Relatório Da Prática 02 - Resposta Na Frequência

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - CAMPUS DE SOBRAL

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA


DISCIPLINA DE ELETRÔNICA ANALÓGICA
PROFESSOR: LUCIVANDO RIBEIRO DE ARAÚJO

PRÁTICA N° 02
RESPOSTA NA FREQUÊNCIA

ALUNOS MATRÍCULA

ANDERSON ALEXANDRE CARVALHO DE ARAÚJO 397729


FRANCISCO JONAS SILVA PINTO 391257
HUGO VICTOR BEZERRA ARAGÃO 402838
MARIANA BARROS MORORO 389260

Sobral – CE

2019.1
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 2

2. OBJETIVOS DA PRÁTICA ...................................................................... 4

3. MATERIAL UTILIZADO ........................................................................... 4

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ....................................................... 5

4.1. Circuito CTS passa-baixa..................................................................... 5

4.2. Circuito CTS passa-alta ....................................................................... 8

5. QUESTIONÁRIO ................................................................................... 11

6. CONCLUSÃO ....................................................................................... 16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 17


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1. INTRODUÇÃO

O seguinte relatório trata de resposta na frequência, que é análise do


comportamento de um sistema quanto ao seu determinado ganho em uma certa faixa
de frequência. Filtros eletrônicos são circuitos eletrônicos que desempenham
aplicações de processamento de sinal, particularmente, para reduzir características
indesejadas de uma frequência a partir de um sinal de entrada, acentuar elementos
desejados dessa ou, até mesmo, ambos. Filtros eletrônicos se caracterizam como:

 Passivos ou ativos;

 Analógicos ou digitais;

 Passa-alta, passa-baixa, passa-faixa, rejeita-faixa ou passa-tudo.

Durante a prática foi trabalhado com dois tipos de filtros, o tipo passa-baixa e o
tipo passa-alta.

O filtro passa-baixa é constituído por um circuito RC em série em que a tensão


de saída é a do capacitor. Em ondas senoidais de frequências baixas, a reatância
capacitiva do circuito assume valores altos em comparação ao valor da resistência.
Com isso, a tensão de saída (V o) será praticamente igual à tensão de entrada (V i).
Diferentemente das frequências altas, a reatância capacitiva do circuito vai assumir
valores baixos em comparação com o valor da resistência, fazendo assim, que a sua
tensão de saída seja praticamente nula. O gráfico abaixo, figura 1, é do ganho em
função da frequência, na qual mostra um filtro passa-baixa, e como o circuito se
comporta com uma frequência variável.

Figura 1 - Gráfico da curva de ganho de um circuito CTS tipo passa-baixa

Fonte: (ARAÚJO, 2019)

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O termo circuito CTS significa um circuito com Constante de Tempo Simples.

No eixo das ordenadas, pode-se observar a maneira como se comporta o


ganho da tensão e, no eixo das abcissas, a frequência da fonte de entrada do circuito.
O ganho de tensão é obtido em dB, sendo dado pela equação 1:

𝑽𝒐
𝑨𝒗 = 𝟐𝟎 ∙ 𝐥𝐨𝐠 ( 𝑽𝒊 ) [𝒅𝑩] (1)

Na figura 1, pode-se observar que existe uma frequência limite na qual a partir
dela, a tensão de saída Vo começa a ser amenizada. A essa frequência dá-se o nome
de frequência de corte, fc. Na frequência de corte, o ganho é cerca de 70,7% do ganho
total e quando a frequência de entrada se encontra em f1, tem-se um ganho zero,
portanto, a tensão de saída será idêntica a tensão de entrada.

O filtro passa-alta é constituído por um circuito RC em série em que a tensão


de saída é obtida no resistor. Para ondas senoidais de frequências altas, a reatância
capacitiva vai assumir valores baixos em comparação ao valor da resistência. Dessa
maneira a tensão de saída (Vo) será praticamente igual à tensão e entrada (Vi). Para
frequências baixas, a reatância capacitiva vai assumir valores altos em comparação
com o valor da resistência, fazendo assim, a tensão de saída ser um valor
praticamente nulo. A seguir, figura 2, tem-se o gráfico do ganho em função da
frequência para um filtro passa-alta.

Figura 2 - Gráfico da curva de ganho de um circuito CTS tipo passa-alta

Fonte: (ARAÚJO, 2019)

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2. OBJETIVOS DA PRÁTICA

 Aprender o conceito de resposta em frequência;

 Conhecer o funcionamento dos circuitos;

 Traçar experimentalmente a resposta em frequência de redes CTS.

3. MATERIAL UTILIZADO

 Osciloscópio;

 Gerador de sinal;

 Resistor (de 6,8 kΩ);

 Capacitor (de 100 nF);

 Protoboard.

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Circuito CTS passa-baixa

Primeiramente, foi montado um circuito RC em série passa-baixa, o qual


representa um filtro passa-baixa. Para facilitar, foi utilizado um potenciômetro em vez
do resistor, com ajuste de 6,8 kΩ, e um capacitor de 100nF. A ligação foi feita com o
gerador de sinal em série com o resistor e com o capacitor, como mostra a figura 3.

Figura 3 - Circuito CTS passa-baixa

Fonte: (ARAÚJO, 2019)

Ajustou-se o gerador de sinal para uma onda senoidal com tensão de pico a
pico de 10 V e frequência de 20 Hz. Aplicou-se a senóide na entrada do circuito e
usando dois canais do osciloscópio foi lido Vo e Vi, nos canais CH1 e CH2,
respectivamente. Veja a montagem do circuito na figura 4:

Figura 4 - Montagem do circuito CTS passa-baixa

Fonte: (AUTORES, 2019)

A figura 5, mostra o gráfico obtido no osciloscópio para a configuração inicial:

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Figura 5 - Gráfico para a configuração inicial do circuito passa-baixa

Fonte: (AUTORES, 2019)

Relembrando que o CH1 é para Vo e o CH2 é para Vi.

Em seguida, foi calculada a função de transferência, resultando a equação 3.

Em que:
𝟏 𝟏
𝒋𝝎𝒄 𝑽𝒐 𝒋𝝎𝒄 𝟏 𝒋𝝎𝒄
𝑽𝒐 = 𝑽𝒊 × 𝟏 ↔ = 𝒋𝑹𝝎𝒄+𝟏 = 𝒋𝝎𝒄 𝒋𝑹𝝎𝒄+𝟏 (2)
𝑹+ 𝑽𝒊
𝒋𝝎𝒄 𝒋𝝎𝒄

Logo:

𝑽𝒐 𝟏
= (3)
𝑽𝒊 𝒋𝑹𝝎𝒄+𝟏

Da equação 3, tem-se que a equação 4:

𝟏 𝟏 𝟏
= ↔ 𝝎𝒄 = (4)
√𝟐 √(𝝎𝒄 𝑹𝑪)𝟐 +𝟏 𝑹𝑪

Vo 1
Onde Vi
= , pois representa o valor da função de transferência na frequência
√2

de corte.

Dessa forma, rearranjando a equação 4, em que ω = 2πf, foi obtida a equação


5 para calcular a frequência de corte (fc) do circuito.

𝟏
𝒇𝒄 = (5)
𝟐𝝅𝑹𝑪

Logo, a frequência de corte para um filtro passa-baixa é dada pela equação 6:

𝟏
𝒇𝒄 = = 𝟐𝟑𝟒, 𝟎𝟓 𝑯𝒛 (6)
𝟐𝝅×𝟔,𝟖×𝟏𝟎𝟑 ×𝟏𝟎𝟎×𝟏𝟎−𝟗

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Após a realização dos cálculos, registrou-se gráficos no osciloscópio para


diferentes valores de frequência, possuindo valores menores que a frequência de
corte, valores maiores que a frequência de corte e a frequência de corte. Os resultados
foram dispostos na tabela 1.

Tabela 1 - Aplicação de diferentes frequências para o circuito passa-baixa

Amplitude sinal Ganho


Frequência (Hz) Ganho (em dB)
de saída Vo (V) (V/V)
27,2 9,44 0,944 -0,501
60,7 9,12 0,912 -0,800
157,6 8,00 0,800 -1,938
fc = 234,05 6,88 0,688 -3,248
278,6 6,40 0,640 -3,876
501,8 4,28 0,428 -7,371
1114,0 2,24 0,224 -12,995

Fonte: (AUTORES, 2019)

Para a tabela 1, calculou-se os valores para o ganho (Vo/Vi) e para o ganho em


decibéis, que é dado pela equação 1.

As figuras de 6 a 8 mostram os gráficos obtidos no osciloscópio para diferentes


frequências. Onde, tem-se frequência menor que fc, fc e frequência maior que fc,
respectivamente.

Figura 6 - Frequência menor que fc (27,2 Hz) passa-baixa

Fonte: (AUTORES, 2019)

Perceba que para uma frequência bem abaixo da fc, a tensão Vo está
praticamente em fase com a tensão Vi.
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Figura 7 - Frequência de corte (~234 Hz) passa-baixa

Fonte: (AUTORES, 2019)

Figura 8 - Frequência maior que fc (1114 Hz) passa-baixa

Fonte: (AUTORES, 2019)

Já para uma frequência bem maior que a fc, a tensão Vo apresenta uma grande
diferença de fase em relação à tensão Vi.

4.2. Circuito CTS passa-alta

Foi montado um circuito RC em série similar ao da figura 3, com os mesmos


valores para R e para C. Porém, Vo foi medido a partir dos terminais do potenciômetro,
que estava sendo usado como um resistor. Além da tensão Vi ser aplicada
primeiramente no capacitor. Essa configuração é denominada como circuito passa-
alta, mostrada na figura 9.

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Figura 9 - Circuito CTS passa-alta

Fonte: (ARAÚJO, 2019)

Realizando o cálculo para a função de transferência, verificou-se que a fórmula


para a frequência de corte é a mesma utilizada para o circuito passa-baixa, isto é, a
equação 5 (fc=1/2πRC) também se aplica ao circuito passa-alta. Logo, fc = 234,05 Hz.

Dessa forma, montou-se a tabela 2, com valores de frequência menores e


maiores que a frequência de corte, além da própria fc. Foram aplicados 10 V na tensão
Vi, com forma de onda senoidal.

Tabela 2 - Aplicação de diferentes frequências para o circuito passa-alta

Frequência (Hz) Amplitude sinal de saída V0 (V) Ganho (V/V) Ganho (em dB)
25,1 1,04 0,104 -19,659
91,5 3,48 0,348 -9,168
152,8 5,20 0,520 -5,680
fc = 234,05 6,72 0,672 -3,453
322,8 7,76 0,776 -2,203
512,4 8,80 0,880 -1,110
1106,0 9,60 0,960 -0,355
Fonte: (AUTORES, 2019)

As figuras de 10 a 12 mostram três gráficos obtidos no osciloscópio. Onde, tem-


se frequência menor que fc, fc e frequência maior que fc, respectivamente.

Figura 10 - Frequência menor que fc (25,1 Hz) passa-alta

Fonte: (AUTORES, 2019)

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Figura 11 - Frequência de corte (~234,05) passa-alta

Fonte: (AUTORES, 2019)

Figura 12 - Frequência maior que fc (1106 Hz) passa-alta

Fonte: (AUTORES, 2019)

O canal um do osciloscópio, CH1, refere-se à tensão medida nos terminais do


resistor, Vo. Para a tensão Vi, tem-se que o canal do osciloscópio utilizado foi CH2.

Analisa-se que, diferentemente do circuito passa-baixa, para o circuito passa-


alta ao diminuir a frequência em relação à frequência de corte, tem-se que a diferença
de fase entre a tensão de saída, Vo, e a tensão de entrada, Vi, é mais acentuada.

Já para frequências acima da frequência de corte, a diferença de fase diminui


bastante, a medida que os valores ficam bem mais elevados.

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5. QUESTIONÁRIO

Questão (1): Faça a curva de ganho da resposta em frequência do circuito


montado (lembre-se, a escala horizontal é logarítmica) no Matlab ou outro
programa usando os dados da tabela e apresente no relatório. Explique o
gráfico.

 Para o circuito CTS passa-baixa:

Utilizando a tabela 1 de valores, tem-se a curva de ganho de resposta em


frequência na figura 13 (foi utilizado o programa Matlab para a ação):

Figura 13 - Curva de ganho de resposta em frequência para o circuito passa-baixa

Fonte: (AUTORES, 2019)

A fim de analisar o gráfico da figura 13, tem-se a figura 14, onde é possível
verificar a curva ideal e real para a função de transferência em relação a frequência
angular, no circuito passa-baixa.

Figura 14 - Curva ideal e real para circuito passa-baixa

Fonte: (ARAÚJO, 2018)

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O valor -3 dB no eixo y do gráfico da figura 14, deve-se ao valor da função de


transferência na frequência de corte (1/√2) em decibéis.

Analisando a figura 13, juntamente com a figura 14, observa-se que a curva
ideal para o ganho de resposta em relação à frequência é constante em 0 dB, para
valores menores que a frequência de corte. Entretanto, decai, imediatamente, para
valores maiores que a frequência de corte. Ou seja, permite a passagem de valores
abaixo da frequência de corte, mas não de valores acima da frequência de corte.

Já para a curva real, existe um leve decaimento antes da frequência de corte,


que se atenua à medida que a frequência atinge valores maiores que a frequência de
corte, o que é observado tanto na figura 13, no gráfico montado, como na figura 14.
Isso deve-se ao retardo na resposta do circuito, devido os componentes que constitui.

 Para o circuito CTS passa-alta:

A partir da tabela 2, montou-se a curva de ganho de resposta em frequência,


utilizando o programa Matlab. Veja a figura 15:

Figura 15 - Curva de ganho de resposta em frequência para o circuito passa-alta

Fonte: (AUTORES, 2019)

Para analisar o gráfico da figura 15, tem-se a figura 16, onde verifica-se a curva
ideal e real para a função de transferência em relação a frequência angular, no circuito
passa-alta. Percebe-se também que, conforme a figura 14, o valor da função de
transferência na frequência de corte (1/√2) é representado na figura 16, tendo como
valor igual a -3 dB, pois foi realizada a conversão em decibéis, fórmula vista antes na
secção de Introdução, através da equação 1.
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Figura 16 - Curva ideal e real para circuito passa-alta

Fonte: (ARAÚJO, 2018)

Analisa-se que, a curva ideal de ganho em relação à frequência não permite a


passagem de valores abaixo da frequência de corte. Entretanto, para valores maiores
que a frequência de corte, o gráfico possui característica constante no valor de 0 dB,
permitindo a passagem desses valores.

Verificando a curva real, que consiste na curva apresentada na figura 15 e na


curva azul da figura 16, percebe-se que o filtro não possui resposta imediata na
mudança de frequência. Observa-se que ainda existe uma pequena passagem para
a tensão nos valores de frequência menor que a frequência de corte, entretanto, é
limitada. Já para valores maiores que a frequência de corte, nota-se que a curva se
torna mais acentuada, tornando-se mais próxima de 0 dB.

Questão (2): O que aconteceu quando foram aplicados valores elevados de


frequência nos experimentos? Explique.

Para o circuito passa-baixa, verificou-se que a amplitude da tensão de saída,


Vo (medida no capacitor), se torna cada vez menor à medida que a frequência é
aumentada. Consequentemente, o ganho (V/V) tornou-se cada vez menor e a
defasagem entre as curvas que representavam V i e Vo aumentaram gradativamente.

No circuito passa-alta observou-se o contrário. A amplitude da tensão Vo


(medida no resistor) tornou-se cada vez maior, assemelhando-se com a amplitude da
tensão de entrada, Vi. Dessa forma, o ganho (V/V) tornou-se cada vez mais próximo
de 1 e ocorreu a redução gradativa da defasagem entre as curvas de V i e Vo.

Questão (3): O que aconteceu quando foram aplicados valores menores de


frequência nos experimentos? Explique.

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No circuito passa-baixa, percebeu-se que com a aplicação de valores menores


para a frequência, existia uma pequena diferença entre a amplitude do valor de Vo e
de Vi. Logo, o ganho (V/V) apresentou-se próximo ao valor de 1 e existia uma pequena
diferença de fase entre as curvas de Vi e de Vo.

Já para o circuito passa-alta, obteve-se o oposto. A amplitude da tensão Vo


apresentou-se bem menor em relação a amplitude do valor de entrada, Vi. Como
resultado, o ganho (V/V) tornou-se próximo a zero e a defasagem entre as curvas de
Vi e de Vo ficou cada vez maior.

Questão (4): Existe alguma semelhança nas respostas em frequência obtidas


nas Partes A e B? Comente.

Não. Verificou-se que as respostas em frequência para o circuito passa-baixa


e para o circuito passa-alta são praticamente opostas. Pois, o circuito passa-baixa
permite a passagem de tensões em frequências inferiores a frequência de corte e
limita a passagem de tensões em frequências superiores. Já o circuito passa-alta, age
de modo contrário, impede a passagem em frequências inferiores a frequência de
corte e permite a passagem em frequências superiores.

Questão (5): Comente sobre a defasagem dos sinais de entrada e saída na


menor frequência e maior frequência registrada.

Para o circuito passa-baixa, tem-se que a defasagem entre os sinais de


entrada e saída na menor frequência (Figura 6) foi muito pequena. Já em relação à
maior frequência (Figura 8), verificou-se uma grande defasagem entre os sinais de Vi
e Vo. Além disso, a tensão de saída em um filtro passa-baixa é atrasada em relação à
tensão de entrada, veja a figura 17:

Figura 17 - Diagrama vetorial de um circuito passa-baixa

Fonte: (AUTORES, 2019)

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Onde VR é a tensão no resistor, VC é a tensão no capacitor, V i é a tensão de


entrada, Vo é a tensão de saída e θ é o ângulo de defasagem entre Vi e Vo.

No circuito passa-alta, ocorreu o oposto, na aplicação da menor frequência


(Figura 10), a defasagem entre os sinais de Vi e Vo apresentou-se grande. Entretanto,
para a maior frequência aplicada, a defasagem entre os sinais apresenta-se pequena.
Veja na figura 18 o diagrama vetorial das tensões, onde percebe-se que a tensão de
saída é adiantada em relação à tensão de entrada.

Figura 18 - Diagrama vetorial de um circuito passa-alta

Fonte: (AUTORES, 2019)

Questão (6): Qual o significado da frequência de corte nos gráficos


registrados (qual informação a frequência de corte fornece)?

A frequência de corte é obtida quando o valor da reatância do capacitor é igual


a resistência. Na frequência de corte, o módulo da função de transferência (V o/Vi) é
igual a 1/√2, ou seja, 0,707, o que representa que a tensão Vo será 70,7% de Vi, de
acordo com os circuitos adotados neste relatório.

Analisando a figura 17, para o circuito passa-baixa. Em baixas frequências,


Vo = Vi, logo, cos θ = 1 e, portanto, θ = 0º. Para altas frequências, Vo = 0 e cos θ = 0.
Portanto, θ = 90º. Na frequência de corte, Vo = Vi/√2 e cos θ = 1/√2. Portanto, θ = 45º.

Já para o circuito passa-alta, pela figura 18. Em baixas frequências: Vo = 0,


cos θ = 0, dessa forma, θ = 90º. Em altas frequências: Vo = Vi, cos θ = 1, assim,
θ = 0º. Na frequência de corte: Vo = Vi/√2 , cos θ = 1/√2, logo, θ = 45º.

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6. CONCLUSÃO

Na aula prática de Eletrônica Analógica, todos os objetivos da prática foram


cumpridos, de modo que foi possível aprender o conceito de resposta em frequência,
conhecer o funcionamento dos circuitos (passa-alta e passa-baixa) e reproduzir,
experimentalmente, a resposta em frequência de redes CTS.

A parte experimental possibilitou recriar os circuitos passa-baixa e passa-alta,


onde analisou-se a pequena diferença entre os dois em relação à montagem do
circuito, entretanto, uma grande diferença ao comparar a resposta em frequência.

Por intermédio do questionário, verificou-se propriedades importantes nos dois


circuitos. Através da montagem de gráficos, observou-se o comportamento dos dois
circuitos, que possuem características opostas. Onde, o circuito passa-baixa permite
a passagem de tensão em frequências abaixo da frequência de corte e limita em
frequências acima. Já o circuito passa-alta, limita a passagem de tensão em
frequências abaixo da frequência de corte, mas permite a passagem em frequências
acima. Entretanto, verificou-se que isso somente acontece em circuitos ideais, pois,
no circuito real existe a atenuação gradual da curva.

Além disso, ao analisar a defasagem entre os sinais de V i e Vo, constatou-se


que no circuito passa-baixa, o sinal Vo está atrasado em relação ao sinal V i e a
defasagem é maior quando utiliza-se frequências bem acimas da frequência de corte.
Já no circuito passa-alta, o sinal Vo está adiantado em relação ao sinal Vi e a
defasagem é maior quando utiliza-se frequências menores que a frequência de corte.

Logo, analisa-se que a partir das características dos filtros vistos, é possível
aplicá-los em diferentes situações que estejam de acordo com a necessidade de
algum circuito eletrônico, onde é fundamental limitar a tensão que passa através dele.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ARAÚJO, Lucivando Ribeiro de. Manual da Prática II: Resposta na


Frequência. Sobral: UFC, 2019.
2. ARAÚJO, Lucivando Ribeiro de. Resposta em Frequência e Filtros - Parte 2.
Sobral: UFC, 2018. Color.

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