Processo Penal I PROVA PENAL
Processo Penal I PROVA PENAL
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PROVA PENAL
1. Considerações Gerais
A Lei Adjetiva Penal não pode ser considerada de forma limitativa com
relação aos meios de prova, tanto que este rol não é taxativo, devendo
ser aceito meios de provas atípicos ou inominados, em prol da verdade real.
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Quanto ao objeto:
Quanto ao valor:
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Quanto ao sujeito:
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Está previsto no art. 155, caput, do CPP, com nova redação dada pela
Lei nº 11.690/2008, ao dispor que “ o juiz formará sua convicção pela livre
convicção da prova produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas”. A partir da adoção desse sistema decorrem duas
conseqüências:
a) Ausência de limitação quanto aos meios de prova;
b) Ausência de hierarquia.
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Diante do que foi exposto, sabe-se que a prova ilícita é uma espécie
do gênero provas ilegais e não podem ser utilizadas no processo criminal
como fator de convicção do juiz, tratando-se, enfim, de uma limitação
constitucional (art. 5º, LIV) ao sistema da livre convencimento estabelecido
no art. 155 do CPP.
Entretanto, apesar dessa proibição constitucional, a doutrina e a
jurisprudência majoritária há tempos tem considerado ser possível a
utilização das provas ilícitas em favor do réu (pro reo) quando se tratar da
única forma de absolvê-lo, em face do princípio da proporcionalidade o qual
dispor que: “nenhum direito reconhecido na Constituição pode
revestir-se de caráter absoluto”, possibilitando, assim, que se analise
diante da colisão de direitos fundamentais, qual é o que deve ser protegido
pelo Estado.
Os defensores desta posição defendem que o texto constitucional não
se coaduna com o erro judiciário, portanto, não se trata de considerar a
prova ilícita como lícita por ser usada em favor do réu, já que persiste a
ilicitude da prova, sendo apenas considerada como fator de convicção do
magistrado a fim de evitar uma injustiça.
Quanto à utilização da prova ilícita em favor da sociedade (pro
societate) a maioria da doutrina e da jurisprudência tende em não aceitar
o princípio da proporcionalidade como fator capaz de justificar a
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utilização da prova ilícita para condenar o réu, ainda que se trate do único
elemento probatório passível de conduzir a condenação.
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crime para a qual foi autorizada a violação do sigilo telefônico e o crime cuja
prova foi casualmente descoberta.
A Lei nº 9.296/96 prevê em seu art. 1º, parágrafo único, que se aplica
a interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e
telemática, referindo-se aos e-mails e aos canais ou sites de transmissão
automática (msn, chat).
IMPORTANTE – Com o advento da referida lei, autorizando a
intercepção de dados, houve quem defendesse a tese de que tal norma
seria inconstitucional, já que a exceção do art. 5º, XII, da CF, “salvo no
último caso” teria o legislador permitido apenas as interceptações
telefônicas, sendo absoluto o sigilo a correspondência, as comunicações
telegráficas e de dados, e, portanto, permitir uma interpretação extensiva do
texto constitucional seria uma exceção temerária a direito
fundamental. Em sentido contrário, é predominante o entendimento
doutrinário e jurisprudencial pela constitucionalidade da norma, entendendo
que o legislador intencionalmente usou a preposição “e” em dois momentos:
“o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas (1º caso), de
dados e das comunicações telefônicas (2º caso), salvo no último caso”.
1.10. Interceptações ambientais
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a) Necropsia
b) Exumação
c) Lesões corporais graves pela incapacidade para as ocupações
habituais por mais de 30 dias
d) Rompimento de obstáculo à subtração de coisa e escalada
e) Incêndio
f) Reconhecimento de escritos
g) Instrumentos do crime
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Furto qualificado Como regra, deve ser feito a “a ausência de laudo pericial não
pelo rompimento de perícia para materializar a afasta a caracterização da
obstáculo violação qualificadora, prevista no § 4º, I,
(art. 171 do CPP) do art. 155 do CP, quando
existentes outros meios aptos a
comprovar o rompimento de
obstáculo”. (STJ, REsp 809-
912/RS, DJ 05-06-2006)
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3.1. Características
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3.6. Procedimento
O art. 187 do CPP, com a nova redação dada pela Lei nº 10.792/2003,
estabelece que o interrogatório será realizado em duas partes, versando, a
primeira, sobre a pessoa do réu (art. 187, § 1º) e, a segunda, sobre o
fato (art. 187, § 2º).
IMPORTANTE – O direito ao silêncio aplica-se somente a segunda
parte do interrogatório, no que concerne ao mérito, não tendo
aplicabilidade a primeira parte, estando, portanto, o réu obrigado a se
qualificar, sendo, inclusive, responsabilizado penalmente caso minta sobre a
sua identidade.
Importa frisar que a qualquer momento poderá o juiz realizar novo
interrogatório do réu, podendo, inclusive este novo interrogatório ser
determinado pelos Tribunais nos julgamentos de recursos interposto pelas
partes, conforme preconiza o art. 616 do CPP.
Outro fato relevante é o interrogatório do surdo, do mudo, do
surdo-mudo e do estrangeiro, pois, evidentemente, a deficiência de
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Requisitos intrínsecos:
a) Verossimilhança – probabilidade de o fato ter ocorrido da forma como
confessada
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Requisitos formais:
a) Pessoalidade – deve a confissão ser realizada pelo próprio réu, não
podendo ser feita por defensor ou mandatário
b) Caráter expresso – deve ser reduzida a termo
c) Oferecimento perante o juiz competente – o que esta oficiando no
processo
d) Espontaneidade – deve ser oferecida sem qualquer coação
e) Saúde mental – não podendo ser fruto de imaginação ou alucinações
4.1. Valoração
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4.2. Classificação
Quanto ao momento:
a) Confissão extrajudicial – é aquela que não é realizada perante o juízo;
b) Confissão judicial – realizada perante o juiz, ocorrendo, normalmente,
na oportunidade do interrogatório, podendo ocorrer em outro
momento do processo.
Quanto à natureza:
a) Confissão real – é a confissão realizada efetivamente pelo investigado
ou réu, perante a autoridade, revelando-se a autoria, circunstâncias e
motivação do delito cometido;
b) Confissão ficta – é a confissão decorrente de uma ação ou omissão
prevista em lei, como no caso da revelia ou do silêncio do réu. Não é
reconhecida como prova pelo direito processual penal brasileiro.
Quanto à forma:
a) Confissão escrita – é aquela realizada pelo próprio réu por meio de
cartas, bilhetes ou qualquer documento escrito que venha a ser
juntado aos autos;
b) Confissão oral – é aquela que decorre da verbalização do réu perante
o juiz ou é registrada por meio de interceptação telefônicas ou
ambientais.
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Quanto ao conteúdo:
a) Confissão simples – que se limita a admitir como verdadeiros os fatos
que são atribuídos;
b) Confissão qualificada – é aquela em que o autor da infração penal,
embora atribua a si a prática do crime, agrega, em seu favor, fatos ou
circunstâncias que excluem o delito ou que isentem de pena.
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funcionário público
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a) Doentes mentais
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b) Menores de 14 anos
c) Parentes do réu enumerados no art. 206 do CPP (ascendentes,
descendentes, irmão e cônjuge, ainda que separado judicialmente e
por fim, os afins em linha reta, como sogro e sogra)
Por ser taxativo o rol do art. 208 do CPP, surgem algumas questões
com relação ao compromisso quanto a:
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