Curso ECG
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Curso ECG
Sumário
CONCEITOS BÁSICOS EM ECG – BLOCO 1 ..............1
SOBRECARGAS E CRESCIMENTO
ATRIAL/VENTRICULAR – BLOCO 2 ........................7
EXERCÍCIOS ......................................................... 11
Bloco 3 – BLOQUEIO DE RAMOS E BLOQUEIOS
DIVISIONAIS ......................................................13
Sistema de Condução .......................................... 13
Ativação normal .................................................. 13
Nodo SA – marca passo do coração. Despolariza mais
Bloqueio de Ramo Esquerdo ................................ 15 rápido. Comanda o restante.
Bloqueio de ramo direito ..................................... 19 Interligado ao AV pelos feixes internodais e interligado
ao AE pelos feixes interatriais de Bachaman (responsável
Bloqueio divisional anterossuperior ..................... 21
pela ligação interatrial).
Bloqueio divisional inferior esquerdo – póstero No SA ao AV há um atraso na condução para que átrios
inferior (BDPI) ..................................................... 24
e ventrículos não se contraiam juntos. Sístole mais
DISTÚRBIOS ISQUÊMICOS E INTERPRETAÇÃO DO efetiva.
CATETERISMO – BLOCO 4 ..................................26
JÚLIA SOBOTTKA 1
muda a polaridade intracelular. É essa inversão
que permite o fluxo do PA passar pela célula e
continuar seu caminho.
Porém, o sódio no meio intracelular tem um limite e
“acaba”, fazendo com que o sódio deixe de entrar na
célula, pois a mesma já está muito positiva.
• Fase 1 – fechamento dos canais de sódio
voltagem dependentes.
• Fase 2 – abertura dos canais de cálcio. Fase de
platô. O mesmo entra na célula, mantendo-a
Meio intracelular está sempre perdendo cátions. Há positiva por mais tempo (ou seja, despolarizada
canas de oclusão que faz as células sempre perder por mais tempo, contraída por mais tempo), de
positividade. forma que tenha uma ejeção ventricular
Há os canais simples de difusão de potássio – respeitam satisfatória. Eles se fecham no final da fase 2.
a regra da difusão simplificada. Onde há maior • Fase 3 – abertura dos canais simples de potássio.
concentração elétrica, tem que equilibrar onde existe Vão continuamente jogar o potássio para fora.
menos. Sempre tem a tendência de sair o eletrólito de Fazendo com que a célula volte a ser negativa.
onde está mais concentrado para o menos concentrado. • Fase 4 – manutenção da negatividade
A importância de manter a célula negativada é mantê-la intracelular.
EXCITÁVEL. Despolarização lenta:
Há também outra estrutura que faz com que se perde
cátions para o meio extra celular – bomba de sódio e
potássio ATPase. Faz um mecanismo de contra-
trasporte. 2 potássio para dentro e 3 sódio para fora.
Canais de sódio voltagem dependentes – toda vez que
há um início de alteração elétrica na célula, esses canais
se abrem e permitem um rápido influxo de sódio para
dentro da célula, o que favorece o potencial de ação.
Cálcio “respeita” o que o sódio faz. Também é mais
presente no meio extracelular. Não há canais de cálcio
dependentes. Potencial de ação a nível nodal.
O potencial de ação tem duas maneiras diferentes de ser No nó sinusal e AV.
estudado pois existem dois PAs diferentes – o de As células do nó sinusal precisam de menos íons
despolarização rápida e o de despolarização lenta. positivos para polarizar. Ela despolariza e polariza
Despolarização rápida: rápido.
Fase 0 – abertura dos canais de cálcio. Ele entra, passa
um pouco e vai embora.
Potencial mais curto, mas com a capacidade de
acontecer mais vezes por minuto.
Triangulo de Eithoven
Ondas positivas – acima da linha de
Bailey –
C – onda difásica.
A – negativa.
B – positiva.
Onda P – contração atrial. Espaço entre nodo SA, feixes
interatrias de Bachman e feixes internodais.
Segmento PR – intervalo PR – quando conecta onda P ao
segmento PR. Alentecimento no nodo AV.
QRS – contração ventricular. Dentro da despolarização,
qualquer estímulo não vai gerar mais contração –
período refratário absoluto.
Parte positiva – linha grossa.
Segmento ST – completudide da despolarização
Parte negativa – linha tracejada.
ventricular.
D1, D2 e D3 são o mesmo desenho, o caminho é o
Onda T – repolarizaçao ventricular. Vem em sentido
mesmo, só está centralizado.
contrário. Começa do ápice cardíaco e sobe.
Está em grau – consegue-se ver o eixo elétrico.
Importante quando for falar de infarto e síndromes
Eixo elétrico QRS normal – entre 0 e 90 graus. coronarianas – supra desnivelamento do segmento ST
interpreta com base nesse sentido contrário aí.
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Período refratário relativo – estimulo mais forte pode
despolarizar novamente, podendo gerar arritmia, por
exemplo.
Onda P -
Nó sinusal - na desembocadura da VCS, na parte
posterior do AD. Daí, estimulo começa ali. AD é o
Somatória dos vetores – resultantes. primeiro a ser despolarizado. Os feixes interatriais de
Bachman joga esse estímulo para despolarizar o AR.
Em situações de sobrecarga – há tipo uma corcova entre
elas.
Em geral, é uma onda P única.
Normalmente tem até 120 milissegundos (3
quadradinhos) e até 2 quadradinhos e meio de altura (2
e meio milímetros de altura).
A onda P é o que define se o ritmo está saindo do nó
sinusal ou não.
Para ser chamada de onda P, precisa ser positiva em 3
derivações: D2, D3 e AVF. São positivas lá em direção ao
ápice cardíaco. Então, essa onda tem que sair do nó
sinusal e descer. Precisa ser positiva em uma razão de 1
pra 1, ou seja, cada onda P tem que comandar 1 QRS.
O segmento PR – informação mais importante é o
comprimento. Pode ter desde 120 milisegundos até
Quadradinho – unidades de Aschman. 200milisegundos – de 3 até 5 quadradinhos.
Pode variar velocidade e calibração do ECG. Alterações que fazem esse intervalo PR ficarem acima de
Calibração N e calibração 2N. 5 quadradinhos – BAV primeiro grau.
Mais curto – síndromes de pré excitação ventricular.
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R – primeira onda positiva. Observar V1 a V6. Aqui consegue enxergar certinho onde
S – segunda onda negativa. está o eletrodo.
Minúsculo – ondas pequenas. Basicamente divide os vetores em 3 vetores menores.
Maiúsculo – ondas grandes. O sentido sai do nó sinusal e desce até o ápice. Quando
divide em 3 consegue desenhar e saber qual a
A segunda onda positiva quando acontece – R’. Pensar expectativa das ondas nas determinadas derivações.
em bloqueios de ramo direito.
Funciona para o QRS, e não onda P e T.
Vetor roxo - despolarização no septo interventricular na
sua parte mais alta.
vetor azul – grande. Vai pro outro lado. Despolariza a
massa de ventrículo esquerdo (mais musculosa).
Vetor verde – despolarização da base. Pra cima.
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Onda U
Pode ser vista ou não.
Onda T
Onda de repolarizaçao ventricular. Dividida em 2 partes
por conta do período refratário absoluto (do QRS até a
metade dela) e período refratário negativo.
Morfologia assimétrica – começa devagar e desce
rápido. Tem um motivo por conta dos períodos
refratários.
Intervalo QT
Algumas medicações fazer alargamento ou
encurtamento desse intervalo.
Corresponde do iníico do QRS até o final da onda T.
Em pessoas normais –
Homem - vai de 340 milisegundos a 450.
Mulher – 340 a 460.
Quando é prolongado, pode predispor arritmias
malignas.
Azitromicina, cloranfenicol, hidroxicloroquina –
alargamento do intervalo. Se pessoa tem isso, eu
predisponho ela a arritmias.
Síndromes do intervalo QT longo – nascença.
Síndromes do intervalo QT curto.
O importante desse intervalo é jogar em uma fórmula e
transformar o QT no QT corrigido – basicamente é pegar
a distância e corrigir isso pela FC.
Fórmula de Rodes, de Basé...
Bradicardia – fica mais longo.
Taquicardia – fica mais curto.
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SOBRECARGAS E CRESCIMENTO
ATRIAL/VENTRICULAR – BLOCO 2
Sobrecarga – câmara cardíaca submetida a maior
quantidade de volume (volumétrica) ou resistência
(pressórica).
Sobrecarga – alteração eletrocardiográfica.
Importante diferenciar sobrecarga de hipertrofia,
dilatação e aumento.
Não há sobrecarga.
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De morris: conceito – soma da multiplicação da largura
A X altura B
2 índice – critério de Macruz
Se observar V2, observa que a onda P ocupa boa parte
do intervalo PR.
Sobrecarga
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Esse sistema de escore de pontos é uma outra maneira
de avaliar sobrecarga de VE.
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EXERCÍCIOS
E.
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D. presença de onda P pulmonale também. Aqui é 2N – dobrei amplitude do QRS.
Não há sobrecarga!!
Observar V1
Em V5 e V6 – se não observa o critério em V6, V5 está
muito próximo... às vezes pode haver um mau
posicionamento do eletrodo na caixa torácica –
mulheres com mamas grandes e etc.
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Bloco 3 – BLOQUEIO DE RAMOS E
BLOQUEIOS DIVISIONAIS
Ativação normal
Todaa ativação da aula começa pelo nó AV, percorre o
feixe de His até que se separe o ramo direito e esquerdo
– que são ativados ao mesmo tempo normalmente.
Derivações precordiais:
Cada eletrodo está mais próximo de uma área.
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Bloqueio de Ramo Esquerdo
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Eixo – D1 e avF.
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Este QRS não está alargado:
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A primeira espícula estimula o átrio e como o sistema de
BRE novo pode ser infarto com supra – corre para condução está mal tratado, o nó AV não funciona, dai
cateterismo. tem o estimulo do ventrículo.
Os critérios de Sgarbossa serve para que um paciente Pacientes que usam marcapasso apresentam a
com BRE prévio e que esteja apresentando dor torácica morfologia parecida com o BRE – o estímulo está do lado
infarto com supra, consegue avaliar outras alterações direito.
que indiquem que apesar do BRE velho, aquele paciente O importante é ver as espículas. Seja antes da onda P ou
está tendo um infarto com supra. antes do QRS.
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Bloqueio de ramo direito
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Segunda onda continua normal
2 linha – sempre um complexo polifásico.
3 – é a onda S empastada em V6.
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V2 e V3 se comportam parecidos com V1. – Complexos
polifásicos.
QRS alargado.
A grande sacada – brugada faz primeiro um supra –
observar em V2 o ponto J em cima – e o mais importante
é qnd essa onda volta, ela é muito lenta – fazendo uma
corcova – ou seja, a segunda onda desce muito lenta – e
principalmente em V1 e V2, faz essa onda T invertida
(sinal de corcova de golfinho).
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Primeira onda de D2 é positiva
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D2 negativo significa que claramente o meu eixo elétrico
está além de aVL, ou seja, além de -30.
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O mais importante é o desvio de eixo.
aVF positivo e D1 negativo – coração tem que estar para
além de +90.
Presença de BDPI.
qR em D2, D3 e aVF.
Olhar D1, que terá uma onda S predominante – que é o R de D3 maior que R em D2.
que chama a atenção.
D1 geralmente é uma derivação positiva. Aqui, está
negativo.
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DISTÚRBIOS ISQUÊMICOS E
INTERPRETAÇÃO DO CATETERISMO –
BLOCO 4
IAM – definição
É a necrose da célula miocárdica resultante da oferta
inadequada de oxigênio ao músculo cardíaco.
A doença pode ter diversas manifestações no ECG. Onda T pode ter diversas causas levando a sua alteração.
Em cima - endocárdico.
Em baixo – epicárdio.
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Diagnósticos diferenciais – outras manifestações
possuem uma onda T que confunde, por exemplo na
repolarização precoce, na sobrecarga de VE, bloqueio de
ramo.
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