Seminário Religiões

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CENTRO UNIVERVITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO – CAMPUS

LORENA

BRUNA KAROLINE DA SILVA MINAS DOS SANTOS

CAIO AUGUSTO DA SILVA GARUFE

IRIS NEMETALA BERRO SAMPAIO

JOSÉ AUGUSTO NOGUEIRA

MARIA OLIVIA VALIGURA

RELIGIOSIDADE: AFRICANIDADE, ISLAMISMO E


JUDAIMSO

LORENA – SP
2018
CENTRO UNIVERVITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO – CAMPUS
LORENA

BRUNA KAROLINE DA SILVA MINAS DOS SANTOS

CAIO AUGUSTO DA SILVA GARUFE

IRIS NEMETALA BERRO SAMPAIO

JOSÉ AUGUSTO NOGUEIRA

MARIA OLIVIA VALIGURA

RELIGIOSIDADE: AFRICANIDADE, ISLAMISMO E


JUDAIMSO

Trabalho de Antropologia Religiosa II do Curso


de Engenharia Civil do CENTRO
UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO
– UNISAL, como parte das exigências para a
obtenção da nota P1, sob a orientação do Prof.
Júlio Cesar Moreno.

LORENA – SP
2018
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO. ........................................................................................................... 2

JUDAÍSMO .................................................................................................................. 2

ORIGEM DO JUDAÍSMO ............................................................................................ 2

QUAIS OS PRECEITOS DO JUDAÍSMO.................................................................... 3

Judaísmo no Brasil ...................................................................................................... 5

AFRICANIDADES ....................................................................................................... 6

ESPIRITUAL E MATERIAL ......................................................................................... 7

OS RITOS ................................................................................................................... 8

ELEMENTOS .............................................................................................................. 8

RESPEITO E TOLERÂNCIA ..................................................................................... 10

Colaboração .............................................................................................................. 12

Judaísmo. .................................................................................................................. 16

Apresentação ............................................................................................................ 16

Origens: ..................................................................................................................... 16

Inicio: ......................................................................................................................... 16

Lugar: ........................................................................................................................ 17

Contexto Histórico: .................................................................................................... 17

Liderança Inicial ........................................................................................................ 19

Livros Sagrados: ....................................................................................................... 19

Hierarquia no Islamismo: ........................................................................................... 20

Espiritualidade: .......................................................................................................... 21

O Ser Humano: ......................................................................................................... 22

Como a cultura influencia na espiritualidade? ........................................................... 22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ......................................................................... 23


INTRODUÇÃO.

O ser humano se relaciona de formas diferentes com o divino, suas crenças


estão diretamente relacionadas ao seu modo de vida e sua cultura, não há religião
melhor ou pior que outra, o que há são pontos de vistas e práticas que refletem a
necessidade da relação do ser com o criador, porém, de formas diferentes e de
diferentes aspectos. Abaixo apresentaremos diferentes pontos de vistas da relação
do ser humano com o divino, de forma a apresentar como os povos interagem com
Deus de formas variadas.

JUDAÍSMO

O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na


história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus, o criador de
tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se
tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida.

ORIGEM DO JUDAÍSMO

O termo “judeu” vem do nome Judá, que era um dos filhos de Jacó e que deu
origem a uma das doze tribos de Israel. Ao que parece, no princípio, o termo judeu
era utilizado somente para quem nasceu nesta região, em uma das tribos. Depois o
termo era comumente utilizado para quem pertencia a qualquer uma das doze tribos
e, mais tarde, para quem era descendente deste mesmo povo. Há ainda quem diga
que todo judeu é descendente direto de Abraão, Isaque ou Jacó.

O Judaísmo como uma religião mais estruturada, passou a existir depois que
o povo judeu passou a ter grande influência, a partir dos reinados de Saul, Salomão
e Davi. Salomão, inclusive, foi o responsável pela construção do primeiro templo
judeu do mundo, em Jerusalém. O tempo passou e os judeus foram se dividindo em
grupos na chamada Era dos Profetas. Depois, a liderança israelita foi assassinada e
o templo destruído. Para ter uma ideia do quanto a religião é antiga, tudo isso
aconteceu ainda antes do nascimento de Cristo, algo em torno de 900 e 600 anos
antes de Cristo. Vários judeus foram enviados contra sua vontade para a Babilônia e
mesmo quando foram autorizados a retornar a Israel acabaram permanecendo por
ali. Este momento é considerado a primeira diáspora da religião. Diáspora significa
algo como “viver longe de Israel”.

Por muitas razões é difícil definir em uma só palavra o que é ser judeu e o
que é o judaísmo. Segundo algumas tradições rabínicas, uma pessoa pode ser
considerada judia mesmo que não acredite em Deus, somente por ter tido uma mãe
judia. Neste caso ele seria considerado o que alguns chamam de judeu biológico,
mas não um verdadeiro judeu. Há quem diga ainda, que para ser um judeu completo
é preciso seguir à risca todos os preceitos do Torá e que aceite os chamados “Treze
Princípios da Fé”.

QUAIS OS PRECEITOS DO JUDAÍSMO

Mas afinal, no que acreditam os judeus e aqueles que se converteram ao


judaísmo? Pois bem, atualmente existem cinco grupos diferentes do judaísmo
espalhados pelo mundo:

• Judeus Ortodoxos
• Judeus Conservadores
• Judeus Reformistas
• Judeus Reconstrucionistas
• Judeus Humanistas

As crenças e costumes divergem entre os grupos, mas todos seguem


algumas crenças tradicionais e tem os mesmos princípios. Entre estes princípios em
comum, podemos citar resumidamente alguns deles:

• Para o judaísmo, Deus é o criador de tudo e de todos;


• Deus não possui um corpo físico;
• Deus deve ser louvado e respeitado como autoridade suprema e absoluta do
universo;
• Foi Deus quem revelou para Moisés, os primeiros 5 livros da bíblia;
• Estes livros jamais podem ser alterados;
• Deus se comunicava diretamente com o povo de Israel através de seus
profetas;
• Deus observa e está sempre monitorando tudo que acontece na Terra;
• Deus recompensa e pune individualmente cada pessoa;
• A bondade é inerente ao mundo;

A religião cristã, principalmente a católica tem muitos dos preceitos parecidos.


Mas algumas crenças são muito diferentes. Por exemplo, no judaísmo não existe
pecado original e nenhum salvador faz a intermediação com Deus. Alguns grupos do
judaísmo consideram Jesus somente como uma espécie de profeta, outros o
consideram um falso profeta e nem dizem seu nome por acreditarem estar falando
de um falso ídolo.

No judaísmo eles também acreditam em um Messias, mas ele irá aparecer no


futuro e vai ser o responsável por reunir novamente o povo de Deus em Israel. Neste
momento, eles acreditam que os mortos serão ressuscitados e que o templo de
Jerusalém será reconstruído.

Para eles, os judeus foram o povo escolhido por Deus para estudar e proteger
o Torá e também para louvá-lo. Apesar disso, eles não acreditam que são
superiores aos outros povos, somente diferentes. Eles não são uma religião
missionária, mas qualquer pessoa que deseja de verdade tornar-se judia, pode fazer
sua conversão para o judaísmo. Será preciso levar os princípios do Torá, aceitar as
crenças e para os homens, fazer a circuncisão, entre outras coisas.

Informações importantes sobre o judaísmo

O dia santo para os judeus é o sábado, também chamado de sabat. Ele


começa no pôr do sol da sexta-feira e se estende até o pôr do sol do sábado.
Durante este dia, não é possível trabalhar. Alguns mais ortodoxos também não
dirigem nem cozinham.
O local de culto para os judeus é a sinagoga. O líder da sinagoga é um
rabino, que diferente de outras religiões não possui um status religioso diferente, ou
seja não é um sacerdote.

O livro sagrado dos judeus é o Torá, ou bíblia hebraica. Os cristãos o


chamam de Velho Testamento e o símbolo do judaísmo é a estrela de Davi.

Judaísmo no Brasil

A participação judaica na vida brasileira remonta a 1500, quando judeus


portugueses aportaram com a esquadra de Pedro Álvares Cabral. Desde então, a
comunidade judaica sempre participou do debate sobre as grandes questões
brasileiras.

Com os Cadernos Conib, a Confederação Israelita do Brasil mostra não


apenas a grande participação dos judeus nos debates sobre os rumos do país, como
também a diversidade de opiniões e o espírito democrático existentes entre seus
membros. A Conib, como instituição apartidária e pluralista, proporciona espaço para
manifestações de linhas ideológicas distintas, do ponto de vista político e religioso.

Cada edição da revista traz um assunto principal, sobre o qual são


apresentadas diversas perspectivas. Nesta segunda edição, é abordada a
contribuição judaica à democracia no Brasil. O lançamento, com a presença dos
colaboradores e com apoio do Instituto Vladimir Herzog, ocorrerá em São Paulo, no
dia 29 de abril, na Casa do Povo, nomepopular do Instituto Cultural Israelita
Brasileiro (ICIB) criado por imigrantes judeus progressistas no bairro paulistano do
Bom Retiro, há 60 anos.

Um dos mitos sobre os judeus afirma que a comunidade atua regida por
disciplina férrea, sem controvérsias ou divisões. Nada mais longe da realidade. E
nossa história prova isso. Como brasileiros, participamos de diferentes correntes de
opinião e de diferentes partidos políticos. Nos tempos do regime militar, houve
judeus em campos opostos. De todo modo, foi muito mais evidente e numerosa a
participação de integrantes da comunidade nos movimentos pela restauração da
democracia no Brasil.

A revista traz, entre outros, textos sobre Vladimir Herzog, Jacob Gorender,
Celso Lafer e a Casa do Povo; entrevistas com Jaime Lerner e o rabino Henry
Sobel; ensaios de Clara Ant, Beatriz Kushnir, Eva Blay e Carlos Brickmann. Os
rabinos Nilton Bonder e Samy Pinto refletem sobre fé e democracia. O jornalista e
sociólogo Cláudio Camargo aborda a trajetória democrática e os desafios vividos por
Israel.

Colaboraram também Audálio Dantas, Benjamin Seroussi, Henrique Veltman,


Jayme Brener, Renato Modernell, Renato Vaisbih e Túlio Milman.

AFRICANIDADES

As religiões tradicionais africanas não possuem textos escritos ou livros


sagrados, mas se baseiam na tradição, ou narração passada de geração para
geração, sobre os conteúdos e a maneira de viver sua religiosidade. Isso se dá em
forma de histórias, ritos, provérbios, danças, músicas, festas.

Um erro comum é supor que todos os povos africanos são da mesma raça e
que tiveram a mesma origem, o que leva a supor que tenham também os mesmos
costumes e a mesma religião. Para melhor se compreender sobre qual região da
África ou qual religião será abordada divide-se assim:

1) África do norte: desde o Atlântico e Mediterrâneo até o Saara, incluindo o Egito e


a Etiópia. Esta região é dominada pelo Islamismo e pelo Cristianismo.

2) África centro-sul: desde a Rep. Dos Camarões, Quênia…, até o extremo sul. Esta
parte da África, povoada principalmente por tribos aborígenes, é dominada pelas
religiões tradicionais, exceto uma relevante percentagem que praticam o
cristianismo, o islamismo e até o hinduísmo.

ESPIRITUAL E MATERIAL

A religião tradicional africana distingue dois aspectos da realidade: aquilo que


é visível, físico, material…, e aquilo que é invisível e espiritual. Estes dois aspectos
fundem-se entre si: nenhuma coisa do mundo físico é tão material que não contenha
em si elementos do mundo espiritual. Isto conduziu à crença de que há espíritos nas
pedras, nas montanhas, nos rios, nas árvores, nos trovões, no Sol e na Lua… Daí a
religião tradicional africana ser muitas vezes chamada também de religião animista.

Seus praticantes vivem em profunda harmonia com todo o universo e


esforçam-se para comportar-se de maneira adequada, conforme as leis morais. Isso
não significa que não existem momentos religiosos mais destacados de outros,
considerados profanos, mas toda a vida é sustentada pelo elemento religioso que
une os seres, o cosmo, o mundo invisível e o Ser Superior. Todo o universo tem
uma alma.
OS RITOS

Ritos, cerimônias e preces são algumas das modalidades através das quais o
ser humano procura se expressar e alcançar sua própria harmonia com o todo. Mas
o que importa é a atitude interior que caracteriza a vida dos povos tradicionais, uma
atitude profundamente religiosa. Cada fato cotidiano, banal ou importante, é
colocado num contexto que supera a dimensão material.

O ritual sacraliza os momentos importantes da vida: nascimento,


adolescência, matrimônio e morte. Existe, além disso, uma grande variedade de
ritos: de iniciação, purificação, propiciação, comemoração, ação de graças etc.

Os ritos de iniciação garantem a boa integração na comunidade dos vivos, e


os ritos fúnebres garantem a benevolência dos antepassados: por isso, devem ser
bem feitos. Frequentemente, a iniciação é também o ingresso em uma “sociedade
secreta”, onde se aprendem ritos secretos, mitos secretos e mesmo uma linguagem
secreta…

Os africanos possuem lugares de culto, embora muito modestos: pequenas


cabanas, altares junto aos caminhos, cumes de montanhas… As oferendas são
feitas para pedir saúde, vida, sucesso…

A oração comunitária é a preferida e exprime-se com danças e cantos. O


mesmo acontece com os ritos: impera a criatividade, o movimento, o dinamismo.

ELEMENTOS

As religiões tradicionais africanas, diferentes em muitas manifestações, de


acordo com os respectivos povos, possuem vários pontos comuns essenciais, mas
tendo como objeto central a vida.
Potências espirituais: Abaixo do Ser Supremo existem inúmeras potências
mais ou menos espirituais, que se ocupam das coisas mundanas, em lugar do Ser
Supremo, e que, por isso, são muito invocadas (como os orixás do ioruba).

Demiurgo: A criação foi feita mediante um demiurgo (artífice), que é um antepassado


mítico, às vezes identificado com o fundador do povo, ao qual se devem tanto a
geração do ser humano como a introdução dos costumes, ofícios e ritos.

Ritos de iniciação: Como todos os povos primitivos, os africanos dão importância


aos ritos de iniciação que, não raro, exigem provas duríssimas, até sangrentas
(mutilações).

Danças: Na falta de livros, os ritos desempenham papel importante na manutenção


viva e atuante das tradições religiosas e sociais. Neste sentido, as danças são de
fundamental importância, pois, no seu ritmo e dinamismo, dão a máxima expressão
a todas as atividades do grupo.

Curandeiros: Com artes próprias, como incisões e aplicações de ervas, e mesmo


com o recurso da sugestão, atendem às necessidades do povo.

Culto: Em geral, os africanos não possuem estátuas, nem templos e sacerdotes. Os


sacrifícios de animais (porcos, cães, cabritos, aves…) não são oferecidos a Deus
como adoração, mas aos orixás (espíritos intermediários), como veículo de
comunicação com os vivos, já que o sangue é tido como portador de vida.

Moral: Para o africano, moral e religião são praticamente a mesma coisa. As ações
que prejudicam a convivência humana ou o equilíbrio das forças naturais são
punidas pela autoridade tribal ou reparadas por ritos religiosos, pois irritam
igualmente os espíritos, provocando calamidades públicas, como secas, enchentes,
enfermidades, mortes… Desta forma, o africano se vê obrigado a respeitar os bens,
a vida e a pessoa do próximo, ainda que não conheça preceitos morais impostos por
Deus. O adultério é também severamente condenado, embora a vida sexual seja
encarada com muita tolerância, pois se trata do exercício de uma função vital.
Do ponto de vista religioso, o continente africano apresenta uma rica
variedade que reflete tanto o profundo espírito religioso de seus habitantes como a
tolerância com que aceitam e assumem as propostas religiosas.

A população da África ultrapassa os 800 milhões, que por religiões, estão


distribuídas assim: 316 milhões são muçulmanos, mais da metade deles nos países
árabes do norte do continente, 256 milhões são cristãos, dentre os quais 124
milhões são católicos, aproximadamente 200 milhões seguidores das religiões
tradicionais africanas, o restante se reparte entre as chamadas “Igrejas
Independentes” ou de origem africana, muitas delas são separadas das igrejas
cristãs históricas, e as numerosas seitas fundamentalistas que surgem
constantemente, especialmente nas cidades.

Tal diversidade religiosa pode ser vista como um coquetel explosivo, a ponto
de estourar e criar um caos. Assim se quis interpretar os freqüentes confrontos entre
muçulmanos e cristãos que estão acontecendo na Nigéria há dois anos, treze de
seus Estados de maioria muçulmana adotaram a lei islâmica (sharia), ou a guerra
civil que enfrenta o Sudão há quase vinte anos, ao norte muçulmano e ao Sul com
maioria cristã e animista. Sem dúvida, que uma análise atenta da situação nesses
dois países mostra que os conflitos têm um caráter político e econômico, ainda que
se queira mascarar e exacerbar acrescentando motivos religiosos. Por exemplo,
numa situação de aplicação estrita do Islã, os muçulmanos, estariam obrigados a
votar em candidatos muçulmanos; por isso, em alguns países, incluindo a Nigéria,
existem políticos interessados em fomentar os confrontos entre religiões
beneficiando seus próprios interesses.

A realidade é que em quase todo o continente as diferentes religiões não só


convivem pacificamente mas que, além disto, cada vez é mais freqüente a
colaboração entre elas para resolver os problemas que afetam a população,
especialmente na África subsaariana. A capacidade de convivência e de
cooperação, inclusive entre pessoas de crenças e pontos de vista diferentes está
enraizada no coração da cultura tradicional africana.

RESPEITO E TOLERÂNCIA
Um aspecto básico do espírito africano é a crença de que todos os seres
humanos necessitam de viver juntos em paz e harmonia. A religião, ou melhor, as
religiões tradicionais do continente contribuíram para consolidar esse princípio
fundamental mediante a fé em um ser Supremo, Criador de todas as coisas. Todas
as pessoas procedem desse Ser Supremo e, portanto, são valiosas e dignas de
respeito. Sobre esta visão se estrutura uma vida social que aprecia acima de tudo as
relações humanas. Os costumes e rituais dos diferentes povos africanos celebram e
potenciam a “humanidade” que todos os africanos valorizam.

Junto ao respeito a cada pessoa, a cultura tradicional africana põe especial


ênfase nas virtudes como a tolerância, a hospitalidade, a paciência, e a capacidade
de aceitar e colaborar com os demais... porque são valores que asseguram a
harmonia social.

A rápida expansão do cristianismo e do Islã na África se deve, em grande


parte, ao sentido religioso, ao respeito e à tolerância inerentes à cultura tradicional.
Os africanos descobriram que essas novas religiões provenientes do exterior
continham muitos aspectos das crenças fundamentais (Ser Supremo, culto aos
mortos/antepassados, espíritos, etc.) e dos valores (centralidade da pessoa,
importância da comunidade, a caridade e o perdão…) de sua própria experiência
religiosa.

Na maioria dos casos, os africanos subsaarianos convertidos ao cristianismo


ou ao Islã não tiveram grandes problemas para viver a nova fé no interior de suas
sociedades.

O espírito tradicional de respeito e tolerância permitiu preservar o supremo


valor da harmonia dentro do grupo apesar das diferenças de filiação religiosa.

Na África, a cultura tradicional mitigou os efeitos da divisão existente entre as


diferentes igrejas cristãs e o antagonismo mútuo entre o cristianismo e o Islã.
Frequentemente, numa mesma família convivem em paz membros de diversas
confissões cristãs, muçulmanas e seguidores das religiões tradicionais. Também
acontecem com frequência que em momentos críticos da vida do grupo, como por
exemplo os funerais de uma pessoa, celebram-se tanto os ritos cristãos ou islâmicos
como os tradicionais vinculados aos antepassados; nestes casos atua-se em
segredo às escondidas dos líderes das respectivas igrejas ou mesquitas quando se
sabe que estes não aprovam tais práticas. Algo parecido acontece na hora de
realizar cerimônias de iniciação e do matrimônio.

Colaboração

Esse espírito de tolerância e de respeito à dignidade da pessoa tornou


possível que, especialmente nos último anos, se multipliquem no continente africano
as iniciativas de colaboração entre membros das diferentes religiões para promover
o desenvolvimento, a justiça e a liberdade.

Em 1998 constituiu-se no norte de Uganda a associação Iniciativa de paz dos


líderes religiosos da região de Acholi (ARLPI em sua sigla em inglês), uma das
organizações mais importantes da sociedade civil nesse país. A ARLPI reuniu
representantes católicos, anglicanos e muçulmanos que trabalham juntos para levar
a paz ao território de Acholi, assolado pelos confrontos entre os guerrilheiros do
Exército de Resistência do Senhor (LRA) e do Exército ugandês. Esse grupo inter-
religioso também pressiona o Governo de Kampala para que desmantele os campos
de confrontos, nos quais há mais de cinco anos tem confinado meio milhão de
pessoas de etnia acholi, como tática para evitar um suposto apoio à guerrilha por
parte da população local. Os confinados necessitam de meios para sobreviver,
porque não podem cultivar seus campos.

Durante o recente conflito entre Etiópia e Eritréia os líderes religiosos


ortodoxos, católicos, protestantes e muçulmanos de ambos países foram os únicos
que, desde o princípio, se encontraram frente a frente para manter um mínimo de
diálogo e requerer que seus respectivos governos firmassem um tratado de paz.
Também coordenaram esforços para atender os cem mil refugiados que, em ambos
os lados da fronteira, estavam ameaçados pela fome e pela falta de assistência da
saúde. Ainda hoje continua a colaboração para ajudar a população a reconstruir a
nação.

Angola viveu ensanguentada desde 1975, ano da independência de Portugal,


por uma guerra civil entre o Governo e a União Nacional para a Independência de
Angola (Unita), movimento dirigido por Jonas Savimbi até sua morte num confronto
com o Exército em fevereiro de 2002. A Igreja católica e as outras confissões cristãs
e membros das igrejas tradicionais levam anos unindo seus esforços para fomentar
iniciativas de paz que conduzam ao final definitivo de uma guerra que causou
milhões de vítimas entre mortos, mutilados e pessoas obrigadas a fugir do lugar de
origem.

Os líderes religiosos de Angola estabeleceram programas conjuntos para


promover entre a população a não violência, o diálogo, a tolerância e a educação
para a democracia. Isto é particularmente necessário agora que o Governo e a Unita
firmaram um tratado de paz, depois de quase trinta anos de confrontos e de
violência uma paz duradoura só será possível mediante um trabalho coletivo para a
reconciliação dos corações.

Na Nigéria, os bispos cristãos e alguns sacerdotes muçulmanos moderados


uniram suas vozes para rejeitar a citada introdução da lei islâmica (sharia) em 13
estados, que serviu como uma bomba detonante que criou um clima de confronto
violento entre jovens radicais cristãos e muçulmanos, com muitos mortos.

Tirando isto, as relações entre cristianismo e islã na Nigéria geralmente são


boas. As pessoas convivem sem problemas e existem numerosas famílias mistas. O
Conselho inter-religioso da Nigéria, estabeleceu para os muçulmanos e cristãos,
comissões nos 36 Estados da Nigéria, trabalha para combater a corrupção e a
violência de quase quarenta anos de governos militares que converteram num mal
endêmico esta sociedade.

O continente Africano começou o terceiro milênio afogado em conflitos


armados, milhões de refugiados e deslocados, a aids, a pobreza, a espoliação dos
recursos materiais por parte dos países ricos, etc. Visto o fracasso dos políticos de
todas as tendências, muitas vezes mais ocupados em se enriquecer do que buscar
soluções, os africanos se perguntam: Quem nos tirará desta situação de prostração
e nos colocará no caminho da paz e do desenvolvimento?

A resposta não é fácil, mas não há dúvida que a crescente colaboração entre
as religiões pode contribuir para unir as diferentes camadas da sociedade civil para
que trabalhem juntas na promoção da paz, da justiça e do bem-estar em todo o
continente.

As religiões no continente estão distribuídas em mulçumanos, cristãos,


religiões tradicionais africanas, além dos seguidores das igrejas independentes.

Como visto há uma grande diversidade religiosa proveniente das


classificações dos povos que viveram e que vivem na África, assim como são
diversas as práticas culturais, a música, a comida, etc.

Na África do Norte as religiões predominantes são o cristianismo e o


islamismo, na África do Sul estão as religiões tradicionais, embora exista uma
minoria que pratique o cristianismo, islamismo e hinduísmo.

A religião tradicional é composta pelo real, ou material e pelo invisível,


espiritual. Assim, esses dois aspectos se comunicam, os dois são importantes dentro
dessa crença. Esta religião tem como sinonimo no Brasil o candomblé, que consiste
no culto aos Orixás, que são considerados deuses:

Oxalá – Pai de todos os Orixás;

Exu – Senhor dos Caminhos;

Ibeji – Gêmeos que protegem as famílias e as crianças;

Ogum – orixá Guerreiro;

Nanã – Mãe de Obaluaiê e Oxumaré, protetora dos doentes;

Oxossi – Orixá caçador, protetor dos caçadores, da mata e dos animais;

Iemanjá – Considerada por muitos como rainha dos mares e mãe de todos os Orixás
ao lado de Oxalá, representa harmonia na família;

Ossaim – Orixá das plantas em geral, principalmente das ervas medicinais;

Obá – Representa o equilíbrio, justiça, uma das esposas de Xangô;


Obaluaiê – (Omolu, em sua forma velha). Conhece a cura de todos os males, por ser
o deus das Pestes;

Logun-Edé – Responsável pelos leitos de mares e rios, filho de Oxum com Oxossi;

Oxumaré – Protetor das grávidas, Orixá da fortuna e da sorte;

Iansã – Senhora das tempestades, dos raios e dos ventos, Orixá guerreira;

Ewá – Rainha da magia, representa as chuvas;

Oxum – Rainha do ouro, do amor e de todas as águas doces;

Xangô – Orixá da Justiça.


Judaísmo.

Apresentação

A palavra Islamismo, em árabe (Alislam), significa o ato de submissão a Deus,


acredita-se que a palavra seja derivada da palavra Paz (Alsalam). O Islamismo é
uma religião baseada nos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), que era
considerado por seus seguidores o último profeta enviado por Deus (Alá), após ter
enviado outros profetas, como Abraão, Moisés e Jesus.

Hoje o islamismo é a segunda maior das três principais religiões monoteístas


do mundo, perdendo em número de seguidores somente para o cristianismo. É
também a religião com os maiores índices de crescimento. Predominante em 43
países, o Islamismo representa 20% da população mundial, e pretende ser a religião
mais ativa na Suécia, França e Inglaterra dentro de 20 anos. Contraditoriamente à
sua expansão e difusão, é uma das religiões mais mal compreendidas no ocidente
que associa a religião e seus seguidores a diversos preconceitos resultantes de
pouca ou má informação.

Um importante fundamento religioso no islamismo é que o muçulmano deve


ser submisso aos desejos e ordens de Deus.

Origens:

Inicio:

O início do calendário islâmico corresponde ao ano de 622 d.C., foi quando


ocorreu a jornada ou imigração (Al Hijrah) do profeta Maomé (Muhammad) e seus
seguidores de Meca para a Medina (cidades na atual Arábia Saudita) para escapar
das famílias que estavam no poder em Meca e se incomodavam com a crescente
popularidade do Profeta.
A religião islâmica começou a ser difundida no continente africano após o seu
surgimento. O islamismo entrou no continente africano a partir dos países da África
do norte, como Marrocos e Egito, essas regiões foram uma das primeiras de muitas
a ser conquistada por essa religião pela expansão inicial árabe-islâmica nos séculos
VII e VIII.

Lugar:

O Islamismo é uma religião monoteísta, revelada pelo último profeta - Maomé


(Muhammad)-, nascido em Meca, cidade da Arábia Saudita, em 570 d.C.

Ainda no início da formação do Corão (O Corão é considerado pelos


muçulmanos a palavra literal de Alá – Deus, em árabe), Maomé e um ainda
pequeno grupo de seguidores foram perseguidos por grupos rivais e deixaram a
cidade de Meca rumo a Medina. A migração, conhecida como Hégira, dá início ao
calendário muçulmano. Em Medina, a palavra de Deus revelada a Maomé
conquistou adeptos em ritmo acelerado. O profeta retornou a Meca anos depois,
perdoou os inimigos e iniciou a consolidação da religião islâmica. Quando ele
morreu, aos 63 anos, a maior parte da Arábia já era muçulmana. Um século depois,
o islamismo era praticado da Espanha até a China. Na virada do segundo milênio, a
religião tornou-se a mais praticada do mundo, com 1,3 bilhão de adeptos.

Contexto Histórico:

Em uma sociedade islâmica, cada pessoa desfruta dos direitos e poderes do


califado, e deste ponto de vista, todos são iguais. Ninguém tem prevalência sobre o
outro, nem pode privar ninguém de seus direitos e poderes. O Islã persistentemente
nos mostra que os princípios de moralidade têm que ser observados a todo custo e
em todas as etapas da vida. E por isso, ele é um sistema inalterável para que o
estado possa basear sua política na justiça, na verdade e na honestidade. Em
hipótese alguma o Islã tolera a fraude, a falsidade e a injustiça.

A democracia ocidental é uma espécie de autoridade absoluta, que exercita


seus poderes de um modo livre e descontrolado, enquanto que a democracia
islâmica é subserviente à Lei Divina e exercita sua autoridade na conformidade com
os mandamentos de Deus, e dentro dos limites prescritos por Ele.

O Islã prescreve leis que regulamentam lucros e gastos. Não é permitido aos
muçulmanos lucrarem e gastarem de qualquer jeito. Devem seguir as regras do
alcorão e da sunnah (práticas e ditos do Profeta Muhammad). O lucro provindo de
genocídio e de outras práticas similares, injuriosas à sociedade, é também ilícito. O
Islã corta o mal pela raiz, e deseja estabelecer uma sociedade justa e moderada. O
muçulmano deve lucrar de maneira lícita e deve sempre ter em mente que, qualquer
coisa que faça, Deus o sabe. Ele prestará contas de seus atos no Dia do Juízo, pois
não poderá esconder nada de Deus, Todo-Poderoso. O gasto ilícito também não é
permitido no Islam. Não se permite de nenhuma forma ao muçulmano gastar
dinheiro peculiarmente. Suas ações devem ser responsáveis e significativas. A
extravagância e o desperdício são fortemente desencorajados. O Islã permite ao
indivíduo ganhar e conservar os seus ganhos. O estado islâmico não interfere com a
liberdade de expressão, com o trabalho e ganho do indivíduo, contanto que esses
expedientes não prejudiquem a sociedade. O pagamento compulsório do zakat é um
dos princípios primordiais da economia islâmica. Todo muçulmano que possua
riqueza maior do que a que supra as suas necessidades deve pagar a taxa fixa de
zakat para o Estado Islâmico. Ela é um meio de diminuir a lacuna existente entre o
rico e o pobre. Garante a distribuição justa da riqueza e uma forma de segurança
social. O Estado Islâmico é responsável em prover as necessidades básicas de
alimentação, vestimenta, moradia, tratamento médico e educação a todo cidadão.
Ninguém deve Ter qualquer temor por insegurança e pobreza. A usura não é nem
comércio nem lucro. É um meio de exploração e concentração de riqueza. A Lei da
Herança é um sistema magnífico de coibir a concentração de riqueza. Proporciona
leis detalhadíssima quanto aos direitos dos dependentes sobre a propriedade do
falecido.
Liderança Inicial

Maomé, o grande líder e fundador dessa religião que possui milhões de


adeptos em todo o mundo, principalmente no Oriente Médio. Abū al-Qāsim
Muḥammad ibn ʿAbd Allāh ibn ʿAbd al-Muṭṭalib ibn Hāshim, mais conhecido como
Maomé, nasceu em 6 de abril de 570 d.C na cidade de Meca, Arábia (atual Arábia
Saudita). Para os muçulmanos, ele foi precedido em seu papel de profeta por Jesus,
Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias
tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império
islâmico que se estendeu da Pérsia até a Península Ibérica. Maomé é o principal
profeta do Islã e esta ideia está resumida em sua declaração de fé: "Não há Deus
senão Alá e Maomé é seu Profeta". A religião islâmica considera Moisés e todos os
outros profetas hebreus, bem como Jesus, como "mensageiros da palavra Divina".
Mas afirmam que Maomé foi o último e o maior de todos os profetas.Acreditam que o
islamismo é uma continuação dos ensinamentos judaicos e cristãos. Originalmente
Maomé se considerava parte da comunidade judaico cristã, mas aos poucos foi-se
distanciando dessa ideia. Apesar de sua absoluta centralidade como profeta, em
nenhuma circunstância a religião islâmica cultua a figura de Maomé.

Livros Sagrados:

O Alcorão é o livro sagrado da religião islâmica e a palavra quer dizer


"recitação".Segundo a tradição muçulmana, o Alcorão é a Palavra de Deus: uma
série de revelações de Alá (Deus) a Maomé, seu Profeta. Portanto, é o centro da
vida religiosa islâmica, comparável à Torá dos judeus ou ao Novo Testamento
cristão. Ainda segundo a religião islâmica, são Revelações Divinas que não devem
ser questionadas nem modificadas, sendo proibida até mesmo a sua tradução.Os
muçulmanos têm cinco obrigações religiosas básicas chamadas de "os cinco pilares
do Islã": são cinco obrigações (arkan) que constroem a fé e cuja realização é dever
de todo muçulmano.

• Credo (chahada) -Aceitar e repetir todos os dias: "Não há outro Deus a não
ser Deus e Maomé é o seu profeta".
• Oração (salat ) -Realizar cinco orações diárias, em horários
predeterminados,com o rosto voltado para Meca.
• Caridade (zacat) -Os muçulmanos devem ser generosos com os mais
necessitados.
• Jejum (saum) -Durante os 40 dias do mês do Ramadã, o nono mês do
calendárioislâmico, é obrigado jejuar do nascer do sol até o pôr do sol.
• Peregrinação a Meca (haj) - Ao menos uma vez na vida, todo muçulmano
adulto que dispõe de meios de realizar uma peregrinação a Meca, deve fazê-
lo.

Hierarquia no Islamismo:

• Aiatolá
O termo vem do árabe ayat allah (manifestação de Deus) e surgiu no Irã, no
século XIX.

• Califa
Do árabe khalifah, que quer dizer sucessor, o termo surgiu depois da morte
de Maomé. Abu Bakr, um dos discípulos do profeta, foi nomeado seu
sucessor, ou seja, califa

• Emir
O título não tem relação com a religião e é dado a lideranças militares,
governadores ou autoridades.

• Imã
O título gera bastante contestação e varia de acordo com regiões e seitas.
Geralmente, o imã é a pessoa que coordena a oração na mesquita.

• Marajá e Rajá
No século XII, os rajás eram os chefes de pequenos Estados que formavam a
Índia. A palavra vem do sânscrito rajan, rei.
• Mulá e Ulemá
São as pessoas que estudaram o Islamismo e viraram autoridade no assunto:
professores, teólogos e advogados.

• Paxá
A expressão surgiu no século XIII para nomear os parentes do sultão.

• Sultão
Do árabe sultan, que significa potência, este título é dado a qualquer um que
tenha autoridade política

• . Vizir
O termo quer dizer aquele que ajuda a carregar o peso vem do árabe wazir. A
função surgiu no século VIII e cabia ao vizir ficar entre o califa e o povo.

• Xá
O termo tem origem persa: xah, que quer dizer rei.

• Xeque
A denominação pode ser usada por qualquer pessoa que tenha autoridade
religiosa. Vem do árabe shaykh, que significa ancião. Os xeques são bastante
respeitados na comunidade muçulmana.

Espiritualidade:

Do ponto de vista islâmico, portanto, as esferas de atividade do homem


religioso e do homem secular são as mesmas. Não apenas ambos trabalharão nas
mesmas esferas; o homem religioso trabalhará com maior entusiasmo que o homem
secular. O homem de religião será tão ativo quanto o homem do mundo. De fato,
será mais ativo em sua vida doméstica e social, que se estende dos confins da sua
casa a praça do mercado e até a conferências internacionais. O que distinguirá suas
ações será a natureza de suas relações com Deus e os objetivos por trás de suas
ações. O que quer que um homem religioso faça, será feito com o sentimento de
que presta contas a Deus, de que deve tentar assegurar a satisfação divina, que
suas ações devem estar de acordo com as leis de Deus. Uma pessoa secular será
indiferente em relação a Deus e será guiada em suas ações somente por seus
motivos pessoais. Essa diferença faz toda a vida material de um homem de religião
um empreendimento totalmente espiritual e toda a vida de uma pessoa secular uma
existência destituída da faísca da espiritualidade.

O Ser Humano:

Tanto o homem quanto a mulher são iguais em termos de sua humanidade. O


islamismo não classifica as mulheres, por exemplo, como a fonte do mal no mundo
por algum pecado original que levou Adão a ser expulso do Paraíso ou seja a causa
do mal no mundo, libertando uma caixa de Pandora de vícios, como algumas outras
doutrinas e fábulas religiosas ensinam.

Igualdade de deveres e rituais religiosos são exigidos tanto de mulheres como


de homens. O Testemunho de Fé (Shahadah), a Oração (Salah), a Caridade
Obrigatória (Zakah), o Jejum (Saum) e a Peregrinação (Hajj) são igualmente
exigidos para ambos os sexos. Em alguns casos, os requisitos são um pouco mais
fáceis para as mulheres, para aliviar suas dificuldades especiais. Por exemplo, em
consideração de sua saúde e condição física, mulheres menstruadas ou uma mulher
no estado de sangramento e recuperação pós-natal são absolvidas do dever de
orações e jejum. Ela é obrigada a compensar os dias de jejum perdidos devido a
menstruação e sangramento pós-natal, mas não suas orações, pois isso seria muito
oneroso.

Tanto os homens quanto as mulheres têm recompensas similares pela


obediência e penalidades pela desobediência neste mundo e no futuro.

Como a cultura influencia na espiritualidade?

Ao fundar o islamismo, Maomé ajudou a fundar e moldar uma nova


sociedade, com crenças e costumes que serviriam para unir povos de diferentes
origens. Tendo suas origens na Arábia, onde viveu e pregou o Profeta Maomé, o
islamismo está intimamente relacionado à cultura árabe. O Corão ou Alcorão - livro
sagrado dos muçulmanos, supostamente revelado por Deus ao seu profeta Maomé -
está escrito em árabe. Até hoje, o elemento árabe é muito importante no Islã,
embora atualmente só uma minoria de muçulmanos é árabe, já que o islamismo está
amplamente difundido em diversas regiões da África e da Ásia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

https://www.youtube.com/watch?v=wBB1OhBK_-c RELIGIÃO #2 JUDAÍSMO –


Leandro Karnal
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-
91992012000100008

https://www.fisesp.org.br/2014/04/08/cadernos-conib-mostra-contribuicao-judaica-a-
democracia-no-brasil/

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