Capítulo 3 Maias
Capítulo 3 Maias
Capítulo 3 Maias
RESUMO:
Nas vésperas da Páscoa que Vilaça vai visitar os Maias, e é com espanto deste que
encontra Afonso completamente diferente, estava feliz. É de notar que Vilaça nunca
tinha visto Afonso tão alegre e toda esta alegria devia-se, ao seu neto, Carlos, foi esta
criança que fez reviver Afonso da Maia e fez reviver a casa.
É com a chegada de Vilaça à quinta que acontece um jantar para celebrar a vinda do
administrador à quinta, sendo neste jantar que se centra a ação, e o principal tema da
conversa durante a refeição é a educação.
Antes de ter início este momento, em conversa com o Teixeira, Vilaça comentou que
achava que Carlos era um menino muito mimado pelo avô, mas Teixeira desenganou-o,
informando-o que Carlos era alvo de uma educação muito rigorosa, inspirada no modelo
inglês.
Deste modo, toda esta rigidez que provinha de um sistema inglês ensinado por Brown, e
este entendia que era necessário desenvolver primeiro os músculos, posição que Afonso
aprovava, alegando que era importante apostar-se primeiro na saúde e na força.
Segundo este, a educação não poderia consistir apenas em saber recitar, mas
sobretudo em aprender coisas úteis e práticas.
Mas esta educação não era aceite por abade nem pelas Silveiras, comentando ate
abade que aquela educação poderia fazer atletas , mas não fazia bons cidadãos,
insistindo que Carlos, como único herdeiro de uma casa tão grande e com futuras
responsabilidades na sociedade, deveria aprender a doutrina.
Além disso, espantava o comportamento de Afonso a toda a gente que quando no jantar
deram as 9 horas teve logo que se ir deitar, e mesmo este pedindo para ficar mais um
pouco visto que era dia de festa, o seu avô recusava, alegando que era necessário
método. Mas por outro lado, quando Carlos tinha um comportamento menos apropriado
com Teresa e um comportamento mais violento com Eusébio, Afonso não comentava
nem o repreendia, apesar de as Silveiras não gostarem nada desses comportamentos.
É também neste capítulo que Vilaça conta que tem notícias de Maria Monforte pois
Alencar tinha estado com ela em Paris. Afonso após a morte de Pedro, tinha feito todos
os esforços para localizar Maria, querendo retirar-lhe a filha, mas, não conseguindo
saber nada sobre o seu paradeiro, acabara por desistir. Segundo Alencar depois de ter
morrido um dos seus amantes e também o senhor Monforte, o seu pai, a quem a filha
tinha arruinado com o seu luxo, Maria estava reduzida na miséria.
Mas Afonso e Vilaça achavam muito estranho que se Maria estava na miséria, como é
que esta não vinha reclamar os direitos da sua filha.
Esta dúvida de Afonso levou com que Vilaça quando partiu da quinta contacta-se o seu
primo que vivia em Paris para que tentasse abordar Maria para tentar descobrir alguma
informação. E assim, passado duas semanas, Vilaça enviou uma carta a Afonso, com a
noticia que Alencar tinha visto em casa de Maria um retrato de uma menina que Maria
apresentara como filha que lhe tinha morrido em Londres.
Passado algum tempo, Vilaça tinha manifestado o propósito de fazer uma visita
demorada a Afonso com o seu filho, mas esta viagem não se concretizou, visto que este
acabara por morrer de apoplexia.
Acabando o capítulo com Carlos em Coimbra após ter feito o seu primeiro exame que
lhe daria acesso à universidade, foi uma explosão de alegria naquele momento.
Este, ao contrário de Pedro, seu pai, tem uma educação tipicamente britânica praticando
educação física e levando uma vida espartana.
EUZEBIOZINHO
• Permanecia em casa
• Aprendizagem de línguas mortas: latim
• Contacto com velhos livros
• Super proteção
• Suborno
• Estudo da religião
• Débil na sua saúde e não tinha atividade física
Neste capitulo Eça de Queirós crítica a educação tradicional portuguesa, através da personagem-
tipo como Eusebiozinho.
Iremos perceber que o autor não aprecia a religião como método de ensino e moral utilizando a
escrita satírica, com ironia e os seus tão conhecidos e característicos diminutivos.
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