DERMATOFITOSE

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 2

DERMATOFITOSES

1. Definições
Dermatofitose designa um grupo de doenças causadas por fungos que, geralmente, em
vida parasitária, vivem à custa da queratina da pele, dos pelos e das unhas. Agrupam-se sob
essa denominação fungos dos gêneros Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. A
prevalência é maior nas zonas tropical e subtropical, em regiões de clima quente e úmido.
A mesma espécie pode produzir quadros clínicos bem diferentes e com seletividade de grupos
etários, incluindo: T. tonsurans pode produzir tinea do couro cabeludo (infância) e
deramtofitose corporis (adulto). A dermatofitose capitis (tinea do couro cabeludo) é quase
exclusiva da criança. As onicomicoses são típicas de idosos.
A principal espécie a ser considerada é o T. rubrum – maioria dos quadros de
dermatofitose. A exuberância das manifestações clínicas depende do grau de
hipersensibilidade celular (linfócito T). Os fungos podem ser antropofílicos (como o T.
rubrum), os quais produzem pouca ou nenhuma reação de hipersensibilidade e são mais
resistentes ao tratamento; zoofílicos ou geofílicos, os quais produzem quadros mais
inflamatórios e exuberantes, com tendência à cura espontânea
Sua distribuição varia por influência de fatores populacionais, como sexo (mais
comum no sexo masculino), idade (tinea do couro cabeludo é mais comum em crianças,
enquanto a do pé e a inguinocrural são mais comuns em adultos), imunidade (maior
incidência em imunocomprometidos), hábitos (sociais, culturais, religiosos, econômicos) e
populações fechadas (navios, creches).

2. Dermatofitose do corpo (tinea corporis)


O quadro clássico é representado por lesões
eritematoescamosas, circinadas, isoladas ou
confluentes, uma ou várias com crescimento
centrífugo, de modo que a parte externa é mais ativa.
Pode se apresentar, ainda, como formas vesiculosas,
semelhantes ao herpes simples, e formas nodulares.
O prurido está sempre presente. São localizações
usuais os braços, face e pescoço. Os agentes mais
frequentes são o Trichophyton rubrum,
Microscporum canis e Trichophyton
mentagrophytes. Para se obter um resultado fidedigno
de um exame micológico, deve-se procurar obter a
amostra na periferia da lesão circinada.
Descrição da lesão: placas descamativas
nitidamente demarcadas com crescimento periférico e
clareamento central – configuração anular. A fusão de
lesões produz padrões circinados. Podem estar
presentes vesículas, pústulas e crostas.
Diagnóstico diferencial: dermatite de contato
alérgica, dermatite atópica, eritea anular, psoríase,
dermatite seborreica, pitiríase rósea, pitiríase alba,
pitiríase versicolor, eritema migratório, LES
subagudo, linfoma cutâneo de células T
3. Dermatofitose do couro cabeludo (tinea capitis)
Caracteriza-se pelo comprometimento dos cabelos, que são invadidos e lesados; há
também lesões eritematoescamosas do couro cabeludo. Os cabelos são fraturados próximo
à pele, produzindo as típicas áreas de tonsura – pequenos cotos de cabelos ainda
implantados. A condição é mais comum em crianças. A confirmação diagnóstica é
determinada pelo achado do fungo no material retirado das placas em exame microscópico
após clarificação com cloreto de potássio.
Tínea tonsurante: placas de tonsura caracterizadas por cotos pilosos e descamação,
única ou múltipla, no couro cabeludo. As tíneas microspóricas geralmente se caracterizam
por lesão única, enquanto as tricospóricas provocam múltiplas lesões. Os agentes mais
frequentes são Microsporum canis e Trichophyton tonsurans. O quadro é de evolução
crônica. Quadros agudos de placa bem delimitada, dolorosa, com pústulas/microabscessos
podem ocorrer.
Tínea favosa: essencialmente crônica, sendo o agente usual o Trichophyton
schönleinii. É a forma mais grave porque o fungo ataca o folículo piloso, determinando lesões
cicatriciais do couro cabeludo, com eventual alopecia definitiva. Os casos típicos mostram
lesões pequenas, crateriformes em torno do óstio folicular.
Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica, alopecia traumática, psoríase,
impetigo/foliculite, alopecia areata etc.

4. Tínea barbae
Agentes etiológicos: principalmente o Trichophyton rubrum, além de Trichophyton
mentagrophytes e Microsporum gypseum.
Formas clínicas: incluem o tipo

Você também pode gostar