Adjudicação Compulsória
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Contra JOÃO CARLOS DOS SANTOS, brasileiro, casado, aposentado, rua Pomerode,
444, Canta Galo Rio do Sul. CNH 44444444, CPF n444444444444, fone: 47 84444-4444
(SMS, Whatsapp), endereço eletrônico: ma@upe.com, MANUELA DOS SANTOS,
brasileira, casada, aposentada, rua Pomerode, 444, Canta Galo Rio do Sul. CNH 44444444,
CPF n444444444444, fone: 47 84444-4444 (SMS, Whatsapp), endereço eletrônico:
mar@upe.com. Pelos fatos e fundamentos que passa a aduzir:
Assim, não existindo outra forma, ante todos os esforços do requerente, não lhe
restou alternativa senão socorrer-se do Poder Judiciário, para obter sentença de
adjudicação substitutiva da vontade dos requeridos, apta a transmitir a propriedade do
imóvel objeto do compromisso de compra e venda.
II – DAS PRELIMINARES
Oportuno ressaltar que a Lei n. 1.060/1950, em seu art. 4º, dispõe que "a parte
gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria
petição inicial, de que não está em condições de pagar às custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família". E, em seu art. 2º, caput,
que "Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros residentes no país, que
necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho".
Saliente-se que, para concessão da benesse, não é mister que a parte requerente
se encontre em estado de miserabilidade, bastando a comprovação da impossibilidade de
custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio.
O requerente opta pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc. VII),
razão qual requer a citação da Promovida, por carta e entregue em mãos próprias (CPC,
art. 247, inc. I) para comparecer à audiência designada para essa finalidade (CPC, art.
334, caput), antes se apreciando a medida acautelatória de urgência ao final requerida.
Diante disso, e com força no artigo 501 do Código de Processo Civil, o Requerente
pleiteia que o Juízo supra a declaração de vontade dos requeridos.
Art. 501. Na ação que tenha por objeto a emissão de declaração de vontade, a
sentença que julgar procedente o pedido, uma vez transitada em julgado, produzirá todos
os efeitos da declaração não emitida.
O artigo 15 do Decreto-Lei nº 58, de 1937, diz que “os compromissários têm o direito
de, antecipando ou ultimando o pagamento integral do preço, e estando quites com os
impostos e taxas, exigir a outorga da escritura de compra e venda”.
O Código Civil, de igual forma, manifesta-se em seu artigo 1.417 que “mediante
promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por
instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis,
adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel”.
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente
vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura
definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se
houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.
Nessa seara, tem-se que a fartura dos documentos carreados pelos Requerentes
demonstra, com clareza, o preenchimento de todos os requisitos necessários à
provocação da tutela estatal.
Ou seja, (a) o preço do imóvel já foi integralmente pago; (b) não restou pactuada
cláusula de arrependimento; e (c) há real impossibilidade de obtenção da escritura
definitiva do imóvel.
Junto a isso, deve haver uma plausibilidade jurídica, com a verificação de que é
provável a subsunção dos fatos à norma invocada, conduzindo aos efeitos pretendidos.
Afora isto, a lesão que se pretende evitar deve ser irreparável, isto é, aquelas cujas
consequências são irreversíveis ou, ainda, de difícil reparação. Trata-se, em outras
palavras, do receio de que a demora normal do processo cause à parte um dano iminente
ou permita a perpetuação deste ou, ainda, implique na ocorrência de um ilícito, já praticado
ou em vias de se efetivar.
Pois bem. Analisando detidamente os autos, constata-se que estão presentes os
requisitos gerais do fumus boni iuris e do periculum in mora para a concessão da tutela de
urgência pretendida pelos Requerentes.
Por outro lado, verifica-se claramente de que os requeridos não pretendem dar a
efetiva e definitiva escritura pública em favor do Requerente, inclusive o impossibilitando de
exercer a posso do imóvel.
Com esse mesmo enfoque, sustenta Nélson Nery Júnior, delimitando comparações
acerca da probabilidade de direito e o fumus boni iuris, professa, in verbis:
Diante disso, a Requerente vem pleitear, sem a oitiva prévia da parte contrária (CPC,
art. 300, § 2º), independente de caução (CPC, art. 300, § 1º), tutela de urgência
antecipatória no sentido de:
4. Por fim, subsidiariamente (CPC, art. 326), espera-se a análise desse pleito por
ocasião da apresentação dos documentos pela Requerida e/ou realização de audiência de
prévia entre as partes. (CPC, art. 300, § 2º).
2. Opta-se pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc. VII), razão
qual requer-se a citação da Requerida para comparecer à audiência designada para essa
finalidade (CPC, art. 334, caput), se assim o Juízo entender pela possibilidade legal de auto
composição (CPC, art. 334, § 4º, inc. II) e/ou querendo, contestar a presente ação, no prazo
legal, sob pena de incorrer nos efeitos da confissão e revelia (CPC, art. 355);
3. Julgar procedentes os pedidos formulados na presente Ação, nos termos do
quanto pleiteado, acolhendo, por definitivo, a tutela provisória de urgência, concedendo-se a
modificação definitiva em favor do Requerente;
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EDUARDO BLAU
OAB/SCXXXX