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Titulos Otomanos

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Títulos Otomanos:

Nas séries Otomanas sempre ouvimos falar em Bey, Hatum, Efendi, Sultão, Pasha e outros
títulos ou nomenclaturas que, com toda certeza, levantam curiosidades para saber do que se
tratam. Fui em busca dessas e outras nomenclaturas utilizadas no período Otomano e
relacionei aqui os 22 títulos ou nomenclaturas mais presentes e ouvidos durante as séries
otomanas. A relação está em ordem alfabética.

🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸

Os principais títulos dos soberanos otomanos eram Khan , Sultan e Padishah, que eram de
origem turca, árabe e persa, respectivamente. Ao lado desses títulos imperiais, " César " de
Roma ( Kayser-i Rûm ) estava entre os títulos importantes reivindicados pelo Sultão Mehmed II
após a conquista de Constantinopla.

▪ALP - era designado a um bravo guerreiro. Era um título conferido durante os primeiros anos
de domínio otomano.

▪ATABEY ou ATABEG - é um título hereditário de nobreza de origem turca, que indica um


governador de uma nação ou província, que era subordinado a um monarca. A palavra
atabegue significa pai do príncipe. Quando um príncipe Seljúcida morria, deixando herdeiros
menores, se nomeava um tutor para proteger e cuidar dos herdeiro

▪BEI - Originalmente era o título atribuído ao chefe de um clã turcomano - geralmente fiel a
um determinado sultão. Era um título turco e usado como título social para os homens. Era um
tipo de “patente” designando como um "oficial militar”. Também era um título nobiliárquico
turco adotado por diferentes governantes dentro dos territórios dos antigos Império Seljúcida
e do Império Otomano. Os primeiros monarcas otomanos, Osmã I, Orhan I e Murade I, usaram
o título de Bei até 1383, quando Murade, finalmente, reclamou o título de Sultão. No Império
Otomano, o título de bei passou a designar os governadores das províncias, que em várias
ocasiões chegaram quase a se tornarem independentes de Istambul, como por exemplo, os de
Bursa e de Edirne antes de 1453, ou Iskander Bei, na Albânia, em 1443. Os beis tinham, no
entanto, as suas próprias bandeiras (Sanjaks).

▪BEYLERBEYI - Senhor dos Senhores. Um cargo que significa governo sobre uma grande
província, equivalente ao governador-geral. O cargo conferia ao titular o título pessoal de
Pasha.
▪ÇAVUS – equivale a sargento; aquele que dá ordens; era um título otomano usado para duas
profissões separadas de soldado, ambos atuando como mensageiros, embora com níveis
diferentes.

▪ÇELEBI - é um título turco que significa "cavalheiro", "educado" ou "cortês". Também significa
"homem de Deus", pois a palavra raiz çalab (pronuncia-se chalab) significa Deus no antigo
turco.

▪DERVISH - um membro de uma ordem religiosa muçulmana. São seguidores do sufismo,


vertente mística do Islã que surgiu no século VII, junto com a doutrina do profeta Muhammad.

▪EFÊNDI ou EFFENDI - é um título de nobreza utilizado em diversos países do Oriente Médio,


equivalente a senhor ou mestre. É um título de respeito ou cortesia usado na Turquia desde o
período otomano; tradicionalmente segue-se ao nome pessoal, e costuma ser empregado com
membros de profissões cultas e funcionários do governo que não tinham cargos elevados
(como bei ou Paxá). Também é usado por criados, ao se referir ao seu senhor, em situações
formais.

▪EMIR - surgiu da palavra árabe amir, que significa comandante ou príncipe. O título não tem
relação com a religião e é dado a lideranças militares, governadores ou autoridades.
Atualmente designa sobretudo alguns chefes de estado muçulmanos ou líderes de
organizações islâmicas. Outro uso para o termo é a designação dos descendentes de Maomé.

▪GHAZI - vitorioso, um título conferido a líderes que se distinguem na guerra; um termo


islâmico para o soldado muçulmano; aquele que empreende uma expedição militar",
"conquistador". Gazi foi também usado como título honorífico no Império Otomano, sendo
geralmente traduzido como "o vitorioso", atribuído a oficiais militares de alta patente que se
distinguiam no campo de batalha contra inimigos não muçulmanos.

▪GRÃO VIZIR - durante o Império Otomano, o Grão-vizir era a mais alta autoridade depois do
sultão, sendo considerado representante deste e atuando em seu nome. Estava
hierarquicamente acima de outros vizires de menor rango que se reuniam na Sublime Porta do
Palácio de Topkapı, em Istambul.

▪HANIMEFENDI - eram as consortes favoritas dos şehzades.

▪HATUM - era usado como um título honorífico para mulheres no período otomano antes do
século XVI, aproximadamente equivalente ao termo inglês Lady . É uma grafia variante de
khatun . Como a maioria dos títulos honoríficos turcos, é usado após o primeiro nome.
▪HAZRETLERE - título designado a pessoas altos cargos em sultanatos, emirados, principados.
Equivale a Alteza Real, Eminência, Vossa Majestade, Vossa Excelência.

▪IKBAL - também foi o título dado à consorte imperial do sultão do Império Otomano , mas que
ficou abaixo do posto de Kadın . Os Sultões geralmente tinham três, quatro e seis Ikbals. As
Ikbals eram as mulheres apontadas como companheiras favoritas do Sultão que estavam na
fila para serem promovidas ao posto de Kadin, com a morte ou divórcio de uma destas. As
Ikbals às vezes se tornavam mães dos filhos dos Sultões e, após sua morte, seus filhos eram
dados às Kadins para criar.

▪IMAM - varia de acordo com regiões e seitas. Geralmente, o imam é a pessoa que coordena a
oração na mesquita. Os sunitas, dão o título a um homem sábio que tem a tarefa de orientar
os muçulmanos nas questões religiosas.

▪KADIM - era o título dado às consortes oficiais do sultão do Império Otomano. O título foi
oficialmente usado pela primeira vez durante o reinado do Sultão Suleiman II. O sultão pode
ter até quatro e algumas vezes cinco mulheres, ou seja, esposas com a posição imperial de
Kadın e um número ilimitado de esposas com a posição de Ikbal. A dinastia otomana tinha três
títulos para damas imperiais: Valide Sultan , a rainha-mãe , Kadinefendi, a rainha consorte e
Hanimefendi, a favorita .

▪MARGRAVE - título dado aos senhores encarregados de governar e administrar as províncias


fronteiriças, no antigo Império Otomano.

▪PAXÁ ou PASHA - é a denominação dada entre os turcos aos governadores de províncias do


Império Otomano dado a generais e governadores dignatários, e correspondia ao título de
"Excelência" usado no Ocidente. Era um título superior ao de Bei. Concedido em vários graus,
representados por um chicote, sendo mais alto grau um chicote com três rabos de cavalo, o
segundo de dois rabos de cavalo e o terceiro de um rabo de cavalo. Foi suprimido na Turquia
em 1934.

▪SANJAKBEY - nome dado a um Bey nomeado para o comando militar e administrativo de um


distrito. Era um oficial de alta patente. O termo sanjak significa "bandeira" ou "estandarte" O
sanjakbey era, por sua vez, subordinado a um beylerbey ("Bey de Beys") que governava um
estado e comandava seus sanjak-beys subordinados na guerra. Desse modo, a estrutura de
comando no campo de batalha assemelhava-se à hierarquia do governo provincial.
Os governadores de Sanjak também tinham outras funções, por exemplo, a perseguição de
bandidos, a investigação de hereges, o fornecimento de suprimentos para o exército ou o
envio de materiais para a construção de navios, conforme ordenado pelo sultão.

▪ŞEHZADE SULTAN - é a forma turca do título persa Shahzade e se refere aos descendentes
masculinos de um soberano otomano na linha masculina. Este título é equivalente a " príncipe
do sangue imperial " em inglês.

No tratamento formal, este título é usado com o título de sultão antes de um determinado
nome, refletindo a concepção otomana do poder soberano como uma prerrogativa da família.
Apenas um şehzade tinha o direito de suceder ao trono . Antes do reinado de Mehmed II
(1444-1446 e 1451-1481), os filhos dos sultões usavam o título Çelebi após o nome.

Não há equivalente feminino de şehzade ou título especial para princesas na realeza otomana.
Em persa, shahzade é usado para descendentes masculinos e femininos de um monarca.

▪SHEIKH - um pregador; uma cabeça de uma comunidade religiosa. "Ancião; chefe, soberano".
É comumente utilizado para designar o chefe de uma tribo que herda esse título de seu pai, ou
um estudioso islâmico, que alcança esse título depois de se formar na escola básica islâmica.
Normalmente, uma pessoa é conhecida por xeique quando se especializou nos ensinamentos
do Islão, podendo ter à sua responsabilidade os cuidados de uma mesquita, conduzir orações,
realizar casamentos e outras funções. Seu papel nas antigas tribos de beduínos era a de um
líder espiritual-político e, em certos casos, militar (equivalente a um capelão).

▪SULTÃO - do árabe sultan, que significa “autoridade” ou “domínio”.Era usado pelos soberanos
do mundo islâmico. No século XI, quando o califado começou a se fragmentar, os sultões
passaram a governar os pequenos reinos que surgiram.

No início do século 16, este título, usado por homens e mulheres da dinastia otomana, estava
substituindo outros títulos pelos quais membros proeminentes da família imperial eram
conhecidos (notadamente hatun para mulheres e bey para homens). Consequentemente, o
título valide hatun (título de mãe viva do sultão otomano reinante antes do século 16) também
se transformou em sultão valide.

A tradição ocidental conhece o governante otomano como "sultão", mas os próprios


otomanos usavam "padişah" (imperador) ou "hünkar" para se referir a seu governante.

No discurso formal, os filhos do sultão também foram intitulados "sultão", com os príncipes
imperiais ( şehzade ) carregando o título antes de seu nome, e as princesas imperiais
carregando-o depois. Exemplo, Şehzade Sultan Mehmed e Mihrimah Sultan , filho e filha de
Suleiman, o Magnífico.

▪VIZIR - era um ministro e conselheiro de um xá (rei da antiga Pérsia) e, posteriormente, de um


monarca de um país islâmico. O vizir fazia a ligação entre o monarca e os seus súditos – função
parecida com a de um primeiro-ministro. O termo significa "ajudante". A função surgiu no
século VIII e cabia ao vizir ficar entre o califa e o povo. Mais tarde, o título foi estendido a
todos os integrantes do ministério, até os oficiais e governadores. Durante o Império
Otomano, o representante do califa era chamado de grão vizir para diferenciá-lo dos demais
vizires.

▪VALIDE SULTAN - significa literalmente "mãe do sultão". Era o título detido pela "mãe legal"
de um sultão governante do Império Otomano. Normalmente, a mãe viva de um sultão
reinante possuía esse título. As mães que morreram antes da ascensão de seus filhos ao trono
nunca foram agraciadas com o título de Sultão Valide. Em casos especiais, as avós e madrastas
de um sultão reinante assumiram o título de Sultão Valide. Antes do século XVI, as mães dos
sultões reinantes, eram chamadas de Valide Hatun.

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