DensM 1005 Prática de Liderança
DensM 1005 Prática de Liderança
DensM 1005 Prática de Liderança
MARINHA DO BRASIL
2018
OSTENSIVO DEnsM-1005
CAPÍTULO 4
A PRÁTICA DA LIDERANÇA
experiência e habilidade;
b) Desenvolvimento emocional (atitude): prontidão emocional (autoconfiança e
disposição para executar determinada tarefa);
c) Graduação, idade, sexo, formação acadêmica;
d) Personalidade/Temperamento/Caráter.
4.1.2 - A Equipe (Auditório Objetivo)
a) Conceito de Equipe.
É um grupo de pessoas:
I) com habilidades complementares (unir talentos);
II) com tarefas, funções e papéis definidos;
III) atuando juntas em harmonia, interdependência e sinergia;
IV) comprometidas (qualidade relacionamento/resultados);
V) interagindo para atingir metas/objetivos comuns.
b) Fortalecimento da equipe (MENDONÇA, 2012; RUPERT, 2003):
I) Compartilhar a missão e objetivos das equipes;
II) Definir claramente os papéis de todos os membros da equipe;
III) Promover a autonomia (intenso adestramento);
IV) Promover uma comunicação eficaz (dar e receber feedback);
V) Promover o aprendizado permanente (autocrítica);
VI) Criar ambiente em que as pessoas estejam dispostas a receber conselhos ou críticas
construtivas e admitir erros;
VII) Compartilhar sonhos, aspirações e valores da equipe para gerar sinergia
necessária à realização das metas institucionais.
4.1.3 - A Situação
“Não existem normas ou fórmulas que mostrem com exatidão o que deve ser feito. O
líder precisa compreender a dinâmica do processo de liderança, os fatores principais que o
compõem, as características de seus liderados, e aplicar estes conhecimentos como guia para
cada situação em particular.” (BRASIL, 1991, p.3)
4.1.4 - A Cultura Organizacional
“Cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos desenvolvidos que em um grupo a
partir do aprendizado adquirido com problemas ocorridos internamente e com o meio externo,
sendo valorizados e passados aos novos integrantes como sendo a forma correta de agir e pensar
dentro do grupo” (SCHEIN, 1989)
Legenda
Comportamento de apoio: reforço comportamental, incentiva, elogia, ouve, envolve na
solução dos problemas, compartilha a tomada de decisão, dá feedback.
Comportamento diretivo: define o grau de estruturação das tarefas (o que fazer, o como fazer
e o quando fazer) e supervisiona o desempenho.
Desenvolvimento profissional (potencial): conjunto integrado de conhecimento técnico,
experiência e habilidade.
Desenvolvimento emocional (atitude): prontidão emocional, autoconfiança para executar
determinada tarefa.
4.2.2 - Estilos quanto ao Tipo de Incentivo
De acordo com o tipo de incentivo utilizado pelo líder para inspirar seus liderados, os
estilos de liderança podem ser classificados em liderança transacional ou liderança
transformacional.
a) Transacional: São aqueles que apelam aos interesses e, especialmente, às necessidades
primárias dos seguidores para alcançar os resultados organizacionais desejados. Fundamentada
ANEXO A
VIRTUDES DE UM LÍDER
HONRA
A Honra é o sentimento que induz o indivíduo à prática do Bem, da Justiça e da Moral. É a
força que o impele a prestigiar sua própria personalidade, como um sentimento de seu
patrimônio moral, um misto de brio e valor. Ela exige a posse do perfeito sentimento do que é
justo e respeitável, para a elevação da dignidade e da bravura desse indivíduo, e, assim, afrontar
perigos de toda a ordem, na sustentação dos ditames da Verdade e do Direito. É a virtude por
excelência, porque em si contém todas as demais. A Honra está acima da vida e de tudo que
existe no mundo. Os haveres e demais bens que o indivíduo possui são transitórios, enquanto que
a Honra a tudo sobrevive; transmite-se aos filhos, aos netos, ao lar, à profissão escolhida e à terra
em que se nasce. A Honra é o patrimônio da alma. Na profissão, ela consiste, principalmente, na
dedicação ao serviço, no cumprimento do dever, na intrepidez e na disciplina, tudo inspirado
pelo patriotismo. Um navio nunca se entrega ao inimigo e sua bandeira jamais se arria em
presença dele. A Honra do Marinheiro o impede!
LEALDADE
A Lealdade é o verdadeiro, espontâneo e incansável devotamento a uma causa, a sincera
obediência à autoridade dos superiores e o respeito aos sentimentos de dignidade alheia. O
subordinado leal cumpre as ordens que recebe sempre com o mesmo ardor, quer esteja perto ou
longe de quem as deu, ainda que, por vezes, intimamente não as compreenda. A Lealdade é mais
do que a Obediência, porque esta se refere à vontade expressa pelo superior e aquela, ao firme
propósito de honestamente interpretá-la e fielmente cumpri-la. É o sentimento que leva, pois, o
subordinado a fazer tudo quanto for humanamente possível para bem cumprir uma ordem ou
desempenhar uma dada missão. A Lealdade exige que se manifeste ao superior,
disciplinadamente e no interesse do serviço, toda eventual incompreensão em relação à
determinação ou orientação recebida. A franqueza respeitosa, oportuna e justa é uma autêntica
expressão de lealdade. Mantida, porém, a ordem, a mesma lealdade exige que se cumpra rigorosa
e interessadamente o que foi determinado.
INICIATIVA
A Iniciativa é o ânimo pronto para conceber e executar. É uma manifestação de
inteligência, imaginação, atividade, saber e dedicação ao serviço. Um militar cumpre de forma
conscienciosa as obrigações, as rotinas de seu cargo, faz o treinamento regular de seus homens,
etc. Um outro faz tudo isto e vê onde um aperfeiçoamento pode ser introduzido. Não só o
concebe, como se interessa por sua adoção. Se for coisa que só dele dependa e a sua ideia não vai
ferir a conveniência da uniformidade dos diversos serviços, nem a harmonia da cooperação, ele a
adota, estuda e a desenvolve. A Iniciativa, em um plano mais elevado, é a faculdade de deliberar
acertadamente em circunstâncias imprevistas ou na ausência dos superiores, agindo sob
responsabilidade própria, mas dentro da doutrina, a bem do serviço. Para assim fazer, é preciso
ter capacidade profissional, confiança em si e estar bem orientado.
COOPERAÇÃO
Cooperar é auxiliar eficiente e desinteressadamente; é esforçar-se em benefício de uma
causa comum. O militar deve sempre agir no interesse maior do conjunto dos serviços. É a
Cooperação que faz a eficiência da Marinha. Em todas as atividades, o trabalho deve obedecer a
esse espírito de comunhão de esforços, a fim de que a potencialidade do conjunto, como um
todo, seja a mais elevada possível. Assim, superiores e subordinados não devem limitar-se
apenas ao cumprimento das tarefas que lhes tiverem sido cometidas, mas, sim, procurar ajudar-se
mutuamente na execução das mesmas, buscando compreender as necessidades e prioridades da
instituição como um todo.
A Cooperação é uma exigência imperiosa para a eficiência da instituição, mas só possui
esta qualidade quem não dá guarida às influências perniciosas do egoísmo, da intriga ou da
indiferença, em prol de um sincero e profissional desprendimento.
ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO
O Espírito de Sacrifício é a disposição sincera de realmente oferecer, espontaneamente,
interesses, comodidades, vida, tudo, em prol do cumprimento do dever. O cultivo do Espírito de
Sacrifício é praticado vencendo os pequenos incômodos pessoais, os menores percalços do dia a
dia. “Quem não é fiel no pouco, certamente não será no muito”: somente percebendo o valor das
coisas é que se desenvolve o Espírito de Sacrifício e torna-se capaz de dar um passo a mais na
formação do caráter marinheiro.
ZELO
O Zelo é atributo que não depende, em alto grau, de preparo profissional, de predicados
especiais de inteligência e de saber. É, por isso mesmo, virtude que deve ser comum a todos os
que servem à Marinha. Essa qualidade é consequência direta do “amor próprio”, do amor à
Marinha e à Nação. É o sentimento que leva a não poupar esforços para o bom desempenho das
funções que lhes são atribuídas. É o sentimento que conduz à dedicação ao serviço, como
autêntica expressão do Dever. No Zelo está implícita a aceitação de que se serve à Nação e não a
pessoas. Ninguém tem o direito de deixar de zelar por suas obrigações, por motivos
circunstanciais, alheios ou não à sua vontade. O Zelo está intimamente ligado à probidade, vista
como a capacidade de bem administrar os bens, fundos e recursos que nos foram confiados. Faz-
se presente, assim, no exato cumprimento de orçamentos e planos financeiros e no atento
CORAGEM
A Coragem é a disposição natural que nos permite dominar o medo e enfrentar qualquer
perigo. É a força capaz de fazer com que aquele que ama a vida, e que nela é feliz, saiba arriscá-
la e se disponha a morrer por uma causa nobre. A Coragem é o destemor em combate. Há
também a coragem moral – não menos imprescindível e valiosa, a força psíquica que ampara os
homens nas crises do pensamento e do caráter. É a sustentação das próprias ordens, atitudes e
convicções; o saber assumir a responsabilidade dos seus atos; o afrontamento à perfídia, à inveja
e à incompreensão; a manutenção intransigente do rumo moral, custe o que custar. A coragem
tem de andar de mãos dadas com a sabedoria, a prudência, o bom senso e a calma. O militar
corajoso é otimista; confia em si; é eficiente; acredita no valor de seus companheiros. Comanda
seus subordinados, certo de conquistar o êxito.
ORDEM
A Ordem é diligência, porque economiza o tempo e é previdência, porque o conserva.
Como exemplo de disciplina e método, a ordem orienta o espírito e promove segurança,
porque resguarda e alinha em lugar próprio aquilo que será utilizado no futuro. A sua falta traz o
desperdício e a perda do tempo, bem precioso, e que, uma vez perdido, não há como reaver. A
arte de organizar, pôr em ordem, é essencial em um condutor de homens. O aprendizado da arte
de organizar inicia-se individualmente na ordenação do próprio trabalho; organizando o material,
os livros, os uniformes; encontrando o tempo necessário para se ocupar adequadamente dos
estudos e das demais atividades de formação.
FIDELIDADE
Ser fiel é ser honesto, ter têmpera forte para opinar e agir sempre pelo bem, mesmo, e
principalmente, quando não favorecer ou até contrariar as conveniências pessoais. A fidelidade
ao serviço impede que o militar cuide de afazeres e atividades estranhos à Marinha, enquanto
estiver ao seu serviço, e negligencie as suas obrigações. Executar ordens que são agradáveis, ou
que partem de pessoas a quem se dedica estima, é um dever fácil de cumprir. Mas, cumprir
ordens difíceis, arriscando a vida, contrariando os próprios interesses e opiniões, por fidelidade
ao serviço, é muito mais digno, porquanto implica sacrifício, que caracteriza a virtude militar.
FOGO SAGRADO
O Fogo Sagrado é a paixão, a fé, o entusiasmo com que o militar se dedica à sua carreira; é
o seu intenso amor à Marinha, o seu devotamento pela grandeza da sua profissão; é a larga
medida de uma verdadeira vocação e de um sadio patriotismo; é o supremo amor pelo serviço. É
essa crença que anima a ponto de, naturalmente, julgar que os deveres que a lei marca é o
mínimo, e que para bem servir cumpre ir além do próprio dever, fazer tudo quanto é
humanamente possível, à custa, embora, de ingente labor. O “Fogo Sagrado” é essa força
misteriosa que, dominando a alma do verdadeiro marinheiro, o conduz sempre ao sacrifício com
inexcedível vibração e estoica resignação. O “Fogo Sagrado” transmite-se, mas para tanto é
preciso possuí-lo em grande intensidade e demonstrá-lo mais por atitudes e ações do que por
ordens e palavras. O “Fogo Sagrado” é a alma da Marinha!
TENACIDADE
Aplicação é uma forma de dedicação, de amor ao serviço. É a disposição para estudar tanto
o material em si como também a maneira de utilizá-lo; para estar a par das rotinas, da
organização interna de bordo, da ordenança, dos regulamentos e das leis; para bem conhecer tudo
referente aos aspectos essenciais da profissão. Na arte de conduzir os homens, o campo é mais
profundo: faz-se necessária a tenacidade, o poder da vontade. É o saber querer longamente, sem
desfalecimento e sem trégua. É a presença de ânimo perante qualquer obstáculo ou dificuldade, a
vontade constante de tudo superar e bem desempenhar a tarefa ou função, de caráter operativo ou
administrativo. O espírito de tenacidade transmite-se, pois, exatamente, pela continuidade da
ação.
DECISÃO
Decidir é tomar resolução, é sentenciar, é orientar a ação. Não há qualidade, no trato geral
dos militares para com seus subordinados, que mais tenda a aumentar o respeito e confiança
desses subordinados, do que sua capacidade de decidir. O irresoluto, o perplexo, jamais poderá
conduzir homens ou comandar navios. Uma orientação insegura é tão nociva quanto à ausência
de orientação. Uma decisão vigorosa é a característica dos vencedores. Evidentemente, para
acertar, é necessária meditação, cálculo, considerações cuidadosas e reflexão a respeito das
circunstâncias, a fim de chegar a uma decisão conveniente. Tal “exame de situação” deve
preceder à emissão da ordem. O verdadeiro chefe medita bem antes de chegar a uma decisão. Se
sabe dizer sim ou não, com serena energia e acerto, e mantém-se firme em sua posição, ganha
confiança de seus subordinados. A menos que novas circunstâncias se apresentem, a modificação
de uma decisão tomada dá a impressão de que houve precipitação ou leviandade em formulá-la.
O hábito constante de examinar todas as possíveis situações e analisar todos os dados
disponíveis é muito recomendável. Assim procedendo, há sempre certeza de decisões oportunas
e adequadas.
ABNEGAÇÃO
A Abnegação é o esquecimento voluntário do que há de egoístico nos desejos e tendências
naturais, em proveito de uma pessoa, causa ou ideia. É a renegação de si mesmo e a disposição
de se colocar a serviço dos outros com o sacrifício dos próprios interesses. O caráter marinheiro
é carregado de Abnegação: tem a consciência do “servir” - inclui a base de todas as virtudes, a
humanidade - e possui a simplicidade em todas as suas ações e palavras. A Abnegação, portanto,
fortalece o desenvolvimento de todas as atividades de serviço à Marinha, criando a unidade de
ação, pois ela é passar por cima de qualquer interesse individual.
ESPÍRITO MILITAR
Espírito Militar é a qualidade que impele o militar de cumprir com natural interesse, dentro
da ética, os deveres e obrigações do serviço, com disciplina e lealdade, sempre animado pelo
desejo de ver brilhar o seu navio, a sua classe e aumentar a eficiência e o prestígio da Marinha. O
militar demonstra estar possuído de Espírito Militar em suas maneiras de agir e de se expressar;
no apuro de seus uniformes; na saudação a seus superiores; na discrição com que se manifesta;
na seriedade que imprime ao seu serviço, como expressão da dignidade da sua função e da
eficiência dos seus encargos. O militar dotado de Espírito Militar cria em torno de si um
ambiente de compostura, seriedade e confiança, qualidades essenciais a quem comanda e tem
sob sua direta responsabilidade a guarda e a defesa de preciosos valores morais e materiais da
Nação.
DISCIPLINA
A força de coesão de qualquer coletividade humana é a Disciplina. É indispensável não só
a um Organismo Militar, mas a qualquer outro que pretenda reunir indivíduos em uma unidade
sólida e eficaz. A Disciplina tem um único inimigo verdadeiro, que é o egoísmo, tão mais
obstinado quanto mais inconsciente de si mesmo. O amor próprio ilimitado separa o homem de
seus mais nobres pensamentos, tornando-o um ser isolado, que nada aceita fora do seu eu.
Despido de todo o sentimento de solidariedade, não pode conceber a Disciplina a não ser
como forma de escravidão. A Disciplina não visa a tolher a personalidade, mas sim a regular e
coordenar esforços. Ela somente torna-se fecunda quando há condições de ser alegre e ativa. Um
simples conformismo ou o receio das censuras ou sanções não trazem a Disciplina. O que a faz
presente e aceita é um forte sentimento de interesse comum e, principalmente, a correta
percepção de um dever comum. Assim entendida, não haverá o risco de ela coibir ou enfraquecer
as iniciativas, pois não será imposta, mais sim adquirida. A Disciplina Militar manifesta-se
basicamente: pela obediência pronta às ordens do superior; pela utilização total das energias em
prol do serviço; e pela correção de atitudes e cooperação espontânea em benefício da disciplina
coletiva e da eficiência da instituição. Na Marinha, a Disciplina é inseparável da hierarquia e
traduz-se no perfeito cumprimento do dever por cada um de seus componentes.
PATRIOTISMO
O Patriotismo é o sentimento irresistível que prende os indivíduos a terra em que
nasceram. É a trama de afetos que, através das gerações, vai sendo tecido em suas almas ao redor
do solo querido. Externamente, é a emoção que os indivíduos sentem ao ouvir os acordes do
Hino Nacional e ao ver desfraldada a Bandeira de sua Pátria. Em essência, é a crença na defesa
dos ideais de Nacionalidade. Expressão de carinho que os liga à terra que serviu de berço, o
Patriotismo é à força de coesão poderosa que os torna solidários em um interesse comum,
ensinando-os a bem querer, servir, honrar e defender a Pátria.
ANEXO B
Para que as ordens, quando necessárias, sejam corretamente dadas, deve o chefe:
Ser claro. Isso significa que, sendo a clareza essencial, o chefe deve escolher
cuidadosamente as palavras – escritas ou faladas e principalmente escritas – de tal forma que
signifiquem a mesma coisa para ele e os subordinados.
Usar um tom de voz adequado. As ordens devem ser dadas num tom de voz firme,
natural, vigoroso, sem denotar, porém, exasperação, fadiga ou aborrecimento.
Evitar ordens simultâneas. Não raro, encontramos chefes que, por motivo de uma
errônea concepção de “eficiência”, se dirigem ao subordinado determinando-lhe uma série de
ordens ao mesmo tempo. Isso cria confusão, demora de assimilação e desnorteamento com
relação às tarefas a serem executadas.
Dar ordens simples, na devida sequência de tempo e de tal forma que as tarefas mais
importantes sejam realizadas em primeiro lugar.
Procure dar às ordens um conteúdo positivo. Há qualquer coisa na natureza humana que
se torna de pronto curiosa a respeito do que não deve ser feito. Embora haja coisas que
certamente não devem ser feitas, a atenção deve ser focalizada no que deve ser feito, pois isso,
aliado ao apoio e estímulo oferecidos neste sentido, fará com que reste pouco tempo para que se
pense nas “alternativas indesejáveis”. Também é mais fácil, num grupo bem organizado,
convencer do acerto daquilo que contribui para os propósitos do mesmo, do que demonstrar a
necessidade dos “não se deve” ou “não farás”.
Evitar ordens contraditórias. Poucas coisas impressionam tão mal o subordinado como
a circunstância do chefe expedir determinada ordem e, logo a seguir exprimi-la num sentido
oposto. O chefe parece-lhe inseguro, vacilante sobre o que conhece e diz.
Claro que pode surgir a necessidade de se modificar uma ordem, até mesmo em sentido
contrário. Em tais ocasiões, porém, o subordinado deve estar ciente de que o chefe “sabe o que
está fazendo” e tem fundadas razões para assim agir.