Relatorio Bienal Portugues Junho 2021

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Relatório

Nacional
de Inovação

COFINANCIADO POR:
Relatório
Nacional
de Inovação
Agradecimentos

É reconhecido o progresso ocorrido no nosso país


em termos de capacidade de inovação nas últimas
duas décadas, integrando Portugal o grupo dos países
“fortemente inovadores” na União Europeia, desde 2020.

O Relatório Nacional de Inovação, que aqui se apresenta,


resulta de uma vontade de se criarem retratos da inovação
em Portugal ao longo do tempo.

O Conselho de Administração da Agência Nacional de Inovação,


Elaborado pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no

Eduardo Maldonado, António Bob Santos, Filomena Egreja


âmbito da Estratégia para a Inovação Tecnológica e
Empresarial 2018-2030, pretende-se descrever, com uma
periodicidade bienal, a diversidade dos atores pertencentes
ao Sistema Nacional de Inovação (SNI), os diferentes
instrumentos de apoio ao conhecimento e à inovação e a
sua própria execução, assim como recolher testemunhos ou
exemplos das melhores práticas nestas áreas em Portugal.

Este Relatório pretende dar a conhecer a informação


quantitativa e qualitativa sobre a evolução destas áreas,
de forma a construir um relato o mais abrangente possível,
incorporando as diferentes áreas do conhecimento e
inovação que são trabalhadas por diferentes entidades
públicas e privadas, horizontais e setoriais. Visa-se,
igualmente, servir de complemento às análises sobre o país
que têm sido elaboradas pelas diferentes organizações,
quer nacionais quer internacionais.

4
O Relatório Nacional de Inovação foi
elaborado com os contributos de várias
entidades, às quais a ANI agradece toda
a disponibilidade para colaborar nesta
primeira edição deste trabalho:

• IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação

• INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial

• IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional

• PME Investimentos, agora Banco Português de Fomento

• DGPM – Direção-Geral de Política do Mar

• Startup Portugal

Com uma periocidade bienal, este Relatório deverá ser


cada vez mais abrangente em termos de contributos e de
entidades parceiras, de forma a que seja retratada cada
vez melhor a realidade portuguesa no conhecimento e na
inovação, que não obstante todo o seu potencial ainda
por concretizar, tem tido resultados consideravelmente
positivos nos anos mais recentes.

O Conselho de Administração da Agência Nacional de Inovação,


Eduardo Maldonado, António Bob Santos, Filomena Egreja

www.ani.pt 5
Prefácio
Fruto do processo de globalização e das crescentes
dinâmicas de concorrência internacional, a economia
portuguesa tem enfrentado inúmeros desafios e profundas
transformações estruturais impostas pela abertura a
novos mercados, pela alteração dos padrões de consumo,
e pelo processo de transformação digital e ambiental.

Neste cenário exigente, o modelo Em consequência, de acordo com


de crescimento português esteve, o European Innovation Scoreboard,
ao longo da última década, assente desde 2016, Portugal foi o quarto
na criação de valor e na exploração país da União Europeia com um
do potencial exportador para maior desenvolvimento ao nível da
promover um desenvolvimento inovação, sendo agora considerado,
resiliente, duradouro e sustentável, pela primeira vez, um país “fortemente
direcionado para a incorporação de inovador”. Este foi também um
conhecimento e inovação no sistema período de convergência com as
produtivo, e para o aumento da demais economias europeias, onde
produtividade e competitividade do Portugal vem conseguido diferenciar-
tecido empresarial. se pela qualidade e especialização
dos seus produtos e afirmar-se no
Assim, reconhecendo a necessidade mercado internacional.
de atribuir prioridade à inovação
no desenho das políticas públicas, Porém, a pandemia da doença
e procurando uma alocação eficaz COVID-19 gerou um impacto sem
dos fundos comunitários do QREN precedentes à escala global, com
e do Portugal 2020, foram diversas repercussões ao nível do consumo,
as iniciativas direcionadas ao da produção e do emprego, cujas
reforço do Sistema Nacional de consequências se fazem sentir nos
Inovação, complementadas pelo mais diversos setores da sociedade.
Programa INTERFACE, bem como Uma vez mais, através da inovação
por instrumentos de natureza fiscal, resultante de parcerias entre
de capital de risco ou de apoio ao empresas e centros de saber, foi
empreendedorismo. possível conceber céleres respostas

6
às novas necessidades, sejam
estas ao nível da cerificação de
equipamentos de proteção individual,
no desenvolvimento de ventiladores,
Elaborado no
ou em soluções de rastreio e
prevenção de contágio. âmbito da
Estratégia para
Os próximos anos serão certamente
um período desafiante para
a Inovação
a recuperação da atual crise Tecnológica e
pandémica. Através do novo quadro
comunitário, será também uma
Empresarial
oportunidade para capacitar as 2018-2030
nossas empresas com instrumentos
que permitam uma especialização
produtiva em atividades intensivas
em conhecimento e com maior
e através da cooperação entre diferentes
valor acrescentado, e para expandir
entidades que atuam na promoção da
as fronteiras do conhecimento. Um
inovação, o presente relatório contribui
processo de recuperação que passará
para a reflexão sobre o passado, o presente
por uma cooperação dinâmica
e o futuro da inovação em Portugal,
e coordenada entre os atores
nomeadamente na caracterização dos
públicos e privados para fortalecer
atores, na partilha de testemunhos de
as redes colaborativas, aumentar o
boas práticas, no acompanhamento das
investimento em I&D, e apostar na
medidas implementadas, bem como na
formação e nas competências dos
discussão das tendências para o futuro.
nossos profissionais.

João Correia Neves


Secretário de Estado Adjunto e da Economia

www.ani.pt 7
Relatório Nacional da

Anexos 10 2. O Sistema Nacional de Inovação 21

Tabelas 10 Organização do Sistema Nacional 22


de Inovação (SNI)
Caixas 11
Organização dos Sistemas Regionais 31
Figuras 11 de Inovação (SRI)
Norte 31
Centro 33
1. Enquadramento 12
Área Metropolitana de Lisboa 34
Alentejo 36
Inovação em Portugal – evolução recente 15 Algarve 38
R.A. Açores 40
Desafios identificados para a nova década 18 R.A. Madeira 42

A resposta do SNI ao impacto negativo 44


da COVID-19

8
3. Instrumentos de apoio 49 4. Difusão e Promoção da Inovação 64

Fundos Europeus Estruturais e de Investimento 49 Ações de Difusão da Inovação 64

SIFIDE 54 Ações de Promoção da Inovação 65

Horizonte 2020 57 5. Indicadores de Inovação 68

Business Angels e Fundos de Capital de Risco 59


6. Anexos 70

Outros Fundos de Apoio à Inovação 60

Programas de capacitação para 62


a Transferência de Tecnologia

www.ani.pt 9
Anexos
Anexo 1. Intensidade das Atividades Económicas por região NUTS II - Indicador Empresas 70

Anexo 2. Intensidade das Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Volume de Negócios 71

Anexo 3. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Volume de Negócios 72

Anexo 4. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II - Indicador Produção 73

Anexo 5. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Valor Acrescentado Bruto 74

Anexo 6. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Pessoal ao Serviço 75

Anexo 7. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Pessoal ao Serviço Remunerado 76

Anexo 8. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Gastos com o Pessoal 77

Anexo 9. Iniciativas de Política Pública e/ou instrumentos de apoio ao Empreendedorismo e ao Ecossistema 78


Português

Anexo 10. Financiamento disponibilizado no combate à crise pandémica COVID-19 79

Anexo 11. Exemplos de projetos da sociedade civil desenvolvidos ou em desenvolvimento e de impacto na 81


COVID-19

Anexo 12. Exemplos de projetos apoiados por fundos públicos, desenvolvidos conjuntamente por empresas e 82
entidades do SNI e com impacto na COVID-19

Tabelas
Tabela 1. Caraterização da região NUTS II e comparação com realidade nacional 31

Tabela 2. Caraterização da região NUTS II Centro e comparação com realidade nacional 33

Tabela 3. Caraterização da região NUTS II Área Metropolitana de Lisboa e comparação com a realidade nacional 35

Tabela 4. Caraterização da região NUTS II Alentejo e comparação com realidade nacional 36

Tabela 5. Caraterização da região NUTS II Algarve e comparação com realidade nacional 38

Tabela 6. Caraterização da região NUT II Região Autónoma dos Açores e comparação com realidade nacional 40

Tabela 7. Caraterização da região NUTS II Região Autónoma da Madeira e comparação com realidade nacional 42

Tabela 8. Exemplos de iniciativas lançadas para apoio ao desenvolvimento de soluções e respostas à 46


pandemia da doença COVID-19

Tabela 9. Exemplos de projetos da sociedade civil desenvolvidos ou em desenvolvimento com impacto no COVID-19 47

Tabela 10. Exemplos de projetos apoiados por fundos públicos (Portugal 2020), de desenvolvimento conjunto 48
por empresas e outras entidades do SNI, com impacto na COVID-19

Tabela 11. Sistema de Incentivos e Apoios e Instrumentos de Financiamento 50

Tabela 12. Indicadores de Inovação em Portugal e na União Europeia no período 2010-2019 68

10
Caixas
Caixa 1. Atuação europeia sobre o impacto do novo Corona Vírus 20

Caixa 2. STAYAWAY COVID - Projeto desenvolvido por entidade do SNI no âmbito da pandemia COVID-19 45

Caixa 3. Os apoios à I&D e Inovação colaborativa no âmbito do Programa Interface 51

Caixa 4. Testemunho de Instituição de Ensino Superior sobre a sua participação em projetos Portugal 2020 54

Caixa 5. Testemunho de empresa na participação no SIFIDE 56

Caixa 6. Testemunho de uma spin-off apoiada pelo Born from Knowledge 63

Figuras
Figura 1. PIB a preços de mercado: índice 100 = 2005 12

Figura 2. Publicações (indexadas ao Web of Science) por mil habitantes 13

Figura 3. Evolução da posição de Portugal no European Innovation Scoreboard (2009-2019) 15

Figura 4. Evolução da posição de Portugal no Regional Innovation Scoreboard (2011-2019) 15

Figura 5. Pilares da Estratégia Anual para o Crescimento Sustentável 2020 19

Figura 6. Mapeamento do Sistema de Inovação Português 21

Figura 7. Comparação da performance do Norte com as médias nacional e europeia 32

Figura 8. Comparação da performance do Centro com médias nacional e europeia 34

Figura 9. Comparação da performance da Área Metropolitana de Lisboa com médias nacional e europeia 35

Figura 10. Comparação da performance do Alentejo com médias nacional e europeia 37

Figura 11. Comparação da performance do Algarve com médias nacional e europeia 39

Figura 12. Comparação da performance da Região Autónoma dos Açores com médias nacional e europeia 41

Figura 13. Comparação da performance da Região Autónoma da Madeira com médias nacional e europeia 43

Figura 14. Investimento e Incentivo público por Sistema de Incentivos e Apoios do Portugal 2020 51

Figura 15. Investimento e Incentivo público do Portugal 2020, por região NUTS II 52

Figura 16. Incentivo público atribuído no QREN e no PT2020, por CAE do projeto 53

Figura 17. Candidaturas ao SIFIDE por ano 55

Figura 18. Investimentos em I&D declarado e aprovado e crédito fiscal atribuído 55

Figura 19. Crédito fiscal atribuído por região NUTS II 55

Figura 20. Crédito Fiscal aprovado por Atividade Económica em cada região NUTS II 56

Figura 21. Propostas apresentadas e aprovadas por Portugal 57

Figura 22. Taxas de sucesso na aprovação de candidaturas e comparação com média europeia 58

Figura 23. Financiamento atribuído a Portugal e Participação do Financiamento para Portugal no total europeu 58

www.ani.pt 11
Enquadramento
Nos últimos anos a economia mundial enfrentou diferentes e exigentes desafios.
O contexto económico e geopolítico sofreu inúmeros choques como, por
exemplo, a crise financeira internacional de 2008 (subprime), a crise das dívidas
soberanas de 2010-2012, o Brexit ou, mais recentemente, o novo Corona Vírus

No meio da evolução de acontecimentos e choques o desemprego, tendo sido alcançado em 2019 o melhor
internacionais que marcaram a última década, Portugal tem resultado desde 2003 (com uma taxa de 6,5%)5 e, por fim,
sabido dar respostas adequadas, com impacto na melhoria a retoma do investimento (formação bruta de capital fixo)
da sua situação económica e social e no equilíbrio das com os valores a aproximarem-se da realidade pré-crise,
contas públicas, retomando a sua credibilidade junto dos sendo o valor em 2019 de 18,3% do PIB6.
credores internacionais. A diminuição gradual dos défices
orçamentais, onde em 2019 se alcança um superavit1 pela No entanto, para o ano de 2020, e de acordo com a Comissão
primeira vez na democracia é um dos inúmeros indicadores Europeia (julho/2020), as projeções da performance
que demonstram o esforço dos agentes públicos e privados económica foram agravadas negativamente pelos
no que respeita à produção de valor no país. impactos que têm sido causados pela crise pandémica,
estando prevista uma retração da economia de 9,8% do
Figura 1. PIB a preços de mercado: Índice 100 = 2005
PIB. Esta projeção mais recente coloca Portugal abaixo do
115
valor registado, tanto para a União Europeia como para
a Zona Euro7. Também o Conselho de Finanças Públicas,
110
em outubro 2020, faz uma publicação com o resumo

105 das projeções de seis entidades, incluindo organizações


internacionais, o Banco de Portugal e o Ministério das
100 Finanças. O cenário mais negativo é projetado pelo Fundo
Monetário Internacional, que prevê que o PIB português
Fonte: Eurostat2

95
contraia 10% em 2020. Contudo, todas as seis instituições
preveem um crescimento de, pelo menos, 4,8% em 20218.
90
2014

2016
2015

2018
2019
2008

2013
2009

2012

2017
2010

2011

Acompanhando a performance macroeconómica, o


progresso do país é, também, visível noutras dimensões,
O crescimento constante do Produto Interno Bruto (PIB) como na ciência e tecnologia ou na melhoria das
é um resultado importante de se realçar, alcançando- qualificações da população: em 2020, o país tem 12
se valores pré-crise financeira internacional. Tendo em instituições de ensino superior na lista das 1.000 melhores
conta os resultados anuais mais recentes, o PIB português do mundo, quando em 2011 não havia nenhuma entidade
teve um crescimento trimestral acima dos 2% em 13 dos portuguesa nos mesmos rankings9. Em termos de
últimos 14 trimestres (3º trimestre 2016 - 4º trimestre
3
instituições de ensino superior jovens (até 50 anos de
2019). Cresceram também as exportações, que em 10 existência), Portugal somava 6 entidades nas 200 melhores
anos passaram dos 27,3% para o 44% do PIB ; diminuiu 4
em 2019, sendo que 2 delas estavam nas 150 melhores10.
1 www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=406887673&DESTAQUESmodo=2
2 ec.europa.eu/eurostat/web/main/data/database
3 www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&contecto=pi&indOcorrCod=0009887&selTab=tab0
4 www.pordata.pt/Portugal/Balan%C3%A7a+comercial+em+percentagem+do+PIB-2595
5 www.pordata.pt/Portugal/Taxa+de+desemprego+total+e+por+sexo+(percentagem)-550
6 www.pordata.pt/Portugal/Investimento+Forma%C3%A7%C3%A3o+bruta+de+capital+fixo+em+percentagem+do+PIB-2833

12
Aumento de
115%
Figura 2. Publicações (indexadas ao Web of Science)
Ao nível dos diplomados, por mil habitantes
independentemente do grau, têm-se
registado valores equivalentes aos
verificados no período pré-crise, 1 800

numa comparação entre os anos letivos 2007/2008 e


1 600
2018/2019. Adicionalmente, o ano letivo mais recente 1 400
registou cerca de mais 5.000 licenciados e quase o dobro
dos doutorados que o ano 2007/2008. Continuando 1 200
a comparação entre os dois anos letivos, as áreas
1 000
com maior crescimento no número de diplomados
são as Ciências empresariais, administração e direito 800
(21%), Tecnologias da informação e comunicação
(33%) e Serviços (44%). Não obstante as áreas que 600
mais cresceram, para o ano letivo mais recente as
400
áreas que registam maior número de diplomados são
Ciências empresariais, administração e direito (20%), 200
Engenharia, indústrias transformadoras e construção
(20%) e Saúde e proteção social (17%)11. 0
2008 2013 2018
Por consequência deste aumento de habilitações dentro
do número de diplomados em Portugal, especialmente Este aumento das habilitações formais e dos resultados da

os ligados às atividades de investigação, o número investigação científica, adicionado à evolução macroeconómica

de publicações científicas também verificou um positiva, foram fatores que, em conjunto com a melhoria de

crescimento entre os anos 2008 e 2018, como são competitividade das empresas na última década13, contribuíram

exemplo as publicações indexadas à plataforma Web para o reforço da capacidade de inovação do país, com os seus

of Science . Em termos totais, houve um acréscimo de


12 agentes a terem à sua disposição um conjunto mais alargado de

873 publicações por milhão de habitantes (fazendo fatores necessários à criação de valor.

de Portugal o 8º país com maior crescimento nos 28


países europeus) e, em termos relativos, houve um Pretendendo este relatório ser uma fotografia do

aumento de cerca de 115% (com Portugal a ser o 6º que é a capacidade de inovação do país, onde são

país com maior crescimento no total dos 28 países caraterizados os principais agentes inovadores, os

europeus (Figura 2). instrumentos à disposição para incentivar inovação e


os respetivos resultados alcançados, convém primeiro
clarificar o conceito de “inovação”, tendo por base o
Manual de Oslo na sua edição de 2018.

7 www.ec.europa.eu/info/sites/info/files/economy-finance/ip132_en.pdf
8 www.cfp.pt/pt/dados/projecoes-macroeconomicas
9 www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2011/world-ranking#!/page/0/length/25/sort_by/rank/sort_order/asc/cols/undefined
10 www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2019/young-university-rankings#!/page/0/length/25/sort_by/rank/sort_order/asc/cols/stats
11 www.dgeec.mec.pt/np4/EstatDiplomados/
12 www.dgeec.mec.pt/np4/210/
13 Comprovável através da evolução positiva do nível de exportações na última década e do seu peso no PIB, o que reflete o aumento de competitividade das nossas empresas nos
mercados internacionais. Ver PORDATA: www.tinyurl.com/y3awvzvb.

www.ani.pt 13
Conceito de Inovação
Uma inovação refere-se a algo para além de uma Apesar da inovação não ser um conceito novo, a
nova ideia ou uma invenção - traduz-se em atividades política de inovação tem vindo a consolidar-se nas
dinâmicas e que ocorrem em todos os setores de uma últimas quatro décadas. Fagerberg e Edler (2017)
economia, e não só no setor empresarial. Para além sumarizam uma série de caraterísticas acerca da
das empresas, são inúmeras as outras tipologias
política de inovação:
de participantes em atividades de inovação, sendo
• A inovação não se centra apenas na geração de novas
também inúmeros os perfis de indivíduos que dão o
ideias, que é o foco tradicional da ciência ou das políticas
seu contributo. São as pessoas que normalmente são de investigação, mas sim em tentar explorar no mercado
responsáveis pelas alterações a produtos e processos, essas ideias, tornando-as competitivas e respondendo a
recolha e distribuição de novos conhecimentos. problemas ou desafios das sociedades;
O Manual de Oslo estabiliza a definição de inovação • Em muitos países, os apoios à I&D foram geralmente
como (p.20): considerados como elemento central na política de
inovação. Apesar destes terem um efeito positivo no
“… um processo ou produto novo ou melhorado (ou a combinação
investimento de I&D das empresas, os seus efeitos em
dos dois) que diferem das suas versões anteriores e que tenham outras áreas como produtividade e empregos são mais
sido disponibilizados a potenciais utilizadores (produto) ou difíceis de medir. Os policy makers devem ter em conta um
trazidos para dentro da unidade (processo).” conjunto articulado de políticas, como os subsídios à I&D
ou outros instrumentos que afetem a procura de soluções
inovadoras, como as compras públicas, a concorrência ou
A inovação deriva de conhecimento, sendo que a a regulamentação;
Investigação e Desenvolvimento (I&D), descrita e
• O processo de inovação é cada vez mais aberto e
detalhada num outro manual publicado pela mesma dinâmico, devendo a política de inovação enfatizar o
organização (Manual de Frascati)14, representa apoio à experimentação, implementação e exploração,
apenas um dos conjuntos de atividades que podem envolvendo os cidadãos e a sociedade como um todo,
gerar inovação. O conhecimento pode ser gerado sob permitindo diferentes abordagens para a solução de um
determinado problema;
diferentes formas/perspetivas15, podendo ter origens
diferentes - ser desenvolvido internamente ou adquirido • Sendo a inovação relevante para um conjunto de atores e
atividades, o desenvolvimento de política de inovação não
a fontes externas (Chesbrough, 2003; Bogers et al, 2017).
deve estar restrito ao Estado central, muito menos a uma
única área governamental – requer o desenvolvimento de
O pensamento sobre os modelos de inovação tem formas de coordenação entre todos os grupos de atores e
evoluído ao longo do tempo: inicialmente a inovação de cocriação, para um apoio eficiente aos desafios sociais
era vista como se tratasse de um processo linear16, e à transformação das economias;
ou seja, partia da ciência para o mercado (lado da • Um grande desafio nos próximos anos para a política de
oferta) ou partia das necessidades do mercado (lado inovação relacionar-se-á com o aumento de capacidade
da procura). Posteriormente apareceram modelos para o seu desenvolvimento, exigindo um profundo
conhecimento do contexto (por exemplo, do sistema
de pensamento que evidenciavam as ligações em
nacional de inovação) em que for introduzido, uma
cadeia, onde os resultados partiriam de um conjunto perspetiva de longo-prazo e uma capacidade de absorver
de ligações constantes e feedbacks ao longo das várias falhas e evitar retrocessos.
fases do processo (Investigação; Marketing; Projeto de
I&D; Teste; Produção e Mercado)17. A partir dos anos 80 é Enquadrado nestas perspetivas, Portugal tem tido uma
reconhecido e aceite o caráter sistémico, interativo e não evolução positiva nos vários ângulos da inovação. Isto
linear do processo de inovação18, associado a interações é o resultado de um conjunto de políticas e de esforços
entre um conjunto de entidades, que desenvolvem a desenvolvidas nas últimas décadas por parte de todos
sua atividade de forma colaborativa, fazendo com que os atores do Sistema Nacional de Inovação, em torno
a conjugação das suas diferentes e complementares da aplicação do conhecimento em novas soluções,
valências resultem na criação de valor. gerando valor económico e social.

14 Ver Manual de Frascati em: www.oecd.org/sti/inno/frascati-manual.htm.


15 Nomeadamente Learning by doing (Arrow, 1962); Learning-by-using (Rosenberg, 1985); Learning-by-failling (Maidiquie & Zirger, 1984); Learning-by-searching
(Malerba, 1992); Learning-by-interacting (Lundvall, 1988).
16 Rothwell (1994)
17 J. Kline, N. Rosenberg (1986).
18 Ver C. Freeman; Lundvall, B. A.; Nelson, R. e Edquist, C.

14
Inovação em Portugal –
evolução recente
A inovação tem sido um dos Figura 3. Evolução da posição de Portugal no European
elementos que tem contribuído para Innovation Scoreboard (2009-2019)
melhorar a imagem de Portugal
a nível internacional. A qualidade
das infraestruturas tecnológicas,
a competência das entidades e o
talento dos recursos humanos, não
só contribuíram para o aparecimento
de novas soluções “made in Portugal”,
como trouxeram investimento de
grandes grupos internacionais
intensivos em atividades de alta-
tecnologia, que estabelecem cada
vez mais atividades de alto valor
acrescentado no país. Fonte: Elaboração própria a partir dos relatórios EIS

No contexto europeu, e após o período de desinvestimento Num ângulo diferente, também sobre inovação, mas
em I&D e em inovação entre 2011-2015 (“período troika”), agora focado nas regiões a nível europeu (238 regiões de
com impacto na diminuição da capacidade nacional 23 Estados-Membro), o relatório RIS - Regional Innovation

de inovação, Portugal assinalou uma evolução bastante Scoreboard apresenta a performance dos diferentes
territórios (Figura 4). Na edição de 2019 deste ranking21, o
positiva, de acordo com os relatórios anuais do EIS -
país apresenta três regiões como “inovadoras fortes” (Norte,
European Innovation Scoreboard (Figura 3).
Centro e Lisboa e Vale do Tejo) e 4 regiões como “inovadoras
moderadas” (Alentejo, Algarve, Açores e Madeira).
Os dados mais recentes mostram que Portugal é o 12º país
mais inovador na UE2719, sendo considerado, pela primeira Figura 4. Evolução da posição de Portugal no
vez, um país “fortemente inovador”. Para tal, contribuem
Regional Innovation Scoreboard (2011-2019)

os bons resultados nas dimensões “Inovadores” (2º lugar)


e “Ambiente propício à inovação” (10º)”, enquanto nos
resultados menos bons aparecem nas dimensões “Impacto
de vendas”; “Ligações” e “Ativos intelectuais”. Nos indicadores
“PME com inovações de produto ou processo”, “PME com
inovações intramuros” e “Penetração de banda-larga”
Portugal aparece com a melhor classificação do ranking.

Complementarmente, analisando a evolução da


performance entre o ano 2012 e 2019, Portugal foi o quarto
país da UE com maior evolução20 (21,5 pontos percentuais).

19 https://ec.europa.eu/docsroom/documents/42981
20 European Innovation Scoreboard 2020, pg. 13.
21 https://ec.europa.eu/growth/industry/policy/innovation/regional_en
Fonte: Elaboração própria a partir dos relatórios EIS

www.ani.pt 15
Este relatório vem dar força ao posicionamento do país para o ensino superior nacional, investigação e sistema de
no European Innovation Scoreboard, com as regiões inovação; que se reforcem as iniciativas setoriais de base
portuguesas a terem particular destaque na área da inovação regional (clusters), no sentido de promover a sua renovação e
empresarial, em especial nas PME: em termos de inovação competitividade nos mercados globais; que se estabeleçam
intramuros, todas as regiões portuguesas encontram-se nas plataformas regionais de inovação, providenciando acesso
20 melhores regiões22 e em termos de inovação de produto fácil das PME nacionais a recursos críticos para a renovação
ou processo encontram-se nas 24 melhores23. das suas capacidades de inovação; que continue o apoio
e renovação dos institutos Politécnicos, no sentido de
Realça-se, também, a 7ª posição da Madeira em “instituições intensivas em conhecimento de base prática”,
publicações mais citadas; em termos de inovação dedicadas ao desenvolvimento local; que se garanta que
organizacional ou de marketing, a região do Algarve na as organizações intermediárias tenham um nível suficiente
10ª posição, Lisboa na 13ª e Açores na 14ª; e por fim, a de financiamento plurianual garantindo a manutenção
região Norte, com a 16ª posição em gastos em inovação e expansão das suas redes, infraestruturas e serviços de
não proveniente de I&D, 19ª posição em registo de marcas suporte; e que se apoie a mutualização e parcerias entre
e 25ª posição em proteção de designs. organizações de transferência de tecnologia, quando
relevante.
Havendo relatórios que quantificam a evolução da
performance da inovação nos países, também existem Também a Comissão Europeia, através dos reportes
trabalhos (nacionais e internacionais) que, para além de regulares do Semestre Europeu, em 2020 recomenda a
outros objetivos, identificam desafios e fazem um conjunto Portugal26 a adoção de medidas destinadas a reduzir a
de recomendações resultantes das suas análises. Nos segmentação do mercado de trabalho; a melhoria do
parágrafos seguintes faz-se um resumo de recomendações nível de competências da população em especial a sua
apresentadas a Portugal em três importantes documentos. literacia digital, tornando nomeadamente a educação dos
adultos mais adequada às necessidades do mercado de
No RIO (Research and Innovation Observatory) Country trabalho; o aumento do número de licenciados do ensino
Report 201724 é sugerido a Portugal que estimule a superior, em especial no domínio das ciências e das
performance de inovação nas empresas, fortalecendo as tecnologias da informação; o foco na política económica
suas capacidades tecnológicas e de gestão; a emergência relacionada com o investimento em investigação e
de novas empresas de atividades intensivas em inovação nos transportes ferroviários e infraestruturas
conhecimento; as ligações entre ciência e indústria, não só portuárias, na transição energética e para uma economia
em termos de transferência de tecnologia, mas também hipocarbónica e no alargamento das interconexões
através de iniciativas de cocriação, envolvendo entidades energéticas, tendo em conta as disparidades regionais.
de ambos os lados; a definição conjunta de agendas
políticas de inovação, estimulando iniciativas bottom- Tendo em conta o que tem sido a evolução do
up; e o aumento do recrutamento de investigadores por pensamento e estratégias para o crescimento nacional
parte de empresas, promovendo o emprego altamente e comunitário e, obviamente, levando em consideração
qualificado, em especial doutorados. todas as avaliações e recomendações provenientes
de agentes nacionais ou internacionais, a política de
Posteriormente, com o relatório produzido em 2019 pela inovação na última década em Portugal foi, sobretudo,
OCDE “Revisão da Educação Terciária, Investigação e orientada para a consolidação do Sistema Nacional de
Sistema de Inovação”25, é recomendada: a adoção de Inovação (SNI), nomeadamente através da qualificação
uma estratégia nacional abrangente para o conhecimento avançada de recursos humanos, do apoio à inovação
e inovação, cobrindo e fornecendo orientações claras tecnológica e empresarial e ao empreendedorismo, da
às instituições de ensino superior e ao financiamento da promoção das redes colaborativas de inovação (e.g.
investigação e inovação; que se estabeleça uma task-force através da política de clusters e do Programa Interface) e
interministerial para assumir a responsabilidade política pelo de uma maior articulação entre as entidades produtoras
desenvolvimento de uma estratégia nacional e partilhada de conhecimento avançado e as empresas.
de conhecimento, levando em consideração a contribuição
de diferentes agentes; que se reforce a análise, a previsão e Esta política tem sido alicerçada, em grande parte, nos
a gestão de capacidade no Governo; que se use a Estratégia Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, que financiam
portuguesa para o conhecimento e inovação para a criação grande parte das iniciativas públicas e privadas de apoio à
de um conjunto de condições de financiamento previsíveis inovação e à I&D. Existe uma evolução positiva na aplicação
22 Norte (10ª posição); Algarve (2ª); Centro (3ª); Lisboa (4ª); Alentejo (6ª); Açores (5ª) e Madeira (20ª)
23 Norte (15ª posição); Algarve (3ª); Centro (5ª); Lisboa (4ª); Alentejo (9ª); Açores (11ª) e Madeira (24ª)
24 x
25 www.oecd.org/portugal/oecd-review-of-higher-education-research-and-innovation-portugal-9789264308138-en.htm
26 www.ec.europa.eu/info/sites/info/files/2020-european_semester_country-report-portugal_en.pdf
27 www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/documento?i=estrategia-nacional-para-o-empreendedorismo-2-anos-de-startup-portugal
28 www.iapmei.pt/Paginas/Industria-4-0.aspx

16
destes fundos a lógicas de rede, de eficiência coletiva e de • O lançamento de Agendas Temáticas de I&I, para que,
inovação colaborativa, se compararmos os programas através do diálogo entre os diferentes agentes, possam
QREN (2007-2013) e Portugal 2020 (2014-2020). Para além ser constituídas visões de médio e longo prazo e a sua
concretização em diferentes áreas:
destes Fundos, foram desenvolvidos outros instrumentos
- Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade35
como o SIFIDE (existente desde 1997, mas que tem vindo
- Alterações Climáticas36
a ser atualizado) e uma série de iniciativas ligadas ao - Arquitetura Portuguesa37
Capital de Risco, lideradas por diversas entidades públicas - Ciência Urbana e Cidades para o Futuro38
- Cultura e Património Cultural39
como a Portugal Ventures, IFD – Instituição Financeira de
- Economia Circular40
Desenvolvimento ou a PME Investimentos, instrumentos - Espaço e Observação da Terra41
financeiros com garantia do Estado (através da Sociedade - Inclusão Social e Cidadania42
- Indústria e Manufatura43
Portuguesa de Garantia Mútua), iniciativas de capacitação
- Mar44
empresarial, através do IAPMEI, ou iniciativas de formação - Saúde, Investigação Clínica e de Translação45
avançada de recursos humanos, através da FCT. - Sistemas Ciberfísicos e formas avançadas de Computação e Comunicação46
- Sistemas Sustentáveis de Energia47
O aparecimento destes novos instrumentos e a mobilização - Trabalho, Robotização e Qualificação de Emprego em Portugal48
- Turismo, Lazer e Hospitalidade49
de cada vez maiores dotações para estes temas é justificado
pelaintensificaçãodointeresseestratégicopelaI&DeInovação • Os programas +Superior50, visando a atribuição de
bolsas de mobilidade, incentivar e apoiar a frequência do
colaborativa como reforma estrutural, pela frequência das
ensino superior em regiões do país com menor procura,
atividades empresariais intensivas em conhecimento e pela
contribuindo para a coesão territorial e concretização de
emergência de cada vez mais qualificações e resultados metas relacionadas com a percentagem de jovens com
sobre diferentes áreas tecnológicas. Sem prejuízo de outros, formação superior;
destacam-se os seguintes desenvolvimentos dos anos mais • O Programa GoPortugal51, com a renovação em 2019
recentes no panorama das políticas públicas de inovação e de uma série de acordos entre Portugal e entidades
de I&D nacionais: internacionais no sentido de promover a mobilidade de
pessoas e cooperações entre entidades nacionais e as
• A Estratégia Nacional para o Empreendedorismo – referidas internacionais.
Startup Portugal27, incorporando várias iniciativas de apoio • O Programa Qualifica e regulamentação dos Centros
à dinamização do empreendedorismo e do ecossistema Qualifica52, focado no ensino e formação profissional de
português (encontram-se em anexo várias iniciativas adultos com idade ou superior a 18 anos que procurem
levadas a cabo pela Associação Startup Portugal); uma qualificação e, excecionalmente, jovens que não se
• O Programa Indústria 4.028, destinado a reforçar a encontrem a frequentar modalidades de educação ou
sensibilização e a capacidade de resposta das empresas de formação e que não estejam inseridos no mercado de
portuguesas ao desenvolvimento da indústria e serviços trabalho;
nacionais no novo paradigma da Economia Digital; • O Programa Simplex+53 (que sucede ao Simplex, lançado
• O Programa INTERFACE29, destinado a promover a em 2006 e suspenso em 2011), conta já com 5 edições
cooperação entre universidades / centros de investigação e desde 2016. Na mais recente edição, foram lançadas
empresas, nomeadamente através do reforço da política de medidas de simplificação e facilitação da vida dos
Clusters, Centros de Interface (CIT), criação de Laboratórios cidadãos, empresas e outras entidades, nomeadamente
Colaborativos (CoLAB) e de Clubes de Fornecedores; em situações causadas pelo novo coronavírus.
• O Programa Born from Knowledge30, que visa promover • O Programa Qualifica AP 54, que pretende dotar os
e valorizar ideias, projetos e empresas com origem no trabalhadores da Administração Pública das qualificações
conhecimento científico e/ou tecnológico colaborativo, com e competências que potenciem o desenvolvimento dos seus
impacto na sociedade e no desenvolvimento da economia; percursos profissionais, possibilitando a sua integração
• A Iniciativa Nacional para Competências Digitais - em torno de qualificações ajustadas às necessidades dos
INCoDe.203031, a Estratégia Nacional de Computação diferentes órgãos e serviços;
Avançada32, a Estratégia Nacional para a Inteligência • A Estratégia para a Transformação Digital da
Artificial33 e a Estratégia de Dados Abertos; Administração Pública55, pretendendo dinamizar a
• A Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço34, a simplificação administrativa e legislativa, de forma a tornar
ser implementada entre 2019 e 2023 e de forma a garantir mais fácil a vida aos cidadãos e das empresas em relação
três objetivos estratégicos: Maximizar a resiliência, à Administração Pública;
Promover a inovação e Gerar e garantir recursos; • O Programa de Estímulo ao Emprego Científico56 57, que
29 www.programainterface.pt/pt visa reduzir o número de doutorados em cargos não
30 bfk.ani.pt/pt/
31 www.dre.pt/application/file/a/114835001 permanentes e promover o emprego de doutorado e
32 www.incode2030.gov.pt/sites/default/files/out_acp_pt.pdf
33 www.incode2030.gov.pt/sites/default/files/julho_incode_brochura.pdf
investigadores em empresas;
34 www.dre.pt/application/file/a/122498847 46 www.fct.pt/agendastematicas/siscibercompcom.phtml.pt
35 www.fct.pt/agendastematicas/agroflorbiod.phtml.pt 47 www.fct.pt/agendastematicas/sissusenerg.phtml.pt
36 www.fct.pt/agendastematicas/altclim.phtml.pt 48 www.fct.pt/agendastematicas/trabrobqualempport.phtml.pt
37 www.fct.pt/agendastematicas/arqport.phtml.pt 49 www.fct.pt/agendastematicas/turhospgeslaz.phtml.pt
38 www.fct.pt/agendastematicas/cienurbcidfut.phtml.pt 50 www.dre.pt/application/file/a/123238681
39 www.fct.pt/agendastematicas/culpatcul.phtml.pt 51 www.dre.pt/application/file/a/114834999
40 www.fct.pt/agendastematicas/ecocirc.phtml.pt 52 www.dre.pt/application/file/a/75217575
41 www.fct.pt/agendastematicas/espaco.phtml.pt 53 www.simplex.gov.pt/
42 www.fct.pt/agendastematicas/incsoccid.phtml.pt 54 www.dre.pt/application/file/a/119432724
43 www.fct.pt/agendastematicas/indmanu.phtml.pt 55 www.simplex.gov.pt/
44 www.fct.pt/agendastematicas/mar.phtml.pt 56 www.dre.pt/application/file/a/75216474
45 www.fct.pt/agendastematicas/sauinvclitrans.phtml.pt 58 www.dre.pt/application/file/a/107710692

www.ani.pt 17
• A Estratégia Portugal Espaço 2030, uma estratégia de jovens para a compreensão da influência do oceano na
investigação, inovação e crescimento para Portugal, população e vice-versa; iii) o Bluetech Accelerator62,
que considera o espaço um recurso fundamental destinado a start-ups dispostas a trabalhar soluções
para as ambições de Portugal, das suas empresas e inovadoras, ousadas e disruptivas para a Indústria dos
instituições científicas (aprovada a estratégia em 2018 Portos e Navegação.
e, posteriormente, em 2019 é criada a Agência Espacial • Aprovação do Plano de Ação para a Transição Digital ,
Portuguesa59); reforçando a estratégia de digitalização da economia e de
empreendedorismo qualificado, assente em três pilares
• Iniciativas para o desenvolvimento da Economia do de atuação fundamentais, Capacitação e inclusão digital
Mar, através das seguintes iniciativas: i) Programa das pessoas; Transformação digital do tecido empresarial
Crescimento Azul60, para aumentar a criação de valor e e Digitalização do Estado.
o crescimento sustentável na economia azul portuguesa,
59 www.dre.pt/home/-/dre/120837266/details/maximized
potenciando a investigação, educação e formação nas 60 www.eeagrants.gov.pt/pt/programas/crescimento-azul/
áreas marinha e marítimas; ii) A Escola Azul61, que pretende 61 www.escolaazul.pt/
62 www.bluetechaccelerator.com/pt/bluetech-pt/
mobilizar a sociedade e, em particular, as crianças e 63 www.dre.pt/application/file/a/132140881

Desafios identificados para a


nova década
No âmbito da evolução verificada nos últimos anos Nacional de Inovação (ANI), e em articulação com
e tendo em conta o que têm sido as prioridades outras entidades:
para a inovação, tanto internas como comunitárias, a) Aumento do investimento em Investigação
Portugal assumiu em 2018 uma Estratégia de Inovação e Desenvolvimento
Tecnológica e Empresarial 2018-2030 64. São traçadas b) Empreendedorismo
metas como: o investimento global de I&D equivalente c) Valorização e transferência de tecnologia
a 3% do PIB até 2030; alcançar um nível de 60% dos d) Internacionalização
jovens com 20 anos a frequentar o ensino superior; 40% e) Melhorar a aplicação dos Fundos Europeus
dos graduados de educação terciária na faixa etária Estruturais e de Investimento
dos 30-34 anos até 2020 e 50% em 2030; alcançar a f) Reforço dos Centros de Interface
liderança europeia nas competências digitais até 2030; g) Promoção e valorização da inovação
aumentar as exportações de bens e serviços, com foco h) Monitorização e avaliação
particular na balança tecnológica, ambicionando-se
um volume de exportações equivalente a 50% do PIB até Estando a decorrer os trabalhos de preparação
2025; aproximar os níveis de investimento em Capital e aprovação do próximo Acordo de Parceria65, a
de Risco da média europeia e reforçar a atração de Comissão Europeia definiu um conjunto de prioridades
Investimento Direto Estrangeiro. para Portugal para o período 2021-2027 relacionados
com transformação inovadora e eficiente e suporte à
Um dos grandes objetivos desta Estratégia passa competitividade da economia portuguesa, educação
por mobilizar atores públicos e privados, quer ao e competências digitais, alterações climáticas e uso
nível do empreendedorismo e do investimento em eficiente de recursos energéticos, envelhecimento da
novas empresas tecnológicas quer na aceleração população e infraestruturas que permitam o acesso a
da digitalização da economia portuguesa quer no serviços públicos de qualidade66.
reforço de estratégias colaborativas de inovação e
transferência de tecnologia. A Resolução de Conselho Ligado ao próximo Acordo de Parceria, está a definição
de Ministros (RCM) 25/2018, publicada a 8 de março, das próximas Estratégias de Especialização Inteligente
indica oito vetores estratégicos de ação para a política (Nacional e Regionais), consideradas condições de
da inovação, a serem coordenados pela Agência

64 www.dre.pt/application/file/a/114835000
65 Estratégia Portugal 2030, aprovada pela RCM 98/2020, de 13 de novembro (www.dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/148444002/details/maximized)
66 ec.europa.eu/info/sites/info/files/2020-european_semester_country-report-portugal_pt.pdf

18
admissibilidade na submissão da proposta portuguesa Complementando os trabalhos associados à Política
para o próximo Programa-Quadro a Bruxelas. Para Europeia de Coesão, em 2019 foi lançada pela Comissão
além da monitorização e avaliação das Estratégias Europeia a Estratégia Anual para o Crescimento
em vigor, e em coordenação com a Agência para o Sustentável 202067, no âmbito do novo ciclo do Semestre
Desenvolvimento e Coesão e com as CCDR, a Agência Europeu, estabelecendo a política estratégica para a
Nacional de Inovação tem dinamizado um conjunto de Economia e Emprego para a União Europeia, de acordo
fóruns no sentido de potenciar da melhor forma possível com as linhas orientadoras de Ursula von der Leyen,
o debate de prioridades e desafios ao longo das várias Presidente da Comissão Europeia. As quatro dimensões
geografias para o próximo período plurianual 2021-2027. chave da estratégia para a Europa são o ambiente, a
produtividade, a estabilidade, e a equidade (Figura 5).

Figura 5. Pilares da Estratégia Vantagem


Anual para o Crescimento do pioneiro
Sustentável 2020

UMA ECONOMIA AO SERVIÇO Meio Ambiente Produtividade


DOS CIDADÃOS E DO
PLANETA

Fonte: Comissão Europeia, 2019

Sustentabilidade Investimento
competitiva e reformas

Equidade Estabilidade

Crescimento
inclusivo

A nova década, que se inicia em 2021, trará novos e De acordo com o ex-Comissário Europeu Carlos
exigentes desafios para todos os atores do Sistema Moedas, “O programa Horizonte 2020 é uma das maiores
histórias de sucesso da Europa. O novo programa
Nacional de Inovação. No alinhamento das diretrizes
Horizonte Europa tem objetivos ainda mais ambiciosos.
para o próximo orçamento de longo prazo da Europa,
Neste contexto, queremos aumentar o financiamento
o Horizonte Europa, está prevista a atribuição de cerca destinado ao Conselho Europeu de Investigação
de 80 mil milhões de euros destinados a programas (ERC) para reforçar a posição de liderança da UE na
de investigação e inovação. Com o novo ciclo, estão investigação fundamental. Vamos também definir
inseridas novidades na gestão e aplicação dos recursos: novas missões ambiciosas para a investigação da UE
para que os cidadãos sintam mais de perto o seu efeito.
• Um Conselho Europeu de Inovação (EIC) para que a Propomos também a criação de um novo Conselho
UE se torne pioneira na inovação criadora de mercado; Europeu de Inovação para modernizar o financiamento
• Novas missões de investigação e inovação à escala de inovações pioneiras na Europa”68.
europeia centradas nos desafios sociais e na
competitividade industrial; A atual Comissária para a Inovação e Investigação,
Mariya Gabriel, referiu numa conferência em março de
• Maximização do potencial de inovação em toda a UE;
2020 que “Este programa visa dar à Europa um novo
• Maior abertura; impulso para um posicionamento global. O Horizonte
• Uma nova geração de parcerias europeias e uma Europa deverá ser o maior e mais ambicioso programa
cooperação reforçada com outros programas da UE. de inovação e investigação de todos os tempos.

67 www.eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:52019DC0650&from=EN
68 Orçamento da UE: Comissão propõe o mais ambicioso programa de Investigação e Inovação de sempre – Comunicado de Imprensa da UE, Bruxelas, 2018-06-07 –
Carlos Moedas.

www.ani.pt 19
Ele baseia-se no sucesso do Horizonte 2020 e Associada à definição e operacionalização do próximo
aprimora-o ainda mais, promovendo um apoio mais Programa Quadro, e estando enquadrada na proposta
forte à inovação através da criação do Conselho de apresentada por Ursula von der Leyen, são propostos
Inovação Europeu”69. 13,5 mil milhões de euros provenientes do Horizonte
Europa para direcionar a medidas setoriais na área da
A proposta para o próximo Programa-Quadro para Saúde, nas áreas da Energia e da Mobilidade, nas áreas
o período 2021-2027 prevê uma estrutura com três da Indústria e Espaço, medidas essas consistentes
grandes pilares: Excelência Científica; Desafios Globais com os objetivos do Acordo Verde Europeu, e, por
e Competitividade Industrial Europeia; e, por último, último, para o Conselho de Inovação Europeu, para
Europa Inovadora. providenciar meios adicionais para a emergência de
novas empresas na área da digitalização e clima70.

Caixa 1.
Atuação europeia sobre o impacto do novo corona vírus
Atuação
europeia Não tendo que esperar até ao lançamento do Horizonte Europa para o combate ao
sobre o SARS-CoV-2, a Comissão Europeia mobilizou 122 milhões de euros do Horizonte 2020, a
impacto do acrescer aos 1,4 mil milhões de euros mobilizados pela mesma para a resposta global
novo Corona ao vírus. Mariya Gabriel referiu num comunicado de imprensa de 19 de maio de 2020 que
Vírus “Estamos a mobilizar todos os meios à nossa disposição para combater esta pandemia
com testes, tratamento e prevenção, mas para ter sucesso contra o coronavírus,
temos que entender também como serão os seus impactos na nossa sociedade e
como implementar essas intervenções rapidamente. Precisamos de explorar soluções
tecnológicas para fabricar equipamentos e suprimentos médicos mais rapidamente,
monitorizar e impedir a propagação da doença e cuidar melhor dos pacientes”71.

Foi desenvolvida uma plataforma agregadora de informação, “ERA Corona platform”,


sobre oportunidades de financiamento à Inovação e Investigação com contribuição
no combate ao vírus. Esta plataforma é uma das 10 prioridades no combate ao SARS-
CoV-2, definidas a 7 de abril pelos ministros nas mesmas áreas compondo assim o
primeiro Plano de Ação “ERAvsCORONA”. As prioridades do Plano são72:
• Coordenação do financiamento à Investigação e Inovação contra o Coronavírus;

• Alargar e apoiar grandes ensaios clínicos a nível da UE para gestão clínica de pacientes com
coronavírus;

• Novos financiamentos para abordagens inovadoras e rápidas para resposta ao vírus e entrega
de resultados rápidos e relevantes para a sociedade e um nível mais alto de preparação dos
sistemas de saúde;

• Aumentar o apoio a empresas inovadoras;

• Criar oportunidades para outras fontes de financiamento contribuírem nas ações de Investigação
e Inovação para o Coronavírus;

• Estabelecer um portal para o financiamento da Investigação e Inovação para o Coronavírus

• Acesso a infraestruturas de investigação;

• Estabelecer uma plataforma de partilha de dados de investigação;

• Hackathon Pan-Europeu para mobilizar inovadores europeus e sociedade civil.

Complementarmente, foi aprovado em julho um pacote de retoma económica onde


os apoios totais ascendem a um total de 750 mil milhões de euros73 onde são incluídas
verbas na forma de subsídio reembolsável e verbas na forma de empréstimos.

Em sequência, foi apresentado pelo Governo Português o Plano de Recuperação e


Resiliência74, onde são definidas as prioridades no exercício de recuperação para
o país, tendo em conta os valores a si atribuídos: um total de 15,3 mil milhões de
euros em subvenções ao que é acrescido 15,7 mil milhões de euros em empréstimos.
Adicionando este envelope financeiro aos montantes remanescentes do atual
acordo de parceria e os valores do próximo programa quadro, o país prevê ter à sua
disposição 6,4 mil milhões de euros por ano no período 2021-2027, visando reforçar
as condições económicas e sociais do país para enfrentar novos desafios no futuro
com gravidade equiparada.

Estas prioridades constituem enormes desafios para o Sistema Nacional de Inovação em Portugal,
que se tem vindo a reforçar e a consolidar para dar respostas aos grandes desafios societais e aos
impactos negativos de choques exógenos, como são exemplos os causados pelo SARS-CoV-2.
69 www.cor.europa.eu/en/news/Pages/Horizon-Europe-an-investment-in-and-for-our-future.aspx
70 www.ec.europa.eu/info/sites/info/files/research_and_innovation/strategy_on_research_and_innovation/documents/ec_rtd_covid19-recovery-factsheet.pdf
71 www.ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/IP_20_887
72 www.ec.europa.eu/info/sites/info/files/research_and_innovation/research_by_area/documents/ec_rtd_era-vs-corona_0.pdf
73 www.consilium.europa.eu/media/45109/210720-euco-final-conclusions-en.pdf
74 www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=%3d%3dBQAAAB%2bLCAAAAAAABAAzNDA1tQQAT%2fPcdQUAAAA%3d

20
O Sistema Nacional
de Inovação
A OCDE considera que existem frequentemente específicos a um Comparativa Internacional do
muitos tipos de interações país, incluindo um largo leque de Posicionamento do Sistema Nacional
entre os diferentes agentes interações que caraterizam o sistema de Inovação (2019)76.
que compõem um Sistema
nacional de inovação.
Nacional de Inovação, com a
composição e estruturação Estes dois trabalhos permitem a
desse mesmo sistema a A análise ao Sistema de Inovação em caraterização geral do sistema
depender de país para país. Portugal tem sido efetuada ao longo nacional de inovação português.

Os países tendem a especializar- das últimas duas décadas. Nos anos Essa caraterização tem em conta

se de acordo com determinadas mais recentes, de destacar os trabalhos diferentes tipos de entidades e sua

trajetórias tecnológicas, influenciadas desenvolvidos pela Fundação para performance: Estado; Ensino Superior

pelos padrões de acumulação de a Ciência e a Tecnologia (FCT), em e Investigação; Empresas; Instituições

conhecimento verificados no passado 2013, com o Diagnóstico do Sistema de privadas sem fins lucrativos; Entidades

e presente. Contudo, o caminho Investigação e Inovação Português75, de Financiamento e Outras entidades

que um país segue é determinado, e o desenvolvido pela ANI (Agência (Figura 6).

também, por fatores institucionais, Nacional de Inovação), com a Análise

Figura 6.
Mapeamento
do Sistema
de Inovação
Português

ENQUADRA-
MENTO
DO SISTEMA
NACIONAL
DE INOVAÇÃO

Fonte:
ANI (2020)

No próximo capítulo, far-se-á uma caraterização geral dos atores e das principais interações do SNI.

75 www.fct.pt/esp_inteligente/diagnostico
76 www.ani.pt/media/4880/relatorio_012_ani.pdf

www.ani.pt 21
Organização do Sistema
Nacional de Inovação (SNI)
Um sistema (nacional) de inovação (SNI) é formado por nível governamental, de destacar o papel dos atuais
uma série de atores de diferentes áreas e competências, Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
cujas interações entre si e com outras entidades passam (MCTES) e do Ministério da Economia e Transição Digital
a contribuir para a produção, difusão e valorização do (METD), mas também de outros ministérios cuja ação tem
conhecimento. Envolve as empresas, mas também impacto sobre o processo de inovação (ex. Ministério da
as entidades públicas, as instituições de ensino, de Justiça, Ministério da Educação, Ministério da Saúde, etc.).
investigação e formação, passando pelas agências
de apoio, centros de transferência de conhecimento e A política pública de inovação em Portugal tem uma forte
tecnologia, programas e fundos de apoio e entidades da ligação à capacidade instalada e ao potencial tecnológico
sociedade promotoras da inovação, bem como agentes e empresarial do país. Mas, para além disso e entre outras
externos. É cada vez mais evidente a importância do coisas, há uma forte relação com objetivos que são
acesso das entidades de um SNI ao conhecimento e traçados para a União Europeia para a política de I&D e
tecnologias geradas nos mercados globais e a sua Inovação, bem como para a convergência entre países.
capacidade de aplicação no seu processo produtivo. Este aspeto é traduzido por toda a política de coesão
da responsabilidade da Comissão Europeia resultando,
A interação entre Ciência e Indústria contribui para uma entre outras coisas, em acordos de parceria plurianuais
diversidade do conhecimento, que é uma caraterística e com a transferência de dotações para a capacitação
que assegura a sustentabilidade de um SNI. Por outro dos países em áreas chave previamente definidas num
lado, e embora as “ciências exatas” sejam importantes trabalho sempre em conjunto, mas também por todo o
para o processo de inovação, deve ser também dado a enquadramento no âmbito dos Programas-Quadro de
ênfase adequada às ciências humanas e sociais, dada I&D da UE. Em Portugal, para a definição e execução destes
a imprevisibilidade da origem e do percurso dos fatores acordos de parceria, a Agência para o Desenvolvimento e
que podem induzir novas ideias e, consequentemente, Coesão (AD&C) tem um papel fundamental cabendo-lhe,
inovações77. também, a coordenação dos Fundos Europeus Estruturais
e de Investimento e dos Programas Operacionais
Em Portugal, o SNI interage fortemente com o contexto Temáticos e Regionais.
internacional e, particularmente, com o espaço da União
Europeia onde está integrado, que tem contribuído para O nível executivo ou de implementação política é
um funcionamento mais eficiente do SNI, nomeadamente constituído por um conjunto de entidades públicas,
através do enquadramento regulatório, institucional, como a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT),
económico e social, mas também através das estratégias a Agência Nacional de Inovação (ANI), a Agência para a
e fundos estruturais europeus já mencionados. A Competitividade e Inovação (IAPMEI), a Agência para o
dimensão do SNI abrange, ainda, a estrutura do mercado, Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) ou
as características endógenas como os recursos naturais, o Turismo de Portugal (TP), mas contando igualmente
a cultura e as pessoas, as infraestruturas e todo o com outras entidades com importância setorial, temática
conjunto de programas e projetos das diversas entidades ou regulatória, como o Instituto Nacional de Propriedade
responsáveis pelas políticas públicas na área de I&D. Industrial (INPI), a Agência de Modernização Administrativa
No que respeita à definição de políticas de inovação ao (AMA), a Agência Nacional para a Qualificação e Ensino

77 J. Caraça, et al., The changing role of science in the innovation process: From Queen to Cinderella? Technological Forecast and Social Change (2008).

22
Profissional (ANQEP) ou o Instituto de Emprego e Formação Por outro lado, existe um conjunto de estruturas públicas
Profissional (IEFP). Estas e outras entidades, de atuação que se responsabiliza pela gestão e a promoção de um
ou mais transversal ou mais focada em determinado amplo conjunto de instrumentos de financiamento e
tipo de objetivos ou resultados, para além do desenho de apoio a projetos empresariais de I&D, como é o caso
e implementação de estratégias de política pública, de entidades como a IFD – Instituição Financeira de
também são responsáveis pela operacionalização de Desenvolvimento, a PME – Investimentos ou a Portugal
apoios, financeiros ou não, no sentido de promover o Ventures. A outra parte das dotações disponibilizadas por
desenvolvimento das entidades de um ponto de vista instrumentos públicos de origem nacional ou comunitária
individual como também dos ecossistemas de inovação provém da iniciativa privada, como por exemplo do
e da sociedade. sistema bancário, das Fundações Privadas, ou das
Sociedades Gestoras de Capital de Risco.
Em termos de financiamento da política de inovação,
a maior parte das dotações disponibilizadas para a Desta forma, com as instituições de ensino, I&D e formação,
I&D e inovação por parte dos instrumentos públicos as entidades de intermediação tecnológica e de interface,
tem origem nacional ou comunitária. Nesse sentido, bem como as demais instituições públicas e privadas,
a existência de estruturas de missão que dão corpo entidades associativas, etc., é disponibilizada uma
aos Programas Operacionais Temáticos e Regionais, estrutura de suporte (física, tecnológica e humana) às
potenciam a canalização das verbas provenientes dos empresas para atividades de desenvolvimento, aplicação
Acordos de Parceria firmados com a União Europeia e promoção de resultados de inovação.
para o desenvolvimento do país, incluindo as áreas do
conhecimento e inovação.

Os atores do Sistema Nacional de Inovação


– entidades de enquadramento e regulação
No SNI em Portugal, podemos identificar os principais lançadas, a área governativa da Economia tutela um conjunto
de organismos públicos responsáveis pela implementação e
atores – públicos e privados – responsáveis pela
monitorização das iniciativas lançadas, como é o caso do IAPMEI,
política de inovação ou que nela intervém, bem como os da Associação StartUp Portugal ou da ANI – Agência Nacional
principais promotores e coordenadores de programas de Inovação78. A área governativa da Economia tem também
e iniciativas de promoção e apoio às atividades de I&D responsabilidades sob conjunto de entidades responsáveis por
promover uma diversidade de instrumentos de financiamento,
e de inovação. como é o caso da Autoridade de Gestão do Programa Operacional
para a Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020), ou
• Governo e Ministérios: através de diferentes áreas entidades focadas em instrumentos de cariz financeiro como a
PME Investimento, IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento
governativas, estas estruturas são responsáveis pela
ou a SPGM – Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua.
definição de prioridades temáticas e/ou transversais
nos diferentes ângulos da inovação. Assim, como em - Área governativa da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior: tem
sob sua responsabilidade a coordenação do ensino superior
muitos países europeus, as atividades ou iniciativas
e a formação avançada de recursos humanos, bem como a
políticas na área da inovação são realizadas por capacitação e o apoio às infraestruturas tecnológicas e à sua
quase todas as áreas governativas, desde as mais capacidade de produção de I&D e da sua valorização. Sob sua
transversais como Economia, Ciência ou a Educação, responsabilidade está a Fundação para a Ciência e a Tecnologia,
a Direção Geral do Ensino Superior, assim como a Direção Geral
como também nas áreas mais temáticas como a do de Estatísticas da Educação e Ciência. No último ciclo legislativo,
Ambiente, Mar ou Defesa. Abaixo evidenciam-se seis esta área foi responsável pelo lançamento ou coordenação de um
áreas governativas transversais e de grande impacto conjunto de iniciativas, como os Laboratórios Colaborativos (dentro
do Programa Interface), o Born From Knowledge, o programa para
no Sistema Nacional de Inovação:
o desenvolvimento de competências digitais – INCoDe 2030 e
várias estratégias ligadas às tecnologias digitais como o Portugal
- Área governativa da Economia: No passado recente foi Space 2030, a Estratégia Nacional para a Inteligência Artificial
responsável pelo lançamento de programas que se destinam ou a Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço. A ANI é
à capacitação da economia portuguesa através do valor e do também tutelada, em parte, por esta área governativa.
conhecimento, como o Programa Interface, Programa Indústria 4.0
ou o StartUp Portugal. Para além das iniciativas de política pública

78 A ANI – Agência Nacional de Inovação tem dupla tutela: áreas governativas da Economia e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

www.ani.pt 23
- Área governativa do Planeamento: tem sob a sua responsabilidade • Órgãos Consultivos: representam os organismos ou
a coordenação dos trabalhos relativos ao Acordo de Parceria entre
núcleos especializados em áreas específicas, que atuam
Portugal e a Comissão Europeia. Tutelando a AD&C – Agência para
o Desenvolvimento e Coesão, encabeça as discussões para todos no suporte e na definição de prioridades estratégicas
os programas quadro plurianuais, como também coordena a para o país, emitem pareceres sobre o desenho e
aplicação, monitorização e avaliação das verbas provenientes dos implementação de iniciativas de política pública ou
Programas Operacionais Temáticos e dos Regionais.
sobre a sua execução ou avaliação. Alguns destes
- Área governativa da Justiça: esta área governativa é a principal órgãos, ao representarem determinadas tipologias
responsável pelo desenho e implementação das ações relacionadas de entidades ligadas ao Conhecimento e Inovação,
com a Propriedade Industrial em Portugal. Tutelando o INPI – Instituto
também podem atuar na identificação de dificuldades
Nacional de Propriedade Industrial, a área governativa da justiça
gere o que é a avaliação e manutenção das patentes e modelos ou de oportunidades verificadas durante a sua atividade
de utilidade, desenhos industriais, logotipos e marcas. É, também, a atual ou futura.
área governativa responsável pelos registos e notariado, essencial
para a promoção de um bom ambiente para os negócios e para o
- Conselho Nacional para a Ciência, Tecnologia e Inovação:
empreendedorismo.
segundo a “Lei da Ciência”, aprovada em 201983, trata-se de um
órgão que funciona junto dos membros do Governo responsáveis
- Área governativa da Educação: responsável pelo ensino
pelas áreas da economia e ciência e tecnologia. Compete-
e formação profissional (excluindo a proporcionada pelas
lhe colaborar no desenvolvimento e sustentação do sistema
Instituições de Ensino Superior) em Portugal. Tutelando a ANQEP
científico e tecnológico nacional, assegurar o aconselhamento
– Agência Nacional para as Qualificações e o Ensino Profissional
científico no desenvolvimento de políticas e no funcionamento
(tutela partilhada com a área governativa do Trabalho e Segurança
de serviços públicos e fomentar a articulação transversal e
Social), é responsável pela execução das políticas de educação
interministerial das políticas de ciência e tecnologia.
e formação profissional de jovens e adultos e por assegurar o
desenvolvimento e a gestão do sistema de reconhecimento,
- CRUP – Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas84:
validação e certificação de competências. Em 2016 o Governo
trata-se de uma entidade de coordenação do ensino
desenvolveu o Programa Qualifica, apostando em percursos de
universitário em Portugal e integra, como membros efetivos,
formação que conduzam a uma qualificação efetiva, criando um
um total de 16 instituições de ensino superior público. O foco da
regime de organização e funcionamento dos Centros Qualifica79, no
sua atuação incide, entre outras, na formulação das políticas
sentido de assegurar uma certificação sólida a aplicar durante as
nacionais de educação, ciência e cultura, pronunciação sobre
etapas de reconhecimento e validação de competências.
projetos legislativos e questões orçamentais e aproximação com
organismos congéneres internacionais.
- Área governativa da Modernização Administrativa: responsável
pelas iniciativas de modernização e simplificação da Administração
- CCISP – Conselho Coordenador dos Institutos Superiores
Pública. Tutelando a AMA – Agência para a Modernização
Politécnicos85: o CCISP é o órgão que representa não só os
Administrativa, tem como responsabilidade e coordenação o
institutos superiores politécnicos públicos, mas também têm
Programa Simplex+, com o objetivo de simplificar o acesso e os
assento as Universidades dos Açores, Algarve, Aveiro e Madeira.
procedimentos desenvolvidos pelas Instituições Públicas.
A sua ação também é relacionada com a emissão de pareceres
e posições sobre matérias relacionadas com o ensino superior,
• Parlamento80: trata-se de um dos dois órgãos de soberania nomeadamente as provenientes da Comissão de Educação e
eleitos previstos na Constituição, sendo composto por uma Ciência da Assembleia da República.

câmara de deputados única, designada por Assembleia


- CES – Conselho Económico e Social86: o órgão de consulta
da República. Em representação de todos os cidadãos, e concertação no domínio das políticas económica e social
tem competência legislativa exclusiva em matérias e participa na elaboração dos planos de desenvolvimento
económico e social, bem como se pronuncia sobre os anteprojectos
constitucionalmente determinadas, como também lhe cabe
das grandes opções e dos planos de desenvolvimento económico
a fiscalização da atividade do Governo e da Administração e social, antes de aprovados pelo Governo, bem como sobre os
e o cumprimento da Constituição e das leis. No Parlamento relatórios da respetiva execução.
existem comissões permanentes (em razão da matéria,
que têm jurisdição permanente, em princípio em cada • Estudos e Estatísticas: organismos que se dedicam, não
legislatura) e comissões eventuais (criadas por tempo só à recolha e tratamento de informação (generalizada,
limitado para cumprir determinada função que culmina mas também em informação focada em conhecimento
com a apresentação de um relatório com as respetivas e inovação), como também à produção de estudos e
conclusões). Cada comissão pode criar subcomissões relatórios técnicos, incluindo na área do conhecimento e
para acompanhar matérias específicas no âmbito das inovação.
suas competências, podendo criar também grupos de
- INE – Instituto Nacional de Estatística87: tem como missão a
trabalho para fins temporários e de natureza legislativa ou produção, de forma independente e imparcial, de informação
de acompanhamento de uma determinada matéria. Entre estatística oficial de qualidade, promovendo também a
coordenação, análise, inovação e divulgação da atividade
as 14 comissões existentes destacam-se a Comissão da
estatística nacional. É parceiro da autoridade estatística da União
Educação, Ciência, Juventude e Desporto81 e a Comissão de Europeia e das autoridades estatísticas dos Estados-Membros
Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação82. (as quais incluem os institutos nacionais de estatísticas e outras

79 www.dre.pt/application/file/a/75217575 85 www.ccisp.pt/pt/inicio/
80 www.parlamento.pt/ 86 www.ces.pt
81 www.parlamento.pt/sites/com/XIVLeg/8CECJD/Paginas/default.aspx 87 www.ine.pt/xportal/xmain?xpgid=ine_main&xpid=INE
82 www.parlamento.pt/sites/com/XIVLeg/6CEIOPH/Paginas/default.aspx
83 www.dre.pt/application/conteudo/122317422
84 www.crup.pt/

24
autoridades nacionais responsáveis pelo desenvolvimento, áreas sob tutela do Ministério da Economia, designadamente
produção e divulgação das estatísticas europeias). das empresas de pequena e média dimensão, com exceção do
setor do turismo e das competências de acompanhamento neste
- GEE – Gabinete de Estratégia e Estudos88: tem por missão âmbito atribuídas à Direção-Geral das Atividades Económicas.
prestar apoio técnico aos responsáveis pelo Ministério da O IAPMEI promove um conjunto alargado de programas,
Economia na definição da política económica e no planeamento iniciativas e serviços, com vista a apoiar as empresas e a sua
estratégico, bem como apoiar os diferentes organismos através intervenção concentra-se nas áreas do empreendedorismo e
do desenvolvimento de estudos e da recolha e tratamento da inovação, na dinamização da inovação empresarial e da gestão
informação. da inovação e na promoção e monitorização de dinâmicas de
eficiência coletiva, nomeadamente clusters.
- DGEEC – Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência89:
tem por missão garantir a produção e análise estatística da - FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia94: agência
educação e ciência, apoiando tecnicamente a formulação pública nacional de apoio à investigação em ciência, tecnologia
de políticas e o planeamento estratégico e operacional, criar e inovação, em todas as áreas do conhecimento. Tutelada pelo
e assegurar o bom funcionamento do sistema integrado de Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a missão da
informação nas mesmas áreas e observar e avaliar globalmente FCT é promover continuadamente o avanço do conhecimento
os resultados obtidos em articulação com os demais serviços nas científico e tecnológico em Portugal, atingir os mais elevados
áreas da educação e ciência. padrões internacionais de qualidade e competitividade em todos
os domínios científicos e tecnológicos e estimular a sua difusão e
- GEP – Gabinete de Estratégia e Planeamento90: tem como contribuição para a sociedade e o tecido produtivo. Atualmente, a
objetivo garantir o apoio técnico à formulação de políticas e ao FCT disponibiliza um conjunto de instrumentos de financiamento
planeamento estratégico e operacional, em articulação com dirigidos a cientistas, equipas de investigação e Centros de I&D95.
a programação financeira, garantir a produção e difusão de
informação estatística para além da coordenação da informação - Startup Portugal – Associação Portuguesa para a Promoção
científica e técnica do MTSSS. do Empreendedorismo96: associação de utilidade pública que
tem como missão o desenvolvimento de atividades de interesse
público, no âmbito da promoção do empreendedorismo com
• Implementação e execução da política de inovação: base de inovação e de valor acrescentado, em estreita ligação
em estreita relação com as áreas governativas, são as com entidades públicas e privadas com atuação no ecossistema
entidades que coordenam a conceção, implementação nacional de empreendedorismo. Não obstante a sua interação
com outras áreas governativas e instituições públicas, a ação da
e monitorização das iniciativas de política pública,
Startup Portugal apoia a Estratégia Nacional de Empreendedorismo
transversais ou setoriais. coordenada pelo Ministério da Economia, apoiando também
a ação do IAPMEI na implementação de instrumentos de apoio
- ANI – Agência Nacional de Inovação91: tem por objeto o ao empreendedorismo. É de referir o papel bastante importante
desenvolvimento de ações destinadas a apoiar a inovação desta associação no apoio ao empreendedorismo, como por
tecnológica e empresarial em Portugal, contribuindo para a exemplo a consolidação da Rede Nacional de Incubadoras, ações
consolidação do Sistema Nacional de Inovação (SNI) e para o de internacionalização de startups portuguesas ou dinamização
reforço da competitividade da economia nacional nos mercados de apoios a startups nacionais para participação na Web Summit
globais. Compete à ANI prosseguir as linhas orientadoras para (Road 2 Web Summit).
uma estratégia de inovação tecnológica e empresarial para
Portugal, 2018-2030, nomeadamente o estímulo do investimento - AMA – Agência para a Modernização Administrativa97: é o
privado em investigação e desenvolvimento (I&D), a promoção instituto público que prossegue as atribuições do Ministério da
da colaboração entre entidades do sistema científico e Modernização do Estado e da Administração Pública nas áreas da
tecnológico e o meio empresarial e o reforço da participação modernização e simplificação administrativa e da administração
em redes e programas internacionais por parte das empresas eletrónica. A sua atuação divide-se em 3 eixos: atendimento,
e entidades do sistema científico e tecnológico nacional, transformação digital e simplificação. A AMA tem um forte
nomeadamente instituições de ensino superior e centros papel na coordenação do Programa SIMPLEX+ – estratégia de
de interface, com vista à promoção das suas capacidades, modernização administrativa transversal ao Governo e serviços
competências e resultados da política de apoio à inovação. da administração pública central e local. Este Programa, em 2016,
Compete, também, à ANI a promoção e a divulgação, a nível era composto por 255 medidas, em 2017, por 237 medidas, em
nacional e internacional, em colaboração com outras entidades, 2018, por 268 medidas e, em 2019, por 119 medidas98.
nomeadamente o IAPMEI, a AICEP e a FCT, de casos de sucesso
da inovação em Portugal, ajudando a associar a Portugal uma - AD&C – Agência para o Desenvolvimento e Coesão99: trata-se
imagem de país inovador e a justificar investimentos crescentes, de um instituto público que tem por missão coordenar a política
através de retorno para a economia e para o bem-estar e de desenvolvimento regional e assegurar a coordenação geral
qualidade de vida da população. Complementarmente também dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI). Tem
tem funções de gestão, juntamente com a Instituição Financeira como competências a coordenação técnica do Portugal 2020
de Desenvolvimento do FITEC - Fundo de Inovação, Tecnologia e e prestar apoio no funcionamento do órgão que assegura a
Economia Circular (ver Capítulo 11)92: coordenação política para o conjunto dos FEEI.

- IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação93: possui


a missão de promover a competitividade e o crescimento
empresarial, assegurar o apoio à conceção, execução e
avaliação de políticas dirigidas à atividade industrial, visando
o reforço da inovação, do empreendedorismo e do investimento
empresarial nas empresas que exerçam a sua atividade nas

88 www.gee.gov.pt/pt/ 94 www.fct.pt/
89 www.dgeec.mec.pt/np4/home 95 www.fct.pt/apoios/
90 www.gep.mtsss.gov.pt/web/gep/inicio 96 www.dre.pt/application/file/a/120464212
91 www.ani.pt/ 97 www.ama.gov.pt/
92 www.dre.pt/application/file/a/105658999 98 www.simplex.gov.pt/medidas
93 www.iapmei.pt/ 99 www.adcoesao.pt/

www.ani.pt 25
- AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de - SPGM – Sociedade de Investimento109: coordena o Sistema
Portugal100: trata-se de uma entidade pública de natureza Português de Garantia Mútua que tem por missão prestar
empresarial vocacionada para o desenvolvimento de um ambiente garantias financeiras a favor das empresas nacionais. Este sistema
de negócios competitivo que contribua para a globalização da é, também, composto por quatro sociedades de garantia mútua
economia portuguesa. Para além de prestar serviços de suporte (Norgarante110, Lisgarante111, Garval112 e Agrogarante113) dispersas
e aconselhamento sobre a melhor forma de abordar os mercados geograficamente, trabalhando para facilitar o acesso a crédito
externos e identificar oportunidades de negócios internacionais, bancário por parte das empresas e em condições mais favoráveis
esta entidade acompanha e gere instrumentos que potenciam a (preço e prazo de financiamento), através de protocolos com a
atração de investimento direto estrangeiro, através da gestão de generalidade das Instituições de Crédito que operam em Portugal.
regimes contratuais previstos no Programa Operacional para a Os seus produtos focam as áreas do Investimento, Gestão de
Competitividade e Internacionalização. Tesouraria, Exportação e Importação, Garantias Contratuais,
Ofertas Setoriais e Empreendedorismo.
- Turismo de Portugal101: trata-se da autoridade turística nacional,
tem como missão a promoção, valorização e sustentabilidade da - Sociedades Gestoras de Capital de Risco: As sociedades
atividade turística, agregando todas as competências institucionais gestoras de fundos de capital de risco têm como objeto principal
relativas à dinamização do turismo desde a oferta à procura. a gestão de organismos de investimento em capital de risco e de
Cabem, também, ao Turismo de Portugal as funções de controlo, organismos de investimento alternativo especializado e, como
inspeção e regulação da exploração e prática do jogo em Portugal. objeto social, a realização de investimentos em capital de risco114.
Esta entidade tem fortes ligações à inovação no setor do turismo, Considera-se investimento em capital de risco a aquisição, por
por tudo o descrito acima e também por coordenar a dinamização período de tempo limitado, de instrumentos de capital próprio
da rede de escolas de hotelaria, promovendo cada vez mais e de instrumentos de capital alheio em sociedades de elevado
capacitação dos recursos humanos ligados à área e também por potencial de desenvolvimento, como forma de beneficiar da
todas as iniciativas que vem lançando, por exemplo, através dos respetiva valorização. De acordo com a Comissão do Mercado de
Fundos Europeus Estruturais e de Investimento. Valores Mobiliários (CMVM)115, a 31 de dezembro de 2019 existiam
52 Sociedades Ativas e 135 Fundos de Capital de Risco116 com um
• Apoio ao Investimento e ao Financiamento: estas valor líquido global de 4,45 mil milhões de euros.

entidades aparecem no Sistema de Inovação


- Portugal Capital Ventures – PV117: criada em 2012, é responsável
disponibilizando e gerindo instrumentos de financiamento, pelo investimento público em capital de risco de tipo Venture
necessários ao desenvolvimento de projetos ou de Capital, desenvolvendo a sua atividade nas mesmas condições e
termos aplicáveis a qualquer empresa privada e estando sujeita
empresas com capacidade ou potencial tecnológico. Tanto
às regras gerais da concorrência nacionais e comunitárias. Tanto a
da parte pública como privada as instituições, para além sociedade como os Fundos por si geridos estão sujeitos à supervisão
de fornecerem os instrumentos de apoio ao investimento e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Tem 15
financiamento, apoiam também os seus beneficiários em acionistas e uma rede de mais de 70 parceiros que ligam a entidade
aos principais players do ecossistema empreendedor. A PV investe
relação a serviços de intelligence técnicos, administrativos
em quatro áreas (digital, engineering & manufacturing, life sciences
e financeiros. e tourism), nos estágios pré-seed, seed e series A e em tickets de
investimento de 300 mil euros até 1.500 mil euros.
- IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento102: tem como
objetivo direcionar recursos financeiros públicos, preferencialmente • Regulação, Acreditação e Normalização: entidades
alavancando-os com cofinanciamento privado, para as PME se
que participam, principalmente, na definição do
capitalizarem e financiarem os seus investimentos. Dentro dos
seus produtos encontram-se diversas iniciativas na área do capital enquadramento regulamentar a aplicar às diferentes
de risco e das garantias mútuas, sendo que relacionado com o entidades com que se cruza o conhecimento e inovação.
primeiro grupo encontram-se dois fundos resultantes de uma Engloba entidades independentes e organismos
parceria com o Fundo Europeu de Investimento (Portugal Growth e
Portugal Tech). O organismo, para além dos parceiros institucionais
públicos, em que muitos deles também assumem
nacionais e internacionais e Programas Financiadores, tem como funções equiparadas às entidades participantes na
parceiros 22 instituições bancárias, 15 sociedades de capital de definição e implementação da política de inovação ou
risco e 35 Business Angels.
às entidades de apoio ao investimento e financiamento.
- PME Investimentos – Sociedade de Investimento103: criada em
1989, tem por missão promover a dinamização e alargamento da - Banco de Portugal118: é o banco central da República Portuguesa,
oferta de financiamento a empresas do setor não financeiro através fazendo parte do Eurosistema e do Sistema Europeu de Bancos
da gestão de fundos especiais de investimento, veículos de políticas Centrais, do Mecanismo Único de Supervisão e do Mecanismo Único
públicas para apoio ao financiamento das empresas, na dupla de Resolução. As suas funções estão relacionadas com Política
vertente de capital próprio e crédito. O organismo tem sob sua gestão monetária; Gestão de ativos e reservas; Supervisão prudencial;
o Fundo 200M104 105, o FINOVA - Fundo de Apoio ao Financiamento Resolução; Política macroprudencial; Sistemas de pagamentos;
à Inovação106(ver Capítulo 8), o Fundo de Sindicação e o FACCE Regulação e fiscalização do mercado cambial; Emissão de moeda;
- Fundo autónomo de apoio à concentração e consolidação de Compilação e elaboração de estatísticas; Produção de estudos e
empresas, destinados a promover o empreendedorismo, inovação, análises económicos; Atividade internacional e Relações com o
competitividade e internacionalização do setor empresarial Estado.
português. Conta com 30 parceiros de investimento e 54 entidades 107 www.dre.pt/application/file/a/115200767
veículo de business angels como parceiros. Adicionalmente o Fundo 108 www.fis.gov.pt/
Inovação Social (FIS)106 107(ver Capítulo 11). 109 www.spgm.pt/pt/institucional/sobre-nos/spgm-sociedade-de-investimento/
110 www.norgarante.pt/pt/
111 www.lisgarante.pt/pt/
100 www.portugalglobal.pt/PT/Paginas/Index.aspx 112 www.garval.pt/pt/
101 www.turismodeportugal.pt/pt/Paginas/homepage.aspx 113 www.agrogarante.pt/pt/
102 www.ifd.pt/pt/ 114 www.dre.pt/application/file/a/66651924
103 www.pmeinvestimentos.pt/ 115 www.cmvm.pt/pt/Estatisticas/SeriesLongas/Pages/default.aspx
104 www.200m.pt/ 116 Os Fundos podem ser consultados em www.cmvm.pt/pt/Estatisticas/
105 dre.pt/web/guest/legislacao-consolidada/-/lc/123628779/202005030006/exportPdf/ SeriesLongas/Pages/default.aspx
normal/1/cacheLevelPage?_LegislacaoConsolidada_WAR_drefrontofficeportlet_rp=diploma 117 www.portugalventures.pt/
106 www.fis.gov.pt 118 www.bportugal.pt/

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- ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações 119: tem mobilidade. São atribuições da ADENE gerir o Sistema Nacional de
por missão a regulação do setor das comunicações, incluindo Certificação Energética (SCE), o Sistema de Gestão dos Consumos
as comunicações eletrónicas e postais e, sem prejuízo da sua Intensivos de Energia (SGCIE) e outros que lhe sejam atribuídos;
natureza enquanto entidade administrativa independente, a prestar apoio na identificação e viabilização de medidas e projetos
coadjuvação ao Governo nestes domínios. com fins de eficiência energética, nomeadamente no âmbito do
Programa de Promoção de Eficiência Energética na Administração
- AdC – Autoridade da Concorrência120: tem por missão assegurar Pública; implementar e gerir a plataforma de transferência entre
a aplicação das regras de promoção e defesa da concorrência comercializadores de eletricidade e gás natural; exercer atividade
nos setores privado, público, cooperativo e social, no respeito pelo de operador logístico de mudança de comercializador no âmbito
princípio da economia de mercado e de livre concorrência, tendo do Sistema Elétrico Nacional e do Sistema Nacional de Gás Natural;
em vista o funcionamento eficiente dos mercados, a afetação gerir a Academia ADENE; fomentar a I&D, inovação colaborativa
ótima dos recursos e os interesses dos consumidores. A livre e transferência de tecnologia nas áreas da eficiência energética
concorrência é fundamental para o processo de inovação. e hídrica; e desenvolver ações inerentes à sensibilização e
informação. Complementarmente a ADENE tem sob sua gestão
- CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários121: tem o Fundo de Apoio à Inovação (FAI)127 e o Fundo de Eficiência
como missão regular os mercados de instrumentos financeiros, Energética (FEE)128.
assim como os agentes que neles atuam, promovendo a
proteção dos investidores. São também suas atribuições - DGPM - Direção-Geral de Política do Mar: é um serviço
sancionar as infrações ao Código dos Valores Mobiliários central dotado de autonomia administrativa, que integra a
e legislação complementar; assegurar a estabilidade dos administração direta do Estado. Tem como responsabilidade o
mercados financeiros contribuindo para a identificação e apoio à coordenação e à gestão das políticas públicas na área
prevenção do risco sistémico; contribuir para o desenvolvimento do Mar, assumindo a transversalidade desta temática quer a
dos mercados de instrumentos financeiros; prestar informação nível nacional, quer internacional. Tem por missão desenvolver
e tratar as reclamações dos investidores não qualificados; e atualizar a Estratégia Nacional para o Mar, elaborar e propor a
proceder à medição de conflitos entre entidades sujeitas à sua política nacional do mar, planear e ordenar o espaço marítimo
supervisão e entre estas e os investidores; coadjuvar o Governo nos seus diferentes usos e atividades, acompanhar e participar no
e o respetivo membro responsável pela área das Finanças e desenvolvimento da Política Marítima Integrada da União Europeia
outras funções que lhe sejam atribuídas por lei. e promover a cooperação nacional e internacional no âmbito do
mar. Complementarmente também dá apoio à gestão do Fundo
- IMPIC – Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Azul129.
Construção122: instituto público que prossegue atribuições nas
áreas da construção, do imobiliário e da contratação pública. - INPI – Instituto Português da Propriedade Industrial130: tem
Tem por missão regular e fiscalizar o setor da construção e como missão assegurar a proteção da Propriedade Industrial,
do imobiliário, dinamizar, supervisionar e regulamentar as concedendo e promovendo Direitos de Propriedade Industrial,
atividades desenvolvidas nesse setor, produzir informação com o objetivo de contribuir para a inovação, competitividade
estatística e análises setoriais e assegurar a atuação e crescimento económico. Em Portugal, é responsável pela
coordenada dos organismos estatais e setor, bem como a atribuição de direitos sobre marcas, logótipos, patentes, modelos
regulação dos contratos públicos. de utilidade, designs, denominações de origem e indicações
geográfica e garantir que a legislação nacional e internacional
- IPQ – Instituto Português da Qualidade123: instituto público é respeitada durante o processo de atribuição. No estrangeiro,
que tem por missão a coordenação do sistema português da colabora com diversas organizações no sentido de assegurar que
qualidade, a promoção e a coordenação de atividades que os direitos atribuídos em Portugal podem ser protegidos noutros
visem contribuir para demonstrar a credibilidade da ação países e garantir que os direitos de marcas, patentes e designs
dos agentes económicos, bem como o desenvolvimento das registados no estrangeiro podem ser protegidos em Portugal.
atividades necessárias às suas funções de Instituto Nacional de
Metrologia e de Organismo Nacional de Normalização.

- IPAC – Instituto Português de Acreditação124: é o organismo


nacional de acreditação, que consiste na avaliação e
reconhecimento da competência técnica de entidades para
efetuar atividades específicas de avaliação da conformidade
(exemplo: ensaios, calibrações, certificações e inspeções).

- APA – Associação Portuguesa do Ambiente125: entidade


cuja missão passa por propor, desenvolver e acompanhar a
gestão integrada e participada das políticas de ambiente e de 127 Criado em 2013, destina-se fundamentalmente ao financiamento do sistema
desenvolvimento sustentável, de forma articulada com outras científico nacional no domínio da inovação e desenvolvimento tecnológico,
prioritariamente na área das energias renováveis, nomeadamente da energia
políticas setoriais e em colaboração com entidades públicas eólica. A sua intervenção resulta através de subsídios reembolsáveis e subsídios
e privadas que concorram para o mesmo fim, tendo em vista a fundo perdido, cabendo a sua gestão à ADENE – Agência para a Energia. www.
dre.pt/application/file/a/1035193.
um elevado nível de proteção e de valorização do ambiente e a 128 Fundo criado em 2010 com o objetivo de financiar as medidas previstas no
prestação de serviços de elevada qualidade aos cidadãos. Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE) , assume como
linhas de atuação o apoio a projetos de cariz predominantemente tecnológico nas
áreas dos transportes, residencial e serviços, indústria e setor público; e o apoio
- ADENE – Agência para a Energia126: tem por missão o a ações de cariz transversal indutoras da eficiência energética nas áreas dos
desenvolvimento de atividades de interesse público na área da comportamentos, fiscalidade e incentivos e financiamento. Complementarmente,
pode apoiar projetos não previstos no PNAEE mas que, comprovadamente,
energia, do uso eficiente da água e da eficiência energética na contribuam para a eficiência energética. www.dre.pt/application/file/a/614762
129 Criado em 2016, tem como objetivo o desenvolvimento da economia do
mar, a investigação científica e tecnológica, a proteção e monitorização
do meio marinho e a segurança marítima, através da criação ou do reforço
119 www.anacom.pt/render.jsp?categoryName=CATEGORY_ROOT&languageId=0 de mecanismos de financiamento de entidades, atividades ou projetos. A
120 www.concorrencia.pt/vPT/Paginas/HomeAdC.aspx prossecução dos objetivos do fundo é feita através de instrumentos de capital
121 www.cmvm.pt/pt/Pages/home.aspx próprio, de instrumentos de capital alheiro e, no âmbito da investigação
122 www.impic.pt/impic/pt-pt/ científica e da monitorização e proteção do ambiente marítimo, através do
123 www1.ipq.pt/PT/Pages/Homepage.aspx financiamento total ou parcial, não reembolsável. www.dre.pt/web/guest/
124 www.ipac.pt/ legislacao-consolidada/-/lc/122826481/202001031212/exportPdf/maximized/1/
125 www.apambiente.pt/ cacheLevelPage?rp=diploma
126 www.adene.pt/ 130 inpi.justica.gov.pt

www.ani.pt 27
• Qualificações, Educação e Formação: enquadram- secundário132. Comparando com o ano letivo 2007/2008 regista-se
se as entidades de ensino básico e profissional, uma diminuição de 10,8% nos alunos matriculados133 e de 17,4%134
nos docentes em exercício.
responsáveis pela primeira fase de preparação das
pessoas para o desenvolvimento de atividades de › Ensino Profissional: segundo o Portal Oferta Formativa, no
Sistema Educativo e Formativo Português, existem três estágios
conhecimento e inovação.
de formação profissional: no Ensino Secundário com os Cursos
Profissionais; no Ensino Pós-Secundário com os Cursos de
- Instituições do Ensino obrigatório: em Portugal o ensino Especialização Tecnológica e no Ensino Superior com os Cursos
obrigatório abrange os estudantes dos 6 aos 18 anos, ou seja, Técnicos Superiores Profissionais135. Considerando os alunos
engloba os ensinos referentes ao ensino básico (1º, 2º e 3º ciclos) inscritos no ensino secundário em Portugal no ano 2018/2019,
e o ensino secundário. No ensino secundário existem várias cerca de 40% estavam inscritos em cursos profissionalizantes136.
modalidades disponíveis, que se distinguem por caraterísticas
que se adequam a diferentes interesses e situações. Para além 131 www.anqep.gov.pt/default.aspx
132 www.dgeec.mec.pt/np4/96/
disso, existem modalidades de ensino/formação adequadas a 133 www.pordata.pt/Portugal/Alunos+matriculados+por+n%c3%advel+de+ensino
quem abandonou a escola precocemente ou pretende alargar a +e+sexo-1005
sua escolaridade131. Segundo a DGEEC, e tendo em contas dados 134 www.pordata.pt/Portugal/Docentes+em+exerc%c3%adcio+nos+ensinos
+pr%c3%a9+escolar++b%c3%a1sico+e+secund%c3%a1rio+total+e+por+n%c3%
referentes ao ano letivo 2018/2019, estavam inscritos cerca de 1,37 advel+de+ensino-240
milhões de alunos e quase 131 mil docentes no ensino básico e 135 www.ofertaformativa.gov.pt/#/sistema-educativo
136 www.dgeec.mec.pt/np4/96/

Os atores do Sistema Nacional de Inovação


– entidades de produção, utilização e difusão
do conhecimento, tecnologia e inovação
• Ensino superior e Investigação: enquadram-se as de prosseguir objetivos da política científica e tecnológica
adotada pelo Governo, mediante a prossecução de atividades
entidades públicas e privadas de ensino superior, e os
de investigação científica e desenvolvimento tecnológico e de
organismos a si associados de desenvolvimento de I&D. outras atividades científicas e técnicas previstas, tais como a
prestação de serviços, apoio à indústria, peritagens, normalização,
- Instituições de Ensino Superior: é organizado através de um certificação, regulamentação e outras. Atualmente existem oito
sistema binário, que integra o ensino universitário e ensino laboratórios do Estado: (i) Instituto Hidrográfico; (ii) Instituto
politécnico, ministrado em instituições pública e privadas. Estas Nacional de Saúde Ricardo Jorge; (iii) Laboratório Nacional de
entidades gozam de autonomia científica, pedagógica, cultural e Engenharia Civil; (iv) Instituto Português do Mar e da Atmosfera;
disciplinar137. Em 2005 foi iniciado um processo de reforma da Lei (v) Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária; (vi)
de Bases do Sistema Educativo, de modo a implementar o Processo Laboratório Nacional de Energia e Geologia; (vii) Instituto de
de Bolonha, tendo sido introduzido o European Credit Transfer Medicina Legal; (viii) Laboratório Nacional do Medicamento146 147.
System (ECTS) nos ciclos de estudo, mecanismos de mobilidade, Das 8 organizações existentes, são sete as ativas neste momento
suplemento de diploma, entre outros. O Sistema passou a ter uma e, de acordo com o Orçamento de Estado de 2020, contarão com
nova estrutura de 3 ciclos de estudo, processo que foi concluído um orçamento total para o ano económico 2020 de cerca de 224,12
em 2009/2010. Em 2014 foi criado um ciclo de estudos superior milhões de euros.
não conferente de grau académico, denominado de curso técnico
superior profissional. À data existem 14 universidades públicas, • Redes colaborativas e transferência de tecnologia:
23 universidades privadas, 20 institutos politécnicos públicos
entidades ou conjuntos de entidades que, ao também
e 47 institutos politécnicos privados138. Complementarmente à
sua missão de formar, o Ensino Superior também tem como um terem capacidade de desenvolver conhecimento, têm
dos objetivos “Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação como principal caraterística o apoio à interface entre
científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia,
conhecimento e mercado nas suas diferentes formas como,
das humanidades e das artes, e a criação e difusão da cultura e,
desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio por exemplo, o desenvolvendo de projetos colaborativos,
em que se integra”139. A Fundação para a Ciência e a Tecnologia é aproximando potenciais interessados em determinados
a entidade pública encarregue do que é a certificação, avaliação
objetivos ou promovendo nacional e internacionalmente
e financiamento de duas tipologias de entidades, que apesar de
incluir organismos privados, associam-se ao desenvolvimento de os produtos ou empresas inovadoras portuguesas.
conhecimento científico e tecnológico no Ensino Superior. Estas
tipologias de entidades são as Unidades de I&D e os Laboratórios - Centros Tecnológicos (CT) e Centros de Valorização e
Associados, enquadradas pela “Lei da Ciência”, aprovada em Transferência de Tecnologia (CVTT): estas estruturas atuam como
16 de maio de 2019140. Atualmente encontram-se avaliadas 348 organizações intermédias entre a ciência e a indústria, reunindo
Unidades de I&D141 e 26 Laboratórios Associados142. um conjunto de competências que lhes permite o apoio no
desenvolvimento de I&D e de soluções inovadoras, na realização
- Laboratórios do Estado143: estas entidades, criadas em de testes laboratoriais, normalização e certificação, como também
1999144 e reestruturadas em 2006145, são instituições públicas um conjunto de outras atividades relacionadas com formação e
de investigação criadas e mantidas com o propósito explícito inteligência de mercados nacionais e externos. Nos exercícios de

137 www.dges.gov.pt/pt/pagina/autonomia 143 www.dre.pt/web/guest/lexionario/-/dj/115425075/view


138 Não são contabilizados os estabelecimentos militares. 144 www.dre.pt/application/conteudo/534998
139 www.dre.pt/application/file/a/245260 145 www.dre.pt/application/conteudo/541802
140 www.dre.pt/application/conteudo/122317422 146 www.dre.pt/application/file/a/69920241
141 www.fct.pt/apoios/unidades/avaliacoes/2017/resultados.phtml.pt 147 www.dre.pt/application/file/a/130891365
142 www.fct.pt/apoios/unidades/las 148 www.ani.pt/media/4382/caracteriza%C3%A7%C3%A3o-infraestruturas-
tecnol%C3%B3gicas_v4_2018.pdf

28
mapeamento destas infraestruturas organizados pela ANI, foram e colaborativa. Operam como intermediários entre os cidadãos,
identificados oito CT e 52 CVTT148 com personalidade jurídica, organizações de investigação, empresas, cidades e regiões, tendo
em 2016, tendo os números evoluído para sete CT e 48 CVTT, no em vista a cocriação de valor, prototipagem rápida ou validação
exercício de 2020149. De entre estas infraestruturas, destacam-se para ampliar a inovação e as empresas. A implementação de
os denominados Centros de Interface: Living Labs em Portugal começou na década de 90, tendo já sido
registados 16 Living Labs em várias áreas temáticas159.
› Centros de Interface (CIT)150 são entidades do SNI que
cumulativamente exercem atividades de assistência técnica e
- Clusters de competitividade160: são plataformas agregadoras de
tecnológica empresarial e de I&D, desde que sem fins lucrativos,
têm um objeto social e desenvolvem atividade relevante conhecimento e de competências, constituídas por parcerias e
no suprimento de falhas de mercado, debilidades e défices redes que integram empresas, associações empresariais, entidades
estruturais ao nível da oferta de serviços técnicos e tecnológicos públicas e instituições de suporte relevantes, nomeadamente
e possuem uma estrutura organizativa autónoma dotada de
entidades não empresariais do Sistema de Investigação e Inovação,
um quadro de pessoal próprio com competências técnicas
e científicas, bem como de meios materiais indispensáveis à que partilham uma visão estratégica comum para, através
sua atividade. Em 2017151 foram reconhecidas 28 entidades da cooperação e da obtenção de economias de aglomeração,
como Centros de Interface. Posteriormente, em 2019152, foram atingir níveis superiores de capacidade competitiva. Em 2017
reconhecidas mais três entidades. A ANI é a entidade responsável
foram reconhecidas 20161 entidades, de acordo com condições
pelo acompanhamento, monitorização e promoção dos CIT153.
definidas pelo Governo em 2015162 e operacionalizadas pelo IAPMEI.
- Laboratórios Colaborativos (CoLAB)154: são instituições de I&D Atualmente encontram-se ativas apenas 18 entidades, com
aplicada, que têm como objetivo principal a colaboração dos seus reconhecimento válido até 2023163. Em 2019 o Governo pretendeu
membros na prossecução de agendas comuns de investigação dinamizar uma maior aproximação a estas entidades no sentido
e de inovação de curto e médio prazo, orientadas para a criação de definir agendas estratégicas conjuntas para as diferentes
de emprego qualificado e de valor económico e social. O cadeias de valor. Foram assinados 16 Pactos Setoriais para a
reconhecimento é atribuído pela FCT por um período de cinco anos Competitividade e Internacionalização164, onde se reforçaram os
a associações sem fins lucrativos ou a sociedades comerciais, de objetivos de cada uma das Estratégias de Eficiência Coletiva e onde
acordo com a avaliação de um conjunto de parâmetros definidos, se mobilizaram um conjunto de instrumentos e compromissos
podendo o mesmo ser revogado caso se verifiquem condições para para futuras atividades.
tal durante as avaliações intermédias. A ANI é a entidade responsável
pelo acompanhamento, monitorização e promoção dos CoLAB155. - Clubes de Fornecedores: iniciativa criada em 2017, enquadrada
no Programa Nacional de Reformas e no Programa INTERFACE, tem
- Gabinetes de Transferência de Tecnologia (TTO – Technology como objetivo aumentar a participação das entidades portuguesas
Transfer Offices): a rede de TTOs156 (OTIC e GAPI) engloba cerca de (PME e entidades do sistema de investigação e inovação) no
40 entidades, na sua maioria integrados nas estruturas de entidades fornecimento de polos de especialização, nomeadamente
do ensino superior, mas também algumas integradas em Centros os instalados em Portugal, em torno de Empresas Nucleares
Tecnológicos ou associações setoriais. As Oficinas de Transferência e estimulando dinâmicas de clusterização com impacto
de Tecnologia e de Conhecimento (OTIC) compreendem entidades estruturante no território. Com isto, pretende-se o reconhecimento
mediadoras com o intuito de identificar e promover a transferência e apoio de entidades portuguesas que já conseguem contribuir
de ideias e conceitos novos e inovadores para o tecido empresarial, para a distinção de grandes empresas/marcas mundiais,
contribuindo para um crescente desenvolvimento económico, social presentes em Portugal, potenciando as hipóteses das mesmas
e empresarial do nosso país. Os Gabinetes de Apoio à Promoção da integrarem outras cadeias de valor internacionais. Esta iniciativa
Propriedade Industrial (GAPI) destinam-se a promover e divulgar a passa pela seleção de empresas nucleares e apresentação de
importância do uso da propriedade industrial. Constituem centros propostas de redes para consolidação165. Numa primeira fase foi
de promoção de negócios e inovação por excelência, vocacionados, reconhecida a rede Bosch, sendo posteriormente reconhecidas as
essencialmente, para o apoio à divulgação da informação e à redes Volkswagen Autoeuropa e Peugeot Citroen Portugal166.
promoção e sensibilização em matéria de propriedade industrial.
Os TTOs têm como objetivos: promover a cooperação Universidade- • Entidades e estruturas de apoio ao empreendedorismo e
Empresa através da transferência de tecnologia e de conhecimento
à I&D empresarial: estruturas focadas no desenvolvimento
em projetos conjuntos; identificar e difundir a oferta tecnológica nas
Universidades e Politécnicos; identificar solicitações tecnológicas de ideias e empresas inovadoras, reunindo uma série de
do setor empresarial e correspondente transformação em projetos infraestruturas e serviços de apoio complementares e
inovadores e competitivos de desenvolvimento tecnológico que necessárias ao sucesso dos seus beneficiários.
possam ser cumpridos pelas Universidades e Politécnicos e promover
e divulgar a importância do uso da Propriedade Intelectual. - Incubadoras de base tecnológica: as incubadoras são
organizações desenhadas para acelerar o crescimento e sucesso
- Fablabs e Living Labs: tipicamente, um FabLab é composto por um de empresas e ideias de negócio, proporcionando não só espaço
conjunto de ferramentas de prototipagem rápida e computadores para a instalação e desenvolvimento de negócio como também
e respetivas ferramentas de programação informática. Em colocando à disposição um conjunto de recursos e serviços que
Portugal, a Associação FabLabs Portugal157 é a entidade que podem influenciar a sua eficiência e desenvolvimento. Segundo a
tem como objetivo principal promover o conceito FabLab em Rede Nacional de Incubadoras , em 2019 existem 158 incubadoras167
Portugal, estabelecendo a rede de espaços em que qualquer
153 www.ani.pt/media/5304/af_brochura_digital_pt_062020.pdf
cidadão tem acesso a uma rede de conhecimento e tecnologia 154 www.fct.pt/apoios/CoLAB/
de escala mundial, seguindo uma lógica de open source. Esta 155 www.ani.pt/media/4376/brochura-colab.pdf
156 www.ani.pt/media/5200/knowledge_transfer_network_portugal.pdf
associação contabiliza 21 entidades ativas no país158. Os Living 157 www.fablabsportugal.pt/
Labs são definidos como ecossistemas de inovação aberta, 158 www.fablabsportugal.pt/fablabs-activos/
centrados no utilizador, com base na abordagem sistemática de 159 www.ani.pt/media/4880/relatorio_012_ani.pdf
160 www.iapmei.pt/PRODUTOS-E-SERVICOS/Empreendedorismo-Inovacao/
cocriação, integrando processos de investigação e inovação em Eficiencia-Coletiva-e-Clusters.aspx
comunidades e contextos da vida real. Os Living Labs constituem- 161 www.iapmei.pt/Paginas/Clusters-de-competitividade-reconhecidos-pelo-IAPM.aspx
162 www.dre.pt/application/file/a/66817438
se como organizações orientadas para fomentar a inovação aberta 163 Extinguiram-se o Cluster das Indústrias Criativas e o Cluster das Indústrias
da Fileira Florestal.
149 Para além destas tipologias, e excluindo os Parques de Ciência e Tecnologia 164 www.iapmei.pt/PRODUTOS-E-SERVICOS/Empreendedorismo-Inovacao/
e as Incubadoras de Base Tecnológica, no exercício de 2020 foram mapeadas 50 Eficiencia-Coletiva-e-Clusters/Pactos-Setoriais.aspx
infraestruturas integradas em instituições do Ensino Superior, 8 unidades de 165 www.compete2020.gov.pt/admin/images/20170220_AAC_CLUBE_DE_
transferência de tecnologia e de conhecimento e 1 instituição de I&D e educação. FORNECEDORES.pdf
150 www.dre.pt/application/file/a/108029684 166 www.iapmei.pt/PRODUTOS-E-SERVICOS/Incentivos-Financiamento/
151 www.dre.pt/application/file/a/114248249 Sistemas-de-Incentivos/Incentivos-Portugal-2020/Clube-de-Fornecedores.aspx
152 www.dre.pt/application/file/a/125008783 167 www.drive.google.com/file/d/16vr6E5t45USXs1fJHKdtI3OXGzpMbMMp/view

www.ani.pt 29
detidas por 135 instituições, que na sua maioria visam o impacto dentro das empresas. Um exemplo de como estas entidades
regional como principal tipologia de ação. Por outro lado, a Agência são importantes para a criação de valor dentro das empresas
Nacional de Inovação desenvolveu em 2016 um mapeamento baseia-se no facto de, no Portugal 2020, pelo menos 44% das
de infraestruturas tecnológicas168, onde uma das tipologias candidaturas submetidas em instrumentos de apoio às empresas
caraterizadas foram os “Centros de Incubação de Base Tecnológica”, terem intervenção das consultoras (considerando unicamente o
assim designados por apresentarem uma percentagem de instrumento “Inovação Empresarial e Empreendedorismo”, este
empresas incubadas (ou a incubar) de base tecnológica igual ou valor ascende a 55%). Em Portugal são inúmeras as consultoras
superior a 50%. Neste mapeamento foram identificadas 35 destas empresariais a prestar apoio nos mais diferentes campos, pelo que é
infraestruturas. Na atualização deste exercício, realizada em 2020, aqui também destacado o papel das suas associações, cuja missão
foram identificadas 32 Incubadoras de Base Tecnológica. acaba por estar relacionada com a mobilização e projeção de muitos
destes agentes como é, por exemplo, o caso da Associação de
- Parques de Ciência e Tecnologia: são espaços que promovem a Consultores de Investimento e Inovação em Portugal (ACONSULTIIP).
cultura de inovação e competitividade das entidades lá baseadas,
estimulando e gerindo o fluxo de conhecimentos e de tecnologias; - Fundações de capital privado: são várias as entidades que apoiam
facilitando a criação e o crescimento de empresas inovadoras; e a Investigação e Inovação em Portugal. No sítio ePortugal.gov.pt
fornecendo outros serviços de valor acrescentado. A TecParques é possível consultar todas as Fundações e pessoas coletivas de
– Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia utilidade pública em Portugal173. Podem enumerar-se algumas
representa 23 instituições distribuídas geograficamente pelo das Fundações em Portugal que desempenham um papel
país169. Complementarmente, no mesmo mapeamento de importantíssimo no fomento da investigação e inovação em
infraestruturas tecnológicas referido no ponto anterior, a Agência várias áreas temáticas, como, por exemplo, a Fundação Calouste
Nacional de Inovação mapeou 15 estruturas existentes em Gulbenkian, Fundação Champalimaud ou a Fundação Francisco
Portugal, em 2016, e 17 em 2020. Manuel dos Santos, não podendo deixar de referir também as
Fundações que têm por base agentes económicos, como a
- Rede EEN – European Entreprise Network170: trata-se de uma Fundação Bial, a Fundação EDP ou a Fundação la Caixa. Ainda
plataforma que ajuda as empresas a inovar e a crescer numa relacionado com o papel das Fundações, realça-se a iniciativa
escala internacional. É a maior rede de apoio a PME com ambições levada a cabo pelo Centro Português de Fundações, que agrega
internacionais, a nível mundial – esta rede distribui-se por mais várias das principais organizações em Portugal, que numa altura
de 60 países e junta mais de 3.000 especialistas de mais de 600 de grandes dificuldades causadas pelo SARS-CoV-2, divulgou um
organizações. Em Portugal, esta rede é coordenada pelo IAPMEI. conjunto de iniciativas das Fundações que contribuem no combate
ao vírus174. De destacar igualmente o portal Pordata175, uma base de
- Rede PERIN171: criada em 2019, surge no contexto de prioridade dados de Portugal contemporâneo, organizada e desenvolvida pela
nacional que a promoção das atividades I&D, de inovação e de Fundação Francisco Manuel dos Santos, com o objetivo de recolha,
transformação digital tem assumido no quadro das políticas organização, sistematização e divulgação da informação sobre
públicas e da sua efetiva inserção no contexto europeu. Tem como múltiplas áreas em Portugal e nos seus municípios e em outros
objetivos: acompanhar a preparação, promoção e execução países europeus.
dos Programas-Quadro de I&D da União Europeia e de outros
instrumentos, tais como o European Innovation Council e o • Empresas: são entidades centrais no sistema de inovação,
Programa Eureka/Eurostars; articular atividades na área do ensino considerando que se caraterizam pelo desempenho
superior e formação pós-secundária, em estreita colaboração de atividades económicas, aquando da produção e
com a Direção-Geral do Ensino Superior e demais agências; e comercialização de bens e serviços. As empresas podem
coordenar a preparação da presidência portuguesa do Conselho introduzir inovações de diferentes maneiras, como descrito
da União Europeia em 2021 na área da ciência, tecnologia e ensino no Manual de Oslo. Um instrumento válido na medição
superior. A ANI, FCT e a AICIB172 são as principais entidades que da Inovação nas empresas em Portugal é o Community
integram a coordenação da Rede PERIN.
Innovation Survey, que na sua edição mais recente
refere que, em 2018, 32,4% das empresas em Portugal
- Associações empresariais (setoriais, regionais e municipais):
introduziram algum tipo de inovação ou têm algum tipo de
estas organizações têm um papel importante no SNI, justificado
inovação na sua estrutura176. No entanto, as empresas que
pela coordenação da união de esforços de entidades
desenvolvem atividades de I&D são apenas uma pequena
empresariais, não só no desenvolvimento de capacidade num
domínio tecnológico ou área setorial específica, como também parte do universo de empresas inovadoras, estimando-se
na promoção dos resultados e consequente internacionalização. que existam menos de cinco mil empresas a praticar I&D.
Realça-se o papel da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Segundo o Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico
que através dos seus associados (associações multissetoriais, Nacional (IPCTN), em relação ao ano 2018, as atividades
regionais, setoriais, câmaras de comércio e indústria e empresas) económicas que mais desenvolveram I&D foram Fabricação
representa 150 mil empresas, 1,8 milhões de trabalhadores e 71% de produtos farmacêuticos de base e de preparações
do PIB. A segunda associação a destacar é a COTEC Portugal – farmacêuticas; Consultoria e programação informática
Associação Empresarial para a Inovação, que se posiciona como e atividades relacionadas e Atividades de investigação
a principal associação empresarial portuguesa para a promoção científica e de desenvolvimento177. Entre as empresas, de
da inovação e cooperação tecnológica empresarial. Esta engloba destacar o universo das start-ups, pela sua importância em
empresas multinacionais, grandes grupos nacionais e PME de termos de crescimento e criação de emprego qualificado:
vários setores de atividade, representando mais de 16% do PIB. de acordo com a Startup Hub (promovida pela Startup
Portugal e pela Rede Nacional de Incubadoras), existem
- Entidades de Consultoria: esta tipologia de entidades tem uma cerca de 1820 start-up/scale-up e 155 incubadoras/
importância inegável no que pode ser o processo de evolução das aceleradoras em Portugal178. Complementarmente, segundo
PME. Maioritariamente, atuam em processos de desenvolvimento
um estudo recente produzido pela Rede Nacional de
de negócios, apoio jurídico e financeiro, mas também fomentando
Incubadoras, existem cerca de 2855 startups sediadas em
parcerias e ajudando a construir pontes para a criação de valor
incubadoras protocoladas com a mesma entidade179.
168 www.ani.pt/media/4382/caracteriza%C3%A7%C3%A3o-infraestruturas- 174 www.cpf.org.pt/resposta-das-fundacoes-a-covid-19/boas-praticas-das-
tecnol%C3%B3gicas_v4_2018.pdf fundacoes/
169 www.web.tecparques.pt/associados/ 175 www.pordata.pt/Home
170 www.een-portugal.pt/Paginas/default.aspx 176 www.dgeec.mec.pt/np4/207/
171 Portugal in Europe Research and Innovation Network: www.perin.pt/ 177 www.dgeec.mec.pt/np4/206/
172 AICIB – Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica. 178 www.startuphub.pt/pt-pt/
173 www.eportugal.gov.pt/fichas-de-enquadramento/fundacoes-e-pessoas- 179 www.rni.pt/conteudos/item/30-monitorizacao-das-incubadoras-
coletivas-de-utilidade-publica/pesquisa portuguesas-2019

30
Organização dos Sistemas
Regionais de Inovação (SRI)
No seguimento da identificação e descrição dos principais atores no sistema nacional
de inovação, é possível caraterizar cada uma das regiões portuguesas (NUTS II) e
identificar os principais atores do Sistema Nacional de Inovação por cada região.

Norte
As características da estrutura Relativamente ao total nacional, em 2018, o seu produto
representa cerca de 30% do total nacional, o volume de
produtiva e empresarial da região
negócios das empresas 28,22%, as exportações cerca de
Norte, com uma forte vocação
39%, o VAB cerca de 29% e 33,74% do pessoal ao serviço.
exportadora, contribuem para o peso Na tabela abaixo pode-se verificar a representação dos
considerável da região no PIB, emprego setores de alta e média alta tecnologia nos indicadores
e capacidade de inovação nacional. acima referidos.

Tabela 1. Caraterização da região NUTS II e comparação com realidade nacional

% face ao
Variável Regional Nacional
Nacional
PIB per capita 16 853,20 19 826,90 85,00%

% de Empresas de alta e média-alta tecnologia no total 0,49% 0,42% 118,15%

% do Volume de Negócios alta e média alta tecnologia no total 8,12% 6,24% 130,15%

% das Exportações de alta e média alta tecnologia no total 5,75% 5,37% 107,08%

% do VAB de alta e média alta tecnologia no total 7,21% 5,28% 136,69%

% de Pessoal de alta e média alta tecnologia no total 4,00% 3,05% 130,90%

Investimento total em I&D (% PIB) 1,53% 1,36% 112,56%

Investimento de empresas em I&D (%PIB) 0,83% 0,70% 118,78%

Empresas com atividades de inovação 30,90% 32,4% 95,37%

Investigadores totais em atividades de I&D (ETI) 16 025,40 47 651,65 33,63%

Investigadores em empresas em atividades de I&D (ETI) 6 139,50 16 746,10 36,66%

Patentes (acumulado 2014-2018) 116 398 29,15%

Taxa de escolarização do ensino superior (30-34 anos) 37,10% 36,20% 102,49%

Doutorados (acumulado 2014-2018) 3 884 11 112 34,95%

www.ani.pt 31
Em termos de intensidade das atividades económicas Em relação às atividades de I&D, as áreas de atividade
na região em relação ao total do país, nas indústrias mais relevantes são os Transportes, Telecomunicações e
transformadoras, a região agrega 83,33% do volume outras Infraestruturas, as Tecnologias Industriais e Saúde,
de negócios total área da Fabricação de Têxteis, 90,91% que representam cerca de 65% do total da região. Por
da indústria do Vestuário, 86,33% da Indústria do couro outro lado, os domínios científicos Ciências da engenharia
e dos produtos do couro. Realçam-se a Fabricação de e tecnologias (0,77%), Ciências exatas e naturais (0,28%)
produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos e Ciências médicas e da saúde (0,25%) representam
(45,47%), Fabricação de veículos automóveis, reboques, grande parte do investimento em I&D em percentagem
semirreboques e componentes (31,01%) e Indústrias do PIB regional (1,53%).
Alimentares (21,69%), que apesar de não traduzirem uma
intensidade tão forte quando comparada com o total A região Norte, segundo o Regional Innovation
nacional, apresentam resultados para o volume de negócios Scoreboard, é considerada “Inovador forte”.
em 2018 entre os 2.950 milhões e os 3.200 milhões de euros.

Figura 7. Comparação da
performance do Norte com as
médias nacional e europeia

Fonte: Regional Innovation


Scoreboard 2019
– country report Portugal

A região conta com 106 entidades do Ensino Superior, Não obstante os trabalhos em desenvolvimento para
oito Laboratórios Associados e 105 Unidades de I&D, o estabelecimento de novas estratégias regionais de
traduzindo uma forte capacidade no desenvolvimento Especialização Inteligente, é importante realçar que,
de conhecimento avançado. Outro fator relevante no desde 2015, tem sido levada a cabo uma estratégia de
Norte relaciona-se com a existência de um conjunto desenvolvimento com base nos recursos, competências e
de entidades que proporcionam a dinamização de potencial produtivo e científico da região. O Norte definiu
atividades em rede e a intermediação tecnológica: como domínios de especialização: as Ciências da vida
são exemplos os 14 Centros de Incubação de e saúde; Cultura, criação e moda; Recursos do mar e
Base Tecnológica, 40 Entidades de Valorização e economia; Capital humano e serviços especializados;
Transferência de Tecnologia (onde se englobam Indústrias da mobilidade e ambiente; Sistemas avançados
Centros de Interface e Laboratórios Colaborativos) e 11 de produção; Sistemas agroambientais e alimentação;
Clusters de Competitividade. Capital simbólico, tecnologias e serviços do turismo.

32
Centro
A região NUTS II Centro, no ano 2018, Relativamente às variáveis volume de negócios,
exportações, VAB e pessoal ao serviço, a região contribuiu,
contribuiu em cerca de 18,76% para o
em cerca de 16,71%, 19,5%, 16,45% e 18,18% respetivamente,
PIB nacional.
dos totais nacionais para o ano 2018.

Tabela 2. Caraterização da região NUTS II Centro e comparação com realidade nacional

% face ao
Variável Regional Nacional
Nacional
PIB per capita 17 196,2 19 826,90 86,73%

% de Empresas de alta e média-alta tecnologia no total 0,52% 0,42% 125,50%

% do Volume de Negócios alta e média alta tecnologia no total 9,52% 6,11% 155,78%

% das Exportações de alta e média alta tecnologia no total 2,70% 5,37% 50,28%

% do VAB de alta e média alta tecnologia no total 8,32% 5,30% 157,15%

% de Pessoal de alta e média alta tecnologia no total 4,14% 3,05% 135,50%

Investimento total em I&D (% PIB) 1,31% 1,36% 95,99%

Investimento de empresas em I&D (%PIB) 0,68% 0,70% 97,62%

Empresas com atividades de inovação 34,70% 32,4% 107,10%

Investigadores totais em atividades de I&D (ETI) 9 735,31 47 651,65 20,43%

Investigadores em empresas em atividades de I&D (ETI) 3 843,40 16 746,10 22,95%

Patentes (acumulado 2014-2018) 100 398 25,13%

Taxa de escolarização do ensino superior (30-34 anos) 36,50% 36,20% 100,83%

Doutorados (acumulado 2014-2018) 2 113 11 112 19,02%

Em termos de intensidade de atividades económicas, a Promoção da produtividade e das tecnologias


as indústrias transformadoras predominantes são industriais, a Saúde, a Promoção geral dos
Fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e conhecimentos e o Ambiente. Quanto ao investimento
equipamentos (2.929 milhões de euros), Fabricação de em I&D, mas por tipo de domínio científico, as principais
pasta, de papel de carão e seus artigos (2.401 milhões áreas são as Ciências da engenharia e tecnologias, as
de euros), Fabricação de outros produtos minerais não Ciências exatas e naturais e as Ciências médicas e da
metálicos (2.245 milhões de euros) e Fabricação de saúde.
veículos automóveis, reboques e semirreboques (1.812
milhões de euros). De acordo com o Regional Innovation Scoreboard, a
região Centro é considerada “Inovador forte”, referindo
Em relação ao investimento em I&D na região, os a figura seguinte os seus resultados relativos ao país e à
principais objetivos socioeconómicos visados são média europeia.

www.ani.pt 33
Figura 8. Comparação da
performance do Centro com
médias nacional e europeia

Fonte: Regional Innovation


Scoreboard 2019
– country report Portugal

Na região Centro existem, em termos de desenvolvimento Não obstante os trabalhos em desenvolvimento para
de conhecimento avançado, 63 entidades de Ensino o estabelecimento de novas estratégias regionais de
Superior, cinco Laboratórios Associados e 68 Unidades Especialização Inteligente, é importante realçar que, desde
de I&D. Relativamente ao desenvolvimento de redes 2015, tem sido desenvolvida uma estratégia com base nos
colaborativas e de intermediação tecnológica, existem recursos, competências e potencial produtivo e científico da
12 Centros de Incubação de Base Tecnológica, 30 região. O Centro, na sua estratégia, definiu como domínios
Entidades de Valorização e Transferência de Tecnologia de especialização: Agricultura; Floresta; Mar; Turismo; TICE;
e quatro Clusters de competitividade. Materiais; Biotecnologia; Saúde e bem-estar.

Área Metropolitana
de Lisboa
A região Área Metropolitana de Relativamente ao ano 2018, a região representa 45,52%
do total nacional em termos de volume de negócios,
Lisboa contribui em quase 36% para
sendo que o peso nas exportações nacionais de bens
o PIB nacional. é de 30,19%, no VAB nacional é 44,02% e no pessoal ao
serviço ascende a 34,88%.

34
Tabela 3. Caraterização da região NUTS II Área Metropolitana de Lisboa e comparação com a
realidade nacional

% face ao
Variável Regional Nacional
Nacional
PIB per capita 25 821,7 19 826,90 130,24%

% de Empresas de alta e média-alta tecnologia no total 0,36% 0,42% 87,01%

% do Volume de Negócios alta e média alta tecnologia no total 5,00% 6,49% 77,01%

% das Exportações de alta e média alta tecnologia no total 6,61% 5,37% 123,09%

% do VAB de alta e média alta tecnologia no total 3,48% 5,28% 65,91%

% de Pessoal de alta e média alta tecnologia no total 2,15% 3,20% 67,01%

Investimento total em I&D (% PIB) 1,63% 1,36% 119,85%

Investimento de empresas em I&D (%PIB) 0,82% 0,70% 117,14%

Empresas com atividades de inovação 34,30% 32,4% 105,86%

Investigadores totais em atividades de I&D (ETI) 19 264,36 47 651,65 40,43%

Investigadores em empresas em atividades de I&D (ETI) 5 886,90 16 746,10 35,15%

Patentes (acumulado 2014-2018) 150 398 37,69%

Taxa de escolarização do ensino superior (30-34 anos) 40,20% 36,20% 111,05%

Doutorados (acumulado 2014-2018) 4 442 11 112 39,97%

Em relação às atividades de I&D, os principais A região Área Metropolitana de Lisboa, segundo


objetivos socioeconómicos visados são os Transportes, o Regional Innovation Scoreboard, é considerada
telecomunicações e outras infraestruturas, a Promoção “Inovador forte”, referindo a figura à esquerda os seus
da produtividade e das tecnologias industriais e a Saúde resultados relativos ao país e à média europeia.
e Promoção geral dos conhecimentos. Os principais
domínios científicos ligados ao desenvolvimento destas
atividades são as Ciências da engenharia e tecnologias,
as Ciências exatas e naturais e as Ciências sociais.

Figura 9. Comparação
da performance da Área
Metropolitana de Lisboa com
médias nacional e europeia

Fonte: Regional Innovation


Scoreboard 2019
– country report Portugal

www.ani.pt 35
Na região estão presentes 92 entidades de Ensino Não obstante os trabalhos em desenvolvimento para
Superior, seis Laboratórios de Estado, 12 Laboratórios o estabelecimento de novas estratégias regionais de
Associados e 147 Unidades de I&D. Quanto a entidades Especialização Inteligente, é importante realçar que,
que apoiam o desenvolvimento de redes colaborativas desde 2015, tem sido desenvolvida uma estratégia com
e intermediação tecnológica, existem três Centros base nos recursos, competências e potencial produtivo
de incubação de base tecnológica, 14 Entidades de e científico da região. A Área metropolitana de Lisboa
valorização e transferência de tecnologia e dois Clusters definiu como domínios de especialização: Investigação,
de competitividade. tecnologias e serviços de saúde; Conhecimento,
prospeção e valorização de recursos marinhos; Turismo
e hospitalidade; Mobilidade e transportes; Meios criativos
e indústrias culturais; Serviços avançados às empresas.

Alentejo
A região Alentejo contribuía com Para o mesmo ano, o volume de negócios da região
representa 4,47% do total nacional, as exportações de
6,43% o PIB do país em 2018.
bens 6,17%, o VAB 4,27% e o pessoal ao serviço 5,21%.

Tabela 4. Caraterização da região NUTS II Alentejo e comparação com realidade nacional

% face ao
Variável Regional Nacional
Nacional
PIB per capita 18 486,6 19 826,90 93,24%

% de Empresas de alta e média-alta tecnologia no total 0,37% 0,42% 88,52%

% do Volume de Negócios alta e média alta tecnologia no total 9,21% 6,49% 141,95%

% das Exportações de alta e média alta tecnologia no total 1,86% 5,37% 34,64%

% do VAB de alta e média alta tecnologia no total 5,91% 5,28% 111,93%

% de Pessoal de alta e média alta tecnologia no total 3,47% 3,20% 108,42%

Investimento total em I&D (% PIB) 0,67% 1,36% 49,26%

Investimento de empresas em I&D (%PIB) 0,39% 0,70% 55,71%

Empresas com atividades de inovação 30,70% 32,4% 94,75%

Investigadores totais em atividades de I&D (ETI) 1 306,80 47 651,65 2,74%

Investigadores em empresas em atividades de I&D (ETI) 606,55 16 746,10 3,62%

Patentes (acumulado 2014-2018) 12 398 3,02%

Taxa de escolarização do ensino superior (30-34 anos) 29,30% 36,20% 80,94%

Doutorados (acumulado 2014-2018) 362 11 112 3,26%

36
Relativamente à especialização das atividades Em relação ao desenvolvimento de atividades de I&D,
económicas, nas indústrias transformadoras a os principais objetivos socioeconómicos associados
Indústria alimentar representa 13,42% do total nacional são a Promoção da produtividade e das tecnologias
(1.836 milhões de euros), a Fabricação de produtos industriais, a Agricultura e a Promoção geral dos
químicos e de fibras sintéticas ou artificiais (exceto conhecimentos e o Ambiente.
produtos farmacêuticos) com 21,89% do total nacional Quanto aos principais domínios científicos ligados às
(1.041 milhões de euros) e a Indústria de bebidas mesmas atividades na região, realçam-se as Ciências
representa 14,32% do total nacional (488 milhões da engenharia e tecnologias, as Ciências exatas e
de euros). Excluindo as indústrias transformadoras, naturais e as Ciências agrárias e veterinárias.
as Indústrias extrativas representam quase 53% do
total nacional, enquanto que a Agricultura, produção A região Alentejo é considerada “Inovador moderado”, de
animal, caça, floresta e pescas representam cerca de acordo com o Regional Innovation Scoreboard, referindo
30% do total do país. a figura abaixo os seus resultados relativos ao país e à
média europeia.

Figura 10. Comparação da


performance do Alentejo com
médias nacional e europeia

Fonte: Regional Innovation


Scoreboard 2019
– country report Portugal

Quanto ao seu sistema de inovação, em termos de Não obstante os trabalhos em desenvolvimento para
desenvolvimento de conhecimento avançado, a região o estabelecimento de novas estratégias regionais de
conta com 24 entidades de Ensino superior e 10 Unidades Especialização Inteligente, é importante realçar que,
de I&D. Quanto à dinamização de redes colaborativas desde 2015, tem sido dinamizada uma estratégia de
e intermediação tecnológica, existem 5 Centros de desenvolvimento com base nos recursos, competências e
incubação de base tecnológica, cinco Entidades de potencial produtivo e científico da região. O Alentejo definiu
valorização e transferência de tecnologia e um Cluster como domínios de especialização: Alimentação e floresta;
de competitividade. Economia dos recursos minerais, naturais e ambientais;
Património, indústrias culturais e criativas e serviços de
turismo; Tecnologias críticas, energia e mobilidade inteligente;
Tecnologias e serviços especializados da economia social.

www.ani.pt 37
Algarve
A região Algarve, é responsável por Para o mesmo ano, a região contribui, em termos de volume
de negócios, 2,45% para o total nacional, em termos de
4,74% do PIB nacional no ano de 2018.
exportações de bens 0,34% para o total nacional, em termos
de VAB, 3,27% e em termos de pessoal ao serviço, 4,45%.

Tabela 5. Caraterização da região NUTS II Algarve e comparação com realidade nacional

% face ao
Variável Regional Nacional
Nacional
PIB per capita 22 019,0 19 826,90 111,06%

% de Empresas de alta e média-alta tecnologia no total 0,15% 0,42% 37,10%

% do Volume de Negócios alta e média alta tecnologia no total 0,19% 6,49% 2,92%

% das Exportações de alta e média alta tecnologia no total 6,72% 5,37% 125,14%

% do VAB de alta e média alta tecnologia no total 0,26% 5,28% 4,95%

% de Pessoal de alta e média alta tecnologia no total 0,20% 3,20% 6,37%

Investimento total em I&D (% PIB) 0,34% 1,36% 25,00%

Investimento de empresas em I&D (%PIB) 0,06% 0,70% 8,57%

Empresas com atividades de inovação 28,50% 32,4% 87,96%

Investigadores totais em atividades de I&D (ETI) 641,75 47 651,65 1,35%

Investigadores em empresas em atividades de I&D (ETI) 86,70 16 746,10 0,52%

Patentes (acumulado 2014-2018) 15 398 3,77%

Taxa de escolarização do ensino superior (30-34 anos) 31,20% 36,20% 86,19%

Doutorados (acumulado 2014-2018) 205 11 112 1,84%

Quanto à especialização da região em termos de Relativamente ao desenvolvimento de atividades de


atividades económicas, as indústrias transformadoras I&D, na região os principais objetivos socioeconómicos
representam apenas 318 milhões de euros em volume de abordados são a Promoção geral dos conhecimentos,
negócios. As atividades económicas mais expressivas na a Saúde e o Ambiente.
região são: Comércio por grosso e a retalho; reparação Quanto aos principais domínios científicos, enfatizam-se
de veículos automóveis e motociclos (3.489 milhões as Ciências exatas e naturais, as Ciências da engenharia
de euros, com contribuição em 2,39% para o total e tecnologias e as Ciências sociais.
nacional); Alojamento, restauração e similares (em
2.015 milhões de euros, representando cerca de 14% A região Algarve, segundo o Regional Innovation
do total nacional); Construção (em 1.038 milhões de Scoreboard é considerada “Inovador moderado”,
euros, representando quase 5% do total nacional). referindo a figura seguinte os seus resultados relativos
ao país e à média europeia.

38
Figura 11. Comparação da
performance do Algarve com
médias nacional e europeia

Fonte: Regional Innovation


Scoreboard 2019
– country report Portugal

Na região Algarve existem 11 entidades de Ensino Não obstante os trabalhos em desenvolvimento para
Superior e nove Unidades de I&D. Relativamente à o estabelecimento de novas estratégias regionais de
dinamização de redes colaborativas e atividades Especialização Inteligente, é importante realçar que,
de intermediação tecnológica, existe apenas uma desde 2015, tem sido dinamizada uma estratégia de
Entidade de Valorização e Transferência de Tecnologia. desenvolvimento com base nos recursos, competências
e potencial produtivo e científico da região. O Algarve
definiu como domínios de especialização: Turismo; Mar
e atividades marítimas; Agroalimentar; Economia Verde;
Saúde e ciências da vida; TIC e atividades criativas.

www.ani.pt 39
R.A. Açores
A Região Autónoma dos Açores No mesmo ano, a região contribui em 1,38% para o total de
volume de negócios, em 0,16% para o total das exportações
contribuiu, em 2018, com 2,09% para
de bens, em 1,25% do total do VAB e em 1,72% do total do
o PIB nacional.
pessoal ao serviço.

Tabela 6. Caraterização da região NUT II Região Autónoma dos Açores e comparação com
realidade nacional

% face ao
Variável Regional Nacional
Nacional
PIB per capita 17 513,5 19 826,90 88,33%

% de Empresas de alta e média-alta tecnologia no total 0,11% 0,42% 26,17%

% do Volume de Negócios alta e média alta tecnologia no total 0,05% 6,49% 0,73%

% das Exportações de alta e média alta tecnologia no total 3,43% 5,37% 63,87%

% do VAB de alta e média alta tecnologia no total 0,08% 5,28% 1,55%

% de Pessoal de alta e média alta tecnologia no total 0,10% 3,20% 3,13%

Investimento total em I&D (% PIB) 0,32% 1,36% 23,53%

Investimento de empresas em I&D (%PIB) 0,04% 0,70% 5,71%

Empresas com atividades de inovação 24,30% 32,4% 75,00%

Investigadores totais em atividades de I&D (ETI) 269,90 47 651,65 0,57%

Investigadores em empresas em atividades de I&D (ETI) 60,65 16 746,10 0,36%

Patentes (acumulado 2014-2018) 2 398 0,50%

Taxa de escolarização do ensino superior (30-34 anos) - 36,20% -

Doutorados (acumulado 2014-2018) 55 11 112 0,49%

Relativamente à especialização da atividade económica Em termos de domínios científicos, estas atividades


na região, o total da indústria transformadora traduz centram-se principalmente nas Ciências exatas e
um volume de negócios de 853 milhões de euros, sendo naturais, Ciências agrárias e veterinárias e Ciências
o Comércio por grosso e retalho, reparação de veículos sociais.
automóveis e motociclos o setor com maior volume de
negócios na região, traduzindo o valor 2.382 milhões de A Região Autónoma dos Açores, segundo o Regional
euros. Innovation Scoreboard, é considerada “Inovador
moderado”, referindo a figura seguinte os seus
Em termos de atividades de I&D desenvolvidas na resultados relativos ao país e à média europeia.
região, os principais objetivos socioeconómicos
abordados são a Promoção geral dos conhecimentos,
o Ambiente e a Agricultura.

40
Figura 12. Comparação da
performance da Região
Autónoma dos Açores com
médias nacional e europeia

Fonte: Regional Innovation


Scoreboard 2019
– country report Portugal

Em termos de ecossistema de inovação, na produção Não obstante os trabalhos em desenvolvimento para


de conhecimento avançado, a região conta com o estabelecimento de novas estratégias regionais
cinco entidades de Ensino Superior e cinco Unidades de Especialização Inteligente, desde 2015 tem sido
de I&D, bem como infraestruturas de apoio ao desenvolvida uma estratégia com base nos recursos
empreendedorismo de base tecnológica180. endógenos, competências e potencial produtivo e científico
da região. A região autónoma dos Açores, na sua estratégia,
definiu como domínios de especialização a Agricultura;
pecuária e agroindústria; Pescas e mar; Turismo.

180 Como é exemplo o Nonagon - Parque de Ciência e Tecnologia dos Açores.

www.ani.pt 41
R.A. Madeira
A Região Autónoma da Madeira Relativamente ao mesmo ano, contribuiu em 1,29% para
o total de volume de negócios, em 0,40% para o total de
contribuiu, no ano 2018, em 2,40%
exportações de bens, em 1,66% para o total do VAB e em
para o total do PIB nacional.
1,83% para o total de pessoas ao Serviço.

Tabela 7. Caraterização da região NUTS II Região Autónoma da Madeira e comparação com


realidade nacional

% face ao
Variável Regional Nacional
Nacional
PIB per capita 19 243,5 19 826,90 97,06%

% de Empresas de alta e média-alta tecnologia no total 0,10% 0,42% 24,93%

% do Volume de Negócios alta e média alta tecnologia no total 0,09% 6,49% 1,43%

% das Exportações de alta e média alta tecnologia no total 4,47% 5,37% 83,24%

% do VAB de alta e média alta tecnologia no total 0,13% 5,28% 2,54%

% de Pessoal de alta e média alta tecnologia no total 0,14% 3,20% 4,38%

Investimento total em I&D (% PIB) 0,39% 1,36% 28,68%

Investimento de empresas em I&D (%PIB) 0,12% 0,70% 17,14%

Empresas com atividades de inovação 33,50% 32,4% 103,40%

Investigadores totais em atividades de I&D (ETI) 408,13 47 651,65 0,86%

Investigadores em empresas em atividades de I&D (ETI) 122,40 16 746,10 0,73%

Patentes (acumulado 2014-2018) 3 398 0,75%

Taxa de escolarização do ensino superior (30-34 anos) 31,90% 36,20% 88,12%

Doutorados (acumulado 2014-2018) 41 11 112 0,37%

Em termos de especialização das atividades económicas, Educação e Promoção geral dos conhecimentos. Quanto
a região traduz cerca de 279 milhões de euros em volume aos principais domínios científicos, estas atividades
de negócios no total das indústrias transformadoras. O são realizadas principalmente nas áreas das Ciências
Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos da engenharia e tecnologias, das Ciências exatas e
automóveis e motociclos traduzem 1.939 milhões naturais e das Ciências sociais.
de euros em volume de negócios e o Alojamento,
restauração e similares cerca de 768 milhões de euros. Região Autónoma da Madeira é considerada “Inovador
moderado”, de acordo com o Regional Innovation
Relativamente às atividades de I&D, os principais Scoreboard, referindo a figura seguinte os seus
objetivos socioeconómicos relacionados são a Promoção resultados relativos ao país e à média europeia.
da produtividade e das tecnologias industriais, Saúde,

42
Figura 13. Comparação da
performance da Região
Autónoma da Madeira com
médias nacional e europeia

Fonte: Regional Innovation


Scoreboard 2019
– country report Portugal

Em termos de ecossistema, a região conta com com base nos recursos, competências e potencial
três entidades de Ensino Superior e três Unidades produtivo e científico da região. A Região Autónoma
de I&D, bem como um Pólo de apoio à inovação e da Madeira, na sua estratégia, definiu como
empreendedorismo de base tecnológica181. domínios de especialização: Turismo; Recursos e
tecnologias do Mar; Saúde e bem-estar; Qualidade
Não obstante os trabalhos em desenvolvimento para alimentar; Sustentabilidade, gestão e manutenção
o estabelecimento de novas estratégias regionais de infraestruturas; Bio-sustentabilidade, Energia,
de Especialização Inteligente, desde 2015 tem sido mobilidade e alterações climáticas; Tecnologias da
dinamizada uma estratégia de desenvolvimento informação e comunicação.

181 Madeira Tecnopolo - Parque de Ciência e Tecnologia da Madeira.

www.ani.pt 43
A resposta do SNI ao impacto
negativo do COVID-19
O aparecimento e a evolução da pandemia causada pelo economia portuguesa no combate à pandemia. Com
novo coronavírus trouxeram novos desafios às entidades estas comunicações por parte da CE foram lançados
e capacidade de resposta do Sistema Nacional de instrumentos no total de 6,2 mil milhões185 de euros para
Inovação (SNI). Desde março de 2020 foi possível assistir o apoio à atividade económica (4,5 mil milhões), apoio a
à conjugação de esforços de vários atores da sociedade, empresas do Turismo (900 milhões), apoio à restauração
de entidades públicas e privadas - incluindo o desenho e similares (600 milhões) e apoio a agências de viagem,
e a implementação de iniciativas governamentais, organizadores de eventos e similares (200 milhões).
como também um conjunto de iniciativas lideradas por
entidades privadas, aos mais diversos níveis. Por outro lado, no que diz respeito aos Fundos Europeus
Estruturais e de Investimento, houve uma atuação em
Em Portugal, foi decretado o primeiro estado de dois sentidos: foi incentivada a antecipação de pedidos
emergência a 18 de março (e renovado posteriormente), de pagamentos apresentados pelas empresas186 e, por
sendo declarada a situação de calamidade no país a 30 fim, foram criados diferentes Sistemas de Incentivos
de abril. Desde cedo foram implementadas iniciativas no contexto da COVID-19 adequando, também, estes
por parte dos diferentes atores políticos em relação ao instrumentos à nova situação extraordinária em que o
impacto da COVID-19182. Foram tomadas decisões acerca país se encontrava:
da organização do trabalho, valorizando as atividades
- Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva187
por meios telemáticos e, não sendo possível, foram
disponibilizados apoios financeiros para suspensão - Sistema de Incentivos a Atividades de Investigação e
Desenvolvimento e ao Investimento em Infraestruturas de
extraordinária e temporária da atividade laboral (layoff). Ensaio e Otimização188
- Sistema de Incentivos à Segurança nas Micro, Pequenas
No financiamento às empresas destacam-se dois tipos e Médias Empresas189
de ações: uma relacionada com o lançamento de um
conjunto de instrumentos de crédito, suportados pelo Mais concretamente, ligando a situação do país à ciência
Sistema de Contragarantias do Estado e, por outro lado, a e inovação, foi aprovada, a 14 de abril, a adoção de
adequação e mobilização de instrumentos provenientes medidas extraordinárias na resposta à pandemia da
dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento. COVID-19190. Assim, por decisão do Governo, pretendeu-
se facilitar e estimular a reorientação das atuais equipas
Em relação ao lançamento de linhas de crédito, os de investigação e desenvolvimento, com o objetivo de
primeiros instrumentos foram lançados em março de promover projetos e iniciativas que respondessem às
2020, enquadrados nas Linhas Capitalizar 2018, atingindo necessidades imediatas e a médio prazo do Serviço
uma dotação de 400 milhões de euros. Com a elevada Nacional de Saúde. Neste sentido, mobilizou-se o reforço
procura e a necessidade de adequação dos instrumentos das atuais linhas de financiamento da FCT para apoiar
lançados às necessidades cada vez mais crescentes atividades de I&D das respetivas equipas, priorizando
derivadas da COVID-19, foram aprovadas duas extensões três áreas específicas (novas terapias e vacinas, testes e
por parte da Comissão Europeia, a 22 de março183 e a 4 diagnósticos e análises e processamento de dados) e das
de abril184, para a utilização de 3 mil milhões e 13 mil linhas atuais para apoiar a formação doutoral e emprego
milhões, respetivamente, em instrumentos de apoio à científico em temas que respondam a necessidades do

182 www.dre.pt/legislacao-covid-19-upo 187 www.dre.pt/application/file/a/131915556


183 www.ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/IP_20_506 188 www.dre.pt/application/file/a/131915557
184 www.ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/IP_20_599 189 www.dre.pt/application/file/a/133723618
185 www.spgm.pt/pt/catalogo/linha-de-apoio-a-economia-covid-19/ 190 www.dre.pt/application/file/a/131390207
186 www.dre.pt/application/conteudo/130779511?fbclid=
IwAR142utZLlJLoU2DjW038a%20CrSueMXohoZ5ooNAtKfElEyXaHrD2BMdPBFgw

44
Serviço Nacional de Saúde. Foi, ainda, mandatada a ANI estimular projetos e iniciativas inovadoras e de maior valor
a tomar medidas necessárias para facilitar e estimular acrescentado, que respondam às mesmas necessidades.
projetos e iniciativas de I&D e Inovação em Centros de Complementarmente, foram alterados procedimentos
Interface Tecnológica (CIT) e Laboratórios Colaborativos relativos a pagamentos aos beneficiários do Sistema de
(CoLAB) que respondam a necessidades identificadas, Apoio à Transformação Digital da Administração Pública
mobilizando apoios financeiros necessários à sua (SAMA 2020) e a Ações Coletivas (SIAC) no domínio da
realização. Por fim, mobilizar PME em estreita colaboração Competitividade e Internacionalização191, foi alterado o
com a comunidade científica e técnicos de saúde, de Regulamento do StartUP Voucher para projetos aprovados
forma a garantir a implementação efetiva de respostas na primeira cut-off do instrumento192 e, por fim, foi alterado
às várias necessidades, incluindo a prossecução, por o Regulamento que criou o Sistema de Incentivos ao
parte do IAPMEI, das medidas necessárias para facilitar e Empreendedorismo e ao Emprego193.

Desenvolvida pelo Centro de Interface INESC-TEC, a STAYAWAY COVID é uma


aplicação para telemóveis iOS ou Android que tem como objetivo auxiliar o país
no rastreio da COVID-19. A aplicação permite, de forma simples e segura, que cada
pessoa seja informada sobre exposições de risco à doença, através da monitorização
de contactos recentes. A aplicação é de utilização voluntária e gratuita, sem acesso
à identidade ou dados pessoais.

O sistema STAYAWAY COVID resultou de uma iniciativa, levada a cabo no âmbito


do programa INCoDe.2030, com o objetivo de desenvolver uma solução de rastreio
digital de contactos para prevenir e mitigar a propagação da COVID-19. Este
Caixa 2: sistema, baseado na utilização estritamente voluntária de uma aplicação para
STAYAWAY
dispositivos móveis pessoais, destina-se a ser mais uma ferramenta ao serviço de
COVID -
Projeto uma estratégia global de resposta à pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2.
desenvolvido
por entidade A principal funcionalidade da aplicação é alertar o seu utilizador de exposições,
do SNI no consideradas de elevado risco (Organização Mundial de Saúde), a outros utilizadores
âmbito da
da aplicação a quem foi entretanto diagnosticada a COVID-19 (informações
pandemia
COVID-19 detalhadas em https://stayawaycovid.pt/).

Ultrapassada a fase mais crítica da emergência, houve


necessidade de definir um quadro de intervenções, no
sentido de garantir a estabilização no plano económico e
social, sem descartar a vertente sanitária. Assim, através
do Plano de Estabilidade Económica e Social, foram
reestruturadas medidas de apoio para incentivar a quebra
de rendimentos ocorrida e um regresso incremental da
atividade económica, estando este plano em vigor até ao
final de 2020194.

191 www.dre.pt/application/file/a/132138801
192 www.dre.pt/application/file/a/132800073
193 www.dre.pt/application/file/a/134309879
194 www.dre.pt/application/conteudo/135391594

www.ani.pt 45
Concluído o enquadramento do que tem sido a ação
legislativa no combate à COVID-19 e com ligação à
área da inovação, enumeram-se alguns exemplos de
instrumentos de apoio lançados pelo Governo, bem como
iniciativas desenvolvidas pela Sociedade Civil e projetos
desenvolvidos e/ou aprovados à data (ver as listas
completas de projetos em anexo):

Tabela 8. Exemplos de iniciativas lançadas para apoio ao desenvolvimento de soluções e


respostas à pandemia da doença COVID-19

Nome do instrumento Descrição

Guia prático para apoiar cidadãos, famílias e empresas no combate aos efeitos
causados pelo novo coronavírus e a COVID-19. São disponibilizadas as boas práticas
Portal “Estamos ON” e recomendações das autoridades de saúde, as medidas excecionais adotadas pelo
(XXII Governo) 195
Governo em cada área governativa e a evolução do estado epidemiológico do país. Por
fim, também são compilados todos os contactos de emergência criados pelos diversos
serviços públicos.

Tech4COVID-19 Plataforma criada por várias startup tecnológicas, que hoje integra 5.360 voluntários e
(APCT – Associação de conta com 34 projetos ativos. Dentro dos serviços disponibilizados ou a disponibilizar, esta
apoio à comunidade plataforma foca-se em áreas como o apoio a profissionais de saúde e material hospitalar,
TECH4COVID19) 196
serviços de saúde e educação e negócios e lazer.

Portal dinamizado em parceria com as autoridades de saúde e instituições de investigação


científica, públicas e privadas, para mobilizar as comunidades científicas em projetos e
SCIENCE4COVID19
atividades conjuntas de Investigação e Desenvolvimento (I&D), que visem o combate à
(FCT e AICIB)197
COVID-19, em linha com o Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença da Direção
Geral da Saúde (DGS).

Plataforma disponibilizada pela ANI, em parceria com a COVINDEX, que pretende ser um
COVID-19:
espaço para a divulgação de tecnologias e soluções de resposta aos impactos negativos
Soluções e Tecnologias
da COVID-19. Pretende-se dar maior visibilidade ao esforço das startups, empresas e
(ANI e COVINDEX)198
entidades do sistema científico e tecnológico no apoio à resolução deste problema.

Com uma dotação de 3,8 milhões de euros a ser dividida em duas edições, este
instrumento pretende apoiar o desenvolvimento de projetos de I&D, a desenvolver ou
já em curso, que contribuam para melhorar a resposta ao impacto da COVID19, em
Research4COVID19 (FCT)199 linha com o disposto no Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença por novo
coronavírus. Os destinatários são as instituições de ensino superior e seus institutos,
Laboratórios de Estado e outras instituições de investigação, que podem concorrer
individualmente ou em parceria, nomeadamente com entidades empresariais.

Com uma dotação de 4 milhões de euros, este apoio, na forma reembolsável, pretende
apoiar o desenvolvimento imediato de projetos e iniciativas de I&D e inovação tecnológica,
que respondam a necessidades imediatas e a médio prazo do Serviço Nacional de Saúde,
nomeadamente de relação com conceção, teste e produção industrial de ventiladores
INNOV4COVID19 (ANI)200
invasivos, ventiladores não invasivos, ventiladores pandémicos, sistemas de triagem, kits
de diagnóstico e teste, equipamentos de proteção individual e outros esquipamentos ou
sistemas necessários à qualidade da saúde pública, indústria e população em geral. Este
instrumento destina-se a Centros de Interface Tecnológico e Laboratórios Colaborativos.

195 www.covid19estamoson.gov.pt/
196 www.tech4covid19.org/
197 www.science4covid19.pt/
198 www.ani.pt/pt/portugal-inovador/portugal-inovador/covid-19-solu%C3%A7%C3%B5es-e-tecnologias/
199 www.fct.pt/apoios/research4covid19/
200 www.ani.pt/pt/financiamento/incentivos-financeiros-pt-2020/convite-inov-4-covid-19/

46
Tabela 9. Exemplos de projetos da sociedade civil desenvolvidos ou em desenvolvimento com
impacto no COVID-19

Projeto (promotor) Descrição

ASSISTENTE DIGITAL
Ferramenta que visa ajudar os cidadãos a perceber qual a atitude a adotar, com base na
COVID-19 (EMUM, FMUP,
informação da Direção Geral de Saúde.
Automaise, HLTSYS)

Plataforma que pretende gerar conhecimento científico robusto que seja útil agora, na
Barómetro COVID-19
tomada de decisão, e garantir o conhecimento útil para o futuro. A agenda do Barómetro
(Escola Nacional de Saúde
não é fechada, vai definir-se e adaptar-se, ao longo da pandemia, consoante as
Pública)
necessidades identificadas.

Quiosque com reconhecimento facial e controlo de acessos, medição de temperatura


corporal sem toque, validação da utilização de máscara, display profissional, dispensador
HYGISTATION (Famasete)
automático de desinfetante para as mãos e sistema de gestão de "filas espera" “Senha
Segura".

A aplicação STAYAWAY COVID instalada no telemóvel deteta a proximidade física entre


smartphones e informa os utilizadores que estiveram no mesmo espaço de alguém
STAYWAY COVID App
infetado com o novo coronavírus, nos últimos 14 dias. Esta informação permite, rápida e
(INESC-TEC)
atempadamente, um pedido de diagnóstico da infeção, mesmo antes da ocorrência de
qualquer sintoma.

SAFE 1400
Linha telefónica gratuita que garante o acesso a medicamentos com aconselhamento
(ANF - Associação
farmacêutico 24h por dia.
Nacional de Farmácias)

FICA OCUPADO SÃO JOÃO


(Politécnico do Porto - ESS O projeto visa promover rotinas saudáveis e o bem-estar físico e mental de todos os
e Serviço de Psiquiatria do portugueses em situação de contenção e isolamento social.
CHUSJ)

PLATAFORMA VENT2LIFE Plataforma que permite que entidades interessadas identifiquem os ventiladores
(Projeto Open Air) inutilizados em sua posse para que possam ser reabilitados por especialistas.

Plataforma informática que apoia os profissionais de saúde no registo de informação,


TRACE COVID-19 (SPMS)
rastreio de contactos, vigilância ativa e passiva e acompanhamento clínico.

www.ani.pt 47
Tabela 10. Exemplos de projetos apoiados por fundos públicos (Portugal 2020), de
desenvolvimento conjunto por empresas e outras entidades do SNI, com impacto na COVID-19

Projeto Promotores Resumo

Deteção, quantificação e modelação de SARS-CoV-2


ADP, FCiências.ID, IST, Águas do Tejo
COVIDETECT em águas residuais como ferramenta de alerta
Atlântico, Águas do Norte e SIMDOURO
precoce para a disseminação do vírus na comunidade

COVID - Campânula de Proteção e Isolamento para pacientes


Tj Aços e IST
ISOLATION HOOD COVID - Flexível, Reutilizável e Segura

MPDS CEIIA, Glnplast, Famolde e Exatronic Medical Protection Device for Surgical Use

Sistema imunosSENSorial integrado para o rastreio


SENSECOR Universidade de Aveiro e Wavecom
rápido e Eficiente do CORonavírus SARS-CoV-2

Tintex - Textiles, Neves & Companhia,


Covitec4Life Covid Protective Clothing for Life
Pafil-Confecções e CITEVE

INL, Celoplás, DTX CoLAB e CCAB - Centro


COUNTED Coronavirus Transmission: Count and Detect
Clínico Académico - Braga

MASK4MC SETSA, ADAI e Universidade de Coimbra Dispositivo de proteção individual para cuidados médicos

Desenvolvimento, teste e otimização da versão 2 do


CEIIA, DTX CoLAB, Exatronic e Efacec
Upscaling Atena ventilador Atena para a sua produção em larga escala
Energia
a partir da indústria nacional

Nos Comunicações, Universidade Nova


ANA Anti-pandemics analytics
de Lisboa e Nos Technology

Nos Inovação, Universidade Nova de


OSCAR vOice Screening of CoronA viRus
Lisboa e Associação Fraunhofer

HowMI Intellicare e Politécnico do Cávado e do Ave How am I? - HOme Wearables and Monitors Integrated

Exmceuticals, Cosme Tek e Universidade Terpenos biocidas de canábis e plantas silvestres no


BioBlock COVID
de Coimbra bloqueio à propagação de SARS-CoV-2

48
Instrumentos
de apoio
Em Portugal existem diferentes fontes de com as diretrizes europeias da promoção da
recursos financeiros para aplicação em I&D. Além do orçamento próprio do Estado,
projetos de investimento em inovação e podem elencar-se os principais fundos que
desenvolvimento, envolvendo investigação, contribuem para o desenvolvimento do país
criação de emprego qualificado e apoio à e da sua capacidade de gerar conhecimento
inovação no tecido produtivo, bem como na e transformá-lo em valor para a economia e
promoção da aproximação e parcerias entre sociedade.
os diferentes atores desse processo, alinhados

Fundos Europeus Estruturais


e de Investimento
Com a definição do Acordo de Parceria entre Portugal - e não esquecendo os instrumentos criados no contexto
e Comissão Europeia, que adota os princípios de de pandemia vivido atualmente, o Sistema Nacional de
programação da Estratégia Europa 2020 e consagra a Inovação dispõe de diferentes sistemas de incentivos,
política de desenvolvimento económico, social, ambiental onde cada um deles é focado em instrumentos e objetivos
e territorial que estimulará o crescimento e a criação diferentes, sendo proporcionados assim diferentes apoios
de emprego no ciclo a que se refere, são definidas as financeiros para o desenvolvimento de investigação
intervenções, os investimentos e as prioridades de e inovação. De acordo com o Regulamento Específico
financiamento necessárias para promover no país do Domínio da Competitividade e Internacionalização,
o crescimento inteligente, sustentável e inclusivo e o criado em 2015201, e alterado ao longo dos anos202, existem
cumprimento das metas da Europa 2020. Este acordo diferentes sistemas de incentivos e apoios:
permite o acesso e a gestão dos recursos oriundos de cinco
Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI). - Sistema de Incentivos às Empresas

- Sistema de Apoio à transformação digital da


Através do principal programa orientado para a Administração Pública
competitividade e inovação empresarial – Programa - Sistema de Apoio à investigação científica e tecnológica
Operacional para a Competitividade e Internacionalização - Sistema de Apoio a Ações Coletivas

201 https://www.compete2020.gov.pt/admin/images/P_57A_2015.pdf
202 https://www.compete2020.gov.pt/legislacao

www.ani.pt 49
No quadro abaixo faz-se uma associação entre os diferentes Sistemas de Incentivo e Apoio e os
Instrumentos de Financiamento:

Tabela 11. Sistema de Incentivos e Apoios e Instrumentos de Financiamento

Sistemas de
Instrumentos de Financiamento
Incentivos e Apoios

• Inovação empresarial e Empreendedorismo


- Inovação Produtiva PME
- Inovação Produtiva não PME
- Empreendedorismo Qualificado e Criativo
- Vales de Empreendedorismo
- Vales de Incubação

• Qualificação e Internacionalização de PME


- Qualificação PME (projetos individuais e conjuntos)
- Internacionalização PME (projetos individuais e conjuntos)
- Vales de Inovação
Sistema de Incentivos às - Vales de Internacionalização
Empresas - Vales Comércio
- Vales de Indústria 4.0
- Vales de Economia Circular

• Investigação e Desenvolvimento Tecnológico


- Projetos de I&D empresas (individuais e em copromoção)
- Projetos demonstradores (individuais e em copromoção)
- Progxramas mobilizadores (em copromoção)
- Núcleos de I&D (individuais e em copromoção)
- Proteção da propriedade intelectual e industrial
- Internacionalização de I&D
- Vales de I&D

• Modernização da Administração Pública


Sistema de Apoio à
Transformação digital da • Capacitação dos serviços da Administração Pública
Administração Pública
• Ações de formação

• Projetos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico (individuais e


em copromoção)
• Projetos de investigação de caráter exploratório (individuais e em copromoção)
• Programas de atividades conjuntas (em copromoção)
• Programas integrados de investigação científica e desenvolvimento tecnológico
Sistema de Apoio à
Investigação científica e (individuais e em copromoção)
Tecnológica (SI I&DT)
• Projetos de provas de conceito (individuais e em copromoção)
• Proteção de direitos de propriedade intelectual (individuais e em copromoção)
• Projetos de desenvolvimento e implementação de infraestruturas de investigação
(individuais e em copromoção)
• Projetos de internacionalização de I&D (individuais e em copromoção)

• Transferência do conhecimento científico e tecnológico (individuais e em copromoção)


• Redes e outras formas de parceria e cooperação (individuais e em copromoção)
Sistema de Apoio a Ações
• Promoção do espírito empresarial (individuais e em copromoção)
Coletivas (SIAC)
• Internacionalização (individuais e em copromoção)
• Qualificação (individuais e em copromoção)

50
Considerando a informação até 31 de junho de 2020, científica e tecnológica; e ações coletivas. Grande parte
os instrumentos dedicados à competitividade e do investimento a realizar e incentivo público aprovado
internacionalização do Portugal 2020 registaram um tem sido destinado ao apoio à inovação empresarial
total de 15.262 projetos aprovados, com um investimento e ao empreendedorismo (7.613,77 milhões de euros e
aprovado de 12.415,86 milhões de euros e um incentivo 3.652,15 milhões de euros, respetivamente), qualificação
aprovado de 6.413,77 milhões de euros. Nestes valores e internacionalização de PME (2.145,02 milhões de euros
incluem-se os instrumentos relacionados com: formação, e 1.001,70 milhões de euros, respetivamente) e I&D
investigação e desenvolvimento tecnológico empresarial; empresarial (1.572,83 milhões de euros e 935,80 milhões de
inovação empresarial e empreendedorismo, qualificação euros, respetivamente).
e internacionalização de PME; apoio à investigação

Figura 14. Investimento e Incentivo público por Sistema de Incentivos e Apoios do Portugal 2020

Fonte: ANI

Os apoios à I&D e Inovação colaborativa no âmbito do Programa Interface

No âmbito do Programa Interface, lançado em 2017, foram mobilizados diversos


instrumentos no sentido de capacitar as empresas, entidades do ensino superior
e centros de investigação a desenvolverem novos conhecimento e a promoverem
novas dinâmicas de inovação colaborativa. As iniciativas dirigidas ao reforço
e criação de Centros de Interface (CIT), Laboratórios Colaborativos (CoLAB),
Clusters e Clubes de Fornecedores são alguns desses exemplos de estímulo ao
desenvolvimento conjunto de projetos de I&D e de inovação.

Tendo como base a comparação com o anterior programa quadro (QREN), os apoios
à I&D e Inovação colaborativa (em parte, impulsionados pelo Programa Interface)
registaram um forte aumento no Portugal 2020, no que respeita a projetos liderados
por empresas (até junho 2020), superando em 59% o investimento aprovado do
total do programa quadro anterior e em 52% o total do incentivo contratado (1.052
milhões de euros 625 milhões de euros respetivamente).

Por outro lado, em projetos focados na Investigação Científica e Tecnológica e com


liderança por parte de entidades não empresariais, o Portugal 2020 regista quase
o dobro do investimento aprovado em relação ao QREN (mais 94%) e cerca de 81%
Caixa 3. Os a mais no incentivo contratado (801 milhões de euros e 591,7 milhões de euros,
apoios à I&D respetivamente).
e Inovação
colaborativa O Programa Interface tem contribuído, assim, para incentivar e fortalecer as
no âmbito entidades e as redes de inovação, cada vez mais estratégicas pelo seu papel na
transferência de conhecimento e na internacionalização do Sistema Nacional de
do Programa
Inovação.
Interface

www.ani.pt 51
Em relação à relevância do apoio público pelas regiões NUTS II, tanto em termos de investimento
aprovado como de incentivo contratado, a região Norte atrai quase metade destes montantes.203

Figura 15. Investimento e Incentivo público do Portugal 2020, por região NUTS II

Fonte: ANI

No Norte, as CAE com mais incentivo aprovado são:


Têxteis e vestuário (11,51% do total da região), Metalúrgicas
e produtos metálicos (10,8%) e Consultoria técnica,
científica e serviços de apoio (6,96%). Na região Centro
as CAE com mais incentivo aprovado são: Metalúrgicas e
produtos metálicos (16,84% do total da região), Material
de transporte (9,06%) e Minerais não metálicos (7,95%).
Na região Área Metropolitana de Lisboa, as CAE com mais
incentivo aprovado são: Consultoria técnica, científica e
serviços de apoio (20,13% do total da região), Informação
e Comunicação (16,03%) e Minerais não metálicos (9,52%).
Relativamente ao Alentejo, as CAE com mais incentivo
aprovado são: Indústrias alimentares e bebidas (23,92% do
total da região), Material de transporte (14,21%) e Alojamento
e restauração (12,21%). Por fim, no Algarve, as CAE com mais
incentivo aprovado são: Alojamento e restauração (61,25%
do total da região), Outros serviços (12,31%) e Consultoria
técnica, científica e serviços de apoio (9,14%).

203 Devido a limitações dos dados disponíveis, as Regiões Autónomas dos Açores e Madeira estão a 0%.

52
Figura 16. Incentivo público atribuído no QREN e no PT2020, por CAE do projeto

Fonte: ANI

www.ani.pt 53
Olhando o caminho percorrido nos últimos anos, é claro o avanço do
conhecimento produzido, a inserção em redes internacionais das instituições
científicas e na transferência do conhecimento.

Em 2020, Portugal assume-se enquanto país fortemente inovador em que o


sistema científico e de ensino superior constitui um dos setores da sociedade
que mais se internacionalizou, projetando externamente a imagem de um
país moderno, do conhecimento e da inovação. Cativa e desenvolve talento,
promove a criação de emprego qualificado, fixa pessoas nos territórios, sendo o
conhecimento determinante para o futuro de um país aberto, coeso e competitivo.

Caixa 4: Ao projetar um novo entendimento do papel do conhecimento como fator


Testemunho incontornável de progresso e crescimento, Portugal tem sublinhado a
impossibilidade de se promover desenvolvimento por concentração de
de Instituição
recursos humanos e materiais nos grandes centros urbanos. Em contraste,
de Ensino
graças ao Portugal 2020, o país reforçou a necessidade de se promover um
Superior desenvolvimento científico espacialmente distribuído, com descentralização
sobre a sua de recursos especializados, sendo vital a retenção e atração de talento para as
participação regiões periféricas.
em projetos
Portugal 2020 Fontaínhas Fernandes, UTAD

SIFIDE
O SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial, as Aquisições de ativos fixos tangíveis; as Despesas com
criado em 1997, visa aumentar a competitividade das pessoal; as Despesas de funcionamento; a Participação
empresas, apoiando o seu esforço em Investigação e no capital de instituições de I&D; a contribuições para
Desenvolvimento através da dedução à coleta do Imposto fundos de investimento destinados a financiar empresas
sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) dos dedicadas à I&D; ou o Custos com registo, manutenção ou
investimentos em I&D. aquisição de patentes.

Este sistema de incentivos passou por algumas revisões, O instrumento tem tido uma adesão crescente e significativa
sendo que o SIFIDE II passou a vigorar a partir de 2011204, por parte das empresas, registando mais do dobro de
com a introdução de algumas alterações à legislação, candidaturas num espaço de cinco anos. Encontram-se
que o tornam ainda mais atrativo para as empresas. Foi em avaliação as candidaturas referentes ao ano fiscal de
estabelecido que o SIFIDE II vigoraria até 2015, tendo sido o 2019 (e entregues até julho de 2020), em que se perspetiva
período de incidência já estendido duas vezes em 2014205 a continuação da evolução registada (Figura 15).
e 2020206, estando em vigor até ao ano 2025. O sistema
de benefícios fiscais aplica-se a um conjunto alargado
de despesas em atividade de I&D, como são exemplo:

204 www.dre.pt/application/file/a/345017
205 www.dre.pt/application/file/a/58660557
206 www.dre.pt/application/file/a/130891365

54
Figura 17. Candidaturas ao
SIFIDE por ano

Fonte: ANI

Tendo em consideração os exercícios relacionados com de investimento declarado aumentou cerca de 113% no
os anos fiscais de 2014 a 2019, houve um aumento, não só período referido, traduzindo-se numa variação de quase
do número de candidaturas, como também da soma do 548 milhões de euros, em 2014, para mais de 1.168 milhões
investimento em I&D declarado em candidatura. O volume euros, em 2019 (Figura 16).

Figura 18. 1,400.00


Investimentos em I&D
declarado e aprovado e 1,200.00
crédito fiscal atribuído
1,000.00

800.00

600.00

400.00

200.00

0
2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ANI

De acordo com a informação disponível para o período Figura 19. Crédito fiscal atribuído por região
2014-2018, houve um aumento de 74% no investimento NUTS II
em I&D elegível e 94% no crédito fiscal atribuído, face ao
ano de 2014. Considerando ainda o período 2014-2018, a
variação do investimento aprovado é superior à variação
do declarado, o que pode indicar que as candidaturas
apresentadas são cada vez mais competitivas (com
maior qualidade nas atividades de I&D) e qualificadas
(com maior assertividade no cumprimento dos requisitos
definidos para o instrumento). Por fim, sobre o investimento
aprovado é calculado o crédito fiscal a conceder que, no
período em análise, cresceu cerca de 87%.

A distribuição dos resultados do SIFIDE, no período 2014-2018


e pelas regiões NUTS II, mostra que a região Norte e Área
Metropolitana de Lisboa representam 75% do crédito fiscal
solicitado, com a região Norte a liderar os investimentos
com 764 milhões de euros no período (Figura 17).
Fonte: ANI

www.ani.pt 55
Relativamente ao mesmo período, é também possível identificar o incentivo total por classificação de atividade económica,
distribuído pelas regiões NUTS II (Figura 18).

Figura 20. Crédito


Fiscal aprovado
por Atividade
Económica em
cada região
NUTS II

Fonte: ANI

Relativamente à região Norte, as classificações económicas No Alentejo as CAE com mais incentivo aprovado são:
com mais incentivo aprovado foram: Informação e Indústrias extrativas (22,86% do total da região), Indústrias
Comunicação (15% do total da região); Produtos e alimentares e bebidas (17,91%) e Agricultura e pescas
preparações farmacêuticas (11% do total da região) e (9,86%). Quanto ao Algarve, as CAE com mais incentivo
Consultoria técnica, científica e serviços de apoio (9,8% aprovado são: Informação e comunicação (16,79% do total
do total da região). Quanto à região Centro, as CAE com da região), Outros serviços (15,46%) e Comércio (15,23%).
mais incentivo aprovado são: Informação e Comunicação Na Região Autónoma dos Açores, as Indústrias alimentares
(15,5% do total da região), Minerais não metálicos (8,47%) e bebidas representam 87,51€ do incentivo total, enquanto
e Equipamento informático, elétrico, eletrónico e de ótica que na Região Autónoma da Madeira as CAE com mais
(7,97%). Em Lisboa, as CAE predominantes são: Informação e incentivo aprovado são a Energia e Água (30,03% do total
comunicação (18,39% do total da região), Comércio (12,81%) da região), Comércio (26,51%) e Construção e atividades
e Consultoria técnica, científica e serviços de apoio (11,31%). imobiliárias (11,81%).

O Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarias


(SIFIDE) tem sido um instrumento bastante importante no apoio as atividades de
investigação e desenvolvimento da Vision-Box desde 2006, com maior impacto nos
últimos cinco anos em que apostámos bastante na participação em projetos de
Investigação & Inovação, no contexto do Horizonte 2020 e Portugal 2020.

Este instrumento poderá ainda ser mais relevante para o tecido empresarial
português se as medidas para aquisição de patentes ou majorações atribuídas às
PME forem também estendidas as empresas Small e Mid Cap, que normalmente
Caixa 5. tem mais capacidade para apostar em novos produtos e serviços. Também seria
Testemunho interessante explorar uma possível majoração ou medidas de exceção para as
de empresa empresas que, em contexto de pandemia causada pela COVID-19, mantiveram em
na funções os ativos afetos às atividades de I&D sem recurso ao lay-off simplificado.
participação
no SIFIDE Vision-Box

56
Horizonte 2020
O Horizonte 2020 (H2020) é o maior programa de e disruptivos no espaço comunitário, por parte
investigação e inovação da UE, com cerca de 80 mil de empresas e entidades do sistema científico e
milhões de euros de fundos da UE disponíveis para tecnológico. O H2020 é composto por três Pilares
o período de sete anos (2014-2020), focando-se no programáticos com âmbitos diferentes:
apoio ao desenvolvimento de projetos inovadores

Pilar I – Excelência Científica (com Pilar II – Liderança Industrial Pilar III – Desafios Societais (com cerca
cerca de 32% do orçamento total); (correspondente a cerca de 22% do de 39% do orçamento total).
orçamento);

O H2020 conta, ainda, com cerca de 2% do seu orçamento resultam em 15.617 propostas submetidas, correspondendo
total como contributo financeiro para o Joint Research a uma taxa de sucesso de 14,4% (face a 13 % de média da
Center da Comissão Europeia. Para além destes três pilares, UE) e representando um financiamento europeu captado
existem ainda outros instrumentos que representam, no por Portugal de 1.073,5 M € (1,68% % do financiamento total
total, cerca de 6% do orçamento do H2020. Adicionalmente, da UE no Horizonte 2020).
o programa EURATOM, destinado a atividades na área da
energia nuclear, tem um orçamento, no âmbito do H2020, Ao longo dos anos, é notória uma participação crescente
de 2,37 milhões de euros para o período 2014-2020. do país em termos de candidaturas de projetos, com uma
cada vez maior prestação na coordenação de projetos
Até novembro de 2020, as entidades nacionais europeus - tanto em candidaturas propostas como em
participaram em 2.252 projetos do Horizonte 2020, que candidaturas aprovadas (Figura 19).

Figura 21. Propostas apresentadas e aprovadas por Portugal

3000 1200

2000 600

1000 300

0 0
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Propostas apresentadas PT Projetos aprovados PT Propostas coordenadas PT Projetos coordenados PT

Fonte: ANI

Tirando o ano 2020 (considerando os valores à data


de 31 de junho), Portugal tem tido resultados iguais
ou superiores, como por exemplo em 2018, com uma
diferença de três pontos percentuais entre Portugal e a
Europa.

www.ani.pt 57
A taxa de sucesso das candidaturas
com participação de entidades
portuguesas é, considerando os
valores acumulados desde 2014,
superior à taxa de sucesso sobre o
total das candidaturas provenientes
dos países elegíveis em dois pontos
percentuais (Figura 20).

Figura 22. Taxas de


sucesso na aprovação
de candidaturas e
comparação com
média europeia

Fonte: ANI

Em termos do total de financiamento quem capta mais investimento


captado por entidades portuguesas, europeu, com cerca de 37% do total
tem havido uma evolução positiva captado em Portugal, seguindo-se
dentro do total captado ao longo das Instituições de Ensino Superior,
do Horizonte 2020 (Figura 21). que captam o equivalente a 27% do
Quanto às diferentes tipologias de total captado pelo país.
entidades, os Centros de I&D são

Figura 23. Financiamento Financiamento PT Precentagem Portugal


atribuído a Portugal e
Participação do Financiamento 400.00 3.50%
para Portugal no total europeu
350.00 3.00%
300.00
2.50%
250.00
2.00%
200.00
1.50%
150.00
1.00%
100.00

50.00 0.50%

0.00 0.00%
Fonte: ANI
1 2 3 4 5 6 7

O país tem conseguido captar cada vez mais a uma maior disponibilidade orçamental do Horizonte
investimento dentro do que é financiado em cada ano. 2020, mas sim porque as entidades portuguesas estão
Isto é particularmente relevante, no sentido de que a conseguir, de forma competitiva, ter um contributo
Portugal compete com um conjunto vasto em países maior nas propostas submetidas e no seu papel nos
europeus em termos de projetos de I&D e Inovação. Este consórcios de entidades.
aumento de financiamento para o país não é devido

58
Business Angels e Fundos
de Capital de Risco
De acordo com os últimos dados disponíveis, em De acordo com a CMVM, existem 52 Sociedades de
Portugal existem 20 redes de Business Angels, que Capital de Risco e 135 Fundos de Capital de Risco. Os
incluem 344 membros, responsáveis por 16,5 milhões de dados mais recentes 208 indicam que os Fundos de
euros de investimento207. São valores ainda reduzidos à Capital de Risco totalizam 4,9 mil milhões de euros,
escala europeia (onde existem 482 redes de Business apresentando um crescimento 6,1% face a 2018,
Angels), em que Portugal aparece em 16º lugar (entre enquanto que os ativos209 sob gestão de Sociedades
39 países europeus) em termos de volume global de de Capital de Risco (SCR) obtiveram uma variação de
investimento por parte de business angels. Contudo, 15,1% entre 2019/2018.
Portugal ocupa o 7º lugar se tivermos em consideração
a dimensão do país (investimento em % do PIB). Em termos de setores de aplicação do capital de risco,
cerca de um terço do investimento concentra-se
Em relação ao Capital de Risco, em Portugal, as nas atividades de informação e comunicação (453,5
atividades e os fundos de capital de risco estão milhões de euros), imobiliárias (434,9 milhões de
enquadradas pelo “Regime jurídico do capital de euros) e de alojamento e restauração (313,6 milhões
risco, do empreendedorismo social e do investimento de euros).
especializado” - RJCR (Lei 18/2015, de 4 de março,
alterado pelo DL n.º 56/2018, de 9 de julho). De acordo De referir a importância dos Fundos Públicos de apoio
com o artigo 3.º do RJCR, o investimento em capital de ao Capital de Risco, pela sua dimensão e atuação no
risco define-se como “a aquisição de instrumentos de mercado. Neste âmbito, podemos destacar os fundos
capital próprio e de instrumentos de capital alheio em FINOVA e o Fundo 200M.
sociedades com elevado potencial de desenvolvimento,
como forma de beneficiar da respetiva valorização”.

FINOVA
O FINOVA é um fundo de natureza No âmbito do FINOVA foi apoiada a
autónoma, criado em 2008 e constituição de 18 fundos de capital de
gerido pela PME Investimentos, que risco de venture capital e três fundos

– Fundo de promove a competitividade de


empresas através da criação ou
de capital de risco revitalizar, que
investiram em 218 PME portuguesas
reforço de instrumentos financeiros correspondendo a um valor total
apoio ao relacionados com, nomeadamente,
capital de risco, sistema de garantia
de investimento de 317 milhões de
euros. O FINOVA apoiou, igualmente,

Financiamento mútua, empreendedorismo ou a


implementação de “Estratégias de
Linhas de Financiamento a Business
Angels, o que permitiu concretizar
Eficiência Coletiva”. investimento de 45,6 milhões de
à Inovação 210 euros em 158 PME.

Fundo de
Criado em 2017, visa os objetivos de de investimento de capital e quase
atrair empreendedores e startups capital, em regime de coinvestimento,
internacionais para Portugal, atrair em PME com projetos de inovação de

Coinvestimento fundos e sociedades especializadas


para investir no mercado português,
produto ou processo.

200M
promover o coinvestimento No âmbito do Fundo 200M foram
211 entre investidores portugueses recebidas 39 candidaturas, cujo valor
e internacionais, promover o de investimento total ronda os 200
incremento da atividade de capital milhões de euros. Atualmente já foram
de risco e fomentar a constituição investidos 26 milhões de euros em 10
ou capitalização de empresas startups, que correspondem a um total
prioritariamente em fases de de investimento público e privado de
arranque212. O fundo realiza operações cerca de 70 milhões de euros.

207 Relatório Statistics Compendium 2018 (eban.org) 210 dre.pt/web/guest/legislacao-consolidada/-/lc/67025093/202103161607/exportPdf/


208 www.cmvm.pt/pt/EstatisticasEstudosEPublicacoes/Publicacoes/ normal/1/cacheLevelPage?_LegislacaoConsolidada_WAR_drefrontofficeportlet_rp=indice
CapitaldeRisco/Documents/CMVM-Relat%c3%b3rio%20Anual%20de%20 211 dre.pt/web/guest/legislacao-consolidada/-/lc/123628779/201912011022/exportPdf/
Capital%20de%20Risco-2019.pdf normal/1/cacheLevelPage?_LegislacaoConsolidada_WAR_drefrontofficeportlet_rp=diploma
209 Ativos sob gestão: são calculados através da soma das rubricas de participações 212 www.200m.pt/pt-pt/
sociais, outros financiamentos, liquidez, posições sobre derivados (opções) e outros ativos.

www.ani.pt 59
Outros Fundos de Apoio à
Inovação
Além dos fundos de Capital São exemplos o Fundo Azul,
de Risco, existem outros o FITEC, o Fundo de Inovação
fundos orientados para Social, o Fundo Ambiental
apoiar o desenvolvimento de ou o Fundo de Eficiência
projetos inovadores, mas de Energética.
caráter temático ou setorial.

Fundo Azul
Desde 2014, o Fundo Azul, gerido a) Desenvolvimento da Economia do Paralelamente à atuação do Fundo
pela Direção-Geral da Política do Mar: 3,3 milhões de euros apoio público Azul, a DGPM participou num projeto,
Mar (DGPM), lançou nove avisos reembolsável (edital 1 e 3; 9 projetos no início de 2017, em conjunto com
aprovados);
que resultaram na aprovação oito outras entidades europeias,
de 50 projetos com um total de b) Investigação Científica e Tecnológica do com o objetivo da exploração
investimento de 12,6 milhões de Mar: 3,3 milhões de euros apoio público não da informação produzida pelo
euros, onde 9,3 milhões provieram reembolsável (edital 2, 5, 7, 8; 22 projetos Programa Copernicus. De destacar
de apoio público. Os avisos lançados aprovados); o desenvolvimento de soluções
destinavam-se a: inovadoras para dar resposta aos
c) Monitorização e Proteção do Ambiente desafios críticos que a Europa
Marinho: 1,5 milhões de euros apoio público
não reembolsável (edital 6; 14 projetos
enfrenta atualmente no domínio
aprovados); marítimo e marinho, nomeadamente
a monitorização do ambiente
d) Segurança Marítima: 1,1 milhões de marinho e alterações climáticas, e
euros apoio público não reembolsável em simultâneo a migração ilegal
(edital 4; 6 projetos aprovados). e a segurança das fronteiras, e a
segurança marítima213.

FITEC – Fundo de Inovação, Tecnologia e


Economia Circular
O FITEC tem apoiado a capacitação dos Centros de Por fim no ano 2020, o FITEC participou num Fundo de
Interface Tecnológico, com a assinatura de 24 contratos de investimento da Portugal Ventures, destinado à promoção
investimento base, indexado à atividade de capacitação do empreendedorismo de base tecnológica e ao
tecnológica, desenvolvimento de novas competências e desenvolvimento de projetos relacionados com as metas
internacionalização, desde que atividades não económicas. estabelecidas na Estratégia Nacional de Especialização
O valor do incentivo aprovado para este instrumento ronda Inteligente em termos de descarbonização da economia,
os 33 milhões de euros para o período 2018-2021. sustentabilidade dos processos, produtos e materiais,
maior eficiência e sustentabilidade energética ou para
uma maior circularidade da economia.

213 www.dgpm.mm.gov.pt/marine-eo-ambito

60
Fundo de Inovação Social (FIS)
O Fundo para a Inovação Social é um instrumento de política No âmbito das operações de coinvestimento por parte
pública que visa dinamizar o investimento de impacto em do Fundo de Inovação Social (FIS), foram submetidas
Portugal, atuando em áreas com forte potencial de inovação, 17 candidaturas com um valor total de investimento
na reposta a necessidades societais não satisfeitas, associado de 17 milhões de euros. Encontram-se investidos
alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento cinco projetos, cujos valores totais de investimento e de
Sustentável das Nações Unidas. Assegurado por verbas do coinvestimento FIS correspondem, respetivamente, a 3,26
Fundo Social Europeu e nacionais e a operar nas vertentes milhões de euros e 1,89 milhões de euros. No âmbito da
de Crédito e Capital, o FIS é um dos quatro instrumentos no atividade de financiamento do Fundo de Inovação Social
âmbito da iniciativa Portugal Inovação Social, e destina-se (FIS) foi lançada a 20 de julho de 2020, a Linha FIS Crédito,
a apoiar iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social no valor de 50 milhões de euros, que visa facilitar o acesso
(IIES) que apresentem soluções inovadoras, impactantes e ao financiamento na modalidade de crédito bancário, com
sustentáveis. bonificação de taxa de juro e de comissões de garantia.

Fundo Ambiental
O Fundo Ambiental tem por finalidade apoiar políticas O Fundo pode estabelecer mecanismos de articulação com
ambientais para a prossecução dos objetivos do outras entidades públicas e privadas, designadamente com
desenvolvimento sustentável, contribuindo para o outros fundos públicos ou privados nacionais, europeus ou
cumprimento dos objetivos e compromissos nacionais e internacionais, relacionados com o desenvolvimento de
internacionais, designadamente os relativos às alterações políticas ambientais para a prossecução dos objetivos do
climáticas, aos recursos hídricos, aos resíduos e à desenvolvimento sustentável.
conservação da natureza e biodiversidade.

Fundo de Eficiência Energética (FEE)


O Fundo de Eficiência Energética (FEE) constitui um consumo de energia até 2020, surgindo o Estado como
instrumento financeiro capaz de financiar os programas exemplo com um objetivo específico de redução do
e medidas previstas no Plano Nacional de Ação para a consumo de energia em 30%.
Eficiência Energética (PNAEE) em todas as suas linhas de
atuação. O FEE pode, ainda, apoiar projetos não previstos no PNAEE
mas que comprovadamente contribuam para a eficiência
A atividade do FEE encontra-se ainda alinhada com a energética. Neste âmbito, o FEE tem, ainda, como objetivo
política de desenvolvimento económico, social e territorial, impulsionar operações que servirão de base à definição
a promover entre 2014 e 2020, denominada por “Portugal de projetos em maior escala financiados no âmbito do
2020”, com o apoio dos Fundos Europeus Estruturais e Portugal 2020, e que visem igualmente a implementação
de Investimento e de acordo com as metas nacionais das medidas do PNAEE 2016, em complementaridade com
estabelecidas, no sentido de melhorar a eficiência os objetivos deste Fundo.
energética do país através de uma redução em 25% do

Linhas de Crédito para a Inovação


Além dos fundos referidos, de referir, ainda a existência No ano 2019, o Fundo de Inovação, Tecnologia e Economia
de algumas linhas de crédito que induzem a inovação Circular (FITEC), apoiou a Sociedade Portuguesa de
empresarial. No âmbito dos instrumentos proporcionados Garantia Mútua no desenvolvimento de uma linha de
pela Linha de Crédito Capitalizar 2018, foi apresentada crédito para apoiar investimentos ligados às áreas da
uma Linha para apoio à Digitalização da Economia. Descarbonização e Economia Circular. Este instrumento
Posteriormente, no âmbito da apresentação da 2.ª fase do destinado a empresas e com o apoio dos sistemas de
programa governamental “Economia Digital – Indústria garantia do Estado, apoia a inovação na redução de
4.0”, foram disponibilizadas novas condições para a consumos energéticos, na adoção de medidas para a
mesma linha. Com dotação de 100 milhões de euros, transição de fonte energética fóssil para renovável e para
pretendia apoiar empresas que adquiram, desenvolvam a aceleração da adoção de modelos de organização
ou produzam soluções tecnológicas no âmbito da circulares214.
Indústria 4.0.

214 www.spgm.pt/pt/catalogo/linha-de-credito-para-a-descarbonizacao-e-economia-circular/

www.ani.pt 61
Programas de capacitação
para a Transferência de
Tecnologia
O apoio à capacitação e transferência de apoio que têm vindo a ser desenvolvidos ao longo
tecnologia encontra-se vertido em diversas do tempo, nomeadamente pela política pública.
iniciativas desenvolvidas pelos atores do SNI, Destacam-se os seguintes instrumentos:
embora existam mecanismos e instrumentos de

• Apoio à criação, reestruturação estratégica ou • StartUP Voucher no período 2019-2022, com candidaturas
reforço das Infraestruturas Tecnológicas, lançado em em contínuo, visa acolher projetos de empreendedorismo
2018 pelos Programas Operacionais Regionais; inovador e qualificado ou criativo, dando respostas
inovadoras aos desafios sociais e societais, que
• Apoio às atividades de transferência de tecnologia contribuam para a alteração do perfil produtivo
por parte dos Centros de Interface e dos Laboratórios da economia com a criação de empresas dotadas
Colaborativos, através dos mecanismos de por recursos humanos qualificados. O número de
financiamento de base e de apoio à contratação candidaturas submetidas ao StartUP voucher ao longo
de recursos humanos qualificados, respetivamente, das várias edições ascende a 1700. Até meados de
lançados entre 2018-2020; 2020, o StartUp Voucher já apoiou cerca de 800 projetos
inovadores e atribuiu mais de 1200 bolsas, tendo sido
• Apoio à Contratação de Recursos Humanos Altamente criadas mais de 100 startups.
Qualificados para atividades de transferência
tecnológica por parte das infraestruturas tecnológicas, • Programa Go Portugal – Global Science and Technology
lançado pelos diferentes Programas Operacionais Partnerships, que envolve o desenvolvimento de
Regionais em 2019; projetos conjuntos entre empresas e entidades de
I&D portuguesas e internacionais. No âmbito destas
• Programa Born from Knowledge (BfK) pretende Parcerias vão ser desenvolvidos nos próximos três
dar visibilidade à relevância do investimento em anos 25 projetos de I&D de forma colaborativa, com um
Ciência e em I&D e ao respetivo impacto económico, financiamento total de 55,2 milhões de euros, incluindo
promovendo, divulgando e premiando boas práticas e 16,7 milhões de euros financiados pelas universidades
casos de sucesso, bem como contribuir para promover americanas e 7,7 milhões de euros de financiamento
o emprego científico e tecnológico, nomeadamente nas empresarial. O restante financiamento é assegurado
empresas. No âmbito do BfK, de destacar a iniciativa BfK por fundos estruturais e pela FCT.
IDEAS (que premeia as ideias de negócio de estudantes Os projetos são desenvolvidos no âmbito das seguintes
e investigadores de Instituições de Ensino Superior (IES), parcerias:
o BfK AWARDS (que reconhece projetos e empresas
“nascidas do conhecimento” que mais se destaquem - Parceria internacional com a Universidade do Texas em
Austin (UTA), na área das novas tecnologias no domínio das
em atividades de I&D, nomeadamente colaborativa) indústrias automóvel e do espaço, da computação avançada
e o BfK RISE (programa de aceleração de Ciência e e das aplicações à medicina e à biotecnologia.
Tecnologia para valorização dos resultados da I&D e de
tecnologias com potencial de comercialização);

62
- Parceria internacional com a Universidade de Carnegie - Parceria internacional com o Massachusetts Institute of
Mellon (CMU), nas áreas da ciência e engenharia de dados, Technology (MIT), nas áreas de transformação digital na
inteligência artificial e aprendizagem automática, design e indústria transformadora e cidades sustentáveis, incluindo
engenharia aplicados a problemas sociais e mobilidade e redes de comunicação, envolvendo comunicações 5G e
autonomia, respondendo a problemas nos sectores da saúde, processos inovadores de transformação digital.
prevenção de fogos florestais, gestão de dados, e tradução
simultânea.

Especialmente numa fase incipiente das start-up, os prémios do estilo BfK


Awards granjeiam credibilidade e reputação que por vezes lhes faltam e que são
indispensáveis para as colocar no mapa do ecossistema empreendedor português.
Caixa 6. Ademais, o prémio monetário associado pode alavancar provas de conceito, ou
Testemunho primeiros protótipos que, por vezes, são o bottleneck quando se levanta a primeira
de uma ronda de financiamento. Mesmo em fases mais avançadas, o prestígio e a ampla
spin-off divulgação do projeto são extremamente úteis para angariar clientes, parceiros e
apoiada pelo até investidores.
Born from
Knowledge Fadhil Musa, Co-founder, Delox

www.ani.pt 63
Difusão e Promoção
da Inovação
Ações de Difusão da
Inovação
Uma das componentes fundamentais no processo atores do SNI. Na última década foram lançadas várias
de inovação prende-se com os mecanismos para a iniciativas nesse sentido, sendo que em baixo apenas
sua divulgação e promoção junto da sociedade e dos se identificam as iniciativas atualmente em curso.

Roteiro Mais Inovação: Demonstrador


Tecnológico e Dinâmicas para a Inovação
No sentido de promover as atividades desenvolvidas pelas impacto negativo da COVID-19, em 2020 estes eventos
infraestruturas tecnológicas junto das empresas e da foram suspensos, estando previsto o retomar dos mesmos
durante o ano de 2021.
sociedade, e no âmbito das prioridades da RCM 25/2018,
a ANI lançou o “Roteiro Mais Inovação”, através do qual • As “Dinâmicas para a Inovação” consistem num conjunto
foram desenvolvidas iniciativas como o “Demonstrador de iniciativas sobre Valorização do Conhecimento,
Tecnológico” e as “Dinâmicas para a Inovação”.215 subordinadas a áreas e setores estratégicos da
economia nacional considerados prioritários rumo à
• O “Demonstrador Tecnológico” pretende envolver o tecido especialização inteligente. Estes eventos, que estão a
empresarial nacional com os resultados da inovação e decorrer desde outubro de 2019 um pouco por todo o país,
empreendedorismo de base científica e tecnológica. Esta são organizados em dois momentos ao longo de cada dia:
atividade realiza-se em vários Centros de Interface (CIT), da parte da manhã, “Workshops sobre Transferência de
que são entidades de ligação entre as instituições de ensino Tecnologia”, que visam a dinamização da Rede Nacional
superior e as empresas, e que se dedicam à valorização de Infraestruturas Tecnológicas, nomeadamente através
de conhecimento e à transferência de tecnologia. Esta é da discussão dos desafios para a próxima década; da
uma iniciativa inclusiva, aberta à participação de todas parte da tarde, Focus Group Meetings Temáticos, com
as empresas com projetos de I&D e inovação das regiões a missão de testar e validar ideias de projetos de I&D em
de convergência, que conta com eventos mensais para fase pré-comercial, com potencial de valorização no
difundir e demonstrar os resultados dos projetos de I&D e mercado, através de metodologias de Inovação Aberta.
Inovação dos CIT. Os últimos eventos realizados ocorreram Foram abordadas as 15 áreas temáticas da ENEI216 dirigidas
em 06 de junho de 2019 – AIBILI Tema: Transferência de a Instituições de Ensino Superior, Centros de Interface,
Tecnologia em Saúde; em 28 de maio de 2019 - INESC Laboratórios Colaborativos, Gabinetes de Transferência
TEC Tema: Tecnologias de Produção e Sistemas Ciber- de Tecnologia, Clusters e empresas das regiões onde
físicos; em 10 de maio de 2019 – CEiiA Tema: Mobilidade decorrem. Em 2019 foram realizados 4 eventos e até final do
Sustentável; e em 28 de fevereiro de 2019 – PIEP Tema: 1º semestre de 2020 foram realizados 8 eventos, incluindo
Indústria 4.0 e Competitividade Empresarial. Devido ao em formato totalmente online.
215 Estas duas iniciativas são promovidas pela ANI no âmbito do SIAC – Iniciativa de Transferência de Conhecimento, cofinanciadas pelo COMPETE 2020, através do
Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
216 As 15 áreas da ENEI (Estratégia Nacional para a Especialização Inteligente) são: Energia, TIC, Matérias-Primas e Materiais, Tecnologias de Produção e Indústrias
de Produto, Tecnologias de Produção e Indústrias de Processo, Floresta, Automóvel, Aeronáutica e Espaço, Transportes, Logística e Mobilidade, Agroalimentar, Floresta,
Economia do Mar, Água e Ambiente, Saúde, Turismo, Indústrias Culturais e Criativas, Habitat.

64
Encontros para a Competitividade e Inovação
Os “Encontros para a Competitividade e Inovação”, É dado particular destaque às empresas, enquanto ativo
uma iniciativa do Ministério da Economia e Transição estratégico e decisivo para criação de mais valor e para
Digital dinamizada pelo IAPMEI, têm como objetivo dar a a aceleração do desenvolvimento de novos produtos e
conhecer e colocar em evidência o tecido empresarial serviços. Os Encontros para a Competitividade e Inovação
português e fomentar sinergias entre os vários agentes tiveram início em 2018, tendo já passado por praticamente
públicos e privados, dando especial atenção aos desafios todos os distritos do país.
que se perspetivam para as empresas e para as regiões.

Eventos Indústria 4.0


Os eventos “Indústria 4.0” são dinamizados pela COTEC Indústria 4.0. Desde 2018 a COTEC organizou várias dezenas
(Associação Empresarial para a Inovação), e têm como de eventos um pouco por todo o país, envolvendo centenas
objetivo a promoção e divulgação de casos de sucesso de atores (públicos e privados) do SNI.217
e de boas práticas empresariais ligados ao tema da

Ações de Promoção da
Inovação
Divulgação através dos media
Tech 3 - O programa da RTP 3 associou-se à ANI para na SIC Notícias e que terminou no final de setembro de
divulgar a colaboração em inovação de base científica e 2020, teve uma periodicidade mensal, com uma audiência
tecnológica. A parceria entre a ANI e o Tech 3 estendeu-se ao estimada total de mais de 1 milhão de pessoas.218
longo de 13 programas onde foram divulgados temas como
incentivos financeiros e fiscais à I&D, compras públicas Portugal mais Competitivo – iniciativa desenvolvida pelo
de inovação, a participação nacional nos programas COMPETE 2020, com divulgação online e na televisão, com o
europeus de apoio à inovação, a estratégia nacional de objetivo de divulgar os resultados dos projetos de inovação
especialização inteligente, os Centros de Interface (CIT) e desenvolvidos pelas empresas e entidades do SNI, e que
os Laboratórios Colaborativos (CoLAB). Este conjunto de foram apoiadas pelos fundos estruturais do Portugal 2020.219
programas, emitidos na RTP 3, tiveram uma periodicidade
semanal e pretendiam mostrar o que melhor se faz ao nível
da Inovação colaborativa em Portugal.

Inovação.PT - A rubrica inovação.pt, do programa Imagens


de Marca em articulação com a ANI, pretende dar a
conhecer bons exemplos de transferência de tecnologia
desenvolvida por Centros de Interface (CIT), em áreas como:
"Indústria 4.0", “Mar, Espaço, Aeronáutica”, “Saúde e Bem-
Estar”, “Agroalimentar”, “Nanotecnologia”, “Mobilidade e
Smart Cities”, “TIC”, “Biotecnologia” e “Economia Circular
e Energias Renováveis”. Esta série de programas, emitida

217 Para mais informação consultar a área da COTEC para os eventos Indústria 4.0: www.cotecportugal.pt/pt/category/industria-4-0/
218 A rubrica Inovação.pt foi promovida no âmbito do SIAC - Iniciativa de Transferência de Conhecimento, um projeto da ANI, cofinanciado pelo Compete2020, através do
Portugal 2020 e do FEDER.
219 Mais informação em: www.imagensdemarca.pt/categoria/me0---portugal-mais-competitivo/

www.ani.pt 65
Mostras de Ciência e Tecnologia
Tech@Portugal - O evento TECH@PORTUGAL é promovido entre investigadores, o setor empresarial e o público em
pela ANI e pretende ser uma mostra anual tecnológica do geral. O Encontro Ciência é promovido pela Fundação
que se faz em Portugal em termos de I&D e de inovação.220 de Ciência e Tecnologia em colaboração com a Agência
O último evento realizado foi organizado pela Agência Nacional de Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva
Nacional de Inovação e decorreu durante o dia 4 de julho e a Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, e conta
de 2019, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, com o apoio institucional do Governo através do Ministro da
onde estiveram presentes mais de 100 instituições de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A edição do Ciência
tecnologia e inovação, com a demonstração de mais 2020 ocorreu nos dias 2, 3 e 4 de Novembro de 2020, em
de 150 tecnologias nacionais desenvolvidas de forma formato presencial e online.
colaborativa pelo SNI. Em 2020 o evento não se realizou
devido à situação pandémica e ao impacto negativo da COTEC Innovation Summit – Evento internacional realizado
COVID-19 na organização de grandes eventos presenciais. pela COTEC em Portugal sobre as últimas tendências na
área da inovação e da cooperação empresarial. O evento
“Encontro com a Ciência e Tecnologia” – O Encontro com a junta várias centenas de participantes, entre os quais
Ciência e Tecnologia em Portugal (“Ciência”) visa promover líderes da indústria, académicos, empresas tecnológicas e
um amplo debate sobre os principais tópicos e desafios decisores públicos, especialistas nacionais e estrangeiros
da agenda científica, além do mundo da investigação e possíveis parceiros para oportunidades de inovação. O
científica. O objetivo principal do encontro é estimular evento integra um Espaço de Exposição sobre inovação e
não apenas a participação, mas também a interação tecnologia desenvolvida em Portugal.221

Portal da Inovação
O Portal da Inovação (www.portaldainovacao.pt) é uma
iniciativa desenvolvida e coordenada pela ANI, que 3. Oferta e Procura de Tecnologia
pretende ser uma montra da inovação e dos resultados
da I&D produzidos pelos atores do SNI, permitir visualizar - One-Stop-Shop da procura e oferta tecnológica
as competências e atividades dos atores do SNI, bem portuguesa e parceiros para projetos de I&D.
como promover o matching entre oferta e procura de
tecnologia. O Portal da Inovação, que visa colmatar uma - Acesso simplificado a oportunidades e oferta
“falha de mercado” no SNI, inclui três módulos principais tecnológica da Rede Enterprise Europe Network.
de pesquisa e visualização:
- Detalha cada oportunidade, incluindo a descrição do
1. Mapeamento das entidades do sistema de inovação parceiro procurado e atividades a desenvolver.

- Identifica e mapeia as entidades do Sistema Nacional - Permite a manifestação direta de interesse entre
de Inovação (SNI), através de um motor de busca. entidades associadas ao Portal.

- Disponibiliza filtros de pesquisa para procura de O Portal da Inovação conta com mais de 1200 entidades
entidades do SNI de acordo com as suas competências, do SNI registadas, mais de 38 mil CVs de investigadores
áreas de atuação, etc. a trabalhar em Portugal e cerca de 4600 ofertas e
procuras tecnológicas do espaço europeu.
- Disponibiliza uma “montra de projetos” das entidades
do SNI.

2. Investigadores

- Mapeamento de competências dos investigadores que


trabalham em Portugal.

- Motor de busca de investigadores através do nome,


Ciência ID, domínios de atuação, entidades de formação
e experiência profissional.

220 Iniciativa desenvolvida no âmbito do SIAC – Iniciativa de Transferência do Conhecimento, cofinanciado pelo Compete2020, através do Portugal 2020 e do FEDER
221 Mais informação em: www.cotecportugal.pt/pt/events/cotec-summit/

66
Portal do Financiamento
Lançado em 2019 pelo IAPMEI, o Portal do Financiamento soluções, tendo em conta o perfil do investidor e as
(https://financiamento.iapmei.pt), permite às características do negócio, bem como identificar os
empresas encontrar, agregadas num local único, agentes responsáveis pela sua operacionalização.
diversas soluções de financiamento com apoio público,
direcionado em particular às PME, nas diversas fases O Portal do Financiamento, alojado no site do IAPMEI,
da sua atividade e investimento. disponibiliza informação sobre um variado leque
de soluções, como a Garantia Mútua, Seguros de
A informação encontra-se estruturada em função das Crédito, Capital de Risco, Business Angels, Fundos de
necessidades das empresas, das suas estratégias de CoInvestimento, Fundos de Investimento Imobiliário,
investimento (crescimento, expansão, exportação, abrangendo ainda os incentivos fiscais ao investimento
capitalização, etc.), da dimensão empresarial ou e a capitalização das empresas.
do setor de atividade. O objetivo é apresentar as

Portal Study & Research in Portugal


Lançado em 2018, este Portal tem como objetivo a promovido pela área governativa da ciência, tecnologia e
valorização e internacionalização do ensino superior, ensino superior, em articulação com a Direção-Geral do
da ciência e da tecnologia, dedicado a estudantes e Ensino Superior, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia,
investigadores, empresas e instituições de ciência e Secretaria de Estado do Turismo e o Turismo de Portugal.222
tecnologia estrangeiros. O Study & Research in Portugal é

WebSummit
A WebSummit é o maior evento europeu de tecnologias confluem CEOs e fundadores de start-ups tecnológicas,
e economia digital, e um dos maiores do mundo, que investidores e pessoas da indústria mundial de tecnologia.
se realiza anualmente em Lisboa. Anualmente, cerca de Está previsto que a Websummit se realize em Lisboa até
80.000 pessoas estão presentes no evento, desde start- 2028, após 3 edições realizadas com crescente adesão de
ups e spinoffs tecnológicas, empreendedores, PME até às participantes de todo o mundo.
empresas da Fortune 500. A Websummit é o espaço onde

Outras iniciativas de promoção da inovação e


do conhecimento
Prémios de Inovação sobre a Economia Portuguesa – Prémio Nacional de Jornalismo de Inovação (PNJI) –
Lançado em 2017 pela ANI e pelo Gabinete de Estratégia Lançado em 2018, tem como objetivo valorizar e difundir
e Estudos do Ministério da Economia e Transição Digital trabalhos jornalísticos com foco na inovação “Made in
(GEE), este Prémio pretende dar visibilidade à investigação Portugal”. Este prémio conta já com três edições e pretende
de base académica realizada em Portugal, sobre inovação reconhecer peças jornalísticas centradas na inovação
e política de inovação, bem como apoiar os trabalhos que promovida por empresas ou por outros atores do sistema
contribuem para divulgar as inovações com origem nas nacional de inovação, em áreas de políticas de inovação
empresas e nas entidades de I&D nacionais. Desta forma, e atividades de I&D, atividades de inovação, novos
pretende-se premiar os artigos científicos que contribuam produtos processos e serviços, mudança organizacional,
para a identificação de problemas e para a implementação transferência de tecnologia e valorização do conhecimento
de soluções de política económica em Portugal nas áreas de base científica e tecnológica.
de Inovação Baseada no Conhecimento, nomeadamente
a Valorização e Transferência de Tecnologia, a Inovação
Colaborativa e o Empreendedorismo de base tecnológica.
222 Mais informação em: www.study-research.pt/

www.ani.pt 67
Indicadores de
Inovação
Tabela 12. Indicadores de Inovação em Portugal e na União Europeia no período 2010-2019
Anos
Áreas Indicador Geografia
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Taxa de abandono precoce de PT 28,3% 23,0% 20,5% 18,9% 17,4% 13,7% 14,0% 12,6% 11,8% 10,6%
educação e formação (18-24
anos) UE28 13,9% 13,4% 12,7% 11,9% 11,2% 11,0% 10,7% 10,5% 10,5% 10,3%

População com o ensino PT 59,1% 64,6% 67,8% 70,1% 72,1% 77,0% 77,5% 78,5% 80,8% 82,9%
secundário (em % do grupo
etário 20-24 anos) UE28 79,3% 79,7% 80,3% 81,1% 82,2% 82,7% 83,2% 83,3% 83,6% 83,9%
Recursos Humanos

Percentagem da população PT 24,0% 26,7% 27,8% 30,0% 31,3% 31,9% 34,6% 33,5% 33,5% 36,2%
(30-34 anos) que terminou o
ensino superior ou equivalente UE28 33,8% 34,8% 36,0% 37,1% 38,0% 38,7% 39,2% 39,9% 40,7% 41,6%

Novos doutorados por 1000 ha- PT 1,9 1,9 1,9 1,9 2,0 1,9 2,0 1,8 2,0
bitantes (entre os 25-34 anos) UE28 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 2,0 2,1 2,1 2,1

Formação ao longo da vida PT 5,7% 11,5% 10,5% 9,7% 9,6% 9,7% 9,6% 9,8% 10,3% 10,5%
(por 100 habitantes do grupo
etário 25-64 anos) UE28 9,3% 9,1% 9,2% 10,7% 10,8% 10,8% 10,8% 10,9% 11,1% 11,3%

Empresas com formação em PT 23,0% 26,0% 22,0% 23,0% 21,0% 19,0% 28,0%
TIC (% total empresas)
UE28 19,0% 21,0% 22,0% 22,0% 21,0% 23,0% 24,0%

PT 489 501 492


PISA - performance em Ciência
OCDE 501 493 489

Nº estudantes de Douto-
Excelência e Atratividade

PT 13,2% 14,8% 16,8% 15,1% 15,8% 21,2% 25,6% 27,3%


ramento provenientes do
estrangeiro, em % do total de
do Sistema de I&D

alunos de Doutoramento UE28 19,2% 19,5% 19,9% 19,2% 19,5% 20,5% 21,1% 21,4%

Co-publicações científicas PT 469,1 553,1 841,2 931,1 994,2 1.061,2 1.139,5 1.187,7 1.284,9 1.408,1
Internacionais por milhão de
habitantes UE28 335,9 363,0 810,3 863,3 918,6 959,1 1.012,5 1.051,5 1.105,5 1.171,8

PT 9,1 9,9 10,0 9,1 9,0 9,0 9,5 10,0 10,3


Investigadores (ETI) por mil
empregados
UE28 7,6 7,7 8,0 8,2 8,3 8,6 8,7 9,0 9,3

Despesa pública em I&D PT 0,68% 0,64% 0,57% 0,68% 0,67% 0,65% 0,64% 0,64% 0,65%
(Estado, Ensino Superior, em
% do PIB) UE28 0,72% 0,71% 0,72% 0,72% 0,71% 0,71% 0,69% 0,69% 0,69%
Financiamento à I&D e Inovação

Despesa das empresas em I&D PT 0,70% 0,69% 0,68% 0,63% 0,60% 0,58% 0,62% 0,67% 0,69%
(em % do PIB)
UE28 1,19% 1,24% 1,27% 1,28% 1,30% 1,31% 1,33% 1,37% 1,41%

Despesa em I&D - Instituições PT 0,15% 0,13% 0,12% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02%
Privadas Sem Fins Lucrativos
(em % do PIB) UE28 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02%

Despesa total em I&D (em % PT 1,53% 1,46% 1,38% 1,33% 1,29% 1,24% 1,28% 1,33% 1,37%
do PIB) UE28 1,92% 1,97% 2,00% 2,02% 2,03% 2,04% 2,04% 2,07% 2,11%

Despesa em inovação não PT 0,53% 0,60% 0,64% 1,02%


tecnológica (em % do volume
de negócios) UE28 0,57% 0,69% 0,76% 0,86%

Capital de Risco (incl. early PT 0,06% 0,08% 0,06% 0,08% 0,08% 0,09% 0,07% 0,05% 0,09% 0,10%
stage and expansion and
replacement capital) (em %
do PIB) UE28 0,10% 0,08% 0,10% 0,09% 0,09% 0,09% 0,10% 0,11% 0,12% 0,13%

PME que inovam interna- PT 34,1% 33,8% 25,6% 56,8%


Redes colaborativas

mente, em % do total de PME UE28 31,6% 28,7% 28,8%

PME Inovadoras que colabo- PT 8,1% 6,8% 7,8% 9,7%


ram com outras empresas, em
% do total PME UE28 8,9% 10,3% 11,2% 11,8%

Co-publicações público-privadas, PT 34,3 36,0 38,9 40,5 42,1 42,1 43,4 44,1
por milhão habitantes UE28 84,1 85,1 87,6 89,4 92,8 93,6 96,4 95,0

Colaboração entre Universi- PT 4,5 4,6 4,6 4,6 4,7 4,7 4,0 4,2
dades e Empresas em ativi-
dades de I&D (Índice) Espanha 4,0 4,1 4,1 4,0 3,8 3,8 3,5 3,5

68
Anos
Áreas Indicador Geografia
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Patentes PCT por mil milhões do PT 0,61 0,70 0,69 0,76 0,71 0,96 0,91 0,84
PIB (em PPC)
Propriedade

UE28 3,85 3,86 3,74 3,79 3,70 3,54 3,52 3,31


Intelectual

Marcas comunitárias por mil PT 5,01 5,23 5,65 5,97 6,58 6,83 7,12 8,11 8,72 8,51
milhões do PIB (em PPC) UE28 6,79 6,97 7,48 7,64 7,72 7,71 7,90 8,05 8,06 7,99

Designs comunitárias por mil PT 4,64 4,13 5,02 5,00 4,53 4,47 4,43 4,05 3,79 3,57
milhões do PIB (em PPC) UE28 4,60 4,52 4,56 4,59 4,55 4,36 4,33 4,41 4,15 3,85

Empresas com atividades de PT 60,3% 54,6% 54,0% 66,9%


inovação (%)
Empresas Inovadoras

UE28 52,9% 48,9% 49,1% 50,6%

PME que introduzem inovações PT 44,2% 38,3% 42,1% 57,9%


de processo ou produto, em %
total das PME UE28 33,5% 30,6% 30,9% 38,4%

PME que introduzem inovações de PT 47,4% 42,8% 37,8% 47,4%


marketing ou organizacional, em
% das PME UE28 39,8% 36,2% 34,9% 35,7%

Emprego em empresas de PT 3,1% 3,1% 3,1% 3,3% 3,7% 5,0% 4,9% 5,5%
elevado potencial de crescimento,
de setores inovadores (em % do
total de emprego) UE28 5,1% 5,1% 5,1% 5,2% 4,8% 4,8% 5,2% 5,4%

Emprego nas atividades de PT 8,6% 9,1% 9,0% 9,4% 10,3% 10,7% 10,9% 10,6% 10,9% 11,1%
conhecimento intensivo (em %
do total do emprego) UE28 13,5% 13,7% 13,8% 13,9% 13,9% 14,1% 14,2% 14,2% 14,4% 14,6%
Impactos Económicos

Emprego nos setores intensivos em PT 2,3% 2,1% 2,2% 2,5% 2,8% 2,7% 2,8% 2,9% 3,0% 3,2%
tecnologia (indústria e serviços), em
% do total do emprego UE28 3,8% 3,9% 3,9% 3,9% 3,9% 4,0% 4,0% 4,0% 4,1% 4,2%

Exportações de produtos de média PT 36,5% 36,8% 36,5% 35,2% 35,9% 36,8% 37,9% 38,5% 40,1% 42,3%
e alta tecnologia (em % do total de
produtos exportados) UE28 54,6% 53,5% 53,5% 53,1% 54,3% 56,2% 57,1% 56,7% 56,4% 56,9%

Exportações nos setores KIS (serviços PT 41,0% 43,4% 42,4% 43,7% 43,4% 41,9% 39,6% 37,6% 37,4%
de conhecimento intensivo) (% do
total das exportações de serviços) UE28 66,8% 67,0% 67,6% 67,4% 68,3% 68,9% 68,9% 68,7% 68,4%

Vendas de inovações novas para PT 14,4% 12,4% 6,3% 9,8%


a empresa e para o mercado
(em % volume de vendas) UE28 13,4% 12,3% 13,4% 13,0%

Créditos da BPT (em milhares de


euros, Preços Constantes, PIB - PT 1.022.914 1.179.179 1.311.185 1.420.774 1.541.408 1.682.068 1.732.820 2.001.421 2.134.103 2.227.971
Base 2016)
Balança de Pagamentos

Créditos da BPT (em % do PIB -


PT 0,51% 0,59% 0,68% 0,76% 0,83% 0,90% 0,93% 1,05% 1,11% 1,15%
Preços Constantes - Base 2016)
Tecnológica (BPT)

Débitos da BPT (em milhares de


euros, Preços Constantes, PIB - PT 1.169.812 1.269.960 1.075.223 1.146.194 1.499.547 1.561.209 1.693.500 1.826.160 2.071.110 2.120.065
Base 2016)
Débitos da BPT (em % do PIB -
PT 0,58% 0,64% 0,56% 0,62% 0,80% 0,84% 0,91% 0,96% 1,08% 1,10%
Preços Constantes - Base 2016)
Saldo da Balança de Pagamentos
Tecnológica (em milhares de euros, PT -146.898 -90.802 235.962 274.580 41.892 120.829 39.310 175.270 62.993 107.877
Preços Constantes, PIB - Base 2016)
Saldo da Balança de Pagamentos
Tecnológica (em % do PIB - Preços PT -0,07% -0,05% 0,12% 0,15% 0,02% 0,06% 0,02% 0,09% 0,03% 0,06%
Constantes - Base 2016)
Utilização de banda larga móvel PT 25,0% 39,0% 48,0% 54,0% 66,0% 68,0% 70,0% 70,0% 67,0% 67,0%
nas empresas com 10 ou mais
pessoas ao serviço (em % do
total de empresas) UE28 27,0% 47,0% 49,0% 56,0% 64,0% 65,0% 67,0% 69,0%

Empresas com 10 ou mais pessoas PT 52,1% 53,7% 51,8% 59,5% 54,3% 61,5% 64,2% 64,8% 62,7% 58,6%
ao serviço com presença (site) na
Sociedade da Informação

Internet (em % do total de empresas) UE28 67,0% 69,0% 71,0% 73,0% 74,0% 75,0% 77,0% 77,0% 77,0% 78,0%

Comércio eletrónico - empresas PT 19,0% 16,0% 14,0% 14,0% 14,0% 19,0% 18,0% 19,0% 19,0% 17,0%
com 10 ou mais pessoas ao serviço
que vendem online (em % do total de
empresas) UE28 13,0% 13,0% 14,0% 14,0% 15,0% 17,0% 18,0% 18,0% 17,0% 18,0%

Agregados domésticos privados PT 50,3% 56,6% 59,7% 61,6% 63,4% 68,5% 73,0% 76,4% 76,9% 78,0%
com ligação à Internet através de
banda larga (%) UE28 61,0% 67,0% 72,0% 76,0% 78,0% 80,0% 83,0% 85,0% 86,0% 89,0%

População (16-74 anos) que utiliza PT 14,6% 18,1% 22,3% 24,5% 26,3% 31,0% 31,0% 34,1% 36,7% 38,7%
a Internet para compra de bens e
serviços, nos últimos 12 meses (%) UE28 40,0% 42,0% 44,0% 47,0% 50,0% 53,0% 55,0% 57,0% 60,0% 63,0%

População (16-74 anos) que uti-


liza a Internet para interagir com PT 49,0% 63,2% 61,0% 58,4% 61,8% 61,8% 62,5% 61,3% 55,2% 53,8%
serviços públicos, nos últimos 12
meses, entre os que utilizaram
UE28 58,0% 56,0% 58,0% 54,0% 59,0% 57,0% 58,0% 57,0% 60,0% 62,0%
internet no último ano (%)

www.ani.pt 69
6 Anexos
Anexo 1. Intensidade das Atividades Económicas por região NUTS II - Indicador Empresas

17: Área 2: Região 3: Região


11: Norte 16: Centro Metropolitana 18: Alentejo 15: Algarve Autónoma Autónoma
de Lisboa dos Açores da Madeira
Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%)
Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos.
2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014-
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
TOT: Total 11% 8% 17% 10% 27% 12% 18%
A: Agricultura, produção animal, caça,
floresta e pesca 2 1% 3 -1% 14 10% 1 12% 4 8% 1 1% 1 7%

B: Indústrias extrativas 17 -7% 16 -9% 17 -3% 16 -5% 17 -5% 16 -22% 17 -21%


C: Indústrias transformadoras 6 4% 8 2% 11 1% 8 4% 12 10% 10 11% 13 2%
10: Indústrias alimentares 3 3% 2 -4% 2 5% 1 3% 1 12% 1 5% 1 9%
11: Indústria das bebidas 12 18% 8 7% 12 40% 6 42% 7 42% 9 29% 9 -9%
12: Indústria do tabaco 24 0% 24 0% 24 0% 24 0% 24 0% 22 0% 20 0%
13: Fabricação de têxteis 7 3% 10 7% 10 3% 11 18% 9 2% 4 22% 8 14%
14: Indústria do vestuário 1 3% 7 0% 6 4% 10 37% 8 1% 8 45% 5 16%
15: Indústria do couro e dos produtos do couro 5 2% 15 -3% 21 20% 15 0% 21 -80% 21 0% 21 -75%
16: Indústrias da madeira e da cortiça e suas
obras, exceto mobiliário; Fabricação de obras 6 -2% 4 -9% 9 -5% 3 -5% 4 -3% 2 1% 3 5%
de cestaria e de espartaria
17: Fabricação de pasta, de papel, de cartão e
seus artigos 16 0% 18 -4% 17 -10% 18 -25% 17 33% 13 300% 16 200%

18: Impressão e reprodução de suportes


gravados 11 1% 11 -2% 5 -12% 8 -2% 10 7% 10 11% 11 -15%

19: Fabricação de coque, produtos


petrolíferos refinados e de aglomerados de 23 67% 23 100% 23 17% 23 -33% 23 0% 24 0% 24 -100%
combustíveis
20: Fabricação de produtos químicos e
de fibras sintéticas ou artificiais, exceto 17 3% 14 3% 13 12% 12 21% 13 100% 15 300% 15 -20%
produtos farmacêuticos
21: Fabricação de produtos farmacêuticos de
base e de preparações farmacêuticas 22 38% 22 -6% 18 4% 21 175% 22 0% 23 0% 22 0%

22: Fabricação de artigos de borracha e de


matérias plásticas 14 3% 13 3% 14 -4% 16 45% 16 -33% 17 0% 12 25%

23: Fabricação de outros produtos minerais


não metálicos 10 -1% 3 -5% 7 -2% 4 -4% 5 -1% 7 -5% 7 -23%

24: Indústrias metalúrgicas de base 19 0% 19 -9% 22 -6% 19 0% 20 -60% 20 -50% 17 50%


25: Fabricação de produtos metálicos, exceto
máquinas e equipamentos 2 6% 1 3% 1 -2% 2 -4% 2 9% 3 3% 2 -2%

26: Fabricação de equipamentos informáticos,


equipamento para comunicações e produtos 20 0% 21 10% 19 -19% 22 -45% 19 33% 19 100% 19 0%
eletrónicos e óticos
27: Fabricação de equipamento elétrico 18 -1% 17 -1% 15 -14% 17 -8% 18 0% 18 -33% 18 -33%
28: Fabricação de máquinas e de
equipamentos, n.e. 13 0% 12 7% 11 -11% 13 -13% 12 -30% 16 -70% 13 33%

29: Fabricação de veículos automóveis,


reboques, semi-reboques e componentes 15 5% 16 12% 16 -11% 14 10% 15 -29% 14 -14% 14 0%
para veículos automóveis
30: Fabricação de outro equipamento de
transporte 21 26% 20 16% 20 23% 20 50% 14 -21% 12 -29% 23 -100%

31: Fabrico de mobiliário e de colchões 4 0% 6 -1% 8 -7% 9 -10% 11 2% 11 20% 10 -15%


32: Outras indústrias transformadoras 8 11% 9 10% 4 16% 7 19% 6 22% 5 33% 6 41%
33: Reparação, manutenção e instalação de
máquinas e equipamentos 9 21% 5 34% 3 13% 5 20% 3 32% 6 34% 4 -9%

D: Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria


15 317% 15 610% 15 161% 15 621% 15 852% 17 50% 15 483%
e ar frio
E: Captação, tratamento e distribuição de
água; saneamento, gestão de resíduos e 16 1% 17 1% 16 4% 17 0% 16 7% 15 17% 16 -5%
despoluição
F: Construção 8 11% 5 3% 8 14% 7 4% 5 24% 6 8% 7 2%
G: Comércio por grosso e a retalho; reparação
de veículos automóveis e motociclos 1 0% 1 -4% 2 -3% 2 -2% 2 -2% 3 -1% 4 2%

H: Transportes e armazenagem 13 12% 13 1% 13 39% 13 4% 13 22% 12 4% 11 -3%


I: Alojamento, restauração e similares 7 22% 6 16% 4 50% 4 14% 1 76% 4 65% 3 63%
J: Atividades de informação e de comunicação 14 32% 14 28% 12 27% 14 30% 14 26% 14 23% 14 37%
L: Atividades imobiliárias 11 45% 11 39% 6 70% 12 42% 9 47% 13 42% 10 43%
M: Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares 4 15% 4 12% 3 11% 5 12% 6 19% 5 16% 5 23%
N: Atividades administrativas e dos serviços
de apoio 3 22% 2 22% 1 26% 3 22% 3 41% 2 27% 2 32%

P: Educação 9 4% 9 4% 9 7% 10 -1% 10 12% 9 1% 12 -12%


Q: Atividades de saúde humana e apoio social 5 22% 7 20% 5 11% 6 22% 8 14% 7 14% 6 19%
R: Atividades artísticas, de espetáculos,
desportivas e recreativas 12 34% 12 25% 10 24% 11 24% 11 35% 11 26% 9 20%

S: Outras atividades de serviços 10 19% 10 13% 7 11% 9 10% 7 29% 8 7% 8 13%

70
Anexo 2. Intensidade das Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Volume de Negócios

17: Área 2: Região 3: Região


11: Norte 16: Centro Metropolitana 18: Alentejo 15: Algarve Autónoma Autónoma da
de Lisboa dos Açores Madeira
Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var(%)
Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos.
2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014-
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2014
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
TOT: Total 24% 26% 20% 22% 49% 18% 26%
A: Agricultura, produção animal, caça,
floresta e pesca 12 17% 5 25% 15 24% 3 34% 7 39% 4 9% 12 36% 12

B: Indústrias extrativas 17 11% 15 21% 17 26% 6 20% 17 32% 17 5% 17 93% 17


C: Indústrias transformadoras 2 20% 2 25% 2 11% 2 20% 6 35% 2 10% 5 11% 5
10: Indústrias alimentares 5 3% 1 17% 3 16% 1 27% n/d n/d n/d …
11: Indústria das bebidas 10 5% 15 24% 8 -1% 3 45% n/d n/d n/d …
12: Indústria do tabaco 22 0% n/d n/d 20 0% 0% n/d n/d …
13: Fabricação de têxteis 4 18% 11 28% n/d 18 n/d 3 55% n/d n/d …
14: Indústria do vestuário 1 17% 18 12% 21 -33% n/d 1 188% n/d n/d …
15: Indústria do couro e dos produtos
do couro 7 0% 17 -3% 22 n/d 17 39% n/d n/d n/d …

16: Indústrias da madeira e da cortiça e


suas obras, exceto mobiliário; Fabricação 8 31% 9 3% 18 6% 5 30% n/d n/d n/d …
de obras de cestaria e de espartaria
17: Fabricação de pasta, de papel, de
cartão e seus artigos 17 28% 3 37% 4 18% n/d 4 n/d n/d n/d …

18: Impressão e reprodução de


suportes gravados 20 3% 22 n/d 14 -2% 14 17% n/d n/d n/d …

19: Fabricação de coque, produtos


petrolíferos refinados e de aglomera- n/d n/d 1 n/d n/d 0% 0% n/d …
dos de combustíveis
20: Fabricação de produtos químicos e
de fibras sintéticas ou artificiais, exceto 16 36% 6 3% 5 0% 2 -3% n/d n/d n/d …
produtos farmacêuticos
21: Fabricação de produtos farmacêu-
ticos de base e de preparações n/d 21 17% 10 14% 19 -67% n/d 0% n/d
farmacêuticas
22: Fabricação de artigos de borracha
e de matérias plásticas 6 21% 7 31% 17 1% 4 61% n/d n/d n/d …

23: Fabricação de outros produtos


minerais não metálicos 14 22% 4 32% 9 -1% 7 13% n/d n/d n/d …

24: Indústrias metalúrgicas de base 12 18% 14 47% 6 17% 11 54% n/d n/d n/d …
25: Fabricação de produtos metálicos,
exceto máquinas e equipamentos 2 30% 2 32% 12 2% 9 -2% n/d n/d n/d …

26: Fabricação de equipamentos


informáticos, equipamento para comu- 9 58% 19 23% 13 55% n/d 2 18% n/d n/d …
nicações e produtos eletrónicos e óticos
27: Fabricação de equipamento elétrico 15 -3% 10 19% 11 -20% 6 23% n/d n/d n/d …
28: Fabricação de máquinas e de equi-
pamentos, n.e. 11 8% 8 29% 15 4% 15 11% n/d n/d n/d …

29: Fabricação de veículos automóveis,


reboques, semi-reboques e compo- 3 51% 5 35% 2 78% 8 18% n/d n/d n/d …
nentes para veículos automóveis
30: Fabricação de outro equipamento de
transporte 18 n/d 20 90% 20 118% 10 130% n/d n/d n/d …

31: Fabrico de mobiliário e de colchões 13 27% 12 39% 19 49% 12 0% n/d n/d n/d …
32: Outras indústrias transformadoras 19 -22% 16 60% 16 18% 16 -10% n/d n/d n/d …
33: Reparação, manutenção e insta-
lação de máquinas e equipamentos 21 -20% 13 42% 7 32% 13 46% n/d n/d n/d …

D: Eletricidade, gás, vapor, água quente


10 54% 10 5% 3 3% 15 -35% 16 78% 7 7% 7 -5% 6
e fria e ar frio
E: Captação, tratamento e distribuição
de água; saneamento, gestão de 13 17% 11 9% 13 17% 11 0% 12 31% 12 -4% 14 8% 14
resíduos e despoluição
F: Construção 3 18% 3 16% 8 12% 7 16% 3 81% 5 25% 3 -3% 2
G: Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis e 1 21% 1 21% 1 24% 1 13% 1 34% 1 15% 1 25% 1
motociclos
H: Transportes e armazenagem 4 13% 4 58% 4 18% 4 28% 10 39% 3 16% 4 16% 4
I: Alojamento, restauração e similares 5 67% 6 52% 9 61% 5 57% 2 68% 6 94% 2 54% 3
J: Atividades de informação e de
comunicação 11 64% 13 50% 5 6% 14 40% 15 4% 13 1% 10 36% 9

L: Atividades imobiliárias 9 99% 12 80% 10 120% 12 95% 5 110% 11 64% 9 104% 11


M: Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares 6 41% 7 30% 7 24% 9 57% 8 65% 9 35% 8 78% 8
N: Atividades administrativas e dos
serviços de apoio 7 53% 9 51% 6 36% 8 34% 4 36% 8 59% 6 49% 7

P: Educação 16 25% 17 1% 14 22% 17 13% 14 37% 16 27% 16 -11% 16


Q: Atividades de saúde humana e
apoio social 8 29% 8 34% 11 19% 10 37% 9 47% 10 32% 11 36% 10

R: Atividades artísticas, de espetáculos,


desportivas e recreativas 14 63% 16 74% 12 56% 16 42% 11 67% 14 120% 13 33% 13

S: Outras atividades de serviços 15 21% 14 22% 16 24% 13 85% 13 50% 15 29% 15 17% 15

www.ani.pt 71
Anexo 3. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Volume de Negócios

17: Área 2: Região 3: Região


11: Norte 16: Centro Metropolitana 18: Alentejo 15: Algarve Autónoma Autónoma
de Lisboa dos Açores da Madeira
Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%)
Pos. Pos. Pos. Pos. Var (%) Pos. Pos. Pos.
2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014-
2018 2018 2018 2018 2014-2018 2018 2018 2018
2018 2018 2018 2018 2018 2018
TOT: Total 76% 70% 48% 56% 86% 56% 205%
A: Agricultura, produção animal, caça,
floresta e pesca 11 22% 3 49% 13 124% 1 80% 4 42% 5 34% 12 22%

B: Indústrias extrativas 16 3% 15 132% 17 -249% 3 128% 17 53% 17 -69% 16 -156%


C: Indústrias transformadoras 1 67% 1 116% 5 86% 2 121% 9 146% 4 66% 9 -16%
10: Indústrias alimentares 5 16% 4 42% 3 25% 1 104% n/d n/d n/d
11: Indústria das bebidas 9 7% 14 10% 7 261% 4 205% n/d n/d n/d
12: Indústria do tabaco 22 0% n/d n/d 20 0% 0% n/d n/d
13: Fabricação de têxteis 3 65% 15 23% n/d 19 n/d 2 2024% n/d n/d
14: Indústria do vestuário 7 56% 22 -21% 22 -162% n/d 3 -99% n/d n/d
15: Indústria do couro e dos produtos
do couro 12 -12% 19 108% 21 n/d 18 192% n/d n/d n/d

16: Indústrias da madeira e da cortiça e


suas obras, exceto mobiliário; Fabricação 10 59% 6 141% 18 186% 8 113% n/d n/d n/d
de obras de cestaria e de espartaria
17: Fabricação de pasta, de papel, de
cartão e seus artigos 13 -4% 2 252% 4 1047% n/d 4 n/d n/d n/d

18: Impressão e reprodução de


suportes gravados 15 155% 16 n/d 11 180% 14 24% n/d n/d n/d

19: Fabricação de coque, produtos


petrolíferos refinados e de aglomera- n/d n/d 14 n/d n/d 0% 0% n/d
dos de combustíveis
20: Fabricação de produtos químicos e
de fibras sintéticas ou artificiais, exceto 14 90% 9 487% 8 -4% 2 1844% n/d n/d n/d
produtos farmacêuticos
21: Fabricação de produtos farmacêu-
ticos de base e de preparações n/d 13 267% 2 230% 12 9734% n/d 0% n/d
farmacêuticas
22: Fabricação de artigos de borracha
e de matérias plásticas 2 79% 7 43% 16 30% 7 -19% n/d n/d n/d

23: Fabricação de outros produtos


minerais não metálicos 16 82% 3 319% 6 74% 6 -1% n/d n/d n/d

24: Indústrias metalúrgicas de base 17 36% 10 182% 13 145% 16 -24% n/d n/d n/d
25: Fabricação de produtos metálicos,
exceto máquinas e equipamentos 1 105% 1 57% 9 193% 10 55% n/d n/d n/d

26: Fabricação de equipamentos


informáticos, equipamento para comu- 6 1333% 21 3% 12 9% n/d 1 155% n/d n/d
nicações e produtos eletrónicos e óticos
27: Fabricação de equipamento elétrico 20 -14% 11 119% 15 338% 3 372% n/d n/d n/d
28: Fabricação de máquinas e de equi-
pamentos, n.e. 11 48% 8 114% 5 478% 11 319% n/d n/d n/d

29: Fabricação de veículos automóveis,


reboques, semi-reboques e compo- 4 95% 5 302% 1 132% 9 24% n/d n/d n/d
nentes para veículos automóveis
30: Fabricação de outro equipamento de
transporte 21 n/d 17 304% 19 598% 5 -40% n/d n/d n/d

31: Fabrico de mobiliário e de colchões 8 109% 12 108% 20 57% 15 -59% n/d n/d n/d
32: Outras indústrias transformadoras 18 32% 18 -7% 17 0% 17 36% n/d n/d n/d
33: Reparação, manutenção e insta-
lação de máquinas e equipamentos 19 47% 20 82% 10 21% 13 85% n/d n/d n/d

D: Eletricidade, gás, vapor, água quente


4 102% 11 -30% 6 -10% 14 21% 16 -3635% 3 54% 2 286%
e fria e ar frio
E: Captação, tratamento e distribuição
de água; saneamento, gestão de 14 9% 8 23% 14 -57% 6 -31% 6 196% 9 -52% 17 -108%
resíduos e despoluição
F: Construção 5 75% 7 1% 11 279% 13 22% 7 82% 7 58% 7 86%
G: Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis e 2 61% 2 39% 3 41% 4 38% 2 138% 1 25% 3 -20%
motociclos
H: Transportes e armazenagem 10 32% 4 34% 8 60% 5 -59% 8 124% 6 117% 6 -567%
I: Alojamento, restauração e similares 6 99% 5 73% 7 182% 7 7% 1 203% 2 540% 1 463%
J: Atividades de informação e de
comunicação 8 198% 14 33% 4 -25% 16 -7% 14 -18% 15 -86% 10 205%

L: Atividades imobiliárias 3 143% 6 276% 1 130% 9 536% 3 50% 12 581% 5 137%


M: Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares 7 131% 12 -16% 9 64% 11 84% 11 -37% 11 -9% 8 684%
N: Atividades administrativas e dos
serviços de apoio 9 125% 10 112% 2 202% 10 57% 5 26% 8 -16% 11 63%

P: Educação 17 -14% 17 -8% 15 25% 17 103% 15 115% 16 -76% 15 85%


Q: Atividades de saúde humana e
apoio social 12 78% 9 58% 10 74% 12 81% 10 97% 10 28% 4 721%

R: Atividades artísticas, de espetáculos,


desportivas e recreativas 13 130% 13 534% 12 105% 15 88% 12 -31% 13 178% 14 -44%

S: Outras atividades de serviços 15 -47% 16 -30% 16 -38% 8 56% 13 54% 14 -25% 13 111%

72
Anexo 4. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II - Indicador Produção

17: Área 2: Região 3: Região


11: Norte 16: Centro Metropolitana 18: Alentejo 15: Algarve Autónoma Autónoma
de Lisboa dos Açores da Madeira
Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%)
Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos.
2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014-
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
TOT: Total 26% 30% 18% 26% 58% 21% 30%
A: Agricultura, produção animal, caça,
floresta e pesca 12 18% 5 25% 15 24% 2 33% 6 42% 4 7% 12 59%

B: Indústrias extrativas 17 12% 14 21% 17 25% 5 15% 16 30% 17 -27% 17 61%


C: Indústrias transformadoras 1 21% 1 27% 1 11% 1 24% 8 35% 1 4% 6 18%
10: Indústrias alimentares 5 6% 1 16% 3 2% 1 29% n/d n/d n/d
11: Indústria das bebidas 12 3% 15 32% 8 -6% 3 48% n/d n/d n/d
12: Indústria do tabaco 22 0% n/d n/d 20 0% 0% n/d n/d
13: Fabricação de têxteis 4 19% 11 26% n/d 18 n/d 3 54% n/d n/d
14: Indústria do vestuário 1 18% 18 12% 21 -39% n/d 1 198% n/d n/d
15: Indústria do couro e dos produtos
do couro 7 0% 17 -3% 22 n/d 17 34% n/d n/d n/d

16: Indústrias da madeira e da cortiça e


suas obras, exceto mobiliário; Fabricação 8 33% 9 10% 18 9% 5 31% n/d n/d n/d
de obras de cestaria e de espartaria
17: Fabricação de pasta, de papel, de
cartão e seus artigos 15 27% 3 40% 4 18% n/d 4 n/d n/d n/d

18: Impressão e reprodução de


suportes gravados 20 1% 22 n/d 14 -2% 14 18% n/d n/d n/d

19: Fabricação de coque, produtos


petrolíferos refinados e de aglomera- n/d n/d 1 n/d n/d 0% 0% n/d
dos de combustíveis
20: Fabricação de produtos químicos e
de fibras sintéticas ou artificiais, exceto 17 36% 6 7% 6 -1% 2 3% n/d n/d n/d
produtos farmacêuticos
21: Fabricação de produtos farmacêu-
ticos de base e de preparações n/d 20 25% 9 21% 19 -49% n/d n/d n/d
farmacêuticas
22: Fabricação de artigos de borracha
e de matérias plásticas 6 23% 7 34% 16 -3% 4 66% n/d n/d n/d

23: Fabricação de outros produtos


minerais não metálicos 14 33% 4 30% 10 -9% 7 11% n/d n/d n/d

24: Indústrias metalúrgicas de base 11 23% 14 46% 5 26% 11 50% n/d n/d n/d
25: Fabricação de produtos metálicos,
exceto máquinas e equipamentos 3 30% 2 33% 11 0% 9 1% n/d n/d n/d

26: Fabricação de equipamentos


informáticos, equipamento para comu- 9 89% 19 21% 13 53% n/d 2 16% n/d n/d
nicações e produtos eletrónicos e óticos
27: Fabricação de equipamento elétrico 16 1% 10 24% 12 -18% 6 24% n/d n/d n/d
28: Fabricação de máquinas e de equi-
pamentos, n.e. 10 -4% 8 28% 15 8% 15 23% n/d n/d n/d

29: Fabricação de veículos automóveis,


reboques, semi-reboques e compo- 2 51% 5 36% 2 78% 8 23% n/d n/d n/d
nentes para veículos automóveis
30: Fabricação de outro equipamento de
transporte 18 n/d 21 96% 20 129% 10 112% n/d n/d n/d

31: Fabrico de mobiliário e de colchões 13 29% 12 38% 19 48% 12 -1% n/d n/d n/d
32: Outras indústrias transformadoras 19 -23% 16 60% 17 14% 16 -5% n/d n/d n/d
33: Reparação, manutenção e insta-
lação de máquinas e equipamentos 21 -26% 13 40% 7 34% 13 66% n/d n/d n/d

D: Eletricidade, gás, vapor, água quente


11 24% 10 17% 5 -8% 15 -31% 17 20% 7 5% 7 -3%
e fria e ar frio
E: Captação, tratamento e distribuição
de água; saneamento, gestão de 13 28% 11 26% 13 16% 11 3% 12 21% 12 -12% 14 8%
resíduos e despoluição
F: Construção 3 17% 4 24% 8 13% 7 21% 2 105% 5 31% 3 0%
G: Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis e 2 23% 2 23% 2 23% 3 17% 3 39% 2 24% 2 40%
motociclos
H: Transportes e armazenagem 4 13% 3 57% 3 18% 4 28% 10 40% 3 18% 4 16%
I: Alojamento, restauração e similares 5 71% 6 49% 9 65% 6 54% 1 69% 6 94% 1 56%
J: Atividades de informação e de
comunicação 9 63% 12 53% 4 9% 12 36% 15 5% 13 6% 9 36%

L: Atividades imobiliárias 10 97% 13 108% 11 90% 14 89% 5 110% 11 90% 11 87%


M: Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares 6 40% 7 31% 6 22% 9 28% 9 58% 9 36% 8 84%
N: Atividades administrativas e dos
serviços de apoio 7 45% 9 48% 7 31% 8 41% 4 36% 8 71% 5 43%

P: Educação 15 24% 17 0% 14 22% 17 14% 14 38% 16 32% 16 -7%


Q: Atividades de saúde humana e
apoio social 8 29% 8 34% 10 17% 10 37% 7 47% 10 32% 10 36%

R: Atividades artísticas, de espetáculos,


desportivas e recreativas 14 67% 16 66% 12 61% 16 41% 11 67% 14 132% 13 25%

S: Outras atividades de serviços 16 21% 15 20% 16 19% 13 100% 13 45% 15 27% 15 18%

www.ani.pt 73
Anexo 5. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Valor Acrescentado
Bruto
17: Área 2: Região 3: Região
11: Norte 16: Centro Metropolitana 18: Alentejo 15: Algarve Autónoma Autónoma
de Lisboa dos Açores da Madeira
Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%)
Pos. Pos. Pos. Pos. Var (%) Pos. Pos. Pos.
2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014-
2018 2018 2018 2018 2014-2018 2018 2018 2018
2018 2018 2018 2018 2018 2018
TOT: Total 32% 36% 23% 31% 69% 35% 37%
A: Agricultura, produção animal, caça,
floresta e pesca 13 32% 9 57% 7 82% 2 18% 17 46% 15 29% 9 33%

B: Indústrias extrativas 17 24% 14 39% 13 25% 8 52% 10 50% 13 32% 5 85%


C: Indústrias transformadoras 1 26% 7 44% 1 27% 3 40% 9 43% 3 125% 8 38%
10: Indústrias alimentares 7 15% 3 26% 1 17% 1 19% n/d n/d
11: Indústria das bebidas 10 18% 17 36% 7 20% 2 35% n/d n/d
12: Indústria do tabaco 0% n/d n/d 0% 0% n/d
13: Fabricação de têxteis 3 28% 13 26% n/d 18 n/d 2 81% n/d
14: Indústria do vestuário 1 24% 14 9% 21 -45% n/d 3 141% n/d
15: Indústria do couro e dos produtos
do couro 5 5% 18 12% 22 n/d 17 0% n/d n/d

16: Indústrias da madeira e da cortiça e


suas obras, exceto mobiliário; Fabricação 9 29% 9 32% 20 9% 7 35% n/d n/d
de obras de cestaria e de espartaria
17: Fabricação de pasta, de papel, de
cartão e seus artigos 13 61% 4 100% 6 -2% n/d 4 n/d n/d

18: Impressão e reprodução de


suportes gravados 18 6% 22 n/d 10 3% 14 18% n/d n/d

19: Fabricação de coque, produtos


petrolíferos refinados e de aglomera- n/d n/d 2 n/d n/d 0% 0%
dos de combustíveis
20: Fabricação de produtos químicos e
de fibras sintéticas ou artificiais, exceto 16 20% 8 25% 9 -4% 4 24% n/d n/d
produtos farmacêuticos
21: Fabricação de produtos farmacêu-
ticos de base e de preparações n/d 19 17% 5 23% 19 -76% n/d 0% 0
farmacêuticas
22: Fabricação de artigos de borracha
e de matérias plásticas 4 24% 5 35% 17 -6% 3 64% n/d n/d

23: Fabricação de outros produtos


minerais não metálicos 12 25% 2 35% 11 -2% 6 9% n/d n/d

24: Indústrias metalúrgicas de base 14 47% 16 55% 13 99% 15 42% n/d n/d
25: Fabricação de produtos metálicos,
exceto máquinas e equipamentos 2 36% 1 35% 8 15% 8 4% n/d n/d

26: Fabricação de equipamentos


informáticos, equipamento para comu- 15 39% 20 18% 14 26% n/d 1 58% n/d
nicações e produtos eletrónicos e óticos
27: Fabricação de equipamento elétrico 17 -4% 10 57% 12 -23% 5 22% n/d n/d
28: Fabricação de máquinas e de equi-
pamentos, n.e. 8 9% 6 25% 15 -2% 13 16% n/d n/d

29: Fabricação de veículos automóveis,


reboques, semi-reboques e compo- 6 60% 7 41% 3 37% 9 10% n/d n/d
nentes para veículos automóveis
30: Fabricação de outro equipamento de
transporte 21 n/d 21 101% 19 119% 10 -622% n/d n/d

31: Fabrico de mobiliário e de colchões 11 38% 12 46% 18 60% 11 4% n/d n/d


32: Outras indústrias transformadoras 20 18% 15 62% 16 5% 16 20% n/d n/d
33: Reparação, manutenção e insta-
lação de máquinas e equipamentos 19 12% 11 37% 4 40% 12 45% n/d n/d

D: Eletricidade, gás, vapor, água quente


11 5% 13 119% 5 27% 11 7% 6 141% 5 41% 13 19%
e fria e ar frio
E: Captação, tratamento e distribuição
de água; saneamento, gestão de 12 19% 6 30% 9 16% 6 73% 3 101% 2 23% 17 29%
resíduos e despoluição
F: Construção 3 22% 1 38% 16 39% 16 36% 11 66% 12 79% 6 83%
G: Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis e 2 30% 16 20% 12 71% 9 30% 1 95% 4 19% 7 2%
motociclos
H: Transportes e armazenagem 8 19% 4 28% 8 -22% 4 26% 16 18% 14 363% 16 110%
I: Alojamento, restauração e similares 6 102% 3 39% 2 26% 5 12% 12 5% 8 40% 4 -4%
J: Atividades de informação e de
comunicação 9 75% 5 62% 14 7% 17 13% 14 55% 16 40% 12 26%

L: Atividades imobiliárias 10 65% 11 69% 11 111% 13 92% 4 56% 6 4% 3 6%


M: Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares 4 37% 10 1% 4 13% 15 -2% 7 45% 1 33% 14 50%
N: Atividades administrativas e dos
serviços de apoio 5 56% 12 12% 6 23% 7 34% 2 50% 17 18% 15 25%

P: Educação 15 29% 8 35% 3 25% 1 26% 8 66% 7 11% 2 48%


Q: Atividades de saúde humana e
apoio social 7 27% 2 29% 17 -17% 12 158% 5 61% 11 20% 11 48%

R: Atividades artísticas, de espetáculos,


desportivas e recreativas 14 78% 17 -10% 15 16% 10 42% 15 70% 10 29% 10 38%

S: Outras atividades de serviços 16 45% 15 61% 10 20% 14 92% 13 41% 9 58% 1 71%

74
Anexo 6. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Pessoal ao Serviço

17: Área 2: Região 3: Região


11: Norte 16: Centro Metropolitana 18: Alentejo 15: Algarve Autónoma Autónoma
de Lisboa dos Açores da Madeira
Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%)
Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos.
2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014-
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
TOT: Total 16% 15% 19% 15% 34% 17% 21%
A: Agricultura, produção animal, caça,
floresta e pesca 7 3% 6 3% 14 22% 1 18% 5 23% 2 -1% 5 11%

B: Indústrias extrativas 16 5% 16 -6% 17 0% 12 8% 17 15% 17 -41% 17 -7%


C: Indústrias transformadoras 1 13% 1 15% 5 11% 3 9% 9 13% 4 8% 7 7%
10: Indústrias alimentares 5 5% 2 10% 1 16% 1 10% n/d n/d n/d
11: Indústria das bebidas 14 12% 17 8% 9 5% 2 27% n/d n/d n/d
12: Indústria do tabaco 22 0% n/d n/d 20 0% 0% n/d n/d
13: Fabricação de têxteis 4 15% 11 19% n/d 15 n/d 1 11% n/d n/d
14: Indústria do vestuário 1 7% 5 -4% 19 -28% n/d 2 3% n/d n/d
15: Indústria do couro e dos produtos
do couro 2 2% 15 2% 22 n/d 17 -12% n/d n/d n/d

16: Indústrias da madeira e da cortiça e


suas obras, exceto mobiliário; Fabricação 8 9% 6 2% 18 1% 8 -8% n/d n/d n/d
de obras de cestaria e de espartaria
17: Fabricação de pasta, de papel, de
cartão e seus artigos 18 19% 14 28% 12 11% n/d 4 n/d n/d n/d

18: Impressão e reprodução de


suportes gravados 15 9% 20 n/d 5 -4% 14 4% n/d n/d n/d

19: Fabricação de coque, produtos


petrolíferos refinados e de aglomera- n/d n/d 17 n/d n/d 0% 0% n/d
dos de combustíveis
20: Fabricação de produtos químicos e
de fibras sintéticas ou artificiais, exceto 19 20% 16 10% 8 12% 5 15% n/d n/d n/d
produtos farmacêuticos
21: Fabricação de produtos farmacêu-
ticos de base e de preparações n/d 22 31% 6 27% 19 41% n/d 0% n/d
farmacêuticas
22: Fabricação de artigos de borracha
e de matérias plásticas 9 22% 4 21% 15 0% 6 44% n/d n/d n/d

23: Fabricação de outros produtos


minerais não metálicos 11 10% 3 14% 7 -7% 7 10% n/d n/d n/d

24: Indústrias metalúrgicas de base 20 10% 18 23% 21 -4% 18 12% n/d n/d n/d
25: Fabricação de produtos metálicos,
exceto máquinas e equipamentos 3 21% 1 17% 4 7% 3 -9% n/d n/d n/d

26: Fabricação de equipamentos


informáticos, equipamento para comu- 12 38% 19 22% 16 2% n/d 3 44% n/d n/d
nicações e produtos eletrónicos e óticos
27: Fabricação de equipamento elétrico 16 14% 10 19% 10 -25% 4 8% n/d n/d n/d
28: Fabricação de máquinas e de equi-
pamentos, n.e. 10 14% 8 22% 13 -5% 12 6% n/d n/d n/d

29: Fabricação de veículos automóveis,


reboques, semi-reboques e compo- 6 48% 9 18% 2 44% 9 11% n/d n/d n/d
nentes para veículos automóveis
30: Fabricação de outro equipamento de
transporte 21 n/d 21 55% 20 77% 16 97% n/d n/d n/d

31: Fabrico de mobiliário e de colchões 7 17% 7 23% 14 11% 10 1% n/d n/d n/d
32: Outras indústrias transformadoras 13 13% 13 43% 11 16% 13 -7% n/d n/d n/d
33: Reparação, manutenção e insta-
lação de máquinas e equipamentos 17 11% 12 18% 3 29% 11 18% n/d n/d n/d

D: Eletricidade, gás, vapor, água quente


17 123% 17 232% 16 30% 17 184% 16 627% 14 6% 16 -3%
e fria e ar frio
E: Captação, tratamento e distribuição
de água; saneamento, gestão de 15 8% 15 8% 15 19% 15 3% 14 8% 13 24% 15 9%
resíduos e despoluição
F: Construção 3 10% 3 10% 6 9% 6 11% 4 41% 5 21% 4 18%
G: Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis e 2 11% 2 7% 2 11% 2 4% 2 13% 1 13% 2 10%
motociclos
H: Transportes e armazenagem 9 19% 9 16% 7 15% 9 26% 10 32% 7 5% 8 -1%
I: Alojamento, restauração e similares 5 35% 4 27% 3 39% 4 25% 1 49% 3 68% 1 39%
J: Atividades de informação e de
comunicação 12 51% 12 29% 8 24% 16 44% 15 44% 15 22% 14 62%

L: Atividades imobiliárias 13 45% 13 39% 11 67% 14 44% 7 50% 16 43% 13 45%


M: Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares 6 22% 7 17% 4 17% 7 16% 6 26% 8 19% 6 39%
N: Atividades administrativas e dos
serviços de apoio 4 30% 5 38% 1 22% 5 34% 3 61% 6 24% 3 37%

P: Educação 10 4% 10 3% 10 9% 11 1% 13 14% 11 4% 12 -12%


Q: Atividades de saúde humana e
apoio social 8 26% 8 30% 9 19% 8 22% 8 23% 9 24% 9 27%

R: Atividades artísticas, de espetáculos,


desportivas e recreativas 14 41% 14 29% 13 37% 13 27% 12 37% 12 51% 11 26%

S: Outras atividades de serviços 11 16% 11 10% 12 8% 10 27% 11 28% 10 11% 10 15%

www.ani.pt 75
Anexo 7. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Pessoal ao Serviço
Remunerado
17: Área 2: Região 3: Região
11: Norte 16: Centro Metropolitana 18: Alentejo 15: Algarve Autónoma Autónoma
de Lisboa dos Açores da Madeira
Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%)
Pos. Pos. Pos. Pos. Var (%) Pos. Pos. Pos.
2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014-
2018 2018 2018 2018 2014-2018 2018 2018 2018
2018 2018 2018 2018 2018 2018
TOT: Total 17% 16% 19% 15% 34% 18% 21%
A: Agricultura, produção animal, caça,
floresta e pesca 10 12% 8 11% 15 30% 3 19% 5 43% 6 -9% 12 38%

B: Indústrias extrativas 16 6% 16 -6% 17 1% 11 7% 16 19% 17 -44% 17 -10%


C: Indústrias transformadoras 1 14% 1 15% 4 11% 1 9% 7 13% 2 7% 4 6%
10: Indústrias alimentares 6 5% 3 10% 2 17% 2 10% n/d n/d n/d
11: Indústria das bebidas 14 11% 19 9% 11 4% 3 27% n/d n/d n/d
12: Indústria do tabaco 23 0% n/d n/d 21 0% 0% n/d n/d
13: Fabricação de têxteis 5 15% 12 20% n/d 17 n/d 3 16% n/d n/d
14: Indústria do vestuário 2 7% 6 -5% 22 -41% n/d 4 20% n/d n/d
15: Indústria do couro e dos produtos
do couro 3 2% 16 2% 23 n/d 19 -14% n/d n/d n/d

16: Indústrias da madeira e da cortiça e


suas obras, exceto mobiliário; Fabricação 9 11% 9 4% 19 2% 10 -10% n/d n/d n/d
de obras de cestaria e de espartaria
17: Fabricação de pasta, de papel, de
cartão e seus artigos 18 19% 14 28% 13 11% n/d 5 n/d n/d n/d

18: Impressão e reprodução de


suportes gravados 16 8% 22 n/d 6 -4% 14 3% n/d n/d n/d

19: Fabricação de coque, produtos


petrolíferos refinados e de aglomera- n/d n/d 18 n/d n/d 0% 0% n/d
dos de combustíveis
20: Fabricação de produtos químicos e
de fibras sintéticas ou artificiais, exceto 20 20% 17 9% 9 11% 7 15% n/d n/d n/d
produtos farmacêuticos
21: Fabricação de produtos farmacêu-
ticos de base e de preparações n/d 23 30% 7 27% 20 35% n/d 0% n/d
farmacêuticas
22: Fabricação de artigos de borracha
e de matérias plásticas 10 22% 5 21% 16 1% 6 44% n/d n/d n/d

23: Fabricação de outros produtos


minerais não metálicos 12 10% 4 15% 8 -8% 8 12% n/d n/d n/d

24: Indústrias metalúrgicas de base 21 10% 18 23% 21 2% 18 13% n/d n/d n/d
25: Fabricação de produtos metálicos,
exceto máquinas e equipamentos 4 22% 2 18% 5 7% 5 -12% n/d n/d n/d

26: Fabricação de equipamentos


informáticos, equipamento para comu- 13 38% 20 22% 17 2% n/d 2 43% n/d n/d
nicações e produtos eletrónicos e óticos
27: Fabricação de equipamento elétrico 17 15% 11 19% 10 -25% 4 8% n/d n/d n/d
28: Fabricação de máquinas e de equi-
pamentos, n.e. 11 16% 7 22% 14 -5% 13 7% n/d n/d n/d

29: Fabricação de veículos automóveis,


reboques, semi-reboques e compo- 7 48% 10 18% 3 44% 9 11% n/d n/d n/d
nentes para veículos automóveis
30: Fabricação de outro equipamento de
transporte 22 n/d 21 55% 20 79% 16 97% n/d n/d n/d

31: Fabrico de mobiliário e de colchões 8 19% 8 25% 15 15% 11 1% n/d n/d n/d
32: Outras indústrias transformadoras 15 12% 15 47% 12 14% 15 -11% n/d n/d n/d
33: Reparação, manutenção e insta-
lação de máquinas e equipamentos 19 9% 13 16% 4 30% 12 15% n/d n/d n/d

D: Eletricidade, gás, vapor, água quente


17 33% 17 12% 16 21% 17 -28% 17 100% 11 6% 16 -10%
e fria e ar frio
E: Captação, tratamento e distribuição
de água; saneamento, gestão de 15 8% 13 0% 13 19% 12 3% 12 16% 10 23% 15 9%
resíduos e despoluição
F: Construção 3 9% 3 12% 7 9% 5 12% 3 45% 4 23% 3 20%
G: Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis e 2 13% 2 9% 1 13% 2 4% 2 17% 1 14% 2 11%
motociclos
H: Transportes e armazenagem 7 18% 5 17% 6 13% 7 28% 9 31% 5 5% 6 -4%
I: Alojamento, restauração e similares 4 37% 4 28% 3 33% 4 26% 1 35% 3 62% 1 30%
J: Atividades de informação e de
comunicação 9 53% 10 29% 8 23% 13 46% 15 46% 14 18% 8 69%

L: Atividades imobiliárias 13 48% 14 43% 11 69% 14 43% 8 48% 15 41% 13 48%


M: Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares 6 25% 7 18% 5 20% 8 16% 6 28% 8 20% 7 52%
N: Atividades administrativas e dos
serviços de apoio 5 36% 6 64% 2 21% 6 49% 4 79% 7 20% 5 44%

P: Educação 12 4% 12 -1% 10 10% 15 4% 14 20% 16 13% 14 -12%


Q: Atividades de saúde humana e
apoio social 8 29% 9 40% 9 24% 9 21% 10 30% 9 37% 9 38%

R: Atividades artísticas, de espetáculos,


desportivas e recreativas 14 51% 15 41% 14 64% 16 34% 11 38% 13 122% 11 35%

S: Outras atividades de serviços 11 7% 11 1% 12 3% 10 49% 13 18% 12 16% 10 13%

76
Anexo 8. Intensidade de Atividade Económica por região NUTS II – Indicador Gastos com o Pessoal

17: Área 2: Região 3: Região


11: Norte 16: Centro Metropolitana 18: Alentejo 15: Algarve Autónoma Autónoma
de Lisboa dos Açores da Madeira
Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%) Var (%)
Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos. Pos.
2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014- 2014-
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
TOT: Total 29% 29% 24% 27% 51% 25% 30%
A: Agricultura, produção animal, caça,
floresta e pesca 12 31% 7 30% 16 44% 3 37% 9 54% 6 20% 14 77%

B: Indústrias extrativas 17 21% 15 9% 17 23% 7 29% 16 11% 17 -41% 17 11%


C: Indústrias transformadoras 1 27% 1 30% 4 9% 1 14% 8 28% 3 18% 4 27%
10: Indústrias alimentares 6 16% 3 25% 1 18% 1 16% n/d n/d n/d
11: Indústria das bebidas 13 14% 19 23% 11 3% 4 44% n/d n/d n/d
12: Indústria do tabaco 22 0% n/d n/d 20 0% 0% n/d n/d
13: Fabricação de têxteis 4 28% 13 38% n/d 16 n/d 2 46% n/d n/d
14: Indústria do vestuário 1 24% 11 6% 21 -45% n/d 3 183% n/d n/d
15: Indústria do couro e dos produtos
do couro 3 14% 17 6% 22 n/d 18 -10% n/d n/d n/d

16: Indústrias da madeira e da cortiça e


suas obras, exceto mobiliário; Fabricação 9 23% 8 17% 20 10% 9 0% n/d n/d n/d
de obras de cestaria e de espartaria
17: Fabricação de pasta, de papel, de
cartão e seus artigos 19 27% 12 29% 12 6% n/d 4 n/d n/d n/d

18: Impressão e reprodução de


suportes gravados 18 14% 22 n/d 7 6% 14 18% n/d n/d n/d

19: Fabricação de coque, produtos


petrolíferos refinados e de aglomera- n/d n/d 6 n/d n/d 0% 0% n/d
dos de combustíveis
20: Fabricação de produtos químicos e
de fibras sintéticas ou artificiais, exceto 15 32% 14 16% 8 -9% 2 7% n/d n/d n/d
produtos farmacêuticos
21: Fabricação de produtos farmacêu-
ticos de base e de preparações n/d 20 32% 5 23% 19 -28% n/d 0% n/d
farmacêuticas
22: Fabricação de artigos de borracha
e de matérias plásticas 7 32% 4 32% 17 2% 6 44% n/d n/d n/d

23: Fabricação de outros produtos


minerais não metálicos 11 26% 2 26% 9 -2% 7 14% n/d n/d n/d

24: Indústrias metalúrgicas de base 20 5% 16 39% 16 3% 17 27% n/d n/d n/d


25: Fabricação de produtos metálicos,
exceto máquinas e equipamentos 2 32% 1 32% 4 8% 5 -15% n/d n/d n/d

26: Fabricação de equipamentos


informáticos, equipamento para comu- 12 51% 18 26% 14 11% n/d 1 48% n/d n/d
nicações e produtos eletrónicos e óticos
27: Fabricação de equipamento elétrico 14 18% 7 65% 10 -33% 3 20% n/d n/d n/d
28: Fabricação de máquinas e de equi-
pamentos, n.e. 8 31% 5 36% 15 1% 12 20% n/d n/d n/d

29: Fabricação de veículos automóveis,


reboques, semi-reboques e compo- 5 65% 6 29% 2 44% 8 8% n/d n/d n/d
nentes para veículos automóveis
30: Fabricação de outro equipamento de
transporte 21 n/d 21 71% 19 86% 13 69% n/d n/d n/d

31: Fabrico de mobiliário e de colchões 10 38% 10 42% 18 30% 10 0% n/d n/d n/d
32: Outras indústrias transformadoras 17 29% 15 62% 13 23% 15 -5% n/d n/d n/d
33: Reparação, manutenção e insta-
lação de máquinas e equipamentos 16 8% 9 34% 3 27% 11 26% n/d n/d n/d

D: Eletricidade, gás, vapor, água quente


16 90% 17 14% 13 19% 17 -31% 17 77% 8 10% 9 4%
e fria e ar frio
E: Captação, tratamento e distribuição
de água; saneamento, gestão de 13 19% 12 2% 14 20% 12 4% 12 27% 11 21% 12 22%
resíduos e despoluição
F: Construção 3 13% 3 20% 8 8% 4 19% 3 67% 4 28% 3 18%
G: Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis e 2 27% 2 23% 1 20% 2 17% 2 35% 1 20% 2 24%
motociclos
H: Transportes e armazenagem 7 28% 4 33% 3 29% 5 42% 7 48% 2 9% 7 -6%
I: Alojamento, restauração e similares 6 61% 5 53% 7 50% 6 53% 1 63% 5 87% 1 39%
J: Atividades de informação e de
comunicação 8 71% 10 39% 6 29% 13 106% 15 78% 12 21% 8 57%

L: Atividades imobiliárias 14 61% 14 71% 12 77% 15 79% 6 64% 16 42% 13 55%


M: Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares 4 35% 6 33% 5 21% 9 30% 5 51% 7 27% 6 70%
N: Atividades administrativas e dos
serviços de apoio 5 49% 9 59% 2 26% 8 68% 4 63% 9 38% 5 85%

P: Educação 11 5% 11 -9% 10 15% 14 13% 13 25% 15 18% 15 -14%


Q: Atividades de saúde humana e
apoio social 9 31% 8 56% 9 35% 10 30% 10 53% 10 47% 11 48%

R: Atividades artísticas, de espetáculos,


desportivas e recreativas 10 65% 16 49% 11 53% 16 54% 11 41% 13 130% 10 20%

S: Outras atividades de serviços 15 12% 13 15% 15 10% 11 100% 14 38% 14 28% 16 16%

www.ani.pt 77
Anexo 9. Iniciativas de Política Pública e/ou instrumentos de apoio ao Empreendedorismo e ao
Ecossistema Português

1. Contrato com o evento internacional WebSummit para 7. Startup-momentum, com um programa de bolsas de
o período 2019-2028, pela Resolução de Conselho de apoios a empreendedores;
Ministros nº 149/2018 de 15 de novembro;
8. Think tank Portugal, coordenando a produção de
2. Organização e coordenação da presença portuguesa no relatórios e White Papers sobre temáticas relacionadas
Websummit, garantindo todo o suporte antes, durante e com empreendedorismo;
depois do evento não só à Organização como também a
todas as outras partes envolvidas; 9. Zero Gravity, apoiando a empregabilidade de quadros
altamente qualificados no ecossistema de start-ups;
3. Road2Websummit223 com a preparação das start-up
portuguesas que estarão presentes no evento; 10. Desenvolvimento de diferentes formas de comunicação
(podcasts, artigos ou vídeo casts) para a comunidade
4. Why Portugal, através de campanhas de atração de sobre as temáticas emergentes e tópicos de base para a
start-ups para Portugal, em parceria com diferentes criação e crescimento de start-ups;
entidades governamentais;
11. Signup for Portugal225, apoiando os interessados para
5. Missões de internacionalização com já 150 empresas mudarem para Portugal as suas empresas;
apoiadas na sua presença nos principais fóruns
internacionais; 12. Startup Hub226, criando uma plataforma de mapeamento
da comunidade de start-ups portuguesas.
6. One-stop-shop - Balcão do Empreendedor224,
desenvolvendo um balcão digital de atendimento a
empreendedores nacionais e internacionais para apoio no
acesso ao ecossistema português e aos apoios disponíveis;

223 www.startupportugal.com/r2ws2020
224 www.startupportugal.com/onestopshop
225 www.zerogravity.pt/
226 www.startuphub.pt/

78
Anexo 10. Financiamento disponibilizado no combate à crise pandémica COVID-19

Nome do instrumento Descrição

Guia prático para apoiar cidadãos, famílias e empresas no combate aos efeitos causados
pelo novo coronavírus e a COVID-19. São disponibilizadas as boas práticas e recomendações
Portal “Estamos ON” (XXII
das autoridades de saúde, as medidas excecionais adotadas pelo Governo em cada
Governo)227
área governativa e a evolução do estado epidemiológico do país. Por fim, também são
compilados todos os contactos de emergência criados pelos diversos serviços públicos.

Tech4COVID-19 (APCT Plataforma criada por várias start-up tecnológicas, hoje integra 5.360 voluntários e conta
– Associação de com 34 projetos ativos. Dentro dos serviços disponibilizados ou a disponibilizar, esta
apoio à comunidade plataforma foca-se em áreas como o apoio a profissionais de saúde e material hospitalar,
TECH4COVID19)228 serviços de saúde e educação e negócios e lazer.

Portal dinamizado em parceria com as autoridades de saúde e instituições de


investigação científica, públicas e privadas, para mobilizar as comunidades científicas
SCIENCE4COVID19 (FCT e
em projetos e atividades conjuntas de Investigação e Desenvolvimento (I&D), que
AICIB)229
visem o combate à COVID-19 em linha com o Plano Nacional de Preparação e Resposta
à Doença da Direção Geral da Saúde (DGS).

Plataforma disponibilizada pela ANI em parceria com a COVINDEX, que pretende ser um
COVID-19: Soluções
espaço para a divulgação de tecnologias e soluções de resposta aos impactos negativos
e Tecnologias (ANI e
da COVID-19. Pretende-se dar maior visibilidade ao esforço das start-ups, empresas e
COVINDEX)230
entidades do sistema científico e tecnológico no apoio à resolução deste problema.

Com uma dotação de 3,8 milhões de euros a ser dividida em duas edições, este
instrumento pretende apoiar o desenvolvimento de projetos de I&D, a desenvolver ou
já em curso, que contribuam para melhorar a resposta ao impacto da COVID19, em
Research4COVID19 (FCT) 231
linha com o disposto no Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença por novo
coronavírus. Os destinatários são as instituições de ensino superior e seus institutos,
Laboratórios de Estado e outras instituições de investigação, que podem concorrer
individualmente ou em parceria, nomeadamente com entidades empresariais.

Com uma dotação de 3 milhões de euros e enquadrada na Iniciativa Nacional para as


Competências Digitais – INCoDe.2030, pretende promover a apresentação de projetos de I&D
na área da Ciência dos Dados que contribuam para melhorar a resposta dos organismos da
AI4COVID19 (FCT e AICIB) 232 Administração pública ao impacto da COVID-19 e de futuras pandemias. Os destinatários
deste instrumento foram as Instituições de Ensino Superior, Laboratórios de Estado e outras
entidades de I&D, desde que em parceria com pelo menos uma entidade da Administração
pública, designadamente de serviços e entidades prestadoras de cuidados de saúde.

Com uma dotação de 4 milhões de euros, este apoio na forma reembolsável pretende
apoiar o desenvolvimento imediato de projetos e iniciativas de I&D e inovação tecnológica
que respondam a necessidades imediatas e a médio prazo do Serviço Nacional de Saúde,
nomeadamente de relação com conceção, teste e produção industrial de ventiladores
INNOV4COVID19 (ANI)233
invasivos, ventiladores não invasivos, ventiladores pandémicos, sistemas de triagem, kits
de diagnóstico e teste, equipamentos de proteção individual e outros esquipamentos ou
sistemas necessários à qualidade da saúde pública, indústria e população em geral. Este
instrumento destina-se a Centros de Interface Tecnológico e Laboratórios Colaborativos.

Com uma dotação de 23 milhões de euros, destina-se a Empresas nacionais de qualquer


natureza e forma jurídica e a entidades não empresariais do Sistema Nacional de
Investigação e Inovação. No contexto deste instrumento são apoiadas provas de conceito,
I&D Empresas – COVID-19 visando o desenvolvimento de ideias ou protótipos que tenham resultado de projetos de
(ANI e IAPMEI)234 I&D realizados ou em curso, para fazer face à COVID-19, e que estejam em processo de
passagem para um produto comercializável, bem como a construção ou modernização
das infraestruturas de ensaio e otimização necessárias ao desenvolvimento de produtos
relevantes para fazer face ao vírus.

www.ani.pt 79
Com uma dotação de 50 milhões de euros, estes apoios na forma não reembolsável
e com uma taxa de incentivo máxima de 80%, pretendem apoiar projetos individuais
de microempresas que visem a adaptação dos seus estabelecimentos, métodos de
Adaptar MICRO (IAPMEI)235
organização do trabalho e de relacionamento com clientes e fornecedores, às novas
condições de distanciamento físico no contexto da pandemia, garantindo o cumprimento
das normas e recomendações estabelecidas pelas autoridades competentes.

Com uma dotação de 50 milhões de euros, estes apoios na forma não reembolsável
e com uma taxa de incentivo máxima de 50%, pretendem apoiar projetos individuais
Adaptar PME (IAPMEI) 236
de PME que visem o apoio à qualificação de processos, organizações, produtos e
serviços, nomeadamente à adaptação da atividade empresarial às novas condições
do contexto da pandemia.

Com uma dotação de 46 milhões de euros, estes apoios na forma não reembolsável e
Inovação Produtiva com uma taxa de incentivo máxima de 80%, pretendem apoiar projetos individuais de
COVID-19 (IAPMEI e empresas em atividades inovadoras, que se proponham a desenvolver um investimento
AICEP)237 relacionado com Inovação de produto (bens e serviços) e Inovação de processo (novos
métodos de fabrico, organizacionais ou de marketing e expansão de capacidade).

Com uma dotação de 8 milhões de euros, estes apoios na forma de um salário mínimo
por cada trabalhador até ao limite de 10 trabalhadores por start-up, pretendem
Startup RH COVID-19
colmatar a falta de liquidez imediata por parte das start-up, principalmente no
(P.O. Regionais)
que se refere à sua capacidade de resposta aos gastos operacionais com Recursos
Humanos provenientes da falta de atividade.

Com uma dotação de 4 milhões de euros, este apoio simplificado e de pagamento


Vale Incubação COVID-19 imediato, com uma taxa de incentivo a 100%, pretende o apoio em serviços de
incubação a start-up.

Com uma dotação de 10 milhões de euros para o apoio sob a forma de tickets entre
os 50 mil e 100 mil euros de investimento, este instrumento pretende investir em
INNOV-ID (Portugal
projetos ou empresas de âmbito científico e tecnológico que possuam tecnologia
Ventures e FITEC/ANI)238
desenvolvida, mas que estejam ainda em fase de protótipo, prova de conceito ou em
validação de product-market-fit.

Com uma dotação de 7,4 milhões de euros para o reforço de capital de start-up já com
Operação Follow-Ons
investimentos aprovados por outros investidores nas áreas de Digital, Engineering &
(Portugal Ventures)239
Manufacturing; Life Sciences e Tourism.

227 www.covid19estamoson.gov.pt/
228 www.tech4covid19.org/
229 www.science4covid19.pt/
230 www.ani.pt/pt/portugal-inovador/portugal-inovador/covid-19-solu%C3%A7%C3%B5es-e-tecnologias/
231 www.fct.pt/apoios/research4covid19/
232 www.fct.pt/apoios/projectos/concursos/datascience/index.phtml.pt
233 www.ani.pt/pt/financiamento/incentivos-financeiros-pt-2020/convite-inov-4-covid-19/
234 www.compete2020.gov.pt/admin/images/20200420_AAC_15_SI_2020_IDT-Emp_COVID19.pdf
235 www.iapmei.pt/getattachment/PRODUTOS-E-SERVICOS/Incentivos-Financiamento/Sistemas-de-Incentivos/Incentivos-Portugal-2020/Avisos-ADAPTAR/Aviso-
ADAPTAR-MICRO.pdf.aspx
236 www.iapmei.pt/getattachment/PRODUTOS-E-SERVICOS/Incentivos-Financiamento/Sistemas-de-Incentivos/Incentivos-Portugal-2020/Avisos-ADAPTAR/Aviso-
16-ADAPTAR-PME.pdf.aspx
237 www.compete2020.gov.pt/admin/images/20200420_AAC_14_SI_2020_Inov_Produtiva_COVID-19.pdf
238 www.portugalventures.pt/calls/call-innov-id/
239 Esta iniciativa não teve candidaturas abertas à comunidade de empreendedores, tratando-se de operações de reforço de investimento.

80
Anexo 11. Exemplos de projetos da sociedade civil desenvolvidos ou em desenvolvimento e de
impacto na COVID-19

Projeto (promotor) Descrição

ASSISTENTE DIGITAL
Ferramenta que visa ajudar os cidadãos a perceber qual a atitude a adotar, com base na
COVID-19 (EMUM, FMUP,
informação da Direção Geral de Saúde.
Automaise, HLTSYS)

Plataforma que pretende gerar conhecimento científico robusto que seja útil agora, na
Barómetro COVID-19
tomada de decisão, e garantir o conhecimento útil para o futuro. A agenda do Barómetro não
(Escola Nacional de
é fechada, vai definir-se e adaptar-se, ao longo da pandemia, consoante as necessidades
Saúde Pública)
identificadas.

Quiosque com reconhecimento facial e controlo de acessos, medição de temperatura


HYGISTATION corporal sem toque, validação da utilização de máscara, display profissional, dispensador
(Famasete) automático de desinfetante para as mãos e sistema de gestão de filas espera “Senha
Segura".

A aplicação STAYAWAY COVID instalada no telemóvel, deteta a proximidade física entre


smartphones e informa os utilizadores que estiveram no mesmo espaço que alguém
STAYWAY COVID App
infetado com o novo coronavírus, nos últimos 14 dias. Esta informação permite, rápida e
(INESC-TEC)
atempadamente, um pedido de diagnóstico da infeção, mesmo antes da ocorrência de
qualquer sintoma.

SAFE 1400
Linha telefónica gratuita que garante o acesso a medicamentos com aconselhamento
(ANF - Associação
farmacêutico 24h por dia.
Nacional de Farmácias)

FICA OCUPADO SÃO


JOÃO (Politécnico do O projeto visa promover rotinas saudáveis e o bem-estar físico e mental de todos os portugueses
Porto - ESS e Serviço de em situação de contenção e isolamento social.
Psiquiatria do CHUSJ)

PLATAFORMA VENT2LIFE Plataforma que permite que entidades interessadas identifiquem os ventiladores
(Projeto Open Air) inutilizados em sua posse para que possam ser reabilitados por especialistas.

Plataforma informática que apoia os profissionais de saúde no registo de informação,


TRACE COVID-19 (SPMS)
rastreio de contactos, vigilância ativa e passiva e acompanhamento clínico.

ICAM-COVID-19 (C.H.U.
Algarve; Algarve
Repositório de sinopses em português, que é diariamente atualizado com os artigos
Biomedical Center;
científicos mais relevantes sobre a Covid-19.
BioISI - FCUL; Algardata;
Senso Comum)

PATIENT INNOVATION
Partilha de soluções inovadoras desenvolvidas por doentes e cuidadores, com a
PARA COVID-19 (Patient
identificação até agora de mais de 50 soluções consideradas viáveis e seguras.
Innovation)

MERCADO MADE OF Plataforma que junta os desafios das empresas ou instituições às competências e soluções
LISBOA (CML e ZAASK) do ecossistema empreendedor de Lisboa.

PLATAFORMA "E72"
Plataforma destinada a professores e diretores de escolas, que possibilita respostas a
(Direção-Geral da
dúvidas ou questões que surjam, no espaço de 72 horas.
Administração Escolar)

BODY INTERACT (Take


Plataforma de simulação e treino sobre como tratar Covid-19 através de pacientes virtuais.
The Wind S.A.)

www.ani.pt 81
Anexo 12. Exemplos de projetos apoiados por fundos públicos, desenvolvidos conjuntamente por
empresas e entidades do SNI e com impacto na COVID-19

Projeto Promotores Resumo

Deteção, quantificação e modelação de SARS-CoV-2


ADP, FCiências.ID, IST, Águas do Tejo
COVIDETECT em águas residuais como ferramenta de alerta
Atlântico, Águas do Norte e SIMDOURO
precoce para a disseminação do vírus na comunidade

COVID - Campânula de Proteção e Isolamento para pacientes


Tj Aços e IST
ISOLATION HOOD COVID - Flexível, Reutilizável e Segura

MPDS CEIIA, Glnplast, Famolde e Exatronic Medical Protection Device for Surgical Use

Sistema imunosSENSorial integrado para o rastreio


SENSECOR Universidade de Aveiro e Wavecom
rápido e Eficiente do CORonavírus SARS-CoV-2

Tintex - Textiles, Neves & Companhia,


Covitec4Life Covid Protective Clothing for Life
Pafil-Confecções e CITEVE

INL, Celoplás, DTX CoLAB e CCAB - Centro


COUNTED Coronavirus Transmission: Count and Detect
Clínico Académico - Braga

MASK4MC SETSA, ADAI e Universidade de Coimbra Dispositivo de proteção individual para cuidados médicos

Desenvolvimento, teste e otimização da versão 2 do


Upscaling CEIIA, DTX CoLAB, Exatronic e Efacec
ventilador Atena para a sua produção em larga escala
Atena Energia
a partir da indústria nacional

Nos Comunicações, Universidade Nova


ANA Anti-pandemics analytics
de Lisboa e Nos Technology

Nos Inovação, Universidade Nova de


OSCAR vOice Screening of CoronA viRus
Lisboa e Associação Fraunhofer

HowMI Intellicare e Politécnico do Cávado e do Ave How am I? - HOme Wearables and Monitors Integrated

Exmceuticals, Cosme Tek e Universidade Terpenos biocidas de canábis e plantas silvestres no


BioBlock COVID
de Coimbra bloqueio à propagação de SARS-CoV-2

Next Generation Chemestry,


Universidade Católica Portuguesa, Aplicações de extratos de plantas com ação dirigida
PLANTCOVID
Politécnico de Bragança e Instituto de ao SARS-CoV2
Medicina Molecular

Desenvolvimento de dois protótipos para bio-


Recycle Delox, Estado Maior do Exército e FCUL
descontaminação de máscaras usadas

Universidade Nova de Lisboa e Me & You Ventilador Minimalista para os Cuidados Intensivos da
MiniVent
Innovate COVID-19

Têxteis J. F. Almeida, Têxteis Penedo e


TEX4SafeCare Textiles for a Safe Care
CITEVE

COVID - Porta Shapetek, CENTIMFE, Politécnico de


Sistema de Apoio à Abertura de Portas
Aberta Coimbra e Sandredy

GluVac- Amyris Bio Products e Universidade


Amyris Glucan Based Vaccine Adjuvant COVID19
COVID19 Católica Portuguesa

Desenvolvimento de máscara com sinalização de


HydroMask Oldtrading e CENTITVC
saturação

Castros Iluminações Festivas, Matglow,


UVtizer CENTITVC e Instituto de Medicina Multifunctional sanitizer
Molecular

HandCare Covid-19 foca-se no desenvolvimento


Amyris Bio Products e Universidade
HC-COVID19 de soluções inovadoras para desinfeção das mãos
Católica Portuguesa
usando o esqualeno

Associação Porto Digital, Universidade do


Plataforma que potencie o cruzamento de múltiplas
Data4CCovid19 Porto, Universidade Nova de Lisboa, Nos
fontes de dados de forma integrada
Comunicações e Tekprivacy

82
Desenvolvimento de soluções termoplásticas inovadoras
InovPNT PIEP, CITEVE e Trimnw
para tecidos, não tecidos, funcionais e antimicrobianos

Icognitus4all - It Solutions, Universidade


COVIDLearning do Porto, Universidade do Minho, Health Knowledge Sharing for Health Professionals
Cluster Portugal e ACMP5

Desenvolvimento e impacto clínico de um novo teste


Lusíadas - Parcerias Cascais, Positive
Invisível rápido para determinação de assinatura serológica de
Benefits e SGS PORTUGAL
SARS-CoV-2 com tecnologia de smartphone

RI-TE Radiation Imaging Technologies, Postos de medição sem contacto de saturação de


TO2
Universidade de Aveiro e Exatronic oxigénio e temperatura

Prototipagem Rápida e Desenvolvimento de Ventilador


NORTADA CEOV Ministério da Defesa Nacional-Marinha e
Mecânico para UCI e para pacientes domiciliados em
X-95 Ricardo & Barbosa
telemedicina

Products for a Safe Return - três inovadores produtos que


PSR Controlar e CENTITVC irão promover a redução da probabilidade de contágio
da COVID-19 e ajudar no regresso à normalidade

Águas do Tejo Atlântico, INOVA+,


Desenvolvimento de plataformas para deteção e
ECO2COVID Universidade Nova de Lisboa e
monitorização em águas do CoronaVírus
Universidade de Coimbra

Correlation assessment between SARS CoV 2 vírus and


SGS PORTUGAL, Positive Benefits, Lusíadas
COV2AIR interior air quality parameters to implement mitigation
- Parcerias Cascais e FCUL
strategies

SM4S Ropar e CENTITVC Safety Materials for Shoes

INESC Microsistemas e Nanotecnologias,


CIIIA Coletor portátil para colheita de covid-19 em aerossóis
Estado Maior do Exército e Optimalsatellite

Máquina de Linha de Produção Automática de


T-MASK2 S. Roque e CITEVE
Máscaras Cirúrgicas

Desenvolvimento de uma cabine para confinamento


Innere, Rui Viegas - Sistemas De
CABINE4COVID ou proteção de pessoas em situações de elevado risco
Divisórias e ITECONS
de contágio

HELP Glintt - Healthcare Solutions e INESC TEC Hospital Effective Planning Tool for Pandemic Responses

Emitu, IST e Associação para


ReATeC Investigação e Desenvolvimento da Remote Assessment and Telemonitoring of COVID-19
Faculdade de Medicina

Centro de Medicina Laboratorial Estratégia de rastreio nacional de exposição ao


Fast Track Covid Germano de Sousa, Universidade Nova vírus SARS-CoV-2 suportada em testes de elevada
de Lisboa e Value4Health CoLAB sensibilidade

Luz Costa & Rodrigues, Dreamplas e Polymers reinforced with copper to promote
CoPOLY
Politécnico de Leiria antimicrobial effect

SpinningTNT Periplast, Dreamplas e Politécnico de Leiria Linha de produção de TNT por electrospinning

Sonha Pensa Imagina Comunica e Dispositivo de check-in/check-out do utente/visitante


WELSAFE.DV
Universidade do Algarve automático e sem contato

Lightenjin II, Universidade de Coimbra


LED RUVIS e Globaltronic - Electrónica e Robotic UV Intelligent System
Telecomunicações

Neutroplast, Valmet, CENTITVC e CCAB -


Masks4Safety Masks to Breathe Safely
Centro Clínico Académico - Braga

Glsmed Learning Health, Hospital Da Luz, Solução constituída por modelos de inteligência
DPCx
IST e INESC ID artificial para a análise das radiografias torácicas

Distrim 2, Grandesign, Carbus, Centro


INTER-ZARATOA Hospitalar de Leiria e Farm-ID - Associação Nova geração de zaragatoas nasofaríngeas
da Faculdade de Farmácia para a I&D

SafeBiotrash. Moldetipo II, Placido Roque e Politécnico A safe and responsible way to gather group III
Disposal de Leiria biological residue

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STOP SARS- CTCV, Universidade de Coimbra, TEANDM Strategic Thin-films Opposed to Pandemia - SARS -
CoV-2 e Smart Separations Portugal CoV-2

Carbus, 3DTech, FCiências.ID, Farm-Id -


Associação da Faculdade de Farmácia Nova geração de um analisador ótico portátil para
CoVSense
para a I&D e Instituto Nacional de Saúde deteção de SARS-CoV-2
Dr. Ricardo Jorge

Acabamentos multifuncionais em tecido para


MultiMed Ribeiro & Matos, Ooze Nanotech e CITEVE
aplicações médicas

Universidade de Coimbra, Universidade Desenvolvimento de testes rápidos para monitorização


TecniCOV
Nova de Lisboa, ISEP e INOVA+ de anticorpos em soro e saliva

Solutions integradas para a automação do rastreio de


SIARC Bmd Software e Universidade de Aveiro
alto débito da COVID-19

Mtex New Solution, CITEVE e Universidade Desenvolvimento de equipamentos para desinfeção


PHYS
Católica Portuguesa eficaz e sustentável de vestuário

WireLOX Linde Saúde e CENTITVC Monitorização de Oxigénio Liquído

Moldetipo II, Politécnico de Leiria e Viseira integral, aperfeiçoada para o profissional


AID.Visor
Placido Roque médico

Petratex, JPM, INEGI, MP Tool, Almadesign,


Centro Hospitalar de Entre o Douro e
HP-CPAP Capacete CPAP de alto desempenho
Vouga, Centro Hospitalar Universitário do
Porto e Clarke Modet

Desenvolvimento de máscaras transparentes, reutilizáveis


Otojal-Estamparia Textil, Politécnico de
PDMSmasks4ALL e recicláveis em PDMS produzidas com tecnologias de
Bragança e CVR
última geração para a proteção à COVID-19

ViVe Solien e Politécnico de Coimbra Viseira Ventilada para protecção individual

BOSER Void Software, Sandlot e Ik Consult The ultimate booking service

HMR-IE Winning Scientific Management e IPN Health Medical Response and Information Exchange

Revestimentos anti- microbianos / víricos para


CoatNOVirus Prirev e IPN
aplicações em meio hospitalar

iVisInBio Universidade de Coimbra e Tecnimoplas Viseiras Inteligentes para uso Biomédico

Mask On - Máscara facial inovadora para profissionais


MO Besthealth4u e Spacengineer
de saúde e doentes em ambiente hospitalar

MORE CoLAB, Riskivector e Hospital


SMACovid-19 Sistema de Monitorização Autónomo para o Covid-19
Terra Quente

Soluções de triagem e de telemonitorização e


JS - Clinica Médica, Altice Labs e
Proteger + teleconsulta, suportadas pela integração de
Universidade Católica Portuguesa
informação molecular

Wavecom, Instituto de
Contactless Vital Signs Monitoring in Nursing Homes
CoViS Telecomunicações, Politécnico de Viana
using a Multimodal Approach
do Castelo e ISEL

Desenvolvimento de um novo sistema AVAC,


aplicado na melhoria da qualidade do ar interior
Safe Air Rolear e Universidade do Algarve
para promoção de bem estar em ambientes mais
limpos, seguros e saudáveis

Iberlim - Sociedade Técnica de


RDH4COVID Robô Desinfeção COVID 19
Limpezas e JPM

PureAir@ Indústrias Metálicas Veneporte, Equipamentos de purificação do ar para veículos


Automotive Universidade de Coimbra e ADAI rodoviários de passageiros

Desenvolvimento de um sistema inovador de abertura


SafeDoor Port Essentials e INEGI de portas com o pé para minimização do risco de
contágio por contacto

SMASK Politécnico do Porto e Clothius Tecelagem Máscara Inteligente com biossensor colorimétrico

84
Deteção e avaliação da presença de coronavírus
ArCovid19 Biocant e Biocant R&D SARS-CoV-2 em ar interior de espaços confinados
considerados críticos ou de alto risco

Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Desenvolvimento de um equipamento de proteção


DH
Superior e With Company para os profissionais de saúde dentária

Conceção, produtização e industrialização de um


ventilador médico invasivo de montagem simples e
Projeto "Atena" CEiiA produção descentralizada, para ambiente hospitalar,
com conceção, teste e preparação do processo de
industrialização em Portugal.

Iniciativa que mobiliza e envolve empresas do cluster


Projeto Calçado do calçado e dos setores dos componentes plásticos
CTCP – Centro Tecnológico do Calçado
Solidário @ e da moda, que tem como principal objetivo a
Português
FOOTURE certificação de equipamentos de proteção individual
(EPI), incluindo calçado, máscaras e viseiras.

Disponibilização de testes à Covid-19 mais rápidos


e baratos, que permitirão aumentar a capacidade
instalada até seis vezes em todo o mundo, através
Testes Covid-19 iBET
da substituição do método baseado em qRT-PCR por
um método mais sensível e baseado em reagentes e
equipamentos mais básicos e baratos.

www.ani.pt 85
Título: Relatório Nacional de Inovação

Edição: Agência Nacional de Inovação, S.A.


www.ani.pt

Elaboração: Dezembro, 2020

O Relatório Nacional de Inovação foi elaborado no âmbito do SIAC


– Iniciativa de Transferência de Conhecimento, cofinanciada pelo
COMPETE 2020, através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional.

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