Palestra Cuidados Paliativos

Enfermagem em
Cuidados Paliativos
Enf. Marcela Rodrigues de Souza Duarte

Vídeo – A Senhora e a Morte
https://vimeo.com/40145492
Oscar de Melhor Curta de Animação, Prêmio Goya

de Melhor Curta Animado de 2009.Também indicado
para o Oscar 2011.
Criado por Javier Recio Gracia e produzido por
Kandor Graphics.
O Estudo da Morte é o Estudo da Vida.
O conhecimento da Finitude do Homem é Essencial ao Saber Do
Médico.
Não Há Por Que Temer a Morte Porque Ela é Vida.

Marco Tullio de Assis Figueiredo
Quem Nasce Morreu para Outra Vida.
Quem Morre Nasceu Para uma Nova Vida.
Ditado Oriental
“Tu és pó e ao pó "reverteres"
Em verdade é só isso que queres
Vem do sol o que queima e as cores
Amanhã o teu pó serão flores
Quando sinto no pescoço um nó
Vem o vento e me sopra, eu sou pó”
Oswaldo Montenegro
Nessa estrada não nos cabe

“E o futuro é uma astronave Conhecer ou ver o que virá
Que tentamos pilotar O fim dela ninguém sabe
Não tem tempo, nem piedade Bem ao certo onde vai dar
Nem tem hora de chegar Vamos todos
Sem pedir licença Numa linda passarela
Muda a nossa vida De uma aquarela
Toquinho
E depois convida Que um dia enfim
A rir ou chorar... Descolorirá...”
CUIDADO
PALIATIVO
✔ Cuidado paliativo: uma abordagem que promove a
qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que
enfrentam doenças que ameacem a continuidade da
vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento.
Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da
dor e outros problemas de natureza física, psicossocial
e espiritual” (OMS, 2002)
✔. Na maioria das vezes, a família é também abraçada
pela equipe multiprofissional, pois ela compartilha do
sofrimento do paciente.
✔O Cuidado Paliativo prolonga-se após a morte sob a forma

de atendimento do luto dos familiares.
CUIDADO
PALIATIVO
✔ Dois elementos fundamentais
1. Controle efetivo da dor

CUIDADO
PALIATIVO
2. Cuidado às dimensões psicológicas, sociais e
espirituais, do paciente e da família
CUIDADO
PALIATIVO
✔ Hospice
✔ Cecily Saunders
CUIDADO
PALIATIVO
✔Elizabeth Kübler-Ross
✔Sobre a Morte e o Morrer – Processo do Morrer

O Cuidado Paliativo é mesmo necessário?
Envelhecimento Populacional
✔Aumento de doenças crônico-degenerativas

Quando iniciar o cuidado paliativo?
✔ Não existe mais o objetivo de CURAR o paciente, pois a
doença está em fase progressiva, irreversível e não responsiva
✔ Trata-se daquela fase tão rotineira quando o médico diz à
família “NÃO HÁ MAIS NADA O QUE FAZER”, e assim condena
irremediavelmente o paciente ao abandono, a ficar entregue ao
seu sofrimento, com ou sem esperança de um milagre.
“VOCÊ É IMPORTANTE PORQUE VOCÊ É VOCÊ

VOCÊ É IMPORTANTE ATÉ O ÚLTIMO MOMENTO DE SUA VIDA
E NÓS FAREMOS TUDO O QUE PUDERMOS
NÃO SÓ PARA AJUDÁ-LO A MORRER EM PAZ
MAS PARA VIVER ATÉ MORRER”
Cicely Saunders
Desculpe, não há
mais nada que
possamos fazer...
SEMPRE HÁ ALGO QUE SE POSSA FAZER!
ASPECTOS FÍSICOS SINTOMAS
Dor física
Dispnéia
Anorexia
Caquexia
Estomatite
Disfagia
Náusea e Vômito
Constipação
Diarreia
Úlcera por pressão
Hemorragia
APOIO
Médico
Enfermeira
Fisioterapeuta
ASPECTOS PSICOLÓGICOS SINTOMAS
Dor Emocional
Angustia
Ansiedade
Fobia
Excitação
Depressão
Estado Confusional
Agressividade
Fadiga
APOIO
Psicólogo
Psiquiatra
Psicoterapeuta
Psicopedagogo
Musicoterapeuta
Terapeuta Ocupacional
ASPECTOS ESPIRITUAIS SINTOMAS
Ateísmo
Fanatismo
Descrença
Conformação
Negação do Sentido da Vida
APOIO
Cristão
Judaico
Mulçumano
Budista
Espiritualista
(padres, pastores, conselheiros,
etc.)
CORPO ALIVIAR OS
SINTOMAS
MENTE ESCUTAR CONFORTAR
ESPÍRITO CONSOLAR
ALIVIAR + CONFORTAR + CONSOLAR
TRANQUILIDADE + DIGNIDADE
TRANQUILIDADE + DIGNIDADE = ACEITAÇÃO DA MORTE

OS PRINCÍPIOS DO CUIDADO PALIATIVO
O Potencial do Homem
Há em cada um de nós um potencial para a
bondade que é maior do que imaginamos: para
dar sem buscar recompensa; para escutar sem
julgar; para amar sem impor condições.
Elizabeth Kübler-Ross
Metas do Cuidado Paliativo
A qualidade de vida
O valor da vida
O significado da vida
Derek Doyle
OS PRINCÍPIOS DO CUIDADO PALIATIVO
Requisitos Básicos da Equipe de CP

Competência
Solidariedade
Compaixão/Misericórdia
Humildade
Comunicação
Dever da Equipe de CP
Alcançar o alívio, o conforto e o consolo do homem
que sofre é o dever inalienável da equipe de CP.
(Marco Tullio de Assis Figueiredo)

PRINCÍPIOS DA MEDICINA PALIATIVA- OMS
• Afirma a vida e resguarda a morte como um processo natural;
• Não abrevia nem prolonga a morte;
• Proporciona alívio para dor e outros sintomas;
• Integra os aspectos psicológicos e espiritual dos cuidados do paciente;
• Oferece um sistema de suporte que proporciona melhor qualidade de vida
até a morte;
• Oferece um sistema de suporte aos familiares durante a doença do
paciente e a eles próprios.

JURAMENTO DO PALIATIVISTA
Juro por todos os meus ancestrais,
Pelas forças vivas da natureza e
Por todos os dons e riquezas desta vida,
Que em todos os meus atos preservarei e respeitarei a vida do meu paciente.

Sentarei ao seu lado e escutarei suas queixas,
suas histórias e seus anseios;

Cuidarei, reunindo todos os recursos de uma equipe multiprossional, para que ele se sinta da melhor forma possível,
importando-me sempre de tratar o que o incomoda, usando apenas os recursos necessários e imprescindíveis para
isto;

Estarei a seu lado e não o abandonarei até o seu último instante;

Farei, silenciosamente, a nossa despedida, desejando-lhe amor e sorte no seu novo local;

Zelarei pelo seu corpo e consolarei sua família e pessoas queridas logo após a sua partida, permitindo-lhe que vá
com segurança e tranquilidade;

Por ﬁm, falarei de amor e com amor. E aprenderei, com cada um deles, a amar cada vez mais, incondicionalmente.
Criado por MARIA GORETTI SALES MACIEL, em 08 de maio de 2003.

ENFERMAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS
Fonte: COFEN - 2019

- No contexto dos Cuidados Paliativos, a equipe de

Enfermagem atua de modo interdisciplinar com
vista a um cuidado profissional que visa reduzir o
sofrimento e promover conforto e dignidade
humana a pessoa com doença grave e sua família,
numa perspectiva de atendimento as necessidades
humanas básicas afetas de ordem física,
emocional, espiritual e social.
“Os enfermeiros demonstram um compromisso

com os Cuidados Paliativos em prol de um cuidar
que tem a qualidade de vida como o principal
objetivo, numa perspectiva de promover meios para
oferecer mais vidas aos anos, ao invés de anos a
vida.”
(Rudval Souza da Silva, Enfermeiro e membro do
Comitê de Enfermagem da ANCP – 2019)
- Enfermagem em Cuidados Paliativos é uma

especialidade do campo da Enfermagem que
continua a evoluir como arte e ciência do cuidar e
é reconhecida pelo COFEN conforme
estabelecido na Resolução Cofen n.º 581/2018.
- Tem se iniciado no Brasil as discussões para a

formação do Enfermeiro em Práticas Avançadas,
iniciativa da Organização Pan-americana de
Saúde (OPAS) em parceria com o COFEN.
A Enfermagem de Práticas Avançadas possibilita
desempenhar um papel importante no avanço da
Atenção Primária a Saúde e neste cenário, os
cuidados paliativos vêm sendo incluídos
gradativamente, valendo ressaltar o importante
papel da ANCP na construção e publicação da
Resolução nº 41, de 31 de outubro de 2018 do
Ministério da Saúde que dispõe sobre as diretrizes
para a organização dos cuidados paliativos, à luz
dos cuidados continuados integrados, no âmbito
Sistema Único de Saúde (SUS).
CONTROLE DE SINTOMAS
- Identificação precoce e adequada.

- Seleção da terapêutica mais adequada segundo:
- Estágio da doença;
- Características do paciente;
- Recursos disponíveis;
- Características do cuidador e da rede de apoio
disponível.
- Identificação das necessidades do paciente e da

família, conhecer o paciente, conversar com ele e com
a família sobre a terminalidade e as decisões a serem
tomadas no momento da morte.
Organização Mundial de Saúde

CUIDADOS
PALIATIVOS
ESCALA DE CAPACIDADE FUNCIONAL - KARNOFSKY
CUIDADOS
PALIATIVOS
Conhecimento técnico-científico aliado à humildade,
humanidade e empatia extremas.
CUIDADOS
PALIATIVOS
O Cuidado Paliativo não se baseia somente em
protocolos, mas em princípios. Não se fala mais em
terminalidade, mas em doença que ameaça a vida.
Indica-se o cuidado desde o diagnóstico, expandindo
nosso campo de atuação. Não falaremos também em
impossibilidade
de cura, mas na possibilidade ou não de tratamento
modificador da doença, afastando dessa forma a ideia
de “não ter mais nada a fazer”. Pela primeira vez, uma
abordagem inclui a espiritualidade entre as dimensões
do ser humano. A família é lembrada, portanto
assistida, também apos a morte do paciente, no período
de luto.
AINDA QUE NÃO SE POSSA CURAR,
SEMPRE É POSSÍVEL CUIDAR.
“DOR, DEPRESSÃO E DESAMOR
MATAM MAIS QUE TUMOR”
Maria Goretti Sales Maciel

OBRIGADA!
marcelarsda@yahoo.com.br

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Não Há Por Que Temer a Morte Porque Ela é Vida.

Nessa estrada não nos cabe

✔O Cuidado Paliativo prolonga-se após a morte sob a forma

1. Controle efetivo da dor

✔Sobre a Morte e o Morrer – Processo do Morrer

✔Aumento de doenças crônico-degenerativas

doença está em fase progressiva, irreversível e não responsiva

✔ Trata-se daquela fase tão rotineira quando o médico diz à

família “NÃO HÁ MAIS NADA O QUE FAZER”, e assim condena

irremediavelmente o paciente ao abandono, a ficar entregue ao

seu sofrimento, com ou sem esperança de um milagre.

“VOCÊ É IMPORTANTE PORQUE VOCÊ É VOCÊ

ALIVIAR + CONFORTAR + CONSOLAR

TRANQUILIDADE + DIGNIDADE = ACEITAÇÃO DA MORTE

Requisitos Básicos da Equipe de CP

(Marco Tullio de Assis Figueiredo)

• Afirma a vida e resguarda a morte como um processo natural;

• Não abrevia nem prolonga a morte;

• Proporciona alívio para dor e outros sintomas;

• Integra os aspectos psicológicos e espiritual dos cuidados do paciente;

• Oferece um sistema de suporte que proporciona melhor qualidade de vida

• Oferece um sistema de suporte aos familiares durante a doença do

paciente e a eles próprios.

Criado por MARIA GORETTI SALES MACIEL, em 08 de maio de 2003.

Fonte: COFEN - 2019

- No contexto dos Cuidados Paliativos, a equipe de

“Os enfermeiros demonstram um compromisso

- Enfermagem em Cuidados Paliativos é uma

- Tem se iniciado no Brasil as discussões para a

- Identificação precoce e adequada.

- Identificação das necessidades do paciente e da

Organização Mundial de Saúde

Maria Goretti Sales Maciel

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