Atividade Com Conto

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Atividade de Língua Portuguesa – 3º Bimestre – 6º Ano

Prof.ª Vera

Atividade 1 - Contos e encantos: narrativas de todos os


tempos

TRILHA DE CONHECIMENTOS
Você deve gostar de ler e ouvir histórias, não é mesmo? As histórias têm sido lidas e contadas no
mundo todo há muito tempo, encantando adultos e crianças.
Os contos populares não são diferentes, são histórias curtas, que surgiram na tradição oral, na
qual os mais velhos transmitiam aos mais jovens diversos ensinamentos, atitudes e comporamentos.
Há alguns elementos importantes no desenvolvimento de um conto como persongens, narrador,
tempo, espaço e conflito.

Personagens: são as pessoas ou seres que vivenciam a história. Elas podem ser reais ou fictícias.
No caso dos contos populares, não se consegue saber se as personagens realmente existiram.
Narrador: é a voz ( que pode ser falada, mas também escrita) que conta a história. Essa voz pode
ser aquela que apenas conta o que vê ou algo que aconteceu com ela.
Tempo: é quando a história acontece, no caso de contos populares, são textos antigos e que
ninguém sabe exatamente em que tempo aconteceu. No texto, normalmente, há marcas que nos
possibilitam identificar esse tempo. Uma delas é a conhecida expressão “Era uma vez”. Fique
atento, pois embora essa expressão seja a mais comum, ela não é única forma de marcar esse
tempo.
Espaço: é onde a história se passa, pode ser numa casa, num sítio, numa floresta, em fim. Às vezes
não é possível definir ao certo qual é esse espaço.
Enredo: é a sequência em que as coisas acontecem na história. É o enredo que faz com que o texto
tenha uma lógica com início, meio e fim.
Conflito: Toda história só será instigante se tiver um conflito, um problema a ser solucionado.
Portanto esse é o principal momento da história, que faz o texto “evoluir” até o seu desfecho final.
Agora vamos ao que interessa, vamos nos encantar com um conto popular?

VAMOS PRATICAR!
1. Leia o texto a seguir:
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Os três moços
(Sergipe)

DIZ QUE FOI UM DIA havia em um reino uma princesa muito bonita. Um dia apareceram
três moços, cada qual querendo casar-se com ela. Para decidir a questão, o rei disse que a prin-
cesa só se casaria com aquele que trouxesse uma coisa que mais lhe causasse admiração.
Os três moços saíram. Quando chegaram em uma estrada se despediram e marcaram um dia
para se acharem todos os três naquele mesmo lugar. Separaram-se, e cada qual tomou o seu
caminho. O primeiro caminhou muito até que deu em uma cidade. Quando ele ia passando por uma
rua, ouviu um menino gritando: “Quem quer comprar um espelho?” Ele chegou-se para o menino e
disse: “Menino, que virtude este espelho tem?” O menino respondeu: “Este espelho tem a virtude
de ver tudo o que se passa em todo lugar.” O moço disse:
“Bravo, sou eu que me caso com a princesa” — e comprou o espelho. O outro moço também
caminhou muito e deu noutra cidade. Quando ele ia passando por uma rua, ouviu um homem
gritando: “Quem quer comprar uma bota?” Ele chegou junto do homem e disse: “Meu senhor, que
virtude tem essa bota?” O homem respondeu: “Esta bota tem o poder de botar a gente no lugar que
se quer.” O moço disse: “Bravo, sou eu que me caso com a princesa” — e comprou a bota. O
terceiro moço também caminhou. Caminhou, até que deu também numa cidade. Quando ele viu,
foi um menino gritan-
do: “Quem quer comprar um cravo que
tem a virtude de dar vida a quem está
morto?” O moço disse consigo: “Bravo,
sou eu que me caso com a princesa” — e
comprou o cravo. Quando chegou o dia
marcado, se acharam todos os três na
mesma estrada. O moço do espelho foi e
abriu o espelho.
Quando ele abriu o espelho viu a
princesa estirada, morta. O moço da bota
Pixabay

disse: “Não tem nada; se metam


aqui dentro desta bota.” Se meteram todos os três dentro da bota, e o moço disse: “Bota, nos bota
no reino da rainha Fulana.” No mesmo instante estavam lá. Quando chegaram lá, acharam a
princesa morta. O moço do cravo foi e botou o cravo no nariz da princesa.
Quando viram, foi ela se levantar viva. Agora disse o moço do espelho: “Eu sou que devo me
casar com a princesa, porque se não fosse meu espelho, vocês não sabiam que ela estava morta.”
Diz o moço da bota: “Eu sou que devo me casar com a princesa, porque, se não fosse minha bota,
vocês ainda não estavam aqui”.
Diz o moço do cravo: “Quem deve se casar com a princesa sou eu, porque, se não fosse meu
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cravo, ela não estava viva.” Ainda hoje estão nesta peleja, querendo cada qual se casar com a
princesa, e o rei sem saber quem escolherá para noivo.
Entrou por uma porta,
Saiu por um canivete,
Diga a el-rei meu senhor
Que me conte sete.
(Fonte: Cadernos do mundo inteiro. Contos Populares do
Brasil – Silvio Romero. Coleção acervo brasileiro. Vol.3. 2ª edição. Jundiaí, 2018.)

a) Você gostou do texto? Registre o trecho que mais chamou sua atenção.

b) De acordo com o texto e com as informações dadas na trilha de conhecimentos preencha o quadro abaixo:

Persongens

Narrador

Tempo

Espaço

c) Neste texto a conhecida expressão “Era uma vez” não está presente, mas mesmo assim conseguimos
saber que a história se passa em outro tempo. Qual expressão é usada no texto no lugar da mais comum,
“Era uma vez”?

d) Leia o trecho a seguir, observando o termos destacados. Assinale a alternativa que corresponde em que
momento os fatos acontecem na história de acordo com o termos destacados.
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Os três moços saíram. Quando chegaram em uma estrada se despediram e


marcaram um dia para se acharem todos os três naquele mesmo lugar. Separa- ram-
se, e cada qual tomou o seu caminho.

( ) Já aconteceram
( ) Estão acontecendo
( ) Ainda vão acontecer

e) Enumere as frases abaixo de acordo com a sequência dos acontecimentos.


( ) A bota levou os três irmãos até a princesa;
( ) Se casaria com a princesa quem trouxesse algo que causasse admiração no rei;
( ) A flor fez a princesa reviver;
( ) Os três moços saem a procura do que pudesse admirar o rei para casar-se com a princesa;
( 1 ) O rei precisa de um marido para sua filha;
( ) Os três moços discutem para saber quem deve casar-se com a princesa;
( ) O espelho mostrou que a princesa estava morta.

f) Ao final da história o conflito não se resolve, pois o rei não consegue decidir com quem a sua filha deve
se casar. Ajude o rei, escollha um dos três irmãos e escreva um breve texto defendendo por que ele
deve ser o marido da princesa.
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Caso você tenha acesso à internet, você pode pesquisar mais


sobre contos populares, indicamos a enciclopédia virtual Escola
Britânnica, o site apresenta vários artigos que podem trazer
informações sobre diferentes assuntos.

pular/481300#toc-288847 acesso em 30 de março de 2020.

Observação: Esta atividade deverá ser entregue sexta-feira (17/09/2020).


Dúvidas falar com a professora no PV. Responder no caderno.
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