MIC Laura
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DIVISÃO DE AGRICULTURA
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
NÍVEL: 3° ANO SEMESTRE: 1°
Discentes:
I
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Mapa da área do estudo.............................................................................................18
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1: Ficha de campo para Recolha de Dados de Inventario em Mavumbuque................31
Anexo 2:Ficha de Recolha de dados da Biomassa húmida.......................................................32
Anexo 3: Ficha de Recolha de dados da Biomassa Seca das amostras....................................33
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
HT - Altura Total
HC - Altura Comercial
m – metros
cm – centímetros
ha - hectares
RESUMO
O presente trabalho tem como objectivo estimar a biomassa aérea e o stock de carbono na
floresta de Mangal mo distrito de Zonguene. Serão estabelecidas parcelas simples de 25 X 25
m (em áreas escolhidas de uma forma intencional), onde será feito a identificação da espécie
(nome científico e local) e em seguida o levantamento de dados dendrométricos (DAP e HT) a
todos os indivíduos arbóreos de DAP≥ 5 cm de todas as espécies encontradas. Em cada
parcela serão seleccionados e abatidos indivíduos, de acordo com as classes diamétricas
encontradas. Para cada individuo abatido serão feitas as pesagens do tronco e copa (ramos e
folhas), para obtenção da massa húmida, e para estimativa da massa seca serão retiradas
discos no topo de cada secção, ramos e uma amostra de folhas que serão levadas para
laboratório para sua secagem a uma temperatura constante de 90°C até a estabilização da sua
massa. Serão seleccionados seis modelos de regressão linear (usados em estudos de caso desta
natureza) e analisados para a selecção do melhor, o qual será recomendado para estudos de
quantificação de biomassa a nível da região. Os dados referentes as massas húmidas da árvore
e amostra, e seca da amostra serão organizados e processados na planilha Microsoft Office
‘Excel 13’ para a obtenção da biomassa total de cada árvore individual, e o pacote estatístico
R-Studio para análise de regressão. A selecção do melhor modelo será feito com base na
análise dos critérios avaliadores de ajuste (critério de informação de AKAIKE, coeficiente de
determinação ajustado, distribuição gráfica dos resíduos, desvio padrão do resíduo e índice de
FURNIVAL). Após a selecção da equação para a área de estudo, será feita a sua validação
como forma de determinar a sua veracidade na estimativa de biomassa através do teste qui-
quadrático de Pearson. Com a equação a ser seleccionada, será usada para estimar a biomassa
de todos indivíduos amostrados em todas as unidades de inventário. Com este trabalho,
espera-se conhecer a quantidade de biomassa e o seu contributo no sequestro de carbono para
além da obtenção do modelo ideal para estimativa de biomassa no Mangal na região de
Zonguene. Também, os resultados a serem obtidos espera-se que sirvam de base para a
tomada de novas decisões para a conservação deste ecossistema.
1. INTRODUÇÃO
Moçambique é um dos países mais pobres do mundo com uma elevada taxa de desmatamento
e degradação florestal. Uma das medidas indicadas para mitigação de diferentes fontes de
mudança de cobertura é o nível de conservação da floresta e da redução das emissões ou
aumento de estoques de carbono, embora seja difícil ainda conhecer o impacto exacto no
carbono florestal para cada causa de desmatamento e degradação florestal (Sitoe et al., 2012).
A conservação de estoques de carbono nos solos, florestas e outros tipos de vegetação, a
preservação de florestas nativas, a implantação de florestas e sistemas agroflorestais e a
recuperação de áreas degradadas são algumas acções que contribuem para a redução da
concentração do CO2 na atmosfera (Júnior, 2003).
Diversos projectos e pesquisas tem vindo a ganhar dinâmica no país com vista a encontrar
sistemas de produção eficazes para o sequestro e o armazenamento de carbono na biomassa e
no solo. O programa das Nações Unidas para a Redução das Emissões do Desmatamento e
Degradação Florestal nos Países em Desenvolvimento (REDD+), pretende melhorar as
condições de vida das populações rurais através do desenvolvimento de mercados voluntários
de carbono e acordos internacionais que promovam a capacidade e o interesse das
comunidades em levar a cabo actividades de reflorestamento e conservação (Eggleston et al.,
2006; Asner et al., 2011 citado por Ribeiro et al., 2015).
Autores: 6
Estimativa de Biomassa e Stock de carbono na Floresta de Mangal em Zongoene
alimentares, culturais, religiosos, medicinais para além de cerca de 85% das necessidades
energéticas que advêm da energia da biomassa (lenha e carvão), (Mourana & Serra, 2010).
Falcão & Noa (2016) destacam a procura crescente de combustível lenhoso, a agricultura
itinerante, as queimadas florestais e a falta de planos de uso e aproveitamento da terra como
causas principais do desmatamento e degradação florestal em Moçambique.
Os estudos de biomassa e carbono em formações florestais são feitos com objectivos diversos,
dentre os quais destacam-se a quantificação da ciclagem de nutrientes, a quantificação para
fins energéticos e como base de informações para estudos de sequestro de carbono (Lima,
2014). Para Sanquetta & Balbinot (2004), um dos aspectos mais relevantes nos estudos de
fixação de carbono em florestas, é a variável biomassa, a qual precisa ser determinada e
estimada de forma fidedigna, caso contrário não haverá consistência na quantificação do
carbono fixado nos ecossistemas florestais, no tempo e no espaço.
Para tanto, torna-se necessário o aperfeiçoamento de métodos de estimativas directas (pois são
onerosos e incluem a destruição de árvores) por meio de equações de regressão, buscando-se
chegar a resultado confiável, por meio do desenvolvimento e uso de equações matemáticas
apropriadas, utilizando dados originários de inventários florestais e assim, permitir o
monitoramento e o entendimento das mudanças mais significativas nestes povoamentos,
obtendo-se a quantidade de biomassa retida nas mesmas para uma determinada espécie.
Com este estudo pretende-se gerar informações sobre estimativa de biomassa e stock de
carbono na comunidade vegetal de Mangal em Zonguene, que são essenciais para subsidiar
programas de tomada de decisão para o maneio florestal sustentável desta área.
Autores: 7
1.1. Problema e Justificativa
A degradação florestal e o acúmulo de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera atingiu
magnitude expressiva, levando as principais instituições internacionais de pesquisa ambiental
e organismos multilaterais a dar o alerta sobre as possíveis consequências do aumento de
temperatura da Terra, especialmente sobre todas aquelas populações que vivem ao nível do
mar (Lima et al., 2003). A exploração florestal sem observar as técnicas adequadas de maneio
sustentável e a elevada procura de novas terras aráveis para a prática de agricultura, pastagens
e a expansão urbana são identificadas como sendo as principais fontes de emissão que tem
causado o aumento de GEEs na atmosfera (Lima, 2015).
Por isso, é de extrema importância a realização de estudos que tratam da quantificação dos
estoques de biomassa e carbono armazenados nas florestas, para ajudar no monitoramento e
no controle dos gases de efeitos estufa que são emitidos para a atmosfera e que podem
influenciar nas mudanças climáticas.
Por outro lado, é necessário que se encontre modelos ideais para estimativa de biomassa nas
florestas nativas por meio de dados de inventários florestais de modo a garantir a
sustentabilidade ecológica dos povoamentos em estudos de natureza (pois implicam a
destruição da vegetação).
1.2. Objectivos
1.2.1. Geral:
1.2.2. Específicos:
Mopane geralmente forma povoamentos puros com exclusão de outras espécies, mas é muitas
vezes associada com uma série de outras árvores altas e arbustos, tais como Kirkia acuminata,
Dalbergia melanoxylon, Adansonia digitata, Combretum apiculatum, Combretum imberbe,
Acacia nigrescens, Cissus cornifolia e Commiphora spp (Marzoli, 2007).
Este tipo florestal ocorre naturalmente no sul da África, principalmente em países como
Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Angola, Botswana, Zâmbia, Namíbia e Malawi (Bila
& Mabjaia, 2012).
Biomassa é toda a massa orgânica produzida por unidade de área, podendo ser expressa por
massa húmida, massa seca (Odum, 1986) de origem biológica viva ou morta (Sanquetta &
Balbinot, 2004). Estes autores ainda distinguem a biomassa de origem vegetal denomina-se
biomassa florestal.
Segundo Rocha (2011), as estimativas de biomassa florestal podem ser obtidos através de dois
métodos, directos ou indirectos. O método directo consiste na determinação mais precisa, mas
de difícil obtenção, pois os componentes da biomassa são pesados em campo, obtendo-se a
biomassa verde e em laboratório, amostras de cada um destes componentes são secas em
estufa,
obtendo-se o peso seco da amostra. A biomassa florestal total é obtida através da soma de
todos os componentes arbóreos secos, ou simplesmente a biomassa acima e abaixo do solo
(Franklin, 2001). Assim, as equações de biomassa florestal podem envolver a biomassa verde
ou a biomassa seca nas suas estimativas. A biomassa seca é frequentemente utilizada por ser
facilmente convertida para carbono orgânico florestal (Qureshi et al., 2012).
O método directo é aquele que alcança a maior exatidão e precisão numa medição e
frequentemente, é utilizado como fonte de dados para a estimativa de biomassa e carbono
florestal. Mas são de difícil obtenção, dispendiosos em termos de tempo de operação e
limitados à escala de trabalho (Silveira et al., 2008).
De acordo com Schneider et al., (2005), entre as diversas iniciativas para a redução dos níveis
de carbono na atmosfera, a utilização dos produtos florestais e as práticas de maneio são
consideradas de grande eficiência para possibilitar o aumento do volume do carbono
imobilizado e a substituição de produtos como petróleo, gás e carvão mineral pela madeira,
bem como o aumento da vida útil dos produtos de madeira.
A quantificação do carbono nos ecossistemas tropicais é de extrema importância, uma vez que
as florestas contribuem para a estabilidade ambiental, a partir da mitigação das temperaturas
extremas, do aumento das precipitações regionais e da prevenção da erosão e deterioração do
solo. Além disso, as florestas têm papel fundamental no ciclo do carbono. A vegetação
constitui- se, em muitos casos, como sequestradores, ou seja, pelo processo da fotossintese,
absorve dióxido de carbono da atmosfera e armazena carbono em sua biomassa, formando
grandes reservatórios desse elemento (Rocha, 2011).
Machoco (2008), avaliando a biomassa lenhosa nas florestas naturais a partir de informação
de inventário florestal, ajustou funções e coeficientes de biomassa florestal usando factor de
expansão de volume no corredor da beira e posterior comparou os resultados do factor de
expansão de biomassa e do método de funções de regressão.
Os modelos lineares são aqueles em que os parâmetros estão na forma aditiva. Estes podem
ser simples se associados a variável dependente, existe uma única variável independente e
múltipla se a variável dependente existem mais variáveis independentes (Scolforo, 2005).
A classe de modelos lineares é bastante flexível, uma vez que muitos modelos podem ser
formulados. Estes modelos podem ser uma boa opção quando o objectivo é descrever as
observações durante um período limitado do processo de crescimento sem incorporar
informações sobre os dados (Drapper & Smith, 1998).
CUNIA (1986) citado por Silveira (2008) cita como vantagens de modelos lineares, assim
como a maior parte da teoria estatística desenvolvida para funções lineares e sendo o método
dos mínimos quadrados muito conhecido, a sua aplicação é simples e pode ser estendida para
todos os tipos de funções lineares e também na soma das funções de biomassa de cada
componente
de uma árvore. Outra grande vantagem apontada por este autor é que o erro da função linear
de regressão pode ser representado em uma forma conveniente, combinando facilmente com o
erro amostral proveniente do inventário. A única desvantagem da função linear e que não
pode ser aplicada para dados que se encontram fora do intervalo amostral, enquanto a não
linear pode ser aplicada nesta região.
A selecção do melhor modelo de regressão deve ser feito seguindo três etapas essenciais;
representatividade e suficiência amostral na selecção do número de árvores, medição das
variáveis dependentes e independentes e seleccionar o melhor modelo segundo critérios
estatísticos (Schneider et al., 2009).
If – Índice de
Furnival;
Y – Biomassa;
Sxy – Desvio padrão dos resíduos;
n - número de observações.
O distrito esta dividido em duas unidades morfológicas: o planalto arenoso (serra0 e o vale.
A serra e caracterizada por duas arenosas muito onduladas, de altitude irregular, em direcção
ao norte, e interrompidas por lagos fechados permanentemente, 3 a 5km em direcção ao mar.
O vasto vale do Limpopo e , em geral, plano, descendo gradualmente de11m, n Noete, para o
nível do mar.
O rio Limpopo, permanente, drena a água doce do Lago PAVE no rio Limpopo. Os outros 3
rios (Munhuana, Chegua e Nhancuchuane) são sazonais, mas mantem uma certa quantidade
de agua permanente disponível
Existem ainda cerca de 20 Lagos permanentes, a maioria na costa, que são importantes para a
pesca, captação de agua para uso domestico, banho, para a beberamento dogado, recreação e,
em alguns casos para irrigação.
3.2. Metodologia
3.2.1. Materiais
3.3.MÉTODOS
3.4.ANÁLISE DE DADOS
Fórmula (5)
C – Carbono (Toneladas/ha)
Bm – Biomassa (Toneladas/ha)
0.5 – Factor de conversão de biomassa em carbono
4. RESULTADOS ESPERADOS
Com este estudo, espera-se conhecer a quantidade de biomassa média a ser encontrada e a
quantidade média de carbono sequestrado pela floresta de Mangal em zonguene. Também
espera-se que com este estudo ajuste-se uma equação para estimativa de biomassa a nível da
região de de Zonguene. No final, este estudo espera-se que possa contribuir para a tomada de
novas decisões para programas de conservação e maneio desta floresta com objectivo de
maximizar o seu papel de protecção ambiental.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
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Parcela Data / /