Análise Bromatológica Da Azolla (Azolla SPP)
Análise Bromatológica Da Azolla (Azolla SPP)
Análise Bromatológica Da Azolla (Azolla SPP)
SÃO LUÍS - MA
2013
1
SÃO LUÍS - MA
2013
2
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
Profª. Drª. Maria Inez Fernandes Carneiro
Doutora em Zootecnia/UEMA
______________________________________________
Prof. Dr. José Ricardo Soares Telles de Souza
Doutor em Ciência Animal/UEMA
______________________________________________
Prof. MSc. José dos Santos Pinheiro
Mestre em Zootecnia/UEMA
3
... f
CDU: 639.3.043.2
... f
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por sempre me dar força e luz, me auxiliando sempre
no caminho que devo andar e por fornecer-me conquistas e realizações.
A minha mãe Maria Helena, por estar sempre presente na minha vida, me dando todo
apoio na longa estrada da vida e me ajudando nos momentos difíceis.
A minha irmã Josyhelen, por sempre compartilhar todos os momentos bons e ruins que
ocorrem no decorrer da vida e a desejo um futuro brilhante.
Aos meus Avós maternos e paternos por terem me ensinado valores aos quais tenho
hoje muito apreço e por sempre estarem presentes nas horas mais difíceis.
A minha tia Célia Regina que é muito digna e sábia e por me auxiliar nas decisões
tomadas na minha vida.
A minha Orientadora Maria Inez F. Carneiro por me auxiliar neste trabalho e pela
paciência que teve comigo neste momento importante na minha vida. Foi um prazer trabalhar
com a senhora.
Ao meu co-orientador Christoph Gehring por me fornecer as amostras e tornar
possível à realização deste trabalho.
Aos técnicos do Laboratório de Bromatologia Regina e o Dogival, por me ajudar nos
procedimentos e na coleta de dados, que proporcionou os resultados do trabalho.
Aos meus amigos da UEMA Alesandra Rocha, Kelly Chrisnea, Hevelise Dias, José
Eduardo Freitas, Thiago Moraes, Livia Maria Silva, Thalles Policarpo, Mailson Cunha e
Dailiene Martins por estar ao meu lado em toda a graduação e em momentos de grande
relevância da minha vida.
A meu amigo do curso de geografia Derocy Dias por me ouvir e sempre se mostrar
disposto a me ajudar em qualquer situação.
A todos os meus primos, primas e minhas amigas Liliane e Conceição por
proporcionar momentos bons ao longo da minha vida.
Finalmente agradeço a mim, por ter tido força de vontade e perseverança para chegar a
esta etapa da minha vida e lutar para realizar meus sonhos.
6
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS..............................................................................................................6
LISTA DE FIGURAS..............................................................................................................7
RESUMO...................................................................................................................................9
ABSTRACT.............................................................................................................................10
1. APRESENTAÇÃO..............................................................................................................11
2. OBJETIVOS........................................................................................................................12
3.4.1 Bromatologia....................................................................................................................22
4. MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................................23
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................,.......31
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................34
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................35
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RESUMO
ABSTRACT
Azolla is a genus of aquatic ferns Azollaceae family, this genus has seven species,
where three are found in Brazil. This can be an important source of animal feed and has a high
protein value and productivity. Azolla is an ideal plant for replacement feeding for fish and
has been widely used as an alternative food for fish and the nutritional value of Azolla for fish
vary greatly in species of Azolla. This study aimed to determine the chemical composition of
Azolla (Azolla spp) for their use in fish diets. Azolla samples were collected and sent to the
Laboratory of Animal Nutrition, Department of Animal Science UEMA, Campus of St. Louis,
were homogenized, weighed and taken to greenhouse forced ventilation for pre-drying for 72
hours. Then were weighed and ground in a grinder type knife, mash with a sieve of 16, with
sieves of 1mm. Was performed to determine the dry matter (DM), moisture, crude protein
(CP), ether extract (EE), mineral matter (MM) crude fiber (CF), neutral detergent fiber (NDF)
and acid detergent fiber (ADF), done in duplicate, according to the methodology described by
Silva (2002). The results obtained are Azolla chemical composition according to the
bibliography, which is a food protein concentrate, its chemical composition can vary
depending upon the species, growth factors and other favorable. It is concluded that this can
easily replace a component that provides babassu meal as protein and replace as partial
soybean meal and meatmeal or maybe energy as corn or cassava meal in feed for fish.
1 APRESENTAÇÃO
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DE LITERATURA
Azolla é uma pequena samambaia aquática flutuante e livre, nativa da Ásia, África e
das Américas, vive em lagos, pântanos e em valas (LUMPKIN & PLUCKNETT, 1982). Foi
encontrado restos dessa samambaia, em sedimentos marinhos, mostrando que a espécie
ancestral cresceu em ecossistemas marinhos durante o Eoceno. No entanto as espécies atuais
só vivem em água doce. (KEMPEN et al, 2012).
O comprimento de macrófitas do gênero Azolla varia entre 1,0 a 2,5 cm entre os
menores e em espécies como a Azolla nitolica chega a 15 cm ou mais. Na Azolla saprophyte
consiste em um rizoma principal horizontal para vertical possuindo raízes individuais ou
pacotes de raízes nos pontos de ramificação, folhas arranjadas alternadamente e associado
com cianobactéria endofíticos. Raízes de Azolla não possuem clorofila sendo iniciadas em
pontos de ramificação ao longo do rizoma pela células mães solteiras que sofrem divisão
periclinical e raiz cabelos de urso de até 1 cm de comprimento que emerge sob uma coifa.
Pêlos radiculares surgem a partir da divisão de células epidérmicas tangencial sobre a metade
inferior da raiz. Raízes adventícias ramificadas pendem para a água, possuem nós na
superfície ventral dos rizomas, as raízes absorvem nutrientes diretamente da água, por meio
de águas muito rasas que podem tocar o solo, derivando os nutrientes a partir dele
(LUMPKIN e PLUCKNETT 1980).
A folha é geralmente é composta de dois lobos, um lobo dorsal aéreo de espessura fina
e um lóbulo ventral ocasionalmente de um tamanho ligeiramente maior. O lóbulo dorsal
clorofilados, exceto na margem transparente, contém o colônias de Anabaena dentro de uma
cavidade da base ligada à atmosfera através um poro no lado adaxial. A superfície inferior do
lóbulo dorsal tem uma epiderme coberta com linhas verticais de estomas com célula única. O
interior da superfície de cada uma das cavidades da folha é revestida com envelope e cobertos
por uma camada de composição mucilaginosa desconhecida que está incorporado com
filamentos de Anabaena Azollae e permeados por transferência cerdas multicelulares (SHI &
HALL, 1988).
14
A etimologia do nome Azolla é derivada de duas palavras gregas, Azo (para seca) e
Ollyo (para matar), assim, significando que a samambaia é morta pela seca. O gênero Azolla
Lamarck (estabelecido por LAMARCK, 1783), antes pertencia a família Salviniaceae e
consistia de dois subgéneros e seis espécies vivas. Um subgênero Euazolla incluiu quatro
espécies de Azolla filiculoides, Azolla caroliniana, Azolla microphylla e Azolla mexicana e o
subgênero Rizosperma incluídas duas espécies: Azolla pinnata simples e Azolla nilotica sem
glochidia. (LUMPKIN e PLUCKNETT, 1980). O subgênero Rizosperma é caracterizada pela
presença de papilas todo o corpo vegetativo, a presença de nove megasporócito e a presença
de glochidia simples, enquanto subgênero Euazolla é caracterizada por possuir apenas papilas
nas folhas e alguns ramos, a presença de três megásporo e a presença de bem desenvolvida de
glochidia com estruturas terminais (LUMPKIN e PLUCKENTT, 1982).
Segundo TAN et al. (1986) é mais apropriado para classificar Azolla na família
Azollaceae. Eles propõem que tanto subgêneros e seções devem ser utilizados na taxonomia
especifica de Azolla, Azolla deve ser dividido em seções: Seção I Azolla, deve incluir (A.
filiculoides, A. mexicana, A. caroliniana e A. Microphylla). Seção II Rizosperma, deve conter
apenas A. pinnata. Propondo que A. nilótica pode ser colocada em um novo subgênero
tetrasporocarpia. Justificando essa separação de sobre as bases que tem o hábito único de
15
jovens, falta heterocistos nos tricomas. Como a folha amadurece, a Anabaena aumenta o seu
número e freqüência de Heterocisto e tornam-se capazes de fixar o nitrogênio atmosférico em
simbiose e fornece a nitrogênio fixado para o feto (Azolla). Heterocistos aumentam
gradualmente, compreendem 30-40% das células de algas, tricomas maduras possuem
composição em média de 60,9% de células vegetativas, heterocistos 23,1% e 16% akinetes
(MAEJIMA et al. 2002).
Segundo CARRAPIÇO (2001), a associação simbiótica com Anabaena, permite que
Azolla possa desempenhar um importante papel na agricultura como fonte de nitrogênio
(biofertilizante), substituindo parcialmente a utilização de adubos químicos. Verifica-se que a
incorporação de Azolla fresca ou em composto em solos pobres promove o seu
enriquecimento em matéria orgânica e nutrientes, não só em nitrogênio, mas também em
fósforo e potássio que a planta acumula durante o desenvolvimento.
3.1.4 Reprodução
como o ingrediente principal era saborosa e não afetou ou causou diarréia em kits de coelhos
jovens, no entanto, causou aborto quando fornecido a coelha grávida. LESTARI et al (1997)
observaram que a utilização de Azolla microphylla como fonte natural de lisina, na forma
farelo de folha concentrado (FFC) em ração de coelho, obteve o peso de abate maior em
coelhos alimentados com FFC do que com aqueles alimentados sem FFC (1,330 g x 1103 g).
Peso e carcaça percentual do coelho alimentado com FFC comparado com aqueles sem FFC
em sua ração foi de 594 g (48,3%) em relação a 491g (44,9%), respectivamente.
alimentar foram melhorados como o nível da refeição de Azolla na dieta, aumentou entre
8,5-42,45%. E da mesma maneira, a menos de 25% foi possível a Substituição da farinha de
peixe por Azolla pinnata em alimentação de tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus. Quando a
refeição de Azolla seca foi incorporada na dieta para alevinos de tilápia do Nilo foi possível
até 50%. De acordo com THRWAT (1999) a utilização de Azolla seca no crescimento e
alimentação de tilápias (O. niloticus) não foram significativamente reduzido, enquanto os
peixes alimentados com Azolla frescos sozinho exibiu um desempenho extremamente fraco
no crescimento.
Um estudo realizado por EBRAHIM et al. (2007) revelou que a refeição de Azolla em
um nível máximo de 31,8% (pelete seco) era adequado como uma proteína dietética
complementar para tilápia quando incorporadas 50% de substituição por proteína de soja, sem
qualquer efeito adverso sobre o desempenho do crescimento, taxa de sobrevivência, a
utilização do alimento e parâmetros econômicos.
3.3 PISCICULTURA
3.4.1 Bromatologia
Logos que significa Ciência. Portanto, por extensão dos termos BROMATOS e LOGOS,
então pode-se definir Bromatologia como a ciência que estuda os alimentos. O seu objetivo
principal é conhecer a composição química dos alimentos, sua ação no organismo, seu valor
alimentício e calórico, suas propriedades físicas, químicas, toxicológicas e também
adulterantes, contaminantes, fraudes, etc. e para os técnicos é importante conhecer também
sua digestibilidade, ou seja, a parte do alimento que estaria disponível para o animal.
As análises laboratoriais têm por objetivo separar os componentes dos alimentos em
frações de metabolização previsíveis e digestibilidade, utilizando métodos rápidos com um
custo analítico baixo. Estas Análises devem ser utilizadas visando dar uma idéia aproximada
do valor nutricional de determinada dieta. As análises clássicas comumente realizadas visam
obter as seguintes informações sobre os alimentos: Matéria Seca (MS), Proteína Bruta (PB),
Fibra em Detergente Neutro (FDN), Fibra em Detergente Ácido (FDA), Extrato Etéreo (EE),
Cinza ou Matéria Mineral (MM), Digestibilidade in vitro da MS (DIVMS). Tais
componentes, na realidade, não são compostos quimicamente definidos, mas sim, grupos de
compostos químicos (MACIEL, 2007).
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Onde:
A= Peso da Matéria verde
B= Bandeja
C= Peso do Material Seco
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O material seco foi moído em moinho tipo faca, com peneira de 16 mash, com crivos
de 1mm, para realização dos outros procedimentos, sendo estes realizados em duplicatas e
depois retirado uma média.
Para a obtenção do teor de umidade da Azolla foi pesado o cadinho, limpo e
previamente seco em estufa a 105°C por uma hora, resfriado em dessecador até temperatura
ambiente por 1 hora. Pesou-se 3 g da amostra e colocado em estufa pré-aquecida a 105°C até
peso constante (6 horas), o cadinho foi mantido com tampa semi-aberto. Retirou-se da estufa,
deixando-se em dessecador até temperatura ambiente. Este foi o calculo utilizado para
encontrar a umidade:
UMIDADE%= A – B x 100
C
Onde:
A= Peso do recipiente + Amostra
B= Peso do recipiente + amostra após secagem
C= Peso da amostra
25
Fig. 3 – Amostra de Azolla em Fig. 4 – Amostras de Azolla em
balança analítica. Estufa.
Foi retirada a Matéria seca (matéria seca definitiva) da Azolla spp calculando-se a
Matéria Pré Seca (MPS) multiplicada pela Umidade a 105ºC dividido por 100, este é o valor
da Matéria seca.
CÁLCULO:
MSDF = MPS x MS105ºC
100
Onde:
A = Peso do cadinho + Resíduo
B = Peso do cadinho
C = Peso da amostra em g
26
Fig. 5 – Amostragem para
retirada da percentagem de Fig. 6 – Amostras de Azolla
cinzas da Azolla em Forno-mufla.
Para adquirir a porcentagem de Fibra em Detergente Neutro (FDN) foi feito o seguinte
procedimento: Os papeis filtro que foram utilizados permaneceram previamente em estufa a
105° C por 24h, esfriados em dessecador e tarados. Foi Pesado 1,0 g de amostra com tamanho
de partícula de 1 mm, colocado a amostra em copo de digestor, adicionado 100 ml de solução
detergente neutro 0,5 g de sulfato de sódio e 2ml de solução antiespumante. Aquecido a
ebulição por 1h no digestor (ebulidor com reflexo). Foi filtrado o conteúdo a vácuo cada vez
que a água destilada quente for adicionada ao filtrado, lavado o filtrado três vezes, com água
destilada quente, tomando-se o cuidado para fechar o vácuo cada vez que a acetona for
adicionada ao filtrado e religando-o em seguida e finalmente foi levado o papel filtro para a
estufa a 105° C, durante 8 horas ou por uma noite (12 h), esfriado em dessecador e Pesado.
% FDN= A – B x 100
C
Onde:
A= Tara do papel filtro + FDN
B= Tara do papel filtro
C= Peso da amostra
28
Fig. 9 – Digestão da Azolla para Fig. 10 – Filtração a vácuo da
FDN. solução para FDN.
Para adquirir a porcentagem de Fibra em Detergente Ácido (FDA) foi feito o seguinte
procedimento: Pesou-se 1,0 g de amostra com tamanho de partícula de 1 mm, em duplicata
em seguida foi colocado a amostra em béquer de 500 ml. Adicionou-se 100 ml da solução
detergente ácido. Aquecido a ebulição por 1 hora no digestor (ebulidor com reflexo). Foi
filtrar o conteúdo, a vácuo, em papel filtro previamente tarado, interrompendo o vácuo a cada
vez que o filtrado for adicionado. Filtrou-se o conteúdo a vácuo cada vez que a água destilada
quente for adicionada ao filtrado e foi lavado o filtrado três vezes, com água destilada quente,
tomando-se o cuidado para fechar o vácuo cada vez que a acetona for adicionada ao filtrado e
religando-o em seguida. Foi lavado o filtrado 2 vezes com acetona, interrompendo o vácuo,
cada vez que a acetona for adicionada ao filtrado, religando o vácuo em seguida e finalmente
foi levado os papeis filtro para a estufa a 105° C, durante 8 horas ou por uma noite (12 h).
Esfriados em dessecador e pesados.
% FDA= A – B x 100
C
Onde:
A= Tara do cadinho + FDA
B= Tara do cadinho
C= Peso da amostra
29
Para obtenção do Extrato etéreo foi pesado de 2 gramas da amostra e transferida para o
cartucho extrator, secando-se a 105° C durante 2 horas. Secou-se o copo em estufa a 105° C
por uma hora, esfriado em dessecador até temperatura ambiente e pesado. Foi introduzido o
cartucho no extrator; adicionando-se quantidade suficiente de solvente ao copo, conectando
ao extrator, ajustou-se o conjunto ao condensador, extraindo-se por um período de 6 horas, a
velocidade de condensação de 4 a 6 gotas por minuto. Recuperou-se o solvente e completou-
se a secagem do copo em estufa a 105°C por 30 minutos, esfriando-se em dessecador até
adquirir temperatura ambiente e pesado.
Para a obtenção de Proteína Bruta (PB), foi pesado de 0,3 g da amostra e transferido
para um tubo. Adicionado aproximadamente, 2g de mistura catalítica e 5 a 10 ml de ácido
sulfúrico P.A deixando escorrer pela parede do frasco. Procedeu-se a digestão até que a
solução fique límpida, continuou-se por mais 30 minutos após o clareamento (coloração azul
– esverdeada). Esfriado e dissolvido com aproximadamente 10 ml de água destilada. Foi
colocado em Erlenmeyer 20 e 50 de ácido bórico a 4% para receber o destilado e conectou-se
o tubo contendo a amostra digerida no suporte e bocal apropriada (destilador). Adicionou-se
aproximadamente 20 ml de NaOH a 40%, Destilando-se por arraste mantendo o terminal do
condensador mergulhado na solução receptora (ácido bórico 4%) até que toda a amônia seja
liberada e finalmente procedendo-se paralelamente prova em branco dos reagentes utilizados.
O valor obtido da proteína foi dividido pelo valor de MS 105°C.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
& IYAYI (2006) observaram um resultado superior ao encontrado neste experimento, sendo
47.0%.
O valor encontrado para Proteína Bruta foi 22.3, resultado levemente superior ao de
ALALADE & IYAYI (2006), BACERRA et al (1995) e SOUZA et al (2008) com valores que
variam entre 21.4 e 21.7%, contudo VAN HOVE (1989) observou resultados para Proteína
Bruta de Azolla de 23.0 a 30.0% e BASAK et al (2002) observou 25.78.
O resultado para Extrato Etéreo foi 2.2%, resultado próximo ao de QUERUBIN et al.
(1986), eles encontraram 2.6%. Para BACERRA et al (1995), o extrato etéreo de Azolla
obteve 2.7%, resultado idêntico ao de ALALADE & IYAYI (2006), porém VAN HOVE
(1989) e BASAK et al (2002) encontraram entre 3.3 e 3.4% como valor máximo.
A quantidade de Fibra Bruta observada foi 14.0, com resultado próximo ao de SOUZA
et al (2008) que obteve 13.7% utilizando Azolla filiculoides. Neste experimento obteve-se
resultado superior ao de ALALADE & IYAYI (2006) 12.7% e BACERRA et al (1995) 12.7%
e resultado inferior ao de BASAK et al (2002) e QUERUBIN et al (1986) com valor de
15.7%.
O teor de Fibra em Detergente Neutro totalizou neste experimento 55.4%. O resultado
foi um pouco superior ao encontrado por ALALADE & IYAYI (2006) e BACERRA et al
(1995) que encontraram 47.08 e 36.88%.
O teor de Fibra em Detergente Ácido observado foi de 42.3%, resultado inferior ao de
BACERRA et al (1995) que foi de 47.08% e superior ao de ALALADE E IYAYI (2006),
36.08%.
Os valores para composição química encontrados neste experimento utilizando a
Azolla (Azolla spp) ficou próximo ao encontrado na literatura com algumas diferenças nos
décimos dos valores de percentagem. Essa diferença na matéria seca, proteína, extrato etéreo
e fibras pode ter ocorrido devido diferença de espécies estudadas ou simplesmente diferença
nas cultivares de Azolla, levando em consideração o ambiente e condições de cultivo.
A Tabela 3 apresenta os valores da composição química para Azolla spp encontrado
neste experimento comparado a valores nutricionais de alguns alimentos comumente
fornecidos em criações de peixe. Estes alimentos, que geralmente são componentes de rações,
é o milho em grão (Zea mays), farelo de soja (Glycine max) tipo 44, farelo de arroz (Oryza
sativa), farelo de babaçu (Orbignya phalerata), farelo de mandioca (Manihot utilisima) e
farinha de carne e ossos. Os valores estão de acordo com ROSTAGNO et al (2011).
33
Tabela 3 – Valores da Azolla (Azolla spp) comparado a outros componentes de ração para
peixe.
F. de F. de F. de F. de F. de
Componente Azolla spp. Milho Soja Arroz Babaçu mandioca Carne
Matéria Seca 34.9 87.48 88.46 89.34 92.41 87.67 92.74
Matéria Mineral 23.4 1.8 7.0 8.98 4.06 4.0 38.43
Proteína Bruta 22.3 8.5 44.0 13.2 20.19 3.0 41.0
Extrato Etéreo 2.2 3.2 1.5 14.49 2.15 0.59 12.50
Fibra Bruta 14.0 1.7 8.0 8.07 47.52 8.0 -
Fibra em Detergente
Neutro 55.4 11,93 14.81 21.53 63.21 11.75 -
Fibra em Detergente
Ácido 42.3 3.38 8.07 12.58 36.93 4.27 -
A Azolla spp estudada neste trabalho apresenta baixa quantidade de Matéria Seca,
porém esta possui uma grande produtividade (EMBRAPA, 1992). Em relação com os outros
alimentos apresentados na tabela 5, a Azolla possui a menor concentração de Matéria Seca e
provavelmente maior quantidade de água (umidade), sendo menos favorável a fabricação de
farelos do que os demais alimentos comparados.
Esta espécie não se trata-se de um alimento concentrado apesar de possuir menos que
18% de Fibra Bruta na Matéria seca, pois os valores de FDN e FDA se mostraram muito
elevados, caracterizando um alimento fibroso ou um volumoso. De acordo com este
experimento por possuir teores elevados de Proteína Bruta, acima de 20%, o Azolla spp seria
um alimento protéico, porém as características químicas apresentadas quanto ao valor de
fibras, não permitem que o Azolla spp seja assim classificado. Contudo o valor para proteína
bruta se mostrou maior que alimentos energéticos como o milho, o farelo de arroz e o farelo
de mandioca, tendo também maior proteína bruta que a farelo de babaçu que também é um
alimento protéico, perdendo em valores de proteína apenas para o farelo de soja e farinha de
carne e ossos.
A quantidade de gorduras encontradas no extrato etéreo da Azolla foi superior ao
encontrado no farelo de soja e mandioca, porém tem menos gordura que o milho, o arroz, o
babaçu e a farinha de carne e ossos.
O teor de Matéria Mineral encontrados para esta Azolla é inferior apenas a Matéria da
farinha de carne e ossos, ou seja, a Azolla spp possui uma grande quantidade de minerais e
carboidratos não estruturais contidos nas cinzas, valor superior aos demais alimentos
comparados neste trabalho.
34
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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