Manual de Imuniz Ocup
Manual de Imuniz Ocup
Manual de Imuniz Ocup
AUTORES
Arlindo Gomes
Médico do Trabalho da Petrobras
Diretor científico da ANAMT (2004-2007)
Mestre em Saúde Coletiva – Iesc/UFRJ
Isabella Ballalai
Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
Professora do curso de extensão em vacinas da UFRJ
Membro do Comitê de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria
do Estado do Rio de Janeiro (Soperj)
Paulo Azevedo
Especialista em Medicina do Trabalho da ANAMT/AMB
Coordenador de Serviços Médicos da Light - Serviços de Eletricidade S.A.
Membro da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho do Conselho
Regional de Medicina do Rio de Janeiro – Cremerj
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Ricardo Machado | RM Assessoria de Comunicação
www.rmcomunicacao.com.br
REVISÃO E PADRONIZAÇÃO
Sonia Cardoso
APRESENTAÇÃO
São objetivos desta publicação informar e esclarecer a respeito das melhores práticas de
proteção dos trabalhadores contra os agentes infecciosos de doenças evitáveis por vacinas.
Os autores
SUMÁRIO
Vacinação de adultos 7
Vacinação incluída no PCMSO 8
Calendários de Vacinação 8
Legislação brasileira 9
NR 32 comentada: 18
Vacinação dos trabalhadores em serviços de saúde
ANEXOS
7. Referências bibliográficas 32
7
Vacinação de Adultos
A importância
da vacinação
do trabalhador viajante
O deslocamento de indivíduos em viagens internacionais
e o crescente fluxo de produtos são fatores importantes na
disseminação de patógenos, com a conseqüente globalização
das doenças.
A medicina do viajante deve ser parte integrante da medicina do trabalho, seja pela
proteção do capital investido no colaborador, pela possibilidade de evitar prejuízo decorrente
de um eventual afastamento por doença, ou pela responsabilidade legal da empresa.
saúde ocupacional devem ter programas lente momento para atualizar o esquema
de vacinação específicos para o trabalha- rotineiro de vacinação. Muitas vezes o tem-
dor que viaja. po disponível antes da viagem é curto e in-
suficiente para a maioria dos esquemas de
vacinação. Por isso, os esquemas devem ser
adaptados para o tempo disponível.
Vacinas Vacinas exigidas por determinação legal
e viajantes – São as vacinas exigidas para ingresso num
determinado país ou região, seja de manei-
As vacinas para viajantes, assim como as ra universal, indiscriminada, seja para pes-
vacinas para o trabalhador, podem, usu- soas oriundas de determinados países ou
almente, ser colocadas em uma das três regiões. Nessa categoria estão a vacina con-
categorias: tra a febre amarela e, em tempos recentes, a
imunização contra o meningococo com va-
Vacinas de rotina – São as de uso geral, cina quadrivalente para os que se dirigem à
recomendadas independentemente de Arábia Saudita. Alguns países exigem cer-
viagens. As vacinas do calendário de roti- tas vacinas quando a permanência deve ser
na para crianças estão nessa categoria – prolongada. As embaixadas, consulados e
difteria, tétano, poliomielite, sarampo, ca- demais organismos internacionais devem
xumba, rubéola, hepatite B. A perspectiva ser consultados.
de uma viagem é um excelente momento
para atualizá-las. Atualmente, essas vacinas se restringem,
salvo raras exceções, à vacina da febre
Os trabalhadores devem estar vacinados amarela. A recente aprovação do novo Re-
conforme as recomendações vigentes para gulamento Sanitário Internacional e sua
a vacinação do adulto. O aconselhamento gradual implantação podem modificar
médico antes da viagem deve integrar os essa situação. O novo regulamento dá aos
procedimentos da empresa, e é um exce- países e à própria OMS maiores poderes
de restrição ao movimento de pessoas e
bens, o que poderá levar à exigência de
vacinação contra outras doenças além da
Principais vacinas utilizadas febre amarela.
em viajantes
A única situação especial de exigência de
1. Cólera e diarréia dos viajantes vacina, nos dias de hoje, é em relação à
2. Difteria, tétano e coqueluche que protege contra o meningococo, indi-
3. Doença meningocócica cada para pessoas que viajam para a
4. Encefalite japonesa B
Arábia Saudita rumo a Meca ou Medina
5. Febre amarela
por ocasião de datas religiosas como o
6. Febre tifóide
Hajj e o Umrah.
7. Hepatite A
8. Hepatite B
9. Influenza
As exigências de vacinação para viagens
10. Poliomielite internacionais estão sujeitas a alterações,
11. Raiva o que demanda consultas regulares aos
12. Sarampo, rubéola e caxumba sites da OMS ou do CDC (Centers for
13. Varicela Disease Control and Prevention, dos Es-
tados Unidos da América).
A importância da vacinação do trabalhador viajante 13
Fonte: www.globalhealth.org
* na primeira vacinação, a última dose deve ser administrada pelo menos dez dias antes da exposição prevista
** muito provavelmente entre 80% e 90%
14 Atualização em Vacinação Ocupacional
* uma dose a cada dois dias, pelo menos uma hora antes da alimentação, com líquido em temperatura inferior a 37o C
Existem algumas fontes disponíveis (ver fechados com grande concentração de pes-
Anexo 5 – Fontes de informação e de soas (salas de espera e check in de aeropor-
referências) que mantêm uma listagem tos, filas de controle de imigração etc.). As
atualizada dos principais riscos infeccio- viagens internacionais são eventos particu-
sos em escala mundial. larmente estressantes, com ambientes mui-
tas vezes de ar frio e seco devido à
As recomendações originárias dos países climatização de aeronaves e aeroportos,
industrializados tendem a um certo exces- além das variações de fuso horário.
so, particularmente porque nem sempre se
dispõe de informações precisas a respeito Resultados de estudos
do local específico para onde o viajante irá. Ainda que o risco aumentado de influen-
Como a maioria das vacinas é segura e com za em viajantes seja quase senso comum,
baixa incidência de reações colaterais, o há poucos estudos para demonstrar o
mais prudente é optar pela vacinação sem- risco efetivo. Mutsch et cols (2005), em
pre que houver dúvida, salvo, evidentemen- estudo feito entre viajantes suíços que se
te, situações especiais, dentre as quais ges- dirigiam a países tropicais e subtropicais,
tação e imunossupressão. mostrou que a influenza é a mais freqüen-
te infecção prevenível por vacina adqui-
Dengue, hepatite A, febre tifóide e rida por viajantes. Dos 1.450 que com-
demais gastrenterites são doenças com grande pletaram o questionário, 289 (19,9%) re-
lataram a ocorrência de doença febril
potencial de acometer o viajante. durante ou logo após a viagem. Foram
obtidas amostras de sangue pareadas em
Recomendações 211 casos e 27 (12,8%) apresentaram
soroconversão, indicando que a influen-
específicas
za apresenta uma incidência significativa
As doenças que merecem atenção especial entre viajantes.
no tocante ao viajante são influenza, he-
patite A e febre amarela. Já Leder et al (2003) demonstraram que os
fatores de risco para influenza em viajantes
envolviam: viagem ao hemisfério Norte, en-
Influenza tre dezembro e fevereiro; viagem para visi-
Os viajantes estão mais sujeitos a contrair tar amigos ou parentes no exterior; via-
a influenza, por diversos motivos. Expos- gens com duração maior que 30 dias. As
tos a vários ambientes num espaço de tem- complicações da influenza estavam associ-
po relativamente curto, muitos deles locais adas com sexo masculino e idade crescente.
A importância da vacinação do trabalhador viajante 15
NR 32 comentada
Vacinação dos trabalhadores em serviços de saúde
Parte das vacinas a serem aplicadas nos tra- ções adequadas e autorizadas pela Anvisa e
balhadores dos serviços de saúde estão dis- de pessoal capacitado. O Brasil é um país
poníveis gratuitamente nos postos de vaci- continental e muitas empresas se instalam
nação das unidades de saúde do Sistema em localidades onde não existem unidades
Único de Saúde (SUS), outras apenas na públicas ou privadas de assistência à saúde,
rede privada. O empregador deverá exceto os serviços próprios ou contratados
implementar a vacinação através da parce- pelas empresas. Sugere-se:
ria com clínicas especializadas em vacina-
ção devidamente licenciadas com registro Campanha inicial – a melhor opção du-
junto à Anvisa, uma vez que a Portaria rante a implantação, visto que otimiza a
1.602, de 17 de julho de 2006, define os esta- vacinação, aumentando a adesão pelos
belecimentos aptos a aplicar vacinas e re- trabalhadores, economizando os custos de
conhecidos pelo Ministério da Saúde. Va- deslocamento e evitando a ausência do tra-
cinas aplicadas por serviço não registrado balhador em seu posto de trabalho. Um
pela Anvisa não serão consideradas. momento oportuno é o da realização dos
exames admissionais, quando deve ser exi-
“Art. 4º O cumprimento das vacinações gido do trabalhador que apresente os cer-
será comprovado por meio de atestado tificados de vacinação atualizados. Os ge-
de vacinação, emitido pelos serviços pú- rentes de Recursos Humanos e recruta-
blicos de saúde ou por médicos em exercí- dores de novos empregados devem consi-
cio de atividades privadas devidamente derar a possibilidade de incluir nos editais
credenciados para tal fim pela autoridade dos concursos públicos ou privados a ne-
de saúde competente, conforme o dispos- cessidade de apresentação dos certificados
to no art. 5º da Lei 6.529/75” de vacinação de acordo com o Calendário
de Vacinação do PNI e, nos casos dos pro-
Portanto, a empresa e o médico do traba- fissionais que trabalham em serviços de
lho devem exigir o atestado de vacinação saúde, as vacinas que constarem da NR
validado pelo Ministério da Saúde. 32 e do PCMSO de cada empresa.
Vacina contra Tétano/Difteria Uma dose a cada dez anos, se imunização básica.
(dT adulto) Esquema básico: três doses
Vacina contra Pertussis (incluída Indicada para todos os profissionais que prestam
na tríplice bacteriana, tipo adulto) assistência nas unidades de neonatologia, pediatria,
e pacientes com do enças respiratórias crônicas
Quadro 5
Formas graves
BCG Ataulfo de Paiva
da Tuberculose
Haemophilus
Haemophilus tipo b conjugada Sanofi Pasteur – GSK
influenzae do tipo b
Doenças
Pneumocócicas Pneumo 23 valente e Sanofi Pasteur – Wyeth – MSD
Invasivas Pneumocócica 7 valente conjugada
Diarréia do viajante
Cólera Sanofi Pasteur
e cólera
3. Sorologia (anti-HBs) negativa um a dois meses Não vacinar mais, considerar suscetível
após a terceira dose do segundo esquema não respondedor
4. Sorologia (anti-HBs) negativa, Aplicar uma dose e repetir a sorologia um mês após;
passado muito tempo após a terceira dose em caso positivo considerar vacinado, em caso negativo
do primeiro esquema completar o esquema, como no item 2
Hepatite B
A transmissão do VHB após exposição a sangue ou líquidos corporais em hospitais representa um risco importan-
te para o profissional de saúde, variando de 6% a 30%, na dependência da natureza dessas exposições. Estes
profissionais podem ser vacinados contra a Hepatite B sem fazer teste sorológico prévio. Recomenda-se a
sorologia um a dois meses após a última dose do esquema vacinal, para verificar se houve resposta satisfatória
à vacina (Anti-HBs > 10UI/mL) para todos esses profissionais.
Fonte: Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico : HIV e hepatites B e C –
2004. Disponível em < http://www.riscobiologico.org/bioinfo/pdsf/manual_acidentes.pdf > acesso em 16/08/2005.
1
Toda dose administrada deve ser considerada, complementando-se o esquema em caso de interrupção com intervalo mínimo de dois
meses entre as doses.
NR 32 comentada 23
Quadro 7
Recomendações para profilaxia de hepatite B após exposição ocupacional a material biológico*
Fonte: Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatites B e C
– 2004. Disponível em < http://w w w.riscobiologico.org/bioinfo/pdsf/manal_acidentes.pdf > acesso em 16/08/2005
* Profissionais que já tiveram hepatite B estão imunes a reinfecção e não necessitam de profilaxia p ós-exposição. Tanto a vacina
quanto a imunoglobulina devem ser aplicadas dentro do perío do de sete dias ap ós o acidente, mas, idealmente, nas primeiras 24
horas ap ós o acidente.
1 Uso associado de imunoglobulina hiperimune contra hepatite B está indicado se o paciente-fonte tiver alto risco para infecção p elo
HBV como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programas de diálise, contatos domiciliares e sexuais de portadores de
AgHBs, p essoas que fazem s exo com p essoas do mesmo sexo, heterossexuais com vários parceiros e relaçõ es s exuais
desprotegidas, história prévia de do enças sexualmente transmissíveis, pacientes provenientes de áreas geográficas de alta
endemicidade para hepatite B, pacientes provenientes de prisõ es e de instituições de atendimento a pacientes com deficiência
mental.
2 IGHAHB (2x) = duas doses de imunoglobulina hiperimune para hepatite B com intervalo de um mês entre as doses. Esta opção deve
ser indicada para aqueles que já fizeram duas séries de três doses da vacina, mas não apresentaram resposta vacinal, ou apresentem
alergia grave à vacina.
Observação:
Para profissionais soronegativos que só realizaram teste sorológico muitos anos após a série vacinal original, uma dose adicional de
vacina deve ser administrada e seguida de retestagem quatro a oito semanas após. Se a sorologia for p ositiva, o profissional será
considerado imune; se negativa deverá completar o esquema com mais duas doses de vacina.
24 Atualização em Vacinação Ocupacional
MANICURES E PEDICURES
PROFISSIONAIS DO SEXO
ALIMENTOS E BEBIDAS
CRIANÇAS
AVIAÇÃO
ANIMAIS
SAÚDE
Tríplice viral (sarampo, dose única sim - sim - sim - sim - sim sim -
caxumba e rubéola)1
Hepatites A, hepatite A sim sim sim sim sim - sim - sim sim -
B ou A&B2;3 Duas doses, com intervalo de seis meses.
hepatite B
Três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e
a segunda e de cinco meses entre a segunda e a terceira.
sim - sim sim - - sim - sim sim sim
hepatites A e B
Três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e
a segunda e de cinco meses entre a segunda e a terceira.
Varicela1 A partir de 13 anos de idade: duas doses com intervalo sim - sim - sim - - - sim - -
de dois meses.
Influenza (gripe) Dose única anual. sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
Raiva (obtida Três doses: a segunda sete dias após a primeira e a - - - - - sim - - - - -
de cultura celular)
* Profissionais da saúde: médicos, enfermeiros e técnicos e auxiliares de enfermagem, patologistas e técnicos de patologia, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pessoal
de apoio, manutenção e limpeza de ambientes hospitalares, maqueiros, motoristas de ambulância, técnicos de RX, e outros profissionais que freqüentam assiduamente os serviços
de saúde, tais como representantes da indústria farmacêutica; Profissionais que lidam com alimentos e bebidas: profissionais lotados em empresas de alimentos e bebidas
– cozinheiros, garçons, atendentes, pessoal de apoio, manutenção e limpeza, entre outros; Profissionais que lidam com dejetos e/ou águas potencialmente
contaminadas: mergulhadores, salva-vidas, guardiões de piscinas, manipuladores de lixo e/ou esgotos / águas fluviais, profissionais da construção civil; Profissionais que
trabalham com crianças: professores e outros profissionais lotados em escolas, creches e orfanatos; profissionais que lidam com animais: veterinários e outros profissionais
que lidam com animais, e também os freqüentadores e visitantes de cavernas; Profissionais do sexo: considerados de risco para as DSTs e doenças infecciosas ainda não
controladas em outros países do mundo; Profissionais administrativos: que trabalham em escritórios, fábricas e outros ambientes geralmente fechados; Profissionais que
viajam muito: aqueles que por viajarem muito para o exterior, se colocam em risco para doenças infecciosas não controladas em outros países; Profissionais da aviação:
pilotos, comissários de bordo; Manicures e pedicures.
1 Vacinações contra-indicadas para os imunocomprometidos: todas as vacinas vivas (pólio oral, varicela, sarampo, rubéola, caxumba, BCG, febre amarela); em pessoas com
imunocomprometimento leve, algumas dessas vacinas podem ser indicadas.
2 A vacinação combinada contra as hepatites A&B é preferível à vacinação isolada contra as hepatites A e B, exceto quando o resultado de teste sorológico indique presença de
imunidade contra uma delas.
3 Esquemas especiais de vacinação contra a hepatite B: imunocomprometidos e renais crônicos (dose dobrada - 2ml[40mg]) e imunocompetentes de alto risco de exposição (dose
normal - 1ml [20mg]): quatro doses – a segunda um mês após a primeira, a terceira, um mês após a segunda e a quarta, seis meses após a terceira.
ANEXOS 27
Tríplice viral dose única Vacina contra-indicada para imunocomprometidos e sim sim
(sarampo, rubéola gestantes
e caxumba)
Vacinas contra as hepatite A 1. A vacinação combinada contra as hepatites A&B é preferível não sim
hepatites A, B ou duas doses: a segunda seis meses à vacinação isolada contra as hepatites A e B, a menos que
A&B após a primeira um diagnóstico sorológico ou clínico bem estabelecido indique
imunidade para uma delas
hepatite B sim, até sim
três doses: a segunda um mês após a 2. Esquemas especiais de vacinação contra a hepatite B: para 19 anos
primeira e a terceira seis meses após imunocomprometidos e renais crônicos (dose dobrada – 2 ml de idade
a segunda [40 mg]) e imunocompetentes de alto risco de exposição (dose
normal – 1ml [20 mg]): 4 doses: a segunda um mês após a
hepatites A&B primeira, a terceira, um mês após a segunda e a quarta, seis não sim
três doses: a segunda um mês após a meses após a terceira
primeira e a terceira seis meses após
a segunda 3. Para adolescentes menores de 16 anos indica-se também a
aplicação da apresentação para adultos da vacina combinada
contra as hepatites A & B no esquema de duas doses: a
segunda seis meses após a primeira
HPV Três doses, com intervalos de dois A princípio somente as adolescentes do sexo feminino com
meses entre a primeira e a segunda mais de 9 anos e mulheres até 26 anos deverão ser vacinadas.
e de quatro meses entre a segunda Sempre que possível, a vacina anti-HPV deve ser aplicada, não sim
e a terceira. preferencialmente, na adolescência, antes de iniciada a vida
sexual, entre 11 e 12 anos de idade.
Vacinas contra Com vacinação básica completa 1. A vacina Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa),
difteria, tétano e reforço a cada dez anos com dTpa contra difteria, tétano e coqueluche, como todas as vacinas sim sim
coqueluche (Tríplice bacteriana acelular do tipo inativadas, não é contra-indicada para gestantes, ficando a
adulto) critério médico indicar ou não sua aplicação. Evitar a vacinação
no primeiro trimestre da gestação
Com vacinação básica incompleta 2. Uma dose de vacina Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto
uma dose de dTpa (Tríplice bacteriana (dTpa) é recomendada, mesmo para indivíduos que receberam não sim
acelular do tipo adulto) a vacina Dupla bacteriana do tipo adulto (dT) recentemente
e duas doses de dT (Dupla do tipo (dois ou mais meses), para prevenir a veiculação da Bordetella
adulto) pertussis
varicela a partir dos 13 anos de idade – duas Vacina contra-indicada para imunocomprometidos e não sim
doses: a segunda dois meses após a gestantes
primeira
Antipneumocócica dose única Recomendada para maiores de 60 anos de idade e indivíduos sim para sim
23 valente com doenças crônicas, como cardiopatas, pneumopatas, maiores de 60
diabéticos e outros considerados de risco para a doença anos e doentes
pneumocócica crônicos
Antimeningocócica dose única Indicada para habitantes de áreas endêmicas ou com alta não sim
C conjugada incidência de doença meningocócica
febre amarela uma dose de dez em dez anos 1. Indicada para habitantes de áreas endêmicas de febre ama-
rela e para os que para lá se dirigem, e também para atender
às exigências sanitárias de viagens internacionais sim não
2. Vacina contra-indicada para os imunocomprometidos e
gestantes, exceto quando os riscos da doença superam os riscos
da vacinação
28
Tríplice viral
sarampo, rubéola dose única sim não sim
e caxumba
hepatites A, B hepatite A
ou A&B Duas doses, com intervalo de seis meses.
hepatite B
Três doses, com intervalo de um mês entre a primeira
e a segunda e de cinco meses entre a segunda e a sim sim sim
terceira.
hepatites A e B
Três doses, com intervalo de um mês entre a primeira
e a segunda e de cinco meses entre a segunda e a
terceira.
Durante a gestação
Para a gestante, mesmo que esteja com o esquema
de vacinação em dia, mas que tenha recebido a
última dose há mais de cinco anos: uma dose de dT
(vacina dupla bacteriana do tipo adulto).
varicela (catapora) A partir de 13 anos de idade: duas doses com sim não sim
intervalo de dois meses.
febre amarela Uma dose de dez em dez anos. sim não sim
Vacinas de vírus vivos (tríplice viral, varicela e febre amarela), se possível e de preferência devem ser aplicadas pelo menos um mês antes do
início da gravidez e nunca durante a gestação.
ANEXOS 29
1 A partir dos 20 anos, gestantes, não-gestantes, homens e idosos que não tiverem comprovação de vacinação anterior, seguir o esquema de três doses.
Apresentando documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.
2 Adulto/Idoso que resida ou que irá viajar para área endêmica (estados AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios
dos estados PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, vacinar dez
dias antes da viagem.
3 A vacina dupla viral – SR (sarampo e rubéola) e/ou a vacina tríplice viral – SCR (sarampo, caxumba e rubéola) deve ser administrada em mulheres de 12
a 49 anos que não tiverem comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 anos.
4 Mulher grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de cinco anos, precisa receber uma dose de reforço. Em caso de
ferimentos graves em adultos, a dose de reforço deverá ser antecipada para cinco anos após a última dose.
5 As vacinas contra influenza são oferecidas anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.
6 A vacina contra pneumococos é aplicada, durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, nos indivíduos que convivem em instituições fechadas,
tais como, casas geriátricas, hospitais, asilos, casas de repouso, com apenas um reforço cinco anos após a dose inicial.
30
As fontes de informação sobre vacinação para viajantes são muitas e, como se trata de
um assunto dinâmico, a internet possibilita o acesso fácil, rápido e barato a conteúdos
atualizados. Existem pelo menos dois grandes centros irradiadores de informação acer-
ca das necessidades de vacinação para viajantes:
Organização Mundial de Saúde – http://www.who.org
Center for Disease Control and Prevention dos EUA – http://www.cdc.gov
Fontes brasileiras, antes virtualmente inexistentes, já são disponíveis, ainda que não tão
completas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém uma página
com orientações aos viajantes , inclusive com as normas oficiais.
Anvisa – http://www.anvisa.gov.br/paf/viajantes/index.htm
Nacionais
• Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde – www.saude.gov.br/svs
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – www.anvisa.gov.br
• Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo (CVE) – www.cve.saude.sp.gov.br
• Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – www.sbim.org.br
• Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) – www.sbp.com.br
• Grupo Regional de Observação da Gripe (Grog) – www.grogbrasil.com.br
Internacionais
• Global Programme for Vaccines and Immunization (OMS) – www.who.int/vaccines
• Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – www.cdc.gov
• National Immunization Program (NIP) – www.cdc.gov/nip
• Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR) – www.cdc.gov/mmwr
• Organização Panamericana da Saúde (Opas) – www.paho.org
• Programa Ampliado de Vacunación (PAI)
www.paho.org/Spanish/AD/FCH/IM/Epi_newsletter.htm
• European Medicines Agency (Emea) – www.emea.eu.int
• The Vaccine Page – www.vaccines.com
• Bill and Melinda Gates Children’s Vaccine Program –
www.childrensvaccine.org/home.htm
• Bill and Melinda Gates Children’s Vaccine Program / Clinical Issues and Immunization
Manuals – www.childrensvaccine.org/html/ip_clinical.htm
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