Cartilha "Tombamento Participação Popular": Tombamento: O Que Você Precisa Saber e Entender
Cartilha "Tombamento Participação Popular": Tombamento: O Que Você Precisa Saber e Entender
Cartilha "Tombamento Participação Popular": Tombamento: O Que Você Precisa Saber e Entender
popular”
1. O que é tombamento?
O tombamento significa um conjunto de ações realizadas
pelo poder público com o objetivo de preservar, através da
aplicação de legislação específica, bens culturais de valor
histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de
valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser
demolidos, destruídos ou mutilados. O tombamento
municipal é regido pela Lei n0 10.032, de 27 de dezembro
de 1985, e pela Lei n0 10.236, de 16 de dezembro de 1986.
5. O tombamento preserva?
Sim. O tombamento é a primeira medida a ser tomada para a preservação dos bens culturais,
visto que impede juridicamente a sua destruição. Esta é uma questão polêmica, pois a
preservação somente torna-se visível para todos quando um bem cultural encontra-se em bom
estado de conservação, propiciando sua plena utilização.
9. Por que um edifício é tombado tanto pelo CONPRESP como pelo CONDEPHAAT, ou pelo
IPHAN?
De acordo com a Constituição Brasileira cabe concorrentemente às três esferas do governo a
proteção dos bens culturais. Assim, de acordo com a importância e representatividade de um
bem, este pode ser tombado no âmbito federal pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional), no estadual pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) e no municipal pelo
CONPRESP.
O reconhecimento da importância e do valor cultural de um bem por essas instituições depende
de suas características, sua história e do valor afetivo que apresenta, bem como dos critérios e
políticas de preservação, próprias a essas instâncias administrativas. As legislações municipal e
estadual prevêem, também, o chamado tombamento “ex-officio”, ou “de ofício”, que corresponde
a um reconhecimento obrigatório, de decisões de tombamento tomadas em outras esferas
administrativas, sem a necessidade dos estudos e discussões que se realizam nos
procedimentos comuns de tombamento. Ou seja, o município reconhece decisões de
tombamento efetuadas pelo Estado (CONDEPHAAT) e pelo Governo Federal (IPHAN); e o
Estado (CONDEPHAAT) reconhece aquelas tomadas pelo Governo Federal (IPHAN).
14. Por que muitos edifícios tombados podem ser totalmente reformados internamente?
Porque na decisão final de tombamento são estabelecidos níveis de preservação para bens
arquitetônicos. De acordo com a importância, estado de conservação e grau de alteração de um
edifício, na resolução final pode estar indicado que o imóvel deve ser preservado integralmente,
ou seja, interna e externamente, ou parcialmente, preservando-se, por exemplo, somente suas
fachadas e cobertura.
Existem casos em que a importância do edifício está apenas em sua volumetria, qual seja,
implantação e gabarito de altura. Por exemplo, no caso do tombamento dos bairros projetados
pela Cia. City (como o Pacaembú), o tombamento foi aplicado nas áreas verdes e permeáveis, na
vegetação de porte arbóreo e na densidade construída das edificações. Portanto, alguns edifícios
podem até ser demolidos, mas a nova construção deverá respeitar o padrão urbanístico
estabelecido na resolução de tombamento.
19. Caso sejam realizadas obras em um bem protegido sem prévia autorização, haverá
alguma penalidade?
Sim. Além das penalidades previstas na legislação edilícia, o responsável pelo imóvel protegido,
seja tombado, em processo de tombamento ou localizado em área de proteção do bem tombado,
pode sofrer as sanções previstas na Lei n0 10.032/85, que criou o CONPRESP, bem como as
penalidades previstas em outros instrumentos legais aplicáveis à preservação do patrimônio
cultural.
20. Qual é o órgão responsável pela aplicação de multas e interdição de obras irregulares?
No caso da Prefeitura do Município de São Paulo a aplicação de multas e a interdição de obras é
feita através das Administrações Regionais. O DPH realiza vistorias em bens protegidos mas,
para interceder na execução de obras irregulares, deve acionar as Administrações Regionais.
1. O pedido de abertura do processo de tombamento deve ser feito através de uma carta dirigida
à Presidência do CONPRESP, contendo a localização do bem e justificativa do pedido. Se
possível deverá ser encaminhada documentação sobre o bem, tais como dados históricos,
fotografias, plantas, etc. Esta documentação auxilia a análise do pedido.
4. Após análise do pedido pelo DPH, este é encaminhado ao CONPRESP para deliberação sobre
a abertura do processo de tombamento.
5. Recebido pela Presidência, o pedido é encaminhado a um dos conselheiros para que seja
relatado.
10. A instrução final do processo de tombamento corresponde à fase de estudos mais detalhados
e definidores dos valores do bem a ser preservado. No caso de imóveis, são definidos os níveis
de preservação; um edifício pode ser tombado na sua totalidade ou parcialmente. Nesta fase
define?se, também, a área envoltória do bem, delimitada por um perímetro de proteção de sua
ambiência. Os imóveis localizados nesta área deverão receber autorização para execução de
obras.
12. Após o relato, se todos os estudos já forem suficientes, o processo é colocado em votação
para deliberação final. Nesta reunião devem estar presentes a maioria dos conselheiros.
14. Caso o CONPRESP delibere a favor do tombamento definitivo, esta resolução é publicada em
forma de edital no Diário Oficial do Município e em jornal de grande circulação. Os proprietários
do bem e o interessado pelo pedido inicial também serão notificados.
Maiores informações sobre o procedimento adotado poderão ser obtidas junto à Secretaria
Executiva do CONPRESP, à Praça Coronel Fernando Prestes, 152, bairro da Luz, São Paulo/SP,
CEP 01124-060, ou pelo telefone (11) 3326-2490.