Lorena Ondulatória Atualizado Fendas Duplas e Única

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Interferência

de Ondas
Pelo princípio de superposição, uma combinação linear qualquer de ondas numa corda vibrante também é uma
onda possível na corda. Consideremos, em particular, a superposição de duas ondas progressivas harmônicas
de mesma frequência.

Ondas no mesmo Sentido


Logo, a superposição de duas ondas harmônicas progressivas que se propagam na mesma direção e
sentido é outra onda do mesmo tipo, mas a intensidade da resultante é, geralmente, diferente da
soma das intensidades das compenentes. Este fenômeno é chamado de Interferência!
Para valores intermediários da diferença
A intensidade resultante é máxima: de fase, a intensidade resultante oscila
entre os valores de máximo e mínimo,
confome mostra a figura abaixo:

A intensidade resultante é mínima:

Ou seja, para interferência destrutiva, a intensidade


se anula (a amplitude é nula), e para construtiva ela é
quatro vezes maior (a amplitude é o dobro).
Exercício:
Duas ondas transversais de mesmo período T = 0,01 s são produzidas num fio de aço de 1 mm de
diâmetro e densidade de 8 g/cm³, submetido a uma tensão de T = 500 N. As ondas são dadas
por:

a) Escreva a expressão da onda harmônica progressiva resultante da superposição dessas duas


ondas;
b) Calcule a intensidade da onda resultante;
c) Se fizermos variar a diferença de fase entre as duas ondas, qual é a razão entre os valores
máximo e mínimo possíveis da intensidade da resultante?
Batimentos
Suponhamos agora que as ondas se propagam no
mesmo sentido e têm mesma amplitude, mas têm
frequências (e, por conseguinte, números de
onda) ligeiramente diferentes:
Vemos aqui um fenômeno de batimentos: podemos
considerar a equação encontrada como uma onda de
frequência elevada, cuja amplitude a é modulada
por outra onda de frequência bem mais baixa.
Esse é o exemplo mais simples de grupo de ondas.
Ondas Estacionárias Modos Normais de Vibração
Vamos considerar agora o caso em que as ondas se
propagam em sentidos opostos. Para simplificar a
Vamos considerar agora uma corda vibrante de
discussão, vamos supor que tenham a mesma
comprimento finito l, presa em ambas as extremidades.
amplitude e constante de fase = 0, ou seja,
Podemos analisar via ondas estacionárias:

Como a resultante é o produto de uma função de x


por uma função de t, não há propagação: a forma
da corda permanece sempre semelhante, com o
deslocamento mudando apenas de amplitude e,
eventualmente, de sinal. A esse tipo de onda,
chamamos de: onda estacionária.
Deve-se notar, portanto, que diferentemente da corda
fixa em ambas extremidades. Como a corda
representa a distância entre um nodo (a extremidade
fixa) e um antinodo (a extremidade livre).
Interferência de Ondas Bidimensionais As fases em que cada uma se encontra no ponto P
(em relaçao as respectivas fontes serao dadas por):

Ver .pdf de Júlio.

Diferença de Fase

Se as ondas forem coerentes e de mesma fase inicial:

Suponha que as fontes produzam ondas com


mesma amplitude, mas com comprimentos de onda
diferentes.
Ondas Coerentes e em Concordância de Fase
Ondas Coerentes e em Oposição de Fase
Princípio de Huygens Exemplo 2: Onda Plana
“Quando um movimento ondulatório se propaga num
meio qualquer, cada partícula do meio se comporta A frente de onda neste
como se fosse a origem do movimento.” exemplo é uma reta
numa visão
Frente de Onda
bidimensional e um
Denominamos de frente de onda a linha ou superfície plano numa visão
tangente às várias ondas produzidas pelas partículas do tridimensional
meio (fontes secundárias).
Legenda
Exemplo 1: Onda Circular

A frente de onda Note que:


neste exemplo é uma
circunferência numa A direção de propagação de
visão bidimensional e uma frente de onda é sempre
uma esfera numa ortogonal à onda.
visão tridimensional.
E se quisermos entender o perfil das ondas circulares?

Imagine duas ondas bidimensionais circulares, geradas


respectivamente por fontes diferentes. Mas, com
amplitudes e frequências iguais, e em concordância
de fase.
Perceba que:
Na figura a onda da esquerda tem cristas
representadas por linhas contínuas pretas e vales
por linhas tracejadas vermelhas e a onda da direita
tem cristas representadas por linhas contínuas
verdes e vales por linhas tracejadas azuis. Os
círculos preenchidos representam pontos de
interferência construtiva. Os círculos em branco
representam pontos de interferência destrutiva.
Note que a ideia é a mesma que construirmos
anteriormente, mudando apenas a nomenclatura e
perfil de visualização.
Difração
Difração é um fenômeno que acontece quando uma onda encontra um obstáculo. Em física clássica, o fenômeno
da difração é descrito como uma aparente flexão das ondas em volta de pequenos obstáculos e também como o
espalhamento, ou alargamento, das ondas após atravessar orifícios ou fendas. Esse alargamento ocorre conforme
o princípio de Huygens. O fenômeno da difração acontece com todos os tipos de ondas, incluindo ondas sonoras,
ondas na água e ondas eletromagnéticas (como luz visível, raios-X e ondas de rádio). Assim, a comprovação da
difração da luz foi de vital importância para constatar sua natureza ondulatória.

Exemplo:

O fenômeno da difração somente é observável quando as dimensões da abertura ou do obstáculo forem da mesma
ordem de grandeza do comprimento de onda da onda incidente.
Difração em uma Fenda Dupla
Difração em uma Fenda Dupla
Difração em uma Fenda Dupla
Difração em uma Fenda Dupla
Uma boa aproximação:
Intensidade da Onda

Método 1:
Método Alternativo - Fasores
Representação de Fasores: Combinando os Campos:
Note que: Variando a posição no anteparo, varia-se a
diferença de fase φ entre duas ondas, e a intensidade varia
entre zero (interferência destrutiva, pontos escuros) e um
valor máximo 4I0 (interferência construtiva, pontos brilhantes),
como indicado na figura:
Difração em uma Fenda Única

Quando discutimos o efeito da interferência, consideramos que os obstáculos se comportam como se fossem
fontes puntiformes de ondas secundárias, desprezando o fato que elas possuem um tamanho finito. Nós
abandonaremos esta suposição agora, e veremos como a interferência que surge de uma fenda com largura finita
serve como base para entender a difração de Fraunhofer.
Dividindo a abertura em duas partes iguais:
Para começar, dividimos a abertura da fenda em duas metades, como se mostra na figura. A
diferença entre os percursos de um raio surgindo do topo do alto da metade (raio 5) e um raio
surgindo da borda metade abaixo (raio 3) é igual a/2⋅sinθ (pela geometria simples do triângulo
destacado na figura). Fazendo uma varredura dos pontos da abertura de cima para baixo,
acharemos para cada ponto do alto da metade da fenda com tal propriedade de que a diferença
dos percursos de raios surgindo desses dois pontos seja igual a a/2⋅sinθ. Tendo em vista que o
experimento mostra que a diferença entre os percursos desses raios seja λ/2, i.e., os raios
chegam à tela em oposição de fase, produzindo interferência destrutiva (cancelando-se). Então,
os raios 5 e 3 se cancelam, o par dos raios surgindo de pontos imediatamente abaixo desses dois
pontos também se cancelam, o par dos raios surgindo de pontos imediatamente abaixo do último
par também se cancelam etc., os raios surgindo de pontos 4 e 2 também se cancelam, até que
chegamos a considerar o cancelamento de raios que surgem do último par de pontos: raios 3 e 1!

Em conclusão, o número infinito de raios que surgem da abertura da fenda é dividido em pares
que se cancelam um ao outro. Portanto, para aqueles ângulos θ que satisfazem a condição:

teremos interferência destrutiva e o primeiro mínimo (franja escura) na tela!


Se dividirmos agora a abertura em quatro partes e repetirmos o mesmo raciocínio, concluiremos que
os raios seriam divididos em pares que apresentam a diferença de percursosiguala a/ 4⋅sinθ (vale
para os raios 5 e 4, 4 e 3, 3 e 2, 2 e 1). Se esta diferença for igual a λ/2, teremos a equação:

teremos interferência destrutiva e o segundo mínimo (franja


escura) na tela!
Dividindo a abertura em 6, 8, 10,... n partes e repetindo o mesmo raciocínio, chegaremos a
conclusão que os ângulos θ que determinam as posições de mínimos (franjas escuras) são
definidos pela fórmula:
Como entre quaisquer dois mínimos sucessivos aparece um máximo exatamente na metade da distância entre
eles, a equação pode descrever todas as posições de faixas escuras e brilhantes em uma figura de difração de
uma única fenda. Porém, essas expressões não nos dizem nada sobre a intensidade das faixas.
Para calcular as intensidades das franjas, utilizaremos de novo o conceito de fasores. O que precisamos calcular é a
amplitude do campo elétrico resultante no arbitrário ponto R da tela, ER . Dividindo a abertura da fenda em muitas faixas
pequenas, as ondas provenientes destas faixas chegam ao ponto R com fases diferentes, pois percorrem percursos
diferentes a partir da sua faixa até o ponto R. Somando os fasores dos campos elétricos destas ondas, determina-se o fasor
do campo elétrico resultante no ponto R , cuja magnitude é ER . A figura abaixo mostra duas situações:

(1) quando o ponto R se encontra no centro da tela, e, portanto, todas as ondas chegam com mesma fase, e
(2) quando o ponto R é deslocado do centro e, portanto, as ondas chegam com uma diferença de fase uma em relação a
outra. No primeiro caso, a amplitude tem valor máximo ER = E0 , e refere-se ao ponto central da tela θ = 0 , onde a
intensidade é máxima.
Bom, analisaremos o segundo caso, pois ele representa um caso geral. Se a abertura da fenda fosse dividida em faixas
infinitesimais, a linha poligonal de fasores na figura se transformaria em um arco de circunferência, cujo comprimento é
igual ao valor E0 . A diferença de fase total entre a onda que sai da faixa no topo da fenda e a que sai da faixa no inferior
da fenda é igual a β .
Quando a abertura do obstáculo é igual ou menor do que comprimento de onda de luz, o máximo central se alarga
tanto que não podemos observar mais nenhum outro mínimo ou máximo. A figura de difração é perdida, e o
obstáculo se comporta como uma fonte puntiforme de ondas secundárias. Esta situação foi suposta de ocorrer
quando analisamos a interferência por fenda dupla de Young.
Problema Simples

Luz com comprimento de onda de 700 nm passa por duas fendas com 200 nm de largura,
situadas a 1300 nm de distância. Se um anteparo é colocado à 3 m de distância, qual será a
distância do ponto mais claro que fica no centro para o próximo ponto mais claro?
Interferência em Filmes Finos
Exercícios

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