Estado e Sociedade Politicamente Organizado

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índice

Capitulo I. Introdução ....................................................................................................... 4


CAPÍTULO II. Estado e Sociedade Politicamente Organizado ....................................... 5
1. Estado e Sociedade Politicamente Organizado ......................................................... 5
2. Órgão de Estado ........................................................................................................ 6
2.1 Presidente da República ..................................................................................... 6
2.2 Assembleia da República ................................................................................... 7
2.3 O Governo.......................................................................................................... 7
2.4 Tribunais ............................................................................................................ 8
2.5 Conselho Constitucional .................................................................................... 8
3. Fins e funções do Estado ........................................................................................... 8
4. Funções do Estado ..................................................................................................... 9
5. Do Estado de Direito ao Estado Social de Direito .................................................... 9
III. Conclusão ............................................................................................................ 11
IV. Bibliografia .......................................................................................................... 12
Capitulo I. Introdução

O Estado é uma sociedade politicamente organizada.


Neste trabalho, com o tema Estado e Sociedade Politicamente Organizado, vamos abordar
aspectos ligados com a funcionalidade de um Estado soberano e democrático – Estado
Moçambicano, com destaque para as funções deste Estado e ainda sobre a composição
deste Estado.

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CAPÍTULO II. Estado e Sociedade Politicamente Organizado

1. Estado e Sociedade Politicamente Organizado

O Estado vem do latim “Status” que significa: modo de estar, situação, condição e se
refere a qualquer país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado, bem
como designa o conjunto das instituições que controlam e administram uma nação.

Assim o Estado pode ser definido como o exercício de um poder político, administrativo
e jurídico, exercido dentro de um determinado território, e imposto para aqueles
indivíduos que ali habitam. Os elementos que caracterizam o Estado são: Soberania: é o
exercício do poder do Estado, internamente e externamente

O Estado constitui uma sociedade politicamente organizada em um lugar e tempo


determinado, onde vigora determinada ordem de convivência, comum poder soberano,
único e exclusivo

O Estado, no sentido restrito, pode ser definido como a sociedade politicamente


organizada, fixa em determinado território que lhe é privativo e tendo como
características a soberania e a independência. Num sentido lato põem-se de lado as
características de soberania e independência, fala-se então de Estados Federados que
possuem constituições próprias, possuindo competências e órgãos de poder próprios.

A organização de poder político que é o Estado é composta por três elementos:

 Povo – é o conjunto dos nacionais, isto é, das pessoas ligadas ao Estado pelo
vínculo jurídico da nacionalidade ou cidadania. Os critérios de atribuição de
cidadania variam em cada ordem jurídica, podendo dividir-se em: ius sanguinis e
ius solis. O conceito de povo é diferente do conceito de população (conjunto de
pessoas que residem num determinado território) e de nação;
 Território – é o espaço geográfico onde é exercido o poder do Estado, nele
incluem-se o solo e subsolo terrestre, o espaço aéreo, o mar territorial, a
plataforma continental e a zona económica exclusiva;

A função do território é tripla: Constituí uma condição de independência nacional;


Circunscreve o âmbito do poder soberano do Estado; Representa um meio de actuação
jurídico-política do Estado.

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 Poder politico – é a “faculdade exercida por um povo de, por autoridade própria,
instituir órgãos que exerçam autonomia sobre um território, nele criando e
executando normas jurídicas, usando para o efeito os necessários meios de
coação”. O poder político pode ser analisado segundo dois planos, o Interno, onde
é a faculdade exercida por um povo de, por autoridade própria, instituir órgãos
que exerçam com relativa autonomia a jurisdição sobre um território, nele criando
e executando normas jurídicas, usando para o efeito os necessários meios de
coação, e o Externo, onde se surge a ideia de Soberania, a capacidade de se fazer
representar internacionalmente, esta ideia remete-nos para os conceitos de
Supremacia, não está limitado por nenhum poder na ordem interna, e
Interdependência, não tem de aceitar normas, fá-lo voluntariamente estando ao
mesmo nível dos outros Estados Soberanos.

2. Órgão de Estado

São órgãos da soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o


Governo, os Tribunais e o Conselho Constitucional (art. 133º da Constituição da

República de Moçambique).

2.1 Presidente da República

O Presidente da República é o chefe do Estado de Moçambique. Ele representa


Moçambique internamente e no estrangeiro. Ele tem a tarefa de controlar o
funcionamento correcto dos órgãos do Estado (art. 146º da Constituição da República de
Moçambique). O Presidente da República deve zelar que as garantias da constituição
serão cumpridas.

O Presidente da República é eleito pelo povo. A eleição deve ser directo, igual, secreto,
pessoal e periódico. Eleições têm lugar de cinco em cinco anos. O Presidente da
República só pode ser eleito de novo uma vez (art. 147º da Constituição da República de
Moçambique). Para as demais competências do Presidente da República veja 146º a

163º Da Constituição da República.

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2.2 Assembleia da República

A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos


moçambicanos (art. 168º da Constituição da República de Moçambique). A Assembleia
da República é o mais alto órgão legislativo na República de Moçambique. Ela determina
as normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social através de
leis e deliberações (art. 169º da Constituição da República de Moçambique).

A Assembleia da República é constituída por 250 deputados. Esses são eleitos em eleições
directas, iguais, secretos, pessoais e periódicos (art. 170º da Constituição da

República de Moçambique).

Os deputados são os representantes do povo moçambicano. Eles devem exprimir a


vontade dos cidadãos nas deliberações da Assembleia da República. As leis aprovadas
pela Assembleia da República espelham aquilo que o povo quer. As leis são
implementadas pelo governo e pela administração pública. Pelo cumprimento das leis
velam os tribunais. Deste modo, a nossa constituição consta o controlo mútuo dos poderes
dos órgãos da soberania.

2.3 O Governo

O Governo de Moçambique é o Conselho de Ministros (art. 200º da Constituição da

República). Esse é composto pelo Presidente da República, Primeiro(a) Ministro(a) e


pelos Ministros (art. 201º da Constituição da República de Moçambique). Certamente já
ouvimos falar do Primeiro(a) Ministro(a), do Ministro(a) da Educação, da Agricultura,
das Obras Públicas e Habitação, do Trabalho, do Interior, da Justiça, e outros. Estes
compõem o governo de Moçambique chefiados pelo Presidente da República.

A função principal do Conselho de Ministros é assegurar a administração do país (veja

art. 203º da Constituição da República de Moçambique para mais funções). O Conselho

de Ministros observa as decisões do Presidente da República e as deliberações da

Assembleia da República (art. 202º da Constituição da República de Moçambique).

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Compete ainda ao Governo (art. 204º da Constituição da República de

Moçambique):

 Garantir o gozo dos direitos e liberdades dos cidadãos;


 Dirigir a política laboral e a segurança social;
 Estimular a apoiar o exercício da actividade empresarial e da iniciativa privada e
proteger os interesses do consumidor e do público em geral, etc.

2.4 Tribunais

Os tribunais têm como objectivo garantir e reforçar a legalidade como factor da


estabilidade jurídica. Eles devem garantir o respeito pelas leis, asseguram os direitos e
liberdades dos cidadãos, punem as violações da lei e decidem os problemas de acordo
como está escrito na lei (art. 212º n.º 2 da Constituição da República de Moçambique).

As decisões dos Tribunais são do cumprimento obrigatório para todos os cidadãos e


demais pessoas jurídicas e prevalecem sobre as decisões de outras entidades (art. 215º da
Constituição da República de Moçambique).

Quando alguém sente que os seus direitos foram violados ou tenha qualquer outro
problema, deve recorrer ao tribunal.

2.5 Conselho Constitucional

Ao Conselho Constitucional compete administrar a justiça em matérias de natureza

Jurídica - constitucional (art. 241º da Constituição da República de Moçambique). Bem


como os tribunais velam sobre o cumprimento das leis, o Conselho Constitucional zela
sobre o cumprimento da Constituição da República de Moçambique. Uma das tarefas do
Conselho Constitucional é apreciar, se leis violam a constituição (art. 244 n.º 1 lit. A da
Constituição da República). Cabe ainda ao Conselho Constitucional – entre outras
atribuições – validar e proclamar os resultados eleitorais.

3. Fins e funções do Estado

A formação do Estado como sociedade politicamente organizada tem em vista


prossecução de determinados objectivos. Por isso, o poder político do Estado assume
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determinados fins como razão da sua actividade, que são: Segurança, Justiça e o Bem-
Estar económico, social e cultural.

4. Funções do Estado

 Legislativa: que se manifesta através da edição de normas gerais e obrigatórias


para todos;
 Executiva: que actua através da implementação de soluções concretas, sendo a
função como responsabilidade de governo, como atribuições políticas, co-
legislativas e de decisão, além da administração pública em geral;
 Jurisdicional: cujo campo é o da solução em específico dos conflitos surgidos e
regulados pelas regras gerais, interpretando e aplicando a lei.

5. Do Estado de Direito ao Estado Social de Direito

O Estado de Direito é relacionado ao poder do Estado. É quando esse poder, em relação


as decisões que podem ser tomadas pelos governantes, é limitado pelo conjunto das leis,
o Direito.

No Estado de Direito obrigatoriamente todos os direitos fundamentais do homem devem


ser protegidos pelo Estado: tanto os direitos políticos, como os sociais e os económicos.

O Direito através da legislação, vai definir o que pode ou não ser feito tanto em relação
aos governantes como em relação aos cidadãos. No Estado de Direito uma decisão não
pode ser contrária a legislação, ou seja, a lei não pode ser violada.

Ao passo que, o Estado Social do Direito procura superar as limitações da visão do Estado
Liberal. Assim, o Estado Social pretende garantir as liberdades individuais e, ao mesmo
tempo, é necessário intervir para que o conjunto da população tenha acesso a uma série
de serviços sociais, especialmente aqueles relacionados à educação, saúde e habitação.
As instituições do Estado devem organizar-se de modo que haja coesão social. E
igualdade de oportunidades. A ideologia que defende esta visão do Estado é o Socialismo
Democrático e a finalidade desta visão é de garantir uma vida digna para os cidadãos.

O objectivo do Estado Social de Direito é de corrigir as desigualdades sociais e


económicas próprias do capitalismo. Para que isso seja possível é necessário que as

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instituições públicas sejam ou promovam medidas para melhorar as condições de vida de
todos os cidadãos.

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III. Conclusão

Depois de lidas varias literaturas que abordam assuntos do tema a cima dissertado, foi
possível chegar-se à conclusão de que o Estado Moçambicano além de ser um Estado
democrático, é também um Estado que composto por vários órgãos de soberania desde o
mais alto nível - Presidente da República até ao Conselho Constitucional.

O Estado Moçambicano é também composto por um governo, que é o Conselho de


Ministro que é composto e chefiado pelo Presidente da República e pelos diferentes
Ministros que o compõe.

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IV. Bibliografia
De Sousa, M. R., & Galvao, S. (1991). Introducão ao Estudo de Direito.
Negri, A. D. (2018). Direito Constitucional e Teria da Constituicão.

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