Criatividade e Inteligencia Emocional
Criatividade e Inteligencia Emocional
Criatividade e Inteligencia Emocional
1. CRIATIVIDADE 5
2. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 73
FICHA TÉCNICA 77
Capítulo 1
CRIATIVIDADE
Objectivos
criativos de protecção".
Reflectir sobre a atitude criativa como manifestação da
inteligência humana ajuda a perspectivar na prática
pessoal e profissional novos problemas, e a "arrumar de
forma diferente a casa", convidando-nos a uma abordagem
mais positiva das pessoas e do seu potencial, permitindo-
nos descortinar em situações complexas soluções
originais, e a avançar com respostas mais luminosas,
inspiradas e ao mesmo tempo adaptadas e produtivas.
1. PESSOAS;
2. PRODUTOS;
3. PROCESSOS,
4. PRESSÃO.
"O humor é amigo dos Sentido de humor - possui uma lógica associativa e
inovadores."
apresenta a percepção de uma situação em função de
Grudin duas perspectivas simultâneas, geralmente
incompatíveis. A compreensão dessa incompatibilidade
é o que permite a comicidade. Considera-se que a lógica
interna do humor é semelhante ao pensamento criativo.
¥ Pensamento rígido;
¥ Imaginação empobrecida;
¥ Medo do desconhecido;
2º P - OS PRODUTOS CRIATIVOS
3º P - PROCESSOS CRIATIVOS
1. Preparação;
2. Produção;
3. Aplicação;
4. Teste.
São inegáveis:
Os constrangimentos e
obstáculos ao desenvolvi-
mento do potencial cria-
tivo.
As "práticas de rotina"
que adquirimos e interio-
rizamos, e que tendemos
a entender como "ver-
dades absolutas".
É importante:
O ambiente tem um enorme impacto no desenvolvimento Reconhecermos os nos-
da capacidade criativa. Pode funcionar como uma sos padrões mentais e a
importante condicionante, estimulando-a ou pelo nossa inclinação mental,
pa r a m a i s f a c i l m e n t e
contrário, reprimindo-a. s a l ta r m o s pa r a f o r a d a
caixa de soluções e ferra-
O ambiente cultural em sentido lato estabelece, por isso, m e n ta s q u e t e m o s j á
nexos facilitadores ou inibidores da afirmação de organizadas.
qualidades pessoais no domínio da criatividade. Aprendermos a lidar com
a confusão, a desordem e
a insegurança que advêm
Barreiras Culturais:
de lidarmos com situa-
ções desconhecidas ou
Jones (1993), destaca: problemáticas e para as
quais não temos uma
¥ Orientação para a estabilidade; solução pré-fabricada.
Interpreta literalmente
Compreende por saltos, por
Compreende de forma racional,
cadeias não lineares, tem
lógica, analítica, sequencial e
insights e visão holista
linear
É subjectivo, emocional,
É objectivo
metafórico e imagético
Abstrai-se do tempo - não
Sabe gerir o tempo sabe "gerir", gosta de perder
tempo
Prefere a segurança do
Gosta da aventura, de criar,
conhecido, do socialmente
inventar, e sonhar
aceite
O nosso alfabeto, por ser Embora tenha existido uma tendência para identificar o
silábico, estimula o
hemisfério esquerdo.
hemisfério direito como o criativo, essa abordagem foi
abandonada ao perceber-se que os dois tipos de
Já os ideogramas dos ori-
entais, utilizando símbo- processamento cerebral, o direito e o esquerdo,
los, desenvolvem o contribuem de forma diferente e em etapas diferentes
hemisfério direito.
para a produção criativa (Torrance,1982).
No idioma japonês, onde
são usados símbolos e
sílabas, os dois hemis- Embora o hemisfério direito esteja mais associado às
férios são estimulados no
acto da leitura. actividades criativas, já que é nele que residem as
possibilidades intuitivas, experimentais e não verbais do
cérebro, o uso do "cérebro integrado" é claramente o mais
desejado.
Segundo esta perspectiva, numa primeira etapa, o Na maior parte das situa-
hemisfério direito teria o papel de perceber os problemas ções de formação, enfa-
de maneira global, intuitiva, emocional, assegurando a tiza-se mais o raciocínio
do tipo hemisfério
flexibilidade na procura de soluções originais. Teria esquerdo.
portanto uma actuação de risco. O raciocínio lógico, crítico
e racional, tem habitual-
mente prioridade em
O hemisfério esquerdo, numa segunda etapa, deverá
relação ao raciocínio intui-
analisar as soluções encontradas, modificando-as, tivo, emocional ou global,
avaliando-as e elaborando-as para uma resolução final. O perdendo-se no caminho
um feixe de capacidades
pensamento criativo decorre, portanto, da integração dos e competências que per-
dois hemisférios cerebrais, e a predominância de um ou manecem tolhidas no seu
outro pode prejudicar a produção criativa. desenvolvimento e que
dificultam de forma subs-
ta n c i a l u m d e s e n v o l v i -
Pessoas com preponderância do hemisfério direito, muito mento harmonioso e
integrado.
sensíveis, emocionais e globais, têm dificuldade em
planear, executar as suas ideias ou realizar projectos. Por
outro lado, indivíduos com predominância do hemisfério
esquerdo prendem-se tanto à lógica e a cadeias de
raciocínio linear que não conseguem sensibilizar-se ou
encarar situações sob ângulos diferentes, tendo portanto
bastante dificuldade em encontrar soluções originais e
verdadeiramente inteligentes para os seus problemas.
3 Estilos
¥ Improvisar;
Estilo Adaptador
1.6. "MINDMAPPING" / M A PA S M E N TA I S -
T. BUZAN
Na ilustração: Exemplo
de um mapa mental elabo-
rado com desenhos.
To d o s n ó s e l a b o r a m o s
associações compostas
de informações fornecidas
pelos sentidos.
A técnica dos mapas mentais parte de três princípios Quando geramos ideias
reguladores do pensamento: sobre as possíveis utiliza-
ções de um objecto, esta-
m o s m e n ta l m e n t e a
1º O nosso pensamento é "radiante", a partir de um visualizar o objecto, mas
associamos ideias com
estímulo qualquer, ele irradia em várias direcções, informações dos sentidos.
encadeando outras informações não previstas. A
radiância é um princípio que se encontra em toda
a natureza. Exemplos: ramos que irradiam a partir
A T.R.C.P.
inspira-se na herança
cognitivista (particular-
mente em Guilford) e
recorre aos conceitos fun-
damentais de produção
divergente e produção
convergente, demons-
trando de forma sis-
temática a importância da
d aplicação destes dois
modos de produção nas
v á r i a s e ta pa s d a r e s o -
lução criativa de um pro-
blema.
Novas Questões
Mudar o "Programa"
A maioria das pessoas
imagina que apenas a
análise de dados permite a Se pensarmos numa cadeira, não necessitamos de
criação de novas ideias.
Para De Bono, essa desenvolver hipóteses para produzir uma imagem mental
c r e n ç a e s t á t o ta l m e n t e de uma cadeira - pensamos num objecto em que nos
errada. A mente só pode
ver aquilo que está podemos sentar com quatro pernas, e depois podemos
preparada para ver. Qual- pensar numa série de atributos - forma, cor, material,
quer análise de dados só
acabamentos, etc.
capacita o analista a selec-
cionar do seu repertório de
antigas ideias, uma que Seguindo os princípios do pensamento lateral,
seja aplicável à situação
desejada. poderíamos introduzir uma provocação ao cérebro e
pensar na hipótese de uma cadeira de três pernas, que
garantisse na mesma estabilidade. Poderíamos pensar
numa cadeira reciclada feita de papel e desperdícios ou,
ainda, numa cadeira de trapos ou de raízes de grama.
conclusão que muitas das coisas que observamos ao Operar desafios e provo-
cações no cérebro com o
nosso redor, muitos dos problemas com que nos objectivo de provocar
deparamos no quotidiano, poderiam beneficiar de outro novas percepções, deixar
que as ideias fluam por
tipo de soluções, mais adaptadas, criativas e inteligentes. caminhos nunca antes tri-
Isto significa criar alternativas para situações onde, pelo lhados ou experimenta-
dos. Significa, em termos
pensamento lógico, encontraríamos barreiras e
de funcionamento neu-
obstáculos; significa descobrir soluções novas e originais ronal, deixar a auto-
para problemas que muitas vezes parecem insolúveis; estrada (os trilhos
preferenciais) e aventu-
significa ser provocador, paradoxal, metafórico e lúdico rar-se por a ta l h o s ,
com o próprio pensamento, exercitando assim a sua estradas agrícolas ou
secundárias, mesmo que
flexibilidade na procura de melhores opções e melhores estas conduzam aparen-
caminhos para os problemas. temente a becos sem
saída.
A importância do Humor
assunto.
Capítulo 2
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Objectivos
To d a s a s e m o ç õ e s s ã o
essencialmente impulsos
Desde sempre nos habituámos a pensar na noção de
para agir, conduzem-nos
à acção. Etimologica- inteligência como uma medida de desempenho cognitivo,
mente a palavra "emoção" traduzida em termos comuns como capacidade para
vem do verbo "emovere",
que significa "pôr em raciocinar sobre dados e resolver problemas complexos,
movimento". Podemos aplicando os mecanismos da lógica. Acreditava-se que
dizer que as emoções nos
põem em movimento, que este conjunto de aptidões, ou Quociente de Inteligência
nos fazem agir e fazer, (Q.I.), era herdado geneticamente e portanto dificilmente
em suma, que elas são o
poderia ser modificado pela experiência. Constituiu-se,
motor dos nossos com-
portamentos. assim, uma espécie de estigma a propósito destas
Daniel Chabot aptidões herdadas, marcando - se perfeitamente a divisão
entre um mundo de "inteligentes" e um de "não
inteligentes".
Quando falamos da existência de dois cérebros (um "O cérebro é mais vasto
que o céu."
racional e outro emocional) estamos a referir-nos a uma
Emily Dickinson
especialização funcional, que nos permite compreender,
de forma simples, duas lógicas diferenciadas de
processamento da informação. Esta dicotomia aproxima-
se da distinção tão popular entre "pensar com a cabeça" e
"pensar com o coração". "A vida é uma comédia
para aqueles que pensam
e uma tragédia para aque-
O desenvolvimento da imagem assistida por computador les que sentem."
permite hoje uma visualização dos processos inerentes a Horace Walpole
estes dois modos de funcionamento cerebral.
2.3. FAC TO R E S I N T R A P E S S OA I S DA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Consciência Emocional
significa:
Saber aquilo que senti-
mos;
Saber aquilo que os ou-
tros sentem;
Descobrir a causa desses
sentimentos;
Conhecer o efeito
provável dos nossos sen-
timentos nos outros.
2.3.2. A u t o - R e g u l a ç ã o / C o n t r o l o E m o c i o n a l o u
Autodomínio
5º "Deixar arrefecer" - esta expressão popular tão "O corpo humano é a me-
l h o r r e p r e s e n ta ç ã o d a
comum tem um equivalente preciso em termos
alma."
fisiológicos - quando estamos muito zangados,
L.Wittgenstein
irritados ou furiosos, encontramo-nos num estado
de sobreexcitação, ficamos demasiado "quentes",
2.3.3. Auto-Motivação
2.4. FAC TO R E S I N T E R P E S S OA I S DA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Empatia
A pa r t i r do grego
"empatheia", "sentir den-
t r o " , d e s i g n a a c a pa c i -
d a d e pa r a a p r e e n d e r a
experiência subjectiva de
outra pessoa.
2.4.2. H a b i l i d a d e nos Re l a c i o n a m e n to s
Interpessoais e Capacidade para Liderar
Edição: CECOA
ISBN: 972-8388-10-1
TÍTULOS DA 1ª COLECÇÃO
Análise Financeira Brasiliano Rabaça
TÍTULOS DA 2ª COLECÇÃO
Análise Financeira II Rute de Almeida