12-Lei de Hooke - Coeficiente de Elasticidade
12-Lei de Hooke - Coeficiente de Elasticidade
12-Lei de Hooke - Coeficiente de Elasticidade
Trilho de ar
1 - Conceitos relacionados mola apresenta uma dependência linear entre com a
força aplicada. A força restauradora FR, exercida pela
Elasticidade, constante elástica, coeficiente de mola (que se opõe à força externa F) é proporcional à
elasticidade, histerese elástica, deformação elástica, sua deformação linear ∆l:
lei de Hooke, módulo de Young.
FR = −k .∆l (1)
2 - Objetivos
Esta relação é conhecida como a lei de Hooke,
Compreender conceitos relacionados à elasticidade sendo a constante de proporcionalidade k chamada de
dos materiais; Verificar experimentalmente a lei de constante elástica da mola, que é um parâmetro
Hooke em molas helicoidais. característico da mola helicoidal.
A definição da elongação ∆l de uma mola ou
3 - Método utilizado corpo elástico é apresentada na Figura 1.
O alongamento de molas helicoidais e elásticos é
obtido com a aplicação de uma força deformadora,
utilizando massas.
4 - Equipamentos
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Lei de Hooke - coeficiente de elasticidade
Trilho de ar
5.2 - Módulo de Young O limite de proporcionalidade (σP) geralmente se
mantém abaixo do limite elástico (σE) sobre o qual a
A proporcionalidade entre a força restauradora e forma do corpo sólido apresenta mudança
a elongação é válida para todos os outros materiais permanentemente de forma, devido aos rearranjos
que estão em um estado de equilíbrio estável, no qual moleculares no interior do material. Neste intervalo
a energia potencial da força entre moléculas é de tensão o material é classificado como é plástico
aproximadamente parabólica ao redor de um ponto (pode sofrer deformações). Se a força deformadora
estável de equilíbrio. excede o limite de solidez (σB), o material sólido
Tomando como exemplo uma barra ou arame de começa a fluir, provocando a ruptura do corpo.
um determinado material de comprimento l0 e área de
seção transversal de corte A, na qual é aplicada uma 5.3 - Histerese elástica
força deformadora de tração F, a lei de Hooke é
expressa por: Alguns materiais não seguem a lei de Hooke,
mesmo submetidos às forças deformadoras pequenas.
F ∆l Na
=Y ⋅ ou σ = Y ⋅ε (3) Figura 3 são apresentadas curvas com a
A l0
dependência do alongamento de uma tira de borracha
em função da força deformadora aplicada.
Sendo Y o coeficiente de elasticidade longitudinal
(módulo de Young) do material da barra, ε = ∆l l 0
a elongação relativa da barra, e σ = F A é a tensão
(ou carga) aplicada sobre a barra.
A relação de proporcionalidade (3) só é válida
até uma tensão de limite característica. Um diagrama
esquemático da dependência da elongação em função
da tensão aplicada em um arame de metal é
apresentado na Figura 2.
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Trilho de ar
caminho O-A e o caminho B-A não apresentam um
comportamento linear, ou seja, não estão de acordo
com a lei de Hooke. O grau de alongamento depende
da história prévia da faixa de borracha. Na curva
característica da faixa de borracha, o caminho OA
(aumento gradual de tensão) não coincide com
caminho AB (alívio gradual de tensão). Este
comportamento é bem diferente do observado em
uma mola helicoidal, com forças aplicadas dentro do
limite de elasticidade. O fenômeno observado na
faixa de borracha é chamado de histerese elástica. Se
a mesma faixa de borracha for forçada novamente, o
alongamento ∆l será agora significativamente maior
que o obtido no caso de uma faixa de borracha nova.
A curva de histerese tem duas causas: Em primeiro,
só parte da deformação devolve a forma original
momentaneamente ao elástico, enquanto que o resto
Figura 4 – Diagrama da montagem experimental.
da deformação reverterá à forma após um período de
várias horas. Este processo reversível é chamado pós-
efeito elástico, e nele o material reage visco- Prática 2 - Mola helicoidal rígida
elasticamente. Em segundo, uma vez excedido o
limite elástico, os rearranjos interiores que acontecem 1. Repetir os procedimentos dos itens 1, 2, 3, 4 e 5
da prática 1, só que para a mola rígida;
dentro do material resultam em mudanças
permanentes da forma. Este processo é irreversível, 2. Organizar os valores medidos em uma tabela
porque o trabalho realizado é convertido em calor. (Tabela II), com colunas para o índice da medida,
o valor da massa e seu erro, o valor da elongação
e seu erro.
6 - Montagem e procedimento experimental
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valor da elongação com a redução da força e seu relação (2) e do coeficiente de elasticidade
erro. longitudinal da mola, de acordo com a equação
(3). Este resultado tem significado físico?;
7 - Análise
14. Avalie a elasticidade das duas molas em
1. A partir da Prática 1, construir a Tabela I; comparando os valores da constante elástica e do
2. Acrescentar na Tabela I, uma coluna para a força coeficiente de elasticidade transversal e
de deformação F aplicada à mola; longitudinal;
3. Calcular a força de deformação em cada
elongação (F = P = m.g) e seu erro; 15. A partir da Prática 3, construir a Tabela III;
4. A partir da Tabela I, construir um gráfico de 16. Acrescentar na Tabela III, uma coluna para a
F(∆l) (Gráfico 1) para a dependência da força força restauradora F;
restauradora FR em função da elongação ∆l da 17. Calcular a força restauradora em cada elongação
mola, colocando o desvio de cada ponto na barra e seu erro;
de erro; 18. A partir da Tabela III, construir um gráfico de
5. Ajustar os pontos experimentais com uma função F(∆l) (Gráfico 3) com uma curva da dependência
apropriada; da força restauradora FR em função da elongação
6. A partir dos coeficientes de ajuste, obter o valor ∆l do elástico, com o aumento da força e outra
da constante elástica da mola da prática 1, curva com a redução da força;
considerando a relação (1) e dos dados obtidos na 19. Ajustar os pontos experimentais da região linear
prática 3, fazer os cálculos: do coeficiente de com uma função apropriada;
elasticidade transversal do fio de aço a partir da 20. A partir dos coeficientes de ajuste, obter o valor
relação (2) e do coeficiente de elasticidade da constante elástica do elástico;
longitudinal da mola, de acordo com a equação 21. Fazer o cálculo do coeficiente de elasticidade
(3). Este resultado tem significado físico? longitudinal do elástico, de acordo com a
7. Qual é a diferença entre a força de deformação e equação (3). Este resultado tem significado
força restauradora associada a esta Prática; físico?
8. A partir da Prática 2, construir a Tabela II; 22. O que é um dinamômetro?
9. Acrescentar na Tabela II, uma coluna para a 23. Quais os tipos molas existentes, para que servem
força de deformação F aplicada à mola; e onde são empregadas?
10. Calcular a força de deformação em cada
elongação (F = m.g) e seu erro; Referências Bibliográficas
11. A partir da Tabela II, construir um gráfico de
F(∆l) (Gráfico 2) para a dependência da força 1. Domiciano, J. B., Juraltis K. R., “Introdução à
restauradora FR em função da elongação ∆l da Física Experimental”, Departamento de Física,
mola, colocando o desvio de cada ponto na barra Universidade Estadual de Londrina, 2003.
de erro; 2. Halliday, D. e Resnick, R. – “Fundamentos de
12. Ajustar os pontos experimentais com uma função Física 1” – vol.1 - LTC - Livros Técnicos e
apropriada; Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1993.
13. A partir dos coeficientes de ajuste, obter o valor
da constante elástica da mola da prática 2,
considerando a relação (1) e dos dados obtidos na
prática 3, fazer os cálculos: do coeficiente de
elasticidade transversal do fio de aço a partir da
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