Curso ECG

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Curso ECG

Sumário
CONCEITOS BÁSICOS EM ECG – BLOCO 1 ..............1
SOBRECARGAS E CRESCIMENTO
ATRIAL/VENTRICULAR – BLOCO 2 ........................7
EXERCÍCIOS ......................................................... 11
Bloco 3 – BLOQUEIO DE RAMOS E BLOQUEIOS
DIVISIONAIS ......................................................13
Sistema de Condução .......................................... 13
Ativação normal .................................................. 13
Nodo SA – marca passo do coração. Despolariza mais
Bloqueio de Ramo Esquerdo ................................ 15 rápido. Comanda o restante.
Bloqueio de ramo direito ..................................... 19 Interligado ao AV pelos feixes internodais e interligado
ao AE pelos feixes interatriais de Bachaman (responsável
Bloqueio divisional anterossuperior ..................... 21
pela ligação interatrial).
Bloqueio divisional inferior esquerdo – póstero No SA ao AV há um atraso na condução para que átrios
inferior (BDPI) ..................................................... 24
e ventrículos não se contraiam juntos. Sístole mais
DISTÚRBIOS ISQUÊMICOS E INTERPRETAÇÃO DO efetiva.
CATETERISMO – BLOCO 4 ..................................26

CONCEITOS BÁSICOS EM ECG – BLOCO 1


Cardiomiócitos – contração e propriedades que a
distinguem de várias células. É uma célula dotada de
automatismo e de excitabilidade.
Coração contrai em sincício – de maneira organizada.
Todo cardiomiócito consegue gerar potenciais elétricos.
células cardíacas especializadas em condução cardíaca.
Transforma alteração hidroeletrolítica celular em
potencial elétrico.
Junções gap – sensibilizam os cardiomiócitos P – contração átrios.
interconectados.
QRS – contração dos ventrículos.
T – repolarização ventricular.
A polaridade de membrana do cardiomiócito interna é
negativa e a unidade funcional fundamental que faz um
cardiomiócito ser conectado a outro são as junções gap.

JÚLIA SOBOTTKA 1
muda a polaridade intracelular. É essa inversão
que permite o fluxo do PA passar pela célula e
continuar seu caminho.
Porém, o sódio no meio intracelular tem um limite e
“acaba”, fazendo com que o sódio deixe de entrar na
célula, pois a mesma já está muito positiva.
• Fase 1 – fechamento dos canais de sódio
voltagem dependentes.
• Fase 2 – abertura dos canais de cálcio. Fase de
platô. O mesmo entra na célula, mantendo-a
Meio intracelular está sempre perdendo cátions. Há positiva por mais tempo (ou seja, despolarizada
canas de oclusão que faz as células sempre perder por mais tempo, contraída por mais tempo), de
positividade. forma que tenha uma ejeção ventricular
Há os canais simples de difusão de potássio – respeitam satisfatória. Eles se fecham no final da fase 2.
a regra da difusão simplificada. Onde há maior • Fase 3 – abertura dos canais simples de potássio.
concentração elétrica, tem que equilibrar onde existe Vão continuamente jogar o potássio para fora.
menos. Sempre tem a tendência de sair o eletrólito de Fazendo com que a célula volte a ser negativa.
onde está mais concentrado para o menos concentrado. • Fase 4 – manutenção da negatividade
A importância de manter a célula negativada é mantê-la intracelular.
EXCITÁVEL. Despolarização lenta:
Há também outra estrutura que faz com que se perde
cátions para o meio extra celular – bomba de sódio e
potássio ATPase. Faz um mecanismo de contra-
trasporte. 2 potássio para dentro e 3 sódio para fora.
Canais de sódio voltagem dependentes – toda vez que
há um início de alteração elétrica na célula, esses canais
se abrem e permitem um rápido influxo de sódio para
dentro da célula, o que favorece o potencial de ação.
Cálcio “respeita” o que o sódio faz. Também é mais
presente no meio extracelular. Não há canais de cálcio
dependentes. Potencial de ação a nível nodal.
O potencial de ação tem duas maneiras diferentes de ser No nó sinusal e AV.
estudado pois existem dois PAs diferentes – o de As células do nó sinusal precisam de menos íons
despolarização rápida e o de despolarização lenta. positivos para polarizar. Ela despolariza e polariza
Despolarização rápida: rápido.
Fase 0 – abertura dos canais de cálcio. Ele entra, passa
um pouco e vai embora.
Potencial mais curto, mas com a capacidade de
acontecer mais vezes por minuto.

ECG de 12 derivações – mais usual.


Eletrodos nos 3 membros e o fio terra no PÉ DIREITO.
São unipolares – derivações que se localizam a onde elas
estão.
Braço esquerdo – AVL
Há principalmente nas fibras atriais e ventriculares.
Direito – AVR.
• Fase 0 – abertura dos canais de sódio voltagem
dependente e influxo massivo de sódio dentro Perna esquerda – AVF.
da célula. Esse excesso de sódio rapidamente
JÚLIA SOBOTTKA 2
A comunicação entre braço direito e braço esquerdo –
D1. Primeira derivação bipolar.
Comunicação entre braço direito e perna esquerda – D2.
Braço esquerdo e perna esquerda – D3. Parte positiva
braço e negativa perna.

Triangulo de Eithoven
Ondas positivas – acima da linha de
Bailey –

C – onda difásica.
A – negativa.
B – positiva.
Onda P – contração atrial. Espaço entre nodo SA, feixes
interatrias de Bachman e feixes internodais.
Segmento PR – intervalo PR – quando conecta onda P ao
segmento PR. Alentecimento no nodo AV.
QRS – contração ventricular. Dentro da despolarização,
qualquer estímulo não vai gerar mais contração –
período refratário absoluto.
Parte positiva – linha grossa.
Segmento ST – completudide da despolarização
Parte negativa – linha tracejada.
ventricular.
D1, D2 e D3 são o mesmo desenho, o caminho é o
Onda T – repolarizaçao ventricular. Vem em sentido
mesmo, só está centralizado.
contrário. Começa do ápice cardíaco e sobe.
Está em grau – consegue-se ver o eixo elétrico.
Importante quando for falar de infarto e síndromes
Eixo elétrico QRS normal – entre 0 e 90 graus. coronarianas – supra desnivelamento do segmento ST
interpreta com base nesse sentido contrário aí.

JÚLIA SOBOTTKA 3
Período refratário relativo – estimulo mais forte pode
despolarizar novamente, podendo gerar arritmia, por
exemplo.

Onda P -
Nó sinusal - na desembocadura da VCS, na parte
posterior do AD. Daí, estimulo começa ali. AD é o
Somatória dos vetores – resultantes. primeiro a ser despolarizado. Os feixes interatriais de
Bachman joga esse estímulo para despolarizar o AR.
Em situações de sobrecarga – há tipo uma corcova entre
elas.
Em geral, é uma onda P única.
Normalmente tem até 120 milissegundos (3
quadradinhos) e até 2 quadradinhos e meio de altura (2
e meio milímetros de altura).
A onda P é o que define se o ritmo está saindo do nó
sinusal ou não.
Para ser chamada de onda P, precisa ser positiva em 3
derivações: D2, D3 e AVF. São positivas lá em direção ao
ápice cardíaco. Então, essa onda tem que sair do nó
sinusal e descer. Precisa ser positiva em uma razão de 1
pra 1, ou seja, cada onda P tem que comandar 1 QRS.
O segmento PR – informação mais importante é o
comprimento. Pode ter desde 120 milisegundos até
Quadradinho – unidades de Aschman. 200milisegundos – de 3 até 5 quadradinhos.
Pode variar velocidade e calibração do ECG. Alterações que fazem esse intervalo PR ficarem acima de
Calibração N e calibração 2N. 5 quadradinhos – BAV primeiro grau.
Mais curto – síndromes de pré excitação ventricular.

1.500 quadradinhos – ao final de 1 minuto.


Melhor maneira de definir FC é pegar esses 1.500
quadradinhos total no papel e dividir esses pela
quantidade de quadradinhos entre 1 QRS e outro.
Q – primeira onda negativa.
Isso não se aplica para ritmo cardíaco irregular.

JÚLIA SOBOTTKA 4
R – primeira onda positiva. Observar V1 a V6. Aqui consegue enxergar certinho onde
S – segunda onda negativa. está o eletrodo.
Minúsculo – ondas pequenas. Basicamente divide os vetores em 3 vetores menores.
Maiúsculo – ondas grandes. O sentido sai do nó sinusal e desce até o ápice. Quando
divide em 3 consegue desenhar e saber qual a
A segunda onda positiva quando acontece – R’. Pensar expectativa das ondas nas determinadas derivações.
em bloqueios de ramo direito.
Funciona para o QRS, e não onda P e T.
Vetor roxo - despolarização no septo interventricular na
sua parte mais alta.
vetor azul – grande. Vai pro outro lado. Despolariza a
massa de ventrículo esquerdo (mais musculosa).
Vetor verde – despolarização da base. Pra cima.

Quando eu falo em eixo elétrico – posso calcular eixo da Se se aproxima – positiva.


onda P, QRS e onda T. Se afasta – negativa.
Basta saber a direção que a resultante de vetores está V1 – começa com pequena ondinha positiva seguindo
fazendo. para uma grande onda negativa. Toda primeira onda
Traçar perpendiculares. positiva – onda r. onda s – verdinho. Que se soma a onda
O mais utilizado é QRS. r.
Utiliza-se a direção de 1 vetor V6 – pequeno vetor negativo, seguido por uma grande
onda positiva e por fim, pode ter o resto de onda do
QRS – de 0 a 90 graus. terceiro vetor.
Para ter noção que o eixo elétrico no plano frontal está
normal – estou atingindo a minha parte positiva de D1?
aVF normal (positivo)?
aVR no plano frontal – tanto a onda P como o QRS – que
estão descendo – as ondas são todas NEGATIVAS.
V2, V3, V4 e V5 vão ser as derivações de transição.
Sei que em V4 o QRS pode ser isodifásico.
Vetor sempre tem que ter amplitude, direção e sentido.

JÚLIA SOBOTTKA 5
Onda U
Pode ser vista ou não.

Repolarização das fibras de Purkinje. Não tem muita


relevância clínica.
Ponto J – onde QRS acaba.
Segmento ST – espaço do final do QRS até início da onda
T.

Onda T
Onda de repolarizaçao ventricular. Dividida em 2 partes
por conta do período refratário absoluto (do QRS até a
metade dela) e período refratário negativo.
Morfologia assimétrica – começa devagar e desce
rápido. Tem um motivo por conta dos períodos
refratários.

Intervalo QT
Algumas medicações fazer alargamento ou
encurtamento desse intervalo.
Corresponde do iníico do QRS até o final da onda T.
Em pessoas normais –
Homem - vai de 340 milisegundos a 450.
Mulher – 340 a 460.
Quando é prolongado, pode predispor arritmias
malignas.
Azitromicina, cloranfenicol, hidroxicloroquina –
alargamento do intervalo. Se pessoa tem isso, eu
predisponho ela a arritmias.
Síndromes do intervalo QT longo – nascença.
Síndromes do intervalo QT curto.
O importante desse intervalo é jogar em uma fórmula e
transformar o QT no QT corrigido – basicamente é pegar
a distância e corrigir isso pela FC.
Fórmula de Rodes, de Basé...
Bradicardia – fica mais longo.
Taquicardia – fica mais curto.

JÚLIA SOBOTTKA 6
SOBRECARGAS E CRESCIMENTO
ATRIAL/VENTRICULAR – BLOCO 2
Sobrecarga – câmara cardíaca submetida a maior
quantidade de volume (volumétrica) ou resistência
(pressórica).
Sobrecarga – alteração eletrocardiográfica.
Importante diferenciar sobrecarga de hipertrofia,
dilatação e aumento.

Não há sobrecarga.

AD – mais pra frente na caixa torácica e o esquerdo mais


pra trás.
Causas normalmente podem ser sobrepostas. Segundo vetor – fase de platô.
Sobrecarga Esquerda – importante para o risco de Ultimo vetor – ativação do AE, se dirige pra tras e pra
fibrilação atrial. Arritmia aumenta trombos no AE – risco baixo.
de embolia sistêmica. Sobrecarga ventricular esquerda
tb

JÚLIA SOBOTTKA 7
De morris: conceito – soma da multiplicação da largura
A X altura B
2 índice – critério de Macruz
Se observar V2, observa que a onda P ocupa boa parte
do intervalo PR.

Onda P pulmonale – muito comum em indivíduos com


DPOC. Acontece sem que haja uma sobrecarga atrial
direita, pela simples verticalização da caixa torácica em
um indivíduo com DPOC. Isso pode verticalizar a posição
do coração e pode ter uma P de aspecto pontiagudo,
sem que haja de fato a sobrecarga atrial direita.

V4R é a imagem em espelho do V4. V4R tá a direita.


O aumento da amplitude é a onda P que começa bem
alta, bem amplo.
Desvio da onda P mais do que 80 graus, ou seja, a
ativação dos átrios se dirige mais no sentido horário.
alterações do QRS – qrs V1 : QRS V2 – provavelmente
numa sobrecarga de átrido direito, o AD é tão grande
que afasta o ventrículo da caixa torácica, afastando o
ventrículo do eletrodo do elétro.
P mitrale.
Pseudo P pulmonale – hipertensão arterial, esforço,
estenose mitral, aumento tônus adrenérgico.

1 – onda P dura mais tempo. O átrio cresceu, por isso.


Até ativar todo o átrio, vai demorar mais se o mesmo for
maior.
2 – alto valor preditivo positivo. Onda P mitrale – 2
componentes e a distância entre esses 2 ápices é acima
de 40 milisegundos. Mitrale é qnd acontece de uma
doença de valor mitral, q sobrecarga átrio esquerdo.
3 – mais baixo do que 1 quadradinho e mais largo do que
1 quadradinho.
4 – quando há onda P que vai la pra -30, por aí.
Índices:
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Deflexão intrinsecoide vai do começo do QRS até o ápice
da onda R.

Sobrecarga

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Esse sistema de escore de pontos é uma outra maneira
de avaliar sobrecarga de VE.

Para que tenha sobrecarga do VD de tal forma que as


formas elétricas do VD modifiquem o eixo, é preciso uma
sobrecarga muito grande o VD para que consiga
modificar o eixo par que as forças elétricas minimizem o
papel do VE para as somas de vetores do ventrículo.

Se há uma sobrecarga de VD com modificação do eixo no


sentido horário, isso já pode indicar que a sobrecarga é
importante.

Para sobrecarga do VE, pode não ser tão importante essa


sobrecarga quando há alteração no eixo.

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EXERCÍCIOS

Sobrecarga de VD são critérios de pouca especificidade.


Eletro do RN simula uma sobrecarda de VD – pois na vida D.
fetal, o VD é o sistêmico. Cuidado para ECGs de crianças HÁ porção negativa em V1 na onda P.
e etc. Onda P com dupla corcova na D2.
Tem critério de cornell – onda R de AvR e onda r de V3
bem pronunciado.

E.

Critério de cornell – onda s bem profunda em V3.


A.

JÚLIA SOBOTTKA 11
D. presença de onda P pulmonale também. Aqui é 2N – dobrei amplitude do QRS.
Não há sobrecarga!!

Observar V1
Em V5 e V6 – se não observa o critério em V6, V5 está
muito próximo... às vezes pode haver um mau
posicionamento do eletrodo na caixa torácica –
mulheres com mamas grandes e etc.

Onda P em V1 toda negativa.


Sobrecarga de AE.
Em V1 também há esse padrão QR – onda R grande em
V1., o que remete também sobrecarga de VD.
Resposta D.

SEMPRE AO ANALISAR O ECG VER SE É N OU 2N.

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Bloco 3 – BLOQUEIO DE RAMOS E
BLOQUEIOS DIVISIONAIS

Esse X depende de onde tá o bloqueio.


Aí quer dizer que todo o ramo esquerdo não funciona.
Só depois vai através das fibras musculares, não
passando pelas fibras de condução.

Temos 6 derivações periféricas e 6 derivações


Sistema de Condução precordiais. Cada uma delas tem o seu sentido.
nó sinusal é o que comanda o sistema elétrico do
coração. Fica no AD.
Nó AV – principal função e retardar o estimulo pra dar
tempo do ventrículo encher e dps mandar pra frente. É
o justo responsável pelo intervalo PR.
Feixe de His – início do sistema His-Purkinge.
A depender de onde estão as derivações, vai ser positiva
ou negativa.
O que tem que lembrar é que se o vetor de
despolarização apontar diretamente para o eletroo,
teremos um complexo QRS predominantemente
positivo.
Caso o eletrodo esteja vendo o rabo de seta, o que
vemos é um complexo QRS predominantemente
negativo.
Caso esteja vendo no meio, provavelmente eo QRS é
difásico isoelétrico.

Fibras de purkinje embaixo.

Ativação normal
Todaa ativação da aula começa pelo nó AV, percorre o
feixe de His até que se separe o ramo direito e esquerdo
– que são ativados ao mesmo tempo normalmente.

O que importa é ver a predominância.


JÚLIA SOBOTTKA 13
Oposto de V6 – negativo.

Vetor tem que apontar para o eletrodo para dar positivo


e se tiver ao contrário, vai dar negativo.

Quando o coração é normal, o ventrículo direito tem tão


pouco músculos que não vemos no eletro.

O início do ramo esquerdo está no septo


interventricular, e como começa ali, ali é a primeira área
de ativação do coração normal.
Ela percorre todo o septo nessa direção.
Portanto, dessa ativação na imagem, geralmente aponta
muito para o lado direito. Um vetor que vai do lado
esquerdo para o direito.
A primeira parte do QRS é positivo, e pequeno pois o
septo tem menor músculo.
Eixo elétrico do coração normal geralmente se encontra
em -30 e +90.
Caso tenhamos um aVF negativo e D1 positivo, isso
significa que o eixo elétrico se desviou para a esquerda.
D1 negativo e avF positivo é desvio a direita.

Derivações precordiais:
Cada eletrodo está mais próximo de uma área.

A próxima parte a ativar será a ponta do coração


A mesam terá uma despolarização em que o seu vetor
somatório apontará para cima e para esquerda,
apontando para V6, surgindo de V1.
Ao mesmo tempo que despolariza a ponta do
coração,despolariza a parede anterior, que terá a soma
de vetor daquela imagem. Dai, o vetor somatório de
ambas as partes aponta mais para V6.

Para bloqueio de ramo, olhar principalmente para V1 e


V6.

Deraivação de V1, veremos um complexo


predominantemente positivo se o vetor aponta
diretamente para ele.

JÚLIA SOBOTTKA 14
Bloqueio de Ramo Esquerdo

V6 – onda Q pequena e onda R grande.


V1 – complexo com S profundo bem importante, um
complexo negativo.

No bloqueio de ramo esquerdo, 80% já tem HVE.

Na presença de bloqueio, algumas outras doenças ficam


prejudicadas pra a avaliação diagnóstica do eletro, como
na isquemia miocárdica e IAM.

Imagem para reafirmar, começa no septo, vai para ponta


e parede anterior, formando aqueles 2 complexos.
Quanto maior o QRS alargado, mais doente é o coração.

Em paciente jovem que encontra um bloqueio de ramo


esquerdo, é importante que investigue doença –
pesquisar HAS, coronarioopatias, alterações valvares,
cardiomiopatias.

Diagnóstico diferencial: bloqueio incompleto de ramo


esquerdo (menor que 3 quadradinhos), TV (taquicardia
ventricular), ritmo idioventricular (ritmos que nascem no
ventrículo), MP (marca passo), PE. (pré excitação
ventricular).

Bloqueio de ramo – ver V1 e V6.

JÚLIA SOBOTTKA 15
Eixo – D1 e avF.

V6 – não tem aquela onda q, já começa com uma onda R


ampla. a ausência de onda q em v6 só significa que não
temos ramo esquerdo.

Depois, qnd aponta pra V1, observa-se uma deflexão.


Significa o final da ativação do ventrículo direito que é
onde temos menos fibras.
Ve no V6 aquela ondinha em cima.

O entalhe em v6 e v1 é só aquela ativação final do


ventrículo direito.
A entrada do ventrículo direito é a ultima a ser ativada –
pois tem menos fibras elétricas chegando.
A primeira parte a ativar é toda a principal parte anterior
do ventrículo direito e ponta.
Portanto, o vetor final dessa ativação de ponta do
ventrículo direito indo para o septo, aponta para
esquerda e para cima.

V6 – onda R ampla e aquela deflexão pra baixo.


Depois de ativar todo o VD, ativa-se o VE.

JÚLIA SOBOTTKA 16
Este QRS não está alargado:

Não tem bloqueio de ramo. Consigo ver isquemia. V1


apenas parece de bloqueio de ramo esquerdo.
Não existe bloqueio de ramo sem QRS alargado.
V6 não fecha os critérios.
Essa imagem é um infarto com supra de parede antero
septal.
Mais importante é a duração do QRS.
Olha V1 – é negativo – se der seta para baixo, vira para
Fica difícil ver no eletro que tem bloqueio de ramo uma
esquerda. Se V1 for para baixo, negativo – bloqueio de
isquemia nova ou infarto novo.
ramo esquerdo

Se V1 é positivo, seta pra cima, bloqueio de ramo direito.

Bloqueio de ramo esquerdo novo pode ser um bloqueio


de ramo causado por um infarto com supra.

JÚLIA SOBOTTKA 17
A primeira espícula estimula o átrio e como o sistema de
BRE novo pode ser infarto com supra – corre para condução está mal tratado, o nó AV não funciona, dai
cateterismo. tem o estimulo do ventrículo.

Os critérios de Sgarbossa serve para que um paciente Pacientes que usam marcapasso apresentam a
com BRE prévio e que esteja apresentando dor torácica morfologia parecida com o BRE – o estímulo está do lado
infarto com supra, consegue avaliar outras alterações direito.
que indiquem que apesar do BRE velho, aquele paciente O importante é ver as espículas. Seja antes da onda P ou
está tendo um infarto com supra. antes do QRS.

V5 e V6 – QRS e supra pra cima.


Infra em V2 e V3.
Fecha critério de Sgarbossa. Direto pro cateterismo

Esses complexos fininhos é o eletrodo do marcapasso


que joga eletricidade.
O eletrodo só estimula o coração para que o mesmo faça
a condução.

Quando é unipolar, tem aquela super espícula.


Quando é bipolar, é uma espícula bem pequena.

JÚLIA SOBOTTKA 18
Bloqueio de ramo direito

Apresenta essa onda A delta, vem lento e depois sobe


rápido.

V1 predominantemente positivo. Sinal da orelhinha de


coelho.
Seta vermelha onda a delta. V6 não tem aquele entalhe e tem aquela barriga para
Azul – PR muito curto. baixo.
QRS alargado principalmente em V1.

Primeira onda de V1 e V6 é igual num eletro normal.

JÚLIA SOBOTTKA 19
Segunda onda continua normal
2 linha – sempre um complexo polifásico.
3 – é a onda S empastada em V6.

Só depois de ativar o VE, ele ativa o VD pelas células do


coração.

QRS acima de 120ms


V1 positivo – direito
rsR’ – complexo polifásico em V1.
Onda S alargada em V6.

BRD pode se comportar de uma maneira mais doente e


qnt mais doente, mais vai vendo uma onda R pura em V1

V1 – onda r positiva bem lenta


V6 – onda s empastada e feia.

JÚLIA SOBOTTKA 20
V2 e V3 se comportam parecidos com V1. – Complexos
polifásicos.
QRS alargado.
A grande sacada – brugada faz primeiro um supra –
observar em V2 o ponto J em cima – e o mais importante
é qnd essa onda volta, ela é muito lenta – fazendo uma
corcova – ou seja, a segunda onda desce muito lenta – e
principalmente em V1 e V2, faz essa onda T invertida
(sinal de corcova de golfinho).

RBBB – complexo polifásico em V1 formando um


complexo positivo, onda R normal em V6 e onda s
empastada.

LBBB – onda QS em V1 ou rS com entalhe e uma onda R


Doença genética autossômica dominante. ampla com um entalhe em V6 com um QRS alargado.
É uma canalopatia
Brugada causa uma alteração nos canais de sódio do Bloqueio divisional anterossuperior
coração e essas alterações alteram o efluxo e o influxo
do potencial de ação. Se falamos em bloqueio de ramo – alargamento de QRS
maior que 120ms.
Essa alteração de influxo e efluxo de sódio causa essa
alteração no ECG, que pode ou não estar presente.
Bloqueio divisional – DESVIO DE EIXO.
JÚLIA SOBOTTKA 21
Pra esquerda – BV anterossuperior

Bloqueio de ramo esquerdo total é em cima, antes dos


fascículos.
Qnd tem nos fascículos, são os divisionais.
Se temos bloqueio do fasiculo anterior,o que predomina
é o vetor do fascículo posterior – vindo de tras para cima.
Dai o eixo elétrico desvia para a esquerda.

Na rosa dos ventos é onde avalia o eixo. Se temos um


vetor que vai do septo pra parede anterior e aponta
prabaixo, esse vetor aponda para baixo.
No bloqueio do fascículo posterior – o que predomina é
o do fascículo anterior. Aponta pra baixo – desvio a
Se temos a ativação do fascículo posterior e não temos direita na rosa dos ventos.
do anterior, essa ativação vem da parede posterior para
a parede lateral subindo para a parede anterior.
E esses 2 se contram, se ativam ao mesmo temop em um
coração normal.
Mas o vetor aponta la para cima.

JÚLIA SOBOTTKA 22
Primeira onda de D2 é positiva

Se bloqueio trifascicular – pior prognóstico.

Depois que ativa a parede posterior, quem vai ativar é


parede lateral e toda parede anterior. Septo tem poucas
fibras, por isso.
Dai, o vetoir aponta la para cima. Aponta la para o
quadrante 2 na rosa dos ventos. É contrario de D2 (pois
aponta porá cima). Dai a segunda ativação do VE mostra
um aonda negativa de D2.

JÚLIA SOBOTTKA 23
D2 negativo significa que claramente o meu eixo elétrico
está além de aVL, ou seja, além de -30.

Ausência de onda r em D2, D3 e aVF – por isso que é um


falso bloqueio divisonal. Os outros critérios batem.
Tem s em D2 e D3, mas não tem onda r.
Iinfarto antigo de superior.

Bloqueio divisional inferior esquerdo –


póstero inferior (BDPI)

-45 é pela diretriz internacional. Pode considerar acima


de -30.

As 3 principais são as 3 primeiras linhas.


A característica mais importante é a primeira qnd fala
em bloqueio divisional.

Se D2 negativo, o eixo elétrico tem que ta entre -30 e


+90.

JÚLIA SOBOTTKA 24
O mais importante é o desvio de eixo.
aVF positivo e D1 negativo – coração tem que estar para
além de +90.
Presença de BDPI.

qR em D2, D3 e aVF.
Olhar D1, que terá uma onda S predominante – que é o R de D3 maior que R em D2.
que chama a atenção.
D1 geralmente é uma derivação positiva. Aqui, está
negativo.

Desvio para a direita.

JÚLIA SOBOTTKA 25
DISTÚRBIOS ISQUÊMICOS E
INTERPRETAÇÃO DO CATETERISMO –
BLOCO 4

IAM – definição
É a necrose da célula miocárdica resultante da oferta
inadequada de oxigênio ao músculo cardíaco.

Principal causa de isquemia é a doença aterosclerótica.

A doença pode ter diversas manifestações no ECG. Onda T pode ter diversas causas levando a sua alteração.

Na isquemia, a onda T se torna apiculada e simétrica, e


pode ser tanto positiva quanto negativa, depende de
onde o eletrodo está olhando.

Em cima - endocárdico.
Em baixo – epicárdio.

Qualquer que seja a parede, aquele eletrodo que


enxerga a parede vai ver uma onda T negativa se a
isquemia for subendocárdica, e uma onda T positiva se a
isquemia for subepicárdica.

JÚLIA SOBOTTKA 26
Diagnósticos diferenciais – outras manifestações
possuem uma onda T que confunde, por exemplo na
repolarização precoce, na sobrecarga de VE, bloqueio de
ramo.

Base para o diagnóstico de infarto: história típica de dor


precordial, alterações eletrocardiográficas e elevação
dos marcadores de necrose (mas não precisa esperar
esses marcadores para começar a tratar).

Onda Q significa que já necrosou.


O supra de ST significa que está necrosando.

Na lesão subendocárdica vai ter infra.


Eu vou ter supra só onde foi lesado o subepicárdio.

JÚLIA SOBOTTKA 27
JÚLIA SOBOTTKA 28
JÚLIA SOBOTTKA 29

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