Este documento resume um livro intitulado "Grandes Temas da Tradição Reformada", contendo artigos sobre diversos tópicos teológicos reformados. O resumo elogia alguns artigos bem escritos, mas critica a inclusão de material neo-ortodoxo e a ausência de autores reformados modernos como Packer e Sproul. Conclui que o livro oferece uma visão parcial da tradição reformada e que seus artigos dificilmente podem ser considerados "clássicos" tão cedo.
Este documento resume um livro intitulado "Grandes Temas da Tradição Reformada", contendo artigos sobre diversos tópicos teológicos reformados. O resumo elogia alguns artigos bem escritos, mas critica a inclusão de material neo-ortodoxo e a ausência de autores reformados modernos como Packer e Sproul. Conclui que o livro oferece uma visão parcial da tradição reformada e que seus artigos dificilmente podem ser considerados "clássicos" tão cedo.
Este documento resume um livro intitulado "Grandes Temas da Tradição Reformada", contendo artigos sobre diversos tópicos teológicos reformados. O resumo elogia alguns artigos bem escritos, mas critica a inclusão de material neo-ortodoxo e a ausência de autores reformados modernos como Packer e Sproul. Conclui que o livro oferece uma visão parcial da tradição reformada e que seus artigos dificilmente podem ser considerados "clássicos" tão cedo.
Este documento resume um livro intitulado "Grandes Temas da Tradição Reformada", contendo artigos sobre diversos tópicos teológicos reformados. O resumo elogia alguns artigos bem escritos, mas critica a inclusão de material neo-ortodoxo e a ausência de autores reformados modernos como Packer e Sproul. Conclui que o livro oferece uma visão parcial da tradição reformada e que seus artigos dificilmente podem ser considerados "clássicos" tão cedo.
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FIDES REFORMATA 4/2 (1999)
Donald K. McKim, ed., Grandes Temas da Tradição Reformada (São Paulo:
Pendão Real, 1998), 397 pp., com índices. Traduzido do original em inglês Major Themes in the Reformed Tradition (1992). Esse livro é uma coleção de textos que cobrem uma enorme variedade de tópicos de interesse dos estudiosos reformados. Certamente contribuirá como uma introdução ao estudos dos elementos fundamentais da teologia reformada. O alvo de McKim é reunir “clássicos” da erudição reformada na última metade do século XX. Na maior parte, os capítulos individuais já foram publicados em outros lugares, sendo, portanto, reimpressões de artigos de revistas teológicas, artigos de enciclopédias teológicas e capítulos de teologias reformadas. Também foram incluídos alguns posicionamentos teológicos da Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA). Muitos calvinistas objetarão que tais pronunciamentos sejam incluídos entre os “clássicos reformados.” McKim organiza o livro em sete partes, classificadas como estudos tópicos ou históricos, cada uma introduzida por uma breve avaliação. A primeira parte, “Questões Fundacionais,” trata do que historicamente tem sido chamado de prolegômenos. Merecem atenção os artigos de John Leith sobre o ethos da tradição reformada e o de Alvin Plantinga sobre a objeção reformada à teologia natural. Outros artigos, entretanto, revelam a neo-ortodoxia e a reação alérgica contra o conceito de verdade fixa que cada vez mais se percebe nos pronunciamentos da PCUSA. Alguns dos melhores artigos do livro estão na segunda parte, que devota aproximadamente um artigo para cada um dos principais loci teológicos. O artigo de B. Farley sobre a doutrina da providência é curto, mas excelente. O mesmo se pode dizer do artigo de W. Klempa sobre o conceito de pacto na teologia reformada continental. O artigo de H. D. McDonalds faz um bom apanhado dos modelos de expiação na teologia reformada, mas peca por incluir inexplicavelmente Schleiermacher entre Zuínglio, Calvino, Turretini, Shedd e Berkouwer. A terceira parte, “Expressões Eclesiásticas,” contém somente dois artigos, um de John T. McNeill sobre a igreja na teologia reformada do século XVI e outro de E. Busch sobre igreja e política na tradição reformada. É uma pena que o tema do governo da igreja não tenha merecido um artigo. Na obra original há também um artigo de D. Little sobre a fé reformada e a liberdade religiosa, que estranhamente foi omitido da versão em português ora sendo resenhada, sem qualquer justificativa. 2
A quarta parte trata dos sacramentos, com estudos de G. C. Berkouwer, G.
Bromiley, Brian A. Gerrish e Robert M. Shelton. A quinta parte é sobre liturgia, contendo artigos sobre pregação, culto e até mesmo uma reflexão sobre o casamento cristão. A sexta parte trata de temas missiológicos. McKim assina um ensaio sobre “vocação” e outro sobre uma perspectiva reformada acerca da missão da igreja na sociedade. O artigo de Elsie McKee sobre os ofícios de presbítero e diácono na tradição reformada clássica parece estar fora de lugar e talvez caberia melhor na parte sobre expressões eclesiásticas. A parte final trata de diversas interações e reações de estudiosos considerados reformados com as correntes teológica modernas. I. J. Hesselink escreve sobre o movimento carismático, Donald Bloesch sobre a teologia do processo, A. C. Winn, J. Lara-Braud e A. Boesak sobre a teologia da libertação, Cynthia Campbell sobre teologias feministas e Alan P. Well encerra o livro com algumas reflexões teológicas sobre a família reformada hoje. O livro tem pontos altos que o recomendam aos estudiosos da tradição reformada. É abrangente, erudito e inclui alguns dos bons estudiosos reformados que temos hoje. Os artigos que fazem apanhados históricos de temas reformados são os melhores. Entretanto, alguns senões acabam por prejudicar a obra. Um deles é a evidente inclusão de material claramente neo-ortodoxo, aparentemente no afã de publicar uma obra que seja “politicamente correta.” Outro senão é a ausência de artigos sobre os temas discutidos no livro, escritos por alguns teólogos reformados modernos como J. I. Packer, James Boyce, Allister McGrath e R. C. Sproul, só para mencionar alguns. Essa falta de equilíbrio acaba por prejudicar o objetivo dos editores brasileiros, que foi o de oferecer aos leitores nacionais uma coletânea representativa do que seja a prática e o pensamento reformado/presbiteriano. Ao deixar de lado representantes da veia reformada comprometidos com o ethos da teologia puritana, acabam por passar uma visão parcial e deficiente do que seja a tradição reformada. Eu mencionaria ainda que a maioria dos artigos apresentados como “clássicos reformados” foram publicados há menos de 25 anos, o que é realmente pouco tempo para que sejam avaliados com tanta segurança, como faz McKim, como “clássicos reformados.” É provável que alguns deles não venham a ser assim considerados pela próxima geração. O alvo do livro deveria ter sido um pouco mais modesto, como, por exemplo, ser uma coletânea de trabalhos recentes sobre temas reformados, excluindo-se trabalhos de autores reformados de tradição puritana. É somente dessa perspectiva que recomendo o livro. 3
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