O documento discute a divisão de competências entre os entes federativos no Brasil no combate à pandemia de COVID-19. A Constituição Federal atribui competência comum à União, estados e municípios para legislar sobre saúde pública. Isso permite que cada ente tome medidas de acordo com suas necessidades regionais, desde que não interfira na autonomia dos demais. Recentemente, o STF decidiu que a União não pode requisitar insumos comprados por estados para a vacinação.
O documento discute a divisão de competências entre os entes federativos no Brasil no combate à pandemia de COVID-19. A Constituição Federal atribui competência comum à União, estados e municípios para legislar sobre saúde pública. Isso permite que cada ente tome medidas de acordo com suas necessidades regionais, desde que não interfira na autonomia dos demais. Recentemente, o STF decidiu que a União não pode requisitar insumos comprados por estados para a vacinação.
O documento discute a divisão de competências entre os entes federativos no Brasil no combate à pandemia de COVID-19. A Constituição Federal atribui competência comum à União, estados e municípios para legislar sobre saúde pública. Isso permite que cada ente tome medidas de acordo com suas necessidades regionais, desde que não interfira na autonomia dos demais. Recentemente, o STF decidiu que a União não pode requisitar insumos comprados por estados para a vacinação.
O documento discute a divisão de competências entre os entes federativos no Brasil no combate à pandemia de COVID-19. A Constituição Federal atribui competência comum à União, estados e municípios para legislar sobre saúde pública. Isso permite que cada ente tome medidas de acordo com suas necessidades regionais, desde que não interfira na autonomia dos demais. Recentemente, o STF decidiu que a União não pode requisitar insumos comprados por estados para a vacinação.
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Direito Constitucional – Entes Federativas e Seus Poderes
A repartição de competências nas medidas contra a COVID-19
No contexto atual de um período em pandemia decorrente do vírus da COVID-19,
existe um dilema a cerca da divisão de competências no controle das medidas para o combate desse vírus. Esse fato ocorre não somente no âmbito da gestão de saúde pública, mas também em outras dimensões ao acirrar as relações políticas do nosso país. Um desses embates que é bastante evidente, é o tratamento entre Governo Federal e Governo Estadual, onde são tomadas medidas de enfretamento, com diretrizes impostas para a quarentena. Diante dessas medidas, surge o dilema da centralização ou descentralização dos poderes nas decisões, e na organização dos instrumentos de medidas. Em suma, de acordo com o art. 196 ao 198 da CF, que descreve a saúde do Sistema Único, como o dever do Estado, também expressa o princípio da descentralização, na competência comum de se administrar as medidas de acordo com cada região. Dessa maneira, o modelo de Federalismo de cooperação, possibilita superar as desigualdades regionais, ao prevê competência concorrente entre União, Estados, DF, para legislar sobre proteção e defesa a saúde, e permitindo aos Municípios a suplementação a legislação no que é necessário desde que haja interesse local. Nesse sentido, o órgão responsável pela vacinação em massa, é através da competência da União de coordenar o Plano Nacional de Imunização, e definir as vacinas integrantes do calendário nacional de imunização. Entretanto, não exclui a atribuição dos entes federativos para adaptá-los mediante às peculiaridades locais. Assim sendo, as vacinas devem ser distribuídas gratuitamente, fornecidas pelo governo estadual visando uma garantia de saúde individual, bem como do coletivo. O Governo Federal e os Estados, podem decidir de qual laboratório adquirir os insumos, apenas dependendo do repasse de verba e aprovação. No aspecto dos insumos para a imunização na saúde pública, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), em medida cautelar, decidiu que o Governo Federal não pode requisitar insumos para a vacinação, especialmente as agulhas e seringas, compradas pelo Governo Estadual. O ministro afirmou que, as requisições de matérias não podem recair sobre bens de outros entes federativos, para que não haja indevida interferência na autonomia sobre outro, ou seja, a falta de planejamento da União não pode afetar um Estado que se preparou com “devido zelo”. Todavia, essa decisão é de medida cautelar, provisória de acordo com a situação do momento. No cenário de pandemia, em meio ao surgimento da nova variante P1 do vírus da COVID-19, com essa nova onda de contaminação, algumas cidades e estados adotaram medidas mais restritivas para conter o colapso do sistema de saúde. Entre essas medidas de prevenção, existe a possibilidade de Lockdown total da região. O fundamento legal, para a possibilidade de ser aplicado, encontra sua legitimidade no Inciso VI – da medida provisória 926, de 2020. Essa determinação é realizada pelo Estado, adotando em caso extremo, ou seja, de modo excepcional. Nesse sentido, esse método restritivo trouxe para o campo normativo legislativo a possibilidade de evitar a contaminação, mas a efetivação é realizada por uma análise de cada caso, regional, com um custo político governamental. Em síntese, o bloqueio total das atividades pode ser implementado por qualquer um dos entes federativos, contudo, tanto a União, os Estados, DF e Municípios, possuem a autonomia constitucional, e competência para atuar na proteção da saúde e da Assistência Pública. Por tanto, nesse modelo de cooperação na legislação, havendo conflito sobre políticas de enfrentamento, entre legislação municipal, estadual e federal, o sistema jurídico concede o entendimento, que deve prevalecer mediante a essa situação, o critério do predominante interesse local. Contudo, cabe aos estados membros exercer competência residual frente às competências da União; E aos municípios legislar sobre assuntos de interesse local, e suplementar as legislações federais e estaduais, no que couber. Desse modo, o que tange á possibilidade de formular e executar políticas públicas de saúde, a Constituição Federal, atribuiu competência comum, possibilitando a autonomia e autoadministração, para que seja verificado, de acordo com as necessidades regionais, quais medidas são necessárias. Em síntese, prevalece desse modo, a legislação municipal mediante as medidas de enfrentamento ao COVID-19, tendo em vista que, será centralizado as necessidades regionais, de interesse local.