Entrega 04 - Carta A Um Jovem Investigador em Educação

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Título: Carta a um jovem investigador em Educação

Por Rodrigo M.Lehnemann


Autor:
• António Nóvoa: Doutor em História Moderna e Contemporânea pela Universidade Paris-
Sobornne e Ciências da Educação pela Universite de Geneve, Mestre em Ciências da
Educação Universite de Geneve, graduado em Ciências da Educação pela Universidade de
Lisboa. Atualmente, é professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de
Lisboa e reitor honorário da mesma universidade. É autor de mais de 150 publicações, entre
livros, capítulos e artigos, editadas em 12 países. As suas investigações e interesses incidem
sobre história e psicologia da educação, educação comparada e formação de professores. Entre
seus trabalhos mais conhecidos pode-se citar Profissão Professor e Vidas de Professores,
ambos publicados na década de 1990.

Argumento do texto.

• Qual a temática central? Em seu formato atípico de carta, direcionado diretamente aos novos
pesquisadores em educação, a temática central do texto sobre o que é ser um pesquisador e
qual é o ambiente que ele habita, onde se situa sua pesquisa e como ela se relaciona com o
todo.

• Destacar os objetivos. O principal objetivo do texto é justamente levantar problemáticas


chaves para que possamos nos questionar, neste nosso início de carreira, sobre quem somos?
Qual é o nosso espaço dentro deste meio acadêmico? Quais são os espaços que nos rodeiam?
Desta forma através de conselhos o autor buscar fazer emergir uma outra série de
questionamentos nos ajudam a compreender quem realmente somos e onde realmente estamos
dentro deste contexto acadêmico.

• O que o autor problematiza? Ao longo do texto e seus conselhos, Nóvoa problematiza


diversos aspectos referentes a constituição do pesquisador, como a capacidade de se
posicionar dentro da pesquisa, trazendo a evidência aquilo que nos distingue. A importância
de conhecermos o campo de estudos e os campos que o rodeiam, de forma a compreendermos
o todo em suas relações com as diversas áreas do conhecimento. Ele faz leitura sobre a
importância do diálogo e colaboração entre os pares. Assim como de conhecermos a nossa
própria escrita, de passarmos a transbordá-la para além da apresentação de dados e a
visualizarmos também como uma forma de expressão.
O autor também nos convida a olharmos para além das evidências, para buscarmos os fatos
que estão por trás dos saberes e achismos populares, pois de educação, todos acreditam saber
um pouco, mas é justamente no concreto por trás do evidente que se encontra ao real saber das
coisas.
Em seu sétimo e oitavo conselho, o autor nos questiona sobre a importância social daquilo
que produzimos, que devemos afastarmo-nos da ideia de que em nós está a mudança do
mundo e aproximarmo-nos da compreensão de que a soma de vários pequenos esforços é que
promove a verdadeira mudança, por isso devemo ser responsáveis com nosso trabalho, com
nossa pesquisa mas sem perder de vista nossas origens. Somos todos filhos de uma nação e
para ela nosso conhecimento deve voltar, devemos pensar no retorno da pesquisa fugindo do
produtivismo, buscando construir através do saber as pequenas engrenagens que juntas
movem a máquina da mudança.
Por fim em seu último conselho o autor problematiza a liberdade de buscarmos o saber
por uma causa maior, afastando-nos do imediatismo e empregabilidade vaga. Que devemos
olha para a pesquisa com uma razão maior, pois os tempos dos saberes transcendem os
tempos da empresa universitária.

• Justificativa: por que o autor escreveu o texto? O texto tem como objetivo nos provocar,
nos desacomodar, dentro deste processo de compreensão sobre o que somos nesse mundo
acadêmico, onde estamos, para onde vamos. Ele tem como objetivo problematizar os aspectos
que compõe o pesquisador, sua trajetória acadêmica e os desafios que dela emergem.

Referenciais teóricos:

• Destaque os conceitos centrais do texto. Em sua fala o texto aborda diversos conceitos sobre
os aspectos que compõe o pesquisador. Sua capacidade de se perceber atemporal, de se
expressar através de sua produção e questionar as verdades e certezas que existem além
daquilo que nos é evidente. De compreendermos que a nossa responsabilidade com a pesquisa
e com o nosso meio são maiores que os imediatismos liberais da atualidade.

• Que teorias a sustentam o texto? (Críticas ou Pós críticas) O próprio formato do texto,
como uma carta, expressa por si só a identidade do autor. Identidade esta defendida ao longo
de todo percurso, pistas estas que julgo serem evidências de um texto pós-crítico.

• Que considerações finais o autor aponta. Em suas considerações finais, o autor


ressalta a liberdade de ponderarmos sobre o próprio texto, como pesquisadores, de
questionarmos os conselhos expressados ao longo da carta, pois nada é certo a ponto
de não ser questionado, sendo que é nestes questionamentos que devemos buscar os
saberes inventivos que nos constituirão como pesquisadores.

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