Perturbações de Aprendizagem e Do Comportamento
Perturbações de Aprendizagem e Do Comportamento
Perturbações de Aprendizagem e Do Comportamento
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Perturbações do comportamento.......................................................................................7
Conclusão........................................................................................................................22
Bibliografia......................................................................................................................23
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Introdução
Para que estas questões sejam adequadamente abordadas ora se recorrer ao método de
pesquisa bibliográfica.
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Perturbações de Aprendizagem
O indivíduo deve apresentar pelo menos um dos seguintes: • Leitura lenta, difícil e
imprecisa de palavras.
IV. Variáveis familiares, escolares, sociais e culturais (por exemplo, o baixo índice
sociocultural familiar, a pobreza, as baixas expectativas educativas, a inadequação
pedagógica, a legislação desajustada) (PALHA, s/d., p. 4).
Com efeito, ela é o resultado de uma disfunção específica do Sistema Nervoso Central
(é, pois, uma perturbação de base neurocognitiva) e, no âmbito do processo de
taxonomia nosológica (classificação das doenças), ela deverá assumir uma relevância
idêntica a qualquer uma das outras Perturbações do Sistema Nervoso Central (PALHA,
s/d., p. 4).
Perturbações do comportamento
Para (bordin & offord, 2000; APA, 2002, apud ROSANDO, 2013, p. 119), a
Perturbação do Comportamento, está frequentemente associada a comportamentos de
risco como: início precoce da actividade sexual, consumo de álcool, consumo de tabaco
ou substâncias ilegais.
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Epidemiologia
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Classificação dos transtornos mentais Transtorno mental pode ser conceituado como
uma síndrome ou padrão comportamental ou psicológico que ocorre em um indivíduo e
que se mostra associado com sofrimento ou incapacitação, ou com um risco
significativamente aumentado de sofrimento actual, morte, dor, deficiência ou perda
importante da liberdade (VINOCUR & PEREIRA, 2011, p. 31)
Nos alerta AQUINO (1997 p.2). “O aluno problema é tomado, em geral como aquele
que padece de certos supostos “distúrbios” psicopedagógico, distúrbios estes que podem
ser de natureza cognitiva (os tais distúrbios de aprendizagem) ou de natureza
comportamental, e nessa ultima categoria enquadra-se um grande conjunto de acções
que chamamos usualmente de indisciplinados”. Dessa forma, a disciplina e o baixo
aproveitamento dos alunos seriam como duas faces de uma mesma moeda,
representando os dois principais obstáculos para o trabalho docente.
Nas escolas nos deparamos muitas vezes com a complexidade de professores diante das
dificuldades de aprendizagem, tomadas de uma inevitável sensação de impotência que
em alguns momentos se deparam diante de um quadro desanimador.
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ANDRADE (2003, p.15) nos incita a seguinte reflexão: Qual o significado dos termos
aluno com problema ou dificuldade de aprendizagem? São várias as possíveis respostas,
varias as possíveis construções de significados acerca dos termos, sem que uma seja
mais verdadeira que outra. Assim, não podemos previamente acreditar que alunos são
problemas ou que famílias são desajustadas, ou que professores são autoritários.
Precisamos ver uns “quebra-cabeças”, as partes e o todo!
A criança nas séries iniciais quando realiza uma actividade, uma pintura, participa
oralmente, ela certamente será elogiada, receberá os parabéns, o contrario acontece
quando uma criança está desmotivada, com a auto-estima baixa, não consegue realizar
suas actividades. Todas (escola, professores) logo buscam uma resposta para definir tal
comportamento. Neste momento deve ser formada uma equipe com psicopedagogo,
coordenação pedagógica, direcção escolar, professores e família para analisar as causas
destas dificuldades que podem ser de factor orgânico. (GOMES, apud GUERRA, 2002)
As dificuldades nas habilidades sociais são mais presentes nessas fases da vida onde as
aptidões que possuem é que vão possibilitar ou não relacionamentos sociais. As
interacções sociais não enfocam prioritariamente habilidades de leitura e escrita, mas
sim de comunicação e linguagem, assim, as pessoas com dificuldades de linguagem
estão mais sujeitas a possuir dificuldades nas habilidades sociais. Nos adultos, de acordo
com García (1998, p. 95), quanto às dificuldades, há o desenvolvimento de “transtornos
sócio-emocionais e ansiedade excessiva.”
Para se detectar quando uma criança está tendo problemas para processar as
informações e a informação que recebe, os pais e educadores devem estar atentos e
conscientes aos sinais mais comuns que indicam um problema de aprendizagem. São
eles, dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções; dificuldade para relembrar o
que alguém acaba de dizer; não domina as destrezas básicas de leitura, soletração,
escrita e/ou matemática, levando ao fracasso e a frustração no trabalho escolar;
dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, tendo
como tendência escrever as letras, números e palavras ao contrário; fazer esportes ou
completar actividades simples, tais como apontar um lápis, torna-se difícil devido à falta
de coordenação; irritação ou excitação com facilidade, entre outros.
De acordo com Garcia (1998, p. 173), “manifesta-se uma leitura oral lenta, com
omissões, distorções e substituições de palavras, com interrupções, correcções,
bloqueios.” Para o diagnóstico desse transtorno, devem ser excluídas a “deficiência
mental, a escolarização escassa ou inadequada e os déficits auditivos ou visuais”
(GARCÍA, 1998, p. 174).
dificultando o processo da decodificação das letras, o que pode, muitas vezes, acarretar
o comprometimento da escrita.
Observa-se uma frequência quase que normal da dislexia, quando ensinamos crianças
a ler, escrever e interpretar textos. Percebe-se, na maioria dos casos, os problemas acima
supracitados. Corroborando com a mesma ideia Sternberg e Grigorenko (2003), cita
como principais indicadores da dislexia as dificuldades em decodificar e analisar
fonemas dentro das palavras. Estas dificuldades frequentemente coincidem com
problemas para escrever e soletrar
Mas, de acordo com Cruz (1999, p.140), a escrita apresenta quatro aspectos principais
na sua determinação, são elas: O primeiro trata do processo construtivo, implicando
elaboração, interpretação e construção do significado. Segundo processo compreende a
necessidade de o indivíduo agir de forma activa para aprender a tarefa, desenvolvendo
um aparato de estratégias cognitivas e metacognitivas que poderão ser utilizadas na
solução de problemas. Por fim, o processo afectivo implica o desejo de escrever, a
estabilidade emocional e o interesse pela aprendizagem; assim, pode-se dizer que os
factores afectivo-motivacionais estariam relacionados ao rendimento do aluno.
Para a construção da escrita, García (1995 apud SOUZA; CISTO, 2001, p. 41) afirma
ser importante considerar os seguintes componentes: sistema semântico ou memória de
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longo prazo dos significados das palavras, sejam faladas ou escritas; mecanismo de
conversão de fonema e de grafema, que permitem a tradução, aplicando as regras
fonológicas de uma língua concreta, de qualquer palavra, seja familiar ou não.
Dentre as dificuldades, tem-se a escrita em espelho, onde García (1998, p. 1999) diz
que “a pessoa com dificuldade de aprendizagem da escrita, ao não possuir uma
representação estável dos traços componentes dos grafemas e possuir apenas parte da
informação, produz uma confusão e uma escrita em espelho (grifo do autor). Como
ilustração, temos a confusão entre as letras p e q.
Outra situação, dentro desta dificuldade, é o intercâmbio de letras. Como exemplo sal
por las. Assim, há o conhecimento das letras que compõem a palavra, mas não se sabe a
ordem exacta para a escrita, por isso, trata-se de dificuldades na codificação da
linguagem. Segundo García (1998, p. 1999), estas “dificuldades se apresentam,
sobretudo, nos grafemas com traços comuns, como p e q, b e d, p e b, etc. O problema é,
pois, psicolinguístico por dificuldades léxicas.
cima das linhas; inversão e troca de letras maiúsculas; mover e colocar o papel de
maneira incorrecta; ter o pensamento pouco organizado e uma postura pobre.
Dislexia
Quem sofre deste problema tem dificuldade no reconhecimento preciso e fluente das
palavras e na Trata-se de um problema crónico, que pode perdurar por anos ou durante a
vida toda. É muito comum afecta mais de 2 milhões de casos relatados por ano no
Brasil.
Disgrafia
Discalculia
Dislalia
Funcional: caracterizada pela substituição de letras durante a fala (um fonema por
outro), pela ausência de sons na pronúncia, pelo acréscimo ou inversão de letras nas
palavras e por distorções de sons;
Orgânica: casos mais graves, que ocorrem em decorrência de uma lesão cerebral e que
faz com que a pronúncia seja incorrecta.
Disortografia
Quem apresenta esse transtorno também costuma ser afectado pela dislexia. Embora
também esteja relacionado à linguagem escrita, é mais amplo do que a disgrafia. Ele
consiste na dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da escrita, podendo
envolver a falta de vontade de escrever e a dificuldade de leitura.
Conclusão
Chegados ao fim concluímos que a escola não pode ser selectiva. A sua função é
garantir o apoio necessário a todas as crianças, independente dos problemas. Assim, ao
conhecer e saber trabalhar com pessoas com dificuldades de aprendizagem, da leitura ou
escrita ajuda esse sujeito a sentir-se menos angustiado em não aprender. Mas é notório
enfatizar que a escola, somente, não é a responsável por diagnosticar e ajudar o sujeito,
mas a família também precisa contribuir a fim de amenizar as dificuldades de
aprendizagem existentes no seu meio.
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Bibliografia
AQUINO, Júlio Grappa. ERRO e fracasso na escola alternativa e práticas. 2ª Ed. São
Paulo: Summus, 1997.
VINOCUR, Evelyn;
www.diferencas.net/wpdif/docs/perturbacao_especifica_aprendizagem.pdf
www.someeducacional.com.br/apz/dificuldade_de_aprendizagem/
DificuldadeAprendizagem.pdf.