Convenc A o Batista Brasileira 1922 Atas PDF

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ACTAS E RELA TORIOS

DA

CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA

Realisada com a

Primeira Egreja Baptista do Rio


Em 21 a 25 de Junho, 1922

Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade Baptista


CAIXA 352 --- RIO OE JANEIRO
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DIRECTORIA DA CONVENÇÃO
(1922-1924)

ORLANDO REGO FALCÃ'O, PRESIDEN'l'E

Pastor da Primeira Egreja Baptista no Recife


w- B. BAGBY~ 1° VICE-PRESIDENTE

Mis,sionario no Campo Paulista.no

CARLOS BARBOSA, 2° VICE-PRESIDENTE

Pastor da Egreja Baptista dos Mares, Bahia

ERICO A. NELSON, 3°'VICE-PRESIDENTE

Missionario no Valle ,do Amazonas

HENRIQUE E. COCKELL, 1° SECRETARIO

Pastor da EgrejaBaptist~ em Divinopolis, ~\1inas

MUNGUBA SOBRINHO, 2° SECRETARIO

Pastor da Primeira Egreja Baptista em Manaus

RICARDO PITRO\VSKY, THESOUREIRO

Pastor da Egreja Bapt. no Engenho de Dentro, Capital Federal

:::: ::: :;: ; : =::


HOMENAGEM
DA

Decima Terceira Convencão JJ

AOS DENODADOS OBREIROS

PASTOR JOÃO BORGES DA ROCHA,do Recife,


Pernambuco.
PASTOR .GASPARINO SOARES, do Campo Mi-
neiro.
PASTOR PEDRO SEBASTIÃO BARBOSA, de
Campo Grande, Matto-Grosso.

PASTOR LEONEL EYER, de Cantagallo, E. do Rio.


PASTOR FREDERICO FREIMANN, do Rio Graneje
do Sul.
D. GRAÇA ENTZMINGER, do Districto Federal,
mas fallecida nos Estados Unidos.

. Que. os. nomes desses obreiros fiquem registra-


dos em nossas Actas, como preito de saudade e res-
peito.

A Commissão:

THEODORO R. TEIXEIRA,
A. B. DETER,
THOMAZ L. DA COSTA.
ESTATUTOS
DA

Convenção Baptista Brasileira


PREAMBULO -- Esta Convenção tem por fim executar a von-
tade das egrejas cooperando com ellas no sentido de executar a von-
tade de Christo na terra, com o especial fim de levar ávante as causas
de evangelização e educação, e estreitar as relações das egrej as repre-
sentadas, como tambem animal-as no trabalho sacrosanto do divino
Mestre; tendo para o seu governo os seguintes artigos:
Art. 1.° - Esta Convenção denominar-se-á CONVENÇÃO BAPTISTA
BRASILEIRA.
Art. 2.° - O fim desta Convenção será o de tratar dos interesses
geraes do reino de Christo na terra, e especialmente de evangelização e
educacão christã.
Paragrapho unico. - A relação desta Convenção para com as
egrejas representadas nella, será puramente de conselho, e em sentido
algum legislativa, nem executiva, a não ser no sentido de executar a
vontade das egrej as. A Convenção, portanto, poderá fazer recommen-
dações ás egrejas e dellas pedir auxilio, porém, não obrigaI-as em coisa
alguma. ..c<\.ssim fica intacta a soberania de cada egrej a. Em resumo,
a Convenção é a serva das egrejas, nella representadas.
Art. 3.° - ~i Convenção se comporá de mensageiros eleitos por
egrejas baptistas regulares.
§ 1.° - Egrejas Baptistas regulares são as que acceitam as Sa-
gradas Escripturas como sua unica regra de fé e de pratica, reconhe-
cem como fiel a exposição de doutrinas, intitulada: Declaração de Fé
das Egrejas Baptistas do B'rasil, e estão em harmonia com as demais
egrejas que adoptam a mesma regra de fé e de pratica.
§ 2.° - Cada egreja terá direito de eleger um mensageiro, e mais
uni na proporção de cak1a 50$000 que contribuir para a Convenção ou
para qualquer das suas Juntas.
§ 3.° - A eleição de cada mensageiro á Convenção lhe será of-
ficialmente communicada por carta credencial da egrej a que o eleger-
§ 4.° - A Oonvenção terá o direito de regular a fórma das cartas
cre~enciaes .
6 ESTATUTOS DA CONVENÇÃO

§ 5.° - Uma egreja, a que se refere o art. 3.°, poderá eleger men-
sageiros de qualquer sexo.
§ 6.° - Nenhum mensageiro poderá representar mais de uma
egreja.
Art. 4.° - ' O anno financeiro da 'Convenção começará em 1.° de
Janeiro, e terminará em-31 de Dezembro.
§ 1.° - Todo o dinheiro destinado a qualquer Junta da Oonven-
ção deverá ser entregue ao respectivo thesoureiro, pelo menos 30 dias
antes da, Cqnvenção, quando deve ser apresentado o relatorio financeiro.
-§- 2.<1 - Qualquer dinheiro' contribúido depois' do -pr~o 'referido
no art. 4.°, § 1.°, será levado ao credito do anno seguinte.
Art. 5.° - A Directoria da Convenção se comporá dos membros,
seguintes: 1 Presidente, 3 Vice-presidentes, 2 Thesoureiros (1.° e 2. t '),
e 2' Secretarios (1.° e 2.°).
§- 1.° - Esta Direotoria tem o mandato de uma Convenção á outra.
§ 2.° - O presidente da Convenção é membro, ex-officio, de
cada Junta sob a direcção da Convenção.
Art. 6.° - A Convenção elegerá as seguintes Juntas: Mis~ões Es-
trangeiras, Missões N acioo.aes, Escolas Dominicaes e Mocidade Ba-
ptista, Educação, Collegio e Seminario do Rio, Collegio Americano do
Recife, Seminario Baptista do Recife, Collegio Baptis~a Brasileiro
em São Paulo, e tantas outras quantas forem consideradas necessarias
ao desenvolvimento do seu trabalho.
§ 1.° - A Con;v-enção, para bôa ordem dos seus trabalhos, poderá
nomear para as Juntas, irmãos ausentes.
§ 2.° - Oada Junta eleita pela Oonvenção constará de 9 membros,
no minimo, podendo esse numero ser augmentado pela Oonvenção se-
,gundo as necessidades do trabalho aos cuidados das mesmas Juntas,
sendo renovadas pelo terço pela Oonvenção em suas assembléasre-
guIares. Tambem cada Convenção ou Associação dos diversos cam-
pos tem o direito de eleger um membro para cada Junta da Oonven-
ção, além dos mencionados acima .
.§ 3.° - Oada Junta terá a sua propriaDirectoria, eleita por si
_mesma, na sua primeira reunião, a excepção (do Sec. Geral, de cada
Junta, que será eleito pela 'Convenção, a qual constará dos seguintes
membros, podendo a junta eleger thesdnreiro ao secretario, geral;
1 Presidente, 1 Vice-Presidente, 1 Thesoureiro, 1 Secretario de Regis-
tro, e 1 Secretario Gf>ral, sendo vogaes os outros membros.
§ 4.° - Um terço dos membros activos' de- qualquer Junta forma-
rão o quorum para sessão legal.
§ 6.° - A cada uma dessas Juntas será entregue, durante o inter-
vallo da Convenção, a completa direcção de todos os seus negocios, dos
quaes estiver encarregada, direcção essa que obedecerá a Constituição
da Convenção.
~APTISTA BRASILEIRA
------------------------------------------ 7
§ 6. 0 - - Cada Junta terá o direito de eleger dentre os seus vogaes,

alguns ou todos, para substituirem quaesquer vagas que se derem na


sua directoria activa.
§ 7~0 -- Estas Juntas deverão formular as regras internas de seu
governo, de accordo com a presente Oonstituição. .
§ 8. 0 - - O Thesoureiro de cada Junta prestará contas fielmente
de todo o dinheiro recebido e gasto, á mesma Junta, em suas sessões,
ou sempre que a mesma Junta desej ar
§ 9. 0 - - Qualquer das Juntas poderá, quando as circumstancias o
requeiram, se tornar pessôa juridica.
§ 10. 0 - - As Juntas publicarão annualmente o seu relatorio espi-
ri tual e financeiro.
§ 11. 0 - - Cada Junta fixará o salario dos seus empregados, não
podendo nenhum de seus membros occupar carg9 de remuneração na
directoria ou no trabalho da Junta.
Art. 7. 0 - - Em cada reunião allnual a Oonvenção eiegerá para
cada junta um Secr Geral, como official executivo que será respon-
savel á J unta durante o interre6"ll0 da Convenção, e que poderá ser
dispensaao pela Junta, se· fôr necessario, pelos votos de dois terços dos
seus membros. Em caso de exoneração ou de morte, a Junta fica au,
torizada a eleger um Secr ah-hoc que ficará no trabalho da Junta
até a primeira reunião da Oonvenção. Os deveres do Secr. Geral são
os inherentes ao cargo e outros que a Junta prescreva. Elle deve con-
sultar a autoridade e pedir a approvação da Junta para todos os ne-
gocios que quizer fazer pm nome da Junta.
Ârt. 8. 0 - - Â Convenção elegerá em sessão uma Commissão de
Exame de Oontas, que examinará as contas da thesouraria da Oon-
yenção, bem como das J untas, e dará parecer numa das sessões da
mesma Convenção, isto é, do mesmo anno.
Art. 9.° -- O Thesoureiro da Oonvenção prestará conta á primei-
ra Oonvenção que se reunir depois do fim do anno financeiro.
Art. 10.0 - - Os Thesoureiros da Convenção e das Juntas não po-
derão fazer uso do dinheiro confiado á sua guarda, nem mesmo tem-
porariamente, e só poderá despender por ordem e para os fins que a
Convenção e as Juntas se acham constituidas.
Art. 11. 0 - - Os Secretarios Geraes das Juntas manterão relações
por correspondencia com todas as pessôas é organizações segundo o 'in-
teresse das mesmas Juntas, e guardarão copias de taes corresponden-
Clas.
Art. 12. 0 ~ Os Secretarios de Registro da Oonvenção e das suas
'Juntas, farão registro claro de tu<lo que se dér durante as sessões, lavran-
do actas de tudo, as quaes serãõ lidas e consideradas na sessão seguinte.
Art. 13. 0 - - As egrejas representadas nesta Convenção e coope-
rando com ella, terão o direito de especificar os fins para os quaes as
suas contribuições· devem gel' applicadas; não havendo, porém, especi-
ESTATUTOS DA CONVENÇAO

ficação alguma, a Convenção dará ás contribuições o destino que lhes


pareéer melhor.
Art. 14.~ - Esta Convenção reunir-se-á de anno em anno.
§ 1. 0 - O Presidente, com approvação de 3 Juntas, poderá, em
qualquer occasião, convocàr uma reunião extraordinaria; ou, a pedido
de 3 Juntas, deverá, em qualquer occasião convocar uma sessão extra-
ordinaria.
§ 2. 0 - Para transacção de negocios na Convenção, será necessa-
rio pelo menos a presença de um terço dos mensageiros enviados. ,
§ 3. 0 - A Directoria da Convenção poderá, a pedido de 3 J un-
tas, transferir o tempo e mudar o logar -da reunião da mesma Conven-
. ção, quando fôr inconveniente, por força maior, realizar-se no logar e
tempo já antes determinados.
Art. 15.
0
- A Convenção poderá negar o direito de votar ou to-
mar parte nas suas deliberações, a qualquer mensageiro que não obedecer
o seu regulamentó, ou se tornar impedimento ao seu trabalho.
Art. 16. 0 - Qualquer emenda á presente Constituição que se jul-
gar necessaria, p<;>derá ser feita; porém, com a approvação de dois ter-
ços dos mensageiros presentes na occasião da votação, salvo depois do
segundo dia da Convenção quando nenhuma emenda pode ser felta.
Art: 17.0 - . - A vontade da maioria dos mensageiros presentes e vo-
tando, será considerada a vontade da Convenção.
JUNTAS DA CONVENÇÃO
MISSõES NACIONAES

Até 1924: W B. Bagby, J. N'. Paranaguá, Jm. F. Lessa, E. A. Ingram


e Juvenal Ricardo.
Até 1926: TC. Bagby, Sebastião A. de Souza, Silas Botelho, F M.
Edwards e Henrique Rodrigues.
Até 1928: S. L. Ginsburg, A. B. Deter, F F. Soren, Manoel Avelino
de Souza e Ismail Gonçalves.
MISSõES ESTRANGEIRAS

Até 1924: Thomaz L. da Costa, L. L. Johnson e Orlando Falcão.


Até 1926: Menandro Martins, Manoel da Paz e W C. Taylor.
Até 1928: A. O. Bernardo, E. G. Wilcox, M. G. White e T. C. Bagby
ESCOLAS DOMINICAES E MOCIDADE

Até 1924: O. P Maddox, J. W. Shepard, F F Soren, F M. Edwards


e J. F. Lessa.
Até 1926: L. M. Reno, Adrião O. Bernardo~ H. H. Muirhead, Ricard'o
Pitrowsky e L. M. Bratcher.
Até 1928: A. B. Deter, A. B., Langston, A. B. Christie, WC. Taylor
e M. G. White.
EDUCAÇÃO

Até 1924: S. L. Watson, M. G. White e O. P. Maddox.


Até 1926: H. H. Muirhead, A. B. Langston, W B. Bagby e E. A.
Ingram.
Até 1928: J. W Shepard, F. F. Soren, L. M. Bratcher e L. M. Reno.
COLLEGIO E SEMINARIO DO RIO

Até 1924: F F Soren, W B. Bagby, F M. Edwards, A. B. Christie


e J. N. Paranaguá.
Até 1926: L. M. Bratcher, Manoel A. de Souza, Antonio E. da Silva,
A. B. Deter, e E. A. Jackson.
Até 1928: W E. Entzminger, L. M. Reno, D. F Crosland, S. L
Ginsburg e O. P Maddox
COLLEGIO AMERICANO EM PERNAMBUCO

Até 1924: Augusto F Santiago, C. F. Stapp, Menandro Ma.rtin.s, Or-


lando Falcão e O. Lima.
Até 1926: João V Costa, L. L. Johnson, M. G. White, J. Carneiro e
W C. Taylor.
Até 1928: E. G. vVilcox, John Mein, F W Taylor, Dr. Julio L. de
Andrade Nogueira e A. J. Terry.
10 JUNTAS DÁ CONVENÇÃO

SEMINARIOBAPTISTA EM PERNAMBUCO

Até 1924: M. G. White, A. J. Terry, Manoel da Paz, José Paulino


e J. Pereira Salles.
Até 1926·: Orlando Fa.lcão, Adriã(l O. Bernardo, João V Costa, M. Te~.·
tuliano e C. C. Duclerk.
Até 1928: Menandro Martin;;, L. L. Johnson, Leonel Trigueira, Oseas
E. dos ~antos e Joh~.,Mei:n.
COLLEGIO B'APTISTA BRASILEJ."RO'EM SÃO PAULO

Até 1824: W B. Bagby, F M. Edwards, Henrique Rodrigues.


Até 1926: AntonioE. da Silva, R. B. Stanton, eTC. Bagby
Até 1928: A. B. Deter, O. P Maddox e Furqu~m Pereira.
COMMISSõES

Estatisti.ca (permanente): Salomão L. Ginsburg, Relator;. F M


Edwards, Joaquim F Les,sa, C. C. Duclerc e W C. Taylor.
Historia dos Baptistas: Salomão L. Ginsburg, Relator; Silas Botelho,
Theodoro R. Teixeira, Jm. F. Lessa e Adrião O. Bernardo.
Protecção aos Pastores Invalidos: José Nigro,. Relator; Ricardo Pi
trowsky e Americo Senna.
Grande Campanha: Ricardo Pitrowsky, Relator; Alfredo Reis, Thomas
L. da Costa, John Mein e L .. L. John,son.
Programma para ·Convenção de 1924: S. L. Watson. Relator; M.G.
White, W C. Taylor, C. C. Duclerc, e Thomas L. da Costa.
Orphanato Baptista: Manoel da Paz, Relator; Thomas L. da Costa, Ri·
cardo Pitrowsky, M. G. White, Augusto F Santiago, Antonio Ernesto da
Silva, Fernando Drumond, A. L. Dunstan e Tertuliano Cerqueira.
Convencão Latino Americana: S. L. Watson, Relator; F. F. Soren.
L. T Hites, Jm. F Lessa, Adrião O. Bernardo, W C. Taylor, Orlando
Falcão.
Reforma de Estatutos e Regulamento Interno: Salomão L. Ginsburg.
Relator; Orlando Falcão e Adrião O. Bernardo'.
Memorial ao Dr.Zacharias C. Taylor: Salomão L. Ginsburg, Relator;
C. C.· Duclerc e Dr. Jm. Nogueira Paranaguá.
Representantes á Alliança Baptista Mundial: F. M. Edwards e Sra.
li. H. Muirhead, F. F Soren e Antonio Ernesto da Silv.a.
Commissão (permanente) de Publicidade: Adrião O. Bernardo, Relator;
C. C. Duclerc, 'Ricardo Pitrowsky, Theodoro R. Teixeira,· Salomão L.
Ginsburg, Benedicto Propheta e Antonio Cordeiro.
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
PRIMEIRA ACTA
Aos vinte e um dias do mez de Junho de 1922. ás dezE"nove hora~,
foi dado começo aos trabalhos· com um culto devocional, dirigido pelo
irmão J. J. Taylor Em seguida o irmão Antonio Ernesto da Silva,
na 'qualidade de Presidente da Convenção, deelarou aberta a sessão.
Por proposta apoiada, foi res.olvido que o sermão Convencional prpce-
riesse á eleição da Directoria. Usando da palavra o orador irmão
Adrião O Bernardo, fallou sobre o thema "O Livrb Perdido", II Ghron.
34: 14-33. A sua mensagem, poderosa. verdadeiramente arrebatou a
todos os ouvintes. Procedendo-se a eleição da nova Directoria, deu
o seguinte resultado: para Presidente, Orlando Falcão; 1: vice-presi-
dente, W. B. Bagby; 2.' vice-pres., Carlos Barbosa; 3.° vice-pres.,
E. A. Nelson; 1.' Sec., Henriqne E. Cockell; 2." Sec., Mh.nguba Sobri-
nho; Thes., Ricardo PitrO\Vlsky. O irmão presidente nomeou a com-
missão de Nomeação de Commissõe3, composta dos irmãos: F. F
Soren, Ricardo Pitrowsky, Manoel Avelino Souza, Salomão L. Ginsburg,
L. T. Hites. \V C. Taylor, A ..I. Terry, John Mein e Carlos Barbosa.
Foi proposto que a Convenç,ão providencie a publicação, em folheto, do
Sermão Convencional.í Por proposta foi adoptado o programma pro-
yisorio como effectivo para os trabalhos desta reunião da Convenção.
Nada mais havendo a tratar, foi proposto o levantamento dos trabalhos
até ás 9 horas do dia vinte e dois.
H. E. Cockell, Secr.

SEGUNDA ACTA
Acta da 2.' sessão da 13.' Reunião ela Convenção Baptista Brasileira,
realizada no dia vinte e dois do mez de Junho de 1922, ás nove horas.
O culto devocional foi dirigido pelo irmão D. L." Hamilton. ~-\ acta
da sessão anterior foi lida c approvada. O irmão Presidente
leu as seguintes saudações: um telegramma dos Baptistas Por-
tuguezes e um cartão do Snr. \Valdo B. Davison em nome da Associa-
ção Geral das Associações C. M. no Bràsil. Forlilm apresentãdos á
Convenção os irmãos visitantes: João Jorge d'Oliveira, nosso missio-
nario em Portugal; Dr Boyce Taylor, irmão carnal do nosso irmão
WC. Taylor, missionario e presidente do Seminario em Recife; este
irmão saudou a Convenção, &endo interpretado pelo irmão F F. Soren;
Dr W O. Carver, le:J.te do seminario em, Louisville, Ky., E. U. e
cunhado do nosso missionario J. \V Shepard, presidente do Seminario
no Rio, ·que foi egualmente interpretado pelo irmão Soren; por ultimo
fallou o nqsso amado irmão Dr. J. F Lave, Sec. Correspondente da
12 ACTAS DA CONVENÇÃO

Junta em Richmond, saudando a Convenção e em discurso repassado


cios sentimentos do verdadeiro amor christão, mostrou como os baptis-
tas brasileiros estão intimamente ligados com os Baptista~- em todo o
mundo por manterem a mesma fé e defenderem as mesmas doutrinas e
exhortou-no's a maior intensidade de ebforços e maior harmonia de vis-
1as. Referiu-se bastante ao assumpto da Educação, solicitando o nosso
Isacrificio e apoio aos irmãos missionarios empenhados nesta obra, e
pediu ql.le entremissionarios e nativos haja a maior cordialidade e
fraternidade. Foi; proposto que a Convenção lançasse. em Acta um
voto de verdadeira -gratidão aos irmãos visitantes, muito especialmen-
te ao irmão Dr Lave, que veiu na qualidade de enviado da nossa Junta
de Richmond, pedindo que estes sejam portadores das nOSS'lliS mais cor-
deaes saudações aos nossos bons irmãos da' America do Norte. Esta
proposta foi acceita pela Convenção, ficando todos de pé e cantando o
hymno 289. O irmão Dr. Love agradeceu essas expressões. Houve
proposta para que os trabalhos fossem recomeçados ás 13 horas, sendo
aprovado por voto unanime. Propôz-se o levantamento dos traba-
lhos até á hora marcada na proposta anterior, adoptada esta proposta
por voto unanime foi despedida a reunião por uma oração.
H. E. Cockell, Secr.

TERCEIRA ACTA
Acta da3. a sessão da 13.- Reunião da Convenção Bapti'sta Bra5ilei-
ra,realizada ás 13 horas do dia vinte e dois de Junho de 1922. Na
ausencia do 'pastor Carlos Barbosa, a reunião devocional foi dirigida
pelo pastor Paschoal de Muzio. FoC declarada 'aberta a sessão pelo
irmão presidente. Feita a leitura da acta da ses5ão anterior, foi ap-
provada sem emenda por proposta unanimemente apoiada. Foi convi-
dado .o irmão relator da Commissão de Nomeação de Commissões a
apresentar o seu relatorio, que consiste do seguinte: Commissão para
Nomeações de renovação dos membros das Juntas: F. F. 'Sóren, A. J.
'J'erry, Carlos Barbosa. W. B. Bagby, F M. Edwards, J F Lessa e
Munguba Sobrinho. Missões Estrangeiras: Manoel Avelino de Souza, A.
E. Hayes, H. E. CockeIl; Missões Nacionaes: Almir Gonçalves, D. F
Crosland, Benedicto Propheta; Educação: Casemiro G. d'Oliveira, L.
M. Bratcher e John Mein; Publicações: Adrião O. Bernardo, R. A.
Clifton e J. R. Allen; Grande Campanha: Ricardo Pitrowsky, Alfredo
Reis e C. C. Duclerc;, Logar e pregador para a proxima reunião da
Convenção: Zeferino Notto, Fernando Drummond e Eloy Corrêa; União
1110cidade Baptista: Reynaldo Purim, Antonio Armindo e Mi'ss Fuller;
Rscola Dominical: Antonio Ernesto, ManoeI de Brito e W. C. Taylor;
Estatutos: Orlando Falcão, S. L. Ginsburg e SUas Botelho; Negocios
Extraordinarios: W E. Entzminger, Abrahão J de Oliveira, C. F
Stapp; Necreologia: A. B. Deter, Theodoro R. Teixeira e Thomaz L.
Costa. Em seguida o írmão W C. Taylor apre5entou proposta par3.
nomear mais uma Commissão para estudar a questão de Educação e
Publicações, baseando-se nas seguintes eonsiderações que apoiada, teve
voto unanime:
1

Visto que
(1) A direcção de certas phases do trabalho de educação e pu-
blicações mantido pela Convenção Baptista Brasileira está entre-
gue a juntas administrativas de Collegios, Seminarios e da Casa
Publicadora Baptil,;ta,
BAPTISTA BRASILEIRA 13
(2) Com estas Juntas está cooperando a Junta de Missões Es-
trangeiras da Convenção Baptista do Sul dos Estaaos Unidos da
America, a qual manda para a evangelização do Brasil, e o tra-
balho destas instituições, tanto missionario,s como os fundos ne-
cessarios para predios e equipamento,
(3) Esta cooperação obedece regulamentos internos das mes·
mas Juntas, os quaes estão combinados entre amb~ as partes co-
operantes,
(4) Estes regulamentos, em alguns casos, têm exigido por
longos annos que a grande maioria dos membros das respectivas
Juntas ,sejam missionarios,
(5) Está presente comnosco pela primeira vez em nossa his-
toria o Sec. Cor. da Junta em Richmond, Dr. J. F Love,
(6) A denominação baptista no Brasil é duas vezes maior em
numero, o que era ha dez annos, e tem progredido em ainda
maior proporção nas phases educativa e publicadora de seu tra-
balho,
Propomos, afim de promover a paz e a efficiencia destas Jun-
tas, e com o intuito de continuar a confiança mutua, a cordialida-
de e o espirito fraternal em todo,s os arraiaes da denominação no
Brasil,
(1) Que seja nomeada uma commissão para estudar, junto
com o Dr. J. F Love, os regulamentos destas quatro Juntas e a
proporção de missionarios nas mesmas,
(2) Que sejam membros desta Commis,são a directoria desta
Convenção e os quatro directores das instituições acima mencio-
nadas,
(3) Que a Commissão para renovar as Juntas aguarde o re-
latorio desta Commissão antes de escolher os novos membro,s das
mesmas para o biennio ~oximo futuro.
W. C: Taylor.

Houve proposta que os irmãos que apresentarem as suas crerlen-


ciaes até o fim dos trabalhos sejam considerados mensageiros, sem que
0::-; 'homes sejam lidos. Foi proposto que o tempo para os relatores
apresentarem os seus relatorios fosse mudado de 10 para 3 minutos
devido ao adiantamento da hora. Dada a palavra ao relator, o da
Gr~nde Campanhà não se apresentou. N'a falta do irmão Menandro
Martins apresentou o relat.orio da Junta de Missões Estrangeiras o ir-
mão Orlando Falcão, por proposta apoiada foi resolvido entregar-se o
relatorio á Commissão nomeada para apresentar parecer sobre o as-
sumpto. O irmão Salomão L. Ginsburg apresentou o relatorio das
Missões Nacionaes, que. por proposta apoiada foi entregue á Commis-
são de parecer. Como relator da Junta de Publicações, o irmão L.
T. Hites, apresentou o relatorio impresso dessa Junta e foi proposto e
apoiado que esse relataria fosse entregue á Commissão de parecer
O irmão L. T Hites apresentou o relatorio da Junta de Escolas Domi-
nicaes, houve proposta para que esse relataria fosse entregue á Cam-
missão de parecer sobre o assumpto. O irmão L. M. Reno, como rela-
tor da J.unta das Uniões da Mocidade Baptista, apresentou o· seu rela-
torio impresso, sendo este entregue á Commissão para dar parecer so-
bre oassumpto, pela resolução tomada por proposta apoiada. O irmão
J. ·,V Shepard apresentou o relatorio da Junta de Educação, ficando
entregue a Commissão de parecer por proposta àpoiada. Foi apresen-
tado o Relatorio do Collegio e Seminariodo Rio pelo relator desta Jun-
ta irmão J. W Shepard, foi proposto e apoiado que fosse entregue á
14 ACTAS DA ~ONVENÇÃO

Commi&são de· parecer O irmão H. H. Muirhead relator da Junta


do Collegio Americano de Pernambuco apresentou o !seu relatorio im-
presso, sendo proposto que D mesmo fosse entregue á Commissão de
parecer. O irmão WC. Taylor apresentou o relatorio do Seminario
do Recife, que foi entregue á Commissão de parecer, por proposta
apoiada. Ajunta do Trabalho das Senhoras não apresentou O· seu
relator,io. Foram lidos telegrammas das Egrejas de Gravatá e Campo
Grande, saudando a Convenç.ão e fazendo votos pelo exito dos traba-
lhos. Fallaram sobre a Grande Campanha os irmãos Joaquim F
Lessa e C. C. Durlerc. O irmão Adrião O. Bernardo não fallou so-;,.
bre o as~umpto por achar-se ausente. O irmão. Antonio Ernesto da
Silva, na qualidade de relator da Commissão nomeada no Recife para
apresentar parecer sobre o Seminario Unido, apreElentou o parecer da
Commissão por escripto que é do. seguinte teor:
RELATORIO DA COMMISSÃO SOBRE O SEMINARIO UNIDO

A Commissão nomeada pela Convenção de Recife para dar


parecer sobre a conveniencia .de um Seminario, reunido, tendo es-
tudap,o cuidadosamente o assumpto, baseada na moção approvada
pela referida Convenção:
Considerando que tanto o Seminario de Recife como o do Rio
de Janeiro estão pondo em pratica o que a experiencia tem appro·
vado. isto é, não subordinam o ensino theologico ao gymna,sial
ou de preparatorios; .
Considerando que os dois ,seminarios da nos.sa denominação
estão se esforçando o mais passiveI para o bom preparo do nosso
m,inisterio;
Considerando. que a fusão desses seminarios em um só, nijo
corresponderá á,s necessidades actuaes e muito menos ás futuras;
Considerando que a união desses estabelecimentós e conse·
quente mudança para Bahía, accarretaria despezas extraordinarias
sem nenhum resultado pratico, e
Considerando finalmente que a denominação apresenta um
desenvolvimento extraordinario e que muito breve reclamará' ou-
tros se mina rios :
Recommenda que a nossa ,situação de preparo ministerial con-
tinue como está; isto é um seminario na Capital Federal, corres-
pondendo ás necessidades do sul e outro em Recife, correspon:
dendo ás necessidades do norte; e os recommenda ás Egrejas
componentes da Convenção.
Sala das Commi.ssões, 22-VI-1922.
Antonio/ Ernesto da Silva.
"H. H. Muirhead.
J. M. Shepar~.

Foi - proposta a acceilação de parecer para discussão. Depois de


hastante discutido foi proposto a 'approvação do parecer Foi proI)os-
to o registro em acta elas considerações offerecidas pela Convenção
Baptista Interestado:al ·sobre o assu'mpto.
A~ DECIMA TERCEIRA CONVENÇÃO BAPT,ISTA BRASILEI~A

Prezados irmãos:
Saudações no. Senhor. Por occasião da decimá segunda don-
vengão' Baptista Brasileira, em .~ecife, uma com~issã9 foi n~·
BAPTISTA BRASILEIRA 15
meada para estudar as vantagens advindas da 'fu,são dos nossos
seminarios 'do Rio de Janeiro e do Recife, tendo por séde a ca-
pital do E~tado da Bahia.
A Csnvel\ção Baptista Interestadual, pois, desde aquella data,
vem acompanhando com a maxima attenção e interesse as dis-
cussões pró e contra levantadas em nos,sos jornaes locaes atravéz
de varias campos, e em nossas convenções estaduaes; e como o
assumpto, tambem, lhe diz respeito, concedeu ao presidente da sua
Commissão Executiva a honra de apresentar-vo,s a sua posição
a respeito: A Convenção Interestadual apoia e offerece a sua so-
lidariedade ao plano da fusão dos nossos seminarios do Rio de
Janeiro e do Recife, tendo por séde a formosa e saudavel cidade
de S . Salvador, capital do grande e glorioso Estado da Bahh,
não discutindo, no entretanto, as vantagen,s que advirão para a
causa do Senhor. Em tempo, porém, devemos declarar que a Ba-
hia não faz questão fechada pela fusão dos dois seminarios, visto
como não seria consentaneo com os bons e preferiveif! sentimentoa
de amor e sa.crificio pela causa, mas acata, apoia e offerece o
,seu applauso a qualquer resolução que, em bem da causa do Se·
nhor e referente ao assumpto da questão, venha, porventura, to-
mar a decima terceira Convenção Baptista Brasileira.
Em caso de ser mantido o trabalho como actualmente está.
isto é, um seminario no Rio de Janeiro e outro na cidade do Re-
cife, a Convenção Baptista Interestadual continuará éom lealdade
a prestigiaI-o, notadamente ao Seminario do Recife, á quem con-
tinuará a sua solidariedade e cooperaçã.o.
Pela Convenção Baptista Interestadual

Carlos Barbosa
C. C. Duclerc
M. G. White.

Em virtude da hora foi proposto o levantamento dos trabalhos até


ás 19 horas conforme o programma.
H. E. Cockell, Seer.

QUARTA. ACTA
Acta da 4. a sessão da 13.a Reunião da' Convenção Baptista Brasilei-
ra, realizada ás 19 horas do dia vinte e dois de Junho de i 922. A re-
união devocional foi dirigida pelo irmão Abrahao J d'Oliveira'. O
irmão presidente declarou aberta a sessão e convidou o secretario a
proceder a leitura da acta anterior que foi approvada 'sem emenda por
proposta 'apoiada. Foram lidos telegrammas das Egrejas dos Mares
(Bahia) e da do Maranhão, saudando a' Convenção. Foram, pelo irmão
presidente, apresentados á Assembléa os (visitantes) irmãos Dr. Fran-
cisco de Souza, pastor lia Egreja Congregacionalista, e Dr Arperico
B. Menezes, pastor da EgreJa Presbyteriana. Ambos saudaram á Con-
venção com palavras repassadas do verdadeiro sen'timento christão. O
irmão presidente agradeceu em nome da Convenção . Foi proposto
que o irmão O. P .. M~lddox fqsse. cpnviqa~o a ,om,~f-, parte nos traba-
lhos da Convenção .. O {:ôro da Egréjá cantou' um hymno especial. O
irmão pre~idente convidou o Dr. ,J. W; Shepard ,a· tomar a direcção
dos trabalhosp.or se tratar da Educação. O 'Írmão Casemiro G': d'Oli-
16
veira apresentou o parecer da Commissão sobve Educaç~o, e é o se-
guinte:
PARECER DA COM MISSÃO OE EDU~AÇÃO
A Commi,ssão de Educação, desobrigando"se da incumbench
que lhe foi imposta, e em vista do desenvolvimento que. já estão
experimentando a.s nossas instituições evangelicas, recommenda
1~, que haja uniformidade nos methodos de ensino de todas
as Escolas e Collegios, me,smo em relação aos compendios; 2° que
se utilizem o mais 'possivel do elemento baptista para ensinar nas
referidas instituições; 3° que se ponha mais emphase na fundação
de escolas annexas; 4° que haja cooperação entre os collegios e
as egrejas na fundação· de escolas de verão para se aproveitarem
'os normalistas durante as férias; 5° que os trabalhadores ainda
mais se empenhem para despertar o intereSse de e~tudantes para
ministerio e magisterio.
Casimiro G. Oliveira,
John Mein,
L. M. Bratcher.
Foi proposto a adopção do parecer para discussão. Foi dada a
palavra ao irmão A. B. Christie para dissertar sobre o :assumpto "A
Educação Ministerial" que em vibrante discurso desempenhou bem a
sua jncumbencia. A seguir faIlou o irmão H. H. Muirhead sobre o
thema "A Educação Secular" que na quaUdade de (ensinador) compe-
tentissimo' fez justiça ao assumpto. Foi proposto pelo Dr Nogueira
Par-anaguá que a 80nvenção faça pUblica, o discurso do irmão Muirhead
no "Jornal Baptista" e jornaes seculares, foi acceito por voto unanime.
Em continuação foi convidado o Dr W O Carver a falIar sobre "A
Educação entre os Baptista's" Como era de esperar, este notabilissimo
educador fez um discurso que põz os ouvintes bem familiarizados com
as verdades dos· factos do assumpto. Proposto para adiar para ama,
llhã a,discussão do parecer, foi aeceito por unanimidade de votos.
Açloptado o programma para os trabalhos da sessão de cêdo. Proposto
o levantamento dos trabalho.s até ás 9 horas do dia 23. Foi dirigida
uma oração ao Throno da' Graça.
H. E. Cockell, Secr.
QUINTA ACTA
Acta da 5. sessão da 13.& reunião da Convenção Baptista Brasilei-
L

ra, realizada ás 9 horas do dia vinte e tres de Junho de 1922. O ir-


mão E. A. Jack50n dirigiu o culto .devoeiona1. Na falta do irmão pre-
s~dente a sessão foi aberta pelo irmão 1.0 viee-presidente Dr W B.
Bagby. Foi prbcedidaa leitura da aeta da 'se~são anterior, sendo ap-
provada sem emenda.' Foi lido á -Convenção um telegramma de felici-
tações do irmão Germino dos Santos - Ilha do Governador - e uma
earta de saudação da Egreja em Macahé - Estado do Rio. Foi pro-
posto e apoiado o adiamento da approvação .do parecer sobre Educação,
sendo acceito por voto unanime.. Dando-se começo aos trabalhos do
programma [oi convidado o relator da Commissão,. Adrião O. Bernar-
do a apresentar o seu pareeer sobre Publicações' e consiste .do seguinte:
PARECER DA COMMISSÃO DE PUBLICAÇOES
~'Considerando o valor da propaganda por meio da pagina es-
cripta, e quanto o inimigo usa este meio para o mal, l° Re-
BAPTISTA BRASILE~RA li

conhecemos ó bom trabalhe que a nossa Casa Publicadora vem fa-


zendo não só na obra de evangelização, como na de cultura inteI-
lectual,e moral, e urgimo,s R9 povo de Deus para que dê não sÓ o
ap(i)io moral áCàsa Publicadora, mas o apoio financeiro e o apoio
das orações a favor deste grande trabalho. 2", Recommendamos
que cada Estado tenha. o seu jurnal local para distribuição gra-
tuita, de modo qU€ o ,·'.Tornal Baptista" se occupe mais das noticias
geraes, 3 Reconhecendo ainda que a maior influenci~do .• Jornal
Q

Baptista" será com os nos,sos constituintes do interíor do Brasil.


reconimeu:damos que o Jornal se adapte .mais e mais ás necessida-
des de faes Ieitore~, trazendo constantemente artigos que falem
bem de perto ás suas necessidades. 4" Que o "Jornal 'Baptista"
traga 'em cada, numero um artigo realmente evangelistico que mos-
tre a, todos o plano da salvação. 5" Alegramo-no,s sinceramente
na melhora que notamos no .. Jornal Baptista", 1)01S vemo.s que vae
deixan'do mais os ataques directos ao romanismo e a outros crédos.
e vae prégando positivamente as verdades do Evangelho. 6° Re·
commendamos quo a Junta de Publicações e,stude os meios de um::;
distribuição afllda mais larga e livre de folhetos de propaganda,
7" Reconhecemos ainda a difficuIdade da Junta de Publicações fa·
zer uma propaganda mais intensa da literatura e do traba-lho das
Escolas Dominicaes, visto que este trabalho está affecto á Jl\nt:i
das Escolas Dominicn.es e esta não tem meio,s de o fazer; por·
tanto, r<~commel1dall1os que esta Convenção estude a questão afim
de chegar .a uma harmonia e a maiorefficie'ncia neste importan-
tissimo trabalho.
A. O. Bernardo, relator.
R. A. CI ifton
J,. R. Allen.

Foi proposto (' apoiado a aCl:f'itação do parecp\' para disCI1:-isi'lo


~ml(.I()adoptado por voto unanlme. Como e;-;livf'::isc ausente o irmão
-"I G. 'Vhite. fOl'vaclo a retirai'-sC' para a Bahia por molestia na fami.-
lia, fOi convidado oDr J. F Lo\"(' a fallar sobre a Littcratura Christã,
.\ suapalávra autorizada e influent(\ muito agra.dou e rsclareceu a to-
dos sobre este iIlllJOr'tallti;'~imo :-i('l·\'i\~o. Fallou ~obre as li\:õesqul'
(\~tão:3endo prt~pnra(li:ls pelo Í)r Sampl'y. so]w(' a f:'vang·elizac;ão. Pro-
posto D l.ançamellto elll acta (' a 111anifesta<,,'ão de um yoto cl<~ profun-
da gratidão ao Dr" Lovl' 'pelo sim mai!'llifico di~(,l1rso. .A Ílroposta foi
"otada, ficando a CUl1n'llção toda dp pú PJ}) testemunho de agradeci-
mento. Foi proposto (' apoiado que S(' OllVissl~ o parrCCH' sobrp as Es-
tulas Dominicars, senr havpl' mais dist'UI'~I):'. Não SI' adiando prl'spnte
() relator ela COlllIni:-lsão de pal'eeeI' sohre Eseolas Dominil'aes, (! não
].oclendo ser aÍ)l'psPIltadu r;~l(\ pareepl', houve proposta para quo a Con-
ytmção diseuta o 7.' pontu do pan'('pI' sobrn Pnhlicaçõef:i. Df'pois de
hastante di:;nltido () assumpto sobre :3(' d(~vc (,u não se unir as dua::;
~Iuntas, de Publicações p Eseolas Dominicaes, roi proposto e apoiado a
nomeação .ele :Uma commissão é'ülllposta dp um' llll'mbro de. u-ada Campo
para dar parecer sobre o assumpto depllis dr. devic1auwnto estudai-o.
teve \"oto unaninw O il'mão prl':3id(,llt(~ d('darOll dpixal' IJal'a fazer a
nomea.ção· destaCommissão na süs:'lão da tal'de. Foi proposto o !PVUlI-
lumentodos trabalhos aU' ús 13 horas {' 30 nlinn1o:-i.

H. E. Coe/,eU, B('('I',
18 ACTAS DA CONVENÇÃO

,SEXTA ACTA
Acta da 6.- sessão da 13.- reunião da Convenção Baptista Bra~i­
feira. realizada ás 13 horas e 30 minutos do dia vinte e tres de Junho
de 1922. O irmão Benedict.o O. Propheta dirigiu o cul to ~devocional.
Não e5tando pres'ente o irmão presidente e ,nenhum dos vice-presi-
dentes, ° irmão Edwards, por consentimento da A~embléa entregou a
direcção do trabalho, que visa a Mocidade Baptista, ao irmão L. M.
Reno, escolhido para essa direcção. O irmão Reno convidou o irmão
Almir ,S. Gonçalve& para falar sobre "Seu lado de Serviço S~cial", Foi
convidado o irmão_ Casemiro G. de Oliveira .para fallar ~sobre "Seu
lado na diversão da Mocidade e Juventude". Por consentimento da
Convencão foi convidado o irmão Zeferino Netto para fallar sobre o
assumpto "Seu lado no Evangelismo ", em logar do irmão pjalma Cunha,
que se achava .ausente. Foi apresentado o parecer da Commissão da
"União da Mocidade Baptista" pelo seu relator irmão Reynaldo Purim e
consiste do seguinte:
PARECER DA MOCIDADE
A Commi.ssã,o nomeada .por esta Convenção para ~presental'
o parecer da Mocidade, depois de examinar o relatorio da Junta
da Mocidade apresentado, recommenda o ,seguinte: loQue a Junta
da Mocidade da Convenção Baptista Bra'sileira permaneça e tenha
força real e activa em todos os seus trabalhos. 2° Que a séde da
Junta seja escolhida pela mesma. 3° Que a Convenção autorize a
Casa Publicadora a editar os livros que a Junta da Mocidade achar
necessarios para o desenvolvimento da mocidade. 4° Que o Manual
da Mocidade que será brevemente impre,sso seja adoptado como
compendio dum cur8.0 definitivo que a .Junta creará. 5° Que a Jun-
ta conceda diplomas áquelles que terminarem o curso pa~sando nos
exames preparados pela Junta,. 6° Que a Revista da Mocidade seja
publicada men,salmente, levando os estudos como tem sido feitos
até agora e, augmentada, com artigos diversos, noticias enviadas á
Junta pelas uniões. 7° Que haja-m convenções estadoaes das uniões
da mocidade com. o fim de ter mais tarde Oonvenções da Moci-
dade Nacionaes. 8° Que esta Convenção considere o as,sumpto da
Mocidade como um dos mais importantes entre os seus trabalhos
não poupando esforços e dinheiro afim .de desenvolvei-o, pois· a
mocidade preparada é o segredo, em grande parte, do progresso
da Ca~a de Deus na nossa Patria.
Reynaldo Purim
Essie Fuller,
Anton iá Armindo."

'Houve proposta Que o parecer fosse adoptado para discussão, sendu


apoiado teve voto unanime. Foi prOI)Osto e apoiado que a discussão
(10 parecer ficasse adiado para a sessão do dia 24, pela manhã. Foi
feita proposta que fosse entregue a direcção do programma ás Senhoras
por s,e tratar da Reunião das ~ociedades, de Senhoras, foi acceito por
voto .unanime. O irmão presidente nomeou a Commissão para estudar
() caso de unir ou não as Juntas de Publicações e Escolas Dominicaes,
eomposta dos irmãos: W. C. Taylor. L. T. Hites, E. A. lngram, Joa-
quim F I~ess~, F, F Soron, Almir. Gonçalves, L. M. Bratcher Con-
cluídos os trabalhos das Senhoras, a Convenção reassumiu os outros
BAPT·ISTA . BRASILEIRA
19
f~a_balhos do programma. Foi feita proDosta que esta Convenção se
fac.a represe"!ltar n~ rf>uniã.n da A1Jiança "Mundial dos Baptistas. a rf>-
UnIr-se na cld~de de Sf.nckolmo, Suecia, no anno de 192:=!. apoiada if>vp.
a votacão unanime. Foram úropostos os irmãos F M. Edwards p
Snra.H. H. Muirhead, Antonio Ernesto da Silva e F F Soren, como
mensageiros a essa reunião mundial, por proporem fazet' as suas pro.
nrias de~mezas. Houve proposta para o encerramento das indicações.
Foi atceito por voto unaninlP a proposta dos indicados. Foi proposto
a nomeação de uma Commissão para levantar os mpios npce5sarios
afim de se erigir um monumento no Cemiterio dp Waeo, Texas, em
memoria do nosso inesauecivel irmã.o Z. C. Taylor. um dos missio-
nariDs pioneiros no Brasil, usando-se nara isso elas cOlllmna'i do ",Jornal
Baptista" Foi proposto uma emendll a est.a proposta do seguintp
trôr, aup al{>J11 do monumento pm Waco seja tambem coHocada uma
placa de hronze numa das páredes da L" Egreja' da Bahia em nWHlo-
ria do fallecido. Po~to a votos a f>menda foi arceita por voto unaniJJlP.
Sendo votada a propo'sta tf>V0 unanimidadf:' dI" votos. O irmi'ío J1rPS1-
dente nomeou a Commissão composta dos il'HlBOS Salomão L. Ginsbm'<;!',
C. C. Duclerc p Dr,. Nogueira Parana~l1á. Foi proposto a nomf'acão
dí' uma commissãü para cuidar do IOflar e tempo nara SI' tirar o r('tra-
to da COIlveuç,ão, (' dar o ~p,u relat,O]'io o mais redo pmsivpl. () irm:in
Prpsidenf,c nOmf>Oll os irmãos Salomão L. Ginsburg-. 'rheorloro R. Tf>i-
xeira e.T \V': Shenard pRra eomporem PRsa commissão. Foi J)l"OD08t t)

li IcvantanlPnto elos trabalhos af,(í ás ,1 9 horas. Houve uma oração.

II. E. C(Jcl.'cll,Secr.

SETIMA ACTA
Acl a da 7,' sr-,são da 13.& r(\nnião na C:oJ\\'E\Twão Hapti~ta Brasi-
1('ira, rflaliz::lnn ~lS dnzenovp h()r::l~ do dia 2~~ dI" JllP ho dI" 'J 922 O culto
dpvocional foi dirigido 'l)Plo irmão.J R. Allpl1. Foi lirla a a('1.a da 5.'
sr~sã{), srndn. apPl'ovadacom as seguintes emendas: onde se lê "falIou
i"obrr as li~ões 011e estão spndo preparadas pelo Dr. Samjwv. sobrf> a
('vangelização" .leia-s.f' "falIou sohre as lições sohrf' .0 Evangelismo nas
Escolas Dominicaes, já. preparadas, p para a compilacão das Quaes .1
Dr Samprv foi bastante consnltarlo" Onde se lê "foi proposta a no-
nH:'acão de "uma C...ommissão comnosfa de um membro de cada CamT)O
para daI' parecrr sobre o assmnpto ", Ipia-se "foi P}'oposta a nomeação
dr uma Côrnmissão para dar parpcer soh}'p o assuJl)pto na sí'ssão da
manhã do dia 24": foi approvada por maioria de vt~tos. Houve pro-
posta que Q. irmão sAcretario da Convrncão sr.il! autorizado a escrever
em norn~ desta Convenção, cong-ratulando a Escola Dominical ria La
Egreja em São Paulo por ter aUingido o grão ele Escola Mod{'lo. Posto
a votOEl foi acceito nor maioria de votos. O irmão presidente apresen-
tem á' Conv{'nção o Rev. André Jenson, pastor presbyteriapo, que usan-
do ela palavra saudou a Assembléa e mencionou o projecto dos evangeli-
cos requererem do Ministerio da Justica permissão para erg-uer no Pão
d('> Assuc.ar um monumento de pelira emn os 10 mandamentos ,de Moy-
SI~S ~n'avado~. O irmão pl'esidente agradf'ceu em nome da Convencão.
Foi feita nroposta que a COllvenção ouvisse fi nosso missionario João
Jorge dI' Oliveira, cOllcedendo-lhr () t(,IIljJo, Iwecssario. sf>ndo apoiado
por voto llnanimr. Usando da nalavra esse 'irmão expôz as condições
(' np('pssidade~ do trabalho em Portugal. Foi p.ropm,to ql1e~~.ia 1'(1-
g'istrado em aMa um voto de louvor FC reconhecimento do irmão João

20 AC,TAS· DA .CONV.ENÇÃO
----------~------------------------------------------------------

Jorged'Oliveira, pelo. seu abellçoado trabalho em Portugal. Foi pro-


llQstâ .uma emenda a esta proposta: que o nosso missionario em Por-
tugal, João Jorge de Oli\PÍl'a, seja cOllsiderado missionario honorario
tI,a. ·Collvenção·, Baptist.a Brasileira em Portugal. foi approvada 'unallÍ-
memeníL' Foi proposto quP a Convenção ouvisse o parecer da Com-
missão sobre Missões' Estrangeiras que foi aeceito por voto unan~nw

PARECER DA C. DE MISSOES ESTRANGEIRAS

Devemos, em priineiro lagar, dar graça,s a Deus pelas bençams


que temos recebião no trabalho de Portugal, no periodo que me-
deia entre a Convenção dv Recife e a actual; especialmente pelas
50 alm'as .ganhas para Christo pela pregação do evangelho; facto
esse que 'nos anima e nos estimula a continuar com o trabalho.
. Pelo que, a Commissão recommenda:
'1. Que continuemos com toda a sympathia o trabalho em
Portugal.
2. Que desenvolvamos ou apoiemos os emprehendimentos co-
meçado!" na .possibilidade das nossas forças, a saber:
a) Casa Publicadora e o "Christão Baptista";
b) A classe Theologica que foi autorizada em Recife;
c) Especialmente na propaganda evangelistica.
3. Que quanto á promessa de augmentar o numero de missio-
nario,s seja feito (). esforço necessario para ser cumprida.
4. Que oremos a Deus para que ElIe desperte no coração de
algum brasileiro o desejo de apresentar-se á junta com a von-
tade de ir a Portugal para o trabalho.
5. Que se. fôr possivel, seja attendido o appello do irmão
Menandr<> de destinarmos 60: 000$ para o trabalho em Portugal
até a outra Convenção.
6. Que seja considerada com todo o interesse e amor a queH-
tão apontada no relatorio da Junta a respeito da concorrencia da
J .de M. E. de Texas, E. U . A., no trabalho em 'Portugal, €n-
trando nós em entendimento com aquella Junta a re,speito do facto.
A Commissão:
M. Avelino de Souza,
H. E. Cockell,
Alfredo Reis.

Houve propo!:ita que (l pal't'cnr fo~~(' adoptado sem discussão; o votll


foi unaninw. Foi feita proposta que se nomeasse uma Commissão. Ilara
definir as relações da Junta de Missões Estrangeiras desta Conven(~ão
vara com os nossos missionados em Portugal. Q irmão presidente de-
,cJarou a Convenção que faria a nomeação desta commissão na reunião
de cedo do dia 24. O pl'esidente apresentou á Convenção .ao Dr H.
S . AUyn, Superintendente do Retiro 'Evangebco, o qual usando da pa-
lavra 'saudou a AsseÍllbléa e faUou sobre as vantagens, de., do Retiro.
Foi feita a proposta que ;-ipja eancçllada a parte do l'elatorio da Junta de
Missões' Estra,ngciras que diz "A Junta reconhece, com tristeza, pelo
desenrolar dos fa,ctos, a responsabilidadt3 do irmão João Jorge nesie
l',asO queilpnsidera um desastre e lamenta que elle não tivesse podido
per.ceber o perigo a que expôz o 1108&0 trabalho e as 110-;8as cqnquista~
em Portugal a custo de enormes e inestimaveis sl,tcrificios", fo.í apoiada
f! discutida. ,Foi feita proposta para o encerramento Gesta discussão,
,sendo apoiada eace~"ita, por voto unanime. Foram Jidos á Convcnçã-o
"
BAPT-IS'TA.." BRASILEI'RA

telegrammas de saudaç~es da Directoria da União Moeidade Baptista


Bahiana, S. AllxiliiHlora 'Spnhoras dR Bahia, da Egreja dos Toco:;" Ma-
mios. Foi proposto o levantamento dos trahalhos aU~ a reunião do dia
vinte e qn'atro de .1nnho, :is 9 horas. A i'eunião foi despedida 1101'
oração.
H. E. Cockell, Secr.

OITAVA ACTA
Acta da 8. sessão da 13." Reunião da t ~ollvenção Baptista Brasi-
A

leira, realizada ás nove horas do {lia \inte (' quatro do mez de Junho
de 1922. () culto devocional foi dirigido pelo irmão A. L. Dunstan.
O irmão presidente declarou abertos os trabalhos r convidou o secre-
tario a proceder a leitura da Acta anterior, sendo proposta a sua ap-
provação sem emenda, posta a votos foi accl'ita por unanimidade. Foi
proposto qU8 a séde da J. Missõf's Estrangl'ira:-; fossf' mudada do Re-
cife; esta proposta foi largamente dü;cutida. Houve proposta que o
irmão F. F Soren dirigisse uma oração a Deus, pedindo O seu auxilio
e direcção. Teve voto unanime. O irmão prp~idellte nomeou a Com-
missão para "Definir as relações da .Tnnta r1P ~1 i~sôps Estrangeiras des-
la Convenção para com os missionarill:-' em Portugal, composta do~ ir-
mãos WC. Taylor, Thomaz L. Costa, W B. Ragby e Manoel Avelino
de Souza: Sr:ndo· posta á votalião - a propo:'ta, sobre a mesa, para a
('liminaçã~1 rio trecho no relatorio da J-unta de MissõeH Estrangeiras,
foi regeitada por grande maioria d(~ Yotos. Sendo votada a propost.a
fo'.()hre a mudança da séde da Junta de Misf~ões Estrangeiras foi tam-
}wm regeitada por unanimidarle de Yotos. O irmão \Y E. Entzmingel',
eomo relator, apresentou o
PARECER DA COMMISSÃO DE ASSUMPTOS ESPECIAES

A commissãq encarregada de colher e apresentar a esta A~­


sem bléa assumptos que não figuram no programma, paTa a deli-
beração da mesma Mlsem bléa, pede permis,são para lhe offerecer
os seguintes topicos:
1. A conveniencia de se celebrarem as reuniões da Convenção
Baptista Brasileira de anno em anno, ao envez de dQis em doig
annos.
2. A conveniencia de se nomear uma commissão permanente
com a incumbencia de dar noticias em larga escala do,s trabalhoti
das nossas reuniões, seja por intermedio da imprensa secular, ou
por intermedio de um boletim ou jornal creado especialmente para
tal fim, o qual será publicado diriamente durante os dias em
que a Convenção continue reunida.
3. A conveniencia de tomar sob os auspicios désta Corivenção
O Collegio Baptista ele São Paulo, conforme 9 -pedido da directo-
ria do mesmo COllegiú,
W. E. Entzmingel'.
Carlos F. Stapp
Abrahão de Oliveira.

e junto uma carta rlo Col1egio Ba])1 isia Rl'asilf'il'o Pll1 Sã'o PaHlo, l'rpl'p-
:~eniaào J)C'la ~ma dil'peforia.
Rio de Janeiro, 22 de junho de 1922 - A' Convencão Ba-
ptist~ Brasileira - Nós, representantes da Mis!3ão Sul .. hr~qi1eira.
22 ACTAS DA :CONVENÇÃO

vimos p,edir que oCollegio Baptista Brasileiro, em São Paulo, fi·


que sob os auspícios da Convenção Baptista B~asileira, como estão
o Colleg10 e Seminario do Rio de Janeiro e o" Collegio e Semina-
rio do 'Recife, nomeando para o mesmo uma Junta" Administrativa"
Respeitosamente - E. A. Ingram, W. B. Bagby e R. B. Stanton.
Foi PI'Oposto, em vista e de accôrdo com o primeiro ponto que a Di-
,rectoria desta Convenção seja autorizada a c'Ol1vocar uma reunião ex-
traordinaria da Conv.enção .Baptista Brasileira na noite da primeira
sexta-feira, .depois do segundo domingo de Janeiro de mil novecentos ~
vinte e quatro·. Foi approvada por grande maioria. Foi apreE.entado
á Convençãó °
Rev Alexander 'l'elt'oro, que saudou a mesma em nome
da Socieaade 'Biblica Britannica e Estrangeira. A :Junta do Trabalho
das ~enhor~s enviou uma petição a AssemDJéa pedindo a sua desligação
da Convenção_, at'im de se organizar em Assembléa Geral Auxiliar ii
Convenção '~eral, nos seguintes termos: '
A Junta do Trabalho das Senhoras vem pedir á Convenção a
sua demissão dessa organização, afim de que lhe seja dado o' di·
l'eito de chamar uma reunião para as senhoras se organizarem se·
paradamente em aRsembléa geral auxiliar á Convenção Geral. Em-
bora a:s reuniôe.s da assembléa das Senboras teriam logar na mes-
ma ei>oca da Convenção Geral, seria o seu programma elaborado
da màneira, a não prejudicar a bôa ordem dos trabalhos nem. a
assistencia da Convenção Geral.
Freando tal solução unicamente em beneficio do Trabalho Ge-
ral das Senhoras no Brasil, espera a Junta das Senhoras que seja
este pedidõ acolhido favoravelmente.
Pela Junta,
Ruth M. Randall, Preso

POI' proposta apoiada foi concedido o pedido. Foi proposto o le-


: Y/ilntamento '(Jos trabalhos até ás.13 horas e 30 minutos. Houve uma
"o,riú~i'i0.
H. E. CockeU. Sec.

NONA ACTA
Acta ,:da9." ses~ão da 13.- Reunião da Convenção Baptista Brasilei-
ra realiiada ás, 13, hora5 e· 30 minutos do dia vinte e quatro do mez
de' Junho, cié' 1922.' O irmão \V E. EntzmingérJoi convidado a diri-
Djr o culto lfevo'c'ional. O irmão presidente declarando aberta a sessão
gonvidou o secretario a proceder á leitura da acta da sessão anterior
Por proposta 'foi ~ approvada sem emenda. For' p'roposto que o parecer
, da 'Commissão sobre a Mocidade fosse ,entregue á Comm,issão nomeada
para 'dar parecer sobre a União das Juntas de Publicações e Escolas
Dominicaes. Foi adoptada" por voto unanime. Foi proposto que esta
Convenção peça' ás Convenções Estadoaes e Regionaes que ajubt~m as
datas das suas reuniões com "a data proposta para as reuniões desta
Convenção., Fo'i' apresentado o relatorio da Commissão de Estatiflticas.
COMMISSÃO DE ESTATISTICA DA CONV. BAPT. BRASI'LEI,RA
RELATORIO DE 1921
Prezados irmãos:
·Com muito pezar' somos "forçados a mais uma vez participar-
vos que ainda este anno ~o ,tomos bem succedidos na acqui,sição
BAPTISTA BRASILEIRA 23
das inforlliações necessarias com relação ao movimento da nossa
denominaç~o .
Nã@ ha duvida que desta vez fomos mais felizes do que eh1
qualquer outro anno, pois que a .maIoria dos campos tem forne-
cido, os dados necesHarios; porém todos os campo,s não o fizeratu
e mais qma vez somos forçados a apresentar um relataria imper-
feito e incompleto.
Dos relatarias remettidos á Junta de Richmond, que por ob·
sequio recebemos do nosso irmão e grande amigo do Brasil, o
Dr. T B. Ray, e, deve-se notar, tambem não' é completo, co°
piamos os seguintes, peio simples facto porque ,são mais comple-
tos do que o que temos em mão:
Numero de Egrejas __ __ __ 259
" Congregações __ __ 656
" Baptismos __ __ __ 2.756
Demissorias __ __ __ __ 1.242
" Reconciliação __ __ __ 657
" Fallecimento _________ _ 297
" Exclusões __ __ __ __ 961
" Demis,sões __ __ __ __ 1.089
Total __ __ __ __ __ 20.614
" Casas de Culto ___ _ 170
Com relação ás Escolas Dominicaes existem 347 com 22.669
alumnos.
As contribuições totaes montavam 1.074:400$000.
Emquanto á educação existem no Brasil:
7 Jardins de Infancia, com 194 alumno,s;
50 Escolas primarias, 1.619 rapazes e 660 meninas;
6 Escolaf3 secundarias com 609 moços e 202 moças;
2 Collegios com 842 alumnos;
2 Seminarios com: 62 alumnos.
E' o que podemos apresentar a esta Convenção, porque dos
Campos Brasileiros só recebemos respostas completas de 12 Es-
tados e nada de 9. Os E,stados que nos remetteram estatísticas
completas são os seguintes:
1. Maranhão,
2. Amazonas
3. Rio Gr. do Norte
4. Parahyba
5. Pernambuco
6. Alagoas
7 Sergipe
8. Bahia
9. Rio de Janeiro
10. São Paulo
11. Minas
12. Goyaz.
Para solução deste problema a Commissão pede licença para
apresentar o modelo annexo, que adoptado por todos, os campos
talvez possa solucionar as nossas difficuldades.
Sala das sessões da Convenção.'
Salomão L. Ginsburg, Relator.
Joaquim F. Lessa.
F. M. Edwards.
ACTAS !CA 'CONVENÇÃ'Ó

, Fof lhliJposf o qác a E&taiistica seja incluida na acta, bem' çomo uma
bsta. de IlOlllAS e endereços elos pastores cp offieiaes de todos os campos
no ,Bra~H . Fói'acceito por unanimidade de votos. For ~presentado á
Gon.vençã,o o Rev',' H. C'. Tuckcr, ~ecretario da Sociedade Biblica Ame-
rkana: qüe~ saudou a Gonvenç.ã~, em seu propria nome e no da Sociedade
que . represenf~. 'Foi apl'esentado o rplatorio ela Commissão sobre a
Hjstoria .dos Baptistas no Brasil .
. COM MISSÃO SOBRE A HISTORIA DOS BAPTISTAS NO BRASIL

,Sobre este importante trabalho a Commissão vem relatar os


resultados obtidos: O ,s~u relator já tem em mão os manuscriptos
da auto-biographia do saudoso irmão Dr. Z. C. Taylor; em Per-
nambuco o Pastor Antonio de Castro tem iniciado, por conta do
Seminario Baptistâ do Recife, o historico da,s Egrejas e institui-
ções daquelle campo :Missionario, teIido já escripto um bem ela-
borado historicó da Primeira Egreja Baptista do Recife. Consta
que na Bahia o Paetor C. C. Duclerc vae escrever o historico
da Primeira Egreja da Capital; no Campo Fluminense a Assú'
ciação Baptista nomeou uma commissão, para escrever a historia
d.ac;Iuelle Campo, cujos trabalho,s já estão bem adiantadQs, os quaes
vão ser pub1icados em fasciculos por conta da Junta local.
A Commissão é de parecer que cada Campo assuma a res-
ponsabilidade de escrever a sua propria historia, -remettendo uma
copia ao Seminario do Norte e outra ao do Rio de Janeiro, como
tambem á esta commissão.
Estamos informados de que o Dr, W B. Bagby está escre,
vendo uma "Historia dos Baptista,s no Brasil ",e esta Convenção
deve dar o seu inteiro apoio ao trabalho do' decano dos missio-
narios baptistaf;.
Salo-mão L. Ginsburg. Relator.
SlIas Botelho, Secretario.
Joaquim F. Lessa.

Foi. pl'oposta a rreleição ela Commissão de Historia dos Baptisia:o;


no Brasil, quP (. composta dos irmãos Salomão L. Ginsburg, Adrião U.
Bernardo, Silas Botelho, 'l'heodoro R. Teixeira e Joaquim F. Lessa;
foi .acceit-o por voto unanime. Foi lido o relatoria da Commissão sobr~
a Convenç~o Latina .\merieana.
COMMISSÃO DA CONVENÇÃO LATINO-AMERICANA

Presados irmãos:
Sentimos participar a esta Convenção que, devido á commu-
nicação que nos fez a cOlamissão local, avisando-nos não haver um
templo adequado aqui ne,sta cidade onde a Convenção' Latino-Ame·
ricano se reunisse, concordámos por esta razão, no adiamento da
Convenção para o anno de 1924.
, A commissão que nomeastes fez o que poude para realizar o
nosso ideal, tendo I obtido adhesões dos irmãos argentinos, uru-
gua:yos, chilenos, mexicanos e outros. Reina, realmente, regular
animaçãb entre of' irmãos' baptistas de toda a Ameriea Latina
para a realização da Convenção LatiI).o-Americana.
A presença dos nossos·iUustres visitantes já é um dos fructos
da: propaganda ,pessoal e' por escripto, feita pela Commissão.
A idéa· da . Convenção não deve ser perdida ou esquecida. Ha
uma necessidade real' para que 013 baptistas latino·americanos se
BAPTrSTA : BRASILEIRA 2;)
------------------------------------------------
reunam e formem uma união solida e· segura para defeza dós nos-
sos sagrad'os principios_
Salomão L. Ginsburg, Relator,
A. O. Bernardo.

Houve proposta para a nomeação de uma Commissão composta u.·


rjnco membros para tratar dessa Convr·nção. Foi nomeada, compo~ta
dos irmãos,.A. B. Deter. L. T. Rites, A. O. Bernardo, F. F Soren c
Salomão L. Ginsburg. Foi lido o relatorio sobre Protecção aos Pasto-
res Invalidos pelo i,rmão Manoel _-\ velino de Souza.
RELATORIO DA COMMISSÃO A FAVOR DOS OBREIROS

Sentimo-nos muito felizes em ter o privilegio de apresentar-


vos planos que de al~um modo suggerem meio,s de solver um
grande problema de actual interesse para os obreiros baptistas
brasileiros.
Temos urgente necessidade de pensar em meios que venham
amenisar os soffrimentos dos nossos obreiros, não só por morte,
ma~ na doença, no cansaço e na velhice, quando ficam, portanto,
incompatibilisados com as exigencias do trabalho de pastorado,
Por isso suggiremos os seguintes planos 'para disC;u,ssão e
acceitação do que fôr mais pratico, com alguma modificação, se
llecessario, ou a substituição por outros que melhormente satis-
façam e, attimdam á tão magno assumpto,
Ei,s o que suggiremos:
1,° Pedir ás egl'ejas uma colle~tamensal durante um anno e
estipular uma mensalidade soffrivel, aos propriosobreiros. E dt~­
pois do primeiro anno pedir, não mais uma collecta mensal ma:::
annual, A,ssim formar um fundo para começar e com a contri-
buição dos obreiros mensalmente poderá assim num futuro muito
breve haver uma organização que tome a si a re,sponsabilidade de
dirigir o movimento com estatutos sabiamente feitos, cogitando
de todos os casos possiveis de modalidades differentes.
2.° Fazer, se fô!' possivel com que nos. attingisse uma insti,.
tuição congellel'e do que ha entre of3 Baptistas do Sul dos Estados
Unidos, visto como o Brasil é um campo de trabalhodaquelles
irmãos. Para estudar taes possibilidades podia-se nomear uma
commissão de irmã.os cOlllpetentes e' de responsabilidade e então
apresentar no praso que a Convenção estipula,s,se ,o relatorio:
sendo esse talvez o plane. menos pratico e menos vhivel; mas é
um plano na altura de pensar-se_
3.° Tornar todos os obreiros socios das series A e B, das
no,s~as caixas de soccorros mutuos do Campo B, Fluminense toro
nando-a uma instituição nacional e não Estadual, com pagamento
muito limita.do ou mesmo isento de qualquer pagamento, com o
direito no peculio int~gral em caso de morte. Plano esse muitu
pratico não ha duvida, lllas que só serve para morte. Não pem,a
na decrepitude, na doença, no cansaço, etc.
Eis ahi expostas e perante os irmãos o que podemos pensar
para attender o 'futuro dos homens que, de,scuidando de tudo, en-
tregam-se corpo e alma ao trabalho do Mestre e das· egrejas,
com ordenado que .g'eralrnellte não cobre as despezas.
Podemos tomar qualquer resolução, Está com os irmãos. Es-
tamos d~sobrigando-llos da incumbencia que nos deu a Convenção
de 192(} em Recife.
26_ _ __ ACTAS DA.CONVENÇ~O

Queremos tambem dizer que não só no;:; desobrigamos, mas


temos todo interesse no assumpto. E mais,. n&.o quere~os dizer
que o nos.soplano aqui apresentado seja o melhor, mais pratico
e mais viavel, bem póde ser que no fogo da discussão sugges·
tões melhores sejam feitas e maisdig-nas de acceitação.
A Commissão:
Manoel Avelino
Joaquim Coelho.

Foi proposta a approvação do relatOl'io, sendo acceito .por voto una-


nime. Foi feita proposta para a nomeação de uma Commissão de 3
membros para tr,atar. do assumpto de Protec"ção aos Pastores, sendo
approvado por voto unanime. Ficou acommi~são composta dos irmãos
Dr. José Nigro, Ricardo Pitrowsky e Americo Senna. Foi lido o pa-
recer sobre a Grande Campanha, sendo adoptado por proposta e voto
unanime.
PARECER DA COM MISSÃO SOBRE A GRANDE
CAMPANHA BAPTISTA

Considerando os bons resultados da Grande Campanha Ba-


ptista, tanto materiaes .como espirituaes, os quaes' indicãm que
devemos continuar animadamente com a mesma.
Considerando tambem que nenhum emprehendimento vae
avan~e sem alguem que o promova; recommendamos:
1: ~ Que continue a existir uma commlssao geral' da
G. C. B. B., a ser eleita por esta Convenção, com a responsabi-
lidade de especialmente uma pessoa no seu meio, para promover
e e~timular a mesma pelo "Jornal Baptista" e outros meios pro-
prios;
a) Cultivando o espirito evangBlistico e missionaria, por to ..
dos os meios possiveis, pondo e;:;pecial emphase sobre o trabalho
individual na conquistadO almas para Christo; .
b) Despertando cada vez mais o espirita de educação que se
manifeste no estabelecimento de escolas annexas, na descoberta
e sustento de jovens de ambos os sexos para o ministerio e o
magi.sterio, como tambem no auxilio ãs instituiçõe~ onde estudam.
2." Recommendamos que seja feito uniforme, para a facil
comprehensão das egrejas, o plano da contribuição para os fins
geraes em que estã empenhada directamente a Convenção Ba-
ptisÚI. Brasileira, isto é, para as missões estrangeirãs, nacionaes e
educação ministerial. .
Suggerimoso ;:;eguinte plano, que appellamos' ãs egrejas de
contribuírem para os fins referidos a seguinte porcentagem sobre
a sua contribuição tofal.Para missões estrangeiras 3 °1°, para
missões nacionaes 3 °1°, e para educação ministerial 3 0jO; ficando
a destribuição do resto a juizo das egrejas e com af3 convenções
estadoaes.
3.° Recommendamos ·que a commissão geral se empenhe de
obter os dados estatisticos de todos os resultados -da G. C. B ..
desde o seu inicio, de todo.,s os campos do Brasil.; e que sejam
publicados de vez em quando no "Jornal Baptista" esses dados,
e' finalmente ser apresentf~.do ã proxima Convenção um relatorio
completo para vermos se attingimos o ~ivo. não, não.
SAPT'STA BRASILEIRA

4. a Recommentlamos qUe as despezas def?~a commlssao sejam


tiradas das' partes benificiadas ou de outras fontes de onde as
possa obter; para que não fique de mãos amarradas, para agir.
A Commissão:
R. Pitrowsky, Relator.
Alfredo Reis
C'. C. Duclerc.

F.Oi proposto n levantamento dos trabalhos até ás' 19 horas.


H. E. Cockell, Sec.

DECIMA ACTA
Acta da J o.a sessão da J3. n reunião da Convenção Baptista Brasi-
leira, realizada ás 19 horas do dia :24 de Junho de J922. O culto de-
vocionalfoi dirigdio por H. E. Cockell. O irmão presidente declarou
aberta a sessão e deu a palavra ao secretarió para proceder á leitura
lÍa acta anterior. Foi apPl'ovada sem emenda por proposta apoiada e
voto unanimc. Foram lidos á Assembléa telegrammas de saudações
da 1.- Egreja em Manáos, da Egreja em Jeromenha, Egreja em José
Pedro, Veados da Amargosa, e uma earta da 2. a Egreja da Capital da
Bahia. O irmão W C.. Taylor apresentou o parecer da Commissão so-
bre a União, das Juntas de Publicações, Escolas Dominieaes e Mocidade
Baptista.
PARECER
A c0l11111is,são noméada por esta Convenção para estudar a
união do trabalho de publicações, Escolas Domillicaes e Mocidade
Baptista apresenta o seguinte parecer:
Recommendamos:
(1) Que para estas tres phases da actividade da denominação
haja uma só junta, composta de 15 membros, cuja séde será na
cidade do Rio de Janeiro;
(2) Que o nome desta junta seja Junta das Escolas Domini-
caes e da Mocidade Baptista
(3) Que a c0mmissão para renovar os terços das Juntas exer·
ça especial cuidado na escolha dos membros da nova Junta, com
o intuito de aproveitar os obreiros mais experimentados nestes
I--..úrw,s do trabalho denominacional.
(4)' Que esta Junta eleja um secretario correspondente, a
ql,lem a Convenção responsabilize pela unificação harmonia e effi-
ciencia dos diversos departamentos do trabalho.
(5) Que esta Junta, seu Secretario Correspondente e Os diri-
g'entes dos diversos departamentos do trabalho procurem estimular
t'll'ganizações e,stadoaes ou regionaes das Escolas Dominicaes e da
Mocidade Baptista.
A Commissão.
Ü parecer E.obre a renovação dos terços das diversas Juntas foi
apresentado.
PARECER SOBRE A RENOVAÇÃO DOS TERÇOS DAS
DIVERSAS JUNTAS
Collegio e Seminario ~o Rio: 1928 - W. E. Entzminger, L.
M. Reno, D. F Crosland, S. L, Ginsburg e O. P - Maddox e.
ACTAS· DA CONVENÇÃO c,
28
para. sUbstitJ1ir o irmão Irvine que resignou o 'seu mandato, L.
M. Bra:tcher.
Escolas Dominicaes e ·Mocidade: 1924 - O. P Maddox, J.
W Shepard, F F Soren, F. M. E~wardls, J. F Lessa; 1926 -
L. M. Reno, Adrião O. Bernardo, H. H. Muirhead. Ricardo
Pitrowsky, L. M. Bratcher; 1928 - A. B. Deter, A. B. Langston,
A. B. Christie, W C. Taylor e 1\'1. G. White.
Missões Extrangeiras:1928 - A. O. Bernardo, E ..G. Wilcox,
M. G. White e T C.Bagby.
Missões Nacionaes: 1928 - S. L. Ginsburg. A. B. Deter, F
F Soren, ManoeI Avelino de Souza e Ismail Gonçalves. '
Junta de Educação: 1928 - J. W Shepard, F F Soren, L.
M. Bratcher e L. M. Reno.
Estatistica: 1928 - S. L. Ginsburg, F M. Edwards, J. F
Lessa, C. C. Duclerc e \\7 C. Taylor.
Collegio Recife: 1928 - E. G. Wilcox, John Mein, F. l'4.
Taylor, Dr. Julio L. de Andrade Nogueira, A. J. Terry.
Semihario no Recife: 1928 - Menandro Martins, L. L. John·
son, Leonel Trigueira, Oséas E. dos Santos e John Mein.

Foi proposta a sua adopção, sendo approvado por unanimidade cIp


,"otos. Foi offerecida a seguinte emenda para o 1.0 paragrapho do"pa-
recer sobI;e Educação, pela pl'opria Commissão: "Que a Convenção
Rdopte 0- systema de educação apresentado no relatorio· da Junta de
Educação e que o .seu prograrnma: de ensino .seJa adoptado provisoria-
mente para as di V(ll'sas escolas." Foi proposta a approyação do pa-
J'eeer com essa emenda, sendo acceito por voto unanime. Y rja-sc a
acta da 4." sessão. O irmão presidente nomeou a Commissão reque-
rida pelo parecer :;;obre a Grande Campanha, composta dos irmãos:
Ricardo Pitro\,'~ky. Alfredo Reis, Thomaz L. Costa, John Mein e L. L:
Jolmson. Foi apresentado pelo irmão Almir Gonçalves (I parecer da
CommiR~ão sobre Missões Nacionaes.

PARECER DA COM MISSÃO DE MISSõES NACIONAES

Depoi,s de um estudo cuidadoso e attento dos difficeis pro-


blemas desta. Junta, pareceu-nos que a maneira mais viavel de
solvel-os, reconciliando ao ·mesmo tempo todos os interesses e
consultando egualmente as exigencias do reino de Deus, seria
apresentar as seg'uinte,s recommendações:
Primeiro, que a Junta de Missões Nacionaes continue a fazer
o trabalho que já i lliciou no campo goyano;
Segund(),que ee.JR considerada opportuna· e acertada a re-
solução do irmão Salomão L. Ginsburg, de mudar-se para Goyaz
afim -de desenvolver o trabalho conforme elle achar conveniente
auxiliando tamf,em a Junta de Missões N~cionaes; .
Terceiro, quanto ao trabalho entre os "Índias- que mereça toda
sympathia tão util iniciativa e, quando fôr propicio, ,se intensifique
esta nobre tarefa;
Quarto, que egualmente quando for julgado propicio, se em·
preguem homens com ,os predicados necessarios no· trabalho dH
evangelista no Brasil.
A· Commissão:
Almir S. Gonçalves, Relator
D. F. Crosland
Benedicto O. Propheta,
'BAPT/STABRAS/ LEJ RA 29

Foi proposta e apoiada a approvação do parecer para discussão. O


voto foi, unanime. O irmão li'. M. Ed",-ards convidado a fallar sobre o
assumpto "O que t(~Il10S feito" limitou-5e a offerecer o seu pamp'hleto
"Junta de Missões ::\'al'ionaes" Foi dada a palavra ao nosso irmão
lJaschoal de Muzio' para fallar sobre ;'0 que ('stamos fazendo", que ex-
põz claramente o nosso trabalho no Estado de Goyaz. A sua esposa,
D. Conceição de .\fuiio, fallou algumas palavras 50bre as suas expc-
!'iencias em Goyaz. Dada a palavra ao irmão .\.. J Tel'ry, para fallar
sobre "O que temos ainda a fazer", este irmão fallou sobre as grandes
opportullidades dos nos:'iOS sertões e das ]Jeripecias que os trabalhadores
f eem que enfrentar Foi apresentado á Convenção o Rey Salomão
Ferraz, mini&tro rpiscopal, que·, usando da palavra, saudou a Con-
yenção em seu proprio nome c em nome da Egreja Episcopal Brasileira.
O irmão F F. ·Soren partlcipoll ti Assembléa da visita do Dr Volme]'.
cld. dil'ectur do Hospital Evangelico, que não podendo demorar-se, pe-
diu a pIle para, como presidente quP (> da Associação do Hmipital, sau-
dar a assembléa em nome do mesmo. Foi discutido o parecer sobre
:\fissões ~acionae~; foi adapt.ado por unanimidade dI\' yotos. Foi apre-
sentado o parecer da Commissão ele Lngar (\ Pl'égador da pl'oxima 1'1\-
união da Convenção.
PARECER SOBRE LaGAR E PRÉGADOR
A Commissão suggere á Convenção:
1. - Que a proxima reunião seja com a Egreja Baptista do,s Ma-
res. Bahia, e no tempo votado pela Convenção, isto é. em Janeiro
de 1924.
2.' Que seja o prégador da occasião o pastor Leobino Guima·
rães . e na sua falta o pastor Achilles Barbosa.
A Commissão:
Zeferino Neto,
Ferna,ndo Drummond,
E/oy Corrêa.

Foi apPI'ovado por voto unanimr. O irmão Munguba Sohrinho


propoz, com relaç.ãil á nossa commemoracão da Independene.ia Brasi-
leira, n spguinte: "J. Que se pUhlique nn; numero esppcial do ".I. B."
})ara C'ommemOl'al' o CÜlítrnario da' nossa Independencia. 2.- QUf' esse
numpro 'inclua: 1) Resumo Historico e Estatístico do trabalho baptista
no Brasil: 2) Hesnmo Historico '(I Estatistico do trahalhà evangelico
em gel'aI. prineipalnwnte. desdr a Independencia ah'. o presente; 3) tra-
ha.lhos littcrarios f' l'pligiusos ~obrp o ccntcnario" Foi acceitn por
voto unanime. Foi proposto a transfereneia da Junt.a de Missões Xa-
eionat's de, São Paulo para a Capital Federal, apoiado f'. Po,sto a voto~
foi rejeitado pUl' maioria de votos. Foi proposta a nomeação de uma
r.ommissão para tratar dos in,teresses dos Orphãos Baptistas do Bra-
sil, adoptado por unanimidade de ,·otos. Foi proposto que os docu-
mentos da 2.' Egrpja rif' São Llliz. Maranhão, que foram rernettidos a
e~ta Convenção Sf' j~m Plltreg-ue:, a Commissão que está encarregada dr
f'xaminal' P-SSf' a'ssnmpt,o. Foi apresentado o parecer da Commissão
para dpfinir a posit.:.ão dos missionados desta COllVE'l1Cão e a respecti-
va Junta. Foi proposto [J11f' a C01l\'(,Il~'ão ·adoptassc a proposta no Sf'll
todo. tp"p voto unanime.
A CÔl11mi~são nomeada por esta Convenção para definir a po-
sição dos missionarias de,sta Convenção que trabalham em Por-
tugal e sua ~espectiva Junta, vêm, depois de entender-se com o
30 ACTA& DA CO~VENÇÂO

irmão João Jorge, re~ommendar que a Convenção delegue poderes


á sua J. M. E. para resolver o que fôr mais conveniente; envio
ando a Portugal um missionario, para juntamente com o irmão
Ant.. Mauricio, 'tomar a direcção e conta do trabalho ali realizado
por instrumentalidade da nossa Convenção, do qual acaba de
exonerar-se o mesmo irmão João Jorge de Oliveira.
Sala da,s sessões, Rio, 24 de JUnho de 1922.

'W. C. Taylor
T. L. Costa
Manoel Avelino..ele Souza
W. B. Bagby.

~';oi adoptado o pl'ogramma para 05 trabalhos do dia sr:guintr. Foi


proposto o encerramento da sessão até ás dezenovc horas do dia 25.

H. E. Cockell, Sec.

DECIMA PRIMEIRA ACTA


Acta da 11.- spssão da J3." ·reunião da Convenção Baptista Brasi-
leira, realizada ás dezenove horas do dia 25 de Junho de 1922. O h'-
mão A. B. Deter foi convidado a diri,rrir o culto dpvocionaI. O irmão
presidente declarou aberta a sessão. Foi proposto que a casa dispen-
sasse a leitura das actas da ultima sessão e da presf'nte. Aceeito por
voto uIlHllime. Foi proposto que a Convencão arreite o pedido da
Missão Sul-Brasileira 'para que o Colleg-io Brasileiro em São Paulo
fiaue sob os auspicios da Cnvenção Baptista Brasileira. Posto a votos
foi accpito por unanimidade. Foi proposta. a serruinLe Junta para di-
l'ÍJlir o citado Col1egio: W. B. Baghy. F M. Edwards, Henrique Ro-
rlt'i~ues. Antonio EI~nesto da Silva. R. B. Stanton. T. C.' Bag-by. A.
B. Deter, O. P. Maddox e F-urquim Pereira. O irmão Orlando FaI-
('ao f.ez o sermão evanQ'~listico cOFl!stantedoprogramma, t,omando por
fissnmpto "A Redempcão" Posto a votos a Junta indicada para o
ColIegio em S. Paulo ficou nomeada TlOl' voto unanime. Foi apresen-
ta~o o parecer da C0!llmissão sobre Estatutos.

A COIJlmissão de reforma do,s estatutos recommenda respei-


tosamente as seguintes emendas e inserções:
1. Que o artigo quinze, na parte em· que se lê .. Dorém deve
ser proposta em uma Convenção e votada noutra seguinfe l ', pa!'=,!'\8
a ser "com a approyação de 213 dos mensageiros presenteR na oc-
ocasião da votação. salvo depOis do segundo dia da Convenção qua n-
do nenhuma emenda Dooe ser feita",
2. Que o art. 6°, ~ ·3°. seja alterado no seguinte:
(1) A insersão do,s dizeres "a excepcão do Sec. Geral. de
cada junta; que será eleito pela Convenção ",\ depois da palavra
"reunião"
(2) A substituiçrLO da phrase "e constará" pela phrase "a qual
constará"
(3) A addição da sentença. "podendo a, junta eleger thesou·
feiro ao secretario geral" depois da palavra "membros"
3. Que o art. 7°, passe a ser numerado go,. o go pas,se a ser
o 9° e' a.Bsim successivamente, ficando' o seguinte .chamado o 7".
Art. 7.° - Em cada reunião anllual a Convenção elegerá para
BAPTISTA BRASILEIRA 31
cada j~.lllta um Sec. Geral como official executivo que será res-
ponsavel á Junta durante o interregno da Convenção, e que poderá
ser dispensado. pela Junta se fôr necessario, pelo,s votos de 213
dos seus membros. Em caso de exoneração ou de morte, a Junta
fica autorizada a oleger um Sec. a.d.-hoc, que ficará no trabalho da
Junta até a primeira reunião de Convenção. Os deveres do Se-
cretario Geral são os inherentes ao cargo e outros que a Junta
prescreva. Elle deve consultar a autoridade e pedir a approvação
da Junta para todos os negocios, que quizer fazer em nome da
mesma.
4. Que o seguinte seja o numerado § 11°:
Cada Junta fixará o salario dos seus empregados não poden-
do nenhum de seus membros occupar cargo de remuneração na
directoria ou no trabalho da Junta.
5. -Que sejam in,sertas. nos estatutos as seguintes emendas já
approvadas: .
(1) A substituição do § 2° do art. 5° pelo seguinte: "O pre-
sidente da Convenção é membro ex-officio de cada Junta sob a
direcção de Convenção."
(2) Que o ~ 2° do art. 6° fique como segue: "Cada Junta
eleita pela Conv'énção constará de 9 membros no minimo, poden-
do esse numero ser augmentado pela Convenção segundo a,s ne-
cessidades do trabalho aos cuidados das mesmas Juntas, sendo
renovadas pelo terço pela Convenção em suas assembléa,s regu-
lares. Tambem cada Convenção ou Associação dos diverso:3 cam-
pos tem o direito de eleger um membro pa.ra cada Junta da Con·
venção, além dos mencionados acima.
(3) Que o § ~" do art. 6°, seja alterado para dizer "o,s outros
membros ", em vez de "os quatro restantes".
6. Que esta Commissão seja autorizada a continuar os seus
trabalhos até a proxima Convenção, podendo receber durante este
intervaHo quaesquer suggestões com relação 'a emendas aos E,s-
tatuto,s, as quaes serão publicadas no "Jornal Baptista ,. pelo me-
nos tres mezes antes da Convençã9 se reunir na Bahia. Tambem
recommenda que a Constituição seja sempre publicada com a,s
Actas de cada Convenção.
Submettido mui respeitosamente pela Commissão:
Orlando Falcão,
Salomão Ginsburg.

Foi Pl'Oposto CI1W fosse aeeeito pura discUS5ão, teve voto ullanime.
Foi proposta a acceitação da parte do parecer, já apresentado na 1'0-
união da Convenção no Recife e quo diz respeito "2 terços da Conven-
('ão poder votar qualqu('r enH'llda aos Estatutos", foi a.cceito por voto
unanime. Proposto e apoiado que o numero para "quorum" das Jun-
t.as seja um terço dos membros, foi adoptado por unanimidade de votos.
Houve proposta que sejam adoptados os demais pontos do parecer, por
pslarem presentes quasi todos convencionaes; foi .acceito e adoptado
por voto unanime. Foi apresentado o parecer da Commissão Regula-
mpllto Interno para a Convenção.
REGULAMENTO INTERNO DA CONVENÇÃO BAPTISTA
BRASILEIRA

Artigo I. As sessões da Convenção, serão abertas com cu).to


devocional.
32 ACTAS DA CONVENÇÃ~
----_.~~----------------------------

II. O secretario da Convenção, deve formar o rol dos mensa-


geiros devidamente acredita.d-os antes do inicio dos trabalhos.
~ 1. E.ste rol constituirá a Convenção.
§ 2. b secretario ficará auctorizado 'a inqluir os nomes dos
mensageiros que chegarem depois da abertura dos trabalho,s, apre·
sentand'O as cl'edenciaes.
§ 3. Havendo duvida sobre direitos dos mensageiros acceitos
na Convençã-o, será o caso entregue para a solução á commissão
de assumptos especiaes.
III. Em casos não previsto,s pelo regulamento particular, o
presidente decidirá ficando G. sua decisão, sug'eita a appe]]o para
a assembléa. I

IV A eleição do presidente e vice-presidentes e mais 'membro.,;


da directoria, será por escrutinio secreto, a não ser que a assem-
bléa vote ao contrario.
~ 1. No caso da assembléa suspender o escrutinio secreto, a
votação ,será feita na ordem da indicação.
§ 2. O preFlidente nomeará uma commissão para destribuir
as cedulas e apurar os votos.
§ 3. Não poderá haver mais de dois discursos de nomeação,
um do proponente e outro do que. apoia.
V O presidente, nomeará quanto antes, depois da orga,niza-
ção da meza, uma conunissão, composta de cinco (5) membros,
cujos devere,s serão nomear as seguintes commissões par,a apre-
sentar os respectivos pareceres:
1. De Programma; 2. De Reuniões Devocionaes; 3. De no-
meações das Juntas; 4. De Missões Nacionaes; 5. De Mi,ssões, Es-
trangeiras, 6. De Escolas Dominicaes e Mocidade Baptista, 7 De
Educação, 8. De lugar e prégador, 9. Da Grande ,Campanha, 10.
De Necrologia, 11. De Assumptos Especiaes, 12. De Sociedade de
Senhoras, 13. De exame de contas, e tantas mais quantas sejam
necessarias.
VI. 8ão as seguintes, as Juntas da convenção, eleitas de ae-
côrdo com os estatutos da constituição.
1. Missões Estrangeiras, 2. Mi,ssões Nacionaes, 3. Escolas Do-
minicaes e Mocidade Baptista, 4. Educação, 5. Collegio e 8emina-
rio no Rio, 6. CoIlegio de Pernambuco, 7. 8eminario do N. do
Brasil, 8. Collegio Ba.ptista Brasileiro em 8. Paulo.
VII _ A commissão de programma, agirá como commissão per-
manente, durante a convenção.
VIII. Tanto os applau,sos como as patiada.8, são fóra de or-
dem e o presidente os fará cessar immediatamente.
IX. A Convençã.o adopta para as suas regras, o "livro de Leis
parlamentares de Kerfoot.
X. Este regu]am.ento pode ser emendado na Convenção, por
maioria de votos.
Orlando R, Falcão.
Salomão L. Ginsburg. Relator.
(
Foi propo:,Lo que o pal'eeer fiqw' sob!'/' a mesa para discussão na
pl'oxima reunião da JI088a Convenção na Bahia. Acceito por voto
lmanim('. Houve propost:l que a Conw'nção autorize 'o irmão secretario
da mesma a f'serevpr uma' carta de gratidão e reconhecimento á Estra-
da de F('l'ro Leopoldina pelo abatimento quP concedeu aos mensagei-
T'OS á Convenção, fl out.ra endpl'(1(mda ao Dr Miranda Pinto, foi aeceito
por voto nnanime. Foi proposta a Sf'gu inf(' Commissã"o de PI'ogramma
BApTl.STA, BRASIL.EIRA ~J3

vara a 'JJl'oxima reulIiãu: S. L. 'Vat~oIl, J1. c:. \Yhite, \V C. Taylor,


C."G'.Duclerc p Thomar, L. Costa. Acceitu por unanimidade •. Foi
proposto e apoiado a aeceitaç.ão do 2.' ponto da rocommendação de ~\:-i­
sumptos Especiups. riscando-se 'H ultima, parte deRse ponto. ,,Foi ,ae-
ceito por voto unanÍme. Foi apJ'psentado o relatorio da Commissão
~obre aConvenr'ão Pau-Americana. êlC'('pito conforme está pm' voto
l1nanilll!~ .
i
RELATORIO DA COM MISSÃO SOBRE A CONVENÇÃO
BAPTISTA PAN-AMERICANA

Recommendamos:
1. Que seja -realizada a Convenção Baptista Pan-Americana.
em Janeiro de 1925, no Rio de Janeiro.
2. Que os segUintes irmãos constitua nossa commis,são de
Programma: S. L. 'Watson, F. F. Soren, L. T Rites, Joaquim
Lessa, Adrião Bernardo, WC. Taylor, Orlando Falcão.
3. Que estes irmãos sejam autorizados pela Convenção Ba-
ptista Brasileira a ~e corre,sponder com outras convenções Ame-
ricanas Baptistas, pedindo-lhes nomear suas conllnissões para tra-
balhar com a. nossa commissão de programma.
A Commissão:
A. B. Deter,
S. L.. Ginsburg,
Adrião Bernardo.
L. T. Hites.

Foi aprf'Sf'ntac]o ;í Convenção o Rev Galdin\ll Moreira. ministrn


pJ~osbyV'rjano r l'rdaetor do "PuriLano"; usou ela palavra para saudar
n COIlYcncão. Pár ~IH'llposLa apoiada foi resolvido empregar o dinhei-
ro ({lln f'obrar da impol'tancia remettida para as despezas da Commissão
dí' Pl'og'l'amma. para O~ memoriae:-: a serem leyanfarlos Cm memoria do
:-;audoso irmão Z. C. Taylor, aecpit.o 1)01' vot.o unanim('. Foi proposto
um voto de agraclc('imrnto iÍ 1.' Egreja, ús Egrejas elo Districto Federal
e á do XktheI'oy Foi aJll'P~Plüac1o n parecer sobre ~ecrologia.
RELATORIO DA COMMISSÃO DE NECROL.OGIA

E.sta commissão desobrigando-se da penosa incumbencia qu~


lhe foi dada. tem a dizer a esta assembléa. que durante o interregno
convencional. foi nosso Senhor servido levar' entre muitos outro!':
servos ,seus, os seguintes irmãos que tinham lugar de grande des-
taque no trabalho do Senhor. e que por isso. nos legaram, além
de um}}, grande saudade, Vacuos difficeis de preencher:
Pastor João Borge,s da Rocha. de Recife, Pernambuco; Pas·
tor Gasparino Soares, do Campo Mineiro; Pastor Sebastião Bar-
bosa, de Campo Grande, :\<Tattn Grosso; Leonel Eyer, do Estado
do Rio; Frederico Freimann, (lo Ri0 G. do Sul; D. Graça
Entzminger, do Campo Federal, mas fallecida nos Estados Unidos.
Que os nomes desses irmãos fiquem registrados em nossas
actas com o preito de saudade e respeito.
A Commi,ssão:
A. B: Deter.
Theodoro R. Teixeira.
Thomaz L.. da Costa.
ACTAS DA CONVENÇÃO

:Foi aceeit.o por voto unaninw. Fo:li propostú que fosse registrado
I.'m acta um voto de l'ecollhecimentu ]wlos trabalhos prestados a esta
Convenç.ão' pelo~ irmãos presidente " ::;(~cl'dario. Acceito. por unani-
midade dr. votos. Proposto que SI' pSCl'ova cartas de agradecimento: á
.Tunta de Richmond por ter onviado I) DI' J. F. Love afim de assis-
tir aos trabalhos da COllvenção: ao ~I'lllinario dfl Louisville, Ky., por
ff'1' feito possivel a vinda do ~eu lente DI'.. \Y O. Carver, cuja presfm-
ta tanto contribuiu para animação dos trabalhos e á Egreja B~ptista de
'Jm>ray Ky .. por ter' enviado o ,seu pastor Dr, H, B. Taylor, que tanto
auxilio vem prestando em toda a COllvenção; 1.('v(' voto unanime. Foi
).:1'Op08to que se di~igiss(' cartas de ag'radecimenf.o ás redacções dos
.lornaes por ter publicado noticias da Convenção. Acceito por voto
unanime. Foi convidado o irmão E. A . Nelson do Amazonas, para
falIar sobre () trabalbo no extremo norte, pte Foi nomeada, pelo ir-
mão presidente. a Commissão pel'manentl para dar notieias, etc., aos
l

jornaes seculares e l'uídar da publicação d(' um boletim durante as re-


llniõe~ da Convenção, fictmdo COIl1})osta elos irmãos: A. O, Bernardo,
L C. Duclerr, Ricardo Pitrowsk~T, Theo(]oI'o R. Teixeira, Salomão L.
(Hnsburg, Henedirio Propheta e Antonio CordpÍl'o. Foi proposto quI' fi
Orphanatn Baptista seja localizado na cidad(' da Balda; acceita a pro-
posta por voto unaniuw. () ii'mão pre~j(]f'Iltp nOIYleiou a seguinte eOIl)·
missão. para ~prescntar parecCrSOhl'í' II "OrplIanato" na proxima 1'('-
nnião. l\Ianopl da Paz, 'rhomaz L. Co:;ta. Ricardo Pitl'owskv, M. n
\Vllite, Augusto Santiago. Antonio Eruedll da ~il\'a, Fel'nan<lo Drul11-
mond, A. L. Dunstan p Tertuliano CI'J'qlH'il'a. Foi j)l'OPOHto I) nIIl'PlTU-
monto dos trahalho~ da Convenção aV· ·á pl'oxima rmlIlião a I'palizar-
~I' ('ln ,Janeiro dI' 'J924 ('om a EgTí'ja d()~ :Vlal'ps na Balda.

II. E. Cocltell, 8í~C,


RELATORIO
DA

THESOURA~IA DA CONVENÇÃO BAPTISTA BRASilEIRA, DE JUNHO DE 1922


Contribuições das egrejas: São "Vicente de Paula 5$. Padua 20$, Cam-
pinas 23$700, Carrego de Ouro 5$, Oleo 5$, L' da Bahia 50$, L' de Ma-
náos 50$, 2.0 de São Luiz 20$, Santaréni 5$. Tócos 10$, Bom Jesus 5$.
l\lurunclú, 3$, Bôa Vista da Liberdade 5$. 1. 3 de São Paulo 10$. Cachoeiro
Itapemirim 50$, Mares 50$, Portella 5$. 1mburo 5$, São Luiz, E. do Rio 6$,
Sanna 5$, Cachoeiros 10$, Rib'eirão Preto 12$1<W, Santos 20, Portella 5$.
Palmital 10$. Maricá 10$, Appareceida 5$. Imperial 6$, Mimoso 10$. Areia
10$, Valença 10$, Monção 10$. Barão de Aquino 10$. Laranjeiras, E. do
Rio 7$500, São Gonçalo 17$200. Porto Lucena 2$. Barra Itabopoalla 20$.
Salem. ljuhy 50$. Corumbá 86$, Jacarépaguá 50$, Sabino Pessoa ]5$, Ver·
ruga da Conquista 84$. Natividade de Carang. 10$, Figueira do Rio Doce
11$, Santa Luzia de Carang. 4$, Realengo 50$. Nictheroy 25$. Ric. de
Albuquerque 50$, Catumby 20$, São Luiz do Maranhão 20$, São Christo-
vam 100$. Ca.sca 50$, L' do Rio 200$. Tijuca 50$, Campos 25$, Divinopo-
lis 55$. BeBo Horizonte 50$. Caparaó 50$ São Domingos 10$, Alto Macabú
10$, Monte Alegre 1.0$. Ubá 10$. Rio Novo 20$, Campo Novo 8$, Linha Urna
ljuhy 20$. São Francisco 20$. Sarandy 5$, 1.' do Recife 50$, CalltagalIo 6$.
Duas Barra,s 10$. Pilares 20$, Castello 50$, Ilha do Governador 50$, Mirahy
20$. ImballlÍ 10$. R, Imperial 20$. Ernesto Machado 10$. Tabúa 10$. Ma-
dureira 100$. 1.' São Paulo 25$, JUl1diahy 10$. Olinda 25$, Correntezas 5$,
Taqual'assú 10$, Conc. ele Macabú 10$, duas egrejas cujos nomes esca-
param. uma deu 10$. e a outra 5$. Engenho de Dentro 150$; Maceió. 50.
Total recebido Rs. 2: 336$500.

Despezas da Convenção até agora ____ 561:300


Saldo em caixa ______________________ 1: 775$200

Rs. 2: 336$500

Rio de Janeiro, 26 ele Junho de 1922.

R. Pitrowsky, thesoureiro.
Rua Venancio Ribeiro. 10.
Engenho de Dentro. Rio.
ANNEXO N. 1

CRRTR5 E 5A~DACÕE5 ,

Além dos telegrammas lidos na Convenção, foram recebidas as seguintes


cartas:

Natal, 10 de Junho de 1922.


Saude e paz da parte de Deus nosso Pae. vos desejo e a toda familia
como ao povo de Deus em todo orbe terrestre (II Cor. 13: 15) .
Caro irmão. em primeiro lugar de,sejo que a .• Convenção Brasileira"
seja uma benção para o trabalho ue Deus em toda nossa querida Pa,tria.
afim de que' possamos levantal-a do marasmo espiritual em que vive, e
possamos levar-lhe sempre a luz da mensagem divina e santa do glorioso
EyangeIho de Christo Jesmi Desé!java muito ir ass~stír de perto toão o
santo trabalho do nosso Mestre, ahi em o Rio. infelizmente difficuIdades
financeiras da nossa Egreja. aqui. cortam-me as esperança,s de ver de perto
e melhor ouvir e aprender algo da .. Convenção" Perdi, portanto uma das
melhores opportunidades de apreciar tambem o movimento e o programma
da tão desejada .. Chautauqua"
. Parece que sinto meu coração chorar de tristeza por não, ter pOdido
gozar e,sse previlegio. comtudo Deus sabe que estou (embora de longe)
cooperando com vasco e orando para que a nossa "Convenção" este anno
seja a melhor e a mais abençoada passiveI.
A Egreja ha dias en viou a estatística e tambem apresentando-me
como o seu representante, mas tudo foi muito pouco pensado a respeito,
tanto que deixo emfim de ir como esperava.
Desejando ao,s mensageiros da .• Convenção Nacional" uma copiosa e
rica chuva de bençãos celestiaes, e tambem as Egrejas representada,s, como
mui particular e affectuosamente saudo os CampeãoH da fé Drs. Love e
Carver com as respectivas familias. Dando o meu amplexo fraternalmente
christão.
Sou irmão amigo sincero e cooperador pela fé de Chri,sto Jesus.
Severino Baptista

Recife, 9 de Junho de 1922.


Caros Irmãos da "Convenção Bapti,stal Brasileira":
O Pae, o Fil11{) e o Espirito Santo estejam cooperando em cada um
dos vosso,s corações. nestes maravilhosos dias em que estaes preoccu-
pados no grandioso e enthl1siasmado programma que no's trouxe o talen-
toso missionaria .. J ornaI Baptista". Dou-lhe este nome porque assim
merece.
Bons Irmãos, desde a convenção realizada na primeira Egreja Ba-
pti,sta do Recife que pedia sempre e sempre continuada mente a Jesus
38 CARTAS E SAUDAÇÕES

que me concedesse ir assistir a convenção ahi; já estava bem an'imada,


já tinha avisado algumas pessõas ahi conhecidas que ia, ma,s os dias se
aproximando acho-me com algumas difficuldades, como bem seja minha
cunhada e nossa irmã da mesma fé e ordem que se acha bastante doente,
por elIa peço as vos~as orações estou certa que Jesus respondeu o meu
pedido desta forma. '
Estou bastante alegre e satisfeita com a vontade de meu Salvador
e Senhor, que elle .disse: em tudo dae graças; fico acompanhando-vos
em minhas orações em cada reunião do programma acima mencionado.
especialmente na reunião de sexta-feira ás quatro horas da tare quando
af'l' Irmãs da Sociedade de Senhoras estão reunidas; ahi estou em espi-
rito ajudando-as em minhas orações nesta tarefa tão gloriosa.
Caros Irmãos, acceitae esta humilde offerta que é de uma alma. e
um coração voluntario. Esta pequena quantia é para ajudar nas despe·
za,s dos mensageiros, queiram desculpar. Os meus votos a Deus que re-
cebam bençãos espirituaes durante estes dias.
Da irmã em Christo
Francisca Pontes.
Membro da Egreja Baptista da Avenida Lima Castro, Recife, Per-
nambuco.

Porto Lucena, 17 de Maio de 1922,


Honrado Senhor e irmão por meio do ~angue de Christo.
Fraternaes Saudações no Senhor:
Com muita satisfação eu mando 2$000 para a Convenção, o meu de-
sejo era. mandar muito mais, porque isto não dá para uma pessêa comer
uma vez, mas ajuda maip .
O irmão queira desculpar-me ser pouco, ma.s eu agora estou varrida
e o mais que posso fazer é oração pelo -trabalho no Rio.
Especial saudação da jovem na fé
Cashilda E. Shyttberg.

Verruga. 3 de Maio de 1922.


Caro irmão Salomão Ginsburg.
Fraternaes Saudações.
Remetto-vos dentro desta a importancia de oitenta e quatro mil réis
(84$000) para serem applicados como auxilio á Copvenção, mandados
pela pequena Egreja Bapti,sta de Nova Ipuera, Estado da Bahia.
Tambem acompanha um relatorio da dita Egreja para ser .entregue
á commissão de estatistica ou mesmo a vós. .
Accuse-me o recebimento do dinheiro.
Vos~o menor em Christo,

José Jacintho da Silva.

A Egr~ja Baptista de Taquaru,ssú á Convenção Baptista Brasileira


e a Chautauqua á reunir-se com a primeira Egr~ja Baptista do Rio de
Janeiro e o Seminario Baptista dessa cidade no dia 21 a 30 de Julho do
corrente anno.
Esta. Egreja em sua sepsão regular do dia a1 de Abril do corrente
anno resolveu fazer-se representar a supra mencionada Convenção e a
Chautaqua por intermedio desta carta, visto não poder ,se representar
CARTAS E SAUDAÇõES
-----

por um dos seus membros. e faz votos ao nosso Deus que todos os \ra-
balhos tenham a approvação do Espirita Santo.
Junto envia a importancia de 10$000 para auxilio da impressão das
actas.
'1'aquarussú. 18 de Junho de 1922.
O Secreta.rio: Manoel da Silva Lessa.

A' Convenção Baptista Brasileira.


Prezados Irmãos em Jesus Chri,sto.
Na conferencia mensal no dia 11 de Fevereiro de 1922, com a Egreja
Baptista de Salém, Ijuhy. Rio Grande do Sul, a Egreja acima mencionada
resolv"eu entrar na Convenção Baptista Brasileira, promettendo cumprir
com os seu,s deveres á Convenção e querendo gosar o apoio d'ella. Pelo
que, a EgTeja pede para ser aceeita como membro da Convenç;i.o Ba-
ptista Brasileira.
Ijuhy. 23 de Fevereiro de 1922.
Pela Egreja Baptista de Salem:
Secretario: Ernesto Joel Persson.
Endereços:
Secr. Joel Persson, Linha 5 Leste, Ijuhy. R. G. do Sul,
Pa~tor Carlos O. welande~,. Ijuny. R. G. do Sul.

ESTAT'lSTlCA DA EGREJA BAPTISTA DE SALEM, Ijuhy.

Rio Grande do Sul, relativa ao anno de 1921

Augmento: Baptismo, 6; Carta. 2; Total 8.


Diminuição: Demissoria, 6; Exclusão, 4; -Fallecimento, 1; Total. 11.
Num. Total dos membros, 72.
Escola Dominical: Escolas, 5; Professores, 7; Alumnos, 54.
Escola Diaria: Escolas, 2: Professores, 2; Alumnos, 19.
Logar de prégação, 6,
Mocidade 1, com 50 ,sacias.
Contribuição 789$100.
Secretario: Ernesto Joel Persson.

Rio Largo. Alagoas. 3 de Junho de 1922.


A' Convenção BaptiRta Brasileira. - Rio d~ Janeiro
Sr. Presidente:
Saudações no Senhor.
A Egreja Baptista do Rio Largo. não se podendo representar, como
devia, por meio de um mensageiro, que tomas-se parte activa nos traba-
lhos dessa Convenção. o faz por meio desta carta, e espera que o seu
nome seja incluido na lista dos nomes das Egrejas representadas.
Desejando ricas e copiosas bençãos do Altissimo sobre os trabalhos
convencionaes, eu me firmo penhorado no Senhor '
Pela Egreja Baptista do Rio Largo. o
Pastor, Pereira Salles.
40 CARTAS E SAUDAÇõES

Recife, 8 de Junho de 1922. '.~


A'Convenção Baptista Bra,síleim. - Rio de Janeiro.
Sr. Presidente:
A Egreja Baptista dos Remedios.~· em Recife, não podendo se repre-
sentar por' meio de uni' mensageiro, que tomasse parte activa nos traba·
lhos dessa C~nvenção, o faz por intermedio desta carta, e.sperando que o
Desejando ricas bençãos do Altissimo sobre os trabalhos convencio-
seu nome seja incluido na li,sta dos nomes das Egrejas representadas,
naes. eu me subscrevo no Senhor,
Pela Egreja Ba.ptista dos Remedias, '0

Pastor, Pereira Salles.

Re,sidencia do Pastor: Rua Conde de Irajá, 633, - Torre - Recife,


ANNEXO N. 2

MENSAGEIROS Á CONVENCÃO ~

Campo do AMAZONAS

J. Antonio Villaça, Tócos, Manáos.


Mallguba Sobrinho, 1" Egreja de Manáo,s.
Campo do PARA'

Rev. E. A. Nelson, da Egreja em Santarém.


Campo do MARANHÃO

J. B. Parker, Mrs. Parker, Manoel Souza, Manoel Rodrigues, da 1 a Eg'l'eja


em S. Luiz.
Campo do PIAU HY

J. A. Terl'Y e Mrs. L. Terry, da Egreja em Corrente.


Campo da PARAHYBA

D. L. Hamilton, da Egreja na Parahyba.


campo de PERNAMBUCO

Miss Pauline White, H. H. Muirhead, Dr. Orlando :F'alcão, D. Guio ma I'


L. Falcão, Miss Fuller, da ln Egreja no Recife.
WC. Taylor, Antonio Faria Simões, da Egreja em Olinda.
E. I. 'Vilcox, Adrião Bernardo, Miss Bertha Lee Hart, da' Egreja ·nu Rua
Imperial.
E. P Ramalho, da Egreja em Areias.
A. E. Hayes, da Egreja da Torre.
Campo de ALAGOAS

João Mein, .Manoel Leite, da 1" Egreja em Maceió.


Eloy Corrêa, dll Egl'eja ou'! União.
Campo de SERGIPE

Carlos Stapp, D. Luiza Stapp, \ Paulo Stapp,. Roque Feliciano Cruz, da 1"
Egreja em Aracajú:
Campo da BAHIA

1\1. G. White, Paulo Silva, C. C. Duclerc, da 1K Egreja na Bahia,


4_"2___________"____________ LISTA DE MENSAGEIROS

Carlos Barbosa, D. Regina Barbosa, Thomaz L. da Costa, D. Sarah da


Costa, D. Ruth da Silveira, da Egreja de Mares.
Benedicto Odilon Propheta, Dr. Francisco W Taylor, D. Elizabetll, Taylor,
da Egreja em Casca.
D. Cecilia de Souza Bittencourt, da Egreja em Ilhéos.

Ca"mpó do ESPIRITO SANTO

Genuino R. Vasconcellos, da Egreja em Sabino Pessoa;.


Luiz B. de Almeida, da Egreja em Campo Novo.
Jair Oliva, Antonio Curvacho, D. :V1elita Silva, da Egreja de Cachoeiro de
Itapemirim.
Manoel B ..Dutra, Manoel Sac1o, João Francisco', da Egreja da Bárra ele
Itabapoana.
Cesario Pinto, da Egreja da Barra de Itapemirim.
'Venceslau P da Costa, da Egreja no :Mimoso.
Heuoch B. da Silva, da Egreja de Dores de José Pedro.
M. Balbino Lannes. da Egreja no Natal.
D. Dalila Soares, D. Luciola Faria, Jacintho Martins, da Egreja em Cas-
teIlo.
Antonio R. Brito. da Egreja em Conceição do Muquy
}1'ernando Drummond, da Egreja de Rio Novo.
José Ramalho, da Villa de José Pedro.
Pedro Quirino Freitas, Antonio José Cerqueira, da Egreja de Dourado.
Loren M. Reno, Almir S. Gonçalyes, D. Alice M. Reno, Alvaro Heuri·
ques, Miss Edith West, João Borgha, D. Margarida Reno, Carrie H.
Reno, Etta Fere Reno, José Luciano Lopes, da Egreja de Victoria.

Campo FLUMINENSE
ManoeI Alves de Brito, Manoel José dos Reis, D. Alcidia dos Reis, da
Egreja de S. Vicente de Paula.
Antonio Ferreira Mariano, D. Umbelina Fontes de Queiroz, Jo;;é Gomes
de Moura, Jm. Baptista do ValIe, D. Armerica Bastos, da Egreja de
I Conceição de Ponte Nova.
Lino Jacintllo, Amaro Rodrigues de Souza, Vicente Manoel Jacinthú, da
Egreja em S. Domingos.
Joaquim Alves Pinheiro, da Egreja E:m :!.\1:ont8 Alegre.
'Venceslau. F Warol, da Egreja ('m Barão de Aquino
Seba.;;tião AI~ada, João Anton}o Ferreira, Alvaro Pinto Coelho, da Egreji\
em Duas Barras.
Florentino Ferreira, Orlando Rodrigues, Bernardino Baptista, Liberato Sil-
va, José de Oliveira Chaves, da Egreja de Nativi~.ade de Carangola.
Sebastião Antunes, Antonio Ribeiro Fernandes, Ondina Ribeiro, da Egreja
em Canudos.
ManoeI Avelino de Souza, Fidelis de Morales, Bernardino Loureiro do;;;
Santos, Dionysio dos l3antos, .João A. C. Craveiro, ManoeI Antunes
Parreira, D. Olivia Medeiros, D. Eva de Souza, da Egreja em Nicthe-
roy
Francisco Von Helde, da Egreja em Laranjeiras,
LISTA DE MENSAGEIROS 43

Jo~é Bastos, da EgI:eja de Capim Angolla.


~~tonio Barreto, Bento Couto da Cunha, da Egreja no Oleo.
José Silveira, Berlarmino Luiz de Oliveira, da Egreja em Murundú.
~'\. B. Christie, Mrs. Christie, Dr Bratcher, Mrs. Bratcher, Joaquim
Les.sa, D. Lydia Perez, D. Iná Lessa. da Egreja em Campos.
Antonio M. Bentancor, Joaquim Babo da Silva, da Egreja em Cachoeiros
de Macahé.
Elias Portes Filho, Bonfino CardoRO de Mello, Antonio Marques Pereira.
da Egreja em Miracema.
D. Eponina Carvalho, Isidora Coelho, da Egreja em Duas Barras.
Joaquim da Silva Raymundo, João Sampaio, da Egreja de Pureza.
Leobino Guimarães, José Miguel da. Silva, Emerenciano Machado, Maxl·
miniano F de Oliveira, João Gonçalves da Silva, Antonio Lugão 1\1 u
lins. D. Amonsina Lugão. D. Julia Souza, da Egreja em Padua.
Osorio de Freitas Caldas, da Egl'eja em Ubá.
1\1<1.noel de Brito, Jo,sé de Paula Barreto. Francisco José de SOUZ~L, Luh
José de Barros, ~\ntonio Can-alho Ramos, :\1anoel Luiz Simões. da
Egreja de Conceição de l\iacabú_
Joaquim Coelho dos Santos, D, Hulda Coelho, Joaquim Rodrigue~ Cam-
pos, D. Philomena Campos, da Egreja em Macuco.
Rodolpho Campello, Ranisio de Souza~ Catharino, da Egreja em Portella,
D, Leonor Barros, D. Dulce Barros, D. America Moraes, da Egreja dé
Can tag-allo .
Francisco Gomes de Oliveira, Cassiano B. de Souza, da Egrejtt em Sapu·
caia.
Joaquim Rosa, Genesio Fereira, Eurico Barbo,sa, Vinito Franco. D. Olgn
Souza, da Egreja em Macahé.
D. Cenira Nunes do Amaral, Avelino de Oliveira Quin tanillu~, J oaq uim F'
Quintani!ha, da Egreja em Imbahü.
::\1anoel Furtado de Mello, da Egreja de Boa Esperança.
João Baptista da Silveira, da Egreja Baptista na Apparecida.
Vergilio Faria, Siro de Sousa, da Egreja em Boa Ventura_
Pumphilio Barreto. Henrique C. Gonçalves. José de Souza Barbosa. da
Egreja de C. de Ouro.
Eugenio C. de Othes, Paulo Abrecht, D. Amelia Othes, D. Emilia Angelo.
da Egreja em Sauna.
Osorio Thomaz. Balbillo R. da Silva, Eugenio Silva, da Egreja em Alto
l\facabú.
Pedro Mineiro de Sá, Antonio Pereira da Fonseca, da Egreja em Entre
Rios.
Bfinedicto B. Botelho, João Sampaio. Joaquim Raymundo da Silva. Josué
de Azevedo, da Egreja em Ta búa.
Themistocles do,s Santos. Mario Tavares Dias, Hermogelles Reis. Alfredo
Reis. D. Izabel Motta. Astrogildo R.3is, D. Alice Reis, da Egreja de
Monção.
Octavio D. da Costa, da Egreja de Barra do Pirahy.
Manoel Pitta. D. Ignez Gomes, Alberto Portella, da Egreja em S. Gonçalo.
Sebastião Faria de Souza, 19nacio Francisco Barreto, Thebaro Barreto Silo
44 LISTA DE MENSAGEIROS

va Antonio F Cordeiro, José Pereira Nunes, - D. Maria Josephina


M~ndes, da Egreja em Ernest~ Machado.
Julio Gomes de Faria. Antonio Ferreira Mariano, Umbelino Fontes de Quei·
roz, da Egreja em Ponte Nova.
Eugenio Luiz de Freitas. Sebastião Ca,rdoso, da Egreja em Vieira Braga.
Deocleciana Ferreira, D. Ruth :F'erreit'a, D. Julia de Souza Machado, 01'·
lando Alves, Belmiro de Souza, da Egreja em Paral1Yba do Sul.
Saturnino José Ferreira, Zeferino Netto, Daniel Lucio Pereira, Antonio Ali-
pio Reis, da Egreja em Aperibé.
Benedicto Firmo, Cluzio Caetano ValIadão, José Gomes da Mottú, da Egre
ja no Salto.
Bertholino GomAs d()s Santos, da Egreja, em S. Luiz,
Yolando Yadauzzo, da Egrejaem -Valença.

Campo do DISTRICTOFEDERAL

Ricardo Pitrowsky, Julião M. 'Passos, Joaquim Alves da Silva, Demetrio


C. Carvalhaes, Angelo Monzolillo, Antonio E. de Souza, Domingos F
do Amparo, Daniel do Carmo, ManoeI de Oliveira, João Cherem, João
de Deus, Luiz Paulo Dantas,Severino Jo,sé Ferreira, Jayme de Medei·
ros, ManoeI A. Paiva, Angelino Pacheco, Nestor de Carvalho, D. Eu·
genia Pitrowsky. D. Maria Siqueira, D. Maria Passos, D. Emlelillda
Lyra, Jaldina do Amparo, Eugenio Silva, Olympia de Souza, D, Carme·
lita Carvalhaes, D. Rosa de Carvalho, D. Emilia Novo, da Egreja de En·
genho de Dentro.
Entropio de Andrade, Perminio SaIles, Pedro Brasil, Agostinho GOllçalves.
Hermenegildo dos Santos, Conrado Esmera, HiIdamil Teixeira, Arge·
miro de Freitas, Catharino Varjão, D. Maria Rego, D. Esmeralda Sal.
les, D. Maria Brasil, D. Celina Fórtes, Cele,ste Carvalho, Bibiano ~ 0-
gueira, Luiza de Jesus, D. Almerinda Freitas, D. Carlota Varjão, da
Egreja em Madureira.
Axel Anderson. Eugenio Alves, Jorge P Almeida, David de Carvalho, da
Egreja em Campo Grande.
Dr. C. A. Baker, Clemente Carneiro, José A. Druml11ond. Belledicto Al-
ves, 'Thereza de Jesus, D. Paulina Gonçalves de Queiroz. da Egre~l1
de Catumby.
~. J. Cow;sert, L. 'T Hites, S. L. Ginsburg, D. Enuna Ginsburg, F ele
Miranda Pinto, Antonio Freitas, Sindalio Campos, W E. Allen, José
::\1. Pinto, D. Alzira Gomes, M. Miranda Pinto, da Egreja em São
ChI'Íf'tovam .
Jesuina de Azevedo, Augusto de Azevedo, Carlos Lemos, D. R03à Lemos,
Ildá. Senna, Franklin Rocha, Ephigenia Rocha, 'Marcionilha de ' Jesus,
Americo Senna, da Egreja na Ilha do Governador.
Vicente A. Lima, Eugenio Custodio Sobrinho, Francisco 'Teixeira da Cunha
Leonidas Gomes de Moraes, Feliciano A. L. _Silva, D. Hercilia ~F'er~
reira da Silva, Augusta da Costa Duro, da Egreja de Ricardo de AI.
buquerque.
Joaquim Mariano Gomes, Victorino Moreira. ManoeI Maceió, A. R.
Crabtree, Mabel Crabtree, Jalluarioda Costa, da Egreja em Tijqca.
Dr. F F.' Soren, Agostinho Alves. Anniba1. F Soareis, . Antonio V, Fon-
seca, Daniel Cordes, Deoclecio T de Abreu, Eduardo A. Brasil, Egy-
dio Gloia,' 'Francisco M. Simas, Gil Eu'cellar, Godornar Barreto,' Gui.
LISTA DE, MENSAGEIR._O_S_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 45

111el'me de Sousa, Hermenegildo H. de Sant' Anua, D. Francisca F


Soren, Hidualpo A. G. Leal, Honorio .Martins, J. \V Shepard, João
A. Magalhães, João Dorea, Joãó J, Monteiro. Dr. J. Nogueira Pa·
.ranaguá. Joaquim Nunes Moreira, José Rosas, José Martins Santos,
Julio Sampaio, Juvencio DantayB, L. C. Irvine, Nehemias F. / Soares,
Newton Borgeth Ferreira, Orestes C. Martins, Paulo G. Vasconcel·
los, Rodolpho F Machado, Samuel F $oares, Theodoro R. Teixeira,
D. Alice F Teixeira, D. Anna Cardes, D. Anna '1' l\lachado, D. Ber-
nice Neel. D. Carolina de Oliveira, D. Edith Ayers, D. Emma Pa·
ranaguá, D. Henriqueta Magalhães, D. Jane Soren. D. Lindaura Si.
ma.s, D. Maria Amelia Daltro Santos. D. Maria G. de M orales,
D. Pa.lmYl'a lVIaia, D. Rena Shepard, D. Ruth M. Randall, da 1" Egre·
ja do Rio,
Reynaldo Purim, Silvino Santos, Paulino dos Santos, Etelvino Guimarães,
D, Cecilia Canury. da Egreja em Pilares.
Salomão Ginsburg. Antonieta M. Costa, Horacio C. de Je,sus, Antonio .J.
Pacheco, Aristides Costa, da Egreja de Jacarépaguá .
.Toão Klawa, José de Sousa MarqueH, Alvares Braga, José l\Iatheus VI'
cente. Mal'cellino Leobino de Meira, da Egreja ~m Bomsuccesso.
Rate Sousa, D. Maria José, Flavio de Souza, Hostilio Me110, José Faria,s.
da Egreja em Jockey Club.
Joã,o Baptista do Nascimento, Francelino Cardoso de Magalhães, D. AI-
tina Tavares de Magalhães, da Egreja em Realengo.
H.ev Florentino R. da Silva, Francisco do Nascimento, Americo 'J'homaz
de Souza, José Borges de Aguiar, Matheus Paulo Guedes, Joaquim de
Azevedo, João Jm. da Silva, Leocadio Machado de Azevedo, D. Ma-
ria Lopes Nascimento, Emília. T da Silva, D. Marcolina Cordeiro,
:\Ianoel Ramos de Oliveira, da Egreja em Laranjeira,s.
Campo de S. PAULO

Antonio Ernesto da Silva, Vicente de Paulo e Silva. Daniel de Souza e


Silva. Antenor Santos de Oliveira, D. Lucilia de Barros, Guiomar Bar-
rog, da Egreja da Liberdade. .
D. Helena Edwards. D. Anna SaeI,j,s, D. Alice Bagby, Guilherme Sbelen·
ten, Guilherme Sbelenten Filho, A. Pinto Dias, Edgar Naxara, João
Geisler, da 1" Egreja em S. Paulo.
Sila~ Botelho, D. .A melia da Silva, Arnaldo Fernandes, José Joaquim dos
SantoR, Severino de Araujo, Irineu Pinto. Francisco dOH Santos, Ma·
lloelde Oliveira, TC. Dagby, Francisca Bagby, da Egreja em Santos.
Sebastiã.o A. de Souza,) da Egl'eja em Rio Claro.
fi. Homem de Mello, Rev B. Stanton. da Egreja de Ribeirão Preto.
F' IV!. Edwards, Raul Sil \'a. da Egreja em .Jundiahy
Antonio de Oliveira, da Egreja em Baurú .
•Joào Sprogis, Joào Inke Junior, da Egreja em Nova Oc1essa,
'\Valdemiro Ferreira, .Justiniano Portugal, da Egreja no Braz
Rev. Hygino T de Souza, da Egreja em Potyundaba.
Campo do
.
PARANA'

A. D. Deter, :\11':5. Deter, D. Luiza Matheis, Bessie Asseuheimer, Edmun-


do Assenheimer, Francisco Soares, Arthur Deter, Carlos Leimann.
A bl'ahão de Oliveira, da Egl'eja em Curityba.
46 LISTA DE MENSAGEIROS

Arthur Sokmann. Carlos Leepin, Emilio Sokmann, da Egreja em Rio Branco.


Jo;;é Cascão, da Egreja em Paranaguâ. .
Francisco Joaquim dos Santos, da Egreja em Àssunguy
Rev Manoel Virginio de Souza, da Egreja em Bucuera.

Campo do RIO GRANDE DO SUL


Orestes Andrade, da Egreja €m I1~vernadas,
A. L. Dunstan, da· Egreja em Pelotas.
R. A, Clifton, da Egreja em Porto Alegre.
Paulo Malaquias Mancha, da Egreja em Ijuhy
Campo de MATT:O GROSSO
Ernesto A. Jackson, lVIrs. Jackson, Ernesto Jackson, Elisabeth Jackson,
\V Sherw<?od, da Egreja em, Campo Grande.

Campo de MINAS
IJ. E. Cockell, da Egreja em Divinopolis,
Agenor Pinheiro, José Rosa Sobrinho, Cyro Duarte Neves, Hennogenis de
Castro, Justino Bercot, Duque Polycarpo de Carvalho, da Egreja em
Caparaó.
Cherubino Pinto, Caselniro de Oliveira, D, Luzia de Oliveira, D. 1\'~ria
José da Silva, Luiz Moreira, Augusto de Mello, Munelar M. de Maia.
F A. R. Morgan, J. R, Allen, Mrs. Allen, O. P Maddox, da Egreja
e111 BeBo Horizonte,
Joaquim Evangelista' M. Pereira, Sebastião Nogueira Penido, da Egreja
em Sarandy
José Martins Monteiro, Pacifico José Ferreira, Antonio da Silva, 'Valde-
mar Pereira, Albino Martins Monteiro, Isaac Martins Monteiro, da
Egreja em Mirahy
Campo de GOV AZ

P.aschoalDe Muzio, D, Conceição De Muzio. da Egreja em Catalão.


ANNEXO N . 3

Relatorio apresentado á Convenção de 1922, realizada com a Primeira


Egreja Baptista no Rio, pelo Sec. Cor: Salomão L. Ginsburg.

Uma promessa apropriada


Fma proll1(~SSU, que a(·hamos 110 livro do Propheta Zacharia~, ]lOS
t,('m dado muito gozo e alegria, pois parece appliear-se bem li llOssa Can-
sa lleste JlOSSO yusto ('a1l1po brasileiro ....\('11a-sr 11,0 Oapitulo 2, Yer~m;

lO l' 11, e diz o seguiute:


•• F},1:ulta (' a7ey'ra-te. ó filho dI' Sirlo, lJOl'Q//I' eis q'lleceJ/ho e habi-
t(//'e'i 1/0 meio dr> ti, eh?: (l 8enhor. E naq'u,ellc dia, mnitas nações se
aju'lltanJo ao S('nlu}/', (', me serão por pOI'O (' habita1'('/: no meio de ti c
salwnis que o Senhor dos R:ccl'r/fo8 me e/ll'ton a, ti."
U raças sejHm dadas a Dl:US pois, de facto, 'Elle ('stá se mUllifes-
tando eIltre nós r l10S estií dalldo proyas mais que evidentes de que Elle
I:i(' ae11l1 t'lJtr(l uós p que está attrahindo cada yez mais perto de sua

1\'8soa, este 110br(' pOYO Brasileiro, exerce1ldo aSna gru\a e o Seu


poder de lllodos e mUllciJ'HS 11lHl'avilhosos elltre elle. Bem podemos ('x-
('lamar eom o Psalmista: ., O Seuhor dos Exercitos está cOlluroseo: o
])011S de ~T aeob (. o 1I0S80 refugio" (Psãlmo 46 :7~ 11) .

Contemplaudo a lllstorÍa do truoalho Baptista neste tonão' brasi-


leiro, desde o seu illicio em ] S~2; até os dias da actualidade, ninguelll
deixará de reeollhecer o braço Olllllipotelltc agindo a nossa fayor Deus
guiou os 1I0SS0S pi01l('iros, guardaIldo e protegendo a pequenina se-
llJellt.e lallçado cm terrellO tão !"el'til até que hoje temos esta obra, qual
:l1"\'01"e frondosa, alargando-se e espraiando-se por todos os cantos e

rp("llll tos deste puiz.


Muito telll COll(:orrido para este cJ'(~~(,illlelltO e desenyolvimellto ma-
ravilhoso, oanxilio prestado pela llossa J ullta de 'Missões J\ aeiouaes.
JUNTA DE MISSOES NACIONAES

Desde a sua organização em Outubro de 190'7, ella se tem dedicado


ao cultivo da obrn na(!ional, abril1'do campos novos e organizando cen-
tros de aeção.
Mi ostão as Missões prosperas e felizes no Rio Grande do Sul, no
!!atto Grosso, 110 Paraná e Santa Cathatina e actualmente no immens(I
Estado de Goyaz, attestando o "'Yálor do trabalho desta J unta~ em feliz
}lOra organ#apaha qúinze annos e ,qu,e, neste ,'curto esp~çode tempo,
tem dado ~óbej'a~ provas de que Deus está· COIl~ eUa e a t~m utilizado
como instrumentó d~ valor e de bençam" na patria Br..asileira.
Deixemos, porém, o passado e vejamos Q que Deus tem feito, por
1l1ciodesta Junta, desde a nossa ultima Convenção. Graças a Deu~, temos
continua<lo a receber o Seu favor e' bençam e, mais uma vez podemos
chegar a nJs, irmãos, e dizer-vos que o n~gso bom Deus continua o mes-
mo, hontom e hoje como o será eternamente, e a convidar-vos mais uma
vez par.akmvar e en~randecer o Seu santo N 9me ~

A Convenção em Recife
Foi nosso privilegio assistir á ultima: Oonvenção, realizado 110
Uecife, e apresent.ar aos irmãos um relatorio Y8rbal da Junta, 110 qual
falámos tIo inicio do trabalho em Goyaz edo novo missionario, o nosso
irmão Paschoal de Muzio que em pessoa ali estava presente. '
Na primeira reunião da Junta, effe'ctuada após a Convenção, do,·
"ido á nosso retirada para os Estados Unidos em gôzo de férias~ fomos
ohrigàdos a resigliar o cargo de Secr Correspondente, sendo eleíto,
por unaIlimidade de votos, o irmão F M. Edwards, que por diversas
Y~zes já tinha exercido tal cargo, e isto com muita acceitação por parte
d~s Egrt'jas. Nosso irmão Edwards, apesar dos seus muitos afazeres,
acceitou esse cargo com a condição, exigida por eIle l11esmo, de nol-o en-
tregar de novo logo que voltassemos para ,o Brasil.
O que o dedicado irmão Ed'wards eOllseguiu fazer durante o tempo
que esteve á testa deste serviço, ,isto é, desde junho de 1920 a OJItubro
de 1921, está 110 clomiuio de todos os irmãos no Brasil. Devido ao seu
f>nthusia:;mo e dedioação, os irmãos de t~c1as as partes se collocaram ao
seu lado e durallte 08 lnezes. .da sua pl'osepça na Junta, a Oaixa do the-
souro da mesma, llUlwa esteve tão repleta e abundante.
Durante o seu t~l1lpO eIle yisitou o 110SS0 trabalho em Go~rnz, or'"
gani~andQ a primeil"fl: .Egl'eJa. Baptista lLR ch1ade de Catal~,
,4fII' " ,
DA CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA 49

Grupo de crentes da Egreja Baptista em Catalão, Goyaz.


Em frente algumas creanças da Esc. Dominical

Tambem durante este tempo deu-se inicio .ao grande. trabalho' de


evangelização, que tão beneficos fructos tem trazido á O~usa de Deus
em alguns campos. As despesas com este, trabalho foram ~1m tanto pe-
sadas, porém nada faltou e, quando, apesar da nossa relutaneia, elle
passou a Oaixa para as nossas mãos, em Outubro'<le 1~21, uma boa
somma ainda se encontrava ali. A prosperidae.e eo .act~al estado da
nossa .runta milito deve a esse zeloso e consagra4~ O'breiro_,
Dr. Adrião O. Bernardo
~r\. escolha deste irmão para Evangelista Geral,da nossa denomina-
ção, foi um passo bem acertado e a Junta selite-se jubqosa com o tra-
balho por eUe feito. Pena foi que, por motiv.os 'justos, elle não pudesse
continuar este tr~balho além dos oito mezes, nos' quaespercorreu grande
parte do Brasil, prégando com grande acceitação e com excel1entes re-
snltados em' muitas das nossas EgTejas.
Não ha duvida que elle não consegllÍu agradar a todos; para isso
seria neeessario que elle fosse um anjo; porém o seu trabalho COmo evan-
gelista foi eHicaz e nós não podemos senão 101lyar e engrandecer ao
nosso Deus por nos ter da1do 11m Adrião Bernardo, togando ao Altissi-
mo que continue a usá-lo por muitos anuos como instrumento de. be11- .
çans na Patria brasileira. . .
O ser,\riço do nosso irmão Adriãü patenteou á, ~funta o grande ,ralor
de um .tal trabalho. entre as Egrejas e estamos com os olhos bem abertos,
rogando ao Senhor f para 110S conceder outro ou outros e\"angelistas, ca-
pazes de fazerem tal obra entre as nossas Egrejas no \ BrasiL As J un-
tas Domesticas nos Estados Unidos empregam grande numero de e\"an-
gelistas, acompanhados dp competentes cantores, que conseguem m~ra­
vilhas no meio daquelle povo . Nós necessitam~s de taes obl;eiros e a
Junta gostosamente se incumbiria de cuidar delles, se a, Oonvenção'assil1}
deIlberur.
JUNTA DE MISSõES NACJONAES

Paschoal de MUzio e esposa,


Catalão,Goyaz

Rev~ Paschoal de Muzio e Esposa


°
Continua no seu afan de prégar evangelho na cidade de Catalão
e seus arrecl.ores este nosso dedicado missionario e sua esposa a Exma .
. Sra. D. Oonceição. ' .
Apes;t,t' 1~ pemeguições tremendas, perseguições até dos que se di-
zem "irrnt:í,os," elÍe tem continuado prégando a .boas congregações e,
de vez em ,<{... mdo, haptiza alguns candidatos. Todo inicio de uma obra
é. bem' diffieil, mormfnte quando se eílCoutra opposição traiçoeira e
mesquillha. :Mas (\ irmão Paschoal' está collocando as bases par;a um
trabalho .glo·,·ioso e temos mUlta esperança no futuro ~
. Foi. '(1,);:;:11 privilégio visitar n cidade de Catalão em :(ins de Fe~
vereiro fi, p. ,0 V(I1tú!u)s~b~m uulmado,'i. Tal1to a Escola DominiC(l.1 como
a Egrejit fllllC.('i("~:HU animadas e ])l'ospcl'm:, .\ Escol~ Diaria, dirigida
DA CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA , ·51

pela esposa do nosso missionario, tinha boa assistencia e muita accei-


tação por parte do povo. '

Escol'a Diaria em Catalão, Goyaz, dirigida pela


esposa do nosso missionario

Infelizmente tudo falta aquelles obreiros: Casa apropriada para o


culto e para a Escola, mobiliario, mappas, bancos,carteiras, etc., etc.
FOl'am-nos apontados diversos terrenos e casas que, poderiam ser
adquiridos por preços razoayeis; porém faltavam os recursos; e os nos-
sos irmãos continuam lutando com essas difficuldades.
Nas nossas orações n~() nos devemos esquecer deste casal de obrei-
ros para que Deus os guarde e abençoe e os faça cada vez mais dedica-
dos e consagrados á Cáusa do Se~hor no nIsto campo de Goyaz.

Pastor João Baptista, Jr.


Em Abril do anno corrente aJunta contratou os sel'"'i'Íços deste ir-
mão que, actualmente se acha estacionado na Villa de Ipamery, onde
já tem quatro pontos de prégação e um bom salão no centro da, villa.
O il'll1ãó João Baptista é um obreiro .provado e experimentado, ten-
do prestado excellentes. serviços no Campo Paulistano . Numa cart,a:
dirigida á Junta, ellediz o seguinte a respeito da sua vida e trabalho
como Baptista:
"Fui catholico romano zeloso, mas devido~á instrucção que na egre-
ja catholica me deram, cheguei a duvidar dos santos e até do propriú
Jesus . No dia 8 de Janeiro de 1900, porém, entrei pela primeira vez
numa Egreja Evangelica esahi dali um homem novo.
"Immediatamente senti o desejo, ou antes uma anciedade de levar
aos outros a alegria que eu :Q.avia recebido. Segui para Iguape, minha
terra natal, e contei aos meus o que Deus tinha feito por mim.
"Ali permaneci seis annos, prégando e testemunhando, conseguindo
organizar uma congregação d~ quarenta e tantas pessoas, que hoje é
uma egreja presbyt'eriana.· .
52 JUNTA DE, MISSõES NACIONAES

"Chamado para o trabalho do Senhor, segui, como evangelista e


mais tarde como pastor, para Mogy das Cruzes, onde no curto prazo
de cinco annos ficou organizada uma Egreja de uns 150 membros, mais
ou menos. Nesta cidade soffri muita perseguição. Uma vez fui cerca-
d~ por mais de 200 homens armados de faca, cacetE:)s e garruchas .. Não
fosse a intervenção opportuna e providencjal da policia, talvez que
não mais existisse.
"Em 1916 segui para Vira douro, onde organizei o trabalho na
cidade que ...até então estava numa fazenda, trabalho este ini<iado pelo
pastor José Gresenberg. Fui pastor desta egreja, providenciei quanto
ao terreno e aos fundos necessal'ios para a construcçãoda casa. de cul-
tos, sendo auxiliado àd.miravelmente pelos irmãos Furquim e Adolpho
~aria. I
"Naquelle mesmo tempo pastoreei tambem a Egreja em Tres Cor-
regos. Dahi fui áPerinapolis, onde permaneci um anno, desde ent.ão
segui .para Pariquera-Assú e 19uape.
"Em todos os lagares e pontos de prégação deixei pessoas prepara-
das para o baptismo, além das que eu baptizei.~'
Em carta com a data de 15 de Maio, o irmão Baptista 110S COll1-
munica o seguinte:

~?f?, I
U6~
I I
I I

I i
I I

~I

Pastor João Baptista, Jr. Jpamery, Goyaz


DA CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA 53

"O trabalho está começando devagarinho. Custou-me bastante


achar uma sala adequada para o nosso trabalho, o que afinal achei se··
parada da minha residencia. Tenho actualmente tres pontos de préga-
ção nesta cidade e com a probabilidade de mais um. Dois pontos se
acham no centro e outros dois em cada extremidade da cidade. Viagem.
não posso fazer _ainda por dois motivos justificaveis: 1°) Ainda não
tenho um animal; e 2°) Nada trouxe de mobília e estou arrumando al-
guma cousa para a casa."
"Vamos ter uma série de conferencias agora, do dia 22 a 29. Será
dirigida pelo irmão Paschoal, auxiliado pelos irmãos Mizael e Déco,
que trazem o orgamzinho da Egreja em Catalão. Com o vio~ino do meu
filho esperamos poder fazer alguma cousa para Deus. "
"Actualmente estou prégando quatro vezes. por semana e tenho tido
boas assistencias."
"Lembrae-vos de nós e deste trabalho aqui nas vossas orações.
"Do irmão na fé,
J ofio Baptista, J r."

Anthenor de Oliveira
Este é o nome de UIll dos nossos seminaristas cuja familia mora
no Estado de Goyaz. Desejoso por prestar algum serviço á Causa e taIDr
bem ancioso de prégar o Evangelho aos seus parentes, solicitou da J un-
ta uma opportunidade para passar as férias como Colportor naquelle
Estado. A Junta,. conhecenâo a sua boa disposição para ° trabalho e a
sua solicitação, o auxiliou com as despezas de viagem e uma boa porção
de livTos para vender
.li visita. deste irmão foi muito abençoada, tendo elle (',onquistado a
sympathia dos nossos irmãos e conseguido abrir alguns pontos de pré-
gação que, hoje, estão sendo cultivados pelos nossos missionarios. Como
resultado directo deste trabalho, além de diversas pessoas decidirem-se
a favôr de J ~sus, o irmão Anthenor teve a felicidade de saber que a sua
mãe, uma distincta professora publica, foi baptizada pelo pastor Pas-
choal e hoje faz parte da Egreja em Catalão.

Reuniões da Junta
Todos os membros da Junta têm sido solicitos na assistencia ás re-
uniões. Todas as vezes que o Secr. Correspondente tinha necessidade
de uma reunião para discutir ou decidir algum negoçio urgente todos
quantos podiam compareciam immediatamente á reunião e com as suat'
luzes, sympathia e orações, auxiliavam. poderosamente no desempenhQ
da nossa missão. Faz gosto trabalhar-se com crentes tão dedicados e
irmãos tão' fieis.
J.UNTA DE MISSOES NACIONA~S

A difficuldade da Juuta ter a séde na capital de São Paulo e o Se-


~retario Oorrespondente morar na Oapital Federal, deve ser . rémovida,
~egendo-se um Secr. Oorl'espondenteque esteja mor~ndo em S. Pau,lo,
o que'o actual Secr. <1>r muito desejaria"que se fizesse ; ou, caso isto
~ão seja effectuado, mudar a séde· de novo para a Capital Federal.
Quatro membros da Junta estão domiciliàdos no Rio de Janeiro e' com
ti renovação do terço mais tres poderiam ser addicionados, estabelecen-
do-se assim um numero sufficiente para agir.
Deixamos esta suggestão ao .criterio da Oonvenção.

Planos para o F uluro

Numa das ultimas reuniões da Juuta suggerimos.o seguinte plano


para o {utur.o da Causa Baptista no importante Estado de Goyaz.
1. Solicitar á nossa J uutaem Richmolld que destaque um dos seus
missionarios para aquelle Estado; ..
2. Transferir para esse missionario o trabalho já inicialdo em Ca-
talão e I pamery ;
3. Ooncentrar todos os esforços da nossa Junta N acioll1tl' no tra-
balho entre os I ndios ;
4. Solicitar á nossa Junta em RichmoI\d um auxilio de '50 :000$
pagaveis em cinco pr~stações, para o estabelecimento de uma escola pro-
fissional e educativa á margem do rio Araguaya, em ponto préviamente
escolhido, e dedicado exclusivamente para o trabálho e educação entre
os Indios.
5. Uma vez estabelecida esta Escola, todas as despesas do professo-
rado, dos alumnos, etc., etc., correrão por .conta da Junta de Missões
Naclonaes. .
Cremos ser desnecessario re~orçar os pontos acima mencionados.
Para justificar o primeir9 basta dizer que o trabalho em Goyaz
exige a presença de um missionario, apto e dispondo de recursos para
dár o necessario impulso á Causa dê Deus nessa região. A nossa Junta
Nacional não dispõe desses recursos mas se torna preciso aproveitar a
opportunidade da porta aberta e tomar conta deste immenso campo
para Ohristo e os Baptistas.
Além de que, temos ali inimigo!:! rancorosos e sem escrupulo, que
tudo fazem para combater a nossa missão. lia, pois, absoluta necessi-
dade de uma força maior e de sacrificios maiores que nós, brasileiros,
por ora não estamos em condições de fazer.
O segundo ponto se justifica se o primeiro fôr acceito.
Com relação ao terceiro ponto, bastadj.zer que se nós concentrar-
mos as nossas forças para a realização deste objectivo, facil .nos .será
fazer alguma cousa de valor. O trabalho entre os Indios necessita mui-
to de pessoal apto e idoneo e ee todos os Baptistas .concentrarem os seus
DA CONVENÇÃO BAPTISTA' BRASILEIRA .55

esforços para a realização deste deside'ratum, alguma COllfla poderá ser


feita. .
Mtts ;para podermos dar inicio a esta obra, ~ol1strllir edifjcios,ad-'
quirir machinismos, transporta':los e colloca-Ios no local eKI~olhido será
necessario bastante capital, que apesar dos nO:3-~I}::: muitos appoUos du-
rantes estes muitos almos, não nos tem sido possivd obter. :E' por isso
que suggerimos solicitar um auxilio especial .da nossa Junta de- Rich-
mond, na importancia. s}lfficiente para estabelecer a escoIu l'!i1 condi-
ções de funccionar
Esperamos que estes pontos serão discutidos na COnVel1çbO c alguma
cousa difinitiva e cabal seja adoptado.

A Importancia do trabalho entre os Indigenas


Temos ouvido, de algumas partes, até meSllltJ 'i}".: brarJiJciros, que o
trabalho entre os indigenas é sem grande imp<Jl"~;l' .,:ia; qliC [:, l'aça in-
digena está prestes a desapparecer e amalgamal'-~;':' 130m o:: üutros ha-
bitantes do paiz. Um irlU3,o deu a
entender que: A Junta de Missões
N acionaes, devia lançar-Hü 110 traba-
lho geral do Brasil, em yez de se
transformar em uma mera missão
aos indigenas do Araguaya. Este ir-
mão se esquece que a grandeza de
uma missão não consiste em esprai-
ar-se por um territorio afóra, po-
rém, sim, em fazer o que ha de
mais necessario. A maio!' necessida-
de actual n o Brasil é, sem duvida
alguma, o trabalho entre os indige-
'. d
G rupo d e I n di os anclosos esperan. o
nas, os mais negligenciados, sim, po-
pelo Evangelho salvador demos dize-lo, os mais nocessitados
da raça humana. .A America do
Sul, era conhecida, até bem pouco tempo como o Oontinente mais ne-
gligenciado nõ mundo, e não ha duvida, que os indigenas do Brasil sob o
ponto de yista espiritual, moral, etc., etc., são oS'mais negligenciados
do Continente negligenciado, senão. do mundo inteiro.
Tanto é isto verdade. ,e tal é o espirito de Christo, entre certas Egre--
jas Evangelicas pelo mundo, que Missões estão sendo organizadas com o
unico objectivo de evangelizar os indigenas do interior deste 110SS0 Con-
tinente, e já ,varios casaes de missionarias estrangeiros estão trabalhan-
do em diversas partes da America do Sul e mesmo no Brasil.
. Se os Baptistas concentrassem as suas forças neste trabalho seria
um. dos maiores 'e mais abençoados emprehendimentos da actualidade e
à Junta de lfissões Nacionaes faria uma obra cujos resultados só a
56 JUNTA DE MISSõES NACIONAES

,eternidade seria capaz de revelar Basta de discussões, de desperdicios


de forças! Unamo-nos para fazer uma obra que é ao mesmo tempo a
~ais 1:U"g~~te, a mais evangelica, a mais necessaria, e uma das mais im-
portan~~. da actualidade, isto é, a conquista dos ·nossos indigenas para
Çhris~o, pB:ra a civilização e para a Patria.
Até· agora nada, absolutamente nada temos feito para os indige-
nas! E? tempo de acabar com essa inercia e negligencia criminosas e
unir as nossas mãos para a realização desta obra, a salvação desta raça,
tãe valente e nobre!
Ha quasi quarenta annos' que os Baptistas trabalham no Brasil, e,
- emquanto temos gasto forças admiraveis nos grandes centros, levantan-
do templos magestosos, Collegios e escolas, absolutamente nada se tem
feito pelos verdadeiros brasileiros, os verdadeiros donos desta terra.
Rios de dinheiro estão sendo empregados· na educação; na evange-
lização urbana e suburbana, na construcção de edificios, mas, a favôr
desta Taça de caboclos, valentes e admirados, a favôr desses heroes, que
povoam o centro inexplorado, os verdadeiros donos desta terra que pi-
samos e que nos sustenta, NADA. -
lia mais de quinze annos temos solicitado recursos .para o inicio
de um trabalho entre os in<à.igenas, e, até agora, ainda estamos espe-
rando a resposta.
Durante os dois annos convencionaes a nossa Junta recebeu a som-
ma de 17 a ~8 contos de réis, isto é, mais ou menos 800$000 por mez, o
que, dividido entre os 25.000 Baptistas brasileiros significa, QUE CA-
DA BAPTISTA NO BRASIL CONTRIBUIO PARA A EVANGE-
LIZAÇÃO DA SUA PATRIA A QUANTIA DE 32 RE'IS POR
MEZ, ISTO E', UM REAL POR DIA! Nem convem fazer qualquer
oommentario! Só queremos chamar a attenção dos irmãos para o Jacto
de que na ordem divina, a ultima ordem dada pelo divino Mestre, antes
de assumir-se para o. céu, "Jerllsalém" occupa o primeiro logar Ve-
micae este facto nos. Actos dos Apostolos, c~p. 1, e verso 8; onde se
lê clara e positivamente o seguinte: "Recebereis a virtude do Espirito
Santo, que ha de vir sobre vós, e ser-me-heis testemunhas, tanto em J e-
rusalém como em toda a J udéa e Samaria, e até nos confins da terra."
Só vamos apresentar dois ou tres factos para provar o alto valor
de um tal emprehendimento.
·1. O valor de uma tal obra se percebe, no melhoramento material e
espirituciZ' que o Evangelho dará aos r--08808 indigenas.
Actualmente este povo jaz nas trévas e nas sombras da morte, do-
minadó· pelas superstições mais grosseiras, .pela ignorancia mais crassa
e pelo fanatismo e por muitos vi cios . Nosso governo tem-se esforçad()
para melhorar este estado de cousas no meio denes, porém para conse-
guil-o ~ ~~8sarío mais do ·que um poder humano - elles precisam do
DA CO.NVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA 57

poder do Alto, elIes ne'hessitam do Evangelho uo Senhor JesUs, que é o


"poder de Deus para a salvação de todo aquelle que crêr."
2. Percebe-se ainda o valor duma tal obra pelo grande numero de
·inditJenas que existe no nosso paiz. Só pelas margens do Araguaya exis-
tem milhares de familias, sem falar nessas immensas mattas ainda des-
conhecidas nos Estados do Amazonas, Matto Grosso, Goyaz e outros. Que
campo vasto para agir! Que obra gloriosa se desdobra diante de nós!
Oh, se Deus nos désse a visão desta opportunidade, não desperdiçaría-
mos as nossas fracas forças, porém fariamos., uma união inquebranta-
vel, capaz de vencer todos' os obstaculos, para a conquista' destas almas
sedentas e famintas do Evangelho do Senhor Jesus I
3. :Mas o que julgamos de mais importante nesta obra é, o resul-
tado para a Patria Brasileira, Procurando evangelizar estas tribus e o
levantamento deste povo tão necessitado e tão atrazado, contribuiremos
para o engrandecimento do Brasil de uma maneira até hoje desconhecida.
Todos conhecem a firmeza de caracter dos indigenas. O caboclo
morre porém, não abandona as suas convicções, Evangelizar uma raça
de tal natureza significa um trabalho permanente; significa tambem in-
troduzir no nosso trabalho um elemento conservador de alto valor e de
grande necessidade,
Eia, pois, irmãos unamo-nos e salvemos o Brasil, dedicando a esta
obra as noss~s orações, os nossos recursos e tambem os nossos filhos e
filhas.
Se pudessemos enviar aos indigenas do nosso interior alguns anjos
adiantariamos o trabalho bastante; porém como nós não o podemos fazer,
enviemos homens e mulheres consagrados e <dedicados á causa e sustente-
mo-los com os nossos recursos, para que esta obra seja feita o mais de-
pressa possivel.
:Milhares e milhões tem descido ao sepulchro sem o conhecimento
de Jesus; é tempo de cumprir a nossa missão e evitar que outros tantos
milhões entram para a eternidade sem ao menos ter ouvido alguma cou-
sa do Salvador
Ouvi a voz 'do- Mestre: "Vae para tua casa) para os 'teus e awnuncia-
lhes quão orandes cousas o Senhor te faz e como teve misericordia de
ti." (Marcos 5 :19. )
E esta outra do Apostolo Paulo: "E'I1 sou devedor, tanto a gregos
como a barbaras, tanto a sabias como a ignorantes." (Romanos 1 :14. )
Paguemos a divida a estas creaturas de Deus, facilitando-lhes as
mesmas bençans ,com que Deus nos mimoseou nestas maravilhosas ter-
ras do Oruzeiro do Sul. .
N as vossas supplicas, irmãos, não V'0s esqueçais dos obreiros que la-
butam e trabalham GOm tanta abnegação no vasto Estado de Goyaz e
tamb,em para que nosso Deus abrevie o dia quando a Junta possa dar
58 JUNTA DE MISSõES NACiONAE$

Inlcio á obra tão necessaria, entre os milhares" senão milhões. de


Indigenas que vivem, sem o conheeimento do Salvador, nas densas tre-
vas das' mattas virgens deste colosso - o Brasil.
"'Oh, Deus apressa o dia glorioso,
Quando os remidos Se toda a nação,
Num côro unido, santo, jubiloso,
Pra todo o sempre gloria a Ti darão!"

Movimento geral

Do nosso missionario Paschoal de Muzio, recehemos o seguinte l'e-


latorio de- estatistica do' nosso trabalho em Goyaz, de junho de 1920
a junho de 1922:

Centros de trabalho: Catalão e Ipamery


Egrejas ______________________________ _
1
Pontos de prégação ___________________ _ 16
Membros baptizados ___________________ _ 34
Exclusão _____________________________ _ 1
Baptizados ____________________________ ~ 23
Recebidos por demissorin _______________ _ 10
Interessados assiduos ____ -;- __ ..!. ___________ _ 98
Contribuição _____ ~----------- _________ _ 635$000
Gastos _______________________________ _ 635$000
Reuniões _____________________________ _ 529
Folhetos espalhad~s ___________________ _ 15.400
Uma escola annexa, alumnos ------------ 53
Frequencia da escola, alumnos ___________ _ 46
Alumnos que estudam gratis ___________ _ 22
Escola Dominical ---------------------- 1
Frequencia t6taL ______________________ _ 1.104
Reuniões Dominicaes ___________________ _ 24
Funccionam - Classes ________________ ~_ 3
Professores _________ - ___ - ______________ . 3

o centro de actividade, Ipamery, foi aberto com a vinda do novo


obreiro, . irmão João Baptista, J r ., em abril deste anno, 922.
A contribuição da -Escola Dominical está incluida ~a contribuição
total da Egreja.
Q,A ,.cONVENÇÃO ~APTISTA BRASILEIRA 59

As finanças da junta
Desde a ultima Oonvenção até 31 de maIO do anno corrente a
Junta recebeu as seguintes quantias:
Do· Campo Fluminense _____________ _ 3:950$790
Do Campo Paulistano _____________ _ 3:897$550
Do Oampo Pernambucano __________ ~ 2:717$800
Do Oampo Federal ________________ _ 2:528$240
Do Campo Interestadual (incluindo
248.400 de Sergipe e 94.300 do
Piauhy) _______________________, 1 :212$900
Do Campo Mineiro __ -1_____________.. , 1:006$110
Do Campo Victoriense _____________ _ 950$000
Do Campo Mattogrossense _________ _ 609$600
Do Campo Paraná Santa Oatharina __ 465$020
Do Campo Alagoano ______________ _ 170$200
Do Oampo Rio Grande do SuL ____ _ 44$000
Do Campo Paraense ________ -------- 35$700
Do Campo Marallhellse ____________ -, 11$500
Do Campo Goyano ________________ _ 10$000
Do Oampo Amazonense ____________ _ 8$600'

Total recebido _______________ _ 1'7 :618$010


Saldo entregue ao Sec. 001'. na Con-
venção do Recife _____________ _ 1:562$905
Devolução de dinheiro adiantado li um
obreiro ____________________ ~ __ _ 400$000

19:580$915

Despezas feitas
De junho a dezembro de 1920:
Salarios, algueis de casa, despesas de
viagem _______________________ _ 5:869$700
De janeiro 1921 a maio 1922:
Salarios, alugueis e despezas de viagem
dos obreiros ___________________ _ 8:050$000
, Auxilio á Escola Diaria em Oatalão __ 150$000
Auxilio ao Seminarista, mudança do
pastor João Baptista ___________ _ 799$150
A transport,ar _____________________ _ 14:868$850
60 • JUNTA DE MISSõES NACIONAES

Transporte _______________________ _
14:868$850
P~blicações, incluido litteratl1ra para
o Dia das Creanças, Actas da Con-
venção e folhetos para a propaganda 766$000
Valor de um orgão offerecido e cujo
equivalente foi debitado á caixa~_ 800$000
1 Orgãosinho portatil para a evangeli-
zação _________________________ _
400$000
Pequenas despezas _________________ _ 48$420

16:883$270
Total recebido ______________________ 19 :580$915
Total despendido ____________________ 16 :883$270

Saldo S. E. 0.____________________ 2 :697$645

Salomão L. GinsbuTIJ.
Sec. Cor.
Rio, 31 de maio de 1922.
ANNEXO N. 4

RELATORIO
DA

Junta ·de Missões EstraoQeiras


DA
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
apresentado á declma..terceira ·Convenção, reunida na
Primeira Egreja Baptista do Rio de Janeiro,
no mez de Junho de 1922
A confiança que em nós depositastes quando nos constituistes em
Junta de Missões Estrangeiras, impõe que vos prestemos hoje o nosso
relatorio que, muito embora não seja estrondoso, traduz o que realmente
foi feito dentro dos limites da nossa possibilidade,

o OAMPO

E' ocioso falarmos perante esta Oonvenção da vastidão do campo


.em Portugal e dos sete milhões dos seus habitantes que precisam do
nosso auxiliq e da nossa mais profunda sympathia na questão da salva-
ção das suas, almas famintas e sem esperança. Portugal tem sido uma
presa illfeliz do romanismo, atravéz de muitos seculos; o seu povo, de
tradições honrosas, tem sido enganado pelos aventureiros romanistas, e~
como soe acontecer em toda a parte onde o romanismo impera, educado
na escola da supel'stiç.ão e dos vicios que deturpam o caracter e corrom··
pem a ll1ora~. Portugal a que devemos o 110SS0 descobrimento, a nOSSB
origem historica, cujo sangue em grande parte herdámos, é, em reali-
dade, um campo d.e trabalho que deve inspirar aos brasileiros intimas e
sinceras sympathias, e que, pela semelhança da raça e da lingua 7 offe-
rece as mais praticas vantagens para a obra de cyangelização.
Todavia não parece que toda a nossa denominação no Brasil tenha
Ja podido perceber as grandes vantagens de e':angelisação daquelle pe-
daço do mundo, trabalho que, ao ver do bom senso . está talhado para os
brasHeiros e só a elles compete .
.Decorridos são quasi 14 annos que evangelisamos aquelle campo a
custo de não pequenos sacrificios e devemos lamentar que, a despeito de
innumeros appellos, ainda não temos no campo um missionario de ori-
gembrasileira que repl'esente o nosso ideal missiona rio, isto !?em desar
62 JUNTA DE MISSOES ESTRANGEIRAS

para os nossos actuaes missiona rios que teem trabalhado com aedicação
t'que nos representam dignamente.

OS OBREIROS

Ningúem ignora que estão á f~ente do trabalho em Portugal dois


.abnegados irmãos que se teeIp. mostrado capazes para a evangelisação do
meio: Revs. João Jorge de Olivejra e Antonio Mauricio, aos quaes a
Junta tem sustentatl..o e prestado o auxilio que tem podido dentro dos
recursos monetarios com que a denominação a tem habilitado. Oomo
alLüliar do -trabalho tambem a Junta tem a seu serviço o irmão J Pla-
cido da Cos~a, que foi ha algum tempo consagrado ao santo ministerio;
de sOl:te que, durante este ultimo periodo convencional, t,res foi o
numero de 1rabalhadores que operam no 'campo ou sejam mais dois do
que no periodo penultimo.
Era para desejar que a Junta tivesse podido obter, pelo menos, um
casal de novos missionarios para evangelisar o campo portuguez, mas
depois de algumas tentativas e. recusa de dois dos nossos obreiros que
pareciam talhados para o tra balho missionario, comprehendemos que não
·eraesta 'a vontade do Senhor e -que devemos eSperar até o dia quando
Elle se dignar chamar os que quizer mandar á obra. Quando seril
este venturoso dia ~ Que felizes creaturas serão as que irão consagrar as
suas vidas a um ideal tão santo ~ O clamor que vem de Portugal é sem-
pre o mesmo: "Faltam obreiros'~ "Portas abertas" "Almas perdidas"
Que possamos abrir os nossos corações, ouvir o clamor e "irmos ajudaI-os.

OS OENTROS DE EVA:N"GELIZAÇÃO

DOli' centros de evangelização.,est.ão estabelecidos actualmente: O


primeiro na cidade do Porto a cargo do irmão Antonio Mauricio que
tambem vem pastoreando a egreja local até que surja um trabalhador
idoneo . para assumir o pasto'rado. A influencia exercida pe~o irmão
~fauricio no trabalho daquella egreja 'tem sido extraordinaria e se elle
mais não tivesse feito pela causa em Portugal néstes quasi dois annos
·e meio de trabáIho, isto sómente bastaria para vermos neste homem de
Deus um trabalhador honesto, fiel e dedicado. A Egreja sob os seus
cuidados tem crescido em todos os seus ramos de actividade. Elle tem
arregimentado as creanças, os jovens, as senhoras e a Escola Domini-
cal, procurando seguir o modelo de excellencia, tornaudo assiIl1 a Egreja
modelar no trabalho. O problema do sustento proprio lhe merece
grande attenção, tanto assim que, a Egreja, cr~io, já estaria su~tell­
ta!lldo o seu pastor se algum obreiro capaz já tivesse apparecido. Se-
gundo o ultimo relatorio as conversões na Egreja foram em numero
de 19 no anno findo o que realmente representa um successo. O irmão
:Mauricio tem exercido tambem a sua influencia na imprensa e no tra~
DA CONVENÇÃO ~APTISTA BRASIL.-EIRA 63

balho em geral levando a mensagem a muitas villas e aldeias com gran-


de sacrificio da sua saúde e até da sua vida. ,
O segundo centro, na cidade de Viseu, está á cargo do Rev. João
Jorge de Oliveira. Foi intenção do Rev João Jorge quando daqui
partiu depois da Convenção em 1920, estabelecer-se -em Leiria o que
\ nos assegurava um novo centro de evangelização, mas algumas diffi-
culdades surgiram, e de tal forma, que elle foi obrigado a estabele-
cer-se em Viseu, antigo centro de trabalho com uma- egreja de poucos
membros. Este, creio, era realmente o logar onde Deus queria que
aquelle irmão trabalhasse, dadas as bençãos que ali teem sido derra-
madas pela mão poderosa do Senhor. O irmão' João Jorge tendo conse-
guido fazer proprietarios de um jornal local tres fieis baptistas que co-
meçaram 'a publicaI-o sob o- titulo " A Voz da Verdade", pelas suas
('olnmnas poz-:se no campo da coniroversia religiosa, pregando a ver-
dade sem impedimento algum e della fazendo a mais forte propaga'nda.
_\.0 mesmo tempo estabeleceu uma campanha intelligente contra os
vicios e peceados qUE' arrastam o povo á miseria e perdição. O resulta-
do desta campanha foi o fecham81lto das casas de tavolagem com o ap-
plauso da opinião sensata.
Ambos ·os centros teem especializado fi campanha por meio da
litteratHra tendo •. O Christão Baptista" feito a melhor parte deste
trabalho penetrando nos lares portuguezes de Norte a Sul do paiz.
Pena {> que a nossa .Tunta não tenha podido até agora prestar melhor
auxilio monetario a uma obra tão gloriosa.
Em Viseu, tambem pela influencia do Rey João Jorge de Oli-
veira, foi estabelecida uma escola diaria cuja llulÍ!'icula 'se elevou a
90 até o fimé do an110 passado, escola esta que está sendo sustentada
por si propria e exercendo bôa influencia no meio social 10-:,al.

O EVANGELISTA

Não podemos deixar passar despercebida a obra que está sendo


feita pelo E,-ullgelista Rev José Placido da Costa. Este il'mão. está
trabalhando consagradamente muito' embora o auxilio que fi Junta
lhe esteja prestando seja relati,-amente pequeno. Elle, sob a direcção
dos missiona rios, \'ae aqui, alli e além pregando a mensagem de sal-
"tição e o seu trabalho está sendo ricamente abençoado.
NOVOS CENTROS DE EVANGELIZAÇÃO

N att1ralmente os baptistas estão se impondo {l confiança do POYO


em toda a parte do mundo e já se sente em Portugal os prodromo~
da queda de certos preconceitos, sendo sensivel a alta da tempel'aturn
110 theI'lllometro da. sympathia do povo pela caUSa huptista. Nenhuma
dpllominação alli tem co.nsegllido, em tão cm"to espaço. de tt"mpo, fazeI'
o (jll(' temos feito e estão nas 'nossas mãos as mai~ risonhas opportu-
64 JUNTA DE MISSÕES ESTRANGEIRAS

nidades de abrirmos novos centros de evangelização, dependendo tudo


da presença de novos missionarios no campo e do preparo de traba-
lhadores nativos que assumam as responsabilidades das egrejas lacaes
na medida que se forem organizando.

o MINISTERIO

.A nossa Junta deve ser habilitada com recursos preCISOS para a


educação de varios moços que estão sendo chamaitos ao santo minis-
terio. Este é um assumpto que está merecendo a nossa carinhosa at-
tenção. Vis~o que não temos recursos para crear ulll: seminario em
, Portugal, temos proposto ás egrejas portuguezas nos enviarem os mo-
ços, fàzendo ellas asdespezas de viagem, para virem e voltarem, com-
promettendo-se a Junta a entrar em um entendimento com os nossos
seminarios aqui para ministrar á edv.cação gratuita aos moços. Isto
resolveria o assumpto até que podessemos realizar o ideal de uma eg,.
cola de .preparação de obreiros.
CASA PUBLICADORA

E' com gosto que vos annunciamos o grande interesse de que está
despertado o povo baptista portuguez. para o estabelecimento de uma
Casa Publicadora. Não é mais um projecto. O trabalho está se con-
cretizando e não duvidamos de que em pouco tempo haverá no campo
uma boa Casa Publicadora, tal o enthusiasmo dos missionarios e das
egrejas ..,:\.- nossa Junta tem tido apenas palavras de approvação para
esta obra tão importante, entretanto, deve estudar o casQ e, sendo pos-
sivel, prestar assistencia e auxilio monetario a este trabalho. de im-
portancia ,'ital par o crescimento da evangelização de Portugal.

PROBLEMA EDUCACION~\.L

.A. obra de educação que está interessando todas as .Juntas de :11is-


sões no mundo .deve nos interessar tambem e penso que já (. tempo de
irmos lançando aí' nossas vistas para este ramo ·de trabalho no estran-
geiro. ..1 semente deste trabalho em Portugal já está lançada com a
creação da escola em Viseu, facto de que já 1I0S occupámos em linhas
precedentes e era para desejar que algo podessemos fazer daqui por di-
ante peJa educação do povo portuguez,
CONVENÇÃO E GRA~T])E CAMPANHA
Terminada a Convenção de 1920 no Recife o nosso mÍssiouario
.T oão ,Jorge de Oliveira seguiu para Portugal levando instrucções da
Junta para promover a Grande Oampanha Baptista entre os portu-
guezes. Chegado que foi a· Portugal fmidou-se aOonvellção Baptista
Portugueza, cuja reunião foi úm grande- successo de todos já conhecido
DA CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA 65

e tambem iniciada a Grande Ca,mpanha com um alvo de Esc. 25 :000$00


para os cinco annos,. Não sei se os irmãos alli ácertaram ou não quan-
do tomaram esta quantia como alvo, sei entretanto que já contribuirani
Esc. 20 :000$00, o que representa um successo em face da condição
de po~reza da maioria dos crentes, esperando-se que este alvo se eleve
ao duplo ao fim do tempo.

APROPRIAÇÃO

Temos fielmente enviado cada mez dinheiro para pagamento dos


salarios dos missionarias e para outros auxilias ao trabalho. .L\. ápro-
priação 111e1lsal que estamos enviando actualmente é de 899$000, mas
em virtude da, circull1stancia da extrema .,carestia da vida no paiz te-
mos recebido reclamações dos nossos enviados que dizem não poder
continuar a se sustentar com o actual salario. Submettemos o assumo
pto ti consideração da 'llova Junta para resolver attendendo, se 'possj-
yeI. á justa reclamação que nos fazem os missionarias.

Ul!A ~YOVA JUNTA EM PORTUGAL

Tendo 110S cOllstado. já ha algum tempo que uma nova Juuta iria
trabalhar em Portugal - a ,T unta da Baptist J\-fissionary Associatioll
of Texas - a qual embora sustellte doutrinas orthodoxas não poderia
forma.r em commum COlll o nosso trabalho sem prejuizo dos nossos
direitos de mais yelhos no campo, logo 110S puzemos em communicàção
com ella. Kão tj,Temos o intuito {le prohibir fi sua el1trada 110 ca.mpo.
dado o 1I0SS0 reconhecido caracter de tolerancia, mas quizemos evitar
a intl'omissã0 de el(~mentos estranhos ql1e pudessem nos trazer diffi-
(mldades posteriores. Propuzemos á Junta da B. M. ~\.. a divisão .
.do eampo passalldo ellaa trabalhar no Sui do para11elo 40° e nós a.o Nor-
t0, do lll(~SlllO pal'allelo. COlllquàlltO fi sua resposta uão fosse acquies-
el'lIdo, todavia 1I0S tnmqllillizou. Eil-a:

.. Não (. 110íilSO desejo. 11('111 cl'enios ser a Y01ltade de Deus,


que mandemos missionarios a campos já occupados por ba-
ptistas, porém antes ma.'lldal~oR áquelles que não estão ou-
vindo a Palavra de Deus." ., Queremos' mandar o Evangelho
M) maior numero de almas possin'l e seremos satisfeitos em
cooperar comvosco pa.ra este fim."

Esta resposta ('hcgou-1l0S aqui ('lU agosto do arruo passado e es-


fava mos certos de que o nosso campo não seria. invadido. Entretanto
lv[arço 'deste anuo soubemos da partída do Re,·. ,A. V\T Luper' e
('111
Hua esposa. para LisbÔa tmm O fim de iuiciarem -trabalho. Immediata-
mente 1108 dirigimos a este irmão e aos missionarios trata.·Iido de obter
informes quanto aos intuitos da Junta da B. M. A. Tendo chegado
66 JUNTA DE MISSOES ESTRANGEIRAS

resposta verificámos que o Dr. Luper foi recebido em Lisboa pelo


Rev João Jorge de Oliveira o 'Rev., Antonio Mauricio, que visitou
o nosso campo de trabalho a convite ao Rev J oãoJorge de Oliveira,
que este resignou o pastorado d,a Egreja de Viseu para que fosse o
Dr Luper eleito pastor, o que effectivamente se deu, que as egrejas
votaram moções de solidariedade ao Dr Luper recebendo-o festiva-
mente.Em vista de tudo isto está ereada, muito a contra gosto {la
Junta, uma situação difficil em Portugal para o nosso trabalho, si-
tuação esta que IDOS não foi possivel evitar a :despeito de todo o in-
teresse que tomámos. ...-\ Junta reconhece, com tristeza, pelo desenrolar
dos factos r a responsabilidade -do irmão João Jorge neste caso que
considera um desastre e lamenta que elIe não tivesse podido perceber
o perigo a que expôz o nosso trabalho e as nossas conquistas em Por-
tugal a custo de enormes e ines"timaveis sacrificios.
O caso é, desta forma, collocado' perante esta illustre Convenção
Que a J uúta reconhece como juiz competente para julgaI-o .


ESTA,TISTIGAS

Submettemos á vossa consideração e apreciação a seguinte estatís-


tica que representa- o lucro do nosso trabalho nos dois annos findos:
1920 1921 Total
Baptismos ________ --________________________ _ 20 30 50
Itecebidos por carta - ________ ~---------------- 2 2 4

22 32 54
Litteratura destribui'da em 1921, comprehell-
dendo, folhetos, porções, etc. __________ 30.000 avulsos
Matricula da escola em Víseu em 1921______ '90 alumnos
Contribuição para a Grande Campanha _____'_, Esc. 20 :000$00

Muito estimariamos poder apresentar uma estatística completa e


perfeita, mas nos faltam os dados precisos. Certo esta pequena esta-
tística na qual se verifica a juncção de 50 almas ás egrej as portugue-
zas em 1920 e 1921, havendo um acêrescimo de 50 °1° nos ,bal'tí~mos so-
bre o a-nno de 1920, -deve nos' animar Considerando o valor de uma al-
ma, o nosso trabalho não teria sido vão se apenas uma alII:1a tivesse
sido ganha. A. colheita de 50' almas é a resposta ás nossas orações. Bem
valeu o sacr1ficio e o esforço dos nossos missiona rios . Demais disso mui-
to vale ainda a semente que está lançada e que, certo, germinará, cres-
q~fá e fructificará a seu tempo. Ainda vale muito a influencia que o
P~)\·o baptista portuguez está exercendo nos centros de evangelização (>
no paiz inteiro, cortado. pela sua litteratura, de <suja destribuição não
vos posso dar uma estatistica exacta.
DA CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA 67

PERSPEOTIVA

A p~rspectiva do trabalho em Portugal é esp~rançosa. Do que vos


tenho exposto lJeste relatorio bem podeis concluir que é verdadeira esta I

asserção. Este periodo de dois anIl os foi talvez o de mais evidencias na


historia do ÍlOSSO trabalho alli. Os recursos com cque a d~nominação nOs
liabilitou foram diminutos, a percentagem que nos· coube foi pequena
em relação ao valor da Grande Oampanha. Pois bem as nossas oppor-
tunidades e esta perspectiva gloriosa serão, talvez, perdidas para sempre
se a denominação não cuidar, com mais acerto, de tomar medidas que
ponham a Junta em condição de aproveitaI-as. Sem meios não pode-
remos agir, sem trabalhadores não poderemos evangelizar, da mesma
forma que não se pode sahir á guerra sem soldadOs e sem munição.
Em face do successo da nossa Grande Oampanha, creio que para
este novo peri'odo convencional nada era que fossem destinados 60' :0'0'0'$
para a obra de Missões Estrangeiras e neste sentido aJunta appella
para esta respeitavel Convenção.

FINANÇAS

Tambelll submettemos á vossa apreciação o relatorio financeiro do


periodo convencional 1920' a 1922, a saber:

Saldo em Caixa em 31 de Maio de 192Q, in-


cluindo. o debito da Casa. Publicadora,
conforme o relatorio apresentado á Con-
venção de 1920' ___________________ _ 1:932$435
Recebido de offertas, dos diversos campos __ 23:351$855' 25:284$290'

SVGIHVS

Pago por salario dos missionarios e auxilios


ao trabalho em Portugal ------------ 20':911$20'0'
Despendido clviagens dos missiona rios ___ _ 3:271$70'0'
Pago por ~espezas diversas ----- ________ _ 868$810' 25:0'51$710'

Saldo em Caixa que passa para o mez de


Junho ___________________________ _
232$580'
J}JNTA DE MISSõES ESTRANGEIRAS

àL.ASSIFICAÇÃO DOS CAMPOS SEGUNDO AS


SUAS OFFERTAS
19 logar Campo Federal ---------..,7'~-----.,..----~----- 4:980$260
" " Fluminense _..;.~ _____ . .: _______ :..::... _____ ~ 4:212$400
" Perllanlbuco ,__ ~ __ .:. . _________ ~ ___ ~ __ 2:758$010
" Victoriente _______________________ ..:.._ 2:660$000
" Paulistano ----.r---~:-~~-------------- 2:625$700
Bahiano ~ ____ ~ _________________ ~ __ _ 2:271$705
Mineiro __________________________ _ 1 :446$475
Mattogl'ossense . ____________________ _
" Alagoano __________ ______________ _
~
613$860
"., " ~\D1azonense _______________ _______ _ ~
502$700
450$000
Paranáense -'-_-...0:... _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ /161$000
"
Sergipallo ________________________ _ 89$300
Sulista ___________________________ _ 88$000
Paráense ______ - ____________________,
" Maranhense _______________________ _
67$500
" " Piauhyellse . ;. _______ - ____._____ ~ _____ _
31$100
" ~\VQ.lsos ____________________ : ______ _
8$200
" 385$645

Total das offertas _________________ _ 23:351*855

COXCLUSÁO
COllcluilldo este relatorio que vos apresentamos, cremos nos ter
desobrigado do nosso dever Não sabemos, todavia, se fizemos tudo
quando o Mestre deseja,?a que fi~essemos e tanto quall'to vós esperaveis ~
estamos cOllvellci<4>s entretanto de que fizemos o que nos foi possivel
deutro dos reeursos que nos foram confiados.
Recife, 30 de Maio de 1922.

MENANlJRO MARTINS.

Sec. 0'01'. e Thesoureiro.


ANNEXO N. 5

RELATORIO
DA

CASA PUBLICADORA BAPTISTA


No trabalho da Casa Publicadora, desde a penultima
Convenção, no Recife, temos recebido abundantes bençãos
de nosso Pae celestial. O trabalho teiu progredido continua
e segu~amente; cremos estar servindo benl a nossa denomi-
na~ão, e que a nossa casa está chegando ao ponto da sua Iuais
alta efficiencia. .
PROBLEl\IAS
Nos dois annos decorridos Hveulos alguns problemas
hem sérios para solver A Convenção no Recife alterou
profundamente a organização da Casa. Até então ella se
achava dividida elll tres departamentos, teRdo cada qual o
seu director com attrihuições eguaes e independentes. A
Convenção unificou todo o trabalho, sob a responsabilidade
de unI só director, cargo para o qual foi eleito o irmão S. L.
\Vatson, que o exerceu durante 'seis lnezes mismo á custa da
sua saude·bastante combalida: Tendo elle .<, que retirar..;se,
foi o signatario deste chamado a occupar o cargo interina-
lnente durante uns' poucos de mezes até á sua volta. E' op-
portuno dizer aqui que nenhum de nós tinha prática desta
especie de trabalho; por isso mesmo lnais devemos à graça
de Deus, e á bôa vontade e cooperação dos irmãos, relativa-
l!1ente ao que temos feito durante os dois annos decorridos.
UnI outro problema era que dos tres 'directores que a
casa tinha, dois estavam ausentes nos Estados Unidos, achan-
do-se um sobrecarregado com o traoalho dos ires. Mas
lnais uma vez, graças ás bençãos de Deus, á cooperação dos
irmãos e á fidelidade dos enlpregados da casa, podemos sol-
ver o problelna.
Mas ha ainda unla outra grande. difficuldade que já por
I annos vem embaraçando o nosso trabalho, que é a falta de
70 RELATORIO DA CASA PUBLICADORA BAPTISTA

machinismos e nlais materiàl e' espaço nas nossas officinas a


'ponto de satisfazer as necessidades do trabalho cada vez
lnaiores. Como resultado disso, apesar de termos feito um
trabàUío consideravelmentemàjs volumoso e mais perfeito
que o de 'outros 'tempos, ficamos múito áquem das necessida-
des; fizemos muito menos do que, deviamos, não com a, per-
feição necessaria, a custo quasi duplicado, porqu'e muito
trahalho foi feito de~' noite,pa,go a salario dobrado, e com
grande sacrificio dos machinismos, com um trabalho intenso
e ininterrupto. Alguns irmãos não sabendo destas difficul-
dades, Ieem-se queixado do _custo do trabalho que fazemos,
julgando talvez que nos estejamos aproveitando da situação.
Releva entretanto dizer que' os trabalhos não são de maior
('usto que os de ouh;as casas, sendo eguaes; mas tambem não
são luenores, conlO er8. de esperar que fossem; mas a ra-
zão é por que nos tem sido impossivel fazeI-os a não' ser que
não nos importasseluos de levar a casa em pouco tempo á
bancarrota. Os irluãos que n'os precederam na direcção da
casa, como nós tentaram reduzir o custo dos trabalhos e não
o puderam fazer. SÓ,ha UIU lueio de baratear as producçôes
da nossa casa - é mais material e nlais espaço.
Convencida disto, a Junta da Casa Publicadora pediu a
"Junta de l\1issões de Richmond", para a COlTIpra no centro
da cidade de um bOIU terreno, .e para a erecção nelle de unI
edificio amplo e adequado ao nosso trabalho. Aquella J un-
ta prompta e' bondosamente altendeu ao nosso pedido, já nos
l'roveu dos fundos necessarios para a compra de um magni-
fico terreno, de 700 metros quadrados, na' 'rua General Ca-
luara, em frente á Prefeitura Municipal. Neste terreno es-
p'eramos em breve construir um edificio 'amplo e apropriado,
no qual terelTIOS a nossa typographia, a redacção e o deposi-
to de livros, conseguindo reunir assim a maior efficiencia á
com'modidade e á economia. Será o maior triumpho da
nossa casa e da nossa causa, quando isto se poder realizar
Não obstante as difficuldades apontadas, o nosso traba-
lhó' está em franco progresso; eé com satisfação que temos
recebido o testem{Jnho de' múitos irmãos dizendo que ella
está fazendo melhor trabalho e recebendo maior cooperação
do que em qualquer periodo, anterior da sua existencia.

o QUE TEMOS FEITO


o JORNAL BAPTISTA

Ha um anno imprimimos e distribuímos profusamente


um folheto com o titulo "O novo Jornal Baptista", no qual
';í
RELATORIO DA CASA PUBLICADORA BAPTISTA 71
esboçamos alguns melhoraIllentos que projectavamos iIitro-
duzir no nosso orgam official. Em geral temos introduzido
os melhoramentos indicados, e teIllos com satisfação consta
tado que isso tem agradado ao nosso povo ..
Temos tomado por alvo que o "Jornal Baptista" e.xiste
para servir á denominação baptista no Brasil; ~ assim temos
nos esforçado de promover por meio delle todos os interesses
denonlinacionaes. Nossà Convenção opéra por meio das
suas Juntas que levam adiante o seu trabalho.brganizado de
uma reunião a outra. Temos nos esforçado ppr auxiliar os
trabalhos dessas Juntas, pondo-o em evidencia perante as
egrejas e prestigiando-o tanto quanto possivel. Natural-
mente a maior parte do trabalho cabia ás mesmas Juntas,
como, por exemplo, a publicação de relatorios, noticias, ap-
pellos, etc., e a nós cabia offerecer o espaço' disponivel e cor-
roborar o que ellas fizessen1. Neste sentido não sómenle pu-
zemos as nossas columnas á disposição das Juntas, como tam-
hem lhes rogamos que as occupassem. Todas se aproveita-
ram da opportunidade, naturalmente, UInas mais do que ou-
tras. As Juntas de Missões Nacionaes e Estrangeiras têm oc-
cupado espaço Inais ou Il1enOS regulanllente em nossas co-
]umnas. A Junta do Trabalho das Senhoras tem tomado o
seu logar quasi todas as vezes que o Jornal tem sahido. Por
varios modos teInos auxiliado o trabalho da Junta de Edu-
càção. Em primeiro logar, publicando uma série de bons
artigos da lavra do irnlão C. A. Baker; em segundo logar
publicando artigos illustrados de todas as nossas grandes ins-
tituições de ensino, no Rio, en1 S. Paulo, em Campos, enI Yi-
ctoria, enI Recife, eIn BeBo Horizonte, e em nluitos outros 10-
gares menores. Com isto o nosso povo, e todos os leitores
do "Jornal Baptista" tem adquirido UIna idéa luais ampla e
clara do que os baptistas estão fazendo pela causa da educa-
ção no Brasil.
De telnpos em teInpos a Junta da Mocidade tenI-nos
Iuafldado 'materia que temos publicado COm prazer A Jun-
ta de Escolas Dominicaes tinha a nIesma opportunidade das
outras, e ella a teria certaIllente aproveitado bem, se não
fosse a enfermidade do. irIl1ão A. B. Langston, 1110tivo pelo
que mp.ito pouco se serviu de nós. Tenlos feito todo o possi-
vel para trazer "Os irmãos bep.l infornlados ácerca de todo o
Illovimento baptista em toda a parte, quer pela publicação de
artigos, quer pela publicação de correspondencias e noticias,
etc. Temos dedicado UIlla pagina á noticias interessantes de
caracter geral, com o titulo "De toda a. parte", que telll sido
nIuHo apreciada. As "Perguntas e Respostas" continuam a
\
72 RELATOfllO DA CASA P,UBLICADORA -BAPTISTA

:~"$er' unIa par.te muito apreciada e, cremos, util ao nosso jor-


" 'llâL ' Os vàliosos artigos e sermõe~ que tenios publicado, da
.~. 'layi-a de h-mãos' Ç()Jrip~tentes de toda a parte do Brasil, teenl
encarecido o val~r do nosso jornal e, o tornado mais geral-
mente acceit,o, .e, mais attr~herite e util. E', verdadeiramen-
t~ unI jOl~nal de todos os b~ptistas, para todos os baptistas.
Não te~'os tamb.emesquecido que o jornal não é só para os
haijtislas. Elleconta luuHos ass'ignantes de .crentes de ou-
tras denonúnações evangelicas, e luuita~ pessôas de fôra;· por
issó <iiiesitlo, sem québra dos nossos princi.pios, teInos procu-
radO. tánlo quanto possivel agradar e beneficiar a taes lei-
tor<tS. .
., ',' Durante certo telupo o Jornal foi, publicado 'enl papel
lUUltO inferior, áspero, amarellaço, de feio aspecto. Nào nos
: ·era. possivel então empreg~r melhor papel; mas já ha algum
_ tempo qúe' 9 estamos publicando enl bom papel assetinado t~
daro, não obstante o llJ.UitO luaior dispendio; mas o aspecto
que o Jornal agora tem, compensa o sacrificio. A cada passo
tarnhem estamos publicando custosos clichés não só para em-
hellezár"e tornar mais attractivo o nosso Jornal, como tam-
bem 'para' fazer justiça ás instituições que temos e que são
nellês retratadas. Essa& instituições teem nos ajudado nes-
te trabalho, pagando as lnais <1;as vezes os clichés publicados
A nossa edição actual é de 5.000 exemplares,. e crelUOS que
. Inaior do que a de qualquer outro collega evangelico. E
como grande numer~ dos. nossos leitores não são baptistas.
devemos tomar isso corno bom indicio do prestigio publico
que elle'V,ae tendo, por mercê de Deus.

DEPARTAMENTO DE LIVROS i.

N a reorganização ~o nosso trabalbo no Recife ficou es-


labelecido' que o Departaluento de Livros, que ha anuos se
se~tia ll€cessario, se inauguraria inlluediatamente, tendo o ir-
lnão dr. \V.~. EntznlÍnger como sub-directo.r. De facto, logo
que elle chegou de volta ao Brasil,o departamento foi esta-
belecido e já tem prestado valioso serviço. Dois valiosos trà-
])alhos foram ja executados por este depattamento, a saber:
1) A revisão final da Hannonia dos Evangelhos, obra :que ain-
da se eSlJera apresentar prompta durante esta reunião con-
vencional; e 2) A preparação' de outra edição do Cantor
Chris tã9. que vae ser dada á luz com musica e sem musica.
Estes dois tr.abalhos eram de difficil execução, mas foraln
~cabad9s, feliz:rn.ente. Em addição a isto o citado departa-
mento. tem esta(}9 e~penh~do na leitura de certos manus-
RELATo"ruo DA CASA PUBLICADORA BAPTISTA 73

criptos para dar sobre elles parecer quanto á conveniencia


da sua publicação, na correcção de outros e na redacção e
traducção de obras de importancia. '
Durante os annos de 1921, 1922, publicamos os seguintes
livros:
o Problema da Inf ancia 2.000 exemplares
O Cantor Christão 15.000
Confissão Auricular 1.000 "
A Biblia em Esboço 2.000 "
Actos dos Apostolos 1.000 "
Pontos Salientes para 1922 1.000 "
Guia da Infancia para 1922 500
Pontos de Nossa Historia 2.000
Xovo Manual Normal 5.000 "

EsperaInos poder apromptar durante esta reunião Con-


vencional, os seguintes:
Hanuonia dos Evangelhos 1 .000 exemplares
A Biblia; Livro por Livro 1.000 "
As Egrejas do l\avo TestanIento 1. 000 "
.Manual da Mocidade 1.000 "
A Posição dos Baptistas 1.000 "
Palestras caDI a Classe ~onnal 1.000
Telnos eIn manuscripto, para publicar, os seguintes:
Heroese Martyres - Varetto '
Evangelismo· na Escola Dominical - Burroughs.
Comlnentarios nas Epistolas Pastoraes - Carroll.
Doutrinas Baptistas - Wallace.
Certamente os irmãos alegrar-se-ão eU1 saber que com-
pramos e· já estamos usando uma fonte de typos de musica, ('
t'remos que a nossa casa virá a ser a primeira no Brasil a usar
taes typos com successo. EIU vista disso esperamos ainda no
presente anno apresentar aos baptistas o Cantor Christão
("om musica. Isto exige Juuito trabalho, muita padencia e
lnpito dispendio, porénl será a realização de um sonho de
uns poucos annbs. Só os t~TPOS de lnusica custaran1-nos çin-
('o contos de réis, e a composição de todo o Cantor custará
nIuito mais do que isso. Porém esta grande necessidade não
devia denIorar mais para ser satisfeita.
14 RELATORIO, DA CASA PUBLICADORA· BAPTISTA

Talnbem conlpramos uma fonte de lnatrizes para fun-


o dição de linotypos, espe~ialnlente para livros; e diversos' dos
relatorios apresentados á Convenção terão sido inlpressos
com esfe novo typo. '
O departamento de livros está agora brganizàdo e func-
cionando bem. Em futuro proxiIno a nos~a literatura será
('ada vez melhor e lnais abundante.

PROPAGANDA

De dois modos a Casa Publicadora tem feito uma larga


propaganda: 1) Pela franca distribuição de folhetos; e ~)
pela distribuição gratuita, COlno introducção, do primeiro
numero de algumas revistas. Da Junta de Richmond temos
uma verba para propaganda, que temos usado na propagan-
da da literatura, conl proveitosos resultad~s. Durante 1921
distribuimos um milhão e duzentos mil-folhetos (1.200.000).
O effeito deste trabalho está sendo largamente sentido.
Durante os passados dois annos temos começado a pu-
blicação de algum novo trabalho, para a introducção do qual
achamos bom Jazer distribuição gratuita de um bom nume-
ro de exemplares com certas pessôa..s de representação na ,de-
nominação. Assim fizemos com () livro periodico "Pontos
Salientes" Tendo este livro obtido grande successo nos Es-
tados Unidos" aventuranlo-nos a publicai-o eln portuguez,
para o que tivemos a necessaria permissão. Tiramos uma
edição de 1.000 exemplares, a decima p~rt'e da qual, isto é,
100 exemplares, distribuimos gratuitamente. O preço de
cada exemplar foi 5$000, nlas no anno proximo cremos poder
fazel':o por lnenor preço. A acceitação foi muito bôa, e te-
nlOS fé que virá a ser lnelhor.
Da mesma maneira publicalnos o Guia da Infancia eIYl
livro para todo o anno, a decima parte da edição do qual
tambem distribuinlos gratuitamente.
Quando a Revista da. Mocidade foi mudada de publica-
ção mensal para trimensal, mandamos para todas as partes
do Brasil muitos exemplares 'della gratuitamente. O resul-
tado têm sido grandemente benefico; as Uniões estão gostan-
do da Revista na nova forma.
Talvez o novo trabalho introduzido com mais successo
pela Casa seja o jornalzinho "Joias deChtisto"" para as cre-
anças das Escolas Dominicaes. Fizemos distribuição gra-
tuita do primeiro trimestre, .e como resultado temos centenas
de cartas aitestando a utilidade do jornalzinho e pedindo as-
signafuras.
RE.LATORIODA CASA PUBLICADORA BAPTISTA 75

Muitos aluigos da, Casa Pu.blicadora e do Jornal Baptista


teem contribuido, para a remessa do mesmo aos prisioneiros,
em muitas partes do ~Brasil. Este trabalho. tem alcançado
IUUitOS e optimos resultados. Os prisioneiros não têm nada
que ler, e assim.leem o Jornal com avidez e interesse. De
muitos. delle~ recebemos cartas repassadas de carinho e gra-
.tidão, e não são poucos os qUe se declaram francamente cren-
tes em Jesus Christo, e só esperam o cumprimento da pena
ou o indulto, para professarem a sua fé publica pelo baptis-
lUa.

AS ESCOLAS DOMINICAES

E' interessante relafar que mais da metade do trabalho


da Casa é referente á Escola Dominical. Isto e O Jornal Ba-
ptista são as duas filais Íluportantes phases de trabalho da
Bossa Casa. Cada trimestre imprimimos ilez mil Revistas
para Adultos, 2.000 para Jovens, 4.000 Guias da Infancia, es-
tamos actualnlente inlprimindo 2.000 Joias de Christo, mas
de'l1tro em pouco publicaremos uns 10.000. A . preparação.
iInpressão e distribuição destas revistas é uma grande tare-
fa enl si llleSIlla.
Tenlos a cOlupletar a série de livros pertencente ao Cur-
so Normal, a saber:
o Novo Manual Normal.
A Vida de Christo, por Stalker
As Sete Leis do Ensino, por Gregory.
Estudos sobre o Evangelisnlo, por Reno.
Breve Historia dos Baptistas, por Vedder
Palestras com a Classe Normal, por Slattery
Doutrinas Baptistas, em manuscripto.
O Coração do Velho Testalnento, por Sampey
Todos estes livros, á excepção do ultimo, são vendidos
pela nossa Casa. O Coração do Velho Testanlento pertence
no Curso por Correspondencia do Collegio Baptista do Rio
(' é por elle vendido.
DIPLOMAS E SELLOS DO CURSO NORMAL
O Curso NOrInal tem tido largo incremento, especial-
Inente nos campos Pernanbucaho, Fluminense, Paulistano e
Victoriense. Isto se prova pelo nillnero de diplomas e sellQs
do Curso Normal que nos foram pedidos desses canlpos, os
quaes promptamente remettenlos, nas quantidades de 150 di-
plomas e 388 selIos.
76 RELATORIO DA CASA PUBLICADORA BApTISTA

D~vemos emphatizara tremenda importancia do pro-


fessor treinado 'para o desenvolvimento das escolas domi-
nicaes. Como isto, porém, -deve ser tratádo por mll orador
em nossa Convenção, deixemos de falar mais neste topico.

LIÇõES EVANGELISTICAS

Isto é uma nova publicação da nossa casa muito'. util e


Inuito oPP9rtuna. E' uma série de lições evangelistic'as em
folheto e em folhas soltas; aquelle para o professor, e estas
para os alumnos. Isto é para Iormação ,de classes nas egre-
J as, com pessôas estranh~s. Estas ;lições encaminham as
pessoas nas' verdades fundamentaes do Evangelho até as le-
vara um ponto do conhecimento de Christo sufficiente para
a acceitarem como Salvador Não obstante consti tuirenl
ulna série, cada uma deHas dá um recado completo da sal-
vação ao adventicio que mesmo uma só vez assista na cl~sse.
Aquellas p.essôas que já teem visto estas lições, têm externa-
do a respeito dellas os Inais lisonj eiros concei tos.

A PROPAGANDA DAS ESCOLAS DOMINICAES

Esta tem estado a cargo da Junta das Escolas Domini-


tOaes e a Casa Publicadora não podia intronletter-se nesta im-
portante phase da sua actividade. Esperamos que a presen-
te Convenção considere a conveniencia de 'translerir á nossa
Casa esse trabalho de propaganda, para o qual se acha bem'
étpparelhada.

ASPECTOS MATERIAES
,
Durante' os dois annos decorridos cqtnpramos grande
quan;lidade de material typographico. Nisto inclue-se typo
novo, magazines de linotypos, typos de musica, machinas de
endereçar, de imprimir, de dourar, de dobrar, de cortar pa-
pel, de grampear, grande prensa de apertar ,livros, etc. Com
todo esse material a nossa casa está apparelhada a fazer mui-
to melhor serviço do que fazia. Não obstante estamos pre-
dsando muito de comprar machinas de costurar livros, por
que o trabalho manual é muito vagaroso, e por isso custoso.
Esperamos para a: Convenção de 1924 podermos annunciar
já estarmos de posse de tRes machinas.
RELATORIO DA CASA PUBLICADORA BAPTISTA 77

FINANÇAS
-o estado financeiro da nossa Casa é lisongeiro, màs se-
da muito melhor se não fossem as enormes despesas decor-
rentes de uma administração dividida. Para que os irmãos
tenham uma idéà do que são essas despesas, eis aqui algumas
notas.
1. O escriptorio na cidade acarreta-nos uma despesa an-
nual de g :000$000, quantia essa que será economisada logo
que tenhamos toda a nossa casa no centro.
2. Transportes, carretos e passagens, da officina para a
cidade, e vice-versa, acarretam-nos a despesa de uns cinco
contos por anno.
3. Outras despezas resultantes da separação do escriplo-
rio da officina importam em mais alguns contos de réis.
4. Ao directo~ é totahnente impossivel fazer que a casa
produza o maximo de trabalho quando as officinas estão tão
distantes do escriptorio, não obstante estar á testa das mes-
mas um homem competente e zeloso.
5. O Jornal Baptista custa-nos annualmente uns cincoen-
ta contos, recebemos para elle uns trinta, deixando-nos um
deficit de vinte contos, que tem que ser coberto com outras
fontes de renda da casa.
6. Os nossos compradores são nluitos, 111as em geral de
pequenas quantias, obrigando-nos a um trabalho dispendio'so
de escriptorio. O remedio para isso é a centralização de to-
dos os nossos trabalhos eIn uma casa propria na cidade.
7 Muitas pessôas fazem pequenas compras a credito e
depois esquecem-se ou negligenciam os pagamentos. E mui-
tos assignantes do Jornal Baptista deixam de pagar as suas
assignaturas. Só nisto perden10S annuahnente uns quinze
coutos de réis.
Aoes,ªr de tudo isso, a nossa casa está em progresso e
fazendo mais e melhor trabalho do que nunca. Ainda ha
tropeços no nosso caminho. mas que pouco a pouco serão re-
lnovidos, com a graça de 'Deus e a sYIÍlpathia e cooperação
dos nossos irmãos; até que UIn dia a nossa casa chegará á sua
nHÜS alta efficiencia e utilidade.

Respeitosamente subInettido por

L. T Hifes,
Director-in terino.
78 RELATORIO DA CASA PUBLICADORA BAPTISTA

BAlANÇO DA CASA PUBLICADORA BAPTISTA EM 31 DE DEZEMBRO DE 1921


ACl'IVO ,.
Propriedáde 71:986$080
:Machinismos . . 101:049$340
Moveis e utensilios 16 :221$920·
Typos .e cavalletes . 9:030$060
Contas correntes 136:419$140
Caixà .. .. 5:598$680
::\iateri'al eln deposito 30:524$650
Livraria 39:062$850
409:892$720
PASSIVO
l~apital . "
296:303$400
Contas correntes 'o 19:7V5$240
Fundo de nlaterial 1() :Ü86$43U
Redacção de livros . 4:'821$430
Fundo de construcção , 67:526$100
" "Escolas D01ninicaes 1 :767~'-l40
" "viagens 1:965$Gf)O
Escriptorio 7 :027$1,30
409 :892$72(~
Demonstraçao da co nta de Lucros e Perdas
4

DEBITO
Depreciação' de machinisnlos 5:318$387
" "moveis e utensilios 1:802$430
" "typ()s e cavalletes 1:003$340
Deficit do "Jornal Baptista" . 18:756$030
" da Mocidade, Baptista : 1:657$000
Saldo. .. \ ~' ... 10:244$235
38:781$422
CREDITO
Litteratura 8:580$ROO
Livraria 4:974$932
Officinas . 23:640$890
Juros e descontos , .. ', :' ti'
1:584$800
3&:781$422
ANNEXO N. 6

RELATORIO
DA

JUNTA DE ESCOLAS DOMINICf\E5


Felizmente para a causa da educação christã, os homens
mais interessados no trabalho das Escolas Dominicaes acham-
se disseminados por lodo o territorio do Brasil. Não obstan-
te, os dois centros principaes de educação baptista são o Re-
cife e o Rio de Janeiro, e desses centros se irradiam todos os
nlovimentos propulsores da Escola DonlÍnical em nossas
cgrejas. O Rio de Janeiro é a sé de da nossa Junta de Esco-
las DOll1inicaes, da qual tem sido Secretario Correspondente
o dr. A. B. Langston.
A Junta de Escolas Dominicaes foi creada pela nossa
Convenção, justamente no Inomento em que ella vinha satis-
fazer a uma premente nécessidade. Tempo houve em que
o redactor do "Jornal Baptista" e director da Casa Publica-
dora Baptista tinha sobre si toda a responsabilidade de re-
dacção e in1pressão da literatura para a nossa Escola "Domi-
nical; porénl o nosso trabalho desenvolveu-se tanto, e havia
lamben1 tanta variedade de opinião quanto ao cunho que a
literatura devia ter, que se tornou absolutamente necessario
a creação da Junta, para Inaior divisão de trabalho e respon-
sabilidades bem como para reunir e ajustar as varias corren-
tes de opinião nos nossos campos, a respeito de tal assumpto.
Durante os primeiros dois annos de sua existencia, a Jun-
ta tem trabalhado activalnente, como já foi visto pelo seu re-
latorio apresentado á Convenção em 1920. Durante algum
.tempo o dr A. B. Langston exerceu o cargo de Secretario
Correspondente, mas tendo que sp retirar do" Brasil, assull1iu
o cargo, por eleição da J un ta, o dr R. J. Inke, que ó
exerceu com sabedoria, dando satisfactorios resultados. De-
])ois da -penultima Convenç~o, que se realizou no Recife, o
dr Inke continuou no trabalho até ao regresso do dr. A. B.
Langston, "que logo ao chegar reassumiu o posto, que o dr
i

Inke só occupava interinamente.


80 RELATORIO DA JUNTA DE ESCOLAS DOMINICAES

o dr L~:lIigston voltou apparenteITIente com magnifica


saude, e' logo se lançou ao trabalho, traçando largos planos
vara desenvolvimento desta empresa; mas, infelizmente, em
hreve se demonstrou o estado precario de suasaude, e mais
uma vez foi obrigado a largar o trabalho sobre o qual todos
nós tinhanlOS depositado tão grandes esperanças, e se réti-
rar Como esta Convenção já' não estivesse muito distante,
a Junta achou melhor não preencher o seu lo~ar~ -esperandQ
que nesta Convenção se tome UIna medida oefinitiva. não só
lIuanto ao cargo, mas tambem quanto a todo o trabalho.
A Convencão de 1.920 dividiu o trabalho em duas partes,
entre~anqo á Casa Publicadora o trabalho de nrenarar e dis-
tribllir a literatura da Escola Dominical. e á Junta de Esco-
las Dominicaes 'o trabalho de propaganda, desenvolvimento.
estatisticas, etc. ReconheceInos agora a sabf'doria do plano
de entregar á Casa Publicadora a responsabilidade da reda-
eção f'; publicação da literatura para a Escola Dominical:
mas já assim não nos parece quanto á parte que coube ·á
Junta. Na verdade uma Junta de Escolas DOlninicaes que
nada tem a vêr com a literatura das Escolas Dominicaes, está
evidentemente nUllI8 posição esquerda. Não sabendo nós
exactamente até onde ialn as nossas attribuiçõe~ c COlneça-
valn 8S da Casa Puhlicadora. perliInos ao (lr A. B. L~ngston
e ao Director da Casa Publicadora Baptista flue eptrasseln
em um accôrdo e firnlassenl Uln (IOCUluento deliInitando os
resnectivos campos de acção. Infelizmente. uorém, o esta-
do de saude do dr. Lan~ston obstou a que tal coisa se effe-
('tua~se e, como resultado, llIUitO pouco telTIOS feito.
() dr Lanf,!ston preparou e reluetteu a todas a~ escolas
dOI1Iinicaes do Brasil unIa fornlula de relatorio eH) branco a
ser preenchida e devolvida a elle. Esta formula de relatorio
(·ontinha per~untas de nIuita nece~sidade, par.a conhecinien-
to do estado das nossas escolas. Mas, segundo clle nos disse~
heln lJoucas escolas corresponderauI ao seu esforço. Taln-
henl planejava elIe empregar eertos meios de propaganda
para desenvolvimento das nossas escolas, como por e~emplo
&rtigos re~ularlnente publicados no "Jornal Baptista", insti-
tutos de Escolas Dominicaes, etc.; lnas devido á causa já
apontada, pouco pôde ser feito neste sentido.
Xo dia annual das Escolas D01uinicaes. collectas foraln
tiradas nas egrej as e renIettida~ ao ;;ecret~rio çorresponden-
té. ,Quando o dr. Lan~ston deIxou o BrasIl, deIxou a imnor-
f ancia total de taes collectas depositada na CasaPublicad(')ra
Baptista, ás ordens da Junta. ~
RELATORIO DA JUNTA DE ESCOLAS DOMINICAES 81

Esta forneceu-nos a seguinte cOlumunicação:


Recebido do dr. Langston. 452$140
Quantias recebidas após a sua partida. 48$500
Total ás ordens da .Tunta. 500$640
De tenlpos a teIllpos os lnembros da Mesa Adminlstrati-
ya da Junta têm assignado os Diplomas Normaes, mas desde
que a Casa Publicadora está distribuindo esses diplomas, não
temos/nota de quantos têIll sido distribuidos. A· Casa Pu-
hIicadora havia fornecido ao dr Langston nota de todos os
diplomas e seBos por ella distribui dos, porém, conl a pr-essa
da retirada. elIe não nos deixou essa nota.
Este relatorio é mais negativo do que nositivo. Fala
lnais daquilIo que não fizenlos do que daquillo (fue fizemos.
Apraz-nos reconhecer que no norte do Brasil o dr 'Y
C. Tavlor telll feito um bOIn trabalho a favor das Escolas Do-
InlnIc~es. Nos ,(>alnpos Pernanlhucano f> AlaQôano, varios
institutos têm sido realizado~. com nlag11ificos e duradouros
resultados nara a causa. No Canlpo Flulninense tmnbeln,
yarios institutos têm sido realizados. UIna bôa nade. talve'~
a melhor, a favor das Escolas DOlni~icaes. E na Primei-
ra Eqreja de S. I?aulo u1na numerosa e valiosa classe 110rnlal
e.oncluiu o seu curso do Manual com brilhantisIllo. Em ou-
tros logares talnhenl alaunla coisa de bonl tenl sido feito, se-
11lelhantemf'nte de iniciativa particular das egrejas, senl in-
tervenção alguIua da Junta.
Respeitosa e fraternahnente, nos assignanl0s, con10 111en1-
llrosda Mesa Adlninistrativa:.

F. F. Soren, presidente.
L. T Rifes, vice-presideutê.
F. lU. Pinto, secretario.
.
r;

ANNEXO N. 7

RELAToRIO
DA

J{JNTf\ Df\ MOCIDF\DE


Á

CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA


1922
E' muito recelOsa e cheia de hesitação, mas com uma àbsoluta
frU'uqlleza que a vossa Junta yp.1ll prestar-vos o relatorio do seu tra-
balho depois da COIl venção dl3 Recife.
Em primeiro lugar. lembramos-vos que não IlOS tem sido pos-
sivel reunir a Junta. Com membros espalhados pelos quatro cantos
da terra, a unica occasião em que nos poderiamos reuilir s'eria quando
estiyessemos no Rio, quando reunidos para a Chauta1J,qua/ e assiÍll
o 'tentámos mas sem conse~uir nunca uma rplmiãü. Por issoJ o tra-
balho tem sido limitado ao peque110 grupo aqui de VictOlja:.
Em se~ulldo lugar, notamos quP em llleiado de 1921' {) director
da Casa Publicadora, llUll1 esfol'~o 'de unir a mocidade do norte i10
trabalho, fez propostas á. nossa .T unta da llatúreza detrallsformar
por' completo os seus planos anteriores. planos estes em' tempo appró-
vados pela Casa Publicadora e pela Convenção. Hesitámos bastallte
e1l1 accei1tal-as porque parecia-nos que estas pl'oposta~ e a acceitação
por 1l0ssa parte das mesmas, seriam um acto desleal á Convenção,
mas afinal, cedemos, e quanto ao resultado deixamos que a OOllven-
ção faça o seu julgamento.
Sustellt ámos a publicação "da revista ., :Mocidade Baptista," men-
salrnente até a referida conciliação de planos. D'ahi para eá os
"Estudos", publicados têm sido quasi exclusivamente feitos por ori-
olltacão da Casa Publicadora e da .Tul1ta Regional da Mocidade do
Recife.
De tempos em tempos, temos publicado no "JornaI Baptist?"
lln~ Ji:>ucos artigos sobre a mocidade. Dirigimos na Chautauqua. do
Ri.o em 1920, um curso de "Estuldos sobre a Esphera da Mocidade,~'
que teve boa acceitação. Entregámos á Casa Publicadora a segunda
84 RELATORIO DA JUNTA DA MOCIDADE

parte do livro Evangelismo, o qu~l, reUl~idas as duas partes, foi pu-


blicado em u;m só yolume e que serviu para uso. nos estudos de mui-
tas uniões.
A Casa Publicadora tambem recebeu de nossas mãos o manuscri-
pto 'do livro O Problema da M(Jcidade e da Juventude,. publicando-o,
livro esse que tem recebido uma boa' .acceitação onde 'o têm adoptado.
TelJ10s prompto o manuscripito de um Manual da Mocidade, cujo
redactor promette nol-o dar agora em poucas semanas. O yalor destas
obras poderemos julgar. melhor com o tempo. Não temos feito mais
cousa alguma de importancia. A OOllveI!ção julgará, pois, porque
não o temos feito.
Não sabemos si nos compete ou não uma palavra sobre o futuro.
Visto porém, que alguns dos nossos ,llomes estão incluidos na lista
para contiliúar até. 1924 e 1926, ousamos apresen'tar-yos neste rela-
torio a 110ssa opinião sobre "0 futuro. .
E' a nossa opinião que· devemQS dispensar a Junta da Mocidade
e colioear todo o seu trabalho nas mãos da Casa Publicadora, ou en-
tão façamos da Junta uma força real e activa no nosso trabalho. Re-
conhecemos que ha para a J ~ta um campo muito extenso aqui, .e
ainda mais que, não por uma simples rethorica mas falando-se com
toda a realidade, a mocidade é a esperança e a maior força da e~reja .
. Sabe ainda a Junta que só com o trabalho da mocidade, debaixo
de uma organização que consegue trabalhar, é que pode efficiente-
mente preencher este campo. ~~ Junta tinha e tem planos de publi-
cação, mas não tem os meios para os executar As egrejas e os· pas-
tores não se apresentam para solidificar a organização.
ElIa não tem recursos para publicar ou para qualquer cousa que
5('j~ _ A Conyenção não a auctorizou a levantar dinheiro, 'não lhe detl
poder nem mesmo -de illsistir com a Casa Publicadora para continuar
11a publica,ção da revista. Emfim, a Junta é como um menino cujo
pae o mandou via,iar sem lhe botar dinheiro algum no bolso, 'nen,
mesmo mil réis. ElIe yiajou a pé até que l a fome o obrigou a parar
E agora aJunta, tal qual aquelle menino, está assentada á beira da
estrada ~sperando ordens da Convenção!

L01'Cn, :AI. lürw.


Sec. Cor.
ANNEXO N. 8

RELATORIO SOBRE AEDUCAÇÃO


Cincoenta annos gastos eu} seguir qualquer systenla de
educação, determinarão o caracter subsequente <Te uma na-
cionalidade. Si o systenla seguido fôr militar, o povo se af-
leiçoará ao militarismo, em ideal e caracter; si a idéa de paz
for, inculcada nas escolas, o povo tOlllará o. caracter pacifico.
Em 1870 o systema de educação na Europa foi amoldado nas
bases do militarismo com a cOllsequencia que em 1914 a
grande guerra rebentou como resultado logico de 50 annos
em que se inculcou o Il).ilitarisnlo nas escolas.
O valor dessa illustração de experiencia recente é gran-
de, si po'rventura aprendermos que a nação brasileira está
sendo luoldada pelo seu systenla de educação. O que este
povo ha de ser daqui a 50 annos, depende do caracter do sys-
lema actual de educação. O escopo do presente relatorio é
a pàrte que' os baptistas têm em deterIninar o caracter do sys-
tema de educação que vae moldar o futuro deste povo. E'
liln facto digno de nota que os baptistas estão: demonstran-
do ulna actividade consideravel na educação do~ Brasil. Vnl
bom numero de escolas já foralll fundadas que 'estão sendo
hem recebidas.;'em diversos centros estrategicos,' e muitas es-
colas element-ar.es se estão creando em en1 egrejas largamen-
te espalhadà1i. ~ Não precisamos entrar detalhadamente na
consideração:<fo trabalho dos, baptistas na educação geral,
luas meralnente apresentar algunlas estatisticas,:.~ photogra.
phias de grupos pertencentes a diversos collegios.
Neste' relatorio procurarenlOS mostrar porque os baptis-
tas estão empenhados no trabalho de educação, o caracter
geral e os fins do nosso' trabalho educ~cional, a nossa attitu-
de para com os systemas de collegios existentes, o systema de
educação que nós procuran10S cultivar, tanto pelo ra,mo lit-
t.erario, como nos cursos superiores de gráo universitario,
alguIl1as phases geraes do trabalho de preparar obreiros
p'ara o serviçO', e finalmente alguns problemas fundanlentaes,
que deviall1 ser resolvidos pela J nn ta de Educação.
RELATORIÓ SOBRE A EDUCAÇÃO

I - Razão de ser do trabalho baptista na educação do


Brasil
\ r\ granàe falta de -facilidades adequadas á educação eUl
100a a parte, é o primeiro facto fundamental que citamos errl
justificação -da entrada dos baptistas na arena das activida-
des pertinentes á eduGação. .
Para uma população approx~madalnente de 30.000.000
de almas, ha no Brasil 12.744 escolas priInarias, com 20.5g(l
professores. De 373 escolas secundarias, 343 são dirigidas
por particulares ou corporações. Xão existe actualmente
facilidades -~dequadas á educação nenl para os baptistas,
nenl para outros, e nós precisamos fazer tudo ao nosso al-
Lance para luelhorar .essas condições. .
Os principios dos bapListas tambenl nos· obrigam a e,n-
l1.-ar na actividade ell1 prol da educação. ~ós cremos que
toda a creança é digna de instrucção, e deve ter unla oppor-
Lunjdade para o estudo. Todo o baptista verdadeiro crê na
liberdade da consciencia, nos direitos e privilegios do cida-
dão, p.~ le~ldade para COIn Christo e conl o estado. Nin-
guem está' pré'panido verdadeiranien te para servir beln, ou
o estado~ou a religião, senl ter a instrucção necessaria. Em-·
Liuanto. as trevas do analphabetisnlQ reinanl nõ Brasil, o povo
não está em condições para gosar da liberdade e democracia
e ex~rcer: os direitos e altas prerogativas de cidadãos verda-
de'iros de uma grande Republiça.
~IISSÃO

CDl argumento IIluito 1l1.ais poderoso que ~qualquer dos


citados acinla, para o trabalho dos baptistas na educação, é
o, alto papel da educação de)1ominacional nos telnpos mo-
dernos. . Durante a idape media a educação na Europa fi-
cou quasi exclusivrupente nas mãos d.~ egreja e, até nos tem-
pos dà Reforma ~ meSDlO nos subsequent.e~, o alto privilegio
não foi bem aproveitado. ~avia pouca instrucção popular,
sendo o clero o unico .favorecido cop os altos .privilegios de
ins~rucção systematica.

SECULARIZAÇÃO
~ esta época iniciou-se uma' tendencia' para passar a ins-
trucção da egreja para o estado,. e O' pendulo chegou á outra
extremidade. Nos tempos modernos por consequencia a ins-
trucção primaria em 'todo o mundo équasi totahnente entre-
gue ao cuidado do estado. Esta tendencia para secularizar
87

a educação trouxe grande benção para o povo em geraI-porque


a instrucçãQ primaria ficou' assim largamente espalhada. ()
estado cobrando impostos póde collocar a instrucção ao al-
cance de quasi todos. A egrcja não póde ou ao menos não
proç.urou fazer isto. '
Juntamente com esta tendencia com os seus muitos re-
sultados benefieos veio unI perigo mortifero, o monopolio
da educação pelo estado sob a direcção mi\itar Isto acon-
teceu em certos paizês antes da grande guerra, e foi uma das
ca~sas mais poderosas para precipitar .aquella conflagr~ão.
Ha grande necessidade que a educação seja construide
eln bases democraticas. O progresso da ·democracia na edu-
cação é bem illustrado na historia do~- Estados Unidos da
America do ~ orte . l\ o periodo colonial a escola chamada
de Grammatica Latina era o typo de escola ou cdIlegio que
prevalecia. Esse typo de escola foi organizado para prepa-
rar o clero. O seu trabalho era feito em latim. O. seu cur-
so de estudos era linlitado. Depois da revolução um typo
luais democratico de escola levantou-se chamado Academia.
O curso deste typo de escola era lllais liberal. O traba-
lho era feito na lingua vernacula e diversas classes além.
do clero recebiam os seus heneficios, igualmente. Nos tem-
.pos recentes appareceu UIll typo ainda mais denlocratico,
chaniado Righ School, ou o collegio do povo. Neste typo de
,collegio secundario' ha diversos cursos adaptados para todas
a8 clásses de sociedade e sendo o collegio do Estado, o ensino
é gratuito para todos_
Até ao teinpo actual a educação no Brasil está em gran-
de parte organizada na base de discrimiÍl~ção social. Ha
grande necessidade que a democracia sej~-~ultivada na edu-
cação e este resultado só virá mediante a·~~nuencia do evan-
gelho democratico largamente prégado e ensinado, aquelle
evangelho que ensina a dignidade de toda a creança para
receber a instrucção.
O papel da educação denolninacional tem valor justa-
Iueute a este respeito. UnIa das forças. mais poderosas para
equilibrar a deulocracia nos Estados Unidos foi e,xactalnenie·
a das grandes universidades independentes. Não póde ha-
ver I11onopolio da' educação pelo estado onde existem insti-
Luições do typo adoptado pelos collegios denominacionaes' e
do seguido pelas universidades particulares, enl numero suf-
ficiente. Uma instituição debaixo do governo do estado
póde cultivar o nacionalisnlo estreito, a titulo de patriotis-
1110, l11as a verdadeira escola denominhcional inculca o cos~'
1110nopolitanismo evangelico. () collegio do estado procura
ss RELATORIO SOBRE A EDUCAÇAO

ljortódosos nuüoserear ,o, cidadão leal mas o collegío deno-


: "-~llinaGiollalpensa. luais na"leald~de a Christo e á ~erdade .
. ~as-escolas publicas a Biblia é ,excluida, mas na escola do-
r~ominacioual os grandes,ideaes das Escripturas sã,o inculca--
dos systematicalnente, empregando-se a Biblia p!lrR este finl.
O professor da instituição dirigida pelo estado, não tem liber-
dade para -criticar o seu governo, mas o professor' da uni-
versidade indepeqdent~ sente-se livre para criticar, quando
~rec~,. (:)8 passos falsos de directores do~ governo. Ha li-
ber.d~de.de pensalnento e de ensino nessas instituições, quan- ~
do·-muitas vezes naquella ha sUI>pressão da opinião indivi-
du~~ ~
~o Brasil ha perigo de monop9lio por dois lados. Póde
haver -um mOllopolio da educação pelo estado devido a cer-
las tendencias oligarchicas; mas o grande perigo está na di-
recção de monopolio da educação secundaria pela egreja do-
luinanle. A introducção .de escolas e collegiossoQ 'a dire-
c~ão de diversas ·denominações· levantará uma barreira con-
tra tal possibilidade.
Seja esta então a nossa tarefa na educação baptista. a
saber, crear escolas de Uln typo -digno cujo fim será incul-
toar os idéaesmais altos, cultivar os sentimentos mais apro-
veitados, emfiIn, desenvolver o caracter são na base firnle do
Evangelho. Esforcenlo-nos para plantar a educação baptis-
ta' em' fundamentos largos e seguros, taes que offereçam
garantia para. o desenvolviInento adequado e completo na
historia subsequente da nossa causa o Além das razões lnais
illunediatas como sejanl as de preparar prégadores e pro-
fessores, o nosso trabalbo de educação é justificado abun-
dantemente perante o publico brasileiro e perante o nosso
l>oVO baptista enl toda, aparte.

11-- O valor do ll0SS0 exemplQ na educação


Não ,podemes exaggerar o valor de um exemplo con-
creto. A . educação baptista }Jrecisaser exemplificada peran-
te o povo. o caracter do systema de educação no Brasil,
póde ser modificado de modo apreciavel por uma illustra-
ção concreta dos 110SS0S principios,. organização e Inethodos
Incorporados ao nosso~ systemade escolas ecollegios. O
exelnplo Inoral do Collegio Granbery e mais, algumas insti-
tuições evangelieas durante o periqdo em que havia ulna
corrupção largàínente espalhada em cóllegios particUlares
sobre a· questão de venda de diplomas, foi evidente e notado
por todos. - Deviamos esclarecer beln os nossos fins na edu-
RELATORIO SOB~~ A EDUCAÇÃO 89
---------------------------
cação. No Brasil o collegio secundario é historicamente es-
cravo das escolas superiotes. Os laços desta escravidão po-
denl ser quebrados unicamente por exemplos concretos da
verdadeira .educação, que teul o fim principal de desenvol-
ver o caracter do estudante. Ha diversas cousas que precl-
salnos notar para esclarecermos bem o fün do nosso trabalhu
de educação ..
() FIM: COMMUM
E' llecessario reconhecermos que o fün COl1lnIUnl que se
accentúa bastante no paiz é o de tirar os exames officiaes no
tempo lnais abreviado possivel, sendo esta. a condição de ma-
tricula nas escolas superiores. Não se accentúa nIuito, rela-
tivamente, a cultura e o desenvolvimento do caracter do
alUl11no. ~ a nossa educação precisanlos apontar claramen-
te um ideal mais alto. \Ao mesmo tempo não podemos dei-
xar si queremos sobresahir com o nosso trabalho de educa-
ção de providenciar para satisfazermos as exigencias actuaes.
Um mere> protesto contra o ideal relativamente inferior não
nos trará estudantes. Precisamos inculcar gradualmente
UIll ideal lnais alto, introduzindo elelnentos no curso alénl
dos necessarios para os exames officiaes. Precisamos escla-
recer benl o facto de que o nosso fim na educação é a vida
lnais abundante por meio da edificação do verdadeiro cara-
eler. Herbert Spencer disse que a educação tem por finl
preparar o homem para viver do fnodo' mais completo pOSS1:-
vel. Mas esta definição não conta com o facto que o estudan-
te está vivendo cada vez nlais ernquanto está ,no processo
de receber a instruccão. O Dr John Dewev define o finl
da educação como u" enriqueciInento da vida~ o augmentut
de vitalidade, a vida lnesmo. O sabio da Galiléa resumiu
todo o processo naquella menIoravel palavra: "Eu vÍln para
que tivesseis vida e vida nlais abundante" A vida mais
abundante é o fiín verdadeiro na educação. O lnodo de at-
tingir esta vida mais abundante é pela edificação de cara-
cter são. Este ideal contempla o que o honlenl é e não nle-
rmuente o que elle pode fazer; teln vistas para a eternidade
e não lU eranlen te para o tempo.
EFFICIENCIA
Ha ulna philosophia falsa nos nossos telnpos que teo!
influido grandemente na educação em quasi todo o mundo.
O fiIn da educação como é definido por esta philosophia é
efficiellcia; o seu ideal é o homem efficiente, physica, civil.
90 RELATORIO SOBRE A ÉÓCJCAÇÃO

moral e technicamente na sua vocação e por fhu DOS seus tra-


balhos irregulares. Ma~ esta efficieneia é para esta vida e
telu enl mira a prosperi'dade Dlaterial e o prazer desta vida
principalmente O horizonte é o do tenlpo e não o da eter-
nidade. O methodo é de adaptação ao lueio social existen··
te. Não ha quasi tendencia para a elevação da humanidade
neste processo, visto que pouco se pensa sobre o melhora-
Inento do meio social existente.
Contra este fim pelejamos a favor de llnl horizonte eter-
no na educação. O homem pôde ser nluito efficiente enI or-
ganizar planos e meios de viver bem neste 111undo, senI ter
quasi idéa nenhum~ sobre o fiIn ultinlO da existenCÍa hUlna-
na e do verdadeiro destino do homelu.
O verdadeiro. educador é o architecto da ahna. Elle
sabe edificar osystenla 111ental do estudante, introduzindo e
relacionando novas idéas da melhor qualidade conl as idéa:-:,
previamente adquiridas. Elle comprehende o processo -de
edificar a alma receitando certas experiencias de emoção
que virão produzir um desenvolvimento dos sentimentos
justos. O cultivo do sentimento torna o homem anarchista
ou patriota, conforme o sentimento escolhido., Exercicios pa-
trioticos em sau<Iar a bandeira estiInula111 a enloção e produ··
zem o sentimento do patriotismo. O educador entende o
processo de edificar a vontade do alumno, desenvolvendo
nelle o poder de att~nção dirigido na linha da formação de
habitos dignos; Eis em poucas palavras qual deve ser o pro-
gramma do nosso trabalho de educação. Deviamos esclare-
cer bem este ideal em todas as nossas escolas e collegios.

III - A:ltitude dos baptistas para com os systemas de edllca-


ção existentes no Brasil.
CUMPRIMENTO
Os baptistas vieram para cumprir os bons programlna~
não para destruir Xão ha tanta falta de bons progralnlnas
na educação brasileira, como d,e pôr em pratica os prograln-
luas existentes empregando bons luethodos. Educadorc$
como outros que dirigenl os lllovimentos sociaes devem ir
adiante do povo, luas não afastar-se tanto, até inutilizarenl a
sua direcção. Precisamos reconhecer como homens praticos
que tratamos de tradições já antigas e coIidições que não
podem ser muda~as de um dia para outro. Não podemos
assumir a attitude de non-conformistas e dizer que não accei-
tamos quaesquer limitaçõesiInpostas pelo regÍlllen presente'.
AIguem pó de ter rejeitado o systema de equiparação por
RELATORIO SO.BRE  ÉoUCÁçÃO' 91

causa de ser um arranjo imperfeito, sob o IJonto de vista pe-


dagogico; mas neste caso não poderia elle esperar receber
alumnos no seu collegio, destinados p:fra as matriculas nas
escolas superiores. Precisanlos resolver nossos problemas
praticamente. O nosso ideal é a formação do caracter, mas
não podemos deixar de reconhecer que emquanto existir o
systelua de exalues officiaes, precisamos providenciar sobre
lIIU curso especial de preparatorios que terão enl nIira estes
exames.
ADAPTAÇÃO
Além disto precisamos accomnlodar o nosso systema a
diversos outros fins praticos e ás condições actuaes, prepa-
rando o estudante para viver efficientemente no meio social
existen te. Ha bastante theoria na educação brasileira como
na instrucçãü' elll toda a parte. O processo da instrucção é
elU grande 'parte artificial elU toda a parte do nlundo. Ha
necessidade de lllais pratic.a. O ~lunlno aprende a fazer as
cousas, fazendo-as; a nadar, nadando. Os methodos norte-
americanos têIll a reputação no Brasil de serem praticos. A
educação baptista segue em grande parte os luethodos no r-
te-anlericanos. Precisanlos usar methodos de adaptar a
creança ao seu lueio physico, intellectual e espiritual, de tal
lnaneira que o homem sej.a capaz de servir os interesses
proprios e os alheios tambem. Educação é o processo de
adaptar o aluDlno ao meio social. Ninguenl póde tornar-se
efficiente nesta vida que não passe por este processo de ada-
ptação.
IDEALISMO
Mas a nossa educação baptista não deve. 'escravizar-se
aos systeluas tradicionaes siIuplesmente porque esses syste-
nlas ,occupam presentemente o campo de actividades. Somos
idealistas e n;;io devemos 1'1OS contentar com as condições
como existem actualmente. Todo o baptista verdadeiro
acha necessario o progresso social. O nosso horizonte na
educação não é esta vida, mas a vida eterna mais aperfei-
çoada, não é o tempo meranlente luas talubem a eternidade.
Não devemos pensar na educação exclusivamente pelo lado
da adaptação pratica do estudante ao lueio social existente.
O meio social tambenl deve ser modificado para melhor
Este meio social póde ser alterado mediante a obra de edu-
cação no individuo. Os nossos collegios baptistas deverianl
procurar preparar os alumnos nlelhor que outros collegios,
92 RELATORIO SOBRE A EDtiCAÇÃO

seguindo fielmente o alto ideal da forlnação do caracter.


A natureza do edificio depende da firmeza de cada tiJolo. A
terra gira ao redor ,do. sol, mas os astronomos nos dizeln que
.todoo systema solar está-se Inovendo pelo universo talvel
ao redor de uma estrella distante. A nossa educação faz. o
lneio social existente um centro de attracção, e o aluInno pr e-
cisa se ~daptar ás necessidades do meio. O nosso ponto 'de
vista, porém, é adaptar o alunlno ao Ineio social do reino de
Christo, que inclue não sÓIllellte as condições actuaes deste
Inundo mas as condições et~rnas. Procuremos na educação
crear um hOlllen1 efficiente para eSla vida cujo caracter
sUPIJOrtará tambem as provas da eternidade. A nossa edu-
cação ten} eln mira a elevação do meio social existente.

IV -- O syste/na de collegios f' escolas.


CONCENTRAÇÃO
Temos notado já que unIa das coisas Dlais Üllportantes
que podemo~ fazer é dar unl exemplo dos nossos fins e llle- í
thodos na educação ministrada enl um numero limitado de
instituições bem organizadas. Este Inethodo terá lnuito
mais valor que o da diffusão de UIU numero nluito maior de
instituições inferiores. A concentraç.ão para o presente é
um pláno sabio t;m vista da diffusão Inais larga eln tempo
subsequente. A reputação das. nossas escolas elU geral, ('
bôa. Devemos seguir o plano de concentração presentelllen-
le devido a razõe~ de econoulia e efficiencia. Não terrio~:
actualmente ao nosso alcance os recursos necessarios para
edificar um systema muito elaborado de instituições de en-
sino.
HISTORIA
No desenvolvimento historico da instrucção no Brasil
notatnos o facto interessante que as escolas superiores appa-
receram primeiro, e, em conne'xão, 'subsequentemente os
gylIlnasios ,e por fÍln o systelua de escolas primarias. Nos
Estados Unidos da America do Norte o desenvolvimento foi
em grande parte de ordelll contraria. A consequencia natu-
L

ral de ordem hisitorica no desenvolvimento da~ducação no


Brasil é que os lnethodos das escolas superiores foraul trans-
luittidos em gral1(~e parte para 'as escolas de grau inferior O
systema de prelecções prevalece largamente nos cursos in-
termediarios e a tendencia é na direcção de usar este metho-
do nas séries inferiores. Não tem havido providencias 80-
RELATORI6 SOBRE A EDUCAÇÃO 93

bre a fundação de escolas norInaes do mais alto grau em


condições para crear um corpo de professores para os colle-
gjos secundarios. Torna-se inevitavel que oS professores dos
eollegios secundarios venham das classes profissionaes, prepa-
rados nas escolas superiores, como, por exemplo, de ,direito e
nledicina. O resultado natural é que lnuitos destes profes-
sores seguem os Inethodos que viram ministrados nas esco-
las superiores. Para o nosso fim neste relatorio, a OrdeITI
historica inversa do desenvolvÍlnento de instrucção é adopta-
da, e havemos de tratar prinleiro das escolas elementares,
depois dos collegios secundarios e finalmente das phases te-
chnicas da instrucção, COIno as escolas theologicas, as esco-
la~ normaes, bem como de outras escolas superiores.

J As Jiossas escolas elenlentare.{j ou primarias.


A~ALPHABETISMO

A vasta iInportancia das nossas escolas elementares, ha-


veInos de reconhecer facilmel11e si reflectirmos por um ins-
tante sobre a grandeporcentagelnde analphabetos no Bra-
sil. E' o nosso dever banir o analphabetismo das nossas
cgrejas quanto ~nt~s. Onde existe a ignorancia os poderes
das trevas operaIn COIll Iuais facilidade. Devemos coope~ar
COIll todas as verdadeiras forças da instrucção que estão
eUlpenhadas na destruição do analphabetismo. As nossas
escolas elementares não estão eI11 antagonisIno }Jara com as
do estado ou da municipalidade ou de qualquer especie; an-
tes, pelo contrario, são supplelnentares na sua relação coope-
rativa COIn estas escolas. O progresso da educação referente
a instrucção primaria no Brasil tenl sido vagaroso por di-
versas razões. O inlperador' se interessou lnais COIn as clas-
ses aristo(~raticas e trabalhou para estabelecer primeiro as
escolas superiores. O systema de escolas primarias é mais
unI desenvolvinlellto ou resultado das tendencias democrati·
cas dos teInpos subsequentes. Existe ainda grande falta de
interesse na d,iffusão universal da instrucção.
NOSSO DEVER
Develnos estÍlllular dentro das nossas egrejas Ulll iute,·
lesse lnais profundo por este assunlpto' e desenvolver o luais
rapidaInente possivel unl systema de escolas eleluentares eIn
bases de sustento proprio nas nossas egrejas, em toda a par~
te. Os Iuembros das nossas egrejas que teem certos elenlen-
tos de instrucção deveriam instruir aquelles que não tem
94 RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

sido favorecidos com as mesmas vantagens. Cada um devia


nlinistras ás necessidades do seu irmão até banirmos o arial-
phabetismo. Cada egrej a deveria providenciar sobre a fun-
dação de uma escolas priInaria ainda que insignificante' e
mantel-a para o fim da instrucção das creanças, filhos dos
nlembros da egreja e de outros que desejarem aproveitar a's
suas instrucções. Este é um dever religioso que temos para
con1 o nosso paiz, para com a humanidade e para com a
causa de Christo. Devemos- procurar desenvolver as melho-
j

res' escolas ao nosso alcance nas nossas egrej as.


PROFESSORADO

rUIa parte fundamental do plano para o desenvo}viInen-


1ó de bôas escolas narochiaps é a l)reparacão de bons ut'ofes-
sores para este trabalho. Devemos providenciar sobr,e a
creação de uln professorado para as nossas escolas priIna-
rias. Esta necessidade foi prevista e alguns esforcos já fo-
raln feitos em pról da preparação de grupo's de jovens enl
diversos dos nossos collegios. -em centros, estrategicos e afim
de lllinistrar um preparo mais elaborado a alp-llIls destes jo-
vens, fundou-se no Rio uma escola nOrInal. Deveri a haver
uma cooperação leal da parte de todas as nossas f'Qrei as nara
con,seguirmos a preparação de um bom numero de professo-
res e professoras aue viriam depois servir aos fins da instru-
cção nas escolas elementares das nossas egrejas.
srSTENTO
o sustento para as escolas elemental'es das Nlreias deve
ser local: Em luUitOS centros seria facil unIa bôa professo-
ra ganhar o sustento proprio nela cohranç.a de taxas ll\odicas
de ensino. Os paes teenl a obril1ação de pa~ar uma taxa ra-
zoavel para cada creança, na luaioria dos casos. Xão é ius- "-
to que os menlbros das nossas egreias esoerenl obter instr 1I-
ccão ~ratuitalnente. Haverá muitas famílias que não são
das nossas egre,jas aue aproveitarão as nossas escolas nara a
educação oe seus filhos, especiahnente si as escolas (são de
caracter tal a attrahir e preparar verdadeiramente os alum-
~lOS.

IDEAL
Devenlos providenciar sohre a creação de bôas escolas.
O ideal evangelico facultará a creação de um meio llloral nas
llossas escolas superiores ao das escolas do' estado e ao que
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 95

se. observa nas escolas ell1 geral. Devemos provid.enciar so-


})re o preparo litterario e pedagogico (fue sej a adequado para
os nossos professores e depois encaminhaI-os na execuç.ão
pratica do programma de ensino das nossas escolas elemen-
tares preparado para o fiIn. incluindo o esboço das lnate-
rias e a sugge-stão de ll1ethodos.
ADl\IiNISTRA çÃO

X as nossas escolas elementares a :ldnünistracáo deve fi-


car nas mãos do nastor e da Junta local eleita pela egreia. A
autonolllia é o ideal delnocratico para a organização desias
escolas. Quando a e~reia lo~al ou junta local da escola de-
sela pedir o auxiJio e conselho de nessoas de fóra, sernnre
tem a liberdade de fazei-o. Tamhem a iniciativa de fórB
não deve ser eliminada; si o lnissionario do campo ou o
('vanQ"('list~ une renresenta os interesses geraes da educacão
regional tiv~r U111 plano anroveitavel para o estabelecimento
P Inanutenção oe uma escola em qual0 11er eQTeia para o ben1
do local, deveria receber a cooneraciio leal de tonos. Si aual-
(fuer professor se anresenta COIl1 o deseio de estabelecer un13
escola, o tal, si fôr idon eo deverá ser bem vipao.
CURSO
-
Devenlos organizar o nosso curso para :lS escolas nri-
111arias e os cone~ios secU11darios ~obre o olano chal11aoo
seis-tres-tres. Seis annos é o maximo Ile te1TI1)O que devia-
nlOS dar nara o eurso elenlentar Este ó o 111e]hor n]ano Dor
duas ra;"ôes. EUl nrinlejro lo!~ar é o 1l1:ndlTIO de fernno ({ue
!':e concerle nara o eurso e]emeniRr no Brasil em. !!era1 p_ 11lqis
f!1ndmnentahnenfp ain09. este é o nl~no lnaio;: npda!!oo-ic.o
nara e!':te lJai7;, Os lllenjnos e as lneninas no Brasil entr~nl
110 periodo da :J ooleseencia aos 1?, anIlOS de idan o Elles
1elll portanto seis annos para derlicar ao curso elelllentar.
anren{]Pl' o l1S0 d::l.S f(·~l'l,m('nf((.ç da nidn Para q ~real1ça de
lllenos de seis annos devenlos ter o JardiIn da Inf~l"l('iq., qllC
vóde ser um curso que varie segundo as n,ecessidades da
creança.
JARDIM DA IXFAXCIA

• Parece bem que o JardÍIn da Infancia deva abranger ()


llrinleiro anno do ~ur~o rham~rlo p.lementar utilizando os
methodos praticos do Jaroim da Infancia llloderno, Onde
possiveI deve haver, porém, dentro deste grupo um grupo das
96 RELA,TORIO SOBRE A EOUÇAÇÃO
------------~----~~--~~----~------~~~

creancinhas que se occupam ·unicamente com os exerClClOS


exclusivamente do Jardim. Neste /grupo as creancinhas re-
ceberão durante alguns mezes o preparo necessario para a
s?-a entrada na classe do primeiro anno elementarSugge-
rimos que para os fins de uniformidade na' terminologia, con-
sideremos o primeiro anno como JardiIu, o segundo e terceiro
como Prinlario e o quarto e quinto conlO Curso Medio; o curso
. cOluplementar será o sexto anno, Esta terminologia é a que
f. mais facilmente conhecida pelo publico, visto que corres-
]Jonde nlais ou lilenos conl a organização das escolas publi-
easnos centros\ maiores .,do Brasil.
Recommendanlos que o' Jardinl -da Infancia sej,a utiliza-
do o luais larganlente possivel, ainda que em forma luodifi-
cada. O principio fundamental do Jardim da Infancia é an-
tagonico ao formalismo na educação, que é uIll grande lua].
MISSõES
o Jardim da InfancÍa telu unIa grande 11llSSaO na edu··
cação do Brasil, exactaluente porque accentúa o lado prati-
co. Actualmente a theoria OCCUDa deluais a aUenção nas es-
colas, O nlaior nUluero possivel dos nossos jovens professo- I

res, devia çursar essas nIaterias preparando-se 11ara pôr elTI


pratica os lllethodos do Jardim da lnfacia enl todas as loca-
lidades onde fôrpraticavel. O .Tardinl ideal. isto é, inteira-
lllente separado do curso primario, não póde ser utilizadr
actua1mente. r ma modificação na direcção dós luethodos
e
dos cursos prüuarios o luais pratico por emquanto.
PROGRAMl\IAS DE ENSINO
O progralulna de ensino para as nossas escolas eleluen-
tares é demasiadamente desenvolvido para entrar neste re-
latQrio. A cOlunlissão escolhida para cOlupletar este pro-
gramma fez o seu trabalho e os progranlluas estão mais ou
Iuenos aperfeiçoados e pódenl ser récebidos luediante o pe-
dido dirigido á Junta de Educação~ Esta.i unta gastou al-
gUIna cousa na impressão destes programInas e deve receber
al~uma contribuicâó para satisfazer estas necessidades '. Os
Jivrinhos que contem estes programluas podem ser vendid,os
por um preço Iuodico para auxiliar -com essas despesas,' O
trahalho de elaborar estes cursos foi feito durante mais dp
tres 'annos e portanto é UIll trabalho lnais ou luenos refleéti-
doe cOIupleto e sem duvida ha de auxiliar bastante no me-
lhoramento do ensino nas nossas escolas elementares me-
diante a suggestão de luuitosmethodos aproveitados' nas es-
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 97

colas elementares mais modernas. A illustração de um prin-


cipio exemplificado no programma de Geographia demons-
!r'ará mais ou menos a natureza do trabalho. A tendencia
no estudo de. geographia enl paizes onde prevalece o nacio-
nalismo extremo é na direcção de um estudo exclusivo da
geographia patria. O nosso curso elementar de geographia
-abrange nestes programmas de ensino, de modo mais ou me-
nos completo, o mundo inteiro, assim dando ao alumno uma
vista geral cosmopolita e cultivando· nelle a sympathia para
todos os povos. O curso foi organizado nas bases de prin-
cipios sãos. Além disto o curso foi enriqúecido quantQ ao
conteúdo de "cada materia. Muitos methodos tambem foram
suggeridos no progra:rpma, que servirão bastante para avxi-
liar os professores. .

l\IETHODOS
São apresentados varios Inethodos importantes utiliza-
dos hoje 'em dia nás escolas elementares modernas,taes
'como, por exemplo, o methodo de projectos, o methodo de
,problemas e varioS outros que garantem a actividade pro-
priá da creança e o cultivó de iniciativa no alumno. Um novo
professor que v~m fazer parte do corpo docente em qualquer
uma das nossas escolas, póde pegar o programma e estudan-
do-o cuidadosamente tornar-se em pouco tempo acostumado
com os nossos methodos em geral. Isto não quer dizer que
vaIllOS impôr os nossos methodos, mas unicamente que os
professores po~~m pelo. auxilio do programma chegar ao co-
nhecimento de alguns dos melhores methodosem voga.
Tambem significa que a professora que deseja trabalhar nas
nossas escolas deverá reconhecer seu dever de informar-
se, si porventura não estiver com as informações devidas' já
quanto aos melhores methodos na educação moderna. Te-
mos o direito de esperar isto. Não é uma imposição de me-
thodos de UIn paiz sobre outro, .mas o reeonhecimento que
no mundo moderno ha uma grande, herança social de metho-
do.s. que todas as Yerd~deir~s, professo~,as ~e-y~am procurar
utIIlZar plenamente. TIramos os nossos methodos de todos
os paizes e não exclusivamente de um delles. Este é um as-
sumpto cuja importancia não póde ser explicada sufficiente-
,lnente no ~sp'aço disponivel neste relatorio. '.
ORGANIZAÇõE~ PRATICAS
Os seis .annos elementares acima citados podem ser or-
.ganizados em algumas das nossas escolas COIn tres professo-
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

res ou professoras tendo cada unIa professora dois grupos.


na mesma sala, limitando a lição a periodos de meia. hora e
estabelecendo o systema alternativo de recitação. Em ou-
trasescolas pode haver uma professora para cada anno e em
outras ainda uma professora para cadll- turma, dividindo o
grupo do anno em -duas turmas com .promoções no fim de
cada semestre. O numero de alumnos determinará a phase
pratica da organização.

EDCCAÇÃü i\'IIXTA
E' inevitavel termos a educação m"ixta nestas escolas. Os
dois sexos podem fazer parte das lnesmas aulas, havendo õ.l
(jisciplina firme. Os recreios naturalmente serão separados.
Ha unIa tendencia geral para o incremento de educação mix-
ta no systelna escolar brasileiro; como em toda a parte do
Inundo. As nossas filhas devem ter as mesmas opportuni-
dades que' os nossos filhos para adquirir instrucção. E' -im··
possivel tenllOS escolas separadas para os dois sexos devido
a razões de economia. E' necessario que na educação mi~ta
tenhanlos UIll regímen de rigor se queremos tirar os melho-
res resultados. Liberdade demasiada nas escolas entre os
dois sexos não dará bons resultados, nem para os alumnos,
nem para a reputação das proprias escolas.

COOPERAÇÃO
A vastidão do trabalho do nosso systema de escol~s ele-
filen tares· torna necessaria a cooperação da parte de todos.
O pastor é a chave da situação na sua 'localidade, na maio-
ria de casos. Geralmente falando, eIle não devia consagrar
grande parte do seu tempo ás aulas, IDas devia providenciar
sobre a fundação e nlanutenção de uma bôa ;escola em cada
uma das suas egrejas. l\luitos dos nossos. pastores não reco-
nhecenl ainda a importancia deste trabalho. Ao menos não
telnhavido um movimento muito extenso para estabelecer
una 'bôa escola elementar em cada egreja baptista.
PROFESSORES
CU1 dos passos fundamentaes . para o desenvolvimento
lllais rapi~o e solido deste' trabalho em futuroproxi~o é que
cada pastor cuide em matricular uma ou mais moças ou jo-
vens cm um dos nossos collegios para ·cursar as aulas do curo
~o secundario e de,pois na Escola Norlnal as de pedagogia,
afÍln de preencher a necessidade de professoras para estas
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 99

escolas. Não podemos 'caminhar muito com o 'plano de


crear um systema 'de escolas elementares Sem atacar primei-
ro vigorosamerite o problema depreparar__ professoras 'para
este fim. Os professores destinados ás escolas elementares
devem fazer os seus cursos preliminares nos collegios secun-
darios do typo .1unior.Si fôr possivel, devem' cursartodás as
aulas do collegio Junior, porém accrescentar o estudo de unl
anno nas aulas de pedagogia e aquelles professores que pu-
derem, farão bem em estudarhas aulas technicas e de peda-
gogia 'durante dois annos, podendo depois fazer um serviço
de mais alto valor . Uma parte deste estudo pedagogico deve
ser feito .em uma das instituições centraes, onde os cursos se-
rão organizados do modo lnais ,completo possivel. O pastor
póde fazer muitas coisas para iniciar a escola no local ega-
rantir a sua permanencia. Exactamente neste sentido elle
pôde fazer grande serviço para o logar e para a causa geral.

3. Os nossos collegios secundarios.

O collegio secundario apparece em duas fórmas no Bra-


sil; o do gymnasio e o do Lyceu, correspondendo mais ou me-
nos á organização dos nlesnlOS typos de collegios na Allema-
nha e na França. O curso do collegio D. Pedro II, que é o
lypo Illodelo official, é de seis annos.O desenvolvimento
deste collegio secundario tornou-se uma necessidade afim de
preparar estudantes para as escolas superiores. E'denotar
que 343 do 373 collegios secundarios no Brasil acham-se solJ
a direcção particular ou eccIesiastica e que dois terços de to-
dos os collegios secundarios são dos quatro estados no Sul do
Brasil. Os gyulnasios teem geralmente os seus cursos pro-
pedeuticos correlacionados e assunliranl o caracter de ins-
tituicões fundadas para a alta sociedade. As escolas ele-
111entares são destinadas para o povo em gera:! e não se en-
quadralll henl nos ~fymnasios. A Inaioria dos alumnos dos
gynluasios faz o seu curso propedeutico no gymnasio me~mo.

IMPORTANCIA

No Brasil o collegio secundario é importante porque é a


unica porta para as escolas superiores e consequentemente as
luelhores fa~nilias 111andam os seus filhos para o gymnasio.
Até 1911 havia muitos gymnasios sob a direcção particular
equiparados ao GYlnnasio Nacional. Naquella data houve
UIna reforma da lei organica do ensino e os gymnasios sob a
direcção particular deixaram de gozar 'das regalias do Gym-
100 RE~ATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

nasio Nacional. Presentemente- os estudantes que fazenl o


_seu curso preparalorio nos ~nasiosparticulares, teem de
fazer depois os seus exames officiaes' em úm dos -gymnasios
~ob a direcção federal ou estadual. _Comtudo os gymnasios
par:tieulares arranjando bem os cursos, podem preparar os
seus aluinnos -de tal modo que poucos deixarão de sobresahir
nos eXflIlles officiaes. Devido- á importancia que os gymna--
slos. teem é inevitavel a -necessidade de termos ao menos
duas instituIções com os cursos gymnasiaes completos, uma
_no norte do Brasil e outra no sIÍI. Temos diversos collegios
. secundarios com uni, dois ou tres -annos de curso gymnasial,
segundo. ~s, nece~sidades e os recursos ao seu àlcance. Xão
precisamos de mais que duas instituições com os cursos com-
pletos na actua.Iidade. A despesa de professores para os ul-
timos annos do curso .é grande e devemos evital-a em mais
de Q.uas localidades por emquanto, até a nossa cau~a ~hegar a
. erigir um níllIÍero maior dessas instituições.
FEDERAÇÃO
Um numero de collegios secundarios fundados por di-
versas "egrejas evangelicàs combinaram recentemente numa
federação universitaria junto com as escolas superiores ad-
mnistradas- por estas mesmas denominações. Os baptistas
não fazem parte desta combinação e portanto é necessario
-que o nosso systenla de escolas e collegios seja ornais com-
'pIeto possivel, ainda 'que não tão 'elaborado como gostaria-
mosrle ver
,pL~~O

O plano que- mais se recomInenda sob o ponto de vista


pedagogico, bem como pelas necessidades praticas é o plano
denominado seis-tres.:.tres, já referido em outra parte deste
. relatorio. Na base do curso de 6 annos da escola elemen-
tar organizamos o curso do Collegio J unior de 3 annos. Es-
te curso corresponde com o periodode adolescencia e deve
ser adaptado pedagogicamente ás necessidades dos alumnos
desta idade. Seg~e então o curso de tres annos do collegio
propriamen te dito, qUe corresponde em geral com o curso
do Senior High School na .A~rica do Norte com mais algu-
mas maferias dos cursos do :~o~legio Junior naquelle paiz.
4. O typo Junior -de collegips secundarios.
D~ve paver um numero de collegios secundarios, que
correspondam mais ou menos com o J unior High School nos
RELATORIO SOBRE A El:h.iCAÇÃO 101
------------~----------------------

Estados Unidos, orgànizados em diversos centros estrategi-


cos do paiz. A despesa para manter os cursOs que corres-
pondem com o Senior High School e· com o Junior College é
maior Duas instituições daquelle typo mais alto que nós
podemos chamar o collegio, propriamente- falando, poderão
receber todos os_ estudantes provenient~ da nossa denomina-
ç,ão, durante alguns annos.

CARACTER
o collegio secundario Junior, como já foi notado, corres-
ponde com o periodo de adolesc~ncia e deve ter um curso
adaptado ao horizonte do adolescente. ·Tanto nas' materias
como nos methodos este curso deve ser adaptado ás necessi-
dades do adolescente.

PROGRAMMASDE ENSINO

Deve ser preparado um programma de ensino para estes


cpllegios Juniores, ,enriqlJecendo as materias quanto ao con··
teúdo e apresentando scientifica e pedagogicamente a ques-
tão dos lnelhores methodos. Não desejamos impôr metho-
dos, mas queremos apresentar de modo completo, nestes pro-
grammas, suggestões sobre os melhores !llethodos. para os
collegios Juniores, afim de que os professores que não teelU
a largueza e experiencia no ensino posS.a.m receber grande
beneficio pelo estudo do programma. . Em certo sentido,
quanto ao conteúdo das materias, o programma é limitado
pelos elementos necessarios para o preparo do alumno que
se destina aos exames .officiaes; podemos, porém, accrescen-
tar outros elementos e enriquecer o programma. Ha certas
disciplinas no curso secundario nas quaes a referida limita-
ção não existe. Nessas materias podemos organizar o con-
teúdo segundo. a melhororient~ção ap nosso alcapce.
Os collegios juniores terão conlO regra. geral escolas ele-
mentares correlacionadas e debaixo da mesma· administra-
ção. O tempo dos respec!ivos cursos secundarios~ portanto,
póde variar· conforme as necessidades do local e Os recursos
de cada collegio.
IDEAL

O ideal deve ser um curso de tres annos bem organiza-


do e bem cumprido. Deve-se considerar a uniformidade
destes cursos nos diversos collegios afiIn de que os alumnos
102 R.ELATORIO SOBRE A EDUCA,ÇÃO

passem, de uma localidade para outra sem difficuldade na


chls~ificaçã9, .

LIMITAÇÃO SABIA
Será melhor alguns dos collegios secundarios destin,ados
a serem mais tarde collegios do' typo Junior, limitarem os
seus cursos presentemente a um ou dois annos, segundo os
recursos ao seu alcance, para a execução efficiente e adequa-
da do programma.
O CURSO
o curso do collegio J unior não d'eve escravisar-se á idéa
dos preparatorios só para os exames officiaes. Outrosim os
alumnos que veem matricular-se nos nossos collegios Juniores
devem ser-obrigados a cursar um certo numero de lnaterias
escolhidas pela administração, como base minima da c~ltu­
ra, necessaria para o alumno receber as qualidades caracte-
rísticas da nossa educação. Os tres annos do curso J unior
abrangem os preparatorios necessarios para os exames offi-
ciaes de Arithmetica, Geographia, Cosmographia, Choro-
g-rapbia, Algebra, Portuguez e Francez. Não devemos per-
mittir que alumnos que não tenham cursado as materias exi-
gidas nestes tres annos se matriculem em aulas dos annos
mais adiantados, ~azendo materias para o curso junior que
pertencem propriamente ao curso do collegio. Isto devemos
prohibir porque ess~s materias viriam substitiuir outras que
logica e pedagogicamente pertencem ao curso junior. Este
problema não ha de ser difficil, geralmente falando, porque
quasi todos os nossos alumnos se têm conformado com eSS8
disposição do curso junior. Se organizarmos os cursos dos
collegios juniores ell1 bases pedagogicas sãs e obrigarmos os
alumnos a escolherem um grupo facultativo ou outro, have-
mos assim de ga:vantir a formação do caracter e esta exigen-
cia não nos privará de muitos alumnos que actualmente te-
mos no collegio. Em todo o caso é melhor sermos privados
de alguns alumnos do que deixarmos de attingir o ideal de
formação do caracter naquelles alumnos que inevitavelmen-
te procuram cursar nos nossos collegios juniores.
Ha certos elementos que entram e, são indispensaveis
para os cursos nos collegios Juniores, que não são incluidos
entre os preparatorios para os exames officiaes. Devemos
dizer aos ,paes de família que estamos aqui para preparar o
caracter dos alumnos 'e não meramente proporcionar o nli-
nimo de cultura para os 'exames officiaes que teeln em mira a
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 103

lnatricula nas escolas superiores. A lnoral e ClVlca são lna-


terias importantes e indispensaveis, e o vasto conteúdo· do
curso de Historia Sagrada é fundamental. na formação do ca-
racter Qual é o collegio que póde dispensa~ o estudo da
vida e do caracter das grandes personagens biblicas e da vida.
e en~inos de Jesus Christo e seus apostolos, no trabalho im-
portante da formação -do caracter? A vida e as doutrinas de
Jesus constituiem a força lnais poderosa no mundo na for-
Inação do caracter O estudo da narrativa biblica como -his-
toria sem entrar na interpretação sectaria é uma -exigencia
legitima e deve ser incluida entre as disciplinas do collegio
JUllior A instrucção manual é outro elemento que não deve
ser ommittido neste curso. A sciencia e artes domesticas
devem apparecer nas listas do curso para o sexo felninino.
Ha outros elementos tambem que são indispensaveis. Os
detalhes deste curso devem ser elaborados com bastante cui-
dado baseando-se em um estudo especial do Junior High
School, qué é adaptavel especialmente ás necessidades dos
es tu dan tes .
CURSO
Este trabalho de preparar o curso deve ser feito sob a su-
perintendencia da Junta de Educação e constituir grande
parte do trabalho dessa .Junta a ser apresentado na Conven-
ção de 1924. Este curso pode ser preparado durante 1922 e
alguns mezes de 1923 e depois utilizado nos collegios para ex-
perimental-o durante o anno lectivo de 1923. E' necessario
haver cursos differentes para o sexo masculino e o feminino
nos collegios deste typo.
SUSTENTO
UnIa questão nluito iInportante em religião a estes col·-
legios é o seu sustento. Não devemos esperar grandes con-
tribuições do estrangeiro para o sustento destes collegios,
fóra dos alugu,eis, em caso de haver necessidade de alugar
edifícios. As taxas de ensino e pensão cobradas' aos alum-
nos devem ser taes que sustentem os professores. Deve ha-
ver mais ou menos uniformidade nos preços cobrados pelos
diversos collegios do typo J unior visto que os ordenados dos
professores, os preços de alimentos e outras cousas não são
muito diversos nos respectivos centros onde temos estes col-
legios. Não devemos esperar a uniformidade absoluta. Ao
menos não deve haver uma competição anti-christã entre os
collegios, nos campos. O collegio .T unior póde ser collocado
104 RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

em bases de sustento proprio em grande parte, vi~to que os


primeiros annos dó curso gynlnasial são os mais necessariqs
para os alumnos que vão cursar as escolas. superiores: Ou-
trosim o mesmo plano geral de. auxilio para os estudante~.
deve ser estabelecido em todos os êollegiosJuniores, si"fôr
possivel ~ Qualquer outro plano ha de crear uma _competição
inconveniente e um embaraço para todos os collegios.

ADMINISTRAÇÃO
A administração destes GolIegios. será pelas J un tas elei-
tas pelas associações ou convenções estaeJuaes das egrej as
nos respectivos Estados on~~ os colIegios estão situados. Não
ha centralização na . administração destas instituições. A-
Junta de Educação da -Convenção .Baptista :Brasileira não tem
. nada com a administração destes collegios ou de outros
quaesquer do luesmo systema. As Juntas destes collegios
são locaes. Deve haver ao menos cinco membros para cada,
uma dessas Juntas e em algumas dellas até mais. A eleição
deve ser annual e pelos terços.

RELAÇõES COOPERATIVAS
Devemos promover as relações mutuas ou cooperativas
entre os collegios Juniores e as instituições centraes. Haven-
00 esta concatenação dos cursos nos collegios, o seminarista,
a normalista ou a aspirante ao curso de obreiras poderá as-
sim passar do collegio Junior para a instituição central sem
difficuldade -na classificação e sem perda de tempo. E' de
notar que os collegios centraes teem os cursos Juniores e
tambem o curso collegiaI propriamente dito. Os collegios
centraes devem gozar dos privilegios de propaganda livre
com o apoio e coqperação dos irmãos encarregados dos di-
versos campos em toda a parte para obter alumnos para O~
seus cursos.
FUNCÇÃO
A funcção denominacional do collegio, J unior éa de pro-
porcionar as 'van tagens do ensino .secundario para o nú:~so
povo nos respectivos centros e Estados onde estão -situados.
~averá muitos estudantes de famílias q~~ não são baptistas
que frequentarão estes collegios. Os seminaristas receberão
Iáo seu preparo preliminar, bem como as normalistas e can-
didatas aos cursos de' obreiras christãs. Alguns estudantes
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 105

que se estã~ preparando para os exames officiaes tambem


f

cursarão estes collegios. Depois de algum tempo o collegio


Junior deve ter unI curso adaptado ao preparo de jovens
para ensinar nas escolas elementares, nos districtos do in-
terior. Este trabalho de leccionar as materias pedagogicas
seria feito pelos dois ou ires missionarios que se acham na
direcção do collegio ,Junior, na maioria dos casos. Poderia-
mos pedir' apenas á Junta mandar professores especialmen-
te preparados para ensinar pedagogia nestes collegios ju-
niores, fóra do casal missionario director do collegio. O es-
tudante que se prepara para o magisterio deve estudar na
Escola Normal afim de ter um preparo mais elaborado e te-
chnico.
INTERNATO
O internato do collegio Junior offerece opportunidades
especiaes pata crear o meio favoravel ao cultivo dos nossos
ideaes. Os directores destes collegios encontrarão no ioter-
nato a sua maior opportunidade para o trabalho de forma··
ção do caracter O internato deve ser um verdadeiro lar
christão para o estudante e deve ser guardado cuidadosa-
lnente contra a entrada de elementos que o possam contami-
~ar Alli o alumno ficará livre de muitas das tentações e
distracções ás quaes seria sujeito em outra parte. Alli elle
aprenderá o grande ideal da vida christã e o espirito de co-
operação social no serviço da humanidade.
LOCALIDADES
Devemos ter collegios do typo junior em connexão com
as instituições centraes do Rio e Recife, e com os collegios de
moças situadas em São Paulo e nos centros estrategicos do
norte e do sul do paiz. Já existem alguns de'stes eOllegios e
outros devialll ser fundados brevemente. Os collegius de
Campos, Victoria, e Bello Horizonte já estão bem enctlminha
dos no seu desenvolvimento; outros collegios deste typo de-
viam ser fundados .eln Curityb a, Porto Alegre, Florianopo-
lis e Campo Grande. Deve haver um bOln collegio para o sexo
lllasculino fundado em outro centro estrategico do Estado de
São Paulo. No norte .do Brasil um numero de centros es-
trategicos deve ter collegios deste typo como, por exemplo,
. Maceió, Ceará, Pará e mais alguns. Como foi dito, o susten.-
,to destes· collegios deve provir principalmente das taxas de
e~sino . Não devemos proporci()nar a educação secun daria
gratuita para quaesquer estudantes fóra dos seminaristas.
106 RELATaRia SOBRE A EDUCAÇÃO
. I

nOrInali~tas e obreiras christãs e mesmo assim só o ensino


hrratuito e certas concessões quanto á pensão, na base do pla-
no de auxilio proprio ..

PROFESSORADO

De onde podemos esperar professores para estes colle-


gios Juniores? Na actuátidade virão inevitavelmente das
classes profissionaes, das quaes procedem geralmente os pro-
fessores dos collegios secundarios. Não podemos esperar
que. a nossa Jun!a mande professQres missionarios para lec-
cionar as Inaterias deste curso. O plano seria lnuito dispen-
dioso c por outras razões tambem não seria efficiente ou de-
sejavel. Precisamos fazer os nossos planos de tal modo a
crear unI corpo de l)rofessores para os nossos collegios secun-
darios. Podemos fazer isto arranjando a matricula nos col-
legios' de alguns jovens talentosos COIU o intuito de comple-
tar ro seu preparo literari<? e pedagogico nas instituições cen-
traes. Sabemos que alguns moços e moças estão se preparan-
do para seguir a carreira de professores. As egrejas, e prin-
cipalmente os pastores, devem cuidar de obter para este tra-
halho o 111aior numero possivel 'de jovens.

5. O· Collegio.

Não ha um typo de collegio no Brasil que corresponda


exactamente ao collegio nort~-americano. O curso literario
não é tão desenvolvido nos collegios do Brasil como nos Es-
tados Unidos. Algumas das materias que figuram no curso
dos colIegios norte-americanos se encontraln nos cursos das
escolas superiores do Brasil, como nos da Faculdade de Di-
reito, da Escola Polytechnica, e da Faculdade de Medicina.
:\Iesmo assim o tempo dado para o preparo literario é Ine-
nos na media que na instituição norte-americana. Os colle-
gios secundarios do Brasil, como foi notádo aciIna, seguem
o systema europeu antes que o norte-americano.
:N ão precisamos de um collegio do typo norte-arnericano
110 Brasil. O de que pr~cisamos é de um collegiÇ) COIU o cur-
so bem definido, organizado em bases pedagogicas sãs e de
um estudo das condições sociaes que ·se alteram constante-
mente no meio brasileiro. Exactanlente nesta coIinexão ha
opportunidade para um bom trabalho original que. poderá.
collocar os nossos collegios na vanguarda das instituições de
ensino no p aiz.
RELATORIQ SOBRE A FDUCAÇ~O 107

ORGANIZAÇÃO
A organização que estamos propondo é principalmente
luas não com exactidão o plano chamado seis-tres-ires. O
curso do collegio dev~ abranger a maioria das materias do
Senior High School na America do Norte e mais algulll&S lua-
terias inclui das no collegio norte-anlericano, proprialnent~
dito. Este curso devia ser UIll pouco mais abreviado e linú-
tado que o curso do coIlegio j unior norte-americano, luas
seria mais desenvolvido que os ultimos tres annos do curso
gymnasial do Brasil. Portanto viria a ser dois annos e pou:'
co menos que o curso completo do collegio norte-americano.
DeVe1110S organizar um curso collegial que levante o idéal
dos collegios e ao mesmo tempo que dê opportunidade para
diversas phases de organização e methodos encontrados no
grande Sel1ior High School e JUl1ior College da America do
Norte. Tal curso devia antecipar certas necessidades so-
ciaes que hão de apparecer e ao mesmo tempo preparar o
lneio de satisfazei-as.
~ECESSIDADES PRESENTES
Presentemente a necessidade para um tal curso deste
typo é mais ou menos linlitada. Duas instituições com cur-
sos collegiaes feitos segundo estes planos haviam de satis-
fazer as necessidades actuaes. Os nossos seminaristas pre-
cisam cursar estas aulas do curso collegial. Os futuros pas-
tores das nossas egrejas hão de carecer de preparo superior.
Não 111enOS essencial será um destes cursos differenciados do
eollegio, para normalistas que aspirem occupar as cadeiras
nas instituições principaes de ensino da nossa denol1lÍnação.
O curso commercial devia tambem ser uma parte integral
deste typo de instituição, sendo considerado um dos cursos
iacultativos ou differenciados. O curso de artes industriaes
seria unI grupo facultativo. Para o sexo feminino haveria
tarnLeIl1 alguns grupo.s facultativos incluindo as lnaterias de
scierrcias e artes domesticas. E' facil ver que este curso
eollegial com seus diversos grupos facultativos, havia de sa-
tisfazer muitas necessidades populares e assim bem organi-
zado este typo de collegio se tornaria em pouco tempo inde-
pendente quanto ao seu sustento, especialmente si "excluir-
nlOS alugueis. Presentenrente emquanto a maioria dos estu-
dantes que tenl os cursos coIlegiaes são seminaristas, nor-
malistas, a despesa para manter estes cursos é grande, visto
que os referidos estudantes recebem ensino gratuito e diffe-
rença na pensão.
108 RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

crRSO
A orgahização ,do curse) collegial deve merecer um estu-
do completo e um~ organização reflectida. Depois de or-
ganizado podia ser .. submet~ido á experiencia durante um
anno antes de ser aHoptado pela Junta' de Educação e pelos
collegios como plano definitivo. O systema proprio para a
organização destes 'cursos, tanto' em relação as diversas ma-
terias que ,d~viam en~ar, como relativamente ao conteúdo
de cada maferia é 'baseado em um estudo scientifico das ne-
céssidades sociaes do meio e numa applicação completa dos
principios sociaes e pedagogicos que presidem á escolha e
o conteúdo das nlaterias, ·bem· como 'ao' seu arranjo no curso.
A flexibilidade no curso collegial póde' ser, obtida por meio da
escolha de certos grupos de disciplinas de preferencia a lna-
térias .facultativas . No ensino das materias o methodo in-
tensivo deve .ser cultivado mqis 'e mais e diminuído o uso
do methodo de r~petição.
Não devemos perder de vista o grande fim - a formação
do caracter - ainda .que os fins subsidiarios á efficiencia vo-
cacional e civica, bem como outras phases appareçam mais
no curso collegial que no curso junior. Deveria haver uma
reorganização completa sobre o conteúdo das diversas ma-
terias OOS cursos secundarios. Os tres processos geralmen-
te empregàdos, a saber, eliminação, revisão e addicção po-
dem ser utilizados nesta reforma. O valor relativo de di-
versas' màterjas para satis.fazer as condições sociaes e o va-
lor absoluto que é essencial é um assumpto que ha de me-
recer estudo cuidadoso da parte dos que trabalham na reor-
ganização dos cursos. Os va~ores psychologicos, technicos e
de cultura . geral precisarão ser considerados. ,Algumas ma-
terias inclusas na lista das escolas superiores farão parte do
nosso curso collegial. A sQciologia, a. psychologia (ampla-
Inente desenvolvida), a economia politica e 'diversas outras
lnaterias deverão ser estudadas por todos os alumnos desti-
nadós á lnatricula nas escolas superiores. A questão de
grupos facultativos terá de ser ,tratada scientificamente e
com muito cuidado. Alguns problemas importantes surgi-
rão em .relação ao assumpto dei juxta-posição ·ou successão
das disciplinas, como, por exemplo Physica e Chimica. En-
tre os grupos facultativos devemos incluir além dos prepara-
torios para os examesofficiaes o grupo commereial e os gru-
pos industriaes para o sexo masculino e feminino. Quando
possivel, o curso agricola poderá entrar no curriculum. E'
evidente que a execução do plano acima esboçado, mesmo
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 109

em uma instituição. só, exigiria um corpo docente conside-


ravel.
CORPO DOCENTE RESIDENTE
E' de toda a conveniencia arranjarlnos o mais breve pos-
'sivel ulTlbom numero de professores :residentes para as insti-
tuições maiores. Quando o tempo de um professor é diyi-
dido entre diversas instituições é 'impossivel esperar os lne-
lhores resultados. O horario torna-se um problema impossí-
vel ·de resolução quando os professores teem obrigações em
diversos collegios. O professor residente, à não ser por causa
de molestia, não precisa ausentar-se das suas aulas, COIDO
acontece ás vezes com o professor que tem muitas obrigações
em diversos estabelecimentos. A irregularidade do profes-
sor tem pessima influencia sobre o trabalho de um collegio
serio. E' um dos maiores males que existem no systema de
educação do Brasil., Outrosim o professor residente tem
tempo para o estudo systematico e aprofundado das materias
que lecciona e póde melhor informar-se sobre, o grande mo-
vimento pe<;lagogico no munq.o moderno. Elle tambem che-
ga com 'mais facilidade a ide~tificar-se c.o~ ~ ill:stituição tor-
nando-se -um amigo pessoal' dos seüs ialumnos. ; O seu: iIiteres-
,se por elles e a amizade para os mesmos t,eem uma influencia
directa na formação do cp.racter dos alumnos. Elle torna-se
um ensinador de alumnos e não se contenta meramente em
lec'cionar brilhantemente.' EUe chega a reconhecer que não
;' é o que 'o estudante recebe passivamente nas prelecções que
vale tanto, como o desenvolvimento da capacidade do estu-
dante para fazer estudos independentes. Elle aprende a
receitar certas tarefas que desenvolvem a actividade propria
e a iniciativa nos seus ahllnnos.
l\IETHODOS TRADICIONAES
A attitude tradicional de llluitos professores é a do pro-
fissional. ' EIle lecciona .na hora marcada, no salão de au-
:las. Pouco se importa' 'se Q~ aium'nos' assistem com regula-
ridade ou não. "ElIes terão de dar conta das materias no
'exame','. , :Ha alguns professores que têm seguido este syste-
,lna, tradicional tanto tempo qU,e assumeln uma .attitude
inalteravel contra qualquer innovação da pedagogia moder-
na. Taes professores ás vezes negam a sua responsabilida-
de na questão da dis~iplina dos seus alumnos nas aulas. Ao
contrario a verdadeira aUitude do professor referente á dis-
ciplina deve ser a. de assumir a responsabilidade directa e
110 RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

completa na aula. Si um estQ.dante se ausenta, ou não traz


ü seu trabalho feito conforme foL indicado pelo professor,
deve ser chamado á ordem "pelo :professor. O interesse do
professor na formação do caracter do estudante deve ser o
1110tiVO sufficiente para elle ter esta responsabilidade. O
verdadeiro professor conserva uma mente aberta para com
os lllodernos processos pedagogicos e recebe com contenta-
Inento qualquer suggestão que vise a introducção de novos
methodos no seu trabalho de modo a tornai-o um professor
mais capaz. Quando qualquer professor chega ao ponto de
não receber nlais as novas idéas da pedagogia moderna, tor-
na-se um impedimento para o progresso de qualquer insti-
tuição, na questão de methodos.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL
A organização social do collegio é um dos alicerces do
seu successo .Ha diyersos methodos pelos quaes se póde
uesenvolver a iniciativa dos estudantes, mediante a devida
organização social. O corpo discente póde tornar-se um dos
agentes mais poderosos na disciplina no internato, mediante
a organização devida 'dos estudantes segundo o plano de au~
tonomia. O jornal escolar offerece opportunidade para o
desenvolvimento do talento literario dos alumnos, bem como
de iniciativa. Os clubs athleticos e sociedades litterarias
proporcionam outras vantagens do mesmo genero. A co-
operação social póde ser desenvolvida em todas as diversas
phases das actividades dos estudantes. Certas actividades
:foradas aulas são consideradasp.or muitos educâdores de
Inaior valor para o desenvolvimento dos alumnos, do que as
proprias materias administradas no collegio.

EDUCAÇÃO MIXTA

Uma questão interessante. em relação aos nossos colle-


gios juniores e superiores é a da educação Inixta. Notamos que
ha uma 'tendencia no Brasil na direcção de educação mixta.
Cerca da quarta parte dos collegios secundar.ios está organi-
zada nesta base e as escolas profissionaes e escolas superio-
res admittem "moças para as a!llas. O corpo docent,e nas es-
colas' primarias é em grande parte do sexo feminino e mais
ou menos a quarta parte dos professores nos collegios secun-
darios são do mesmo sexo. Nas escolas profissionaes a por"-
een!~gem é menor e nas escolas superiores não ha professo-
::as.
RELATORIO SOéRE A EDUCAÇÃb 111

Reconhecemos que ha certas vantagens e desvantagens


na educação mixta. Parece inevitavel termos a educação
mixta nos nossos collegios secundarios, pelo lado de econo-
mia. A nossa denominação está experimentando este me-
thodo com um gráo consideravel de successo. Ha se1:11pre
alguns estudantes que não desejam subnletter-se ás regras
rigorosas de uma instituição que tenha os dois sexos e que
precisa mantel-as, si quizer sustentar uma bôa reputação e
fazer unI trabalho solido. Ha tambem alguns professores
que nunca comprehendem a necessidade de tanta exigencia
e que não se esforçam para manter as regras. Bem adminis-
trada, uma instituição de educação mixta trará bons resulta-
dos, mas com a administração inefficiente a educação lnixta
se tornará um iInpedhnento ao progresso dos nossos colle-
gios. '
EDUCAÇÃO PARA O SEXO FEMIXIXO
E' inevitavel termos alguns collegios destinados exclusi-
vamente ao sexo feminino. Devemos combater a velha idéa
de que a lnulher não precisa do mesmo gráo de preparo que
o homem. Precisamos providenciar sobre a instrucção ade-
quada para as nossas filhas. A educação da mulher é a base
de todo o verdadeiro progresso social. Somos forçados a
proporcionar a instrucção secundaria para o sexo feminino
em diversos centros. Presentemente temos collegios com
os cursos secundarios para o sexo feminino em São Paulo,
Rio, Campos, VictQria e Recife. Em São Paulo e Rio os col-
legios para o sexo feminino são separados dos para o sexo
masculino.
Enl 1916 appareceu unI plano para fundar um grande
collegio para o sexo feminino em São Paulo. Este plano está
sendo realizado agora. Neste collegio deveria haver cursos
para o pre}Jaro c~mpleto das lnoças e certos cursos differen-
üiados para fins especiaes, conforme as necessidades. Alli
haverá opportunidade para dar' UIna verdadeira illustração
do nosso ideal quanto ao preparo das nioças. O trabalho,
feito durante nluitos annos por nossos veteranos nlissionarios
Dr WB. Bagby e D.a Anna Bagby é uma base firnle para
a fundação de um ícollegio deste typo naquella capital.
VALOR
O válor dos nossos collegios edo nosso trabalho de edu··
cação nãopóde ser exaggerado. A apologia lnais habil da
causa baptista perante o publico brasileiro hoje é o nosso
112 RELATORIO SOBRE Á EDUCAÇÃO

trabalho de educação. E' este trabalho que attinge as me-


lhores famílias no seio dó povo e mostra o verdadeiro cara-,
eter do nosso tr·abalho e-vangelico. A attitude de quasi toda ~l
população de umà grande ci~ade para com o nosso trabãlho
pôde ser alterada em PQUC,O tempo, relativamente, pela acti-
'vidade benevola e efficiente de um collegio. Este é um teste-
lllunho da experiencia que provém do trabalho de nossos col-
}egios e não é méra' supposição. O trabalho dos collegios enl
Recife e no Rio de Janeiro são illustráções do valor da nossa
propaganda de educação na 'grande cidade. Ha ,outras iI-
'lustrações' 'numerosas em crdades' menores. Isto' nem selll-
pre é coIllprehendido.A natureza da opportunidade no·
nosso trabalho de educação. Nos nossos collegios tratamos
dos jovens que no futuro hão de ser os directores e organiza-
~dores da vida social e politica no Brasil..Isto é uma verdade eln
medida muito maior do que muitas vezes comprehendemos.
Grande ~numero das melhores famiÍias mandam os seus filhos
para os nossos collegios. Cada um destes alumnos torna-se
üm baluarte d:e defesa para a nossa causa em annos subse-
-quentes. Cada um ,delles torna-se um propagandista dos
'nossos ideaes . em· muitos sentidos. ·0 valor de um
destes estudantes na .propaganda dos ·nossos prinçlplos está
muito alem da nossa visão 9U çaleulo . Na edificação
·de uma grande causa alguml,ls poucas individualida-
des fortes te em mais valor do que grande· numero de
·pessoas menos preparadas. Xão podemos deixar de reco-
nhecer tambem que os nossos collegios estão fazendo UIll
immenso trabalho constructivo. em' prol de um luelhor pre-
,p~o' da mocidade das nossas egrej'as. Temos tambemÍlo
nosso trabalho de educação uma grande missão em comba-
i ter o analphabetisnlo e ·em elevar o gráo da instrucção entre
() nosso povo,' nasegrejas. Abrir c'aminho para o desenvol-
vimento e iniciativa entre os ,leigos Qas egrejas pela instru-
cção' de jovens seleccionados convenientemente e instruidos
'de modQ completo, significa grande coisa para o futuro da
nossa ~.:::lpsa . E ' por, este calnin~o que podemos assegurar a
preparação. das forças espirituaes no· futuro para as varias
tarefas da causa. A .fol'ça :de 10.000 obreiros bem instruidos
e trei9-ados vale mais do que 100.000 sem este preparo. ~ão
podemos' deixar de comprehender que a creação de um cor-
po de pastores e e-vangelistas bem" instruidos significará
grandes coisas para o futuro da nossa causa. Anno após
anno os nossos .seminarios já. estão enviando para os campo~
um bom numero de pastores preparados. Brevemente po-
'demos esperar que as turmas defórmados nestas institui-
'RELATORIO SOBRE A EDU'CAÇÃO 113

ções . hão de ser muito maiores. De egual importancia é o


trabalho de preparar professores crentes que muitas vezes
podem fazer' um trabalho de maior alcance até que os pré-
gadores. A nossa experiencia testifica que o collegio é UIna
jJorta aberta para a fOrIuação de 111uitas relações novas de
grande valor em qualquer local. E' elnfim UIna porta de
opportunidade para o nosso trabalho. Gerahllente o profes-
sor pôde ganhar o ordenado do seu trabalho e não
precisa receber auxilio de qualquer outra fonte, COIll
respeito aos prégadores, conl o desenvolvünento presente da
éausa, ha necessidade de receberem os seus ordenados . em
parte das Juntas Estrangeiras. A preparação do lllinisterio,
emquanto é filais fundaIuental na propaganda, não ultrapas-
sa luuito na sua iInportancia a creação de UIn corpo de pro-
fessores,

ILLUSTRAÇÁO
A grandefaHa de collegios ch;'istãos e a consequencia
de senlelhante falta é illustrada na historia do christianismo
primitivo. O filho de fáIuilia crente tinha que receber a sua
instrucção nas escolas e collegios pagãos nos tenlpos primi-
tivos, As crenças tradicionaes dos pagãos confundiraln-se
COIU as doutrinas do christiallislllo nas Inentes dos aluíunos
de tal 1110do que o resultado foi que se levan'tou grande con-
froversia ácerca da divindade de Christo, Si as creancas ti- ,
yessem aprendido nas escolas a yerdadeira concepção da
pessoa de Christo esta controversia nunca se teria levantado
'Outrosinl a simples organização demoçratica do christianis-
lHO COIno se acha illustrada nas egrejas do :\ovo Testanlento
podia ser ensinada facilInente, evitando a nllIltiplicidade de
theorias sohre a organização ecclesiastica nos tenlpos subse-
quentes, Taes in~~tituições teIn unla grande nüssão eIll eli-
lninar o analphabetisll10 dissipando as trevas da superstição
e destruindo os idolos do tradicionaIisl1lo. ElIas tenl taIll-
heIn uma grande llússão COllstructiva e positiya elll criar no
povo, a inteIligencia e espirito progressivo, Os nossos coIle-
gios teelll unla opportunidade IIluito grande na introdll<.:\~à()
de muitos elenlen tos esplendidos de 1l1ethodos lllodernos e
de organiza~ão nos trabalhos de educação no Brasil, Esta é
un1a opportunidade para. servir p causa da instrucção e ga-
nhar'prestigio para o nosso systenlu de collegios,
6:' Phase.~ da educação nzodernll qllr nzerPC'enl estudo ps-
pedal para li elaboração-- do nosso systema de ('ollegios.
.J 14 RELATORIO SOBRE.A eDUCAçAO

,CURSOS
o problelna dos c~rsos para os nossos collegios de diver-
sos generos deve ser resolvido scientificamente e COIlI o n~a­
ximo cuidado. Podelllos ensinar qualquer cousa que quere-
lnos dentro de certos lilnites, si porventura tratarnlOS destt'
llroblema como educadore~_ peritos escolhendo as lllater~a~
e o conteúdo das nIaterias que vão constituir o curso. Deve-
IUOS cuidar. em que haja um trabalhó benI feito sobre a 'esco-
lha de factos e informações para o curso, utilizando os prin-
cipiQs sociaes e psychologieos nIais approvados pela pedago-
gia moderna. Este c' um trabalho que não póde ser feito eHI
lun dia, neln será feito por uma commissão ,formalmente es-
colhida. E' um trabalho cooperativo que deverá occupar a
attenção de todos os nossos educadores trabalhando junta-
Ulente durante alguns annos. Abrange este trabalho a .con-
fecção de alguns compendios para os ditos cursos. Temos
lançado alicerces solidos durante os tres annos passados
pela feitura de progralllnlas' de ensino para os cursos ele-
mentares. Estes programmas lnerecenl Ulll estudo novo
afim de separar os lnethodos que devenl çonstituir depois
um lnanual de nIethodos para o professorado destes c.ur-
sos.
COMPENDIOS
As escolas elelllCntares no Brasil teIn luctadó COUI gran-
oe difficuldade pela falta de cOlnpendios adequados. A ra-
y.ão e que a instrucção teln sido nluito explorada, pelos COIn-
mercian tes. As casas editoras n a maioria dos casos, usalll
papel inferior e vendenI os livros a preços muito elevados.
Poucas pessoas eDI particuI~r teenl o capital necessario para
imprimir compelldios. Xos casos raros de indiyiduos que
tratam' deste aSSUnl}Jto a Inaioria teuI por lnotivo afinal o lu-
cro. Xão ha maior opportunidade para unI.serviço de gran-
de valor no' Brasil do que preparar bons compendios para as
escolas elementares. UnI bonl systema de compendios col-
locaria os nossos collegios em cat~goria, separada, ]lara não
falar da opportunidade de l->ôr os nossos cOlnpendiosem ou-
tras escolas.

SUPERINTENDENCIA
A superintendencia tecbnica no trabalho das nOSSl;ls es'-
colas proporciona grandes opportunidades. Este é uíÍI tra-
halho que póde ser feito unicament(~ por pessoas efficientes
115

l[~~ tivera.m especial preparo pedagogico. Ha, certos prin-


CIpIOS baslCOs para julgar o trabalho de UUla professora na
aula. ElIa deve saber Dlotivar o estudo do alumno, cultivar
nelle iniciativa, desenvolver nelle o poder de organizar e
avaliar os factos da lição, bem como muitas outras cousas
égualmente importantes. Não podemos esperar con~eguir a
superintendencia technica nas nossas escolas emquanto não
tivermos pessoas preparadas nos principios bsSÍcos deste
trabalho.
ESTUDOS DE SUPERINTENDENCIA ESCOLAR

O estudo da superintendencia escolar é o metbo-


do que póde augmentar a efficiencia dos nossos coI-
lcgios, especiahuente., dos internatos, por 500/0 ou ma~s.
Até ao tempo presente não temos unla illustração
adequada deste trabalho" no nosso lueio. Nesse estudo de
superintendencia ou inspecção o professor encarregado não
póde ficar assentado, mas antes precisa estar de pé, .passan-
do de um aluluilo' para ou1ro, verificando o estudo de cada
um e ajudando por suggestões aquelles que estão empe-
nhados na resolução de problemas difficeis, cultivando nel-
les todo o esforço perseverante, até aprendereln benI as li-
ções. O professor telu uma opportunidade luaravilhosa
para ensinar ao alunlno os melhores Inethodos· de estudo.
Elle deve ter cuidado em não cultivar a dependencia no es-
pirito do aluInDo, luas antes uma independencia cada vez
maior.

ADMINISTRADORES
A necessidade nlais urgente da ~ducação é a de adluinis-
tradores haheis. E' de alta hnportancia que. cvidenI0s ell1
crear unl corpo de professores qu<t terão o preparo technico e
a experien~ia e cOlnprehensão necessariasda situação, habi-
litando-os a servir como adluinislradores. A qualidade de
administrar t~ enl grande parte unl douí. naturàl, 111as ella
lambem precisa ser cultivada. Não se pode depender de
es'trangeiros para funções adnIinis.írativasou de qualquer
modo satisfazer as necessidades na direcção e no ensino 11l0S
nossos collegios. O estrangeiro leva 11luito telupo para
identificar-se eOlllpletalnente COlll o pensamento. e os costu-
lnes do povo.· De facto elle nunca se torna inteirado comple-
tamente, (COlHO acontece coni o honleln que naSce no Ineio
nacional e recebe a sua 'instrucção toda aqt,li desde a infan-
11,(j RE1.AT0-RIO SOBRE A EDUCAÇÃO
I
da.
ª
L~nl systelna de coll~gios de' propaganda propria teill
de prpvi&enciar sobre' preparação de professores, luas talil-
. uelll teDI decuidar de preparar pessoas para os cargos adnli-
úi,strativosda e<;lucação.
Y - Instrucção Tlzeologica.
ESlaplzas'e do nosso lrabálho é posta em primeiro logar
entre os diversos cursos wliversitarios. O pastor insfruldo, é'
a chave' para a ill.~truc!~ão do seu povo.
r
- REVISTA
E~ interessante notar alguns dos faetos acerca dos sClni-
narios no Brasil. A egreja catholica tem 13 seluinarios es-
palhados pelo norte e sul. Ha unI banI nUInero talnbenl
de cursos propedeuticos onde os tneninos destinados ao sa-
i-erdocio recebeIil a instrucção, Dlai~ ou n1enos fórà de con-
·tReto COIn o mundo externo. EIn todos os seminarios e cur-
sos propedeuticos foralll.rnatriculados (euI 1916) 320. alum-
nos e estudantes e 140 professores nlinistrau1 instrucção. Cm
dos faetos nota.Yeis ácerca de todos estes cursos é o nUluero
relativaDlentepequeno' de alulunos, con'siderando-se o nu-
lnero relatiyaluente grande de professores.
E' facto que ha pouco desenvolvimento na instrucção
theologica entre os protestantes. Os poucossen1Ínarios teenl
'pequenos grupos de estudantes conl poucos professor~s. Os
dois selninarios dos baptistas são quasi excepcionaes no llU-
Illero de matriculados. DevelDos dar graças por isto e fa-
zer '0 Iuaximo possiyel para desenvolver rapidaIDente este
ramo da instruccão. O desenvolvhnento dos selllinarios é
fUlldruuental no "nosso trabalho evangelistico e educativo.
O luaior resultado da evangelização só virá depois de tenDOS
111Uitos pastor.es e evangelistas preparados. Haverá selllpre
logar para '0 prégadorque não tenha podido adquirir edu-
c'ação completa para fazer a SUá parte, mas não nos devemos
esquecer da necessidade do preparo completo dos pastores e
futuros directores do' nosso povo. O homem póde ser dota
. do de muitos don~ naturaes e por Ulna diligencia extraordi-
lJaria conseguir fazer grande trabalho seln ter tido o privile-
. gio do estudo no seminario; Illas o homem de capacidade me-
diocre llrecisa do auxilio, direcção e inspiração do professor
(' o hOlllelude ·dons fóra do commU1l1 ha de tirar grande pro-
veito' mediante tal auxilio.

. \
Xão l>Qdelnos esperar. ver a plena prosperidade do nosso
trabalho de educação antes de ternlOS Ul11 bOlll nUlnero de
RELATORIO SOB~E A €OUCAÇAO 117

pastores que, t~nhanl o conhecimento technico do assumpto,


sendo habilitados assim para administrar e dirigir as
escolas parochiaes. Todo o prégador que se forlna no se-
minario qevia ,ter feito, ao menos UIll curso parcial sobre a
educação, especiahnente com referencia fÍ'pha-se adlninistra"·
Uva e á de inspecção escolar. Isto o habilitará a falar com ~­
toridade e· agir COUl energia no desenvolvÍlnento {lo trabalho
da instrucção popular no seio das nossas egrejas.

PREPARAÇÃO
A natureza do trabalhó que o prégador precisa fazer tor-
na necessario o seu preparo conlpleto. Elle telll de falar a
todas as classes sociaes; portanto carece de HIll preparo com-
pleto para não tornar-se HIll impediInento á causa que ellc
representa. Elle tràta de unI trabalho que só UIll h01ncnl
\'erd~deirallH~nte preparado póde fazer Cabe a clle inter-
pretar as Escripturas, edificar egrejas, instruir o povo, orga-
nizár IlloviIllentos, nlinistrar "espirituahnente a,to,dos.

PREPARAçÃO PRELIMI~AR
o plano lnais sabi,o, pelo que pareee ê o candidato ao
luinisterio receber o seu preparo preliminar 'no coIlegio'loeal
ou e~tadual de cada Assodação ou Convenção Baptista. '()
lHui1ero de annos que eUe "deve gastar neste preparo Ijrelimi 1
liar ha de depender em parte da sua classificação na épocà"
da matricula e enl parte do caracter geral do curso adminis':
trado no dito collegio. Pelo menos' elle deve cursar o coi"-
Jegio iocal dl}rante um prazo adequado para delnO,nstrar 'u' -
~ua vocação para Q_Ininisterio, e o seu caractet COlll0 estu-
<Jante. ~ão de,re demorar dClnasiadalllente depois de entral~
no curso gYlnnasial porque a sua cultura cbristã c 'o seu pre~
paro !iteraria, geralmente falando, podenl ser feitos co-m
lnaio'r vgntagelll junto ao corpo docente e discente do sen1i-
nario. '
FIM
o nosso fiIu' no trabalho do ensino theologico ,é o de prer
parar pastores e evangelistas COlnpetentes e efficientes no
trabalho. O preparo administrado deve \ser de caracter pra-
tico .' o pastor preparado no selninario deverá saher gR-
nhar ·holnens e depois "inspiraI-os no .trabalho. E' necessa-
l'io que elle seja perito. no preparo de sermõe,S ..ena prégação.
afiUl de qu~ tire os resultados devidos. O seu preparo :de.\'e
RELATORIO SOBRE À E8UCAÇÂO

ser adquirido não só pelo estudo, mas tambem por meio do


iserviço .pratico segundo a idéa do methodo de laboratorlo
E' essencial. que elle seja instruido bem nas doutrinas, mas
. que conheça tambem os melhores methodos. Tenl de ser
. equipado. para prégar e ensinar COIU autoridade e sem em-
baraço.' ,
Urge providenciar sobre a preparação Dlais longa de al-
guns estudantes para o lninisterio que durante os primeiros
annos do seu curso demonstrem capacidade extraordinaria.
Alguns destes estudantes .voltarão depois de annos deexpe-
riencia nos lJastorados para occupar cadeiras de professores
uos nossos seminarios e collegios.

SUSTENTO PARA OS ESTUDANTES


O plano para manutenção dos estudantes influirá gran-
demente na formação do seu caracter Si elles receherenl
tudo e não tiverem responsabilidade, ao menos ein pl;lrte,
pela sua manutenção, não desenvolverão independencia
de caracter. Por outro lado, não podeIuos esperar caracter
ideal no candidato ao ministerio. Elle é um homem e tmn
os meSlDOS caracteristicos que nós. Não devemos esperar
que elle vença obstaculos demasiadamente grandes. Deve-
mos estimulaI-o e ajQdal-o especialmente, depois de ter elle
demonstrado praticamente a sua vocação para o lninisterio.
Muitos 'dos ministros de maior valor hoje são homens que por
algum tempo luctaram com a sua.convicção, sentindo que de-
viam prégar, mas como Jonas fugindo da responsabili-
dade. O bômem nessas condições precisa da nossa sympa-
(hia e do nosso auxilio, em caminhar para a 'acceitação da
tarefâ divinamente imposta. Não dévemos ir neln ao ex-
tremo. de faCilitar de mais a entrada do joven na carreira nlÍ-
nisteriál, nem pelo contrario collocar pesos demasiadamen te
t~r;andes durant~. o tempo da sua preparação. O estudante
deve ser pos~o sempre na base de auxilio-proprio, mas não
deve ser obrigado a trabalhar duplamente para o seu susten-
to~_ sendo forçado assim a fazer o seu estudo superfi~ialmen­
te como uma consequencia inevitavel. O estudante deve re-
ceberõ nosso auxilio emquanto elle está se preparando para
o trabalho de prégar .o Evangelho . Nenhulna contribuição
i.~ feita para fim mais digno que o da educação do ministe-
rio. Os pastores devem cuidar que as egrejas recebam a
instrucção sobre os planos de contribuir para este trabalho
e ser estimuladas para a cooperação leal. Seria bom sihou-
Yesse alguma uniformidade nos planos' concernentes a este
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 119

trabalho no norte e no sul do paiz, ainda que haj a necessi~


dade de variações segundo as necessidades locaes. En1 ge-
ral podemos dizer que o plano do auxilio proprio bem orga-'
llizado nas nossas instituições centraes servirá admiravel-
lnente bem para o fim duplo de promover mll primeiro logar
o desenvolvimento de caracter e independencia no estudan-
te e ern segundo logar de ajudar com as despezas do sustento
do seminarista emquanto elle está estudando.

IDEAL
Nos nossos seminarios devenlOs cultivar unl ideal defi-
nitivo. O meio social, geralmente falando, não é muito fa-
voravel ao desenvolvimento de homens de Deus. Quando o
estudante começa a progredir unI pouco no seu estudo, ten1
uma tendencia para encher-se de egoismo e pensar que a
roupa faz o homem. E' necessario ensinarlllos aos nossos
estudantes que a bengala para o joven prégador é unl artigo
surperfluo e que elle ha de ser muito mais apreciado pelo
povo das egrej as em geral si andar com roupa limpa, mas
economica e de accôrdo com a seriedade da sua l1üssão. De-
vemos procurar desenvolver nos nossos senlinariosprégado-
res que sejam homens, homens de Deus que aprecianl pro-
fundamente os seus altos privilegios, lllinistros que teem
uma convicção profunda quanto ao caracter eexito final do
seu trabalho A differença fundamental entre o ideal que
se cultiva no sacerdocio romano e o que prOIllq,vemos no cul-
tivo do ministerio evangelico está no facto de .que nós insis-
timos que o homem precisa teI~ caracter A vocação nâo
torna santo o homem, o prégador precisa santificar o lllinis-
terio. O ministro dé,re ser um homem de rosto descoberto
afim de receber, enlcoInmunhão CODI Deus, a-Iuensagem sal-
vadora e transmittil-a aos homens com autoridade plena.
Elle deve trabálhar COIU o motivo principal de agradar a
Christo e ser um verdadeiro elubaixador do céo O seu
exemplo deve ser irreprehensivel afim de que não haja es-
eandalo. No meio das suas luctas que serão llluitas, deve
demonstrar paciencia e cultivar as virtudes christãs. ~os
nosso~ seminarios, eDl qualquer parte do curso, devenlos tra-
tar de um estudo exegetico feito sobre os grandes ideaes do
lninisterio como esclarecido na Segunda Epistola aos Corin-
thios e na Epistola a Timofheo, bem conlO enl outras passa-
gens do Novo Testamento.
Este mesmo ideal deve ser prégado na egreja afiE de
q~e o nosso povo, luelhor illformado sobre o aSSuDlptú, possa
120 RELATORIO SOBRE
, A EDUCAÇÃO

apreciar a alta 1111ssao do -llrégador ereconhe~~r o caracter


que deveria ter Muito cuidado deve ser- empregado pelas
(;grejas na escolha de estudantes para os seIninarios. A eS"7
colha de-' llleninos para o saeerdocio não segue de lnodo ne-:-
nhum o ideal e o 11lethodo que nós -cultivamos. O jo··.
ven Tinlotheo tinha dado provas absolutas do seu caracter e
da sua aptidão para oministerio antes de ser recebido entre
os obreiros, por Paulo. E' unlplano sabio dar tempo para
revelar-se o caracter do joven antes de facilitarmos a sua en-
trada na carreira de estudante para- o ministerio. Mesmo
depois de coIneçar os seus estudos elle deve ser submettido
ás provas da experiencia eIn um dos collegios Juniores an-
tes de ser considerado candidato ao ministerio. As conse-
quencias da quéda IDoral ou conducta errada de unI est~­
dante para o Ininisterio são pesshnas para a causa e deveInos
eyital-as por todos os meios. Não exijamos demais, mas
precisamos cultivar unI alto ideal e exigencias justas. Só as-
sinl poderelnos ver no futuro o que se deu na Escocia, - onde
quasi toda a mãe de faIDilia tinha por alnbição ter ao menos
um filho no lninisterio.

CULTURA CHRISTÃ

Ligado intimalnente conl este assulnpto é o da necessi-


dade de cultura christã para os nossos selninaristas. O pla-
no mais 'sabio é de termos um curso de cultura christã eU1
correspondencia com todos os· annos do curso collegial até
a :época da sua nlatricula nas aulas do seminario. Os cur-
sos biblicos collegiaes podem, eID geral, constituir unla par,,-
te deste curso de cultura christã. Deve haver alélD deste unI
ou mais cu]"sos de estudo devocional dirigidos separadalnen~
te para os seminaristas. Si o seminario fôr perto do colle-
giõ, ó estudante para o ministerio, desde o inicio do seuestu-
do litterario, póde estar em contacto com o corpo discente
e docente do seminario nas suas reuniões devocionaes e assun
derivar grandes beneficios 'es}Jirituaes. CODl esta organiza-
eão tanlbelD o curso de caracter devocional e os cursos bibli~
~os do collegio serianl dirigidos naturalmente ,por Uln pro-
fessor do seminario. Esta cultura espiritual é da InaxÍlna un-
portancia para o eandidato ao ministerio no Brasil,influen-
ciadopot idéas tradicionaes, que só poderão ser desarraiga-
das-' por alguns annos de instrucção. Quan to luais :longo "fór
o prazo de contacto int~mo COIU o selninario., lnais forte serà
o ministro na sua espiritualidade. Precisamos' cultivar mais
IJ'el'sona'lidades do que dogmas theologicos',
RELATORIO SOB~E A EDUCAÇÃO. 121

CARACTER
o nosso primeiro interesse no senlinario deve ser crear
unI meio que amolde o caracter dos estudantes. O tempo
para a formação do caracter é no principio da vida. Have-
lUOS de ganhar muito si pudermos trazer o estudante para o
lninisterio en1 contacto com as mais podérosas forças espiri-
tuaes ao nosso alcance, desde os primeiros annos do colle-
&~io. Devemos providenciar para o seu desenvolvimento in-
tellectual adequado, n1as o nosso principal interesse concen-
tra-se no caracter do hOlnenl. Precisamos desenvolver ho-
mens primeiro e depois prégadores. O cultivo de habitos
devocionacs systelnaticos e o do conhecimento pratico e ex-
periencial do trabalho do nIinisterio deve principiar desde
o primeiro dia do curso que o -seminarista faz no collegio.
As forças espirituaes para alnoldar o caracter do joven es-
tudante devialn ser as maiores á nossa disposição, mesnlO
desde o inicio do seu curso.

l\fATERIAS

~ão podemos entrar na apresentação elaborada neste


relatorio do caracter do curso theologico. O conhecimen-
to pratico das Escripturas é fundalnental. Deve exigir-sp
dos est~dantes que esperam receber ográo pleno, um conhe-
eimento mais aprofundado da Palavra, mediante o seu es-
tudo nas linguas origil1aes. Isto ha de augmentar a autori-
dade dos nossos futuros prégadores. O seu conheciInento das
grandes doutrinas fUl1dàlnentaes das Escripturas deve ser
systen1atico e completo. Elles precisam ter Uln conhecimento
theorico e pratico do trabalho, do pulpito. O prégador tenI
de ser unI ensinador perito. Ha de carecer tanlbem do eu-
tendinlento theorico e pratico, das funcções pastoraes. O
seu trabalho lucrará pelo lado do equilibrio,' si elle estiver aó
par da historia do christianislllo. E' uma necessidade a nIU-
s'ica ,"ocal para o prégador dirigir os canticos sagrados; e
.. ~i' elle aprender a tocar algum instrumento apropriado~ fi-
c,ará idoneo para organizar melhor o programma nÚlsical
da sua egreja. UnIa das phases nlais importantes do curso
é a da historia e do estado pr~sente do. movhnento nlissiona-
rio .moderno. O selninarista deve identificar-se cOInpleta-
lllente, durante os anuos do seu curso no seIninario, COIll o
E'spirito 'lnissionario. Osseminarios deveriam fazer uso não
sómente do,saq.las sobre luissóes e religiões para cultivar este
espirito. luas tambem' Jan,car mão de" outro. methodQ COllIO
li2 .RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

seja o da sociedade nlissionaria organizada pelo corpo dis-


cente e docente do proprio seminario o

LOCALIDADE
A congregação de cada seInillario não precisa ser tão
grande si elles ficareITI como estão, como seria necessario si
fossem separados dos collegios o O seminarista formado no
eollegio ou não~ sempre deseja cursar algumas materias phi-
losophicas em connexão COIll o seu curso theologico o E' UlIl
enga"llo suppôr que a. separação completa entre os semina-
rios e os collegios resultaria eIll beneficio para eHeso O se-
luinario póde ser tão lefficiente, e .até Inais, eDl proxiInidade
'de outra faculdade llniversitaria porque asshn a força da ins-
tituição para amoldar o caracter torna-se maior eID todo ()
sentido o Qualquer pessoa que tenha passado algum tempo
na' atmosphera de uma grande universidade ha de saber
que o poder de uma instituição para a fonnação do caracter
é augmentado pela união de diversas faculdades em uma só
instituição o

CO:\CE~~RAÇÃO

'0 meio social do Brasil quasi que nos obriga a reunir


diversas faculdades de gráo unjversitario do nosso trabalho
em um ou dois centros o Devemos seguir o plano mais sa-
bio baseado no estudo das condições actuaes o E' preciso
observar que o trabalho dos seminarios protestantes no Bra-
sil, em geral, não tem tido muito enthusiaslllo ou poder de
amoldar o caracter dos estudantes nos annos prévios, por-
que 'tem sido organizado de modo fi haver un1 ou dois pro-
fessores em qualquer cantinho com um grupo de meia duzia
de estudantes o Em semelhante plano não ha muito enthu-
siasmo o Actua1)nente os nossos seminarios tênl gl."upos de
estudantes de 40 ou 50 em cada uma das instituições centraes
e nos collegios juniores no sul do Brasil ha mais ou menos
40 outros asp,irantes para o ministerio que virão estudar no
seminario mais tarde, no Rio o Este resultado é relativa~
Ineute grande para um trabalho iniciado ha tão poucos
Hnnos.

INDIVIDUALIDADE E PROXIl\tIIDADE
A individualidade dos seminarios não depende da sua
distancia dos collegios. Muitas vantagens provirão da pro-
ximidade com os collegios o Grande parte do sustento finan-
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃÓ 123
ceiro dos estudantes para o ministerio pódesahir dos colle-
gios. Tambem o seminarista que tem contacto intimo COIU
os collegiaes que Inais tarde seguirão outras carrêiras terá
u,ma comprehensão mais cl~ra do povo ell~ geral e estará em
lnelhores condições para ministrar ás suas necessidades es-
pirituaes. Outrosim, a proxilnidade dos senlinarios aos col-
legios . proporcionará uma grande opportunidade p,ara os
seminaristas e corpos docentes do seminario ajudarem na
evangelização dos collegios. Este é o methodo Iuais pratico
para' assegurarmos a christianização dos nossos collegios, que
é uma coisa impossivel de attingir sem o contacto intimo de
llluitas pessoas crentes. Nós temos pela natureza do caso
uma grande porcentagem de alunlnos nos nossos collegios
que não são crentes. Esta é uma situação a desejar antes
que deplorar E' o unico lueio que as nossas instituições
têm para sustentar-se financeiraIuente no principio e, além
disto, o collegio assim serve para trazer ll1uitas das lnelho-
res fanlilias do Brasil em contacto COIU os ideaes evangeli-
cos. A proximidade dos seminarios com os collegios resol-
'",eu o probleIna da evangelização dos collegios, especialmen-
te si as duas instituições estão organizadas .debaixo da mes-
lua adnlinistração. Si a Junta da institúição é experinlen-
tada e a instituição tem o typo universitario de organização
ínterna, póde haver até mais efficiencia que por meio de unIa
Junta separada para cada instituição ou phase do ensino.
Cada unIa das nossas illstituiçôes centraes deve ter a liberda-
de de escolha na questão do caracter da sua organização in-
terna. A Junta da instituição do Rio já t01UOU uma atttitude
definitiva contra, tanto á remoção do senlinario para outro
logar, corno contra á sua separação do collegio. O plano ge-
ral dessa instituição foi elaborado durante muitos annos;
instituição se acha em pleno progresso e prosperidade e deve
proseguir conl os seus planos sem ser iInpedida. Os,inuãos
directores da instituição do Recife acharaln benl separar o
seu selninario do collegio, luas a respeito dos outros cursos
universitarios ou phases de ensino estão empregando, enl ge..
ral, o mesnlO plano de organização que estamos usando na,s
instituições do Rio. Elles tem uma escola_ de cOlllmercio e
estão organizando a escola agricola no mesmo local e debai-
xo da 111esma adIDinistração do collegio. Elles tambeID de-
velD ter a liberdade de desenvolver ó seu plano confonue
julgarem melhor para aqueUa localidade e senl iInpedinlen-
tv algum.
124 RELATORIO SOaRE A EDUCAÇÃO

HEsrLTADOS
Os nossos seminarios já estão prinpipiando a mandar
annualmente pastores fOrInados para diversos canlpos. No
anno passado sete irmão's completaram-o seu trabalhoÍlo se-
lllinario dó Rio~ cinco dos qua'es fOF~Hn formados regular-
mente.' enl bOUl numero de pastores preparados nos nosso~
~eminarios que já estão espalhados pelos campos dão teste-
lllunho do valor do h'abalho feito ua sua preparação, Ainda
que alguns delles não estejam na altura desejada, quanto ao
prep1lro conlpleto, podemos dizer senl medo de contradicção
que outros que foram formados pelo nosso seminario podeul
ser comparados favoravebnente cnn1 os productos de alguns
dos nossos melhores seminarios eUl outros paizes. O que t'
Hecessario é fortalecernlos Ull1 pouco mais as congregações
dos seminarios e proveI-os de modo lllais cOInpleto e depois
pedir ás egrejas enl toda a parte que ~ooperem lealnlente
em oração afim de que D.eus challle os seus escolhidospa,ra
o seu trabalho e tambem na tarefa de sustentar aquelles que
Deus chamou~ isto emquanto estão cursandQ as aulas dos sc-
lninarios.
VI - I llslrucção p'edagogica.
Após o trabalho de preparar ministros -v"eIn o de ins-
truir professores. Para os fins da solidificação do nosso tra-·
balho, este ultimo rivaliza com.o ensino theologico.
VISTA: GERAL
~o Brasil ha 45 escolas 110rlnaes segundo a estatistica
de 19Jt>, ainda que nell1 todas ellas sejam instituições no ple-
no sentido do termo. ~essas escolas achanl':se luatricula··
dos 5.000 pessoas e funccional:n ~13 professores, Os Estados
de São Paulo, Minas Geraes e Rio Grande do Sul têm lntris
que -a rn'etade de todas ellas, tendo os outros Estados uma ou
n'o rnaximoduas cada um.
Xessas escolas trata-se de preparar o professorado /para
as escolas primarias. Não ha escolas ll'ormaes' para a pl'e-
paração ,de professoras para os cursos gymnasiaes e, por
eonsequencia os que ens-inarn neste ramo secundario 'da ins-
trucção são pessoas que cursaralll escolas ~S,uperiores, como,
por exemplo, as de Direito, Medicina e Engenharia. EUe.~.
a não ser eln casos excepcionaes, não fizeram cursos peda~
gogicOs' tendo adquirido O seu conhecimento do assumpto
antes enl estudos particulares . A egreja cath9lica mantém
um numero de .esçola~ nermaes e deparíamentosnormaes ;do
mesmo caraéter geral.
RELATOR~O SOBRE A EDUCAÇÃO 125

~OSSO PLANO

O nosso vlano para o cultivo de instrucção norInal entre


(JS baptistas foi esboçado no relatorio sobr-e a educação,sub-
Inettido á Convenção Baptista -Brasileira na sua sessão elll
São Paitlo, 1916, e adoptado naquella data. Brevenlente ex-
plicado é o seguinte: Em todos os collegios Juniores deve-
'mos estabelecer algulllas aulas pedagogicas afiIn de prepa-
rarmos algumas professoras para as escolas parochiaes. Es-
tas aulas' deverianl ser dirigidas pelos directores dos collc-
gios ou por professoras brasileiras chamadas para este filn.
neconheceu-~e então que não podemos pedir á Junta mandar
professores para o trab,alho pedagogico en1 todos estes colle-
gios; antes pelo contrario providencias foraIn dadas na lnes-
Jlla occasião para a fundação da Escola N orInal Baptista do
Rio de Janeiro enl connexão com o selninario e collegio . .Tá
existia l1aquelle teulpo unl departalnento normal naquellú
instituição, que foi expandido nlun curso nOrInal COlll COI1-
~regação pedagogica. Proj ectou-se unI edificio afiIn de que
esta instituição ficasse benl instaIlada. HaviaIllOS de arran-
jar nessa instituição cursos differenciados e adaptados para o
preparo nlais cOlupleto de professoras para as nossas nlais im-
portantes escolas parochiaes, beln con10 professores e profes-
soras para as cadeiras dos nossos collegios secundarias. Este
plano foi seguido principalnlente dur.ante estes ultimos an-
nos. AIguIn trabalho está sendo feito nos collegios juniores
enl prol da preparação de professoras para trabalhar nas
egrejas. A nossa escola norInal do Rio já está principian-
do aluandar para o trabalho e ás actividades dos CaInpos
pessoas fOrIuadas COll1 o curso cOlnpleto e benl preparadas
para servir não sÓulente nas egrejas, luas talnbelU nos colle-
.- ~ios secundarias. Alguns destes estudantes completam o
curso no collegio e na escola nOrInal elU Novelnbro deste
anuo. A Escola X orlual tem quatro professoras na sua con-
gregação e se acha preparada para fazer um trabalho luais
·ou 111enOS cOlllplet,O. Acabou de receber dinheiro da nossa
Junia ~orte-am'ei'icana para a eonstrucção de UIn edificio
que ha de capacitaI-a para UIlI trabalho lllais_ cOlllpIeto. E"
necessario que haja Ullla escola nessas condições no Xorte
do Brasil, preferivehllente enl connexão COIll a instituição em
Recife, pois ha llruita econoluia baseada na relação intiIna
destas congregações, tanto pelo lado financeiro para os es-
tudantes, COUlO pela econonlia na questão de professores.
126 REL"ATOR10S0BRE A EDUCAÇAO

OPPORTUNIDADES
Ha uma grand~ opportunidade no trabalho de preparar
professores no Brasil, especiahnente nas egrejas baptistas.
o. movimento a favor de instrucção universal "entre· o nosso
povo está crescendo rapidanlente. Não podemos, exaggerar
a importancia de uln a providehcia adequada para a prepara-
ção actual de um bom professorado. Poderiamos achar col-
locação "nas nossas escolas parochiaes para mais professoras
<lo que nIuitas escolas norluaes poderianl pr~parar.
Até bem pouco telupo a porta da opportunidade nas es-
colas publicas foi quasi que fechada para as professoras pre-
paradas nas nossas instituições. R~centenlente a luut~icipa­
lidade do Rio de Janeiro recusou nomear todas as professo-
ras preparadas na Escola Normal de~sa cidade, para a collo-
cação nas suas escolas publicas. Esta é uma illustração. da
tendencia dos tempos. .A professora preparada em nossa
Escola Normal terá assim uma opportunidade para ensinar
uas escolas public,as si ass.ilI! desejar Podemos dizer que
ellas terão duzias de coIlocações promptas para cada uma
I dellas dentro das nossas proprias escolas antes de chegar o
dia da formatura. E' de esperar que cada uma deIlas ve-
nha a preferir o trabalho nas nossas escolas antes que nas
escolas publicas ainda mesmo que nessas as opportunidades
seriam grande~.

VALOR
Não é necessario argumentar neste relatorio sobre o va-
lor do professor para a causa da verdadeira educação e do
christianismo. O nosso povo comprehende a natureza do
trabalho do professor na formação de caracter e por isso
sabe que um professor pela administração cuidadosa das ma':'
terias b~m escolhidas na aula pode amoldar completalnente
o caractér da creança. A professora na escola elementartenl
nas suas luãos o futuro do alumno. Em muitos sentidos elln
tem uma posição mais estrategica no trabalho de edificar a
eausa que o proprio prégador, devido 'ao facto de que ella trata
diariamente do mesmo grupo de crianças e ])ode assim edi-
ficar systematicamente () caracter que' supportará as provas
do tempo e da eternidade.
EVANGELIZAÇÃO
Devenl0S reconhecer que o desenvolviIllento nlais rapido
do nosso trabalho d~ evangelizaçã'o dei1ende da edific~ção de
RELATORIO SO~RE A EDUCAÇÃO 127

um bOlll nUlllero de escolas e cóllegios. Este trabalho dará


Hill caracter independente á nossa_ causa com uma rapid~z
lnaravilhosa. Descobrirelllos O· caminho para o desenvolvi-
Inento do nosso trabalho, quando reconhecerlllos a possibili-
dade de eliminar ,em data não mui distante a necessidade de
receberlnos qualquer grande influxo de lnissionarios do es-
trangeiro afim de garantir o desenvolvimento rapido da cau-
sa. Alguns dos primeiros fornlados do nosso seminario es-
tão mostrando capacidade na prégação não inferior á dos
nossos missionarios. Isto, porénl, depende de edificanuQs
sabianlente o systema de educação, abrangendo todas as es-
('olas parochiaes, os collegios dos diversos centros estrategi-
eos e as instituições centraes. Quanto maior fôr o
numero de escolas elêmentares, Inaior será o influxo de alum-
nos bons para os nossos collegios Juniores e instituições cen-
traes e mais tarde para os nossos seillinarios e outras escolas
superiores. Obviamente tudo isto indica a necessidade ur-
gente de preparannos COIll toda a presteza professores e pro-
fessoras.
ESTADO PRESENTE
Estudalll nos nossos eollegios e nas escolas nornlaes pre-
sentelnente lllais de 100 pessoas destinadas ao trabalho do
ensino. Quando estiveram benl preparadas estas pessoas,
não haverá Illuita necessidade que a nossa Junta Norte-Anle-
deana mande Inissionarios para· o trabalho de educação no
Brasil. Algumas dessas pessoas se tornarão professoras nas
escolas parochiaes, outras continuarão os e·studos até conl-
pletar o curso norIllal, ficando preparadas asshll para ensi-
llar nos collegios secundarios e nas escolas prinlarias nlais
ilnportantes e algU1l1aS poucas entre essas pessoas demons-
trarão dons de adnlinistração recebendo o preparo especial
para aS funcçõe~ adlninistrativas nos 110SS0~ collegios Junio-
res e luais tarde nos eollegios centraes e escolas superiores.
CURSO
Todas as pessoas que se forluaul na nossa escola nornlal
devenl receber enl qualquer parte do· curso o preparo espe-
cial destinado ás obreiras christãs, assim habilitando-se a
tratar conl intelligencia e capacidade os problelnas das egre-
jas. A principal opportunidade para as nossas filhas no
trabalho das egrejas, actualrnente, no Brasil, é na escola an-
nexa e na Escola· DonlÍnical . ElIas deveu) receber o prepa-
ro necessario para fazer heUl o trabalho da Escola Donlilli-
,198 'RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

('al~ participar na actividade das sociedades de senhoras e


cnl outras phases do trabalho da egrejaque proporcionam
opportunidades para os seus talentos em connexão com a ta-
refa na escola annexa, da qual provirá'o sustento dellas .. O
curso para obreiras christãs, no' sentido geral daquelle ter-
Ino, não abra-nge o' curso pedagogico nornlal. Actualmente
o preparo normal ou pedagogico é o que mais habilitará a
moça ])ara fazer um serviço bom e solido na causa, porém a
nOrInalista deve receber juntamente com o seu preparo pe-
dagogico alguma instrucção sobre as diversas phases do- tra·-
halho ecclesiastico.
IDEAL
ProvidencieInos agora, não mais tarde, a creação de UIII
professorado dentro qas fileiras .dos baptistas, collocando
esta 'vocação em nivel bem alto. DeveInos dispôr tudo de
1110do que o maior numero dos vocacionados para o nIagiste-
J:io faça o seu curso nos collegios Juniores e depois conti-
nuenl os estudos até cOInpletar o curso norInal. O nosso
trabalho de educação não deve ser posto eIn bases insufficien-
teso O nosso ideal deve ser alto. ~ão vanlOS ao extremo de in-
sistir na actualidade sobre cursos elaborados para todas as
pessoas destinadas ao lnagisterio, mas, ao mesmo tempo,- não
fiquemos cégos, não vendo a necessidade de prepararlllos
Uln bom numero de candidatos ao magisterio, estimulando-
os a completar os cursos nlais longos. Si falharmos nisso a
causa sof{rerá grandemente nó futuro. Não ha outra cousa
que tanto recomlnende a nossa causa geral ao publico intel-
ligente do Brasil como professores beln preparados e con··
sequentemente collegios bem organizados e dirigidos .
ORGANIZAÇÃO
Precisamos actualmeJite de tres typos de cursos no nosso
trabalho normal. O prbneiro typo, deve corresponder coni
as necessidades deste preparo pedagogico linlitado em nos-
sos coll~gios .Juniores e deve estar d~ accordo ,.talnbem con1
a lnedida das forças e dos recursos dispo·niveis para a sua
execução. Este typo de curso deve ser adaptado para o pre·
paro' de professoras para as escolas parochiaes.
O segundo typo terá em mira prepa~ar de modo' luaj~
completo unI numero consideravel de professores e profes-
~oras para as collocações luais Ílll]>ortalltes nas escolas paro-
{'hiaes e nQs cursos elementares dos nossos eollegios .Juniores
e centraes.
RELATOFUO SOBRE A EDUCAÇÃO

o .terceiro typo será um curso completo incluindo tudo


que é necessari'o para preparar. professores e professoras
para os collegios secundarios e para desempenhar as mais al-
tas funcções de administração, bem como occupar cadeiras
nos nossos collegios.

CURSOS
E' obvio que o caracter de cada um destes cursos corres-
ponda com o fim para o qual foi organizado. As condições
de matricula no primeiro ,typo deve ser uniforme em todos
os nossos collegios, exigindo os seis annos completos 'do cur-
so elementar. O curso deveria abranger nada menos de dois
annos de estudo incluindo algumas materias do curso gym-
nasial junto com certas materias pedagogicas como, por
exemplo, o estudo sobre a Xatureza da creança, methodos
dos cursos primarios e a direcção da aula. As normalistas
deviam fazer cursos praticos de sciencias e artes domesticas.
Este é um programma que póde ser executado por um casal
missionario e servirá para preparar algumas moças para
funccionar como professoras nas escolas parochiaes. Junto
com este estudo a normalista do ccllcgio Junior que preten-
de vqltar para, o campo, sem estudar na Escola Nornlal, deve
receber instrucc,ão sobre o ensino da Escola Dominical e ou-
tras phases do" trabalho ·ecclesiastico. O segundo typo de
curso destjnado a preparar professoras e professores para as
nossas mais importantes escolas parochiaes e para certos
,cursos nos collegios Juniores e centraes deve exigir como a
condicão de matricula dois annos do curso secundario. O
curso" deveria abranger dois annos de estudo, incluindo al-
gumas -;materias e.scolhidas do terceiro anno do collegio Ju-
nior e do primeiro do colIegio. A parte pedagogica do cur-
so deve incluir algumas das materias esboçadas para o pri-
meirQ curso e uIp. estudo mais elaborado da psychologia da
educação, da direcção da escola, de methodologia e outras ma-
ferias que visam o preparo para UIll trabalho mais desenvol-
vido. O terceiro dos cursos destinados para os estudantes
que desej em preparar-se afim, de ensinar nos collegios se-
eundarios do typo Junior ou nos Gollegios centraes deve.exi-
gir como condição de matricula o terceiro annogymnasial
completo, bem como um estudo de cinco annos, incluindo a
Inaioria das materias do curso gymnasial, com a devida em-
phase sobre a pedagogia. Devem ser inclui das as materias
l):ecessarias para as obreiras terem um preparo completo.
concernente ás suas actividades na egreja. Dentro deste
130 RELATORtO SOBRE A eDUCAçÃO

curso haverá mais tarde um numero de matedas qve tra··


tam da direcção das nossas escolas e collegios.:

A ESCOLA DE APPLICAÇÃO
Junto com os outros cursos da Escola Normal é mistér
que exista unla escola de applicação 6l1de os estudante~ -po-
derão observar o ensino feito por professoras habeis e tam-
pem. participar das actividad~s do ensino debai~o da dire-
cção sabia d.e UIna professora critica da escola normal. Este
é o methodo mais aproveitado nas .escolas normaes modernas
e· não ·póde ser ommi ttido . Corresponde ao labora torio das
sciencias naturaes.
LOCALIDADES
Devenl existir cursos deste i typo nas duas instituições
maiores do norte e do sul e mais tarde em outros centros, es-
pecialmente nocollegio l)ara o sexo feminino, em São Pau-
lo. Presentemente este trabalho pedagogico mais elaborado
(leve ser concentrado em Uln ou dois centros para não intro-
duzir confusão. Quando o collegio em São Paulo se tiver
desenvolvido mais e a causa gera~ chegar ao ponto necessa-
rio na sua ampliação de 1110do a demandar um numero maior
de cursos nesta base, será então opportuno fundar uma es-
cola norn1al em São Paulo. Presentelnénte uma Escola Nor-
mal é sufficiente para todas as necessidades do trabalho no
Sul e não podeInos COUl razã-o pedir á nossa Junta de Rich-
mond nIandar professores para fundar duas escolas nor-
maes. A Escala X orInal do Rio de Janeiro foi adoptada pela
Convenção Baptista Brasileira en1 1916 e tem recel!J.do da
parte da nossa Junta professore~s para a Congregação e di-
nheiro para a construcção de UIn idificio. O seu campo de
acção seria dividido si fundassenl0s agora uma outra escola
normal no sul do Brasil. Mais tarde, para termos. um nu-
mero muito lllaior de professores, ha de ser necessaria a fun-
dação dé uma outra escola normal no sul dopaiz.

MAxrTE~ç.~() DE XOR1\:IALISTAS
o plano financeiro para o sustento' de normalistas é' o
meSlllO que se recolulnendou sob o titulo instrucção theolo-
gica. na secção prévia do relatorio. O' plano de auxilio pro-
prio. neste caso é adap·tado ao sexo feminino, visto que ()
ID.aior numero dos que estudam paTa o'ma'gisterio da escola
normal ha de serseml're des·te sexo. As mesmas COTrdiçôes
REt.ATORIO SOBRÉ A EDUCAÇÃO 131
---------------------------
f;ffi ger'al e a mesma base de cooperaçao. pata o sustento dOs
cfúididfitos ao ministerio dev'em préva1esce'r tambem pará
a manutenção' de normalistas.
VH - Outras p'hases da instrucção sup'erior que deven1 ser
organizadas e cultivadas.
Ha mais algunlas phases do trabalho de educação que os
baptistas devem cultivar inevitavelmente agora ou H].ais tar-
de. Chamamos a aUenção para esta phase do trabalho afim
de que o nosso povo possa reflectir nestas cousas.
CURSO COMMERCIAL
Já: entramos no terreno da educação ou instrucção COffi-
mercia:l. Nas' duas instituições centraes do norte e do sul,
cursos cOlnmerciaes já existem, sendo reconhecido o facto
que esse trabalho nos traz em contacto 'intimo COm algumas
das m:elhores familias. Estas escolas co'mmerciaes bem ap-
parelhadas virão ajudar imluensamente a nossa causa no
futuro. O principal é organizal..:as do modo completo afiin
de que ellas cunlpram bem a sua missão e colIocar no seio dó
c0l11mercio pessoas bem preparadas para as actividades da
yida cOlnmercial. Devemos fazer todos os esforços para
que os estudantes deste departalllento do nosso trabalho
dêeln o tenlpo sufficiente ás aulas e se achem em contacto
com a escola para receberem a feição caracteristica da insti-
tuiçào. Xão devel1)os nos contentar COlll a meia matricula
de estudantes para Ull1a OH no 111aximo duas' horas de aula
por dia, sendo p()ssivel arranj ar UIll horario maior
AGRICULTrRA
Já principiaIll, algulllas ~ctividades na esphera agricola.
A úossa Junta acaba de 'enviar dois lllissiollarios para inicia-
rem o trabalho deste typo em dois centros, no norte e
do sul. Até agora essas actividades estão no seu começo"
ln as é de esperar que sejam benl succedidos estes irIllãos que
vietanl para o Brasil afiIn de se dedicarem a este importan-
te trabalho. Uma bôa illustração deste typo de, actividade
sob a direcção evangelistiea é vista na Escola Agricola de
Lavras. Esta escola sob a' direcção dos presbyterianos foi
estQ<belecid'a no inferior, junto a uma cidade pequena. _. O
coHegio .prepara'tori'o póde receber alumnos do 'local e a es-
cola' está a'o alcance dos vastos districtos das fal:endas de onde
l'ecebe a lnaioria dos seus estuda'ntes. O nlunero de alum-
no's' do' local qüe veln matricular-se nos cursos propedeuticos
132 ~ELATORIO SOBRE A EDUCAÇ~O

ajuda no sustento financeiro da éscola e ao mesmo tempo a


Instituição se acha situada onde pó de obter. grandes areas de
terreno para a execução dos seus planos.. Essas são condi-.
ções que merecem a consideração e o estudo dos irmãos que
pensam na escolha de localidades para as escolas agricolas.

ALGUMAS RAZõES
Ha algÚIDas razões por que os baptistas devem entrar na
arena da actividade em outros ramos da educação superior,
em futuro proximo. Todo o systema da educação no Bra-
sil influe nesta questão. O curso preparatorio para a maio-
ria dos estudantes é de menos tempo que o do High School
na America do Norte os cursos technicos como, por exemplo,
os de direito e medicina são mais longos que os cursos cor-
respondentes na America do Norte. Mais uma razão por
que os baptistas devem estabelecer escolas superiores é que
é1 nossa denominação decidiu não entrar nas combinações
interdenonlinacionaes e assim precisamos ter o nosso proprio
systema independente. Diversas egrejas ·evangelicas do
Brasil se reuniram para formar uma federação de escolas,
incluindo as de Pharmacia, Odontologia, Engenharia e Agri-
cuftUra. Estas escolas são aspalhadas por todo o Brasil em
diversas localidade. ~lais uma. razão por que devemos en-
trar na espherados cursos superiores é não ser ideal o typo
de trabalho universitario que actualmente existe no paiz.
Por exemplo: não ha internatos para as escolas deste typo.
A consequencia inevitavel é que, geralmente, os nossos estu-
dantes que se prepar~m sob condições moraes desfavoraveis
ficam perdidos inevitavelmente no meio viciado em que são
forçados a viver durante o tempo em que' cursam as aulas
das escolas superiores. O estudante que passa o tempo elll
pensões ou em "republicàs" de uma grande cidade está
destinado a cahir quasi inevitavelmente em certos vicios. Ao
menos, na maioria de casos, as tendencias para elles são de-
masiadamente grandes. l\fais fundamentalmente ainda é a
nossa necessidade de medicos christãos que tenham as maio-
res opportunidades para espalhar o evangelho entre cente-
nas de familias que nunca serão attingidas nem pelo minis-
tro, nem pelo professor Muitas outras razões podem ser
citadas, mas estas satisfazem como forças que nos impellem
a entrar na grande esphera das actividades universitarias.
O trabalho universitario, como qualquer outro trabalho edu-
cacional, não está collocado entre nós em nivel tão alto
quanto ao apparelhamento como, por exemplo, na America
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 133

do Norte. Não pensemos que estamos entrando num plano


que ha de custar milhões de dollars logo no princinpio. O
que é preciso para o inicio do trabalho universitario não
pàssa daquillo que foi gasto em muitos dos principaes col-
legios da America do Norte. Os baptistas farão bem, em
seguir um plano unificado para este trabalho. E' necessaria
a concentração afim de podermos ser efficientes num plano
tão grandioso. O valor da organização universitaria 'pro-
priamente dita deve merecer o nosso estudo. Um gruP() de
instituições em uma ou duas localidades terà muito mereci-
mento, especialmente na constituição de um meio onde a
influencia intellectual ha de ser poderosa para moldar os ca-
racteres dos estudantes. Devemos concentrar as nossas es-
colas superiores em um numero muito limitado de institui-
ções, si queremos tirar os melhores resultados.

VIII - A ptéparaçao de obreiras emquanto estão no serviço


activo.
Ha diversas phases deste trabalho. Havemos de men·
cionar sómente algumas poucas.
1. A preparação de professores para a escola dominical.
O grande successo da escola dominical do futuro depen-
derá do trabalho de preparar professoras na actualidade.
Nosso ideal neste trabalho das escolas domjnicaes deve ser
posto bem alto. Não devemos conceder facilmente os diplo-
mas dos nossos cursos normaes de escola dominical. O tra-
balho deve ser uma realidade e os exames bastante exigen-
tes, de tal modo que o diploma signifique um preparo real.
2. A preparação de professores e professoras no serviço
octivo dos collegios e escolas.
Ha muitos professores e professoras que veem fazer par-
te dos corpos docentes e que não tiverem o preparo technico
normal. Devemos tomar providencias para :a acquisição
gradual por estes professores de um conhecimento da peda-
gogia moderna. Póde ser feito isto mediante discuss()e~ li-
vres nas reuniões de professores, por leituras recommen-
dadas e por varios outros meios, segundo as necessidades de
cada caso particular O mais importante é que os que se
acham á te'sta das nossas escolas providenciem de modo a at-
. tingir este fim desej ado. O trabalho continuo de um pro-
fessor em uma das escolas elementares -ou collegios 'durante
alguns annos, deve ser bastante para dar um conhecimento
adequado de muitos methodos approvados.
13,4 RELATORIO SOSR~ A EDU.CAÇÃO

3. Guaso POR CORB~SP.ONDE~,GIA

Um· dgs m~ios J»,ais pra.qc9s par~ prçparar ro~lhor os


np.sso.~ p~~tor.es e evangelistas, que nijo ~iyeram na época
propr:i~ da sua vidª ~s yantagens do est~dp especial nQs col-
legio.s e s,eminarios, é pelo curso d~ corresponden~ia. ,Si, <ie
qualquer geito fôr possivel reQnjr os estudaptes em ép,oc,a.
propria durante o an;nQ, con.iliinand,o os cursos de correspon-
denciacom os methodos .dos institut~s biblicos, a .efficiencia
de.sfe systema h~' de ser grap,.dem~nfe allgmenfada. Os cur-
sos por meio de correspondencia têm certas yantagens, po-
q,en.q.o Qindividuo i;niciál-os em quaJquer ,época. O estuda.n-
te recebe as n.otas dos cursos ao acab~r o trab,alb,o. O cl.J.rso
]:lor . meio decorrespondencia póde ser util' tambem áos pro-
fessores, como aos pastores e evange~stas, si a sua organiza-
ção fôr bem adaptada. ) Ainda que o methodo de .correspon-
dencia não ,é tão efficiente como o estudo nas aulas, dará
hons resultàdos, sendo utilizados durante algum tempo com
perseverança e continuidade. . O obreiro preparado por este
m.etho~p póde fazer um trabtllho m~ito mais solido e efficaz.

4. INSTITUTOS
Este metbodo éutiljzado para a preparação de prégado-
res e professores da Esco~a Dominical.
Póq.e ser empregapo para o desenvolvhnento dos ·profes-
sores.e professoras nas escolas e nos colIegios tambem, quan-
dp os corpos docentes das escolas normaes tiverem o numero
4~ pessoas prepar~das para dirigir os cursos.

5. CHAUTAUQUA.
No Sul do Brasil temos usado estes planos do' Movimen-
to da Cautauqua, que têm sido tão uteis na America do
Norte. Já foram obtidos resultados muito beneficos e espe-
ramos que este plano venha serwr em grande medida na pre-
paração dos obreirós e no pr.ogresso intellectual, Ido nosso
povo, como tem acon tecido n~ America do Norte.

IX - Alguns problemas na educação baptista que deviam


ser resolvidos.
I.
Durante os dois annos proximos atéá Convenção Ba-
PP"~a Brasileira em 1924 os
seguintes problemas devem ser
çqll~i4erados entre ~quelles
que meree-er~9 o nossQ estudo.
como educadores. Deveriam estes problemas merecer ,0
HELATORIO SOBRE A EDUCAC10 135

cuidado especial dos "lnembros da nossa Junta de Educação,


porém esta Junta precisará da cooperação de todos os nossos
educadores, sejam elIes presidentes de collegios, deãs de es-
colas ou departamentos, superintendentes ou direct.ores dos
colIegios Juniores ou professores em quaesquer dessas insti.,.
tuições. Deviamos até -chamar pessoas que occupam posi-
cõe~ de caracter muito differente do trabalho da nossa deno-
Íninação para cooperar neste tentamen afim de que saibamos
o seu ponto de vista differente e assim venhamos a fazer um
trabalho muito cuidadoso e completo.
1. Um trabalho especialmente cuidadoso deve ser o de
elaborar o curso ou os cursos dos collegios Juniores. O suc-
cesso de todo o nosso systema de collegios dependerá enI
grande ,medida de um trabalho completo nesta phase.
~{ATERIAS

Este curso dos colIegios juniores é fundamental em todo


o systema de coIlegios baptistas. Portanto neste curso deve-
n10S providenciar de modo que haj a uma parte do I curso
abrangendo certas materias fundamentaes obrigatorias a to-
dos os estudantes. Esta parte náturalmente incluirá os ele-
lnentos principaes para a formação do caracter Ao mesmo
tempo deve haver um elelnento. facultativo e bastante largo
de tal mpdo que haja adaptação ás diversas necessidades das
differentes classes de estudantes. Si este trabalho fôr feito
bem nesta phase do curso, significará para os nossos colIe-
gios o augmento de alumnos nos collegios juniores, exacta-
mente porque a variedade de interesses satisfeitos por este
curso attrahirá grande numero de estudantes.
l\lELHORIA DOS CURSOS
Precisamos dar aUenção especial ao augmento das mate
rias que não devem ser limitadas ás exigidas para os exanIes
officiaes. Não devemos de modo nenhum reduzir o con-
teúdo das materias ao lninimo, como é o costume de nIuitos
collegios que escravizam-se aos caprichos de certos paes que
só procuram que os filhos consigam approvações sem se im-
portarem si os filhos sabem alguma cousa ou não. Deve-
filOS protestar contra o processo que reduz a cultura ou o
conteúdo do curso ao minimo possivel. As materias do cur-
so dos Collegios Juniores devem ser desenvolvidas; isto, é ob-
vio, faFá necessario unI methodo differente na organização
~ administração das materias. Precisaremos insistir sobre
o uso de compendios bons como meio de activar mais os
126 RELATORIO SOBRE A EDUCAÇAO
I
alumnos e salvar o tempo da· aula. Presentemente grande
parte do tempo em diversas aulas é tomada com o processo
de dictar ou leccionar, occupando o professor quasi·todo.o
tempo, de tal modo que ós poderes respectivos do estudante
estão em exercicio e a actividade propria é reduzida ao mi-
nimo. O de que. o estudante no Collegio junior precisa mais
do que qualquer outra cousa é de treinamento; quando qua-
si todo o tempo é tomado com a prelecção não resta .() tem-
po necessario para o treinamento do alU)llno, nem é possi-
vel garantir a actividade propria do estudante no intervallo
entre os periodos de aulas de um dia para outro. Em gran-
de numero dos casos, senão as mais das vezes, as prelecções
que 'São dictadas não são estudadas pelo alumno até a ves-
pera da sabbatina mensal, quando o estudante de modo rapi-
do e irreflectido engole a massa de factos, causando, como
resultado mais forçoso, a indigestão intellectual. Não se as-
simila nada. Este processo, além de ser uma transgressão
de todos os principios pedagogico~~ é uma injuriá positiva
IJara a constituição mental dos estudantes e um empecilho
no desenvolvimento de caracter sãp. O processo de prelec-
cionar deve ser modificado em grande parte nos collegios
Juniores, de tal modo a deixar tempo bastante em cada pe-
riodo de aula para a verificação do estudo independente do
alumno, fóra de aula e da sua actividade particular em todo
o sentido, bem como para a descoberta e resolução' dos pro-
blemas fundamentaes dos cursos, sob a orientação sabia e
superintendencia benevola do professor. O compendio não
será a unica fonte de informação na descoberta e resolução
dos problemas do curso, nem supprirá a prelecção ou o pro-
cesso de explicação de tudo que é necessario como comple-
mento do compoodio. Um dos fins principaes neste curso
será estimular o estudante ao estudo independente. O pro-
fessor procurará tornar-se asi mesmo um factor cada vez
mais desnecessario proporcionalmente ao desenvolvimento
do estudante, levando-o a cultivar a independencia no estu-
do e na pesquiza. Os principaes educadores hodiernos con-
cordam que a necessidade que o estudante tem do professor,
deve diminuir á medida que elle avança em idade e no des-
envolvimento do seu curso. O professor dev,e ir d~senvol­
vendo esta independencia no seu estudante gradualmente.
Elle terá que motivar inevitavelmente o estudo do alumno no
ColIegio' Junior introduzindo methodos' de problemas e de
projecto e mais alguns 'dos melhores methodos modernos. E'
impossível limitar o ensino ao meio processo de prele-
cção, deixando a responsabilidade da actividade propria com
RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO 137

o estudante. O professor, ph~cisará levar o estudante pelo


,.caminho da actividade propria e' pesquiza independente. O
bom compendio terá sempre muitas notas á margem da pa-
gina e ha de dirigir o estudante para as fontes originaesonde
pode encontrar a informação e o maior desenvolvimento do
.assumpto considerado. Um compendio bem confeccionado
ajudará o professor immensamente, si elle desejar conseguir
a actividade propria do alumno antes que tratar unicamente
daI prelecção. Desde o tempo de Rousseau os educadores
principaes do mundo têm frisado o' alumno no processo de
educação antes que o assumpto. O professor no collegio .Ju-
nior terá que dar emphase á actividade propria do alumno.
E' unicamente assim que podemos desenvolver a pericia por
parte do alumno e conseguir o seu treinamento adequado.
2. O segundo problema entre os mais importantes do
nosso trabalho de educação é a formação de esboços de cur-
sos ou de programmas de ~nsino para os nossos collegios Ju-
niores, empregando os principios sãos indicados na
secção previa do relatorio. Acabamos de completar o tra-
balho sobre cursos elementares. Estes programmas, si bem
que não estejam em condições perfeitas, ao menos consti-
tuem um instrumento efficiente. Contamos com experien~
cias derivadas de toda a parte para nos annos proximos fa-
zer as alterações necessarias nos progrmmas, afim de me-
lhor orientar as .nossas escolas primarias. O essenCial é que
tenhalllos uma base solida em que edificarmos os nossos col-
regios Juniores. No futuro poderemos ver os programmas
aperfeiçoados pela sep~ração dos elementos de methodos em
um manual ou syllabus para uso dos professores e os esbo-
ços em que detalham as materias ou o conteúdo de cada
curso separadamente. Este manual de methodos ajudará
na melhor organização das professoras dos Jardins da Infan-
cia e dos primeiros seis annos elementares. Estes melhora-
mentos referidos não hão de alterar o tempo ou prazo dos
cursos elementares que é de seis annos, prazo que é conside-
rado pelos educadores principaes do mundo como o tempo
pecessario para a creança adquirir o uso das ferramentas da
vida ou dos elementos fundamentaes para a vida pratica.

PROGRAMMAS DE ENSINO
A tarefa que temos á frente é a de elaborar ·sobre a base
de um estudo profundo das condições sociaes e das necessi-
dades do meio brasileiro os programmas de ensino do curso
para adolescentes. Não só as necessidades sociaes, mas tam··
RELATORIOSQBRE A ED~~AÇÃO

bem as sociologicas4o adole~centc precisam ser consíder~­


das. Temos que pôr ~m pratica os principios pEdilgogicos
_mais sãos de moda scientifico, utilizando neste trabalho o
melhor talento, seja' de fontes estrangeiras ou brasileiras'.
Esta é Ulna tarefa que n,ão póde ser feita por uma commi~~jo
€scollrida formalmente, mas deve ser collocada deba_ixo da
inspecção ,geral da Junta de Educação. Tambemé um tr,~­
halho que levará mais de um anno _para ficar assiIn mesrnn
em forma provi~oria. Talvez possa ser completado até a
proxima -Convenção de' 192,1, em condições mais ou menos
sa tisfaetori as .
~IETHODOS

Os programmas de '-ensino terão que indicar as rnaterias


dos cursos, Dlais ou Dlenos -detalhadanlente,e conter muitas
~uggestões quanto aos methodos. ~ão é desejavel que haja
qualqúer imposição de Inethodos nos nossos coIlegios J.u-
niores, lnas deve 1;laver um systema geral seguido 111ais ou
menos por todos, a respeito do uso de compendios idoneôs
quando os tivermos escolhido ou, si preciso~ confeccionado.
O systema geral de actividade propria dos estudante~ substi-
tuindo a sabbatina mensal pelo estudo diario, fóra das aulas,
em compendios idoneos, naturalmente seria uma parte do
progranlma que p corpo docente de cada collegio havia de
pôr em pratica por cons,entimento commurn.
3. Intimamente relacionado COIll o problema dos pra-
grammas de ensino é o de confeccionar compendios idoneo'!;
para preencher as lacunas dos compendios ao nosso alcance.
A -efficiencia dos nossos programmas de ensino tanto úara os
curso~ elementares, como para oscollegios Juniores, depeil-
derá em grande parte da possibilidade de arranjar breve-
mente, ou mais tarde, alguns bons compendios.
PRINCIPIOS
A escolha das materiás para o conteúdo dos compelldios
deve ser feita á luz do estudo de certas condições sociaes que
existem no meio, bem como de certas necessidades psycholo-
gicas do alumno.
Devemos tomar eln ,consideração os p:roblelnas. sociaes
predominantes como, por exemplo, o problema civico, o eco-
llomico, o domestico e os de cultura. Devemos escolher cer-
tos elementos em vista dos factos basicos no desenvolvimento
de certaspericias no alumno. As materias que se referem ao
passado, como, por exemplo, o estudo da hi~toria, devem ser
139

e~~olhidas ,em vista do auxilio qlJ.e podem prestar para a re-


soluçã() dos prDPJ.emas .da actualidade. A .exposição justa ,e
cl~ra de certos factos bem escolhidos com relação * causa
-das guerras no passado, por exemplo, havia de fa~ilitar iIll-
mensamente a resolução deste problema na actualidade ,c
~omo p(}demos evitar a guerra no futuro. Estas e outras
necessidades sociaes merecem a nos~a attellçãü na escolha
das materias para os cursos dos nossos collegios. Ha certos
principios psycologi.cos lambem muito para considerar no
lJrocesso de es~olher as lnaterias pará os devidos çursos.
Por exemplo: a graduação lenta e constante "das materias é
essencial para o successo do trabalho. O ponto de contacto·
deve ser evidente, por isso que do conhecido para o des-:-
conhecido é o nosso caminho do ensirío. As lnaterias para
dasses de cri.anças devem possuir utilidade e a,.daptação in-
fantis e as escolhidas como conteúdo dos cursos de adoles-
centes têlll de possuir os caracteristicos proprios para os ado-
lescentes. Os interesses presentes da criança precisam ser
considerados na eScolha das materias si queremos desenvol-
ver neHa outros interesses permanentes que são para dese-
,jar. Devemos escolher o conteúdo do curso de tal modo a
assegurar a actividade propria do alumno e a actividade dos
seus poderes receptores, reflectivos e de execução. Consi-
deremos a necessidade do desenvolvimento de expressão
quando estamos escolhendo as materias. Unl fim sempre em
vista na escolha é o desenvolvimento progressivo do alum-
no. Lembremo-nos de que a escolha sabia das materias
para o conteúdo de cada um curso leva o alumno a desco-
brir problemas e desenvolver nelle a capacidade de resol-
vel-os. E' necessario que as materias dos cursos sejaln ada-
ptadas psychologicamente ás necessidades do alumno. A
ereança differe muito do adolescente, sob o ponto de vista
psycholagico. Tanto o caracter como o arranjo das lnate-
das terá portanto. de ser differente.

OUTRAS CONDIÇõES
Ha nluitas outras condições que Vlrao influir na escolha
das materias para .0 conteúdo e dos compendios para os nos-
sos collegios. E' obvio que nos primeiros annos do curso ele-
lllentar a leitura oral constitue 80 9~, mais ou menos, e a lei-
tura mental, 20%, emqua~to nos ultimos annos dos cursos
é o contrario. Isto influirá directamente na questão da es-
colha das materias. Temos de considerar tambem os me-
fhodos empregados como, por exemplo, o methodo de sen-
140 RELATORIO SOBRE A EDUCAÇÃO

tenciação p,elo qual a creança aprende a ler começando com


a sentença, em vez de começar com o alphabeto. Outrosim
as listas de palavras para as diversas lições nos livros de
ieitura mereceriam a consideração cuidadosa, visto que é
necessario que o numero de palavras bem como a sua diffi-
culdade estej am de accordo com a necessidade e capacidade
expansiva dacreança. Tambem uma consideração entre
as principiaes é o desenvolvimento espiritual da creança.
Isto indicará a escolha de muitos elementos para o curso.
O desenvolvimento moral 'é um dos fins principaes no traba-
lho de educação e as materias precisam ser escolhidas de ac-
cordo com este fim. Um cuidado e~pecial precisa ser toma-
do na escolha das estampas para os/ compendios de leitura,
historia e geographia. A estampa ficará gravada na memo-
ria e será recordada quando a narrativa se tiver apagado.
Os mappas tambem merecerão um estudo por especialialis-
tas em geographia. Uma selecção be~ adaptada para os
I

compendios de leitura será de valor immenso na formação


do caracter. Ha de apparecer necessidade de certas selec-
ções pará" o cultivo da memoria e de outras para o desenvol-
vimento da imaginação. Precisamos ter compendios sup-
plementares para cultivar a leitura mental. Além destas
considerações que não podem ser elaboradas mais neste re-
latorio, cumpre mencionar a execução mechanica, para a fei-
tura dos compendios. O compendio devia ser impresso com
typos bons e claros. O livr.o precisa de encadernação forte
e attrahente.
Com estas observações terminamos este relatorio, reco-
nhecendo que ha muitas faces do assumpto que não foram to-
cadas e as phases tratadas nessas ligeiras linhas, merecerão
a explicação mais cuidadosa e reflectida. Comtudo submet-
temos Q relatorio á consideração caridosa dos irmãos educa-
dores da denominação baptista, esperando 'que haja dentro
dessas "linhas algumas suggestões que contribuam em algum
sentido para o desenvolvimento desta causa que todos nós
.muito amamos e para a qual estamos promptos a luctar e
batalhar com perseverança até vermos attingidos alguns dos
ideaes apresentados de modo tão imperfeito nestas linhas.
ANNEXO N. 9

RELATORIO
DO

Collegio e do Seminario Baptista


DO
RIO DE JANEIRO
A nossa instituição de ensino no Rio, foi maravilhosa-
mente abençoada por Deus durante os dois annos passados.
Quando apresentamos relatorio á ultima Convenção Ba-
ptista Brasileira a matricula tinha aUingido (em 1919) o nu-
mero de 446 alumnos em todos os departamentos. No anno
de 1921 foram matriculados 650, dos quaes 165 eram dos cur-
sos gymnasiaes. Todos estes alumnos eram das aulas diur-
nas e portanto regulares, salvo um grupo pequeno de trinta
que frequentavam as aulas commerciaes nocturnas. Por isso
em quasi todos os casos houve aquelle contacto ,necessario
para a formação do caracter, o que não se dá quando o alum-
no está matriculado sómente para uma ou duas aulas por dia.
Para avaliar a nossa opportunidade, sob o ponto de vista do
ideal que cultivamos, a saber, a formação do verdadeiro cara-
cter nos nossos alumnos, faremos bem em considerar o tempo
gasto pelo alumno em contacto com os professores e nos pro-
cessos da instituição. O nosso collegio, apesar da grande
competição na Capital Federal, e no Estado do Rio onde ha
46 gymnasios, conquistou um logar na vanguarda dos seus
congeneres e vae recebendo um numero crescente de alum-
nos de diversos Estados do Sul e do Norte do Brasil. Os in-
ternatos têm crescido mais .proporcIonalmente, que os exter-
natos havendo actualmente mais ou menos 240. alumnos in-
ternos. Sob o nosso ponto de vista, esta é uma bôa indica-
ção tambem, considerando que o internato é um meio cons-
tituido mais ou menos em condições para incutir melhor os
nossos ideaes. Durante este intervallo fizemos progresso no
apparelhamento da nossa instituição. Terminou-se o novo
edificio para dormitorios de meninos, bem como as obras do
edificio para o sexo feminino, augmentando-se considera-
142 RELATORIO DO COLLEGIO E DO SEMINARIO

veImente a c.apacidade dos internatos. Os terrenos para o


Campo Ath'letico e mais alguns lotes para outros edifícios
projectados foram acquIsições deste tempo. O Corpo Do-
cente recebeu, um 'açcrescimo' de' valor na vinda de diversos
professores da America do Norte e na addição de algJlns do
logar. O nosso seminario tem prosperado contando actual-
mente a· maior matricula regi~tradà na sua historia. A Es-
cola Normal com sé.de no bello edificÍo á rua Conde de Bom-
f~ 743, está progr.ettiDdo:- de dia a dia," tendo attingidõ já,
com o internato feminino, a capacidade, do edificio Larver-
Hall.

I- O COLLEGIO
A matricula no collegio durante 1922 promette passar
hastan1e a de 1921, estandO". já o .intertiafo muito mais cheio
à~ que no anno passado. Já chegou o tempo em que o colle-
gió não tem dep'ensar tanto no numero de alumnos COIDQ no
1l1.odo derecebel-o-s e cuidar convenientemente delles, como
convém a nina verda·deira instituição de ensino .
.J.Vovo Dor.mitorio. O bellú edificio' ~que acabamos d~
construir no. a'1to dos terrenos da Cnacara ~tacurússá augmen-
tou a lotação do Internato .para o Sexó Masculino em quasi
duzentos alumnos. O predio é,: solidamente construido, de
bom material e segundo a orientação moderna, .havendo
sido Engenheir~ das. Obras, o· habi! lente de Mathématica,
dr JoHo Cesar de Noron'ha. Sendo ene o Director do In-
ternato para o' Sexo Masc~ino, \0 maximo de cuidado eca-
I'inho motivou as actividad'es da construeção, havendo COlno
l'esult-ado um edificio que é· ornamento para a c'au'sa da ins-
trucção no Brasil. O edificio foi projectado com màis duas
grandes alas que ainda não foram construidas por falta de
recursos. Uma dessas al~s comportará o. refeitorio que
Hctualmenfe faz ,grande falta, sen.do o ~ctual ~() edificio Ita-
curussá, pouco distante. Alem de bons salõe~ hygi'enica:...
Inente arranjados, com a ventilação necessaria e a entrada do
sol durante o dia, a parte do edificIo já construida tem duas
grandes saIas para a organiza-ção do estudo fiscalizado á
noite, bem como diversos compartimentos destinados á ad-
ministração. O numero de internos- augmentou receriten;ten-
te a :ponto de quasi encher os dormitorios, sendo p:reciso ac-
crescentar brevemente uma das alas p'ara podermos. receber
os alumnos que veem bater á nossa porta. Sob a direcção
habH dá Directoria do nbsso Internato para o Sexo Masculi-
no, composta: do Dr. Julio Noronha, de D.n Delplií'na de Je-
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t=Q.
~ GRUPO DE PROFESSORES E ADMINISTRADORES
144 RELATORIO DO COLL'EGIO E DO SEMINARIO

sus e do dr José Dias, podemos esperar a prosperidade con-


tinua e grande "desenvolvimento deste ramÔ dá instituiÇão_
: O Seminario Jtem um edificio para dormitorio que an~te-
dormente foi -occupado '!pelos alumnos do, :"'co~legio .E~te
edificio 'possue' unlvasto salão no primeiro' ,andar, espleatli-
daínente.-s;ittiado para' os fins a que se destina. 'Act.p.alm.cl}.te
este edificip está quasi cheio e 'esper~mos não estéja lGiig~ o
tempo de Ievanta.r..mais'·um andar U'Q grande~djf~eio rec~tite­
mente consagrado' ao ,'Seminario,' Itacurussá-Há~ vis~ri.do
um auginento de espaço para dormitorios afim dê'a-GrioInfuo-
darmos o numero crescente de seminaristas. ~, . >.'
Localidade " :.'.,A',.
/'
o nosso Internato para. o Sexo Masculino é pIaravilhosa-
mente situado, como todos que' tiveram a occasiãb de visi-
tai-o, poderão testificar., .Construido em uma elevação nas
encostas da TIjuca, rodeàdt>, das paizagens maIs' bellas, este
internato não podia gosar de um meio physico'maÍs'hello l0ti
saudá.vel. E' raro que 'ú.ql"alumnó 'deixe este' col~gio por.
causa de enfraquecimento physicio.. Todos os alumnos que
entram, ;qua~~. sem'e~çep'ção, 'ficam 1)1ais robustos, apezar do
estudo. ás 'vezes umtánlo' puxado. ~:':'
Exterhdto: ' - , I.', i'
As'aulas' dó collegioaugme.ntaram em numerç, 'rapida-
mente, . durante o intervallo. entre as .se$.sões convencionaes.
Vimos'~a necessidade ,de dividir.os annos elementares em
duas turmas cada um, haven_do 'um numero excessivo' de
alumnos em cJ:lda anno, para' uma professor~. .Por..!esta di·
visão estabelecemos a promoção no fim de cada semestre.
Temos por esta organização duas' épocas. propri'as paral a
ln a tric ula, quando certas turmas estãoprincipiandó o pro-
gramma. Em Julho, pelas promoçóés, o edifici<i Judson-
Hall será occupado em todos os seus salõ~ c.I,é' aulas,' fican-
do alguns grupos menores de funccionar em, peque~as salas
origi~almente destinadas á administraç~Q'~,' Soinosfprçados
assiní a ver a necessidade urgente de" construir um edificio
para o'S cursos elementares. O collegio 'n:uncaattingirá O' seu
ideal ernquanto tiver a reunião um tanto çO'nfusa dos cursos
elementares' e secundar,ios nO' mesmo ·prediQ. ' IstO' já vem
causando uma ,sitúação difficil durante mezes. A 'pr·esença
iJ..e turmas de alumnos elementares e do Jardim da Infância
n'as proximidades das aulas dos cursos secundarios,. que .de-
vem go§ar do maximo de socego, é incompativel corri os me-
lhores resultados do ensino, tanto nas aulas dos menores,
BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO 145

onde devem gosar de mais liberdade, como nas dos Inaiores.


onde o silencio é uma necessidade absoluta. Outrosim não
podenlos esperar receber um numero de alumnos muito
maior que o actual sem construirmos um~ outro .edifício pa~a
aulas. O Judson-Hall é especialmente adaptado para as au-
las dos cursos secundarios quando pudermos remover os
cursos elementares para outro predio construido ,para aquel-
le fim. Ou esta construcção tem de ser effectuada breve-
mente, ou o collegio ficará marcando passo, senão perdendo
terreno. A bôa execução do programma é impossivel sem
as devidas accommodações e o progresso de uma instituição
depende do seu trabalho rigorosamente methodico.
Programmas de ensino
Fizemos um progresso substancial durante tres. annos e
meio com os prograInmas de ensino para os cursos elementa-
res. O programma de cada materia occupou a attençãó da
directoria e do COtpo docente dos cursos elementares duran-
h~ algumas semanas. Todos os programmas ficaram COln-
pletos, em forma provisoria, em 1921. Alguns já tinham sido
experimentados durante mezes quando a Junta de Educação
reuniu-se em Dezembro de 1920. D,epois os prograInmas de
outras materias occuparam a nossa attenção até o finl do
anno lectivo de 1921. Durante os primeiros mezes do anno
lectivo de 1922 o mesmo Corpo- Docente organizou comnlis-
sões para a revisão completa de todos os diversos prograln-
mas. Esta revisão já foi feita, sendo os resultados submetti-
dos á apreciação e á discussão do mesmo corpo docente nas
suas reuniões semanaes. A Junta de Educação havendo en--
carregado a instituição com esta tarefa receberá agora os re-
sultados 'do trabalho destes mezes. A adaptação dos pro-
grmmas pára os fins geraes da Junta de Educação não é per-
feita. Porém é a mais completa passiveI feita pelas profes-
soras e pelos directores dessa instituição que andam sempre
com muitas preoccupações. Os programmas serão impres-
50S e podem ser obtidos com a Junta de Educação.
Esses programmas trazem dois elementos de grande uti-
lidade para a causa da instrucção, a saber, uma orientação
deJinitiya sobre as materias que devem entrar nos cursos e
um grande elemento suggestivo de methodos, e que consti-
tuirá llrn nucle~ ao redor do qual os nossos pIethodos para as
aulas elementares podem formar-se e ficar systematizados
como norma da instrucção. O elemento mencionado em se-
gundo logar corresponde com o syllabus de methodos ql,le se
utilizam com tanto resultàdo nas escolas da America do Nor-
146 RELATORIO DO COLLEGIO E DO SEMINARIO

te. Por meio destes programlnas a instrucção elementar


dàs nossas escolas ha de assumir depressa um caracter mais
elevado. Com a modificação destes programmas podemos
dar o ver,dadeiro caracter ao conteúdo dos cursos, sempre
orientando melhor os programnlas em primeiro logar e de-
pois confecCionando compendios de accordo com os pro-
grammas respectivos. Ha' certos cOlnpedios CaIU muitos ele-
mentos que não estão de accôrdo con1 os nossos ideaes. Nos
programmas de ensino encontralnos o meio scientific-o para
alterar o conteúdo dos cursos quanto ás lnaterias e Illetho-
dos. O aperfeiçoanlento dosprogrmnnlas é o primeiro passo
e a confecção de compendios é o segundo en;I determinarmos
o conteúdo dos cursos e o desenvolvimento de methodos mo-
dernos em todas as nossas escolas elementares. Aproveita-
renlOS naturalnlente os bons eOlnpendios que já existem, ad-
dicionando sómente alguns para preencher certas lacunas.
Xova Chaçara
Entre os melhoranlentos conseguidos durante os dois an-
liOS a cOlnpra da bella Chacara das Jaqueiras com o bom édi-
ficio, para a' instaUação doCollegio do Sexo Fenlinino, foi o
que se destacou entre todos elles. Pouco distante da Cha-
cara Itacurussá e situada con1 frente para a rua Conde de
Bomfim que é a principal e lnais beUa deste esplendido bair-
ro da Tijuca, esta chacara gosa de unIa localidade lllaravi-
Ihosalllente adaptada ás necessidades de unl Internato para
:\lenlnas. Os terrenos da chacara têIn uma area de lnais de
80.000 lnetros -quadrados, dando assim espaço anlplo para
maior desenvolvimento do Departamento Fen1inino no fu-
turo. O grande edificio é distante nlaÍs ou Inenos cem Iue-
tros do portão da frente, na rua Conde de BomfiIn, havendo
tuna avenida com duas alas de grandes .i aqueiras, estenden-
do-se do portão até perto do edificio. Depois de comprado,
o edificio passou por UIna refornla completa, recebendo mais
Uln andar para a esplend~da instaUação dos dormitorios de
meninas. As aulas neste edifiCio den01ninado Carver-Hall
("~m honra de um-benemerito educador da Alnerica do ~orte
(: amigo que muito tenI feito enlprol da causa desta insti-
tuição, se acham hem longe do barulho e attracções da ru~
Os terrenos da chacara se limitam pelos dois lados com pro-
liriedades de falnilias distinctas, e, portanto, nâo estão ex-
postos ás observações de transeuntes curiosos que poderiam
pertúrbar a vida das internas. Nos terrenos espaçosos dos
j

fundos do edifi'cio ha bons recreios com arvores sombrias


onde se organizam jogos escolares 'e 'gymnastica sueca. Po-
BAPT~STA DO -RIO DE JANEI.RO 147

demos dizer que o futuro. do nosso Collegio para o Sexo Fe-


minino ficou gara:t:ltido desde o dia em que compramos esta
magnifica propriedade.
lnslallação
O Internato de Meninas passou a occupar seu esplendido
edificio proprio, o Carvel-Hall, ha um anno, e já vae con-'
quistando um logar de destaque não sómente neste bairro,
luas elll todo o Districto Federal e' em diversos Estados do
Sul do Brasil. Este Departamento Feminino deve o seu pro-
gresso solido enl grande parte á d.edicação do dr. F F- So-
ren e de D - Jane Soren que não poupam esforços IrO seu
zelo ·a favor das meninas entregues ao seu cuidado. Este
casal tem uma orientação muito s~gura no ,seu modo de cui:..
daI; das meninas, orientação que os paes hão de agradecer,
mais e mais, á medida que forem conhecendo o seu valor no
futuro. D.a Ruth Randall que voltou recentemente dos Es-
tados Cnidos se tem dedicado tambem assiduamente ao tra-
halho do Departamento Feminino durante muitos annos.
Organização
EIll ambos os collegios a organização se vae tornando
cada vez mais segura com a experiencia adquirida durante
osannos passados. O systerrla de 'Deãos para cada institui-
ção e Superintendéntes para diversas outras funcções, como
~',cjanl as de direcção interna dos Internatos e dos Cursos Ele-
Inentares, proporciona a opportunidade de se distribuireln
das funcções adlniIiistrativas e ao !lleSDI0 telnpo deixa to-
das as instituições debaixo da Dlesnla administração geral.
~\ Junta do Collegio e Seminario, que foi constituida em 1907.
já ·conquistou muita experiencia de grande valor, que não
poderia ser substituida por uma nllIltiplicação de juntas.
-:\ este lneio é de toda a convenieneia termos diversas congre-
gações agrupadas para a formação de um viveiro de idéase
ideaes onde o alumno receberá a influencia bastante forte
para IlloIdar o seu caracter Orgap.izámos portanto, a nossa
instituição sobre o plano universitàrio, ficando cada phase
do ensino destacada como unidade enl si, funccionando de
IllOdo comljletamente independente, mas todas ao mesmo
tenlpo sob a direcção unificada e efficienfe.'. Cada institui-
ção poderá assiIll ajudar as outras systematicamente, por-
que todas obedecerão ao lneSIlIO plano geral e a nlutualidade
entre todas será UUla realidade. Proseguindo nessa idéa de
divisão de trabalho e responsabilidades, foranl\.. eleitas re-
centenlcnte para o trabalho de Deão nos respectivos coIle-
~ ______________
R~~_L_A_T_O_R_'_O__
D_O_·_C~9_L_L_E_.G_I_O_,_E
__D_O
___
S_E_M_I_N_A_R__
IO

gios, D. Bernice Neel, no Collegio para ó sexo feminino.e


o dr., A . ,R.. Crabtree, nocollegio ,para, o sexo masculino
Tendo estas pessoas chegado recentemente' da ,America do
Norte, ainda estão empenhadas no estudo da linguado paiz,
,mas brevemente poderão' entrar de modo mais completo nas
suas actividades. Foi eleita tambem D., Ruth Randall afim
de- ser Dean da Escola Theologica para Obreiras Baptistas,
que foi creada recentemente. D. Ruth traz o preparo solido
fornecido pelo curso da W oman's Training School de Louis-
,'ilIe, Ky. E. U. A~, tendo-se formado com brilhantismo na
ditaesçóla antes de vir para o Brasil. Durante mais de seis
annos &e dedicou ao trabaiho do Departamento Feminina
d~s,te Collegio, onde adquiriu muita experien,~ia de grande
valor para a direcção efficiente desta nova Escola que ora
fundamos. O dr. W. E, Allen, que veiu na mesma occasião
que o d,r, Crabtree e D Berenice Neel, está servindo de Deão,
{lo Seminario durante a ausencia do dr A. B, Langston,
que foi forçado retirar~se por algum tempo para recuperar
as forçasphysicas '. Este ~ trabalho exige a actividade imme-
diata de dr Allen que está demonstrando capacidade na sua
execução. D Edith Ayres voltou tambem com o grupo de
nõvos professores e actualmente está leccionando Inglez nas
aulas. do collegi9 para o sexo feminino. Ena fará parte do,
Corpo Docente da Escola ~ormal em 1923, conlO tambeln
D. Berenic~ .Neel, quando tiveram aprendido a lingua de'
modo'mais completo, O dr Baker continúa a levar o gran-:-
de peso :das aulas de pedagogia e a servir pe Superintenpen-
te dos Cursos Elementares, O trabalho do dr Julio Cesar
de Noronha e do dr F F Soren e d'e D Jane Soren, eln
conne~ão com os Internatos, já foi commentado em outra
lUI,:çte do relatorio, Além desta organização interna, temos
D1UjtQS. auxiIia:t;~s efficientes, Com a acquisiçâo constante
de ,experiencia por estas pessoa& que estão exercendo asfun-
cçóes administrativas ,é possivel pros'eguirmos no desenvo}yi-
mento desta instituição com segurança, esperando sempre
resultados lllaior~s e mais beneficos,

Corpo Docente
"~ ; ..

O corpo, docente do Collegio cresce de anno em anno


parll poaer satisfazer as necessidades da instjtuição, O neso:
en_volvimentq do corpo docente, é o primeiro cuidado da di-
rectoria do collegio, pois e elle a alma da instituição. O nu-
mero de professores em 1919; ~egulldo o relatorio submettido'
á Convenção de Recife era trinta e seis. Já o numero, \é
BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO 149

quasi o dobro, havendo actualmente -mais que sessenta pes-


soas que fazem parte do Corpo Docente. Muitos destes pro-
fessores são dos mais conhecidos l'entes na Capital Federal,
cujo ensino é baseado em uma largueza de experiencia que
raras vezes se encontra. De anno em a.nno continuamos a
receber mais alguns professores, cuidadosamente escolhidos,
constituindo assim um Corpo Docente de grande renome, em
toda a párte do Brasil. Escolhemos os nossos professores
depois de sabermos de seu pr~paro technico, da sua expe-
riencia pratica no ensino, e especialmente do seu caracter
moral. A reunião mensal do Corpo Docente para a troca de
ideas e discussão de problemas praticos, vae-se tornando uni
evento-de destaque no programma do Collegio. 'Ha reuniões
~emanaes das professoras que fazem parte do" Corpo Docen-
te dos Cursos Elementares. Mediante essas reuniões temos
conseguido grandes coisas, especialmente durante os tres
annos passados em prol do desenvolvimento dos program-
mas de ensino para os cursos elelnentares. O nosso corpo
docente é reco.nhecido no Rio e eUI toda a parte como um dos
mais idoneos e efficientes do Brasil.

Cultura Physica
O Departamento- de Cultura Physica se desenvolveu bas-
tante durante estes' dois annos. O instructor Santos, que ad-
quiriu o seu preparo technico no assumpto em Nova York,
lia Associação Christã de Moços, tem demonstrado habilida-
de em enthusiasmar os alumnos nos jogos escolares e vae
conseguindo resultados solidos na organização da gymnasti-
ca e outras phases da Cultura Physica. EDe acabou agora
de organizar o Corpo de Monitores que já está dando pro-
vas de treinamento e disciplina. E' de €sperar que deste
grupo de monitores sahirão nluitos, luais tarde, para culti-
var largamente no Brasil a Cultura Physica, que é uma ne-
cessidade das nlais urgentes em todas as instituições de en-
sino do paiz. Actualmente esta phase de instrucção é pou-
codesenvolvida em muitos collegios e escolas. Comtudo é
11ma das phases mais importantes. Nos jogos escolares- se
cultiva não sómente o physico~ mas tambem a~ phases intelle-
ttuaes e espirituaes da natureza, do homem.. O jogo escolar
é um dos meios mais efficazes para desenvolver o alumno.
Muitos poderes e. capacidades intellectuaes se desenvolvem
por meio dos jogos. Q alumno no jogo aprende a coopera-
ção social,' a necessidade de justiça, a lealdade. e muitas ou-
tras lições sobre as virtudes. EHe tem opp'Ortunidade' pára
150 RELATORIO DO COLLEGIO E DO SEMlNARIO

pôr em pratica na InesnIa hora tudo () que aprende. Ha no


jogo escolar, aquella expontaneidade e iniciativa propria que
são tãoessenciaes ao desenvolvimento de um· caracter inde-
pendente: Ha muitos elementos no jogo escolar que se
aproveita para o desenvolviInento nos alumnos de um cara-
cter ,são. Consegui:qJ.os cOluprar unI bOll1 terreno para o
nosso Campo Athletico, ohde esperamos dar um desenvol-
"\,;imento maior a esta phase do ensino ;no Collegio Baptista'.
Este campo mais. tarde vae ser apparelhado para os princi-
paes jogos escolares e terá archibancada para o conforto dos
que veem presenciar essas actividades nos dias de festa.
Em ambos os collegios já estão apparelhados o·s campos para
os jogos escolares e o canIpo Inaior virá p:reencher ainda
outras necessidades. D. Edith Allen se acha á testa do De-
, p artamen to , de Cultura Physica no collegio de meninas
Ella traz .a orientação dos collegio~ norte-americanos sobre o
.3ssumpto, tendo feito. parte do corpo docente de unI grand ,:,
(·stabelecjmento durante alguns annos. A! educação physi-
ca está bem encaminhada no collegio e cOln o augmento de
espaço, pela acquisição do novo canlpo, pod.emos ver eu>
breve desenvolvimento nluito maior
Terrenos
Durante estes dois annos a instituição conseguiu a COlll-
pra ,de mais alguns terrenos contiguos á chacara Itacurussá.
O plano da instituição é estabelecer bem todos os cursos fun··
damentaes primeiro~ e mais tarde accrescentar alguns cur··
sos universitarios que são Inais precisos para um plano COIU-
pleto na educação baptista no 'sul do, Brasil. Actuabnente
tratamos de 'algumas phases do trabalho univ.ersitario, ]lOréul
mais tarde esperanlOS desenvolver outra~ phases.. Afim de
I)odermos faz'er isto, foi necessario comprannos alguns ter-
renos, antecipando a necessidade de espaço para a constru-
eção de edificios para os ditos cursos eln data futura. Du-
rante 1920 certos terrenos á rua Barão Homem de Mello fo-
ram vendidos em leilão. ' A Junta aproveitou a opportuni-
dade para adquirir alguns lotes naquella occasiãó e recen-
temente comprou mais alguns destinados ao meSlno fim.
Resta com.pletar a acquisição de certos· lotes, constituindo
assim uma base solida para o futuro. .
Ediflclos
Actualmente a instituição oécupa cinco grandes predios
que são proprios e um que é alugado para o Externato do
BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO 1;)1

Sexo Feminino, á rua Haddock Lobo 302. O edificio Judson-


Hall destinado ás. aula,s do Collegio para o sexo lnasculino,
como foi notado acima,. já está ~Olll a sua lotação cOluple-
ta, sendo occupado pelos cursos elenlentares e secundarios.
O dormitorio dos seminaristas está cheio' tambenl. O edifi-
cio Carver-Hall do collegio para o sexo félllinino está quasi
com a sua lotação completa na parte dos dorInitorios e as
suas aulas são mal accomlllodadas por falta de espaço sllf-
ficiente. O progresso natural e solido do Collegio nos (:01-
loca em situação 4e embaraço actuahnente, porque não tra-
tamos de receber alunlnos seUl poder cumprir bastante benl
com as nossas obrigações para COIn elles. Precisanlos dar
providencias quanto antes afiIn de tennos augn1ento do es-
paço para as aulas nos dois departalnentos para o sexo 11laS-
culino e feminino e para dormitorios tanlhelll. Houve UIll pro-
jecto de construir-se UIll edificio para as aulas dos Cursos
Elementares do Collegio para o' Sexo Masculino conl frente
para a praça CoruInbá, durante () corrente anno. A Junta
I

Xorte Americana deliberou ajudar-nos conl os recursos lle-


cessarios para essa construcção que esperalnos effectuar
brevemente, sendo da vontade de Deus. Yendo as grandes
necessidades de um pavilhão para gymnastica e cultura phy-
sica, a Junta tambem veio ao nosso auxilio neste projecto. E'
de esper..ar que estes edificios, ben) como unI Pavilhão para
o Jardim da Infancia, sejaul construidos brCyeInente para al-
liviar a situação no Collegio destinado ao sexo lllasculino. A
necessidade de uma ala no edificio Caryel-Hall para propor-
cionar possibilidades de expansão alli, é apenas de menos ur-
gencia e isto deve ser inclui do no plano de construcção para
1923, o mais tardar Foi construida durante 1921 unla re-
sidencia para o Deão do Seminario, dr A. B. Langston e
temos necessidade de construir luais duas até o fim de 1923
para o dr C. A. Baker, superintendente dos cursos elenlen-
tares e lente de pedagogia, e para o dr F F Soren e fan1Í-
lia. O dr F F Soren e D . Jane Soren tênl trabalhado COIn
o maxiIno de dedicação durante Inuitos annos, debaixp das
maiores difficuldades, tendo selnpre de Il10rar conl a farni-
lia dentro do internato. Esta faInilia que se dedicou conl
tanto afinco á causa do collegio para o sexo feIninino deve
ter uma moradia separada do internato no nlais breve prazo
possivel. Em outra parte deste relatorio telllOS de apresen-
tar um novo plano que nunca foi exposto anteriormente, so-
hre o externato na rua Haddock Lobo. O referido plano re-
fere-se ainda ao aSSUl1lpto de edificios.
152 RELATORIO DO COLLEGIO E DO SEMINARIO

H-O SEMINARIO
. O nosso Seminario Theologico ,tem progredido solida-
luente durante os annos de 1920 a 1922. '0 numero de semi-
naristas augmenta de anno em an~o gradualmente. O cres-
Cimento se accelera sempre porque~sta causa vae chamando
cada vez máis a aUenção dos irmãos. Actualmente temos
cincoenta matriculados no Seminario, apezar de sete irmãos
terem completado o seu curso no anno passado, indo princi-
]Jiar os seus trabalhos em diversos campos.
Perspectiva
Actualmente estudam nas aulas de diversos collegios ba-
ptistas no sul do Brasil mais de trinta e cinco candidatos
para o ministerio que mais tarde virão cursar as aulas do
nosso seminario. Deus está chamado muitos jovens enl di-
versos campos e, pelo calculo mais razoavel, podemos espe-
rar a matricula de setenta e cinco para cem estudantes no
Seminario do Rio de Janeiro até o fim de 1924.

lnstallação
No interregno da Convenção o nosso seminario .deu unl
I,asso gigantesco na acquisição de seu edificio proprio.
Quando se completou o novo edificio para dormitorios, Ray-_
Hall, o bello palacete Itacúrussá passou a ser séde do Semi-
nario, sendo consagrado para este fim. Já as aulas, bem
como as reuniões do' Seluinario, funccionam no seu edificio
proprio. Um outro edificiO"menor, que outr'ora servia de
dormitorios para alumnos do collegio, passou tambem para
o uso exclusivo d~ Seminario. Mais farde o grande edificio
Itacurussá receberá, juntamente com a reforma cOlupleta
um segundo andar que o tornará,proeminente entre todos os
que occupam os terrenos do collegio, sendo situado numa
elevação de onde sé podem apreciar as bellezas da Tij uca,
do Andaraby, de São Christovão e até a magnificencia da
Guanabara. ' .

Corpo Docente
O corpo docente do Seminario não conta grande num.~ro
de professores, mas já se acha em condições dé fázer um' tra-
balho regular e solido. Seis professores constituem o corpo
docente. O deão do Seminario, o dr I A .. B. Langston, que
se acha actualmente de férias, é de reconl}ecida ealta cprp.-
BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO 153

petencia no ensino de Theologia. O dr Richard lnke que


serviu á instituição durante algp.ns annos, de modo compe-
tente e habil, está na Universidade de Harvard e no Semina--
rio de Ne'wton, nos Estados Unidos, especializando-se em al-
gumas materias. Esperamos que enl hreveesle muito esti-
mado irmão, e distincto homem de Deus esteja de volta e
c.olIocado no seu logar, na cadeira de Historia Ecclesiastica,
que elle tão dedicadamente rege. Durante os dois annos
de intervallo o dr F F Soren, dedicado pastor da Primei-
ra Egreja Baptista do Rio teÍn ajudado no nosso .seminario,
regendo a cadeira de Theologia Pastoral para a qual elle
tem o preparo technico e experiencia no mais alto gráo. Ape-
zar dos seus outros grandes serviços á causa da evangeliza-
ção e eduçação, elle dedica uma parte do seu tempo a este
trabalho tão importante de ensinar aos nossos futuros pasto-
res os melhores methodos nos trabalhos ministeriaes. O
l'ev S. L. Ginsburg, muito conhecido em toda a parte. da
nossa denominação no Brasil está prestando um bom serviço
no Seminario este anno, dando uma série de prelecções so-
bre o evangelismo. Este irmão tem mais de trinta annos de
experiencia neste trahalho de evangelização e com a gran-
de habilidade que possue pôde fazer valer muito este curso
de prelecções para os nossos futuros evangelistas. Além
destes irmãos e do escriptor deste relatorio, que rege as ca-
deiras do Novo Testanlento e Homiletica e o dr. W E. Allen,
lente de Grego e Pedagogia da Esocola Dominical. Estes ir-
lnãos já demonstraralll grande habilidade e dedicação na
conquista da beBa lingua de Camões e já se acham em con-
dições de prestar serviços relativamente grandes no Semina-
rio, considerando o breve prazo do seu estudo do portuguez.
Esperamos grandes coisas destes novos professores porque
são firmes no seu proposito de dedicarem as suas vidas ao
trabalho exclusivo de preparar os jovens para o trabalho da
t~Yangelização do Brasil. UnI destes irmãos, o dr Crabtree,
é o deão do collegio e o dr Allen está servindo como Deão do
Semiriario, na ausencia do dr Langston. Esperamos a vol··
ta do dr. Langston e nlais tarde do dr Illke. Temos esperap.-
ça tambem da vinda de mai&. Uln professor parà o Seminario,
alguns mezes mais tarde.

Valor do ·Trabalho
Prova-se o valor do nosso Seminario do Rio de Janeiro,
pelo caracter do trabalho que está sendo feito pelos diversos
irJnã~s que se fornlaram aqui. Não ha duvida de que o tr,a-
154 RELATORIO DO COLLEGIO E DO SEMINARIO

balho teul tido os seus defeitos, COlno qualquer trabalho


sempre tem durante os primeiros tempos da sua fundação.
Mas, julgado pelo ensino theologico ministrado nos semina-
rios de outras denominações evangelicas do Brasil, cremos
que não é inferior e considerando a educação em geral o
trabalho do nosso Selninario cultiva tanto o inteHecto como
as escolas superiores do paiz. O seminarista formado COln
o gráo de Mestre pelo Seminario ~aptista do Rio de Janeiro
não se tem de envergonhar qu~ndo' falar perante os lnedicos,
advogados e outros formados nas escolas superiores do paiz,
pois o preparo litterario delle é mais elabl)rado, quasi sen.
excepção, ou, ao menos, não é inferior ~ a actualidade~ o
alumrio que cursa as aulas do collegio secundario para a lua-
tricula nos cursos superiores raras vezes leva lnros que qua-
tro annos no seu preparo propedeutico; nós, porém, exigimos
seis annos de curso para os selninaristas. O nosso curso
theologico para o gráo de mestre é de quatro annos, de modo
que o seminarista acaba por ter dois annos do curso litterario
Jnais que o alumno que cursa medicina ou direito. Os seus
quatro annos de theologia o collocam elU posição de falar
com autoridade na interpretação da Palavra de Deus e o
põem enl categoria superior ao collega que estudQu para ou-
tra vocação. L"m dos grandes defeitos, oriundos de um
meio especial, como o nosso é que recebemos muitos aspiran-
tes ao ministerio que- nunca tiveram a vantageni de lançar
no' principio da vida os alicerces de urna instrucção hem so-
lida. Os habitos do uso erroneo da lingua materna, forma-
dos na época da juventude, difficilmente se corrigeITI mais
tarde na vida. Por esta causa teem sahido alguns innãos que
nunca ou difficilmente poderão attingir a devida altura no
uso correcto e elegante da lingua portugueza. Isto nos telll
prejudicado; mas o Seminario pretende vencer esta difficul-
dade por meios especiaes. Este defeito não pôde ser aUrÍ-
huido a falta de bons professor~s de portuguez no collegio,
pois contalnos com lentes cuja competencia no assumpto é
mais que conhecida e cujo trabalho com estudantes ,que ti-
veram outras vantagens no principio da vida mostra os lue-
'lhores resultados que se podiam desejar. Xão podemos es-
perar milagres do professor E' necessario providenciar
para que candidatos mais jovens, destinados á carreira lni-
nisterial, tenham as vantagens de Uln curso prelilninar mais
solido . Vemos mais uma razão por que devemos ter es'co-
las elemen~ares bem ~rganizadas em todas as nossas egrejas,
afim de que mais tarde o Seminario re'ceba candidatos que
já venham com o curso preliminar bem feito, em temp'o pro-
BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO 155

prio, e antes de terem formado habitos viciados no uso da


lingua.
Remoção do Seminario
Na ultiIna Convenção Baptista Brasileira levautou-se
UIna questão ácerca de unir os seIninarios do Rio e do Reci-
fe em uma' só instituição que devia ser fundada na Bahia.
Visto que a suggest.~o foi feita no fim dás reuniões, depois
de ter partido o escriptor deste relatorio, eIn volta forçada
nfim de se preparar tudo para a primeira sessão da Chau-
iauqua, não acompanhou elle o inicio da questão. Não ha
davida que a qU'(j6tão teIn sido um pouco agitada por algu-
luas pessoas e por isso lnerece ser tratada ligeiramente nestE'
logar A Junta do Collegio e Seminario do Rio tomou uma
attitude definitiva sobre o assumpto no anno de 1921 apre-
~e~1Í.ando varios argumentos contra a remoção do Senlinario
para outro logar, alguns dos quaes podenl ser citados ape-
nas. Em primeiro logar todo o desenvolvimento historico
de nosso trabalho tem a tendencia contraria á unifil'3cão dos
dois seminarios. O plano original da Junta de Ri~hnlOlHi
foi ter um Seminario só no Brasil, porém os irl11ãos lnissio··
narios situados no Norte do ]Jaiz se empenharam para con-
seguir que a Junta apoiasse a classe theologica, que já exis-
tia quando o escriptor deste relatorio era professor no col-
iegio de Recife, constituindo.,.a en1 Selninario. A Junta não
concordou durante algum tempo; lnas quando a Convenção
Baptista do Brasil votou favoravelmente sobre o assunlpto
em 1918, nà sua reunião eln Victoria, a Junta de RichlllO!ul
acceitou a proposta e desde aquella data está cooperando em
tal base. No entretanto a causa tanto no :\orte COlllO no Sul
tem-se desenvolvido rapidalnente e por esta razão, InesnlO
que não houvesse já estes dois seIninarlos, teriamos que pen-
sar brevenmente no estabelecinlento de dois. Durante al-
guns annos o escriptor defendeu o plano de UIll só senlÍna-·
rio sob o ponto de vista de economia e efficiencia, porélll se
conformou con1 o plano de dois, quando de ferias nos Esta-
dos Unidos, soube da deliberação da Convenção no Brasil.
E' totalmente impossivel esperar que os irmãos das egre.la~
no' Sul do Brasil Inandem todos os seus seminaristas para unI
eentro tão distante como a Bahia ou para qualquer outra
parte, depois de haver seguido o plano de termos o seu Se-
minario na grande metropole, na Capital Feder!!l da Repu-
blica, durante todos estes annos. O que teria sido possivel
no principio, a saber, concentrar tudo em UIU selninario cen-
156 RELATORIO DO COLLEGIO E DO SEMINARIO

traI no Rio, como foi proposto pêlo escriptor ,deste relatorio,


lião podia ser realizado agora e não deve ser por muitas
razões. O parecer da Junta é que o no~so Seminario do Rio,
não deve ser removido nem para a Bahia' nem para- qualquer
outro centró. Durante quinze annos .esta instituição estú
crescendo bellamente sob a orientação sabia da Junta do
Collegio e Seminario do Rio, Junta esta que tem sido úma
das exemplares na regularid~de e assiduidade. dos seus tra-
halhos, desde a ,primeira Convenção Baptista em 1907, quan-
do eJIa foi organizada. Em todo o Brasil não ha um centro
tão estrategico, nem tão intellectual para este trabalho como
() Rio de Janeiro. A presença do Seminario do Rio de. J a-
neiro está influindo grandemente na obra da evangelização
deste vasto centro. Os planos do Seminario estão bastante
desenvolvidos. Já temos 'edifido pro-prio maravilhosamen-
1e adaptado aos fins e situado no local mais bello da cidade
do Rio, que é considerada universalmente uma das mais lin-
das d<l mundo inteiro. O plano de sustento para os estudan-
tes já está bem elaborado e esplendidamente adaptado ao des-
~nvolvimento de ,um caracter independente e de pericia nos
trabalhos ministeriaes. O Corpo Docente conta já seis pro-
tessores ,todos ·os quaes teem o preparo technico theologico,
sendo formados por varias e respeitaveis instituições litte-
rarias e theologicas da America do ~orte. Actualmente o Se-
minario se acha nas melhores condições do que em qualquer
tempo na sua historia. Diversos dos estudantes que cursa-
l"2.m as suas aulas nos annos passados já estão demonstran-
do nos camp~s o valor ,da instrucção administrada noS~mi­
nario. De estudantes novos não ha falta e a esperança é
que brevemente o numero de matriculados seja o dobro do
<Iue é actualmente. A proximida~e do Seminario ao Colle-
gio e á Escolà Normal está provando ser uma grande bençãe
de economia e>efficiencia para as tres instituições irmãs.
Já contemplamos a fllndação de outras Escolas. Existe um
curso commercial que desejamos, expandir logo em Escola.
Recentemente foram comprados terrenos onde podemos mais
tarde construir edificios para diversas escolas superiores.
Comtudo a evangelização do nosso coll~gio e de todas as nos-
sas escolas ha de ser effectuada facilrnente pela pro~imidade
do Seminario e Escola Normal. O aspirante ao ministerio
póde começar quasi desde o principio da sua carreira de es-
tudante a gosar do contacto com o corpo docente e discente
do Seminario. Para a sua cultura espiritual este é u;m fa-
cto da Iuaxima impórtancia. Emfim o Seminario do Rio de
Janeiro está caminhando tão bem com os seus trabalhos' 'e
BAPTISTA DO RIO DE .JANEIRO 157
tem. um porvir tão risonho, que devia ter maior consideração,
dos irmãos e a paciencia dos que criticam, emquanto conti-
nuar consolidando-se, em demanda de melhor futuro. Não
é, perfeito o nosso Seminario; mas o modo de aperfeiçoal-o
não é o de desarraigal-o e leval-o para outro clima, trans-
plantando-o para onde talvez murche e morra em pouco tenl-
po, vindo a nossa cap,sa a ficar seriamente prejudicada. An-
tes, pelo contrario, devemos amigavelmente ajudal-q, coope-
rando com' elle lealmente, afim de que se torne um baluarte
cada vez mais forte para a causa da evangelização e da ins-
trucção no Brasil e no mundo inteiro.
Seminario Maior
Contemplamos no futuro o augmento ainda mais rapidn
do nosso Selninario e por esta razão já demos no plano ge-
ral da instituição o logar proeminente ao Seminario. O edi-
ficio Itacurussá occupa uma elevação de onde é passiveI
avistar a bahia e apreciar as bellezas de todos os vastos
bairros de Tijuca, Andarahy, Campo de São Christovanl e
outras partes da bella metropole. ~ o plano do Seminario·
consta a construéção de um segundo andar no grande pala-
cete, assim tornando o edificio do Seminario o mais impo-
nente entre os situados nos terrenos da instituição e o mais·
bem localizado deste bairro da cidade. Deus concedeu esta
hella propriedade ao n.osso Seminario porque é do seu agra-
do que o seminario tenha esta riqueza. ~ão ha outra insti-
tuição no Brasil que tenha urna situação mais favoraveI
quanto á installação, logo que tivermos o segundo andar des-
te edificio.
Planos
o Seminario tem certos planos bem reflectidos para 'ser-
vir á causa da instrucção dos obreiros já activamente eInpe-·
nhados no serviço. Uma vez por anno a Chautauqua se re-
une em connexão, com a sessão annual dos missionarias Ba-
ptistas do Sul do Brasil e a recem-organizada União de Obrei-
ras Baptistas.' - A Chautauqua tem sido um grande successo
e muitos irmãos tem recebido auxilio consideravel nos estu-
dos particulares e inspiração para o desenvolvimento pro-
prio pelo estudo independente. A Chautauqua emprega os
methodo~ geralmente encontrados nos institutos desse moyi-
menta em outras partes do mundo, dando instrucção por-
meio de aulas e seguindo programmas ,publicas bem confec-
cionados. Não podemos discutir largamente neste relatorio>,
158 RELATORIO DO COLLEGIO E DO 'SEMINARIO

os resultados beneficos que proveem dos trabalhos da ChatU-


tauqua todos os annos. Deste movimento podemos esper\ar
grandes resultados no futuro, se quizermos utilizar-nos delle
com o -intuito de fazel~o conducente á melhor preparação dos
obreiros em geral. O' Seminario propõe-se organizar, par-
tindo deste anno, curso~ abreviados, especialmente adapta-
dos ás necessidades dos obreiros que pod.em demorar, de-
pois da Cpautauqua, durante o mez de Julho na instituição.
Estes cursos serão tambem o cOlnplemento dos cursos por
lueio de correspondencia que o Selninario já está iniciando.

III - ESCOLA NORMAL

Entre todas as phases das actividades da nossa institui-


ção no Rio não ha uma que seja mais querida e luais iInpor-
tante que a da Escola Xormal. Fundada eIU 1916 pela Con-
yenção Baptista Brasileira, esta escol~ principiou a sua exis-
lencia debaixo das condições mais difficeis; porém tenl ven-
cido muitas difficuldades e vaeconquistando um logar iIn-
portantissimo no trabalho -da educação christã no Brasil.
I
I)ro{ essorado
A creação de UIU professorado para a execução dos gran-
des trabalhos do nosso systema de escolas e collegios é deci-
didamente um dos trabalhos luais importantes que temos no
Brasil. Ha grande necessidade de professores e professoras
e 111 toda a parte da nossa causa. O nosso povo lucia conl o
aualphabetislno e inspirado pelo evangelho vae vencendo,
porém com grandes ·difficuldades. Ha necessidade urgen t~
de prepararmos professoras ~ professores para as escolas an-
nexas ás egrejas e para os collegios nos diversos centros luais
estrategicos do nosso trabalho. A Escola :XormaI foi funda··
da com este intuito e já se está encaulinhando belu COIU o pla-
no; porém deve receber uma eoop~ração n1aior da parte de
todas as egrejas.
Progresso
,;;;, Esta Escola tem feito unI trabalho solido durante alguns
annos . Já temos algunlas professoras no caIUpo de acção
que cur~aram as aulas technicas nos annos l)assados e o nu-
mero vae a,ugmentando de anno em anno. ActnahneÍlte n
lnàtricula a111nge a mais de quarenta pessoas, algulnas das
quaes completa~ o curso de Bacharel ell1 Sciencias de Edu-
{4,ação no fim do éorrellte anno lectivo .. Outraturnla chegàrá
BAPTiSTA DO RIO DE JANEIRO 159

a concluir o curso no anno proximo. De agora enl diante


podemos esperar a formatura de algumas moças e alguns
moços todos os annos. Visto que a Escola foi estabeleçida
e'm 1916 o progresso tem sido rapido e solido.
Corp'o Docente
Apoiando os planos da Convenção Baptista a Junta de
Richnlond enviou alguns lentes para regerem certas cadeiras
especiaes de Pedagogia. O dr C. A. Baker, formado eHl
pedagogia pela PeaLody XOrIllal eDl Xashville, Tenn., E. C.,
·A., instituição muito conhecida em todo o Sul daquelle paiz,
rege a cadeira de Historia da Educação e Methodologia Di-
dactica. Elle tambem occupa a posição de superintendente
dos cursos elelnentares no Departamento Preparatorio do
Collegio. Miss Berenice X eel que veio no anno de 1921 vae
leccionar Psychologia da Creança. Miss Edith Ayers fará
parte da Congregação de Pedagogia 'e terá sob seus cuidados
a aula especial de fiscalização e orientação de estudos. O
dr J. \V Shapa~d está leccionandp Theoria da.Educação. O
Corpo Docente assim constituido já é UDl nueleo ao redor do
qual podem vir outros elementos brevemente. EsperanlOs
pela graça de Deus ver uma grande congregação de norInalis-
tas e luna Escola Xornlal benl desenvolvida. enl data não
nluito distante.
Devenlos pedir á .T unta Inandar brevelllente mais HIn
professor para este trahalho especial.
Novo edificio
Está eln projecto Ulll novo edificio para a Escola :\ or-
nlal. A Junta Xorte-AlnerÍ<'ana veio ao nosso auxilio COlll
os recursos destinad'os para a construcção deste edificio. Ha
grande necessidade de relllovermos as aulas elementares do
edificio .Iudson-Hall para outro predio, deixando fUI1ccionar
lá só os cursos secundarios. Espcralllos iniciar brevemente
a construcção do novo edifício que deve ter Os salões neces-
sados para a organização das aulas d,e pedagogia tanto para
os fins technicos e theoricos conlO tamben1 para a observa-
ção e participação, ou parte pratica. COlll .o accresciIno des-
se edificio podenlos esperar o desenvolvimento 111ais rapi-
do ainda da instituição eDl todas as phasei3 do seu trabalho,
pois os çursos el'€nlentares constituelll eDl. diversos sentidos
a base de tudo. E' delles que recenen10s a lllaioria dos estu··
dantes para os cursos secundarios, heln COlllO Ulna parte do
sustento financeiro. Os ultiInos annos dos cursos secunda-
160 RELATORIO DO COLLEGIO E DO SEMINARIO

rios sempre trazem uma despesa maior para a instituição e


sem desenvolvermos bem os cursos elementares para aquili-
brár, será impossivel attingirmos o nosso ideal. Olitrosim
esse edificio proporcionará -os meios pelos quaes as norma:'
listas poderão gosar das opportunidades para aulas praticas
de observação e divisão de trabalhos, que é uma parte funda-
mental no seu preparo. Este edificio que nos propomos cons-
truir é uma necessidade urgente e deve tomar a preceden-
cia nas construcções que constam do plano geral da insti-
tuição.

Matricula.

Para a matricula na Escola Normal é necessario' cum-


prir certas condições detalhadas no prospecto do Departà-
mento Feminino do Collegio. Em geral as condiçõ.es são as
mesmas quanto ao sustento financeiro, tanto para normalis-
tas, como para seminaristas . A normalista recebe a instru-
cção gratuita ~ certas condições favoraveis na pensão, llle-
diante um serviço domestico prestado em horas que não in-
terrompem o estudo e segundo o plano feito pela .adlninis-
tração.

IV - ESCOLA COMMERCIAL

O curso commercial foi fundado ha dois annos, tendo


funccionado as aulas durante 1920· e 1921. A Junta na sua
reunião effectuada em Dezembro de 1920 deliberou montar
de modo mais completo o referido curso com o intuito de
constituil-o posteriormente em uma Escola Commercial pro-
priamente dita.

Necessidade

Ha grande necessidade de escolas commerciaes devida-


mente montadas que possam preparar bem os jovens para o
senr,iço do commercio. N essa grande necessidade, que se
tem tornado cada vez mais imperiosa na Capital Federal, du-:-
rante os ultimos annos, vemos uma occasião propria não .só
para servir á humanidàde pelos resultados de uma tal escola,
DIas tanibem uma porta aberta pará a nossa instituição esta-
belecer muitas relações de valor, matriculando grande nu-
mero de jovens das melhores familias ~as aulas deste curso.
-BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO 161

,11ontagem
A instituição providenciou sobre as aulas de ArithIneti-
ca e Geographia que se administram com a orientação espe-
cial para preparar o alumno para a vida do cOlnmercio.
TêID funccionado com toda a regularidade as aul,~s diurnas
e nocturnas de Escdpturação Mercantil e DactylQgraphia
durante 1921 e 1922. As aulas de Tachygraphia bem conlO
de outras materias estão funccionando agora. Algumas Ina-
chinas foram compradas para o uso exclusivo do: curso e a
instituição - contempla para breve lllontagem- 11lai~ cOIllpleta
deste curso.

Ideal
o nosso ideal vae IllUitO além do que já foi attingido -nes-
te raDIO. Não podenl0s realizar o plano para o curso com-
Inerciai sem vermos as aulas estabelecidas e1ll localidade
mais accessivel aos jovens que precisam cursar A nossa
Junta apresenta enl outra parte deste relatorio um plano
para a realização mais facil do nosso proposito, a saber, a
fundação de UIna Escola COlllnlercial eID ponto accessivel e
a sua montagenl completa, para assün tornal-a UIna verda-
deira Escola, capaz de preencher beIll os fins para os quaes
é destinada .

..liulas Nocturnas
A instituição tenl lllantido aulas nocturnas para os jovens
que não podelll, devido a nIuitas occupações, cursar as aulas
diurnas e desejaul aproveitar o tenlpo á noite afiJll de prepa-
parar-se lllelhor para a vida pratica. A instituição cogita
UIll p~ano para tornar estas aulas nocturnas ainda Inais uteis
do que têlll sido, estabelecendo-as em local lnais accessivel
aquelles que procuram aproveitaI-as.

Aulas Diurnas
Esperanlosinciar breVelllenle a propaganda !Jara edifi-
car o curso diurno da Escola, conseguindo a Il1atricula: de
alulnnos vindos do interior do paiz. Ha n~uitospaes de fa-
n1ilias pelo interior que si podessem, gostarialll de encontrar
un1a instituição seria onde IuatricuIar seus filhos, confiados
na vida IDoral e no cuidado paterno dos dirigentes. Procu-
ralllOS .satisfazer a essa n.ecessidade, InQIltando as aulasdiur-
nas deste curso eH} hases soliclas.
'162 RELATORIO DO ~OLLEGIO E DO SEMINARIO

v- O GRA:r\TJ)E ALVO DA INSTITUIÇÃO

o plano desta 'instituição lIa bastaúte tempo segue a ori-


entàÇão geral, 'do p~iz, introduzindo nlethodos modernos ,de
todo.e qualquer logar. A organização dos cursos eleluenta-
res corria base, COIÍ10S cursos secundarios a seguir prepara o
aIumnopara a nlatricuIa nas escolas superiores. Conteln-
pIamos por diversas' razões a fundação de certos outros cur-
sos sup~riores no futuro. -Os nossos alumnos que cursain as
aulas do collegio debaixo de influencias llloraes evangelicas
se perdem .' 'depois rio meio das tel). tações inciden taes na
vida de estudante academico 'nesta capital. O estabeleci-
lnento dos cursos superiores na nossa instituição seria uma
grande' econoluia para os estudantes, para não dizer nada
quanto ao.1a4o, positivo das milhares de vantagens que pro-
viriam d~ pr~pararnlps- medicos, engenheiros, dentistas,
ph~maceuti<:os e. advogados, segu~ndo os luesmos ideaes
llloraes quecu,ltiva:ip.os no collegio, E é de notar a influeii-
da preponder~nte destas classes perante a sociedade, inteira.

Terrenos

Segundo a orientação de Ulua organização universitaria,


4 Junta comprou alguns terrenos contiguos á Chacara Ita-
éurussá, onde pretende mais tarde construir os edificios ne-
eessarios para a ,installação desses cursos superiores. Resta
completar a acquisição de certos lotes annexos aos COlllpra-
dos para constituir Ulna base firlne para' esta expansão futu-
ra. A acquisigão dos referidos lotes é urgentissima se quere-
lUOS leI-os sem correr o risco de perdeH.os definitivamente.
Os ·terrenos deste bairro são bastante procürados e não deve-
mos deixar - est~s lo'fes escapar s'endo' 'possivel prendeI-os
agora.

Federação Uniuersilaria

Como fodos sabem, certas denominações evangelicas re-


uniram-se em um, plano universitario ha pouco tenlpo e· es-
tão cooperando para estabelecer diversas escolas superiores
emdifferentes localidades;, Os baptistas devido a razões
qUê não precisalll ser explicadas neste relatorio deliberaranl
não entrar nessa' 'Federação' Universitaria, sendo poi~ta'nto
forçados a estabelecer os seus 'cursos superiores enl 'Ull1 plano
independente. .
BAPTISTA DO RIO DE JANEIRO 163

As Escolas
Já conseguiInos estabelecer pela graça de Deus, 'certas
escolas. O Seminario ou Escola Theologica já se acha bas-
tante desenvolvido e tem o seu corpo docente e discente.
Esta escola foi fundada juntamente CODI o collegio enl
lH07 A Escola Normal já conta com quatro professores e
vrofessoras no seu corpo docente technico e telll talubem unI
torpo discente consideravel. Esta escola foi fundada el11
1915, sendo adoptada pela Convenção Baptista 'Brasileira enl
1916. O Curso Commercial deve ser a proxima Escola a ser
11lontada, sendo este passo unl dos nlais urgentes presente.
l1lente. A Escola Theologica para Obreiras Baptistas acaba
de ser fundada tambelu, Miss Ruth Randall sendo eleita
D·ean.

a Externato Baptista situado á rua Haddock Lobo 302,


l' actualmente um nucleo ao redor do qual develuos edifi~ar
HIn bOIU collegio. O local é o nlais excellente que se possa
('ncolltrar na cidade para Uln bom externato. O Collegio
conleçou o seu trabalho alli perto, na rua São Francisco Xa-
yjer, ha quinze annos, de tal luodo que conta muitas faluilias
aIlligas naquella redondeza. Desej alUOS desenvolyer o colle-
gio alli, fazendo-o unI dõs ran10S mais poderosos da nossa
instituição O Curso Comnlercial bem 1110ntado naquell(:'
local assumirá brevemente as proporções de luua Escola
COlnnlercial. A Junta pretende cuidar do desenvolvimento
do externato e da fundação eU1 bases alnplas da Escola C0111-
InerciaI naquelle ponto tão accessivcl.

Planos e Projectos
Já foram projectados os edificios destinados para a Es-
cola Elementar e Escola ~orI11al, o Pavilhão para GyU1IlaS-
tica e as Officiuas. Esperal110s que estes plano~ sejaul reali-
zados brevemente. O cresciInento, porém, do trabalho não
nos deixa ficar parados, pois o Collegio para o Sexo Fenlini-
no carece de l11als salões para aulas e mais espaço para dor-
luitorios. Brevenlente será necessario construirmos alli unI
outro -edificio para dormitorios. Ha opportunidade para a
acquisição dos lotes restantes para cOlupletar o terreno lllais
turde, destinados ás Escolas Superiores. Xão poderenlos
comprar estes lotes no futuro depois de sereUl occupados .por
ulglunas residencias. E' necessario agir qu~nto ~ntes, se quc-
IC4 RELATORIO DO COLLEGIO E DO SEMINARIO

reIllos assegurar o futuro destes cursos universitarios. Actu-


ahnente· o call1bio é' IllUito favoravel para a compra desses
lotes .e a acquisição do local onde funceionará o Externato.
Devenl0s agir logo ou correrenlOS o risco de llerder esta gran-
cluidas duas residencias, Ul11a para ú Dr. C. A. Baker e fa-
de opportunidade. Xo nosso plano de 1922 e 1923 estão in-
111ilia e outra para a fanúlia Soren. Ha necessidade que an-
tecipalllos a oecasião de construir UIna das alas nos fundos
do edifício dos novos donnitorios, o Ray-Hall. O refeitorio
actualnlente é separado do edifido, o qi.ze é uma grande in-
cOl1veniencia e unI verdadeiro obstaculo para o maior pro-
gresso do collegio. O nosso proj eeto previu este estorvo e
antecipou a necessidade daconstrucção dessa referida ala.
Todos estes projeefos e planos são importantes e deveIn ser
realizados brevelnente para seguinnos o progresso' da insti-
tuição e garantir o seu desenvolviInento gradual porén1 so-
lido, até chegar ao ponto de tornar-se luna instituçãoi pro-
eminente, e IneSlno sem par, na Capital Federal, e en\ todo
o Bra~il. AssÍln Deus nos ajude.
ANNEXO N. 10

RELATORIO
DO

[Oumm AM[RI[An~ BA~mIA ~[ ~[HnAMBU[~


1fISSÃO DO COI,LEGTO OHnIST.~O

.:\ llllssao do Oollegio christão é triplicp: (J) Destruir os prc-


eO]1reitos e dur digllidade á cansa; (2) ~-\.gir dil'edalllC'nlP como agellte
(l\'angelico PlJÍ.re os seus cOllstituillies, isto {>, mitre os estuda lItes, seus
parentes e amigos, (' no t('rritorio particular ollde H ('s('ob (,~tá esta-
hcleeida; (3) Treillar para o scniço,

o QUE O COLLEGIO DE PEHX .\.11BUOO TEJf F.E [TO XO


CFNfPRLMENTO DESS~-\ ~IISS,.\O
1. P1'imeiro alvo. Xão é dizer de; llUI1S qualldo affil'mamos qUf'
o C. . \.. B. tem contribuido mais do que todos os outros agPJltc's
para destruir os prcronceit,os e leyal"ltm' a causa baptista no ('olwcitn
do POYO reeifence e do POYO de todtl a ZOlla do llordestr brasileiro ill-
f]nen('iada pelo Collegio. . \. proYtl pstá 110 seg'uinte:
(1) O' Collegio ~\.mericallo Baptista 'tem infhwlJeiado I'alltajosa-'
llH'ntr o "pl'ogramma educacional dus instituições publicas e parti-
eulal'es da cidade. O nosso prospreto {> estudado cuidadosamente '(\
eopi'ado por todas as i11stituiçõcs de ('l1sillO lia sna Yizinha1\(;u. T~ogü
que 1l1111UllCiamos lUn curso qualquer, lllll 110\'0 compelldio, ou illÜ'O·
duzimos n0';08 apparelhos e equipameuto, as outras escolas immediata-
mente annunciam a mesma cousa. Os edllcadoJ'rs e o pnblico pensante
l'eeollhecem que {I Collegio ,.1mer]cano Baptist{J é q leadcr educacional
do norte do Brasil. Realmente, deye ser sempre assim, pois deixar de
ensinar illtelligeIltclllente f perder o eOI\('cito por parte do ptlblico que
lIOS obser\"a, (' rebaixar a dignidade da tansa que 'representamos.
(2) O 11umero actual de alUllllloS, que é o maior apresentado por
qualquer col1egio 110 norte do Brn~il, r é excedid~ por bem poucas in-
stituições em todo o paiz, constitue outrll proya em fayor. do trabalho
que "em fazeudo o nosso Collcgio. E o que dizemos do lllllTINO de
166 RELATORIO DO COLLEGIO AMERICANO

alumnos, podemos dizer tambem, da qualidade. Os nossos alnmno~,


são o escól da terra.
(3) A opposição systematica e constante por parte das auctori-
dades catholico-romanas. Por muitos annos o Oollegio tem sIdo o fl,,-
sumpto de qua'Si cada sermão de importancia prégado no esta;do pelos
bispos, arcebiiPos, e vigarios da egreja romana. Si não estivessemo;;
influenciando a communa, é certo que isto não se daria.
(4) O crescimento 'das egrejas. O Recife, si já não é o maior
('ontro baptista na ....tmerica Latina, é segundo só a,o Rio de Janeiro.
Esta não era' a condição ha cinco annos atraz. A população baptista
desta ci.dade dobra-se cada quatro ou cinco almos, em grande part.o
devido ao trbaalho e á Íllfluencia doCollegio.
Tercei'to alvo. Talvez nenhum outro collegio no Brâsil tenha fei-
to mais do que o nosso na conquista do terceiro alvo-treinar para o se1'-
,"iço. Cada pastorado de importancia no X orte do Brasil está pre-
enchido por um obreiro que recebeu instrucção neste CoJleglo. Quan-
do esses obreiros assumiram os seus postos, vimos logo o progresso
feito no sustento proprio das egrejas, construcção de templos e leade-
rança denominacional, cousas que praticamente não existiam antes.
O acfuhl COI'PO docente do Collegio, assim como o de muitas escolas
espalhadas por todo o X ortE', foi preparado nesta instituição, em-
quanto muitos dos oHiciaes e professores das Escolas Dominicaes e
officiaes das egrejas, são produatos deste Collegio.
Segundo alvo. Posto que este Collegio tenha feito talYez mais do
que qualqm~r outro collegio evangelico do Brasil, para cOllseguir o
segundo alvo - a conquista dos seus constituintes para Christo -
é ainda muito longe do nosso ideal. Cada anno alguns estudantes,
paes dos alumllos e amigos têm sido levados a confessar publicamenü'
a sua fé em J esns Christo; mas, não tantos quantos desejamos. Xã0
lIa, talvez, desculpas para o caso, mas ha razões.
(1) Desde o inicio do Collegio que o numero de professores cren-
tes é deficientissimo. Durante grand~ periodo da historia do C?lle-
gicí, só tem havido um professor missionario em todo o corpo docente~
e mesmo assim sobrecarregado de responsabi1idades missionariás d(~
ca racter geral e local.
(2) O numero de estudantes crentes tem estado em minoria. Isto
porque,
, (3) a insufficiencia do auxilio 'financeiro, que recebemos dn
America, forçou-nos a aeceitar grande numero de alumuos descrentes.
Só assim poderiamoi manter a instituição. A maior parte das despe,
SH:'1 de manutenção dos ,filhos dos crentes e dos estudantes ministr-
riaes (' trabalhadoras christãs, vem justamente do que recebemos pelo
ensino dos alumnosdescrentes. Si limitassemos o numero de alumnos
descrentes, limitariamos, ipso facto, o numero de crentes que se deviam
instruir para o trabalho chl"istão. Por dezesete auuos, o CoHegio tem
BAPTISTA DE PERNAMBUCO 6
____________~------------~--------------------------~' 1 7
tido uma lucta renhida de vida ou morte. Deverá esta condic:ão COll-
tinuar?
Nós. que temos levado a carga, e, portanto, temos observado ()
erescimento da illstituição bem de perto, estamos esforçando-nos par'l
não commetter o peccado a que se refere Robert E. -Speer nó seu
.• Principios e Praticas :M:issionarias~' SpeeI' diz: "' E' justo que 110S
lembremos de que não devemos confundir o alvo das missõe~ com os
methodos das missões. E' facil1imo escólller um' methodo 'qualquer (~om
o fito de alcançar um fim, e então porqüe o fim- não sr pôde llleançar
sem difficuldade, ou porque o methodo é de facil operação 011 porque
os resultados considerados apaI'té do alvo principal,. são agradav-eis (.
uteis em si mesmos, é fac iI, em taes casos, exaltar o methodo e collo··
cal-o no logar do alvo. Xão temos nós yisto isto no trabalho philal;-
tropico nos campso missionarios? E' agraclaH~l alimentar os famiu-
tos; é christão curar os enfermos; e quantas ,'ezes Dão temos rstalw-
lecido essas agencias philantropicas, visando alcançar o nosso aho, é
\~xigem que as sustentemos pelo que são: fóra lllesmo da relnção ew
que estão para o alYo supremo? Já 'não vimos isto acontec'pl' nas es-
colas missionarias ~ Estabelecemos uma escola como meio dp alcançar
eerto fim; alca.nçar o fim torna-se difficil; a manllh'ução da escola
é .facil. E' 11111a cousa bôa e ciyilizadora cm si mesma, P pouco a pou-
co sacrificamos o alyo supremo pelo bem me·nor que alcançamos fazer,
O nosso methodo toma o lagar ~o nosso ah'o, e apropria-se do que \1
nosso alvo deveria receber, e o quo deye:via SC1' gasto no alYo gaAtaulOH
t

110 methodo"

OORPO DISOE~TE

E' este o ponto que está merecendo a attenção da junta clã {;oL
legio, tanto que no fim do anno p. p. fechou ó departamento eOI11-
mercial ilO centro da eidade que estaYa sendo bem iI'equ811tado P quP
eonstituÍa uma renda importante, e limitou u frequencia llas aulas
(liurnas do ÇJollegio propriamente dito a 60'0,
Actualmente 40 010 dos matriculados são crentes e filhos de Cl'eu-
tes. O alvo 'é ter pel~ menos 50 0jo, crentes. 100 moços e moças pre-
parando-se para entrarem no Seminario e na Escola de Trabalhado-
ras Chl'istãs, 50 moços leigos preparando-se para algum trabalho ehl'is·
trãó especial e notadamente para professores nesta e n'outras eseolas
literarias e nas Escolas Dominicaes. 150 filhos de Cl'entes e 300 alllm-
nos de fóra, é o programma que ~ ju:nta te:in marcado para fi insti-
tuição. Com 50 °1° de alumnos rTC'utes está garantida a atrnospherft
christã. Por meio de· uma mistura bem estudada de alumuos el'eIlÍf'f;
p descrentes, teremos grand~ possibiJidadt; de 18\'~1' tÇ)dos ao conhpC'i-

mento da salvação em Jesus Christo.


16R RELA:rORIO DO COLLEGIO AMERICANO
-----------------------------------------------------------
CORPO DOCENTE

Outro alvo da junta ê ter o corpo t docente inteiramente crente.


Dos quarenta e um professores que actualment~ constituem o corpo
docente, todos s~o crentes activos menos seis e ·estes são amigos sin-
ceros do e\"allgelh<>. O desejo UI'dente é que 'dentro em breve tod-oa
sej~m crentes pois. reconhecemos que o collgio é christãc só in nomine
emquanto ca'deiras importanteó ioram occllpadas por deserentes. As
nossas escolas são a resultante da convicção de que o Chl'istianismo é
uma ,-ida divina operando no homem interior e que cada christão f>
differente-dos outros homens, Hão nesta ºu '.llaquella feição externa~
mas 110 facto de que yive emquallto - os outros estão mortos. O Novo.
Testamento é falsidade e fraude, si Hão ha no clll'istão o poder de
uma vida sobrenatural que não se encontra nos descrentes. 'Os pl'O-
f~ssol'es devem exemplificar esta vida espiritual e dynamica e tornal-a
desejada pelos alumnos. .

COXTRIBUIÇÃO ...t\.' DENO~!INAÇÃO

Durante dois 'I:ümos o collegio tem dado ensino e pensão aos es-
tudantes millisteriaes, candidatos á Escola de Trabalhadoras Ch1'i8-
tãs, outros crentes e filhos de crentes no valor superior a 100 :000$000.
O Collegio é duas vezes dizimista. /
, Actualmente estão matriculados .,40 estudantes -ministeriaes, 104-
outros, crentes e _108 filhos de crentes. E' plano augmentar este Jlll-
mero áté alcançar o pro.graml113 supra mencio.nado. .

.\GTIVID.'\DE RELIGIOSA DOS ALUMNOS :E PROFESSORES


To4os os crentes da instituição estão. orgallizado.s em a Soc,tedacle
E'I'angelizadora :que lllallt{>m uma reunião. de oração quirlzenál no sa-
lão. no'1re dô Collegio a qual são cOllyidados todos o.S alumuos. Tam--
bel? dirigem trabalhos cyangelisticos nas egl'~ljas e congregações e ao
ar~livre. São as sCbJUintes as esta'tisticas pal'ciaes do trahalho feito du-
rante o anno de 1921.
Sei'mões prégados _____________________ _ 1,859
Outros discursos -- _________ . :. ___ ~ _____ _ 357
Escolas Dominicaes dirigidas, ___________ _ 184
-Outras- reuniões dirigidas_,;. _____ :.: _______ _ 150
Glasses ensinadas na E. D. ____ ..;..:. ________ _ 1444
Visitus evangetisticas' -..; __ ~ ___ ..;.'-_:.. __ ~ __ _ 175Q
Li,~ros yelldidos --------_...;-------.---~--­ 233
Tratados distribuidos ----------- .. -------- 277"00
/ Escolas domillicaes organizadas _________ _ 8
Appellos cyangelisticos ----,;.'---------.,..--- 356
BAPTISTA OE PERNAMBUCO 16!)
Numero de decisões __________ -' ________ _ 1254
Profissões de fé _______________________ _ 325
Baptismos _____________________________ _ 245
NumeI:o Ul:ido C0111 a egreja por carta dc-
mIssorIa _________________________ _ 35
Nume.r? u:lido ('Olll a egreja mediante re('Ol1-
clhaçao ___________________________ _ ]4
..'\rGl\IENTO DE EQUIPAMENTO
Desde a llltima Convenção, fi .Tunta de Richmond tem contribuido
com 360 :000$000 para fiS constru('ções e cquipallleuro, assim elevando o
patrimollio do collegio a 1.500 :000$000 para o qual a .Junta de Rieh-
mond tem contribuido apenas C0111 722 :092$]00 ou menos da lllf'wdp.
Artualmente o Collegio possue dez precE os .
NOVOS REFORÇOS
No mez de setembro de 1920 chegaram os seguintes mlSSIOna rios
para trabalhar no Oollegio: R. S. J ones, aetnalmell'te deão; D. Essie
Fuller professora cathedratica de inglêz; D. Bertha Ruut, directora do
curso primario. X o fim do mesmo a1111o, A. E. Hayes foi transferido
do Instituto Baptista Industrial de Oorrente, Pianhy, para Pernambuco
afim de assumir a diree~4ão dos departamelltos de chimica e agrollomia.
Todos estes têm sabido desenvolver os seus respertivos departamentos ('
cooperar com os demais nwmbros do eorpo <loeente para o eresclmentt)
symctrico da illstl tuição .
l\fATRIOULA
De 30 de Jlaio de 192() até .30 de Júcio de 1 fJ.éJ 1.
.Primario _________________________ _ 94
Secundario _______________________ _ 136
Gynlllasio classico _________________ _ 164
" Oommercial _____________ _ 146
Escola Remingt.ol1 (na cidade) _____ _ 298
Superior classico _________________ _ 4 842

Destes, 196' eram internos.


De 30 de llfa'io de 1921, at(;' ~~(j dI' Jla1:o de 1922.
Primario __________________________ 140
Secundarjo _______ :...________________ 220·
Gymn3:sio classico __________________ 169
" Commercial ______________ 196
Escola Remingt.on (na· ('idade) ______ 47
Superior classico ________________ 1 773
})ostes, 271. eram internos.

Total ,para os dois annos __________________ 1.615


170 RELA'TORIO 00 COLLEGIO AMERICANO

BALANÇO DO OOLLEGIO, 1920


Oollegio Entrada Sahida
Deficit 1919 _________ ,. . ______ ,. . __ --- 4:932$380
Junta de Richmond__ 2 :450$000
Fontes diversas ____ 551$000
Sitio ______________ 1 :413$660
Pensão ____________ 73 :634$600 66:173$970
Ensino ____________ 38 :853$700 36 :954$600
Aluguel ____________ 1 :547$200 800$000
Oreados __________ _ 3:465$000
Luz e Telephone ___ _ 1:530$550
Secretario _________ _ 995$400
Propaganda ______ _ 4:089$800
Melhoramentos L ___ _ 7:104$960
Ooncertos _________ _ 992$700
Impostos _________ _ 2:288$820
Miscellanea _______ _ 2:815$760
Escola Remington ______ 26 :929$600 25:461$830
Lirraria ________________ 16 :425$700 12:887$530
Deficit ________ 8 :687$840

'170:493$300 170:493$300

BAI.ANÇO DO qOLLEGIO, 1921


Oollcgio Entrada Sahida
Deficit 1920 ----------------------- s :68'7$840
Junta de Riehmond_ _ 9 :700$000
Fontes diversas ____ 253$040
Sitio ______________ 664$670
Pensão __ ~_-------- 112:299$800 81:815$570
Ensino _________ ,-__ 53 :506$620 72:584$1-2.0
Aluguel ____________ 3 :001$370 2:250$000
Oreados __ ,. . _______ _ 3:420$700
Luz Telephoilo ----_ 2:788$480
Secretaria _________ :.. 172$200
Propaganda ------- .. 3:826$030
Equipamento _____ _ 5:125$040
" IoJabora-
torio .. --------- 806$200
Impostos _________ _ 4':977$600
T..ücros e· Perdas_ .. -- 628$940

A transportar ------ 179,:425$500 ,187 :082$720


BAPTISTA DE PERNAMBUCO 171

Entrada Sahida
Transporte _________ _ 179:425$500 187:082$720
Miscellanea _____ - __ 1 :482$410
Oontas a receber ___ _ 3:943$800
Escola Rem'ington ensino J5:068$000 11:815$410
"{;'ivraria _______________ _
Vendas ___________ _ 29:548$J30 25:098$730
Saldo _____________ _ 2:506$160

227:985$430 227:985$430

R.p'3}witosamente npl'esentndo por,

H. H. MUIRIIEAD.
Presidplltc'.

~~pproYado pela junta ndl1lillistratiya do Collcgio em· '27 de ~farr.o


(10 1922.
ANNEXO N. 11

TERCEIRO RELATORIO BIENNAL


DO

~eminario I~eololi[O Ba~tina ~o norte ~o Bra~il


Á
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
o Seminario, lIeste seu tereeiro relatorio bielllwl á Oom'e11('ão
Baptista Brasileira, chama a attenção dos mensageiro~ das egrejas
para os seguilltes fact.os:
1. O Seminario fUllceionH no sen pl'oprio predio, o qual foi com-
prado 1I0S fillS de 1920 por meio de um supprimento de oito mil dollars
da .Tunta em RiehmOlld. O 1l0YO predio está fóra do terrello do CoIle'
~.60 e é amplo para as aetuaes IlP('l'ssidades do Seminario, fOl'lleCelido
quatro sulas de a1'l1as, bibliotheea, sala de h'iturH, lin'aria baptista, de-
posit.o de tra'ta<1os, escriptorio, redacção do Baptista, Regiollal e, no pri-
meiro <llldar, o dorlllitorio. O Í(Tl'ellO é (~spaçoso; sito na esquilla das
l'lU1S .T oaquilJ! X abu('o (' Viseonde de Goyanna e opposto ao Parque ~\mo­
rim, p é ideal 1'a1':t os fins da instituição, dando para a cOIlstrucção mais
tarde dos outros predios que serão precisos. Ahi g-osa nossa escola dos
}Jl'ophetas a yida prop,ria em todos os sentidos.
Esta propriedade foi eomprada ao preço de BB :R48$OOO, (~ tcmoi'
gasto em COlWel'tos (' equipamento 15 :742$150. Este anno foi addieioila-
do mais uma sala para aulas. Será lIeeessario remodelar o predio quando
a matricula cresec]' ao numero de quinze OH vinte-
2. O Seminario mantem um curso de tres aIlnos de estudos theolo-
gieos, o equiyalellte dos cursos dos maiores seminarios baptistas no mun-
do. O corpo docente prOCUl'a dul' aus jovens ministros brasileiros tão
bom preparo quanto reeeheu cm outros seminal'ios mais antigos.
3. X estes dois an110S o corpo discente augmentou de tres a doze. Os
aluml10s fazPlll uso s:;ystemati('o da bibliotheca e fazem trabalho solido
llOS estudos.
4. O In:esidente H. II _Muirhead, ao principio de 1921, por seu
proprio pedido~ foi exonerado do cargo de presidente do Seminario c
o professor W C. TH,Ylol' foi eleito seu successor. O professor Muirlwad
(~ollti1l11a a cooj)prar rordin lmente na instituição que Ül1Ito lhe den\ sen-
174 REL.ATORIO DO SEMINARIO THEOL.OGICO

do que as uniaas. aulas que elle ensina são as do departamento de Histo-


ria Ecclesiastica 1lO Seminario. E' um evento digno de menção especial
que sua obra original s<?br~ a)-Jistoria Ecclesiastica sahiu ao pl'~lo este
amlO e está usada nas aulas do Seminario.
5. Movimento fillanceiro. O Seminario administra os fundos para'
a educação ministerial 110 K orte, entregando mensalmente ao President0
do Oollegio a quantia que.é necessaria' para o auxilio:dos estudantes mi-
nisteriaes. Quasi todos os' seminaristas e muitos dos estudantes minis-
teriaes no· Oollegio sustentam-se a si mesmos, pagando pensão, roupa e
tudo. Outros ganham a pensão, e ainda outros uma parte de suas des-
pezas. ~\.ssim recebem por seus prop:rios esforços mais de vinte Ci1lCO
coutos de réis por anuo. E~ este louvavel espirito de sustento propri0, 'na
base voluntaria, que permitte o crescimento do corpo discent(' tão rapi-
mente, tanto em numero como em espiritualidade.
Finanças. O moYimento~ financeir.o durante o bienllio, 1 de Junho
de 1920 a 31 de :Maio de 1922, foi o seguinte:

.\ Junta em Richmond ------ ___________________ _ 46:722$500


Emprestimo ______ .:. __________________________ -- --- 10:271~31;;
De egrejas e individuos _____ -- ____________ ---- ----- 14:829$843
D~ficit, 31 de Maio de 1922 ---- ___________________ _ 692$700

72 :516$3;;,~

J)cfi('it, i1J de }vlaio de 1920 _______________________ _ !):46D*ô-d-O


Ordenados - _____________________________________ _ 13:199$000
Seminaristas ___ -- -- -- -- ---- ---- - - - - --,---- -- -- - --- 4:535$000
:Estudante~ ministeriaes no Oollegio ---------------- 33:944$600
})iyersos -- _____ ------ ---- ------ ---- ------------- 11 :368$218

72:516$358

6. Desde que a Oonvenção reuniu-se no Recife, o Seminario elegen


, tres novos professores. O irmão R. S. J one8 assumiu a cadeira de edu-
eação r<.>ligiosa e procura desenvolver os futuros pastores na efficiellcia
do trabalho educativo d:;ls egrejas na yerdade do Novo Testamento. O
professor E.G.Wilcox associou-se com os departamentos de Grego e He-
braico, ensinando os principiantes em ambas as materias. E o irmão A.
O.13~rnardo foi eleito á cadeira de evangelismo e como o eva,ngelista do
Seminario no N órte do, Bras-il. Esperamos antes do fim do anIlO o
professor A~tOllio Mesquita quP acaba de completar dois aTInos de es-
tudos especiaes nos E. U. do Norte. Assim temos nove professores, fi
maiorÚl dos qua('8 Cllsiuam sómente no Seminal'io.
BAPTISTA DO NORTE DO BRASIL 175

7 Formou-se em 1921, segundo o veiho prospeeto do Seminario, o


pastor Antonio Oastro, depois de dois annos de estudos em certas mute-
rias que lhe faltayam. A these que submetteu ao corpo docellte versou
sobre" A Historia da Primeira Egreja Baptista do Reeife," e foi uma
peça que demonstrou capacidaae de historiádor. Foi encadernada e ar-
chiyada na bjbliotheca, onde procuramos conseryar não sómente obras
desta natureza, mas todos os :documentos que dizem respeito á historia
do 1108S0 povo no Norte do Brasil.
8. A Qonvenção, reunida no Recife, recommendoll. que as respecti-
,'as juntas dos dois Seminarios, em conjuncto com uma commissão de
tres irmãos, apontalda pelo presidente daOon\'ellção, estudassem á. possi-
bilidade da fusão dos dois Seminarios. ..:\. commissão não nos consultou
o
sobre assumpto. Porém obedecendo ás instrucções da Oonvenção temos
estudado a proposta e respeitosamente damos nosso parecer, recommen-
dando, a bem do vasto territo1'io do X orte do Brasil, que o Seminario
('ontinue a funccionar nas bases actuaes na ,cidade de Recife .

.Adoptado pela J ll1lta Admiuistratiya do Seminfll'io 110 dia 21 de


~1H io de J922
JosÉ P AULINO OAlIIAIU, SECRETARIO.
L L. J OHNSON. PUERIDENTE .

.'\.])1'e8(,l1tado :í OOllwmção pelo Presidente do Seminario,

W O. TAYLOR.
ANNEXO N. 12

RELF\TORIO f\NNUIiL
DA

JUnIA üfHAl DI IHA~AlH~ DA~ ~fnH~HA~


Tivesse sido o Trabalho das Senhoras no decorrer dos 'illtimos an-
IlOS de todo improficuo, eu por certo, não ousaria repetir-vos hoje as
palavras de Christo quando disse: "J.1eYantae os vossos olhos e vêde as
terras" Sim, com os olhos Doertos c erguidos po\leremos lançar um
olhar investiga40r sobre o tr~balho feito sem,' comtudo, sentir desfal-
leeeI' as ,nossas forças ou descren~l' nossos enthusiasmo e zelo. Que as
difficuldades deparadas c as- experieneius obtidas sin-am antes de in-
centiyo para urna melhor e mais perfeita eonsagl'ação ii Causa.
De uecôrdo com o parecer da Oommissão do Trabalho das SellllO-
rus, apreselltado lIa COlwcnção d0 ] B20 lwla irmã J osephi:t Silva ficou
deliberado o seguiute:
1 - Quc a COlln~llção "eleja uma Junta eon'lposta de ];) senhoras,
t('lJdo a sua séde lJU Capital Federal, selldo os nOIllf's suggeridos pe1H
Commissão das -Senhoras. Com a appl'ovação da mesa administratiya
da COllvençiio foram (>Iltão ('1eita8 as seguilltes irmãs eomo mernhros da
J únta Geral do Trabalho das Senhoras:
DD. Aurora Sá, Anna Park(>1". J~ulu Terr,Y, Samillie ~Toll1lso11)
Sarah Costa, Aliee Reli 0, .Tosepha Sih-u, Helena Edwarcls, .\1i('(' Reis,
Sarah DUllstan, Auna Watson, nuth Randall, SOl'hiu Il1ke, ::Jlnri fi Pas-
sos, Emma Parullaguá f' 1\1:aria ~\ugusta da Sih"a.
A Junta será renovada da seguinte maneira:
Até 1922: D. D Maria Passos, Anna Watson, /uma Parker, 1\1:a-
na Augusta da Sihv e Alice Reis.
Até 1924: D.D'.' Sophia lIlkE'. Emma Paranaguá., Sarah Cos~ai
Josepha Sih-a e Sarah DUllstan.
,Até 1926: DD. Sammie .Tollllson, Aliep Reno, Eleua Edwards,
I(uth Randall e Aurora Sá.
Ao crit.erio da Junta tambelll ficaram fi orgallização de estudos e
literatura para as sociedades -baptistas no Brasil e a substituição, ou
antes o direito de o fazer; em caso de vaga na Directoria.
A Directoria ficou assim· constituida: Presidente Miss Ruth Ran-
daJl; Vice-pl'es., D. Emma Pàranaguá; Thes., D. Sophia Inke; Sec.
OOr.; __ D. AUlJu. Watson (' Secr. Archivista, D., Maria Passos.
178 RELATORIO DA JUNTA DO TRABALHO DAS SENHORAS

Com a retiradà de diversos membros da Directoria houve diversas


alterações ~té ficar como está actualmel1te. Foi ultimamente addicio-
lláda ãDirectoria uma cor.o.missão designada d, lJonselho, della fa-
zendo' par~ DD. Rena Shepard, Emma Ginsburg, :Maria Amelia
Daltro Santos, lane Soren' e Mabel· Crabtree.
Além da secção no "Jornal .Baptista," a J unta publicou a se-
guinte litetatura: "Historia pará os nossos pequenos" - um fo-
lheto para creanças, de publicação trimestral-; "Programma para
o Dia das Creallças"; Estudos para as Sociedades de Benhoras; e
uma Revista,eom estudos pára todas as Sociedades de Sénhoras,
::Moças e Juvenis.
Durante todo o tempo muito se resent1U a falta de correspOll-
deneia de mll~tos campos de trabalho e a demora pronun~iada de res-
postas ás cartas em-jac1es a outros campos. Não Re: si dpvido ás dis-
tanciàs, e:-trav10 da correspondéIJc~a ou se~a 011t1'O mot1vo justo, o
facto é q'le ta1 i n clo/nte noz rrrándes d~ff;culdade~ no de~p,nvolvimell­
to do trabalho aqui, affectando consequentemente a administração
geral. E' de-se notar, 110 emtanto, o esforço de al~uma8 irmãs, tal-
vez as mais d~stantes. que mant1-vernm t~nto n.UA.l1tO lhes era possivel
uma correspondellcia reQ'ular Al~llm2S sociedades fyeram a genti-
leza de fazer offertag á Junta do Trabalho daR 8enho1'1l8. que mais
lima vez apre~enta os seus altos agrade:!imentos, por esse pensamento
_de união e cooperação. .
O. primeiro trabalho impresso e qne promettia grandes resulta-
dos, não recebeu o cleddo apoio das 'soci.edades, sendo en!ão' suspensa
ti continuação de tal plano. só. tendo sido impresso o primeiro folhe-
to --:- Historia Pfl'ra os nORSOS Pequenos - ° 2.° foi apenas redig:ido.
Todá!j! as So~~edade" Jl1"8T1~" dp':í'e"~llm t.er f>so;;a l1ter3tura~ bastant.e
proveitosa {os nrC0l'~n"l. F'"nn 1 ynPllt o t(lrão "1S =rmã'.l aO'orn occasião dê
examinar nm~ m~tffl ~hl'a cIo l:t°1'~tnr(l rl~ a't.o e s~'!n~f~cat~vo valor
-= a Rt'vista nnr;1 Tr1ba:hn oe 8('nh~ras Bnpfst~s. eC'perando-se que
elIa seia acolh~oa (>(\nl o ;l1.tér()r:~o e a nttençãf). qne lhe fal7,em iús.
Terminando, quero apenas de;yar patente aqui a necessida~e im-
vrescindjvel nul:' ha (I", <!e e~hb<>'c~e1'ent"'e todos os camnas uma
união p(lrfe~t~. npn f'l~ pm roV'° f' n:,la"·rrs. J)'lflS Clllf' .8° nlflnifeste em
acção e activ~dade.Or('mos, irmãs. para qne .cada obreira seja de
facto escolh!(Ja n01' T'e' pnr'l o trabfl r~o. COID() veem. os nosso~ es-
1Q

forços não. foram em 'Iãõ.· razão não h~ TI9.1'n. QP' desani~ar. mas pre-
cisamos avan~ar com pa.,~os rna;s lar-os! Oh! que seia para todas
nós uma V'f'r(lade ~"'te vf'rsirulo: "Os' que esperam no Senhor renova-
rão as for~?~ ~mb;rão ('.om :l'7n~ ('('mo fl"U~aR' rorrerão e não se can-
çarão; cami~harão e não. se fatigarão." ,Is. 40 :31.
Secretaria Correspondente,
ELISA SALSE.
ANNEXO N. 13

LISTA ALPHABETICA DI MINJSTEHIO BAPTISTA


A R v. Americo Senn,
R. S F ,ancisct' Xaier, 633 (casa 5)
Rev. A. B. Chl'istie RIO DE JANEIRO.
Conde de Bomfim, 569 - RIO. ~ v. And;'é Leeknrng
Rev. A. B. Deter N ::n-a Ode::sa - S. P:A. ULO .
Caixa T - Cu:,i:yba - PARANA' Rcv. f.ntoi-io Mauricio
Rev. A. B. Lango;ton M~ssionario, Porto, PORTUGAL.
Caixa 1876 - RIO DE JANEIRO. Rev. Antonio Alm~ida
Rev. Abrc:hão Oliveira R. Impe;ial, 1590 - Recife - PER·
Caixa T - Curityba - P ARANA' . I'\AMBUCO.
Rev. Achi'les Barbosa Rev. Antonio Armindo
R. Pouso Alegre. 602 - BeBo Ho- Mi 1::ão da Victoria - Victoria
rizonte - MINAS. ESPIRI'IO SANTO.
Rev. Antonio Brandão Rev. Antonio Gomes Castro
Caixa 178 ~RECIFE. Caixa 178 - RECIFE.
Rev. Abilio Gomes Rev. Antonh Mor"'lps Be!1tancor
Caixa 178 - RECIFE. Indaiassú - E. DO RIO.
Rev. A. Ernesto da Silva Rev. Ar.tonio Queiroz
R. Jaceguay, 68 - s.. PAULO. Conqui,s ~a - BAHIA.
Rev. Antonio dé Oliveira Rev.·Antonio R.Maia
Baurú - S. PAULO. Buenopolis - ' MINAS.
Rev. A. E. Hayes Rev. Antonio Ribeiro Fernandes
Caixa: 178 - PERNAMBUCO. Paciencia - E. DO RIO.
Rev. Antonio dJ! Souza Brandão
Rev. Alberto Vaz Lessa
Barreiras - Via. J oazeiro - BAHIA.
Padua - E. DO RIO.
Rev. A. O. Bernardo
Rev. A. L. Dunstan C~ixa, 178 - PERNAMBUCO.
Pelotas - RIO G. DO SUL.
Rev. A. P. Gomes
Rev. Alexandre Freitas Egreja Baptista de Itamaracã
Santa Ignez - BAHIA. PERNAMBUCO.
Rev. Alfredo Reis Rev. A. Teixeira Guimarães
Monção - E. DO RIO. R. Carolina Machado, 552 Os-
Rev. Almir Gonçalves waldo Cruz - RIO.
Missão Baptista - Victoria - E. S. Rev. Augusto Carlos Fernandes
Rev. Axel F. Anderson Corrente - Via Cidade da Barra -
Campo Grande - , D. FEDERAL. BAHIA.
180 LISTA ALPHABETICA 00

Rev. Augusto Per..eira 'Magro Rev. D. L. Hamilton


Alto Jequitibá - 'MINAS., ~ Traves,sa das GrB;ças ,146 - Recife,
Rev. Augusto Sahtiago PERNAMBUCO.
Guarabira - P. DO NORTE. Rev. D. F, Crosland
Rev. A. R. Crabtree Montes Claros - N. DE MINAS.
Càixa 828 - RIO. Rev. Duque P. de Carvalho
Rev Antonio Charles Caparáo - MINAS.
R. lIberto Torres 137 - Campos-
E. DO RIO. E
Rév.Angelo de Barros
Caixa 363 - Belém - PARA'. Rev. E. A. Jackson
Rev.'André,Cursino Campo Grànde - Caixa 78 - MA T·
Orobó ,Gl'ande - BAHIA. TO o,ROSSO:
B
Rev. E. A.' Nelson
Rev. Bernardo M. da Silva
Caixa 84 A - Manáos - AMAZO-
Areia' - BA'HIA. NAS,
Rev. Benedicto Borges Botelho
Rev. Edgard A. Ingram
Pureza - E. DO RIO.
Caixa 572 - S. PAULO.
'c Rev.Eduardo Alksbirse
Caixa Lettà - Ijuhy - R. G. DO
Rev. C. A. Baker SUL. '
Caixa.;, 1876 - RIO. Rev. Eutiquio de Vasconcellos
Rev. Carlos Barbosa Rua da Penha, 26, Penedo - ALA-
Caixa 184 - BARJA. GOAS.
Rev. Carlos Leimann Rev. E; G. Willcox
Paranaguá - PARAKA~.- Caixa 178 - Recife - PERNAM)3U-
Rev. Carlos Mendonça COo
Baurú - CaiXa 77 - S. PAULO'. Rev. Eloy Corrêa
Rev. Carlos Sta,pp Maceió - ALAGOAS.
A~cajú - SERGIPE. Pastor Elias, Portes
Rev. C. C. Duclerc Miracema - E. RIO.
Cai:~a, 470 - BAllIA.
Rev. Chrispiniano Dario F
Cruz do Cosme - -BAIITA.
Rev. Cleobulo Cardoso Rev. Fernando V. Drummond
Egrejã Baptista dos Remedios Villa do Rio' Novo, ESPIRITO
PERNAMBUCO. SANTO.
R'ev. Ca~emiro de Oliveira Rev. F. F. Saren
R. Diamantina 194 •r', BeBo Hori- R. Conde de Bomfim, 743 DI~·
zonte - MINAS. TRICTO FEDERAL.
Rev. Cam iii o Telles Rev. Firmo de Oliveira
Santarém - PARA'. Jequié -- BAHIA.
Pastor Candido Ignacio da Silva Rev. f='lorentino Silva
Rua S. Januario 42 - Fonseca, Ni- R. Barbosa da Silva, 92-Riachuelo
ctheroy - E. DO RIO. DISTRICTO' FEJ?ERAL.
Rev. F. M. Edwards
Caixa 572 - S. PAULO.
Rev. Djalma Cunha Rev. F. W. Taylor
Caixa-·178 - PERNAMBUCO. Casca - BAHIA.
MINISTERIO BAPTISTA 181
Rev. F. A.R. Morgan Pastor João Baptista, Jr.
R. Pouso Alegre, 602 Bello Ho· Ipamery - GOYAZ.
l'izonte - MINAS.
Rev. João Izidro de Miranda
Rev. Francisco Xavier de Brito Itabuna - BAHIA.
Nazareth da Matta -- PERNAMBU· Rev. João José Alves
'CO. Egr. Bapt. de Ponte Carvalhos
Rev. Felix Moraes Pernambuco - Ilha.
Aracajú - SERGIPE. Rev. J. M. d'Almeida
Rev. Florentino Ferreira Valença - BAHIA.
Natividade de Carangola E. DO Rev. John Mein
RIO.
Caixa 38 - Maceió - ALAGOAS.
Pastor Francisco d'Araujo
Rev. João Wolf
Aquidauana - M. GROSSO.
Porto Alegre - R. G. SUL.
G Rev. Joaquim Coelho dos Santos
Egr Bapt. de Macuco - E. DO RIO.
Rev. Guilherme Leimann Rev. Joaquim E. Mariano
Ijl1hy - R. G. DO SUL. Sarandy de Monte Verde - MINAS.
Rev. Joaquim Lessa
H R. Alberto Torres, 137 - Campos -
E. DO RIO.
Rev. Henock B. Silva Pastor Joaquim Rosa
Dores de' José Pedro Manhumirim Macahé - E. DO RIO.
' - MINAS.
Rev. José G. "Aguiar
Rev. H. E. Cockell Pasto Brasil - João Neiva - ESPI-
Divinopolis - MINAS .. RITO SANTO.
Rev. Henrique Penno Rev. José Lemos de Vasconcellos
R. Dias da Cruz, 185 - Meyer - Caixa 178 - RECIFE.
RIO.
Rev. H. H. M uirhead Rev. José Wanderley
Caixa 178 - Recife _ PERNAM. Caixa 178 - RECIFE.
BUCO. Rev. José Gresenberg
R. Bresser, 374 - Braz - S.P.
Rev. Hygino de Souza ,
Tres Corregos - S. P Â ULO . Rev. José Lucio Pereira
Belmonte - BAHIA.
Rev. H. T. Lehman
Uruguayana - R. G. DO SUL. Rev. José Felix Pereira
Caldeirão -BAHIA.
J Colp. José Antonio dos Santos
Caixa 184 - BAHIA.
Rev. J. A. Terry Rev. José S. Neves
Côrrente - Piauhy - Via Cidade da Natividade de Manhuassú - MINAS.
Barra ~ BAHIA. Rev.José Silveira •
Rev. J. B. parker Santa Barbara - E. DO RIO.
S . Luiz, - Caixa 32 - MARANHÃO. Rev. J. R. de Castro
Rev. J. E. Mariano Pereira Egr. Bapt. de Macacheira - Per-
Sapucaia - E. DO RIO. nambuco - R. José Hygino, 761
Dr. J. L.Downing - Torre - RECIFE.
Caixa 184 - BAHIA. Rev. J. W. Shepard
Rev. J. M unguba Sobrinho Caixa 828 - RIO.
Mauáos - AMAZO~Af3. Rev. J. J. Taylor
Rev. João Baptista de Oliveira Caixa 336 - Ribeirão Preto ' - S.
Camamú - Pinaré - BAIDA. PAULO.
-182 LISTA ALPHABETICA DO

Rev. J. J. Cowsert o
Caixa 828 - RIO:
Rev. Jurandyr '. Freire Rev. Onofre dos Santos
Montes Claros -MINAS. Rio Claro' - S. PAULO.
Rev. J. R. Allen J=tev. O. P. Maddox ,
R. Pouso Alegre, 602 - BelIo Ro. R. Pouso Alegre, 602 Bello Ho-
rizonte _ MINAS. rizonte - MINAS.
Rev. Orestes Andrade
Invernadas - R. G. ;DO SUL.
L
Rev. Orlando Falcão
Recife - Caixa 178 - PERNAMBU-
Rev. L. L. Johnson CO.
Caixa -178 - Recife - PERNAM·
BUCO. Rev. Orlando Alves
Parahyba do Sul - E. DO RIO.
Rev. L. M. Bratcher
R. Alberto Torres, 137 _ Campos Rev. Octavio D. Costa
_ E. 'DO RIO. Barrado Pirahy - E. DG RIO.
ftev. Loren M. Reno p
Missão Baptista - Victoria - ES·
PIRITO SANTO.
Rev.Paulo Malaquias Mancha
Rev. L. T. Hites Alto Uruguay - R. G. DO SUL.
Caixa 352 - RIO. Rev. Pedro Falcão
Rev. Luiz B. de Almeida Sitio Grande - Derby - PERNAM-
Villa Rio Novo - ESPIRITO SAN- BUCO.
TO. Rev. Pereira &alles
Rev. Leobino Rocha Guimarães R. Conde Irajá, 633 - Torre - Re-
Padua - E. DO RIO. ' cife - PE~NAMBUCO.
Rev. Paschoal de Muzio
M Catalão - GOYAZ.

Rev. Manoel de Brito R


Conceicão de Macabú ~ E. DO RIO.
Rev. R. B. Stanton
Rev. Manoel Avelino de Souza Ribeirão Preto - S. PAULO.,-
Travessa da Alamada, 14 - N1cthe-
, roy _ FONSECA. , Rev. Ric;ardó Petrowsky
R. Venancio Ribeiro 10 - ENGE.
Rev. Manoel' da Paz \ NHO DE DENTRO, D. F.
R. N. S~ da Saúde, 70 - Bomba
Grande - RECIFE. Rev. R. A. Clifton
Caixa 118 - Porto Alegre -- 'R.: G.
Rev. M. G. White DO SUL. .
Caixa 184 - BAHIA.
Rev. R. E. Pettigrew
Rev. Manoel Tertuliano Cerqueira RIO GRANDE DO SUL.
Belém - Caixa '361 - PARA'.
Rev. Robert S. Jones
Rev. Manoel· Virginlo de Souza Cai,xa 178 - PERNAMBUCO.
R; Visco Nacar,2 - Paranaguâ Évang. Reynaldo Purim
PARANA'. Caixa 828 - RIO DE JA~EIRO.
Rev. M. Balbino Lannes
Sant'Anna do Inibê - MINAS GE, S
RAES.
Rev. M. Olymplo C. Nino Rev. Sebastião A. de Souza
Egr. Bapt. de Ilheitas - Pernam- Rio Claro - Avenida 145 .. -S. PAU-
buco ~ LIMOEIRO DO NORTE. LO. '
MINISTERIO BAPTISTA
183,
Rev•. Severino Baptista
Natal - R. G. NORTE.
w
Rev. S. L. G.insburg Rev. W. Butler
Caixa 187:6 - RIO. Caixa T - Curityba - PARAN A'
Rev. S. L Watson
Rev. W. C. Taylor
Caixa 352 - RIO.
Caixa 178 - Recife - PERNAM ..
Rev. Socrates Paes Coelho BUCO.
Irará - BAHIA.
Rev. W. E. Entzminger
Past9r Soledonio G. Urbiet~ Rua Borda do Matto, 20 - RIO.
Campo Grande - M. GROSSO.
Rev. W. B. Bagby
Caixa 572 - S. PAULO.
T
Rev. W. E. Allen
Rev. T. C. Bagby Caixa 828 - RIO.
Praça José Bonifacio, 11, Santos Rev. W. B. Sherwood
S.PAULO. Caixa 78 - Campo Grande - MAT·
Rev. Theotonio M. da Silva TO GROSSO.
Jequié - BAHIA.
Rev. Theophilo Dantas z
Caxias - MARANHÃO.
Rev. Tercio de Oliveira Rev. Zeferjno Cardoso Netto
Rio Largo - ALAGOAS. Aperibé - E. DO RIO.

~
Qualquer emenda óu omissão na lista acima queiram comrnuni_
car ao
REV. SALOMÃO L. GINSBURG
Presidente da Com. Permanente de Estatistica
Caixa 1876
I RIO DE JANEIRO
S
·
·~~«);lE07~,,::o;~«);'~;~~'~'~~'~~E();-~~''-o;,~~~·
í'. :/ "" :.,.r"~ .... ,'" ,,"'" / " ri' / h "" / :,rI ",,""''0,: /&'\: /.~ ,-h 1'''.: / ..... /a, 1'_"'.; ·/I'~
, ~

~, ANNUNCIO ~
~ Q

I Junta ~e Escolas Domin~:aes e Mocidade Baptista


~
~
~.
~
~.

I
'~ A Convenção Baptista B~asileira reuniu () trabalho de publi. ~
cações, literatura e propaga,nda das escolas dominiçaes e uniões Y
~ da mocid~de, e fundou essa junta para cuidar desse trabalho e .~
desenvolvei-o. y
'~ A Junta tem um intenso desejo de servir, 'e com esse objectivo éS
~ cm mente, procurará fazer tudo para lev.a,ntar essa empreza ao $
W nivel que deve occupar no seio da denominação. Uma .das maiores Q~'­
§~ tarefas em que já, agora se empenha é a preparação de profes- ~_
/" sores. Para isso 'conseguir, estamos dirigindo nossos esforços para P
)~ a intensificação do trabalho do CURSO NORMAL em todos os ~
~ 10jJares. Já m,uitos conhecem' o livro intitulado ., NOVO MA~UAL ~
~ NORMAL" e seu immenso valor como compendio na preparação ...
A,
~ de professores; mas, em beneficio dos que ainda não ouviram falar Y
~ delJe, damos aqui um esboço de seu conteúdo: 'R
~
~ Divide-se este livro em tres partes geraes muito importantes: t,'.
~ 1" - A ESCOLA DOMINICAL. ~
~ 2" - O ALUMNO. §
9.~
·-
33 - A BIBLIA. ~-
Q
Q A primeira dessas
partes subdivide-se em duas secções ;::
2 I. ADMINISTRAÇÃO, que comprehende: (1) Uma Escola Domi- X
~ nicai Modelo, (2) Graduação_. (3) Departamento, (4) Os Officf~es, R
~ (5) Como augmentar a Escola Dominical, e (6) Organizações es- ç.
~ senCiaes;11 edl i. ENSINO, bque (abrapnge: (1)d prpepafro ·do Professor; ~
Y O que e e eve ser e sa (;r; 2) reparo o ro essor: como pre- A
~ parar-se para °
proximo domingo; (3) Como podemos aprender; '~
~ (~) Dois preliminares; (5) Arte de ill~strar; (6) Como apresen- <>
~ tar a lição. . Q
~ A segunda, pa,rte subdivide-se por sua vez nos seguintes pon-
~ tos: (1) Departamento de Principiantes.; (2) Departamento Pri-
~ mario; (3) 'Departamento Junior; (4) Departamento Intermediar'ioi ~
ºQ

~ (5) Depar,tamento de Jovens; (6) Depa,rtamento de Adultos. ~

~ A terceira parte, a ultima, mas não. a menos importante, 'é um ~


~ estudo por~el1orizado do Antigo e do Novo Testamento, desdlt a ~
5 creação até as revelações de-João, o Evangelista~ termin,:l,ndo com ~
~ ~~;~::a:,o::;~::sC::fol;~:,:~e;::;;~~:~a:~I:ro::::.e q~:es"6., q:. os ~
~
;.~ Poucos livros conhecemos q~e, como este, tenha prestado tan- ~
:' tos servIços á Denominação. ~

, >J~~~~'~trC"~~~~~'d"'I.'>'~~~'~407'~J"'éJ~~I.~~
• .. '7h\.J/":V7~~-'~,~~/í:~.·.'!twT?~~~1'\ /~ I
c oNV EN ç Ã O 8 A ,P TIS T A 8 R A S I L E, I R A
Campo................................................................................................................
~elatorio mensal da Ggreja de .................................................................................................................... ·.................................:...............................~ez de ............................................................................de /92............

NOMES
SAHIDAS
!
I .2
I I ESCOLA DOMINICAL I RELA TORIO FINANCEIRO
~ ,= I ..,
I o c:I
i: I U
______ !Qua.n.tas classes? ------iSaldo em. caixa do mi'':; an.terior - - - - .~' - - - -
DOS QUE ENTRARAM OU SAHIRAM DURANTE o MEl r. PASSÂJ)Ô' !f-5 I !f(,j .~u
------iColl('rla,~.. ----.~.----
I
I r4 I<
~1Zol I ~=(,j
------ i Q'UXI,n.tos alumnos? (lontribtúções (' dizimas
I I&-c
I
I i ------ i Quantos officiaes (' pro- : Collf~ctas da Esc. Dominiait. ----$----
I
I
!
i
------1 {essores? 4... ... ______ ?lendinum.to da Soc. de S&Ylih .. ----$----
!Bendimento da ~oc 11'lfant;l ----$-_.
Qu.antos departamentos
i i
------ funccionando?
I. • • 1

_____ JRendi.mento da Fnião da Jlfoc .. ----$. . ---


1/ •

I
i i Quantos soeios na Soe.
Infantil?
I
------ Outras informações: __________! ........................~~~~~.. ~~.~;~~~~.~........................ ----$----
I
i i
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ • _ _1
..............................................................................
OUTRA SOCIEDADE
----$----
T Total. do mez ----$----
i
! Total geral ----$----
,
I
I
I : Despeza.1I durante () mez:
·1 i Da egreja ----$----
-----"j
Da C(/U,W( 1'11/. (f('!'ltI (II" 0(;/'11./1-

dr' C(/I/I))/I'/I/w,',
----$----
----$----
----$----
----$----
----$----
----$----
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA I.

CciTflpo .............................................,....
Ggreja [Baptista em.........................;...................~ ... ..
~ ~ ~

OFFICIAES DA EGREJA
NO FIM DE CADA MEZ, O SECRETARIO OU ENCARREGADO DEVE Pastor . ................................................................................................................................................................................................ .
Secretario .. ..................................................................................................................................................................................... .
ENCHER ES·TE RELATORIO, REMETTENDO UMA COPIA AO SECRETARIO DO Thesoureiro ...............................................................~ ....................................................................................................................
...-."

E vange I ista..... .......... ····························i········-················


• ................................................•......................................
CAMPO, E GUARDANDO OUTRA NO ARCHIVO DA EGREJA.
Superintendente .................................................................................................. ,.........:................................................................ .
Presidente Sociedade de Senhoras ............ ,........................................................ _.......................................................... .
União da Mocidade ..................•.....................................................................................................................

'Mez de .............................................................................de /92 ............

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