo d’água onde vivem, já que nelas realizam diversas
atividades tal como o descanso, marcação territorial, limpeza do pelo e criação dos filhotes dentro de tocas
escavadas no barranco. Devido a esta característica, podem ser afetadas tanto por alterações negativas na
qualidade da água, em especial aquelas que diminuem a disponibilidade de alimento, quanto por alterações
das características das margens. O presente estudo foi realizado no Rio Itajaí Mirim, no município de
Brusque, SC, Brasil e teve como objetivos investigar a presença, a distribuição ao longo do rio, a
sazonalidade e a influencia das condições das margens para a ocorrência de Lontra longicaudis neste
sistema. Foram realizadas coletas mensais em campo nos meses de julho de 2009 a junho de 2010. Foram
delimitados 12 pontos de amostragem ao longo do Rio, em uma extensão de 26 km, onde foram
contempladas as mais diferentes condições de uso e ocupação das margens, que foram investigadas a fim
de encontrar evidências indiretas da presença da Lontra longicaudis, tais como: fezes, pegadas, tocas e
arranhados. Foram encontrados vestígios da presença de Lontra longicaudis em 10 pontos amostrados.
Não houve registros de ocorrência da espécie em dois pontos de coletas. Do total de 38 registros, 34,2%
ocorreram no inverno, 26,3% no outono, 21% na primavera e 18,4% no verão. Os pontos 8 e 9 tem registros
de ocorrência para todas as estações. Apenas no ponto 8 houve registros em todos os meses amostrados.
Nos meses de verão a distribuição ficou restrita a 4 pontos, na primavera 6, no outono 7 e no inverno 9, o
que sugere um maior deslocamento nos meses frios, possivelmente relacionados a busca por alimentos e
melhores abrigos. Com relação às condições, usos e ocupações dos pontos amostrados, 47,3% dos
registros foram em margens com mata ciliar preservada e barrancos propícios à construção de tocas, 26,3%
foram em margens com pastagens e 23,6% em áreas urbanizadas, com margens bastante antropizadas. No
ponto 8 foi identificada uma toca ativa para a espécie. É provável a presença de tocas nas proximidades
dos pontos 2, 4, 7 e 10. Os pontos 1, 3, 6, 9 e 11 são utilizados em deslocamentos e alimentação. A espécie
demonstra adaptabilidade para utilizar ambientes com diferentes estágios de perturbação da paisagem,
preferindo lugares preservados.

Palavras chave: Lontra longicaudis; Rio Itajaí Mirim; distribuição.

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PRELIMINARY OBSERVATIONS ON INDIVIDUAL HOME RANGES OF GUIANA DOLPHINS (Sotalia


guianensis) IN THE PARANAGUÁ ESTUARINE COMPLEX, BRAZIL

Oshima, Júlia Emi de Faria; Santos, Marcos César de Oliveira

Projeto Atlantis, Laboratório de Biologia da Conservação de Cetáceos, Departamento de Zoologia, IB,


Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro. E-mail: juliaoshima@yahoo.com.br

Home ranges of Guiana dolphins (S. guianensis) in the Paranaguá Estuarine Complex (25o15’S to 25o36’S;
48o02’W to 48o45’W), Paraná state, Brazil, were investigated as part of a larger effort to better understand
ecological and population parameters in the Lagamar waters. An area of around 124 km2 was surveyed by
boat from April 2006 to January 2010 in the following subsets of the estuary: Canal do Superagui (~28km2),
Pinheiros bay (~34km2), part of Laranjeiras bay, which included the Guaraqueçaba sub-estuary (~38km2),
and part of the Mixture Section of the Paranaguá Estuarine Complex (~24 km2). The photo-identification
technique was used to follow naturally marked individuals along time and space. From a total of 189
catalogued individuals, twelve presented 10+ sightings and were used for this first home range estimation.
Data were analyzed in the ArcGIS 9.2 with “Home Range Extension”. The minimum convex polygon (MCP)
and the fixed kernel (FK) methods were used to estimate the non-parametric utility distribution of each
dolphin. In the FK we used the least squares cross validation (LSCV) to determine the band width. The
geographical distribution of home ranges overlapped extensively. Dolphins used the two main water bodies
of the investigated area. Three home ranges presented disjunct islands of use. The MCP home range
estimates ranged between 1.20 to 49.96 km² (mean= 25.55 km², SD=15.70). The FK 95% home range
estimated areas ranged from 2.85 to 122.23 km² (mean=32.08 km², SD=30.88). To verify the core areas we
also estimated 50% (mean=9.55 km², SD=12.10) and 25% (mean=4.01 km², SD=5.77) FK home ranges. As
the number of data points for each dolphin is still small, the areas estimated can be considered as important
sites used by those dolphins when sampling was made. These are preliminary observations and a better
definition of the individual home ranges will be achieved after gathering more location data. Financial
support: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP, process 05/59439-5,
05/54149-9 and 2008/56543-4), Earthwatch Institute, Cetacean Society International, Whale and Dolphin
Conservation Society. Fieldwork supported by Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo and
Núcleo Pro-Ação, Guaraqueçaba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Keywords: Sotalia guianensis, kernel density estimator, home range.

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REGISTROS DE ENCALHES DE BALEIA-MINKE-ANÃ, Balaenoptera acutorostrata, NO SUDESTE E


SUL DO BRASIL, ENTRE 1986 E 2010

Ott, P. H.*1,2; Siciliano, S.3; Domit, C.4; Secchi, E. R.5; Barreto, A. S.6; Santos, M. C. O.7; Tavares, M.1,8;
Danilewicz, D.1,9,10; Moura, J. F.5; Secco, H. K. C.5; Mattos, P. H.5
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS). Porto Alegre, RS, Brasil.
* Email: paulo.henrique.ott@gmail.com
2
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Laboratório de Biologia e Conservação de Aves e
Mamíferos Aquáticos. Cidreira, RS, Brasil.
3
Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos) da ENSP/FIOCRUZ. Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.
4
Laboratório de Ecologia e Conservação, Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná
(LEC/CEM/UFPR). Pontal do Paraná, PR, Brasil.
5
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio
Grande (FURG). Rio Grande, RS, Brasil.
6
Centro de Educação Superior de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí
(CTTMar/Univali). Itajaí, SC, Brasil.
7
Laboratório de Biologia da Conservação de Cetáceos, Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências,
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Rio Claro, SP, Brasil.
8
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos do Instituto de Biociências da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (CECLIMAR/IB/UFRGS). Imbé, RS, Brasil.
9
Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Ilhéus, BA, Brasil.
10
Instituto Aqualie – Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

A baleia-minke-anã (Balaenoptera acutorostrata) é uma espécie migratória, com distribuição desde a região
antártica até as zonas tropicais e subtropicais do hemisfério sul. No Brasil, há registros da Paraíba ao Rio
Grande do Sul. É, provavelmente, o balenopterídeo com o maior número de encalhes na costa brasileira,
especialmente nas regiões Sul e Sudeste. No presente trabalho é apresentada uma revisão dos registros
recentes de encalhe de baleia-minke-anã nestas regiões. Os dados foram obtidos por meio de avisos pela
comunidade, informações existentes nos meios de comunicação, bem como a partir de monitoramentos de
praia em seis trechos da costa brasileira: i) litoral sul do Rio Grande do Sul (RS-Sul), entre 1992 e 2010
(dados FURG); ii) litoral norte do Rio Grande do Sul (RS-Norte), entre 1991 e 2010 (dados GEMARS); iii)
litoral norte de Santa Catarina (SC), entre 2001 e 2010 (dados UNIVALI); vi) litoral do Paraná (PR), entre
2007 e 2010 (dados LEC-CEM); v) litoral de São Paulo (SP) entre 1986 e 2010 (dados Projeto Atlantis,
CEEMAM, GREMAR); e vi) litoral norte do Rio de Janeiro (RJ), entre 1993 e 2010 (dados GEMM-
Lagos/Fiocruz). Um total de 50 encalhes de B. acutorostrata foi documentado nestas regiões (RS-Sul= 17;
RS-Norte= 17; SC= 1; PR= 2; SP= 6 e RJ= 7), entre 1986 e 2010. O esforço amostral e as metodologias
empregadas não foram uniformes entre as distintas regiões. Contudo, a maioria dos encalhes foi registrada
entre os meses de junho e dezembro (88%), havendo seis registros entre janeiro e maio para a costa do
RS. Do total de exemplares registrados, 13 (26%) eram fêmeas, 12 (24%) machos e 25 (50%) não tiveram o
sexo determinado. Foi obtido o comprimento total (CT) de 37 indivíduos, o qual variou de 220 a 700 cm
(média= 374,9 cm; DP= 138,5). Dentre estes exemplares, 24 (64,9%) tinham CT menor que 400 cm e
podem ser classificados como imaturos. A presença de leite foi detectada no conteúdo estomacal de três
exemplares encontrados entre junho e agosto (CT= 260 cm, RS-Sul; CT= 255 cm, PR; CT= 313 cm, RJ). A
alta frequência de encalhes, especialmente de neonatos, filhotes e juvenis, associada aos dados de
avistagem e de capturas acidentais, evidencia que baleia-minke-anã está distribuída sobre a plataforma
continental e reforça a hipótese das regiões Sul e Sudeste do Brasil representarem importantes áreas de
reprodução e cria para a espécie.

Palavras chave: Baleia-minke-anã, Balaenoptera, Encalhes.

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RESULTADOS PRELIMINARES DE IDENTIFICACIÓN SEXUAL Y PROPORCIÓN DE SEXOS EN EL


DELFÍN CHILENO, Cephalorhynchus eutropia, MEDIANTE TÉCNICAS MOLECULARES

Pérez-Alvarez, M. J.1,2; Olavarría, C.2,3; Moraga, R.2; Poulin, E.1


1
Instituto de Ecología y Biodiversidad (IEB), Facultad de Ciencias, Universidad de Chile. Las Palmeras
3425, Ñuñoa, Santiago, Chile. mjose.perez@eutropia.cl; mjose.perez@gmail.com
2
Centro de Investigación Eutropia. Ahumada 131, Santiago, Chile
3
Fundación CEQUA, Plaza Muñoz Gamero 1055, Punta Arenas, Chile

La identificación sexual, así como la estimación de frecuencia de los sexos en poblaciones naturales son
importantes tanto para el estudio de dinámica y estructura poblacional de la especie como para estrategias
de conservación de las poblaciones. La mayoría de las especies de cetáceos no presentan dimorfismo
sexual evidente, siendo difícil la identificación de sexo mediante observación directa. En estos casos, es de
utilidad la aplicación de técnicas moleculares enfocadas a analizar cromosomas sexuales en muestras
biológicas. El delfín chileno, Cephalorhynchus eutropia, aún cuando presenta diferenciación fenotípica
sexual en la zona ventral del cuerpo, es una de las especies cuyo sexo es difícil de identificar en terreno. En
el presente trabajo se reporta por primera vez la aplicación de sexaje molecular para C eutropia, mediante la
utilización del método descrito por Gilson et al (1998) y su validación mediante la comprobación de sexos
identificados con aquellos reportados por observación directa de individuos enmallados. Se identificó el
sexo de 44 individuos de la especie mediante análisis moleculares de muestras de piel obtenidas en
distintas localidades a lo largo de Chile. Del total de individuos analizados, el 52,3% corresponden a machos
y el 47,7% restante a hembras. La proporción de sexo se mantiene en relación 1:1 al considerar los
resultados obtenidos para todas las localidades en conjunto, sin embargo, es necesario contar con un
mayor número de muestras a nivel de localidad, para emitir conclusiones respecto a la proporción de sexos
a nivel grupal. De manera general, la proporción de sexos reportada concuerda con lo descrito para
especies dioicas, las cuales presentarían paridad en proporción sexual independientemente del mecanismo
de determinación sexual correspondiente. El presente estudio da a conocer la aplicación y validación de
sexaje molecular en C. eutropia, y reporta de manera preliminar, la proporción de sexos estimada para la
especie considerando distintas localidades de muestreo a lo largo de Chile

Palabras clave: Cephalorhynchus eutropia, identificación sexual, proporción de sexos

Financiamiento: IEB, Centro Investigación Eutropia, CORFO-INNOVA P.N.B. O´Higgins

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SEGREGACIÓN SEXUAL EN ELEFANTES MARINOS DEL SUR: UN COMPORTAMIENTO EN EL NICHO


ISOTOPICO DE DOS AGRUPACIONES?

Elena Eder1; Cristiano Albuquerque2; Mirtha Lewis 1; Monica Muelbert2 ; Mark Hindell 3
1
Centro Nacional Patagónico CENPAT-CONICET eder@cenpat.edu.ar, lewis@cenpat.edu.ar
2
Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande Monica.Muelbert@furg.br
3
Marine Predator Unit, Institute of Marine and Antarctic Studies, University of Tasmania
Mark.Hindell@utas.edu.au

Debido al dimorfismo de machos y hembras adultos, la segregación sexual en las estrategias de


alimentación (reflejada en la distribución en el mar, composición dietaria y/o nicho isotópico) ocurre en
varias agrupaciones del elefante marino del sur (Mirounga leonina). Los isótopos estables de C y N aportan
información de dos dimensiones del nicho isotópico y las estrategias de alimentación: las áreas de
alimentación y los niveles tróficos. Se describen las estrategias tróficas de una hembra adulta procedente de
la Isla Elefante (IE, Antártida*) y un macho subadulto de Península Valdés (PV, Argentina), dos
agrupaciones distantes ubicadas al sur y norte del Frente Polar Antártico (FPA) respectivamente, a partir de
las señales isotópicas de C y N a lo largo de los bigotes. Los bigotes fueron obtenidos de manera
oportunista (hembra: enero 2009, n=12; macho: 1999, n=1), y fueron seccionados en submuestras de 0,5 a
1,4 mg (n total =144). Se observó una gran variación intra-individual en la hembra de la IE: entre -23,9 y -
19‰ δ13C (Δδ13C= 4,9) y 8,9 y 11,7‰ δ15N (Δδ15N= 2,8), que reflejaría la actividad de alimentación en un
amplio gradiente isotópico. Para el macho de PV, la variación intra-individual fue menor: -21,2 y -19,2‰
δ13C (Δδ13C= 1,9) y 12,0 y 13,1‰ δ15N (Δδ15N= 1,1). Los valores de δ15N del macho fueron algo más altos
que los de la hembra (12,6±0,6 versus 10,1±0,8), lo que lo ubica en un mayor nivel trófico. No obstante, se
observó solapamiento en los valores puntuales de δ13C y δ15N a lo largo de los bigotes de ambos sexos,
sugiriendo compatibilidad en los niveles tróficos y en las áreas utilizadas, posiblemente situadas al sur del
FPA (valores < -19‰ δ13C). En base a un enriquecimiento trófico de 3,2‰ δ13C y 2,8‰ δ15N con respecto al
alimento, las dietas de estos animales podrían coincidir en la contribución de presas como el calamar
Kondakovia longimana (23-63%) y peces mictófidos (29-51%). Estos resultados refuerzan otros estudios en
los que se sugiere que la segregación sexual en elefantes marinos sería un comportamiento propio de una
misma agrupación, que puede no cumplirse entre agrupaciones distintas. Pese a que los datos no fueron
tomados en simultáneo y pese a la gran distancia que las separa, ambos sexos de las agrupaciones aquí
estudiadas podrían compartir aspectos de sus estrategias tróficas como las áreas de alimentación y los
niveles tróficos.

*Financiamento CNPq/MCT/PROANTAR

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
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SITE FIDELITY AND RESIDENCE TIME OF HUMPBACK WHALE (Megaptera novaeangliae) IN THEIR
BREEDING AREA ON NORTH COAST OF BAHIA, BRASIL

Baracho-Neto, Clarêncio G.*1; Neto, Elitieri Santos1; Rossi-Santos, Marcos R.1; Lima, Flavio2;
Faria, Deborah M.3
1
Instituto Baleia Jubarte, Av. do Farol – AC / Farol - Cx. Postal 92, 48.280-971, Praia do Forte, Mata de São
João, Bahia, Brasil , *: clarencio.baracho@baleiajubarte.org.br
2
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Departamento de Ciências Biológicas. Rua prof. Antônio
de Campos, s/n, Costa e Silva, 59625-620, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil
3
Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas. Rodovia Ilhéus Itabuna,
km16, Salobrinho, 45650-000, Ilhéus, Bahia, Brasil

Humpback whale, Megaptera novaeangliae, migrate from high latitude feeding grounds to low latitude
breeding grounds, exhibiting fidelity to their migratory destinations. Differences on site fidelity patterns may
reflect differences in the sampled population sizes. The occupation rate or residence time represents the
minimum time that individuals stay in determined areas. The present study investigated the site fidelity and
residence time in the breeding area off Bahia state, northeastern Brazil, between 2000 to 2009, utilizing
photoidentification data collected in research and whale watching boats. A total of 841 whales were
identified, being 635 from the research and 206 from the whalewatching platforms. Individuals were mostly
observed once (96%; n= 809) in the study area, while about 4% (n=32 individuals) were photographed more
than in one occasion. Resightings were more frequent within a year (72%; n=23) than between years (n=9,
28%). None individual was observed for longer than two years. The mean fidelity rate was 1% and
occupation rate varied from 1 to 21 days (mean= 5.3; SD= 5.4; n= 23). The data indicate low site fidelity and
residence time patterns when compared with the core area for this population, the Abrolhos Bank, or even
with other breeding sites worldwide. The low site fidelity and residence time may reflect the size of the
sampled area, behavior and eventual movements inside/outside the study area.

Keywords: Humpback whale, site fidelity, residence time

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TAMANHO, COMPOSIÇÃO DE GRUPO E USO DO HÁBITAT DO BOTO-VERMELHO, Inia geoffrensis, E


DOS GOLFINHOS DO GÊNERO Sotalia NO RIO GUAMÁ, BELÉM, PARÁ

Santos, G. M. A.1,2; Quaresma, A. C.2; Barata, R. R.2; Martins, B. M. L.1; Sousa, M. E. M.1,3;
Arcoverde, D. L.1,4; Rodrigues, A. L. F.1; Emin-Lima, R.1,5; Siciliano, S.1; Silva Júnior., J. S.6
1
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia – GEMAM/ Museu Paraense Emílio Goeldi,
Coordenação de Zoologia, Setor de Mastozoologia1 (*botogabriel@gmail.com);

² Graduação em Ciências Biológicas – Universidade Federal do Pará (UFPA)

³ Pós-Graduação em Biologia Ambiental do Instituto de Estudos Costeiros, UFPA, Campus Bragança;


4
Pós-Graduação em Zoologia, UFPA / Museu Paraense Emílio Goeldi;
5
Pós-graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de Saúde Pública, FIOCRUZ
6
Museu Paraense Emílio Goeldi, Coordenação de Zoologia, Setor de Mastozoologia.

Botos-vermelhos (Inia geoffrensis) geralmente possuem hábitos solitários ou encontrados aos pares (mãe e
filhote). No entanto, formam grupos para corte e agregações temporárias para o forrageamento.
Atualmente, são reconhecidas apenas duas espécies de Sotalia, o tucuxi (S. fluviatilis) e o boto-cinza (S.
guianensis) muito ativas na superfície e encontradas, normalmente, em grupos sociais. O presente estudo
teve como objetivo descrever e analisar o uso do hábitat, composição e tamanho dos grupos, e verificar
padrões de residência dos botos Sotalia e Inia no rio Guamá, Belém, Pará. Os registros do comportamento
foram feitos por observações de ponto fixo localizado no campus Guamá da Universidade Federal do Pará
(UFPA) (01º28'60''S; 048º27'23''O), entre setembro e outubro de 2008 e janeiro de 2009 e julho de 2010,
totalizando 166 horas de campo. Além disso, foram realizadas 21 transecções lineares no rio, em
embarcação de madeira motorizada (11m), movida a diesel, entre maio de 2009 e julho de 2010. Os dados
foram anotados em planilha padronizada. Nos dois métodos de observação, foram utilizados binóculos
Tasco Offshore e registrados tamanho, composição de grupo e atividade desenvolvida (alimentação,
descanso, socialização, deslocamento e comportamento não identificado). A partir do ponto fixo, foram
confirmadas 41 observações, somando 73 indivíduos. Dentre estes, 52 eram I. geoffrensis (71%) e 21
Sotalia. Houve uma prevalência de observações em condições de maré enchente para ambos, Inia (47%) e
Sotalia (50%). Nas transecções, registraram-se 48 indivíduos em 17 contatos. Desses, 38 eram Sotalia
(76%) e 12 Inia. Foram registradas todas as categorias de comportamento para I. geoffrensis e Sotalia sp.,
exceto descanso. O tamanho de grupo de Inia variou de um a quatro indivíduos, com prevalência de
indivíduos isolados (60% em ponto fixo e 63% em monitoramento embarcado). Foram registradas
agregações de um a sete tucuxis, por meio dos dois métodos de coleta de dados. Filhotes de boto-vermelho
foram observados em setembro de 2008, maio e setembro de 2009, e fevereiro de 2010. Em abril de 2010,
registraram-se dois botos-vermelhos em comportamento de corte. Filhotes de Sotalia foram registrados em
março, maio e dezembro de 2009. Os botos-vermelhos aproximam-se frequentemente da margem direita do
rio Guamá, muitas vezes entrando no Igarapé do Tucunduba, geralmente em comportamento alimentar.
Entretanto, Sotalia foi avistado apenas na calha principal do rio, ou mais próximo à margem esquerda,
oposta ao ponto de observação. Sotalia foi observado apenas na estação chuvosa, exceto por dois
encontros ocasionais no período seco.

Palavras chave: Comportamento, Ponto fixo, Transecções lineares.

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TROPHIC RELATIONSHIP BETWEEN GUIANA DOLPHIN AND ITS PREY SPECIES FROM SEPETIBA
BAY, RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL

Bisi, T. L.1,2,3; Lailson-Brito, J.3; Lepoint, G.4; Azevedo, A. F.3; Dorneles, P. R.2; Flach, L.5; Malm, O.2;
Das, K.4
1
Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio
de Janeiro, Brasil. tbisi@yahoo.com.br
2
Laboratório de Radioisótopos, Instituto de Biofísica, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio
de Janeiro, Brasil
3
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores "Profa. Izabel Gurgel" (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil
4
Centre MARE, Laboratoire d’Oceanologie, Université de Liége, Belgique
5
Projeto Boto-Cinza, Mangaratiba, Brasil

This study investigated the trophic relationships among organisms from Sepetiba Bay (Rio de Janeiro,
Brazil). The investigation was carried out through determination of carbon and nitrogen stable isotopes in
muscle of Guiana dolphin (Sotalia guianensis) (n=44), 21 fish species (n=119), one cephalopod species
(n=10) and two crustacean species (n=15). Stable isotope measurements were performed on a V.G. Optima
(Micromass) IR-MS coupled to an N-C-S elemental analyzer (Carlo Erba). Mean δ13C and δ15N values varied
significantly among the species (ANOVA F6,137= 16.26 and F6,137= 75.74, respectively; p<0.00001).
Concerning δ13C values, the multiple comparisons test showed that the difference was only significant in
detritivorous species and in cephalopods species (Tukey HSD test, p<0.001). The detritivorous fishes Mugil
curema (-9.4‰) and Mugil liza (-13.9‰) were notably more 13C enriched than expected. This finding may be
explained by the presence of some 13C enriched macroalgae in their diet. The lowest average δ15N values
occurred in detritivorous species (9.4‰). Intermediate mean δ15N values were observed in planctivorous
fishes (13.8‰), in benthic invertebrate feeder fishes (14.1‰) and in cephalopods (14.4‰). The highest
mean δ15N values occurred in benthic invertebrates and fish feeders (15.6‰), as well as in those species of
demerso-pelagic feeding habit (15.9‰) (Tukey HSD test, p<0.01). It was expected that Guiana dolphin
presented the highest trophic level, but the average δ15N value (14.07‰) was smaller than those of most fish
species. The main preys found in Guiana dolphin stomach contents in Sepetiba Bay are Micropogonias
furnieri (benthic invertebrate feeder) and Centengraulis edentulus (planctivorous fish). In fact, the δ15N
results showed that Guiana dolphin feeds on organisms occupy relatively low trophic levels, such as
planktivorous fishes and invertebrate feeders. Additionally, the result suggests that not all the ingested
species are in fact important in the diet of Guiana dolphins from Sepetiba Bay. Stable-carbon isotope values
varied greatly among individual dolphins, ranging from -17.16‰ to -12.80‰. The results suggest variable
dietary resources, as well as that the species uses adjacent areas to forage rather than feeding exclusively
inside Sepetiba Bay.

Keywords: tropical estuary, stable isotope, Sotalia guianensis

Financial support: CAPES (fellowship), “Pensa Rio” Program/FAPERJ (Proc. E-26/110.371/2007), APQ1-
2009/1 - FAPERJ (Proc. E26-110.858-2009), Universal/CNPq (480701/2009-1) and Cetacean Society
International grant.

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ATIVIDADES E ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DO BOTO-CINZA, Sotalia guianensis, NO COMPLEXO


ESTUARINO LAGUNAR DE CANANÉIA, SÃO PAULO, BRASIL

Godoy, D. F.1,2; Andriolo, A.1; Filla, G. F.2; Prado-Filho, J. S.2

Universidade Federal de Juiz de Fora¹,Instituto de Pesquisas Cananéia², danyfgodoy@yahoo.com.br

Os animais distribuem-se de maneira heterogênea em um ambiente de acordo com a disponibilidade de


alimentos e predadores. No ambiente marinho os descritores ambientais também são levados em
consideração. Determinar as atividades de uma população e as áreas de concentração em uma dada região
é de fundamental importância para o conhecimento da espécie, sua conservação e a conservação do meio
em que ela vive. O presente trabalho tem o objetivo de qualificar e quantificar as atividades da população de
boto-cinza residente no Complexo Estuarino Lagunar de Cananéia. Este estudo foi realizado de agosto de
2009 a junho de 2010 quando foram realizadas 36 saídas de campo, perfazendo 132 horas de observação
direta. Para tanto, foram traçadas 12 transecções paralelas que foram percorridas com embarcação de
madeira, com motor de centro, em baixa velocidade, mantendo uma distancia mínima de 50 metros,
tomando, assim, todos os cuidados para minimizar o impacto com os animais e não molestar os mesmos. A
cada encontro foi registrada a localização com o uso do GPS e a atividade realizada pelo indivíduo ou
grupo. Resultados preliminares deste trabalho mostram que os animais foram vistos em 100% dos dias
sendo registradas 686 observações totalizando em 2180 indivíduos. O tamanho de grupo variou de 1 a 14
individuos, nos quais a ocorrência de grupos com 2 individuos foi o que mais ocorreu com 219
observações. Em todos os dias foram observados infantes e juvenis totalizando 280 indivíduos. A atividade
mais observada foi a de alimentação com 70% das observações, seguida pela atividade de deslocamento
(23%), socialização (3,85%) e descanso (3,15%). As maiores concentrações dos grupos de boto-cinza deu-
se na Baía de Trapandé, onde, por sua vez ocorreram também os maiores registros de observações das
atividades de alimentação, possivelmente porque a Baía de Trapandé encontra-se mais próximo a Barra de
Cananéia, recebendo um maior fluxo de água oceânica e sujeito à maiores concentrações de cardumes. A
Baía de Trapandé, portanto, possui grande importância para a população de boto-cinza, daí a necessidade
da elaboração de projetos para conservação e proteção desta espécie e de seu ambiente natural no sul da
região sudeste do Brasil.

Palavras chave: atividades, áreas de concentração, boto-cinza.

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VARIABILIDAD TROFICA DE Lontra felina (MOLINA 1782) (CARNIVORA: MUSTELIDAE) EN DOS


POBLACIONES DE TACNA, PERÚ

Biffi, Daniella; Iannacone, José Alberto

Universidad Ricardo Palma; daniella.biffi@gmail.com

La nutria marina Lontra felina (Molina, 1782) es la única especie de nutria marina de Sudamérica y es
considerada en Peligro de Extinción según la legislación peruana. En el presente trabajo se estudió la dieta
de la L. felina, en base al análisis de muestras fecales colectadas en dos poblaciones (Morro Sama y
Quebrada Burros) en Tacna, Perú, entre agosto y diciembre del año 2006. El objetivo del estudio fue
determinar la dieta en forma comparativa de las poblaciones y analizar la dieta entre el invierno (agosto –
setiembre) y primavera (noviembre – diciembre). Se contó en total con 66 muestras, siendo 36 procedentes
de Morro Sama y 30 de Quebrada Burros. Se usaron los índices de Jaccard (Ij) , Sorensen (Is), Sokal y
Sneath (Iss) y Ochiai-Barkman (Io-b) para medir la similaridad entre ambas poblaciones y entre las
estaciones de invierno (agosto – setiembre) y primavera (noviembre – diciembre). Se determinó un total de
22 especies – presa, de las cuales un 59,1% correspondió a artrópodos (n=13), 27,3% a peces (n=6) y
13,6% a moluscos (n=3). Los resultados demostraron que, para la época de estudio, la dieta de las nutras
de Morro Sama comprendió 13 especies, mientras que la dieta de Quebrada Burros presentó un total de 12
especies. Los índices utilizados mostraban una baja similitud entre ambas poblaciones (< 25%) debido a
que solo tres especies se encontraron en común en las dos locaciones evidenciando su rol eurifágico –
generalista. La similaridad en la dieta de las nutrias entre el invierno y primavera fue baja (< 15% Morro
Sama; < 17% Quebrada Burros), lo que estaría indicando que la dieta de las nutrias está influenciada por el
cambio estacional.

Palabras clave: dieta, Lontra felina, Perú.

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PAUTAS CONDUCTUALES DE Otaria flavescens EN EL SANTUARIO DE LA NATURALEZA DE


COBQUECURA, CHILE: COMPARACIÓN ENTRE TEMPORADAS REPRODUCTIVAS Y NO
REPRODUCTIVAS

Pérez-Alvarez, M. J.1,2; Carrasco, P.3; Quiñones, R. A.3; Sepúlveda, M.2


1
Instituto de Ecología y Biodiversidad (IEB), Facultad de Ciencias, Universidad de Chile, Las Palmeras
3425, Ñuñoa. Santiago, Chile. mjose.perez@eutropia.cl
2
Facultad de Ciencias, Universidad de Valparaíso, Av. Gran Bretaña 1111, Playa Ancha, Valparaíso. Chile
3
Programa de Investigación Marina de Excelencia (PIMEX), Facultad de Ciencias Naturales y
Oceanográficas, Universidad de Concepción, Casilla 160-C, Concepción, Chile.

El estudio del comportamiento animal y específicamente la identificación y seguimiento de registros


continuos de patrones conductuales permiten conocer variaciones de comportamiento espacio-temporal,
tanto a nivel individual como grupal, asociándolas a sus requerimientos ecológicos. En especies que
presentan sistemas de apareamiento complejos, como es el caso de los pinípedos, la variabilidad en acceso
a la pareja reproductiva, cantidad de encuentros reproductivos por estación e inversión en cuidado parental
se produce en función del desempeño individual. Otaria flavescens, al igual que otros otáridos, presenta un
sistema de apareamiento poligínico, donde la agresión en machos y hembras se relaciona a competencia
por espacio y/o parejas sexuales. De esta manera, variaciones conductuales en distintas categorías etarias
de la especie serían esperables al comparar la temporada reproductiva y no reproductiva. Se analizan las
variaciones de las pautas conductuales de Reconocimiento, Descanso, Desplazamiento, Agresión y
Defensa durante época reproductiva y no reproductiva del lobo marino común en lobera Islote Lobería de
Cobquecura, Chile. Los registros se realizaron entre Mayo de 2008 y Diciembre de 2009, mediante
“Seguimiento focal individual” durante 45 minutos en intervalos de tiempo de 5 minutos. Los individuos se
categorizaron por clase de edad y sexo. La categoría Descanso fue mayor para Machos en época no
reproductiva, concordando con lo descrito para la especie. En la época reproductiva, los machos mostraron
una mayor actividad, reflejada en las conductas de Agresividad, Defensa, Reconocimiento y
Desplazamiento, propio de una estrategia reproductiva poligínica. Hembras y juveniles mostraron un mayor
registro de Reconocimiento en meses no reproductivos, lo que se asociaría a la identificación madre-cría
que ocurriría post-viajes de alimentación y finalmente crías presentan mayor Reconocimiento durante el
período de lactancia y crianza. Los resultados muestran que la época reproductiva tiene efecto en los
patrones conductuales registrados para la especie.

Palabras clave: Etograma, Otaria flavescens, poliginia

Financiamiento: Programa PIMEX financiado por Celulosa Arauco y Constitución S.A.

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PADRÕES DE RESIDÊNCIA E FIDELIDADE DE ÁREA DO GOLFINHO-NARIZ-DE-GARRAFA, Tursiops


truncatus EM UMA REGIÃO DE MAR ABERTO NO SUL DO BANCO DOS ABROLHOS

Lobo, A. J.1; Wedekin, L. L.2; Rossi-Santos, M. R.2; Marcondes, M. C. C.2


1
Curso de Ciências Biológicas, Universidade Santa Cecília, Santos-SP, Brasil. alinejlobo@gmail.com
2
Instituto Baleia Jubarte. Rua Barão do Rio Branco, 26. Caravelas-BA, Brasil.

Informações sobre ecologia e comportamento de animais oceânicos são escassas. As atividades sociais
dos golfinhos consistem em uma variedade de contatos corporais que incluem mordidas por todo o corpo
deixando cicatrizes únicas para cada indivíduo. A foto-identificação é uma técnica de identificação que
utiliza as marcas adquiridas principalmente na parte posterior da nadadeira dorsal. Este trabalho avaliou os
movimentos do golfinho-nariz-de-garrafa e possíveis padrões de residência e fidelidade, assim como sua
distribuição no Sul do Banco dos Abrolhos através da foto-identificação. Um monitoramento de cetáceos
vem sendo realizado pelo Instituto Baleia Jubarte no Sul do banco dos Abrolhos ao redor de uma plataforma
de gás natural visando monitorar a ocorrência e distribuição das espécies de cetáceos encontradas para
avaliar possíveis impactos. A área amostrada é um círculo com 20 milhas náuticas de raio que se encontra
a uma distância mínima de 20 a mais de 100km da costa. As profundidades variam de 30 a mais de 1500
metros. Neste estudo foram analisadas fotos das nadadeiras dorsais dos golfinhos-nariz-de-garrafa obtidas
entre janeiro de 2007 e dezembro de 2009 em 17 das 55 ocasiões em que foram avistados durante o
monitoramento. Neste período foram amostrados 164 dias e percorridos 8.065 milhas náuticas. Após uma
triagem inicial, 53 fotos foram classificadas como boas para a análise de identificação dos animais. Foram
identificados 40 indivíduos, sendo 4 deles reavistados entre 1 e 2 vezes nesse período. Os indivíduos tt002
e tt004 foram vistos no mesmo grupo no dia 04/03/2007, sendo reavistados novamente no mesmo grupo no
dia 15/02/2008, tendo um intervalo entre as duas avistagens de 11 meses e 11 dias. O indivíduo tt004 foi
reavistado mais uma vez no dia 17/07/2008, o que teve um intervalo de 5 meses e 2 dias de sua segunda
avistagem. O indivíduo tt012 foi avistado no dia 07/03/2008 e reavistado em 22/03/2008 totalizando 15 dias
de intervalo entre a sua primeira e segunda avistagem e o indivíduo tt020 teve sua primeira avistagem no
dia 13/06/2008, sendo reavistado em 29/03/2009, totalizando um intervalo entre as duas avistagens de 9
meses e 16 dias.Apesar da baixa taxa de recaptura pode-se observar fidelidade de área. Estudos de
populações que utilizam águas abertas como esta em estudo são raros e fornecem importantes informações
sobre esta espécie classificada com “Deficiente em Dados” pela IUCN.

Palavras chave: Tursiops truncatus, golfinho-nariz-de-garrafa, foto-identificação.

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REVISÂO DA ECOLOGIA ALIMENTAR DA TONINHA (Pontoporia blainvillei) (MAMMALIA–CETACEA–


PONTOPORIIDAE) AO LONGO DE SUA DISTRIBUIÇÃO

Henrique-Garcia, José1; Barreto, André Silva2

Universidade do Vale do Itajaí, CTTMar, Laboratório de Oceanografia Biológica. Rua Uruguai 458, 88302-
202, Itajaí, SC, Brasil. 1 rique-garcia@hotmail.com.br; 2 abarreto@univali.br

A toninha, Pontoporia blainvillei, é um cetáceo ameaçado por capturas acidentais no Atlântico Sul Ocidental.
Os estudos do hábito alimentar são essenciais para caracterizar as relações tróficas em um ecossistema e
os padrões de relação entre predadores e presas. O objetivo do trabalho é fazer um levantamento
bibliográfico do hábito alimentar da toninha ao longo de sua distribuição nas diferentes áreas de manejo da
FMA. Foram analisados um total de 22 trabalhos sobre ecologia alimentar, desde 1971 até 2007
provenientes do RJ, SP, PR, SC, RS, Uruguai e Argentina, totalizando 1304 estômagos analisados ao longo
da sua área de distribuição da toninha. Encontrou-se na dieta um total de 107 espécies de presas ingeridas,
pertencentes a 26 famílias de teleósteos (Ariidae,  Atherinopsidae, Batrachoididae, Bothidae, Carangidae,
Clupeidae, Congridae, Cynoglossidae, Engraulidae, Gerridae, Haemulidae, Merlucciidae, Mugilidae,
Nomeidae, Ophichthyidae, Ophidiidae, Percophididae, Phycidae, Pomatomidae, Scianidae, Serranidae,
Stromateidae, Trichiuridae e Triglidae) 5 famílias de cefalópodes (Argonautidae, Eledonidae, Loliginidae,
Sepiolidae e Octopodidae) e 6 famílias de crustáceos (Diogenidae, Mysidacea, Palaenomidae, Penaeidae,
Sergestidae e Solenoceridae) além de exemplares identificados apenas como Pleocyemata, Polychaeta,
Isopoda, Copepoda Calanoida e Brachiura. A família de teleósteo Sciaenidae foi a mais representativa com
23 espécies presentes na alimentação, seguida da Família Engraulidae (11 espécies) e Clupeidae (10
espécies). Entre os cefalópodes a família Loliginidae apresentou 3 espécies, seguida de Argonautidae,
Eledonidae, Octopodidae e Sepiolidae, com uma espécie cada. A área de manejo que apresentou maior
número de presas consumidas foi a FMA III (n=60), seguido por FMA II (n=44), FMA IV (n=36) e FMA I
(n=25). Através da revisão bibliográfica pode-se verificar que muitos dos estudos de alimentação
apresentam apenas dados qualitativos, que dificultam a comparação entre locais. Sugere-se a utilização de
análises quantitativas, sendo o Índice de Importância Relativa (IRI) uma ferramenta útil para comparar a
importância das presas entre diferentes trabalhos. Além disto, como alguns trabalhos mostram a existência
de diferenças alimentares entre machos e fêmeas e entre animais maduros e imaturos, estas separações
devem ser consideradas em trabalhos futuros.

Palavras chave: Pontoporia blainvillei, ecologia, alimentação

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ANÁLISIS MORFOMÉTRICO DE LA COLUMNA VERTEBRAL DEL DELFÍN CRUZADO


(Lagenorhynchus cruciger)

Marchesi, M. C.1; Goodall, R. N. P.1,2


1
Museo Acatushún de Aves y Mamíferos Marinos Australes (AMMA), Ea. Harberton, 9410 Ushuaia, Tierra
del Fuego. marchesimc@gmail.com
2
Centro Austral de Investigaciones Científicas (CADIC), B. Houssay 200, 9410 Ushuaia, Tierra del Fuego,
Argentina

La columna vertebral de los delfines es una estructura variablemente flexible y es utilizada para producir los
movimientos dorso-ventrales asociados al desplazamiento. El patrón de transferencia de las fuerzas y la
deformación a lo largo del eje corporal estarían fuertemente influenciados por la variación regional de la
morfología vertebral y de los mecanismos de flexión. Existen variaciones en la estructura vertebral a lo largo
de la columna, que pueden ser agrupadas en consideraciones de forma del centro vertebral, la estructura y
orientación de los procesos, el número de vértebras y las estructuras accesorias (e.g. metapófisis), entre
otras. Combinaciones particulares de características vertebrales son encontradas en áreas flexibles de la
columna y en áreas más estables. Se analiza morfometricamente la columna de ejemplares de delfín
cruzado (Lagenorhynchus cruciger) buscando determinar cómo varía la flexibilidad a lo largo de la columna
y dónde se ubican los puntos de mayor flexibilidad en la misma. De cinco esqueletos completos (que tienen
entre 71 y 73 vértebras) se tomaron un total de nueve medidas lineares y angulares de cada vértebra,
utilizando calibres y analizando fotografías mediante un software (Image J). Las medidas incluyeron: largo,
ancho y alto del centro vertebral, altura e inclinación de la espina neural, entre otras. Mediante análisis de
gráficos en los que se presentaban distintos grupos de variables a lo largo cada esqueleto se pudo observar
que la columna posee dos puntos de máxima flexibilidad (alto valor del largo del centro, bajo valor del ancho
y del alto), el primero en el límite entre la región torácica y la lumbar, siendo ésta última altamente estable, y
el segundo entre las vértebras 54 y 57, luego del cual la región caudal se vuelve altamente flexible. A su vez
la columna muestra puntos de máximo potencial de rotación (sitios donde la espina neural y los procesos
transversos son rectos, y/o cortos, y hay un escaso desarrollo de las metapófisis). Así se logra una
caracterización biomecánica del esqueleto post craneal en ejemplares de delfín austral, evidenciando una
relativa alta estabilidad en la columna que estaría asociada con el hábitat oceánico que muestra la especie.

Palabras clave: Lagenorhynchus, vértebras, flexibilidad

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ASSIMETRIA CRANIANA DO BOTO-CINZA, Sotalia guianensis (CETACEA: DELPHINIDAE)

Sydney, Nicolle Veiga1; Machado, Fabio A.2; Hingst-Zaher, Erika3


1
Programa de Pós-graduação em Ecologia, Instituto de Biociências da USP. nvsydney@gmail.com
2
Museu de Zoologia da USP.
3
Museu Biológico do Instituto Butantan e Museu de Zoologia da USP.

Os cetáceos da subordem Odontoceti são caracterizados por apresentarem crânios assimétricos, com um
desvio para a esquerda principalmente na região do trato respiratório. Embora existam estudos comparando
o tamanho de estruturas de ambos os lados cranianos empregando morfometria tradicional, sabe-se que a
forma é um componente importante que deve ser estudado em conjunto com o tamanho para caracterizar
aspectos como a assimetria. Desta forma, o presente trabalho empregou técnicas de morfometria
geométrica, as quais permitem a obtenção de descrições independentes de forma e tamanho e a
reconstrução geométrica da estrutura estudada a partir do uso de marcos anatômicos, com o objetivo de
analisar a assimetria direcional na forma e tamanho do crânio e subunidades cranianas do boto-cinza,
Sotalia guianensis. A caracterização da assimetria foi feita tanto em adultos quanto ao longo da ontogenia,
buscando alterações na mesma durante o desenvolvimento. Para isso, 67 crânios foram digitalizados
através de um digitalizador Microscribe-3D e as configurações geradas foram analisadas. Nos indivíduos
adultos, a assimetria de forma foi verificada através de uma MANOVA entre a forma, representada pelos
componentes principais das coordenadas, e cada lado da estrutura, tanto para o crânio completo
(Wilks’Lambda=0.02, p<2.2e-16) como para a subunidade neurocrânio (Wilks’Lambda=0.85, p=0.005), não
sendo verificada assimetria de tamanho. Já para subunidade face, foi detectada assimetria tanto na forma
(Wilks’Lambda=0.03, p<2.2e-16) como no tamanho, empregando o tamanho de centróide em uma ANOVA
(F=8.05, p=0.006). A ausência de assimetria de tamanho detectada para o neurocrânio é possivelmente
responsável pela ausência de assimetria quando se avalia o crânio completo. Com relação à assimetria
durante a ontogenia, verificou-se através dos dois primeiros componentes principais que a mesma se
acentua ao longo do desenvolvimento, uma vez que a diferença de forma entre os hemicrânios é mais
evidente em indivíduos adultos do que em jovens. A presença de assimetria de tamanho verificada somente
na subunidade face é provavelmente decorrente da mesma apresentar um desenvolvimento mais lento e
tardio, quando comparada ao neurocrânio. Este processo permite que assimetria nesta subunidade se
acentue ao longo do crescimento. O presente estudo detectou assimetria em estruturas onde a mesma
ainda não havia sido observada através da morfometria tradicional, além de detalhar as alterações
independentes de forma e tamanho para diferentes regiões do crânio, demonstrando que a face apresenta
uma assimetria mais evidente que o neurocrânio e que a assimetria se acentua no decorrer do
desenvolvimento do boto-cinza.

Palavras chave: Sotalia guianensis; morfometria geométrica; assimetria.

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CONDICION CORPORAL DE FRANCISCANAS (Pontoporia blainvillei) DEL SECTOR COSTERO


NORTE DE ARGENTINA

Denuncio, Pablo1,2; Polizzi, Paula1,2; Sereno, Ana Paula3; Gerpe, Marcela1,2; Bastida, Ricardo1,2;
Rodríguez, Diego1,2
1
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), Argentina. pdenunci@mdp.edu.ar
2
Departamento de Ciencias Marinas, Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina.
3
Universidad Nacional de Córdoba, Argentina

Se analizó la condición corporal en Franciscanas capturadas incidentalmente del sector costero norte de
Argentina. Sobre un total de 153 ejemplares se registraron el largo estándar (LT), peso corporal (PC), peso
graso (PG), peso muscular (PM) y se determinaron el índice graso (IG%) e índice muscular (IM%). Dichos
índices fueron estudiados durante el desarrollo (en función de categorías de talla o LT), en función del
régimen trófico (lactante e independiente, identificado a partir del análisis del contenido estomacal) y
discriminado en tres áreas geográficas (Norte: Bahía Samborombón; Centro: Cabo San Antonio y Sur:
Claromecó). La relación Largo-Peso y las categorías de talla no mostraron diferencias entre machos y
hembras, por lo tanto los datos fueron unificados (ANCOVA: F(1,124)=2,0921, p=0,15; Factorial ANOVA
(sexo/talla): F(7,81)=0,4688, p=0,85). Durante el desarrollo y en ambos índices, se observó un punto de
inflexión coincidente con tallas aproximadas de 100 cm, donde se produce un descenso significativo en el
IG% (ANOVA: F=5,9907; d.f.=8/65; p<0,01) y un ascenso significativo en el IM% (ANOVA: F=9,4758;
d.f.=8/72; p<0,01). Según el régimen trófico, el punto de inflexión corresponde al fin de la lactancia. Según
las áreas estudiadas, no se observaron diferencias significativas en el IG% (ANOVA: F(2, 77)=0,042 p=0,95)
e IM% (ANOVA: F(2, 72)=2,543 p=0,08), sin embargo, la relación Largo-Peso mostró importantes
diferencias entre áreas, principalmente entre los sectores marinos (Centro y Sur) respecto del estuarial
(Norte) (ANCOVA: F(2, 41)=5,129, p<0,01). Coincidentemente con los índices de condición corporal, las
diferencias geográficas se hacen significativas a partir del destete (Factorial ANOVA (área/talla): F(6,
44)=3,2984 p<0,01)- Al adquirir la independencia trófica, los ejemplares del sector Sur son
significativamente más pesados que los del sector Centro y Norte a la misma talla. Estas diferencias se van
incrementando con el crecimiento alcanzando diferencias de hasta 13kg. El presente trabajo aporta
información sobre la condición corporal de la Franciscana en el sector costero norte de Argentina,
mostrando evidencias de la diferenciación geográficas dentro del mismo.

Palabras clave: Pontoporia blainvillei, Condición Corporal, Argentina

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DENTAL EROSION IN SPECIES OF DELPHINIDAE FROM SOUTHERN BRAZIL: PATHOLOGICAL


AETIOLOGY OR ENVIRONMENTAL INFLUENCE?

Loch, Carolina1,2,4; Grando, Liliane J.3; Kieser, Jules A.4; Fordyce, R. Ewan2; Simões-Lopes, Paulo C.1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos, Depto. Ecologia e Zoologia, Universidade Federal de Santa Catarina
– Brasil. Email: Email: carolinaloch@yahoo.com.br
2
Department of Geology, University of Otago – New Zealand
3
Departamento de Patologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina - Brasil
4
Department of Dentistry, University of Otago – New Zealand

Dental erosion is the loss of dental hard tissue through a chemical process without the action of bacteria,
with both enamel and dentine being demineralised because of a decrease in pH in the oral cavity. The
origins of this process are multifactorial and are linked to disorders of the gastro-oesophageal tract, diets rich
in acidic substances and free acids related to environmental factors. Dental erosion has been widely studied
and documented in humans, but rarely in other mammals. During a study of dental pathology in dolphins
from the southern coast of Brazil, teeth of 350 specimens of 10 species were macroscopically evaluated.
Cases of dental erosion were recorded for the first time for these animals, and were diagnosed in Sotalia
guianensis,Tursiops truncatus, Steno bredanensis, Orcinus orca and Pseudorca crassidens. While cases
were less frequent in S. guianensis and T. truncatus (5 and 3% of the specimens, respectively), the
incidence of dental erosion was moderate in S. bredanensis, P. crassidens and O. orca (24, 25 and 33%,
respectively). Normally, the lingual side of the teeth was more heavily affected, but in some cases the mesial
and distal surfaces also showed clear signs of erosion, resulting in tooth narrowing and other morphological
variations. Areas of erosions always showed a glassy aspect, as if the teeth had been polished. Preliminary
histological analysis revealed similar patterns of regular bottom and margins as observed in human lesions.
In S. guianensis, different stages of erosion were observed, ranging from small losses of enamel and dentine
along the tooth cervix to partial or even full destruction of the crown. This indicates that dental erosion is a
progressive process with cumulative effects. The higher incidence of erosion on the lingual side can often be
explained by intrinsic factors, as seen in humans with disturbances of the gastro-oesophageal tract. Although
we cannot discount the influence of the acidity of the diet and free acids in the aquatic environment, the
regurgitation of gastric secretions seems to be a more plausible explanation for the dental erosion of
cetacean teeth. Literature reports of gastric ulcers associated with severe parasite infection may account for
gastric acid regurgitation and subsequent dental erosion in dolphins. Further investigations are necessary to
clarify the aetiology of this dental pathology in these animals.
 

Keywords: Acid erosion, dolphin teeth, parasites.

Financial support: CNPq, CSI, University of Otago

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MATURIDADE FÍSICA DA COLUNA VERTEBRAL DE Tursiops truncatus (CETACEA) DO LITORAL


SUL DO BRASIL

Costa, Ana Paula Borges; Simões-Lopes, Paulo César

Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LAMAQ), Depto. de Ecologia e Zoologia, Universidade Federal de


Santa Catarina, Florianópolis/SC, Brasil. E-mail: costa.aninha@gmail.com

A idade, o sexo e o comprimento total são variáveis importantes para a análise da ontogenia, dimorfismo
sexual e variação geográfica dos cetáceos. Determina-se a maturidade física dos cetáceos através da fusão
de epífises vertebrais. Quando todas as epífises estiverem fusionadas ao corpo da vértebra, o crescimento
corporal cessará e o animal será considerado fisicamente maduro. Tendo Tursiops truncatus como foco de
estudo, objetivou-se determinar a maturidade física da coluna vertebral comparando-a com as idades
obtidas pelas leituras das G.L.G. (do inglês, Growth Layers Groups). Foram analisadas as colunas
vertebrais de 24 exemplares de boto-da-tainha de acordo com o grau de fusão das epífises em cada uma
das vértebras, sendo classificadas em Grau A - Nenhuma fusão; Grau B - Fusão inicial. Pelo menos uma
epífise está folgadamente fusionada ao corpo vertebral; Grau C - Fusão progressiva. Ambas as epífises
estão fusionadas à vértebra, mostrando claras suturas; e Grau D – Fusão completa. Para a leitura das
G.L.G. escolheu-se, para cada indivíduo, o dente mais longilíneo dentre os da maxila ou mandíbula para ser
emblocado com resina acrílica transparente, sendo, após, desgastado com motoesmeril até seu plano
sagital. O dente foi, então, polido com lixas de diversas gramaturas (300, 400 e 600) para, por fim, ser
descalcificado com ácido fórmico (25%), por uma hora e meia, e lavado em água corrente. Após esse
procedimento, o dente foi analisado com um microscópio estereoscópico da marca Zeiss modelo GSC. Os
exemplares foram separados em três padrões: Padrão 1 - coluna vertebral sem fusão de epífises (Grau A)
ou estas iniciando apenas nas cervicais (Graus A-C) (n=9); Padrão 2 - coluna com os quatro graus de
fusões de epífises (Graus A-D) (n=9); e Padrão 3 - coluna completamente fusionada (Grau D) (n=6). Para T.
truncatus do litoral de Santa Catarina, sul do Brasil, a fusão das epífises vertebrais inicia-se rapidamente na
região cervical, a partir do atlas-axis, seguida das últimas caudais, as quais são as primeiras vértebras, de
toda a coluna, a fusionarem completamente. A região torácica é a terceira região a iniciar o processo de
fusão de epífises e as primeiras lombares são as mais tardias. Um possível dimorfismo sexual pode estar
presente durante o processo de amadurecimento desses animais, os quais se tornam fisicamente maduros
por volta dos doze anos de vida.

Palavras chave: boto-da-tainha, epífises vertebrais, idade

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MICROANALISIS QUIMICO ELEMENTAL EN HUESO DE TONINA OVERA (Cephalorhynchus


commersonii) DE TIERRA DEL FUEGO (ARGENTINA), POR MICROSCOPIA ELECTRONICA DE
BARRIDO

Cáceres-Sáez, I.1,2; Dellabianca, N.2,3; Perez-Catán, S.4; Ayala, C.5; Scerbo, E.5; Goodall, R. N. P.2,3;
Cappozzo, H. L.1
1
Laboratorio de Ecología, Comportamiento y Mamíferos Marinos, Museo Argentino de Ciencias Naturales
“Bernardino Rivadavia” (MACN-CONICET). Av. Ángel Gallardo 470 (C1405DJR), Bs.As., Argentina.
caceres.saez@gmail.com
2
Museo Acatushún de Aves y Mamíferos Marinos Australes. Sarmiento 44 (9410), Ushuaia, Tierra del
Fuego, Argentina.
3
Centro Austral de Investigaciones Científicas (CADIC-CONICET). Bernardo Houssay 200 (9410), Ushuaia,
Tierra del Fuego, Argentina.
4
Laboratorio de Análisis por Activación Neutrónica, Centro Atómico Bariloche - Comisión Nacional de
Energía Atómica (CAB-CNEA). Av. Bustillo Km9,5 (8400), Bariloche, Argentina.
5
Laboratorio de Caracterización de Materiales, Centro Atómico Bariloche - Comisión Nacional de Energía
Atómica (CAB-CNEA). Av. Bustillo Km9,5 (8400), Bariloche, Argentina.

Los esqueletos óseos preservados en colecciones de museos son una fuente importante de información
para muchas especies de cetáceos. Nuestro objetivo fue describir en forma preliminar la composición
química elemental de los huesos chevrones de tonina overa (C. commersonii) procedentes de las costas de
Tierra del Fuego, Argentina; mediante el uso de Espectrometría de Energía Dispersiva (EDS) de Rayos X
acoplada al Microscopio Electrónico de Barrido (MEB) del CAB-CNEA. Los especímenes estudiados
pertenecen a la colección Goodall (RNP) del Museo Acatushún de Aves y Mamíferos Marinos Australes en
Tierra del Fuego, recolectados durante los años 1977 a 2002. Se analizaron 35 fragmentos de huesos
pertenecientes a 15 ejemplares hembras y 20 machos de entre 0 y 15 años de edad (determinados por
conteos de grupos de capas de crecimiento en dentina, GLGs). La técnica de microanálisis permitió
identificar elementos y cuantificar su proporción. La abundancia relativa de los elementos presentes en las
muestras fue calcio > fósforo > sodio ≈ magnesio > hierro > zinc. En ejemplares machos, la presencia de
sodio resultó significativamente mayor que en hembras (Mann-Whitney’s U-test=68; p=0,007), mientras que
los niveles de potasio se encontraron por debajo del límite de detección (0,46%). El porcentaje de calcio fue
significativamente mayor (Mann-Whitney’s U-test=65; p=0,005) en especímenes jóvenes (menores de 6
años) mientras que el de magnesio fue mayor en adultos (Mann-Whitney’s U-test=85; p=0,032). Esto podría
estar relacionado con las tasas de crecimiento diferenciales durante los primeros años de vida y el alcance
de la madurez del animal. Se identificaron, además, elementos no comunes en hueso como: cloro, azufre,
aluminio y níquel. Este trabajo constituye la primera descripción de la composición química elemental en
huesos de tonina overa a través del uso de MEB-EDX.

Palabras clave: Tonina overa, hueso, MEB-EDX.

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ONTOGENIA CRANIANA DO BOTO-CINZA, Sotalia guianensis (CETACEA: DELPHINIDAE)

Sydney, Nicolle Veiga1; Hingst-Zaher. Erika2


1
Programa de Pós-graduação em Ecologia, Instituto de Biociências da USP. nvsydney@gmail.com
2
Museu Biológico do Instituto Butantan e Museu de Zoologia da USP

A ontogenia de cetáceos odontocetos tem sido estudada com o emprego da morfometria convencional,
avaliando-se através de distâncias o aumento de tamanho corpóreo e/ou craniano ao longo da idade.
Porém, através desta nem sempre é possível descrever ou representar a variabilidade de forma dos
organismos. A morfometria geométrica é uma técnica que leva em consideração o caráter geométrico das
formas biológicas e possibilita a realização de descrições independentes de forma e tamanho. Sendo assim,
este estudo se propôs a investigar as alterações ontogenéticas na forma e tamanho do crânio do boto-cinza,
Sotalia guianensis, buscando modificações entre indivíduos de diferentes classes etárias, em diferentes
unidades cranianas. Para isso, 67 crânios tiveram coordenadas em três dimensões, sobre landmarks,
digitalizadas através de um digitalizador Microscribe-3D e após um tratamento geométrico as configurações
geradas foram analisadas. Os componentes de forma e tamanho foram obtidos através da análise de
componentes principais (PCA) e do tamanho de centróide (tamanho médio da configuração),
respectivamente. Foi observado um padrão semelhante para a alteração da forma (Wilks’Lambda=0.322,
p<2.2e-16) e do tamanho (F=239.04, p<2.2e-16) ao longo da idade, evidenciando que ambos se estabilizam
por volta dos oito anos de idade. A ausência de alteração de forma na ausência de alteração de tamanho
era um resultado esperado, uma vez que a adaptação de forma tende a ser contínua durante o
desenvolvimento, não sendo necessárias novas adaptações a um determinado tamanho quando o
crescimento encontra-se estagnado. Analisando-se as subunidades face e neurocrânio, foi verificada uma
relação significativa entre idade e os componentes forma (Face: Wilks’Lambda=0.358, p=8.62e-15;
Neurocrânio: Wilks’Lambda=0.356, p=4.52e-15) e tamanho (Face: F=201.4, p<2.2e-16; Neurocrânio:
F=221.35, p<2.2e-16) para ambas subunidades. Todavia, a alteração de forma ao longo da ontogenia não
foi tão evidente para o neurocrânio como para a face. Sabe-se, contudo, que o neurocrânio apresenta um
desenvolvimento precoce com relação à face, cessando rapidamente seu crescimento e estando,
consequentemente, sujeito a uma menor alteração de forma ao longo do desenvolvimento. É provável que a
face esteja mais suscetível às pressões seletivas geradas por fatores ecológicos, o que acaba por moldar
mais facilmente esta estrutura que apresenta um desenvolvimento mais lento. A exploração da existência
desta integração ontogenética entre face e neurocrânio, onde a primeira apresenta maiores alterações
durante a ontogenia, e o entendimento de como ocorrem, em conjunto, os seus desenvolvimentos é um
passo importante para a compreensão da trajetória ontogenética do crânio.

Palavras chave: Sotalia guianensis; morfometria geométrica; ontogenia.

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ALOMETRIA BIVARIADA EN LA ONTOGENIA CRANEANA DE Otaria flavescens (Otariidae) Y


Mirounga leonina (Phocidae)

Tarnawski, B.; Flores, D.; Cappozzo, H. L.

Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia”, CONICET, Av.Ángel Gallardo 470,
C1405DJR, Bs.As., Argentina; barbara_tarnawski@macn.gov.ar

Los Pinnípedos presentan los ejemplos más extremos de dimorfismo sexual entre los mamíferos. El
Elefante Marino del Sur, Mirounga leonina, es la especie de mamífero con mayor dimorfismo sexual,
mientras que el León Marino de América del Sur, Otaria flavescens, es el otárido más dimórfico. Las
diferencias ecológicas evidenciadas en los pinnípedos, proveen un marco adecuado para examinar
relaciones y ajustes entre morfología, ecología y ontogenia. La muestra incluye series ontogenéticas
completas de ejemplares de Mirounga leonina (n=29) y Otaria flavescens (n=69) depositados en
Colecciones Sistemáticas, sexadas y discriminadas en clases de edad. Se analizaron los patrones de
variación ontogenética de 24 variables craneanas para cada sexo aplicando métodos lineales de alometría
bivariada (Mínimos Cuadrados y Reduced Major Axis), considerando la longitud cóndilo basal como variable
independiente. En ambas especies, los dos sexos comparten similares pendientes e interceptos, además,
los machos presentan un crecimiento extendido dentro de la misma trayectoria. Sin embargo, se hallaron
diferencias intraespecíficas en las tendencias alométricas de algunas variables al analizar en forma
independiente machos y hembras. Ambas especies poseen tendencias dimórficas semejantes solo en
variables relacionadas al aparato trófico, como son el ancho del paladar y el ancho del canino superior. Se
hallaron tendencias diferentes en otros caracteres dimórficos para ambas especies, como el largo orbital,
largo de nasales y ancho rostral. Por el contrario, en ninguna de las dos especies se evidenciaron
diferencias sexuales en el largo del paladar, ventaja mecánica al nivel del canino inferior, distancia del
cóndilo articular a la fosa masetérica, ni ancho de la caja craneana. Las principales diferencias entre las
especies radican en que en Otaria el dimorfismo afecta también a la placa occipital (altura de placa occipital
y ancho mastoideo), la altura rostral, así como a otras variables asociadas al aparato trófico (ancho
zigomático y largo del dentario), mientras que en Mirounga, el dimorfismo se asocia al largo rostral y
aparato trófico (ventaja mecánica en caninos superiores y algunas variables de la mandíbula). Las
tendencias detectadas permiten inferir diferencias en el modo de alcanzar el dimorfismo sexual en ambas
especies de pinnipedios dimórficos extremos.

Palabras clave: Pinnipedia, morfología craneana, dimorfismo sexual

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA E RADIOGRÁFICA DE JUVENIL DE LOBO-MARINHO-DO-SUL,


Arctocephalus australis

Schäfer, B. T.1; Escobedo, A.1; Pinho, R. S.2, Drehmer, C.3; Araújo, A. C. P.3; Valente, A. L. S.3
1
Acadêmicos de Medicina Veterinária, Depto. de Morfologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal de
Pelotas. email schifinoval@hotmail.com
2
Médico Veterinário, Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), Universidade do Rio Grande.
3
Deptos. de Morfologia e Zoologia e Genética, Instituto de Biologia, Universidade Federal de Pelotas,

Este trabalho faz parte de um projeto desenvolvido na UFPEL que tem por objetivo aportar informações
sobre a anatomia topográfica de espécies marinhas e selvagens aos veterinários de centros de recuperação
de fauna. Para encontrar pontos referenciais de exploração clínica em filhotes de Lobo-marinho-do-sul,
Arctocephalus australis, realizamos dissecação detalhada de um juvenil de 91,5 cm de comprimento, que foi
a óbito no CRAM, FURG. O cadáver foi congelado a -200C e descongelado previamente ao processamento.
Foi realizada perfusão sistêmica com formol a 10%, via a. carótida comum. Foram radiografados cabeça e
membros torácicos. Realizou-se dissecação superficial com posterior abertura dos espaços intercostais (EI)
e remoção da musculatura dos flancos. A espessura da cútis foi medida em 10 pontos. O tronco foi
fotografado com escala métrica e a posição e a área de visualização das estruturas internas foram
analisadas usando o programa IMAGE J. Foram identificados vasos de interesse como v. jugular externa, a.
carótida, v. Axilar, nervos faciais e do Plexo Braquial e linfonodos superficiais, como os mandibulares,
cervical superficial, axilar e inguinal superficial. A v. axilar em sua confluência com a v. jugular externa foi
identificada imediatamente abaixo do músculo peitoral superficial e, dada sua superficialidade e grande
calibre neste ponto, sugere-se como um ponto para coletas de sangue. O tórax foi relativamente longo dado
a presença de 15 pares de costelas, das quais os três últimos pares eram flutuantes. Vísceras abdominais
estiveram protegidas pela caixa torácica com limitada superfície abdominal livre, caracterizando um flanco
pequeno onde a pele apresentou maior espessura (6mm). Os campos pulmonares para auscultação
ocuparam 28,3% da área de exploração do tronco. O coração foi visto entre o IV e VI EI. O diafragma
inseriu-se no XI EI e uma grande área referente ao hipocôndrio esteve presente entre o VIII e X EI. O baço,
posicionado ao longo do XI EI não é acessível a uma palpação. Grande área renal (5,8%) da área de
exploração do tronco foi observada no quadrante superior do XIV EI esquerdo até o nível da vértebra L3,
enquanto o rim direito posicionou-se entre XII e XIV EI. Alças jejunais e cólon descendente foram
visualizados pelo lado esquerdo, protegidos pelas costelas. O fígado foi visualizado entre o XI e XII EI pelo
lado direito. Nas radiografias foram identificadas algumas suturas cranianas abertas e nos membros se
visualizou disco epifisário nos ossos metacarpianos e falanges compatíveis com a faixa etária do espécime.

Palavras chave: Arctocephalus australis, anatomia topográfica, radiologia

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ASPECTOS HISTOLÓGICOS DA AORTA E ARTÉRIA PULMONAR DE BALEIA MINKE ANÃ


Balaenoptera acutorostrata (LACÉPEDE,1804)

Cuenca, Sandra da Costa1; Araujo, Veronica Garcez de1,2; Cipullo, Roberto2; Souza, Shirley Pacheco de3
1
Docente Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE sccuenca@uol.com.br
2
Docente Centro Universitário Lusíada – UNILUS roberto.cipullo@terra.com.br
3
Instituto Terra & Mar, PPG - Ecologia – UNICAMP shirleypacheco@yahoo.com

Alguns aspectos funcionais do sistema cardiovascular da baleia têm sido objeto de importantes relatos na
literatura, destacando a acentuada bradicardia que ocorre durante o mergulho. Sugere-se que o sistema
cardiovascular dos mamíferos aquáticos, é um dos sistemas mais modificados, para ajustes fisiológicos nas
demandas de mergulho. Entretanto, existem poucas informações detalhadas relativas à morfologia das
estruturas que compõe tal sistema.. O objetivo do presente trabalho é descrever a histologia da aorta e da
artéria pulmonar, por se tratar de vasos de fundamental importância para a distribuição sanguinea, de um
espécime filhote de Baleia Minke Anã (SOSMM104), macho, encalhada em setembro de 2002 em Ilha Bela.
Utilizaram-se fragmentos dos vasos que, depois de fixados e submetidos à rotina histológica com coloração
HE, foram analisados em microscopia de luz. Na aorta observou-se uma camada íntima escassa. A camada
média mostrou-se extensa, espessa, formada por poucas células musculares lisas, havendo uma grande
quantidade de células com características de fibroblastos e fibras com aspecto típico de fibras colágenas
com a presença de vasa vasorum. A túnica adventícia mostrou-se rica em tecido conjuntivo fibroso, com
vasa vasorum de calibre variável. A artéria pulmonar possui uma parede mais delgada onde não se
identifica a túnica intima, e a túnica média é caracterizada pela presença de fibroblastos e fibras com
aspecto de colágeno organizadas em camadas; a túnica adventícia apresenta-se com poucos vasos
sanguíneos. Apesar da qualidade das amostras não nos ter permitido realizar avaliações histológicas mais
detalhadas, em virtude de ter sido utilizado material fixado várias horas após o óbito, vale ressaltar a
existência de aspectos peculiares, como fato de o animal possuir grande quantidade de vasos ao redor da
aorta provavelmente devido ao fato do animal permanecer submerso, devendo manter uma boa nutrição
tecidual. Tal fato justifica a realização de futuras pesquisas, com o objetivo de identificar e descrever, mais
detalhadamente, as características morfológicas da aorta, inerentes a esta espécie, utilizando técnicas
como histoquímica ou mesmo microscopia eletrônica

Palavras chave: baleia-minke-ana, grandes vasos, histologia.

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BODY WEIGHT/LENGTH RELATIONSHIP AND MASS ESTIMATION USING MORPHOMETRIC


MEASUREMENTS IN AMAZONIAN MANATEES Trichechus inunguis (MAMMALIA, SIRENIA)

Amaral, R. S.1; da Silva, V. M. F.2; Rosas, F. C. W.2


1
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo – SP, Brazil.
rsamaral@usp.br
2
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Lab. Mamíferos Aquáticos (LMA), Caixa Postal
Manaus-AM, 69011-970, Brasil.

The body weight/length relationship is extensively used to monitor the growth and the condition factor of
several animal species and is a useful tool for estimating the body mass and length of wild animals, and for
monitoring the nutritional condition of an animal. Apart from total length, the use of other morphometric
measurements such as curvilinear length and body girth are also important tools in estimating body weight in
predictive models. This study defined the body weight/length relationship and an equation for body mass
estimation using morphometric measurements of Amazonian manatees Trichechus inunguis. Total length
(TL), maximum girth (MG) and body mass (M) were obtained from 91 captive Amazonian manatees (46
males and 45 females) of different ages, and TL and M were also obtained from 8 free-ranging Amazonian
manatees (6 males and 2 females). All body measurements were made according to the Brazilian Action
Plan for Aquatic Mammals of IBAMA. The data were analyzed by linear and multiple linear regressions. The
maximum length, girth and mass measured were 266.5cm, 192.5cm and 379.5kg, respectively. The equation
for body weight/length relationship was M = 0.00001070 * TL3.122 (r2 = 0.984) (Equation I) and no differences
between sexes and between captive and free-ranging animals were found (P > 0.05). We calculated two
more equations for mass estimation (Equation II: M = 0.00003284 * TL1.857 * MG1.106, r2 = 0.992; and Equation
III: M = 1.506 + 0.00003477 * TL * MG2, r2 = 0.995), and the best equation (high correlation coefficient and
low percentage of residues) was Equation III. Equation I provides the body condition of manatees, whereas
Equation III is more accurate for estimating body mass. Both equations are important tools for management
of captive and free-ranging Amazonian manatees. We thank the PREVET staff for their help in data
collection. The Amazonian manatee Project (Projeto Peixe-boi) is supported by grants from PPG-7/FINEP,
MCT, INPA, CNPq, AMPA, and Programa Petrobras Ambiental.

Keywords: Biometry, body condition, body mass estimation

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CRECIMIENTO DE LAS ALETAS PECTORALES DEL DELFÍN FRANCISCANA

del Castillo, D.; Negri, M. F.; Cappozzo, H. L.

Laboratorio de Ecología, Comportamiento y Mamíferos Marinos (LECyMM), Museo Argentino de Ciencias


Naturales “Bernardino Rivadavia” (CONICET); Av. Ángel Gallardo 470, C1405DJR Buenos Aires, Argentina.
dc_daniela@hotmail.com

El delfín Franciscana, Pontoporia blainvillei, es un pequeño cetáceo que habita aguas costeras de la
provincia de Buenos Aires en Argentina. Nuestro objetivo fue estudiar el desarrollo ontogenético de las
aletas pectorales de esta especie. Analizamos aletas de 51 ejemplares (29 machos, 22 hembras), de edad y
tallas conocidas, capturados accidentalmente en redes artesanales del sur de Buenos Aires. Estudiamos
tres medidas externas de la aleta pectoral: ancho máximo, AM; longitud desde la inserción anterior a la
punta de la aleta, IP; y longitud desde la axila a la punta, AP. Las medidas fueron relativizadas al largo total
(LT). En individuos maduros, se calculó el índice AR=LargoAleta2*ÁreaAleta-1 como indicador de su forma.
Además, en los machos, a partir de imágenes radiográficas, se midió el largo y diámetro de los huesos
largos (húmero, radio, ulna) y se estimó el grado de fusión de las epífisis. En el caso de las hembras, para
las tres medidas externas se observó el mismo patrón. La contribución al LT se ajustó a una regresión lineal
en función de la edad, evidenciando que el tamaño relativo disminuye durante el crecimiento. En los machos
sólo se encontró un ajuste significativo a la regresión lineal para el %IP. El índice AR presentó un valor
promedio menor a 4 ubicando a la franciscana entre los odontocetos caracterizados por tener aletas
pectorales amplias y triangulares, asociadas a la natación lenta y buena maniobrabilidad. El crecimiento en
longitud de los tres huesos largos se correlacionó positivamente con la edad y el grado de fusión de las
epífisis. A partir del primer año la epífisis proximal de la ulna se presentó fusionada en toda su extensión. En
las epífisis distales de la ulna, el húmero y el radio se observó un patrón de osificación gradual con la edad.
A los 4 años, todas las epífisis se encontraron fusionadas, alcanzando la madurez física de la aleta.
Nuestros resultados permiten inferir la importancia de las aletas pectorales en la locomoción temprana y
aportan nuevos datos sobre el proceso de crecimiento y madurez física de esta especie en el extremo
austral de su distribución.

Palabras clave: Pontoporia blainvillei, aletas pectorales, crecimiento.

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DESCRIPCIÓN Y CUANTIFICACIÓN DE PATOLOGÍAS ÓSEAS PRESENTES EN ESPECÍMENES DE


Tursiops sp. VARADOS EN LAS COSTAS DE TIERRA DEL FUEGO, ARGENTINA

Analía, San Martín1,4 ; Goodall, R. Natalie P.1,3; Cuervo, Pablo F.1,2


1
Museo Acatushún de Aves y Mamíferos Marinos Australes (AMMA), Sarmiento 44, (9410), Ushuaia, Tierra
del Fuego, Argentina. analiasmn@gmail.com
2
Facultad de Ciencias Veterinarias y Ambientales, Universidad Juan A. Maza (UMaza)
3
Centro Austral de Investigaciones Científicas (CADIC), C.C. 92, (9410), Ushuaia, Tierra del Fuego,
Argentina.
4
Universidad Nacional de Mar del Plata, Buenos Aires, Argentina.

El delfín nariz de botella es cosmopolita en distribución y muestra una gran variación geográfica en la
morfología. Tursiops truncatus se encuentra en casi todos los mares de aguas cálidas y templadas del
mundo, T. aduncus se limita a las aguas costeras del Océano Índico y el Océano Pacífico occidental, desde
el este de África a Taiwán y Australia. Han varado siete ejemplares en Tierra del Fuego, más chicos en
tamaño y aun sin determinación. Dentro de las patologías encontradas en cetáceos menores son más
frecuentes aquellas que afectan al cuerpo vertebral, espina neural y procesos transversos. La más común
es espondilosis deformante, produce la deformación del disco intervertebral y el cuerpo vertebral, y es
definida como la deficiencia estructural y funcional de la junta del disco. Es frecuente encontrar fracturas, así
como también periostitis, que es la formación de un sobrecrecimiento en la superficie del hueso,
especialmente en huesos sujetos a una particular tensión, como los puntos de inserción de ligamentos y
tendones. Este trabajo fue realizado en el Museo Acatushún de Aves y Mamíferos Marinos Australes (Tierra
del Fuego, Argentina), donde se analizaron los esqueletos de siete Tursiops sp. pertenecientes a la
colección R.N.P. Goodall por signos de enfermedades óseas. Se analizaron individuos encontrados, cinco
de ellos (71,43 %), todos adultos o subadultos, mostraron algún tipo de deformación. Se encontraron
fracturas reparadas en dos individuos de los cinco (40%), en tres individuos (60%), se observo periostitis,
dos individuo (60%) con lesiones compatibles con espondilo-osteomielitis (enfermedad infecciosa), y en un
individuo (20%), se encontró signos de discartrosis. Como varios de los especímenes analizados
presentaban más de una condición patológica se los contabilizó por separado. Dada la poca información de
patologías óseas en Tursiops sp, es importante presentar estos datos recogidos de los hallazgos más
australes del genero.

Palabras clave: Tursiops sp, patologías ósea.

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ENAMEL ULTRASTRUCTURE IN TEETH OF Globicephala (DELPHINIDAE)

Loch, Carolina1,2; Duncan, Warwick²; Kieser, Jules A.2; Fordyce, R. Ewan1

¹ Department of Geology, University of Otago – New Zealand. Email: carolinaloch@yahoo.com.br


2
Department of Dentistry, University of Otago – New Zealand

Enamel is a highly mineralised tissue forming the outermost layer of vertebrate teeth. In mammal enamel,
hydroxyapatite crystals are organised into complex structures known as prisms, while in reptiles and
amphibians this mineral has a simple aprismatic organisation. Studies on enamel ultrastructure can provide
information on the anatomical changes that occurred during the evolution of mammalian enamel, and how
these features are related to the responses of teeth to external biomechanical stress. In addition, enamel
ultrastructure could help to reconstruct the phylogenetic relationships of fossil and living cetaceans. Teeth of
a pilot whale were macerated in hot water to remove soft tissues, air dried, embedded in epoxy resin and
sectioned in a high speed saw under water irrigation at 3200 RPM. Longitudinal sections of 750µm were
polished using carborundum paper and slightly etched with 37% phosphoric acid. Etched thin sections were
then air dried and coated with gold palladium for SEM analysis in a JEOL JSM-6700F Field Emission SEM,
operating at 5kV and 10µA. SEM images revealed that the enamel of Globicephala is mostly prismatic, but
enclosed by an outer aprismatic layer, the latter being about 40 µm wide and apparently tougher than the
deeper prismatic enamel. The prisms of the deeper enamel are characterised by incomplete boundaries and
their shape is consistent with the ‘keyhole’ type (pattern 3). Individual prisms have an average diameter of
roughly 4.5µM, and are separated by interprismatic substance. While the enamel on the buccal and lingual
tooth surfaces generally ranges about 350µm in width, it reaches up to 660µM near the apex. Tubular
structures and tufts penetrating into the inner region of the enamel occur near the enamel-dentine junction.
So far, the deeper significance and functionality of variations in enamel thickness and ultrastructure in
dolphins and other animals have not yet been well understood, particularly in toothed species which are
suction feeders. Further studies on a wide range of odontocete species should provide insights into the
patterns and evolution of enamel structure in cetaceans.

Keywords: Enamel, Prisms, SEM, Teeth

Financial support: University of Otago

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IDENTIFICAÇÃO DA MUSCULATURA DA Pontoporia blainvillei

Aragão, I. S.3; Menezes-Junior, J. I.3; Pryscilla, M.1; Cuenca, S. C.2


1
Médica Veterinária do Acqua Mundo
2
Docente Centro Universitário Monte Serrat – Unimonte sccuenca@uol.com.br
3
Acadêmicos do Centro Universitário Monte Serrat – Unimonte e Estagiários do Acqua Mundo
izabela.aragao@hotmail.com

O pequeno cetáceo Pontoporia blainvillei, conhecido como franciscana ou toninha, ocorre em áreas
costeiras do litoral do Estado do Espírito Santo (Brasil) (18º25’S) ao litoral da Argentina no Golfo Nuevo
(42º35’S). Atualmente é considerada o cetáceo mais ameaçado no Atlântico Sul Ocidental, segundo IUCN:
2002-2010 Conservation Action Plan for the World’s Cetaceans é classificada como vulnerável pela Lista
Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (IN 003/2003, IBAMA), A principal ameaça
é a alta incidência de capturas desta espécie em redes de espera Pontoporia blainvillei . Trata-se de um
pequeno cetáceo que apresenta uma cabeça volumosa, rostro estreito, longo, coloração cinza escuro,
acastanhado no dorso e coloração mais clara na região de flancos e abdome. As fêmeas podem pesar 53
kg e os machos 43 kg. A musculatura de cetáceos esta envolvida como coadjuvante na natação,
apresentando características próprias e adaptadas ao seu tipo de locomoção, por esse fato neste trabalho
visa-se a descrição da musculatura de toninha. Para sua realização utilizou-se um exemplar da Pontoporia
blainvillei macho, jovem, tamanho total 103 cm. Este exemplar deu entrada dia 28/12/2008, no Aquário de
Guarujá, quando foi submetido à biometria e necropsia. As vísceras foram removidas e o restante da
carcaça fixado em solução aquosa de formol 10%. A dissecação da musculatura ocorreu no Laboratório de
Anatomia Animal da Unimonte. Após a dissecação foi possível observar grupos musculares diferindo dos
demais mamíferos na sua forma e distribuição, tais característica nos cetáceos estão relacionadas ao
processo evolutivo e adaptação ao meio. A primeira grande diferença, quando comparado com outros
mamíferos, é a ausência de musculatura para os membros pélvicos, porém notam-se os músculos epaxiais,
dorsais aos processos transversos das vértebras, e os músculos hipoaxiais, ventrais aos processos
transversos, incluindo os músculos do pescoço, parede de tórax e parede de abdome. Esses músculos
acompanham o esqueleto axial na sua porção dorsal e ventral, tendo grande importância no movimento,
fornecendo força para a natação, devido a sua inserção, por meio de tendões, na cauda, usada para o
deslocamento. Na nadadeira peitoral, envolvida no direcionamento do nado, pode-se observar músculos
como o redondo maior, deltóide, infraespinhal entre outros. Todos os demais grupos musculares são
demonstrados por meio de imagens fotográficas para melhor identificação. A descrição da musculatura
complementa as informações morfológicas de cetáceos contribuindo para o crescimento do conhecimento
na área de mamíferos aquáticos.

Palavras chave: toninha, músculos, Pontoporia blainvillei

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MORFOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL EM EXEMPLARES DE BOTO-CINZA, Sotalia guianensis


(VAN BENEDEN, 1864) DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

Fragoso, Ana Bernadete Lima1; Pedroza, Eurico Marx Sarmento1; Firmino, Adna Sandra Lucas1;
Nascimento, Lídio França do2,3; Silva, Flávio José de Lima1,4
1
Projeto Cetáceos da Costa Branca - UERN/FANAT/DECB, Laboratório de Sistemática e Biologia Animal,
BR 110, Km 46, Costa e Silva, CEP: 59610-090, Mossoró, RN, Brasil (abfragoso@gmail.com).
2
Projeto Pequenos Cetáceos – ECOMAR, Tibau do Sul, RN, Brasil.
3
FATERN-GAMA FILHO, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil.
4
Projeto Golfinho Rotador, Fernando de Noronha, PE, Brasil.

O boto-cinza, Sotalia guianensis, é a espécie de pequeno cetáceo mais freqüente no litoral nordeste do
Brasil. Análises descritivas pretéritas de esqueletos da espécie não incluem de amostra do Rio Grande do
Norte. Este trabalho teve como objetivo descrever a morfologia da coluna vertebral de exemplares de boto-
cinza encalhados na costa potiguar. Informações sobre sexo, tamanho e local de ocorrência dos indivíduos
foram obtidas das coleções de origem. A maturidade física foi determinada baseada no grau de
fusionamento dos discos epifisários das vértebras. A amostra constou de dezoito esqueletos, sendo quatro
destes de espécimes maturos, depositados nas coleções das instituições locais participantes da Rede de
Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Nordeste e de Universidades da região. A morfologia das vértebras de
cada indivíduo foi analisada. A contagem do número de vértebras de cada uma das regiões da coluna
(Cervical: Ce, Torácica: T, Lombar: L e Caudal: Ca) forneceu as informações para a fórmula vertebral dos
exemplares. Obteve-se o número total de vértebras dos indivíduos através da soma do número de vértebras
de cada região da coluna. A fórmula vertebral encontrada no presente estudo foi Ce7 T11-13 L11-12 Ca22-24. O
total de vértebras variou de 52 a 54 nos botos com a série de vértebras completas. A maioria dos indivíduos
(94%, N=15) apresentava o arco neural de Ce3 não fusionado. Registrou-se que as zigapófises surgem nas
cervicais e estão bem definidas geralmente até a quinta torácica, enquanto a formação das metapófises se
inicia, geralmente, na terceira torácica, diminuindo de tamanho na região lombar entre L7 e L10 e voltando a
aumentar de tamanho na região caudal. Os processos transversos e neural encontram-se mais retos em
torno da quinta vértebra lombar. Cristas ósseas presentes nos processos transversos foram evidenciadas
na região entre a décima lombar e a quarta caudal. Nas vértebras caudais, os foramens perfurantes
verticais surgem entre Ca4 e Ca5, enquanto os processos transversos desaparecem entre Ca10 e Ca12. O
processo neural, o arco neural e as metapófises são observados até a região entre Ca12 a Ca15. Estudos
com maior número amostral abrangendo diferentes faixas etárias e de morfometria vertebral são
recomendáveis para verificação de possíveis variações etárias e populacionais.

Palavras chave: Osteologia, coluna vertebral, Sotalia guianensis.

Agradecimentos: Universidade Federal da Paraíba e Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do


Nordeste. Financiamento: CNPq e FAPERN.

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PADRÃO DE OSSIFICAÇÃO DAS NADADEIRAS PEITORAIS DE Sotalia guianensis DO LITORAL DO


ESPIRITO SANTO, BRASIL

Carvalho, Anna Paula Martins de1; Ywasaki, Juliana1; Azevedo, Carolina Torres1;
Queiroz, Fábio Ferreira de1; Barbosa, Lupércio de Araújo2; Silveira, Leonardo Serafim da1
1
Laboratório de Morfologia e Patologia Animal (LMAP), Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias,
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Av. Alberto Lamego, 2000 - Parque
Califórnia - Campos dos Goytacazes/ RJ - CEP: 28013-602, Brazil. Phone +55 (22) 27397155.
annapcarvalho@yahoo.com.br
2
Instituto Organização Consciência Ambiental – ES (INSTITUTO ORCA). Rua São Paulo, 23 - Praia da
Costa. Vila Velha - ES - CEP: 29101-315

O boto-cinza, Sotalia guianensis, é uma das espécies mais comumente encontradas no Brasil e está
distribuída desde a América Central até Santa Catarina. Neste trabalho, o padrão de ossificação da
nadadeira peitoral, avaliado através de exames radiográficos em botos-cinzas do litoral do Espírito Santo, é
descrito pela primeira vez. Foram analisados 27 espécimes provenientes de encalhes e capturas acidentais
cujas nadadeiras peitorais foram coletadas e posteriormente radiografadas. Foram avaliados os centros de
ossificação secundário do úmero, rádio, ulna, os ossos do carpo e o metacarpo. Os indivíduos foram
divididos em maduros ou imaturos fisicamente de acordo com o comprimento total do corpo, segundo
trabalhos publicados para o litoral norte do Rio de Janeiro, considerando fisicamente maduros aqueles
animais de mais de 190 cm. Dos 27 indivíduos, 24 (88,9%) eram imaturos e 3 (11,1%) maduros. Todos os
maduros apresentavam a extremidade distal do úmero, a proximal do rádio e da ulna completamente
fusionados, 33,33% das extremidades distais do rádio e da ulna completamente fusionadas e 66,67%
parcialmente fusionadas. Já os ossos do carpo e o metacarpo, ainda não tinham completado o seu
fusionamento, sendo que 50% ainda apresentavam os ossos em estágio inicial de fusionamento. Os
animais imaturos apresentavam a epífise distal do úmero e a proximal do rádio e da ulna inicialmente
fusionadas em 8,7% dos animais, a epífise distal do úmero parcialmente fusionada em 43,4% e
completamente fusionada em 47,8%. As epífises proximais do rádio e da ulna apresentavam-se 47,8%
parcialmente fusionadas e 43,4% completamente fusionadas. Conforme os ossos se tornavam mais distais
o grau de ossificação diminuía, apenas 13% das epífises distais do rádio e da ulna estavam completamente
fusionadas, 56,5% parcialmente fusionadas e 30,4% inicialmente fusionadas. Já os ossos do carpo e o
metacarpo tinham índices ainda menores de fusionamento, não tendo iniciado em alguns indivíduos,
confirmando a evidência de um padrão de ossificação proximal-distal na nadadeira. A ampla variação nos
graus de ossificação dos espécimes imaturos ocorreu devido a grande variação etária dos animais
pertencentes a este grupo, que incluía animais neonatos, juvenis e provavelmente adultos com menos de
190cm de comprimento total. A estimativa da idade dos exemplares através da contagem de grupos de
camadas de crescimento (GLGs) na dentina, a qual encontra-se em andamento, permitirá classificar os
indivíduos em categorias etárias e assim descrever de forma mais precisa o padrão ontogenético de
ossificação nas nadadeiras peitorais do boto-cinza.

Palavras chave: maturidade física, boto-cinza, raio X

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USO DE TECNOLOGIA SIG PARA FACILITAR A INTERPRETAÇÃO DE DADOS


ZOOARQUEOLÓGICOS DE CETÁCEOS

Castilho, Pedro Volkmer de

Universidade do Estado de Santa Catarina. E-mail: a2pvc@cav.udesc.br

A interpretação dos registros faunísticos de um sítio arqueológico é algo bastante complexo, visto que
dificilmente são encontrados esqueletos completos e articulados, sobretudo, de mamíferos marinhos. As
análises relacionadas aos padrões anatômicos permitem determinar o tipo de atividade cultural, os métodos
de desmembramento e o descarne dos animais. A aplicação de tecnologias de SIG pode fornecer uma
ferramenta útil à interpretação, pois cada estrutura anatômica é convertida em dados espaciais. A partir de
uma imagem digitalizada de um esqueleto de cetáceo inicia-se a transformação de cada estrutura
anatômica (e.g. crânio, vértebras, costelas, aletas) em uma poligonal que é convertida em um layer. Quanto
mais refinada a análise, mais detalhes deverão ser convertidos. Os dados coletados em campo são
tabulados e posteriormente convertidos em tabelas de atributos compatíveis com programas de SIG como
ArcGIS®. O compartilhamento de esqueletos digitais na comunidade científica pode disseminar a utilização
desta base de dados para aplicação em outras áreas de pesquisa da cetologia.

Palavras chave: Esqueletos, Ossos, Digitalização

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DIVERSITY AND GENETIC STRUCTURE OF SPINNER DOLPHINS (Stenella longirostris, GRAY 1828)
BASED ON MITOCHONDRIAL DNA

Faria, D. M.1,4; Costa, L. P.2; Silva Jr., J. M.3; Farro, A. P. C.1


1
Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas, CEUNES, Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES). Rodovia BR 101 Norte, Km 60, Bairro Litorâneo, Cep: 29932-540. São Mateus-ES.
2
Departamento de Ciências Biológicas, Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), UFES.
3
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio.
4
Email: drimessa@hotmail.com

The species Stenella longirostris (Gray 1828), spinner dolphins, presents a wide geographical distribution;
although few population studies involving such species were developed, mainly in the Atlantic Ocean. The
aims of this study were to assess the diversity and genetic structure of spinner dolphins from Fernando de
Noronha Archipelago and compare these data with other spinner dolphin populations around the world. For
this, 108 individuals of Stenella longirostris from Fernando de Noronha Archipelago, sampled by skin
swabbing method, were evaluated. Fragments of 414bp were aligned and analyzed. A total of 13 haplotypes
were identified, and two haplotypes from these had higher frequency, one present in 80% of the population,
and the other in 14%. The nucleotide diversity (π) and haplotype diversity (h) were 0.00656 and 0.4346,
respectively. Seventy one GenBank’s sequences from three Pacific Ocean spinner dolphin populations were
analyzed with the population of Fernando de Noronha in order to determine genetic structuring among them.
The data revealed high differentiation among the populations and no shared haplotypes among Fernando de
Noronha and the other populations. Phylogenetic analysis did not show good resolution for their separation.
However, considering only the dolphins of Fernando de Noronha Archipelago, a separation was detected
resulting in at least two different populations. These data suggest isolation of Fernando de Noronha
populations when compared to Pacific Ocean populations. Nevertheless, future studies involving spinner
dolphins from other localities in South Atlantic Ocean are necessary to improve the knowledge about the
population dynamics and evolutionary history of this species.

Keywords: cetaceans; D-loop; genetic variability.

Financial Support: Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES), PETROBRAS.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

FILOGEOGRAFIA, HISTORIA DEMOGRAFICA Y CONSERVACIÓN DE LA NUTRIA GIGANTE


(Pteronura brasiliensis)

Thoisy, Benoit de1; Ruiz-Garcia, Manuel2; Lavergne, Anne3


1
Association Kwata, BP 672, 97300 Cayenne, French Guiana
2
Laboratorio de Genética de Poblaciones Molecular-Biología Evolutiva. Facultad de Ciencias, Pontificia
Universidad Javeriana, Bogotá DC., Colombia.
3
Institut Pasteur de la Guyane, 97300 Cayenne, French Guiana

La nutria gigante (Pteronura brasiliensis) es la mayor de las 13 especies de nutrias vivientes. Su


distribución original abarca toda la cuenca de la Amazonía y la Orinoquía, los ríos de las Guyanas y, más al
sur, las cuencas del Paraná y del Paraguay. Debido a la caza directa para la recolección de sus pieles, a la
actual destrucción de hábitats y la degradación debido a contaminantes, la especie está considerada
amenazada por la Unión de la Conservación Mundial y está experimentando un severo descenso
poblacional: el futuro de muchas poblaciones es todavía precario. Planes de manejo de conservación
deben realizarse en información veraz acerca de la estructura y de la dinámica de las poblaciones y los
procedimientos genéticos pueden ser relevantes para alcanzar este punto. La diversidad genética y la
estructura poblacional de la nutria gigante ha sido recientemente investigada en Brasil. En el presente
trabajo, analizamos muestras situadas más al norte y al oeste procedentes de Colombia, Perú, Bolivia y
Guyana francesa. Se presenta en este trabajo la estructura poblacional, a través de estas regiones y de
diferentes cuencas de diversos ríos, mediante tres genes mitocondriales: la región de control, el gen
Citocromo b y el gen Citocromo Oxidasa. Se investigó la filogeografía y la historia demográfica. Primero,
con las secuencias disponibles, se confirmó que las dos subespecies descritas morfológicamente, no son
confirmadas con los datos genéticos. Secundo, se identifico la importancia de la región Alta Amazonia que
acoge la mas alta diversidad; tercero, poca estructuración limitado sugere un processo de (re)diversificación
reciente despues de cambios drasticos de la geografia de la Amazona durante el Pleistocene.

Palabras chave: Pteronura; genetics; conservacion

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GENETIC DIVERSITY AND POPULATION STRUCTURE HYPOTHESIS IN GIANT OTTER (Pteronura


brasiliensis) BETWEEN ORINOCO AND AMAZON, GIVEN ITS TERRESTRIAL CLIMATIC
DETERMINANTS

Correa-Cárdenas, C. A.1; Caballero, S. J.1; Trujillo, F.2


1
Laboratorio de Ecología Molecular de Vertebrados Acuáticos, LEMVA, Departamento de Ciencias
Biológicas, Universidad de los Andes, Bogotá, Colombia: ca.correa949@uniandes.edu.co –
sj.caballero26@uniandes.edu.co 
 
2
Fundación OMACHA, Bogotá, Colombia: fernando@omacha.org

The Giant Otter (Pteronura brasiliensis) is an aquatic mustelid endemic to South America. Currently, the
species is considered Endangered (EN) by the International Union for Conservation of Nature (IUCN). In
Colombia, it is distributed in the Orinoco and Amazon regions, where there seem to be effects of population
fragmentation in specific places due to antropic activities. This is the first study of genetic diversity,
population structure and ecological niche modelling for this species in the country, added to the unique
analysis of giant otter genetic characterization which was made in Brazil by García et al., 2007. Here we
found for mtDNA gene D-loop, what seems to be a reduction in nucleotide diversity because it is the same or
under values reported for other endangered mustelids. In contrast, we found high haplotype diversity (h). We
determined for Brazil and Colombia high Population Structure with four (4) Evolutionary Significant Units
(ESUs): “Puerto Carreño”, “San José”, “Amazonía”, “Uruá-Pantanal River”, these ones must be included in
management plans and conservation programs. There was no evidence of migration, although two
haplotypes were shared between Orinoco and Amazon ESUs. Finally, terrestrial climatic determinants
predicted in part the potential ecological niche for giant otter in Colombia and South America, where it is
evident that the subespecies P. brasiliensis paranensis and P. brasiliensis brasiliensis, use habitats with
different bio-climatic and bio-geographic characteristics.

Keywords: Giant Otter, genetic diversity, population structure

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GENETIC DIVERSITY OF BLUE WHALES IN FEEDING AREAS OF SOUTH AMERICA AND


ANTARCTICA: DIFFERENT POPULATIONS OR DIFFERENT STRATEGIES?

Torres-Florez, J. P.1,2*; Hucke-Gaete, R.1,2; Rosenbaum, H.3,4; Figueroa, C. C.1


1
Instituto de Ecología y Evolución, Universidad Austral de Chile, Casilla 567, Valdivia, Chile.
*J.P.T@rocketmail.com
2
Centro Ballena Azul, c/o Instituto de Ecología y Evolución, Universidad Austral de Chile, Casilla 567,
Valdivia, Chile.
3
Sackler Institute for Comparative Genomics, American Museum of Natural History, NY, USA.
4
Wildlife Conservation Society, International Conservation, Global Conservation and Research Marine
Program, NY, USA.

Understanding the genetic diversity and differentiation among populations is important to define the
evolutionarily significant and management units. However, little is known about the genetic features of
Southern hemisphere blue whale (Balaenoptera musculus) populations, a species in risk of extinction
characterized by low population numbers that inhabits relatively unknown areas. However, recent findings
have reported feeding areas for the species along the west margin of South America, but the origin of these
whales and their genetic diversity have not been addressed yet. Hence, with the aim of evaluating genetic
relationship between two feeding grounds located in Chile (separated by ca. 1,500 km) and the feeding
areas in Antarctica, a total of 56 biopsy samples coming from Northern Chile (NCh) (~29ºS; n=4) and
Southern Chile (SCh) (~43ºS; n=52) were analyzed and compared with Genbank sequences belonging to
samples from Northern Chile (n=16) and Antarctica (ANT) (~65ºS; n=21). A total of 362 base pair fragments
of the mitochondrial (mtDNA) control region were amplified and sequenced. SRY and ZFY/ZFX genes were
amplified to determine sex proportions in the whale populations under study. We found a high number of
haplotypes (NCh:10, SCh:13 and ANT:16), and a high haplotypic diversity (HD) (NCh: 0,916; SCh: 0,885;
ANT: 0,967) for the three areas studied, taking into account the low population number of this species
caused by the whaling industry. Of the 29 haplotypes found only one was shared among the three areas,
representing the 12,9% of the samples. The most frequent haplotype (15.05%) was observable only in the
NCh and SCh areas. FST mtDNA genetic analyses revealed a low but significant genetic differentiation
(p<0.005) between NCh and ANT, and between SCh and ANT, but no differentiation between NCh and SCh.
Sex identification revealed a proportion of males:females of 1.22:1.0 (x2=3.74; 1; p=0,65), 1.81:1.0 (x2=0,2;
1; p= 0.053) and 1.0:1.5 (x2=0,8; 1; p= 0.371) for ANT, SCh and NCh, respectively. Although there was no
population structuring among the two South American areas (NCh and SCh), differences in sex proportions
was outstanding and suggests a possible population structure based upon gender in the feeding grounds,
and alternative migration strategies by the blue whale in the South East Pacific. These results are going to
be complemented with the use of polymorphic microsatellite markers.

Funding: DID-UACH, CONICYT and AMNH to JPTF; Wildlife Conservation Society, WWF-
Chile/US/Germany, The Rufford Maurice Laing Foundation and Whitley Fund for Nature to RHG; CONICYT-
REDES R-01 and FONDECYT 1090378 grants to CCF.

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MYOGLOBIN AND HEMOGLOBIN EVOLUTION IN CETACEANS: TAKING A DEEP BREATH TO


RETURN TO THE SEA

Nery, Mariana F.; Opazo, Juan C.

Instituto de Ecología y Evolución, Universidad Austral de Chile, casilla 567, Valdivia, Chile. Email:
mariana.freitas@postgrado.uach.cl

Because cetaceans are breathing-air vertebrates and, at the same time, accomplished divers, they must
show remarkable modifications to an aquatic life, especially regarding the oxygen utilization and adaptations
to anoxic condition. Thus, it is possible that in this lineage, and particularly within the cetacean’s families that
are known to perform deeper and longer dives, the hemoglobin and myoglobin proteins, which account for
the oxygen transport and storage respectively, would show genetic alterations and have evolved at a higher
rate when compared to other terrestrial mammals. These alterations would reflect selective pressures as
consequence of the new ecological zone invasion. To test these hypotheses, a set of mammalian myoglobin
gene sequences available in public sequence databases were assessed and the variation in the ratio of
nonsynonymous to synonymous substitutions (ω) among lineages in a phylogenetic framework were
analyzed. Besides that, we characterized the genomic structures of the cetacean α- and β-globin gene
families and compared the gene repertoire with other related terrestrial mammals. To detect a possible role
of positive selection in myoglobin gene among specific lineages we used the maximum likelihood codon
substitution model, implemented in the PAML 4.14 package. The model that distinguishes between
cetaceans and non-cetaceans, better fit the data (P = 10-5, ℓ = -3,231.97). The ancestral and descendant
branches of Cetacea have approximately 3-times higher ω rates ratios than all other mammals, suggesting a
weaker purifying selection in this clade, what could allow this protein to change and improve its efficiency,
and even acquire new functions with a relevant role on the transition of terrestrial habits to a fully aquatic life
form. To detect the existence of particular sites under positive selection in myoglobin along particular
lineages, we implemented the branch-site model, and the results suggest positive selection operating in the
foreground branches of the greatest divers lineages (P = 10-6). Positively selected sites were identified by
Bayes method. The genomic structure of the α- and β-globin clusters was characterized for dolphin. For this
species, the globin genes in unannotated genomic sequences were identified by using the program Genscan
and by comparing known exon sequences to genomic contigs using the program BLAST. The results show a
reversion to an ancestral condition, and a great similarity with the genomic structure of globin genes of
another artiodactyl.

Keywords: cetacean evolution, myoglobin, hemoglobin

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CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DAS BALEIAS JUBARTE (Megaptera novaeangliae) DA ÁREA DE


REPRODUÇÃO DO OCEANO ATLÃNTICO SUL OCIDENTAL, ATRAVÉS DE LOCOS DE
MICROSSATÉLITES

Silva, T. F.1; Cypriano-Souza, A. L.1, 2; Engel, M. H.2; Bonatto, S. L.1


1
Laboratório de Biologia Genômica e Molecular, Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul; e-mail: t_ferraz@yahoo.com.br
2
Instituto Baleia Jubarte

As baleias jubarte (Megaptera novaeangliae) foram intensamente caçadas durante o século XX,
principalmente no Hemisfério Sul, onde se estima que as populações tenham sido reduzidas a uma
pequena porcentagem de seu tamanho histórico. A principal área de reprodução das baleias jubarte no
Oceano Atlântico Sul Ocidental, (breeding stock A), está localizada no Banco dos Abrolhos, Brasil. Esse
estudo tem como objetivo avaliar a variabilidade genética de baleias jubarte (n = 70) amostradas durante a
temporada de reprodução de 2008 no Banco dos Abrolhos, usando dez locos de microssatélites. A
probabilidade de identidade dos genótipos P(ID), a probabilidade de que dois indivíduos dentro da
população possam dividir o mesmo genótipo multilocus, foi estimada através do programa GENECAP. As
análises estatísticas de diversidade genética foram realizadas usando os programas CERVUS 3.0.3 e
GENEPOP 4.0. Os locos foram testados para desvios do equilíbrio de Hardy-Weinberg e desequilíbrio de
ligação com o programa ARLEQUIN. A existência de gargalos de garrafa populacionais (bottleneck) foi
determinada através de dois programas. O primeiro programa utilizado foi o BOTTLENECK 1.2.02, usando
o modelo de evolução mais comum para locos de microssatélites (TPM, Two-phased model) e o teste mais
potente (Wilcoxon sign-rank). O segundo é o programa AGARst, o qual é baseado no valor de M (M < 0,68
para populações que sofreram bottleneck). O poder de identificar os indivíduos dos dez locos foi alto, sendo
que a HW P(ID) foi de 4,84 x10-12. O número de alelos por loco variou de 5 (EV1) a 17 (EV37) com uma
média de 10,2 e a heterozigosidade observada por loco variou de 0,500 (EV1 e GATA28) a 0,957
(GATA417) com uma média de 0,713. O único loco em que foi observado desvio do equilíbrio de Hardy-
Weinberg foi o EV96 (P = 0, 022), mas que não foi significativo após a correção de Bonferroni para múltiplas
comparações. Da mesma maneira não houve evidência de desequilíbrio de ligação entre locos após a
correção de Bonferroni. Não houve evidência de reduções recentes no tamanho efetivo populacional,
sendo que a probabilidade obtida para excesso de heterozigosidade (P = 0, 347) não foi significativa e o
valor de M (M = 0.832) foi maior do que o valor crítico (M = 0,68). Apesar da caça comercial, os resultados
obtidos neste estudo mostraram alta variabilidade genética e nenhum indício de bottleneck genético para as
jubartes que se reproduzem na costa brasileira, corroborando estudos genéticos recentes dessa população.

Palavras chave: Megaptera novaeangliae, caracterização genética, microssatélites

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DADOS PRELIMINARES SOBRE A FILOGEOGRAFIA DE Stenella longirostris (GRAY, 1828) NA


COSTA BRASILEIRA

Volpi, T. A.1,7; Faria, D. M.1; Costa, L. P.2; Silva-Jr, J. M.3; Moreno, I.4; Siciliano, S.5; Barbosa, L.6;
Farro, A. P. C.1
1
Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas, Centro Universitário Norte do Espírito Santo,
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Rodovia BR 101 Norte, Km 60, Bairro Litorâneo, CEP:
29.932-540. São Mateus-ES.
2
Departamento de Ciências Biológicas, Centro de Ciências Humanas e Naturais, UFES.
3
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio.
4
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
5
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).
6
Organização Consciência Ambiental (ORCA/ES).
7
Endereço eletrônico: thaisvolpi@gmail.com

Stenella longirostris, também conhecido como golfinho rotador, é um cetáceo marinho de pequeno porte
que ocorre principalmente em águas tropicais e subtropicais, categorizado na RedList da IUCN como “DD”
(Deficiente de Dados). Um estudo filogeográfico com a espécie no Brasil pode contribuir para determinação
dos padrões de distribuição da diversidade da espécie e orientar programas conservacionistas. Diante
disso, o presente estudo tem por objetivo avaliar a diversidade genética de indivíduos de Stenella
longirostris provenientes de diferentes localidades do litoral brasileiro, correlacionando tal diversidade com o
padrão de distribuição geográfica da espécie. As amostras de DNA de diferentes localidades (Espírito Santo
– 01 indivíduo, Fernando de Noronha – 21 indivíduos, Rio de Janeiro – 10 indivíduos e de outras localidades
do Nordeste – 03 indivíduos) foram obtidas a partir de animais in vivo por raspagem de pele e biópsia com
balestra, e de animais encontrados mortos encalhados. As amostras foram amplificadas e sequenciadas
utilizando o marcador mitocondrial D-loop (região controle). Assim, 35 amostras das diferentes localidades
foram amplificadas e sequenciadas. Fragmentos de 414bp foram alinhados e analisados. Foram
identificados 19 haplótipos e compartilhamento de um haplótipo entre as populações do Espírito Santo, Rio
de Janeiro e Fernando de Noronha, e compartilhamento de outro haplótipo entre as populações do
Nordeste e do Rio de Janeiro. As diversidades haplotípica (h) e nucleotídica (π) variaram nas populações de
0,6667 (Nordeste) a 1,0 (Espírito Santo), e de 0,0 (Espírito Santo) a 0,01961 (Rio de Janeiro),
respectivamente. Com exceção da população do Espírito Santo que possui um indivíduo, as populações
mais próximas entre si foram Nordeste e Rio de Janeiro, e as mais distantes foram a do Nordeste e
Fernando de Noronha. No entanto, o número amostral destas populações já está sendo ampliado para
confirmação destes dados. Novas populações também poderão ser inseridas, para fornecer assim
respostas mais concisas acerca da filogeografia de Stenella longirostris.

Palavras chave: Stenella longirostris, golfinho-rotador, marcadores mitocondriais.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES); PETROBRAS.

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DESCRIÇÃO CARIOTÍPICA DE Trichechus manatus manatus (PEIXE-BOI MARINHO) ATRAVÉS DE


TÉCNICAS DE BANDEAMENTO CROMOSSÔMICO

Barros, Helen Maria Duarte do Rêgo1,2; Santos, Neide2; Attademo, Fernanda Loffler Niemeyer3;
Luna, Fábia de Oliveira4; Astúa, Diego1
1
Laboratório de Mastozoologia, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife,
PE, Brasil. helenrbarros@yahoo.com.br; d.a.moraes@gmail.com.
2
Laboratório de Genética e Citogenética Animal, Departamento de Genética, Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, PE, Brasil. santos_neide@yahoo.com.br.
3
Programa de pós-graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Recife, PE, Brasil. niemeyerattademo@yahoo.com.br.
4
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos/Instituto Chico Mendes de
Biodiversidade, Itamaracá, PE, Brasil. fabia.luna@icmbio.gov.br.

A ordem Sirenia é composta de duas famílias: Trichechidae, que inclui todas as espécies de peixe-boi do
mundo (Trichechus senegalensis, Trichechus manatus e Trichechus inunguis) e Dugongidae, com uma
espécie vivente (Dugong dugon) e outra recentemente extinta (Hidrodamalis gigas). Os sirênios habitam
rios, estuários e águas oceânicas costeiras rasas na região intertropical. No Brasil ocorrem duas espécies,
peixe-boi marinho na costa oceânica das regiões Norte e Nordeste (T. manatus) e peixe-boi amazônico nos
rios da Amazônia (T. inunguis). A espécie T. manatus inclui duas subespécies, separadas geograficamente:
T. m. latirostris (peixe-boi da Flórida) e T. m. manatus (peixe-boi antilhano). Estudos citogenéticos
desenvolvidos com a subespécie T. m. manatus são quase inexistentes e seu cariótipo não tinha sido
descrito anteriormente. Este trabalho teve como objetivo descrever o cariótipo da subespécie antilhana de
peixe-boi através dos bandeamentos G e C, que proporcionam uma caracterização mais detalhada do
conjunto cromossômico. Amostras de sangue de T. manatus foram coletadas de animais mantidos no
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio), em Itamaracá,
Pernambuco. As preparações citológicas para as análises cromossômicas foram feitas a partir da cultura de
linfócitos do sangue, de acordo com procedimentos convencionais. A análise cromossômica mostrou
cariótipo com 2n=48,XX;XY e cromossomos subtelocêntricos (pares 1, 2, 3, 10, 11, 12, 20, 21, 22, 23 e o Y),
submetacêntricos (pares 4, 5, 6, 13, 14 e o X) e metacêntricos (pares 7, 8, 9, 15, 16, 17, 18 e 19). O
bandeamento G permitiu a identificação individual dos pares cromossômicos e o bandeamento C identificou
pequenos blocos de heterocromatina constitutiva nas regiões pericentroméricas dos cromossomos. Os
dados obtidos em estudos cariotípicos constituem importantes ferramentas, que serão utilizados na
compreensão da organização, estrutura e evolução do complemento cromossômico, auxiliando no
estabelecimento de relações cariotípicas entre as espécies de peixe-boi.

Palavras chave: peixe-boi marinho, cariótipo, bandeamento.

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DIVERSIDADE GENÉTICA E ESTRUTURA POPULACIONAL DO LOBO-MARINHO SUL-AMERICANO,


Arctocephalus australis AO LONGO DA COSTA ATLÂNTICA DA AMÉRICA DO SUL

Abreu, Aline Rodrigues de1; Oliveira, Larissa Rosa de2,3; Crespo, Enrique Alberto4; Rodriguez, Diego5;
Trecu, Valentina Franco6; Bonatto, Sandro L.1
1
Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), RS, Brasil.
E-mail: abreu.aliner@gmail.com
2
Laboratório de Ecologia de Mamíferos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), RS, Brasil
3
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS), RS, Brasil
4
Laboratorio de Mamíferos Marinos, Centro Nacional Patagónico (CONICET), Prov. Chubut, Argentina
5
Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de Mar del Plata, Prov. Buenos Aires, Argentina
6
Proyecto Pinnípedos Cetáceos Uruguay, Facultad de Ciencias, Uruguay

O lobo-marinho sul-americano, Arctocephalus australis, é um dos otariídeos mais amplamente distribuídos


ao longo do Hemisfério Sul, possuindo colônias reprodutivas tanto na costa Atlântica quanto Pacífica da
América do Sul. Contudo, a distribuição das diversas populações de A. australis não é contínua. No
Pacífico, existe um hiato de aproximadamente 2.000km entre Mejillones (22o00´S) e a Ilha Chiloé (43o54´S)
(Chile). No Atlântico as colônias reprodutivas estão mais concentradas no Uruguai e Argentina. Estudos
moleculares e craniométricos sugerem que as populações do Pacífico e Atlântico apresentam diferenças
significativas e que estariam isoladas geograficamente, sendo consideradas unidades evolutivamente
significativas. Contudo, atualmente exitem poucas informações sobre a existência de estruturação dentro
destas unidades. Neste sentido, o presente trabalho apresenta os primeiros dados sobre a variabilidade
genética e estruturação geográfica das populações de A. australis do Atlântico para a região controladora
do DNA mitocondrial (mtDNA). Foram analisadas 96 sequências: Brasil n=26, Uruguai n=6 e Argentina
n=64. A análise da região consenso (267pb) das seqüências de mtDNA revelou a existência de 39 sítios
polimórficos, resultando em 43 haplótipos distintos, dos quais 25 foram exclusivos para Argentina, dois para
o Uruguai e oito para o Brasil. As diversidades haplotípica (h) e nucleotídica (π) observadas para a espécie
como um todo (isto é, as três populações em conjunto) foram h=0,9169 e π=0,0129. Todas as populações
apresentaram elevados níveis de diversidade genética: Argentina (h=0,9335 e π=0,0142, Brasil (h=0,783 e
π=0,0108) e Uruguai (h=1,0000 e π=0,0098). Os resultados das análises de variância molecular (AMOVA)
revelaram que toda a variação observada encontra-se entre os indivíduos dentro de cada população. Os
valores de FST próximos à zero e não significativos mostram a ausência de diferenciação geográfica. Os
resultados dos índices de neutralidade observados (Fs de Fu: -26,2174, P<0,05; D de Tajima: -1,6664,
P<0,05) também detectaram uma rápida expansão populacional na espécie. Os resultados obtidos a partir
da análise do mtDNA revelaram que as populações do lobo-marinho sul-americano do Brasil, Uruguai e
Argentina são pouco diferenciadas maternalmente. Contudo, é necessária a continuidade deste estudo,
através de novas coletas incluindo o extremo sul da distribuição da espécie assim como a análise de loci
nucleares como microssatélites, a fim de se testar se a baixa diferenciação é causada por fluxo gênico atual
ou isolamento recente. Essas informações são fundamentais para o estabelecimento de futuras políticas de
manejo e conservação mais realistas para a espécie na costa Atlântica da América do Sul.

Palavras chave: Arctocephalus australis, mtDNA, Oceano Atlântico

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ESTATUS TAXONIMICO Y DIVERSIDAD GENETICA DE LA NUTRIA NEOTROPICAL (Lontra


Longicaudis) EN COLOMBIA

Beltrán G., Néstor J.*

Universidad de los Andes. Bogota, Colombia (ne-beltr@uniandes.edu.co)

La nutria neotropical (Lontra longicaudis) representa una de las dos especies de nutria conocidas en
Colombia, las amenazas que la afectan son diversas y ha sido catalogada en el país como especie
vulnerable (VU) según los criterios de la IUCN, de la misma manera su distribución es fragmentada y poco
conocida remitiéndose a datos históricos. Hasta el momento no se ha realizado ningún estudio sobre la
continuidad genética de esta especie en Colombia por lo tanto se resalta la importancia en las estimaciones
precisas de la diversidad genética y patrones de estructura geográfica para un desarrollo adecuado de
planes y estrategias de conservación para esta especie. Con este propósito material biológico de 43
individuos fue colectado a lo largo del rango de distribución, caracterizando la diversidad molecular de los
marcadores de ADN mitocondrial D-loop, CytB y el intron autosómico nuclear CHRNA. Las secuencias de
los dos últimos marcadores no presentaron variabilidad, sin embargo, las secuencias de la región D-loop
generaron 13 haplotipos diferentes, mostrando una diversidad mayor que la reportada en especies similares
en Europa y Norteamérica, los individuos se separaron en dos grupos con alta estructura genética y
mutaciones fijas de cada linaje (Phi(ST)=0.62867, P<0.05), el primero fue el grupo “Andino” que se ubica al
occidente de la cordillera de los Andes y el segundo el grupo “Amazónico” ubicado en la amazonia. De la
misma manera los análisis de inferencia filogenética mostraron monofilia reciproca entre cada uno de los
grupos anteriormente mencionados, este criterio sumado al distanciamiento geográfico y las mutaciones
fijas observadas en la red de haplotipos soportan bajo el criterio biológico de especie, la presencia en
Colombia de al menos dos formas subespecificas de la especie. Implicando que por lo menos dos Unidades
evolutivamente significativas deben ser consideradas, adicionalmente, la región del Sinú en el noroccidente
de Colombia presenta características ecológicas que la diferencian de las demás zonas y una aparente
reciente separación que deberá ser confirmada por un muestreo mayor en futuros estudios, de cualquier
manera esta zona puede ser considerada como una unidad de manejo que debe ser preservada dadas sus
características ecológicas y genéticas.

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FILOGEOGRAFIA E CONSERVAÇÃO DA TONINHA (Pontoporia blainvillei)

Medeiros, B. V.1; Cremer, M.2; Barbosa, L. A.3; Marigo, J.4; Lailson-Brito, J. Jr.5; Azevedo, A. F.5;
Zanelatto, R. C.6; Solé-Cava, A. M.1; Cunha, H. A.1,5
1
Laboratório de Biodiversidade Molecular, Depto. de Genética, Instituto de Biologia, Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). Email: haydeecunha@ufrj.br

2
Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE).
3
Instituto ORCA.
4
Projeto Biopesca.
5
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores “Profa. Izabel Gurgel (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
6
Pró-Reitoria de Administração, Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A toninha é um pequeno golfinho costeiro, encontrado com maior freqüência em ambientes estuarinos. A
espécie apresenta distribuição restrita, desde Itaúnas, no Espírito Santo, até o Golfo San Matías, na
Argentina. Devido à alta mortalidade por captura acidental em redes de pesca, associada à baixa
capacidade reprodutiva, a toninha é a única espécie de golfinho oficialmente classificada como ameaçada
(EN) no Brasil, sendo provavelmente a espécie de golfinho mais ameaçada do Atlântico Sul. A fim de
elaborar medidas de conservação da espécie, dados sobre a sua estruturação populacional e seu passado
evolutivo (i.e. filogeografia) são fundamentais. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise filogeográfica
baseada em seqüências de DNA mitocondrial de toninhas ao longo de toda a sua distribuição. Foram
utilizadas amostras de músculo de 44 animais (Espírito Santo=14; Rio de Janeiro Sul=1; São Paulo=11;
Paraná=1; Santa Catarina=17) capturados acidentalmente em redes de pesca ou encontrados encalhados.
Um fragmento da região controle de cada indivíduo foi amplificado pela reação em cadeia da polimerase,
utilizando um par de iniciadores especialmente desenhado para este estudo, e seqüenciado em
seqüenciador automático de DNA. As seqüências editadas foram alinhadas juntamente com seqüências de
outros 94 animais, publicadas anteriormente (Rio de Janeiro Norte=10; Rio Grande do Sul=15; Uruguai=38;
Argentina=31), totalizando 138 seqüências de 455 pares de bases. As seqüências apresentaram 38 sítios
polimórficos definindo 33 haplótipos, com altas diversidades haplotípica (0,882 ± 0,017) e nucleotídica
(0,009 ± 0,0004). Uma Análise Molecular de Variância (AMOVA) indicou a existência de quatro populações
bem diferenciadas (ФCT = 0,42; P<10-5) e geograficamente coerentes: 1) da Argentina até o Rio Grande do
Sul; 2) de Santa Catarina até o Sul do Rio de Janeiro); 3) Norte do Rio de Janeiro; e 4) Espírito Santo.
Análises mais refinadas, como a Análise de Clados Hierarquizados (NCA) e a Análise de Distribuição das
Diferenças (Mismatch Distribution Analysis) permitiram inferir eventos importantes do passado evolutivo da
toninha, refinando o modelo proposto anteriormente para a colonização da costa do Atlântico Sul Ocidental
pela espécie. Os resultados deste estudo sugerem que as Unidades de Manejo da toninha atualmente
aceitas devem ser urgentemente reavaliadas, especialmente em relação às populações do norte do Estado
do Rio de Janeiro e do Espírito Santo que, por se revelarem unidades evolutivas diferenciadas, demandam
manejo independente.

Palavras chave: franciscana, manejo, DNA mitocondrial

Apoio financeiro: CNPq.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

GENETIC POPULATION STRUCTURE OF DUSKY DOLPHINS (Lagenorhynchus obscurus) ALONG


THE ARGENTINA COAST BASED ON MTDNA

Rocío, Loizaga de Castro1,2; Hoelzel, A. Rus.3; Crespo, Enrique A.1,2


1
Laboratorio de Mamíferos Marinos - Centro Nacional Patagónico – CONICET; Blvd. Brown 2915, Puerto
Madryn, Chubut, Argentina. rocio@cenpat.edu.ar;
2
Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco; Blvd Brown 3051, Puerto Madryn, Chubut,
Argentina.
3
School of Biological and Biomedical Sciences, Science Laboratories, South Road, Durham, DH1 3LE, UK.

During the 90’s, important levels of incidental mortality were recorded for dusky dolphins (Lagenorhynchus
obscurus) in purse seine and trawling fisheries along the Argentine coast. Minor impacts were added by
dolphin-watching activities. However, the link between populations along the coast subject to different types
and intensities of impacts is unknown. Within this frame is indispensable to assess the genetic structure of
the population. Skin samples were collected using skin swabbing and biopsy techniques, preserved in
DMSO 20% saturated NaCl, from 4 localities, throughout the distribution range in the Atlantic. A fragment of
750pb of the CrMtDNA was sequenced for 150 samples. Sex was determined by molecular techniques and
parity among sexes was tested using a X2. Haplotypes genealogy was evaluated building a consensus tree
using the Kimura 2 parameter model. Population structure was estimated by the Fst and Φst statistics and
AMOVA in Arlequin v3.1. A population expansion analysis was performed calculating Tajima’s D and Fu’s F
statistic and performing a mismatch analysis. Sex ratio was not different from parity (X2 df= 1, p0.001). The
haplotypic diversity was 0.93 and 31 haplotypes were defined. The overall nucleotide diversity was estimated
at 0.1449 (SE= 0.0933161). The nucleotide diversity for every sampling location was in the same order of
magnitude, ranging from 0.076935 to 0.281928. The AMOVA indicates that 82% of the molecular variance is
found within the putative populations. Nevertheless, 18% of the remaining variance among populations is
highly significant (p<0.001). The mismatch analysis is consistent with the Tajima’s D and Fu’s F statistics
(both non significant for every population). The population as a whole shows no signature of expansion.
MtDNA analysis detected 2 main populations along the coast, the northern (GSM, GSJ) and the southern
populations (GN, GSJOR) being Peninsula Valdés the geographical border.

Keywords: population structure, dusky dolphin, Argentina.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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MAPEAMENTO FÍSICO CROMOSSÔMICO DO GENE RIBOSSOMAL 18S EM Inia geoffrensis

Bonifácio, Heidi Luz1; Silva, Vera Maria Ferreira da2; Feldberg, Eliana3
1
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Mestranda do Programa de Pós-graduação em
Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, e-mail: heidi_bio@yahoo.com.br
2
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Pesquisadora INPA, Laboratório de Mamíferos
Aquáticos, e-mail: tucuxi@inpa.gov.br
3
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Pesquisadora INPA, Laboratório de Genética Animal,
e-mail: feldberg@inpa.gov.br

O boto-vermelho, Inia geoffrensis pertence à família Iniidae e está distribuído nas bacias dos rios Amazonas
e Orinoco. Dados citogenéticos para esta espécie estão limitados apenas à descrição do seu cariótipo.
Estudos dos genes ribossomais têm sido utilizados para caracterização de espécies e inferências sobre
suas relações evolutivas. Estes genes são organizados em duas famílias multigênicas, denominadas de
DNA ribossomal (DNAr) 45S e 5S DNAr. A família 45S contem os genes que codificam os RNAr 18S, 5,8S e
28S e está relacionada às regiões organizadoras do nucléolo (RON), que na maioria dos mamíferos estão
localizadas em 1 a 5 pares cromossômicos. Com o objetivo de mapear o gene ribossomal 18S no boto-
vermelho, utilizou-se a impregnação por nitrato de prata e a hibridização in situ fluorescente (FISH)
heteróloga com sondas de DNAr 18S do marsupial Caluromys philander. Foram analisados 17 espécimes (8
machos e 9 fêmeas) coletados na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Amazonas, Brasil.
O número diplóide encontrado para todos os espécimes foi 44 cromossomos com número de braços (NF)
igual a 74 e fórmula cariotípica 12m+14sm+6st+10t+XX/XY. O cromossomo sexual X foi o maior
metacêntrico do complemento e o Y puntiforme. A RON foi localizada no braço curto do menor par
telocêntrico, com heteromorfismo do sítio, possivelmente devido a duplicações ou deleções do número de
cópias do DNAr. Frequentemente visualizou-se os cromossomos do par nucleolar associados pelos seus
braços curtos. A presença de RON simples é um caráter basal para cetáceos e já foi descrito nas famílias:
Balaenidae, Balaenopteridae, Physeteridae e Kogiidae. Para a única espécie de Ziphiidae estudada para
este caráter, os organizadores nucleolares estão localizados em dois pares, sendo um metacêntrico e outro
subtelocêntrico. Já na família Delphinidae existem espécies com a RON localizada em um único par e
outras com a RON distribuída em dois pares cromossômicos. A FISH, utilizando a sonda do DNAr 18S,
corroborou o padrão obtido pela coloração com nitrato de prata, confirmando a existência de um único lócus
deste gene para Inia geoffrensis. Conclui-se que apesar da macroestrutura cariotípica ser considerada
conservada para os cetáceos, nos Odontoceti a presença de rearranjos cromossômicos pode ser
confirmada, quando se compara as fórmulas cariotípicas entre as espécies. Ainda, fica claro nesta
comparação que o par nucleolar sofreu modificações, pois existem espécies com RON simples e outras
com múltipla, variando sua localização no cromossomo e posição no cariótipo, comumente localizadas nos
menores cromossomos submetacêntricos e telocêntricos.

Palavras chave: Boto-vermelho, Região Organizadora do Nucléolo, FISH

Financiamento: CNPq/FAPEAM-INCT ADAPTA, PETROBRAS AMBIENTAL, AMPA, CAPES

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NEW EVIDENCE FOR HIGH GENETIC DIFFERENTIATION BETWEEN PACIFIC AND ATLANTIC
POPULATIONS OF SOUTH AMERICAN FUR SEAL, Arctocephalus australis

Túnez, J. I.1; Cappozzo, H. L.2; Pavés, H.3; Albareda, D. A.4; Cassini, M. H.1
1
Grupo de Estudios en Ecología de Mamíferos, Departamento de Ciencias Básicas, Universidad Nacional
de Luján y CONICET. Rutas 5 y 7 (6700), Luján, Provincia de Buenos Aires, Argentina. e-mail:
nacho_tunez@yahoo.com.ar; mhcassini@yahoo.com.ar
2
Museo Argentino de Ciencias Naturales "Bernardino Rivadavia" (MACN-CONICET). Av. Ángel Gallardo
470 (C1405DJR), Buenos Aires, Argentina. e-mail: cappozzo@retina.ar
3
Laboratorio de Estudio en Biología y Conservación de Mamíferos y Aves Acuáticas, Instituto de Zoología,
Universidad Austral de Chile. Las Encinas 220, Valdivia, Chile. e-mail: hpaves@surnet.cl
4
Jardín Zoológico de la Ciudad de Buenos Aires. Republica de la India 3000 (1425), Buenos Aires,
Argentina y Acuario de Buenos Aires. Avenida Las Heras 4155 (1425), Buenos Aires, Argentina. e-mail:
diego.albareda@gmail.com

The South American fur seal, Arctocephalus australis, is distributed along 10,000 km of the southern coast of
South America, with breeding colonies clumped in three main segments of coast. Previous genetic studies
suggest that Uruguay and northern Chile-central Peru, the most distant clumps of colonies, are completely
isolated and that each population corresponds to a different Evolutionarily Significant Units. Here, we
analyzed the genetic differentiation between Uruguay and the other clump, southern Chile-Isla de los
Estados, for which no previous genetic studies were performed. Using a 529 bp segment of the
mitochondrial control region, we found 26 haplotypes in 54 individuals. The genealogical relationship
between haplotypes revealed a deep pattern of phylogeographic structure, with two main groups of
haplotypes that correspond to the different breeding clumps. The Analysis of Molecular Variance also
supported this result, indicating significant differences between Atlantic and Pacific colonies. Moreover,
colonies from Uruguay and southern Chile-Isla de los Estados showed reciprocal monophyly. Thus, our
results suggest that these two breeding areas would correspond to different ESUs, as was described
previously for the most distant clumps of colonies. A more detailed study, including nuclear markers, would
help to clarify the current conservation status of the species and to develop appropriate conservation
strategies.

Keywords: Fur seals, D-loop, ESUs.

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ORIGEM E DIVERSIFICAÇÃO DE DELPHINOIDEA (MAMMALIA - CETACEA).

Costa Moraes, L.; Cunha, H. A.; Medeiros, B. V.; Schrago, Carlos G.

Departamento de Genética – Universidade Federal do Rio de Janeiro.


lucascmoraes@gmail.com

O notável registro fóssil de baleias e golfinhos fez dos cetáceos um grupo exemplar para estudos de
macroevolução e alvo de intensos estudos filogenéticos usando tanto caracteres morfológicos como
moleculares. Embora a transição desses animais de terrestres para totalmente aquáticos seja bem
documentada, as relações filogenéticas e a diversificação do grupo ainda não são compreendidas. Este
estudo visa compreender melhor as relações evolutivas entre os membros da superfamília Delphinoidea
(Delphinidae + Monodontidae + Phocoena). Para isso foram feitas análises filogenéticas e de evolução
molecular usando sequências de três genes mitocondriais completos (citocromo b, Citocromo oxidase I e
ND2) de 81 espécies do clado Cetartiodactyla (Cetacea + Artiodactyla) que apresentavam sequências
disponíveis de publicações anteriores. Adicionalmente, foram produzidas sequências para as espécies
Sotalia fluviatilis, Sotalia guianensis e Steno bredanensis. Uma pequena amostra de pele de cada um dos
animais foi utilizada para realizar a extração de DNA. O material foi então amplificado por PCR. Os produtos
de PCR foram purificados, sequenciados e as sequências posteriormente editadas. Foram realizados
alinhamentos das sequências dos três genes entre todas as espécies (N=84). Em seguida, foi realizado um
levantamento bibliográfico visando coletar todos os dados possíveis sobre o registro fóssil dos membros da
ordem Cetacea, os quais são essenciais para estabelecer parâmetros de calibração do relógio molecular
para a estimativa de tempos de divergência. Após esse processo, uma análise foi rodada utilizando os
softwares Beast1.5.4 e BEAUti, a fim de se obter uma árvore filogenética com os dados envolvidos no
estudo. Conclusão: Com os dados obtidos foi possível realizar uma análise filogenética entre os membros
do clado Cetartiodactyla bem como estimar os tempos de divergência entre todos os membros da
superfamília Delphinoidea, que foi estabelecida como ocorrendo por volta de 16 milhões de anos atrás, no
mioceno médio. Dados geológicos foram considerados para relacionar os tempos de divergência obtidos
com eventos geológicos que possam ter ocorrido concomitantemente.

Apoio financeiro: CNPq, UFRJ.

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PRIMER ESTUDIO GENÉTICO DE LA NUTRIA MARINA (Lontra felina) EN LA COSTA PERUANA

Valqui, Juan1; Solís, Jerico2; Ortiz, Natalia2


1
Zoologisches Institut, Christian-Albrechts-Universität, Olshausenstrasse 40, 24118 Kiel, Alemania.
1
Centro de Ornitología y Biodiversidad (CORBIDI) Calle Santa Rita 105 Of. 202, Lima 33, Perú.
2
Laboratorio de Fisiología Animal y Biorremediación "Luis Basto Acosta", UNALM, Lima, Perú.
jvalqui@zoologie.uni-kiel.de

La nutria marina (Lontra felina), el mamífero marino más pequeño del mundo, está categorizada como una
especie “En Peligro” por la Lista Roja de IUCN, figura en el Apéndice I de CITES, el Apéndice I de CMS y
está protegida por la ley peruana. Su rango histórico de distribución, entre los 6°S y 56°S, ha sido reducido
en las últimas décadas debido a factores antropogénicos tales como la modificación de hábitat, la
contaminación, la captura incidental y la pesca con dinamita. Por ser las estructuras poblacionales de la
nutria marina una información de relevancia para las medidas de conservación relativas a la especie, se
realizó por primera vez un estudio genético de su población en la costa peruana, para lo cual entre agosto y
septiembre del 2008 un equipo de 4 personas recorrió 1200 km del litoral entre los 6°S y 18°S.
Comprendiendo 4 áreas principales de muestreo se colectaron 87 muestras de heces en un total de 25
localidades. Las muestras fueron enviadas al Instituto de Zoología de la Universidad Christian-Albrechts en
Kiel, Alemania. Allí se realizó un análisis del ADN mitocondrial de 24 individuos, obteniéndose secuencias
de una longitud de 265 pares de bases, que mostraron una variabilidad genética relativamente alta (11
haplotipos, h=0.86 y π=0.0117). El estudio representa el primer registro de secuencias genéticas de la
especie. No se hallaron evidencias inequívocas de subestructuras genéticas, paso por cuello de botella o
aislamiento por distancia, lo cual sugeriría por un lado que una reciente interrupción en el flujo genético no
ha resultado en una diferenciación a través de la deriva genética, o confirmaría por otro lado un flujo
genético entre los grupos de las diferentes localidades. La adaptación de esta especie amenazada a un
hábitat naturalmente fragmentado podría explicar por qué, a pesar del decrecimiento de la población a
causa de los efectos negativos de las actividades humanas en la costa peruana en las últimas décadas, la
especie aún mantiene una variabilidad relativamente alta. Sin embargo, de acuerdo a las predicciones de la
continua reducción de la población de nutria marina y debido al constante incremento de las amenazas de
su población por actividades humanas, se recomienda realizar estudios que profundicen los conocimientos
sobre la estructura genética de la especie y se sugiere el establecimiento de por lo menos un área natural
protegida en el sur del país, donde se han registrado regiones con elevado número de individuos.

Palabras clave: nutria marina, genética no invasiva, ADN mitocondrial

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A NEW ABUNDANCE ESTIMATE OF HUMPBACK WHALES (Megaptera novaeangliae) WINTERING


OFF THE COAST OF BRAZIL

Zerbini, Alexandre N.1,2,3; Andriolo, Artur1,4; Danilewicz, Daniel1,5,6; Secchi, Eduardo R.7, Geyer, Ygor1;
Hassel, Lucas8
1
Instituto Aqualie, Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite, R. Edgard Werneck 428/32, Rio de
Janeiro, RJ, 22763-010, Brazil. Email: alex.zerbini@noaa.gov, ygor.geyer@gmail.com
2
National Marine Mammal Laboratory, Alaska Fisheries Science Center, Seattle, WA, USA
3
Cascadia Research Collective, Olympia, WA, USA
4
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brazil. Email: artur.andriolo@ufjf.edu.br
5
Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA, Brazil. Email: daniel.danilewicz@gmail.com
6
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil.
7
Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, RS, Brazil. Email:
edu.secchi@furg.br
8
Shell Brasil, Divisão EP, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Email: lucas.hassel@shell.com

Humpback whales (Megaptera novaeangliae) typically migrate from feeding grounds in high latitudes to
wintering/breeding areas in the tropics. The western South Atlantic population occurs off the coast of Brazil
between May and December and was substantially depleted by commercial whaling in the early 20th
Century. A recent population assessment indicated this population to be about 25-30% of its pre-exploitation
size. In August/September 2008 a ship surveys was conducted to (1) deploy satellite transmitters on
humpback whales and (2) estimate abundance of the population wintering off the coast of Brazil. The survey
was designed to collect sighting data using line transect methods and to maximize tagging in certain areas of
interest (e.g. the northeastern coast of Brazil between 5 and 16oS). The survey area (123,000km2)
comprised the continental shelf and shelf break up to the 500m isobaths between Cabo de São Roque
(~5oS) and Cabo Frio (~23oS). Survey effort consisted of 2,346km of trackline. A total of 416 humpback
whale sightings were recorded with group sizes ranging from 1 to 7 individuals (mean=1.88, CV=0.49).
Detection probability was estimated using multiple covariate distance sampling methods after right truncating
perpendicular distance data at 3.5km. The most supported detection function was a hazard rate model with a
covariate that accounted for the method whales were observed (naked eye, 7x50 binoculars) and resulted in
an estimated mean detection probability of 0.41 (CV=0.07). Total density and abundance were estimated at
0.144 whales/km2 (CV=0.26) and 17,700 individuals (95% CI = 9,400-33,300). Other detection probability
models resulted in similar abundance estimates. The Abrolhos Bank is the area of greater abundance, but
the highest densities were observed to the north of the Bank (~15oS) and off the central coast of Bahia State
(9-12oS). Differences of the current estimate with those obtained in previous studies (e.g. mark-recapture
and aerial surveys) likely resulted from different assumptions of each estimation method and also possibly
due to visibility bias in aerial surveys. This new estimate suggests that the western South Atlantic humpback
whale population is much larger than previously thought and that its current conservation status is more
optimistic than suggested by previous population dynamics models. This study was funded by the
Exploration and Production Division of Shell Brasil S.A.

Keywords: humpback whale, abundance, western South Atlantic

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ABUNDANCE AND DISTRIBUTION OF THE FRANCISCANA (PONTOPORIA BLAINVILLEI) IN THE


FRANCISCANA MANAGEMENT AREA II (SOUTHEASTERN AND SOUTHERN BRAZIL)

Danilewicz, Daniel1,2,3; Zerbini, Alexandre N.2,4; Secchi, Eduardo R.2,5; Andriolo, Artur2,6;
Azevedo, Alexandre7; Laake, Jeffrey L.4
1
Departamento de Ciências Biológicas. Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
2
Instituto Aqualie.
3
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS).
4
National Marine Mammal Laboratory, Alaska Fisheries Science Center, NOAA Fisheries.
5
Laboratório de Mamíferos e Tartarugas Marinhas. Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
6
Departamento de Zoologia. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
7
Laboratório de Mamíferos Aquáticos (MAQUA/UERJ).

The franciscana (Pontoporia blainvillei) is endemic of the eastern coast of South America and inhabits
coastal waters from Brazil (18o25’S) to Argentina (41o10’S). The species is currently regarded as the most
threatened small cetacean in South America due to high bycatch levels. Four management stocks (known as
Franciscana Management Areas or FMAs) were defined: three in Brazil (FMA I-III), one in Uruguay (FMA III)
and one in Argentina (FMA IV). FMA II corresponds to the coasts of the Brazilian states of São Paulo,
Paraná and Santa Catarina) and represents one of the least known stocks. This population faces a number
of conservation threats including bycatch in fisheries and severe habitat degradation, but the magnitude of
these threats have not yet been well understood, and one of the reasons is the of lack of information on
population size. In December 2008 and January 2009 aerial surveys were conducted to assess the
distribution and to estimate abundance of franciscanas in FMA II. A design based approach was used to
sample a costal (coastline to 30m isobath) and an offshore (30-50m isobaths) strata along the range of the
species and mark-recapture distance sampling methods were used to estimate abundance. Survey sampling
also included an area believed to correspond to a hiatus in the distribution between FMA I and FMA II. A
total of 60 groups (157 individuals) were seen in the coastal stratum. No sightings were recorded in the
offshore stratum and in the hiatus, but sampling in the former was limited. Franciscana sightings in marine
habitat were recorded in two main regions: from Laguna to Florianópolis and from Peruíbe to Ubatuba.
Franciscana habitat characteristics in FMA II are very heterogeneous, ranging from the transparent waters of
northern São Paulo to the high turbidity present in northern Santa Catarina and Paraná. Average group size
was 2.7 (SE = 0.17). Abundance corrected for perception and availability bias was estimated to range
between 8,000 and 9,000 individuals (CVs = 0.32-0.35). Possible sources of bias include underestimation of
group size from the aircraft, poor survey coverage in the offshore stratum and the use of diving parameters
collected outside of FMA II in the estimation of availability bias. Current estimates of incidental mortality in
FMA II correspond to 3.3-6.2% of the estimated population size presented here, suggesting unsustainable
bycatch. Development of improved estimates of availability bias is required to increase accuracy in estimates
of franciscana abundance.

Keywords: Pontoporia blainvillei; abundance; conservation.

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ABUNDANCIA RELATIVA DE LA BALLENA GRIS EN LAS LAGUNAS DE B.C.S. MÉXICO, EN


RESPUESTA A LA VARIABILIDAD CLIMÁTICA DE GRAN ESCALA

Najera-Caballero, Mauricio1; Salvadeo, Christian1; Lluch-Belda, Daniel1; Urban, Jorge2; Swartz, Steven3
1
Centro Interdisciplinario de Ciencias Marinas-Instituto politécnico Nacional.
2
Universidad Autónoma de Baja California Sur, Departamento de Biología Marina.
3
Cetacean Research associates

La ballena gris Eschrichtius robustus, es una de 13 ballenas barbadas y se distribuye en el Pacifico Norte,
donde realiza una migración desde sus áreas de alimentación frente a las costas de Alaska hasta sus áreas
de reproducción y crianza en lagunas costeras de la Península de Baja California, México. Se ha observado
que la variabilidad climática afecta la reproducción, distribución, abundancia y sobrevivencia de los cetáceos
y esta ballena no es la excepción, ya que toda su área de distribución se ve afectada por fenómenos
climáticos de gran escala. El objetivo del presente trabajo es aportar evidencias y describir los efectos de la
variabilidad de gran escala en las abundancias relativas de la ballena en sus tres principales áreas de
agregación en aguas mexicanas, para ello se cuenta con la información histórica de censos realizados por
diversas instituciones (1978-2009) y la variabilidad climática a diferentes escalas espacio temporales. En los
censos podemos observar una marcada variabilidad interanual en el número de ballenas que visitan las tres
lagunas de reproducción y crianza cada año, tanto en ballenas solitarias como madres con cría, con años
donde las abundancias relativas son altas y otros donde caen abruptamente. También se observa una
marcada variabilidad interanual en la temperatura superficial del mar (TSM) frente a la costa peninsular, con
diferencias latitudinales a lo largo de toda el área de agregación invernal, que están relacionadas con los
efectos de la variabilidad interanual de El Niño/ La Niña (ENSO) y la variación decadal del Pacifico Norte
(PDO). También se observan fuertes cambios ambientales en sus áreas de alimentación en el Pacífico
Norte, tanto en la parte atmosférica (Oscilación del Ártico) como en la parte oceánica (extensión de hielo).
Se discute preliminarmente la relación entre la variación observada en el número de ballenas que visitan las
tres lagunas y la variabilidad climática a escala local, regional y hemisférica.

Palabras clave: clima, ecología, cetáceos.

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BIOGEOGRAPHY OF COMMON DOLPHINS (GENUS Delphinus) IN THE SOUTHWESTERN ATLANTIC


OCEAN

Tavares, Maurício1,2; Moreno, Ignacio B.2,3; Siciliano, Salvatore4; Rodríguez, Diego5;


Santos, Marcos C. de O.6; Lailson-Brito Jr, José7; Fabián, Marta E.3
1
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos do Instituto de Biociências da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Av. Tramandaí 976, Imbé,RS, 95625-000, Brazil. E-mail:
mauricio.gemars@gmail.com
2
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil,
3
Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, RS, Brazil. E-mail: iggy.moreno@gmail.com
4
GEMM-Lagos, Departamento de Endemias, Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ, Rio de Janeiro,
RJ, Brazil. E-mail: sal@ensp.fiocruz.br
5
CONICET, Departamento de Ciencias Marinas, Universidad Nacional de Mar del Plata, Mar del Plata, BA,
Argentina. E-mail: dhrodri@gmail.com
6
Projeto Atlantis, Departamento de Zoologia, Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, SP,
Brazil. E-mail: sotalia@gmail.com
7
MAQUA, Departamento de Oceanografia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ,
Brazil. E-mail: lailson@uerj.br

The common dolphins (genus Delphinus) have one of most problematic taxonomies and complex distribution
patterns of all cetaceans. Although the taxonomy and the distribution seem to have been clarified somewhat
in the eastern North Pacific and Indo-Pacific Oceans, many questions remain in the Southwestern Atlantic
Ocean (SWA). We reviewed the biogeography of Delphinus in the SWA based on data from strandings,
incidental catches and sightings since 1922. Systematic surveys were conducted in five major areas.
Twenty-one natural history collections were examined, and 135 skulls were measured. A total of 184 records
of common dolphins were compiled. Delphinus apparently occurs in three stocks in the SWA: one located in
northern Brazil and two from southeastern Brazil (~22°S) to central Argentina (~42°S). Two distinct patterns
in habitat use were observed by depth: in southeastern Brazil, sightings were restricted to coastal waters
with water depths ranging from 18m to 70m. On the other hand, in the area that extends from southern Brazil
to Central Argentina (from 28°S to 42°S), sightings were recorded in deeper waters, ranging from 71m to
1435m, with the exception of occasional coastal sightings. The cranial analyses demonstrated that both
short-beaked common dolphins Delphinus delphis and long-beaked common dolphins Dephinus capensis
occur in the SWA. In the SWA, Delphinus seems to occur near areas of high productivity. One stock is
associated with the productive waters discharged by the Amazon River and possibly with the coastal
upwelling system off the coast of Venezuela, while the other stocks are associated with the Cabo Frio
upwelling system and the Subtropical Convergence. Our results indicate that the current taxonomy does not
adequately reflect the amount of variation within the genus in the world.

Keywords: Cetacea, Delphinidae, distribution

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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CAN MAXIMAL ENTROPY MODELISATION OF LARGE MAMMALS DISTRIBUTION HELP TO IDENTIFY


KEY AREAS FOR BIODIVERSITY CONSERVATION? A CASE STUDY WITH OTTERS IN FRENCH
GUIANA

Clément, Luc; Thoisy, Benoit de

Assocation Kwata, Cayenne, French Guiana


Benoit de Thoisy: benoit@kwata.net

One of the key elements for successful biodiversity conservation plans is the knowledge of the factors that
drive distribution and abundances of species. Field constraints and species behavior may nevertheless limit
the opportunities for extensive surveys, resulting in scarce and often geogaphically-biased data set. The first
objective of this study was to determine, on the basis of sighting records, the theoretical distribution of the
two otter species in French Guiana. Maximal entropy model implemented with Maxent© was used, allowing
to work with presence-only data and to distinguish true absence from failure of detection during data
collections. A set of > 100 records of both species was used and crossed with environmental predictors,
including vegetation, biogeography, density of hydrographic network, rain, and physical landscape
descriptors. Models reliably identified areas with higher probability of presence, associated with significant
statistical significance. Second, abundances of the two otters species were assessed from 20 sites, using
kilometric index of tracks, feces, rest places and direct sightings. Positive relationships were observed
between these inferred probabilities and abundance of target species, confirming the suitability of the model
to identify key areas. Species’ distribution models allowed to locate areas where aquatic richness is
expected to be greater, and consequently to identify areas with more important conservation issues. The
mapping of these areas, that are both rich, refuge and source areas for biodiversity, may be used as an
efficient tool for country planning and political decision for the future.

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DISTRIBUCIÓN INSULAR Y USO DE HÁBITAT DE LAS CUATRO ESPECIES DE PINNÍPEDOS DE


MÉXICO

Arias-del-Razo, Alejandro1; Heckel, Gisela1; Schramm, Yolanda2


1
Centro de Investigación Científica y Educación Superior de Ensenada. Email: alekz007@gmail.com
2
Universidad Autónoma de Baja California.

En la región occidental de la Península de Baja California, en el Océano Pacífico nororiental, se distribuyen


las cuatro especies de pinnípedos que existen en México: lobo marino de California (Zalophus
californianus), lobo fino de Guadalupe (Arctocephalus townsendi), foca elefante del norte (Mirounga
angustirostris) y foca común (Phoca vitulina richardsi). Con el objetivo de determinar la distribución de cada
especie, así como las características físicas que definen sus hábitats, se realizaron expediciones a diez
islas o complejos insulares de esta región de más de 600 km de longitud de norte a sur (Coronados, Todos
Santos, San Martín, San Jerónimo, Guadalupe, San Benito, Cedros, Natividad, San Roque y Asunción)
durante el invierno y verano de 2009, a fin de coincidir con las temporadas reproductivas de cada especie.
Desde embarcaciones menores se circunnavegó cada isla tomando fotografías geo-referenciadas de la
costa. Se realizaron conteos para cada especie a partir del montaje de dichas fotografías y se generó un
índice de abundancia relativa (número de individuos/100m de costa) que se combinó con información del
hábitat (tipo de sustrato, presencia de pozas de marea, exposición al oleaje y batimetría de aguas
adyacentes) en un sistema de información geográfica. De ahí se definieron los diferentes hábitats en las
islas y se comparó la abundancia relativa de cada especie en esos hábitats. Se encontraron los siguientes
resultados: P. vitulina muestra una preferencia por hábitats con playas de canto, protegidas del oleaje y
cuyas aguas adyacentes son de profundidad intermedia (11-100m) (Kruskal-Wallis, p<0.01). M.
angustirostris muestra preferencias (p<0.01) similares al preferir hábitats con sustratos de playa, sin
distinción por la exposición al oleaje, aunque con aguas adyacentes mayormente someras (≤10m). A.
townsendi prefiere hábitats de plataforma y acantilado rocoso, protegidos del oleaje intenso y con una
batimetría intermedia-somera (p<0.01). Finalmente, Z. californianus exhibe mayor diversidad en su
selección de hábitats (p<0.01), aunque prefiere sustratos de playas sin distinción en la exposición al oleaje.
La batimetría varía de somera a intermedia. Z. californianus y M. angustirostris se distribuyen en todas las
islas, excepto San Roque. A. townsendi se encuentra en San Benito y Guadalupe, mientras que P. vitulina
sólo está ausente de Guadalupe. Este es el primer trabajo sobre uso de hábitat que cubre toda la región y
las cuatro especies simultáneamente, con lo que se podrán analizar las interacciones interespecíficas por el
espacio, definir hábitats potenciales y áreas prioritarias para su conservación.

Palabras clave: pinnípedo, isla, hábitat.

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EFECTO DE LA HORA DEL DÍA Y DEL MES EN LA ABUNDANCIA DEL LOBO MARINO COMÚN Otaria
flavescens EN EL SANTUARIO DE LA NATURALEZA ISLOTE LOBERÍA DE COBQUECURA, CHILE

Sepúlveda, Maritza1; Carrasco, P.2; Quiñones, R.2; Pérez-Alvarez, M. J.1


1
Facultad de Ciencias, Universidad de Valparaíso, Av. Gran Bretaña 1111, Playa Ancha, Valparaíso. Chile.
E-mail: maritza.sepulveda@uv.cl.
2
Programa de Investigación Marina de Excelencia (PIMEX), Facultad de Ciencias Naturales y
Oceanográficas, Casilla 160-C, Universidad de Concepción.

En otáridos es difícil lograr conteos reales de las poblaciones, debido a que a cualquier hora del día parte de
la población se encuentra en el mar. Por ello, para estandarizar la metodología y los resultados de los
censos se requiere conocer las fluctuaciones diarias de la abundancia de los animales en las loberas. Para
el caso del lobo marino común se han descrito previamente los ritmos circadianos, pero se desconoce su
variación anual y si difieren entre las distintas clases de edad. El objetivo de este estudio fue cuantificar los
patrones diarios de permanencia de los lobos marinos en la lobera de Cobquecura y sus variaciones de
acuerdo a una escala diaria y mensual. Se realizaron un total de 134 ritmos circadianos entre los meses de
mayo de 2008 a diciembre de 2009. En cada ocasión se contabilizaron los animales presentes en tierra
cada una hora (de 8:30 a 18:30). Los animales fueron diferenciados de acuerdo a su clase de edad y sexo.
Durante la época no reproductiva la abundancia poblacional difirió significativamente durante el día. El
máximo número de animales se concentró en las horas de mayor temperatura, y se contabilizaron menos
animales en la mañana respecto de la tarde. Todas las clases de edad mostraron un patrón similar de
fluctuación diaria. Sin embargo, el ciclo diario fue mucho menos pronunciado durante la temporada
reproductiva y varió entre las distintas clases de edad de acuerdo con las demandas de lactancia,
apareamiento y alimentación. En particular, los machos permanecen en la roca todo el día para
probablemente asegurar su permanencia en el territorio. Estos resultados demuestran la importancia de
censar animales entre las 12:30 y las 15:30 horas, especialmente durante los meses no reproductivos. Se
entregan factores de corrección para mes y hora del día que pueden ser utilizados para una mejor
estimación de la abundancia poblacional de la especie en loberas reproductivas.

Palabras clave: ritmos circadianos, Otaria flavescens, censos

Financiamiento: Programa PIMEX financiado por Celulosa Arauco y Constitución S.A.

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ENVIRONMENTAL FACTORS INFLUENCE THE DISTRIBUTION AND RELATIVE ABUNDANCE OF


HUMPBACK WHALES IN WATERS OF THE ANTARCTIC PENINSULA
 
Dalla Rosa, L.1,2,3; Secchi, E. R.1,3; Garcia, C. A. E.4; Garcia, V. M. T.5; Mata, M. M.4; Kinas, P. G.6
1
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio
Grande, C.P. 474, Rio Grande, RS 96201-900, Brazil. E-mail: lucianodr2000@yahoo.com.br
2
Marine Mammal Research Unit and Department of Zoology, University of British Columbia, Room 247,
AERL Building, 2202 Main Mall, Vancouver, BC, V6T 1Z4, Canada
3
Projeto Baleias/Brazilian Antarctic Program, Museu Oceanográfico “Prof. Eliézer C. Rios”, Universidade
Federal do Rio Grande, Rio Grande, RS 96200-970, Brazil.
4
Laboratório de Estudos dos Oceanos e Clima, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio
Grande, C.P. 474, Rio Grande, RS 96201-900, Brazil
5
Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande, C.P. 474, Rio Grande, RS 96201-900,
Brazil
6
Instituto de Matemática, Estatística e Física - IMEF, Universidade Federal do Rio Grande, C.P. 474, Rio
Grande, RS, 96201-900, Brazil.

The Antarctic Peninsula region is experiencing the fastest rate of climate change on Earth. Knowing how
species will respond to environmental variability and climate change requires understanding the factors that
influence their distribution and movement patterns. We modeled encounter rates of humpback whales
(Megaptera novaeangliae) in the Bransfield and Gerlache Straits, Antarctica, in relation to environmental
variables using GIS tools, remote sensing and in situ data, and generalized additive models. Cetacean
surveys were carried out in January-February of 2001-2006, with concurrent CTD-carousel oceanographic
sampling during 2003-2005. We also investigated the interannual variation in whale relative abundance in
Gerlache Strait between 1998 and 2006 with respect to climate indices and averaged environmental
variables using the non-parametric Spearman’s rank correlation test. Humpback whales were associated
with areas of enhanced biological productivity. In Gerlache Strait, higher densities of humpback whales
occurred in areas of higher chlorophyll-a concentration in the central and northern sections of the strait,
which also corresponded to relatively higher temperatures and shallower mixed layer depths for the in situ
data. In Bransfield Strait, humpback whales appeared to prefer the near frontal zones and the deep basins,
where surface waters are influenced by the Bransfield Current. Humpback whale encounter rates were
positively correlated with the Oscillation Niño Index (ONI), whereas minke whale encounter rates were
negatively correlated with ONI. Our results show that humpback whale distribution within foraging habitat is
influenced by physical and biological variables that enhance biological productivity.

Keywords: habitat modeling, humpback whale, Southern Ocean

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ESTIMATIVA POPULACIONAL E DISTRIBUIÇÃO DE PEIXE-BOI MARINHO (Trichechus manatus)


PARA O PRIMEIRO LEVANTAMENTO AÉREO NO NORDESTE DO BRASIL

Alves, Maria Danise de Oliveira1; Borges, João Carlos Gomes2; Kinas, Paul Gerhard3;
Costa, Alexandra Fernandes4; Normande, Iran Campello5; Araújo, Maria Elisabeth de1
1
Universidade Federal de Pernambuco (danisealves@hotmail.com)
2
Fundação Mamíferos Aquáticos
3
Universidade Federal do Rio Grande
4
Instituto Ilha do Caju Ecodesenvolvimento e Pesquisa-ICEP
5
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio.

No Brasil, os últimos estudos de distribuição e estimativa populacional de peixe-boi marinho foram


realizados de Sergipe ao Amapá, entre 1990 e 1993. Os dados, obtidos por meio do conhecimento
tradicional de pescadores, indicaram a ocorrência da espécie de Alagoas ao Amapá, com áreas de
descontinuidade, e uma estimativa populacional de aproximadamente 500 animais, sendo 278 no litoral
nordestino. O objetivo desta pesquisa é determinar a atual distribuição e estimar a população de peixes-bois
na costa de Alagoas ao Piauí. A metodologia consiste em realizar censos aéreos, com amostragens por
transectos de faixa (strip transect), a partir de uma aeronave monomotor (Cessna 172 A) do tipo asa alta e
com janelas bolhas. A equipe, composta por um piloto, dois observadores e um registrador, utiliza óculos
polarizados, planilhas, GPS’s, gravador, filmadora e câmeras fotográficas. A área monitorada corresponde
ao limite externo delimitado pela ponta da asa até a faixa logo abaixo do avião. Os sobrevôos estão
padronizados em altitude de 150 metros, velocidade de 140 km/h e transectos perpendiculares à costa em
ziguezague, a 1,5 milhas náuticas e ângulo de 40°. O primeiro levantamento aéreo ocorreu entre janeiro e
abril de 2010, com mais de 4 mil quilômetros percorridos e esforço efetivo total de 27h17min. Registrou-se
36 avistagens, com 41 indivíduos, sendo o Rio Grande do Norte com o maior número de avistagens (nove),
seguidos de Pernambuco e Paraíba (sete), Ceará e Piauí (cinco) e Alagoas (três). Ao longo da costa, o sul
de Alagoas e Pernambuco, o noroeste do Rio Grande do Norte e o oeste do Ceará se destacaram como
áreas com raras avistagens ou ausência de observações. Utilizou-se uma distribuição de Poisson para
descrever abundância e incorporou-se detecção imperfeita ao modelo. Optou-se efetuar inferências com
uma abordagem bayesiana. Distribuições posteriores dos parâmetros foram geradas pelo método Monte
Carlo via Cadeias de Markov utilizando o software OpenBUGS. Todos os demais cálculos foram efetuados
com software R. As medianas das distribuições posteriores foram utilizadas como estimativas pontuais dos
parâmetros populacionais de interesse. Estimou-se a probabilidade de detecção igual a 0,246 e a
abundância de peixes‐bois em 423 animais. Estas estimativas, no entanto, estão associadas a níveis
excessivos de incerteza, conforme expressa o Intervalo de Credibilidade de 90% delimitado por 155 e 1447
animais. Com a continuidade desse projeto, que inclui aperfeiçoamentos no plano amostral e replicagem
dos censos aéreos, espera-se chegar a estimativas mais precisas.

Palavras chave: Trichechus manatus, censo aéreo, modelo bayes-hierárquico.

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ESTUDIO DE DISTRIBUCIÓN ESPACIAL Y PREFERENCIA DE HÁBITAT DE DOS ESPECIES DE


DELFINES SIMPÁTRICOS, UTILIZANDO MODELOS DE NICHO ECOLÓGICO

Svendsen, Guillermo1; Dans, Silvana2; González, Raúl1; Crespo, Enrique2; Romero, María Alejandra1;
Williams, Gabriela2; Gagliardini, Domingo Antonio2
1
IDEPA - Sede San Antonio Oeste. Güemes 1030, (8520) San Antonio Oeste. Argentina.
guillesen@yahoo.es

2
CENPAT – CONICET. Bvd. Brown 2915, (U9120ACD) Puerto Madryn. Argentina.

Se estudió la distribución espacial y la preferencia de hábitat del delfín común (Delphinus delphis) y del
delfín oscuro (Lagenorhynchus obscurus) en el Golfo San Matías (Patagonia, Argentina) y zonas
adyacentes (29800Km2). En esta área ambas especies co-ocurren durante todo el año, sin embargo se
desconocía las preferencias de hábitat para cada una. Para llevar a cabo este objetivo se utilizó el modelo
Maxent (Maximum Entropy Method), que permite modelar la distribución de los ambientes favorables para
las especies en amplias extensiones espaciales utilizando solamente datos de presencia (localizaciones
geográficas de los grupos observados) e información ambiental digitalizada. Los datos de presencia de
ambas especies corresponden a registros tomados sistemáticamente y de forma oportunista desde el año
1983 hasta el presente. La información ambiental empleada fue batimetría, pendiente del fondo, distancia a
la costa, temperatura superficial del mar y gradiente superficial de temperatura. Para cada especie se
estudió la distribución en dos temporadas del año que presentan distinta estructuración térmica del agua. En
los meses cálidos el golfo presenta un frente térmico que divide al mismo en dos masas de agua con
diferentes propiedades físico-químicas, y durante los meses fríos estas propiedades son prácticamente
homogéneas en toda el área. Para los modelos resultantes se obtuvieron índices de precisión de predicción
mayores a lo esperado por azar (AUC>0.8 en todos los casos; Receiver Operating Caracteristic Analyses) y
todas las variables, aunque en distinta medida, contribuyeron en la ganancia de precisión de cada uno de
los modelos. Ambas especies presentaron mayores áreas de distribución en la temporada fría, indicando
una posible dispersión del alimento en esta época y una mayor concentración del mismo en el sector
noroeste en la temporada cálida. Los delfines oscuros presentaron mayores áreas de distribución, y en
consecuencia mayores rengos de las variables ambientales que los delfines comunes. Por ejemplo en la
temporada cálida el área de distribución de los delfines comunes está caracterizada por un rango de
distancia a la costa de 1-4km, mientras que en el área de los delfines oscuros este rango es de 1-5km.
Durante esta temporada los delfines comunes presentan un 93% de su área solapada con el área de
distribución de los delfines oscuros, mientras que para éstos el área de solapamiento representa un 38%.
Estos resultados son coincidentes con los índices de solapamiento trófico obtenidos en un estudio paralelo,
e indicarían una mayor especialización de los delfines comunes.

Palabras clave: delfines simpátricos, modelos de nicho, preferencias de hábitat

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ESTUDIO DEL MANATÍ ANTILLANO Trichechus manatus EN LA ENSENADA DE LA SIGUANEA, ISLA


DE LA JUVENTUD, CUBA

Alvarez-Alemán, Anmari1; Angulo-Valdés, Jorge1; Powell, James A.2; Alfonso, Eddy García3
1
Centro de Investigaciones Marinas, Universidad de la Habana, Cuba. anmari@cim.uh.cu, jorge@cim.uh.cu
2
Sea to Shore Alliance, EEUU. jpowell@sea2shore.org
3
Empresa Nacional para la Protección de la Flora y la Fauna, Villa Clara, Cuba

Se estudió la frecuencia de observación del manatí antillano (Trichechus manatus) en la Ensenada de la


Siguanea, Isla de la Juventud, Cuba. Se colectó información acerca de los avistamientos de la especie,
tamaño de los grupos, conductas, composición de la dieta y amenazas potenciales. Además se realizó la
caracterización de sus hábitats principales. Se utilizaron diversas metodologías que incluyeron muestreos
en botes, a partir de recorridos y desde estaciones fijas, colecta e identificación de especies vegetales,
colecta y análisis de material fecal y entrevistas a pescadores. Se determinó que la zona de estudio
presenta un conjunto de características adecuadas para la supervivencia de la especie, como disponibilidad
de alimento, temperatura del agua apropiada, fuentes de agua dulce, potencialidad de refugios y bajo
disturbio antrópico. El área fue frecuentada por la especie en el 92 % de las salidas, entre noviembre de
2007 y enero de 2010, sin embargo los valores de abundancia no parecen ser muy elevados. Se realizaron
36 avistamientos de manatíes que totalizaron 59 animales. No se pudo obtener valores de abundancia
absoluta, no obstante, el análisis de avistamientos simultáneos permitió identificar la presencia de un
número mínimo de 10 animales diferentes en el área durante julio de 2009. Todos los avistamientos se
detectaron en el área correspondiente a las lagunas y canales, no se observaron animales en la zona
correspondiente a la costa y cayos. El valor promedio del tamaño de grupo fue 1.6 y se observaron grupos
de hasta 5 animales. Se pudo detectar la conducta solamente en el 50 % de los avistamientos, se observó
frecuentemente un comportamiento evasivo de los animales ante la presencia de la embarcación. El
componente vegetal dominante en la dieta de los animales fue la especie Halodule wrightii. No se
registraron eventos de mortalidad significativos y el área no parece estar sometida a un importante tráfico de
embarcaciones (0.06 encuentros/hora), sin embargo se determinó que la especie podría estar
potencialmente sometida a presiones de caza furtiva para el consumo y venta de la carne. A partir de los
resultados obtenidos y bajo el marco legal correspondiente existente en el país, se realizaron
recomendaciones para la conservación de la especie en el área.

Palabras clave: manatí antillano, Cuba, hábitat.

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EVALUACIÓN SOBRE EL USO DEL HÁBITAT DE LA BALLENA JOROBADA EN GOLFO DULCE


COSTA RICA: TEMPORADA DE LLUVIA 2010

Oviedo, Lenin E.1,2; Silva, Maria Gabriela2; Artavia, Amaru Marquez3; Miranda, David Herra2;
Polanco, Juan Diego Pacheco2
1
The Swire Institute of Marine Science, Division of Ecology and Biodiversity, School of Biological Sciences,
The University of Hong Kong, Cape d'Aguilar, Shek O, Hong Kong
2
Vida Silvestre Golfo Dulce, Rincon de Osa, Golfo Dulce, Costa Rica golfodulcewildlife@gmail.com
3
Escuela de Biología, Facultad de Ciencias, Universidad Nacional de Costa Rica (UNA)

Las costas de Pacifico sur de Costa Rica, específicamente las áreas marino costeras de la Península de
Osa constituyen un hábitat crítico para reproducción y cría de ballenas jorobadas (Megaptera novaeangliae).
Golfo Dulce es uno de los ambientes marinos costeros de la Península de Osa de valor clave en términos
de biodiversidad, así como uno de los subsistemas naturales con mayor riesgo potencial por presiones
antropogénicas. Esta contribución es una valoración del uso de hábitat enfocado en la evaluación etológica
y acústica de avistamientos de ballenas jorobadas del pacífico sudeste durante la temporada de lluvia de
2010. Los avistamientos se realizaron mediante recorridos sistemáticos en bote en el área de estudio
(cuenca interna, cuenca externa y zona de transición oceánica). A través de un protocolo de seguimiento
grupal se colectaron datos etológicos, simultáneos con un seguimiento aural de vocalizaciones para
determinar la emisión de sonidos sociales o canciones, para así determinar la condición del avistamiento y
de la localidad en dos contextos básicos a) zona de importancia clave para la cría b) zona de importancia
clave para la reproducción. De 30 registros de avistamientos, se realizaron 49 grabaciones constituidas en
su mayoría por canciones (>60%), mientras que los sonidos sociales (< 10%) se asociaron con grupos de
adultos en movilización, presumiblemente machos competitivos. La distribución espacial de los datos
muestra una regionalización marcada, con la mayoría de los grupos competitivos / machos cantando en la
cuenca externa, mientras que las hembras con crías muestran preferencias por zonas muy protegidas
cercanas/ o dentro de l la cuenca interna. En términos de conservación y manejo, la zonificación anterior
permite establecer las áreas prioritarias de protección, en áreas notablemente afectadas por un incremento
en el trafico marítimo relacionado con la construcción de dos marinas planificadas como megaproyectos
turísticos. El análisis estructural de la grabaciones esta en progreso.

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GEOGRAPHICAL VARIATIONS OF STABLE ISOTOPE RATIOS AS TOOLS FOR IDENTIFYING STOCKS


OF GUIANA DOLPHIN (Sotalia guianensis) FROM BRAZIL

Botta, Silvina1; Hohn, Aleta2; Macko, Stephen3; Silva, Vera Maria da4; Meirelles, Ana Carolina5;
Barbosa, Lupercio6; Di Beneditto, Ana Paula Madeira7; Ramos, Renata Maria Arruda8;
Santos, Marcos C. O.9; Cremer, Marta10; Secchi, Eduardo Resende1
1
Universidade Federal do Rio Grande-FURG, Cx.P. 474, Rio Grande, RS 96500970, Brasil.
silbotta@yahoo.com
2
National Marine Fisheries Service, NOAA, Beaufort Laboratory, Beaufort, NC 28516, USA.
3
Department of Environmental Sciences. Clark Hall. University of Virginia, Charlottesville, VA 22903 USA.
4
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, CP 478, 69011-790 Manaus, AM, Brasil.
5
Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos – AQUASIS, SESC Iparana, Praia de
Iparana s/n, CEP 61600-000, Caucaia, Ceará, Brasil.
6
Organização Consciência Ambiental—ORCA, Vila Velha, ES, 29101-300, Brasil.
7
Universidade Estadual do Norte Fluminense, CBB/LCA, Campos dos Goytacazes, RJ Brasil. 28013-602.
8
Everest Tecnologia em Serviços Ltda. Vitória, ES, 29050-912 Brasil.
9
Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista ‘‘Júlio de Mesquita Filho’’ Rio Claro, SP, Brasil.
10
Departamento de Ciências Biológicas; Universidade da Região de Joinville; Joinville - SC - Brasil.

Variations in the natural abundance stable isotopic compositions of animal tissues reflect those in the local
environment. Therefore, stable isotope ratios of C and N can be used as signatures that identify individuals
from different areas as possible ecological stocks. In this work, a dual isotope approach was used to identify
stocks of the Guiana dolphin, Sotalia guianensis, along the coast of Brazil. Teeth were obtained from
dolphins incidentally caught in fisheries or stranded on the beach from Pará (PA, n=20), Ceará (CE, n=20),
Espirito Santo (ES, n=34), northern Rio de Janeiro (RJ, n=46), southern São Paulo and Paraná (SP/PR,
n=21) and northern Santa Catarina (SC, n=15) states. Age was estimated through the number of GLGs in
teeth dentin. Acidified tooth powders were used for δ13C and δ15N analyses. Mean δ13C and δ15N were not
significantly different between males and females (t-tests, p>0.05), except for animals from PA where males
were significantly more enriched in 15N than females (t-test, p=0.02). Five groups could be recognized based
on a δ13C vs. δ15N scatter plot. The two northernmost regions, PA and CE, were homogeneously clustered,
with high values of δ13C and the lowest δ15N values (aprox. -12‰ and 11‰). ES is isolated with mean values
of -11.7‰ for δ13C and 13‰ for δ15N. RJ had the most depleted δ13C (-13.6‰) and high δ15N (15.9‰).
SP/PR had mean δ13C and δ15N of -12.8‰ and 14.9‰, respectively, with some individual data in overlap with
RJ and SC. The fifth group was formed by individuals from the southernmost area, SC, with high values of
δ13C and δ15N (-11.7‰ and 16.0‰). Results of ANOVAs confirmed that areas differed significantly with
respect to δ13C and δ15N (p<0.001).Tukey's pos-hoc tests confirmed the separation of the five groups.
Carbon isotope signatures suggest a coastal feeding habit. Variation of signatures among areas could be the
result of different contributions of sources of primary production at the base of the food web, as the transfer
of carbon isotopic composition to the animal from its diet is considered conservative. Nitrogen signatures
indicate a latitudinal gradient, with increasing values toward the south. The only exception was RJ and is not
surprising due to its special oceanographic conditions which can lead to a different food chain and
consequently, exclusive isotope labels. Geographical variations in δ13C and δ15N proved to be a reliable tool
for identifying ecological stocks of Guiana dolphins.

Keywords: stable isotopes, stock identification, Sotalia guianensis.

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

IMPORTANCIA DE LAS ÁREAS DE FORRAJEO DE HEMBRAS DE Otaria flavescens EN EL ESTUARIO


DEL RIO DE LA PLATA (ARGENTINA-URUGUAY)

Rodríguez, D.1,2; Dassis, M.1,2; Ponce de León, A.3; Bastida, R.1,2; Barreiro, C.3; Farenga, M.4; Davis, R.5
1
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, Argentina. Email: dhrodri@gmail.com
(Rodríguez)
2
Departamento de Ciencias Marinas, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad Nacional de
Mar del Plata, Argentina.
3
Departamento de Mamíferos Marinos, DINARA, Uruguay.
4
Instituto de Geologia de Costas y Del Cuaternario, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad
Nacional de Mar del Plata, Argentina.
5
Department of Marine Biology, Texas A&M University at Galveston, Estados Unidos.

La población del lobo marino de un pelo Sudamericano (Otaria flavescens) de las islas costeras del Uruguay
ha mostrado un severo y sostenido descenso durante los últimos años. Las razones de tal declinación son
desconocidas, pero posicionan al lobo marino de un pelo como el predador tope en mayor peligro de la
región. Las colonias reproductivas de esta especie se encuentran ubicadas en la zona de influencia directa
del Estuario del Río de la Plata (ERP), una zona ambientalmente muy compleja, que sostiene además una
importante y creciente actividad pesquera de manejo binacional entre Argentina y Uruguay. Aunque
O.flavescens ha sido identificada por la Estrategia Binacional de Biodiversidad para el Río de la Plata y su
Frente Marítimo como una especie "carismática-paragüa" con problemas de conservación, se tiene muy
poca información sobre el rol que cumple en dicho sistema. En este contexto se planteó un proyecto
binacional con el objeto de identificar y caracterizar aquellas áreas de forrajeo en mar abierto que son
utilizadas por hembras de lobo marino adultas, componente más vulnerable de las poblaciones en franco
descenso. Se instrumentaron un total de 22 hembras adultas en Isla de Lobos (2007=12; 2010=10) con
telémetros de posicionamiento (SPOT4=6; SPOT5=10) y de posicionamiento y buceo (STDR-S16=6). El
área de forrajeo de los ejemplares fue similar entre 2007 y 2010, cubriendo un área que supera los 30.000
km2 y que incluye la Zona Común de Pesca Argentino-Uruguaya. El cuadrante S-SE es el más
frecuentemente utilizado y la actividad principal de forrajeo se presenta en la plataforma costera,
principalmente en el sector externo del ERP; algunos ejemplares mantienen una zona de forrajeo en
sectores muy costeros. Los ejemplares realizan viajes de alimentación que pueden durar hasta 4 días,
notándose rutas recurrentes en viajes sucesivos; la profundidad de buceo coincide con la máxima
profundidad del fondo, sugiriendo un forrajeo bentónico-demersal. Un aspecto destacable es la marcada
fidelidad a la Isla de Lobos, independientemente de la condición reproductiva de las hembras. Los
resultados del presente año 2010 corroboran el hecho que las áreas de forrajeo de esta especie tienen baja
concordancia con las áreas de máxima prioridad de conservación establecidas para el ERP. Aspiramos a
que los resultados de este proyecto aporten una visión complementaria desde los predadores tope a la
visión tradicional del ERP, su funcionamiento, gestión y conservación.

Palabras clave: Otaria flavescens; estuario del Río de la Plata; conservación

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LOS PARÁMETROS HIDROGRÁFICOS COSTEROS CONDICIONAN EL USO DE ÁREA Y EL


COMPORTAMIENTO DEL LOBO MARINO DE DOS PELOS SUDAMERICANO (Arctocephalus australis)

Dassis, M.1,3,*; Farenga, M.2; Bastida, R.1,3; Rodríguez, D.1,3


1
Departamento de Ciencias Marinas, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad Nacional de
Mar del Plata, Argentina. * marieladassis@gmail.com
2
Instituto de Geología de Costas y del Cuaternario, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad
Nacional de Mar del Plata, Argentina.
3
CONICET.

En el afloramiento rocoso costero o restinga de Punta Mogotes (380 06' S, 570 30' W), Mar del Plata,
Argentina se encuentra un apostadero no reproductivo de lobos marinos de dos pelos sudamericanos,
Arctocephalus australis (Zimmerman, 1783). Este apostadero es de características estacionales, donde los
ejemplares se concentran flotando en sus adyacencias entre mayo y diciembre de cada año. Se analizó la
selección y utilización de hábitat de esta especie en la zona a través de la integración de localizaciones
geográficas de grupos de lobos marinos (GLM) con datos hidrográficos, meteorológicos y de batimetría, en
un Sistema de Información Geográfica. Cada GLM fue posicionado indirectamente a partir de la posición
geográfica del observador, su altura sobre el nivel del mar y la estimación de la distancia entre éste y cada
GLM. El índice de uso de área fue mayor en la zona central, con un descenso gradual hacia la periferia de
la restinga. El rango de distribución máxima o área de uso general (AUG) fue de 3,6 km2 (100% Minimum
Convex Polygon [MCP], n = 336), mientras que el área de uso crítica (AUC) fue de 0,2 km2. El AUC
representó el 5,5% de AUG, sugiriendo una tendencia a la concentración en la zona central. La dinámica de
uso del área fue fuertemente afectada por la batimetría, el estado del mar (escala de Beafourt) y la dirección
de la corriente superficial. Se observó una tendencia general a la concentración de grupos en aguas
someras, un patrón de dispersión-concentración acorde a estados del mar (calmo-turbulento
respectivamente) y un desplazamiento del área de uso en dirección de la corriente. El comportamiento de
los animales en relación a las condiciones hidrográficas mostró una predominancia de actividades de
descanso durante mares calmos y comportamientos más activos -asociados al forrajeo- durante mares
turbulentos. Esto último resulta clave para comprender el comportamiento de forrajeo en mar abierto
reportado para ésta y otras especies de lobos marinos de dos pelos.

Palabras clave: Arctocephalus Australis, uso de área, GIS.

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MODELOS DE HÁBITAT PARA LA BALLENA AZUL DEL PACÍFICO NORORIENTAL CON BASE EM
SEGUIMIENTO SATELITAL Y PRECEPCIÓN REMOTA

Palacios, D. M.1,2; Mate, B. R.3; Bailey, H.4; Hazen, E. L.2; Irvine, L.3; Bograd, S. J.2; Costa, D. P.5
1
Joint Institute for Marine and Atmospheric Research, University of Hawaii at Manoa, Honolulu, HI, USA
2
Environmental Research Division, NOAA/NMFS/SWFSC, Pacific Grove, CA, USA,
Daniel.Palacios@noaa.gov
3
Marine Mammal Institute, Hatfield Marine Science Center, University of Hawaii at Manoa, Newport, OR,
USA
4
Chesapeake Biological Laboratory, University of Maryland Center for Environmental Science, Solomons,
MD, USA
5
Long Marine Laboratory, University of California, Santa Cruz, Santa Cruz, CA, USA

La población de ballena azul (Balaenoptera musculus) que habita el Pacífico nororiental migra
estacionalmente entre la region central y sur de California durante el verano/otoño y la costa occidental de
Baja California, el Golfo de California y el domo térmico de Costa Rica (DCR) en invierno/primavera. Se
aplicaron modelos de estado-espacio con alternancia de comportamiento a los recorridos de 92 ballenas
marcadas con transmisores satelitales durante 1994-2007 con el fin de obtener posiciones a intervalos
regulares asi como para caracterizar el comportamiento migratorio en cuanto a “busqueda en área
restringida” (BAR, que indica actividad de forrajeo) o “tránsito” entre áreas de forrajeo. Se extrajeron
variables oceanográficas medidas por percepción remota para cada una de las posiciones y estas se usaron
para construir modelos de hábitat. Los mejores predictores de comportamiento BAR fueron temperaturas
frías a intermedias, proximidad al quiebre de la plataforma continental, y altas concentraciones de clorofila-
a. En todos los modelos, se detectó un pico secundario en BAR asociado a las aguas cálidas, oceánicas y
profundas del DCR donde la clorofila-a alcanza niveles intermedios. Estos resultados indican que el
comportamiento BAR se asocial con regiones de surgencia, tanto en cercanías de la plataforma como en
aguas oceánicas, y que la ballena azul se mueve entre ambientes que le permiten alimentarse durante todo
el año. La probabilidad del comportamiento BAR en respuesta a la variabilidad ambiental puede ser descrito
por funciones que describen un óptimo (forma de campana) o funciones no lineales de mayor complejidad.
Esta respuesta indica que la ballena azul optimiza el comportamiento BAR a lo largo de gradientes
ambientales, lo cual lo hace una medida útil de rendimiento ecológico.

Palabras clave: ballena azul, telemetría, modelos de hábitat

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MOVEMENTS OF HUMPBACK WHALES (Megaptera novaeangliae) TRACKED WITH SATELLITE


TELEMETRY ON SILVER BANK, MARINE MAMMAL SANCTUARY OF THE DOMINICAN REPUBLIC

Vasquez, Oswaldo1,2; Kennedy, Amy3; Zerbini, Alexandre N.3,4; Clapham, Phillip J.3; Geyer, Ygor4,
Calventi, Idelisa Bonnelly de⁵; Ramirez, Omar⁶
1
ATEMAR, Calle B #12, Apto. 302, Nordesa III, Santo Domingo, D.N., CP 11103, República Dominicana.
Email: atemar@gmail.com, oswvasquez@gmail.com
2
Ministerio de Ambiente y Recursos Naturales de la República Dominicana, Presidente González esq. Ave.
Tiradentes. Edif. La Cumbre, 10 mo. Piso. Ensanche Naco, Santo Domingo, D.N. República Dominicana.
Email: despacho@medioambiente.gov.do
3
National Marine Mammal Laboratory, Alaska Fisheries Science Center, 7600 Sand Point Way NE, Seattle,
WA, 98115, USA. Email: amy.kennedy@noaa.gov, alex.zerbini@noaa.gov, phillip.clapham@noaa.gov.
4
Instituto Aqualie, Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite, R. Edgard Werneck 428/32, Rio de
Janeiro, RJ, 22763-010, Brazil. Email: ygor.geyer@gmail.com

⁵ Fundación Dominicana de Estudios Marinos (FUNDEMAR). Calle Sócrates Nolasco #6, Edif. Carla Pamela
401, Santo Domingo, D. N. República Dominicana. Email: ibonnelly@gmail.com

⁶ Consejo Nacional para el Cambio Climático y Mecanismo de Desarrollo Limpio, Republica Dominicana.

North Atlantic Humpback whales (Megaptera novaeangliae) migrate from feeding grounds in high latitudes to
the Caribbean region. The highest concentration of whales is found on Silver and Navidad Banks, to the
northeast of the Dominican Republic (DR), between January and April. This area was declared a Marine
Mammal Sanctuary (MMS) by the DR in 1986 and has since been expanded to include Samana Bay (1998)
and Mouchoir Bank (2002) to encompass an area of 50,000 km². This study was designed to further assess
the habitat use and migratory routes of humpbacks and to provide justification for possible further expansion
of the MMS. In January 2008 and April 2009, two tagging trips in Silver Bank were conducted through an
international collaboration involving scientists from governmental and nongovernmental organizations. Tag
deployment was carried out during Aquatic Adventures’ expeditions. A total of 11Wildlife Computers PTT-
only SPOT5 satellite transmitters were deployed in humpback whales (9 mothers and 2 escorts) using a
tagging pole or a compressed-air tag delivery system (ARTS). Whales were monitored for an average of 21
days (range = 8-77 days) with total tracks varying from 380km to 7150km. After being tagged, some animals
remained in Silver Bank for multiple days before beginning their northerly migration. However, some
individuals moved west and visited habitats off the northwestern coast of the Dominican Republic, Haiti and
in the Turks and Caicos. Individuals monitored during their migration headed to feeding grounds in the Gulf
of Maine (USA), Newfoundland (Canada) and the eastern North Atlantic (possibly Iceland or Norway). One
individual lingered in an area near Bermuda during the migration, possibly to opportunistically feed. This
study provides the first detailed description of routes used by Silver Bank whales towards multiple feeding
destinations in the North Atlantic. Additionally, it corroborates previous research that showed that individuals
from multiple feeding grounds migrate to Silver Bank during the breeding season. It also shows that whales
from Silver Bank use an area broader than the existing boundaries of the MMS and therefore provides strong
evidence to justify the expansion of the Sanctuary. Future telemetry studies will provide information for
improving management and conservation of marine mammals (e.g. the implementation of marine ecological
corridors) in the Caribbean region. This study was supported by Ministerio de Ambiente y Recursos
Naturales de la República Dominicana, NOAA, ATEMAR, FUNDEMAR and Aquatic Adventures.

Keywords: humpback whale, Caribbean Sea, satellite telemetry

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MOVEMENTS OF WESTERN SOUTH ATLANTIC HUMPBACK WHALES AS REVEALED BY SATELLITE


TELEMETRY

Andriolo, Artur1,2; Zerbini, Alexandre N.1,3,4; Danilewicz, Daniel1,5,6; Pizzorno, José Luis1,7;
Moreira, Sérgio C.1; Geyer, Ygor1; Mamede, Natalia1,2; Castro, Franciele R. de1,2;
Cypriano-Souza, Ana Lúcia8; Hassel, Lucas9; Clapham, Phillip J.3
1
Instituto Aqualie, Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite, R. Edgard Werneck 428/32, Rio de
Janeiro, RJ, 22763-010, Brazil.
2
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brazil. Email: artur.andriolo@ufjf.edu.br
3
National Marine Mammal Laboratory, Alaska Fisheries Science Center, Seattle, WA, USA.
4
Cascadia Research Collective, Olympia, WA, USA
5
Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA, Brazil.
6
Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil.
7
Ecology Brasil, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
8
Laboratório de Biologia Genômica e Molecular, PUCRS, Porto Alegre, RS, Brazil.
9
Shell Brasil, Divisão EP, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Humpback whales (Megaptera novaeangliae) typically migrate between low-latitude wintering (breeding) and
high-latitude summering (feeding) grounds in all ocean basins. The western South Atlantic population occurs
off the coast of Brazil between May and December and migrates to sub-Antarctic and Antarctic feeding
regions at the end of the spring and beginning of the summer. During the last decade, knowledge about the
movements and habitat use of this population has been greatly improved by satellite telemetry research
conducted off the Brazilian coast. The present study summarizes results of this research for the period 2003
to 2009. Wildlife Computers SPOT3-5 location-only satellite transmitters were deployed in males and female
humpback whalesusing a carbon-fiber Villum pole as well as a modified pneumatic rifle (the Air Rocket
Transmitting System). Tagging occurred in the main habitat (depths < 500m) along the range of the species
from 10o to 20oS between August and November). In this study, only transmitters with duration greater than 5
days were considered (n=67). Mean duration of these tags was 37 days (range = 5-204 days). Telemetry
data showed that the main habitat in the wintering grounds corresponds to the continental shelf off E South
America from nearly 3oS to 23oS. Three areas were mostly used as a starting point for the southbound
migration: the southwestern portion of the Abrolhos Bank (~19-20oS), the coast of Rio de Janeiro State (~21-
23oS) and the northern coast of Bahia state (~12oS). A major migration corridor was established between the
SE coast of Brazil (19-23oS) and feeding grounds in offshore waters to the N/NE of South Georgia (55oS
36oW) and to the N and E of the South Sandwich Islands (55-59oS, 27oW) . An alternative migration route
was discovered in 2009 when one individual departed from the northern coast of Bahia and migrated
offshore towards the mid-Atlantic ridge. This whale remained at ~45oS, ~17oW, where it presented
movement patterns indicative of feeding behavior. After a month, it continued its migration towards the South
Sandwich Islands. Findings of this research suggest that further studies are needed to clarify population
structure in the wintering grounds. They also confirm there are at least two migratory routes and possibly two
feeding areas for humpback whales wintering off Brazil. It is likely that some whales may forage in temperate
waters to the north of the Antarctic Convergence. This study was funded by the Exploration and Production
Division of Shell Brasil S.A.

Keywords: breeding grounds, migratory routes, feeding grounds.

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OCCURRENCE OF DWARF MINKE WHALES (Balaenoptera acutorostrata SUBSP) AROUND THE


ANTARCTIC PENINSULA AND THEIR RELATIONSHIP WITH THE WESTERN SOUTH ATLANTIC
POPULATION

Acevedo, Jorge1; Aguayo-Lobo, Anelio2; Plana, Jorge3; Pastene, Luis A.4


1
Fundación Centro de Estudios del Cuaternario Fuego Patagonia y Antártica (CEQUA). Punta Arenas,
Chile. E-mail: jorge.acevedo@cequa.cl, carlos.olavarria@cequa.cl
2
Instituto Antártico Chileno. Punta Arenas, Chile. E-mail: aaguayo@inach.cl
3
Independent researcher. E-mail: antarcticajpm@gmail.com
4
Institute of Cetacean Research. Tokyo, Japan. E-mail: pastene@cetacean.jp

Two species of minke whale are recognized in the Southern Hemisphere, the larger Antarctic minke whale
Balaenoptera bonaerensis, and the common minke whale Balaenoptera acutorostrata, that is referred to as
the ‘dwarf’ or ‘diminutive’ minke whale. The dwarf minke whale was only believed to be found between 7°-
41ºS. In South America, most sigthings of dwarf minke whales have been doumented for Brazilian and north
of Argentina waters. Recently, some individuals also were reported for the Chilean Eastern Fueguian
channels in the latitudinal range between 55º and 56ºS however no dwarf minke whales have been reported
in Antarctic waters south of South America. Here, we examined 406 sightings of minke whales recorded
during Chilean Antarctic Scientific Expeditions and other opportunistic cetacean surveys. Of the total number
of sightings 296 and 9 were assigned to Antarctic and dwarf minke whales, respectively. A total of 101
sightings could not be assigned to species level. Dwarf minke whales were identified based on reported
external diagnostic characters. Seven animals occurred around the South Shetland Island and four in the
Gerlache Strait. In addition another two animals were identified as dwarf minke whales in the Bellinghausen
Sea in winter 1993, being these the most southern records for this species. Besides, mDNA phylogenetic
approach were consistent with the relantionship among individuals off Brazil, Chilean Patagonia and the
Antarctic Peninsula, suggesting that at least some whales from the breeding ground off Brazil, migrate to
high latitude waters for feed during the austral summer. These results should be corroborated with analysis
of a larger number of samples and genetic markers in the future and satellite tagging experiments.

Key words: Dwarf minke whales, Antarctic, Western South Atlantic.

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PATRÓN DE DISTRIBUCIÓN DEL LOBO FINO AUSTRAL EN CHILE, ¿CAUSAS NATURALES O


ANTRÓPICAS? UN TEMA QUE NECESITA DISCUSIÓN

Pavés, Héctor J.; Schlatter, Roberto P.

Laboratorio de Estudio en Biología y Conservación de Mamíferos y Aves Acuáticas. Instituto de Zoología,


Universidad Austral de Chile, Valdivia, Chile. E-mail: hpaves@gmail.com

El patrón de distribución del lobo fino austral en la costa de Chile (Pacifico Sur) se ha mantenido
relativamente constantes durante 30 años, pese a que ha sido una especie protegida tanto a nivel nacional
como internacional. Ejemplares de esta especie han sido identificados entre los 18º a 23ºS y entre 43º a
56ºS, existiendo por ello, un área de ausencia de la especie de alrededor 2300km en la costa de Chile
central. Varias hipótesis se están planteando para explicar este fenómeno, efectos deletéreos de El Niño
Oscilación del Sur, disminución de oferta alimentaría por sobrepesca, interacción con la pesquería, captura
intensiva por parte de la industria peletera y la utilización de mamíferos marinos como carnada. Entre estas,
el efecto deletéreo de la actividad peletera del siglo XVIII sobre las poblaciones de lobos marinos es la
hipótesis mas aceptada en el intento por comprender los factores asociados a la distribución fragmentada
de este mamífero marino en la costa de Chile. El presente trabajo tiene por objeto, mediante el análisis e
integración de trabajos moleculares, morfológicos, demográficos, arqueológicos y conductuales evaluar si la
actividad peletera sería la responsable de la ausencia de Arctocephalus australis gracilis en gran parte de
Chile. Se discuten estos datos y se analiza sus implicancias para entender el fenómeno.

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PREFERÊNCIAS INDIVIDUAIS NA FORMAÇÃO DE GRUPO E NO USO ESPACIAL DA BAÍA DE


GUANABARA PELO BOTO-CINZA (Sotalia guianensis)

Azevedo, A. F.1; Lailson-Brito, J. Jr.1; Dorneles P. R.1; Van Sluys, M.2


1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores "Profa. Izabel Gurgel" (MAQUA), Faculdade de
Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, e-mail: alexandre.maqua@gmail.com
2
Departamento de Ecologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ

Estudos de foto-identificação do boto-cinza (Sotalia guianensis) conduzidos na Baía de Guanabara, desde


1995, têm apontado para diferença no uso espacial da área pelos indivíduos, com formação de duas
agregações distintas. Para investigar diferenças no uso espacial e formação de duas agregações distintas
foram realizadas em 29 saídas de foto-identificação (entre agosto 2001 e maio de 2005) e outras 39 de
saídas de atividade diurna com acompanhamento de grupo-focal (entre outubro de 2002 e setembro de
2004). As posições individuais foram tomadas com o auxílio de um GPS. Para estimar o grau de associação
entre os indivíduos foto-identificados, dois índices de associação foram aplicados: a) half-weight index (HWI
= Nab/ [Nab + 1/2(Na + Nb)]); b) simple ratio index (Nab/Nab +Na + Nb). Para reduzir erros provenientes da foto-
identificação, somente 39 indivíduos que ao longo do período de estudo foram fotografados por seis ou mais
vezes foram incluídos nos cálculos de associação. O movimento individual (km) foi calculado com base na
distância entre as duas posições mais extremas em cada dia. Os tamanhos de área de vida e área principal
(core area) foram estimados, pelo método de Kernel com 50% e 95% dos dados. As áreas de vida foram
calculadas com o programa CALHOME. Foram observados movimentos individuais diurnos que variaram de
1,5 a 17,8 km. O método Kernel (95%) estimou área de vidas variando de 21,7 a 125,3 Km2. As associações
formaram 708 pares de indivíduos e os índices variaram de zero a um. O índice de peso médio (HWI) teve
média de 0,42 ± 0,31 e para o índice da razão simples a média foi de 0,32 ± 0,28. As associações
individuais com valor zero corresponderam a 19,6%, indicando que 69,2% (N = 27) dos indivíduos não
flutuaram entre as agregações. Sete botos-cinza (20,5%) estiverem apenas em uma das agregações em
75% das saídas, enquanto que somente quatro indivíduos (10,3%) flutuaram frequentemente entre as duas
agregações. As duas agregações diferiram em características como número de indivíduos na agregação,
tamanho de grupo, percentual de filhotes, profundidades utilizadas, movimento e tamanho das áreas de vida
individuais (p<0,01). A área onde as agregações foram encontradas e a repetição de indivíduos em uma das
agregações, somados às associações individuais, indicaram preferências individuais na formação de grupo
e no uso espacial da área de estudo.

Palavras chave: Delphinidae, comportamento, área de vida

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TEMPORAL AND SPATIAL VARIATION IN ABUNDANCE OF BOTTLENOSE DOLPHINS, Tursiops sp.,


IN SOUTHERN BRAZIL

Fruet, Pedro F.1,2,3; Di Tullio, Juliana C.1,2; Genoves, Rodrigo C.1,2,3; Secchi, Eduardo R.1,2
1
Museu Oceanográfico “Prof. Eliézer C. Rios”, Universidade Federal do Rio Grande-FURG. Cx. Postal 379,
Rio Grande, RS, Brazil. pfruet@yahoo.com.br
2
Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos/Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio
Grande-FURG. 96500-970 Cx.p 474, Rio Grande, RS, Brazil.
3
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica,FURG, Cx.P 474, Rio Grande-RS, Brazil, 96200-
970.

Since the detection of high annual bycatch mortality of bottlenose dolphins in adjacent oceanic coastal
beaches of Patos Lagoon estuary (PLE), southern Brazil, a great effort has been dedicated to investigate if
the resident community inhabiting this estuary is declining. Until recently, it was believed that approximately
87 dolphins inhabit the estuarine and adjacent coastal areas. However, during habitat use surveys
conducted in areas surrounding outside the estuary some marked dolphins that have never been
photographed in the inner estuary were recorded, raising concerns about the actual population size. In this
work we conducted the first abundance estimation of bottlenose dolphins in coastal waters adjacent to the
PLE and investigate if there is seasonal (warm versus cold period only for coastal zone) and spatial
(estuarine versus coast) differences in abundance. Twenty-four photo-identification boat surveys were
conducted in the study area between December 2008 and October 2009 (10 in warm and 14 in cold period).
We selected groups sampled in oceanic coast (n=138) and estuarine waters (n=135) separately to estimate
abundance for each environment. Applying the photo-identification data to Mth model for closed population
and taking into account the proportion of marked individuals (θ), the total population size and 95% log-
normal confidence intervals (CI) were estimated at 159 individuals (73-342) for cold period and 112 (65-192)
for warm period in coastal zone, and 87 individuals (81-93) for estuarine waters. Our results suggests that
the number of dolphins in our study area vary in space and time, with a small, resident, demographically
closed community inhabiting the estuarine waters, and a larger community (a mix of “estuarine” and “coastal”
dolphins) using the coastal zone, which receives an influx of dolphins during the cold months. Due to the
well-marked seasonality off dolphin fishing related mortality during the warm period in areas very close to the
estuary, we recommend that future studies should use 112 animals as the initial population size to
investigate the effects of bycatch on the viability of bottlenose dolphins in this area. Even though this number
is higher than previously described, the bycatch still high in relation to population size, reinforcing the urgent
need of conservation actions aiming to protect this community of bottlenose dolphins from human activities.

Keywords: cetacean; photo-identification; Patos Lagoon estuary.

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2009 HUMPBACK WHALE SURVEYS IN THE CAIRNS/COOKTOWN MANAGEMENT AREA OF THE


GREAT BARRIER REEF MARINE PARK

Kaufman, G. D.; Macie, A.; Hutsel, A.; Jule, K.

Pacific Whale Foundation, 300 Ma’alaea Rd., Suite 211, Wailuku, Maui, HI, USA 96793
Contact email: greg@pacificwhale.org

This study is the first on-water survey and photo-identification effort of humpback whales in the Great Barrier
Reef Marine Park Cairns/Cooktown Management Area. A total of 138.9 survey hours were logged on the
ocean near Port Douglas/Cairns area covering 2540.96 km during 21 days in the field, 21 July – 16 August
2009. A total of 28 humpback whale groups were observed, comprised of 55 animals (33 adults, 12 sub-
adults, 10 calves) with an average of 2.6 (total) animals and 1.3 pods observed per day. Twenty-four whales
were individually identified, with an additional seven fluke ID images contributed by a Cairns whalewatch
operator. Seven whales were resighted (22.6%) to Pacific Whale Foundations’ ‘Breeding Stock E/Area V
Humpback Whale Catalogue’. Thirty percent of the groups observed during surveys contained newborn
calves indicating this region may be an important nursery area for Breeding Stock E1 humpback whales. The
early season, high percentage presence of mothers with newborn calves, and sub-adult whales suggests
that migration patterns of east Australian humpbacks may not be as straightforward as previously reported.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

ABUNDANCE AND DENSITY OF THE BOTO Inia geoffrensis IN THE ARAGUAIA RIVER (CENTRAL
BRAZIL)

Araújo, Claryana Costa; Silva, Vera Maria Ferreira da

Laboratório de Mamíferos Aquáticos, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, Amazonas,


Brasil. araujoclaryana@gmail.com

It is known that obtaining information on abundance and density is of great importance for the understanding
of the population dynamics of a species. Furthermore, these data are also important to evaluate the
conservation status of the species and to minimize human impacts on populations, thus increasing the
effectiveness of conservation measures.  The use of the distance sampling methodology to estimate density
and abundance has been successful for a variety of taxa. Although this method provides more restrictions
when applied to riverine environment due to its complexity, it is undoubtedly an efficient way to obtain
population data for river dolphins, as the boto Inia geoffrensis. This dolphin occurs in the Amazon basin
(Brazil, Colombia, Peru, Ecuador, Bolivia), as well as in the Orinoco and Araguaia-Tocantins (Brazil) basins.
However, little information exists for the population of botos occurring to the south of Brazil, particularly in the
Araguaia-Tocantins basin. The lack of data on population parameters of the species in this area contributed
to the reclassification of the species as "Data Deficient" in 2008 by the IUCN. Therefore, this study is a
pioneer in evaluating abundance and density of I. geoffrensis in the Araguaia River, applying the distance
sampling methodology. The study was carried out along a 530 km section of the middle course of the
Araguaia River. The surveys were conducted in May and September 2009 (periods of receding and low
water level), where strip and line transects were employed. Almost all observations were of single animals
(88.3% - May and 74.3% - September). The boto density from DISTANCE was 0.86 botos/km2 and the
abundance was 115; from the strip transect the mean density was 0.98 botos/km2. For linear transects, the
density found in this study (0.8 botos/km2) was similar to other studies carried out in the Amazon (e.g. 0.57
botos/km2 in upper Solimoes River). However, for strip transects the mean density of 0.98 botos/km2 in this
study, was lower than in other areas of distribution of the species. In the central Amazon, the mean density
was 3.7 botos/km2. Our results suggest that the abundance of botos in the Araguaia River corresponding to
one quarter of the total abundance of the entire river. However, it is known that dolphins are not uniformly
distributed along the river and the extrapolation of estimates obtained in this study for the entire length of the
Araguaia River should be made with caution.

Keywords: Distance sampling, river dolphin, abundance

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ABUNDANCIA DEL LOBO MARINO DE CALIFORNIA, Zalophus californianus, EN LAS ISLAS DEL
PACÍFICO MEXICANO: VERANO DE 2009

Milanés-Salinas, María de los Ángeles; Schramm, Yolanda

Universidad Autónoma de Baja California, Facultad de Ciencias Marinas, Ensenada, México


amisa@uabc.edu.mx; yschramm@uabc.edu.mx

El lobo marino de California (LMC), Zalophus californianus, se distribuye desde Vancouver en Canadá,
hasta las Islas Marías en México incluyendo el Golfo de California. Durante el periodo reproductivo su
distribución se acota a las islas del Canal, en California, Estados Unidos e islas circundantes a la Península
de Baja California en el Pacífico mexicano. El LMC es sensible a los cambios en la temperatura del mar y
por lo tanto, a eventos como El Niño. Los sitios de distribución en México donde el LMC es afectado con
mayor intensidad por El Niño son las islas del Pacífico, lo que provoca un movimiento de los individuos
hacia el norte. Por lo tanto, es importante incrementar la línea base de conocimiento que permita comparar
los datos poblacionales a lo largo del tiempo. El objetivo es determinar la abundancia por categoría de sexo
y edad en islas del Pacífico mexicano y su distribución insular. Se realizaron expediciones durante el verano
de 2009 a diez islas o complejos insulares al noroeste de México. Desde embarcaciones menores se
circunnavegó cada isla y se registraron conteos duplicados e independientes. Resultados preliminares de
los conteos mínimos son 1509 individuos en Coronados, 192 en Todos Santos, 229 en San Martín, 1245 en
San Jerónimo, 69 en Guadalupe, 4901 en Benito, 6907 en Cedros, 1982 en Natividad, y 4355 en Asunción.
Todas las loberas visitadas se consideran reproductivas excepto San Roque. Se presenta la distribución
espacial por categoría de sexo y edad, para cada isla, por medio de un Sistema de Información Geográfica
(SIG).

Palabras clave: Zalophus californianus, Abundancia, Distribución

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ANÁLISE COMPARATIVA DA DIETA DA LONTRA NEOTROPICAL NA ILHA DE SANTA CATARINA,


BRASIL

Carvalho-Junior, O.; Aragão, G. M. O.; Macedo-Soares, L. C. P.; Birolo, A. B.; Ferreira, N. C.

Instituto Ekko Brasil. E-mail: georgia.aragao@gmail.com

Este trabalho representa uma análise comparativa da dieta da lontra neotropical para diferentes áreas,
localizada na Ilha de Santa Catarina, Sul do Brasil. As áreas de estudo são os principais ecossistemas
encontrados na Ilha, todas reservas naturais. A composição da dieta da lontra foi determinada a partir de
8841 amostras de excrementos coletadas e analisadas de 2003 a 2009 para a Lagoa do Peri e Praia de
Naufragados, e de 2004 a 2009 para a Lagoa da Conceição e Praia da Lagoinha do Leste. As áreas de
estudo foram monitoradas com canoas e caiaques e o material coletado foi colocado individualmente em
pequenos sacos de plástico e posteriormente guardados em um freezer. No laboratório, cada amostra foi
lavada em peneira e os conteúdos analisados num microscópio estereoscópico foram descritos como
peixes, moluscos, crustáceos, aves e mamíferos. Para todas as áreas de estudo, os peixes e crustáceos
são os principais itens alimentares, seguido de moluscos, aves e mamíferos. Não é observada variabilidade
interanual ou mensal para os itens que compõem a dieta da lontra. Com base nos dados, podemos afirmar
que a espécie é altamente especializada quando a dieta. No presente estudo, algumas questões podem ser
formuladas. Existe uma relação entre espécies de peixes predados por Lontra e abundância de peixes? A
abundância de peixes pode ser um fator limitante na presença da lontra em um eterminado ambiente? Se a
lontra é altamente especializada, como demonstram os números, podemos esperar que problemas com a
espécie caso esta nao seja capaz de mudar os hábitos alimentares, especialmente se um substituto da
presa que apresenta as mesmas características não esteja disponível? Uma situação esperada seria a
diminuição de indivíduos ou mesmo a extinção local de lontras. O problema seria enorme, se isso
acontecesse em um ecossistema chave, podendo afetar toda a população de uma região como a Ilha de
Santa Catarina. A solução nesse caso seria a re-introdução das lontras, após a restauração da qualidade do
ecossistema.

Palavras chave: Lontra longicaudis, dieta, distribuição

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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ANÁLISE DO GRAU DE ASSOCIAÇÃO E RESIDÊNCIA DOS BOTOS, Tursiops truncatus (MONTAGU,


1821), NO ESTUÁRIO DO RIO TRAMANDAÍ, RS, BRASIL, A PARTIR DO ESTUDO DE
FOTOIDENTIFICAÇÃO

Giacomo, A. B.1,2; Moreno, I. B.1,3; Ott, P. H.1,4


1
Grupo de Estudos Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS). Porto Alegre, RS, Brasil. *
Email: amandagiacomo@gmail.com
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Curso de Ciências Biológicas: ênfase Biologia
Marinha e Costeira. Imbé, RS, Brasil.
3
Laboratório de Sistemática e Ecologia de Aves e Mamíferos (Departamento de Zoologia/IB/UFRGS). Porto
Alegre, RS, Brasil.
4
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Laboratório de Biologia e Conservação de Aves e
Mamíferos Aquáticos. Cidreira, RS, Brasil.

No Brasil, populações residentes do boto (Tursiops truncatus) são conhecidas tanto em áreas costeiras
como oceânicas. Na Região Sul, estas populações estão usualmente associadas à desembocadura de rios
e lagunas. Neste trabalho são apresentados os resultados do monitoramento da população de T. truncatus
na barra do rio Tramandaí (29°58’S; 50°07’W), Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado a partir da
fotoidentificação dos indivíduos, com a utilização de uma máquina digital Sony, modelo DSC-H9, com zoom
óptico de quinze vezes. As fotos foram obtidas, entre 15/jan/2009 e 28/fev/2010, a partir das margens do
estuário. Para a análise do grau de residência dos indivíduos, foi considerado o número de dias de
avistagem de um indivíduo “x” / número de dias de observação. O grau de associação entre os indivíduos
foi definido para cada par de botos pela seguinte fórmula: 2N/(n1+n2), onde 2N é o somatório das vezes
que os botos “x” e “y” foram avistados juntos; n1 é o número de dias de avistagens do boto “x”; e n2 é o
número de dias de avistagens do boto “y”. Durante os 128 dias de observação na barra do rio Tramandaí,
totalizando 335 horas de esforço, foram fotoidentificados nove indivíduos, sendo três deles filhotes. Os
botos estiveram presentes em 51 (39,84%) dos 128 dias de observação. O número de botos observados
dentro do estuário, em um mesmo dia, variou de um a sete indivíduos (média=2,8 botos; DP=1,35; n=51).
Os animais foram observados ao longo de todas as estações do ano, com uma maior frequência nos meses
de outono (79,3% dos dias) e inverno (60,7%), seguidos pelos meses de primavera (44,8%) e verão
(2,38%). O grau de residência dos indivíduos variou de 0,02 a 0,26. Contudo, a maioria dos indivíduos
(55,5%) apresentou um elevado grau de residência (>0,15), podendo ser classificados como residentes. O
alto grau de residência dos indivíduos foi também evidenciado pelo registro de três animais previamente
fotoidentificados em outros estudos ao longo de mais de 18 anos na região. O grau de associação entre os
indivíduos adultos variou de 0 a 0,45 (média=0,24; DP=0,16; n=15), sendo os maiores índices encontrados
para os pares de fêmeas com filhotes (0,75 a 1,00). Os dados obtidos neste estudo, em conjunto com dados
prévios da literatura, reforçam a singularidade desta população e apontam para a necessidade de medidas
efetivas que garantam a sua sobrevivência a longo prazo.

Palavras chave: Tursiops truncatus, Fotoidentificação, Rio Grande do Sul.

Financimento: CNPq (Processo No. 572180/2008-0).

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ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA RAZÃO SEXUAL DA BALEIA-JUBARTE, Megaptera novaeangliae,


NA REGIÃO DA PENÍNSULA ANTÁRTICA

Lazaneo, C. Z.; Dalla Rosa, L.; Secchi, E. R.

Universidade Federal do Rio Grande, Laboratório de Mamíferos Marinhos – Instituto de Oceanografia. Av.
Itália, Km 8, Campus Carreiros. Rio Grande, RS – Brasil. CEP 96201-900, Caixa-Postal: 474;
cauelazaneo@furg.br

O objetivo deste trabalho foi verificar se a proporção sexual da baleia-jubarte na Península Antártica
coincidia com o esperado de um macho pra cada fêmea, tanto em escala temporal como espacial, para
cinco verões seguidos. A região do estudo é uma importante área de alimentação da baleia-jubarte, na qual
registram-se altas taxas de encontro durante o verão austral. Foram coletadas 217 amostras de pele e
gordura durante os verões das Operações Antárticas XVII a XXI (1999-2003). As baleias foram foto-
identificadas sempre que possível para minimizar as chances de duplicar a amostragem de um mesmo
indivíduo. A partir do DNA das amostras de pele, determinou-se o sexo dos indivíduos através da
amplificação de regiões homólogas Zfx e Zfy, usando Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), e calculou-
se a proporção sexual entre os indivíduos amostrados. Sob a hipótese de que áreas mais produtivas eram
priorizadas por fêmeas, utilizou-se o teste do qui-quadrado ou teste G para verificar se a razão sexual diferiu
do equilíbrio (1:1). O cálculo da proporção sexual foi realizado para quatro situações de coleta.
Primeiramente, considerou-se toda região, i.e. Estreitos de Gerlache e Bransfield e parte do Mar de
Weddell, para verificar se esta é uma região onde há predominância de um dos gêneros. Encontrou-se uma
diferença significativa (p<0.05), com predominância de fêmeas. Posteriormente, analisou-se a escala
temporal de migração dos indivíduos, ou seja, as amostras foram separadas em relação aos meses de
coleta. No mês de janeiro obteve-se o maior número de amostras (n=125) e observou-se um maior número
de fêmeas, porém a diferença não foi significativa (p=0.06). Realizou-se então uma análise espacial, onde a
região foi dividida em duas sub-áreas: (1) Estreito de Gerlache e (2) Estreito de Bransfield e parte do Mar de
Weddell. As duas sub-áreas apresentaram predominância de fêmeas, embora não significativas (p(sub-área
1)=0.055, p(sub-área 2)=0.085). Por último analisou-se simultaneamente temporal e espacialmente, i.e.,
considerou-se o número de indivíduos por mês em cada região. O número de fêmeas foi maior do que
machos em todos os meses na sub-área 1, e em janeiro e fevereiro na sub-área 2, mas novamente a
diferença não foi significativa. Esses resultados sugerem que a Península Antártica e, em especial o
Estreito de Gerlache, possa ser priorizada pelas fêmeas, possivelmente por ser uma área produtiva e mais
abrigada.

Palavras chave: cetáceos, proporção sexual, Oceano Austral.

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AVISTAGENS OCEÂNICAS DE CETÁCEOS ENTRE NATAL E A RESERVA BIOLÓGICA DO ATOL DAS


ROCAS /RN

Silva, Maurizélia de Brito; Godoy, Thaís de

Reserva Biológica do Atol das Rocas/ICMBio. zeliaatol@yahoo.com.br

A coleta de dados sobre os cetáceos é oriunda principalmente dos registros de encalhes de animais vivos
ou mortos e através de avistagens a bordo de embarcações. Utilizar somente registros de encalhes para
determinar informações sobre distribuição geográfica pode não ser oportuno para algumas espécies, já que
muitas vezes animais mortos são transportados por correntes marinhas. A observação direta de cetáceos
em ambiente natural é um importante instrumento para estabelecer as espécies ocorrentes e suas
distribuições geográficas. Visando intensificar o conhecimento sobre os mamíferos aquáticos em águas
jurisdicionais brasileiras, o ICMBIO iniciou monitoramento em cruzeiros oceânicos entre Natal-RN e a
Reserva Biológica do Atol das Rocas, situada a 144 milhas náuticas da costa. O presente estudo fornecerá
dados sobre a identificação, distribuição e tamanho de grupos, além de registros fotográficos. O
monitoramento ocorreu associado aos cruzeiros de troca de equipes da Estação Científica do Atol das
Rocas, dentro do Programa de Estudos e Pesquisas em Preservação Ambiental nas Áreas Marítima e
Terrestre da Bacia Potiguar. Os cruzeiros tiveram duração de três dias/expedição e foram realizados
durante 11 trocas de equipes, totalizando 33 dias de esforço de avistagem no período de abril de 2009 a
maio de 2010, entre 05h00 e 18h30. As informações foram coletadas a bordo da embarcação “BORANDÁ”,
um catamarã de 43 pés. Os registros contendo as coordenadas, horário, data, espécie e tamanho do grupo
foram colocados em fichas de campo, sendo posteriormente inseridos em planilha Excel e produzidos os
gráficos para análise desses dados. As informações foram plotadas em sistema de informações
geográficas, Google Earth, para visualização das avistagens conforme localização espacial. O trabalho de
monitoramento contabilizou 37 grupos de cetáceos avistados, onde apenas 34 grupos permitiram à
descrição morfológica dos animais através de observações na superfície e dos registros fotográficos. Sete
(07) grupos pertenciam à espécie Stenella longirostris, 06 grupos pertenciam à espécie Megaptera
novaeangliae, 06 grupos de Peponocephala electra, 01 grupo de Tursiops truncatus, 01 grupo de Physeter
macrocephalus e 13 grupos de Stenella sp. A imagem gerada pelo sistema mostra que as avistagens
ocorreram durante todo o percurso da viagem e podemos destacar a presença de Megaptera novaeangliae,
Tursiops truncatus e Stenella sp na área da Reserva. O esforço de amostragem será intensificado através
de cruzeiros específicos visando o registro, a identificação de espécies, a coleta de dados comportamentais
e captação de imagens, contribuindo para o incremento nas informações sobre cetáceos em áreas
oceânicas.

Palavras chave: Cetáceos, Avistagens, Conservação.

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CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE WHALE WATCHING – E DESCRIÇÃO DA OCORRÊNCIA DAS


ESPECIES NA ILHA TERCEIRA – ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES – PORTUGAL

Friedrich, Raquel C. S.1; Barreto, André S.1; Barreiros, João Pedro2


1
CTTMar, Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Rua Uruguai 458, Itajaí ,
Santa Catarina, Brasil, 88302-202. e-mail: raquelfriedrich@gmail.com; abarreto@univali.br
2
Dpt. Ciências Agrárias, Universidade dos Açores - Angra do Heroísmo, Açores,
Portugal, 9701-851. joaopedro@uac.pt

O presente estudo tem como objetivo identificar as espécies de cetáceos que ocorrem nos arredores da Ilha
Terceira – Arquipélago dos Açores, bem como analisar a sazonalidade das espécies, caracterizar o
tamanho médio dos grupos e as condições climáticas mais propicias para a observação desses animais,
através de dados coletados por empresas de observação de cetáceos. Pôde ser observado que no ano de
2007, Delphinus delphis (84) foi a espécie mais observada, seguida por Tursiops truncatus (42), o cachalote
(40) também foi avistado com certa freqüência. Ocorreram 14 observações registradas de misticetos sendo
que as espécies avistadas compreenderam Balaenoptera physalus (8) e Balaenoptera acutorostrata. Foi
observado também o golfinho Stenella frontallis (34), porem em menor freqüência e somente nos meses de
Junho a Setembro, entretanto foi a espécie que apresentou os maiores grupos. Os meses de Julho e
Agosto, os quais apresentam a menor intensidade de vento, predomínio de ventos do quadrante norte e
temperaturas médias mais elevadas (20 á 23 C), foram os que apresentaram a maior ocorrência de
cetáceos.

Palavras chave: cetáceos, whale watching, Açores.

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CARACTERIZAÇÃO DO HABITAT DE FÊMEAS E FILHOTES DE BALEIAS-JUBARTE NA ÁREA


REPRODUTIVA DA COSTA BRASILEIRA ATRAVÉS DA TELEMETRIA SATELITAL

Mamede, N.1,2; Zerbini, A. N.1,3,4; Martins, C. C. A.5; Pizzorno, J. L.1; Danilewicz, D.1,6; Geyer, Y.1;
Moreira, S.1; Castro, F. de1,2; Andriolo, A.1,7
1
Instituto Aqualie, Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite, R. Edgard Werneck 428/32, Rio de
Janeiro, RJ, 22763-010, Brasil. Email: alex.zerbini@noaa.gov, jose.luis@ecologybrasil.com.br,
ygor.geyer@gmail.com, sergio.moreira@aqualie.org.br.
2
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, Comportamento e Biologia Animal, Universidade
Federal de Juiz de fora (UFJF). Minas Gerais, Brasil. Email: natalia.mamede@aqualie@org.br,
francielercastro@gmail.com.
3
Cascadia Research Collective, Olympia, WA, USA
4
National Marine Mammal Laboratory, Alaska Fisheries Science Center, Seattle, WA, USA.
5
Laboratoire sur les systèmes complexes/Complex systems laboratory, Département de Géographie,
Université de Montréal, Montréal (QC), Canada. Email: albuquerquecris@gmail.com
6
Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA, Brasil. Email: daniel.danilewicz@gmail.com
7
Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de fora (UFJF).
Minas Gerais, Brasil. Email: artur.andriolo@ufjf.edu.br

Entender a relação entre populações e seus habitats é necessário para a conservação efetiva de
populações selvagens. A primeira etapa para isto é determinar quais habitats são usados com maior
frequência, caracterizar o ambiente que os definem, a fim de garantir áreas protegidas para a conservação
da espécie. As baleias-jubarte não estão distribuídas igualmente por todas as águas costeiras sendo o
Banco dos Abrolhos uma área de elevado número de registros de pares mãe e filhote, região esta que
forneceria todas as supostas condições ecológicas necessárias para uma área de reprodução e cria de na
costa brasileira: águas rasas e quentes, protegidas pelos recifes de coral. Buscamos caracterizar a área
reprodutiva da espécie ao longo da costa brasileira com base em 2 fatores: distância a costa e batimetria
(IBGE). Foram marcados com transmissores satelitais 35 fêmeas de baleias-jubarte acompanhadas por
filhotes, durante os anos de 2003, 2005, 2007 e 2008 totalizando 2750 posições captadas e disponibilizadas
pelo sistema de receptores ARGOS. Os animais marcados utilizaram áreas dentro da plataforma continental
entre as latitudes 4°-23°Sul. A distância a costa foi em média 53,35Km. Os animais mais próximos estavam
a 0,26km e a uma distância máxima de 217,95Km. A distância a costa foi categorizada em 3 classes e a
frequência foi: entre 0-50Km – 1549 posições (56,33%), 50-100Km - 807 posições (29,35%), 100-250Km –
394 (14,32%). A frequência de posições dentre as categorias de profundidade disponibilizadas pelo IBGE
foi: 0 a 60m - 2251 posições (81,85%); 60 a 100m - 270 posições (9,81%); 100 a 200m - 81posições
(2,95%); 200 a 500m - 89 posições (3,24%) e maiores que 500m - 59 posições (2,15%). As fêmeas usaram
em sua maioria águas rasas e em sua maioria próximas a linha de costa. Estes resultados são preliminares
e fazem parte de um conjunto maior de análises sobre a caracterização dos padrões de uso do habitat por
grupos de fêmea acompanhadas por filhote na área reprodutiva ao longo da costa brasileira. Definir o
nicho de reprodução e cuidado parental é importante para efetivar planejamentos de Áreas Marinhas
Protegidas (AMPs) destinadas a englobar habitats críticos para baleias-jubarte. Apoio financeiro: Shell
Brasil.

Palavras chave: Baleias-jubarte; distância a costa; batimetria

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CARACTERIZAÇÃO DOS HABITATS UTILIZADOS POR ARIRANHAS (Pteronura brasiliensis) NO


LAGO DA UHE BALBINA, AMAZONAS, BRASIL

Bozzetti, B. F.¹; Rosas, F. C. W.¹; Cabral, M. M. M.¹; de Mattos, G. E.1; Silva, R. E.1

¹Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Laboratório de Mamíferos Aquáticos.


bruno.bozzetti@inpa.gov.br

A ariranha é um animal social que vive em grupos familiares podendo chegar até 16 indivíduos. Utiliza tocas
cavadas nos barrancos dos corpos d’água para dormir a noite e cuidar dos filhotes recém nascidos. As
tocas são geralmente associadas a paragens e latrinas comunitárias, onde todos os animais do grupo
urinam e defecam repetidas vezes, delimitando assim seu território. Entre dezembro/2007 e maio/2010
foram realizadas 11 excursões ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Balbina para caracterizar e
descrever os ambientes utilizados pelas ariranhas. Foram analisadas 257 tocas, incluindo latrinas
comunitárias e paragens. A ocorrência das ariranhas foi identificada pela observação direta dos animais e
por vestígios deixados pela espécie. Para caracterização dos ambientes, foram utilizadas somente aquelas
tocas que foram classificadas como em uso por 40% ou mais das vezes que foram visitadas, resultando
num total de 120 tocas com estas características. Foram registradas as alturas das bocas das tocas à
lâmina d’água, ângulos de inclinação dos barrancos e amostras dos solos em frente às tocas, e ângulos de
azimute das entradas das tocas. As alturas das tocas à linha d’água variaram de 0 a 31,8m, com 50% das
tocas analisadas (n=60), localizadas entre 0 e 2m de altura, os ângulos de inclinação dos barrancos
variaram de 2º a 78º, sendo que 83% das tocas apresentaram ângulos entre 2º e 45º, os azimutes variaram
de 4º a 360º, com 52,5% das aberturas voltadas para os quadrantes norte e sudeste, e 47,5% voltadas
entre sul e noroeste. A maioria (57%) dos solos onde as ariranhas cavaram suas tocas era do tipo arenoso,
porém tocas em solos argilosos (33,3%) e siltosos (9,7%) também foram observadas. O percentual de
umidade dos solos ao redor das tocas variou de 12 a 45%. Os resultados revelaram que as ariranhas usam
uma variada combinação de ambientes no lago de Balbina, utilizando barrancos com diferentes inclinações,
cavando tocas em distintas alturas da água e em distintos tipos de solo, e sem aparente predominância de
ângulos de azimute da boca das tocas. É importante salientar, contudo, que os resultados aqui
apresentados não são requisitos obrigatórios para a ocorrência de P. brasiliensis, dada sua ampla
capacidade de tolerância aos diferentes parâmetros ambientais, mas contribuem para a caracterização dos
ambientes utilizados pela espécie em áreas represadas, permitindo desenvolver planos de conservação da
espécie nestes ambientes, cujo controle e fiscalização são, em geral, mais fáceis de realizar no contexto
amazônico.

Palavras chave: Ariranha, habitat, hidrelétrica

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CARACTERIZAÇÃO DOS HABITATS UTILIZADOS POR ARIRANHAS, Pteronura brasiliensis, NO


MÉDIO RIO ARAGUAIA

Cabral, M. M. M.¹; Rosas, F. C. W.²; Furtado, M. M.3; Jácomo, A. T. A.3; Sollmann, R.3; Tôrres, N. M.3;
Silveira, L.3

¹ Associação Amigos do Peixe-boi (AMPA) munick@inpa.gov.br

² Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)/Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA);


3
Instituto Onça-Pintada (IOP)/Jaguar Conservation Fund.

A ariranha é uma espécie endêmica da América do Sul, atualmente classificada como ameaçada de
extinção. No Brasil, populações significativas são encontradas principalmente nas bacias Amazônica e do
Pantanal. Apesar dos estudos na natureza terem se intensificado nas ultimas décadas, ainda há poucas
informações sobre a região de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado. Com o objetivo de obter
informações sobre ariranhas no rio Araguaia (região de transição entre os biomas acima citados), realizou-
se entre outubro e dezembro (estação de enchente e cheia) de 2008 um levantamento da espécie na Área
de Proteção Ambiental (APA) Meandros do Rio Araguaia (12º58’S, 50º32’W) com aproximadamente 357 mil
ha e 185km de extensão de rio, localizada entre os estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins. A
ocorrência das ariranhas foi identificada pela observação direta dos animais e por vestígios deixados pela
espécie (presença de tocas, latrinas comunitárias, vegetação amassada, pegadas e marcas de unhas nos
barrancos). O esforço amostral foi de 231h e 1.456 km percorridos. Um total de 14 grupos e 54 animais foi
contabilizado, sendo que o tamanho de grupos variou de 2 a 9 indivíduos (média=5,2 ±2,8); e duas
ariranhas solitárias foram registradas. Do total de 100 tocas identificadas, 31% foram classificadas como
“em uso”. Foram registradas medidas da altura da entrada das tocas à lâmina d’água, ângulos de inclinação
dos barrancos em frente às tocas e os azimutes das entradas de 83 tocas. As alturas variaram de 0,9 a
11,6m (média=4,8 ±2,6m), os ângulos de inclinação dos barrancos variaram de 4º a 57º, sendo que 69%
das tocas apresentaram ângulos entre 4º e 30º, e os azimutes variaram de 30º a 355º, sendo que 73% das
aberturas das tocas estavam voltadas entre os quadrantes sul e o noroeste. Os resultados demonstraram
uma grande plasticidade das ariranhas do rio Araguaia no uso dos ambientes em relação aos parâmetros
aqui analisados. No entanto, parece existir uma tendência em utilizar barrancos com ângulos moderados e
com orientação das bocas das tocas voltadas para o sol poente. É importante salientar, contudo, que os
resultados aqui apresentados não são requisitos obrigatórios para a ocorrência de P. brasiliensis, dada sua
ampla capacidade de tolerância aos diferentes parâmetros ambientais, mas contribuem para a
caracterização e descrição dos ambientes utilizados pela espécie. Esse trabalho contou com o apoio do
Programa Petrobrás Ambiental e da APA Meandros do Rio Araguaia/ICMBio.

Palavras chave: Araguaia, espécie ameaçada, uso de habitat.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

CRUCEROS OCEANOGRÀFICOS EN EL CARIBE COLOMBIANO, PLATAFORMA DE OPORTUNIDAD


DE AVISTAMIENTOS DE CETÁCEOS

Mejía-Fajardo, Angélica; Otero-Diaz, Luis

Centro de Investigaciones Oceanogràficas e Hidrográficas (CIOH), Angel_y_k@hotmail.com,


lotero@dimar.mil.co

La Dirección General Marítima de Colombia (DIMAR), a través del Centro de Investigaciones


Oceanográficas e Hidrográficas (CIOH), comenzó sus esfuerzos invitando observadores a bordo del “ARC
Malpelo” en el crucero hacia el Archipiélago de San Andrés Providencia y los Cayos del Norte en 1990 con
registros de Stenella attenuata, Pseudorca crassidens, Tursiops truncatus y Physeter macrocephalus,
siendo este último el primer reporte en aguas del Caribe Colombiano. Luego, hasta 2008 se embarcó de
nuevo un observador en el crucero oceanográfico “ARC Malpelo” con el objetivo no solo de avistar, sino de
dar comienzo a caracterizar las condiciones océano-atmosféricas durante los reportes, beneficiándose de
los equipos a bordo y las imágenes satelitales obtenidas del área, logrando avistamientos de Stenella
frontalis, Tursiops truncatus y otros delfínidos en condiciones específicas, hallándose algunos reportes
oceánicos ubicados a màs de 300 km en aguas propiamente oligotróficas, sobre una cordillera oceánica a
2200 metros y con una condición particular en la que la pluma de la surgencia de la Guajira fue direccionada
hacia esta cordillera mediante un Eddie, logrando bajas de temperatura y aumento de biomasa
fitoplactónica sobre la zona. En inicios de 2010, el centro de investigaciones, comprendiendo la importancia
que tienen estas observaciones de cetáceos para la estimación de recursos naturales, variabilidad climática,
pesquerías, entre otras, y siendo los únicos en capacidad, como Armada Nacional para ejecutar estos
cruceros oceánicos, por la logística que esto implica, se lideró una iniciativa de planeación de nuevos
cruceros oceanográficos científicos interinstitucionales para el Área de San Andrés y Providencia, con una
grilla establecida en un proyecto inicial a 5 años tomando todas las variables oceanográficas (físicas,
químicas, geológicas y biológicas) incluyendo las observaciones de cetáceos en temporadas fijas,
realizándose un crucero piloto en el mes de julio durante 25 días, con más de 1300 millas navegadas, y
actualmente en el análisis de resultados, proyectando no solo la base de la estimación de cetáceos sino sus
interacciones con las condiciones ambientales. Adicionalmente, la Dirección General marítima aprobó una
malla general cubriendo todo el mar territorial del Caribe Colombiano a partir del año 2011 en dos épocas
del año, paralela a la grilla del Pacífico Colombiano ya existente hace más de 10 años, generando así una
línea base oceánica a futuro de cetáceos inexistente en el Caribe Colombiano.

Palabras clave: Cruceros oceanográficos, cetáceos, Caribe colombiano.

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DIAGNÓSTICO DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS EM UM TRECHO DO ESTUÁRIO AMAZÔNICO NO


MUNICÍPIO DE SANTANA, AMAPÁ

Lima, Danielle1,2; Marmontel, Miriam1,2; Torres, Javier3; Silva, Cláudia2,4


1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, Núcleo Amapá – Amapá, Brasil. Email:
limadanielle@terra.com.br
2
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, Instituto Mamirauá – Amazonas, Brasil
3
Wildlife Conservation Society – Quito, Peru
4
Laboratório de Mastozoologia, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá –
Amapá, Brasil

O Amapá pode ser considerado uma das regiões mais relevantes para a conservação de mamíferos
aquáticos no norte do Brasil, pois possui ecossistemas favoráveis à coexistência das espécies marinhas e
dulciaquícolas dos gêneros Sotalia e Trichechus. Apesar desta relevância, os esforços de pesquisa
direcionados aos mamíferos aquáticos são relativamente recentes. Em julho de 2008 foi realizado um
diagnóstico de mamíferos aquáticos em trechos dos rios Matapi, Vila Nova, Amazonas (no entorno da Ilha
de Santana) e igarapé da Fortaleza, situados nos limites municipais de Santana. Para tal, utilizou-se do
conhecimento de moradores locais como forma de diagnosticar a ocorrência de determinadas espécies,
além da realização de incursões náuticas em busca de registros diretos. Através da abordagem de 70
moradores e da busca direta, constatou-se a presença de seis espécies de mamíferos aquáticos explorando
os cursos d'água amostrados. Os relatos dos moradores locais demonstraram que os cetáceos exploram a
região em busca de alimento, abrigo e ambientes favoráveis para procriação. A taxa de avistagem de botos-
vermelho (Inia geoffrensis) foi de 0,01 ind/km no trecho amostrado do rio Amazonas, 0,17 ind/km no igarapé
da Fortaleza e 0,11 ind/km no rio Matapi, enquanto que a taxa de avistagem de tucuxis (Sotalia fluviatilis) foi
de 0,10 ind/km no rio Amazonas. Nenhuma observação de boto-vermelho ou tucuxi foi realizada no rio Vila
Nova. De acordo com 90% dos entrevistados, sirênios ocorrem nos rios Matapi, Vila Nova e Amazonas no
entorno da Ilha de Santana. Os moradores relatam que as avistagens de peixes-boi e indícios de forrageio
estiveram associados principalmente aos aningais (Montrichardia sp), herbácea comumente encontrada na
região. Três antigos caçadores tradicionais indicaram a ocorrência de peixes-boi marinhos e amazônicos na
região. O peixe-boi amazônico foi mencionado como espécie mais abundante, porém dois moradores
relataram abates de peixe-boi marinho nos rios Vila Nova e Amazonas. Ainda foram registrados dois casos
de emalhes acidentais, com posterior soltura, de peixes-boi amazônicos a partir de 2007. Todos os
entrevistados afirmaram que a lontra (Lontra longicaudis) ocorre de forma ampla na região e explora
principalmente os ambientes de ressaca e os pequenos igarapés. Em contrapartida, a ariranha (Pteronura
brasiliensis) aparentemente ocorre em baixa densidade, encontrada apenas no rio Matapi. A partir do
exposto conclui-se que esta região apresenta ambientes favoráveis para tais espécies, listadas pela IUCN
em estados de conservação distintos, o que justifica a implementação de ações de pesquisa, sensibilização
e fiscalização visando a conservação da mastofauna aquática local.

Palavras chave: diagnóstico, mastofauna aquática, Amapá

Apoio Financeiro: Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Instituto de Pesquisas Científicas e


Tecnológicas do Estado do Amapá.

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DIFFERENTIAL HABITAT USE BY FRANCISCANA DOLPHIN MALES? PRELIMINARY INFORMATION


RECORDED BY SATELLITE-LINKED TAGGING IN BAHIA SAMBOROMBON, ARGENTINA

Bordino, Pablo1,2, Wells, Randall S.2, Stamper, M. Andrew3


1
AquaMarina – CECIM, Artemisa 260, (7167) Pinamar, Argentina. bordino@aquamarina.org
2
Chicago Zoological Society, Mote Marine Laboratory, 1600 K. Thompson Pkwy, Sarasota, FL 34236 USA
3
Disney´s Animal Programs, PO Box 10000, Lake Buena Vista, FL 32830, USA

The Franciscana dolphin (Pontoporia blainvillei) is currently the most threatened small cetacean in the
Southwestern Atlantic, where it faces heavy pressure from incidental mortality in gillnet fisheries and
trawlers?. It has been estimated that about 3.5%–5.6% of the dolphins in Argentine waters may be removed
each year. However, the real impact of the bycatch needs to be addressed for each recently identified
population. For Argentina, the population at Bahia Samborombon seems to be the most affected by fishing
activity, where most by-caught individuals are females and juveniles of both sexes. Impacts of bycatch on
the social structure need further investigation. Preliminary data obtained by satellite-linked tracking in Bahia
San Blas in 2008 indicate that unrelated adult female and male Franciscana dolphins may associate closely
for periods of weeks or longer. If such pairings are common for the species, then disruption of stable social
groups or possible mating pairs through mortality of one member of the pair could impact more than the
bycaught individual. Knowing how dolphins use their habitat features and the water column will provide
information about how franciscana movements and dive patterns overlap with fishing locations and activities,
providing means for evaluating potential ways to minimize interactions. To this end, small satellite-linked
transmitters equipped with time-depth recorders (Wildlife Computers, MK10) were attached to Franciscana
dolphins in Bahia Samborombon in March 2010. Findings over 60 days of tracking of 3 tagged males
indicated that 2 of them moved offshore to waters over 15m deep. Although the sample size is small, the
combination with previous bycatch records of each sex by depth ranges suggest that adult males use
habitat differently from adult females, moving offshore in the study area. Our initial findings are important
pieces of information for understanding the impact of bycatch on the social structure of the species and for
guiding conservation strategies, but more information is needed.

Keywords: Ecologia. Habitat, distribucion y abundancia. Comportamiento.

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DINÂMICA SAZONAL E EFEITO DO EL NIÑO NA ABUNDÂNCIA DE Otaria flavescens NOS REFÚGIOS


DO RIO GRANDE DO SUL

Pavanato, Heloise1; Silva, Kleber G.2; Estima, Sérgio C.2; Monteiro, Danielle S.2; Kinas, Paul G.3
1
Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Instituto de Oceanografia, graduação Oceanologia, bolsista
PIBIC-CNPq. E-mail: helopavanato@gmail.com
2
Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA). E-mail: nema@nema-rs.org.br
3
Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Instituto de Matemática, Estatística e Física, Laboratório de
Estatística Ambiental. E-mail: paulkinas@furg.br

Há mais de 50 colônias não-reprodutivas de leão-marinho-do-sul, Otaria flavescens, distribuídas no Oceano


Atlântico Sul. Dentre estas as únicas encontradas no Brasil estão na costa do Rio Grande do Sul - Ilha dos
Lobos, localizada no município de Torres (29°20´S, 52°06´W), e Molhe Leste, localizado no município de
São José do Norte (32°11´S, 52°04´W). Os dois locais são protegidos legalmente através de Unidades de
Conservação da categoria Refúgio da Vida Silvestre (REVIS). Acredita-se que os indivíduos presentes nos
refúgios do Rio Grande do Sul sejam provenientes das colônias reprodutivas do Uruguai. Os leões-marinhos
encontrados nos refúgios são predominantemente machos adultos e subadultos, fato que pode estar
relacionado à limitação de alimento próximo aos sítios reprodutivos e a ausência de cuidados parentais
pelos machos, o que permite seu deslocamento após o período reprodutivo. Com o objetivo de analisar a
dinâmica de ocupação e abundância de Otaria flavescens nos refúgios do Rio Grande do Sul, foram
desenvolvidos modelos para os dois refúgios em conjunto. Durante o período de 1993 a 2002, foram
realizadas de uma a quatro saídas por mês para a contagem geral de indivíduos; havendo meses em que
não foi possível a realização de saídas. O número de leões em cada contagem é descrito por um modelo
Poisson(µ). A análise se constituiu na construção de 6 diferentes modelos lineares para log(µ), condicionado
aos efeitos das co-variáveis para avaliar diferenças entre refúgio, tendências de longo prazo (ano),
sazonalidade (mês e mes2) e o efeito de El Niño Oscilação Sul (ENSO). O enfoque Bayesiano foi usado nas
inferências; utilizou-se prioris não-informativas. O resultado obtido do modelo com menor valor de DIC
(Deviance Information Criteria) sugere que O. flavescens possui dinâmica sazonal, com pico de abundância
nos meses de inverno. Constatou-se também que houve incremento do número médio ao longo dos anos.
Anos de forte ENSO (1997 e 1998) tem efeito redutor perceptível sobre as abundâncias.

Palavras chave: leão-marinho-do-sul, modelos de Poisson, abundância.

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DISTRIBUCIÓN DEL ELEFANTE MARINO DEL NORTE, Mirounga angustirostris, EN MÉXICO Y


MÉTODOS DE CONTEO

Ortiz, Mónica Franco1; Schramm, Yolanda2; Sanvito, Simona1,2; Millán-Núñez, Roberto1


1
Universidad Autónoma de Baja California, Ensenada, México
2
Elephant Seal Research Group Milán, Italia.
e-mail: biomoniq@gmail.com; yschramm@uabc.edu.mx; simo_esrg@eleseal.org; rmillann@uabc.edu.mx

El elefante marino del norte (EMN), Mirounga angustirostris, es una de las 4 especies de pinnípedos en
México. Se distribuye a lo largo de la costa de California, Estados Unidos y al occidente de la Península de
Baja California, México. Los reportes sobre esta especie en México son escasos y las estimaciones de
abundancia más recientes no incluyen toda su área de distribución en el país. Además, aunque estas
estimaciones se han realizado con conteos desde diferentes plataformas, hasta el momento no se ha
determinado qué plataforma es más conveniente para esta especie considerando su biología y hábitat en
México. El objetivo del trabajo fue determinar la distribución del EMN en México y comparar conteos
realizados desde diferentes plataformas que pueden ser utilizados para estimar la abundancia. Se
realizaron circunnavegaciones y sobrevuelos durante invierno (temporada reproductiva) de 2009, en 10 islas
o complejos insulares (Coronados, Todos Santos, San Martín, San Jerónimo, Guadalupe, Benito, Cedros,
Natividad, San Roque, Asunción). Se encuentran en todas las islas visitadas (excepto San Roque); San
Jerónimo y Todos Santos se reportan como nuevos sitios de distribución para la especie. Los tipos de
conteos realizados fueron: a) conteos desde lancha, b) conteos desde tierra, c) conteos a partir de
fotografías tomadas desde lancha y d) conteos a partir de fotografías aéreas. Los resultados preliminares
no muestran diferencias significativas entre conteos de hembras realizados desde las diferentes plataformas
para la Playa Campo Norte en Isla Guadalupe (conteo-lancha: 366 individuos; fotografía-lancha: 356;
conteo-tierra: 414, X2=5.07, gl=2, p>0.05); pero sí para Playa Elefante en la misma isla (conteo-lancha: 573;
fotografía-lancha: 215, X2=162.64, gl=1, p<0.05), donde no se realizó conteo desde tierra. Las fotografías
aéreas se tomaron 3 y 6 días antes, que el resto de las plataformas en Playa Elefante (fotografía aérea: 837
individuos) y Playa Campo Norte (fotografía aérea: 233 individuos), respectivamente. La falta de
simultaneidad en los conteos puede enmascarar la interpretación de los resultados. Los conteos desde
tierra permiten contar y categorizar (sexo y edad) adecuadamente, lo cual arroja mayor y mejores conteos;
sin embargo, algunos sitios son inaccesibles. Además, la aglomeración no tiene un efecto tan fuerte en los
resultados, como en las otras 3 plataformas. Los conteos a partir de fotografías permiten contar cuantas
veces se quiera pero es un proceso lento. La fotografía aérea permite monitorear grandes extensiones en
menor tiempo.

Palabras clave: Elefante marino, distribución, conteos.

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DISTRIBUCIÓN HISTÓRICA Y REPOBLACIÓN DEL LOBO FINO DE GUADALUPE, Arctocephalus


townsendi EN MÉXICO

García-Capitanachi, Bertha; Schramm, Yolanda

Universidad Autónoma de Baja California, Facultad de Ciencias Marinas, Ensenada, México


gateeto@yahoo.com.mx; yschramm@uabc.edu.mx

El lobo fino de Guadalupe (Arctocephalus townsendi) es el único representante del género Arctocephalus en
el hemisferio norte. Se distribuye en las islas Guadalupe y San Benito, al occidente de la Península de Baja
California. Su distribución histórica abarcaba desde las Islas Farallón en California, Estados Unidos (E.U.)
hasta el Archipiélago Revillagigedo en México. El lobo fino de Guadalupe fue cazado intensamente durante
el siglo XIX. En el siglo XX, después de declararse dos veces extinto, se descubrieron algunos individuos en
la Isla Guadalupe. En 1997 se reportó una colonia nueva en el complejo insular San Benito y actualmente
es una lobera reproductiva incipiente. El objetivo de este trabajo es documentar el crecimiento y progresión
en la distribución del lobo fino de Guadalupe, por medio de un Sistema de Información Geográfica (SIG). Se
realizaron navegaciones en 10 islas o complejos insulares del Pacífico mexicano (Coronados, Todos
Santos, San Martín, San Jerónimo, Guadalupe, Benito, Cedros, Natividad, San Roque y Asunción), durante
cuatro estaciones (otoño, invierno, primavera, verano) de 2008 a 2010. La distribución y abundancia de este
estudio se contrasta con la histórica. Estimaciones de abundancia anteriores (1100 individuos en 1977,
7408 en 1993 y 11625 en 2006), muestran un aumento gradual en Isla Guadalupe. Este estudio reporta
preliminarmente un mínimo total de 8964 lobos. En San Benito se censaron 256 individuos durante su
redescubrimiento (1997), 582 lobos en el año 2000, 1013 en 2006, 1566 en 2007 y 2113 durante 2008. Este
trabajo reporta preliminarmente un mínimo de 4929 individuos (2009). Después de declararlo extinto 1928,
se observaron tres especímenes en California Central durante 1938 y se descubrió un macho en San
Nicolás durante 1949. En noviembre de 1954 se descubrieron 14 individuos en Isla Guadalupe. De 1968 a
1997 han continuado los reportes de casos aislados en las Islas del Canal e Islas Farallones, California
(E.U.). Recientemente, en México se han reportado organismos aislados dentro de su distribución histórica.
En la Isla Cedros existe un reporte de tres lobos durante 1965; también se han avistado lobos finos de
Guadalupe en Guaymas, Sonora (durante 1981), en la Isla Lobos, Baja California (1991) y en Los Islotes,
Baja California Sur, se reportaron tres individuos durante 1985, 1986 y 1997, respectivamente. En estudio
se registraron dos casos aislados en sitios cercanos (Isla Todos Santos e Isla Asunción) a los extremos de
su distribución histórica dentro de México.

Palabras clave: Distribución, abundancia, Arctocephalus

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DISTRIBUCIÓN Y TASA DE ENCUENTRO DE LA TONINA DE RÍO (Inia geoffrensis) A LO LARGO DEL


ORINOCO MEDIO Y VENTUARI, VENEZUELA

Herrera-Trujillo, Olga L.; Pérez, Arnaldo Ferrer

Museo de Historia Natural La Salle, Apartado Postal 1930, Caracas1010-A. Venezuela.


olgah82@gmail.com; arnaldo.ferrer@fundacionlasalle.org.ve.

En Venezuela son pocos los estudios realizados en cuanto a la ecología y distribución de la Tonina Inia
geoffrensis, siendo algunos de ellos los realizados por Rodríguez, W. (2000), Trebbau, P. y Van Bree, P.
(1974) y Portocarrero y col. (En prensa). El presente estudio pretende ampliar el conocimiento sobre la
distribución y tasa de encuentro de esta especie en el Orinoco medio y Ventuari. El estudio se llevó a cabo
durante los meses de diciembre 2008 y enero 2009. Se dedicaron 19 días de navegación en el Ventuari y 9
días en el Orinoco completando un total de aproximadamente 334Km de recorrido. Al momento del
encuentro se registró la fecha, hora, posición geográfica, número de individuos y composición de los grupos.
Se logró registrar 31 grupos de toninas, con un total de 41 individuos. La tasa de encuentro fue mayor en el
Ventuari (0.096 toninas/Km.) que en el Orinoco (0.03 toninas/Km.); y el tamaño predominante de los grupos
fue de individuos solitarios (70,97%); mientras que el mayor tamaño encontrado fue de cinco individuos
(3,23%) en la confluencia del Caño Yaquiguapo con el Ventuari. Existen varios factores que podrían estar
influyendo en la tasa de encuentro de las Toninas en los dos sectores; como lo son el tráfico de
embarcaciones y la pesca comercial, los cuales son mayores en el Orinoco medio que en el Ventuari, donde
la mayoría de la pesca es de subsistencia. Además, se tiene conocimiento de que los pobladores locales
utilizan a la Tonina como carnada para la pesca del Calophysus macropterus (una especie de bagre), y que
éstas juegan un papel primordial en algunas de sus creencias mágico-religiosas. Es por ello que existe la
necesidad de realizar estudios más detallados que permitan avaluar el impacto que dichas actividades
generan en estas poblaciones, además de implementar programas de educación ambiental, monitoreo y
control.

Palabras clave: Inia geoffrensis, Tasa de encuentro, Venezuela.

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DISTRIBUTION OF THE ANTILLEAN MANATEE, Trichechus manatus ON THE EAST COAST OF


CEARÁ STATE AND WEST COAST OF RIO GRANDE DO NORTE STATE

Choi, Katherine Fiedler1,2*; Campos, Thaís Moura1; Meirelles, Ana Carolina O. de1;
Silva, Cristine Pereira Negrão1; Campos, Alberto Alves1; Abessa, Denis Moledo de Souza2,3;
Costa, Thiago Emanoel Bezerra da4,5
1
Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos – AQUASIS. *katherine@aquasis.org
2
Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará (LABOMAR-UFC).
3
Laboratório de Gestão e Conservação Costeira, Universidade Estadual Paulista (UNESP).
4
Projeto Cetáceos da Costa Branca – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
5
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia – Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Studies on the distribution of Antillean manatee, Trichechus manatus, in Brazil began in the 1970’s,
indicating that the species occurred discontinuously from the mouth of the river “Doce” (Northern ES) to São
Luis (MA). In the late 1990’s, field assessments indicated that the species disappeared from ES, BA and SE
states, and reported the species presence from Alagoas to Amapá, identifying three discontinuity areas: (1)
Barra de Camaragibe (AL) to Recife (PE); (2) Iguape to Jericoacoara (CE); (3) Parnaíba river delta to
Lençóis Maranhenses (PI-MA). In Ceará, recent studies showed that the area of discontinuity in the state is
even greater, as the species was only found to occur in Barroquinha municipality (West coast–bordering
Piauí state) and three municipalities on the East coast (Fortim, Aracati and Icapuí). This study aimed at
updating the distribution of the Antillean manatee between Beberibe municipality (CE), and Touros (RN),
based on Traditional Ecological Knowledge (TEK) of local fishers. Information was obtained from semi-
structured interviews with 10% of the active fishers in the region. The key question used to determine
manatee distribution was "When was the last time you saw a manatee in the region?". Data analysis was
essentially qualitative, and it was performed through the interpretation of the interviewees’ narrative. The
responses were divided into four area categories: sightings within less than two years were considered
Current Occurrence; sightings between two and five years old were considered Recent Occurrence;
sightings more than five years old were considered Historical Occurrence of the manatee; and Non
Occurrence. Six hundred and seventy eight interviews were conducted in 77 communities (averaging 8.8
interviews/community). Gaps in manatee occurrence in the study area were detected, but since they were
shorter than 25km, we have considered the species distribution as continuous, between Aracati (CE, at
4º31’26,6”S/37º42’04,3”O) and Touros (RN, at 5º15’03,7”S/35º23’35,7”O). The results confirmed previous
estimates for the distribution of the manatee along the Rio Grande do Norte coast. In Fortim and Beberibe
(CE), the species was not observed by the fishers in recent years. Thus the species occurrence in the East
coast of Ceará seems to be decreasing, indicating that efforts to conserve the Antillean manatee in the
region must be urgently improved, and more research is needed to better estimate the small remaining
population, its trends and coastal habitat use.

Keywords: Trichechus manatus, distribution, traditional knowledge.

Acknowledgments: This study was conducted by Aquasis and was sponsored by the Fundação O Boticário
de Proteção à Natureza Rufford Small Grants for Nature Conservation and Conselho Nacional de Pesquisa
(CNPq). It was only possible because of the partnerships with Projeto Cetáceos da Costa Branca/UERN,
SESC/CE and Centro Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio).

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EL APOSTADERO OLVIDADO MÁS OCCIDENTAL DEL URUGUAY: “LAS PIPAS” (DPTO.


MONTEVIDEO)

Szteren, Diana

Sección Zoología Vertebrados. Facultad de Ciencias. Iguá 4225, Montevideo 11400, Uruguay.
diana@fcien.edu.uy

Las Pipas (34o 54´33”S y 56o 01´25”) es un afloramiento rocoso situado a unos 2,8 km de la costa, cerca del
límite entre los Departamentos de Montevideo y Canelones, Uruguay. Esta localidad fue solo mencionada
por alojar pequeños grupos de leones marinos (Otaria flavescens) y por el reporte de pescadores
artesanales de la zona. Sin embargo, el sitio no está incluido en las estimaciones de abundancia anuales,
por lo que no se conocía la abundancia de leones marinos, ni si se encontraban también lobos finos (A.
australis). Por ser el apostadero más al oeste de Uruguay, es importante evaluarlo como eventual área de
expansión. El objetivo del trabajo fue censar la población de leones marinos y lobos finos en Las Pipas,
determinar los cambios temporales y el uso del área (como sitio de descanso, reproducción y/o cría). Se
realizaron censos de las poblaciones de ambas especies de lobos marinos, de junio de 2008 a junio de
2009, a bordo de una embarcación de pesca artesanal. Los conteos se realizaron durante la mañana. El
máximo número de animales se registró en julio, aunque ambas especies mostraron diferente situación. Los
leones marinos presentaron abundancia similar en junio y julio de 2008, aumentaron en octubre y
posteriormente declinaron. La clase de edad más abundante fueron los machos adultos, luego las hembras
y luego los subadultos. Por otro lado, los lobos finos tuvieron mayor abundancia de hembras, luego machos
adultos y luego crías y juveniles de un año. La máxima abundancia fue en julio de 2008, declinaron a un
tercio en octubre y no se observaron en el área a partir de noviembre. Recién en junio de 2009 ocurrió un
cierto incremento de ambas especies. Se concluye que el área es usada por las dos especies, ambos sexos
y diferentes categorías de edad. La mayor abundancia se encuentra en invierno, cuando “Las Pipas” aloja
una población de alrededor de 200 animales en total. El león marino asiste todo el año aún en muy bajos
números, mientras que no se registró la presencia de lobos finos en primavera y verano. No se observaron
harenes formados ni crías recién nacidas. El incremento de leones marinos en el área no estaría
relacionado con un crecimiento poblacional. Es posible que el apostadero sea utilizado como área de
descanso principalmente invernal por los leones marinos que interaccionan con la pesca artesanal que se
desarrolla en el área.

Palabras clave: O. flavescens, A. australis, conteos

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

EL APOSTADERO OLVIDADO MÁS ORIENTAL DE URUGUAY: ISLA VERDE-ISLOTE LA CORONILLA

Szteren, Diana

Sección Zoología Vertebrados. Facultad de Ciencias. Iguá 4225, Montevideo 11400, Uruguay.
diana@fcien.edu.uy

El grupo de islas de La Coronilla (Isla Verde e Islote La Coronilla, IV-IC) alberga un pequeño número de
leones marinos, y no se incluye en las estimaciones de abundancia de rutina. El ultimo registro data de
1977, cuando se mencionaba una “inminente extinción” (Pilleri & Gihr, 1977), habiéndose contabilizado 23
animales y 4 nacimientos. Desde entonces no se conoce el tamaño poblacional ni su tendencia. Modelos
demográficos recientes, han sugerido que los animales se estarían moviendo de Isla de Lobos a otras
colonias hacia el este. En éste sentido, se cree que ésta zona podría estar recibiendo animales. Por otro
lado, el área “Isla Verde-Cerro Verde” ha sido recientemente incorporada como la primer área marina
protegida en el Sistema Nacional de Áreas Protegidas. Por lo tanto, para aportar al plan de manejo del área,
los objetivos fueron conocer la abundancia de leones marinos en IV-IC, conocer la composición de clases
de edad y sexo y el uso del hábitat. Desde junio de 2008 a marzo de 2009 se realizaron 7 sobrevuelos
sobre IV-IC en avioneta, desde donde se tomaron fotografías digitales. Posteriormente se examinaron las
fotos seleccionando una secuencia de fotos de alta calidad que cubriera la totalidad del área. La mayoría de
los animales se encontraron en el islote, mientras que Isla Verde albergó entre 2 y 8 individuos. El número
de animales tendió a aumentar desde 217 en junio a 521 en marzo. En contraste con “Las Pipas”, las
hembras fue la categoría de edad más abundante, representando entre 37 y 70% del total. Se observaron
crías en tres de los muestreos y posibles harenes en el mes de enero. Asimismo se notaron diferencias
estacionales en el uso del espacio. Se discute la aplicación de factores de corrección para contemplar
animales no observados o ausentes. Se concluye que la población de leones marinos en IV-IC aumentó por
lo menos 100 veces desde 1977. Además, ocurrió un cambio en el uso, siendo actualmente mucho más
importante el islote La Coronilla que Isla Verde. No se descarta que el área esté recibiendo animales, ni que
tenga una incipiente actividad reproductora. Sería importante seguir monitoreando el apostadero para
confirmar la existencia de actividad reproductora, así como para conocer su tendencia poblacional en una
mayor escala temporal.

Palabras clave: O. flavescens, conteos aéreos, apostadero

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ESTADO ACTUAL DE LA FOCA COMÚN DEL PACÍFICO ORIENTAL, Phoca vitulina RICHARDSI, EN
MÉXICO

Lubinsky, Denise1; Schramm, Yolanda1; Heckel, Gisela2; Correa, Francisco3


1
Universidad Autónoma de Baja California, Facultad de Ciencias Marinas, Ensenada, México
e-mail: lombriz56@gmail.com; yschramm@uabc.edu.mx
2
Centro de Investigación Científica y Educación Superior de Ensenada, Biología de la Conservación
email: gheckel@cicise.mx
3
Universidad Autónoma de Baja California, Instituto de Investigaciones Oceanológicas
email: correa@uabc.edu.mx

La Foca Común del Pacífico Oriental se distribuye desde Alaska hasta aproximadamente los 26°N (Bahía
Asunción), en Baja California Sur (BCS). En México se encuentra en nueve islas (de norte a sur: Coronado,
Todos Santos, San Martín, San Jerónimo, Cedros, San Benito, Natividad, San Roque y Asunción) y parte de
la costa de la Península de Baja California, sin que exista un registro completo de su distribución. La
información sobre su abundancia en México es escasa y fragmentada, pero se reconoce que es poco
abundante, en contraste con el resto de su distribución (300,000). El objetivo fue estimar su abundancia y
determinar la distribución completa en México. En cada estación del año (de otoño 2008 a verano 2009) se
visitaron las nueve islas; durante invierno (temporada reproductiva) además, se incluyó un sobrevuelo de la
costa desde Ensenada, Baja California, hasta Bahía Asunción, BCS. A partir de conteos con réplicas desde
lancha durante invierno, y multiplicando por un factor de corrección (1.53) sólo aplicable a la temporada
reproductiva, se estimó la abundancia absoluta en 6,166±617 individuos. Para poder comparar la
abundancia entre estaciones se utilizó la ecuación propuesta por Oleskius et al. (1990). La abundancia
durante otoño fue de 547 focas, en invierno 4,494 (incluye 935 en la costa), en primavera 3,143 y en verano
1,588. El único conteo anterior a este estudio que incluye siete islas (de Coronados a Natividad), realizado
por parcialmente entre 1982 y 1986 (invierno-primavera), reportó 1,715 focas. Se elaboraron mapas de
localización de las colonias en cada isla y se obtuvo el registro completo de la distribución en la costa, con
la mayor concentración en el norte de la península. Se recomienda la temporada de invierno para estimar
abundancia debido a la presencia del mayor número de individuos en tierra debido a procesos
reproductivos. En todas las islas se encontraron crías, y por primera vez se reporta a Isla San Roque, BCS,
como colonia reproductiva importante.

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ESTIMATION OF SURVIVAL, RECRUITMENT AND REALIZED GROWTH RATES OF THE EAST


AUSTRALIA HUMPBACK POPULATION (BS-1) USING TEMPORAL SYMMETRY MODELS

Hoffman, W. S.; Kaufman, G. D.; Jule, K.

Pacific Whale Foundation, 300 Ma’alaea Rd., Suite 211, Wailuku, Maui, HI, USA 96793
Contact email: greg@pacificwhale.org

Identifying vital rates within demographic groups is crucial for assessing the status of a species. Realized
growth and survival rates of Breeding Stock E1 humpback whales identified off Hervey Bay Queensland and
Eden, New South Wales, Australia (1994 - 2009) were estimated from a photographic capture-mark-
recapture study of post-yearling whales. Annual realized growth rate and seniority estimates were derived
using Pradel’s temporal symmetry models in the program MARK. A preliminary analysis using Cormack-
Jolly-Seber models provided estimates of age-specific survival and detected potential violations of temporal
symmetry models. Best fit model estimates of annual adult survival are 0.925 (0.946-0.961) and 0.70 (0.587-
0.793) for sub-adults. Average realized growth rates were estimated for post yearling whales 12.4% (9.3-
15.6) and reproductive females 10.7% (8.4-13.0). These estimates are consistent with findings from other
surveys along the east Australian coast and support a high rate of increase for the BS E1 population of
humpbacks whales. The relative contribution of survival and recruitment to population rate of change were
estimated using the seniority parameter (γ) and its complement (1-γ). Surviving whales were the largest
contributor to population growth for both reproductive females and post-yearling whales: 90.8% (SE 0.0105)
and 86.2% (SE 0.132), respectively. Depending on the demographic (reproductive females or post-yearling
whales), survival is either 9.9 or 6.3 (respectively) times more important to population growth than
recruitment for BS E1 humpbacks. This has strong conservation management implications, and any
increased anthropogenic or environmental pressures adversely affecting survivorship will likely slow the
recovery of this stock.

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ESTUDO DA POPULAÇÃO DE Inia geoffrensis NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO RESERVATÓRIO DA


UHE TUCURUÍ, PARÁ, BRASIL

Carmo, Nívia A. Silva do; Silva, Vera Maria Ferreira da

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), Manaus,
AM, Brasil. niviaasc@gmail.com

Expansão humana e grandes alterações ambientais impactam a fauna em todo planeta. Na Amazônia
existe um dos poucos ambientes fluviais no mundo com espécies endêmicas de cetáceos. O boto-vermelho
encontra-se amplamente distribuído nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco, ocorrendo em densidades
variadas nas diferentes áreas da sua distribuição. Em permanente proximidade com as pessoas e
vulneráveis as influências antrópicas, os golfinhos de rio são provavelmente os cetáceos menos estudados
e conhecidos. Nosso objetivo foi avaliar a ocorrência e densidade do boto-vermelho na área do reservatório
da UHE Tucuruí, rio Tocantins, Pará (3º43’ e 5º15’S; 49º12’ e 50º00’W). O barramento do rio ocorreu em
1984 e o enchimento completo do reservatório prolongou-se até março de 1985. Foi alagado um trecho de
179km à montante da barragem, com perímetro de 7.700km, e formação de cerca de 1.600 ilhas resultante
de terras elevadas não inundadas. Para a contagem de botos utilizou-se o método de amostragem a
distância com transecto de banda ao longo da margem a 100m, e transecto linear longe da margem. Foram
utilizados três observadores, dois olhando para frente e um para trás para garantir a contagem de todos os
botos. Percorreu-se um total de 1726km nas diferentes cotas de água do reservatório, em 2006 (enchendo-
74, cheia-75, vazante-66) e 2007 (enchendo-74). Durante 50 dias avistou-se 157 botos. O tamanho médio
dos grupos foi de três indivíduos (mínimo um, máximo 10). Observou-se filhotes nas quatro expedições,
mas em números reduzidos. Somente 1 filhote foi avistado na vazante e 5 nas duas expedições na
enchente. A taxa de avistamento boto/km não variou muito em relação à cota d’água 0,41 (74); 0,50 (75) e
0,32 (66). Como em alguns trechos do reservatório as distâncias entre as margens ultrapassa 11km,
optamos em 2007 utilizar somente o transecto de banda. A taxa de avistamento foi de 2,08 botos/km
percorrido na cota 74. Comparando com a área da RDS Mamirauá varia de 0,26 a 0,87 boto/km, e no rio
Purus varia de 1,3 a 3,7 botos/km, a população de botos do reservatório encontra-se em boa situação e
aparentemente bem adaptada as alterações do ambiente represado. Os botos mostraram fidelidade as
áreas utilizadas antes do barramento, como bocas de igarapés e rios. Avistou-se botos nessas áreas em
todas as expedições, entre 10 a 18 indivíduos. Recomenda-se a continuidade do monitoramento da
população de botos do reservatório da UHE Tucuruí para avaliar as condições de conservação desses
animais.

Palavras chave: Boto-vermelho, Hidrelétrica, Amazônia.

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FIRST PHOTOGRAPHIC EVIDENCE OF INTERCHANGE BETWEEN BREEDING GROUNDS OFF THE


EAST AND WEST COASTS OF AUSTRALIA

Kaufman, Gregory1; Forestell, P.1; Coughran, D.2; Allen, J.3


1
Pacific Whale Foundation, 300 Maalaea Road, Wailuku, HI, USA 96793 greg@pacificwhale.org
2
Department of Environment and Conservation, Locked Bag 104, Bentley Delivery Centre, Western
Australia 6983, Australia.
3
Antarctic Humpback Whale Catalogue, College of the Atlantic, 105 Eden Street, Bar Harbor, ME 04856
USA

Humpback whales are found along both the east and west coasts of Australia, and are considered to belong
to separate breeding stocks. Those found on the west coast, as far north as the Dampier Peninsula
(approximately 12ºS 122ºE) during the austral winter, migrate to Antarctic Area IV (70ºE - 130ºE) to feed
during the austral summer. Those found on the east coast, as far north as Cape Your Peninsula
(approximately 12ºS 142ºE) during the winter, migrate to Antarctic Area V (130ºE - 170ºW) to feed during the
summer. The two groups form distinctly different breeding stocks (referred to as D and E1 by the IWC).
While limited evidence of exchange between the two groups dates back to Discovery tags from the 1950's
and 1960's, there has yet been no systematic comparison of photo-identification data to improve our
understanding of the pattern of such exchanges, and the rate at which they occur. We report the first
photographic evidence of an animal found on both coasts of Australia in separate breeding seasons. We
also describe an innovative process whereby matching of flukes was conducted using a "blind" procedure to
reduce possible observer bias in identifying unusual instances of resights.

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FOTO E VÍDEO IDENTIFICAÇÃO DOS GOLFINHOS-ROTADORES (Stenella longirostris) DE


FERNANDO DE NORONHA, BRASIL: UM ESTUDO DE CASO

Ramalho, Raisa1; Silva, Flávio José de Lima2; Medeiros, Priscila1; Silva Júnior, José Martins da3
1
Centro Golfinho Rotador; raisaisabelr@hotmail.com
2
Departamento de Turismo/UERN; flavio@golfinhorotador.org.br
3
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, Vila do Boldró, Fernando de Noronha, PE, 53990-000, Brasil; Jose-
Martins.Silva-Junior@icmbio.gov.br

O presente trabalho objetiva apresentar um estudo de caso de reavistagem de um golfinho-rotador do


catálogo do Projeto Golfinho Rotador (PGR). No dia 2/06/ 2010 foi realizado um mergulho livre na região
Entre Ilhas do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha a fim de coletar imagens em fotografia
digital dos golfinhos-rotadores presentes na área. As fotos tiradas durante o mergulho foram comparadas
com as do catálogo do PGR. A nadadeira dorsal foi a principal feição utilizada na comparação dos
indivíduos. A quantidade, a altura, o formato e tamanho dos entalhes foram considerados, assim como
posição, tamanho, formato e quantidade das marcas corporais. Foi encontrada uma reavistagem de um
indivíduo já catalogado. O animal reavistado foi uma fêmea adulta catalogada sob o número 197. A primeira
avistagem desse indivíduo foi em setembro de 2000. Posteriormente, reavistagens deste animal foram
registrados em fevereiro, junho e agosto de 2001 e em outubro de 2002 e fevereiro de 2003, todas na Baía
dos Golfinhos. As principais características morfológicas da fêmea são: entalhe arredondado na borda
posterior da nadadeira dorsal em seu terço inferior; cicatriz na lateral direita de seu corpo, na linha de
intersecção entre as faixas cinza-claro e branca, entre o início do bordo anterior da dorsal e a inserção da
peitoral; mancha clara arredondada na intersecção entre as faixas cinza-claro e branca, na região do flanco
direito; cicatriz de tubarão-charuto (Insistius brasiliensis), na região entre as faixas cinza-escuro e cinza-
claro do lado direito, posteriormente a nadadeira dorsal; cicatriz no flanco esquerdo, provavelmente
resultante de mordida de tubarão-bico-fino (Carcharhinus peresi). No último mergulho foi registrada uma
nova marca na intersecção entre as faixas cinza-claro e branca, uma mancha de coloração clara e
arredondada. O caso mostrou-se importante por comprovar a eficácia do uso de foto e vídeo identificação
em estudos envolvendo a taxa de sobrevivência, estimativas etárias e distribuição do animal, visto que no
último registro ele foi observado na Região Entre Ilhas, área de ocupação crescente pelos rotadores de
Fernando de Noronha.

Palavras chave: Stenella longirostris, Fernando de Noronha, foto-identificação.

Financiamento: Petrobras.

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FOTOIDENTIFICAÇÃO DE BOTO-CINZA Sotalia guianensis (CETACEA, DELPHINIDAE) NO


COMPLEXO ESTUARINO-LAGUNAR DE CANANÉIA, SUDESTE DO BRASIL

Medeiros, E.; Mayerhofer, L.; Filla, G. F.

Instituto de Pesquisas Cananéia. Email: ericmedeiros@gmail.com

A fotoidentificação é uma marcação e recaptura onde a marcação é baseada na identificação de marcas e


cicatrizes já presentes no corpo de cada indivíduo. O principal objetivo deste trabalho foi criar um catálogo
de identificação individual do boto-cinza, Sotalia guianensis no Complexo Estuarino-Lagunar de Cananéia
(SP), Brasil. Foram feitas 10 saídas de campo, somando 48 horas, entre fevereiro e abril de 2010. As
fotografias foram tiradas com uma Canon EOS 7D e lente zoom 28–135mm a partir de três plataformas: um
barco na Baía de Trapandé (formada pelas Ilhas Comprida, Cardoso e Cananéia) e dois pontos fixos (Ilhas
do Cardoso e Comprida). Com base nas 3556 fotografias tiradas ao longo do trabalho, depois de serem
triadas e tratadas digitalmente, foram catalogados 22 indivíduos, cada qual com um código atribuído. Um
deles, CAN 001, o primeiro a ser identificado, foi avistado quatro vezes. Um outro boto (CAN 010) foi
avistado três vezes, todas do mesmo ponto fixo e acompanhado de um infante, o que o indica como fêmea.
Os botos sempre estiveram presentes durante as saídas de campo (100%), sendo que em três das saídas
de campo (30%) as condições climáticas adversas impossibilitaram a captura de imagens. A curva
cumulativa de indivíduos catalogados não indica tendências de estabilização, logo com mais tempo de
estudo pode-se representar mais significativamente a população de botos-cinza na área, assim como
aumentar o banco de dados cada indivíduo, expandindo as áreas de uso do catálogo.

Palavras chave: Fotoidentificação, Sotalia guianensis, Cananéia

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INTERVALO DE NASCIMENTO E CUIDADO PARENTAL DO BOTO-CINZA (Sotalia guianensis, VAN


BÉNÉDEN, 1864) NA BAÍA DE GUANABARA, RIO DE JANEIRO

Carvalho, R. R.¹; Bittencourt, L.¹; Lailson-Brito, J. Jr.¹; Azevedo, A. F.¹

¹ Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro


(MAQUA/UERJ)
e-mail: carvalho.ramos@yahoo.com.br

Desde 1995 têm sido conduzidos estudos sobre a ecologia e o comportamento do boto-cinza (Sotalia
guianensis) na Baía de Guanabara. Nas saídas de campo, grupos focais foram acompanhados e
informações como data, hora, comportamento, tamanho de grupo, número de filhotes, profundidade e
posição geográfica (lat/long) foram coletadas a cada cinco minutos. Paralelamente, a técnica de
fotoidentificação foi aplicada com o objetivo de identificar os animais por meio de marcas naturais em suas
nadadeiras dorsais. Noventa animais foram identificados e catalogados e 12 botos-cinza foram
considerados como fêmeas, por permanecerem lado a lado com filhotes ao longo do estudo. De 370
observações de grupo com filhotes (duplas contagens ocorreram), aqueles com um filhote foram os mais
comuns (n=215) e grupos com cinco filhotes foram os mais raros (n=4). Das fêmeas identificadas, quatro
foram observadas com filhotes em anos diferentes. A fêmea BG#21 esteve acompanhada de sua cria
durante quatro anos. Outra fêmea (BG#12) foi observada com um filhote em 2001 e em 2003 foi reavistada
acompanhada de um neonato. A fêmea BG#13 foi identificada como filhote em 1995 e durante os anos de
2001, 2004 e 2008, foi observada com diferentes neonatos. O neonato observado em 2008 ainda
acompanha a fêmea em 2010. A fêmea BG#79 foi observada por dois anos associada com um filhote. Em
2010, a mesma fêmea tem sido observada acompanhada de um neonato e seu filhote mais velho por um
período de três meses. De oito fêmeas identificadas com filhotes entre os anos de 2008 e 2010, seis deram
à luz entre os meses de junho e agosto. O intervalo de nascimentos variou de dois a três anos para os
animais observados. As fêmeas identificadas tiveram uma alta reavistagem e foram observadas criando
seus filhotes ao longo dos anos. Atualmente, a fêmea BG#13 demonstra uma fidelidade de 15 anos ao local
de estudo. A interação apresentada entre a fêmea BG#79 e suas duas crias não havia sido reportada para a
esta população de S. guianensis até o presente. Nos últimos anos, os nascimentos observados entre os
meses de junho e agosto indicam uma sazonalidade de nascimento durante o outono e inverno, padrão não
observado em anos anteriores.

Palavras chave: Boto-cinza, Baía de Guanabara, cuidado parental

Apoio: Termo de Cooperação Técnica PETROBRAS-UERJ-ACPNR (4600 – 271434).

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LEVANTAMENTO DE CETÁCEOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE SANTO ANTÔNIO, RIO


MADEIRA (RONDÔNIA, BRASIL)

Carmo, Nivia A. S. do; Souza, Diogo A. de; Araújo, Claryana Costa; Silva, Vera Maria Ferreira da

Laboratório de Mamíferos Aquáticos, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, Amazonas,


Brasil.

Uma das maiores ameaças aos cetáceos fluviais são os projetos de desenvolvimento e uso das águas,
notadamente hidrelétricas, barragens e hidrovias. O presente trabalho integra o Projeto de Monitoramento
de Fauna do alto rio Madeira, iniciado em 2009, com o objetivo de avaliar os impactos da construção da
UHE Santo Antônio nas populações de mamíferos aquáticos da região. Neste estudo apresentamos dados
sobre a ocorrência e a distribuição das duas espécies de golfinhos registradas: o boto-vermelho (Inia
geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis), ambas classificadas como “dados insuficientes” pela IUCN. A área
de estudo localiza-se no alto rio Madeira, entre os municípios de Porto Velho e Jaci Paraná (RO),
totalizando 226km de monitoramento nos rios Madeira, Jaci e Branco. O levantamento dos cetáceos foi
realizado em março/abril de 2010, período de cheia dos rios, utilizando três metodologias: amostragem por
transectos de banda, observações de ponto-fixo e entrevistas com os moradores ribeirinhos da região.
Foram também incluídas as avistagens feitas fora do esforço amostral. Nos transectos de banda navegou-
se a 10km/h, percorrendo paralelo às margens do rio. Dois observadores ficaram posicionados na proa do
barco utilizando binóculo 8x40, e o terceiro, na popa, olhando para trás para detectar os animais não
registrados pelos observadores primários. As avistagens foram realizadas a uma distância de 50m da
margem, seguindo a metodologia de contagem mínima. A localização dos animais, tamanho e estrutura do
grupo, habitat e profundidade foram registradas. Foram empregados 95h de esforço, totalizando 89
avistagens (157 indivíduos), sendo 78 indivíduos da espécie Inia geoffrensis e 79 indivíduos de Sotalia
fluviatilis. Dentre as avistagens, 74 (83,1%) foram obtidas dos transectos, 12 (13,4%) de ponto-fixo e 3
(3,5%) fora de esforço amostral. Quanto ao conhecimento dos ribeirinhos (n=34), 97% souberam diferenciar
as duas espécies, afirmando que a maior ocorrência de cetáceos no rio Madeira dá-se próximo aos
barrancos, principalmente em áreas de remanso e baixa correnteza. Esta informação corrobora com as
observações de campo, com 64% das avistagens feitas a menos de 20m da margem. S. fluviatilis foi
registrado somente à jusante da represa, pois a cachoeira de Santo Antônio atua como barreira física para a
espécie. Já o boto-vermelho ocorreu também à montante sugerindo que as corredeiras podem não ser uma
barreira efetiva para a espécie como pensado. O monitoramento de cetáceos em áreas de barragem é uma
importante ferramenta para avaliar futuramente as respostas dessas populações isoladas às mudanças
ambientais da região.

Palavras chave: ocorrência, golfinhos de rio, hidrelétrica. 

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LONTRAS, Lontra longicaudis (MUSTELIDAE: LUTRINAE), NA BAHIA, NORDESTE DO BRASIL

Souto, Luciano R. Alardo*; Oliveira, Guilherme Augusto Bortolotto de

Instituto Mamíferos Aquáticos, *luciano.alardo@mamiferosaquaticos.org

Nos vários ambientes aquáticos em que são encontradas as lontras, Lontra longicaudis, tanto de água doce,
como de água salgada, os vestígios indiretos mais característicos são suas fezes. Atualmente, um dos
problemas que dificulta os trabalhos conservacionistas, é o desconhecimento das áreas de ocorrência,
mesmo que dentro dos limites de distribuição da espécie. Na região nordeste, apesar de terem registros já
confirmados nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Bahia, ainda são áreas pouco conhecidas, onde os
dados geralmente são oriundos de trabalhos ocasionais e isolados, sem informações complementares,
dificultando as análises sobre sua distribuição. Este estudo tem como objetivo reportar as ocorrências de L.
longicaudis em bacias hidrográficas na Bahia, entre os anos de 1988 e 2008. Os registros aqui
apresentados foram obtidos através de revisão bibliográfica, resgates a animais vivos, coleta de carcaças,
esqueleto, fezes e pegadas, além de observações diretas no Estado (todos feitos de forma aleatória e
ocasional). Entre os anos de 1988 e 2008, foram coletados 13 espécimes de L. longicaudis, que somando
aos outros dados de coleta indiretos (n=13) e observações (n=3), totalizam 29 registros para a Bahia. A
maior parte das ocorrências foi encontrada no litoral norte (37,93%, n=11), o que se deve provavelmente ao
maior esforço amostral de pesquisadores nessa área. Os rios amostrados dessa região foram de norte para
sul: Cromaí, Pojuca e Capivara. No recôncavo baiano, área que circunda a Baía de Todos os Santos, só
existiam dois registros, os quais foram adicionados à sete novas ocorrências para a região (31,03%, n=9),
englobando os rios: Catu, Tanquinho, Paraguaçu, Dona, Caraipe e Caraipé (esses dois últimos, efluentes
do rio Jaguaribe). Descendo para sul e extremo sul da Bahia, encontramos registros nos rios Contas,
Almada, Maroin, Buranhém e Mucuri, totalizando 31,03% (n=9) das ocorrências. Analisando as áreas de
ocorrências, podemos observar que as lontras estão distribuídas de maneira uniforme na periferia do
Estado, estando presente, inclusive, em nove das 12 bacias hidrográficas compreendidas no litoral baiano,
o que indica possíveis populações e/ou metapopulações de L. longicaudis. Com base nesse trabalho
sugere-se a implantação de estudos sobre a distribuição e bioecologia das lontras na Bahia.

Palavras chave: Lontra longicaudis, distribuição, biologia

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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MONITORAMENTO DA ECOLOGIA DOS GOLFINHOS DA AMAZÔNIA NO PROJETO PIATAM IV


(MANAUS – COARI, RIO AMAZONAS) DURANTE A GRANDE CHEIA DE 2009

Beltran-Pedreros, Sandra1,2; Lugo-Carvajal, Arnold1


1.
UFAM-INPA-CNPq-FINEP-PETROBRAS, Projeto PIATAM IV. Email: beltranpedreros@hotmail.com
2.
Faculdade La Salle Manaus. Bolsista Doutorado FAPEAM.

O monitoramento da ecologia dos golfinhos da Amazônia no Projeto Inteligência Socioambiental Estratégica


da Indústria do Petróleo na Amazônia (Piatam IV) durante a grande cheia de 2009 foi realizado ao longo do
trecho do rio Amazonas entre Coari e Manaus (AM). Percursos em bote para contagens diretas e
observações de comportamento foram realizados em nove áreas. 311 golfinhos (242 Sotalia fluviatilis e 69
Inia geofrensis) foram registrados, a proporção Inia:Sotalia foi significativamente diferente (1:3,5) à da cheia
de 2008 (1:1,45). Ambas as espécies tiveram distribuição semelhante nos ambientes avaliados: 48.3% e
55% no rio; 33.1% e 34% em lago e, 18.6% e 16% em paranás, respectivamente. Os habitats mais
freqüentados por Sotalia foram correntezas (63.6%), margens (28.5%), macrófitas aquáticas (3.7%),
pauzadas (2.5%) e barrancos (1.7%); e por Inia correntezas (47.8%), margens (29%), pauzadas (20.3%) e
macrófitas aquáticas (2.9%). Os comportamentos observados em Sotalia foram deslocamento (50.8%),
alimentação (26,9%), lúdico-deslocamento (11.6%) e lúdico (10,7%); e os observados em Inia deslocamento
(59.4%), lúdico-deslocamento (23.2%), alimentação (11,5%) e formação de creche (5.8%). As densidades
de golfinhos diminuíram significativamente em relação ao ano anterior pelo aumento da área de inundação,
que em alguns locais foi mais do dobro. Para a cheia de 2008 a densidade média geral foi de 0,24 ind/km2
para Sotalia e 0,08 ind/km2 para Inia, enquanto que na cheia de 2009 a densidade média geral foi de 0,018
ind/km2 para Inia e 0,09 ind/km2 para Sotalia. Os tamanhos grupais formados por Inia foram 51,8% para
animais solitários (Tipo I) e 44,4% para pares e trios (Tipo II); no caso de Sotalia 52,8% foram do Tipo II e
42,8% do Tipo I. As tendências nos quesitos avaliados se mantiveram em relação à cheia do ano anterior,
mas vale destacar a drástica diminuição das densidades, em especial de Inia que neste período hidrológico
explora a várzea inundada o que dificultou, ainda mais sua observação e o aumento proporcional de
observação de Sotalia.

Palavras chave: Tucuxi, boto, uso do habitat, comportamento, densidade.

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MONITORAMENTO DE Lontra longicaudis NO RESERVATÓRIO DA HIDROELÉTRICA DE OURINHOS

Artico, Liane de Oliveira; Colares, Elton Pinto

Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas: Fisiologia animal comparada; Instituto de Ciências


Biológicas, Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Laboratório de Zoofisiologia, Rio Grande, Brasil.
email: liartico@gmail.com

A Lontra longicaudis, também denominada lontra neotropical, possui hábito semi-aquático ocorrendo desde
o México até o norte da Argentina, em habitats como florestas, matas ciliares, lagos, rios e regiões
litorâneas associadas a lagoas costeiras. A lontra neotropical é um predador de topo com papel
fundamental na regulação das comunidades, podendo atuar como bioindicador ambiental. O objetivo do
estudo é avaliar a distribuição espaço temporal, a caracterização de vestígios e análise da composição
alimentar da Lontra longicaudis no Reservatório da Hidroelétrica de Ourinhos, Rio Paranapanema, São
Paulo. Foram realizados monitoramentos em outubro de 2009, janeiro, abril e julho de 2010 para coleta de
fezes. A localização dos vestígios foi feita por GPS e a análise da utilização do hábitat e da distribuição
espacial e temporal foi realizada através do coeficiente de atividade (CA= número vestígios/km rio
percorrido). O índice CA encontrado foi de 1,83 (outubro/2009), 1,12 (janeiro/2010), 1,65 (abril/2010) e 2,70
(julho/2010). Em outubro, janeiro, abril e julho foram encontradas 10, 7, 12 e 17 tocas, respectivamente.
Verificou-se um aumento de locais de descanso em abril (2010). A dieta alimentar foi constituída por peixes
com 91,4% (outubro/2009), 100% (janeiro/2010), 85% (abril/2010) e 75% (julho/2010). O filo artrópoda foi
superior a 20% nos meses estudos em 2009/2010. Os outros item (mamíferos e aves) foram inferiores a 6%
e não foi encontrado restos de répteis e anfíbios. A distribuição da lontra no reservatório durante os meses
de coleta demonstrou um agrupamento e sobreposição das ocorrências, podendo indicar um padrão de
territorialismo. Além disso, pode-se observar no mês de julho um aumento no índice CA podendo indicar
maior atividade para ocupação de novas áreas ou aumento no número de indivíduos. O aumento de
vestígios pode ser devido à estabilidade da margem do reservatório, que perpetua nos locais onde as
lontras fazem suas tocas e defecam. Já em janeiro/2010 a variação do nível do reservatório e as chuvas
colaboraram para a diminuição dos pontos de uso de lontras.

Palavras chave: Lontra longicaudis, distribuição, vestígios.

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NOVO PADRÃO DE OCUPAÇÃO DE ÁREA DOS GOLFINHOS-ROTADORES (Stenella longirostris) NO


ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA/PE, BRASIL

Tischer, Marina Consuli1,2; Silva, Flávio José de Lima3; Silva-Jr, José Martins da4
1
Programa de Pós Graduação em Psicobiologia da UFRN
2
Centro Golfinho Rotador
3
Departamento de Turismo/UERN, Natal, RN, 59091065, Brazil.
4
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, Vila do Boldró, Fernando de Noronha, PE, 53990-000, Brazil, Jose-
Martins.Silva-Junior@icmbio.gov.br

Em função da diminuição do tempo de permanência dos golfinhos-rotadores na Baía dos Golfinhos o


Projeto Golfinho Rotador intensificou o esforço amostral nesta região. Este trabalho objetivou caracterizar
um novo padrão de ocupação de área pelos golfinhos-rotadores em Fernando de Noronha. Foram
realizadas observações de ponto fixo no Forte Nossa Senhora dos Remédios em 490 dias, sendo que os
rotadores foram observados na área em 90,20% dos dias de 2008 e em 90,21% dos dias de 2009. Em 2008
o tempo médio de permanência diária foi 3hrs. e 45mins. (DP=2hrs. e 43mins.), enquanto que em 2009 foi
4hrs. e 7mins (DP=2hrs. e 19mins.). Em 2008, o tempo médio diário de permanência dos rotadores na área
foi maior nos meses de janeiro e fevereiro, e menor nos meses de abril a junho. Em 2009, o tempo médio
diário de permanência foi maior nos meses de janeiro a abril e menor nos meses de maio e junho. Os
agrupamentos com mais de 200 indivíduos foram 46,2% dos 675 observados em 2008 e 42,3% dos 656
observados em 2009. Em toda a área de estudo, 70% dos registros em 2008 e 82% dos registros em 2009,
os rotadores estavam em comportamento “deslocamento”. Sendo que na Enseada Entre Ilhas, o
comportamento “parado” foi o mais observado, 61% dos 275 agrupamentos em 2008 e 72% dos 199 dos
agrupamentos em 2009. O tempo de permanência na Entre Ilhas foi superior ao da soma de todas as outras
subáreas de estudo, sendo 66% em 2008 e 58%em 2009. A direção preferencial de deslocamento foi no
sentido da Ilha Rata, com 2.328 registros (79,2%) em 2008 e 1.871 (80,7%) em 2009. A velocidade de
deslocamento foi predominante lenta, com 60,4% (n=1705) dos registros em 2008 e 65,9% (n=1513) em
2009. Estes dados indicam o estabelecimento de um novo padrão de ocupação para Fernando de Noronha,
com tendência anual crescente do tempo de permanência na área.

Palavras chave: Stenella longirostris, Fernando de Noronha, ocupação de área.

Financiamento: Petrobras, CNPq.

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OCCURRENCE OF PINNIPEDS ON THE COAST OF RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL

Moura, J. F.1,2; Siciliano, S.1


1
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Escola Nacional de Saúde Pública, Departamento de Endemias,
Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos).
E-mail: jailsonfm@gmail.com
2
PPG em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ.

The present knowledge of pinnipeds’ distribution is principally based on the location of breeding colonies.
Several species of pinnipeds have shown the ability to undertake long travels to different and unusual
locations, where they are frequently interpreted as vagrants. A total of seven species of pinnipeds are known
to occur along the Brazilian coast: four belong to the family Otariidae and three to the family Phocidae. The
aim of this scientific note is to review the occurrence of pinnipeds along the Rio de Janeiro state with addition
of new records. From 1954 to 2008 a total of 54 records of pinnipeds were reviewed for the coast of Rio de
Janeiro State, ten of them were new records, representing 18.2% of the total. The most common species
registered in the study area was Arctocephalus tropicalis (49.1%; n=27) followed by Mirounga leonina (20%;
n=11). The other species recorded were Lobodon carcinophaga, Otaria byronia, Arctocephalus australis and
Hydrurga leptonyx. From 51 pinniped specimens with information on periods of occurrence, 76.5% (n=39)
were reported during winter, and the other 12 specimens were equally distributed over the three other
seasons. Most Subantarctic fur seals (88%) and southern elephant seals (83%) were males. The majority of
the seals were classified as sexually immature. The seasonal pattern of the seals found in the coast of the
Rio de Janeiro state is related to the intensive northward flux of the Malvinas/Falkland Current during winter.
In addition, the potential to swim long distances together with the lack of physical barriers in the marine
environment could help the dispersion of the seals to distant regions far from their traditional breeding or
feeding regions.

Keywords: pinnipeds, Rio de Janeiro, occurrence

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OCORRÊNCIA DO GOLFINHO-CABEÇA-DE-MELÃO (Peponocephala electra) NA REGIÃO SUDESTE


DO BRASIL

Silva, É. D.1,4; Fortes, R. C.1; Ruthes, A. P.1; Marques, L. V.1; De Godoy, M. L. P.1; Barbosa, M. M. C.1;
Izidoro, F. B.1; Machado, D. A. L.1; Havukainen, L.1; Mattos, T.1; Ferreira, M.2; Cavalcante, M. P.2;
Hassel, L. B.3
1
Ecology and Environment do Brasil Ltda, Rua da Assembléia, 100, 6o andar, Centro, Rio de Janeiro – RJ,
demari99@gmail.com;
2
Shell Brasil Ltda (E&P)
3
AECOM Environment
4
Instituto Aqualie.

A ocorrência do golfinho-cabeça-de-melão (Peponocephala electra) na costa brasileira ainda é pouco


conhecida, especialmente devido aos hábitos oceânicos da espécie e o menor esforço de pesquisa
efetuado em águas distantes da costa. O presente trabalho apresenta dados de ocorrência de P.electra na
Região Sudeste do Brasil coletados entre outubro de 2005 e novembro de 2009, durante a execução de
Programas de Monitoramento da Biota Marinha realizados a bordo das plataformas de perfuração
(Transocean Deepwater Navigator – 335 horas de esforço - e Arctic I) e três navios sísmicos (Western
Patriot – 1600h37min, Geco Diamond – 3013h13min e Western Neptune – 4872h14min). Ao todo foram
registradas 11 avistagens, em latitudes que variaram entre 19°48,535’S (Bacia do Espírito Santo - Vórtice
de Vitória, longitude 038°31,442’W) até 22°27,289’S (Bacia de Campos – talude do Cabo de São Tomé,
longitude 040°16,316’W). O tamanho dos grupos variou entre dois e 60 indivíduos (média=29) e a lâmina
d’água onde os grupos foram observados variou entre 507 e 1.964m (média=1.536m). Em cinco dos 11
registros (45%) foram observadas associações com outras espécies de delfinídeos, sendo em quatro deles
com grupos do golfinho-pintado-pantropical (Stenella attenuata) e em um com o golfinho-de-dentes-rugosos
(Steno bredanensis). Em uma das associações de P.electra e S.attenuata as três espécies estiveram
presentes, mas S.bredanensis não se associou, mantendo distância do grupo misto. Essas três espécies
parecem ser típicas da comunidade de cetáceos do talude do Espírito Santo, uma vez que poços
relativamente próximos foram perfurados em um intervalo de quatro a cinco anos e apresentaram
resultados similares – poço Beluga em 2005 (21°08’38,7’’S 039°54’17,6’’W) e poços Ostra (21°12’31,6’’S
039°39’05,8’’W – 11km de Beluga) e Argonauta (21°12’02,2’’S 039°49’04,1’’W – 25km de Beluga) em 2009.
Os dados aqui apresentados reafirmam a importância do monitoramento ambiental das atividades de óleo e
gás e representam um importante aporte de dados de ocorrência para uma espécie antes considerada
ausente na Região Sudeste do Brasil.

Palavras chave: Peponocephala electra, ocorrência, Região Sudeste.

Contratantes: Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda, PETROBRAS S.A. e Shell Brasil Ltda.

Executora de sísmica: WesternGeco Serviços de Sísmica Ltda.

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OCORRÊNCIA E REAVISTAGEM DE Steno bredanensis (G. CUVIER, 1828) NA COSTA DO RIO DE


JANEIRO

Carvalho, R. R.¹; Bittencourt, L. V. B.¹; Flach, L.²; Laílson-Brito, J. Jr. ¹; Azevedo, A. F.¹

¹ Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro


(MAQUA/UERJ). e-mail: carvalho.ramos@yahoo.com.br

² Projeto Boto-cinza,Rua Santa Terezinha, Vila Muriqui

O presente trabalho reúne informações sobre movimento, reavistagens e comportamento de golfinhos-de-


dentes-rugosos (Steno bredanensis) no litoral do Rio de Janeiro entre os anos de 2006 e 2010. Entre abril
de 2006 e abril de 2008 foram quatro avistagens na Baía de Ilha Grande. Entre novembro de 2009 e julho
de 2010, os grupos foram registrados em quatro saídas que ocorreram na Baía de Guanabara e águas
adjacentes. Durante as saídas, o tamanho de grupo, o número de filhotes, o comportamento, a posição (lat
e long) e a profundidade local foram registradas a cada cinco minutos enquanto os grupos eram
acompanhados. A técnica de fotoidentificação foi aplicada para cada grupo com o objetivo de identificar
todos os animais presentes. No laboratório, o catálogo de fotos, o traçado das nadadeiras dorsais e as
reavistagens foram feitas com auxílio do software Darwin e, pelo menos, duas pessoas acompanharam este
processo. Na Baía de Guanabara e regiões adjacentes, os grupos tinham entre 40 e 50 indivíduos (41,5 ±
6,4), e os grupos permaneceram em profundidades de 13,5 a 35 metros (21,9 ± 6,6). Na Baía de Ilha
Grande os grupos tinham entre 8 e 35 indivíduos (20 ± 13,7) e foram observados em águas com
profundidades de 17 a 23 metros (21 ± 3,5). Os comportamentos apresentados nas duas localidades foram
milling, deslocamento, alimentação e socialização. A fotoidentificação permitiu catalogar 107 indivíduos.
Deste total, 95 animais foram fotoidentificados nas águas próximas à Baía de Guanabara e 28 (26%) foram
reavistados no mesmo local com um intevalo mínimo entre as reavistagens de 16 dias e máximo de oito
meses. Nesta região, nenhum animal foi visto em todos os encontros, nove (8%) foram vistos em três dias,
19 (18%) foram vistos em dois dias e 67 (63%) foram vistos em um dia. Na Baía de Ilha Grande, 19 animais
foram fotoidentificados e apenas um (5,2%) teve sua reavistagem confirmada naquela área. Do total
catalogado, seis (6%) foram fotoidentificados nas duas baías. As reavistagens apresentam uma possível
fidelidade de sítio nos locais estudados e evidenciam um movimento de pelo menos 140 km ao longo da
costa do estado.

Palavras chave: Steno bredanensis, reavistagem, Rio de Janeiro

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OCORRÊNCIA, DISTRIBUIÇÃO E COMPORTAMENTO DO BOTO-CINZA, Sotalia guianensis (VAN


BÉNÉDEN, 1864) (CETACEA, DELPHINIDAE) NO ESTUÁRIO DO RIO VAZA-BARRIS, LITORAL SUL
DO ESTADO DE SERGIPE, BRASIL

Reis, Amanda Nascimento1; Lima, Maisa de Souza1,2; Belo, Vanessa Maria Silva1;
Azevedo, Maili Amorim Lantyer1; Terra, Rodrigo Farias de Carvalho1

1
Instituto Mamíferos Aquáticos – Sergipe. Av. Murilo Dantas, nº300. Bairro Farolândia. UNIT- Universidade
Tiradentes, Campus II. Laboratório de Mamíferos Aquáticos. CEP: 49032-490 – Aracaju - SE. e-mail:
amanda.reis@mamiferosaquaticos.org
2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Programa de Pós-graduação: Mestrado em
Psicobiologia.

As características ecológicas de uma espécie estão intimamente relacionadas aos fatores físicos e
biológicos do ambiente, os quais atuam determinando padrões distintos na ocorrência, distribuição e
comportamento dos animais. Em Sergipe, o boto-cinza, Sotalia guianensis, pode ser encontrado
principalmente nas zonas de estuário. No entanto, existe uma carência de informações mais detalhadas
para esta espécie. Com isso, um projeto de monitoramento foi executado pelo Instituto Mamíferos Aquáticos
durante a construção da ponte Joel Silveira sobre o Rio Vaza-Barris, uma de suas áreas de ocorrência, no
litoral sul do estado de Sergipe. No período de setembro de 2009 a abril de 2010 saídas embarcadas foram
realizadas a partir de duas rotas diferentes: (1) Boca da Barra – Areia Branca e (2) Boca da Barra – Ilha de
Mem de Sá. Os transectos (lineares e em zigue-zague) foram realizados em turnos e rotas alternadas. As
observações ocorreram entre as 8:00h e 17:30h e ao encontro dos animais, procedia-se com o registro
instantâneo a cada 3 minutos durante um período de 30 minutos para cada agrupamento focal avistado.
Nas planilhas de campo registravam-se dados referentes ao local de encontro, número de indivíduos e os
comportamentos expressos pelos animais (forrageio, socialização e deslocamento). Os pontos de início e
término dos transectos foram registrados em um aparelho de GPS 72 Garmin (datum SAD-69) e,
posteriormente, plotadas em carta náutica. Em 97 dias de monitoramento obteve-se 448horas de esforço
amostral. A maior ocorrência foi de setembro a dezembro, com média de 50% de avistagens dentre os dias
de monitoramento. Já de fevereiro a abril, a média foi de 3,65%. Foram registrados 38 agrupamentos
compostos por 2 a 22 animais, sendo que formações de 2 a 7 animais foram mais freqüentes, compostos
por adultos, juvenis e/ou filhotes. Os principais locais de avistagem foram: Boca da Barra com 37,45%
(n=94), Men de Sá com 17,13 (n=43) e Areia Branca com 14,74% (n=37%). O deslocamento foi a atividade
predominante, registrado em 64% do tempo de avistagem dos animais, e pode estar relacionado a migração
dos animais para áreas mais internas do estuário. Em seguida veio o forrageio (23,73%) e por ultimo a
socialização (11,86%). Desta forma, o estuário do rio Vaza-Barris apresenta-se como uma importante área
de ocorrência do boto-cinza e a realização de estudos caracterizando os aspectos ecológicos e
comportamentais certamente ampliarão os conhecimentos sobre a espécie, assim como poderá contribuir
para a sua conservação e dos locais onde ocorre.

Palavras chave: ocorrência, Sotalia guianensis, estuário

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PATRÓN GLOBAL DE LA RIQUEZA DE ESPECIES DE CETÁCEOS: ODONTOCETOS

Herrera, Julio César1,2; Zapata, Fernando A.1; Palacios, Daniel M.3,4


1
Universidad del Valle, Departamento de Biología, Apartado Aéreo 25360, Cali, Colombia.
odobenido@yahoo.com.
2
Fundación Yubarta, Carrera 24 No 4 – 32, Cali, Colombia.
3
Joint Institute for Marine and Atmospheric Research, University of Hawaii at Manoa, 1000 Pope Road,
MSB 312, Honolulu, HI 96822, USA
4
NOAA/NMFS/Southwest Fisheries Science Center, Environmental Research Division, 1352 Lighthouse
Avenue, Pacific Grove, CA 93950-2097, USA

El incremento de la diversidad desde las latitudes altas hacia el ecuador geográfico ha sido reconocido
como uno de los patrones generales de la biodiversidad. En este trabajo se evaluó el patrón global de
riqueza de mamíferos marinos odontocetos no migratorios. Adicionalmente se sometió a prueba la hipótesis
de energía-riqueza de especies, utilizando la temperatura superficial del mar (TSM) como variable
indicadora de la energía disponible. El patrón global de diversidad de odontocetos fue mapeado con base
en la distribución de 64 especies. Para esto, se utilizó un mapa del mundo con una proyección ortográfica
equiárea de Gall-Peters, la cual mantiene la proporción de áreas entre las latitudes bajas y altas. Su efecto
divide el mundo en intervalos de 10 º de longitud y en intervalos variables de latitud, de alrededor de 5º
cerca al ecuador geográfico y de mayor tamaño hacia latitudes altas. La variación latitudinal de la riqueza de
especies no siguió el patrón convencional de disminución de especies desde latitudes bajas hacia latitudes
altas, ya que las latitudes más bajas fueron muy poco diversas mientras que la zona comprendida entre 37 º
N y 37 º S se mostró como una franja homogénea donde en promedio la riqueza de especies fue alta (15-16
especies). La mayor riqueza de especies se encontró alrededor del Cabo de la Buena Esperanza (27
especies), en el Golfo de California y la costa occidental de la Península de Baja California (25 especies), en
la costa del estuario del Río de La Plata (25 especies) y en la costa nororiental de Norteamérica a la altura
de Maine (25 especies). El patrón longitudinal de riqueza de especies fue relativamente uniforme con la
menor diversidad en la banda que coincide con el continente africano y el Oriente del Mar Mediterráneo. La
riqueza de especies de odontocetos por cuadrante estuvo positivamente relacionada con la TSM promedio
(r = 0.74, p < 0,001). Aunque no se realizó ningún ajuste a la autocorrelación espacial es probable que la
correlación encontrada sea menor, sin embargo es clara la tendencia que a medida que aumenta la TSM
aumenta la riqueza de especies de odontocetos. Adicionalmente, se identificó que los sitios con las mayores
riquezas como el Cabo de La Buena Esperanza y el Golfo de California presentan algunas amenazas como
los enmallamientos y las muertes incidentales en redes pesqueras.

Palabras clave: gradiente latitudinal, odontocetos, macroecología.

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PREFERENCIA Y USO DE HÁBITAT DEL MANATÍ ANTILLANO (Trichechus manatus manatus) EN EL


PARQUE NACIONAL RÍO DULCE, IZABAL, GUATEMALA. ESTUDIO PRELIMINAR

Corona, F.

Escuela de Biología. Facultad de Ciencias Químicas y Farmacia. Universidad de San Carlos de Guatemala,
USAC. fabioco112@gmail.com

Durante los años 2007, 2008 y 2010 se realizaron 10 navegaciones a lo largo del Parque Nacional Río
Dulce, Izabal, Guatemala; con un esfuerzo de muestreo de 35.4 hrs. Se observó un total de 22 manatíes
en tres zonas clasificadas en base a las profundidades de la cuenca de Río Dulce. El índice de abundancia
relativa fue de 0.48 manatíes/km2 (DE = 0.39). Se evaluaron los parámetros físicos del agua (profundidad,
turbidez, pH, temperatura y salinidad) con respecto al número de manatíes observados en cada zona: sólo
la temperatura mostró correlación significativa (p > 0.05). Los manatíes mostraron preferencia de uso de
hábitat por dos de las tres zonas clasificadas. Una de estas zonas corresponde al Biotopo para la
Conservación del Manatí (BUCM) por lo que, a medida que se desarrollen trabajos científicos sobre la
población de manatíes dentro del área, se contribuirá a mejorar las estrategias de conservación y manejo
del Biotopo y del Parque Nacional Río Dulce.

Palabras clave: manatí, preferencia, uso de hábitat.

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

PRIMEIRO REGISTRO DE Stenella clymene PARA A REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

Prado, J. H. F.1; Secco H.2; Lemos, H. M.3; Siciliano S.4


1
Universidade Federal de Rio Grande (FURG) – Laboratório de mamíferos marinhos e tartarugas
marinhas. Email: jonatashenriquef@yahoo.com.br
2
Escola Nacional de Saúde Pública / FIOCRUZ, Departamento de Endemias, Grupo de Estudos de
Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos).
3
Escola Nacional de Saúde Pública / FIOCRUZ – Projeto: Monitoramento de praia de aves, quelônios
e mamíferos marinhos da bacia de Campos - RJ
4
Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Centro de Biociências e Biotecnologia,
Laboratório de Ciências Ambientais (LCA).

O golfinho-de-Clymene, Stenella clymene, é um pequeno odontoceto endêmico do Oceano Atlântico


podendo ser encontrado em águas tropicais e temperadas quente. No entanto, a exata distribuição desta
espécie não é muito bem documentada, principalmente na costa Oeste da África e na costa centro-sul do
Atlântico. O maior número de registros desta espécie no Brasil é conhecido para a região Nordeste,
enquanto na região sul há poucos registros. O objetivo deste trabalho foi descrever o primeiro registro de S.
clymene para a costa sudeste brasileira. Em 16 de julho de 2010 foi reportado ao Grupo de Estudos de
Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos) um pequeno cetáceo posteriormente identificado
como S. clymene na praia de Tatagiba, São Francisco do Itabapoana (21025’19.07’’S, 41000’30.31’’O),
extremo norte do estado do Rio de Janeiro. Para correta classificação foram observados aspectos
morfológicos (arqueamento e fusão medial dos pré-maxilares), morfométricos (comprimento côndilobasal =
41,1mm) e merísticos (44 pares de dentes na maxila e na mandíbula; 73 vértebras). Tratava-se de um
indivíduo macho adulto (ossos cranianos fusionados) com o maior comprimento já registrado para a
espécie, 202 cm, em avançado estágio de decomposição (código 4).). A área de distribuição de uma
determinada espécie de cetáceo é delineada, principalmente, por meio de cruzeiros oceanográficos,
sobrevôos e registros de encalhes. Em virtude do golfinho-de-Clymene habitar regiões oceânicas de águas
profundas tais informações tornam-se difíceis de serem obtidas. Nestas localidades observam-se um menor
número de cruzeiros oceanográficos e de sobrevôos destinados para avistagem de cetáceos devido ao alto
custo e difícil logística. Além disso, espécies que habitam regiões afastadas da costa possuem menor
probabilidade de encalhar na praia em relação aquelas que habitam regiões mais próximas a costa. Desde
1992 grupos de estudo de mamíferos marinhos vem atuando na costa do Rio de Janeiro, no entanto,
nenhum registro de encalhe desta espécie foi reportado até o presente momento. A maior quantidade de
registros de S. clymene para a região Nordeste do Brasil, comparado com a região Sul do país pode estar
atrelado ao fato da plataforma costeira na região Nordeste ser mais estreita, o que facilitaria a obtenção de
registros desta espécie. É importante ressaltar que a plataforma continental do Brasil alarga na direção
Norte/Sul, diminuindo as chances de obter registros desta espécie. Portanto para real conhecimento da
distribuição de espécies oceânicas é necessário a intensificação de campanhas oceanográficas e/ou
sobrevôos, além dos monitoramentos de praia.

Palavras chave: Stenella clymene, Distribuição, Monitoramento de praia.

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

PRIORITY AREAS FOR ANTILLEAN MANATEE CONSERVATION ON THE EAST COAST OF CEARÁ
AND WEST COAST OF RIO GRANDE DO NORTE STATES

Campos, Thaís Moura1*; Choi, Katherine Fiedler1; Meirelles, Ana Carolina Oliveira de1;
Silva, Cristine Pereira Negrão1; Campos, Alberto Alves1; Costa, Thiago Emanoel Bezerra da2,3
1
Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos – Aquasis. *thais@aquasis.org
2
Projeto Cetáceos da Costa Branca – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
3
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia – Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

The Antillean Manatee, Trichechus manatus manatus, is the most endangered marine mammal of Brazil.
Current population estimative ranges between 200 to 500 animals, showing signals of decline. Classified as
“CR” in the Brazilian Red List and “EN” in the IUCN Red List, the species is a high priority conservation
target in the country. The west coast of Rio Grande do Norte (RN) and the east coast of Ceará state (CE)
comprises the major area of manatee calves’ strandings, the mainly threat to the species. This work
gathered basic information about the species in this key region in order to determine priority areas for
manatee conservation. The methodology was adapted from The Nature Conservancy (“Priority Setting Step
of Conservation by Design”), which identifies high priority places and ensure biodiversity conservation. The
study area is located between Beberibe city (CE) and Touros city (RN), with 500km of extension, divided in
83 coastal communities, with the presence of six estuaries. Each community was analyzed separately,
according to the presence of manatee ecological attributes, i.e., manatee occurrence, presence of seagrass
meadows, freshwater sources and birth areas. Also, these attributes were classified according to its current
condition, vulnerability and abundance. Data gathered produce a raking of the communities, with an
asymmetric continuum between suitable areas and those with absence of any of the ecological attributes.
Results demonstrated that 48,2% of the communities has a high level of ecological importance for the
species. A map with priority areas for manatee conservation was elaborated, with 17 blocks of different
priority levels distributed in the study area, between extremely high, very high and high priority areas. The
coast between eastern of Aracati (CE) and western of Icapuí (CE), Areia Branca coast (RN) and São Miguel
do Gostoso and Touros coast (RN) are the highest priorities areas for manatee conservation in the region.
They all have manatee ecological attributes, but differ on the intensity of threats, which should address
different strategic actions in each local. The next step to the Antillean Manatee conservation plan in the area
will be identification of priority actions, time scale and actors, addressing them for each community studied,
according to manatee threats and degree of priority.

Keywords: manatee, priority areas, conservation.

Acknowledgments: This study was conducted by Aquasis and was sponsored by the Fundação O Boticário
de Proteção à Natureza and Rufford Small Grants for Nature Conservation. The project had the collaboration
of SESC/CE, Projeto Cetáceos da Costa Branca/UERN and Centro Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio).

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
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REGISTRO DE NOVA OCORRÊNCIA DE ENCALHE DE CACHALOTE ANÃO, Kogia sima (OWEN,1866)


NO LITORAL DE SÃO PAULO, BRASIL

Moura, L. I.1,2; Nascimento, do C. C.1,3; Reisfeld, L.1,2; Vicente, A.4; Bertozzi, C. P.1,3
1
Projeto Biopesca - carolinabertozzi@hotmail.com
2
Aquário de São Paulo - laura@aquariodesaopaulo.com.br
3
Centro Universitário Monte Serrat, Unimonte – claudia.nascimento@unimonte.br
4
CEEMAM - vicente.afc@gmail.com

O cachalote anão, Kogia sima é a menor espécie de cetáceo chamada de “baleia”, pode ser encontrado nas
águas pelágicas dos mares tropicais, subtropicais e temperados dos hemisférios norte e sul. Registros de
encalhes de Kogia sima são reportados em diversos pontos do litoral como na Nova Escócia, Golfo do
México, Canadá, Portugal, Equador, Antilhas, França e Japão suportando a noção de uma ampla
distribuição desta espécie no mundo. Na costa brasileira, embora registros confirmem a distribuição de
Kogia sima desde o Rio Grande do Sul até o Ceará, ainda pouco se conhece sobre a biologia da espécie
em águas brasileiras, sendo esta classificada na categoria dados deficientes da IUCN. Para o Estado de
São Paulo há documentado apenas o encalhe de 3 exemplares, um no litoral norte e os demais no litoral
central. O objetivo deste trabalho é adicionar um novo registro de encalhe de Kogia sima para o litoral do
Estado de São Paulo. No dia 04 de julho de 2009, um exemplar de cachalote anão, fêmea juvenil de 183
cm, encalhou na praia do Forte, Praia Grande, São Paulo (24º00´S 46º24´W). O animal foi encontrado com
vida por populares, porém foi a óbito logo em seguida. O exemplar foi necropsiado, seguindo protocolo do
Projeto Biopesca, com a finalidade de coleta de amostras biológicas. Este encalhe corrobora com a
distribuição já descrita para Kogia sima encontrada em literatura. Os encalhes de Kogia sp. vem sendo
atribuídos à doenças degenerativas do coração e/ou problemas pulmonares como pneumonia. Amostras
biológicas estão sendo analisadas para verificação da causa mortis deste exemplar.

Palavras chave: Kogia sima, encalhe e distribuição.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

RESULTADOS PRELIMINARES DA FOTOIDENTIFICAÇÃO DE BOTOS-CINZA (Sotalia guianensis)


(VAN BÉNÉDEN, 1864) NO LITORAL DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL

Morais, Bianca Cruz1,2; Assis, Carla Viviane de1,3; Le Pendu, Yvonnick1,3


1
Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos de Ilhéus. Autor para correspondência:
biancamorais.biologia@hotmail.com
2
Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil
3
Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil.

O boto-cinza é um pequeno delfinídeo habitante de áreas estuarinas e costeiras ao longo da costa atlântica,
desde Honduras até o Estado de Santa Catarina no Brasil. A fotoidentificação é um método que vem sendo
utilizado como alternativa para a captura, marcação e recaptura em cetáceos. O objetivo deste trabalho é
elaborar o primeiro catálogo de botos-cinza para o litoral de Ilhéus, verificar a fidelidade de área ao Porto de
Ilhéus e comparar os animais identificados nesta área com os de outras áreas do litoral de Ilhéus. Foram
analisadas 7589 fotografias digitais tiradas entre Agosto de 2007 e Junho de 2008 e entre Setembro de
2009 e Junho de 2010, com aproveitamento de 34,6%. 80% das coletas foram realizadas a partir do ponto
fixo no Porto, as demais durante saídas embarcadas entre a Baía do Pontal e o Porto. 70 botos foram
identificados, sendo 53 em 2007/2008 e 45 em 2009/2010, dos quais 28 eram recapturas de 2007/2008. A
curva cumulativa não estabilizou, indicando que indivíduos residentes em Ilhéus ainda não foram todos
identificados. Nove botos registrados no Porto também foram fotografados na Baía do Pontal ou nas suas
proximidades. Era esperado que os mesmos animais freqüentassem ambas as áreas distantes, de 4 km.
Contudo, é necessário um maior esforço amostral no Pontal para definir qual proporção desta população
usa ambas as áreas. A espécie apresentou uma fidelidade a área de 81,7% ao molhe do Porto. A maior
fidelidade de área individual foi de 58,3%: apenas oito indivíduos apresentaram valor superior a 15%. A
reavistagem de alguns indivíduos em várias áreas do litoral ilheense e os baixos graus de fidelidade de área
ao porto para a maioria dos indivíduos indicam (1) que a área de vida dos indivíduos ainda não foi
amostrada completamente e (2) demonstra a necessidade de continuar a fotoidentificação dos botos-cinza
em todo o litoral do município de Ilhéus, onde obras industriais de grande porte são projetados.

Palavras chave: marcas naturais, fidelidade de área, Porto

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

SITUAÇÃO DE UM EXEMPLAR DE PEIXE-BOI MARINHO NO LITORAL DO ESTADO DE SERGIPE,


BRASIL

Reis, Amanda Nascimento2; Terra, Rodrigo Farias de Carvalho2; Oliveira, Eduardo Costa2;
Foppel, Ernesto Frederico da Costa2; Oliveira, Aline Garcia Alves4; Domingos, Breno Lordello5;
Santana, Carolina Albuquerque4; Brandão, Igor Macedo5; Silva-Júnior, Josué Cândido da1;
Azevedo, Maili Amorim Lantyer2; Lima, Maisa de Souza1; Belo, Vanessa Maria Silva2;
Ferrari, Stephen Francis3; Jesus, Adolfo Hubner de1,2
1
Projeto Mamíferos Marinhos / Instituto Mamíferos Aquáticos
2
Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos / Instituto Mamíferos Aquáticos. e-mail:
sergipe@mamiferosaquaticos.ogr
3
Departamento de Biologia / Universidade Federal de Sergipe
4
Universidade Federal de Sergipe
5
Universidade Tiradentes.

No Brasil, as populações remanescentes de peixe-boi marinho Trichechus manatus manatus estão


distribuídas entre os estados do Amapá a Alagoas, entretanto, existem áreas de descontinuidade nos
estados de Alagoas, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Pará. São mamíferos de vida longa, mas de baixa
taxa reprodutiva, e extremamente vulneráveis a atividade antrópica iniciada desde a época colonial, como a
caça, pesca, navegação e perda de habitat. Devido a esses fatores é considerado o mamífero aquático
mais ameaçado de extinção no Brasil, constando na Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de
Extinção. Em 1994, os peixes-boi “Astro” e “Lua” foram os primeiros animais reintroduzidos no Brasil. Desde
1998, “Astro” tem apresentado um alto grau de residência para o litoral sul do estado de Sergipe, sendo
monitorado pelo Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio). Desde 2005, o Instituto Mamíferos
Aquáticos (IMA) vem coordenando esses monitoramentos no litoral do estado, em parceria com o
CMA/ICMBio. Este trabalho tem como objetivo relatar os impactos antrópicos observados durante o
monitoramento de um exemplar de peixe-boi marinho no extremo sul da ocorrência da espécie, entre os
meses de dezembro de 2005 e abril de 2010. Para monitoramento dos animas, houve uma freqüência
mínima de duas saídas semanais acompanhadas do monitor e de técnicos do IMA. O animal foi monitorado
por um transmissor VHF preso a um cinto colocado no pedúnculo. Durante o monitoramento, foram
realizadas avaliações do estado geral de saúde do animal e todas as marcas associadas a ações antrópicas
foram registradas. Alguns indícios de interações antrópicas negativas com o peixe-boi “Astro” foram
observados no litoral de Sergipe: 13 (68,42%) lesões condizentes com atropelamento por embarcações; e
outras seis (31,58%) possivelmente provocadas por remos, objetos perfuro-cortantes e outros instrumentos
similares. Além dessas, também foi registrado o fornecimento de alimentos errôneos oferecidas por turistas
e ribeirinhos. Com esses resultados, verificamos a necessidade da continuidade de tais monitoramentos,
além da realização de ações de conscientização junto às comunidades ribeirinhas e donos de
embarcações. Apesar do que fora observado, o litoral sul de Sergipe se apresenta como uma área para
futuros planos de reintrodução, uma vez que ainda apresenta estuários bem conservados e com recursos
ecológicos favoráveis, fundamentais para ocupação e permanência da espécie. A implementação de áreas
de proteção para a espécie, juntamente com a reintrodução de novos indivíduos na região, são ações que
poderão contribuir para que áreas de ocorrência históricas possam ser repovoadas.

Palavras chave: Peixe-boi, interações antrópicas, reintrodução.

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

USO DE ÁREA E PADRÃO DE RESIDÊNCIA DE Sotalia guianensis (VAN BÉNÉDEN, 1864) NA


REGIÃO DO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL

Domit, Camila1; Rosa, Liana1; Sasaki, Glaucia1; Rosso-Londoño, Maria Camila1; Gaudard, Aliny1,2;
Barros, Luana C. W.1,3; Kiemo, Erika1,3; Montanini, Gleici1,3; Yurk, Evelyn1,3
1
Laboratório de Ecologia e Conservação/ Mamíferos e Tartarugas marinhas (LEC), Centro de Estudos do
Mar, Universidade Federal do Paraná – Cx. Postal 50.002, Pontal do Paraná, PR, Brasil.
cadomit@gmail.com
2
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais, Universidade Federal de
Uberlândia – Uberlândia, MG, Brasil;
3
Graduação em Oceanografia Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná – Cx. Postal
50.002, Pontal do Paraná, PR, Brasil.

A população de Sotalia guianensis que utiliza a região do Complexo Estuarino de Paranaguá (CEP) vem
sendo estudada desde 2006. Grupos de boto-cinza foram fotografados com o objetivo de identificar os
animais e os pares de adulto e filhote, além de avaliar o padrão de distribuição e a fidelidade dos indivíduos
à área. O CEP tem 612km2 e para este estudo a área foi dividida em oito setores, os quais foram
percorridos mensalmente utilizando uma embarcação ou amostrados a partir de ponto fixo em terra. Em
análise prévia dos dados foram avaliadas 20.660 fotos, coletadas em 67 dias de amostragem, as quais
foram realizadas entre novembro de 2006 e julho de 2010. Foram amostradas todas as estações do ano e
todos os setores, porém não de forma homogênea. Neste período foram identificados 89 indivíduos, dos
quais 61% foram avistados pela primeira vez em 2008 e 30% em 2010. Entre os identificados, 67% foram
registrados apenas uma vez e em um único setor, 10% foram reavistados, mas apenas em um setor (1–17
reavistagens) e 23% foram reavistados em ao menos dois setores diferentes (1-30 reavistagens). Prováveis
fêmeas com filhote representam 12% dos indivíduos amostrados e uma fêmea foi avistada por todo o
período entre 2006 e 2010 (30 reavistagens). Dos animais identificados, 16% foram registrados anualmente,
no período de 2008 a 2010, e 7% foram avistados entre 2009 e 2010. Cinco animais identificados entre
2004/2005 foram reavistados, sendo três animais em 2008 e dois em 2010. A maioria dos animais com
marcas e cortes foi identificada na Baía das Laranjeiras (39%), seguida pela Baía de Paranaguá (26%).
Entre os animais reavistados, 43% foram observados em mais de uma estação no mesmo ano e 57% entre
diferentes anos (seis animais estiveram todos os meses e anos amostrados). Dois indivíduos registrados no
setor “Ilha das Peças” em 2004/2005 foram reavistados em setores adjacentes (Baías das Laranjeiras e
Desembocadura Norte) e três animais identificados na região de Cananéia, sul do Estado de São Paulo
(2004/2005), foram avistados nas Baías de Pinheiros e Laranjeiras, entre 2008 e 2010. O catálogo de
animais identificados ainda está em elaboração, mas os resultados prévios demonstram que toda a região
do CEP é utilizada pelos botos e há animais residentes (até 6 anos), além de evidenciar o movimento dos
animais entre diferentes setores ao longo do ano e entre baías adjacentes.(ex. Cananéia, SP).

Palavras chave: Residência, movimento, boto-cinza, Paraná

Agradecimentos: Cetacean Society International; Terminal de Contêineres de Paranaguá; IPeC; CNPq.

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XIV Reuunião de Trabalho de Especialiistas em Mamífeeros Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congressso da Sociedade
e Latinoamericaana de Especialistas em Mamífferos Aquáticos (SOLAMAC)
F
Florianópolis SC), 24 a 28 de outubro de 2010
(S

FOTO-IDEN
NTIFICACIÓ
ÓN DE LA BA
ALLENA JO
OROBADA EN
E UNA NUE
EVA ÁREA D
DE ALIMENT
TACIÓN EN
LATITUDES MEDIA
AS DE NORP
PATAGONIA
A, CHILE

Haro, D..1; Hucke-Ga


aete, R.1,2; Ag
guayo-Lobo, A.3; Acevedo, J.4; Torress-Florez, J. P
P.1,5; Montec
cinos, Y.1;
1 1
Ruizz, J. ; Viddi, F.
F A.

1
Centro Baallena Azul (C
CBA), Institutto de Ecología y Evolució
ón, Universid
dad Austral d
de Chile, Cas
silla 567,
Valdivia, Ch
hile. daniela.haro.diaz@g gmail.com; ro
odrigo.huckee@ballenazul.org; kakealexa@gmail.com;
jorge.ruiz@
@ballenazul.org
2
Instituto de
e Ecología y Evolución, Universidad
U Austral de Chile,
C Casilla 567, Valdivia
a, Chile.
3
Instituto An
ntártico Chile
eno (INACH)), Departame
ento Científic
co. Plaza Mu
uñoz Gamero
o 1055, Punta Arenas,
Chile. aaguuayo@inach.cl
4
Fundación
n Centro de Estudios
E del Cuaternario (CEQUA). Avda.
A Bulness 01890, Pun
nta Arenas, Chile.
C
jorge.aceve
edo@cequa.ccl
5
Programa de Doctorad do en Ciencia as, Instituto de d Austral de Chile,
d Ecología y Evolución,, Universidad
Casilla 567,, Valdivia, Ch
hile. j.p.t@ro
ocketmail.com m

Las ballenaas jorobadass (Megaptera a novaeangliiae) que se desplazan


d p el margen
por n oriental de
el continentee
sudamerica ano son cono ocidas como la población n del Pacífico
o Sur Orienttal (Stock G). Por registro os históricoss
y más recieentemente po or estudios de
d foto-identtificación y análisis
a genééticos, se connoce que se e reproducen n
durante el invierno
i austral en agua as de Ecuador, Colombia a, Panamá y Costa Rica a. Posteriommente migran n
durante el verano austral a la costta occidenta al de la Península Antárrtica y a las aguas del Estrecho de e
Magallaness en donde se e alimentan. Sin embargo, investigac ciones recien
ntes han esta ablecido la ocurrencia de e
una tercera a área de alimentació ón para las ballenas jorobadas del d Pacífico Sur Orienttal, ubicada a
específicammente en agu uas del golfoo Corcovado (43º - 44ºS) y boca norrte del canal Moraleda (4 44ºS), Chile..
Con el fin de indagar acerca de las l relacionees poblacion nales de esttas ballenass con otras del Pacífico o
Sudeste, el presente esstudio analizó ó fotografías de ballenas jorobadas obtenidas
o enttre los años 2003 y 2010 0
en la zona del golfo Co orcovado. Se foto-identificaron un to otal de 47 inndividuos en n el área de estudio. La a
residencia promedio
p mínimo fue de e 15 días en n el área (n==13 animale es) y la tasa de retorno fue de 31% %
(n=10 animales) para to odos los años de estudio o. El catálogo
o de foto-idenntificación de
e aletas caud dales (n=32))
se comparó ó con el cattálogo fotogrráfico de ballenas joroba adas registraadas en el e estrecho de Magallaness
(n=101), noo encontránd dose ningún n individuo en e común en ntre ambas zonas. Se o observó que e existe una a
diferencia significativa
s (p= 0,03) en la coloración n ventral de las aletas caaudales, pressentando los s ejemplaress
del golfo Corcovado
C alletas caudales significattivamente másm oscuras que las de aquellos individuos dell
estrecho dee Magallaness. Los resulta ados obtenid dos a la fechaa permiten postular
p que el golfo Corccovado sería a
un área de alimentación n diferenciad
da para una fracción de la población n de ballenas jorobadas del Pacífico o
Sur Orientaal y se hace fundamental
f resolver el destino
d y orig
gen de estoss individuos ccon el fin de comprenderr
las relacion
nes poblacio onales existeentes en estte márgen oceánico.
o Fin
nanciamiento o: Wildlife Conservation
C n
Society; Unniversidad Au ustral de Chile, CONICYT T-Chile, Fundación Avina a, Whale and d Dolphin Co onservationss
Society, WWWF, Rufford Small Grantts Foundation n, Whitley Fuund for Nature, Gobierno o Regional de Los Lagoss
y CONAMA A a RHG.

Palabras cla G Golfo Corccovado; identtidad poblacional


ave: Stock G;

Socciedade Latinoamericana de Esspecialistas em Mamíferos Aqu


uáticos – SOLAM
MAC
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AVISTAMENTO DE BALEIA JUBARTE (Megaptera novaeangliae) NO BANCO DOS ABROLHOS,


BAHIA, NO INVERNO DE 2007

Delchiaro, R. T. C.¹; Barbieri, E.²

¹ Programa de Pós Graduação do Instituto Oceanográfico da USP, Departamento de Oceanografia


Biológica. Praça do Oceanográfico, 191 – 05508-900 – São Paulo- SP. rupdelchiaro@gmail.com

² Instituto de Pesca- Apta- SAA/SP. Caixa postal 61. Cananéia 11990-000. São Paulo-SP.
edisonbarbieri@yahoo.com.br

A baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) é uma espécie cosmopolita, realiza grandes migrações anuais.
Alimenta-se em regiões de baixas latitudes no verão e outono e no inicio do inverno migram para regiões
de altas latitudes para reprodução. O Banco dos Abrolhos é a principal área de reprodução da espécie no
Atlântico Sul Ocidental. O objetivo deste trabalho foi registrar os avistamentos das jubartes durante o
cruzeiro do navio Prof. Besnard para o projeto “Produtividade, sustentabilidade e utilização do ecossistema
do Banco dos Abrolhos- Proabrolhos”. Os registros foram realizados ente os dias 23 de julho e 09 de agosto
de 2007, totalizando 144 horas de observação. Simultaneamente coletou-se dados ambientais como
temperatura da superfície da água, velocidade, direção do vento e profundidade. Os grupos foram
acompanhados para garantir que não houvesse dupla contagem. A distância entre as avistagens e o navio
foi de 400 metros, com ângulo de visão de 180 graus. Os dados (latitude, longitude e número de baleias)
foram plotados em mapa da região através do programa Golden Software Surfer 8 para melhor
interpretação. Avistou-se 57 grupos, com média de 2,07 ind/grupo, totalizando 116 baleias. Destes, 39%
apresentavam apenas um indivíduo, 37% dois e 24% estavam em grupos 3 ou mais espécimes. A estrutura
social da jubarte é caracterizada por grupos pequenos e instáveis, geralmente apresentam indivíduos
solitários, em duplas ou trios. Porém no período reprodutivo é comum encontrar grupos com 3 ou mais
indivíduos que representam vários machos competindo por uma fêmea madura ou uma fêmea com filhote e
mais de um escorte. As profundidades de ocorrência variaram entre 20 e 4000 metros sendo que 86,20 %
encontraram-se em profundidades menores de 100 metros. As áreas de reprodução da jubarte estão
geralmente relacionadas a regiões próximas a ilhas e/ou recifes de corais, além disso, locais de baixa
profundidade são preferenciais para fêmeas com filhotes, pois facilitam o parto e amamentação. Fica
evidente a importância do Banco dos Abrolhos, pois possui características físicas adequadas para
reprodução da jubarte, logo esse ecossistema como um todo deve ser protegido.

Palavras chave: Abrolhos, Baleia Jubarte.

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EXISTE DIFERENÇA NO PADRÃO DE DESENVOLVIMENTO DE FILHOTES DE PEIXES-BOIS


MARINHOS (Trichechus manatus) NASCIDOS EM CATIVEIRO E DOS RESGATADOS NO LITORAL
NORDESTE BRASILEIRO?

Borges, João Carlos Gomes1; Freire, Augusto Carlos da Bôaviagem2;


Attademo, Fernanda Loffler Niemeyer2; Anzolin, Daiane Garcia3; Severo, Magnus Machado4;
Serrano, Inês de Lima4; Carvalho, Paulo Sérgio Martins de3; Vergara-Parente, Jociery Einhardt1
1
Fundação Mamíferos Aquáticos (joao@mamiferosaquaticos.org.br)
2
Universidade Federal Rural de Pernambuco
3
Universidade Federal de Pernambuco
4
Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio.

Baseados na premissa de que as dietas e o manejo empregado em cativeiro contribuem para a definição do
crescimento animal, este trabalho teve como objetivo analisar a diferença entre o padrão de
desenvolvimento dos filhotes de peixes-bois marinhos nascidos em cativeiro e filhotes resgatados mantidos
em reabilitação. Foram utilizados os dados obtidos nas biometrias, realizadas até o 24° mês, de 38 filhotes,
sendo estes machos (n=22) e fêmeas (n=16), dos quais 29 foram resgatados no litoral nordestino (Grupo I).
Nove espécimes nasceram em cativeiro e permaneceram com as genitoras (Grupo II). Os animais do grupo
I foram alimentados com dieta à base de leite em pó deslactosado ou proteína isolada de soja, diluída em
água mineral e fornecida em mamadeiras, sendo em algumas ocasiões adicionados suplementos
alimentares. Além disto, foram ofertados capim-agulha e algas marinhas diariamente. Para os animais do
grupo II, a base alimentar foi amamentação ad libitum em suas genitoras, recebendo ainda capim-agulha,
algas marinhas, verduras, legumes e frutas em algumas ocasiões. Para as análises estatísticas foram
comparados valores de incremento de peso e comprimento total nos grupos I e II ao final de cada ano. Em
relação ao peso, foi constatado que no primeiro ano ocorreu um incremento médio de 53.50 ± 38,54 kg
(média ± desvio padrão) no grupo I e de 106,87 ± 47,21 kg no grupo II, sendo ambos estatisticamente
diferentes (Teste t student, p=0.0025). Dos 13 aos 24 meses não foi verificada diferença significativa no
crescimento. Considerando-se o período total de 1 a 24 meses, a diferença foi significativa (Teste t student,
p=0.0369), e o incremento de peso médio no grupo I foi de 112,70 ± 50,25 kg e no grupo II foi de 174,87 ±
58,98 kg. Um padrão semelhante ocorreu com o comprimento total, onde no primeiro ano, os animais do
grupo I cresceram 34,81 ± 17,94 cm (média ± desvio padrão) e os do grupo II cresceram 83,77 ± 28,25 cm,
havendo diferença significativa (Teste t, p<0.001). O crescimento não apresentou diferença significativa dos
13 aos 24 meses. Ocorreu diferença significativa considerando-se o período total de 1 a 24 meses (Teste t,
p<0.001), sendo que o grupo I cresceu 71,53 ± 19,28 cm e o grupo II cresceu 113,58 ± 23,64 cm. Desta
forma, os animais nascidos em cativeiro apresentaram os melhores desenvolvimentos, sendo o
comprimento total e o peso bons indicadores para o acompanhamento de filhotes de peixes-bois marinhos.

Palavras chave: Sirênios, peso, desenvolvimento.

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

FIRST REPORT OF A SCHISTOSOMUS REFLEXUS-LIKE CONGENITAL DEFECT IN A CETACEAN:


TWO CASES IN Sotalia guianensis

Marigo, J.1; Cunha, H. A.1,2; Flach, L.3; Azevedo, A. F.1; Lailson-Brito, J.1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Biodindicadores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(MAQUA-UERJ). Email: juliana@marigo.com.br
2
Laboratório de Biodiversidade Molecular, Dept. de Genética, Inst. de Biologia,Universidade Federal do Rio
de Janeiro(UFRJ)
3
Projeto Boto cinza. Rua Santa Terezinha 531- 90, Vila Muriqui, Mangaratiba, Rio de Janeiro.

Schistosomus reflexus (SR) is a rare type of fetal monstrosity seen primarily in cattle. This fatal congenital
syndrome is characterized by the incomplete closure of the ventral body wall, presence of exposed
abdominal and sometimes thoracic viscera (schistosomus), and marked spinal inversion producing a
distinctive ventral convex curvature (reflexus). The precise aetiology of the syndrome and its pathogenesis
are still unknown. On 2010 two pregnant Sotalia guianensis were found dead in Sepetiba Bay, Rio de
Janeiro, Brazil. The first female (MQ 298, 183cm TBL) was fresh dead (Code 2), and presented no external
lesions. Abdominal dilatation, presence of cervical tampon embedded into the cervix and colostrum indicated
late pregnancy. Peritonitis was evidenced by the presence of blood in the abdominal cavity and fibrin over
the liver and stomach. The uterus was enlarged by the presence of a foetus, and no liquids were found
within the placenta. The 79cm-long male foetus (MQ 299) was moderately decomposed (Code 3) presenting
herniation of the intestines through a fissure in the abdominal wall. The second pregnant female (MQ311,
187cm TBL) was found moderately decomposed (Code 3) also presenting fibrin over its liver but no other
internal lesions were observed. The 80cm-long female foetus (MQ312) was moderately decomposed with
the abdominal cavity open and external appearance very similar to the first one. Once again no liquids were
found within the placenta, the internal organs had normal development and the absence of spinal defect was
confirmed through x-ray of the vertebral column. The majority of animals found dead in Rio de Janeiro are
mature S. guianensis incidentally captured in fishing nets; however, neither of the females had lesions
compatible with entangling. In both cases, taking into consideration the advanced decomposition of the
foetuses when compared to their mothers, coupled with their signs of peritonitis,,we assume that the
foetuses died prior to their mothers and caused an infection that could have been their cause of death. This
is the first report of a SR-like congenital defect in cetaceans. We believe this syndrome went unnoticed so far
in cetaceans due to the fact that strandings of pregnant females are relatively rare, and even rarer are fresh
carcasses that would enable the diagnostic of SR.

Keywords: Schistosoma reflexum, Body wall defect, Fetal monstrosity

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XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

SKIN DISEASES CAUSED BY VIRUS IN DOLPHINS FROM THE COAST OF CEARÁ, NORTHEASTERN
BRAZIL

Carvalho, Vitor Luz; Meirelles, Ana Carolina Oliveira de

Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos – AQUASIS (vitorluz@yahoo.com.br)

Skin diseases caused by viruses affect several cetacean species from various habitats. Virus belonging to
the families Caliciviridae, Herpesviridae, Papillomaviridae and Poxviridae are the main etiologic agents
involved. In the South Atlantic, poxvirus infections were reported for Sotalia guianensis, Stenella frontalis and
Pontoporia blainvillei in Rio de Janeiro, and S. guianensis in Paraná. The aim of this study is to report the
occurrence of skin diseases caused by virus in dolphins from the coast of Ceara. Skin lesions were observed
in Stenella longirostris, Lagenodelphis hosei and Peponocephala electra stranded alive, and in S. guianensis
photoidentified in Mucuripe Embayment, Fortaleza. The three stranded animals died and fragments of
lesions were collected, fixed in 10% formalin, subjected to the conventional method of preparation of
histological slides and stained with hematoxylin-eosin. The age class was estimated based on the total
length. Two to five gray lesions, circular or irregular, with dark border and a central portion of dotted or
wrinkled appearance, measuring 1-3 cm were found in the head and lateral abdominal region of S.
longirostris and the pectoral fin of L. hosei. Nodular lesions, spare, circular or elliptical, measuring from 0.3 to
2 cm, were observed on the lips of S. longirostris and ventral abdominal region of P. electra. The specimens
were juveniles, belonging to both sexes. Microscopically, both types of lesions were characterized by
extensive formation of vacuoles of various sizes, which sometimes displaced the nucleus and harbored small
irregular and eosinophilic corpuscles. In the photographed S. guianensis, an adult of unknow sex, an
extensive lesion, with irregular dark boundary and the central region more clearly was observed in the lateral
thoracic region. The pathological findings are representative of "tattoo skin disease” (TSD) in three animals
and “ring skin disease” (RSD) in two animals, both caused by a poxvirus. In general, the TSD does not
compromise the individuals health, but the appearance and regression of lesions may overlap with other
diseases and is associated with poor water quality, indicating a relationship with immunosuppression.
Juveniles are most affected and there is no evidence of correlation with sex, findings in this work. The
occurrence of TSD, as well as its high prevalence in some dolphin populations is related to degraded
environments, and can be used as a visual indicator of the health status of animals and ecosystems.

Keywords: skin diseases, pox virus, tattoo skin disease

Aquasis’ Marine Mammal Conservation Program is supported by Programa Petrobras Ambiental and SESC
Ceará

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ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS PULMONARES EM GOLFINHOS ENCALHADOS NO LITORAL DO


ESTADO DO PARANÁ, SUL DO BRASIL*

Domiciano, I. G.1,2; Domit, C.2; Bracarense, A. P. F. R. L.1


1
Laboratório de Patologia Animal. Universidade Estadual de Londrina. Rodovia Celso Garcia Cid (PR 445),
Km 380, CEP 86051-990, Londrina, PR. Brasil. e-mail: beldomici1@hotmail.com
2
Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos e Tartarugas Marinhas. Centro de Estudos do Mar.
Universidade Federal do Paraná. CEP 83255-000, Cx.50.002, Pontal do Paraná, PR. Brasil.

Os cetáceos são mamíferos aquáticos e dependem da viabilidade do parênquima pulmonar para a


eficiência das trocas gasosas de modo a realizarem mergulhos de tempo e profundidade variados,
necessários em diversas atividades. Este estudo teve por objetivo analisar alterações pulmonares em
golfinhos encalhados no litoral do Estado do Paraná, Brasil. Foram analisadas 23 amostras de pulmões de
cinco espécies: Sotalia guianensis (n=19), Tursiops truncatus (n=1), Pontoporia blainvillei (n=1), Stenella
frontalis (n=1), Stenella longirostris (n=1), provenientes de captura incidental em artefatos de pesca ou
encalhados na praia. As amostras de 2cm3 foram coletadas durante necropsia, fixadas em formol
tamponado a 10%, processadas rotineiramente e as lâminas histológicas coradas com Hematoxilina/Eosina
e Tricrômico de Masson e analisadas em microscópio óptico. As alterações pulmonares observadas foram
edema moderado a severo (12/23; 52%), fibrose multifocal a difusa (8/23; 35%), congestão passiva difusa
(8/23; 35%), necrose focal (2/23; 9%), pneumonia intersticial crônica (5/23; 22%), pneumonia granulomatosa
(1/23; 4%) e pleuropneumonia (1/23; 4%). Atelectasia pulmonar foi observada em uma amostra. Onze
espécimes (48%) apresentaram diferentes graus de autólise pulmonar. Em dois botos-cinza foram
observados parasitos na avaliação macroscópica, porém, devido à autólise, apenas fibrose foi
diagnosticada na microscopia. Nas outras amostras, o agente etiológico não foi identificado. As lesões
encontradas em três S. guianensis e um S. frontalis provenientes de captura acidental em artefatos de
pesca foram edema (1/4), congestão (2/4) e pneumonia intersticial crônica (1/4). O animal com pneumonia
intersticial crônica e edema era um S. guianensis fêmea lactante. O infante S. longirostris encalhado vivo
apresentou apenas edema. Os achados histopatológicos observados indicam que as trocas gasosas estão
reduzidas, exercendo papel primário ou secundário na causa da morte desses animais. A pneumonia
intersticial crônica é causada principalmente por agentes infecciosos ou parasitas, e a pneumonia
granulomatosa, geralmente por fungos. Alterações pulmonares como edema, congestão, hemorragia e
enfisema associados às marcas de rede observados no corpo dos espécimes são indicativos de asfixia por
emalhe. Edema e congestão foram observados nos animais confirmados como mortos em rede de pesca,
porém, a fêmea lactante com pneumonia intersticial crônica é um exemplo de que animais já doentes
podem se tornar mais suscetíveis a essa interação. Esse animal apresentava camarão no lúmen esofágico
indicando alimentação recente. O parênquima pulmonar é um dos últimos a sofrer autólise no processo de
decomposição, sendo um importante indicador da saúde e causa da morte nesses animais.

Palavras chave: cetáceos, patologia, pulmão.

*Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologia pelo apoio
financeiro (Processo 551399/2010-4).

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AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA, ENZIMÁTICA E BIOQUÍMICA DE UM ESPÉCIME DE CACHALOTE


PIGMEU, KOGIA BREVICEPS, (BLAINVILLE, 1838) ENCALHADO EM GRAN CANARIA, ESPANHA

Pimentel, Tatiana Lucena1; André, Michel2; Calabuig, Pascual3


1
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA , Brasília - DF.
tatipboivet@hotmail.com
2
Laboratori d'Aplicacions Bioacústiques, Universitat Politècnica de Catalunya (UPC), Barcelona, Espanha.
michel.andre@upc.edu
3
Centro de Recuperación de Fauna Silvestre (CRFS), Gran Canaria, Espanha: pcalabuig@telefonica.net

O cachalote pigmeu (Kogia breviceps) raramente é avistado no mar, a maioria dos dados obtidos provém de
encalhes, particularmente de mãe com filhote. A reabilitação de indivíduos encalhados vivos costuma ser
extremamente difícil. Em maio de 2001, encalhou na praia de Arinaga (27º56’00”N/15º10’W), Gran Canaria,
Espanha, uma fêmea juvenil de cachalote pigmeu, Kogia breviceps. A baleia foi resgatada e levada ao
Centro de Recuperación de Fauna Silvestre (CRFS), em Taliarte, Gran Canaria. Lá foi alocada em um
tanque redondo de 4 m de diâmetro por 1 m de profundidade, adaptado para recebê-la. O tanque
normalmente é utillizado para abrigar quatro tartarugas adultas. O objetivo deste estudo é apresentar os
resultados das avaliações hematológicas, bioquímicas e enzimáticas realizadas durante sua reabilitação
naquele Centro. Amostras de sangue foram coletadas da parte ventral da nadadeira caudal na manhã
seguinte à chegada do animal ao CRFS e antes da última soltura, após sua reabilitação. Foram realizadas
duas solturas, com sucesso na segunda. Buscou-se avaliar o perfil hematológico da baleia utilizando o
escasso conhecimento sobre os parâmetros normais descritos na literatura para esta espécie. O
hemograma mostrou que o animal apresentou na primeira e na segunda coleta, respectivamente, 3.68
milhões/mm3 e 3.6 milhões/mm3 de hemácias; 22.3 e 21.9g/dl de hemoglobina; 59.2 e 58.5% de
hematócritos; 6.2 e 12.4 milhões/mm3 de leucócitos totais. Seus parâmetros bioquímicos apresentaram,
respectivamente: 160 e 122 mg/dl de glicose; 86,2 e 115,5 mg/dl de uréia; 1.88 e 2.24 mg/dl de ácido úrico;
1.24 e 1.32 mg/dl de creatinina; Enzimologia: 443 e 616 U/L de ASP (GOT); 11 e 723 U/L de LDH. Diante
das descrições hematológicas associadas ao encalhe e à permanência do animal em uma área pequena
para realizar sua reabilitação, pode-se inferir que os distúrbios circulatórios, compressão dos órgãos, a
grande infestação parasitária e o fato de o animal não se alimentar sem o uso de uma sonda, estão
diretamente ligados às alterações observadas. A leucocitose, geralmente significa infecção mas, neste
caso, pode ter sido causada devido à infestação massiva de parasitas. Descartou-se indicar micose a nível
gastrointestinal ou pulmonar, porque o animal parou de vomitar após o uso da ranitidina e respirava bem.

Palavras chave: Kogia breviceps, hematologia

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CARDIAC HISTOPATHOLOGICAL FINDINGS IN FRANCISCANA (Pontoporia blainvillei)

Gonzales-Viera, O.1*; Ruoppolo, V.2; Marigo, J.3; Catão-Dias, J. L.1


1
Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
(FMVZ-USP). *Email: omaragv1@usp.br
2
International Fund for Animal Welfare (IFAW)
3
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Biodindicadores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(MAQUA-UERJ)

Franciscanas are odontocetes that inhabit coastal and estuarine waters of eastern South-America, from
Itaúnas, Espírito Santo, Brazil to Golfo San Matías, Patagonia, Argentina. The species is listed as Vulnerable
by the IUCN. The goal of this study was to determine the main histopathological findings of preserved
Franciscana hearts. Heart samples (n=30) were collected randomly during necropsies and were kept at the
Marine Mammal Tissue Bank – Laboratório de Patologia Comparada de Animais Silvestres, Faculdade de
Medicina Veterinaria e Zootecnia, Universidade de São Paulo (MMTB-LAPCOM, FMVZ, USP). Eighteen
were males, 11 were females and 1 was undetermined. Seventeen were juveniles, 10 were adult and 3 were
calves. Macroscopically, the samples did not have any records of heart abnormalities and the main cause of
death was by-catch (n=26). Microscopically, the lesions observed included: mild to moderate degeneration of
muscle fibers (n=22), mild to moderate focal disruption of the myocardial architecture (n=18), focal
myocardial necrosis (n=17), presence of Anitschkow cells (n=24) and sub-occlusive eccentric fibromuscular
dysplasia (FMD) of the small intramural and/or extramural arteries (n=8). All juvenile and adult Franciscanas
had more than one type of lesion; however, only Anitschkow cells were found in calves. Focal disruption,
degeneration of muscle fibers and myocardial necrosis were commonly seen accompanied by Anitschkow
cells, a specialized macrophage frequently involved in the cardiac cellular response to degeneration and
necrosis; nonetheless, they were seen in the immature hearts of calves too. The FMD is a non-
atherosclerotic and non-inflammatory vascular disease, the severity of which depends on the grade of
stenosis. In humans, although genetic, mechanical and hormonal factors have been proposed, the cause
remains unknown. The present study reports new findings of heart histopathology, which are capable of
compromising heart function in Franciscanas. These findings provide the basis for future research aiming to
explain the pathogenesis and specific consequences of these lesions in Pontoporia blainvillei.

Keywords: Histopathology, Heart, Pontoporia blainvillei

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HIPERTROFIA VENTRICULAR EM Stenella coeruleoalba (MEYEN, 1833) – RELATO DE CASO

Cuenca, Sandra da Costa1; Souza, Shirley Pacheco de2; Kleeb, Silvia Regina1
1
Docente Universidade Metodista de São Paulo – UMESP sccuenca@uol.com.br
2
Instituto Terra & Mar, PPG - Ecologia – UNICAMP shirleypacheco@yahoo.com

O golfinho-listrado é um golfinho oceânico de médio porte, os animais adultos chegam a medir 2,6 m,
podendo pesar 160 kg. Na costa brasileira, mais da metade dos encalhes ocorreu no Rio Grande do Sul.
Não se conhece a profundidade de preferência da espécie em nossa costa, porém, existem registros de
captura acidental em águas rasas da plataforma continental, sugerindo a ocorrência tanto na plataforma,
quanto em águas mais profundas. Sendo o coração o órgão central da circulação e estando envolvido no
mergulho, devido à redistribuição sanguínea, torna-se um órgão de fundamental importância para a
homeostase do indivíduo. Graças a essa importante função o presente relato tem o objetivo de demonstrar
um coração de Stenella coeruleoalba com hipertrofia ventricular. A hipertrofia representa um aumento de
volume das células, se instala para normalizar o débito cardíaco, a tensão na parede e a pressão. A carga
hemodinâmica imposta ao coração determina o tipo de hipertrofia que pode ser excêntrica ou concêntrica.
Na excêntrica (ou hipertrofia por sobrecarga de volume) ocorre na insuficiência cardíaca, como mecanismo
compensatório, para permitir que o ventrículo bombeie uma quantidade relativamente normal de sangue,
ainda que a função sistólica esteja anormal. É caracterizada por dilatação da câmara e este aumento no
diâmetro ventricular diastólico é a resposta ao aumento do volume sanguíneo e retorno venoso, associado
com a ativação do sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) e sistema nervoso simpático (SNS). A
hipertrofia concêntrica é caracterizada pelo espessamento da parede do ventrículo, em resposta ao
aumento do estresse da parede durante a sístole e ocorre como mecanismo compensatório para normalizar
a tensão da parede. Para a realização deste trabalho observou-se um exemplar de Stenella coeruleoalba
(SOSMM 179), encalhada em 8/04/2008 em Juqueí, São Sebastião, SP, Brasil, macho de comprimento
parcial de 140 cm, uma vez que parte de seu pedúnculo caudal teria sido amputado, por moradores locais,
segundo relatos. No exame necroscópico, ao incisar a cavidade torácica observou-se o rompimento da
parede ventricular. A análise macroscópica do coração demonstrou aumento da espessura da parede
ventricular associado ao rompimento da musculatura não sendo possível observar a cavidade ventricular
propriamente dita, caracterizando uma hipertrofia concêntrica. Desta forma o bombeamento sanguíneo e a
sua distribuição ficam prejudicados, gerando insuficiência cardíaca e óbito. As causas dessa lesão são
desconhecidas e maiores estudos devem ser realizados para identificar a gênese das doenças cardíacas
em cetáceos e sua relação com o óbito destes animais.

Palavras chave: hipertrofia ventricular, Stenella coeruleoalba, coração de cetáceo

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IMPACTO CAUSADO POR PETRECHO DE PESCA ABANDONADO, PERDIDO OU DESCARTADO (PP-


APD) EM GOLFINHO-DE-DENTES-RUGOSOS Steno bredanensis (LESSON, 1828) NO LITORAL DE
SÃO PAULO, BRASIL

Maranho, A.1; Farah, F. R.1; Gentil. C. I.1; Faria, C. V.1, Zillio, M. M.1, Loureiro, O.2; Baldini, M.1
1
GREMAR - Resgate e Reabilitação de Animais Marinhos, Av. Avedis Simonian, 627; Guarujá- SP/ Brasil. 
amaranho@iron.com.br
2
Prefeitura de Ilha Bela - SP/ Brasil

O golfinho-de-dentes-rugosos Steno bredanensis é uma espécie tropical e subtropical que prefere águas
profundas, mas também podem ser encontradas em placas continentais, águas rasas e costeiras. O
objetivo do presente estudo é relatar um caso de encalhe, manejo e clínica de animal vitimado por Petrecho
de Pesca Abandonado, Perdido ou Descartado (PP-APD). Os PP-APD representam 70% de todo o resíduo
solido marinho. Esta problemática mundial ainda é pouco conhecida na costa brasileira e afeta diretamente
a megafauna marinha. Um Steno bredanensis, fêmea, adulta, encalhou em julho de 2010 na Praia do Sino
em Ilha Bela – SP (23°44’ 52 60”S, 45°20’ 52 36” O) e estava com um PP-APD preso à boca. O animal não
reagiu positivamente a relocação imediata apos a remoção do petrecho, sendo então transportado por via
rodoviária (150 km) ate o CRAM-REVIVA na Ilha dos Arvoredos / Guarujá, onde permaneceu em um tanque
de 54 mil litros com flutuadores e monitoramento 24 horas. O manejo hídrico consistiu na troca parcial de
50% 2 X ao dia de água salgada aclimatizada e alimentação a base de peixe Sardinha brasiliensis na
proporção de 8% pv 4 X ao dia. Ao exame clinico observou-se lesões na língua e na gengiva e vários cortes
laminares no pedúnculo caudal provocados por PP-APD, lateralizarão à direita, ausência total de
flutuabilidade, dispnéia e dor na inspiração. Foi constatado aspiração de liquido com destruição de alvéolos
(epistase) confirmado através de exame ultrassonográfico inicial e infecção por Proteus sp em swab de
espiráculo respiratório. A abordagem terapêutica foi de suporte geral e hemodinâmico com furosemida,
sulfato de morfina, dexametasona e suporte ventilatório. A terapia continuou com antibioticoterapia,
proteção das mucosas e reposição de surfactante pulmonar. Foram realizados procedimentos fisioterápicos
para recrutamento alveolar e medicina alternativa (acupuntura e fitoterapia chinesa). Durante o tratamento o
animal apresentou problemas gastrointestinais relacionados ao estresse de cativeiro. No exame pareado de
ultrassom após há primeira semana, observou-se uma diminuição discreta do conteúdo anecogênico de
moderada celularidade no tórax (líquido hemorrágico livre e no parênquima) e as câmaras gástricas
apresentavam-se repletas por conteúdo liquido, com paredes espessadas e mucosas irregulares, sugerindo
gastrite. O animal veio a óbito por edema pulmonar agudo que evoluiu para uma síndrome da angustia
respiratória aguda progressiva (SARA) por sobrecarga hídrica devido a aspiração pulmonar. A necropsia
confirmou o quadro de afogamento nível 04 sendo caracterizado por colabamento total do lobo direito e
acessório pulmonar alem de gastrite.

Palavras chave: Steno bredanensis, PP-APD, afogamento.

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8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

LESÃO CRÔNICA EM ROSTRO DE Sotalia guianensis CAUSADA POR ARTEFATO DE PESCA, BAIA
DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO

Marigo, J.1; Pinto, N. S.2; Flach, L.3; Azevedo, A. F.1; Lailson-Brito, J.1
1
Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Biodindicadores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(MAQUA-UERJ). Email: juliana@marigo.com.br
2
NSP Clínica Radiológica. Rua Jorge Rudge 15, Vila Isabel, Rio de Janeiro.
3
Projeto Boto cinza. Rua Santa Terezinha 531- 90, Vila Muriqui, Mangaratiba, Rio de Janeiro.

Em outubro de 2007 durante estudos de foto-identificação de Sotalia guianensis na Baía de Sepetiba, Rio
de Janeiro, foi registrado um indivíduo que apresentava lesão no rostro, aparentando ter um artefato de
pesca lacerando o tecido. Em junho de 2010 uma fêmea adulta de S. guianensis (CT 185cm) foi encontrada
morta em estado moderado de decomposição (Código 3). A fêmea (MQ307) apresentava extensa lesão
cicatrizada na face dorsal desde a base do rostro, semelhante a observada no animal vivo, aparentando ter
tido um artefato de pesca (rede ou linha) envolvendo a maxila com ao menos quatro voltas e apoio único na
mandibula (próximo a comissura bucal), áreas de crescimento anormal de tecido (por entre as áreas onde a
linha pressionava) e ausência de alguns dentes. Foram realizados exame de raio x do crânio e na área
onde são observadas as lesões macroscopicamente, o processo inflamatório degenerativo produziu reação
perióstica, por esclerose e reforço de apoio prolongado (rede ou linha de pesca) com formação de
exostoses ósseas. Em ossos pré-maxilar e maxilar foram observadas lesões mistas, do tipo osteolítica com
destruição por atividade osteoclástica bilateral e do tipo reação osteoblástica com formação de osso novo
reparador. A mandíbula esquerda apresentou na sua porção caudal uma área com as mesmas alterações
descritas no maxilar. Foi observada a ausência de dentes e os imediatamente adjacentes a lesão
apresentaram rotação e deslocamento lateral, sugerindo foco de abscesso dentário. Observou-se também
retração de osso alveolar maxilar e mandibular com exposição parcial da raiz dentária sugerindo processo
de gengivite crônica secundário ao processo traumático crônico. Houve também sinal de fratura antiga da
mandíbula direta (com calo ósseo). Supõe-se que seja o mesmo animal (outubro/2007) que sobreviveu a
uma colisão com um artefato de pesca e parte ficou presa no seu rostro permitindo abertura da boca e
alimentação, apesar da perda de dentes e lesões ósseas. Provavelmente no intervalo de tempo entre esta
interação (lesões crônicas) e o óbito (junho/2010), a linha tenha se rompido, pois estava ausente. Interações
de cetáceos com artefatos de pesca não necessariamente resultam em óbito e vários animais da mesma
área exibem lesões resultantes deste tipo de interação. Os efeitos das interações não fatais ainda não são
bem conhecidos, mas lesões como esta podem prejudicar a sobrevivência do indivíduo a longo prazo.

Palavras chave: lesão óssea, artefato de pesca, trauma

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

PESQUISA PARASITOLÓGICA EM ALIMENTOS FORNECIDOS AOS PEIXES-BOIS MARINHOS


(Trichechus manatus) EM CATIVEIRO, PERNAMBUCO, BRASIL

Franco, Diogo Lima1; Attademo, Fernanda Löffler Niemeyer1; Andrade, Mauricio2; Silva, Jean Carlos Ramos1
1
Universidade Federal Rural de Pernambuco. R. Dom Manoel de Medeiros, s/n - Dois Irmãos, CEP: 52171-
900 - Recife/PE. E-mail:niemeyerattademo@yahoo.com.br
2
Centro Mamíferos Aquáticos/ Instituto Chico Mendes de Biodiversidade

O Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes
de Biodiversidade (CMA/ICMBio), é responsável pelo resgate, reabilitação e soltura do peixe-boi marinho
(Trichechus manatus). Durante a etapa de reabilitação é fundamental um programa de biossegurança que
avalie periodicamente a sanidade dos animais cativos e os fatores de risco a doenças. No intuito de avaliar
a qualidade dos alimentos fornecidos foi realizado um levantamento parasitológico dos alimentos fornecidos
aos animais cativos na Ilha de Itamaracá/PE, visto que as hortaliças e algas podem conter cistos de
protozoários, ovos e larvas de helmintos, servindo como via de transmissão de enteroparasitas. Entre os
meses de dezembro de 2009 e abril de 2010 foram colhidas e analisadas 100 amostras de alface –
variedades lisa e crespa (Lactuca sativa), cenoura (Daucus carota) e duas espécies de algas encontradas
no litoral, próximas ao cativeiro (Sargassum sp e Hypnea sp), alimentos fornecidos aos peixes-boi marinhos.
Foram analisadas cinco amostras por dia, duas vezes por semana por meio dos métodos de Lutz e Faust.
Das 100 amostras de vegetais e algas colhidas, 80% continham endoparasitas. A alga do gênero
Sargassum apareceu como item mais contaminado, com índice de 95% (19/20) das amostras analisadas
contendo parasitas. A alface crespa e a alga do gênero Hypnea alcançaram ambas 90% (18/20) de
contaminação, seguidas pela alface lisa com 70% (14/20) e pela cenoura com 50% (10/20). A forma
parasitaria mais encontrada foram os ovos tipo Strongyloidea, sendo encontrado em 65% das amostras
totais, seguido por larvas de Nematoda (46,2%), cistos de Eimeria sp (41,2%), cistos de Entamoeba sp
(20%) e ovos tipo Ancylostomatidae (15%). Das 80 amostras contaminadas, 32 (40%) apresentaram apenas
um tipo de parasita, 31 (38,7%) apresentaram dois, 10 (12,5%) apresentaram três e sete (8,7%)
apresentaram quatro. A alta contaminação dos alimentos encontrada sugere uma necessidade de utilizar
um protocolo higiênico-sanitários em todas as etapas de fornecimento dos alimentos. Com os resultados
encontrados recomenda-se um estudo parasitológico desde o alimento ofertado até o exame
coproparasitologico dos animais.

Palavras chave: Parasitologia; Projeto Peixe-Boi; Algas.

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC


XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT)
8º Congresso da Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (SOLAMAC)
Florianópolis (SC), 24 a 28 de outubro de 2010

REABILITAÇÃO DE UMA FÊMEA JUVENIL DE CACHALOTE PIGMEU, Kogia breviceps, (BLAINVILLE,


1838) ENCALHADA EM GRAN CANARIA, ESPANHA

Pimentel, Tatiana Lucena1; André, Michel2; Calabuig, Pascual3


1
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA , Brasília - DF.
tatipboivet@hotmail.com
2
Laboratori d'Aplicacions Bioacústiques, Universitat Politècnica de Catalunya (UPC), Barcelona, Espanha,
michel.andre@upc.edu
3
Centro de Recuperación de Fauna Silvestre (CRFS), em Tafira, Gran Canaria, Espanha:
pcalabuig@telefonica.net

O cachalote pigmeu (Kogia breviceps) é uma pequena baleia da família Kogiidae, que se distribui
mundialmente, em águas tropicais e temperadas. Existe pouquíssimo conhecimento sobre esta espécie,
fato que torna extremamente difícil reabilitar indivíduos encalhados. O que se sabe sobre a espécie provém
de encalhes, especialmente de mãe-filhote. Normalmente, opta-se por soltar os poucos animais que
sobrevivem, mesmo que não estejam totalmente saudáveis, porque manter Kogias em cativeiro, em geral,
tem sido fatal. Este trabalho tem como objetivo informar os parâmetros clínicos, especialmente o
parasitológico, coletados durante a reabilitação de um cachalote pigmeu fêmea juvenil encalhado em Gran
Canaria, Espanha, e mantido em um tanque com água do mar, no Centro de Recuperación de Fauna
Silvestre (CRFS), em Tafira, na mesma ilha, em 2001. Assim como, expor o que se aprendeu nessa
oportunidade em que se estudou seu comportamento, ecologia alimentar, ingestão acidental de corpos
estranhos e resposta aos tratamentos médico-veterinários. Este é um dos raríssimos casos, em todo o
mundo, de Kogia que foi reabilitada e solta com sucesso. As informações obtidas durante o período de sua
reabilitação poderão ser utilizadas em futuras reabilitações de baleias dessa espécie. A baleia era
estimulada a se movimentar no tanque. Expeliu endoparasitas do gênero Anisakis sp., típicos nessas
baleias. Vomitou restos de bicos de lulas e pedaços de redes de pesca. Demonstrou comportamento de
estresse, previamente descrito, uma descarga anal de líquido escuro durante sua primeira colocação na
maca. Respondeu bem ao uso do vermífugo Febendazole. Coletou-se amostras de água do tanque para
análise. A primeira amostra (água fornecida ao tanque, circulação em circuito aberto) apresentou um
número muito baixo de bactérias, pois 20 CT/100 ml é quase o número permitido para a água potável, além
de não conter bactérias fecais (nem coliformes _ CF, nem estreptococus _ EF). A segunda amostra (do
tanque onde a baleia era mantida), a água apresentou um número também baixo de bactérias,
considerando-se que 38 CF/100ml e 50 EF/100ml estão abaixo do limite de CF e EF, respectivamente,
quando usamos como critério o da legislação espanhola para águas de banho. Esta experiência com o
cachalote pigmeu mostrou a importância de se dar grande importância à qualidade da água dos tanques de
Kogias encalhadas e de fazê-las se exercitarem, a fim de evitar atrofia muscular e estase abdominal, fatos
que parecem levar muitos desses animais à morte em cativeiro.

Palavras chave: Reabilitação, Kogia, endoparasitas.

Sociedade Latinoamericana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos – SOLAMAC

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