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TVT Revisão de Literatura

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FERREIRA, C.G.T. et al. Tumor venéreo transmissível canino (TVTC): Revisão de literatura.

PUBVET, Londrina, V. 4, N. 14, Ed. 119, Art. 803, 2010.

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

Tumor venéreo transmissível canino (TVTC): Revisão de literatura

Caroline Gracielle Torres Ferreira1; Eduardo de Souza Araújo2; Klívio Loreno


Raulino Tomaz3; Paulo Fernando Cisneiros da Costa Reis4.

1
Graduanda de Medicina Veterinária, Bolsista da Universidade Federal Rural do
Semi-Árido (UFERSA), Departamento de Ciências Animal, BR 110, Km 47,
Mossoró, RN, CEP 59.625-900.
2
Graduando de Medicina Veterinária, UFERSA, Mossoró, RN.
3
Médico Veterinário, Hospital Veterinário Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia
(Hovet), UFERSA, Mossoró, RN.
4
Médico Veterinário, Hospital Veterinário Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia
(Hovet), UFERSA, Mossoró, RN.

Resumo
O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma neoplasia de células redondas de
origem mesenquimatosa, contagiosa que acomete a mucosa genital externa de
cães. A transmissão ocorre através da implantação de células tumorais durante
o contato sexual, brigas e interações entre animais portadores e susceptíveis.
Metástases raramente ocorrem. O diagnóstico é feito apartir do historico e
exame clínico do animal e é confirmado por biopsia e/ou exame citológico. O
exame citológico é um método rápido, confiável e de baixo custo para o
diagnóstico da maioria das enfermidades neoplásicas nos animais. O TVT é
uma neoplasia sensível à quimioterapia e radioterapia, e dentre estas
FERREIRA, C.G.T. et al. Tumor venéreo transmissível canino (TVTC): Revisão de literatura.
PUBVET, Londrina, V. 4, N. 14, Ed. 119, Art. 803, 2010.

modalidades de tratamento, a quimioterapia é aceita como mais efetiva. O


sulfato de vincristina administrada uma vez por semana, é extremamente
eficaz, tem baixo potencial de toxicidade e custo satisfatório.
Palavras-chave: TVT, cão, neoplasia.

Transmissible venereal tumor canine (TVTC): Literature revision

Abstract
The transmissible venereal tumor (TVT) is a round cell neoplasm of
mesenchymal, contagious that attacks the external genital mucosa of dogs.
The transmission occurs by implantation of neoplasm cells during sexual
contact, fights and interaction between bearing and susceptible animals.
Metastasis rarely occurs. The diagnostic is based on the animal’s history and
clinical examination and is confirmed by biopsy and/or cytological exam. The
cytological exam is a fast, reliable method and of low cost for the illnesses
neoplasics majority diagnosis in the animals. TVT is a sensitive neoplasia to the
chemotherapy and radiotherapy, and among these treatment modalities, the
chemotherapy is accepted as more effective. Vincristina sulfate managed once
a week, it is extremely effective, has potential short of toxicity and satisfactory
cost.
Keywords: TVT, dog, neoplasia.

1. INTRODUÇÃO

O Tumor Venéreo Transmissível (TVT) trata-se de um linfossarcoma


(Linfossarcoma de Sticker), na qual se observa uma neoplasia transmissível
por células transplantáveis, com localização predominantemente venérea,
afetando o pênis e a vagina de cães, mas também podendo ser encontrado em
regiões extragenitais (CHITI & AMBER, 1992).
O TVT pode existir como massa solitária ou lesões múltiplas, em formato
de couve-flor, ou como formas pendulares, nodulares, papilares ou
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multilobulares (GREATTI, 2004). Os sinais clínicos são secreção hemorrágica,


lambedura freqüente no local afetado e protusão pela genitália de um tumor
avermelhado e friável (MOYA, 2005). A malignidade do TVT tem sido
demonstrada pelos relatos de massas tumorais secundárias localizados na
cavidade bucal, seios nasais, bolsa escrotal, baço, globo ocular, nervos
periféricos, cérebro e adenohipófise (CRUZ, 2005).
É uma patologia muito freqüente na clínica veterinária em todo o mundo,
devido a sua fácil transmissão, fazem parte do grupo de risco os cães que
habitam áreas de alta densidade e com alta prevalência de animais
abandonados predominando nesses casos, cães sem raça definida (SRD)
(FLORES et al., 1993).
Diferente de outras neoplasias o TVT é transmitido pelo coito, podendo
ocorrer no mesmo animal por transferência para outras mucosas ou ainda ser
inoculada em diversos locais por lambedura, mordedura e arranhadura ou
devido à interação entre animais portadores e susceptíveis (RODRIGUES,
2001).
Devido à elevada incidência do TVT canino, se faz importante a
realização desta revisão, auxiliando os interessados em ampliar os
conhecimentos sobre o tumor venéreo transmissível canino.

2. REVISÃO DE LITERATURA

O Tumor Venéreo Transmissível também denominado de Linfossarcoma


de Sticker (CHITI e AMBER, 1992) é uma neoplasia contagiosa. É de origem
mesenquimatosa e sua disseminação ocorre geralmente por contato sexual,
porém o TVT também pode ser disseminado através do contato prolongado
com superfícies contaminadas de outros animais. Essa neoplasia acomete
principalmente cães de médio porte com idade de 1-15 anos (média de 7
anos), sendo os machos mais afetados, porém para GANDOTRA et al. (1993b),
a maior incidência ocorre em fêmeas.
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Em fêmeas o TVT localiza-se mais freqüentemente na vagina (53 % dos


casos), vulva (33%) e região extra-genital (14%); nos machos, ocorre quase
que na totalidade, em cães não-orquiectomizados (LOAR, 1992) e localiza-se
principalmente no prepúcio e pênis (56%) e em localização extra-genital
(14%) (GONZALEZ et al., 1997). A cópula entre animais da espécie canina,
devido ao contato prolongado, favorece o transplante das células tumorais
(SANTOS, 1988).
Entre as raças mais afetadas estão o Rotweiller (AMBER et al., 1990),
Labrador (GANDOTRA et al., 1993a), Alasca Malamute, Pastor Alemão, Boxer,
Doberman, Akita, Cocker Spaniel, Samoieda, Siberian Husky, Dálmata
(MORALES & GONZALES, 1995). Fazem parte do grupo de risco os cães de
guarda, assim como os que habitam áreas de alta densidade e com alta
prevalência de animais abandonados, predominando nestes casos, cães sem
raça definida (SRD), conforme FLORES et al. (1993).
Secreção sangüinolenta vaginal ou peniana, além de hematúria,
correspondem aos sinais precoces do Tumor Venéreo Transmissível do Cão
(WHITE, 1991). Com o desenvolvimento do TVT, observa-se tecido nodular,
hemorrágico e friável, pouco demarcado, sendo que freqüentemente a lesão
pode apresentar ulcerações. Essa neoplasia pode apresentar aspecto de couve-
flor ou de placas. Pequenos fragmentos do tumor, com coloração acinzentada
podem se destacar facilmente do tecido primário durante a manipulação
(JOHNSON, 1994). O histórico descrito pelo proprietário, como presença de
secreção sanguinolenta vaginal ou peniana, e o aspecto macroscópico da lesão,
placas friáveis com aspecto de couveflor, são sugestivos de TVT, devendo-se
diferenciar de neoplasias como mastocitoma, histiocitoma, linfoma e lesões
granulomatosas não neoplásicas (FLORES et al., 1993).
De modo geral, as lesões neoplásicas surgem como pequenas áreas
elevadas e hiperêmicas que com a progressão da doença, podem atingir 5 cm
de diâmetro ou mais. Os animais podem apresentar prurido, mudança de
comportamento, tornando-se muitas vezes agressivos ou apáticos, letárgicos e
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anoréticos. Em casos mais avançados, com progressão perineal do tumor,


pode-se observar retenção urinária (BATAMUZI & KRISTENSEN, 1996).
A metástase é incomum (5%) (FRASER, 1996), podem ocorrer em
animais nos quais o tumor persiste por um período maior do que dois meses.
Os principais locais de metástases são os linfonodos regionais, escroto e a área
perineal. Podem também ser encontradas, com menor freqüência em vísceras
abdominais, pulmões, sistema nervoso central e mais raramente em fígado e
baço (PAULA et al., 1997 ). Há casos de metástases em órgãos abdominais,
linfonodos ilíacos internos e externos pós histerectomia em cadela portadora
de TVT (ISHIKAWA et al., 1995). Segundo Miller et al. (1990) descreveram o
TVT localizado no prepúcio e pênis, com metástases no cérebro, meninges,
pulmões e pálpebras. Também, observa-se metástases no trato urinário de
cães provocando a obliteração do meato urinário externo pelo TVT, retenção
urinária e bacterúria (BATAMUZI & KRISTENSEN, 1996).
O TVT, em cães sem lesão primária na área genital, foi diagnosticado no
seio maxilar (PEREZ et al., 1994) e na cavidade nasal (GINEL et al., 1995). As
neoplasias extragenitais também foram encontradas nos pulmões, linfonodos,
musculatura esquelética e espaço intracranial (KROGER et al., 1991).
Para o diagnóstico utiliza-se a impressão sobre lâmina de microscopia
(“imprint”) e citologia de aspiração por agulha fina, sendo estes de simples e
rápida execução além do baixo custo. A eficácia da citologia para o diagnóstico
de neoplasias ou lesões inflamatórias é de 90% (MacEWEN, 2001). Para a
realização do exame histológico, a biopsia é o método diagnóstico maisseguro
(KROGER, 1991).
O TVT possui aspecto microscópico semelhante às demais neoplasias de
células redondas. Observam-se fileiras de células similares a macrófagos,
células variando do formato redondo ao poliédrico (WHITE, 1991) medindo 15-
30 mm de diâmetro (SANTOS, 1988), citoplasma azul-claro com a presença de
vacúolos distintos, sendo pequena a relação núcleo/citoplasma (WHITTE,
1991). Nessas células, o núcleo é grande, basofílico e central (SINGH et al.,
1996). Observa-se a presença de septos conjuntivos que isolam grupos de
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células, evidenciando disposição trabecular, além das figuras mitóticas que


podem ser freqüentes (LOAR, 1992).
Anisocitose e anisocariose são observadas, bem como eventual basofilia
citoplasmática, hipercromasia nuclear e macrocariose (ERÜNAL-MARAL et al.,
2000). A presença de figuras mitóticas e células inflamatórias é outra
característica desta neoplasia (WELLMAN, 1990; VARASCHIN et al., 2001).
Entretanto, mudanças na morfologia celular do TVT têm sido cada vez mais
observadas, como a ausência dos vacúolos citoplasmáticos e a presença de
células maiores e ovóides em relação à descrição clássica da neoplasia. Muitas
vezes, o aspecto das células pode variar entre o tumor primário e a metástase
ou ser atípico, em casos de tumores com maior tempo de evolução (FERREIRA
et al., 2000). VARASCHIN et al. (2001) registraram a observação de células
com citoplasma espumoso e aumentado de volume em casos de TVTs maligno.
Para o tratamento vêm sendo utilizadas, a criocirurgia (DASS & SAHAY,
1989; OLGIVIE, 1996), a radioterapia (SANTOS, 1988; WHITE, 1991), a
ressecção cirúrgica (PANCHBHAI et al., 1990) e quimioterapia antineoplásica
(HOQUE et al., 1993; ANDRADE et al., 1999).
A excisão cirúrgica pode resultar em um controle em longo prazo embora
seja um procedimento cruento e que possui índice relativamente alto de
recidivas. A eletrodiérese pode ser empregada para a exérese, a qual ocorre
em menor tempo cirúrgico e com menor hemorragia. Como desvantagem da
eletrossecção, há a possibilidade de atrasos na cicatrização e também a
formação de tecido fibroso com deformação dos órgãos genitais (HOQUE et al.,
1995).
A quimioterapia citotóxica constitui-se no método mais eficiente. Sendo
menos cruenta que o tratamento cirúrgico, apresenta menor número de
recidivas e, quando estas ocorrem, em geral, são lesões localizadas e sensíveis
aos antineoplásicos (CAMACHO & LAUS, 1987).
A terapia com sulfato de vincristina na dose de 0,025mg/kg por via
endovenosa, a cada 7 dias, demonstrando resultados macroscópicos a partir
da segunda semana de tratamento, com diminuição das massas tumorais e
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exsudação (TELLA et al., 2004). Geralmente, após a quarta aplicação constata-


se regressão completa do tecido neoplásico, devendo a terapia ser continuada
com mais duas aplicações após o desaparecimento completo das lesões. Com
estes resultados, conclui-se que o sulfato de vincristina constitui indicação
eficaz para o tratamento de TVT, seja de ocorrência genital ou não
(MORRISON, 1998). De acordo com ANDRADE et al. (1999) a ação da
vincristina resume-se no bloqueio da mitose e interrupção da metáfase.
Os efeitos colaterais do tratamento com o sulfato de vincristina mais
observados, decorrentes da terapia com sulfato de vincristina, são inapetência,
alopécia pouco significativa, vômito, diarréia (HOQUE et al., 1995) e
mielossupressão (KITCHELL, 2005). Podendo ser observados também
toxicidade hematológica, neurológica e dermatológica. Em relação à
neurotoxicidade, observa-se neuropatia periférica em alguns cães submetidos
à quimioterapia com este fármaco associado à ciclofosfamida e prednisona.
Com respeito à dermatotoxicidade há discreta alopécia em cães tratados com
sulfato de vincristina, entretanto, lesões como a necrose no tecido perivascular
quando ocorre extravasamento do citostático são graves (WHITE, 1991).
Para quimioterapia antineoplásica, também podem ser empregados
fármacos como clofibrato (BHAT & AHMAD, 1988), ciclosfosfamida (HOQUE et
al., 1993), doxorrubicina, sulfato de vinblastina e metrotexato (SINGH et al.,
1996) podem ser utilizados para reduzir o tamanho do tumor para posterior
exérese cirúrgica. Casos crônicos e com resistência à vincristina, têm indicação
de radioterapia ou quimioterapia com a doxorrubicina, ciclofosfamida e
metotrexato, sempre com acompanhamento com eletrocardiografia, devido ao
efeito cardiotóxico da doxorrubicina (KITCHELL, 2005). A doxorrubicina pode
ser administrada na dose de 30mg/m2/IV a cada 21 dias. Geralmente, dois
tratamentos são suficientes para induzir remissão completa da neoplasia.
(MacEWEN, 1996).
Os fármacos antineoplásicos interferem nos processos de síntese de
DNA, RNA e/ou proteínas, primeira tentativa de divisão. Sabe-se que as células
tumorais são particularmente suscetíveis a esse efeito, porém outros tecidos,
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especialmente os de rápida divisão celular também o são. Além disso, muitos


desses fármacos são tóxicos, carcinogênicos e mutagênicos. Sendo assim, tais
informações levam a questionar sobre a possibilidade de riscos pessoais
envolvidos na manipulação e na administração de quimioterápicos citostáticos
(MORRISON, 1998; ANDRADE et al., 1999). Assim, a terapêutica com
fármacos antineoplásicos deve ser executada com medidas rotineiras de
segurança, já que o contato acidental com a pele e as mucosas pode causar
complicações graves como irritações, ulcerações, mielossupressão, câncer, etc.
Sendo assim, deve-se evitar qualquer contato com o citostástico fazendo uso
de material de segurança como luvas de látex cirúrgicas, avental de algodão
com manga longa, avental de plástico sem mangas, óculos de proteção com
lentes de policarbonato e máscara cirúrgica com carvão ativado (MORRISON,
1998; ANDRADE et al., 1999).
O prognóstico para a remissão total é bom, a menos que se encontre
presente um envolvimento metastático do SNC ou dos olhos (FRASER, 1996).
Apesar de sua potencial natureza maligna, o tumor venéreo responde a
diferentes tipos de tratamentos, como radioterapia, crioterapia e
quimioterapia, esta última comprovadamente a modalidade terapêutica de
maior eficácia, sendo o TVT mencionado como o tumor mais responsivo à
quimioterapia em oncologia veterinária (ERÜNAL-MARAL et al., 2000).
Reforça-se a necessidade da realização de campanhas de prevenção com
o intuito de esclarecer aos proprietários a importância de não deixar os cães
soltos nas ruas, pois os mesmos representam um reservatório em potencial
para o tumor venéreo transmissível.

3. CONCLUSÃO

O TVT pode existir como massa solitária ou lesões múltiplas, em formato


de couve-flor, ou como formas pendulares, nodulares, papilares ou
multilobulares, sendo o coito é a principal forma de transmissão. Trata-se de
uma neoplasia freqüente na casuística clínica de pequenos animais e apresenta
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grande diversidade na forma de apresentação, podendo acometer aparelho


reprodutor e pele e sofrer metástase em órgãos internos.
O exame citológico é conclusivo para o diagnóstico anatomo-clínico,
sendo que, o aspecto macroscópico com o auxílio da citologia e histopatologia
é necessário para o acompanhamento da patologia, para que não ocorra lesões
mais severas para o animal, sendo a avaliação citológica uma ferramenta
extremamente útil que pode ser realizada com rapidez e facilidade, baixo custo
e com risco mínimo ao paciente. O sulfato de vincristina mostrou-se efetivo na
redução e cura do T.V.T.
A realização de campanhas preventivas são importantes para esclarecer
os proprietários a importância de não deixar os cães soltos nas ruas, pois os
mesmos representam um reservatório em potencial para o TVT.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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