Modulo 24 Tutorial 6 PDF
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Módulo 24 - Tutorial 6
Módulo Xxiv : o Raciocínio Clínico e Decisão Médica III (Universidade do Extremo Sul
Catarinense)
• CLASSIFICAÇÃO
1 - TRAUMÁTICO
2 - NÃO-TRAUMÁTICO: Pode ocorrer associação de mais de uma etiologia
a) ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO → Dor de início insidioso, contínua, inicialmente difusa, mas se torna localizada
A dor ↑ de intensidade com o tempo.
Associada a náusea, vômitos, distensão abdominal, febre (↑ com a evolução) e estado toxêmico
Pode ter parada na eliminação de fezes e íleo paralítico.
- Exame Físico → Dor à palpação superficial e profunda, resistência à palpação involuntária, abd em tábua, ↓RHA
Dor à descompressão brusca e defesa abdominal localizada
Pcte admite posição estática
- Exames → Leucocitose moderada com desvio a E, RX (nível hidroaéreo, fecalito), US (define o diagn. em quase todos os casos)
- Causas → Apendicite aguda, diverticulite, pancreatite, colecistite, DIP
- Tratamento → Hidratação, ATB, cirurgia na maioria.
c) ABDOME AGUDO PERFURATIVO → Dor abdominal aguda, fulminante, tipo facada, atingindo todo o abd
Há distensão abdominal, náusea, vômitos, febre, parada da eliminação de fezes, taquipneia, posição antálgica
- Exame Físico → Dor à palpação superficial e profunda, resistência abd involuntária em todo o abd (abd em tábua), ↓ ou
ausência de RHA, percussão dolorosa, com desaparecimento da macicez hepática (sinal de Jobert)
Sinais de irritação peritoneal e defesa abd generalizada
- Exames → Rx de abd mostra pneumoperitônio em posição ortostática. Pode ter hemoconcentração e leucocitose com desvio.
- Causas → Enterocolite necrosante, apêndice perfurado, úlcera perfurada, vesícula biliar perfurada, megacólon congênito.
- Tratamento → Rafia da perfuração ou ressecção da víscera
d) ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO → É o abdome agudo + grave, embora seja pouco comum.
Há sangue livre na cavidade abdominal
Dor abdominal aguda, contínua, não tão intensa, que piora com a posição supina
Sinais de hipovolemia (palidez, sudorese, taquicardia, hipotensão, choque, pulso fino e rápido)
- Exame Físico → Dor difusa à palpação, de fraca intensidade, descompressão brusca dolorosa, ↓RHA,
Irritação peritoneal e hematoma periumbilical ou nos flancos
- Exames → Anemia, β-HCG, US (líquido na cavidade abd sugere o diagnóstico)
Paracentese abd e lavado peritoneal diagnóstico → + qnd há sng incoagulável na cavidade
- Causas → Ruptura de baço ou fígado, ruptura de aneurisma de aorta abd, cistos ovarianos rotos e gravidez ectópica rota
- Tratamento → Reposição volêmica, laparotomia
Intensidade → Escala analógica de dor (0-10). Forte intensidade, >6h → ↑ chance de laparotomia
Dor que melhora em poucas horas → ↓ chance de laparotomia
EXAME FÍSICO
Ectoscopia → Avaliar estado geral, sinais vitais, posição do pcte e capacidade de responder. Isso determina a urgência da investigação.
- ↑ Febre: Colangite, ITU e infecção ginecológica
- ↓ Febre: Diverticulite, apendicite e colecistite
- Atitude do pcte: - Imóvel no leito, evitando movimento → Peritonite grave
- Agitado → Obstrução uretral
- Pernas e coxas fletidas sobre o tronco (posição maometana, genupeitoral) → Pancreatite
- O caráter e a frequência do pulso são uns dos melhores indicadores de gravidade de uma doença abd aguda. A peritonite avançada é
acompanhada de pulso rápido e fino
- Achados de desidratação, como mucosas ressecadas, olhos encovados e respiração rápida e superficial → Sugere peritonite
- Hipotensão e taquicardia → Estado hipovolêmico causado por perda de volume do intravascular p/ cavidade peritoneal
EXAMES COMPLEMENTARES
Laboratório → Hemograma completo → Leucocitose
Glicemia e Cetonemia → Cetoacidose pode simular
Ureia, Cr
TGO/TGP, fosfatase alcalina, bilirrubina → Traz + informações nos casos de suspeita de doença hepática
Amilase, lipase → Importante na avaliação da dor no quadrante superior, ppmente pancreatite
Lactato → Pode ser útil nos casos de isquemia mesentérica (é um dos melhores marcadores)
Bicarbonato
Eletrólitos (Na, K, Cl, Ca, fosfato) → Alterado em <1% dos pctes. Importante nos casos de desidratação, vômitos, diarreia
Gasometria arterial
EQU → Avaliar ITU, hematúria, proteinúria
β-HCG → Para mulheres em idade fértil
Outros → RX → Ppais indicações são a obstrução intestinal, corpo estranho e suspeita de víscera perfurada
Rotina do abd agudo: RX de tórax PA (avaliar espaço subdiafragmático) e dois RX de abd (em pé e decúbito dorsal)
Pode haver pneumoperitônio (Perfuração de víscera oca), aerobilia (ar na via biliar), calcificações (cálculos renais,
apendicolitos, flebolitos, calcificação pancreática), distensão de alça intestinal (empilhamemento de moeda, dilatação do intestino)
US → É o método de escolha na gestante e nos casos de peritonite sem foco evidente.
Ele avalia apendicite, abscesso, coleções pélvicas, patologias tubárias e ovarianas, afecções biliares, aneurisma de aorta
TC de abd → Método de esoclha p/ as mulheres não gestantes. Pode fazer o diagnóstico em até 95%
Pode ser de grande utilidade nos casos de acometimento retroperitoneal (avaliar pâncreas e aneurisma de aorta)
Pode mostrar apendicite e complicações; sng líquido na cavidade, trombose de veia mesentérica, diverticulite,
pancreatite, sinais de peritonite, perfuração colônica, intussuscepção intestinal e esclarece dúvidas do US
RM → Avalia pâncreas, vias biliares, e fígado, ppmente naqueles com insuf, renal e alergia ao contraste.
Lavado peritoneal → Reservado p/ o trauma
Laparoscopia → Tem grande valor diagnóstico e terapêutico.
ECG → Pcte com risco CV e dor em andar superior do abd pode ser uma manifestação de IAM
3 – EXCLUIR GRAVIDEZ E DOENÇA PÉLVICA NA MULHER → Exame físico ginecológico, dosagem de β-HCG, perguntar DUM. Pode ser
necessário US transvaginal e transabdominal.
4 – DEFINIR SE O TRATAMENTO É CLÍNICO OU CIRÚRGICO → A partir da história, exame físico, exames laboratoriais, pode-se solicitar
outros exames de acordo com o quadro e manter o pcte em dieta zero até que seja definida a melhor conduta.
O tto cirúrgico de urgência é a conduta adequada para a maioria das condições determinantes do abd agudo.
Algumas doenças de tto clínico podem simular abd agudo. Então, um diagnóstico preciso pode determinar um tto adequado e eficiente
Indicação da cirurgia → Qnd o diagnóstico etiológico é uma doença de tto cirúrgico → Apendicite
Sinais de peritonite → Defesa involuntária e irritação peritoneal
Presença de elementos na cavidade peritoneal que causam a sua irritação → Sangue, bile, fezes
Dor abd grave e progressiva
Dor abd e sepse de foco indeterminado
História e exames “suspeitos” de isquemia intestinal
Pneumoperitônio ou evidência radiológica de perfuração gastrointestinal
Sangramento intraperitoneal, que pode vir disfarçado de choque circulatório
Vômitos que persistem mesmo após drenagem nasogástrica (desconfiar de pancreatite ou obstrução intestinal)
Laparotomia x Laparoscopia
Laparotomia é preferível nos casos de:
- Múltiplas laparotomias anteriores, por causa da formação de aderências.
- Instabilidade hemodinâmica, pq a laparoscopia é + lenta e tem o efeito do pneumoperitônio sobre o RV
- Grande distensão abd, pq o trocarter poderia furar + facilmente a alça
Tratamento Clínico
- Úlcera péptica com dias de evolução → Tto de suporte (hidratação, analgesia)
- Abscesso intraperitoneal, periapendicular e diverticular → Drenagem percutânea e suporte. Faz cirurgia num 2º momento
- Pancreatite aguda sem complicações
- Peritonite primária
- Doença inflamatória pélvica
Se após esse período houver localização da dor, defesa e irritação peritoneal → Cirurgia.
Se a dor melhorar ou desaparecer, bom estado clínico → Alta hospitalar com orientações, medicação sintomática e retorno
programado p/ as próximas 24h.
CUIDADOS ESPECIAIS
Idoso e Imunossuprimido → Na dúvida, tratar como grave. Deve-se atentar p/ causas extra-abd e infecções oportunistas
Iniciar ATB nos casos se suspeita de infecção → Deve ser usado esquema de amplo espectro p/ cobrir Gram (-) entérico e anaeróbios.
Avaliar cobertura antifúngica em imunossuprimidos
Utilização de β-lactamicos associados com inibidor da β-lactamase (pipracilina/tazobactam) e cefalosporina de 3ª ou 4ª geração
Sintomas → Dor que inicia em região epigástrica, seguindo para periumbilical e, depois de 12h, se localiza em FID (ponto de McBurney)
Dor insidiosa, contínua, de intensidade gradualmente crescente.
É comum ter anorexia. Podem aparecer febre baixa, náuseas e vômitos, distensão abd, constipação, sintomas urinários (devido à
irritação vesical)
Há diarreia em 10-15% dos pctes.
Exame Físico → Posição antálgica (deitado, com a perna direita fletida, sem se mover mto), sinal de irritação peritoneal em FID.
Sinal de Blumberg (descompressão dolorosa indicando irritação peritoneal)
Sinal do psoas (dor à flexão do MID sobre o abd)
Sinal de Dunphy (dor em FID com a tosse)
Sinal de Rovising (Dor em FID ao comprimir a FIE)
Sinal de Plapinsky (Dor à compressão da FID enquanto o pcte eleva o membro inferior esticado)
Um dos achados + precoces é a hipersensibilidade cutânea no QID, percebida ao pinçamento da pele com o polegar e o indicador.
Exames complementares → Leucocitose baixa/moderada em casos não complicados
- Leucocitose > 18.000/mm3 levanta a possibilidade de perfuração, com ou sem abcesso
- ↑PCR
- US → Útil nos casos de dúvida. Há diâmetro anteropsterior >7mm, espessamento da parede e estrutura luminal não
compressível (lesão em alvo). Se apêndice normal, <5mm, facilmente compressível → Diagnóstico é excluído pelo US e deve-se fazer a
pesquisa pelo restante da cavidade abd p/ estabelecer um diagnóstico alternativo.
- Rx do abd raramente é útil no diagnóstico.
Ele pode mostrar fecalito calcificado no FID (15-20%
dos casos), sinal da moeda empilhada. Observa-se
um padrão inespecífico anormal de gás intestinal.
- EQU → Pode alterar-se devido à irritação
vesical pelo apêndice pélvico inflamado
- TC → É o melhor exame (não pode em
gestantes). Há diâmetro >7mm e parede espessada.
Uma anormalidade importante e mto sugestiva é
a presença do sinal da cabeça de seta (“arrowhead”)
→ Espessamento do ceco, que afunila o contraste em
direção ao orifício do apêndice inflamado.
3 - COLECISTITE AGUDA
Inflamação aguda da vesícula biliar causada por impactação no ducto cístico, levando ao acúmulo de subst. irritativas
Sintomas → Dor de início súbito em epigástrio ou hipocôndrio direito, constante e progressão gradual.
A dor pode irradiar p/ dorso ou ombro direito
Pode haver anorexia, náuseas e vômitos, febre baixa
Se houver complicação como gangrena de parede vesicular ou perfuração livre da vesícula, pode ter febre alta.
Sinal de Kehr: Dor referida no ombro, por irritação diafragmática
Febre com calafrios sugere colangite aguda ou colecistite supurativa
Exame Físico → Sinal de Murphy. Dor localizada em hipocôndrio direito Pode ter massa palpável
Exame Complementar → Leucocitose baixa nos casos não complicados, com desvio à esquerda
Há ↑amilase, FA, TGO
US mostra a presença de cálculos, dá informação sobre a distensão da vesícula biliar, espessamento da parede da vesícula >0,4cm e
presença de líquido ou coleções perivesiculares.
Cintolografia hepatobiliar tem maior valor preditivo positivo pq dá o diagnóstico da obstrução da região infundíbulo-cística
Tratamento → Cirurgia de urgência
Manejo inicial → Internação, dieta zero, analgesia, hidratação venosa
ATB → Ppai agentes são Gram (-) e anaeróbios. Usar Cefalosporina de 3ª ou aminoglicosídeo (+ metronidazol)
Laparoscopia é o padrão-ouro, pq ↓ risco de complicações como infecção de ferida operatória e hérnias incisionais.
A cirurgia é indicada nos casos de colecistite precoce (24-72h). Se não for possível, deixa p/ fazer depois de 6-10semanas do tto ATB
A única contraindicação absoluta atualmente é a presença de hipertensão portal
4 - CÓLICA BILIAR
Sintomas → Dor intermitente em hipocôndrio direito, com histórias prévias de dor semelhante.
Tem duração <6-8h, se houver persistência da dor maior que esse período, sugere evolução p/ colecistite aguda.
Pode ter náuseas, vômitos e anorexia
Exame Físico → Dor em hipocôndrio direito
Exames Complementares → US mostrando cálculo na vesícula biliar
Tratamento → Cirurgia eletiva
Após o controle do quadro doloroso, pode-se fazer a cirurgia de forma eletiva.
Mas, pode-se fazer a cirurgia no mesmo internamento
5 - OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Causas → Em adultos: 1º aderências (bridas), 2º neoplasias (causa + comum de obstrução do IG), 3º hérnias
Em crianças: 1º Intussuscepção, 2º hérnias e 3º bolo de áscaris
A obstrução pode causar: - Hipovolemia → Por sequestro de líquido nas alças
- Isquemia de alça → Risco de ruptura/perfuração
- Translocação bacteriana → Risco de sepse
Sintomas → Dor difusa, tipo cólica,intermitente, de início súbito.
Associado, pode ter anorexia, náuseas.
Os vômitos são comuns e a característica dele sugere o local da obstrução → Qnt + alta a obstrução, + precoce
Ausência de eliminação de gases e fezes (obstrução total) ou ↓ da eliminação (obstrução parcial)
Exame Físico → Desidratação, distensão abd
Há ↑ da peristalse no início, com RHA com timbre agudo (“ruídos de luta”), depois há ↓RHA, com atonia e distensão abd
Toque retal pode mostrar ausência de fezes na ampola
Exames Complementares → Distúrbios hidroeletrolíticos e do equilíbrio ácido-base, podendo causar alcalose metabólica (hipoclorídrica ou
hipocalêmica). Acidúria paradoxal, hemoconcentração e ↑escórias
Nas fases avançadas, há ↑lactato, ↑ fosfato, acidose metabólica.
A desidratação e a má perfusão tecidual periférica podem causar acidose metabólica.
RX de abd com distensão de alça intestinal, níveis hidroaéreos em posição ortostática, podendo ou não mostrar distensão de cólons.
- Distensão de alça em posição central, imagem em pilha de moeda → Obstrução de delgado
- Distensão de alça periférica → Obstrução do cólon
- Imagem em “U” invertido ou “grão de café” → Volvo
- Pneumatose intestinal → Estrangulamento
Normalmente, não há imagem de gás na ampola retal
Nos casos de dúvida qnt ao nível da obstrução → RX contrastado, US (gestante ou beira-leito), TC de abd
Tratamento → Cirurgia de urgência
- Tto clínico → É indicado em todos os pctes. Faz a descompressão com SNG, hidratação, reposição de eletrólitos, ATB (contra
anaeróbios e Gram (-) entéricos)
Se suspeitar de obstrução por bridas/aderência → Faz o tto clínico. Pode ter resolução espontânea do quadro em 50%, mas a
maioria dos pctes que têm melhora clínica vai precisar de cirurgia em um episódio subsequente de obstrução intestinal.
- Cirurgia → Em pcte com obstrução total, estrangulamento de alça refratária 1 24-48h de tto clínico. Faz a ressecção do segmento
acometido/remoção de aderências.
6 - DIVERTICULITE AGUDA
Perfuração dos divertículos, seguida de inflamação pericolônica. É + frequentemente no cólon sigmoide
Ocorre em 10-25% dos pctes com doenças diverticulosa.
Ela pode ser: - Não-complicada: Com peridiverticulite ou flegmão
- Complicada: Que resulta em obstrução intestinal, abscessos, peritonite ou fístula
A causa provável da inflamação diverticular do cólon é mecânica (p artículas de comida ou fezes ressecadas)
Sintomas → Dor de início insidioso, constante ou em cólicas, localizada em FIE, que pode irradias p/ flanco, suprapúbica e coluna. Ela piora
com a defecação.
Eventualmente, há histórias prévias de dor parecida
Comum história de alteração do hábito intestinal (pplmente diarreia), urgência urinária, febre com calafrio, náuseas e vômitos
Pode ocorrer fístula e o + comum é a colovesical → Causa sintomas urinários, como disúria e urgência
Exame Físico →Massa inflamatória palpável em fossa ilíaca esquerda, dolorosa
Quase sempre tem dor à descompressão brusca localizada, mas se tiver dor e defesa à palpação de todos os quadrantes, deve-se
pensar em peritonite difusa.
Exames Complementares → Enema opaco mostra divertículos
TC de abd com contraste oral e retal é o padrão ouro. Ele mostra massa inflamatória com borramento de gordura mesentérica e pode
revelar complicações como abscesso diverticular.
US transabdominal → Mostra espessamento hipoecoico da parede do cólon, visibilidade de divertículos, abscesso.
Endoscopia do sigmoide é contraindicada pelo risco de desbloqueio de um divertículo já perfurado ou até nova perfuração
RX com pneumoperitônio, se perfurado.
Tratamento → Cirurgia de Emergência
A severidade do processo inflamatório e infeccioso é que vai determinar o tratamento da diverticulite:
*Diverticulite Complicada:
- Peritonite → ATB + Hidratação venosa + Laparotomia de urgência
- Abscesso → ATB + Drenagem perctanea guiada por TC ou US (se >2cm) + Cirurgia eletiva
- Fístulas → ATB + Cirurgia eletiva com correção da fístula
- Obstrução → Drenagem nasogástrica + ATB. Se obstrução refratária, faz cirurgia de urgência.
Cirurgia de Urgência Cirurgia Eletiva
- Internar, se: Sinais de grande inflamação, com - Peritonite generalizada por - Após 1º episódio em imunodeprimidos ou em caso de
febre, leucocitose com desvio, descompressão ruptura de divertículo ou diverticulite complicada com abscesso, fístula
dolorosa em flanco e FIE ou região suprapúbica. abscesso paradiverticular colovesical ou obstrução parcial persistente
Meperidina como analgesia pode ser útil devido - Obstrução intestinal total - Nos demais casos não complicados, após o 3º episódio
a seu efeito em relaxar a musculatura lisa do cólon refratária - Impossibilidade de excluir CA de cólon
A morfina é contraindicada pq ↑ a pressão intracolônica
Depois de 4-6sem do término do tto → Fazer a colonospia p/ avaliar o intestino grosso p/ ver se a causa da perfusão não foi por
um CA colorretal
- Recidiva → Prescrever dieta rica em fibras e agentes hidrofílicos de sementes gelatinosas (Metamucil) p/ tto da constipação intestinal
associada.
Há sintomas abd recorrentes em 10% dos casos, mesmo após cirurgia. Ocorre após uma ressecção inadequada.
Classificação de Hinchey p/ Diverticulite complicada
Complicações → O curso é normalmente benigno, mas a Estágio I Diverticulite perfurada com abscesso paracólico confinado
infecção e o processo inflamatório podem causar Estágio II Diverticulite perfurada que fechou espontaneamente com
complicações formação de abscesso à distância
- Perfuração → Pode causar peritonite purulenta (por Estágio III Diverticulite perfurada não-comunicante (peritonite purulenta)
ruptura de um abscesso pericólico) ou peritonite fecal (↑ Estágio IV Perfuração e comunicação livre com o peritônio (peritonite fecal)
mortalidade)
É a complicação mais grave.
Tto → Ressuscitação volêmica, ATB e laparotomia de urgência.
- Abscesso → São as complicações + comuns na diverticulite aguda.
Taquicardia e leucocitose têm correlação direta com o grau de inflamação.
Detecta a coleção purulenta pela TC e faz sua drenagem percutânea guiada pelo método (semi-eletiva)
Abscessos pequenos (<3-4cm) respondem à ATB, sem necessidade de drenagem.
- Obstrução → Ocorre mais em intestino delgado, por aderências ao abscesso.
Fazer a drenagem nasogástrica descompressiva + ATB.
Cirurgia se houver obstruções totais refratárias.
- Fístulas → As fístulas colovesicais se manifestam com infecção urinária, associada ou não à sepse, e pneumatúria.
O achado de espessamento colônico + divertículos + ar na bexiga à TC corroboram o diagnóstico.
Deve-se primeiro controlar o quadro infeccioso e em seguida preparar adequadamente o sigmoide.
7 - CÓLICA NEFRÓTICA
Sintomas → Dor de início súbito, forte intensidade, com períodos de melhora, mas pode ser constante tbm.
Localizada em região lombar, mas pode tomar posição anterior em flanco ou fossa ilíaca com irradiação p/ virilha ou membro inferior.
Comum ter náusea, vomito e queixas urinárias, como disúria.
Se houver pielonefrite associada, é comum ter febre e calafrios.
Exame Físico → Dor à palpação em região lombar
Exames Complementares → Hematúria macro ou microscópica, cristalúria.
EX abd ou US mostrando cálculo em projeção de pelve renal ou trajeto ureteral
Urografia excretora anormal
Tratamento → Clínico
Controle da dor com antiespasmódico e analgésicos
Intervenção urológica → Se o cálculos estiver encravado no ureter distal, com quadro doloroso >12h mesmso com o tto adequado
8 - GRAVIDEZ ECTÓPICA
Sintomas → Inicialmente, é unilateral, em abd inferior, em cólica. Pode ser difusa após algumas horas. Há amenorreia
Eventualmente, está associada com irradiação p/ ombro.
A dor difusa sugere ruptura e hemoperitônio
Pode haver anemia, taquicardia e febrícula na gestação ectópica rota
Exame Físico → No exame abdômino-pélvico, há massa palpável em anexos
Exame Complementar → Hemograma pode mostrar anemia
β-HCG (+) no sangue, mas pode ser (-) na urina
Culdocentese (punção do fundo de saco) pode mostrar sangue
US mostra massa anexial, podendo ter líquido e coágulos na pelve ou distribuídos na cavidade.
Tratamento → Cirúrgico de emergência
Deve-se avaliar o grau de perda volêmica e estado hemodinâmico da pcte e tratar
9 - PANCREATITE AGUDA
Causas → Litíase biliar e álcool são as ppais. Tbm pode ser por drogas, CPRE, trauma, idiopática
Sintomas → Dor de início agudo, persistente, de forte intensidade, tipicamente no abd superior de um lado ao outro, podendo irradiar p/
dorso → Dor em faixa ou barra.
Pode ter náuseas, vômitos e anorexia.
Pode ter icterícia por obstrução do colédoco por cálculo ou por edema da cabeça do pâncreas.
Exame Físico → Dor em epigástrio ou abd superior.
Sinal de Gray-Turner → Equimose em flanco
Sinal de Cullen → Equimose periumbilical
Paniculite → Necrose gordurosa subcutânea
Sinal de Fox → Equimose na base do pênis
As equimoses sugerem hemorragia em tecido necrótico pancreático
Exames Complementares → ↑Amilase e lipase (+ específica) séricas em 2-12h → Elas não tem valor prognóstico
Amilase continua elevada por 3-6dias e lipase com normalização em 7-10dias.
Se amilase continuar alta por >7dias → Pensar em complicações, como pseudocisto, abscesso, ascite.
Pancreatite com amilase normal → Agudização de pancreatite crônica e na hipertrigliceridemia
TC é indicada nos casos definidos como clinicamente graves e pode mostrar edema pancreático até complicações como necrose
pancreática, coleções agudas peripancreáticas e complicações extraperitoneais, como derrame pleural.
O achado de gás no retroperitônio é pouco comum, mas indica infecção
Diagnóstico com pelos menos 2 dos seguintes: - Sintomas, como dor epigástrica compatível com a doença
- ↑ Amilase ou lipase sérica 3x + do que o limite da normalidade
- Imagem radiológica compatível com o diagnóstico (preferencia TC ou RM)
Tratamento → Clínico
- Caso Leve → Dieta zero + analgesia + correção hidroeletrolítica
- Caso Grave →Analgesia + Reposição volêmica rigorosa com correção de eletrólitos + Nutrição enteral devido necessidade de dieta zero
por longo período
- ATB profilático → Indicado nos casos grabes, com necrose envolvendo >30% do pâncreas. Alguns não recomendam mais.
Se houver piora clíncia após uma melhora inicial ou nos que aparecem, durante a evolução, com quadro novo de febre, leucocitose ou
qlqr sinal de sepse → Suspeitar que a necrose pancreática infeccionou. Geralmente, ocorre 10dias depois do início da pancreatite.
- Cirurgia → Só na complicação infecciosa (infecção de necrose pancreática) e piora clínica do pcte com pancreatite aguda grave
- Drenagem percutânea → Nos casos de abscesso pancreático
- Critérios de Ranson para prognóstico
13 - ENTEROCOLITE NECROSANTE → Necrose intestinal isquêmica que causa perda da integridade da mucosa e invasão bacteriana
É a causa + comum de abd agudo em RN → Fatores de risco são: prematuridade, ↓ APGAR baixo, sepse, hipóxia neonatal, cardiopatias,
PCA, cateterização umbilical, exsanguineotransfusão e alimentação hiperosmolar
- Sintomas → Distensão abdominal, vômitos biliosos, alteração do hábito intestinal, edema e hiperemia da parede intestinal, letargia,
instabilidade térmica, hipotensão, bradicardia e apnéia
- Exames → Rx de abd com distensão de alças, pneumatose intestinal (gás intramural), gás na veia porta, pneumoperitôneo, persistência
da alça intestinal dilatada fixa na mesma posição mais de 24h
- Tratamnto → Conduta inicial é conservadora → ATB, estabilização hemodinâmica, controle metabólico e hidroeletrotílico
Indicações cirúrgicas → Pneumoperitôneo, massa abdominal palpável, deteriorização clínica, edema e eritema da parede abdominal, ar
na veia porta, persistência de alça intestinal dilata e fixa, paracentese positiva