Microbiologia e Imunologia
Microbiologia e Imunologia
Microbiologia e Imunologia
História da Microbiologia
Antes do Século XVIII, as doenças eram atribuídas a maldição
divina, nos miasmas (vapores, maus odores ou venenos) e tinham o
ar como meio de transmissão.
As primeiras observações se deram com Antoni Van Leeuwenhoek
com lentes de 200 a 300 vezes. Fundador da microbiologia e
descreveu os microrganismos como animálculos.
A Teoria da Geração Espontânea veio para responder o motivo do
surgimento de larvas, ratos e outros animais que surgiriam de
matéria orgânica. Os girinos, por exemplo, surgiam da poça d’água.
Foi Francesco Redi que demonstrou por meio de um experimento
que não existia geração espontânea. Porém foi Luiz Pasteur que
provou que a teoria era completamente falsa através do
Experimento de Pasteur.
A Teoria Microbiana das Doenças foi proposta por Robert Koch
(1843-1910) que descobriu a etiologia do Antraz, fez o primeiro
isolamento bacteriano, descobriu e isolou o bacilo causador da
tuberculose desenvolvendo o primeiro tratamento contra a
tuberculose e revolucionando a medicina aumentando a
expectativa de vida em décadas.
Alexander Fleming descobriu a penicilina vindo de uma colônia de
fungos (Penicillium) que servia como inibidor do crescimento
bacteriano
Características Gerais
Eles podem ser Unicelulares, Pluricelulares, ou Acelulares (vírus)
possuindo membrana plasmática envolvendo a estrutura e são
compostos por uma capa proteica.
Outra característica celular é a diferenciação entre Procariotos e
Eucariotos: Procariotos são células sem núcleo definido, com parede
celular, presença de plasmídeos (pequenas moléculas de DNA
circulando livres no citoplasma), um nucléolo (núcleo rudimentar),
eles também não possuem mitocôndrias e várias outras estruturas
celulares; já as células Eucariotas possuem um núcleo verdadeiro
com ausência de plasmídeos, ausência de parede celular, possuem
citoesqueleto.
Podem ser Autótrofos – produzem o seu próprio alimento (exemplo:
plantas, algas e algumas bactérias); Heterótrofos – dependem de
alimentos disponíveis no ambiente em que vivem (exemplos:
animais, fungos, protozoários e algumas bactérias).
Sistema de Classificação
Os Cinco Reinos
Monera: Procariotos
Protista: Eucariotos unicelulares – protozoários (sem parede
celular) e algas (com parede celular)
Fungi: Eucariotos aclorofilados
Plantae: Vegetais
Animalia: Animais
Formas
Esférica (Cocos): grupo homogêneo
em relação ao tamanho, sendo
células menores.
Cilíndrica (Bacilos): forma de
bastão, podendo ser longo ou
delgados, pequenos ou grossos,
extremidade reta, ou arredondada
Espiralada (Espirilos ou
Espiroquetas):
Espirilos: possuem um corpo
rígido e se movem às custas
de flagelos externos.
Espiroquetas: são flexíveis e
locomovem-se
provavelmente às custas de
contrações do citoplasma.
Formas de transição
Cocobacilos: bacilos muito curtos.
Vibrões: espirilos muito curtos, assumindo formas de vírgula.
Arranjo de Cocos
Diplococos: cocos agrupados aos pares.
Tétrades: cocos agrupados em quatro.
Sarcina: cocos agrupados em oito.
Estreptococos: cocos agrupados em cadeia.
Estafilococos: cocos em arranjos irregulares.
Arranjo de Bacilos
Bacilo isolado: uma única estrutura.
Diplobacilos: duas bacilos unidos.
Estreptobacilos: quatro bacilos unidos.
Paliçada: estruturas agrupadas de forma entrelaçada.
Estruturas Externas a Parede Celular
Glicocálice: significa revestimento de açúcar. Termo geral
utilizado para substâncias que circundam a célula. Polímero
bem viscoso e gelatinoso ao lado externo da parede celular.
Estrutura desorganizada e fracamente aderida à parede celular.
Desempenha papel na aderência. Quanto mais Glicocálice,
maior potencial virulento. Pode ser uma fonte de energia.
Parede Celular
Paredes Celulares são estruturas complexas, semirrígida que circunda
a membrana plasmáticas (mais frágil). Suas funções incluem a forma
da célula, protege a célula das variações do meio externo (o choque
osmótico), é o ponto de ancoragem de flagelos fímbrias sendo
constituída de peptideoglicano.
Bactérias podem não possuir parede celular, como os Micoplasmas e
os Ureaplasmas. Já as que possuem se dividem em dois grupos:
Parede Celular Típica e Parede Celular Atípica.
Parede Celular Típica podem ser Gram+ ou Gram- (positiva ou
negativa) e englobam a maioria das bactérias de importância médica.
Peptideoglicano (mureína) confere a rigidez à parede. No caso das
Gram+ você tem uma parede celular espessa com várias camadas de
peptideoglicano. E em Gram- possuem uma parede delgada.
Gram+
Muitas camadas de
peptideoglicano as tornando
mais espessas e rígidas.
Constituídas também de
ácidos teicóicos – função no
crescimento celular (ou seja,
divisão celular),
reconhecimento específico
(antigênico) da bactéria e sítio
de ligação da bactéria com o
hospedeiro
Gram-
Uma camada fina de peptideoglicano e uma membrana externa,
conectadas através de lipoproteínas, formando uma estrutura
estável. Formada por uma bicamada de fosfolipídios, proteínas e
lipopolissacarídeo (LPS).
Entre as proteínas da membrana externa, existe a porina, formando
canais (poros) que controlam o fluxo de entrada e saída de
substâncias da célula.
Esse LPS possui uma porção
chamada Polissacarídeo O,
que atua como antígeno
(marcador de diferença)
facilitando a diferenciação de
bactérias Gram+ e Gram-, e
outra porção denominada
Lipídeo A é considerada uma
endotoxina, pois causa
toxicidade quando se
encontra na corrente
sanguínea.
Coloração de Gram
Utiliza corante específicos para diferenciar bactérias Gram+ e Gram-
ao microscópio, baseando-se na diferença das paredes celulares.
Primeiro é pingado uma solução de Cristal Violeta deixando a lâmina
em cor roxa, segundamente é pingado o Iodo (Solução de Logol),
uma solução mordente que vai tingir a lâmina e manter a coloração
da lâmina, é feito uma lavagem com álcool que vai descolorir parte
das bactérias, por fim é aplicado safranina (contracorante). As
bactérias roxas serão as Gram+ e as Gram- ficarão na cor rosa.
Estruturas Internas a Parede Celular
Membrana Plasmática ou Citoplasmática: Estrutura fina (8 nm)
e fluída, composto de proteínas imersas na bicamada lipídica
(fosfolipídios, ou seja, Ácidos Graxos Hidrofóbicos e Glicerol
Fosfato Hidrofílicos).
Processo de Esporulação
1. Primeiro se forma o septo do esporo que se isola do DNA
recém-replicado.
2. Septo já se rompendo com uma nova camada citoplasmática
circundando o DNA.
3. Se forma então uma dupla membrana.
4. Agora se forma uma camada de peptideoglicano com função de
proteger o DNA que será liberado ao meio externo.
5. A capa do esporo se forma.
6. O endósporo é liberado da célula para habitar em outro
hospedeiro. Depois a capa da célula irá se regenerar e o esporo
irá sobreviver por muito tempo e a várias condições adversas
do meio.
Destruição de Endósporos
Existem diversos processos envolvendo o aumento de temperatura,
submissão a radiação gama, alteração de pressão – alguns são mais
comuns para este processo de esterilização.
RESPIRAÇÃO
Aeróbia é feita utilizando oxigênio para produção de glicose.
Anaeróbia é feita sem utilização de oxigênio para produzir glicose.
Anaeróbia Facultativa que utiliza oxigênio para produzir glicose,
porém é capaz de produzir na ausência dele.
NUTRIÇÃO
Autotrófica produzem seu próprio alimento seja por fotossíntese ou
por quimiossíntese.
Heterotrófica se alimentam de matéria orgânica disponível.
REPRODUÇÃO
Sexuada é quando ocorre a troca de material genético.
Assexuada por bipartição ou cissiparidade onde as células filhas são
idênticas a célula-mãe. Não ocorrendo variabilidade genética. Logo
antes da separação ocorre a duplicação do DNA.
Reprodução Sexuada (Transformação)
Nesse processo ocorre uma quebra na célula liberando DNA no meio
afim de penetrar em outra célula bacteriana incorporando-se em
uma nova bactéria.